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INTRODUÇÃO
• • • Em1999, o COEP e a Embrapa discutiam a possibilidade de uma atuação conjunta com o objetivo de incentivar a retomada da cultura do algodão pelo agricultor familiar no Semiárido nordestino. A cultura, desde meados dos anos 80 combalida principalmente pela abertura de mercado e pelo surgimento de uma praga de grande impacto para os algodoais, o "bicudo", havia deixado de ser como outrora, uma das mais importantes fontes de renda para o pequeno agricultor Esse fato acabava por agravar as limitações provocadas pelas frequentes secas e contribuía fortemente para o êxodo rural. Reconhecia-se, no entanto, o potencial para a retomada da cultura desde que se trabalhasse com 'técnicas de manejo e variedades adequadas e se pensasse em formas de agregação de valor ao produto. Foi iniciado, então, já no ano- 2000, um projeto piloto no Assentamento Margarida Maria Alves, município de Juarez Távora na Paraíba. O projeto "A cultura do algodão em sistema de produção integrado a indústria" ocupou-se em transferir ao agricultor a tecnologia de produção, colheita e armazenamento e implementou uma miniusina de beneficiamento que permitiu a produção de fardos de pluma que poderiam ser vendidos diretamente à industria, eliminando atravessadores. Além disso, tornava-se possível reservar na propriedade o caroço do algodão para alimentação animal ou como um subproduto para venda.
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O sucesso dessa experiência permitiu que ela fosse ampliada e reaplicada em outras cinco comunidades nos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas e Ceará. Novas miniusinas foram instaladas e um novo ciclo teve início. A partir desse ponto vislumbrou-se a possibilidade de integrar ao trabalho, de forma sistêmica, outras questões com potencial para o desenvolvimento social e econômico das comunidades. Questões relacionadas à convivência com o semiárido de uma forma mais ampla, educação e informação além da geração de trabalho e renda, passaram a fazer parte da pauta de atuação. Todo o tempo, esses temas estiveram atravessados, pela mobilização e organização comunitária.
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Teria início, então, uma nova ampliação desta vez em escopo. Os novos projetos passaram a incluir a implementação de cisternas, barragens subterrâneas, a ,criação de caprinos e ovinos, a instalação de viveiros de produção de mudas, a implantação de telecentros de informática conectados à internet, o fomento ao acesso a políticas públicas pelas comunidades. Uma série de projetos começou a ser implementada reunindo diversos parceiros entre eles um grupo de seis universidades públicas que passariam a assessorar e Capacitar as comunidades. A ação prosseguiu. Ao redor dessas comunidades iniciais em cada estado, outras foram agregadas formando polos de comunidades, o que permitiu a otimização do uso das estruturas implementadas tais como as miniusinas e a rede de técnicos atuantes nos projetos. Esse conjunto de ações e projetos integrados entre si configuram o Programa Comunidades Semiárido que atualmente envolve 47 comunidades em sete 'estados nordestinos (Aos já citados
• Programa Comunidades Semiárido
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