Estudo
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA NA ERA DIGITAL
Índice
Introdução.......................................................................03 Crescimento da Indústria no Brasil.................................04 Chegada dos genéricos..................................................08 O marketing farmacêutico...............................................09 O que os internautas falam.............................................11 Qual canal é mais usado pelos internautas....................12 A Medley e as redes........................................................14 A Bayer e as redes..........................................................16 Eurofarma........................................................................18 A indústria em 2011.........................................................22 Método de pesquisa.........................................................23 Ficha Técnica...................................................................24
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INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Avaliado em 631 milhões de euros, o mercado farmacêutico mundial tem um crescimento estimado em 5% a 7% somente neste ano. O fim de diversas patentes de remédios colocou os países desenvolvidos em uma situação delicada. Em compensação os mercados em desenvolvimento devem crescer de 15% a 17%, consequência também de um maior investimento do setor público na saúde desses países, como é o caso da China. Responsável pela movimentação de R$28 bilhões por ano na economia nacional, a indústria farmacêutica continua em franca expansão no Brasil. A expectativa é que este ano o faturamento seja 9,19% maior do que o registrado em 2010. Os R$40 bilhões registrarão o maior resultado da história do setor no país. O crescimento do mercado farmacêutico nacional é superior às taxas praticadas inclusive por países desenvolvidos, e a tendência é que, com o envelhecimento da população e a expansão da economia, esse movimento continue exponencial. A MITI Inteligência desenvolveu uma análise para avaliar como esse crescimento tem se refletido na vida das pessoas. Quais as estratégias de aproximação com os consumidores? De que forma os laboratórios farmacêuticos têm trabalhado sua imagem junto à população? Confira a seguir a resposta para essas e outras questões do mercado farmacêutico no Brasil. 3
Crescimento da Indústria no Brasil
Com desenvolvimento um pouco tardio em relação aos outros países, a história da indústria farmacêutica brasileira começou no final do século XIX. Com incentivo governamental, foram tomadas medidas para combater as condições sanitárias insalubres dos portos e a produção de medicamentos de origem vegetal se tornou uma realidade para o combate às doenças. Após investimentos durante o regime militar e o governo de Juscelino Kubitschek, empresas estrangeiras injetaram dinheiro no setor e acabaram com a concorrência das empresas nacionais, que na época passavam por um período estável e até exportavam alguns produtos. Os anos seguintes representaram instabilidade para o setor. A valorização dos medicamentos estrangeiros em detrimento dos nacionais, maior fiscalização da ANVISA para registro de novos produtos e a lei de patentes que fortaleceu os monopólios, foram responsáveis por uma crise da indústria nacional, que só começou a se recuperar nos anos 90. O desenvolvimento do mercado local não acompanhou a evolução da indústria farmoquímica, o que manteve as empresas locais ainda bastante dependentes das indústrias estrangeiras. Esse quadro começou a se inverter com a quebra de patentes de medicamentos, elevando o Brasil a figurar entre os dez maiores mercados do setor em todo o mundo. Para compreender a visibilidade das empresas que atuam na área farmacêutica no país e a percepção da população a respeito das indústrias do setor, monitoramos durante os dias 19 e 23 de janeiro, período que contempla o Dia do Farmacêutico, comemorado dia 20. Foram analisadas as palavras-chave: Abbott, Astrazaneca, Bayer, Eurofarma, Glaxosmithkline, Medley, Merck, Novartis, Pfizer, Roche, Sanofi-aventis, Wyeth, EMS Sigma Pharma. Confira abaixo quais as indústrias têm movimentado o setor.
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Notícias por palavras-chave – plataforma Clipping Express
Wyeth
1,59%
Sanofi-aventis
13,23%
Roche
16,93%
Pfizer
12,7%
Novartis
4,23%
Merck
8,47%
Medley
33,33%
Glaxosmithkline
3,17%
Eurofarma
0,53%
Bayer
2,12%
Astrazeneca
1,59%
Abbott
2,12%
0 Abbott Merck
5
10
Astrazeneca Novartis
Bayer Pfizer
15 Eurofarma Roche
20
25 Glaxosmithkline Sanofi-aventis
30
35
Medley Wyeth
A empresa que teve mais notícias publicadas no período estudado foi a Medley. Empresa do grupo SanofiAventis, a indústria é a terceira maior do setor no Brasil. Líder no mercado de genéricos desde 2002, a Medley investe em patrocínio institucional, fator que justifica o grande volume de notícias publicadas. O investimento em vôlei e na Stock Car contribui para o fortalecimento da marca e identificação com o público.
Em segundo lugar aparece o laboratório Roche. A maioria das notícias capturadas diz respeito a um novo fármaco, produzido pelo laboratório, que interrompe o avanço do câncer de pele e dá maiores chances de sobrevivência aos pacientes. A Roche estaria negociando uma licença para aplicar a medicação em pacientes com a doença já avançada.
A terceira palavra-chave que teve significativo volume de notícias foi a Sanofi-Aventis. Com 12% de participação no mercado nacional, as informações divulgadas sobre a empresa dizem respeito à parceria com a Minancora; à alta das ações da empresa, proveniente do anúncio feito pela Agência Europeia de Medicina recomendando a comercialização do medicamento do laboratório de combate ao câncer de próstata; e à parceria com ASSIM Saúde, que foi destaque internacional no Prêmio Conexão Externa, Evolução Interna, promovido pela própria Sanofi-Aventis.
5
A maioria das indústrias farmacêuticas do país está localizada na região sudeste, pólo econômico do Brasil. E a publicação das notícias, também segue a mesma lógica.
Notícias por região – plataforma Clipping Express
Sul
13,16%
Sudeste
62,11%
Norte
1,05%
Nordeste
6,32%
Centro-oeste
5,79%
Origem Não Dilvugada
11,58% 0
10
20
30
40
50
60
70
A região do país que mais divulgou informações sobre o setor, com 62% do total de notícias sobre o tema, foi a região sudeste. Em segundo lugar aparece a região sul, com 25% das notícias publicadas.
Ao contrário do movimento observado nas mídias online, de acordo com dados da Abafarma (Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico), a segunda região do Brasil que mais recebe medicamentos é a região nordeste. Fruto de políticas públicas de benefícios sociais, como o Bolsa Família, os nordestinos recebem 17,4% dos remédios distribuídos em todo o país. Só no ano passado, foram movimentados R$ 5,2 bilhões e dois milhões de unidades de medicamentos foram distribuídos em todo o Brasil. O crescimento do Produto Interno Bruto -PIB, que no nordeste ficou acima da média das outras regiões, e o aumento do poder de compra que impulsionou todo o mercado de varejo, também se refletiu no consumo de medicamentos. A região Sul, que teve uma ligeira queda no número de medicamentos distribuídos, registrou uma fatia de 16,9%, enquanto a região sudeste recebeu 54% de todos os remédios distribuídos no país.
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Notícias por categoria – plataforma Clipping Express 45 38,1%
40
35 30 25
23,28%
23,28%
On line
Regional
20 15
11,11%
10 5
1,59%
2,65%
Agência de Notícias
Blog
0
Especializado
Grande Imprensa
Quem tem interesse pelo tema e quer entender a dinâmica do mercado, deve procurar informação principalmente nos veículos especializados. No período analisado, eles foram responsáveis por 38% das notícias publicadas sobre as indústrias farmacêuticas.
Os veículos online, grandes vedetes da comunicação do século XXI, confirmam sua versatilidade trabalhando com temas de diversos interesses. Junto com os veículos regionais, representam quase a metade do número de publicações sobre a indústria farmacêutica.
Os blogs, com um perfil menos conservador, ainda possuem uma fatia menor. Mas como o movimento de relevância desses canais tem crescido de maneira intensa, a tendência é que, mesmo para pautas mais especializadas, os canais ganhem visibilidade em um futuro próximo.
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Impulsionamento do setor desde a chegada dos genéricos A história dos genéricos no Brasil começa em 1999, com o sancionamento da Lei 9787. O movimento, que envolveu a sociedade, o Congresso e os profissionais de saúde como um todo, mobilizou discussões sobre a necessidade do composto ativo ter maior destaque que a marca do medicamento e a obrigatoriedade em utilizar a denominação genérica nos rótulos e propagandas de medicamentos. A disponibilização de produtos que substituem com eficácia os medicamentos de referência permite que eles sejam vendidos a preços reduzidos, representando uma economia para o consumidor e para o governo, comprador de 20% dos remédios distribuídos no país. Além disso, a quebra de patentes permitiu uma maior competitividade entre as empresas nacionais, a partir de então com possibilidades reais de aumentar sua fatia de mercado. O vencimento de patentes é um dos grandes fatores para o impulsionamento do setor. Até 2012, 17 remédios que tem um faturamento de R$750 milhões terão suas patentes vencidas, aumentado a comercialização e a produção de genéricos no país. A tendência é que o segmento chegue a representar 50% de todo o setor, dado que já é recorrente em alguns países desenvolvidos. Na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos esses números já ultrapassam os 60%. Hoje, no Brasil, os genéricos representam apenas 20% do mercado, fator que atenta para as chances de crescimento nos próximos anos.
A população confia nos genéricos? A recusa de alguns laboratórios farmacêuticos à Lei dos Genéricos e a disseminação de boatos sobre a confiabilidade desses medicamentos, que são pelo menos 35% mais baratos que os de referência, foram os principais responsáveis pela resistência inicial da população brasileira à compra desses produtos. A velha máxima de desconfiar de mercadorias com preços muito baixos ainda dribla as vendas de genéricos no país, que aos poucos vão ganhando a confiança da população. Como as indústrias não gastam com pesquisas e propaganda, o custo dos medicamentos fica bem mais baixo, vantagem que é repassada ao consumidor. No Sistema Único de Saúde os médicos são obrigados por lei a receitar o princípio ativo da medicação, mas nos consultórios particulares essa prática não é frequente e muitos médicos simplesmente não indicam essa opção aos seus pacientes. Essa restrição aos genéricos ocorre, muitas vezes, devido ao estreito relacionamento entre os profissionais de saúde e os laboratórios farmacêuticos, que se fortalece a partir dos trabalhos dos propagandistas médicos. De qualquer forma, as vendas de genéricos têm crescido no país. De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, no ano passado as vendas ultrapassaram a marca de 318,5 milhões de unidades comercializadas, número que representou recorde no setor.
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O marketing farmacêutico e as redes sociais A ANVISA determina uma série de regulamentações para o marketing farmacêutico. Celebridades tão requisitadas em outros segmentos, por exemplo, não podem recomendar o uso de medicamentos sem a devida prescrição durante as propagandas e são proibidos os verbos imperativos como “experimente”, “use”, “tome”, tal como as comparações de preços, que só podem ser feitas entre genéricos e medicamentos de referência. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Toxicológicas, os medicamentos são a principal causa de intoxicação humana por agente tóxico no Brasil. Uma pesquisa do PROCON comprova ainda que mais de 60% das pessoas afirmam ser influenciadas pela publicidade de medicamentos. Essa é uma discussão recorrente entre os profissionais do setor, e é justamente o estímulo ao consumo desses remédios com frases como “se persistirem os sintomas um médico deverá ser consultado”, que colocam em dúvida a real responsabilidade pela automedicação do usuário, já que ela é apontada como primeira alternativa em caso de algum desconforto relacionado à condição física do paciente. Observe alguns exemplos de menções sobre a palavra-chave “automedicação” nas redes sociais, que no período estudado foi citada 36 vezes:
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Embora ainda tímida, a participação do setor nos canais sociais acontecem cada vez mais. Uma rede social exclusiva para profissionais da área farmacêutica foi criada para reunir informações sobre vagas de emprego, notícias sobre o setor, eventos e promover discussões entre os participantes e interessados. A movimentação provocada pela Dikajob, rede social criada pelo profissional da área João Mengaldo, já evidencia a abertura para novas possibilidades de comunicação e atenção para a força das redes sociais em qualquer segmento, mesmo os mais conservadores.
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O que os internautas falam sobre as indústrias farmacêuticas? Para identificar o que os internautas têm falado sobre o setor nas redes sociais foi trabalhada a palavra-chave “indústria farmacêutica” e extraídas as seguintes informações:
Interações por palavra-chave “Indústria Farmacêutica” por período - plataforma postX 30 25 20
25 20,23
20,23
16,66
17,85
15 10 5 0 19/jan
20/jan
21/jan
22/jan
23/jan
Dia 21 de janeiro foi o dia em que a palavra-chave foi mais citada, exatamente no dia seguinte ao “Dia do Farmacêutico”. As interações falavam sobre a instalação da maior indústria nacional no Distrito Federal. A EMS Pharma vai investir R$150 milhões na fabricação de antibióticos e hormônios e deve gerar cerca de 500 empregos diretos e 300 indiretos na região.
Outros comentários revelam a relação de amor e de ódio que os consumidores têm com o setor. Veja alguns exemplos:
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E qual o canal mais usado por eles quando se referem à indústria farmacêutica? Interações por mídia palavra-chave “Indústria Farmacêutica” - plataforma postX
1,19%
5,95% 7,14%
Facebook Youtube Blog Twitter
85,71%
Para discutir sobre o tema, os internautas replicam muito conteúdo no Twitter. O Facebook, rede que normalmente também tem um volume grande de interações, neste caso teve uma representatividade bem reduzida. Em contrapartida, os blogs movimentaram a discussão e o Youtube também teve sua parcela de participação.
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E quais indústrias mais citadas pelos internautas? Interações por palavras-chave - plataforma postX
2,18%
2,18% 0,27% 0,95%
4,37% 4,37%
3,14%
Abbot Astrazaneca
11,49%
Bayer
4,92%
Eurofarma 5,47% 0,54%
Glaxosmithk
Medley Merck Novartis Pfizer Roche
60,05%
Sanofi-aventis Wyeth
A palavra-chave que mais teve interações no período analisado foi a Medley, seguida por Bayer e Eurofarma.
Confira abaixo o que movimentou essas citações nas redes.
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Medley, terceira maior indústria farmacêutica do Brasil A maior comunidade do Orkut sobre a empresa tem 3103 membros, motivados em reencontrar antigos colegas de trabalho. Com sites para cada uma das modalidades esportivas patrocinadas pela Medley, os perfis nas redes sociais são vinculados a essas ações. No entanto só o Medley Campinas, time de vôlei, têm perfis no Orkut, Facebook e Twitter, e o Stock Car conta apenas com informações sobre os pilotos, carros e notícias sobre o esporte.
Tonalidade de Interações por palavra-chave “Medley”- plataforma postX
Positivo
15%
Neutro
89,88%
Negativo
1,19%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
A Medley, empresa líder em genéricos no Brasil, investe em patrocínios para fortalecimento da marca. Diversos internautas retuitam informações sobre os jogos da seleção de Vôlei, principal motivo de as interações sobre a marca serem neutras.
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Categoria de Interações por palavra-chave “Medley” - plataforma postX
Patrocínio
97,62%
Não Categorizado
1,79%
Relação de trabalho
0,60%
0
20
40
60
80
100
120
Praticamente todas as interações sobre a marca foram categorizadas como Patrocínio, e se referem a informações sobre os jogos de vôlei. Mesmo que a associação com a marca seja relacionada a outros assuntos que não os do segmento em questão, os consumidores acabam se lembrando da empresa e esta associação se converte em confiabilidade da marca.
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A Bayer engajada nas redes A Bayer também possui um perfil no facebook (http://www.facebook.com/BayerJobs). Em inglês, o perfil é atualizado frequentemente e 1309 perfis já curtiram a página. No Orkut, a maior comunidade sobre a empresa tem 1458 membros, entre funcionários e ex-funcionários brasileiros. O site institucional apresenta os links para os perfis nas redes sociais do Programa Bayer Jovens Embaixadores Ambientais, iniciativa que tem como objetivo identificar e reconhecer os jovens engajados em projetos socioambientais no país. O link para o Facebook (http://www.facebook.com/bayerjovens) revela que a página é bastante ativa e conta com 219 pessoas que curtem a iniciativa. Além disso, apresenta os links de acesso à comunidade do Orkut e ao Twitter, que tem 1167 seguidores. Tonalidade das Interações por palavra-chave “Bayer”- plataforma postX
Positivo
12,67%
Neutro
18,18%
Negativo
65,15%
0
10
20
30
40
50
60
70
A terceira marca em número de citações no estudo, contou com vários retuites de uma matéria divulgada no portal Planeta Sustentável, que movimentou a discussão sobre um dos inseticidas da empresa, que estaria dizimando abelhas em todo o mundo. O fato acabou provocando um resultado negativo para a marca, comprovando a força das redes sociais na disseminação de informação.
Em contrapartida, os comentários positivos, em sua maioria, diziam respeito a uma doação que a empresa fez para o projeto Pêlo Próximo, que abriga animais que foram vítimas das enchentes na região serrana do Rio de Janeiro. 16
Categorias de Interações por palavra-chave “Bayer” - plataforma postX
Notícia
5,8%
Relação de trabalho
7,25%
Não Categorizado
1,45%
Patrocínio
8,7%
Elogios
8,7%
Piada
5,8%
Crises de Imagem
60,87%
Automedicação
1,45% 0
10
20
30
40
50
60
70
A categoria com maior volume de interações foi Crise de Imagem, devido ao fato explicado anteriormente sobre um produto da marca, responsável por mais de 60% das interações do período. As demais categorias tiveram participação pouco expressiva no número de interações.
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As interações da categoria Patrocínio fomentam o debate em torno da importância de investimento do setor em ações de fortalecimento de marca.
Eurofarma, a terceira maior fabricante de genéricos do Brasil O laboratório conta com site institucional que apresenta a história da empresa, projetos, parcerias, patrocínios, relação de produtos e outras informações sobre a empresa. A Eurofarma, assim como as demais indústrias farmacêuticas, concentra grande parte do investimento em propagandistas. Segundo a auditoria do Grupo de Profissionais Executivos da Indústria Farmacêutica, a empresa possui a maior equipe de propagandistas do Brasil, com capacidade para visitar 480 mil médicos por mês. Em contrapartida, a Eurofarma já possui alguns canais na web que divulgam principalmente informações sobre os patrocínios da empresa. O blog (http://www.eurofarma.com.br/blog/) é dedicado à Stock Car; 139 pessoas curtiram o perfil no Facebook (http://www.facebook.com/eurofarmablog); o perfil no Twitter (www.twitter.com/eurofarmablog) tem 417 seguidores e atualização frequente; o canal no Youtube (http://www.youtube.com/eurofarmablog) traz vídeos sobre a Copa Eurofarma de Futebol e o Flickr (www.flickr.com/eurofarmablog) traz fotos dos eventos culturais patrocinados.
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Tonalidade das Interações por palavra-chave “Eurofarma”- plataforma postX
Neutro
87,18%
Negativo
Positivo
7,69%
Negativo Neutro
Positivo
5,13%
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Justamente por conta do investimento em patrocínio que a Eurofarma faz, a maior parte dos comentários sobre a marca nas redes sociais teve caráter neutro.
Segue abaixo um exemplo de interação positiva, na qual uma internauta recomenda a utilização de um medicamento se referindo à marca Eurofarma.
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Categoria de Interações por palavra-chave “Eurofarma” - plataforma postX
Notícia
61,54%
Patrocínio
25,64%
Relação de trabalho Piada
Automedicação
5,13%
Piada Patrocínio Automedicação
2,56%
Relação de trabalho
5,13%
0
Notícia
10
20
30
40
50
60
70
A categoria Notícia, responsável pelo maior volume de interações sobre a Eurofarma diz respeito à compra de 600 tablets para utilização dos propagandistas da empresa. O uso de iPads pelos profissionais terá um impacto de cerca de 55 toneladas a menos de papel utilizado na divulgação de materiais impressos, segundo diretora comercial da indústria farmacêutica.
A categoria Patrocínio, segunda em volume para a marca, diz respeito à Copa Eurofarma, organizada em parceria com a Federação Paulista de Futebol. Além de futebol, a empresa tem uma política de investir em automobilismo e artes, patrocinando projetos de cinema, teatro e música.
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Por mais que consigamos visualizar uma condição de aceitação ou rejeição de marca, o que define a escolha entre esta ou aquela medicação é o receituário médico. Uma pesquisa coordenada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte traçou um diagnóstico das ações de propaganda realizadas nas Unidades Básicas de Saúde para identificar quais os fatores que estariam influenciando a prescrição de remédios. De acordo com a pesquisa, 41,3% dos médicos e dentistas abordados afirmaram que recebem visitas de representantes da indústria farmacêutica em seus consultórios. A abordagem é feita através da distribuição de amostras grátis e folders, além da oferta de artigos científicos. 37,7% deles confessaram que realmente podem ser influenciados por essas ações. Confirmando esta estatística, os profissionais responsáveis pelas farmácias das UBS afirmaram que em 83,3% dos casos, as receitas médicas trazem o nome comercial do medicamento, contrariando a legislação que obriga os médicos do SUS a receitarem os remédios diretamente através de seus princípios ativos.
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O que prepara a indústria farmacêutica para 2011? As expectativas para o setor são bastante otimistas e o faturamento do ano deve ser positivo. A projeção é de 1,8 bilhões de medicamentos comercializados em todo o país e um faturamento de R$40 bilhões. Conforme observamos, mesmo os setores mais tradicionais já observam a importância do movimento de interação entre as pessoas, proporcionado pelas redes sociais. As indústrias farmacêuticas que são mais lembradas pelos consumidores são justamente as que já desenvolvem ações na web e investem em patrocínios esportivos e culturais, além do comprometimento com causas ambientais e responsabilidade social. A venda de medicamentos dessas marcas, consequentemente, é alavancada e a tendência é que as empresas percebam esta condição e priorizem os anseios da população, mesmo quando o assunto em questão é a saúde.
Aplicabilidade do estudo Grande parte do conteúdo discutido nas redes sociais é baseado nas publicações da imprensa. O surgimento de novos canais de informação, como blogs e portais de comunicação independentes, aumentou as possibilidades e a gama de assuntos em pauta no ambiente web. O comportamento de replicar informações que antes seriam acessíveis apenas para um seleto grupo pode inclusive influenciar o aumento ou a queda nas vendas de determinados produtos. É o monitoramento da marca, da concorrência e do mercado que fundamenta a tomada de decisões estratégicas. As empresas precisam estar atentas a esse movimento e gerenciar as informações de maneira inteligente para evitar e gerenciar possíveis crises de imagem.
Comentários sobre a plataforma postX Através do monitoramento do postX foi possível verificar qual a posição ocupada pelas mídias sociais na hora do público se reportar sobre os medicamentos e consequentemente sobre as respectivas indústrias farmacêuticas. Após a captura das palavras-chave relacionadas, tivemos acesso a um conteúdo filtrado e relevante para saber o que o brasileiro pensa sobre o tema. As avaliações e categorizações possibilitadas pela plataforma ajudaram a embasar e aprofundar o estudo.
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Comentários sobre a plataforma Clipping Express O serviço de monitoramento do Clipping Express foi usado para quantificar e saber a origem e o total de notícias publicadas pela imprensa no período estabelecido e assim comparar com os números e acontecimentos relatados nas mídias sociais.
Método de pesquisa As mídias sociais representam uma área movimentada para qualquer pesquisa, inclusive na área farmacêutica. Para analisar o buzz gerado pelo consumidor, realizamos um monitoramento de cinco dias nas mídias sociais e mídias online envolvendo as palavras-chave de referência. Utilizando a plataforma postX como ferramenta de rastreamento, conseguimos uma cobertura do Twitter, YouTube, Facebook, Blogs, Fóruns e Sites de Reclamação. As mídias online foram utilizadas para mensurar a representatividade do tema estudado perante mais de 3500 veículos de comunicação monitorados, através da plataforma Clipping Express. A plataforma permitiu embasar o conteúdo apresentado como cenário atual sobre o tema e mensurar seu reflexo quantitativo nas mídias online por palavra-chave, região e categoria e veículo. Os dados coletados para este estudo de apresentação são quantitativos, revelando em números o quanto as palavras-chave tiveram repercussão nas mídias sociais. Os dados qualitativos permitiram a avaliação de uma amostragem de mais de 35% das interações, apresentando a tonalidade das citações como positivas, neutras ou negativas, bem como a categorização das menções, visto que a plataforma possibilita sob vários aspectos e diversos gráficos avaliações quantitativas, qualitativas e categorizadas sobre toda a captura abrangida.
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Ficha Técnica do Estudo: postX Período monitorado: 19/01/2011 a 23/01/2011 Total de interações: 876 Palavras-chave: Indústria Farmacêutica: 84 Automedicação: 36 Abbott: 7 Astrazaneca: 32 Bayer: 84 Eurofarma: 40 Glaxosmithkline: 4 Medley: 439 Merck: 36 Novartis: 23 Pfizer: 32 Roche: 16 Sanofi-aventis: 16 Wyeth: 2 EMS: 25 Clipping Express Período monitorado: 19/01/2011 a 23/01/2011 Total de notícias: 189 Palavras-chave Abbott: 4 Astrazaneca: 3 Bayer: 4 Eurofarma: 1 Glaxosmithkline: 6 Medley: 63 Merck: 16 Novartis: 8 24
Pfizer: 24 Roche: 32 Sanofi-aventis: 25 Wyeth:3 EMS Sigma Pharma: nenhuma
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Esse estudo foi desenvolvido pela MITI InteligĂŞncia. Acesse nosso site: HTTP://miti.com.br Siga-nos no Twitter: HTTP://twitter.com/fontemiti 26