Projeto de Regionalização do Turismo nos Caminhos do Oeste
Projeto de Regionalização do Turismo Caminhos do Oeste
Construção Processual de Identidade Pesquisa de Identidade Cultural
Julho . 2007
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Projeto de Regionalização do Turismo nos Caminhos do Oeste
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Presidente do Conselho Deliberativo Estadual Carlos Fernando Amaral Diretor Superintendente Edival Passos Souza Diretores Paulo Manso Cabral Luiz Henrique Mendonça Barreto
Sebrae/Ba – Agência Barreiras Luciane Abreu
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Apresentação Objetivo Função do design Pressupostos Teóricos Situação Atual do Turismo no Brasil Caracterização Física4 Mapa Regional Meio Natural: O Cerrado Região Oeste – ocupação e história Pequeno Histórico dos Municípios Levantamento de Referências Culturais Calendário Cultural Similares e Concorrência Posicionamento de Marca Construção de um Conceito Visual Descrição de Produtos Caminhos do Oeste Bibliografia Anexo 1: glossário Anexo 2: questionários Anexo 3: marca
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Dessa terra convencida, Moço, venha para cá! Barreiras é o novo lugar onde será bem recebido. Pedro de Deus
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Apresentação O presente relatório apresenta as considerações finais do Projeto de Construção Processual de Identidade para Caminhos do Oeste, projeto este que visa apoiar o Projeto de Regionalização do Turismo nos Caminhos do Oeste, implantado na região oeste do estado da Bahia. Utilizando a metodologia do Design Estratégico, onde de forma multidisciplinar, buscouse envolver todos elementos integrantes ao desenvolvimento do turismo na região: a cultura em suas mais diversas vertentes, ferramentas de marketing turístico, diretrizes de ações de infra-estrutura, etc. E fortalecido com esta ferramenta, resgata-se elementos da identidade cultural local, hoje um forte instrumento agregador de valor às ações de desenvolvimento econômico, não bastasse nosso estado ser rico em diversidade cultural, a região permite que esta diversidade se amplie com a riqueza natural presente no oeste baiano. Foram coletados in loco dados e imagens que embasaram todas as considerações aqui descritas. E com estas informações, foi realizado um estudo estratégico de Identidade para implantação de um planejamento estratégico de ações. Plano este que será aplicado em conjunto com as diretrizes do Projeto de Regionalização, servindo de instrumento facilitador de sua execução. Esperamos que este conjunto de informações possa auxiliar no desenvolvimento regional do roteiro turístico Caminhos do Oeste, contribuindo para uma organização correta deste destino.
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Objetivo O objetivo central do presente Relatório é o de subsidiar o Grupo Gestor do Projeto de Regionalização do Turismo no Caminho do Oeste no seu objetivo principal ao desenvolver e qualificar o destino turístico Caminhos do Oeste, gerando ocupação e renda de forma sustentável. Este subsídio será apresentado na forma de direcionamentos estratégicos das ações e premissas definidas pelo Grupo Gestor, na especificação de produtos que aliam as ferramentas de desenvolvimento turístico às características culturais da região, e na disponibilização sistematizada das informações coletadas, facilitando o desenvolvimento das ações futuras. Além do levantamento e consolidação das informações culturais que envolvem a região, rica em manifestações tradicionais e história, as quais são importantes ativos a ser utilizado como potencializador da ação de incremento turístico.
Objetivos a serem alcançados Informações que subsidiarão as ações futuras nas áreas de história, cultura, comunicação e capacitação do trade turístico; Fortalecimento do Grupo Gestor de Turismo através dos direcionamentos sugeridos; Pesquisa de informações primárias e secundárias com a realização de coleta de dados através de questionário cultural e pesquisa de dados secundários; Base para o Guia de Referência de Turismo em Barreiras, com a sistematização das informações coletadas e disponibilização das informações coletadas.
Aplicação do Relatório O presente Relatório tem por fim disponibilizar indicações de ações e informações sintetizadas para serem utilizadas na construção dos produtos turísticos. Estas informações estarão disponíveis não só neste Relatório, mas também na mídia digital anexa, o que possibilita produção mais ágil, acesso mais democrático e amplo, e atualização e perpetuação dos dados.
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Função do Design O Design é uma atividade projetual que associa contexto social com exigências de mercado e meio ambiente, conciliando pólos na tarefa de satisfazer ou modificar as necessidades humanas. Em sua aplicabilidade, o Design integra várias disciplinas tornando-se uma atividade plural que traz melhorias dos aspectos funcionais, de planejamento, ergonômicos e visuais dos produtos, de modo a atender às demandas do consumidor, otimizando o conforto, a segurança e a satisfação dos usuários. O Designer, ou seja, o profissional de Design atua tanto no planejamento estratégico e gestão (processo) quanto em suas especialidades como o design de produto (projetos de objetos), design gráfico (projetos de marcas, identidade visual, estética de embalagem, cartazes, folhetos, capas de livros, CD‟s, etc), e marketing (gestão de marca, branding, estratégias de ação) renovando e inovando de forma criativa produtos e serviços. As vantagens da aplicação do Design como estratégia para diferenciação e inovação em um mercado cada vez mais competitivo perpassa conceitos como qualidade, ecologia e inovação. Isso significa identificação de demandas, adequação da oferta, melhoria de serviços, melhoria de processos, capacitação do capital humano, agregação de valor, promoção, divulgação, comercialização e mercado. Gerenciar identidade significa coordenar decisões sobre estética em relação a elementos de identidade. Ou seja, o gerenciamento de identidade focaliza questões estratégicas não tratadas pelos especialistas individuais. O conceito de Marketing não está restrito a uma marca ou produto. Segundo David Gertner, em sua obra “Marketing de Lugares”, assim como uma empresa trabalha para conquistar o consumidor, um país, estado ou cidade deve ter planos audaciosos para se divulgar como bom roteiro de investimentos. Seja para atrair uma indústria ou mesmo como um atraente destino turístico. “Qualquer lugar, não importa o seu tamanho ou localização, pode competir por investidores, turistas e residentes. É justamente por esta competição estar cada vez mais acirrada que o marketing estratégico de lugares se torna indispensável. É preciso promover bem produtos, destinos e oportunidades de investimento, de acordo com o potencial de cada país”. Devemos compreender que um lugar pode e deve ser gerenciado como um produto ou uma marca. Um lugar, assim como uma marca, pode alterar a percepção de valor de um produto exportado, de um destino turístico ou de uma oportunidade de investimento e negócios. O marketing estratégico de lugares tem importância crescente na promoção de setores cruciais para o desenvolvimento econômico como o de turismo e investimentos. O Design entra neste processo agregando as diversas expertises e sintetizando-as em um direcionamento estratégico único, como que um catalisador de soluções.
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Pressupostos teóricos Na pesquisa realizada, buscou-se embasamento teórico atual das proposições ao desenvolvimento e promoção do mercado turístico. Nota-se o grande avanço em que nosso país encontra-se na pesquisa e desenvolvimento de metodologias de incremento turístico, com importante bibliografia disponível. Algumas proposições foram levantadas nesta pesquisa para que se entenda o processo de desenvolvimento turístico como um processo de amplitude maior, envolvendo desde elementos e manifestações culturais como também a influência destes nos espaços públicos e privados e da importância de se estabelecer estratégias de integração dentre esta diversidade de componentes.
Aspectos de promoção turística A estratégia de posicionamento mercadológico dos produtos de turismo cultural, bem como as ações de promoção e comercialização são objetos do planejamento de marketing. Neste contexto, algumas peculiaridades do segmento devem ser especialmente observadas, já que a estrutura de comunicação dessa oferta pauta-se principalmente na identidade cultural do destino em questão. A marca é um instrumento para posicionar um destino no mercado turístico, diferenciando-o da concorrência. Ela deve transmitir qual é o conceito do produto, seus atributos e benefícios. A identidade cultural da região é um fator relevante na composição desta marca já que se trata de uma característica peculiar da região, capaz de identificá-la imediatamente, muitas vezes. Ao posicionar um destino recomenda-se uma cuidadosa análise da mensagem a ser transmitida evitando-se a utilização de estereótipos e outras linguagens que reduzam a real amplitude e valor das culturas que estão sendo promovidas. Por sua vez, as imagens e frases utilizadas devem estimular o imaginário do turista, motivando-o a viajar para a materialização dos sentimentos despertados pela propaganda. No entanto, a promoção de um destino precisa refletir a realidade da região, em consonância com comunidades locais, evitando que a cultura torne-se apenas um espetáculo comercial desprovido de sentido e significado. Nesse processo, um planejamento de marketing define, entre outros, as estratégias de comunicação e divulgação do local ou região, constando os tipos de materiais a serem desenvolvidos, conteúdos, mensagens, ilustrações, entre outros aspectos. No caso do Turismo Cultural, devem-se observar os grupos de turistas que viajam simplesmente por lazer, a princípio, sem interesses especiais na cultura. Esses turistas podem exigir um tipo de material diferenciado, onde o aspecto lazer deve ser enfatizado. A mesma observação é válida em relação ao turista com interesse especial na cultura, que exige um tipo de material que ressalte as possibilidades de vivências culturais. É pertinente destacar que a divulgação dos produtos turísticos aos estrangeiros não pode apresentar-se simplesmente como uma tradução do material em português, visto tratar-se de públicos diferentes que exigem abordagens também diferenciadas. Além disso, definem-se formas de apresentação (banners, folders, catálogos), de acordo com os objetivos da comunicação e do público-alvo. Em relação a esses objetivos, de forma simplificada, podem ter duas
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finalidades: uma para captação de turistas, destinada a sensibilizá-los e influenciá-los em seu processo de decisão de compra, fazendo uso, em maior grau, de apelos emocionais; e a outra, para oferecer informações sobre o destino. Neste último caso, o material é composto de mapas, que situem o destino em relação às principais cidades e rodovias, os atrativos e serviços e suas respectivas distâncias. Alguns pontos essenciais devem ser observados, possibilitando que o turista tenha uma visão geral dos atrativos que irá visitar além da infra-estrutura que terá a sua disposição. São eles: • Destacar junto ao nome da cidade um slogan que reflita a sua imagem principal, por exemplo, Rio de Janeiro – Cidade Maravilhosa; Santiago de Compostela – Cidade dos Peregrinos; • Oferecer um descritivo geral do local a ser visitado (histórico, influências, tradições, economia e tendências), ou seja, oferecer informações que justifiquem o slogan; • Destacar os lugares imperdíveis, relacionados à cultura e história, contendo, entre outros, resumo do atrativo, endereço, telefone, horário de funcionamento e website para mais informações; • Pontuar os demais atrativos, que permitem ao visitante aprofundar seus conhecimentos na cultura do local, oferecendo, da mesma forma, informações consistentes; • Destacar os eventos e atividades culturais que ocorrem na cidade (festivais, peças teatrais, até mesmo locais especiais onde os moradores da cidade freqüentam no seu cotidiano); • Apontar informações sobre onde comer e beber, enfatizando peculiaridades da culinária e dos costumes locais; • Oferecer informações complementares como a história, as curiosidades, causos e os mitos e lendas locais; • Oferecer a possibilidade de buscar mais informações via websites, centros de informações turísticas, guias turísticos, etc; Outra forma de promoção de particular importância para o segmento é o desenvolvimento de eventos culturais, capazes de atrair um grande número de turistas interessados em temáticas específicas. A permanência no destino motivada pelo evento incrementa a movimentação turística no local, em função da visita a outros atrativos. Pode, ainda, estimular o retorno do turista em outras oportunidades para conhecerem melhor o destino. Os operadores locais desempenham um papel fundamental na ampliação da oferta de produtos culturais do destino turístico, uma vez que podem elaborar e comercializar inúmeros roteiros temáticos com base em um mesmo território, ora destacando determinados episódios históricos, ora determinados aspectos da cultura, entre outros. Identificar e articular os diversos componentes dessa cadeia é salutar para a profissionalização do setor, a geração de empregos e a oferta de produtos de qualidade. A razão de ser do Turismo Cultural é a cultura e seus diversos bens e atividades que são produzidos independentemente da atividade turística. Em função disso, a própria cultura e sua repercussão podem ser o veículo de divulgação do Turismo Cultural. Os bens e atividades culturais são, via de regra, alvo dos meios de comunicação de massa, que propagam a sua produção em grandes proporções, estimulando o seu conhecimento, atingindo assim, turistas potenciais que podem se deslocar para usufruir a cultura. Nesse
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sentido, o mercado cultural influência o mercado turístico. Tal fato deve ser analisado pelo turismo para o estabelecimento de parcerias e ações comunicativas que viabilizem a atuação das duas áreas. Por outro lado, o incentivo a apresentações culturais representativas da região ou do município em mercados-alvo, pode ser uma estratégia para despertar o interesse de potenciais turistas, por meio de amostras do que pode ser a totalidade dos aspectos culturais do destino. Exemplificando: grupos folclóricos de dança, corais, bandas, artistas plásticos, poetas, atores, bonequeiros, produções amadorísticas de vídeo, artesanato em suas múltiplas tipologias e gastronomia, entre outros, que representem o modo de vida, hábitos e costumes da população do destino.
Proposições quanto ao Aproveitamento de Recursos Locais Entre a gama de potencialidades turísticas de uma região, destacam-se as que envolvem o aproveitamento de recursos naturais, os quais necessitam ser urbanizados para que possam da melhor maneira constituírem-se em atrações turísticas. Estes projetos de urbanização podem ser elaborados com baixo custo de implantação. Nesse sentido é básico o emprego de material e mão-de-obra locais, não só visando a economia na implantação da obra, como também buscando uma identidade para o município. Assim, é fundamental evitar a descaracterização da cobertura vegetal dos municípios, preservando a diversidade das espécies do cerrado. Outra questão a ser levantada é quanto à manutenção dos equipamentos projetados. É importante projetar equipamentos que exijam o menor custo possível de manutenção, para que não ocorra a inviabilidade de seu uso, após sua implantação. Algumas vezes, por exemplo, são projetados mini– zoológicos. Esses envolvem grande número de funcionários, altos custos com alimentação dos animais, medicamentos, manutenção do habitat natural, etc; o que só se traduz em altos custos. Em resumo, sugere-se a compatibilização dos custos de manutenção com os recursos do município e o aproveitamento de material, mão-de-obra e vegetação local.
Proposições Relativas à Área de Marketing O Marketing é um fator essencial no desenvolvimento econômico, e na atualidade é possível afirmar que não pode existir um alto nível de atividade econômica sem um nível correspondente de atividade de marketing. Como o turismo é uma atividade altamente competitiva, o marketing é fator essencial para o sucesso dos negócios no setor. Para o bom desenvolvimento de um produto turístico é conveniente adotar o princípio de que compete aos órgãos públicos o planejamento dos equipamentos e ações que forneçam suporte à atividade turística e à iniciativa privada a responsabilidade pelo planejamento e elaboração do produto, bem como pela sua comercialização. Esta conjugação de esforços é fundamental para a criação de um bom produto turístico, pois criar uma demanda inicial para um produto mal elaborado pode ser fácil, eventualmente, mas com o tempo a demanda não se satisfaz com o mesmo. Assim, o atendimento a alguns quesitos é fundamental para o sucesso das vendas do produto turístico. O primeiro deles tem relação
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com a “Imagem do Produto ou Núcleo”, ou seja, qual a característica principal do município (ou da cidade) a ser comercializado. Como muitos municípios apresentam tanto atrações naturais como culturais há a tendência de apresentá-las como uma imagem “diversificada” em prejuízo da “unidade”. É conveniente estudar quais as características (ou conjunto de características) mais significativas e através delas montar a estratégia de marketing. A partir daí o turista poderá obter uma boa impressão, ocasionada por informações e experiências pessoais com a localidade. Outro fator importante, relacionado ao anterior, refere-se, a constante prática em reproduzir no município as experiências de comercialização da cidade vizinha. Este fato ocasiona, via de regra, uma concorrência entre núcleos turísticos próximos, reduzindo a demanda para ambos, pois divide a clientela em diversos núcleos. A melhor alternativa será sempre verificar os vocações inexistentes na oferta da região e procurar trabalhar sobre este dado, complementando a atratividade do município vizinho, o que resultará em benefícios regionais, uma vez que o turista, geralmente, não se satisfaz com um único local de recepção, desejando atrativos diversificados. Caso o resultado da ação anterior se efetue, as ações de propaganda (como descrito abaixo) deverão ser encaradas dentro da mesma concepção, ou seja, as “Campanhas Publicitárias” devem ser realizadas em conjunto com outros municípios. Desta maneira, estarão sendo reforçados os roteiros regionais e o que é mais importante, os custos serão reduzidos pela distribuição entre os municípios participantes. Vários são os aspectos mercadológicos a serem levados em conta para o aproveitamento turístico dos municípios. Para tanto, se faz necessário conceituar alguns termos da área mercadológica. a) Distribuição: É o meio pelo qual o produto chega às mãos dos intermediários ou do consumidor final. Deve haver seleção e escolha de canais ou vias de distribuição, que podem ser diretas ou indiretas. Nas diretas o produtor se utiliza intermediários para a venda de seu produto. Nos canais de distribuição destacam-se os atacadistas, chamados operadores turísticos, os quais elaboram pacotes turísticos (utilizando-se de empresas de transportes, hotéis ou alojamentos, locadores, etc.). Os varejistas são os intermediários, quem vendem os pacotes turísticos ao comprador final, representado pelo turista. A utilização inadequada dos canais leva à ineficácia da venda do produto, ou seja, o produto certo no local errado. A distribuição inadequada da propaganda turística leva também ao insucesso de uma campanha. Há, ainda, dentro da distribuição, o conceito de logística que deve ser considerado. É a escolha e entrega que deve ser considerado. É a escolha e entrega de quantidades adequadas em localizações pré-fixadas na época e condições desejadas, seja pelo atacadista, varejista ou consumidor local. É de certa forma a dosagem adequada para atender-se determinada demanda. Não adianta deflagrar uma campanha promocional muito criativa se as peças que as constituem são em quantidades pequenas ou distribuídas inadequadamente. b) Comunicação: A comunicação entre produtor e consumidor pode ser feita através da venda pessoal, relações públicas, promoção de vendas, publicações e propaganda. Venda pessoal é a que propicia o relacionamento mais direto do comprador com, o vendedor e é utilizada junto a agentes de viagens, operadores turísticos, companhias aéreas, etc.
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c) Relações Públicas: É a preparação da imagem favorável da instituição ou do produto junto ao público. Junto a cada municipalidade deveria existir a função de relações públicas, desempenhada por profissional habilitado, que teria a tarefa de criar e manter uma imagem favorável do prefeito, da Prefeitura e da cidade. Agendas, release, entrevistas, palestras, participações pessoais em cerimônias de inauguração, visitas de autoridades, etc; são atividades que permitem uma imagem favorável do município e de suas instituições. d) Promoção de vendas: É a ação promocional que engloba vários tipos de medidas visando que o produto chegue no momento oportuno nas mãos dos consumidores. A promoção de vendas leva o produto ao consumidor e a publicidade leva o consumidor ao produto. Uma campanha bem produzida junto a determinado segmento de mercado, é uma forma de promoção de vendas. e) Publicidade: A publicidade tem inúmeros conceitos e, um dele é o conjunto de meios destinados a informar ao público e convencê-lo a utilizar – se das vantagens de um produto, instituição ou serviço. A publicidade torna conhecida a instituição, o produto ou o serviço, cria clima favorável e ganha sempre novos clientes. Há inúmeros veículos (mídias) para se conseguir chegar aos objetivos da publicidade e, portanto, pode-se afirmar que “Mídia” são os meios de comunicação publicitária que permitem que seja atingido o conjunto do público. A mídia pode ser classificada da seguinte forma: - Mídia eletrônica: rádio, TV, cinema audiovisual. - Mídia impressa: jornais, revistas, folhetos cartazes, out-doors m etc. As mídias mais usadas, em função do baixo custo, são as chamadas impressas , que no turismo são as seguintes: - Folhetos: servem para informar, convencer, e vender. Têm em geral textos e ilustração e deve obedecer a uma linha temática e possuir mensagem segundo o objetivo. Destina-se ao usuário que não conhece o núcleo a ser visitado. - Folheto local: são as plantas de cidades, guias de eventos etc; e se destinam aos turistas que já se encontram na destinação turística. - Brochura: são boletins de informações, catálogos e guias que servem de informações aos agentes de viagens. - Pôsteres ou Cartazes: são peças utilizadas em vitrines, exposições, etc. - Volante: impressos de baixo custo, contendo informações sobre localidades, eventos, instituições e serviços para distribuição em pontos de vendas em grande quantidade. São em geral impressos em papel barato a uma só cor. - Shellfolder: folheto com espaço em branco para o agente de viagem imprimir sua programação específica. - Postal: quase sempre uma foto colorida, retratando paisagens ou cenas. Tem valor testemunhal em publicidade e é muito usado em malas diretas. - Selos e Adesivos: material promocional para distribuição direta ao público.
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- Merchandising: material de diversos tipos, voltados para o público consumidor, aproveitando-se de promoções de eventos locais, instituições, serviços, etc. Pela possibilidade de seu uso pelo público (camisetas, bonés, chaveiros, calendários, cinzeiros, etc.) e pelo fato de poderem ser comercializados, sua aceitação é muito ampla. f) Propaganda: é o ato de propagar algo, divulgar uma idéia, torná-la conhecida através da persuasão Necessariamente envolve elaboração de uma idéia para o conhecimento público. Assim, com todos os instrumentos e meios descritos anteriormente temos o que chamamos de “Campanha Publicitária”.
Proposição quanto à Sinalização Turística A sinalização turística é um ponto importante na política de incentivo ao turismo. A pé, de carro, em transportes coletivos ou especiais, o visitante deve ter condições de identificar, através de sinalização, a existência de uma praia, cachoeira, monumento ou museu, por exemplo. De modo simples e direto, mas transmitindo o máximo de informação, as placas de sinalização turística obedecem a determinados critérios. Deve-se estabelecer a estratégia para a sinalização, a diferenciação da sinalização turística, a localização ideal das placas e os sinais que indicam a existência de prédios, monumentos, praias, cachoeiras, reservas florestais, áreas para a prática esportiva, montanhas e parques, entre outros, além das medidas e dos modelos de placas para áreas urbanas e rodovias. A sinalização deve transmitir imediatamente a existência de pontos turísticos a quem nada conhece do local ou região. Nesse sentido, é fundamental que o projeto estabeleça uma rota para o visitante, tanto em áreas urbanas quanto em rodovias. Antes de tudo, a sinalização turística deve chamar a atenção do visitante. Os sinais indicativos das placas devem ser claros, não permitindo outro tipo de interpretação além da informação que se deseja transmitir. É fundamental, ainda, que ela se diferencie da sinalização existente nas cidades ou nas estradas. A sinalização deve ser visível de dia e à noite. Deve ter dimensões compatíveis com a velocidade em estradas e vias urbanas, e deve estar colocada de modo a conduzir o visitante ao local desejado. A fim de diferenciar a sinalização turística das demais, não basta utilizar placas específicas. É necessário, também, que os postes de suporte tenham uma cor diferente da dos outros, para que o turista o identifique mesmo à distância, quando ainda não puder ter a informação. O material empregado na confecção das placas deve ser resistente às condições ambientais (não se deve usar, por exemplo, chapas de ferro junto ao mar). Além disso, a sinalização turística deve se enquadrar na paisagem sem agredir o ambiente (em lugares rústicos, convém usar placas de madeira). A altura das placas deve permitir uma boa leitura. Convém, entretanto, que elas estejam protegidas de eventuais depredações. A distribuição de placas ao longo das rodovias é, sem duvida, mais simples, pois implica basicamente na indicação de entrada e saída para o atrativo turístico. Nas cidades, o acesso a pontos turísticos nem sempre é muito fácil para os visitantes, estejam eles a pé, de carro ou utilizando transportes coletivos. Para não confundir o visitante com numerosas informações, a sinalização deve ser simples, para conduzi-lo inicialmente ao centro da cidade. A partir daí, a sinalização pode indicar rotas para pontos turísticos próximos ao centro ou na periferia. O mesmo cuidado deve ser
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observado na colocação de placas que facilitem o retorno do visitante ao centro da cidade. Prefeituras, Secretarias de Turismo, prédios públicos e órgãos de informação turística também devem ser sinalizados. As placas devem ser colocadas em locais de visibilidade, e com uma distância que indique claramente o caminho a ser percorrido pelo visitante, esteja ele a pé ou motorizado. A fim de estabelecer uma padronização para todo o território nacional, segue-se a regra geral de se colocar as placas do lado direito, no sentido do trânsito, pois é justamente aí que o motorista tem o hábito de procurá-las. Em faixas múltiplas, convém usar a sinalização do lado esquerdo ou nos canteiros centrais, para facilitar a visão dos motoristas da pista do meio. A placa suspensa só é utilizada pelos departamentos de trânsito para estabelecer faixas seletivas. Toda sinalização vertical deve ser colocada formando um ângulo de 90º. A 95º com a direção e o sentido do fluxo de automóveis. Os postes de suporte devem manter as placas em posição permanente para evitar que balancem ou sejam deslocadas indevidamente. A escolha do tipo e da quantidade de pontos turísticos a serem indicados ficará a critério exclusivo da autoridade local e de sua política de turismo. A fim de esclarecer possíveis dúvidas, convém entrar em contato com os órgãos especializados estaduais e federais. Mesmo assim, a sinalização turística obedece a critérios que devem ser observados por todos. Por exemplo: se no percurso existir mais de um ponto turístico para ser sinalizado, coloca-se, primeiro, a placa do mais distante. Em relação aos critérios, a padronização é estabelecida pelos glifos que definimos neste manual. Uma coisa, porém, deve ficar clara: determinados pontos turísticos transcendem, por si só, o que é estabelecido pelos glifospadrão. Por exemplo: o símbolo da máquina fotográfica, que significa “mirante”, não poderá se sobrepor, como informação útil à imagem do Cristo Redentor, na orientação do caminho do Corcovado. Portanto, é necessário que o bom senso prevaleça, em nome da comunicação inteligente e funcional. Na orientação de turistas, usaremos a sinalização gráfica vertical, que tem a seguinte definição nos manuais especializados. “Sinalização vertical (placas) é o sistema de sinalização que se utiliza de dispositivos para controle de trânsito , onde o meio de comunicação (sinal) está na posição vertical, ao lado ou sobre a pista, transmitindo mensagens fixas e, eventualmente, variáveis, mediante símbolos e/ou pré-conhecidas e legalmente instituídas“. As placas, que ajudam a manter o fluxo do trânsito em ordem e em segurança, são necessárias para: regulamentar as limitações, proibições ou restrições ao uso da vida: advertir os motoristas sobre possíveis perigos que não são percebidos imediatamente; indicar direções, logradouros, pontos de interesse, etc, a fim de ajudar o motorista do tráfego. A eficiência das placas depende principalmente da colocação correta, da legibilidade, da compreensão do símbolo por todos e da clareza da mensagem transmitida. Convém evitar o uso excessivo de placas, principalmente daquelas que têm como função advertir e regulamentar. Embora exista uma tolerância maior com as placas indicativas, elas devem ser utilizadas para orientar o visitante de maneira clara e direta, sem informações excessivas que possam confundi-lo. A sinalização turística deverá seguir as normas técnicas estabelecidas pelo Regulamento do Código Nacional de Trânsito, o Manual de Sinalização Vertical do DENATRAN, vol. 1 e a Resolução 689 – de 21/01/88 que trata de placas de atrativos turísticos.
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Situação atual do turismo no Brasil Segundo a FIPE, dos 43 mil turistas vieram ao país em viagem de lazer, atraídos por belezas naturais (39,3%), pela hospitalidade dos brasileiros e por amor pelo Brasil (35,3%). Esta tendência de vinculação de elementos imateriais ou sensoriais à definição de destinos pelos turistas nos possibilita agregar algo que temos de mais valoroso, Cultura. O segmento de turismo histórico e cultural nunca é de massa. Ele é específico e segmentado. O que podemos fazer para que se amplie sua característica a outros segmentos turísticos é agregar à cadeia, referências de cultura, relocando esta de um apelo meramente expositivo, a um locus utilitário. As atividades turísticas devem ser compatíveis com a valorização do patrimônio, apoiando iniciativas nesse sentido e produzindo atividades e medidas que promovam a valorização da cultura e do saber local. Entendendo o contexto externo, poderemos construir referenciais e diretrizes que embasarão o desenvolvimento de um plano de ação para o projeto Caminhos do Oeste.
O Turismo e o Mundo Em um recente estudo a UNICAMP (Valor Econômico 26/4/07), constatou-se o Brasil como pouco competitivo no setor turístico. Falta de financiamento público, infra-estrutura e capacitação de mão-de-obra são os principais entraves apontados. Não podendo deixarse de levar em conta a concentração desproporcional da atividade turística no Sul e Sudeste do país. A pesquisa dividiu o setor em grupos, no topo do ranking, no grupo 1 estão os países onde o turismo já tem participação significativa no PIB nacional e, mesmo assim, apresenta taxas elevadas de crescimento, tendo Espanha, Turquia e México como exemplo. Em seguida vem o grupo 2 com a Irlanda, Chile e Índia, onde a importância do turismo na economia ainda é restrita, mas o setor cresce em ritmo forte. No grupo 3 acontece o contrário: o turismo já responde por uma fatia relevante do PIB e, até por causa disso, a atividade registra taxas de crescimento mais tímidas, tendo a França e os Estados Unidos. O grupo 4, onde o Brasil, junto com a Argentina e Indonésia, se inclui, o turismo é menos dinâmico e, ao mesmo tempo, menos relevante no conjunto de toda a economia. Algumas constatações também foram evidenciadas, como o fato do turismo internacional ser justamente o grande vetor de crescimento da atividade, sendo uma solução para nós a elevação do número de estrangeiros que desembarcam no país todos os anos. Outra seria o fortalecimento do conceito de cadeia (trade) turística, havendo hoje pouca sinergia entre hotéis, restaurantes e meios de transporte, embora um dependa do outro.
Vendendo o destino Segundo Simon Anholt (Valor Econômico, 5/3/07), especialista em construção estratégica da imagem de países, crítica o uso único da publicidade com seus suplementos
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especiais aliados a logotipos e slogans. Segundo ele mensagem para diferentes públicos podem sobrepor-se ou entrar em conflitos. Há duas formas de mudar a imagem de um país ou local. Uma seria ter sorte estrelar na mídia televisiva vinculado a programas ou filmes de grande audiência. A outra seria através da inovação, onde novos produtos e marcas, arte e música, administração pública ainda melhor conseguem mudar a percepção das pessoas.
O Turismo e o Brasil O Produto Turístico possui uma característica muito particular e peculiar. A decisão pela compra do produto se dá em um momento anterior a qualquer contato direto com o mesmo. Esta característica impõe uma importância vital aos itens relativos a promoção e a publicidade para o seu consumo. Neste sentido, a expansão da atividade no mercado interno, bem como a inserção de forma marcante no mercado internacional, demandam uma ação agressiva de promoção de produto para que o mesmo possa chegar aos agentes operadores responsáveis pela sua comercialização e ao consumidor final. O Ministério do Turismo realizou o mapeamento turístico do País, para identificar as regiões e roteiros turísticos que devem ter projetos de ordenamento e estruturação territorial, gestão, qualificação e promoção, com visão de curto, médio e longo prazo. O trabalho, realizado através do Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil, em 2004, identifica 219 regiões turísticas. Neste âmbito, o processo de estruturação de novos roteiros turísticos, com vistas à comercialização nacional e internacional, encontra-se em andamento. E em função das adequações e ajustes das regiões turísticas, atualmente o País conta com 200 regiões turísticas envolvendo 3.819 municípios. Com isso, deve-se haver destinação de recursos para ações promocionais e campanhas em mídia diversificada, folhetaria, e apoio a eventos diversos para promoção do turismo interno com qualidade, motivando o brasileiro a conhecer o local. Para o mercado externo, os recursos devem ser utilizados para participação em feiras internacionais de turismo, voltadas para os agentes de mercado e para o público consumidor final, na implantação de políticas de captação e promoção de eventos internacionais, na implantação de um Bureau de Comercialização / Captação e em Press Trips.
Recursos Turísticos Culturais e Históricos O patrimônio cultural composto pela sua arte, folclore, artesanato, música, religião, crenças, usos e costumes, etc. é a representação da organização social do homem junto ao seu ambiente natural. O patrimônio histórico é todo o acervo da comunidade local que registra o seu passado. Tanto um como outro representa valioso recurso turístico quando bem valorizado e preservado. Compreendem estes recursos os momentos históricos, edificações, museus, arquitetura, locais históricos e arqueologia, manifestações folclóricas, festividades, etc. Outro conjunto refere-se a recursos técnicos e científicos que atraem a curiosidade de grupos turísticos profissionais ou o público em geral, tais como empreendimentos agropecuários, indústrias, parques botânicos, etc.
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Cabe ressaltar também a importância de determinados eventos como recursos turísticos que provocam atratividade, tais como eventos esportivos, feiras, congressos, convenções, etc. Entre a gama de potencialidade turística de um município, destacam-se a que envolvem o aproveitamento de recursos naturais, os quais necessitam ser urbanizado para que possam da melhor maneira constituir-se em atrações turísticas. O consumo e a utilização dos produtos valorizam e promovem a relação dos turistas com a cultura local e seus produtos típicos. Uso de cardápios com sucos regionais e comidas típicas, a identificação de pontos históricos, etc, são exemplos de pequenas ações que no conjunto apresentam a cultura de forma mais próxima do espectador.
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Trabalhadores de têmpera de aço e espírito altaneiro.
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Caracterização Física A Região Oeste da Bahia aqui analisada compreende as regiões Oeste e do Vale Sanfranciscano da Bahia incluindo e os municípios de Ibotirama e Bom Jesus da Lapa na margem direita do Rio São Francisco
Região do Oeste Seu relevo é constituído por chapadões sedimentares e algumas vertentes, especialmente a dos rios Grande e Corrente, com cotas altimétricas variando entre 450 a 900 metros sobre o nível do mar. Sua composição geológica é constituída por arenitos e calcários das formações Urucuía (cretáceo) e Bambuí (siluriano), recobertos por formações areníticas do Mesozóico. A maioria de seus solos é do tipo latosolo vermelho álico, com manchas de solos podzólicos vermelhos e hidromórficos. Na região nascem afluentes da margem esquerda do Rio Francisco, alguns dos quais navegáveis, como os rios Corrente e Grande. Seu clima é muito variável, compreendendo áreas úmidas, subúmidas, subsecas e secas, com precipitações variando entre 750 e 1.250 mm/ano, com períodos chuvosos de novembro a abril. Embora possuindo solos pobres e ácidos, a topografia amena, as precipitações pluviométricas relativamente altas e as novas tecnologias de cultivo do cerrado criam boas perspectivas agrícolas. A navegação natural é do tipo cerrado arbóreo, aberto, sem floresta de galerias. Os principais assentamentos urbanos estão à margem de rios navegáveis, como as cidades de Santa Maria da Vitória e Barreiras.
Vale Sanfranciscano da Bahia - Médio São Francisco O relevo da região é dominado pela depressão do São Francisco, que se desenvolve entre os altos relevos da Chapada Diamantina, à Nascente, e os Chapadões Ocidentais, ao Poente. Mas a mesorregião inclui também o Pediplano Sertanejo, várzeas e terraços aluviais, blocos planálticos setentrionais e campos de areia. As cotas altimétricas variam entre 350 e 700m sobre o nível do mar. A calha do rio é sulcada em rochas da série Bambuí, de idade siluriana, no Médio São. A hidrografia regional é dominada pelo São Francisco, navegável praticamente em toda a extensão baiana. Entre 1972 e 1979 foi construída a represa do Sobradinho (2.214 km²), o que resultou no afogamento de quatro cidades – Casa Nova; Sento Sé; Remanso e Pilão Arcado – e na relocação de 11.853 famílias.
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Mapa regional A região compreendida pela região compreendida pelo destino Caminhos do Oeste integra os seguintes municípios: Barra Barreiras Bom Jesus da Lapa Correntina Luis Eduardo Magalhães Riachão das Neves São Desidério São Felix do Coribe Santa Maria da Vitória Santana M A R A N H Ã O
P I A U Í
T O C A N T I N S
G O I Á S
M I N A S G E R A I S
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Meio Natural: O Cerrado O meio natural da região oeste do estado da Bahia é caracterizada pela presença do Cerrado. O Bioma Cerrado ocupa cerca de 2 milhões de km2 do território brasileiro. Ocorre em 13 estados brasileiros e no Distrito Federal, e também na Bolívia.A ocupação começou no Séc. XVIII. As incursões nessa vasta região eram realizadas principalmente através dos rios e veredas, caracterizadas pela ocorrência de buritis O BIOMA DO CERRADO EM SUA ABRANGENCIA (Mauritia flexuosa), devido a maior facilidade de penetração. O interesse inicial era a exploração mineira nos estados de Goiás e Mato Grosso. Concomitantemente e também após o declínio destas atividades houve a implantação de uma pecuária extensiva baseada em pastagens nativas e capins africanos como o jaraguá (Hyparrhenia rufa) e capim gordura (Melinis minutiflora). Essas atividades pecuárias antigas encontram-se hoje em desuso devido a baixa produtividade e a destruição ambiental. Atualmente a maioria dos pecuaristas adotam técnicas modernas de produção e há um aumento crescente com as questões ambientais. A grande ocupação do Cerrado iniciou no século XX, com o translado da capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília. No final da década 70, a Região do Cerrado era pouco explorada. As correntes migratórias, principalmente das regiões Sul e Sudeste do país, tornaram o Cerrado o um grande produtor de grãos. Segundo dados hoje existem na região 50 milhões de hectares de pastagens cultivadas, 30 milhões de hectares de pastagens nativas, 13,5 milhões de hectares de culturas anuais e dois milhões de hectares de culturas perenes e florestais. Atualmente muitas empresas agropecuárias adotam tecnologias de ponta para fazer o Cerrado produzir. Devido a baixíssima fertilidade dos solos foram adotadas técnicas de correção, adubação e manejo dos mesmos, alem de produzir cultivares de plantas comerciais adaptados ao Bioma. Com todo esse desenvolvimento econômico houve uma perda do conhecimento sobre a fauna e a flora existente nesta área, principalmente sobre o potencial valor econômico dos mesmos.
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A flora e fauna do Cerrado são riquíssimas. Esta região possui cerca de 10.000 espécies vegetais. Estima-se que em cada hectare podem ser encontradas cerca de 400 espécies de plantas. Quanto a fauna são conhecidas cerca de 1.600 espécies de animais. São 195 espécies de mamíferos, sendo 18 endêmicas. Devido a essa grande biodiversidade o Cerrado é considerado uma das 25 áreas do mundo prioritárias para a conservação. Se bem que ainda incompletamente conhecida, a flora do Cerrado é riquíssima.Tomando uma atitude conservadora, poderíamos estimar a flora do bioma do cerrado como sendo constituída por cerca de 3.000 espécies, sendo 1.000 delas do estrato arbóreo-arbustivo e 2.000 do herbáceo-subarbustivo. Como famílias de maior expressão destacamos as Leguminosas (Mimosaceae, Fabaceae e Caesalpiniaceae), entre as lenhosas, e as Gramíneas (Poaceae) e Compostas (Asteraceae), entre as herbáceas. Em termos de riqueza de espécies, esta flora deve ser superada apenas pelas florestas amazônicas e pelas florestas atlânticas. Outra característica sua é a heterogeneidade de sua distribuição, havendo espécies mais típicas dos Cerrados da região norte, outras da região centro-oeste, outras da região sudeste etc. Por esta razão, unidades de conservação, com áreas significativas, deveriam ser criadas e mantidas nas mais diversas regiões do Domínio do Cerrado, a fim de garantir a preservação do maior número de espécies da flora deste Bioma, bem como da fauna a ela associada. Entre os Vertebrados de maior porte encontrados em áreas de Cerrado, citamos a jibóia, a cascavel, várias espécies de jararaca, o lagarto teiú, a ema, a seriema, a curicaca, o urubu comum, o urubu caçador, o urubu-rei, araras, tucanos, papagaios, gaviões, o tatu-peba, o tatu-galinha, o tatu-canastra, o tatu-de-rabo-mole, o tamanduá-bandeira e o tamanduámirim, o veado campeiro, o cateto, a anta, o cachorro-do-mato, o cachorro-vinagre, o lobo-guará, a jaritataca, o gato mourisco, e muito raramente a onça-parda e a onçapintada. Entre os Invertebrados, pesquisas futuras mostrarão seguramente muitas espécies endêmicas. Neste grupo da fauna merece especial destaque o Phylum Arthropoda e entre estes a Classe Insecta. Os cupins, insetos da Ordem Isoptera, Família Termitidae, são de grande importância seja pela sua riqueza em gêneros e espécies, seja pelo seu papel no fluxo de energia do ecossistema, como herbívoros vorazes que são e servindo de alimento para grande número de predadores (tamanduá, tatu, cobra-de-duas-cabeças, lagartos, etc.). Ordem de grande importância é a dos Hymenoptera, onde se destacam as Famílias Formicidae (formigas), como as saúvas (Gênero Atta) por exemplo, e Apidae (abelhas), esta última pelo seu importante papel na polinização das flores. Os gafanhotos (Ordem Orthoptera, Família Acrididae) também apresentam grande riqueza de espécies e significativa importância como herbívoros. A vegetação do Bioma do Cerrado, considerado aqui em seu "sensu lato", não possui uma fisionomia única em toda a sua extensão. Muito ao contrário, ela é bastante diversificada, apresentando desde formas campestres bem abertas, como os campos limpos de cerrado, até formas relativamente densas, florestais, como os cerradões. Entre estes dois extremos fisionômicos, vamos encontrar toda uma gama de formas intermediárias, com fisionomia de savana, às vezes de carrasco, como os campos sujos, os campos cerrados, os cerrados "sensu stricto" (s.s.). Assim, na natureza o Bioma do Cerrado apresenta-se como um mosaico de formas fisionômicas, ora manifestando-se como campo sujo, ora como cerradão, ora como campo cerrado, ora como cerrado s.s. ou campo limpo. Quando
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percorremos áreas de cerrado, em poucos km podemos encontrar todas estas diferentes fisionomias. Este mosaico é determinado pelo mosaico de manchas de solo pouco mais pobres ou pouco menos pobres, pela irregularidade dos regimes e características das queimadas de cada local (freqüência, época, intensidade) e pela ação humana. Assim, embora o Bioma do Cerrado distribua-se predominantemente em áreas de clima tropical sazonal, os fatores que aí limitam a vegetação são outros: a fertilidade do solo e o fogo. O clímax climático do Domínio do Cerrado não é o Cerrado, por estranho que possa parecer, mas sim a Mata Mesófila de Interflúvio, sempre verde, que hoje só existe em pequenos relictos, sobre solos férteis tipo terra roxa legítima. As diferentes formas de Cerrado são, portanto, pedoclímaces ou piroclímaces, dependendo de ser o solo ou o fogo o seu fator limitante. Claro que certas formas abertas de cerrado devem esta sua fisionomia às derrubadas feitas pelo homem para a obtenção de lenha ou carvão. De um modo geral, podemos distingüir dois estratos na vegetação dos Cerrados: o estrato lenhoso, constituído por árvores e arbustos, e o estrato herbáceo, formado por ervas e subarbustos.. Elas diferem entre si não só pelo seu espectro biológico, mas também pelas suas floras, pela profundidade de suas raízes e forma de exploração do solo, pelo seu comportamento em relação à seca, ao fogo, etc., enfim, por toda a sua ecologia. Toda a gama de formas fisionômicas intermediárias parece-nos expressar exatamente o balanço atual da concorrência entre aqueles dois estratos. Troncos e ramos tortuosos, súber espêsso, macrofilia e esclerofilia são características da vegetação arbórea e arbustiva, que de pronto impressionam o observador. O sistema subterrâneo, dotado de longas raízes pivotantes, permite a estas plantas atingir 10, 15 ou mais metros de profundidade, abastecendo-se de água em camadas permanentemente úmidas do solo, até mesmo na época seca. Já a vegetação herbácea e subarbustiva, formada também por espécies predominantemente perenes, possui órgãos subterrâneos de resistência, como bulbos, xilopódios, sóboles, etc., que lhes garantem sobreviver à seca e ao fogo. Suas raízes são geralmente superficiais, indo até pouco mais de 30 cm. Os ramos aéreos são anuais, secando e morrendo durante a estação seca. Formam-se, então 4, 5, 6 ou mais toneladas de palha por ha/ano, um combustível que facilmente se inflama, favorecendo assim a ocorrência e a propagação das queimadas nos Cerrados. Neste estrato as folhas são geralmente micrófilas e seu escleromorfismo é menos acentuado O relevo do Domínio do Cerrado é em geral bastante plano ou suavemente ondulado, estendendo-se por imensos planaltos ou chapadões. Cerca de 50% de sua área situa-se em altitudes que ficam entre 300 e 600 m acima do nível do mar; apenas 5,5% vão além de 900m. As maiores elevações são o Pico do Itacolomi (1797 m) na Serra do Espinhaço, o Pico do Sol (2070 m) na Serra do Caraça e a Chapada dos Veadeiros, que pode atingir 1676 m. O bioma do Cerrado não ultrapassa, em geral, os 1100 m. Acima disto, principalmente em terrenos quartzíticos, costumamos encontrar os Campos Rupestres, já característicos de um Orobioma. Ao contrário das Matas Galeria, Veredas e Varjões, que ocupam os fundos úmidos dos vales, o Cerrado situa-se nos interflúvios. Aqui vamos encontrar, também, manchas mais ou menos extensas de matas mesófilas sempre-verdes, semi-caducifólias ou caducifólias, que já ocuparam áreas bem maiores que as atuais, mas que foram reduzidas a relictos pelo homem, devido à boa qualidade das terras e à riqueza em madeiras-de-lei. Em sua textura predomina, em geral, a fração areia, vindo em
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seguida a argila e por último o silte. Eles são, portanto, predominantemente arenosos, areno-argilosos, argilo-arenosos ou, eventualmente, argilosos. Sua capacidade de retenção de água é relativamente baixa. O teor de matéria orgânica destes solos é pequeno, ficando geralmente entre 3 e 5%. Como o clima é sazonal, com um longo período de seca, a decomposição do húmus é lenta. Sua microflora e micro/mesofauna são ainda muito pouco conhecidas. Todavia, acreditamos que elas devam ser bem características ou típicas, o que, talvez, nos permitisse falar em "solo de cerrado" e não apenas em "solo sob cerrado", como preferem alguns. Em parte dos Cerrados, o solo pode apresentar concreções ferruginosas - canga formando couraças, carapaças ou bancadas lateríticas, que dificultam a penetração da água de chuva ou das raízes, podendo às vezes impedir ou dificultar o desenvolvimento de uma vegetação mais exuberante e a própria agricultura. Quando tais couraças são espessas e contínuas, vamos encontrar sobre estas superfícies formas mais pobres e mais abertas de Cerrado. Que porcentagem dos solos apresenta este tipo de impedimento físico não sabemos, embora ela deva ser significativa. Quando pastagens nativas de cerrado são sobrepastejadas, o solo fica muito exposto e é facilmente erodido. Devido às suas características texturais e estruturais ele é também freqüentemente sujeito à formação de enormes voçorocas. Estas características dos solos do Bioma do Cerrado permitem-nos considerá-lo como um Pedobioma, do Zonobioma II de Heinrich Walter. São áreas contendo árvores e arbustos espalhados sobre um estrato graminoso, sem a formação de um dossel contínuo. Caracteriza-se pela presença de árvores baixas, inclinadas, tortuosas, com ramificações irregulares e retorcidas, geralmente com evidências de queimadas. Arbustos e sub-arbustos encontram-se espalhados, sendo que algumas espécies apresentam órgãos subterrâneos perenes (xilopódios), que permitem a rebrota após a queima ou corte. O tronco das árvores lenhosas, em geral, possui cascas com cortiça grossa, fendida ou sulcada, e as gemas apicais de muitas espécies são protegidas por densa pilosidade. Muitas espécies possuem folhas rígidas e coriáceas. Esta fisionomia predomina na região Oeste da Bahia, relacionada em geral aos arenitos cretácicos da Formação Urucuia e a algumas manchas de coberturas terciárioquaternárias, onde predominam os Latossolos Vermelho-Amarelos e os Neossolos Quartzarênicos.
O Buriti O Buriti (Mauritia flexuosa) é típico das veredas do cerrado, sendo também chamado de Buriti-do-brejo. É de grande importância para o homem, pois, além de alimentação, fornece matéria-prima para diversos produtos artesanais. Seu fruto é comestível, sendo também usado no preparo de sucos, doces e azeite de cozinha. De suas folhas pode-se fazer móveis e diversos produtos artesanais, e de seu estipe fabricam-se canoas, pranchões e ripas. Outro uso interessante é do albume da semente, com o qual podem-se fabricar botões e artigos similares. Na comunidade da Ilha do Vítor em São Desidério assim com na zona rural de Barreiras foi constatado o uso do Buriti na alimentação, nas construções (portas e coberturas) e na
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fabricação de móveis, redes, esteiras, vassouras, chapéus, peneiras, balaios, rolhas e capitís. Daí a sua importância econômica e cultural e a necessidade de uma política de uso sustentável para sua preservação e seu melhor aproveitamento. Todo o artesanato da Ilha do Vítor é feito aproveitando-se as folhas do Buriti. Do “braço” faz-se os móveis e rolhas, e tiram-se as taras para confecção de balaios e peneiras. A palha nova (olho) é usada para fazer os demais produtos artesanais. Apenas o talo da folha não é aproveitado pelos artesãos locais.
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Região Oeste - Ocupação e História A certidão de nascimento da região do Oeste do estado da Bahia para a sua ocupação pelos colonizadores europeus, foi a carta de Évora, documento de doação da Capitania Hereditária de Pernambuco ao donatário Duarte Coelho Pereira, assinada pelo rei de Portugal D. João III, em 10 de março de 1534. A carta define que a capitania de Pernambuco iniciaria seu território no mar, acompanhando em seguida a margem esquerda do Rio São Francisco, estendendo sua fronteira ao Sul até o Rio Carinhanha, na divisa com Minas Gerais. Apesar do fracasso das Capitanias Hereditárias, a Capitania de Pernambuco prosperou, graças ao tino administrativo de Duarte Coelho Pereira e a associação que fez com os banqueiros alemães Chistopher e Cimbald Lintz, homens prósperos, que investiram capital em engenhos de cana-de-açúcar e na aquisição de navios que viabilizavam o comércio com a Europa. Em 1548, Duarte Coelho fez uma tentativa de colonizar nossa região, mas foi impedido pelos índios Acroás e Mocoás, tribos guerreiras que habitavam as margens esquerda e direita do Opara, nome dado por eles ao Rio São Francisco. Entre 1545 e 1550, Duarte coelho Pereira, organizou uma expedição que subiu o Rio São Francisco, tendo ultrapassado a região de Bom Jesus da Lapa. Foi a primeira viagem de reconhecimento do Rio São Francisco feita em caráter oficial. O Rio São Francisco e seus afluentes foram os caminhos pelos quais, Bandeirantes e Colonizadores penetraram na região. Os índios locais foram combatidos ou catequizados. Quatro eram os povos indígenas que habitavam o oeste da Bahia antes da chegada dos portugueses: Acroás -Habitavam as margens do Iassu, nome dado por eles ao Rio Grande; Chacriabás - Tembém habitavam as margens Rio Grande; Aricobés - Viviam mais ao norte, na região onde hoje é Angical (município que fica ao sul de Santa Rita de Cássia); Xerentes - Sua principal aldeia se localizava no Pontal, na Serra do Boqueirão, próximo ao local onde o rio Preto deságua no rio Grande. Com a chegada dos colonizadores no início do século XVII, esses índios tiveram suas terras invadidas e tomadas à força. Depois de muitos combates, a população indígena ficou bastante reduzida, contudo não chegaram a ser exterminados. Foram mudando suas aldeias de lugar, sempre margeando rio acima; sabe-se que fixaram moradia pela última vez na região num lugar denominado Aldeia, localizado às margens do rio Preto, no atual município de Formosa do Rio Preto,então distrito de Santa Rita de Cássia. Os Xerentes, já "civilizados", hoje em dia habitam o norte do estado do Tocantins. O Baixo São Francisco havia sido explorado por navegadores portugueses em 1522. Mas o reconhecimento de seu curso médio e desbravamento do sertão baiano só se realizariam apartir da reintegração da Capitania da Bahia à Coroa e instalação do Governo Geral, em 1549. Já em meados do século XVI, expedições saídas do litoral, em especial de Porto Seguro e Salvador, penetraram o território baiano em direção ao oeste, em busca de metais preciosos e apresentamento de índios, atingindo o São Francisco por acaso. Saindo de Porto Seguro, em 1553, Bruza Espinoza, acompanhado do jesuíta Aspicuelta Navarro,
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subiu o Jequitinhonha e chegaram às cabeceiras dos rios Pardo e das Velhas, alcançando, mais adiante, o São Francisco. Partindo de Salvador, Vasco Rodrigues de Caldas subiu o Paraguaçu e chegou à Chapada Diamantina, em 1561. João Coelho de Souza segue a mesma rota em busca de ouro, alcançando as Matas de Orobó (Rui Barbosa) e as cabeceiras do Rio Utinga. Cruza, a seguir, o território de Morro do Chapéu e chega a Jacobina, onde encontra vestígios de metais preciosos. Antes de morrer, organiza um roteiro que faz chegar a seu irmão, Gabriel Soares de Souza, o grande cronista do primeiro século. Para desbravar as nascentes do Rio São Francisco, o Governador D. Luiz de Brito e Almeida contrata, em 1587, o bandeirante Sebastião Álvarez. Este, após anos vagando pelo rio, morre em mãos dos tupinambás. Gabriel Soares Souza, de posse do roteiro do irmão, vai a Madrid e consegue, em 1591, de Felipe II, rei da Espanha e Portugal, o título do Capitão Mor e Governador da Conquista e Descobrimento do Rio São Francisco. Partindo de suas terras em Jaguaripe sob o Paraguaçu passando, em seguida, para o vale do Itapicuru até atingir Jacobina, onde comprova a presença de vestígios de ouro. Dali desce o rio Salitre em direção ao São Francisco e parte em busca das nascentes do mesmo, morrendo em meio à missão. Pouco depois, em 1595, Belchior Dias Moreyra inicia viagem de oito anos pela bacia sanfranciscana. Em meados do século XVII, Francisco Garcia D'ávila, o Conde da Torre, e Domingos Afonso Sertão, o Matrense ambicionavam se apossar das terras à oeste do rio São Francisco, e conseguiram de D. Afonso VI, então rei de Portugal, uma permissão formal para fazer guerra contra os índios. Ambos ganharam patente militar, sendo o Conde da Torre nomeado coronel comandante e Domingos Afonso capitão do exército. Combates constantes se seguiram, mas os colonos continuaram avançando, estabelecendo-se pouco a pouco na região. Navegando pelos rios Preto e Grande, eles iam penetrando cada vez mais nos vales, chegando até a lagoa de Parnaguá, no atual estado do Piauí. Ao longo do caminho, no rastro que esses sertanistas deixavam atrás de si após sua passagem, foram surgindo arraiais e vilarejos. Em carta enviada ao então GovernadorGeral do Brasil, D. João de Lancaster, datada de 2 de dezembro de 1698, o novo rei de Portugal, D. Pedro II, determinou que fossem fundados "núcleos de civilização" nas bacias do rio São Francisco, do rio Grande e do rio Preto, para atender aos pedidos dos habitantes locais que chegavam insistentemente à Lisboa, solicitando segurança contra os ataques dos índios às suas fazendas e também reivindicando a presença de instituições que representassem o Estado. Além disso, a metrópole percebeu a necessidade da presença de colonos naquela região para garantir aos portugueses a posse das terras à oeste do rio São Francisco. Inicia-se assim a implantação/oficialização dos primeiros povoados na região, em núcleos já habitados que existiam desde meados de 1600: São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande do Sul, na confluência do rio Grande com o rio São Francisco, atual Barra; Campo Largo, à margem esquerda do rio Grande, 80 quilômetros abaixo de onde surgiria por volta de 1700 a comunidade de São João de Barreiras, atual Barreiras.;
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Vila de Nossa Senhora do Livramento de Parnaguá, atual Parnaguá, junto à lagoa de mesmo nome, no Piauí; Santa Rita do Rio Preto, na margem esquerda do rio Preto. A ordem foi apenas um complemento, uma formalização para um movimento que já estava se consolidando. Com o crescimento da atividade comercial entre Barra e São João de Barreiras, barqueiros e aventureiros subiam o rio Grande e seus afluentes explorando áreas desabitadas, o que culminou na formação de novas comunidades. Os povoados prosperaram e foram durante muito tempo os principais "núcleos de civilização" da região. Porém, como os ataques dos índios continuavam, em 17 de dezembro de 1699 o rei português, D. Pedro II, autorizou a D. João de Lancaster, Governador-Geral do Brasil, que fizesse oficialmente guerra contra os índios, assinando assim a sentença de morte contra os indígenas. As tribos foram praticamente dizimadas, com exceção dos índios Aricobés, de Angical, que por serem de índole mansa, foram poupados e posteriormente catequizados, primeiro por Capuchinhos e depois por Franciscanos vindos de Salvador, iniciando-se assim um trabalho educativo que se desenvolveu por toda a região. Apesar disso, a perseguição sistemática contra esses índios continuou até a década de 1930. Jacobina logo se transformaria em ponto de convergência e comercialização de boaidas que desciam do Piauí. Ali chegavam a passar até seis meses a espera do inverno, quando a caatinga florescia, amenizando a caminhada dos animais e vaqueiros. Mas, no início do século XVIII, com a descoberta de ouro nas Minas Gerais, as boiadas tomaram outro rumo, tirando de Jacobina essa função tradicional. Uma das primeiras vias de acesso ao São Francisco a ser trilhada por entradas e bandeiras só seria povoada a partir do século XVIII, com a descoberta de ouro em Rio de Contas. É bem verdade que desde os últimos anos do Seiscentos ela passou a ser rota de peregrinação a Bom Jesus da Lapa. No início do Setecentos, Antonil a descreve partindo de Cachoeira, seguindo pelo vale do Paraguaçu, passando por João Amaro e Tranqueira, para ali se bifurcar. Os que tomavam à mão direita passavam pelo arraial de Matias Cardoso e dali atingiam o São Francisco, subindo-o até a barra do Rio das Velhas, para chegarem às Minas Gerais. Embora no período colonial essa região fizesse parte da Capitania de Pernambuco, ela ficava geograficamente mais próxima da Capitania da Bahia, por isso foram os desbravadores baianos que, em combates com os índios, se apossaram das terras da margem esquerda do rio São Francisco. Porém, Pernambuco não se conformava com a perda de uma parte tão significativa do seu território, e após mais de um século de reivindicações, obteve a reanexação, em caráter administrativo, das terras da margem esquerda do São Francisco. Em 1810, D. João VI, com a Família Real já no Brasil, criou, a pedido dos pernambucanos, a Comarca do Sertão de Pernambuco nas terras à margem esquerda do São Francisco, que mais tarde passou a chamar-se Comarca do São Francisco. Por causa das revoluções separatistas que os pernambucanos fizeram em 1817 e em 1824 com o fim de se separar do Brasil e formar um país independente que se chamaria Confederação do Equador, D. Pedro I, em represália, anexou primeiramente a Comarca
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do São Francisco a Minas Gerais e posteriormente, em 1827, incorporou definitivamente toda a margem esquerda do São Francisco à Bahia. Durante muito tempo rolou nos tribunais uma questão judicial entre a Bahia e Pernambuco pela disputa desta área, que ficou conhecida como Região do Além São Francisco. No princípio navegavam pelo São Francisco apenas canoas, já utilizadas pelos cariris, acionada por varas e/ou remos, solitárias ou amarradas entre si, formando ajoujos, para o transporte de cargas maiores. Depois surgiram barcaças bem maiores. Muitas delas ganharam, no início deste século, impressionantes figuras de proa talhadas pelo escultor Guarany e seus discípulos. A navegação do Médio São Francisco, porém, não podia desenvolver-se sem uma articulação com um porto externo. Coube aos governos da Província de Minas Gerais o pioneirismo da construção do primeiro barco a vapor da bacia do São Francisco, batizado de Saldanha Marinho, em torno de 1852. Partindo de Pirapora, o vapor descia até a cidade de Sta. Maria da Boa Vista (PE), retornando à Barra e penetrando pelo Rio Grande até Barreiras. Dali voltava ao São Francisco, rumando a ponto de partida.O Vapor Presidente Dantas começou a navegar em 1873, operado pela Companhia Jequitinhonha, de propriedade das Províncias da Bahia e Minas.A linha foi desativada em 1886, porém dois novos navios, adquiridos na Inglaterra, foram montados em Juazeiro, em 1907/08, restabelecendo a linha. Curiosamente, a navegação à vela só seria introduzida em 1944, pelo comerciante Manoel Vieira Rocha, ao montar duas velas simétricas na barcaça “Sergipana”. Substituía, assim, 13 remeiros por apenas três tripulantes e imprimia maior velocidade aos barcos. Sem perceber, Manoel Vieira Rocha alteraria a paisagem do rio com suas barcas asas de mariposa e a estrutura econômica da navegação ao decretar a falência das barcas acionadas por varas ou remos. Contudo, a navegação à vela não era possível em toda a extensão do Rio São Francisco. Entre Bom Jesus da Lapa e Pirapora as condições de vento não permitiam velejar. O mesmo comerciante adapta, então, um motor de exploração a uma barca, provocando uma nova revolução. Eram os “gaiolas”, pequenas embarcações para o transporte de cargas e passageiros, entre Pirapora e Juazeiro. Os gaiolas se popularizaram rapidamente, ocupando o espaço deixado pela falência da navegação a vapor. Mas a construção da Barragem de Sobradinho, entre 1973 e 1979, viria, por sua vez, decretar a morte de muitos “gaiolas”, com a formação de um lago com ondas que os pequenos barcos não conheciam, aumentando a crise da navegação do São Francisco. Durante a Segunda Guerra Mundial com a falta de estradas e face ao torpedeamento de navios na costa brasileira, o São Francisco voltou a ser uma via de comunicação importante, ligando o Nordeste ao Centro-Sul do país. À exceção de períodos breves, como esse, a navegação no São Francisco jamais foi rentável. As duras condições de sobrevivência no semi-árido baiano propiciaram, ao longo de sua história, o surgimento de movimentos, como o messianismo; Ainda no final do século XVII, o pintor e ourives português Francisco de Mendonça Mar, após ser preso e espancado injustamente em Salvador, adentra-se pelo sertão baiano com uma imagem do Senhor Bom Jesus indo instalar-se no sopé de um morro às margens do São Francisco.
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Em uma gruta habitada por onças e outros animais selvagens, introduz a imagem do Senhor e inicia vida de ermitão A fama do santuário e a obra assistencial do seu fundador logo se difundem e o local passa a ser a Meca de uma concorrida peregrinação, ainda hoje atraindo devotos da Bahia, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Minas Gerais e Goiás, que se deslocam pelo rio e por estradas a cavalo, de ônibus e caminhões. Em 1706, D. Sebastião Monteiro da Vide, Arcebispo da Bahia, convoca-o a Salvador e o ordena sacerdote, com o nome de Pe. Francisco da Soledade, e o investe da função do Capelão do Santuário de Bom Jesus da Lapa. As regiões Oeste e Vale Sanfranciscano tiveram suas economias, desde o século XVII até o final do século XIX, baseadas no criatório extensivo de gado. Para esta expansão do criatório bovino contribuíram a extensão das terras devolutas, o relevo ameno do solo, a vegetação rasteira e arbustiva, o ar seco da região, que dificultava a propagação de pragas. O comércio é outra atividade econômica muito importante no vale do São Francisco, a partir do século XVIII, com o ciclo do ouro. Por essa via natural seguia o gado dos sertões baianos e do Piauí até os garimpos de Minas Gerais e Goiás. Por ela circulava, também, enorme contingente de garimpeiros, escravos, tropeiros, mascates e aventureiros, incentivando as trocas de produtos locais, - farinha, peixe seco, grãos, rapadura e aguardente – por tecidos, calçados, vidros e outros manufaturados importados pelo porto de Salvador. Os pontos de trocas comerciais se localizavam no limite de navegação da via fluvial como Santa Maria da Vitória, Barreiras, Juazeiro e Pirapora (MG). Havia também aqueles pontos obrigatórios de parada dos barcos na longa trajetória, como Pilão Arcado, XiqueXique, Barra, Urubu de Cima, atual Paratinga, Bom Jesus da Lapa e Carinhanha. As facilidades da navegação a vapor, a partir do último quartel do século XIX, consolidariam estas cidades como centros importantes de comércio regional. Com destaque, porém para a cidade de Barra. A agricultura, só no século atual, passaria a ter um peso apreciável na economia regional. Durante o período colonial, não há indícios de especialização da agricultura, que se restringia à policultura de subsistência. Nas ilhas e margens do São Francisco, fertilizadas pelos húmus trazido pelo rio, desenvolveram-se, desde muito cedo, as “roças da vazantes”, que com o ciclo da navegação a vapor especializaram-se no cultivo de cebola e alho, com variações muito fortes de preços, devido à alternância de secas e cheias. Tradicionalmente deprimido, econômica e socialmente, o vale do São Francisco foi, a partir de meados deste século, objeto de uma política de desenvolvimento que tem provocado muita polêmica devido ao impacto social e ambiental produzido, e pelos pequenos resultados obtidos. Em 1948, em conseqüência de dispositivo constitucional introduzido na Carta Magna de 1946, foi criada pela Lei Federal 541 a Comissão do Vale do São Francisco – CVSF, destinada a promover o desenvolvimento da região e a valorização do homem. O controle das cheias e o aproveitamento hídrico e energético do Rio São Francisco foi concebido para possibilitar o desenvolvimento regional. Contudo, a urgência de atender a demanda de energia elétrica das capitais do Nordeste e de algumas do Centro Sul, como Belo Horizonte, com seu parque siderúrgico em implantação,
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desvirtuou os objetivos iniciais do programa. As represas de Paulo Afonso I (1949-55) e Três Marias, esta última concebida para regular o fluxo do rio, foram então transformadas em empreendimentos exclusivamente energéticos, desvinculados da CVSF e geridos, respectivamente, pela CHESF – Companhia Hidréletrica do São Francisco e CEMIG – Centrais Elétricas de Minas Gerais. A CVSF foi substituída, em 1967, pela Superintendência do Vale do São Francisco – SUVALE. Nesta época, iniciam-se os estudos para a construção da represa de Sobradinho, concebida para regular o fluxo do rio, facilitando a navegação e permitindo o funcionamento pleno da usina de Paulo Afonso, além de possibilitar a implantação de programas de irrigação. A execução do projeto foi confiado à CHESF e ao Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis. Em 1972, é criado o Programa Especial para o Vale do São Francisco – Provale, o projeto de Sobradinho é reformulado com a função prioritária de gerar energia. Sua execução, entre 1973 e 1979 viria a provocar um enorme impacto social e ambiental. Quatro cidades – Pilão Arcado, Remanso, Santo Sé e Casa Nova e três vilas – Santana do Sobrado, Bem Bom e Pau-a-Pique; além de 4.214 km² de terras de cultivo foram submersos, obrigando o reassentamento de 11.853 famílias. O Provale incluía entre seus objetivos a melhoria das condições de navegabilidade do rio, no percurso entre Pirapora e Juazeiro, com a construção de várias eclusas. Mas o desvio do rio e a criação de Sobradinho, um lago com 235 por 40 km, teve um efeito contrário, levando a paralização as “gaiolas”, construídas para navegarem em águas tranqüilas. Estado, implementou também projetos agrícolas, não só em Juazeiro, como em Santa Maria da Vitória e Bom Jesus da Lapa. Ali, além de frutas, especialmente melancia, cultivam-se também grãos: soja, milho e feijão. A partir do final da década de 70, em conseqüência dos trabalhos desenvolvidos pela EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, no aproveitamento agrícola do cerrado e do pioneirismo de agricultores do extremo sul do país, foi introduzido com grande sucesso o cultivo de grãos à margem do Rio Grande, nos infindáveis chapadões do Extremo Oeste Baiano, criando, por sua vez, um importante pólo agro-industrial em Barreiras. No Extremo Oeste, as principais povoações surgiram no limite de navegação de afluentes do São Francisco, como Santa Maria da Vitória, nas barrancas do Rio Corrente, e Barreiras, à margem do Rio Grande. Outras surgiram de garimpos, como Correntina, antiga Nossa Senhora do Rio das Éguas. Já a origem de Bom Jesus da Lapa, originária do final do século XVII é de inspiração que logo se transformaria em ponto de peregrinação de romeiros de Minas e de todo o Nordeste.
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Pequeno Histórico dos Municípios BARRA Entre 1670 e 1680, a casa da Torre, cujo chefe era então o 2º. Francisco Dias de Ávila Pereira, assentou uma fazenda de gado no ponto em que o rio Grande deságua no rio São Francisco. Situado na foz daquele afluente, foi logo apelidada e Fazenda da Barra do Rio Grande. Para evitar confusão com o Rio Grande, antes assim batizado no norte, acrescentou-se a indicação de do Sul. Religiosos franciscanos capuchos ou alcantarinos, que não devem ser confundidos com os capuchinhos, de 1680 à 1690, levantaram ali uma capela que, em honra do fundador da Ordem e homenagem ao então Senhor da Torre, ficou sendo São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande do Sul, nome que perdurou até a elevação a cidade. Foi, portanto, também aldeamento de gentio manso catequizado pelos frades. Conquistadas as terras, os moradores do arraial pediram à Coroa Portuguesa que se elevasse Barra do Rio Grande do Sul a povoação, para melhor defesa contra os acroas da margem, e os mocoases, da direita, dos quais muitos ainda eram agressivos. Isto de 1680 a 1690. Cartas Régias de novembro e dezembro de 1698 autorizavam a criação pedida, sendo Rei Dom Pedro I. O governador Dom João Lancastro foi incumbido de mandar proceder à instalação das povoações. Entre elas, e da Barra. Apareceram também elementos holandeses e flamengos (Wanderley, Hendel), italianos (Mariani, Leoni), talvez espanhóis (Bueno). A introdução do elemento africano deu início à povoação. As terras se mostraram apropriadas para o cultivo da cana de açúcar e para tanto foi introduzido o braço escravo negro, dada a resistência do gentio à servidão. Contam que uma só leva de escravos somavam seiscentos negros. Além da lavoura o criatório de animais foi baseado na mão de obra escrava. O município de Barra era predominantemente rural. Seus arquivos estão bem conservados, enquanto que, outras localidades são – franciscanas têm a história interrompida pela destruição de preciosos documentos. Da instalação da Vila em diante, o Arquivo Municipal conserva relatos das correções, dos quais constam entendimentos reveladores de liberdade de expressão, por vezes em linguagem pitoresca.
BARREIRAS A certidão de nascimento da área territorial, onde hoje está situado o município de Barreiras, foi a carta de Évora, documento de doação da Capitania Hereditária de Pernambuco ao donatário Duarte Coelho Pereira, assinada pelo rei de Portugal D. João III, em 10 de março de 1534. A carta define que a capitania de Pernambuco iniciaria seu território no mar, acompanhando em seguida a margem esquerda do Rio São Francisco, estendendo sua fronteira ao Sul até o Rio Carinhanha, na divisa com Minas Gerais. O Rio São Francisco e seus afluentes foram os caminhos pelos quais, Bandeirantes e Colonizadores penetraram na região. Desde meados de 1600, desbravadores tinham alcançado o último ponto navegável do Rio Grande (a navegação no Rio Grande foi fundamental para o surgimento de Barreiras),
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onde logo acima afloram grandes barreiras de pedras que impossibilitam a navegação. Neste local surgiu o “Porto das Barreiras”, que mais tarde deu origem à cidade e ao município. Ao surgir como povoado, ao redor do seu porto, a atual cidade de Barreiras, recebeu o nome de São João, em homenagem ao seu padroeiro. No entanto, como o local já era chamado de “Porto das Barreiras”, por ser o último porto navegável do Rio Grande, o povoado passou a ser chamado de São João das Barreiras, até que por ocasião da sua emancipação política foi abreviado para Barreiras.
BOM JESUS DA LAPA Município criado com território desmembrado de Urubu, atual Paratinga, por Ato Estadual de 18.09.1890, com a denominação de Bom Jesus da Lapa. Em 1931, o topônimo passou a ser simplesmente Lapa, recobrando em 1935 o nome da Bom Jesus da Lapa. A sede foi elevada à categoria de cidade, por Lei Estadual, de 31.08.1923. O município possui terras em ambas as margens do Rio São Francisco. Bom Jesus da Lapa é um dos mais importantes destinos de romarias do Brasil. As romarias se iniciaram ao final do século XVII, quando o pintor e ourives português Francisco de Mendonça Mar, após ser preso e espancado injustamente em Salvador, adentra-se pelo sertão baiano com uma imagem do Senhor Bom Jesus indo instalar-se no sopé de um morro às margens do São Francisco. Em uma gruta habitada por onças e outros animais selvagens, introduz a imagem do Senhor e inicia vida de ermitão. Em 1706, D. Sebastião Monteiro da Vide, Arcebispo da Bahia, convoca-o a Salvador e o ordena sacerdote, com o nome de Pe. Francisco da Soledade, e o investe da função do Capelão do Santuário de Bom Jesus da Lapa. A fama do santuário e a obra assistencial do seu fundador logo se difundem e o local passa a ser a Meca de uma concorrida peregrinação, ainda hoje atraindo devotos da Bahia, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Minas Gerais e Goiás, que se deslocam pelo rio e por estradas a cavalo, de ônibus e caminhões. O comércio foi outra atividade econômica muito importante para o município; a partir do século XVIII, com o ciclo do ouro pela via natural do rio São Francisco seguia o gado dos sertões baianos e do Piauí até os garimpos de Minas Gerais e Goiás. Por ela circulava, também, enorme contingente de garimpeiros, escravos, tropeiros, mascates e aventureiros, incentivando as trocas de produtos locais, - farinha, peixe seco, grãos, rapadura e aguardente – por tecidos, calçados, vidros e outros manufaturados importados pelo porto de Salvador. A produção agrícola concentra-se no cultivo de feijão e milho. Na pecuária destacam-se os rebanhos de bovinos, suínos, eqüinos, ovinos e caprinos. No setor mineral é produtor de argila. Seu parque hoteleiro registra 5049 leitos.
CORRENTINA O povoamento da área compreendida pelo atual município de Correntina surgiu no ciclo do ouro no século XVIII. Ao tempo das Capitanias Hereditárias O seu território pertencera a Capitania de Pernambuco do donatário Duarte da Costa. E assim ficou até 1824 quando, pelo decreto de nº 7, de D. Pedro I, foi transferido para a província de
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Minas Gerais, depois e definitivamente para a província da Bahia, pela resolução de 15 de outubro de 1872. Datam de 1711/1712 os indícios de povoamento, com a chegada dos remanescentes da Guerra dos Emboabas à região ou município de Carinhanha que incorporava a atual área de Correntina. O bandeirante Manoel Nunes Viana, apossou-se dessas terras para garimpar e criar gado. Aqui, teria enfrentado a resistência das tribos indígenas dos Caiapós, Bororós, Acraós ou Pimenteiras, kraôs e Chicriabus. O mais provável é que o povoado tenha começado com a chegada do Padre Anacleto Pereira dos Santos em 1791, sob nome de Rio Rico ou Rio do Ouro. O Padre Viera com os colonizadores do rio São Francisco. Uma outra hipótese é de que o sacerdote teria vindo do Piauí, com flagelados da “SECA GRANDE” que em 1791/92 assolara o nordeste. Viera ele em missão religiosa, associada, posteriormente à atividade da cata do ouro que começou aparecer em abundância. O Ouro existia de fato, provocando a corrida ao metal e recebendo a povoação, bandeirantes como o baiano Francisco José Teixeira. O Ouvidor do Goiás, também nesse mesmo tempo, com seu grupo armado penetrou na região, reclamando direitos territoriais. Houve a resistência armada do Ouvidor regional, com sede em Jacobina, João Manoel Peixoto de Araújo. Expulsos os goianos invasores, desfez-se o conflito, com a interferência do Vice-Rei de Portugal. É desta época a lenda, segundo a qual, um fazendeiro de Carinhanha, Joaquim Amorim Castro e Silva fizera uma promessa de construir um Capela a Nossa Senhora da Glória, se viesse encontrar um lote de éguas fugidas. Elas estavam pastando às margens do Rio Rico ou do Ouro, que passou então, a se chamar de Rio das Éguas. A capela foi edificada em 1806. Com a construção da igreja, a povoação passou à categoria de Freguesia de Nossa Senhora do Rio das Éguas. De 1806 da criação da freguesia, até 1850 prevaleceu a lei do garimpo dos bandoleiros jagunços. E Euclides da Cunha, remontando ao relatório de Caetano Montenegro, exemplifica: “Todo o vale do Rio das Éguas e, para o norte, o Rio Preto. Formam a pátria original dos homens mais bravos e mais inúteis de nossa terra”. A povoação Nossa Senhora do Rio das Éguas foi elevada de Freguesia em 1806, com a vila do mesmo nome como sede, pela lei de provincial de nº 973 de 15.05.1866. No final do século XIX a freguesia foi por duas vezes anexada e separada do arraial de Santa Maria da Vitória até ser elevada à categoria de vila a povoação do Rio das Éguas, com a denominação de Correntina. A reinstalação se deu em 09.06.1891. A Emancipação Político administrativa do município se consumou, elevada a Vila à categoria de Cidade, pelo Decreto nº 10.724 de 30 de março de 1938. A economia do município, marcada, no seu primeiro meio século de existência, pelo ciclo do ouro, passada a febre do metal, aclimatou-se à agricultura de sobrevivência ou familiar, associada a uma pecuária incipiente. Hoje predomina as cultura da soja que fez da região oeste a “nova fronteira agrícola do estado”.
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IBOTIRAMA Pouco há registrado sobre os primeiros povos habitantes da região. Segundo Moacir Araújo (1983) o que se encontra nas fontes históricas, é que os primeiros povoadores foram os índios Tupi-guaranis, que deixaram na Vila da Piragiba, locais identificados pelas pinturas rupestres nas rochas . Os primeiros povoadores surgiram em princípio do século XVII. Já em 1732 surge a primeira fazenda que recebe o nome de Bom Jardim. Esta fazenda pertencia a Dona Joana Guedes de Brito, filha de Antônio Guedes de Brito, o primeiro Conde da Ponte que por volta de 27 de agosto de 1663, recebeu por doação do Rei de Portugal, D. João VI, uma sesmaria, assim compreendida, desde o Morro do Chapéu, até a nascente do Rio das Velhas segundo Consta nos Anais do arquivo público da Bahia. Em de novembro de 1831 a fazenda Bom Jardim foi vendida ao Tenente-Coronel Ladislau Francisco Nunes de Brito que em 13 de julho de 1934 doou a Nossa Senhora da Guia uma área de 400 braças de terra compreendida entre suas fazendas Boqueirão e Morrinhos, local onde já havia o Arraial de Bom Jardim, pertencente à Freguesia de Santo Antonio do Urubu, hoje Paratinga. O Arraial de Bom Jardim nessa época já era o "ponto" preferido por boiadeiros e tropeiros para a travessia do Rio São Francisco, os tropeiros vindos da região das Lavras Diamantinas traziam carregamento de café destinado ao Estado de Goiás; os boiadeiros passavam com suas boiadas vindas não só do Estado de Minas Gerais como também das fazendas situadas na margem esquerda do rio São Francisco. Com o trânsito de tropeiros e boiadeiros, além de pequenas embarcações que subiam e desciam o rio foi surgindo um pequeno comércio de mercadorias (café, peixe, sal, pedras preciosas, etc.) atraindo pessoas de outras localidades, aumentando pouco a pouco o número de moradias. O Arraial de Bom Jardim foi elevado à categoria de Vila e em 30 de novembro de 1931 passou a chamar-se Jardinópolis e em 31 de dezembro de 1943 e a partir de 1º de junho de 1944 passou a chamar-se Ibotirama nome originário do Tupi-Guarani (Iboti = flores e Rama = muitas terras de...). Em 14 de agosto de 1958 o município de Ibotirama, foi desmembrado do município de Paratinga e emancipado politicamente.
LUIS EDUARDO MAGALHÃES O município de Luís Eduardo Magalhães teve a sua emancipação em 30 de março de 2000. Mesmo sendo um dos mais novos municípios baianos tem suas raízes históricas e mais remotas vinculadas á conquista do Alto do Sertão de São Francisco e mais recentemente á formação da atual região Oeste da Bahia. Do cruzamento da BR 242 com a Br 020 , surgiu o povoado de Mimoso do Oeste, que virou Distrito Luís Eduardo Magalhães e posteriormente município, emancipado do Município de Barreiras . A região, na primeira metade do século XX, se caracterizou pela diversificação da produção, pecuária extensiva e povoamento rarefeito. Na segunda metade do século passado, com algumas ações do Estado e, sobretudo, a partir do final dos anos setenta, com a integração de parte da região à expansão da agricultura de grãos dos cerrados brasileiros, o Oeste da Bahia alcançou 1.200.000 ha em produção em cerca de três milhões de hectares passiveis de serem explorados (considerada como a maior reserva de
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área agricultável no mundo em cerrado), passou a ter características peculiares que o distingue dos demais espaços regionais do Estado e do Brasil. A cultura da soja foi introduzida de forma acelerada e novos cultivos são testados, diversificando-se a base produtiva agrícola atraindo novas unidades industriais para a região. consolida-se por tanto em uma das mais promissoras fronteiras agrícolas do Nordeste, com uma agricultura tecnificada, operada em moldes empresariais e com integração às cadeias agroindustriais. O Oeste da Bahia se tornou também o mais importante receptor nordestino de imigrantes, oriundos dos estados do sul do Brasil.
RIACHÃO DAS NEVES O Município de Riachão das Neves está localizado na região oeste da Bahia.Seu povoamento iniciou - se na 1ª metade do século XIX, por colonos vindos da província de Pernambuco. A fertilidade das terras atraiu novas famílias, que ali se estabeleceram, formando o arraial Riachão das Neves, elevado a vila em 1934. O município foi criado em 1962. O topônimo originou-se da existência do riacho denominado Riachão das Neves, que banha a sede municipal. Sua população estimada de 27.000 mil habitantes, um município que se destaca na grande produção de grãos no estado da Bahia tais como: Soja, Milho, Algodão e Café.
SÃO DESIDÉRIO A história do Município de São Desidério remonta a pré – história, quando estas terras foram habitadas por inúmeras tribos indígenas que estabeleceram em São Desidério graças à abundância de recursos naturais. No momento em que se efetiva a colonização do Brasil através do sistema de Capitanias Hereditárias, o território relativo ao município, bem como todo o Oeste Baiano pertencia a Pernambuco, na figura do Donatário Duarte Coelho, assinada pelo rei de Portugal D. João III, em 10 de março de 1534. A proximidade do Oeste Baiano para com Salvador e a distância com Pernambuco, fez da região um ponto de discórdia entre os dois estados e até mesmo com Minas Gerais que também reivindicaram a área. Finalmente a região foi anexada a Bahia pelo decreto de 15 de outubro 1827, assinado por D. Pedro I. O fato que registra o nascimento do município, evoca a aquisição de uma propriedade junto ao Padre José Quirino Silva Pereira, pelo Sr. Desidério Francisco de Souza em 08 de fevereiro de 1838. Por ser homem de muitas posses e gostar muito de festas, Sr. Desidério estabeleceu na sua fazenda um centro de encontro dos habitantes das proximidades. Nesta fazenda começou-se a celebrar missas, batizados e casamentos, atraindo para sua fazenda novos moradores, que logo se constituiu um povoado. Servia também como entreposto comercial para os mascates e tropeiros que descansavam, se abasteciam e seguiam viagem com destino a Goiás. Elevado a categoria de Distrito em 10 de abril de 1895; São Desidério continuou atrelado a Barreiras, sendo emancipado somente em 22 de fevereiro de 1962 pelo decreto 1.621, ficando com uma área de 14. 876,1 Km², constituindo-se num dos maiores municípios do Estado da Bahia em extensão territorial. A emancipação política do Município deveu-se a obstinação e luta árdua desenvolvida por homens íntegros e audazes.
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SANTA MARIA DA VITÓRIA A sede do atual município de Santa Maria da Vitória teve origem nos meados do século XIX, num arraial formado na margem esquerda do rio Corrente, em território então pertencente ao município do Rio das Éguas, por pessoas que para ali ocorreram com o fito da exploração do ouro nas proximidades, dedicando-se depois à agricultura. Em 1840, viam-se apenas poucas casas, circundadas de frondosas gameleiras, em cuja sombra se abrigavam os que vinham fazer transações comerciais. Era naquela época, o porto freqüentado constantemente por enjolos (canoas ligadas por travessas de madeiras), que se entregavam ao comércio, especialmente de rapaduras produzidas no Brejo do Espírito Santo, que em l887 era Distrito de paz e do qual muito dependia o arraial em formação. Em l850, um artífice, vindo da cidade da Barra do Rio Grande, construiu a primeira embarcação para transporte de mercadorias e animais. Foram construídas logo após outras embarcações e o arraial começou a crescer com a chegada de grande número de pessoas para as atividades agrícolas. A capela construída por seus fundadores foi dedicada a Nossa Senhora das Vitórias, ficando filiada à freguesia de Nossa Senhora da Glória do Rio das Éguas. O arraial cresceu de importância e transformou em porto de grande movimento comercial. Em 1880, já um grande aglomerado humano para a época, foi o arraial do Porto de Santa Maria da Vitória, elevado a categoria de Vila e criado o município de Santa Maria da Vitória, pela Lei provincial número 1.960 de 08 de junho que elevou a categoria de freguesia à capela existente, transferindo para aí a sede da Vila e da freguesia do Rio das Éguas. Com isto surgiu uma rivalidade entre as populações dos dois núcleos (Santa Maria da Vitória e Rio das Éguas), o que entravou por muito tempo o progresso de ambos os promissores centros, em vista das mudanças de sedes de uma para outra localidade, conforme situação política dominante. Só com o advento da República, cessou a rivalidade com a elevação de ambas localidades a sede de Vilas. A atividade predominante no município é a agricultura com o cultivo de mandioca, canade-açúcar, feijão, arroz e milho. Notam-se outras culturas de significado valor econômico, como a manga e a banana. A pecuária também representa grande expressão econômica. Segundo o que se apurou existem no município significativos rebanhos de bovinos e suínos. Outros rebanhos de menor expressão econômica foram notados também, tais como: Caprinos, ovinos, eqüinos, asininos e muares.
SANTANA O município de Santana-BA, situa-se no vale do Rio São Francisco, na Bacia do Rio Corrente, no oeste baiano, a 820 Km da capital e a 600 Km de Brasília. Com base no último censo, possui 23.867 habitantes e uma área de 2.006.9 Km2 composta de terras férteis, propícias a agricultura e a pecuária, tais como: cana-de-açúcar, mamona, mandioca, feijão e hortaliças. Na área do cerrado destacam-se as plantas nativas: cascudo, pequi, caju, buriti, etc. A principal fonte de renda do município está na bovinocultura e caprinocultura. O rio Corrente, com 54 Km dentro do município margeia um dos seus distritos, o de Porto Novo, onde atracavam vapores e barcas importantes para o
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escoamento da produção nos séculos XIX e XX. O município também é banhado pelos riachos de Santana, Ema e Redondo, além das Lagoas da Pedra, Baraúna, Mandin, Lagoa Grande e Lagoa da Porta. No Distrito de Porto Novo encontra-se a Gruta da Pedra Escrevida, habitada em 1675 pelos Índios Pimenteiras. Foi Santana emancipada em 16 de dezembro de 1890. Teve como primeiro prefeito o Coronel Francisco Joaquim Flores.
SANTA RITA DE CÁSSIA O atual município de Santa Rita de Cássia, antiga Rio Preto e Ibipetuba, é cortado no sentido leste-oeste pelo rio Preto, sub-afluente do rio São Francisco. Pouco se sabe sobre o inicio da ocupação do território do município. As primeiras referências remontam às primeiras décadas do século XVII. A tradição lendária diz que um casal de portugueses, que se instalou nas imediações da Igreja Velha, depois de algum tempo partiu dali para lugar ignorado, deixando para trás uma imagem de Santa Rita de Cássia, dando nome à localidade.Entre os novos colonos que se seguiram estava: José Pereira de Matos, que fundou a fazenda "Ribeira do Rio Preto", que mais tarde passou a se chamar "Fazenda Santa Rita", devido à imagem encontrada e para a qual foi erigida uma pequena capela. A Fazenda Santa Rita prosperou e formou-se o Arraial. O povoado de Santa Rita do Rio Preto alcançou foros de freguesia com a criação da Paróquia de Santa Rita de Cássia, em 1804. O povoado, que era subordinado ao município de Barra do Rio Grande Iniciou o processo de emancipação com o desenvolvimento da região conhecida como Veredas. Sob liderança do casal Rocha Medrado a emancipação ocorreu num curto espaço de tempo: em 26 de março de 1840, por meio da lei provincial nº 119, o arraial ganhou status de vila. Em 1860, José da Rocha Medrado e D. Rita Antunes Guimarães Rocha doaram à municipalidade, através da Câmara de Vereadores, um quarto de légua das terras da Fazenda Santa Rita (incluindo aí a área onde estava edificada a capela), com domínio onde hoje se acha edificada a cidade. A vila ficava a quase 1 quilômetro distante do rio Preto, separada deste por alagadiços, José da Rocha Medrado empreendeu então a abertura de um canal ou desvio do curso do rio, usando para isso apenas recursos do próprio bolso. Esse canal existe até hoje e presta serviços à população de Santa Rita de Cássia, tanto como abastecedor de água, como se prestando também em parte à navegação. O progresso de fato encetava sua consolidação em Santa Rita do Rio Preto com a inauguração, em 25 de setembro de 1905, da Linha de Navegação Fluvial do Rio Preto, através do vapor Alves Linhares da Viação Baiana do São Francisco, que a princípio efetuava uma viagem por mês entre a vila de Formosa do Rio Preto e Juazeiro, passando pelo porto de Santa Rita do Rio Preto, num percurso de 759 quilômetros. A energia elétrica chegou a Santa Rita de Cássia em 1908, porém só no início dos anos 40 se estendeu a energia elétrica a toda a área urbana do município. Em 23 de junho de 1931, o município teve seu nome alterado para Rio Preto e também perdeu o território do Jalapão, que passou a pertencer ao estado de Goiás, com a denominação de Porto Nacional. Mais tarde, em 1943, em virtude do decreto-lei estadual nº 141, de 31 de dezembro, o município de Rio Preto passou a se chamar Ibipetuba, que em tupi significa banco de areia, e em 1957, passou a se chamar Santa Rita de Cássia,
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nome que ostenta até hoje. Em 1938, a sede do município foi elevada à categoria de cidade. Em 1961, Santa Rita de Cássia perdeu grande parte do seu território devido à emancipação de Formosa do Rio Preto. Em 1985 sofre nova perda territorial, com a emancipação de Mansidão. A economia do município é caracterizada pela pecuária extensiva, criação de aves e na produção agrícola destacam-se os cultivos de feijão, mandioca, melancia e milho, além da cana-de-açúcar.
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Levantamento de Referências Culturais Cultura A cultura se forja na interação do homem através do tempo entre seus grupos e com seu meio natural. Cada grupo reage de forma diferente aos estímulos, se diferenciando de outros e assim formando a sua identidade. A dinâmica da vida na sociedade industrial contemporânea acelerou mudanças nos ciclos de vida e conseqüentemente nas manifestações de diversos grupos que se encontram periféricos, distantes dos grandes centros. Para tanto é importante definirmos os significados e limites das denominações Identidade Cultural A antropologia a partir da observação direta de indivíduos perante outros e diante da natureza define como cultura o que o homem constitui, através de sistemas simbólicos, o ambiente artificial no qual vive e o qual esta continuamente transformando. A cultura é, propriamente, esse movimento de criação, transmissão e reformulação desse ambiente artificial. Pela observação é possível detectar regularidades, essas regularidades variam de um grupo social para outro. Como vários grupos humanos interpretam de forma diferente suas experiências e as materializam de acordo com suas concepções, esta diversidade é que caracteriza pertence a um grupo social é basicamente compartilhar um modo especifico de comportamento que os diferencia relação a outros grupos. Temos então formulada uma definição de identidade. A proteção de manifestações culturais tradicionais apresenta-se como assunto de extrema delicadeza. Essa proteção pode provocar o perigo de cristalizar artificialmente essas manifestações, dando-lhes uma sobrevida que lhes rouba o valor funcional anterior e lhes esvazia o significado.
Cultura Popular e Erradicação da Pobreza A cultura popular é o conjunto de conhecimentos, valores, manifestações e celebrações que fazem parte do modo de vida do povo. A cultura popular está constantemente em mudança, ela é específica quanto ao local e ao tempo sendo o resultado de uma interação contínua entre pessoas pertencentes a um determinado grupo cujo principal meio de transmissão é feita no cotidiano, pela oralidade. O artesanato, culinária, a literatura dos cordelistas, as festas religiosas populares, os folguedos e vaquejadas são alguns dos aspectos do que é, em geral, considerado representativo da cultura popular brasileira. A cultura popular propicia portanto a inclusão das comunidades carentes que detém um importante acervo cultural para isso o Turismo Contra a Pobreza é uma perspectiva do turismo como meio de inclusão social encontra abrigo nos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)2, estabelecidos em 2000 pela Organização das Nações Unidas (ONU), em conjunto com 181 países, entre os quais o Brasil, em especial o seu Objetivo 1 – erradicar a extrema pobreza e miséria. É com base nele que a Organização Mundial do Turismo (OMT), como entidade do Sistema ONU, tem buscado identificar as diretrizes para verificar as possibilidades do turismo como vetor para reduzir a pobreza e proteger o meio ambiente. Esse movimento iniciou-se ainda em 1999
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quando na sétima sessão da Comissão das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável os governos foram estimulados a aproveitar ao máximo as possibilidades do turismo, visando à erradicação da pobreza, elaborando estratégias apropriadas em colaboração com todos os grupos interessados e as comunidades locais. Com esta perspectiva, a OMT está realizando ações estratégicas visando aumentar as possibilidades de inclusão social, pela promoção do conceito de turismo sustentável e o alívio da pobreza, tendo lançado. Em associação com outras entidades internacionais, uma iniciativa denominada de “ST-EP”4.
Patrimônio Cultural O patrimônio cultural não se restringe apenas a imóveis oficiais isolados, igrejas ou palácios, mas na sua concepção contemporânea se estende a imóveis particulares, trechos urbanos e até ambientes naturais de importância paisagística, passando por imagens, mobiliário, utensílios e outros bens móveis. Por este motivo é possível realizar uma das mais importantes distinções que se pode fazer com relação ao Patrimônio Cultural, pois sendo ele diferente das outras modalidades da cultura restritas apenas ao mercado cultural, apresenta interfaces significativas com outros importantes segmentos da economia como a construção civil e o turismo, ampliando exponencialmente o potencial de investimentos.
Patrimônio Material O patrimônio material é composto por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles estão divididos em: Bens imóveis como os núcleos urbanos; Sítios arqueológicos e paisagísticos; Bens individuais e móveis; como coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos. Os bens culturais protegidos, são aqueles que foram tombados com base em legislações específicas pelo IPHAN e podem ser acessados por meio do Arquivo Central da instituição, que é o setor responsável pela abertura, guarda e acesso aos processos de tombamento, de entorno e de saída de obras de artes do país. O Arquivo também emite certidões para efeito de prova e inscreve os bens nos Livros do Tombo. "O saber fazer aperfeiçoou-se a partir do domínio dos recursos do ambiente e sempre atendendo às solicitações da sociedade, que esperava da habitação algo além de mero abrigo contra as intempéries ou a ação das feras e inimigos. Assim, cada região e cada povo foi, ao longo do tempo, criando a sua arquitetura plenamente apta para atender a imposições de ordem cultural e a
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resguardar os indivíduos Carlos Alberto Cerqueira Lemos
dos
desfavores
do
clima."
O sociólogo, Gilberto Freyre, apontou a importância de estudar a arquitetura vernacular: "Há casas cujas fachadas indicam todo um gênero de vida nos seus mais íntimos pormenores. Todo um tipo de civilização............. Os homens e os livros muitas vezes mentem. A arquitetura quase sempre diz a verdade através de seus sinais de dedos de pedra". Algumas das referências materiais identificadas na região oeste: O núcleo antigo de Barreiras; Povoado da Ajuda; zona rural de Barreiras; Conjunto de edificações em São Desidério; O núcleo antigo de Barra; O núcleo antigo de Bom Jesus da Lapa; Edificações antigas nos demais municípios com referência no Inventário de Bens; Imóveis do IPAC - Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia; Acervos de bens móveis nos municípios; Rio São Francisco e rios tributários.
Patrimônio Imaterial A Unesco define como Patrimônio Cultural Imaterial às práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas e também os instrumentos, objetos, artefatos e lugares que lhes são associados e as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos que se reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. O Patrimônio Imaterial é transmitido de geração em geração e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. Saberes e fazeres Artesanato; Festas e Celebrações; Folguedos; Culinária; Medicina Popular Memorialistas; Lendas e superstições.
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Artesanato A conceituação proposta pelo Conselho Mundial do Artesanato define artesanato como sendo uma atividade produtiva que resulte em objetos e artefatos acabados, feitos manualmente ou com a utilização de meios tradicionais ou rudimentares, com habilidade, destreza, qualidade e criatividade. A atividade artesanal além de atividade econômica deve ser também compreendida enquanto expressão cultural. É indispensável à valorização das histórias de vida, senso estético, práticas sociais que o contextualizam da atividade no meio dos grupos em que é produzido. Na vida do homem do sertão ainda subsistem práticas da produção artesanal em apoio às atividades econômicas do campo. Encontramos semelhanças então em alguns aspectos entre a vida rural atual no oeste como a que descreve Peter Burke na sua obra Cultura popular na Idade Moderna sobre a Europa no século XVII: “ Cada artesão e cada camponês estava envolvido na transmissão da cultura popular, da mesma forma que sua mãe, mulher e filhas. Eles a transmitiam cada vez que contavam uma estória tradicional a uma outra pessoa, ao passo que a criação dos filhos necessariamente incluía a transmissão dos valores de sua cultura... A vida numa sociedade pré-industrial estava organizada em base a coisa feita à mão pelo próprio individuo num gráu que hoje em dia mal podemos imaginar. Os pastores faziam e tocavam suas próprias gaitas de foles. Os homens da casa faziam os móveis e as mulheres faziam as roupas...” As técnicas artesanais presentes na Região Oeste (ver tabela ARTESANATO E MANUALIDADES) seguem na sua origem o mesmo processo que ocorreu no restante do estado da Bahia; as técnicas sofreram a miscigenação do encontro das culturas Indígenas, européias e africanas. O artesanato além de se depositário da contribuição destas diversas culturas contou com as contribuições das gerações que se sucederam no seu emprego. Foram saberes que materializados em objetos utilitários ajudaram no desenvolvimento das atividades econômicas; da agricultura, criação de animais e no comercio que propiciou a sua disseminação e emprego tornando o viver na região menos árduo nas necessidades mais prementes no habitante local. Portanto são diversas as técnicas apontadas pelas artesãs e identificadas, mas entre elas podemos destacar as mais difundidas e importantes pelo seu papel nas comunidades e por sua importância histórica e complexidade técnica.
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arranjos de fruta e sabão papel; 2 de coco; 1 pintura em tecido; 2 adornos; 1
fibra fibra ; 16
cerâmica têxteis adornos pintura em tecido
têxteis ; 8
cerâmica; 2
papel arranjos de fruta e sabão de coco
A produção de artefatos em fibra é a que mais de destaca no panorama da atividade artesanal da região oeste. Reflexo da abundancia de matéria prima vegetal oriunda da grande variedade de palmeiras; Buriti, Carnauba, Babaçu e ervas aquáticas, lacustres como a taboa e o capim dourado que floresce nas veredas dos rios, mas também refugo da produção agrícola a exemplo da palha do milho e da fibra do pseudocaule da bananeira. As técnicas empregadas pelos artesãos e sua produção abrangem técnicas herdadas da tradição indígena que sobrevivem em comunidades como Ilha do Vitor no municio de São Desidério, que a partir da fibra retirada da folha da palmeira do Buriti produzem fios que tecidos em teares verticais formam redes de descanso. Balaios e cestas são também produzidos a partir do Buriti, a matéria prima é retirada do braço, que une a folha ao caule da palmeira e também empregado na produção de giraus de uso cotidiano e moveis. As folhas da palmeira são ainda empregadas na cobertura de casas de farinha, habitações e seus apêndices. A fibra do capim dourado, difundida pela produção no estado vizinho Tocantins teve seu emprego resgatada para o artesanato recentemente por ações de Design através de consultoria do SEBRAE e atualmente a fibra do Babaçú é a base da formação de novo grupo no município de São Desidério. Na zona rural de Barreiras, na região do Salto; fazenda Boa Esperança, a artesã Maria de Fatima Almeida, 35 anos, sua família e vizinhos produzem balaios e cestos com a tala do braço do buriti alcançando fino acabamento e leveza nas suas peças. A origem indígena do trabalho é apontada na ascendência da família: Dom Miúda, sua avó, conta foi pego no mato no “ troco de Cachorro”. Em Bom Jesus da Lapa, Muquém do São Francisco e São Felix do Corrente encontramos grupos de artesãos que aproveitam a palha do milho e a fibra da bananeira, o trabalho não se referencia na tradição mas a habilidade das artesãs que já produzem diversos produtos e já foram capacitadas pelo SEBRAE.
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Os produtos têxteis na região são de antiga tradição. Em 1957 Costa Pereira em seu estudo A Tecelagem Manual aponta a região oeste com uma das três mais importantes do estado na produção de tecidos em tear manual: “Encontramos na Bahia três áreas de influência da tecelagem manual. Uma ao Nordeste – Paulo Afonso, Caldas de Cipó e Tucano; outra, correspondente a certas sub-regiões do Médio São Francisco e alguns de seus afluentes – o rio Corrente e o Rio Preto; e finalmente uma terceira, situada na Serra Central, ao Sudoeste, onde a tecelagem se apresenta mais expressiva,...” Hoje a atividade se encontra em vias de extinção com informações que há uma produção nas comunidades Quilombolas de Bom Jesus da Lapa e em Barreiras a COR Centro de Ocupação e renda abriga um tear que é manejado por uma antiga artesã, porém a produção com jovens emprega um tear de pente alheio a tradição local. A Associação de artesãs de Santa Rita de Cássia, ASAS, também já foi foco de atendimento do SEBRAE que contou com a parceria do MDA, Ministério do Desenvolvimento Agrário, desenvolveu um trabalho de bordados inspirados nas cantigas de roda, com a edição de um CD para a divulgação da sua produção reunindo fotos e cantigas de roda cantadas pelas próprias artesãs, um exemplo de trabalho positivo que explora a condição transversal da cultura. A cerâmica apesar de não estar muito difundida pelo território da região oeste, sua ocorrência apenas foi registrada em Barreiras, Baianópolis e Barra que tem uma das mais expressivos trabalho em argila do estado. Os principais locais de produção no município de Barra são os povoados de Passagem e Carrapicho e a sede, que sedia dois grupos; um de cerâmica utilitária e outro de imaginaria de inspiração barroca que evoca o sincretismo religioso, reunindo elementos da representação dos santos católicos e do candomblé. Passagem e Barra já receberam apoio do Artesol Artesanato Solidário e suas peças foram expostas no Salão do Artista Popular, no Museu do Folclore Edson Carneiro no Rio de Janeiro. As peças de cerâmica produzidas em Barra, também guardam características técnicas indígenas, como o uso das modelagem à mão por roletes e a queima original em fogueiras e se destacam pela sua rusticidade e beleza plástica que as diferenciam da produção das demais comunidades oleiras do estado. Bainopólis próximo a Barreiras escoa para este município sua produção de moringas e potes que já são identificados com a região, a comunidade não foi identificada, mas sua cerâmica de cor clara contrasta com a cerâmica vermelha, cor de tuá de Barra.
Grupos organizados de artesãos do Oeste Baiano Denominação Município Associação dos Trançadores de São Desidério Fibra de Buriti da Ilha do Vitor Associação das Ceramistas de Barra Passagem Associação das Ceramistas de Barra Barra
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Tipologia Trançado de fibras Cerâmica tradicional de rolete Cerâmica tradicional de rolete
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Grupo de Artesãos Figurativos
Barra
Associação das artesãs de Santa Rita de Cássia, ASAS Artesanato Mãos do Corrente ASBART COR- Centro de Ocupação e Renda Mulheres fortes do Formoso Artesãos do Caminho de Santana
Santa Rita de Cássia
Cerâmica tradicional de rolete Bordados
São Feliz do Corrente Barreiras Barreiras Bom Jesus da Lapa Muquem do São Francisco
Trançado de fibras Diversas Tipologias Tecelagem Trançado de fibras Trançado de fibras
No cenário histórico da atividade artesanal do Oeste Baiano devemos salientar a figura de Francisco Biquiba dy Lafuente Guarani (1884-1987), natural de Santa Maria das Vitórias, como um notável escultor. Bisneto de índia, foi o sexto filho de Cornelio Biquiba dy Lafuente Guarani, construtor de barcas, com quem aprendeu a lidar com madeira trabalhando em obras de carpintaria e marcenaria. Após a morte do pai, começou a produzir barris para transporte de água,madeiramento para telhados e móveis, além de dedicar-se a uma atividade pouco rendosa pelo reduzido número de encomendas, o trabalho de imaginário, produzindo santos, altares para igrejas e pequenos oratórios domésticos. Já nessa época fazia também carrancas para as barcas que navegavam pelo Rio São Francisco, mas nem de longe elas tinham então a fama que conheceriam mais tarde. Em 1922, em busca de melhores condições de vida, mudou-se para Bauru, onde continuou a trabalhar como marceneiro, e ali quase se fixou definitivamente. Mas por fim acabaria retornando a Santa Maria da Vitória voltando a produzir suas carrancas, encomendadas por donos de barcas de toda a região do Rio São Francisco. Segue a antiga tradição da representação das figuras de proa das barcas que era corrente na região do São Francisco, Estas figuras, chamadas de carrancas, que surgiram por volta de 1875-1880, corresponderam à intenção de esconjurar figuras sobrenaturais ameaçadoras que habitariam as águas do rio. Estas figuras desapareceram Com a introdução da canoa sergipana a motor, que substituiu as primitivas barcas de remeiros. Guarany segue a tradição de outro grande escultor de carrancas que o precedeu, Mestre Afrânio. No entanto, nos anos 50, Mestre Guarany as esculpe não mais por sua função utilitária e simbólica, já perdida, mas em vista da demanda de um novo público urbano e do mercado de arte. Coerentemente, ele transforma então a maneira como a figura é representada: seus olhos, que já não mais necessitam enxergar o caboclo d‟água, tornam-se menores, enquanto os dentes são agora “mais numerosos e destacados, esculpidos um a um no próprio bloco”, como informa Paulo Pardal, seu maior estudioso.Francisco Biquiba, portanto foi o ultimo grande mestre desta arte, morreu com 103 anos de idade, durante sua vida, seu trabalho chamou a atenção de artistas e estudiosos que pesquisaram as funções estéticas e simbólicas das carrancas. A partir dos anos 50, suas obras passaram a ser expostas em museus e galerias de arte e a constar de exposições nacionais e internacionais. Com o desenvolvimento do turismo, as carrancas se popularizaram como tema entre artesãos voltados para o turismo de massa. Elas são hoje encontradas em profusão, feitas em pequenos, médios e grandes formatos,
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em diversos pontos do País. Algumas artesãs diferenciam suas obras mas em sua maioria são de concepção visual convencional destinam-se apenas à comercialização e souvenires para turistas.
Culinária Da mesma forma em que socialmente o homem estabelece normas para a comunicação através de símbolos de linguagem, ele estabelece para sua alimentação. A arte da culinária é uma das principais expressões de cultura, e por isso, sua importância deve ser ressaltada mostrando suas peculiaridades. Portugueses e africanos, à medida que foram chegando e se fixando, formaram, ao lado da população indígena, um verdadeiro mosaico étnico. Podemos claramente perceber o traço dessa convivência pelo que ficou enraizado na cultura alimentar, onde a conjugação de saberes, sabores e aromas, expressam a mais verdadeira mestiçagem. No Oeste da Bahia, a culinária é rica em pratos a base de miúdos de boi, animal do qual, as populações locais aproveitam praticamente tudo. Exemplificados pelo sarapatel e rabada. As caças entes da preocupação ecológica e da ação predatória do homem era abundante, hoje entrou em declínio. A carne é ainda produto nobre pelo preço. As assim verduras frescas, tem seu consumo mais intenso nos primeiros dias do mês. A mandioca esta presente a mesa na composição de pirões e farofas que acompanham carnes secas fritas ou assadas e o Pirão é o principal acompanhamento dos escaldados, ricos em caldo como a Galinha Caipira. O beijú doce e salgado também é iguaria apreciada. O Buriti é empregado na feitura de doces e cocadas. O Pequi, típico fruto da região do cerrado entra na composição de pratos salgados, principalmente a galinha e o arroz de pequi, assim como nos pratos de pescados de água doce. O Feijão no dia a dia esta sempre presente nas suas variadas espécies: de corda, verde etc. O milho, abundante, é também um ingrediente importante tanto para os pratos salgados como o cuzcuz, onipresente na mesa do oeste, como para os doces, nos quais aparece numa infinidade de pratos doces.
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Galinha Caipira c/Pirão Feijão Tropeiro Baião de Dois Peixes Cortado de Arroz Sarapatel Beijú de Tapioca Feijoada Canjica Paçoca carne seca Cuzcuz Cortado de banana piché Mocotó Carne sol c/mandioca Buchada Arroz com Pequi Lingua de Boi Galinha com pequi Rubacão Farofa Feijão verde
A rapadura e suas propriedades energéticas, além de ter fácil conservação é amplamente empregada nas cocadas e queijadas, mas também pura acompanhada por farinha. A feira livre é um grande acontecimento social, possibilita o encontro dos moradores da região, as trocas materiais e simbólicas, comprar e vender, colocar o assunto em dia, saber noticias dos parentes e aproveita-se para resolver algum problema em alguma repartição publica ou ir ao banco. Para se ir a feira, se deve ir arrumado, é o grande acontecimento para se ver e ser visto.Os cheiros são os mais diversos: das frutas, legumes e verduras frescas à carne seca e ao aroma dos bancas que servem refeições: buchada, rabada, carne de borde assada ou cozida, doces de cortar, beijús de tapioca. Animais vivos para engorda ou abate são também vistos e contribuem para o ambiente repleto de sons. Os mais variados viveres que abastecem as cozinhas do sertão são encontrados nas feiras livres. Produtos artesanais como a louça de barro e também utensílios industrializados de alumínio e plástico. Roupas da moda e enxovais para cama, mesa e banho podem também nas feiras serem encontrados . O transporte para se ir a feira varia do mais tradicional; à cavalo, que hoje esta sendo substituído pela motocicleta ou de ônibus, que nos dias de feira tem em muitas vezes disponibiliza uma linha especial para o local. Vans e carros de aluguel completam as opções pra deslocamento.
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Festas e Celebrações Em seu sentido original, as festas ligam-se ao universo da economia, Tendo suas origens nos ritos que buscavam interferir nos ciclos naturais para o provisão da subsistência, eram momentos de agradecimento ou de súplicas à natureza. As festas, neste caso constituem importante espaço de sociabilidade, com suas alegorias, representações e elaborações dos conflitos, uma espécie de válvula de escape, que torna possível a vida comunitária com suas tensões e conflitos. As festas na formação do Brasil rural reiteraram os vínculos, permitiam o encontro, a visibilidade, a coesão, partilhando sentimentos coletivos e conhecimentos comunitários. As comunidades sertanejas que se originaram do encontro das cultura locais e tradições portuguesas, elaboraram na esfera do divino seus conflitos e embates com a natureza, guardando muito do arcaísmo cristão ibérico em suas representações. A periodicidade da economia agrária, ligada aos ciclos da natureza, estabeleceu um calendário de festividades, em que a comunidade se congrega para celebrar, agradecer ou pedir proteção.
DEZ; 6 NOV; 0 JAN; 11
JAN FEV
OUT; 4 SET; 10
FEV; 8
MAR ABR MAI
MAR; 3 AGO; 8
ABR; 6
JUL; 4
MAI; 5 JUN; 15
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JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
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Dança de São Gonçalo Cucumbis Marujada Divino Ternos de reis Desfile de São João afro Samba de Roda Reisados Banda de Pifanos Filarmônica Quadrilhas Bumba meu boi cavalhada Toré Danças Gaúchas vaquejada Micareta Carnaval Lamentação das almas Zuada Queima do judas Pegada do mastro Romaria Chula
Portanto geralmente as festas populares são religiosas, e obedientes ao calendário católico. Algumas são de caráter cívico, mas que de foram geral não se tradicionalizaram, exceto, parcialmente, a da Independência da Bahia. Podemos porém no geral identificar quatro tipos de festas tradicionais: Gerais Locais Tópicas Do orago. Em muitos casos, a elas estão associados folguedos populares semi-religiosos e profanos. Festas gerais são aquelas que se comemoram, universalmente, no país – o Natal, o Carnaval, o Sábado d´Aleluia, o São João. O Natal não é uma festa apenas, mas todo um ciclo de festas, as “janeiras”, que se prolonga até o dia dos Reis (as doze noites).
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As festas Juninas são as que mais se destacam no calendário variado de celebrações da Região Oeste, que também evidencia a forte presença das manifestações do ciclo natalino como os Reisados e Ternos de Reis. Além destes períodos a Semana Santa reúne as Lamentações das Almas e a queima do Judas e o mês de setembro apresenta diversas manifestações em vários municípios, que são orientadas por motivações diversas. As origens dos festejos de São João, primo de Jesus, que nasceu a 24 de junho, incluem elementos que remontam a um período anterior. As fogueiras que levam o seu nome não eram do Batista, não nasceram com ele e, provavelmente, não ardiam na mesma data. Há quem sustente que o dia do santo marca as festas do solstício de verão no hemisfério norte, mas também há quem discorde. O Sol, nesse momento da translação da Terra, parece estacionar – e tanto o dia como a noite, na Europa, são os mais compridos do ano, como ainda se diz da noite de São João no hemisfério sul. Muitos séculos antes do Cristianismo os pagãos já haviam notado o fenômeno e, em todo o Velho Mundo, acendiam fogueiras a fim de propiciar colheitas abundantes. Sabemos que a fogueira foi acrescentada ao culto a Santo Antonio de Lisboa, como as que ardem a 13 de junho de 1549, quando se construía a Cidade de Salvador, antecessoras das que ainda se podem ver nas suas vizinhanças no dia do santo. Uma estória popular tenta ligar pelo menos a fogueira a São João: Isabel, mãe do santo, grávida, combinou com Maria, mãe de Jesus, que faria uma pequena fogueira diante da casa para anunciar-lhe, sem tardança, o nascimento do filho. Com ou sem a estória, porém, os costumes predominantes sempre foram os da festa paga, em que a presença do santo é tópica e superficial. De São João o povo sabe pouco. Sabe que batizou o primo São João batizou o Cristo, Cristo batizou João Foram ambos batizados lá no rio Jordão para entronizá-lo nas festas do auge do verão (no Norte) e no inverno (no Sul) muito ocorreu a sua imagem católica – o cordeiro, o cajado, o torso coberto por uma pele de camelo – que transformou o homem bondoso o pregador solitário, intolerante e intratável que preferia o deserto ao convívio humano. Não são poucos os devotos que, no seu dia, vestem os filhos dessa maneira, como fazem, no dia próprio, os devotos de São Sebastião: “Acorda, João”! Será para despertá-lo que a população cristã supõe que fogos e fogueiras ardem e estalam em todo o mundo no São João.
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Atualmente os festejos de São João incluem shows de grandes bandas e reúnem grande numero de pessoas, barracas de comidas e bebidas típicas, envolvendo toda a sociedade e com grande espaço na mídia. O contraponto a modernização é a sobrevivência e o crescimento da Romaria do Bom Jesus da Lapa que têm no mês de agosto o seu auge.A romaria é a mais importe do interior da Bahia e do Pais, levando todos os anos milhares de fies a se deslocarem em direção a Lapa. O Ponto central da romaria é a gruta, atual Santuário de Bom Jesus da Lapa, descoberta, em 1691, por Francisco de Mendonça Mar, leigo português, ourives e pintor, caracterizando a fundação de um eremitério surgido da piedade popular, diferentemente dos centros de romaria dos séculos XVI e XVII, criados por religiosos que trabalhavam na catequese e evangelização. A descoberta da gruta corresponde a uma cratofonia lítica; narrativa histórica se sobrepõe a história sagrada. Neste sentido, a Lapa é um mito. Enquanto narrativa de um modelo exemplar ou de uma revelação primordial, narra uma história verdadeira, sagrada. O lugar sagrado é revelado ao homem, nunca escolhido. A hierofania apresenta um ponto fixo, um centro, um local de criação, uma cosmogonia. Segundo Mircea Eliade (1973:34), “um território desconhecido, sem ocupar, continua participando do caos. Ao ocupá-lo, ao instalar-se, o homem o transforma em Cosmo por uma repetição ritual da cosmogonia.” Nesse sentido, para a narrativa cristã, a descoberta da Lapa representa a transformação do Caos em Cosmo, Francisco, com a sua cruz, recria simbolicamente o mundo. Na experiência religiosa, toda a natureza pode sacralizar-se e repetir cosmogonia: “Para quem uma pedra se revela como sagrada, sua realidade sobrenatural”. A Biografia do Monge, escrita pelo Arcebispo da Bahia, D. Sebastião Monteiro do Vide, que ordenou sacerdote Francisco de Mendonça Mar, confirma a existência deste personagem histórico em sua chegada à Lapa: “Tinha Francisco de Mendonça, por este tempo, trinta anos ou pouco mais, e distribuindo o cabedal que tinha, que talvez ao seria muito, saiu em hábito humilde e pobre, acompanhado de uma devota imagem de Cristo Crucificado, do tamanho de três palmos, a quem pediu luz para que todos os seus passos fossem dirigidos a sua maior honra e glória, meteu-se no sertão adentro, onde achou vários sítios onde poderia ficar, mas como Deus o destinava par outro lugar, quis que alargasse mais, e assim foi dar em uma grande montanha que fica nas margens do rio São Francisco e em distancia de duzentas léguas de sua foz e da vila que tomou o nome de mesmo Santo, que lhe haviam imposto os primeiros descobridores quando descobriram em 4 de outubro aquelas suas grandes correntes”. (Apud Segura, s.d.:29) o historiador Rocha Pita descreve de maneira semelhante a busca do frei:
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“Com este santo impulso, sem mais roupa que uma túnica que cobria muitos cilícios e mortificações corporais, com um santo crucifixo e uma imagem da Virgem Maria, Mãe de Deus e Senhora nossa, luzeiro e guia do melhor caminho da humana vida; saindo da cidade, foi penetrando sertões e não satisfeito de algumas soledades, posto que as achasse acomodadas, porque lhe estava aparelhado este prodigioso domicilio, continuou a jornada até que o descobriu”. (Apud Segura, s.d.:90). A gruta, anteriormente habitação de onças, foi convertida por Francisco em eremitério – lugar de oração e santificação.Descoberta no final do século XVII, corresponde à criação de santuários pela fé popular, tornando-se verdadeiro centro de irradiação missionária sob a orientação dos padres eremitas. O movimento eremítico no século XVII se dá dentro do contexto bandeirante, e a Lapa, às margens do rio São Francisco, caminho para as Minas Gerais, passa a abrigar caçadores de ouro, mascates e vaqueiros que faziam pouso no local, aproveitando para render graças ao Bom Jesus e à Virgem Maria, colocados, então, na capela do altar-mor. Também os paulistas, bandeirantes, que tentavam conter os movimentos de quilombos, dentre eles o de Palmares, faziam pouso nessa Lapa. É intenso o movimento de peregrinos ao local, no século XVII, intensificando-se ainda mais por ocasião da abolição da escravatura, quando os negros chegam ai para pagar promessa feita por ocasião da libertação. Famoso o local, o eremita Francisco de Mendonça Mar é ordenado sacerdote e indicado para capelão do Santuário de Bom Jesus da Lapa, em 1706.
Entre os grupos detentores das tradições na região merece atenção as Encomendadeiras de Almas de Correntina que é um grupo formado por senhoras que representam uma antiqüíssima tradição de penitência e "livração" dos espíritos. Através do canto (que é, invariavelmente, acompanhado de melodias de rara beleza), realizam um tipo de cerimônia hoje que luta contra à extinção. A atividade as Encomendadeiras pressupõe que pessoas falecidas em circunstâncias trágicas ou inesperadas estejam tendo dificuldades de se libertar da órbita terrestre ou estejam padecendo de alguma maneira e é preciso o canto das Encomendadeiras para libertar estas almas. Também tratadas como „Alimentadoras de Almas‟, as Encomendadeiras de Correntina trazem na memória cantigas que fizeram parte de suas infâncias, entre elas novenas para os tempos de seca. Contam que levavam, descalças, sob um sol penitente, garrafas de água com flores aos pés dos cruzeiros, cantando e pedindo chuva. O hábito de pedir chuva a Deus é, segundo Câmara Cascudo, milenar e chegou ao Brasil através dos portugueses e espanhóis. As encomendadeiras já gravaram CDs onde também cantam uma ladainha cantada em Latim, na qual pode-se observar todas as mudanças sofridas no texto, em função da tradição oral. Em Barreiras a cultura popular é atenção da Psicóloga Lelia de Macêdo Rocha que atua junto ao poder municipal no fomento às manifestações tradicionais do município de Barreiras e da região. Lelia também é autora do Dicionário de Barreirês que reúne expressões da cultura oral. No qual podemos encontrar o verbete “Nazaro” que é uma
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expressão do folclore local e ocorre na quarta feira de Cinzas. O Nazaro é um grupo que se veste com indumentária da cor branca que inclui capuz, e saem pelas ruas lançando fubá, ovos e farinha pregando sustos em quem cruzar pelas ruas. Pela postura anarquista de alguns manifestantes é uma expressão que nos dias atuais esta se buscando um meio termo entre a tradição e as novas formas de expressão coletiva.
Memória
“Os mais velhos são a fonte de onde jorra a essência da cultura, ponto onde o passado se conserva e o presente se prepara” Walter Benjamin, Marilena Chauí. citação de, in Memória e Sociedade
É função da memória na sociedade relacionar o presente com o passado, interferindo nos processos de representações atuais. A memória se firma como força subjetiva e ativa. Cabe aos mais velhos, os guardiões da memória, lembrar e aconselhar, ligar o que foi com o que estar por vir. Apesar de sua importância e função social, a memória, sofre com as mudanças que nossa sociedade inflige ao processo da lembrança, arrancando seus marcos e apagando seus rastros, ameaçando a estabilidade espacial e a confiança que nós ao longo de nossa convivência não perderiam ou não se afastaríamos. Ao expressarmos aqui a importância da memória nos processos sociais, queremos ressaltar a importância destes nas atividades de produção e dos seus suportes materiais e afetivos na construção da identidade da Região Oeste da Bahia. Foram relacionadas nos questionários as pessoas mais idosas por município que pudessem ajudar por meio de depoimentos com o levantamento da historia coditiana de suas comunidades, estes depoimentos relacionados em rede devem ser objeto de estudo e servir de orientação no suporte as ações de resgate e criação dos referenciais históricos da região.
Equipamentos Culturais São considerados equipamentos culturais os espaços que se destinam à produção, guarda, gestão e exibição de produtos culturais dos mais diversos gêneros. Tantos aqueles de produção erudita, quanto popular. Sob este ponto de vista, um museu, por exemplo, como um teatro, pois ambos destinam-se, à divulgação da cultura. O primeiro como elemento de guarda e divulgação da história, através da leitura de objetos representativos de determinados tempos históricos, o segundo como espaço democrático para apresentações musicais, teatrais e performances de artistas populares, ou mesmo como espaço de encontro da comunidade. Por excelência a cultura popular nos municípios interioranos do estado da Bahia se manifesta tanto na esfera do privado, residências, fazendas etc. Quanto nas áreas publicas; feiras, ruas e praças. Quando há algum equipamento de cunho cultural por vezes se estabelece uma hierarquia em relação às atividades ali desenvolvidas e o que é
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desempenhado fora dele. Estas distinções devem ser derrubadas e propiciar que cada expressão tenha o seu local apropriado de acordo com a suas necessidades sem se fazer distinções de valor entre o erudito e cultura popular e sim articulá-los. O equipamento de maior presença nos municípios brasileiros são as bibliotecas, este dado se apresenta também na esfera dos municípios da região oeste que apresentaram os questionários. Mas, apesar de existirem, a bibliotecas, muitas vezes não dispõe dos meios para estimular a interação com a população e com os outros equipamentos culturais assim como para a descentralização regional deles. Teatro; 4
Dança de São Gonçalo; 3
Centro Cultural Biblioteca Biblioteca; 11
Ginásio/Quadra; 23
Museu Praça
Museu; 3
Curso/Escola Balneário
Praça; 7 Curso/Escola; 2 Balneário; 8
Auditórios; 10 Parques; 4
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Parques Auditórios Ginásio/Quadra Teatro
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Calendário Cultural Barra Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
06 a 31 06 a 31 14 e 15 02 02 DM
Festejo de Reis Ternos Campeonato Barrense de Motocross Festa de Yemanjá Festa de N. Sra. do Rosário Carnaval
DM DM 09 a 24 16 29
Semana Santa Festa Religiosa do Divino Espírito Santo Festa de S. João da Barra Aniversário da Cidade Festa de S. Pedro
06 22 07 21 04
Festejos do Bom Jesus dos Navegantes Dia Nacional do Folclore Independência do Brasil Festejos da Primavera Festa do Padroeiro S. Francisco de Assis
25 31 DM
Natal Ano Novo à beira do Rio Grande Festejos de S. Gonçalo
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Barreiras Janeiro
Fevereiro Março Abril Maio Junho
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01 Lavagem do Kimarrey 06 Festa de Santo Reis - Reisado 20 Festejos de S. Sebastião DM Samba de Roda DM Dança de Lapinha DM Bumba Meu Boi 02 Festa de Oxum e Yemanjá DM Carnaval DM Barreiras Folia DM Barreiras Folia duas últimas sextas Toque Brasileiro duas primeiras sextas Toque Brasileiro 26 Aniversário da Cidade DM Festa do Divino Espírito Santo 24 Festa do Padroeiro S. João Batista
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Julho Agosto Setembro
DM DM DM 02 e 03 02 a 10
Forró da Lua Quadrilhas Juninas Vaquejada Romaria em devoção ao Sr. dos Aflitos (Festa do Cantinho) Expo Agro
27 DM
Festa de S. Cosme e Damião JEB – Jogos Estudantis do Oeste Baiano
Outubro Novembro Dezembro Durante o Ano
Todas as sextas Todos os domingos
Feira Artesanal Feira de Barreirinhas
Correntina Janeiro
06 a 24
Folia de Reis
Fevereiro
DM DM 30
Carnaval – Folia das Águas N. Sra. do Rosário Aniversário da Cidade
Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
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02 Festa de S. Cruz DM Festa do Divino Espírito Santo a partir do dia 13 Festa Junina 15 01 01 12 12 a partir do dia 20 31 DM DM DM DM DM DM DM
Nossa Sra. da Glória Comemoração Cívica da Pátria Festa do Idoso Festa da Criança Festa de N. Sra. de Aparecida Festejos Natalinos Reveillon Baile do Havaí Quaresma – Apresentação das Encomendadeiras das Almas Paixão de Cristo Cavalhada Vaquejada Festa da Colheita Semana do Excepcional
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Ibotirama Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
01 DM
Festa de S. Sebastião Festa dos Santos Reis
DM 24 29 02 DM DM
S. João antecipado Festa de S. João Festa de S. Pedro Festa de N. Sra. da Guia Festival Local (música e poesia) Semana de cultura, esporte e Ibotifolia
12
Festa de N. Sra. de Aparecida
DM Festa dos Santos Reis DM Dança do Toré DM Roda de S. Gonçalo Todos os sábados Feira Livre
Riachão das Neves Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
01 a 03 23 a 26 24 a 26 01, 08 e 09
Romaria de Alfavaca Apresentação das Quadrilhas de S. João Festa da Padroeira do Município "Festa de Santana" Festa de S. Lourenço
Santana Janeiro
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01
Festa da Zuada
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20 Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho
Festa de São Sebastião
DM Festa do Divino Espírito Santo 13 Festa de Santo Antônio 24 Festas Juninas Primeira semana Micareta 26 Festa da Padroeira Senhora Sant'Ana 15 Festa de Nossa Senhora do Parto
Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 16 Festa de Cavalgada Durante o ano Dias de sábado Feira Livre
Santa Maria da Vitória Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
DM
Carnaval
24
Festas Juninas
08
Festa de N. Sra. das Vitórias
DM
Festa de Levada
Santa Rita de Cássia Janeiro Fevereiro Março
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06 a 30
Folia de Reis
20 a 26 início
Comemorações do Aniversário da Cidade Campeonato Santarriense de Futebol (até agosto)
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Abril Maio
DM 13 a 22 18 a 20 18 a 23 DM 18 e 29
Semana Santa Festa da Padroeira S. Rita de Cássia Vaquejada Cantinho do Artesanato Festa do Divino Espírito Santo Festejos de São João
Junho Julho Agosto Setembro 07 Comemorações à independência do Brasil Outubro Novembro Dezembro Durante o ano aos domingos Feira Tradicional
São Desidério Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro
06 20 22 22 08 DM DM 03 05 a 07 23 e 24
Folia de Reis Trilha Ecológica Maestro Heliodoro Ribeiro Aniversário de emancipação do município de São Desidério Rallye de Bike Rallye de Bike Feminino Sexta – Feira Santa Paixão de Cristo Queima de Judas Festa de Santa Cruz Vaquejada Festa de São João
18 a 20 Expocoton Primeiro sábado Pegada do Mastro 19 Festa do Divino e da Padroeira Nossa Senhora 16 a 18 Aparecida 20 Festa da Paz Rallye do Jegue
Outubro Novembro Dezembro DM
Lamentação
DM – Data Móvel
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Embora a imagem fracione o mundo, a imaginação o completa. Marcelo Martinelli
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Similares e concorrência Alguns destinos nacionais possuem características similares ou que concorrem com a região Caminhos do Oeste, ou com posicionamentos de mercado já consolidados. Analisá-los, observando seus pontos fortes e fracos, possibilita-nos reforçar ou ajustar estratégias de planejamento. Alia-se a esta análise o levantamento de informações culturais realizado que irão criar o diferencial de mercado necessário para um melhor posicionamento neste. Abaixo relacionamos e descrevemos alguns importantes destinos do Brasil com perfil turístico similar. Vale do Jalapão (TO) Localizado no leste de Tocantins, o Jalapão é um verdadeiro oásis perdido no meio do cerrado. Seu nome se origina de uma planta muito comum da região: a erva jalapa-dobrasil. O grande atrativo e a melhor maneira de conhecer o Jalapão é fazendo o rafting no Rio Novo, que corta boa parte da região. Existem inúmeras atrações naturais como a Cachoeira da Formiga, as dunas de até 40 m e o Fervedouro, um poço de águas borbulhantes. Para conhecer essa região inóspita é preciso ter espírito aventureiro, pois o Jalapão, além de ter uma das densidades demográficas mais baixas do país, não possui quase infra-estrutura para os turistas. Um prato cheio para quem está atrás de grandes emoções. Para conhecer bem o Jalapão é preciso estar disposto a fazer o camping selvagem. Em Ponte Alta existe um hotel que acomoda o turista. É normal que os moradores da região aluguem algumas de suas camas para os aventureiros. Há pouquíssimas opções de lugares para comer no Jalapão. Os moradores podem fazer uma comida para os turistas a ser negociada. O mais garantido é ir bem abastecido de mantimentos.
Chapada dos Veadeiros (GO) Conhecida por suas cachoeiras, canyons, cavernas, flora e fauna riquíssimas, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros apresenta ao visitante uma beleza exuberante e intrigante. Além de toda a natureza, é a área com maior luminosidade vista da órbita da terra, segundo pesquisa da NASA. Isso ocorre devido à quantidade de cristais de quartzo que afloram do solo, além de inúmeros outros metais e minérios. Por isso, muitos místicos também costumam buscar energia neste local. Se você gosta de acampar, há diversas opções de campings em São Jorge. Para os que preferem ficar em pousadas, existem opções econômicas em Alto Paraíso e em São Jorge. Há opções de restaurantes em Alto Paraíso. Não deixe de experimentar o feijão tropeiro servido na folha de bananeira.
Chapada Diamantina (BA) Coragem, espírito aventureiro e muito fôlego são características fundamentais para quem quer desbravar esse paraíso ecológico baiano. Cachoeiras, grutas e morros oferecem ao turista as mais variadas práticas do esporte de aventura. É preciso disposição, pois o espetáculo da natureza dura o dia todo: começa com o nascer do sol e
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só termina com a noite estrelada. Para entrar na Chapada Diamantina não é preciso pagar nenhuma taxa, mas vale lembrar que algumas atrações dentro do Parque são pagas. Há diversas opções de hospedagem na Chapada Diamantina. É possível se hospedar em Lençóis, Mucugê, Igatu, Andaraí e Caeté-Açú. Não deixe de experimentar os pratos típicos da região: cortado de palma, tucunaré frito, buchada de bode e galinha ao molho pardo.
Bonito (Bodoquena/MS) Um dos destinos mais procurados do centro-oeste brasileiro, Bonito, em Mato Grosso do Sul, faz jus ao nome que tem. Belíssimas cachoeiras, trilhas verdes, grutas profundas e corredeiras de rios cristalinos são algumas das atrações a serem exploradas nessa região a 330 km de Campo Grande. Todas as atrações de Bonito só podem ser visitadas com guias especializados. Portanto, programe-se com alguma antecedência, se possível. Suas principais atrações são dentro de propriedades particulares, daí a necessidade dos guias autorizados pela Embratur. A maioria dos passeios é pago, portanto separe um dinheiro extra para isso. Em Bonito, o mais indicado é ficar nas pousadas típicas da região. Consulte o nosso guia de hospedagens para esta região. Uma das maiores atrações gastronômicas da região é o pacu assado recheado com farofa. Os sanduíches naturais também são bem comentados entre aqueles que vão praticar rapel no Abismo de Anhumas.
Pantanal Matogrossense Sem dúvida um dos lugares mais belos do Brasil. Talvez um dos motivos de toda sua estrondosa e peculiar beleza natural seja devido à sua particularidade geográfica. Localizado na bacia do Rio Paraguai, ao norte está cercado pelas Serras dos Parecis, Azul e do Roncador, a leste pela Serra de Maracajú, ao sul pela Serra da Bodoquena e a oeste pelos charcos paraguaio e boliviano. O Pantanal abrange 12 municípios dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estendendo-se pela Bolívia e Paraguai. Seu maior território encontra-se no Mato Grosso do Sul, é conhecido como Pantanal Sul e tem como porta de entrada a cidade de Corumbá. Sua localização faz com que grande parte do território pantanense se transforme em descampados ou grandes lagoas durante boa parte do ano. A grande diversidade da fauna é um dos seus grandes atrativos seja ela aquática (jacarés, peixes...), terrestre (capivaras, antas, cervos-do-pantanal) ou aérea (garça, arara-azul, tuiuiú). No Pantanal encontram-se diversos hotéis-fazenda com ótima infra-estrutura. Há ainda pousadas e chalés. Alguns hotéis são especializados em pesca, incluindo em seu pacote os passeios. A cozinha pantaneira não pode deixar de ser provada. Com uma grande diversidade de peixes, o pacú e o pintado são os mais famosos. O pintado pode ser servido a urucum ou ensopado. O pacú é servido frito. Experimente também o caldo de piranha e a carne de jácaré.
Chapada dos Guimarães (MT) Aventura, esoterismo, história e cultura, um roteiro completo a 70 km de Cuiabá. Considerada como o centro geodésico (eqüidistante dos oceanos Atlântico e Pacífico) da América do Sul, a Chapada dos Guimarães atrai cada vez mais turistas devido às suas diversas atrações e seu lado místico. Além disso possui um lado histórico bastante interessante com diversos sítios arqueológicos espalhados pela região. Na cidade de Chapada dos Guimarães, a 9 km do Parque, é possível encontrar hotéis e pousadas com boa infra-estrutura. Há ainda a opção de ficar no camping, localizado na Cachoeira da Salgadeira. Há diversas opções de restaurantes na Chapada dos Guimarães. O cardápio é bem variado, rico em peixes, carnes e doces.
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Circuito das Águas Paulistas (Paranapiacaba/SP) Paranapiacaba, subdistrito de Santo André, está localizada na Serra do Mar, e seus atrativos, que antes eram apenas a ferrovia, o aposentado trem Maria Fumaça e museu ferroviário, soma-se agora aos recursos naturais, chamando os turistas da Grande São Paulo e outras localidades para o ecoturismo. Há mais de 10 trilhas de níveis leve, médio e pesado, que podem ser feitas com ou sem o acompanhamento de guias locais. Além disso, o rapel, a tirolesa e a observação da flora e da fauna também podem ser praticados na região. Várias competições de mountain bike, corrida de aventura e enduro a pé já realizaram eventos no local desde 2000 e o turismo cresce também com o incentivo ao artesanato local.
Mapa de posicionamento Ao analisar os textos informativos dos destinos concorrentes ou similares, percebe-se um posicionamento voltado para duas características; a experimentação e a contemplação, e a diferenciação ou a multiplicidade de atrações. Posicionando-os no gráfico anexo, nota-se que o destino Caminhos do Oeste comunica-se com uma característica de pouca interação com o potencial visitante, tendo que se desenvolver ações onde esta relação se intensifique.
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Posicionamento da marca Como acontece com a maioria das informações armazenadas na memória, geralmente é mais fácil reconhecer uma marca do que extraí-la da memória. A importância relativa da lembrança espontânea e do reconhecimento de marca dependerá de até que ponto os consumidores tomam decisões relacionadas com o produto na presença da marca ou na sua ausência. No plano abstrato, a lembrança de marca é criada por meio do aumento da familiaridade com a marca mediante exposição repetida, embora geralmente isso seja mais efetivo para reconhecimento de marca do que para lembrança espontânea de marca. Isso significa que, quanto mais um consumidor experimentar a marca por vê-la, ouvi-la ou por pensar nela, maior será a probabilidade desta ficar fortemente registrada em sua memória. Embora a repetição da marca aumente a força do nó da marca na memória, é importante que ela seja reconhecida nas categorias de produtos adequadas. Para aumentar a lembrança, é útil criar um slogan que combine a marca e a categoria com sugestões de utilização apropriadas e também com o posicionamento da marca para construção de uma imagem de marca positiva. Segundo a Secretária Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, a meta é criar meios para que em cada roteiro turístico aspectos de cunho cultural estejam presentes, desde o artesanato à gastronomia, das tradições de cada município a um mergulho nas lendas e fatos locais contados por seus próprios moradores e artistas. Com estas relações associadas ao destino turístico e presentes em todos os pontos de relacionamento local/usuário, criar-se-á um fortalecimento da marca Caminhos do Oeste. Para o Caminhos do Oeste, em todos os momentos de contato com a marca do destino será reforçado um apelo de relacionamento único e memorável, não só fortalecido pelas imagens, como por um slogan que reforçará o apelo junto à marca e as peças promocionais. Inesquecível! Este será o mote utilizado para que se fixe a experiência Caminhos do Oeste junto à mente do usuário ou potencial visitante. Uma experiência única e duradoura, multisensorial e prazerosa.
Caminhos do Oeste, uma experiência inesquecível! Enfim,
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Construção de um conceito visual Roteiros cheios de natureza ao redor trazem ar puro e cores como o verde das árvores, o azul do céu e da água limpa para banhos e divertimentos. Ingredientes de felicidade e renovação espiritual, tanto para jovens como para os da melhor idade, daqui, de outras regiões ou estrangeiros. Todos reconhecem os elementos essenciais ao homem, com a vantagem de poder escolher seus destinos na hora de aproveitar as riquezas da natureza. A linguagem tem fator preponderante e jamais deve ser um impasse. Nas distâncias, falar a mesma língua nos conforta, nos aproxima, nos faz sentir vontade de ir ao encontro do que desejamos. Os pictogramas dão à língua a forma mais rápida e universalmente conhecida no mundo. Indica-nos o sentido: à esquerda, à direita, após, antes, ir e vir. As indicações são signos guias para a cidade, o país, o espírito e a alma. Possibilitam experimentar o renascimento pela globalização. São indicações novas, que constroem uma ponte sobre as barreiras da língua. O inventor do pictograma: Otto Neurath (1882-1945), filósofo e planejador social vienense, em suas primeiras exibições didáticas já falavam dos fazendeiros Franco Hartmann e Erwin K. de Viena, estes que cumpriram a visão de Otto Neurath. Ao fazerem escavações, relataram projeções históricas pela língua dos sinais. Mas foi Schmidt Castelo-duro quem deu forma à conclusão do curso de leitura com as ”indicações da fé“, apresentada nos objetos históricos das escavações. Estas relataram condições visuais para a confiança. Nada melhor em relação a linguagem! As mensagens institucionais em folhetos, banners, outdoors, flyers, etc. reforçam a imagem da marca, ambientando e estimulando os consumidores potenciais. A marca construída tem excelente comportamento cobrindo todos os aspectos da percepção visual: legibilidade, pregnância, continuidade, orientação, sistematização, descrição e alegria. No Anexo 3 apresentamos os layouts e aplicações da marca.
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Descrição dos produtos Caminhos do Oeste (CdO) Para sustentar a estratégia proposta, sugere-se o desenvolvimento de produtos específicos para o setor turístico, reforçados pelo padrão gráfico/visual adotado, criando uma uniformização e conseqüente reforço. Kit Promo CdO
Guia Cultural CdO
Cardápio Cultural
Roteiro Gastronômico CdO
Circuito das Águas CdO
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conjunto de instrumentos de divulgação para os divulgadores, contendo folder, cartaz, souvenir tradicional. Sua função seria a divulgação através de um instrumento promocional Guia impresso, descrevendo os elementos e equipamentos da região, com localização e acesso, informações referentes à cultura regional, manifestações e calendários. Com as informações coletadas com os questionários, a compilação deste Guia se torna mais ágil. Seu diferencial seria a interação das informações com o usuário deste, através de sugestões de roteiros, dicas de consumo, agenda de contatos, além de um formato que viabilize seu manuseio em campo. cardápio composto de pratos típicos que poderão ser encontrados na região, com os devidos ingredientes, locais onde podem ser consumidos e descritivo de montagem do prato utilizando elementos artesanais e culturais. A criação de um ritual ou estética do momento, onde a experiência de se comer tal prato não se restrinja ao comer. Os cardápios/menus dos restaurantes deverão ter características estéticas e gráficas que remetam à cultura, podendo ser viabilizando junto a operadoras financeiras. construção de opções de roteiros de fornecedores gastronômicos (restaurantes, bares, comidas caseiras), onde o cliente poderá desfrutar de uma série de opções gastronômicas para diversos momentos, fortalecendo a circulação entre os integrantes da região. Com mapa, localização, descrição, momento melhor para consumo, preço, dicas, etc. com duas tipologias de roteiro, um mais radical (Aventura) e outro mais calmo (Contemplativo), onde seguindo os mananciais hídricos da região, o turista poderá se divertir dentro e fora da água, interagindo com a natureza e sendo servido em pontos estratégicos de
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Circuito de Aventura CdO
Circuito Cultural CdO
Kit Turista
PDV
Capacitação
equipamentos de alimentação, estacionamento, descanso, etc. No Roteiro de Aventura o turista poderá desfrutar de fornecedores de serviços de rafting, rapel, boiacross. No Contemplativo, fará um circuito onde inicia com a contemplação da natureza, almoços a beira rio e pôr-dosol no rio. criação de trilhas de vários níveis para os praticantes de esporte de aventura e atração de etapas de Corridas de Aventura para a região, criando um destino novo para esta tipologia de turista. (trazer etapas de eventos de aventura tais como: Paletada Adventure, Gaia Adventure, The Mount Cook Race, Ecomotion Pro, Speights Coast to Coast, Brasil Wild / Serra da Canastra,, Atenah campeã do Brasil Wild em Paraty, Expedição Chauás - Serra da Canastra, Brasil Wild, Terra Incógnita. Guia Cultural com os principais atores da vida cultural da região em suas diversas tipologias, com endereço, dicas, localização. E um mapa sugerindo circuitos/roteiros onde o visitante terá opções para conhecer, interagir e adquirir produtos culturais da região. conjunto de informações e materiais que mobilizarão o trade receptivo a receber bem o turista. Servindo de guia/manual para fortalecer a interação deste com a região. Adesivos indicativos, manual do bem receber, guia de informações gerais, agenda de contatos, bottom promocional. material promocional para merchandising em hotéis, pousadas, restaurantes etc, com elementos promovendo o conjunto de ações, com display para folhetaria, cartaz institucional, adesivos indicativos, mapas localizacionais, etc. série de cursos de capacitação para os fornecedores de serviços do trade turístico.
Educação Patrimonial Elaboração de Projetos visando a difusão do conhecimento sobre a cultura popular e a sua importância para a construção/ fortalecimento de uma identidade local e o sentido pertencimento a comunidade.
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Casa do Oeste
projeto arquitetônico de espaço efêmero, localizado nas casas de cultura dos municípios, onde o turista encontrará todas as informações. Servindo de central propulsora das intenções dos visitantes, aliado com a comercialização de produtos típicos.
Elaboração de projetos em apoio as manifestação culturais locais Elaboração de Projetos objetivando o apoio aos grupos que sustentam a preservação do conhecimento da cultura popular e a sua difusão.
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Bibliografia Município: Potencial Turístico, Fev.92, Embratur. Valor Setorial: Turismo, Set.06, Valor Econômico. Gestão estratégica de marcas: Kevin Lane Keller/Marcos Machado, Pearson Prentice Hall Turismo cultural: orientações básicas / Ministério do Turismo, Coordenação - Geral de Segmentação. – Brasília: Ministério do Turismo, 2006. Destinos Competitivos: Metodologia para Regionalização e Roteirização Turística, Sebrae, 2005 ALMEIDA, Ignez Pitta de. Saudade de Barreiras. Álbum de Recordações – Poemas. Barreiras: Gráfica Irmãos Ribeiro, 1996. CARNEIRO, Edison. Folguedos Tradicionais. Etnografia e folclore/Clássicos, 1. 2.ed. Rio de Janeiro: Edições FUNART/INF, 1982. FUNART/INSTITUTO NACIONAL DO FOLCLORE. Romaria do Bom Jesus da Lapa na Bahia. Série Romarias Brasileiras. Salvador: Artes Gráficas e Indústria LTDA FROTA, Lelia Coelho. Pequeno dicionário: da arte do povo brasileiro – século XX. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora, 2005. PARDAL, Paulo. Carrancas do São Francisco. 2.ed rev. e amp. Rio de Janeiro: Serviço de documentação geral da Marinha, 1981. ROCHA, Lelia. Dicionário de Barreirês. Barreiras: NOVOESTE Editoração e Publicidades Ltda., 1996. http://www.seia.ba.gov.br/
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Anexo 1 : Glossário Como forma de democratizar o entendimento de terminologias utilizadas neste Relatório bem como em outros momentos do Projeto, anexa-se abaixo um glossário de termos relacionados a turismo. Os conceitos básicos apresentados a seguir foram compilados de vários manuais de planejamento, entre eles e do Centro Interamericano de Capacitação turística – CICATUR pertencente à Organização dos Estados Americanos – OEA e da organização Mundial de Turismo – OMT. Não se abrangerá aqui todo o termo técnico utilizado no setor, mas apenas aqueles necessários à perfeita compreensão do presente documento. 1. TURISMO É uma atividade econômica representada pelo conjunto de transações ( compra e venda de bens e serviços turísticos ) efetuadas entre os agentes econômicos do turismo. É gerado pelo deslocamento voluntário e temporário de pessoas para fora dos limites da área ou região em quem têm residência fixa, por qualquer motivo, excetuando-se o de exercer alguma atividade remunerada no local que visita. 2. Agentes Econômicos do Turismo São considerados agentes econômicos do turismo os turistas, os excursionistas, as empresas turísticas e os estabelecimentos turísticos. 3. Turismo Receptivo É aquele gerado por visitantes de outros países ou regiões emissoras, os quais permanecem mais de 24 horas e menos de um ano no local de chegada, não recebendo remuneração no país/região visitada. 4. Turismo Emissivo É aquele gerado pela saída de pessoas residentes no país / região, as quais permanecem por mais de 24 horas e menos de um ano no local de chegada, não recebendo remuneração no local visitado. 5. Turista É a pessoa que se desloca para fora de seu local de residência permanente, por mais de 24 horas, realizando pernoite, por motivo outro que o de não fixar residência ou exercer atividade remunerada, realizando gastos de qualquer espécie com renda auferida fora do local visitado. 6. Turista Nacional É a pessoa residente no país, independente de sua nacionalidade, que se desloca a um lugar dentro do país, distante de sua residência permanente, por mais de 24 horas, realizando pelo menos um pernoite, e que não exerce, no lugar visitado, qualquer atividade remunerada. 7. Turista Internacional É a pessoa residente no país, independente de sua nacionalidade, que se translada a outro (s) país (es), por diferentes motivos e cuja visita seja por período inferior a um ano. 8. Excursionista Também conhecido como “ turista itinerante “ , excursionista é toda pessoa que se desloca individualmente ou em grupo para local diferente de sua residência permanente, por período inferior a 24 horas, sem efetuar pernoite. 9. Turismo Social É aquele que se pratica e fomenta com o objetivo de facilitar o turismo interno das classes economicamente menos favorecidas, constituindo-se em traço de união entre os meios sociais de poucos recursos. 10. Turismo Religioso É aquele motivado por fé ou necessidade de cultura religiosa, seja através da visitação a igrejas e santuários, seja por peregrinação, romarias e congressos eucarísticos. 11. Turismo Cultural
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É aquele que se pratica para satisfazer o desejo de emoções artísticas e informação cultural, visando a monumentos históricos, obras de arte, relíquias, antiguidades, concertos, musicais, museus, pinacotecas. 12. Turismo de Saúde É aquele praticado por pessoas que se deslocam em busca de climas ou estações de tratamento, onde possam recuperar a saúde. 13. Turismo Ecológico ou Ecoturismo É o turismo desenvolvido em localidades com potencial ecológico, de forma conservacionista, procurando conciliar a exploração turística ao meio – ambiente, harmonizando as ações com a natureza bem como oferecendo ao turista um contato intimo com os recursos naturais e culturais da região, contribuindo para a formação de uma consciência ecológica. 14. Turismo de Aventura É o turismo que pressupõe uma programação com atividades participativas, onde o turista passa a ser o protagonista, exigindo instalações, equipamentos, serviços auxiliares e guias especializados. Caracteriza-se por viagens em que predominam a busca do desconhecido, as aventuras românticas, de caça e pesca, conquista de acidentes geomorfológicos e assemelhados. 15. Oferta Turística ou Produto Turístico É conjunto de bens e serviços turísticos, atrações, acessos e facilidades colocados no mercado, à disposição dos turistas, em conjunto ou individualmente, visando atender suas necessidades, solicitações ou desejos. 16. Inventário da Oferta Turística É o levantamento do conjunto dos recursos turísticos de uma determinada região, visando a correta ordenação e exploração do território, de forma a otimizar a utilização de seus recursos naturais e da oferta turística em geral. 17. Recursos Turísticos Naturais São recursos que estão distribuídos no espaço geográfico e que constituem aquilo que se convencionou chamar de paisagem, identificados ou qualificados como de valor para uso turístico.
18.
Recursos Turísticos Culturais São os recursos que resultam do desenvolvimento das atividades humanas e compreendem o conjunto de manifestações culturais, materiais ou espirituais de um país, região ou local.
19.
Demanda Turística É a quantidade de bens e serviços turísticos consumidos por empresas e/ou famílias, dado o nível de renda, os preços e as necessidades dos consumidores. 20.Demanda Efetiva É quantidade de bens e serviços turísticos efetivamente consumidos em dado período de tempo. 21.Demanda Potencial É a quantidade de bens e serviços turísticos que podem ser consumidos, em face de determinado nível de oferta e à existência de fatores facilitadores de acesso e incentivo ao consumo. 22. Planejamento Turístico É o processo pelo qual se analisa a atividade turística de um país ou região, diagnosticando seu desenvolvimento e fixando um modelo de atuação, mediante estabelecimento de objetivos, metas e instrumentos, com os quais se pretende impulsioná-la, coordená-la e integrá-la ao conjunto macroeconômico em que se encontra inserida. 23 . Plano Turístico É o documento que resume o conjunto de ações , programas e projetos propostos durante o processo de planejamento. 24. Programa Turístico É o conjunto de projetos, integrados entre si e vinculados por uma ou várias características comuns, cujo conteúdo está sujeito às condições de coerência, independência e periodicidade. Deve materializar uma ou várias metas fixadas no plano turístico do qual faz parte. 25. Projeto Turístico É o conjunto de informações e estimativas que envolvem o detalhamento econômico, financeiro, tecnológico e administrativo, de determinado ponto ou segmento do programa estabelecido para aperfeiçoamento ou desenvolvimento das atividades turísticas.
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26. Marketing Turístico É o conjunto de técnicas estatísticas, econômicas, sociológicas e psicológicas, utilizadas para estudar e conquistar o mercado, mediante lançamento planejado dos produtos, consistindo numa estratégia dos produtores para adequar seus recursos às novas oportunidades que o mercado oferece. 27. Segmentação de Mercado É distribuição do mercado em grupos homogêneos em função de algumas características que identificam seus componentes. 28. Atrativo Turístico É todo lugar, objeto ou acontecimento de interesse para o turismo. 29. Patrimônio Turístico É a disponibilidade de elementos turísticos de uma região ou país, em determinado momento, em condições de funcionar como atrativos turísticos. É formado dos atrativos turísticos, dos equipamentos e instalações turísticas e da infra-estrutura turística. 30. Superestrutura Turística Refere-se à complexa organização que permite harmonizar a produção e a venda dos diferentes serviços turísticos, compondo-se das instituições públicas e privadas que exploram os equipamentos, a infra-estrutura de apoio, o processo e comercialização do produto turístico. 31. Complexo Turístico É uma superfície variável do território que reúne as seguintes condições: - contém atrativos turísticos cuja visita exija pelo menos três dias; - contém no mínimo um centro turístico urbano. - contém atrativos e centros turísticos secundários localizados dentro do raio de influência do centro principal ( distância máxima de 3 horas, utilizando –se meios de transportes coletivos). 32. Pólo Turístico É o conjunto de atividades turísticas matrizes que criam efeitos atrativos sobre outros conjuntos definidos no espaço econômico e geográfico. Tal conjunto de atividades turísticas são capazes de aumentar o produto, modificar as estruturas e favorecer o processo econômico em um espaço determinado. 33.Turismo Sustentável É aquele que atende às necessidades dos turistas de hoje e das regiões receptoras, ao mesmo tempo em que protege e amplia as oportunidades para o futuro. É visto como um condutor ao gerenciamento de todos os recursos, de tal forma que as necessidades econômicas, sociais e estéticas possam ser satisfeitas sem desprezar a manutenção da integridade cultural, dos processos ecológicos essenciais, da diversidade biológica e dos sistemas que garantem a vida..
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Anexo 2 : Questionários
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QUESTIONÁRIO Manifestações Culturais e Atrativos Turísticos Este é um questionário cujas informações auxiliarão a construção dos referenciais turísticos da Indicação Geográfica denominada Caminhos do Oeste. Solicitamos que seu preenchimento se faça de forma completa, possibilitando melhor levantamento de informações da região. DADOS GERAIS
Município: BARRA - BAHIA Contato (Nome, e-mail e tel)
Demosthénes da Silva Nunes Júnior – (77) 3623-2801 Principais vias de acesso:
Barreiras: BR 135 / BR 242 / BR 020 Brasília: BA 462 / BR 462 Breve histórico do Município
Entre 1670 e 1680, a casa da Torre, cujo chefe era então o 2º. Francisco Dias de Ávila Pereira, assentou uma fazenda de gado no ponto em que o rio Grande deságua no rio São Francisco. Situado na foz daquele afluente, foi logo apelidada e Fazenda da Barra do Rio Grande. Para evitar confusão com o Rio Grande, antes assim batizado no norte, acrescentou-se a indicação de do Sul. Religiosos franciscanos capuchos ou alcantarinos, que não devem ser confundidos com os capuchinhos, de 1680 à 1690, levantaram ali uma capela que, em honra do fundador da Ordem e homenagem ao então Senhor da Torre, ficou sendo São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande do Sul, nome que perdurou até a elevação a cidade. Foi, portanto, também aldeamento de gentio manso catequizado pelos frades. Povoação – Conquistadas as terras, os moradores do arraial pediram à Coroa Portuguesa que se elevasse Barra do Rio Grande do Sul a povoação, para melhor defesa contra os acaroas da margem, e os mocoases, da direita, dos quais muitos ainda eram agressivos. Isto de 1680 a 1690. Cartas Régias de novembro e dezembro de 1698 autorizavam a criação pedida, sendo Rei Dom Pedro I. O governador Dom João Lancastro foi incumbido de mandar proceder à instalação das povoações. Entre elas, e da Barra. Apareceram também elementos holandeses e flamengos (Wanderley, Hendel), italianos (Mariani, Leoni), talvez espanhóis (Bueno). A introdução do elemento africano deu início à povoação. Terras apropriadas para o cultivo da cana de açúcar aconselhariam o braço escravo negro, dada a resistência do gentio à servidão e sua incapacidade para a vida sedentária. Contam que uma só leva de pretos eram seiscentos. Não só a lavoura, mas até o criatório estaria melhor com os pretos. O município de Barra era predominantemente rural. Seus arquivos estão bem conservados, enquanto que, outras localidades são – franciscanas têm a história interrompida pela destruição de preciosos documentos. Da instalação da Vila em diante, o Arquivo Municipal conserva relatos das correções, dos quais constam entendimentos reveladores de liberdade de expressão, por vezes em linguagem pitoresca. Onde ficar
Hotel Canoas – Av. Getúlio Vargas, s/n – Bairro da Manga – tel: (74) 3662-2193. Apto. com ar, TV, frigobar, garagem e café da manhã. Barra Tropical Hotel – Alameda Plínio Mariani Guerreiro s/n – Bairro do Junco – tel: (74) 3662-2699. Apto. com ar, TV, frigobar, garagem e café da manhã. Luxor Pousada São Francisco – Av. Dom Pedro II, 04 – Bairro Centro – tel: (74) 3662- 3742. Apto com ar, TV, garagem e café tropical. Hotel São Francisco - Rua Silva Jardim, 66 – Bairro Centro – tel: (74) 3662-3204. Apto com TV e ventilador e quartos com ventiladores. overbrand
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Alguns Depoimentos Turísticos sobre o Município
Gerard e Margi Moss “Céu azul, nenhuma nuvem. Eu precisava dizer isso? Nesta época do ano , todo santo dia é assim! O Rio Grande, nessa época do ano, é uma fita de águas azuis e transparentes, um convite no calor de 35 graus. Esse rio tem um enorme potencial turístico. Seria um forte concorrente para Bonito (MT), só precisa de um empurrão , de visão e de bastante propaganda. O Rio Grande é belíssimo: merece se venerado, não abusado.” Helvécio Marins - Cenário cinematográfico “O cenário cinematográfico do pequeno povoado de Ibiraba – penúltimo local por onde o cinema no Rio passou – já seduziu alguns importantes diretores brasileiros. No local Walter Salles gravou o longa Abril Despedaçado e o diretor Helvécio Marins rodou o seu último curta – metragem Nascente. Esse título inclusive faz parte da programação do cinema no Rio e foi exibido em Ibiraba. “Para mim isso é uma realização de um sonho. Desde que rodei meu filme aqui pensei em voltar para mostrar aos moradores de Ibiraba, Mocambo, Geléia e às comunicações dos brejos. Eu mostraria o meu filme aqui nem que eu viesse com o meu carro, trouxesse uma televisão de 29‟ e um DVD. A sessão foi maravilhosa.” Não troco nenhum dos prêmios que ganhei por isso”, disse Helvécio tomado pela emoção. As principais ruas da pequena Ibiraba são tomadas pela areia , levada pelo vento e retirada das dunas que imperam na região. No centro do povoado uma igrejinha rodeada por casas. Muitas delas abandonadas , depois da grande e conhecida enchente do Rio São Francisco, ocorrida 1979. no alto do morro de areia está o cruzeiro, local conhecido dos visitantes da festa de Santa Cruz , realizada em maio. Este roteiro inspira a muitos roteiros.” ATIVIDADES ARTESANAIS Tipologia Cerâmica
Entalhe
Trançados De Fibras Naturais
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Técnica/habilidades
Ocorrência (sim/não)
Nome do Artesão/Localidade
Cerâmica feita a mão Cerâmica de torno
SIM..cerâmica feita a mão
Entalhe em madeira Entalhe em pedra Móveis artesanais
SIM.Imagens
Geraldo Machado (Gerar).
Sacras
Barra Artes – Barra – Bahia.
Butiti Carnaúba Licuri Babaçú Ariri Taboa Outros, nomear:___________________
Vários da Associação Nossa Senhora de Fátima em Barra. Vários da Associação dos Moradores de Passagem – Povoado de Passagem.
entalhada.......... SIM....................
Vários Carnaúba – Comunidade de Wanderley,
Butiti Carnaúba Taboa
Porto de Palha , Porto Alegre de Baixo e de Cima. Buriti – Brejos de Varas e Barra. Taboa- Ibiraba.
SIM....................
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Bordado, rendas e aproveitamento de tecidos
Metal
Adornos
Pintura
Papel
Outros (nomear)
Renda de Bilro Renda Inglesa Outras rendas Redendê/ Hardange Crivo/ bainha aberta Labirinto Richiliê Bordado Rococó Ponto Cruz Ponto Cheio Ponto atrás Crochê Outros pontos em bordado, nomear: Fuxico Retalhos Bonecas Confecção (Costura a maquina) Fladre Reciclagem de embalagem metálica Alumínio fundido Forja Mineral Orgânico (sementes) Miçangas Outros, nomear:___________________ Pintura em tecido Letrista Outro, nomear:____________________ Papel artesanal Dobraduras Outros Couro Artes Plásticas
SIM....................
Associação de Mulheres de Barra .
SIM
Pintura em Tecido – Centro de Geração e Renda.
SIM.
Elizabete Crisostomo, Localidade: Sede.
SIM
Lelê – Barracão de Artes.
SIM
Fernando Queiroz. Ilda Oliveira.
MORADORES MAIS ANTIGOS Nome, idade, endereço e depoimento (se possível)
Joana Camandaroba – Professora e Escritora. Idade: 93 / End: Rua dos Mariani, S/N° – Centro – Barra – Bahia. Depoimento: Chegamos a 15 de março de 1922 onde havia o Colégio Santa Eufrásia criação de Dom Augusto Álvares da Silva, que entregou a direção as Madres do Bom Pastor D´AUAGERES filho da nobreza baiana enclausuradas, grandes educadoras que construíram entre quatro paredes a educação regional. Havia apenas quatro escolas primárias e várias escolas particulares. Era uma terra de poetas, escritores, jornalistas, a mais pacífica de toda região cuja educação era orientada pelos barões, segundo as pessoas do 2° Império, tempo em que o Poder Público era centralizado e determinava todas as administrações Municipais , embora em certas localidades em mesmo certos municípios surgiram as forças extra legais (as jagunçadas) até certo ponto necessária, dadas as distancias dos grandes centros e a falta de comunicação. A jagunçada fazia-se respeitar ,no momento em que os Poderes Públicos abandonaram a região por mais de 100 anos. Gildente Fernandes da Rita Oliveira – Empresaria do Ramo de Hotelaria. Idade 81 / End: Rua Silva Jardim, 66 – Centro – Barra – Bahia. overbrand
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Depoimento: Minha chegada à cidade de Barra, se deu por volta de 1937, filha de fazendeiro na época, me criei aqui e foi aqui, que aprendi o oficio de ler e escrever com a renomada Professora Silvia Araújo. Com a Professora Lívia Teixeira infelizmente não tive a oportunidade de terminar o curso devido a problemas financeiros, então fui obrigada a trabalhar muito cedo, foi aí com a cara e a coragem que montei o meu próprio hotel o qual perdura até os dias de hoje, com mais de cinqüenta anos e logo em seguida veio o segundo a Pousada Luxor São Francisco. Falar da minha infância é puro orgulho, pois, foi bastante agitada, pois tive a oportunidades de conviver com pessoas de famílias nobres as quais me ensinaram muita coisa. Participei ativamente dos ternos, reis, dramas, porque não dizer teatro na antiga Casa de Teatro São João, de Clubes Juninos como o Curuzu, pois, era moradora da parte o qual a sede estava localizada, o clube desfila orgulhosamente pelas ruas da cidade fazendo parte do ponto alta da festa do São João no dia 23 de junho, relembrando a Guerra do Paraguai, formado praticamente pelas filhas e filhos de famílias tradicionais e povo simples da redondeza como o povo do Alto da Santa Cruz que se dizem orgulhosamente “Sou curuzu de coração. Participei ativamente da política do município, até mesmo de presenciar alguns fatos políticos de 64. Falar de Barra para mim é com muito orgulho, pois, é uma cidade onde tem bastantes atrativos natural, manifestações folclóricas riquíssimas, encantadoras e possui uma boa infra – estrutura. Sendo ela cantada em versos e prosa por toda região do São Francisco como Princesa, terra de Barões, Viscondes e Baronesas”. Antônio Batista Pinto – Artesão. Idade: 75 / End: Rua Getúlio Vargas, 111 – Bairro São João – Barra – Bahia. Depoimento: Filho da Barra descendente de família de marceneiro, começou o oficio aos 11 anos de idade e paralelamente tirava fotografias, mais tarde montou uma padaria, olaria e um conjunto musical TJ-6, sempre participou ativamente de todas as atividades festivas do município como: Festa do Divino, Marujada em especial os festejos juninos os quais participa até hoje.Fui Presidente por duas vezes do Clube Cultural União Riachuelo um dos fortes juninos o qual faz parte da Guerra do Paraguai montagem em que desfilam pelas ruas da cidade no dia 23 de junho com afinco, beleza e originalidade com mais de 100 anos de tradição.Participei da criação da Fudifran (Fundação de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), político, por duas vezes, candidato a Prefeito e Vereador do Município. FESTAS POPULARES Religiosas, populares, festas de padroeiro, jogos de vaquejadas etc.. Nome Data/Localidade
Festa do São João da Barra De 09 a 24 de junho Praça Barão de Cotegipe
Em Barra, a festa do São João tem estilo próprio. Com as características com que hoje se apresenta, ainda guarda a essência dos princípios que levaram seus idealizadores a fundar os clubes juninos, no final do século XIX. Segundo os registros que se conhece, tudo começou em 1894. Tem, portanto, uma longa história, que merece ser contada. Ele é inédito. É nosso. É nosso São João! Na noite de 23 de junho, a atual Rua Dom João Muniz e a Praça Barão de Cotegipe transformam-se numa gigantesca passarela, por onde desfilam os chamados Clubes Juninos – Curuzu – Humaitá e Riachuelo, com suas cavalarias e alas, seus carros alegóricos e linhas – de – fogo, numa profusão de cores e luzes, fogos , músicas, tambores, clarins e hinos e cantos marciais. Todo esse conjunto, com acompanhamento de milhares de pessoas da cidade, visitantes e turistas, forma um espetáculo deslumbrante que encanta a todos que dele participa ou a ele assiste. A festa do São João de Barra é um dos acontecimentos mais tradicionais da cidade e já se tornou lendária. Às tradições dessa festa folclórica, um misto de festejos juninos e comemorações das batalhas da Guerra do Paraguai, tudo se misturando com o prazer dos folguedos e o sentimento patriótico tão forte nos barrenses, que muito se orgulham das suas tradições histórica se culturais. Assim é a Festa do São João de Barra. Umas festas seculares, populares, folclóricas, culturais, tradicionais, apaixonantes e envolventes. O amor a essa tradição está no coração dos barrenses, passando de pai para filho, todos ciosos das suas origens e ligações com cada um dos três clubes juninos Humaitá – Riachuelo e Curuzu, cujas cores e símbolos respectivos são venerados, conservador e usados com carinho e verdadeira overbrand
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devoção. Esse espírito de amor aos clubes. Ano Novo à Beira do Rio Grande Dia 31 de dezembro Praça do Mercado
Uma das festas que está crescendo a cada ano que passa, pois está, se tornando um dos eventos mais procurados depois do São João, devido à beleza e localização onde é formada uma grande concentração de pessoas a espera da queima de fogos de artifícios, oferendas à Iemanjá com seu cortejo ladeados de babalorixás, batucadas e grupos afros que, juntos jogam flores no rio fazendo assim seus rituais de oferendas e pedidos para um ano novo de muita paz, em seguida uma banda local faz a abertura do show e logo após uma grande banda de expressão nacional encerra o evento. Festa de Iemanjá Dia 02 de fevereiro
Esta festa está em fase de crescimento, pois a cada ano cresce o número de adeptos e visitantes que vem participando e dando mais apoio a este evento que conta também com apoio da Prefeitura Municipal. Começa com uma grande concentração em frente à casa dos babalorixás Geraldo onde é realizado todo um ritual de licença e junto com o cortejo algumas instituições folclóricas acompanham pelas ruas da cidade fazendo um percurso de mais de 6 quilômetros sendo que, cada um fazendo o seu som, batuqueiros, capoeiristas, grupos de afoxés etc. Com uma parada da Igreja do Bom Jesus para lavagem das escadarias e em seguida vão em direção à Praça do Mercado onde são feito os rituais e em seguida pegam as barcas em direção aos rios Grande e São Francisco jogando presentes e flores para a rainha das águas finalizando com uma banda local na Praça dos Quiosques. FOLGUEDOS Danças,quais são os ritmos e como são suas vestimentas? Quando se apresentam? Quem são os responsáveis? Aonde ocorre?
São Gonçalo – O ponto alto da festa acontece, no dia de São Gonçalo, mais geralmente são convidados a participarem de vários eventos religiosos e culturais do município com suas roupas brancas, ramos de flores na cabeça e arco, o ritmo é afro um batuque altamente dançante com gingados de alta precisão sendo que, durante as apresentações existem vários pontos de traçados dentro do universo da dança, aqui em Barra são responsáveis, Pretinha, Adagilza e outras, geralmente as apresentações ocorrem em praças públicas. Cucumbis - Geralmente são convidados a participarem de vários eventos culturais do município. Marujada – Geralmente é convidada a participarem de vários eventos culturais do município, sendo que o ponto alto é apresentado na Festa Religiosa do Divino, fazem parte deste folclore a guerra entre Cristãos e Mouros, todos com roupas de soldados, rainhas e princesas, cânticos dançantes e espadas em constantes movimentos. O responsável é o Sr. Zuzinha. Ternos – São mais de trinta catalogados, mas na realidade existem muito mais, embora durante o mês de janeiro de 06 a 31 geralmente são apresentados de 5 a 7 ternos sendo que, cada um com suas características diferenciadas se apresentam com roupas , cânticos de ruas, entradas e saudações dentro das casas visitadas. Aqui estão alguns dos ternos existentes: As Brasileiras, As Balzaquianas. As Ciganas, Os Cardeais, As Bonecas, As Barulhentas, Os Miosótis, Os Meoteiros, Os Velhos, etc...Quanto aos responsáveis são várias pessoas dentre elas Sônia Barbosa, Elenir, Nicinha, Maria de Nilson, Cheiro, Maria das Candeias, Jaci, Loide, etc... Reisados – São dezenas de reis, os mais famosos entre eles, estão: Os reis do boi; mulinha ; barquinha; abelha oropa; caboclos; babau do velho, embora são apresentados durante o mês de janeiro de 06 a 31 eles fazem apresentações culturais sempre que forem solicitados, e vestem os bichos de acordo com as suas características ao som de seus tambores e cântico com batidas de tábuas presas as mãos são senhoras vestidas com roupas de chitas e chapéus de palha e assim vão de casa em casa até o final do mês. CANTIGAS, ABOIOS E VERSOS (Origem, função, e transcrição, escrever a letra de alguns exemplos )
Reis dos Caboclos Suzana, Suzana, overbrand
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Eu sou um bom rapaz Ora Deus e dinheiro Vamos , Vamos meus caboclos Que a noite não é nada Se eu não dormirei agora Dormirei de madrugada. Ternos dos Gaúchos Ternos “Oh! Gaúchos, verdadeiros”, Oh! Gente, de animação, Vamos brincar contentes, Nós viemos lá do sul, Depois da Grande Guerra Viemos alegrar Os habitantes desta terra. Reis das Oropas Reis Ternos das Tabaroas Oi! Pega , pega que vem pelo ar, Oropa deixa-a voar. Oropa são tão bonitas,estas roceiras É abelha enfeitadas e feiticeiras, Só viajam pelo belo riacho , das tabaroas, Se vai tirando farrancho, oh!que coisa boa, Nós não temos saia curta, Nem cabelo a lá garçom “Mas temos beiço pintado”, “E também bom coração.” Versos Sou um caboclo botocudo, Eu não mexo com ninguém, Quando eu pego no meu arco, Dou flechada muito bem. Pau de jurema é um pau milagroso Da folha miúda levanta meu povo Oi indarei rei rei indarei Oi indarei rei rei Oi indarei rai rai. Terno dos Miosótis Terno “Sou Miosótis, flor sem igual”, overbrand
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De cor brilhante, celestial, Sou o miosótis, flor gentil “Do sertão formoso, deste meu Brasil”. Reis da Barquinha Batuque de reis “Olhe a vela da barquinha”, Eu tenho saudade dela, Ai, ai , ai Eu tenho saudade dela. “Oh! lê, lê, lê, Juazeiro, Porque botou juá Pra cair ni m´a cabeça Pra cabar de me matar! ARQUITETURA (Exemplos, estilos, técnicas função) registro fotográfico. Quais são as construções mais antigas e que são também pontos de referencias tradicionais?
No elenco dos prédios selecionados pelo IPAC estão: a Igreja do Bom Jesus dos Navegantes (1808), a Catedral de São Francisco das Chagas (1859), a Prefeitura (1904), o Mercado Municipal (1917), o Palacete Dr. Pinto (1919), o chalé dos Mariani/ Camandaroba (1921) , o Chalé Irineu Simões/ Casa da Cultura Avelino Freitas ( início do século XX),a Casa da Fazenda Torrinha (1874) e a Casa da Fazenda Boqueirão (1843). Além desses imóveis, existem outros de igual importância histórica e arquitetônica como: a Antiga Estação Telegráfica (século XIX), onde atualmente funciona a Prefeitura Municipal; o conjunto do Palácio Episcopal (1932) com Capela, Chalé e Seminário (o conjunto foi recentemente restaurado e instalado ali um auditório, um dormitório e um refeitório); o prédio da Maçonaria (antigo Hospital de São Pedro (1842) construído pela Irmandade da Santa Casa da Misericórdia) ; a Capelinha de Senhora Santana (século XIX) ; a Igreja de Nossa Senhora do Rosário (1950); o antigo Teatro São João (construído no século passado (iniciado em 1871), está em ruínas, mas mantém a sua frente ainda recuperável. Pertence à Prefeitura, que planeja a sua reconstrução); Correios e Telégrafos (1937) e outros de menor importância. CULINÁRIA Produtos, pratos típicos, receitas etc...
O Sabor da Barra A mistura de sabores e aromas da comida local traz no cardápio uma enorme variedade que agradam aos mais exigentes paladares. - Moqueca de Surubim. - Surubim rito ao molho. - Surubim a milanesa ao molho tártaro. - Piranha ao molho de maracujá. - A Curimatá recheada ao forno à lenha. - O peixe frito ao molho. Onde comer
Self-Service Coisas da Barra Rua Silva Jardim, 66 – tel. (74) 3662-3204 – Anexo ao Prédio do Hotel São Francisco. Especialidade: Comida caseira. Restaurante Canoas Praça do Rosário, s/n. – Tel. (74) 3662-3116. Especialidade: Picanha na brasa e bolinhos de peixe. overbrand
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Restaurante KI – Delícia Alameda Plínio Mariani Guerreiro, s/n – Tel. (74) 3662-3672. Especialidade: Galinha com pirão mulher parida. Restaurante Barra Tropical Hotel Alameda Plínio Mariani Guerreiro, s/n – Tel: (74) 3662-2324. Especialidade: Moqueca de Surubim. Farol da Barra Balneário Cabeça do Touro – Bairro Santa Clara. Especialidade: Peixe. OUTROS (Quais sãos as Feiras mais importantes do municipio? Quais os dias em que ocorrem?Quais são as lendas que se contam no municipio? Descreve-las, Quais são as ervas mais empregadas para remédios e chás? Fatos e figuras pitorescas)
CICLOS E ATIVIDADES (cotidiano domestico, culturas e criações, períodos de plantar e de colher, períodos de chuvas e cheias etc..... )
Período de chuva – dezembro a março. Período de cheia – fevereiro a março. Período da colheita – março a maio. Cultura – mandioca, mamona, milho, gergelim e feijão. Criação – bovinos, caprinos e ovinos. BIOMA Flora (Flores mais comuns, árvores e frutas da região)
Tabuleiros, com pastagens nativas: capim sempre verde, araticum, canudo, jiritana, feijão bravo, grama de burro, carrapicho, etc. Frutas Silvestres: aroeira, pau d´arco, cedro, umburana, peroba, jacarandá e angico. Caatingas de carrascos e caatingas altas: jurema, marmeleiro, unha – de – gato, etc. Extrativismo: buriti, carnaúba, malva, sucupira, quina, jatobá e gameleira etc.
Fauna (animais do cerrado que ocorrem no município; pássaros, peixes etc...)
Aves e Pássaros – ema, garça parda, garça branca, colhereiro, pato, marreca, frango d´água, jacu, caraúna, canários periquitos, papagaios, jandaia, pomba – de – bando, juriti, pássaro preto, cabeça vermelha, etc... Animais Silvestres: onça pintada, onça canguçu, gato – do – mato, tatu, tamanduá – bandeira, michila, veado, caititu, capivaras, macacas e outros. Peixes: De escama: dourado, Curimatá, piau, mantrichã, traíra, corvina, pescada. De couro: surubim, pocomão, bagre, pira, mandi e caboje.
GEOGRAFIA Pontos de referência geográfico e natural, locais com vistas e mirantes naturais, locais de destaque pela beleza etc... ( rios, vales, montanhas etc..)
Fazenda do Boqueirão – Encontro dos rios Preto e Grande, área para pesca e passeios contemplativos. Dunas do Icatu – Mirantes naturais com mais de 50 metros de altura com vista para o Velho Chico. Serra do Estreito – Mirante natural com vista para o vale do rio Grande. Mirante do Laranjal – encontro dos rios grande e São Francisco. Cabeça Touro – Pôr do sol. Praia do Pau D´arco Mirante natural do Icatu – com vista para todo o vale do pequeno distrito. Ilhas Diversas Ilhas Fluviais Localização : Rio São Francisco Rios Rio São Francisco Rio Grande overbrand
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Riachos e Brejos Encontro de Rios Rio São Francisco e Grande Rio Grande e Preto Lagoas Lagoa do Viana – Lagoa do Jatobá – Lagoa da Porta - Lagoa da Joana do Saco Grande e João de Matos, Lagoa Água Branca e marginais do rio grande. Praias Praia Cabeça de Touro Praia do Pau D´arco Praia Boca do Jacaré Serras / Morros Serra do Estreito, da Itacoatiara, do Boqueirão e da Boa Vista. Roteiros:
São Francisco – Pelos 541 Km de rara beleza entre praias fluviais, ilhas dunas, riachos e artesanato. Este roteiro foi elaborado de acordo com as principais atividades e belezas naturais de cada localidade procurando explorar locais de beleza paradisíaca, e com conteúdo de informações históricas que foram de extrema importância para o desenvolvimento de nossa sociedade. O ponto de partida é a cidade de Barra passando por diversos povoados como: Pau D‟arco, Sambaíba, Porto de Palha e outras localidades e para chegar ao Distrito de Ibiraba, lugar calmo e de um povo hospitaleiro, percorre-se uma estrada paralela ao rio São Francisco, não suficientemente próxima para permitir continuamente a sua contemplação e não tão distante a ponto de ignorá-lo. Talvez por isso mesmo a paisagem avistada ao subir as dunas seja tão deslumbrante. O estreitamento do rio no trecho de formação das dunas aumenta a sua profundidade e altera a coloração barrenta das águas do São Francisco, atribuindo uma cor azulada que contrasta com o amarelo das dunas e o verde escuro da vegetação proporciona indescritível, simplesmente emocionante. Além dos maravilhosos riachos de águas cristalinas, dunas continentais com mais de 50 metros e formação de mais de 100 milhões de anos e todo o charme que proporciona o Vilarejo foi o palco do famoso filme longa metragem Abril Despedaçado do mesmo diretor de Central do Brasil do cineasta Walter Sales e do curta metragem Nascente de Helvécio Martins, só para ter idéia, este é o Distrito de Ibiraba. Seguindo em direção aos brejos até a Ponta do Barro você encontrará uma das mais belas paisagens formada por coqueirais, buritizeiros e mangueirais. Um cenário de contemplação além dos riachos de águas cristalinas, trilhas e percorre um bom pedaço por onde passou o rally dos Sertões um dos mais famosos do mundo perdendo apenas para o Paris – Dakar tudo isso formam as belezas naturais deste maravilhoso lugar, voltando a Ibiraba, faça uma visita ao artesanato de Passagem para que, a nossa jornada termine nas dunas do Saquinho e Bebedouro. Roteiro Costa do Rio Grande – Pôr do Sol e Paraíso Ecológico. Por que Costa do Rio Grande? Pela exuberância de suas margens ainda preservadas e que durante a cheia se formam um mini pantanal com suas lagoas marginais, estações e o belíssimo encontro dos Rios Grande e Preto no Pontal do Boqueirão. Este roteiro foi elaborado pela importância e exuberância do lugar, por esse ser um local de contemplação e ainda guarda muito a sua originalidade na área de preservação. O ponto de partida é a cidade de Barra passando por diversos povoados como: Pedrinhas, Primavera e Santo Antônio e para chegar a Serra do Boqueirão na época da cheia o caminho é cortado por um mini pantanal, rodeado de lagoas marginais, nascentes de água e aves de várias espécies, chegando a Fazenda Boqueirão pode-se visitar a casa da fazenda com construção de 1812 e a Capela de Nossa Senhora da Conceição construída em 1893 em seguida, pega-se uma trilha e conheça a cerca de pedra construída pelos escravos, alguma nascente de água e para fechar o passeio pegar uma barca e subir o rio em direção ao pontal apreciar e encontro dos rios, fazer uma pescaria, tomar um banho nas águas cristalinas do rio Preto ou simplesmente praticar mergulho no pontal. Vila de Santo Inácio – Gentio do Ouro - Chapada Velha overbrand
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Roteiro Rota dos Bandeirantes Vila de Santo Inácio – Bahia – Brasil Distante 45 Km da Cidade de Barra e atravessando o Rio São Francisco de balsa e chegaremos a Vila de Santo Inácio Distrito de Gentio do Ouro dentro da Chapada Velha. Por que Roteiro Rota dos Bandeirantes – Devido as grandes quantidades de cristais e diamantes encontradas na região e por ser também palco da passagem dos bandeirantes a procura do minério. Agora com a descoberta de suas potencialidades turísticas, o Distrito de Santo Inácio, apresenta também, características enigmáticas. Ao chegar a Vila de Santo Inácio, você encontra lugares extremamente encantadores, cheios de histórias e lendas inusitadas, trilhas, etc. Entre tantas belezas formadas por pedras, existem cachoeiras próprias para banhos e práticas de rappel, figuras rupestres encravadas nas rochas e figuras formadas pelas pedras, umas com bastante nitidez pela sua formação como a pedra da mulher e outras que são formadas pela própria imaginação de quem as contemplam. Apresentação – Este roteiro foi elaborado de acordo com fundação do distrito em 1836 pelos desbravadores do ouro e dos diamantes, o local, supostamente, foi um importante santuário de uma antiga civilização. E conserva ainda a arquitetura colonial coisa da época do apogeu do diamante (1920 a 1931). O início dessa aventura se dá com um passeio pelo belíssimo cenário que parece mais um imenso salão repleto de histórias, chegando lá você poderá visitar as ruínas da antiga Cadeia Pública da Vila, a cova dos dois irmãos, o crucifixo cravado, na pedra, o pé o menino Deus, o Cristo crucificado e a rapadura do diabo. Em seguida viste a estrela cravada de cristais, o prédio inacabado do Coronel Alcântara e sua residência, a igreja, a Serra do Cruzeiro onde se pode contemplar a beleza da Pedra da Mulher, o aviãozinho, a pedra do camelo e dar uma chegada até a toca de Santo Antônio e fazer um pedido para o santo casamenteiro, visite a Pedra Côa e faça uma viagem no tempo com as figuras rupestres. Outra pedida é fazer uma caminhada por uma trilha subindo até o banco de areia e lá de cima, você terá uma vista belíssima da Lagoa de Itaparica, aproveitando esta beleza conheça também, a Toca do Felipe com seu imenso salão de pedra e durante este percurso descubra as pedras da galinha e do jacaré. Ao descer tome um gostoso banho em uma das barragens encravadas entre os paredões de pedra, andando um pouco, mais faça uma parada em outras cachoeiras, mas não deixem de visitar a Cachoeira de Teotônio com mais de 50 metros de altura um lugar excelente para a prática de rappel e um delicioso e refrescante banho. Roteiro Cultural e Histórico – Jardins, histórias e cultura. Por que Roteiro Cultural e Histórico – 335 anos de Arraial, 352 anos de Vila e 132 anos de emancipação política, todos estes anos dão uma idéia da riqueza histórica e cultural desta terra. Este roteiro foi elaborado de acordo com as principais atividades culturais da mais culturais da mais antiga cidade do médio São Francisco. A Barra foi um dos mais importante centro dos tempos Coloniais do Império e do começo da República é também de um patrimônio histórico e cultura invejável onde a riqueza do seu folclore e de sua arte se mistura aos traços culturais do seu povo. O ponto de partida é fazer um passeio de barco pelos Rios Grande e São Francisco, indo até o encontro desses rios, de águas de cores diferentes e que não se misturam. Aproveitando faça uma parada em uma de duas dezenas de praias existentes para dar um belo mergulho e tomar um delicioso e refrescante banho. De volta a cidade dê uma passadinha até o nosso centro histórico e desfrute um pouco da nossa arquitetura, aproveitando faça uma viagem ao nosso passado visitando as Igrejas, a Praça Barão de Cotegipe onde estão concentradas, a maior parte das nossas estátuas em bronze e andando um pouco mais visite o Palácio Episcopal, o Centro Cultural Avelino Freitas, o Museu particular da Professora Joana Camanadaroba, e por último passe pelo Centro de Informações Turísticas onde lá você poderá se deliciar com um verdadeiro acervo de fotografias dos nossos antepassados e para finalizar conheça o nosso artesanato de Cerâmica, couro e palha e de quebra leve uma lembrança desta cidade tão amada e hospitaleira. EQUIPAMENTOS E AGENDA DE EVENTOS CULTURAIS Teatros, museus, bibliotecas, centro de cultura etc... Existe uma agenda oficial com eventos culturais no município?Sim ( ) Não ( ) .Se houver anexar.
Janeiro 06 a 31- Festejos de Reis overbrand
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14 e 15 – Campeonato Barrense de Motocross Fevereiro 02- Festejos de Nossa Senhora do Rosário Festejos de Yemanjá DM – Carnaval Abril DM – Semana Santa Maio DM – Festejos do Divino Espírito Santo Junho 16 – Aniversário da Cidade 17 e 24 – Festejos do São João 29 – Comemoração de São Pedro Agosto 06 – Festejos do Bom Jesus dos Navegantes 22- Dia Nacional do Folclore Setembro 07 – Independência do Brasil 21 – Festejos da Primavera Outubro 04 – Festa do Padroeiro - São Francisco de Assis Dezembro 25 – Natal 31 – Reveillon as Margens do Rio Grande DM- data móvel LAZER Espaços e eventos para lazer da população local
Centro Cultural Avelino Freitas Praça Barão de Cotegipe Praça do Quiosque Ginásio de Esportes Quadras de Esportes Balneário Cabeça de Touro Balneário Farol da Barra Feira de Artesanato Dia das Mães Dia do Folclore Dia da Primavera e outros.
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DADOS GERAIS
Município: BARREIRAS-BA Contato (Nome, e-mail e tel)
Ana Rita Chaves Cathalá Loureiro ja.silvacosta@uol.com.br Tel (77) 3613-9761 / 3611-6378 resid./ 9971-1670 cel. Principais vias de acesso:
Partindo de Brasília pela BR-020; e partindo de Salvador pela BR-324 até Feira de Santana, depois pela BR-116 até a ponte do Paraguaçu, daí pela BR-242; chega-se a Barreiras. Breve Histórico do Município:
A certidão de nascimento da área territorial, onde hoje está situado o município de Barreiras, foi a carta de évora, documento de doação da Capitania Hereditária de Pernambuco ao donatário Duarte Coelho Pereira, assinada pelo rei de Portugal D. João III, em 10 de março de 1534. A carta define que a capitania de Pernambuco iniciaria seu território no mar, acompanhando em seguida a margem esquerda do Rio São Francisco, estendendo sua fronteira ao Sul até o Rio Carinhanha, na divisa com Minas Gerais. Apesar do fracasso das Capitanias Hereditárias, a Capitania de Pernambuco prosperou, graças ao tino administrativo de Duarte Coelho Pereira e a associação que fez com os banqueiros alemães Chistopher e Cimbald Lintz, homens prósperos, que investiram capital em engenhos de cana-de-açúcar e na aquisição de navios que viabilizavam o comércio com a Europa. Em 1548, Duarte Coelho fez uma tentativa de colonizar nossa região, mas foi impedido pelos índios Acroás e Mocoás, tribos guerreiras que habitavam as margens esquerda e direita do Opara, nome dado por eles ao Rio São Francisco. Entre 1545 e 1550, Duarte coelho Pereira, organizou uma expedição que subiu o Rio São Francisco, tendo ultrapassado a região de Bom Jesus da Lapa. Foi a primeira viagem de reconhecimento do Rio São Francisco feita em caráter oficial. O Rio São Francisco e seus afluentes foram os caminhos pelos quais, Bandeirantes e Colonizadores penetraram na região. Surgimento de Barreiras: Desde meados de 1600, desbravadores tinham alcançado o último ponto navegável do Rio Grande (a navegação no Rio Grande foi fundamental para o surgimento de Barreiras), onde logo acima afloram grandes barreiras de pedras que impossibilitam a navegação. Neste local surgiu o “Porto das Barreiras”, que mais tarde deu origem à cidade e ao município. Ao surgir como povoado, ao redor do seu porto, a atual cidade de Barreiras, recebeu o nome de São João, em homenagem ao seu padroeiro. No entanto, como o local já era chamado de “Porto das Barreiras”, por ser o último porto navegável do Rio Grande, o povoado passou a ser chamado de São João das Barreiras, até que por ocasião da sua emancipação política foi abreviado para Barreiras. Os Símbolos Oficiais de Barreiras: O brasão onde está registrada a data da emancipação política da cidade, a bandeira e o hino de Barreiras. Brasão: Criação e arte: Tenório de Souza. Emblema do município que traz no alto, a coroa com uma estrela que brilha e anuncia o esplendor e a majestade que Barreiras exerce sob as demais cidades do oeste baiano. Na elipse, as gravuras do gado, dos campos de lavoura e o sol iluminante realçam o futuro brilhante da cidade nas suas principais atividades econômicas: a agricultura e a pecuária. Ao redor, entrelaçados ramos de soja, representam o principal produto agrícola da região. E na faixa sob o brasão, com letras vazadas, o dia, mês e ano da emancipação política do município e logo abaixo, o nome Barreiras. Bandeira: Criação e arte: Randsmar. Nas cores vermelho, azul e branco; numa alusão à bandeira da Bahia, no centro da bandeira um triângulo amarelo que traz a figura de um grão de soja e um barco com um pescador. Acima da figura o lema: “preservar trabalhar e colher”. Hino do Município: Letra e Música: José Olívio G. de Figueiredo. I Nascida como a semente, que quebrou na silvestre plantação; aninhada entre as montanhas como uma ave no regaço maternal; defendida pelo espaço overbrand
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que lhe transmite toda luz e calor, Barreiras, Barreiras grande, tens em São João teu nobre protetor. II Barreiras, Barreiras grande, capital do médio São Francisco, Barreiras, Barreiras grande, és um pedaço sensível do Brasil. III Nos gerais se fez mãe terra, produzindo o milagre do sustento, no oeste se fez Bahia, cavalgando as campinas do progresso; nos banhados se fez mãe água, fecundando a colheita do presente. Rio grande, rio de Ondas, Acaba Vida, cachoeira reluzente. IV Barreiras, Barreiras grande, capital do médio São Francisco, Barreiras, Barreiras grande, és um pedaço sensível do Brasil. no local que escolheu pra moradia. VI Barreiras, Barreiras grande, capital do médio São Francisco, Barreiras, Barreiras grande, és um pedaço sensível do Brasil. V O mapa que dividiu suas terras, sua flora, sua fauna, concentrou em seus limites o perfil de um grande coração, abrigando o imigrante, como um filho em perfeita harmonia, lhe dando a proteção, Caracterização do Município: Data de elevação à cidade: 19 de maio de 1902 CEP: 47.800.000 Área: 7.989 km² Voltagem: 220W População Urbana: 120.000 habitantes População Rural: 13.007 População Total: 100.085 (conforme senso de 2000) Altitude: 430m Acima do nível do mar. Clima: Variações climáticas de úmido a sub-úmido e de seco a sub-úmido. Temperatura média anual: 24,2°C Distritos: Capão do Meio, Deus-me-Livre, Sítio do Morro, Buracão, Barrocas, Cachoeira, Rio Limpo e Muriçoca. overbrand
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ATIVIDADES ARTESANAIS Tipologia
Cerâmica
Técnica/habilidades
Ocorrência (sim/não) SIM
Cerâmica feita a mão Cerâmica de torno
Nome do Artesão/Localidade
Alberto Menezes - Rua Princesa Leopoldina, 695 – Sandra Regina. Tel: (77) 3612.7826. Valdomiro dos Santos Agamenon C. de Amorim Brandão - Rua São Jorge nº 31 – Morada da Lua. Tel: (77) 3612.7028. Rita Menezes - Rua Princesa Leopoldina, 695 – Sandra Regina. Tel: (77) 3611.7826. Florisvaldo Borges Madureira Guilherme Silvano Bretano - Rua Uberaba, nº 136 – loteamento São Paulo.Tel: (77) 3612.0713 / 3612.5761 César Pereira Machado - Praça Castro Alves, nº 324 – Centro. Tel: (77) 3611.7024 / 3611.7021 Antonio dos Santos Adelson Borges
Entalhe
Entalhe em madeira Entalhe em pedra Móveis artesanais
SIM
Almir Pereira de Macedo Rua Campo Sales, 294. Bairro: Dr. Renato Gonçalves – Barreiras Silvio Pereira da Silva Rua São José, Barreiras
41. Bairro: Vila Brasil -
Manoel Novais Leite Trav. do Retiro, 31. Bairro: Vila Rica – Barreiras Dílson Dias da Silva Rua Cosme e Damião s/n. Bairro: Vila Amorim - Barreiras Háquile Pimentel Porfírio Trav. Cel. Magno, 57. Bairro: Centro – Barreiras José Muniz Silva de Oliveira Rua Boa Vista, 169. Bairro: Barreirinhas Barreiras
Trançados De Fibras Naturais
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Buriti Carnaúba Licuri Babaçú Ariri Taboa
SIM
D. Lindaura Rodrigues da Silva - Sítio da barriguda – Barreiras Gilberto B. Chaves Filho Rua Caribe, 279, Vila Dulce Rosa da Silva Cruz Barrocão de Cima – Barreiras Maria de Fátima dos Santos Almeida Vau da Boa Esperança – Barreiras – Ba Juliana Francisca de Jesus - End: Rua Otacílio Monteiro da Franca, nº 408 – Vila Amorim. Local onde comercializa seu trabalho: Palácio das Artes Juliano Francisco de Jesus - Rua Otacílio monteiro da França, 408 Bairro: Vila Amorim 89
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Outros, nomear: Palha, Juta.
SIM
Clélia Macedo Rocha Gomes - Br 020 Km 07 – Kelly Pousada Rio de Ondas – Barreiras
Capim Dourado
Bordados, Rendas e aproveitamento de tecidos
Renda de Bilro Crochê Renda Inglesa Outras rendas Redendê/ Hardange Crivo/ bainha aberta Labitinto Richiliê Bordado Rococó Ponto Cruz Ponto Cheio Ponto atrás
SIM SIM
Maria Inês Oliveira Nascimento - End: Itaperoá, nº 11 – Loteamento Rio Grande. Local onde comercializa seu trabalho: Palácio das Artes Adnoélia Francisca de Sousa - Povoado Mucambo, Barreiras- Ba Adelaide Alves da Cunha Povoado Passagem Funda, Barreiras – Ba D. Maria Marta - Povoado Arraial da Penha,Barreiras – Ba D. Adeilza, D. Edilene e D. Maria das Graças Povoado Tatu, Barreiras Ana Maria Fonseca Serqueira - Rua Capitão Manoel Miranda, 1007, Bairro Centro Paloma Cris de Souza da Rocha - Rua Cosme e Damião, 34, Vila Amorim Luzinete Santana Paiva Rua do Retiro São Bento, 517, Vila Rica Ana Paula de Souza Barbosa - Rua Barão de Cotegipe, 62, Centro Alzira Silveira - Rua Maria Percília, 21, Barreirinhas Ângela Maria dos Santos Rua São Luiz, 46,Sandra Regina – Barreiras Claudinéia de Jesus de Souza - Rua Bartolomeu Bueno, 16, São Miguel – Barreiras Celma Pereira Aquino Rua 21 de Abril, 156, São Pedro – Barreiras Dina R. Pereira - Rua Teixeira de Freitas, 90, São Pedro – Barreiras Dora Lucia Pereira de Matos - Rua Antonio Coité, 12, Jardim Ouro Branco – Barreiras Domingas Ferreira da Silva - Trav. Antonio da Cruz, 12, Vila Amorim - Barreiras Dilma Moreira Fernandes Rua Marechal Deodoro, 253, Barreiras
Centro
-
Dilnéia Pacheco da Rocha - Rua Aurelina Barros, 13, Jardim Ouro Branco - Barreiras Elaine Inês de Menezes Rua Roberto Marinho, 45, Loteamento São Paulo - Barreiras Eliane H. Bohnen - Rua 26 de Maio, 274, Centro - Barreiras Enói Sousa Rego Rua Profª Guiomar Porto (Edifício Gênesis), Centro - Barreiras Isélia Bela dos Santos Gomes - Rua Gerino Vieira de Carvalho, s/n, Santa Luzia Barreiras overbrand
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Marlene Pereira da Silva Rua Pernambuco, Barreiras
336,
Vila
Regina
-
Maria Mendes Alves Rua B, 205, Novo Horizonte - Barreiras Maria Lucia Ferreira de Sousa - Rua Folk Rocha, 239, Sandra Regina – Barreiras Marinês Oliveira Nascimento - Rua Itaperoá, 11, Loteamento Rio Grande - Barreiras Maria Emília R. Siva Rua Senhor dos Aflitos, 122, Barreirinhas – Barreiras Rosileide Xavier Dias Quadra: A , 12 Casa, 06, Barreiras I Rosimária Tavares Ferreira Alves - Rua D, 36, Vila Nova – Barreiras Raimunda A. G. da Silva Rua Nunes, 94, São Pedro – Barreiras Regina Pires de Sousa Rua Itapemirim, 153, Vila Amorim – Barreiras Rosa da conceição Lopes - Rua Vila Lobos, 09, Santa Luzia Valdetina Pereira de Freitas - Rua São Bernardo, 322, Boa Vista – Barreiras Agricélia Oliveira Costa Rua Teixeira de Freitas, 185, Loteamento São Paulo – Barreiras Maria Francisca Pereira End: Rua Marechal Deodoro, nº 524 – Centro Silvia Dourado Gouveia Rua do Funrural, 123, Bairro Morada Nobre – Barreiras Maria das Dores da Silva Alves – Trav. Inconfidência, 04 Bairro: Vila Rica – Barreiras Maria de Jesus - Rua 15 de Novembro, 140 Bairro: Sandra Regina – Barreiras Cristiane Caetano de O. Poggio - Rua Alberto Coimbra, 1263 Bairro: Jardim Imperial Barreiras Lacivane Xavier Barreto Rua José Bonifácio, 69 B Bairro: Centro – Barreiras Maria Éster Stein Rua José Ferreira Neto, 02 Loteamento São Paulo – Barreiras
Bairro:
Martelene Goreu de Almeida - Rua Uberaba, Quadra 03 Lote, 76 Bairro: loteamento são Paulo – Barreiras Maria Francisca Pereira Rua Marechal Deodoro, 524 Bairro: CentroBarreiras Maria Aparecida Silva Ferreira - Rua Planalto, 752 Bairro: Sandra Regina – Barreiras overbrand
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Elisabete Bispo de Azevedo - Rua Barão de Cotegipe, s/n Bairro: Centro – Barreiras Estenia Peluso Rua Serra Negra, 39 Bairro: Vila Rica – Barreiras Karina Aguiar Pamplona Rua Dom Pedro II, 513 Bairro Sandra Regina – Barreiras Rosa da Conceição Lopes - Rua Vila Lobos, 09 Bairro: Santa Luzia – Barreiras COR – Centro de Ocupação e Renda Parque de Exposição Geraldo Rocha Bairro: Barreirinhas – Barreiras Diana Áurea de Siqueira Trav. São Vicente, 408. Novo Horizonte Suely de Fátima Nogueira - Rua Costa Rica, 460, Vila Rica Mariney Oliveira de Souza - Rua B, 73, Boa Sorte Dorvalina Campossano Tsuno - Rua: Eudo Castro, 41, Renato Gonçalves Rosalice Pereira Machado - Rua Dudu Coité, 14, Jardim Ouro Branco Marinalva Severina dos Santos Rocha - Rua Ceará, 201, Vila Regina Ana Paula de Souza Barbosa - Rua Barão de Cotegipe, 62, Centro Lucivane Xavier Barreto Iolanda Gomes Machado Ilda Gomes Oliveira - Rua D. Pedro I nº 55 Jardim Imperial – Centro.Tel: (77) 3611.3193 Ilda Gomes Oliveira Rua Ourinhos, 137 Centro - Stª Rita de Cássia. Tel: (77) 3625.1114
Outros pontos em bordado, nomear: Aproveitamento de retalhos
Metal
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Maria Augusta Pereira Silva SIM
Fuxico e Retalhos
SIM
Bonecas
SIM
Izes Amorim Vaneide Francisa dos Santos - Rua São Sebastião, nº 390 – Barreirinhas.Tel: (77) 9996.6014 Elizabete Bispo de Azevedo - Rua Barão de Cotegipe s/nº Centro.Tel: (77) 3611.3708
Confecção (Costura a máquina)
SIM
Maria Aparecida Nunes Gobbi - Rua Princesa Leopoldina, 131 – Jardim Imperial. Tel: (77) 3611.5912 / 3612.8488
Bordado
SIM
Maria Lindalva Oliveira de Souza - End: Rua Wilson Porto, nº 550 – Vila Amorim
Fladre Reciclagem de embalagem metálica Aluminio fundido Forja
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Adornos
Mineral Orgânico (sementes) Miçangas Outros, nomear:___________________
SIM
Rejane Cristina de O. Veloso - Rua E, 86
SIM
Bairro: Boa Sorte Jayne Pereira de Barros Rua São Luis, 1209 Bairro: Sandra Regina Denise Silva Anjos de Souza - Rua Junior Nogueira Farias, 148 Bairro: Jardim Bela Vista Sara Melo do Amaral Oliveira - Rua Rui Barbosa, 1445 Bairro: Renato Gonçalves
Pintura
Pintura em tecido Letrista
SIM
Andréia de Fátima B. S. Ferreira Fone: (77) 3611-0186 Elaine Inês de Menezes Rua Roberto Marinho, 45 Bairro: Loteamento São Paulo – Barreiras Neuza Pereira da Costa Trav. Nenzinha Pamplona, 06 Bairro: Jardim Ouro Branco Dalvelita Gavião de Souza - Quadra B1, 29 Bairro: Conj. Habitacional Barreiras I Elaine Inês de Menezes Rua Roberto Marinho, 45 Bairro; Loteamento São Paulo Guilherme Oliveira Carvalho de Miranda Rua Pernambuco, 96
Outros, nomear: tecidos, cerâmicas, jutas, emborrachados.
SIM
Bairro: Barreirinhas – Barreiras Neuza Pereira Costa Trav. Nenzinha Pamplona, 06 Bairro: Jardim Ouro Branco
Papel
Papel artesanal Dobraduras Outros: Papel machê
SIM
Juliana Francisca de Jesus - End: Rua Otacílio Monteiro da Franca, nº 408 – Vila Amorim. Local onde comercializa seu trabalho: Palácio das Artes Juliano Francisco de Jesus - Rua Otacílio monteiro da França, 408 Bairro: Vila Amorim
Tapeçaria
SIM
Francisca Soares Santana Francisca Almeida Silva
Outros (nomear)
Helena Alves Pereira - Rua Guarujá nº 34 – Renato Gonçalves Idalia Martins Silva Salustia Pedrosa Idalina Francisca dos Santos Carlinda Alves Pereira
Biscoitos e Doces Caseiros
SIM
Tita do Arraial da Penha D. Ângela da Morada da Lua Laênia Amélia de Jesus Maria José Castro Regis Naide da Silva dos Santos Mariluce M. da Silva (Lucinha)
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Solange Vargas Santos Nadir Alves dos Santos Nilva Maria dos Santos Elisabete Bispo de Azevedo Elvira Soares Santana Claudia Araújo Augusto Marizete Soares - Travessa Piratinim 1A, nº 102 - Morada Nobre. Tel: (77) 3611.9899 Débora Carla Lino de Souza - Travessa Coronel Magno, nº 116 Aptº 03 – Centro. Tel: (77) 3611.1074 Andréa de Souza Oliveira Maria do Socorro Costa - Rua Marechal Deodoro s/nº - Centro. Tel: (77) 3611-6554
Diversos Parafina Reciclado Escultura em Madeira Escultura em Pedra Pedra em Sabão Palito de Picolé Texturas com Sementes e Flores Arte em Vidro Flores Couro Biscuit Tecelagem
SIM SIM SIM SIM
Stela Mariane Leite - End: Núcleo Residencial CODEVASF – 01 Tel: (77) 3612.2281 / 3612.0557 Inerê Costa Simões - Rua D. Pedro I nº 671 – Sandra Regina Tel: (77) 3613.1110 / 3611.1704 Juliana Francisca de Jesus - End: Rua Otacílio Monteiro da Franca, nº 408 – Vila Amorim. Local onde comercializa seu trabalho: Palácio das Artes Antonio Matos Américo
SIM
Rua Dr. Alberto Coimbra, 281 Bairro: Sandra Regina – Barreiras
SIM
Girlene Tereza de Sá O . Sales - Rua Barão de Cotegipe, 1141 Bairro: Centro – Barreiras Disraelle Araújo Maia
SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM
End: Rua Dom Pedro I, nº 581 – Vila Amorim.. Local onde comercializa seu trabalho: Palácio das Artes Cezar P. Machado Praça Castro Alves, 324 Bairro: Centro – Barreiras Idalina Mendes da Silva Rua E, 129 Bairro: Vila dos Funcionários – Barreiras Cristiano Dias da Silva Benevides Souza Pereira Silvio Pereira da Silva - End: Rua São José nº 41 – Vila Brasil Tel: (77) 3612.6763 / 3611.9353 Dílson Dias da Silva – Sr. Nego - End: Rua Cosme e Damião, nº 43 – Vila Amorim. Local onde comercializa seu trabalho: Palácio das Artes Luiz Marcelino da Silva Luiz Marcelino da Silva – Seu Lula - End: Rua Santa Luzia, 74 – Vila dos Soldados Tel: (77) 3613-1573 José Rafael de Almeida Filho Cícero Ferreira Luiz Marcelino da Silva Rua Santa Luzia, 74
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Bairro: Vila dos Soldados - Barreiras Diego de Sousa Ferreira Rua Napoleão Macedo, 11 Miguel – Barreiras
Bairro: São
Acácia Roberta S. de Macedo - Rua Acre, 07 Bairro: Loteamento São Paulo – Barreiras Andréia de Souza de Oliveira - Rua José Arcanjo, 169 Bairro: Novo Horizonte – Barreiras Thomas Henrique - Rua Manoel Deodoro, s/n Bairro: Vila Brasil – Barreiras Claudia Almeida de Souza - Rua Sérgio Bomfim, 306 Bairro: Berreirinhas – Barreiras Rosemeire Oliveira Carvalho - Rua José Ferreira Neto, 82 Bairro: Loteamento São Paulo Francisco José do Nascimento - Rua Padre Armindo, 27 Bairro: Barreirinhas – Barreiras Helena Pereira Neves Rua Guarujá, 34 Bairro: Renato Gonçalves Barreiras Juliana de Oliveira Fontana - Rua 02, 79 Bairro: Buritis I - Barreiras Luzia Lucia da Silva Av. Maia, 256 Bairro: São Pedro - Barreiras Maria Aparecida do Carmo Sales - Rua Mário Filho, 192 Bairro: São Pedro - Barreiras Patrícia Guimarães Souza Nascimento Rua Guadalajara, 817 Bairro: Centro - Barreiras Idália Martins Silva Rua Boa Vista, 169 Bairro: Barreirinhas – Barreiras COR – Centro de Ocupação e Renda Parque de Exposição Geraldo Rocha Projeto Dignivida Igreja São José Bairro: Vila Brasil – Barreiras - Ba
ARTESANATO
As mulheres rendeiras e bordadeiras são as mais antigas artesãs de Barreiras, gente da terra como Dona Regis e Dona Clementina dentre outras, que realizaram belos trabalhos. A tapeçaria também é outra atividade de muitas senhoras, que até hoje produzem trabalhos que merecem destaque. Atualmente, existe em Barreiras um bom número de artesãos produzindo uma enorme diversidade de trabalhos. O barro, o couro, a cerâmica, a tecelagem, a palha, a pedra, a madeira, a pintura são alguns dos elementos hoje usados pelos artesãos locais, na fabricação de peças decorativas, de uso pessoal e até mesmo, instrumentos musicais. Dentre os elementos utilizados pelos artesãos locais, podemos destacar os trabalhos realizados com a palha do buriti; uma palmeira típica da região. O artesanato de Barreiras pode ser encontrado em algumas lojas ou em barracas do centro de abastecimento, embora a maioria dos artesãos ainda vendam seus trabalhos na própria residência. Para incentivar o artesanato local, a prefeitura mantém a escola oficina de criação artesanal - Oca, onde oferece cursos de tecelagem, costura e serigrafia. Os trabalhos executados são vendidos na lojinha do terminal rodoviário de Barreiras. A Secretaria Municipal de Cultura iniciou um trabalho de incentivo e divulgação do artesanato local, promovendo eventos e criando um espaço para exposição e venda, denominado Palácio das Artes, localizado na Praça Castro Alves, no overbrand
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centro da cidade. Também é bastante artesanal a produção dos tradicionais e deliciosos biscoitos (doces e salgados), dos doces de frutas típicas, da rapadura, do requeijão, da manteiga de garrafa e da cachaça brejeira; itens encontrados, principalmente aos sábados, no mercado do produtor rural, no centro de abastecimento de Barreiras. Pontos de Vendas de Artesanato no Município
Palácio das Artes Praça Castro Alves,s/nº - Centro Mercado Municipal Praça Landulfo Alves, s/nº - Centro Histórico Feira do Produtor Avenida ACM, s/nº - Centro FESTAS POPULARES Religiosas, populares, festas de padroeiro, jogos de vaquejadas etc.. Nome Data/Localidade
Festa do Divino Espírito Santo Data: Móvel Localidade: em todo o Município. Festa do Senhor dos Aflitos Data: 02 e 03 de julho Localidade: Povoado do Cantinho do Senhor dos aflitos. Festa de Santos Reis Data: 06 de janeiro Localidade: na maioria dos bairros do Município. Festa do Padroeiro São João Batista Data: mês de junho Localidade: no centro e alguns bairros da cidade. Festa de São Sebastião Data: 20 de janeiro Localidade: Bairro Barreirinhas. Festa de Oxum e Iemanjá Data: 02 de fevereiro Localidade: no centro da cidade as margens do Rio Grande. Festa de Cosme e Damião Data: 27 de setembro Localidade: Bairro Vila Brasil. Carnaval Data: mês de fevereiro Localidade: Av. Clériston Andrade. Aniversário da Cidade Data: 26 de maio Localidade: é comemorado com eventos culturais e esportivos em toda a cidade. Expoagro Data: 02 a 10 de julho Localidade: Parque de Exposições Geraldo Rocha. Vaquejada Data: mês de junho Localidade: Fazenda Araci. Lavagem do Kimarrey Data: 01 de janeiro Localidade: Bar e Restaurante Ancoradouro. overbrand
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Toque Brasileiro Data: abril / maio Localidade: Praça Cel. Antonio Balbino. Forró da Lua Data: Junho Localidade: móvel. Feira Artesanal Data: todas a sextas – feiras Localidade: Praça Castro Alves. FOLGUEDOS Danças,quais são os ritmos e como são suas vestimentas? Quando se apresentam? Quem são os responsáveis? Aonde ocorre?
Samba de Roda Ritmo: samba Vestimentas: característica de reis. Data: mês de janeiro Responsáveis: Manuel, Zefa, Nilson, Maria dos Reis, Nildo dos Reis, Macha lenta Localidade: Bairro Santa Luzia, Vila Amorim, Vila Nova, Morada da Lua, Boa Sorte e Centro. Dança de Lapinha Ritmo: de Banda de Pífano Vestimentas: características de reis. Data: janeiro Responsáveis: os mesmos Localidade: as mesmas Quadrilhas Juninas Ritmo: forró Vestimentas: junina Data: junho Responsáveis: Lucinha, Florismar, Luciano, Girlei, Mauro, Gilson, Ivan, João Paulo, Rosivan. Localidade: Vila dos Funcionários, Vila Brasil, Vila Nova, Barreirinhas, Vila Amorim, Bairro São Pedro. Dança Gaúcha Bumba –Meu- Boi Vestimentas: de reis Data: janeiro Responsáveis: Sr. Nego Velho. Localidade: Vila Amorim. CANTIGAS, ABOIOS E VERSOS (Origem, função, e transcrição, escrever a letra de alguns exemplos )
ARQUITETURA (Exemplos, estilos, técnicas função) registro fotográfico. Quais são as construções mais antigas e que são também pontos de referências tradicionais?
Arquitetura Civil: Museu Napoleão de Matos Macêdo Localização: Rua Barão de Cotegipe, 30 – Centro Histórico. Data de Construção: no início do século XX. Descrição: O casarão onde funciona o museu está em bom estado de conservação, guarda o acervo cultural e popular de Barreiras com fotografias, objetos antigos e os achados arqueológicos de região. Centro Histórico Localização: Praça Landulfo Alves. Data de Construção: Final do século XIX e no começo do século XX. overbrand
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Descrição: local onde estão concentradas as ruas e praças mais antigas da cidade; onde podemos apreciar os casarios construídos no final do século XIX e no começo do século XX. Infelizmente muitas das construções vêm sendo destruídas, embora ainda existam algumas em bom estado de conservação. Praça Duque de Caxias Localização: Rua Rui Barbosa – Centro Histórico. Descrição: local onde está localizado o prédio onde funcionou o Paço Municipal. É a praça mais antiga de Barreiras, com o tradicional coreto no centro. Paço Municipal Localização: Rua Rui Barbosa – Centro Histórico. Data de Construção: Construído no final do século XIX. Descrição: Pertence ao município, e atualmente funciona a Casa dos Conselhos da prefeitura de Barreiras. Foi a primeira sede do Governo, câmara de vereadores ate 1972, quando foi construída a sede atual da prefeitura. Sua fachada é em estilo clássico, contendo ainda hoje o brasão oficial. Usina Hidrelétrica Localização: Avenida Sebastião Ferreira – Barreirinhas. Data de Construção: Em 1928. Descrição: Foi a segunda hidrelétrica da Bahia, construída por Dr. Geraldo Rocha, homem de grande visão, para abrigar as três turbinas que eram movidas por uma queda d‟água artificial.A partir de 1928 passa a suprir a cidade com energia elétrica abundante e barata. Hoje, o majestoso prédio encontra-se em ruínas. Existe um anseio por parte da população para que este seja recuperado, por possuir grande valor histórico e cultural. Antigo Frigorífico Localização: Avenida Eduardo Catalão – Barreirinhas. Data de Construção: Década de 1940. Descrição: Prédio também construído por Geraldo Rocha. Durante algum tempo produziu e exportou charque e defumados, sendo considerado em sua época o maior abatedouro/ frigorífico do Norte e Nordeste do Brasil, marcando uma época de prosperidade. Chegou a abater até 5 mil rezes/mês em seu período áureo. Hoje, o prédio encontra-se em ruínas e foi adquirido pelo poder público municipal para que seja transformado em um centro de convenções – com um anexo cultural e esportivo. Mercado Municipal Localização: Praça Landulfo Alves – Centro Histórico. Data de Construção: Prédio inaugurado na década de 1920. Descrição: Prédio construído para abrigar a feira municipal. Atualmente, encontra-se parcialmente desativado, com um projeto em andamento para transformá-lo em um espaço turístico-cultural com posto de informações, galeria de arte, lojas de artesanato, souvenir e restaurante panorâmico. Grupo Escolar Dr. Costa Borges Localização: Rua Proessora. Guiomar Porto – Centro Histórico. Data de Construção: Inaugurado em 1928. Descrição: Prédio, ainda em bom estado de conservação, foi construído para funcionar o primeiro grupo escolar de Barreiras, sendo a primeira obra do governo do estado em nossa cidade; na gestão do prefeito Amphilóphio Lopes, sendo sua primeira diretora a professora Guiomar Fábia da Rocha Porto. Atualmente funciona neste prédio uma escola de 1º grau, municipalizada em 2001, após mobilização da população, já que o governo do estado iria desativar a escola e em seu local iria funcionar um serviço do mesmo. Casa da Sertaneja Localização: Rua Presidente Vargas, nº 53 – Centro Histórico. Data de Construção: Construído em 1919. Descrição: Casarão em estilo barroco, em que constam três pavilhões conjugados, em bom estado de conservação. No primeiro funcionou o primeiro cinema de Barreiras – Cine Ideal, na outra ala instalou-se a primeira usina de beneficiamento de arroz e milho movido à energia elétrica, e no pavilhão central, funcionou a overbrand
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sede da Cia. Sertaneja – Empresa Agropastoril S/A. Prédio idealizado por Dr. Geraldo Rocha hoje gerida por seus sucessores. Casa Residencial do Coronel Antônio Balbino Localização: Rua Rui Barbosa, nº 165 – Centro Histórico. Data de Construção: Construído em 1905. Descrição: Casarão em estilo neoclássico, em bom estado de conservação. Durante muitos anos foi residência da família onde nasceu o ex-governador da Bahia, Antônio Balbino de Carvalho Filho. O imóvel ainda pertence à família Balbino de Carvalho. Colégio Padre Vieira – Memorial Localização: Saída para São Desidério. Data de Construção: Inaugurado em 1948. Descrição: Prédio em bom estado de conservação. Foi um marco importante para a educação e para a cultura de Barreiras. Casa Vermelha Localização: Rua Barão de Cotegipe – Centro Histórico. Data de Construção: Construída no início do século XX. Descrição: A casa em estilo rococó foi construída pelo fundador do clã, Coronel. Antonio Balbino de Carvalho na primeira década do Século XX, ficou conhecida como casa vermelha e foi durante algumas décadas sede da empresa comercial e dos negócios da família. Hoje continua a ser sede administrativa da Companhia Agropecuária Antonio Balbino. Casa do Coronel Severiano Ângelo da Silva Localização: Rua 24 de outubro – Centro Histórico. Data de Construção: Construída em 1908. Descrição: Construída pelo Coronel. Severiano Ângelo da Silva, para montar a primeira farmácia de Barreiras, com a finalidade de presentear seu filho Dr. Euclides Silva, recém formado em farmacologia, e que foi o primeiro farmacêutico da cidade de Barreiras. Este imóvel continua sendo uma farmácia, encontra-se em bom estado de conservação, embora parcialmente descaracterizado. Casa da Família do Cel. Francisco Rocha Localização: Praça Duque de Caxias – Centro Histórico. Data de Construção: Construída em 1920. Descrição: A casa foi construída pelo Dr. Filipowiski, engenheiro que veio para Barreiras com a finalidade de construir a hidrelétrica. Hoje, em bom estado de conservação, ainda de propriedade da família Rocha. Casarão da Família Lopes Localização: Rua Rui Barbosa, 155 – Centro Histórico. Data de Construção: Construído em 1905. Descrição: Casarão construído pelo Cel. Amphilóphio Lopes, em estilo neoclássico, ainda em bom estado de conservação. Hoje, o imóvel ainda pertence à família Lopes. Solar da Fazenda Água Doce Localização: Fora do perímetro urbano, a 09 km do centro da cidade. Data de Construção: Construído nas primeiras décadas do século XX. Descrição: O Solar da Fazenda Água Doce chama a atenção pelo seu estilo arquitetônico mexicano e por sua história. Foi construído por Dr. Geraldo Rocha, para ser sua residência. Hoje, em bom estado de conservação e com todo imobiliário da época, pertence à família Balbino Carvalho. Centro Cultural de Barreiras Localização: Praça Landulfo Alves – Centro Histórico. Data de Construção: Construído em 1996. Descrição: Construído com uma fachada moderna que contrasta com o ambiente ao seu redor. O centro cultural tem um auditório com capacidade para 300 pessoas. No mesmo prédio funciona a escola municipal de música, a filarmônica 26 de maio, o coral municipal e o Departamento de Cultura do município. overbrand
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Palácio das Artes Localização: Praça Castro Alves – Centro. Data de Construção: Inaugurado em 26/05/2003. Descrição: No centro da praça, num prédio totalmente reformado, funciona o mais novo espaço cultural e turístico de Barreiras: uma galeria de arte, um grande salão para venda de artesanatos, lojinha gastronômica e de souvenir e um ponto de informações turísticas. Arquitetura Religiosa: Catedral de São João Batista Localização: Praça João Batista, rua 24 de Outubro – Centro Histórico. Data de Construção: iniciada em 1892 e terminou em 1917 e inaugurada em 24/06/1925 Descrição: Construída em estilo mourisco (Árabe). Edificação que foi iniciada no governo do 1º Intendente, Cel. Martiniano Ferreira Caparrosa, teve suas obras paradas até 1925 com a chegada do Padre Luis Vieira, que chegou para assumir a paróquia. A conclusão da obra contou com a participação da comunidade católica, que a terminou festivamente em 24/06/1925. Com a elevação da paróquia a sede da Diocese, em 1979, a igreja foi elevada a categória de Catedral de São João Batista. Igreja de Santa Terezinha Localização: Praça Amphilophio Lopes – Centro Histórico. Data de Construção: Em 1881, já havia sido erguida a capela de Santa Terezinha. Descrição:Construída em estilo neoclássico. Consta ter sido erguida em comemoração a emancipação política de Barreiras. Foi a primeira capela em Barreiras e teve como primeiro patrono São João Batista, com a construção da nova capela em local mais elevado a igrejinha passou a ser dedicada a Santa Terezinha. A Igreja quase chegou a ruínas, mas, em 1994, por ação da comunidade do Centro Histórico a igreja foi restaurada. Arquitetura Militar: 4º BEC – Batalhão de Engenharia de Construção Localização: BR 020 – Saída para Brasília. Data de construção: 31 de março de 1973. Descrição: Para realizar o asfaltamento da rodovia BR 020 / 242 que liga o nordeste do pais à Capital Federal, o Batalhão de Engenharia de Construção de Crateús /CE foi transferido para Barreiras em 1972, com um efetivo de 600 homens e suas respectivas famílias (totalizando mais ou menos 5000 pessoas). Toda esta população trouxe também sua cultura e hoje ela é reconhecida principalmente em alguns bairros da cidade. No ano seguinte, 1973 foi inaugurado o prédio com seus anexos onde funciona o 4º BEC. Construções mais antigas: Igreja Matriz São João Batista Igreja Santa Terezinha Prédio Escolar Dr. Costa Borges Prédio Casa da Sertaneja Prédio Casa Vermelha Prédio Paço Municipal Mercado Popular Museu Municipal Construções da Família Balbino CULINÁRIA Produtos, pratos típicos, receitas etc...
Pratos: Galinha Caipira com Pirão de Mulher Parida Descritivo: Cozinhar a galinha com alho, cebola, sal cominho quentro e açafrão. Fazer o pirão do caldo da galinha com a farinha de mandioca ou milho. Depois jogue cheiro verde por cima. Rubacão overbrand
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Descritivo: Cozinha-se o arroz com feijão de corda e todos os temperos Paçoca de carne seca Descritivo: Pique a carne no pilão depois de cozida e frita. Por ultimo misture a farinha de mandioca e o toucinho e pile. Depois de pilada misture o tempero (previamente cozido): cebola, cominho, alho, tomate e tempero verde. Cortado de Banana Verde Descritivo: Pique a banana nanica, refogue os temperos e a banana com óleo e deixe cozinha por alguns minutos com cubos de carne do sol. Arroz com Pequi Descritivo: Cozinhar o arroz com pequi, alho, cebola, sal e pimenta.
Paçoca de Carne Seca Descritivo: Depois de cozida e frita coloque a carne no pilão e pile, acrescente os temperos (cominho, cebola, tomate, tempero verde) e refogue com o toucinho. Por último acrescente a farinha.
Beijú de Massa Descrição: Molhe a massa com água e sal até da no ponto. Passe na peneira e asse na caçarola. Doces/bolos/ biscoitos: Peta Descritivo: Biscoito feito com tapioca, água, gordura, ovos e erva doce. Bom para comer com um café feito na hora, não se consegue comer um só. 01 prato de tapioca, 100g de gordura, 2 litros de água, sal a gosto, 3 dúzias de ovos Modo de Fazer: Peneire o polvilho, coloque a gordura para ferver com água. Depois despeje na tapioca, mexe bem e coloque os ovos. Bate bem batido. O ponto é de pingar. Espreme com o saco fazendo bolinhas na forma untada e acesse no forno médio. Doce de Buriti Descritivo: Doce feito com leite ou água, bolas de buriti, açúcar. Doce típico da região, feito regularmente no Povoado do Arraial da Penha. Usa-se 10 bolos de 250g de buriti, 6kg de açúcar e ½ lt de água ou leite. Modo de Fazer: Peneirar o buriti com água aos poucos. Coloque no fogo com açúcar até dar o ponto, mexa sempre. Quando estiver seco, pegue uma vasilha de água e coloque um pouco de doce para ver se está no ponto. Não deixe ficar no ponto de puxa. Doce de Maracujá Descritivo: Doce feito da casca verde e da polpa do maracujá (não se usa a polpa branca que amarga). Doce também muito produzido no Arraial. Doce de Caju Descritivo: 6 cocos, 2 lt de leite e 6 kg de açúcar Modo de Fazer: Rale os cocos, coloque no tacho junto com o açúcar e o leite, deixe cozinhar mexendo até dar o ponto, pegue uma vasilha com um pouco de água e coloque um pingo de doce. Se juntar está no ponto. Umbuzada Modo de Fazer: Afervente o umbu, passe na peneira e faça uma vitamina com leite e açúcar. Biscoito de Galho Descrição: ½ prato de tapioca, ½ garrafa de banha, 2 dúzias de ovos, erva doce, sal a gosto. Modo de Fazer: Cesse a tapioca, coloque 6 ovos, bata. Coloque a gordura para ferver até ficar no ponto. Ponto da gordura, jogue um pouco de massa peneirada dentro da gordura, se subir rapidamente está no ponto de despejar na massa. Depois quebre os restantes dos ovos e vá amassando. Bolacha de Tapioca Descrição: ½ prato de tapioca, ½ garrafa de gordura, 2 xícaras de água morna, 8 ovos, sal a gosto. Modo de fazer: Misture a gordura com água morna, mexa bem e jogue dentro da tapioca com os ovos e vai amassando até da o ponto. Doce de Casca de Limão Modo de fazer: Pegue o limão e rale para tirar o sumo. Corte em quatro e tire o bago. Coloque no fogo para overbrand
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aferventar (para tirar o amargo). Escorra e prove para ver se ainda está amargando. Se assim for, coloque novamente de molho na água fria ou morna. Depois de tirar o amargo, faça a calda e coloque para cozinhar. Não deixe a calda secar muito. Doce de Maracujá da Terra Descrição: 18 maracujás, 6 kg de açúcar e 2 lt de água. Modo de fazer: Tire os talos do maracujá e corte am meio. Coloque para cozinhar, depois tire os caroços e jogue fora. Pegue uma peneira e passe as cascas com um pouco de água até terminar. Depois, é só colocar no fogo com o açúcar e deixe cozinhar até dar o ponto. Mexa sempre. Quando soltar do fundo do tacho, pode colocar nas formas. Obs: a vasilha para fazer o doce deve ser de cobre (tacho).
Bebidas: Gengibirra Descrição: É uma infusão de gengibre e água adoçada, 3 palmas de gengibre no litro de água, açúcar e pinga. Modo de Fazer: Machuca-se ligeiramente a gengibre, e ferve-se na água em panela de barro e deixe-se em fusão por 8 dias. No dia de servir adoça-se a gosto e coloque um pouco de pinga para mudar ligeiramente o sabor do gengibre. Maduro Descrição: Bebida do tipo garapa, feita com caldo de cana e bicarbonato de sódio. Na hora de servir, coloca-se bicarbonato.
Licor de Jenipapo Modo de Fazer: Espreme-se o jenipapo, côa-se, adoça-se e deixa-se no sol para curtir por alguns dias. Filtra-se antes de servir Licor de Cajuí Modo de Fazer: Da mesma forma, espreme-se o cajuí, adoça-se, põe um pouco da pinga e põe-se no sol para curtir em vasilha de vidro. O suco ferve, entra em fusão até ficar amarelo e fino. Côa-se e filtra-se, colocando-se uma pasta de algodão sobre uma peneira, para ir passando bem devagarinho. Serve-se gelado ou não. Licor de Cravinho Descrição: 1 kg de cravinho, 1kg de cravo, 6 lt de água, 2 kg de açúcar e 2 lt de pinga. Modo de Fazer: Pegue o cravo e coloque na água para cozinhar até ficar igual a casca. Depois côa, colocando açúcar e a pinga. Mexe bem, está pronto para tomar. Licor de Pequi Descrição: ½ lt de pequi, ½ lt de pinga, 6 pequís e ½ kg de açúcar. Modo de Fazer: Descasque o pequi e coloque de molho na pinga durante uma semana. Depois se côa bem coado e deixe à parte. Faça a calda do açúcar, depois de pronto e frio coloque o pequi coando dentro. OUTROS (Quais sãos as Feiras mais importantes do município? Quais os dias em que ocorrem? Quais são as lendas que se contam no município? Descrevê-las, Quais são as ervas mais empregadas para remédios e chás? Fatos e figuras pitorescas)
Ervas: (remédios e chás) Açafrão, Pau doce (alcaçuz), Alecrim, Alfavaca, Algodoeiro, Arruda, Babosa, Barbatimão, Batata de Pulga, Buchinha Paulista, Caruru, Capim Santo, Erva – cidreiras, Fedegoso, Romã, Hortelã do Campo, Poejo, Chapadão. CICLOS E ATIVIDADES (cotidiano doméstico, culturas e criações, períodos de plantar e de colher, períodos de chuvas e cheias etc..... )
Coral: Coral Infantil Municipal End: Praça Landulfo Alves s/n° - Centro Histórico – Escola de Música Antonino Sampaio Tel: (77) 3613-9770 Responsável: Profª Micheline Fontal Coral da Melhor Idade End: Avenida Coronel Magno, n° 208 – Centro (Clube ABCD) overbrand
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Tel: (77) 3613-2172 Responsável: Ariadne Souza Santos Porto Coral Juvenil Municipal End: Praça Landulfo Alves s/n° - Centro Histórico – Escola de Música Antonino Sampaio Tel: (77) 3613-9770 Responsável: Profª Micheline Fontal Filarmônica: Segundo registros encontrados, a existência de filarmônicas em Barreiras datam de 1902. Destacam-se as filarmônicas “08 de dezembro” e “24 de junho”. Esta tradição musical mantida através do tempo fez com que a filarmônica “24 de junho”, composta de músicos locais; e Angical, sob a regência do maestro Dulvamerino Coité, o popular Mureco; fossem convidadas para tocar na inauguração de Brasília. Atualmente a banda “26 de maio” anima os eventos culturais e solenidades da cidade e mantendo viva mais esta tradição do município. Filarmônica Municipal 26 de maio Responsável: Lelia de Macedo Rocha Endereço completo: Praça Landulfo Alves s/n° - Centro Histórico – Escola de Música Antoninho Sampaio. Telefone: (77) 3613-9770 Filarmônica do Projeto Música e Cidadania – Casa das Filarmônicas Responsável: Gilvan Ferreira dos Santos Endereço completo: Praça Landulfo Alves s/n° - Centro Histórico – Escola de Música Antoninho Sampaio. Telefone: (77) 3613-9770 / 3611-4822 / 9996-5199 Bandas de Música: Bandas de Seresta: Biriba Boys – É uma das bandas mais antigas, que tocando valsas e boleros animava os barreirenses em tradicionais danças de salão. Responsável: João de Biriba Bandas de Axé: Os Bocas Malásia Pagodaço Malhasamba Sambambam Bandas de Rock: Neurose Aldebarán Anarquia Conjunto de Forró: Coração do Brasil Forró Lotado Dose Dupla Grupos Folclóricos: Grupo Cultural Afro – Caboclo Odoiá End: Praça Landulfo Alves s/n° - Centro Histórico – Centro Cultural de Barreiras Especialidades: Percusão, teatro, dança afro, manifestações culturais Tel: (77) 3613.9770 Responsável: Francisco Osmar Mendes Junior Grupo Folclórico do Bairro Morada da Lua Especialidades: Reisado de Marcha Lenta, Bumba Meu Boi, Banda de Pífanos Responsável: José Carlos overbrand
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Grupo Folclórico do Bairro Vila Amorim End: Rua Cosme Damião, nº 43 - Vila Amorim Especialidades: Reisado, Bumba Meu Boi e Samba de Roda Tel: (77) 3613.2621 Responsável: Dílson Dias de Almeida Grupo Folclórico do Bairro Vila Nova Especialidades: Festa dos Santos Reis, Festa de Cosme Damião. Associação das Quadrilhas Juninas End: Travessa D, casa nº 210 – Vila dos Funcionários. Especialidades: Quadrilhas juninas Tel: (77) 3612.1377 Responsável: Saulo Martins Bezerra Grupo Folclórico Bumba Meu Boi Especialidades: Bumba Meu Boi Responsável: Sr. Nego Grupos de Capoeira: Academia de Capoeira Mestre Zé Maria End: Rua do Estádio, nº 98 – Centro. Tel: (77) 9193.2478 Responsável: José Domingos de Jesus (Mestre Zé Maria) Academia de Capoeira Esquiva do Mestre Tal End: Rua Santa Custodia, nº 16 – Barreirinhas. Tel: (77) 3611.6186 Responsável: Gilmar Ribeiro de Jesus Academia de Capoeira Arte Bambu Academia de Capoeira Arte Nascente (Grupo Can) Grupos Carnavalescos: Bloco Kimarrey Bolco Pilek Bloco Beijou Pegou Bloco Das Nigrinhas Bloco Raparigas de Outrora Bloco Recordar é Viver Bloco Carnavalesco Zé Pereira Bloco Primeira Dose Bloco Allanbick Bloco Curto Circuito Grupos de Quadrilhas: Quadrilha Remelexo Cearense Quadrilha Triscô Queimô Quadrilha Mexe Mexe Que É Bom Quadrilha Pé na Brasa Quadrilha Sol Nascente Quadrilha Sapecou Queimou Quadrilha Raio de Sol Quadrilha Sol Tá Queimando Quadrilha Pé do Morro Instituições: COR – Centro de Ocupação e Renda overbrand
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Associação Cultural Remelexo Cearense ATRATIVOS NATURAIS
Rios: Rio Grande Localização: O maior e mais importante afluente da margem esquerda do Rio São Francisco. Descrição: O Rio Grande - Corta a cidade formando uma orla fluvial que contorna o Centro Histórico, propiciando a prática de esportes náuticos e a pesca esportiva. Rio de Janeiro Localização: Sua nascente fica a mais de 90km do centro. Descrição: Nasce a Serra Geral, percorre cerrados e vales, formando em seu percurso diversas piscinas e as cachoeiras do Acaba Vida e do Redondo até encontrar o Rio Branco, ainda no município. Rio Branco Descrição: O rio nasce nas proximidades da Serra Geral, no município de Barreiras. Percorre cerrados e vales férteis; passando por comunidades rurais, diversas fazendas, pelo povoado de São Vicente e Cantinho do Senhor dos Aflitos até desaguar no Rio Grande. Rio de Ondas Descrição: É uma das maiores atrações dos moradores. Águas cristalinas, apropriadas para banho, vegetação de cerrados, cercado por lindos buritis, forma uma orla fluvial, que é uma das principais áreas de lazer da cidade. Ótimo para um passeio de bote, duck ou caiaque, para a prática da tirolesa, travessia mais rápida e radical do rio de Ondas. Vau da Boa Esperança Descrição: Banhado pelas águas do Rio de Ondas, é um verdadeiro paraíso. Possui um visual deslumbrante, emoldurado por serras e grandes veredas de buritizais. Alguns trechos do rio se tornam mais rasos, permitindo sua travessia a pé e em lombo de animais, daí a origem do nome “Vau da Boa esperança”. Cachoeiras: Cachoeira do Acaba Vida Localização: 94 km do centro na BR 020 saída p/ Brasília Descrição: Com 32 m de queda livre, emoldurada por uma flora exuberante de samambaias, árvores nobres e uma névoa constante entrecortada por um arco-íris, forma um ecossistema de rara beleza. Cachoeira do Redondo Localização: A 124km do centro pela BR 020 saída p/ Brasília. Descrição: Possui 15 m de queda livre, formando uma grande piscina de águas cristalinas; excelente para um inesquecível mergulho. Caminhos estreitos com matas ciliares e palmeiras de buritis embelezam o caminho. Serras / Morros: Serra da Bandeira Localização: A 10 km do centro próximo ao aeroporto. Descrição: Numa altitude de 787 m do nível do mar, existem vários mirantes naturais dos quais se pode apreciar a vista do vale, onde está localizada a cidade. Formações rochosas com vegetação rasteira e flores típicas do cerrado contornam toda a serra. No topo, está localizado o aeroporto de Barreiras. Serra do Mimo Localização: A 10km do centro na rodovia BR 242 saída p/ SSA. Descrição: Do alto dos mirantes naturais da serra é possível se ter uma visão fantástica de toda a cidade. Lá existe uma “Cidade de Pedras”, com vestígios de uma civilização pré-histórica cheia de surpresas e encantos. Roteiros / Trilhas: Turismo Ecológico Inserida na região mais rica em recursos hídricos do nordeste brasileiro, em pleno cerrado baiano, cercada por serras, o município de Barreiras foi abençoado pela mãe natureza com rios, corredeiras, cachoeiras, veredas, serras e vales, que abrigam um verdadeiro paraíso ecológico. Aqui as opções de passeios são diversificadas. É possível navegar, pescar ou passear de jet-ski no Rio Grande; overbrand
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praticar a canoagem ou o “bóia cross” (uma deliciosa maneira de descer o rio em câmaras de ar) no Rio de Ondas; praticar “rafting” no Rio das Fêmeas; praticar “rappel”, explorar grutas e cavernas, percorrer trilhas, apreciar a exuberância das cachoeiras do Acaba Vida e do Redondo; ou simplesmente tomar banho em rios de águas cristalinas. Vale a pena conferir. Para sua maior tranqüilidade e segurança solicite um guia ou use os serviços das empresas de receptivo. Hoje já existem em Barreiras grupos de aficionados por esportes radicais, ou com espírito de aventura, que estão sempre em busca de lugares desconhecidos para a prática de esportes radicais ou de aventura, a exemplo do grupo de “jipeiros” que vivem percorrendo trilhas. Outros descobrem lugares desconhecidos para “trekking”, novas grutas e paredões para à prática do “rappel” ou mesmo realizam cavalgadas e pesca. Tem também pilotos locais de autocross e motocross que participam das competições estaduais e nacionais, na pista Cacau do Autocross Clube de Barreiras, o que atrai competidores dos mais diversos lugares do país. BIOMA Flora (Flores mais comuns, árvores e frutas da região)
Flora: Descrição: A vegetação predominante é o cerrado arbóreo ou “Gerais”, aberto sem floresta de galeria. As florestas de galeria e subcaducifolias, em menor escala se localizam na área do Vale do Rio Grande. Flor Amarilis Barreirense: Descrição: Planta descoberta na década de 40 em Barreiras, que floresce sempre aos pares, parecida com um lírio apresenta uma cor alaranjada. Flores: Flor do Cerrado, Flor do Trovão (Amaryllis barreirasa) – é um tipo de lírio da região. Árvores: Piquiseiro, Jatobá, Cagaita, Sapotizeiro, Araticunseiro, Pitombeira, Marmelo, Pau d„óleo, Pau Ferrinho, Cajueiro, Baraúna, Jenipapo, Angico Branco (em fase de extinção), Eucalipto, Goiabeira, Pau d‟ arco.
Fauna (animais do cerrado que ocorrem no município; pássaros, peixes etc...)
Animais: Mico, Saruê, Papagaio, Periquito, Arara, Bem-te-vi, Pomba, Andorinha, Diversos tipos de cobra, Surubim, Dourado, Pacu, Piranha, Piau, Veado, Mandim.
GEOGRAFIA Pontos de referência geográfico e natural, locais com vistas e mirantes naturais, locais de destaque pela beleza etc... (rios, vales, montanhas etc..)
Cachoeira do Acaba Vida Cachoeira do Redondo Cachoeira do Rio do Ouro Rio de Ondas Rio de Pedras Rio de Janeiro Rio Grande Rio Branco Serra da Bandeira Serra do Saco Limites: Ao Norte – Com o município de Riachão das Neves. Ao Sul – Com o município de São Desidério. A Leste – Com os municípios de Angical e Catolândia. A Oeste – Com o município de Luiz Eduardo Magalhães e com o Estado de Tocantins. Parte da linha divisória a oeste é a Serra Geral também chamada de Espigão Mestre; ao norte quase toda divisa é feita pelo Rio Branco até a foz do Rio Grande. Os outros limites são linhas topográficas. Coordenadas Geográficas: Latitude Sul – 12°08‟; Longitude Oeste – 44°59‟ Relevo: Caracteriza-se pela sua elevada altitude, e apresenta duas formas distintas: na parte leste do município overbrand
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estão situadas as extensas serras com planaltos, que se estendem em geral, no sentido oeste, com altitude média de 750m acima do mar; e recortando suas encostas ficam os vales férteis com altitudes acima de 400m, por onde correm os rios e tem como principais serras: a da Bandeira, do Mimo, do Boqueirão, da Gameleira, da Ondina, de São Vicente e no extremo oeste na divisa com o Estado do Tocantins, a Serra Geral. A sede do município fica no vale do Rio Grande entre as Serras da Bandeira e do Mimo, numa altitude de 430m acima do mar. Solo: Os solos são profundos e diversificados, com boa constituição física e facilmente mecanizáveis, apresentando textura média e arenosa, sendo predominante os latossolos e em menor quantidade as areias quartzosas. Geologia: Arenitos finos e médios, depósitos eluvionares e coluvionares, calcários, dolomitas, siltitos, folhetos, argilitos, ardósias, depósitos fluviais. Ocorrências Minerais: As reservas minerais conhecidas são de rocha calcária e de manganês. Bacia Hidrográfica: O município de Barreiras está situado na região mais rica em recursos hídricos do Nordeste Brasileiro e está inserida na Bacia do Rio Grande, a maior bacia da margem esquerda do Rio São Francisco. Os rios que banham o município nascem próximos as vertentes da Serra Geral no cerrado e correm de oeste para leste, sendo todos afluentes do Rio Grande. À margem direita do Rio Grande apenas deságua o Rio Ribeirão do Arapuá. Na margem esquerda ficam as principais bacias que formam o Rio Grande: A Bacia do Rio Branco - Formada pelo Rio Janeiro e pelo Rio dos Cachorros com seus afluentes. No Rio Janeiro ficam as cachoeiras do Acaba Vida e do Redondo. O Rio Branco deságua no Rio Grande abaixo da cidade de Barreiras. A Bacia do Rio de Ondas - Formada pelo Rio Borá, pelo Rio de Pedras e seus afluentes. O Rio de Ondas encontra o Rio Grande um pouco acima da cidade de Barreiras e é o mais procurado para o lazer da população. EQUIPAMENTOS E AGENDA DE EVENTOS CULTURAIS Teatros, museus, bibliotecas, centro de cultura etc... Existe uma agenda oficial com eventos culturais no municipio?Sim ( ) Não ( ) .Se houver anexar.
Museu Municipal Napoleão de Matos Macedo Biblioteca Municipal Folk Rocha Palácio das Artes Escola de Música Antonino Sampaio COR – Centro de Ocupação e Renda Centro de Convenções / Auditórios: Auditório do Centro Cultural de Barreiras End: Praça Landulfo Alves, s/n°- Centro Histórico. Telefone: (77) 3613-9770 / 3613-9771 Instituição mantenedora: Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de Barreiras Capacidade: 300 pax Centro de Convenções Duda Leão End: Avenida Ahylon Macedo, nº 2.000 – Boa Vista (anexo ao Hotel Solar). Tel: (77) 3612-9200 Fax: (77) 3612-9200 Instituição mantenedora: Hotel Solar das Mangueiras Capacidade: 800 pax Obs: Divisível em três partes com capacidade de 100 a 800 pax Auditório da Agrocel End: Avenida Ahylon Macedo, nº 989 – Barreirinhas. Instituição mantenedora: Particular Capacidade: 100 pax Auditório do Porto Brasil Agrícola End: Avenida Ahylon Macedo, n° 1.601 – Boa Vista. Telefone: (77) 3613-8620 overbrand
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Instituição mantenedora: Porto Brasil Agrícola Capacidade: 120 pax Auditório do CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica End: Rua das Várzeas, s/n° – Centro. Telefone: (77) 3611- 5023 / 6478 / 5419 Instituição mantenedora: CEFET / BA Capacidade: 200 pax Auditório do Colégio Modelo - Luiz Eduardo Magalhães End: BR 242, Km 01 (saída para Salvador) – Loteamento Flamengo. Telefone: (77) 3612-2001 / 2002 / 3613-1209 / 3614-1701 Fax: (77) 3613.1209 Instituição mantenedora: Secretaria de Educação do Governo do Estado da Bahia Capacidade: 196 pax Auditório da UNIFACS End: BR 020 – Km 0, Shopping Center Rio de Ondas – Vila Rica. Telefone: (77) 3613-0714 Fax: (77) 3613-0714 Instituição mantenedora: UNIFACS Capacidade: 140 pax ATRATIVOS CULTURAIS
Patrimônio Cultural: Arraial da Penha Descrição: A 15 km do centro da cidade – fica no povoado de Arraial da Penha. Povoado simples, que pode dizer ser a célula-tronco de Barreiras. Conhecido inicialmente por Buracão, devido a sua topografia. Tem na tradicional pracinha a capela em homenagem a nossa Senhora da Penha, erguida apropriadamente em cima de uma grande rocha, de 1841. Depois da construção da igreja o local foi rebatizado de Arraial da Penha. O cenário em volta é o mais rural possível. Neste ambiente as mulheres fabricam doces e biscoitos típicos da região. Nos vales férteis os engenhos ainda movidos à tração animal, produzem a cachaça brejeira de forma rudimentar. Cantinho do Senhor dos Aflitos Descrição: No vale do Rio Branco a aproximadamente 20 km da cidade, encontra-se o povoado do Cantinho. Todos os anos, no dia 02 de julho, acontece uma grande romaria em devoção ao Senhor dos Aflitos. Segundo a lenda ocorreu no século passado, a promessa foi feita por um vaqueiro que passou por um momento de estrema aflição, pois a boiada que conduzia estourou, só restando então apelar para a fé, ajoelhou-se e fez a promessa de mandar construir naquele local uma igreja em honra ao Senhor Santificado caso a boiada acalmasse e assim se deu. Ainda hoje a igreja continua milagrosa como em suas origens. Vocabulário Próprio: Uma curiosidade singular de Barreiras é a maneira de falar algumas palavras ou mesmo gírias, com significado próprio. Usadas pela população, principalmente por jovens, motivou até a publicação do “Dicionário de Barreiras”. A expressão mais tradicional é o “moço”, que é costume de falar de toda a população. Ela é sempre usada no lugar de rapaz, cara, brother, mano, meu, etc. Conheça algumas dessas palavras e gírias com os seus significados: “Pacote de Chifre” – Corno; “Catrevagem” - Gente Chata; “Capa de Cangaia” – Mulher Feia; “Filé” – Mulher Bonita; “Indagar” – Fazer Farra, Conversar; “Espancar Pose” – Querer Aparecer; “Resenha” – Fofocar, Criticar; “Como le vara”? – Como vai?; “Carroceria arrumada” – Bunda Bonita; “Comer Água” – Tomar Cachaça, e muitas outras. Feiras / Mercados: Mercado do Produtor Rural End: Centro Comercial de Barreiras, num pavilhão do Mercado do Produtor Rural – Centro do Abastecimento. overbrand
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Horário de funcionamento: Diariamente Forma de pagamento: À vista Feira de Barreirinhas End: Barreirinhas. Horário de funcionamento: Domingo Forma de pagamento: À vista Pontos de Vendas de Artesanato do Município: Local
Endereço Completo
Palácio das Artes
Praça Castro Alves,s/nº - Centro
Mercado Municipal
Praça Landulfo Alves, s/nº - Centro Histórico
Feira do Produtor
Avenida ACM, s/nº - Centro
Calendários de Eventos: Festa de Santos Reis– Reizado Local: Bairro Morada da Lua. Data de ocorrência: 06 de janeiro Descrição: Mantendo a tradição, grupos folclóricos compostos de cantadores e tocadores, com trajes característicos percorrem as ruas da cidade, visitam as residências comemorando a visita dos reis magos a Jesus. Festa de São Sebastião Local: Bairro São Sebastião em Barreirinhas. Data de ocorrência: 20 de janeiro Descrição: Padroeiro de Barreirinhas, maior bairro popular da cidade, São Sebastião é comemorado com missa, quermesse, novenário e procissão. Festa de Oxum e Iemanjá no Rio Grande Local: Praça Landulfo Alves. Data de ocorrência: 02 de fevereiro Descrição: Pescadores, areeiros, baianas, terreiros e populares descem em cortejo o rio Grande até o cais da cidade e, fazem suas oferendas a Oxum e Iemanjá seguidos de rituais afro-brasileiros e muita festa. Barreiras Folia Local: Num circuito de 2,5 km das avenidas Clériston Andrade e Antonio Carlos Magalhães. Data de ocorrência: Em fevereiro/março com data móvel. Descrição: O carnaval de Barreiras é considerado o melhor e mais tranqüilo reinado de momo do interior da Bahia. Com uma estrutura montada de camarotes, arquibancadas e barracas; os trios, blocos e foliões da pipoca fazem a festa que atraem a cada ano milhares de turistas. E na quarta-feira de cinzas – Nazáro com uma manifestação folclórica genuinamente barreirense, que simboliza o enterro do carnaval. Toque Brasileiro Local: Na praça de alimentação no Centro Histórico. Data de ocorrência: Em abril/maio, com data móvel. Descrição: Nas duas últimas sextas-feiras do mês de abril e nas duas primeiras de maio, o toque brasileiro é um evento cultural de incentivo aos artistas locais, que conta ainda com uma feira do artesanato. Na praça de alimentação no centro histórico, a cada noite têm apresentações de músicos e grupos folclóricos do município. Aniversário da Cidade Local: Rua Rui Barbosa - Centro Histórico. Data de ocorrência: 26 de maio Descrição: Feriado cívico municipal, em comemoração a emancipação política da cidade. Comemorado com grandes shows e manifestações culturais e esportivas. Festa do Divino Local: Nas Ruas da Cidade. overbrand
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Data de ocorrência: Em maio, com data móvel. Descrição: Neste período os devotos do Divino Espírito Santo, percorrem as ruas da cidade, vestidos de vermelho, carregando a bandeira do divino, cantando, tocando e pedindo donativos para os festejos. No dia do divino, missa, procissão e festa na casa do imperador, com uma farta ceia, encerram as comemorações. Festa do Padroeiro da Cidade – São João Batista Local: Praça Landulfo Alves. Data de ocorrência: 24 de junho Descrição: Festa popular de São João. A igreja católica comemora com novenário, missa e procissão. A festa popular é comemorada na praça do forró, onde é montado um arraiá com quermesse, barracas de comidas e bebidas típicas; onde as quadrilhas se apresentam ao som de muito forró. Festa do Cantinho Local: No Vale do Rio Branco a 20km de Barreiras. Data de ocorrência: 02 de julho Descrição: A devoção do povo ao Senhor dos Aflitos, faz desta festa religiosa uma grande romaria ao povoado do Cantinho. Durante todo o dia muita animação nas barracas. No final da tarde, missa e procissão. Exposição Feira Agropecuária de Barreiras Local: Parque de Exposição Geraldo Rocha – Barreirinhas. Data de ocorrência: Em julho, com data móvel. Descrição: Durante uma semana no Parque de Exposição Geraldo Rocha, além do desfile, premiação e leilão de animais, empresas nacionais e multinacionais expõem máquinas e equipamentos agrícolas. O público participa de grandes shows e se delicia com a diversidade da gastronomia local. JEB – Jogos Estudantis da Primavera do Oeste Baiano. Local: Avenida Ahylon Macêdo, s/n°- Barreirinhas (Ginásio de Esportes Baltazarino Araújo de Andrade). Data de ocorrência: Em setembro, com data móvel. Descrição: Durante uma semana do mês de setembro, são realizados em Barreiras os jogos da primavera. O evento tem como objetivo incentivar os jovens atletas à prática do esporte, e conta com a participação de atletas de toda região nas competições de várias modalidades esportivas. LAZER Espaços e eventos para lazer da população local
Roteiros / Trilhas: Turismo Ecológico: Duas empresas, a Good Way Turismo e a Central do Turismo, em Barreiras, já estão operando com roteiros ecológicos aliados à prática de esportes radicais, tais como: Rafting – no Rio das Fêmeas; Canoagem e Bóia Cross – no Rio de Ondas; Rapel – na Serra da Bandeira – na Cachoeira do Acaba Vida – na gruta do Catão – no Buraco do Inferno – no paredão Deus Me Livre; Trekking – na Baixa do Coqueiro para a gruta da Purpurina – na Fazenda Beleza para a Gruta do Beijo e Grutão, para Gruta das Pedras Brilhantes, para Gruta Maravilha da Capelinha, para a Cachoeira da Hidromassagem; Mergulho – no Rio Branco. Shopping Centers: Shopping Center Rio de Ondas End: BR 020, Km 00, nº 13 – Vila Rica. Tel: (77) 3612.5500. Horário de funcionamento: Segunda a domingo das 11h às 22h. Nº de lojas e tipo: 35 lojas do tipo: restaurantes, bares, loja de roupas intima, moda jovem, infantil, presentes, perfumaria, utilidades, joalherias, telefonia móvel, serviços, academia de ginástica. Clube Sociais: overbrand
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Country Clube Rio de Ondas End: BA 242, km 09, saída para Brasília. Clube Refrigel End: BR 242, km 15, saída para Brasília. Clube dos Marçons End: BR 242, km 08, saída para Brasília. Clube AABB – Associação Atlética Banco do Brasil End: Avenida Ahylon Macedo s/n° - Barrerinhas. Clube ABCD – Associação Barreirense de Cultura e Desporto End: Avenida Coronel Magno, s/n°- Centro. Clube do Banco do Nordeste End: BR 242, saída para Brasília. Balneário Três Bocas End: Km 03, BR 242, saída para Brasília. Área Livre para Eventos Artísticos – Culturais: Casa de Espetáculos Magnum End: BR 242, saída para Salvador. Distância aproximada da área central do município: Na saída para Salvador, 4 km. Praça de Alimentação do Shopping Center Rio de Ondas End: BR 242, Km 0 - saída para Brasília. Distância aproximada da área central do município: Saída para Brasília, 2 km. Praça de Alimentação do Centro Histórico End: Praça Coronel Antônio Balbino s/n° - Centro. Obs: Possui vários quiosques onde funcionam diversos bares. À noite é um dos points da juventude local. Distância aproximada da área central do município: encontra-se na área central da cidade. Espaço Javan End: Rua Marechal Deodoro, n° 535 – Centro. Distância aproximada da área central do município: Encontra-se na área central da cidade. Estádio de Futebol: Estádio Municipal Geraldo Pereira Silva - Geraldão End: Rua do Estádio, s/n° – Centro. Instituição mantenedora: Secretaria Municipal de Educação Esporte e Cultura. Capacidade: 5.000 pax. Ginásios de Esportes: Ginásio de Esportes Baltazarino Araújo de Andrade End: Avenida Ahylon Macêdo, s/n° – Barreirinhas. Instituição mantenedora: Secretaria Municipal de Educação Esporte e Cultura. Capacidade: 1.500 pax Mirante: Mirante do Kipar Localização: Fica na Serra da bandeira a 10km do centro de onde se tem uma visão geral da cidade. Área de Proteção Ambiental – APA: Localização: A APA que temos é da bacia do Rio de Janeiro que abrange a Cachoeira do Acaba Vida e a Cachoeira do Redondo, se estendendo desde o município de Luiz Eduardo Magalhães ate Barreiras.
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DADOS GERAIS
Município: CORRENTINA-BAHIA Contato (Nome, e-mail e tel)
pmcorrentina@yahoo.com.br Principais vias de acesso:
BR-349 e BR-242 Breve histórico do Município:
O município de Correntina surgiu no ciclo do ouro, ao tempo das Capitanias Hereditárias. O seu território pertencera a Capitania de Pernambuco do donatário Duarte da Costa. E assim ficou até 1824 quando, pelo decreto de nº 7, de D. Pedro I, foi transferido para a província de Minas Gerais, depois e definitivamente para a província da Bahia, pela resolução de 15 de outubro de 1872. Dos Primeiros Habitantes: Datam de 1711/1712 os indícios de povoamento, com a chegada dos remanescentes da Guerra dos Emboabas à região ou município de Carinhanha que incorporava a atual área de Correntina. O bandeirante Manoel Nunes Viana, apossou-se dessas terras para garimpar e criar gado. Aqui, teria enfrentado a resistência das tribos indígenas dos Caiapós, Bororós, Acraós ou Pimenteiras, kraôs e Chicriabus. O mais provável é que o povoado tenha começado com a chegada do Padre Anacleto Pereira dos Santos em 1791, sob nome de Rio Rico ou Rio do Ouro. O Padre Viera com os colonizadores do rio São Francisco. Uma outra hipótese é de que o sacerdote teria vindo do Piauí, com flagelados da “SECA GRANDE” que em 1791/92 assolara o nordeste. Viera ele em missão religiosa, associada, posteriormente à atividade da cata do ouro que começou aparecer em abundância. Do Rio Rico e do Ouro em Abundância: Euclides da Cunha em “Os Sertões” diz do garimpeiro, como saqueador da terra, e dos sertanistas, os gananciosos que desde o começo do século XVII, vinham espavorindo a ferro e fogo e selvagem e fundando povoados. E mais adiante completa: “De Caetité, demandaram às matas de Macaúbas e Açuruá e devassaram o São Francisco (....) E na frente, indefinido, se lhes antolhou, cavados nos chapadões, aquele maravilhoso vale do rio das Éguas, tão aurífero que o Ouvidor de Jacobina, em carta dirigida à Rainha II, afirmava – que as suas minas eram coisa mais rica de que nunca se descobriu nos domínios de Sua Majestade.” O Ouro existia de fato, provocando a corrida ao metal e recebendo a povoação, bandeirantes como o baiano Francisco José Teixeira. O Ouvidor do Goiás, também nesse mesmo tempo, com seu grupo armado penetrou na região, reclamando direitos territoriais. Houve a resistência armada do Ouvidor regional, com sede em Jacobina, João Manoel Peixoto de Araújo. Expulsos os goianos invasores, desfez-se o conflito, com a interferência do Vice-Rei de Portugal. É desta época a lenda, segundo a qual, um fazendeiro de Carinhanha, Joaquim Amorim Castro e Silva fizera uma promessa de construir um Capela à Nossa Senhora da Glória, se viesse encontrar um lote de éguas fugidas. Elas estavam pastando às margens do Rio Rico ou do Ouro, que passou então, a se chamar de Rio das Éguas. A capela foi edificada em 1806. Com a construção da igreja, a povoação passou à categoria de Freguesia de Nossa Senhora do Rio das Éguas. Das Leis do Garimpo e das Desordens: De 1806 da criação da freguesia, até 1850 prevaleceu a lei do garimpo dos bandoleiros jagunços. E Euclides da Cunha mais uma vez, remontando ao relatório de Caetano Montenegro, exemplifica: “Todo o vale do Rio das Éguas e, para o norte, o Rio Preto. Formam a pátria original dos homens mais bravos e mais inúteis de nossa terra”. De Freguesia a Município – De Vila a Cidade: E do Vai e Vem com Santa Maria da Vitória: A povoação Nossa Senhora do Rio das Éguas foi elevada de Freguesia em 1806, com a vila do mesmo nome como sede, pela lei de provincial de nº 973 de 15.05.1866 do Vice-presidente da Província da Bahia, Pedro Leão Veloso. A Lei Provincial nº 1960 de 08.06.1880 do Presidente da Província da Bahia, Bacharel Antonio de Araújo de overbrand
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Aragão Bulcão, criou o Arraial de Santa Maria de Vitória, e incorporou, por transferência, a Freguesia Nossa Senhora do Rio das Éguas, com sede do mesmo nome, ao território do arraial de Santa Maria da vitória (Deixamos de existir político – administrativamente, passando ao domínio de Santa Maria da vitória). Pela Resolução Provincial de nº 2588 de 14.05.1886 do Presidente da Província da Bahia, Theodoro Machado Freire Pereira da Silva, a Freguesia de Nossa Senhora do Rio das Éguas com a Vila do mesmo nome por sede, foi recriada. (voltamos a existir). Mas pela resolução provincial nº 2579 de 04.05.1888 o presidente da Província da Bahia, conselheiro Manuel do Nascimento Machado Portella, a freguesia Nossa Senhora do Rio das Éguas com a sede do mesmo nome, foi mais uma vez, voltando ao domínio de Santa Maria da Vitória. Por fim, o Governador do Estado da Bahia, João Gonçalves da Silva, pelo ato de nº 319 de 05.05.189, definiu a criação do nosso município, assim sacramentado-a: “O Governador do Estado resolve pelo presente ato, elevar à categoria de vila a povoação do Rio das Éguas, com a denominação de Correntina, tendo o seu município os mesmos limites de Distrito de Paz d‟aquele nome.” A reinstalação se deu em 09.06.1891. A Emancipação Político - administrativa do município se consumou, elevada a Vila a categoria de Cidade, pelo Decreto nº 10.724 de 30 de março de 1938 do interventor Landulfo Alves, autorizado pelo Decreto nº 311 de 2 de março do Presidente Getulio Vargas. Era Prefeito na época, Major Felix Joaquim de Araújo. A comemoração festiva da data, só ocorreu pela primeira vez, em 1974, no Governo de T. Guerra. Dos Aspectos Econômicos: A economia do município, marcada, no seu primeiro meio século de existência, pelo ciclo do ouro, passada a febre do metal, aclimatou-se à agricultura de sobrevivência ou familiar, dos minifúndios às margens dos rios e riachos, associada à pecuária incipiente do gado comum ou curraleiro, que nas fases de seca, era conduzido aos fechos – áreas de cerrado ou campos gerais em pastagens coletivos. Nas décadas 70/80, com o programa do governo federal de reflorestamento e aproveitamento do eucalipto na produção da celulose para a industria do papel, vieram as grandes empresas nacionais e multinacionais e se instalaram com todo o aparato tecnológico. Não prosperou o reflorestamento e veio a soja, cuja área de produção, somada a de outros municípios do oeste da Bahia, veio a se chamar e até hoje, de “a nova fronteira agrícola do estado”. Em nosso município, são 140.000 mil hectares de cerrado que somados a outros 10.000 hectares das áreas domésticas, hoje produzem 350.000 mil toneladas da soja. Milho, algodão, entre outros produtos. Com isto, o PIB municipal é de R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais). Em 1994, construída a BR 349, asfalto padrão de qualidade, Correntina ficou a cinco horas de Brasília-DF. E esta rodovia se tornou não somente o acesso privilegiado e dinâmico, do turismo do sudeste do país, às praias do nordeste, como também se fez de corredor único de escoamento da produção de grãos, pelo porto de ........ Todos estes fatores somados, vêm alavancando a economia do município físico da cidade, como da melhora acentuada na qualidade de vida da população. Anote-se ainda: A BR 135, em fase de construção, vindo do norte do país, passando por Barreiras com extensão prevista, até Montes Claros em Minas Gerais, já chegou ao perímetro urbano da nossa cidade, com as empresas construtoras em franca atividade. Com a BR 349 cruzando – se com a BR 135 dentro do seu perímetro urbano, Correntina, pela sua beleza estonteante e por obra e graça com que a natureza panorâmica a premiou, se credencia, por determinismo histórico, com ponto de convergência e pólo alvissareiro de desenvolvimento turístico, econômico e social do oeste da Bahia. Informações Complementares: Superfície: 10.782 Km2 – População: (atualizada, por projeção sob os dados do censo de 2000) Cidade: 14.000 hab. Zona Rural: 21.500 – Total: 35.500 hab. Localização: Oeste da Bahia. Limites: Ao norte, com São Desidério. Ao leste, com S. M. da Vitória. Ao Sul, com Jaborandi. Ao oeste, com Guarani e São Domingos do Estado do Goiás. Altitude: 580 metros acima do nível do mar. Clima: Quente, no verão e temperado no inverno, com duas estações distintas. De chuva, de outubro a março e de seca de abril a setembro. Flora: De Campos Gerais ou Cerrado, com focos de mata e áreas de transição Cerrado / Caatinga. Dos Intendentes – (Prefeitos): Intendentes: Coronel Mandu – Coronel Severiano Antônio de Magalhães – Capitão Theodormiro – Coronel overbrand
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Artur Magalhães – Capitão Juvenal Antônio de Magalhães – Major Duarte Cerqueira Pinto – Major Felix Joaquim de Araújo. Dos Prefeitos: Tenente Coronel Symphonio Marques de Souza Biza – Capitão Miguel Soares Coimbra – Major Felix Joaquim de Araújo – Dr. Lauro Joaquim de Araújo – Manoel Vieira Elias de França Barbosa – Pedro Guerra – Euclides Moreira Alves – Joaquim José da Silva – Teófilo Pedro da Silva Guerra – Almir Bispo dos Santos – Marco Antônio Granja Falcão – José Maria de Borja – Ezequiel Pereira Barbosa e Nilson José Rodrigues (MAGUILA); Eleito em 03 de outubro de 2004. ATIVIDADES ARTESANAIS Tipologia Cerâmica
Entalhe
Técnica/habilidades
Ocorrência (sim/não)
Nome do Artesão/Localidade Maria S. de Barros, Localidade: Busca Vida, S. Manoel
Cerâmica feita a mão Cerâmica de torno
SIM
Entalhe em madeira Entalhe em pedra Moveis artesanais
SIM
Dio Silva, Localidade: Sede.
SIM
Ednei Oliveira Brito, Localidade: Aparecida do Oeste.
Ana dos Santos, Localidade: Praia.
Localidade: Cajueiro, Alegre, Bonito.
Trançados De Fibras Naturais
Bordados, Rendas e aproveitamento de tecidos
Butiti Carnauba Licuri Babaçú Ariri Taboa Outros, nomear:___________________ Renda de Bilro Renda Inglesa Outras rendas Redendê/ Hardange Crivo/ bainha aberta Labitinto Richiliê Bordado Rococo Ponto Cruz Ponto Cheio Ponto atrás Crochê Outros pontos em bordado, nomear:
SIM
SIM
Ana Francisca, Localidade: Barreiro Vermelho.
SIM
Corina Araújo, Localidade: Sede. Noelia Araújo, Localidade: Sede.
SIM
SIM Zélia Silva, Localidade: Sede. SIM
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Silvany Galhardo, Localidade: Sede. Delia Pinto Araújo, Localidade: Sede. Terezinha, Mª. Eunice, Localidade: Sede.
SIM Magnólia, Localidade: Sede. SIM
Metal
Dora, Nair, Localidade: Sede.
SIM
SIM
Fuxico Retalhos Bonecas Confecção (Costura a maquina)
Toledo,
Alderice César França – Atelier de Arte em Tecido.
Fladre Reciclagem de embalagem metalica Aluminio fundido Forja 114
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Adornos
Pintura
Papel
Outros (nomear)
Mineral Orgânico (sementes) Miçangas Outros, nomear:___________________ Pintura em tecido Letrista Outro, nomear:____________________ Papel artesanal Dobraduras Outros Pintura parede paisagens Pintura grafite, telas Tecelagem em tecido Tecelagem em cochinil
SIM SIM
Veronice Sede.
C.
Nascimento,
Localidade:
SIM SIM
Hilda S. Oliveira, Localidade: Sede.
SIM
Élton Hilário, Localidade: Sede.
SIM
Elizabete Crisostomo, Localidade: Sede.
SIM
Donildes, Localidade: Sede. José Silva, Localidade: Sede. Joana, Adélia, Localidade: Garrotes e Matão. Maria, Laurita.
SIM SIM SIM.
MORADORES MAIS ANTIGOS Nome, idade, endereço e depoimento (se possível)
Pedro Alexandrino Moreira Guerra - 101 anos Rua Góes Calmon N° 48 Liduina Maria da Silva - 102 anos Rua Pedro Guerra Nº 37 FESTAS POPULARES Religiosas, populares, festas de padroeiro, jogos de vaquejadas etc.. Nome Data/Localidade
Folia de Reis, 06 de janeiro – Sede. Baile do Havaí, data móvel – Sede. Carnaval, Folia das Águas – data oficial – Sede. Aniversário da Cidade, 30 de março – Sede. Quaresma, Apresentação das Encomendadeiras das Almas – Sede e Interior. Paixão de Cristo – Sede. Festa de Santa Cruz, 02 de maio – Distrito de São Manoel. Festa do Divino Espírito Santo – data móvel – Sede. Festa de Nossa Senhora do Rosário – data móvel – Sede. Cavalhada – data móvel – Sede. Vaquejada – data móvel – Sede. Festa da Colheita – data móvel – Sede. Festa Junina a partir de 13 de junho – Sede. Festa da Padroeira Nossa Senhora da Glória, 15 de agosto – Sede. Festas Folclóricas – data móvel – Sede. Comemoração Cívica da Pátria a partir de 1° de setembro - Praia, S. Manoel, Caruaru, Aparecida do Oeste, Vila Rosário até o dia 07 de setembro na Sede. Semana do Excepcional – data móvel – Sede. Festa do Idoso, 1º de outubro – Sede. Festa da Criança, 12 de outubro – Sede. Festa de N. Senhora Aparecida, 12 de outubro – Aparecida do Oeste e Caruaru. Festejos Natalinos a partir de 20 de dezembro – Sede. Festa de Reveillon. FOLGUEDOS Danças, quais são os ritmos e como são suas vestimentas? Quando se apresentam? Quem são os responsáveis? Aonde ocorre?
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Grupos de Reis Os reisados eram festas populares na Europa, dedicadas aos três reis magos em sua visita ao menino Jesus. Os colonizadores portugueses, no Brasil, mantiveram essa tradição que está presente até os nossos dias, em praticamente todo o território brasileiro, mais especificamente na BA, GO e TO. Correntinas mantém viva esta cultura. A religiosidade é a mola propulsora desta manifestação. Os reiseiros dizem que a folia é uma comemoração religiosa. Os grupos adotam um ritmo acelerado inusitado; existem grupos de aproximadamente 50 anos que formado por homens de origem simples tocam, cantam e executam coreografias; utilizam instrumentos rústicos confeccionados por eles próprios. Grupo de Reisado São grupos que cantam e dançam durante o período de 24 de dezembro a 06 de janeiro, com o objetivo de saudarem os presépios, conhecidos regionalmente pelo nome de Lapinhas. Traje: Calça preta, camisas floridas e chapéus com adereços com brilho. Obs: Os grupos têm algumas características que os diferenciam uns dos outros. Reisado do Salto – Gaitas. Reisados do Tatu – Tambor. Reisado Noite de Natal - Viola. Terno de Reis O terno é uma manifestação cultural de caráter religioso que ocorre na cidade na semana do nascimento de Jesus, simbolizando a peregrinação dos pastores que o visitaram na manjedoura, apresentando sempre com fé e devoção. A música tem esse papel de ser a articuladora da identidade cultural, pois ela não é mediadora, ela é instauradora das manifestações. São representações caracterizadas especialmente pela participação de adolescentes, dos sexos masculino e feminino que normalmente integram 30 participantes. Estruturado da seguinte forma: Uma parte estandarte, uma criança carregando a manjedoura com o menino de Deus, um grupo de participantes que aos pares se trajam com roupas coloridas, adereços, muito brilho, carregam uma lanterna elaborada de papel celofane e armação de madeira com uma vela inserida no interior. O grupo baila e canta acompanhado de saxofone, pandeiro, tambor e violão. A manifestação consta de um cortejo que visita as famílias, entoando os denominados: Canto da Rua, Canto da Porta, canto de Entrada. Na sala desta casa entoa-se mais um canto, Canto da Sala, em seguida o grupo faz evoluções e coreografias em torno da manjedoura, perfila-se na sua formação original entoando o Canto da despedida. Terno dos Ciganos Terno das Borboletas Terno da Lira Terno do Arigo Terno dos Camponeses Terno das Rosas Terno do Arco-íris Terno do Boi de Lino CANTIGAS, ABOIOS E VERSOS (Origem, função, e transcrição, escrever a letra de alguns exemplos)
Coletânea sons do cerrado Projeto de recuperação e registro de manifestações folclóricas do cerrado, relação solidária entre o homem e a natureza, músicas de um povo simples de arte popular que preserva e revive as raízes culturais ainda existentes em nosso município. Projeto de resgate cultural realizado pela Universidade Católica de Goiás UCG e Prefeitura Municipal de overbrand
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Correntina. CD – N°01 Deus te salve lapinha santa – Registro de sons coletados junto ao grupo de Reisado do Salto, com o objetivo de saudarem os presépios conhecidos pelo nome de lapinhas. CD – N° 02 Reisado do Tatu CD – N° 03 Encomendadeiras de Correntina CD – Nº 04 Encontros do cerrado CD – Nº 05 Cantos de chuvas CD – Nº 06 Cantigas e canções em três gerações CD – N° 07 Os ternos chegaram CD – Nº 08 Cantigas da sombra e da claridade ARQUITETURA (Exemplos, estilos, técnicas função) registro fotográfico. Quais são as construções mais antigas e que são também pontos de referencias tradicionais?
Prédio do antigo Mercado Municipal – Funciona como Espaço Cultural. Prédio da antiga Prefeitura Municipal – Funciona como Biblioteca Municipal e INFOcentro. Prédio do Centro Educacional de Correntina – Colégio do Padre André – Funciona como Colégio – 1° Colégio de 1° e 2° graus. Igreja Matriz Nossa Senhora da Glória – 1ª Igreja. Casa Combate – Casa de eventos. CULINÁRIA Produtos, pratos típicos, receitas etc...
Produtos: Cascudo, Pequi, Murici, Buriti, Umbu e Pitomba. Pratos Típicos: Bolo de Arroz, Avuador, Broa, Pamonha, Pirão de Galinha Caipira. Doces Empalhados: Doce de Leite, Doce de Banana, Doce de Laranja. Doce: Rapadura. Cachaça: Bananinha, Brejeira, Umbuzinha, Malvinha. OUTROS (Quais sãos as Feiras mais importantes do município? Quais os dias em que ocorrem?Quais são as lendas que se contam no município? Descreve-las, Quais são as ervas mais empregadas para remédios e chás? Fatos e figuras pitorescas)
Feira Livre – Centro de Abastecimento – aos Sábados. Feira ARTCOR – Arte de Correntina – Trimestral. CICLOS E ATIVIDADES
(cotidiano doméstico, culturas e criações, períodos de plantar e de colher, períodos de chuvas e cheias etc..... ) Culturas: feijão, arroz, milho, soja, algodão e hotifrutigranjeiro. Criações: bovinocultura, caprinovinocultura, suinocultura, avicultura e eqüinocultura. Período de Plantar: outubro a dezembro. Período de Colheita: fevereiro a maio. Período de Chuvas: outubro a março. Período de Cheia: dezembro a fevereiro. BIOMA Flora(Flores mais comuns, arvóres e frutas da região)
Fauna (animais do cerrado que ocorrem no município; pássaros, peixes etc...)
No terreno de brejos, gerais, capões e cerrados, Animais: Veado, Caititu, Onça, Jaú, Paiu, Traíra, espalham-se: Árvores: Murucis, Jaborandis, Palmeiras, Buritis, Pau Curimatá, Mandi, Lobo-Guará, Cascavel. d´Arco, Jacarandá, Aroeira, Ipês (roxo, amarelo), Jatobá, Mangaba, Peroba, Pau-Ferro, Baraúna, Vinhático, Angico, Cagaita, Pequi, etc... Frutas: Araça, Pucá, Tamarindo, Cascudo. overbrand
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GEOGRAFIA Pontos de referência geográfico e natural, locais com vistas e mirantes naturais, locais de destaque pela beleza etc... (rios, vales, montanhas etc..)
Arquipélogo das 7 ilhas – (Balneário) Sede Ilha do Ranchão – (Balneário) Sede Cachoeira do Praiado – (Balneário) Sede Cachoeira da Zumba – (Balneário) Sede Coordenadas geográficas: UTM Serra Geral Latitude 365434,937 Longitude 8477342,234 Latitude 365516,224 Longitude 8501185,269 Encontro do Rio do Meio com o Rio Guará Latitude 531256,000 Longitude 8554238,000 Encontro do Rio Santo Antônio com o Rio do Meio Latitude 548079,571 Longitude 8526198,956 Encontro do Rio Correntina com o Rio do Meio Latitude 548079,571 Longitude 8526198,956 Encontro do Rio Arrojado com o Rio do Meio Latitude 572858,937 Longitude 8519026,000 Cabeceira do Guará Latitude 411108,844 Longitude 8534392,258 Cabeceira do Rio do Meio Latitude 391309,858 Longitude 8513029,252 Cabeceira do Rio Correntina Latitude 382293,875 Longitude 8487089,000 Cabeceira do Rio santo Antônio Latitude 468802,719 Longitude 85194310,000 Cabeceira do Rio Arrojado Latitude 372548,516 Longitude 8454416,234 Cabeceira do rio Correntina ao fundo do posto cachoeira Latitude 462118,856 Longitude 8505454,588 Cachoeira Zumba Rio Correntina Latitude 536808,480 Longitude 8525367,837 Vereda do Alegre Latitude 526055,691 Longitude 8519598,764 overbrand
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São Manoel Latitude 554535,124 Longitude 8514796,224 EQUIPAMENTOS E AGENDA DE EVENTOS CULTURAIS Teatros, museus, bibliotecas, centro de cultura etc... Existe uma agenda oficial com eventos culturais no município?Sim ( ) Não ( ) .Se houver anexar.
Museu de História Natural (Prefeitura Municipal de Correntina e Universidade Católica de Goiás) Museu Histórico – Cultural (Particular) Biblioteca Municipal Castro Alves Antigo Mercado Municipal – Espaço utilizado para projeção de filmes, feiras culturais e festas. Agenda de Eventos:
Folia de Reis, 06 de janeiro – Sede. Baile do Havaí, data móvel – Sede. Carnaval, Folia das Águas – data oficial – Sede. Aniversário da Cidade, 30 de março – Sede. Quaresma, Apresentação das Encomendadeiras das Almas – Sede e Interior. Paixão de Cristo – Sede. Festa de Santa Cruz, 02 de maio – Distrito de São Manoel. Festa do Divino Espírito Santo – data móvel – Sede. Festa de Nossa Senhora do Rosário – data móvel – Sede. Cavalhada – data móvel – Sede. Vaquejada – data móvel – Sede. Festa da Colheita – data móvel – Sede. Festa Junina a partir de 13 de junho – Sede. Festa da Padroeira Nossa Senhora da Glória, 15 de agosto – Sede. Festas Folclóricas – data móvel – Sede. Comemoração Cívica da Pátria a partir de 1° de setembro - Praia, S. Manoel, Caruaru, Aparecida do Oeste, Vila Rosário até o dia 07 de setembro na Sede. Semana do Excepcional – data móvel – Sede. Festa do Idoso, 1º de outubro – Sede. Festa da Criança, 12 de outubro – Sede. Festa de N. Senhora Aparecida, 12 de outubro – Aparecida do Oeste e Caruaru. Festejos Natalinos a partir de 20 de dezembro – Sede. Festa de Reveillon. LAZER Espaços e eventos para lazer da população local
Ilha do Ranchão (Balneário) – Festa do Havaí – Dentre outras. Arquipélogo das 7 ilhas – (Balneário). Cachoeira do Praiado (Balneário). Cachoeira da Zumba (Balneário). Pesque-Pague Recanto do Bispo. Estádio Vadozão. Parque da Vaquejada de Correntina. Praça Bazu – Encerramento da Folia de Reis. Praça Raimundo Sales – folia das Águas (Carnaval).
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Projeto de Regionalização do Turismo nos Caminhos do Oeste
DADOS GERAIS
Município: IBOTIRAMA - BAHIA Contato (Nome, e-mail e tel)
Antônio Élio de Carvalho - eliocar@pop.com.br Tel: (77) 3698-3275 / 8809-2809 Iolanda Delgado Teixeira Costa - iolandadtc@hotmail.com Principais vias de acesso:
BR 242 no sentido oeste, liga Barreiras, Luis Eduardo Magalhães, Brasília, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Piauí, etc; no sentido leste/norte, com Feira de Santana, Salvador, Juazeiro, Pernambuco e outros estados do nordeste. Através da BA 160, em direção ao sul/sudeste com Bom Jesus da Lapa, Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus, norte de Minas Gerais e demais estados do sudeste. Possui um aeroporto, carecendo de linhas aéreas comerciais. Transporte fluvial através do Rio São Francisco, ligando Ibotirama a Pirapora no estado de Minas Gerais e a Juazeiro, divisa com o estado de Pernambuco. Breve histórico do Município: Pouco há registrado sobre os primeiros povos habitantes da região. Segundo Moacir Araújo(1983) o que se encontra nas fontes históricas, é que os primeiros povoadores foram os índios Tupi-guaranis, que deixaram na Vila da Piragiba Rochas, locais identificados por pinturas, desenhos e escritos na Língua Tupi-guarani. Os primeiros povoadores surgiram em princípio do século XVII. Já em 1732 surge a primeira fazenda que recebe o nome de Bom Jardim, devido a grande quantidades e variedades de flores existentes nessa propriedade. Esta fazenda pertencia a Dona Joana Guedes de Brito, filha de Antônio Guedes de Brito, o primeiro Conde da Ponte que por volta de 27 de agosto de 1663, recebeu por doação do Rei de Portugal, D. João VI, uma sesmaria, assim compreendida, desde o Morro do Chapéu, até a nascente do Rio das Velhas. Consta nos Anais do arquivo público da Bahia - Volume VI e VII. Em de novembro de 1831 a fazenda Bom Jardim foi vendida ao Tenente-Coronel Ladislau Francisco Nunes de Brito. Em 13 de julho de 1934 o senhor Ladislau Francisco Nunes de Brito fez doação a Nossa Senhora da Guia de uma área de 400 braças de terra compreendida entre suas fazendas Boqueirão e Morrinhos, local onde já havia o Arraial de Bom Jardim, pertencente à Freguesia de Santo Antonio do Urubu, hoje Paratinga. O Arraial de Bom Jardim nessa época já era o "ponto" preferido por boiadeiros e tropeiros para a travessia do Rio São Francisco, os tropeiros vindos da região das Lavras Diamantinas traziam carregamento de café destinado ao Estado de Goiás; os boiadeiros passavam com suas boiadas vindas não só do Estado de Minas Gerais como também das fazendas situadas na margem esquerda do rio São Francisco. Com o trânsito de tropeiros e boiadeiros, além de pequenas embarcações que subiam e desciam o rio foi surgindo um pequeno comércio de mercadorias (café, peixe, sal, pedras preciosas, etc.) atraindo pessoas de outras localidades, aumentando pouco a pouco o número de moradias. O Arraial de Bom Jardim foi elevado à categoria de Vila e em 30 de novembro de 1931 passou a chamar-se Jardinópolis e em 31 de dezembro de 1943 e a partir de 1º de junho de 1944 passou a chamar-se Ibotirama nome originário do Tupi-Guarani (Iboti = flores e Rama= muitas terras de...) Em 14 de agosto de 1958 o município de Ibotirama, foi desmembrado do município de Paratinga e emancipado politicamente. ATIVIDADES ARTESANAIS Tipologia Cerâmica Entalhe
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Ocorrência (sim/não)
Nome do Artesão/Localidade
Cerâmica feita à mão Cerâmica de torno
SIM NÂO
Joselito M. da Silva – Povoado Jonas Romeiro
Entalhe em madeira Entalhe em pedra Moveis artesanais
SIM NÃO NÃO
Milton N. Marques (Caju) - B. São Francisco Edvon Nascimento – B. São Francisco
Butiti
NÃO
Técnica/habilidades
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Trançados De Fibras Naturais
Bordados, Rendas e aproveitamento de tecidos
Carnaúba Licuri Babaçú Ariri Taboa Outros, nomear: Milho, Bananeira
Renda de Bilro Renda Inglesa Outras rendas Redendê/ Hardange Crivo/ bainha aberta Labitinto Richiliê Bordado Rococo Ponto Cruz Ponto Cheio Ponto atrás Crochê Outros pontos em bordado, nomear: Fuxico Retalhos Bonecas Confecção (Costura a maquina)
NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
Associação das Mulheres Amiga da Ilha Grande Cleide Santana – B.V. do Lagamar
Grupo de Convivência 3° idade – Centro Murialdo
NÃO NÃO NÃO SIM
Dalila dos S. Souza – Associação D. Thiago Cloin Aparecida Mineiro – Rua 1° de janeiro Centro
Metal
Fladre Reciclagem de embalagem metálica Alumínio fundido Forja
NÃO NÃO SIM NÃO
Serralheria Cosme e Damião 3698- 2178
NÃO NÃO NÃO NÃO SIM
Tarciana carvalho – Alto do Fundão
Adornos
Mineral Organico(sementes) Miçangas Outros, nomear: Indígena
Pintura
Papel
Pintura em tecido Letrista Outro, nomear:____________________
Papel artesanal Dobraduras Outros: Flores Arranjos de frutas em sabão de coco
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NÃO SIM
Nifercom – 3698- 1302
Rosiana Marques - B. São Francisco Povoado Aldeia Tuxá Zildene coelho – Centro Nadir Figueredo – Centro Mércia de Jesus – B. São Francisco Solange Souza – Centro Elta Mineiro – Espaço cultural Milton N. Marques – B. S. Francisco
NÃO NÃO SIM
Associação Alto do fundão
SIM
Grupo Convivência 3° Idade 121
Projeto de Regionalização do Turismo nos Caminhos do Oeste
Outros (nomear)
Vela gel Caixas de presentes
SIM SIM
Regina Pereira - Centro
MORADORES MAIS ANTIGOS Nome, idade, endereço e depoimento (se possível)
Antonia Abreu - 103 anos / End: Povoado do Cantinho; Irineu Andrade - 88 anos / End: Sítio B. Sorte; Angélica - 87 anos / End: Rua 1º de Janeiro; Marina Vivencia ( D.Nazinha) - 84 anos / End: Rua Pedro Carneiro; Edésia Alves - 83 anos / End: Rua 1º de Janeiro, 18. FESTAS POPULARES Religiosas, populares, festas de padroeiro, jogos de vaquejadas etc.. Nome Data/Localidade
São Sebastião - 20/01 - zona urbana; São João - 24/06 - zona urbana e zona rural; São Pedro - 29/06 - zona urbana; Nossa Senhora da Guia - 02/07 - zona urbana; Nossa Senhora Aparecida - 12/10 - Bairro Ibotiraminha, Povoado Boqueirão; Ibotifolia- Em agosto nos festejos da semana da cidade. FOLGUEDOS Danças,quais são os ritmos e como são suas vestimentas? Quando se apresentam? Quem são os responsáveis? Aonde ocorre?
Dança do Toré - Roupas e acessórios característicos da cultura Indígena - Nos eventos indígenas e quando solicitado - Manoel Dias - Aldeia Tuxá. Roda de São Gonçalo - Roupas e acessórios simples, instrumentos musicais a exemplo de sanfonas, zabumba, triângulo, etc - novembro a janeiro - Presidentes das associações - nas comunidades rurais. Santos Reis - Roupas e acessórios simples com uso de instrumentos musicais variados - dezembro a janeiro Espaço Cultural - zonas rural e urbana. CANTIGAS, ABOIOS E VERSOS (Origem, função, e transcrição, escrever a letra de alguns exemplos)
Originou-se dos antepassados - avós, com a função de manter a tradição e resgatar as brincadeiras de infâncias dos pais, para passar para os filhos, onde brincando usam da criatividade e diversidade de versos. Eu vi uma bela pastora, lô, lá, lô, lá, lô, lita, eu vi uma bela pastora, no lado do São Francisco; Ou pega-pega vou pegar rapaz, eu já sou moça não namoro mais; A rosa vermelha é meu bem querer, a rosa vermelha e branca vou amá-la até morrer. ARQUITETURA (Exemplos, estilos, técnicas função) registro fotográfico. Quais são as construções mais antigas e que são também pontos de referencias tradicionais?
Estas construções são de estilo colonial, onde existem detalhes singelos que se transformam em grande beleza pela simplicidade, delicadeza e traços bem definidos. Normalmente, estas construções são grandes casarões que abrigavam várias famílias e amigos oriundos da zona rural. Casa do Sr. Eládio Pinto - construída em 1920, hoje funciona o Espaço Cultural, localizada à rua Pedro Carneiro; Casarão de Martinho Pinto - construída em 1933, também localizada à rua Pedro Carneiro. Guardião de lembranças e histórias desta família tradicional do Município. Casa da família Novais - Construída em 1930, localizada à rua Floriano Peixoto. Ainda é habitada por esta família. CULINÁRIA Produtos, pratos típicos, receitas etc...
Sarapatel (víceras de ovinocaprinos e suínos, coração, etc, cozido com temperos diversos, acompanhado de farinha de mandioca e pimenta malagueta). Moqueca de Surubim (peixe surubim do rio São Francisco, abóbora jerimum, cozido em temperos diversos overbrand
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como azeite de dendê, acompanhado de pirão do próprio caldo do peixe, salada e arroz). Mocotó (patas de bovinos cozido em temperos diversos, acompanhado de arroz e pirão). Mandi frito (peixe de pequeno porte, frito com temperos diversos, próprio para tira-gostos). Arroz com pequi (arroz cozido com temperos diversos, com predominância do fruto do pequizeiro, servindo de acompanhamento a diversos pratos principais como carnes, peixes, aves, etc). Língua (língua de bovino, cozida com temperos diversos, acompanhada de arroz com pequi, salada e pimenta malagueta). OUTROS (Quais sãos as Feiras mais importantes do município? Quais os dias em que ocorrem?Quais são as lendas que se contam no município? Descreve-las, Quais são as ervas mais empregadas para remédios e chás? Fatos e figuras pitorescas)
Mercado Municipal - Praça do Mercado - 2ª a 6ª feira: 04:00 h às 19:00 h. Feira Livre - Praça do Mercado - aos sábados, das 04:00 h às 19:00 h. Quanto as lendas temos a do "Vapor Encantado" que ouvia seu apito, ou mesmo quando alguém avistava uma luz à noite no rio, uma verdadeira multidão corria para o cais aguardando com ansiedade a ancoragem do vapor. Era uma verdadeira festa, depois de muito aguardar a luz começava desaparecer e o "VAPOR" nunca chegava. Temos também a lenda do "Nego d'Água" onde alguns moradores diziam que na ponta do Rio aparecia um negro em noites de lua cheia. Ervas: capim-santo, erva cidreira, poejo, hortelã, miúdo, alecrim, arruda, vick, anador, boldo, hortelã grosso, manjericão, mastruz. Como figuras pitorescas fala-se muito em Nego de Ló que com seu conhecimento popular e medicinal curava muitos problemas de enfermidades com ervas, chás, orações e sua crença mística. CICLOS E ATIVIDADES (cotidiano doméstico, culturas e criações, períodos de plantar e de colher, períodos de chuvas e cheias etc. )
A atividade agrícola no município (à exceção da apicultura) é predominantemente de subsistência.Nos meses de novembro a janeiro, planta-se o feijão vigna (de corda), milho, mandioca e gramíneas para bovinos e ovinos. O feijão é colhido a partir dos sessenta dias de semeado, o milho a partir dos cem dias de plantado e a mandioca com dezoito meses após o plantio. Cria-se semi-extensivamente bovinos, caprinos ovinos, mas uma atividade que está se sobressaindo no município é a apicultura, pela qualidade dos produtos da colméia, principalmente o mel e pela organização dos apicultores. Temos dois ciclos de produção. Também se cultiva feijão, milho e mandioca nas vazantes do rio São Francisco a partir do mês de março. BIOMA Flora (Flores mais comuns, árvores e frutas da região)
Flores: silvestres Árvores: angico, ipê, baraúna, umburana, carnaúba, etc. Frutas: manga, goiaba, umbu, pinha, caju, seriguela, banana, mamão, etc.
Fauna (animais do cerrado que ocorrem no município; pássaros, peixes etc...)
Animais: tatu, capivara, macaco, veado, onça, sussuarana, etc. Pássaro: alma de gato, pássaro preto, pardal, periquito, pomba etc. Peixe: surubim, curimatá, dourado, piau, piranha, pocomon, curvina, caboje, mandi, traíra. Etc
GEOGRAFIA Pontos de referência geográfico e natural, locais com vistas e mirantes naturais, locais de destaque pela beleza etc... (rios, vales, montanhas etc..)
Cais à margem do Rio São Francisco, Reserva Particular do Patrimônio Natural da Fazenda Pé de Serra - RPPN; Poço do Peixe, Poço do Pinga, Barragem da Itapeba, croas no leito do Rio São Francisco, expedição de canoagem até B. Jesus da Lapa ida e volta e trilhas para motos. EQUIPAMENTOS E AGENDA DE EVENTOS CULTURAIS Teatros, museus, bibliotecas, centro de cultura etc... Existe uma agenda oficial com eventos culturais no município?Sim ( ) Não ( X ) .Se houver anexar. overbrand
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Teatro Afã; Biblioteca Municipal Joselito Olímpio de Souza; Biblioteca Estadual Colégio Modelo, ACARI (Associação de Cultura e Arte de Ibotirama), Casa de Cultura Eládio Pinto. Junho - São João antecipado Julho - Festival local (música e poesia) Agosto - Festival Nacional (XXX música e XX poesia); Semana de Cultura e Esportes e Ibotifolia. LAZER Espaços e eventos para lazer da população local
Quadras Poliesportivas localizadas na Praça de Eventos, nos bairros São Francisco e Alto do Fundão para a prática de esportes pela população a exemplo de futebol de salão, volley, basquete. Estádio Municipal Quinteirão: Estádio com toda a estrutura de funcionamento para a prática de futebol, onde acontecem campeonatos e torneios; Clube da AABB: Quadra esportiva, campo para a prática de futebol soçaite e piscina. Clube da ACRI: Campo para a prática de futebol soçaite e Piscina. Eventos: Torneio entre empresas, Campeonato Municipal de futebol; Torneio Futsal Semana da Cidade; JEIBJogos Estudantis de Ibotirama; Torneio entre Escolinhas, de Futebol; Copa do Mel; Atividades esportivas diversas; Semana da Cidade; Canoagem, etc.
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DADOS GERAIS
Município: RIACHÂO DAS NEVES - BAHIA Contato (Nome, e-mail e tel)
Sid James Lopes sidjames@ig.com.br
Tel: (77) 3624 - 2313
Principais vias de acesso:
BR 020 que liga Brasília a Piauí, e Pela BR 135. Breve histórico do Município:
O Município de Riachão das Neves está localizado na região oeste da Bahia, tendo uma população estimada de 27.000 mil habitantes, um município que se destaca na grande produção de grãos no estado da Bahia tais como: Soja, Milho, Algodão e Café. ATIVIDADES ARTESANAIS Tipologia Cerâmica Entalhe
Trançados De Fibras Naturais
Bordados, Rendas e aproveitamento de tecidos
Técnica/habilidades Cerâmica feita à mão Cerâmica de torno
NÂO NÂO
Entalhe em madeira Entalhe em pedra Moveis artesanais
NÂO NÃO NÃO
Butiti Carnauba Licuri Babaçú Ariri Taboa Outros, nomear: Milho, Bananeira
NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
Renda de Bilro Renda Inglesa Outras rendas Redendê/ Hardange Crivo/ bainha aberta Labitinto Richiliê Bordado Rococo Ponto Cruz Ponto Cheio Ponto atrás Crochê Outros pontos em bordad, nomear:
NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM
Fuxico Retalhos Bonecas Confecção (Costura a maquina)
Metal
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Ocorrência (sim/não)
Fladre Reciclagem de embalagem metalica Aluminio fundido Forja
Nome do Artesão/Localidade
Na sede do Município
NÃO NÃO NÂO NÃO 125
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Adornos
Pintura
Papel
Mineral Orgânico (sementes) Miçangas Outros, nomear: Pintura em tecido Letrista Outro, nomear:____________________ Papel artesanal Dobraduras Outros:
NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÂO NÃO NÃO
Outros (nomear) MORADORES MAIS ANTIGOS Nome, idade, endereço e depoimento (se possível)
Hoje em Riachão das Neves, o morador mais antigo é o Sr. Apamenondas Crisostomo, com idade de 94 anos, conhecido carinhosamente como tio Louro, não conseguimos obter um depoimento de seu louro. FESTAS POPULARES Religiosas, populares, festas de padroeiro, jogos de vaquejadas etc.. Nome Data/Localidade
Romaria de Alfavaca "Festa Religiosa" comemorada nos dias 01, 02 e 03 de maio, no Povoado de Alfavaca. Festa da Padroeira do Município "Festa de Santana" comemorada nos dias 24, 25 e 26 de julho na Sede do Município. Festa de São Lourenço "Festa Religiosa" comemorada nos dias 08, 09 e 01 de agosto no Distrito de Cariparé. FOLGUEDOS Danças, quais são os ritmos e como são suas vestimentas? Quando se apresentam? Quem são os responsáveis? Aonde ocorre?
Dança Tradicional na Região são só as Quadrilhas de São João, apresentadas em junho no período de 23 a 26 de julho, os responsáveis são grupos que existem no município, e ocorre na praça ACM, na sede do Município. CANTIGAS, ABOIOS E VERSOS (Origem, função, e transcrição, escrever a letra de alguns exemplos)
ARQUITETURA (Exemplos, estilos, técnicas função) registro fotográfico. Quais são as construções mais antigas e que são também pontos de referencias tradicionais?
A construção mais antiga do Município é o Prédio da Prefeitura Municipal, construída em 1967, e é uma bela construção. CULINÁRIA Produtos, pratos típicos, receitas etc...
O prato típico do Município é a famosa Galinha Caipira. OUTROS (Quais sãos as Feiras mais importantes do município? Quais os dias em que ocorrem?Quais são as lendas que se contam no município? Descreve-las, Quais são as ervas mais empregadas para remédios e chás? Fatos e figuras pitorescas)
Ervas para Remédios: Erva cidreiras, Capim-Santo. CICLOS E ATIVIDADES (cotidiano doméstico, culturas e criações, períodos de plantar e de colher, períodos de chuvas e cheias etc. )
Culturas: Soja, Milho, Café, Algodão. BIOMA Flora (Flores mais comuns, árvores e frutas da região)
Frutas: Piqui, Caju, Manga. Árvores: Angico.
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Fauna (animais do cerrado que ocorrem no municipio; passaros, peixes etc...)
Peixes: Surubim, Curimatá. Animais: Onça Preta, Tatu, Veado. Pássaros: Arara, Sofreu, Passo-Preto. 126
Projeto de Regionalização do Turismo nos Caminhos do Oeste
GEOGRAFIA Pontos de referência geográfico e natural, locais com vistas e mirantes naturais, locais de destaque pela beleza etc... (rios, vales, montanhas etc..)
Rio Grande Rio Bom Jesus Rio Branco Rio Sarapó Parque Municipal Sarapó Serra do Sarapó (Onde existem pinturas Rupestres) EQUIPAMENTOS E AGENDA DE EVENTOS CULTURAIS Teatros, museus, bibliotecas, centro de cultura etc... Existe uma agenda oficial com eventos culturais no município?Sim ( ) Não ( X ) .Se houver anexar.
Biblioteca Municipal Maria Eugênia LAZER Espaços e eventos para lazer da população local
Estádio Municipal Duduzão e Ginásio de Esportes Espaço da Cidadania.
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DADOS GERAIS
Município: SANTANA-BAHIA Contato (Nome, e-mail e tel)
Secretaria Municipal de Cultura culturasantanense@hotmail.com - Tel: (77) 3484-2045 – Pça. Ruy Barbosa, S/Nº. Principais vias de acesso:
BA 172 Breve histórico do Município:
O município de Santana-BA, situa-se no vale do Rio São Francisco, na Bacia do Rio Corrente, no oeste baiano, a 820 Km da capital e a 600 Km de Brasília. Com base no último censo, possui 23.867 habitantes e uma área de 2.006.9 Km2 composta de terras férteis, propícias a agricultura e a pecuária, tais como: cana-de-açúcar, mamona, mandioca, feijão e hortaliças. Na área do cerrado destacam-se as plantas nativas: cascudo, pequi, caju, buriti, etc. A principal fonte de renda do município está na bovinocultura e caprinocultura. O rio corrente, com 54 Km dentro do município margeia um dos seus distritos, o de Porto Novo, onde atracavam vapores e barcas importantes para o escoamento da produção nos séculos XIX e XX. O município também é banhado pelos riachos de Santana, Ema e Redondo, além das Lagoas da Pedra, Baraúna, Mandin, Lagoa Grande e Lagoa da Porta. No Distrito de Porto Novo encontra-se a Gruta da Pedra Escrevida, habitada em 1675 pelos Índios Pimenteiras. Foi Santana emancipada em 16 de dezembro de 1890. Teve como primeiro prefeito o Coronel Francisco Joaquim Flores e atualmente o município é governado pelo prefeito Marco Aurélio dos Santos Cardoso (Marcão). ATIVIDADES ARTESANAIS Tipologia
Cerâmica
Entalhe
Trançados De Fibras Naturais
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Técnica/habilidades
Ocorrência (sim/não)
Nome do Artesão/Localidade
Cerâmica feita a mão Cerâmica de torno
SIM SIM
Tereza Cavalcante (Tabuleirinho) Vilmar Laranjeira (Sede)
Entalhe em madeira Entalhe em pedra Moveis artesanais
SIM SIM SIM
Vilmar Laranjeira (Sede) Tuka (Sede) Zé Leitoa, Joaquim Purificação -Sede
SIM SIM
Bio, Maria de Ticão e outros (Sede) Moreira e Galego da Séla
Buriti Carnauba Licuri Babaçú Ariri Taboa Outros, nomear:____Sola______________
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Projeto de Regionalização do Turismo nos Caminhos do Oeste
Bordados, Rendas e aproveitamento de tecidos
Renda de Bilro Renda Inglesa Outras rendas Redendê/ Hardange Crivo/ bainha aberta Labitinto Richiliê Bordado Rococó Ponto Cruz Ponto Cheio Ponto atrás Crochê Outros pontos em bordado, nomear: Fuxico Retalhos Bonecas Confecção (Costura a máquina)
Metal
Adornos
Pintura
Papel Outros (nomear)
SIM
Tânia Lopes e Elisa Tonhá (Sede)
SIM
Melinha de Zé Ferreira (Sede)
SIM
Sara Melo, Gerusa Flores (Sede)
SIM SIM
Maria Estela Cardoso (Sede) Mª Socorro Viana, Silvia Flores (Sede)
SIM SIM
Margareth Azevedo Maria do Barro
SIM
Salvador (sede) Dole
SIM Flandre Reciclagem de embalagem metálica Alumínio fundido Forja Mineral Orgânico (sementes) SIM Miçangas SIM Outros, nomear:___________________ SIM Pintura em tecido Letrista SIM Outro, nomear: Pintura em SIM azulejo___________________ SIM Papel artesanal Dobraduras Outros Macramê. SIM
Rodrigues,Valdinei
e
outras
Estela Rosa (Sede) Rita Wanderley e outras (Sede) Elza Ledo e Eliete Filardi (Sede) Cau, Sisi e Luciano (Sede) Marli Flores (Sede) Danilo de Sá (Sede) Júlia
MORADORES MAIS ANTIGOS Nome, idade, endereço e depoimento (se possível)
Adenor Oliveira - 102 anos / End: Praça da Bandeira s/nº . Joaquim Martins de Oliveira – 98 anos / End: Fazenda Cocos – Mini Biblioteca Ambulante. Artur – 101 anos / End: Rua Vital Fagundes s/nº. Benedito de Amorim Brandão – 95 anos / End: Rua Padre Aurélio 613 – Poesias. Ana Rosa do Nascimento – 94 anos / End: Rua 26 de Julho s/nº. Jesuino - End: Rua Estefania Leão s/nº - Cordelista. Rosa Oliveira Bomfim – 97 anos / End: Rua 13 de Maio.
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FESTAS POPULARES Religiosas, populares, festas de padroeiro, jogos de vaquejadas etc.. Nome Data/Localidade
Festa da Padroeira Senhora Sant'Ana – 26 de Julho – Praça da Igreja Senhora Sant'Ana. Festa de São Sebastião – 20 de janeiro – Localidades: Distritos de Cachoeira e Porto Novo e Tabuleirinho. Festa do Divino Espírito Santo – Data móvel – Localidade Rural de Baraúna. Festa de Nossa Senhora do Parto – 15 de agosto – Localidade Rural de Cedro. Festa de Santo Antônio – 13 de Junho – Sede e Fazenda Areião. Festa de Cavalgada – 16 de dezembro – Sede. Festa da Zuada – primeiro de janeiro – Sede e Interior do Município. Festas Juninas. Micareta – Primeira Semana do mês de julho – Av. João Durval – Sede. FOLGUEDOS Danças, quais são os ritmos e como são suas vestimentas? Quando se apresentam? Quem são os responsáveis? Aonde ocorre?
Samba de Roda – Comunidade Rural de Ponto Certo. Roda de São Gonçalo – Vestimentas Típicas – Responsável: Maria Anunciada de Araújo – Distrito de Porto Novo ARQUITETURA (Exemplos, estilos, técnicas função) registro fotográfico. Quais são as construções mais antigas e que são também pontos de referências tradicionais?
Prédio da Secretaria de Cultura Atual Prédio da Câmara de Vereadores Sobrada do Sr. Ubaldo Nunes Residência do Sr. Dalvo Rêgo Residência da Sra. Maria Brandão Residência de herdeiros do Sr. Adolfo Brandão Residência de herdeiros do Sr. Joaquim Cardoso Filho Residência da Sra. Rosa Magalhães Casa dos herdeiros do intendente Atílio Cardoso Casa do Sr. José Leão Igreja de Senhora Sant'Ana Obs: Todas entre as Praças Tiradentes e Ruy Barbosa. Construídas em arquitetura colonial, erguidas entre 1876 a 1900, tidas como ponto de referência de início da cidade. CULINÁRIA Produtos, pratos típicos, receitas etc...
Buchada, Mocotó, Pirão de galinha, Bolo de arroz, Bolo de puba, Bolo de milho, Pamonha, Canjica, Farofa de feijão verde, Beiju, Cuscuz. OUTROS (Quais sãos as Feiras mais importantes do município? Quais os dias em que ocorrem? Quais são as lendas que se contam no município? Descrevê-las, Quais são as ervas mais empregadas para remédios e chás? Fatos e figuras pitorescas)
Feira Livre – dias de Sábado. Ervas e Chás: Erva Cidreira, Capim Santo, Sabugueiro, Umburana de cheiro, Jatobá, Baba Timão, Alecrim, Arruda, Puejo, Agrião, Alfavaca, Manjericão, Hortelã-grosso, Hortelã-miúdo, Milona, etc. CICLOS E ATIVIDADES (cotidiano doméstico, culturas e criações, períodos de plantar e de colher, períodos de chuvas e cheias etc..... )
Culturas: Milho, Feijão, Arroz, Cana-de-Açúcar, Mandioca – ambos plantados no período chuvoso e colhidos no período seco. Período de Chuva: Oscilante entre outubro e maio.
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BIOMA Flora (Flores mais comuns, árvores e frutas da região)
Fauna (animais do cerrado que ocorrem no município; pássaros, peixes
Àrvores: Ipê, Aroeira, Baraúna, Pau Ferro, Barriguda, etc...) Cédro, Pequizeiro, Cascudo, Timbó, Itapicurú, Animais: Tatú, Onça, Veado, Raposa, Mocó, Gachilepe, Gameleira, Cajazeira, Umburana, Cajueiro, Pitomba, Macaco Prego, Mico, Anta, Preá, Cutia, Jacú, Codorna, Cagaita. Perdiz, Juriti, Pomba Verdadeira, Sariema, Lambú, Garça, Flores mais comuns: Gravatá, Mandacarú, Caruá, São Frango d'água, Gavião, Carcará, Urubú, Zabelê. João, Ipê Roxo, Alecrim, Margarida Nativa, Cravo Nativo, Espirradeira, etc. Peixes: Traíra, Curimatá, Bagre, Surubim, Piranha, Frutas: Manga, Goiaba, Cajú, Pitomba, Cascudo, Pinha, Tilápia, Cari, Mandin, etc. Laranja, Banana, Buriti, Jatobá. GEOGRAFIA Pontos de referência geográfico e natural, locais com vistas e mirantes naturais, locais de destaque pela beleza etc... (rios, vales, montanhas etc..)
Rio Corrente, Nascente do Riacho Santana, Gruta do Padre, Reserva Florestal Laurentina Rosa (Fazenda Côcos). Mirante: Morro do Saco – Localidade rural de Torrada e Alto de Santa Rita – Sede do Município. EQUIPAMENTOS E AGENDA DE EVENTOS CULTURAIS Teatros, museus, bibliotecas, centro de cultura etc... Existe uma agenda oficial com eventos culturais no município?Sim ( x ) Não ( ) .Se houver anexar.
Casa da Cultura – Biblioteca Municipal Alice Filardi - Biblioteca EDS. LAZER Espaços e eventos para lazer da população local
7 Quadras Poliesportivas – Clube AABB – Clube Sociedade Operária de Santana.
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DADOS GERAIS
Município: SANTA MARIA DA VITÓRIA - BAHIA Contato (Nome, e-mail e tel)
Roberto Alves Nunes – Secretário de Agric., robertoalvesnunes@yahoo.com.br Tel: (77) 8809-3031
Desenv.
Econ.,
Turismo
e
Meio
Ambiente
Principais vias de acesso:
Partindo de Salvador pela BR-324 vai até Feira de Santana, segue pela BR-116 até o Paraguaçu. Entra pela BR-242 passando por Itaberaba e Seabra. Ao passar por Ibotirama, 50 km após tem o Povoado de Javí. Entrar aí à esquerda na BA 172 e seguir por 170 km. A Oeste tem o acesso vindo de Brasília pela BA-349 e BR-(020). Breve histórico do Município:
A sede do atual município de Santa Maria da Vitória teve origem nos meados do século XIX, num arraial formado na margem esquerda do rio Corrente, em território então pertencente ao município do Rio das Éguas, por pessoas que para ali ocorreram com o fito da exploração do ouro nas proximidades, dedicando-se depois à agricultura. Em 1840, viam-se apenas poucas casas, circundadas de frondosas gameleiras, em cuja sombra se abrigavam os que vinham fazer transações comerciais. Era naquela época, o porto freqüentado constantemente por enjolos (canoas ligadas por travessas de madeiras), que se entregavam ao comércio, especialmente de rapaduras produzidas no Brejo do Espírito Santo, que em l887 era Distrito de paz e do qual muito dependia o arraial em formação. Em l850, um artífice, vindo da cidade da Barra do Rio Grande, construiu a primeira embarcação para transporte de mercadorias e animais. Foram construídas logo após outras embarcações e o arraial começou a crescer com a chegada de grande número de pessoas para as atividades agrícolas. A capela construída por seus fundadores foi dedicada a Nossa Senhora das Vitórias, ficando filiada à freguesia de Nossa Senhora da Glória do Rio das Éguas. O arraial cresceu de importância e transformou em porto de grande movimento comercial.
Em 1880, já um grande aglomerado humano para a época, foi o arraial do Porto de Santa Maria da Vitória, elevado a categoria de Vila e criado o município de Santa Maria da Vitória, pela Lei provincial número 1.960 de 08 de junho que elevou a categoria de freguesia à capela existente, transferindo para aí a sede da Vila e da freguesia do Rio das Éguas. Com isto surgiu uma rivalidade entre as populações dos dois núcleos (Santa Maria da Vitória e Rio das Éguas), o que entravou por muito tempo o progresso de ambos os promissores centros, em vista das mudanças de sedes de uma para outra localidade, conforme situação política dominante. Só com o advento da República, cessou a rivalidade com a elevação de ambas localidades a sede de Vilas. Foi o município de Santa Maria da Vitória extinto pela resolução provincial número 2.558 de 14 de maio de 1886, que restaurou o município de Rio das Éguas. Pela resolução provincial número 2.579 de 04 de maio de 1888, foi restaurado, sendo extinto o do Rio das Éguas. Pela Lei Estadual número 737 de 26 de junho de 1909, que alterou o nome do município para Santa Maria, foi a Vila elevada à categoria de cidade. Pelo Decreto Estadual número 8.060, de maio de 1932, a subprefeitura do Rio Alegre, então pertencente ao município de Carinhanha, foi extinto, passando o seu território a pertencer ao município de Santa Maria. O Decreto Estadual número 8.292 de 03 de fevereiro de 1933, criou os Distritos de Inhaúmas e São Pedro do Açude. Este último foi extinto pelo Decreto Estadual número 8.483 de 13 de junho de 1933. Na divisão territorial de 1933, o município aparece formado pelos Distritos de Santa Maria (sede), Rio Alegre, Inhaúmas e São Pedro do Açude. Essa composição distrital é mantida nas divisões territoriais de 1936, 1937 e 1938, com alterações apenas nas designações dos Distritos de Rio Alegre e São Pedro do Açude, cujos nomes foram simplificados para Alegre e São Pedro. Pelo Decreto Estadual número 141 de 31 de dezembro de 1943, parte do Distrito de Inhaúmas foi anexado ao município de Correntina (ex Rio das Éguas) e o município teve o seu nome mudado para Santa Maria overbrand
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da Vitória. Por esse mesmo Decreto Lei, os Distritos de São Pedro e Alegre, tiveram os nomes mudados para, respectivamente, Açudina e Coribe. A composição distrital do município, de acordo com a Lei Estadual número 628 de 30 de dezembro de 1953, é a seguinte: Santa Maria da Vitória, Açudina, Coribe e Inhaúmas. Família Fundadora: Afonso de Oliveira.
População: A população segundo o Censo Demográfico de 2000, era de 41.261 habitantes, constatando-se que a maior parte da população se localiza na zona urbana, num total de 22.783 habitantes e na zona rural, 18.478 habitantes. . Aglomerações: O município possui os Povoados de Mocambo, Ponte Velha, Nova Franca, Brejo do Espírito Santo, Barreiro da Cana Brava e Cuscuzeiro, existem ainda no município, os aglomerados de Barra do São José, São Francisco, Taboleirinho, Currais, Água Quente e Piengo. Atividade Econômica: A atividade predominante no município é a agricultura com o cultivo de mandioca, cana-de-açúcar, feijão, arroz e milho. Notam-se outras culturas de significado valor econômico, como a manga e a banana. A pecuária também representa grande expressão econômica. Segundo o que se apurou existem no município significativos rebanhos de bovinos e suínos. Outros rebanhos de menor expressão econômica foram notados também, tais como: Caprinos, ovinos, eqüinos, asininos e muares. Meios de Transporte e Comunicação: O município de Santa Maria da Vitória, liga-se diretamente à capital Federal via rodovia 614 km; à capital do Estado, via rodovia 881 km; às cidades vizinhas de Correntina, por rodovia, 55km; São Desidério, via rodovia, 150km; Canápolis, via rodovia, 50km ; Santana, via rodovia, 53km; São Felix do Coribe, por rodovia, 1 km; Jaborandi, também por rodovia, 49km. O município é servido pelas Empresas de Transportes Novo Horizonte e Santo Antônio, Gontijo, São Geraldo, Transnorte e Emtram. Possui também um campo de pouso com uma extensão de 1500 X 50 metros, aproximadamente, cuja pista é revestida de asfalto, com capacidade de receber aviões de médio porte. Comércio e Bancos: O município faz transações comerciais com as praças de Belo Horizonte, Uberlândia, Montes Claros no Estado de Minas Gerais, Goiânia e Anápolis no Estado de Goiás, como também em Feira de Santana, neste Estado e no Estado de São Paulo. Na sede municipal existe uma agência do Banco do Brasil S/A, uma agência do Banco do Nordeste, uma agência do Bradesco e uma agência do Banco Cooperativo Bancoob. Aspectos Urbanos: Na cidade existem várias ruas, 6 praças, 1 largo e uma Avenida, sendo que os principais logradouros são pavimentados a paralelepípedo e asfalto. A cidade de Santa Maria da Vitória possui também iluminação pública, cuja rede elétrica se estende na maioria dos logradouros. Existem 3 Hotéis, 3 Dormitórios, Agência dos Correios e um Posto Telefônico. Assistência Médico-Sanitária: Existe no município um Hospital Municipal que atende a várias especialidades médicas e dois Postos de Saúde, também municipais, que presta serviços à população em programas de imunização, orientação, pequenos curativos, etc. Ainda na área de Saúde o município conta com os seguintes Estabelecimentos Particulares: 2 Hospitais, 2 Clínicas Médicas, 3 Laboratórios de Análise e 4 Clínicas Dentária. Ensino e educação: Funcionam no município, Escolas de Ensino Fundamental, 1° e 2° Graus, que formam seus alunos nos cursos de Magistério, Administração de Empresas, Técnico em Enfermagem , Técnico em Contabilidade e Científico. Culto Religioso: O Culto Católico está subordinado à Diocese de Bom Jesus da Lapa, conta com uma Igreja Matriz e 7 filiais, cujo culto predomina no município, entretanto os Templos Presbiteriano, Assembléia de Deus, Adventista do 7° Dia, Deus e Amor, Igreja Batista e Pentecostal, existente no overbrand
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município, e são freqüentadas por um número considerável de fiéis. Feriados Municipais 01 de janeiro – Dia dedicado às memórias dos ex-prefeitos José Teixeira de Oliveira e Francisco Alves da Silva; 26 de junho – Dia da emancipação política do município; 08 de setembro – Dia consagrado à padroeira do município; e, 20 de outubro – Dia dedicado à memória de Dr. José Borba. Outros Aspectos da Cidade: Para os nascidos no município, o gentílico é Santamariense. Vultos Históricos: Cel. Joaquim Afonso de Oliveira, Cel. Clemente de Araújo Castro, Elias Borba, Bruno Martins da Cruz, Dr. José Borba, Profª Rosa de Oliveira Magalhães, Profª Quelidônia Melo, João Augusto de Carvalho, Osório Alves de Castro, Francisco Biquiba Guarani, Adenor Mariano, José Leopoldo Lima e Pedro Coelho. Filhos Ilustres: Dr. Bruno Martins da Cruz Neto, Dr. João de Araújo Castro, Dr. Péricles Laranjeira, Dr. Joselino José de Moura, Professora Maria de Lima Athayde, Clodomir Morais, Dep. Adão Souza, Desembargador Sebastião Laranjeira, Bel. João Laranjeira, Jeová de Carvalho e o Escritor Osório Alves de Castro. ATIVIDADES ARTESANAIS Tipologia Cerâmica Entalhe
Trançados De Fibras Naturais
Bordados, Rendas e aproveitamento de tecidos
Técnica/habilidades Cerâmica feita à mão Cerâmica de torno
NÃO NÃO
Entalhe em madeira Entalhe em pedra Moveis artesanais
SIM NÃO NÃO
Butiti Carnauba Licuri Babaçú Ariri Taboa Outros, nomear:___________________ Renda de Bilro Renda Inglesa Outras rendas Redendê/ Hardange Crivo/ bainha aberta Labitinto Richiliê Bordado Rococo Ponto Cruz Ponto Cheio Ponto atrás Crochê Outros pontos em bordad, nomear: Fuxico Retalhos Bonecas Confecção (Costura a maquina)
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Ocorrência (sim/não)
Nome do Artesão/Localidade
(Carrancas) – Chico outros...Santamariense
Maleiro
e
NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
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NÃO NÃO NÃO NÃO Metal
Adornos
Pintura
Papel
Fladre Reciclagem de embalagem metalica Aluminio fundido Forja Mineral Orgânico (sementes) Miçangas Outros, nomear:___________________ Pintura em tecido Letrista Outro, nomear:____________________ Papel artesanal Dobraduras Outros
NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM
Vários
NÃO NÃO NÃO
Outros (nomear) MORADORES MAIS ANTIGOS Nome, idade, endereço e depoimento (se possível)
Aldegundes de Castro – 104 anos / End: Rua Antonio Barbosa – Centro. Domicio Gramacho – 90 anos (ex-prefeito) / End: Tv D. Pedro II. D. Maria Cândida Coimbra de Carvalho “D. Candinha” – Tia do Escritor Jeová de Carvalho e viúva do alfaiate Antônio Carvalho – 95 anos / End: R Mal Deodoro – Centro. D. Maria Astéria Lisboa – 98 anos / End: R. Cel Clemente Araújo – Centro. Sr. Bias – 90anos / End: R. Cel Clemente Araújo. Rosival Rocha – 79 anos / End: Pça. da Bíblia. Ademar Rodrigues da Silva “Sr. Vavá” – 78 anos / End: R. Jose Leopoldo Lima. D. Edna Soares – Viúva do maestro Antônio Soares – 91 anos / End: R. Mariano Borges – Centro. FESTAS POPULARES Religiosas, populares, festas de padroeiro, jogos de vaquejadas etc.. Nome Data/Localidade
Comemoramos o Carnaval na data tradicional deste evento. Comemoram-se também as Festas Juninas com apresentações populares tudo isso nomes de Junho. Ao final dos anos tradicionalmente temos as Festas de Levada, hoje promovida por um bloco da cidade chamado Te Acho. A mais importante festa religiosa de caráter popular é celebrada na Igreja Matriz, no dia 08 setembro em homenagem à padroeira da cidade, Nossa Senhora das Vitórias, com tradicionais novenas, e a realização da missa solene no dia daquela festividade, ocasião em que uma procissão percorre as principais ruas da cidade. ARQUITETURA (Exemplos, estilos, técnicas função) registro fotográfico. Quais são as construções mais antigas e que são também pontos de referencias tradicionais?
Pequeno acervo em estilo colonial que resiste ao tempo e avanço da modernidade. Das unidades podemos citar algumas casas na Rua Beira Rio, o Mercado Municipal, recém reformado, mas mantida sua arquitetura original, e a Igreja do Alto Menino Deus. CULINÁRIA Produtos, pratos típicos, receitas etc...
Galinha Caipira e suas variações em pirão ou com Pequi. overbrand
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OUTROS (Quais sãos as Feiras mais importantes do município? Quais os dias em que ocorrem?Quais são as lendas que se contam no município? Descreve-las, Quais são as ervas mais empregadas para remédios e chás? Fatos e figuras pitorescas)
CICLOS E ATIVIDADES (cotidiano doméstico, culturas e criações, períodos de plantar e de colher, períodos de chuvas e cheias etc. )
Plantio de milho e feijão com data de início ao fim do ano e colheita em meados de março. Notam-se outras culturas como a manga e a banana. BIOMA Flora (Flores mais comuns, árvores e frutas da região)
A vegetação predominante do município é de savana (cerrado), entretanto, existem áreas de regiões mais baixas, onde são encontradas florestas estacionais deciduais que apesar das constantes derrubadas, ainda se verifica grande riqueza natural.
Fauna (animais do cerrado que ocorrem no municipio; passaros, peixes etc...)
Animais: Veado, Raposa, Lobo Guará, Gato do Mato, Onça, Caititu, Capivara, Gato Pintado, Anta, Ema, Lontra. Peixes: Surubim, Dourado.
Árvores: Jacarandá, Aroeira, Peroba, Cedro, Pau d´Arco, Umburana. GEOGRAFIA Pontos de referência geográfico e natural, locais com vistas e mirantes naturais, locais de destaque pela beleza etc... (rios, vales, montanhas etc..)
Localização: O município está localizado no Extremo Oeste Baiano, na Microrregião de Santa Maria da Vitória, limitando-se com os municípios de Correntina, São Desidério, Baianópolis, Canápolis, Santana, São Félix do Coribe e Jaborandi. A sede possui as seguintes coordenadas geográficas: 13°23‟83” de latitude Sul e 44°11‟87” Altitude: A altitude da cidade é de 496 metros.
Área: 1.890,9 km2. de longitude W. Greenwich, distância da Capital do Estado em linha reta: 590 Km, sendo o seu rumo O. S.O, a partir do mesmo. Clima e Temperatura: O clima é Tropical semi-úmido com 4 a 5 meses secos e tem uma temperatura média maior que 18°C, o período chuvoso acontece nos meses de novembro a março. Sua pluviosidade média anual é de 1.200mm. Rios: Banham o território municipal o rio Corrente, rio Correntina, rio do Meio, rio Guará, rio Angicos e alguns riachos periódicos. O primeiro corta o município numa extensão de 54 quilômetros, é navegável e sujeito a enchentes periódicas e súbitas que não tem conseqüências desastrosas, dado à rapidez de sua vazante. Existe uma queda d‟água localizada no lugar denominado Aldeia não se tendo avaliado sua potência. Lagoas: A lagoa de São Sebastião ou Cruz, localizada na fazenda do mesmo nome, mede 300 metros de comprimento por 120 metros de largura e 2 metros de profundidade; a lagoa do Brejinho na fazenda do mesmo nome Distrito sede mede 200 metros de comprimento por l00 metros de largura e 1 a 2 metros de profundidade; a lagoa da Barra, localizada na fazenda do mesmo nome, Distrito sede mede l50 metros de comprimento por 80 metros de largura e 2 metros de profundidade. Todas são perenes e piscosas. Morro: O morro do Domingão, localizado na fazenda do mesmo nome, formado parcialmente de pedras irregulares, apresenta aspecto muito interessante. EQUIPAMENTOS E AGENDA DE EVENTOS CULTURAIS Teatros, museus, bibliotecas, centro de cultura etc... Existe uma agenda oficial com eventos culturais no município?Sim ( ) Não ( X ) .Se houver anexar.
Biblioteca Campesina Biblioteca Rosa Magalhães LAZER Espaços e eventos para lazer da população local
AABB, BNB Clube, Estádio Municipal Turíbio de Oliveira Prainha do Tamarindeiro as margens do Rio Corrente. overbrand
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DADOS GERAIS
Município: SANTA RITA DE CÀSSIA - BA Contato (Nome, e-mail e tel)
Secretaria do Meio Ambiente: Leila Bonfim de Araújo Serpa
leila_serpa_2005@hotmail.com
Principais vias de acesso:
Aéreo-Fluvial-Terrestre. Breve histórico do Município:
Santa Rita de Cássia (antiga Rio Preto e Ibipetuba) é um município brasileiro do estado da Bahia. Em 1º de julho de 2005, sua população era estimada em aproximadamente 24.518 habitantes. O município é cortado no sentido leste-oeste pelo rio Preto, sub-afluente do rio São Francisco.
A chegada dos colonizadores: Não é possível determinar em que ano exatamente Santa Rita de Cássia foi fundada, uma vez que não existem registros dos primeiros habitantes; somado a isso, há também a questão do total desconhecimento da vida histórica da cidade pela maioria de sua população, causado em parte pela omissão e pela falta de interesse dos poderes competentes em levantar fatos da história local. Tudo o que se sabe é que a história das primeiras comunidades presentes no oeste da Bahia remonta às primeiras décadas do século XVII, época do Brasil Colônia. O gado foi um fator importante para a penetração das primeiras levas de migrantes naquelas regiões ainda inóspitas. Os grandes rebanhos vindos do litoral iam avançando em direção às terras inexploradas, banhadas por pequenos rios de águas claras, córregos e regatos. Enfrentando dificuldades e constantes combates com os índios, os colonos foram se apossando das terras da margem esquerda do rio São Francisco, estabelecendo núcleos de criação de gado, engenhos de cana-de-açúcar e agricultura em geral. Em meados de 1600, os colonos chegaram ao rio Grande através de sua confluência com o rio São Francisco. O primeiro afluente do rio Grande que encontraram foi o rio Preto, através do qual chegaram à área onde viria a ser fundada a Vila de Santa Rita. Com as conquistas de novas áreas para pastagem, os índios locais foram combatidos e, em muitos casos, foi feito um trabalho de catequização. Quatro eram os povos indígenas que habitavam o oeste da Bahia antes da chegada dos portugueses: os Acroás e os Chacriabás, que habitavam as margens do Iassu, nome dado por eles ao rio Grande; os Aricobés, que viviam um pouco mais ao norte, na região onde hoje é Angical (município que fica ao sul de Santa Rita de Cássia); e por fim os Xerentes, que tinham sua principal aldeia localizada no lugar Pontal, na Serra do Boqueirão, próximo ao local onde o rio Preto deságua no rio Grande. Com a chegada dos colonizadores no início do século XVII, esses índios tiveram suas terras invadidas e tomadas à força. Depois de muitos combates, a população indígena ficou bastante reduzida, contudo não chegaram a ser exterminados. Assustados, os silvícolas foram mudando suas aldeias de lugar, sempre margeando rio acima; sabe-se que fixaram moradia pela última vez na região num lugar denominado Aldeia, localizado às margens do rio Preto, no atual município de Formosa do Rio Preto, então distrito de Santa Rita de Cássia. Os Xerentes, já "civilizados", hoje em dia habitam o norte do estado do Tocantins. Entre os líderes dessas campanhas de desbravamento destacam-se Francisco Garcia D'ávila, o Conde da Torre, e Domingos Afonso Sertão, o Matrense. Em meados do século XVII, esses dois sertanistas, que ambicionavam se apossar das terras à oeste do rio São Francisco, conseguiram de D. Afonso VI, então rei de Portugal, uma permissão formal para fazer guerra contra os índios. Ambos ganharam patente militar, sendo o Conde da Torre nomeado coronel comandante e Domingos Afonso capitão do exército. Combates constantes se seguiram, mas os colonos continuaram avançando, estabelecendo-se pouco a pouco na região. Navegando pelos rios Preto e Grande, eles iam penetrando cada vez mais nos vales, chegando até a lagoa de Parnaguá, no atual estado do Piauí. Ao longo do caminho, no rastro que esses sertanistas deixavam atrás de si após sua passagem, foram surgindo overbrand
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arraiais e vilarejos, dentre eles o Arraial de Santa Rita do Rio Preto.
O crescimento do arraial: É tradição lendária, uma vez que não existem provas documentais, que em meados do século XVII, chegou ao Arraial de Santa Rita do Rio Preto um misterioso casal de portugueses, que se instalou nas imediações da "Igreja Velha", então rua do Espírito Santo (atual avenida Professor Elpídio Santana). Após 10 anos de permanência na região (segundo a crença popular), sem maiores explicações, esse casal não identificado simplesmente partiu dali para lugar ignorado, deixando, por esquecimento talvez, uma imagem de Santa Rita de Cássia no casebre onde morou. Existem versões no tradicional conceito do povo local, que afirmam que o tal casal tenha sido morto pelos índios que habitavam à região; outras versões contam que eles foram devorados por animais selvagens. Há também quem acredite piamente que esse casal foi enviado por Deus com a missão de conduzir a imagem de Santa Rita de Cássia (ou Santa Rita dos Impossíveis) para as margens do rio Preto e depositá-la anonimamente no local, que posteriormente prosperaria e seria a padroeira da cidade, que mais tarde recebeu de fato o seu nome. Daí o por quê do seu desaparecimento, descartando assim as versões atribuídas aos índios e aos animais selvagens. O fato é que a imagem da santa foi realmente encontrada no casebre pelos novos colonos que ali chegaram; entretanto, não foi encontrado qualquer vestígio de luta ou cadáveres nas imediações. Naturalmente, o anônimo casal, cumprindo sua missão, tenha regressado ao seu lugar de origem sem ser identificado, sem sofrer qualquer ameaça ou agressão, sob a proteção da santa. Entre os novos colonos que sucederam o casal português, estavam: o capitão-mor Ângelo Custódio da Rocha Medrado e seus descendentes; o índio Francisco Rodelas, nomeado capitão em 1674; o capitão João de Araújo Costa, natural de Olinda, Pernambuco; e José Pereira de Matos, que fundou a fazenda "Ribeira do Rio Preto", que mais tarde passou a se chamar "Fazenda Santa Rita", devido à imagem encontrada e para a qual foi erigida uma pequena capela. A Fazenda Santa Rita constituiu-se um grande núcleo de migrantes, o que fez com que o arraial crescesse e prosperasse. Em carta enviada ao então Governador-Geral do Brasil, D. João de Lancaster, datada de 2 de dezembro de 1698, o novo rei de Portugal, D. Pedro II, determinou que fossem fundados "núcleos de civilização" nas bacias do rio São Francisco, do rio Grande e do rio Preto, para atender aos pedidos dos habitantes locais que chegavam insistentemente à Lisboa, solicitando segurança contra os ataques dos índios às suas fazendas e também reivindicando a presença de instituições que representassem o Estado. Além disso, a metrópole percebeu a necessidade da presença de colonos naquela região para garantir aos portugueses a posse das terras à oeste do rio São Francisco. Inicia-se assim a implantação/oficialização dos primeiros povoados na região, em núcleos já habitados que existiam desde meados de 1600: São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande do Sul, na confluência do rio Grande com o rio São Francisco, atual Barra; Campo Largo, à margem esquerda do rio Grande, 80 quilômetros abaixo de onde surgiria Barreiras; Vila de Nossa Senhora do Livramento de Parnaguá, atual Parnaguá, junto à lagoa de mesmo nome, no Piauí; e Santa Rita do Rio Preto, na margem esquerda do rio Preto. Mais tarde, por volta de 1700, surgiu a comunidade de São João de Barreiras, atual Barreiras. A ordem foi apenas um complemento, uma formalização para um movimento que já estava se consolidando. Com o crescimento da atividade comercial entre Barra e São João de Barreiras, barqueiros e aventureiros subiam o rio Grande e seus afluentes explorando áreas desabitadas, o que culminou na formação de novas comunidades. Os povoados prosperaram e foram durante muito tempo os principais "núcleos de civilização" da região. Porém, como os ataques dos índios continuavam, em 17 de dezembro de 1699 o rei português, D. Pedro II, autorizou a D. João de Lancaster, Governador-Geral do Brasil, que fizesse oficialmente guerra contra os índios, assinando assim a sentença de morte contra os indígenas. As tribos foram praticamente dizimadas, com exceção dos índios Aricobés, de Angical, que por serem de índole mansa, foram poupados e posteriormente catequizados, primeiro por Capuchinhos e depois por Franciscanos vindos de Salvador, iniciando-se assim um trabalho educativo que se desenvolveu por toda a região. Apesar disso, a perseguição sistemática contra esses índios continuou até a década de 1930. overbrand
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Embora no período colonial essa região fizesse parte da Capitania de Pernambuco, ela ficava geograficamente mais próxima da Capitania da Bahia, por isso foram os desbravadores baianos que, em combates com os índios, se apossaram das terras da margem esquerda do rio São Francisco. Porém, Pernambuco não se conformava com a perda de uma parte tão significativa do seu território, e após mais de um século de reivindicações, obteve a reanexação, em caráter administrativo, das terras da margem esquerda do São Francisco. Em 1810, D. João VI, com a Família Real já no Brasil, criou, a pedido dos pernambucanos, a Comarca do Sertão de Pernambuco nas terras à margem esquerda do São Francisco, que mais tarde passou a chamar-se Comarca do São Francisco. Por causa das revoluções separatistas que os pernambucanos fizeram em 1817 e em 1824 com o fim de se separar do Brasil e formar um país independente que se chamaria Confederação do Equador, D. Pedro I, em represália, anexou primeiramente a Comarca do São Francisco a Minas Gerais e posteriormente, em 1827, incorporou definitivamente toda a margem esquerda do São Francisco à Bahia. Durante muito tempo rolou nos tribunais uma questão judicial entre a Bahia e Pernambuco pela disputa desta área, que ficou conhecida como Região do Além São Francisco. Até hoje, alguns dos seus habitantes ainda lutam e sonham com a criação do Estado do São Francisco. Esta área hoje compreende a Região Oeste da Bahia, que é onde está localizado o município de Santa Rita de Cássia.
Emancipação política: Crescendo rapidamente, o povoado de Santa Rita do Rio Preto alcançou foros de freguesia com a criação da Paróquia de Santa Rita de Cássia, em 1804. O primeiro "fabriqueiro" da nova igreja matriz do povoado foi Antonio Estácio de Souza, por provisão de 8 de agosto de 1804. O primeiro vigário foi o padre Francisco Xavier Miranda, substituído em 1811 pelo padre Manoel Antonio Ribeiro. Fato digno de registro na história local é a participação marcante do casal José da Rocha Medrado e Rita Antunes Guimarães Rocha no processo de emancipação do município. Na primeira metade do século XIX, foram eles que constituíram, sem alarde demagógico, o alicerce básico em que foi ascentado a edificação da vida política de Santa Rita de Cássia. Descendentes de velhos troncos proprietários da região, José da Rocha Medrado e D. Rita Antunes Guimarães Rocha, proeminentes agricultores e pecuaristas, donos de vastas glebas, ficaram empolgados e embevecidos com o desenvolvimento que invadia o povoado, sobretudo com a chegada de grupos de migrantes que vinham de plagas distantes, atraídos pela riqueza das terras do vale do rio Preto e com o objetivo de se estabelecerem na região e fazê-la prosperar. No desejo ardente de um futuro próspero para o seu florescente rincão natal, José da Rocha Medrado e D. Rita Antunes Guimarães Rocha começaram a direcionar seus esforços para a emancipação política do povoado, que era subordinado ao município de Barra do Rio Grande. O processo emancipacionista naturalmente carecia de obedecer ao tradicional ritual legislativo, considerando prioritariamente o número de habitantes, prédios e rendas tributárias satisfatórias às exigências pertinentes aos preceitos das leis vigentes. Não obstante a chegada de grupos e mais grupos de colonos ao povoado, esses não encontravam áreas urbanas destinadas à construção de suas residências. Com isto, os colonos viam-se obrigados a migrarem para a zona rural, onde facilmente adquiriam glebas de terras de veredas, que lhes permitiam a edificação de moradias e a criação de roças de lavoura e pastagens para a criação de gado, formando assim pequenas propriedades rurais e fixando ali mesmo os seus domicílios. Estas pequenas propriedades foram se enfileirando céleres na região central do território, e receberam mais tarde o cognome de Veredas. Estes acontecimentos porém, frustravam a possibilidade do povoado auferir condições urbanísticas para fazer jus ao processo de sua independência política. Apesar do desenvolvimento habitacional e econômico da zona rural, o povoado, que seria a sede do futuro município, decaía no contexto das normas satisfatórias às exigências determinadas em lei, o que dificultava a consolidação do processo emancipacionista. Então, o casal José da Rocha Medrado e D. Rita Antunes Guimarães Rocha, num veemente demonstrativo de amor ao seu berço natal, tomaram para si a missão de levantar uma bandeira de lutas e sacrifícios em prol da independência do seu povo, que apesar de ser dotado de idéias progressitas, carecia de consolidar a emancipação política do seu território. De imediato, foi iniciado um grande movimento propagandista de conscientização e de overbrand
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incentivo à aglomeração urbana na sede do território, tudo, claro, sob a influência do casal Rocha Medrado. A campanha obteve surpreendente êxito, e num curto espaço de tempo a bandeira emancipacionista triunfou brilhantemente. Em 26 de março de 1840, por meio da lei provincial nº 119, ocorreu a emancipação política do até então povoado de Santa Rita do Rio Preto, que foi elevado à categoria de vila, e cujo território foi desmembrado do município de Barra do Rio Grande. Uma vez que essa lei é de fundamental importância para a história do município, considera-se o ano de 1840 como sendo a data oficial de fundação da cidade. Mesmo com a aprovação dessa lei, a independência política de Santa Rita do Rio Preto só foi concretizada em 3 de novembro daquele ano, com a instalação de sua primeira Câmara de Vereança e com a eleição pela maioria de seus membros do 1º intendente (denominação dada aos prefeitos municipais durante o período imperial). Dezenove foram os intendentes que governaram Santa Rita do Rio Preto até a Revolução de 30, quando a figura do intendente deu lugar à do prefeito.
A consolidação do município: Santa Rita do Rio Preto, após sua independência política, e com os poderes governamentais em franca atividade, passou a sobreviver sem a mínima estrutura urbanística. Apesar dos esforços do casal Rocha Medrado para concentrar as residências na parte urbana do povoado, eles conseguiram apenas o suficiente para atender às exigências da emancipação. A municipalidade não dispunha ainda de uma área territorial destinada ao incentivo de construções habitacionais e comerciais no primeiro distrito sede, o que culminava na paralisação do seu crescimento e fazia o recém-criado município regredir de maneira assustadora. Os migrantes que lá chegavam, apesar do entusiasmo com a fertilidade das terras, não encontravam campo adequado para o desenvolvimento de suas atividades, fosse na esfera comercial ou na residencial. Os governantes se sucediam frustrados, sem encontrar soluções para o desenvolvimento da cidade, que cada vez mais era tragada pela inércia. Já pairava no ar a ameaça de uma iminente desativação de sua emancipação política devido à estagnação do seu desenvolvimento. Surge então, mais uma vez na história de Santa Rita do Rio Preto, a presença benemérita dos cidadãos José da Rocha Medrado e D. Rita Antunes Guimarães Rocha, que sem medirem obstáculos e conseqüências da redução dos seus bens, doaram à municipalidade, através da Câmara de Vereadores, um quarto de légua das terras da Fazenda Santa Rita (incluindo aí a área onde estava edificada a capela), com domínio onde hoje se acha edificada a cidade, cuja escritura pública foi lavrada em 31 de agosto de 1860 pelo tabelião Venancio Antônio dos Santos Martyres; o imóvel foi havido pelos doadores através de compra feita a José Pereira de Mattos e sua esposa Cândida Maria da Soledade. Com esse ato, eles conseguiram remover um obstáculo considerado intransponível na concepção da comunidade já desesperançosa da manutenção do município. Após a transmissão dessa escritura, o município tomou novo rumo. A esperança de um futuro próspero voltou a florescer em sua caminhada. De imediato, a área doada ao povo foi sendo ocupada com edificações de prédios, solidificando portanto a sua emancipação política já cambaleada pela inércia e, mais uma vez, o casal Rocha Medrado lecionou ao povo santarritense um verdadeiro exemplo do civismo. Como a vila ficasse a quase 1 quilômetro distante do rio Preto, separada deste por alagadiços, José da Rocha Medrado empreendeu então a abertura de um canal ou desvio do curso do rio, de forma a aproximá-lo do agrupamento urbano, intento esse que levou adiante com êxito, deixando deste modo mais um inestimável melhoramento ao município, usando para isso apenas recursos do próprio bolso. Esse canal existe até hoje e presta serviços à população de Santa Rita de Cássia, tanto como abastecedor de água, como se prestando também em parte à navegação, por oferecer a esta porto seguro e pouco distante do bairro comercial. O ato de abertura desse canal foi levado pela municipalidade ao conhecimento da Assembléia Provincial. Foi ainda José da Rocha Medrado que iniciou as comunicações entre Santa Rita do Rio Preto e o estado do Piauí, realizando a abertura de boas estradas para a sua fazenda "Boa Esperança" (fazenda essa que está situada na divisa da Bahia com o Piauí), figurando, pois, como porta de intercâmbio de pessoas e escoadouro das produções de cada um deles para o outro. Em meados do século XIX, começa a germinar em todo o Brasil a semente do movimento republicano, e com o overbrand
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município de Santa Rita do Rio Preto não poderia ser diferente. As idéias republicanas estavam em voga entre pequenas parcelas da sociedade civil e eclesiástica, que há muito já estavam descontentes com o regime monárquico. Em 1842, a Paróquia de Santa Rita de Cássia tinha como vigário o barrense João de Oliveira Costa, que doutrinava os sentimentos republicanos através da sua eloqüente oratória sacra. O seu entusiasmo pela causa chegou ao ponto de ser invadido pela emoção. Numa grande concentração religiosa realizada em Campo Largo, o destemido padre pronunciou um eloqüente sermão em protesto aos atos delituosos do Segundo Reinado, na frente de uma expressiva multidão, oriunda de vários lugares do oeste baiano, deixando os fiéis emocionados. A gravidade do seu pronunciamento, que chegou a ser considerado subversivo, teve repercussão negativa no altoescalão do governo. Graças à intervenção de autoridades influentes no governo em favor do padre João de Oliveira Costa, a punição que ele recebeu foi mais branda, se limitando apenas a uma drástica repreensão do bispo de Olinda, D. João da Purificação Marques Perdigão. Com a proclamação da República, o município, já estruturado com a grande área territorial urbana doada pelo casal Rocha Medrado, área essa que já estava relativamente ocupada (em sua maior parte por construções habitacionais), tornou-se o ponto estratégico de encontro de caravanas oriundas de grande parte do Piauí, norte de Goiás e sul do Maranhão, que buscavam mercadorias de importação. A cidade conquistou movimento expressivo, nivelando-se rapidamente entre os mais importantes centros da zona são-franciscana.
Século XX: O progresso de fato encetava sua consolidação em Santa Rita do Rio Preto com a inauguração, em 25 de setembro de 1905, da Linha de Navegação Fluvial do Rio Preto, através do vapor "Alves Linhares" (posteriormente denominado "Jasen Melo") da Viação Bahiana do São Francisco, que a princípio efetuava uma viagem por mês entre a vila de Formosa do Rio Preto e Juazeiro, passando pelo porto de Santa Rita do Rio Preto, num percurso de 759 quilômetros. Este acontecimento acelerou expressivamente o desenvolvimento comercial da cidade, que obteve condições mais amplas para atender às caravanas vindas dos estados vizinhos. Mais tarde, a navegação a vapor foi extendida até o povoado de São Marcelo (a 60 quilômetros de Formosa do Rio Preto), e surgiram linhas de navegação para Barra, Cotegipe, Xique-Xique e Pirapora, em Minas Gerais. Pelos decretos estaduais nºs. 7455, de 23 de junho de 1931, e 7749, de 23 de julho do mesmo ano, o município teve seu nome alterado para Rio Preto. Nessa época o município perdeu o território do Jalapão, que passou a pertencer ao estado de Goiás, com a denominação de Porto Nacional. Mais tarde, em 1943, em virtude do decreto-lei estadual nº 141, de 31 de dezembro, o município de Rio Preto passou a se chamar Ibipetuba, que em tupi significa banco de areia. A partir de 1957, Ibipetuba passou a se chamar Santa Rita de Cássia, nome que ostenta até hoje. Um dos acontecimentos históricos de maior importância para o município de Santa Rita de Cássia ocorreu na gestão do prefeito Anibal Rodrigues de Araújo, através do decreto-lei nº 311 de 2 de março de 1938, assinado pelo presidente Getúlio Vargas, que elevou a sede do município à categoria de cidade. Em 1961, Santa Rita de Cássia perdeu grande parte do seu território devido à emancipação de Formosa do Rio Preto, que deixou de ser um distrito subordinado à Santa Rita de Cássia para se tornar sede do município de Formosa do Rio Preto. No final de 1980 ocorreu uma grande enchente no rio Preto devido ao volume excessivo de chuvas que a região recebeu naquele ano. A enchente, que deixou Santa Rita de Cássia parcialmente inundada, destruiu o antigo cais da cidade (construído na década de 50) e arrancou o calçamento original de muitas ruas, além de ter arruinado lavouras e deixado várias pessoas desabrigadas. Demorou meses até que as águas finalmente se recolhessem ao leito do rio. Em 1985, o município de Santa Rita de Cássia sofre nova perda territorial, dessa vez por causa da emancipação de Mansidão. Governo: O Poder Executivo do município de Santa Rita de Cássia é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal de 1988. O Poder Legislativo é representado pela Câmara Municipal, composta por 9 vereadores eleitos diretamente pela população para cargos de quatro anos. Cabe à Câmara elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao overbrand
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Executivo, especialmente o orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias). O Fórum Dr. João Santos abriga as instalações do Poder Judiciário na Comarca de Santa Rita de Cássia, e é mantido pela Instituição Pedro Ribeiro de Administração Judiciária - IPRAJ. Antes da criação do município, Santa Rita do Rio Preto contava com um juizado de paz subordinado à Comarca do São Francisco, da província de Pernambuco. Por um decreto de 28 de junho de 1872, a Comarca do São Francisco foi dividida em duas, dando lugar à criação da Comarca do Rio Grande, com sede em Campo Largo, sendo Santa Rita do Rio Preto anexada a ela. Transferida a sede da Comarca do Rio Grande (que abrangia os municípios de Angical, Campo Largo e Barreiras) para Santa Rita do Rio Preto pelo ato de 3 de agosto de 1892, aí permaneceu até a publicação do decreto estadual nº 266, de 4 de outubro de 1904, quando essa comarca foi extinta, voltando Santa Rita do Rio Preto a ser termo da Comarca do São Francisco, que era sediada na cidade de Barra do Rio Grande. Anos antes, em 6 de setembro de 1898, com a criação da Comarca da Ribeira, sediada em Barreiras, as cidades de Angical, Campo Largo e Barreiras saíram da alçada do município de Santa Rita do Rio Preto. Por força do decreto estadual 722, de 20 de agosto de 1909, foi transferida a sede da Comarca do São Francisco para Santa Rita do Rio Preto. Todavia, a sede retornou para a cidade de Barra em 1911. Por fim, com o decreto-lei estadual nº 512, de 19 de junho de 1945, a Comarca de Santa Rita do Rio Preto foi restaurada, com o nome de Ibipetuba, e desmembrada da de Barra. Com a mudança do nome da cidade em 1957 para Santa Rita de Cássia, a comarca acompanhou a mudança e também teve sua denominação alterada. Dados do TRE/BA mostram que em 2004 o eleitorado votante do município era formado por 18.514 eleitores. Ao lado temos um quadro mostrando o número de eleitores que realmente votaram nas principais eleições do início do século XX, quando o município vivia sob a tutela dos coronéis. (Fonte: Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio / Diretoria do Serviço de Estatística / Estatística Eleitoral da República dos Estados Unidos do Brazil. p. 17-39; In: Guedes, Anuário 1934, p. 45-48)
Economia: Segundo dados da SEI/IBGE, em 2003 o PIB do município apresentava a seguinte composição setorial: 38,65% agropecuária, 8,39% indústria e 52,96% serviços. Setor primário
Desde o início da sua história, a economia santarritense é tradicionalmente caracterizada pela pecuária extensiva, com destaque para os rebanhos de asininos, caprinos, bovinos, ovinos e suínos. A criação de aves, embora menor, também tem grande peso na vida econômica do município. Na produção agrícola de Santa Rita de Cássia, destacam-se os cultivos de feijão, mandioca, melancia e milho, além da cana-de-açúcar. Os trabalhadores rurais do município estão organizados em três grandes associações: Associação dos Pequenos Produtores Rurais; Associação dos Produtores Rurais da Fazenda Senhor do Bonfim, vinculada ao Incra, com sede na Fazenda Senhor do Bonfim (Coinfra); e por fim, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Rita de Cássia, que é vinculado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura. Manufatura
As tradicionais mini-indústrias artesanais fabricam uma grande variedade de produtos caseiros, como o licor de cajú e de jenipapo, a rapadura comum e a rapadura batida, os doces de buriti, caju e de murici, além do beiju de massa. A produção desses produtos, porém, não acontece o ano todo, limitando-se a determinadas épocas do ano, de acordo com a disponibilidade da matéria-prima necessária (por exemplo, o vinho de cajú só é produzido no "tempo do cajú", assim como o doce de murici só é produzido no "tempo do murici" e etc.). A criação de animais possibilita a fabricação de coalhadas, doce de leite, manteiga de gado, requeijão e sabão, tanto para o consumo local como para a comercialização. A extração da aroeira propiciou o surgimento de uma pequena mas expressiva indústria moveleira na região. Há também em Santa Rita de Cássia algumas poucas indústrias de alvenarias e telhas. No solo do município encontra-se argila em abundância para o artesanato e areia para a construção civil.
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Telecomunicações: Em 1930 chega a Santa Rita de Cássia a primeira linha telegráfica. A Rádio Comunitária Santa Rita é a emissora responsável por levar à população santarritense entretenimento e notícias dos principais acontecimentos locais. Como apoio à rádio, existe um serviço de alto-falante chamado "A Voz da Igreja Matriz", que é um carro da paróquia que percorre toda a cidade anunciando missas, batismos, casamentos e funerais. Em 2004, foi inaugurada a primeira torre de telefonia móvel do município, o que permitiu à população o uso de telefones celulares. Porém, essa torre capta apenas o sinal da operadora Vivo. Existe também um blog chamado "Folha do Rio Preto", que disponibiliza na internet as últimas notícias sobre Santa Rita de Cássia, mas que é pouco divulgado.
Energia elétrica: A energia elétrica chegou a Santa Rita de Cássia em 1908, porém nessa época somente as ruas principais e os prédios públicos foram beneficiados; nas demais partes da cidade, permaneceu a iluminação a gás. No início dos anos 40, o então prefeito Abdiel dos Reis extendeu a energia elétrica a toda a área urbana do município; consta que ele mandou instalar tudo com seus próprios recursos. No ano de 2001, o município registrou 4.721 consumidores de energia elétrica, com um consumo de 4.721mwh. A voltagem usada em Santa Rita de Cássia é de 220 v.
Demografia: Segundo dados do IBGE/2000, a taxa de urbanização de Santa Rita de Cássia era de 50,70%. A população urbana do município naquele ano era de aproximadamente 12.185 habitantes, enquanto a rural era de 11.841. A organização espacial da área urbana de Santa Rita de Cássia é dividida em bairros, para fins administrativos. São eles: Centro, BNH, Samambaia e Alto da Boa Vista. Há também os povoados de Aroeiras, Itiquera, Monte Alegre, Peixe-de-Dentro e Formigueiro. Com o desenvolvimento do plantio da soja em Barreiras na década de 80, Santa Rita de Cássia vem recebendo desde então uma quantidade razoável de migrantes do sul do país, a maioria de ascendência italiana, que passaram a se estabelecer na região devido às oportunidades econômicas que essa nova fronteira agrícola do país oferece. Educação: Entre instituições de ensino médio e de ensino fundamental, a rede educacional de Santa Rita de Cássia é composta por 20 escolas, sendo 9 municipais, 8 estaduais e 3 particulares. Oito escolas ficam na zona rural, e as 12 restantes na área urbana do distrito sede. O número de bibliotecas não é proporcional ao tamanho da população, sendo a Biblioteca Inah de Araújo Andrade da Escola Municipal Santarritense (que conta com um acervo de 758 volumes e é mantida pela prefeitura) a principal biblioteca pública do município. Com apenas 4 bibliotecas escolares (sendo que 3 delas são fechadas ao público externo) e 1 pública, a rede de bibliotecas de Santa Rita de Cássia é deficitária e não atende às demandas informacionais da população.
Cultura: O povo de Santa Rita de Cássia é notadamente festeiro. Durante todo o mês de janeiro, por exemplo, acontece a folia de reis, na qual grupos teatrais percorrem toda a cidade seguidos por uma multidão, representando a captura do boi em frente às casas das pessoas. No período de 20 a 26 de março, a prefeitura patrocina as comemorações do aniversário da cidade. Em março também se inicia o Campeonato Santarritense de Futebol, campeonato esse que dura até o mês de agosto. Entre março e abril ocorrem as tradicionais festividades relacionadas à Semana Santa. A Festa da Padroeira do município se estende do dia 13 ao dia 22 de maio, e atrai pessoas de todos os municípios da região e de Brasília. Juntamente com a Festa de Santa Rita de Cássia, acontece a tradicional Vaquejada, entre os dias 18 e 20 de maio. Entre o final de maio e início de junho acontece outra festa de caráter religioso: a também tradicional Festa do Divino Espírito Santo. Junho é marcado, também, pela Festa de São João, entre os dias 18 e 29 desse mês. Em 7 de setembro, todas as escolas municipais e particulares de Santa Rita de Cássia se juntam para organizar overbrand
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grandes desfiles em comemoração à independência do Brasil. Assim como na folia de reis, uma grande multidão se amontoa para seguir o desfile, que percorre as principais ruas da cidade. A cidade conta com o Arquivo da Paróquia de Santa Rita de Cássia, local onde estão arquivados documentos das várias gerações de habitantes que a cidade já teve, tais como certidões de casamento e de batismo. A instituição mantenedora desse arquivo é a Diocese de Barreiras, que também é proprietária do prédio da Igreja Matriz. A Paróquia de Santa Rita de Cássia é a principal instituição de divulgação cultural da cidade. Além do arquivo, ela mantém o Coral Santa Rita, composto por um regente e 20 integrantes. A Casa de Cultura de Santa Rita de Cássia é uma espécie de museu, onde é possível encontrar as biografias dos santarritenses mais ilustres da história, aqueles que mais contribuíram para o desenvolvimento da região. Devido à falta de opções culturais, a população de Santa Rita de Cássia costuma se reunir à noite na Praça Rui Barbosa (mais conhecida como Praça do Fórum), situada entre as avenidas Santos Dumont e Anália Nascimento, no centro da cidade. Essa praça funciona como um verdadeiro ponto de encontro, principalmente para os jovens, com quiosques e muita música. É nessa praça também que acontecem os principais eventos artísticos-culturais da cidade. Transportes: Santa Rita de Cássia, distante 816 quilômetros de Brasília e 1006 de Salvador, está situada em um importante entroncamento rodoviário e hidroviário, que interliga as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. Dentre os equipamentos urbanos do município, estão a rodoviária e um pequeno entroncamento rodoviário, localizado a 67 quilômetros da cidade, ao redor do qual se desenvolveu um vilarejo. As rodovias e estradas que atravessam o município, sejam elas federais, estaduais ou municipais, são conhecidas pelo seu péssimo estado de conservação, o que dificulta a locomoção entre as localidades e aumenta consideravelmente o tempo de viagem. As principais rodovias que atravessam o município de Santa Rita de Cássia são: BA-225 e BA-451 (estaduais); e a BR-135 (federal). Além dessas, existem várias estradas de chão que servem para ligar a sede do município às áreas rurais. Atualmente, a navegação no rio Preto tem um caráter mais de lazer do que propriamente o de transporte de pessoas e mercadorias, ao contrário do que acontecia até a primeira metade do século XX, quando o acesso à cidade por terra era difícil devido à escassez de estradas. A região viveu durante muito tempo na dependência econômica do rio Preto, que foi de fundamental importância para seu desenvolvimento. A sede do município de Santa Rita de Cássia fica a 96km de distância do Boqueirão, local de desembocadura do rio Preto. O município conta ainda com um pequeno aeroporto, que na verdade é apenas uma pista de pouso de pequeno porte com 1000 metros de comprimento, feita de barro prensado.
Turismo: Sem dúvida a principal atração turística de Santa Rita de Cássia é o rio Preto que proporciona lazer e o sustento da comunidade. Na margem direita do rio, fica a Ilha Grande, uma grande área verde onde é possível fazer caminhadas e andar a cavalo. Há também nessa margem, próximo ao local onde ficava uma antiga ponte de madeira, uma pequena ilha, à qual o povo chama de "Croinha". Na margem esquerda fica o Parque do Povo, mais conhecido pelo nome de Piranhas, que é o ponto mais movimentado e procurado do rio. Além do rio Preto, destaca-se o prédio da Igreja Matriz, cuja manutenção é feita pela Diocese de Barreiras. Vista parcial do cais de Santa Rita de Cássia. Há também o novo cais, inaugurado em 2004, que circunda boa parte do perímetro urbano do rio. A época do ano em que a cidade mais recebe visitantes é no mês de dezembro, devido à grande quantidade de festas que ocorrem na cidade nesse mês. Logo em seguida vem o mês de maio, que é quando ocorrem as festividades em homenagem à padroeira da cidade. Desde 2003, no mês de dezembro, acontece um carnaval fora de época chamado de "Santa Folia", cujas atrações são quatro blocos musicais: "Tô Piulado", "Agora é Nóis", "Zueira" e o "Zueirinha", sendo que esse último foi criado em 2006. Em 2005 surgiu uma nova festa na cidade, chamada "Tá Tudo Bem Beer Fest", que desde então acontece sempre overbrand
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em dezembro, como forma de atrair mais visitantes. Santa Rita de Cássia é conhecida pela boa qualidade de suas festas; os blocos e a "Tá Tudo Bem Beer Fest" são os grandes responsáveis por esse feito. O parque hoteleiro da cidade registra 90 leitos. A taxa de ocupação desses leitos é baixa na maior parte do ano, com exceção dos meses de maio e dezembro. O perfil do turista que procura Santa Rita de Cássia nas férias é tipicamente pessoas que nasceram na cidade ou região, que vão visitar seus parentes; vale ressaltar que a grande maioria desses visitantes é residente em Brasília. Porém, desde o final dos anos 90, o número de visitantes que não possuem qualquer vínculo com a cidade cresceu bastante e a tendência é só aumentar. A criação dos blocos foi um dos fatores que contribuíram para esse crescimento.
Curiosidades: O município de Santa Rita do Rio Preto teve papel importante no combate aos revoltosos da Balaiada, com a expedição de homens e armas, que para lá seguiram intrepidamente para reprimirem a revolta, conjuntamente com forças de Barra e Campo Largo. Um dos fatos mais importantes na vida histórica de Santa Rita de Cássia foi a visita do governador José Marcelino de Souza, em 1908. É importante ressaltar que o Dr. José Marcelino foi o 10º governador da Bahia e o único, até hoje, que pisou no solo santarritense. De lá, ele prosseguiu viagem a bordo do vapor Jasen Melo até o povoado de São Marcelo, passando por Formosa do Rio Preto. Em São Marcelo, José Marcelino inaugurou a extensão da linha de navegação fluvial até esse povoado, na foz do rio Sapão, cujo curso havia sido previamente desobstruído para esse objetivo. O auge da exportação da borracha de maniçoba em Santa Rita do Rio Preto se deu entre os anos de 1903 e 1908, quando esse produto atingiu seus melhores preços no mercado. Nessa época, a cidade conheceu um grande desenvolvimento econômico, com o crescimento assombroso do número de estabelecimentos comerciais e de suas indústrias, tornando-se assim uma das melhores praças comerciais da região. O ciclo de crescimento econômico de Santa Rita do Rio Preto foi interrompido não só pela súbita queda do preço da borracha de maniçoba, como também, e principalmente, por causa da morte do coronel Taciano Rodrigues de Araújo, então chefe político do município, que foi assassinado por seus adversários políticos em 15 de agosto de 1909. Muitos outros assassinatos sucederam a este, entre eles o do coronel Francisco Sidney da Costa, em 18 de agosto do mesmo ano, efetuado por parentes e amigos do coronel Taciano Rodrigues de Araújo, que o julgaram cúmplice da morte deste. Estes atentados suscitaram novos desejos de vingança por parte dos adversários, resultando daí uma longa série de crimes praticados de parte a parte pela liderança política do município. As sangrentas lutas armadas entre facções políticas, ocorridas tanto em Santa Rita de Cássia quanto em Formosa do Rio Preto durante toda a década de 1910, época do coronelismo de sertão, ficaram conhecidas como Barulhos. Dentre os muitos assassinatos ocorridos na época dos Barulhos, o que mais ficou marcado na memória do povo santarritense foi o do padre João de Oliveria. Em virtude de motivos políticos, ele foi brutalmente assassinado a duas léguas da sede do município, num lugar chamado Boca da Catinga, logo após partir numa viagem para Salvador. Desde então, esse lugar tem fama de ser assombrado; os habitantes locais dizem que ainda é possível ver as gotas do sangue do padre que caíram sobre a terra. No entanto, todos evitam passar por lá, principalmente à noite, a não ser que estejam em grandes grupos. Entre 1934 e 1936, Frederico Ribeiro Fidélis governou como prefeito de Santa Rita de Cássia nomeado pelo interventor do Estado. Em 1936 surgem as primeiras eleições municipais diretas; persuadido de que não poderia concorrer ao cargo que já ocupava, Frederico Ribeiro parlamenta com o Dr. Nascimento de Jesus, seu amigo, e acerta a candidatura deste ao cargo, quando recebe um telegrama do interventor, capitão Juracy Montenegro Magalhães e do deputado Manoel Novais, informando-lhe da constitucionalidade de sua candidatura ao cargo de prefeito. Com isso, Frederico Ribeiro foi candidato único, mas governou por apenas mais um ano, devido à instalação do Estado Novo e à nova constituição, quando o presidente Getúlio Vargas derrubou as eleições para prefeito e governador, voltando o país ao regime ditatorial com a nomeação de prefeitos. O primeiro avião a aterrisar no solo santarritense foi levado pelo então prefeito Abdiel dos Reis, que regressava de uma viagem sua ao Rio de Janeiro, em 1940. Foi ele também quem levou pra lá o primeiro rádio. O rádio era overbrand
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ligado em uma bateria de carro, e quando começava a funcionar, atraía uma multidão de curiosos, que se acercava da residência de Abdiel. A primeira bicicleta, o primeiro caminhão, as primeiras indústrias de beneficiamento de arroz, algodão e milho, e o primeiro serviço de alto-falante da cidade são outras das muitas novidades que o prefeito Abdiel apresentou à Santa Rita de Cássia. Em toda a história de Santa Rita de Cássia, apenas uma mulher esteve no comando da prefeitura: Vicentina da Cunha Guedes. Ela, que exercia as funções de tesoureira da prefeitura, assumiu o cargo de prefeita por decisão judicial em substituição ao prefeito Frederico Ribeiro Fidélis, que faleceu em pleno exercício do seu 5º mandato. Governou de julho de 1959 a outubro de 1960. No início de 1963, por ordem do então prefeito Altino Lemos Santiago, a "Igreja Velha" foi parcialmente demolida. Ele achava que as paredes históricas do templo estavam sendo um apêndice em sua administração, por isso, sem mais delongas, autorizou a demolição do prédio, sem que a Câmara Municipal de Vereadores da época apresentasse a mínima reação a esse ato. Na execução da demolição do monumento histórico, a prefeitura gastou dos cofres públicos o dobro do que teria gasto para recuperá-lo. Porém, o prédio não chegou a ser totalmente destruído, devido aos protestos de alguns poucos cidadãos mais informados e ao arrependimento do próprio prefeito Altino, que após meditar sobre sua ação destruidora, chegou à razão, reconhecendo seu imperdoável pecado administrativo e mandando parar as máquinas enquanto a demolição estava em curso. A maioria das paredes permaneceu intacta, apesar de o telhado da igreja já haver sido desmoronado pelo tempo. Há até quem afirme com segurança, de que as poucas telhas que estavam em bom estado de conservação foram retiradas de lá na calada da noite do dia anterior à demolição, e que elas ainda existem nas coberturas de algumas casas da cidade. Somente na 2ª gestão do prefeito Eloy Barbosa Guedes (1977 - 1983), é que surgiu a figura do vice-prefeito. O primeiro vice-prefeito da história de Santa Rita de Cássia foi Antonio Batista Lopes. Referência bibliográfica: OLIVEIRA NETO, José Vicente de (Cazuza). O vale de um rio Preto de águas cristalinas / José Vicente de Oliveira Neto (Cazuza). - Campo Grande: WGA Comunicações, 1999. 896 p.; il. ATIVIDADES ARTESANAIS Tipologia Cerâmica
Entalhe
Trançados De Fibras Naturais
Bordados, Rendas e aproveitamento overbrand
Técnica/habilidades Cerâmica feita a mão (X) Cerâmica de torno Entalhe em madeira Entalhe em pedra Moveis artesanais Butiti x Buriti Carnauba Licuri Babaçú Ariri Taboa x Outros, nomear:___________________ Renda de Bilro Renda Inglesa Outras rendas Redendê/ Hardange x Crivo/ bainha aberta x Labitinto x Richiliê x Bordado Rococó x Ponto Cruz x
Ocorrência (sim/não)
Nome do Artesão/Localidade
SIM
Vivi, Rosaltina Caraíbas e Pedras
SIM
Nemésio, José Prego - Cidade
SIM
Sofá – Rede – Cadeira
SIM
José Renato, Ilha, Parque
SIM
Associações ASAS-ABSRC Vários Individuais
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de tecidos
Metal
Adornos
Pintura Outros
Cidade
Ponto Cheio x Ponto atrás x Crochê x Outros pontos em bordado, nomear: x Bordas em Fitas
• •
Fuxico x Retalhos x Bonecas x Confecção (Costura a maquina) x Fladre x Reciclagem de embalagem metálica x Alumínio fundido x Forja Mineral Orgânico (sementes) Miçangas x Outros, Nomear: Corrente Pintura em tecido x Letrista x Outro, x nomear: Quadros Papel Artesanal Dobraduras
SIM
Benedito, Celso - Cidade
SIM
Michele - Cidade
SIM
Joãozinho – Art’s manos, Viana e outros Ceci – ASAS
SIM Presidiários – Cadeia Cidade.
MORADORES MAIS ANTIGOS Nome, idade, endereço e depoimento (se possível)
Dª Tirbucina Idade: 104 anos. Moradora mais velha. Antonio Aragão Idade: 86 anos. Comerciante mais velho. Dorgival R. Fidélis Idade: 88 anos. Farmacêutico mais velho. José R. de Souza Idade: 86 anos. Contador de história. Clarinda R. de Souza Idade:96 anos Trabalhadora de Roça. Satú Idade:101 anos. Figura folclórica etc. FESTAS POPULARES Religiosas, populares, festas de padroeiro, jogos de vaquejadas etc.. Nome Data/Localidade
Festas Populares Religiosas: Divino Espírito Santo – Variada Festa de São Sebastião – Localizado No Barreiro – início de 10 a 20 de janeiro Reisados de 6 a 30 de janeiro Festas Populares: Festa da Padroeira de Santa Rita de Cássia de 18 a 24 de maio. Vaquejada com Premiações. Quadrilhas e Santa Folia (carnaval fora de época). Danças: São Gonçalo - Roupa rodada e estampada com arcos, dança com traje caipira, Dança da Marujada, Dança dos Reis. CANTIGAS, ABOIOS E VERSOS (Origem, função, e transcrição, escrever a letra de alguns exemplos )
Cantigas de Nina, Cantiga de Roda, Rimas, Travas Língua. overbrand
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ARQUITETURA (Exemplos, estilos, técnicas função) registro fotográfico. Quais são as construções mais antigas e que são também pontos de referencias tradicionais?
Mercado de Carne Velho, Primeiro Hospital, Casas Residenciais, Primeiro Jardim, Igrejas, Colégio Santa Rita. CULINÁRIA Produtos, pratos típicos, receitas etc...
Baião de dois, Galinha Caipira com Pirão, Feijão Tropeiro, Feijoada com variedade, Beiju de tapioca, Cuscuz com variedades, Peixes com vários sabores, Canjicas etc. OUTROS (Quais sãos as Feiras mais importantes do município? Quais os dias em que ocorrem?Quais são as lendas que se contam no município? Descrevê-las, Quais são as ervas mais empregadas para remédios e chás? Fatos e figuras pitorescas)
Cantinho do Artesanato de 18 a 23 de maio e; Feira Tradicional aos domingos com diversidade, de Frutas, Mel, Biscoitos, bolos de 6:00 às 14:00 h. CICLOS E ATIVIDADES (cotidiano domestico, culturas e criações, períodos de plantar e de colher, períodos de chuvas e cheias etc..... )
Agricultura familiar: Criação de Galinhas, criação de Pato, criação de Cocá, Ovelhas, Cabras, Suínos. Período de chuva: outubro até abril. Cheias dezembro e fevereiro. BIOMA Flora (Flores mais comuns, arvores e frutas da região)
O município de Santa Rita de Cássia está localizado na faixa de transição entre os domínios morfoclimáticos do cerrado e da caatinga. Dentre as espécies vegetais originárias da região, destacam-se o angico, a aroeira, o jacarandá, o jatobá, o jenipapeiro, o juazeiro, o pau d'arco, o pau-ferro, o pequizeiro e a sucupira. Ao longo de todo o curso do rio, ocorre a formação de matas ciliares. As margens do rio Preto são ornamentadas por frondosos buritis, cajueiros, canjeranas, carnaubeiras, ingazeiros, mamoneiras e pés-de-murici, que equilibram-se nos declives das barrancas. Nas matas ciliares nós temos: Frutas: Buriti, Caju, Ingá, Mamoninha, Canjarana, Jatobá, Pau pombo, Bruto Cagão, Ata de capivara, Espuma de Sapo, Cagaita, etc.
Fauna (animais do cerrado que ocorrem no município; pássaros, peixes etc...)
A fauna do município de Santa Rita de Cássia, assim como sua vegetação, é bastante rica e variada. Por todo a região, é possível se deparar com bandos de araras, jandaias, papagaios, piriquitos e tucanos das mais variadas cores, saltando de galho em galho, taramelando em algazarras pela disputa de frutas silvestres - que existem em abundância nas margens do rio Preto.Bicudos, canários, curiós, o pássaro preto e sofrês são algumas das espécies que constróem seus ninhos nos ocos das hastes mais elevadas dos buritizais. A garça branca, o mergulhão e o martimgravata vivem nas cercanias das lagoas; emas e seriemas na mata mais fechada. Peixes: Piabas, piaus, traíras e tucunarés enchem o rio Preto de vida; em partes isoladas e mais profundas do rio, há a ocorrência de piranhas. Animais: Tatu (vários tipos), paca, veado, tamanduá, cotia, porco do mato, michila, gambá. antas, caititus, capivaras, o gato-do-mato, jacarés, lontras, macacosprego, pacas e queixadas pululam por todo o vale do rio Preto, juntamente com uma grande variedade de cobras e insetos. A onça pintada se destaca como o maior predador da região, devorando tatus, veados e até mesmo animais domésticos, como bois e ovelhas. Pássaros: Pássaro preto, Canário, Coruja, Tejo, Cardeal, Galo de Campina, Tucano, Marreca, Pato, Pomba, Juriti, Zabelê, Perdiz, Jaú etc.
GEOGRAFIA Pontos de referência geográfico e natural, locais com vistas e mirantes naturais, locais de destaque pela beleza etc... ( rios, vales, montanhas etc..) overbrand
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Rio Preto com sua beleza exuberante, com várias ilhotas que se forma em seu percurso até a sua foz. O Parque Ecológico Municipal. Parque do Povo com área de Lazer etc. Clima: O clima de Santa Rita de Cássia é bem variado, como o de toda a zona são-franciscana. Esta região possui duas estações climáticas bem definidas: a estação seca e "fria", que vai de maio a setembro, e a estação chuvosa e quente, que vai de outubro a abril. É seco nas partes oeste e noroeste do município; nas vertentes do rio Preto, onde há mais umidade, a temperatura baixa sensivelmente no inverno, ocorrendo, às vezes, queda de geada. A temperatura média na sede do município é de 28°C, com mínimas de 16°C e máximas de 40°C. Sua posição geográfica assegura temperaturas elevadas durante quase todo ano, devido à forte radiação solar. Os índices pluviométricos variam entre 800 e 1000mm anuais, concentrando-se as chuvas nos meses de novembro a março. A média da umidade relativa do ar é de 70%, sendo a máxima de 80% em dezembro e a mínima de 50% em agosto. Hidrografia: Santa Rita de Cássia está geograficamente inserida na região mais rica em recursos hídricos do Nordeste brasileiro. A cidade se encontra na bacia hidrográfica do rio São Francisco, na margem esquerda do rio Preto, afluente do rio Grande e sub-afluente do Velho Chico. Nas áreas rurais do município, é comum o surgimento de lagoas temporárias durante a estação chuvosa em regiões de terreno rebaixado devido ao acúmulo de água das chuvas. Além dessas lagoas temporárias, existe na região uma série de lagoas de regime perene, como a Lagoa do Tanque, que tem 500 metros de comprimento por 330 de largura; a Lagoa dos Campos, com dimensões de 800 metros de comprimento por 600 de largura; a Lagoa do Peixe, medindo 900 metros de comprimento por 500 metros de largura; a Lagoa do Cercado, medindo 300 metros de comprimento por 300 metros de largura; a Lagoa dos Retirantes, na localidade de Descoberta, com 500 metros de comprimento e 300 metros de largura; e por fim a Lagoa do Monte Alegre, que tem 600 metros de comprimento por 400 de largura e 2 metros de profundidade, localizada no povoado de mesmo nome. Relevo: Santa Rita de Cássia está localizada na porção nordeste do Planalto Central. Seu terreno tem topografia suave, sem grandes variações de altitude. Nas serras que circundam o vale do rio Preto, encontram-se o Morro do Morcego, com altura de aproximadamente 300 metros, e o Morro da Boa Vista, próximo à área urbana do município, que também tem 300 metros de altura. O sítio onde a cidade se encontra está a 440 metros acima do nível do mar. EQUIPAMENTOS E AGENDA DE EVENTOS CULTURAIS Teatros, museus, bibliotecas, centro de cultura etc... Existe uma agenda oficial com eventos culturais no município?Sim ( ) Não ( ) .Se houver anexar.
Existe apenas uma (01) Biblioteca Municipal. LAZER Espaços e eventos para lazer da população local
Parque do povo, Quadra de esporte e Praça de eventos.
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DADOS GERAIS
Município: SÃO DESIDÉRIO - BAHIA Contato (Nome, e-mail e tel)
Demosthénes da Silva Nunes Júnior Tel: (77) 3623 - 2801 Principais vias de acesso:
Barreiras BR 135 / BR 242 / BR 020 Brasília BA 462 / BR 020 Salvador BR 242 Breve Histórico do Município
A história do Município de São Desidério remonta a pré – história, quando estas terras foram habitadas por inúmeras tribos indígenas que estabeleceram em São Desidério graças à abundância de recursos naturais. No momento em que se efetiva a colonização do Brasil através do sistema de Capitanias Hereditárias, o território relativo ao município, bem como todo o Oeste Baiano pertencia a Pernambuco, na figura do Donatário Duarte Coelho, assinada pelo rei de Portugal D. João III, em 10 de março de 1534. A proximidade do Oeste Baiano para com Salvador e a distância com Pernambuco, fez da região um ponto de discórdia entre os dois estados e até mesmo com Minas Gerais que também reivindicaram a área. Finalmente a região foi anexada a Bahia pelo decreto de 15 de outubro 1827, assinado por D. Pedro I. O fato que registra o nascimento do município, evoca a aquisição de uma propriedade junto ao Padre José Quirino Silva Pereira, pelo Sr. Desidério Francisco de Souza em 08 de fevereiro de 1838. Por ser homem de muitas posses e gostar muito de festas, Sr. Desidério estabeleceu na sua fazenda um centro de encontro dos habitantes das proximidades. Nesta fazenda começou-se a celebrar missas, batizados e casamentos, atraindo para sua fazenda novos moradores, que logo se constituiu um povoado. Servia também como entreposto comercial para os mascates e tropeiros que descansavam, se abasteciam e seguiam viagem com destino a Goiás. Elevado a categoria de Distrito em 10 de abril de 1895; São Desidério continuou atrelado a Barreiras, sendo emancipado somente em 22 de fevereiro de 1962 pelo decreto 1.621, ficando com uma área de 14. 876,1 Km², constituindo-se num dos maiores municípios do Estado da Bahia em extensão territorial. A emancipação política do Município deveu-se a obstinação e luta árdua desenvolvida por homens íntegros e audazes como Otacílio Jenuíno de Oliveira, Celso Barbosa dos Santos, Abelardo Alencar (1º Prefeito) e outros. ATIVIDADES ARTESANAIS Tipologia Cerâmica Entalhe
Trançados De Fibras Naturais
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Técnica/habilidades
Ocorrência (sim/não)
Cerâmica feita a mão Cerâmica de torno Entalhe em madeira Entalhe em pedra Móveis artesanais Butiti Carnaúba Licuri Babaçú Ariri Taboa Outros, nomear:___________________
Nome do Artesão/Localidade
Nilcélio / São Desidério
Buriti Babaçú
Associação dos Trançadores da Ilha do Vitor Moradores do Povoado Vila Nova Conceição
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Bordados, Rendas e aproveitamento de tecidos
Metal
Adornos
Pintura
Papel Outros (nomear)
Renda de Bilro Renda Inglesa Outras rendas Redendê/Hardange Crivo/ bainha aberta Labitinto Richiliê Bordado Rococó Ponto Cruz Ponto Cheio Ponto atrás Crochê Outros pontos em bordado, nomear: Fuxico Retalhos Bonecas Confecção (Costura a maquina) Fladre Reciclagem de embalagem metálica Aluminio fundido Forja Mineral Orgânico (sementes) Miçangas Outros, nomear:___________________ Pintura em tecido Letrista Outro, nomear:____________________ Papel artesanal Dobraduras Outros Capim Dourado.
Ponto Cruz Geovânia Macedo Teixeira. Sede
Crochê Lenilda Batista dos Santos. Sede
Dona Lali . Sede SIM
Iriana Rocha
Miçangas sementes
Andréia Nunes - Sede
Letrista
Anézio da Rocha Oliveira – Sede
Papel artesanal
Iriana Rocha – Sede
SIM
Associação dos Trançadores da Ilha do Vitor
Lidiane Matos - Sede
MORADORES MAIS ANTIGOS Nome, idade, endereço e depoimento (se possível)
Sr. Manoel Rodrigues de Souza Idade 98 anos / End: Rua das Palmeiras. “Moro aqui desde me entendo por gente e afirmo que a Terra boa, boa mesmo” - disse o Sr. Manoel sorrindo. Olipio Neves de Oliveira Idade 85 anos / End: Rua Ministro Antônio Balbino. “Eu gosto tanto desta cidade que desde que nasci, só saio daqui a passeio e olhe lá” – disse o Sr. Olipio. FESTAS POPULARES Religiosas, populares, festas de padroeiro, jogos de vaquejadas etc.. Nome Data/Localidade
Janeiro: Evento: Folia de Reis Dia: 06/01 Outras informações: É ato popular natalino de evocação da visita dos três reis magos ao menino Jesus, com
apresentações de danças dramatizadas como o Terno de Reis e a chula. Os foliões fazem paradas em casas previamente escolhidas para cantorias em troca de comida e bebida. Evento: Trilha Ecológica Maestro Heliodoro Ribeiro Dia: 20/01 Outras informações: Realizada no afável, povoado do Canabravão, marca o encerramento da Folia de Reis, onde
os autos de natal “lapinha” são desmanchados. A amabilidade, e o forró marcam essa festa. overbrand
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Fevereiro: Evento: Aniversário da Cidade Data: 22/02 Outras informações: Aniversário de emancipação do município de São Desidério, é sempre comemorado com
grandes shows, eventos culturais e esportivos, o resgate da história municipal, é a tônica da comemoração. Evento: Rallye de Bike Data: 22/02 Outras informações: Manifestação em que um grande grupo de pessoas, devidamente uniformizadas, competem-
se montados em bicicletas, de regularidade e resistência em estrada de barro com duração mínima de 6 horas e percurso de 50 Km. Data Variável Evento: Lamentação Outras Informações: Tradição religiosa local revivida durante o período da quaresma, de participação essencialmente feminina, onde as mulheres usam manto branco emitindo lamentos em forma de cantigos e rezas, num trajeto que se inicia no cemitério e termina na igreja. Evento: Sexta – Feira Santa Paixão de Cristo Outras informações: Pessoas da comunidade, com trajes representativos da época reúnem-se na Sexta – feira Santa para apresentarão vivo a Paixão de Cristo. Sábado de Aleluia – Queima de Judas Outras informações: Manifestação em torno da figura de Judas, o traidor de Jesus. Consta de leitura de testamento jocoso, envolvendo as pessoas do município e posterior queima do boneco de palha, representando o Judas. Março: Evento: Rallye de Bike Feminino Data 08/03- Dia Internacional da Mulher Outras informações: Manifestação em que um grande grupo de pessoas, devidamente uniformizadas, montados
em bicicletas passeiam por uma trilha de regularidade e resistência em estrada de barro com duração mínima de 3 horas e percurso máximo de 20 km. Maio Evento: Festa de Santa Cruz Data: 03/05 Outras informações: Realizada anualmente, no povoado de Riacho Grande, onde os peregrinos fazem a subida do
morro da Santa Cruz para pagarem promessas e logo depois, se divertem na quermesse e no baile dançante. Junho: Evento: Vaquejada Data: 5,6 e 7 /06 Outras Informações: Evento realizado com a presença de vaqueiros da região encerrado com shows de grupos
musicais. Local Parque João Almeida – Paulista. Evento: São João Data: 23 e 24/06 Outras Informações: Durante quatro dias, um grande “arraia” no distrito de Sítio Grande, com fogueira, comidas
típicas, quermesse, dança de quadrilha e muito forró. Setembro: Evento: Pegada do Mastro Data: 1º Sábado Outras informações: A maior festa primitiva do país, parte integrante da Festa do Divino onde os homens da
cidade de São Desidério, vão buscar os mastro para hastearem as bandeiras de Nossa Senhora Aparecida e o Divino Imperador. Tambores rústicos e gaitas de taboca dão o tom dessa festa, quando os reiseiros executam canções centenárias, misturando latim ao português, e os foliões se põem a sambar, numa coreografia tribal. overbrand
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Um cordelista local assim a definiu: “A PEGADA DO MASTRO FESTA DE MUITO LOUVOR HOMENAGEIA NOSSA SENHORA APARECIDA E O DIVINO IMPERADOR SANTOS QUE A POPULAÇÃO DA CIDADE VENERAM COM AMOR OS ORGANIZADORES DA FESTA SEGUEM UMA TRADIÇÃO CADA UM PASSA A SER CHAMADO DE CAPITÃO QUE SÃO OS RESPONSÁVEIS POR TODA COMEMORAÇÃO NO PRIMEIRO SÁBADO DE AGOSTO OS CAPITÃES, OS MASTROS VÃO CORTAR E NO PRIMEIRO SÁBADO DE SETEMBRO O POVO VAI PEGAR COM MUITA CACHAÇA E COMIDA COM SAMBA PARA DANÇAR ESTA FESTA TRADICIONAL O POVO RESPEITA COM FÉ UMA PELEJA SÓ PRA HOMENS PROIBIDA PARA MULHER MANTER A TRADIÇÃO E PRESERVAR A CULTURA COMO ELA É”
Evento: Festa do Divino e da Padroeira Nossa Senhora Aparecida Data: 19/09 Outras informações: Festa centenária, em São Desidério, que usando datas excepcionais, já que o Divino é
comemorado no mês de junho e nossa Senhora no dia 12 de outubro, em todos os lugares do Brasil. Segundo um historiador local, essas datas foram alteradas, em função da inexistência de padres, uma vez que somente um padre tinha que cobrir uma vasta área; celebrando todos os dias santos e festas numa única data. A data resistiu, hoje a festa é marcada por uma fantástica Alvorada festiva, que percorre toda a cidade com uma orquestra, que começa ainda de madrugada e só pára às 08:00 hs, com muita batida e farofa. A escolha do imperador e sua corte do ano seguinte, são feitas durante a missa do dia 20. Em seguida à transmissão da coroa, uma farta ceia se inicia na casa do então Imperador, com muita música e dança, se arrastando por todo o dia. Evento: Festa da Paz Data: 16,17 e 18/09 Outras informações: Um carnaval fora de época, a maior e melhor micareta da região que durante os três dias de
festa, a cidade de São Desidério, recebe turistas oriundos de toda a região oeste, Brasília, Goiânia e Tocantins. O coliseu da Paz a maior área de show do Oeste da Bahia, se transforma numa apoteose gigantesca, um show de alegria e segurança. Com grandes atrações de renome nacional e internacional, esse evento é a maior atração festiva do município. Evento: Rallye do Jegue Data: 20/09 Outras Informações: Manifestação em que um grande grupo de homens, devidamente enfeitados, competem-se
montados em jegues, o circuito é em estrada de chão com duração mínima de 5 horas e o percurso máximo de 13 Km.
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FOLGUEDOS Danças,quais são os ritmos e como são suas vestimentas? Quando se apresentam? Quem são os responsáveis? Aonde ocorre?
Quadrilhas – xote, baião, forró – vestidos típicos com muito tecido e detalhes diversos, coloridos, para a mulher. Calça, camisa quadriculada e chapéu. Responsável – Kédyma Maria de Oliveira. Apresentam nas festas de São João, no distrito do Sítio Grande. Samba de Reis – vestimentas típicas. Eles se apresentam no dia 06 de janeiro- Responsável- a comunidade. Saem de casa em casa, sambando ao som de canções centenárias, misturando latim ao português, utilizando tambores rústicos e gaitas feitas de taboca, e os foliões se põem a sambar, numa coreografia tribal. CANTIGAS, ABOIOS E VERSOS (Origem, função, e transcrição, escrever a letra de alguns exemplos)
As canções e versos têm origem romântica ou histórica, e geralmente serve para relatar fatos vividos no ou pelo município. Algumas aclamam o município de São Desidério, apresenta uma linguagem simples cotidiana, mas traz informações aos que nada desta terra não conhecem ou os que aqui nasceram recentemente. Os artistas são pessoas comuns, porém com uma sabedoria enorme, são eles: Aldair Pereira dos Santos, Demosthénes da Silva Nunes Júnior, entre outros. ARQUITETURA (Exemplos, estilos, técnicas função) registro fotográfico. Quais são as construções mais antigas e que são também pontos de referencias tradicionais?
Barragem de São (Francisco) Desidério - Arquitetura Civil. Localizada dentro da cidade na Av. Valério de Brito. Uma barragem grande. Comporta um bom volume de água utilizada para a irrigação e fazer. Cristo Redentor – Localizado no Alto do Cristo, Centro. Ponto de Turismo religioso, uma construção de 12 metros de altura semelhante ao do Rio de Janeiro. CULINÁRIA Produtos, pratos típicos, receitas etc...
Rubacão: Mistura de arroz com feijão gurutuba, com um leve toque de pimenta com cortado de carne, cheiro verde e legumes. Mocotó: Mocotó de boi com buchada fortemente temperada pimenta a gosto. (prato (feito) perfeito para quem quer se livrar daquela ressaca). Pirão da mulher parida: Galinha caipira com tempero inconfundível oferecido as mulheres de resguardo. Cortado de banana: Mistura de bananas verdes cortadas com carne moída, temperos com cominho, cheiro verde e sal com alho. Feijão Tropeiro: Feijão gurutuba feito em farofa com bastante cheiro verde. Cortado de arroz: Arroz cozido com carne seca. Piché: Visualmente se parece um pouco com a Paçoca, ele tem propriedades afrodisíacas e fortalecedoras, apresentando na sua composição: pó de guaraná, rapadura, amendoim, gergelim e mais ingredientes secretos. OUTROS (Quais sãos as Feiras mais importantes do município? Quais os dias em que ocorrem?Quais são as lendas que se contam no município? Descreve-las, Quais são as ervas mais empregadas para remédios e chás? Fatos e figuras pitorescas)
Expocoton: Ocorre geralmente no mês de agosto nos dias 18,19 e 20 no distrito de Roda Velha. As lendas contadas são a do lobisomem, é uma estória de que um filho excomungado pelos pais nas noites de lua cheia, transforma-se em um bicho cabeludo, emitindo uivos horrorosos até que ocorra a mudança da fase da lua. Caipora - Representado por um pequeno índio, negro, ágil que fuma cachimbo e reina sobre tudo o que existe na mata. Quem o encontra fica infeliz nos negócios e em tudo o que empreende. Cavalga porco – do – mato , espécie de javali e agitando um galho de japecanga. Pode ser um caboclinho da mata, compadres encantadores e rastro redondo e um olho só no meio da testa. O caipora, através do contato do focinho do porco que cavalga , da vara de ferrão, do galho de japecanga ou de uma simples ordem verbal, pode ressuscitar os animais mortos sem sua permissão, apavorando os caçadores e acoando os cachorros que os acompanham sempre. Para agradá-lo, os caçadores oferecem fumo e pinga para que possam caçar sossegados. O caipora foge instintivamente da claridade. E um gênio da floresta quase igual ao Curupira e ao Saci – Pererê é mais conhecido como o Pai da Mata. Nego d´água – É forte e tem a cabeça pelada, ataca os banhistas noturnos que se aproximam das barragens. Ele overbrand
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vive nas águas do rio e sai para pedir fumo e fazer batuque nas proas das canoas, sujando as roupas dos varais. Se nada recebe, ele se zanga e leva moças para o fundo do rio. Diz a lenda que quem chegar a ver um Nego D´água será feliz para sempre. Chá de erva-cidreira, capim santo, poeijó, eucalipto, alfavaca, manjericão, alho com limão, serve no combate de gripes e resfriados. Já o sumo do boldo, alumã, sete – dores servem para problemas intestinais. CICLOS E ATIVIDADES (cotidiano domestico, culturas e criações, períodos de plantar e de colher, períodos de chuvas e cheias etc.....)
O povo deste município ainda vive à moda antiga, trabalha o dia todo e à noite, senta na calçada de frente a casa e ali tomando café e jogando conversa fora fica até altas horas. No domingo, ir a missa é um fato certo, pois é um povo religioso, e que tem muita fé e devoção pelo Divino e Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Município. É um povo trabalhador, no qual muitos ainda vivem da plantação, trabalham nas “roças” próprias, cultivando o feijão, mandioca, milho, hortaliças e frutas. Outros têm criações, como galinhas, porcos, bois e vacas, cabras e peixes criados em tanques. Muitos produzem estes alimentos e criam estes animais para comercializar e já outros somente para a sua subsistência. Como é um povo simples, ainda tem muitas crendices e acreditam em mitos e lendas. Como por exemplo: só plantam ou cortam o cabelo (mulher) quando a lua está boa, como dizem. Tem a época certa para plantar e colher. Planta-se geralmente a partir do mês de setembro, no qual deste mês até março são constantes as chuvas e cheias. As colheitas são feitas a partir do mês de janeiro. BIOMA Flora (Flores mais comuns, árvores e frutas da região)
Flor do cerrado, Ipê (roxo, amarelo e branco), Orquídea, Bromélia, Caju, Pequi, Cajaiba, Pitomba, Barriguda, Mutamba, Jatobá, Timbó, Caroba, Pau jacaré, Pau ferro, Cipó de Imbé, Pau d´Óleo, Imbiruçu, Angico, Baraúna, Bacupari, Juazeiro, Sibipiruna, Barbatimão, Mussambé.
Fauna (animais do cerrado que ocorrem no município; pássaros, peixes etc...)
Animais: Cobras (várias espécies), Onça pintada, Lobo – Guará, Tatu, Ema, Tamanduá, Calango, Preá, Cachorro – do – mato, Veado – campeiro, Camaleão, Jacaré, Anta. Pássaros: Gavião, Siriema, Tucano, Papagaio, Periquito. Peixes: Piranha, Pacu, Curimatã, Piau, Dourado, Teiú.
GEOGRAFIA Pontos de referência geográfico e natural, locais com vistas e mirantes naturais, locais de destaque pela beleza etc... (rios, vales, montanhas etc..)
Ilha do Rio Grande Ilha do Alvino Rios – são 24 rios perenes Principais: Rio Grande, Rio das Fêmeas, Rio Desidério, Rio Roda Velha. Rio Galheirão, Rio do Nado. Quedas d´água Cachoeira de hidromassagem Lagos e lagoas Lago do Cruzeiro Lagoa Azul Grutas e Cavernas Gruta Manoel Lopes Gruta das Pedras Brilhantes Gruta da Purpurina Buraco do Inferno da Gruta do Sucupira Buraco do Inferno da Lagoa do Cemitério overbrand
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Gruta do Picho Seco Grutão da Beleza Garganta do Bacupari Buraco da Sopradeira Morro dos Tapuias Morro da Palmeira Paredão do Sítio “Deus me livre” Paredão da Gruta do Catão Paredão da Gruta do Lapão Paredão do Fervedouro Sumidouro Pedra do Pescoço Pedra do Santo Parque Municipal da Lagoa Azul EQUIPAMENTOS E AGENDA DE EVENTOS CULTURAIS Teatros, museus, bibliotecas, centro de cultura etc... Existe uma agenda oficial com eventos culturais no município?Sim ( ) Não ( ) .Se houver anexar.
Biblioteca Dom Ricardo Wemberg End: Praça Juarez de Souza – s/n°. Total do acervo (volumes): 1500 Auditório Manoel Rodrigues de Carvalho End: Praça Emerson Barbosa – nº 01 – Centro. Centro Cultural Celso Barbosa End: Rua Dr. Valério de Brito – s/n° – Centro. LAZER Espaços e eventos para lazer da população local
Estádio de Futebol End. Rua do estádio – s/n° Bairro Felisberto dos Anjos. CESSD - Clube Esportivo e Social de São Desidério End. Saída para Barreiras, BR 135 – Km 01 – horário de funcionamento: sexta a domingo das 12 hs às 17hs. AABB – Associação Atlética do Banco do Brasil. End. BR 135 Km 08 São Desidério / Barreiras. Funcionamento: Sexta a domingo das 08 às 17hs.
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Anexo 3 : Marca
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