Laços de Amor n.º 25

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EDIÇÃO N.º 25 TRIMESTRAL | SCMG | Out/Nov/Dez | 2014 Gratuito

LAÇOS DE AMOR Uma família ao ser viço da comunidade

Misericórdia de Gaia tem nova Mesa Administrativa


ÍNDICE EDITORIAL 85 ANOS DE HISTÓRIA O QUE ACONTECEU

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Ato eleitoral para o quadriénio 2015/2018

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A época de Natal vivida na Misericórdia de Gaia

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ENTREVISTA

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Ângela Faria é a responsável pelo Serviço de Ação Social

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ESPAÇO SAÚDE HISTÓRIAS DE VIDA

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Maria do Céu Guia é colaboradora e voluntária para a área espiritual na Instituição

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NÚCLEO MUSEOLÓGICO ESPAÇO VOLUNTARIADO AGENDA SABIA QUE...

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EDITORIAL Pode definir-se tempo de mudança de muitas e variadas formas, desde aquela que implica rotura com anteriores formas de estar, até à aplicação de outras estratégias que levam à fixação de objetivos, através do envolvimento entre todos os visados. Dito isto, importa saber onde nos situamos mas, acima de tudo, como fazer avançar a onda da motivação que uma mudança – naturalmente para melhorar – pode e deve implicar. Desde a fixação dos objetivos, através da explicação clara e a todos, para que todos a compreendam, até à transparência com que essas mudanças devem ser disseminadas entre os colaboradores de qualquer organização, sem os quais não é possível efetuar essa mudança. Propõe-se então à organização lançar o desafio de fazer as alterações, através da indicação das realizações a que o órgão de administração se propõe, e definida a estratégia, avançar sem hesitação e determinados, depois da estrutura, ou seja, dos trabalhadores – e mesmo fornecedores e clientes – compreenderem o que se pretende. Este introito serve apenas para tentar fazer perceber o caminho que a Mesa Administrativa desta nossa Santa Casa escolheu para atingir os objetivos que todos desejamos e que se podem resumir em poucas linhas: 1 – Conseguir aumentar o bem-estar daqueles para quem a nossa ação se dirige, ou seja, os nossos utentes, aqueles que basicamente são os mais pobres e desfavorecidos: é preciso melhorar as instalações, claro (reafirmar que deve haver mais conforto, p. ex. garantindo temperaturas adequadas nos estabelecimentos, não é senão uma necessidade básica), aportar segurança a quem depende do apoio do nosso braço, obviamente (não se duvida de que é obrigatório adotar posturas de educação, compreensão e carinho para quem, na parte final da vida, merece o respeito que lhes devemos, como se fossem os nossos próprios pais ou avós), melhorar a qualidade

Tempo de mudança de vida dos que servimos (pois, a alimentação, entre muitos outros critérios, também entra neste conjunto de objetivos, extensivos a todos) além de outras preocupações que estão diagnosticadas e onde vamos começar a intervir. 2 – Obter o empenho dos trabalhadores, tem aqui um papel determinante pois é com eles – e nunca contra eles – que esta mudança se pode operar. Conhecer a informação e a verdade acerca da atual situação da organização, qualquer que ela seja, não deturpando a verdade nem criando falsas expectativas de que tudo se resolverá é uma necessidade, pois só aquilo que conhecemos bem, pode ter o tratamento mais correto; é pois nesta base que uma qualquer organização tem de ser esclarecida na estratégia conjunta, honesta na informação aos seus colaboradores e determinada na procura do seu ideal; só o alcançará com trabalho, em equipa, de forma dedicada e até com alguma abnegação, mas sempre com o espírito de que podemos e devemos fazer mais e melhor. É fundamental que se vejam sinais de melhoria e os trabalhadores são o seu principal transmissor, dando lugar ao diálogo e à partilha da informação, sem medos de explicar e eliminando os tabus que derivam da utilização do poder da informação. 3 - Sabemos que as dificuldades económico-financeiras reduzem o entusiasmo mas é também nestas alturas que todos nós devemos olhar a adversidade representada pelos poucos recursos financeiros, como uma melhor forma de gastar o dinheiro e evitar o desperdício. Estamos todos, hoje, confrontados com a existência de menos dinheiro do que aquele que precisamos mas isso não nos pode fazer tomar atitudes precipitadas; é essencialmente nos períodos de pouco dinheiro que se deve evitar todo e qualquer desperdício e naturalmente investir bem, por isso estamos determinados a administrar da melhor forma os valores de que dispomos. Mas então será que che-

ga para tudo, desde garantir o dinheiro para as obras de recuperação dos edifícios – desde os alugados que têm garantido a nossa ação, até aqueles onde os nossos serviços estão instalados - ao necessário para a aquisição dos equipamentos que é inevitável substituir? As obrigações que hoje decorrem da legislação, não nos permitem desculpas e por isso têm de ser feitas e mais pressionados ainda, dentro de prazos apertados. É por tudo isto que dizemos atrás que temos de mudar. Mudar até a forma como olhamos o nosso futuro pois temos de nos comprometer com esta realidade. Não vamos pedir mais sacrifícios mas ninguém pode prometer que a atual situação mudará de um momento para o outro. Tempo é um luxo de que ninguém dispõe mas que vamos precisar de algum, disso ninguém duvide, e por isso estamos a preparar reuniões nas quais queremos que todos participem, porque mudança também significa transparência, caminhando lado a lado e não uns contra os outros. Sei que o vamos conseguir com a ajuda, senão de todos, pelo menos da larguíssima maioria que nos tem apoiado e onde ninguém ficará de fora. Chegou esse tempo e lancemo-nos, com entusiasmo, todos unidos, a esta missão. Artur Almeida Leite (Provedor da Misericórdia de Gaia)

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85 ANOS DE HISTÓRIA

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Novos legados e doações

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Preocupada com o crescente aumento de doentes a aguardar internamento no Hospital da Misericórdia – em 20 de fevereiro de 1968 eram 650 – a Mesa Administrativa enviou, nessa data, um ofício à Direção Geral dos Hospitais, a referir a necessidade de aumentar a lotação do Hospital em 40 camas, as quais seriam colocadas nas enfermarias dos serviços de internamento que estavam com 3 leitos, mas comportavam 4, estando-se ainda a estudar a possibilidade de transferir o alojamento das enfermeiras para o local onde outrora estavam instalados os serviços da Misericórdia. Na reunião da Mesa de 5 de agosto desse ano foi abordada a ampliação das instalações do Hospital, nos seguintes termos: “Em face do número reduzido de leitos que o Hospital desta Misericórdia possui para as necessidades do concelho – o terceiro maior do País – cuja população se aproxima de cento e setenta mil habitantes e de molde a permitir não só a redução das listas de espera de doentes mas também consentir, tanto quanto possível, que os doentes residentes neste concelho possam ser assistidos no seu Hospital, evitando, consequentemente, a sua ida para os hospitais da cidade do Porto, a Mesa Administrativa deliberou estudar a possibilidade de se proceder ao aumento do edifício de molde a comportar mais camas. Foi solicitada a comparência do Senhor Arquitecto António Neves, autor do projecto do

Hospital, que deu os esclarecimentos necessários e pelos quais se chegou à conclusão de que aquele aumento se traduz num benefício de cinquenta e cinco camas. Assim, foi resolvido encarregar aquele técnico de elaborar o respectivo projecto, a fim de ser apreciado e submetido posteriormente à consideração de Suas Excelências o Ministro da Saúde e Assistência e Obras Públicas, para efeito de aprovação e concessão das respectivas comparticipações.” O senhor Provedor apresentou esta pretensão ao senhor Ministro das Obras Públicas, em deslocação que fez a Lisboa em 29 de novembro de 1968, o qual prometeu que os Serviços iam estudar o assunto, o que aconteceu. Na verdade, em janeiro de 1969, a Direção da Zona Hospitalar do Norte informou que via com vantagem o aumento de camas nos serviços de Obstetrícia, Pediatria, Ginecologia e Ortopedia, mas perguntava como pensava a Misericórdia ver financiada a desejada ampliação, isto é, o esquema de financiamento das obras, dado que por despacho ministerial de 23 de outubro de 1964, não se prevê comparticipação em obras de ampliação nos hospitais sub-regionais, no entanto, a obra não deverá ser feita sem a respetiva comparticipação. A Comissão de Construções Hospitalares enviou um ofício em 19 de julho de 1969, informando ter sido aprovado superiormente, com umas pequenas alterações o anteprojeto da ampliação do edifício do Hospital. Em face disso, a Mesa Administrativa

deliberou na sua reunião de 31 desse mês, encarregar o senhor Arq. António Neves da elaboração do projeto definitivo e, ao mesmo tempo, oficiar à Comissão de Construções Hospitalares a solicitar uma comparticipação de 50% do custo da obra. Esta entidade respondeu no final do mês seguinte a informar que o projeto e o pedido de comparticipação seriam, oportunamente, submetidos à apreciação do senhor Ministro das Obras Públicas. Entretanto, a Misericórdia recebeu a Circular Informativa n.º 4 de 10 de abril de 1972, da Direção Geral dos Hospitais, que comunicava terem sido qualificados de hospitais distritais, por despacho de Sua Excelência o Secretário de Estado da Saúde e Assistência, de 20 de março de 1972, vários hospitais concelhios, entre os quais o Hospital desta Misericórdia. Na sua reunião de 27 de dezembro de 1973, a Mesa Administrativa deliberou encarregar o senhor Arq. António Neves de elaborar um anteprojeto para ampliação das seguintes instalações: - Face à crescente afluência de doentes a pretender internamento em quartos particulares, aos quais nem sempre se pode satisfazer por faltar vagas, o que os leva a recorrer a casas de saúde no Porto, foi deliberado estudar-se a possibilidade de se prolongar os quartos existentes no sentido poente, sobre o local onde se encontra o serviço de urgência e, com essa ampliação, melhorar as instalações do serviço de Otorrino;


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- Aproveitar estas alterações para melhorar e ampliar as instalações do setor administrativo e sala de espera das Consultas Externas, bem como o serviço de Radiologia; - Colocar estas pretensões à consideração do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais. A Misericórdia prosseguia, entretanto, o seu esforço de revalorização do Património, conforme se pode inferir pelo excerto da ata da reunião da Mesa de 29 de março de 1973: “Construção de um imóvel na Rua Mouzinho de Albuquerque. O Lar Almeida da Costa, possui um terreno, anexo ao prédio número quarenta, da Rua Mouzinho de Albuquerque, no qual a administração desta Instituição pretende levar a efeito a construção de um imóvel para dois inquilinos. Presente à sessão o ante-projecto do referido imóvel, elaborado pelo Arquitecto António Neves, foi deliberado encarregar esse técnico da elaboração do projecto definitivo, para posterior abertura de concurso”. Elaborado o projeto definitivo, procedeu-se à abertura do concurso para a construção deste prédio, obra que foi adjudicada em reunião da Mesa Administrativa de 30 de agosto de 1973, a Agostinho Lopes Tavares, por Pte. 592.500$00. A Misericórdia continuava a ser beneficiada com legados e doações: • Na sua reunião de 31 de maio de 1973, a Mesa tomou conhecimento de que, por falecimento do benemérito Américo Teixeira de Magalhães, a Misericórdia foi contemplada com dez por cento do dinheiro que se encontrasse depositado em seu nome nos Bancos e Casas Bancárias e quaisquer créditos, com exceção dos que estavam discriminados no testamento, com a obrigação de man-

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ANOS DE HISTÓRIA

dar rezar no dia 2 de julho de cada ano, uma missa de sufrágio. Todavia, na sua reunião de 28 de março de 1974, a Mesa Administrativa tomou conhecimento que os herdeiros por parte da esposa deste Benemérito discordavam daquela divisão, pelo que apresentaram uma contestação no Tribunal, tendo a Misericórdia sido notificada para contestar a ação que aqueles moveram à instituição. No dia 21 de janeiro de 1976, faleceu o benemérito Adriano Soares de Azevedo que, no seu testamento instituiu a Misericórdia de Gaia única e univer-

junto das instituições particulares, com vista à alteração das respetivas designações estatutárias sempre que as mesmas contivessem informações alusivas à situação de carência das pessoas assistidas e como tal suscetíveis de acarretar estigmas de ordem psíquica e de obstar à sua desejada integração social. Nesse sentido, convidava as instituições a substituírem a palavra “Asilo para Velhos”, “Asilo de Mendicidade”, “Albergue”, etc., por “Centro de Bem-Estar para Pessoas Idosos”, “Mansão” e “Casa de Repouso”. Como esta era já a pretensão da

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sal herdeira de tudo o quanto possuísse à sua morte, sob a condição de o seu nome ficar, perpetuamente, ligada a uma enfermaria do Hospital. Além de valores depositados em Bancos, deixou vários prédios e terrenos, nas freguesias de Canelas e Gulpilhares. Surgiu, entretanto, outro facto relevante na vida da Misericórdia: por determinação do senhor Subsecretário de Estado da Saúde e Assistência, transmitida pela Circular Normativa n.º 5, da Direção-Geral da Assistência Social, de 6 de dezembro de 1971, esta Entidade ficou incumbida de promover as diligências necessárias

Mesa e porque a palavra “Lar” não vinha mencionada naquela circular, mas já tinha sido autorizada para o “Lar José Tavares Bastos”, a Mesa Administrativa submeteu superiormente a vontade de dar a mesma designação aos outros estabelecimentos, o que foi autorizado, pelo que, a partir de março de 1972, os estabelecimentos assistenciais da Misericórdia passaram a usar as seguintes denominações: LAR SALVADOR BRANDÃO – LAR ANTÓNIO ALMEIDA DA COSTA – LAR JOSÉ TAVARES BASTOS – CRECHE E JARDIM DE INFANCIA D. EMÍLIA DE JESUS COSTA. Luís Marques Gomes

(Mesário e Tesoureiro da Misericórdia de Gaia)


O QUE ACONTECEU...

A comunidade continua a abraçar o CAT

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As crianças acolhidas pelo Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia (CAT) continuam a ser bastante acarinhadas pela comunidade. No último trimestre de 2014 os “miminhos” de muitos anónimos e entidades foram totalmente de encontro às necessidades do CAT e desejos dos meninos. Momentos antes da época natalícia, o ginásio Boom Academy levou um “boom” de presentes para o CAT, dos quais se destacam vários bens de higiene e conforto, fruto de uma campanha lançada aos seus sócios. O grupo de colaboradores da superfície comercial Jumbo do ArrábidaShopping, o Centro de Cultura e Desporto da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e os alunos e colaboradores do Wall Street English entregaram roupa nova, bem como “aqueles” brinquedos especiais que as

crianças desejavam ter. A Mercearia da Carlota lançou uma campanha no mês de dezembro, conseguindo angariar um cabaz, uma cadeirinha de refeição e alguns donativos. Os meninos do CAT receberam ainda a visita das crianças do Infantário Fundação Couto e no dia 14 de dezembro foram convidados pela Academia do Bacalhau do Porto para o seu Almoço de Natal, na Quinta da Boucinha. Como já é habitual, também os elementos da grande “família Misericórdia de Gaia” não se esqueceram dos meninos. Nesse sentido, os utentes e colaboradores do Equipamento Social Salvador Brandão conseguiram arrecadar um valor que permitiu a aquisição de cadeirinhas de refeição que faltavam para o CAT. Já os meninos da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa organizaram um Concerto Natalício, com a colaboração do Coro Juvenil de Mafamude, a partir do qual angariaram uma verba para colmatar algumas necessidades e proporcionar melhores momentos às crianças do Centro.

Família CAT A equipa do CAT, que diariamente trabalha para que pouco ou nada falte a estas crianças, continuou a preparar o melhor para cada momento. Na comemoração do Halloween não faltaram as decorações, atividades e sustos alusivos ao dia, assim como um almoço especial em alturas de despedida quando as crianças regressam para junto das suas famílias biológicas.


O QUE ACONTECEU...

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Vivência de São Martinho juntou gerações

No passado dia 11 de novembro, utentes do Equipamento Social António Almeida da Costa e as crianças da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa viveram em conjunto o Dia de São Martinho.

As crianças da Creche e Jardim de Infância receberam da melhor forma os utentes para celebrarem, em conjunto, o Dia de São Martinho. Os utentes fizeram uma encenação sobre a Lenda de São Martinho, tendo sido a melhor forma de explicar a história às crianças, bem como de proporcionar agradáveis momentos entre todos. Sempre que é possível, os profissionais da Misericórdia de Gaia tentam agilizar para que os mais velhos transmitam sabedoria às crianças, e os mais novos “forneçam” a sua energia e boa disposição aos mais velhos. Uma associação em que todos, mesmo todos, ficam a ganhar.

Dia das Bruxas Medo, muito medo foi o sentimento, a brincar, vivido na Creche e Jardim de Infância em pleno Dia das Bruxas. As crianças vestiram-se a rigor para provocar o medo nas suas educadoras e auxiliares, e dedicaram o dia a praticarem várias travessuras e brincadeiras.

"Porque a BRINCAR estou a APRENDER"

R. Almeida Costa, 151, 4400-013 Vila Nova de Gaia Tel. 223799110 - cji@scmg.pt

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O QUE ACONTECEU... A Estrutura Residencial Conde das Devezas e os seus residentes abriram as portas do seu salão de chá para receberem os utentes de todos os equipamentos sociais da Misericórdia de Gaia.

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Tertúlia da amizade

O momento de convívio aconteceu no passado dia 3 de outubro numa tarde de chá e de música bastante agradável. Os acordes de piano da responsabilidade da residente Alice Jorge deram um toque especial a um encontro de convívio, união e amizade. A poesia também não faltou com a recitação e boa disposição do residente Fernando França: “Com a nossa atitude mostramos entre nós grande amizade. Saudemos para comemorar. Brindemos para festejar”. É prática comum na Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia promover o convívio e a união entre os utentes dos vários Equipamentos Sociais da instituição em atividades conjuntas, em que não há diferenças, nem separações, mas sim a promoção de partilha e a troca de experiências entre todos.

Encontro de Coros

No dia 5 de dezembro realizou-se o encontro anual de Coros na ERCD em que os utentes de cada equipamento da terceira idade da Misericórdia de Gaia cantaram e coreografaram agradáveis melodias de Natal alusivas ao nascimento do Menino Jesus.


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Dia Mundial da Alimentação: Alimentação com êxito

A palestra foi dinamizada pelo nutricionista da Misericórdia de Gaia, Carlos Leite, que num ambiente descontraído e ao gosto dos utentes deu-lhes várias explicações sobre como a alimentação pode contribuir para um envelhecimento com êxito. “A alimentação é responsável por cerca de 98% das doenças”, referiu o nutricionista. Carlos Leite explicou que muitas das queixas sobre a alimentação que são apontadas nos lares de terceira idade devem-se a vários fatores biológicos, como a diminuição de alguns sentidos: visão, olfato, paladar. “O cozido à portuguesa que comemos hoje não tem o mesmo gosto que tinha há 20 anos”, esclareceu. Um outro aspeto realçado pelo nutricionista é a necessidade de se ter uma alimentação equilibrada diariamente e “abusar” nos dias de festa. “Tudo o que ingerimos é transformado em energia”. No entanto, Carlos Leite também frisou que só se deve ingerir alimentos nas proporções necessárias. “A maioria das pessoas nos lares come mais do que é devido, porque os pratos são constituídos com as quantidades que ingeriam

O QUE ACONTECEU... Na semana em que se assinalou o Dia Mundial da Alimentação, o Equipamento Social António Almeida da Costa (AC), da Misericórdia de Gaia, comemorou a data com uma palestra para os seus utentes sobre “Envelhecimento com Êxito”.

quando estavam na idade ativa, mas agora gastam menos energia”, reiterou. Carlos Leite falou ainda da importância de mastigar bem os alimentos antes de serem ingeridos, da importância da variedade dos alimentos e quantidades a ingerir nesta faixa etária em que se deve comer em maior quantidade vegetais, frutas, cereais, leguminosas, azeite, meio litro de lei-

te por dia e que, em muitos casos, à noite o mais aconselhável é uma alimentação ligeira, como sopa e fruta, e leite com bolachas à ceia. O nutricionista disse que na terceira idade, deve-se privilegiar os cozidos e estufados, porque os nutrientes estão mais disponíveis e os alimentos ficam mais macios, facilitando no caso da falta de dentes e das próte-

ses dentárias. Segundo o profissional, a cor, o cheiro, o paladar, tudo conta para que um prato seja prazeroso, mas o problema está na condimentação: “Temos recomendações para baixarmos os níveis de sal, porque somos um dos países do mundo em que existe mais tromboses por excesso de sal”. Carlos Leite disse que o momento da alimentação deve ser algo prazeroso, útil para a estrutura física de cada um e um momento de convívio. Foi ainda referido que no contexto institucional os utentes fazem as refeições em conjunto, promovendo-se o convívio e os comentários, positivos e negativos, sobre a comida “e também se deve tirar partido disso”. As dúvidas e os comentários não faltaram com uma plateia bastante atenta e interessada no tema, bem como o nutricionista apelou para que os utentes lhe façam chegar as suas queixas sobre a alimentação, mas também sugestões de pratos que gostassem de comer para serem validados, segundo as leis da alimentação racional, e desta forma, agradar a todos os que são “bons garfos”, e não só, na Misericórdia de Gaia.

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O QUE ACONTECEU...

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81.º Aniversário: Um exemplo de amor e união Nunca antes a capicua 18 / 81 fez tanto sentido: O Equipamento Social Salvador Brandão completou, no passado dia 18 de outubro, 81 anos de vida com muita solidariedade e amor.

10 O dia festivo no Equipamento Social Salvador Brandão (SB) reuniu dezenas de pessoas num almoço bastante emotivo. A diretora do equipamento, Irene Fontoura, fez questão de agradecer em mais um ano de vida do SB, o trabalho dedicado de todos os colaboradores, desde o pessoal da receção, transporte, de animação sociocultural, cozinha, auxiliar de ação direta, auxiliar de serviços gerais, responsáveis pelas valências de Centro de Dia e Apoio Domiciliário, lavandaria e equipa de enfermagem. A diretora agradeceu também a todos os que não estando, fisicamente, no SB trabalham, diariamente, para o seu bom funcionamento, destacando a presença das voluntárias, da res-

ponsável de Divisão da Ação Social, Célia Rodrigues, da responsável pelo Serviço de Qualidade, Maria das Dores, e da diretora técnica da Farmácia da Misericórdia de Gaia, Renata Rosa que também marcaram presença neste evento. Como já é habitual da “casa Sal-

vador Brandão” os seus membros fazem questão de pautar esta data com uma prenda para as crianças do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia (CAT). O SB angariou mais de 400,00€ para ajudar os meninos de CAT no que mais precisarem. O gesto de solidariedade entre os equipamentos sociais da Irmandade é um exemplo do amor e união que existe na Misericórdia

de Gaia. No entanto, o aniversariante também recebeu uma prenda. O utente Arménio Leite fez questão de oferecer ao equipamento um conjunto de loiça para as refeições de todos os utentes. Mais um exemplo de solidariedade e gratidão de quem é acolhido no SB. No dia de aniversário do equipamento, cantou-se também os “Parabéns a Você” à utente Rosa Silva, que completou 90 anos de vida. O dia começou com uma celebração Eucarística animada pelos utentes. A festa teve a atuação do Rancho Folclórico do Porto que contagiou todos os presentes, principalmente os utentes, que não pouparam as suas vozes, palmas e passos de dança no acompanhamento do rancho.

Caminhada do Advento A comunidade do Equipamento Social Salvador Brandão, respondendo à mensagem do Bispo D. António Francisco, da diocese do Porto, vivenciou a caminhada do Advento seguindo o lema: "Uma casa para a alegria do Evangelho". As sessões realizaram-se às segundas-feiras na capela do Salvador Brandão, dinamizadas pela colaboradora Maria do Céu Guia.


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O QUE ACONTECEU...

“A Casa” foi ao Tavares Bastos As sessões decorreram no mês de outubro e culminaram com um Festival da Canção que resultou do trabalho conjunto entre os profissionais da Casa da Música, estudantes de música da Escola Superior de Educação e os utentes do Equipamento Social Tavares Bastos. Os técnicos do projeto, Paulo Neto e Bruno Estima, ensaiaram músicas de acordo com o gosto e conhecimento dos utentes. Os utentes interpretaram vários temas da sua juventude e ficaram sobre o escrutínio da colaboradora auxiliar de geriatria Ana Raquel e do utente Óscar Carvalho que desempenharam o papel de jurados. Os utentes não esconderam a satisfação de frequentarem estas tardes musicais e do resultado final na sua “casa”.

Aprender profissões de forma divertida As profissões serviram de mote para um novo encontro intergeracional entre os utentes do Equipamento Social TB e as crianças do Infantário Casa do Povo, da Madalena. No passado dia 29 de outubro, as crianças apresentaram uma música coreografada com a intervenção da utente Amândia Simões que interpretou o papel de “Dona Anica”. Muitas das profissões referenciadas na música foram executadas, ao longo da vida, pelos utentes do equipamento, como as de Lavadeiras, Costureiras, Sapateiros, Jardineiros…

26 Anos de Cuidado Os 26 anos da reabertura do Equipamento Social Tavares Bastos foram celebrados com uma animada festa, organizada pelos utentes e colaboradores do equipamento. A festa contou com uma encenação alusiva ao amor e carinho como os utentes são tratados pelos colaboradores, bem como ao amor e carinho por que os utentes passaram noutras fases das suas vidas. Foram momentos de música, sorrisos e emoção.

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O QUE ACONTECEU...

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Dia do Idoso e da Música em festa O Dia Internacional do Idoso foi celebrado, no passado dia 1 de outubro, em todos os equipamentos sociais da Misericórdia de Gaia com música, a propósito de ter sido também o Dia Mundial da Música.

No Equipamento Social António Almeida da Costa (AC), a instituição proporcionou uma tarde de Fado que foi do pleno agrado dos utentes. Apesar de algumas dificuldades físicas, os utentes do equipamento não pouparam esforços para, de pé, aplaudirem os fadistas Isabel Maria e Miguel Cardoso, acompanhados graciosamente à viola por Jorge Serra e à guitarra por António Marranque. A condução do espetáculo ficou à responsabilidade do Mesário do equipamento na altura, Jorge Soares, que também contribuiu com a sua voz para alegrar o dia dos muitos utentes, colaboradores e voluntários.

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WSE e Misericórdia de Gaia parceiros A Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia e o Wall Street English de Gaia assinaram, no passado dia 14 de outubro, um protocolo de parceria. Misericórdia e o instituto de inglês têm uma relação de proximidade de há alguns anos que se veio a estreitar com a formalização desta parceria. O presente protocolo traduz-se em benefícios para todos os utentes, colaboradores e seus familiares, voluntários, elementos dos órgãos sociais e Irmãos da Misericórdia de Gaia em frequentarem os cursos do Wall Street English com condições bastante especiais. O Wall Street English ministra cursos de Inglês Geral, Avançado e de Negócios para alunos a partir dos 17 anos. O início e ritmo da formação realiza-se de acordo com a disponibilidade do aluno, podendo frequentar as aulas multimédia e presenciais com professor. O ensino de aprendizagem é adaptado e ao ritmo de cada aluno com garantia de resultados.

Assembleia Geral A Conta de Exploração Previsional e do Orçamento de Investimentos e Desinvestimentos, bem como o Plano de Atividades para o exercício de 2015 foram aprovados na Assembleia Geral da Misericórdia de Gaia, no passado dia 12 de novembro com 4 abstenções. Segundo o diretor-geral, está previsto para os investimentos um financiamento, através de capitais alheios de 1.200.649,48€, e através de subsídios de 1.031.305,85€. Foi ainda apresentada e votada a proposta da Mesa Administrativa de concessão da dignidade de Irmão Benemérito, a título póstumo, ao coronel José Bernardo Zeferino, que foi utente da Estrutura Residencial Conde das Devezas, e a proposta para a concessão da dignidade de Irmão Honorário a D. Manuel da Silva Martins, Bispo Emérito de Setúbal.


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O QUE ACONTECEU...

Obra de homenagem ao benemérito António Almeida da Costa A Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia e o escritor Fernando Correia apresentaram, no passado dia 29 de novembro, a obra “António Almeida da Costa – Industrial Humanista Filantropo”. O Salão Nobre da Misericórdia de Gaia ficou repleto de convidados que assistiram ao lançamento da obra “António Almeida da Costa – Industrial Humanista Filantropo”. Esta obra é uma homenagem ao benemérito da instituição – António Almeida da Costa – pelo seu percurso de vida de homem de trabalho, de negócios, mas, sobretudo, de forte cariz social, uma vez que durante toda a vida ajudou os seus colaboradores e os mais desprotegidos da sociedade. É a história de vida e de sucesso deste ilustre que a obra “António Almeida da Costa – Industrial Humanista Filantropo” retrata e que agora passa a estar disponível a toda a comunidade. “António Almeida da Costa – Industrial Humanista Filantropo” foi apresentado pelo professor e historiador Gonçalves Guimarães. “Esta biografia centra-se em pontos sólidos, procurou dar-nos uma descrição credível, mas nem por isso menos atraente na leitura e na descrição da pessoa e dos factos”, referiu o historiador, frisando que não existem muitas biografias de gaienses, sendo, por isso, um grande contributo da parte do escritor e da Santa Casa. O autor afirmou publicamente que os valores apurados com a venda da sua obra revertem para a Misericórdia de Gaia no sentido de “auxiliar financeiramente na meritória obra que pratica em prol dos mais desfavorecidos”. “Enriqueceu, mercê do seu trabalho, mas usou a sua riqueza para ajudar os seus colaboradores e as pessoas que mais necessitavam de auxílio”, relatou, terminando a sua intervenção com um bem-haja ao benemérito pela sua lição de vida e de solidariedade. Esta obra teve o grande patrocínio da Fundação Montepio. O valor do livro é de 20,00€.

Justa Homenagem a Dom Manuel Martins A Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia homenageou, no passado dia 29 de novembro, Dom Manuel Martins, Bispo Emérito de Setúbal. O provedor Joaquim Vaz marcou um dos últimos momentos como provedor da instituição com a atribuição de dignidade de Irmão Honorário a Dom Manuel Martins pelo respeito que lhe era devido por várias razões. Uma dessas razões é a atenção que dedicou “aos pobres, aos desempregados e às famílias sem trabalho e sem pão, sendo uma voz presente em todas as situações que lhe pediam apoio e proteção”.

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O QUE ACONTECEU... Joaquim Vaz não tem dúvidas de que Dom Manuel Martins despertou as “consciências adormecidas e desatentas, anunciou a Ressureição de Jesus Cristo”, e comparou-o ao Papa Francisco pela sua ação. Dom Manual Martins saudou todos os que constituem a Santa Casa da Misericórdia e que estão ligados à “alma e ao trabalho da instituição”. “Fico muito honrado com esta homenagem da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia que me veio lembrar que a minha missão é ser sempre um operador da verdadeira Misericórdia que é Deus nosso Senhor”, expôs o Bispo Emérito de Se-

túbal. Num discurso simples, como se estivesse em sua casa, como referiu, D. Manuel Martins prestou também homenagem ao provedor da Misericórdia de Gaia que cessou funções, Joaquim Vaz, “pelo trabalho que realizou e pelos verbos que conjugou que foram o servir e o trabalhar, para além de o ter feito com advérbios de boa vontade, de preocupação, de sensibilidade, de presença, de amor”. O Bispo Emérito de Setúbal saudou ainda o provedor eleito para o quadriénio 2015/2018, Artur de Almeida Leite, e focou a essência de ser provedor de uma Santa Casa: “Ser pro-

“Tanto ainda por dizer” 14

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vedor de uma Santa Casa exige uma entrega inteira e uma preocupação permanente por todos”. D. Manuel Martins falou do seu percurso, da sua ligação a Gaia, mas centrou a sua intervenção e a homenagem que recebera na ação social: “Estas instituições, ajudando as pessoas, estão a realizar uma obra humanista e evangélica”. “Uma das obras mais importantes é ajudar as pessoas a serem gente, a tomarem consciência que são gente, que têm dignidade, que são cidadãos, a construir a própria sociedade”, reiterou.

“Tanto ainda por dizer”, da autora Maria do Céu Moura foi oficialmente apresentado no Arquivo e Centro de Documentação da Misericórdia de Gaia, no passado dia 6 de dezembro.

A obra que apresenta as histórias de vida de muitos utentes dos diferentes Equipamentos Sociais da terceira idade da Misericórdia de Gaia, e não só, foi apresentada na presença das “estrelas” deste livro. A apresentação da obra foi da responsabilidade de Domingos Queirós, que exerceu as funções de médico num dos equipamentos da Instituição e cujo testemunho também está presente em “Tanto ainda por dizer”. “Foi para mim uma grande alegria ter recordado os tempos vividos, desde a minha infância até à minha escolha pela medicina”, revelou. “O testemunho de todas as pessoas deve ser lido com cuidado”, referiu, acrescendo que “os testemunhos completam-se uns aos outros”. Domingos Queirós recomendou ainda que esta obra seja lida, sobretudo, pelos mais jovens. Na apresentação, a autora Maria do Céu Moura agradeceu aos utentes por “acreditarem, por alguns terem falado pela primeira vez de coisas que nunca antes tinham falado”. “Através do seu olhar, conseguia ver a fotografia do seu passado”, reiterou. Segundo a autora, esta obra é uma “viagem no tempo de cada testemunho de vida. Todos diferentes, em comum, as suas histórias, recheadas de acontecimentos diversificados e únicos”. “Tanto ainda por dizer” vai ser um dos livros a constar na Biblioteca do Arquivo e Centro de Documentação da Misericórdia de Gaia.


O QUE ACONTECEU...

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

ATO ELEITORAL - QUADRIÉNIO 2015/2018

Artur Leite é o novo provedor da Misericórdia de Gaia A Lista B é a grande vencedora do ato eleitoral para os Corpos Gerentes 2015/2018 da Misericórdia de Gaia.

Dos Irmãos que se dirigiram, no passado dia 23 de novembro, à urna da instituição, 194 votaram na Lista A e 241 votaram na lista B. A forte adesão ao ato eleitoral não deixa margem para dúvidas de que os Irmãos da Misericórdia de Gaia pretendem dar um novo rumo à instituição com a liderança de Artur Almeida Leite. De acordo com o Decreto-Lei n.º 172-A/2014, que entrou em vigor no dia 17 de novembro, diploma que altera o Estatuto das Instituições Particulares de Solidariedade Social, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 119/83, os Corpos Gerentes eleitos permanecem à frente dos destinos da Misericórdia de Gaia durante 4 anos. Além da alteração da periodicidade de mandatos que passou de um triénio para um quadriénio, outra alteração verificada é a limitação de execução de três mandatos consecutivos, não se abrangendo os mandatos já exercidos ou em curso.

Misericórdia de Gaia presente nas Jornadas de Envelhecimento A Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia foi uma das entidades presentes nas Jornadas de Envelhecimento: “Nova configuração e novos desafios para as respostas sociais”, promovidas pelo Município de Gaia.

As Jornadas realizaram-se no passado dia 30 de outubro, no Auditório do Parque Biológico de Gaia e contou com a presença do psiquiatra da instituição, José Fernandes Costa, que abriu o painel “Comunicações: Experiências de Intervenção Social no Concelho”. Fernandes Costa contextualizou a realidade da Misericórdia de Gaia, bem como das pessoas que sofrem de demência, focando, principalmente a doença de Alzheimer. Estas Jornadas inseriram-se no conceito de “Gaia em rede maior” que visa o estabelecimento de parcerias entre o Município e instituições de solidariedade do Concelho direcionadas para o envelhecimento da população.

Academia Sénior: Receção ao Caloiro

A Academia Sénior de Gaia recebeu os seus novos caloiros no passado dia 14 de novembro no Pavilhão Joaquim de Oliveira Lopes.

O momento contou com a presença da vereadora da Câmara de Gaia, Elisa Cidade que afirmou publicamente que a Academia Sénior de Gaia é considerada um investimento da parte do Município, realçando ainda o esforço conjunto com a Misericórdia de Gaia na organização desta Academia. Os caloiros fizeram o juramento e receberam o seu cartão único. O evento terminou com a atuação do grupo de folclore da Academia Sénior e com um agradável Magusto.

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TOMADA DE POSSE

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Novos órgãos da Misericórdia de Gaia empossados

Os novos órgãos sociais da Misericórdia de Gaia foram empossados no passado dia 12 de dezembro e contaram com a presença e apoio do presidente da UMP Manuel Lemos. 16

O dia 12 de dezembro de 2014 marca mais um momento histórico na vida da Misericórdia de Gaia. Após o cumprimento de dois mandatos consecutivos, Joaquim de Lima Moreira Vaz entrega o destino da Misericórdia de Gaia ao provedor eleito, Artur Almeida Leite. Os novos órgãos sociais empossados são constituídos por elementos com longos anos de experiência e provas dadas, quer na Irmandade, quer na comunidade e

no País. O provedor da Misericórdia empossado mostrou-se confiante em aceitar o desafio de fazer mais e melhor pela instituição: “Assumimos a responsabilidade de fazer o melhor que sabemos com a convicção de que teremos capacidade para levar esta missão a bom porto”. Na sua intervenção, Artur Almeida Leite

deu ênfase à necessidade de motivação de todos os que constituem a Misericórdia de Gaia, desde os utentes aos colaboradores da instituição e garantiu que o “atual momento é para unir”. Joaquim Vaz dirigiu palavras de incentivo aos novos órgãos sociais e de agradecimento pelo trabalho realizados aos órgãos cessantes: “Os Irmãos que se disponibilizaram para a SERVIR durante estes seis anos assumiram a sua administração com afinco e determinação e, por isso mesmo, deixam um testemunho de intenso trabalho, com obra realizada e que, sendo passado, fica como um legado muito importante para as futuras gerações”. O presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) felicitou os novos órgãos empossados. Manuel Lemos alertou também para os “tempos difíceis” que se vivem e realçou que “é, por isso, um ato de coragem ousar fazer parte dos órgãos de uma instituição como as Misericórdias”. O presidente da UMP referiu que o desafio para os novos órgãos é “fazer mais com menos” e que poderão contar

com a ajuda da UMP. Manuel Lemos frisou que a “Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia é uma grande instituição” e agradeceu aos órgãos sociais cessantes o trabalho que realizaram nos últimos mandatos: “Estar ao serviço dos valores da misericórdia o tempo que estão é sempre matéria de agradecimento”. Na cerimónia de Tomada de Posse dos órgãos sociais, o presidente da Câmara Municipal

Manuel Lemos, Presidente da UMP


TOMADA DE POSSE

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teceu elogios ao trabalho social que tem sido desenvolvido pela instituição e felicitou os elementos empossados. Eduardo Vítor Rodrigues defendeu a importância da realização de um trabalho em rede no Município, com base no diálogo e respeitando a autonomia das instituições. “Importa-nos assumir um trabalho conjunto, discreto, humilde, simples e eficaz, porque a Misericórdia de Gaia precisa, neste momento, de eficácia”, acrescentou. O edil referiu ainda que as Misericórdias “sendo instituições privadas, cumprem um desígnio público que muitas das institui-

ções públicas não cumprem. Fazem mais pelos cidadãos do que muitas instituições públicas”. Na cerimónia, marcaram ainda presença o bispo auxiliar do Porto, D. João Lavrador, a diretora do Centro Distrital do Porto da Segurança Social, Ana Venâncio, a diretora adjunta do ACES Gaia, Isabel Chaves Castro, várias entidades civis, militares e religiosas, provedores de outras Misericórdias, irmãos, utentes, residentes e colaboradores da Santa Casa. Os novos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia assumiram os destinos da instituição para o quadriénio

O presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues

2015/2018 no passado dia 12 de dezembro.

Artur Almeida Leite – Provedor da Misericórdia de Gaia para o quadriénio 2015/2018

Artur Almeida Leite, de 67 anos de idade e quase 40 anos como Irmão da Misericórdia de Gaia, é natural de Valadares, tendo sido proposto, por um antigo mesário da instituição, como Irmão da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia a 10 de abril de 1975. No mesmo ano, fruto da relação de proximidade que tinha com o equipamento social Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa e que era frequentado pela sua filha mais velha, Artur Almeida Leite foi convidado para integrar uma lista única para os órgãos sociais da instituição, tendo tomado posse como mesário em fevereiro de 1976. Anos mais tarde, em 2008, Artur Almeida Leite é novamente convidado para servir a instituição, assumindo a função de vice-provedor na Mesa Administrativa, a convite de Joaquim Vaz. De acordo com a decisão tomada pelos Irmãos da Misericórdia de Gaia, em Assembleia Geral Extraordinária, do dia 12 de novembro de 2014 e que ditou a possibilidade dos elementos dos órgãos sociais da instituição poderem candidatar-se a um novo mandato, Artur Almeida Leite entrou no processo eleitoral, apresentando a Lista B que foi a eleita pelos Irmãos para dirigir os destinos da Misericórdia de Gaia para o quadriénio 2015/2018.

Presidente Efetivo da Mesa da Assembleia Geral, Artur Lopes Cardoso

Presidente Suplente da Mesa da Assembleia Geral, Manuel Barbosa Leão

Segundo Secretário da Mesa da Assembleia Geral, Vítor Cerqueira

Secretário Suplente, Cassimiro Rodrigues Sousa

Primeiro Secretário da Mesa da Assembleia Geral, José Cunha Barros

Secretário Suplente Arnaldo Ribeiro

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TOMADA DE POSSE

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Provedor Artur Almeida Leite

Mesária Maria Luísa Dantas

Mesário Suplente Mário Rui

Vice-Provedor António Carlos Teixeira

Mesário José Urbano

Presidente do Definitório, Manuel Caruncho Sá

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In Mesário e Tesoureiro Luís Marques Gomes

Mesário e Secretário Joaquim Eduardo Sá

Membro do Definitório, Manuel Chaves da Silva

Mesário Filipe Ramos

Mesário Mário Fontemanha

Membro Suplente do Definitório, Joaquim Dias Monteiro

Mesária Inácia Barbosa Leão

Mesário Suplente Fernando Ferreira

Membro Suplente do Definitório, Alcino Lopes dos Santos


NATAL

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

Fique a conhecer as festas de Natal que aconteceram nos equipamentos e unidades da Misericórdia de Gaia.

sa e r p Sur atal N de

FES TAS NAT DE AL

O Equipamento Social Salvador Brandão abriu o ciclo das Festas de Natal dos Equipamentos da Misericórdia de Gaia onde não faltou música, dança, encenação e muita emoção. O espetáculo foi realizado, com um esforço adicional, pelos colaboradores, utentes e familiares, tendo sido uma agradável surpresa para a direção do Equipamento e da Misericórdia de Gaia.

l Nata nal acio r e g r

Este ano, aos utentes do Equipamento Social da terceira idade António Almeida da Costa juntaram-se as crianças do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia para uma grande festa de Natal, onde foram abordados os temas da meninice, velhice e união.

l na l a t Na ncia ide s e R

A Estrutura Residencial Conde das Devezas preparou uma emotiva encenação de Natal para os seus residentes e convidados, que transmitiu as ideias de luta, coragem, força, mas também de alegria e paz com um desfile alusivo ao nascimento do menino Jesus.

Inte

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NATAL

írito p s E io c í l ta Na

rto e c n Co ário id Sol

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

O Equipamento Social Tavares Bastos realizou uma festa de Natal com a participação de utentes e colaboradores do equipamento, promovendo momentos especiais de espírito natalício.

A Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa organizou, com a colaboração do Coro Juvenil da paróquia de Mafamude, um Concerto de Natal Solidário. Mais uma vez, o espetáculo superou todas as expectativas e as receitas do mesmo reverteram a favor das crianças do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia.

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na u k Ha ata t Ma

A Misericórdia de Gaia ofereceu aos filhos dos seus colaboradores a possibilidade de assistirem ao espetáculo Hakuna Matata que se realizou no Pavilhão Joaquim de Oliveira Lopes.


ENTREVISTA

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“Uma das situações em que damos prioridade é o caso das pessoas sem retaguarda familiar” Ângela Faria é chefe do Serviço de Ação Social da Misericórdia de Gaia e já assumiu funções de diretora técnica nos Equipamentos Sociais Salvador Brandão e António Almeida da Costa e na Estrutura Residencial Conde das Devezas. Não cabem nas mãos de Ângela Faria as histórias e emoções que viveu em mais de duas décadas na Instituição. A Ângela Faria quando entrou para a Misericórdia de Gaia, ainda muito jovem, assumiu logo um lugar na direção técnica… Comecei a trabalhar na Misericórdia de Gaia em janeiro de 1992 e iniciei funções como diretora do Equipamento Social Salvador Brandão. Felizmente, sou da época em que se terminavam os cursos e havia facilidade de integração no mercado de trabalho. Lembro-me de passados poucos meses de me licenciar ter trabalhado na Associação de Moradores do Bairro do Aleixo e, mais tarde, no Centro Social de Miragaia, até ser contactada para uma entrevista na Misericórdia de Gaia. E não a assustou entrar logo na instituição como diretora técnica? Assustou bastante, porque na faculdade não aprendemos funções de direção. O que me assustou mais não foi o serviço propriamente dito, mas sim o facto de ainda ser uma estrutura de asilo. Pensava que já não existiam estruturas desse género. O facto de ter trabalhado desde os meus 18 anos em várias áreas deu-me mais bagagem e segurança no meu trabalho como assistente social. Depois do Equipamento Salvador Brandão, seguiram-se outros… Passado um ano e meio assumi a direção técnica no Equipamento Social António Almeida da Costa. Em 2000 passei a chefe do Departamento de Intervenção Comunitária, atualmente designado de Serviço de

Ação Social, e, em 2009, a Mesa Administrativa da Misericórdia de Gaia convidou-me para ser diretora técnica da Estrutura Residencial Conde das Devezas, onde permaneci até março de 2011, momento em que renunciei as minhas funções por motivos de saúde. Atualmente está a chefiar o Serviço de Ação Social (SAS). Pode-nos explicar em que consiste? O SAS é responsável pela receção de candidaturas para a resposta social de internamento e procede à seleção de candidatos e à organização dos respetivos processos para ocupação de vagas existentes na referida resposta. O Serviço faz a gestão do Banco de Material de Ajudas Técnicas, procedendo ao empréstimo de material como cadeiras de rodas, camas articuladas e andarilhos. É ainda realizado atendimento e apoio à comunidade. Com o fim do apoio mensal que a Câmara de Gaia prestava ao SAS, em 2002, para ajudar a comunidade em medicamentos, e atendendo às necessidades verificadas, o Serviço teve de direcionar a verba disponível, que sofreu uma grande redução, somente para o apoio em leite e medicamentos para bebés recém-nascidos e mulheres grávidas. Devo ainda referir que todo o trabalho que fazemos no Serviço é sempre em parceria com outras instituições, como as Juntas de Freguesia, a Câmara de Gaia, as equipas de Rendimento Social de Inserção, o

CHVNG/E, o CPCJ... Quando não conseguem dar resposta há o reencaminhamento para esses parceiros, certo? Exatamente. Trabalhamos sempre em parceria, porque só assim é possível o devido acompanhamento das situações. Existe uma colaboração muito estreita entre o SAS e o grupo de Voluntárias da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa… O grupo de Voluntárias da Creche tem cooperado muito com este Serviço, através da entrega de roupas e até mesmo pela relação forte que estabelece com os nossos utentes. As nossas voluntárias são pessoas que têm um enorme respeito pelos outros e criam empatia com os utentes que lhes reencaminho. Alguns dos nossos utentes, mesmo quando deixam de beneficiar de apoio do SAS continuam a visitar as voluntárias não só para receberem roupa, se precisarem, mas também porque sentem a necessidade de serem ouvidos sem serem julgadas. Sempre que verifico que há uma necessidade pontual, como já aconteceu em relação a cobertores, um microondas, cabazes de alimentos, solicito também a ajuda, quer do grupo de Voluntárias, como do grupo de jovens da paróquia de Mafamude, que conseguem fazer pequenos milagres (risos).

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ENTREVISTA

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

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Nota-se uma maior procura do SAS por parte dos chamados “pobres envergonhados”? Sim, procuram-nos muito mais. São pessoas que já tiveram uma vida perfeitamente organizada. Neste momento, verifico esse aumento não só no atendimento das pessoas com necessidade económica, mas também quando faço os processos de candidatura dos idosos para internamento. Raro é o caso em que os filhos dos possíveis utentes não estejam em situação de desemprego. Muitas destas pessoas têm recorrido ao Programa de Emergência Alimentar… Presentemente, muitos beneficiárias de RSI que até há pouco tempo trabalhavam, ficaram desempregados, viram terminar o período de benefício do subsídio de desemprego e caíram na medida de RSI, que é a última alternativa. Estas pessoas estão a recorrer às cantinas sociais, mas com muita vergonha. Tenho casos em que as pessoas saem daqui a chorar, porque sentem que é uma humilhação. Estamos a dar 3 mil refeições mensais em 2 Equipamentos Socialis e temos, infelizmente, uma grande lista de espera, o que revela que este apoio é necessário, mas poderia ser feito de outra forma. Quer explicar-nos melhor? O facto das pessoas levantarem a refeição já confecionada é tirar-lhes a sua autonomia. Considero que deveria haver a possibilidade de adquirir a refeição pelas cantinas sociais e/ou serem entregues Cheques Alimentares, mediante o agregado em avaliação, ou seja, seria entregue um determinado valor em que as pessoas pudessem ir aos supermercados levantar os géneros alimentares. Relativamente à resposta de Internamento, qual é a tendência? Verifica-se o aumento da faixa etária dos candidatos. Infelizmente, as pessoas recorrem ao pedido de in-

ternamento já no limite, em situações em que o idoso está no hospital, vai ter alta e precisa de ir para o lar. Ou quando os filhos apercebem-se que o idoso começa a ter mais dificuldades. O envelhecimento dos candidatos levanta outras questões, como o facto dos cuidadores, que são na

sua maioria os filhos, serem também já idosos e o facto da maioria dos candidatos que recebemos terem problemas de demência. E para os quais não existe uma resposta à medida… Não, porque os utentes com demência têm necessidades especiais, distintas dos demais idosos. Quando se fala de demência é preciso ter colaboradores com outra preparação, infraestruturas adequadas… Mas não existindo, é a resposta possível que se consegue dar. No entanto, esta situação é uma sobrecarga tremenda para os outros utentes que não têm o mesmo quadro clínico. Fala-se muito do abandono dos idosos por parte dos familiares. Qual a sua opinião sobre este assunto? Não concordo plenamente quando se diz que há abandono de idosos. Acho que há cortes da relação familiar ao longo da vida. Quando conhecemos o idoso e a família, vamo-nos apercebendo dos respetivos percursos de vida. Há idosos que foram pais e mães muitas vezes agressores, o que é complicado para alguns filhos esquecerem. E nesta fase da vida em que os idosos necessitam de mais apoio, esses filhos não serão os melhores cuidadores, porque não conseguem esquecer-se das mágoas do passado, querendo somente fazer o mínimo para terem a consciência tranquila. As pessoas chegam ao SAS com a ideia de que conseguem vaga para internamento com rapidez? As pessoas quando recorrem à inscrição em lar pensam que não existe lista de espera. Só quando estão nas

situações é que se percebem das dificuldades e das ausências de resposta. Em 2014 só foram admitidas nas 3 unidades sociais 43 pessoas, que é uma gota d´água para a lista de espera existente. Um dos motivos que faz com que a nossa lista de espera seja elevada é o facto das pessoas poderem candidatar-se a internamento com base no seu rendimento e da possível comparticipação familiar, ou seja, estamos recetivos a qualquer situação socioeconómica que nos possa surgir. E a ideia de que é muito caro? As pessoas têm a ideia de que é preciso dar um valor de entrada. Não é. O nosso regulamento não o prevê. Se as pessoas fizerem pesquisa por outras Misericórdias e IPSS`s podem verificar que em vários casos já existe um valor fixo de mensalidade que é cerca de 970 euros e que não aceitam a inscrição se a pessoa não tiver condições económicas para esse efeito. Temos também esse valor de referência, que é o que a União das Misericórdias Portuguesas entende que é o ideal para a instituição poder suportar os custos com o respetivo utente, mas na Misericórdia de Gaia o que conta para efeitos de candidatura é o rendimento do candidato e a possível comparticipação familiar. Uma das situações em que damos prioridade é o caso de pessoas sem retaguarda familiar. Ao longo destes anos na Irmandade, certamente que já passou por situações marcantes. Quer contar-nos alguma? O luto. Quando trabalhamos nos lares, temos de fazer o luto com alguma frequência. E, às vezes, não é fácil a perda dos utentes. Uma das coisas que mais me custava enquanto diretora técnica era enfrentar a morte de um utente e passada uma semana já estar alguém a ocupar a cama e o quarto desse utente. Nós nem tínhamos tempo de fazer o luto da pessoa que tinha partido. Por mais que se tente ter só uma relação de trabalho, há também uma grande relação afetiva. Uma situação que me marcou bastante foi a de um senhor que parecia que estava à minha espera para partir: Esteve a manhã toda bastante mal e só quando me sentei à beira dele e lhe dei a mão é que faleceu.


ESPAÇO SAÚDE

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Obesidade infantil

Portugal é um dos países da Europa com índice de obesidade mais elevado. Cerca de 51% dos portugueses têm peso a mais, 3,5 milhões com excesso de peso e 1 milhão com obesidade. As crianças e os idosos são os que mais sofrem as consequências da distorção do padrão alimentar. São de vária ordem os fatores desencadeantes deste flagelo populacional. Verifica-se uma má relação entre os hábitos alimentares e os recursos. Em pessoas com menor escolaridade e nível socioeconómico mais baixo a incidência da obesidade é maior. Estas famílias tendem a consumir alimentos mais baratos, mais calóricos e com bom paladar, como as comidas com adição de açúcar e gorduras. Portugal é o país da OCDE onde as mães estão menos tempo com os filhos, dificultando a passagem de informação para os filhos sobre boas praticas alimentares, assim como, utilizam o “doce” para compensar outras falhas. Por sua vez, os avós transmitem afetividade aos netos com o “docinho” para compensar a época de privação que viveram noutros tempos. Para os pais

mais atentos, pela não leitura dos rótulos dos alimentos, ou pela formação de conhecimento baseada em mitos, as opções nem sempre são as mais acertadas. Em idade pré-escolar, até aos 4 anos, 65% consomem doces e refrigerantes diariamente, enquanto, hambúrgueres, salsichas, pizas ou batatas fritas fazem parte da dieta até 4 vezes por semana. Aliado à má pratica alimentar, quer pelo excesso calórico, quer pelo desiquilíbrio de nutrientes, verifica-se a inatividade física, inerente à vida em apartamento, e lazeres à base de jogos de computador. Desde 2007 que a DGE faz circular com efeito vinculativo às escolas algumas recomendações a implementar na gestão alimentar, nomeadamente: regras específicas sobre elaboração de ementas; quantidades das componentes do prato; horários de funcionamento dos bares ou que produtos a serem disponibilizados nas máquinas de vending. São cerca de 1 milhão de almoços escolares servidos diariamente no nosso País com regras nutricionais estabelecidas e aceitavelmente implementadas, nomeadamente, a presença de sopa, fruta, apenas água como bebida, alternância de carne com peixe e fritos apenas 1 vez por mês. Porém, ainda se constata a presença de sal e da componente proteica com algum excesso nos pratos servidos em cantinas escolares. Fatores que contribuem para a obesidade infantil Fatores relacionados com a alimentação: - Alimentação artificial nos primeiros meses de vida; - Não atender aos sinais de fome ou saciedade da criança; - Consumo excessivo de produtos açucarados ou ricos em gordura; - Excesso calórico em relação às necessidades nutricionais; - Consumo reduzido de frutos e vegetais; - Consumo regular de refeições fora

de casa; - Não respeitar o horário das refeições e petiscar entre refeições. - Usar os alimentos como prémio ou punição. Fatores relacionados com atividade física e repouso; - Atividades de lazer de ecrã, como televisor, videojogos, computadores; - Dormir menos horas que o necessário. Fatores relacionados com a gravidez - Obesidade da mãe; - Aumento de peso a mais durante a gravidez; - Diabetes não controlada da mãe durante a gravidez; Fatores relacionados com os pais, instituições; - Obesidade dos familiares mais próximos; - Maus hábitos alimentares da família mais próxima: - Deficiente informação sobre as principais regras/recomendações alimentares; - Condição socioeconómica dos pais; - Acompanhamento do processo educativo. Fatores que previnem a obesidade infantil: - Engravidar com peso saudável; - Hábitos saudáveis de alimentação e exercício físico durante a gravidez; - Controlo adequado do ganho de peso durante a gravidez; - Aleitamento materno durante pelo menos os primeiros 4 meses; - Introdução adequada dos alimentos; - Implementação de bons hábitos alimentares e de exercício físico no seio familiar, durante o crescimento da criança; - Solicitar ajuda a profissional de saúde (nutricionista) para esclarecimento e valorização das boas e adequadas práticas alimentares. Carlos Leite

(Nutricionista da Misericórdia de Gaia)

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HISTÓRIAS DE VIDA

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“Nada é por acaso” Maria do Céu Guia é auxiliar de ação direta no Equipamento Social Salvador Brandão, mas durante os 13 anos que está ao serviço da Misericórdia de Gaia já assumiu várias funções. Paralelamente ao trabalho que realiza no lar, é uma das pessoas responsáveis pela área religiosa do Equipamento, muitas vezes em regime de voluntariado.

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Foi no dia da festa do São Brás, em Gulpilhares, que o olhar de Maria do Céu Guia parou mais atentamente sobre o Equipamento Social Salvador Brandão: “Gostava muito de um dia trabalhar aqui”. Mas foi no ano de 1997 que preencheu os papéis e foi admitida para trabalhar na Misericórdia de Gaia, começando no Equipamento Social Tavares Bastos, na Madalena. Um ano depois, surgiu a possibilidade de ser transferida para o Salvador Brandão. Da Madalena recorda os utentes e amigos que por lá fez: “Recordo com muito carinho o Tavares Bastos”. Já no Equipamento Salvador Brandão, um dia Maria do Céu Guia viu um anúncio a pedir colaboradoras para a valência de Centro de Dia. “Fui picar o meu cartão e vi o anúncio, como achei que preenchia todos os requisitos para essa área fui ter com a senhora diretora e propus-me”, descreve. Maria do Céu Guia foi uma das primeiras colaboradoras da valência de Centro de Dia no Salvador Brandão. “Sou uma mulher abençoada”, diz por considerar que a experiência que teve ao longo da sua vida a cuidar de pessoas idosas e, algumas, com demência ajudaram-na quer a realizar melhor o seu trabalho, como

a tratar da sua mãe. No entanto, Maria do Céu Guia não tem dúvidas que neste género de trabalho o Equipamento Salvador Brandão “é uma escola”. O culto e a religião Para além do trabalho que realiza no Salvador Brandão de 2.ª a 6.ª feira, Maria do Céu Guia está todos os domingos na Capela do lar para preparar a liturgia e acompanhar a celebração Eucarística, neste momento, realizada pela Sociedade Missionária

da Boa Nova. “Só não venho quando estou de férias ou doente, mas nesses dias, para mim, nem parece domingo”, acrescenta. A aptidão religiosa da colaboradora foi-se aguçando, devido ao apoio que recebeu da Misericórdia de Gaia: “Graças à Misericórdia, nomeadamente, ao ex-mesário António Castro e ao ex- diretor-geral, Sr. Luís Gomes, fiz a formação da Pastoral da Saúde durante 2 anos”. No entan-

to, Maria do Céu Guia, ao longo da sua vida, sempre frequentou muitos cursos e formações sobre a temática religiosa. A colaboradora é ainda responsável pelos ensaios do coro do Salvador Brandão nas eucaristias e em datas especiais. Na época do Advento, antes do Natal, Maria do Céu Guia realizou algumas sessões de reflexão: “Porque muitas vezes os utentes estão na Eucaristia, mas não escutam o Evangelho, nem as leituras”. Nestes encontros, a colaboradora acende uma luz, faz uma leitura, explica e reflete com os utentes sobre o Evangelho da semana: “Eles fazem muitas perguntas, e com esses encontros começaram a ter uma postura diferente em relação à Eucaristia”. Até porque, a atividade religiosa ainda é das únicas em que os utentes não abandonam quando se aproxima a hora das refeições. Maria do Céu Guia lamenta não haver quem se dedique à Pastoral do idoso, porque é “importante fazer catequese aos utentes” e frisa que se lhe derem a oportunidade, em 2015 vai continuar a intervir ativamente no sentido de proporcionar atividades de cariz religioso aos utentes. “Se me derem essa oportunidade, vou continuar a servir espiritualmente e a cumprir a minha missão”, finaliza.


SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

NÚCLEO MUSEOLÓGICO

Na última revista referíamo-nos aos quadros expostos numa das alas do Salão Nobre da nossa Santa Casa, mas só publicamos as fotografias dos beneméritos e da pintura representando a Santíssima Trindade. Hoje publicamos as fotografias dos quadros a óleo de duas figuras importantes dos primórdios da Misericórdia: - Do Irmão Dr. Miguel Joaquim da Silva Leal Júnior, ideólogo da criação da Misericórdia; - Do Irmão Dr. Manuel Ferreira de Castro, primeiro Diretor Clínico do Hospital da Misericórdia.

Dr. Miguel Joaquim da Silva Leal Júnior

Dr. Manuel Ferreira de Castro

Gostaríamos ainda de referir que na Sala de Reuniões da Mesa Administrativa se encontram expostos alguns quadros com a fotografia de várias Mesas Administrativas, a mais antiga das quais se reporta à Mesa do triénio 1979/1981.

Biblioteca da MG pronta A Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia já concluiu a organização da Biblioteca do Arquivo e Centro de Documentação da instituição. Mais de 3700 livros foram catalogados e organizados de acordo com as práticas correntes de gestão documental que visam a normalização de todas as obras. O equipamento cultural tem um grande espólio de obras oferecidas por outras Misericórdias, por muitas instituições, bem como por particulares, como foi o exemplo do gaiense António Amendoeira. Nesse sentido, a Misericórdia de Gaia classificou as obras, usando para o efeito a Classificação Decimal Universal (CDU), e criou quatro fundos monográficos: MISERICÓRDIA, FUNDO LOCAL, FUNDO GERAL e BIBLIOTECA INFANTIL. A Biblioteca do Arquivo e Centro de Documentação da Misericórdia de Gaia segue as diretrizes da International Federation of Library Associations (IFLA), adotada para a Rede Nacional de Bibliotecas e, no futuro, pretende ser um recurso e serviço cultural para os utentes e colaboradores da instituição, bem como para a comunidade em geral.

Serviços: - Uma vasta gama de produtos e serviços Mesa Administrativa do triénio 1979/1981. (Na fila de baixo, da esquerda para a direita: Alberto Duarte de Oliveira Santos, Pe. Manuel Romero Vila, Prof. Manuel Pires Veloso - Provedor - Henrique Silva Sequeira, Custódio Domingues Ribeiro; na fila de cima: Francisco Pereira Nunes, Bernardino Marques da Silva, Luís Marques Gomes - Diretor de Serviços -, Luís Ramos de Sá Lemos e Manuel Teixeira dos Santos).

Luís Marques Gomes

(Mesário e Tesoureiro da Misericórdia de Gaia)

- Administração de vacinas - Controlo da tensão arterial - Uma equipa de profissionais disponível para aconselhar na área da saúde - Serviço de Podologia - Consultas de Nutrição

Segunda a sexta-feira das 9h00 às 20h30 e sábados das 9h30 às 13h00 R. Capitão Salgueiro Maia, 311/7; 4430-518 Vila Nova de Gaia Tel.: 227828971; Fax.: 227826246

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ESPAÇO VOLUNTARIADO

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

Regulamento do Serviço de Voluntariado apresentado

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A Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia apresentou, no passado dia 5 de dezembro, o Regulamento do Serviço de Voluntariado da instituição. Desde o enquadramento legal, aos direitos e deveres dos voluntários foram abordados vários aspetos do Serviço de Voluntariado na instituição. A apresentação foi da responsabilidade da coordenadora do Serviço na Misericórdia de Gaia, Célia Rodrigues, que frisou que este regulamento aplica-se “para salvaguardar os utentes, os voluntários e a própria instituição”. Este momento foi ainda aproveitado pelos voluntários da Misericórdia de Gaia para tirarem dúvidas e partilharem algumas experiências que encontram no terreno.

Despedida de Maria Augusta Ferraz Maria Augusta Ferraz despediu-se dos colaboradores e dos muitos colegas e amigos voluntários da instituição, uma vez que decidiu terminar de exercer as suas funções como assessora do Voluntariado em dezembro de 2014. Maria Augusta Ferraz foi uma das responsáveis pela criação do Serviço de Voluntariado na Misericórdia de Gaia no ano de 1989. Ao longo de 25 anos, Maria Augusta Ferraz contribuiu para o aumento do número de voluntários na instituição, para a melhoria do Serviço de Voluntariado e criou o Voluntariado ao Domicílio. Foram muitas as equipas de trabalho que Maria Augusta Ferraz criou e coordenou, e serão muitas as boas lembranças que deixará na Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia, principalmente, nos utentes.


AGENDA

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

JANEIRO:

FEVEREIRO:

Dia 6 - Momento de reflaxão "Uma boa notícia: experiência de Deus" no Equipamento Social Salvador Bransão

Dias 3 - Tarde Musical interpretada pela Academia Sénior de Canelas no Equipamento Social Tavares Bastos

- Comemoração do Dia dos Reis na Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa

Dias 11 - Celebração do Dia Mundial do Doente nos Equipamentos Sociais da Misericórdia de Gaia

Dias 5, 19 e 26 - Projeto "A Casa vai a Casa" no Equipamento Social Salvador Brandão

Dia 13 - Comemoração do Dia de São Valentim nos Equipamentos Sociais da Misericórdia de Gaia

Dia 13 - Academia Sénior de Gaia canta as Janeiras na Sede da Misericórdia

- Comemoração do Carnaval na Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa

Dia 11 - Concerto de Ano Novo no Equipamento Social Salvador Brandão

Dias 16- Baile de Carnaval no Equipamento Social Salvador Brandão

Dia 15 - Tarde Musical sobre as Janeiras no Equipamento Social Tavates Bastos

Dias 24 - Início do Torneio Inter-lares no Equipamento Social Salvador Brandão

MARÇO: Dias 3, 5, 10, 12, 17 e 24 - Torneio Inter-Lares Dias 4, 11, 18 e 25 - Visita ao Museu do Vinho do Porto Dia 9 - Comemoração do Dia da Mulher com uma conversa aberta sobre o tema "Evolução do papel da mulher na sociedade" na Estrutura Residencial Conde das Devezas Dia 19 - Comemoração do Dia do Pai nos Equipamentos Sociais da Misericórdia de Gaia Dia 26 - Festa da Primavera no Equipamento Social Salvador Brandão Dia 27 - Celebração da Páscoa na Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa - Passeio da Primavera

SABIA QUE... … Sabia que a Misericórdia de Gaia assinou com o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho um Protocolo de Cooperação para inumação de cadáveres não reclamados? ... Sabia que a Misericórdia de Gaia assinou com o Município de Vila Nova de Gaia um Protocolo de Colaboração para a organização e o funcionamento da Academia Sénior de Gaia? ... Sabia que a Misericórdia de Gaia assinou um Protocolo de Colaboração com o ISCAP que tem por objetivo desenvolver atividades de cooperação que reforcem os mútuos interesses das Instituições, nomeadamente nas áreas da consultoria, investigação, formação e estágios curriculares? FICHA TÉCNICA: PROPRIETÁRIO: Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia; DIRETOR: Dr. Mário Fontemanha EDIÇÃO E COORDENAÇÃO: Dr.ª Marisa Pinho; COLABORADORA: Dr.ª Manuela Pinto; DESIGN GRÁFICO: Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia; TIRAGEM: 750; PERIODICIDADE: Trimestral; SEDE DA REDAÇÃO: Rua Teixeira Lopes, n.º 33, 4400-320, Vila Nova de Gaia; PRODUÇÃO: Gráfica São Miguel, Rua Norton Matos, 731, Gulpilhares, 4405-671 Vila Nova de Gaia NOTA: Publicação isenta de registo na ERC ao abrigo da Lei de Imprensa 2/99 de 13 de janeiro, artigo 9

Os artigos foram escritos com base no novo acordo ortográfico

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EQUIPAMENTOS SOCIAIS E UNIDADES DE EXPLORAÇÃO Equipamento Social Salvador Brandão R. Salvador Brandão 4405-702 Vila Nova de Gaia Tel.: 227622114 / 227625131 lsb@scmg.pt Equipamento Social António Almeida da Costa R. Almeida Costa, n.º 151 4400-013 Vila Nova de Gaia Tel.: 223754299 / 223751069 lac@scmg.pt Equipamento Social Tavares Bastos R. António Francisco Sousa, 216/38 4405-726 Vila Nova de Gaia Tel.: 227130031 ltb@scmg.pt Estrutura Residencial Conde das Devezas R. Particular às Árvores, n.º 96 4400-239 Vila Nova de Gaia Tel.: 223706526 lrcd@scmg.pt Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa R. Almeida Costa, n.º 151 4400-013 Vila Nova de Gaia Tel.: 223799110 Fax.: 223722490 cji@scmg.pt Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia R. Almeida Costa, n.º 151 4400-013 Vila Nova de Gaia Tel.: 227534494 ca@scmg.pt Clínica Fisiátrica R. Salvador Brandão 4405-702 Vila Nova de Gaia Tel.: 227539300 Fax.: 227539301 cft@scmg.pt Arquivo e Centro de Documentação da Misericórdia de Gaia R. Pinho Valente, n.º 106 4400-251 Vila Nova de Gaia Tel.: 22 375 805 9 asarq@scmg.pt Farmácia da Misericórdia de Gaia R. Capitão Salgueiro Maia, 311/7 4430-518 Vila Nova de Gaia Tel.: 227828971 Fax.: 227826246 far@scmg.pt Serviços Centrais R. Teixeira Lopes, n.º 33 4400-320 Vila Nova de Gaia Tel.: 223773350 Fax.: 223773359 geral@scmg.pt Departamento de Ação Social R. Teixeira Lopes, n.º 33 4400-320 Vila Nova de Gaia Tel.: 223773350 sas@scmg.pt Gestão do Património R. Teixeira Lopes, n.º 33 4400-320 Vila Nova de Gaia Tel.: 223773350 astec@scmg.pt

www.scmg.pt geral@scmg.pt www.facebook.com/misericordiadegaia


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