café
Leite
Novos rumos da cultura
Controle de problemas de qualidade do leite
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r$ 7,90 | nº 28 | dezembro de 2009 | ANO 3
Especial mulheres
Mulheres que fazem a diferença no Agronegócio Página 38
r$ 7,90 | nº 31 | MARÇO de 2010 | ANO 4
Produtor com visão de empresário
Nelson Ariza Apresenta o melhor da genética leiteira
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InteRural
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Novos rumos da cultura
Controle de problemas de qualidade do leite
Revista do Agronegócio
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1째 Leil찾o Virtual de Gado Jovem Bezerras, Novilhas e Prenheses Gir Leiteiro e Girolando
28/03/2010 10:00 (durante o mercado do leite) AgroCanal N처s Usamos
Transmiss찾o
Leiloeira
Assessoria
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Controle de problemas de qualidade do leite
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capa pu b licitária
CAPA PUBLICITÁRIA
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E
editorial
sta revista do mês de março realmente me surpreendeu. Ela conseguiu reunir, ao longo das páginas, muitas informações que são de suma importância ao produtor. Está redondinha. Gostaria de aproveitar a oportunidade também para agradecer todos os internautas que acessam o site da InteRural e deixam seus recados e sugestões. Nós nos sentimos muito honrados em fazer parte da vida de vocês. Continuem acessando e mandando sugestões. Agora, vamos ao que interessa. Na capa, trazemos em destaque o criatório do pecuarista Nelson Ariza, que disponibiliza, dia 28 de março, alguns de seus animais no 1° Leilão Virtual de Gado Jovem, do Sítio Monte Alegre. Nelson é empresário no ramo do petróleo e desde 1997, quando adquiriu uma propriedade em São José do Rio Preto (SP), começou a se interessar pela pecuária leiteira. Hoje, cria animais Girolando, com foco no 5/8 e animais da raça Gir Leiteiro. Em poucos anos na atividade,
já conquistou vários títulos. Na reportagem, contamos toda a sua trajetória na pecuária leiteira e destacamos os principais lotes, que serão ofertados no leilão. Esse é um mês muito especial, principalmente para mim, que sou mulher. E para homenagear todas as mulheres que trabalham e investem no Agronegócio, a InteRural, convidou algumas guerreiras para mostrar um pouco mais do seu trabalho. Colocamos apenas algumas, mas com o sentimento de que todas as mulheres se sintam homenageadas. São várias histórias muito interessantes. Vale a pena, realmente, conferir! Como grande parte da revista desse mês é especial para nós mulheres, no Espaço Gourmet decidimos homenagear ainda mais as mulheres. Moisés Campos, diretor da Querença, e seu filho, Paulo César, prepararam um poema e um prato especial para Tabita Campos, mãe de Paulo e esposa de Moisés. Muitos já devem ter provado, mas não têm a receita, que é realmente
espetacular, a “Paçoca da Querença”. Destacamos também um evento muito interessante para o setor agrícola. Foi a 3ª edição do Giro Talstar, evento promovido pela FMC Agricultural Products entre os dias 14 de janeiro e 11 de março. O evento, que reuniu agricultores de várias regiões do país, teve como proposta unir os produtores, além de agregar entretenimento ao Dia de Campo tradicional, permeando diversão ao longo do dia, dedicado à discussão das melhores práticas para o manejo de pragas, na lavoura de soja. Esses são apenas alguns dos destaques da edição de março, porque temos várias outras matérias no Caderno de Pecuária, agricultura, ovinos, eventos, além dos resultados dos principais leilões. Uma ótima leitura! Renata Paiva Diretora de Jornalismo
www.interural.com expediente Direção geral Mário knichalla Neto mario@interural.com Renata Paiva renata@interural.com Editora e jornalista responsável Renata Paiva Mtb 12.340 Mg Diretor Comercial Mário Knichalla Neto
Impressão Gráfica Brasil
InteRural Itumbiara - GO Av. Beira Rio, 1001, sala 07 Itumbiara-GO interural.go@hotmail.com www.interural.com
InteRural Uberlândia - MG Rua Rafael Marino Neto nº 600 Bairro Karaíba, Ubershopping, loja 56 contato@interural.com (34) 3210-4050
A revista InteRural é uma publicação mensal. Todos os anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus autores. É estritamente proibida a reprodução parcial ou total sem autorização de seus autores.
Revisão Ivone Assis e Ione Mercedes
Consultoria Jurídica Pré-impressão Breno Henrique Alfonso de Arruda CTP Registro Digital
Diagramação Carolina Messias da Silva
Fotógrafos Colaboradores Paulo Sérgio (Churrasquim) Luciene (Flash fotografias)
Consultoras de Venda Fabíola Paiva fabiola@interural.com Lydiane Caixeta lydiane@interural.com Daiane Lemes daiane@interural.com
Colaboradores Agripoint ReHagro Estagiários Thainã Neves
sumário matéria de capa
Produtor com visão de empresário
Nelson Ariza
Apresenta o melhor da genética leiteira Página 32 24 |
InteRural News
agricultura 28 | Rumos do Café 30 | Silagem: Como produzir um produto de qualidade
Brahman 62 | Docilidade aumenta produtividade 64 |
eSPAÇO GOURMET 76 |
Paçoca de Carne Seca
Reatividade animal
EVENTOS PRODUTORAS DE SUCESSO ovinos 38 | 46 |
Especial: Mulheres de destaque no Agronegócio Magnólia Martins da Silva
78 |
2º rali Giro Talstar
84 |
Curso de aperfeiçoamento para ruminantes Dia de campo Fazenda Scala
ovinos 68 |
Oestrose ovina ou ‘‘bicho da cabeça”
pECUÁRIA 50 | Acidose ruminal em bovinos de corte 52 | Solução de problemas com a qualidade do leite 58 | Infecção Intramamária eleva CCS
86 |
lEILÕES 92 |
Resultado dos principais leilões
NEGÓCIOS
cLASSIFICADOS
70 | Gerenciamento de índices e metas
98 | Fique por dentro dos preços e realize bons negócios nos classificados da InteRural
74 |
Restituição funrural
NOTAS
Notas
Associação dos criadores de Brahman divulga XV Congresso Mundial Durante Exposição Americana ACBB participa da maior feira de animais dos Estados Unidos
U
m grupo de membros da Diretoria da ACBB (Associação dos Criadores de Brahman do Brasil) e criadores da mesma raça participarão da maior feira de animais dos Estados Unidos entre os dias três e seis de março. Com o nome de Houston Livestock Show and Rodeo, o evento acontece na região do Texas entre os dias 02 e 21 de março. A participação dos criadores brasileiros tem como objetivo maior a divulgação do XV Congresso Mundial do Brahman, que acontecerá em Uberaba (MG), entre 17 e 24 de outubro. Para a organização do evento, foram firmadas parcerias entre a ACBB, ABCZ e a Brazilian Cattle. No dia três de março, a pro-
gramação da comitiva brasileira será marcada pela reunião da World Brahman Federation, na qual 21 representantes da raça de todo o mundo estarão presentes. “Durante a reunião, faremos a apresentação de todas as atividades já organizadas para a realização do Congresso no Brasil. Daremos ênfase à realização da sessão de pôsteres, que será levada a efeito pela primeira vez durante o Congresso, e que reunirá mais de 100 trabalhos científicos sobre a raça Brahman”, destaca José Amauri Dimarzio, presidente da ACBB e da World Brahman Federation. Durante a reunião, a possibilidade da candidatura do Panamá como próximo país sede do Congresso Mundial em 2012, será discutida. No decorrer da Houston Livestock Show
and Rodeo, os criadores do Brasil ficarão no espaço pela American Brahman Breeders Association (ABBA), onde estarão expostos banners e todo material informativo sobre o congresso, explica José Otávio Lemos, diretor de Marketing da ACBB. “Vamos fazer um trabalho de corpo a corpo junto às pessoas que vão estar na maior feira de Brahman dos Estados Unidos, para que possam participar do Congresso no Brasil”, afirma José Otávio. Entre os participantes da trupe brasileira, estão o presidente da ACBB, José Amauri Dimarzio; Moisés Fernandes Campos, vice-presidente; o diretor José Otávio Lemos; conselheiros André Zambrim, Daniel Dias e Mário Carpena. Entre o grupo de pecuaristas, estão João Alfredo Neto e Jaques Damasceno.
Genética do Brahman poderá expandir para o Panamá A Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB) recebeu a visita de representantes de uma empresa da área de melhoramento genético animal panamenha na manhã do dia primeiro de março. Os visitantes se interessaram em conhecer mais da genética do Brahman brasileiro. Além dos diretores Lydio Cosac de Faria e José Otávio Lemos, a equipe da ACBB recebeu Avelino Ureña Ramos, Pedro Zevallos, acompanhados do gerente de Relações Internacionais da ABCZ, Gerson Simão, e Bruno Assunção, assessor da equipe. No encontro, o grupo aproveitou a oportunidade para discutir a possibilidade de ampliar a importação de embriões e sêmens da raça Brahman, com o objetivo de refrescar o sangue 10
da raça no Panamá, 51% desse rebanho são formados por zebu, principalmente o Brahman. Os visitantes foram convidados para participar do XV Congresso Mundial da Raça Brahman, entre os dias 17 e 24 de outubro, em Uberaba (MG), no Parque Fernando Costa. Em 2012, o evento será realizado no Panamá. Durante a visita ao Brasil, os destinos foram as centrais de inseminação artificial, duas fazendas, Querença e Santanna, na BR-050, onde o Brahman é selecionado. Durante a ExpoZebu 2008, um protocolo sanitário entre o Governo brasileiro e do Panamá foi assinado, permitindo a Exportação de material genético, como sêmens e embriões bovinos, brasileiros.
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Girolando participa de Reciclagem Nacional A Associação Brasileira de Criadores de Girolando, com representação por parte de seus técnicos, esteve na edição 2010 da Reciclagem Técnica Nacional, em Uberaba (MG). Realizado entre os dias 22 e 24 de fevereiro, o evento reuniu cerca de 50 profissionais da área, provenientes de várias regiões brasileiras. Com três dias de aulas teóricas e práticas, os participantes puderam aprender, na prática, como realizar as mudanças ocorridas no regulamento de Registro Genealógico e nos critérios de julgamento. Na segunda-feira, dia 22 de fevereiro, houve a aula teórica nas dependências da central de inseminação Alta Genetics. Já a prática do evento ocorreu entre os dias 23 e 24 de fevereiro, na FAZU. Houve, também, treinamento no novo sistema de identificação dos animais da raça e sobre a uniformização e padronização dos critérios de julgamento na pista. O superintendente técnico da Girolando, Celso Menezes, afirmou que a participação na Reciclagem Técnica Nacional tornou-se obrigatória por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Brasil ganhará nova fábrica de metilato de sódio
A
BASF promete obra para 2011
BASF lançou, em fevereiro deste ano, o projeto de sua nova fábrica de metilato de sódio, em Guaratinguetá (SP). Será a maior unidade produtiva na América do Sul, e ela terá uma capacidade de produção anual de 60.000 toneladas, com o principal objetivo de abastecer o mercado regional. É a segunda unidade da BASF para tal produto, a primeira é situada em Ludwigshafen, Alemanha. O projeto terá um investimento de capital na casa dos dois dígitos de milhões de euros. Metilato de Sódio é um catalisador eficiente e confiável para a produção do biodiesel, que com a evolução dos combustíveis à base de www.interural.com
diesel, tornou-se uma alternativa de destaque. O biodiesel produzido pela BASF cumpre as exigências de fabricantes de motores para combustíveis de alta qualidade. No final de 2011, a fábrica já deverá estar em funcionamento. Durante a cerimônia, o presidente da divisão de Inorgânicos da BASF, Stefano Pigozzi, destacou: “Com a construção da fábrica de metilato de sódio, queremos expandir a forte posição, a fim de atender à demanda futura de nossos clientes no mercado que cresce cada vez mais rápido para o biodiesel na América do Sul”. A empresa prevê que, aproximadamente, 30 milhões de toneladas da demanda mundial e anual do
biodiesel venham da América do Sul em 2015, cerca de 15% do total. “Este desenvolvimento e o investimento em uma nova unidade produtiva demonstram a importância do biodiesel e o compromisso da BASF com o mercado e esta região. Nosso complexo em Guaratinguetá oferece sinergias com as fábricas e as instalações existentes, assim como vantagens logísticas para operações de importação e exportação para os nossos clientes”, acrescentou Dr. Rolf-Dieter Acker, presidente da BASF na América do Sul. A legislação do Brasil, da Argentina e de alguns países da América do Sul, exige que, a partir de 2010, existam 5% de biodiesel no combustível.
InteRural - Revista do Agronegócio | Março 2010
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NOTAS
Balde Cheio visita unidades no Triângulo Mineiro Resultados da parceria Calu e produtores rurais da região foi apresentada a Arthur Chinelato
O
programa Balde Cheio, desenvolvido pela Calu, na região do Triângulo Mineiro, está prestes a comemorar os três anos do projeto. Na última semana do mês de fevereiro, a Cooperativa Agropecuária de Uberlândia recebeu a visita do engenheiro agrônomo da Embrapa-Sudeste e idealizador Arthur Chinelato. Chinelato contou com o apoio do colega, também engenheiro agrônomo da Embrapa, André Luiz Novo, e de Walter Miguel, responsável por disseminar o programa pela Faemg. A equipe responsável pelo evento contou com o acompahanmento de produtores de diversos pontos mineiros, como Araxá, Indianópolis e Uberlândia. No dia 23, duas fazendas consideradas unidades demonstrativas do Balde Cheio em Uberlândia e Indianópolis foram visitadas. No dia 24, o grupo seguiu para o Pontal do Triângulo, em Gurinhatã. Na quintafeira, dia 25, as cidades de Tupaciguara e Monte Alegre de Minas contaram com a presença dos ilustres durante o dia, e, à noite, Uberlândia recebeu palestras gratuitas de Chinelato, direcionadas a produtores rurais, técnicos e estudantes. “Essa é uma visita de rotina do Chinelato e os demais técnicos às unidades demonstrativas e assistidas pelo Programa. É a primeira vez que eles vêm conhecer o nosso trabalho e a expectativa é grande. Será um momento oportuno para a troca de experiências entre os técnicos e os produtores rurais”, comentou o técnico da Calu, Ronaldo Ferreira Rodrigues, coordenador do Balde Cheio na região. Atualmente, 64 fazendas do Triângulo Mineiro, participantes da Balde Cheio, são assistidas pelos técnicos da Calu. “Temos cinco unidades demonstrativas, uma em cada filial (Monte Alegre de Minas, Gurinhatã, Tupaciguara), na matriz (Uberlândia) e 12
uma em Indianópolis. Todas elas serão visitadas pelos técnicos da Embrapa e da Faemg, que farão o balanço e a avaliação do nosso trabalho”, explica Ronaldo. Nas visitas, Chinelato foi acompanhado pelo coordenador do Balde Cheio em Minas, pela Federação da Agricultura e Pecuária – Faemg, Walter Miguel, que visitou todas as unidades demonstrativas. “O trabalho desenvolvido está excelente”, avaliou Chinelato. “São fazendas que cresceram muito e que têm potencial para evoluírem mais ainda, até o final dos quatros anos de vigência do Programa”, completou. A visita de Chinelato à região mineira atraiu vários visitantes de cidades vizinhas interessados no projeto Balde Cheio. “Nós já trabalhamos com outros programas técnicos com os nossos produtores, mas queremos colocar em prática o Balde Cheio, porque as técnicas são fáceis de implementar, têm baixo custo para o produtor e ainda fazem com que eles melhorem o desempenho econômico na atividade, fixando-os no campo. Já temos um grupo de produtores interessados, esperando-nos para colocarmos o projeto em prática”, informou Emílio Ro-
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berto, técnico agrícola da Capal. O Projeto Balde Cheio foi implementado na Cooperativa no ano de 2007, com o objetivo de disponibilizar tecnologias singelas, baratas, entretanto, eficientes no aumento da produção. De acordo com o gerente da área de Desenvolvimento e Assistência Técnica da Cooperativa, Marcelo Nogueira, o programa trouxe resultados já nos primeiros meses de implementação. “Nós tivemos produtores que conseguiram dobrar a produção em apenas dois meses de adesão ao programa”, assegurou. É o caso do cooperado Carlos Galeno, cuja propriedade é uma das unidades demonstrativas no município de Indianópolis. O produtor viu a produção duplicar e as finanças renderem nos poucos meses depois que aderiu ao Balde Cheio. “Foi surpreendente para mim, pois em tão pouco tempo consegui um resultado que eu perseguia há anos na atividade”, confirmou. www.interural.com
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NOTAS
Dia de Campo de Soja Algar Agro Grupo Sementes ABC promove evento em Fevereiro
N
o dia 25 de fevereiro ocorreu o Dia de Campo de Soja Algar Agro, na fazenda Canadá em Uberlândia (MG). Entre os pontos discutidos, os maiores objetivos foram mostrar variedades de plantas que agreguem produtividade em lavouras de soja, das técnicas de plantio, e as vantagens no cultivo de cada espécie, mostrar aos produtores a situação atual do mercado da soja, além de debater os temas fundamentais do processo produtivo, utilizando a experiência de um dos mais ilustres pesquisadores da cultura de soja brasileira, Dr. Neilson Eustáquio Arantes, representando a Fundação Triângulo. Com cerca de 170 participantes inscritos, o evento formulou a programação, e, mesmo com chuva, os horários foram mantidos. Às 08:30h. da manhã, o palestrante Dr. Neylson Eustáquio Arantes iniciou a primeira palestra com o tema Cultura da Soja/ Atualidades, em seguida, cerca de 09:30h da manhã, o grupo seguiu para o campo da Fazenda Canadá. “Para nós da Algar Agro, foi muito gratificante o dia de campo. Ficamos felizes com a presença dos agricultores, que, além de nossos clientes, são considerados como amigos e colegas de atividade”, destaca Maximiano Viotto Ferraz, organizador do evento. A empresa Algar Agro está comprometida em levar aos agricultores melhores alternativas em relação às variedades da soja, formas de comercialização de sua produção, além do produtor que desenvolve atividade agropecuária, a novidade é o Farelo Raça Fort. “Pudemos ainda mostrar ao público presente, os produtos que fazem parte da linha ABC de 14
minas e pela linha de atomatados ABC de minas”, afirma Max. A Algar Agro se destaca por atuar em diversas fases do
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agronegócio da soja, englobando o plantio, passando pelo custeio até a comercialização, dos clientes. www.interural.com
Tortuga recebe Reconhecimento de Utilidade Pública Cidade Paulista presenteia Tortuga A Prefeitura Municipal de Mairinque (SP), no mês de fevereiro, entregou ao instituto Tortuga o Certificado de Utilidade Pública pelo decreto de nº 5412/2010, devido a várias ações de responsabilidade social aplicadas pelo grupo Tortuga. “Este Certificado atesta que a entidade corresponde com eficiência aos fins a que se destina. A lealdade da Tortuga ao homem do campo é fortalecida a cada dia de trabalho e é representada pelo empenho dos técnicos e homens de campo em seu labor de aprimoramento dos produtos e serviços oferecidos aos criadores. É também a motivação para as atividades do Instituto, em prol da infância e adolescência no meio rural”, explica Verônica Feronato, do Instituto Tortuga. O Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Mairinque presenteou, recentemente, a Tortuga com o cadastro de entidade parceira, correspondente a seu trabalho em prol da infância e adolescência. Com um objetivo ético de atuar junto às comunidades do campo, o Instituto Tortuga criou o “Programa Valores do Campo”, que direciona ações, norteia e estimula a busca por qualidade na educação para crianças e adolescentes do meio rural. Como geralmente, os projetos do Instituto trabalham questões como cidadania, saúde, meio ambiente e oportunidades de profissionalização de jovens e adolescentes, unindo comunidades e empresa na busca de melhoria na qualidade de vida. Com 56 anos de existência, a Tortuga contribuiu decisivamente para o progresso da produção animal do Brasil, tendo introduzido, de forma pioneira, novos conceitos de suplementação mineral e vitamínica e outras tecnologias indispensáveis para o aumento da produtividade. www.interural.com
Rio Vale Agronegócios levou mais de 450 pessoas ao seu Dia de Campo Durante todo o dia grandes nomes do Gir Leiteiro circularam pelo evento No dia 06 de fevereiro, com muito sol e calor, a Rio Vale Agronegócios, no município de Porangaba, reuniu mais de 450 pessoas entre amigos, criadores, imprensa, empresas, entidades e personalidades do Agronegócio em seu segundo dia de campo, o Rio Vale Mídia Show. Organizado pelo Grupo Publique, o evento foi dividido em vários espaços com o objetivo de atender a cada tipo de público, preocupando-se com cada detalhe. Como exemplo, a entrada do local, que já chamava a atenção pelo pórtico em que estava escrito “Bem-vindo a Rio Vale” e a foto do promotor Carlos Alberto da Silva em um de seus famosos banhos de leite. Com sinalização privilegiada, o público teve acesso aos estandes das empresas patrocinadoras participantes como Alta Genetics, Bayer Health Care Saúde Animal, Matsuda e Serrana Nutrição Animal, Merial Igenit e à exposição do tronco da BeckHauser, aos piquetes com os grupos de animais divididos por famílias, à área da mostra das doadoras, comentada pelo assessor técnico Rafael Veloso, da G Leite, ao coreto da imprensa, que recebeu diversos jornalistas da mídia especializada e ao trailer exclusivo da CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que esteve à disposição para explanar sobre o assunto de sustentabilidade, além da grande tenda onde foi servido um típico almoço da fazenda, em que, na ocasião, a dupla sertaneja Anderson e Alyson se apresentou com sucessos musicais e modas de viola, levando alguns convidados a dançar no embalo das canções. Carlos Alberto abriu o evento com agradecimentos sobre a presença do público e entidades presentes que estão apoiando e investindo na raça Gir Leiteiro. Em seguida, chamou algumas autoridades presentes como os presidentes das: ABCZ – Associação Brasileira de Zebuínos –, José Olavo Borges Mendes; ABCGIL – Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro –, Silvio Queiroz Pinheiro; Associação Gir Goiás, Rosimar Silva; e ACNB – Associação dos Criadores de Nelore do Brasil –, Vilemondes Garcia. Também participaram do evento os prefeitos das cidades de Porangaba, Luiz Carlos Vieira Sobrinho, e Pereiras, Roberto Luiz Silveira. Outro ponto alto do evento foi a mostra, seguida de leilão, dos quadros fotográficos de Fábio Fatori, da Fato Rural, que contou com vários lances e aquisições. Parte do valor será revertida à ASSERRA, Associação dos Produtores Rurais dos Bairros Serrinha, Rio da Serra, Mirandas e Ribeirão das Conchas e à APAE – Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais. João Cariello, ex-diretor do Bradesco e atual presidente da APAE de Porangaba, agradeceu a iniciativa. Um macho, filho da Ancona, de parceria da Rio Vale e Mário César de Moraes, também foi leiloado para ajudar as entidades. Destaque, também, para uma bezerra filha de Tajayama, doada pela Rio Vale e leiloada no evento. Adquirida por Kinkão, Guto Quintella e José de Castro, o valor pago será direcionado à APCGIL – Associação Paulista dos Criadores de Gir Leiteiro.
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NOTAS
Região Central de Minas Gerais participa de pesquisa Armazenamento de milho da agricultura familiar é avaliado Destacado como um dos principais produtos da agricultura familiar, o milho pode ser utilizado tanto na alimentação humana e animal, quanto no processamento de derivados. A maneira como é armazenado, determina a qualidade do produto póscolheita.Se mal armazenado, há riscos de contaminação dos grãos, afetando a qualidade dos mesmos e a saúde do consumidor.O armazenamento feito de maneira correta vem mobilizando produtores, estudiosos e técnicos de instituições públicas nas áreas de Agricultura e Saúde, como a Emater- MG e a Embrapa, que estão desenvolvendo em parceria uma pesquisa sobre a qualidade do milho armazenado em propriedades de agricultores familiares na região central do Estado de Minas Gerais. A coordenadora do estudo e pesquisadora da Embrapa em Sete Lagoas, Valéria Queiroz, afirma que o projeto, com início em junho do ano de 2009, tem o objetivo maior de “verificar a incidência dos fatores climáticos, práticas agrícolas e grau de infestação de pragas, como carunchos, traças e ratos, durante o período de conservação das espigas”.Até Dezembro passado dez propriedades dos municípios de Esmeralda, Funilândia e Pedro Leopoldo, passaram pela coleta de informações.O material da coleta está sendo analisado, e a estimativa é de que os resultados sejam lançados no mês de maio. De acordo com Valéria, as análises servirão de base para aferir as condições de armazenamento do milho e como isso influencia na qualidade final do produto. A pesquisa está sendo financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). A pesquisadora da Embrapa informa que as micotoxinas revelam-se as grandes vilãs do armazenamento inadequado do milho.Essas mictoxinas são substâncias venenosas que algumas bactérias expelem, liberam durante o processo de estocamento, podendo causar males para a saúde animal e humana.Além das perdas econômicas, a substância pode acarretar problemas no organismo humano, como diarréias, vômitos e até mesmo câncer de fígado.Valéria destaca que o processamento dos grãos não necessariamente os 16
deixa imune das micotoxinas.“A temperatura utilizada no processamento do milho (fubá, canjiquinha e pipoca, entre outros) não é elevada o suficiente para destruir as micotoxinas”, explica, acrescentando que o milho é muito sensível a contaminação por fungos. A diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito, confirmou que as micotoxinas preocupam a saúde pública.Segundo ela, o assunto interessa a autoridades de saúde do mundo todo. “As micotoxinas são toxinas geradas por fungos que podem causar algum dano à saúde das pessoas por intoxicação. São produzidas principalmente no armazenamento e na produção inadequada de grãos e cereais. Por isso temos como certo que as boas práticas agrícolas são conceitos mundialmente absorvidos por todos os países e que devem ser observados. A forma como o produtor manuseia o produto, como ele trabalha, e o transporte desses grãos podem reduzir em muito a formação de toxinas”, garante Maria Cecília. O extensionista da Emater-MG , no município de Pedro Leopoldo, Jader Resende, faz o trabalho de acompanhamento aos produtores familiares de milho, cuja a forma com que armazenam o grão em paiol é o alvo principal da pesquisa da Embrapa. Segundo Jader, a Emater-MG indicou os quatro agricultores, acompanhando a visita dos pesquisadores da Embrapa nas propriedades e aproveitando para explicar a forma segura e correta de guardar as espigas. “O resultado dessa pesquisa deve comprovar as perdas existentes no processo de armazenagem e apontar para a forma correta de conservar o milho por um período maior”, explica.Jader acrescenta
InteRural - Revista do Agronegócio | Março 2010
que houve coletas mensais de amostras de espigas.Para Jader, “o ponto positivo da parceria entre as duas instituições é que a Embrapa colhe os grãos e leva para serem analisados em laboratório, enquanto a Emater-MG orienta esses produtores sobre o modo correto de armazenar as espigas”, afirma. Embora os resultados da pesquisa sejam publicados apenas em Junho, alguns produtores de Pedro Leopoldo já se adequaram as práticas corretas do armazenamento do milho. O agricultor Sebastião Bastos, por exemplo, afirma já estar estocando as espigas no paiol, usando as dicas passadas pelo extensionista da Emater-MG. Bastos tem uma propriedade de 20 hectares e produz em média 20 mil quilos de milho por ano. Toda a produção é destinada à alimentação do gado leiteiro e das galinhas que cria. A propriedade de Sebastião é uma das que está sendo monitorada pela Emater-MG e Embrapa, na região Central. “Ainda não tive retorno destas análises, mas espero que isso ajude a melhorar a produção”, conta. A coordenadora da Pesquisa informa que a região Central foi escolhida por logísticas, sendo que a Embrapa Milho e Sorgo possui sede em Sete Lagoas, até o final do ano a expectativa é atender propriedades rurais também da região Sul de Minas Gerais. “O recurso do projeto é pequeno e por isso só vamos até o Sul de Minas. Nos outros anos, se der certo, podemos ampliar para todo o estado”,Valéria acredita que o projeto começando a ser implantado agora, poderá futuramente beneficiar o ato de armazenamento do milho. www.interural.com
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NOTAS
Universidade Federal de Uberlândia adaptará nelore ao cerrado
A
UFY dará marca da universidade ao programa que colocará uma linhagem de zebuínos puros no mercado
Universidade Federal de Uberlândia está desenvolvendo um programa sustentável de criação e aprimoramento genético de gado Nelore adaptado ao cerrado, na região da Fazenda Capim Branco, lado oeste da cidade. A UFU detalha que um dos maiores objetivos do programa é oferecer ao mercado uma linhagem de zebuínos puros de origem com a marca UFU e, a partir daí, propiciar cruzamentos com animais desta linhagem, consequentemente, melhorando a qualidade do Nelore criado na área do Triângulo Mineiro. Ainda sem data para ser implantado, o projeto “Pecuária Sustentável – Nelore do portal do Cerrado” aguarda liberação de verbas para a reforma dos pastos, construção de piquetes e currais antiestresse. A idealizadora do projeto e professora de melhoramento genético, Carina Ubirajara, afirma que o investimento inicial será de R$ 240 mil. O intuito é que o
programa gerencie uma empresa rural que se sustente e não agrida os animais. “Não adianta desenvolver uma tecnologia que não possa ser usada pelos produtores da região. O nosso foco é transferir a tecnologia e vê-la aplicada no mercado”, declarou. A pesquisadora ainda reafirma que o foco é otimizar o potencial econômico da pecuária, de maneira sustentável, respeitando as necessidades e bem-estar do animal e do meio-ambiente. Na fazenda, serão criados machos de seleção para o melhoramento das características do rebanho da região, como precocidade sexual, de abate, e obtenção de carne mais macia. O sêmen e as matrizes virão de criadouros particulares com reconhecimento de mercado, devido à parceria entre Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), a Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP), além do apoio da Embrapa, Sindicato Rural de Uberlândia, Emater e Federação de Agri-
cultura e Pecuária de Minas Gerais com a Universidade Federal de Uberlândia. Haverá uma espécie de Ranking organizado pela UFU, a avaliação da performance de touros. Neste ano, 60 touros de produtores da região passarão por testes genéticos na UFU. “Há uma defasagem muito grande de informações genéticas nos rebanhos. Os produtores não sabem exatamente quais as características dos animais. Sabendo isso, é possível melhorá-lo”, assegurou. O ranking da UFU será levado a efeito por meio de um índice, que poderá ser usado em leilões. Os melhores animais serão selecionados em testes. Alunos dos cursos de Medicina Veterinária, Zootecnia, Agronomia, além de administração de empresa rural e economia em agronegócios utilizarão a fazenda para estudos práticos. Profissionais da região também poderão usufruir do espaço para cursos e treinamentos previstos para este ano.
Embrapa treina Instrutores PAS Leite Campo experimental Coronel Pacheco será o espaço para treinamento
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esquisadores da Embrapa Gado de Leite receberão cerca de 50 técnicos de vários estados brasileiros, entre os meses de fevereiro e março, para treiná-los e transferir informações de tecnologias a produtores de todas as partes do Brasil. O resultado da parceria entre Embrapa Gado de Leite, SEBRAE e SENAR pode ser visto aos técnicos do grupo do Programa Alimento Seguro para a produção de leite com qualidade (PAS Leite), que orientará os participantes. O contrato entre as instituições, com o intuito de desenvolver o Programa, foi assinado em fevereiro de 2010, entretanto os trabalhos já estão sendo efetuados há cerca de um ano. Os técnicos treinadores do PAS Leite, com a intenção de obter boas práticas agropecuárias, desenvolveram um material didático. Cada setor da propriedade foi abordado para garantir 18
que não haja interferências negativas na produção leiteira. Como informa o chefe geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela, o PAS Leite será o elo entre teoria e prática da atividade, dando mais qualidade ao leite nacional, atingindo o nível internacional, e, assim, livra o país de barreiras alfandegárias e proporciona o crescimento da exportação láctea do Brasil. “O Programa tem tudo para ser bem conduzido. Primeiro, porque está ancorado em parcerias com instituições sólidas e competentes, que são o SEBRAE e o SENAR, além da Embrapa. Segundo, porque privilegia a prática amparada pela ciência”, explica Vilela. A qualificação dos técnicos será realizada na cidade de Juiz de Fora (MG) e no Campo Experimental de Coronel Pacheco, um programa piloto
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será implantado em 10 propriedades leiteiras dos Estados envolvidos. “Num momento futuro, a missão do PAS Leite será levar as Boas Práticas Agropecuárias aos produtores de todo o país, adotando uma linguagem e um método que podem ser compreendidos pelo produtor e aplicados facilmente na propriedade”, continua Vilela. O chefe da Embrapa acredita que o grande diferencial desse programa em relação aos já existentes é que ele toca na gestão da qualidade do leite, preparando a cadeia produtiva nacional para se tornar uma efetiva exportadora de lácteos. “O agronegócio do leite no Brasil nunca teve uma chance tão eminente de transformar a qualidade da sua produção. Tudo isso sem ter que reinventar a roda, adotando ações palpáveis, multiplicando aquilo que a ciência já demonstrou ser o correto, afinando a teoria com a prática”. www.interural.com
Palestra FGV com Professor Luciano Salamacha “Uma maneira diferente de pensar e agir.” Este é o nome da palestra inovadora ministrada pelo professor Luciano Salamacha. Utilizando princípios de elaboração estratégica e fundamentos sobre criatividade empresarial, a palestra demonstra por que o crescimento pode ser o caminho mais curto para a ruína de uma empresa. Por meio de uma metodologia inovadora – ministrar um discurso no escuro –, esta palestra tem despertado o questionamento sobre o próprio comportamento de gestores de todo país e auxiliado empresas de todos os portes no desenvolvimento consistente de seus negócios. Filosofia, criatividade e conceitos de estratégia de empresas constituem o pano de fundo para uma visão surpreendente sobre o futuro da gestão nas organizações. Segundo Salamacha, o principal objetivo desse método é desenvolver uma nova forma de adquirir conhecimento: “Quando se passam informações para um grupo de pessoas, sem que elas estejam visualizando isso em um quadro ou slides, você permite que cada um forme conceitos à sua maneira, ou seja, crie um modelo mental somente seu”. Esta nova metodologia possibilita que os mais diferentes públicos assistam à mesma palestra e obtenham informações peculiares, podendo utilizálas em sua vida empresarial de maneira única. Luciano é professor em diversas instituições de ensino superior como o programa FGV Management da Fundação Getúlio Vargas. Formado em Direito com MBA em Gestão Empresarial, pós-graduação em Gestão Industrial, mestrado em Engenharia da Produção e doutorando em Administração, possui artigos científicos reconhecidos internacionalmente. Aos 40 anos, é integrante do grupo de pesquisa “Promoção da Inovação Tecnológica nas Organizações” junto ao CNPQ. É autor dos livros “Salve-se quem souber” e “Seja promovido, seja diferente”. Dinâmico e empreendedor, desenvolveu habilidades na área de comunicação e, hoje, atua como colunista em diversas emissoras da Rádio CBN. A coluna Visão Empresarial obteve reconhecimento em diversos jornais do país e também é distribuída periodicamente no Paraguai, Argentina, EUA, Portugal, Angola e Espanha. Na televisão, Luciano Salamacha é comentarista da Rede Record e TV Bandeirantes no Paraná. Atualmente, viaja por todo o Brasil ministrando aulas, treinamentos e sua inovadora palestra “Uma maneira diferente de pensar e agir”. www.interural.com
1ª Café com Tradição Brahman Brahman Pontal oferece café da tarde aos convidados Às 16h do dia 27 de fevereiro, a equipe Brahman Pontal ofereceu, aos produtores e convidados, um chá da tarde muito especial. Localizada na Fazenda Brahman Pontal, Rodovia 226, Km 29, a organização recebeu, com muita animação, quem prestigiou o evento. A ideia do Café com Tradição surgiu na própria fazenda, por intermédio de seus proprietários Bruno e Rossana Debs, no intuito de unir o evento ao Dia de Campo, que sempre acontece com o resgate das tradições, como a que os homens preparam a silagem, e a mulheres cuidam da cozinha, tudo feito entre amigos. Entre as atividades da tarde, houve amostras do gado Brahman e também discussão do valor nutricional do animal. Com o objetivo de resgatar a tradição das reuniões entre amigos em fazendas, para confecção de pamonhas e botar a prosa em
dia, os convidados puderam desfrutar de um delicioso café da tarde, com quitutes de milho como matéria-prima, responsabilidade da Delícias do Milho, que fica na cidade de Araguari (MG). “Achei o evento muito interessante, pois a minha família também reunia-se com amigos e vizinhos da fazenda para fazermos pamonhas e tocar moda de viola. Além de ser um resgate da tradição que vivi, hoje no Café com Tradição tenho a oportunidade de repassar isso aos mais jovens. O mineiro tem o hábito de juntar amigos e família para comer e festejar. O Café com Tradição agrega culturas. Nosso interesse é realizá-lo todos os anos”, destaca Marcilélia Guimarães, assessora do Brahman Pontal. Além dos vizinhos da fazenda, o Café com Tradição Brahman Pontal contou com a presença de amigos uberlandenses, e também de Araguari e Tupaciguara.
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Notícias em Alta Notícias em Alta é uma publicação da Alta Genetics do Brasil Jornalista responsável: Luiz M. Pereira | Fotografia: Francisco Martins
Lux Neogrego é o Grande Campeão da Expoinel MG 2010 O reprodutor Lux Neogrego é o Grande Campeão da Expoinel MG 2010. NeoGrego é filho de Lux Granutu em matriz Bitelo da SS, nascido em 29/05/2007 e pesando 1.190 kg destacou-se na pista sendo o escolhido pelos juizes. Lux Neogrego já está contratado para a bateria de reprodutores ALTA e logo já estará disponibilizando o seu material genético para venda.
ALTA Lidera na Pista da Expoinel MG 2010 A bateria de reprodutores da ALTA mostrou mais uma vez a sua força genética durante a Expoinel MG 2010, em Uberaba/MG. Na pista as progênies de varios reprodutores da ALTA foram as mais premiadas pelos juizes da feira, a exemplo disso temos: Fêmeas: 1) Grande Campeã - Parla Fiv AJJ - Filha de Bitelo SS e de propriedade de Antonio José Junqueira Vilela 2)Reservada Campeã Baby - Itaipava IV da MIMA - Filha de Basco da SM e de propriedade MIMA Agropecuaria Ltda. 3)Campeã Bezerra - Nacuna do Colorado - Filha de Basco da SM e de propriedade de Marcelo Mendonça Reservada Campeã Bezerra - Essencia Santarem - Filha de Bitelo da SS e de propriedade de Olavo Egydio Monteiro Carvalho 4)Campeã Novilha Menor - Belgica 8 FIV da 3R - Filha de Bitelo da SS e de propriedade de Rima Agropecuaria Ltda Reservada Campeã Novilha Menor - Ralisma FIV AJJ - Filha de Bitelo da SS e de propriedade de Antonio Jose Junqueira Vilela. 5)Campeã Novilha Maior - Manete FIV de Raizes - Filha de Bitelo da SS e de propriedade de Jonas Barcellos Reservada Campeã Novilha Maior - Akra FJ Mata Velha - Filha de Bitelo da SS e de propriedade de Jonas Barcellos 6) Reservada Campeã Fêmea Jovem - Espanhola da Pontal - Filha de Bitelo da SS e de propriedade de Cassiano Terra Simão Já nos Machos: O Grande Campeão foi o Touro Lux Neogrego - Filho de Lux Granutu e de propriedade de Rima e ALTA. Reservado Grande Campeão - Serro FIV da Bacaray - Filho de Bitelo da SS e de propriedade de Jonas Barcellos Nos campeonatos: 1) Campeão Junior Menor - Unam 4 TE j. Galera - Filho de Bitelo da SS e de propriedade de Cassiano Terra Simão Reservado Junior Menor - Edital FIV Brilhante- Filho de Bitelo da SS e de propriedade de Jonas Barcellos 2)Reservado Campeão Junior Maior - Universo FIV JWW e de propriedade de Gilmar Luiz de Jorge e Outros 3)Reservado Campeão Touro Jovem - Famoso da Di Genio - Filho de Bitelo da SS e de proprieade de Jonas Barcellos Parabéns aos criadores pela confiança em usar ALTA. Criar Valor, Construir Confiança e Entregar Resultados.
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Alta é Líder Global em estabilidade de provas Se analisarmos as mudanças ocorridas nas provas de touros, podemos afirmar que o AltaAdvantage é o programa da Alta que garante a estabilidade e a segurança das avaliações genéticas. AltaAdvantage faz com que a Alta cumpra seu compromisso de entregar resultados. ALTA, Líder em estabilidade de provas - TPI * Analises embasadas nas mudanças de base nas avaliações genéticas dos touros entre Agosto de 2006 e Agosto de 2009. Este período de tempo permitiu aos touros receber suas segundas filhas. Os touros colocados em prova em 2002 e 2003 foram incluídos. Foram levados em conta os 20 touros mais altos em TPI de cada empresa e seu ano de prova para usarmos os touros com maior potencial comercial.
Mas por que o AltaAdvantage é tão valioso? Trabalha com 185 rebanhos progressistas que possuem em média 1.000 vacas em lactação e em teste, incrementando assim a exatidão dos dados. Elimina através do teste de paternidade por DNA o percentual de filhas mal identificadas como acontece nos sistemas tradicionais de teste, que chegam a apresentar de 25% a 30% de erros. Somente trabalha com rebanhos comerciais, com sistemas modernos de manejo e alta competividade, eliminando a possibilidade de trato preferencial. Aumenta o número de contemporâneas por estar usando estes grandes rebanhos, pois o objetivo é reduzir os desvios genéticos. Coleta de dados adicionais que são usados para obtermos nossa própria informação sobre índices de fertilidade, características de saúde, etc...
Alta faz o grande campeão do ExpoPiracicaba Show Aconteceu em Piracicaba /SP entre os dias 3 a 6 de fevereiro a 5ª Edição da Expo Piracicaba Show. A exposição é considerada a 2ª Maior do Estado de São Paulo. A ALTA esteve presente através do Técnico em Ovinos e Caprinos, Felipe Meirelles que pode no evento conferir diversas filhas e filhos dos reprodutores que fazem parte da bateria da ALTA. “ A qualidade dos animais melhora a cada ano. Hoje podemos selecionar animais que mostram um acabamento de carcaça moderno e pronto para atender as mais diversas demandas do comercio de carne de ovinos. Nossa seleção de reprodutores mostram em suas filhas o potencial que cada um pode agregar” comenta Meirelles. Alguns resultados: Grande Campeão: Estancia Dolly Ricco (sêmen disponível na Alta) Res.Grande Campeão: Bola de Ouro(Filho do Bola de Fogo,bateria Alta) Grande Campeã: Mumbuca Feiticeira(Filha de Mumbuca Forte 1669, Bateria Alta) Campeão Progênie de Pai: Varrela I 375 (Ouro Negro). Todos esses reprodutores têm sêmen disponível!!! Procure já o representante ALTA de sua região e realize os melhores negócios. www.interural.com
Diretoria a ABCZ visita a Central de Técnologia de Sêmen da ALTA em Uberaba No dia 10 de Fevereiro a Diretoria da ABCZ, Associação Brasileira de Criadores de Zebu, composta do Diretor Luis Claudio Paranhos e do Superintendente Técnico Luis Antonio Josakian visitaram a Central da ALTA em Uberaba. O intuito da visita foi a oportunidade de conhecer todas as dependencias da empresa bem como verificar a excelente bateria de reprodutores zebuinos. “Receber a atual diretoria da ABCZ aqui em nossa Central é um grande prazer. Pudemos trocar informações valiosas sobre o futuro das raças zebuinos no Brasil. Ficamos muito gratos pelos elogios às nossas instalações e principalmente pela nossa bateria de touros.” comenta Dr. Fernando Andrade - Gerente Técnico de Corte Contas Elite Acompanharam a visita o Gerente de Produtos Zebu Corte Sr. Marcos Labury e o Gerente de Mercado Sr. Tiago Carrara.
Girolando realiza Reciclagem Técnica na Alta A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando realizou nos dias 23 e 24 de fevereiro a Reciclagem Técnica Nacional. O evento teve a abertura e o primeiro dia de programação realizado na Central de Produção e Tecnologia de Sêmen da Alta em Uberaba, MG. O presidente da Girolando, José
Donato Dias Filho, fez a abertura do evento abordando o crescimento da raça no Brasil e os avanços alcançados com os investimentos feitos pela associação. O encontro reuniu técnicos da entidade de todas as partes do Brasil e teve como lema “rumo aos 200 mil registros com qualidade total”.
Wildman reforça sua fama mundial O sucesso internacional experimentado pelo touro Wildman vem sendo divulgado nos últimos meses e mostra a qualidade genética do reprodutor da Alta. As boas novas do touro vêm agora da Holanda, da Espanha e do Brasil. Na Holanda uma filha de Wildman, nos primeiros 100 dias de sua lactação apresentou uma média de 43 kg por dia. De acordo com o gerente de produtos leite importado da Alta, Fábio Fogaça, “ela é uma vaca com muita abertura geral, forte e tem um fantástico úbere. Possui classificação MB 88 aos 2 anos de idade, sendo que o sistema mamário obteve pontuação 89, que é o máximo para sua idade” comenta. Com essa pontuação, a vaca de propriedade da família De Jong se tornou uma das poucas vacas em toda a Holanda que aos 2 anos obteve classificação deste nível. Enquanto isso na Espanha, outra filha de Wildman que está na primeira lactação já produziy 14.256Kg em 352 dias tendo 2,8% de gordura e 3,2% de proteína. Aos dois anos ela foi classificada com B+83, obtendo 87 pontos em sistema mamário e 85 em pernas e pés, sendo 5º lugar de sua categoria na Exposição Nacional Espanhola. Neta de outro reprodutor Alta, Jed, a vaca pertence a um criatório que utiliza 90% de touros Alta desde 1992 e ordenham 125 vacas com média de 12.913 Kg. Aqui no Brasil, a fazenda Rhoelandt (Castro-PR), de propriedade de Ronald Rabers, anunciou que uma filha de Wildman atingiu 55,40 Kg em 3 ordenhas realizadas no dia 22 de janeiro com aferição oficial da Associação Paranaense dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa. “As filhas de Wildman são realmente tudo o que o touro promete ser. Ótimas de tipo e ótimas de produção. Já temos muitas filhas de Wildman paridas e elas já estão na cabeceira do rebanho” afirma Ronald.
K&L Delightful Wildman
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Cudaña Coloma Wildman
Fazenda Santa Helena mostra a receita de sucesso na construção do Girolando Nobre
O pecuarista Gabriel Francisco Junqueira, proprietário da fazenda Santa Helena, localizada em Caratinga,MG, comprova a eficiência da vaca Girolando 5/8 quando um trabalho de seleção é feito. Utilizando uma matriz ¼ filha do touro Nobre ( da raça Gir Leiteiro) e um touro Holandês ícone na raça como o touro Marshal, consegui-se construir uma matriz 5/8 de extrema qualidade, chamada Sapucaia da Santa Helena. Sapucaia vem se destacando a cada lactação, e surpreendeu o criador e o gerente regional da Alta na região, José Eduardo. Em sua 3ª lactação e com apenas 6 dias de parida, Sapucaia produziu 45kg em apenas 2 ordenhas. “Essa produção com certeza alcançara os seus 60 Kg facilmente em seu período de pico”, afirma José Eduardo. “Sapucaia é a mostra concreta da funcionalidade da vaca Girolando 5/8. Longevidade, produtividade e saúde fazem desse animal uma grande matriz para fazer o PS. Vejo aqui uma grande oportunidade do Sr. Gabriel agora inseminá-la com algum touro de nossa bateria de Girolando 5/8, o que resultara com certeza em um excelente produto PS.” comenta Christian Milani, Gerente de Leite Nacional da Alta. InteRural - Revista do Agronegócio | Março 2010
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InteRural - Revista do Agroneg贸cio | Mar莽o 2010
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InteRural participa do V Road Show para jornalistas de agronegócios e economia Em sua 5ª edição, o Road Show, organizado pela Texto Assessoria de Comunicações, promoveu o encontro de jornalistas de várias regiões do país. Durante os 5 dias do evento, foram agendadas visitas em algumas das mais importantes empresas dos principais segmentos da cadeia de carne bovina. O Road Show aconteceu entre os dias primeiro e cinco de fevereiro. No primeiro dia do Road Show, os jornalistas conheceram a fábrica de suplementos minerais da Tortuga, em Mairinque (SP), que é a maior unidade industrial da América Latina. Os jornalistas foram recepcionados pelo gerente de Marketing da empresa, Juliano Sabella, que os acompanhou em um tour pela fábrica, explicando a função dos diversos setores de produção. Logo após, seguiram para a fábrica de aditivos da Phibro, empresa de nutrição e saúde animal, na cidade de Garulhos (SP). Após uma visita a toda parte operacional da fábrica, os diretores da empresa se reuniram aos jornalistas para conversar e discutir sobre todo o trabalho da empresa e as expectativas para o mercado de 2010. Estiveram presentes Stefan Mihailov, presidente nacional da empresa, Roberto Fattori, Diretor de recursos humanos, Gustavo Guedes, Gerente de vendas, dentre outros. Na manhã da terça-feira (3), os jornalistas tomaram café da manhã com a equipe da Fazenda Santa Bárbara, no hotel Blue Tree, em São Paulo. O objetivo do encontro foi a apresentação do trabalho que vem sendo realizado pela empresa e as expectativas de investimento. Hoje, a agropecuária tem quase meio milhão de cabeças de gado divididas em propriedades no sul do Pará, São Paulo, Uberaba e Mato Grosso. Com quase cinco anos de existência, seu plantel é o maior em número de animais a pasto no mundo. Só no ano de 2009, a Santa Bárbara produziu três mil prenhezes em laboratório, investiu 36 milhões de reais em projetos sociais e produziu 127 mil bezerros, dos quais cerca de 50% eram machos e foram comercializados para nove produtores do estado do Pará, com preço 40% acima da cotação da FNP para a arroba de 24
Imagens: L. Adolfo / Texto Assessoria
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boi gordo. Para 2010, a agropecuária pretende produzir 160 mil bezerros, entre macho e fêmeas, e em 2014, a expectativa é que o plantel alcance 1 milhão de animais a pasto. No mesmo dia, os jornalistas foram recebidos na Central de Selagem de Vacinas, em Vinhedo (SP). O coordenador da Central, Sílvio Cardoso Pinto, apresentou todo o processo de certificação, acompanhamento e fiscalização da vacina contra febre aftosa do país. Toda vacina distribuída pelo território nacional passa pela central, onde é identificada e mantida em condições ideais de distribuição, isso, assim que é liberada pelo MAPA. No ano de 2010, o MAPA espera que 360 milhões de doses da vacina sejam comercializadas. Todas “Vacinas Limpas”, termo utilizado pelo coordenador para denominar as vacinas que não possuem proteínas não-estruturais, “Não que a outra vacina seja suja, mas assim, em alguns poucos anos, vamos poder identificar se alguma coisa está errada”’, explica Sílvio. Com a vacina limpa, será possível, por meio de exames sorológicos de populações de gado, saber se os animais que apresentaram anticorpos tiveram contato com o vírus ou apenas com a vacina. Dando sequência ao Road Show, na manhã da quarta-feira (3), os jornalistas visitaram as instalações do Marfrig, em Promissão (SP). Durante a visita, a equipe
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técnica do frigorífico apresentou aos jornalistas toda a escala de produção, desde a chegada do animal ao frigorífico, até a entrega do produto ao consumidor final. O grupo Marfrig é o quarto maior fornecedor de produtos derivados de carne bovina e o segundo maior produtor e exportador brasileiro de carne de frango. Hoje, ele atua no segmento de bovinos, perus, cordeiros, frangos de corte, suínos, processamento de produtos e de couro. Após a apresentação das instalações, o diretor industrial do grupo, Roberto Mulbert, o diretor de compra de gado, Raul Mendes, e outros técnicos e gerentes se reuniram com os jornalistas para esclarecer as dúvidas. Uma questão levantada foi a tendência no aumento dos confinamentos no país, e o diretor de compra de gado afirmou que essa já é uma realidade, “Os confinamentos são uma realidade hoje. Com o aumento no número de animais e a falta de espaço físico, fica muito complicado engordar um boi apenas a pasto”, informa. Só no Brasil o grupo Marfrig confinou, no último ano, 50 mil bois. Na quinta-feira (4), o grupo visitou a fazenda São Francisco, na cidade de Maga, em São Paulo. A propriedade possui cerca de 16 mil hectares, sendo 4 mil voltados exclusivamente para a pecuária. Há mais de 30 anos, trabalha em busca de melhoramento genético da raça nelore. O grupo possui, ao todo, 60 mil cabeça, www.interural.com
espalhadas em 9 fazendas, localizadas em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia. Até os 18 meses, quando alguns animais são separados para o confinamento, 100% dos animais são a pasto. Ao longo da última década, a fazenda ultrapassou a marca de 18 mil touros comercializados, e mais de 27 mil desde o início da seleção de touros reprodutores. São cerca de 2 mil touros por ano. Para finalizar o Road Show, um grupo de jornalistas visitou a central de inseminação da CRV Lagoa, em Sertãozinho (SP), para conhecer as técnicas de coleta de sêmen e sexagem. A Lagoa participa, hoje, de 24% do mercado de corte e 25% do leite. No ano de 2009, superou a marca de 2 milhões de doses de sêmen comercializadas e projeta um crescimento de até 25% para os próximos anos. Quem recebeu os jornalistas foi o presidente da empresa, Vladimir Walk, também, Antônio Bosco de Resende, Gerente nacional de vendas, e Adriana Zaia Sanches, gerente de comunicações. A empresa apresentou aos jornalistas um novo método que está sendo utilizado para registro de dados da temperatura do sêmen, em intervalos de tempo. O aparelho, que está em teste na central
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há um ano, vai monitorar a temperatura do sêmen desde a saída da central até a volta do botijão para a central. O Datalog possibilitará ao produtor que ele constate
se, durante o percurso entre a central e a fazenda, o sêmen sofreu alguma alteração de temperatura, melhorando, assim, a qualidade do produto.
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Primeira Viagem Técnica ao Canadá – 2010
A
primeira viagem técnica ao Canadá de 2010 levou diretores, gerentes e técnicos para as quatro centrais que compõem a Semex Alliance – CIAQ, Westgen, Gencor e Eastern Breeders INC – e provou, mais uma vez, a qualidade dos produtos e a veracidade da genética canadense. Os participantes da viagem puderam conhecer de perto alguns touros e suas filhas. Vocês podem conferir abaixo o testemunho do que eles escreveram sobre alguns animais e ficar impressionados e maravilhados com estes destaques. Filhas de Ashlar: quarta lactação com produções acima de 12.000 kgs. “Apresenta um úbere que a palavra perfeito talvez seja pouco para defini-lo.” Dr. Luis Felipe, Gerente Técnico de Raças Leiteiras da Semex. “É um testemunho de quanto esse touro é completo em termos de produção, saúde e tipo funcional” Dr. Flávio Junqueira, Coordenador Semex Progressive. Filhas de Howie: “Vacas de tremenda força leiteira com úberes muito bons, um touro muito bom para fazer vacas de trabalho em confinamento.” Dr. Flavio Junqueira Filhas de Final Cut: “Deixará muitos criadores satisfeitos com tremenda qualidade geral das vacas com sistemas mamários muito bons, e provavelmente vacas que irão amadurecer muito bem.” Dr. Flavio Junqueira Filhas de Knowledge: “É um touro que se tivesse que descrever em uma palavra seria qualidade, mas é Knowledge o nome dele [...] produz vacas longilíneas com muito estilo, aliada a excepcional qualidade óssea. Na vista posterior muita abertura na garupa com sistemas mamários altos e largos de excelente textura e úbere anterior muito bom.” Dr. Flávio Junqueira “Touro que tem tudo para manter o nome do Canadá em evidencia pela excepcional qualidade que transmite para suas filhas, vacas de grande estilo, extremamente angulosas, garupas largas e úberes fortemente aderidos com fantástica textura.” Dr. Luis Felipe. Como se pode ver é clara a satisfação e contentamento da equipe técnica da Semex com relação a estes animais. 26
Em minha opinião a viagem foi um testemunho de que a Semex apresenta resultados em rebanhos de diferentes tamanhos e filosofias de seleção. Tivemos a oportunidade de ver filhas de touros em rebanhos de 1000 vacas em lactação manejadas em freestall e também rebanhos pequenos de tiestall. Nesse sentido é relevante ressaltar quanto à bateria da Semex é completa em termos de vários tipos de touros para atender as necessidades de criadores comerciais e elite.” Finaliza o Dr. Flavio Junqueira - Coordenador Semex Progressive.
Regional do Triângulo realiza visita técnica no Prata No dia 24 de fevereiro os representantes Eng. Agrônomo Paulo Melo e Média Veterinária Daniella Martins visitaram a propriedade do Sr. Atamar Vilela dos Reis e de seu filho Reginaldo dos Reis, onde realizaram o acasalamento do rebanho através do Semex Promate. Situada no município do Prata a centenária fazenda Lageado destaca-se pela grande produção de leite e pelo impressionante potencial genético das fêmeas do rebanho.O rebanho é constituído por fêmeas ¼, 3/8, ½ e ¾ de notável capacidade de produção e ótimo tipo funcional que permitem com que essas vacas sejam exploradas em um sistema de produção exclusivamente a pasto + concentrado o ano inteiro. Foram acasaladas 320 vacas que produzem diariamente 7000/litros/leite/ dia em duas ordenhas. A Semex participa
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do acasalamento com os seguintes touros: Holandeses- Morty ,Java, Lavanguard; Girolando-Falcon(5/8) e Tornado(3/4) e Gir-Quiosque . www.interural.com
REW BUCKEYE Qualidade que desponta também no Girolando
As fotos são de Kristal Buckeye Don Nato FIV, bezerra 5/8 de propriedade de José Donato Dias Filho, criador em Miguel Pereira/RJ e Presidente da ABC Girolando. De pelagem linda e muito estilo,deverá certamente fazer parte do time de pista do Girolando Don Nato,tão premiado nas maiores exposições do Brasil. REW Buckeye – Mais de 10.000 filhas, + 1.806 Lbs Leite Tipo: 2,36 Úbere: 2,38 Pernas e pés: 2,24 E para concluir, o Dr. Luis Felipe Gerente Técnico de Raças Leiteiras diz que “gostaria de mais uma vez salientar a importância deste tour para análise das filhas dos touros, pois como a própria Semex Alliance salienta “Seeing is believing”, ou em outras palavras, no nosso famoso ditado “Ver para crer”. Fomos, vimos e com isso temos muito mais autoridade e confiança para divulgar nossos produtos”.
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Touro da Semex estabelece um novo recorde mundial de produção Semex tem o prazer de informar que 200HO0044 MORTY é o pai da mais nova recordista americana de produção de leite! Ever-Green-View My 1326 é o nome da filha de Morty que, aos 4 anos, em 365 dias produziu 72.170 lbs de leite (32.804 kg), com 3,86% de gordura (1.265 kg de gordura) e 3,12% de proteína (972 kg de proteína)! Ela é de propriedade de Thomas J. Kestell, de Waldo-Wisconsin. Para que se tenha uma base de comparação, a média atual das vacas controladas nos EUA é de 10.452 kg de leite, 381 kg de gordura e 322 kg de proteína. 200HO0044 MORTY é conhecido pela sua excepcional capacidade de transmissão de produção com sólido tipo funcional. A nova recordista, My 1326 é classificada EX-92 nos EUA e mostrou tremenda facilidade para atingir este volume extraordinário de leite. Confiram os comentários do proprietário Thomas Kestell: Nós nunca esperávamos que ela iria quebrar o recorde quando começou a lactação, mas após os primeiros 200 dias em leite, sabíamos que ela teria uma grande chance. Ela sempre foi uma grande produtora, com um tipo funcional excelente. Esta lactação não foi estressante para ela – ela está ótima e se sente ótima. Aos 2 anos, My 1326 produziu 16.798 kg de leite. Aos 3 anos, ela teve lactação de 20.884 kg de leite. Aos 4 anos completou a incrível lactação que lhe dá o status de recordista de produção nos EUA! O foco da Semex é produzir touros que atendam às demandas do mercado de forma diferenciada, pois além de selecionar para produção, a Semex tem como prioridade produzir touros que assegurem a longevidade e funcionalidade das vacas. Para aqueles que ainda acham que o Canadá é só tipo, não podemos esquecer que a média da população de vacas da raça Holandesa controladas (cerca de 94% do total das vacas do país) ultrapassa os 9.836 kg de leite, com 3,74% de gordura e 3,20% de proteína. Uma das mais altas médias de produção do mundo, o rebanho canadense é selecionado para obter animais de altas produções com muita longevidade e funcionalidade, com ênfase em características de saúde que garantem o baixo custo de manutenção das vacas. Não podemos esquecer também que, além de My 1326, outra vaca filha de pai canadense também foi detentora do recorde americano de produção. Trata-se de Twin B Dairy Aerostar Lynn, com produção de
28.838 kg de leite! 200HO0044 MORTY é um touro milionário, ou seja, vendeu mais de 1.000.000 de doses de sêmen ao redor do mundo! É um touro com cerca de 62.000 filhas testadas nos EUA para produção e cerca de 40.000 filhas classificadas naquele país! Um dos fatores de seu sucesso é a grande habilidade de produção das filhas, a excepcional fertilidade de sêmen do touro, a longevidade das filhas e a solidez de tipo funcional. Não é só nos EUA que a Semex está fazendo história. Também no Brasil, a Semex vem formando uma forte bateria de touros Girolando. Um dos destaques é Falcon Ribeirão Grande TE. Este filho de MORTY com a excepcional Laranja é um dos mais promissores touros 5/8 da atualidade. Mais uma vez MORTY faz história! A irmã inteira de Falcon também é recordista na sua categoria! Felícia Ribeirão Grande TE produziu em sua primeira lactação a impressionante marca de 15.366 kg de leite! Isso na 1ª cria! Falcon vem com muita bagagem para abrilhantar a bateria de touros da Semex! Ever-Green-View My 1326 EX-92 32.804 kg de leite aos 4 anos
Felícia Ribeirão Grande TE = 15.366 kg de leite! Excepcional Úbere!
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AGRICULTURA
Café
Nem preto nem branco:
cinza
Maria Sylvia Macchione Saes, Professora do Departamento de Administração da USP e pesquisadora do PENSA Bruno Varella Miranda, Bacharel em Relações Internacionais pela USP e Pesquisador do PENSA
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m artigo publicado recentemente na Folha de São Paulo, Marcelo Vieira e Luiz Suplicy Hafers argumentam que estamos assistindo ao fim de um ciclo. Mais especificamente, ponderam os autores que a cafeicultura, o principal motor da economia brasileira durante décadas, vem sucumbindo ante a mudanças estruturais aqui ocorridas, que encarecem a mão de obra e tornam difícil a competição no mercado internacional. O resultado: endividamento crescente do setor. Em meio a esse quadro, afirmam os autores, é necessário encontrar, primeiramente, uma regra de saída que permita a redução dos cafezais no Brasil. Com isso, a parcela ineficiente de nossa produção seria erradicada, garantindo o fim das pressões sobre a oferta. Na sequência, Vieira e Hafers apontam a possibilidade de o Governo aliar tal processo a uma reforma agrária pacífica e viável, e que leve em conta o potencial da agricultura familiar na produção de café. Finalmente, o tema da dívida do setor é abordado, com a defesa de sua redução como requisito para um planejamento de 28
longo prazo da cafeicultura. A partir da exposição de Vieira e Hafers, são diversas as opções para um debate. Indo além, um único artigo, certamente, será insuficiente para expor, com a precisão requerida, todas as ideias originadas da leitura desse texto. Por isso, apresentaremos alguns tópicos que consideramos fundamentais para uma reflexão acerca da situação real da cafeicultura brasileira. Custos X Benefícios Ninguém nega que os custos com mão de obra constituem um dos principais gargalos para os chamados “médios produtores”. Nas regiões de montanha, tal quadro é especialmente sentido. Some-se a esse quadro a concorrência do café Robusta – citada por Vieira e Hafers –, cuja produção é mais barata. Haveria alguma alternativa para um quadro tão desalentador? Deixando de lado a questão da mão de obra por um instante, não há como deixar de reconhecer que há mais elementos que contribuem para a deli-
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cada situação de parte da cafeicultura brasileira. Na atualidade, produzimos, nas regiões de montanha, grãos capazes de atingir níveis de qualidade invejáveis. No mercado, porém, a reputação do café brasileiro está longe de corresponder ao nosso potencial, algo que fatalmente se reflete nos preços. Evidentemente, a melhoria da qualidade – e da reputação – não constituiria uma solução para o conjunto dos cafeicultores nas condições descritas por Vieira e Hafers. Faria parte de uma virada, entretanto haveria a conscientização de que por trás de tantos gastos com mão de obra há um produto com qualidade diferenciada. Nunca é demais lembrar também que o café brasileiro “contém” políticas ambientais e trabalhistas muito mais rigorosas que as dos concorrentes. Por isso, com a busca de uma devida valorização dessas peculiaridades, uma quantidade considerável de cafeicultores poderia fugir das armadilhas da “impessoalidade” de parte do mercado internacional, que tende a privilegiar somente quem tem o custo menor. E disso depende fortemente a ação coordenawww.interural.com
da dos agentes ligados ao setor. A culpa é só da mão-de-obra? Acima demos um exemplo prático, cuja reflexão faz-se necessária: provavelmente não estejamos recebendo a recompensa adequada pelo potencial de nossa cafeicultura. Com base nessa hipótese, gostaríamos de estender o questionamento acerca da parcela de culpa da mão de obra na crise da cafeicultura. Comecemos por um assunto delicado. Número considerável de agricultores segue mantendo um controle precário de seus custos, além de ignorar ferramentas básicas de gestão. Aos que fazem a lição de casa, tal afirmação deve ser ignorada; aos que não o fazem, porém, já passou da hora de buscar uma adequação do negócio aos desafios impostos pelo atual quadro. De igual forma, cabe enfatizar que nosso sistema financeiro talvez não esteja preparado para amparar um relacionamento sustentável com a agricultura. Em parte, esse quadro deve-se a uma realidade que está relacionada à gestão da atividade rural no Brasil: a falta de dados. Sem condições de especificar qual o risco de sua atuação no setor, bancos acabam penalizando quem tem tudo para dar certo. Por sua vez, o governo também sofre com a ausência de informações, desperdiçando, inclusive, medidas com a melhor das intenções. No entanto tal constatação é insuficiente para explicar a situação atual. Que os bancos no Brasil ganham demais, isso não é novidade para ninguém. Igualmente, falta ao governo a capacidade de dar respostas que façam algo mais que apagar o incêndio nos momentos críticos, ou seja, políticas públicas mais
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consistentes e estáveis. Por sinal, isso só será possível quando houver um engajamento pleno dos setores com problemas, pautado pela determinação de direitos e, principalmente, responsabilidades. Existe uma regra de saída? A ideia de uma regra de saída, já tentada anteriormente com resultados medíocres, deve ser vista com bastante ceticismo. Primeiramente, o controle sobre tal iniciativa é necessariamente precário, e a volta dos produtores no momento em que preços melhores sejam observados é a tendência natural. Outra questão, relacionada ao fator “mão de obra”, merece a reflexão de todos, qual seja: o aumento dos salários, da mesma forma que afeta a cafeicultura, prejudica também outras atividades agrícolas. Dessa maneira, a migração desses produtores em direção a culturas diferentes não resolveria o problema dos próprios produtores! Uma opção seria a de pagar para que esses produtores deixassem de produzir. Cabe-nos perguntarmos, entretanto, quais os efeitos dessa política. Logo de início, elimina-se a possibilidade de uma reforma agrária pacífica e viável – afinal, quem venderia suas terras caso tivesse a garantia de recebimento de um pagamento mensal como incentivo para o abandono da cafeicultura? Indo além, quem pagaria essa conta? Em resumo... Este artigo não esgota a considerável quantidade de assuntos originada a partir do texto de Vieira e Hafers. Podemos citar a questão da reforma agrária como um dos possíveis pontos a serem
explorados no futuro. Não queremos, porém, alongar muito a discussão, a fim de evitar que a quantidade de temas prejudique a reflexão e um eventual debate. Cabe ressaltarmos, como conclusão, que o estabelecimento de uma relação tão estrita entre o custo da mão de obra e o problema da dívida na cafeicultura não parece ser o melhor caminho para um planejamento de longo prazo. Qualquer ação tomada com base nesse raciocínio dificilmente beneficiaria todos os que mais sofrem com o custo da mão de obra na atualidade. Pior, certamente seria comemorada pelos “irresponsáveis” – retomando uma expressão usada por Vieira e Hafers –, ainda mais quando se tem em conta a fragilidade de acordos envolvendo o abandono de determinada atividade econômica. Por isso, qualquer planejamento de longo prazo da cafeicultura deve anteceder o equacionamento do problema das dívidas, ou ao menos considerálo, de forma transparente, como parte do processo. Condicionar o reposicionamento do setor à redução da dívida do setor provavelmente contribuirá para a repetição de velhos erros do passado, consequência direta de diagnósticos parciais e conclusões apressadas. Daí, a importância de um debate de alto nível, algo, que, por sinal, o texto de Vieira e Hafers possibilita.
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Silagem de Milho: Como produzir um produto de qualidade
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omo produzir e preparar uma alimentação de boa qualidade para o gado leiteiro no período da entressafra. Nessa época, em que a pastagem natural não é suficiente para atender às necessidades, o produtor tem que recorrer a métodos que possam garantir a sustentabilidade. Um bom exemplo para produzir o trato dos animais, pode-se verificar na Agropecuária Costa Ferreira, de propriedade do Sr. Lincoln Costa Ferreira, no município de Uberaba (MG). Na fazenda, existem cerca 80 animais que produzem, em média, 2 mil litros de leite por dia. Para o próximo ano, o projeto da agropecuária é dobrar o número de animais e elevar a produção de leite para mais de mil 4 litros/ dia. No entanto, para o animal ter um bom rendimento, a alimentação é uma parte importante. “Nos focamos muito no leite na entressafra, precisamos fazer comida que tenha rendimento, volume e qualidade. E, os principais pontos para alcançar essa meta vão desde a escolha da semente que é da brasmilho, adubação e preparo de solo”, ressalta o Sr. Lincoln. “A silagem de milho é de fundamental importância para alimentação do gado”, completa. Como em todo manejo, é necessário observar os aspectos técnicos, que no final fazem a diferença, uma boa silagem começa no preparo do terreno, onde será depositado o material. A silagem da agropecuária Costa Ferreira virou referência, devido a tudo ser feito com critério e padrão de qualidade. São muitos anos de experiência. Quem visita o local percebe a diferença já na parte de plantio. Atualmente, cultiva-se uma elevada população de plantas por hectare. Para se obter um bom rendimento em área plantada é necessário escolher uma semente de 30
Fotos: Clécio Duarte
AGRICULTURA
Milho
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UMA EMPRESA SÓLIDA HÁ 39 ANOS NO MERCADO
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qualidade e utilizar técnicas de espaçamento reduzido das plantas. Desde que passou a utilizar a silagem como complemento principal de alimentação dos animais, o produtor Lincoln Costa usa as sementes da empresa Brasmilho. Todas as variedades têm apresentado bons resultados. A produtividade por hectare é elevada se comparada com outras marcas do mercado. Os produtos PL 6880, PL6890 e BRASILHO 3010, apresentam resultados acima da média, sendo que o PL6880, o qual já é plantado há 8 anos, ano passado fechou com média em área total de 73 toneladas/ha. O resultado dos produtos Brasmilho foi destaque na Fenamilho, em Patos de Minas, por quatro anos consecutivos e supera concorrentes. As sementes demonstram melhor rendimento e maior resistência à doenças e insetos. “Encontrei nos produtos da Brasmilho um equilíbrio de preço, peso no silo, e qualidade na forragem. É um tripé. Em todos esses anos de experiência de silagem, eu recomendo os produtos da empresa Brasmilho”, enfatiza Lincoln Costa Ferreira.
“Nos focamos muito no leite na entressafra, precisamos fazer comida que tenha rendimento, volume e qualidade e os principais pontos para alcançar essa meta vão desde a escolha da semente que é da brasmilho, adubação e preparo de solo” Lincoln Costa ferreira
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Sítio Monte Alegre
Nelson Ariza disponibiliza o melhor da genética leiteira no 1° Leilão virtual de gado jovem Nelson Ariza 24 32
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Empresário no ramo de petróleo, na distribuição de óleo diesel, óleo combustível e lubrificante na propriedade rural, empresa ou indústria, Nelson Ariza decidiu, em 1997, adquirir uma propriedade rural. Um negócio de oportunidade que, a princípio, seria um hobby e se transformou em um negócio bastante rentável. Não só financeiramente falando, mas, particularmente também. “Em 1997, surgiu a oportunidade de adquirir uma propriedade em São José do Rio Preto (SP). A partir daí, decidi que queria trabalhar com alguma raça bovina e comecei a pesquisar qual seria a melhor opção”, comenta o empresário. Com a propriedade de apenas 24 hectares, Nelson começou a procurar raças leiteiras por indicação de amigos, levando em consideração a questão do espaço. Encontrou, então, a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando e conheceu o técnico, Jesus Lopes, que fez uma visita em sua propriedade. “A partir dali, comecei a me interessar mais pela raça e iniciei o investimento”, assevera. De toda a produção leiteira do país, 80% vêm da raça Girolando e, segundo o empresário, foi a que mais lhe chamou a atenção, pelo intenso crescimento, e sua ascendência natural e realmente estruturada. Nelson comprou algumas matrizes e começou a investir na raça. Toda a estrutura da propriedade, hoje, foi feita pelo pecuarista. Ele cuidou de todos os detalhes para que pudesse obter um Girolando de qualidade. Sempre em busca da melhor genética, o pecuarista também fez investimentos em alguns dos principais criatórios de Gir do país para produzir girolando 5/8, que é o foco, hoje, da propriedade. São cerca de 300 animais, que formam o plantel do Sítio Monte Alegre, além das receptoras. A alimentação dos animais é em pastejo rotacionado, com suplementação no cocho, quando necessário. São 21 piquetes em uma área de 10 hectares irrigados. “Tenho também um pouco de cana e mais sete piquetes de 1 hectare cada, com capim Tfiton, sem irrigação”, explica Nelson. Sempre com a cabeça de empresário, Nelson conseguiu fazer com que cada espaço dos 24 hectares da propriedade fosse utilizado. “Transformei a fazenda em uma empresa, otimizando cada www.interural.com
pedaço. Depois que a cana-de-açúcar invadiu São Paulo, as propriedades para se dedicar a outras atividades são muito pequenas, por isso temos que aproveitar cada espaço. Tudo é bem organizado e estruturado”, acrescenta. Segundo Nelson, um dos grandes problemas da pecuária é a mão de obra especializada. Por isso, ele investe muito em seus funcionários e procura sempre os melhores parceiros. “Utilizamos todas as melhores tecnologias, IATF, TE, FIV e, para isso, precisamos de pessoas qualificadas”. O foco da propriedade, hoje, é genética, mas são produzidos também 800 litros de leite por dia. “Penso em produzir
cerca de 1.200 litros por dia, apenas, pois meu foco realmente é na genética”, ressalta. Nelson é também proprietário de quatro touros de Central: Vilão Te Alegre, Curimã I, Cirumã III e Fergus Alegre, todos touros na bateria da Alta Genetics. O touro Vilão foi o que mais teve sêmen comercializado no ano de 2009. Os resultados do trabalho de um pecuarista são analisados em pista. Em 2003, quando Nelson, pela primeira vez, levou seus animais a julgamento na exposição nacional, conquistou o título de expositor revelação e melhor expositor geral. No mesmo ano, sagrou-se como melhor
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expositor geral na Expolact e Expomilk, títulos que se repetiram até o ano de 2009. E, a partir do ano de 2004, também com o título de melhor criador 5/8, nas mesmas exposições. Em 2005, conquistou o título de Grande Campeã 5/8, com a Ambição e Grande Campeã 1/2 com a vaca Canoa Le. Já, no ano de 2006, com o animal Milk Star Cotuba, conquistou o Campeonato Nacional 3/4. Em 2008, conquistou o título de Grande Campeão nacional 5/8, com o touro Galileu Wildman Alegre.
1° Leilão virtual de gado jovem No dia 28 de março, Nelson Ariza disponibiliza, aos investidores em genética, alguns dos animais de seu plantel, no 1° Leilão Virtual de Gado Jovem do Sítio Monte Alegre. “Tenho um pouco de receio em vender, pois adoro meus animais, mas minha propriedade é pequena, preciso vender alguns animais, por falta de espaço”, explica Nelson. O leilão irá ofertar o que de melhor Nelson produziu até hoje. Todos os animais Girolando são livro fechado. Serão ofertadas 40 bezerras e novilhas, sendo três bezerras retiradas do time de pista do Sítio. Um dos destaques é a doadora ¼, Melissa, com lactação superior a 6.579 kg, que estará presente no leilão, ofertando uma prenhez livre acasalamento. Melissa é uma doadora que reúne, em seu pedigree, Vale Ouro de Brasília e Fancy Paul, dois touros que marcaram a sua geração. Para o livre acasalamento, Nelson abre o seu banco de sêmen, mas caso o comprador queira, pode utilizar qualquer outro touro, como Shotlle, Goldwil, Stormatic, Blits, Duran, entre outros. Davi Roberto Oliveira, proprietário da Boi Assessoria, é quem presta assessoria técnica para Nelson e está junto com o criador desde o ano de 2002. “O Nelson é um grande apaixonado pelo 5/8 e vem montando um plantel com muita carga genética. Utilizamos hoje, no sítio, os melhores touros e as melhores matrizes”, explica. Os animais Gir Leiteiro, de 34
Nelson, são provenientes dos criatórios Kubere, Calciolândia, Brasília e José Francisco Junqueira Reis. Serão ofertados 18 lotes de animais Gir Leiteiro, sendo 15 bezerras e novilhas, 2 novilhas Gir Prenhe, além de uma aspiração livre acasalamento
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da Bahia TE Kubera, com garantia de duas fêmeas. Bahia tem lactação de 5.783, com apenas três tetos funcionais, uma expressão máxima de caracterização racial com tipo leiteiro. Confira algumas informações dos animais Gir leiteiro:
“O Nelson é um grande apaixonado pelo 5/8 e vem montando um plantel com muita carga genética. Utilizamos hoje no sítio, os melhores touros e as melhores matrizes” Davi Roberto
Melissa Sítio Monte Alegre www.interural.com
Halara Curimã III Alegre 5/8 PS Curimã III TE Alegre x Lara Ribeirão Grande
Hindy Curimã I Alegre 5/8 Curimã I Te Alegre x Sindy Le
Hancine Vilão Alegre 5/8 PS Vilão Te Algre x Francine Stormatic
ACFG 146 - Bahia Te Kubera Embaixador de Brasília x Ocarina de Brasília Lactação: 5.783 kg
Confira algumas informações dos animais gir leiteiro:
O leilão acontece no dia 28 de março, às 10 horas, da manhã, com transmissão do AgroCanal. A assessoria fica a cargo da Boi Assessoria e com parceria com a Alta Genetics e InteRural. www.interural.com
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ESPECIAL MULHERES
Especial
Especial
Mulheres
Esse é um mês muito especial, é o mês da mulher! Não que os outros não sejam, mas a InteRural decidiu aproveitar a oportunidade para homenagear as mulheres do nosso agronegócio. Convidamos algumas guerreiras para apresentar um pouco mais do seu trabalho. A nossa intenção era colocar todas, mas por uma questão de espaço não conseguimos. Espero de todo coração que todas as mulheres que lerem essas páginas especiais se sintam homenageadas pela Revista InteRural. São várias histórias muito interessantes, vale a pena realmente conferir!
Para você, Mulher tão especial… Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis Que divide sua alma em duas Para carregar tamanha sensibilidade e força Que ganha o mundo com sua coragem Mulher, Que luta pelos seus ideais, Que ama incondicionalmente Que vence o cansaço Mulher, Que chora e que ri Mulher que sonha... Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas, Cheias de mistérios e encanto! Mulheres que devem ser lembradas, amadas, admiradas todos os dias... 30 38
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Criadora desde 2004, a apresentadora de TV, Ana Maria Braga, deu início à formação de seu rebanho após convite de sua amiga de infância, Regina Maura Marteleto, que a convidou para que trabalhassem juntas na raça Brahman, influenciadas pelo amigo e proprietário da marca Brahmania Continental, Bruno Jacinto. “Foi quando aprendi e conheci mais profundamente os encantos da raça, e, a partir daí, me apaixonei”, explica a apresentadora. Nascida em uma cidade do interior de São Paulo, São Joaquim da Barra, a vida no campo foi o dia a dia da apresentadora até a adolescência e, depois de adulta, sempre teve um pedacinho de terra para poder aproveitar o fim de semana ou as férias. Hoje, juntamente com a filha Mariana, que está sempre presente nos negócios da fazenda, a apresentadora é proprietária da marca Sexy Brahman, que surgiu pelo convite da associação brasileira dos criadores de Zebu, (ABCZ), para escolher uma série de quatro letras para registrar os animais. O plantel é formado por quatrocentas cabeças, Pura de Origem, entre fêmeas e machos da mais alta genética mundial, em que os reprodutores testados e aprovados são comercializados para todo o país. “Busco sempre genéticas do mais alto padrão, associada à rusticidade e qualidade em conformação de carcaça para melhor adaptação ao nosso clima e produção de carne. A minha maior satisfação é ver o meu gado crescendo e se desenvolvendo”. Além da incessante busca pela genética, Ana Maria destaca a preocupação em relação à sustentabilidade, “Sou preocupadíssima com a degradação, desmatamento, bem-estar animal, humanização entre outros. Em minha propriedade, tenho uma área de preservação maior que a exigida pelo IBAMA, técnicos capacitados para conservação e preparação de solo e pastagens e conscientização dos funcionários, voltada para o mais alto equilíbrio entre produção, preservação e equilíbrio sócioeconômico’’. Acompanhando o mercado de leilões da raça, Ana acredita que a raça está em constante crescimento, “Trabalho muito em cima de produção para atender a nossa busca. Hoje, produtores de todos os estados estão à procura de nossos reprodutores para melhoria em seus rebanhos. E, com certeza, a raça está em constante crescimento, isso se justifica pela demanda dos machos, cujos lotes são bem disputados nos leilões, isso significa o crescimento da raça, e deve se ressaltar que a procura está maior que a oferta”.
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Ana Maria Braga
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ESPECIAL MULHERES
Janine Carvalho Borges Aguiar
Janine Carvalho Borges Aguiar é casada com o pecuarista Luís Evandro Aguiar e mãe de duas meninas. A união na vida pessoal e dos negócios ligou a experiência de Luís Evandro e a determinação e criatividade de Janine em reestruturar o criatório, sempre em busca do melhoramento genético e produtivo dos animais de forma organizacional, mudando os valores somente de fazenda para empresa, “O resultado da nossa parceria tem nos dado muitas alegrias e vitórias, nas pistas e leilões, devido ao mútuo respeito, pois todas as nossas decisões são tomadas em conjunto”, explica Janine, que é uma apaixonada pela pecuária leiteira. “É difícil optar em uma só raça como a preferida, pois o Gir Leiteiro e o Girolando são raças apaixonantes, e cada uma tem a sua história e importância no nosso plantel”. O Gir está presente no criatório da Fazenda Boa Esperança há mais de 30 anos, mas, até o início de 2003, trabalhavam apenas com animais padronizados para produção de Girolando, “Surgiu, então, a oportunidade em diversificar o criatório, e optamos em investir no Gir Leiteiro, pela confiança na raça, que alia produção leiteira de qualidade e baixo custo, rusticidade, índole dócil e longevidade. Hoje, a base do plantel é formada a partir de linhagens de criadores tradicionais. Tentamos, ao longo desses anos, “pincelar” o que havia de melhor em genética à disposição no mercado para trazer ao nosso criatório e obter animais equilibrados e produtivos. No ano passado, realizamos quase 100 FIV’s, adquirimos animais e prenhezes em 27 leilões e estamos com um grande volume já de doadoras e novilhas para este ano”. Além de todo o trabalho com a propriedade, cuidados com a sustentabilidade e tomar conta de uma família, Janine destaca a importância da vida no campo, “A vida no campo é uma dádiva em que eu busco o prazer e a calmaria. Tenho prazer em acompanhar o nascimento e o desenvolvimento dos animais, traçar e idealizar novos projetos, cuidar dos leilões de que participamos, vibrar com os resultados obtidos nas exposições e ainda valorizar muito as amizades conquistadas através da pecuária”.
Em junho de 2009, Rossana Debs começou, juntamente com o irmão Bruno, a criar o gado Brahman. Motivados pela tradição de família e por entenderem que a genética é uma possibilidade e garantia de bons negócios, iniciaram o plantel. “Tenho esta propriedade desde os 15 anos de idade, sempre gostei e respeitei a natureza. Isso faz parte da minha evolução e da minha formação. Ser criadora hoje e administrar a propriedade é um grande desafio, mas o prazer nós encontramos no desafio de produzir animais cada vez melhores”, explica Rossana. Para dar o pontapé inicial na criação, a pecuarista visitou vários criatórios de diferentes raças, “Visitamos vários criatórios e optamos pelo Brahman, primeiro pelo convite de um grande e experiente amigo, PT, que há mais de 5 anos consegue um excelente resultado em melhoramento genético, e depois por entendermos que a opção em massa dos pecuaristas pelo Brahman é questão de trabalho, já que o gado apresenta docilidade, ganho rápido de peso, conversão excelente e adaptabilidade”. Hoje, o plantel é formado por animais comprovados, garantidos geneticamente de diferentes criatórios. “Defendemos a ideia da oportunidade. Assim, convidamos amigos, investidores de outros segmentos à reprodução em conjunto. Demos o nome de condomínios, que são sócios investidores em torno de uma genética. Acreditamos que temos que abrir a pecuária a outras pessoas, disponibilizar genética e criar a consciência de que, em grupo, as estratégias se tornam mais eficazes”. 30 40
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Rossana Debs
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Angelina Maria
Apaixonada pela vida no campo, a advogada Angelina Maria Rezende Vieira encontrou, na raça Senepol, uma opção de lucratividade. “Adoro a vida no campo, pois nasci e fui criada na fazenda. O que nunca gostei foi da péssima lucratividade do setor. Mas a criação do Senepol me levou a abandonar minha profissão de advogada e me dedicar com afinco e exclusividade a ele, pois há a certeza de lucro”. Em 2006, orientada pelo filho Gustavo Vieira, iniciou seu projeto de criação da raça Senepol, “Em nosso projeto, sempre visualizamos: rusticidade, adaptabilidade, precocidade, amabilidade e o mais importante, lucratividade”, explica Angelina. Nesse mesmo ano, adquiriu a primeira doadora de 12 meses, “O resultado foi fantástico nas duas coletas de embriões feitas. Depois disso, em 2007, adquirimos mais três doadoras e, hoje, temos, em nosso plantel, um total de 12 doadoras adultas, paridas, e 27 novilhas entre 16 e 20 meses”. O Senepol é uma raça relativamente nova no Brasil, completando, em 2010, apenas dez anos no país. “Por causa desse pouco tempo, trabalhamos somente com animais POI, produtos feitos por nós, em nossa fazenda, há 4 anos. Em meus cruzamentos, avalio a parte genética tanto quanto a parte fenotípica dos produtos que desejo ter”, declara Angelina.
Circe Massud Desde que foi ao leilão industrial da Querença, Circe Massud decidiu que iria criar a raça Brahman. Na ocasião, ela adquiriu dois lotes de fêmeas 1/2 sangue, para o plantel de corte, até então, constituído apenas de Nelore e Guzerá. “No ano de 2004, fiz um estágio na Querença e tive a oportunidade de observar melhor o desempenho da raça e fiquei encantada, sendo assim, comprei dois touros e logo os resultados foram surpreendentes, tanto em termos zootécnicos como de aceitação no mercado, a partir daí, estava selado meu amor pela raça. Em 2008, na Expozebu, fui convidada pelo Moisés Campos, da Querença, para assistir a um leilão e adorei uma bezerra comprada por ele, fiquei sua sócia e, desde então, vieram outras compras e muitas alegrias”, comenta a pecuarista. Logo, esses animais foram se destacando dos demais em produção e o plantel aumentando. “Nos animais de elite, procurei buscar o melhor da raça, adquirindo animais de extremo valor genotípico e fenotípico, sendo assim, tenho genética Querença, Imperial, Diamond A, possuo animais que estão fazendo uma brilhante carreira de pista e estou no início do criatório trabalhando para buscar uma seleção consistente, com a minha marca, são apenas vinte e sete, mas muitas prenhezes estão sendo aguardadas para o crescimento desse número. Nos animais industriais, no ano de 2007, em uma reunião com meus funcionários, decidimos, por unanimidade, substituir em 80% das matrizes por ½ sangue Brahman-Nelore e colocar apenas genética Brahman, buscando o ¾ hoje, esses animais são em torno de 1.000 cabeças”. Toda a criação alia o prazer e os negócios, Circe conta que é apaixonada pela vida tranquila do campo, “Simplesmente amo a vida no campo, é difícil de acreditar, mas venho de uma família em que ninguém é pecuarista e adoro o trabalho com os animais e a terra, é muito gratificante observar um animal nascer, crescer, atingir níveis zootécnicos bons e, principalmente, agradar ao mercado cada dia mais exigente; trabalhar com melhoramento genético é fantástico e saber que seu trabalho é reconhecido e que sua criação está no caminho certo, em busca do melhor, é o necessário para estar sempre aprimorando”, complementa. www.interural.com
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ESPECIAL MULHERES
A. Demes Albertoni
A Administradora Camila Almeida tem uma estreita convivência com a pecuária. Sempre passava férias e fins de semana na fazenda da Avó, Júlia Almeida, em Encruzilhada (BA), onde se cria gado mestiço com aptidão leiteira. A admiração pela pecuária, no entanto, só se transformou em negócio nos últimos 10 anos, pois trabalhava na loja Agropecuária da Família. A paixão pelo Gir Leiteiro veio com sua união com Eduardo Falcão, da Estância Silvania, com o qual foi adquirindo o conhecimento necessário para desenvolver a atividade. “Eduardo me ensinou a dar os primeiros passos, analisar desempenho e funcionalidade do animal”, explica a pecuarista. Hoje, Camila é uma das grandes defensoras da raça e faz questão de dizer que a maioria de suas amigas está no mundo que envolve o Gir Leiteiro. Na sua propriedade, Camila esclarece que a preocupação com a sustentabilidade é constante, já que a raça se destina à produção de leite em um manejo natural, com um menor uso de medicamentos e parasiticidas. “Além de nos pautarmos por uma consciência de conservação do meio ambiente para gerações futuras, acredito, também, que a raça deve caminhar no sentido de produzir leite a pasto, buscando animais de porte médio, bons úberes, bons aprumos e temperamento dócil”. Além do aprendizado diário, Camila fez alguns cursos oferecidos pela ABCZ: o curso de Julgamento de Zebuínos e o de Escrituração Zootécnica. “O Gir Leiteiro vive um momento muito bom. Eu diria que está colhendo os frutos de um trabalho sério e participativo da ABCGIL, juntamente com os criadores da raça. A valorização deve continuar, pois a raça tem um potencial produtivo a ser explorado em diversos países de clima tropical, mantendo a procura maior que a demanda”, completa a administradora. 30 42
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Criadora apaixonada pela raça, A. Demes Albertoni é uma referência para o Brahman no Brasil. Com propriedades em Trindade, Nazário e Nova Crixás, em Goiás, Demes cria Brahman puro desde 2003. “Entrei na raça porque vi, primeiramente, o resultado com os cruzamentos. Meu marido, além de engenheiro agrônomo, está na pecuária há mais de 40 anos, importou raças e desenvolveu um excelente plantel da raça nelore. Tanto ele quanto eu, vendo os meios sangues Brahman e acompanhando-os desde os seus nascimentos, não tivemos dúvidas de partir para produzir o puro, de formar um plantel que gerasse matrizes e reprodutores para nós e nossos clientes”, informa a pecuarista. Com a observação dos diferentes índices dos animais em diversas características produtivas, a seleção do Texas Ranch acompanha o desempenho das famílias do plantel e forma grupos com características semelhantes, para, por meio do acasalamento entre eles, obter o melhoramento genético a cada geração e oferecer aos que buscam os seus produtos uma garantia de resultados. “Na propriedade, temos também um projeto de integração entre pecuária e meio ambiente. Criamos o gado entre as árvores. Ao lado dos peixes e sob os ninhos dos pássaros, contribuindo para o melhoramento genético sem agredir a natureza”. Ao longo da trajetória na raça, Demes já conquistou vários títulos. “Fazer um grande campeão nacional e estar entre os cinco melhores na maior exposição da raça é uma vitória inesquecível, e ela me entusiasma a prosseguir, a repetir o feito dos outros. Acredito na raça e tenho certeza de que é a correta para melhorar a eficiência em produtividade e qualidade da carne bovina do Brasil”, finaliza.
Camila Almeida
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Alice Ferreira é empresária e pecuarista, formada em Administração Hospitalar. Há mais de 28 anos atua em seus próprios negócios, nos setores de Empreendimentos Imobiliários e da Pecuária, com foco na raça Nelore. Está presente na diretoria da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil – ACNB – há 11 anos. Em março de 2005, foi empossada como presidente da ACNB para o triênio 2005/2008, sendo a primeira mulher nos 50 anos de história da instituição a assumir a presidência da Nelore. Hoje, ocupa o cargo de vice-presidente da entidade. “Sou de uma família de produtores e, por isso, a pecuária nunca foi algo estranho para mim. Herdamos do meu sogro, há quase 30 anos, a Fazenda Quilombo, de Indaiatuba, interior de São Paulo. Até então, a propriedade não tinha um finalidade comercial, e decidi administrar o local, tornando-o lucrativo. Investi, estudei e passei a conhecer o setor, apaixonando-me pela atividade. A raça Nelore foi escolhida devido a sua adaptação às condições brasileiras, além de ser a base da indústria da carne bovina nacional. Conseguimos desempenhar um bom papel, graças a um trabalho intenso e dinâmico, colocando a Fazenda Quilombo entre as mais premiadas do Brasil”, cita Alice. O ano de 2010 começou como um momento de transição para a Fazenda Quilombo. Após uma profunda análise e avaliação do trabalho desenvolvido, tanto na genética de ponta quanto na seleção intensiva para produção a pasto, Alice percebeu que o trabalho na genética de ponta tinha sido plenamente concluído, e partiram, assim, para um momento de transição. Passou, então, a se dedicar integralmente à pecuária de produção, com base na experiência e reputação conquistadas na genética de ponta. Pretende concentrar as atividades na Fazenda Perdizes, localizada em Campo Grande (MS), transformando o local de 7 mil hectares em um projeto de produção de reprodutores e matrizes. Lá, já é desenvolvido, há mais de 10 anos, um modelo de negócio que produz animais geneticamente provados a campo, com acasalamentos dirigidos para a produção de matrizes e reprodutores superiores no trabalho de reprodução a pasto. “Há quase 30 anos, dedico-me a um intenso trabalho de seleção e melhoramento genético da raça Nelore. Em nosso projeto de produção de reprodutores e matrizes, temos o acompanhamento da moderna estrutura de avaliação do Programa de Melhoramento Genético da Raça Nelore (PMGRN), desenvolvido por meio de uma parceria entre a ACNB e a USP”, explica. De 1996 a 2008, foram mais de 20 mil animais avaliados para característica de ganho de peso e qualidade, utilizando sempre as mais avançadas técnicas de melhoramento e biotecnologia disponíveis no mercado, produzindo genética de altíssima qualidade. Desde 2003, também foi realizada a Prova de Ganho de Peso – PGP Perdizes –, a maior prova a pasto do Brasil em número de animais, o que permite aos criadores identificar os melhores animais reprodutores e os capazes de transmitir essas características a sua progênie. “Desta forma, acreditamos que desenvolvemos o nosso papel na busca de um animal Nelore altamente padronizado”, finaliza.
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Alice Ferreira
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ESPECIAL MULHERES
Tatiana A. Drummond Tetzner Nanzer
Desde 1989, Ilza Helena Cunha participa da seleção do rebanho Girolando para leite e para tipo, contribuindo, ao lado de outros criadores, para a melhoria da raça: aumento da produtividade e do valor genético. “Foi desafiante e prazeroso participar, ao lado de meu esposo, dos acasalamentos e, a cada nascimento, víamos uma evolução da raça. O Girolando é um animal produtivo, rústico, adaptado ao nosso clima, de fácil manejo, pouco exigente de baixo custo. É a vaca leiteira brasileira”, explica dona Ilza. A partir de 2000, direcionaram também o investimento na raça Gir, e logo perceberam a aptidão do rebanho para leite. A sua docilidade, adaptabilidade e produção realmente surpreenderam. O progresso do Gir com relação à caracterização e produção de leite tem melhorado muito e contribuído para o aperfeiçoamento do Girolando. “O nosso grande desafio é aliar raça à produção leiteira”, menciona a pecuarista, que finaliza, “Juntamente com a Associação e os técnicos, e ao lado de criadores selecionadores da raça, contribuímos muito para a consolidação do rebanho Girolando”. 30 44
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O amor pelos animais da veterinária Tatiana A. Drummond Tetzner Nanzer começou muito cedo. Desde os animais de estimação e, logo depois, pelos animais da fazenda. Como os avós maternos moraram durante alguns anos em uma chácara bem próximo a Ituiutaba (MG), iniciou a criação de coelhos, cães, pássaros, cavalos. “Esse convívio diário com os animais me deu a oportunidade de aprender muito, pois o olhar de um animal fala muito mais que palavras. Com total apoio de meus pais, avós e tios tive muitos animais domésticos e comecei a ler muito sobre eles e, na escola, sempre tive fascínio por Ciências e depois por Biologia, e assim, desde pequena, queria ser Veterinária. Cursei Medicina Veterinária, na Universidade Federal de Uberlândia – UFU, e, já no primeiro ano, optei por trabalhar com animais de grande porte, depois, direcionei meus cursos e estágios na área de Bovinocultura”, explica a veterinária. Hoje, Tatiana é Jurada Efetiva da ABCZ, ABCGIL, Girolando e já fiz vários julgamentos, não só no Brasil, mas em outros países como Colômbia e Equador. Para a jurada, o maior prazer em trabalhar com agropecuária é desfrutar do convívio com os animais. Embora não sejam animais de estimação, os bovinos do topo da pirâmide, ou seja, o bovino elite permanece praticamente nos rebanhos e nas centrais por toda a vida. Trabalhar com pecuária é dinâmico e abre um leque enorme de possibilidades, cada rebanho é único, cada sistema de produção, cada microrregião, condições edafo-climáticas, dessa forma, não existe receita de bolo na bovinocultura, o planejamento estratégico de cada propriedade rural é único. “O aprendizado é diário e contínuo, todo dia aprendo algo novo, e creio que será assim por toda a vida, acredito muito em trabalho em equipe, pois é sempre enriquecedor, faz com que cada participante se responsabilize e faça o seu melhor, e assim o resultado é superior aos trabalhos executados sem parcerias”, esclarece Tatiana, que ainda completa falando sobre a determinação, conhecimento e principalmente argumentação técnica, objetiva e concisa que um profissional precisa ter, “Profissionalismo é o essencial para qualquer jovem que se lança no mercado de trabalho atual, além de muita responsabilidade, conhecimentos específicos e gerais, atualização na área e dedicação contínua, o segredo do sucesso é gostar do que se faz, enfim, amar a profissão”.
Ilza Cunha
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PRODUTORA DE SUCESSO
Entrevista
Magnólia Martins da Silva Magnolia
Produtora
de sucesso
N
ascida em Monte Alegre de Minas (MG), Magnólia Martins da Silva, atualmente, mora em Uberlândia e vem realizando um excelente trabalho para o melhoramento da raça Girolando. Hoje, praticamente, toda a família trabalha pelo melhoramento
da raça.
A Senhora vem de uma família tradicional na pecuária? Como foi o início da sua trajetória na pecuária e, claro, depois especificamente no Girolando? Sim, tudo começou devido ao meu pai Francisco Ribeiro, que já era um pequeno produtor rural, que, além de produzir pequena quantidade de leite em vacas zebuadas, trabalhava na atividade cafeeira, fazia rapadura e cachaça da melhor qualidade. Com o seu falecimento em 1988, ficamos com uma parte pequena da fazenda. Eu e o Daniel (meu marido), desde o início, procuramos dar sequência à atividade com que nos identificávamos mais, a pecuária leiteira. Desde então, fomos investindo e passa30 46
mos a adquirir mais terras, tecnicizando, gradativamente, a produção de leite, melhorando o plantel e sempre procurando assistência especializada. O gosto pela atividade foi aumentando e começamos a fazer seleção dos animais, descartando animais inferiores e adquirindo animais de genética superior. Foi daí que, em 1994, começamos a inseminar e registrar o gado na Girolando e, hoje, após 22 anos de muito trabalho, temos um plantel 100% Girolando registrado.
decimento da raça, pois ela nos proporciona altas produções com animais rústicos e muito bem adaptados ao nosso sistema de produção. Fazer animais de genética superior é o nosso maior objetivo e, para isso, sempre contamos com o apoio da Associação do Girolando, cujos técnicos capacitados contribuíram com o progresso genético dos animais da Fazenda Valinhos. Tudo isso é porque acreditamos muito na raça e amamos o que fazemos!!!
Seu trabalho, hoje, é bem voltado para o Girolando, o que a senhora realmente busca na raça? Sempre buscamos o engran-
A senhora sempre está em busca de animais provados, com resultados oficiais. Como é formado o seu plantel hoje? Atualmente, na fazenda, os ani-
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mais são 100% registrados na associação do Girolando, são crias provenientes de inseminação artificial, com sêmen dos melhores raçadores do momento. A utilização de touros provados é prioridade absoluta no nosso processo de acasalamento. Graças a esse rigor de seleção, contamos com um grupo especial de matrizes superiores que integram o nosso time de doadoras. Fazemos uso em larga escala das biotecnologias (TE e FIV) e já temos lindos produtos nascidos oriundos desse trabalho. Como é a rotina da sua propriedade, hoje, e quantos funcionários fazem parte da sua equipe? Temos uma produção de 2500Kg /leite/dia em duas ordenhas, com média de produção de, aproximadamente, 22,7 Kg/leite/vaca/dia, com 110 vacas em lactação. Durante o verão, os animais ficam em pastejo rotacionado de Mombaça, divididos em lotes de produção, e recebem ração concentrada de acordo com o desempenho de cada lote. Na seca, esses animais ficam confinados com uma dieta de silagem de milho + ração + caroço de algodão + mineral. A dieta é acompanhada pelo Médico Veterinário Matozalém Camilo, técnico da EDUCAMPO, que há 10 anos cuida do gerenciamento do rebanho e da parte econômica da propriedade. Minha filha Daniella Martins, Médica Veterinária, junto com meu genro Paulo Melo, Engenheiro Agrônomo (que hoje constituem a JAVA Pecuária), cuidam com muito amor e dedicação da parte de sanidade do rebanho. Eventualmente, em casos específicos, ainda contamos com o apoio de outros profissionais.
este que vem nos proporcionando muitos títulos desde 2003, quando começou a se destacar, ganhando o campeonato com 9 meses de idade de Melhor Fêmea Jovem 5/8, na Exposição Estadual do Girolando, em Monte Alegre de Minas. A partir de então, ganhou diversas exposições como Melhor Fêmea Jovem, continuando após vaca, sendo Grande Campeã, até, em 2009, atingir seu campeonato máximo, que foi o de Suprema Campeã Camaru 2009, sendo também a mãe do Diamante Negro, touro que nasceu na pista da Megaleite e que, hoje, já está na central SEMEX para coleta de sêmen. Com certeza, a Imagem é um animal que só me trouxe alegria e é muito especial em meu plantel!!! Além do Girolando, existe alguma outra raça que chama a sua atenção? Tem vontade de criar? O Gir é uma raça que me chama bastante atenção. Estamos adquirindo algumas matrizes e embriões Gir, para fazermos melhores matrizes Girolando ½, que é um grau de sangue que, portanto, é bastante produtivo e funcional. Como analisa o mercado do Girolando nos últimos anos? Acredita que vem mais um crescimento por aí, ou vamos passar por uma fase mais estável? Com certeza, é uma raça que só vem crescendo e conquistando cada vez mais admiradores!!! É a raça mais promissora e eficiente para a produção
de leite nos trópicos, e acredito que, inevitavelmente, vai crescer ainda mais, acompanhando as tendências de alta dos preços que o mercado do leite vem sinalizando. Graças ao trabalho sério e o empenho da associação, hoje, já estamos exportando animais e sêmen para outros países. O que mais a faz sentir realizada no seu trabalho? É ver uma boa vaca em produção, o carinho dos animais comigo e compartilhar momentos de felicidade com amigos e familiares, e o que faz meu olho brilhar é chegar ao nosso bezerreiro e ver a nossa melhoria genética, o futuro da Fazenda Valinhos... não existe para mim nada mais gratificante que isso!!! Como é para você trabalhar junto com a filha, e sua família estar sempre reunida, nas exposições, na fazenda? Fico extremamente feliz com o apoio de minha família e mais ainda de vê-los comigo. Minha filha, além de muito minha amiga, é minha companheira de trabalho, está comigo seja nos momentos felizes, de conquistas, até nos momentos delicados, em que estamos cuidando de animais doentes. Meu marido está sempre comigo também, dando total suporte à atividade e me auxiliando nas tarefas da fazenda. Meu filho Rodrigo, junto de minha nora Nívia não são do ramo, mas não resistiram aos encantos da raça e estão começando a adquirir animais também.
A senhora já conquistou vários títulos em pista? Algum em especial marcou mais? Participamos das mais importantes exposições da raça Girolando desde 1998 e temos conquistado importantes títulos, graças a Deus. O nosso trabalho tem sido reconhecido pelas premiações e pela satisfação dos produtores e clientes que já adquiriram nossos animais e que, hoje, são nossos grandes amigos. Com certeza, a premiação que marcou mais foi a Suprema Campeã, que ganhamos durante o Camaru 2009, com o animal Imagem Valinhos 5/8, animal www.interural.com
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PECUÁRIA
Corte
Bruna Silva Macedo; Graduando em Medicina Veterinária – Fac. Veterinária – Universidade Federal de Pelotas Viviane Rohrig Rabassa; Médico Veterinário, MsC., Prof. Assistente Fac. Veterinária – Universidade Federal de Pelotas Ivan Bianchi; Médico Veterinário, MsC., Dr., Prof. Adjunto Fac. Veterinária – Universidade Federal de Pelotas Marcio Nunes Corrêa; Médico Veterinário, MsC., Dr., Prof. Adjunto Fac. Veterinária – Universidade Federal de Pelotas
O
processo de engorda de bovinos é assunto estudado e que vem sofrendo modificações e incremento de novas tecnologias para melhor desenvolvimento. É interesse do produtor que o gado engorde mais rápido e produza mais para que o lucro aumente. Para que essa engorda se dê de forma mais rápida, além dos alimentos fibrosos (pasto) que o gado está acostumado a ingerir, são introduzidos, em sua dieta, alimentos de alta energia e facilmente fermentáveis, como grãos de cereais ricos em amido. O resultado é satisfatório, porém não podem ser deixadas de lado as enfermidades que essa mudança na dieta pode vir a acarretar, tendo como principal delas a acidose ruminal, também conhecida como acidose lática. A acidose ruminal é uma doença metabólica aguda que tem como causa principal a ingestão alta e súbita de grãos ou outros carboi50
dratos não-fibrosos que fermentam rapidamente, além de uma mudança brusca na dieta. Apresenta como sinais clínicos principais a falta de apetite, depressão, pouca ruminação e laminite, podendo afetar animais de todas as idades e de ambos os sexos. O distúrbio metabólico também pode se apresentar como acidose ruminal subclínica. Desta forma, a doença é de difícil diagnóstico, pois o pH ruminal não baixa tanto quanto na acidose clínica e os sinais clínicos são quase imperceptíveis, sendo eles falta de apetite, alteração na consistência das fezes e apatia do animal. A quantidade de alimentos necessária para causar um quadro agudo depende do tipo de grão, do contato anterior do animal com este alimento, do estado nutricional e do tipo de microflora ruminal apresentado pelo bovino, não sendo recomendado formular dietas com mais de 40% de grãos em relação à matéria seca total.
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O rúmen bovino possui microflora em equilíbrio e bactérias e fungos que ajudam em seu funcionamento. Quando o animal se alimenta de uma dieta rica em fibra, há maior produção de ácido acético, responsável pela produção de ácidos graxos. Já numa dieta rica em concentrado, há maior produção de ácido propiônico, o qual é responsável pela produção de glicose. Quanto maior a concentração de ácido propiônico no rúmen, mais baixo fica o pH ruminal, além de haver predominância das bactérias gram-positivas (Streptococcus bovis) que são produtoras de ácido lático. Os prejuízos decorrentes da acidose dependem da intensidade de ocorrência destes e do número de animais acometidos. Em geral, este prejuízo é facilmente visualizado e contabilizado nos quadros agudos, pois os animais doentes se destacam dos demais. No caso de lotes de animais acometidos de forma subclínica, os prejuízos são de difícil avawww.interural.com
Imagens: L. Adolfo / Texto Assessoria
Acidose ruminal em bovinos de corte
liação ou visualização pelo produtor, visto que o efeito negativo é uniformemente distribuído entre os animais. O prejuízo econômico se dá a partir do momento em que os animais afetados pelo distúrbio subclínico demoram mais tempo do que o esperado para atingir o peso de abate, ou ainda, pela desuniformidade dentro do lote. A mais importante medida preventiva é o controle da dieta animal, evitando-se mudanças bruscas de alimentos fibrosos para altamente fermentáveis. Além disto, o amido pode ser substituído, total ou parcialmente, por uma fonte de energia de degradação mais lenta, como subprodutos fibrosos: polpa cítrica, casca de soja, farelo de trigo. É fundamental que haja fibra efetiva suficiente para estimular a mastigação, pois, com isso, há maior produção de saliva, que tem forte ação tamponante no rúmen, evitando as flutuações de pH. Também podem ser usados aditivos como probióticos (leveduras ou bactérias vivas), tampões e ionóforos, os quais têm como função manter o equilíbrio do ambiente ru-
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minal, favorecendo o aproveitamento dos nutrientes advindos da dieta. Produtos à base de leveduras vivas estimulam certos grupos de bactérias que têm a capacidade de alterar a atividade metabólica específica do rúmen, proporcionando o aumento da produção de proteína microbiana, a melhor digestão da celulose e a maior utilização do ácido lático, equilibrando o pH ruminal. Este conjunto de melhorias resulta em um aumento de peso de até 8% maior em relação aos demais. Os tampões impedem a queda drástica de pH e contribuem para a melhora do funcionamento ruminal. A substância tamponante mais comumente usada é o bicarbonato de sódio, usado na proporção de 1,0-2,0% do concentrado. Ainda, trabalhos recentes mostram que este pode ser substituído pelo bicarbonato de potássio ou carbonato de potássio. Outra substância tamponante é o óxido de magnésio, que pode ser usado na proporção de 0,2 a 0,3% da ração seca total. Já os ionóforos, como a monensina sódica e a lasalocida, inibem o crescimento das bactérias produto-
ras de ácido lático, além de controlar a produção de metano no rúmen que ocasiona gasto de energia. A monensina diminui a proporção de ácido acético no rúmen e aumenta a proporção de ácido propiônico, disponibilizando mais energia para o animal. Com isso, há diminuição da mobilização de gordura corpórea, mantendo o animal em peso estável. Assim, a acidose ruminal pode ser controlada a partir de boas práticas de manejo animal e do equilíbrio certo entre carboidratos fibrosos e não-fibrosos na dieta.
Referências bibliográficas Ondarza, M. B. Rumen acidosis....causes and remedies. Hoard’s Dairyman, v. 151, n. 09, 2006. CARDOSO, E.G. Problemas do confinamento de gado de corte. In: SIMPÓSIO SOBRE PRODUÇÃO ANIMAL, 5., 1987, Piracicaba. Anais... Piracicaba : FEALQ, 1987. p.139-146. MANUAL MERCK DE VETERINÁRIA. Um manual para o diagnóstico, tratamento, prevenção e controle de doenças para o veterinário. São Paulo : Roca, 1991. 1803p.
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PECUÁRIA
Leite
“Ferramentas práticas para investigar e controlar problemas de qualidade se leite”: dicas para buscar a origem de problemas com a qualidade do leite. Tiatrizi Siqueira Machado, médica veterinária – Equipe ReHAgro
P
ara que o produtor obtenha lucro na atividade leiteira, é preciso ter aumento nos preços pagos pelo produto e/ ou redução nos custos de produção. Ambos os fatores podem ser favoravelmente influenciados pela melhoria da qualidade do leite e pelo controle da mastite. Com a crescente concorrência e com as margens de lucro decrescentes, tanto em nível nacional quanto internacional, é muito importante que os produtores busquem qualidade e eficiência de produção, aumentando os seus lucros e melhorando as chances de sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo (PHILPOT et al, 2002). A qualidade do leite é uma medida importante que está associada às diversas práticas de manejo realizadas na fazenda (RUEGG et al., 2008). Os produtores estão sendo cada vez mais exigidos quanto à qualidade do seu produto, já que o pagamento, na maioria das vezes, considera este parâmetro. A contagem bacteriana total (CBT) pode dar uma diferença de até R$ 0,08 por litro de leite, podendo descontar até R$ 0,04, se o leite for de baixa qualidade, ou acrescentar este mesmo valor, se a CBT for baixa, ou seja, se o produtor estiver produzindo leite de boa qualidade. Quanto à contagem de células somáticas, o desconto ou o acréscimo no pagamento por litro de leite pode 52
ser de R$ 0,03, tendo uma diferença no preço total de R$ 0,06 por litro. A mastite é a doença de maior custo do gado leiteiro. As perdas relativas a ela são duas vezes mais elevadas do que as relativas à infertilidade e às doenças reprodutivas. Além disso, do ponto de vista de produtividade, do risco de doenças, do comércio internacional e do bem-estar, esta doença está no topo da lista (PHILPOT et al., 2002). Cada quarto infectado com um grande patógeno da mastite produz, aproximadamente, 727 kg a menos de leite por lactação do que os quartos não infectados (PHILPOT et al., 2002).
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PERDAS ECONÔMICAS CAUSADAS PELA MASTITE A mastite é uma inflamação da glândula mamária e ocorre quando bactérias (como Streptococcus agalactiae, Staphylococcus aureus, Staphylococcus spp. coagulase negativo ou Streptococcus spp. ambiental) conseguem atravessar o canal do teto, invadir o úbere e causar uma infecção (RUEGG, 2007). Os microrganismos podem penetrar no teto devido a: • Higiene inadequada do ambiente e durante a ordenha; • Falhas nos procedimentos da ordenha; • Falta de um programa de controle
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de mastite; • Mau funcionamento do equipamento de ordenha; • Penetração de bactérias através do canal do teto entre as ordenhas e multiplicação dentro da glândula mamária; • Penetração durante o movimento físico resultante da pressão exercida na extremidade do teto à medida que a vaca se movimenta; • Devido a impactos provocados pelas flutuações de vácuo contra o orifício do teto durante a ordenha; • Tratamento inadequado; • No momento da inserção de uma cânula de antibiótico.
Fonte: PHILPOT et al, 2002.
As perdas econômicas provocadas pela mastite são altas. A redução na produção de leite representa 66% da perda anual total causada por esta doença.
Fonte: PHILPOT, 2002.
A presença de mastite possibilita o aumento das qualidades indesejáveis do leite, tais como enzimas proteolíticas, sais e rancidez, ao mesmo tempo em que diminui as qualidades desejáveis como proteínas, gordura Fonte: PHILPOT et al, 2002. e lactose, assim como a aptidão para a fabricação de TABELA 2: queijo e a estabilidade térmica (PHILPOT et al., 2002). Efeitos da Mastite na Composição do Leite
Qualidade microbiana e contagem de células somáticas Contagens bacterianas e de células somáticas são métodos de referência e comumente são utilizados na avaliação da qualidade do leite cru (RUEGG et al., 2008). A qualidade microbiana é medida por meio de contagens padrão em placa, que é um método de investigação de problemas de qualidade do leite (RUEGG et al., 2008).
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Apesar das bactérias encontradas no leite cru serem destruídas pela pasteurização, a monitoração da CBT é muito importante para garantir a qualidade do produto oferecido ao consumidor e para consolidar a confiança deste. O leite sem resíduos de antibióticos e com baixas contagens bacterianas e de células somáticas garante produtos de melhor qualidade e com prazo de validade maior
(RUEGG et al., 2008). As vacas com baixa contagem de células somáticas têm uma vida produtiva mais longa. O leite com CCS elevada contém menos componentes desejáveis, como açúcar, proteína e gordura, e mais componentes indesejáveis como enzimas que atacam seus componentes. Quando um leite com elevada CCS é usado para a fabricação de queijo, o rendimento é
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menor e a qualidade do produto final é inferior, podendo causar alterações em seu sabor e textura (PHILPOT et al, 2002). Práticas de ordenha como o uso de desacopladores manuais, a defecação na sala de ordenha e as falhas em empregar uma rotina completa de ordenha, estão associadas ao aumento das contagens bacterianas (RUEGG et al., 2008). A contagem padrão em placas (CPP) ou contagem total de bactérias (CBT) indicam as condições higiênicas da fazenda, o estado de saúde do rebanho, a limpeza do equipamento de ordenha e a temperatura de estocagem do leite. (RUEGG et al., 2008). A CBT é um ponto crítico no
controle da mastite. Produtores mais rigorosos estabelecem metas menores que 5.000 UFC/ml. Já uma contagem maior que 10.000 UFC/ml é um indicativo de problemas com a qualidade do leite. A CBT alta é, geralmente, causada por erros no resfriamento do leite ou no equipamento de ordenha. Não é comum a mastite contribuir para a CBT, mas vacas acometidas por mastite podem, ocasionalmente, liberar grandes quantidades de microrganismos no leite. Geralmente, isso está associado a infecções subclínicas causadas por estreptococos, principalmente o S. agalactiae (RUEGG et al., 2008). As fontes de coliformes no leite do tanque são os úberes das vacas
ou a falta de higiene durante os procedimentos da ordenha. A contagem de coliformes é um indicativo da eficiência dos procedimentos de preparação da vaca durante a ordenha e da limpeza do ambiente da vaca. Eles também podem permanecer nas películas residuais do equipamento de ordenha (RUEGG et al., 2008). A influência da mastite sobre a contagem total de bactérias no leite depende, principalmente, do tipo do patógeno e do estágio da infecção (RUEGG et al., 2008). Tendo a mastite várias causas, torna-se um grande desafio identificá-las e, consequentemente, desenvolver e implementar programas de controle.
Identificação de problemas de qualidade de leite
• Quando a CCS está alta e há baixa prevalência de mastite clínica, o problema do rebanho é com a mastite subclínica causada por microrganismos contagiosos. • Se a CCS está baixa, porém os casos de mastite clínica são elevados, quer dizer que os microrganismos presentes são causadores de mastite ambiental. • Se a CBT estiver maior que 10.000 54
UFC/ml e o número de estreptococos for maior que 75% do total, denota que os úberes estão infectados. É comum encontrar as vacas com Streptococcus agalactiae e S. uberis eliminando milhões de bactérias/mililitro de leite. • Se a contagem de estreptococos for menor que 25% do total, a causa, provavelmente, não são as vacas infectadas, mas a limpeza inadequada do equipamento de ordenha, tetos que não estão
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sendo limpos e secos ou resfriamento inadequado do leite. • Números elevados de estreptococos, estafilococos (5.000 a 15.000/ml), coliformes e bactérias formadoras de esporos indicam um duplo problema: vacas infectadas e limpeza inadequada dos úberes e dos equipamentos de ordenha. • Amostras com contagem de estafilococos maior que 15.000/ml, geralmente, www.interural.com
1000 toneladas de silo por dia? A Forrageira Autopropelida 7350 da J&D Silagens faz isso.
O corte do milho para silagem sempre foi um grande vilão no processo defabricação de comida para armazenamento. Tratores quebrando, facas sendo afiadasdiariamente, ensiladeira estragando, e ainda toda a fazenda parando suas atividades para se concentrar apenas na época de fazer silo. A J&D Silagens pode cortar a sua planta de milho muito mais rápido, com mais uniformidade, mais barato e tudo isso irá refletir para você produtor uma silagem de melhor qualidade para seu rebanho.
Vantagens: .Rapidez no corte de milho para silagem .Uniformidade do corte da plana do começo ao final da lavoura .8 linhas ao mesmo tempo .Melhor aproveitamento pelo animal
Rendimento: .90 toneladas hora .Excelente Custo/Beneficio Juliano Rezende Bernardes - Delcio Vieira Tannús Filho www.interural.com
julianobernardes@yahoo.com.br d.tannus@hotmail.com InteRural - Revista do Agronegócio | Março 2010 (34)99711829 / (34)32590095 (34)96647000 / (34)96655336
PECUÁRIA
são indicadoras de resfriamento inadequado do leite. Esta contagem alta de estafilococos não é comum ocorrer e dificilmente acontece devido ao úbere infectado. • A contagem elevada de coliformes pode significar que: - As teteiras estão danificadas; - Baixa temperatura da água quando o sistema de ordenha está sendo higienizado; - Pedras de leite nas superfícies que entram em contato com o leite; - Falhas na utilização de produtos químicos usados para limpar ou desinfetar o equipamento de ordenha. • Elevado número de coliformes, estafilococos e estreptococos ambientais devido ao resfriamento inadequado do leite. • Os filtros de leite também devem ser avaliados para: - Verificar se o leite das vacas com mastite clínica está sendo detectado e segregado do tanque de resfriamento; - Se os tetos estão sendo limpos antes da colocação das teteiras. Após o início da ordenha, coletar uma amostra do primeiro leite que flui através da linha de entrada do tanque de resfriamento. Em seguida, uma amostra desse mesmo leite deve ser coletada após a sua entrada no tanque. Amostras semelhantes devem ser coletadas durante toda a ordenha (PHILPOT et al., 2002). Quando a contagem bacteriana da primeira amostra estiver alta, a fonte de contaminação é o equipamento de ordenha inadequadamente limpo. - Se a contagem bacteriana da primeira amostra for baixa e a contagem da segunda estiver alta, o tanque de resfriamento do leite é a fonte de contaminação. - Quando as amostras iniciais apresentarem uma contagem bacteriana alta, quer dizer que as vacas estão eliminando grande quantidade de Streptococcus agalactiae ou S. uberis, ou que o volume de leite tenha atingido determinada altura no tanque, em que a superfície que está em contato com este não está adequadamente limpa. 56
- Se a contagem bacteriana aumenta vagarosamente durante a ordenha, provavelmente, o leite está incubando em algum ponto do sistema de ordenha ou este sistema não está funcionando adequadamente. A incubação do leite nos sistemas canalizados é considerada um problema dos grandes rebanhos em que são necessárias várias horas para ordenhar todos os animais. Isso também pode ocorrer nas instalações em que a linha do leite não é suficientemente inclinada. • Existem estudos demonstrando que a CCS, geralmente, varia de 900.000 a 2.238.000/ml em quartos infectados por Streptococcus agalactiae e de 1.500.000 a 1.820.000 CS/ml em quartos infectados por Staphylococcus aureus. Porém existem dados com valores menores: - Quando a CCS está entre 400.000 e 600.000/ml e ocorrem oscilações nesses valores, provavelmente, as vacas estão contaminadas com Staphylococcus aureus. - Quando existem 800.000 a 1.000.000 de células somáticas/ml e não há oscilação, isso mostra que o rebanho está contaminado com Streptococcus agalactiae. - E se a CCS estiver também entre 800.000 e 1.000.000/ml e não oscilar, o problema da fazenda é ambiental.
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Ou seja, esses valores variam muito, podendo encontrar valores mais baixos ou até mais altos em relação ao que foi citado acima, já que a CCS depende da época do ano (no verão, os valores são mais elevados), da idade da vaca, entre outros. Identificar as causas dos problemas de qualidade de leite está sendo um grande desafio para os produtores, veterinários e especialistas em qualidade de leite. Ser um bom investigador e conhecer as características do problema é fundamental para identificar a fonte. Coletar o máximo de informações e, consequentemente, desenvolver e implementar medidas corretivas e assegurar que os problemas de manejo corretos sejam colocados em prática, evita que o problema se desenvolva novamente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PHILPOT, W. Nelson; NICKERSON, Stephen C. Vencendo a luta contra a mastite. Westfalia, 2002. Capítulo 24. RUEGG, Pamela L. Uso prático da contagem de células somáticas na fazenda. Star Milk, 2007. RUEGG, Pamela L.; REINEMANN, Doug; HOHMANN, Kathryn. Impacto do manejo de ordenha na qualidade microbiana do leite. Novos Enfoques, 2008.
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a serviço da produção animal
PECUÁRIA
Leite
Tipo de bactéria causadora de mastite determina a CCS Artigo: Qualidade do Leite, Por Marcos Veiga dos Santos, D.Sc., professor da FMVZ/USP
A
contagem de células somáticas é a ferramenta mundialmente aceita para avaliar a qualidade do leite e a ocorrência de mastite. Dada a sua importância como indicador de qualidade do leite, a CCS pode representar de acréscimo (< 200.000 células/ml) ou desconto (> 750.000 células/ml) de até R$ 0,03 por litro de leite, considerando alguns dos atuais sistemas de pagamento. Muita discussão ainda é verificada sobre a importância relativa de alguns fatores que aumentam a CCS, dentre os quais, muitos apontam que idade, ordem de parto, período de lactação e estação do ano estão entre os principais. No entanto os resultados de pesquisa apontam que o fator principal determinante da elevação da CCS é a ocorrência de infecção intramamária. Em outras palavras, os fatores anteriormente mencionados somente têm relevância como fatores de risco para ocorrência de mastite e, desta forma, podem estar associados apenas indiretamente com a elevação da CCS. Já que a ocorrência de uma infecção intramamária é a principal determinante da CCS em vacas leiteiras, da mesma forma, o tipo de bactéria causadora de mastite pode ter impactos bastante variados sobre a CCS. Classicamente, os agentes causadores de mastite podem ser classificados como patógenos principais e secundários. Os patógenos principais mais comuns incluem o S. aureus, S. agalactiae, coliformes, estreptococos e enterococos de origem ambiental. Dentre os patógenos secundários, destacam-se Staphylococcus sp. co58
agulase negativa e Corynebacterium sp. Essa classificação leva em conta o fato de que os patógenos principais são assim considerados, pois resultam em maiores variações da composição do leite e da CCS. Um estudo recente, desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Gado de Leite e da UFMG, teve como objetivo determinar o efeito individual de cada patógeno causador de mastite sobre a CCS em rebanhos comerciais, além de avaliar ainda a influência do tipo de rebanho, ordem de parto e período de lactação. O estudo foi desenvolvido em 24 rebanhos de 11 municípios dos estados de MG e RJ. Foram analisados 2.657 animais,
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dos quais foram coletadas 3.987 amostras compostas de rebanhos com composição racial, variando de especializado a mestiço (Holandês = 3, Jersey = 3, Pardo Suíço = 1, Holandês x Gir = 17). As análises realizadas foram a CCS e a cultura microbiológica. Do total de amostras coletadas, em 30,3% não foi verificado crescimento e, no restante, foi identificado pelo menos um tipo de agente causador de mastite, indicando a ocorrência de infecção intramamária. Dentre as amostras com apenas um tipo de isolamento, foram isolados 826 (31,6%) Corynebacterium spp., 790 (30,2%) S. aureus, 551 (21,1%) www.interural.com
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PECUÁRIA
S. agalactiae, 466 (17,8%) Staphylococcus spp. coagulase negativo e 351 (13,4%) Streptococcus spp. que não S. agalactiae. Em todos os rebanhos estudados, foram isolados Corynebacterium spp., Streptococcus spp. que não S. agalactiae e Staphylococcus spp. coagulase negativo. Em relação à CCS, nas amostras de leite sem crescimento bacteriano, a média de CCS foi de 264.000 células/mL e, em 50,0% dessas, a CCS foi menor ou igual a 24.000 células. Por sua vez, as amostras com iso-
lamento de, pelo menos, um patógeno da mastite registraram média da CCS de 779.000 células/mL, em 50,0% dessas, a CCS foi igual ou maior que 342.000 células/mL. O S. agalactiae foi o agente que determinou a maior elevação de CCS, com média de 1.520.000 células/ml e, em 50% das amostras deste agente, a CCS estava acima de 923.000 células/ml. Na sequência, S. aureus e Streptococcus spp. que não S. agalactiae foram responsáveis pela segunda e terceira maior elevação da CCS, com médias
de CCS de 966.000 e 894.000 células/mL, respectivamente. Entre os patógenos secundários, Corynebacterium spp. e Staphylococcus> spp. coagulase negativo apresentaram, em média, a CCS de, aproximadamente, 400.000 células/mL.
FV: fonte de variação; MA: média aritmética; DP: desviopadrão; MG: média geométrica; STAPHA: Staphylococcus aureus; STRAG: Streptococcus agalactiae; STREP: Streptococcus spp. que não S. agalactiae; STACN: Staphylococcus spp. coagulase negativo; DIPT: Corynebacterium spp. Fonte: adaptado de Souza et al., 2009.
Os resultados do estudo indicam que os diferentes patógenos ocasionadores de mastite levam a infecções intramamárias com intensidade e resposta imune variável. Dos fatores estudados, os considerados significativos foram: rebanho, ordem de parto, estação do ano, presença de S. agalactiae e de Streptococcus spp. que não S.
agalactiae. Os resultados de CCS, em função da ordem de parto e da presença de infecção intramamária, estão expostos na Tabela 2.
Letras minúsculas e maiúsculas distintas nas linhas e colunas, respectivamente, indicam valores estatisticamente diferentes (P<0,05) pelo teste t para amostras independentes; T: sem considerar ordem de parto. Fonte: adaptado de Souza et al., 2009.
Esses resultados indicam que ocorre aumento da CCS com o crescimento do número de lactações, e que existe um efeito de ordem de parto, independentemente da presença ou não de infecção. Entretanto, conforme os dados da tabela 2, os valores médios da CCS dos animais,
de acordo com a ordem de parto, foi, aproximadamente, duas vezes maior para amostras com isolamento em relação às que não apresentaram crescimento bacteriano, demonstrando que a ocorrência de infecção foi considerada como principal fator responsável pela variação da CCS.
Tabela 1. Variação da contagem de células somáticas (x 1.000/mL) de acordo com a presença de infecção intramamária, a presença de infecção mista, o tipo de infecção mista e o tipo de agente etiológico.
Tabela 2. Médias do escore linear da contagem de células somáticas de acordo com a ordem de parto e a presença de infecção.
Fonte: Souza et. al. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.61, n.5, p.1015-1020, 2009. 60
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BRAHMAN
Docilidade
Docilidade aumenta produtividade Pecuaristas estão dispostos a pagar mais por bovinos dóceis. Raça Brahman destaca-se entre as raças zebuínas Adilson Rodrigues
S
eja no pasto ou no confinamento, a docilidade tornou-se um atributo genético de extrema importância na pecuária mundial. Animais mansos se adaptam muito bem aos diferentes sistemas de produção. Por este motivo, são mais fáceis de lidar, colaboram para diminuição do tempo de manejo, do número de colaboradores e dos riscos de acidentes; estressam-se menos, possuem melhor conversão alimentar, produzem mais carne e leite, têm melhor qualidade de carne e desempenho reprodutivo. E mais neste quesito, a raça Brahman tem se destacado no cenário nacional. “De maneira geral, os animais da raça Brahman são mansos e os benefícios de se trabalhar com este tipo de gado são observados em qualquer sistema de criação, inclusive a pasto”, explica Walsiara Maffei, doutorada em temperamento animal. Segundo ela, neste caso, a docilidade ganha ainda mais importância, pelo fato de que, no pasto, se reduz o contato diário com o animal, que é o principal meio, no curto prazo, de diminuir sua agressividade. “Uma raça mansa permite que o impacto do menor contato seja minimizado, assim como as perdas econômicas geradas”, complementa a especialista. A mansidão do Brahman tem explicação e faz parte da história da raça. “Desde a origem, o Brahman foi selecionado para a docilidade. Na grande maioria dos ranchos norte-americanos, a própria família cuidava do gado e, por isso, necessitava de animais que 62
não ameaçassem a integridade dos envolvidos no manejo”, conta Moisés Fernandes Campos, gerente da Fazenda Querença (Inhaúma/MG), propriedade pioneira na criação de Brahman no país. De acordo com ele, também havia o lado econômico. “Nos Estados Unidos, os bezerros são desmamados e destinados diretamente ao confinamento. Se o animal é mais arredio, se estressa mais e perde peso”, assinala. Para Campos, a docilidade é uma característica economicamente fantástica e, por esta razão, é utilizada como fator de descarte na Fazenda Querença. “É difícil nascer um animal de temperamento hostil em nosso plantel, mas, quando acontece, nós o descartamos”, ressalta o gerente da propriedade. E esta já é uma tendência observada na pecuária brasileira. “Os pro-
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dutores de gado sabem que é uma característica de grande importância e que precisa ser selecionada. Agrega maior valor econômico aos animais”, informa Walsiara Maffei. Para ela, há um mercado consolidado para bovinos com esse perfil, e os pecuaristas estão dispostos a pagar um pouco mais por eles. A especialista alerta para a necessidade do uso da DEP (diferença esperada na progênie) para o temperamento – também conhecida por DREAT –, identificando-se touros e matrizes realmente capazes de transmitir essa qualidade. Trabalhos de pesquisa apontam a existência de uma grande variabilidade genética para a característica. Por outro lado, do mesmo modo, calculam um coeficiente de herdabilidade entre médio e alto, ótimo para seleção. Os valores vão www.interural.com
depender da metodologia utilizada para a quantificação do temperamento do animal. “Resultados mais elevados são observados em metodologias objetivas e aplicadas em situações que simulam os manejos diários de uma fazenda”, esclarece Maffei. Qualidade de carne - Um animal que passa por situações de estresse excessivo no processo de manejo ou pré-abate produz maior quantidade de hemoglobinuria, e isso resulta em uma maior pigmentação, escurecendo um pouco mais a carne. Para ela chegar de forma mais apresentável ao consumidor, passa por processos de condimentação. “O Brahman, como apresenta maior docilidade, diminui a incidência de hemoglobinúria de forma significativa. Sua carne chega ao supermercado sem condimentos ou com uma baixa taxa, proporcionando um produto mais saudável aos consumidores”, explica Lydio Cosac de Faria, veterinário e diretor-execu-
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tivo da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB). Confinamento – Além da perda de qualidade de carne, o estresse provocado pela mudança de ambiente causa perdas de produtividade do animal, especialmente no cocho, em que a meta é a maior conversão alimentar. Neste momento, em que a tendência é de otimizar o uso da terra, o pecuarista começará a recuperar pasto, adotar o uso de piquetes e a terminação em confinamento, aponta Moisés Campos. “Para o animal ser produtivo em regime de confinamento, ele precisa ser dócil, e a raça Brahman veio para agregar essa característica à pecuária nacional, além de uma qualidade de carcaça diferenciada”, acredita. Prejuízos podem ocorrer até mesmo ao se preparar o animal para venda em leilão. Campos comenta que alguns profissionais de assessorias técnicas acostumados com outras raças se impressionam
com a docilidade dos animais da Fazenda Querença. “Eles relatam que já viram muitos animais arredios perderem o primeiro mês de baia por apresentarem conversão alimentar ruim, demorando mais para ficarem prontos para o leilão e, às vezes, até ficando fora do remate”. A docilidade colabora para que o gado se adapte mais facilmente a um novo ambiente e continue ganhando peso. “Se é bravo, tem de ser abatido. Isto pelo fato de que, no manejo com animais agressivos, é muito comum ocorrerem acidentes de trabalho com os colaboradores e também com os animais, o que reflete em perdas econômicas, além de outras intangíveis”, entende Walsiara Maffei. “A docilidade do Brahman é realmente impressionante. Em Houston (EUA), vi menina de sete anos puxando uma vaca adulta e conheci um senhor de 80 anos que há cinco trabalhava em pistas de exposição da raça”, relata Faria.
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BRAHMAN
Temperamento
Dra. Walsiara Maffei (Foto 1)
A raça Brahman focada em altas produtividades aplica novas tecnologias
A reatividade animal
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Doutora Walsiara Maffei (Foto 1), Diretora Executiva da Wairam, em parceria com a Fazenda Uberbrahman, localizada em Uberlândia (MG), realizarão a primeira avaliação objetiva para a característica temperamento em animais da raça Brahman no Brasil, e o objetivo principal é certificar os animais para esta característica. Segundo a Doutora Walsiara Maffei, a raça Brahman é uma raça mansa, mas tem grande variabilidade genética, o que confirma a existência de animais bravos. Ela enfatiza que a certificação genética para a reatividade garante a produção de animais mansos, animais mais produtivos, com maior potencial para o retorno do investimento. A reatividade será quantificada em tourinhos, participando da primeira prova de ganho de peso coletiva da Fazenda Uberbrahman, que reúne criadores de excelência na raça Brahman. A Fazenda decidiu aplicar essa tecnologia de ponta devido ao conhecimento do valor da seleção para temperamento. A Doutora Walsiara Maffei relatou que 64
essa parceria já é um sucesso e aumentará a credibilidade na utilização de animais Brahman no Brasil e concluiu: “O temperamento do animal está diretamente ligado ao manejo e a sua genética, e a avaliação dessa característica é de suma importância para os princípios básicos de pecuária moderna e eficiente, que exige do animal excelente desempenho para todas as características funcionais, independente da finalidade da criação (leite ou corte). O bom temperamento está fortemente ligado aos animais que correspondem aos tratos alimentares e, neste sentido, os animais de pior temperamento são prejudicados e a baixa resposta aos tratos observada nestes animais se deve ao fato destes terem baixa capacidade adaptativa aos sistemas de produção que, por sua vez, decorre da maior susceptibilidade ao estresse. Desta forma, é o estresse que determinará a qualidade da produção desses animais.” A Doutora Walsiara Maffei ainda relatou que vários pesquisadores afirmam que o temperamento é mais uma característica a ser le-
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vada em conta no direcionamento dos acasalamentos para a produção de animais com mais funcionalidade e eficiência. E que, em razão do seu amplo poder de interferência nos sistemas de produção, torna-se a grande chave para contornarmos outros fatores limitantes que não provém da natureza e, sim, de erros humanos. É possível selecionar para temperamento? Algo que o criador já sabe é que os pais (touro e vaca) influenciam o temperamento dos seus filhos. De fato, a característica temperamento, realmente, apresenta componente genético passível de seleção. De acordo com a literatura, os valores para estimativas de herdabilidade variam de moderado a alto, 0.26 a 0.67. Por que selecionar para reatividade? A reatividade é definida como a expressão do comportamento do animal quando contido em ambiente de contenção móvel e é uma característica indicadora do temperamento do animal. Apesar www.interural.com
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BRAHMAN
de o temperamento não ser considerado em muitos dos programas de seleção das raças bovinas, ele tem sido identificado com característica de grande impacto econômico. Animais de temperamento agressivo apresentam pior desempenho produtivo, reprodutivo e adaptativo, quando comparados aos animais de temperamento manso. Animais bravos ganham menos peso, produzem menos leite, produzem carne de pior qualidade, são mais susceptível às doenças e têm baixo desempenho reprodutivo. Além de elevarem os custos de produção com o aumento dos gastos com mão de obra e manutenção de benfeitorias, o tempo de realização das ações de manejo, os acidentes de trabalho e de produzirem couro de pior qualidade. Como a reatividade é quantificada? A reatividade é quantificada pelo REATEST®, teste da reatividade animal em ambiente de contenção móvel. O REATEST® é realizado a partir de um dispositivo eletrônico (foto 2), que, quando acoplado a uma balança ou brete com balança, capta a frequência e a intensidade dos movimentos que o animal gera na Balança, e as envia para um software específico (foto 3), que processa estas informações, determinando a reatividade do animal de forma objetiva, precisa e numa escala contínua de pontos. Animais com pontuações elevadas (mais reativos) têm temperamento agressivo, e animais com pontuações baixas (menos reativos) têm temperamento dócil. O REATEST® foi desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais, pela Doutora Walsiara Maffei e já está patenteado por esta entidade. Ele tem duração de 20 segundos, sendo, geralmente, realizado no momento da pesagem dos animais.
como no caso dos testes de escores de temperamento. Estes testes avaliam o grau de perturbação do animal quando manejado no tronco, no curral ou a pasto, baseando-se em ações comportamentais como vigor, frequência de movimento corporal, frequência da respiração, frequência de movimento da cauda, ocorrência de coices e frequência das expressões faciais. Os escores atribuídos aos animais são próprios dos avaliadores, assim um mesmo animal pode ter escores diferentes para avaliadores diferentes, e isto dificulta a padronização das informações, portanto, a seleção. Além do mais, esses métodos foram desenvolvidos para animais de raças de origem europeia ou em mestiços europeu-zebu, que possuem com-
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Quais as vantagens da reatividade? A reatividade é de quantificação rápida, prática, segura e, sobretudo, eficiente na identificação do temperamento animal. Ela tem grande aplicabilidade e apelo mercadológico, já que pode ser quantificada em qualquer tipo de gaiola móvel com balança individual ou coletiva, eletrônica ou mecânica. Além da facilidade de sua realização (geralmente, durante a pesagem), possibilitando que sua quantificação seja realizada sem alterar as práticas de manejo diárias com os animais. Em sua dissertação de mestrado, a Doutora Walsiara Maffei provou que a reatividade apresenta grande variabilidade fenotípica diferente dos testes de escores de temperamento (Figura 1), o que favorece a classificação mais precisa dos animais de acordo com seu temperamento. Além de eliminar os erros humanos durante as avaliações.
Foto 03
Por que utilizar a reatividade para certificar geneticamente os animais? A utilidade em se quantificar a reatividade está no fato de ser uma característica objetiva, que garante a estimação de parâmetros genéticos mais precisos, sobretudo, por eliminar a subjetividade do avaliador, 66
portamento diferente dos animais das raças zebuínas. Portanto, não são muito apropriados para esses animais, apresentando limitações quando aplicados nessas raças.
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Figura 1. Diagrama de dispersão da reatividade animal em função do escore de temperamento de animais da raça Nelore O trabalho será concluído em agosto de 2010 e para maiores informações envie um e-mail para a Doutora Walsiara Maffei: wmaffei@wairam.com www.interural.com
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OVINOS
Cordeiros
Oestrose ovina ou “bicho da cabeça” As larvas da mosca Oestrus ovis são parasitas obrigatórios das cavidades nasais e dos seios paranasais dos ovinos, que passam a espirrar constantemente e deixam de se alimentar, reduzindo a produtividade M.Sc. Bruna Fernanda da Silva - Depto de Parasitologia, UNESP/Botucatu
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oestrose ou, como é comumente conhecida, “bicho da cabeça”, é uma enfermidade causada pela mosca Oestrus ovis, um parasita que ocorre no mundo inteiro onde há rebanhos ovinos. As larvas desta mosca são parasitas obrigatórios das cavidades nasais e dos seios paranasais dos ovinos. A verminose é o principal problema sanitário dos rebanhos ovinos, o qual causa sérios prejuízos econômicos. Porém é muito comum um animal ser parasitado por vários organismos simultaneamente, a exemplo dos ovinos, que, geralmente, são parasitados por nematódeos gastrintestinais e por larvas de Oestrus ovis. A oestrose ou, como é comumente conhecida, “bicho da cabeça”, é uma enfermidade causada pela mosca Oestrus ovis, um parasita que ocorre no mundo inteiro onde 68
há rebanhos ovinos. As larvas desta mosca são parasitas obrigatórios das cavidades nasais e dos seios paranasais dos ovinos. A mosca adulta é larvípara e pode depositar, na cavidade nasal dos ovinos, até 500 larvas durante o seu ciclo biológico, porém, no ambiente, ela tem um curto período de vida: cerca de duas semanas, pois não possui aparelho bucal e, portanto, não se alimenta e sobrevive apenas das reservas energéticas acumuladas durante a sua vida parasitaria. A mosca irrita os carneiros na ocasião da postura das larvas na cavidade nasal, os quais deixam de se alimentar para tentar se proteger dos seus ataques, escondendo o focinho no solo ou entre a lã de outros carneiros, balançando a cabeça e espirrando. As larvas possuem ganchos orais e espinhos na região ventral, que, por sua vez, irritam a mu-
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cosa nasal dos ovinos, provocando inflamação e produção de exudato mucoso (Figura 1). Os ovinos parasitados espirram constantemente, não se alimentam bem e, portanto, apresentam redução na produtividade. Geralmente, a evolução dessa enfermidade é benigna, porém os casos de mortalidade não são raros, principalmente quando a infestação é pesada ou na ocorrência de infecção secundária (HALL & WALL, 1995). Figura 1 - Ovelha com sinal clínico de oestrose.
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A atividade da mosca Oestrus ovis e o desenvolvimento das larvas na cavidade nasal dos animais, assim como o período de pupa que ocorre no solo, são muito influenciados pelas condições climáticas das diferentes estações do ano. Sabe-se que o desenvolvimento das larvas na cavidade nasal dos animais leva, no mínimo, 25-35 dias no verão para se completar, podendo chegar a até nove meses em regiões com clima temperado (HALL & WALL, 1995). É muito importante conhecer a biologia do parasita, e, no caso de Oestrus ovis, saber qual é a época de maior infestação dos animais pelas larvas, para que, desta forma, seja possível elaborar estratégias de controle que limitem o contato entre parasita e hospedeiro. Há vários trabalhos sobre a epidemiologia da mosca Oestrus ovis em diversos países, tais como, Egito (GAABOUB, 1978); Zimbábue (PANDEY, 1989); França (YILMA & DORCHIES, 1991); Itália (CARACAPPA et al., 2000); Espanha (ALCAIDE et al., 2003), porém, no Brasil, há poucos estudos sobre a oestrose. Na região Sul do país, foi observado que a mosca está presente durante todos os meses do
Figura 2 - Larvas de Oestrus ovis em diferentes estádios de desenvolvimento, recuperadas da cavidade nasal e seios frontais de um ovino naturalmente infestado. ano, mas as condições climáticas mais favoráveis para atividade da mosca foram observadas nos meses de primavera, verão e outono, época em que houve maior infestação dos animais pelas larvas (RIBEIRO et al., 1990; Ramos et al., 2006). O controle da oestrose nos ovinos é feito com a utilização de antiparasitários de ação sistêmica, que tenham como princípio ativo as avermectinas ou triclorfone. É importante realizar o tratamento em animais com sinais clínicos desta enfermidade, e vale ressaltar a importância de utilizar dosagem do medicamento recomendada pelo fabricante, visto que alguns princípios ativos dos antiparasitários são extremamen-
te tóxicos e, se administrados de forma errada, podem levar o animal a óbito. Em Botucatu-SP, está em andamento um trabalho sobre a epidemiologia deste parasita, pelo qual se pretende, ao final dos três anos experimentais, implementar um tratamento estratégico com antiparasitários para minimizar a infestação dos ovinos pelas larvas de Oestrus ovis, com base na sazonalidade da mosca e, desta forma, reduzir a carga parasitária dos animais nas épocas de maior infestação. Com certeza, as informações que estão sendo obtidas nesse experimento serão uma ferramenta importante e de grande utilidade para os criadores de ovinos do Estado de São Paulo.
Referências bibliográficas: ALCAIDE, M.; REINA, D.; SÁNCHEZ, J.; FRONTERA, E.; NAVARRETE, I. Seasonal variations in the larval burden distribution of Oestrus ovis in sheep in the southwest of Spain. Vet. Parasitol., v.118, p.235-241, 2003. CARACAPPA, S.; RILLI, S.; ZANGHI, P.; DI MARCO, V.; DORCHIES, P. Epidemiology of ovine oestrosis (Oestrus ovis Linné 1761, Diptera: Oestridae) in Sicily. Vet. Parasitol., v.92, p.233-237, 2000. Gaaboub, I.A. The distribution and seasonal dynamics of Oestrus ovis Linneu infesting the nasal cavities and sinuses of sheep in Egypt. Vet. Parasitol., v.4, p.79-82, 1978. HALL, M. & WALL, R. Myiasis of humans and domestic animals. Adv. Parasitol., v.35, p.258-311, 1995. PANDEY, V.S. Epidemiology of Oestrus ovis infection of sheep in the Highveld of Zimbabwe. Vet. Parasitol., v.31, p.275-280, 1989. RAMOS, C.I.; BELLATO, V.; SOUZA, A.P.; AVILA, V.S.; COUTINHO, G.C.; DALAGNOL, C.A. Epidemiologia de Oestrus ovis (Díptera: Oestridae) em ovinos no Planalto Catarinense. Cienc. Rural, v.36, n.1, 2006. RIBEIRO, V.L.S.; OLIVEIRA, C.M.B.; BRANCO, F.P.J.A. Prevalência e variações mensais das larvas de Oestrus ovis (Linneus, 1761) em ovinos no município de Bagé, RS, Brasil. Arq. Bras. Med. Vet. Zoot., v.42, p.211-221, 1990. Yilma, J.M. & Dorchies, Ph. Epidemiology of Oestrus ovis in southwest France. Vet. Parasitol., v.40, p.315-323, 1991.
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NEGÓCIOS
Financeiro
Por que gerenciar índices e metas? Sérgio Rubens V. Soares, médico veterinário, Pós-graduado em Pecuária Leiteira – Equipe ReHAgro
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s margens de lucro da atividade leiteira têm sido historicamente menores. O mercado dita o preço de venda do leite e de compra dos insumos. Resta ao produtor ser eficiente no gerenciamento interno da empresa rural. Dentro desse contexto, adotar um sistema de avaliação de desempenho, proporcionando uma metodologia para a gestão estratégica, é fundamental. O Sistema de Gestão de Índices e Metas deve ser elaborado de uma forma lógica, pelo qual o administrador define e implementa variáveis de controle, metas e interpretações para que a empresa apresente desempenho positivo e crescimento ao longo do tempo. Ele deve funcionar como um sistema de mensuração do desempenho que dê suporte às decisões estratégicas. Os objetivos desse sistema são: • Esclarecer e traduzir a visão e a estratégia O sistema exige que os funcionários estejam cientes dos objetivos da empresa, caso contrário, não haverá compreensão da necessidade do monitoramento dos indicadores e esforços para alcançar as metas. • Comunicar e associar objetivos e medidas estratégicas A adoção do sistema exige que os funcionários estejam conscientes de quais indicadores serão mensurados, como são mensurados e quais são as ações que podem ser realizadas para a melhoria dos resultados. • Planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas As metas devem ser estabelecidas de forma planejada com a participação da equipe envolvida, bem como as ações de curto, médio e longo prazo precisam estar dentro de uma mesma linha de pensamento entre os envolvidos. • Melhorar o feedback e o aprendizado estratégico 70
No momento da avaliação dos resultados, os funcionários relatarão as condições favoráveis ou desfavoráveis que a empresa proporcionou para que as metas fossem alcançadas. Dessa forma, a empresa enxerga quais são seus pontos fortes e fracos e pode atuar de forma a melhorá-los. Os componentes do sistema são: • Mapa estratégico: descreve a estratégia da empresa. • Objetivo estratégico: o que deve ser alcançado e o que é crítico para a empresa. Nesse componente, devem ser definidos quais os resultados a empresa espera alcançar. • Indicador: como será medido o desempenho da empresa. Cada resultado que se espera alcançar necessita de um indicador. O indicador é a referência para se concluir se os resultados estão sendo alcançados ou não. • Meta: o nível de desempenho ou a taxa de melhoria necessários. A meta sempre está relacionada a um indicador. • Plano de ação: programas de açãochave necessários para alcançar os objetivos. Quando a meta não é atingida, quais ações corretivas devem ser tomadas. Implantando o Sistema de Gestão de Índices e Metas O processo de implantação do
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Sistema de Gestão de Índices e Metas pode ser divido em 3 (três) etapas: • Etapa 1 - Arquitetura do programa de medição O grande objetivo desta etapa é estruturar a empresa para a coleta de dados, ou seja, o registro dos eventos de forma a possibilitar o cálculo dos indicadores escolhidos. Deve ser estabelecida, também, a forma de processamento e armazenamento das informações e como os animais serão identificados. O sistema de coleta de dados e do processamento das informações deve ter em vista quais os índices serão calculados. Dessa forma, precisamos entender o que é um índice. Um índice é um parâmetro ao qual se está associada uma medida que avalia o seu desempenho. Vamos esclarecer por meio de um exemplo: a média de produção de leite por vaca/dia é o índice, e a sua medida (que pode ser 10, 20 ou 30...) registra o seu desempenho. Entendido o que é um índice, como definir quais índices deverão ser calculados? A capacidade de coleta de dados e do processamento das informações pode limitar a quantidade de informações a serem coletadas. Portanto, é necessário tentar dimensionar quais dados podem ser coletados na fazenda e se estes podem ser calculados, pois, só assim, transformam-se em informações. Sugerimos que, em um processo inicial, www.interural.com
a coleta de dados tenha apenas informações mais básicas e essenciais, mesmo que isso gere perda de informações de eventos ocorridos. Posteriormente, novos campos poderão ser incluídos na coleta de dados, à medida que os envolvidos no sistema estejam mais habituados ao sistema implantado. Devemos sempre lembrar que, muitas vezes, o ótimo é inimigo do bom. Portanto, é conveniente tomar cuidado em não montar um sistema de coleta de dados muito inchado para a realidade da fazenda em que se trabalha. Nessa etapa, é imprescindível que os seguintes itens sejam definidos: 1. Quais serão as planilhas de coleta de dados? Devem ser elaboradas planilhas de coletas de dados para cada um dos eventos ocorridos na fazenda nos quais exista o interesse em calcular os resultados. Caso se decida por utilizar algum software especializado, é importante pesquisar por planilhas de coleta de dados de que o software dispõe. Geralmente, eles já possuem planilhas prontas que diminuem a necessidade de sua elaboração. Entretanto verifique-se se essas planilhas possuem os campos
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necessários para as suas necessidades. Em algumas situações, as planilhas de coleta de dados não possuem os campos necessários. 2. Quem serão os responsáveis por preenchê-las? Cada uma das planilhas de campo deve ter o(s) funcionário(s) responsável(is) pelo seu preenchimento. Sempre que possível, é bom decidir por apenas uma pessoa anotar na mesma planilha, evitando que várias pessoas preencham as planilhas de campo. 3. Onde os dados serão processados? Softwares específicos ou planilhas eletrônicas? Cada fazenda deve escolher a metodologia que melhor funcionará para que os dados sejam lançados e os indicadores calculados. Os softwares específicos para rebanhos leiteiros possuem maior confiabilidade no processamento dos dados e cálculo dos indicadores. Sempre que possível, é interessante preferir a utilização de um software, pois as planilhas eletrônicas possuem ótimo potencial de uso, entretanto necessitam de um responsável com bom conhecimento para a sua elaboração e manutenção. • Etapa 2 - Escolha e elaboração dos
indicadores O objetivo essencial da seleção de indicadores específicos é a identificação dos indicadores que melhor comuniquem o significado da estratégia. Por exemplo, a fazenda tem a estratégia de ser eficiente na reprodução. Portanto, deve ser escolhido um indicador que seja capaz de assegurar se a fazenda está sendo eficiente ou não. Para essa etapa, os itens a serem definidos são: 1. Quais áreas da fazenda serão monitoradas? Como mencionado anteriormente, cada fazenda possui suas particularidades e, portanto, os indicadores deverão ser escolhidos de acordo com a realidade da fazenda em questão. Contudo entendemos que algumas áreas devem ser monitoradas na maioria das fazendas. Devemos medir o desempenho produtivo, reprodutivo e sanitário da recria (bezerras e novilhas) e das vacas. 2. Quais indicadores serão utilizados para medir o desempenho? Existem diversos indicadores que podem ser utilizados, e, para cada fazenda, existirão indicadores mais ou menos adequados. Escolha os seus!
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NEGÓCIOS
Mensurável: toda meta deve ter uma forma de ser medida, por isso, deve estar associada a um indicador, pois todo indicador pode ser mensurado. Se
não podemos medir, não podemos afirmar se atingimos o resultado esperado ou não. Específica: devemos saber o que a meta está medindo. Por exemplo, definimos que a meta da fazenda é ter vacas de alta produção. Mas o que são vacas de alta produção para aquela fazenda? Vacas de alta produção serão vacas que produzem uma média de 25, 30 ou 40 kg de leite por dia? O valor deve ser definido para que seja possível dizer se o resultado foi alcançado ou não. Temporal: deve ser estabelecido o prazo para que a meta seja cumprida. Atingível: toda meta deve ser atingível, pois, do contrário, os envolvidos ficarão desmotivados em trabalhar para alcançar os resultados desejados. Significativa: uma meta que é obtida facilmente não motiva os envolvidos, pois não precisam de esforço para alcançá-la. Não existe um número absoluto para todas as fazendas em relação ao resultado a ser alcançado. Cada indicador deve ter uma meta adequada à realidade do sistema. No entanto, existem alguns fatores do sistema que norteiam o estabelecimento das metas. Por exemplo, vacas de maior produção tendem a ter menor
taxa de concepção, isso é inerente ao animal. Por outro lado, existem outros fatores que interferem no índice, mas que são relacionados à eficiência da fazenda e são eles que determinarão o resultado. Uma inseminação mal realizada determina uma redução na taxa de concepção, mas esse é um fator relacionado à eficiência da fazenda. 2. Definir como o resultado da meta será monitorado É importante que o resultado seja acompanhado diariamente, dessa forma, os responsáveis pela meta podem agir antes do fechamento do período pelo qual a meta está estabelecida. Imagine-se que foi traçada a meta de inseminar 60 vacas no mês em uma fazenda, mas o resultado só é fechado ao final do mês e foram inseminadas 40 vacas. Nada poderia ser feito para melhorar o resultado da meta e atingir as 50 vacas inseminadas. No entanto, se diariamente as vacas inseminadas fossem sendo registradas em uma folha visível aos envolvidos, todos estariam cientes de que o número de inseminações estava baixo no mês. Na figura 3, temos o exemplo de uma ficha em que podem ser anotados os resultados obtidos diariamente.
Nessa ficha, deve ser anotada, na parte superior, a quantidade de inseminações feitas na parte da manhã e da tarde, no respectivo dia. Nesse exemplo, foi realizada uma inseminação à tarde no dia 1º do mês. Após marcar o número de inseminações, o responsável deve assina-
lar um “X” na parte do acompanhamento. Cada quadro representa uma inseminação, e toda a área em cinza representa o número de vacas que devem ser inseminadas no mês. Dessa forma, é possível acompanhar diariamente e prever se a meta será atingida ao final do mês.
Por fim, inicie-se o processo e aprenda-se com os erros e acertos que ocorrerão, para tanto, é oportuno envolver todos os interessados e monitorar constantemente. Os resultados aparecerão somente por meio de muito trabalho e persistência.
Não é objetivo desse artigo a discussão dos diversos índices que existem na pecuária leiteira. • Etapa 3 - Elaboração do plano de implementação Uma vez definidos os indicadores associados aos diferentes objetivos estratégicos, devem-se definir as metas, os planos de ação e os responsáveis, a fim de direcionar a implementação da estratégia. Nessa etapa, temos dois passos imprescindíveis: 1. Definir para cada indicador uma meta a ser atingida A definição das metas para cada um dos indicadores é um passo delicado e deve ser feita com bastante discussão entre os principais envolvidos. Ao estabelecer a meta para qualquer um dos indicadores, deve-se pensar nos seus requisitos básicos: M – mensurável E – específica T - temporal A – atingível S – significativa
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Figura 1 – Acompanhamento das inseminações do mês.
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NEGÓCIOS
Funrural
O direito à restituição do funrural
R
ecente decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal reacendeu a discussão em torno da constitucionalidade da contribuição denominada Funrural. Trata-se de contribuição instituída pela Lei 8.540, de 22.12.1992, que previu a obrigatoriedade de recolhimento a partir de 2% (dois por cento) da receita bruta proveniente da comercialização da produção rural realizada por pessoas físicas. Vale dizer, a contribuição incidia diretamente sobre o faturamento dos produtores rurais, possuindo, portanto, a mesma base de cálculo de outras contribuições já existentes. A obrigatoriedade de retenção e recolhimento da contribuição fora atribuída ao adquirente, ao consignatário ou à cooperativa que realizam operações com os produtores. Tal fato acirrou ainda mais a discussão em torno da constitucionalidade do tributo, gerando inúmeras discussões judiciais para afastar a obrigatoriedade do recolhimento, culminando, no início de fevereiro, com a pacificação do assunto pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal em controle difuso. Segundo acertado entendimento dos Ministros da Suprema Corte, o dispositivo que instituiu a contribuição e subrogou a obrigação de seu recolhimento a terceiros é inconstitucional e deve ser afastado,
desobrigando, num primeiro momento, apenas os autores da ação da retenção e recolhimento aos cofres públicos. A despeito de se tratar de decisão proferida em controle difuso, que teria efeitos apenas entre as partes envolvidas no processo julgado, o fato de ela ter se originado do Plenário do Supremo tem implicações para todos os demais contribuintes sujeitos à contribuição. Isto porque a decisão plenária representa a pacificação do posicionamento do órgão e deverá ser seguida após o trânsito em julgado, tanto nos demais processos judiciais, como nos próprios procedimentos administrativos que tenham por objeto a discussão do assunto. Ainda persistem dúvidas acerca da legitimidade para se requerer a restituição da contribuição, em vista da subrrogação da obriga-
ção a terceiros, que, em muitos casos, implicava o próprio repasse do custo ao responsável tributário. Nesse contexto, verifica-se que o direito à restituição, a priori, será dos produtores rurais, contribuintes legais da contribuição. Contudo, comprovando-se que os responsáveis tributários suportaram o ônus do tributo ou que tenham autorização expressa dos contribuintes para o requerimento da restituição, surge a estes a legitimidade para requererem a devolução do montante indevidamente recolhido. O direito se restringe aos últimos cinco anos, razão pela qual o ingresso perante as instâncias competentes para a requisição dos créditos deve ser efetivado o quanto antes, evitando-se a prescrição. (Para maiores informações, contate Fialdini Advogados – www.fialdiniadv.com.br)
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ESPAÇO GOURMET INTERURAL
Paçoca de Carne Seca
Paçoca da Querença Grande parte da InteRural, no mês de março, é em homenagem às nossas mulheres. O Espaço Gourmet não poderia deixar passar a oportunidade. Em uma tarde muito agradável, a InteRural visitou a fazenda Querença, na cidade de Uberaba (MG), para homenagear Tabita Campos, esposa de Moisés Campos, diretor da propriedade. A Querença iniciou seu criatório em 1994, quando se deu a liberação da entrada da raça no Brasil, sendo uma das empresas pioneiras na implantação do Brahman em território nacional. Hoje, a propriedade está sempre em busca de uma ampliação da base genética, objetivando maior uniformidade do padrão racial, pautadas sempre no trinômio: cobertura muscular, habilidade materna e precocidade. Atualmente, a Querença tem confirmação de, aproximadamente, 400 prenhezes/ano, sendo a maioria por intermédio de parcerias com novos criadores. Mantem-se firme no propósito de incrementar a fixação da raça e reproduzir a qualidade, por meio do acasalamento de matrizes extraordinárias com touros comprovadamente superiores. Bom, mas chegando ao assunto que nos interessa aqui, quem participa dos leilões do Brahman conhece bem a Paçoca da Querença. “Essa tradição vem desde a minha avó e quando meu pai veio trabalhar na Querença, trouxe para cá essa tradição. Hoje, em todas as comemorações fazemos paçoca nas fazendas”, diz Paulo César, filho de Tabita. Quem fez a paçoca para nós foi Paulo César, para homenagear a mãe, que é quem realmente conhece a receita. Para ilustrar ainda mais a nossa homenagem, Moisés escreveu um poema especialmente para a esposa. Depois de ler o poema, copie a receita e faça-a em casa, porque é realmente muito boa. Moisés Campos e Tabita 76
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Paçoca é um termo usado por nosso antigo tropeiro definindo um prato típico do nosso povo mineiro. No transporte de boiada, era a carne mais usada, se mantinha conservada guardando o gosto e o cheiro Os ingredientes são fáceis não precisa desespero. Carne de Brahman e farinha alho e sal sem exagero. Pilão feito de pequi, torresmo pro “trem” uni pimentinha cumari pra completar o tempero. Junte tudo no pilão, então comece a bater, uma “branquinha” do lado socar paçoca é lazer. A carne estando bem frita fica gostosa e bonita, só que igual a da Tabita ninguém consegue fazer. Moisés Campos www.interural.com
Paçoca de Carne Seca Ingredientes
• 2 kg de carne de segunda (seca, desidratada) • 1/2 kg de farinha de mandioca torrada • 1 cebola picada • 5 dentes de alho • 1/2 kg de torresmo sem pele, bem sequinho • Sal e pimenta cumari
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Preparo
- Para desidratar a carne e muito fácil. Basta retalhá-la em manta com um pouco de sal e deixá-la pendurada, tomando sol algumas horas. - Corte a carne, já seca em cubos pequenos, e frite-a na gordura, para que seque toda a água. Se precisar acerte o sal. - Leve para o fundo do pilão o alho e um pouco de carne. Triture, mas com cuidado para não soar demais. É bom encontrar alguns “tropicões” enquanto come. - Vá adicionando a farinha, a carne, o torresmo e acertando o tempero com a cebola e a pimenta cumari. - Para provar, coloque um punhado na mão e leve à boca, mesmo que se perca a elegância. É tira-gosto ideal para acompanhar uma dose da mais pura cachaça mineira.
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EVENTOS
Rali FMC
2º Rali Giro Talstar
Entre os dias 14 de janeiro e 11 de março, a FMC Agricultural Products promoveu a 3ª edição do Giro Talstar, um rali de regularidade que reuniu empresários rurais de todo o país para dias de campo movidos a muita aventura e emoção. Uma das propostas do evento é agregar entretenimento ao dia de campo tradicional, permeando diversão ao longo do dia dedicado à discussão das melhores práticas para manejo de pragas na lavoura de soja. Ao todo foram sete eta78
pas, em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Maranhão – todos com percurso traçado dentro das fazendas de soja. Em cada uma, foram convidados a participar os principais conhecedores do território, os próprios produtores de soja. Para que saia tudo certo no dia do rali, a equipe de organização define primeiramente as melhores áreas de soja a serem apresentadas aos produtores. Uma vez escolhidas as áreas, inicia-se o procedimento de determi-
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nação da rota a ser percorrida. No primeiro ano do evento, todo o trajeto foi determinado e planilhado pela equipe FMC. No segundo ano, já contou com o auxílio de um participante de rali profissional na formatação da rota e da planilha de navegação. Neste ano, iniciou-se o trabalho com uma equipe especializada na montagem de rotas de ralis de regularidade – a Chão Batido – responsável pela elaboração de grandes ralis como o Rali dos Sertões. Todos os detalhes são observados, tais como o local para www.interural.com
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EVENTOS
alimentação, número de paradas técnicas, (onde fazemos a exposição de nossos produtos), equipe de apoio com barracas e água para os participantes durante o evento etc. As autoridades policiais também são comunicadas sobre o evento e ficam de prontidão para qualquer eventualidade, garantindo, assim, a segurança e o bom andamento do Giro Talstar. Na noite anterior ao evento, é realizado um jantar de boas vindas aos participantes em que se explica o uso da planilha do Rali, uma vez que alguns produtores não têm ainda conhecimento desta. É o primeiro contato com o material que será utilizado no dia seguinte e já deixa os participantes empolgados para o início do evento. O Giro é iniciado com um café da manhã no marco zero, quando é dada a largada de cada
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caminhonete, devidamente adesivada e equipada com aparelho de GPS que passa em tempo real sua posição aos organizadores do evento. No trajeto entre uma parada técnica e outra, dá-se o rali propriamente dito, em que a equipe composta pelo piloto e navegador interagem para o entendimento da planilha para chegar ao destino no tempo correto. Marcos Cassol é agricultor na região de Rio Verde (GO), e além dos 600 alqueires entre soja e milho que planta, acumula alguns títulos conquistados em ralis, mas esses de velocidade. Os últimos foram vice-campeão do rali dos sertões em 2007 e também vice no rali Mitsubishi Motors, na categoria master, em 2009, “Os ralis são completamente diferentes, no de velocidade, tenho que ficar o tempo todo com o pé no acelerador, já no de regularidade,
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temos que nos atentar a outras coisas”, esclarece o agricultor, mas ressalta a ótima experiência do evento, “É um evento completo, que alia a parte técnica com a diversão. Foi muito legal, disputar com os amigos, além de reencontrar vários outros amigos”. O agricultor Daniel Bruxel, da cidade de Patos de Minas, tem 15 mil hectares plantados e participa pela primeira vez do rali, e menciona que a integração dos produtores é um ponto forte do evento, “Somos muito unidos para algumas coisas, mas, para outras, somos muito desunidos. Achei uma iniciativa bem interessante, porque, além de ser uma maneira de confraternização, estamos em uma época muito corrida, alguns já estão colhendo, outros ainda estão na pulverização, então, é uma maneira de nos distrair. É apenas um dia fora, que é bom
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“É um clima muito gostoso, encontramos muitos amigos, conhecemos pessoas e trocamos idéias e informações sobre a produção em outras regiões” Daniel Bruxel - Agricultor
para nós. É um clima muito gostoso, encontramos muitos amigos, conhecemos pessoas e trocamos ideias e informações sobre a produção em outras regiões”. Em cada trecho os participantes percorreram cerca de 400 Km, com três ou quatro paradas para análise de áreas tratadas com o inseticida Talstar. Pautados com as explicações dos consultores ao longo das paradas, acompanharam de perto as áreas tratadas com o Talstar e puderam tirar dúvidas sobre as diversas possibilidades de aplicação. O Talstar 100 EC é um inseticida piretroide com amplo espectro de controle de pragas e excelente residual. Possui uma formulação diferenciada dos demais inseticidas piretroides, o que lhe proporciona uma ação de choque aliada a um período residual na planta. Ou seja, o produto permanece aderido às folhas da planta por mais tempo, conferindo, assim, a ação por períodos maiores que o produtos existentes no mercado. Sua aplicação pode se dar em diversas culturas, destacando-se soja, algodão, café, cana e HF. “É muito utilizado nas lavouras do Brasil, com destaque para o controle de lagartas e percevejos. Além de ter excelente controle, contribui também www.interural.com
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EVENTOS
na questão ambiental, pois sua toxicidade é baixa e preserva os inimigos naturais, não causando desequilíbrio do sistema”, explica o Representante Técnico Comercial da região de Uberlândia (MG), Valter Ferreira da Cunha Junior. Adalberto Piassa planta 7 mil hectares em Araguari (MG), e participou das duas edições do rali, e assegura que aprova a iniciativa da empresa, “No ano passado, foi o primeiro rali que participei, não conhecia como funcionava. Mas foi emocionante, gostei muito, e neste ano, não poderia ficar de fora”. Valter Cunha ainda comenta sobre os excelentes resultados para a empresa a partir do evento, “O evento para nós é muito importante, pois promove a interação da equipe FMC com produtores de várias regiões, estreita o relacionamento com eles e abre boas oportunidades de vendas de nossos produtos, uma vez que a visualização de nossa marca ocorre durante todo o evento. Os feedbacks dos produtores foram bastante positivos em relação à organização do evento e, praticamente, todos já confirmaram sua presença no próximo ano”, finaliza. O que é o Rali de regularidade? É uma prova que visa desenvolver a capacidade de Piloto e Navegador em manter médias horárias preestabelecidas e seguir o roteiro até o destino final da prova. Nessa modalidade, o papel do navegador é de vital importância, pois é dele a responsabilidade de orientar o sentido em que o piloto deve seguir durante a competição. As médias horárias são mais baixas e, geralmente, os automóveis de uso diário podem participar da prova sem qualquer tipo de preparação especial. Exigem-se perícia, capa82
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cidade de cálculo e raciocínio, e um excelente entrosamento entre o piloto e o navegador. Sobre a FMC Agricultural Products A FMC é uma multinacional americana que atua globalmente em diversos segmentos, empregando cerca de 5 mil pessoas em 34 países. No Brasil, a FMC está sediada em Campinas. É no setor agrícola que ela tem mostrado sua vocação, com uma extensa linha de produtos para controle de pragas, plantas daninhas e doenças em culturas como soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, arroz, café, citros entre outras. Tradicional fornecedora de defensivos agrícolas para as lavouras de cana-de-açúcar e algodão, a FMC vem reforçando sua posição no mercado de produtos voltados ao cultivo de grãos, HF e Citrus. Até 2014, a expectativa é dobrar a participação e, para isso, prepara diversos lançamentos para este mercado, além de já ter uma diretoria específica para esses mercados e uma equipe com mais de 50 pessoas focadas por culturas. A empresa se destaca por ser ágil, dinâmica, focada em antecipar as necessidades dos clientes, no resultado dos negócios, e na sustentabilidade social e ambiental das comunidades onde está presente. Com faturamento anual de US$ 411 milhões em 2008, a FMC é focada em nichos de mercado nos quais a liderança é conquistada por meio de investimentos em pesquisa, orientação ao cliente, novas tecnologias, segurança e, principalmente, em pessoas motivadas e predispostas em se inovar e se superar. FMC. Uma empresa que acredita que o seu sucesso está no sucesso de todos os elos da cadeia: clientes, colaboradores e fornecedores. www.interural.com
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EVENTOS
Curso
Uberlândia recebe Curso de Aperfeiçoamento para Ruminantes O dia 23 de Fevereiro esteve recheado de dicas para confecção de Silagem
A Cidade de Uberlândia recebeu, no Hotel San Diego, cerca de 150 participantes do 1º Curso de Aperfeiçoamento na confecção de Silagem e Uso de Leveduras na Dieta de Ruminantes. Na oportunidade, consultores, agricultores, gerentes de fazendas, estudantes e, especialmente, produtores lácteos estiveram presentes no evento. Duas palestras estavam marcadas para o evento. Paulo Soeiro, Diretor Executivo da Katec, abordou, em sua palestra, o tema: “O Uso de Leveduras na Dieta de Ruminantes”, que se destaca principalmente no controle da Acidose, CCS Estresse Calórico, Bem-Estar do animal, diarreias, e como promotor de crescimento e digestibilidade. Já o Diretor Executivo da Katec, Edson Carlos Poppi, cuidou do tema de “Aperfeiçoamento na confecção de Silagens” e mostrou como se faz uma silagem de qualidade, passo a passo, e de vários tipos. A respeito dos inoculantes, foi observado o diferencial dos produtos Katec, que possuem, em sua formulação, além das bactérias Lácteas, as bactérias Propionicas e as Bunchinneri, que são capazes de melhorar a fermentação e o controle de fungos na silagem de milho, grãos úmidos e silageiros. Entre os pontos expostos nas palestras, estão a fermentação de silagens, pontos críticos na confecção de sila84
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gens, valores nutritivos e custos de volumosos, uso de inoculantes específicos, e uso de leveduras em dietas de vacas leiteiras. Após o almoço, o grande grupo seguiu para a Fazenda Nosso Recanto para a tarde de campo, em que houve avaliação da confecção da silagem e do uso de leveduras em dieta de vacas leiteiras. “Achei muito interessante poder observar a palestra e colocar em prática o que aprendemos na teoria, tirando as dúvidas”, afirma o dono da Fazenda, Nosso Recanto, Délcio Vieira Tannús Filho. O Organizador do evento e representante da Katec, na região, Wellington Oliveira ressalta que, em dietas de alto índice, se obtêm um maior aproveitamento, sendo que há uma grande passagem de grão pelo trato digestivo, precisamente farelos, caroços de algodão e fibras dos volumosos. “Esse resultado foi mostrado no local exato, em um Dia de Campo na Fazenda Nosso Recanto, do proprietário Délcio Vieira Tannús, houve a introdução da Levedura no dia 18/12/2009, com a coleta e lavagem das fezes, que mostravam além da passagem alta dos grãos, bastantes fibras pelo trato digestivo. Já a segunda medição, do dia 19/01/2010, apresentou uma redução razoável, e a última, do dia 18/02/2010, mostrou uma alta redução dessa pastagem, em que todos os presentes observaram tal mudança”, afirma Wellington. A comparação entre o úmido e a silagem do milho, que se deu entre a silagem inoculada e sem inoculação, revelou grandes diferenças entre as duas. A não inoculada apresentou manchas e fungos. A silagem inoculada foi aberta 10 dias depois, e, já em estado perfeito de fermentação, pode ser usada imediatamente.
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EVENTOS
Dia de Campo
Fazenda Scala promove Dia de Campo Produção de milho é tomada como destaque do evento
No dia 03 de Março, a Fazenda Scala, no município de Tupaciguara (MG), recebeu cerca de 30 agricultores para conferir o ensaio de produção de milho realizado na propriedade. Com o objetivo de apresentar aos participantes as novas técnicas e produtos para o plantio de milho, as empresas especializadas: Agromem, Agroceres, Dekalb, Syngenta, Semeali, Riber e Pionner, reuniram-se para demonstrar o uso de seus produtos e estabelecer um 86
melhor contato com os produtores. Dia de campo é assim, os produtores aproveitam a oportunidade para buscar conhecimento, trocar experiências e falar do dia-a-dia nas fazendas. Os convidados chegaram ao local do evento através de transporte oferecido pelos organizadores e seguiram em direção ao campo, onde puderam observar a genética de cada híbrido. Cada empresa tinha seu próprio estande, mais 12 minutos para divulgar suas in-
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formações e as novas tecnologias. Em tendas instaladas na fazenda foram realizadas palestras e apresentação de vídeos mostrando o melhor das empresas participantes. Entre os assuntos foram destacados: Genética dos híbridos, sanidade, teto produtivo, adaptabilidade e trangenia. Para produtor Osny Salomão Filho, o dia de campo foi de grande importância para esclarecimento de novas sementes. Para o próximo ano ele pretende utilizar no plantio uma nova variedade www.interural.com
resistente as pragas e com melhor resultado de produtividade. Humberto Guimarães Cardoso, que planta 2.500 hectares, entre soja e milho e destaca a organização do evento, que procurou passar as informações de forma simples e inteligente, valorizando a opinião do produtor A fazenda scala, onde foi realizado o dia de campo, fica há 5 km de Tupaciguara. O proprietário Luiz Carlos Iamaguti, é um apaixonado pela agricultura e está sempre atento as novidades que o mercado apresenta, “Eu procuro colaborar da melhor forma possível com meus amigos produtores, minha fazenda está de porteira aberta para quem necessita de informação. O encontro serviu para tirar algumas dúvidas do produtor, que para o próximo ano pretende plantar híbridos com alta produtividade. Nos 400 hectares da fazenda serão plantados 4 híbridos”. Estudante de Agronomia e filho de produtor rural, Eduardo Favoreto participou do evento como observador, “O dia de campo foi muito bom, com muitas empresas idôneas interessadas em repassar conhecimentos ao homem do campo que é o grande responsável pela produção e que necessita de informações atualizadas que visam garantir aumento de produtividade e maior lucro, além de ter a oportunidade de conhecer os novos lançamentos e de assistir palestras objetivas”. www.interural.com
Edson Aparecido gerente da Faz. Scala
Luiz Carlos Iamaguti proprietário da Faz. Scala
Paulo Henrique Corrêa organizador do evento
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EVENTOS
Dia de Campo
Centro de Treinamento para produtores de leite é inaugurado em Uberlândia Érica Magalhães - Assessoria Calu
Foi inaugurado, no dia 06 de março, em Uberlândia, o Centro de Treinamento para produtores de leite do Triângulo Mineiro. Localizado em uma fazenda a 5 km da cidade, o local conta com uma estrutura completa para a realização de aulas práticas de ordenha mecânica e, inclusive, uma sala de aula com capacidade para abrigar 20 alunos. O curso, cujas aulas começaram no dia 10 de março, tem duração de um dia, com aulas das 8 às 17 horas. Durante o treinamento, que é conduzido pelo médico veterinário Camon José Antônio de Souza, os participantes têm a oportunidade de aprender a operar e fazer manutenção corretamente da ordenhadeira mecânica; trabalhar a rotina de ordenha; entender como funciona e como é feita a limpeza dos equipamentos utilizados no processo e ainda como prevenir a mastite e garantir a qualidade do leite. De acordo com o coordenador e criador do curso, Paulo Garcia, proprietário da empresa Tiraleite Sulinox, o objetivo do treinamento é “oferecer ferramentas aos participantes para que a ordenha mecânica auxilie os produtores a reduzir custos, aumentar a produção e atender as exigências legais e de mercado por qualidade”. O curso está aberto para produtores, funcionários de fazendas, estudantes e quaisquer pessoas que tenham interesse em aprender corretamente as técnicas de ordenha. “A ideia de trazer para Uberlândia o Centro de Treinamento Tiraleite Sulinox tem como meta fazer com que o produtor seja bem sucedido na pecuária leiteira. Aprendendo a tirar leite com qualidade, ele terá a matéria-prima valorizada pelas indústrias de laticínio e, conseqüentemente, ganhará mais por isso”, argumenta Garcia. Garcia ainda salienta o fator social que o empreendimento trará para a região. “Com sucesso na atividade, o produ88
tor se manterá fixo no campo, impedindo o êxodo rural e, logo, um inchaço populacional nas cidades”, conclui. O investimento para participar do custo é R$ 80,00. As inscrições devem ser feitas pelo telefone: 3238-4135.
Inauguração A inauguração contou com a presença de clientes da empresa Tiraleite Sulinox, produtores rurais da região e empresário do setor. O vice-presidente da Cooperativa Agropecuária Ltda. de Uberlândia - Calu, Paulo Euclides Ochiucci, disse que o empreendimento é uma grande conquista
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para a região. “Aqui, o produtor e funcionários rurais aprenderão as técnicas corretas para tirarem leite com qualidade. Sabemos o quanto isso é importante para as indústrias de laticínio, pois a qualidade dos produtos que chegam à mesa do consumidor começa na fazenda, no manejo dos animais e, principalmente na ordenha”, disse. Paulo Euclides disse ainda que a Calu é grande apoiadora da iniciativa. “A criação do Centro casa com a nossa filosofia de capacitar os produtores de leite. Com certeza, ele será um grande aliado da Cooperativa, na busca constante da profissionalização dos nossos produtores de leite”, finalizou. www.interural.com
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LEILÕES
CADERNO ESPECIAL DE LEILÕES
Leilão
Leilões Virtuais da Leiloboi
Leilões Nova Sat No dia 28 de fevereiro, a Nova Sat leilões realizou três leilões. O dia começou com o Leilão Virtual Fazenda Santa Rita, comercializando novilhas em lactação da raça Girolando com médias de R$3.305,00 e vacas em lactação por R$3.239,00. Em sequência, o vendedor João Marcos Fonseca Pereira, da Fazenda Amarela, disponibilizou 150 fêmeas da raça Girolando no Leilão Virtual Fazenda Amarela, obtendo uma média em novilhas prenhas de R$1.978,00 e novilhas com média de R$1.531,00. A transmissão foi feita pelo Agrocanal. Por último, às 20 horas e transmitido pelo Agrocanal, o Leilão Virtual Fazenda Santa Helena, do proprietário Jurandir da Costa, que também disponibilizou 150 fêmeas da raça Girolando, obteve média em novilha lactante por R$3.035,00 e vacas em lactação por R$3.147,00.
Leilão Lagoa da Prata Conquistando um total de R$1.547.011,00, as fêmeas do leilão Lagoa da Prata obtiveram ótimos resultados. Realizado no dia 19 de fevereiro por meio da Leiloagro Leilões, foram comercializados lotes de diversas raças: vaca solteira 3/4 HPB; vaca com cria 3/4 HPB; novilha cruzadas; vaca solteira 1/2 HPB; novilha 3/4 HPB; cruzadas; vaca solteira 1/2 HPB; vaca solteira Jersey; vaca solteira 1/2 e 3/8 H, novilha 1/2 e 3/8 H; novilha 1/2 HPB; novilha 1/2 e Jersey; novilhas cruzadas; bezerra 3/4 HPB; novilha 1/2 HPB; novilhas cruzadas; novilhas 1/4 e 3/8 H; novilha nelorada; be-
zerra cruzada; bezerra 1/2 e Jersey; bezerra 1/2 e 3/8 H; novilha 1/2 HPB; novilhotas cruzadas; bezerra 1/2 e 3/4 H e bezerra cruzada.
Leilão Virtual Fazenda Santo Elias Residindo na cidade de Tupaciguara (MG), Roberto Rassi ofertou, por meio da leiloeira Nova Sat, 38 vacas em lactação e 22 vacas e novilhas prenhes da raça Girolando, promovendo, então, o Leilão Virtual Fazenda Santo Elias. O leilão aconteceu no dia 7 de fevereiro, teve como resultados vacas em lactação que obtiveram uma média de R$3.564,00 e vacas prenhes com médias de R$3.094,00. O evento foi transmitido pelo Agrocanal.
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No dia 1 do mês de fevereiro, a Leiloboi realizou o leilão Virtual Matrizes Castro Cunha, no qual foram arrematadas fêmeas da raça Nelore PO e Machos Nelore com médias: novilha R$2.223,68 e vacas R$2.228,30. O leilão Leiloboi Virtual de Corte, no dia 7, ofertou fêmeas Nelore com as respectivas médias: Vacas paridas de R$953,00; fêmeas com 15 meses R$520,00; Vacas R$575,00; vacas com 10 meses R$402,00; machos Tourunos R$1.070,00 e machos com 20 meses R$690,00. Quem participou do Leilão foram os criadores do estado do Mato Grosso do Sul. No dia 14, foi a vez do leilão Leiloboi Virtual de Corte fazer presença contando também com machos e fêmeas Nelore. As fêmeas de 15 a 18 meses tiveram médias de R$520,00; as de 10 meses obtiveram R$402,00. Já os machos de 20 meses tiveram a média de R$690,00. Participaram do evento criadores do estado do Mato Grosso do Sul. No dia 21, o leilão da Leiloboi ofertou os seguintes animais: fêmea de 20 a 24 meses por R$675,00; fêmeas de 10 a 12 meses por R$400,00; vacas na média de R$600,00; machos Tourunos R$1.050,00; machos com 10 meses a R$570,00; machos de 15 a 18 meses com médias de R$700,00; machos de 12 a 18 meses R$620,00 e, por último, machos cruzados com média de R$612,00. Todos os leilões foram transmitidos pelo Canal do Boi. www.interural.com
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LEILÕES
CADERNO ESPECIAL DE LEILÕES
1° Leilão Virtual Parceiros de Minas Em parceria com a WV Leilões, Flávio Humberto Ribeiro Souza e Campeonato Mineiro de Apartação, foi realizado na segunda-feira, 22/02/2010 o 1° Leilão Virtual Parceiros de Minas, contando com animais de qualidade, e a média obtida do evento foi de R$12.588,00. O destaque do dia foi a venda da fêmea Peppy Cat, filha de Hobby Cat Olena e San Cita Dry, adquirida pelo valor de R$21.000,00, saída do FH Cutting Horse, de Jayme Toledo de Rezende, Minas Gerais, para Ana C. Pereira da Silva, de Campo Grande (MS).
Peppy-Cat
Leilão 10 Mais Na região do Paraná, no CTG Coxilha Platinense, o Leilão 10 Mais, realizado pela Companhia de Leilões Arão Dias Neto, reuniu produtores de toda a região, com índices de liquidez acima de 90%. Contando com 549 animais, o pregão ofertou animais das raças, Nelore, Cruzado e Canchim. Divididos em 56 lotes, a média foi de R$583,21 por cabe-
ça, com ofertas em bezerros, vacas paridas, novilhas e animais com 4 anos de idade com predominância de machos. Os premiados da noite foram: Geraldo Marcelino Neto, com o troféu de melhor lote de fêmea, e o produtor Salatiel Dutra, comprador do lote de melhor macho. Os maiores vendedores foram: Emerson Alves Rodrigues (São
José da Boa Vista), Paulo Cezar Oliva (Wenceslau Braz), Gabriel Pereira Abagge (Conselheiro Mairinck) e Osvaldo Pedro Zanini (Quatiguá). Destacaram-se entre os compradores: Éder Ribeiro da Rosa (Jaboti), Eurico Pereira de Souza (Conselheiro Mairinck), Domingos Brambilla (Ribeirão Claro) e Marcelo Lemes (Santo Antonio da Platina).
Leilão Estância Bahia de Corte Cuiabá - MT O Leilão Estância Bahia de Corte Cuiabá (MT), realizado no dia 7 de fevereiro, foi palco de comercialização de 2.540 animais, sendo 1.251 machos e 1.289 fêmeas. O leilão foi apresentado pelo leiloeiro Adriano Barbosa no Recinto de Leilões da Estância Bahia. A média de vendas para machos atingiu R$760,00, já as fêmeas conseguiram R$552,00. Quem saiu como maior comprador do dia foram as seguintes fazendas: Fazen94
da JJ, Grupo CBR e a Fazenda Barreirinho, cada uma adquirindo mais de 250 animais. Como vendedoras, as fazendas Lagoa do Alegre, Fazenda
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Estância Velha e Fazenda São Rafael arremataram uma quantia de mais de R$200.000,00, fechando os resultados do dia.
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LEILÕES
CADERNO ESPECIAL DE LEILÕES
Leilão Virtual Criadores de Uberaba O Agrocanal transmitiu, no domingo, dia 7 de fevereiro, o Leilão Virtual Criadores de Uberaba, promovido pela Nova Sat Leilões. O produtor da raça Girolando, Antônio Fernandes Borges de Araújo, ofertou 32 vacas em lactação e 60 novilhas prenhes. Os resultados foram os seguintes: vacas/novilhas em lactação foram vendidas com médias de R$3.553,00 e vacas prenhes com médias de R$2.916,00.
Gilberto Berezovsky fatura R$ 374 mil em leilão Zureta II TE do Gabi
3° Leilão Virtual February Stock Horse King Smarvel Leo - Cernelha - 1,49
O 3° Leilão Virtual February Stock Horse contou com uma média por animal de R$10.160,00. Este evento aconteceu na terça-feira, 23/02/2010 e foi realizado pela WV Leilões. Contando com muitas atrações, o equino mais valorizado do dia foi o macho King Smarvel Leo Ek, nascido do cruzamento entre Shady King Times EK com Okay Smarvel YM, animais de ótima genealogia. Saído da Fazenda Santa Elisa, de São Paulo, por R$15.000,00, o novo proprietário, Evaristo Moreira Freire de Mossoro, Rio Grande do Norte, fez um grande investimento.
Leilão Virtual Fazenda Cambão Altair Antônio de Sales e Cláudio Ribeiro de Morais, produtores da cidade de Brumadinho (MG), foram os vendedores do dia de domingo, 7 de fevereiro de 2010, no Leilão Virtual Fazenda Cambão, ofertando 262 novilhas e 40 bezerras da raça Girolando. O leilão contou com novilhas prenhes vendidas a uma média de R$2.524,00 e novilhas com médias de R$2.382,00. 96
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A noite de 24 de fevereiro marcou a comercialização integral do plantel de Nelore de Gilberto Berezovsky, por meio da realização de seu Leilão, que ofertou animais detentores de genética cobiçada pelo mercado nelorista. Esse perfil singular de animais, formado ao longo dos últimos 8 anos de seleção, rendeu a Gilberto um faturamento total R$ 374.400,00, com média de R$ 3.900,00 por animal. “Estou bastante satisfeito, pois apesar de estarmos no ar com nosso leilão em paralelo a três grandes importantes jogos de futebol, conquistamos 100% de liquidez com uma média muito positiva”, brincou Berezovsky. Segundo ele, o animal mais valorizado do remate foi Zureta II TE do Gabi, arrematada por R$ 26 mil pelo selecionador Wilson Marques, da Ouro Bahia. Os maiores investidores do remate foram Martinho Otto Gerlack Neto, de Marília (SP) e Clovis More, de Presidente Venceslau (SP). “Estou muito contente com a valorização que meus animais receberam do mercado investidor. Isto reflete que meus anos de trabalho em prol da raça Nelore foram muito produtivos. Tenho planos para daqui alguns anos retomar minha seleção, pois, embora este plantel tenha sido comercializado, minha paixão pela raça jamais terá fim!” concluiu Gilberto. www.interural.com
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21 novilhas girolando 3/4 prenhas Localidade: Uberaba – MG Valor: R$ a combinar
Fazenda de 1280 ha em Santa Fé de Minas Localidade: Santa Fé Minas – MG Valor: R$ 3.000,00 há
Fazenda localizado entre os municípios de ITUIUTABA e PRATA-MG Localidade: Ituiutaba – MG Valor: R$ 5.500,00 o hectare
Fazenda 550 alqueires Municipio Peixe-to Localidade: Peixes – TO Valor: R$ 4.950.000,00
plantadeira Semeato PS 9/10-2F Localidade: indianopolis – MG Valor: R$ 35.000,00
FAZENDA NO MUNICIPIO DE GURUPI-TO Localidade: Gurupi – TO Valor: R$ 10.000,00 o alqueire
Novilha Gir PO Localidade: Uberaba – MG Valor: R$ 6.000,00 por animal
Fazenda 96 alqueires em Capinopolis Localidade: Capinopolis – MG Valor: R$ 4.500.000,00
Colheitadeira NH TC59 Localidade: Jatai – GO Valor: R$ 240.000,00
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Fazenda Bela Vista de Goiás Localidade: Bela Vista – GO Valor: R$ 12.000,00 Ha
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Fazenda Britania 317 alqueires Localidade: Britania – GO Valor: R$ 20.000,00 o alqueire
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Trator MF 292 Localidade: Ituiutaba – MG Valor: R$ 40.000,00
71 excelentes novilhas girolando Localidade: Uberaba – MG Valor: R$ a combinar
Fazenda com área de 1460 ha em Santa Fé de Minas Localidade: Santa Fé Minas – MG Valor: R$ 3.000,00 há
Trator Valtra BM120 Localidade: indianopolis – MG Valor: R$ 75.000,00
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