SER MISERICÓRDIA #1

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Setembro2009

santa casa da misericórdia A

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misericórdia

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magazine

Rendimento Social de Inserção

O pessoas, e respectivas famílias, que se encontrem em situação de grave carência socioeconómica. pag. 4

Contrato Local de Desenvolvimento Social

O pessoas, e respectivas famílias, que se encontrem em situação de grave carência socioeconómica. pag. 8

Voluntariado de Boa Vizinhança

O pessoas, e respectivas famílias, que se encontrem em situação de grave carência socioeconómica. pag. 9


A175-7-61677

Editorial e no Mundo são de incerteza, as dificuldades são muitas, as angústias florescem e este sentimento espalha-se à velocidade da luz nesta era em que se conjugam a tradicional conversa e correspondência entre familiares, amigos e vizinhos, com os média e a internet ... Facilmente nos querem convencer que nos calhou a fava do bolo da História porque, por sentença quase unânime, há um défice de valores... Défice nos valores bolsistas, nos mercados financeiros, nos orçamentos públicos e privados, não duvidamos que sim, são valores irrequietos, voláteis, tanto estão em alta como em forte baixa. Quanto aos valores que realmente importam, que se traduzem nos laços sociais que nos unem, na atenção ao outro que nos está próximo, na caridade cristã - na nossa modesta opinião, alicerçada na história de intervenção das Misericórdias, não é bem assim - são valores perenes, que

PELA SUA SAÚDE, AO SEU SERVIÇO

ACORDOS

800 104 004 Ê Ê Ê Ê

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www.clinicamedicadealfragide.com

Revista Ser Misericórdia nº1 DESIGN E PROJECTO GRÁFICO

TIRAGEM

Estrelas de papel

x000 Exemplares

Telf:xx xxxx xx xx

PRODUÇÃO GRÁFICA

DIRECTOR

Estrelas de papel

DEPÓSITO LEGAL ISSN XXXX...

PROPRIEDADE Santa Casa da Misericórdia da Amadora Rua .................................... nºx, xxxx-xx

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I D R Ó C I R E

Ficha Técnica

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NOVIDADE Consultas de Cefaleias Consulta de Nutrição Clínica

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Provavelmente Isabel desde miúda, nas brincadeiras com as outras crianças, já se revelava… Mostrava sinais de ter um daqueles corações grandes…Foi crescendo, tornou-se mulher, percebendo que a sua vocação, a sua felicidade, passava pela felicidade dos outros, no cuidado e serviço aos mais pequeninos, aos mais desprotegidos, aos mais solitários, aos mais pobres… Este foi, sem dúvida, o seu grande milagre. Já era uma mulher de misericórdia muito antes da Rainha D. Leonor lhe ter seguido os seus passos, ter herdado um coração grande como o seu, e ter instituído a primeira Misericórdia em Agosto de 1498 (hoje podemos afirmar que fez um verdadeiro feito : o “milagre da multiplicação das Misericórdias”). História de Rainhas Santas e de santas Rainhas? Julgamos que não… É verdade que os dias que correm nesta cidade da Amadora

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EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO UÊÊ ? ÃiÃÊ V>ÃÊVÉÊÌ ` ÃÊ ÃÊ Ã ÃÌi >ÃÊiÊÃÕL Ã ÃÌi >ÃÊ`iÊÃ>Ö`i UÊ V }À>w>Ã UÊ iVÌÀ V>À` }À> > UÊ / UÊ"ÕÌÀ ÃÊ Ý> iÃ

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dedicamo-nos à nobre actividade de Bem Servir todas e cada uma das cerca de 5.000 pessoas que diariamente acolhemos nas diversas valências da Instituição

perduram e se multiplicam. Depois de Leonor, a nossa Rainha, a história continuou galopante até aos nossos dias com muitas mulheres e homens simples, santos e pecadores, mas de boa vontade. Desde Agosto de 1498 nasceram perto de 500 Misericórdias, uma das quais a nossa Misericórdia da Amadora no ano de 1986. E nestes escassos vinte e três anos de actividade, fruto das necessidades de assistência existentes no concelho da Amadora e da vontade de lhes dar uma resposta, também conseguimos fazer um pequeno milagre… Hoje, no ano de 2009, com cerca de 350 funcionários e algumas dezenas de voluntários de coração grande (provavelmente herdado da “madrinha” Santa Isabel e da Rainha D. Leonor), dedicamo-nos à nobre actividade de Bem Servir todas e cada uma das cerca de 5.000 pessoas que diariamente acolhemos nas diversas valências da Instituição (lares, centro de dia, apoio domiciliário, berçários, creches, pré-escolar, Escola Básica dos 1º, 2º e 3º ciclos, ATL’s, prolongamentos escolares, Clínica Médica, apoio à reintegração de reclusos, formação profissional...) O milagre está ao alcance de todos, a atenção a todas as pequenas coisas, tornaram uma pequena obra, numa grande obra. O segredo? O segredo está na genuína e generosa preocupação, na humildade, na confiança, na fé e na vontade. Com a edição desta publicação pretendemos mostrar quem somos e o que fazemos (e quem sabe ….. contar consigo) para fazer parte deste nosso pequeno / grande milagre: o de Ser Misericórdia …. e Bem Servir::

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Misericórdia… um milagre ao alcance de todos

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OUTRAS ÁREAS UÊ viÀ >}i UÊ Ã ÌiÀ>« > UÊ Ã ÌiÀ>« >Ê v> Ì UÊ/iÀ>« >Ê`>Ê > > UÊ*Ã V } > UÊ*Ã V «i`>} } > UÊ*Ài«>À>XK Ê«>À>Ê Ê*>ÀÌ UÊ ÃÌjÌ V>ÊiÊ i iÃÌ>À

a provedora, Cristina Farinha Ferreira

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ESPECIALIDADES UÊ >À` } > UÊ ÀÕÀ} >Ê* ?ÃÌ V> UÊ V>Ê iÀ> UÊ iÀ >Ì } > UÊ ` VÀ } > UÊ Ã >ÌÀ > UÊ >ÃÌÀ i ÌiÀ } > UÊ iV } >É"LÃÌiÌÀ V > UÊ i` V >Ê i Ì?À > UÊ i` V >Ê ÌiÀ > UÊ i` V >Ê` Ê6 > > Ìi UÊ i` V >Ê` Ê/À>L> UÊ ivÀ } > UÊ iÕÀ } > UÊ"vÌ> } > UÊ"ÀÌ «i` > UÊ"Ì ÀÀ >À } } > UÊ*i` >ÌÀ >

IASFA – ADM UNIMED MULTICARE CGD – Serviços Sociais SERVIMED MÉDIS (Ortopedia)

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Editorial e no Mundo são de incerteza, as dificuldades são muitas, as angústias florescem e este sentimento espalha-se à velocidade da luz nesta era em que se conjugam a tradicional conversa e correspondência entre familiares, amigos e vizinhos, com os média e a internet ... Facilmente nos querem convencer que nos calhou a fava do bolo da História porque, por sentença quase unânime, há um défice de valores... Défice nos valores bolsistas, nos mercados financeiros, nos orçamentos públicos e privados, não duvidamos que sim, são valores irrequietos, voláteis, tanto estão em alta como em forte baixa. Quanto aos valores que realmente importam, que se traduzem nos laços sociais que nos unem, na atenção ao outro que nos está próximo, na caridade cristã - na nossa modesta opinião, alicerçada na história de intervenção das Misericórdias, não é bem assim - são valores perenes, que

PELA SUA SAÚDE, AO SEU SERVIÇO

ACORDOS

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Ficha Técnica

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NOVIDADE Consultas de Cefaleias Consulta de Nutrição Clínica

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Provavelmente Isabel desde miúda, nas brincadeiras com as outras crianças, já se revelava… Mostrava sinais de ter um daqueles corações grandes…Foi crescendo, tornou-se mulher, percebendo que a sua vocação, a sua felicidade, passava pela felicidade dos outros, no cuidado e serviço aos mais pequeninos, aos mais desprotegidos, aos mais solitários, aos mais pobres… Este foi, sem dúvida, o seu grande milagre. Já era uma mulher de misericórdia muito antes da Rainha D. Leonor lhe ter seguido os seus passos, ter herdado um coração grande como o seu, e ter instituído a primeira Misericórdia em Agosto de 1498 (hoje podemos afirmar que fez um verdadeiro feito : o “milagre da multiplicação das Misericórdias”). História de Rainhas Santas e de santas Rainhas? Julgamos que não… É verdade que os dias que correm nesta cidade da Amadora

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perduram e se multiplicam. Depois de Leonor, a nossa Rainha, a história continuou galopante até aos nossos dias com muitas mulheres e homens simples, santos e pecadores, mas de boa vontade. Desde Agosto de 1498 nasceram perto de 500 Misericórdias, uma das quais a nossa Misericórdia da Amadora no ano de 1986. E nestes escassos vinte e três anos de actividade, fruto das necessidades de assistência existentes no concelho da Amadora e da vontade de lhes dar uma resposta, também conseguimos fazer um pequeno milagre… Hoje, no ano de 2009, com cerca de 350 funcionários e algumas dezenas de voluntários de coração grande (provavelmente herdado da “madrinha” Santa Isabel e da Rainha D. Leonor), dedicamo-nos à nobre actividade de Bem Servir todas e cada uma das cerca de 5.000 pessoas que diariamente acolhemos nas diversas valências da Instituição (lares, centro de dia, apoio domiciliário, berçários, creches, pré-escolar, Escola Básica dos 1º, 2º e 3º ciclos, ATL’s, prolongamentos escolares, Clínica Médica, apoio à reintegração de reclusos, formação profissional...) O milagre está ao alcance de todos, a atenção a todas as pequenas coisas, tornaram uma pequena obra, numa grande obra. O segredo? O segredo está na genuína e generosa preocupação, na humildade, na confiança, na fé e na vontade. Com a edição desta publicação pretendemos mostrar quem somos e o que fazemos (e quem sabe ….. contar consigo) para fazer parte deste nosso pequeno / grande milagre: o de Ser Misericórdia …. e Bem Servir::

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IASFA – ADM UNIMED MULTICARE CGD – Serviços Sociais SERVIMED MÉDIS (Ortopedia)

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projectos conta o seu desenvolvimento a nível psicomotor, cognitivo e sócio-afectivo. Tem igualmente como preocupação, o estabelecer laços de proximidade entre a escola e a família, que se revelam fundamentais na definição dos percursos escolares. O A&B da SCMA está presente em 7 dos 10 Agrupamentos Escolas do Concelho da Amadora, com a gestão de 14 centros de ATL de 1ºCiclo e Jardim-de-infância e a respectiva dinamização de vários Projectos/Actividades. Tem uma estrutura de 46 Técnicos e envolve um universo de 1228 alunos/utentes, 1223 em AEC e 605 em ATL, Componente de Apoio à Família. Bem como, trabalha de forma complementar, com 92 Professores do Ensino Básico e Educadores de Infância. O objectivo principal dos Projectos/Actividades é de propiciar aprendizagens que promovam nas crianças um pensamento crítico e criativo. Alargando os contextos de participação que possibilitem construir e a assumir compromissos, percebendo que a sua “voz” pode ter influência no que acontece consigo, com os outros e com o mundo em seu redor. As crianças ao actuarem como figuras de referência na Comunidade, promovem em si um sentimento de pertença, de responsabilização pela vida da Escola e que ao mesmo tempo incorporam a promoção de regras, de valores e de saberes. Em síntese, a evolução do A&B tem vindo a ser uma constante desde o seu início em 2002-2003, apresentando todos os anos progressos qualitativos e quantitativos, quer nas suas acções quer nos seus beneficiários::

programa aprender e brincar

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Pedro Santos Evolução do Programa

Utentes

605 430 243

256

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2002 2003

2003 2004

2004 2005

2005 2006

2006 2007

2007 2008

2008 2009

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alinhamento com uma prática uniforme de planeamento. A organização do A&B divide-se em dois pólos de gestão e planeamento: os ATL, Componente de Apoio à Família e as AEC. Assim, este modelo tem o objectivo de conseguir orientar a prática de cada ATL e das AEC, seguindo modelos autónomos de intervenção (porque dependem dos beneficiários finais), onde a participação conjunta de todos e de cada um dos agentes, é importante quer na construção de um projecto formativo comum, quer no envolvimento e na incorporação de procedimentos uniformes (regras; valores; saberes). O “princípio básico orientador” da sua prática é tornar os espaços de ATL em locais lúdicos, que através do JOGO e do BRINCAR possibilitem a aquisição de aprendizagens, com preocupações Sócio-Educativas de complemento ao processo educativo e formativo das crianças, desenvolvendo projectos e actividades numa abordagem holística da criança, tendo em

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Ano Lectivo

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A SCMA orgulha-se dos resultados que tem vindo a alcançar com A todo este processo está inerente a lógica de procurar “Estar o Programa Aprender & Brincar (A&B). Efectivamente, são 6 anos na Escola para Ser e Conviver”. de intenso esforço em prol das famílias que, em alguns casos, A mobilização dos seus recursos concentra-se nos seus benefisendo economicamente desfavorecidas, contam inteiramente com ciários finais – escolas/famílias/crianças – estabelecendo-se moo apoio dado por este Programa aos seus filhos, mantendo-os em delos de intervenção e fornecimento de serviços adequados à guarda, em horários compatíveis com o seu horário de trabalho. população. O seu modelo de acção” é orientado para a gestão O Programa Aprender & Brincar (A&B) surgiu no ano lectivo de – recursos humanos e físicos, pedagógicos, financeiros e eco2002-2003 através de um protocolo esnómicos – do A&B, realçando no entanto, tabelecido entre a Santa Casa da Miseri- objectivo de apoiar as o esforço diário da Instituição dos/as Téccórdia da Amadora e a Câmara Municipal escolas e as famílias, nicos/as do A&B pela qualidade de serviço que têm desenvolvido. da Amadora, com o objectivo de apoiar as escolas e as famílias, durante os horá- durante os horários não- Seis anos de trabalho neste Programa demonstram que o processo de avaliação de rios não-lectivos dos alunos. Funciona no lectivos dos alunos. desempenho é fundamental para o properíodo de aulas das 7h30m às 9h00m e das 15h às 19h30m (ATL de Jardim de Infância) e das 17h30m gresso. Porque permite, aprender como podem funcionar meàs 19h30m (ATL EB1). No período de interrupção lectiva (férias lhor as coisas e possibilita melhorá-las, (esta é uma finalidade de gestão) e, por outro lado, conduz à responsabilização dos vários escolares) funciona das 7h30m às 19h30m. Desde então, que a lógica de intervenção do A&B consiste em desempenhos. Esta dialéctica, permite incorporar, ao longo do planear bem para ganhar tempo e qualidade. Isto implica iden- processo, dados adquiridos válidos, com flexibilidade e de forma tificar os objectivos que se considera realistas e prioritários. A integrada, para conjuntamente estabelecer níveis de qualidade gestão e o planeamento das actividades responde a questões de serviço – objectivos, actividades, recursos, resultados. fundamentais dos diferentes públicos que enquadra. Neste sen- A SCMA preconizou este modelo de funcionamento, porque é tido, a acção (o quê, como) do A&B, a calendarização (quando), utilizado por variadas Instituições de sucesso para fazer face a os recursos (com quê) e os públicos-alvo (quem), constituem obstáculos à acção. Neste caso, a dispersão existente no Conuma maneira útil de planear actividades, estabelecendo um celho da Amadora e a grande diferenciação social, apresen“modelo de acção” diferenciado em cada centro de ATL, por- tavam-se como ameaças ultrapassadas através dos diferentes que se privilegia a diversidade dos públicos que abrange. níveis de intervenção e de organização criados, que estão em

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ARTIGO:

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estar na escola para ser e conviver

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projectos conta o seu desenvolvimento a nível psicomotor, cognitivo e sócio-afectivo. Tem igualmente como preocupação, o estabelecer laços de proximidade entre a escola e a família, que se revelam fundamentais na definição dos percursos escolares. O A&B da SCMA está presente em 7 dos 10 Agrupamentos Escolas do Concelho da Amadora, com a gestão de 14 centros de ATL de 1ºCiclo e Jardim-de-infância e a respectiva dinamização de vários Projectos/Actividades. Tem uma estrutura de 46 Técnicos e envolve um universo de 1228 alunos/utentes, 1223 em AEC e 605 em ATL, Componente de Apoio à Família. Bem como, trabalha de forma complementar, com 92 Professores do Ensino Básico e Educadores de Infância. O objectivo principal dos Projectos/Actividades é de propiciar aprendizagens que promovam nas crianças um pensamento crítico e criativo. Alargando os contextos de participação que possibilitem construir e a assumir compromissos, percebendo que a sua “voz” pode ter influência no que acontece consigo, com os outros e com o mundo em seu redor. As crianças ao actuarem como figuras de referência na Comunidade, promovem em si um sentimento de pertença, de responsabilização pela vida da Escola e que ao mesmo tempo incorporam a promoção de regras, de valores e de saberes. Em síntese, a evolução do A&B tem vindo a ser uma constante desde o seu início em 2002-2003, apresentando todos os anos progressos qualitativos e quantitativos, quer nas suas acções quer nos seus beneficiários::

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Pedro Santos Evolução do Programa

Utentes

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alinhamento com uma prática uniforme de planeamento. A organização do A&B divide-se em dois pólos de gestão e planeamento: os ATL, Componente de Apoio à Família e as AEC. Assim, este modelo tem o objectivo de conseguir orientar a prática de cada ATL e das AEC, seguindo modelos autónomos de intervenção (porque dependem dos beneficiários finais), onde a participação conjunta de todos e de cada um dos agentes, é importante quer na construção de um projecto formativo comum, quer no envolvimento e na incorporação de procedimentos uniformes (regras; valores; saberes). O “princípio básico orientador” da sua prática é tornar os espaços de ATL em locais lúdicos, que através do JOGO e do BRINCAR possibilitem a aquisição de aprendizagens, com preocupações Sócio-Educativas de complemento ao processo educativo e formativo das crianças, desenvolvendo projectos e actividades numa abordagem holística da criança, tendo em

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Ano Lectivo

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A SCMA orgulha-se dos resultados que tem vindo a alcançar com A todo este processo está inerente a lógica de procurar “Estar o Programa Aprender & Brincar (A&B). Efectivamente, são 6 anos na Escola para Ser e Conviver”. de intenso esforço em prol das famílias que, em alguns casos, A mobilização dos seus recursos concentra-se nos seus benefisendo economicamente desfavorecidas, contam inteiramente com ciários finais – escolas/famílias/crianças – estabelecendo-se moo apoio dado por este Programa aos seus filhos, mantendo-os em delos de intervenção e fornecimento de serviços adequados à guarda, em horários compatíveis com o seu horário de trabalho. população. O seu modelo de acção” é orientado para a gestão O Programa Aprender & Brincar (A&B) surgiu no ano lectivo de – recursos humanos e físicos, pedagógicos, financeiros e eco2002-2003 através de um protocolo esnómicos – do A&B, realçando no entanto, tabelecido entre a Santa Casa da Miseri- objectivo de apoiar as o esforço diário da Instituição dos/as Téccórdia da Amadora e a Câmara Municipal escolas e as famílias, nicos/as do A&B pela qualidade de serviço que têm desenvolvido. da Amadora, com o objectivo de apoiar as escolas e as famílias, durante os horá- durante os horários não- Seis anos de trabalho neste Programa demonstram que o processo de avaliação de rios não-lectivos dos alunos. Funciona no lectivos dos alunos. desempenho é fundamental para o properíodo de aulas das 7h30m às 9h00m e das 15h às 19h30m (ATL de Jardim de Infância) e das 17h30m gresso. Porque permite, aprender como podem funcionar meàs 19h30m (ATL EB1). No período de interrupção lectiva (férias lhor as coisas e possibilita melhorá-las, (esta é uma finalidade de gestão) e, por outro lado, conduz à responsabilização dos vários escolares) funciona das 7h30m às 19h30m. Desde então, que a lógica de intervenção do A&B consiste em desempenhos. Esta dialéctica, permite incorporar, ao longo do planear bem para ganhar tempo e qualidade. Isto implica iden- processo, dados adquiridos válidos, com flexibilidade e de forma tificar os objectivos que se considera realistas e prioritários. A integrada, para conjuntamente estabelecer níveis de qualidade gestão e o planeamento das actividades responde a questões de serviço – objectivos, actividades, recursos, resultados. fundamentais dos diferentes públicos que enquadra. Neste sen- A SCMA preconizou este modelo de funcionamento, porque é tido, a acção (o quê, como) do A&B, a calendarização (quando), utilizado por variadas Instituições de sucesso para fazer face a os recursos (com quê) e os públicos-alvo (quem), constituem obstáculos à acção. Neste caso, a dispersão existente no Conuma maneira útil de planear actividades, estabelecendo um celho da Amadora e a grande diferenciação social, apresen“modelo de acção” diferenciado em cada centro de ATL, por- tavam-se como ameaças ultrapassadas através dos diferentes que se privilegia a diversidade dos públicos que abrange. níveis de intervenção e de organização criados, que estão em

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projectos

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Pontos Fortes da Equipa e seus Resultados Com a estratégia adoptada a equipa desenvolveu um conjunto de forças que se constituem enquanto pilares de um desempenho de excelência. A contínua insatis-

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Os acordos de inserção devem ser revistos de forma a adaptarem-se à progressão dos beneficiários. O aumento da exigência está directamente associado ao aumento da confiança, das soluções e das oportunidades colocadas ao dispor dos beneficiários. A nossa intervenção procura encontrar soluções sustentáveis e que permitam aos beneficiários autonomizarse face ao apoio do Estado. A autonomização implica que os beneficiários passam a ter fontes de rendimento, principalmente do trabalho, que permitem viver com maior qualidade de vida, mas principalmente que estão aptos a assumir de forma consciente as escolhas que favorecem o seu bem-estar.

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Etapa final – Autonomização

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A linha estratégica definida pela Equipa da SCMA no início do Protocolo passou pela implementação de um acompanhaO Protocolo celebrado entre ISS, I.P. e a SCMA em Julho mento integrado, planeado, sistemático e individualizado das de 2007 contemplou a constituição de duas equipas, cada famílias beneficiárias da Medida. Esta estratégia global inciuma com três Técnicos Superiores diu em duas dimensões diferenciaO Rendimento Social de Inser- das, mas complementares: Dimenda Área Social e com quatro Auxiliares de Acção Directa (AAD), ção é uma medida apoio de ca- são Interna e Dimensão Externa. com a finalidade de efectuar o Em ambas, foram desenvolvidas rácter temporário que permite várias estratégias específicas para acompanhamento diário de 295 agregados familiares, cerca de disponibilizar apoio a pessoas, optimizar o acompanhamento. 1300 beneficiários de RSI, nas processo de gestão de informação e respectivas famílias, que se Oassentou Freguesias da Mina e Venteira, na criação de instrumentos encontrem em situação de gra- que garantem um trabalho eficaz e do Concelho da Amadora. Os Técnicos são responsáveis, em rede entre os elementos da equipa ve carência socioeconómica em termos gerais, pela elaboe envolve os seguintes instrumentos: ração do diagnóstico de necessidades dos beneficiários, Ficha de Atendimento Inicial; Ficha de Caso; Ficha Discussão pela negociação do acordo de inserção, pela avaliação Casos e Base de dados dos agregados acompanhamentos.

A primeira etapa da intervenção tem início no estudo do processo familiar. É com base na informação pré-existente que são preparados os atendimentos de 1ª Linha, nos quais se confirma os requisitos para aceder à prestação pecuniária, avaliam-se as necessidades existentes: estruturais e circunstanciais e identificam-se as potencialidades latentes ou já mobilizadas pelos beneficiários. É nesta dinâmica que a equipa técnica, com a participação do agregado familiar, define uma estratégia de intervenção adequada, de onde emerge, de um clima de negociação aberto, criativo e ponderado o Acordo de Inserção, que contempla o programa de actividades obrigatórias a concretizar num horizonte temporal de ano, após o qual é revisto. O acordo é obrigatório, tendo os beneficiários 60 dias para o assinar, contados a partir do despacho de aprovação. O Acordo de Inserção/Programa de Inserção é um conjunto organizado de acções que se constituem enquanto deveres assumidos com os utentes, em áreas tão diversas como a Saúde, a Educação, o Emprego, os Direitos Sociais e Formação Profissional. Depois de negociado este Acordo de Inserção será apresentado e assinado por parceiros que integram o NLI (Núcleo Local de Inserção), como sejam os representantes do Centro Emprego, do Centro Saúde, Educação, Câmara Municipal, Segurança Social, e outros, que tenham intervenção válida na Comunidade.

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Um Processo de Intervenção rumo à Autonomização

Etapa inicial – Negociação e Assinatura de Acordo de Inserção

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Equipa de RSI da Santa Casa da Misericórdia da Amadora (SCMA)

do seu cumprimento e pela planificação da execução das actividades de inserção acordadas. Os AAD’s têm como principal papel facilitar a execução das actividades, pelo acompanhamento dos beneficiários no terreno. Com a criação das equipas RSI a SCMA disponibiliza um novo serviço às pessoas carenciadas que está totalmente alinhado com a Natureza e Missão da Organização.

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O Rendimento Social de Inserção é uma medida de apoio de carácter temporário que permite disponibilizar apoio a pessoas, e respectivas famílias, que se encontrem em situação de grave carência socioeconómica (rendimento inferior à pensão social - ver quadro exemplificativo). Consiste numa prestação pecuniária incluída no subsistema de solidariedade, tendo o valor da pensão social (PS) como referência, e na definição de um acordo para a inserção integral, nomeadamente, laboral, social e comunitária, das pessoas que beneficiam da prestação.

Equipa RSI

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rendimento social de inserção

Uma medida de redução da intensidade da carência económica visa dotar os beneficiários dos instrumentos e permitir o acesso a meios que favoreçam a sua autonomização face aos apoios do Estado.

O Programa de Inserção (PI) tem de ser adequado às potencialidades dos agregados. A título, meramente, exemplificativo e muito simples: de que serve encaminhar para ofertas de emprego, que exijam o 9º ano, se o beneficiário apenas tem o 6º? Obviamente que não serve ninguém. Assim, é importante dotar os beneficiários de competências e capacidades estruturais – educação formal ou informal e qualificação profissional, para que obtenham sucesso na concretização das actividades, gerando um círculo motivacional virtuoso. O aumento das potencialidades serve a responsabilização dos beneficiários pelo cumprimento dos seus deveres e, consequentemente, da assunção consciente do seu processo de inserção social enquanto sujeitos da sua própria mudança. O incumprimento ou a ausência de investimento no processo de mudança por parte dos beneficiários, é penalizada, nos termos da Lei, com a perda do direito à prestação pecuniária, sendo que em alguns casos pode determinar a impossibilidade de voltar a requerer apoio durante 12 meses. A etapa intermédia concentra-se na gestão da mudança, onde é crítico que a intervenção estabeleça prioridades claras, que sirvam a mobilização dos recursos de parceiros e beneficiários, orientando-os para a concretização das actividades. Não basta planear é necessário trabalhar arduamente para tornar o plano possível de ser concretizado.

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Etapas Centrais da Intervenção

Etapa intermédia – Implementação do Acordo de Inserção

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Com o objectivo de melhor mobilizar e articular os recursos de parceiros e sociedade e de agilizar os procedimentos internos e externos a equipa criou um Guia de Recursos e Procedimentos. Este Guia é um manual que tem subjacente um processo de actualização contínua com o objectivo de facilitar a inovação social e a reprodução de procedimentos experimentais e inovadores à medida que estes são testados e validados pelos vários elementos da equipa. Finalmente, a equipa investe fortemente no desenvolvimento de competências e capacidade pessoais e de trabalho em equipa, pela promoção de Trabalhos de Investigação Empíricos, Jornadas de Reflexão Anuais, Formações Internas e Acções de Formação Externas.

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projectos

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Pontos Fortes da Equipa e seus Resultados Com a estratégia adoptada a equipa desenvolveu um conjunto de forças que se constituem enquanto pilares de um desempenho de excelência. A contínua insatis-

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Os acordos de inserção devem ser revistos de forma a adaptarem-se à progressão dos beneficiários. O aumento da exigência está directamente associado ao aumento da confiança, das soluções e das oportunidades colocadas ao dispor dos beneficiários. A nossa intervenção procura encontrar soluções sustentáveis e que permitam aos beneficiários autonomizarse face ao apoio do Estado. A autonomização implica que os beneficiários passam a ter fontes de rendimento, principalmente do trabalho, que permitem viver com maior qualidade de vida, mas principalmente que estão aptos a assumir de forma consciente as escolhas que favorecem o seu bem-estar.

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Etapa final – Autonomização

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A linha estratégica definida pela Equipa da SCMA no início do Protocolo passou pela implementação de um acompanhaO Protocolo celebrado entre ISS, I.P. e a SCMA em Julho mento integrado, planeado, sistemático e individualizado das de 2007 contemplou a constituição de duas equipas, cada famílias beneficiárias da Medida. Esta estratégia global inciuma com três Técnicos Superiores diu em duas dimensões diferenciaO Rendimento Social de Inser- das, mas complementares: Dimenda Área Social e com quatro Auxiliares de Acção Directa (AAD), ção é uma medida apoio de ca- são Interna e Dimensão Externa. com a finalidade de efectuar o Em ambas, foram desenvolvidas rácter temporário que permite várias estratégias específicas para acompanhamento diário de 295 agregados familiares, cerca de disponibilizar apoio a pessoas, optimizar o acompanhamento. 1300 beneficiários de RSI, nas processo de gestão de informação e respectivas famílias, que se Oassentou Freguesias da Mina e Venteira, na criação de instrumentos encontrem em situação de gra- que garantem um trabalho eficaz e do Concelho da Amadora. Os Técnicos são responsáveis, em rede entre os elementos da equipa ve carência socioeconómica em termos gerais, pela elaboe envolve os seguintes instrumentos: ração do diagnóstico de necessidades dos beneficiários, Ficha de Atendimento Inicial; Ficha de Caso; Ficha Discussão pela negociação do acordo de inserção, pela avaliação Casos e Base de dados dos agregados acompanhamentos.

A primeira etapa da intervenção tem início no estudo do processo familiar. É com base na informação pré-existente que são preparados os atendimentos de 1ª Linha, nos quais se confirma os requisitos para aceder à prestação pecuniária, avaliam-se as necessidades existentes: estruturais e circunstanciais e identificam-se as potencialidades latentes ou já mobilizadas pelos beneficiários. É nesta dinâmica que a equipa técnica, com a participação do agregado familiar, define uma estratégia de intervenção adequada, de onde emerge, de um clima de negociação aberto, criativo e ponderado o Acordo de Inserção, que contempla o programa de actividades obrigatórias a concretizar num horizonte temporal de ano, após o qual é revisto. O acordo é obrigatório, tendo os beneficiários 60 dias para o assinar, contados a partir do despacho de aprovação. O Acordo de Inserção/Programa de Inserção é um conjunto organizado de acções que se constituem enquanto deveres assumidos com os utentes, em áreas tão diversas como a Saúde, a Educação, o Emprego, os Direitos Sociais e Formação Profissional. Depois de negociado este Acordo de Inserção será apresentado e assinado por parceiros que integram o NLI (Núcleo Local de Inserção), como sejam os representantes do Centro Emprego, do Centro Saúde, Educação, Câmara Municipal, Segurança Social, e outros, que tenham intervenção válida na Comunidade.

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Um Processo de Intervenção rumo à Autonomização

Etapa inicial – Negociação e Assinatura de Acordo de Inserção

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Equipa de RSI da Santa Casa da Misericórdia da Amadora (SCMA)

do seu cumprimento e pela planificação da execução das actividades de inserção acordadas. Os AAD’s têm como principal papel facilitar a execução das actividades, pelo acompanhamento dos beneficiários no terreno. Com a criação das equipas RSI a SCMA disponibiliza um novo serviço às pessoas carenciadas que está totalmente alinhado com a Natureza e Missão da Organização.

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O Rendimento Social de Inserção é uma medida de apoio de carácter temporário que permite disponibilizar apoio a pessoas, e respectivas famílias, que se encontrem em situação de grave carência socioeconómica (rendimento inferior à pensão social - ver quadro exemplificativo). Consiste numa prestação pecuniária incluída no subsistema de solidariedade, tendo o valor da pensão social (PS) como referência, e na definição de um acordo para a inserção integral, nomeadamente, laboral, social e comunitária, das pessoas que beneficiam da prestação.

Equipa RSI

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ARTIGO:

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rendimento social de inserção

Uma medida de redução da intensidade da carência económica visa dotar os beneficiários dos instrumentos e permitir o acesso a meios que favoreçam a sua autonomização face aos apoios do Estado.

O Programa de Inserção (PI) tem de ser adequado às potencialidades dos agregados. A título, meramente, exemplificativo e muito simples: de que serve encaminhar para ofertas de emprego, que exijam o 9º ano, se o beneficiário apenas tem o 6º? Obviamente que não serve ninguém. Assim, é importante dotar os beneficiários de competências e capacidades estruturais – educação formal ou informal e qualificação profissional, para que obtenham sucesso na concretização das actividades, gerando um círculo motivacional virtuoso. O aumento das potencialidades serve a responsabilização dos beneficiários pelo cumprimento dos seus deveres e, consequentemente, da assunção consciente do seu processo de inserção social enquanto sujeitos da sua própria mudança. O incumprimento ou a ausência de investimento no processo de mudança por parte dos beneficiários, é penalizada, nos termos da Lei, com a perda do direito à prestação pecuniária, sendo que em alguns casos pode determinar a impossibilidade de voltar a requerer apoio durante 12 meses. A etapa intermédia concentra-se na gestão da mudança, onde é crítico que a intervenção estabeleça prioridades claras, que sirvam a mobilização dos recursos de parceiros e beneficiários, orientando-os para a concretização das actividades. Não basta planear é necessário trabalhar arduamente para tornar o plano possível de ser concretizado.

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Etapas Centrais da Intervenção

Etapa intermédia – Implementação do Acordo de Inserção

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Com o objectivo de melhor mobilizar e articular os recursos de parceiros e sociedade e de agilizar os procedimentos internos e externos a equipa criou um Guia de Recursos e Procedimentos. Este Guia é um manual que tem subjacente um processo de actualização contínua com o objectivo de facilitar a inovação social e a reprodução de procedimentos experimentais e inovadores à medida que estes são testados e validados pelos vários elementos da equipa. Finalmente, a equipa investe fortemente no desenvolvimento de competências e capacidade pessoais e de trabalho em equipa, pela promoção de Trabalhos de Investigação Empíricos, Jornadas de Reflexão Anuais, Formações Internas e Acções de Formação Externas.

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passou por dar a conhecer a estes jovens diferentes formas de ocuparem os seus tempos livres, minimizando os riscos associados às curiosidades da adolescência. Entre sessões de prevenção em aula, acompanhamento individualizado e actividades de exterior, os alunos tiveram a oportunidade de obter informação sobre as substâncias psicoactivas e os riscos e consequências decorrentes do uso e abuso das mesmas, mas também outros comportamentos de risco que vêm crescendo entre os nossos jovens e que também merecem uma especial atenção, tais como: os videojogos, a internet, entre outros. Desta forma, a equipa procurou explorar com os jovens questões decorrentes do relacionamento interpessoal – conhecimento do eu e do outro, comunicação, assertividade, emoções, auto-estima, direitos e deveres -, informação sobre as substâncias psicoactivas – quais são, os seus efeitos, as suas consequências -, não deixando de reforçar questões inerentes à vinculação familiar e escolar – dificuldades, estratégias e valorização. Para além disto, procurou-se despertar nestes jovens o interesse por causas solidárias, pela prática do voluntariado, pela ajuda ao outro, por uma cidadania activa e proactiva. Foram muitas as actividades que pro-

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Em dois anos a equipa contratualizou 500 acordos de inserção, o que inclui também as revisões anuais, em situações em que o acompanhamento exige mais tempo. No que toca a pessoas abrangidas pela intervenção a equipa assumiu o acompanhamento sistemático a 1360 pessoas, o que demonstra bem o desempenho e investimento na intervenção. Os resultados são indicadores do impacto da nossa intervenção e estamos já a introduzir novos indicadores de performance que nos permitam consolidar ainda mais a qualidade e o serviço prestado ::

O ”Crescer a Saber“ deu os seus primeiros passos quando em Abril de 2007 apresentou a sua candidatura à iniciativa lançada pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência, nomeadamente através do Programa de Intervenção Focalizada. A primeira etapa foi ultrapassada quando num universo de 126 candidaturas, em que apenas 18 seriam aceites, conseguiu que a sua proposta de intervenção se apresenta-se como promissora. A partir daqui toda uma equipa trabalhou no sentido de implementar um modelo lógico de intervenção que tinha por base premissas que o orientavam numa perspectiva sistémica, sendo que o seu principal objectivo foi desenvolver hábitos e estilos de vida saudáveis. Este projecto contou com o empenho dos seus parceiros: Santa Casa da Misericórdia da Amadora, Aproximar – Cooperativa de Solidariedade Social, Escola Almeida Garrett, Escola Luís Madureira e CIDATER, que uniram esforços para implementar o Projecto ”Crescer a Saber“, através de uma equipa interdisciplinar. Afinal, que projecto é este? É um projecto de prevenção primária da toxicodependência que intervêm junto de 80 jovens (entre os 12 e os 18 anos) das duas escolas acima mencionadas, bem como com os seus pais e professores, procurando desenvolver factores protectores que potenciem um futuro assente em hábitos e estilos de vida saudáveis. Desta forma, a intervenção do projecto caracterizou-se pelo seu lado pedagógico, lúdico e social, sendo que a sua essência

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crescer a saber

porcionam momentos de aprendizagem, diversão, convívio e reflexão – jogos de orientação no Monsanto, curso de surf, workshop`s de teatro e hip-hop, passeio de BTT no Monsanto, caminhada a Sintra, workshop com os Bombeiros de Campo de Ourique, visita à AFID e à União Zoófila, evento inter-escolas de futebol, acantonamento na Serra da Estrela, sessões públicas, acampamento em Góis, entre outras - dando-se um especial destaque às duas Semanas de Prevenção, desenvolvidas nos dois anos do projecto, que proporcionaram um intercâmbio extremamente saudável e enriquecedor entre os alunos das duas escolas, minimizando as diferenças socioeconómicas que aparentemente os separa. Paralelamente, procurou-se chegar aos pais através da dinamização de algumas sessões de (in)formação assentes em dificuldades por eles apresentadas e com uma especial incidência na promoção de factores de protecção e minimização de comportamentos de risco, apelando-se também à sua participação em actividades destinadas aos jovens e às suas famílias. Nesta área, a nossa intervenção demonstrou-se mais condicionada, uma vez que a disponibilidade dos pais nem sempre correspondeu ao esperado. Entre visitas domiciliárias, contactos telefónicos e disponibilização de um espaço informativo para pais nas instalações da Aproximar e de um Blogue interactivo, várias foram as estratégias utilizadas. Vidas profissionais intensas e conjunturas familiares exigentes apresentaram-se e apresentam-se nos dias de hoje como uma condicionante à sua participação neste tipo de iniciativas. No entanto, no final foi interessante perceber que afinal os nossos jovens conseguiram que os seus pais se envolvessem no projecto, quanto mais não fosse emocionalmente. Também os professores foram alvo da nossa intervenção, sendo que para além de serem continuamente envolvidos nas actividades desenvolvidas com os jovens, as quais proporcionaram uma grande aproximação entre professores e alunos, foram dinamizadas sessões de formação para este grupo. As acções desenvolvidas assentaram, essencialmente, no conhecimento sobre comportamentos de risco, substâncias psicoactivas, estratégias de intervenção e prevenção em meio escolar, essenciais e fundamentais para todos os profissionais que trabalham com jovens. No final podemos retirar um saldo positivo, principalmente no trabalho desenvolvido com os jovens. Envolveram-se, cresceram, obtiveram mais informações, reflectiram, ponderaram escolhas, de uma forma geral cresceram a saber. Chegado ao fim deste projecto, importa realçar a colaboração de todos aqueles que facilitaram a sua realização, destacando a parceria de algumas instituições, personalidades públicas e o empenho dos professores envolvidos. A todos muito Obrigado!::

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fação e inquietação motivam a equipa para procurar o benchmark ao nível de boas práticas e satisfação das expectativas dos beneficiários. Seguindo a Missão da SCMA, “Ser Misericórdia é bem servir…” a equipa procurou concentrar-se na resolução de problemas (proactividade), valorizando a competências e capacidades específicas de cada um (multidisciplinaridade), rompendo com distinções das categorias profissionais pela assunção do modelo de liderança situacional (cooperação) e investindo fortemente na formação dos membros para melhor gerir a mudança constante (adaptabilidade). Os resultados enchem-nos de responsabilidade, pois superar os objectivos significa assumir a responsabilidade de não defraudar as expectativas que criámos junto dos stakeholders que servimos. Ao nível das famílias acompanhadas a equipa superou em 30% o objectivo estabelecido em protocolo. Este resultado demonstra bem o grau de empenhamento de todos os elementos. É ainda preciso incluir nestes dados o número de acordos de cessados, cerca de 158, a maior parte deles por incumprimento dos beneficiários.

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passou por dar a conhecer a estes jovens diferentes formas de ocuparem os seus tempos livres, minimizando os riscos associados às curiosidades da adolescência. Entre sessões de prevenção em aula, acompanhamento individualizado e actividades de exterior, os alunos tiveram a oportunidade de obter informação sobre as substâncias psicoactivas e os riscos e consequências decorrentes do uso e abuso das mesmas, mas também outros comportamentos de risco que vêm crescendo entre os nossos jovens e que também merecem uma especial atenção, tais como: os videojogos, a internet, entre outros. Desta forma, a equipa procurou explorar com os jovens questões decorrentes do relacionamento interpessoal – conhecimento do eu e do outro, comunicação, assertividade, emoções, auto-estima, direitos e deveres -, informação sobre as substâncias psicoactivas – quais são, os seus efeitos, as suas consequências -, não deixando de reforçar questões inerentes à vinculação familiar e escolar – dificuldades, estratégias e valorização. Para além disto, procurou-se despertar nestes jovens o interesse por causas solidárias, pela prática do voluntariado, pela ajuda ao outro, por uma cidadania activa e proactiva. Foram muitas as actividades que pro-

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Em dois anos a equipa contratualizou 500 acordos de inserção, o que inclui também as revisões anuais, em situações em que o acompanhamento exige mais tempo. No que toca a pessoas abrangidas pela intervenção a equipa assumiu o acompanhamento sistemático a 1360 pessoas, o que demonstra bem o desempenho e investimento na intervenção. Os resultados são indicadores do impacto da nossa intervenção e estamos já a introduzir novos indicadores de performance que nos permitam consolidar ainda mais a qualidade e o serviço prestado ::

O ”Crescer a Saber“ deu os seus primeiros passos quando em Abril de 2007 apresentou a sua candidatura à iniciativa lançada pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência, nomeadamente através do Programa de Intervenção Focalizada. A primeira etapa foi ultrapassada quando num universo de 126 candidaturas, em que apenas 18 seriam aceites, conseguiu que a sua proposta de intervenção se apresenta-se como promissora. A partir daqui toda uma equipa trabalhou no sentido de implementar um modelo lógico de intervenção que tinha por base premissas que o orientavam numa perspectiva sistémica, sendo que o seu principal objectivo foi desenvolver hábitos e estilos de vida saudáveis. Este projecto contou com o empenho dos seus parceiros: Santa Casa da Misericórdia da Amadora, Aproximar – Cooperativa de Solidariedade Social, Escola Almeida Garrett, Escola Luís Madureira e CIDATER, que uniram esforços para implementar o Projecto ”Crescer a Saber“, através de uma equipa interdisciplinar. Afinal, que projecto é este? É um projecto de prevenção primária da toxicodependência que intervêm junto de 80 jovens (entre os 12 e os 18 anos) das duas escolas acima mencionadas, bem como com os seus pais e professores, procurando desenvolver factores protectores que potenciem um futuro assente em hábitos e estilos de vida saudáveis. Desta forma, a intervenção do projecto caracterizou-se pelo seu lado pedagógico, lúdico e social, sendo que a sua essência

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porcionam momentos de aprendizagem, diversão, convívio e reflexão – jogos de orientação no Monsanto, curso de surf, workshop`s de teatro e hip-hop, passeio de BTT no Monsanto, caminhada a Sintra, workshop com os Bombeiros de Campo de Ourique, visita à AFID e à União Zoófila, evento inter-escolas de futebol, acantonamento na Serra da Estrela, sessões públicas, acampamento em Góis, entre outras - dando-se um especial destaque às duas Semanas de Prevenção, desenvolvidas nos dois anos do projecto, que proporcionaram um intercâmbio extremamente saudável e enriquecedor entre os alunos das duas escolas, minimizando as diferenças socioeconómicas que aparentemente os separa. Paralelamente, procurou-se chegar aos pais através da dinamização de algumas sessões de (in)formação assentes em dificuldades por eles apresentadas e com uma especial incidência na promoção de factores de protecção e minimização de comportamentos de risco, apelando-se também à sua participação em actividades destinadas aos jovens e às suas famílias. Nesta área, a nossa intervenção demonstrou-se mais condicionada, uma vez que a disponibilidade dos pais nem sempre correspondeu ao esperado. Entre visitas domiciliárias, contactos telefónicos e disponibilização de um espaço informativo para pais nas instalações da Aproximar e de um Blogue interactivo, várias foram as estratégias utilizadas. Vidas profissionais intensas e conjunturas familiares exigentes apresentaram-se e apresentam-se nos dias de hoje como uma condicionante à sua participação neste tipo de iniciativas. No entanto, no final foi interessante perceber que afinal os nossos jovens conseguiram que os seus pais se envolvessem no projecto, quanto mais não fosse emocionalmente. Também os professores foram alvo da nossa intervenção, sendo que para além de serem continuamente envolvidos nas actividades desenvolvidas com os jovens, as quais proporcionaram uma grande aproximação entre professores e alunos, foram dinamizadas sessões de formação para este grupo. As acções desenvolvidas assentaram, essencialmente, no conhecimento sobre comportamentos de risco, substâncias psicoactivas, estratégias de intervenção e prevenção em meio escolar, essenciais e fundamentais para todos os profissionais que trabalham com jovens. No final podemos retirar um saldo positivo, principalmente no trabalho desenvolvido com os jovens. Envolveram-se, cresceram, obtiveram mais informações, reflectiram, ponderaram escolhas, de uma forma geral cresceram a saber. Chegado ao fim deste projecto, importa realçar a colaboração de todos aqueles que facilitaram a sua realização, destacando a parceria de algumas instituições, personalidades públicas e o empenho dos professores envolvidos. A todos muito Obrigado!::

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fação e inquietação motivam a equipa para procurar o benchmark ao nível de boas práticas e satisfação das expectativas dos beneficiários. Seguindo a Missão da SCMA, “Ser Misericórdia é bem servir…” a equipa procurou concentrar-se na resolução de problemas (proactividade), valorizando a competências e capacidades específicas de cada um (multidisciplinaridade), rompendo com distinções das categorias profissionais pela assunção do modelo de liderança situacional (cooperação) e investindo fortemente na formação dos membros para melhor gerir a mudança constante (adaptabilidade). Os resultados enchem-nos de responsabilidade, pois superar os objectivos significa assumir a responsabilidade de não defraudar as expectativas que criámos junto dos stakeholders que servimos. Ao nível das famílias acompanhadas a equipa superou em 30% o objectivo estabelecido em protocolo. Este resultado demonstra bem o grau de empenhamento de todos os elementos. É ainda preciso incluir nestes dados o número de acordos de cessados, cerca de 158, a maior parte deles por incumprimento dos beneficiários.

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palavra amiga, acompanhamento ao médico, fazer compras, passear, tratar de documentos …..); » Sinalizar à instituição questões relacionadas com o idoso apoiado; » Articular com a instituição possíveis novas áreas de apoio e intervenção; » Serem “sinal” e “exemplo” para outros vizinhos.

pontos fortes: » Proximidade em relação ás necessidades da comunidade local; » Conhecimento mais aprofundado das reais necessidades não

enquadradas pelas instituições; » Sinalização de situações de abandono e solidão » Promoção cívica e criação de laços de solidariedade; » Constituição de uma rede local que possibilite o trabalho em

parceria permitindo a rentabilização de recursos; » Baixos custos associados à implementação, gestão e acom-

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panhamento::

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Para considerarmos estas áreas de intervenção foram planificadas acções que incidem num gabinete de empregabilidade, apoiando a área do empreendorismo; Treino de Competências Pessoais, Parentais, de Planeamento Familiar e Educação para a Cidadania; desenvolvimento de Acções de Intervenção em Situação de Crise; dinamização de Acções Culturais e de Animação Sócio-cultural para idosos; Capacitação das famílias residentes no Bairro para a procura de alternativas habitacionais; Apoio às Associações Formais e Informais; desenvolvimento de acções com enfoque no Ambiente e na Higiene Urbana e disponibilizar o acesso livre a Internet e formação em TIC. A execução das acções do CLDS no Bairro de S.ta Filomena será acompanhada por uma avaliação interna e externa ao longo do período deste programa, o que permitirá a adequação das acções às necessidades sinalizadas e a maximização da intervenção. Animados pela missão desta Santa Casa de que “Ser Misericórdia É Bem Servir”, acolhemos este novo desafio com o entusiasmo habitual e movidos pela vontade de mudança, lançamos Mãos à Obra para ajudar a Comunidade do Bairro de S.ta Filomena a construir um novo amanhã!::

A Santa Casa da Misericórdia da Amadora lançou em Junho um novo Projecto de Voluntariado. Dar tempo a quem mais precisa é o lema e o principal objectivo deste projecto. Nos dias de hoje, as grandes cidades debatem-se com um enorme problema, o da solidão dos mais velhos, muitas vezes nossos vizinhos e tão esquecidos na correria do dia a dia.

» Acompanhamento pessoal dos idosos (escutar, ter uma

S

A pergunta que nos ocorre é qual o significado de CLDS. A resposta indica que CLDS é um programa nacional de luta contra a exclusão nos territórios mais vulneráveis, denominado Contrato Local de Desenvolvimento Social, que pretende desenvolver um conjunto de acções de intervenção social, envolvendo a Comunidade e as Instituições que intervêm num determinado território, para melhorar o seu bem-estar e a sua qualidade de vida. A intervenção do CLDS enquadra-se nas necessidades identificadas no Diagnóstico Social da Amadora (Plano de Desenvolvimento Social do Município 2009-2011). Esta intervenção tem como objectivo a promoção da inclusão de grupos vulneráveis da população, através da reestruturação e dinamização de equipamentos sociais e realização de actividades de sensibilização e (in)formação que envolvam directamente as Instituições locais e a população. Dos vários territórios de abrangência analisados, o Bairro de Santa Filomena (BSF) foi o seleccionado para a intervenção do CLDS, no período de 2009 a 2012. Este desafio teve o seu início em Maio de 2009, com a assinatura do Compromisso de Colaboração entre a Misericórdia da Amadora e o ISS.IP. O trabalho de elaboração do Plano de Ac-

voluntariado de boa vizinhança

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Novo convite à Misericórdia da Amadora! A Câmara Municipal da Amadora convidou a Nossa Santa Casa para aceitar um novo desafio de intervenção social: desenvolver um CLDS.

actividades:

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… mãos à obra!

Combater o isolamento social das pessoas idosas; Estreitar laços de boa e sã vizinhança; Aproximar as comunidades da instituição; Criar uma rede informal de voluntários e beneficiários que tenham em comum a proximidade geográfica (Bairro, Rua, Prédio).

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Contrato Local de Desenvolvimento Social

» » » »

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Miguel Alves, Coordenador CLDS

objectivos:

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ARTIGO:

ção foi muito intenso, enriquecedor e reflexo da importância do trabalho em rede, envolvendo vários parceiros. Deste modo, a Coordenação do CLDS (SCMA) e o GAS (CMA), desenvolveram várias acções de preparação do diagnóstico social do BSF. O levantamento das necessidades/problemas existentes no bairro foi um elemento essencial neste processo, envolvendo as associações locais, os parceiros que intervêm neste território e a comunidade em geral. Este processo colmatou com um workshop para a comunidade, no qual se realizaram dinâmicas que permitiram a análise dos problemas, qual a sua incidência, quais as soluções e os caminhos para chegarmos até elas. Lançado o desafio, quais as estratégias de intervenção? De acordo com a Portaria Regulamentar para os CLDS, a intervenção deverá considerar 4 eixos: O Emprego, Formação e Qualificação; a Intervenção Familiar e Parental; a Capacitação da Comunidade e das Instituições e a Informação e Acessibilidades.

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palavra amiga, acompanhamento ao médico, fazer compras, passear, tratar de documentos …..); » Sinalizar à instituição questões relacionadas com o idoso apoiado; » Articular com a instituição possíveis novas áreas de apoio e intervenção; » Serem “sinal” e “exemplo” para outros vizinhos.

pontos fortes: » Proximidade em relação ás necessidades da comunidade local; » Conhecimento mais aprofundado das reais necessidades não

enquadradas pelas instituições; » Sinalização de situações de abandono e solidão » Promoção cívica e criação de laços de solidariedade; » Constituição de uma rede local que possibilite o trabalho em

parceria permitindo a rentabilização de recursos; » Baixos custos associados à implementação, gestão e acom-

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Para considerarmos estas áreas de intervenção foram planificadas acções que incidem num gabinete de empregabilidade, apoiando a área do empreendorismo; Treino de Competências Pessoais, Parentais, de Planeamento Familiar e Educação para a Cidadania; desenvolvimento de Acções de Intervenção em Situação de Crise; dinamização de Acções Culturais e de Animação Sócio-cultural para idosos; Capacitação das famílias residentes no Bairro para a procura de alternativas habitacionais; Apoio às Associações Formais e Informais; desenvolvimento de acções com enfoque no Ambiente e na Higiene Urbana e disponibilizar o acesso livre a Internet e formação em TIC. A execução das acções do CLDS no Bairro de S.ta Filomena será acompanhada por uma avaliação interna e externa ao longo do período deste programa, o que permitirá a adequação das acções às necessidades sinalizadas e a maximização da intervenção. Animados pela missão desta Santa Casa de que “Ser Misericórdia É Bem Servir”, acolhemos este novo desafio com o entusiasmo habitual e movidos pela vontade de mudança, lançamos Mãos à Obra para ajudar a Comunidade do Bairro de S.ta Filomena a construir um novo amanhã!::

A Santa Casa da Misericórdia da Amadora lançou em Junho um novo Projecto de Voluntariado. Dar tempo a quem mais precisa é o lema e o principal objectivo deste projecto. Nos dias de hoje, as grandes cidades debatem-se com um enorme problema, o da solidão dos mais velhos, muitas vezes nossos vizinhos e tão esquecidos na correria do dia a dia.

» Acompanhamento pessoal dos idosos (escutar, ter uma

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A pergunta que nos ocorre é qual o significado de CLDS. A resposta indica que CLDS é um programa nacional de luta contra a exclusão nos territórios mais vulneráveis, denominado Contrato Local de Desenvolvimento Social, que pretende desenvolver um conjunto de acções de intervenção social, envolvendo a Comunidade e as Instituições que intervêm num determinado território, para melhorar o seu bem-estar e a sua qualidade de vida. A intervenção do CLDS enquadra-se nas necessidades identificadas no Diagnóstico Social da Amadora (Plano de Desenvolvimento Social do Município 2009-2011). Esta intervenção tem como objectivo a promoção da inclusão de grupos vulneráveis da população, através da reestruturação e dinamização de equipamentos sociais e realização de actividades de sensibilização e (in)formação que envolvam directamente as Instituições locais e a população. Dos vários territórios de abrangência analisados, o Bairro de Santa Filomena (BSF) foi o seleccionado para a intervenção do CLDS, no período de 2009 a 2012. Este desafio teve o seu início em Maio de 2009, com a assinatura do Compromisso de Colaboração entre a Misericórdia da Amadora e o ISS.IP. O trabalho de elaboração do Plano de Ac-

voluntariado de boa vizinhança

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Novo convite à Misericórdia da Amadora! A Câmara Municipal da Amadora convidou a Nossa Santa Casa para aceitar um novo desafio de intervenção social: desenvolver um CLDS.

actividades:

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… mãos à obra!

Combater o isolamento social das pessoas idosas; Estreitar laços de boa e sã vizinhança; Aproximar as comunidades da instituição; Criar uma rede informal de voluntários e beneficiários que tenham em comum a proximidade geográfica (Bairro, Rua, Prédio).

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Contrato Local de Desenvolvimento Social

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Miguel Alves, Coordenador CLDS

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ARTIGO:

ção foi muito intenso, enriquecedor e reflexo da importância do trabalho em rede, envolvendo vários parceiros. Deste modo, a Coordenação do CLDS (SCMA) e o GAS (CMA), desenvolveram várias acções de preparação do diagnóstico social do BSF. O levantamento das necessidades/problemas existentes no bairro foi um elemento essencial neste processo, envolvendo as associações locais, os parceiros que intervêm neste território e a comunidade em geral. Este processo colmatou com um workshop para a comunidade, no qual se realizaram dinâmicas que permitiram a análise dos problemas, qual a sua incidência, quais as soluções e os caminhos para chegarmos até elas. Lançado o desafio, quais as estratégias de intervenção? De acordo com a Portaria Regulamentar para os CLDS, a intervenção deverá considerar 4 eixos: O Emprego, Formação e Qualificação; a Intervenção Familiar e Parental; a Capacitação da Comunidade e das Instituições e a Informação e Acessibilidades.

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Opinião

Mesmo com a Pressão arterial elevada, pode não ter nenhum sintoma. Por isso a hipertensão arterial é apelidada de “Assassino silencioso”.

opinião de Nuno Côrte-Real

opinião de Joaquim Franco

opinião de Luís Brízida

Parece prosápia esta pequena reflexão com a O Centro decomeçar Recuperação Infantil expressão que o Papa Bento XVI escolheu para título da Amadora já Encíclica, inicioumaso anovo da sua primeira Carta verdadeano é que do mesmo modo que o Papa sentiu, neste momento, lectivo de 2009/10.

Não há percurso sem obstáculos, nem obstáculos sem uma “passagem”. Há sempre uma “passagem” num caminho sinuoso. E mesmo quando o obstáculo se apresenta inultrapassável, há sempre um impulso no âmago da convicção, seja a teimosia do instinto ou a providente intervenção de Deus. Na Páscoa, os judeus celebram a liberdade e o encontro com a “terra prometida” após uma “passagem” pelas adversidades do deserto. Os cristãos, moldados pela fé na vitória sobre a morte que é esperança de salvação, enquadraram o sentido da “passagem” no inevitável da própria vida. A Quaresma, vivida no contexto cíclico de uma natureza que tem de “morrer” para voltar a ser fértil, remete-nos para o sentido das limitações. Para o óbvio das dificuldades vividas ou por viver. “Morrer” nas contingências do quotidiano, para “nascer” de novo e descobrir a “passagem” dos obstáculos que atormentam. O deserto que os calendários religiosos lembram por estes dias é por isso uma metáfora da nossa existência. No limite do inexplicável, a liturgia cristã deste tempo lembra o episódio de um homem que, no extremo do sofrimento, perdoa os que não o compreendem e lhe causam a morte. Um absurdo? O “perdão” é hoje uma palavra gasta, um valor incompreendido. Implica dois sentidos. Só perdoa quem promove sinceramente a valorização do outro para que volte a fazer “encontro”. A paz, na dimensão utópica da plenitude ou na concretização pontual e verdadeira, é sempre uma “passagem” no final de um percurso com difíceis atalhos de perdão… para abrir caminho à misericórdia do Alto::

A nossa saúde anda muito doente. A nossa sociedade debate-se com múltiplas doenças, cuja primeira causa são os hábitos de vida prejudiciais. É do conhecimento de todos que a alimentação, o stress, o tabaco e a sedentariedade, são factores que influenciam a saúde. Há quanto tempo é que não pensa na sua saúde? Quais os principais comportamentos de risco que pode modificar na sua vida, para prevenir doenças que inevitavelmente poderão vir a reduzir a sua qualidade de vida, ou mesmo vir a matá-lo? Assim, a diabetes, a doença coronária (angina de peito e enfarte do miocárdio- o vulgar ataque cardíaco), o acidente vascular cerebral (a dita trombose), a hipertensão, o aumento do colesterol; são tudo alterações que podem ser controladas e mesmo evitadas se tivermos uma vida saudável. Estamos habituados a que a nossa saúde seja um problema do nosso médico. Não é assim, temos que tomar conta de nós e activamente devemos procurar a saúde, que é um capital e um ganho só nosso. É um dever.

S

E

10

A I D R Ó C I R E S I

Alimentação: Como está a minha alimentação? Como vegetais suficientes (legumes e saladas), ou faço refeições só de arroz, batata e carne? Como pelo menos duas vezes por semana refeições de peixe? Abuso do pão? Tomo atenção aos açúcares? ou abuso dos bolos, chocolates e refrigerantes. A bebida mais saudável para acompanhar uma refeição é a água. No entanto, se não houver nenhuma doença que proíba completamente, pode beber um copo de vinho tinto a cada refeição (comprovado que é benéfico e protector para a aterosclerose). O EXCESSO é que se torna prejudicial. Tenho cuidado com o sal? Este quando está em excesso pode ser prejudicial. Tabaco: Pare de fumar. Este hábito é talvez dos mais nocivos para a sua saúde, e para os que o rodeiam. Se não conseguir deixar de fumar sozinho (porque muitos

M

Que o Espírito Santo nos ilumine e nos faça entender a verdadeira dimensão do nosso serviço e a felicidade de termos esta oportunidade para nos darmos aos irmãos mais carentes. Desse modo poderemos ser a imagem desse Amor neste Mundo. Desse modo poderemos dar o nosso tempo por bem empregue. Assim possamos sempre seguir a sugestão do Papa e conseguir olhar o outro com olhos de Cristo e dar-lhe o olhar de amor que ele precisa::

PERGUNTE A SI MESMO:

pacientes se encontram viciados pela nicotina do tabaco), peça ajuda ao seu médico. Hoje em dia, já existem medicamentos que o podem ajudar a parar, tirandolhe os sintomas de dependência (nervosismo, insónias, irritabilidade) e não havendo aumento de peso. Também existem consultas especializadas, que podem ser eficazes nos casos extremos. Pressão arterial: O nosso país é o primeiro da Europa em mortalidade por acidentes vasculares cerebrais (tromboses). Há quanto tempo não meço a minha Pressão Arterial? Esta deve andar com Pressão máxima (também chamada sistólica) abaixo dos 130mmHg e a mínima (também chamada diastólica) abaixo dos 80mmHg. Cuidado: Mesmo com a Pressão arterial elevada, pode não ter nenhum sintoma. Por isso a hipertensão arterial é apelidada de “Assassino silencioso”. Se faço medicação, cumpro e tomo os medicamentos todos os dias, como receitou o médico? Ou às vezes relaxo-me?. Há quanto tempo é que não faço análises? Existem alterações nas análises (tais como o colesterol, os triglicéridos, a glicemia, o ácido úrico) que podem ser predictores de doenças futuras. Se houver alterações, deve procurar o seu médico. Algumas destas análises, já se podem fazer na farmácia, com uma simples picada no dedo, e que se acusar elevada pode merecer então análises mais especializadas. Por último: Sou muito sedentário? Ando sempre de carro para todo o lado, ou tento andar mais. Um organismo activo, é um organismo mais saudável. Pense em fazer exercício físico. Pode sempre andar diariamente pelo menos durante pelo menos 30 minutos. Se tiver a pensar iniciar um programa de ginástica, fale com o seu médico. Ele o aconselhará em relação ao exercício físico mais correcto para si, e nalguns casos deve mesmo fazer uma prova de esforço. ASSIM; PENSE SAUDÁVEL; MUDE HÁBITOS DE VIDA::

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I

A

Deus é Amor Deus é Misericórdia

Vamos hoje falar um pouco de saúde

E

a necessidade de realçar esta Verdade, também nós precisamos de deixar que este Amor penetre profundamente no nosso ser, principalmente os que trabalhamos nesta e para esta Santa Casa. Jesus deixou-nos de viva voz a sua “Lei” (que revoga as leis antigas) expressa no duplo mandamento do Amor (amar a Deus e amar ao próximo) nas Bem-aventuranças e nas Obras de Misericórdia. É essa Lei que deve nortear a nossa vida, guiar as nossas acções, sempre e especialmente quando servimos os irmãos, pois devemos canalizar todo esse Amor que Deus nos dá em Amor aos outros.

O perdão que inquieta

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Deus é Amor

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Opinião

Mesmo com a Pressão arterial elevada, pode não ter nenhum sintoma. Por isso a hipertensão arterial é apelidada de “Assassino silencioso”.

opinião de Nuno Côrte-Real

opinião de Joaquim Franco

opinião de Luís Brízida

Parece prosápia esta pequena reflexão com a O Centro decomeçar Recuperação Infantil expressão que o Papa Bento XVI escolheu para título da Amadora já Encíclica, inicioumaso anovo da sua primeira Carta verdadeano é que do mesmo modo que o Papa sentiu, neste momento, lectivo de 2009/10.

Não há percurso sem obstáculos, nem obstáculos sem uma “passagem”. Há sempre uma “passagem” num caminho sinuoso. E mesmo quando o obstáculo se apresenta inultrapassável, há sempre um impulso no âmago da convicção, seja a teimosia do instinto ou a providente intervenção de Deus. Na Páscoa, os judeus celebram a liberdade e o encontro com a “terra prometida” após uma “passagem” pelas adversidades do deserto. Os cristãos, moldados pela fé na vitória sobre a morte que é esperança de salvação, enquadraram o sentido da “passagem” no inevitável da própria vida. A Quaresma, vivida no contexto cíclico de uma natureza que tem de “morrer” para voltar a ser fértil, remete-nos para o sentido das limitações. Para o óbvio das dificuldades vividas ou por viver. “Morrer” nas contingências do quotidiano, para “nascer” de novo e descobrir a “passagem” dos obstáculos que atormentam. O deserto que os calendários religiosos lembram por estes dias é por isso uma metáfora da nossa existência. No limite do inexplicável, a liturgia cristã deste tempo lembra o episódio de um homem que, no extremo do sofrimento, perdoa os que não o compreendem e lhe causam a morte. Um absurdo? O “perdão” é hoje uma palavra gasta, um valor incompreendido. Implica dois sentidos. Só perdoa quem promove sinceramente a valorização do outro para que volte a fazer “encontro”. A paz, na dimensão utópica da plenitude ou na concretização pontual e verdadeira, é sempre uma “passagem” no final de um percurso com difíceis atalhos de perdão… para abrir caminho à misericórdia do Alto::

A nossa saúde anda muito doente. A nossa sociedade debate-se com múltiplas doenças, cuja primeira causa são os hábitos de vida prejudiciais. É do conhecimento de todos que a alimentação, o stress, o tabaco e a sedentariedade, são factores que influenciam a saúde. Há quanto tempo é que não pensa na sua saúde? Quais os principais comportamentos de risco que pode modificar na sua vida, para prevenir doenças que inevitavelmente poderão vir a reduzir a sua qualidade de vida, ou mesmo vir a matá-lo? Assim, a diabetes, a doença coronária (angina de peito e enfarte do miocárdio- o vulgar ataque cardíaco), o acidente vascular cerebral (a dita trombose), a hipertensão, o aumento do colesterol; são tudo alterações que podem ser controladas e mesmo evitadas se tivermos uma vida saudável. Estamos habituados a que a nossa saúde seja um problema do nosso médico. Não é assim, temos que tomar conta de nós e activamente devemos procurar a saúde, que é um capital e um ganho só nosso. É um dever.

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A I D R Ó C I R E S I

Alimentação: Como está a minha alimentação? Como vegetais suficientes (legumes e saladas), ou faço refeições só de arroz, batata e carne? Como pelo menos duas vezes por semana refeições de peixe? Abuso do pão? Tomo atenção aos açúcares? ou abuso dos bolos, chocolates e refrigerantes. A bebida mais saudável para acompanhar uma refeição é a água. No entanto, se não houver nenhuma doença que proíba completamente, pode beber um copo de vinho tinto a cada refeição (comprovado que é benéfico e protector para a aterosclerose). O EXCESSO é que se torna prejudicial. Tenho cuidado com o sal? Este quando está em excesso pode ser prejudicial. Tabaco: Pare de fumar. Este hábito é talvez dos mais nocivos para a sua saúde, e para os que o rodeiam. Se não conseguir deixar de fumar sozinho (porque muitos

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Que o Espírito Santo nos ilumine e nos faça entender a verdadeira dimensão do nosso serviço e a felicidade de termos esta oportunidade para nos darmos aos irmãos mais carentes. Desse modo poderemos ser a imagem desse Amor neste Mundo. Desse modo poderemos dar o nosso tempo por bem empregue. Assim possamos sempre seguir a sugestão do Papa e conseguir olhar o outro com olhos de Cristo e dar-lhe o olhar de amor que ele precisa::

PERGUNTE A SI MESMO:

pacientes se encontram viciados pela nicotina do tabaco), peça ajuda ao seu médico. Hoje em dia, já existem medicamentos que o podem ajudar a parar, tirandolhe os sintomas de dependência (nervosismo, insónias, irritabilidade) e não havendo aumento de peso. Também existem consultas especializadas, que podem ser eficazes nos casos extremos. Pressão arterial: O nosso país é o primeiro da Europa em mortalidade por acidentes vasculares cerebrais (tromboses). Há quanto tempo não meço a minha Pressão Arterial? Esta deve andar com Pressão máxima (também chamada sistólica) abaixo dos 130mmHg e a mínima (também chamada diastólica) abaixo dos 80mmHg. Cuidado: Mesmo com a Pressão arterial elevada, pode não ter nenhum sintoma. Por isso a hipertensão arterial é apelidada de “Assassino silencioso”. Se faço medicação, cumpro e tomo os medicamentos todos os dias, como receitou o médico? Ou às vezes relaxo-me?. Há quanto tempo é que não faço análises? Existem alterações nas análises (tais como o colesterol, os triglicéridos, a glicemia, o ácido úrico) que podem ser predictores de doenças futuras. Se houver alterações, deve procurar o seu médico. Algumas destas análises, já se podem fazer na farmácia, com uma simples picada no dedo, e que se acusar elevada pode merecer então análises mais especializadas. Por último: Sou muito sedentário? Ando sempre de carro para todo o lado, ou tento andar mais. Um organismo activo, é um organismo mais saudável. Pense em fazer exercício físico. Pode sempre andar diariamente pelo menos durante pelo menos 30 minutos. Se tiver a pensar iniciar um programa de ginástica, fale com o seu médico. Ele o aconselhará em relação ao exercício físico mais correcto para si, e nalguns casos deve mesmo fazer uma prova de esforço. ASSIM; PENSE SAUDÁVEL; MUDE HÁBITOS DE VIDA::

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Deus é Amor Deus é Misericórdia

Vamos hoje falar um pouco de saúde

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a necessidade de realçar esta Verdade, também nós precisamos de deixar que este Amor penetre profundamente no nosso ser, principalmente os que trabalhamos nesta e para esta Santa Casa. Jesus deixou-nos de viva voz a sua “Lei” (que revoga as leis antigas) expressa no duplo mandamento do Amor (amar a Deus e amar ao próximo) nas Bem-aventuranças e nas Obras de Misericórdia. É essa Lei que deve nortear a nossa vida, guiar as nossas acções, sempre e especialmente quando servimos os irmãos, pois devemos canalizar todo esse Amor que Deus nos dá em Amor aos outros.

O perdão que inquieta

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Deus é Amor

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onde estamos na cidade da amadora

Alto do Moinho/Zambujal, 2610-550 Amadora Tel: 21 471 29 16

Rua Mães d’Água, Nº37A Buraca - 2610 - 108 Amadora Tel: 21 4710170 - Fax: 21 472 22 12 E-mail: csclara@misericordia-amadora.pt

Av. D. Luís I, 2610-181 Amadora Tel: 21 471 24 21

12

17

Brandoa

19

SAD

16 ATL EB1/JI Quinta Grande

SAD

Av. das Laranjeiras, 2610-334 Amadora Tel: 21 471 34 83

Afornelos

SAD

Falagueira

17

17 ATL EB1 S. Brás Praceta Padre Álvaro Proença, 2700-631 Amadora Tel: 21 491 21 50

SAD

3 Escola Luís Madureira Creche, jardim de infância 1º, 2º,3º ciclos Ensino Básico Estrada da Portela - Quinta das Torres Buraca - 2610 -143 Amadora Tel: 21 472 22 80 - Fax: 21 472 22 91 E-mail: elm@misericordia-amadora.pt

Venda Nova

SAD

9 Centro de São Francisco de Assis Rua 8 de Dezembro - Quinta de Outeiro Buraca - 2610 - 203 Amadora Tel: 21 490 46 55 - Fax: 21 472 22 12 E-mail: csfrancisco@misericordia-amadora.pt

SAD

Reboleira

SAD

18 ATL EB1/JI Vasco M. Rebolo

18

Venteira

Damaia

SAD

4 16

9

8

SAD

4 Lar Sagrada Família

7 8 6

10 15

Av. da República - Quinta de Outeiro Buraca - 2720 - 574 Amadora Tel: 21 490 00 68 - Fax: 21 490 00 71 E-mail: lar.s.familia@misericordia-amadora.pt

10 CLIMA Clínica Médica de Alfragide

Rua de Nova Iorque, Nº1 Casal da Mira - 2650 Amadora Tel: 21 491 56 38 E-mail: santa.casa@misericordia-amadora.pt

Largo Rotary Club Amadora, 2610-298 Amadora Tel: 21 471 20 60 E-mail: santa.casa@misericordia-amadora.pt

21 ATL EB1/JI José Garcês (Casal da Mira) xxxxxxxxx, xxxxxx xxxxxxxxdsad

22 ATL EB1/JI A-da-Beja R. Fernando Maia/Quinta da Plátano, 2650-374 Amadora Tel: 21 980 24 76

S

E

12

Rua Henrique Nogueira, 10 C Mina - 2700 - 449 Amadora Tel: 21 492 33 37 E-mail: rsi.scma@net.novis.pt

Rua Ramiro Martins, Nº5A Casal da Mira - 2650 - 015 Amadora Tel: 21 491 41 11 E-mail: terceiraidade.casaldamira@misericordia-amadora.pt

C I R E

R. 17 de Setembro, 2700-233 Amadora Tel: 21 491 21 80

S

13 Centro de Dia e SAD do Casal da Mira

I

Auditório da Santa Casa da Misericórdia da Amadora Rua Nuno Ferrari Buraca - 2700 Amadora Tel: 21 472 73 70 - Fax: 21 472 73 79

11 Centro de Atendimento e Serviço Social da Amadora

SAD

Falta texto

xxxxxxxxxxxxxx Tel: xx xxx xx xx

M

6 Auditório da Santa Casa da Misericórdia da Amadora

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S

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23 ATL EB1 Boba

E

C

Ó

Alameda dos Moinhos, Nº1A Alfragide - 2610 -161 Amadora Tel: 21 154 38 60 - Fax. 21 154 38 69 Nº Verde: 800 104 004 E-mail: clinicamedica@misericordia-amadora

12 Creche Santa Teresinha

20 ATL Juvenil

S

A I D R

5 20 3 14 2 1

R. José Leite Vasconcelos 10 A, 2650-217 Amadora Tel: 21 475 72 81

Ó

Estrada da Portela - Quinta das Torres Buraca - 2610 -143 Amadora Tel: 21 472 22 00 - Fax: 21 472 22 12 E-mail: santa.casa@misericordia-amadora.pt

19 ATL JI Brandoa II

Buraca

Alfragide

5 Igreja Nossa Senhora das Misericórdias

Av. Conde Oeiras, 2720-124 Amadora Tel: 21 495 14 28

A

Estrada da Portela - Quinta das Torres Buraca - 2610 -143 Amadora Tel: 21 472 22 00 - Fax: 21 472 22 12 E-mail: lar.s.antonio@misericordia-amadora.pt

8 Centro de Santa Clara de Assis

23

Mina 11

15 ATL EB1/JI Alfragide

13

SAD

22 2 Lar de Santo António

21

São Brás

I

Estrada do Zambujal, Lt.22B Buraca - 2700 Amadora Tel: 21 472 73 70 - Fax: 21 472 73 79 E-mail: centro.artedosavos@misericordia-amadora.pt

D

Estrada da Portela - Quinta das Torres Buraca - 2610 -143 Amadora Tel: 21 472 22 00 - Fax: 21 472 22 12 E-mail: santa.casa@misericordia-amadora.pt

14 ATL EB1/JI Alto do Moinho

7 Centro de Dia “A Arte dos Avós”

R

1 Sede Administrativa

13


onde estamos na cidade da amadora

Alto do Moinho/Zambujal, 2610-550 Amadora Tel: 21 471 29 16

Rua Mães d’Água, Nº37A Buraca - 2610 - 108 Amadora Tel: 21 4710170 - Fax: 21 472 22 12 E-mail: csclara@misericordia-amadora.pt

Av. D. Luís I, 2610-181 Amadora Tel: 21 471 24 21

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Brandoa

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SAD

16 ATL EB1/JI Quinta Grande

SAD

Av. das Laranjeiras, 2610-334 Amadora Tel: 21 471 34 83

Afornelos

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Falagueira

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17 ATL EB1 S. Brás Praceta Padre Álvaro Proença, 2700-631 Amadora Tel: 21 491 21 50

SAD

3 Escola Luís Madureira Creche, jardim de infância 1º, 2º,3º ciclos Ensino Básico Estrada da Portela - Quinta das Torres Buraca - 2610 -143 Amadora Tel: 21 472 22 80 - Fax: 21 472 22 91 E-mail: elm@misericordia-amadora.pt

Venda Nova

SAD

9 Centro de São Francisco de Assis Rua 8 de Dezembro - Quinta de Outeiro Buraca - 2610 - 203 Amadora Tel: 21 490 46 55 - Fax: 21 472 22 12 E-mail: csfrancisco@misericordia-amadora.pt

SAD

Reboleira

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18 ATL EB1/JI Vasco M. Rebolo

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Venteira

Damaia

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4 Lar Sagrada Família

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10 15

Av. da República - Quinta de Outeiro Buraca - 2720 - 574 Amadora Tel: 21 490 00 68 - Fax: 21 490 00 71 E-mail: lar.s.familia@misericordia-amadora.pt

10 CLIMA Clínica Médica de Alfragide

Rua de Nova Iorque, Nº1 Casal da Mira - 2650 Amadora Tel: 21 491 56 38 E-mail: santa.casa@misericordia-amadora.pt

Largo Rotary Club Amadora, 2610-298 Amadora Tel: 21 471 20 60 E-mail: santa.casa@misericordia-amadora.pt

21 ATL EB1/JI José Garcês (Casal da Mira) xxxxxxxxx, xxxxxx xxxxxxxxdsad

22 ATL EB1/JI A-da-Beja R. Fernando Maia/Quinta da Plátano, 2650-374 Amadora Tel: 21 980 24 76

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Rua Henrique Nogueira, 10 C Mina - 2700 - 449 Amadora Tel: 21 492 33 37 E-mail: rsi.scma@net.novis.pt

Rua Ramiro Martins, Nº5A Casal da Mira - 2650 - 015 Amadora Tel: 21 491 41 11 E-mail: terceiraidade.casaldamira@misericordia-amadora.pt

C I R E

R. 17 de Setembro, 2700-233 Amadora Tel: 21 491 21 80

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13 Centro de Dia e SAD do Casal da Mira

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Auditório da Santa Casa da Misericórdia da Amadora Rua Nuno Ferrari Buraca - 2700 Amadora Tel: 21 472 73 70 - Fax: 21 472 73 79

11 Centro de Atendimento e Serviço Social da Amadora

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xxxxxxxxxxxxxx Tel: xx xxx xx xx

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6 Auditório da Santa Casa da Misericórdia da Amadora

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23 ATL EB1 Boba

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Alameda dos Moinhos, Nº1A Alfragide - 2610 -161 Amadora Tel: 21 154 38 60 - Fax. 21 154 38 69 Nº Verde: 800 104 004 E-mail: clinicamedica@misericordia-amadora

12 Creche Santa Teresinha

20 ATL Juvenil

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R. José Leite Vasconcelos 10 A, 2650-217 Amadora Tel: 21 475 72 81

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Estrada da Portela - Quinta das Torres Buraca - 2610 -143 Amadora Tel: 21 472 22 00 - Fax: 21 472 22 12 E-mail: santa.casa@misericordia-amadora.pt

19 ATL JI Brandoa II

Buraca

Alfragide

5 Igreja Nossa Senhora das Misericórdias

Av. Conde Oeiras, 2720-124 Amadora Tel: 21 495 14 28

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Estrada da Portela - Quinta das Torres Buraca - 2610 -143 Amadora Tel: 21 472 22 00 - Fax: 21 472 22 12 E-mail: lar.s.antonio@misericordia-amadora.pt

8 Centro de Santa Clara de Assis

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Mina 11

15 ATL EB1/JI Alfragide

13

SAD

22 2 Lar de Santo António

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São Brás

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Estrada do Zambujal, Lt.22B Buraca - 2700 Amadora Tel: 21 472 73 70 - Fax: 21 472 73 79 E-mail: centro.artedosavos@misericordia-amadora.pt

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Estrada da Portela - Quinta das Torres Buraca - 2610 -143 Amadora Tel: 21 472 22 00 - Fax: 21 472 22 12 E-mail: santa.casa@misericordia-amadora.pt

14 ATL EB1/JI Alto do Moinho

7 Centro de Dia “A Arte dos Avós”

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Opinião

muito mais do que o repetir das palavras do Evangelho de São Mateus [25, 34-37 e 42-43]. Percebemos que ali está a vontade de justiça ansiada por muitos homens e mulheres. Dizia São Tomás de Aquino que “ a misericórdia ainda que seja um natural efeito da caridade, distingue-se desta pelo conceito de justiça que lhe é inerente; isto é, ao defrontar a miséria, a virtude da caridade provoca no indivíduo a vontade de repor um equilíbrio justo, que anule a situação deficitária, de atributos físicos e morais.” As obras de misericórdia são a concretização deste impulso de justiça, desta vontade de ajudar a mudar para melhor a vida de muitos anónimos protagonistas da história.

opinião de Carla Câmara

opinião de Constantino Pinto

opinião de Ilídio Pedro Loureiro

O ensejo é para me apresentar a todos vós e partilhar este projecto de voluntariado na mesa administrativa, que integro desde o início deste ano. A determinação com que perspectivam as actividades desta Casa e o empenho que vejo colocar no Bem Servir, constituem uma mais valia incomensurável. Detendo-me nas questões da educação, a que estou particularmente atenta, porque é nessa área que sou chamada a intervir com maior premência, destaco a ida a Fátima do passado dia 25 como o retrato vivo do que constitui a educação de excelência que vejo postulada, porque plena e integral das nossas crianças e jovens, para os valores e a formação cristã. Partilhar a devoção à Virgem Maria, na Capelinha das Aparições, onde tão bem estivemos representados por aqueles que deram voz a todos as vozes, foi uma experiência enriquecedora, que preencheu uma paleta de muitas cores neste percurso que fazemos juntos. Presenciar o culminar de muitos meses de trabalho e dedicação, numa entrega diária sentida e vivida, o olhar expectante de todos os mais pequenos, o titubear das orações e partilhar com eles a mesma fé, constituiu um marco na minha e, estou certa, nas suas vidas. Tão importante como ensinar a ler e escrever, é ensinar a partilhar afectos e emoções, a praticar a generosidade e esta é uma missão que se cumpre todos os dias. Uma transmissão de saber destituída de emoções é estéril. Lidar com as emoções e os afectos e fazê-los presentes na nossa vida ganha importância, porque a emoção é uma oportunidade para a intimidade, a aproximação e a certeza de que caminhamos lado a lado com um único objectivo, servir cada vez melhor!::

A azáfama do nosso dia-a-dia e a correria desenfreada com que consumimos o nosso tempo, determinam ou mesmo impossibilitam a leitura da realidade que nos rodeia e que, muitas vezes sem nos darmos conta, nos condiciona de forma arrasadora. O que pretendo referir é que neste “deixar-nos levar” reside o motivo fundamental da insensibilidade que nos vais toldando a visão, tornando-nos impermeáveis à percepção das ameaças teóricas e práticas de que, tanto o nosso “Próximo” como nós próprios, vamos sendo alvo. Estas ameaças são por si só e a meu ver, violência indelével, mas em estado puro! Mas viver o dia-a-dia sem sermos nós a determinar qual o caminho a seguir e de que forma o queremos seguir, torna-se perigoso e não menos violento, na medida em que nos torna omissos na nossa obrigação de intervir em defesa do Próximo, seja ou não vítima assumida desta ou de outras formas de violência. Independentemente dos estímulos que nos possam ser lançados, esta forma de vida, que a sermos verdadeiros é realmente a nossa, confronta-nos com uma nova forma de violência que não se faz notar, mas cujos efeitos sentimos de forma bem perceptível. Ousaria dizer que são estas formas menos aparentes e menos notórias de violência que quase sempre causam os maiores danos. São agressões à nossa realização pessoal e profissional, são desrespeitos sistemáticos à prática dos valores que até dizemos professar, são omissões reais da missão para que fomos chamados e que dá (ou não) conteúdo e sentido à nossa existência! Numa frase, e para resumir: não somos capazes de ser felizes e isso é verdadeiramente violento! Somos injectados com informação, somos condicionados em todo o nosso agir e comportamo-nos como se só soubéssemos responder a estímulos. Ora, como esses estímulos normalmente não são compatíveis com os

A História é o conjunto das histórias, das quais também faz parte a nossa (a de cada um, a sua e a minha). Se formos ao baú da história da nossa família, a maioria de nós, vai recordar as dificuldades vividas pelos nossos pais, avós e bisavós (a partir daqui a memória, não estando escrita, desvanece-se, mas a probabilidade de as dificuldades serem ainda maiores aumentam). Há apenas setenta anos ter uma infância de pé descalço era a norma, imaginemos há quinhentos anos quando a Peste Negra grassava… É verdade que nada é linear, que há retrocessos, mas de um modo geral podemos sentir, geração após geração, uma melhoria das nossas condições de vida, e a explicação está no esforço dos actores das histórias: os nossos muito conhecidos (ilustres desconhecidos para os demais) pais, avós, familiares, amigos… A grande corrente do rio da história é feita da vida de cada um dos anónimos vi ajantes que a percorreram e percorrem todos os dias. Por vezes, nos compêndios, detemo-nos apenas em alguns afluentes desse rio: os actos mais ou menos heróicos dos senhores da guerra, reis, duques, embaixadores, políticos, cientistas e pensadores; mas lá também se fala das pandemias, de maus anos agrícolas e grandes fomes, de terramotos, dos pobres e mendigos, dos presos, dos exilados, da grande mole de excluídos e marginalizados… Todos eles deixaram uma herança, todos eles construíram a nossa história feita de amor, sofrimento e redenção… Quando contemplamos a enumeração das Obras de Misericórdia, que constituem a parte fundamental do compromisso das Irmandades desde a instituição da primeira Misericórdia em 1498, verificamos que se trata

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Obras de Misericórdia… muito mais que palavras, é como se faz a história As Obras de Misericórdia: Espirituais

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Cinco séculos passados, estas catorze Obras continuam a ser o fermento das Misericórdias. Por aqui, na jovem Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Amadora, também construímos o nosso dia a dia alicerçado nestas Obras. Com muita humildade tentamos remir os cativos nas nossas acções de reintegração de reclusos e ex-reclusos, formar e dar emprego a alguns; curar os enfermos com o corpo clínico dos lares e da Clínica; vestir os que acolhemos e distribuir roupa através do Banco de Roupa; dar de comer, de beber e pousada nos nossos lares e através do apoio domiciliário; proporcionar um enterro digno a muitos que morrem pobres ou solitários; ensinar nos nossos berçários, creches, préescolar, escola básica do primeiro ao terceiros ciclos, ATL’s, prolongamentos escolares; ser justos, proporcionar consolo, perdoar, ser pacientes de forma transversal em todos os serviços que prestamos e, na nossa Igreja de Nossa Senhora das Misericórdias, rogar a Deus pelos vivos e pelos mortos… As catorze obras de misericórdia, muito mais que palavras, são actos que moldaram e moldam a verdadeira história das Misericórdias, que se junta às demais histórias de todos nós::

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Ensinar os simples Dar bom conselho a quem o pede Castigar com caridade Consolar os tristes Perdoar a quem errou Sofrer as injúrias com paciência Rogar a Deus pelos vivos e pelos mortos

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Remir os cativos e visitar os presos Curar os enfermos Cobrir os nus Dar de comer aos famintos Dar de beber a quem tem sede Dar pousada aos peregrinos Enterrar os mortos

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Corporais

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Violência e não violência…

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Opinião

muito mais do que o repetir das palavras do Evangelho de São Mateus [25, 34-37 e 42-43]. Percebemos que ali está a vontade de justiça ansiada por muitos homens e mulheres. Dizia São Tomás de Aquino que “ a misericórdia ainda que seja um natural efeito da caridade, distingue-se desta pelo conceito de justiça que lhe é inerente; isto é, ao defrontar a miséria, a virtude da caridade provoca no indivíduo a vontade de repor um equilíbrio justo, que anule a situação deficitária, de atributos físicos e morais.” As obras de misericórdia são a concretização deste impulso de justiça, desta vontade de ajudar a mudar para melhor a vida de muitos anónimos protagonistas da história.

opinião de Carla Câmara

opinião de Constantino Pinto

opinião de Ilídio Pedro Loureiro

O ensejo é para me apresentar a todos vós e partilhar este projecto de voluntariado na mesa administrativa, que integro desde o início deste ano. A determinação com que perspectivam as actividades desta Casa e o empenho que vejo colocar no Bem Servir, constituem uma mais valia incomensurável. Detendo-me nas questões da educação, a que estou particularmente atenta, porque é nessa área que sou chamada a intervir com maior premência, destaco a ida a Fátima do passado dia 25 como o retrato vivo do que constitui a educação de excelência que vejo postulada, porque plena e integral das nossas crianças e jovens, para os valores e a formação cristã. Partilhar a devoção à Virgem Maria, na Capelinha das Aparições, onde tão bem estivemos representados por aqueles que deram voz a todos as vozes, foi uma experiência enriquecedora, que preencheu uma paleta de muitas cores neste percurso que fazemos juntos. Presenciar o culminar de muitos meses de trabalho e dedicação, numa entrega diária sentida e vivida, o olhar expectante de todos os mais pequenos, o titubear das orações e partilhar com eles a mesma fé, constituiu um marco na minha e, estou certa, nas suas vidas. Tão importante como ensinar a ler e escrever, é ensinar a partilhar afectos e emoções, a praticar a generosidade e esta é uma missão que se cumpre todos os dias. Uma transmissão de saber destituída de emoções é estéril. Lidar com as emoções e os afectos e fazê-los presentes na nossa vida ganha importância, porque a emoção é uma oportunidade para a intimidade, a aproximação e a certeza de que caminhamos lado a lado com um único objectivo, servir cada vez melhor!::

A azáfama do nosso dia-a-dia e a correria desenfreada com que consumimos o nosso tempo, determinam ou mesmo impossibilitam a leitura da realidade que nos rodeia e que, muitas vezes sem nos darmos conta, nos condiciona de forma arrasadora. O que pretendo referir é que neste “deixar-nos levar” reside o motivo fundamental da insensibilidade que nos vais toldando a visão, tornando-nos impermeáveis à percepção das ameaças teóricas e práticas de que, tanto o nosso “Próximo” como nós próprios, vamos sendo alvo. Estas ameaças são por si só e a meu ver, violência indelével, mas em estado puro! Mas viver o dia-a-dia sem sermos nós a determinar qual o caminho a seguir e de que forma o queremos seguir, torna-se perigoso e não menos violento, na medida em que nos torna omissos na nossa obrigação de intervir em defesa do Próximo, seja ou não vítima assumida desta ou de outras formas de violência. Independentemente dos estímulos que nos possam ser lançados, esta forma de vida, que a sermos verdadeiros é realmente a nossa, confronta-nos com uma nova forma de violência que não se faz notar, mas cujos efeitos sentimos de forma bem perceptível. Ousaria dizer que são estas formas menos aparentes e menos notórias de violência que quase sempre causam os maiores danos. São agressões à nossa realização pessoal e profissional, são desrespeitos sistemáticos à prática dos valores que até dizemos professar, são omissões reais da missão para que fomos chamados e que dá (ou não) conteúdo e sentido à nossa existência! Numa frase, e para resumir: não somos capazes de ser felizes e isso é verdadeiramente violento! Somos injectados com informação, somos condicionados em todo o nosso agir e comportamo-nos como se só soubéssemos responder a estímulos. Ora, como esses estímulos normalmente não são compatíveis com os

A História é o conjunto das histórias, das quais também faz parte a nossa (a de cada um, a sua e a minha). Se formos ao baú da história da nossa família, a maioria de nós, vai recordar as dificuldades vividas pelos nossos pais, avós e bisavós (a partir daqui a memória, não estando escrita, desvanece-se, mas a probabilidade de as dificuldades serem ainda maiores aumentam). Há apenas setenta anos ter uma infância de pé descalço era a norma, imaginemos há quinhentos anos quando a Peste Negra grassava… É verdade que nada é linear, que há retrocessos, mas de um modo geral podemos sentir, geração após geração, uma melhoria das nossas condições de vida, e a explicação está no esforço dos actores das histórias: os nossos muito conhecidos (ilustres desconhecidos para os demais) pais, avós, familiares, amigos… A grande corrente do rio da história é feita da vida de cada um dos anónimos vi ajantes que a percorreram e percorrem todos os dias. Por vezes, nos compêndios, detemo-nos apenas em alguns afluentes desse rio: os actos mais ou menos heróicos dos senhores da guerra, reis, duques, embaixadores, políticos, cientistas e pensadores; mas lá também se fala das pandemias, de maus anos agrícolas e grandes fomes, de terramotos, dos pobres e mendigos, dos presos, dos exilados, da grande mole de excluídos e marginalizados… Todos eles deixaram uma herança, todos eles construíram a nossa história feita de amor, sofrimento e redenção… Quando contemplamos a enumeração das Obras de Misericórdia, que constituem a parte fundamental do compromisso das Irmandades desde a instituição da primeira Misericórdia em 1498, verificamos que se trata

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Obras de Misericórdia… muito mais que palavras, é como se faz a história As Obras de Misericórdia: Espirituais

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Cinco séculos passados, estas catorze Obras continuam a ser o fermento das Misericórdias. Por aqui, na jovem Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Amadora, também construímos o nosso dia a dia alicerçado nestas Obras. Com muita humildade tentamos remir os cativos nas nossas acções de reintegração de reclusos e ex-reclusos, formar e dar emprego a alguns; curar os enfermos com o corpo clínico dos lares e da Clínica; vestir os que acolhemos e distribuir roupa através do Banco de Roupa; dar de comer, de beber e pousada nos nossos lares e através do apoio domiciliário; proporcionar um enterro digno a muitos que morrem pobres ou solitários; ensinar nos nossos berçários, creches, préescolar, escola básica do primeiro ao terceiros ciclos, ATL’s, prolongamentos escolares; ser justos, proporcionar consolo, perdoar, ser pacientes de forma transversal em todos os serviços que prestamos e, na nossa Igreja de Nossa Senhora das Misericórdias, rogar a Deus pelos vivos e pelos mortos… As catorze obras de misericórdia, muito mais que palavras, são actos que moldaram e moldam a verdadeira história das Misericórdias, que se junta às demais histórias de todos nós::

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QUIMICOS

PLANOS

PRODUTOS

DE HIGIENE E

CERTIFICADOS

AUTOCONTROLO

PAPEL

FORMAÇÃO

HACCP

ACESSÓRIOS

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TÉCNICA

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www.materiactiva.com

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ASSISTÊNCIA

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DE LIMPEZA

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Tenho uma Bíblia perto do Santíssimo. Está aberta no livro dos Salmos. Leio um salmo e, por fim, ajoelho-me diante do sacrário, onde faço a minha oração pessoal. Termino rezando a oração de abandono de Charles de Foucault. Vejo se está O Padre Carlos Matos colabora con- tudo em ordem e vou para a visita aos doentes. Como sempre, nosco desde Setembro de 2008, tem a começo por S. Lázaro, onde está o serviço de ortopedia. responsabilidade de presidir à celebra- Sou o capelão dos hospitais de S. José e S. Lázaro. Ambos ção Dominical na nossa Igreja, a Igreja pertencem ao chamado Centro Hospitalar de Lisboa Central. de Nossa Senhora das Misericórdias. A esta unidade estão agregados os hospitais dos Capuchos, Para além desta missão apoia o Lar da Santa Marta e Estefânia. Ao todo somos aproximadamente Sagrada Família e a Escola Luis Madureira.Fomos passar um dia 3.000 funcionários, entre médicos, técnicos, enfermeiros, aucom o Padre Carlos para percebermos como é o seu dia a dia. xiliares, etc. A minha actividade não se limita à parte sacraApesar de ser o meu dia de folga, decidi ir até ao hospital de mental. Acontece muito no campo da assistência e do acomS. José. Normalmente já teria a porta da igreja aberta pelo o panhamento. Claro que sou chamado praticamente todos os meu bom amigo, o Sr. António. Este voluntário é o coorde- dias para o sacramento da unção dos enfermos. A este nível a nador dos visitadores. Um grupo composto por 32 homens minha presença também é pedida para confortar as famílias. e mulheres. De acordo com os dias Fico muito feliz quando, mais tarde, estipulados, deixam os seus afazeres Para além desta missão recebo a visita do doente que parecia e família, dedicando este tempo aos e que pouco a pouco foi recuapoia o Lar da Sagrada perdido doentes. Graças a Deus, posso contar perando. Às vezes já não os reconheço, com eles. Sem a sua presença, discreta, Família e a Escola Luis mas eles lembram-se de mim. Surgem silenciosa e muito rica, o trabalho do Madureira Fomos passar amizades. Penso que o grande desafio capelão seria muito limitado. Como do capelão não está tanto naquilo que chegar a um universo superior a 400 um dia com o Padre Carlos faz, mas no ser uma presença. Neste camas, dividido por unidades que vão para percebermos como é sentido já não se trata de representar desde a neurocirurgia à ortopedia?! apenas uma sensibilidade religiosa, o seu dia a dia. Lida-se com situações cujo sofrimento mas procurar dar tempo a quem, muifísico, misturado com o desânimo, por vezes a solidão, o mis- tas vezes, quer chorar, falar num determinado momento da tério do ficar em coma, assim como a ansiedade dos familia- sua vida, onde o sofrimento é tal que o desespero fala mais res, coabitam com a vontade de levar algo que possa ser uma alto. São momentos em que a pessoa se sente débil e, soesperança silenciosa. bretudo, muito sozinha. Um abraço, uma companhia, uma Os voluntários encontram-se em retiro. Foram para o Turci- oração, ou simplesmente ficar calado e escutar, olhando nos fal (Torres Vedras). Por isso estou por minha conta. São 9.00 olhos, pode significar muito. horas e a porta da capela já deveria estar aberta. No entanto, Sou capelão, levando em mim, a identidade de missionário como de costume, passo pela neurocirurgia para ver se há do Verbo Divino. Ser chamado para a missão, significa ser novidades em relação ao meu amigo, que desde Setembro enviado. Quando falamos da missão, estamos, tantas vezes, está numa situação de coma profundo como consequência de em relação com situações de fronteira. Não tenho dúvida de um acidente. Ele não sabe quem eu sou, mas todos os dias que todos os dias me encontro frente a realidades em que a procuro visitá-lo. Chamo por ele; digo o seu nome. Apesar Palavra de Deus urge em ser anunciada. Jesus curava e perdos olhos estarem abertos, não sei se ele me ouve. O meu doava. Sou chamado a anunciar a esperança, falando e sendo coração diz-me que sim. Depois de lhe deixar um até logo se sinal do amor de Deus. Deus quiser, vou para a capela. Já tenho gente à espera. São 18.00 horas e já estou atrasado para à missa. Tiro a bata A porta da capela é enorme. Trata-se de um pórtico ladeado e corro para a capela do Desterro. A Conceição e a Maria por enormes colunas de mármore. Retrata a grandeza arqui- Olívia estão à minha espera. É muito bom saber que posso tectónica daquilo que foi o colégio de Santo Antão-o-Novo. A contar com a colaboração de tanta gente. Termino a missa actual capela é a antiga sacristia da igreja. Uma construção e, como é Sábado, tenho a Maria de Jesus e o seu namodo século XVII que, ao contrário da igreja, resistiu ao terra- rado que aguardam a minha chegada. Dão-me sempre bomoto de 1755. Quando entramos naquele espaço os nossos leia. Estamos no carro e o telemóvel toca. É do serviço de olhos abrem-se diante da sua grandeza, não só por causa dos urgência. O enfermeiro pede-me para ser rápido, pois uma mármores ou pinturas, mas sobretudo pelo ambiente de paz pessoa está muito grave. Volto para o hospital. Encontro uma e silêncio. Apesar da confusão e da azáfama própria de um senhora muito aflita, pois o marido está muito mal. Dou-lhe grande hospital, este é o único lugar onde encontramos uma um abraço e convido-a a rezar. Vamos para junto do marido. tranquilidade, quase que diria, terapêutica. Rezamos e ministro-lhe a unção dos enfermos, sacramento Depois de acender as luzes, ponho a bata e lavo as mãos. da esperança. Parece-me que a senhora está mais calma. Dirijo-me para o sacrário, mas antes acendo uma vela e olho Despeço-me e vou-me embora. A Palavra de Deus acaba de para a imagem de Nossa Senhora. Não digo nada; apenas olho. ser anunciada::

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PASSOS DE UM CAPELÃO HOSPITALAR

Matériactiva – Produtos de Higiene e Limpeza Industrial, Lda | Rua José Vicente Gonçalves, 8 A e B, Parque Industrial do Seixal, 2840-068 Aldeia de Paio Pires | | TELEFONE: 21 234 92 37 | FAX: 21 234 92 39 |

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Tenho uma Bíblia perto do Santíssimo. Está aberta no livro dos Salmos. Leio um salmo e, por fim, ajoelho-me diante do sacrário, onde faço a minha oração pessoal. Termino rezando a oração de abandono de Charles de Foucault. Vejo se está O Padre Carlos Matos colabora con- tudo em ordem e vou para a visita aos doentes. Como sempre, nosco desde Setembro de 2008, tem a começo por S. Lázaro, onde está o serviço de ortopedia. responsabilidade de presidir à celebra- Sou o capelão dos hospitais de S. José e S. Lázaro. Ambos ção Dominical na nossa Igreja, a Igreja pertencem ao chamado Centro Hospitalar de Lisboa Central. de Nossa Senhora das Misericórdias. A esta unidade estão agregados os hospitais dos Capuchos, Para além desta missão apoia o Lar da Santa Marta e Estefânia. Ao todo somos aproximadamente Sagrada Família e a Escola Luis Madureira.Fomos passar um dia 3.000 funcionários, entre médicos, técnicos, enfermeiros, aucom o Padre Carlos para percebermos como é o seu dia a dia. xiliares, etc. A minha actividade não se limita à parte sacraApesar de ser o meu dia de folga, decidi ir até ao hospital de mental. Acontece muito no campo da assistência e do acomS. José. Normalmente já teria a porta da igreja aberta pelo o panhamento. Claro que sou chamado praticamente todos os meu bom amigo, o Sr. António. Este voluntário é o coorde- dias para o sacramento da unção dos enfermos. A este nível a nador dos visitadores. Um grupo composto por 32 homens minha presença também é pedida para confortar as famílias. e mulheres. De acordo com os dias Fico muito feliz quando, mais tarde, estipulados, deixam os seus afazeres Para além desta missão recebo a visita do doente que parecia e família, dedicando este tempo aos e que pouco a pouco foi recuapoia o Lar da Sagrada perdido doentes. Graças a Deus, posso contar perando. Às vezes já não os reconheço, com eles. Sem a sua presença, discreta, Família e a Escola Luis mas eles lembram-se de mim. Surgem silenciosa e muito rica, o trabalho do Madureira Fomos passar amizades. Penso que o grande desafio capelão seria muito limitado. Como do capelão não está tanto naquilo que chegar a um universo superior a 400 um dia com o Padre Carlos faz, mas no ser uma presença. Neste camas, dividido por unidades que vão para percebermos como é sentido já não se trata de representar desde a neurocirurgia à ortopedia?! apenas uma sensibilidade religiosa, o seu dia a dia. Lida-se com situações cujo sofrimento mas procurar dar tempo a quem, muifísico, misturado com o desânimo, por vezes a solidão, o mis- tas vezes, quer chorar, falar num determinado momento da tério do ficar em coma, assim como a ansiedade dos familia- sua vida, onde o sofrimento é tal que o desespero fala mais res, coabitam com a vontade de levar algo que possa ser uma alto. São momentos em que a pessoa se sente débil e, soesperança silenciosa. bretudo, muito sozinha. Um abraço, uma companhia, uma Os voluntários encontram-se em retiro. Foram para o Turci- oração, ou simplesmente ficar calado e escutar, olhando nos fal (Torres Vedras). Por isso estou por minha conta. São 9.00 olhos, pode significar muito. horas e a porta da capela já deveria estar aberta. No entanto, Sou capelão, levando em mim, a identidade de missionário como de costume, passo pela neurocirurgia para ver se há do Verbo Divino. Ser chamado para a missão, significa ser novidades em relação ao meu amigo, que desde Setembro enviado. Quando falamos da missão, estamos, tantas vezes, está numa situação de coma profundo como consequência de em relação com situações de fronteira. Não tenho dúvida de um acidente. Ele não sabe quem eu sou, mas todos os dias que todos os dias me encontro frente a realidades em que a procuro visitá-lo. Chamo por ele; digo o seu nome. Apesar Palavra de Deus urge em ser anunciada. Jesus curava e perdos olhos estarem abertos, não sei se ele me ouve. O meu doava. Sou chamado a anunciar a esperança, falando e sendo coração diz-me que sim. Depois de lhe deixar um até logo se sinal do amor de Deus. Deus quiser, vou para a capela. Já tenho gente à espera. São 18.00 horas e já estou atrasado para à missa. Tiro a bata A porta da capela é enorme. Trata-se de um pórtico ladeado e corro para a capela do Desterro. A Conceição e a Maria por enormes colunas de mármore. Retrata a grandeza arqui- Olívia estão à minha espera. É muito bom saber que posso tectónica daquilo que foi o colégio de Santo Antão-o-Novo. A contar com a colaboração de tanta gente. Termino a missa actual capela é a antiga sacristia da igreja. Uma construção e, como é Sábado, tenho a Maria de Jesus e o seu namodo século XVII que, ao contrário da igreja, resistiu ao terra- rado que aguardam a minha chegada. Dão-me sempre bomoto de 1755. Quando entramos naquele espaço os nossos leia. Estamos no carro e o telemóvel toca. É do serviço de olhos abrem-se diante da sua grandeza, não só por causa dos urgência. O enfermeiro pede-me para ser rápido, pois uma mármores ou pinturas, mas sobretudo pelo ambiente de paz pessoa está muito grave. Volto para o hospital. Encontro uma e silêncio. Apesar da confusão e da azáfama própria de um senhora muito aflita, pois o marido está muito mal. Dou-lhe grande hospital, este é o único lugar onde encontramos uma um abraço e convido-a a rezar. 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PASSOS DE UM CAPELÃO HOSPITALAR

Matériactiva – Produtos de Higiene e Limpeza Industrial, Lda | Rua José Vicente Gonçalves, 8 A e B, Parque Industrial do Seixal, 2840-068 Aldeia de Paio Pires | | TELEFONE: 21 234 92 37 | FAX: 21 234 92 39 |

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cronologia 1986 » Inicio de reuniões na Igreja Matriz da Amadora, para elaboração do Compromisso da Misericórdia.

18

1989

» Tomada de posse dos primeiros Corpos Sociais da SCMA.

1990 1991 1992

» Abertura destes dois equipamentos à comunidade.

2001

» Inauguração da Unidade de Cuidados Paliativos.

2002

» Inauguração da Extensão da Escola Luis Madureira.

» Inauguração do Centro de Dia do Casal da Mira » Abertura do Centro de Dia e Sad. “ A Arte dos Avós”

2003 2004

» Inauguração da CLIMA – Clínica Médica de Alfragide da SCMA e da Creche Santa Teresinha.

2005 2006 2007 2008

2009

» Sagração da Igreja da SCMA e dedicação a N. Srª das Misericórdias.

I D R Ó

2000

C

1999

I

1998

» Projecto “Viver Positivo” da Comissão Nacional de Luta Contra SIDA. » Inauguração do Complexo Social da Quinta das Torres. (“Lar Santo António” e “ Escola Luis Madureira”)

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1997

» A SCMA ganha o prémio do INH.

E

1996

S

1995

» Inicio da construção do Lar Sagrada Familia. » Inauguração dos Centros Infantis – Cova da Moura e Zambujal – pelo Ministro Dr. Silva Peneda. » Projecto “Promoção da Saúde e Prevenção da SIDA na Comunidade Migrante da Amadora. Candidatura a fundos da CE como entidade promotora e tendo como parceiros a CMA e a AADS – Associação de Apoio a Doentes com SIDA. A SCMA apresentou este projecto em 1994 no Japão – Yokoama – no Congresso Internacional de HIV e em Vancouver – Canadá no ano seguinte – 1995 – também no Congresso Internacional e HIV.

I

1994

A

1993

M

» Construção dos 92 fogos do Zambujal. (posteriormente adquiridos pela CMA). » Inauguração do Lar Sagrada Familia pelo Prof. Dr. Cavaco Silva e no mesmo dia entrega das chaves dos 102 fogos a famílias carenciadas e a jovens casais. » Transferência dos Serviços Administrativos de novo para a Quinta das Torres. » Inicio da construção do Lar Santo António.

R

Social a exercer, igualmente, funções na Delegação da Amadora da Segurança Social e residente na Amadora há mais de trinta anos. Vogal – Sr. Sotero Mendes de Almeida – Autarca, Presidente da Primeira Junta de Freguesia da Venteira e residente na Amadora há mais de vinte anos. Esta Comissão redigiu o Compromisso (Estatutos) e submeteu-o à aprovação pelas autoridades eclesiásticas, dando assim origem à Irmandade da Santa Casa da Amadora. Em 1989 foram eleitos pela Irmandade os Primeiros Corpos Sociais.

1988

» Programa Nacional de Luta Contra a Pobreza do Ministério do Emprego e Segurança Social cujo objectivo era a criação de Centros Comunitários em áreas degradadas da Buraca (Comissária – Drª Irene Aleixo). “Aposta no Desenvolvimento da Buraca! Foi o projecto que mereceu das entidades responsáveis resposta positiva. » Inicio da construção do Centro S. Francisco e aquisição de 3 lojas no Bairro do Zambujal – Centro Santa Clar tudo ao abrigo do Programa de Luta Contra a Pobreza.

E

A criação do Concelho da Amadora em 1979 deparou-se com um conjunto de bairros periféricos, onde, ao longo dos anos, após o 25 de Abril de 1974 se instalaram populações em grande parte oriundas das ex-colónias. Com a expansão desses bairros, Brandoa, Sta. Filomena, Falagueira (Quinta da Lage), Azinhaga dos Bezouros, 6 de Maio, Cova da Moura, isto para referenciar alguns dos mais conhecidos, cresceram também os inúmeros problemas sociais resultantes da fragilidade sócio - económica dos seus habitantes. Conscientes de toda a problemática envolvendo estes bairros, um grupo de cristãos da Amadora, uns aqui nascidos, outros residentes há muitos anos e ainda outros trabalhando nas estruturas sociais e autárquicas do Concelho, sentiu a necessidade de criar algo que de uma forma organizada pudesse, com eficácia, intervir junto dos mais carenciados a sobreviver nestes aglomerados residenciais construídos sem regras e de forma precária. A fórmula encontrada foi a criação de uma Misericórdia em tudo igual às outras Misericórdias com existência secular no nosso País. Desse grupo de cristãos nasceu a Comissão Instaladora composta da seguinte forma: Provedor – Dr. Luís Madureira – Sociólogo, Director Geral da Família, residente há mais de vinte anos na Amadora. Vice - Provedor – Dra. Maria João Ferreira – Professora, Autarca (membro dos executivos das Juntas de Freguesia da Amadora e da Venteira, membro da Assembleia Municipal da Amadora) e residente há mais de vinte anos na Amadora. Secretária – Dra. Margarida Lencastre – Técnica Superior de Serviço Social a exercer funções na então Delegação da Amadora da Segurança Social. Tesoureiro – Sr. Francisco Rolando Raposo – Funcionário da C.G.D., também residente na Amadora há muitos anos e responsável pela Conferencia de S. Vicente de Paulo na Paróquia da Amadora. Vogal – Prof. Doutor Jacinto Ferreira – Médico Veterinário, fundador do Laboratório Imunológico de Lisboa, com instalações, primeiro na Venda – Nova e mais tarde em Alfragide. Residente na Amadora há mais de trinta anos. Vogal – Sra. D. Ismália Nery de Carvalho – Técnica de Serviço

» Alargamento do Apoio Domiciliário. » Aquisição de um Apartamento - r/c – no Centro da Amadora – (Bairro Janeiro). Seria para acolher crianças da 1ª Infância abandonadas e/ou em risco. Depois de obras de adaptação instalaram-se os Serviços Administrativos (que funcionavam na Quinta das Torres) e o Apoio Social (1991)

1987

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PORQUÊ E COMO NASCEU A SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA AMADORA

» É concedida personalidade jurídica à Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Amadora e aprovado o Compromisso pelo Patriarcado de Lisboa. (05/02) » Eleição do Provedor a partir dos membros eleitos. Foi eleito por unanimidade o Dr. Luis Madureira que em função do seu cargo, escolheu os restantes membros para completar a Comissão Instaladora. » Homologada a Comissão Instaladora da SCMA (Provedor – Dr. Luis Madureira; ViceProvedor – Drª Maria João Ferreira; Secretária – Drª Margarida Lencastre; Tesoureiro – Sr. F. Rolando Raposo; Vogal – Prof. Dr. Jacinto Ferreira; Vogal – D. Ismália de Carvalho; Vogal – Sr. Sotero Mendes Almeida)

» Inauguração do Centro de Dia na Quinta das Torres (Prof.. Dr. Cavaco Silva) » 1º Espaço arrendado na Cova da Moura com Jardim de Infância (60 crianças) e (80 em ATL) – (Irmã Purificação). » 1º Apoio Domiciliário para 10 utentes. » Recuperação do imóvel da Quinta das Torres em colaboração com o IGAPHE onde se instalou o 1º Centro de Dia. » 1ª Reunião da Comissão Instaladora da SCMA, na Quinta das Torres, tendo ficado deliberado que a partir desta data esta CASA seria a sede da Misericórdia.

19


cronologia 1986 » Inicio de reuniões na Igreja Matriz da Amadora, para elaboração do Compromisso da Misericórdia.

18

1989

» Tomada de posse dos primeiros Corpos Sociais da SCMA.

1990 1991 1992

» Abertura destes dois equipamentos à comunidade.

2001

» Inauguração da Unidade de Cuidados Paliativos.

2002

» Inauguração da Extensão da Escola Luis Madureira.

» Inauguração do Centro de Dia do Casal da Mira » Abertura do Centro de Dia e Sad. “ A Arte dos Avós”

2003 2004

» Inauguração da CLIMA – Clínica Médica de Alfragide da SCMA e da Creche Santa Teresinha.

2005 2006 2007 2008

2009

» Sagração da Igreja da SCMA e dedicação a N. Srª das Misericórdias.

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2000

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1999

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1998

» Projecto “Viver Positivo” da Comissão Nacional de Luta Contra SIDA. » Inauguração do Complexo Social da Quinta das Torres. (“Lar Santo António” e “ Escola Luis Madureira”)

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1997

» A SCMA ganha o prémio do INH.

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1996

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1995

» Inicio da construção do Lar Sagrada Familia. » Inauguração dos Centros Infantis – Cova da Moura e Zambujal – pelo Ministro Dr. Silva Peneda. » Projecto “Promoção da Saúde e Prevenção da SIDA na Comunidade Migrante da Amadora. Candidatura a fundos da CE como entidade promotora e tendo como parceiros a CMA e a AADS – Associação de Apoio a Doentes com SIDA. A SCMA apresentou este projecto em 1994 no Japão – Yokoama – no Congresso Internacional de HIV e em Vancouver – Canadá no ano seguinte – 1995 – também no Congresso Internacional e HIV.

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1994

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1993

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» Construção dos 92 fogos do Zambujal. (posteriormente adquiridos pela CMA). » Inauguração do Lar Sagrada Familia pelo Prof. Dr. Cavaco Silva e no mesmo dia entrega das chaves dos 102 fogos a famílias carenciadas e a jovens casais. » Transferência dos Serviços Administrativos de novo para a Quinta das Torres. » Inicio da construção do Lar Santo António.

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Social a exercer, igualmente, funções na Delegação da Amadora da Segurança Social e residente na Amadora há mais de trinta anos. Vogal – Sr. Sotero Mendes de Almeida – Autarca, Presidente da Primeira Junta de Freguesia da Venteira e residente na Amadora há mais de vinte anos. Esta Comissão redigiu o Compromisso (Estatutos) e submeteu-o à aprovação pelas autoridades eclesiásticas, dando assim origem à Irmandade da Santa Casa da Amadora. Em 1989 foram eleitos pela Irmandade os Primeiros Corpos Sociais.

1988

» Programa Nacional de Luta Contra a Pobreza do Ministério do Emprego e Segurança Social cujo objectivo era a criação de Centros Comunitários em áreas degradadas da Buraca (Comissária – Drª Irene Aleixo). “Aposta no Desenvolvimento da Buraca! Foi o projecto que mereceu das entidades responsáveis resposta positiva. » Inicio da construção do Centro S. Francisco e aquisição de 3 lojas no Bairro do Zambujal – Centro Santa Clar tudo ao abrigo do Programa de Luta Contra a Pobreza.

E

A criação do Concelho da Amadora em 1979 deparou-se com um conjunto de bairros periféricos, onde, ao longo dos anos, após o 25 de Abril de 1974 se instalaram populações em grande parte oriundas das ex-colónias. Com a expansão desses bairros, Brandoa, Sta. Filomena, Falagueira (Quinta da Lage), Azinhaga dos Bezouros, 6 de Maio, Cova da Moura, isto para referenciar alguns dos mais conhecidos, cresceram também os inúmeros problemas sociais resultantes da fragilidade sócio - económica dos seus habitantes. Conscientes de toda a problemática envolvendo estes bairros, um grupo de cristãos da Amadora, uns aqui nascidos, outros residentes há muitos anos e ainda outros trabalhando nas estruturas sociais e autárquicas do Concelho, sentiu a necessidade de criar algo que de uma forma organizada pudesse, com eficácia, intervir junto dos mais carenciados a sobreviver nestes aglomerados residenciais construídos sem regras e de forma precária. A fórmula encontrada foi a criação de uma Misericórdia em tudo igual às outras Misericórdias com existência secular no nosso País. Desse grupo de cristãos nasceu a Comissão Instaladora composta da seguinte forma: Provedor – Dr. Luís Madureira – Sociólogo, Director Geral da Família, residente há mais de vinte anos na Amadora. Vice - Provedor – Dra. Maria João Ferreira – Professora, Autarca (membro dos executivos das Juntas de Freguesia da Amadora e da Venteira, membro da Assembleia Municipal da Amadora) e residente há mais de vinte anos na Amadora. Secretária – Dra. Margarida Lencastre – Técnica Superior de Serviço Social a exercer funções na então Delegação da Amadora da Segurança Social. Tesoureiro – Sr. Francisco Rolando Raposo – Funcionário da C.G.D., também residente na Amadora há muitos anos e responsável pela Conferencia de S. Vicente de Paulo na Paróquia da Amadora. Vogal – Prof. Doutor Jacinto Ferreira – Médico Veterinário, fundador do Laboratório Imunológico de Lisboa, com instalações, primeiro na Venda – Nova e mais tarde em Alfragide. Residente na Amadora há mais de trinta anos. Vogal – Sra. D. Ismália Nery de Carvalho – Técnica de Serviço

» Alargamento do Apoio Domiciliário. » Aquisição de um Apartamento - r/c – no Centro da Amadora – (Bairro Janeiro). Seria para acolher crianças da 1ª Infância abandonadas e/ou em risco. Depois de obras de adaptação instalaram-se os Serviços Administrativos (que funcionavam na Quinta das Torres) e o Apoio Social (1991)

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PORQUÊ E COMO NASCEU A SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA AMADORA

» É concedida personalidade jurídica à Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Amadora e aprovado o Compromisso pelo Patriarcado de Lisboa. (05/02) » Eleição do Provedor a partir dos membros eleitos. Foi eleito por unanimidade o Dr. Luis Madureira que em função do seu cargo, escolheu os restantes membros para completar a Comissão Instaladora. » Homologada a Comissão Instaladora da SCMA (Provedor – Dr. Luis Madureira; ViceProvedor – Drª Maria João Ferreira; Secretária – Drª Margarida Lencastre; Tesoureiro – Sr. F. Rolando Raposo; Vogal – Prof. Dr. Jacinto Ferreira; Vogal – D. Ismália de Carvalho; Vogal – Sr. Sotero Mendes Almeida)

» Inauguração do Centro de Dia na Quinta das Torres (Prof.. Dr. Cavaco Silva) » 1º Espaço arrendado na Cova da Moura com Jardim de Infância (60 crianças) e (80 em ATL) – (Irmã Purificação). » 1º Apoio Domiciliário para 10 utentes. » Recuperação do imóvel da Quinta das Torres em colaboração com o IGAPHE onde se instalou o 1º Centro de Dia. » 1ª Reunião da Comissão Instaladora da SCMA, na Quinta das Torres, tendo ficado deliberado que a partir desta data esta CASA seria a sede da Misericórdia.

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notícias breves Empresa de Inserção A Empresa de Inserção “Novo Espaço” nasceu a partir da preocupação e vontade dos responsáveis das Santa Casa da Misericórdia da Amadora, na necessidade de criar uma resposta

“novo espaço”

Os serviços prestados são diversificados e vão desde a Serralharia, Carpintaria, Pedreiro, Electricista, Canalização, Serviços Diversos e Jardinagem.

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A I D R Ó C I R E S

sempre ligado ao desempenho de tarefas comunicativas. Mas quem o conhece e com ele contacta de perto, percebe facilmente que mais do que as palavras é a pureza de coração e a ternura de um olhar que expressam aquilo que se é e se pensa. Foi precisamente o seu património de reflexões que o Daniel se aventurou a partilhar no livro que lançou pelas Edições Salesianas, em 2005. “Um presente de Luz”, reúne os muitos pensamentos que o começaram a assaltar quando encontrou na música clássica a fonte de inspiração perfeita. Já na quarta edição, neste livro o autor revela, segundo as suas palavras “a Luz que a minha cegueira humana a alcança”. No final do ano passado, Daniel Santos lançou um segundo livro “Encontro-me quando Te encontro”, também pelas Edições Salesianas. Nesta obra, convida o leitor a descobrir e a meditar cada uma das frases que compõem o poema “Pegadas na areia” de Margaret Powers. As páginas deste livro transformam-se na areia sobre a qual, rumo à nossa interioridade, alcançamos a certeza de que nesta vida nunca caminhamos sozinhos. O Daniel Santos é, se dúvida, um exemplo para todos: não por ser um portador de deficiência integrado na sociedade, mas pelo ensinamento de que só é limitado quem se impõe limites a si mesmo::

Em escassos meses de actividade, a “Novo Espaço” é já uma referência da Instituição que lhe deu corpo. Não sendo possível imaginar a manutenção e a conservação do já vasto património imobiliário e espaços exteriores sem esta empresa de Inserção e seus respectivos trabalhadores. A integração dos trabalhadores tem sido feita de forma exemplar, não se registando qualquer dificuldade de relacionamento com os restantes trabalhadores da Instituição. A título de exemplo são referidas as intervenções mais significativas levadas a cabo pela Novo Espaço: » Remodelação de quartos de lares, incluindo pinturas, instalações eléctricas, aquecimentos, substituição de banheiras por chuveiros, etc. » Adaptação de espaços de usos gerais para usos específicos, tais como creches e jardins-de-infância. » Manutenção geral das várias instalações técnicas e situações correntes. » Manutenção de todos os espaços exteriores, relvados e jardins. » Revisão e manutenção das salas de aulas incluindo pinturas, iluminação, aquecimento, etc. O exemplo da Novo Espaço já mereceu referência na imprensa diária nacional, com o título: “Inserir é preciso”, na revista “Domingo” do Correio da Manhã; a qual deixou muito satisfeitos todos os que estão envolvidos na empresa, com especial significado para os trabalhadores contratados no âmbito da inserção::

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As raízes do Daniel estão em Povolide (Viseu), mas o seu percurso de vida fez-se sobretudo na Amadora, cidade para a qual veio aos 3 anos. Nasceu com paralisia cerebral e desde cedo percebeu que a vida é feita de desafios que vale a pena superar. Parte da sua força encontrou-a na Fé, sobretudo nos movimentos e grupos que encontrou na paróquia da Amadora. Também no campo profissional o Daniel revela ter grande capacidade de luta e empreendedorismo. Em 1988 criou o seu próprio emprego, abrindo e gerindo um quiosque na Venda Nova. Mais tarde, trabalhou por conta de outrém no departamento de assinaturas de uma revista. Em 2001, inicia o seu percurso profissional na Stª Casa da Misericórdia. Começou por colaborar no Lar da Sagrada Família, na Buraca, como recepcionista. Mas a sua simpatia e acolhimento não se limitavam a ficar por detrás do balcão. Sempre atento e disponível, o Daniel ajudava, sempre que possível os utentes da casa, ora guiando-os pelos corredores do lar, ora dedicando-lhes um pouco do seu tempo e muita simpatia. A partir de 2006, integrou a Direcção Operacional e, desde Janeiro deste ano passou a fazer parte da equipa responsável pela edição do Boletim Interno “Ser misericórdia”. Dadas as suas limitações ao nível da expressão oral, poderia parecer impossível que o Daniel tivesse um percurso profissional

Manuel Tiago, Director Operacional

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“É um verdadeiro exemplo!” É desta forma que, sem excepção, se rematam todas as conversas sobre o Daniel Santos. Colaborador da Stª Casa da Misericórdia desde 2001, o reconhecimento do Daniel ultrapassa as paredes desta instituição uma vez que 2005 passou também a ser escritor.

ARTIGO:

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sem limitações

para as situações de exclusão social. Apostando na inserção e reintegração de profissionais excluídos do normal funcionamento do mercado de trabalho. A “Novo Espaço” foi aprovada por despacho do Instituto de Segurança Social – Cento de Emprego da Amadora em Julho de 2007. A Empresa foi pensada e estruturada para iniciar a sua actividade com cinco trabalhadores em processo de inserção, contando actualmente com quatro; fazem parte da “Novo Espaço” , um ex-recluso, dois desempregados de longa duração e um jovem com dificuldades de integração no normal mercado de trabalho. A “Novo Espaço” presta serviços de Recuperação e Manutenção de Edifícios e Espaços Exteriores e tem como cliente estratégico a Santa Casa da Misericórdia da Amadora. Pretende a partir da SCMA desenvolver a sua actividade e alcançar novos clientes. Escolas, Instituições e Empresas da zona de implantação, aumentando o número de trabalhadores e cumprindo cada vez mais a sua missão de inserção no mercado normal de trabalho, proporcionando aos trabalhadores competências sociais e profissionais, proporcionandolhes novas oportunidades. Os serviços prestados são diversificados e vão desde a Serralharia, Carpintaria, Pedreiro, Electricista, Canalização, Serviços Diversos e Jardinagem. A polivalência dos trabalhadores mais experientes tem permitido a integração dos mais novos num processo de aprendizagem, visando o desenvolvimento das suas competências através da execução de tarefas inerentes à actividade da empresa.

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Claudine Pinheiro

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ARTIGO:

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notícias breves Empresa de Inserção A Empresa de Inserção “Novo Espaço” nasceu a partir da preocupação e vontade dos responsáveis das Santa Casa da Misericórdia da Amadora, na necessidade de criar uma resposta

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Os serviços prestados são diversificados e vão desde a Serralharia, Carpintaria, Pedreiro, Electricista, Canalização, Serviços Diversos e Jardinagem.

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sempre ligado ao desempenho de tarefas comunicativas. Mas quem o conhece e com ele contacta de perto, percebe facilmente que mais do que as palavras é a pureza de coração e a ternura de um olhar que expressam aquilo que se é e se pensa. Foi precisamente o seu património de reflexões que o Daniel se aventurou a partilhar no livro que lançou pelas Edições Salesianas, em 2005. “Um presente de Luz”, reúne os muitos pensamentos que o começaram a assaltar quando encontrou na música clássica a fonte de inspiração perfeita. Já na quarta edição, neste livro o autor revela, segundo as suas palavras “a Luz que a minha cegueira humana a alcança”. No final do ano passado, Daniel Santos lançou um segundo livro “Encontro-me quando Te encontro”, também pelas Edições Salesianas. Nesta obra, convida o leitor a descobrir e a meditar cada uma das frases que compõem o poema “Pegadas na areia” de Margaret Powers. As páginas deste livro transformam-se na areia sobre a qual, rumo à nossa interioridade, alcançamos a certeza de que nesta vida nunca caminhamos sozinhos. O Daniel Santos é, se dúvida, um exemplo para todos: não por ser um portador de deficiência integrado na sociedade, mas pelo ensinamento de que só é limitado quem se impõe limites a si mesmo::

Em escassos meses de actividade, a “Novo Espaço” é já uma referência da Instituição que lhe deu corpo. Não sendo possível imaginar a manutenção e a conservação do já vasto património imobiliário e espaços exteriores sem esta empresa de Inserção e seus respectivos trabalhadores. A integração dos trabalhadores tem sido feita de forma exemplar, não se registando qualquer dificuldade de relacionamento com os restantes trabalhadores da Instituição. A título de exemplo são referidas as intervenções mais significativas levadas a cabo pela Novo Espaço: » Remodelação de quartos de lares, incluindo pinturas, instalações eléctricas, aquecimentos, substituição de banheiras por chuveiros, etc. » Adaptação de espaços de usos gerais para usos específicos, tais como creches e jardins-de-infância. » Manutenção geral das várias instalações técnicas e situações correntes. » Manutenção de todos os espaços exteriores, relvados e jardins. » Revisão e manutenção das salas de aulas incluindo pinturas, iluminação, aquecimento, etc. O exemplo da Novo Espaço já mereceu referência na imprensa diária nacional, com o título: “Inserir é preciso”, na revista “Domingo” do Correio da Manhã; a qual deixou muito satisfeitos todos os que estão envolvidos na empresa, com especial significado para os trabalhadores contratados no âmbito da inserção::

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As raízes do Daniel estão em Povolide (Viseu), mas o seu percurso de vida fez-se sobretudo na Amadora, cidade para a qual veio aos 3 anos. Nasceu com paralisia cerebral e desde cedo percebeu que a vida é feita de desafios que vale a pena superar. Parte da sua força encontrou-a na Fé, sobretudo nos movimentos e grupos que encontrou na paróquia da Amadora. Também no campo profissional o Daniel revela ter grande capacidade de luta e empreendedorismo. Em 1988 criou o seu próprio emprego, abrindo e gerindo um quiosque na Venda Nova. Mais tarde, trabalhou por conta de outrém no departamento de assinaturas de uma revista. Em 2001, inicia o seu percurso profissional na Stª Casa da Misericórdia. Começou por colaborar no Lar da Sagrada Família, na Buraca, como recepcionista. Mas a sua simpatia e acolhimento não se limitavam a ficar por detrás do balcão. Sempre atento e disponível, o Daniel ajudava, sempre que possível os utentes da casa, ora guiando-os pelos corredores do lar, ora dedicando-lhes um pouco do seu tempo e muita simpatia. A partir de 2006, integrou a Direcção Operacional e, desde Janeiro deste ano passou a fazer parte da equipa responsável pela edição do Boletim Interno “Ser misericórdia”. Dadas as suas limitações ao nível da expressão oral, poderia parecer impossível que o Daniel tivesse um percurso profissional

Manuel Tiago, Director Operacional

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“É um verdadeiro exemplo!” É desta forma que, sem excepção, se rematam todas as conversas sobre o Daniel Santos. Colaborador da Stª Casa da Misericórdia desde 2001, o reconhecimento do Daniel ultrapassa as paredes desta instituição uma vez que 2005 passou também a ser escritor.

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sem limitações

para as situações de exclusão social. Apostando na inserção e reintegração de profissionais excluídos do normal funcionamento do mercado de trabalho. A “Novo Espaço” foi aprovada por despacho do Instituto de Segurança Social – Cento de Emprego da Amadora em Julho de 2007. A Empresa foi pensada e estruturada para iniciar a sua actividade com cinco trabalhadores em processo de inserção, contando actualmente com quatro; fazem parte da “Novo Espaço” , um ex-recluso, dois desempregados de longa duração e um jovem com dificuldades de integração no normal mercado de trabalho. A “Novo Espaço” presta serviços de Recuperação e Manutenção de Edifícios e Espaços Exteriores e tem como cliente estratégico a Santa Casa da Misericórdia da Amadora. Pretende a partir da SCMA desenvolver a sua actividade e alcançar novos clientes. Escolas, Instituições e Empresas da zona de implantação, aumentando o número de trabalhadores e cumprindo cada vez mais a sua missão de inserção no mercado normal de trabalho, proporcionando aos trabalhadores competências sociais e profissionais, proporcionandolhes novas oportunidades. Os serviços prestados são diversificados e vão desde a Serralharia, Carpintaria, Pedreiro, Electricista, Canalização, Serviços Diversos e Jardinagem. A polivalência dos trabalhadores mais experientes tem permitido a integração dos mais novos num processo de aprendizagem, visando o desenvolvimento das suas competências através da execução de tarefas inerentes à actividade da empresa.

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notícias breves lançamento do amasénior projecto de apoio alimentar Realizou-se no dia 25 de Julho o lançamento do “AmaSénior” Projecto de Apoio Alimentar, que contou com a presença do Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social Dr. Vieira da Silva.

outdoor no campo aventura

Realizou-se no dia 11 de Julho o outdoor de Coordenadores da Instituição. O Outdoor contou com a presença dos Membros da Mesa Administrativa que em conjunto com os Coordenadores realizaram uma série de actividades e dinâmicas ao longo do dia. As actividades da manhã tiveram como objectivo fomentar o espírito de equipa e a coesão do grupo. No período da tarde realizou-se uma sessão de trabalho onde

unidade de cuidados continuados e requalificação do lar da sagrada família

os presentes puderam reflectir alguma das estratégias da Instituição, bem como fazer algum balanço das práticas e metodologias desenvolvidas. O dia correu bastante bem e os participantes fizeram uma avaliação muito positiva da actividade::

O Projecto é promovido pela Câmara Municipal da Amadora e tem por parceiros três Instituições que actuam no território na área do apoio aos idosos – a Fundação AFID Diferença, a Santa Casa da Misericórdia da Amadora e a Sociedade Filarmónica Recreio Artístico e Apoio Social da Amadora – Quinta de S. Miguel. O objectivo do Projecto é o fornecimento da alimentação em dias feriados e fins-de-semana, a idosos e/ou pessoas isoladas, que já beneficiem, em dias úteis, das respostas sociais de Serviço de Apoio Domiciliário e Centro de Dia ::

encontro de reflexão pedagógica

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No final do Encontro os participantes tiveram oportunidade de discutir as apresentações e aprofundar os seus conhecimentos sobre as mesmas ::

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A Santa Casa da Misericórdia da Amadora viu a sua candidatura aprovada para a construção de uma Unidade de Cuidados Continuados, no âmbito do programa Modelar, do Ministério da Saúde. A unidade terá capacidade para trinta camas e localizar-se-á no Lar da Sagrada Família na Buraca. Com esta construção a população da Amadora poderá usufruir de uma Unidade que fará parte da Rede Nacional para os Cuidados Continuados Integrados. Será ainda requalificado o Lar da Sagrada Família, aumentando desta forma os níveis de qualidade do respectivo Lar. O projecto encontra-se em fase de licenciamento, prevendose o início da construção em Novembro de 2009::

O tema geral do encontro foi “Partilha de Projectos e Experiências Pedagógicas entre as Valências da Educação”.

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Realizou-se, no passado dia 10 de Julho, o V Encontro de Reflexão Pedagógica da Santa Casa da Misericórdia da Amadora, entre os profissionais de educação da nossa instituição.

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notícias breves lançamento do amasénior projecto de apoio alimentar Realizou-se no dia 25 de Julho o lançamento do “AmaSénior” Projecto de Apoio Alimentar, que contou com a presença do Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social Dr. Vieira da Silva.

outdoor no campo aventura

Realizou-se no dia 11 de Julho o outdoor de Coordenadores da Instituição. O Outdoor contou com a presença dos Membros da Mesa Administrativa que em conjunto com os Coordenadores realizaram uma série de actividades e dinâmicas ao longo do dia. As actividades da manhã tiveram como objectivo fomentar o espírito de equipa e a coesão do grupo. No período da tarde realizou-se uma sessão de trabalho onde

unidade de cuidados continuados e requalificação do lar da sagrada família

os presentes puderam reflectir alguma das estratégias da Instituição, bem como fazer algum balanço das práticas e metodologias desenvolvidas. O dia correu bastante bem e os participantes fizeram uma avaliação muito positiva da actividade::

O Projecto é promovido pela Câmara Municipal da Amadora e tem por parceiros três Instituições que actuam no território na área do apoio aos idosos – a Fundação AFID Diferença, a Santa Casa da Misericórdia da Amadora e a Sociedade Filarmónica Recreio Artístico e Apoio Social da Amadora – Quinta de S. Miguel. O objectivo do Projecto é o fornecimento da alimentação em dias feriados e fins-de-semana, a idosos e/ou pessoas isoladas, que já beneficiem, em dias úteis, das respostas sociais de Serviço de Apoio Domiciliário e Centro de Dia ::

encontro de reflexão pedagógica

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No final do Encontro os participantes tiveram oportunidade de discutir as apresentações e aprofundar os seus conhecimentos sobre as mesmas ::

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A Santa Casa da Misericórdia da Amadora viu a sua candidatura aprovada para a construção de uma Unidade de Cuidados Continuados, no âmbito do programa Modelar, do Ministério da Saúde. A unidade terá capacidade para trinta camas e localizar-se-á no Lar da Sagrada Família na Buraca. Com esta construção a população da Amadora poderá usufruir de uma Unidade que fará parte da Rede Nacional para os Cuidados Continuados Integrados. Será ainda requalificado o Lar da Sagrada Família, aumentando desta forma os níveis de qualidade do respectivo Lar. O projecto encontra-se em fase de licenciamento, prevendose o início da construção em Novembro de 2009::

O tema geral do encontro foi “Partilha de Projectos e Experiências Pedagógicas entre as Valências da Educação”.

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Realizou-se, no passado dia 10 de Julho, o V Encontro de Reflexão Pedagógica da Santa Casa da Misericórdia da Amadora, entre os profissionais de educação da nossa instituição.

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notícias breves

teatro na escola luís madureira

I D R Ó C I R E S I

de uma forma simples, sem pretensões exageradas, apostando sim na dignidade dos seus conteúdos. Julgamos que esta é uma boa forma de comunicar melhor com as comunidades onde estamos inseridos. Pretendemos ainda chegar junto de todos os que diariamente acolhemos e que connosco colaboram. Esta revista será editada semestralmente e terá como missão dar a conhecer os projectos e actividades desenvolvidas por esta Santa Casa, as boas práticas e as pessoas que tornam possível fazer Misericórdia nos dias de hoje. O Ser Misericórdia divide-se em quatro áreas: opinião, entrevista/reportagem, projectos e notícias. Nesta primeira edição tivemos como objectivo dar a conhecer a nossa Instituição, quem somos, o que fazemos e onde estamos. Para que pudéssemos reduzir os custos de edição desta revista, contámos com a colaboração de empresas que connosco trabalham diariamente e que desta forma se associaram também a este projecto, para todas elas o nosso agradecimento. Por fim, com o intuito de enriquecer esta nossa revista gostaríamos de contar com o contributo de todos os nossos colaboradores, utentes e familiares, bem como de toda a comunidade da Amadora e Instituições parceiras. Contamos com todos::

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Ao fim de quatro anos de edição dedicamo-nos à nobre actividade da Misericórdia”, denewsletter Bem Servir“ Ser todas e cada uma sentimos necessidade de a landas cercaa de 5.000 pessoas çar formato magazine. quenum diariamente acolhemos nas valências da Instituição Esta diversas primeira edição do Ser Misericórdia apresenta-se

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É uma prova de resistência realizada no espaço exterior, que já se tornou uma tradição na nossa Escola para celebrar o Dia da Criança, na qual cada ciclo de alunos corre acompanhado por um funcionário da Comunidade Escolar que se desafia a realizar a corrida::

Comunicar é fácil

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CORTA MATO

director geral, Manuel Girão

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O 2º lugar no escalão de Iniciados foi conquistado pelos alunos do 9º ano. Quanto à modalidade de Ténis de Mesa no escaNo mês de Fevereiro o Prof. Nelson Brás organizou três dias lão Infantil A Masculino os alunos do 5º ano ocuparam os 1º, muito activos cheios de surpresas para os 2º e 3º lugares do pódio. No escalão Infantil quais convidou um leque vasto de celebri- Uma vez mais os B Feminino conquistaram igualmente os 1º dades do nosso país conseguindo atravessar nossos alunos al- 2º e 3º lugares. Quanto ao escalão Iniciados o mundo do entretenimento, (João Baião, Masculino alcançaram o 2º e 3º lugares. Na Pedro Lima), do espectáculo (Classe Gímnica cançaram lugares modalidade de Voleibol, a Escola Luís MaduUp-Go, Banda Musical Santos e Pecadores) no pódio. reira conquistou o 1º lugar nos escalões B e C do desporto (Alverca Crusaiders – equipa de Femininos. Por fim, na modalidade de AndeFutebol Americano, Telma Monteiro – Judo, Yebda- Jogador bol obtivemos o 2º lugar no escalão de Iniciados. do Benfica e Equipa Voleibol Feminino do Colégio Salesiano de Lisboa) e Laboratório Aberto (Departamento das Ciências). AVENTURA EM MAFRA III Os nossos alunos não só entrevistaram os convidados como tiraram fotos com eles, conseguiram autógrafos e interagiram No mês de Junho teve lugar a terceira aventura interdisciplinar preconizada pelaProf. Susana Farinha e com a participação de vivamente, para mais tarde poderem recordar!! todos os Docentes da Escola nas suas respectivas disciplinas. Este dia no Parque Municipal de Mafra foi composto por duas JOGOS JUVENIS ESCOLARES DA provas que ocorrem em simultâneo. AMADORA Da parte da manhã o 3.º ciclo realizou uma Prova de OrientaNo mês de Abril tiveram início os Jogos Juvenis da Amadora ção na qual existiam seis postos equivalentes às disciplinas de 2009 nos quais a nossa Escola competiu com todas as Escolas Línguas, Ciências, História e Geografia, Matemática, Educação do Concelho da Amadora. Praticaram-se várias modalidades: Visual e Tecnológica e Informática, as quais eram encontradas Corta-Mato na Pista de Comandos da Amadora; Basquetebol através da sua orientação no mapa dado às oito equipas. E na Escola Roque Gameiro; Ténis de Mesa e Voleibol na Escola ao mesmo tempo o 2.º ciclo realizou uma manhã desportiva Secundária Mães D’ Água, e Andebol na Escola Sophia de Mello composta por estações de Bitoque Rugby, Futebol, Jogos TradiBreyner. Uma vez mais os nossos alunos alcançaram lugares cionais Portugueses, Voleibol, Basquetebol e Andebol. Da parte no pódio. Na modalidade de Basquetebol conquistaram o 1º da tarde os dois ciclos trocaram de prova terminando o dia com lugar no escalão Infantis B Femininos pela equipa do 7º ano. um mergulho na piscina municipal do parque. Foi mais um dia de convívio saudável e cheio de energia!

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VI SEMANA DA CULTURA E DO DESPORTO

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o outro lado da educação fisica escolar

No ano lectivo de 2008/09 a Escola Luís Madureira apresentou publicamente nove peças de teatro, três no âmbito dos Clubes e seis integradas nas actividades da disciplina de 3º Ciclo propriamente dita. Comemorámos o Dia Mundial do Teatro com ensaios abertos, participámos na X Mostra de Teatro de escolas do nosso Concelho a convite da Câmara Municipal da Amadora, e, por último, representámos para toda a comunidade escolar nas festas de encerramento das actividades extra-curriculares. Nas aulas leccionadas ao 3º ciclo privilegiámos autores portugueses como Almeida Garrett, Júlio Dinis e Fernando de Paços. Os trabalhos foram apresentados na última aula de cada semestre, em Janeiro e Julho respectivamente. Nos clubes adaptámos um livro ilustrado da autoria de Luísa Ducla Soares intitulado A História das Cinco Vogais; traduzimos e rescreve-mos uma peça castelhana El Raterillo de autoria de Lauro Olmo e Pilar Enciso e atribuímos-lhe o título de Faísca; e, por fim, reconstituímos uma Gata Borralheira que tinha um significado particular, pois foi, ela também, a estreia absoluta no palco do nosso professor Ricardo Gageiro em 1989 no Colégio Marista de Carcavelos::

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notícias breves

teatro na escola luís madureira

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de uma forma simples, sem pretensões exageradas, apostando sim na dignidade dos seus conteúdos. Julgamos que esta é uma boa forma de comunicar melhor com as comunidades onde estamos inseridos. Pretendemos ainda chegar junto de todos os que diariamente acolhemos e que connosco colaboram. Esta revista será editada semestralmente e terá como missão dar a conhecer os projectos e actividades desenvolvidas por esta Santa Casa, as boas práticas e as pessoas que tornam possível fazer Misericórdia nos dias de hoje. O Ser Misericórdia divide-se em quatro áreas: opinião, entrevista/reportagem, projectos e notícias. Nesta primeira edição tivemos como objectivo dar a conhecer a nossa Instituição, quem somos, o que fazemos e onde estamos. Para que pudéssemos reduzir os custos de edição desta revista, contámos com a colaboração de empresas que connosco trabalham diariamente e que desta forma se associaram também a este projecto, para todas elas o nosso agradecimento. Por fim, com o intuito de enriquecer esta nossa revista gostaríamos de contar com o contributo de todos os nossos colaboradores, utentes e familiares, bem como de toda a comunidade da Amadora e Instituições parceiras. Contamos com todos::

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Ao fim de quatro anos de edição dedicamo-nos à nobre actividade da Misericórdia”, denewsletter Bem Servir“ Ser todas e cada uma sentimos necessidade de a landas cercaa de 5.000 pessoas çar formato magazine. quenum diariamente acolhemos nas valências da Instituição Esta diversas primeira edição do Ser Misericórdia apresenta-se

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É uma prova de resistência realizada no espaço exterior, que já se tornou uma tradição na nossa Escola para celebrar o Dia da Criança, na qual cada ciclo de alunos corre acompanhado por um funcionário da Comunidade Escolar que se desafia a realizar a corrida::

Comunicar é fácil

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CORTA MATO

director geral, Manuel Girão

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O 2º lugar no escalão de Iniciados foi conquistado pelos alunos do 9º ano. Quanto à modalidade de Ténis de Mesa no escaNo mês de Fevereiro o Prof. Nelson Brás organizou três dias lão Infantil A Masculino os alunos do 5º ano ocuparam os 1º, muito activos cheios de surpresas para os 2º e 3º lugares do pódio. No escalão Infantil quais convidou um leque vasto de celebri- Uma vez mais os B Feminino conquistaram igualmente os 1º dades do nosso país conseguindo atravessar nossos alunos al- 2º e 3º lugares. Quanto ao escalão Iniciados o mundo do entretenimento, (João Baião, Masculino alcançaram o 2º e 3º lugares. Na Pedro Lima), do espectáculo (Classe Gímnica cançaram lugares modalidade de Voleibol, a Escola Luís MaduUp-Go, Banda Musical Santos e Pecadores) no pódio. reira conquistou o 1º lugar nos escalões B e C do desporto (Alverca Crusaiders – equipa de Femininos. Por fim, na modalidade de AndeFutebol Americano, Telma Monteiro – Judo, Yebda- Jogador bol obtivemos o 2º lugar no escalão de Iniciados. do Benfica e Equipa Voleibol Feminino do Colégio Salesiano de Lisboa) e Laboratório Aberto (Departamento das Ciências). AVENTURA EM MAFRA III Os nossos alunos não só entrevistaram os convidados como tiraram fotos com eles, conseguiram autógrafos e interagiram No mês de Junho teve lugar a terceira aventura interdisciplinar preconizada pelaProf. Susana Farinha e com a participação de vivamente, para mais tarde poderem recordar!! todos os Docentes da Escola nas suas respectivas disciplinas. Este dia no Parque Municipal de Mafra foi composto por duas JOGOS JUVENIS ESCOLARES DA provas que ocorrem em simultâneo. AMADORA Da parte da manhã o 3.º ciclo realizou uma Prova de OrientaNo mês de Abril tiveram início os Jogos Juvenis da Amadora ção na qual existiam seis postos equivalentes às disciplinas de 2009 nos quais a nossa Escola competiu com todas as Escolas Línguas, Ciências, História e Geografia, Matemática, Educação do Concelho da Amadora. Praticaram-se várias modalidades: Visual e Tecnológica e Informática, as quais eram encontradas Corta-Mato na Pista de Comandos da Amadora; Basquetebol através da sua orientação no mapa dado às oito equipas. E na Escola Roque Gameiro; Ténis de Mesa e Voleibol na Escola ao mesmo tempo o 2.º ciclo realizou uma manhã desportiva Secundária Mães D’ Água, e Andebol na Escola Sophia de Mello composta por estações de Bitoque Rugby, Futebol, Jogos TradiBreyner. Uma vez mais os nossos alunos alcançaram lugares cionais Portugueses, Voleibol, Basquetebol e Andebol. Da parte no pódio. Na modalidade de Basquetebol conquistaram o 1º da tarde os dois ciclos trocaram de prova terminando o dia com lugar no escalão Infantis B Femininos pela equipa do 7º ano. um mergulho na piscina municipal do parque. Foi mais um dia de convívio saudável e cheio de energia!

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VI SEMANA DA CULTURA E DO DESPORTO

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o outro lado da educação fisica escolar

No ano lectivo de 2008/09 a Escola Luís Madureira apresentou publicamente nove peças de teatro, três no âmbito dos Clubes e seis integradas nas actividades da disciplina de 3º Ciclo propriamente dita. Comemorámos o Dia Mundial do Teatro com ensaios abertos, participámos na X Mostra de Teatro de escolas do nosso Concelho a convite da Câmara Municipal da Amadora, e, por último, representámos para toda a comunidade escolar nas festas de encerramento das actividades extra-curriculares. Nas aulas leccionadas ao 3º ciclo privilegiámos autores portugueses como Almeida Garrett, Júlio Dinis e Fernando de Paços. Os trabalhos foram apresentados na última aula de cada semestre, em Janeiro e Julho respectivamente. Nos clubes adaptámos um livro ilustrado da autoria de Luísa Ducla Soares intitulado A História das Cinco Vogais; traduzimos e rescreve-mos uma peça castelhana El Raterillo de autoria de Lauro Olmo e Pilar Enciso e atribuímos-lhe o título de Faísca; e, por fim, reconstituímos uma Gata Borralheira que tinha um significado particular, pois foi, ela também, a estreia absoluta no palco do nosso professor Ricardo Gageiro em 1989 no Colégio Marista de Carcavelos::

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#1

Setembro2009

santa casa da misericórdia A

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misericórdia

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magazine

Rendimento Social de Inserção

O pessoas, e respectivas famílias, que se encontrem em situação de grave carência socioeconómica. pag. 4

Contrato Local de Desenvolvimento Social

O pessoas, e respectivas famílias, que se encontrem em situação de grave carência socioeconómica. pag. 8

Voluntariado de Boa Vizinhança

O pessoas, e respectivas famílias, que se encontrem em situação de grave carência socioeconómica. pag. 9


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