Quando vamos aprender a medir? Moacir Durães Especialista em Turismo Setorial e Territorial
O físico irlandês do Século XIX chamado William Thomson (o famoso Lorde Kelvin – o pai do zero absoluto) redigiu este texto, que tanto utilizamos, mas ainda pouco aplicamos: “Aquilo que não se pode medir, não se pode melhorar”. O sentido do texto era a de estabelecer melhorias nos processos ou nos sistemas... Peter Drucker, em seguida, turbinou a mesma, com a máxima: “Se você não pode medir, você não pode gerenciar”. Desde então, essas frases do século passado, refletem em mim uma indignação quando tratamos de gestão pública, principalmente no que se refere à atividade econômica do turismo capixaba. É impressionante o descaso com os fatos e medidas de então, seja em porcentagem, volume, números de erros, etc. E ademais desempenho não deve ser avaliado por julgamentos rápidos como, por exemplo: excelente, muito bom, regular, ruim, muito satisfeito, satisfeito e insatisfeito... O turismo no litoral do ES, que em sua maioria é explorado pelo segmento de Turismo de Sol e Praia, na alta estação, são objetivos de milhares de turistas ou veranistas de outros estados e que não importa também que seja do ES. Bom, mas representa uma convergência de capixabas se deslocando para esses balneários para ali desfrutarem suas férias de verão. E aí caímos na mesmice dos noticiários e comentários de plantão, tais como: A crise é nacional..., A barragem de Mariana nos prejudicou..., As chuvas temporais espantaram os turistas..., Férias curtas devido ao ano escolar... A taxa de ocupação não foi boa... E por aí vai, por todos os cantos é uma choradeira geral. Recentemente, fiz uma provocação num grupo móbile-social, buscando informações sobre a atividade econômica do trade turístico neste período. Estive à procura de números dos municípios litorâneos de norte a sul, que promoveram eventos e mais eventos, a fim de conhecer os reflexos na economia local até mesmo para que pudessem justificar aos Executivos Municipais, sobre a importância do giro de capital vindo de fora. E que com isso, possam ampliar o orçamento anual da secretaria. Mas pelo visto, não foram realizados esses levantamentos, à exceção da Prefeitura de Vitória, através do seu Observatório de Turismo, que apresentou um infográfico sobre Turismo Náutico (Cruzeiro MS Maasdam que atracou em Vitória no dia 03 de fevereiro trazendo 1.050 turistas e 556 tripulantes de mais de 28 nações diferentes) e o Carnaval Capixaba. O que se pode perceber é que não houve intenção, dos gestores municipais, de medir esses movimentos neste período, pelo menos até agora, não estão sendo apresentados. Em se tratando do bloco empresarial, nada até o momento foi exposto, com destaque apenas para a reclamação dos empresários hoteleiros de Guarapari, pela baixa ocupação apresentada, no período. Algumas exceções,