"skate lab"

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SKATE LAB MARCELLA KEHL



SKATE LAB

treinamento, entretenimento e cultura

UniCEUB projeto de diplomação 1

orientadora Beatriz de Abreu e Lima



ORIGEM



ORIGEM O skate surgiu na década de cinquenta nos Estados Unidos a partir de uma inquietação dos surfistas de quando o mar ficava sem ondas para surfar. Isso fez com que eles buscassem uma atividade alternativa que se assemelhasse ao surfe. Não existem provas de quando exatamente surgiu o primeiro skate, mas a sua origem foi basicamente a partir de uma tábua de madeira com os eixos aonde as rodinhas ainda de ferro eram encaixadas.



ANOS 60 Em 1959 foi comercializado o primeiro skate, da série Roller Derby. Nesta época a prática do esporte era conhecida como sidewalking surfing (surfe de calçada). O skate virou uma febre nos Estados Unidos e em 1963, na Califórnia, aconteceu o primeiro campeonato de skate da história. No ano seguinte surge a primeira revista do mundo especializada em skate, a The Quarterly Skateboarder. O skate na década de 60 ainda era muito influenciado pelo surfe, desde as manobras ao estilo de vida mais praiano. O skate é uma extensão da praia para o asfalto.



ANOS 70 Na região da Califórnia as pessoas esvaziavam as piscinas para poupar água. Assim surgiu mais um espaço que passou a ser otimizado a favor do skate. O design do shape evoluiu através da inclinação do tail, aprimorando o equilíbrio e as manobras. Dentre uma das grandes revoluções do esporte foi a criação da roda de poliuretano. Isso firmou o skate como um esporte popular, pois antes disso aconteciam muitos acidentes graves quando as rodas ainda eram de ferro. A década de setenta inicia a ampliação das modalidades dentro do universo do skate, como o Slalom, o Downhill Slide, o Freestyle e o Vertical. No final desta década o skate começa a revelar uma identidade própria e se vincula aos movimentos de contracultura, como o punk, rock, new wave.



ANOS 80 A década de oitenta marca a cultura do faça você mesmo. Os skatistas faziam suas rampas de madeira e em pouco tempo a tecnologia voltada para os equipamentos e inovações no esporte se desenvolveram. Em 1982 Rodney Mullen inventa o ollie, manobra que foi base para a criação de muitas outras. A modalidade street começou a ser disseminada explorando inúmeras superfícies do espaço urbano, como paredes, corrimões, caixotes, escadas, o que tivesse na rua poderia se tornar um obstáculo.



ANOS 90 O skate começa a se profissionalizar no mundo, visto que na medida em que os equipamentos de suporte ao esporte se desenvolviam cada vez mais rápido por causa da tecnologia e das mídias. Consequentemente despertou nos skatistas o interesse pelo reconhecimento do esporte. Em 1994 surge o WCS – World Cup of Skateboarding que consolidou o circuito mundial do skate. Em decorrência dessa exposição, milhares de pistas surgiram. Nos anos noventa foi criado o X-Games, que é um evento de grande proporção. Ele se equipara aos jogos olímpicos, porém dos esportes radicais (motocicleta, rally, bmx, esqui, snowboard, snowmobile, escalada, surfe, wakeboard, etc). Em decorrência dessa disseminação global, o skate alavancou com mais força. São inúmeros patrocinadores envolvidos, desde o seu início o X-Games é televisionado em mais de 190 países.



ATUALMENTE O skate alcançou uma proporção global estruturada, em que existe um mercado direcionado exclusivamente ao esporte. Nos anos 2000 as competições de skate contavam com grandes atrações globais e atletas. Os eventos direcionados ao skate se transformaram em turnês mundiais.

O skate está ultrapassando as barreiras do preconceito e sendo cada vez mais valorizado e aceito pela sociedade. Os adeptos do esporte evocam uma nova forma de viver, na qual o corpo se manifesta no espaço de forma mais livre.

São novos contextos urbanos que ampliam e potencializam os contatos e interconexões sociais que acontecem sobre a cidade latente. Os skatistas profissionais transbordam o A prática do skate cria grupos que se identifipapel do atleta, pois eles também influenciam cam com determinadas características que hoje são inerentes à essa cultura. culturas, comportamentos e estilos de vida. Participam de filmes e publicidade de marcas que não são específicas do universo do skate.



CATEGORIAS



STREET É uma categoria que abrange os obstáculos presentes no espaço público. No universo do skate desta categoria se apropria da cidade espontaneamente contemplando qualquer equipamento urbano que estiver pela frente do praticante, por exemplo: bancos, corrimões, escadas, caixotes, meio fio, paredes, quebra-molas, etc.



DOWNHILL SLIDE (DHS) É a categoria que mais se assemelha com o surfe. Foi aonde tudo começou, primeiramente se apropriando de superfícies lisas como calçadas, ruas e ladeiras. Antigamente essa categoria era conhecida também como sidewalkingsurfing (surfe de calçada), no qual se deixava levar pela da geografia urbana ao longo das curvas, das descidas e das subidas.



VERTICAL O vertical se caracteriza pelas especificidades dos obstáculos direcionados para a prática do skate. São eles: rampas, bowls, banks, halfpipes, pirâmides, etc. É uma categoria do skate tão desafiadora quanto o street que demanda criatividade e coragem.



CONTEXTO BRASIL


Aumento de skatistas no Brasil

2009

2015

4 MILHÕES

8,5 MILHÕES

DATAFOLHA, Praticantes de Skate. Disponível na Internet via WWW.URL: http://www.umti.com.br:8040/uploads/ckeditor/attachments/4449/Pesquisa_Datafolha_2015.pdf. Data de acesso: 03 de abril de 2018.


Skatistas por gênero no Brasil

1.600.000 MULHERES

Condição Social

CLASSE MÉDIA

[classes B e C]

DATAFOLHA, Praticantes de Skate. Disponível na Internet via WWW.URL: http://www.umti.com.br:8040/uploads/ckeditor/attachments/4449/Pesquisa_Datafolha_2015.pdf. Data de acesso: 03 de abril de 2018.


115/215 norte

UNB

M 4 K

TEMPO

deslocamento entre diferentes modais

parque olhos d’água

palácio do buriti rodoviária


E SE...

4 KM 54 min

4 KM 18 min

15 min

4 min

Pensar o skate como um modal tem inúmeras vantagens. Uma delas é a flexibildade de seu uso, compartilha a mesma via que o pedestre o ciclista e o carro, é compacto, alcança uma velocidade razoável, entre a do pedestre e a do ciclista, além disso é um meio de transporte limpo que não emite gases poluentes e nem causa muito ruído.

4 KM

O skate pode ser capaz de preencher algumas lacunas durante os deslocamentos, sendo considerado neste tipo de situação como um meio e transporte intermodal.

4 KM

skate como modal



CONTEXTO BRASÍLIA



DF Existem inúmeros equipamentos voltados para o esporte e lazer espalhados pelo o Distrito Federal. Dentre esses equipamentos prevalecem as quadras poliesportivas, parques infantis e aparelhos de ginástica No Distrito Federal existem ao todo vinte e cinco espaços públicos para andar de skate.

Vinte e uma delas são pistas direcionadas para o esporte e as outras quatro são lugares que possuem situações urbanas que propiciam a prática. No entanto, as pistas que existem até então, se encontram dispersas pela região e nenhuma delas integram a paisagem, com excessão dos parques e do setor bancário sul.


eixĂŁo [domingos e feriados]

half lago norte

sukata parque da cidade SBS [setor bancĂĄrio sul]

deck sul

ermida dom bosco


PLANO PILOTO Ao ampliar para a esfera do Plano Piloto, evidencia-se que não existe nenhum equipamento de suporte para o skatista. Existem os parques, o Setor Brancário que atende aos adeptos da modalidade street e o eixão aos domingos e feriados que contemplam a categoria do Downhill slide. O halfdo lago norte é afastado do centro, o acesso é restrito e a rampa demanda manutenção.

O “sukata” está localizado no Cruzeiro, porém também demanda manutenção constantemente. A única pista de skate em Brasília que está em boas condições é a do Deck Sul, porém o acesso também é restrito e em volta não têm nenhum comércio local que atenda às necessidades báscicas de qualquer pessoa .



CONTETXO DE CADA PISTA


CATEGORIA

PISTAS DE SKATE

STREET

bancário sul parque da cidade

DOWNHILL

DISTÂNCIA DA RODOVIÁRIA DO PLANO PISTAS DE SKATE PILOTO

VERTICAL

bancário sul

STREET

DISTÂNCIA DA POTENCIAL DE AGLUTINAÇÃO DE POTENCIAL DE INTERAÇÃO ENTRE DE AS AGLUTINAÇÃO DE POTENCIAL EXPOSIÇÃO CATEGORIA RODOVIÁRIA DO PLANO PESSOAS PESSOAS NA ATIVIDADE PESSOAS PILOTO

ALTO MÉDIO VERTICAL BAIXO DOWNHILL

ALTA

1,4km

1,4km

parque da cidade 3,8km

3,8km

eixão do lazer

eixão do lazer

7,5km

7,5km

deck sul

deck sul

8,8km

8,8km

sukata

sukata

12km

12km

half do cave

half do cave

14km

14km

bambam

bambam

14,6km

14,6km

skate park taquari half do lago candangolândia

skate park taquari 15km half do lago

15km

15,4km

15,4km

candangolândia 15,7km

15,7km

ermida

ermida

18km

18km

riacho

riacho

22km

22km

ac bowl

ac bowl

23km

23km

são sebas

são sebas

23,6km

23,6km

areal

areal

24,7km

24,7km

sobradinho II

sobradinho II

26km

26km

jequitibás

jequitibás

26,5km

26,5km

samambaia

samambaia

29km

29km

santa maria

santa maria

29km

29km

psul

psul

30km

30km

praça do eucalipto hellcanto

praça do eucalipto 31,4km hellcanto

31,4km

31,8km

31,8km

gama

gama

40km

40km

planaltina

planaltina

60km

60km

MÉDIA ALTO

BAIXA MÉDIO ALTA BAIXOMEDIA


ERAÇÃO ENTRE AS EVASÃO AUDITIVA ATIVIDADE

EXPOSIÇÃO VISUAL PERÍODO DO DIA

TARDE DIA ALTA BAIXAMEDIA ALTA BAIXA MEDIANOITE BAIXA

PERÍODO DA SEMANA EVASÃO AUDITIVA

ALTAMANHÃ MEDIASEG-SEX BAIXA

SAB-DOM NOITE

PERÍODO DO DIA

RAMIFICAÇÕES PERÍODO DA SEMANA

1°GRAU (local) 2°GRAU (urbano) TARDE MANHÃ SEG-SEX

3º GRAU (regional) 1°GRAU (local) SAB-DOM

RAMIFICAÇÕ

2°GRAU (urbano


RESUMO DOS DADOS


RESUMO DOS DADOS



SKATE LAB

treinamento, entretenimento e cultura


Introdução ao skate lab uma reflexão sobre a cidade latente

O skate lab propõe repensar as funções e as camadas latentes através da experiência corporal e contemplativa inserida na paisagem do cotidiano brasiliense por meio do skate. Este projeto busca reconsiderar a estrutura setorizada do plano piloto. Em razão das quatro escalas: monumental, residencial, gregária e bucólica, atento-me primeiramente para a escala monumental. Sendo assim, esbarro na dificuldade de assimilar diferentes usos para determinados espaços dessa escala.

Em contraponto à monumentalidade, existe a escala mais intimista da cidade aonde eventualmente persistem outras funcionalidades latentes, as quais se conceberam por meio de um movimento que partiu das pessoas que vivem Brasília no dia a dia. Isso estabelece um vínculo com outras temporalidades que estão subtendidas em outros espaços que fazem parte da cidade patrimônio. Uma evidência disso está nos interstícios urbanos, que ora criam novas conexões proporcionando outras relações entre o espaço e as pessoas.


Desperta-me nesse processo de análise uma questão muito delicada: os vazios. Eles podem ativar vários lugares como também serem influenciados por estes lugares. Pois a cidade não é um corpo solitário, ela tem uma conformação líquida. E o skate é uma das sobreposições a esta cidade concreta.



MEMÓRIA DE PROJETO

No início da concepção desse projeto, a ideia era fazer um centro de treinamento de skate na zona central da cidade, mais precisamente no eixo monumental. Analisei as problemáticas a respeito da cidade patrimônio e as quatro escalas descritas no relatório do Plano Piloto. Em seguida me questionei de qual seria a relevância deste projeto para ocupar uma área de tamanha monumentalidade.



Estudei uma referência que propunha o preenchimento das áreas verdes do eixo monumental ao longo da esplanada dos ministérios. Esse projeto mencionado é o do Parque da Esplanada que foi esboçado pelo renomado arquiteto e paisagista, Roberto Burle Marx. Esse parque urbano iria dividir a esplanada nos cinco biomas brasileiros e havia todo um cuidado em relação ao uso da água, desde a captação, o armazenamento e o conforto ambiental. Mas infelizmente, por motivos que não são explicados até hoje, Burle Marx foi afastado do desenvolvimento do projeto de construção do paisagismo da nova capital.¹


Ao observar a magnitude da proposta de Burle Marx para o Parque da Esplanada, ficou evidente a notória conexão e permeabilidade horizontal que este parque proporcionaria. Portanto, concluí que o eixo monumental não seria o melhor lugar para construir uma pista de skate, pois acredito que em um projeto nessa escala os skatistas não se sentiriam acolhidos pela cidade. O skate pulsa urbanidade. Visto isso, procurei nas escalas cotidianas da cidade patrimônio aonde seria mais propício atrair essa cultura. E ao ler o Relatório do Plano Piloto, Lúcio Costa expressa a seguinte questão que foi fundamental para a escolha do lugar.


"COMPLEMENTAR

COM SENSIBILIDADE E LUCIDEZ

O QUE AINDA LHE FALTA, PRESERVANDO

O QUE DE VÁLIDO SOBREVIVEU."

Costa, Lúcio. Ingredientes da concepção urbanística de Brasília. In Registro de uma vivencia. São Paulo: Empresa das Artes, 1995. Pág. 282.



W3

Considerando a importância do processo dessa análise, escolhi trabalhar no cenário da avenida W3. Pois nela existe uma sutil ambiguidade . Essa via é monumental em tamanho e ao mesmo tempo cotidiana em sua essência. A W3 já foi a principal avenida comercial de Brasília, palco dos desfiles de carnaval e de muitos outros eventos da cidade.

Hoje a W3 é uma rua que está marginalizada e sem nenhum atrativo que proporcione vitalidade urbana. Esse cenário me sensibilizou e nele vi a oportunidade de trazer uma proposta para ressaltar essa vitalidade junto com e a identidade local por meio da cultura do skate.



PLANO DE REVITALIZAÇÃO URBANA PONTUAL

A W3 está situada numa área privilegiada em Brasília. A ideia é fazer um planejamento de revitalização urbana gradual. Dessa forma, isso pode vir a se tornar uma oportunidade para o surgimento de novas arquiteturas que respondam à urbanidade de Brasília. Entende-se urbanidade como a construção de uma cidade para e com as pessoas. Acredito que através de intervenções pontuais seria uma das formas de requalificar a W3, criando uma rede de de núcleos urbanos compactos, densos com usos diversificados e mistos.

Dessa maneira a tendência é das pessoas desenvolverem atividades de vida cotidiana em pequenos deslocamentos sem depender necessariamente de um veículo motorizado que emite gases poluentes e que demandam espaços impermeabilizados para se delocar e estacionar.



PADRÕES URBANOS W3 SUL

[frequência]

[frequência]

[frequência]


PADRÕES URBANOS W3 NORTE

[frequência]

[frequência]

[frequência]



W3

O primeiro passo consiste em requalificar primeiramente as áreas que tem os interstícios urbanos como limite de sua projeção.

W3 SUL

W3 NORTE

W3 SUL

W3 NORTE


A QUESTÃO DA

A REVITALIZAÇÃO DA W3

TRANSBORDA AO PONTO

DE QUERER FAZER COM QUE ELA SEJA UM CAMINHO DESEJADO



O TERRENO


W3 W3NORTE NORTE

Na W3 Norte Norte possui existe um A W3 umcontexto contexto urbano que se enquadra urbano que se enquadramelhor melhorcom comoo cenário do skate. Predominam nessa cenário do skate. Predominam nessa zona zonaas astipologias tipologiascomercial comercialee institucional. institucional. EAo ao tomar tomar essa essa decisão decisão me me deparei deparei com os vazios urbanos e reparei com os vazios urbanos e repareinos nos usos que eles tinham de acordo com usos que eles tinham de acordo com cada cadasituação. situação. Em Emgeral geralos osproblemas problemasinerentes inerentesàà cidade recaem sobre os interstícios cidade recaem sobre os interstícios urbanos. urbanos. EEesses essesvazios vaziosao aologo logoda daW3, W3,na nasua sua maioria, são atualmente utilizados maioria, são atualmente utilizados como comoestacionamentos estacionamentosou oucomo comoum um espaço para inserir estruturas espaço para inserir estruturas efêmeras efêmerasde desuporte suporteààpopulação. população.




W3 NORTE Paisagens deterioradas são recorrentes ao longo de toda a extensão da avenida W3. BECOS ESCURIDÃO SUJEIRA INVISIBILIDADE INSEGURANÇA

SCLRN 708

Setor Comercial Local Residencial Norte



TOPOGRAFIA




FLUXOS





Planta de situação

+5

1 . ponto de ônibus 2 . skate lab 3 . bowl edificações existentes vegetação

+3


+2 +1

+4 3

+3

+2 +3.5

+4

1

+3

2

0

+1

0

5

15

30


A

WC

Pavimento Superior [+3.00] - acesso para o térreo e subsolo; - rampa de skate. Térreo [00.00] - acesso para o pavimento superior e subsolo; - rampa de skate.

B

B s

Subsolo [-3.00] - espaço maker; - bar; - banheiros.

subsolo [planta baixa]

térreo [planta


A

WC

[planta baixa]

A d

d d B s B

B

d B

s

ubsolo planta baixa]

tĂŠrreo [planta baixa]

s

tĂŠrreo [planta baixa]

pavimento superior [planta baixa]

pavimento superior [planta baixa] 0

1

2

5

10


DESCRIÇÃO O skate Lab é um lugar que busca contemplar o esporte como entretenimento, treinamento e cultura. O edifício não surgiu através de um programa de necessidades específico. Ele foi concebido a partir das intervenções na paisagem existente. perspectiva isométrica perspectiva isométrica [corte B][corte A] 0

1

2

5

perspectiva isométrica [corte B] 10

0

1

2

5

10


No subsolo do edifício ficam os sanitários, o bar e o espaço maker. Esse último é uma das estruturas de apoio que propõe trazer a inclusão digital da comunidade e adequar as tecnologias de frabricação digital à cultura do skate. Como mencionado, o skate tem na sua base a “cultura do faça você mesmo”. Acredito que é importante disponibilizar os softwares e os maquinários adequados para que os próprios skatistas consigam produzir ou consertar as suas próprias pistas, obstáculos e skates. O Skate Lab cria oportunidades para o desenvolvimento de um entendimento e uma reflexão sobre o processo de produção e construção aplicado ao panorama do skate. Isso é capaz de proporcionar autonomia ao usuário e quem sabe até despertar novos horizontes. perspectiva perspectiva isométricaisométrica [corte B] [corte B] 0

1

20

1

25

510

10



A PELE

O MECANISMO

A emoção do skate está no equilíbrio instável de fluir pela superfície enquanto desfrutamos o instante de cada momento do movimento.

Através da combinação de sensores de temperatura e de energia cinética, a pele do edifício reage conforme a intensidade da movimentação das pessoas dentro e no entrono imediato do edifício.

Assim como a vitalidade do skate, os elementos que compõem uma parcela das fachadas do edifício, reproduzem um reflexo que é natural do corpo humano. O arrepio. Nossa pele pode se arrepiar por duas razões. A primeira é uma termorregulação. E a segunda é pelas emoções que sentimos que também fazem a nossa pele arrepiar.

Com isso cria-se um lugar que reflete a vitalidade urbana, concretizando o abstrato. Esse mecanismo também proporciona ventilação e “controle” da luz. Durante o dia o efeito visual flui da paisagem externa para o interior do edfício, e no período da noite o efeito é contrário, sendo de dentro para fora.





ESCADA [acessada pela fachada da via W3]



DICIONÁRIO



banks é uma pista em formato de bacia. entre o coping e a transição não tem parede de 90º bowl é uma pista em formato de bacia. entre o coping e a transição tem parede de 90º box caixote ou banco

B



carve é uma técnica de deslizamento coping é a borda na parte superior da pista. formada por um perfil redondo de ferro copingblock é a borda na parte superior da pista. formada por um bloco pré-moldado de concreto

C



downhill é a descida de uma rua, ladeira, avenida ou calçada downhillskide é uma modalidade no skate aonde o skatista desce deslizando sobre a ladeira. conhecida pela sigla dhs drop é o ato de descer de uma rampa a partir do topo. No Brasil usa-se o termo “dropar” ao invés de descer.

D



fake andar de skate com a base invertida flat superfície reta funbox é um obstáculo formado pela mistura de duas volumetrias, na base tem um tronco de pirâmide e no seu topo tem um caixote que pode começar na subida e terminar na descida, ou apenas aonde é flat

F



gap superfície mais alta, aonde o skatista pula desta para o chão. Também é uma distância (vazio) entre duas superficies no mesmo plano goofy é a base com a perna esquerda na frente grind manobra na qual o skatista desliza utilizando o truck do skate

G



halfpipe Ê uma pista com o formato de um U, como se fosse a matede de um tubo. Existem variaçþes dentro deste tipo de pista, pode ser muito pequena, pequena, grande ou mega.

H



jam Ê o encontro para uma seção de skate.

J



linha ĂŠ o nome dado a uma sequĂŞncia de manobras

L



nose ĂŠ a parte da frente do skate, seu tamanho e curvatura variam de acordo com o modelo do shape

N



pipe é um obstáculo que tem o formato de um tubo, pode ser retilíneo ou curvilíneo.

P



quarter é um obstáculo que tem o formato de um quarto de um tubo, este também pode ser retilíneo ou curvilíneo

Q



regular ĂŠ a base com a perna esquerda na frente.

R



shape é a prancha do skate, geralmente feita com laminado colado de madeira. Seu tamanho e design variam de acordo com a modalidade do andar slide derrapar com o skate spine é um obstáculo formado através do encontro entre as transições de duas pirâmides ou rampas snakerun grande pista de concreto no formato de uma serpente,as bordas, em geral são arredondadas savana é um obstáculo trapezoidal, formado por duas rampas retas e uma plataforma flat, pode ter corrimão ou trilhos ao longo street modalidade que se apropria do espaço urbano desvendando obstáculos que já estão presentes na rua.

S



tail ĂŠ a parte traseira do skate, seu tamanho e curvatura variam de acordo com o modelo do shape trick manobra truck ĂŠ o eixo do skate aonde se encaixam as rodas

T



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BURLE, Augusto. Brasília, Roberto, Oscar, Juscelino e Guignard. Folha, Rio de Janeiro, n. 18, Sociedade dos Amigos de Roberto Burle Marx, p. 50-57. 2. (Costa, Lúcio. Ingredientes da concepção urbanística de Brasília. In Registro de uma vivencia. São Paulo: Empresa das Artes, 1995. Pág. 282.) 3. SOTRATTI, Marcelo Antônio. Revitalização. In: REZEENDE, Maria Beatriz; GRIECO, Bettina; TEIXEIRA, Luciano; THOMPSON, Analucia. (Orgs.). Dicionário IPHAN de Patrimônio Cultural. Rio de Janeiro, Brasília: IPHAN/DAF/Copedoc, 2015. (verbete). IS BN 978-85-7334-279-6. 4. OKANO, Michiko. Ma – a estética do “entre”. REVISTA USP, São Paulo, n. 100, p. 150-164. DEZEMBRO, JANEIRO, FEVEREIRO 2013-2014.


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