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Material de apoio ao professor

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Apresentação

Apresentação

Transcrição da publicação enviada às escolas no lançamento do projeto

Esta publicação reúne Citações e textos relacionados à cidadania, com o objetivo de apoiar o trabalho dos professores e motivar os alunos para participar dos debates e do concurso de redação.

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A seleção do material se fundamentou na diversidade das formas de apresentação que incluem ditados populares, citações concisas, trechos de artigos, fábulas, histórias e textos completos, possibilitando ao professor a contextualização e adequação às características de seus alunos.

Tendo em vista a abrangência do tema, o conteúdo apresentado privilegiou três questões básicas para o exercício da cidadania: convivência, solidariedade e participação.

O material proposto constitui apenas uma alternativa para o encaminhamento do trabalho com os alunos. A opção de utilizá-lo é do professor, a quem cabe, também, definir o titulo da redação.

Para definir o conteúdo e o título da redação, o professor qu i e desejar pode, caso considere indicado, optar por: es i colher uma das citações ou um texto e propor ao aluno estabelecer sua relação com a cidadania; estimular o aluno a identificar hábitos, valores e práticas que contribuem, ou não, para a construção de um mundo melhor; .05 sugerir uma reflexão sobre as diferentes possibilidades de participação do jovem no meio em que vive.

Como anexos foram incluídos alguns artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Declaração dos Direitos da Criança, os quais podem, também, ser utilizados como subsídios para o trabalho do professor e para a escolha do conteúdo da redação.

A intenção desta coletânea é promover oportunidades de reflexões sobre o tema e abrir espaço para a manifestação do aluno.

Nota do editor: o material de apoio ao professor, que fecha a primeira parte deste livro, foi transcrito da publicação enviada às escolas no lançamento do projeto. A intenção é permitir que a proposta seja fonte de inspiração de outros professores em outras salas de aula.

Convivência

Saber conviver é o primeiro passo no caminho da cidadania.

Educar para a convivência implica o desenvolvimento de valores básicos para a vida, os quais são adquiridos na interação que a pessoa realiza com os outros e com a realidade em que vive. Esses valores se traduzem em atitudes de compreensão e respeito pelas diferenças, combatendo os preconceitos e discriminações relacionadas à raça, sexo, religião e classe social.

O convívio na sala de aula é uma oportunidade privilegiada para a construção de relações humanas que valorizem a colaboração e a troca, evidenciando que as pessoas se complementam e dependem umas das outras.

Citações

Uma andorinha só não faz verão.

Ditado popular

Não há progresso sem mudança. E quem não consegue mudar a si mesmo, acaba não mudando coisa alguma.

George Bernard Shaw

Não faça aos outros o que não gostas que façam a ti.

Ditado popular

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

Charles Chaplin

A minha liberdade acaba onde começa a liberdade dos outros.

Ditado popular

1 Quando um não quer, doi não brigam.

Di ado popular

Se há um segredo para o êxito, ele reside na capacidade de apreciarmos o ponto de vista do próximo e ver as coisas desse ponto de vista, tanto como do nosso.

Ford

A paz não pode ser mantida à força. Somente pode ser atingida pelo entendimánto.

Albert Einstein

Quem procura um amiko sem defeitos nunca terá amigos.

Provérbio turco

Temos um país de ricos e pobres e um outro de miseráveis, com os quais convivemos, e às vezes nem vemos. Conseguimos não ver 32 milhões de pessoas.

Betinho

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relano uns aos outros com espirito de fraternidade.

Declaração Universal dos Direitos Humanos! Direito à Vida/ art. 1°

Quando respeitamos o direito de cada um, estamos criando força para fazer valer o direito de todos.

Cidadania e água / Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal - MMA

Quase sempre somos capazes de diferenciar o justo do injusto, o certo do errado. Digo quase sem pre, pois quando são os nossos interesses que estão em discussão, isto fica bem mais difícil. Uma coisa é saber o que é correto, a outra é fazê-lo, principalmente quando isto nos prejudica ou vai contra a nossa vontade. Basta pensar no nosso dia-a-dia. As discussões em casa, no trânsito ou no trabalho. Ninguém gosta de admitir que errou.

Oscar Vilhena Vieira/Direitos humanos no cotidiano/ Ministério da Justiça - 1998

A união faz a força.

Ditado popular

Todas as coisas são interligadas, como o sangue que une a família. O que acontece com a Terra, acontecerá com os filhos da Terra. O Homem não pode torcer a trama da vida; ele é, meramente, um dos fios. Seja o que for que ele faça à Terra, estará fazendo para si mesmo.

Construindo cidadania: habilidades básicas e de gestão / Senai - SP, 2000

Textos

A Barriga e os membros

Certo dia, ocorreu aos membros do corpo que só eles trabalhavam enquanto á barriga sozinha recebia toda a comida. Eles decidiram, então, fazer uma reunião, e, após longa _ discussao, resolveram entrar em greve até que a barriga concoildasse em realizar uma parte do trabalho.

Ditrante alguns dias, as mãos se recusaram a pegar alimentos, e a boca se recusou a recebê-los.

Passado algum tempo, no entanto, os membros começaram a se sentir fracos.

As mãos não conseguiam se mexer, a boca murchou e as pernas nem eram capazes de se sustentar sobre os pés.

Assim, os membros descobriram que a i barriga, a seu modo, realiza uma tarefa importante para o corpo, e que todos devem trabalhar juntos e fazer a sua parte para que o corpo possa funcionar.

Fábulas de Esopo ~moi com.bricriancas/fabulas/

Convivência

Durante uma era muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiam ao frio intenso e morriam, indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.

Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a unirse, a juntar-se, mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.

E, todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.

Porém, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhe forneciam mais calor vital, questão de vida ou morte.

E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos.

Dispersaram-se, por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito!

Mas essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados!

Os que não morreram voltaram a aproximar-se, pouco a pouco, com jeito, com preocupações, de tal forma que, unidos, cada qual conserva uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim suportaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram!

Se continuarmos mantendo a união, podando nossos espinhos, respeitando as individualidades e pensando na importância de uma convivência em grupo, por certo sobreviveremos a todas as eras glaciais.

Aprendendo a lidar com gente, Lucila Rupp de Magalhães

Lençóis sujos

Um casal, recém-casado, mudou-se para um bairro muito tranqüilo. Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou em uma vizinha que pendurava lençóis no varal, e comentou com o marido: - Que lençóis sujos ela está pendurando no varal! Está precisando de um sabão ncnto. Se eu tivesse intimidade perguntara se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!

O marido observou calado.

Três dias depois, também durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e novamente a mulher comentou com o marido: - Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!

E, assim, a cada três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendttrava suas roupas no varal.

Pássado um mês, a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e, empolgada, foi dizer ao marido: - Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, será que a outra vizinha lhe deu sabão? Porque eu não fiz nada.

O marido calmamente lhe respondeu: - Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei a vidraça da nossa janela!

Reflexão É muito fácil criticar os outros sem olhar os nossos próprios defeitos. Antes de criticar alguém, olhe 'para si mesmo e faça uma antocritica. ww,Ngeocities.com/re)(exoes_. l virtuaisilicoes_de_vidallencois_sujos.html

Quem sou eu? O que sou eu? Eu?

Sim, eu que, como você, sou um ser humano.

Todos nós sofremos, não importa onde ou como. Todos queremos ser felizes, não importa onde ou como. Somos iguais, com os mesmos desejos, medos e sonhos.

O desejo de ser livre para ser o que sou.

A vontade de poder me expressar, dizer e mostrar o que tenho em minha mente e coração. Viver minha cultura, meus costumes, minha tradição espiritual.

Viver com liberdade e dignidade; por ser e por viver. O medo de sofrer, de não ser feliz e o medo de morrer. O sonho de viver, viver feliz.

Mas não existe felicidade sem paz. Viver em paz não quer dizer apenas não fazer guerras. E, sim, cultivar o positivo dentro de cada um de nós. O respeito pelos Direitos Humanos começa, como tudo na vida, de nós mesmos.

Uma vez respeitando as nossas próprias preciosas qualidades de ser humano, automaticamente respeitaremos as qualidades e os direitos de todos os seres humanos.

Reconhecendo-se no próximo, interagiremos, cada um de nós, com tudo e com todos de uma forma pacífica e altruística. Eliminaremos a violência de nossa mente e ações, contribuindo para realizar uma Cultura de Paz, a única na qual é possível realizar o respeito pelos Direitos Humanos.

Com paz, Lama Michel

Direitos humanos no cotidiano/Ministério da Justiça, 1998

O Carregador de água

Uln carregador de água levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura e sempre chegava ao seu destino apenas pela metade. O pote rachado ficava envergonhado de sua imperfHição, sentindo-se migerável por ser incapaz de realizar sua tarefa como deveria. [V i olando sua insatisfação, o carregador lhe disse: - Você já viu que pelo caminho só há flores no seu lado? Ao conhecer o seu defeito, eu tirei vantagem dele e lancei sementes de flores no seu lado do caminho e a cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava. Assim, posso colher flores para ornamentar a mesa da minha casa.

Não somos todos iguais, mas sim indivíduos com características únicas e por isso mesmo especiais. Aprenda a valorizar as diferenças.

www.geocities.com/contosepiadas

Solidariedade

Educar para a solidariedade em um mundo onde prevalece a cultura do individualismo, do consumo e da satisfação pessoal é mais um dos grandes desafios que se colocam para o professor de hoje.

Sensibilizar os alunos para os problemas do outro e do mundo, ajudá-los a sair do próprio egoísmo, incentivar mudanças no comportamento valorizando atitudes de cooperação, são alguns dos caminhos que podem ser percorridos na formação de uma juventude mais solidária.

É importante levar os alunos a refletirem sobre as causas geradoras das desigualdades sociais, evidenciando que o problema da solidariedade deve ser tratado como uma questão ética e não de sentimentalismo.

Citações

Não deixe que a indiferença prevaleça. Sua participação faz toda a diferença.

COEP

Assim como a miséria foi sendo construída com a indiferença frente à exclusão e à destruição das pessoas, a negação da miséria começa e se realiza com a prática cotidiana, ampla e generosa da solidariedade.

Betinho

A felicidade é algo que se multiplica quando se divide.

Ditado popular

Só a comida que o pais joga no lixo bastaria para impedir que 200 mil crianças morressem de subnutrição até o fim do ano.

Leila Magalhães/ Jornal do Brasil/ julho de 1993

O Brasil tem em torno de 165 milhões de habitantes. Segundo estudo recente, divulgado no mês de julho em vários jornais, 50 milhões de brasileiros passam fome. A indiferença e a falta solidariedade permitiram essa situação. É preciso mudar.

COEP 2001

Queremos tudo novo, de novo. Queremos erradicar um passado que nos envergonha a todos e construir um futuro que nos dignifique ... Queremos um mundo capaz de enterrar a velha injustiça, o cinismo, a indiferença, a violência, a ganância, a fome do lucro a todo custo e de fazer nascer uma nova sociedade igualitária, solidária, fraterna, participativa e diversa. Queremos um mundo novo, um mundo jovem. E os jovens também querem esse mundo.

Ratinho / Primeira e Última, de 15 de junho de 1994

Um por todos e todos por um mundo melhor.

Mauricio Andrés Ribeiro! Título de artigo na Revista Políticas Ambientais /maio de 2000

Todas as conquistas devem levar ao bem comum.

Nelson Mandela

A cultura da solidariedade é um modo de encarar a vida individual, familiar, profissional e cidadã que 'tenha como preocupação fundamental construir uma verdadeira humanidade, em que o essencial seja o nós e não o eu.

Leandro Sequeiros / Educar para a solidariedade /Artes médicas -2000

Sonho que se sonha só é apenas um sonho. Sonho que se sonha junto é realidade.

D. fie/der Câmara

Não adianta doar um quilo de alimento pensando em se livrar do problema, é preciso participar. As pessoas precisam entender que a situação de miséria e marginalidade não irá mudar enquanto não houver mobilização. Se cada um fizer um pouco, todos ganham. Cansei de ver as pessoas fechando os vidros de seus carros e virando as costas para o problema da miséria. Não adianta se trancar, o problema vai continuar existindo.

Trechos do artigo Comunidade local se une na solidariedade/site vozdobairro.com.bdeconomia.html

A frieza construiu a miséria. Construiu as cidades cheias de gente e de muros que os separam como estranhos que se ignoram e que se temem. A solidariedade vai destruir as bases de existência da miséria. É uma ponte entre as pessoas. Por isso o gesto de solidariedade, por menor que seja, é tão importante. É um primeiro movimento no sentido oposto a tudo que se produziu até agora.

Betinho / Ética e cidadania / Ed. moderna - 1994

Ninguém se liberta sozinho, ninguém liberta ninguém. Os homens se libertam em comunhão.

Paulo Freire

Textos

Estrelas-do-mar

Era uma vez um escritor que morava em uma tranqüila praia, junto de uma colônia de pescadores.

Todas as manhãs, ele caminhava à beira do mar para se inspirar, e, à tarde, ficava em casa escrevendo.

Certo dia, caminhandd i na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar perto, ele reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia para, uma Por uma, jogá-las novamente de volta ao oceano.

Por que está fazendo isso? — perguntou o escritor.

Você não vê! — explicou o jovem — A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar e morrer se ficarem aqui na areia.

O escritor espantou-se: Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, e centenas de milhares de estrelasdo-mar espalhadas pela praia. Que diferença faz? Você joga umas poucas de volta ao oceano. A maioria vai perecer de qualquer forma.

O jovem pegou mais uma estrela na praia, jogou de volta 'ao oceano e olhou para o escritor. Para essa eu fiz a diferença.

Naquela noite o escritor não conseguiu dormir, nem sequer conseguiu escrever. Pela manhã, voltou à praia, uniu-se ao jovem e juntos começaram a jogar estrelas-domar de volta ao oceano.

Sejamos, portanto, mais um dos que querem fazer do mundo um lugar melhor. Sejamos a diferença! www.geocities.comirettexoes virtuais/fiches dtvidatestrelas do_mar.html

Gansos e equipes

Quando você vê gansos voando em formação "V", pode ficar curioso quanto às razões pelas quais eles escolhem voar dessa forma.

A seguir, algumas descobertas feitas pelos cientistas:

1 - Fato: À medida que cada ave bate suas asas, ela cria uma sustentação para a ave seguinte. Voando em formação "V", o grupo inteiro consegue voar pelo menos 71% a mais do que se cada ave voasse isoladamente.

Reflexão Pessoas que compartilham uma direção comum e um senso de equipe chegam ao seu destino mais depressa e facilmente, porque elas se apóiam na confiança umas das outras.

2 - Fato: Sempre que um ganso sai de formação, ele repentinamente sente a resistência do vento, ao tentar voar só e, de imediato, retorna à formação anterior para tirar vantagem do poder de sustentação da ave à sua frente.

Reflexão Existe força, poder e segurança em grupo quando se viaja na mesma direção com pessoas com as quais compartilhamos um objetivo comum.

3 - Fato: Quando o ganso líder se cansa, ele reveza, indo para a traseira do "V", enquanto um outro assume a ponta.

Reflexão É vantajoso o revezamento quando se necessita fazer um trabalho árduo.

4 - Fato: Os gansos de trás grasnam para encorajar os da frente a manterem o ritmo e a velocidade.

Reflexão Todos necessitam ser reforçados com apoio ativo e encorajamento dos companheiros.

5- Fato: Quando um ganso adoece ou se fere e deixa o grupo, dois outros gansos saem da formação e o seguem, para ajudar e protegê-lo. Eles o acompanham até a solução do problema e, então, reiniciam a jornada - ou os três se juntam a outra formação até encontrar seu grupo original.

Reflexão A solidariedade nas dificuldades é imprescindível, em qualquer situação.

Para o bem do grupo, é fundamental ser um ganso voando em "V". Vamos procurar nos lembrar mais freqüentemente de dar um "grasnado" de encorajamento e de apoiar uns aos outros com amizade. O nível de dificuldade em qualquer atividade será sempre mais brando quando estivermos em grupo, e, no final, teremos a recompensa do dever cumprido; de que somos capazes de fazer coisas que até então considerávamos impossíveis.

O céu e o inferno

Dizem que Deus convidou um homem para conhecer o céu e 9 inferno.

Foram primeiro ao inferno.

Ao abrirem a porta, viram uma sala em cujo centro havia um caldeirão onde se cozinhava uma suculenta sopa. Em volta dele estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas

Cada uma delas segurava uma colher de cabo tão comprido que lhes permitia alcançar o caldeirão, mas não suas próprias bocas.

O sofrimento era imenso...

Em seguida, Deus levou o homem para conhecer o céu.

Entraram em uma sala idêntica à primeira: havia o mesmo caldeirão, as pessoas em volta e as colheres de cabo comprido. diferença é que todos estavam saciados. "Eu não compreendo", disse o homem."Por que aqui as pessoa l s estão felizes, enquanto na outra sala morrem de afliçãn, se tudo é igual?"

Deus sorriu e respondeu: - Você não percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar comida uns aos outros.

www.bacaninha.com.br

Participação

Desenvolver hábitos de convivência e sensibilizar os alunos para a questão da solidariedade faz parte de uma proposta educativa que se preocupa com a questão da cidadania. Mas educar para a cidadania inclui, também, educar para a participação na sociedade.

Essa participação se concretiza através de atitudes e comportamentos que, no dia-a-dia, vão consolidando as crenças e valores de cada um.

Promover oportunidades para os alunos trabalharem em grupo, se organizarem em atividades coletivas, possibilita o aprendizado da prática participativa.

Participando no processo de construção da cidadania, o aluno vai se afirmando como um ser cidadão.

Citações

Quem cala consente.

Ditado popular

A maior de todas as árvores nasce de uma pequena semente.

Ditado popular

Vocês olham coisas que já existem E perguntam: por quê? Eu sonho coisas que não existem E pergunto: Por quê não?

Paula Cristina Barbosa

Quem não semeia não colhe.

Há três coisas que nunca voltam atráâ: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.

Provérbio chinês

Sei que meu trabalho é uma gota no oceano mas, sem ele, o oceano seria menor.

Madre Teresa de Calcutá

Começar já é metade de toda a ação.

Provérbio grego

t A mais alta das torres começa n solo.

Provérbio chinês

O homem deve criar as oportunidades e não somente encontrá-las.

Francis Bacon

Tudo o que acontece no mundo, seja no meu país, na minha cidade, ou no meu bairro, acontece comigo. Então eu preciso participar das decisõS que interferem na minha vida. Um cidadão com um sentimento ético forte e consciência de cidadania não deixa passar nada, não abre mão desse poder de participação.

Patinho/ Ética e cidadania - 1994

Os direitos da cidadania se garantem com a participação, com cidadania em ação, assumindo a responsabilidade individual e coletiva, aqui e agora, no enfrentamento de nossos problemas, lá onde estivermos, com os meios ao nosso alcance.

Cândido Guybowski / extraído de www.ibase.org.br

Textos

O beija-flor

Houve um incêndio na floresta e enquanto todos os bichos corriam apavorados, um pequeno beija-flor ia do rio para o incêndio levando gotinhas da água em seu bico.

O leão vendo aquilo, perguntou para o pequeno beija-

flor:

- Oh, beija-flor, você acha que vai conseguir apagar o incêndio sozinho?

Ao que o beija-flor respondeu: - Eu não sei se vou conseguir, mas estou fazendo a minha parte.

CD-ROM Sementes de solidariedade / !base

Alpes italianos

Nos Alpes italianos existia um pequeno yilarejo que se dedicava ao cultivo de uvas para a produção de vinho. Uma vez por ano, lá ocorria uma festa para comemorar o sucesso da colheita.

A tradição exigia que, nesta festa, cada morador do vilarejo trouxesse uma garrafa do seu melhor vinho para colocar dentro de um grande barril que ficava na praça central.

Entretanto, um dos moradores pensou: - Por que deverei levar uma garrafa do meu mais puro vinho? Levarei uma d'água, pois no meio de tanto vinho o meu não fará falta.

Assim pensou e assim fez.

No auge dos acontecimentos, como era de costume, todos se reuniram na praça, cada um com sua caneca, para pegar uma porção daquele vinho, cuja fama se estendia além das fronteiras do pais. .

Contudo, ao abrir a torneira do barril, um silêntio tomou conta da multidão. Daquele barril, apenas saiu água. Como isto aconteceu? Foi que todos pensaram como aquele morador:

- I A ausência da minha parte não fará falta.

Nós somos, muitas vezes, conduzidos a pensar: -Tantas pessoas existem neste mundo que se eu não fizer a minha parte isto não terá importância.

O que aconteceria corh o mundo se todos pen- sassem assim?

www.geoottes.com/reflexoes virtuais/licoes de vidalalpes_italianos.html

Qual a origem da palavra participação

Pergunte-se a qualquer pessoa o que é participação e, com toda certeza, ela mencionará a palavra "parte" em sua resposta. Seguramente vai dizer que "participar é fazer parte de algum grupo ou associação" ou "tomar parte numa determinada atividade" ou, ainda, "ter parte num negócio". - Fazer parte. - Tomar parte. - Ter parte.

De fato, a palavra participação vem da palavra parte. Participação é fazer parte, tomar parte ou ter parte. Mas é tudo á mesma coisa ou há diferenças no significado destas expreásões? "áulhões faz parte de nosso grupo, mas raramente toma parte nas reuniões." "fazemos parte da população do Brasil, mas não tomarnos parte nas decisões importantes." "Edgar faz parte de nossa empresa, mas não tem parte alguma nos negócios."

Estas frases indicam que é possível fazer parte sem tomar parte e que a segunda expressão representa um nível mais intenso de participação. Eis a diferença entre a participação passiva e a participação ativa, a distância entre o cidadão inerte e o cidadão engajado ...

Juan Bordenave / O que é participação / Brasifiense / São Paulo,1983

Elogio do aprendizado

Aprenda o mais simples! Para aqueles Cuja hora chegou Nunca é tarde demais! Aprenda! Não desanime! Comece! É preciso saber tudo! Você tem que assumir o comando!

Aprenda, homem no asilo! Aprenda, homem na prisão! Aprenda, mulher na cozinha! Aprenda, ancião! Você tem que assumir o comando! Freqüente a escola, você que não tem casa! Adquira conhecimento, você que sente frio! Você que tem fome, agarre o livro: é uma arma. Você tem que assumir o comando.

Não se envergonhe de perguntar, camarada! Não se deixe convencer! Veja com seus olhos! O que não sabe por conta própria, Não sabe. Verifique a conta. É você que vai pagar. Ponha o dedo sobre cada item. Pergunte: o que é isso? Você tem que assumir o comando.

Bertold Brechfflogio do aprendizado/Poemas 1913-1956/ Brasffiense/São Paulo, 1986

REFERENCIAS

Bordenave, Juan e Diaz - O que é participação? Coleção Primeiros passos, São Paulo, Ed. Brasiliense, 1983

Candau, Vera Maria (org.) - Tecendo cidadania: oficinas pedagógicas de direitos humanos, Petrópolis, 111, Vozes, 1995

Dimenstein, Gilberto — O cidadão de papel, São Paulo, Ed. Ática, 1994

Dimenstein, Gilberto —Aprendiz do futuro; Cidadania hoje e amanhã, São Paulo, Ed. Ática, 2000 lbase — Sementes de solidariedade — CD Rom

Secretaria Nacional dos Direitos Humanos — Direitos humanos no cotidiano, 1998

Sequeiros, Leandro — Educar para a solidariedade, RS, Ed. Artes médicas, 2000

Senai — Construindo cidadania; habilidades básicas e de gestão, SP, 2000

Souza, Herbert/ Rodrigues, Carla - Ética e cidadania, Coleção Polêmica, Ed. Moderna, 1994

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA

No dia 20 de novembro de 1959, por aprovação unânime, a Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração dos Direitos da Criança.

Constitui ela uma enumeração dos direitos e das liberdades a que, segundo o consenso da comunidade internacional, faz jus toda e qualquer criança.

Tal como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Declaração dos Direitos da Criança enuncia um padrão a que todos devem aspirar. Aos pais, a cada indivíduo de per si, às organizações voluntárias, às autoridades locais e aos governos. Todos devem empenhar-se por sua concretização e observância.

Condensada em dez princípios, a Declaração afirma os direitos da criança à proteção especial e a que lhe sejam propiciadas oportunidades e facilidades capazes de permitir o seu desenvolvimento de modo sadio e normal e em condições de liberdade e dignidade.

A Declaração, em sua íntegra, pode ser consultada no endereço www.uniceforgibrazili

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Lei n°8.069, de 13 de junho de 1990 Ministério da Justiça - Brasília

Artigos retirados do Livro 1— Parte Geral

O extrato contém os artigos considerados importantes para a proposta de trabalho. O estatuto em sua integra pode ser consultado em www.unicef.org.br/brazil/

Art. 3° A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Art. 4° É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Art. 5° Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.

Art. 7° A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.

Art. 15° A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

Art. 18° É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

Art. 19° Toda criança ou adolescente tem direito a ser.criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.

Art. 53° A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - direito de ser respeitado por seus educadores;

II! - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;

IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;

V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

Art. 55° Os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.

Art. 58° No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade de criação e o acesso às fontes de cultura.

Art. 59° Os Municípios, com apoio dos Estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.

Art. 600 É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz.

Art. 63° A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular;

II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;

III - horário especial para o exercício das atividades.

Art. 690 O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre outros:

I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;

II - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.

Art. 71° A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.

O Estatuto, em sua íntegra, pode ser consultado no endereço www.uniceforgibrazill

A Declaração, em sua íntegra, pode ser consultada no endereço www.uniceforgibrazil/

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AS REDAÇÕES

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