Artigo sobre plásticos e pirataria

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Virgilio Toniati

Correspondente Italiano no Brasil do jornal La Gente D’Italia

Plásticos tóxicos Os ftalatos, dietilenglico1, bifenilos proli bromados, proli bifenileteri bromados, aminas, níquel, fumarato de dimetilo, formaldeído, cromo hexavalente... ...estes são apenas alguns dos produtos altamente tóxicos que são usados por empresas chinesas em matéria de contrafacção de bens protegidos com direitos autorais. Cada um destes produtos, devido às suas características, causam irritação, dermatite, problemas de respiração, podendo ter consequências mais graves como alterações genéticas e câncer. Eles são usados para amaciar plásticos em tipos específicos de brinquedos - A Mattel já relatou a presença de alguns materiais tóxicos em cópias de seus produtos feitos por empresas chinesas e distribuídos ao redor do mundo. A Colgate encontrou o dietileno glicol na pasta de dente produzida na China e vendida como o produto original americano em diversos países da Europa e até mesmo alguns dos Estados Unidos. Ela, a Colgate, por razões de "mercado" tem evitado declarações públicas sobre o assunto. Vale dizer que, o dielelen glicol é um anticongelante que se ingerido em grandes quantidades é letal para os seres humanos. Produtos como fumarato de dimetilo e formaldeído estão presente em todos os tecidos e couros produzidos na China. Normalmente, a porcentagem do produto considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde é de 2% a 3%. Dentro do campo da falsificação, que lida com mobiliário e vestuário alguns lotes de tecidos em produtos de marcas famosas como Prada, Blueberry Yves StLorain e outros, foram encontrados a presença de formaldeído 2000% a mais que o permitido pelas regras estabelecidas Organização Mundial de Saúde. Notícias de apreensão de containers cheio de produtos com estas características são comuns e ocorrem em todas as partes do mundo. E aqui no Brasil? Continuamos a vender tênis Nike "bootleg"? Tratado com dimetil fumarato, anti-mofo e desumidificador, que liberam um intenso odor de óleo - até mesmo para fora da caixa - Isto produz dermatite e causa queimaduras graves de difícil recuperação, mesmo após tratamento. Existe um controle sobre a qualidade dos produtos que anualmente chegam em containers de países como Vietnã, Coréia, China, Índia com registros incontestáveis da falsificação de baixo custo. Materiais plásticos, consequentes de processos de reciclagem muitas vezes incorretos são usados para a mobília, como cadeiras, mesas e outros. Estes produtos podem causar graves danos as pessoas por causa de sua estrutura que não é adequada para seu uso pretendido ou de sua instabilidade em contato com as mudanças de temperatura. O Cromo com teor de 80 a 1900% a mais do que o permitido, libera uma poeira tóxica no ambiente, podendo causar - De acordo com pesquisa científica produzida por diferentes universidades dos Estado Unidos e Europeias - o câncer de garganta e problemas respiratórios.


Virgilio Toniati

Correspondente Italiano no Brasil do jornal La Gente D’Italia

Pirataria pelo mundo A globalização mudou o processo de produção Patrimonial, ainda sobre a globalização, graças a ela, surgiu um novo conceito de competitividade baseado na esmagadora maioria dos casos, na redução de custos. As empresas descobriram que um dos principais obstáculos para alcançar uma posição de dominância dentro do mercado global são os custos de produção, em primeiro lugar com a mão de obra. Isto, foi o primeiro a ser questionado, em quais locais introduzir novos pontos de fabricação. As grandes montadoras foram as precursoras desta "nova" forma de industrialização. Wolkwalgen, Fiat, Pegeout, Chrysler criaram novas unidades de produção na América Latina e, em seguida, começam a ir igualmente para os mercados orientais - após a queda do Muro de Berlim e, em seguida para o Extremo Oriente. Qual ponto de partida da migração das unidades de produção? A economia com custos de produção da mão de obra o trabalho com o custo quase zero! Essa nova forma de migração é chamado deslocalização e causa uma perda líquida de postos de trabalho em países que chamamos de Primeiro Mundo, ajudando o crescimento dos países em desenvolvimento. O mundo da moda é o que imediatamente começou a corrida para novos locais de produção. No entanto, como condição indispensável, colocar a qualidade dos produtos em conformidade com a qualidade das matérias-primas utilizadas. Os grandes nomes abriram escritórios na Hungria, Checoslováquia, Ucrânia, depois partiram para explorar praças como Índia, Coréia e China. Nestas fábricas a qualidade dos materiais segue os cânones da Europa, são absolutamente garantidos e a mão de obra é de alta qualidade, instruída por técnicos especializados nas normas originais das fábricas de origem. Mas acontece uma coisa no mínimo estranha, começam a surgir novas unidades de produção que utilizam materiais diferentes, copiando as normas europeias. Assim começa invasão de produtos falsos para os mercados ocidentais de baixo custo. O primeiro caso é a concorrência desleal face das empresas automobilísticas com o mercado de reposição de peças, que muitas vezes os materiais não correspondiam a segurança da padronização, garantida por peças de reposição originais. Acontece por vezes da fábrica onde são produzidos o original, aparecer ao lado uma outra, onde está sendo feita a falsa do original mas usando materiais baixa qualidade e é demonstrando-se em muitas ocasiões, como absolutamente confiável (tais usos de produtos falsos tem levado a acidentes com consequências de morte para os ocupantes do veículo). Nike, Puma, Havaiana, Luis Vuitton, Adidas, Diadora, apenas para citar alguns rótulos que inundam os mercados das cidades, possuem menos da metade os produtos de originais no mercado, outros são produzidos com materiais tratados com produtos químicos, estes produtos altame tóxicos provenientes das empresas que falsificam empresas que muitas vezes estão a par da produção oficial. Reúnem-se os produtos da marca Colgate, um creme dental com gel anticongelante extremamente venenoso se ingerido em grandes quantidades. Produtos cosméticos com químicos específicos podem produzir sérios danos à pele, bem como alergias e difícil absorção.


O último, que ainda resistiu ao produto de falsificação foi o design de mobiliário mas nos últimos anos ele tem cedido as "necessidades de mercado". A competição global, os custos de produção aumentarem, foram pontos de partida para iniciar a construção de novas cedes de produção em áreas onde o custo do trabalho é muito menor e em seguida importar o produto novamente. China, Índia e outros países do Leste são os locais onde novos centros de produção são inevitavelmente associados à empresas que fazem falsificação. Na China, nos últimos dez anos, os esforços para proteger direitos de propriedade intelectual têm se intensificado, mas infelizmente não são suficientes, há casos diários de apreensão de produtos falsificados que são feitos em todo o mundo. Produtos baratos de baixa qualidade que vão reabastecer o mercado e infelizmente, por vezes, vendem uma determinada quantia e alcançam altos rendimentos causando um enorme dano à credibilidade da distribuição oficial.


Virgilio Toniati

Correspondente Italiano no Brasil do jornal La Gente D’Italia

Falsificação da Legalidade Xu Kunyuan é o vice-presidente da Associação Nacional das Empresas Têxteis Dell'Abbiligamento e República da China - Chefe da Sub-Comissão de produtos têxteis, CCPIT / Câmara de Comércio, Indústria, Têxtil, CCOIC.

Apresentamos abaixo um resumo das declarações feitas pelos líderes chineses em uma série de reuniões em sua última viagem para o Ocidente. Xu Kunyuan: É uma honra para mim ter a oportunidade deste encontro e ser capaz de confirmar o meu total empenho e o do meu país em defesa da originalidade dos produtos para a proteção dos direitos da marca, a legalidade, qualidade e transparência do processo de produção. Desde a década de 80, a China começou a introduzir reformas para abrir mercados, e o setor têxtil tem sido um pilar do crescimento industrial do país. Em 2006, as empresas envolvidas no ramo, atingiram a meta de 40.000 unidades de produção, dos quais 97% são empresas privadas com participação estrangeira. Vendas do setor atingiram 8% do volume total da produção industrial chinesa em sua totalidade. O volume de fibra processada atingiu cerca de 30 milhões de toneladas, 2,2 vezes maior do que o Tratado em 2000. 80% da produção total de produtos têxteis da China em 1980 foi destinado a atender apenas o mercado interno, na época em produtos têxteis e de vestuário, o consumo per capita foi de 4,2 kg, então a produção aumentou para 14 kg em 2005, 27% a mais que no consumo geral de produtos têxteis no mundo.20 milhões de pessoas estão empregadas no setor, destes 70% são provenientes de áreas rurais. Na China, especialmente fora de áreas urbanas da indústria têxtil, são mais de 100 milhões de pessoas que vivem apenas dos negócios gerados pelo setor têxtil. Deve ser dito também que a velocidade com que a indústria tem crescido também decorre do fato de que, além de atender à crescente demanda doméstica, uma parte considerável da produção é o caminho para exportação para países ocidentais e nas Américas. Em 2006, o valor total alcançado pela exportação de produtos têxteis foi de 140 bilhões de dólares, destes, mais de 30% são produzidos por empresas com investimento estrangeiro em que se reconhece o papel que tem fundamentalmente para o crescimento da indústria têxtil chinesa. O governo chinês respeita integralmente os acordos internacionais sobre a proteção dos Direitos de Propriedade Intelectual (DPI), que foi definida como um conjunto de leis, entre os quais se destacam a Lei de Patentes, e a lei Copyright. Foram lançados, além disso, não um outro conjunto de leis e regulamentos para proteger as empresas nacionais e empresas estrangeiras, mas além disso para dar um novo endereço e novas regras de conduta essenciais para as empresas chinesas em todos os setores da indústria, uma intervenção que também é necessária em virtude do desenvolvimento que tem tido nos últimos anos, a economia do mercado chinês.


Paralelamente a estas iniciativas de esforços concentrados que visem a sensibilização do problema com a organização de seminários sobre o cumprimento do PPE - Polifeniletere. Durante as feiras comerciais no setor têxtil, foi desenvolvido a ideia, então, de levar termos de conduta empresarial a mando do Governo da República da China, para criar um escritório especial para o PPE, que são tratados os litígios que possam surgir nesta área. Deve ser dito que o CNTAC - Confederação Nacional de têxteis italianos e empresas de vestuário assinou o Memorando de Entendimento para a Proteção da Propriedade Intelectual com a Associação Alemã de Indústria Têxtil e de Vestuário e da Associação Italiana das Indústrias Têxtil e Roupas. Com isso, a violação de direitos de propriedade intelectual de empresas chinesas de têxteis e vestuário reduziu drasticamente! Gostaria de salientar que a Associação Nacional dos têxteis - A República da China é também muito cuidadosa com a responsabilidade social e empresarial na indústria, por isso criou o padrão CNTAC China Social Compliance 9000 kr - Indústrias Têxteis e de Vestuário (CSC9000T ), com o objetivo de levar as empresas para as exigências de responsabilidade social. A norma exige que as empresas têxteis chinesas tenham o CSC9000T para organizar sindicatos, assinar contratos de trabalhos com pessoal, construir relações harmonizadas entre empresas e trabalhadores e para manter confortáveis condições de trabalho, de modo a aumentar a eficiência do trabalho e estimular a criatividade dos funcionários. Até a presente data, parece que os planos de divulgação e treinamento para as referências padrão CSC9000T foram todos levados a bom termo.


Virgilio Toniati

Correspondente Italiano no Brasil do jornal La Gente D’Italia

Dioxina Por que a Coca-Cola está voltando para as belas garrafas de vidro? E por que tão rápido? A resposta está na dioxina... Vamos ver o que está acontecendo em laboratórios de pesquisa ao redor do mundo: Os plásticos no mercado de produtos de consumo popular são: PE, polietileno: sacos, garrafas de detergente, brinquedos, filmes e outras embalagens; PP, polipropileno: com usos muito diferentes: para os itens de decoração interior, recipientes de comida, garrafas e detergentes, tapetes, móveis de jardim; PVC, cloreto de polivinil: bandejas para ovos, filmes, tubos, também está nas portas, janelas, azulejos em; Polietileno PET, tereftalato: garrafas de bebidas, fibras, fitas cassete; PS, poliestireno (isopor) bandejas de comida, talheres, pratos, tampas. Estes plásticos são conhecidos como materiais artificiais que sob certas condições de temperatura e pressão sofrem alterações permanentes em sua forma. Eles são divididos em termoplásticos, termofixos e elastômeros. Termoplásticos: são aqueles que tem maleabilidade, ou seja, amolecem sob a ação do calor. Nesta fase podem ser modelados ou transformados em produtos acabados e com a refrigeração voltam a ser rígidos. Este processo, teoricamente, pode ser repetido várias vezes, dependendo da qualidade do plásticos. Termofixas: São um grupo de materiais plásticos que, após uma fase inicial de amolecimento devido ao aquecimento, endurecem pelo efeito do reticulado tridimensional; na fase do amolecimento pelo efeito combinado do calor e pressão os materiais plásticos ficam moldáveis. Se estes materiais são aquecidos após o endurecimento, não voltam a amolecer, mas se decompõem. Elastômero: a sua principal característica é uma grande deformação e elasticidade, pode ser tanto termofixos quanto termoplásticos. Os plásticos são obtidos através do processamento de petróleo. Produtos de plástico durante a combustão causam a liberação de dioxina, elemento altamente tóxico que já em muitas ocasiões causou desastres ambientais de proporções significativas. Parece, a partir de pesquisas recentes, que a liberação de dioxina mesmo sob mudanças de temperatura de menor intensidade é altamente tóxica, por exemplo a comida quente em recipientes de plástico causam a liberação deste elemento.


O calor em alimentos aquecidos em microondas armazenados em recipientes de plástico é outra maneira de provocar a liberação de dioxinas. Um dos gigantes do fast food, McDonald, mudou a indústria de vestuário de seus produtos na conseqüência dos resultados dessas novas pesquisas. Verificou-se que não apenas a exposição ao calor, mas também ao frio intenso pode conduzir a uma situação onde a liberação do componente tóxico ocorra. É por isso que mais do que suficiente para induzir a outra multinacional americana para reconstituir os seus passos de forma rápida e reconsiderar o uso do vidro para sua bebida, a empresa é a Coca-Cola. Você deve ter muito cuidado ao usar recipientes de plástico para armazenar alimentos e bebidas, congelados, convém ser retirado o plástico e colocado em pírex de vidro ou outros, para descongelamento e cozimento subseqüentes, mesmo em fornos de microondas modernos, as bebidas, quando armazenadas em garrafas de Politereftalato de etileno (PET), nunca deve ser submetida a variações de temperatura consideráveis e mais importante nunca ser exposta ao sol por um longo tempo. De volta ao bom e velho vidro que prolonga a vida!




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