Revista Aliança - Agosto/Setembro 2018

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Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Ele está no meio de nós Agosto e Setembro/2018 - nº 184 - ano XVI

Ele está no meio de nós



O Movimento Eclesial Aliança de Misericórdia é uma Associação Privada de Fiéis, com sede na Arquidiocese de São Paulo, cuja identidade se encontra em sua Palavra de Vida “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu, enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres...” (Is 61, 1-2 e Lc 4, 18-19). O Movimento está presente em mais de 60 cidades do Brasil e outros 7 países (Bélgica, Itália, Polônia, Venezuela, Portugal, República Dominicana e Moçambique), através da adesão dos membros a um dos Elos de pertença.

Oceano de Misericórdia

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Voz da Igreja

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Toque de Misericórdia

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Revolução da Ternura

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No âmbito religioso a Aliança de Misericórdia acolhe e une as forças de homens e mulheres, celibatários e casados, leigos e clérigos, que, de várias formas e níveis, chamados por Deus, tornam-se “filhos da misericórdia” para evangelizar as ovelhas perdidas (cf. Lc 15, 4-7), confiantes na potência do Espírito Santo, realizando todas as obras de Misericórdia que as próprias forças permitirem. Unido aos trabalhos de evangelização, o Movimento realiza diversas obras sociais junto à população carente das periferias e  r u a s ,  c onju ga ndo  h a r mon io s a ment e evangelização e caridade como faces de uma só moeda, e sendo reconhecida juridicamente como entidade de utilidade pública em âmbito municipal, estadual e federal.

Evangelizar para Transformar

Noticias

Caná - Famílas para Deus

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Espaço Jovem - Geração Acordi

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Palavra do Mês

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Saiba mais em nosso site: www.misericordia.com.br Mensagem

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ASSOCIAÇÃO ALIANÇA DE MISERICÓRDIA CONTRIBUA AJUDANDO-NOS A RESGATAR VIDAS!

Associação Aliança de Misericórdia CNPJ: 04.186.468/0001-73 AG. 0036 | C/C 64921-8 AG. 3137-2 | C/C 40596-5 AG. 3372 | C/C 130007013 AG. 2815-0 | C/C 16013-X

Fundadores: Pe. Antonello Cadeddu e Pe. João Henrique Presidência: Pe. Custódio, Mary de Calcutá e Pe. Evandro Coordenação de Comunicação: Guilherme Augusto e Bruno Martins Editora: Jaqueline Sampaio Diagramação: Aline Araujo, Bianca Sousa, Edson Coelho, Fabiana Peixoto Fotos: William de Oliveira Fotolito e Impressão: Lumengraf Tiragem: 7.000 exemplares - Periodicidade Bimestral Endereço: Rua Avanhandava, 616 - Bela Vista - 01306 - 000 São Paulo/SP Tel./fax: (11) 3120-9191 E-mail: revista@misericordia.com.br Foto da Capa : Idosos Morada Nova Luz


Oceano de Misericórdia

Bruna Mariana do Crucificado Missionária da Comunida de Vida

“Mas vem a hora - e é agora - em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em Espírito e em Verdade, pois tais são os adoradores que o Pai procura” (Jo 4,23). “A nossa oração feita vida e a nossa vida feita oração, no sim de cada dia, no dom aos irmãos, no sermos “um” “...para que o mundo creia” (Jo 17,21) (...). Trazemos até a Eucaristia a vida dos homens unida à nossa pobre vida, quilo que somos e aquilo que não somos, aquilo que gostaríamos de ser e o gemido do universo e da história(...) Seremos íntimos da Eucaristia adorada e guardada em nossa casa. O silêncio do

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diálogo e do olhar mudo guardará os segredos do grande Rei. Que o Senhor seja a única fonte da nossa alegria e da nossa confiança. Alegria e confiança que brotam do compromisso maduro e adulto de traduzir em vida a sua Palavra, doce e amarga, terna e dura, suave e forte: “Vinde a mim vós todos que estais cansados e oprimidos sobre o peso do vosso fardo e Eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas, pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11, 28-30). (No Oceano da Misericórdia Infinita).

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IDENTIDADE Os Adoradores da Divina Misericórdia são a expressão do amor misericordioso de Deus, representados pela cor amarela. São irmãos e irmãs que consagram a própria vida à contemplação, vivendo e expressando de forma radical a prioridade da oração como fonte de toda nossa vida apostólica. Eles serão fermento e estímulo para que o Movimento todo permaneça vigilante na oração, sendo uma verdadeira casa e escola de oração para todos e lugar de restauração espiritual. A missão dos Adoradores da Divina Misericórdia é permanecer aos pés


da Eucaristia, (conforme seu estado de vida, nos diferentes elos e cidades onde se encontram), em intercessão pelo Movimento, pela Igreja e por toda humanidade. QUEM SÃO OS CHAMADOS Todos somos chamado à intimidade com Jesus Eucarístico, numa vida de adoração e oração pessoal. No entanto, como Adorador da Divina Misericórdia, há de se sentir um impulso interior à vida contemplativa, numa constante intercessão pela conversão da humanidade. São aqueles que escutam o grito das dores do mundo e se dispõem a ser socorro de Deus nas diferentes formas de atuação e evangelização. O adorador deve estar sempre à disposição da direção

que Cristo nos dá. Como adoradores, Deus alcança o mundo através de nós. COMO FAZER PARTE Toda pessoa que sente o desejo da vivência de uma vida mais intensa de oração, inseridas nos diferentes elos de participação do Movimento Aliança de Misericórdia, ou apenas como simpatizantes com o carisma, pode e deve sentir-se participante da cor amarela, inserindo-se em grupos de intercessão, grupos das Mil Ave-Marias, buscando um maior compromisso com a vivência das “5 pedrinhas” pedidas por Nossa Senhora: Meditação da Palavra de Deus, Confissão, Eucaristia, Oração do Rosário, Jejum, e das Obras de Misericórdia:

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Corporais: dar de comer a quem tem fome; dar de beber a quem tem sede; vestir os nus; dar pousada aos peregrinos; assistir aos enfermos; visitar os presos; enterrar os mortos. Espirituais: dar bom conselho; ensinar os ignorantes; corrigir os que erram; consolar os aflitos; perdoar as injúrias; sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo; rogar a Deus por vivos e defuntos.

Saiba mais em :

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Voz da Igreja

“São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede nosso refúgio contra as maldades e as ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente O pedimos, e vós príncipe da milícia celeste, pelo Divino Poder, precipitai no inferno a Satanás e a todos os espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas”. Quando estávamos em Atibaia juntamente com os padres para o discernimento do início do Movimento Aliança de Misericórdia, São Miguel esteve presente. Durante a missa em que os padres João Henrique e Antonello estavam dizendo “sim” para dar início à obra, vela que estava sob o altar foi derretendo e a cera formou uma grande espada. Sentimos muito forte a presença do Arcanjo Miguel que nos dizia que estaria junto para combater conosco. Foi uma grande festa para todos nós presentes! E desde sempre São Miguel foi e é muito presente em todo a Aliança de Misericórdia, e uma das formas desta devoção é a “Quarentena de São Miguel” que inicia no dia 15 de agosto e termina dia 28 de setembro na véspera da sua festa. Depois de cada celebração, rezamos a oração: São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate... e na oração que rezamos após cada dezena do terço: [“Imaculada do Espírito Santo, pelo poder que o eterno Pai te deu sobre os anjos e arcanjos enviai fileiras de anjos com o

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chefe São Miguel arcanjo para livrar-nos do maligno e curar-nos, amém”. ] Nos encontros de cura e libertação ou em algum momento de oração, sempre peço a intercessão de São Miguel, porque sei que ele está presente nos ajudando a combater, a interceder por nós para que a libertação, e cura aconteçam. Logo no início da Aliança, estava voltando de carro, porque tinha ido a uma padaria buscar o pão, parei no sinal e o vidro estava aberto, quando senti um homem do lado do carro colocando um canivete no meu pescoço pedindo para passar tudo. Na hora não pensei em nada, mas invoquei a presença de São Miguel e tive a força para dizer a este homem que eu não tinha nada, só pão e que era missionária e que a Aliança cuidava de pessoas que moravam na rua como ele. Este homem baixou o canivete e disse que estava com fome e frio, eu respondi: “espera aqui que vou buscar comida para você”, lembro que fui até a Casa Cenáculo, onde morava Pe. Antonello, peguei blusa de frio e comida e voltei para o local rezando a oração de São Miguel, com muito medo, mas sabia que podia contar com a proteção dele. Chegando no lugar, o homem estava lá me esperando e disse: “Ninguém nunca fez isto por mim!”.

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Miguel, este nome deriva do hebraico “Mikha’el” (Quem como Deus?), o seu culto nasceu no Oriente nos primeiros tempos do cristianismo. Já no Oriente, em particular no Gargano (Itália), no Monte Sant’Ángelo, existe o santuário dedicado a São Miguel. Conta-se que no séc. V o Arcanjo apareceu 3 vezes para o bispo de Siponto, Lourenço Maiorano, transmitindo a seguinte mensagem: “Eu serei o guardião vigilante desta gruta e nela serão perdoados os pecados dos homens”.O bispo, depois da terceira vez, resolveu ir até o local que parecia no sonho e se deparou com a gruta que tinha um altar construído de pedra. Acredita-se que seja a única igreja não consagrada pelas mãos humanas. A devoção ao Arcanjo Miguel começou por volta do ano 500 e o santuário teria sido consagrado pelo próprio Arcanjo Miguel. Desde a Idade Média, o lugar virou um santuário de peregrinação que recebe devotos do mundo inteiro. Uma quarta aparição teria sido em 1656, quando o arcanjo salvou a cidade da peste. Eu tive a graça de conhecer o Santuário e realmente é uma gruta maravilhosa. Para chegar, até ela é necessário descer vários degraus e quando se chega experimentamos uma força que invade a

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alma e uma forte presença do Arcanjo Miguel. Visitando a cidade, escutei várias histórias e uma delas é que Pe. Pio sempre visitava a gruta para orar e quando tinha uma pessoa que precisava de uma libertação, ele ia com a pessoa para orar diante a imagem de São Miguel colocada perto do altar de pedra. Realmente ele é o guardião vigilante da gruta, como disse na mensagem enviada ao bispo. “Houve uma grande batalha: Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão. O dragão também lutou, junto com seus anjos, mas foram derrotados e não houve mais lugar para eles no céu” (Ap 12,7-8). A grande força de São Miguel está na sua certeza e docilidade ao Senhor, por isto ele vence a serpente. Quem como Deus? Ninguém como Deus! Miguel é constituído guardião e protetor da Igreja. “Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande chefe, o protetor dos filhos do seu povo” (Dn 12,1). Peçamos sempre a proteção de São Miguel! Ele combate por nós!

Eveline Pio Missionária da Comunidade de Vida

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Toque de Misericórdia

Ponte de Misericórdia NA

NICA

REPÚB

CA DO MI

LI

NA

No dia 18 de fevereiro, com a graça de Deus chegamos à capital da República Dominicana, Santo Domingo. Fomos acolhidas com muita alegria pelos jovens do Movimento. Em 2010 os irmãos da missão de Portugal começaram um contato com o país e a partir de 2013 passaram a ser realizados alguns encontros como Thalita Kum e Ruah. Esses jovens que conheceram o nosso carisma desejavam se aprofundar, solicitaram uma presença mais ativa da Aliança e a nós foi dado esse presente, inicialmente para este primeiro semestre de 2018. Estão sendo dias maravilhosos de conhecimento, adaptação e vivência profunda do nosso carisma, com a oportunidade de descobrí-lo em cada irmão que até então não conhecíamos.

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Semanalmente nos encontramos para formação, evangelização, partilha e oração com um grupo (cerca de dez pessoas) que caminha para se tornar Comunidade de Aliança. Paralelo a isso, juntamente com eles estamos conhecendo a Igreja, sacerdotes e realidades pastorais. Somos sempre convidadas para fazer pregações, atender diálogos, aconselhamentos, visitas e orar pelas pessoas que constantemente nos solicitam. Sentimos aqui, de maneira especial, o chamado a sermos “Ponte de Misericórdia”, promovendo a unidade na diversidade cultural. Comprovamos a autenticidade do nosso carisma, pudemos encontrá-lo no coração de muitas pessoas que já sonhavam e desejavam viver aquilo que

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ele é. Ainda não temos um corpo, casa ou uma estrutura formada, mas sentimos o mover de Deus para a realização do seu sonho com o nosso carisma para este país que é maior do que podemos imaginar. De fato, não há nada que possa nos separar do amor de Deus (cf. Rm 8,39). Diante dos desafios, estamos dispostas, sonhando e principalmente seguindo as direções dadas por Deus, confiando no Seu amor e na Sua providência que sempre se antecipa e vem ao nosso encontro.

Bella e Letícia Missionárias da Comunidade de Vida


Revolução da Ternura

O papel do pai

na educação dos filhos Enquanto escrevo este texto, escuto meu filho mais novo conversando com o pai, ao mesmo tempo que os dois mexem no carro. Ele só tem 3 anos, mas vejo o quanto esse pequeno gesto fará diferença em toda sua vida. A mãe é aquela que acolhe, dá carinho, afeto e está intimamente ligada ao filho desde sua concepção até os primeiros anos de vida. Mas o pai... ah, o pai!!! Como sua figura é importante! Ele é o herói, é aquele que com apenas um olhar transmite tanto o amor, como o limite ao filho. Seu papel vai muito além dos cuidados físicos, ele exerce influência na estrutura psíquica da criança e no seu processo de desenvolvimento. Sua missão é dar aos filhos o limite que eles tanto precisam para enfrentar o mundo e a vida que os espera. Sua figura é a referência a quem recorremos ao longo da vida quando precisamos tomar uma decisão ou fazer algo que não sabemos. “O que meu pai faria nessa situação?” ou então “Tenho um bom caráter porque meu pai era um homem responsável e honesto”. E tantas outras conclusões e questionamentos que fazemos encontrando a resposta na figura paterna. Se não existe a presença do pai biológico, esta deve ser substituída por outra pessoa, um padrinho, um tio ou quem quer que seja que imponha limites à criança e seja presente em sua vida. Isso, sem dúvida, gera confiança e segurança em saber que tem a quem recorrer, alguém que me ensina o que é certo e o que não me fará feliz. Talvez seu pai não tenha sido um bom pai e não te traga boas recordações os momentos que viveram juntos, mas o que importa é que Deus o escolheu para te dar a vida. Através do pai e da mãe viemos ao mundo e isso deve ser motivo de gratidão. Com o sim de meu pai estou aqui e isso basta pra mim, mesmo que ele não tenha correspondido às minhas expectativas ou sido um bom pai. Não fosse por ele, eu não existiria e nem meus filhos existiriam. Passaria aqui

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dias falando sobre a gratidão que devemos ter com nossos pais, tamanha a importância desse sentimento para que a família continue seguindo seu curso de geração em geração, lembrando daqueles que vieram antes, nossos antepassados, como pessoas que lutaram à sua maneira para que seu legado fosse deixado aos seus filhos, netos e bisnetos. Se fizeram ou não um bom trabalho, isso não cabe a mim julgar. Mas posso mudar minhas atitudes e fazer diferente. Não é porque não tive um bom pai que preciso repetir a história com meus filhos. Sou mãe, mas tenho um pai que foi e continua sendo a maior presença de amor em minha vida. Alguém que me ensinou até onde vão meus limites e a respeitar os direitos dos outros. Sua voz firme me trouxe a firmeza de que preciso para enfrentar a vida e seus abraços apertados me deram a segurança de que sempre fui amada e poderia seguir em frente com minhas próprias pernas, onde quer que fosse. Da mesma forma, agradeço a Deus por ter dado um pai maravilhoso aos meus filhos. Um pai presente, que participa do dia-a-dia deles, brinca junto, conhece seus gostos e lhes ensina que existe um tempo certo para cada coisa. Sei que desenvolver essa convivência não é tão fácil, exige tempo, disponibilidade e até sacrifícios. Mas vale a pena! Um dia eles olharão para trás e serão gratos por tudo o que você passou para vê-los crescer com sabedoria e dignidade. Não perca tempo PAI, nunca é tarde para recomeçar e mostrar ao seu filho o quanto você o ama e o quanto ele é importante. E lembre-se, com atitudes, muito mais do que com palavras, seu exemplo mostrará a ele que vale a pena seguir em frente. Patricia Marques Psicóloga Clínica

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Evangelizar para Transformar

o ã s s i M e t n a r Itine

Deus e seu documento, e vão seguindo na direção em que a Providência os levar! Eles contam com caronas dos carros, ônibus e até de caminhões e por onde passam, espalham as sementes do Evangelho e da Paz! Se tornam no mundo profetas da esperança alcançando a TODOS que encontram pelo caminho!

Durante o período da formação inicial, a Aliança propõe aos jovens que estão no Noviciado (2º ano de formação), uma experiência profundamente evangélica conhecida como Missão itinerante. São dez dias em que os missionários revivem com intensidade as Palavras de Jesus no Evangelho: “Convocando os Doze...enviou-lhes a proclamar o Reino de Deus e a curar. E disse-lhes: não leveis nada para a viagem” (Lc 9, 1.2.3).

São inúmeras as experiências que vivem! Desde o cuidado amoroso do Pai do Céu que não deixa de cuidar de Seus filhos (e muitas vezes os sinais da Providência chegam

Os jovens e alguns voluntários que se propõem a fazer esta experiência, saem de casa apenas com a Palavra de

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a constranger!), até a resposta que estes missionários se tornam na vida de tantas pessoas que, em meio à fortes sofrimentos, esperam um sinal de que Deus está com eles e não os abandona!

Uma senhora que acolheu os missionários em sua casa e que estava enfrentando uma situação muito difícil em sua vida pessoal, disse a um deles: “Vocês não precisam pregar o Evangelho, a vida de vocês já fala de Deus, que Ele nos ama e que não nos esqueceu”. Este é o objetivo desta missão! E assim, continuamos seguindo os passos de Jesus nesta terra, sendo sal e luz, testemunhas de que a Misericórdia é a grande resposta para o nosso mundo hoje!

Esta experiência é vivida em um espírito de profundo abandono e confiança, e ao mesmo tempo, inflamada pelo fogo do amor que os leva a anunciar o Reino de Deus e a Sua Misericórdia, desejando chegar até aos confins do mundo, custe o que custar! Este ano, os missionários chegaram desde a Bahia até Santa Catarina!

Marina Helena Missionária na Comunidade de Vida

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Notícias

Notícias

Congresso Jovem reúne jovens de diversas cidades do Brasil Nos dias 30/06 e 01/07 aconteceu em São Paulo, o Congresso Jovem da Geração Acordi, que reuniu cerca de 900 jovens no sábado, chegando a mais de mil pessoas até a Missa de encerramento, no domingo, que foi presidida pelo fundador da Aliança de Misericórdia, Pe. Antonello. O tema deste ano foi: “Eu vim trazer fogo à terra” (Lc 12,49), passagem bíblica onde está centrada a experiência da Geração Acordi. Um jovem acordado pelo amor do Pai, que baseia sua vida no ideal de Jesus – o Reino de Deus – sente-se inflamado pelo mesmo amor que O consumiu

5ª edição do Congresso das Mulheres reúne 800 participantes

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nesta terra, e assim transforma os lugares por onde passa, incendiando com esse Amor. Por fim, o Pe. Leandro, responsável pelo caminho espiritual da Geração Acordi, disse: “Cada jovem que volta para a sua cidade volta com o coração inflamado para anunciar o fogo do Amor do Pai para tantos que ainda não conhecem. A Aliança de Misericórdia e a Geração Acordi querem ser este fogo que incendeia o mundo. Agradecemos muito a Deus por tudo que nós vivemos e vamos com toda confiança porque a aventura só está começando!”.

Aconteceu o 5° congresso para mulheres na Aliança de Misericórdia, nos dias 16 e 17 de junho, com o tema “Mulheres segundo o coração de Deus”. O evento reuniu cerca de 800 mulheres e das pregadoras Alessandra Santtos, da Missão Homens e Mulheres de Pentecostes de Belo Horizonte, e da cantora Eliana Ribeiro.

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O encontro começou no sábado à tarde com Alessandra Santtos enfatizando os principais aspectos da mulher de Deus, livre de estereótipos e cada vez mais semelhante ao que o Senhor pensou. Brincou com as vaidades típicas femininas e levou cada mulher a enxergar a perfeição com que Deus criou a mulher.


Aliança inaugura casa de acolhida para idosos em Piracicaba Aconteceu em Piracicaba, no último domingo (08), a inauguração da nova casa para idosos, após um ano de obras. Desde o início dos trabalhos de acolhida a Aliança de Misericórdia atende pessoas de todas as idades, e era um desejo antigo ter uma casa de acolhida totalmente adaptada para os idosos, coisa que os nossos recursos limitados até então não nos permitiam. Porém, graças a ajuda de diversas pessoas, amigos e benfeitores a Casa para Idosos Sr. Ernesto foi inaugurada num clima de muita alegria e gratidão. A Missa de ação de graças contou com a presença de aproximadamente 700 pessoas, entre acolhidos e familiares, amigos, benfeitores e missionários; todos uma só família para louvar a Deus por tanto amor.

No domingo ela falou sobre a mulher cheia do Espírito à partir da palavra “O Espírito do Senhor está sobre mim” (Lc 4, 18-19). À tarde Eliana Ribeiro falou sobre as mulheres no Antigo Testamento e de como, de modo novo, Jesus se relacionava com elas. Enfatizou o relacionamento dele com a samaritana e Maria Madalena levando muitas mulheres às lágrimas.

Logo após a Missa os padres saíram para a benção e o corte da fita da nova casa ao som da canção Bem aventurado, da Geração Acordi. A confraternização seguiu-se com um delicioso almoço preparado pelos missionários e acolhidos. O nome escolhido para a Casa é uma homenagem a um dos nossos primeiros acolhidos.

Faleceu em 2017, deixando saudades, mas também fortalecendo o desejo de sermos sempre um com o próximo. Para a Aliança é muito belo poder acolher estes idosos, por vezes tão sofridos, dando a eles a possibilidade de uma morte digna, de sentiremse, mesmo que no fim da vida, filhos amados de Deus.

Antes de ser acolhido em 2001, Sr. Ernesto tinha o hábito de catar verduras descartadas por um supermercado, da Zona Norte de São Paulo. O gerente do supermercado aproximou-se de um dos missionários da Aliança, que de vez em quando ia até lá pedir alimentos, e falou da situação daquele idoso. Logo senhor Ernesto foi acolhido em nossa casa, incluído em nossa pequena família, tornando-se Filho da Aliança.

Depois, com o Pe. Rodrigo, conduziram um momento de coração de cura interior, que marcou profundamente a todos que estavam presentes. Todas a mulheres saíram de lá num clima de gratidão e louvor a Deus por todas maravilhas que Ele realizou no meio de todos.

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Caná - Famílias para Deus

Perseverança Diácono Paulão Arquidiocese de Belo Horizonte

“... A família é um bem de que a sociedade não pode prescindir, mas precisa ser protegida”. (AL 44)

A Amoris Laetitia continua sendo a nossa maior inspiração nesses dois anos em que foi lançada. Nela, o Papa Francisco nos exorta a anunciar o “Evangelho da Família, que é a alegria e a fonte de alegria para o mundo”. Mesmo reconhecendo que as famílias estão longe de serem consideradas perfeitas, o Papa dá graças a Deus, pois, pela vivência do amor, elas seguem em frente, vencendo as tantas barreiras, dificuldades e desafios que encontram.

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“A aliança de amor e fidelidade, vivida pela Sagrada Família de Nazaré, ilumina o princípio que dá forma a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da história. Sobre este fundamento, cada família, mesmo na sua fragilidade, pode tornar-se uma luz na escuridão do mundo” (AL 66).

Não são poucos os desafios. O mundo de hoje vive um processo de fragmentação acelerado. Tudo é para ontem, e com isso perdemos, muitas vezes, a capacidade de contemplar a beleza do amor, da natureza. Tudo corre veloz. Onde vamos parar? Não sei! Mas é preciso parar um pouco. Escutar a Palavra de Deus, sentar-se à mesa! E buscar a fonte da inspiração de toda essa alegria, que o Papa tanto nos fala. No mundo de hoje as pessoas desistem facilmente dos seus ideais. Jesus certa vez disse que precisamos ter coragem e não temer enfrentar as aflições que encontramos pela frente e que não são poucas. Nesse sentido é que entra a virtude da Perseverança. Quem espera sempre alcança! Em todas as famílias nós encontramos situações adversas. Sempre ouvimos falar de um filho, ou de alguém que se intitula “a ovelha negra da família”. Não podemos desistir de ninguém! Todos nós somos filhos amados de Deus e que em algum momento, talvez, tenhamos nos afastado do Verdadeiro Amor. Mas Deus quer nos abraçar com a Sua Misericórdia e nos devolver a alegria da vida, o sentido de viver. Santa Mônica orou 30 anos pela conversão de Santo Agostinho. Quando estava aflita, por não ver mudanças no seu filho, procurou o Bispo de Hóstia, Santo Ambrósio e lhe disse entre lágrimas o quanto sofria pelo filho que não se convertia e vivia afastado de

Deus. Santo Ambrósio lhe disse: “Não é possível que Deus não vá atender ao filho de tantas lágrimas”. Talvez, meus irmãos e irmãs, queridas famílias, vocês estejam passando pela situação de um filho ou parente nas drogas, no alcoolismo ou outras situações, mas não desistam! A vitória é certa! É preciso perseverar até o fim. Se não perseverarmos não veremos a Glória de Deus. É nesses momentos difíceis que precisamos fazer deles o nosso caminho de entrega a Deus. Eu também passei por uma situação semelhante na minha família, com meu irmão caçula, que vivia no vício do álcool. Mas fui perseverante na oração. Até que um dia ele me procurou e pediu ajuda. Lembro esse dia com muita emoção, pois nos abraçamos e choramos juntos. A partir desse dia, ele buscou a Deus e nunca mais bebeu. Isso já faz mais de 15 anos. Para Deus nada é impossível e sem Deus nada é possível. Precisamos retomar esse caminho de confiança em Deus. Na Amoris Laetitia há um rio de sabedoria e humanidade ainda ausentes no nosso dia a dia familiar, aquilo que o Papa Francisco chamou de Alegria do Amor. “A aliança de amor e fidelidade, vivida pela Sagrada Família de Nazaré, ilumina o princípio que dá forma a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da história. Sobre este fundamento, cada família, mesmo na sua fragilidade, pode tornar-se uma

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luz na escuridão do mundo” (AL 66). O Sacramento que recebemos através da Igreja é essa graça que nos dá força para perseverarmos até o fim. A Igreja tornase mãe, caminho, salvação para seus filhos, pois dentro dela está a Sagrada Família que infunde em todos os seus filhos a infinita Misericórdia de Deus. “O sacramento do matrimônio não é uma convenção social, um rito vazio ou o mero sinal externo de um compromisso. O sacramento é um dom para a santificação e a salvação dos esposos, porque “a sua pertença recíproca é a representação real, através do sinal sacramental, da mesma relação de Cristo com a Igreja. Os esposos são, portanto, para a Igreja, a lembrança permanente daquilo que aconteceu na cruz; são um para o outro, e para os filhos, testemunhas da salvação, da qual o sacramento os faz participar” (AL 72). Assim sendo, o que Jesus nos pede é a graça da perseverança. Ele também não desistiu do seu caminho e por isso pode nos salvar. Deus não tinha um plano B. Perseverou até o fim. Não desistam nunca de amar, de perdoar, de dar a vida pelo irmão, pois é esse o chamado que Deus nos fez através do Matrimônio Cristão. Um forte abraço a todas as famílias e que Deus vos abençoe com toda sorte de bênçãos espirituais.

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Você Sabia

QUE A ALIANÇA DE MISERICÓRDIA ALÉM DE TODO TRABALHO DE EVANGELIZAÇÃO TAMBÉM ATUA NO MEIO SOCIAL?


21 unidades de projetos e serviços de acolhimento para crianças, adultos e idosos em situação de rua ou vulnerabilidade social, onde foram atendidas mais de 50.000 pessoas, com aproximadamente 1.300.000 refeições servidas.

No ano de 2017 mantivemos

E boa parte destes projetos são mantidos com a ajuda de empresas com responsabilidade social e pessoas físicas que acreditam na causa e que conosco querem transformar vidas sendo +Aliança!

SE VOCÊ AINDA NÃO É, MAS DESEJA SER +ALIANÇA CONTRIBUINDO COM NOSSOS PROJETOS, ENTRE EM CONTATO CONOSCO! COM A SUA AJUDA, MUITO MAIS VIDAS SERÃO ALCANÇADAS E TRANSFORMADAS! Você pode contribuir mensalmente através do boleto, débito automático, transferência bancária ou pelo cartão de crédito e débito. Para isso, contate-nos; Telefone: (11) 3120-9158 | e-mail: maisalianca@misericordia.com.br ou envie-nos uma mensagem por WhatsApp: (11) 97149-5923 dizendo: “Eu desejo fazer parte do +Aliança!” e entraremos em contato com você! Se preferir, faça sua doação esporádica em uma de nossas contas:



Palavra do Mês

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (Jo 1,14)

Com esta Palavra, João revela o grande mistério da encarnação do Filho de Deus. Jesus, o verdadeiro Homem e verdadeiro Deus, mostra o seu ser “Filho do Pai eterno” na sua vida terrena, agindo e falando no nome do Pai.

Desde o tempo dos Juízes, antes do rei Davi, no Antigo Testamento, foi crescendo a compreensão de que no tempo teria chegado um Messias, o qual seria o rei e sacerdote do povo de Israel. Não devemos nunca esquecer que o pequeno povo judaico vivia no meio de grandes potências bélicas que tinham reis potentes que dominavam o mundo. Os judeus, perseguidos por estes povos guerreiros, lutavam e ansiavam pela liberdade e por uma terra próspera onde correria leite e mel em abundância.

Estas palavras parecem tão simples, mas, por trás, carregam um segredo, um mistério, uma verdade que, compreendida, transforma nossa vida. Seria melhor dizer que transformaria a nossa vida, porque o condicional diz uma realidade que nós devemos descobrir e viver.

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Com esta Palavra, João revela o grande mistério da encarnação do Filho de Deus. Jesus, o verdadeiro Homem e verdadeiro Deus, mostra o seu ser “Filho do Pai eterno” na sua vida terrena, agindo e falando no nome do Pai. Estas palavras parecem tão simples, mas, por atrás, carregam um segredo, um mistério, uma verdade que, compreendida, transforma nossa vida. Seria melhor dizer que transformaria a nossa vida, porque o condicional diz uma realidade que nós devemos descobrir e viver. Lentamente, foi se formando, também

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por meio dos profetas, a convicção de que Deus teria mandado um grande rei, um messias, que como o rei Davi, traria a paz e a prosperidade para a região. A ideia que se formou no tempo foi de um rei que, como os reis inimigos, teria sido um grande combatente, vitorioso, guiado pelo Deus. Ele teria conquistado não somente a região de Israel, mas também dominado as outras nações com o braço potente e a justiça e, finalmente, a paz teria chegado para eles. Esta era a mentalidade daquele tempo. Mas, devemos dizer com sinceridade que esta é também a nossa mentalidade, o pensamento da pessoa humana. Também

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nós, sem perceber, sem percebemos às vezes seguimos estas ideias. Queremos e procuramos um Deus forte, que vença tudo aquilo que é contrário ao nosso modo de pensar; um Deus que se coloque ao nosso lado na guerra, para eliminar quem é contrário ao nosso modo de viver. É claramente um Deus feito à nossa imagem e semelhança, para realizar os nossos interesses.

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (Jo 1,14). Dois mil anos atrás apareceu Jesus! No princípio era o Verbo e o Verbo era Deus, e Ele se fez carne como nós.


“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós”

(Jo 1,14)

Jesus revolucionou e revoluciona todo o pensamento que nós temos sobre Deus. • Ele podia nascer no palácio do Imperador Tibério, mas nasceu em uma gruta e foi colocado numa manjedoura; • Ele podia ser honrado pelos príncipes e sacerdotes do Templo, mas foi adoráLo um pequeno grupo de pastores, pessoas que naquele tempo não valiam nada, levando aquilo que tinham: queijo, ovelhas etc; • Ele podia ser formado culturalmente no Templo em Jerusalém, aprendendo sobre os segredos da Torá para tornar-se um grande escriba. Ao contrário, teve que fugir para o Egito e depois viver numa aldeia desconhecida da Galileia, chamada Nazaré; • Ele podia formar-se na arte da guerra para dirigir legiões e, depois, governar com a força da espada e da guerra. Mas, trabalhou como marceneiro, um trabalho que somente os pobres faziam. Que Deus é este que se apresenta assim aos judeus e a nós? Nós queremos grandes catedrais, imensos palácios onde se estude a teologia para formar grandes teólogos, cálices dourados e ricas casulas para celebrar a Missa. Exibimos crucifixos dourados no peito... ainda bem que Papa Francisco rejeitou tudo o que é rico e que manifesta poder! O Papa nos pede para voltar a viver a Palavra concretamente, abandonando o conceito que construímos de um Deus potente, abandonando a crença que somente os

católicos são perfeitos e que, infelizmente por isso, podem acabar com todos os cristãos e tudo o que não é cristão. Não quero afirmar que não precisamos de teólogos preparados, mas os teólogos, nós padres, que queremos ser só de Jesus, devemos aceitar viver numa pobre casa e com poucas coisas, amando a Deus em primeiro lugar... e os últimos?Jesus, o nosso Senhor Deus, quis mostrar com a vida que a única coisa importante é seguir a Palavra do Pai do Céu. Jesus aceitou viver como os pobres, ser rejeitado, chagado, chicoteado, crucificado, ficou coberto de chagas, teve misericórdia com os míseros. Foi considerado ladrão como os ladrões que colocaram crucificados ao seu lado, um à sua direita e outro à sua esquerda.

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (Jo 1,14). Ele viveu o que na teologia chamamos de kenosis, mesmo sendo Deus se fez o último de todos para levar Deus a todos. Ele, que era Deus, por meio da obediência, mostrou ser Filho do Pai, que ama quem é simples, pobre, sofrido, pecador. E nós? Será que percebemos a necessidade de dar um salto de qualidade, que devemos voltar ao primeiro amor para não sermos “vomitados por Deus” e não nos tornar como uma cana movida pelo vento, vivendo o anseio de buscar vantagem em todas as circunstâncias.

outros; prontos a viver exclusivamente a vontade do Pai, mesmo se devêssemos passar por sofrimentos e incompreensões. Até diria que somente se estivermos na cruz com Ele poderemos, com humildade, proclamar a Palavra. Por isso, não devemos ter medo de colocar-nos no último lugar ou de sermos criticados como pessoas que vivem fora da realidade do mundo. Olhemos os santos, como por exemplo, Pe. Pio. Vivia numa aldeia do sul da Itália. Ele não quis se mostrar, mas ser fiel ao chamado de Deus. Foi crucificado junto a Jesus também pela Igreja, mas não desistiu, continuou rezando, amando, aceitando as chagas físicas e espirituais. Agora ele é conhecido no mundo todo. Não procurou nem televisão nem rádio para tornar-se famoso, viveu somente a Palavra e Deus o exaltou pelo bem que fez para tantas pessoas. Chegou o tempo de viver como Jesus nos pede, para poder sermos verdadeiros profetas. Façamos um exame de consciência bem profundo. Olhemos quais são os ídolos e a imagem errada que temos do Messias e, finalmente, joguemos tudo isso no lixo para viver somente a verdade e ser Palavra viva de Jesus. O mundo está precisando disso. A nós, cabe a escolha.

Deve ser bem claro para nós que só podemos anunciar a Palavra de Deus se somos seguidores de Jesus, se estamos dispostos a tornar-nos pequenos pelos

Pe. Antonello Cadeddu Fundador da Aliança de Misericórdia

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Entre aspas

Dia do Padre “O Sacramento da Ordem é um dos dons mais belos que Nosso Senhor confiou ao mundo. Para o povo de Deus é um prolongamento da presença de Jesus que através do sacerdote continua a amar e cuidar dos seus.

Ser padre é uma oportunidade para amar mais a Deus e, consequentemente, servir melhor os irmãos, tornando-se um sinal vivo que a todo momento procura apontar o Céu para os que estão ao seu redor”.

Para mim, na pouca experiência de apenas 6 meses de Ordenação, ser padre é um presente, uma graça.

Pe. João Fenando

imerecida, um chamado que Deus me fez por bondade e misericórdia. Por isso, ao tomar consciência desta eleição, o coração se enche de amor e empenha-se em correspondê-lo. No Sacerdócio, essa união se dá na configuração a Jesus Cristo, impressa na alma no dia da Ordenação, mas que precisa ser buscada a cada dia na oração e no apostolado.

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“Em um texto de São João Paulo ll sobre o sacerdócio, ele diz que Deus não é iludido quando tira do meio do povo os seus sacerdotes. Quando escolheu Pedro foi em sua debilidade que ele pôs o selo sacramental da sua presença. Olho para traz e com os olhos de Deus sobre a minha história contemplo que realmente Deus me selou sacramentalmente, mesmo em minhas debilidades. Tem apenas alguns meses que fui ordenado e me sinto plenamente realizado: O homem se torna feliz quando se encontra com Deus e Ele o leva a encontrar-se consigo mesmo. Eu não sei porque Deus me escolheu em meio à tantas outras opções, um

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dia saberei. Mas enquanto esse dia não chega, eu quero fazer o que sei: ser bom padre, acolher a todos que consigo por meio do maior sacramento, o sacramento do amor”. Pe. André Jeferson

O que uma pessoa como eu, com menos de 6 meses de Ordenação Sacerdotal pode dizer sobre a pergunta, o que é para a pessoa do Rodrigo ser padre? De verdade, tenho muitas coisas a dizer que não caberiam nas páginas desta revista, por isso, abro o meu coração com você e lhe entrego nestas poucas palavras o que Deus, em seu desígnio de amor, a cada dia tem me ajudado a compreender. De modo particular, no cuidado com as pessoas à luz do texto bíblico do “Bom Pastor” e do “Bom Samaritano”:

Um dia desses em plena segunda feira, onde procuro descansar e rezar de maneira mais tranquila, uma pessoa me ligou dizendo que o pai de seu amigo ia ser sepultado e não tinha um padre para rezar com a família. Não tinha outro padre para ir! Tentei até resistir, mas no fim Deus venceu. Comecei a andar pela casa cantando: “Tu és sacerdote pra sempre”. Naquele dia compreendi com uma clareza maior o que significa ser padre, é não se pertencer mais, a ponto de ter uma convicção profunda, não sou mais eu que vivo, com minhas vontades próprias, mas é Cristo que vive em mim quando há uma ovelha clamando por misericórdia. Experiências como essas acontecem sempre. Quando você pensa que deu tudo de si na missão, o Senhor te surpreende, quando não é com o cheiro das ovelhas é com o grito de pessoas quase mortas no leito de um hospital aguardando a unção dos enfermos.

diante do Santíssimo Sacramento, pois o dia começa e encerra envolvido e

mergulhado no coração do Cristo, seja no despertar ao amanhecer pelo louvor, bem como estando com o Senhor para se completar o dia de empenho pelo Reino de Deus. Desde o nascer ao pôr do sol, cantando as misericórdias do Senhor, tendo o seu ponto mais alto a Santa Missa, onde no mistérios trinitário do Amor, sou abrasado no fogo de Deus que é a alegria da minha juventude”. Pe. Rodrigo Elias

Como o Pastor e o coração cheio de compaixão do samaritano, tenho com o auxílio da graça de Cristo procurado ser solícito no cuidado com as pessoas. Após rezar com as pessoas, seja no cemitério, bem como no hospital, o fim de tudo se encerra no silêncio da capela

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Rede Pelo Bem

ATIVISMO JUDICIAL: QUAL É Conscientizemo-nos e lutemos para FREAR o ATIVISMO JUDICIAL NO NOSSO PAÍS! Equipe Rede Pelo Bem Os defensores da Vida, da Família e da Justiça estão cada vez mais preocupados com uma estratégia perigosíssima que tem sido usada à serviço de pequenos grupos altamente financiados nos últimos anos, também no Brasil: o ATIVISMO JUDICIAL.

Mas o que seria isso? Podemos dizer que “o ativismo judicial é uma atitude, ou melhor, uma escolha de um modo específico e proativo que o Poder Judiciário possui de interpretar a Constituição, muitas vezes, expandindo seu sentido e seu alcance” .

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E qual é o problema disso? Sugere-nos Pe.Paulo Ricardo que “comecemos pela mais elementar das lições, compreensível até pelos rábulas: cada esfera do poder político tem as suas competências. Dizer o que é crime e o que deixa de sê-lo é atribuição regular não de quem julga, mas de quem faz as leis; não é tarefa de um tribunal, mas do parlamento; não cabe ao STF, portanto, mas ao Congresso Nacional. [...] Imaginem só se “a moda pega” e os juízes agora desatinam a julgar arbitrariamente, de acordo com a sua posição política ou ideológica: de que servirão as leis, senão para serem calcadas e lançadas ao lixo?”

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O PERIGO?

Andrea Medrado, pesquisadora do Observatório Interamericano de Biopolítica, nos lembra que “não alcançaremos a consolidação da democracia no país nem em lugar algum enquanto as instituições não funcionarem adequadamente. O ativismo judicial extrapola as funções do Supremo. Fala-se tanto em medo da ditadura, em manutenção da democracia, mas, com a extrapolação das funções do Supremo e os ministros se pautando na fala de que não devem satisfação a mais ninguém, o que se tem, de fato, é o medo muito bem fundamentado de uma ditadura da toga” .

Por fim, poderíamos concluir, até mesmo se não estivéssemos engajados na luta à favor da vida, como Paula Melo, que “é inegável a necessidade do Poder Judiciário, inegável também sua atuação e dever de não apenas cumprir as determinações ínsitas na Carta Maior, por vezes, agir ativamente para que seja tutelado direito. O que, de fato, fere e põe em risco a conjuntura político e social da sociedade é seu excesso, quando cria normas, adentrando na esfera legislativa; quando escolhe qual o tipo de política pública a ser adotada, agindo em detrimento da

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Administração pública; tais atos, por exemplo, desestabilizam o sistema organizacional do País, pondo em risco o princípio Democrático brasileiro” .

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Espaço Jovem - Geração Acordi

Algumas palavras que nos ajudam a compreender, por primeiro, o que é um ideal: “Enquanto não encontramos um ideal pelo qual valha a pena ‘gastar’ a vida, somos meros caminhantes sem destino certo, inquietos e perdidos na ausência de significado. Mas, quando descobrimos no mais íntimo de nós, aquele sonho que nos transcende e que nos faz ressurgir minuto a minuto, é ali que a vida ganha profundidade e os passos encontram a plenitude do sentido” (Francisco Galvão). A Geração Acordi é formada por jovens insatisfeitos! Insatisfeitos com a miséria moral, social, política que vivemos hoje; insatisfeitos com uma cultura do bem-estar que nos centra cada vez mais em nós mesmos e nos torna indiferentes, insensíveis ao sofrimento dos outros; insatisfeitos, por fim, com um cristianismo que muitas vezes pode se reduzir apenas ao conhecimento de um conjunto de verdades doutrinais

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que se traduzem em algumas práticas piedosas, devocionais, em alguma caridade, e nada mais. Diante disso, fizemo-nos a pergunta: Porque Jesus revolucionou o mundo? O que Ele fez? Como Ele viveu? O que significa – realmente – seguir Jesus? E somos convictos de que Ele nos respondeu: quero que vocês abracem o mesmo sonho, a mesma causa, o mesmo ideal, que Eu abracei nesta vida: o compromisso com o Reino de Deus! Então, porque o ideal da Geração Acordi é o ideal do Reino de Deus? Porque este foi o ideal do jovem Jesus enquanto esteve nesta terra! Ele viveu Sua vida profundamente orientado e comprometido com o projeto do Reino: “buscai em primeiro lugar o Reino de Deus” (Mt 6,33). O Reino de Deus era o anseio que consumia Seu coração: “Eu vim trazer fogo sobre

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a terra, e como gostaria que já estivesse aceso” (Lc 12,49). Que fogo é esse? É o fogo do Reino de Deus! Uma frase escrita no apócrifo de São Tomé, considerada um autêntico dito de Jesus por bons exegetas diz: “Quem está perto de mim está perto do fogo; quem está longe de mim está longe do Reino”. Esta relação de Jesus com o Reino de Deus é ainda hoje algo desconhecido para muitos cristãos, por isso, não é de se estranhar que muitos jovens não consigam compreender bem em que consiste, concretamente, viver o ideal do Reino de Deus! Contudo, os Evangelhos evidenciam essa relação com muita clareza! Ver por exemplo Mateus 9,35; Marcos 4,11; Lucas 8,1. Também os pequenos sumários que os evangelistas apresentam antes de narrar o chamado dos primeiros discípulos, indicam o “para que” Jesus os chama: para O ajudarem na missão


de anunciar o Reino de Deus (Mt 4,23; Mc 1,15; Lc 4,43)! Por fim, anunciar o Reino de Deus é o pedido explicito de Jesus ao enviar os discípulos para sua primeira missão itinerante: “enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar” (Lc 9,2; Mt 10,7). Embora Jesus nunca tenha dado uma definição precisa sobre o que é o Reino de Deus, é possível, através da sua vida, suas atitudes, seus ensinamentos, parábolas, captar concretamente em que consiste o anúncio do Reino de Deus: na transformação deste mundo velho num mundo novo! Na libertação total e estrutural da realidade de todos os elementos que a alienam: dor, ódio, injustiça, egoísmo, pecado, morte. Na realização de um mundo onde a fraternidade realmente aconteça: todos se reconheçam como irmãos, filhos do mesmo Pai. Um mundo onde todos possam viver com dignidade, justiça e paz. O Reino de Deus é o mundo

transformado definitivamente pelo amor misericordioso do Pai! Com Jesus, tudo se abala, o mundo nunca mais será o mesmo! Ele se entende como o iniciador dessa transformação querida e impulsionada pelo próprio Deus. Ela já começou! Jesus já pertence ao Reino! Ele mesmo é o Reino já presente! E para entrar neste Reino, Jesus propõe, antes de tudo, uma revolução interior: a conversão! É preciso mudar a maneira de pensar e viver a vida, assumindo a causa do Reino de Deus como valor absoluto: “quem não nascer de novo não pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3,3.5)! E o próprio Jesus é o “Homem novo”, o exemplo a ser seguido: a participação na nova ordem do Reino depende da aceitação ou rejeição de sua pessoa, da sua mensagem! E justamente por isso, o Reino de Deus não pode ser reduzido a um mero projeto de

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revolução social: toda tentativa de transformar a realidade alheia a ação de Deus será fracassada, como a história tristemente já demostrou inúmeras vezes! Conclusão: para quem deseja ser um autêntico cristão, é impossível separar Jesus do seu compromisso com o Reino de Deus! A pessoa e o projeto de Jesus estão fundidos! E é esta identificação profunda que a Geração Acordi quer levar a sério: como jovens apaixonados por Jesus, queremos nos consumir completamente por Sua causa. O sonho de Jesus é o nosso sonho! O ideal de Jesus é o nosso ideal! Portanto, quando dizemos que o ideal da Geração Acordi é o Reino de Deus, na verdade, o que estamos dizendo é que é Jesus o grande ideal da nossa Geração!

Pe. Leandro Rasera

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Mensagem

Mudar o coração, transformar o mundo! Na festa da Assunção de Nossa Senhora, celebrada no dia 15 de agosto, a Aliança de Misericórdia comemora a aprovação dos seus Estatutos. A primeira aprovação foi dada por Dom Cláudio Hummes, na época ,Arcebispo de São Paulo, há 13 anos. As palavras contidas naquele pequeno livro revelam a alma do nosso Movimento e a síntese do carisma que recebemos de Deus para apresentá-lo à humanidade. Poderíamos sintetizá-las em duas expressões: mudar o coração, transformar o mundo! Todo o bem feito pela Aliança só foi possível porque muitas pessoas tiveram a coragem de mudar seu próprio coração, deixando que a graça de Deus os fizesse homens e mulheres novos. Para isso, foi necessário lutar contra a corrente deste mundo marcado pelo egoísmo, pela indiferença e pelo comodismo daqueles que tentam diminuir a seriedade da mensagem cristã. O Evangelho é coisa séria, questão de vida ou de morte. Quando nos abrimos a esta mudança interior algo vai nos conscientizando que somos também colaboradores da transformação do mundo. Não estamos sozinhos nesta missão: Deus, nosso Pai de Misericórdia, está conosco! Com esse coração, desejamos agradecer a Deus por todas as graças derramadas em nossa família e por todo o bem que Ele mesmo nos permitiu fazer. E, juntos, rezar pedindo que Ele nos ilumine para um momento importantíssimo que viveremos juntos: a 5ª Assembleia Geral da Aliança de Misericórdia, de 29 de outubro à 4 de novembro de 2018. Que o Senhor conduza os nossos passos...

Pe. Custódio Presidente da Aliança de Misericórdia


AGENDA

Vigília MMAE Primeira Sexta-feira do mês | 22h-05h Em todas as cidades onde a Aliança está presente

Encontro Thalita Kum Santa Barbara/SP - (19) 9819-47736

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Missa dos Amigos Rio de Janeiro/RJ - (21) 3149-7334

24 á 26

Encontro Thalita Kum Rio de Janeiro/RJ - (21) 3149-7334

25 e 26

Encontro Caná Manaus/AM - (92) 9495-0516

25 e 26

Encontro Caná São José dos Campos/SP (12) 99752-5986

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Missa dos Amigos São Paulo/SP - (11) 3120-9191

Avivamento São Paulo/SP - (11) 3120-9191

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Encontro Caná Pedreira/SP - (15) 99774-4392

22 e 23

SETEMBRO

AGOSTO

18 á 19

INFORMAÇÕES

JAM Primeiro Domingo do mês | 09h Em todas as cidades onde a Aliança está presente Missa da Misericórdia Fraternidade Davi Toda Quarta-feira | 19h30 Rua Padre Bruno Ricco - 272 São Paulo/SP Mais informações: (11) 97449-9926 Missa da Misericórdia Botuquara Toda Terça-Feira | 20h Casa IES - Botuquara - São Paulo/SP Mais informações: (11) 3943.3725 Missa da Misericórdia Belo Horizonte Toda Terça-Feira | 19h30 Rua Madre Gertrudes Comensoli Belo Horizonte/MG Mais informações: (31) 3658-0371 Igreja Nsa. Sra. da Boa Morte Missa: Segunda a Sexta às 18 6ª às 12h | Sáb. às 15h Dom. às 10h e 18h Segunda: Grupo Pe. Pio às 19h30 Quinta: Missa da Misericórdia às 19h30 Sexta: Atendimento de Oração das 14h30 às 17h30 Fraternidade Pe. Cícero Quarta às 19h Sítio Venha Ver, 420 - Bulandeira - Barbalha/CE Casa São João Batista Dom. às 10h Sítio Riacho do Meio S/N, Dist.Caldas Barbalha/CE

Saiba mais: /iesmisericordia @iesmisericordia @aliancademisericordia /aliancamisericordia www.misericordia.com.br



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