SER MISERICÓRDIA #8

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São tempos atribulados, complexos, onde o espaço para alguma paz e tranquilidade, parece não ter lugar. Os acontecimentos do mundo sucedem-se num turbilhão tal, que dificilmente os conseguimos acompanhar. Há tantos problemas à nossa volta que a sensação que nos fica é, no mínimo, estranha... É inevitável que tudo isto se reflita no nosso dia a dia, que tenha repercussões na nossa estabilidade emocional e, consequentemente, na nossa capacidade de assimilar a realidade e de vivê-la. A atitude normal, (normal no sentido de vulgar), é deixar que as coisas vão correndo: fazemos um ou outro comentário, soltamos uma ou outra crítica, mas vamos tentando esquivar-nos como podemos, talvez por medo... mas omitindo-nos daquela participação ativa que como “humanos” nos é exigida! De uma ou de outra forma, todos somos vítimas do que acabo de descrever, mas a nossa capacidade de agir ativa e positivamente, pode marcar a diferença. Se assim for, há motivos de sobra para ter e “ser” esperança: há cada vez mais gente a ser capaz de se comprometer, a perder o medo, a ser sensível ao que nos rodeia e a sentir que “tenho que fazer alguma coisa”... Temos motivos para acreditar, e isto impele-nos a não ficar inertes, limitando-nos a viver sem horizontes, adotando o tão em moda “um dia de cada vez”. Há tanto para fazer e há tanto que já se está a fazer, que basta associar-nos e participar. Somos certamente parte do

problema, mas também podemos ser parte da solução e na medida em que a segunda assume preponderância, o primeiro vai sucumbindo. Toda esta reflexão para concluir que afinal somos “normais” e que é com gente normal que se constrói, que se muda, que se melhora! NESTA INSTITUIÇÃO, TEMOS BEM CLARA ESTA REALIDADE E ESTOU CERTO QUE É POR ISSO QUE AO LONGO DESTES QUASE 30 ANOS DE EXISTÊNCIA, ESTAMOS CADA VEZ MAIS PRESENTES ONDE NOS NECESSITAM. Na verdade, temos sido capazes de não perder a sensibilidade à realidade e isso faz com que não percamos o rumo! Apostamos fortemente na consolidação da Santa Casa da Misericórdia da Amadora e fazemo-lo para poder avançar, para aumentar e tornar a “Resposta” mais assertiva, mais eficaz, mais qualificada e dignificante. O Plano de Atividades, que recentemente aprovámos em Assembleia Geral Ordinária, é a prova viva de tudo isto! Nele apresentamos o que já estamos a fazer e o que queremos continuar a fazer. Permito-me destacar a entrada em funcionamento da Unidade Residencial Aristides de Sousa Mendes, uma resposta inovadora que concentra no mesmo espaço o


conceito de residência assistida, centro de dia e serviço de apoio domiciliário. Não posso deixar de mencionar também a candidatura ao quadro Comunitário de Apoio, Programa Portugal 2020, com o complexo Domus Parque: contamos em 2017 dispor já de uma nova e mais abrangente resposta em creche, com capacidade para 86 crianças. Este projeto contempla também a construção de uma Unidade de Cuidados Integrados com 60 camas, 45 das quais destinadas a cuidados continuados de média e longa duração e 15 dedicadas a cuidados paliativos. No âmbito do Projeto Beyond Silos avançaremos para um Serviço de Apoio Domiciliário Integrado, possibilitando a monitorização dos sinais vitais dos nossos utentes com a intervenção necessária em tempo real. Outros projetos não menos relevantes estão em curso e contribuem para mitigar as carências da comunidade onde estamos inseridos. (Poderão conhecê-los em pormenor no nosso site.) PARALELAMENTE CONTINUAMOS A INVESTIR EM MELHORAMENTOS NAS NOSSAS VALÊNCIAS, NUM ESFORÇO PERMANENTE DE MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DOS NOSSOS UTENTES. Celebraremos pela segunda vez o dia da Instituição, fomentando o contacto entre a irmandade, a nossa equipa de profissionais e os nossos amigos e parceiros.

Mas o mais importante é que o que possibilita tudo isto: é a vontade, o querer e a dedicação de uma grande equipa que vive a Instituição e que tem plena consciência de que sendo cidadãos “normais” têm um importante papel a desempenhar... e tem sido assim ao longo destes (quase) trinta anos! O NOSSO COMPROMISSO É CONTINUAR ESTE CAMINHO, COM ESTA IDENTIDADE E COM ESTA CULTURA. QUEREMOS MANTER-NOS ATENTOS À R E A L I D A D E , C O M C A PA C I D A D E PA R A INTERPRETÁ-LA, SABENDO RESPONDER À ALTURA DO QUE NOS É PEDIDO! Certamente, dentro de um ano, as coisas continuarão a não ser fáceis, mas a Santa Casa da Misericórida da Amadora cá estará para Servir quem mais precisa, custe o que custar!


GABINETE DE RECURSOS DE INOVAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIAL

O SONHO O GRIIS, Gabinete de Recursos de Inovação e Intervenção Social, surge da vontade da Mesa Administrativa e da Direção Geral, como reforço e investimento de qualidade num caminho que já vinha sendo trilhado há bastante tempo, de forma menos concentrada, rumo à consolidação do posicionamento da Misericórdia da Amadora no seu entendimento do que é a plena coesão social: Responsabilidade Social Interna; Responsabilidade Social Externa; Dinamização da economia local; Inovação; Apoio ao empreendedorismo local; Capacitação de Pessoas e Organizações; Teste de novas Metodologias e Serviços através de Projetos Piloto. Esta Visão da participação, cada vez mais, ativa na coesão social, já não só do concelho da Amadora mas de outros Territórios, exponencia a sua responsabilidade e dever para com as Pessoas, Comunidades e Organizações que serve diariamente, mas é, exatamente, nesse posicionamento que a SCMA sente que deve estar. Para tal lança o desafio a outras Organizações, através dos processos de Consultoria que disponibiliza no GRIIS, convidando-as a juntarem-se neste caminho de co-responsabilização intersectorial no futuro das Comunidades e Territórios. A esta vontade e sentido de dever da Mesa Administrativa e Direção Geral alinhou-se a experiência acumulada dos seus Colaboradores nas áreas da

Gestão de Projetos e Desenho de Programas de Inovação Social e Consultoria, nascendo assim, no princípio de 2015, o GRIIS. O NASCIMENTO O GRIIS nasceu, formalmente, no início de 2015, tendo sido este acontecimento comunicado a todos os Diretores/Coordenadores/Responsáveis em sede de Reunião de Relatório de Atividades de 2014 e Planeamento para 2015. O Gabinete posiciona-se num duplo alinhamento interno e externo, de maximização da qualidade do Serviço prestado aos seus clientes internos (Diretores / Coordenadores / Responsáveis / Colaboradores) e, de igual forma, aos seus clientes externos (Pessoas, Organizações e Comunidades) e foi neste posicionamento que enquadrou os objetivos operacionais internos com os objetivos estratégicos da Misericórdia, a saber (apenas alguns exemplos):


Os EIXOS ESTRATÉGICOS do GRIIS, conforme Tabela acima são os seguintes: ·Consultoria: Capacitação de Pessoas Singulares e Coletivas &Transferência de Produtos e Práticas SCMA; ·Gestão de Projetos Nacionais e Internacionais: Projetos Piloto de inovação social e integração de Serviços com futura internalização dos Modelos; ·Formação externa: Capacitação de Pessoas e Organizações em Cultura e Mudança Organizacional.

OS PRIMEIROS PASSOS O ano de 2015 tem sido um ano de muita atividade para o GRIIS, contemplando as fases de Planeamento (Atividade+ Orçamentação) - Monitorização (Projetos e Ações de Consultoria em execução+ Desenvolvimento de Parcerias Estratégicas+ Desenvolvimento de Produtos) e Avaliação. O quadro abaixo plasma este alinhamento entre as fases e, alguns, dos resultados já atingidos.

MENSAGEM DE SUPERAÇÃO As ideias são como peixes. Se quisermos capturar peixes pequenos, podemos ficar pelas águas pouco profundas. No entanto, se quisermos capturar os peixes grandes, temos de ir mais fundo. Nas águas profundas, os peixes são mais poderosos e mais puros. São enormes e abstratos. E são muito bonitos. (David Lynch- Catching the Big Fish)


Da criação e validação de um instrumento tecnológico para a gestão de serviços de cuidados integrados sociais e de saúde, este projeto é dirigido essencialmente à população idosa beneficiária da resposta social SAD (aproximadamente 150 idosos). O projeto tem a duração de 36 meses (até 2017) e o consórcio europeu é constituído por 13 parceiros (entidades privadas e públicas) de vários países. A região da Amadora representa o consórcio português.

Objetivos do projeto: - Implementar e validar 7 projetos piloto de serviços e plataformas BEYONDSILOS; - Gerar e testar impactos dos cuidados integrados nos vários “stakeholders” e criar produtos que possam ser alvo de disseminação por toda a Europa; - Desenvolver guias e especificações de organização e implementação de plataformas de cuidados integrados; - Elaborar planos sustentáveis com base nos resultados dos projetos piloto implementados; - Disseminar boas práticas e produtos realizados no âmbito do projeto nas várias regiões envolvidas.

Destinatários do Projeto: - População Idosa beneficiária de cuidados integrados; - Cuidadores formais e informais; - Voluntários; - Organizações

.Outro dos projetos que envolve a Valência SAD Sul, teve início em outubro de 2015. Estamos a referir-nos ao Projeto “Voz Amiga”, em parceria com a NOKIA Portugal, este tem como principal objetivo combater a solidão e o isolamento dos idosos. Neste sentido, a NOKIA, organizou um grupo de funcionários, que de forma voluntária mantém contato telefónico regular com alguns idosos do SAD.


Num plano mais macro, a SCMA propôs que outras Organizações do Setor da Economia Social pudessem, também, ser destinatárias destas ações, em alinhamento com a Responsabilidade Social Externa da Misericórdia da Amadora.

A ação de entrega de bens decorreu com entusiamo e cooperação, no dia 16 de outubro no Campus Social, promovendo alegria e Bem-Estar a 22 famílias que com satisfação receberam pela mão dos colaboradores NOKIA, os kit´s construídos nesse mesmo dia com rigor e dedicação.

Num Plano Micro (dimensão interna da SCMA), foram definidas as seguintes áreas: Apoio ao Estudo; Campanhas de Recolha Alimentar; Campanhas de Recolha de Bens Utilitários; Ações de Formação de Voluntariado; Voluntariado de companhia junto de Seniores em situação de isolamento social.

Este projeto foi gerador de outros projetos e atividades em que estiveram integrados diversos intervenientes como funcionários da Nokia, funcionários e voluntários da SCMA, bem como diversos utentes da nossa instituição (adultos e crianças). Destacam-se os projetos:

> Projeto Recolha de Bens NOKIA

>Projeto Banco Alimentar NOKIA – Recolha e Distribuição de Produtos alimentares

O início da parceria com a NOKIA e a Equipa RSI foi marcado pela atividade de Recolha de Bens. Na sua fase de planeamento teve lugar uma articulação regular com o Parceiro e a realização de reuniões de preparação, com vista à organização da ação de acordo com as necessidades sentidas pela população-alvo. No espaço NOKIA, foi organizada uma campanha de recolha de bens junto de todos os colaboradores, com duração de 3 dias. Após o término da recolha, todos os bens foram transportados para o espaço do Campus Social. Com o apoio dos colaboradores voluntários da NOKIA conseguiram criar-se kit´s, compostos por materiais de limpeza doméstica e higiene pessoal, utensílios de cozinha, cobertores, lençóis, atoalhados e material escolar, com o objetivo de atender às necessidades diárias das famílias beneficiárias de Rendimento Social de Inserção.

>Atividade de Voluntariado Empresarial: Apoio Pedagógico >Projeto Um Dia com Voluntários SCMA >Projeto Voz Amiga


O objetivo destas atividades decorre da preocupação em estimular a iniciativa e a participação ativa na definição sustentável de percursos profissionais equilibrados, na relação entre as competências técnicas e as competências pessoais e sociais, despertando para a necessidade de dinamizar um conjunto de ações de formação interna relacionadas com as áreas da Motivação (2011), do Empreendorismo e da Inovação (2012), do Coaching e da Liderança (2013), do Self Empowerment (2014) e do Mindfulness (novembro, 2015), tendo como prioridade a consciencialização e a mobilização dos colaboradores para estas áreas de conhecimento e a apropriação das suas ferramentas específicas a cada uma. POR OUTRO LADO, E PARALELAMENTE, PROCURA-SE FACILITAR A IMPLEMENTAÇÃO LOCAL DE NOVOS MODELOS DE INTERVENÇÃO (PARCERIAS) E DE PROJETOS (OFERTA EDUCATIVA EXTRA), CAPAZES DE RESPONDER AO RECEIO DE CRISTALIZAÇÃO E ESTACIONAMENTO DE RESPOSTAS SOCIAIS PADRONIZADAS E QUE RESULTEM NA SUA SUSTENTABILIDADE. O recurso à dinamização de atividades relacionadas com as competências pessoais e sociais, permite a ativação das soft skills dos colaboradores através da capacitação nos domínios da: atitude positiva, resiliência, resolução de conflitos, gestão do tempo, comunicação, motivação, criatividade, trabalho em equipa e em parceria. Sendo que estas dimensões, interligadas entre si e associadas a

outras mais competências técnicas, podem desencadear processos de transformação pessoal com o desejável impacto na prática profissional, refletindo-se qualitativa e quantitativamente em melhores resultados. Desta forma, estes momentos formativos com enfoque no desenvolvimento pessoal e social são facilitadores da promoção de relações interpessoais comprometidas com a missão institucional, na medida em que estimulam uma participação ativa e o envolvimento dos colaboradores na (re)definição de processos, objetivos e dinâmicas internas, tais como a (co)elaboração em equipa dos projetos educativos locais, ou ainda a reflexão colaborativa nos domínios da avaliação de desempenho e a criação de um Grupo de Avaliação de Impacto (GAI), um exemplo de aproveitamento das competências pessoais e formativas de um grupo de colaboradores motivado em servir a comunidade, que possibilitará a realização "benchmark" interno de atividades, identificação de boas práticas e avaliação de objetivos. Posto isto, consideramos que a mobilização dos recursos internos dos colaboradores pode estimular o autodesenvolvimento e o seu bem-estar, na medida em que oferece instrumentos e ferramentas capazes de responder a desafios pessoais e profissionais, através da abertura a um leque de soluções diferenciadas intrínsecas à condição humana, que consequentemente à valorização profissional.


A Santa Casa da Misericórdia da Amadora orgulha-se dos resultados que tem vindo a alcançar com o Programa Aprender & Brincar (AB). Efetivamente, são 13 anos de intenso esforço em prol das famílias que, em alguns casos, sendo economicamente desfavorecidas, contam inteiramente com o apoio dado por este Programa aos seus filhos, mantendo-os em guarda, em horários compatíveis com o seu horário de trabalho. O AB surgiu no ano letivo de 2002 | 2003 através de um protocolo estabelecido entre a Santa Casa da Misericórdia da Amadora e a Câmara Municipal da Amadora, com o objetivo de apoiar as escolas e as famílias, durante os horários não letivos dos alunos. Acresce que em simultâneo com a atividade dos ATL, passou a incorporar o modelo de Escola a Tempo Inteiro, nas Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC). Desde então, que a lógica de intervenção do AB consiste em planear bem para ganhar tempo e qualidade. Isto implica identificar os objetivos que se considera realistas e prioritários. A gestão e o planeamento das atividades respondem a questões fundamentais dos diferentes públicos que enquadra. Neste sentido, a ação (o quê, como), a calendarização (quando), os recursos (com quê) e os públicos-alvo (quem), constituem uma maneira útil de planear atividades, estabelecendo um "modelo de ação" diferenciado em cada centro de ATL, porque se privilegia a diversidade dos públicos que abrange. Pode-se designar este "modelo de ação" como uma "Comunidade de Prática", modelo incorporado para fazer face à sua dispersão pelo Concelho da Amadora e à diferenciação social inerente às várias escolas e jardins de infância da rede pública onde está implementado. Apesar de criados diferentes níveis de intervenção e de organização, estão em alinhamento estratégico com uma prática uniforme de gestão e planeamento.

O AB tem vindo a diversificar a sua intervenção e atualmente tem 4 eixos de atividade: I. COMPONENTE DE APOIO À FAMÍLIA | ATL DE PRÉ-ESCOLAR E 1º CICLO II. COMPONENTE DE APOIO À FAMÍLIA | ATL JUVENIL III. ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR | EXPRESSÕES IV. OFERTA EDUCATIVA EXTRA Em 2015, o AB abriu um novo equipamento na Escola EB1 Gago Coutinho do Agrupamento Escolas Pioneiros da Aviação Portuguesa, estando presente em 5 Agrupamentos de Escolas do Concelho da Amadora, com a gestão de 23 Centros de ATL de Jardim-deInfância, 1ºCiclo e Juvenil e dinamização da AEC de Expressões.


No dia 16 de outubro fizemos história! Comemorámos um duplo aniversário: 29 anos da Misericórdia da Amadora e 20 anos da resposta social – Lar Sagrada Família. O Lar Sagrada Família foi inaugurado a 26 de julho de 1995, mas foi escolhido o dia de aniversário da Instituição para comemorar as duas décadas de existência desta resposta que acolhe nas suas instalações 85 idosos em regime de internamento. Contámos com a presença de “amigos” internos e externos à instituição, para partilhar este momento festivo, os quais têm acompanhado e colaborado no trabalho realizado com os mais velhos do concelho da Amadora nesta resposta social.

Foi um dia gracioso e de felicidade dupla, para quem veio festejar, mas muito especial para quem está e que todos os dias pode partilhar a alegria de “Bem Servir” os mais velhos!!!!

“Uma Nova Imagem” para o Lar Sagrada Família O Lar Sagrada Família está mais bonito, acolhedor e colorido, muitas obras de melhoramento e requalificação têm sido efetuadas nesta resposta social, com o objetivo de proporcionar aos que aqui vivem, um lar mais agradável e apetecível, aos que cá trabalham, melhores condições de trabalho e aos que nos visitam, uma apresentação mais fresca e arejada.


Atividades Intergeracionais Em parceria com algumas escolas e jardins-de-infância do concelho, têm sido desenvolvidas atividades lúdicas com crianças de diferentes idades. Estas atividades têm sido momentos únicos de partilha e encantamento. Ficam algumas imagens que fazem prova disso...

Teresa Neto Coordenadora do LSF | 3ªidade Santa Casa da Misericórdia da Amadora


Natural de Angola, veio para Portugal nos difíceis anos do grande retorno. Tinha 7 anos de idade. S.O.S Angola, Os Dias da Ponte Aérea, de Rita Garcia, é por isso a leitura que sugere, "é um regresso às origens". A família instalou-se em Alfornelos e foi ali que Carla cresceu, integrando-se também na comunidade juvenil da paróquia. Sensível à causa da justiça, fez-se Magistrada. Juiz de Direito e formadora do CEJ, identificou-se sempre com as preocupações sociais da Igreja. Foi "com entusiasmo" que aceitou, em 2003, o desafio de entrar na Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia da Amadora. Assumiu a "pasta" da educação, num trabalho voluntário que a fez "ser melhor ser humano e, consequentemente, melhor profissional". Carla Câmara é a nova presidente da Assembleia-geral da instituição, sucedendo à fundadora Maria João Ferreira. "Uma grande responsabilidade", reconhece, preocupada com o "alheamento do indivíduo na participação na «polis»". SER Misericórdia (SM) - Como foram os 9 anos de experiência na Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia da Amadora. Carla Câmara (CC) - Um desafio constante, uma partilha de conhecimentos e de experiências em áreas fundamentais de intervenção na comunidade, designadamente, na educação, alicerce do

desenvolvimento das novas gerações. Por outro lado, foi extremamente enriquecedor o debate de perspectivas diversas, a propósito dos mais variados temas levados à decisão da Mesa Administrativa, em razão de diferentes abordagens ocasionadas pelas formações académicas diversas de cada um dos seus membros, todos tendo em comum o propósito firme de prosseguir objetivos comuns para o fortalecimento da atuação da SCMA. SM- Ainda se lembra do momento em que lhe foi feito o desafio para integrar os órgãos sociais? CC- Muito bem. Foi vivido com entusiasmo, por ser chamada a participar ativamente na vida da Instituição, e igualmente com grande sentido de responsabilidade pelo exercício das funções que iria encetar, com repercussão na vida de toda uma Comunidade. SM- Como avalia a sua participação na MA ao longo dos últimos anos? CC- É uma pergunta que deverá ser respondida por todos aqueles com quem tive o privilégio de trabalhar ao serviço da SCMA. De todo o modo, o balanço que faço é francamente positivo pela grande quantidade de solicitações a que foi dada resposta, pela possibilidade de intervir activamente no quotidiano da Instituição e pelo «feedback» recebido, quer dos mesários, quer dos colaboradores da SCMA.


SM- O que mais a marcou nestes anos enquanto mesária? CC- Ao longo destes quase 9 anos de trabalho com a SCMA destaco, na área da educação - pelouro que acompanhava mais de perto - o empenho determinado e o envolvimento apaixonado de todos os professores, educadores e auxiliares de educação, a quem presto aqui a minha homenagem, ao serviço da formação de todas as meninas e meninos confiados pelos pais a esta Instituição (alguns dos quais entraram para o berçário e saíram como finalistas do 9° ano).

SM- Sendo uma magistrada, julga que este tipo de voluntariado a ajuda a compreender melhor a sociedade e a ter até um melhor desempenho no exercício da justiça? CC- Claro que sim. Permite encarar a sociedade multifacetada sob um diferente ponto de vista, mais atento aos outros e a todas as consequências de uma decisão, a que, decerto, não acederia de outro modo. Todas as experiências de vida porque qualquer pessoa passe, todas as vivências que a façam crescer, fazem-na ser melhor ser humano e, consequentemente, melhor profissional.

SM- Como classifica o papel do órgãos sociais das Misericórdias enquanto expressão de voluntariado? CC- O voluntariado assume-se por diversas formas. Seja pela participação em órgãos sociais, seja pelo trabalho de «terreno», no contacto com os que carecem da intervenção das Misericórdias, o voluntariado é expressão do dar um pouco de si em benefício de outros. A forma empenhada, dedicada e atenta com que o voluntariado é exercido, faz com que estas características se transmitam na própria atuação dos órgãos sociais, constituindo assim maisvalia fundamental das Misericórdias.

SM- Quais as dificuldades encontradas para gerir a vida profissional, a vida familiar e a dedicação a esta causa? CC- As aparentes dificuldades foram facilmente ultrapassadas com muita organização familiar, sobretudo na fase inicial em que os meus filhos eram muito pequenos. Acredito que com boa vontade se consegue sempre ter esse bem raro, que é o tempo, por pouco que seja, para poder servir os outros.


SM- Sustentabilidade ou ação social, como avalia este binómio? CC- Como necessário. Parece-me que a ação social desprovida de sustentabilidade não será capaz de responder a todos os desafios eficazmente e de, com consistência, promover uma intervenção de futuro. É fundamental que todas as intervenções sejam planeadas, estruturadas e executadas com a devida ponderação dos meios, ao dispor das necessidades que sempre os superam.

CC- É certo que a medida da participação não é aquela que gostaríamos. Mas ela existe. Por aquilo que poderiam fazer pelas Instituições, mas sobretudo pela diferença que esta participação poderia fazer nas suas vidas, é desejável que muitos mais irmãos participem na vida da Instituição. Todavia, este défice participativo é fruto do nosso tempo, fruto dos nossos dias, que passam demasiado depressa e conduzem a um certo alheamento do indivíduo na participação na «polis».

SM- Quais os desafios de uma Misericórdia nos dias de hoje? CC- Ir ao encontro das exigências cada vez mais prementes da comunidade em que se insere, dar-lhes resposta adequada e sobretudo dar instrumentos para que cada um possa ter uma vida condigna. Trata-se de uma construção inacabada que tem que ser reinventada diariamente com o bom serviço de todos aqueles que trabalham nestas instituições.

SM- A partir de 2016 assumirá um novo desafio voluntário na nossa Instituição. Quais as expetativas? CC- Constitui uma grande responsabilidade pela natureza das funções que lhe são atribuídas, mas igualmente pelo exigente e permanente compromisso de trabalho conjunto e complementaridade com os demais órgãos sociais da SCMA e de congregação entre estes e a Irmandade. Estou certa de que a proximidade entre todos abre vias de construção profícua e ao serviço da boa execução das Obras de Misericórdia.

SM- Numa perspetiva geral, como vê o papel e a responsabilidade dos órgãos sociais das Misericórdias? CC- Assumem-se como determinantes, sobretudo nestes tempos de crise económica e de enfraquecimento do estado social, em que importa dar resposta célere às solicitações diariamente colocadas e redescobrir modos de cooperação intensa com os outros operadores chamados a intervir. SM- Preocupa-a o aparente distanciamento entre as Irmandades - os membros base - e a vida das Instituições?

SM- Que pensa fazer, enquanto presidente da Mesa da Assembleia Geral, para aproximar ainda mais os irmãos da dinâmica institucional da Misericórdia? CC- Este é um caminho com trilhos já rasgados, mas com muito para trilhar. A SCMA tem uma dinâmica muito intensa e apelativa à participação dos irmãos. Do que se trata é de ir ao encontro das suas expetativas e apresentar, a cada um, uma proposta de participação que vá ao encontro do seu perfil de intervenção. Muitos são os irmãos que manifestam interesse em participar na vida da instituição, mas nem sempre é fácil dar o passo que concretize esta pretensão e é neste sentido que trabalharemos.



Já com uma ideia mais definida, falei para várias escolas de “coaching” e acabei por escolher uma, a ISPC- International School of Professional Coaching, onde me certifiquei. Um dia surgiu-me uma ideia. Aconselhei-me com amigos - uns foram a favor, outros mostraram-e reticentes, mas o “bichinho” ia crescendo, até que concluí: se as organizações cada vez mais vêem no “coaching” uma ferramenta de excelência, e se eu estou numa organização com mais de 500 funcionários, posso exercer essa atividade dentro dela e a pessoa certa para servir de alavanca e acionar internamente a minha atividade como “coach” é meu Diretor Geral. Marquei uma reunião com ele, e quando lhe comuniquei que me ia certificar em Coaching, deu-me todo o apoio, primeiro para estudar e depois para implementar o coaching na instituição. Comecei com um workshop, e depois com um gabinete onde faço sessões individuais, ajudando cada um a ter mais consciência do grande pontecial que todos temos, e que está muitas vezes adormecido. Ajudo as pessoas a ganhar consciência de que cada um de nós é o único «arquiteto» da sua própria vida, e é por sua conta que pode tornar-se mais livre, mais autêntico, mais natural e mais feliz. Cada vez mais me move a paixão pelo Ser Humano e saber que faço parte do mistério divino. Sinto que é uma Missão despertar para este novo paradigma: toda a realidade externa é reflexo da realidade interna e tudo passa por aí. O meu papel é tornar as pessoas mais conscientes de que temos em nós todos os recursos e de que o coaching apenas os ativa, por forma a nos realizarmos nas várias vertentes da vida , atingindo os nossos objetivos. Segundo a minha visão do Coaching, todos nós temos esses recursos internos, que por razões externas vão adormecendo. Assim, esta metodologia ajuda em todos os desafios da vida. O “coaching” é uma atitude , em que, com uma ou várias sessões, através de uma Presença absoluta, o coach se distancia dos seus pensamentos e emoções para observar de forma plena o mapa da realidade do

cliente. Por outras palavras, usa a sua capacidade de fazer silêncio interior, para escutar e dar voz ao potencial do cliente, que por sua vez gera formas inovadoras de lidar com a realidade. Assim se consegue inspirar a capacidade ilimitada do cliente, conduzindo-o a eleger caminhos de vida. Esta inspiração insufla o cliente com a energia emocional indispensável para mergulhar dentro de si próprio e observar de frente os seus desafios. Na medida em que, neste caso o Daniel Santos está totalmente presente para acolher as pessoas, estas vão sentir uma ligação profunda com o Daniel- outro ser humano que está a acompanhar cada etapa do seu processo de superação. Ao sentir que está unido com alguém a um nível tão completo, o cliente adquire a coragem essencial para superar os seus limites. Este alguém a quem se une tem uma “presença absoluta” e uma “certeza inspirada”, que catalisa no cliente o emergir da sua própria “presença absoluta” e uma “certeza inspirada”, da qual emana a criação espontânea. Da parte do Daniel Santos, recorrendo a perguntas e a silêncios, entre outra técnicas, a criação espontânea manifesta-se ao devolver ao cliente elementos criados por ele próprio. Por sua vez, o cliente, com mais informação sobre si próprio, adquire a criatividade espontânea que o leva, como protagonista, a recriar a sua vida e a gerar formas inovadoras de lidar com ela. Nestes sentido, o “coaching” consiste em libertar o potencial de uma pessoa para incrementar ao máximo o seu desempenho. Esta metodologia consiste em ajudar a pessoa, através de seus próprios recursos internos e a aprender a encontrar as respostas em si mesmo." (John Whitmore) Hoje DANIEL SANTOS é já reconhecido mesmo para além fronteiras pelas suas sessões via Skype, mas dentro da Misericórdia quer ser um contributo para que cada um seja mais feliz, na medida que se redescobre e muda tudo, com um novo olhar. Na verdade, a realidade externa é apenas um reflexo da interna. Por isso, tudo muda por fora quando mudamos por dentro.


Com que tom, sons e imagens preservaremos a memória? Que aprendizagem faremos dos dias que ergueram minutos de silêncios? São dias de reflexão, de uma necessária reflexão multidisciplinar. Profunda, abrangente, transversal e não condicionada. O mundo fez a celebração planetária de uma dor lancinante pela liberdade ferida simbolicamente no coração. E a imagem de Aylan? Terá sido apenas geradora de um esgar da emoção? Era a imagem e o que ela dizia. Sem palavras, gritou e escandalizou. Se o verbo encarna na realidade e a realidade é visível, que a invisibilidade das palavras tenha a força que as palavras não têm. Afinal, para que servem as palavras, se não têm consequência? Que será do "génio meigo e profundo" na Europa cantada por Fausto, palco das maiores atrocidades com o combustível da religião, mas que soube cruzar a razão com a fé naquele que será um dos seus maiores legados para a humanidade? A Europa revela a fragilidade do humanismo nas contingências da religião. Os muros vão continuar a erguer-se e a ganância fará o resto. No tempo da ampliação mediática, prevalece ainda o medo do outro, do diferente. A morte anda no Mediterrâneo e de vez em quando dá à costa. A Europa do século XXI, perdeu a memória clássica de Homero. Também Ulisses naufragou neste mar, deu à costa moribundo e foi acolhido pela filha de um rei, sem exigências ou condições. Este mar é um desafio de consciência, de tragédias e destinos. Do fundo da história ecoa o escárnio dos deuses: «Não aprendem?! Onde está a vossa humanidade?!"

É como se o passo decisivo da confiança assumisse a dimensão da utopia, de uma profecia. Há uma insustentável distância entre o ideal e a decisão pragmática, a opção corajosa e a resignação. Criam-se novas expetativas e é neste cenário que um homem vindo do outro lado do mundo, moldado pela fé, propõe a criatividade da misericórdia e da justiça. Sim, se em contexto de fé a misericórdia pretende a (re)construção do outro, ficaria incompleta sem a justiça. DIZ O PAPA FRANCISCO QUE JUSTIÇA E MISERICÓRDIA SÃO "DUAS DIMENSÕES DUMA ÚNICA REALIDADE". Como a justiça, a misericórdia revela-se na ação. "Bemaventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia". A misericórdia é uma libertação do isolamento, da solidão. É operativa, não é teórica. Por isso não se diz, ou melhor, diz-se quando se faz, na construção ética, no exercício da justiça e da paz com um inquestionável enquadramento político e comunitário de co-responsabilidade. Movida pelo coração, é na ação que se concretiza e completa a própria razão. Sem apagar a memória, faz encontro. Abre caminho a todas as possibilidades. Se a fé tem a capacidade de produzir ideias para lá do contexto religioso, ninguém poderá dizer não há um itinerário alternativo para 2016.


Realizou-se no dia 13 de junho a primeira edição do “Dia da Instituição”. Dinamizaram-se mais de duas dezenas de atividades ao longo do dia, onde estiveram envolvidos utentes, familiares e profissionais da nossa Misericórdia. Foram momento de grande animação e interação onde ficou bem patente a marca “ Misericórdia”, bem como o espírito de “bem servir”. A avaliação global foi excelente superando todas as expetativas iniciais, quer no número de participantes, quer nas qualidade das atividades realizadas. Ficou a certeza que em 2016 realizar-se-á a segunda edição. A todos os envolvidos, o Ser Misericórdia agradece e dá os merecidos parabéns.


Foi no passado dia 16 de outubro que se realizaram as III jornadas da saúde da SCMA nas quais a Clima teve um período oratório em que se debruçou sobre o que é a Fisioterapia, o que é ser Fisioterapeuta e os bons padrões de prática. Quem já passou pelo nosso espaço e usufruiu dos nossos serviços de reabilitação sabe certamente ao que me refiro. Já lá vão alguns anos desde que abrimos portas tendo, entre outras, como missão ajudar aqueles que pelas mais variadas razões possuem problemas do foro músculo-esquelético tendo por esse motivo visto diminuída a sua qualidade de vida, desde o pré cirúrgico ao pós cirúrgico, do jovem ao idoso, da dor aguda à dor crónica, do atleta ao sedentário. Sendo hoje a Fisioterapia uma ciência que absorve conhecimento e produz o seu próprio conhecimento, pautamos a nossa intervenção na maior evidência possível, apresentando soluções terapêuticas altamente diferenciadas, sempre com a preocupação da recuperação funcional do nosso utente e, fundamentalmente os meios justificando o fim traduzindo-se por isso numa melhoria e recuperação do seu bem estar bio-psico-social. Sendo Misericórdia, todos nos preocupam e todos são a nossa missão por isso tentamos sempre e em equipa, enquanto clínica universitária, discutir entre nós a melhor solução para os problemas encontrados sempre com o utente no centro de todo este processo, o qual designamos de processo em fisioterapia. Com uma minuciosa e cuidada avaliação pretendemos chegar a um diagnóstico funcional e consequente prognóstico para assim estabelecermos os objectivos e o plano de tratamento fundamentais à recuperação de qualquer individuo. Em todo este processo achamos fundamental sermos bons ouvintes, de forma a promover um raciocínio clínico, preponderante no resultado de todo este processo e no sucesso da recuperação dos nossos utentes.

É certo que a Fisioterapia não é uma ciência exata, mas também não o é, a Medicina ou qualquer um dos seus ramos, por isso não prometemos resultados prometemos sim empenho e atitude profissional na resolução dos problemas encontrados na prática clinica. Somos uma equipa de clínicos e como tal a nossa principal preocupação é a melhoria e a satisfação dos utentes, assim sendo, trabalhamos sempre em equipa baseando a nossa intervenção nos bons padrões de prática e na máxima evidência científica. Ao longo deste texto, tenho falado muito sobre processo, entendo como processo todo o percurso que o utente faz antes de chegar à fisioterapia e, essencialmente durante o período de tratamento, mas cabe-me dissertar dizendo que nada disto importa se os profissionais não usarem o conhecimento adquirido (cognição) da forma mais adequada e, não refletirem sobre aquilo que fazem (metacognição) algo que hoje, na minha opinião, se constata pouco no dia a dia da prática clinica. Uma última palavra para os utentes pois são eles o elo mais importante em todo este processo e falo deles para, deste modo, lhes atribuir uma cota de responsabilidade na sua recuperação. É claro que há um dever ético de as instituições garantirem o melhor cuidado possível às pessoas que as procuram mas também é certo que os utentes devem estar preocupados em procurar os espaços clínicos especializados, devidamente autorizados e com clínicos licenciados e experientes em que as qualidades acima mencionadas estejam presentes; este penso, será parte do caminho na melhoria da prestação dos cuidados de saúde, mais conhecimento maior responsabilidade tanto para o profissional como para o utente. Por último, convido a quem não conhece o nosso espaço, o faça e assim comprove pelos seus próprios olhos o verdadeiro e poderoso ambiente clinico em que todos trabalhamos.


TORNAMOS O SONHO POSSÍVEL Este é um novo projeto do Lar de Santo António que consiste em concretizar os desejos e os sonhos dos nossos utentes. O objetivo é que cada utente pense numa atividade que gostaria de realizar e no seu aniversário possibilitar a sua concretização.

Enquadrada na comemoração do Dia Europeu das Línguas (26 de setembro), decorreu a 2.ª Semana das Línguas na Escola Luís Madureira entre os dias 28 de setembro de 2015 e 2 de outubro de 2015. As atividades propostas tentaram ir ao encontro do tema do Plano Anual de Atividades da Escola Luís Madureira “Mente Sã, Corpo São” Esta iniciativa resultou da parceria entre o BECRE (Biblioteca escolar) e o Departamento das Línguas e contou com as seguintes atividades: concurso de posters que combinassem desporto e elementos icónicos de um país de expressão anglófona ou hispânica; quiz com questões sobre natureza e desporto de países anglófonos e hispânicos; peddy paper; concurso gastronómico-textual; visionamento de curtas-metragens de animação. Os alunos aderiram às atividades com bastante empenho e entusiasmo. No final, os vencedores em cada uma das categorias receberam um prémio simbólico e um certificado. Resta-nos agradecer a participação de todos e aguardar pela 3.ª Semana das Línguas, no próximo ano.

ENCONTRO DE GERAÇÕES Os utentes do Lar de Santo António visitam semanalmente as crianças do Ensino Pré-Escolar da Escola Luís Madureira. Este encontro intergeracional favorece a transmissão de experiências dos nossos «Avós» e os «Netos» da vizinha escola.

No âmbito do tema do Plano Anual de Atividades da Escola Luís Madureira “Mente Sã, Corpo São”, no passado dia 9 de outubro, as turmas do 6º ano tiveram o prazer de participar numa ação de sensibilização muito importante. Tendo como ponto de partida os conteúdos curriculares da disciplina de Ciências Naturais e dada a proximidade com a comemoração do Dia Mundial da Alimentação, os alunos foram convidados a participar no projeto “Alimento Seguro”, um projeto desenvolvido pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) junto de escolas dos primeiro e segundo ciclos. Os alunos participaram com muito interesse e aprenderam aspetos muito importantes da segurança alimentar como, o que são microrganismos e que doenças provocam. Também se salientou a importância de ler os rótulos dos alimentos, de se proceder sempre à lavagem das mãos ou até mesmo como organizar os alimentos em segurança no frigorífico. A atividade foi um êxito e os alunos de 6º ano estão de parabéns pela forma pertinente como participaram na atividade!


UAC A necessidade da criação da Unidade de Apoio ao Cuidador (UAC) surgiu da constatação do aumento da população idosa residente no Concelho da Amadora, do aumento dos prestadores de cuidados informais e da necessidade de os mesmos se sentirem apoiados. Desde a sua abertura a UAC deu resposta a mais de 100 utentes, que por apresentarem dependência para a realização das atividades de vida diária, necessitavam de cuidados ao nível da higiene pessoal, saúde e conforto, assistência de enfermagem e tratamento de roupas. Para além de permitir à família o descanso causado pelo desgaste daquela situação, ou dando tempo para se definir a solução social ou resposta social mais indicada. A animação sociocultural foi uma das grandes apostas este ano através da criação de pequenos ateliers, que foram dinamizados pelos próprios colaboradores, nomeadamente atelier de culinária, jardinagem, expressão plástica e atividades desportivas.

A MISERICÓRDIA É OPERATIVA Após a Assembleia-geral que elegeu no dia 11 de dezembro os órgãos sociais para o novo triénio, realizou-se no auditório do Centro Sta Isabel uma conferência sobre a Misericórdia. D. José Traquina, bispo-auxiliar de Lisboa, e o pe. António Fernandes, Superior-provincial dos Missionários da Consolata, foram os oradores convidados. A SCMA assinalou assim o inicio do Ano Jubilar da Misericórdia, proposto pelo papa Francisco. D. José Traquina disse que a Misericórdia é a "Caritas operativa, vai mesmo ao encontro, não porque o outro merece, mas porque o outro precisa". "É a atitude", a partir do "olhar para o outro" que diz a Misericórdia, acrescentou, desafiando os irmãos presentes a "restaurar a Misericórdia" tendo como referência as Obras Corporais e Espirituais. "Pode ser uma coisa para frágeis, mas não é para fracos, é para fortes", sublinhou. "Não há Misericórdia sem presença", lembrou o pe. António Fernandes que abordou o tema a partir da experiência missionária com os índios da selva amazónica e do norte do Brasil. O Provincial do instituto missionário que assegura a capelania na SCMA, realçou a importância do "carinho, da ternura e da aproximação sem preconceitos" ao outro, ao diferente, como dimensões imprescindíveis no caminho da Misericórdia.

NOVO TRIÉNIO NA ADMINISTRAÇÃO DA SCMA Foram eleitos no dia 11 de dezembro, os novos órgãos sociais da Misericórdia da Amadora para o triénio 2016-2019. A assembleia-geral da irmandade realizou-se no grande auditório do Centro de Sta Isabel. A lista A, única a concorrer, não obteve qualquer voto contra. É constituída por: - Mesa da Assembleia-Geral Carla Câmara (presidente) António Neves (vice-presidente) Leonor matos (secretária) - Mesa Administrativa Constantino Pinto (provedor) Luís Brízida (vice-provedor) Miguel Veiga Joaquim Franco Isabel Rodrigues Nuno Corte-Real Nuno Arroja - Conselho-Fiscal Carlos Sampaio (presidente) João Pagou Augusto Vieira No final da Assembleia-geral, os irmãos louvaram o trabalho desenvolvido pela presidente cessante, Maria João Ferreira, fundadora da SCMA.


ATIVIDADES DA CSTMJ Na creche de Santa Teresinha do Menino Jesus, ainda somos todos pequeninos, temos idades entre os 4 meses e os 3 anos, mas não é por isso que deixamos de trabalhar. Mas, mesmo sendo muito pequeninos, começamos desde cedo, a participar em todas as atividades. Uma dessas atividades, aconteceu, no dia 20 de novembro. As crianças de todas as salas da Creche comemoraram o Dia Nacional do Pijama que é um dia educativo e solidário feito por crianças que ajudam outras crianças. Este é um dia em que as crianças pequenas lembram, anualmente, a todos que "uma criança tem direito a crescer numa família".

PINTURA NO CDRSI Uma das atividades que tem tido grande adesão por parte dos utentes do CDRSI tem sido a pintura de desenhos com lápis de cor. É uma atividade que desenvolve a motricidade fina e a concentração. Os temas são escolhidos de acordo com as estações do ano, de modo a estimular a memória e a orientação no tempo e no espaço. Esta atividade conta com a participação de uma grande percentagem de utentes do Centro de Dia.

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO NO CSFA O Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro) foi comemorado no CSFA com uma exposição sobre alimentação saudável e com a construção da roda dos alimentos feita pelas crianças do pré-escolar. Neste dia ficamos a saber mais sobre os alimentos que devemos comer para fazermos uma alimentação saudável.


Manuel Girão Diretor Geral

Quando o Provedor Ilídio Loureiro me lançou o desafio de assumir a missão de dirigir profissionalmente a nossa Misericórdia, recordo-me que fiquei um pouco apreensivo. Aos trinta e dois anos assumir a gestão de um dos maiores empregadores do Concelho da Amadora não se perspetivava uma tarefa simples. A PRIMEIRA PRIORIDADE FOI A CRIAÇÃO DE UMA EQUIPA SÓLIDA, EFICAZ E FOCADA NA MISSÃO DE BEM SERVIR. Com uma equipa multidisciplinar, motivada e com linhas orientadoras claramente definidas pela Mesa Administrativa, os objetivos traçados foram sendo alcançados de uma forma natural e consistente. Vários foram os desafios ao longo destes dez anos, dos quais destacaria: - A dedicação da Igreja de Nossa Senhora das Misericórdias, um sonho antigo dos Irmãos fundadores da Instituição; - A ampliação da Escola Luís Madureira; - A criação em parceria com a Autarquia de uma rede de ATL nas escolas públicas (programa Aprender&Brincar)

- A criação de uma equipa RSI na Instituição; - A abertura dos Centros Rainha Santa Isabel e Casal da Mira e, consequentemente, o aumento da resposta de Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário; - O início do funcionamento da CLIMA, clinica médica de Alfragide; - A abertura da Unidade de Cuidados Continuados e o regresso da Instituição à área da saúde; - A abertura das creches Santa Teresinha e Rainha D. Leonor. TUDO ISTO SÓ FOI POSSÍVEL GRAÇAS AOS PROVEDORES COM QUEM TIVE O PRIVILÉGIO DE TRABALHAR, ILÍDIO LOUREIRO, CRISTINA FERREIRA E CONSTANTINO PINTO, QUE ME PUSERAM À DISPOSIÇÃO TODOS OS MEIOS, BEM COMO, A CONFIANÇA NECESSÁRIA. Destaco ainda todos os profissionais da Instituição, pois sem eles não seriam possíveis os resultados obtidos, nem tão pouco a motivação para os desafios que se avizinham. A todos: Muito Obrigado!

FICHA TÉCNICA | Revista Ser Misericórdia nº8 PROPRIEDADE E EDIÇÃO Santa Casa da Misericórdia da Amadora Estrada da Portela - Quinta das Torres Alfragide - 2610-143 Amadora Tel: 214 722 200 - Fax: 214 722 212 E-mail: santa.casa@misericordia-amadora.pt

DIREÇÃO Manuel Girão

TIRAGEM 2.000 Exemplares

COLABORAÇÃO Anabela Val DESIGN E ARRANJO GRÁFICO IMAGINARQ

DEPÓSITO LEGAL 299826/09


PELA SUA SAÚDE, AO SEU SERVIÇO!

Horário de 2ª a 6ª: 8h00 às 20h00 Horário ao Sábado: 9h30 às 13h00


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