Correio do Trabalhador Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em empresas de Correios, Telégrafos e Similares do Vale do Paraíba e Litoral Norte
Edição 98 - Março de 2014
Compensaçao dos dias da greve:
Regras e orientações Com o retorno dos lutadores ao trabalho, surgem as especulações e dúvidas sobre a compensação das horas e descontos. A Empresa se aproveita deste momento para pressionar os trabalhadores a fazerem o trabalho de dois ou mais ecetistas. O Sintect-VP orienta os grevistas que quando houver dúvida, que procurem o sindicato ou o diretor mais próximo. Considerando a definição do TST, a compensação deverá ser feita em até seis meses, com a realização de duas horas extras diárias.
A compensação também deve respeitar os intervalos inter e entre jornadas, como no caso dos repousos semanais remunerados. Portanto, não haverá compensação nos sábados! A orientação é, no caso de convocação, assinar o papel e fazer uma ressalva ao lado da assinatura, dizendo que não vai compensar no sábado porque há prazo de seis meses para compensação e expor os motivos pessoais que o levaram a não
querer compensar neste dia. No cartão ponto, os dias descontados não deverão constar como “falta injustificada” e sim “Falta por motivo de greve”. Os dias quinze dias descontados no mês de abril, não acarretarão perda do direito de férias.
Documentação urgente!
Departamento jurídico solicita documentação de trabalhadores desviados da função
Advogada do Sintect-VP Nícia Bosco
O Sintect-VP ganhou a ação de adicional de tratamento para os ecectistas que trabalham internamente. São os ecetistas desviados de suas funções, seja por saúde ou simplesmente por deslocamento de serviço, não recebiam o adicional de risco e nem o de tratamento. Agora nosso departamento ju-
rídico está no limite dos prazos e necessita de toda documentação com urgência. Atenção para quem esteve ou está nessa situação. Caso você não esteja recebendo nenhum adicional, procure imediatamente o Sindicato ou os dirigentes e delegados sindicais.
Fique atento para a documentação! Estamos recolhendo as: Fichas Funcionais Completas; Recibos de pagamento (holerites) do período em que não receberam o benefício.
A partir deste levantamento, faremos os cálculos para que os trabalhadores recebam esses valores o quanto antes. Apesar da ECT ter sido intimada a fazer este cálculo, a empresa se recusa a fazê-lo alegando não saber quem está ou esteve nesta situação. Diante desta má vontade da ECT, o Sintect-VP se encarregou de fazer os cálculos para agilizar o processo e pagar aos trabalhadores este benefício que lhes é de direito.
Realidade dentro das unidades dos Correios
Após reivindicações, CDD São Dimas inaugura novo prédio No último dia 25, aconteceu a cerimônia de inauguração do CDD São Dimas. A mudança de prédio traz melhores condições de trabalho para os funcionários, mas não podemos fechar os olhos para os outros problemas da unidade, como os desmandos que a DR-SPI cometeu. Para começar, após muitas reclamações da estrutura do local, um novo prédio foi alugado, mas mesmo assim a mudança demorou quase um ano para ser feita! Ou seja, gastava-se muito dinheiro com o aluguel de um prédio que não estava sendo usado para nada. É o nosso dinheiro sendo jogado fora! Verba que sai do lucro que produzimos na ECT. Após a mudança, os trabalhadores ficaram na parte de cima do prédio e o escritório ficou no térreo, com isso, a carga tem que ser manuseada pelo elevador. A pergunta é: No caso de problemas no elevador, quem vai carregar a carga nas costas pela escada? Não pode ser só incompetência ou problemas de logística, deve haver algo a mais por trás disso! No dia da
Xô Pelego! Fachada do novo prédio
inauguração os trabalhadores pararam as atividades para acompanhar, o que não entendemos é por que o Diretor Regional proibiu as reuniões setoriais, alegando carga acumulada na unidade? Sendo que para inaugurar o prédio todos os trabalhadores paralisaram as atividades. Fica claro que a proibição das reuniões é uma medida para dificultar a atuação do Sindicato e impedir as orientações do pós greve. As reuniões setoriais são um direito garantido nos acordos coletivos e no julgamento da campanha salarial de 2013. Essa é mais uma ilegalidade cometida pela ECT. As reuniões tem que voltar em todos os setores, caso contrário, tomaremos as medidas necessárias!
Construindo a luta!
Sintect-VP participa de eventos importantes para a luta do trabalhador No dia 22 de março, aconteceu em São Paulo um encontro muito importante da CSP-Conlutas, para definir as estratégias de luta antes e durante a Copa do Mundo. O calendário de mobilizações se iniciará em 12 de junho, com o tema “Vamos voltar às ruas - Na Copa vai ter luta”. Os protestos vão ressaltar o descaso com a população em destinar inúmeros recursos para as obras da Copa, deixando de lado as necessidades do povo trabalhador, como saúde, educação e moradia. Na copa vai ter luta!
Golpe Militar de 1964 Trabalhadores e lideranças sindicais emocionaram os participantes do ato realizado na Câmara Municipal de São José dos Campos, na quarta-feira, dia 26 de março, para relembrar e denunciar os crimes cometidos durante o regime. O ponto alto do encontro foi a revelação feita pela Comissão da Verdade do Sindicato dos Metalúrgicos, que apresentou documentos e depoimentos surpreendentes que revelavam o envolvimento direto de empresários e empresas na perseguição a trabalhadores na ditadura.
Baixa a bola “Zéfino” Vamos ficar de olho no Gerente “Zéfino” do AC Cunha, que veio com uma história de que o trabalhador é obrigado a aceitar as convocações de trabaho. Chegou a dizer que ele é quem decide e que o trabalhador tem que aceitar e pronto! Um trabalhador se queixou e o diretor do sindicato tentou conversar, mas Zéfino ficou tentando escutar a conversa para intimidar o trabalhador. Isso já é assédio moral! O cara diz que se o trabalhador tiver contrato de 44 horas, pouco importa se ele tem ou não horas de greve para compensar, ele convoca mesmo e diz que são obrigados a atender! Tá na hora de baixar essa bola!
Pagar para trabalhar? Vejam a situação do AC Tremembé... O Gerente Ederson pretendia obrigar os trabalhadores a trabalharem em unidades de outras cidades para compensar a greve. Tudo isso antes da decisão do TST. Além disso, o mais absurdo é querer obrigar os ecetistas e dizer que todas as despesas serão de responsabilidade dos próprios trabalhadores!!! A situação já foi conversada e o gerente recuou, mas é bom lembrar que estamos de olho! Não vamos aceitar este absurdo! Esperamos não ter que colocar novamente o Sr. Ederson na coluna do Xô Pelego!