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Deborah de Luca
Hello, I’m DEBORAH
Deborah de Luca é uma artista única na Música Eletrônica. Nome quente nos festivais mais importantes da Dance Music internacional e presença forte na internet, a artista vem conquistando milhões de fãs pelo mundo com seu carisma e talento. Capaz de levar multidões ao delírio com seu techno gostoso e bem trabalhado, Deborah tambem é o nome por trás da Sola_mente Records e de uma marca fashion. Trocamos uma idéia bem legal com ela, direto da Italia, onde mora e trabalha, enquanto a quarentena segue ao redor do planeta.
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Conte sua história para os brasileiros que talvez ainda não conheça você. Como começou a trabalhar com Dance Music?
Antes de trabalhar com música eletrônica, eu era dançarina na Europa. E antes mesmo de me tornar dançarina, eu era garçonete, tanto em restaurantes para caminhoneiros, durante o dia, quanto em boates à noite.
Sempre adorei música, e sempre trabalhei com música, só que antes de 2008 eram as outras pessoas que tocavam e eu ouvia. Comecei minha carreira como DJ
em 2008. Fui à casa de um amigo que tinha paixão por colecionar discos e ele me ensinou os passos básicos.
Mas onde eu realmente aprendi foi na frente do público, com meus medos, tremendo, estava suando frio ... e me enganei!
Como foi crescer na difícil periferia de Vele di Scampia de Nápoles? Que valores isso agregou à sua vida hoje como Superstar da Dance Music?
Quando você é jovem, não sente a diferença entre onde você mora e onde os outros vivem, porque a sua realidade é a única que você conhece. E talvez seja sorte até que você decida ir embora.
Pude perceber a diferença graças aos meus pais que me levaram embora, no final da adolescência. Compreendi como é forte ficar e partir. No entanto, uma grande força permanece dentro de você, a de quem viveu duas vidas.
No ano passado, quando conversamos, você tinha quase 4 milhões de fãs no Facebook e Instagram. Como anda essa evolução? Quantas pessoas traba-
lham com você em seus canais de mídia social? Você também está investindo em outras plataformas como Twitch e Tik Tok?
Não presto muita atenção a essas coisas, na verdade. Às vezes posso fazer algumas comparações com outras pessoas em minha área e meu nível, mas não sou aquele que persegue objetivos numéricos em termos de seguidores.
E na verdade, ninguém trabalha comigo em minhas redes sociais. Uma amiga minha tem uma Fanpage no TikTok que é dela, mas eu não controlo nada. Também acredito que esta última rede social é muito degradante para o ser humano, e espero que não se torne realidade até para quem faz um trabalho como o meu… Deveria ser proibida a maiores de 13 anos!
Seu set em Vele Di Scampia na Mixmag TV no YouTube (e também no Facebook) foi um ENORME sucesso, bateu milhões de visualizações apenas no YouTube até agora. Quem teve a ideia de
gravar o vídeo naquele local? Algum outro vídeo como este em breve?
Na verdade passou de 4,3 milhões no Facebook, e aí a plataforma bloqueou o áudio, e agora estamos com 1,7 milhões de views no YouTube. São 6 milhões em dois meses! Eu gosto de ser precisa, esses são os únicos números que eu “persigo”, digamos!
A ideia me ocorreu há algum tempo, mas com tantas turnês, não tive tempo de parar e armar isso, na verdade. Sobre outro desses no futuro, algo está se formando, mas não vai rolar tão cedo. Aquilo foi um acontecimento e deve permanecer assim por um tempo. Você acaba de lançar o novo álbum ‘SHE SLEEPS’. Qual foi a inspiração e a história por trás da criação do álbum? O que você pode compartilhar sobre o desenvolvimento do projeto?
Meu álbum ‘SHE SLEEPS’ nasceu antes de mais nada do desejo de compartilhar música. Eu estava nas Maldivas, de férias, e uma
tarde nasceu a primeira faixa do álbum (“As Wild as you Wanna Be”). Depois que fiz essa primeira parte, pensei que era hora de criar um novo álbum. O outro, o primeiro, foi dois anos antes. O título SHE SLEEPS’ (Ela dorme) vem dos meus distúrbios do sono, que eu tinha desde criança ... resolvidos recentemente!
Como estão as coisas na sua gravadora, a Sola_mente Records? Parece que o label anda bombando muitos lançamentos ultimamente. Quais são os planos futuros para a gravadora? Eu amo muito minha gravadora e ela me reflete. É um depósito de vários sons, ninguém se parece com ninguém. Nasceu principalmente da minha falta de vontade de mandar minha música para outra pessoa aprovar, então se tornou uma realidade, outros artistas surgiram e muitos outros vão surgir, principalmente os emergentes.
Durante a pandemia de COVID-19 eu produzi muito e além do meu álbum, também muitas faixas individuais. Uma das minhas favoritas é ‘Acqua Gelida’ um remix de uma música pop do grupo italiano ‘Brugnano’.
Vimos também a Solamente Shop online, apresentando uma coleção de roupas descoladas. Era algo que você vinha planejando há muito tempo ou um projeto mais recente para reforçar e divulgar a marca?
Durante o COVID, fui parada pela primeira vez. Foi a primeira vez que tive mais de 10 dias de folga consecutivos, em mais de 12 anos. De fato, passados 20 anos, porque mesmo antes de me tor-
nar DJ, ainda trabalhava todas as noites na nightlife.
Como eu estava dizendo, durante o lockdown tive muito tempo para produzir e muito tempo livre para fazer outras coisas. A coleção de roupas nasceu da minha vontade de fazer outra coisa, algo que estivesse ligado tanto à música quanto ao meu primeiro amor, a moda, que também foi uma das primeiras coisas que estudei na escola. São poucas peças, simples, mas que servem para todos. Ligado ao conceito da minha música.
Quais foram as 5 tracks mais tocadas da Sola_mente até hoje?
Deborah De Luca - Acqua Gelida Deborah De Luca - I Go Out Deborah De Luca - Oh Ohh Deborah De Luca - Dori Me Deborah De Luca - Transition
Qual é o próximo lançamento mais importante da Solamente Records?
Eu tenho um novo EP de quatro faixas saindo em 9 de novembro, chamado ‘Good Morning Clorophilla’, que vocês podem conferir aqui no Soundcloud:
Soundcloud.com/deborahdeluca/ sets/goodmorning-clorophilla-ep
A última! Agora que o lockdown e a quarentena estão finalmente começando a chegar ao fim, todos nós esperamos o retorno dos shows ao vivo. Como você acha que o mercado vai se adaptar aos shows ao vivo pós-Covid?
Acho que todos nós temos que aprender a conviver com a COVID e fazer isso rapidamente. Acho que é errado esperar que passe. Temos que mudar nossos hábitos, mas não desistir de fazer o que amamos, como dançar!!
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