revista #21 magazine Dia da Viola da Terra

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Publicação #21 Setembro - Novembro 2019

WORLD MUSIC FESTIVAL

Associação MiratecArts tem por finalidade realçar o indivíduo, a equipa e a produtividade organizacional no mundo da cultura artística. MiratecArts organiza festivais, residências artísticas, roteiros e exposições na ilha do Pico. MiratecArts Galeria Costa é a sede ao ar-livre na propriedade de mais de 24 mil m2. O Governo Regional dos Açores declarou a MiratecArts como utilidade pública.

MiratecArts is an association created to enhance individual, team and organizational productivity in the artistic cultural world. MiratecArts organizes festivals, artist in residency programs, public art routes and exhibitions in Pico island. MiratecArts Galeria Costa is the open-air headquarters on the property of more than 24000sqm. The Regional Government of the Azores declared MiratecArts an entity of public utility.

@miratecarts #miratecarts

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MiratecArts está a trabalhar com parceiros para melhorar a pegada ambiental. As nossas revistas têm um papel diferente, sabem porquê? Porque é papel reciclado. MiratecArts is working with partners to improve its environmental footprint. Our magazines have a different feel, do you know why? Because it's recycled paper.

Canecas MiratecArts são de bambu. Os eventos MiratecArts estão a ficar cada vez mais amigos da Mãe Terra. Faz o mesmo em tua casa, ou ainda melhor que nós. MiratecArts mugs are made from bamboo. MiratecArts events are becoming more and more friendly with Mother Earth. Do the same at home, or even go one step further.

Em 2014, os primeiros planos para uma campanha promocional da Viola da Terra arrancaram com a MiratecArts. O cartaz promocional incluiu o grande amigo Rafael Carvalho, acompanhado por sua aluna Beatriz Almeida. Em 2016, depois de dois anos de planos, o Festival Cordas estreou na vila da Madalena, Pico, com o objetivo de destacar a Viola da Terra e internacionalizá-la através da sua promoção e apresentação. O luthier Raimundo Leonardes construiu uma viola especial para o Festival Cordas e que todos os artistas participantes experimentam na sua passagem pelo festival. Na terceira edição do Festival Cordas, em setembro 2018, no último dia de conferência, dedicado à viola de arame regional, a viola dos dois corações dos Açores, foi criado o Dia da Viola da Terra. A MiratecArts, entidade organizadora do Festival Cordas, em parceria com a Associação de Juventude Violas da Terra e o maior dinamizador da Viola da Terra, o professor e músico virtuoso Rafael Carvalho, com o apoio dos grupos Casa da Música da Candelária do Pico, Grupo de Tocadores de Violas de São Jorge e da Associação de Músicos da Ilha Branca, Graciosa, e ainda o músico terceirense dos Myrica Faya, Bruno Bettencourt, declararam que o Dia da Viola da Terra seria a 2 de Outubro, porque o dia da música não é só um e os dois corações devem correr todas as ilhas e terras das comunidades açorianas um dia do ano em seu nome. As entidades presentes desafiaram o Governo dos Açores para oficializar o dia 2 de outubro. Deputados seguiram com a proposta para avançar na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores e legislar o Dia da Viola da Terra. A imagem logotipo foi criada pelo artista José Miguel Silva. Contatos foram feitos incentivando entidades regionais e das comunidades a avançarem com plano para celebrar este dia especial. E, assim, agora, um ano depois, apresentamos o programa do primeiro Dia da Viola da Terra. Um obrigado especial aos impulsionadores, coordenadores, apoiantes e patrocinadores de todos os programas aqui nesta revista mencionados. Juntos conseguimos mais! Sendo assim, convidamos e incentivamos outras entidades, em especial as Casas dos Açores espalhadas por 14 cantos deste planeta, a adicionarem no seu programa anual o Dia da Viola da Terra e a celebre a nossa viola. Açores e Comunidades Açorianas, 2 de outubro, juntos pelo património. diretor artístico Terry Costa artistic director MiratecArts


ASSOCIADOS/MEMBERSHIP

ORGANIZAÇÃO

MIRATECARTS PARCEIROS FINANCEIROS

PARCEIROS PUBLICITÁRIOS

MIRATECARTS PARCEIROS DE APRESENTAÇÃO BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA MADALENA

PARCEIROS PROMOCIONAIS

DESIGN JOSÉ MIGUEL SILVA

Os projetos da MiratecArts são possíveis com o apoio, parcerias e ofertas dos nossos amigos... MiratecArts projects are possible with the support, partnerships and gifts from our friends...


A Viola é o mais importante instrumento da expressão musical ligada à Cultura Popular Açoriana

The Viola is the most important instrument of musical expression linked to Azorean popular culture.

Designada por “Viola de Arame”, “Viola da Terra”, “Viola dos Dois Corações”, “Viola Regional” ou “Viola Açoriana”, tem sido companheira dos Açorianos ao longo dos séculos, animando “Chamarritas”, “Bailes Regionais”, “Cantorias”, “Desgarradas”, “Grupos de Reis”, “Folias do Espírito Santo”, “Danças de Carnaval” em muitas Festas e Serões após longos dias de trabalho.

Called the “Viola de Arame”, “Viola da Terra”, “Viola dos Dois Corações”, “Viola Regional” or “Viola Açoriana”, she has been a companion of the Azoreans for centuries, animating “Chamarritas”, “Cantorias”, “Desgarradas”, King's Day Groups, celebrations of the Holy Spirit, regional and Carnaval dances, in many festivals, and evenings after long days of work.

De 12 ou 15 cordas, divididas em 5 ou 6 ordens de cordas. Ponteada com o polegar ou com o indicador, ou Rasgada com aprumo e destreza. Com afinações diferentes, de acordo com a realidade de cada Ilha. Com medidas e embutidos ricos e diversos que revelam o talento e imaginação dos nossos Construtores. É um instrumento singular que une o Coração dos Açorianos: quer nas 9 Ilhas dos Açores quer seja em qualquer Comunidade Açoriana espalhada pelo mundo.

Comprised of 12 or 15 strings, divided into 5 or 6 string orders. Dotted with thumb or forefinger, or torn with neatness and dexterity. With different tunings, according to the realism of the island. With rich and diverse measures and inlays that reveal the talent and imagination of its luthiers. It is a unique instrument that unites the Heart of Azoreans, either in the nine Azores Islands or in any Azorean Community around the world.

Quando da Viola sai um “Pezinho” ou um “Fado Corrido” não se consegue parar de bater o pé, o coração bate mais forte na pulsação da música, as rodas formam-se, os balhos duram noite adentro.

When the Viola comes out, a "Pezinho" or a "Fado Corrido" often begins, the heart beats faster to the beat of the music, circle dances are formed, and balls last into the night.

Quando se ouve uma “Saudade”, uma “Doce Esperança” ou uns “Olhos Castanhos”, o coração chora pela distância, pela emigração, pelo bonito som, lento e choroso, extraído com singeleza das cordas da Viola. A Alegria e a Tristeza são os sentimentos que a nossa Viola bem expressa, parte real da nossa vida e da nossa identidade arquipelágica.

When you hear "Saudade”, "Sweet Hope” or "Brown Eyes”, the heart cries for the distance, the emigration. The beautiful sound, slow and tearful, is extracted with simplicity from the strings of the Viola. Joy and sadness are feelings that our Viola expresses well, a true part of our life and our archipelago's identity.

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Cantigas à minha viola Ó viola encordoada Com quinze cravos de aposta, Minha pêra acinturada, Minha maçã da Bemposta Quando te toco nas cordas, À boca do coração, Vou-me sangrando em saúde Que nem sumo de limão. Tens os pontos doiradinhos, Tens os espaços de luto, Cada prima é uma flor, Cada cravelha é um fruto... Cada bordão é um zangão, Cada toeira uma abelha, Ó jardim de madrepérola Da minha festa vermelha! Letrinha de 8 somada Pelas tuas seis parcelas Mai-las minhas mãos cansadas, Amarelas... amarelas... Pendurada a tiracolo No teu cordão cor de vinho, És o meu saco de cego, O meu burro e o meu moinho. No florão da minha viola Pus uma tira de espelho, Para ver, de quando em quando, Se estou novo, se estou velho.

Na caixa da minha viola Há um letreiro que diz: V. DA SILVA, VIOLEIRO, ILHA TERCEIRA – PARIS. Mas um tolo, um engraçado, Colou com cuspo uns tarjões: SILVA, CANGALHEIRO DE ALMAS, FAZ VIOLAS E CAIXÕES. Meu amor, deixa falar! Dorme, não percas a esperança! Morta, na minha viola, Serás como uma criança. Que seis meninas de arame É que te levam à campa, Com seis florinhas de pau Espetadinhas na tampa. E o limão, a violeta, A madrepérola, o espelhinho Hão-de te servir de terra E de mortalha de linho. Minha viola de luxo, Minha enxada de cantar, Meu instrumento de fogo, Caixinha do meu chorar! Viola, bordão de prata, Vida violeta, violeta... Prima, coração me mata... Poeta! Poeta! Poeta! Vitorino Nemésio (1901-1978), Festa Redonda, 1950, p. 77-79.


Domingos Rebelo (1891-1975), Os Emigrantes, 1926



SÃO MIGUEL

Fotografia by Pedro Silva

Não sei se fui eu que encontrei a Viola da Terra ou se foi ela que me encontrou. Comecei a aprender a tocar Viola aos 13 anos com o Mestre Carlos Quental. Para alguém que cresceu na Ribeira Quente, na década de 80, aprender Viola significou descobrir o mundo. É assim que vejo a Viola e tudo o que ela me proporcionou desde os primeiros acordes e modas ponteadas que aprendi. O "Dia da Viola da Terra" é a forma de a homenagear e de honrar todos os que a ela dedicaram e dedicam as suas vidas. Encontramo-nos quando eu tinha 13 anos, tropeçamos um no outro, e, hoje, é presença indissociável do meu dia-a-dia.

RAFAEL CARVALHO


SÃO MIGUEL 6 concelhos acolhem o programa oficial sábado 28 de Setembro 17h30 Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas Concerto "Violas dos Açores" Tocadores de 5 Ilhas dos Açores

Entrada livre mediante disponibilidade da sala e levantamento de bilhete. domingo 29 de Setembro 19h30 Caloura Hotel Resort "Sunset music" Direccionado para os hóspedes e residentes.

terça 1 de Outubro 10h30 Escola da Ribeira Quente "A Viola na Escola" Palestra sobre a Viola com momento musical seguido de experimentação de Violas da Terra por parte dos alunos da Escola.

terça 1 de Outubro 21h00 Centro Municipal de Actividades Culturais de Nordeste. Concerto Musical José Manuel Furtado Escola de Violas da Relva Trio "Musica Nostra" Entrada Livre


quarta 2 de Outubro 10h00 Museu Municipal de Vila Franca do Campo "A Viola no Museu" Visita à exposição "A Arte do Violeiro" e à colecção de Violas do Museu. Palestra sobre a Viola com momento musical seguido de experimentação de Violas da Terra por parte de alunos.

quarta 2 de Outubro 21h00 Teatro Micaelense Concerto Musical Sofia Vidal Trio "Origens" Entrada livre mediante disponibilidade da sala e levantamento de bilhete.


FLORES | WORKSHOP 29 de Setembro 15h00

GRACIOSA 29 de setembro a 6 de outubro Intervenções com Viola da Terra Tiago Pavão & Amigos estão disponíveis para intervenções na escola, ATL e outras entidades. Interessados em acolher um momento com a Viola da Terra por favor contactem 919 901 283.

Parte I dedicada à história e construção de cordofones, em especial a Viola da Terra Parte II dedicada à música e interpretação de alguns temas com a Viola da Terra/Açoriana

José Agostinho Serpa Aldeia da Costa 9960-330 Lajes das Flores Joseserpa@sapo.pt +351 292 542 336


PICO exposição permanente Biblioteca Municipal da Madalena Com(Cordas) por Andreia Sousa

até 27 de dezembro Atlântico Teahouse exposição de pintura Violas e Portugal Intemporal por Fátima Madruga

quarta 2 outubro 20h Cella Bar Convívio brinde com tocadores de Viola da Terra; por favor trás a tua viola.

até 2 de outubro Biblioteca Auditório da Madalena exposição de fotografia Tocadores de Viola da Terra no Pico

1 e 2 outubro 10h Escolas na Madalena A Viola vai à Escola - um programa com músicos de Viola da Terra


PICO A nossa história em fotos... MiratecArts procura fotos antigas de tocadores de instrumentos de corda. Participe nesta recolha e partilhe as imagens que tem disponíveis. info@mirateca.com (+351) 963639996 1. Alfredo da Rufina, Candelária (viola). 2. Manuel Furtado Cardoso (violão). 3. Matança de Porco no Caminho de Cima, Ribeiras 1957; Manuel Adolfo (viola), Maria Lúcia (bandolim), João Rodrigues (flauta). 4. Laurindo Cardoso (violão e espingarda). 5. José Ermelindo da Silva "Canarinho" (viola) com 10 anos de idade, e Teresinha da Silva (bandolim).


TOCADORES DE VIOLA DA TERRA NO PICO Alguns tocam no folclore, outros em casa e em festas entre amigos e familiares e ainda outros já a levam a concertos musicais destacando, assim, a Viola da Terra como o mais importante instrumento de expressão musical ligado à cultura açoriana. Esta pesquisa envolveu várias viagens pela ilha com o intuito de encontrar tocadores de Viola da Terra no seu dia a dia, no seu local de trabalho, em casa, ou num momento de voluntariado. Cada indivíduo e a sua Viola da Terra, no contexto em que a toca, pois alguns têm uma viola por tocarem num grupo folclórico ou tuna, enquanto outros a adquiriram. Mesmo que não seja praticada diariamente, faz parte da mobília e do dia a dia, está lá, em casa, à espera de ser rasgada, dedilhada, experimentada...

Manuel Paulino Dias

um projeto de pesquisa - exposição

Além desta lista de Tocadores de Viola da Terra no Pico, existem alguns jovens que já começaram a dedilhar e até a tocar a Viola da Terra nos grupos folclóricos, e agora encontram-se a estudar fora da ilha. No futuro, esperamos registá-los e adicioná-los a esta pesquisa. Na primeira celebração do DIA DA VIOLA DA TERRA, este é um primeiro registo de quem toca o nosso instrumento na ilha do Pico.

TERRY COSTA

Manuel Horácio Sousa André

Uma foto, um curto vídeo e uma conversa! Espero no futuro conseguir escrever em livro e assim partilhar estas histórias da nossa história. Foi assim que começou esta pesquisa e aqui, nesta exposição, começo a apresentar os seus resultados.


PICO

quarta 2 outubro 21h30 Auditório da Madalena CONCERTO Jorge da Silva "Canarinho", Marcos Fernandez, Sara Miguel - estreia do Trio Maravilha

CONFERÊNCIA Viola da Terra no Pico por Manuel Serpa, o Comendador do Povo Dia da Viola da Terra intervenção da Dra. Susana Goulart Costa, Diretora Regional da Cultura MOMENTO FINAL Tocadores de Viola da Terra no Pico bem vindos ao palco do Auditório da Madalena para encerrar a celebração.


Em quase 39 anos de vida, apenas passei 12 sem ter contacto directo com a Viola da Terra. Foi numa das escolas surgidas, na década de 90, ao redor da ilha Terceira que pelas mãos dos Mestres José Flor e Jorge Sousa, a Viola entrou em mim. Essa aprendizagem deu-me entrada para aquela que continua a ser a minha maior Universidade: o Grupo de Baile da Canção Regional Terceirense onde, até hoje, continuo a aprender. Sempre fiz questão de incluir a “minha” Viola nas diversas formas musicais onde me incluí. Danças de Espada e Bailinhos de Carnaval, Tunas Universitárias… e, mais recentemente, o grupo Myrica Faya, onde procuro explorar novas sonoridade, mantendo a sua forma tradicional de execução. Este pequeno testemunho não pretende ser um exercício narcísico, sendo apenas uma exposição de alguém cuja vivência tem a Viola da Terra como sendo uma parte indelével e, ao mesmo tempo, alguém que entende que a Viola da Terra é aquilo que são os Açores: abertos para receber tudo o que vem do mundo e disponíveis para se dar ao mundo!

BRUNO BETTENCOURT

Bruno Bettencourt, Fotografia by Pedro Silva

TERCEIRA


TERCEIRA

quarta 2 de outubro 10h00 Escola Tomás de Borba/Conservatório Regional de Angra do Heroísmo Sessão de Abertura; Palestra para a comunidade escolar "A Viola da Terra" por Lázaro Silva - Músico e professor de Viola da Terra no Conservatório Regional de Angra do Heroísmo quarta 2 de outubro 11h30 Momento Musical Alunos da classe de Viola da Terra do Conservatório Regional de Angra do Heroísmo

sábado 12 de outubro 14h00 Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo Painel - A Viola da Terra, história e recolhas A Viola da Terra Terceirense - enquadramento histórico por Manuel Morais - Musicólogo, Professor Associado Jubilado da Universidade de Évora, Investigador do Centro de História da Arte e Investigação Artística da Universidade de Évora

De 4 a 10 de outubro - Escolas da ilha Terceira 11h00 Conversa e momento musical "A Viola da Terra" por Bruno Bettencourt - Músico Trabalho de campo, recolhas da Viola da Terra Terceirense e repositórios por Domingos Morais Etnomusicólogo, Professor-adjunto jubilado da Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, Membro do Instituto de Estudos de Literatura e Tradição da Universidade Nova de Lisboa

Organização:

Parceiros:

Apoio:

15h30 Visita aos Stands de Construtores de Viola da Terra da ilha Terceira António Mota e Nuno Nunes


16h00 Homenagem a Mestre Diamantino Ávila, tocador, fundador do Grupo de Violas da Ilha Terceira e professor de Viola da Terra Momento musical com elementos do Grupo de Violas da Ilha Terceira

sábado 12 de outubro Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo

TERCEIRA

17h00 Mesa redonda Perspetivas futuras da Viola da Terra: ensino e desafios na abertura a outros repertórios. Antero Ávila - Maestro e Compositor Jorge Sousa - Professor de Viola da terra (ensino não formal) Lázaro Silva - Professor de Viola da Terra (ensino formal) Luís Gil Bettencourt - Músico e Compositor

16h30 Painel - A Viola da Terra, perspetivas futuras Novos repertórios nas violas de arame - o exemplo da viola caipira (Brasil) por Ivan Vilela Musicólogo, músico e compositor


TERCEIRA

domingo 13 de outubro 15h00 Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo (Grande Auditório) Concerto comemorativo do Dia da Viola da Terra Grupo de Tocadores de Viola da Terra Duo Cordibus Art'Fado Luís Gil Bettencourt Myrica Faya Orquestra de Violas da Terra Terceirenses

Novembro com COFIT (www.cofit.org) Workshop "A Viola dos Açores no contexto tradicional: melodias, variações e técnicas." Colóquio "O ensino da Viola dos Açores: ensino formal e ensino informal - Programas e percursos pedagógicos."


SANTA MARIA

Sendo filho de uma das referências da música tradicional mariense, desde novo tive contacto com a Viola da Terra. Aos 12 anos, meu pai ensinou-me os primeiros acordes e a minha avó paterna as primeiras “modas” tradicionais de Santa Maria. Continuei a minha aprendizagem de Viola desde aí como autodidata. Sempre com o gosto pelas tradições, incutido pela minha família, integrei o Grupo de Folclore da Casa do Povo de Santo Espírito. Até ao dia de hoje colaboro, com a viola “às costas”, em todas as tradições marienses que posso. Devido a questões profissionais tive de ir viver para São Miguel e em busca de um maior conhecimento na Viola inseri-me nas aulas do Professor Rafael Carvalho. Espalho o meu conhecimento e o meu “tocar” da viola com o objetivo de não deixar que este instrumento e a música tradicional mariense caia no esquecimento e para honrar todos os tocadores de viola de Santa Maria que nunca tiveram a oportunidade de mostrar o seu “pontear” e as suas “modas”.

ALEXANDRE FONTES


Pieter Adriaans (1955- ), Tocadores no Espírito Santo de São Jorge, 2015


Foi esta a primeira história que ouvi sobre a Viola, pela boca do meu Professor, Carlos Quental, na primeira aula que tive, aos 13 anos de idade. Ainda antes de pôr os dedos sobre as cordas e experimentar o seu som, eu já estava “enfeitiçado” e fascinado pelo instrumento.

“Símbolos, Saudades, Coroas e Fortuna” A especificidade de cada parte da Viola dá-nos referências que nos permitem identificar, na generalidade, de que instrumento se trata. No entanto, há também a visão popular que cria uma mística em torno da Viola nos Açores. Essas histórias vão sendo passadas, oralmente, ao longo dos anos, e ajudam a contar a história e a realçar a importância do instrumento, na vida dos Açorianos, por intermédio da simbologia que o povo revê nos embutidos e desenhos do tampo harmónico. Essas crenças populares podem ter semelhanças de uma ilha para outra, mas, depois, aparecem, por vezes, outras histórias/versões, de acordo com o contexto de cada local. A principal história popular em torno da nossa Viola diz respeito aos seus Dois Corações: O Coração que sai da Ilha e o Coração que fica na Ilha. A procura de uma melhor vida, o “salto”, a Emigração, deixando a terra Natal, a família, os amigos. Refere-se que, estes Dois Corações da Viola são o símbolo dessa “Saudade” que persegue os Açorianos há séculos. Os Corações estariam, ainda, ligados por um cordão, terminando numa lágrima, a lágrima da Saudade. Há quem diga que, a forma de losango, quase sempre apresentada no final desse cordão, representaria o “Ás de ouros”, uma vez que os que Emigravam faziam-no em busca da fortuna.

Os Corações, dizem, poderão ser, também, a representação do amor, da ligação entre as pessoas, não tendo, necessariamente, de ser algo ligado apenas à Emigração e Saudade. Outros falam de amores proibidos, celebrados, para sempre, no “rosto” da Viola, sem que mais ninguém, senão os dois amantes, soubesse a quem se dirigia a mensagem de amor. No Cavalete da Viola diz-se que estaria representado o “Açor”, pois reconhece-se a forma de um bico de pássaro e de um olho. Esta situação é comum a muitos modelos de Viola, mas não é exclusiva e obrigatória. Muitas vezes encontra-se as extremidades dos Cavaletes em forma de rabo de Baleia, ou, apenas, de forma angular ou quadrada, sem mais qualquer adorno.


No fundo do tampo harmónico os embutidos mais frequentes são os da “Flor-de-Lis”, ou da Lira. Há quem veja nessa “Flor-de-Lis” a reprodução da espiga de trigo, e, com isso, a representação do trabalho árduo dos campos, e há quem interprete como sendo a figuração das plantas, da natureza dos Açores. Outros vêem a forma de bigodes ou o relevo/recorte das Ilhas.

Estes embutidos variam de um construtor para outro, havendo exemplos de embutidos em forma de pássaro, peixes, montanhas, vaso de flores, ou outros, de acordo com a imaginação/marca de cada Construtor ou com pedidos directos dos Tocadores. A isto chamamos de personalização das Violas que é algo que acontecia no passado e continua a acontecer nos nossos dias. Quanto à abertura do tampo harmónico esta pode ser em forma de dois corações; com três corações entrelaçados (viola de 5 bocas); com duas liras a substituir os corações, ou com abertura circular. Uma outra interpretação, do cordão que une os dois Corações da Viola, aparece-nos ao rodarmos o instrumento 180 graus. As pessoas viam, nesse cordão, a forma de uma Coroa. Sendo Açorianos, interpretaram a mesma como representação da Coroa do Espírito Santo. As Festas do Divino Espírito Santo são as maiores Festas dos Açores, celebradas em todas as Freguesias de todas as Ilhas do Arquipélago. Ter esta “suposta” representação da Coroa no tampo da Viola é algo que acrescenta uma mística, respeito e solenidade ao instrumento que, em algumas Ilhas, aparece a acompanhar as Coroações, a distribuir Pensões, a fazer Peditórios para as Irmandades e outras funções consoante a tradição de cada local. Em relação ao espelho, como já referido no artigo da semana passada, o mesmo serviria para o Tocador se pentear ou para desfazer a barba antes de tocar. São estas algumas das crenças e visões populares em torno dos símbolos interpretados nos embutidos e pormenores de construção da Viola, que, não sendo considerados provas Históricas, são, sem dúvida alguma, formas de tornar a Viola ainda mais nossa, mais próxima dos sentimentos das pessoas e mais próxima das tradições dos Açorianos.


“Rasgueados, Ponteados e outras questões” A Viola da Terra tem uma enorme riqueza e diversidade nas nossas Ilhas. Desde aspectos diferenciados de construção, de repertório, de contextos onde é tocada, às diferentes técnicas de execução. Um Arquipélago pequeno, como o nosso, tem tratado a Viola com muito carinho, com muita diversidade e com abordagens técnicas que, sendo distintas, só contribuem para a sua valorização, bem como para a afirmação de que temos, um caso único, em toda a realidade nacional, de grande relevo na história das Violas de Arame. Nas Ilhas de Santa Maria e São Miguel a Viola é tocada (tangida, ponteada) recorrendo, apenas, ao polegar da mão direita. Quer isto dizer que a pulsação das cordas, com a mão direita, é efectuada apenas com o polegar, independentemente, da velocidade e dificuldade das passagens. Na Ilha das Flores a Viola é também tocada com o polegar, nos acompanhamentos (execução de acordes). Há um ou outro executante, naquela Ilha, que, sendo também tocador de Guitarra Portuguesa, utiliza o indicador para fazer os solos (ponteados) na Viola da Terra mas, o mais habitual, é que a execução seja com o polegar. No caso das Ilhas Graciosa, São Jorge e Terceira, a Viola é tocada com o indicador. Nessas Ilhas a melodia das modas é executada com o indicador ficando para o polegar a tarefa de tocar os baixos (ordens de cordas mais graves). É importante assinalar que em São Jorge, por exemplo, quando estão a fazer acompanhamentos (acordes), fazem-no de modo rasgado (rasgueado).

Há diferentes formas de aplicar a combinação da execução com o indicador (melodia) e polegar (acompanhamento, baixos, nota pedal) nestas Ilhas. Há executantes que utilizam o polegar de forma mais regular, “enchendo” a música que executam com melodia e acompanhamento quase em simultâneo. Outros executantes utilizam o polegar de modo mais pontual, tocando o “baixo” em momentos mais “dispersos” ao longo da melodia. Esta combinação é algo que varia, acima de tudo, de acordo com gosto pessoal e conhecimentos de cada um, não havendo uma forma de execução que se possa considerar mais correcta em relação à outra. O importante, a meu ver, é que se conheça, estude e explore estas duas formas de articulação entre os dedos e que se aplique da melhor forma de acordo com cada contexto musical. Nas Ilhas do Faial e Pico a Viola é tocada com a técnica do rasgado (rasgueado). A função de solar a melodia recai sobre o bandolim e o violino. Deste modo, à Viola, cabe o papel de dar o “ritmo” da música, de manter a dinâmica e vivacidade dos bailes. Há tocadores que referem que a Viola também faria e faz solos, pontualmente, mas que, no contexto dos bailes e serões de Chamarritas, a Viola é rasgada para melhor se afirmar e se fazer ouvir. O Corvo é a única Ilha na qual desconheço registos de executantes de Viola da Terra. Seria bom que alguns documentos aparecessem e pudéssemos chegar a algumas conclusões sobre a execução da Viola naquela Ilha, que, de momento, só podemos inferir, pela proximidade com as Flores, que pudesse ter as mesmas características.


Em relação a estas questões é de referir que a Viola, no passado e no presente, tocava e toca, às vezes, sozinha. A Viola, para se fazer ouvir, é tocada muitas vezes rasgada. Há registos, na Ilha de São Miguel, de tocadores no meio do baile, a dançar e a tocar, mas de modo rasgado, sozinhos, para conseguirem projectar o som da Viola e manter o baile vivinho. Havendo estas 3 técnicas tradicionais de execução (polegar, indicador e polegar e o rasgado) que, de modo generalista podemos identificar e atribuir a cada Ilha, a realidade é que o contexto de cada Ilha, de cada momento musical, dos conhecimentos de cada músico, podem condicionar e orientar para determinada execução, havendo, ainda, novas explorações técnicas do instrumento no presente, de acordo com as linguagens musicais que cada um revê na Viola, fruto das suas próprias influências. Independentemente disso, o conhecimento das técnicas originais e tradicionais é fulcral para o real conhecimento do instrumento. Temos ainda a questão das origens dos povos das nossas Ilhas, de proveniências diferentes, que também influenciaram a forma de se tocar as nossas Violas.

A Viola não se ensinava… aprendia-se! Já ouvi esta afirmação proferida por mais do que um Tocador da “velha” geração. O ensino da Viola, ao longo dos séculos, foi sendo feito por transmissão oral. Há quem denomine de “ensinar de ouvido”, “ensinar por imitação”, “ensinar ponto a ponto”. Havendo nomes diferentes de acordo com as expressões de cada local, o conteúdo e intenção são os mesmos. Nos nossos dias a transmissão oral continua a ser a principal forma de ensinar os instrumentos tradicionais portugueses. No entanto, em relação ao passado, a grande diferença será a de terem surgido Escolas de Violas, aulas em Associações Musicais e Culturais ou outras Instituições que passaram a promover o ensino destes instrumentos.


No passado não existiam Escolas de Violas. Não havia locais nas freguesias ou aldeias onde as pessoas se podiam dirigir para aprender estes instrumentos. O ensino era feito dentro da mesma família de Tocadores. Quem não tivesse alguém na família que soubesse tocar dificilmente teria acesso à aprendizagem. Mesmo nos casos entre familiares seria frequente não haver um momento de ensino propriamente dito. O pai poderia passar a noite a tocar mas não dedicar tempo a ensinar o filho. Como é que o filho aprendia? Vendo e ouvindo! Via, ouvia, fixava, memorizava auditivamente. Depois, na ausência do pai, lá experimentava colocar os dedos na Viola e produzir sons. Muitas vezes esse atrevimento de tocar na Viola do Pai resultaria numa chamada de atenção. Noutras casas os pais passavam esse conhecimento aos filhos ou outros familiares, alguns com mais paciência do que outros, dentro da “pedagogia” pessoal de cada um e do contexto de cada época. Alguns aprenderam comprando uma Viola e ouvindo tocar na rua, ou espreitando pela porta do vizinho, indo depois para casa experimentar, persistindo até conseguirem reproduzir um som que se assemelhasse ao que escutaram. Muitas variações que conhecemos, sobre o mesmo tema tradicional, surgiram devido à forma de aprendizagem de ouvido e ao ensino quase autodidacta de grande parte dos tocadores.

Esta atitude, perante a disseminação dos conhecimentos musicais de cada um, deve ser compreendida dentro de cada contexto. O Tocador era uma pessoa que tinha algum estatuto em cada freguesia pois sem ele não havia festa, não havia convívio e bailarico, facto que já referi em artigos anteriores. Ser convidado para tocar em alguma festa podia garantir mais alguma comida em cima da mesa para a família e até mesmo uma refeição oferecida fora de casa e isso era, em tempos de grande pobreza do nosso País, uma mais-valia para qualquer lar. Neste contexto é de compreender a grande resistência das pessoas em partilharem os seus conhecimentos quer ao nível do ensino quer ao nível de quaisquer registos. A aprendizagem acontecia fruto de muita força de vontade e persistência.


Felizmente que os tempos foram mudando e que alguns “Mestres” passaram a ensinar em Escolas de Violas. Desde os Grupos Folclóricos que tinham interesse em formar novos tocadores, a Casas do Povo e Sociedades Recreativas que queriam ter Escolas de Violas ou Tunas que fizessem apresentações musicais, os instrumentos tradicionais passaram a ser ensinados com mais regularidade. Ensinados por um tocador conhecedor do instrumento e do repertório e já com abordagens de ensino menos “restritivas”. A aprendizagem passou a estar ao alcance de mais pessoas, as próprias instituições passaram a adquirir instrumentos para emprestar aos alunos que não pudessem adquiri-los, e foi-se criando uma estrutura de continuidade na oferta do ensino destes instrumentos. Não há Escolas de Violas em todas as Ilhas dos Açores, mas tem-se assistido a um acréscimo de interesse dos mais novos em frequentar este tipo de cursos, fruto de um trabalho de divulgação da Viola cada vez maior, por parte de diversos músicos e algumas entidades. É de aproveitar o momento de grande dinamismo que vivemos com as nossas Violas para tentar potenciar, em todas as Ilhas, o aparecimento dessas Escolas. Hoje em dia há um trabalho muito sólido no ensino da Viola nos Conservatórios Regionais dos Açores (Terceira e São Miguel), com muitos alunos a frequentarem a disciplina e com um trabalho de registo em partitura, de mais de uma década, onde já se transcreveram e editaram para o ensino da Viola centenas de temas tradicionais. Estes registos permitem “imortalizar” as peças que foram sendo transmitidas durante muitas gerações, nota a nota, ponto a ponto, quebrando a cabeça, descabeçando as pontas dos dedos, mas num esforço que tinha e tem de existir para a preservação do nosso espólio musical, que é a mais importante linguagem cultural do nosso povo.


Andreia Sousa (1989- ), Com(Cordas), 2018


GALERIAS

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MiratecArts gere espaços galerias em empreendimentos locais na ilha do Pico: Casa das Tisanas (São Roque do Pico), Atlântico Teahouse (Madalena), e ainda a MiratecArts Foto_Galeria no edifício dos Bombeiros Voluntários da Madalena e uma sala no Estádio Municipal da Madalena como ponto de encontro para artistas nos festivais da associação e local de armazenamento. MiratecArts Galeria Costa é a propriedade principal, que foi doada à associação para o desenvolvimento de arte na natureza.

Um programa de residência artística dedicada à exploração das pedras basálticas vulcânicas da ilha do Pico. Escultura, instalações, land-art e muito mais... PedrArte is an artistic residency program based on the vulcanic basaltic rocks in Pico island, Azores. Sculpture, installations, land-art and much more...

MiratecArts manages various spaces as gallery exhibition hot spots. Our main property, a donation that was made to the organization for development of art in nature, is MiratecArts Galeria Costa. Proposals welcome.

(Casa das Tisanas)

ROTEIROS Para além da MiratecArts Galeria Costa, que é visitável 24 horas, a associação desenvolve e construiu 3 roteiros para apoiar os visitantes e residentes à ilha: Sorrisos de Pedra de Helena Amaral na ilha do Pico, Madalena Roteiro de Arte Pública e Moinhos do Pico.

Inspire-se na montanha / pirâmide mais alta do Atlântico Norte, montes de rochas "maroiços", marcas na natureza que não têm explicações concretas e deixe a sua imaginação ir além fronteiras neste programa de residência. Comece com um fim de semana de programação para preparar suas próprias conclusões através da arte sobre as histórias ou mito da Atlântida. Conferência, viagens a grutas e outras referências atlantidas serão apresentadas. Be inspired by the highest mountain/pyramid in the mid-Atlantic and rock structures known as "maroiços", carvings that have no concrete explanation, and let your imagination run wild in this residency program. Get set to build your own conclusions on the stories and myths of the land through art during one-weekend of programming. Conferences, trips to caves and other Atlantis-related activities will be provided.

In addition to MiratecArts Galeria Costa, which boasts its own art route throughout the 24,000-square metre property that can be visited 24 hours a day, MiratecArts has built three distinct public art routes: Smiling Stones by Helena Amaral and Pico Windmills Route around Pico island, and Madalena Public Art Route.

ROTEIRO DE ARTE PÚBLICA PUBLIC ART ROUTE

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Pieter Adriaans (1955- )

4 tocadores de viola da terra, 2014

Renato Bettencourt, 2019

Domingos Rebelo (1891-1975)

Retrato de FamĂ­lia, 1937

Luis Brasil, 2019 Victor Câmara (1921-1998)

Dia da Romaria, 1953

O Homem e a Viola, 1951


FESTIVAIS DRACONTOS é um ciclo de contadores de histórias da diversidade cultural, um conceito que MiratecArts desenvolve com RJ Anima. This project presents a cycle of culturally diverse storytellers.

Montanha Pico Festival O mês de janeiro acolhe o festival de artes de inverno a celebrar a temática de montanha. Por toda a ilha, haverá mostra de arte, de cinema, encontros de artistas e o Chá na Casa da Montanha do Pico onde se acolhe o público de todas as idades. Propostas de arte e aventura na temática de cultura montanhosa são bem vindas. The festival welcomes proposals for art and adventure in the mountain culture theme.

Azores Fringe Festival O festival internacional de artes acontece durante o mês de junho por todo o arquipélago. Artistas fazem proposta de desenvolvimento, pesquisa, apresentação ou criação. Tudo relacionado com a cultura artística é bem vindo. Esta é uma grande oportunidade para experimentar algo novo ou mesmo arriscar mais com a sua arte. Vamos ao Fringe nas 9 ilhas dos Açores. All artistic proposals welcome through the application available online. Let´s Fringe in all 9 islands in the Azores.

Azores Birdwatching O objetivo do festival é promover a prática da observação de aves e fomentá-la, de forma educativa, através de uma dinâmica criada por intermédio das artes. Propostas de participação que enquadre na temática são bem vindas. The purpose of the festival is to promote the practice of bird watching and to foster it, in an educational way, through a dynamic created through the arts. Participation proposals that fit within the theme are most welcome.

CORPO Body ArtFest É para pinturas corporais, faciais, criaturas SFX, piercings, tatuagens e toda a arte onde o nosso corpo é a tela. Bodypainting, facepainting, SFX creatures, piercings, tattoos and everything else where our body is the canvas.

AnimaPIX O festival de animação do Pico aceita propostas de filmes de animação para todas as idades. AnimaPIX acontece em dezembro nas escolas da ilha e em salas para público em geral. Animation festival welcomes proposals for programming that caters to school children and general audiences.

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Cordas World Music Festival A ilha do Pico, no meio do Oceano Atlântico, recebe instrumentos musicais de cordas e artistas de todo o mundo em locais que vão desde o jardim, gruta, cratera vulcânica, piscinas naturais, santuário de dragoeiros, um palco central e o novo auditório contemporâneo na vila da Madalena. Propostas de artistas são bem-vindas a solo, duos, trios e bandas que são 100% instrumentos de cordas. Pico island in the middle of the Atlantic Ocean welcomes string-music instruments and artists from around the world in venues that range from a garden, a cave, a volcanic crater, natural pools, dragon tree sanctuary, centre square stage and the new contemporary auditorium in the town of Madalena. Artist proposals are welcome, from solo, duos, trios and bands that are 100% string instruments

o festival de artes em casas rurais

VISITARTE O festival de artes em casas rurais. The arts festival in rural homes.


Campanha Dia da Viola da Terra MiratecArts lançou uma campanha de promoção para o Dia da Viola da Terra que inclui MUPIs, cartazes de rua, cartazes online, banners, inserções em jornais e online sites. Se desejas ajudar, podemos mandar os ficheiros para a vossa entidade partilhar e imprimir para colocar no seu gabinete, escola, salão, centro cultural, Casa dos Açores... todos juntos pelo património! (+351) 963639996 info@mirateca.com

www.diadavioladaterra.com

GOFUNDME

MiratecArts Galeria Costa é a propriedade da associação cultural, sem-fins-lucrativos, gerida voluntariamente na ilha do Pico, Açores. A casa de pedra na entrada necessita de obras para podermos abrir suas portas e todos desfrutarem de um centro de acolhimento, galeria, e sala de estar com informação sobre a propriedade, os artistas e suas obras, as plantas e árvores e muito mais de arte na natureza. Ajude-nos a angariar os fundos para arrancarmos com as obras! www.gofundme.com/miratecarts-galeria-costa-entrance-home Obrigado aos primeiros apoiantes: Adelina Ferreira, Ana Maria Fortuna, Manuel Azevedo, Steven Vieira.


ComunicarAtitude , Lda.®

RNAVT: 4313

www.fontetravel.com +351 292 679 505 info@fontetravel.com

Destiny Management Company (DMC) specialized in the Triangle, The Azores, a cluster of three islands: Fayal, Pico and São Jorge. Agência local especializada na oferta turística do Triângulo: Faial, Pico e São Jorge.


Pre-booking required

+351 912 533 243

GUIDED TOURS WINE TASTING WINE&TAPAs Get to know the history of our wines, and become part of it. Avenida Padre Nunes da Rosa, nยบ 29 9950-302 Madalena Pico - Aรงores geral@picowines.com www.picowines.com

+351 912 533 264 / +351 292 622 262



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