café Sete produtores mineiros estão entre os 10 melhores do País
PETs Gestação de cães deve ser acompanhada por veterinário Página 76
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expozebu 2011 Feira trará o tema “Qualidade e tecnologia na sua 77ª edição Página 60
r$ 7,90 | nº 43 | abril de 2011 | ANO 5
nº 43 | abril de 2011 | ANO 5
touro girolando
Bons resultados ...Página 18 InteRural - Revista do Agronegócio | Abril de 2011
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(37) 9983-4610 | (37) 9984-2597
J OA F IV D O lo J U R IT I re CAl x Mode a ob Serra N l foi campeã d a e im v n a jo m A ia feme categor assos 2011 P na EXPO elhor ubere ã pe m Cam Jovem EXPO Femea 2011 PASSOS grande a erv da Res da Expo Campeã 1 201 Passos
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InteRural - Revista do Agronegócio | Abril de 2011
Expediente Direção geral Mário knichalla Neto mario@interural.com Jornalista responsável Wolney Domingos Mtb 04.847 MG
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Diretora Executiva Layse Bento layse@interural.com Revisão Aline Defensor alinedefensor@hotmail.com Diagramação Wilson Vilela Gonlçalves 34 9651-2041 Redação Wolney Domingos wdqueiroz@gmail.com Consultores de Venda Camila Felizardo pet@interural.com Daiane Lemes daiane@interural.com Leonardo Naves Siqueira agricultura@interural.com Lydiane Caixeta lydiane@interural.com Consultoria Jurídica Breno Henrique Alfonso de Arruda Fotógrafos Colaboradores Clécio Duarte / Ernane Silva Colaboradores Agripoint / ReHagro Pré-impressão XPress Digital Impressão Gráfica Brasil InteRural Uberlândia - MG Rua Rafael Marino Neto, nº 600 Bairro Karaíba, Ubershopping, loja 56 contato@interural.com (34) 3210-4050
Editorial Para o setor do agronegócio brasileiro, o mês de abril foi quente no campo da política. Entre os assuntos que agitaram o setor produtivo, o mais acalorado diz respeito à votação do propalado Código Florestal. Cerca de 15 mil produtores rurais de vários Estados brasileiros fizeram uma manifestação em frente ao Congresso Nacional para pressionar pela aprovação da reforma do Código Florestal, que está em discussão na Câmara dos Deputados. Representantes do agronegócio defendem o texto apresentado pelo relator da proposta, o deputado Aldo Rebello (PCdoB - SP), que, de maneira centrada, procura ficar de bem com as partes interessadas na questão. O projeto de lei foi aprovado no ano passado em uma comissão especial na Câmara. O texto foi alvo de contestações de ambientalistas, da comunidade científica e de movimentos sociais ligados à área rural. Os fiscais federais agropecuários, servidores públicos do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), responsáveis por certificar a qualidade dos produtos brasileiros ou importados, já sentem os reflexos da redução de custos instituída pelo governo federal. Nos últimos dias, muitos deles deixaram de cumprir inspeções técnicas por conta do contingenciamento na pasta. O Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) alerta para o risco de ingresso de novas doenças e pragas na agricultura e pecuária nacional devido à limitação orçamentária, que tem impedido a fiscalização. O sindicato já encaminhou ofício à presidência da república, pedindo providências para que a cadeia produtiva nacional não fique prejudicada. O corte de verba foi por meio do decreto n° 7446/11. O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, confirmou a participação na abertura oficial da 77ª ExpoZebu, no dia 03 de maio, no parque Fernando Costa, em Uberaba/MG. A confirmação foi feita ao presidente da ABCZ, Eduardo Biagi, durante audiência em Belo Horizonte/MG, onde o governador recebeu o convite oficial da feira. Após o final das inscrições de animais para a 77ª ExpoZebu, a ABCZ contabiliza 2.980 inscrições. Em 2011, a raça com maior número de animais participantes será a Gir Leiteiro, com 983 exemplares inscritos. Em nossa matéria de capa, destacamos o Girolando RBC, que é a marca comercial da Fazenda Retiro da Barra, de Cássia, no sudoeste de MG, que trabalha com Girolando, considerada a raça leiteira tropical e atualmente responsável pela maior parte da produção brasileira de leite. O proprietário da fazenda é Roberto Antônio Pinto de Melo Carvalho, engenheiro, consultor, pecuarista e também conselheiro da Associação Brasileira de Criadores de Girolando. A matéria fala do trabalho do Girolando RBC como produtor de leite, comércio de animais (reprodutores e matrizes) de genética superior para melhoramento da raça. A edição deste mês destaca os negócios do mercado de leilão, artigos técnicos voltados para diferentes setores e muita informação em cadernos especializados. Boa Leitura. Uma boa leitura,
InteRural Itumbiara - GO Av. Beira Rio, 1001, sala 07 Itumbiara-GO interural.go@hotmail.com
Wolney Domingos Editor
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r$ 7,90 | nº 38
Leilão Querença
Bem-estar de bezerros página 32
| outuBro de 2010
| Ano 4
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página 86 LEILão
PECUÁRIA
Que café nós bebemos
do Agronegócio Interural revista
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EspEcial lEilõEs página 24
CAFÉ
no Campo ores Projeto Educmação nos pequenos produt
Empresas investe tecnologias em dia de e apresentam novas campo em Uberlândia ão em malha Irrigação por aspers Pasto verde o ano Inteiro a 40
págin
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Sumário InteRural News 6
|
Revista InteRural
Notas 10 |
Análise de Mercado
Notícias em Alta 16 |
Alta se mantém como líder
Agricultura 30 |
Safra de algodão deve bater recorde
Página 18
Touro Girolando derruba preconceitos
32 34 36 34 42 44 46
| Relevância da cana na agricultura | Cafeicultores mineiros entre os melhores do país | Chineses visitam Goiás | Crescimento da indústria de rações | MPF denuncia concessão de crédito no Pará | Equilíbrio nutricional do cafeeiro | Cat Uberlândia realiza X Show Tecnológico
Pecuária 52 54 56 60 64 66 68 71 52 72
| Novos tempos para o Girolando | Quantas vezes ao dia se deve fazer a ordenha? | Suplementação Mineral para bezerros | 77ª Expozebu | Result: Uma empresa de resultados | Plantel Morada Corinthiana | Dia de Campo sobre Simental Brasileiro | IV Semana de Preservação dos Recursos Hídricos | Novos tempos para o Giroland | Adequação de Laticínios
Ovinos 74 |
Leilões Prolificidade do rebanho
Pet 76 | 78 |
Shih-tzu Gestação dos cães
84 | 1º Leilão Anual True Type da Fazenda São João 85 | Entrevista Toninho Frazão 86 | Leilão Java Pecuária e Fazenda Valinhos
Brahman 80 | 82 |
Crescimento da raça no Paraná XV Congresso Mundial da raça Brahman
88 |
1° Leilão Excelência dos Araxás
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A Expass se consolida como uma das maiores do Brasil A 47ª Expass, Exposição Agropecuária e Industrial de Passos, foi realizada de 18 a 28 de março de 2010, no Parque de Exposições Adolpho Coelho Lemos. A Expass deste ano foi considerada pelos organizadores um grande sucesso e está entre as cinco maiores feiras agropecuárias de todo o Brasil. Este ano apresentou novidades, atrações, leilões, exposições das melhores raças e shows todos os dias, com destaque para a dupla Gino & Geno e para o cantor Luan Santana.
FENICAFÉ 2011
INTERURAL NEWS
1° Leilão Excelência dos Araxás Girolando reuniu tradição e qualidade A equipe da Revista InteRural acompanhou, no dia 08 de abril, a realização do 1° Leilão Excelência dos Araxás - GIROLANDO. O evento aconteceu nas dependências do Tauá Grande Hotel de Araxá. Os convidados, principalmente os que não conheciam, ficaram impressionados com a beleza do local, já que o hotel é um dos mais tradicionais de Minas Gerais. O 1° Leilão EXCELÊNCIA DOS ARAXÁS – GIROLANDO teve à frente da organização as Fazendas Engenho e Congonhas, Nelson Ariza, e Tropical Genética, Paulo Ricardo Maxiano. Esses empreendedores desenvolvem um trabalho de alto padrão voltado ao desenvolvimento da raça Girolando.
Evento se consolida como um dos melhores do segmento leiteiro da região No dia 10 de abril, com a organização da Nova Sat e transmissão do Agrocanal, pecuaristas de todo o Brasil puderam analisar o
Entre os dias 06 e 08 de abril, em Araguari, acompanhamos a realização da FENICAFÉ, que tem como objetivo divulgar a importância da irrigação e seus sistemas, mostrando lançamentos de produtos e equipamentos, bem como os resultados de pesquisas para o incremento da produtividade e da qualidade do café do cerrado brasileiro. A Realização é da Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA). Durante o ano, a associação orienta todos os cafeicultores a trabalharem de forma sustentável, tentando, cada vez mais, otimizar processos, garantindo a sustentabilidade da produção.
melhor de uma genética leiteira apurada com muito critério e profissionalismo, em um trabalho que vem sendo feito com tradição há muito tempo. O 3º leilão anual da Fazenda Valinho e Java Pecuária vai se consolidando pela qualidade dos animais ofertados ,organização e credibilidade. À frente das propriedades estão Magnolia, Daniel, Paulo e Daniela. Os anfitriões receberam os convidados na casa de evento Ônix em Uberlândia.
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Edição Triângulo Leite Prata-MG
2° LEILÃO TROPICAL LEITE
250 FÊMEAS
& convidados
DIA 20/05 19 HORAS
foto clécio duarte
GIROLANDO E GIR LEITEIRO
Realização
Leiloeira
Apoio
34 3211-5259 / 9812-1990
Assessoria
Patrocínio
34 9105-5559
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46ª EMAPA A equipe da InteRural e Girbrasil esteve presente em um dos mais tradicionais eventos da agropecuária brasileira a 46ª EMAPA – Exposição Municipal e Agropecuária de Avaré, que contou com a participação de 10 raças bovinas de corte e de leite e 5 equinas. A feira, anualmente realizada no Parque de Exposições Fernando Cruz Pimentel, foi um grande sucesso em 2010 e aposta alto em novidades para os criadores, ao público e em sua longa tradição para, mais uma vez, quebrar recordes, tanto em faturamento quanto em número de animais inscritos, e conta com a presença de mais de 30 mil visitantes durante os 15 dias do evento.
CAT Uberlândia realiza X Show Tecnológico
INTERURAL NEWS
O consultor Comercial Leonardo Naves, da Revista InteRural, acompanhou a realização do X Show Tecnológico do CAT Uberlândia. Com o objetivo de proporcionar conhecimento e apresentar informações e novas tecnologias, o CAT Uberlândia realizou o X Show Tecnológico, voltado para as culturas de milho e soja. O evento foi realizado nas fazendas Bom Jardim e Alvorada, dos produtores Daniel Rodrigues Lopes e João Alberto Mendonça. A Fenicafé, realizada há 16 anos pela ACA, reúne todo ano produtores, empresários, comunidade científica, estudantes e comerciantes ligados à cafeicultura brasileira, além de autoridades locais e nacionais para conhecer as novas tecnologias do setor e enriquecer seus conhecimentos por meio de palestras e simpósios. Este ano, o evento acontece de 6 a 8 de abril, no Pica Pau Country Club, em Araguari. A realização é da Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) e da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.
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Maior leilão de gado da pecuária mundial cresce 28% em volume de animais A Estância Bahia é a maior leiloeira do Mato Grosso e há vinte anos vem inovando na comercialização de animais de corte e de reprodução com a realização de eventos ousados e de grande porte; a cada dia supera os seus próprios recordes. E com o objetivo de comemorar os dez anos de atividades do grupo e divulgar a empresa em todo o Brasil, a Estância Bahia inovou e, em 2001, idealizou um grande leilão: o Mega Leilão da Estância Bahia. Em sua primeira edição, pretendia comercializar, no mínimo, 10.001 animais. A meta foi ultrapassada e o evento ofertou mais de 12.000 cabeças. Mas se enganam aqueles que pensam que o Grupo Estância Bahia se pauta pela venda de grandes quantidades. “Os recordes não são a nossa meta. O nosso maior objetivo é oferecer qualidade dos nossos serviços com seriedade, honestidade e liquidez absoluta. Temos certeza que estamos cumprindo”. Destaca Maurício Tonhá, Diretor da Estância Bahia.
Tv InteRural No dia 03 de Abril a InteRural comemorou o quinto leilão consecutivo de corte da Leilopec transmitido ao vivo pelo Site. A parceria tem possibilitado aos compradores e vendedores realizar bons negocio no conforto de suas casas. Vai acontecer no dia 30 de Abril o Primeiro Leilão Estrelas de Deus de Gir Leiteiro, no Centro de Eventos RKC em Uberaba com a realização de Solé Genética de Raça e transmissão ao vivo pelo site da InteRural. Este leilão é o quarto que transmitimos com a supervisão da Programa Leilões. Consulte-nos para transmitir seus eventos! (34) 3210-4050 | mario@interural.com
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Consultoria Agrícola Rodrigo Brandão – Ápis Consultoria - (34) 9117-9553
Riscos da atividade agropecuária
NOTAS
Todo empreendimento produtivo que busca a lucratividade possui riscos, e a agricultura não foge desse grupo. O objetivo desse lucro pressupõe a canalização de esforços para obter a maior produtividade, ao menor custo possível, e o maior preço de venda da mercadoria produzida. Dessa forma, o produtor, atualmente, precisa conhecer bem esses riscos para identificar problemas e procurar soluções pontuais para a sua produção. Basicamente, existem quatro tipos de riscos: Risco de produção: refere-se à possibilidade de o volume de produção esperada não se concretizar devido a eventos relacionados ao clima (seca, geada, excesso de chuvas, etc.) ou a outros, como pragas. Esse risco pode ser coberto com apólices de seguros agrícolas. Risco de crédito: refere-se tanto à possibilidade de uma das partes não honrar o compromisso assumido (pagamento ou entregada do produto/ serviço) como a falta de recursos por parte do produtor. Esse risco pode ser minimizado com a exigência de garan-
Produtividade
Custo de produção
Preço de venda
Lucro tias e com a busca de linhas de financiamentos, principalmente públicos, específicos para o produtor rural. Risco Operacional: decorre de falhas com equipamentos ou humanas na execução de processos e tarefas da atividade, ou seja, gestão empresarial inadequada. Esse risco pode ser combatido com um bom processo de recrutamento e manutenção dos equipamentos nos períodos pré-determinados. Risco de preço: representa a possibilidade de os preços oscilarem em sentido contrário ao interesse do agente no momento da comerciali-
zação. Nesse caso, o uso do mercado futuro como forma de proteção pode garantir uma estabilidade para o produtor quando o preço varia. Assim, existem problemas que, além de uma rápida e específica identificação, necessitam de um planejamento de longo prazo para não se tornarem um empecilho constante. Com exceção do risco referente ao clima, os outros podem ser combatidos com um bom trabalho de acompanhamento. Cabe ao produtor procurar esses procedimentos e se envolver em todas as práticas da atual gestão do agronegócio.
Análise de Mercado Rodrigo Brandão – Ápis Consultoria - (34) 9117-9553
MILHO – CCMK11
SOJA – SOJK11
Mercado firme no Brasil, com indicador registrando novos ganhos. O cereal permanece referenciando escassez de oferta no momento, dada concentração da colheita e logística na soja, impactando especialmente regiões consumidoras, como é o caso de São Paulo. O mercado tende a manter este quadro no curto prazo.
Fatores climáticos no Brasil corroboram como suporte para o preço. O investidor pode esperar um mercado consolidado nos atuais patamares, com grande potencial de suporte na ausência de fatores externos negativos. O gráfico da semana mostra a tendência de alta dos preços.
CCMK11 18/mar.
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SOJK11
Resultados – R$
Preço Máximo
29,03
Preço Médio Preço Mínimo
18/mar.
Resultados – R$
Num. de Negócios
259
Preço Máximo
30,21
Num. de Negócios
237
28,95
Preço de Abertura
28,90
Preço Médio
28,80
Fonte: Ápis Investimentos
30,19
Preço de Abertura
30,20
30,16
Fonte: Ápis Investimentos
Preço Mínimo
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17 17AA21 21DE DEMAIO MAIO ENTRADA ENTRADAFRANCA FRANCA BR BR251 251 Km Km5 5PAD-DF PAD-DF
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Máquinas ee equipamentos Máquinas equipamentos Campos demonstrativos Campos demonstrativos
Espaço de Espaço de Valorização Valorizaçãoda daAgricultura AgriculturaFamiliar Familiar Espaço Internacional Espaço Internacional
Pecuária Pecuária Hortifruti Hortifruti REALIZAÇÃO REALIZAÇÃO
APOIO
InteRural -APOIO Revista do Agronegócio | Abril de 2011 Secretaria de Secretaria de Agricultura-DF Agricultura-DF
PATROCINIO PATROCINIO
Ministério de Ministério do Ministério Desenvolvimento de Agricultura, Pecuária Ministério do Agricultura, Pecuária Desenvolvimento e Abastecimento Agrário e Abastecimento Agrário
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BOI – BGIH11 Parece que, apesar de uma safra complicada, com pouca oferta de animais, a expectativa é de que nos próximos meses a oferta aumente e assim se mantenha até o fim do ano, inclusive em outubro. Com a volta de uma semana útil completa, o volume de negócios se intensificou e favoreceu o avanço das escalas de abate dos grandes frigoríficos. Já os frigoríficos de menor porte seguem com a corda no pescoço. Mas o produtor já começa a ficar atento com o avanço da safra e o fator limitador de novas altas: o consumo. BGIH11 18/mar.
Resultados – R$
Preço Máximo
Num. de Negócios
Preço Médio
Preço de Abertura
Preço Mínimo
105,00
Fonte: Ápis Investimentos
Preste Atenção
Mês
As legendas das commodities na BM&F são organizadas da seguinte forma: os códigos representam o vencimento dos contratos e o número os anos. Assim, no exemplo, BGI refere-se ao boi gordo, V ao vencimento em outubro e 11 ao ano de 2011.
Código
Janeiro
F
Fevereiro
G
Março
H
Abril
J
Maio
K
Junho
M
Julho
N
Agosto
Q
Setembro
U
Outubro
V
Novembro
X
Dezembro
Z
BGI Código
v 11 Mês Vencimento
Ano
Investimentos - BM&F Rodrigo Brandão – Ápis Consultoria - (34) 9117-9553
NOTAS
Vantagens do Mercado Futuro Ao longo desta coluna, foram introduzidos conceitos do mercado futuro ao leitor. A partir destes, o produtor rural pode, cada vez mais, entender o funcionamento do mercado e como ocorre sua participação. Dessa forma, antes de colocar questões mais técnicas, o produtor necessita entender definitivamente o mercado e, por essa razão, a seguir são listadas quatro características que envolvem as vantagens do mercado futuro para o produtor rural. Aumento da liquidez do próprio mercado físico do produto agrícola. O mercado futuro permite melhor planejamento estratégico das atividades produtivas, evitando que os produtores tenham que vender sua colheita logo após a safra para fazer caixa. Dessa maneira, as vendas se distribuem melhor no tempo. Um benefício adicional é o de minimizar o uso da capacidade de armazenamento. Atração do capital de risco de fora da atividade da cadeia produtiva. Se o mercado fosse depender apenas dos membros da cadeia para operações de hedge de compra e venda, isso limitaria a liquidez dos contratos. Por exemplo, suponha que pecuaristas queiram
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fazer proteção de venda. Quem estaria na outra ponta, ou seja, quais seriam os compradores de contratos futuros de compra de boi gordo? Uma possibilidade seria os frigoríficos e supermercados fazerem seu hedge de compra. O mercado futuro, no entanto, pode se beneficiar se especuladores, que percebendo oportunidades de lucros na compra ou na venda de contratos futuros, trouxerem seus capitais de risco para o mercado. Com o aumento da liquidez e do volume de negociação, a formação de preços fica mais eficiente. Maior transparência com relação aos preços futuros dos produtos negociados. O produtor rural começa a perceber que a maioria dos agentes do mercado agroindustrial começa a oferecer garantias de preços futuros, abrindo a possibilidade de fazer negócios. Assim, chega a hora de mudar a forma de fazer sua estratégia de plantio: em vez de plantar para depois vender, ele pode vender para depois plantar. Agora o produtor está se sentindo dentro de um ambiente maior, o ambiente do agronegócio, o que acaba favorecendo o processo de disseminação de informações para toda a sociedade.
Redução de Riscos - Operações de Hedge. No linguajar do mercado, denomina-se hedging o ato de defender-se contra variações contrárias nos preços, e hedge como sendo a defesa em si. Os benefícios do hedging nos mercados futuros de commodities agropecuárias são muito evidentes. As cadeias agropecuárias, como a do boi, café, soja, milho, podem estabelecer um relacionamento muito mais harmonioso e um planejamento mais eficiente através do uso dos contratos futuros. O resultado final pode ser um preço menor para o consumidor e mais renda e emprego para as cadeias produtivas. Assim, os tipos e uso do hedge, proteção, merecem um foco especial e começarão a ser apresentados nas próximas edições.
Dr. Jaime Ribeiro da Luz, 971, CDN- Sala 15, Santa Mônica – Uberlândia (MG) - CEP.: 38408-188 Tel.: (34) 3221-8606 / (34) 9117-9553
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Exportação mineira de frango para o Japão pode aumentar em 2011
NOTAS
Apesar da crise que abalou o Japão depois do terremoto, há indicadores de que a participação de Minas Gerais nas exportações de frango para o mercado japonês pode aumentar. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as vendas do produto mineiro para o Japão, no primeiro bimestre de 2011, geraram receita de US$ 3,3 milhões. O valor obtido pelo Estado com a exportação do frango para o país asiático no primeiro bimestre deste ano é mais do que o dobro do registrado no mesmo período de 2010. A receita das exportações de frango para todos os mercados que adquirem o produto de Minas, no primeiro bimestre deste ano, foi de US$ 53,2 milhões, cifra que supera em 83% o valor registrado no mesmo período de 2010. Para o secretário de Estado de Agricultura, Elmiro Nascimento, os resultados das vendas internacionais do frango de Minas e, especialmente, a excelente situação do produto no mercado japonês devem ser atribuídos, entre outros fatores, ao alto grau de profissionalização das empresas avícolas mineiras.
Vendas de sêmen da raça Girolando crescem quase 40%
Suinocultores reclamam de preços Os suinocultores mineiros enfrentaram dificuldades para manter a rentabilidade do negócio ao longo do mês de fevereiro. No período, a queda nos preços finais da carne fez com que as indústrias reduzissem ainda mais a cotação do suíno vivo. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no acumulado do mês, foi registrada desvalorização de 19,5% em Ponte Nova, na Zona da Mata, e 17,4% em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, principais polos da suinocultura do Estado. A variação média em Minas Gerais
Visita de Obama teve promessa de compra de carne O governo Dilma Rousseff contabiliza ao menos um resultado concreto da visita do presidente dos EUA, Barack Obama, no curto prazo: a queda de barreiras sanitárias à importação de carne bovina brasileira in natura. A sinalização foi feita no fim de semana tanto pelo presidente americano como pelo vice-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Mike Froman. A pauta foi discutida reservadamente e não constava da lista dos dez acordos oficiais firmados. O Brasil, maior exportador de carne bovina do mundo, reivindica há anos o fim dessas barreiras.
ficou 9,3% inferior ao longo do mês – o preço mínimo por quilo do animal vivo chegou a R$ 2,80 e o máximo a R$ 3,24. A média de preço do animal comercializado em fevereiro foi de R$ 3,06, conforme os dados do Cepea. A expectativa é que o mercado interno registre alta nas cotações em março, favorecendo a rentabilidade dos suinocultores. Segundo o vice-presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), José Arnaldo Cardoso Pena, a queda nos preços teve como influência o aumento da oferta.
O assunto foi tratado diretamente entre os dois presidentes: "De todas as demandas do Brasil (algodão, etanol, aço etc.), a com mais chances de sair em breve é sobre a carne", disse Obama à colega na reunião privada. Pelo acordo em curso entre as duas nações, os Estados Unidos teriam de reconhecer 14 estados brasileiros, mais o Distrito Federal, como áreas livres de febre aftosa. O governo americano promete remover essas barreiras no meio deste ano, mas havia temores de atraso.
As vendas de sêmen da raça Girolando em 2010 registraram alta de quase 40%, segundo relatório da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia). Foram 291.892 doses vendidas contra 210.499 em 2009. Em cinco anos, a raça teve crescimento de 165%, saltando de 109.828 doses em 2006 para as atuais 291.892.
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CAT Uberlândia realiza seminário O CAT Uberlândia realiza no dia 26 de Abril as 19 horas no plenário da Câmara Municipal de Uberlândia o 1º AMBIETEC - Seminário sobre a aplicação das normas e legislações sociais e ambientais em vigor. Sua necessidade de adequação e aplicação da tecnologia e soluções alternativas comos temas: yy Utilização da renuncia e incentivo fiscal disponibilizada, yy Balanço social e ambiental, Resolução CFC 1.003/04 – NBC T 15 yy Certificação social NBR 16.001, 16.002 e 16.003, ISO 26.000, yy Lei Federal nº 12.187/09 – PNMC, Decreto Federal nº 6.961/09 – Zoneamento Agroecológico yy Lei Federal nº 12.305/10 – Gestão de Resíduos, yy Decreto Federal nº 7.358/10 – Comercio Justo yy Credito de carbono no paisagismo. Com o renomado palestrante TAKASHI YAMAUCHI especialista na área com extenso currículo yy Constituiu mais de 3.800 entidades do Terceiro Setor até 2009, yy Organizou o I ao Xº Encontro Nacional do Terceiro Setor e Iº ao Vº Encontro Nacional da Agencias de Desenvolvimento, yy Membro do Comitê da ABNT – sobre Responsabilidade Social, yy Membro da Comissão de Direito do Terceiro Setor OAB Inscrições ambietecmg@gmail.com Informações www.ambietec.com.br
Sulinox reforça linha de credito própria na expodireto A Sulinox Ordenhadeiras participa mais uma vez da Expodireto Cotrijal, que inicia hoje, segunda feira (14), e se estende até sexta-feira (18), em Não-Me-Toque, no interior gaúcho. "Nesta edição estaremos reforçando nossa linha de crédito própria, já que o corte no Orçamento da União afetou a linha pública", explica o gerente comercial da marca gaúcha, Norberto Viégas. Segundo o gerente, a linha de crédito Mais Alimentos destinada à pecuária leiteira foi fortemente prejudicada com a redução dos gastos federais. "E como o setor depende muito deste fi-
nanciamento, vamos aumentar o aporte para suprir a lacuna deixada pelas autoridades governamentais", relata. "Nosso objetivo é minimizar esta carência durante o evento", acrescenta. Na opinião de Viégas, a procura pelo financiamento privado deve ser boa na Expodireto. "O preço do leite está estável, num patamar de razoável a bom, o que explica esta tendência de demanda satisfatória", frisa. O estande da Sulinox traz a linha completa de produtos da marca, além do programa de gerenciamento de rebanho da parceira israelense Afimilk.
Sulinox e afimilk realizam curso de capacitação para revendedores Dez técnicos de revendas da Sulinox, localizadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Região Nordeste, irão participar de curso de capacitação de revendedores organizado pela Afimilk - parceira internacional da marca gaúcha especializada em gerenciamento de rebanho. "Estaremos mostrando como se instala o medidor de leite eletrônico e como é feita a sua manutenção imediata, para que o produtor não perca tempo esperando pela assistência técnica especializada", explica Lissandro Stefanello, coordenador da área de grandes produtores da Sulinox. O equipamento, disponível para comercialização nas revendas Sulinox há dois anos, coleta dados em tempo real para o gerenciamento do rebanho. "O produtor visualiza cada animal, com uma tomada de dados a cada ordenha", explica, acrescentando que o aparelho mede a eficiência da ordenhadeira e do próprio operador. A parte teórica do curso será realizada de 28 de fevereiro a 02 de março, na sede da Sulinox, em Alvorada, na região metropolitana de Porto Alegre.
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A parte prática será mostrada de 03 a 04 de março, em uma propriedade rural no município gaúcho de Anta Gorda, com a instalação dos medidores de leite eletrônicos. "É um pequeno produtor da agricultura familiar, que possui 33 hectares, o que mostra que a tecnologia está disponível para todos, dos pequenos aos grandes", salienta Stefanello. Segundo o coordenador, o produtor de Anta Gorda foi escolhido pela sua organização. "Ele acredita em planejamento e no gerenciamento da propriedade, e por isto investe em tecnologia. Então o escolhemos como exemplo", finaliza.
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Alta se mantém como líder do mercado de venda de sêmen
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Durante a realização de sua 16º Convenção Anual, a diretoria da Alta divulgou os resultados conquistados pela empresa no ano de 2010. Com um crescimento em volume de doses comercializadas na casa dos 20%, a empresa mantém a liderança de mercado conquistada em 2008, quando ultrapassou a marca de dois milhões de doses comercializadas em um único ano. O crescimento da empresa foi maior do que a evolução do mercado no mesmo período, que, de acordo com dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial, divulgados em 18 de março, foi de 13,7%. De acordo com o relatório da entidade, foram comercializadas no Brasil cerca de 10,4 milhões de doses de sêmen no entre janeiro e dezembro de 2010. O mercado nacional foi responsável por um crescimento de 14,71%, o que representa cerca de 6,1 milhões de doses de sêmen e ocupa quase 59% de toda a fatia de mercado. Já a importação do produto cresceu 12,3%, num total de 4,3 milhões de doses. Na divisão por raças, o sêmen para animais de corte cresceu 15,6%, totalizando 6 milhões de doses e sendo responsável por quase 58% do total comercializado no país. As raças de leite ficaram com um crescimento de 11,2%, somando 4,4 milhões de doses. As raças mais comercializadas são Nelore, Holandês, Aberdeen Angus, Jersey, Gir Leiteiro, Red Angus, Girolando, Brahman e Nelore Mocho que são responsáveis por 89% de todo o mercado, ou cerca de 9,3 milhões de doses. Para Heverardo Rezende de Carvalho, diretor da Alta Genetics, o crescimento do setor revela uma tendência para os próximos anos: “O mercado tende a evoluir já que os benefícios da inseminação artificial estão sendo amplamente divulgados com palestras, encontros técnicos e seminários, e estão sendo percebidos pelos produtores”, avalia. Em 2011, a empresa completa 15 anos de atuação no Brasil e conta hoje com uma rede de 66 escritórios regionais e uma Central de Produção e Tecnologia de Sêmen, localizada em Uberaba, MG.
Gabinete Silvânia é Grande Campeão Gir Leiteiro em Avaré e Passos No mês de março, o reprodutor Gabinete Silvânia foi sagrado Grande Campeão da Raça Gir Leiteiro nas Exposições de Avaré e Passos. O animal é de propriedade do criador Geraldo Antonio de O. Marques e possui quatro recordistas mundiais em seu pedigree: Ametista Silvania, Garbha dos Poções, Unidade Silvania e Nata da Silvânia. Para o gerente de produtos, Christian Milani, o resultado obtido revela a qualidade genética do reprodutor: “é um exemplar de excelente perfil genético, o que faz dele um reprodutor excepcional. Seu histórico familiar já nos revela que ele será um reprodutor de muito destaque”, finaliza.
Master do JAL é o Grande Campeão de Passos No último dia 26, o reprodutor Master repetiou o resultado conquistado na Expoinel MG e na Exposição de Avaré e sagrou-se Grande Campeão também em Passos, MG. "A cada exposição o reprodutor, que é filho de Bitelo da SS em vaca 1646, vem confirmado suas qualidades de carcaça e funcionalidade, sendo destaque nas pistas" avalia Marcos Labury, gerente de produtos da Alta. Para ele, os resultados obtidos por Master certamente o levarão a conquistar outros títulos nacionais.
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Alta Genetics inicia comercialização de embriões no Brasil A partir de março de 2011 a Alta Genetics passa a comercializar embriões no Brasil. Com o nome de Alta Embryo, o projeto une touros e matrizes com qualidade genética superior e a tecnologia dos melhores laboratórios de fertilização in vitro do Brasil. Com o produto, os criadores terão acesso a prenhezes comerciais, de matrizes rigorosamente selecionadas e acasaladas com os melhores touros das raças de corte e leite, com o objetivo de promover uma aceleração no desenvolvimento genético dos rebanhos. A parceria para a disponibilização do produto foi estabelecida com a Fazenda São João True Type, a Tropical Genética e a Agropecuária Naviraí, empresas que detém matrizes e reprodutores de alto padrão genético e com os laboratórios Vitrogen, Invitro, Biovitro e Bio – Biotecnologia Animal. Para Heverardo Carvalho, diretor da empresa, o lançamento do Alta Embryo cria um marco no mercado do melhoramento genético “A Alta passa a reunir o que existe de melhor em matrizes, reprodutores e tecnologia para disponibilizar aos criadores um produto de qualidade genética excepcional. Isso mostra o compromisso da Alta com o resultado de seus clientes e com a evolução da atividade da inseminação no Brasil. Certamente esse produto marcará uma nova fase no desenvolvimento genético brasileiro”, avalia. Informações sobre o Alta Embryo podem ser obtidas no site www.altagenetics.com.br, pelo telefone (34) 3318.7777 ou ainda através do twitter: www.twitter. com/altabrasil
Grupo da Pfizer visita Central da Alta Genetics A Alta recebeu na manha do dia 16 de março, a visita da equipe técnica da Pfizer Saúde Animal, entre eles o diretor técnico global da empresa. Os visitantes participaram de uma apresentação sobre a Alta e sobre os touros provados que compõem a bateria da empresa, além de conhecerem o
trabalho desenvolvido pela empresa com o uso dos programas Alta Advantage, Alta Mate, Alta Plus e Alta Proteína. Em seguida, os 25 visitantes conheceram as instalações da empresa e participaram de um desfile com os reprodutores da bateria de touros Alta.
Alta Participa de Encontro sobre o Projeto Pró-sólidos na região de Ibiá No mês de março, aconteceu um encontro entre as equipes da DPA/ Nestlé e técnicos Alta na cidade de Ibiá, MG, para alinhar as ações do projeto Pró-sólidos para 2011. O projeto Pró-sólidos DPA visa estimular os produtores que fornecem leite para a empresa a produzir leite com maior percentual de sólidos. Ao usar touros provados positivos para este quesito, a DPA subsidia parte do custo do sêmen para a inseminação. A parceria com a DPA/Nestlé já é um sucesso no projeto, tanto que a Alta foi líder de vendas de touro com estas características dentro do
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projeto nessa região. No encontro, Fábio Fogaça, gerente de produtos Leite Importado, falou sobre os touros e as ferramentas que a Alta dispõe para ajudar o produtor na escolha do touro ideal para seu rebanho. Além dele, Tácio Gama, assessor da diretoria, Rodrigo Rodrigues, analista comercial, além de representantes das regionais Uberaba, Patos de Minas e BH sul estiveram presentes. "O principal ponto da reunião foi a busca pela sinergia entre as equipes Alta e DPA com o objetivo de levar genética de ponta ao produtor de leite pensando também no mercado comprador" avalia Fogaça.
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Touro Girolando capa
Estas considerações são endereçadas a criadores que já trabalham com predominância de gado Girolando para a produção de leite. Têm o propósito de informar e demonstrar a estes que podem manter seu rebanho Girolando sem depender do vai-e-vem de cruzamentos que levam à inconveniente oscilação do grau de sangue, para muito perto ou muito longe do equilíbrio produção de leite - rusticidade. Como definida pelo Ministério da Agricultura, a raça Girolando compreende os animais que tenham 5/8 (63%) de holandês e 3/8 (37%) de Gir, admitida variação de 0,5/8 (~6%) para mais
Bons resultados mostram que preconceito deve ficar no passado
ou para menos. Portanto, o objetivo é ter o grau de sangue entre 56% e 69% de sangue holandês (44% e 31% de sangue Gir). O Girolando já está reconhecido e “oficializado” como raça pelo Ministério. Naturalmente cruzamentos interraciais, para formação de novas linhagens, ainda são muito usados e continuarão sendo. Mas já é possível, para os que assim desejarem, trabalhar exclusivamente com a raça Girolando, usando só touros e fêmeas 5/8. O que é apresentado a seguir se baseia nesse objetivo: convergência do grau de sangue para o 5/8, o Girolando “oficial”. PRECONCEITO RESIDUAL Ainda existe o que se pode chamar de “preconceito residual” contra o uso de touros Girolando. Até uns 10 anos
atrás, era justificável essa desconfiança, porque no passado foram usados, como reprodutores, touros “mestiços” que não tinham valor genético para imprimir melhorias. Eram simplesmente um “garrote bonito” ou “filho de uma vaca boa”. Essas características, “bezerro bonito e vaca boa”, não são “documento” suficiente para credenciar um touro como reprodutor. Mesmo os primeiros touros Girolando com sêmen disponível para venda não tinham uma rigorosa avaliação de valor genético. Assim, vieram muitas crias sem genética leiteira consistente, tornando-se “vacas ruins de leite” e comprometendo a imagem do touro. O reprodutor, para ser confiável, precisa de um histórico genealógico superior e bem mais amplo, envolvendo pai, mãe, avós, bisavós...
RBC Arquiteto 5/8: filho de touro 3/8 (RBC Corisco) em vaca 7/8 Mestiço" filho de "mestiços"!
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Hoje não há mais razão para preconceito
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Atualmente, a situação é muito diferente: vários criadores vêm fazendo seleção criteriosa, que aumenta a quantidade e qualidade dos touros Girolando. Seja para inseminação natural ou artificial, existe oferta de reprodutores de ótima genética, capazes de imprimir melhoria significativa, no tipo e no leite, na grande maioria dos rebanhos Girolando, no Brasil e em outros países. Importante salientar: o fato de ser uma raça proveniente do cruzamento de exemplares de 2 raças já puras (ou “apuradas” ao longo de vários anos), não implica demérito para transmissão das características econômicas, como a produção de leite. A lembrança da “segregação mendeliana dos caracteres” não se aplica aos caracteres produtivos, que são determinados por vários pares genéticos, ao contrário de características fenotípicas, visíveis, que advêm de apenas dois pares de genes. É do eminente zootecnista professor Octávio Domingues a assertiva: “Um bom mestiço euro-indiano, de boa procedência, será muito capaz de provocar um impulso na produção do rebanho porque ela carrega as duas coisas que, na verdade, devem estar associadas: rusticidade e aptidão leiteira”. (citação extraída do livro “Girolando”, de Celso Ribeiro Ângelo de Menezes e Ivan Luz Ledic).
“... um bom mestiço ... de boa procedência ...” Já está constatado, também na prática de quem o utiliza: o reprodutor “mestiço” pode ser muito eficiente na transmissão de qualidades produtivas e reprodutivas, desde que escolhido com os critérios já abordados. É
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RBC Rosácea - 5/8, filha de touro 5/8 com vaca 3/4. Muita "mestiçagem" e muito leite: 11.497 kg, 359 dias, em regime comum na fazenda o que vêm fazendo vários criadores e a Associação Girolando, na seleção de touros para o Teste de Progênie. Vou reproduzir aqui trechos de um artigo, provavelmente o último, assinado pelo Paulo Sérgio Lima, zootecnista da Associação Girolando, que há cerca de 1 ano deixou este mundo e muita saudade nos amigos:
Carlos J. Turner Vianna Fazenda Estiva Cunha, São Paulo
"Na certeza de ser a raça girolando ideal para a produção leiteira nas condições climáticas e, em alguns
“... técnicos mal informados... propalam a idéia... de que um reprodutor mestiço é incapaz de gerar produtos de qualidade. Creio que esse desserviço à nossa pecuária venha sendo feito por ignorância gerada pela desatualização, pela falta de leitura e mesmo de convívio com o problema...”.
casos topográficas, do nosso País,
“... fala-se em dissociação mendeliana dos caracteres da raça etc. A dissociação que ocorre diz respeito aos caracteres morfológicos ... Ela não atinge os caracteres econômicos...”
produtividade e consequentemen-
adotei em minha propriedade, há alguns anos, o uso de touros girolando para reprodução em meu rebanho. Foi, sem dúvida, a decisão certa pois aumentei a rusticidade do meu gado sem comprometer a
te com uma enorme redução de custos. Recomendo!”
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“Os trabalhos de pesquisa... e a nossa experiência em fazendas... nos permitem afirmar que tais reprodutores, embora produtos de cruzamento, transmitem aptidão leiteira... conforme sua bagagem genética... e não suas pintas raciais”.
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Assim falou o Paulão, a partir de seus estudos, de sua experiência e de sua serena capacidade de observação. Resumindo: em rebanhos leiteiros, podemos usar touros mestiços com sucesso, desde que carreguem, comprovadamente, valor genético para leite e para tipo. Não há mais razão para preconceito, que deve ser lembrado como história do passado. No presente, e mais ainda no futuro próximo, preconceito contra o uso de bons touros Girolando é sinônimo de desinformação e perda de oportunidades.
Informação recente e importante a ASBIA – Associação Brasileira de Inseminação Artificial divulgou em meados de março de 2011 o relatório das vendas de sêmen em 2010. O setor leiteiro cresceu 11% sobre 2009. Destaque: dentro do segmento leiteiro, a raça Girolando teve o maior crescimento: 39% (2010 / 2009)!
RBC Corisco e RBC Ritmo: touros 3/8 "confraternizando" na fazenda RBC
O teste de progênie dos touros girolando
RBC Barão, 3/4, está no 12º grupo do Teste de progênie Girolando / EMBRAPA
O Teste de Progênie dos touros Girolando, conduzido pela Associação Girolando e pela EMBRAPA Gado de leite, já vai para o 13º grupo neste ano de 2011. São avaliados touros 5/8 (de primeira geração 5/8 ou já Puros Sintéticos) e 3/4.
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A rigorosa seleção dos touros que vão para o teste corresponde a um concorrido vestibular: em 2010 foram inscritos cerca de 60 touros para avaliação preliminar. Foram selecionados cerca de 30, todos com alto valor genético para leite e tipo. Desses, após análise do sêmen e outros indicadores, entram no teste cerca de 15 a 20, com credenciais genéticas e andrológicas para aprimoramento da raça. Para ficar bem claro: touro em Teste de Progênie tem genética para ser reprodutor de qualidade. A chance de ser provado positivo está presente. O resultado final depende também de outros fatores, entre eles a própria melhoria do rebanho Girolando, base para comparação com as filhas dos touros em teste.
Rodrigo Sant’Anna Alvim (Presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA), destacando a importância do Girolando para o desenvolvimento da pecuária leiteira no Brasil, em cenário de inconstância de preços para o produtor de leite:
“Devemos à raça o resultado que temos alcançado ano após ano no crescimento da produção, na melhoria de nossa produtividade... Certamente haveria de ser muito mais difícil com a utilização de outras raças, menos tolerantes a desafios tão constantes. Naturalmente, sem nenhum demérito às outras, algumas inclusive indispensáveis à própria formação do Girolando.”
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Qual é a vantagem de usar touros Girolando A principal é a uniformização do grau de sangue do rebanho e, em consequência, uniformização do manejo. Essa é a síntese das diversas vantagens que o Girolando oferece para a grande maioria dos nossos produtores de leite. Se o objetivo é trabalhar com rebanho leiteiro tropical, não é conveniente ficar no vai-e-vem de cruzamentos que afastem a composição racial da relação 5:3 (aproximadamente 60% / 40%) entre o Holandês e o Gir. Essa relação proporciona adequado equilíbrio aptidão leiteira – rusticidade na medida compatível com o ambiente natural de grande parte do território brasileiro. A facilidade do manejo é a mais visível prática decorrente do rebanho uniforme na composição racial. Evita-se excesso ou falta de trato adequado. Já no caso de graus de sangue muito diversos e manejo nutricional e ambiental mediano, pode ocorrer carência para vacas com mais sangue holandês, que não têm a flexibilidade tropical para caminhar e “buscar comida” em situações de menor conforto ambiental. E vacas com mais sangue zebuíno acabam recebendo mais do que precisam, pois teriam condições de ser mantidas com menor custo. Outro ponto que sugere a conveniência de usar touros Girolando em vacas Girolando é a adaptação ambiental dos próprios touros, que favorece o uso desses também em monta natural. Essa alternativa é de muito valor para a maioria das propriedades leiteiras no Brasil. Não se trata de desestimular a prática de IA - inseminação artificial, mas de reconhecer a realidade brasileira e oferecer a opção de melhoria genética mesmo para aqueles que não dispõem de meios para a IA.
“Nos últimos anos o mercado de leite tem respondido positivamente ao crescimento da IA no Brasil e a raça Girolando é a que tem a maior elevação percentual. Fica muito claro que o Girolando caminha para a maturidade como raça”. Essa constatação do Diretor Geral da ABS foi feita a partir dos dados da venda de sêmen Girolando em 2008, cerca de 178 mil doses. Em 2010 essas vendas passaram de 290 mil doses! Márcio Nery (Diretor Geral da ABS Pecplan no Brasil), em maio de 2009, falando sobre o crescimento da venda de sêmen Girolando:
RBC Cupido, bezerro 5/8, filho de touro 3/4 (RBC Redator) com vaca 1/2 sangue
Touros Girolando 5/8 ou 3/4 A maioria das fêmeas Girolando no Brasil, registradas ou não, são 3/4 ou 1/2 sangue. Portanto, visando à convergência para o 5/8 e daí para o Girolando Puro Sintético, os touros 5/8 e 3/4 são os mais indicados para uniformização da composição racial. E são os únicos que, conforme o regulamento do Programa de Melhoria Genética da Raça, participam do Teste de Progênie Girolando / EMBRAPA. Na utilização dos touros 5/8 é importante lembrar: yy Fêmeas com grau de sangue próximo do 5/8 podem ser registradas como 5/8 (aproximação de até 1/16 = 6,25%). Ou seja, também é 5/8, por aproximação, o produto fêmea de touros 5/8 em vacas 3/4 ou 1/2 (que têm
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grau de sangue 11/16 ou 9/16). Importante também: yy Em fêmeas 5/8, só o touro também 5/8 deve ser usado, para que a cria possa ser registrada, ou como Girolando Puro Sintético (PS) ou simplesmente como 5/8. O registro será como Girolando PS se atendidas condições de tipo e de valor genético para leite, estabelecidas no regulamento da raça. Não atendidas essa condições, o registro poderá ser como 5/8 “simples”. yy Touro Girolando 5/8, mesmo que da 1ª geração 5/8 (portanto não PS) pode ser usado em fêmeas Girolando PS. yy Touros 3/4 nas fêmeas 1/2 sangue dão o 5/8 exato.
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O touro Girolando puro sintético - PS O touro Girolando PS – Puro Sintético merece uma atenção especial. É um 5/8 “plus”, para usar uma expressão comum atualmente. Para receber o registro como Girolando Puro Sintético (PS) o touro 5/8 precisa: yy Ser filho de touro e vaca 5/8. yy Ter Registro Genealógico de Nascimento na categoria PS. yy Ter avaliação para tipo igual ou superior a 80 pontos. yy Ter progênie ou irmãs paternas, no mínimo de 30 e no mínimo em 3 rebanhos, com desvio médio positivo para produção de leite em relação às companheiras
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de rebanho. Essas exigências têm o propósito de assegurar que só recebem tal registro, Girolando PS, reprodutores com qualidade morfológica e valor genético positivo para leite. Então, se o touro é Girolando PS, pode acreditar: tem boa genética leiteira, foi avaliado para tipo com 80 pontos ou mais. Tem condições de imprimir melhoria nos seus descendentes.
Roberto e Rosana Azevedo Fazendinha 2R São José do Rio Pardo – SP
“Usamos touros girolando para manter as características da raça, como rusticidade, precocidade, longevidade com produtividade”.
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RBC Corante, Girolando Puro Sintético, Campeão Bezerro Junior e Melhor Macho Jovem, ExpoAraxá 2011
OUTROS GRAUS DE SANGUE Voltando ao Paulo Sérgio de Lima, já citado: “Nada impede que os criadores utilizem outros graus de sangue, como 1/4, 3/8, 1/2 sangue, desde que tenham os mesmos critérios de seleção ... (indicados para vacas mais puras, acima de 7/8 holandês...). Portanto, além dos touros 5/8 ou 3/4, podem – e devem -- ser usados outros graus de sangue para conseguir a convergência para o 5/8 em apenas uma geração. Por exemplo, para produzir fêmeas 5/8, existem outras opções de cruzamento, aplicáveis a rebanhos com predominância de sangue holandês: yy Touro 1/4 Hol em vacas 7/8 ou HPB puras. yy Touro 3/8 em vacas 3/4, 7/8 ou HPB puras. yy Touro 1/2 Hol em vacas 3/4. O touro 3/8 merece um destaque entre os graus de sangue alternativos, pela maior abrangência de
uso e porque “resolve” em só passo o problema de cruzamento com as vacas 7/8, que deixa muitos criadores indecisos. De fato, é muito comum encontrar criadores que ficam indecisos sobre o que fazer com as vacas 7/8: se usam touro Gir, vem cria 7/16, uma proporção meio sem sentido, “quase” 1/2 sangue e “quase” sem valor comercial. A opção de usar touro Holandês nas 7/8 cabe somente para os que desejam ficar mais perto do Holandês puro e têm condições financeiras e ambientais para isso. As melhores opções para cruzamento com as 7/8 são: yy Usar o 5/8 e produzir 3/4, se esse grau de sangue é desejável. yy Usar o 3/8 e produzir o 5/8 (o Girolando “oficial”) numa só geração. Essa última possibilidade foi a razão que levou a Girolando RBC a selecionar exemplares superiores de touros Girolando 3/8.
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Resultados gerais no rebanho RBC Depois de tantas afirmações sobre as vantagens do touro Girolando em rebanhos no ambiente tropical, resta apresentar alguns números que comprovem essas qualidades. No rebanho RBC, há mais de 10 anos, 80% das inseminações (naturais ou IA) são feitas com touros Girolando, com o objetivo de convergência para o 5/8. Cerca de 15% das inseminações (em vacas 1/2 ou 3/8 ou 1/4) são de touros HPB do 1º time mundial, para introduzir novas linhagens de 3/4 ou 5/8. Touros Gir leiteiro (em vacas 3/4 ou 1/2), com 5%, completam o total. A composição racial do rebanho RBC de fêmeas, em março de 2011 (inclui bezerras e novilhas, além de vacas secas e em lactação) tem maioria de 5/8, como mostra o Gráfico 1. A evolução das lactações nos últimos 5 anos demonstra maior persistência e expressivo aumento da produção. Para essa evolução contribuíram touros Girolando selecionados, responsáveis também pelo aumento da proporção de fêmeas 5/8 no rebanho. Concluindo: mantido o mesmo manejo, semi-extensivo, compatível com a raça Girolando, de 2005 a 2009 a evolução é nítida: yy O prazo médio das lactações (per5/8 3/4 sistência) aumentou em 23 dias. 1/2 yy A produção média por lactação7/8 3/8 aumentou 36%. Outros yy A produção média por vaca/dia aumentou 26%, e está estabilizada em 20 kg. yy Portanto, vale a afirmação:
Em vacas Girolando, touros Girolando!
RBC Baiana, filha de touro 3/8 Gráfico (RBC1:Ritmo) Composição racial do rebanho RBC (fêmeas) Gráfico 1: Composição doarebanho com vaca HPB, resume 60% do rebanhoracial RBC: fêmeaRBC 5/8(fêmeas)
Gráfico 1: Composição Racial do Rebanho RBC (fêmeas) 7/8 1/2
1/2
3/8 3/87/8 Outros
Outros
5/8
5/8
5/8 3/4 1/2 7/8 3/8
3/4
3/4
Outros
Ano
2005
2009
Lactações iniciadas no ano
178
250
Vacas e novilhas 5/8 (%)
23%
47%
Lactações completadas na Fazenda*
140
187
Lactações com mais de 240 dias
120
160
Lactações > 240 dias / total de lactações
86%
86%
4.945
6.710
Dias em lactação (média)
Produção média na lactação (kg)
317
340
Média por dia (kg / vaca)
15,6
19,7
* (exclui vendidas e com lact. < 180dias)
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O touro Girolando 3/8 na Fazenda RBC
capa
Usando touros Gir Leiteiro, provados “com louvor”, em vacas 3/4 de alta produção e ascendência superior, pode obter-se o 3/8 com carga genética superior. Na fazenda RBC, alguns machos desse cruzamento, sangue 3/8 Girolando, com tipo muito bom, foram selecionados como reprodutores para “trazer para o meio” as crias de vacas com 3/4 (75%) ou mais sangue Holandês. Assim começou a seleção e o uso de touros Girolando 3/8 na fazenda RBC. Desde 1999, portanto há 12 anos, foram usados, primeiro em monta e depois também em IA, em vacas HPB e, sobretudo, em vacas 7/8. Foram utilizados, sucessivamente, touros filhos do Benfeitor da CAL, do Jarro de Ouro de Brasília, do Caju de Brasília, do CA Universo. Os resultados têm sido muito bons, em morfologia e produção, expressados pelas ótimas fêmeas 5/8, produtos desses cruzamentos. RBC RITMO, O 3/8 COM “ETA”: Effective Transmitting Ability O sucesso dessa iniciativa trouxe o ânimo necessário para apresentar aos criadores o RBC RITMO, Girolando 3/8
pai de um elenco de novilhas 5/8 que “encheram os olhos” –- e o “balde” -já na sua 1ª lactação. E animou também a Alta Genetics que tem seu sêmen disponível a partir deste mês de abril de 2011. O pai do RBC Ritmo é o Caju de Brasília, conhecido e notável pela longa permanência no 1º time dos Gir Leiteiros provados. Destaca-se também pelas suas filhas de ótimos úberes. Seu conceito cresceu ainda como consistente pai de touros: tem 7 filhos Gir Leiteiro também provados altamente positivos (Astro TE Gavião, Paraíso Caju, Mestre da CAL, Mito, Modelo, Puno, Rajkot, Vale Ouro da Silvânia). Portanto, é explícita a ótima herança genética recebida pelos descendentes Gir do Caju. A novidade é o filho Girolando 3/8, RBC Ritmo. Analisando a progênie de seu pai, grande raçador, a expectativa era encontrar também nesse filho a superioridade do pai, irmãos e irmãs. Sem dúvida, são muito importantes essas informações sobre a ascendência de um touro ainda desconhecido. Mas no caso do Ritmo, temos dados mais importantes e decisivos: a quali-
dade já demonstrada por sua descendência, por sua progênie. Suas filhas foram premiadas, consistentemente, com ótimo sistema mamário e alta produção, bem acima da média das companheiras de rebanho. Entre 22 filhas 5/8 já paridas na RBC, 20 delas tiveram 1ª lactação superior à média do rebanho-base Girolando. São os seguintes dados da sua 1ª lactação (lactações com duração entre 240 e 365 dias, em regime normal da fazenda; semi-intensivo, 3 ordenhas no início da lactação e 2 ordenhas após 120 dias): Mais de 7.500 kg: 5 filhas; de 6.000 a 7.500 kg: 4 filhas; de 5.000 a 6.000 kg: 6 filhas; de 4.000 a 5.000 kg: 5 filhas; menos de 4.000 kg, 2 filhas (problemas de manejo sem bezerro). Na 2ª lactação o aumento da produção tem sido da ordem de 30% a 40% em relação à primeira. Podem ser estimadas, portanto, lactações de 7.000 a 10.000 kg para mais da metade das filhas do RBC Ritmo! Esses números permitem arriscar a expressão Effective Transmitting Ability, um passo além da Predicted Transmitting Ability, a famosa PTA.
O 9º Leilão Anual Girolando rbc
Antonio Melo Carvalho iniciou em 1939, aos 30 anos, a produção leiteira no "Retiro da Barra", parte da sua Fazenda Santa Maria. Em 1984 doou para o filho Roberto Melo Carvalho esse retiro, que hoje é a Fazenda RBC, criatório com especial dedicação à seleção e uso de touros Girolando de genética superior.
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No dia 14 de maio próximo, sábado, às 14 horas, vai ser realizado o 9º leilão Anual Girolando RBC. É um evento presencial, no Parque de Exposições de Cássia, com transmissão pelo NovoCanal. Nesse evento estarão animais que representam a essência da genética Girolando RBC e de outros 7 tradicionais criadores de Girolando do Sudoeste Mineiro. Serão ofertados 60 lotes, a maioria com vacas jovens ou novilhas em início de lactação, Girolando 5/8, 3/4 ou 1/2 sangue. Muitas dessas fêmeas, além da alta produção, carregam genética que as credencia como doadoras. Destaque também para prenhezes
– com previsão de parto já no final de junho – de fêmeas 5/8, filhas de Shottle e Paramount e grandes doadoras 3/8: yy RBC Quaresma / Nobre da CAL: lactação de 8.612 kg, 2 ordenhas, 365 dias. yy RBC Rancheira / Impressor de Brasília: lactação de 9.804 kg, 2 ord. 365 dias. E, como faz todo ano, a RBC ofertará ainda reprodutores Girolando 5/8 ou 3/4, de alto valor genético, premiados em pista, com registro definitivo e fertilidade atestada em laudo andrológico.
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artigo
Touro Girolando, necessidade e
realidade nacional! No meu tempo de infância na fazenda de minha família, em Ibiá (MG), já ouvia meu pai dizer em touro Girolando, época em que ele adquiriu dois reprodutores de um tradicional criador da região. Lembro-me que eram touros muito bonitos e dóceis, filhos de vacas realmente leiteiras, bem selecionadas. As filhas desses touros eram muito boas, ficavam no rebanho por muito tempo. Isso aconteceu no final da década de 1980 e início da década de 1990, nesse tempo a raça estava nascendo, começava a dar seus primeiros passos. O teste de progênie de touros Girolando só foi começar alguns anos mais tarde, em 1997, quando foi inscrito o primeiro grupo, logo após a oficialização da raça em 1996, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Para a realização do teste de progênie foi de fundamental importância a parceria firmada entre Associação Brasileira dos Criadores de Girolando e Embrapa Gado de Leite, com o objetivo de desenvolver um trabalho voltado ao melhoramento genético e consolidação da raça, visando a formação do Girolando Puro Sintético (PS). Nos primeiros anos do teste de progênie muitos produtores de leite não utilizavam o sêmen dos touros por duvidarem da capacidade de produzirem bons animais de aptidão leiteira. Os técnicos que trabalhavam no programa tinham muita dificuldade em convencer os produtores, afinal, faltavam dados de produção e os resultados que tínhamos ainda eram pouco expressivos. Com o passar dos anos, as filhas dos touros do primeiro grupo foram se destacando nos rebanhos, novos grupos de touros e novos rebanhos colaboradores foram inseridos no programa, os resultados dos primeiros grupos começaram a ser publicados, dando uma nova cara ao teste de progênie da raça. No ano de 2007, a Girolando em conjunto com a Embrapa Gado de Leite, implantou o Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolan-
do – PMGG, que consiste na união de todos os programas e departamentos utilizados para seleção de animais e avaliações genéticas. Desde então, iniciou-se uma outra fase na associação, onde cada vez mais os rebanhos participantes do Serviço de Controle Leiteiro e Teste de Progênie foram sendo valorizados. O programa foi ampliado, novas regiões e estados passaram a receber gratuitamente o sêmen dos touros do teste de progênie, novos técnicos passaram a atuar no campo dando suporte aos rebanhos. Tudo isso contribuiu para o crescimento do PMGG, hoje com mais de 400 rebanhos em controle leiteiro,350 rebanhos colaboradores e cerca de 10.000 lactações sendo encerradas anualmente. Novas características passaram a ser estudadas e divulgadas, vários touros começaram a se destacar nas provas, proporcionando ao produtor um maior número de informações para serem utilizadas nos rebanhos. Não é por acaso que atualmente o reprodutor Girolando vem sendo utilizado cada vez mais pelo produtor de leite brasileiro. Além dos benefícios genéticos, o touro Girolando tornou-se uma ferramenta fundamental para o criador, com destaque para as várias opções de cruzamentos. Dentre as opções, destaque para a utilização
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do touro Girolando 5/8 em matrizes 7/8, resultando em excelentes animais 3/4 e o cruzamento entre touro 5/8 em vaca 5/8, produzindo animais Puro Sintético (PS) de muita produção e rusticidade. Recentemente, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA) divulgou o relatório de comercialização de sêmen do ano de 2010, onde a raça Girolando mais uma vez se destacou entre as raças leiteiras. Com crescimento de quase 40% em relação ao ano anterior, o total de sêmen nacional comercializado de touros Girolando foi de 291.892 doses, apresentando crescimento de 164,72% nos últimos cinco anos. Isso prova que o touro Girolando vem conquistando seu espaço a cada ano, quebrando um antigo preconceito, sua própria utilização. Se nas décadas de 1980 e 1990, quando não existia uma grande seleção de touros Girolando, já atingia-se bons resultados, imagine então nos dias de hoje, depois de todo trabalho desenvolvido visando a evolução da raça. Por isso, faço questão de dizer: o touro Girolando é uma necessidade e realidade nacional! Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico Assoc. Bras. dos C. de Girolando
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Girolando itaúna
capa
Nossa história com o Girolando começou nos idos de 1940, quando meu avô tomou emprestado um touro holandês da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais para cruzar com as vacas Gir descendentes de animais importados, que seu pai comprou, na década de 1920. Produziu muito leite, mas o efeito sanfona predominava, ou seja, numa geração utilizava touro holandês e na seguinte touro gir. Esta situação trazia vários transtornos de manejo e produtividade, principalmente pela geração do sacrifício, como eram chamadas as “voltadas” filhas dos touros gir. Tinham rusticidade, alguma produção, porém as lactações eram curtas e via de regra bem mais baixas que as das outras vacas. Mas mesmo naquela época sabia-se que as filhas delas com touros holandeses seriam “cabeceira”. Já se procurava fazer as 5/8Hol, filhas das vacas voltadas com os touros holandeses. Estas, sim, tinham rusticidade, produção e valor comercial. O grande problema era como dar continuidade a este padrão de vacas. Quando começamos a fazer os registros de nossas vacas em 1991, utilizamos sêmen de vários touros Girolando disponíveis nas centrais de inseminação. Tivemos bons resultados, mas a taxa de descarte era alta. Isto significava que nem sempre se podia confiar que as filhas deles seriam boas produtoras de leite. Havia filhas excelentes e filhas medíocres. Faltava confiabilidade. Em 1994 a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando começou a falar em Teste de Progênie. No mesmo dia em que vi uma pequena nota numa revista especializada da época, liguei para Uberaba e disse que queria participar do Teste com um touro. Em 1996 foi distribuído o sêmen dos primeiros touros. Hoje o touro Girolando é uma realidade. O Teste de Progênie conduzido pela EMBRAPA e pela Girolando apresentou resultados de 36 touros avaliados e outros 48 estão em avaliação, além dos
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Nicolau Fausto Itaúna
Doutor Bellringer Itaúna
Fausto Polo Itaúna
Kaien Celsius Itaúna
Potter Kaien Itaúna
19 cujo sêmen está sendo distribuído neste trimestre. A evolução é surpreendente, tanto na produção quanto nas pistas. E os touros mais novos passam por uma seleção muito apertada. Desta forma podemos usar os touros que estão em teste com bastante segurança. Não cabe mais o jargão, muito utilizado no passado, de que estaríamos usando “aventura genética”. Após seis baterias de resultados divulgados, tenho uma satisfação muito
grande em relacionar os touros do Girolando Itaúna provados e em avaliação pelo Teste de Progênie. Girolando Itaúna fica na cidade de mesmo nome, na Fazenda do Engenho e na Fazenda São Bento em Várzea da Palma – MG Valério Machado Guimarães Av.Brasília, 257 – B.Universitário 35681-155 – Itaúna – MG Fone: 37 9968 1996
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Depoimento
José Donato Dias Filho – Fazenda São Roque Para este depoimento sobre nossa experiência com a raça Girolando e mais especificamente (5/8H + 3/8G) e os P.S. – Puros Sintéticos, nos permitimos voltar rapidamente aos anos 50, do século passado, quando ainda criança ouvi, algumas vezes, o meu saudoso vovô Tunico, em sua fazenda no Sul de Minas, sentenciava: “Vaca boa de leite é Holandesa com cheirinho de Zebu”. Daquela época até os anos 90, minha vivência na área rural, convivi sobretudo com as vacas mestiças e as cruzadas, que vim a saber depois são as (1/2H + 1/2G) e as (3/4H + 1/4G). Só em 1998, conheci o programa Girolando, que por organizar e responder coerentemente minhas crenças pecuárias, não só acatei-o como passei a adotá-lo integralmente. Devido as condições topográficas, climáticas da localização de nossa fazenda e sobretudo acreditando no discernimento e aceitação do mercado, fechei definitivamente na raça Girolando, com foco no 5/8 e PS. O resumo destes 13 anos de traba-
lho, podem ser visualizados na foto, que mostra os 5 animais, de nosso criatório mais premiados na maior Exposição Nacional Girolando. Destes animais, 2 serão filhos de touro Holandês, 2 de touro (5/8H + 3/8G) e 1 touro PS – Puro Sintético. Pelos resultados alcançados, não só em Exposições, mas, sobretudo, na produção leiteira reafirmamos a confiança na competência e parceria da Embrapa Gado de Leite, na condução do Programa de Melhoramento Genético da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando e na utilização de touros (5/8H + 3/8G) e P.S., sem prejuízo do respeito e utilização, quando for o caso, de touros das raças Holandês e Gir Leiteiro, adequados para os graus de sangue que nos levam ao excelente Girolando. Fazenda São Roque – Miguel Pereira-RJ José Donato Dias Filho – abril 2011
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Algodão deve bater recorde na safra 2010/11
Um dos destaques desta safra são as cultivares de algodão colorido
AGRICULTURA
A colheita do algodão começa a partir de maio no Nordeste brasileiro com perspectiva de bons lucros para os produtores da região. Os preços são os melhores já registrados nos últimos 140 anos, com a arroba custando em torno de R$ 120, contra os R$ 35 da safra passada. Em todo o país, o aumento da área plantada com a cultura foi de 56% desde 2009, o que alimenta as estimativas de uma safra recorde em 2010/11, da ordem de 1,95 milhão de toneladas. No oeste da Bahia, por exemplo, a área ocupada pela cultura é 48% maior que em 2009/10, com 362,7 mil hectares. A produção também deve disparar, com 58% de incremento estimado, num total de 587,6 mil toneladas de algodão em pluma neste ciclo. Um dos destaques desta safra são as cultivares de algodão colorido desenvolvidas pela Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A principal vantagem dessas variedades com relação às de algodão branco é o fato de serem mais valorizadas no mercado, além de reduzirem os custos da indústria e serem ecologicamente corretas, uma vez que dispensam as fases de preparo para tingimento, o que requer a utilização de produtos químicos. Além de reduzir o consumo de água e energia, o algodão colorido diminui a quantidade de efluentes a serem tratados. As roupas produzidas com esse tipo de fibra são muito procuradas, principalmente por pessoas alérgicas a corantes e para uso por recém-nascidos. Quatro variedades coloridas desenvolvidas pela Embrapa Algodão (Campina Grande – PB) e comercializadas pelo Escritório da Embrapa Transferência de Tecnologia em Campina Grande se
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destacam para a produção na Região Nordeste: BRS Topázio, BRS Verde, RS Rubi e BRS Safira. Lançada no ano passado, a BRS Topázio apresenta uma fibra de coloração uniforme, macia e resistente. Sua tonalidade marrom-claro atende à demanda das pequenas indústrias que trabalham com algodão colorido, já que a maioria das cultivares existentes é de tonalidade marrom-escuro. Com alto rendimento de fibra, 43.5% em média, em ensaios conduzidos no Nordeste, as características da Topázio superam as cultivares coloridas existentes até o momento, como a BRS Safira, e equiparam-se à cultivar BRS Araripe, de fibra branca, além de possuir rendimento de algodão em caroço superior às duas cultivares. A BRS Rubi e a BRS Safira são bastante produtivas em condições de
sequeiro, alcançando um rendimento médio de 1,8 t/ha e 1,9 t/ha de algodão em caroço e, em regime irrigado, com rendimento médio superior a 3,5 t/ha de algodão em caroço. Essas cultivares se diferenciam das demais de fibra marrom existentes no Brasil por apresentarem uma tonalidade marrom-escuro ou marrom-avermelhado, sendo as primeiras cultivares no País com essa característica de cor da pluma. Já a BRS Verde tem potencial de rendimento de até 2.500 kg/ha, em sequeiro, no Nordeste do Brasil, podendo ser cultivada também em regime irrigado. Os interessados em conhecer essas e outras cultivares podem visitar o estande da Embrapa na Bahia Farm Show, que será realizada de 31 de maio a 4 de junho, em Luís Eduardo Magalhães (BA).
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Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2011 e o Produtor Rural Com a aproximação do prazo para a entrega da Declaração de Ajuste Anual da Pessoa Física , os produtores rurais enfrentam algumas questões relativas às informações que devem ser prestadas ao fisco, em vista do Imposto de Renda (“IR”) incidente sobre o resultado de suas atividades. No âmbito da atividade rural, o imposto incidirá apenas sobre o resultado positivo da atividade exercida pela pessoa física, apurado sob o regime de caixa, que deve ser escriturado em Livro Caixa ou em livros contábeis, a critério do produtor. Cada produtor deve apurar individualmente seus resultados de atividade rural, ainda que a exploração da terra seja em conjunto com outros produtores em razão de co-propriedade ou contrato. Assim, cada produtor de uma mesma unidade rural deve manter contabilidade/livro caixa individual em relação à sua parcela de despesas, de receitas, de investimentos e demais valores integrantes da atividade rural mantida em conjunto. O mesmo se aplica às parcerias rurais. Como já discutido em outro artigo publicado nesta revista, nos contratos de parcerias rurais os parceiros dividem os riscos do negócio, na proporção estipulada no contrato, não sendo estabelecida remuneração fixa a título de aluguel. Deste modo, os resultados de cada parceiro devem ser apurados na proporção dos riscos assumidos no respectivo contrato de parceria. Em
havendo mais de um contrato de parceria para um mesmo imóvel, deve-se apurar, separadamente, cada um dos resultados aplicável a cada um dos contratos celebrados no decorrer do ano calendário. A venda de imóvel rural também é englobada no resultado da atividade do produtor. Se a venda incluir as benfeitorias, além da terra nua, e se os custos destas benfeitorias já tiverem sido deduzidos como custos/despesas da atividade rural, o valor de sua alienação deverá ser oferecido à tributação como resultado da atividade rural. Por outro lado, se os custos destas benfeitorias não tiverem sido utilizados anteriormente para a dedução do resultado da atividade, o seu valor integrará o custo de aquisição para fins de apuração de ganho de capital e o resultado da venda será tributado separadamente do resultado da atividade rural.
A declaração 2011 deverá ser entregue até o dia 29 de Abril Produtos recebidos em pagamento de arrendamento devem ser considerados rendimentos para todos os efeitos. O valor a ser atribuído deve corresponder ao preço de mercado aplicável para os produtos ou o respectivo preço oficial (o que for maior), relativo ao mês de recebimento. Como rendimento, os pagamentos se sujeitam ao carnê leão, se a fonte pagadora for pessoa física, ou se sujeitam ao IR retido na fonte, se
decorrentes de pagamentos realizados por pessoa jurídica. Os adiantamentos de valores ao produtor rural, para entrega futura, não devem ser incluídos no resultado tributável do mês de seu recebimento, se os produtos ainda não foram entregues ao comprador. Deste modo, os valores devem ser apenas declarados em resultado de atividade rural não tributável. Assim que realizada a entrega dos produtos, a importância relativa à antecipação deve ser computada como rendimento no respectivo mês de entrega. Em havendo devolução de valores antes da entrega do produto, o resultado da venda deve ser reduzido do importe devolvido. Se a devolução ocorrer posteriormente, será considerada despesa. Por fim, consideram-se despesas de custeio da atividade rural os serviços que lhe forem necessários, assim considerados os que contribuem para a sua realização, tais como: as operações de armazenagem de produtos agrícolas; a guarda, a criação e a engorda de animais; e a assistência técnica, dentre outras atividades. Referidas atividades deverão ser realizadas no próprio imóvel rural, ressalvada a hipótese em que seja estritamente necessária a realização fora da circunscrição do imóvel e desde que exista contrato formalizando a operação e atestando que a mesma se destina a referida atividade rural. ________ (Para maiores informações, contate Fialdini Advogados – www.fialdiniadv.com.br)
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Brasília Rio de Janeiro Uberlândia São Paulo
AGRICULTURA
Produtores destacam relevância da cana na agricultura nacional Projeto de lei cria o Fundo de Apoio às Culturas Agropecuárias Os fornecedores de cana do país elaboraram documento para evidenciar a importância da matéria-prima do açúcar e a necessidade de sua composição no projeto de lei que cria o Fundo de Apoio às Culturas Agropecuárias. Os produtores brasileiros de cana de açúcar se mobilizam para garantir a inclusão da respectiva cultura no projeto de lei que cria o Fundo de Apoio às Culturas Agropecuárias (PL 7.9382010). A iniciativa visa esclarecer sobre a importância da cana na agricultura brasileira. Já o projeto de lei, que é de autoria do deputado federal Homero Pereira (PR-MT), passou em fase de recebimento de emendas. O fundo tem o objetivo de implementar ações que visam ao desenvolvimento das cadeias produtivas agropecuárias, de forma rentável e sustentável. Os produtores ligados à Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Fe-
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plana) e à União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) estão elaborando sugestão de alteração ao projeto original, a fim de esclarecer sobre a importância da matéria-prima do açúcar e a necessidade de sua composição no projeto de lei. “O Brasil é o maior produtor de açúcar do mundo, logo também é de cana”, diz Paulo Guedes, vice-presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), entidade vinculada à Feplana e Unida. Ele explica que a ação pretende mostrar a relevância da cultura, que é uma das mais tradicionais da agricultura brasileira. Atualmente, são mais de 50 mil produtores no Brasil. “Vamos elaborar uma emenda e solicitar para que algum deputado próximo ao setor represente-a na Câmara”, conta Guedes. O documento será encaminhado à Comissão de Agricultura da Câmara, instância respon-
sável por avaliar o mérito da matéria. O produtor pernambucano conta ainda que o projeto de lei só não irá a Plenário caso seja rejeitado por alguma comissão de mérito (Agricultura, Finanças e Constituição) ou se houver recurso após deliberação na Comissão de Constituição. Além do esclarecimento sobre a importância da cultura da cana no texto do projeto de lei que cria o fundo agropecuário, os produtores também vão sugerir acrescentar pontos com relação à destinação dos recursos do fundo. Dentre eles, a divisão proporcional dos recursos com base na representatividade socioeconômica de cada atividade agrícola e pecuária, desde que tenham entidade de representação nacional. E ainda a necessidade dos recursos serem destinados a perdas produtivas em decorrência de catástrofes climáticas.
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Cafeicultores de Minas se classificam entre
os melhores do país Os produtores do Estado são da região do Sul de Minas
AGRICULTURA
Sete cafeicultores mineiros se classificaram entre os dez finalistas do 20º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café para “Espresso”. Os produtores do Estado são da região do Sul de Minas, Cerrado e da Zona da Mata. O evento é promovido, há duas décadas, pela torrefadora italiana illycaffè e é um dos principais concursos de qualidade de café no país. A iniciativa foi seguida por outros concursos pelo Brasil e detectou novas regiões produtoras de cafés de excelência, que, atualmente, abastecem o mercado interno e o externo. Na edição deste ano, em São Paulo, foram analisadas 366 amostras vindas de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Bahia, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Somente dois Estados disputaram as primeiras colocações: Minas Gerais, com sete finalistas, e São Paulo, com três produtores classificados. A produtora Mariana de Carvalho Junqueira, do município de Dom Viçoso, no Sul de Minas, foi classificada
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em segundo lugar. Conhecida na região como D. Marianinha, ela afirma que a família reúne cinco gerações de cafeicultores. Aos 83 anos, ela se define como uma apaixonada pela cultura e guarda na coleção vários prêmios alcançados pela qualidade do café produzido na fazenda Rancho São Benedito. “O grande incentivo é a satisfação de ver o nosso trabalho reconhecido”, afirma. A propriedade possui 80 hectares de lavouras de café e duas certificações: o Certifica Minas Café, programa do Governo do Estado, que atesta a conformidade das propriedades cafeeiras com os requisitos do comércio mundial; e o UTZ Certified, fornecido por um órgão internacional para a certificação do café. Segundo o engenheiro-agrônomo da Emater-MG, Luciano Neves, um dos técnicos responsáveis pela assistência técnica na propriedade, são seguidas várias técnicas nos períodos de pré e pós-colheita para se obter a produção reconhecida pela qualidade. “São fei-
tas análises de solo e adubações de acordo com o resultado, tratos culturais durante todo o ano, análise foliar e controle de pragas e doenças”, explica o técnico. D. Marianinha ressalta, ainda, que o forte na sua propriedade são os cuidados dispensados ao café após a colheita. “Não adianta nada ter um café de boa origem se não tiver um cuidado à altura depois que ele é tirado do pé”, afirma. No Rancho São Benedito, as lavouras possuem rastreabilidade; o café é colhido separadamente, de acordo com as variedades, sem misturá-las. O café é esparramado em pátios concretados e a secagem é feita em secadores mecânicos. “São esses cuidados que garantem a qualidade do nosso café, aliados aos cuidados socioambientais”, garante a produtora. A produtividade estimada é de 30 sacas por hectare e a comercialização é feita por intermédio da Cooperativa Regional dos Cafeicultores Vale do Rio Verde (COCARIVE) e para cafeterias de São Paulo.
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Classificação dos produtores de Minas Gerais
Além de Mariana Junqueira, classificada em segundo lugar no 20º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café para “Espresso”, também se classificaram como finalistas a Fazenda Sertãozinho Ltda., de Botelhos - Sul de Minas (3º lugar); Maron Aziz Alexandre, Cajuri - Zona da Mata (4º lugar); Clovis Carvalho Filho, de Campos Altos - Alto Paranaíba (5º lugar); Luiz Flavio Pereira de Castro, Carmo de Minas – Sul de Minas (6º lugar); Adolfo Henrique Vieira Ferreira, Monte Belo – Sul de Minas (7º lugar); Marcelo José Rios, Araxá – Alto Paranaíba (8º lugar). O produtor Esmerino Joaquim Ribeiro do Vale, de Guaxupé, no Sul de Minas, foi escolhido o ‘Fornecedor do Ano’ safra 2010/2011.
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AGRICULTURA
Chineses voltam a Goiás para conhecer projeto de cooperação no agronegócio Trabalho do governo goiano já mostra resultados e faz aumentar o interesse dos chineses Com aproximadamente 3 mil produtores rurais e 2 milhões de hectares potencialmente cultiváveis e ainda ociosos, as regiões do Norte e Nordeste goiano podem ser beneficiadas, caso seja aprovado projeto de cooperação com o governo chinês. Inicialmente, os asiáticos querem comprar 6 milhões de toneladas de soja, no prazo mínimo de sete anos, produção ainda inviável para os moldes goianos. No final de março, uma comitiva daquele país desembarcou em Goiás, no intuito de conhecer as terras e infraestrutura de Cristalina
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(268 km da capital), ocasião em que visitam a Fazenda Capão, propriedade de Luiz Carlos Figueiredo. No dia 1º, o governo de Goiás apresentou ao grupo os detalhes do projeto. Antes, reunião na Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado de Goiás (Seagro) definiu os detalhes da visita e o que será apresentado. Do lado goiano da mesa, um grupo de trabalho elabora o projeto a ser apresentado aos chineses, que vêm ao país em busca de alternativas que garantam a segurança alimentar de 1,3 bilhão de pessoas. "O projeto visa ao
desenvolvimento, em até quatro décadas, de duas das regiões mais carentes de Goiás. Precisamos pensar, primeiramente, nos ganhos com o acordo e valorizar o produto goiano", resume o superintendente de Irrigação da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado de Goiás (Seagro), Alécio Maróstica, ao acrescentar que a proposta inclui Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e pivôs de irrigação central para outros produtos, como frutas e leite. Trabalho do governo goiano já mostra resultados e faz aumentar o
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interesse dos chineses pela região, que é estratégica em produção de alimentos no país. A importância da China para o agronegócio brasileiro é crescente e os números relativos às importações do país asiático, principalmente os de soja, mostram isso. O Banco Central chinês alerta para a alta de juros, mas o impacto monetário sobre o crescimento econômico será pequeno, conforme analistas. Em razão disso, as perspectivas de importações dos chineses continuam ascendentes, principalmente para a commodity soja, produto de destaque nas relações comerciais entre chine-
ses e brasileiros. A posição da China no mercado mundial gera efeito indireto sobre o agronegócio brasileiro. A tendência é que isso afete o algodão, cuja demanda chinesa é grande, já que o país enfrentou problemas com a produção local. Também com o açúcar (a produção sofreu os efeitos climáticos) e o milho, que podem contribuir para o aumento das importações. Os efeitos da presença chinesa nas estatísticas brasileiras de soja são claros. Esse "efeito China", apesar de menos visível em outros demonstrativos, ainda é poderoso e é certo que se tornará
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ainda mais importante no futuro, na avaliação do Rabobank. No início da década, a China foi responsável por 3% das aquisições de produtos do agronegócio brasileiro. Em 2010, atingiu 14%, sendo que o país asiático já assumiu a liderança nas importações de produtos do Brasil, quando os da União Europeia são considerados individualmente. No ano passado, as vendas de soja à China somaram mais de 19 milhões de toneladas, sendo que um quarto da área plantada vai para os chineses. Terminada a visita a Goiás, a comitiva chinesa segue para a Argentina.
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AGRICULTURA
Indústria de rações cresceu
mais de 5% em 2010 A produção da indústria de alimentação animal no Brasil registrou incremento de 5,3% em 2010 em relação ao ano anterior. De janeiro a dezembro de 2010, foram produzidos 61,4 milhões de toneladas de rações, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), e mais 2,15 milhões de toneladas de sal mineral. No total, durante o período, cerca de R$ 33 bilhões foram movimentados somente em matérias-primas (excluídos os custos com embalagens, frete e margens). De acordo com Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindirações, apesar da economia global ameaçada por mais um ciclo inflacionário, os produtores pecuários mantiveram os investimentos na produção, por meio da implementação das soluções tecnológicas contemporâneas (uso de aditivos alimentares, nutrição de precisão, inseminação artificial, melhoramento genético, etc.).
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Consumo de ração/2010 e estimativa de demanda/2011 Apesar de contar com estoque suficiente para abastecimento do consumo local e atender às exportações, a curva de preço do milho no Brasil mantém tendência de alta desde julho. Essa alavancagem ganhou força principalmente por fatores de origem externa, como quebra da safra de trigo por problemas climáticos na Rússia; o estoque de passagem dos cereais, que tem caído ano a ano; a demanda da China, que em alguns anos se tornará um grande importador de milho; as previsões alarmistas da FAO para uma explosão demográfica e consumo crescente até 2050; e o forte movimento especulativo de
investidores que buscaram ativos confiáveis e rentáveis no mercado futuro. Segundo Zani, no mercado doméstico, a curva crescente do preço do milho comprometeu os elos interligados da cadeia de produção, do criador ao consumidor. “Essa demasiada pressão poderia ter sido mais desastrosa, caso tivesse causado descompasso suficiente para inibição da demanda, uma vez que a capacidade de compra do consumidor foi testada no ponto de varejo e determinou seu índice de fidelidade a determinado produto ou alternativamente a substituição dele”, aponta.
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AVICULTURA DE CORTE A avicultura de corte manteve crescimento vigoroso, acrescentou quase 9% em 2010 e consumiu mais de 30 milhões de toneladas de ração. A sobrevalorização da moeda local inibiu a quantidade de carne de frango exportada, que alcançou menos de 5% e somou 3,8 milhões de toneladas com receita de U$ 6,8 bilhões. A carne de frango ancorou-se na forte valorização da arroba do boi, que apresentou alta de 39% no ano, todavia, a rentabilidade do produtor foi em parte comprometida pelo custo da ração, que aumentou significativamente. A demanda per capita por frango no Brasil atingiu 43,5 kg em 2010 em resposta ao saldo da produção de 12,3 milhões de toneladas. Para 2011,os produtores e exportadores projetam crescimento da ordem de 3 a 5%, ou 12,9 milhões de toneladas. A CONAB vislumbra alojamento de 6,5 bilhões de pintos de corte. O Sindirações estima consumo de 31,8 milhões de toneladas de ração. AVICULTURA DE POSTURA O consumo de ração para poedeiras permaneceu estável e alcançou pouco mais de 4,8 milhões de toneladas em 2010, frente ao alojamento de 78 milhões de pintainhas de postura (plantel alojado em 2009 supostamente subestimado). A alta do milho e do farelo de soja para alimentação das poedeiras prejudicou a rentabilidade do produtor, já que o preço médio do ovo registrou o menor valor desde 2007. As previsões para 2011 seguem com cautela, uma vez que o plantel de poedeiras é 29% maior e os custos de produção continuam bastante elevados. O Sindirações ainda estima crescimento da ordem de 3% capaz de alcançar 4,98 milhões de toneladas de ração. BOVINOCULTURA DE CORTE O setor de alimentação animal para bovinos de corte compensou as perdas acumuladas em 2009 e produ-
ziu pouco mais de 2,5 milhões de toneladas com crescimento de 6,8% em 2010. A partir de julho, houve melhora na relação de troca entre boi gordo e bezerro, porém abaixo do ideal. A produção alcançou 9,15 milhões de toneladas e as exportações de carne bovina in natura renderam U$ 4,8 bilhões e os embarques seguiram estabilidade atingindo 1,8 milhão de toneladas. A matança de vacas em anos anteriores, a queda na taxa de confinamento, a restrita oferta de boi gordo por conta da longa estiagem, o descompasso nas relações comerciais entre bezerreiros, produtores, confinadores, frigoríficos e varejo, o consumo interno em ascensão e a retomada das exportações retro alimentaram o ciclo virtuoso de reajustes e alavancaram a arroba, que superou a barreira dos R$ 100,00 no pico da entressafra. A previsão para 2011 é de crescimento de 2,5% no rebanho e de 1,5% nos abates, com preço da arroba firme e acima dos R$ 90,00 ao longo do ano, apesar da aproximação da inversão do ciclo pecuário. O Sindirações estima crescimento de 7% no consumo de ração, que pode alcançar 2,7 milhões de toneladas. BOVINOCULTURA DE LEITE
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Apesar do crescimento de quase
5%, o consumo de 4,6 milhões de toneladas de ração para bovinocultura leiteira em 2010 foi insuficiente para compensar a queda apurada no ano anterior. Além do crescimento de 5% na produção, que superou 30 bilhões de litros, o comportamento dos preços do leite durante o ano foi atípico e caiu mesmo na entressafra. A longa estiagem reservou pasto de baixa qualidade, que exigiu maior uso de rações e concentrados inflacionados pelos custos do milho e farelo de soja, que impactaram ainda mais o desempenho dos produtores leiteiros. Para 2011, espera-se um aumento de 4,5% na produção leiteira em resposta ao consumo doméstico, crescimento do PIB e demanda internacional. O Sindirações estima produção de 4,9 milhões de toneladas de ração para gado leiteiro, ou seja, um crescimento de quase 6%. SUINOCULTURA Apesar do crescimento de 9% na receita das exportações, a quantidade de carne suína exportada recuou e foi de apenas 540 mil toneladas. A produção, por sua vez, atingiu 3,2 milhões de toneladas e consumiu 15,4 milhões de toneladas de ração, em razão da estabilidade apurada no alojamento de matrizes industriais e de subsistência.
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AGRICULTURA
A abertura de novos mercados – Estados Unidos, União Europeia e Coreia do Sul – pode devolver em 2011 patamares históricos de exportação da ordem de 600 mil toneladas. O mercado doméstico já consome quase 15 kg/capita e pode seguir crescendo. Já a estimativa do Sindirações é produzir 15,7 milhões de toneladas de ração para suínos durante 2011, ou seja, um crescimento modesto de 2%. CÃES E GATOS A produção de alimentos completos para cães e gatos cresceu 7% em 2010, registrando pouco mais de dois milhões de toneladas. O vigor doméstico da economia brasileira, fortemente correlacionado aos altos índices de confiança do consumidor, cuja renda seguiu fortalecida, certamente contribuiu na recuperação do segmento, uma vez que 44% dos lares Brasileiros têm animais de companhia. Apesar da grande capacidade local instalada para produção, apenas 45% da população de cães e gatos do Brasil alimentam-se do produto industrializado. A pesada carga tributária que onera os produtos beira os 50% e continua a prejudicar o acesso de milhões de compradores à linha de consumo. O aumento mais contido da inclusão dos consumidores na classe média leva o Sindirações a estimar crescimento de 2% e produção de 2,12 milhões de toneladas de ali-
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mentos para cães e gatos em 2011. PEIXES E CAMARÕES A demanda por ração para peixes em 2010 foi de 345 mil toneladas e teve crescimento de 15%. Já o consumo da carcinicultura incrementou 5% e consumiu 84 mil toneladas de rações. O consumo de organismos aquáticos alcança 7 kg/capita e a aquicultura já representa 25% da produção de 1,2 milhão de toneladas de peixes, crustáceos, moluscos e outros organismos aquáticos. A produção brasileira pode alcançar 2 milhões de toneladas, alavancada pelo clima favorável, disponibilidade de água doce, extensão litorânea e milhões de hectares de áreas alagadas e reservatórios. O vigoroso e gradual desenvolvimento da aquicultura compensará a diminuição da produção pesqueira, que tem boa parte da sua atividade já explorada e esgotada. O Ministério da Pesca e Aquicultura estabeleceu meta de aumentar o consumo para 12 kg/capita. A estimativa do Sindirações é produzir 489 mil toneladas de rações para peixes e camarões, um crescimento de 14% em 2011. PREVISÕES E CONSIDERAÇÕES PARA 2011 Na opinião do vice-presidente executivo do Sindirações, os preços das
rações podem continuar pressionados pelo hipotético prejuízo consequente à ação das chuvas na colheita e transporte das safras de soja no Brasil e na Argentina, pela demanda da China, e o crescimento de sua importação de milho e as previsões alarmistas da FAO para uma explosão demográfica e de consumo crescente até 2050. “É importante atentar-se também aos mercados agrícolas, que devem continuar sofrendo com a extrema instabilidade provocada por investidores que retomaram o interesse pelas commodities por conta da farta liquidez global, pífio crescimento da economia e expansão monetária nos Estados Unidos, além dos sinais inflacionários na China”, ressalta. O Sindirações avalia que a produção brasileira de rações ao longo de 2011 vai depender principalmente do crescimento das indústrias produtoras de aves e suínos influenciadas pelo desempenho das exportações, já que o mercado doméstico apresenta níveis de consumo de carnes bastante semelhantes aos dos países desenvolvidos. “O setor de alimentação animal é bastante influenciado pelas decisões e capacidade de compra do consumidor e suas exigências em relação ao suprimento e segurança dos alimentos”, garante Zani. O Sindirações continuará a promover a sustentabilidade econômica, social e ambiental da cadeia de produção animal brasileira. Zani ressalta que a missão do Sindirações é ser a voz da indústria de alimentação animal, construindo um ambiente competitivo adequado e colaborando para a produção do alimento seguro, defendendo a ética nos negócios, o comércio justo, a isonomia e eficiência regulatória, sempre tomando decisões baseadas em evidências científicas. “Seria oportuno que o Governo tomasse a iniciativa de controlar os gastos públicos a fim de permitir queda dos juros reais e diminuição da carga tributária para que o setor privado pudesse investir mais e o produto brasileiro ganhar mais competitividade no cenário internacional”, completa.
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AGRICULTURA
MPF denuncia concessão de crédito para desmatadores no Pará MPF argumenta que a concessão de crédito fere a Constituição O Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) entrou na Justiça com ações contra o Banco do Brasil (BB) e o Banco da Amazônia (Basa) por terem concedido crédito a produtores rurais com irregularidades ambientais e trabalhistas. O MPF argumenta que a concessão de crédito fere a Constituição, as leis ambientais e uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que proibiu empréstimos para proprietários rurais com irregularidades fundiárias e que desmatassem sem autorização dos órgãos ambientais. Segundo os procuradores, a atuação dos bancos faz com que o desmatamento na Amazônia seja financiado com dinheiro público, de fundos constitucionais. Os processos citam estudos que mostram
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a relação entre aumento da oferta de crédito e avanço da devastação da floresta. Durante a investigação – feita por amostragem nos dez municípios paraenses campeões de desmatamento – os procuradores encontraram cerca de 100 empréstimos para fazendas com irregularidades ambientais e até trabalho escravo, que receberam R$ 8 milhões do BB e R$ 18 milhões do Basa. “Além dos 92 financiamentos irregulares detectados por amostragem, existem outras fortes provas do descontrole das instituições financeiras sobre o dinheiro que estão injetando na região amazônica”, de acordo com o MPF. Nos processos, o MPF pede que os bancos sejam obrigados a pagar indenizações por danos coletivos e adotem
mudanças imediatas nas políticas de concessão de crédito rural na Amazônia. As ações também preveem a suspensão dos financiamentos para os produtores com irregularidades e a realização de auditorias internas para avaliar quanto do desmatamento no Pará foi financiado com dinheiro dos bancos públicos a partir de julho de 2008, quando entrou em vigor a restrição do CMN. Além dos dois bancos públicos, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) é réu nos dois processos. Segundo o MPF, o órgão fundiário foi ineficiente no controle e no cadastramento dos imóveis rurais do Pará. Os processos foram encaminhados para a 9ª Vara da Justiça Federal em Belém.
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Cuidados com o equilíbrio nutricional do cafeeiro Alysson Vilela Fagundes, pesquisador da Fundação Procafé
AGRICULTURA
Chegamos à época de finalizar as adubações. Conforme o programado no início do período das águas, as adubações de NPK são divididas em três ou quatro parcelamentos, iniciando no final de outubro e encerrando no final de março. Por isso é de grande importância a avaliação do estado nutricional da lavoura e a verificação de possíveis desequilíbrios nutricionais, visto que o tempo hábil para correções é curto. A adubação e calagem devem suprir os nutrientes em quantidade suficiente sem se esquecer do equilíbrio adequado entre eles, visando ao seu melhor aproveitamento. O excesso de alguns é prejudicial, tanto pelo maior investimento necessário, como pelos desequilíbrios e antagonismos causados. A falta, igualmente, leva ao desequilíbrio e a deficiências. É comum o produtor efetuar sua adubação sempre com uma fórmula padrão NPK e não prestar atenção nem na disponibilidade já existente no solo, que pode influir na dose e na relação entre esses 3 nutrientes, nem no suprimento de outros nutrientes importantes, como Ca e Mg e os micronutrientes. Além disso, essas aplicações padronizadas de NPK podem levar a desequilíbrios prejudiciais, como a relação K/Mg, P/Zn etc. A correlação entre o estado nutricional do cafeeiro e a intensidade das pragas e doenças é bem nítida para algumas e pouco importantes para outras. Uma relação muito importante a ser observada é a relação Nitrogênio/ Potássio (N/K); se tivermos um desbalanço favorável ao nitrogênio, teremos problemas com o complexo de doenças Phoma/Ascochita/Pseudomonas, doenças essas favorecidas pelo excesso de nitrogênio em relação ao potássio.
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Cercosporiose na folha e no fruto (esquerda) e Phoma na folha (direita)
Contraste de uma planta bem nutrida em nitrogênio com uma deficiente nesse nutriente (esquerda) e uma deficiência de potássio à direita. Se tivermos um desbalanço favorável ao potássio, teremos problemas com a Cercosporiose. Portanto, é de grande importância a manutenção dessa relação equilibrada para não haver, além do desequilíbrio nutricional, ataques inoportunos dessas doenças, visto que os controles químicos de tais doenças são menos eficientes nessas situações de desequilíbrios nutricionais. A checagem do equilíbrio nutricional pode ser feita por meio de análises foliares, as quais trarão os resultados dos diversos macro e micronutrientes envolvidos na nutrição do cafeeiro. Caso o desequilíbrio seja constatado, a correção deverá ser realizada o quanto antes, visto que já estamos no final da estação chuvosa no sul de Minas. Se o problema for relacionado aos macronutrientes, a solução é a realização de
adubações de solo, já se o caso for de micronutrientes, a solução é mais fácil, pois o reequilíbrio poderá ser estabelecido com aplicações foliares. Os principais desequilíbrios que podem ocorrer em lavouras de café são os seguintes: a) Excesso de calcário - deficiência de micronutrientes, Zn, B, Cu, Fe e Mn e provável desequilíbrio para K (pelo antagonismo com Mg e Ca do calcário). b) Excesso de nitrogênio - deficiência de B, Cu, Zn e Fe e maior susceptibilidade a Phoma e Pseudomonas. c) Excesso de P no plantio - deficiência de Zn e Cu. d) Excesso de K - deficiência de Mg e Ca e muitas vezes de B. e) Excesso de matéria orgânica – deficiência de cobre.
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AGRICULTURA
CAT Uberlândia realiza
X Show Tecnológico
Previsão é de um bom ano para produtores de soja e milho Com o objetivo de proporcionar conhecimento e apresentar informações e novas tecnologias, o Cat Uberlândia realizou o X Show Tecnológico, voltado para as culturas de milho e soja. O evento foi realizado nas fazendas Bom Jardim e Alvorada dos produtores Daniel Rodrigues Lopes e João Alberto Mendonça. De acordo com os produtores que colocaram as fazendas à disposição para o encontro, 2011 poderá ter uma safra com excelentes resultados de produção. O aumento dos preços, a geração de renda e o investimento em tecnologias garantem sempre um ciclo positivo. Com mais investimentos, a produção também aumenta, pois o agricultor sempre opta por melhores técnicas agrícolas, como o caso da
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biotecnologia. Eles destacam que a adoção de tecnologias avançadas coloca o Brasil em uma ótima posição nas exportações de soja e milho, e mesmo em outras culturas. Um bom exemplo de que a safra de gãos mais uma vez vai bater recorde pode ser observada em Mato Grosso. O ciclo 10/11 continua avançando e alcançou o patamar de 76,9% até o último dia 24. Isso significa dizer que, da estimativa de produção de 19,24 milhões de toneladas, cerca de 14,81 milhões foram comercializadas antes mesmo do fim da colheita, trabalho este que deve se estender até o início de abril. O volume estimado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) supera em 2,3% a produção de 18,81 consolidada na safra passada.
Na safra passada, de acordo com levantamento do Imea, o percentual de 76,9% só pôde ser observado no mês de maio, sendo que, em março daquele ano, o Estado havia comercializado 63% da produção. Os analistas entendem que este ainda é um bom momento para travar preços e assegurar uma boa transação com a commodity. As vendas registraram avanço de 6,4 pontos percentuais no mês – maior variação desde outubro de 2010, quando foram registrados 12 pontos percentuais. Somando as variações dos três primeiros meses deste ano, Mato Grosso comercializou aproximadamente 11% da safra em 2011, ante os 62,7% comercializados até dezembro de 2010. Os bons preços desta safra têm animado os sojicultores.
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PECUÁRIA
Matriz mais valorizada da raça
fita f. mutum
Reservada Grande Campeã e Grande Campeã Nacional Megaleite 2010 no torneio Leiteiro, obtendo o Recorde Mundial de Produção com a marca de 48, 047 Kg de média. Reservada Grande Campeã da Expozebu 2009, Campeã Vaca Jovem, Melhor Úbere Jovem, Campeã Vaca Jovem do Torneio Leiteiro, onde foi recordista de produção alcançando a marca de 39.150 kg
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Matriz mais valorizada da raça
Bailarina das Arabias
Reservada campeã de categoria nacional 1998 Reservado melhor úbere nacional 1998 Campeã de categoria nacional 1999 Reservado melhor úbera nacional 1999 Primeira vaca 5/8 a passar a marca dos 15.000 Kg por lactação Recorde de produção em 1 lactação durante 8 anos seguidos 15.563 Kg Primeira vaca 5/8 a passar a marca dos 56.000 Kg de produção vitalícia Primeira e única vaca 5/8 com 2 touros P.S. provados pela EMBRAPA Girolando Mãe dos dois touros P.S.melhor colocados pela EMBRAPA Girolando. 100% dos filhos com PTA positiva pela EMBRAPA Girolando,sendo estes 16 com 10 touros diferentes 100% dos netos maternais com PTA positiva pela 51 EMBRAPA Girolando
Usar touro girolando é viável
Genética confiável
PECUÁRIA
O Momento zimbo das arábias Registro: 0667 | Raça: Girolando Nascimento: 22/05/1997 Proprietário: Ricardo Miziara Jreige Criador: Ricardo Miziara Jreige Líder do P.S. alta confiabilidade quatro anos de PTA crescente pela EMBRAPA ABCGirolando
Turbante Touch das Arábias Registro: 0945 | Raça: Girolando 5/8 | Nascimento: 12/06/2001 Proprietário: Ricardo Miziara Jreige Criador: Ricardo Miziara Jreige Líder do 5/8 único touro com caráter mocho a liderar um sumario de leite
brutus Muita consistência segundo do P.S.filho da Bailarina das Arábias única vaca 5/8 com dois filhos provados e SC Zinabre touro positivo desde o primeiro grupo.
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Av. Edilson Lamartine Mendes, 938, Parque das Américas - Uberaba-MG InteRural - Revista do Agronegócio | Abril de 2011
Girolando das arábias Com quatro touros provados pela EMBRAPA ABCGirolando dois lideres; um é líder do 5/8 (Turbante T. Das Arábias) e outro líder do P.S. (Zimbo das Arábias); a PTA dos touros das Arábias é crescente ano a ano.
Baú das Arábias
O Fu t u r o Proprietário: Maria Beatriz Costa Gomes Criador: Ricardo Miziara Jreige - RGD: 0030 Nascimento: 14/04/2006
Touro com muita consistência no teste seu pai (Brutus) e seu Avo (Zinabre) são provados pela EMBRAPA ABCGirolando. Sua mãe é campeã vaca vitalícia nacional (Rochona) e tem mais de 47.000 litros de lactação vitacilia, em plena atividade.
Raro das arábias Dillon Dillon ITO das Arábias Registro: 1204 | Raça: Girolando | Nascimento: 09/03/2004 Proprietário: Maria Beatriz Costa Gomes Criador: Ricardo Miziara Jreige Primeiro neto de Caju de Brasília a entrar no teste (leite) Neto de Juror (Tipo). Suas primeiras filhas na fazenda estão com produção acima da media das novilhas e com úberes excelentes.
Proprietário: Maria Beatriz Costa Gomes | Criador: Maria Beatriz Costa Gomes RGD: 0053 | Nascimento: 28/07/2007
Touro de pedigree invejável sua mãe é filha de Jewell em vaca FB Cadarço que vai a Bootmaker seu pai o provado Feiticeiro Riacho da Serra um filho de Juror.
Fone: 34 3336-6707 / 8869-0206 / 8869-0207 | melhorgen@netsite.com.br
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Novos tempos para o Girolando Grandes “investidores” de genética que estavam ancorados no Nelore deram uma passada pelo Brahman, migraram para o Gir leiteiro (e este foi o inicio do alarde sobre o gado leiteiro), e agora estão se voltando para o Girolando.
PECUÁRIA
Com estes investidores, assessores e analistas de mercado voltando seus olhos sobre o Gir e o leite, logo apareceu o interesse na raça leiteira nacional o Girolando. A partir daí iniciou-se os investimentos em genética Girolando, que veio se arrastando por algum tempo até que, os próprios puristas perceberam que sem o Girolando produzindo não haveria motivo de ser do Gir. Ao mesmo tempo vieram os resultados de trabalhos científicos, entre eles os da EMBRAPA com o A.B.C. de Girolando, dando confiança para a utilização de touros e doadoras Girolando que comprovadamente são transmissores de genes melhoradores, era o que o mercado esperava. Cabe hoje aos técnicos e principalmente criadores, distinguir os verdadeiros investidores dos especuladores ou meramente exploradores da boa fase. Dentro de uma análise fria o que se vê hoje são atitudes de poucos investidores e muito de especuladores onde se tem criadores descapitalizados e pessoas (especuladores) com dinheiro em caixa para comprar animais de todas as qualidades, desde os grandes genearcas ate animais medíocres com muita qualidade de preparação, marketing e contratação de formadores de opinião, que os vendem com intuito de ganho financeiro rápido. Isto é muito perigoso, pois se cria uma bolha inflacionaria e ilusionista da qual os verdadeiros criadores produtores muitas vezes não conseguem entrar trazendo um sentimento de exclusão e muitas vezes abandonam a raça que em seguida será abandonada pelos especuladores que vão atrás de outro negocio para seu agiu dinheiro. Já o verdadeiro investidor também
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faz grandes compras, quer o ganho financeiro, mas para isso se torna parceiro do criador no sentido amplo da palavra parceria, trazendo uma nova visão para raça e buscando com a ajuda de assessorias e planejamento em longo prazo, animais que fazem diferença para raça através de sua progênie, e desta forma valorizando não só suas aquisições, mas também toda a cadeia, pois na maioria das vezes ele traz o criador para seu lado além de saber que precisa muito do produtor de leite (carne) que é o consumidor final do seu produto e que se estiver ao seu lado nos lucros sempre será cliente de animais de qualidade. Nós criadores devemos sempre evitar a visão de um grande criador de Nelore que no auge de valorização da raça, numa conversa sobre mercado, me afirmou que a ELITE da raça não dependia da variação de preços da carne, pois quem dependia eram os que matavam boi (o proprietário da fazenda que estávamos na ocasião já abandonou o Nelore ELITE). Os verdadeiros criadores junto com os bons investidores devem lembrar que a genética chega ao consumi-
dor na forma de carne e no nosso caso leite; quem não tiver esta visão será um mero explorador fadado a sair do mercado, ou pior carregar vários para fora dele antes de abandonar o barco. O produto de nosso trabalho de seleção tem que estar em todas propriedades leiteiras e principalmente na boca do consumidor. Vamos cuidar do tripé de sustentação da raça: 1-Grandes criatórios que voltados para o melhoramento genético esquecem-se de se valorizar e são presas fáceis dos especuladores que compram hoje para vender em seguida com lucro deixando o criador com cara de “ora vejam”. 2-Os bons investidores que trazem dinheiro para a raça e se bem auxiliados, investem a longo prazo para lucrar com um bom trabalho de disseminação de genética. 3-E o verdadeiro motor de tudo o consumidor final de leite que compra do nosso produtor o leite, um produto que pode ser de melhor qualidade e menor custo se este produtor tiver acesso a animais de genética superior.
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Uma, duas ou três: quantas vezes por dia as vacas devem ser ordenhadas? PECUÁRIA
Por João Paulo Oliveira, médico veterinário
Para que práticas eficientes de manejo de ordenha sejam adotadas é necessário um bom conhecimento da fisiologia da lactação e dos fatores que interferem a síntese de leite. A produção de leite depende, dentre outros fatores, da manutenção do número de células alveolares, da capacidade de síntese dessas células e da eficiência do reflexo de ejeção de leite. Os hormônios têm papel importante na lactação, mas sem a remoção frequente do leite, mesmo com um adequado perfil hormonal, a síntese não persiste. Por outro lado, a lactação não é mantida por um longo tempo, mesmo com uma frequente remoção do leite. Desta forma, a secreção e a remoção do leite estão estritamente associadas. A frequência das ordenhas e, consequentemente, o aumento ou a redução nos intervalos entre ordenhas alteram a produção e a composição do leite. Erdman e Varner (1995) avaliaram os resultados experimentais sobre alteração na frequência de ordenhas em animais da raça Holandesa e encontraram os seguintes resultados fixos: yy a redução no número de ordenhas, de duas para uma, provocou
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queda na produção de leite de 6,2kg/dia; yy o aumento nas ordenhas, de duas para três, provocou um aumento de 3,5kg leite/dia, aumentou a quantidade de proteína e gordura produzida e provocou queda na porcentagem de proteína e gordura; yy o aumento nas ordenhas, de duas para quatro, provocou um aumento de 4,9kg leite/dia, aumentou a quantidade de proteína e de gordura e provocou queda na porcentagem de proteína e gordura. Estudos conduzidos na província de Quebec, no Canadá, com vacas Holandesas de 8.000kg de leite/lactação em média, mostraram as alterações de produção, em porcentagem, relatando os seguintes números: Quando passou de duas para três ordenhas, a produção de leite aumentou 11,6% e a proteína, 0,4%. Entretanto, a gordura teve uma diminuição de 1,07%. Esse trabalho nos fornece mais alguns dados interessantes, que muitas vezes nos esquecemos de levar em consideração quando pretendemos alterar a frequência das ordenhas. Quando se passou de 2 para 3 ordenhas, teve-se um aumento de 10,9% nos gastos com concentrado, 3,75%
nos gastos com forragens e 2,5 horas de trabalho diário. Clarck et al. (2006) compararam sistemas de vacas leiteiras a pasto, sendo realizada uma ou duas ordenhas diárias, avaliando a produção de leite, produção de Matéria Seca (MS) e contagem de células somáticas (CCS) de vacas Holstein-friesians e Jerseys. As vacas Hosltein-Friesians ordenhadas uma vez produziram 31,2% a menos de leite e 29,4% menos de MS quando comparadas com as Hosltein-Friesians ordenhadas duas vezes ao dia. As Jerseys ordenhadas uma vez produziram 22,1% a menos de leite e 19,9% a menos de MS. A produção de leite por hectare foi 17,7% e 9% menores para Hosltein-Friesians e Jerseys, ordenhadas uma vez em relação às ordenhadas duas vezes ao dia, respectivamente. Vacas ordenhadas uma vez possuíram maior CCS durante todo o ano para as duas raças. Apesar do aumento de produção, alguns outros pontos são importantes na tomada de decisão da alteração do número de ordenhas. Por exemplo, para vacas em pasto, dependendo da distância do pasto à sala de ordenha, o aumento do número de ordenhas irá elevar o gasto energético desses animais, já que elas terão de ir mais
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vezes/dia à sala de ordenha. Segundo o Agriculture Research Council (EUA), as vacas gastam 0.03 Mcal de Energia Líquida por quilo de peso vivo para andar 1 km na vertical. Isso significa que, em terras com grande declividade, o gasto energético com deslocamento pode se elevar consideravelmente, sendo esse um fator que pode não levar esses animais a um aumento de produção esperado. Quando estamos trabalhando com vacas confinadas, pode ocorrer o desgaste dos cascos, já que os animais irão andar mais sobre concreto, terão menor tempo disponível para ficarem se alimentando e deitadas, pois terão de gastar parte do tempo caminhando até a sala de ordenha, na sala de espera e em ordenha. Mas, independentemente se as vacas são confinadas ou a pasto, o fato é que os bovinos ingerem alimentos durante o dia com picos de consumo no nascer e no por do sol, e que quanto mais tempo as
vacas passam na sala de ordenha, menos tempo elas têm para se alimentar e descansar, atividades fundamentais para manter níveis elevados de produção. É preciso também lembrar que um maior número de ordenhas, apesar de benéfico à saúde da glândula mamária, exige mais do animal, sendo necessário um bom manejo nutricional. Logo, o custo da alimentação é também um fator importante a ser considerado. Além dos maiores custos com alimentação, é preciso considerar outros custos envolvidos, tais como a capacidade operacional da sala de ordenha, a necessidade de mão de obra extra, maiores gastos com materiais de ordenha, energia elétrica, manutenção de máquinas, forma de pagamento do leite (se por produção ou percentagem de sólidos), etc. Todos esses pontos são de grande importância na decisão de aumentar ou diminuir o número de ordenhas,
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lembrando sempre que cada fazenda é um caso diferente e que devemos ter em mente as vantagens e desvantagens dessas mudanças. O que importa ao final é que as alterações proporcionem um maior retorno financeiro para a empresa rural. Bibliografia: Hebert, C. Never 2 without 3? Impact of the increase of milking frequency. 2002, Producteur-de lai-Quebecois. 23 (3): 22-25. Erdman R.A. and Varner M. Fixed yield responses to increased milking frequency. Journal of dairy Science, 78, p.1199-1203. 1995. Clarck D. A. et al. A systems comparison of once versus twice daily milking of pastured dairy cows. Journal of Dairy Science, 89:1854-1862, 2006. Coelho S. G. Alterações na glândula mamária causadas pelo intervalo e freuência de ordenhas. Dados não publicados.
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PECUÁRIA
Suplementação mineral para bezerros na fase de aleitamento Rafael Águido; médico veterinário – Equipe ReHAgro
A necessidade ou não de fornecimento de suplementação mineral para bezerros na fase de aleitamento é uma grande dúvida entre técnicos e produtores. Apesar de essa prática não ser comum no dia a dia, experimentos como o de Costa et al. (2005) têm mostrado maior consumo de matéria seca entre os animais que receberam mistura mineral à vontade todos os dias. Neste trabalho, no entanto, não foi observado maior ganho de peso dos bezerros suplementados. Apesar disso, o conhecimento da importância de macro e microminerais nos processos metabólicos e no sistema imune nos leva a acreditar que o fornecimento de minerais seja de grande importância no sucesso da criação de bezerros. A concentração de minerais essenciais deve ser mantida dentro dos limites nutricionais estabelecidos para que haja integridade funcional e estrutural dos tecidos, assegurando, desta for-
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ma, crescimento, saúde e produtividade animal. As deficiências ou excessos minerais assumem grande importância na nutrição animal, devido à extensão e facilidade com que são confundidos com efeitos relacionados a subnutrição, déficits protéicos e até mesmo com infestações parasitárias. Principais fontes de minerais para bezerros O fornecimento de minerais para os bezerros tem início no útero, através da transferência destes constituintes via placenta e sua incorporação nos tecidos fetais. A deficiência de nutrientes maternos pode prejudicar o desenvolvimento da cria, aumentando os índices de morbidade e mortalidade, aliados a uma menor produtividade. Christensen (1989) e Howes e Dyer (1971) avaliaram os efeitos da suplementação mineral nas vacas no perío-
do seco sobre o metabolismo e níveis destes minerais nos tecidos fetais. Os resultados mostraram que importantes elementos como ferro (Fe), Manganês (Mn), Selênio (Se) e Iodo (I) apresentavam-se em maiores concentrações nos tecidos de bezerros nascidos de vacas suplementadas. A principal fonte de minerais para bezerros na fase de aleitamento se concentra no colostro e no leite. No entanto, é notória a maior concentração de macro e microminerais no colostro em relação ao leite como estratégia evolucionária na tentativa de manter bons níveis destes constituintes até que o bezerro neonato consiga dar início ao seu próprio metabolismo e desenvolvimento do sistema digestivo. O leite apresenta concentrações marginais ou deficientes em todos os microminerais, com exceção do zinco. Desta forma, bezerros que utilizam o
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leite como única fonte de nutrientes podem desenvolver sintomas relacionados à carência de minerais, uma vez que o estoque tecidual é suficiente para assegurar apenas algumas semanas de vida de seu desenvolvimento normal (DAVIS e DRACKLEY, 1998). No entanto, alguns trabalhos relatam que a introdução de concentrados e volumosos nos primeiros dias de vida dos animais pode evitar a necessidade de suplementação mineral, já que os alimentos sólidos suprem alguns destes elementos que estão em pequenas concentrações no leite. No caso de utilização de sucedâneos e rações iniciais, a suplementação recomendada para a maioria das formulações comerciais visa atingir as exigências de macro e microminerais dos bezerros (NRC, 2001). Porém, devemos ficar atentos aos sucedâneos e rações de baixa qualidade, uma vez que a biodisponibilidade dos seus constituintes é baixa. A suplementação mineral seria uma estratégia na tentativa de evitar a carência de alguns minerais. A utilização de volumosos na dieta de bezerros também deve ser levada em
TABELA 1 - Concentrações de minerais recomendadas para dietas de animais jovens, comparada com os teores no leite integral Mineral
Sucedâneo
Ração Inicial
Ração Crescimento
Leite Integral
Ca (%)
1.00
0,70
0,60
0,95
P (%)
0,7
0,42
0,40
0,76
Mg (%)
0,07
0,10
0,10
0,10
Na (%)
0,40
0,15
0,14
0,38
K (%)
0,65
0,65
0,65
1,12
Cl (%)
0,25
0,20
0,20
0,92
S (%)
0,29
0,20
0,20
0,32
Fe (mg/kg)
100
50
50
3,0
Mn (mg/kg)
40
40
40
0,2-0,4
Zn (mg/kg)
40
40
40
15-38
Cu (mg/kg)
10
10
10
0,1-1,1
I (mg/kg)
0,50
0,25
0,25
0,1-0,2
Co (mg/kg)
0,11
0,10
0,10
0,004-0,008
Se (mg/kg)
0,30
0,30
0,30
0,02-0,15
consideração. No entanto, a presença de minerais nos volumosos sofre variações conforme a idade da planta, constituição genética, época do ano, clima, tipo de solo e tipo de manejo realizado na manipulação das plan-
tas. Desta forma, devemos considerar apenas outras fontes de alimento como verdadeiramente fornecedoras de minerais para os bezerros e, a partir delas, oferecer toda exigência do animal.
Consumo de alimentos e ganho de peso É conhecido que a deficiência de qualquer mineral essencial resulta na redução do consumo e que os minerais desempenham, como principal função, a atuação em mecanismos metabólicos. Porém, não se tem o conhecimento da forma como os minerais estimulam ou inibem a ingestão de alimentos. Dentre os principais minerais envolvidos no consumo de alimento estão o cálcio, cobalto, cobre, flúor, magnésio, manganês, molibdênio, potássio, selênio, sódio e zinco. Além disso, os animais possuem apetite específico para determinados nutrientes, como o sódio, cálcio e fósforo. Assim, em situações de deficiência destes minerais, há uma redução no consumo e desenvolvimento de apetite relativamente específico para o mineral deficitário.
COSTA et al. (2005) trabalharam com bezerros da raça holandesa, avaliando o consumo da mistura mineral e o desempenho dos animais. Neste trabalho, o grupo de bezerros que recebeu suplementação mineral apresentou maior consumo de concentrado (tabela 2) e matéria seca total (tabela 3) quando comparado aos animais que não receberam suplementação mineral. Foi relatado também um consumo médio de mistura mineral de 11,75 g/ animais/dia, entre a primeira e quarta semana de vida, período este coincidente com a fase de aleitamento. No entanto, com o desaleitamento e aumento do consumo de alimentos sólidos, houve redução na ingestão de mistura mineral para 4,1 g/animais/ dia entre a quinta e oitava semana, levando a acreditar que há necessida-
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de de o bezerro ingerir minerais com o intuito de atender suas exigências nutricionais durante a fase de aleitamento. A observação de maior ingestão da mistura mineral durante o aleitamento e o conhecimento da importância de alguns microminerais para o sistema imunológico leva a crer que o fornecimento de minerais nesta fase seja importante para minimizar o aparecimento de doenças.
59
tTabela 2. Consumo médio diário de concentrado (gramas/animal/dia) na matéria seca por bezerros do grupo Controle (sem mistura mineral) e LMM (com mistura mineral), durante oito semanas Grupos
Semanas
Média
1
2
3
4
5
6
7
8
C
8,58
76,51
87,25
282,59
474,39
548,02
986,26
1032,41
437,00
LMM
74,4
126,35
264,04
418,59
805,64
922,52
1204,17
1428,10
655,48
Média
41,49
101,43
1756,45
350,59
640,01
735,2
1095,21
1230,25 Fonte: Costa et al. (2005
Tabela 3. Consumo médio diário de matéria seca total (MST) expresso em gramas/animal/dia por bezerros nos grupos Controle (sem mistura mineral) e LMM (com mistura mineral), durante oito semanas Grupos
Semanas
Média
1
2
3
4
5
6
7
8
C
8,85
78,12
95,4
298,95
513,77
598,24
1041,46
1100,97
466,97
LMM
77,15
127,8
273,67
444,57
832,27
973,4
1258,56
1504,51
686,49
Média
43,00
102,96
184,53
371,76
673,02
785,82
1150,01
1302,74
PECUÁRIA
Fonte: Costa et al. (2005
No mesmo experimento, o ganho de peso médio semanal não apresentou diferença significativa entre os grupos. No entanto, os animais que receberam mistura mineral apresentaram em média um ganho de 2,31 kg/ animal/semana. Em contrapartida, os animais que não receberam suplementação mineral tiveram um ganho de 2,08 kg/a/s. A suplementação deve ser feita através do fornecimento à vontade de minerais específicos para bezerros, em compartimentos protegidos principalmente contra as chuvas, anexo às instalações utilizadas no bezerreiro da propriedade. Conclusão Apesar de existirem poucos estudos relacionados ao benefício do fornecimento de minerais para bezerros, devemos considerar a importância dos macro e microminerais na saúde e, consequentemente, na produtividade dos animais, podendo esta suplementação ser mais uma alternativa para o sucesso na criação de bezerros em aleitamento.
60
Bibliografia: yy DAVIS, C.L. DRACKLEY, J.K. The development, nutrition and management of the young calf. 1ª ed. Iowa. Iowa University Press. 1998. 329p. yy NATIONAL RESEARCH COUNCIL – NRC. Nutrient requirements of dairy cattle. 7ª ed. Washington, D.C.: National Academy Press, 2001. 381p. yy COSTA, T.C. Avaliação do consumo de mistura mineral e desempenho de bezerros alimentados com leite e sucedâneos. Escola de Veterinária da UFMG. 2005. 104p. yy FERREIRA, P.M. et al. Doenças carenciais e suplementação mineral. Escola de Veterinária de UFMG. Centro de Extensão. Abril de 2005. 44p.
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EXPOZEBU chega à 77ª edição com o tema
Qualidade e Tecnologia
PECUÁRIA
A 77ª ExpoZebu espera mostrar ao público a evolução do rebanho zebuíno brasileiro, que tem contribuído de maneira efetiva para a melhoria constante da qualidade de produtos como a carne e o leite. A feira também promete trazer reflexões importantes sobre ações que ainda precisam ser mais bem aplicadas junto às cadeias produtivas Muito além de uma feira repleta de recordes, negócios e genética de ponta, a ExpoZebu também tem se consolidado ao longo dos anos como um espaço para discussões e reflexões que envolvem a cadeia produtiva da pecuária. Nos últimos três anos, o tema Sustentabilidade foi o mote escolhido pela entidade para direcionar todas as ações da ABCZ, não só durante a exposição. Desta mesma forma, um novo conceito começa a ser trabalhado pela ABCZ, com o intuito de permear todas as ações da entidade, sem deixar de lado a Sustentabilidade, é claro. Trata-se de Tecnologia e Qualidade. “Normalmente, as pessoas preconizam a quantidade no lugar da qualidade. Não queremos trabalhar o tema apenas em um evento específico como a ExpoZebu, e sim levar este conceito para todas as ações tanto da ABCZ como da cadeia produtiva como um todo. A grande verdade é que temos que promover épocas de crescimento e outras de consolidação sem nunca perder de vista a qualidade e a tecnologia”, conta Eduardo Biagi, presidente da ABCZ.
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Dentre os assuntos que estão sendo colocados na pauta da ExpoZebu deste ano estão as boas práticas de produção, pagamento justo ao pecuarista, além de ações como oferecimento de degustação da carne brasileira para diversos públicos formadores de opinião. “Além disso, instituições como a Fundação Dom Cabral e empresas como a Markestrat estão prestando consultoria para a ABCZ para apontar caminhos no sentido do melhor direcionamento das ações de toda a cadeia pecuária”, revela Biagi. Em breve, com o levantamento feito por estas consultorias em mãos, a ABCZ poderá definir prioridades de atuação. As novidades da 77ª ExpoZebu também estão no modo como são feitas as inscrições dos animais. Desde o dia 24 de janeiro, os criadores já podem inscrever seus times de pista junto à ABCZ. A partir deste ano, as inscrições estão sendo feitas apenas pela internet, com o intuito de facilitar e agilizar o processo. Para fazer a inscrição, o criador deve acessar a área restrita das comunicações eletrônicas no site da ABCZ (www.abcz.org.br). No
menu Exposições, basta acessar “Inscrições de Exposições”. Para cadastrar o animal, é preciso selecionar a raça, a categoria e o tipo de concurso. Em seguida, através do número de registro de animal, é possível pesquisar se este está apto a participar de determinado concurso. “Esse é um ponto extremamente positivo das inscrições eletrônicas. O sistema aponta as pendências de cada animal no momento da inscrição. Com isso, o retorno da ABCZ ao criador é imediato em relação às pendências, como a necessidade de o criador fazer a transferência do animal antes de efetuar a inscrição”, conta Carlos Humberto Lucas, superintendente Técnico Adjunto de Genealogia da ABCZ. Logo após o preenchimento online das inscrições, o sistema gera o boleto de pagamento e, em seguida, a inscrição é confirmada. O Departamento Técnico espera que mais de 3.000 animais das raças Nelore, Brahman, Gir (dupla aptidão), Gir (aptidão leiteira), Indubrasil, Guzerá, Sindi e Tabapuã estejam inscritos para a feira. Os animais procedentes de locais distantes, mais de 700 km,
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começam a entrar no Parque Fernando Costa a partir do dia 22 de abril, enquanto o trabalho de recepção e mensuração tem início no dia 29/04. Já as vagas para o tradicional Concurso Leiteiro começaram a se esgotar ainda no mês de janeiro. No primeiro dia de inscrições para o Concurso da 77ª ExpoZebu, as 78 vagas para a raça Gir foram totalmente preenchidas. Como a procura foi maior que a oferta, a ABCZ está cadastrando os interessados em uma lista de espera para preenchimento de vaga, caso haja desistência. Para as raças Guzerá e Sindi, as inscrições continuam abertas. São 36 vagas disponíveis para cada uma. Os interessados podem fazer inscrição somente pelo site da ABCZ. O prazo termina assim que as vagas forem preenchidas. O Concurso Leiteiro será realizado de 3 a 6 de maio, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Assim como em anos anteriores, a Superintendência de Melhoramento Genético prepara, para logo após o encerramento do Concurso Leiteiro, o lançamento do Sumário de Gado de Leite, com informações genéticas sobre touros das raças Gir e Gir Mocha, no dia 06 de maio. Durante a feira também serão disponibilizadas as avaliações genéticas de 2011 do Sumário de Gado de Corte do PMGZ, que contempla informações atualizadas sobre os touros avaliados das raças Nelore, Brahman, Gir, Guzerá, Tabapuã e Indubrasil. Além das inscrições, outra inovação no universo de produtos online da ABCZ é o lançamento durante a Ex-
poZebu da Sala Virtual da Galeria dos Campeões, um novo site que reunirá informações e fotos de todas as exposições oficiais realizadas em Uberaba. Inicialmente, o projeto trará fotos e informações completas sobre todas as 76 edições da ExpoZebu e, posteriormente, haverá espaço reservado para o conteúdo das demais exposições realizadas no Parque Fernando Costa, como a ExpoGenética. O projeto está sendo desenvolvido em conjunto por vários setores da ABCZ, dentre eles o Departamento de Informática, Som e Imagem, Museu do Zebu e Assessoria de Imprensa, com textos produzidos pela jornalista Faeza Rezende. Julgamentos A grande novidade em relação aos julgamentos é que, a partir de 2011, os jurados passam a ser escolhidos exclusivamente pela ABCZ, com a sugestão de nomes podendo ser feita apenas pelas Associações Promocionais das ra-
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ças, e não mais contando com a sugestão do criador. As Associações Promocionais poderão repassar ao Colégio de Jurados da ABCZ uma lista contendo o nome de sete jurados em ordem de preferência, como forma de sugestão. “A partir daí, a ABCZ se encarregará de escolher os jurados. A intenção com essa mudança é a renovação do nosso quadro de jurados, como uma forma de revelar novos talentos que já estão atuando em outras exposições pelo Brasil. A raça Nelore já está utilizando um método que privilegia essa renovação e está sendo positivo. Por isso, resolvemos adotar para as demais raças um modelo semelhante”, explica Mário Márcio Souza da Costa Moura, Coordenador do Colégio de Jurados das Raças Zebuínas. Assim como em anos anteriores, o julgamento será feito por jurado único para raças com até 300 animais e por Comissão Tríplice para raças com mais de 300 animais inscritos. Entretanto, no caso de Comissão Tríplice, continua
63
PECUÁRIA
valendo a regra da incomunicabilidade entre os jurados, ou seja, não existe consenso e cada jurado define o melhor animal conforme sua decisão pessoal. Outra mudança que os visitantes poderão sentir durante os julgamentos da ExpoZebu diz respeito à agilidade dos concursos. “Queremos otimizar o julgamento, sobretudo reduzindo o tempo de comentário dos jurados. Esse e outros aspectos serão discutidos durante uma reunião antes do início da Exposição para definir as diretrizes dos julgamentos”, conta Mário Márcio. Para observar e zelar pelo bom andamento dos julgamentos, três jurados observadores, escolhidos pela ABCZ, acompanharão todo o processo. A tradicional mostra do Museu do Zebu comemorará em 2011 o centenário da primeira exposição oficial de gado Zebu realizada em Uberaba. A história da exposição de 1911 será contada através de fotografias da época, catálogos, notícias divulgadas nos jornais Lavoura e Comércio e Gazeta do Triângulo, entre outros objetos. Todas as particularidades da exposição serão apresentadas aos visitantes, como, por exemplo, uma maquete que ilustrará a arquitetura dos pavilhões de animais da época, que foram projetados e construídos por Francisco Palmério. Assim como a ExpoZebu, a primeira exposição realizada em Uberaba foi promovida no início do mês de maio. Durante a 77ª ExpoZebu, o Museu do Zebu também promoverá por mais um ano o projeto Zebu na Escola, levando informação sobre o Zebu a alunos de escolas públicas e particulares de Uberaba, do ensino fundamental, médio, técnico e superior. O projeto será desenvolvido pela Fundação Museu do Zebu “Edilson Lamartine Mendes”, ABCZ, Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU), Universidade de Uberaba (UNIUBE) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFET), entre os dias 1º e 10 de maio. Além de crianças e jovens, também par-
64
ticipam do projeto Zebu na Escola integrantes da Unidade de Atenção ao Idoso (UAI) de Uberaba. Seguindo o tema da 77ª ExpoZebu, que será Qualidade e Tecnologia, o Departamento de Relações Internacionais da ABCZ, através do projeto Brazilian Cattle, investirá em uma estrutura tecnológica e interativa para bem receber os visitantes estrangeiros que participarem da feira. A primeira modificação será nas inscrições dos participantes de outros países, que pela primeira vez serão realizadas de forma online. O Salão Internacional também contará com televisões com sistema Touch, com a finalidade de integrar o visitante às raças zebuínas, bem como aos produtos e serviços oferecidos pelas empresas que compõem o projeto, realizado em parceria com a APEX-Brasil. Os tradicionais Farm Tours (visitas técnicas a Centrais de Inseminação e fazendas da região) terão um formato mais dinâmico para que os convidados possam compreender como funciona a cadeia produtiva da carne e do leite no Brasil. A novidade dos Farm Tours deste ano será a inclusão de uma visita à Estância Zebu, onde haverá uma área demonstrativa de sementes produzidas por empresas brasileiras. Em 2010, a ExpoZebu recebeu quase 500 visitantes estrangeiros de 27 países. A sustentabilidade será outro
tema que continuará sendo abordado durante a ExpoZebu deste ano. Além dos debates do VI Fórum Pecuária Sustentável, que será realizado com a presença de pesquisadores de várias entidades do Brasil, a ABCZ conduzirá as ações que fazem da exposição uma referência no tema. Neste ano, a sustentabilidade será aliada ao conceito da tecnologia. O estande da Sustentabilidade contará com demonstrações de tecnologias sustentáveis que podem ser aplicadas no campo, como a utilização de placas de energia solar com o objetivo de gerar energia para o bombeamento de água. Haverá também demonstração da tecnologia de biodigestores e da produção de materiais ecológicos para construções rurais sustentáveis. Além disso, a ExpoZebu contará com uma Usina Didática de Simulação Industrial que transformará todo o óleo de fritura produzido nas barracas de alimentação da feira em biodiesel, que será utilizado como combustível por alguns veículos de serviço da feira. Todos os visitantes receberão ainda informações sobre educação ambiental. Haverá medição e controle da água utilizada pelos tratadores na lavagem dos animais e a coleta seletiva será intensificada. Mais informações sobre a ExpoZebu através do site www.abcz.org.br.
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65
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PECUÁRIA
Com o intuito de produzir animais de ponta em seu rebanho, a Transferência de Embrião destaca-se por aumentar a velocidade dos resultados de sua propriedade, podendo chegar a uma produção anual superior a 60 bezerros por vaca. A doadora de embriões tem potencial para ser aspirada com intervalos de 21 dias, sem uso de hormônios, podendo ela estar prenha, com problemas reprodutivos, dentre outras. Ainda com a utilização do sêmen sexado fica mais fácil direcionar o trabalho esperado. Conseguindo produzir ou ampliar em altíssima velocidade seu rebanho de leite ou corte. A RESULT® oferece a seus clientes serviços de Transferência de Embrião, Diagnóstico de Gestação e Sexagem Fetal por Ultrassonografia, acompanhamento Reprodutivo de Rebanho e Individualizado; além de um Banco de Receptoras com mais de 600 animais de grande qualidade situado a 30 km de Uberlândia. A RESULT conta com a experiência de Gustavo Ribeiro Destro, que fez parte da equipe TRANSGEN de 2004 a 2010 e possui mais de sete anos de na área. Seus trabalhos acumulam mais de 6.000 transferências com resultados superiores a 45%. O Banco de Receptoras possui equipe treinada, com histórico de mais de 300 prenheses confirmadas e entregues e outras 160 esperando o agendamento de embarque. Possui um rebanho superior a 600 animais todos com exames de brucelose, tuberculose e análise reprodutivos individuais. O que aproveitar da central? yy Economia de tempo e espaço (o cliente retira apenas os animais com prenhes confirmadas). yy Comodidade (a central organiza os protocolos, agendamento de aspiração, dentre outras etapas). yy Resultados confiáveis e ultrassonografia em todas as etapas.
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Resultados de transferências da equipe Result ANO
2008
2009
2010
PERÍODO
TE
P+
%
1º Trimestre
215
106
49%
2º Trimestre
332
130
39%
3º Trimestre
340
127
37%
4º Trimestre
240
139
58%
1º Trimestre
89
45
51%
2º Trimestre
167
80
48%
3º Trimestre
250
107
43%
4º Trimestre
459
200
44%
1º Trimestre
227
107
47%
2º Trimestre
248
111
45%
3º Trimestre
803
333
41%
4º Trimestre
404
197
49%
3.774
1.682
45%
Total
Result % 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%
1º Tri
2º Tri
3º Tri
2008
4º Tri
1º Tri
2º Tri
3º Tri
2009
4º Tri
1º Tri
2º Tri
3º Tri
4º Tri
Total
2010
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Vivemos História da uma Transferência de Embrião em época condições artificiais. Por todo o potencial de aplicação que a PIV representa para as espécies humana e animal, como pela sua expressividade tanto para a ciência básica quanto para a aplicada, tem sido muito difundida e utilizada em diversos países, inclusive de forma destacada no Brasil, a partir da década de 90. Atualmente o Brasil possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, com cerca de 196 milhões de animais, e apresenta-se em posição de destaque na produção mundial de embriões, particularmente pela expansão no uso da fertilização in vitro em bovinos.
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Fonte: http://www.biologico.sp.gov.br/artigos_ ok.php?id_artigo=24 acessado em 7/4/11
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No início do século XX que iniciaram a produção de meios de cultivo melhores, obtendo resultados mais significativos nas coletas e cultivos dos embriões. Nos anos 50 desenvolveu-se a cultura de embriões em microgotas. Em 1959 temos o relato do primeiro mamífero (coelho) oriundo desta técnica. Em 1978 ocorre o nascimento do primeiro bebê humano através da técnica. O primeiro relato de bezerro utilizando-se da técnica ocorreu em 1970 e foi realizado por Sreenan e sua equipe. A partir de então, a PIV (produção em vitro) de bovinos recebeu grande impulso por ter sido verificado que poderia ser integralmente viabilizada sob
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clécio duarte
Plantel da Fazenda Morada Corinthiana tem certificação de qualidade comprovada PECUÁRIA
Fazenda realiza Teste de Progênie e Controle Leiteiro na Girolando Para Associação Brasileira de Criadores de Girolando, o Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG) tem como objetivo identificar os indivíduos superiores, ou seja, quais os animais que realmente irão transmitir boas características aos seus descendentes, promovendo assim o melhoramento genético do rebanho. A melhor forma de conhecer o valor genético de um reprodutor, para produção de leite, é o Teste de Progênie, através da avaliação da produção de leite de suas filhas. Isso porque o leite não é expresso no macho, sendo o controle leiteiro a principal ferramenta do Teste de Progênie. O Teste de Progênie avalia as filhas dos touros que são responsáveis por mais da metade do melhoramento genético do rebanho. Para a realização do mesmo, é necessário que alguns criadores tenham interesse em testar seus touros e outros criadores tenham interesse em inseminar as matrizes de seu rebanho com sêmen dos touros inscritos no Teste de Progênie. A Fazenda Corinthiana, em Uberlândia, conta com um plantel com animais de qua-
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lidade superior e se destaca na produção. A seguir, o pecuarista Jerônimo fala da evolução da raça Girolando, dos critério que a fazenda utiliza na seleção e de seus animais destaques. Por que a raça Girolando cresceu e ganhou credibilidade? A raça Girolando cresceu e ganhou credibilidade, em minha opinião, graças a estes dois instrumentos: Controle Leiteiro e Teste de Progênie. A Raça Gir começou primeiro. A Holandesa já tem uma história centenária. A nossa Associação Girolando, espelhada no Holandês e Gir, soube buscar essas ferramentas, porém estamos ainda carentes dos chamados "Rebanhos colaboradores", que são os criadores que colaboram recebendo o sêmen do Teste de Progênie e fazendo o Controle Leiteiro. São poucos os criadores que participam. Minha sugestão é de angariar mais recursos através de parceria com a EMBRAPA ou outros órgãos, para dar mais incentivo ao produtor e aumentar a participação de "Rebanhos colaboradores". A Corinthiana sempre acreditou
nessas duas ferramentas e foi pioneira na implantação do Teste de Progênie, primeiro com a raça Gir, através da EMBRAPA/ABCGIL, e depois com a raça Girolando. A Corinthiana realiza o Controle Leiteiro há mais de 15 anos. E qual foi o resultado desse trabalho? Construímos famílias de animais oriundos do Teste de Progênie com os melhores touros da raça Gir. Dessas crias 3/8 ou 1/2 acasaladas com Holandês de qualidade, observamos um ganho genético fantástico, pois o Controle Leiteiro possibilitou segurar os animais de melhor produção e úbere, na formação do Puro Sintético (PS). Quais os critérios que a Fazenda utiliza para a seleção? Produção e qualidade de úbere foram os dois primeiros critérios para acasalamentos. O Tiago é quem faz os acasalamentos. Hoje, outros detalhes também são observados, pois tem também o peso econômico e sanitário. O que a Corinthiana pode notar
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de ganho com o Controle Leiteiro? Quem não mede não tem instrumento para avaliar. Só para citar: alguns animais que foram selecionados do Teste de Progênie Gir: O Touro Gir Fabuloso de Brasília estava no teste no início dos anos 90: fizemos três Doadoras filhas deste touro: A Boneca da Corinthiana está na 6ª lactação e consta em primeiro lugar no TOP 5 lactação vitalícia nacional, vaca 1/4 com 43.091 kg de leite em 1754 dias. A Mamona da Corinthiana aparece neste mesmo relatório de vaca vitalícia em 4° lugar, com 31.314 kg de leite. A Raposa da Corinthiana (hoje, Doadora do plantel da Faz Valinhos), dos amigos Daniel e Magnólia, consta em 4º lugar no TOP 5, maiores lactações encerradas vaca adulta 3/8, 11.751 em 305 dias. Filhas e netas destas Doadoras estão fazendo história no plantel da
Corinthiana graças ao Controle Leiteiro: Jalita, Filha da Raposa, foi a campeã do concurso leiteiro, 5/8, no Mega Leite 2010. Seu filho, "Advento FIV da Morada Corinthiana", PS, está no Teste de Progênie. A Mara, Filha da Mamona, é a nossa lactação recordista 5/8 com 14.890 kg de leite em 355 dias e consta em 5º lugar no Top 5 nacional, lactações encerradas, vaca adulta 5/8. O Neto da Mamona, Filho da Mara, Baú FIV Morada Corinthiana, PS, está entrando no Teste de Progênie pela parceira Fazenda Gameleira, dos amigos Fábio e Rodrigo Franco. Podemos citar mais duas oriundas do Teste do Gir: Trepadeira da Morada Corinthiana, (hoje, Doadora da Tropical Genética). Consta em 2º lugar no TOP 5, vaca 1/4 adulta, lactações fechadas, 14.264 kg em 365 dias. A Malhada da Morada Corinthiana, filha do touro Gir Askai Dab, consta em 5º
lugar, no TOP 5, vaca ¼ adulta, com 12.790 kg em 365 dias. As filhas da Trepadeira e Malhada têm apresentado produções garantidas com úbere invejável nos bons acasalamentos. É a partir desses animais que vamos formar o plantel Puro Sintético (PS). É sempre bom alertar o criador para ter paciência com o Teste de Progênie e perseverança no Controle Leiteiro. As primeiras lactações oriundas do Gir não mostram todo o seu potencial. Os cruzamentos PS também requerem esse zelo. Percebo a credibilidade da Raça Girolando fazendo o Puro Sintético (PS) através de mais animais em Teste de Progênie. Para isso, precisamos de mais Rebanhos colaboradores, maiores incentivos ao criador que busca o melhoramento genético. O Controle Leiteiro é fundamental. Precisamos acompanhar a produção, a qualidade de úbere e do leite, etc.
CANÇÃO MO
DA CORINTH DELO MORA a 1/2
IANA
Doador dias .788 em 365 Lactação: 10
Baltimor na Balsa ( 8.988 ) F 3/4 Baltimor na Mamona (8.549) F 5/8 Baltimor na Malhada ( 12.790) F e M 5/8 Vilão na Rendeira (10.800) F e M PS Shotle na Canção (11.561)F e M 3/4 Baltimor na Baleia (7.968) F e M 5/8 Shotle na Malhada (12.790) F e M 5/8 MAMONA MORADA CORINTHIANA Doadora 1/4 Lactação: 8.549,84 kg em 272 dias Lactação Vitalícia: 33.472,17 kg em 1418 dias 4º lugar no Top 5 Nacional vaca adulta vitalicia
fotos clécio duarte
FIV CORINTHIANA/GAMELEIRA Prenhezes disponíveis:
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PECUÁRIA
Dia de campo sobre
"Simental Brasileiro"
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O pecuarista Mario Coelho Aguiar Neto, o Mamado, reuniu criadores e técnicos na sua fazenda Água do Moinho, em Avaré, para mostrar a sua seleção de simental brasileiro, gado que tem como principal característica a rusticidade aliada às características produtivas já existentes na raça. Buscando assim produzir touros para cruzamento industrial que possam trabalhar com eficiência exclusivamente a campo por várias estações. O encontro foi no final do mês, aproveitando a presença de técnicos e criadores durante a 46ª Emapa - Exposição Municipal Agropecuária de Avaré. Durante a apresentação dos mais de 160 animais, Mamado apresentou muitos dados zootécnicos do criatório iniciado em 2005. O Simental do Mamado, segundo o próprio Mamado, ancora-se em quatro
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pontos básicos na seleção genética: a rusticidade, a fertilidade, a habilidade materna e o ganho de peso dos animais. "São quatro pontos que reputamos como os principais em qualquer seleção de gado de corte. Primeiro o animal tem que sobreviver ao ambiente tropical.O próximo passo é se reproduzir com eficiência. Parir e desmamar bem seus filhos e rapidamente se desenvolver até a idade de abate, para produzir o produto final que é a carne. Todas estas características afetam o resultado do pecuarista em 2 dois dígitos (10, 20, 30 %). "Sendo técnico e proprietário de uma empresa de comercialização de sêmen especializada na raça, tive a oportunidade de antes de começar o meu plantel, nestes quase 30 anos, observar todas as opções genéticas que a raça oferece. Fui também co-
nhecer a seleção da raça em mais de 20 países. Cheguei a conclusão que a adaptação era a principal característica a ser melhorada. E só teria sucesso selecionando animais que durante várias gerações foram submetidos as nossas condições de clima, pastagens e infestações parasitárias. Na formação de nosso plantel adquiri mais de 100 vacas escolhidas a dedo em mais de 10 criatórios que selecionavam simental de campo, rústico e produtivo, como o criatório de Jaime Möller, da Fazenda Charrua, no Mato Grosso do Sul; Alan Fraga, no Espírito Santo; Humberto Barufi e Yasmim Maria Schilling, em São Paulo, entre outros. Sempre escolhendo matrizes que se mostravam mais adaptadas e apresentavam características produtivas como performance, musculatura e capacidade de produção de leite, entre outras. Destas matri-
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zes, sobraram cerca de 15 famílias maternas que compõe a base genética do meu criatório", conta Mamado. DADOS TÉCNICOS Desde o início do criatório, todos os dados dos animais são anotados e mensurados, desde a incidência de doenças, índices reprodutivos, comprimento de pelagem, pigmentação ocular, suscetibilidade ao ataque de parasitas e o ganho de peso periódico. O ganho de peso é informado ao Centro de Processamento de Dados da Associação Brasileira de Criadores da Raça Simental que produz anualmente o sumário nacional da raça. Segundo dados oficiais da Associação Brasileira de Simental os animais do rebanho do Mamado têm em média DEPs 4 a 5 vezes superiores as DEPs médias dos demais rebanhos brasileiros. Por exemplo, no item peso à desmama, a média nacional é de 1,1
, já a média dos animais do seu criatório é de 5,30 obedecendo a mesma proporção no peso ao ano e sobreano. Nas características maternais totais a média nacional é de 0,60, enquanto que a média dos animais do criatório do Mamado é de 2,90, segundo o sumário publicado no ano passado. "São números que demonstram que estamos no caminho certo, nossos animais são muito rústicos e também muito produtivos". Devido a excelente média de produção dos touros usados no melhoramento do plantel, apenas 4% dos animais nascidos na fazenda, nos últimos anos, não se tornaram matrizes ou reprodutores. Outra característica selecionada é o baixo peso ao nascer. Os animais da geração 2010 nasceram com média de 41,23 quilos, incluindo animais de Fecundação in vitro, que sabidamente produzem bezerros maiores. Atualmente aproximadamente 90%
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dos animais nascem com pigemtação ocular, e esta porcentagem vem aumentando a cada nova geração. Além disso animais com problemas oculares são anotados e suas famílias gradativamente descartadas. Quanto à pelagem, característica muito observada na seleção de raças de origem européia no Brasil, pois com pêlo mais fino e curto, o animais tem mais capacidade de suportar temperaturas elevadas. 42,86% dos bezerros nascidos em 2010 têm pelo zero, isto é, são completamente lisos. Entre as pelagens 0,5 e 1, nasceram 28,56 % dos animais. E somente um deles nasceu com pelo no índice 3, considerado peludo para as nossas condições climáticas. A mais de 5 anos Mamado faz constantemente uma avaliação do rebanho com relação à incidência de carrapatos. "É dada uma nota de 0 a 10 para cada animal dependendo do grau de infestação. E procuro fazer esta ava-
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PECUÁRIA
liação com diversas pessoas diferentes para não ser tendencioso. Notamos que temos alguns animais que praticamente não são infestados por carrapatos e outros são mais suscetíveis. Multiplicamos os primeiros e descartamos periodicamente os suscetíveis.", explica o criador. A partir do ano passado iniciou também a coleta de dados para identificar e selecionar animais mais resistentes a endo parasitos. Mamado diz que o seu objetivo é criar animais rústicos com capacidade de produzir economicamente a pasto, tanto em rebanhos puros como em cruzamento industrial. Por isso, segundo ele, os animais são mantidos em pastos de braquiárias, recebendo pequena quantidade de suplementação de concentrado produzido na própria fazenda a base de milho e soja. No inverno o rebanho e suplementado com silagem de milho e sorgo. "Ninguém reclama do bezerro meio sangue simental que nasceu. O pessoal só reclama quando o bezerro não nasce. Isto é, quando o touro não deu conta do recado e não enxertou as vacas. Por isso nossa preocupação é criar os tourinhos em pastos de braquiária com pequena suplementação, cerca de 1 quilo de concentrado por dia. Assim eles vão estar aptos para enfrentar o
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O SIMENTAL BRASILEIRO
giões do País que também fazem este trabalho de seleção, vem se reunindo com objetivo de formar um grupo com ações coordenadas para valorização da linhagem. E este ano, durante a Feicorte que acontecerá em junho, em São Paulo, este grupo, que já conta com mais de 20 criadores vai fundar o "Núcleo do Simental Brasileiro", que terá como objetivo orientar os rumos da seleção e promover encontros, leilões e exposições dos animais. A proposta do grupo é levar o simental para as praças onde estão as vacas e a produção de bezerros. Promovendo exposições com nova metodologia de julgamento, onde os dados produtivos dos animais estarão disponíveis para quem julga e com a participação de jurados oficiais, criadores, técnicos e pessoas comuns, ao mesmo tempo. "Nossos touros são os taurinos mais aptos a cobrir vacada a campo e produzir excelentes bezerros, precoces e bons ganhadores de peso. E as fêmeas valem mais que os machos, pois têm alta fertilidade, grande habilidade materna e são as melhores receptoras de embriões entre todas as raças", conclui Mamado.
Mamado diz que não está sozinho nesta luta pela seleção de simental adaptado ao Brasil. Desde o ano passado um grupo de criadores de varias re-
Maiores informações: Mamado (Mario Coelho Aguiar Neto) mamado@taurusgenetica.com.br (14) 3882-6468
trabalho de cruzamento industrial", explica. Todo este rigor na seleção tem sido reconhecido pelo mercado, uma vez que os touros em idade de cobertura são imediatamente comercializados e segundo uma pesquisa feita recentemente pelo criador mais de 95% dos touros que foram vendidos nos últimos 4 anos continuam cobrindo vacas nas fazendas dos compradores. Nos próximos dias dois garrotes do Simental do Mamado vão para a central de produção de sêmen. Lorax (filho do reprodutor Fogo da Taurus), nascido em setembro de 2009 e que entre os 12 e 13 meses apresentava 77,83 de área de olho de lombo (AOL) e 1,5 de cobertura de gordura na carcaça (EGS) e Lothar (filho do reprodutor Otelo da Ajuricaba), que em idade semelhante apresentou 73,24 de AOL e 3,8 de EGS. Mamado espera que eles sigam os passos de Jabahy do Mamado, touro comprado pela Alta Genetics e que foi o líder de vendas da raça naquela central em 2010.
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IV Semana de Preservação e Conservação dos Recursos Hídricos No dia 21 de março, a equipe da InteRural esteve presente no Plenário Homero Santos, da Câmara Municipal de Uberlândia, onde aconteceu a solenidade de abertura da IV Semana de Preservação e Conservação dos Recursos Hídricos. O representante do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari, Wilson Akira Shimizu, foi um dos convidados para mediar a primeira palestra do evento, que discutiu as ações da Agência Nacional das Águas (ANA) na gestão dos recursos hídricos. O palestrante foi Marco Vinícius Castro Gonçalves – representante da ANA. A segunda palestra teve como tema o uso econômico dos recursos
hídricos - mineração e irrigação, com Luiz Nishiyama - do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O segundo dia das atividades foi de trabalho de campo, com a realização da limpeza do Córrego do Óleo, um dos afluentes do Rio Uberabinha, que abastece a cidade com água potável. Também houve uma oficina de educação ambiental, realizada na zona rural pela Secretaria Municipal de Educação, na Escola Municipal Antonino Martins da Silva, distrito de Martinésia. Após as palestras, foi realizado um debate, seguido da apresentação de projetos desenvolvidos por ONGs de Uberlândia.
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PECUÁRIA
Municípios baianos recebem orientação para adequação de laticínios
Para reestruturar a cadeia produtiva do leite e derivados nas regiões do Sisal e Riachão do Jacuípe, a Secretaria da Agricultura (Seagri), através da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), em conjunto com diversas secretarias do Estado, está acompanhando o processo final de certifica-
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ção de 15 indústrias de laticínio. Com a medida, a expectativa da Adab é que cerca de 150 mil de litros de leite/dia, produzidos principalmente por agricultores familiares, saiam da clandestinidade, passem a ser processados por indústrias inspecionadas e garantam ao consumidor um produto de qualidade.
Outras 25 indústrias em todo o Estado também estão recebendo orientação da Agência para atender às determinações da legislação federal (Instrução Normativa nº 51), que estabelece os procedimentos para a produção, o transporte e a comercialização de leite em todo o país.
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“As ações visam à transversalidade, alinhada ao Planejamento Estratégico atualmente discutido dentro da Câmara Setorial do Leite, permitindo um sistema de orientação integrado, tendo como objetivo a redução de custos para o produtor, a viabilidade do negócio e o pleno atendimento aos padrões técnicos das legislações competentes para este segmento”, ressalta o diretor-geral da Adab, Paulo Emílio Torres, destacando a importância da parceria com a EBDA, Sedir, Sudic e Sedes, além do Ministério Público e prefeituras municipais. As grandes bacias leiteiras do Estado estão localizadas notadamente no Sul, Sudoeste, Recôncavo e Oeste. Agora, a Seagri/Adab está dando especial atenção ao Norte baiano, incentivando a legalização de laticínios nos municípios de Riachão do Jacuípe, Nova Fátima, Capela do Alto Alegre, Gavião, Pé de Serra, Santa Luz, Fila-
délfia, Queimadas, Itiúba, Senhor do Bonfim, Capim Grosso, Tapiramutá, Mundo Novo, Piritiba, entre outros. Nesses municípios, assim como em todas as cidades interessadas em participar deste processo, as ações para adequação dos laticínios começam com o envolvimento da comunidade através de palestras educativas oferecidas pela Adab. Técnicos e veterinários da Agência têm percorrido diversas localidades para conscientizar a sociedade sobre a importância de adquirir, comercializar e consumir leite inspecionado. As reuniões contam com a presença de autoridades municipais, prefeitos, vereadores, secretarias municipais de Saúde, Educação, Agricultura, produtores rurais, agricultores familiares, entre outros setores sociais. “A educação sanitária e a participação da sociedade são fundamentais para o sucesso do projeto”, diz o diretor da Adab. “A par-
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tir desses encontros, temos a chance de esclarecer dúvidas dos produtores, comerciantes e da população quanto aos aspectos higiênico-sanitários que podem interferir no processamento do produto e na saúde pública”. Para funcionar de forma adequada, os empresários interessados em construir e adequar um laticínio devem seguir os procedimentos estabelecidos pela Adab e demais parceiros. “Nosso objetivo é esclarecer, orientar e fazer com que o laticínio tenha condições de funcionar, respeitando aspectos econômicos, técnicos, higiênicos e ambientais”, esclarece o Coordenador de Projetos Especiais da Adab, Adilson Pinheiro, lembrando que a sustentabilidade faz parte dos critérios para aprovação de todo o projeto. Mais informações sobre registro de estabelecimentos no Serviço de Inspeção Estadual podem ser encontradas no site www.adab.ba.gov.br.
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Prolificidade do rebanho Maria Emilia Franco Oliveira | Doutoranda em Reprodução Animal – Unesp Jaboticabal
foto clécio duarte
OVINOS
O mercado altamente competitivo impulsiona a busca por conhecimentos tecnológicos voltados ao aumento da produtividade dos rebanhos. Tal exigência coloca os aspectos reprodutivos em lugar de destaque, e a prolificidade passa a ser um dos fatores de maior importância nos programas de melhoramento e seleção animal. Isso porque a eficiência reprodutiva no sistema de produção é o somatório da fertilidade, prolificidade e sobrevivência dos borregos. A prolificidade é relacionada à taxa de ovulação da fêmea, ou seja, o número de oócitos (gametas femininos) liberados pelos ovários em cada ciclo estral. Essa variável está intimamente associada à genética do animal e determina um limite biológico para a capacidade de produção de borregos/ fêmea em uma determinada estação reprodutiva. Esse potencial pode não ser atingido, pois está na dependência dos outros fatores. Falhas na fecundação ou implantação do embrião, mortalidade embrionária ou fetal e, ainda, morte do recém-nascido podem prejudicar essa eficiência, resultando em menor número de borregos nascidos e desmamados. Dessa forma, além dos fatores genéticos (raça, cruzamentos ou animais geneticamente superiores), a prolificidade é afetada por variações ambientais (clima e estacionalidade), pela maturidade fisiológica (ordem de parição), condição corporal (peso) e idade de início da vida reprodutiva da fêmea. Melhorias nessa característica podem ser mais facilmente obtidas com ajuste
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nas condições de manejo (nutricional e sanitário), adequação da idade mínima para o início da vida reprodutiva e seleção de animais mais prolíferos. No melhoramento dos animais, a prolificidade contribui sobremaneira com o ganho genético anual nos rebanhos em que se pratica seleção, uma vez que menores índices de prolificidade implicam menor número de borregos nascidos por ano. Tal fato dificulta a reposição do plantel, diminui a pressão de seleção e aumenta o intervalo de geração, além de diminuir a taxa de desfrute do rebanho. A identificação de animais ou raças geneticamente mais prolíficas pode ser realizada por avaliação molecular. Marcadores genéticos são utilizados para a identificação de mutações em genes específicos relacionados à prolificidade. Estudos relativos aos modelos de herança para número de ovulação e tamanho de ninhada em rebanhos ovinos prolíficos têm mostrado que os principais genes para a prolificidade são segregados em ovelhas Booroola (FecB) e Inverdale (FecX). A mutação do gene FecB está relacionada ao receptor BMP-1B. As ovelhas que carreiam essa alteração apresentam maior número de ovulação, porque mobilizam maior número de folículos primordiais para a ovulação ou porque têm um menor número de atresia. A mutação exerce ação principalmente no ovário, entretanto, atuações indiretas são observadas nos perfis hormonais. O FecB é um gene dominante com amplo efeito na taxa ovulatória. Nas ovelhas Inverdale, a prolifi-
cidade é resultante de uma mutação no gene da proteína morfogenética do osso 15 (BMP-15). Essa proteína é um fator de crescimento expresso especificamente em oócitos e está associada ao aumento na taxa de ovulação ou esterelidade, dependendo de estar em hetero ou homozigose. Polimorfismo no gene GDF9 também foi associado ao aumento da taxa de ovulação e da prolificidade. Animais homozigotos e heterozigotos para essas mutações têm exibido uma taxa de ovulação maior, e essa característica pode ter uma forte implicação em termos de produtividade dos rebanhos, na medida em que eleva as chances de ocorrência de gestações gemelares das ovelhas. Todas essas descobertas genéticas tornam possível o uso de testes de DNA para determinar se as outras linhagens de ovelhas prolíferas carreiam essas mutações, sem a necessidade de informações referentes ao pedigree. A identificação dos genes da prolificidade nos animais poderá ser usada para melhor estimar o valor do cruzamento nos programas de melhoramento genético, levando a um ganho em produtividade e lucratividade.
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Referências Consultadas Azevedo, H. C.; Oliveira, A. A.; Muniz, E. N.; Paiva, S. R.; Franco, M. M.; Melo, E. O. Embrapa Tabuleiros Costeiros produz rebanho de ovelhas Santa Inês com maior prolificidade. Publicado em 22/12/2010. Disponível em: http://www.cpatc.embrapa. br/index.php?idpagina=artigos&artig o=6342&showaquisicao=true Holanda, G. M. L.; Adrião, M.; Wischral, A. O GENE DA PROLIFICIDADE EM OVINOS. Ciênc. vet. tróp., Recife-PE, v. 9, nos 2/3, p. 45 - 53 maio/dezembro, 2006. Sarmento, J. L. R.; Pimenta Filho, E. C.; Abreu, U. G. P.; Ribeiro, M. N.; Sousa, J. E. R. Prolificidade de caprinos mestiços leiteiros no semiárido nordestino. R. Bras. Zootec., v.39, n.7, p.1471-1476, 2010.
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Shih-Tzu Aparência Robusto, pelagem abundante, porte distintamente arrogante com cabeça bem lembrando o crisântemo, de temperamento amistoso e independente, inteligente ativo e alerta.
PET
Cabeça e crânio Cabeça larga, redonda, profusamente peluda, com pelos caindo sobre os olhos, bem separados, boa barba e bigodes. Os pelos crescendo para cima do focinho conferem-lhe uma clara semelhança com o crisântemo. Focinho bem largo, curto, com cerca de 2,5 cm da ponta ao stop, reto, de nível ou levemente arrebitado, quadrado peludo, sem rugas. Canal nasal em linha com a pálpebra inferior ou levemente abaixo. Trufa preta, podendo podendo ser de cor fígado, com pigmentação o mais homogênea possível. Narinas bem alertas, stop bem definido. Trufa inclinada para baixo ou pontuda são caractéristicas altamente indesejáveis.
cor, os olhos mais claros são permitidos, desde que a íris cubra o branco dos olhos.
xas bem arredondadas e musculosas. Devem parecer volumosas em virtude da pelagem abundante.
Orelhas Grandes, com lóbulos longos, portadas caídas inseridas ligeiramente abaixo da abóbada craniana. Devem ser tão profusamente cobertas de pelo que se confundem com a pelagem do pescoço.
Patas Arredondadas, firmes, com boas almofadas plantares, parecendo grande pela pelagem abundante.
Boca Larga, ligeiramante prognata inferior ou em torquês. Lábios de nível. Pescoço: bem proporcionado, graciosamente arqueado, suficientemente longo para portar a cabeça alta. Anteriores Ombros bem oblíquos, membros anteriores curtos, com boa musculatura e ossatura, tão retos quanto possível, compatíveis com o peito largo e profundo. Tronco: a distância entre a cernelha e a raiz da cauda é maior que a altura da cernelha. Bem compacto e forte. Peito largo e profundo. Ombros firmes. Dorso reto. Posteriores Membros curtos e musculosos, com boa ossatura. Visto por trás, reto. Co-
Cauda De pelagem abundante, inserção e porte altos, alcançando, aproximadamente, o nível alto do crânio, o que confere uma aparência equilibrada. Pelagem Longa, densa não cacheada, com um bom subpelo. Uma leve ondulação é permitida. Recomenda-se que os pelos da cabeça sejam atados. Peso e Altura De 4,500 a 8,100 kg. O peso ideal é de 4,500 a 7,300 kg. Altura máxima na cernelha, 26,7 cm. Tipo e características da raça são da maior importância e não devem ser preteridas pelo tamanho. Cor Todas as cores são permitidas. Uma faixa branca na fronte e na ponta da
fotos clécio duarte
Olhos Grandes, redondos, escuros, inseridos bem separados, sem ser proeminentes. Expressão calorosa. Nos cães de cor fígado, ou com marcações dessa
Shih-tzu. A raça é conhecida pela mansidão e carinho
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cauda são altamente desejadas nos particolores. Os Shih-Tzus existem em qualquer cor ou mescla de cores, mas é altamente desejado que os exemplares particoloridos tenham uma marca branca na cabeça. As cores mais comuns são os particoloridos branco e dourado, preto e branco, branco e fígado, branco e mogno. Os tricolores são mesclas das 3 cores, branco, dourado (marrom) e preto. Existem também os de cor sólida dourado, fígado, mogno e preta. Fator Genético Alguns Shih-Tzus têm um fator genético que faz com que, se acasalarem com outro Shih-Tzu do mesmo fator, poder dar origem a filhotes conhecidos por smooth coat, cuja aparência lembra mais um mestiço de Chin Japonês com Pequinês do que o Shih-Tzu. Tal característica é perceptível a partir dos 2 meses de idade. Acredita-se que essa característica genética seja herança do Spaniel do Tibete, que teria participado na formação do Shih Tzu, dando origem aos smooth coat. Algo semelhante acontece também com os Lhasa Apsos. Temperamento Os cães da raça Shih Tzu são extremamente dóceis e adoram ficar por perto daqueles que fazem carinho neles, assim sendo muito, muito preguiçosos. Quando o assunto é passear, caminhe no máximo por 15 minutos e nunca se esqueça da água. São indicados para áreas de convivência em apartamentos ou áreas similares. Geralmente, são bem educados em relação às necessidades fisiológicas, embora por causa do pelo longo eles se acostumem com o cheiro das mesmas, considerando-se que devem ser treinados quanto ao local adequado para isso. Alguns comportamentos observados: nunca dormem no mesmo local em que fazem suas necessidades, adoram beber água, pisos frios (devido a sua pelagem e origem) e ficar deitados perto do dono ou de alguém de quem gostam muito. Diferente de outras raças, o Shih Tzu pode ficar sozinho numa boa, pois não late em
excesso nem destrói a casa, é um cão muito independente. O Shih Tzu pode não ser uma das raças mais fáceis para se ensinar truques, porém, com paciência e dedicação, ele os aprende. Já no cotidiano, é um cãozinho muito esperto e que presta atenção em tudo ao seu redor, aprendendo rápido as coisas. É preciso cuidado pra não se deixar enganar pela carinha deles, é com ela que os Shih Tzus conseguem dominar seus donos, fazendo com que estes atendam a todas as suas vontades. Saber dizer não e ser firme é necessário. Menos ativos e agitados que outros cãezinhos do mesmo porte, os Shih Tzus são ideais para aqueles que gostam de ficar acariciando seu animal, haja vista que estes adoram um colo e não ficam se debatendo. Ele é um ótimo cão para apartamento e para crianças. O Shih Tzu é um cão que tem se destacado nas exposições oficiais organizadas pela CBKC, por ser um cão de extrema beleza e temperamento. Nesses campeonatos, são avaliados não só a beleza do exemplar, mas também seu temperamento, que deve ser calmo e comportado, a movimentação deve ser elegante, dentre outros importantes itens, que são julgados por juízes conceituados, pertencentes ao Grupo Cães de Companhia. Os cães competem de igual para igual com cães de grande porte e muitas das vezes se classificam em primeiro lugar, sendo que, em 2008, segundo a Confederação Brasileira de Cinofilia, um exemplar da raça ficou entre os 5 melhores cães do Brasil, competindo com todas as raças. As exposições são semanais em cada região do país e geralmente contam com a participação de 200 a 300 cães. Apenas os bons criadores são bem-sucedidos, pois o exemplar deve ser bem cuidado, mantendo assim sua pelagem impecável, sem falhas, ser de uma boa linhagem genética, conseguindo assim estar acima dos concorrentes, demonstrando todas as suas qualidades. No Brasil, qualquer premiação em dinheiro é proibida, então os prêmios são troféus para as primeiras colocações.
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História Acredita-se que a raça é o resultado da cruza de um Pequinês com um Lhasa Apso (podendo haver também outras raças em sua criação, como o Pug) em tempos antigos. De fato, análises de DNA recentes comprovam que é uma das mais antigas raças. Existe uma lenda que diz que o Shih Tzu é o símbolo do amor impossível entre uma princesa chinesa e um mongol (povo predominante no Tibete). Como o casamento lhes foi negado, eles teriam resolvido cruzar um legítimo representante da China (o Pequinês) com um de Lhasa (capital do Tibet), o cão da raça Lhasa Apso. Da união das raças teria surgido o Shih Tzu. São problemas comuns à raça Shih Tzu: hepáticos, renais, displasia coxofemoral, coprofagia, alergias e oftalmológicos. A pelagem longa requer escovação diária para livrá-la de nós e tosa adequada.
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PET
Gestação e cuidados pré-natais em cães
A reprodução canina deve ser avaliada perante diversos fatores, que envolvem responsabilidade, ética e bem-estar dos animais. Primeiramente, a saúde da fêmea, seu temperamento e seus caracteres raciais têm grande importância no período pré-gestacional, pois algumas raças (Bulldog, Basset Hound) necessitam de assistência diferenciada para reproduzir, como a inseminação artificial e o parto cesariana. O destino dos filhotes também deve ser avaliado, levando-se em conta não só seu valor comercial, mas também seu bem-estar, saúde preventiva e possíveis proprietários. Recomenda-se procurar um médico veterinário para acompanhar todo o período gestacional, que tem duração média de 58 a 63 dias, pois este profissional está apto a indicar a melhor suplementação alimentar para a cadela, o método de diagnóstico adequado e as intervenções clínicas necessárias. O exame de ultrassom permite o diagnóstico da gestação a
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partir de 25 dias após o cruzamento, o acompanhamento de toda evolução fetal, a estimação do número de filhotes e o diagnóstico rápido de dificuldades no momento do parto. Existem vários sinais clínicos manifestados pelas cadelas nas horas que antecedem o parto, sendo os mais comuns: falta de apetite, inquietação, edemaciação e produção de leite nas mamas, inchaço vulvar com corrimento cristalino, procura por ninhos em lugares escondidos e até cavar buracos na terra. Em situações de trabalho de parto demorado, perda excessiva de líquido amniótico ou retenção do filhote no canal vaginal, o veterinário poderá decidir pela cesariana como forma de amenizar o sofrimento da cadela e de seus filhotes. Após o parto, os proprietários devem ficar atentos ao comportamento da cadela, pois a mesma deverá ter paciência para amamentar, limpar e aquecer os filhotes, evitando a contaminação do ninho por fezez e urina. Se os filhotes chorarem muito e
estiverem sujos, os donos devem interferir, pois tais sinais indicam falta de cuidado por parte da mãe. Os filhotes nascem com olhos e ouvidos fechados, que irão abrir entre 10 e 14 dias após o nascimento, portanto eles são totalmente dependentes da mãe nesse período. Aos 25 dias de vida, os “bebês” estão aptos a experimentar a papinha de desmame com água fresca, em alternância com a amamentação. A partir do 30° dia, começam os esquemas de vermifugação e vacinação propostos pelo veterinário. O desmame dos filhotes dependerá da saúde dos pequenos e do apego da cadela, que tende a diminuir após os 45 dias. O processo reprodutivo assistido faz parte dos termos de posse responsável, dos quais todos os criadores devem se interar para o bem dos seus pets e de toda a sociedade. Msc Kele Amaral Alves Médica Veterinária/ Doutoranda em Ciência Animal- UFG
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Informe Publicitário
3° Leilão Virtual
Baru Rural 2º Leilão Virtual da Baru Rural Gir comercializa 101 animais O Leilão foi realizado dia 27 de março e reuniu animais da raça Gir PO e LA de alta qualidade genética e procedência comprovada. A empresa se destaca no seguimento pelo seu comprometimento e confiabilidade. Foram comercializados 101 animais com média R$ 3.800,00. O Leilão teve a organização da Nova Sat, transmissão pelo Agrocanal e atraiu compradores de várias regiões dos estados de Rondônia, Rio de Janeiro, e Minas Gerais, Goiás, Tocantins e outros.
A Baru Rural convida... 3º Leilão Virtual Baru Nelore Dia 24/5/2011 às 20 horas 150 animais - Vacas e novilhas de produção Realização
Transmisão
3º Leilão Virtual Baru Rural Gir Dia 5/6/2011 às 20 horas 100 animais - Vacas e novilhas prenhes e inseminadas Realização
Transmisão
4º Leilão Virtual Baru Nelore Julho de 2011 Realização
Transmisão
Para alcançar seus objetivos e oferecer eventos de qualidade a Baru Rural utiliza tecnologias para o agronegócio através de melhoramento genético de seus animais. Com o intuito de aumentar a satisfação de seus clientes e inovar o conceito de leilões a empresa conta com o serviço do veterinário Luciano Abrão Fagundes, que realiza exames de ultrassonografia que mostram se o animal tem prenhez confirmada ou se esta apta para a reprodução.
brahman
Crescimento da raça Brahman no Paraná motiva criadores de Brahman na ExpoLondrina A participação da raça Brahman deverá ser expressiva durante a EXPOLONDRINA 2011, uma vez que a exposição integra o ranking paranaense e o nacional da raça. Mais de 250 animais Brahman são esperados para a feira. A expectativa também é grande graças ao crescimento da raça no estado do Paraná. Entre 2006 e 2010, houve um crescimento de mais de 28% no número de animais Brahman registrados pela ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu). O presidente da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB), Wilson Roberto Rodrigues, irá acompanhar pessoalmente os trabalhos de julgamento da raça durante a princi82
pal exposição agropecuária do Paraná, que tem início no próximo dia 04 de abril. Além dele outros conselheiros da associação prestigiam a feira. O julgamento da raça Brahman será realizado entre os dias 08 e 10 de abril, pelos jurados Ricardo Lima, Russel Rocha Paiva e Ademir Jovanini, no Parque de Exposições Ney Braga. Durante a exposição também será realizado o leilão Baby Brahman Londrina, no dia 09 de abril, a partir das 20h30, na Boate Empório Guimarães. O remate será promovido pelo Brahman Conquista, de Pedro Henrique Fadel e Santa Maria Brahman, de André Youssef. A transmissão será feita
pelo Canal Rural. “Somos sabedores que a ExpoLondrina é uma da melhores exposição do país, inclusive, sendo realizada dentro de um parque que é referência nacional. Todos os nossos associados estão muito motivados com a feira e o leilão que será promovido”, comenta o presidente da ACBB. Durante a ExpoLondrina, a diretoria da APCB (Associação Paulista dos Criadores de Brahman), que tem como presidente o pecuarista César Tomé Garetti, fará uma reunião com representantes do Agrocentro, para definir a participação da raça durante a Feicorte 2011, que acontece no próximo mês de junho, em São Paulo/SP.
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A participação da raça Brahman na feira está sendo organizada pela Associação Paranaense dos Criadores de Brahman, com o apoio da Sociedade Rural do Paraná. Sobre a raça Brahman O ano de 2010 foi um ano de recordes para a raça Brahman. Além de ser destaque na mídia nacional e mundial, graças ao sucesso do XV Congresso Mundial da Raça Brahman, promovido pela primeira vez no Brasil em outubro passado, a raça continuou trilhando um caminho ascendente no campo, tanto em termos quantitativos como qualitativos. A raça cresceu em vários aspectos. O Brahman fechou o ano de 2010 com um rebanho registrado pela ABCZ de quase 186 mil animais, sendo 117.658 fêmeas e 68.147machos. Nos últimos seis anos, foi o zebuíno de corte que mais cresceu 45,4% em números de registros de nascimentos. Já o crescimento exclusivo de registros de nascimento de animais da raça Brahman no último ano foi de 6,3%. Outro recorde expressivo da raça Brahman aconteceu durante os leilões. Em 2010, os 66 remates realizados comercializaram um total de R$ 30,5 milhões. Números superiores ao de 2009, quando foram realizados 63 leilões, que faturaram um total de R$ 26.195.568,00. O número de lotes também cresceu. Foram ofertados 3.420 lotes, contra 2.544 lotes, no ano de 2009. A média dos animais também se manteve alta em 2010, alcançando um valor de R$ 8.931,00. Os touros Brahman continuaram valorizados em 2010. Foram ofertados 1876 lotes com um valor médio de R$ 6.387,00. A valorização foi de 20% no va-
lor médio praticado em relação a 2009. As fêmeas também demonstraram alta valorização, com média de R$ 10.847. O bom desempenho no mercado de leilões colocou a raça Brahman (selecionada no Brasil desde 1994) na segunda posição do mercado das raças zebuínas de corte, atrás apenas do Nelore, raça com mais de 70 anos de seleção no Brasil. Outros números positivos para a raça estão correlacionados diretamente com a constante preocupação dos selecionadores com a qualidade, a evolução genética e a adaptação dos animais. Prova disso, é que a raça vem sendo apontada como uma das mais férteis por profissionais da área de reprodução animal. A Produção In Vitro (PIV) de embriões também cresceu em 2010. Através deste processo, foram transferidos 19.557 embriões PO (Puro de Origem). “A PIV é a forma mais eficiente para multiplicação dos melhores animais. Esse crescimento mostra que os criadores de Brahman estão preocupados em otimizar suas melhores matrizes. Ou seja, as doadoras estão deixando um maior número de filhos. Sem dúvida, isso representa um ganho de qualidade”, ressalta o diretor executivo da ACBB. A raça Brahman manteve sua excelente posição também no mercado de sêmen brasileiro no ano que passou, conforme relatório divulgado recentemente pela ASBIA (Associação Brasileira de Inseminação Artificial). A raça continua sendo a segunda opção mais utilizada pelos criadores brasileiros dentre os zebuínos de corte, ficando atrás somente da raça nelore. Além disso, é a terceira raça de corte no mercado de produção e comercializa-
ção de sêmen, sendo responsável por 4,24% da participação no mercado. Segundo o relatório, em 2010, a raça Brahman comercializou 256.414 doses de sêmen. O número é superior ao comercializado em 2009, quando a raça vendeu 245.690 doses. O estado com maior destaque na comercialização de doses de sêmen da raça Brahman foi Minas Gerais. Outro fato importante destacado pelo relatório da ASBIA é que o Brasil, com menos de duas décadas de seleção da raça Brahman, começa a se consolidar como um exportador de genética desta raça, tendo exportado no último ano 8.626 doses de sêmen para países como Canadá, Equador e Paraguai. “Nos últimos anos, a raça Brahman vem despontando em valorização e produtividade. Além disso, o crescimento de 36% na comercialização de sêmen, nos últimos cinco anos, é outro fato que deve ser bastante comemorado pelos brahmistas. Sabemos que a raça tem um grande potencial tanto pura, como nos cruzamentos, e o relatório da ASBIA de 2010, nos mostra que este potencial está sendo reconhecido pelo mercado brasileiro”, afirma Wilson Roberto Rodrigues, presidente da ACBB (Associação Brasileira dos Criadores de Brahman do Brasil). Em 14 anos de produção de sêmen no Brasil, a raça Brahman está bem próxima de atingir a cifra de 2 milhões de doses de sêmen comercializadas, como ressalta o diretor executivo da ACBB, Lydio Cosac de Faria. MGR Assessoria Comunicação & Eventos Marcilélia Guimarães (34) 9966-7049 (34) 9162-0270 (Tim) Uberlândia-MG
brahman
Criatório Brasileiro comercializa genética
nacional no berço da raça Brahman Após realizar durante o XV Congresso Mundial da raça Brahman – Uberaba – MG, dois Leilões Internacionais da raça e promover o Farm Tour mais movimentado da programação, a marca UberBrahman esteve presente na “Houston Livestock Show and Rodeo”, – Texas – EUA e foi o primeiro criatório Brasileiro a comercializar sua genética no principal e mais tradicional reduto da raça Brahman no mundo. Além de estabelecer importantes parcerias com criatórios e associações tanto dos Estados Unidos quanto de outros países. O UberBrahman esteve no evento representado pelo Gerente Comercial Emilio Poubel e contou com o apoio da Diretora da Associação Mineira do Brahman Flávia Geo e do Diretor de Marketing da ACBB José Otávio Lemos, que inclusive participou a concepção do Brahman in Box - kit contendo material genético segmentado e que foi o produ-
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to comercializado durante a feira. “O apoio da ACBB e da AMB, ambas voltadas para expansão de nosso mercado é essencial ao nosso trabalho” Afirmou Emilio Poubel. O UberBrahman impulsiona negócios de genética com produto inovador – Brahman in Box O Brahman in Box foi criado para oferecer aos produtores do Brasil e do exterior, acesso fácil a genética de ponta através de venda de Kits de embriões customizados de acordo com necessidade do produtor e com garantia de prenhes. Também são comercializados pacotes de sêmen de touros geneticamente evoluídos para alta produtividade a pasto. Tudo feito com base em inúmeras pesquisas realizadas no rebanho UberBrahman. Durante o lançamento do Brahman in Box no Congresso Mundial da raça Brahman (Farm Tour UberBrahman),
criadores de muitos países já encomendaram sêmen e embriões, após constatarem o “Salto Genético” do rebanho com a marca UBER. Isto sensibilizou os Dirigentes do UberBrahman a olhar com mais atenção para o mercado internacional. “Sabemos que no Brasil está nosso maior espaço para crescer e contribuir com a pecuária. Porém, não podemos ignorar o mercado internacional de genética Brahman, que é muito ativo e maduro. Não há porque não estarmos nele. A pecuária de corte no mundo, migra cada vez mais para as zonas tropicais, justamente onde nossos produtos estão preparados para vencer” – Explicou Aldo Valente, um dos titulares do UberBrahman. “Ao chegarmos em Houston, nos deparamos com muitos visitantes da feira interessados não apenas em nossos produtos, mas no Brahman que vem
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sendo produzido no Brasil” – Contou o Gerente Emilio Poubel. Logo os negócios começaram a ser realizados. Foram vendidos vários Kits Brahman in Box: Prova Touro e Prova Matriz. Inclusive, alguns na versão Tenderness, onde os acasalamentos têm base em informações de avaliações de carcaça (ultra-som) e marcadores moleculares (Igenity) e visam produzir zebuínos (Brahman) com qualidade de carne superior, de alto valor agregado. O grande interesse de criadores de várias partes do mundo, apontam para uma tendência positiva e um mercado mais especializado, objetivo e segmentado, ainda carente de material genético confiável e accessível, onde há várias oportunidades. Sêmen de touros nacionais tiveram grande aceitação, em Houston (Texas-EUA), foram comercializadas muitas doses de sêmen, principalmente de dois touros nacionais: Mr. Natural (UBER 153) e Mr. Uber Átina 353, ambos Campeões de Prova de Ganho em Peso Oficial, Elite em avaliação de carcaça e provenientes da melhor genética importada para o Brasil. Os touros são participantes do Programa de Avaliação de Touros da Raça Brahman (PROBRAHMAN) e contratados pela unidade brasileira da multinacional Alta Genectics, que cuidará de todo processo de exportação e entrega do sêmen comercializado, nos países que adquiriram a genética. Mr. Natural, hoje é de propriedade de um condomínio formado pelo UberBrahman e a Agropecuária Leopoldino (vencedora do ranking da raça Brahman 2010), enquanto Mr. Uber Átina é do condomínio formado pelo UberBrahman e Carlos Armando Linares (Venezuela), que dirige um grande rebanho Brahman e com mais de 40 anos de seleção, priorizando produtividade a pasto. Os dois touros tiveram 50% de suas cotas comercializados durante o Leilão Internacional de Touros, no XV Congresso Mundial, organizado pela Estância Bahia e que superou R$ 16.000,00 no valor médio de 146 reprodutores comercializados e obteve o posto de maior média de touros do ano.
UberBrahman aposta no mercado de genética internacional de mão dupla Na ocasião em Houston, os brasileiros aproveitaram para visitar o touro Mr. Modelo Manso e conhecer sua produção no rancho JD Hudgins, da Forgason division. O touro com apenas 5 anos, já é destaque para produtividade dentro da seleção Hudgins (EUA) e também na Austrália, onde seus primeiros filhos já estão entre os mais valorizados no mercado. Modelo Manso foi o lote que alcançou o maior valor no Leilão Internacional de Touros, realizado em Uberaba (Outubro-2010) e foi adquirido 100% pelo UberBrahman, na mesma ocasião em que adquiriu também, cotas do JPS Neru Manso. O único touro Colombiano com sêmen disponível no Brasil. “Acreditamos que Modelo Manso, como o nome mesmo diz é o modelo de animal que nossa pecuária precisa. Tentamos muitas vezes adquirir seu sêmen, sem sucesso e agora com o touro nas mãos iremos democratizar completamente sua genética, juntamente com a do excepcional Colombiano Neru Manso” – Revelou o Vete-
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rinário Thiago Camargo, Coordenador Técnico do UberBrahman. A raça Brahman está presente em mais de 70 países, principalmente, naqueles que produzem gado de corte a pasto. No Brasil, está há apenas 17 anos e recentemente a Associação dos Criadores de Brahman do Brasil promoveu dois Congressos Internacionais (Latino Americano e Mundial), nos quais os criadores puderam mostrar a vários países excelente o trabalho de seleção que vêm realizando, com o Brahman. Os últimos acontecimentos confirmam que, assim como fez na produção de carne e inúmeros outros produtos do agronegócio, o Brasil tende a se firmar também como importante exportador de genética da raça zebuína mais difundida no mundo, o Brahman. MGR Assessoria Comunicação & Eventos Marcilélia Guimarães (34) 9966-7049 (34) 9162-0270 (Tim) Uberlândia-MG
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1º Leilão Anual True Type da Fazenda São João No dia 19 de março, aconteceu, em Inhaúma, o 1º Leilão Anual True Type - Fazenda São João. Participaram como convidados a Fazenda Santa Luzia, do Grupo Cabo Verde, a Fazenda Santa Maria e a Tropical Genética. Foram comercializadas 100 bezerras da raça Holandesa, 10 bezerras Girolando F1, 100 novilhas Holandesas prenhes e 20 vacas Holandesas de primeira cria. São animais de alta produção, com sanidade garantida. Parte das novilhas está prenhe com sêmen sexado. A Fazenda São João
leilões
A Fazenda São João é um projeto totalmente voltado para alta eficiência na produção de leite, tendo iniciado suas atividades em 2002. Atualmente, é a terceira maior produtora de leite do país. Nove anos de trabalho de melhoramento racial, utilizando a melhor genética e a mais avançada tecnologia em transferência de embriões e FIV – fertilização in vitro – deram origem a um rebanho de mais de 3.000 animais da raça Holandesa com alto padrão de qualidade. Os animais da Fazenda ofertados no Leilão pertencem às 3ª e 4ª gerações de um trabalho que sempre primou pela escolha da melhor genética conciliada ao trabalho de acasalamento feito pelos melhores profissionais do mercado. Cem por cento dos animais são nascidos na Fazenda. O Leilão A montagem do local do Leilão teve início com o preparo do terreno, do pavilhão principal e das tendas de suporte para abrigar os animais, os estandes dos patrocinadores e as áreas de serviço, alimentação e sanitários. Foram cerca de 2000 metros quadrados de espaço coberto. O ambiente estava decorado com balões e toalhas com padrão preto e
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branco, imitando as cores do gado Holandês. As pisteiras e os auxiliares usavam camisas também do mesmo estilo, tornando fácil a sua identificação. Entre os convidados estavam o prefeito de Inhaúma, Murilo França de Lima, além de diretores da Emater, Embrapa e outros órgãos afins. O último lote individual foi trazido à pista pela proprietária da True Type, Huguette Guarani, fato que demonstrou todo o seu envolvimento com a preparação e a execução do evento. Foi entregue o Troféu Leilão Anual True Type – Fazenda São João – ao maior comprador, Sr. Eduardo Jorge Leucena da Silveira, de Pernambuco. Este troféu terá uma placa gravada com o nome do agraciado e ficará exposto na Fazenda São João até o próximo evento. O seu detentor é o Convidado de Honra do próximo Leilão, com todas as despesas pagas pela True Type Ltda. O sucesso do Leilão pode ser avaliado pelo faturamento total de R$ 1.318.550,40. Todos os animais foram vendidos. O preço médio de venda dos animais foi de R$ 5.300,00, sendo as bezerras vendidas ao preço médio de R$ 3.934,00, as novilhas a R$ 6.690,60
e as vacas a R$ 10.244,00. A True Type e a Fazenda Santa Maria adquiriram da Tropical Genética 50% da vaca Lindóia, que dará início ao projeto de produção de embriões em parceria entre as três empresas: doadora consagrada, já testada e comprovada na produção de embriões e na produção de belas bezerras. Doadora livro, fechado com lactação de 8.717,38 kg / 312 dias. Portanto, doadora completa: família, produção de leite e de belas bezerras e reprodução. O evento teve compradores dos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Pernambuco. Foram sorteados vários brindes entre os compradores: Entre os ganhadores, destacam-se: yy Viagem para os Estados Unidos: Eduardo Jorge Leucena da Silveira – PE. yy Viagem para Buenos Aires: Adilson Cândido Silva – MG. yy Viagem para Porto Seguro: Sônia Maria Barbosa Cézar – GO. yy A True Type – Fazenda São João – promete para 2012 outro Leilão, novamente com muitas novidades e surpresas, além de animais cada vez mais apurados geneticamente.
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Leilão de Primavera do Leste em Mato Grosso tem faturamento de R$ 2.721.576,00 Remate foi organizado pelo Grupo Estância Bahia e Sindicato Rura Localizada há 240 km da capital Cuiabá, Primavera do Leste viveu no domingo (27\03) um grande momento da pecuária do Estado. O leilão de gado de corte organizado pelo Grupo Estância Bahia e Sindicato Rural do Município ofertou cerca de 5 mil animais de alta qualidade genética e características raciais. São animais dos melhores criatórios de Primavera do Leste. O município, que é destaque na agricultura, mais especificamente no cultivo de soja, sendo um dos maiores do Estado, passa a ser também grande na pecuária de corte, fazendo a integração lavoura-pecuária. “Tenho certeza absoluta que essa integração vai proporcionar a Primavera do Leste
mais desenvolvimento, uma vez que os produtores estão inseridos no processo de produção”, destaca Jair Guarieto, Presidente do Sindicato Rural. O Tatersal do parque de exposições ficou lotado. Quando o leilão teve início, o que se viu foi uma grande disputa pelos lotes apresentados. Foram ofertados animais em recinto e também em filmagem. O leilão teve um faturamento total de R$ 2.721.576,00, com as seguintes médias. Machos, total R$1.647.000,00, sendo RS 956,00 por animal e fêmeas R$ 1.074.000,00, sendo R$ 605,00/animal. O maior comprador do remate foi Darci Montagni, que adquiriu 643 animais, seguido por Getulio Gonçalves, com 549 animais.
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Getulio Gonçalves também é o prefeito de Primavera do Leste e destacou o trabalho feito pelo Sindicato Rural de promover ações em favor do crescimento da pecuária no município. De acordo com ele, a parceria entre o Sindicato e o Grupo Estância Bahia foi uma iniciativa inteligente, uma vez que a leiloeira tem credibilidade no mercado para promover a comercialização dos animais dos pecuaristas. De acordo com Maurício Tonhá, diretor do Grupo Estância Bahia, o leilão de gado de corte de Primavera do Leste transcorreu dentro da normalidade. Os animais ofertados eram de boa qualidade e os investidores souberam aproveitar as oportunidades de cada lote.
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leilões
Sucesso de vendas Leilão da Fazenda Valinhos e Java Pecuária mais uma vez é sucesso
Evento vai se consolidando como um dos melhores do segmento leiteiro da região A Fazenda Valinhos, de propriedade de Daniel e Magnólia, está situada no município de Monte Alegre de Minas a 87Km de Uberlândia. Há 20 anos a fazenda dedica-se a pecuária leiteira na criação de animais da raça Girolando 100% livro fechado. No mesmo lugar, encontra-se a Java Pecuária, vinda da união de Paulo Melo e Daniella Martins, que também criam animais da raça Girolando. Juntos, eles oferecem o melhor em genética da raça ao mercado, em um leilão anual. Este ano o leilão foi realizado no dia 10 de Abril, com a Leiloeira a Nova Sat, transmissão do Agrocanal, e assessorado pelo Davi da Boi assessoria e pelo Celso Menezes da Beef & Milk. Pecuaristas de todo Brasil puderam analisar o melhor de uma genética leiteira apurada com muito critério e profissionalismo, em
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um trabalho que vem sendo feito com tradição há muito tempo. “tudo começou devido ao meu pai Francisco Ribeiro, que já era um pequeno produtor rural, que, além de produzir pequena quantidade de leite em vacas zebuadas, trabalhava na atividade cafeeira, fazia rapadura e cachaça da melhor qualidade. Com o seu falecimento em 1988, ficamos com uma parte pequena da fazenda. Eu e o Daniel (meu marido), desde o início, procuramos dar seqüência à atividade com que nos identificávamos mais, a pecuária leiteira. Desde então, fomos investindo e passamos a adquirir mais terras, tecnicizando, gradativamente, a produção de leite, melhorando o plantel e sempre procurando assistência especializada. O gosto pela atividade foi aumentando e começamos a fazer seleção dos animais, descar-
tando animais inferiores e adquirindo animais de genética superior. Foi daí que, em 1994, começamos a inseminar e registrar o gado na Girolando e, hoje, após 22 anos de muito trabalho, temos um plantel 100% Girolando registrado”. Comenta Magnólia Para acompanhar o leilão os convidados foram recepcionados em um salão de eventos em Uberlândia. A Fazenda Valinhos e a Java Pecuária apresentaram animais de alta qualidade, que deixaram as pessoas impressionadas com animais que fazem parte de um plantel que proporciona uma produção de 2500Kg /leite/dia em duas ordenhas, com média de produção de, aproximadamente, 22,7 Kg/leite/vaca/dia, com 110 vacas em lactação. Durante o verão, os animais ficam em pastejo rotacionado de Mombaça, divididos em lotes
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de produção, e recebem ração concentrada de acordo com o desempenho de cada lote. Na seca, esses animais ficam confinados com uma dieta de silagem de milho + ração + caroço de algodão + mineral. A dieta é acompanhada pelo Médico Veterinário Matozalém Camilo, técnico da EDUCAMPO, que há 10 anos cuida do gerenciamento do rebanho e da parte econômica da propriedade. Daniella Martins, Médica Veterinária, junto com Paulo Melo, Engenheiro Agrônomo (que hoje constituem a JAVA Pecuária), cuidam com muito amor e dedicação da parte de sanidade do rebanho. Eventualmente, em casos específicos.
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Médias do Leilão Valores em R$
16.330
9.850 6.620
Prenhez
Aspiração
Vaca em lactação
6.300
Bezerra
5.610
Novilha
5.270
5.190
5.190
Vaca prenhe
Novilha em lactação
Touro
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1° Leilão Excelência dos Araxás – Girolando reuniu
Tradição e qualidade Remate ofereceu o melhor da raça Girolando
leilões
No dia 08 de abril foi realizado o 1° Leilão Excelência dos Araxás da raça Girolando, o evento aconteceu nas dependências do Tauá Grande Hotel de Araxá e contou com a presença de mais de 420 pessoas. Os convidados, principalmente os que não conheciam ficaram impressionados com a beleza do local, já que o hotel é um dos mais tradicionais de Minas Gerais. O 1° Leilão Excelência dos Araxás, teve a frente da organização as Fazendas Engenho, Congonhas, a Tropical Genética e os criadores Nelson Ariza, e Paulo Ricardo Maximiano. Esses empreendedores desenvolvem um trabalho de alto padrão voltado ao desenvolvimento da raça Girolando O Leilão foi organizado pela EMBRAL e transmitido pelo canal Terra
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Viva. De acordo com os assessores Celso Menezes da Beef & Milk e o David da Boi Assessoria, o Leilão ficará marcado na história da raça e entre os criadores de Girolando, tendo
em vista a qualidade dos animais, a grande organização. Destaque para o investidor. Eurípedes José da Silva da fazenda Uberaba, que comprou do 50 % da Patativa Marcovicz por
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fotos clécio duarte
R$ 74.000 . O animal 1\2 sangue tem vários títulos dentre eles o de campeã nacional em 2007 e pertence ao criatório do Sr. José Geraldo Vaz de Almeida. O remate teve média geral de R$ 18.300,00 e faturamento total de R$ 732.000,00 para 44 animais comercializados. Organizadores:
Os promotores e organizadores do evento agradecem a todos participantes, especialmente ao compradores:
Assessoria:
Leiloeira:
Trasnmissão:
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Adolfo Jose Leite Nunes Alonso Marcio Guimarães Alvimar Ferreira Barbosa Junior Cleverson Alves da Costa Daniel da Silva Dayane de Morais Martins Delcio Vieira Tannus Euriripedes Jose da Silva Francisco da Chagas Pereira da Silva Francisco Rangel de Queiroz Humberto Renato Ferreira João omingos Gomes dos Santos João Sadala Jonadan Wsuan Mi Ma Luis Evandro Aguiar Luis Fernando Finholdt Rocha Mauricio Silveira e outros Milton de Almeida Magalhães Junior Paulo Henrique Borges Paulo Ricardo Maximiano Pedro Ananias de Aguiar Sergio Lourenço Valentino Rizzioli Wilton Jose scalzitti
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Vida de Leiloeiro
Toninho Frazão Nesta edição, você vai conhecer
Tem alguma preferida?
um pouco da trajetória profissional
Gosto muito do gado leiteiro, e a
do leiloeiro rural Toninho Frazão.
raça predominante é o Girolando.
leilões
Natural de Capitólio-MG, iniciou a carreira como locutor de palco,
Qual é a responsabilidade de ven-
apresentado festas nos municípios
der um produto de procedência
da região. E foi fazendo os tradicio-
animal?
nais leilões e festas populares que a
Normalmente, vendemos somente
vocação pela carreira se despontou.
os animais. Agora nos leilões há um médico veterinário responsável pela
O senhor sempre teve vocação
sanidade e controle dos mesmos.
para a atividade? Acredito que sim. Apenas demorei
Como o senhor avalia a chegada da
muito para descobrir.
TV no mercado dos leilões? A TV trouxe uma grande visibilida-
No começo recebeu apoio de
de para o setor, facilitando muito
alguém especial?
a vida de quem quer comprar ou
Os amigos me incentivavam e me
vender.
diziam que eu levava jeito para ser
O que é melhor: leilão virtual ou
leiloeiro. Então, passei a acreditar e
presencial?
a investir nessa profissão.
Os dois têm suas vantagens. Por
o máximo de esforço possível para que em todo tempo vago eu corra pra casa. Alguns leilões são realizados na minha região, o que facilita o
exemplo, no virtual os animais são
retorno para casa mais cedo.
Qual foi a maior dificuldade do
filmados na fazenda e permanecem
início?
lá, não tendo o estresse de serem
O senhor é casado? Tem filhos?
Foi conquistar meu espaço, ou
levados para o recinto de leilões.
Sou casado. Tenho quatro filhos e
seja, abrir as portas. Mostrar para
Já no presencial, a vantagem é que
um neto.
os donos dos leilões que eu tinha
você vê o animal ao vivo na hora da
condições de fazer o leilão.
compra.
Qual tipo de raça costuma vender?
Essa é uma atividade que toma
aconteceu durante esse tempo de
Em média, fazemos quatro leilões por
muito tempo. Como é dividido o
profissão?
semana. A maioria é mista: corte e
tempo entre trabalho e família?
Tenho um caso curioso. Certa vez,
leite.
Realmente é complicado. Mas faço
estava fazendo um leilão de máqui-
O Senhor poderia citar uma passagem ou caso engraçado que
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nas. Vendendo uma máquina agrícola
Ele abriu o embornal, tirou um maço
para o profissional, ou seja, cada um
avaliada em cerca de R$ 40 mil.
de dinheiro e perguntou: posso pagar
por si e Deus por todos.
Havia dois fazendeiros disputando
para o senhor mesmo? Isso nos ensina
a máquina. Do meu lado, havia um
que não podemos e nunca devemos
O Senhor tem algum leiloeiro
senhor vestido de maneira bastante
julgar ninguém pela aparência.
como referência?
humilde, chapéu, pito de palha e
No geral, que avaliação o senhor
Não especificamente. Mas como não
um embornal no ombro. A venda
faz dessa profissão?
existe uma escola para leiloeiro,
prosseguia e a disputa parou em R$
É uma profissão extremamente
você acaba se espelhando no tra-
35 mil. Esse senhor aproximou-se de
prazerosa. Faço o que gosto e ainda
balho dos companheiros, principal-
mim e perguntou: meu senhor, eu
quero crescer muito na profissão.
mente dos mais velhos de profissão,
também posso comprar? Eu respondi:
Apenas lamento a falta de suporte
para criar seu próprio estilo.
é claro, o leilão é público. Ele então
para os leiloeiros. A nossa profissão é
Agradeço à direção da revista
respondeu com toda humildade: eu
regida por uma lei de 1961, extrema-
InteRural pela oportunidade. Quero
dou R$ 40 mil. Eu então indaguei
mente ultrapassada. As Federações
parabenizá-los pela iniciativa e por
se alguém cobria a oferta e, não
credenciam os leiloeiros e pronto.
abrir espaço para os profissionais da
havendo, bati o martelo para ele.
Não existe nenhum acompanhamento
área.
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Lote: 1158 Valor: R$ 800,00 Vendo filhotes de Border Collie com pais comprovados, com trabahlo de pastoreio em fazenda. Sendo 7 Machos e 4 Femêas Fones:34-33163684 99781295 99682112. Célio Maximiano dos Santos Uberaba – MG nsa@canilnsa.com.br (34) 3316-3684
Lote: 1157 Valor: R$ 1.500.000,00 Fazenda a venda, com 307 hectares sendo 70% agricultável para milho, batata, 50% já formada em braquiária, energia, 6 nascentes, 1 represa pequena, 2 casas sendo uma para reformar, 1 barracão de ordenha para 50 vacas. Thiago Imóveis Tapira – MG (34) 32104943
Lote: 1156 Valor: R$ 1.800,00 Vendo um bezerro Gir Leiteiro com sete meses de idade filho do boi Marimbondo (Organização Mamed Mussi) Clebio Domingues da Silveira Júnior Uberlandia – MG clebiodomingues@yahoo.com.br (34) 9661-0680
Lote: 1155 Valor: R$ 1.500,00 Vendo boi 3/4 de holandês de 1 ano de idade filho de vaca altamente produtiva acima de 30 kg de leite por dia. Clebio Domingues da Silveira Júnior Uberlandia – MG clebiodomingues@yahoo.com.br (34) 9661-0680
Lote: 1154 Valor: R$ 2.800,00 VendO este lindo boi Gir aptidão leiteira com idade de 28 meses filho de CA-AVIAO irmão próprio do boi CA-SANSÃO ícone do Gir Leiteiro. Domingues da Silveira Júnior Uberlandia – MG clebiodomingues@yahoo.com.br (34) 9661-0680
Lote: 1136 Valor: R$ 10.700,00 Possui capacidade para seis conjuntos de teteiras, mas tem três conjuntos de tetiras. Bom estado de funcionamento. : Ailton stropa garcia - dourados - ms stropa@terra.com.br ou pelos telefones 67-9971-9023 67-9971-9023 ou 67-3422-9511 67-3422-9511.
Lote: 1150 Valor: R$ 900.000,00 Fazenda a venda em Campina Verde com 35 alqueires mineiros ou 169 hectares. Localizada a 23 km da cidade. Possui barracão, curral simples com embarcador, paiol e uma casa bem simples. A propriedade é cortada por um ribeirão. Thiago Imóveis vendas@thiagocorretor.com.br (34) 32104943
Lote: 1146 Valor: R$ 850.000,00 Propriedade a aproximadamente 10km do trajet0 da ferrovia transnordestina e da futura zpe de eliseu martins-pi, vegetação cerrado, bacia do rio parnaíba. guilhermano pires ferreira correa guilhermano@hotmail.com (86) 9975 5172 - (86) 9975 5172
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leil玫es 96
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Ano I - nº 04 -Abril 2011 Caderno Especial da raça gir publicado pela Revista Interural e Portal Girbrsil
entrevista José Jacinto Júnior. Pág. 12
Leilão Sabedoria Catálogo na Pág. XX
Calciolândia quebra
três recordes de produção de leite na exposição de Passos (MG) Página 4
cal d: 6.a tonLaa kg 9 80 ctação ão - 7.790 kg)
a TE Gavi Brasília X Fiar ução (Meteoro de al undi de prod Recordista m ta is rd de leite e reco ão co de produç pi de al di un m a di de leite em um
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Recordista de Leite dia g K 5 ,8 2 4 pico e dia. Produziu no 3 Kg de Leit 9 ,5 9 3 e d e m茅dia
AfrMounddia ivatca ejovem
brahman
Expediente Direção geral Mário knichalla Neto mario@interural.com Rosimar Silva rosimardogir@gmail.com Editor e Jornalista responsável Rosimar Silva
Editorial
Revisão Aline Defensor Diagramação Wilson Vilela Gonçalves Consultoras de Venda Daiane Lemes daiane@interural.com (34) 9966-5635 Lydiane Caixeta lydiane@interural.com (34) 9967-9308 Fotógrafos Colaboradores Clécio Duarte / Francisco César Sugestões e Anuncios: InteRural Uberlândia - MG Rua Rafael Marino Neto, nº 600 Bairro Karaíba, Ubershopping, loja 56 contato@interural.com (34) 3210-4050 www.interural.com Portal Girbrasil Goiânia - GO (62) 8415-3211 / (62) 9215-2035 www.portaldogir.com rosimardogir@gmail.com O Caderno Girbrasil é uma publicação mensal, publicado pela Revista InteRural e o Portal Girbrasil. Todos os anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus autores. É estritamente proibida a reprodução parcial ou total sem autorização de seus autores.
ROSIMAR SILVA E SILVIO QUEIROZ
JOSé COELHO VITOR E ROSIMAR SILVA
Gir Leiteiro bate recorde em exposição mineira
Girbrasil e Interural estiveram nas exposições de Avaré (SP) e Passos (MG). Duas importantes exposições nacionais de gir leiteiro. Avaré, que já foi um grande pólo de gir no passado, agora retoma sua exposição com a presença dos criadores da região, pena que foram este ano somente os expositores de gir leiteiro e os outros criadores do chamado dupla aptidão não compareceram com seus animais, apenas prestigiaram o evento com suas presenças. Em Passos, a exposição mais hospitaleira do Brasil transformou-se uma grande festa do gir leiteiro, com a presença dos grandes criadores de gir do Brasil. Com forte apoio do Sindicato Rural de Passos, a exposição está a cada ano mais competitiva e com mais qualidade. Este ano, por decisão do Sindicato, o julgamento foi realizado
MATEUS GIANINNI E ROSIMAR SILVA
por três jurados oficiais da ABCZ, uma, Lucyana de Tal, fez sua estréia como jurada oficial. O destaque da exposição de gir leiteiro de Passos em 2011 veio do torneio leiteiro, onde todas as atenções foram mobilizadas para a quebra de três grandes recordes mundiais. Todos quebradas por animais da fazenda Calciolândia, de Gabriel Donato de Andrade, de Arcos (MG). Com isso, Passos entrou definitivamente para a história do gir leiteiro nacional, por Tona da Cal e Afrodite da Cal escreveram seus nomes no torneio leiteiro de Passos, que pagou para a fazenda Calciolândia a quantia de R$ 15 mil como premiação pelo conquista do torneio leiteiro nas três categorias. Recordes Em Passos foram quebrados três recordes: maior produção em torneio leiteiro, maior produção em torneio leiteiro na categoria vaca jovem e pico de produção em um único dia. Com isso, Calciolândia e Passos escreveram seus nomes na história da raça que cresce a passos largos na consolidação de uma raça leiteira nacional. Em Passos, Girbrasil visitou várias propriedades, entre elas a fazenda Bom Sucesso, de Adriano Maia; Agropecuária Gianinni, de Mateus Gianinni e Fazenda São José, de José Coelho Vitor. Todos criadores que estão fazendo investimentos em melhoramento genético por meio de intenso programa de FIV (fecundação in vitro) e pesagem oficial do leite.
Com o apoio do Sindicato Rural de Passos, o gir leiteiro deu um show de qualidade na exposição
Gir Leiteiro quebra três recordes mundiais em Passos gir brasil
O grande feito foi realizado pela fazenda Calciolândia durante o torneio leiteiro da raça e consolidou a cidade de Passos na história recente do gir. Uma recordista do torneio leiteiro foi a grande campeã em pista A cidade de Passos, no estado de Minas Gerais, entrou para a história do gir leiteiro nacional ao sediar a quebra de três recordes mundias de produção de leite em torneio leiteiro. Os três recordes foram quebrados por vacas da fazenda Calciolândia, de Arcos (MG), cujo proprietário é Gabriel Donato de Andrade. Pela conquista do torneio leiteiro a fazenda Calciolândia faturou um prêmio em dinheiro no valor de R$ 15 mil, que foi dividido entre os tratadores e apresentadores da fazenda presentes na Exposição. Segundo Jordane José da Silva, “o mérito de tudo isso, além do trabalho intensivo de melhoramento genético da raça em Calciolândia, é da equipe que trabalho com dedicação para colher os resultados de quase
Rosimar Silva e Adriano Maia - Agropecuária Bonsucesso
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meio século de seleção de gir leiteiro”. Recordes Os recordes foram quebrados durante o torneio leiteiro em três categorias, fêmea Jovem, vaca Jovem e Vaca Adulta. O primeiro recorde superado foi o de pico de produção, com a vaca Tona TE da Cal (Meteoro de Brasília X Fiara Te Gavião - 7.790 quilos de leite), que produziu em um único dias, em três ordenhas, 51, 890 quilos de leite. Esse recorde pertencia à vaca Esfera de Brasília, que produziu em 2010 na Expozebu 51,740 quilos de leite. Tona TE da Cal, na verdade, quebrou dois recordes, além de pico de produção, também quebrou o recorde de produção em torneio leiteiro
com produção média de 49,443 quilos de leite. Essa marca pertencia à vaca Fita Fiv F. Mutum, que produziu 48,047 quilos de leite durante a Megaleite de 2010. O terceiro recorde mundial foi quebrado pela vaca Afrodite da Cal (Teatro da Silvânia X Pesquisa Bem Feitor Cal – 8,488 quilos de leite), que alcançou uma média/dia de 39,593 quilos de leite na categoria Vaca jovem. Esse recorde pertencia à vaca Galga Fiv F. Mutum, de Leo Machado, que produziu 38,447 quilos de leite no torneio leiteiro de Brasília em 2010. O recorde na categoria fêmea Jovem ainda pertence à vaca Valia Fiv JMMA, de José Mário Abdo, que produziu 39,047 quilos de leite na exposição de Brasília em 2010.
Euclides Prata dos Santos Neto, Lucyana Malossi Queiroz e José Jacinto Junior
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Privilégio O presidente do Sindicato Rural de Passos, Leonardo dos Reis Medeiros, que acompanhou a última pesagem do torneio leiteiro no parque de exposições, disse que “essas conquistas são importantes para a raça gir leiteiro e nos estamos orgulhosos de ser a cidade onde tudo aconteceu, a cada ano estamos melhorando nossa exposição e a prova de que estamos no caminho certo são esses recordes, pois a exposição de Passos tem a honra de receber os melhores criadores de gir leiteiro do Brasil”. Leonardo se orgulha também do fato do Sindicato Rural propiciar “as melhores condições possíveis para o expositor em nosso parque, como boas acomodações e almoço de qualidade todos os dias do julgamento para os nossos convidados, expositores e criadores de todo o Brasil”. Além disso tudo, Leonardo lembra que “este ano o Sindicato pagou uma premiação no valor total de R$ 15 mil para os vencedores do torneio leiteiro de gir, que coincidentemente foi vencido em todas as categorias pela fazenda Calciolândia”. Julgamento Outra inovação da exposição de Passos foi o julgamento com três juizes. “Foi uma decisão do nosso Sindicato, acatando sugestões dos criadores e parece que foi muito bem aceito pelos expositores, pois proporcionou mais transparência e legitimidade aos resultados”, justifica Leonardo. Os jurados foram José Jacinto Júnior, Euclides Prata dos Santos neto e Lucyana Queiroz. Luciana fez sua estréia como jurada oficial da ABCZ. Os auxiliares foram Patrick Brauner, Alam Campidelli, Glayk Humberto e Petros Medeiros. Na pista a Fazenda Calciolândia também não fez feio. Ganhou o grande campeonato com a vaca Afrodite Cal (Teatro da Silvânia x Pesquisa Bem Feitor Cal - 8.488 kg). Afrodite foi a recordista vaca jovem no torneio leiteiro, com produção de 39,593 quilos de leite. A reservada grande campeã
Tona TE da Cal, faturou o torneio leite e quebrou dois recordes mundiais, um de maior produção em torneio leiteiro e o outro de pico de produção em um único dia
foi a Juriti Fiv do JOA (Modelo Te Da Brasília X Serra Nobre Da Cal - 8.193 Kg), de Roberto Dias de Carvalho, fazenda JOA, em Arcos (MG). Roberto ganhou o grande campeonato de fêmea da exposição de Passos em 2010 com Franquia TE do JOA (Caju de Brasília X Prateada da Cal). O Grande Campeão foi Gabinete Silvânia (Dom Te da Silvânia X Ametista Da Silvânia), de Eduardo Falcão Carvalho. O Reservado Grande Campeão foi Apolo Cal (Bem Feitor Raposo
X Lenda Te Cal), de Gabriel Donato de Andrade. Depoimentos Jordane José da Silva, gerente Geral de Calciolândia, disse “que nossa alegria é muito grande pelas conquistas em Passos, mas não podemos deixar de destacar a qualidade da exposição, o nível alta da competição e o apoio que o Sindicato Rural oferece ao expositor, nós gostamos da exposição de Passos e por isso escolhemos a dedo
Leonardo dos Reis Medeiros, presidente do Sindicato Rural de Passos, ao lado de Jordane José da Silva, destacando o apoio que o Sindicato ofereceu aos expositories de GirLeiteiro e Girolando, "para nós é uma honra receber tão importantes criadores de todo o Brasil, que prestigiaram a nossa exposição".
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os animais que participam aqui e este ano fomos felizes em ganhar o torneio leiteiro com quebra de recordes mundiais e fizemos a grande campeã de pista”. Geraldo Marques, dono do touro grande campeão, também elogiou bastante a exposição dizendo que “fiquei aqui durante todo o julgamento por que o ambiente entre os criadores é muito bom, a recepção é caloroso propiciando um prazer muito grande de ser expositor aqui, ainda mais quando a gente ganha um grande campeonato, como foi o meu caso”. Henrique Fiqueira, de Uberaba, também estava muito satisfeito com os resultados, pois ele ganhou os campeonatos de progênie de mãe com a vaca Rara Alta Estiva e de pai com o touro Radar dos Poções, “touro que eu gosto e acredito muito, mesmo sendo vitima de sêmen falso do Radar, não vou para de usar, pois tem dado muito certo em meus acasalamentos”, finaliza.
Jordane José da Silva, gerente geral da fazenda Calciolândia, o homem da confiança de Gabriel Dontado de Andrade
Resultados machos CAMPEÃO BEZERRO FIGO FIV CHAMPION (C.A GURI X RARA ALTA ESTIVA) EXPOSITOR: HENRIQUE CAJAZEIRA FIGUEIRA CAMPEÃO JUNIOR MENOR FIGO BHABUTH FIV (RADAR DOS POCOES X DESOVA TE MAMJ) EXPOSITOR: HENRIQUE CAJAZEIRA FIGUEIRA CAMPEÃO JUNIOR MAIOR ILICITO FIV F. MUTUM (EMULO DOS POCOES X UVA DA FAZENDA MUTUM) EXPOSITOR: LEO MACHADO FERREIRA CAMPEÃO MACHO JOVEM FIGO POEMA FIV (EFALC PARAÍSO CAJU X RARA ALTA ESTIVA)
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EXPOSITOR: HENRIQUE CAJAZEIRA FIGUEIRA CAMPEÃO TOURO JOVEM GABINETE SILVANIA (DOM TE DA Silvânia X AMETISTA DA Silvânia) EXPOSITOR: EDUARDO FALCAO CARVALHO CAMPEÃO TOURO ADULTO APOLO CAL (BEM FEITOR RAPOSO X LENDA TE CAL) EXPOSITOR: GABRIEL DONATO DE ANDRADE GRANDE CAMPEÃO GABINETE SILVANIA (DOM TE DA Silvânia X AMETISTA DA Silvânia) EXPOSITOR: EDUARDO FALCAO CARVALHO RESERVADO GRANDE CAMPEÃO
APOLO CAL (BEM FEITOR RAPOSO X LENDA TE CAL) EXPOSITOR: GABRIEL DONATO DE ANDRADE FÊMEAS CAMPEONATO BEZERRA Campeã JOIA FIV F MUTUM PAI: RADAR DOS POCOES A-7368 MÃE: FITA F MUTUM MUT-650 CRIADOR: LEO MACHADO FERREIRA EXPOSITOR: LEONIDIO FERREIRA GOMES FAZENDA MUTUM - ALEXANIA - GO CAMPEONATO NOVILHA MENOR Campeã POTIRA FIV CABO VERDE PAI: NOBRE TE DA CAL CAL-4397 MÃE: SAMANTA TE JFR-2212 CRIADOR: JOSE COELHO VITOR
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EXPOSITOR: JOSE COELHO VITOR CAMPEONATO NOVILHA MAIOR Campeã VAIDOSA TE COMAPI PAI: JAGUAR TE DO GAVIÃO GAV-291 MÃE: VAIDOSA DO CARMO APAG-181 CRIADOR: COMAPI LTDA EXPOSITOR: ABSS AGROPECUARIA LTDA BONSUCESSO - PASSOS - MG CAMPEONATO FÊMEA JOVEM Campeã JURITI FIV DO JOA PAI: MODELO TE DA BRAS. B-5213 MÃE: SERRA NOBRE DA CAL CAL-6257 CRIADOR: ROBERTO DIAS DE CARVALHO EXPOSITOR: LINDOALMIR ALFREDO DORNELAS CAMPEONATO VACA JOVEM Campeã AFRODITE CAL PAI: TEATRO DA SILVANIA MÃE: PESQUISA B. FEIT. CAL CRIADOR: GABRIEL DONATO DE ANDRADE EXPOSITOR: MARILIA FURTADO DE ANDRADE CAMPEONATO VACA ADULTA Campeã EPICA TE F MUTUM PAI: C.A. QUIOSQUE MÃE: VERONA 3R B MONTE CRIADOR: LEO MACHADO FERREIRA EXPOSITOR: BRUNO DE SOUZA MACHADO FERREIRA FAZ. MUTUM - ALEXANIA – GO CAMPEONATO VACA SÊNIOR
FIGO CARRARA FIV FIGO FIV CHANKARA EXPOSITOR:HENRIQUE CAJAZEIRA FIGUEIRA CRIADOR: HENRIQUE CAJAZEIRA FIGUEIRA PROGÊNIE DE PAI CONJUNTO CAMPEÃO RADAR DOS POCOES ANIMAIS: FIGO BELEZA RARA FIV FIGO BALISSA FIV FIGO BHAYALA FIV FIGO BHABUTH FIV EXPOSITOR:HENRIQUE CAJAZEIRA FIGUEIRA CRIADOR: HENRIQUE CAJAZEIRA FIGUEIRA CONJUNTO FAMÍLIA CONJUNTO CAMPEÃO ANIMAIS VARSOVIA CAL CASA NOVA CAL EXPOSITOR:GABRIEL DONATO DE ANDRADE CRIADOR: GABRIEL DONATO DE ANDRADE Campeonato Melhor Úbere Jovem JURITI FIV DO JOA PAI: MODELO TE DA BRAS. MÃE: SERRA NOBRE DA CAL CRIADOR: ROBERTO DIAS DE CARVALHO EXPOSITOR: LINDOALMIR ALFREDO DORNELAS Campeonato Melhor Úbere Adulto FELINA TE GIROESTE PAI: NOBRE TE DA CAL MÃE: INFORMACAO CAL CRIADOR: LUCIANO DE ARAUJO FERRAZ EXPOSITOR: LUCIANO DE ARAUJO FERRAZ
Campeã RENDEIRA TE DALTON CAL PAI: DALTON TE PATI DA CALCIOLÂNDIA MÃE: AMAPOLA DE BRASILIA CRIADOR: GABRIEL DONATO DE ANDRADE EXPOSITOR: FLÁVIO FURTADO DE ANDRADE FAZ. SAO MIGUEL - IGUATAMA - MG
Campeonato Melhor Úbere Gran Sênior
PROGÊNIE DE MÃE
Campeonato Melhor Novilha
CONJUNTO CAMPEÃO RARA ALTA ESTIVA ANIMAIS: IGO BELEZA RARA FIGO POEMA FIV
VAIDOSA TE COMAPI PAI: JAGUAR TE DO GAVIÃO MÃE: VAIDOSA DO CARMO CRIADOR: COMAPI LTDA EXPOSITOR: ABSS AGROPECUARIA LTDA
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SAFADA TE CAL PAI: RADAR DOS POCOES MÃE: NORMA GAMETA DA CAL CRIADOR: GABRIEL DONATO DE ANDRADE EXPOSITOR: FLÁVIO FURTADO DE ANDRADE
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D叩lia Ribeir達o Grande Campe達 Novilha Torneio Leiteiro Nacional/2007 e Campe達 Vaca Jovem Torneio Leiteiro Fenagro/2008
Fone/Fax: (35) 3522-0879 | Fazenda: (35) 9981-4075
Quermesse do Fundão (Jequitibá do Fundão X Imperatriz do Fundão - Bronze Fan)
Veneza Cal - (Everest X Educação Pati Cal), Campeã Novilha Menor e Reservada Grande Campeã da Exposição de Passos em 2007 e Campeã Novilha Menor das exposições de Franca, Araxá e Uberlândia também em 2007
Falon Ribeirão Grande Touro em Central
Falta dados
Falta dados
Iléia da Favela - (Maharastra TE X Disciplina ZS), lactação oficial de 6.142,92 kg de leite, mãe de Gemada da Genipapo, grande campeã da Expozebu 2009
mateusgiannini@hotmail.com
José Jacinto Junior, jurado oficial da ABCZ, "temos que buscar o equilibrio entre raça e produtividade"
gir brasil
José Jacinto
destaca evolução do Gir Leiteiro Jurado Oficial da ABBCZ, do Girolando e do Holandês, José Jacinto também é criador de gir e girolando em Ituiutaba (MG) José Jacinto Júnior já uma lenda como jurado oficial da ABCZ, principalmente nas pistas de gir do Brasil e de várias partes do mundo. Além de juiz, Jacinto também é criador de gir e produtor de leite no município mineiro de Ituiutaba. Ele começou como jurado oficial em 1983 na exposição de Uberlândia na pista da raça gir ao lado de Rômulo Kardec de Camargo, que posteriormente viria a ser um dos presidentes da ABCZ – Associação Brasileira dos Criadores de Zebu. Rômulo faleceu vítima de câncer. Além de zebu, José Jacinto se especializou no julgamento de animais das raças holandesa , Girolando e Santa Gertrudis. Já julgou na Bolívia, Equador e Colômbia. Fez 17 exposições nacionais, sendo nove da raça girolando e oito de zebu. Neste ano Jacinto ja utrapassou as
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José Jacinto julgamento a primeira exposição ranqueada de Goiânia, em 2010
200 exposições julgadas oficialmente. José Jacinto cita como orgulho o fato de ter feito o julgamento da primeira exposição de gir leiteiro com foco
para produção de leite, “foi um importante evento para o gir aptidão leiteira e eu estava lá vivendo um novo momento do julgamento da raça”.
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Valorização José Jacinto também considera que o profissional do julgamento “que é correto, equilibrado e profissional é bastante valorizado”. Diz que se sente respeitado e valorizado por expositores de todas as raças as quais está apto a julgar. Jacinto diz que gosta do que faz e “me sinto honrado em ter uma filha como jurada oficial e um filho como jurado auxiliar, nos gostamos desse trabalho e procuramos fazer bem feito”.O bom jurado, além de ter afinidade com o trabalho, deve ser Ético, deve ter olho zootecnico, E sempre pedir a "Deus Sabedoria na hora de decidir. Evolução José Jacinto destaca que houve, nesses últimos anos, “uma evolução no julgamento do gir para aptidão Leite, passamos do período de valorização de carcaça para uma compreender a vaca gir como produtora de leite e com características próprias para essa finalida-
Bem-Star JJJ Girolando 5/8 PS Registro 1391
de econômica e os criadores souberam produzir esses animais e hoje as pistas estão repletas de bons animais leiteiros dentro do padrão da raça”. Padrão da raça O jurado da ABCZ também destaca a evolução racial do Gir Leiteiro, “estou feliz porque em quase todas as exposições que participamos temos facilidade de premiar animais com grande caracterização racial dentro do gir leiteiro, temos bons touros provados que imprimem em seus produtos caracterização racial e, principalmente, leite”. Para ele, “isso é muito importante: beleza racial e produtividade, isso se completa e chegamos num equilíbrio buscado hoje internacionalmente, o criador de gir leiteiro quer um animal equilibrado, por isso essa evolução tende a avançar ainda mais”. Vaca ideal Como jurado experiente, José Jacinto não poderia deixar de falar sobre
qual é a vaca ideal da raça gir: “a vaca ideal tem que ser equilibrada, produtiva, dentro do padrão da raça, com estatura mediana, funcional e extremamente proporcional”. Além disso, José Jacinto gosta de dizer que “a vaca ideal para o criador, além das características funcionais e morfológicas, ela tem que ser eficiente para o criador, o seu custo e o seu beneficio tem que satisfazer o criador, pois uma coisa é uma preparação de um animal para concorrer nas pistas e a outra é a produção na fazenda, isso o criador deverá saber diferenciar”. Por fim, José Jacinto diz que uma vaca leiteira tem que possuir bom arqueamento de costelas, garupa ampla e plana, pernas bem aprumadas, um conjunto de elementos que geram um equilíbrio e faz do animal uma estrutura produtiva e reprodutiva”, finaliza dizendo que os animais precisa de muito respeito,carinho e que ele é um profundo admirador das vacas.
José Jacinto Júnior Ituiutaba-MG 34 3261-2827 / 9973-4862 / 9204-1558
JJJ - Reg. 0307
Afeição O sêmen dos touros estão a disposição com do 5/8 Bezerra Girolanreira Urânio InteRural ou - Revista do Agronegócio Bem-Star x Flo o proprietário na Empresa SEMBRA | Abril de 2011
into Lantejola do Jac iro Novilha Gir Lexite urgia Lit to en Pensam Reg. JJJR 101
Pensamento Gir Leiteiro Reg. JJJR 13
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Criador goiano Daniel Silvano reúne muitas conquistas em poucos anos de seleção Beleza racial e alta produção leiteira são as marcas do plantel Gir DSIL, do criador Daniel Silvano, da Fazenda Santo Antônio em Bela Vista de Goiás Por Rejane Alves
gir brasil
Criador de gir e produtor de leite na Fazenda Santo Antônio, localizada a seis quilômetros de Bela Vista de Goiás – município distante 45 km de Goiânia – Daniel Silvano é dono de muitos títulos e premiações. “O seu segredo para o sucesso é gostar do que faz e trabalhar com carinho sempre em prol do que gosta”, ensina Daniel Silvano, que acompanha pessoalmente o trabalho realizado na Fazenda Santo Antônio. O criador acompanha de perto todas as etapas de seu plantel e todas as fases da seleção de Gir Leiteiro, visando sempre alcançar caracterização racial, beleza e muito leite. Outro fator importante para obter bons resultados, é a realização de parcerias com outros criadores. Para Daniel Silvano, trabalhar em conjunto é uma alternativa para ouvir opiniões diversas e produzir um resultado mais perfeito. Atualmente a Fazenda Santo Antônio produz, em média, mil litros de leite por dia e conta com uma sala de ordenha mecânica onde os seus animais são ordenhados duas vezes ao dia. Tal pai, tal filho, tal neto Daniel Silvano pertence a uma geração de jovens criadores da raça Gir Leiteiro. Ele compõe a lista de selecionadores brasileiros que vivem exclusivamente da atividade. Sua seleção é recente. Mas a sua convivência com a raça veio desde os seus tempos de criança. “O gir é uma raça que vem de tradição, vem de família. Meu pai criava gir, os vizinhos criavam gir, então eu cresci no meio da raça e bebendo o leite gir. Eu comecei a gostar daquela raça que eu via, mas
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Daniel e Pedro Otoniel conquistaram a amizade e o prestigio dos principais criadores de gir leitiero do Brasil
por necessidades de pequenas propriedades da época, a criação do meu pai passou a ser mais de vacas cruzadas, vacas holandesas. E sempre ficou em mim uma vontade de quando eu tivesse condições eu fazer um critério de seleção do gir que eu gostaria que fosse gir leiteiro”, diz Daniel Silvano sobre o começo de tudo. Acrescentando ainda que seu filho Danielzinho, de apenas dois anos de idade, parece caminhar para o mesmo rumo do pai: “Meu filho sempre vai comigo para a fazenda e já desenvolve um contato especial com os animais. Ele passa a mãozinha nas vacas, quer montar nelas e já sabe quem é uma quem é a outra. Ao observá-lo eu vejo que ele já tem uma preferência pela raça Gir. Desde pequenininho ele sempre bebe leite de vaca gir. O leite que eu levo para ele desde a primeira mamadeira sempre foi selecionado. Eu peço para meus funcionários que coloquem o leite no meu tamborzinho para eu levar para o meu filho.”
História A formação do seu rebanho começou em 2006 com a compra de vacas, novilhas e bezerras que o criador Luiz Antônio Figueiredo, de Goiânia (GO), tinha no momento. A negociação foi orientada e assessorada por Gilmar Cordeiro, que foi quem levou Daniel Silvano para adquirir os animais. Daniel começou devagar, pois tinha muita experiência com Girolando, mas queria criar e selecionar Gir Leiteiro. “Comecei minha seleção através desses animais de Luiz Antônio Figueiredo, implantei um programa intenso na fazenda para medir a produção das vacas por meio do controle leiteiro oficial da ABCZ e as vacas que foram correspondendo no controle permaneceram na propriedade. O restante foi descartado para que a seleção fosse específica de Gir Leiteiro. Selecionei os melhores tanto em caracterização racial quanto em produção leiteira e transformamos em doadoras”, relata
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o criador. Foi a partir dessas doadoras que Daniel Silvano iniciou um trabalho de Transferência de Embrião (TE), Fertilização In Vitro (FIV) e acasalamento com touros provados em parceria com outros criadores, como o Valdevi Guimarães, e não parou mais. A vontade de produzir grandes animais e produzir leite com vacas Gir leiteiro com boa produção leiteira fez com que Daniel desse um salto no seu criatório. Por meio do programa de FIV, nasceram e estão nascendo produtos de grandes touros provados nos sumários da ABCGIL/EMBRAPA e ABCZ/ UNESP, como Radar dos Poções, Jaguar Te do Gavião, Meteoro de Brasília, CA Everest, CA Sansão, Vale Ouro da Silvânia, Vaidoso da Silvânia, Teatro da Silvânia. Com os excelentes resultados obtidos na Fazenda Santo Antônio, os leilões e as exposições da raça começaram a ter a participação de destaque das produções de Daniel Silvano, que estão sendo avaliadas na ordenha e em pista de julgamento. Conquistas O trabalho de Daniel Silvano vem se consolidando na história da raça Gir Leiteiro. O criador reúne conquistas, premiações e reconhecimento na “Capital Goiana do Gir” e nos eventos de outras cidades de Goiás e também de outros Estados. Tanto em leilões como em exposições, em pistas de julgamento e em torneios leiteiros, o Gir DSIL tem deixado suas marcas. A revelação do Gir DSIL não demorou. Dois anos após o início de sua seleção, Daniel Silvano já se destacou nos eventos em que participou. Foi em 2008, quando BILARA DSIL foi Grande Campeã da 20ª Exposição de Bela Vista de Goiás. “BILARA DSIL é o 24º animal Gir nascido na minha propriedade e iniciou controle leiteiro oficial da ABCZ com 25, 200 quilos de leite na primeira pesagem. Quando ela nasceu eu percebi que ela seria diferenciada. Antes mesmo de vê-la, eu já esperada uma linda bezerra e uma excepcional produção porque planejei um acasalamento perfeito da EROSÃO DA OLHOS
Jovem criador já é um campeão em pistas e torneio leiteiro
D’ÁGUA com o C.A. SANSÃO, sendo filha direta da mãe, sem transferência. Quando vi a BILARA DSIL, eu e meu funcionário Djalma – que acompanhou o nascimento da bezerra e que trabalha comigo até hoje – decidimos que ela merecia um tratamento especial e zelamos dela com muito carinho para que ficasse um animal dócil e bem educado para que nós pudéssemos participar de pista”, diz Daniel orgulhoso com sua produção. E Daniel não errou em suas previsões: BILARA DSIL é hoje o principal animal em títulos de pista da seleção Gir DSIL. No curto prazo de 2008 a 2009, ela ganhou dez campeonatos e também se consagrou campeã de torneio leiteiro. O ótimo desempenho dos animais de Daniel Silvano continuou nas exposições da raça. Em 2009, Daniel Silvano fez duas Grandes Campeãs: a BILARA DSIL durante a Expogoiás, em maio, e a BIRMÂNIA DSIL (C.A. SANSÃO x SAMANTA ZS) durante a 1ª Exposição Estadual de Gir Leiteiro de Goiás, em outubro de 2009. Essa foi uma exposição homologada do Estado, onde Daniel Silvano
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também foi premiado como o melhor criador e melhor expositor. Em 2010, Daniel foi o melhor criador da 22ª Exposição de Bela Vista de Goiás e sua vaca CURIOSA DSIL foi Campeã Fêmea Jovem, melhor úbere e recordista nacional, produzindo média de 35, 357 quilos de leite durante o torneio leiteiro em Goiânia, na Expogoiás, no dia 28 de maio. Daniel Silvano também deixou rastros em demais cidades goianas e participações em grandes exposições como a Expozebu e Megaleite (Uberaba/MG). Como comprador ou como vendedor, como convidado ou como promotor, Daniel Silvano participou de leilões grandiosos da raça. Fez grandes aquisições, vendeu fêmeas com alta qualidade racial e leiteira, promoveu dois leilões em 2009 – um em Goiânia, durante a Expogoiás e outro durante a Megaleite, em Uberaba – e em parceria com outros criadores também promoveu leilões em 2010 que foram um sucesso de vendas. Para ele, realizar os leilões foi uma oportunidade de ocupar um espaço na comercialização
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gir brasil
Daniel Silvano recebe criadores para um dia de campo em sua fazenda no municipio de Bela Vista de Goiás
de Gir Leiteiro, promover o trabalho de seleção feito em Goiás e divulgar o negócio do Gir no Centro-Oeste do Brasil. E para este ano, a presença de Daniel Silvano já foi e ainda está sendo garantida em alguns leilões. Durante a 77ª Expozebu, realizada recentemente, o criador foi convidado para vender em cinco leilões bem valorizados no meio girista. Sendo que, em um desses, a sua oferta foi em parceria com outro criador e as outras quatro ofertas foram doadoras renomadas de seu próprio plantel, que contêm tudo que uma vaca Gir precisa: leite, pista e beleza racial. Como promotor de leilões, Daniel Silvano promete repetir a dose e já está estudando os preparativos para a realização de eventos Gir Leiteiro. Uma data já está marcada: dia 28 de maio será realizado o 2º Leilão Mar de Leite às 20 horas, durante a Expogoiás, em Goiânia. A Exposição de Bela Vista de Goiás, a Expogoiás, a Exposição de Morrinhos já estão entre os planos de Daniel Silvano “como oportunidades para divulgar e comercializar o Gir Leiteiro. Silvano promete para 2011, provavelmente, três leilões promovidos pelo Gir DSIL em conjunto
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com outros parceiros e se diz confiante com os resultados de seus animais este ano. Parcerias Uma das características interessantes de conduzir o seu trabalho são as parcerias firmadas por Daniel Silvano com outros criadores. Essa união é bastante valorizada por Daniel como sendo um fator importante na hora de promover eventos e negociações de Gir Leiteiro. Atualmente, Daniel Silvano mantém parceria com vários criadores, não só do Estado de Goiás, mas de outras regiões também. O destaque vai para sua parceria com o recente criador Pedro Otoniel, do Gir Transol. Pedro da Transol, como é conhecido entre amigos, é empresário na área de material elétrico em Goiânia e firmou parceria com Daniel Silvano em fevereiro de 2010 e durante o ano tiveram participações ativas em eventos da raça, realizando bons negócios, adquirindo animais de alta qualidade genética por todo o Brasil e promovendo leilões que foram sucesso de vendas. O primeiro evento promovido pela parceria Gir DSIL e Gir Transol foi o 1º Leilão Mar de Leite, durante
a Expogoiás 2010, no dia 29 de maio. Ambos também realizaram o Leilão Gir Leiteiro Via Láctea, em 15 de outubro de 2010 e que faturou R$ 550 mil, com média de R$ 15 mil. “Com as parcerias, nós trazemos força e união para o Gir Leiteiro. Quando nós temos um grupo, nós temos um poder de negociação melhor”, acrescenta Daniel que também considera o respeito e a humildade como valores indispensáveis para alcançar seus objetivos. Expectativas Daniel Silvano não esconde a sua satisfação por seu trabalho e se engrandece com os resultados de seu desempenho. Em especial, o criador belavistense carrega consigo o desejo de fazer da Exposição de Bela Vista a 2ª maior Exposição do Estado de Goiás para comprovar e reforçar que a cidade é realmente a Capital Goiana do Gir “Leiteiro”. No que depender dos esforços de Daniel Silvano, este título já está consolidado, pois o criador está trabalhando sério para que o Gir DSIL venha em 2011 com o que há de melhor em seu plantel. As suas expectativas andam junto com o seu desempenho diário com a raça Gir Leiteiro.
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Criador de Passos destaca união para chegar ao sucesso Mateus Giannini é um médico bem sucedido da na cidade de Passos. Seu tempo e sua dedicação se dividem em cuidar da família, da profissão e da seleção de gado gir na Agropecuária Giannini Cirurgião do aparelho digestivo e gastro-enterologista, Mateus divide seu tempo de médico entre os hospitais São José (Unimed) e Santa Casa de Passos. Casado com Elaine Felca Giannini, com quem tem dois filhos: Felipe e Heitor. Criador Selecionador de gir há mais de 10 anos, Giannini tem uma estratégia eficaz na seleção de gir leiteiro: “usamos somente genética de qualidade e fa-
zemos parcerias para superar as dificuldades de acesso ao que é bom no mercado”. Uma seleção que visa qualidade ao invés de quantidade. Além disso, Giannini está sempre mobilizando os companheiros criadores da sua região para ações e eventos compartilhados, como exposições e leilões. Com o espírito de que “sozinho ninguém e feliz”, Giannini tem orgulho de dizer que “nossas matrizes e doadoras estão entre as melhores do Brasil”. Por isso ele destaca entre os seus animais, aqueles que estão em
parcerias com outros criadores. Veneza Outro destaque é Veneza da Cal (Everest X Educação Pati Cal), que foi campeã Novilha Menor e Reservada Grande Campeã da Exposição de Passos em 2007 e Campeã Novilha Menor das exposições de Franca, Araxá e Uberlândia também em 2007. Vaneza pertence aos criadores Mateus Giannini, Miller Cresta e Wanderley Brandão.
Mateus Giannini, criador de gir leiteiro em Passos (MG), que destaca a qualidade e a união como receitas para o sucesso
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Ilda Um exemplo é a doadora Ilda Ilda TE da Palma (Caju X Inácia da Cal), lactação oficial de 7.065 kg de leite, em parceria com Miller Cresta, da Fazenda Ribeirão Grande, de Passos. Ilda é mãe de Falon Ribeirão Grande, em coleta de sêmen para comercialização na Central Lagoa da Serra e de Dália Ribeirão Grande, Campeã Novilha Torneio Leiteiro Nacional/2007 e Campeã Vaca Jovem Torneio Leiteiro Fenagro/2008. Dália pertence a Mateus e Miller.
gir brasil
Mateus é um otimista em relação à raça, “vejo a raça gir em franca expansão em praticamente todo o território nacional, através de reprodução intensiva dos indivíduos geneticamente superiores utilizando tecnologia modernas como FIV, TE, marcadores moleculares e ate clonagem , além da utilização de sêmen de touros provados e controle leiteiro oficial da ABCZ, para identificar matrizes produtivas , funcionais e de alta fertilidade dentro do rebanho. expansão com sustentabilidade e viabilidade econômica, isso é muito importante”. O criador também considera que a raça tem muito espaço para cres-
cer no Brasil, “acho que estamos só no começo”. Diz que tem recebidos vários convites para novas parcerias com novos criadores que desejam entrar na raça. Mateus conta que promove quatro grandes leilões de elite todo ano: o Caminho das Índias; Berço da Índia, na Expozebu ; O leilão Nobrezas do Gir, na Megaleite e o Leilão Passos do Gir Leiteiro, Na EXPASS. Segundo ele, “tivemos praticamente 100 % de liquidação ate hoje e os leilões atingiram médias de comercialização igual e ate melhor que leilões tradicionais”. Para chegar a esses resultados, o criador diz que a formula é
vender animais superiores. O segredo é ter uma base boa de doadoras, “pois sempre irá nascer animais top nos lotes contemporâneos de FIV, assegurando renovação e reposição do gado disponibilizado”, ensina. Sobre a quebra de recordes de produção na raça acontecido em Passos, Mateus foi enfático ao dizer que “isso não foi por acaso, pois o sul de minas é uma região de bacia leiteira tradicional, praticamente todas as fazendas têm rebanho leiteiro, onde predomina o gado girolando e gir leiteiro, aqui sempre se buscou o melhoramento genético para leite, manejo apropriado e fertilidade, por
Quermesse do Fundão Outro animal de destaque no plantel de Mateus Giannini é a vaca Quermesse do Fundão (Jequitibá do Fundão X Imperatriz do Fundão - Bronze Fan). Uma das vacas mais desejadas do Brasil devido à sua qualidade racial e produtividade. O condomínio Quermesse é formado por Mateus Giannini, José Coelho Vitor, Miller Cresta, Getúlio Vilela de Figueiredo e Mário Roberto. Quermesse foi estrela do leilão Gir das Américas, onde foi adquirida por R$ 140 mil de 8.485 quilos de leite na 1ª lactação
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José Ricardo Fiúza Horta.
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Iléia
Mateus também tem a satisfação de dizer que tem em seu plantel “uma barriga de fazer grandes campeãs”. Trata-se Iléia da Favela (Maharastra TE X Disciplina ZS), lactação oficial de 6.142,92 kg de leite, mãe de Gemada da Genipapo, grande campeã da Expozebu 2009. Iléia, além de bela, produtiva e leiteira, tem sangue aberto, capaz de ser acasalada com os principais touros provados do país sem o risco da endogamia. Segundo Mateus, Iléia revelou para o Brasil a grande Gemada, mas está produzindo grandes filhas que farão história no gir leiteiro, pois é uma forma de fazer grandes campeãs e aceita qualquer touro”. isso estamos em pleno crescimento,
teríamos os resultados alcançados
Coelho Vitor nos empresta a experi-
com o destaque dos animais da fa-
até agora e não teríamos, por exem-
ência e sabedoria e eu, Adriano Maia,
zenda Calciolândia”.
plo, os leilões”. Segundo ele, cada
Maria Tereza e a Comapi cuidamos dos
Uma das características do grupo
um tem o seu papel nesse processo e
detalhes técnicos e isso tem surtido
de criadores de gir leiteiro de Passos
“cada um faz o melhor possível, o Mil-
bons resultados”. Mateus promete
é a união, sobre isso Mateus não va-
ler escolhe o gado, Carlos e José Mar-
que “melhores e maiores leilões com
cila: “se não tivéssemos unidos não
cio cuidam da parte financeira, o José
muito sucesso ainda virão”, finaliza.
Rebanho leiteiro da Agropecuária Giannini, em Passos (MG)
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Adriano Maia na ABSS Agropecuária, onde as instalações são funcionais e simples, privilegiando o bem estar dos animais
gir brasil
Selecionador faz da simplicidade do manejo uma arma poderosa Os irmãos Adriano e Alexandro Maia, em Passos, são selecionadores de Gir Leiteiro e Girolando e estão faturando alto nas pistas de julgamento O empresário Adriano Maia tem profundas raízes na pecuária leiteira, mas sua criação de começou somente em 2005 com o gado girolando e em 2006 com o gir leiteiro. Mas descente de grandes produtores de leite e teve na família pessoas importantes e influentes na raça gir, como o tio Chiquito Maia, tradicional criador de gir. Adriano pertence ao grupo de criadores de Gir e Girolando da região de Passos, no estado de Minas Gerais, onde, junto com o irmão Alexandro Maia, fazem seleção das duas raças na ABSS Bonsucesso, localizada nos arredores da cidade de Passos. O que mais chama a atenção na criação dos irmãos Maia é a qualidade dos animais, o desempenho em pista e a simplicidade com que os animais são manejados na fazenda. “Não temos um propriedade com infraestrutura sofisti-
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cada, mas funcional”, explica. Todas as instalações foram adaptadas com materiais recicláveis para servir ao manejo e bem estar dos animais. Segundo Alexandro Maia, “temos um
foco que é na qualidade dos animais e na alimentação, usamos genética confiável, fazemos acasalamentos somente com touros provados e que possam contribuir com o nosso trabalho”. Eles
Adriano Maia recebe premiação de grande campeã 5/8 para a vaca girolanda Fortaleza, em Passos 2011
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argumentam que preferem mostrar animais bem preparados, geneticamente superiores nas pistas a investirem em sofisticação na fazenda. Parcerias Outra característica da Bonsucesso é a busca por parcerias de sucesso e sólidas. Aliás uma características de quase todos os criadores da região de Passos. Adriano e Alexandro fazem parcerias com Reinaldo Berdin, da Comapi Agropecuária, com Miller Cresta, da fazenda Ribeirão Grande, com Mateus Giannini, da Agropecuária Giannini e com José Coelho Vitor, da fazenda São José. Pintura A vaca Pintura deve um papel importante no rebanho da Bonsucesso e atualmente pertence ao condomínio formado por Adriano Maia, Miller Cresta e José Coelho Vitor. Ela é filha de Sanção na Novidade dos Poções. Pintura tem uma carreira de sucesso nas pistas de julgamento do gir leiteiro, pois foi Campeã Progênie de Mãe, Melhor Úbere Adulto e Campeã Vaca Adulta Superagro BH/2009; é mãe do touro em Teste de Progênie Embrapa/ABCGIL 2010 e mãe de Ella do Sucesso, Campeã Novilha Maior de Passos/2010. Segue prenhe do Casper TE Kubera desde o dia 2 de junho de 2010.
Grande Campeão Mas o sucesso da Bonucesso na seleção de gado leiteiro ficou compravado na ultima exposição de Paços nas pista do Girolando e do Gir Leiteiro. No Girolando, Adriano foi o Grande campeão na pista do meio sangue com a vaca Albos Ibiacy e na pista de 7/8 com a vaca Fortaleza. Na pista de Gir leiteiro os irmãos Maia faturam o prêmio de campeã Novilha Maior com Vaidosa TE Comapi, que depois ganhou o prêmio de Melhor Novilha da Exposição. Vaidosa é filha de Jaguar TE do Gavião na Vaidosa do Carmo. A bezerra Dourada Bonsucesso foi a reservada campeã Bezerra, ela filha de Aldeia FIV da Jasdan com Êmulo dos Poções.
Alexandro Maia recebe o jornalista Rosimar Silva na sala dos troféus da ABSS Agropecuária, em Passos. Pouco tempo de seleção e muita histórias de títulos e prêmios nas pistas
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Objetivos Adriano e Alexandro tem como meta na seleção de gir leiteiro “produzir animais superiores para a produção de leite, mas com qualidade racial, pois queremos leite e beleza, porte e estrutura”, revela Adriano. Uma das estratégias dos selecionadores de Passos foi introduzir no rebanho sangue novo, por meio da genética de outros rebanhos consolidados no Brasil, como da Estância Jasdan, de Onofre Ribeiro e da Fazenda Mutum, de Leo Machado. Segundo Adriano Maia, “nosso objetivo sempre será produzir animais de alta qualidade para nosso rebanho e para o mercado, por isso estamos abertos para introduzir aqui o que for de melhor”, finaliza.
Adriano Maia, o melhoramento genetico do gir e do Girolando está sendo notado nas pistas com campeonatos e grandes campeonatos
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Maior criador de girolando brasileiro agora no Gir Leiteiro Criador da marca Cabo Verde, José Coelho Vitor é um grande criador e investidor do Gir Leiteiro em sua fazenda São José, no município mineiro de Passos
gir brasil
A raça gir tem atraído criadores de vários tipos. Grandes e médios criadores de gado de corte, iniciantes na atividade pecuária e criadores de gado de leite. José Coelho Vitor é um exemplo de conquista bem sucedida do gir leiteiro. Pois trata-se de um criador renomado de gado de leite. Aliás, o maior nome na produção de genética de girolando do Brasil. O homem que criou a marca “Cabo Verde”, exemplo de qualidade de girolando em Minas Gerais e em todo o Brasil. José Coelho Vitor é o exemplo de criador de sucesso, dono do melhor e maior leilão de girolando do Brasil: leilão Santa Luzia. Toda essa capacidade na produção de gado de leite da raça girolando agora está a serviço do gir leiteiro em Passos na Fazenda São José, um reduto de gir leiteiro de qualidade. Atualmente José Coelho Vitor, conhecido entre os produtores de leite como Zé Cabo Verde, empresta sua experiência, sua vida de criador ao gir leiteiro. A fazenda São José, em Passos, seleciona exclusivamente Gir Leiteiro. Em ótimas instalações, José Coelho Vitor maneja doadoras de vários planteis renomados do criatório nacional. Suas vacas são ordenhadas
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mecanicamente e seus bezerros são tratados como gado de elite, como animais que agregam valor genético à raça. A experiência A seleção, criação e produção de leite do grupo cabo verde está a cargo dos filhos de José Coelho Vitor, sua principal dedicação é o gir leiteiro. Por isso, seus planos visam produzir animais de ponta, com a melhor genética disponível no pais, matrizes escolhidas a dedo nos principais rebanhos do país que estão sendo acasala-
das com os melhores touros provados e de destaque, entre eles Radar dos Poções, Sansão, Vaidoso, Jaguar Te do Gavião e Fardo F. Mutum. “Queremos somente o que for de melhor, pois vamos ofertar ao mercado somente coisa de primeira, foi assim em todo minha vida de criador de girolando e será agora no Gir Leiteiro”, destaca. Construtor A Fazenda São José, apesar de toda arrumada, “ainda precisa de alguns ajustes para receber melhor o gado gir”. O gado está em vários piquetes
José Coelho Vitor dirige os negócios da seleção de gir leiteiro na fazenda São José, em Passos (MG)
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Vitorioso no Girolando, José Coelho Vitor agora adota o gir como sua paixão principal
A fazenda São José está preparada para abrigar muito bem os animais da raça gir leiteiro
com a melhor pastagem, os currais são funcionais e sua mais recente construção é uma local na entrada da fazenda para mostrar o gado PO, com um quiosque para receber convidados e se proteger do sol e da chuva. José Coelho Vitor, em parceria com vários criadores, buscou no mercado algumas das melhores matrizes da atualidade, como Quermesse do Fundão, Iléia da Favela, Omisca, Veneza TE Cal, Tigresa Cal, Tatiane dos Poções, Pintura, Fabulosa do Mutum, Feineza e Samanta TE, entre outras. “São animais que estão à nossa disposição para reproduzir e é o que estamos fazendo”. Segundo ele, “o nosso sucesso no gir leiteiro será proporcional à nossa humildade em apreender a lidar com essa raça, pois cada raça tem jeito e estamos conversando com os companheiros, observando o trabalho dos pioneiros e contribuir com o melhoramento genético dessa raça no Brasil”. O criador mineiro participa de vários leilões de gir leiteiro como convidado e também como promotor, “mas sempre trabalhos juntos com os criadores, principalmente com os amigos aqui de Passos, nossa união tem dado certo e vamos continuar assim”, finaliza.
José Coelho Vitor concede entrevista na Expozebu após receber um prêmio em pista
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Gir Leiteiro Raça e Leite
30, durante h 0 2 s à , a ir e -f a d n u g e s Dia 9/5, Canal o v o N lo e p , u b e z o p x E a Patrocínio
Convidados Geraldo Borges Fazenda e Haras Paraíso
Lúcio Dias Oliveira Chácara Oliveira
Maria Tereza Lemos Callil Fazenda Paraíso
Carlos Eduardo Bezerra Fazenda Positiva
José Jacinto Júnior Fazenda Felicidade
José Renato Chiari Fazenda São Caetano
Flavio Manzatto Estância Manzatto Daniel Antonio Silvano Fazenda Santo Antônio ira Pedro Otoniel e Clélia Vie es iot Co Rancho dos Sebastião Ramos Fazenda Santa Marina rvalho José Osvaldo Resende Ca il uar Taq a end Faz
A DOCE MINEIRO LTD
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34 3317-7000
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Eduardo Jorge Milagre Estância Milagre Xapetuba Agropecuária Fazenda Xapetuba Caio Sandro de Araújo Gir Arca Robson Fidalgo Amui o Esfera Genética Gir Leiteir
fotos clécio duarte
Informações: 34 9913-2000 - Wagner Lúcio | 34 3317-7000
Gir Leiteiro Raça e Leite
Lote 01 Beladona
Modelo de Brasília x Nagi Te da Cal (CA Everest) Venda de Prenhez sexada de fêmea para o mês 08/09 de 2011 com Meteoro de Brasília Registro: ENIC2 Vendedor: Wagner Lúcio Jacinto Lactação: 6.499 kg em 256 dias (em andamento)
Lote 02 Raquete TE da Cal
Dalton Pati da Cal x Pesquisa da Cal (Lenda x Benfeitor) Venda de Prenhez sexada de fêmea para mês 07/ 08 de 2011 com Major dos Poções Registro: CAL5346 Vendedor: Wagner Lúcio Jacinto Lactação média: 33 kg/dia • Reservada Campeã Vaca Sênior e 3º Prêmio do Torneio Leiteiro da Exposição de São José do Rio Preto/2010
Lote 03 Carioca Leit 10
Venda do animal Copacabana de Brasília x C.A Paladino Data de Nascimento: 06/01/2007 Registro: Leit10 Vendedor: Condomínio Carioca Lactação: Média de 19 Kg/dia OBS: Segue parida de macho do dia 25 de janeiro de 2011
Lote 04 Graciosa
Venda de Prenhez Sexada de Fêmea para mês 09 de 2011 com Vaidoso da Silvânia Registro: JWLJ1 Vendedor: Wagner Lúcio Jacinto Lactação: 7.388 Kg em 365 dias Premiações: • Grande Campeã e Melhor Úbere Morrinhos 2009 • Grande Campeã e Melhor Úbere Santa Helena 2009
Lote 05 Jakiti Fiv Sabedoria
Venda do animal Vaidoso da Silvânia x Graciosa Registro: JWLJ165 Vendedor: Wagner Lúcio Jacinto Lactação da mãe: 7.388 Kg Data de Nascimento: 18/06/2010 Premiações da mãe: • Grande Campeã e Melhor Úbere MORRINHOS 2009 • Grande Campeã e Melhor Úbere SANTA HELENA 2009
Lote 06 Imagem Fiv Sabedoria
Venda do animal Enlevo da Silvania x Pituba de Brasília (Modelo) Registro: JWLJ187 Data de Nascimento: 25/11/2009 Vendedor: Wagner Lúcio Jacinto Lactação: 9.125 kg em 365 dias
Lote 07 Jassa Fiv Sabedoria
Venda do animal C.A Sansão x Gaveta TB (Orixá de Brasília) Registro: JWLJ161 Data de Nascimento: 10/05/2002 Vendedor: Wagner Lúcio Jacinto Lactação da mãe: 8.433 Kg em 365 dias Premiações da mãe: • Campeã e Melhor Úbere Vaca Adulta EXPOBELAVISTA 2008
Lote 08 Jama Fiv Sabedoria
Venda do animal C.A Everest x Galeria TB (Cadarso) Registro: JWLJ145 Data de Nascimento: 13/02/2010 Vendedor: Wagner Lúcio Jacinto Lactação da mãe: 6.124 Kg em 365 dias Premiações: • Suas Irmãs Maternas Graciosa e Galera Sabedoria Possuem Vários Prêmios em Pista
Lote 09 Tenda do Jacinto
Venda do animal Requinte TE x Tranquila (Ogun OCM) Registro: JJJR92 Lactação da mãe: 3.580 kg (Em regime Orgânico) Lactação da Avó: 7.898 Kg Vendedor: José Jacinto Júnior Fazenda Felicidade, Ituiutaba - MG
wilson vilela - 34 9225-5950
Gir Leiteiro Raça e Leite
Lote 10 Gaveta TB
Venda do animal Orixá de Brasília x Pituba de Brasília (Modelo) Registro: ATGB26 Data de Nascimento: 01/11/2001 Vendedor: Condomínio Gaveta Lactação: 8.433 kg em 365 dias Premiações: • Campeã e Melhor Úbere Vaca Adulta EXPOBELAVISTA 2008
Lote 11 DORATY
C.A Sansão X PH. Saionara (PH Orgulho) Segue parida de fêmea do Fardo F. Mutum e prenha do Jaguar TE do Gavião Lactação média: 16 kg/dia Vendedor: Carlos Eduardo Bezerra, Fazenda Positiva, Corumbá de Goiás
Lote 12 POESIA FIV da Coli
Maestro TE F. Mutum X História TE F. Mutum Registro: LSCF 13 Nascimento: 3/10/2009 Lactação: 9.505 kg em 305 dias
Gir Leiteiro Raça e Leite
Lote 13 ICHG JORNADA JAGUAR
Jaguar TE do Gavião X Joia Piracanjuba (Krishna Sakna Prema) Registro: ICHG 127 Data de Nascimento: 30/01/2010 Vendedor: José Renato Chiari Fazenda São Caetano, Morrinhos-GO
Lote 14 ÍNDIA GJ OL 13
Jaguar TE do Gavião X CA Valquíria Lactação da mãe: 7.155 kg em 365 dias Data de Nascimento: 01/03/2010 Vendedor: José Osvaldo Rezende de Carvalho, Fazenda Taquaril, Piracanjuba-GO
Lote 15 MADONA
Vaidoso da Silvânia X Gaveta TB Lactação da Mãe: 8.433 kg em 365 dias Data de Nascimento: 25/5/2010 Vendedor: José Osvaldo Rezende de Carvalho, Fazenda Taquaril, Piracanjuba-GO Premiações: • Campeã e Melhor Úbere Vaca Adulta EXPOBELAVISTA 2008
Lote 16 SONATA
Vaidoso da Silvânia X Biblioteca de Brasília (Irmã própria de vários touros de central como: Bagdá e Bóris) Registro: GJOL 21 Data de nascimento: 04/07/2010 Vendedor: Wagner Lúcio e José Osvaldo
Lote 17 CENSURA FIV DA UBRE
Teatro da Silvânia X Dara da São José Data de Nascimento: 15/09/2007 Parida de macho do Vaidoso da Silvânia Vendedor: Sebastião Ramos da Fazenda Santa Marina. Goituba-GO
Lote 18 GARBOSA TB
Remo BV x Prudência de Brasília (Embaixador) (Venda de Prenhez Sexada de Fêmea para mês 10 de 2011 com Fardo F. Mutum) Registro: ATGB23 Vendedor: Wagner Lúcio Jacinto Lactação: 10.756 kg em 343 dias • Grande Campeã e Melhor Úbere do Torneio Leiteiro de Morrinhos 2010, Reservada Grande • Campeã Melhor Úbere e Melhor Conjunto Família em Morrinhos/2010
Gir Leiteiro Raça e Leite
Lote 19 IAIAH FIV SABEDORIA
Venda do Animal Jaguar TE do Gavião x Elegância Sabedoria (Desejo da Silvânia) Registro: JWLJ131 Data de Nascimento: 17/11/2009 Vendedor: Wagner Lúcio Jacinto Lactação da mãe: Média de 25 kg/dia Premiações da Mãe: • Campeã Fêmea Jovem Torneiro Leitero EXPORIOPRETO 2010
Lote 20 Vendedor: Xapetuba Agropecuária
BAILARINA - MMAT 21
Bem Feitor Raposo x Dilema (Concorde) Lactação própria: 5.795 kg em 317 dias (Oficial ABCZ) Previsão de Parto: 28/05/2011 do Nobre TE CAL Registro: MMAT 21 Data de Nascimento: 10/08/2000
Lábia Bem Feitor
Bem Feitor Raposo x Dilema (Concorde) Lactação própria: Média de 18 kg/dia Previsão de Parto: 28/05/2011 do Galax Te do Gavião Registro: MMAT 34 Data de Nascimento: 20/01/2002
Lote 21 PH VIRGÍNIA
Venda do Animal Cajú de Brasília x Dondoca da Esteio (SC Oasis Habil) Data de Nascimento: 13/7/2004 Vendedor: Caio Sandro de Araujo Gir Arca- Caldas Novas - GO Lactação oficial: 5.523 Kg - ABCZ/ UNESP Consistência e tipo leiteiro, vai estar com cria na data do leilão, ótimo sistema mámario
Lote 22 FILANDESA
Venda do Animal Segredo da Cal X Dinamarca E. Milagre (Efalc Paraíso Cajú) Data de Nascimento: 08/12/2009 Registro: EMI 122 Lactação da mãe: 6.988 kg em 297 dias Vendedor: Eduardo Jorge Milagre da Estância Milagre
Lote 23 BONDOSA BONSUCESS
Venda do Animal Emulo das Poções x Nelita Registro: ABSS 28 - FÊMEA GIR / PO Data de nascimento: 29/11/2009 Lactação da mãe: 3.945 kg em 365 dias Vendedor: Flávio Manzatto da Estância Manzatto, Araçatuba-SP
Lote 24 Cerva FIV Dsil
CA Sansão x Elegância (Sorbone) Registro: DSIL 71 Data de Nascimento: 07/12/2007 Vendedor: Daniel Antonio Silvano, Fazenda Santo Antônio Bela Vista-GO Produção real. Em 305 dias - 4.909 Kg de leite Em 328 dias - 5.282 Kg de leite Ajuste a idade adulta 305 Dias - 7.756 Kg de leite 365 Dias - 8.346 Kg de leite Parto aos 27 meses
Gir Leiteiro Raça e Leite
Lote 25 Babilônia
Radar x Norma Gameta Cal Prenhez sexada de fêmea para o mês 07 de 2011 com CA Sansão Lactação: 8579 Kg em 365 dias Vendedor: Maria Tereza Lemos Costa Calil da Fazenda Paraíso Franca-SP
Lote 26 Cerenata DSIL
Prenhez sexada de fêmea com CA Sansão Previsão de Parto: Maio de 2011 Vendedor: Pedro Magalhães Otoniel e Clélia Vieira, da Gir Transol Agropecuária - Bela Vista-GO
Lote 27 Amora
Data Nascimento: 01/06/2009 Reg. Capl 111 Ca Guri St Te X Brisa (Barbante TE Kubera X Sabida Da Epamig) Vendedor: Esfera Genética Gir Leiteiro Descrição: Novilha de execelente conformação e características raciais, que foi classificada em 10º lugar na categoria novilha menor da Megaleite 2010. Filha do touro comprovado Ca Guri e da Brisa, Vaca de linhagem Epamig, que teve uma produção leiteira de 9.00 Kg/dia (2.567 Kg). Segue inseminada de fardo TE da Mutum.
Lote 28
Catherine GB Paraíso
Venda do Animal | Meteoro de Brasília X Eméria TE F Mutum (S.C Uacai Jaguar) Lactação da Mãe: 3.463 em 365 dias | Registro: PARG 51 Data de Nascimento: 22/09/2009 | Vendedor: Geraldo Borges, da Fazenda Haras Paraíso - Paracatu-MG
Lote 29
Della FIV GB Paraíso
Venda do Animal | Jaguar TE do Gavião X Horiza FIV Kubera (Impressor de Brasília) Lactação da mãe: 10.901 kg em 365 dias | Registro: PARG 61 | Data de Nascimento: 02/04/2010 | Vendedor: Geraldo Borges, da Fazenda Haras Paraíso, Paracatu-MG
INFORME PUBLICITÁRIO
MIX RAÇÕES Uberlândia ganha nova Fábrica de Rações Balanceadas Empreendimento entra em funcionamento em maio de 2011 O empresário Otacílio Ferreira Matos investe pesado na construção de uma nova fábrica de rações balanceadas em Uberlândia. A Tropical Mix Rações foi construída em um prédio adequado e moderno e terá capacidade de produzir 16.000 Kg/h de alimentação animal. A Tropical Mix faz parceria com a DPMIX, que conta em seu efetivo com o técnico em Agropecuária e Agroindústria, sr. Divino Antônio de Souza, com experiência de mais de 30 anos no mercado. De acordo com o técnico da DPMIX, o objetivo da empresa é produzir ração comercial e terceirizada, buscando maior volume de produção na prestação de serviços. A DPMIX ofertará uma linha completa de minerais e matérias-prima, expecificamente voltadas para a composição de rações para suínos, equinos e bovinos.” Serão produtos muito bem analisados que asseguram aos fabricantes de ração animal total conformidade com os mais rigorosos padrões”. Segundo Divino é importante ter controle e ficar atento com relação à qualidade das matérias-primas utilizadas no processo, pois as mesmas vão interferir diretamente no produto final. Nenhuma matéria-prima será utilizada sem estar previamente certificada por fornecedores de confiança e níveis
mínimos de garantia. A DPMIX atenta aos altos custos e nas dificuldades do setor, irá oferecer logística e disponibilidade de transporte de matérias-prima e rações a granel, viabilizando a redução nos preços dos produtos acabados. A DPMIX conta ainda com serviço de moagem e transbordo. Com maquinário de última geração, os melhores grãos, matérias prima, melhores profissionais do ramo e muito estudo envolvido, a DPMIX oferecerá melhor ração da região.
Produtores estão convidados a conhecer a Tropical Mix, instalada na rodovia Uberlândia - Prata, Km\ 6 – Parque das Américas, Uberlândia-MG - FONE: 34 9117-3366 / 9681 6102
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Rações Cooprata Nova Fábrica de Rações e Suplementos Cooprata, situada no novo Polo Industrial João Batista de Queiroz Rod. BR 497 - Km 80,8 - Prata-MG - (34) 3431-2555
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