SER MISERICÓRDIA #7

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DEZEMBRO2014 #7

PÁG. 10 ENTREVISTA COM PE. JAIME MARQUES O NOVO CAPELÃO DA SCMA

PÁG. 16 NOVA VALÊNCIA CRECHE RAINHA D.LEONOR EM BENFICA


Constantino Pinto Provedor da Misericórdia da Amadora

RECORDO-ME COMO SE FOSSE HOJE, QUE HÁ CERCA DE UM ANO QUANDO ESCREVIA O EDITORIAL PARA A NOSSA REVISTA “SER MISERICÓRDIA” TINHA COMO PREOCUPAÇÃO FUNDAMENTAL TRANSMITIR-VOS O QUE PARA MIM SIGNIFICAVA SER PROVEDOR DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA AMADORA.

O objetivo não era escrever coisas bonitas, simpáticas ou impressionantes. O que então vos quis transmitir com toda a clareza, foi apenas e só que encarava o desafio com espírito de serviço, que iria apostar na continuidade das anteriores gestões e que a Mesa Administrativa por mim liderada, iria trabalhar de forma aturada para cumprir a missão a que éramos e somos chamados! Não é difícil recordar que a situação em que o país se encontrava era claramente adversa, que o desânimo era generalizado e que a esperança começava a sucumbir. A preocupação em relação ao futuro próximo era notória e crescente, por outras palavras: a responsabilidade de garantir a manutenção do rumo numa instituição como a nossa, era no mínimo “pesada”, mas não impossível! Fizemo-nos ao caminho! Conscientes da nossa missão, soubemos unir-nos em torno da nossa prioridade, remámos todos no mesmo sentido e assim, naturalmente mas com empenho e rigor, fomos construindo o ano que agora se aproxima do fim. Os objectivos estão alcançados, as metas vencidas, as preocupações superadas, mas apenas por agora! A verdade é que temos hoje uma Instituição consolidada, mais sustentável e menos dependente. Estamos mais presentes na sociedade, mais próximos de quem precisa de nós! Aprofundámos e incrementámos parcerias com instituições, com organismos públicos e privados, com a nossa Autarquia com quem trabalhamos de forma ativa e assertiva, visando sempre a promoção da comunidade! Melhorámos e dignificámos a forma como servimos e tudo fizemos para criar condições de vida mais dignas quer para

os nossos utentes, quer para os nossos profissionais. Continuámos a criar “respostas” para as inúmeras necessidades da nossa população. Não baixámos os braços na busca incessante de novas soluções para mitigar as dificuldades dos mais necessitados. Apoiámos mais utentes e consequentemente incrementámos a abrangência e diversidade dos serviços prestados. Pela primeira vez na nossa história marcámos presença fora do concelho criando em Benfica, uma resposta na área da infância. Hoje, pouco mais de um ano depois, entendo melhor o que significa “servir o próximo”, por isso percebo com mais profundidade o que significa ser provedor! Deixem-me que vos confesse que me sinto profundamente realizado: é um enorme privilégio sentir que podemos fazer algo pelo próximo, ganhamos consciência da nossa pequenez e sentimos como é gratificante poder caminhar com toda esta maravilhosa equipa que torna possível este sonho já tão real. Num mundo onde os valores parecem desmoronar-se, onde muitos vivem apenas por eles e para eles, a descoberta do outro, materializada na riqueza da comunidade, só pode fazer de nós pessoas melhores! Sou daqueles que acredito na bondade intrínseca do ser humano e esta vivência demonstra-mo todos os dias. É por isso que nos sentimos abençoados, é por isso que há Natal. e é por tudo isto que não esmorecemos diante do futuro e de todas as dificuldades que nos possam esperar! Basta que cada um de nós faça a sua parte. Se assim for, 2015 será mais um ano de realização, de obra feita, de serviço prestado ao Próximo. VAMOS FAZER COM QUE ASSIM SEJA, MÃOS À OBRA! VOTOS DE UM SANTO E FELIZ NATAL.


Equipa Aprender & Brincar

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.” - Antoine de Saint-Exupéry PARTILHA | RESPEITO | GENEROSIDADE | AMIZADE | CONFIANÇA CUMPLICIDADE | SOLIDARIEDADE | PAZ | AMOR | ALEGRIA COOPERAÇÃO | UNIÃO | HUMILDADE | BRINCAR | APRENDER COMPREENSÃO | COMUNICAÇÃO | UNIÃO | VALORES | ÉTICA RESPONSABILIDADE | QUALIDADE

O Aprender & Brincar (AB) desde da sua génese em 2012 que tem procurado criar condições favoráveis nos seus Centros de Atividades de Tempos Livres (ATL´s) para que as crianças possam desfrutar de uma infância rica em experiências pedagógicas, para a construção de valores que permitam reforçar vínculos afetivos e sejam geradoras de um sentimento de pertença com todos os agentes educativos. O OBJETIVO PRESENTE NA ATIVIDADE DIÁRIA DO AB TEM-SE REFLETIDO NUMA OFERTA EDUCATIVA DIFERENCIADA EM FUNÇÃO DOS PÚBLICOS QUE ABRANGE, CONTUDO TODAS AS DINÂMICAS C R I A D A S N A S AT I V I D A D E S Q U E S Ã O DESENVOLVIDAS TÊM UM ELO COMUM DE LIGAÇÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS E OS UTENTES, QUE É OBSERVADO E SENTIDO NA CONSTRUÇÃO DE RELAÇÕES AFETIVAS. Para tal, consideramos espaços informais e momentos livres onde a criança possa desenvolver competências

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relacionais capazes de contribuir para o exercício de uma plena cidadania e sentirem-se, cada dia que passa, crianças mais felizes e otimistas perante a vida e a sua vivência no mundo. As atividades desenvolvidas com as famílias, as especificidades da atividade de YOGA para Crianças e as Oficinas de Expressão pela Arte (OEA) são exemplos de atividades onde são refletidos estes mecanismos de ligação e de construção de pontes afetivas. Na nossa perspetiva, as famílias continuam a ser o espaço emocional mais importante para as crianças, pelo que se torna fundamental a promoção de atividades conjuntas de modo a desfrutarem com qualidade o tempo livre, proporcionando um melhor conhecimento recíproco e estimulando o respeito mútuo. Brincar com a família é assim uma oportunidade única de partilhar um momento muito agradável, descontraído e divertido. Outra estratégia pedagógica para o desafio de educar pelo(s) afeto(s), passa também pelos objetivos específicos das atividades de YOGA e OEA enquanto ferramentas que promovem: a capacidade de autorregulação de estados emocionais; atenção, concentração, criatividade, autonomia e autoestima. Assim, desta forma, aceitamos diariamente o desafio permanente pelo cumprimento da nossa missão de Bem Servir, a perspetiva de educar crianças de carácter e não apenas de sucesso, acreditando com isso, num Mundo melhor.


Equipa UCCISF

I

UNIDADE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

SAGRADA FAMÍLIA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA AMADORA

“PRESTAR OS CUIDADOS ADEQUADOS, DE SAÚDE E APOIO SOCIAL, A TODAS AS PESSOAS QUE, INDEPENDENTEMENTE DA IDADE, SE ENCONTREM EM SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA”

A Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) Sagrada Família, prestador da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), com a tipologia de Longa Duração e Manutenção (LDM), e valência da SCMA, tem como missão “prestar os cuidados adequados, de saúde e apoio social, a todas as pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência”. Constituída por uma equipa multidisciplinar, acolhe clientes referenciados pela RNCCI, da área geográfica da ARSLVT, proporcionando internamentos de duração superior a três meses, assegurando cuidados 24 horas por dia, 365 dias por ano. A sua atividade é auditada trimestralmente pela Equipa de Coordenação Local (ECL), do ACES da Amadora, monitorizando o cumprimento de um conjunto de critérios que asseguram a qualidade e a efetividade dos cuidados. Os seus clientes caracterizam-se por apresentarem um elevado grau de dependência nas suas atividades de vida diária, por ser uma população predominantemente idosa, com múltiplas doenças crónicas e, consequentemente, com grandes necessidades de cuidados. A Direção da UCCI Sagrada Família definiu, estrategicamente, um maior enfoque na formação na área da reabilitação para o ano de 2014, consubstanciado no Ciclo de Formação + Funcionalidade + Autonomia, que organizou e promoveu durante diversos meses deste ano, recorrendo a peritos nas diversas áreas temáticas, composto por sete momentos formativos, nos quais estiveram presentes, globalmente, 161 participantes internos e externos à SCMA. A garantia da qualidade e da segurança dos cuidados, integrada na sua política de governação clínica

(e eixos do seu planeamento estratégico), é assegurada pela reflexão/análise das práticas pela equipa, pela monitorização dos seus indicadores de desempenho e pela atividade dinâmica das suas áreas de responsabilidade, nomeadamente, a área de gestão do risco. Em suma, a satisfação dos seus clientes externos e internos pretende ser o Telos desta organização, orientada para a missão da RNCCI. A abertura deste espaço de saúde à comunidade foi também um dos objetivos definidos para o ano de 2014. No dia em que assinalámos os dois anos de existência desta UCCI, dinamizámos um Open Day, no qual contámos com a presença de representantes da Câmara Municipal da Amadora, membros das diversas equipas da RNCCI, parceiros e coordenadores da SCMA. A UCCI Sagrada Família é, neste momento, um recurso da comunidade para a formação de diversos grupos profissionais, através de estágios profissionais, para o desenvolvimento de estudos de investigação e tem sido palco de visitas de diversas entidades, interessadas na sua atividade.


A promoção da qualidade de vida dos seus clientes, através de cuidados personalizados, com uma equipa capacitada e orientada para a satisfação das suas necessidades, assente numa lógica de formação-ação e reflexividade crítica das suas práticas, promotora de um relacionamento interpessoal forte aquando da prestação de cuidados, é o desígnio da sua atividade assistencial, em consonância com a Missão de Bem Servir, da Misericórdia da Amadora. Proporcionar momentos lúdicos fora de portas aos nossos clientes foi também uma das metas que definimos para este ano, tendo conseguido concretizar três passeios, com cerca de 40% dos nossos utentes, com o apoio de familiares, colaboradores e voluntários. TODAVIA, A IMPERIOSA NECESSIDADE DE PROPORCIONAR A MUITOS MAIS ESTE NÍVEL DE CUIDADOS, DADAS AS NECESSIDADES DA POPULAÇÃO EM CUIDADOS CONTINUADOS, TEM SIDO COARTADA PELA EXTREMA DIFICULDADE EM ENCONTRAR RESPOSTAS SOCIAIS PARA OS NOSSOS CLIENTES, APÓS A ALTA CLÍNICA. A crise financeira, os escassos recursos financeiros das famílias, o excesso de procura para a parca oferta de respostas sociais cofinanciadas pela Segurança Social, alargam os tempos de internamento, travam a rotatividade desejada das unidades, agudizando os problemas daqueles que, a montante, estão à sua mercê, perante as suas necessidades de saúde e apoio social. O alargamento da RNCCI deve, para além de se articular com o número de camas hospitalares, patente nas políticas de saúde vigentes, ser suportado e harmonizado por uma resposta estratégica em respostas sociais, a jusante, que possibilitem a desejada e desejável rotatividade, numa lógica de sustentabilidade da REDE a médio e longo prazo, e da satisfação das necessidades da população. A nossa UCCI não é imune

a este problema, confrontando-se quotidianamente com ele, muitas vezes, impotente para encontrar as respostas necessárias para a sua resolução. No ano de 2014, a UCCI Sagrada Família possibilitou a 25 clientes internamentos mensais para descanso do cuidador, numa aposta clara da Equipa de Coordenação Regional (ECR), da ARSLVT, no apoio a todos os que, com dedicação e abnegação, dedicam o seu tempo a cuidar dos seus familiares, coadjuvado pela aposta em Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) sediadas nos diversos ACES que a compõem. Conseguimos uma maior taxa de altas programadas neste ano civil, em termos comparativos com o período homólogo de 2013, dando rosto ao trabalho desenvolvido pela área social, cujos resultados emergem em tempo lento. Para terminar, gostaríamos de expressar a profunda gratidão por todos os colaboradores desta UCCI que, de uma forma profissional, mas também dedicada e afetiva, proporcionam melhores dias aos seus clientes e famílias, permitindo cumprir a Missão desta Misericórdia e da RNCCI, aprendendo todos os dias com os erros, procurando a qualidade e a excelência dos cuidados. Também relembramos todos os que, no passado, passaram por esta casa, pelo muito que contribuíram para o que somos hoje, na esperança que o trabalho que desenvolvemos tenha ido ao encontro dos seus anseios e necessidades, mesmo nos momentos de maior tristeza e desespero. Para finalizar, gostaríamos de deixar uma palavra de alento e de compromisso para os nossos clientes e famílias atuais, assegurando-lhes que tudo continuaremos a fazer para melhorar a qualidade de vida, o estado de saúde e a funcionalidade daqueles que cuidamos, pretendendo alargar o seu horizonte da esperança e de dignidade humana.


Equipa CLDS

JÁ PASSOU UM ANO DESDE QUE FALÁMOS PELA REVISTA “SER MISERICÓRDIA” E ANUNCIÁVAMOS O INÍCIO DO PROJETO CLDS+ «VIA GPS»! AO LONGO DESTE ANO OCORRERAM ALGUMAS MUDANÇAS. MANTEMOS OS MESMOS OBJETIVOS, A MESMA ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA E A MOTIVAÇÃO ESTÁ AINDA MAIS REFORÇADA!

Onde estamos A sede do CLDS+ «Via GPS» fica na parte da Venda Nova mais antiga, precisamente na Rua São João de Deus, n.º 12. Mantemos os atendimentos e sessões para a Comunidade na Junta de Freguesia, Delegação da Venda Nova, na Escola Fixa de Trânsito (Falagueira), no Centro Social 6 de Maio e no Espaço “Geração Ativa”. Foram integrados dois estágios profissionais para colaboração com o Projeto CLDS+ «ViaGPS», nas áreas de Serviço Social e Psicologia.

Atividades «Via GPS» · Atendimento e Acompanhamento Social – Serviço à comunidade promotor do acesso a direitos e deveres sociais. · Atendimento e Acompanhamento Psicológico – Serviço de apoio psicoemocional aos residentes no território e acompanhamento na definição do projeto de vida do indivíduo. · Gabinete de emprego – Espaço dedicado à procura ativa de emprego (apoio técnico na elaboração do currículo, carta de apresentação, pesquisa e resposta a anúncios de emprego e elaboração de candidaturas espontâneas), formação e criação do próprio negócio e atitude empreendedora (metodologia “Atreve-te a Pensar com o CLDS+ ViaGPS”), tendo como princípio a estreita articulação com o tecido empresarial, entidades formadoras, escolas e entidades bancárias.

· PAH (Procura Ativa de Habitação) – Metodologia que pretende acompanhar os residentes no Bairro 6 de Maio na procura de soluções habitacionais. · Ateliês – Dinamização de atividades lúdicopedagógicas com o objetivo de promover o bem-estar, através do desenvolvimento de relações interpessoais e reforço da autoestima (ateliê de artes decorativas, de restauro, de informática, de escrita criativa, entre outros). Eventos Comunitários - Ações com a comunidade da Falagueira-Venda Nova que se estruturam no âmbito da capacitação da comunidade e das instituições locais, promovendo a autoorganização da população e o intercâmbio entre instituições do território, permitindo a sua capacitação e revitalização. Destacamos algumas das ações realizadas: Participação e colaboração permanente na Comissão Social de Freguesia; Visita ao Museu das Comunicações; Atividades Lúdico-Desportivas; Festa de Carnaval da Paróquia da Venda Nova; Visita a Empresas Locais; Feira da Saúde no Bairro 6 de Maio; Visita à Exposição em


Madeiros alusiva a António Aleixo; Colónia de férias de Verão; Feira do Emprego; Castanhada de S. Martinho; Visita ao Pavilhão do Conhecimento; Ações de Prevenção da PSP e Focus Group com Associações do território. Formação Certificada – Pretende-se apostar na (re)qualificação profissional das Pessoas acompanhadas pelo CLDS+ «ViaGPS», com o intuito de dar resposta às constantes exigências do mercado de trabalho. Coordenadas a seguir… No início da caminhada, num território desconhecido para a equipa «ViaGPS», os seus passos eram cadenciados lado a lado. Hoje, quando olhamos para o caminho percorrido, apercebemo-nos de que estão criados elos, elos de parceria, de colaboração, elos de corresponsabilização, reforçados por uma confiança cada vez mais sólida na intervenção que se tem desenvolvido. Sendo parte integrante da Rede Social, reconhecemos a importância do trabalho interdisciplinar dos vários técnicos desta equipa como uma mais-valia no desenvolvimento do trabalho com e para a Pessoa. O percurso realizado com a comunidade e os ganhos alcançados reforçam a perspetiva de que as coordenadas a seguir serão para a disseminação da metodologia de intervenção do Programa CLDS+ que, mesmo após o seu términus, se afiguram com solidez e pertinência para um trabalho integrado neste território multidesafiante.


Horta na Cidade

A SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA AMADORA CONSOLIDOU, UMA VEZ MAIS, A PARCERIA COM O INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS, ATRAVÉS DO ACOLHIMENTO DE SEIS ESTAGIÁRIAS FINALISTAS DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

das quais quatro estão já a implementar o seu plano de ação, pondo em prática todos os conhecimentos consolidados ao longo da Licenciatura.

proximidade. Será realizado um estudo de forma a perceber como a ação de voluntariado de proximidade tem impacto na qualidade de vida dos Seniores.

As áreas de intervenção dos projetos são a Cidadania, a Educação e Empregabilidade.

Na área da Educação, Mariana Violante elaborou o projeto Alfabetização de adultos: Histórias de vida integrando-se nas Atividades Ludicopedagógicas (ALP), em particular na alfabetização de adultos. Uma vez por semana, decorrem sessões de alfabetização a um grupo de 12 pessoas, onde são transmitidos conhecimentos básicos de escrita e vocabulário. Paralelamente, são realizadas sessões de grupo e individuais, nas quais, através das histórias de vida, se pretende valorizar competências, permitindo com este trabalho aumentar

Na área da Cidadania estão a ser implementados os seguintes projetos: Horta Comunitária na Cidade, desenvolvido por Carina Fernandes, que tem como objetivo uma maior mobilização das famílias e a promoção do empowerment de forma a contribuir para o seu processo de autonomização, quer através da disponibilização de ferramentas capacitativas facilitadoras da integração profissional, quer através do acesso a bens essenciais de forma gratuita. De igual forma, pretende-se garantir a sustentabilidade futura da Horta, através do envolvimento direto da Comunidade nos Mercados Comunitários que se pretende realizar no espaço do Campus Social, traduzindo-se na aquisição dos excedentes alimentares da Horta em troca de donativos. Estes donativos servirão, diretamente, o propósito do investimento em novos produtos e material necessário. Na mesma área, surge o Projeto desenvolvido por Filipa Ferreira: Voluntariado de Proximidade - Impactos nos Seniores acompanhados em Serviço de Apoio Domiciliário que incidirá sobre o voluntariado de


os recursos e autoestima das pessoas, tornando-as cada vez mais autónomas na sua individualidade e comunidade. Na área da Empregabilidade, Joana Oliveira elaborou o projeto: A Responsabilidade Social Organizacional como veículo da integração socioprofissional de beneficiárias de RSI. O Projeto recorreu a uma sinergia com as Procuras Ativas de Emprego, nas quais foi selecionado um grupo composto só por mulheres, criando assim condições otimizadas para tratar questões fundamentais para a sua inserção profissional, como são a autoestima e a promoção de competências. No intuito do cumprimento deste objetivo, serão realizadas sessões com diversas áreas temáticas, colocando-se especial enfoque no Empowerment feminino, e tentar-se-á estabelecer parcerias com entidades empregadoras, de forma a reintegrar socio profissionalmente estas mulheres, numa lógica de estratégia win-win (ganham todos).


“LA VITA É BELLA”, DE BENIGNI PODERIA MUITO BEM SER O NOME DA SUA BIOGRAFIA. O PADRE JAIME MARQUES ASSUMIU EM FEVEREIRO A CAPELANIA DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA AMADORA.

Sereno, incansável e dedicado, é já conhecido e acarinhado nas nossas valências, que visita semanalmente. Padre do Instituto Missionário da Consolata, aceitou o desafio também porque permite o “contacto com as pessoas, com os doentes, com os pobres”. Moçambique foi o país onde mais tempo esteve em missão ad gentes. Mas diz que “não é preciso ir a África, podemos encontrar aqui em Lisboa” um terreno de missão. Oriundo de uma família numerosa, não hesita em considerar a família como um dos grandes desafios da igreja e da sociedade. Com Francisco, um Papa de grande “liberdade interior”, espera uma Igreja “mais acessível”. Ser Misericórdia (SM) - Tendo experimentado muitos terrenos de evangelização e contacto antropológico, que gente e que espaço mais o marcou? Padre Jaime Marques (PJM) - Uma coisa é visitar um país, outra coisa é conhecer uma cultura. Eu posso conhecer diversos países e não ter penetrado na sua cultura. O país onde estive mais tempo, 18 anos, que foi o período mais fecundo da minha vida. Tem uma cultura muito própria e que me marcou bastante, também pelo trabalho que lá desenvolvi. Conheço outros países africanos e alguns da América mas de visita ou passagem rápida.

SM - Como decidiu ser missionário? PJM - Desde miúdo que tive sempre este pensamento “Quando for grande quero ser médico, advogado ou Padre”. E porquê? Porque eram três atividades que eu considerava muito sociais e muito próximas das pessoas. Depois foi por exclusão, decidi ir para Padre, mas não queria estar numa freguesia. Preferia uma coisa diferente. Um dia apareceu na minha paróquia o nosso primeiro missionário da Consolata a dizer: “eu estou aqui, ninguém me conhece, mas vim aqui para procurar rapazes que queiram ir para as missões em Moçambique”. E eu disse: “pronto, chegou a minha hora”. Levantei o braço e disse: “vou eu!”. E tudo começou aí. Não havia relação com a Consolata porque foi a primeira vez, através daquele Padre, que ela apareceu em Portugal. E foi assim que me comprometi. Começámos em Fátima, éramos onze e sentimo-nos perfeitamente sincronizados com aquilo que ele era e nos dizia, porque ainda era um rapaz novo, que vinha do Instituto Bíblico de Roma, e portanto, tinha uma abertura e cultura imensa. Para nós ele era um pai! Tivemos um percurso muito pobre, não tínhamos nada, vivíamos numa casinha emprestada, que pertencia aos padres salesianos e que eles puseram à nossa disposição.


Em Fátima ainda não havia quase nada, não era o que é hoje, não existiam seminários, nem os hotéis. Havia apenas as Irmãs Dominicanas, e o Carmelo; nem a Basílica estava completa, tudo começou por ali, mas ainda muito cedo fui enviado para a Itália para continuar os estudos e a formação. Portanto, perdi por algum tempo o contacto direto com Fátima.

PJM - Eu creio que é um momento providencial e promissor. Penso que este Papa conhece realidade e está, de forma muito original, a ensaiar novos caminhos para a aplicação da doutrina e a tentar tornar a igreja mais acessível e compreensível.

SM - O que mais o marcou até agora no Papa Francisco? SM - Como era a sua família? PJM - Éramos uma família numerosa. O meu pai dizia sempre que cada um devia seguir o seu caminho. Éramos doze e com sacrifício nunca impediu que seguíssemos o nosso destino, que fossemos felizes cada um no seu lugar. Dos doze, três sacerdotes e uma irmã religiosa. No total éramos quatro consagrados.

PJM - A sua liberdade interior. É um homem que se sente livre. Penso que a originalidade é aquilo mais o marca. Com coragem e determinação enfrenta as situações mais delicadas. Quando vai a qualquer país, mesmo aqueles que estão em sérias dificuldades, deixa sementes e as sementes que ficam, a cada momento podem germinar!

SM - Qual é o grande desafio da Igreja? SM - Como descreve o momento que a igreja está a viver, entre dois sínodos para refletir a família e a pastoral familiar, com o Papa que já revelou não querer que fique tudo como está…

PJM - O grande desafio da Igreja é a catequização, a nova evangelização. Com especial incidência na família. A família de facto é um pilar fundamental da sociedade. A família é um dos grandes desafios que a Igreja tem pela frente.


SM - Está ligado a um Instituto empenhado à dinâmica ad gentes. É esta a “missão” mais urgente neste momento? PJM - Nós quando queremos definir o nosso instituto dizemos que é um Instituto Missionário Ad gentes, significa ir para a evangelização e promoção humana. Temos que formar os homens e as mulheres e, ao mesmo tempo, transmitir o evangelho. Para este fim vai-se Ad extra, ir para onde seja preciso, para onde as condições sejam mais graves. Depois Ad pauperes vamos para onde estão os mais necessitados, onde o trabalho é mais primitivo, pois é sempre para os mais pobres que temos que ir. Depois Ad vitam um missionário da Consolata é um missionário por toda a vida.

SM - E como vê o serviço dos Missionários da Consolata na SCMA, assumindo a Capelania e o apoio espiritual? PJM - Eu teria de ligar a resposta à nossa identidade de Missionários da Consolata. O fundador do Instituto José Alamano esteve à frente do Santuário da Consolata, em Turim, Itália, durante quarenta anos. A sua presença naquele Santuário deu-lhe a possibilidade de entrar em contacto com imensas pessoas, ouvir, aconselhar. Quis Allamano que este espírito de consolação fosse sempre e em toda a parte a característica da sua obra. A Santa Casa da Misericórdia entra plenamente neste contexto de consolação, através do contacto com as pessoas, com os doentes, com os pobres. Penso que estamos plenamente no contexto da nossa vocação.

SM - Habitualmente, os missionários são considerados pessoas mais abertas à mudança, mas facilmente adaptáveis às realidades concretas e menos aos estigmas doutrinários. Concorda? Bem, isso põe-nos em comparação com outros, mas eu acho que as comparações às vezes são falaciosas. Um missionário tem uma possibilidade que nem todos têm, que é o contacto com outros povos. Hoje trabalhamos num País, amanhã somos enviados para outros povos. Evidentemente, isso acarreta muitos problemas, mas dá-nos a possibilidade conhecer muitas culturas e realidades.

SM - Que papel podem ter as dinâmicas missionárias Ad gentes na mudança da Igreja e da sociedade ocidental? Creio que depois do Concilio Vaticano II, a missionação assumiu um aspeto muito próprio e diferente. Esta missionação, com o critério que se referia o Concílio Vaticano II, tornou-se necessária e muito oportuna aqui na Europa. Hoje para encontrar o contexto ad gentes nem é preciso sair da própria terra. Encontramo-lo também aqui em Lisboa. O Cardeal de Paris há anos dizia: “Paris é o terreno de Missão”. Aqui na Europa encontramos pessoas que precisam tanto da missão como em África ou na América.


Um Livro > “Paciência com Deus” de Thomas Halik

Um Filme > “A vida é Bela” ou “Gandhi”

Um Lugar para Descansar > Qualquer um onde me possa encontrar comigo, com tempo suficiente e onde possa estar por minha conta.

Uma Cidade > Roma

Prato Preferido > O que aparecer no prato. Gosto de ter a surpresa à hora da refeição.


Joaquim Franco Secretário da Mesa Administrativa

EM FEIRAS E MONTRAS, O BARRO GANHA FORMA PARA DAR SENTIDO E CONTEXTO. “PORQUE A ESPERANÇA GANHA FORMA NA VIDA CONCRETA DOS QUE SE DEIXAM TOCAR, COMO BARRO EXTRAÍDO DA TERRA.”(1). AS NARRATIVAS CRISTÃS DO NATAL “NÃO COMEÇAM, RECOMEÇAM A HISTÓRIA DE UM PROJETO, RETOMAM A SENSIBILIDADE COMO LINGUAGEM, REVELAM E ANTECIPAM A EXPERIÊNCIA DE UM TESTEMUNHO”, A TERNURA DE UM DEUS QUE O “ARTISTA OUSA MOLDAR COM A LINGUAGEM DE (2) CADA TEMPO, IMPREVISÍVEL COMO A NATUREZA” CHEIA DE REGRAS E CONTEXTOS.

Em comportamento, também não somos muito diferentes da massa corporal que nos forma, que se multiplica para nos dar forma. O médico e investigador Sobrinho Simões, prémio Pessoa em 2002, compara-nos à dinâmica das células. Dividem-se para multiplicar e somam sem subtrair. DO “EU” AO “TU”, PARA FAZER UM “NÓS”, SEREMOS MAIS PERFEITOS, QUANTO MAIOR A CAPACIDADE DE MULTIPLICAR SEM SUBTRAIR NADA A NINGUÉM. Mas por vezes, entre o “Eu” e o “Tu”, acontece também um “estranho e terrível outro”(3), à semelhança das células cancerígenas, que só marginalmente diferem das células normais. O cancro é tão bem sucedido, lembra o também presidente presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, que, “na sede de sobreviver e crescer, acaba frequentemente por nos matar e por se matar”(4). Nasce a partir de uma célula normal, anulando-a. Morre quando morremos, consequência de uma multiplicação que destrói. Ao contrário do cancro, “não é o determinismo genético que condiciona a felicidade e a infelicidade, a bondade e a maldade. É a educação, a ternura que nos fazem oscilar entre o solidário e o solitário”(5). É o contexto que faz a diferença. Somos seres de relação emocional, interdependentes. As narrativas do Natal dão-nos um “já” próximo e dependente, em contexto e com emoção. Um “já” no tempo e no espaço. Um “está aqui” no ciclo do calendário que é, ao mesmo tempo, “«ainda não» da história a construir, do sonho a realizar e a cumprir, como quem anuncia o que já sabe, sempre soube, porque o que é anunciado está ali, debaixo dos olhos de toda a gente, mas nem toda a gente

consegue ver.”(6) Na fé cristã, um anúncio que não é propriamente de uma novidade, mas de uma interpretação clarificadora, “um empurrar para a frente (…) responsabilidade pessoal de todos e de cada um sem exceção. Porque não há excluídos da tarefa de construir a história, é tarefa de todos, cabe a todos e cabem todos.”(7). Para lá das consoadas e dos encontros, das luzes e do mercado de época, há inquietações que também ganham forma, como barro nas mãos do artista que vê além do imediato. O que é o bem estar? O que nos alegra? Em que acreditamos? O que nos inquieta? O que nos absorve? Qual é o peso e a medida da ética na nossa vida? O que fica quando deixamos de estar? ESTE É UM TEMPO DE RECLAMAÇÕES, A COMEÇAR NA FORMA DE TRATAR A “COISA PÚBLICA” E O “BEM COMUM”. O QUE FAZEMOS EM CONCRETO? TOLERAMOS A INDIFERENÇA, A INAÇÃO, A MALEDICÊNCIA INCONSEQUENTE, A CORRUPÇÃO, A MISÉRIA? OU IDENTIFICAMO-NOS COM QUEM EXIGE A SI MESMO UMA ÉTICA IRREPREENSÍVEL, COM QUEM NÃO DESISTE DE NINGUÉM PORQUE TODO O OUTRO É UM DESAFIO QUE IMPLICA ESTAR E AGIR, COM QUEM ASSUME A CORRESPONSABILIDADE QUE ELEVA A CIDADANIA? SOMOS UMA EQUAÇÃO CANCERÍGENA QUE ANULA E SE ANULA, OU CÉLULA QUE SE DIVIDE PARA SE MULTIPLICAR SEM SUBTRAIR NADA A NINGUÉM?

(1) (2) Um Menino chamado Natal, Sociedade Bíblica/Lucerna, p.9, 2006 (3) (4) Gene, Célula, Ciência, Homem, Manuel Sobrinho Simões, Verbo, p. 55, 2010 (5) Gene, Célula, Ciência, Homem, Manuel Sobrinho Simões, Verbo, p. 93, 2010 (6) (7) Somos Pobres mas Somos Muitos, Verso de Kapa, p.69, 2013


foto - ultra.com.br


NO DIA 1 DE SETEMBRO, COMO PREVISTO A NOSSA INSTITUIÇÃO ABRIU MAIS UMA RESPOSTA À COMUNIDADE.

Neste caso foi a comunidade de Benfica a receber uma nova creche. No âmbito do programa Ba-bá da CML, a nossa Instituição candidatou-se à gestão de uma creche em Benfica. A creche com capacidade para 84 crianças, dos 4 aos 36 meses, conta com dois berçários, duas salas de um ano e duas salas de dois anos. Com esta creche foram criados 14 postos de trabalho diretos. Atualmente, a creche encontra-se na sua capacidade máxima, o que vem mostrar as necessidades daquela comunidade.


Foi no Jardim dos Aromas que festejámos o Dia Mundial da Criança. Uma festa organizada pela Comissão Social de Freguesia de Águas Livres que juntou cerca de 1100 crianças das Escolas e Instituições da freguesia. O dia foi repleto de atividades como por exemplo: - visita ao jardim dos cheiros; - pinturas faciais; - concertos; - teatro; - artes plásticas; - atividades desportivas; - jogos tradicionais; - diversos ateliers (construção de instrumentos musicais, de flores, de pulseiras, etc.) - presença de agentes da PSP com carros e motas; - histórias e muito mais. De destacar a exposição sobre os direitos das crianças elaborada por utentes jovens/adultos de diferentes Instituições da freguesia. Todas as crianças tiveram direito a um lanche e muitas prendinhas! Foi uma grande festa cheia de alegria e muita diversão!

CONSTRUÇÃO DO LAÇO HUMANO No âmbito do Mês da prevenção dos maus tratos na Infância e Juventude a decorrer a nível nacional construímos (no dia 4 de abril 14 pelas 11h) um Laço Humano (todos vestidos de azul) símbolo da campanha de Sensibilização. Esta atividade foi promovida pela CPCJA e realizou-se por todo o concelho. Obrigado a todos os que responderam ao nosso convite, e que, apesar da chuva, não desistiram e participaram na construção deste Laço, nomeadamente: - as crianças e adultos do Centro São Gerardo; - os utentes do Centro Rainha Santa Isabel; - pais, avós e tios dos meninos do Centro São Francisco Assis; - a Dra. Isabel Nascimento (em representação da Junta de Freguesia de Aguas Livres) e a nossa amiga Petit (em representação da equipa solidária da JFAL).


NO ÂMBITO DO DIA DA ALIMENTAÇÃO E DA ERRADICAÇÃO DA POBREZA (16 A 17 DE OUTUBRO) DECORRERAM NA ESCOLA LUÍS MADUREIRA ALGUMAS ATIVIDADES DE UMA FORMA MUITO ESPECIAL E CRIATIVA.

Numa parceria entre a disciplina de Ciências da Natureza e o BECRE (Biblioteca Escolar e Centro de Recursos Educativos), os alunos dos 1º, 2ºe 3º ciclos do ensino básico foram convidados a participar no concurso “Base de Tabuleiro” cujo tema principal era a alimentação equilibrada. Foi pedido que os alunos, dentro da cada turma, trabalhassem em grupo, no sentido de, que a base construída fosse criativa e com uma mensagem importante sobre hábitos alimentares correctos. A votação foi no BECRE, onde também decorreu uma exposição sobre Alimentação Saudável. A turma vencedora do Concurso Base de Tabuleiro sobre alimentação foi a turma do 7º A. Paralelamente, decorreu na nossa Escola entre os dias 6 e 17 de outubro a recolha de alimentos para serem entregues às Irmãs Missionárias da Consolata no Bairro do Zambujal – Alfragide. Esta iniciativa teve como motor impulsionador a palavra Evangélica de São Paulo: “As primeiras Comunidades Cristãs punham tudo em comum”. Foi esta a mensagem que quisemos transmitir aos nossos alunos: em tempos difíceis, partilhar um pouco do que temos, é um gesto de nobreza, amor e carinho para com os mais necessitados. São estas as atitudes que nos tornam mais humanos e cristãos.


No dia 31 de maio, alguns colaboradores da Nokia Siemens Networks participaram numa ação de voluntariado que decorreu no CSFA. Esta ação consistiu em melhorar alguns espaços e equipamentos do centro e na oferta de equipamento informático. Durante todo o dia procedeu-se à pintura das estruturas do parque exterior (nomeadamente, o escorrega e o comboio); pintura de bancos da sala polivalente; pintura e montagem da sala de informática com computadores, monitores e impressora; criação do cantinho da informática e pintura de mesas e cadeiras em ambas as salas de pré-escolar.

O dia terminou de forma muito positiva não só pela conclusão de todos os trabalhos iniciados, mas também pela satisfação/envolvimento demonstrado por todos os que estiveram envolvidos nesta ação a quem deixamos o nosso bem-haja.


No âmbito da parceria entre a SCMA e o “Oculista do bairro” realizou-se no dia 29 de novembro, uma partida de futebol entre os colaboradores das duas organizações.

Ao longo do mês de dezembro, muitas foram as festas de Natal realizadas na nossa Instituição. Foram muitos os momentos de partilha entre colaboradores, utentes e famílias.

Por parte da SCMA estiveram presentes 18 jogadores, entre colaboradores, órgãos sociais e utentes. Promover o bemestar físico através do desporto foi um dos objetivos deste encontro.

Destacamos este ano, a festa que juntou todas as respostas sociais da terceira idade. Ocorreu no auditório da Academia Militar no dia 13 de dezembro. Foi uma tarde de variedades, onde não faltou o fado, a dança e uma animação constante. Os nossos seniores partilharam connosco a sua alegria e a vontade de repetir.

No final da partida, as duas equipas realizaram um almoço de convívio. De salientar, que através da sua politica de responsabilidade social, o “Oculista do Bairro” disponibiliza à SCMA, armações e lentes gratuitas, a famílias carenciadas acompanhadas pla nossa Instituição.

BAIRRO DO ZAMBUJAL TEM UM NOVO SACERDOTE Após a ordenação sacerdotal no Centro de Animação da Consolata de Buoye, Kisumu, Quénia, o neo-sacerdote padre Bernard Obiero regressou à sua paróquia para a missa nova, celebrada a partir das 10h00 de domingo, 31 de agosto, na Igreja de Holy Cross – Siaya. Foram mais de quatro horas em que cada uma das partes da eucaristia foi vivida de forma intensa. Ao regressar à sua terra natal e à paróquia de origem, depois de ano e meio de experiência em Portugal, onde realizou o estágio pastoral, fez os votos perpétuos e recebeu a ordenação diaconal, foi recebido pelo povo como se nunca tivesse partido.

Um dos momentos altos da celebração foi quando alguns familiares ofereceram a Bernard Obiero, que pertence à tribo Luo, uma cadeira tradicional, uma flecha, uma coroa e um escudo, tudo símbolos tribais que queriam significar o posto de responsabilidade diante da comunidade e do seu povo, para cuidar, defender e aconselhar.

Era numerosa e barulhenta a caravana de todo o tipo de veículos, e de gente a pé, que o acompanhou desde a paróquia vizinha até à paróquia dele, de Holy Cross- Siaya, onde ia ser celebrada a Missa Nova, que contou com a participação de mais de mil pessoas. Na estrada de terra batida que entrava nos espaços da paróquia Bernard Obiero foi subido para um barco de madeira que jovens da comunidade foram balançando ao ritmo dos tambores e das danças até bem perto do altar. Afinal, esta é uma terra de pescadores, e o Bernard Obiero passa a ser pescador de homens.

texto albino brás | fátima missionária

CUIDAR, DEFENDER E ACONSELHAR

foto dr


UM TOTAL DE 29 UTENTES DE TODAS AS VALÊNCIAS DA ÁREA DA 3ª IDADE, PASSARAM 4 DIAS EXTRAORDINÁRIOS (DE 30 DE OUTUBRO A 02 DE NOVEMBRO), ABENÇOADOS PELO S. PEDRO QUE PROPORCIONOU UM TEMPO DE EXCELÊNCIA, COM MUITO SOL E UMA TEMPERATURA AGRADÁVEL.

Num ambiente harmonioso e de companheirismo entre todos (colaboradores, voluntários e utentes) foram diversas as experiências vividas e os locais visitados para os quais foi imprescindível a colaboração da Dra. Idalina Costa, vereadora do pelouro da educação e vicepresidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, que recebeu o grupo com um generoso lanche, no MascalMovimento de Apoio e Solidariedade Coletiva «Ladoeiro». Todos visitaram a queijaria «Sabores da Idanha», a vacaria de produção de leite da Danone, o Museu de Adufes onde alguns utentes tiveram a oportunidade de aprender a coser os adufes, o Centro Cultural de Idanhaa-Nova onde estava patente a exposição de produtos agrícolas, o forno comunitário de Idanha-a-Nova, o workshop de teatro de rua em S. Miguel e, por último, as adufeiras fizeram uma pequena apresentação de despedida. Finalizou-se o passeio com a ida a uma celebração eucarística na igreja do Ladoeiro.


AULAS DE IOGA Em parceria com a Associação CaZambujal (ginásio Low Cost), os utentes do Centro de Dia Rainha Santa Isabel, frequentam à 2ª feira de manhã as aulas de ioga, o que tem sido uma experiência para além de inovadora para os utentes, bastante gratificante para a professora Marina que, graciosamente, abraçou este projeto e se tem esmerado por agradar e entusiasmar os utentes.

PASSEIOS DE VERÃO Para os utentes da 3ª Idade da Santa Casa da Misericórdia da Amadora, o mês de agosto é o mês mais quente do ano, 20 dias úteis em praias, piqueniques, visitas a exposições, passeios à beira Tejo e Miradouros. Para finalizar estas saídas, houve uma churrascada no parque municipal de Montachique onde participaram 70 idosos de todas as valências. Não faltaram as entremeadas, as bifanas e o copinho de tinto, acompanhado de um bailarico.

VISITA AO SANTUÁRIO

DE

FÁTIMA

Como é costume, anualmente, visitámos o Santuário de Fátima em maio, com os nossos utentes de Centro de Dia e Apoio Domiciliário e, em setembro, com os utentes mais dependentes dos lares. Com missa na Capelinha das Aparições, seguindo-se o almoço piquenique num espaço cedido pelos Missionários da Consolata e, por último, visita à casa da irmã Lúcia, fizemos assim o roteiro mais desejado por todos.


Manuel Girão Diretor Geral

A NOSSA MISSÃO “BEM SERVIR” CONCRETIZA-SE ATRAVÉS DO PROFISSIONALISMO DOS MAIS DE 400 COLABORADORES DA INSTITUIÇÃO, ORIENTADOS PELOS ÓRGÃOS SOCIAIS, QUE DEFINEM A ESTRATÉGIA E O CAMINHO A SEGUIR.

No entanto, aquilo que nos distingue e assume um papel crucial, na gestão do dia a dia são os afetos. Efetivamente somos uma instituição de afetos. Só assim podemos desempenhar a nossa missão, junto daqueles que a nós confiam o seu dia a dia. Da infância à terceira idade, dos doentes aos mais dependentes, aquilo que marca a nossa intervenção são os afetos. Não há outra forma de concretizar este dom. Numa era em que tudo se mede com referenciais, tudo se avalia de forma fria e objetiva, esquecemo-nos da importância de nos relacionarmos com o próximo. Em todas as tarefas diárias da nossa instituição podemos pôr esta ideia em prática e estou certo que seremos mais felizes se o fizermos. Fazer bem, servir com qualidade, mas sempre de forma afetiva. Quando visito as várias respostas sociais da nossa Misericórdia, aquilo que nos une e que é a nossa imagem de marca é a forma como tratamos os que acolhemos ou nos visitam.

Na nossa casa, é fundamental que as pessoas se sintam bem, se sintam acolhidas com dignidade e respeito. Essa á a nossa principal missão. AO LONGO DE 2014 MUITAS FORAM AS COISAS BOAS QUE ACONTECERAM. FELIZMENTE, A NOSSA CASA CRESCEU E AUMENTOU A SUA INTERVENÇÃO JUNTO DA COMUNIDADE, NO ENTANTO, AQUILO QUE EU DESTACARIA DE RELEVANTE, AO LONGO DESTE ANO FOI O ACOMPANHAMENTO ESPIRITUAL JUNTO DOS NOSSOS UTENTES. O nosso Capelão, o Padre Jaime, tem conseguido acolher os nossos utentes, principalmente os residentes nos lares da Instituição. Espero que, em 2015, possamos continuar a desempenhar a nossa missão e sempre partindo do princípio que somos uma instituição de afetos. Um Santo Natal para todos.

FICHA TÉCNICA | Revista Ser Misericórdia nº7 PROPRIEDADE E EDIÇÃO Santa Casa da Misericórdia da Amadora Estrada da Portela - Quinta das Torres Alfragide - 2610-143 Amadora Tel: 214 722 200 - Fax: 214 722 212 E-mail: santa.casa@misericordia-amadora.pt

DIREÇÃO Manuel Girão DESIGN E ARRANJO GRÁFICO IMAGINARQ www.imaginarq.getecno.pt

TIRAGEM 2.000 Exemplares

DEPÓSITO LEGAL 299826/09


PELA SUA SAÚDE, AO SEU SERVIÇO!

Horário de 2ª a 6ª: 8h00 às 20h00 Horário ao Sábado: 9h30 às 13h00


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