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Moara Brasil (Belém/ PA, 1983) - De ascendência indígena, sua poética se desenvolve, sobretudo, em torno dos costumes, da cultura, da música, dos mitos, das lendas e da natureza da sua região amazônica. A Amazônia, bem como todas as riquezas culturais e naturais do Brasil, é fonte de sua maior inspiração, sobretudo os mitos e lendas que envolvem esse mundo encantado e maravilhoso. Sempre busca expressar a fantasia e realidade da fauna e flora brasileira. Animais exóticos, flores fantásticas, e cores deslumbrantes, despertam a criatividade da artista, lhe permitindo criar e recriar o novo em suas ilustrações, e transitar entre o real e o imaginário. Recentemente, realizou na Galeria Sala a sua exposição individual “Ameríndios", sob orientação da artista Catarina Gushiken e curadoria de Mariana Nassif, um trabalho resultante de 2 anos de estudos práticos na escola Sala Ilustrada (São Paulo - SP). Expressa suas pinturas e ilustrações por meio de vários suportes (telas, papéis, parede, roupas e objetos diversos) e tem conhecimento, entre outros, da técnica mista para desenvolver suas obras . Em 2014 foi uma das finalistas do concurso Art Battle Brasil, e consequentemente seu trabalho chamou a atenção da Rede Globo, o que resultou em convite para pintar ao vivo no programa “Encontro com Fátima Bernardes”. Atualmente é integrante da equipe de artistas do grupo “Art Battle Brasil”. Moara Brasil participa de exposições diversas, bem como ministra oficinas de ilustração em Belém e em São Paulo. Formação Processo Criativo, Sala Ilustrada - SP Comunicação, UFPA- PA Exposição Individual 2015 Setembro/Outubro - Hotel Pullman Ibirapuera “Brasilidade na tela- Lendas de Ameríndio” Julho/Agosto - Galeria Sala “Ameríndios” Exposições Coletivas 2015 Mono Galeria- Superlof 2014 Exposição Coletiva do “Menos 30” na Pinacoteca de São Paulo - SP Exposição Coletiva do “Menos 30” na Fundição Progresso do Rio de Janeiro - RJ
TEXTO CRÌTICO EXPOSIÇÃO “Brasilidade na tela- Lendas de Ameríndio” Socorro Brasil Nessa exposição a artista teve como inspiração o universo fantástico e encantado das lendas e mitos indígenas. Seu trabalho busca resgatar um pouco do que perpassa no imaginário do folclore brasileiro. Moara Brasil mergulha onde habitam criaturas que só sobrevivem na memória do povo brasileiro, pois ainda persistem, mesmo sob a violenta invasão do urbano, como o “Murucututu”, coruja considerada a mãe do sono, cantada por muitos nas canções de ninar: “Murucututu me empresta o teu sono para fazer esse menino dormir...”. Moara Brasil nos traz os sonhos e superstições adormecidas, mas que ainda se contam, se cantam e encantam a nossa história, embalando docemente o despertar de nossas origens. Ela apresenta, em sua exposição, 6 telas pintadas com spray, acrílica e nanquim, reconstruindo as criaturas que povoam o imaginário popular, se inspirando no "Aruanã", a lenda do peixe sonhador; no "Uirapuru", a lenda do pássaro que tem o canto mais belo da floresta; no "Anhangá", considerado o deus da caça e do campo, que protege os animais dos caçadores; no “Jurupari”, a lenda do surgimento do "Guaraná"; no “Cauré”, pequeno falconídeo hipnotizador, símbolo de fortuna e felicidade; e no "Murucututu", espírito “mãe do sono”, a coruja que empresta o sono para as crianças dormirem. A artista busca expressar em suas obras que ainda é possível preservar as nossas raízes culturais, pois a todo tempo ainda sobrevive entre nós os que acreditam nos deuses e demônios das florestas, nas histórias fantásticas que povoam o nosso imaginário e buscam explicar o mais inexplicável dos fatos vividos por todos nas grandes cidades. A artista entende que ao permitir que desapareçam as crenças populares, estaremos contribuindo para o fim e degeneração da nossa própria cultura. As obras da artista são inspiradas lá no meio das matas, e ilustram as metamorfoses de gente em bicho, e de bicho em gente, traduzindo as histórias que falam no poder de pessoas em invocar as mais diversas entidades e espíritos protetores das florestas, com o único fim de nos ajudar a sobrevivermos no cotidiano urbano, e acalentar nossas crenças em nossas fantasias e superstições, tornando a nossa realidade mais aceitável.
Título: Beija-Flor de Gravata Vermelha Tamanho: 113 x 77 cm Técnica: Nanquim, Spray e Acrílica.
Título: Libélula Tamanho: 113 x 77 cm Técnica: Nanquim, Carvão, Spray e Acrílica.
Título: Tesourinha Tamanho: 113 x 77 cm Técnica: Nanquim, Spray e Acrílica.
Título: Aruanã II Tamanho: 70 x 80 cm Técnica: Nanquim, Spray e Acrílica.
Título: A Lenda do Murucututu Tamanho: 50 x 70 cm Técnica: Nanquim, Spray e Acrílica.
Título: A Lenda do Uirapuru Tamanho: 100 x 148 cm Técnica: Nanquim, Spray e Acrílica.
Título: A Lenda do Guaraná Tamanho: 100 x 148 cm Técnica: Nanquim, Spray e Acrílica.
Título: Aruanã Tamanho: 60 x 80 cm Técnica: Nanquim, Spray e Acrílica.
Título: Anhangá Tamanho: 68 x 97cm Técnica: Nanquim, Spray e Acrílica.
Título: Cauré Tamanho: 68 x 97cm Técnica: Nanquim, Spray e Acrílica.
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