Livro Tesouros Culturais

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As comunidades revelam seus

Rede

COMUNIDADES SEMIĂ RIDO

Apoio


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As comunidades revelam seus

Rede

COMUNIDADES SEMIĂ RIDO

Apoio


Coordenação: Marcos Carmona Concepção editorial: Marcos Carmona Luiz Eduardo Lomba Rosa Projeto gráfico: Luiz Eduardo Lomba Rosa Foto da capa: Paula Lima, de Oitis/CE NOTA: Nos textos de cada página o nome em destaque é do autor da foto e da legenda que a acompanha.

http://comunidadescoep.org.br


Sumário Apresentação..........................................................................7 O Programa Comunidades Semiárido.............................9 Sonho que se sonha junto.............................................. 11 Brincadeiras tradicionais.................................................. 25 Nossos saberes................................................................... 37 Água e vida........................................................................... 49 Trabalho e produção......................................................... 61 Nosso ambiente.................................................................. 75 Festas e celebrações......................................................... 89 Ervas medicinais...............................................................103 Culinária típica...................................................................107 Nossos falares...................................................................111


Apresentação De janeiro a outubro de 2016, as comunidades da Rede Comunidades Semiárido participaram de uma gincana virtual, a Jornada Juntos e Misturados. Realizada no âmbito do Projeto Rede de Correspondentes do Semiárido, por meio das redes sociais, a Jornada teve como objetivo a formação de jovens lideranças comunitárias e a capacitação destes para exercerem a atividade de correspondentes das suas comunidades, ampliando as possibilidades de comunicação, divulgando e valorizando suas realidades locais, os elementos culturais das suas comunidades e as boas práticas de desenvolvimento local. Como resultado, a Jornada trouxe, além da grande mobilização e engajamento dos jovens, o fortalecimento dos laços entre as comunidades da Rede - que recentemente foi ampliada, de 30 para quase 90 comunidades em um processo colaborativo em que as participantes mais antigas trabalharam para mobilizar e integrar novas comunidades ao grupo. Essa publicação é um aperitivo, uma edição especial que traz algumas das belas e expressivas imagens produzidas pelos comunitários, retratando o ambiente em que vivem, os costumes, as tradições e os conhecimentos locais. Em breve, lançaremos uma nova edição ampliada, com os muitos registros produzidos na Jornada.


O Programa Comunidades Semiárido O Programa Comunidades Semiárido originou-se da conjução de diversos projetos de desenvolvimento comunitário executados pelo COEP desde 1999 no Semiárido nordestino. Abrange atualmente quase 90 comunidades localizadas em sete estados: Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Atua em cinco eixos principais: Organização Comunitária, Geração de Trabalho e Renda, Convivência com o Semiárido, Meio Ambiente/Mudanças Climáticas e Educação e Cidadania. O Programa conta com o valioso apoio dos seus parceiros, Fundação Banco do Brasil, Embrapa, CNPq e Furnas.


As comunidades da Rede ALAGOAS Município Água Branca Campo Verde Covões de Baixo Mercador Moreira de Baixo Papaterra Quixabeira Serra das Viúvas Salgadinho Serra do Meio Tabuleiro Tingui Município Mata Grande Cacimba Cercada Município Pariconha Capim Campinhos Caraibeira dos Teodósios Luciano CEARÁ Município Aurora Barracas Coxá Espinheiros Franklândia Grossos Município Barro Engenho Velho Monte Alegre Renascer Sítio Novos Município Mauriti Anauá Sto. Antônio Posseiros Município Milagres Catolé Oitis Município Missão Velha Olho D`Água

PARAÍBA Município Bonito de Santa Fé Bartolomeu Pereiros Município Cachoeira dos Índios Angical Baixa Grande Marimbas Redondo Redondo I Tambor Município Cajazeira Baixio Barreiros Cachoeirinha Cocos Patumaté Queimadas Município Gurinhém Uruçu Município Juarez Távora Margarida Maria Alves Município Monte Horebe Batalha Município Remígio Paulo Freire I Queimadas Oziel Pereira Município São José de Piranhas Lagoa de Dentro PERNAMBUCO Município Cumaru Campos Novos Lagoa de Aninha Pedra Branca Riacho do Boi Riacho de Pedra Município Lagoa de Itaenga Camboa Marrecos Município Surubim Capim de Cima Furnas Mocotó

PIAUÍ Município Fartura do PI Baixa do Morro Valério II Município S. Braz do PI Lagoa de Cima Lagoado Solidão Tanque Velho I Tanque Velho II Município S. Raimundo Nonato Pé do Morro Quixó Município Várzea Branca Pão de Açúcar Município Paulistana Barro Vermelho Itaizinho Quilombola Contente Sitiozinho RIO GRANDE DO NORTE Município Goianinha Limoal Município João Câmara Baixa do Novilho Modelo I Modelo II Município Pureza Bebida Velha Município Serrinha Jacumirim Município Vera Cruz Araça II SERGIPE Município Canindé de São Francisco Cuiabá Serra Azul Município Nossa Senhora da Glória Cachoeirinha - Agrovila I Cachoeirinha II José Ribamar N. Sra. Aparecida - Retiro II


sonho que se sonha junto Experiências de trabalho coletivo, de solidariedade, de agregação de forças, que foram bem sucedidas e deram bons resultados nas comunidades.


sonho que se sonha junto

MUTIRÃO DE JOVENS PARA CONSTRUÇÃO DE VIVEIRO Jázia Almeida, Queimadas/PB “Nosso sonho foi um viveiro com o grupo de jovens do assentamento Queimadas. O objetivo é o reflorestamento das áreas desmatadas, com plantas nativas e frutíferas.”


sonho que se sonha junto

SALÃO COMUNITÁRIO Jailma Feitosa, Tabuleiro/AL “O salão comunitário de Tabuleiro é um dos sonhos. Foi construído em conjunto na comunidade em 1990, pelos moradores”


sonho que se sonha junto

ASSOCIAÇÃO DOS APICULTORES Robson de Jesus, Barro Vermelho/PI “No começo tudo não passava de um sonho. Cada um produzia individualmente, muitas vezes, por falta de instrução, produzia até de forma errada. Até aparecer a Associação dos Apicultores de Barro Vermelho, que começou a transformar essa situação.”


sonho que se sonha junto

CONSTRUÇÃO DA SEDE DA ASSOCIAÇÃO Geovane Oliveira, Grossos/CE “Construção da sede da nossa associação.”


sonho que se sonha junto

TRABALHO VOLUNTÁRIO PARA CONSTRUÇÃO DA IGREJA Fabio Pereira, Serra do Meio/AL “A construção de uma igreja na nossa comunidade é um sonho muito antigo, que começou a ser realizado no final do ano de 2014.”


sonho que se sonha junto

INCLUSÃO DIGITAL Edvânia Souza, Capim/AL “Conseguimos, através da participação e mobilização de todos, o dinheiro para instalação de antena para a internet em nossa comunidade. Em seguida, solicitamos através de um ofício uma parceria com o poder público, uma impressora e um computador para nossa associação.”


sonho que se sonha junto

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NA ÁREA DA SAÚDE Dayara Gomes, Riacho de Pedra/PE “Em novembro de 2015, a comunidade mobilizou-se para a realização de uma ação para prestação de serviços na área da Saúde e Estética. Além de beneficiar a população de Riacho de Pedra, a iniciativa também benificiou as comunidades vizinhas.”


sonho que se sonha junto

IGREJA DO MENINO JESUS Alênicon de Souza, Redondo/PB “As pessoas se empenharam, fizeram os tijolos, doaram dias de serviço, organizaram bingos e rifas para a construção. A nossa capela tornou-se local especial para o exercício da fé, da confraternização social, ponto de referência e cartão postal do Sítio Redondo, mas sobretudo, a certeza de que unidos os nossos comunitários podem muito mais.”


sonho que se sonha junto

MOBILIZAÇÃO PARA EVENTO DA CONSCIÊNCIA NEGRA Maria Helena, Serra das Viúvas/AL “O dia 20 de novembro de 2015 na nossa comunidade foi lindo, parecia sonho! Todos estavam reunidos participando ativamente de tudo. As oficinas renderam aprendizados trocas de experiências e muitas lágrimas de desabafo, gratidão e felicidade. Vieram pessoas de muitos estados e municípios, diversos grupos culturais e pessoas queridas na comunidade.”


sonho que se sonha junto

COMBATE AO LIXO Sirileide Manoel, Moreira de Baixo/AL “Como não existe coleta de lixo aqui, a associação resolveu se unir para catar, uma vez por mês, o lixo da nossa própria comunidade.”


sonho que se sonha junto

LIMPEZA DA FONTE DE ÁGUA NATURAL Paula Lima, Oitis/CE “Temos em nossa comunidade um bem precioso conhecido como Pinga, uma fonte natural de água, uma área de lazer. É um lugar público e, por isso, recebe pessoas de várias localidades. Por isso, vimos a necessidade de fazer um mutirão para uma limpeza geral.”


sonho que se sonha junto

MOBILIZAÇÃO PARA RECEBER A IMAGEM DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE Daniel Caldeira, Batalha/PB “Como é uma festa de grande importância, os comunitários se reuniram para organizar uma comemoração à altura, onde todos se mobilizaram Foi um trabalho árduo, porém houve a participação de todos, o que facilitou uma bonita festa.”


BRINCADEIRAS TRADICIONAIS Muitas brincadeiras e jogos passam de geração a geração e conseguem sobreviver ao tempo e à concorrência da tecnologia.


BRINCADEIRAS TRADICIONAIS

AVIÃO OU AMARELINHA Cícera Soares, Covões de Baixo/AL “Brincadeira muito comum aqui é o avião, que é desenhando no chão. Erra quem pisar na risca e jogar o caco na casa errada.”


BRINCADEIRAS TRADICIONAIS

JIBÓIA Raylla Ramos, Sitiozinho/PI “Essa brincadeira foi passando de geração em geração. Forma-se uma fila da pessoa maior para a menor, que vai fazendo curvinhas como se fosse uma cobra andando, com as pessoas cantando.”


BRINCADEIRAS TRADICIONAIS

CABRA CEGA Ronaldo Vaqueiro, José Ribamar/SE “A gente tapa os olhos de uma pessoa com um pano e ela tem que pegar alguém através do tato.”


BRINCADEIRAS TRADICIONAIS

PATA DE CAVALO Dyovane Otaviano, Riacho de Pedra/PE “A brincadeira consiste em andar sobre quengas de coco unidas por uma corda ou cordão. A brincadeira recebe este nome devido ao som que é emitido das quengas de coco ao baterem no chão, lembrando assim a pisada do cavalo.”


BRINCADEIRAS TRADICIONAIS

PULAR CORDA Cleonete Cavalcante, Baixa do Morro/PI “Quando a corda bate na perna da pessoa que está pulando, ela passa a vez para outra que fica na espera e assim vai até acabar a brincadeira.”


BRINCADEIRAS TRADICIONAIS

PAU DE SEBO Paula Lima, Oitis/CE “Temos o costume de fazer essa brincadeira na época da Semana Santa. É colocado sebo sobre um caule de árvore (uma espécie de gordura, que deixa a superfície lisa) e uma quantia em dinheiro é colocada no topo do tronco. Quem conseguir subir até o final ganha o prêmio.”


BRINCADEIRAS TRADICIONAIS

PIÃO Rozi Correia,Serra do Meio/AL “O pião é feito com galhos da goiabeira. É desenhado um circulo no chão e no centro é colocado um pião. Após enrolar a ponteira (cordão retirado de redes velhas) no pião, o jogador deve arremessar contra o pião que esta no centro do círculo, tentando retirá-lo.”


BRINCADEIRAS TRADICIONAIS

QUEBRA A CABAÇA Cláudia Lunna, Retiro II/SE “Brincadeira de acertar a cabaça com os olhos vendados.”


BRINCADEIRAS TRADICIONAIS

BILA OU BOLA DE GUDE Romar de Né, Santo Antônio dos Posseiros/CE “Todos jogam a sua bila para acertar o buraco que é chamado de primeiro. Quem se aproximar mais ou acertar o buraco inicia o jogo.”


BRINCADEIRAS TRADICIONAIS

BRINCADEIRA DA CADEIRA Marileide Pires, Baixio/PB “A brincadeira das cadeiras vem desde os antepassados e vem passando de geração para geração.”


noSsos saberes Saberes e conhecimentos que nascem nas comunidades a partir da criatividade das pessoas ao lidar com problemas do cotidiano.


noSsos saberes

MÃE DORINHA, PARTEIRA Stive Araruna, Anauá/CE “Mãe Dorinha, 80 anos de idade e mais de 50 anos de trabalhos comunitários como parteira.”


noSsos saberes

CONTRA O MAU OLHADO Maria Luiza Ferreira, Quixabeira/AL “Dona Isabel Ferreira é benzedeira e reza para crianças e adultos contra o mau olhado.”


noSsos saberes

TIRANDO O SOL DA CABEÇA Antonya Carvalho, Sitiozinho/PI “A senhora Maria do Carmo tira o sol da cabeça, curando a dor de cabeça e a enxaqueca.”


noSsos saberes

REDUZIR A FORÇA DO VENTO Maria Luiza Ferreira, Quixabeira/AL “Para reduzir o vento, é necessário pegar uma cruz benta feita de palha de coqueiro e colocar atrás da porta.”


noSsos saberes

CURANDO TORNOZELO TORCIDO Otacio Oliveira - Cocos/PB “Benzedeira rezando para curar tornozelo torcido, costurando com uma agulha uma folha por cima do pé. O benzedor é uma pessoa destinada a curar um doente pela fé e não cobra nada por suas atividades.”


noSsos saberes

TRABALHO ARTESANAL Paula Lima, Oitis/CE “Tia Zefinha descaroça o algodão deixando só a pluma. Utilizando um fuzo, confecciona o fio que é dividido em quartas, estando pronto para ter transformado em varandas de parede.”


noSsos saberes

DIRETAMENTE DO JARDIM Karinny Xavier, Itaizinho/PI “Dona Martina mostra a folha da pitanga, usada para preparar um chá para curar gripe e aliviar dor de cabeça.”


noSsos saberes

QUIZANTE E QUEBRANTE Dyovany Otaviano, Riacho de Pedra/PE “Quizante, quebrante, quizila, quizanda o olho mau arrenegado arretira Paizão vindo do mar sagrado”, é assim que Dona Bia de Preto reza contra o mau-olhado. Dona Bia faz gesto com o galho da planta em direção à pessoa por quem se está rezando. Se o galho ficar murcho logo assim que a reza acabar, é porque a pessoa está com mau-olhado.”


noSsos saberes

RAÍZADAS Daniel Caldeira, Batalha/PB “Antônio Caldeira faz raízadas (remédios caseiros ). Feitas à base de raízes, a raizada previne e combate diversas doenças.”


noSsos saberes

GARRAFADA Helleno Andrade, Quixabeira/AL “Dona Maria do Carmo produz a Garrafada, usada para curar anemia, pedra nos rins, tontura, infecção urinária e problema cardíaco.”


agua e vida A escassez e a irregularidade das chuvas, junto com as altas temperaturas, faz com que a busca pela รกgua seja uma luta constante no dia-a-dia de muitas comunidades.


agua e vida

ESCASSEZ DE ÁGUA Cleonete Cavalcante, Baixa do Morro/PI “Muitos criadores estão abrindo mão de seus rebanhos por causa da grande escassez de água. Só Deus pode solucionar o problema da água no nosso semiárido.”


agua e vida

QUANDO A SECA CHEGA Helena Rodriguês, Cacimba Cercada/AL “Quando a seca chega, barragens e riachos secam e aí começa a luta pela vida e pela busca de água.”


agua e vida

AÇUDES CHEIOS Otacio Oliveira, Cocos/PB “A alegria dos moradores de Cocos. Após quatro anos de seca, os açudes estão cheios”


agua e vida

NA LAGOA DE SEU VICENTE Dyovany Otaviano, Riacho de Pedra/PE “Indo buscar água na Lagoa de Seu Vicente.”


agua e vida

ÁGUA ENCANADA É RARO Sirleide Manoel, Moreira de Baixo/AL “A água encanada raramente chega e as pessoas usam os barreiros para o consumo animal, para lavar roupa, tomar banho, etc.”


agua e vida

PROBLEMAS NO ABASTECIMENTO Josias Ribeiro, Solidão/PI “As famílias dependem do abastecimento por caminhões pipa.”


agua e vida

PONTO DE ENCONTRO Nonata Lopes, Tanque Velho I/PI “Como não temos água encanada, a população tem como rotina buscar água de bicicleta, moto e em cariola, mais conhecido por nós como carrinho de mão. Tem dia que o poço não tem água suficiente pra todos, mas mesmo assim somos gente de muita fé. É um local onde todos se encontram e aproveita pra colocar o papo em dia.”


agua e vida

HOJE É SÓ ABRIR A TORNEIRA Givaldo Silva, Cachoeirinha - Agrovila I/SE “Hoje sobra mais tempo para os outros afazeres do dia-a-dia, pois é só abrir a torneira e a água sai para suprir as nossas necessidades.”


agua e vida

DEPENDÊNCIA DOS CACIMBÕES Guilherme Angelo, Sítio Alegre/CE “A comunidade é abastecida em sua maioria por cacimbões privados. A outra parcela é abastecida através de carro pipa. ”


agua e vida

SITUAÇÃO DELICADA Joseane Teodoro, Furnas/PE “Atualmente a situação é delicada quando se fala em água., pois a barragem que nos abastece se encontra com menos de 2% de sua capacidade. ”


trabalho e produCaO O trabalho, a produção e a agricultura, relacionados ao modo de vida das comunidades.


trabalho e produCaO

BOTA E GARRAFA TÉRMICA Verônica Dionízio, Araça II/RN “Para matar a sede, uma garrafa térmica, para proteger os pés do chão quente, a bota, e para limpar o mato, a boa e velha enxada.”


trabalho e produCaO

TIRANDO LEITE Cleonete Cavalcante, Baixa do Morro/PI “Quando a vaca tem bezerro novinho, ele é separado da mãe para tirar leite no outro dia.”


trabalho e produCaO

AGRICULTURA Nalri Pereira, Barreiros/PB “Agricultor preparando a roça.”


trabalho e produCaO

ALIMENTANDO O GADO Givaldo Silva, Cachoeirinha Agrovila I/SE “Dando ração para o gado leiteiro.”


trabalho e produCaO

PRODUZINDO A RAÇÃO Jonicleisson Morais, Modelo I/RN “Preparação de ração para a alimentação de bovinos.”


trabalho e produCaO

TORRANDO MILHO Rafael Rufino, Paulo Freire/PB “Torrando milho para fazer fubá.”


trabalho e produCaO

SILAGEM Edivaldo Cardoso, Retiro II/SE “A palha do milho é utilizada para a produção de silagem.”


trabalho e produCaO

ARTESANATO Lia Araujo, Serra das Viúvas/AL “O artesanato tem um grande potencial na divulgação e geração de renda em nossa comunidade”


trabalho e produCaO

NA PLANTAÇÃO Maria Andrade, Maxi/AL “Um dos trabalhos dos produtores é aproveitar a palha do milho para fazer o silo que serve de ração para os animais, assim como a criação da palma para dar aos animais no período de estiagem.”


trabalho e produCaO

FARINHA DE MANDIOCA Fabio Pereira, Serra do Meio/AL “A nossa comunidade tem como base a agricultura, especialmente a agricultura familiar. Nosso destaque é a produção de mandioca, feijão e milho.”


trabalho e produCaO

MÃOS DE FADA Paula Lima, Oitis/CE “Preparando o alimento, que é essencial em nossas vidas. Na nossa comunidade há pessoas com mãos de fadas.”


trabalho e produCaO

PAUS DE MANIVA Josias Ribeiro, Solidão/PI “Produtores aproveitam os pau de maniva para fazer ração para os animais.”


nosso ambiente O meio ambiente que envolve as comunidades, os solos, ĂĄguas, clima, as espĂŠcies da flora da fauna local, as riquezas naturais.


nosso ambiente

AVES DE NOSSO AMBIENTE Silvaney Ribeiro, Modelo I/RN “Dentre as espécies encontradas no nosso ambiente, estão aves como o galo de campina, azulão, periquito, caboré, e algumas espécies de aves de rapina, como o gavião, carcará, rolinha branca, entre outras.”


nosso ambiente

MATA SECA Cleonate Cavalcante, Baixa do Morro/PI “A comunidade está passando por uma estiagem muito grande, por isso a mata fica seca”


nosso ambiente

CARDEÁIS-DO-NORDESTE Christian Baldoino, Quixó/PI “Espécies nativas da caatinga.”


nosso ambiente

NO ALTO SERTÃO Jailma Feitosa, Tabuleiro/AL “Como estamos situados no alto sertão de Alagoas, nosso clima na maioria do ano é de muito sol e seca. No entanto, de março à junho,nos períodos de chuva, encontramos nossos barreiros e lagoas cheios de água.”


nosso ambiente

RIQUEZAS NATURAIS Dyovany Otaviano, Riacho de Pedra/PE “Para qualquer canto que você olhe existe uma paisagem mais linda que a outra, o amontoado de serras e vales dá um charme a mais à comunidade Riacho de Pedra.”


nosso ambiente

FLORA DO SEMIÁRIDO Josias Ribeiro, Solidão/PI “Vegetação que se adaptou ao nosso clima semiárido.”


nosso ambiente

JUMENTOS Maria Lizandra, Pereiros/PB “Nossa fauna tem grande diversidade de pássaros, abelhas e cupins. E também jumentos”


nosso ambiente

O PINGA Paula Lima, Oitis/CE “O Pinga, balneário natural de água mineral. Essa fonte nunca secou, independente de inverno ou verão!”


nosso ambiente

MCO Valéria Rélvia, Olho d`Água/CE “A fauna da comunidade Olho D’ água é composta de muitas espécies diferentes de animais.”


nosso ambiente

SERRA DOS TRÊS IRMÃOS Romar de Né, Santo Anotônio dos Posseiros/CE “Serra chamada de Serra dos Três Irmãos, pelo fato de que antigamente três irmãos se perderam nestas redondezas e ninguém mais os viu. Falam que foram petrificados.”


nosso ambiente

MATA SECA Guilherme Angelo, Sítio Alegre/CE “Clima semiárido, com períodos do ano em que ocorrem chuvas, muitas vezes irregulares, predominando os períodos de seca.”


nosso ambiente

ÁRVORES DE BAIXIO Vanielli Geilson, Baixio/PB “Nossa vegetação é bem diversificada, com árvores como o juazeiro, oiticica, marmeleiro, jurema, cedro, angico, sabonete, capim, entre outras.”


festas e CELEBRACOES As festas e celebrações típicas geralmente estão associadas às tradições religiosas e contam com a participação de toda a comunidade.


festas e CELEBRACOES

NOVENÁRIO DE SANTA CECÍLIA Maria Helena, Serra das Viúvas/AL “Após a inauguração da Capela de Santa Cecília, nossa padroeira, a comunidade começou a organizar o novenário de Santa Cecília, que tem início no dia 12 de novembro e vai até o dia 22 de novembro, dia de Santa Cecília. São nove noites de novena, cada noite é organizada por três famílias.”


festas e CELEBRACOES

CARETAS Paula Lima, Oitis/CE “Brincar de Caretas na Semana Santa é tradição em Oitis. Homens e crianças se caracterizam com roupas femininas, máscaras, chicotes e chocalhos. Depois percorrem as residencias pedindo esmola, que, após arrecadada, será cobiçada pelas demais pessoas. Quem conseguir “roubar” o Judas ganha o valor arrecadado.”


festas e CELEBRACOES

FESTA DE SÃO JERÔNIMO Rosa Caldeira, Batalha/PB “A comunidade de Batalha comemora todos os anos, com muita fé e devoção, o Dia de São José.”


festas e CELEBRACOES

TERÇO DO MÊS MARIANO Dyovany Otaviano, Riacho de Pedra/PE “No mês de maio a comunidade Riacho de Pedra celebra o Terço do Mês Mariano. A população se reúne todas as noites para rezar os mistérios, cânticos e os benditos.”


festas e CELEBRACOES

NOVENAS DE NOSSA SENHORA Vanessa Oliveira, Olho D`Água/CE “No mês de maio é tradição em nossa comunidade a realização de novenas de Nossa Senhora. São 31 dias de novenas, com cânticos e orações.”


festas e CELEBRACOES

ROMARIA DO SANTO CRUZEIRO Wesley Kayke, Baixa Grande/PB “Um dos símbolos mais conhecidos da nossa comunidade, todos os anos a romaria reúne vários fiéis.”


festas e CELEBRACOES

MISSA DO VAQUEIRO Eronilda Ventura, Mercador/AL “Todo ano no mês de junho a comunidade Mercador realizada a tradicional Missa do Vaqueiro, que reúne vaqueiros de todos os povoados vizinhos. Após a missa são realizadas cantorias, disputas de corrida e diversas atividades culturais.”


festas e CELEBRACOES

FESTEJOS JUNINOS Aldair Santos, Caraibeira dos Teodósios/AL “No mês de junho são comemoradas as festividades de Santo Antônio, São João e São Pedro, com novenas, procissões, fogos pirotécnicos e quadrilhas”


festas e CELEBRACOES

FESTA DE SÃO JOÃO Josiane Gomes, Marrecos/PE “As festividades de São João são realizadas com a ajuda do pessoal da comunidade.”


festas e CELEBRACOES

LAÇO DO CARNEIRO Josias Ribeiro, Solidão/PI “No mês de junho, nossa comunidade realiza o tradicional Laço do Carneiro, com a presença de laçadores de várias comunidade da nossa região.”


festas e CELEBRACOES

FESTA DO DIA DO ÍNDIO Wendell Leite, Campinhos/AL “A festividade da Aldeia Karuazo em Campinhos, em comemoração ao Dia do Índio.”


festas e CELEBRACOES

VIA-SACRA Helena Rodriguês, Cacimba Cercada/AL “Todos os anos na Sexta-feira da Paixâo temos por tradição a Via-Sacra na comunidade.”


ervas medicinais O uso de plantas medicinais nas comunidades.

ATENÇÃO: 1) Mesmo sendo naturais, as ervas e plantas podem causar danos à saúde. Não utilize sem conhecimento. 2) O nome das ervas pode variar de acordo com a região do país, lembre-se de consultar o nome científico para se certificar de que está utilizando o produto correto.


ervas medicinais CHÁ DE SAMBA CAITÁ Ronaldo Vaqueiro, José Ribamar/SE “Ingredientes: Folhas de samba caitá (se estiverem frescas é ainda melhor) e água. Preparo: Retirar as folhas da planta e mergulhar em uma panela. Levar ao fogo até que a água ferva e seja possível notar mudança na cor da água. Essa planta serve como remédio para dores, para curar a gripe e para retirar o acúmulo de catarro no peito.”

CHÁ DE CASCA DE AMEIXA Silvaney Ribeiro, Modelo I/RN “Indicado para inflamação. Como se faz: Em uma panela com água, ferva as cascas da ameixa, deixe descansar e pode tomar o chá. Dica: pode deixar as casca na água de molho e tomar.”

CHÁ DE EUCALIPTO COM ABACATE Erwerthon Silva, Limoal/RN “Ingredientes: 3 folhas de abacate, 5 folhas de eucalipto e 1 litro de água Modo de preparo: Colocar as folhas do eucalipto e do abacate para cozinhar e esperar entre 5 a 8 minutos. Serve para febre e dor de cabeça.”

CHÁ DE HORTELÃ COM MALVA SANTA Nalri Pereira, Barreiros/PB “Modo de preparo: colocar algumas folhas de hortelã e malva em água fervente e deixar conzinhar por alguns minutos. Açúcar a gosto. Usado para combater dor de cabeça e gripe.”

CHÁ DE PITANGA Josiane Gomes, Marrecos/PE “Preparo: Junte a água e as folhas de pitangueira em uma panela e leve ao fogo. Assim que levantar fervura, desligue e tampe a panela. Mantenha abafado por 10 minutos. Coe e beba. Comprovam alguns efeitos de extratos das folhas de pitangueira, como: – Antidiarreico – Diurético – Anti-inflamatório, antifúngico e antimicrobiano – Inibição a xantino oxidase – Antimalárico e tripanossomicida – Hipoglicemiante – Hipotensor (diminui a pressão arterial)


ervas medicinais LAMBEDOR Eliene Leninha, Capim/AL “Ensinados por nossos antepassados, é utilizado em nossa comunidade para curar a gripe o lambedor, feito de acerola, limão, alho, gengibre, muçambê e açúcar. Ingredientes: 1 tigela média de acerola, 1 copo grande de açúcar, 4 dentes de alho, 3 limões, 3 ramos de muçambê e 1 pedaço de gengibre. Preparo: Rale o alho e o gengibre, corte o limão em rodelas e junte todos os ingredientes em uma panela em fogo brando, até se formar uma calda. Retire do fogo e passe no liquidificador e depois coe, e leve ao fogo novamente até se formar o lambedor.” CHÁ DE AROEIRA Dyovany Otaviano, Riacho de Pedra,PE ““O chá da aroeira é feito com a casca. Colocam-se alguns pedaços de raspas de cascas juntamente com água em um recipiente e leva-se ao fogo. Dentre alguns minutos já está pronto. O chá de aroeira geralmente não é ingerido e quando ingere-se é de um a três goles, pois acredita-se que se beber muito a pessoa pode ter reações adversas. O uso interno serve como um anti-inflamatório. Já o uso externo do chá de aroeira é mais comum e é bastante utilizado em banhos mornos quando a pessoa está com o corpo febril ou terapêuticos e em lavagens de ferimentos e lugares do corpo que está inchado. ao dia é necessário coar, serve para o controle da diabetes.

CHÁ DE MILINDRO Maria Lizandra, Pereiros/PB “Corta-se alguns galhinhos e reserva-se . Em seguida, coloca-se a quantidade de água desejada e a deixa ferver. Após isso, apague o fogo e adicione os galhinhos, abafando até que ganhe um tom amarelado. Agora é só servir. Obs: açúcar a gosto. Serve pra cólicas em crianças, calmante e, se tomado com suco de laranja, pode ajudar a melhorar uma gripe ou alergias.”

BOLINHAS DE BABOSA Paula Lima, Oitis/CE “Ingredientes: Babosa e goma. Usando esses dois ingredientes, faz-se pequenas pílulas e toma uma todas as noites. É eficaz no tratamento de vermes e hemoróidas. Esse é um dos produtos da farmácia homeopática produzidos pela Senhora Gilza Gonçalves.”

CHÁ DE MALVÃO Josias Ribeiro, Solidão/PI O chá de malvão é feito das folhas e ramos. Coloque duas colheres de sopa de folhas de malvão em uma xícara e meia de água filtrada. Ferva por dez minutos, então abafe quando estiver morno, coe, adoce e beba, duas vezes por dia. Serve para infecções da mucosa respiratória, cutânea e digestiva, dor no estômago, resfriados, gripes, má digestão, dermatite, expectorante. Utilize o chá de malvão para sintomas de diarreias.


culinaria tipica Receitas tĂ­picas, segredos culinĂĄrios revelados, pratos preferidos nas comunidades, os ingredientes, os modos de preparo...


culinaria tipica FEIJÃO MEXIDO Missicléya Jannayna, Santo Antônio dos Posseiros/CE “Uma das comidas tipicas dos antepassados que até hoje é feita e degustada por varias pessoas. Ingredientes: Cuscuz, feijão, cebola, coentro, alho, pimentão, sal, uma colher de sopa de óleo (manteiga), pimenta e corante. Modo de fazer: Coloque a panela no fogo com o óleo (manteiga), uma pitada de corante, sal a gosto, depois coloque o alho, a cebola, o coentro, pimentão e a pimenta tudo picado, deixe passar um minuto no fogo, depois tire do fogo e misture tudo juntamente com o cuscuz e o feijão já cozido. Pode ser servido com a macaxeira ou com arroz.”

UMBUZADA Cícera Soares, Covões de Baixo/PI “Ingredientes: 2 quilos de umbu, 1 litro de leite (de coco ou em pó), 2 xícaras de açúcar e 4 litros de água. Preparo: Cozinhe os umbus. Depois de cozinhados, deixe esfriar e retire os caroços. Coe e bata no liquidificador, juntamente com o leite e o açúcar. Na minha comunidade os mais idosos acrescentam farinha. A galera mais jovem prefere acompanhada de biscoitos e pães. BOLINHO DE TAPIOCA Nonata Lopes, Tanque Velho I/PI “Esse bolinho de tapioca faz o maior sucesso em minha comunidade. Todos gostam e faz parte do café da manhã e do chá da tarde. E é uma fonte de renda, pois nem todos sabem preparar. Ingredientes: Ovos, tapioca, óleo/margarina, fermento e açúcar. É preciso uma forma. Dica: esse bolinho fica muito mais gostoso quando é assado no fogão à lenha.

MUNGUNZÁ Raylla Ramos, Sitiozinho/PI “Na nossa comunidade, a culinária tipica e tradicional é o Mungunzá. O melhor Mugunzá é preparado assim: pega um pouco de milho e pile no pilão, quando estiver todo quebrado, junte o milho pilado com um pouco de feijão de corda. Lave-os e coloque na panela de pressão. Adicione: 1 alho, toscinho e mocotó de porco, um pouco de nata ou creme de leite. O sal pode ser colocado o quanto a pessoa desejar. Leve ao fogo e deixe no máximo 30 minutos e, quando estiver mole, está pronto.”


culinaria tipica SARAPATEL DE PORCO OU BOI Ronaldo Vaqueiro, José Ribamar/SE Um dos pratos mais famosos preparados aqui em nossa comunidade é o tão falado sarapatel de porco ou boi. Ingredientes: Fígado, sangue de porco ou boi (refogado na água quente), coração, rim, banha, sal, tempero e coloral. Preparo: cortar o fígado, sangue, coração,rim em pedaços bem pequenos e logo após juntar em uma panela a banha e os demais ingredientes, acrescentar um pouco de água e levar ao fogo até que esteja cozinhado. Depois é só misturar com farinha ou comer como desejar. BEIJU NA FOLHA DE BANANEIRA Fabio Pereira, Serra do Meio/AL “O beiju na palha de bananeira é uma comida tradicional em nossa comunidade. É servido no café da manha e no lanche da tarde. Ingredientes: Goma da mandioca (tapioca), sal a gosto, coco ralado e palha de bananeira. Preparo: Peneira a goma em uma panela, coloca o sal e o coco e mistura bem. Em outra panela, levemente aquecendo, coloca as palhas de bananeiras (duas camadas de palha). Quando as palhas estiverem levemente aquecidas (murchas) coloca a goma e vai fazendo o desenho do beiju (formato circular). Após esse procedimento, vai fechando as palhas até a goma ficar totalmente coberta. Coloque um objeto pesado sobre as palhas, para que estas não se soltem, e espera uns 15 muitos. Depois inverta a posição do beiju para a parte superior cozinhar. Espera mais uns 10 minutos e pronto.”

MOLHO DE MAXIXE Dyovany Otaviano, Riacho de Pedra/PE “Para fazer o molho de maxixe precisa-se de maxixe, água, leite de coco, carne de charque, tomate, batatinha, cebola, alho, coentro, colorau, cominho e sal. As quantidades vão de acordo com o quanto se tem ou deseja fazer, as verduras e temperos são a gosto. Para preparar o molho lava-se e raspa-se o maxixe, depois corta-o em pedaços. Em seguida juntase todos os ingredientes em uma panela, leva-se para o fogo e deixa-se cozinhar até o maxixe ficar molinho.” CUSCUZ RECHEADO Jeane Melo, Baixa do Novilho/RN Ingredientes: 500 gramas de flocos de milho, 1 cebola (picada), 1 tomate (picado), 1 pimentão (picado), 50 gramas de cheiro verde (picado) e 500 ml de água. Ingredientes para recheio: 1 peito de frango (desfiado), 100 gramas de milho verde, 100 gramas de ervilha e 1 tablete de caldo de galinha. Preparo: Coloque em um recipiente as 500 gramas de flocos de milho, acrescente a cebola, o tomate e o pimentão, adicione a água e o sal a gosto e leve ao fogo por 10 minutos. Junte todos os ingredientes que serão usados para o recheio, e leve ao fogo por três minutos. Logo após, adicione ao cuscuz mexendo aos poucos, para que o recheio una-se ao cuscuz.” CANJICA Joyce Silva, Campinhos/AL Ingredientes: Grãos de quatro espigas de milho, 1 litro de leite de coco, 1 xícara de chá de açúcar e sal a gosto. Junte todos os ingredientes e bata bastante, até formar um creme. Depois, passe em uma peneira para retirar o bagaço e leve apenas o caldo ao fogo médio. E mexer sempre, por aproximadamente 30 minutos, até engrossar. Quando virar um mingau, a canjica está pronta.”


nossos falares Uma relação de palavras e expressões típicas usadas nas comunidades. Nossa linguagem varia de região para região e você pode escutar uma mesma coisa sendo falada de diferentes maneiras, de acordo com o local em que você se encontre.


A

Abestaiado / Abestalhado – pessoa tola Abirobado – bobo, doido Ai dentro – não aceitar algo, não entrar em acordo com outra pessoa / expressão usada quando se está impressionado com algo estranho Aí vai? – o que é isso? como assim? Aperreado – aflito, agoniado, preocupado Arre égua – surpresa Arfando – comeu de mais, barriga cheia Arrazô – fez alguma coisa muito bem Arrengar / Aperriar – atrapalhar Arribar – levantar, subir Arribé – muito Arrudiar – dar a volta Arupemba – utensílio artesanal usado para peneirar Atinhado – pessoa que incomoda, tira a paciência Azeda – pessoa ativa demais

B

Bater a bota – morrer Bibi – chupeta Bicudo – com raiva, de mau humor, fazendo birra Bichinha – tratamento pessoal Boca aberta – inocente / pessoa que fala o que não deve Boca de cancela – quem tem a boca grande Bocuda – pessoa que não guarda segredo Borna – mochila Bucado – muito

C

Cabeça pra baixo – desorganizado

Cachimbar formiga – não enche o saco Cachorrada – confusão Cambota – pessoa que tem a perna torta Canela seca – pessoa magra Cangalha – pessoa desajeitada Cangito seco : uma pessoa magra Cão da gota – pessoa danada

Capando cachorro com faca de pau – pessoa pobre Cara de bunda – pessoa triste ou com raiva Cara lisa – cara- de pau, pessoa que não tem vergonha Carteira – tipo de pão adocicado Casssua – utensílio artesanal feito de cipó, usado na roça para transportar produtos Catrevagem – algo que não serve, feio Chano – chamar um gato Cheio de prega – cheio de rugas Chicote de cabelo – cabelo grande Cibito – pessoa magra Cintura de pilão – pessoa que tem o corpo bonito Coador de café – calcinha grande Colar no pé – pessoa que está sempre próximo de outra Combinação – saia usada por baixo do vestido Coroa – homem /mulher que não se casa Couro de sapo / couro grosso – pessoa q não sente frio Coxão de porco – pernil Cruzeta – coisa ruim Cuié – talheres Curica – porco Curulepe – chinelo de couro Custermo – coisa difícil Cuviteira – fofoqueira

D

Danosse – algo deu errado Dar uma coça / dar uma pisa – bater em alguém Dar uma corra – procurar algo Dente de cavalo – pessoa com dentes grandes Deus tape suas oiça – quando se fala de alguém que já morreu, pedindo a Deus que faça com que o defunto não escute o que está sendo falado sobre ele

E

Ei bichim – chamar alguém Esbagaçar – destruir, amassar, rasgar Espinhaço – dor de coluna Estrepada – furada no pé Estrupício – atrapalhador Eta mulesta – ficar irritado com alguma coisa


F

Fala mais que o homem da cobra – alguém que fala muito Fianga – rede Filé – algo bom, bonito Fominha – alguém que quer sempre mais Fubuia – cachaça artesanal Fuchiqueira / Foxiqueira – pessoa que fala demais, quem fala o que não deve Fuleiro – safado ou afeminado Fuleragem – me deixa queito, não enche

G

Guardar decor – ser fiel Gogó – leite misturado com Mucilon dentro da mamadeira Goipada – cuspir Grosso – barbeiro, alguém que dirige mal

H

Hora do moca- café do meio dia

I

Infaroso – briguento Intrupicar – tropeçar Inzibido – pessoa amostrada

J

Jaburu / Jaguru – pessoa gorda Jogo de bila – bola de gude

L Laculá – indica uma direção Lavar terem – lavar louça Lazarento – pessoa de má conduta

Loiça – produtos feitos de barro Lorde – pessoa elegante Lustrosa – uma pessoa bonita

M

Malarrumada: uma pessoa mal arrumada Malassombro -acontecimentos anormais Malina – criança que não para quieta, que é bagunceira Maluvido – uma pessoa teimosa, que não dá atenção Mangar – dar risada de alguma pessoa Manjar do céu – comida gostosa Mão fechada – pessoa que tem dó de gastar dinheiro Mar minino – admiração por algo que alguém fez Maria Izabel – baião de dois Marmota- pessoa desajeitada, desastrada Marraia – bola de gude Marruá – boi Marte – que sofre muito acidente Mermam / Merimã – minha irmã, meu irmão Miado – estar sem dinheiro Milindroso – frágil Muamba – preguiça Mufino – que não desenvolve

N

Nariz empinado – pessoa metida, que quer ser melhor que os outros Não tem um pau pra dar num gato – o indivíduo não possui bens materiais

O

Oitão da casa – laterais da casa Onça – Tratamento de uma pessoa próxima Oxe – é uma expressão de admiração como “nossa!” ou adversidade Oxente – susto, espanto


P

Pá de rabo – bumbum grande Papel de energia – conta de luz Pançudo – barriga grande ou cheia Pantinho da gota – uma pessoa que não para quieta Pastando – esperar muito tempo por algo Pataquada – pessoa desajeitada Pau com fôia – pessoa de posse Perna de cambito – uma perna muito fina Perna de pau – pessoa não joga nada de bola Pia – olha isso, espiar Pinguço – Quem bebe demais Pintura do bicho – quando uma pessoa faz uma dança ou uma brincadeira feia Por conta de Zé Américo – significa dizer que algo está abandonado Presepeira -pessoa exagerada demais Presepada – palhaçada Purrão – objeto grande feito de barro Puta quente – besouro Puxando cobra pro pé - trabalhar na roça

Q Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece – algo de errado acontece Quisila – algo que não deu certo

R

Rabugento – pessoa suja Rala coxa – dança Reca – Muita coisa junto Resenha – algo engraçado Rimbiguda – pessoa mal educada Rimungar – falar baixo Rodia – pano enrolado usado na cabeça para colocarem algo e não doer Rubacão – baião de dois (comida típica)

S

Seitica – pessoa magra Ser as pregas / Ser as pregas de Odete – se mostrar, querer ser mais que os outros Serrote – pessoa que não paga nada, só espera que os

outros paguem para ela Sibito – pessoas muito magras também são chamadas de sibito, que é o nome de um pássaro

T Ta puxado – estou ocupado ou apressado Testa de lageiro – testa grande Tiquim – pouco Toco de amarrar jegue – pessoa baixinha Trepeça – pessoa que atrapalha ou faz algo de ruim Troncha – pessoa doida, sem juízo Trumento – pessoa trabalhosa

U Ureia de abano – orelha grande

V

Vala – admirar-se de algo de aconteceu Varapau – pessoa muito alta Vareda – atalho Veaco – pessoa que não paga o que deve Venta de tucano – nariz grande

X Xovê – deixa eu ver

Z

Zanoio /birolho /zarolho – pessoa que tem os olhos tortos Zé Mané – pessoa sem noção Zoiudo – pessoa com olhos grandes Zulive – Deus me livre


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