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Projeto Tuíra

Asuriní Memórias de um povo invisível


Resumo do projeto O Projeto “Tuíra” visa valorizar e preservar a cultura dos povos indígenas, especificamente do povo Asuriní do Trocará (Tucuruí-PA), por meio do registro de vivências mútuas entre os artistas e os Asuriní. Busca fomentar a pesquisa e a produção da arte contemporânea brasileira com a documentação do acervo relacionado à arte do povo Asuriní, a ser produzido de forma coletiva entre indígenas, artistas plásticos, escritores e pesquisadores.

palavras-chave: identidade, cultura, conexão, raízes, origens, etnicidade, ameríndios, resgate da memória, Asuriní do Trocará


Etapas Esperam-se resultados positivos para a aldeia, com o incentivo a economia criativa e promoção de valores culturais. O projeto se divide em cinco etapas:

1. Vivência:

Um coletivo de artistas terá contato com a aldeia Asuriní da Reserva do Trocará - pelo período de 1 (um) mês. Esta fase consiste em uma troca de experiências entre artistas, a aldeia do Trocará, e a cidade de Tucuruí- PA. A vivência permitirá, em primeiro plano, um novo olhar artístico para as questões indígenas atuais com: a Oficina sobre a língua materna Asuriní para os artistas: com prática dos ensinamentos na rádio Asuriní; B Imersão Criativa a partir de desenhos com a comunidade indígena: incentivada pelos artistas plásticos, incluindo o uso de materiais naturais (carvão, jenipapo);


C Noções básicas de fotografia para os indígenas: ministrada pelo fotógrafo Renato Soares, especialista em documentação da cultura D Muralismo na cidade de Tucuruí com artistas visuais e participação dos Asuriní; E Intervenção artística na aldeia: os artistas farão um convite aos indígenas para juntos, realizarem a intervenção. F Produção de vídeos registrando a vivência, intervenção artística na aldeia e na cidade. G Sons da aldeia: captação dos sons produzidos na aldeia; H Workshop sobre Economia criativa.

2. Desenvolvimento:

Posteriormente, na cidade de São Paulo, os integrantes da vivência desenvolverão durante 3 meses, junto a curadores, diversas linguagens artísticas a partir dos registros da vivência para uma exposição;

3. produção:

Edição dos vídeos coletados; programação de um website para a divulgação dos resultados do projeto; tradução do website; edição e impressão de um livro-objeto que incorpore a pesquisa e a criação artística do coletivo, assim como os significados dos grafismos Asuriní coletados pelo Cacique Puraké; muralismo de divulgação em São Paulo com criação de vídeo deste processo; curadoria das obras dos artistas; montagem e instalação artística da exposição;

4. exposição:

Coquetel de abertura da exposição com a participação dos representantes Asuriní; leilão de uma foto de Renato Soares; instalação artística do coletivo e dos desenhos dos Asuriní produzidos durante a vivência.

5. retorno:

A artista Moara Brasil apresentará para os indígenas os resultados e a repercussão obtidos com a exposição artística e um profissional convidado facilitará um workshop de economia criativa e sustentável para instigar no povoado o comércio sustentável de seus artesanatos. Ação de lambe-lambe na cidade de Tucuruí.


Projeto Tuíra

1. Vivência

2. Desenvolvimento

3. Produção

4. Exposição

5. Retorno

1.1. Oficina sobre

2.1. Integrantes da

3.1. Edição de vídeos

4.1. Coquetel de

5.1. Apresentação pela

a língua materna

vivência desenvolverão

coletados

abertura da exposição

Moara Brasil aos

Asuriní para

durante 3 meses junto

os artistas

aos curadores diversas linguagens artísticas

indígenas dos 3.2. Programação

4.2. Leilão de uma foto

do website para a

de Renato Soares

1.2. Imersão criativa

divulgação

a partir de desenhos

e documentação

com a comunidade

do processo e dos

indígena

resultados do projeto

1.3. Noções básicas

3.3. Tradução do

de fotografia para

material para o website

os indígenas

de um livro-objeto

cidade de Tucuruí com artistas visuais e participação Asuriní

3.5. Muralismo em São Paulo para divulgação, com vídeo do processo

1.5. Intervenção artística na aldeia

3.6. Curadoria das obras

junto aos Asuriní

dos artistas

1.6. Produção de vídeos de registros da vivência e das ações artísticas

1.7. Sons da Aldeia: Captação dos sons produzidos na aldeia

1.8. Palestra de Economia Criativa

5.2. Facilitação de uma 4.3. Instalação artística das produções obtidas na vivência

oficina de Economia Criativa ao povo Asuriní por um profissional convidado

5.3. Ação de lambe-lambe

3.4. Edição e impressão 1.4. Muralismo na

resultados obtidos

3.7. Montagem e instalação artística da exposição


Justificativa O povo Asuriní do Tocantins são ameríndios da família linguística Tupi-Guarani, e atualmente dois grupos residem nesta aldeia: os Pacajá e os Asuriní. Este povo já esteve reduzido a 30 indivíduos, e hoje essa população está estimada em torno de 600 índios que residem em casas de alvenaria, conforme verificado pela artista Moara Brasil. O projeto Tuíra surgiu a partir da sua visita à aldeia Asuriní em Tucuruí, Pará, em janeiro/2015. Dentre outros aspectos, o que mais motivou-a a dar início ao projeto foi a entrevista com o Cacique Puraké ao ouvi-lo sobre as dificuldades que a aldeia tem enfrentado a partir da instalação da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, nos anos de 1950 e a inexistência de um Pajé na aldeia, desde 1999. Após esse primeiro contato, a artista iniciou um estudo sobre a história dos Asuriní, pesquisando trabalhos realizados por antropólogos, dentre os quais destaca Lúcia


Andrade, com seu artigo “A Marca dos Tempos: identidade, estrutura e mudança entre os Asuriní do Trocará”, publicado no livro Grafismo Indígena (Vidal, Lux: 1992); e o projeto piloto do Laboratório de Línguas Indígenas da UNB (Universidade Federal de Brasília) – “Contribuições para o Inventário da Língua Asuriní do Tocantins” - livro que lhe foi presenteado pelo próprio Cacique Puraké, quando da visita à tribo. Estudos de Lúcia Andrade¹, ainda verificam que a pintura do povo Asuriní sofreu algumas modificações de representação cultural ao longo dos tempos. Atualmente, conforme a pesquisa da antropóloga, os Asuriní raramente se pintam, e só o fazem em situações especiais como rituais de luto/morte, e em algumas ocasiões como menstruação, ou em situações atribuídas ao sobrenatural. O projeto piloto do Laboratório de Línguas Indígenas (UNB) relata sobre algumas transformações sociais evidentes a serem consideradas aqui, haja vista serem determinantes na perda de identidade do povo Asuriní: existe uma ocupação no entorno da reserva e assentamentos desordenados; acesso de pessoas estranhas à terra indígena; conflitos com fazendeiros; alcoolismo e tabagismo na tribo; prostituição; facilidade de crédito para aquisição de bens de consumo; casamento com não-índios; entre outros; alteração das águas do Rio Tocantins, com redução de espécies de peixe da região, que provocaram mudanças de hábitos alimentares.

O projeto Tuíra é uma parceria entre os Asuriní e artistas, e buscará recursos e apoio também pela prefeitura de Tucuruí e o valor das obras dos artistas visuais será revertida para o apoio na escola Asurini.

Tais impactos propiciam - além da substituição da língua nativa pelo português - mudanças de costumes, hábitos, crenças, valores, disseminação de diversas doenças, incluindo as sexualmente transmissíveis, que agravam os problemas de saúde da aldeia. Estes aspectos impactantes, a exemplo do que hoje vivenciam os Asuriní, estimulam algumas poucas iniciativas em defesa dos povos indígenas e de sua cultura como um todo e substanciam a justificativa deste projeto. Deste modo, pretendemos provocar o sentimento de unidade dentre este povo afim de evitar sua invisibilidade cultural, a partir de uma iniciativa colaborativa que resulte, dentre outros aspectos, num apoio à economia criativa indígena, além de benefícios culturais e sociais. Haverá o intercâmbio de experiências culturais, preservação da memória por meio de referencial bibliográfico da cultura Asuriní, um acervo online, incentivo ao ensino da língua Asurini e, portanto, da valorização de uma perspectiva ameríndia, o que atrairá a atenção da mídia com abrangência nacional e internacional. Com a exposição, São Paulo terá a oportunidade de conhecer a cultura Asuriní e despertar visão crítica sobre o contexto indígena; as escolas de Tucuruí ganharão um livro-objeto sobre a vivência.


Informações Gerais Missão

O Projeto “Tuíra” visa valorizar e preservar a cultura dos povos indígenas, especificamente do povo Asuriní do Trocará (Tucuruí-PA), por meio de vivências mútuas entre os artistas e os Asuriní. Busca fomentar a pesquisa e a produção da arte contemporânea brasileira com a documentação do acervo relacionado à arte do povo Asuriní, a ser produzido de forma coletiva entre indígenas, artistas plásticos, escritores e pesquisadores. Esperam-se resultados positivos para a aldeia, com o incentivo a economia criativa e promoção de valores culturais.

características do acervo/ documentação

O acervo expositivo será produzido com o trabalho colaborativo entre indígenas, artistas visuais, escritores, pesquisadores. Para a exposição temporária e arquivo permanente, teremos trabalhos em papel (fotografia, desenhos, gravuras, estudos); trabalhos em arquivos eletrônicos (áudio/vídeo/etc) e objetos. Todo este arquivo estará disponível em website e no


livro- objeto. Será um local para consulta e referência da arte e cultura brasileira. Os artistas escolhidos para este projeto terão acompanhamento curatorial e produzirão obras a partir deste eixo-temático: Renato Soares (BH) –fotógrafo e documentarista da arte e cultura brasileiras, em especial a indígena. Fotografia e vídeos. Moara Brasil (PA) - Artista plástica e engajada na arte/cultura indígenas. Desenhos. Coordenação da vivência. Thiago Consp (SP) – Artista Plástico. Pinturas, desenhos. Samuel Luis Borges (SP) – Artista Plástico e poeta. Desenhos, poemas; Kalil Gaby (PA): Arquiteto e artista visual. Vídeo, desenhos. Nicolas Brandão (SP) – Jornalista. Poemas, publicações, textos. Sattu Rodrigues (BH) - Ilustrador. Pinturas e desenhos. Dornélio da Silva Filho (PA) – Músico. Sons da aldeia. Luiís Moraes (PA): Música. Sons da aldeia. Lorena Montenegro (PA)- Roteiro e Vídeo. Indígenas Asuriní (PA) – Desenhos/música. São curadores convidados: Ananda Carvalho (SP): Crítica de arte, curadora, professora e Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Curadoria; Mariana Nacif (SP): Curadoria e tradução. Mila Fraga (PA): Designer Gráfico e Digital. Identidade Visual, Webdesign e Editorial. Idealização do projeto: Moara Brasil (PA) Coordenação do projeto: Moara Brasil (PA) e Mila Fraga (PA) Cordenadores locais: *Durante a vivência será registrada toda a experiência

Cacique Puraké Asuriní (Trocará); Oliveira Asuriní (Trocará);

diária em formato de blog pelos artistas.

Bruno (FUNAI).


local da vivência

local de exposição

Recursos humanos para a realização da exposição

Principais atividades que serão exercidas pelo Projeto Tuíra

Tucuruí (PA) / Aldeia Trocará.

Rua (em aberto) Estúdio Lâmina (em aberto)

1 coordenador geral 2 curadores 1 galerino 2 serviço geral 1 segurança Gastrônoma 1 garçom Atuar no intercâmbio artístico entre a aldeia e os artistas do projeto. Constituir acervo Desenvolver pesquisa Promover e incentivar oficina da língua asuriní para os integrantes da vivência Publicação na web e divulgação das atividades executadas -Produção de livro-objeto com a documentação da vivência e catálogo dos grafismos asuriní Promover ações artísticas (muralismo e lambe-lambe) na aldeia e na cidade de Tucuruí com os seus integrantes. Muralismo em São Paulo Promover palestra dos Asuriní em São Paulo. Promover exposição em São Paulo tanto na rua como em ambiente fechado. Promover vídeos de todo o processo criativo e da vivência para publicar na web.

Principais linhas de pesquisa

Arte ameríndia/grafismos Asuriní Impacto da Usina Hidrelétrica de Tucuruí na aldeia Asurini; Tradições, cultura, identidade, organização social, modo de vida e língua Asurini.


benefícios culturais

Intercâmbio de experiências culturais; A internet ganha um espaço de pesquisa e memória sobre a história dos ameríndios brasileiros a partir da perspectiva de indígenas e artistas contemporâneos; Incentivo ao ensino da língua Asuriní; Referencial bibliográfico sobre a cultura Asuriní; São Paulo terá oportunidade de conhecer a cultura Asuriní. Doação do livro-objeto para as escolas de Tucuruí.

benefícios sociais

benefícios econômicos

Exposição da realidade Asurini para a população urbana; Estímulo de visão crítica pela população no que se refere ao contexto indígena contemporâneo.

Tal iniciativa atrairá tanto um público nacional como internacional e atenção da mídia; Incentivo à produção de arte contemporânea brasileira como um campo de trabalho; Incentivo à economia criativa para a aldeia.


Equipe Renato Soares (BH) – Fotógrafo e documentarista da arte e cultura brasileiras. Desde 1986 percorre regiões insólitas do território nacional para registrar grupos étnicos com seus ritos e costumes; o povo de cada canto no caldeirão de raças e tradições do País. O gosto pela Arqueologia e Museologia foi uma conseqüência natural de uma ligação íntima com os povos indígenas, principalmente nas regiões Norte e Centro-oeste do Brasil, onde esteve por diversas vezes, e que resultou no livro “Krahô, os Filhos da Terra” 1994. “Entre os trabalhos de museologia, destacam-se as publicações dos livros: “Pavilhão da Criatividade da Fundação Memorial da América Latina” – SP 1999, e Sondagem na Alma do Povo” – Acervo de Arte Popular Brasileira do Museu Edison Carneiro – RJ 2005.Desenvolveu grande pesquisa em Minas Gerais sobre a arte religiosa de Mestre Athaíde. No Amazonas, trabalhou junto ao Departamento de Medicina Tropical do Instituto


Oswaldo Cruz, que investiga a endemia da Doença de Chagas na região do Alto e Médio Rio Negro. É colaborador da “Scientific American” Brasil e atualmente tem publicado em revistas de grande expressão editorial, como a National Geographic. Suas imagens da biodiversidade amazônica e de rituais indígenas ganharam o mundo, por meio das exposições Amazônia Brasil - Palais de la Découvert - A Espace Amazonie e a Réalité et Futur... Ano do Brasil na França - Paris, e O Último Kuarup (Xingu) mostra de painéis fotográficos sobre o Kuarup do sertanista Orlando Villas Bôas, em Los Angeles - 2005. No Brasil, a mesma exposição esteve no MASP, Museu de Arte de São Paulo, por ocasião do lançamento do livro póstumo de memórias “Orlando Villas Bôas - Histórias e Causos” 2005. Nos últimos dez anos, dedicou-se a um projeto pessoal: mostrar a geografia e a cultura de uma região particular no sul de Minas Gerais, resultando no livro “Mar de Minas”. Atualmente esta apresentando em todas as capitais brasileiras a exposição “Kuarup – A ultima viagem de Orlando Villas Bôas”. Com patrocínio da Petrobrás, a mostra esteve também no exterior no evento Expressions of Brazil em Toronto, Canadá.

Moara Brasil (PA) - Artista Plástica / Idealizadora e Coordenadora do Projeto Tuíra Paraense, com família mocoronga (Santarém) de onde tem sua forte ascendência indígena. A artista Moara Brasil desde 2013 busca conectar-se com suas raízes indígenas, iniciou sua primeira pesquisa em janeiro/2015 na aldeia Asuriní do Trocará (Tucuruí-PA) para buscar inspiração em seus trabalhos artísticos. Recentemente (Outubro/Novembro/Dezembro de 2015) fez sua exposição individual “Lendas de Ameríndio” no projeto “Brasilidade na tela” - no hotel Pullman Ibirapuera e no Pullman Vila Olímpia, em São Paulo. Também realizou a exposição “Ameríndios” na Galeria Sala, sob orientação da artista Catarina Gushiken e curadoria de Mariana Nacif, um trabalho resultante de 2 anos de estudos práticos na escola Sala Ilustrada (São Paulo - SP). Atualmente desenvolve pinturas e ilustrações em vários suportes (telas, papéis,parede, roupas e objetos) em técnicas mistas e constrói sua poética com inspiração da cultura ameríndia da Amazônia, também realiza oficinas de imersão criativa em ilustração. É formada em Comunicação Social pela UFPA.

Mariana Nacif Mendes (SP). Curadoria/Tradução. Viveu nos EUA durante 23 anos, onde se formou em Arte e Cultura Visual pela Faculdade Bates, no estado de Maine. Fluente em Inglês, Português e Espanhol descobriu a paixão por tradução no intercâmbio cultural que compõe sua própria vida estudantil e profissional. Em 2013, retornou


a São Paulo e durante pouco mais de um ano, gerenciou a galeria de arte francesa Carré D’Artistes. Desde então, tem se dedicado a traduções de exposições, mostras e catálogos de arte para instituições culturais, havendo encontrado nisso uma forma de aproximar estrangeiros da cultura brasileira que sempre a fascinou. Atualmente tem buscado extender seu alcance técnico dedicando-se ao Programa Formativo para Tradutores Literários da Casa Guilherme de Almeida, na busca por transmitir cada vez melhor as nuanças linguísticas e culturais de sua terra natal.

Ananda Carvalho – Curadoria. É crítica de arte, curadora, professora e Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP (com pesquisa sobre os procedimentos curatoriais em exposições de arte contemporânea). Acompanha artistas, escreve, pesquisa e produz curadorias em arte contemporânea desde 2009. Foi curadora das exposições toque-me (Funarte – Brasília, 2015), Arte Performativa (OMA Galeria, 2015), Performatividade|Memória (Paço das Artes, 2014), Quintal de Fábrica: individual de Daniel Melim (OMA Galeria, 2014), e se houvesse ainda e sempre e somente palavras (dconcept, 2011), [das imagens às coisas] (Escola São Paulo, 2009). Integrou o Núcleo de Críticos do Paço das Artes e participou do júri de pré-seleção da Temporada de Projetos de 2013. Participou da residência do Grupo de Estudos Curatoriais (Paço das Artes, 2014), foi responsável pelo acompanhamento crítico na residência rural.scapes (2014 e 2015) e participou da residência Ateliê Aberto #5 na Casa Tomada (2011). É colaboradora da Revista Dasartes, também colaborou com o Canal Contemporâneo, Centro Cultural da Espanha e o MIS-SP, entre outros. Organizou em conjunto com Ana Maria Maia a publicação “Sobre Artistas como Intelectuais Públicos: Respostas a Simon Sheikh” (2012). Foi professora nos cursos de Produção Audiovisual e Rádio e TV na FMU/FIAM/FAAM (2010-2012) e no curso de Produção Multimídia no Instituto Europeo di Design (2012). Desde 2013 ministra cursos e oficinas sobre curadoria, processos de criação, projetos e portfólios em diversas cidades brasileiras.

Nicolas Brandão (SP). Jornalismo/Tradução/Poesia. Paulistano de família mineira, carioca e manauara, Nicolas Brandão é jornalista pela Faculdade Cásper Líbero e pósgraduando em Ciência Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP-SP). Proficiente em português e inglês, viveu nos EUA de 2009 a 2013, período durante o qual iniciou a carreira como tradutor e estudou espanhol em nível avançado no Instituto de Linguística da Universidade de Miami (UM), havendo integrado projetos


de imersão cultural em museus e bairros de cultura predominantemente latino-americana. Jornalista autônomo, já produziu conteúdo para diversas midias, como Revista Trip, Revista Cover Guitarra, Editora 4capas (“Prazeres da Mesa”) e a plataforma online do Itaú Cultural. Em 2013, foi contratado pelo coletivo Projecthub para produzir conteúdo textual para a Câmara Americana do Comércio (ANCHAM), descrevendo para investidores estrangeiros as características únicas da Economia Criativa brasileira. Nos últimos oito anos, tem se dedicado, em especial, à produção, tradução e revisão de conteúdos nas áreas de arte, cultura e educação, havendo prestado serviços para instituições como Fundação Lemann, Museu do Café (Santos-SP), ICCo (Instituto de Cultura Contemporânea) e SESC-SP. Junto a elas, auxiliou na produção de catálogos e conteúdos expositivos para artistas plásticos, fotógrafos e performers como Mariana Abravomic, Cristiano Mascaro, Cristiano Boltanski e Arnaldo Antunes. Em 2014, fundou, junto a Mariana Nacif, o coletivo de tradutores e revisores, Todo TexTo, cujo diferencial é dispor de uma ampla rede de profissionais que permitem montar equipes sob medida de acordo com as características de cada demanda textual.

Sattu Rodrigues (BH). Pinturas e Desenhos. Mineiro e autodidata em desenho. Participou de uma exposição com uma ilustração no National Museum of American Illustration. Ganhou prêmios com suas ilustrações digitais: Prêmio Esso de Jornalismo, categoria Criação gráfica com a série de infográficos 7 maravilhas do mundo (2007), Aventuras na História. Prêmio Abril de Jornalismo na categoria Ilustração (2008). Society for New Design Annual Creative Competition. Categoria Magazines (2010), dentre outros. Em 2012 teve trabalhos publicados na revista Lüerzer’s Int’I Archive Advertising worldwide e no Anuário Illustrators 53, da Society of Illustrators de NY e em 2014/2015 no – 200 Best illustrators 2014/2015 – revista Lürzer’s Int’I Archive Advertising worldwide. Atualmente trabalha como ilustrador em São Paulo.

Kalil Gaby (PA). Artista visual e Arquiteto. Graduado em Arquitetura e Urbanismo na Universidade da Amazônia – UNAMA (2009), se pós-graduando em Direção de Arte em Comunicação no Centro Universitário de Belas Artes de São Paulo (2016). Colabora em vários grupos de arquitetura e urbanismo, principalmente na área de criação e arte, é representante de um coletivo voltado para moda, design de produto e intervenções artísticas, em paralelo mantem atelier próprio onde desenvolve seus projetos pessoais pictóricos, fotográficos e musicais.


Dornélio Filho (PA). Músico e compositor. Cursando o último ano de plena em música na Universidade do Estado do Pará e o segundo ano do curso técnico de canto lírico pela Escola de Música da Universidade Federal do Pará. Músico profissional autônomo, já participou de diversos festivais de música no Pará, dentre eles o festival Se Rasgum com o projeto Mostarda na Lagarta, o qual teve uma repercussão nacional a partir de um convite feito pela MTV Brasil. Atualmente desenvolve uma linha de pesquisa em novas tecnologias nas performances ao vivo dos músicos de Belém do Pará.

Lorena Montenegro (PA). Jornalista e crítica de cinema. Atua há onze anos no mercado audiovisual, tendo cursado na PUCRS, em Porto Alegre o Tecnológico de Produção Audiovisual em Cinema & Vídeo. Ministra cursos e oficinas voltadas à crítica cinematográfica, a história e estética do cinema, em instituições como o Sesc Boulevard e a Universidade Federal do Pará (nesta última, em eventos como o Intercom Norte e a Semana de Comunicação Social/ Muvuca na Cumbuca). Participa regularmente de eventos culturais como debatedora (caso do Cinema pela Verdade, realizado em todo o Brasil pelo ICEM, e o Festival de Vídeos Universitários ‘Osga’, da Universidade da Amazônia). Fui membro do júri do Osga, do Amazônia Doc e do Festival Universitário de Criação Audiovisual (Fusca). Faz parte da Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCPA), que completou 50 anos de existência em 2012. Filiada à Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas seção Pará. Atuei como Agente Universitária do Circuito Cinema BR em Movimento da Petrobrás, sendo responsável por agendamentos de universidades/faculdades, palestrantes/ convidados, equipamentos, coordenação e divulgação das sessões do Circuito, tendo apresentado os filmes Peões de Eduardo Coutinho e Fé, de Ricardo Dias em mais de sete sessões em aproximadamente oito Instituições de Ensino Superior cada; Entre os trabalhos no segmento do audiovisual, destacam-se os longa metragens ficcionais “BITOLS” (RS, 2008 - assistência de arte), “Um Dia na Vida de Olivia” (RS, 2008 – captação de som) e “Ainda Orangotangos” (RS, 2008 - estágio na produção); os documentários “Aurá, eu sou de lá” (PA, 2014 - produção), “As Filhas da Chiquita” (PA, 2006 – produção e pesquisa), “Invisíveis Prazeres Cotidianos” (PA, 2005 – assistência de direção) e “O Negro no Pará” (PA, 2005 – transcrição e tradução). Também trabalhou nos curta metragens “Flores de 70” (RS, 2007 – assistência de produção), “Garota Propaganda” (RS, 2007 – assistência de produção), “Severa Romana” (PA, 2008 – assistência de direção), “Origem dos Nomes” (PA, 2005 – assistência de direção), “Landi” (PA, 2004 – direção) e “O Engano” (PA, 2003 – direção). Assinei a co-direção do trash “ETROM” (PA, 2003).


Low Moreyes ( Luiz Moraes ) (PA). Músico. É formado em Comunicação Social pela Universidade da Amazônia [UNAMA] 2009, fez sua primeira pós graduação na PUC- Rio- 2011, em Comunicação e Imagem e agora encerra sua segunda especialização em Trilha Sonora para Cinema pela Anhembi Morumbi -SP-2015. Sua pesquisa musical caminha entre regionalismos até a utilização de técnicas de música eletroacústica para composição de paisagens sonoras e produções oriundas da utilização de objetos e ruídos do dia a dia. Além de compor trilhas sonoras, é produtor de música eletrônica com o projeto Tykyra, DJ e movimentador cultural Brasil afora. Em Campinas, orienta na realização da Bienal Internacional de Cultura Psicodélica.

Consp (SP). Artista plástico. É formado Designer Gráfico pela Escola Panamericana de Arte e Design. Trabalha como tema suas raízes africanas, destacando o trabalho de pintura corporal e adornos da região do Omo Valley na Etiópia. Consp leva seus trabalhos as periferias da cidade de São Paulo e também expõe em galerias e centros culturais como o Centro Cultural São Paulo e Centro Cultural da Juventude, SESC Pompéia e SESC Interlagos. Seu trabalho esta presente nas ruas de São Paulo em bolsas e camisetas customizadas, nas paredes das casas ou em grandes avenidas, com traços fortes e marcantes que convidam o espectador a viajar por sua África imaginada.

Mila Fraga (PA). Designer Gráfico e Digital. É graduada em Publicidade e Propaganda pela UNAMA (PA) em 2008 e pós-graduada em Design Gráfico e Digital pelo Senac (SP) em 2012. Atuou como Diretora de Arte em agências em Belém e em São Paulo, onde criou projetos integrando linguagens digitais, arquitetura de informação e identidade visual para clientes de diversos segmentos, entre eles, música, artes, varejo e imobiliário. Busca em seu trabalho o desenvolvimento do design gráfico enquanto transformador social e cultural, tendo trabalhado com os mais variados mercados, de grandes corporações a ONG’s e projetos artísticos.

Samuel Luis Borges é poeta, artista visual e leitor da cidade. Sua obra tem como principal objeto de pesquisa a relação dos indivíduos entre e si, o espaço e os locais de passagem. Numa leitura que observa os ritos modernos da competição, do medo, do egoísmo, do amor, da caridade e tudo quando pode ser visto mesmo em meio ao caos disfarçado de


civilidade. Atua profissionalmente com arte a cerca dez anos através da pintura, grafitte, cenografia e poesia. Iniciou suas participações no Poetry Slam em 2013 quando foi um dos finalistas do Slam SP. Em 2014 foi o terceiro colocado no Slam BR (campeonato nacional de Poetry Slam) e também terceiro colocado no Rio Poetry Slam (a primeira batalha internacional de poesia falada do Brasil) Em 2015 publicou seu primeiro livro “Há Mar no Asfalto” pelo selo independente Do Burro.


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