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Mônica Campello

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1ª edição

Rio de Janeiro Mônica Conte Campello 2013


Copyright © 2013 por Mônica Campello scr@ps.com.JC Mônica Campello 1ª Edição Ilustração Mônica Campello Revisão Mônica Campello Capa Mônica Campello e Thiago Rosa Diagramação Mônica Campello Impressão Perse – Publique-se

CIP – (Cataloguing-in-Publication) – PublicaçãoCatalogação na Publicação (CIP)

Brasil

Catalogação

na

Ficha Catalográfica feita pela autora

Campello, Mônica C193s

SCR@PS.COM.JC/ Mônica Campello. 1ª ed. Rio de Janeiro: Mônica Conte Campello, 2013. 310 p.: il.; 21cm (broch.) ISBN 978-85-913659-1-3 1. Cristianismo. 2. Prática e observância cristã. 3. Autoajuda cristã. 4. Referências bíblicas. 5. Direcionamento cristão. CDD 230 Índice para catálogo sistemático 1. Cristianismo – 230 2. Prática cristã & observância – 240

Contato com a autora: mococa@terra.com.br http://www.monicacampello.com.br

CDU 240


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“Recito os meus versos em honra ao Rei� (Sl 45:1). Ao Rei dos reis consagro o que compus!


Jesus Cristo, verdadeiro amigo!

Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenhovos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer” (Jo 15:13-15).


Mônica Campello Olá, amigo, A relação de Deus com o homem e do homem com Deus é singular. A experiência que se tem com Deus não significa que outra pessoa vai ter uma igual. Cada pessoa tem uma relação pessoal, íntima e única com Deus. Há milhões de formas de Deus se manifestar a cada crente: particularmente conforme o caso, a medida da fé, a necessidade, as circunstâncias. Um testemunho de fé não pode em hipótese alguma ser encarado como uma receita ou fórmula divina para a cura de doenças, restauração de relacionamentos, sucesso financeiro: “Ah, se Deus fez isso com ele, vai fazer comigo também”. A coisa não funciona assim. Antes, testemunhos de fé são louvores a Deus que podem estimular a fé do próximo.


Nesse sentido, este livro é uma pequena amostra de como Deus atua e de como ele manifesta seu poder sobre a vida daquele que tem fé nele. Apresenta, também, a realidade humana vista de dentro, através dos olhos da alma, tateando as emoções que o próprio homem desconhece. A autoajuda não vem pela leitura, mas pelo querer direcionado através de uma carapuça literária. É quando a percepção de si mesmo num exercício de introspecção leva ao reconhecimento da necessidade de mudança quanto às atitudes, aos comportamentos, aos sentimentos. Para nada servem palavras sábias e belas se não tocam o coração como ele deveria permitir – filosofias inúteis, discursos vazios. Perscrutar o coração e admitir o que ele revela não é uma tarefa fácil, mas muito recompensadora quando aplicada àquilo a que se propõe: autocorreção. Só quem pode melhorar uma pessoa é a própria pessoa. Reconhecer erros e fraquezas e querer mudar é a parte que cabe à pessoa; o que ela não pode ou não consegue fazer, Deus ajuda. #autoconhecimento#autorreflexão#autocontrole #instaDeus#instaoração#instabíblia#ficaadica

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Obrigada, Jesus! Não precisamos além do que precisamos para sermos felizes. Contanto que tenhamos vida: saúde, teto, alimento, vestes, paz. O que recebemos a mais são surpresas de Deus que de antemão já nos forneceu o necessário para uma sobrevivência saudável. Como agradecer ao Senhor? Não deixar de anunciar a Cristo segundo o Evangelho por causa de pecados alheios, mas continuar a missão, cada um fazendo a sua parte agradando a Deus. Fazer ou Não fazer não devem ser ações condicionadas aos feitos alheios: fazer porque os outros fazem o bem; deixar de fazer porque os outros fazem o mal. Permanecer censurando denota claramente que deixou de ser um igual. A verdade é que os planos de Deus jamais serão frustrados por mais que o homem coopere para isso, dentrofora ou forafora do Evangelho, como um cristão que tem se confundido em meio a suas conquistas, tornando-se mestre, um mestre da lei (Lc 22:66; 23:10) como alguns que depois de conhecerem a Palavra passaram a se dedicar à nova missão de zumbis evangélicos os quais não foram contaminados, mas se deixaram contaminar, pois conheciam a verdade. “Sejam

praticantes da palavra, e não

apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos” (Tg 1:22). Mônica Conte Campello


O PROVEDOR DOS PROVEDORES Deus Jeová Jiré Trabalho pronto! Meu Deus! O que houve com meu texto? Ai, meu trabalho está sumindo! Cadê tudo o que preparei? Socorro, Senhor, me ajuda! Em momentos difíceis clamamos por Deus para nos ajudar a corrigir os erros, solucionar problemas, e como Provedor ele provê o que nos é necessário ou alguém para nos ajudar. Pois é, Deus também atua nos PCs, na Internet... Foi meu sobrinho Eduardo Bruno que me ajudou numa hora de sufoco informático. Caraca, ufa! Obrigada, Senhor, pela tua provisão!

Mônica Campello  Eduardo Pitão Há 7 minutos 

Obrigada, Dudu Bubi!

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TÓPICOS DE scr@ps.com.JC Domínio JC – 12 A Palavra – 13 Autoajuda – Autoestima – Cuidado – 16 Scraps do bem? – 19 Mente carnal – 22 Mente espiritual – 26 Humanidade metanoica – 26 Voz das imagens – 29

Vingança – 144 Carpe diem – 167 Sintômetro a postos – o medidor do que eu sinto – 177 Boicotando ervas daninhas - 179 Ingratidão – 179 Avareza – 183 Desprezo – 197 O lago congelado – 202

Laços fraternais – 42 Era uma vez duas irmãs – 42

Soberba – 207 Ninguém deveria se gabar por ser feliz – 208 Ninguém deveria se gabar por ser belo – 209 Ninguém deveria se gabar por ser rico – 212 Ninguém deveria se gabar por ser jovem – 215

Laços conjugais ou simplesmente amorosos - 87 O estáter de Deus – 111

Ciúme – 218 Dez contra um: uma história de ciúme e crueldade – 219

Sentimentos – 119

Vaidades infrutíferas – 229 Artimanhas de homúnculos que acabam com eles – 229 Tática de mulherezinhas que acabam com elas – 234

Relacionamentos – 36 Os antônimos das emoções – 39

Ira – 119 Um testemunho irado – 120 Inveja – 132


Semeando ervas aromáticas – 239 Autodoação – 239 Bom senso – 239 Business – 240 Chic, bem! – 240 Consciência – 241 Crescimento – 242 Discernimento – 242 Dr., Dr.? – 243 Esperança – 244 Fé – 245 Sim Não – 245 Olhe para o alto – 246 Mudança – 247 Saúde – 248 Surpresa – 248 Sucesso – 249 Momentos com Deus – 250 Oração – 250 Intercessão – 252 Louvor – 255 Jejum – 259 Leitura bíblica diária – 260 Os meios de Deus – 266 Visões e sonhos têm significado? – 266 Eles vão dar conta disso! – 269 Petits-pois: no dos outros é refresco, no nosso arde! – 273 O líder e a fenda – 279

Notas – 281 Na hora, a gente não entende... – 281 Serviço cristão – 283 Paz na terra aos homens de boa vontade? – 284 Neologizando o verbo “Profetizar” – 285 Profissionais de púlpito – 287 De que Jesus estão falando? – 287 Influências – 289 ENGANOS – 292

Criação e destruição simultâneas – 292 Plagiando Deus – 292 Deus não está vendo! – 293 Tema derradeiro – 294 Enfim, o que é morte? – 294 Aos amigos idos, uma homenagem de coração – 297 À minha sogra e ao meu sogro - 298 A minha amiga Iéia – 300 Apelo - 302 Caro amigo – 303 Quem concorda, curte e compartilha! – 304


Neste domínio, a todo o momento vão surgir aspas dentro de aspas, i.e., histórias inseridas em outras histórias, ensinamentos inseridos em outros ensinamentos, experiências inseridas em outras experiências, uma coisa inserida em outra coisa, tudo contribuindo para um aprimoramento humano em cada situação na vida. Os domínios que conhecemos são propriedades pertencentes a senhorios de bens móveis, sítios imóveis ou sítios da internet, que não podem oferecer nada além do que são ou do que têm. O domínio de Jesus Cristo, Domínio JC, ignorado por muitos e conhecido por muitos outros é eterno e sobre todos os povos. O domínio JC com registro divino não pode ser modificado, como pretendem alguns, tampouco transferido a quem quer que seja, pois JC é o proprietário de todo o universo e o autor de toda a existência desde a eternidade, o único Senhor (Dt 6:4), de tudo e de todos, e que pode oferecer tudo a todos, independente da não-aceitação de alguns obstinados. Coisa insana é lutar contra uma realidade que sempre foi, que é e sempre será.

Deus seja louvado!


A Palavra A Palavra de Deus inspirada que consta em Atos dos Apóstolos capítulo 3 versículo 6 nos quer ensinar a Receber, Crer, Fazer e Trabalhar.

“E disse Pedro: Não tenho prata

nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”.Tudo pela glória e para a glória de Deus. “De

graça recebestes, de graça daí”

(Mt 10:8).

Recebemos de Deus. Doemos por ele e para ele. Portanto, quando fazemos a sua obra estamos agradecendo pelo que ele já fez por nós de graça pela sua graça. Por isso, que possamos doar liberalmente. Levar aos necessitados e cativos a Palavra de Deus que provê salvação, cura e libertação.


Homens e mulheres igualmente estão sendo pesados na balança por Deus pelos ministérios cristãos que vêm desenvolvendo, se segundo a aplicação eficaz da orientação divina ou uma aplicação contraditória. Não se enganem:

“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7). Precisamos aprender a nos alimentar do Fruto do Espírito (Gl 5:22) com a pureza de uma criança e não usá-lo com a malícia de um adulto aparentemente convertido a Cristo. Diz a Palavra que é de Deus e não do homem:

“Guarda o teu coração, porque

dele procedem as fontes da vida” (Pv 4:23)

e

“O que sai

da boca, procede do coração, e isso contamina o homem” (Mt 15:18).


É preciso saber aproveitar as coisas da vida, até as ruins, pois

“Sabemos que Deus age em todas as coisas

para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Rm 8:28).


“Ó minha alma, espera somente em Deus, porque dele vem a minha esperança” (Sl 62:5).

“Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar” (Rm 14:4).


“Põe, ó SENHOR, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios” (Sl 141:3).

“Então o anjo do SENHOR lhe apareceu, e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valoroso” (Jz 6:12).


“Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor” (Rm 12:1). E por falar em afogar tristezas, lembro de uma historinha bem chistosa: Um pastor estava caminhando em direção à igreja, pela manhã, bem cedo, quando um homem sentado em um botequim acenou para ele. Entendendo que o homem o chamara, foi ao seu encontro, e percebeu que ele estava bêbado. O homem permaneceu calado. Então, o pastor iniciou um diálogo, perguntando: – Por que você bebe? – Pra afogar as mágoas. – E isso resolve? – Não. Elas aprenderam a nadar, tudinho!


SCRAPS,

DO BEM?

O capítulo anterior, finalizado com um toque de descontração, apresenta uma pequena amostra do que se pode visualizar na esfera webiana em termos de mensagens de autoajuda e uma ótica divina sobre elas. Em sua maioria, são textos mistos desenvolvidos com muita criatividade a partir de situações cotidianas reais como preocupações, sentimentos bons ou feridos, felicitações; contendo frases célebres, frases de incentivo, de conselhos práticos, de esperança, de fé, trechos de músicas; em tom de ironia, comicidade, arrogância, tristeza, crítica. E cada um se adequa ao estado de espírito em que o leitor se encontra. O homem, por mais natural que seja, é dotado de espírito o qual precisa ser alimentado, assim como o corpo;


caso contrário, perece. Urge saber que tipo de alimento está sendo ingerido: possui todos os ingredientes necessários para prover saúde espiritual, emocional, psicológica, moral, além da física? Ou serve apenas para causar uma sensação momentânea de bem-estar do corpo que logo após precisará ser reabastecido por não fornecer os elementos essenciais que proveem a energia desejada? Essas são perguntas que normalmente não se fazem ao visualizar e ler certas mensagens, pois são tidas por providenciais num momento de carência qualquer que seja. Assim, elas são absorvidas pela visão, pela mente e pelo coração como se fossem uma panaceia. Eis o momento crucial para se ter cuidado porque um espírito faminto e sedento consequentemente fraco está vulnerável a qualquer coisa aparentemente revigorante que lhe surja aos olhos. Frases filantrópicas, filosóficas, literárias, expressam muito da cultura de um povo, mexendo com seus sentimentos, acariciando a alma. Baseadas em teodiceias e dotadas de sabedoria humana e de profundo teor intelectual e emocional são, todavia, destituídas da sabedoria divina o que as tornam ineficazes contra a cura dos males interiores. Essa diferença faz a diferença. Esses tipos de frases contribuem para a aplicação do lema socrático “Conhece-te a ti mesmo” ao induzir o leitor a rever seus pensamentos, pois automaticamente tocam o ser,


mexem com os brios, sacodem a mente, causam um rebuliço espiritual, estimulam a tomada de decisões, provocam uma introspecção. No momento da percepção, não havendo rejeição ao estímulo, nasce o desejo de mudança e de melhora que concorre para um processo de varredura caracterizada pela ação simultânea de selecionar e juntar o que não presta para ser jogado na lixeira ontológica, resultando na limpeza desejada. Tudo isso decorre do incômodo que a sujeira causa a partir dos elementos nocivos que jazem no âmago do ser. Analogamente à ação de varrer um ambiente com vassoura que pode ocasionar dor nas costas, varrer a alma pode ocasionar dores no coração. Eis o cerne da questão: as pessoas querem mudanças, mas não querem os riscos das mudanças – risco de precisar desnudar-se de sentimentos prejudiciais como o orgulho, a vaidade, a presunção, a arrogância, para poder atingir o alvo da transformação; sua humanidade é maior que elas mesmas, não lhes permitindo passar por aquilo que chamariam de humilhação. Mudanças implicam em perdas; nesse caso, de coisas ruins com as quais já estão acostumadas, e desvencilhar-se delas envolve um processo doloroso. Contudo, a pessoa só consegue sentir o que está visível aos olhos do coração, ou seja, a dor que vai sofrer decorrente daquelas perdas, não sendo capaz de visualizar um resultado positivo no futuro. Assim, a tendência é permanecer como está, e o sofrimento continua. Logo, a sabedoria


humana com suas frases espetaculares até consegue conduzir à origem do problema, mas não pode prover a devida solução haja vista carecer do poder divino que rechaça toda resistência. “Agindo

Deus, quem impedirá?” (Is 43:13). A

palavra do homem perde o seu valor. É nessa hora que entra com providência a palavra de Deus! Enquanto o homem resistir a Deus, não passará de mero homem; não prosperará. Poderá ter riquezas, vida abastada, propriedades diversas, mas nunca deixará de ser miserável (Rm 7:24) por ser incapaz de compreender e amar o seu próximo como a si mesmo (Mc 12:31) como naquele momento crucial do desnudamento que implica esvaziar-se em prol de alguém, até de si mesmo para o próprio crescimento. Um post bem oportuno extraído do Status do Facebook de Alice Maior: “Chame a Deus/ Que tua vida logo mudará. Ele cura a ferida/ Te libertará. A verdade e a vida ele quer te dar. #Chame a Deus!(;” MENTE CARNAL A mente carnal apresenta a seguinte fórmula: homem vs. Deus = voz de Deus ≠ voz interior -> sabedoria humana ≠ sabedoria divina

Resultado prático: o “eu” todo imponente tomando o lugar de Deus. Um tipo de diálogo informal com a mente:


“O que me faz sofrer é a traição do meu marido. Identifiquei e quero mudar isso. Não sofrer mais pela traição dele: ‘Vou traí-lo também’, ou ‘Vou me separar dele’, ou ‘Vou continuar com ele, mas não vou mais amá-lo como deveria’, ‘Vou desprezá-lo’, são formas de mudança, mas e daí, após uma e outra tentativa, te modificaram? Te fizeram parar de sofrer? Não. Ouvir a voz interior não resolveu. Então, qual é a solução? Mudar o foco. E se fosse você que o traísse e ele descobrisse, o que ele faria contigo? Ou, o que você gostaria que ele fizesse contigo? Que te perdoasse e você se arrependesse e tudo voltasse ao normal? Então, faça isso com ele. Não, você não quer fazer isso; vai te doer, não é? Perdoá-lo vai te doer, vai mexer com teu orgulho, honra e dignidade; será uma humilhação. Essa mentalidade humana do perdão é unilateral.

Conclusão,

ouvir

a

voz

interior

definitivamente não resolve. Logo, ouça a voz de Deus que diz: Perdoai

as nossas ofensas assim como nós

perdoamos a quem nos tem ofendido. Explicando: Se desejamos ser perdoados cada vez que erramos contra o próximo, precisamos aprender a perdoá-lo também; se queremos o perdão de Deus, devemos nos perdoar mutuamente. Ouvir a voz de Deus definitivamente resolve porque quando em Deus você perdoá-lo, com


essa

mentalidade

espiritual,

você

terá

sido

transformada do estado de orgulho para o de humildade de modo que aquilo não mais te afetará, mas só o poder de Deus pode causar essa transformação. Não se iluda! Fora de Deus isso jamais ocorrerá”. Troque a autoexaltação pela expressão: Haja exaltação!

“Quando te abaterem, então tu dirás:

Haja exaltação! E Deus salvará ao humilde” (Jó 22:29). A carne da mentalidade se resume na supremacia da carne sobre o espírito em que o homem não busca a direção de Deus, mas deixa-se guiar pela bússola da vaidade humana e interesses terrenos. É The touch of thought, o toque do pensamento, quando a mente se crê autossuficiente e cutuca o coração em detrimento da verdade divina que pode ser encontrada nas Escrituras Sagradas.

“Você conhece alguém

que se julga sábio? Há mais esperança para o insensato do que para ele” (Pv 23:9). #insensato #tolinho


O homem de mente carnal normalmente as utiliza como subsídio para fomentar suas concepções, respaldando-as biblicamente com explicações conforme o seu entendimento e propósito. Quando não assim, dá-se ao costume de parafrasear versículos bíblicos a fim de arrogar para si o privilégio de dar à luz aquela verdade. Essa ação exclui o poder de Deus e usurpa a força da sua palavra, aparentemente atenuando a fragilidade do seu fazedor. Isso sugere um caráter de inspiração pessoal que causa a impressão de propriedade intelectual. Os desavisados não percebem que se trata de plágio da inspiração divina e atribuem a ele o louvor indevido. Essa é uma verdade não revelada! Quem de fato copia as coisas de Deus? A quem o homem de mente carnal está seguindo? Prestem atenção,

“Pois mudaram a verdade de

Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do


que o Criador, que é bendito eternamente. Amém” (Rm 1:2). MENTE ESPIRITUAL O homem de mente espiritual não maquia textos alheios com palavras sobrepostas, qualquer que seja a sua origem. Ele reconhece a soberania da palavra de Deus, contentando-se em obedecer à instrução divina; reconhece o talento conferido por Deus a cada pessoa, não cobiçando seus direitos de propriedade, pois seu prazer não está na aprovação dos homens, mas de Deus. O homem espiritual, diferentemente do homem natural, tem a mente voltada para as coisas do alto (Cl 3:2) e não para as terrenas de modo que Deus é o seu amigo constante com quem ele sempre pode contar, não se prendendo, por exemplo, às amarras de uma rede social onde habitam pessoas virtuais que se passam por amigos conselheiros que na verdade só compartilham mensagens por as considerarem belas, mas sem qualquer perspectiva de aproximação real.

HUMANIDADE METANOICA Para que haja proveito da leitura dessas mensagens é preciso que o leitor predisponha a mente a mudanças de


pensamentos, de caráter, de comportamento, de atitudes. Ler apenas por ler porque é bonito, porque fala ao coração terreno de forma poética, não vai alterar o quadro ruim em que se encontra. É mister que se tome uma iniciativa de mudança que comece na própria mente através do reconhecimento dos próprios erros em vez de ficar atribuindo culpa a terceiros e até mesmo ao diabo para não assumir a responsabilidade do fracasso. É aí que entra Deus diante de quem se deve confessar a culpa com a esperança do perdão que só ele pode prover e da libertação proveniente desse ato. É Deus fazendo a parte dele desde que o homem também faça a sua parte, tão simples, a de se saber culpado e se fazer confessor a fim de se tornar livre de verdade e não permanecer escravo das audições carnais através das quais se recebem palavras vazias de entendimento. Razão e fé se completam aqui. O homem natural precisa transformar-se num ser metanoico, i.e., predisposto a um processo de transformação contínua a partir do qual se torne capaz de melhorar seu viver, seus relacionamentos, suas tomadas de decisões, de modo que passe a lutar contra o erro não apenas para o próprio bemestar, mas também para os que lhe são próximos, para que vendo sua mudança sejam estimulados a mudar também. Aí sim será possível ver uma comunidade real ou virtual vivendo em conjunto. Natural e espontaneamente estará praticando o mandamento divino para a humanidade que resultará na glória


de Deus:

“Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mc

12:31). O homem como ser mutante pode ou não manifestar o domínio próprio de que fala a Bíblia em Gálatas 5:23, conforme ele dispuser seu coração. A ele foi dado o poder de exercitar controle sobre a mente. Ele pode controlar o mal que lhe sobrevier em forma de tentação para o erro que o desviará do caminho correto. No âmbito dessa providência divina, o homem goza de livre arbítrio para decidir entre vários rumos a seguir, não podendo acusar ou elogiar ninguém por sua derrota ou vitória, respectivamente (Rm 8:5). Na

ignorância

espiritual

falta

o

discernimento

necessário para que o homem compreenda (I Co 2:14) que sem Deus ele nada pode fazer, seja em termos de desenvolvimento da vida imaterial ou material, ambas em sua plenitude, pois tudo é pelo poder de Deus que lhe dá o sopro de vida diariamente (Jo 15:5). O despertar para o sentimento de gratidão a Deus por essa dádiva já é um grande passo na longa jornada em direção às mudanças. udando de assunto...


“As experiências da vida podem nos tornar pessoas melhores ou piores; isto depende do modo como as enxergamos”. Mônica Campello Imagens falam! Como textos não-verbais, elas podem expressar a voz interior assim como a voz de Deus. Ao visualizá-las, a mente viaja em pensamentos que a transportam ao recôndito da alma onde jaz uma miríade de sentimentos. Esses são despertados em forma de saudade, lembrança, desejo, esperança; enfim, conforme o toque da visão. A imagem acima, por exemplo, pode causar a lembrança de um ente querido que está internado num hospital com problemas cardíacos ou que faleceu por esse motivo. A pessoa normalmente sente-se comovida e tende às ações respectivas de visitar o doente ou de chorar pela sua ausência ou ainda de reconhecer que nada pode fazer por ele.


Ela pode apontar para os altos e baixos emocionais vigentes

nos

relacionamentos

amorosos,

amigáveis,

familiares. A pessoa passa a refletir sobre os problemas que provocam dissabores e como em tempos de trégua existencial era capaz de vencê-los. Começa a perceber que determinados comportamentos, gestos e atitudes cooperam para a solução de conflitos. A luz ao fundo pode ocasionar a esperança de melhora para as doenças da alma como complexo de inferioridade que tende a causar sentimento de rejeição ou desprezo. A pessoa passa a acreditar que sua condição atual pode ser revertida a partir de uma mudança de hábito e isso a motivará a prosseguir seu caminho até conquistar a vitória. A imagem em foco tem o poder de mexer com as emoções positivas e negativas e gerar consequências positivas ou negativas a partir de seus elementos: um órgão do corpo humano – o coração –, a linha de leitura de um monitor cardíaco e uma luz intensa ao fundo, além do seu colorido. O cenário remete à esfera médica, tornando implícita a noção de vida existente, mas que requer tratamento, porquanto as ondas da linha que representam as batidas do coração inseridas nele mostram um padrão instável, demonstrando problema potencial e indicando a necessidade de vigilância; um padrão regular, no entanto, representaria uma atividade normal, mais estável. Em contrapartida, as linhas externas ao coração


representam a morte, significando que o que está do lado de fora não tem a menor importância porque está morto e, portanto, inativo ou tem muita importância significando que coisas ruins que têm em si a aparência de morte querem exercer influência sobre o que ainda tem chance de sobrevivência. Essa é uma análise pessoal pormenorizada a partir de uma imagem cujo autor elaborou-a com muita criatividade visando atingir N finalidades. Cada imagem tem um propósito por trás de si e denota o sentido de atenção para com aquilo que ela pretende despertar na mente e no coração, pois pode levar a sentimentos mesquinhos ou virtuosos. É preciso ficar atento aos sentimentos que brotam no momento da visualização e perscrutar a alma para reconhecer o tipo de influência que ela poderá exercer, se maligna ou benigna. É ai que entra o poder de Deus para dar discernimento ao se visualizar uma imagem carregada de elementos nocivos que escondem seu real propósito e subliminarmente desvirtuam mentes para um caminho tortuoso. Essa coisa de sentimentos positivos e negativos tem a ver implicitamente com o espírito de uma pessoa, e não meramente com a sua psique como muitos preferem entender e ensinar ou transmitir. Como diz H.D. Lasswell: “Consciência é a parte da psique que se dissolve em álcool”, refletindo sua impotência. Essa preferência se dá pelo fato de que há um


grande interesse por parte dos profissionais da alma em que o maior número de pessoas possível permaneça na ignorância de suas próprias emoções, tornando-se alvos de fácil manipulação porque distantes de Deus que seria a única Pessoa a lhes esclarecer as verdades ocultas aos olhos do coração, pois as levaria a um estado de autorreflexão crítica, e não de mero autoconhecimento, de onde não conseguem sair ilesas porque o reconhecimento das próprias falhas é descortinado pela presença divina a quem tudo fica patente.

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8:32). Qualquer pessoa tem suas emoções ou concepções remexidas ao visualizar uma imagem, inclinando-se a uma dimensão específica conforme o caso. Nessa situação, a pessoa é automática e inevitavelmente sensibilizada a ponto de manifestar reações àquele estímulo proveniente da imagem. Uma pessoa, por exemplo, que esteja sofrendo de alta baixa autoestima pode se tornar uma presa fácil a maus sentimentos ou más atitudes de acordo com a orientação desta imagem textual: Frases desse tipo não podem

salvar

nem

libertar

ninguém de seus infortúnios, muito menos restaurá-los, mas servem

tão-somente

para

transformá-los

em

um

ser


futuramente desprezível, pois quem o considerará um ser humano digno se seguir à risca aquele conselho? Logo, muitas que são tidas por frases de sabedoria humana não expressam sabedoria alguma porque carecem do essencial que é o poder de transformar o mal em bem. Um possível entendimento seria de que aquele que causou a tristeza esteja muito fraco precisando de socorro moral se o dano que causou seja proveniente de má índole ou socorro espiritual se o dano que causou seja proveniente de males da alma. No primeiro caso, há necessidade de correção no caráter; no segundo, correção nas emoções. Trata-se de um caso de compaixão e não de vingança. O ser humano, contudo, tende a pensar primeiramente em si e depois no outro, o que anuvia sua mente, impedindo-o de enxergar a realidade da necessidade alheia. Isso contrasta com o sacrifício vicário de Jesus. Com essa atitude, passa a não corresponder à vontade divina:

homem

à

nossa

“E disse Deus: Façamos o

imagem,

semelhança” (Gn 1:26).

conforme

a

nossa

Ajudar o próximo, quase na

totalidade dos casos, reverte-se em beneficio próprio. “Quase na totalidade” porque de fato há casos em que lamentavelmente não se devem ajudar certas pessoas, pois isso poderia se converter em prejuízo próprio. Às vezes, pode significar o mesmo que “estar passando a mão na cabeça” de


alguém que está em erro do qual não consegue sair porque isso é da sua natureza. Seria igual a malhar em ferro frio. Nesse caso, aquele que tem o desejo de ajudar pode neutralizar suas ações de modo que não venha a macular seu caráter ou personalidade por causa de outrem ao mesmo tempo em que não causaria dano a ninguém. Isso não é omissão, mas prudência e dignidade. “Sede

prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas” (Mt 10:16).

Ponto importantíssimo que deve

sempre ser observado a respeito de si próprio! O que definitivamente a pessoa sofrida não deveria fazer é o que a mensagem incita. Esse seria o caso de rever toda a situação, ponderando minuciosamente sobre os prós e os contras. Ajudar alguém nessa circunstância seria talvez uma maneira de favorecer ambas as pessoas envolvidas nesse processo de dor, pois certamente um ficaria curado e o outro livre. Em contrapartida, há o caso em que a pessoa precisa contar com a ajuda de alguém, como: apoio moral, alento espiritual, conforto familiar, e até mesmo exortação para edificação. Esse alguém deve ser digno, confiável e amigo. Digno porque merecedor de respeito, por ser justo, correto, íntegro, honrado, honesto –

“Assim, em tudo, façam aos


outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7:12);

confiável porque

verdadeiro, não mente, amante da verdade, cumpridor de sua palavra, não engana, não adula –

“Nota o homem sincero, e

considera o que é reto” (Sl 37:37);

amigo porque

companheiro, prestadio, solícito, zeloso, imparcial –

“Quem

tem muitos amigos pode chegar à ruína, mas existe amigo mais apegado que um irmão” (Pv 18:24). É possível encontrar todas essas qualidades numa só pessoa em detrimento da sua humanidade tantas vezes falha? Sim, constatado biblicamente, é possível que em cada pessoa se encontre uma, duas ou mais qualidades que correspondam àquelas necessidades específicas, pois as pessoas são dotadas de virtudes morais e espirituais de modo que venham a ser aplicadas conforme cada caso. A providência divina se manifesta em favor das pessoas, tanto para dar quanto para receber; nesse sentido, Deus provê discernimento para que a pessoa não seja confundida, podendo reconhecer as inclinações dos conselhos, se para bem ou para mal. Esses últimos se caracterizam como atos de inimizade, a qual deve ser descartada.


Não há possibilidade de se verem as próprias sobrancelhas se não for através de um espelho, mas qualquer outra pessoa, seja quem for, pode vê-las. Isso ilustra o princípio da reciprocidade nas ações humanas em que não se pode fazer nada sozinho: ninguém é uma ilha, ou seja, ninguém pode viver isolado. Um ermitão leva uma vida de isolamento em seu eremitério, ensimesmando-se em sua capacidade para superar as adversidades cotidianas. Ele não tem com quem compartilhar sua vivência. Por outro lado, se optar por transmitir suas experiências oriundas dessa solidão, resguardando sua circunstância, ele terá de se mover de onde está, transportando-se por meio de registros escritos ou monólogos gravados, se dispõe dos recursos necessários; logo, mesmo um ermitão em sua essência deixa de ser uma pessoa isolada no momento em que comunica seu aprendizado por esses


meios. O conteúdo de seu trabalho terá o destino exato e por certo não ficará perdido.

No filme “O náufrago”, o protagonista Chuck Noland (Tom Hanks) criou um amigo imaginário, Wilson, a partir de uma bola de vôlei com penteado Punk e um rosto pintado com o próprio sangue para com quem se comunicar nos momentos de solidão; era uma forma de mantê-lo consciente e de manter vivo o sentido de sociedade onde havia pelo menos ele, a ideia de uma segunda pessoa e a foto de uma terceira, coisas que o mantinham vivo. O homem tem necessidade do próximo, não pode viver sem ele. Se se descarta uma pessoa por não ser apropriada ao seu círculo de amizades, por não inspirar confiança, com certeza Deus preparou para fazer parte do seu meio pessoas que lhe são oportunas, amigas, aquelas com quem se pode contar. Todo ser humano recebe essa provisão de Deus para sua vida de modo que ninguém deixa de ter amigos, até mesmo pessoas más têm amigos. Logo, amizade é coisa criada por Deus para o deleite do homem, mas é mister saber escolher as amizades, entendendo antes que Deus é o maior amigo; não há outro acima dele.

“Assim diz o SENHOR:


Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!” (Jr 17:5). Aprender a ter amizade com Deus e ouvir a sua voz deve ser um treinamento diário para que se possa buscá-lo nas horas difíceis antes de procurar outras pessoas, pois se ele mesmo tiver de direcionar alguém a outra pessoa além do Pai, do Filho e do Espírito Santo que possa oferecer ajuda, ele o fará e será perfeito. Deus nunca decepciona ninguém; sempre dá coisas boas e perfeitas.

“O Senhor é a minha força e o

meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda” (Sl 28:7). Os relacionamentos são essenciais para o pleno desenvolvimento do ser humano a fim de que ele não se torne um misantropo. A interação entre os indivíduos dos mais diversos grupos sociais dá ocasião para a reciprocidade de estímulos e adaptação de comportamentos e ações que possibilitam o desencadeamento do processo de trocas comunicativas

que

culminam

em

multiaprendizados

pluricontextuais da vida a partir de uma aprendizagem informal proveniente do envolvimento com tudo e com todos os inseridos no meio social.


As relações pessoais se desenvolvem nos mais variados tipos de ambiente: social, familiar, religioso, cultural, político, esportivo, etc., dependente ou independente de etnia, status, credo. Em cada um desses ambientes há pessoas com personalidades distintas dotadas de sentimentos diversos umas das outras. Como diz o rei Roberto Carlos, ♫São tantas as emoções...♫

A imagem acima mostra que um Emoticon pode ser usado para representar o estado emocional em que a pessoa se encontra

no

momento

em

que

está

digitando

seus


pensamentos, seja num e-mail, num scrap. Mesmo pequeno, ele é autossuficiente para expressar as emoções que se querem derramar numa mensagem destituída de letras, possibilitando ao leitor identificar a atual condição de seu emissor e buscar ou não maiores detalhes sobre a situação. Afinal, desconsiderando a complexidade interpretativa da frase de Confúcio e trazendo-a para a modernidade virtual, pode-se dizer que “Um emoticon vale mais que mil palavras!”. As emoções têm o poder de reger a vida das pessoas, conduzindo-as a atitudes favoráveis ou desfavoráveis, satisfatórias ou insatisfatórias com relação a si próprias ou aos outros. Nesse sentido, elas podem ser classificadas como emoções positivas ou emoções negativas. Isso não significa que devem ser separadas em grupos de bem e de mal, por exemplo: o amor é positivo e a ira é negativa. De fato, o que prepondera não é a emoção em si; há de se considerar sua raiz e durabilidade circunstancial para que se possa estimar seu devido valor. ♫O que faz você feliz, o que faz você feliz, o que faz você...♫ O risco existencial das ações internas ou externas envolve a questão da moralidade que aguça o questionamento sobre o que realmente importa para se atingir a felicidade. Buscar ou não os próprios interesses no afã de ser ou de ter sem se preocupar com o outro?

“Nada façam por ambição


egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos� (Fp 2:3).


Historinhas dramáticas servem para ilustrar pequenas porções de algumas emoções. Elas sempre apresentam laços entre pessoas no tipo de relação em que estão envolvidas. Muitas vezes, laços que não podem ser desfeitos, mesmo que se queira. Com uma pitada de ar shakespeariano, o clímax sempre se resolve em “Ser ou não ser, eis a questão”.

reinar entre duas irmãs, que viviam em meio a discórdias e desafetos, através do afastamento necessário que não implica desamor, mas amor consciente e racional que produz frutos de


aprendizado para crescimento moral, emocional e espiritual.

“Assim voltou Esaú aquele dia pelo seu caminho a Seir. Jacó, porém, partiu para Sucote e edificou para si uma casa; e fez cabanas para o seu gado; por isso chamou aquele lugar Sucote” (Gn 33:16-17).

O verdadeiro amor

não é derrotado por distância nem por circunstâncias; sobrevive a tudo. A imaturidade nos sentimentos, até que se compreenda o que é necessário nos relacionamentos, gera muitos dissabores e angústias. Mais que amor de berço, amor maduro que coopere para o bem mútuo. Concordo plenamente com Shakespeare ao dizer que “O amor é muito jovem para saber o que é consciência”. O amor do pai pelas duas filhas era intensamente forte. Ambas o amavam de todo o coração. Ele lutou com afinco pela sua estabilidade financeira a fim de que pudesse prover o melhor para elas durante sua feliz existência. Viviam numa casa que passou de singela a reformada com primeiras e terceiras necessidades à sua disposição. De nada tinham falta: amor, carinho, cuidados enfim. Mas desejavam casar, e tiveram seu sonho realizado. O casamento da mais nova não resistiu aos obstáculos conjugais e sucumbiu diante das adversidades; a outra continuava casada. Essa, por sua vez, sarcasticamente não perdeu oportunidade de rechaçar aquela


diante do pai com a intenção de menosprezá-la, acusando-a de fraca por não saber manter um casamento – em contraposição a ela, que o sabia muito bem – e consequentemente envergonhar o nome da família. O que ela não sabia era que justamente aquilo que ela considerava vergonha decorrente de fraqueza e falta de sabedoria, uma separação conjugal, se tornaria no futuro a causa do que viria a ser seu objeto de desejo, e tormento. O pai envelheceu, adoeceu e morreu. Naquela época, surgiu a notícia de que o governo estava conferindo direito de pensão a filhas que tivessem sofrido divórcio antes do falecimento de servidor público dentro de um prazo estabelecido pelo órgão competente. A irmã mais nova preenchia todos os requisitos legais para requerer o benefício, e assim o fez. Cumpridas todas as exigências e comprovado o direito à pensão, ela passou a ser beneficiária da respectiva instituição. Sabendo disso, a irmã mais velha se mordia de raiva por acreditar que estava sendo lesada pela irmã mais nova, julgando ter o mesmo direito já que era filha também. “O papai também me amava; ele não ia deixar isso só pra você”, disse certa vez. Um dia, atormentada, usou de agressão verbal, caluniosa e desdenhosamente, chamando-a de ladra diante de testemunhas que ficaram pasmas por seu comportamento hostil: “Sua ladra, você está roubando o que


me pertence... essa pensão é minha”, e, como se isso não bastasse, acrescentou: “É por isso que você não tem filhos, sua estéril. Você é uma figueira seca. Deus não te deu filhos porque você é uma pessoa ruim que roubou o que é meu por direito”. Um vilipêndio sem razão de ser! Ela já tinha sofrido ataques atrozes por parte da irmã em tempos idos, mas foi pega de surpresa naquele momento pela sua atitude, pois jamais imaginaria que ela chegasse a ponto de ser tão cruel, egoísta e malvada, e foi com olhos de espanto que ela fitava a irmã, dizendo em seu íntimo: “Meu Deus, o que é isso, não tem nada a ver uma coisa com a outra, meu Deus, ela vibrava contra mim, se ria da minha tristeza, e eu não sabia!”. Que decepção, que mágoa, que tristeza ela sentiu naquele momento. Pela primeira vez, ela despertou para o fato de que a sua condição de mulher infértil era motivo de júbilo para certas pessoas do seu convívio. “Até

mesmo os seus irmãos

e a sua própria família traíram você e o perseguem aos gritos. Não confie neles, mesmo quando lhe dizem coisas boas” (Jr 12:6), “Se um inimigo me insultasse, eu poderia suportar; se um adversário se levantasse contra mim, eu poderia defender-me; mas logo você (...)” (Sl 55:12-13), logo você, minha irmã? Essa descoberta muito a contristou, pois já não sabia mais em quem confiar, quer dizer, em quem


acreditar que de coração sincero desejasse a felicidade dela, pois a de sua própria família, sangue do seu sangue, mostrouse tão inimiga. Em meio à dor imensurável da humilhação e da decepção – aquele tipo de dor que a pessoa sente, mas quase não tem como descrever porque a linguagem humana é insuficiente para traduzir – mesmo ofendida, respondeu: “Minha irmã, veja só, eu só tive direito a requerer essa pensão porque foi decretada uma lei que me dava esse direito; foi designado somente a filhas cujo divórcio ocorreu antes do falecimento do pai. Mesmo que você quisesse requerê-la agora, não seria possível por dois motivos: primeiro, porque você não preenche os requisitos legais – e aí ela teve um momento único para reerguer-se da lama em que a irmã mais velha a jogara no passado: “Se você tivesse se separado na mesma época em que eu me separei, você teria tido o mesmo direito que eu, mas não foi assim; você também se separou, mas somente muito depois da morte do papai. Eu não te roubei nada. A minha pensão é um direito meu que me foi dado por lei” –; segundo, porque o período de reivindicar o direito dado por essa lei já prescreveu há muito tempo”. Ela podia falar e explicar mil coisas, milhões de vezes, mas a mente restrita de sua irmã não captaria nenhuma de suas palavras, pois o ódio já tinha invadido seu coração.


As pessoas que assistiram ao espetáculo ficaram escandalizadas sobre como uma irmã podia agir daquela maneira contra a outra que não tinha culpa por ela não possuir o mesmo direito, e que, além disso, num julgamento arbitrário, apontou a esterilidade dela como castigo divino por roubar-lhe o suposto direito. No entanto, a desventura da esterilidade jamais fora consequência daquilo que a irmã mais velha erroneamente julgava como seu agente causador, mas era uma travessia pela dor da ausência do esperado que já existia muito antes de se tornar pensionista de seu pai. Irada, intentou secretamente um plano contra a irmã mais nova. Entrou com um processo na justiça, alegando que ela também tinha direito àquele benefício. O tempo passou. Ela continuou prejudicando a irmã como prática habitual decorrente da inveja não assumida que lhe acariciava a mente, sempre ofendendo sua moral, e honra, e dignidade, de preferência na frente dos outros. E a irmã permanecia calada, sem querer ofendê-la ou magoá-la, pois poderia dizer-lhe algumas verdades merecidas ou fazer-lhe coisas merecidas, mas sempre evitou fazê-lo a fim de não ferila, a exemplo da citação bíblica

“não farei com vocês o que


vocês merecem pela loucura que cometeram” (Jó 42:8), chegando até mesmo a pedir-lhe perdão – uma vez na igreja, e outra vez na casa dela diante de suas filhas – pelas vezes que sentiu raiva devido ao tratamento recebido em certas ocasiões, mas a mais velha em sua soberba se sentia (ficava Cici – se sentindo, algo que na época a mais nova não enxergava com os olhos espirituais) por cima da carne-seca por causa disso e ela que era a errada pensava que de alguma forma estava certa. Uma pessoa que não entende o sentido do perdão quando está errada não deve ser solicitada a perdoar. Pediu-lhe perdão na igreja porque foi ali na presença de Deus que descobriu a raiva latente em seu coração por ter sido tantas vezes desprezada, pisada, humilhada sem causa, e entendia que não podia permitir que aquele sentimento pecaminoso continuasse a existir, podendo tirar-lhe a paz e convocar outros abismos. Para evitar isso, o confessou e dele se libertou. Entendeu que deveria pedir perdão, mesmo estando certa, e o fez, publicamente, diante do altar da igreja na frente de toda a congregação.

“Mas quando apareceu a

benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt


3:4,5). Não o fez para se engrandecer à vista das pessoas que as viram se abraçando, pois nem sequer sabiam o que andava acontecendo. Dois motivos provam isso: a mais nova nunca gostou de desnudar as fraquezas da irmã, e a mais velha nunca gostou de expor as próprias fraquezas (no fundo conhecidas, mas não assumidas), sempre se fazendo de superior; logo, certo era que as pessoas não sabiam o que se passava, a não ser os que as conheciam na intimidade. O que realmente a mais nova queria era agradar a Deus em obediência à sua palavra que acabara de ser pregada, por entender que sua vontade é que as pessoas se esforcem para viver em paz com todos, independente de quem sejam (Hb 12:14). Se viver longe de alguém resulta em paz reinante, então que se busque a paz. A ordem de Deus é viver em paz com todos e não estar perto de todos. Nem sempre distância significa falta de amor. Dependendo das circunstâncias, distância pode mesmo significar presença de amor que distancia discórdias entre as pessoas de modo que a paz possa reinar. A irmã mais velha se surpreendeu com o gesto da outra, o que não pôde compreender por ser cônscia de seu demérito. O tempo passou e as ofensas, humilhações, mentiras, calúnias, falsidade, traição, lamentavelmente não cessaram após as investidas fraternais da mais nova, o que as tornou desavindas. Dessa vez, ela descobriu que sentia mágoa da irmã. Ela precisava botar para fora tudo o que lhe fazia tão


mal; queria de uma vez para sempre se livrar daquele fantasma. Ela sempre entendeu que a melhor forma de se livrar de um mal interior é confessando-o. Analogamente, é como se livrar de um inimigo quando está visível, pois há possibilidade de enfrentá-lo e derrotá-lo por ser possível conhecer as suas armas e a partir daí saber quais usar para se defender, mas se estiver às ocultas será difícil combatê-lo. A confissão de pecados, ou seja, de sentimentos que destroem almas, pode muito em seus efeitos porque libera o confessor dos males que eles geram, capacitando-o a comentar sobre o mal extirpado porque existiu, jamais será esquecido e poderá servir como exemplo e auxílio à dor alheia, mas isso sem a dor que antes ele causava. Muito tempo depois, pediu perdão à irmã mais velha na frente das sobrinhas a fim de que testemunhassem toda a conversa em que ela exporia detalhadamente todos os dissabores que a fez sofrer. Ela teve essa iniciativa primeiramente porque queria voltar a se relacionar com a irmã mais assiduamente, pois estavam muito afastadas, e ela amava a irmã e desejava tê-la por perto, mas entendia que não poderia ser de qualquer maneira. Querendo evitar a ação incompleta do passado, aprendera que não bastava pedir perdão à irmã mais velha pela mágoa que sentia dela, pois, quando o fez anteriormente por outro motivo, não surtiu qualquer efeito de reconhecimento, arrependimento e


consequente transformação como desejado e esperado. Era necessário conscientizá-la de que foram as suas falhas que lhe suscitaram a mágoa, senão mais uma vez se tornaria simplesmente em palavra unilateral levada pelo vento. Segundo porque começava a ficar difícil confiar na irmã mais velha devido às contínuas experiências desgastantes que revelavam suas más intenções (algo ainda estranho para ela, mas que já inspirava atenção redobrada), pois já estava começando a se preocupar sobre o quanto a irmã poderia ser perigosa, colocando palavras em sua boca ou prejudicando sua reputação. Depois de tão digno ato de pedido de perdão por parte da irmã mais nova, elas ficaram aparentemente bem. Aparentemente porque a que pediu perdão estava de fato bem, mas a outra... Algo chamou sua atenção: a irmã mais velha não disse por um momento que a perdoava pelo ressentimento nem sequer pediu perdão pelas faltas cometidas. Apesar da estranheza,

a

mais

nova

preferiu

camuflar

qualquer

desconfiança para evitar novos conflitos: “Ah, deixa pra lá, ela é assim mesmo. O importante é que estamos bem e eu creio que ela vai mudar daqui pra frente”. No entanto, ela não imaginava o que a irmã mais velha andava arquitetando contra ela, uma trama que suas filhas sabiam e apoiavam. Comportava-se docemente como um gatinho que esconde as garras, pois se corroia em ódio permanente que sempre


acalentou. Continuamente, tramava ciladas na calada dos dias e das noites contra a mais nova que não fazia a mínima ideia do porvir e sempre a visitava e a tratava com carinho e amor fraternal, buscando-o literalmente em sua essência, fazendo prevalecer as razões que a motivaram aos pedidos de perdão em detrimento dos desgostos ultrapassados. Seu grande desejo de preservar a harmonia entre elas não foi forte o suficiente para o baque que enfrentaria. Chegou a hora da verdade se manifestar por completo e do entendimento perfeito acerca de amor fraternal se revelar como de fato deve ser e não como se pensa que é. Lembrou da canção: ♫Pode ser a gota d’água♫ Desde que aprendeu a ter Deus como a primeira Pessoa em sua vida, a irmã mais nova nunca mais tomou decisões sem antes buscar a direção divina. Certo dia, desejando dar continuidade a um negócio para o qual ela precisava de pelo menos um carro, a irmã mais velha pediu à mais nova que dispusesse o carro dela para o tal empreendimento. Antes de dar-lhe a resposta, ela orou a Deus e entendeu que não deveria fazê-lo. Tendo a irmã mais velha precisado dela para levá-la a um órgão estadual para resolver algumas pendências do futuro negócio, chegando lá ela perguntou sobre que decisão ela tinha tomado a fim de ajudála. Ao dizer-lhe que orou a Deus e não sentiu sua aprovação, a irmã mais velha se encolerizou de tal forma que pronunciou sua revolta contra Deus: “Mas que Deus é esse que não


permite que uma irmã ajude a outra?” Que Deus o que, você tem mais é que me ajudar. Eu sou tua irmã!”. Contudo, apesar da dor de não dever ajudá-la, a mais nova preferiu continuar firme na direção que recebera de Deus cuja onisciência foi provada mais tarde para entendimento pelo menos da parte da mais nova. Deus sabia o que aconteceria no futuro e livrou a mais nova de uma enrascada que a prejudicaria, preservando-a para que não viesse a perder o seu bem. Naquele momento, mesmo sem entender, foi levada à obediência à voz de Deus em seu coração: “Samuel teve dó de Saul. Até quando terás

dó de Saul?” (I Sm 15:35; 16:1). A irmã mais nova não ajudou a mais velha com a questão do carro, mas a ajudou a fazer sua mudança de uma casa simples para um apartamento maior, muito bem estruturado e de aluguel caro. Enquanto a mais nova colocava as coisas dentro do carro e as tirava, subindo e descendo quatro andares do prédio, pois não havia elevador, a irmã mais velha permanecia na rua conversando com a empregada, não movendo uma palha para agilizar o serviço. A mais nova observou essa atitude, não aprovou, mas também não reclamou. Continuou fazendo o que sentia que devia fazer, independente do comportamento da irmã que se deliciava em dar ordens. Após ter se encalacrado com o seu negócio que não prosperou, não tinha mais como pagar o aluguel do belo


apartamento onde passara a viver com as filhas após a separação conjugal. Condoendo-se pela irmã, a mais nova teve a ideia de pedir a avó para deixá-la morar com ela em sua casa até que se restabelecesse e pudesse voltar a ter sua própria casa novamente. A avó, de imediato, não aprovou a ideia e repreendeu a neta tão solícita pelo favor à irmã mais velha por quem a avó não tinha muito apreço devido a várias coisas passadas que a desagradavam e não lhe saíam da memória. Mas a mais nova insistiu com a avó por aproximadamente uma semana, tentando convencê-la de que logo ela corrigiria sua situação e sairia de sua casa para voltar a viver com as filhas que àquelas alturas já estavam morando com o pai. A mais nova poderia ter oferecido sua casa para a mais velha morar, mas conhecendo o modo intransigente da irmã, e querendo evitar desconfortos e aborrecimentos entre elas, entendeu que seria melhor que ela morasse com a avó a quem respeitaria em suas regras de convivência. Assim ela inocentemente acreditou! Passada uma semana, a avó consentiu que sua irmã fosse morar com ela e mais uma vez a mais nova dedicou-se a ajudar na mudança assim como na disposição dos móveis, e toda aquela mesma cena se repetia – a mais nova fazendo o serviço de mudança, indo e vindo várias vezes de carro com os utensílios, e a outra batendo papo. A avó cedeu o seu quarto


quarto para a neta porque era maior e caberiam todos os pertences dela num só cômodo. Muito antes disso acontecer, a mais nova tinha feito uma obra de reforma na casa da avó e tinha comprado alguns eletrodomésticos e móveis, pois desde o falecimento de sua mãe, passou a dar assistência e cuidados à avó para que não ficasse nem se sentisse sozinha. Todos os dias ela visitava a avó, levando alimentos, cuidando da higiene, da aparência para sempre parecer uma idosa bela, cuidava de seus cabelos brancos e de suas unhas e sobrancelhas como quem cuidava de uma boneca. Ela brincava com a avozinha e juntas riam muiiiiiiiiiito. Era uma verdadeira alegria os maravilhosos momentos que juntas passaram antes da irmã mais velha ir morar lá. Esses momentos preciosos foram se encurtando com o passar dos tempos e chegou o momento da mais nova começar a se sentir incomodada com a presença da mais velha que ao recebê-la o fazia com cara de reprovação. Assim, sabendo que a mais nova não gostava de incomodar ninguém, começou a agir daquela maneira com a intenção de fazê-la parar de ir lá para que ela pudesse viver livremente na casa da avó que já estava começando a assumir como sua. Dos planos da mais velha ela nem desconfiava, mas algumas conversas dela com a sobrinha começaram a surgir no ar. Um dia a sobrinha disse: “Ah, essa velha... já passou da hora... que saco!”. E quando a mais nova ouviu isso, ficou


indignada, pois se perguntava onde estava o senso de gratidão à avó por ter acolhido a mãe dela. E assim foi acontecendo uma sucessão de fatos desagradáveis e estranhos até a morte de sua avó. Um dia, a mais nova presenteou a avó com um vidro de perfume, pois ela sempre lhe levava presentes: roupas, calçados, enfeites, artigos de beleza, etc. Ao chegar um dia à casa da avó para levá-la a uma festa, perguntou a avó se ela já tinha colocado o perfume tão cheiroso que lhe dera de presente. A avó meio constrangida respondeu: “Ih, esquece isso, eu não faço questão de perfume, não”. Mas a neta ficou inconformada: “Ué, vó, eu te dou um perfume super cheiroso, de marca, e a senhora não quer usar, por quê?” Então, ela se dirigiu ao quarto da avó para pegar o perfume e não o encontrou, e lhe perguntou onde estava. A mais velha assistindo a tudo isso, resolveu afrontá-la: “Está comigo, por quê?”, ao que ela respondeu já pressentindo algo ruim naquela atitude: “Ué, porque eu dei um perfume de presente pra vovó e sumiu e ela não me diz onde está. Com ares de deboche, balançando a cabeça com desdém, respondeu: “Peguei pra mim. Pra que que a vovó vai querer perfume? Ela já está velha, não precisa disso!”. Revoltada, a mais noiva disse: “Mas você não pode fazer isso; quem comprou o perfume fui eu. Eu dei o perfume pra vovó. O perfume é dela. Você não pode tomar o que é dela. Eu dei pra ela”. E mais uma vez,


com ares de implicância, respondeu: “Queridinha, o perfume agora é meu e pronto!”. Entendendo que a irmã queria arrumar problemas, preferiu calar-se diante do fato como sempre costumava fazer em circunstâncias parecidas. Indignada, pegou a avó e levou-a para a festa, onde, na presença dos seus familiares, o assunto inevitavelmente surgiu devido à expressão de descontentamento da neta que todos perceberam e questionaram sobre o porquê de ela estar daquele jeito, e, respondendo às perguntas, ficavam também indignados ao saber da história e começavam a culpá-la pelo fato da irmã estar morando na casa da avó, sempre dizendo que se com a própria mãe teve maus comportamentos, por que seria diferente com a avó, com quem muito se preocupavam. Ir à casa da avó para visitá-la estava se tornando muito difícil para a mais nova pelo desprazer que sentia cada vez que a irmã a recebia com uma expressão facial globalizada de desgosto e reprovação: “Ai, garota, não se cansa de vir aqui todo dia, não?”. Como alguém pode se sentir bem num lugar em que é recebida dessa maneira? Isso começava a afastar a mais nova da casa da avó que já não era mais tão sua. Começava a ter cara de nova dona que de tudo ia se apossando lentamente. Mas num desses dias de visitas forçadas, a mais nova surpreendeu a avó comendo bombom e com muitos outros no colo e perguntou quem os havia dado a ela. Meio temerosa, disse que fora sua irmã. A mais nova


estranhou aquilo pelo fato da mais velha saber que a avó era diabética e não devia comer doces. Reclamou com ela, mas ela disse que era besteira, que um doce a mais ou um a menos não faria qualquer diferença na saúde da avó. A mais nova já não tinha mais controle quanto aos cuidados da avó. Cochichando ao ouvido da avó, pediu-lhe que guardasse aqueles bombons e não os comesse mais. Algum tempo depois, houve uma festa na casa da cunhada que fazia aniversário e a avó, controlada pela mais nova e por seu irmão, não comeu nenhum doce. Tiveram momentos alegres, conversas agradáveis, como a avó gostava. À noite, hora de ir embora, a avó pediu a neta mais nova que ficasse lá com ela, que dormisse lá. Ela mesma já havia sentido esse desejo de ficar com a avó antes mesmo de ela lhe pedir, mas a atitude aversiva da irmã a impedia de ir à frente com sua ideia, o que a fez explicar a avó o quanto se sentia mal de estar ali e pediu a ela que a compreendesse, mas que voltaria no dia seguinte para vê-la. Despediu-se da avó e foi para casa. Na manhã seguinte a notícia: “Vem pra cá porque levamos a vovó com urgência pro hospital porque ela estava caída na área de serviço, se estrebuchando, e babando e não se sabe o porquê”. Imediatamente, deixou seus afazeres para trás e se dirigiu ao hospital. Lá chegando, observou que o estado da avó era péssimo. Ficou assustada. A avozinha estava com


um aspecto tão estranho, com o olhar arregalado e, ao vê-la, começou a se remexer no leito como se quisesse falar alguma coisa, mas não podia falar. E ela nervosa dizia: “Ai, meu Deus, o que a vovó quer dizer?”. A irmã respondeu que ela estava agitada por causa da presença dela; que era melhor ela ir embora, pois estava incomodando a avó que nervosa se debatia no leito. Algo encafifava a mente da mais nova. Algo não se encaixava. Como a avó se sentiria incomodada logo com ela? Ela sabia que isso era impossível, mas preferiu não discutir a questão. A irmã mais velha lhe disse que fosse para casa tranquila porque ela dormiria com a avó no hospital, pois queria cuidar dela. A mais nova concordou e foi para casa, dizendo que no dia seguinte faria as carteirinhas delas para que pudessem ficar como suas acompanhantes e fazendo revezamentos dia após dia até que ela recebesse alta. A mais velha concordou. Contudo, no dia seguinte, a mais nova preparou um bom almoço para a irmã e o levou para ela. Ao terminar de almoçar, ela disse à irmã que podia ir porque ela continuaria com a avó. A mais nova não concordou e disse: “Mas não foi isso o que combinamos. Eu te disse ontem que traria o seu almoço e depois de almoçar você iria para casa descansar e eu ficaria aqui com ela, e você voltaria à noite. E assim faríamos até a sua recuperação”. A mais velha respondeu que não precisava, pois ela podia cuidar da avó e a irmã podia ficar sossegada. Enquanto isso a avó em seu leito


se movia, parecendo que queria falar algo e se debatia no leito e ela tentava acalmar a avó. Apreensiva, disse à irmã que queria ficar com a avó naquele dia, mas a mais velha se empombou e disse que não, que ela continuaria ali até que ela recebesse alta, e que não precisava fazer carteirinha nenhuma porque ela não ia deixá-la em dia algum, e que a mais nova se contentasse em apenas visitá-la. Revoltada, ela reagiu nervosa, dizendo que aquilo não tinha cabimento porque afinal ela também era neta e tinha todo o direito de cuidar de sua avó. A irmã ironicamente respondeu: “Garota, vai orar! É só isso mesmo o que você sabe fazer. Vai orar. Vai pra casa descansar e amanhã traz minha comida de novo”. E como ela insistia em ficar com a avó, a mais velha se empinou e disse que ela não ficaria ali com ela. Nesse momento, lançou-se sobre outra acompanhante do quarto em abraços de misericórdia manifestando ares de boa moça, zelosa da avó, na verdade copiando os atos da irmã, coisa que a moça ignorava por não conhecê-las. A mais velha tinha aquele poder de enganar qualquer pessoa que não as conheciam em sua intimidade. A mais nova guardou para sempre em seu coração a esperança de um dia poder encontrar aquela acompanhante de quarto para lhe revelar a verdade desconhecida

e

#desejoconstante

assim

poder

resgatar

sua

honra.


Consciente de que estava num hospital, local que exige silêncio e respeito aos enfermos, a mais nova percebeu que a outra queria irritá-la de modo que ela tomasse a decisão de ir embora para evitar transtornos naquele recinto hospitalar. Assim, a irmã saiu do hospital chorando e dirigiu-se à loja do irmão onde encontrou sua tia, conversaram sobre a situação e entenderam que era melhor deixar que as coisas seguissem daquele jeito para evitar brigas, problemas maiores, em prol da saúde da avó. Chegou o dia de visitas, e a mais nova chegou bem cedo para tentar ficar mais tempo com a avó. Mas só pôde entrar na hora certa juntamente com os demais parentes. Ao ver a neta, ela novamente se debateu, querendo conversar com ela, mas não conseguia. Minutos depois, ela faleceu. Era a hora de resolver documentações. Os irmãos começaram a providenciar o necessário. O corpo da avó foi levado à capela do cemitério onde já estavam alguns familiares. A mais nova estava sentada ao lado de sua tia, seu tio e sua prima do lado de fora da capela quando a mais velha chegou de moto com um dos irmãos. Levantou-se da moto, cumprimentou a todos, menos a irmã, o que a deixou intrigada: “Por que ela não falou comigo?”, saiu da capela e disse, com ar de deboche: “Bom, eu já fiz a minha parte. Fiz tudo o que eu tinha de fazer. Agora vocês fiquem aí com o resto!”. Aquelas palavras irritaram a mais nova que quase se


levantou para agredi-la, e a outra percebendo sua reação de revolta se riu dela debochadamente, dizendo: “Ta nervosa, filhinha? Vou-me embora; não tenho mais nada o que fazer aqui”. E montou de novo na garupa da moto com o irmão e foi para casa. Na volta do cemitério, eles se dirigiram para a casa da avó. O irmão pediu a mais nova que lhe desse os documentos da avó, e quando ela ia entrar na casa para pegálos, a mais velha se colocou ao portão, fechando-o para que ela não entrasse e lhe disse: “Aqui você não entra nunca mais. Essa casa agora é minha. Sai daqui”. Além de não poder pegar os documentos da avó que só ela sabia onde estavam, foi impedida de “curtir” o luto da avó, revendo seus pertences como forma de matar a saudade que já se anunciava naquela hora de tristeza. As mesmas pessoas que testemunharam o episódio da capela, também testemunharam esse fato e se perguntavam porque ela reagia daquela maneira. Uma de suas sobrinhas, querendo defender a propriedade da mãe, #soquenao, chegou a insultá-la com torpezas que muitíssimo a entristeceram, percebendo a tamanha ingratidão que exalava de ambas naquele ambiente funesto. A mais nova disse ao irmão mais velho onde estavam os documentos da avó, o que ele referiu à mais velha para que ela os procurasse e os entregasse a ele. No dia seguinte, um dos irmãos revoltado por não poder entrar na casa da avó, e ainda pela revolta do


impedimento da irmã no dia anterior, chamou-a, e como ela não respondeu, ele começou a gritar seu nome no portão e como ela ainda não o atendeu, ele derrubou o portão e entrou, dizendo que aquilo não estava certo, pois ele e os outros irmãos tinham tanto direito quanto ela de estar na casa da avó. Imediatamente ela chamou a polícia e todos foram parar na delegacia onde o delegado disse: “Esse tipo de gente eu conheço muito bem, a cara dela não engana, eu entendo vocês, mas ela tem o direito de continuar na casa, pois já morava com a avó antes de seu óbito, e vocês devem aceitar isso para evitar problemas maiores”. As palavras do delegado soaram como uma ordem a ser obedecida, e assim eles o acataram, voltando cada um para suas casas e para suas vidas. Esse fato de levá-los à delegacia reportou a irmã mais nova ao passado quando do falecimento de sua mãe. Após seu enterro, voltando para a casa da mãe, a irmã mais velha convocou os irmãos para uma conversa no quarto da mãe. A mais nova disse que deveriam também chamar a avó para a conversa, ao que subitamente a mais velha retrucou: “Que, nada disso, chamar essa velha pra quê? Fecha essa porta (na cara da avó). Ela não tem nada a ver com isso aqui. Vamos dividir o que é nosso. Eu fico com isso, você fica com aquilo, o outro fica com aquilo outro..”, e a irmã mais nova chorava profundamente pelo luto da mãe que acabara de ser enterrada. Seu choro irritava a mais velha que lhe repreendia: “Ih,


garota, engole esse choro... isso não vai resolver nada, vamos ao que interessa”. E ela chorava ainda mais pelo comportamento frio e calculista da irmã que nem sequer derramava uma lágrima de pesar, mas demonstrava sua robustez porque afinal alguém tinha de ser forte para fazer aquilo: a divisão das jóias, das porcelanas, dos tapetes persas, do dinheiro guardado no guarda-roupas, etc., dos bens, enfim. Como tudo aquilo revoltou a irmã mais nova, ela contendeu com ela na tentativa de conscientizá-la de seus atos egoístas, o que a mais velha interpretou mal e tomou uma iniciativa totalmente fora de propósito: levou o caso à delegacia onde o então marido trabalhava e a denunciou juntamente com seu companheiro através de um falso relato de que ambos ofenderam a sua honra e integridade moral com palavras infames, quando, na verdade, foi ela quem o fez contra eles. Ela tinha esse mau hábito de pôr as próprias palavras na boca dos outros, a fim de transferir para eles a sua imagem negativa. Ou seja, ela sabia o que fazia. No entanto, o delegado ao ouvir a defesa dos dois, entendeu que ela aramara tudo contra eles, e o delegado lhes disse que encerraria aquele caso porque não levaria avante algo tão desnecessário quanto uma mentira forjada, pois o próprio delegado declarou em alto e bom tom que ele tinha anos de experiência naquela função e que seria impossível enganá-lo, pois ele percebeu que as acusações levantadas pela mais velha contra eles eram


visivelmente falsas. Disse que aconselharia seu funcionário, marido dela, a adverti-la para que nunca mais levantasse falso testemunho contra ninguém pelo que ela poderia ser processada judicialmente por alguém no futuro, e a orientá-la para que agradecesse a irmã e ao cunhado por não fazerem isso contra ela. Houve, na realidade, um momento em que a mais nova quis ensinar a irmã a respeitá-la em seus direitos. Levou à justiça o caso da posse indevida da irmã quanto às coisas que ela tinha comprado para a falecida avó e que ainda se encontravam na casa dela onde estava morando, pois não lhe permitia tirar nada de lá por ter se apossado da casa e declarar que tudo ali dentro pertencia a ela. Ela tinha em mãos todos os comprovantes das compras dos materiais de construção, dos eletrodomésticos e móveis, incluindo o recibo de pagamento pela venda de um anel de ouro que sua avó tinha lhe dado de presente. Era um anel de design antiquado, mas muito bonito, cravejado de cascalhos de brilhantes com fios de ouro branco e uma pedra de rubi. Ela não achava digno receber de presente uma joia da avó e dela desfrutar a beleza sem embelezar a cozinha da avó, o que julgava realmente necessário. Por isso, vendeu o anel com um certo prejuízo, logicamente, mas o que lucrou com a venda serviu para juntar com o valor que tinha para ajudar na compra de todo o material de construção para a reforma da cozinha, que depois de pronta ficou muito bonita e


agradável para a avó e apresentável para suas visitas que adoravam ver sua casa começando a tomar ares de nova. A neta se alegrava em cuidar da casa da avó ao cuidar de sua casa, fazendo uma renovação geral em toda a casa. Na verdade, a mais nova não queria nada daquelas coisas, mas tão-somente que a outra aprendesse de uma vez por todas a parar de se comprazer em ficar levando vantagem sobre os outros, prejudicando-os em seus direitos, pois de acordo com suas próprias palavras, ela sempre dizia que era muito esperta e conseguia tudo o que queria, se garantindo em seus

falsos

argumentos

e

falsos

posicionamentos.

#leideGerson Ao ser notificada a comparecer ao fórum para apreciar o andamento do processo, a mais nova sentiu-se mal por aquilo. Estando em um culto, lembrou-se daquele momento e a pregação que ouviu tinha tudo a ver com o que estava sentindo:

“Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto

perante infiéis. Na verdade é já realmente uma falta entre vós, terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano?” (I Co 6:6-7).

Por isso, entendeu que o que havia

sentido realmente era um toque de Deus para que desistisse daquele processo, e assim o fez. Quando um dia ela foi visitar um dos irmãos, sua irmã a viu e a chamou para dizer que


soube da sua desistência do processo e que estava muito feliz por aquilo: “Ah, maninha, pôxa, obrigada por ter desistido daquele processo; eu sabia que você não ia levar isso adiante!”. A partir daquele momento em que a mais nova aceitou o agradecimento da mais velha, passaram a se relacionar novamente. Mas o coração da mais nova já não era mais o mesmo em compaixão dolorosa pela irmã quanto a desejar ajudar-lhe am alguma coisa, pois tinha medo de voltar a sofrer por suas injúrias. Essas, no entanto, não eram somente contra a irmã mais nova, mas também contra os outros irmãos. Após o falecimento dos pais, ela e o ex-marido trataram de arrumar um plano para que ela assumisse sozinha o negócio que pertencia aos seus pais, tornando-se a única proprietária, de modo que não mais precisasse dividir os lucros. Conseguiram um testa-de-ferro para lhes comprar as partes. Mais tarde, indignados, descobriram que os devidos valores a receber foram depreciados. Ao longo de toda a sua vida, desde bebê, sofria perseguição da irmã mais velha. Um dia conversando com a mãe indagou porque a irmã tinha aquele comportamento hostil contra ela e sua mãe lhe disse que sempre foi assim, desde o seu nascimento, sempre querendo o que era dela, desde pequena. Quando ela ia dar de mamar à mais nova, a outra se punha a postos para lhe tomar a vez e dali não saía


até que a mãe se levantasse para preparar um leite na mamadeira. Somente após a irmã ingerir o artificial, ela largava o peito da mãe de onde sugava o natural. E mamou até os quatro anos. A mãe não querendo constrangê-la, sempre consentiu naquilo, sem perceber que estava prejudicando a própria filha que desde aquele tempo deveria ter sido corrigida por ela, mas como isso não foi feito, ela ficou daquele jeito e lamentava ser então tarde demais para fazê-lo, assumindo assim a culpa pela filha ser como era. A partir dessa conversa tudo se tornou mais claro para a filha mais nova que começou a compreender as atitudes aversivas da irmã que por medo de ser rejeitada passou a rejeitá-la, como uma transferência de dores, a fim de se proteger e não perder os cridos privilégios de filha e irmã mais velha. Um dia conversando com uma tia, ela explicou-lhe que, de acordo com a psicologia, a irmã mais velha passou a reagir dessa forma a partir do seu nascimento devido a um complexo de rejeição. Nesse sentido, ela vivia uma busca constante pela autoafirmação como filha, como se fosse perder o posto, deixando de ser amada e querida e cuidada. Além disso, embrenhava-se constantemente numa luta por garantia de espaço para não ser destituída do que tinha por seu, achando que a irmã mais nova chegou para lhe arrancar os direitos; por isso, alimentou em sua mente o pensamento de


que deveria desenvolver um comportamento contínuo de autodefesa que acabou por se transformar numa síndrome de competição pelo primeiro lugar em tudo, como uma luta por superioridade, que envolvia atitudes agressivas, arrogantes, egoístas, em detrimento de valores compensatórios. “Sou clássica e reservada; não sou como você”. Após as duas irmãs terem sido apresentadas a um belo rapaz recémchegado ao seu meio escolar, a mais velha assim se adjetivou para rebaixar a outra à posição de feminilidade inferior, baseando-se em sua alegria informal e plena espontaneidade que refletia seu comportamento inocente. Sua intenção era desestabilizá-la através de palavras de menosprezo para que perdesse

o

brilho.

Ainda

tenra

nas

identificações

comportamentais da irmã mais velha, a mais nova só pôde depreender daquelas palavras que sua irmã queria significar seu interesse pelo rapaz, pois se sentia ameaçada por ter percebido que ele demonstrara um certo encanto por ela, a mais nova, e tudo o que elevava essa, afligia aquela. Com relação

aos

encontros

que

exalavam

fragrâncias

de

afetividade, o desenrolar das situações sempre foi o mesmo. As atitudes pueris da irmã mais nova sempre afetaram a mais velha porquanto transmitiam sua extroversão e transparência em querer ser o que era, algo que sempre teve destaque em sua personalidade, sobre o que comentavam


todos que a conheciam e isso indignava a mais velha porque não recebia os mesmos elogios. Sua sinceridade era um diferencial entre muitas pessoas de seu convívio ditas normais pela sociedade por não assumirem quem de fato são por medo de retaliações e por isso passam a mascarar suas verdades vivendo em mentiras e falsidades, quando poderiam gerar tantos bons frutos; assim, perdem a oportunidade de crescer e ajudar outros a crescerem também. Por seu modo livre de ser, sem constrangimentos e restrições, por ser a mesma pessoa diante de ricos e pobres, cultos e não tão cultos assim, superiores e inferiores, por não ter medo de ser alegre e feliz, externando suas emoções com tanta facilidade, e fugindo naturalmente da estampa de reservada ou recatada, as pessoas aprenderam a admirá-la, sempre fazendo questão de brindá-la com um sorriso verdadeiro. Por seu carisma, amigos, companheiros de trabalho, familiares, pareciam ter entrado num acordo: todos, unânime e coincidentemente, alcunharam-na “maluquinha”, aquela que é agradável, descontraída, leve, solta... Surpreendida durante o almoço pelo chamado de um oficial de justiça, o que a preocupou sobre o que os vizinhos iriam pensar a seu respeito, a irmã mais nova recebeu o comunicado de que deveria comparecer em juízo pela ação que sua irmã movia contra ela requerendo direito à pensão. O


oficial se compadeceu dela perante seu semblante atordoado, e começou a lhe explicar muito educada e atenciosamente sobre como ela deveria proceder a partir dali e de modo inusitado confortou-a, primeiramente exclamando que jamais vira em seus anos de profissão uma irmã querer destruir outra daquela maneira, já que na ação ela não requeria apenas o suposto direito de compartilhar o benefício, pois só aquilo não a contentava, mas constava no processo que ela exigia ainda outros que prejudicariam em extremo a irmã; segundo, porque ele acreditava no poder de Deus de que a livraria daquele mal, pois notava claramente que estava sendo injustiçada pela incongruência e ganância de sua irmã cujo intuito era destruir sua vida econômica. Financeiramente falando, levá-la ao fundo do poço onde não encontraria fundo, além da desestabilização emocional. A expressão do oficial lhe parecia a de um anjo que Deus providenciou para seu consolo naquele momento de dor, não

pelas

questões

relacionadas

ao

dinheiro,

mas

principalmente pela traição. Entendia que sua irmã mais velha poderia ter comunicado a ela que levaria o caso à Justiça para averiguação contra o que ela não poderia contestar; entendia, ainda, que fazê-lo seria bom porque o que fosse verdadeiro seria apurado e organizado, além do fato de que ela estaria ciente, não lhe causando o desgosto da perfídia.


Perdeu

a

fome!

Ficou

pasmada!

Desnorteada!

Chocada! Decepcionada! ...ada! ...ada! ...ada! Durante todos os anos em que o processo corria às ocultas na Justiça, a mais velha a recebia em sua casa com risos e gargalhadas e uma felicidade de que ninguém jamais desconfiaria sobre suas tramoias contra alguém que estava andando com ela em confiança. Seu marido lamentou: “Poxa, esse tempo todo a gente ia lá na casa dela, batia papo, e ela cheia de cilada! É, coração do zotro é terra que ninguém pisa”.

Foi

uma

punhalada

com

luvas

de

pelica.

#bemacaradela. A mais nova então definitivamente com a mente aberta para a realidade que nunca quis admitir de realmente entender que sua irmã não lhe queria bem, e que mesmo a amando a melhor solução seria manter-se afastada para evitar males piores, resolveu calar-se mais uma vez, apenas evitando o contato. Inevitavelmente, chegaria o dia em que ela deveria encontrar-se novamente com a irmã. Os outros irmãos convocaram uma reunião de urgência para solucionar questões referentes à casa da avó de que a mais velha se apossara por completo, usurpando o direito dos irmãos de também desfrutarem dela por ser herança de todos. Nessa reunião, o objetivo era discutir sobre o andamento da venda da casa de modo que todos se beneficiassem da negociação, ao que, aliás, ela sempre colocou empecilhos.


A mais nova sempre apoiou ou defendeu a sua irmã por conhecer suas fraquezas apesar de tudo o que já tinha feito, anteriormente à ação judicial. A mais velha, no entanto, não conhecia os pensamentos da irmã quanto a esse último assunto, e como ainda se falavam, julgava que tudo ia bem. Esperando como sempre ser defendida pela irmã diante dos outros, sofreu uma decepção: a mais nova pela primeira vez reagiu contrariamente a ela, não mais a protegendo, como de costume, na condição de permanecer na casa em vez de vendê-la. A falta dessa defesa muito a indignou. E continuava sem entender o porque de tão grande mudança. Parecia que ela não sabia dos andamentos do processo. Talvez pensasse que a irmã ainda não sabia de nada.

Isso mais uma vez

resultou em ofensas públicas à mais nova que não esperava por aquilo de novo. Saindo do recinto fechado da loja do irmão e em plena rua, começou a ultrajar a mais nova diante de várias testemunhas conhecidas e desconhecidas, que ficaram boquiabertas e audiabertas devido aos brados retumbantes da mais velha: “VOCÊ É UMA LADRA, SUA LADRA. LADRA!”. E ria escancaradamente e fazia caras de deboche, o que era traço característico seu sempre que queria desdenhar da irmã. A mais nova nessa hora tentou responder-lhe com as mesmas palavras para que ela reconhecesse a dor de ser ofendida sem razão, mas sua voz ficou embargada e fraca


porque não tinha esse mau costume de ofender pessoas; não combinava com ela. Aliás, ela nunca gostou de ofender, nem de magoar, nem de ultrajar, nem de diminuir, nem de debochar de ninguém porque sempre acreditou que Deus tudo vê e que sonda os corações, pagando a cada um segundo a sua obra, e por isso não queria fazer mal a ela nem a ninguém por temor do Senhor. “Dá

a cada um conforme a todos os seus

caminhos, e segundo vires o seu coração, porque só tu conheces o coração de todos os filhos dos homens” (I Rs 8:39). Alguns dias antes desse fato, a mais nova ligou para sua sobrinha, preocupada, desejando saber como ela estava, pois havia sido marcada por ela numa mensagem privada numa rede social onde havia postado palavras de profunda tristeza que denotavam a necessidade de um ombro virtual para se recostar em desabafo. Sua vida emocional sempre foi meio conturbada e ela problematizava muito até situações mais simples, algo que a tia bem conhecia. Ela já tinha orientado a tia a só conversar com ela sobre sua vida pessoal em mensagem privada para evitar que outras pessoas ficassem sabendo da vida dela. Por isso, imediatamente sua tia lhe escreveu em off e ainda telefonou para ela a fim de confortála e orientá-la na medida do possível como sempre fazia, mas não recebeu resposta escrita nem teve sua ligação atendida.


Ficou sem saber se a sobrinha havia visualizado sua mensagem e seu registro telefônico. Ela resolveu esperar que a sobrinha lhe telefonasse de volta já que seu número ficara registrado em seu aparelho. Mas ele não retornou a ligação e a tia entendeu que seria melhor esperar por nova manifestação. Como a irmã mais velha tinha por hábito esconder seus defeitos e erros de qualquer pessoa, provavelmente sua filha, a sobrinha com problemas, não soubesse do que verdadeiramente tinha ocorrido naquela tarde entre elas. Mas, tristemente, à cópia da mãe, em sua defesa, proferiu publicamente as seguintes palavras contra sua tia naquela mesma rede social:

r e almente quem vc é? Será que vc pensou que iria ser aquela menina influencialvel de anos atras? Éhhh...nós duas crescemos e vimos a cada dia que VC


e esse seu irmão que infelizmente tb é da minha mãe não merecem um pingo de credibilidade, sentimento ou seja lá o que for! Vcs 2 são uma grande mentira, Capetas vestidos em pele de Cordeiro!!! Tudo que vcs estão fazendo com a minha MÃE infelizmente vcs já estão pagando: Um é completamente desequilibrabdo toma até remédio controlado, cheio de doença pode morrer a qquer momento e vc uma Coitada já sofre por nunca ter uma família ter filhos uma OCA...Éhh Deus realmente é muito sábio, jamais iria deixar vc por uma criança no mundo sabendo como vc é!!!! Pelo menos minha mãe tem 2 filhas que a ama e que pode contar ao contrario de vc que só fez e faz inferno na vida dos outros!! Não entendo o pq de vc está na igreja...tudo farça...sua vida é uma farça...!!!” Ao chegar a casa, ligou seu computador e entrou na Internet. Abriu a página da rede social onde tinha seus contatos e deparou com aquela estupefata mensagem aberta à qual todos teriam acesso livre para ler, comentar, copiar, editar,

etc.,

deixando

muito

claro

que

ela

o

fez

propositadamente para denegrir a imagem da tia. Quando ela


chegou a ver o scrap, muitos já o teriam visto antes dela, como foi o caso de uma parenta amiga, sua cunhada, que comentou: “Eu quis desistir da humanidade”, e de uma sobrinha-afilhada: “Te amo, minha mãe/amiga/tia, enfim tudaãozão! Rs”. Uma vergonha! Qualquer pessoa que lesse aquilo sem conhecer a verdadeira história pensaria que a tia era uma péssima figura. Isso correspondia exatamente ao que sua mãe costumava fazer: cometer erros e relatá-los enganosamente às outras pessoas de tal modo que passavam a pensar que ela era a vítima e a irmã mais nova a ofensora. A sobrinha aprendeu bem a lição ensinada pela mãe, além de ser arbitrária em seus julgamentos sem conhecimento de causa, condenando, criticando e injuriando. Uma pessoa que age desse modo precisa saber que Deus permite que ela faça mal a outrem para que um dia isso mesmo venha a servir como exemplo para lhe mostrar a necessidade que tem de se purificar de seus comportamentos hostis e cruéis a fim de que seja feliz; caso contrário, jamais o será, pois ninguém pode ser verdadeiramente feliz causando mal ao próximo. Pode até ter uma vida de aparente felicidade advinda de coisas externas, mas nada poderá suprir a deficiência do que está no seu interior que clama por mudanças imediatas para o seu próprio bem. Até que o faça, a pessoa será infeliz, mesmo em meio a muitas conquistas, sem saber que o porquê dessa infelicidade jaz em seu coração


tomado de maldades. Pela fé em Deus, a pessoa que ela magoou foi e era capaz de suportar o mal sofrido e recebeu divina sabedoria para compreender essa realidade que cerca seu ofensor; além disso, ela não será afetada além da mágoa, e dessa Deus a livra por sua justiça. Preocupado com a irmã mais nova, seu irmão caçula a levou até seu advogado para que ela entrasse com ação de contestação à movida pela mais velha. O tempo passou, o processo terminou. Conclusão: a beneficiária da pensão teve seu direito reconhecido e comprovado judicialmente, restando provado que sua irmã não tinha qualquer direito àquele benefício.

Após

tão

abençoada

e

grandiosa vitória, em seu coração pululava o anseio pelo agradecimento público a Deus que deveria ser feito na igreja onde congregava, seguido de uma bela comemoração com os seus verdadeiros amigos. Deus deu-lhe dupla honra:


DE TODA A PROVIDÊNCIA, É AMIGO, É PAI, É REI´, É FIEL, É BOM, É MISERICORDIOSO, É TUDO, TUDO, TUDO, PARA O SEU POVO! QUERO AGRADECER A GRANDIOSA BÊNÇÃO QUE RECEBI HOJE DO MEU PAI, O DEUS TODO-PODEROSO. SOFRI, CHOREI, DECEPCIONEI-ME, FUI ENVERGONHADA E CALUNIADA INJUSTAMENTE POR MAIS DE UMA VEZ, FUI HUMILHADA, “GUARDAI-VOS CADA UM DO SEU PRÓXIMO, E DE IRMÃO NENHUM VOS FIEIS; PORQUE TODO O IRMÃO NÃO FAZ MAIS DO QUE ENGANAR, E TODO O PRÓXIMO ANDA CALUNIANDO” (JR 9:4). “PORQUE ATÉ OS TEUS IRMÃOS, E A CASA DE TEU PAI, ELES PRÓPRIOS PROCEDEM DESLEALMENTE CONTIGO; ELES MESMOS CLAMAM APÓS TI EM ALTAS VOZES: NÃO TE FIES NELES, AINDA QUE TE DIGAM COISAS BOAS” (JR 12:6) “ATÉ O MEU PRÓPRIO AMIGO ÍNTIMO, EM QUEM EU TANTO CONFIAVA, QUE COMIA DO MEU PÃO, LEVANTOU CONTRA MIM O SEU CALCANHAR” (SL 41:9). MAS PUS A MINHA CONFIANÇA E A MINHA ESPERANÇA NO SENHOR DE TODA A JUSTIÇA. “PORVENTURA PERVERTERIA DEUS O DIREITO? E PERVERTERIA O TODO-PODEROSO A JUSTIÇA? (JÓ 8:3); “PORQUE A IRA DO HOMEM NÃO OPERA A JUSTIÇA DE DEUS” (TG 1:20). “E OS CÉUS ANUNCIARÃO A SUA JUSTIÇA; POIS DEUS MESMO É O JUIZ” (SL 50:6);


“PORQUANTO, NÃO CONHECENDO A JUSTIÇA DE DEUS, E PROCURANDO ESTABELECER A SUA PRÓPRIA JUSTIÇA, NÃO SE SUJEITARAM À JUSTIÇA DE DEUS” (RM 10:3). BOM TER A CONSCIÊNCIA TRANQUILA DIANTE DE DEUS DE QUE NÃO SE FEZ MAL A NINGUÉM, MESMO QUE TENHAM JULGADO ERRONEAMENTE. BOM SABER QUE O DIREITO QUE SE TEM É AQUELE QUE DEUS DÁ. BOM É PODER ESCREVER ESSAS PALAVRAS HOJE COMO SINGELA FORMA DE GRATIDÃO AO DEUS TREMENDAMENTE PODEROSO, MARAVILHOSO, CONSELHEIRO, PRÍNCIPE DA PAZ! ALELUIA! GLÓRIA A DEUS! OBRIGADA, SENHOR MEU DEUS! EU TE AMO, COMO DISSE AO SENHOR À TARDE ANTES DE RECEBER ESSA NOTÍCIA: "PAI, EU TE AMO, MAS NÃO DIGO ISSO PELO QUE O SENHOR FAZ POR MIM, MAS É PORQUE EU TE AMO, TE AMO!" ♥♥♥♥♥♥♥ "NÃO VOS INQUIETEIS, POIS, PELO DIA AMANHÃ, PORQUE O DIA DE AMANHÃ CUIDARÁ DE SI MESMO. BASTA A CADA DIA O SEU MAL" (MT 6:34).

Por ter ganhado a causa na Justiça, a irmã mais nova poderia ter entrado com uma ação contra a mais velha reclamando os valores despendidos durante o processo e ainda processá-la por calúnia, etc. Na verdade, isso não passou pela sua cabeça na época, mas as pessoas indignadas contra sua irmã alertaram-na sobre poder fazê-lo. No entanto, ela estava tão feliz pela vitória alcançada que não queria maculá-la com atitudes mesquinhas que envolveriam vingança entre outros sentimentos deploráveis, por mais direito que ela tivesse. Preferiu deixar que Deus operasse a devida justiça mediante a qual ela responderia pelos seus feitos e ainda poderia ser


liberta de seu grande mal, que na verdade eram muitos, como inveja, ciúme, ira, agressividade, ironia, difamações, desdém, crueldade, humilhação, cobiça, etc., resumindo-se tudo em imaturidade moral e espiritual, sempre querendo possuir o que pertencia à irmã e querendo ser o que a irmã era, não se contentando com sua própria vida. Todos esses males ela causou a sua irmã que sempre lhe quis bem e nunca lhe causou qualquer mal.

“O prudente vê o mal e se esconde” (Pv 22:3). Você pode amar e continuar amando, e isso não implica deixar de ser prudente; dar a outra face não significa “ser bobo”, mas ser capaz de continuar amando e querendo bem mesmo que o outro nao mereça. Significa um coração sarado. Seu coração tem visitado a academia? kkkkkkk InJustiça, traição, basta! O amor continua, à distância, mas continua! A prudência não apaga o amor. (...e aqui acaba a história das duas irmãs...) O que se aproveita desse conteúdo? De nada adiantam sentimentos de revolta, de revanche, de ódio...

“Porque esta

é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele” (I Jo 3:11,15).


Deus tem o poder de apagar da memória o mal que o homem pratica quando ele verdadeiramente se arrepende. Ele não é como o homem que fica remoendo lembranças amargas e dolorosas, manifestando rancores e rogando pragas. Deus em seu infinito amor perdoa o ser humano pecador e já não se lembra do seu pecado, seja qual for. E que amor! Inescrutável! Um amor que só sente amor, que não lembra do mal, só enxerga amor! Inexplicável! Deus vira a página. O homem volta a página. É nesse ponto crítico que a grande diferença entre o homem e Deus é revelada. Deus perdoa as ofensas do homem quando lhe pede perdão com coração sincero e do mesmo modo o homem deve perdoar o outro que o ofende e que lhe pede perdão (Mt 6:12); o homem deve imitar Deus. É muito fácil errar e pedir perdão a Deus, mas quando chega a hora de perdoar, surgem obstáculos. Muitos perguntam sobre o que é mais difícil, se pedir perdão (a uma pessoa) ou perdoar. O grau de dificuldade é o mesmo, porém algo irrelevante na questão levantada porque as duas coisas agradam a Deus da mesma maneira, e isso é o que importa: agradar a Deus! Se o homem procurar agir como Deus, ele terá outras reações e comportamentos. Ele saberá reconhecer as fraquezas do próximo que o ataca e poderá exercer amor para o suportar sem se ferir. Logicamente, ele nunca vai esquecer o que um dia sofreu pelas más ações do outro, mas em Deus terá forças


para não se remoer de dor e ódio a cada lembrança, terá capacidade para compreender as razões dos fatos e administrá-las em favor dos envolvidos, servirá para o seu crescimento, e isso o afastará de maus atos de retribuição. Com Deus, o homem pode aprender a lidar com todo tipo de gente, já que por toda a sua vida lidará com todo tipo de gente. Saber lidar com todo tipo de gente implica em sabedoria. Sabedoria é algo que não se compra, que não se adquire na esquina, que não se acha nos balcões da vida. Ela é um presente de Deus. Só Deus pode dar sabedoria ao homem.

“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e serlhe-á dada” (Tg 1:5). E Deus diz que se o homem pedir-lhe sabedoria ele lha dará, mas o homem não pede. Sabe por quê? Porque o homem quer ter o prazer de dizer que sabe tudo, que pode tudo, que não depende de Deus para atingir seus alvos. Por isso, não consegue resolver de uma vez por todas os seus problemas existenciais. Cada

pessoa

deve

ser

respeitada

em

sua

individualidade e deve ser amada como é. Cada pessoa deve aprender a se adequar ao modo de vida do outro. As noções de respeito, amor e adequação devem estar vinculadas à certeza de que ninguém esteja sendo prejudicando; caso contrário,

“Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de


tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina” (2 Tm 4:2). Visando a disciplina de quem comete erros contra outrem, isso pode ser feito em particular entre os interessados na questão, diante de pessoas idôneas que testemunhem a conversa a fim de evitar falácias, e, por fim, na presença da igreja (em caso de serem pessoas cristãs) se porventura a questão não tiver sido solucionada nas etapas preliminares (Mt 18:15-20). Todas essas coisas como até mesmo um afastamento pela possível falta de arrependimento e consequente incorrigibilidade do que está em erro não fogem ao objetivo do amor desde que essa atitude vise ao seu crescimento moral e espiritual.

paz com todos” (Hb 12:14)

“Esforcem-se para viver em

– às vezes, afastar-se de alguém

para evitar conflitos resultantes da dureza de seu coração é uma maneira de se preservar a paz com o outro, e, dessa forma, estar em obediência à palavra de Deus. A isso se chama prudência.

“Sejam prudentes como as serpentes e

simples como as pombas” (Mt 10:16). Deve-se orar pelo outro a fim de que ele seja favorecido por Deus com o dom do discernimento no tocante aos pensamentos e às ações para que não sofra e não faça sofrer. Deve-se orar incansavelmente até que o objetivo seja alcançado de modo que qualquer mudança seja mutuamente


benéfica. Acontece, entretanto, algo interessante no decorrer de certas orações pela mudança do próximo no sentido de melhoras: a pessoa que ora passa a entender que não só o outro precisa mudar, mas ela também, podendo ainda chegar ao extremo de descobrir que ela é quem precisa mudar e não o outro. Durante a oração, a pessoa se dá conta de algumas falhas imperceptíveis aos olhos acríticos do ser que só enxergam seus antônimos. São as negativências de impacto: intransigência, autossuficiência,

impaciência, prepotência,

negligência,

imprudência,

violência,

maledicência,

indecência, irreverência, impertinência, -ência, -ência, -ência. Ao percebê-las, assumi-las e corrigi-las cresce em amor por si mesma e pelo próximo. A tendência é a prosperidade em todos os sentidos de sua existência, tornando-se um presente de Deus para as pessoas à sua volta. Toda essa ação implica em confiança em Deus concomitante com a obediência incondicional à sua vontade de que todos possam manifestar o fruto do Espírito (Gl 5:22), resultando no testemunho de que ele é Deus. Essa pessoa, aparentemente, não faz nada em prol do seu reino, mas, sem saber, já está fazendo grandes coisas pelo fato de se tornar apta a amar e a orientar aqueles que passarão pelas mesmas necessidades das quais padeceu um dia. Isso é o que Deus quer de cada pessoa. Bom é sempre buscar ver as coisas de um prisma negativo para um prisma positivo. Onde poderia haver ódio e


separação,

na

verdade

oportunidade

de

amor

e

aproximação que juntos levam a uma união sólida – laço que não se desfaz apesar de possíveis roturas que não impedem restaurações. São os laços de família, de cada família que forma a família de Deus que é uma só, ou seja, toda a humanidade é filha do mesmo Pai. Por isso, uma só família, por isso sempre uns com os outros – se distantes devido a pesares, tornando-se próximos através de oração recíproca sincera, pois o que aproxima não é o corpo, e sim o coração –, mas sempre crendo na alegria como vindoura garantia de Deus para quem supera as dificuldades da vida em Cristo. Moral

da

história:

alguém

deve

tomar

uma

providência, pois não se deve malhar em ferro frio. Se uma pessoa sabe que deve mudar e não quer mudar, não cabem discussões, mas prevenção.


– [...] – Você fica nervoso porque eu falo muito, mas eu falo muito porque você não fala nada. – [...] #Coisasdotipo! Cada casal tem o jeito especial do primeiro encontro. Uns no clube, outros no shopping, uns no restaurante, outros na festa, uns na igreja, outros no hospital... Com o casal daqui foi perto da praia. A promessa de um varão foi sentida pela varoa que a manteve guardada no coração por um período de tempo mais ou menos longo com a firme esperança de vê-la concretizada, o que aconteceria a partir de um assobio.

“Eu lhes

assobiarei, e os ajuntarei, porque eu os tenho remido” (Zc 10:8).

A partir de então, o desejo de ouvir um assobio era


constante. No dia do seu aniversário, a varoa foi à praia para comemorar com as amigas. Como a rua em que ela entraria estava em obras, entendeu que deveria entrar na seguinte. “Uááááááá!” Uma gritaria uníssona dentro do carro. “É contramão!”. Foi uma cena de cinema. Os carros se agigantavam em sua direção. Foi o maior barato aquele momento de medinho! O guarda assobiou.

Ela ouviu o guarda

assobiar, mas não o assobio. Ela parou o carro. Explicou-se. Ele a advertiu. Por fim, pediu-lhe o número do telefone para saber se chegaria bem a casa. Ó! A caminho da praia, as amigas diziam repetidamente: “É esse o teu varão. É esse o teu varão”. E ela retrucava: “Que meu varão, nada; não tem nada a ver comigo”. E esse foi o papo

do

dia.

Divertiram-se,

brincaram,

gargalharam,

confabularam... Hora de ir embora. Chegando a casa, a varoa observou que sua secretária eletrônica piscava e verificou que havia seis recados. Escutou um por um. Todos eram do guarda. Em um dos recados, ele a convidava para um churrasco de aniversário em sua casa, bem longe de onde ela morava. Ao comentar isso com uma de suas sobrinhas, a afilhada lhe deu a maior força para que retornasse a ligação, confirmando sua presença na festa. Ela concordou


com a ideia contanto que não fosse sozinha. Pediu então que duas amigas a acompanhassem, a Iéia e a Blely. Chegado o dia da festa, as três seguiram para a cidade desconhecida. Estavam um pouco amedrontadas: – “Ai, será que esse cara é legal? Será que isso não é uma armadilha?”, perguntou uma delas. – “Gente, espero que não; eu liguei para a casa dele antes de sairmos, e uma senhora com voz de idosa me atendeu dizendo que era a mãe dele...”, respondeu a varoa. – “...Ah, sei lá.... será que não é a vovó do pó?”, gracejou a mais cômica delas, a Iéia. E assim prosseguiram viagem até o local onde ele marcou de encontrá-las. Lá estava ele com um amigo. Elas se entreolharam e olharam para eles. Eles se aproximaram e se apresentaram. “Bom, vamos, sigam a gente”, disse ele. O percurso lhes causou um pouquinho de medo porque não se viam

pessoas

ruas,

havia

pelas sucatas

pelas calçadas, lugares ermos e cheios de mato. Mas como a Iéia tudo satirizava, o resultado era só risos. Enfim, chegaram à casa dele.


Mal atravessara o portão, ele lhe declarou: “Vou te apresentar para a minha mãe como minha namorada, tá bom?”. A varoa não gostou da ideia: “Não, eu não sou tua namorada! Me apresente como tua amiga”. Ele ficou meio sem graça, mas acatou seu pedido. Apresentou-a, juntamente com suas amigas, a toda a família. Após isso, dirigiram-se à varando do irmão dele onde rolava o churrasco. Ele sentou-se ao lado dela e a abraçou. Ela se esquivou dele. Ele encostavase nela, ela se afastava dele. Ele tocava nela, ela tirava a mão dele de sobre ela. E assim foi por muito tempo durante a festa, até o momento em que lhe pediram que retirasse o carro para um outro poder passar. Era um terreno muito grande onde estavam os carros dos convidados. Ele a acompanhou até o carro, esperou que ela terminasse a manobra, e quando ela saiu do carro, ele a puxou e a beijou. Um beijo de cinema que a extasiou! Ele bebia cerveja, mas tinha hálito de hortelã. Tudo muito estranho. Mas depois daquele beijo tudo mudou. Passou a se sentir namorada dele. E já não reclamava mais de nada, e se beijavam muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito. Ela estava ficando envergonhada. Ele estava a-pai-xo-na-do, louquinho por ela. Rolou a dita química e ele lhe disse: “É chama boa da paixão viva!”. Passaram a se encontrar. Quando menos esperava, mal se conheceram, estava ele chegando à sua casa de mala e cuia. Abismada, perguntou-lhe: – “O que é isso? Pra que toda essa roupa, esses sapatos?”.


– “Ué, toda vez que eu vier pra cá, eu já tenho o que usar”, respondeu ele com a maior naturalidade. – “E precisava tudo isso de uma vez?”, expressou-se, ainda admirada, começando a desconfiar que ele queria morar com ela. – “É, olha só, eu quero morar contigo. Eu vim pra ficar. Não quero ficar longe de você. Eu te amo”, respondeu ele na sua força.

“Portanto deixará o

homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne” (Gn 2:24). Num

lapso, sua

mente a arrebatou: “Meu Deus, eu já moro sozinha há seis anos, tão desacostumada de alguém ao meu lado, tão independente, meu ministério na igreja, minha vida livre, meu trabalho, meus estudos...” Mas as frases soltas, simples e tão sinceras que brotavam dos lábios dele, como flores que desabrocham na primavera (é... assim, bem poético), a constrangeram a corresponder à iniciativa dele. Ajudou-o a pegar as malas e levou-as para o closet e juntos arrumaram tudo. Começava uma nova família. Marido e mulher, unidos pelos laços do casamento natural, da união pelo sentimento, sem cerimônias. Simples assim! Nova vida, novas histórias.


Considerando-se literalmente a etimologia das palavras matrimônio e patrimônio, entende-se da primeira o estado de mulher casada e mãe e cuidadora do lar, e da segunda o estado de homem administrador dos bens adquiridos no casamento cuja indissolubilidade corresponde aos planos de Deus para o casal, homem e mulher. Quando Deus diz: “apegar-se-á à sua

mulher” ele quer significar uma única mulher, contrapondo-se desde o início à ideia de adultério que é um dentre os quatro inimigos do lar: adultério, poligamia, concubinato e divórcio. A tendência do homem é contrariar os desígnios de Deus, aquilo que ele tem preparado para os que ele ama e para quem deseja oferecer o melhor, esse melhor que o homem não sabe ou não está pronto para receber e dele desfrutar, de onde decorrem as separações conjugais que Deus abomina. O casamento natural que foi originalmente instituído por Deus e que ainda ocorre na sociedade moderna é assumido, mas não assinado, diante de Deus e dos homens. Homem e mulher consentem em morar juntos e ter uma vida em comum, coabitando sob o mesmo teto, em amor e fidelidade conjugal. Não cabem comparações entre casamento natural e casamento legal visando ferir a imagem do primeiro por sua condição desde que ambos estão propensos a cair em desgraça pelo possível descumprimento dos deveres conjugais que impede o casal de viver como deveria, pois os casados em ambas as circunstâncias podem igualmente se tornar infratores


matrimoniais: adúlteros nas impurezas insaciáveis, polígamos com as aventuras e os devaneios, concubinados com interesses

de

segundo

plano,

divorciados

das

responsabilidades conjugais. Homem e mulher que se unem com a digna intenção de

formar

família, sagrada Deus,

uma

instituição criada têm

a

por sua

bênção e seu novo estado é santificado por ele. A família deve refletir a imagem de Deus. Deus da família, abençoe o meu lar. Deus da família, vem minha casa edificar. Faça morada eterna em nossos corações. Deus da família és o Deus do nosso lar.

A aspiração de Deus para essa aliança construída no Senhor é que marido e mulher se completem reciprocamente de modo que seu objetivo principal seja cumprido: o sexo santo pelo propósito de gerar frutos que deve perdurar por toda a vida, pois quem sabe se o casal terá filhos ou não, e se ainda ou somente poderá tê-los na velhice? Destarte, o mal da


luxúria poderá ser repreendido, evitando a entrada do Mal na relação conjugal. Aquele mal possui nuances de manifestação que pode ocorrer na mente que não prevê o prejuízo futuro porque concentrada no prazer momentâneo e efêmero; no coração que não percebe as armadilhas da teia carnal porque cobiçoso de saciar um gozo; no corpo cujos membros não têm autonomia para distinguir entre estímulos fisiológicos naturais e extranaturais que provêm das sensações profanas; no espírito que não pode discernir entre libertinagem e liberdade. O corpo, um dentre esses quatro elementos que integram a vida, é influenciado pelos demais, sendo levado aonde quer que a doença deles o direcionem. Bem citou Juvenal “Mens sana in corpore sano” ("uma mente

num

corpo

são")

desejando enfatizar a necessidade de equilíbrio no viver humano. Uma mente sã é uma alma corajosa capaz de enfrentar e vencer os desafios do próprio corpo físico em favor

do

espiritual.

Melhor

interpretando se poderia exclamar: “Mente, coração e espírito sãos, corpo são”, ou, condensando os três: “Mente sã, corpo são”, em que espírito e coração dão


acolhida

à

razão

preservando

sua

essência

compreensão filosófica baseada na verdade de Deus:

uma

“Tu

conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti”. (Is 26:3). Quando a personalidade e as diretrizes de uma pessoa se voltam para Deus, ela garante sua paz com Deus e essa paz é remédio contra todas as doenças – não uma panaceia, porquanto não ilusório, mas cura divina propriamente dita que fortalece a mente para tratar do corpo e do interior que é o recôndito da alma. Os problemas e os riscos não são eliminados, pois são pertinentes à vida humana, mas o Espírito Santo assegura que Jesus controla tudo; nada foge ao controle de Deus, e isso inclui a vida de cada ser humano individualmente; claro, se ele permitir que assim seja, pois se não permitir, Deus jamais invadirá sua privacidade, e aí o fato de ficar à mercê de Satanás será responsabilidade da própria pessoa, jamais podendo atribuir culpa a Deus pelos infortúnios resultantes de sua escolha.

“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as


pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda” (Mt 7:24-27). Paz implica estar em paz, em saúde, em bem-estar. Os planos e ideias quando fundamentados em Deus têm paz em todas as suas implicações. Em Deus está a base de todos os projetos humanos. Por isso o próprio Deus recomenda em sua palavra que se firme na Rocha que é ele mesmo, que construa na Rocha e não na areia que se desmancha ao mínimo de uma adversidade, pois o alicerce é Deus. A paz de Deus não se estende aos ímpios pelo simples fato de eles não o desejarem, mas se encontra nos justos redimidos por Deus porque o receberam como Senhor e Salvador de suas almas; acreditaram que ele é Deus e que existe! A paz de Deus está no Deus Emanuel – Deus conosco; se Deus está conosco em nossos corações, temos paz com Deus em tudo, mesmo em meio às adversidades, sejam quais forem. Os ímpios pensam que estar em paz significa não ter problemas. Jesus nunca disse isso, mas disse que a atitude de


uma pessoa em face dos problemas quando na presença de Deus é diferente de quando não. Deus rega a terra para o bem de todos, mas só colhe os seus bons frutos quem reconhece que eles vêm de Deus e a ele agradece. Isso é saúde! Interior e exterior sadios em Cristo. Senhor, eu não conheço o meu corpo, mas o senhor conhece; eu não sei o que está dentro de mim, mas o senhor sabe. O nosso corpo é uma bomba-relógio, mas o Senhor é o Mestre antibombas. Certas doenças ou males são imperceptíveis aos nossos olhos, intangíveis, mas o senhor tudo sabe. Então, curame, senhor, por tuas misericórdia; cura o físico e a alma, mas se for para o físico chegar ao seu “ponto de partida”, que ele lá chegue com a alma curada. Cura a minha alma, Senhor. E que curada da alma eu possa desfrutar da tua paz. Amém. Uma experiência puramente espiritual concernente à fé que nada tem a ver com descarte à medicina. Como tratar doenças do corpo provenientes da mente? Deus tem o poder de livrar a mente da doença e o corpo fica sadio. Quando Deus fala à mente e se confirma na leitura bíblica ou num sermão exatamente o que ele falou, então é certo que foi ele quem falou e não a mente humana;


logo, é possível acreditar que é a voz de Deus, e se é a voz de Deus, podese crer para a esperança. Como reconhecê-las? Primeiro, ocorre o sintoma: algo que incomoda e que passa a chamar a atenção. Se a pessoa tem relação com Deus, a primeira provável iniciativa é a oração. Orando, Deus falará à sua mente sobre como proceder. Ela deverá manifestar fé para poder seguir as instruções de Deus. Ele diz: não olhe para o mal (ou não toque no mal); evite olhar para o mal (ou evite tocar nele) – por exemplo, o local em que se encontra a doença – é o primeiro passo da obediência: resistir à tentação de olhar ou tocar para ver como está o progresso da doença, pois a cada olhada ou toque o diabo também está de olho e entendendo que a pessoa ainda não tem fé suficiente; caso contrário, não ficaria olhando apavorada, mas permaneceria em obediência a Deus conforme sua palavra: “Eis que o obedecer

é melhor do que o sacrificar” (I

Sm 15:22). O segundo passo é a pessoa persistir na oração para que o mal a deixe – orar sem cessar, e isso com fé, não por obrigação, mas crendo que Deus a livrará daquele mal. A cada leitura bíblica interpretada pelo próprio Deus ao coração da pessoa, ela entenderá que ele a está curando e que isso é uma prova de fé pela qual ela está passando; uma oportunidade que Deus está lhe dando para que cresça na fé. Terceiro, mesmo que Deus lhe diga para fazer coisas incomuns a fim de tratar da doença, ela deverá fazê-lo sem questionar, simplesmente obedecendo à sua voz, pois sabe que o resultado será a sua cura definitiva pelo poder de Deus. Nessa hora, não importa o que os outros vão dizer ou


pensar, pois ninguém poderá curá-la, só Deus – questão de fé. Logo, não se deve dar importância à voz do homem, às críticas do homem, aos pensamentos do homem. Nada disso importa nessa hora. Se importar, perderá o favor de Deus, haja vista ter dado mais importância ao homem do que a ele. Isso não é fácil. Requer fé e obediência. Percebe-se que a doença é proveniente da mente quando se praticam alguns atos como pegar a bíblia e colocá-la no peito no momento da oração, louvar a Deus com canções, orar e falar com Deus e a dor começar a ir embora e daqui a pouco não há mais nenhuma dor ou incomodo ou queimação; nada. Simplesmente a pessoa fica livre da dor. Nesse caso, entende-se que ela é espiritual e não física. Trata-se de uma somatização da doença. Uma dor ou qualquer sintoma que desaparece no exato momento em que a pessoa começa a orar ou começa a ler a bíblia antes de orar é sinal de que o diabo não resistiu e bateu em retirada porque não suporta a fé do cristão. E gradativamente, à medida que a fé aumenta, a doença vai se esvaindo até não ser mais. Percebe-se que é doença proveniente da mente ou do espírito quando ela se esquiva cada vez que a pessoa ora ou lê ou ouve a palavra de Deus. O próprio Deus dirá se é da mente ou do corpo para a qual ele pode providenciar a cura ou orientar a pessoa a procurar um médico que ele abençoa para cuidar dela. O Senhor Deus acampa os seus anjos ao redor de um filho seu para protegê-lo. Acampar ao redor significa que estão os anjos em toda a parte em volta da pessoa, como um círculo fechado onde não há brechas para entrada de qualquer


ser indesejado. O diabo não tem como ultrapassar tão forte barreira de modo que não pode tocar na pessoa e do alto, o que se supõe, começa a lançar setas para atingi-la através da mente: dúvidas, incertezas, inseguranças, questionamentos, e tudo isso vai fazer a pessoa se afastar da fé o que a enfraquecerá e começará de novo a manifestar os sintomas da doença. O que se deve fazer é repreender as setas, pedindo a Deus que aumente a fé e dê libertação, estando em constante oração com louvor e adoração, o que o diabo não pode suportar. Deus já curou, já deu a vitória, mas parece que o mal voltou, que o inimigo contra-atacou. Nessa hora, não se pode baixar a guarda, mas continuar lutando com as armas da fé. Se Deus curou, ele curou, e isso de uma vez por todas. E se algo se manifesta dando a impressão de que o mal voltou é porque o diabo quer que a pessoa pense que não está curada, e se ela acreditar nele, ela perderá a sua bênção. A culpa é só da pessoa. A cura de Deus é definitiva, mas para isso é preciso manter firme a fé, pois se alguém vacila ao acreditar no diabo, ou seja, acreditar que não está curada, Deus se retira e o diabo toma lugar e faz o que bem entende. É necessário estar continuamente com Deus para que o diabo não tome lugar. A música de Ludmila Ferber “Nunca pare de lutar” declara que o diabo surge para tentar ferir o crente em Deus em meio às suas guerras a ponto de fazê-lo paralisar a fé


devido a perdas, traição, ingratidão, etc., mesmo após ter recebido uma vitória. Por fim, exorta o crente a nunca parar de adorar nem de lutar, a não baixar a guarda, a ler a palavra de Deus, a profetizar sem parar, pois a cura chegará em tempo hábil. ♫Ouça o que vem do coração de Deus: Em tempos de guerra, nunca pare de lutar Não baixe a guarda, nunca pare de lutar Em tempos de guerra, nunca pare de adorar Libera a Palavra, profetiza sem parar O escape, o descanso, a cura A recompensa vem sem demora♫ Retornando ao assunto em pauta, corpo saudável por mente saudável ou mente saudável com corpo saudável é o que todos devem se empenhar em buscar e conquistar a fim de que o ideal do casamento, livre dos males, seja alcançado – legitimar o relacionamento sexual de modo que tenda a evitar as concupiscências carnais como a lascívia, o erotismo, a prostituição, qualquer forma de sexualidade desenfreada ou pervertida e que por ser assim leva aos descaminhos das fornicações e adultérios e promiscuidades. Um casamento honrado funciona como uma arma saudável contra a imoralidade sexual que resulta em tantos males para si e para o outro. Nem mesmo o celibato tem tal poder. “E

os que são

de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e


concupiscências” (Gl 5:24);

quem não é de Cristo, não

consegue livrar-se do pecado e por isso, escravo do pecado; logo, nas mãos de quem? Se alguém quer livrar-se do diabo precisa aprender a não querer usar as coisas dele. Uma mentirinha, por exemplo. Se alguém usa qualquer coisa criada por ele, está consentindo em participar de seu reino. Assim, a pessoa não estará nas mãos de Deus, mas nas de Satanás. Mesmo que alguém peque, seja qual for o pecado, se ela reconhecê-lo e assumir a culpa e desejar verdadeiramente corrigir-se do erro e confessá-lo a Deus, ele é poderoso para apagar de uma vez por todas aquele pecado de modo que ele mesmo nunca mais se lembrará dele e livrará a pessoa de cair novamente em desgraça de pecado, pois ele conhece o coração do verdadeiro arrependido. Então ele perdoa e livra do mal, mas para isso a pessoa deve desejar estar nas mãos de Deus, desistindo das estripulias de Satanás. O homem precisa aprender a buscar o conselho de Deus mesmo que esteja muito a fim de possuir, fazer, conquistar algo. Antes é necessário saber se o objeto do desejo pode lhe proporcionar felicidade em sua plenitude. Deus é poderoso para revelar se o resultado de qualquer negócio será benéfico ou maléfico. Para isso, ele mostra a direção certa para que a pessoa seja bem sucedida, livrando-a de perseguições ocultas. Muitas vezes, uma bela proposta não passa de presente de grego que só acarretará prejuízos.


Contudo, quando há prévia consagração a Deus, ele fecha as portas de tal maneira que todos os obstáculos surgem para impedir que o negócio se realize. E aquele que confiou ao Senhor os seus projetos se beneficiará.

“Então Saul

interrompeu a perseguição a Davi e foi enfrentar os filisteus” (1 Sm 23:28). Os conselhos do Senhor são para bem, mas os que não têm experiência com Deus dizem: Deus é um Deus tirano, que dá ordens, cheio de mandamentos! Essas pessoas não conhecem Deus. Por isso julgam sem conhecimento de causa. Elas não entendem que os mandamentos de Deus são para felicidade, que são na verdade conselhos de Deus; mandamentos sim, ordens sim, mas para bom êxito, para que o homem seja feliz. Se o homem segue os conselhos de Deus, se ele obedece aos mandamentos de Deus, mandamentos para a felicidade, ele vai ser feliz, porque Deus fala daquilo que o homem não conhece; o homem pensa que aquilo que ele quer fazer é bom, mas Deus em sua onisciência antevê todas as coisas. O homem não pode antever o que é ruim nem o que é bom; ele apenas julga a aparência pela aparência e julga que aquilo é bom. Ele não sabe, mas Deus sabe. Por isso Deus adverte: “Faça isso; não faça aquilo. A mim obedeça. Os meus conselhos para você são para bem e não para mal. Meus pensamentos para você são para bem e não para mal. Obedeça


aos meus mandamentos que tudo te irá bem. Os meus mandamentos são ordem sim, ordens para que você seja feliz. Então, obedeça à minha ordem”. É assim que Deus age. Isso não é tirania, mas bondade divina. Quando Deus dá uma ordem, ele o faz visualizando o futuro onde não haverá desgraça, tampouco miséria. A pessoa será feliz porque obedeceu a um Deus bom; bom porque quer o seu bem e não o seu mal. Há, portanto, a necessidade de praticar os exercícios da fé: aprender a ouvir a voz de Deus e a lhe obedecer. Quando alguém pratica o que Deus diz que não é bom, que sua mente já sabe que não é bom, mas teima em fazer porque acha que é bom, por um prazer passageiro, como o adultério, aquilo vai acabar lhe prejudicando: destruição da família, vergonha, coisas que não vão gerar paz nem felicidade. As perguntas antes da operação daquilo que de antemão pode ser julgado como erro: “Hoje eu sinto prazer, mas, e amanhã?” “O que isso vai acarretar?” “O que eu vou conseguir com isso?” Mas a carne pulula por desejar aquele prazer e isso é o que vai prejudicar o homem e Deus sabe disso. É isso que o homem precisa entender e não entende e por isso sofre. Por que? Porque em vez de obedecer a Deus que dá mandamento para a felicidade, ele prefere seguir aquilo que o diabo (a carne, o mundo) diz; ele prefere ouvir a voz do diabo em cujas mãos ele mesmo se coloca e fará dele o que bem entender em


tempo oportuno. Se alguém está nas mãos do inimigo, está longe das mãos de Deus, e se está longe das mãos de Deus, é claro que não vai conseguir nada de bom, porque o inimigo não pode oferecer coisas boas, só coisas ruins. Para poder atrair uma pessoa, ele só apresenta coisas de boa aparência e boa fama externa – aparência, nada mais que aparência; exterior, nada mais que exterior. Portanto, não vai fazer o homem feliz. É ledo engano. Coitado do homem que se deixa iludir pelas aparências.

“São como sepulcros caiados:

bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo

tipo

de

imundície”

(Mt

23:27).

É preferível ouvir os mandamentos de Deus que são fonte de poder para sobrepujar a vontade carnal e vencê-la, e assim poder garantir a própria felicidade. Que se tenha em mente um pensamento de grande valia que ajuda muito nesse processo de luta interior: a vontade carnal é PASSAGEIRA, mas os frutos do caráter são para a eternidade. Se alguém consente em continuar cometendo erros mesmo sabendo que são erros quando os percebe, mas não os


reconhece, significa que conscientemente ela quer permanecer nas mãos do diabo. A decisão final de libertação ou escravidão será sempre da pessoa (Dt 30:19), pois Deus não obriga ninguém a segui-lo ou a obedecer-lhe. Portanto, a responsabilidade pelos feitos é pessoal e intransferível (Ez 18; Gl 6:5). Jesus não é legalista nem sacramentaliza a salvação no sentido de casamento legal como se isso pudesse salvar almas. A verdade com relação aos aspectos da lei é que servem para conscientização acerca do bem e do mal, do certo e do errado; para inibir o erro e consequentemente evitar que se peque contra Deus. Dessa forma, a lei funciona tão-somente como um guia que auxilia no exercício de uma vida piedosa que leva a Cristo, o Único que pode salvar. Os sacramentos não podem salvar os fiéis, pois a salvação é pela graça. Jesus diz que se alguém o ama, guarda os seus mandamentos (Jo 14:15). E quais são os mandamentos divinos? Resposta: Primeiro, amar a Deus sobre todas as coisas e, segundo, ao próximo como a si mesmo (Mc 12:2931); quanto ao segundo, entende-se que amar o outro implica não contribuir para sua tristeza ou sofrimento. Guardar os mandamentos é o reflexo da obediência e isso é o que agrada a Deus. De que adianta cumprir a lei dos homens se a pessoa não obedece à vontade de Deus? Que lucro há nisso? De que adianta

um

casamento

oficializado

pela

lei

civil,


sacramentado pelo homem e pela religião, se não corresponde aos propósitos divinos em que o amor conjugal implica naturalmente deveres do marido e da mulher, de forma agradável? Casamento não deve ser desejado como objeto de ostentação

nem

de

obrigação

por

constrangimento

sociorreligioso, mas como estado de vida agradável a Deus em que o amor é tido como sagrado em suas várias formas de expressão – evitando assim a sua banalização –, e como uma aliança de amor consagrada a Deus que não deve ser rompida pelo homem: “O que Deus ajuntou, não o separe o homem”

(Mc 10:9),

palavra de Deus sempiterna e por isso hodierna

para todos os corações. Deus não muda. O homem de que trata esse versículo pode ser o próprio cônjuge, marido ou mulher. Como, então, torna-se possível separar o que Deus uniu? Seguindo o fantasma do rompimento. Isso são as emoções perigosas e aventureiras que ocasionam discórdias, traições, desrespeito, desconfianças, desvalores, ciúmes, etc., que devem ser vencidas pelo desejo de preservação do bem maior que é a família e superadas por meio de diálogos sinceros, de arrependimento do mal que viabiliza a descontinuidade do propósito inicial, do perdão pelas falhas unilaterais e do perdão recíproco pelas falhas bilaterais, do reconhecimento da culpa pelas falhas – não somente as que se cometem, mas aquelas que o outro comete, isto é, quando um


induz o outro ao erro –, da assunção das fraquezas que requerem cura, da libertação da autocomiseração, da acusação e de tantos outros problemas enraizados no ser do casal. O adultério, por exemplo, em que tanto o marido quanto a mulher estão sujeitos a cometê-lo é o único motivo que permite o repúdio ao cônjuge (Mc 10:11), mas Deus odeia o divórcio (Ml 2:16). Por isso, em seu eterno amor pela família, Deus dá instruções sábias àqueles que estão atentos à sua voz para que tanto o marido quanto a mulher possam se perdoar e assim dar continuidade à relação conjugal. Cada um deve fazer a sua parte quando deseja permanecer na relação. Se a parte que lhe cabe é perdoar, que assim seja; se é pedir perdão, que assim seja. A verdade é: enquanto prevalecer o amor, isso deverá ser feito. A ordem é o amor: enquanto há amor, há esperança de melhoras, de mudanças, de crescimento e amadurecimento. As atitudes ambivalentes de perdoar e pedir perdão refletem humildade e humanidade que geram bem-estar para si próprio. Ambos devem reconhecer que são atitudes necessárias, mas também reconhecer que se os erros forem evitados, não haverá necessidade de praticá-las, o que seria bem melhor. Na verdade, ao casal que busca a paz e a realização a dois, Deus sempre provê a devida solução para os problemas os quais nunca deixarão de existir, mas é como está escrito:

“No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo,

eu venci o mundo” (Jo 16:33). Foi por isto que Jesus veio


em carne: para provar que se ele como homem venceu em tudo, toda a humanidade também pode. Ninguém é igual. Cada pessoa tem um modo singular de ser, mas é nessa singularidade que o outro se completa, encontra algo de si – sua cara-metade. Um dia houve um encontro seguido de um olhar que fez brotar sentimentos que aproximaram dois seres diferentes que se identificaram e se envolveram e se uniram e se conheceram. O tempo passou e o que era novidade perdeu a graça dando lugar a coisas sem graça: as qualidades antes apreciadas tornaram-se defeitos renegados. A alegria de outrora se esvaiu em desprazeres do agora. Os objetivos de edificação de um lar feliz se tornam esquecidos em meio a essas desventuras que não veem pessoas capazes de contorná-las e por isso continuam tomando lugar. Há casos em que uma pessoa pode pensar que a morte solucionaria o problema e sem admitir passa a desejar isso como forma de fuga pela falta de coragem de tomar uma iniciativa de mudança, uma decisão potencialmente digna; é mais fácil desejar a morte do outro do que tomar postura de resolver a situação com atitudes nobres. Quando se percebe esse desejo secreto, tendo-o como inadmissível, a tendência é


a pessoa condenar-se a si mesma:

“Se o nosso coração não

nos condena, temos confiança para com Deus” (I Jo 3:21), mas se ele condena, a pessoa já está condenada. Nada melhor que a própria consciência acusadora para alertar contra o mal que se levanta contra uma vida para arruiná-la. Aproveitar o ensejo da autoacusação e revertê-la em benefício próprio através de confissão a Deus e busca por correção é um santo remédio para livrar do mal. Deus é socorro bem presente em todos os momentos e em todas as circunstâncias (Sl 46). O que transformou o novo em velho? O que destruiu o primeiro sentimento, a primeira emoção?

O que: as

escapadelas? As desconfianças fundadas e infundadas? As investigações celulares e carteirais? As perseguições ocultas de escutas e GPSs? A falta de diálogo ou as intermináveis e cansativas

discussões

da

relação?

Os

incansáveis

reconhecimentos dos erros do outro e nunca os de si próprio? O que? O que transformou o bonito em feio e aparentemente sem solução? O amor acabou? Não tem mais jeito? Tem certeza disso? Não dá para voltar à humanidade e à espiritualidade a fim de encontrar respaldo para os seus argumentos e certificar-se de sua razão? Tantas mais perguntas poderiam ser feitas, mas na verdade cada um sabe a pergunta exata a ser respondida. Basta consultar o coração com sinceridade e real desejo de melhoras, e não incitá-lo a um pretexto para fugas.


“Para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir e, abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o, e dá-lho por mim e por ti” (Mt 17:27).

Deus opera em favor de dois: por ele mesmo e pelo casal – o casal feliz dá testemunho do poder de Deus que é quem instrui para a boa união. Perto da meia-noite, Deus fez uma revelação ao coração de uma esposa carente de sabedoria: “Eu te livro no limite da tua fé”. E realmente o Senhor a livrou quando já estava no seu limite humano em face da sua esperada atitude que condissesse com sua condição cristã. “Tua calcinha tá aparecendo”, disse ela a uma mulher que se engraçava para o seu marido quando ela desnorteada percebeu que ele já havia notado a provocação da fulana. Receosa de que ele correspondesse às expectativas dela e temendo fazer escândalos, agiu no ímpeto da solidariedade feminina. A


mulher

muito

sem

graça

arrumou

uma

desculpa

e

imediatamente retirou-se da festa e desapareceu para todo o sempre. Providencialmente, o mesmo foi-lhe dito no dia seguinte no deck da piscina. Era uma faladeira que não sabia distinguir uma saída de praia de um vestido e menos ainda que ela usava um biquíni e não uma calcinha. Portanto não foi envergonhada, mas foi uma oportunidade de conhecer a vergonha que a fulana sentiu na noite anterior, sendo capaz de entender que o que lhe disse fez bom efeito, favorecendo-a. Seu marido poderia ficar chateado com sua atitude, mas a admirou pelo que fez, julgando-a superior, pois não fez barraco, tipo: “Se ela continuasse, o negócio ia ficar pior” ou “Tá vendo, esse meu lado você não conhece, então cuidado porque pode ser ainda pior”. Querer botar bronca não é digno diante de Deus nem do marido, mas sim ser honrada, superior, mansa e exercitando o domínio próprio. A vontade de Deus para a vida de uma pessoa é perfeita. “Eu é que devo mudar, e não ele”. Ao interiorizar esse entendimento, a tendência da pessoa deve ser a de trocar velhos hábitos por uma postura digna e não a de se desdizer, envergonhando a si mesma. O cônjuge deve dar bom testemunho de sua relação conjugal e para isso deve esforçarse diante das dificuldades que são gigantescas, como aquelas provenientes dos pontos fracos, mas não há gigante que seja


maior que Deus que é poderoso para lançar na ratoeira do inimigo as suas próprias armadilhas. Nessa hora, a pessoa descobre que quer ser feliz com a outra e que sua felicidade independe do outro. Ela passa a entender que sua felicidade só depende dela, de como ela deve passar a ver as coisas, de saber o que quer. Não importa o que o outro faça na rua – isso fica por conta da oração; importa que volte para casa – sinal verde da relação. Não se restringindo à literalidade do conceito de Grafenberg, parece que o ponto G da relação a dois é a Garantia de “nunca ser abandonado”, conforme a seguinte frase dita por uma idosa de programa que um dia cobiçou o marido de outra mulher: “Ser traída não é nada; o pior é ser abandonada”. Esse é um caso a ser pensado, pois quantos casais carecem de liberdade para fazer amor, declarar amor, praticar amor, sentir amor? Na verdade, o amor não está condicionado a aspectos previamente definidos como lugar e modos, pois não está condicionado

a

nada;

simplesmente

se

manifesta

independente das circunstâncias. Contudo, o amor é a parte palpável de uma mente saudável que tende a buscar o melhor prazer para o corpo. Assim, o amor sempre volta para casa quando sabe que vai encontrar algo que o completa em todos os sentidos, que a rua não pode fazer. Um amor em que não há vergonha de expressão e realização fingida, mas em que há destemida revelação de desejos e de suas formas praticáveis.


Há também a questão do respeito ao outro, às coisas do outro, à individualidade do outro, e quando os dois querem se preenchem um no outro. Sem exigências, sem cobrança, mas amor por amor que se basta. A pessoa vai chegando a um ponto em que descobre que não quer se separar, que quer continuar com o outro mesmo sabendo que ele tem defeitos que ela não aprova, mas por não aprová-los e ao mesmo tempo não querer se separar começa a se perguntar se são de fato defeitos ou se são qualidades diferentes das dela, e acaba descobrindo o mistério de não conseguir assimilá-las por serem diferentes. É o jeito torto de ser do outro com quem se convive e cujos hábitos devem se adequar à relação a dois. Como então contribuir para que isso aconteça? É preciso aprender a compreender o jeito de ser do outro de modo que se torna possível eliminar os motivos que geram desavenças. Dessa compreensão pode-se depreender, por exemplo, a falta de civilização do homem mulherengo. A mulher sofre por saber ou descobrir que seu homem tem esse defeito, mas na visão dele isso é uma qualidade sobremodo excelente porque confirma sua virilidade – é assim que ele pensa. Portanto, ele não entende esse comportamento como incivilizado porque movido pelo instinto. Em seus estanques, como denominado por alguns para se referir aos impulsos sexuais os quais independem de reflexão, são levados a agir como os animais domésticos ou selvagens naturalmente destituídos de senso


moral e evolução intelectual. O homem nessa condição não entende que fere os sentimentos de sua companheira; apenas entende que os seus feitos nada têm a ver com ela e que só dizem respeito a ele, pois o que ele busca é tão-somente satisfazer seus apetites sexuais. Quando ele sai com outra mulher, ele não fica pensando na que deixou em casa, de como ela vai se sentir se souber do seu caso, pois não o faz para lhe causar ciúmes. Ele entende, no entanto, que ela não precisa saber dos seus grandes feitos. Na verdade, ele age pensando apenas no bem-estar dele, no prazer dele, não percebendo qualquer mal contra sua vida conjugal. Não entende como traição, mas entende como realização pessoal. Por isso, não se sente culpado. A mulher, por sua vez, não vê as coisas desse modo. Muito menos as compreende. Sabiamente, reconhece que ele não tem esse entendimento do qual necessita para fazer perdurar a relação entre eles. Uma união moralmente estabelecida (se tem uma terceira pessoa e o outro aceita passa de moral a bacanal) não admite o envolvimento

de

uma

terceira

pessoa

porque

pode

efetivamente afastar de casa ao tomar gosto pela outra, ocasionando a separação conjugal. Então, o que deve ser feito já que ele não compreende isso como um defeito moral que pode causar sérios problemas ao seu relacionamento primeiro?

“A mulher sábia edifica a

sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a


sua” (Pv 14:1).

A mulher sábia que chega a esse

entendimento da fraqueza de seu companheiro sabe que só Deus tem o poder de transformar uma vida pautada em erros, nesse caso erros por ignorância. Ela prudentemente passa a conduzir a relação baseada na oração, na obediência à instrução de Deus cuja fonte lhe aprouver – um sermão, a leitura bíblica, uma conversa, uma palavra –, no domínio próprio quanto às ações e reações, crendo que Deus pode reverter a situação. Tudo isso se resume em fé: quando não posso, Deus pode. Deus honra a fé da pessoa de tal maneira que no final ela só conseguirá agradecer a Deus pela progressiva mudança de hábitos de seu amado e enfim serem os dois uma só carne livre de interveniências – um casal agradável aos olhos de Deus. Orar pela mudança de alguém jamais implica em moldá-lo aos próprios gostos. A felicidade de uma pessoa não consiste em ter outros ao seu lado, e ainda tê-los conforme a sua conveniência. A intenção básica dessa oração deve ser o bem do outro em qualquer relacionamento. Deus ensina a querer bem ao próximo; o outro de uma relação é sempre o próximo. Nesse sentido, a oração deve ser altruísta a fim de que o outro melhore do mal que ignora, e não egoísta a ponto de querer transformá-lo naquilo que o intercessor deseja como se ele fosse um boneco que pudesse ser moldado a seu belprazer.


“Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4:7).

Resista à desconfiança, resista ao

ciúme, resista à vingança – a querer pagar com a mesma moeda ou a dar o troco –, resista a qualquer tentação que possa afastar você de Deus para frustrar seus objetivos. Como? Vigiando e orando:

“Vigiai e orai, para que não

entreis em tentação” (Mt 26:41).

Quando se vigia,

percebem-se as brechas que devem ser levadas a Deus em oração e ele providenciará o escape que tornará possível permanecer firme naquela resistência.

“Ele salva, livra, e

opera sinais e maravilhas no céu e na terra; ele salvou e livrou Daniel do poder dos leões” (Dn 6:27)

da mesma

forma que vai salvar e livrar você se confiar nele. Confie em Deus, vá fazer o seu trabalho, ocupe-se com seus afazeres; há coisas mais importantes para você fazer do que ficar procurando chifre em cabeça de cavalo. É isso o que o diabo quer: que você perca tempo investindo nos propósitos dele, deixando o que faz bem a você para viver o que lhe faz mal. Não seja tolo! Seja sábio! Cresça em Cristo!

“Não matarás” (Êx 20:13).

Não mate seu

casamento, não mate seus objetivos, não mate alguém de sua vida excluindo-o, mas lhe dê uma nova chance até que ele


manifeste se quer mudança ou não, e será quando Deus dirá: Basta! Então, espere o basta de Deus.

Deus se preocupa tanto com o seu povo que faz ressuscitar até mesmo músicas que já não se cantavam mais. Contudo, são letras que marcam a história de vida de pessoas que voltam a ter esperança quando tudo parece estar perdido. Mas para Deus nada se perde; tudo se renova. Assim foi com a música Galhos secos da Banda Êxodos criada em 1970 cujo nome alude à libertação da escravidão do pecado, a qual pode não chegar de imediato, mas é progressiva no sentido da aquisição do aprendizado necessário, pois a libertação sempre anda acompanhada do entendimento sobre o afastamento do mal. Nos galhos secos de uma árvore qualquer Onde ninguém jamais pudesse imaginar E o Criador nosso Deus Nos deu uma flor a brotar Olhai,

olhai, olhai. Os lírios cresceram nos campos E o Senhor, nosso Deus Nos têm alimentado para nossa alegria ♫Para nossa alegria ♫Para nossa alegria


Há possíveis explicações acerca das emoções que em seus diversos tipos e nuances são pertinentes a todo ser humano, sendo qualificadas como naturais:

IRA

“Irai-vos, e não pequeis” (Ef 4:26). Acessos de ira por indignação contra atos egoístas, abusivos, vis, imorais, cruéis, insanos, são aceitáveis e até louváveis. No entanto, para que essa ira não se torne pecado é necessário que se tomem providências a fim de evitar que o mal se repita. Ela deve ser dinâmica, e não estática, produzindo resultados eficazes em prol daquilo a que se propõe. Apenas ficar externando julgamentos arbitrários sem buscar a solução para


o problema, além de não resolvê-lo, acarretará em juízo contra si próprio, pois que doentio e sem serventia. Um testemunho irado

Era domingo de manhã. Maria saiu para ir à igreja. Parou seu carro num estacionamento dominical onde feireiros e cristãos costumam fazê-lo. Ao sair da igreja, dirigindo-se ao carro para ir embora, deparou-se com um carro da Guarda Municipal parado no meio da rua, impedindo a saída de que qualquer carro à sua frente. Indignada, pensou: “Muita calma nessa hora!”, e orou a Deus por tranqüilidade e pediu forças para se manter calada quando da chegada dos guardas. Enquanto isso, os guardadores da rua saíram a buscá-los debalde. Um carro da PM chegou ao local e também parou no meio da rua atrás do carro da GM. Os policiais saíram e


caminhavam em sua direção, fazendo-a acreditar que foram chamados para resolver a situação. Vendo que passavam direto, lhes perguntou se tomariam alguma providência, ao que lhe responderam que não, pois só estavam ali para falar com alguém. Nem sequer se preocuparam em ajudar a solucionar o problema. PM, GM, TPM, formavam um conjunto de sintomas que assolavam sua estrutura físicamental-emocional e ela lutava para que um quarto elemento não compusesse aquela tríade – o espiritual. Maria se queixou: “Ai, meu Deus, como se já não bastasse um, agora chegou outro. Ninguém merece!”. E ali permaneceu por aproximadamente uma hora. O compromisso de encontro com a família atrasou. O delicioso prato que lhes havia prometido e que ainda seria preparado após o culto também atrasou. Num solilóquio intermitente, Maria reclamava: “Ai, que stress!”, “Meu Deus, eu não acredito numa coisa dessas”, “Isso não tem cabimento”, “Como pode agentes de segurança pública prejudicar um cidadão desse jeito”, “Isso não existe, definitivamente não existe!”. Os outros motoristas começaram a chegar, e juntos passaram a entoar um burburinho cadenciado de resignação #soquenao: “Ué, tudo bem, vamu fazê o quê?”. Mas os ânimos iam se alterando a cada minuto: “Como é que pode prender a rua assim, gente, isso é um absurdo”, “A gente tem compromisso e não pode sair daqui”, “Eles se acham os donos do pedaço”, “É por isso que o povo


arrebenta com tudo”, “Eles pensam que a gente não tem o que fazer”, “Tem que denunciar isso”, “Bota no You Tube”, “Isso é abuso de autoridade”, “Escracha”, “Não, bota no RJ”... Indignados, diziam repetidamente as mesmas coisas; parecia um canto solene em defesa da cidadania. Antes de todo esse episódio, sua tia acabara de conversar com ela sobre como se comportar diante dos fatos dos últimos dias, dizendo que o povo não deve se calar perante as autoridades eclesiásticas e também as seculares por medo de represálias, pois um líder seja de que ordem for deve ser o primeiro a dar o bom exemplo e não ficar se garantindo em seu status, pois sua farda não pode ser um fardo a seus seguidores ou subordinados. E repetindo as palavras que a própria sobrinha lhe dissera ter ouvido de um professor, enfatizou: “Eu não esqueci e aprendi muito com aquilo que você me falou. A unção quem dá é Deus. Alguém viu sicrano receber a unção de Deus? Então, ele não pode ficar se autointitulando “homem de Deus” e se esconder atrás dessa condição para poder cometer erros sem sofrer a pena de alguém o acusar, e ninguém deve ficar com medo se tiver de dizer a verdade porque “ele é um homem de Deus!””. “Não se pode estar em uma posição de poder e destruir a vida de outra pessoa”, disse o Papa Francisco. Não parecia, mas aquelas palavras de sua tia ficaram ressoando em sua mente.


No carro, à espera da solução, telefonou para o marido para desabafar e ele a incentivou a fotografar e filmar o ambiente a fim de denunciá-los na mídia para que pudessem tomar providências de conscientização e correção daqueles servidores que para nada estavam servindo. Assim ela o fez. Enfim, os policiais foram embora e logo depois chegaram os guardas. Calmamente, ela se levantou, em treinamento de misericórdia, e dirigiu-se a eles que seguiram diretamente para o carro. Estando um já dentro do carro e o outro ainda do lado de fora, ela disse: – “Bom dia, Sr. Fulan e Sr. Dital”, ela logo se preocupou em ler seus nomes nas tarjas de identificação. “Faz quase uma hora que saí da igreja e estou aqui à espera dos senhores para retirar seu carro do caminho para que eu possa passar com o meu. Seu veículo está simplesmente atrapalhando não só o meu carro de sair, mas todos os demais. Vocês já viram o que está no seu para-brisas?”. Ela tinha confeccionado uma imitação de adesivo de multas. “Eu coloquei isso aí para vocês verem o quanto estão errados em parar seu veículo indevidamente, atrapalhando a vida de várias pessoas que querem sair e não podem porque vocês trancaram a rua. Se fosse eu que tivesse colocado o meu carro dessa forma, ele já teria sido rebocado. Então, se está errado, e vocês têm consciência disso, por que vocês deixaram seu carro aí?”.


– “Senhora, olha aquele carro ali embaixo”, era um carro à frente do de Maria. “Ele está num lugar que é nosso. A gente colocou o carro aqui pro motorista aprender a nunca mais colocar o dele ali”. Ser prioritário não é ser proprietário. Há muitas pessoas hoje em dia confundindo a diferença entre esses direitos. Outro dia, uma moça muito respeitável, trabalhadora até tarde da tarde, que sai super cansada do serviço, desejosa de conseguir um banco no trem na viagem de volta para casa, notou um assento preferencial vazio e se sentou. Em uma das estações seguintes, o trem parou e uma senhora idosa entrou, indo direto em sua direção. Parou em frente dela e ficou encarando-a com cara de raiva. A moça entendeu a expressão da idosa, mas antes mesmo que ela se levantasse para lhe dar o lugar, a idosa chamou sua atenção: “Minha filha, esse lugar é

MEU,

como é

que é, não vai levantar, não?” A moça sabia que estava em um assento preferencial do qual se levantaria para dar lugar a quem de direito, dada a sua presença no local, mas não aprovou o comportamento da idosa que, além daquilo, se propôs a proferir um monte de asneiras contra ela, praguejando-a: “SUA ISSO, SUA AQUILO”. A reação da idosa indigna a deixou


indignada de sorte que ela lhe respondeu: “Só por causa da sua presunção, falta de respeito e falta de educação, eu não vou ceder o lugar para a senhora, pois este assento não lhe pertence. Se a senhora tem prioridade, eu também tenho, e quem vai dizer o contrário? E de mais a mais, a senhora precisa aprender a respeitar os outros na hora de exigir seus possíveis direitos”. E ali ficou até saltar do trem. Indignada com a resposta forjada, Maria replicou: “Sr. Fulan, um erro não justifica o outro. O senhor está totalmente errado em agir dessa maneira. Como, para corrigir uma pessoa errada, o senhor prejudica tantas outras? O senhor não impediu apenas que ele saísse, mas um monte de gente, que cansados de esperar foram à feira pra fazer hora, só que eu tenho compromisso, e até já perdi minha hora. Eu penso que o senhor devia colocar o seu carro num local apropriado que não impedisse a saída de ninguém e esperasse o dono do veículo chegar e chamasse a atenção dele, mas isso que vocês fizeram não tem justificativa. E agora?” – “Qual é o carro da senhora?”, sua pergunta cheirava a ameaça, do que Maria não gostou. – “Por que o senhor quer saber qual é o meu carro?” respondeu perguntando.


– “Ah, porque todos os carros estão errados. Olha ali a placa de proibido”. – “Onde que não estou vendo?” Respondia Maria já com o humor exaltado porque percebia que ele estava sendo malicioso em seus argumentos. “Sr.Fulan, para ver a placa de que o senhor está falando... Maria foi interrompida. – “A placa está ali”, respondeu ele. – “Sr. Fulan, para ver a placa de que o senhor está falando um motorista tem de sair do carro e procurá-la e...”, – “Mas a placa está ali, é só procurar.”, – “... o motorista tem de sair do carro e procurar a placa e com muita dificuldade vai achá-la...”, – “Ué, qué moleza... a placa tá ali, ó... num pode parar ali e cabô.”, – “...pois pelo que se sabe uma placa...”, – “A senhora num tá satisfeita, então vai lá onde tem que ir pra reclamar os seus direitos.”, – “...deve estar visível para não incorrer em infração desculpável. OLHA SÓ, SR. GUARDA, EU ESTOU QUERENDO FALAR...”, –“Num adianta querer dizer que to errado; aquela vaga ali é nossa e o teu carro num tinha que tá ali.”, – “...HÁ UM SÉCULO E O SENHOR NÃO ME DEIXA FALAR; O SENHOR ESTÁ...”, – “Tô mesmo e num vô te escutar mais não. Num quero mais te ouvir, pronto, chega.”,

– “FALANDO SEM PARAR...”, – “Vai falar

sozinha agora.”, – “SÓ PARA NÃO ME OUVIR; ISSO ESTÁ ERRADO!”, – “Pode abaixar a voz.”, – “EU TENHO DE FALAR ALTO PRA VER SE O SENHOR ME


OUVE...”, – “A senhora é muito mal educada.”, – “MAL EDUCADA, EU, O SENHOR É QUEM NÃO ME DEIXA FALAR...”, – “Num deixo mesmo não.” – “Eu estou falando baixo. O senhor pode me ouvir,por favor?....”, – “Num vô ouvir nada!”, – “Eu só estou reivindicando o meu direito de cidadã...”,

“rá...rá!

Fui!”.

Maria

foi

interrompida

ininterruptamente! Como o sr. Fulan a deixou falando sozinha, ela foi para o seu carro com a intenção de ir embora, mas o sr. Dital se aproximou dela demonstrando atenção e... ¿respeito? e disposição para ouvi-la, e disse: “Senhora, como a senhora é mulher, eu não vou...”, aí foi a vez de Maria interromper a conversa diante de tamanha indignação: “sr. Dital, veja bem, eu não sou “uma mulher”; eu sou um ser humano igual ao senhor; não cabe machismo aqui. Portanto, pode falar ou fazer o que lhe é devido, contanto que esteja correto”. O sr. Dital lhe disse então que aquela discussão não levaria a lugar algum e que era melhor ela ir embora na paz de Deus. Ao notar que eles conversavam pacificamente, o sr. Fulan voltou, e muito irado se pronunciou: “É, isso aí, Jesus ta

vendo isso tudo. Não é isso o que o Pr. Theu ensina!”, parecia querer mostrar que conhecia Jesus e o pastor dela. Afinal, do que ele estava falando ou o que estava insinuando? Que se deve calar diante


de atos errôneos, principalmente quando se trata de autoridade? O próprio SENHOR Jesus em João 2:15 mostra sua indignação (ira) contra a ganância e a falta de respeito às coisas sagradas: “Então

ele fez um chicote

de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas”. Seu

sentimento

naquela ocasião é comparado à ira cuja justificação está no zelo pelo Templo de Deus que devia ser adorado em seu local santo e não profanado como era o caso. Jesus não perdeu o controle da situação – não usou de violência, de palavras irreverentes, nem de agressão física. Apenas exibiu através de gestos a punição

que

eles

mereciam

pelos

seus

atos

pecaminosos. Percebendo seu erro, saíam do lugar, abandonando seus postos. Também em Marcos 3:5, Jesus conhecendo o que ia no coração do homem, reagiu indignado: “Irado, olhou para os que estavam

à sua volta”. Jesus por vezes se irou devido a atos de injustiça, corrupção, hipocrisia, dissimulação, mas jamais deixou de amar os que cometiam tais erros. O seu controle estava em não permitir que os maus atos


dos homens corrompessem seu coração a ponto de lhe causar ódio. Ele não foi controlado pelas suas emoções, mas ele sabia que precisavam de correção pela sua condição espiritual, e assim os amou, diferentemente do homem natural cuja ira não produz a justiça de Deus (Tg 1:20). Mais uma vez Fulan a indignou, e Dital percebeu que aquilo não era bom, já conhecendo o instinto de perturbação e perseguição do companheiro, sabendo que ele queria irritar Maria. Ela percebeu que a tentativa de Dital de acalmar os ânimos foi quase frustrada pela investida do mal que estava incorporado no outro, pois seu olhar visivelmente expressava o seu pensamento: “Brincadeira, eu estava conversando com a mulher numa boa e ele vem para atrapalhar!”. Maria inconformada tinha de responder àquela ironia: “Eu não sigo o meu pastor nem sigo pastor. Sigo Jesus. E você para de ficar usando o nome de Jesus em vão”. Como alguém que se reveste de toda a autoridade, ordenou energicamente: “Respeita Jesus! Respeita Jesus! Respeita Jesus!”. Fulan fitou-a por um eterno momento, arredando-se dali como ladrão em fuga. Maria pôde continuar a conversa com o guarda Dital que a ouviu educadamente:


– “Todos os domingos essa rua fica lotada de carros que param de um lado e de outro, sem problemas de serem multados porque é domingo, tem feira, e nenhuma autoridade jamais proibiu que se parassem os carros aqui. Portanto, se um está errado, todos estão. Então, eu penso que o certo é que se reformulem as regras de trânsito para esta área em dias de domingo. Por ora, é impossível que se faça qualquer coisa”. – “Sim, senhora, correto. Nós vamos falar com as autoridades competentes para providenciar soluções para evitar situações como essa daqui em diante. Vai com Deus”. – “Fica com Deus, sr. Dital”. Maria voltou para casa e no caminho conversava com Deus, pois estava preocupada com que tipo de gente ela tinha se envolvido. E lembrou da palavra do Senhor dos senhores:

“Não temerás os terrores da noite, nem a seta que voe de dia, nem peste que anda na escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia. Mil poderão cair ao teu lado, e dez mil à tua direita; mas tu não serás atingido” (Sl 91:5-7). O ser guarda não garantia a boa índole do Fulan. Mas Deus sonda os corações e retribui a cada um segundo os seus feitos. Ela aprendeu que mesmo que uma pessoa se entenda por certa, ela deve interrogar sua própria consciência para verificar se está mesmo certa, se não há alguma coisa que a protege de si mesma, escondendo uma partícula má. Em sua infinita


bondade, Deus a consolou e lançou fora de seu coração toda preocupação, devolvendo-lhe a paz de que fora privada naqueles idos momentos. Assim, ela desistiu de postar o fato nas redes sociais, de denunciá-lo em programas de TV, mantendo apenas para si as fotos e vídeos daquele evento inusitado a serem usados quiçá como ilustrações para fins de aprendizado. #PenseCristo A ira descompassada prejudica tanto o seu causador quanto a pessoa irada, pois ambos podem manifestar reciprocamente o desejo de destruição. Pela diversificação de sua origem quando além do sentimento de indignação, entende-se que não anda sozinha, mas em más companhias: soberba, vingança, ciúme, agressão, inveja.

“O que sai da

boca, procede do coração, e isso contamina o homem” (Mt 15:18).

Consequentemente, sua vítima torna-se vulnerável a

males do corpo, da mente e do espírito. “A raiva é péssima conselheira” diz o ditado. Em certas situações de raiva, a melhor coisa é ficar calado para depois não se arrepender de ter dito coisas impensadas.


INVEJA “A inveja é tão vil e vergonhosa que ninguém se atreve a confessá-la”. Ramón Cajal

Confissão pressupõe libertação. O simples fato de precisar confessar a inveja já é uma demonstração espontânea de desejar livrar-se dela. A única Pessoa capaz de ouvir nossa confissão de inveja sem nos condenar é Deus de quem não devemos ter vergonha porque ele pode nos libertar, só ele.

“Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há

perturbação e toda a obra perversa” (Tg 3:16). A inveja é a mola propulsora da destruição alheia. Ela é um monstro de cuja cabeça saem pensamentos serpentinos capazes de


envenenar todos os seus alvos com máculas em sua reputação e dignidade, e danos em suas posses materiais. Invejoso e invejado. Uma e outra coisa refletem as duas faces da mesma moeda – o desejo de ter ou de ser o que o outro tem ou é. “Também vi eu que todo o trabalho, e toda

a destreza em obras, traz ao homem a inveja do seu próximo” (Ec 4:4). Assim como a Medusa é o fruto da inveja de Atena, a tendência do invejoso é querer medusar o invejado, ou seja,

querer

transformá-lo

naquilo que ele é, um ser desprezível. Apesar disso, nada que o invejoso faça justifica que o invejado nutra sentimentos pervertidos em seu coração. A reação do homem de bem deve ser contrária às más ações.

“Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12:21). A inveja, fonte de outros males como a cobiça, não produz frutos pacíficos senão de discórdia e de ódio. Não busca a realização pessoal, mas que o outro não se realize. Para nada é proveitosa devendo ser jogada na lixeira da desktop cerebral. Querer ter o que é de outrem ou ser o que ele é reflete o desprazer pelo bem alheio e denota mordacidade e incompetência. “Quando

fecha os olhos fá-lo


para maquinar perversidades; quando morde os lábios,

efetua o mal” (Pv 16:30). Com relação a si próprio, reflete rebelião contra Deus por não se aceitar como Deus o criou em conformidade com as suas circunstâncias, revelando autorrejeição pela aparência, pelo físico, pela personalidade e desprezo pelas dádivas terrenas como bens materiais. Deus dá a cada um segundo o seu propósito. Resta saber se a pessoa está disposta a corresponder à vontade de Deus que é soberana. Se contumaz, terá sérios problemas para conduzir a própria vida desde que estará em fuga de si mesma, tornando-se incapaz de progredir em qualquer aspecto. O que é para o outro é para o outro e não para si. Querer possuir para destruir, possuir o alheio para destruir outrem – uma inveja patológica que nada cria, mas tudo destrói ou pretende destruir, o que por si só já constitui pecado.


A escritora Mônica Campello ao lado do túmulo de Camões no Mosteiro dos Jerônimos em Belém, Lisboa: foto memorável, como se ele estivesse vivo.

Já dizia Camões em sua primeira Carta que “onde há inveja, não há amizade”. Não há o querer bem ao próximo, mas falsidade com cara de bons amigos. Pode-se crer que não apenas como rima literária cuja posição é enfática, mas de maneira sábia, e por que não dizer providencial, ele colocou a inveja no seu devido lugar – a última palavra, da última estrofe, do último Canto de sua grande obra “Os Lusíadas”:

Ou fazendo que, mais que a de Medusa, A vista vossa tema o monte Atlante, Ou rompendo nos campos de Ampelusa Os muros de Marrocos e Trudante, A minha já estimada e leda Musa Fico que em todo o mundo de vós cante, De sorte que Alexandro em vós se veja, Sem à dita de Aquiles ter enveja.


A inveja deve ser sempre o último sentimento na vida de uma pessoa, senão inexistente. Compreendida sua negatividade, a inveja miseraliza a pessoa ao fazê-la engrandecer suas fraquezas e derrotas em detrimento de sua superioridade

e

autoestima

que

possibilitariam

sua

autovalorização a despeito das conquistas dos outros. Trata-se de corrupção da alma, pois evidencia o embuste do sentimento de inferioridade que serve como empecilho para o sucesso

de

qualquer

empreendimento

humano.

Ela

vulnerabiliza a pessoa a ponto de tê-la como um joguete em suas garras, subestimando os grandes feitos que a pessoa poderia realizar. Com ares ontológicos, ela atua como um ser de vontade própria que transita na mente e no coração conduzindo a pessoa ao desterro de si mesma por incitá-la a sobrepujar sentimentos benignos e benéficos. Mas, notadamente infere-se do poema acima que a ênfase não recai sobre o sentimento de inveja, mas sobre o sentimento de orgulho no sentido de amor-próprio (que nada tem a ver com soberba). Contextualizando, o incentivo do poeta ao sentimento de superioridade deve ser comum a toda as pessoas de modo que se executem grandes feitos dignos de admiração provenientes de esforço contínuo. Isso acarretará em se livrar das consequências da inveja e garantirá exaltação à própria existência. Será como navegar “por mares nunca de antes navegados”, cortando as ondas da subestimação e


cultivando o respeito por si mesmas ao se reconhecerem como pessoas de valor que não são controladas pelos desejos mundanos, mas cujo foco é Deus a quem aprendem a submeter-se e a invocar por saber que só ele pode libertar de tão grande mal mediante o exercício do amor que ele ensina a desenvolver de maneira extraordinária como nunca antes se experimentou, e elas passam a desejar mais o amor, espelhando-se no maior em vez de no menor. E, de quebra, dão um curtir na melodia ... ♫ Nada do que foi será De novo do jeito que já foi um dia Tudo passa, tudo sempre passará A vida vem em ondas, como um mar Num indo e vindo infinito Tudo que se vê não é Igual ao que a gente viu há

um segundo tudo muda o tempo todo no mundo Não adianta fugir Nem mentir pra si mesmo agora Há tanta vida lá fora Aqui dentro sempre Como uma onda no mar Como uma onda no mar Como uma onda no mar ♫

Nas epopeias da vida, heróis são homens e mulheres que travam uma guerra espiritual contra si mesmos entrincheirados na percepção, assunção e inconformação relativas a suas fraquezas a partir do que podem dar início a


um processo de renovação da mente, sujeitando-a a Deus e não aos moldes do presente mundo (Rm 12:2). Mediante pensamentos bélicos, lutam para despertar o que dorme em seu interior, apenas dorme, existe; uma força, não a prepotente que se acredita capaz de traçar o próprio destino, mas a que gera um questionamento conforme o do referido poema: “Onde pode acolher-se um fraco humano, Onde terá segura a curta vida” (Canto I, estrofe 106) ao que Deus responde:

“Forjai espadas das vossas enxadas, e lanças

das vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte” (Jl 3:10), “Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos” (Hb 11:34), “E naquele dia farei por eles aliança com as feras do campo, e com as aves do céu, e com os répteis da terra; e da terra quebrarei o arco, e a espada, e a guerra, e os farei deitar em segurança” (Os 2:18). Os males provenientes da inveja têm o poder de danificar vidas e causar-lhes perturbação. Ao identificar esse mal, urge extirpá-lo mediante o poder de Deus, única Pessoa que pode contra ele – se clamar, ele ouve. Ter inveja indica não estar satisfeito com as dádivas de Deus, mas ele assevera


em sua palavra que uma pessoa deve contentar-se com o que tem, pois ele nunca vai deixá-la ou abandoná-la (Hb 13:5). Para combater o sentimento de inveja é preciso tornar-se mais como Jesus, extroverter-se e introverter-se menos. Isso é possível através de uma intimidade maior com Deus que se desenvolve através de joelhos dobrados aos pés de Jesus, visão bíblica, audição espiritual, servidão.

“Bem como o

Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20:28). Tais atitudes implicam o despojamento de si mesmo que ocasiona uma mudança no coração em direção a sentimentos puros.

“O meu mandamento é este: Que vos

ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15:12). Abafar a inveja, escondendo-a no recôndito da alma para que ninguém saiba ou a perceba não resolve a questão. Sua vítima sofre do constante desejo de autoafirmação, pisando nos outros se for preciso, puxando seu tapete, queimando sua imagem e tudo isso sem sair do salto, incólume e sem culpa aos olhos dos inocentes que não a conhecem. Mas Deus tudo vê! Ninguém pode nem consegue fugir de Deus.


Há também um mau costume em se querer eufemizar o sentimento de inveja ao lhe atribuir um caráter de benignidade quando a chamam de “inveja santa”. Isso não existe! Inveja é inveja e pronto! Não se deve confundir inveja com admiração – quando há possibilidade de se concretizar um objetivo a partir do estímulo proveniente do testemunho da conquista alheia; nesse caso, a pessoa não se concentra no que o outro possui, mas no esforço que ela deverá despender para alcançar bem semelhante. Isso envolve pensamentos férteis que produzem bons frutos. Não é simplesmente “Se eu quero, eu posso, eu consigo!” – uma frase de apoio moral, dentre as várias filosofias incentivadoras que se leem constantemente nas redes sociais; não obstante, destituída de explanação profunda que propicie discernimento para a devida aplicação –, mas

“Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4:13).

Sobreleva-se ao “eu” a graça capacitadora de Deus que tem em si o poder de Cristo contra as ciladas do coração enganoso que agora promete e daqui a pouco se afrouxa em desânimos que acarretam desistência. Todavia, o que é e vem de Deus permanece; não sucumbe diante das intempéries do caminho que sempre se fazem presentes em face dos empreendimentos humanos. E, ainda, o mais das vezes o coração pensa que quer muito o que os olhos veem. Ledo engano! Normalmente, o que é para um não é para o outro, pelo menos da forma como


é. Ilustrando: um adolescente ingressa na faculdade de Direito e todos os seus amigos vibram com sua conquista. Um adolessênior presencia o fato e imediatamente percebe como o tempo passou, e diz a si mesmo: “Pôxa, eu já era pra tá formado há muito tempo...”, o que o leva à decisão de voltar a estudar. Ele igualmente ingressa na faculdade de Direito. No decorrer dos estudos, descobre que não tem talento para aquela área do conhecimento e resolve mudar de faculdade. Que bom que ele mudou de faculdade, pelo menos ele não desistiu! O objeto do estímulo não é que deva ser literalmente copiado, mas deve servir como inspiração. Em contrapartida, em situação adversa onde não há perspectiva de aplicação prática da visão, seja por limitação física, intelectual, financeira, social, etc., a tendência é a pessoa sentir-se frustrada e incapaz, ocasionando sentimentos de inferioridade que corroem a autoestima. “Uma pessoa é superior a todas as pessoas, e todas as pessoas são superiores a todas as pessoas, isto é, ninguém é inferior a ninguém” (palavra de Deus ao meu coração). A superioridade de uma pessoa não repousa nas habilidades que possui, tampouco em seu poder aquisitivo, e nem mesmo em sua raça, mas em seu caráter. O ser mais adaptado, portanto, não é o que detém aqueles atributos, mas o que sobrevive às oposições e rivalidades sem modificar a sua natureza. Eis o sentido


prático e imediato da evolução do homem. Não há darwinismo social que supere essas verdades.

“Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará” (Tg 4:10).

O homem evolui à medida que conhece

a verdade. Adquire uma nova visão e um novo entendimento baseado na Sabedoria que nunca antes conheceu, diferente da que o mundo ensina. Jesus é a verdade. “Ninguém

Reino de Deus, se não nascer de novo".

pode ver o

Portanto,

necessário que vocês nasçam de novo” (Jo 3:3,7).

“É

Assim,

“Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5:17). Einstein como físico foi excelente exegeta (2 Co 3:5; Jo 15:16; Dt 18:13; Hb 10:36; Rm 5:4; Mt 16:33): “Deus nos fez

perfeitos e não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos. Fazer ou não fazer


algo só depende de nossa vontade e perseverança”. Diante disso,

por que

permanecer no sentimento destrutivo da inveja? Em suma, INVEJOSO e INVEJADO: duas vítimas do mesmo mal que precisam de Cristo em suas vidas! #ficaadica ♫Deus No Controle♫ Deixa Deus te examinar, ele entende o teu choro E decifra num olhar Ele sabe muito bem a origem de uma dor Sabe o seu final também Tem o não ao teu dispor tem o sim ao teu favor Te atende no teu quarto, de joelhos a orar No silencio das palavras que não sabe expressar O segredo é confiar, é saber que ele é o teu Deus Sobre a morte a tua vida ele estabeleceu Não há caso impossível para o teu senhor Ele trata, ele sara todas as feridas Não importa se o homem te desenganou Determinando tempo para tua vida A palavra de deus é a que prevalece Até a morte lhe obedece, Abrace o teu milagre com louvor

Não há caso impossível para o teu senhor Seu poder está além de toda medicina Não importa se o teu recurso acabou Somente pela graça ele te examina Vai confundir os homens por amar você Quem te viu e quem te vê Deixa Deus curar você Seja tocado por ele, recebe aí o teu milagre, Toma posse da tua benção, recebe a tua cura, Alelauia! Não existe impossível para ele Tudo está no seu controle tudo é dele Não importa o tamanho da tua dor Teu remédio é tua fé toque no senhor... Deixa Deus te examinar, ele entende o teu choro


VINGANÇA

“Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor” (Rm 12:19). O homem justo sabe que a vingança pertence ao Senhor Deus e a ele deve clamar (Sl 94:1). Agindo assim, Deus fará justiça no devido tempo de acordo com a sua vontade. Não deve manchar a sua reputação por igualar-se ao malfeitor e acabar perdendo a razão, nem querer responder à altura já que o malfazejo não o ouvirá. Quem foi humilhado, será exaltado; quem foi caluniado, será honrado; quem foi desprezado, será respeitado; quem foi injustiçado, será recompensado. Os que ouviram histórias mentirosas a respeito


do justo conhecerão a verdade a respeito do maldizente cuja máscara vai cair no momento determinado por Deus. “Vou dar o troco”, “Vou pagar com a mesma moeda”, "Aqui se faz, aqui se paga", “Olho por olho, dente por dente", "O mundo dá voltas", “Tudo tem seu tempo”, "Quem com ferro fere, com ferro será ferido", são expressões que refletem um coração tomado de ódio desejando o mal em nome de Deus. A esperança da justiça divina não deve proceder de uma fé fingida em que o indivíduo diz para todo o mundo que sofreu um dano e que agora espera em Deus para vingá-lo quando na verdade deseja o mal do outro em segredo, continuamente remoendo amarguras e ódio enquanto não vir sua desgraça: “Viu, eu não disse que essa peste ia cair do cavalo! Deus é pai. É... não, não desejei mal, não, mas é isso aí, Deus não dorme”. Essa pessoa não sabe que Deus sonda o coração ou não se preocupa com isso –

“Eu sou o Senhor

que sonda o coração e examina a mente, para recompensar a cada um de acordo com a sua conduta, de acordo com as suas obras” (Jr 17:10).

O ódio gerado nas entranhas do

coração do ofendido pelo mal que lhe fizeram, além de ser uma potente arma contra si próprio, é também uma arma apontada contra o seu ofensor, arma para a morte. Nem sempre que se fala em morte se fala em sentido literal, mas tudo o que morre ou que seca a partir de más atitudes e maus


pensamentos é morte.

“Qualquer que odeia a seu irmão é

homicida” (I Jo 3:15).

Portanto,

“Não guardem ódio

contra o seu irmão no coração”(Lv 19:17),

mas

“Ame o

seu próximo como a si mesmo” (Mt 22:39). E ainda, “antes repreendam com franqueza o seu próximo” (Lv 19:17), pois é melhor chamar a atenção do ofensor com sinceridade em obediência à palavra de Deus do que sair falando mal dele já que isso não agrada a Deus, pelo que se entende de sua exortação

“Não andarás como mexeriqueiro entre o teu

povo” (Lv 19:16),

porque, se agir assim, o ofendido que

tinha razão diante de Deus passa a perdê-la uma vez que ele o adverte “para

que, por causa dele [do ofensor], não sofram

as conseqüências de um pecado” (Lv 19:17), “para que o Senhor não veja isso, e se desagrade, e desvie dele ofensor] a

[do

sua ira” (Pv 24:18); logo, o ofendido entende que

o desejo de Deus é que ele

“Não se alegre quando o seu

inimigo cair, nem exulte o seu coração quando ele tropeçar” (Pv 24:17). Uma pessoa te fez mal, mas se você tratá-la mal, você vai receber o mal porque o Senhor verá isso que será mau aos seus olhos e vai desviar do seu ofensor a sua ira (Pv 24:18) que acabará recaindo sobre você porque não orou a


Deus, não colocou o problema nas mãos de Deus, não se entregou a Deus para fazer-lhe justiça, não praticou a bondade, a busca pela compreensão, a compaixão, o amor e o perdão devidos. Os irmãos bíblicos Jacó e Esaú ilustram essa situação em que o injustiçado passa a fazer justiça (vingança) com as próprias mãos e responde amargamente por isso (Ob 10-14) e o que praticou a injustiça (engano) também responde pelos seus feitos (Gn 29:25), porém esse na presença de Deus porque lhe era agradável pelo seu coração compungido, mas aquele caiu nas mãos do Deus vivo de forma horrenda (Hb 10:31) pelo seu coração faccioso. Cair nas mãos de Deus, contrariamente a essa última posição, sendo um homem segundo o coração de Deus (II Sm 24:14) denota a diferença entre os que o servem e os que não o servem (Ml 3:18). O mesmo se aplica àquele que pratica o mal; Deus assim o adverte:

“Você não devia ter olhado com satisfação o dia

da desgraça de seu irmão; [...] não devia ter falado com arrogância no dia da sua aflição. [...] nem devia ter ficado alegre com o sofrimento dele no dia da sua ruína; nem ter roubado a riqueza dele [...] Como você fez, assim lhe será feito. A maldade que você praticou recairá sobre você” (Ob 12-15).

O indivíduo que se satisfaz com a desgraça alheia,

seja seu familiar ou não, costuma encher a boca de vaidades


ao se julgar melhor pelo que possui em vista do que o outro não possui. Como se isso não bastasse, ele ainda maquina planos de como tirar os direitos ou pertences do outro, de modo que perca o que pelo menos tem de seu, a fim de deixálo completamente sem nada, totalmente arruinado, ferrado, e isso perniciosamente ♫parasuuualegria, parasuuualegria♫! Mas Deus tudo vê, e, por mais que pareça que ele não está agindo, por mais que pareça que o mal vai prevalecer, ele está contínua e silenciosamente em ação contra o mal, pelejando pelos que nele confiam e esperam em silêncio à guisa de seu exemplo. Se alguém sofre o dano calado, entregando a Deus sua dor, pedindo que o capacite para sair do problema sem intencionar fazer nada contra quem o prejudicou, Deus vai agir em seu favor e lhe fará justiça. Deus jamais abandona um filho seu. A verdade é que o tempo de Deus é preciso e precioso porquanto empregado para gerar aprendizado tanto para o justo quanto para o perverso ainda que esse último

“nem por isso aprende a justiça [...] e não atenta para a majestade do Senhor” (Is 26:10)

e por isso responderá

segundo a justiça divina. Todavia, o ofensor recebe de Deus a oportunidade de reconhecer seu erro e de se corrigir, mas ele tem livre arbítrio para decidir o que fazer. Optar por permanecer como está equivale a não se arrepender pelos seus feitos errôneos e nocivos contra alguém. Se não há


arrependimento, não sente necessidade de pedir perdão a Deus nem ao ofendido o qual ora deve cuidar para não incorrer em erro por pensamentos, palavras e até mesmo ações para que não se ponha em pé de igualdade com o ofensor, pois que diferença há entre um e outro se um pensa mal e o outro age mal e vice-versa? Para Deus não há diferença entre pensar e agir; só de pensar já pecou, e se pecou, perdeu a razão, pelo que também precisa se arrepender. A frase célebre de James Payn virou um ditado corriqueiro e sarcástico em muitas bocas:

“A vingança é um prato

que se pode comer frio” ou “A vingança é um prato que se come frio” (forma mais usual). Isso faz lembrar um prato saboroso, a sopa fria coreana Milmyeon. Estranho, né? Você consegue se imaginar comendo uma sopa fria? Pois é, mas é um prato único daquela região. Delicie-se com a foto, acaricie seu estômago com essa visão deslumbrante e apetitosa! Esse prato frio deve mesmo estimulá-lo a se alimentar dele, pois ele é caracteristicamente frio. No entanto, deixar um prato quente esfriar? Ai, que falta de criatividade! Imagine uma sopa de entulho fria: Ahh! Nada a ver!


No calor das emoções, no auge do furor, no clímax da contenda, pensando friamente, a pessoa prefere não se precipitar: “Não tem nada, não. Deixe estar. Ele vai ver só, o que vou fazer. Na hora certa, ele vai saber. Vou preparar-lhe uma linda emboscada”. Isso não é legal, assim como a sopa de entulho fria não cai bem. O bom é comer essa sopa ainda bem quentinha, da mesma forma que não se deve planejar o mal de ninguém para ocasiões futuras; aliás, para ocasião alguma. A aplicação prática do ditado implica em o vingador deixar o tempo passar, deixar os ânimos esfriarem para quando for atacar, o adversário não ter como se defender porque já nem lembra do ocorrido. Tranquilo, sossegado, com os ânimos não exaltados, como cobra que de sobressalto friamente dá o bote quando o outro menos espera, ele vai lá e se vinga com veneno mortífero porque vai matar algo do outro, se não o matar literalmente. O fim depende da índole de quem utiliza os meios. Uma pessoa que se vinga é tão má ou tão pior quanto a que a prejudicou, independente do resultado. Essa linha de raciocínio deve ser transformada. Na verdade, o ditado nem deveria existir, mas “o que não tem remédio...” Pelo menos não deveria ser pronunciado por ninguém devido às suas raízes malignas. Mas, não há sentimentos irremediáveis para Jesus, pois

ele tudo

transforma. Para isso, é preciso convidá-lo a fazer morada em nossos corações. Assim será possível modificar a conotação


do ditado, aprendendo a deixar o tempo passar e os ânimos esfriarem, o que naturalmente causará o enfraquecimento da ira da qual a pessoa deve buscar livrar-se definitivamente. Jamais buscar o revide porque envolve uma ofensa ainda maior do que a cometida pelo ofensor, mas buscar ser renovado pelo Espírito Santo num tempo de sossego e se tornar pronto para perdoar e assim estar em paz. Isso é o que deve ser feito. A receita culinária para uma “Sopa non caliente de venganza” – o nome é para deixá-la mais apetitosa para os seus adoradores – requer ingredientes nada saudáveis para o coração,

pois

não

possui

os

nutrientes

apropriados,

transformando-o numa bomba de sentido reverso: Sopa non caliente de venganza INGREDIENTES 1 tonelada de ódio ½ tonelada de perversidade 1000 litros de mágoa 200 quilos de amargura 500 pacotes de mentira 20 colheres de sopa de falsidade 10 vidros de morte Veneno a gosto MODO DE FAZER Num ambiente inóspito, coloque a falsidade em primeiro plano. Acrescente o ódio com a perversidade e deixe aquecer os ânimos. Junte a mágoa com a amargura até formar um sentimento denso de dor e angústia. Adicione o veneno


aos poucos, alternando com a mentira. Continue mexendo para não perder a consistência do mal. Abafe o caso para ninguém saber dos seus maus intentos, a fim de evitar bons conselhos. Despeje tudo em uma mente fria lambuzada de morte. Leve à geladeira. Sirva fria. Pronto! A degustação da destruição da vida do próximo é a derrota do degustador. Os pratos tipicamente frios são saborosos, mas um prato que deve ser comido quente perde o sabor se for comido frio; perde a graça. A vingança não tem graça. A graça de Deus não habita em corações vingativos. Então, quem habita neles? Os maus sentimentos têm o poder de causar a morte dos bons sentimentos e das boas ações. A vingança por si só abarca todo tipo de sentimento negativo justamente para não dar o mínimo espaço para a manifestação de arrependimento. Por ser revestida de fontes malignas, não é boa e não faz bem a ninguém. O bom é que a pessoa se afaste de toda forma de mal (I Ts 5:22) para que não se exponha a situações de risco como faz o insensato ao crer que sua raiva lhe oferece segurança (Pv 14:16), sendo dirigido por ela sem se dar conta de que é péssima conselheira porque só induz ao erro baseada numa mente que mente, destituída de racionalidade, impedindo-o de perceber que o ódio que engorda em seu coração é uma arma voltada para o seu próprio peito, enquanto aquele de quem pretende se vingar não está nem aí pra hora do Brasil! Está pouco se lixando para


os seus sentimentos ou sofrimentos. E quem sofre, afinal de contas? A pessoa que deseja vingança planeja esquemas para alcançar seu objetivo mesquinho e traça os caminhos que deverá trilhar, mas se ela conhecesse antes os caminhos de Deus, não proporia tal infâmia em seu coração e mente.

Deus transforma as pegadas dele em caminhos para nós passarmos. Se desviarmos desse caminho, poderemos nos perder, poderemos perder tempo, poderemos encarar perigos, poderemos não chegar aonde desejamos ou chegar aonde não desejamos. Os caminhos de Deus são abertos pelos passos dele; ele passa primeiro para liberar tudo para nós. Se ele abriu o caminho, basta confiar que tudo dará certo. Mas quando queremos fazer as coisas do nosso jeito, sem a direção de Deus, por impulso ou por instinto, o resultado não é satisfatório.

“Os meus pensamentos não são os vossos

pensamentos, nem os vossos caminhos são os meus


caminhos, diz Jeová. Assim como os céus são mais altos do que a terra, assim os meus caminhos são mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos do que os vossos pensamentos” (Is 55:8,9). Andar nos caminhos de Deus não é tarefa fácil porque muitas vezes não está de acordo com o que queremos fazer, sendo que desconhecemos o fato de que a nossa vontade nem sempre é perfeita, principalmente quando se trata de emoções. Somos pessoas dotadas de sentimentos imperfeitos que nos levam a agir de maneira egoísta, pensando somente nos nossos próprios interesses, sem ter a preocupação de analisar o sentimento do outro, ou de como ele vai se sentir mediante nossas decisões, atitudes e comportamentos. Se alguém me magoa, vou responder à altura de modo a magoá-lo também. Por que não calar nessa hora e refletir sobre o porquê daquela pessoa nos ter ferido? Todas as pessoas têm uma razão para estarem felizes ou sofrendo. Tudo tem uma razão de ser. Analisar as ações dos outros também não é nada cômodo, afinal “Deus é por todos e cada um é por si – essa é a lei da humanidade. Então, para que me preocupar com os sentimentos alheios? Isso não é problema meu. Ele que se trate com Deus. Comigo é assim, bateu, levou”. Muitas vezes temos respostas afiadas para dar, mas é preferível calar a ofender alguém mesmo que ele tenha nos ferido, justamente para que não venhamos a


incorrer no mesmo erro. Esse é um caminho árduo, mas é o melhor caminho. Deus sabe de todas as coisas e sabe o momento exato em que as coisas vão acontecer, e se esse é o momento de corrigir aquele erro que cometeram contra nós, ele garante que nos capacitará para falar aquilo que realmente convém; ele nos dará boca e sabedoria de modo que nenhum dos nossos adversários poderá resistir nem contradizer” (Lc 21:15). Se Deus está no negócio, o saldo será positivo. Deus não se importa em que as pessoas se sacrifiquem a ele com práticas legalistas; ele não aceita esse tipo de sacrifício, mas recebe com todo amor os atos de misericórdia que se praticam em favor dos outros, mesmo quando são os nossos ofensores, mesmo não, principalmente, pois é muito fácil amar quem nos ama, mas amar alguém que nos magoou, que nos pisou, que nos caluniou, que nos ultrajou,

“Amai a vossos inimigos,

bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem”, não é tão fácil assim. De nada adianta oferecer jejuns e orações a Deus se não quisermos praticar o principal que é a obediência ao seu mandamento de amor, pois biblicamente entendemos que

(I Sm 15:22).

“o obedecer é melhor do que o sacrificar”


Imagine um cavalo e um inseto rondando-o. O que o cavalo faz? Simplesmente ele ignora o inseto, não permitindo que o perturbe, que o faça parar de comer, que o faça interromper o seu descanso.

Ele

se

sacode, abana a cabeça e continua fazendo o que está fazendo. O inseto não consegue detê-lo, por mais que insista. Esse é um bom exemplo para o homem seguir: aprender a se valorizar diante dos que pretendem humilhá-lo, incomodá-lo, persegui-lo, pois os que agem assim são como miniaturas de homens incapazes de comportar sentimentos grandes devido à sua pequenez, homens de baixa estatura espiritual e emocional. O bom homem não é igual a esse e não age como ele. A tendência natural é o mau homem se cansar de suas investidas malsucedidas e começar a se perguntar por que não consegue atingir seu alvo. Agora é a vez dele de se sentir incomodado, brasas de fogo começam a se amontoar sobre a sua cabeça (Rm 12:20,21) e ele já não entende mais nada, começa a fazer perguntas às outras pessoas sobre sua vítima para saber o que está acontecendo, por que ela não reage, até quando vai ficar imune às suas investidas malignas, insensível à sua voz difamadora.


Deus está trabalhando nas mentes de ambas as faces do ato de vingança. Parece que esse ato implica em alguém querer que o outro se torne igual a ele ou que vivencie as mesmas experiências dolorosas para sentir na pele o que ele sofreu ou que aprenda a nunca mais repetir o mesmo mal. Qualquer que seja a motivação da vingança, ela sempre atua como invasora porque invade a vida alheia ao violar sua agenda existencial já que o objeto da vingança nunca faz parte do programa de ninguém de modo que seja pego de surpresa sem capacidade de defesa imediata que o livre de mal futuro. O vingador não considera a ofensa resolvida enquanto não abalar a vida de seu causador através da destruição de suas conquistas, de seus sonhos, de seus planos de felicidade. Quem é o vingador? É aquele que sofreu um dano e teve a ordem natural de sua vida alterada. Quem é o vingador depois disso? É aquele que se iguala a seu ofensor, perdendo os direitos da sua inocência. Na verdade, ele poderia fazer toda a diferença se soubesse que a justiça de Deus se cumpre na vingança. Desse modo, não sujaria suas mãos e mente e coração; estaria puro diante de Deus, podendo contar com seu auxílio. Nessa hora, Deus lhe ensinaria algo que muito provavelmente não passaria pela sua mente: o perdão em vez da vingança – os dois lados de uma mesma moeda.


Perdão conduz à Liberdade e Vingança conduz à Escravidão. Urge que todo ser humano aprenda a prática do perdão porque é um ato que liberta almas presas a ressentimentos que todos os dias retiram as casquinhas das feridas a cada lembrança e isso corrói os bons sentimentos, minando as boas ações. O perdão é um santo remédio para a cura de todos os males provocados por quaisquer ofensores. Entretanto é inegável a complexidade em praticá-lo, tanto para pedir quanto para oferecer. Quanto a isso, Deus dará instrução sobre como agir, bastando que nos coloquemos à disposição da vontade divina, esquecendo a nossa. Mesmo sabendo que devemos perdoar, pode acontecer o caso de Deus dizer que essa ainda não é a hora de se expor diante daquele que já perdoamos. Por que “se expor”? Justamente porque nós já estamos preparados por Deus, mas a pessoa não. Ela não está preparada nem para pedir perdão nem para perdoar. Deus trabalha na nossa vida e na vida dos outros, precisamos lembrar sempre disso. Às vezes, uma pessoa se sente na obrigação de pedir perdão a alguém não por qualquer mal que tenha praticado; na verdade, ela nem praticou mal algum, mas o fato de ter sido ofendida causou um grande estrago em seu coração com relação a seu ofensor


de modo que ela agora sente raiva dele e esse sentimento a revolta porque não admite isso em seu coração, passando a desejar transformá-lo, ou melhor, extirpá-lo. O desejo dela é dirigir-se àquela pessoa que lhe fez mal e lhe pedir perdão pela raiva que passou a sentir contra ela como forma de se limpar daquele sentimento negativo, mas seu ofensor não está pronto ainda para receber esse tipo de tratamento, e em seu pensamento não entenderia seu pedido de perdão apenas pela raiva, mas como se estivesse assumindo alguma culpa, e isso o colocaria em posição de vantagem – que não existe, ensoberbecendo-se e consequentemente piorando a sua situação, pois além de se tornar incapacitado para reconhecer suas falhas, passa ainda a acreditar que não tem falhas e, portanto, não cometeu nenhum erro pelo que não tem a mínima obrigação ou necessidade de pedir perdão. Diante disso, o ofendido erra por atrapalhar o crescimento e amadurecimento moral do ofensor. Na hora de pedir perdão ou oferecer perdão deve-se pedir a direção de Deus para não errar contra si e contra o próximo. Não temos o discernimento necessário para conhecer os estados de espírito de uma pessoa nem os nossos. A verdade é: Precisamos de Deus para nos direcionar, em tudo! Deus sabe de todas as coisas. Não cansemos de repetir essa frase, pois é verdadeira e eterna. É difícil esperar pela ordem de Deus para fazermos algo que em nossa mente e coração já está resolvido, como:


“eu já perdoei e agora quero me reconciliar com fulano”, mas Deus dá a ordem de esperar pelo momento certo da reconciliação e ainda instrui sobre como proceder – é o tempo e a sabedoria de Deus e não o nosso tempo e a nossa vã sabedoria – quando a outra parte também já estará pronta para reconhecer todo o mal que causou ao ofendido e a necessidade de lhe pedir perdão. Essa atitude refletirá a mudança e a maturidade moral do ofensor. Agora ele também está curado, e isso é muito bom. As pessoas do nosso meio sempre dão opiniões a respeito dos nossos

problemas,

tentam

nos

induzir a precipitar ações, querem nos ensinar sobre como agir, o que fazer, o que dizer, e nos dão aulas de sabedoria como se fossem deuses cheios de perfeição, mas eles também não têm o discernimento necessário para julgar, compreender e resolver carências. Pode-se ouvir o que eles têm a dizer: são amigos querendo compartilhar situações, são conversações que fazem parte do nosso viver – difícil desvencilhar-se disso –, mas o que dizem nessa hora não deve ser levado tão à risca, devendo-se ponderar cada palavra considerando seu efeito prático. Muito costumeiro é um familiar ou um amigo considerar favorável um evento como reunião em família,


festa, encontro com amigos ou uma data específica, de preferência as mais marcantes, para tentar aproximar pessoas cujas relações estão cortadas, ocasionando conversas ou motivos diversos que propiciem seu intuito. Na verdade, a iniciativa da aproximação deve partir dos reais interessados como fazer uma visita ou telefonar para marcar um encontro com o propósito único de um procurar o outro pela razão específica que ambos conhecem e não por condicionamento social ou temporal. Sendo assim, não agirão por impulso nem por pressão ou constrangimento; não farão nada além do que sua consciência mandar ou do que Deus direcionar, no caso de pelo menos uma das pessoas basear sua vida em princípios cristãos. Se alguém está sofrendo por arrependimento pelas ofensas (infundadas) cometidas contra alguém e nasce em seu coração o desejo de corrigi-las através de um pedido de perdão, mas não sabe como agir, precisa reconhecer que depende da sabedoria divina e não de sabedoria humana, pois se essa fosse capaz de prover soluções sem margem de erro, a própria pessoa se bastaria, não precisando de conselhos alheios. Se o Senhor por seus métodos causou o entendimento de que uma dessas pessoas em tempo oportuno agiria em favor da reconciliação mediante pedido e aceitação de perdão, ele vai providenciar o lugar e o momento perfeitos para a realização efetiva de seu plano de paz. Será que você, crente


em Deus, reconhece a voz dele e a ela obedece quando diz “Aguarde” ou “Vai que a hora é essa”? A restauração dos relacionamentos gera nas pessoas o desejo de dar continuidade a uma convivência pacífica a partir da qual uma aprende a respeitar o limite da outra. Diz um provérbio popular: “Meu direito termina onde começa o do outro” ou “O meu direito começa onde o seu termina” ou “Seu direito termina onde o meu começa”. A última opção parece melhor porque se o direito de alguém tem de terminar, que não seja o meu! rsrsrs Não importa a construção; a frase possui um fim. Em que casos se aplica? Toda pessoa tem o direito de agir até onde não prejudique ninguém. Expressões de opiniões e pensamentos que refletem o direito de liberdade do indivíduo desde que não transgridam o direito do outro, não configuram ofensa à parte alheia. Não se pode querer ou exigir que uma pessoa pense como a outra, pois cada uma tem um modo peculiar de raciocinar, compreender, ver, interpretar, sentir Com que frequência é praticada? O que prevalece nas relações humanas: o altruísmo ou o egoísmo? A verdade é que o fator preponderante é o sentimento muitas vezes instintivo que a pessoa manifesta como reação a um estímulo recebido. O direito de uma pessoa não se extingue em face do direito de outrem, mas todos devem ser justos para com o direito alheio


de modo que nem um nem outro seja prejudicado. Isso implica respeito em que o meu direito de desejar algo ou de agir se estende até o ponto em que o outro possa aceitar minhas vontades e ações. Essa atitude vai além do que os pensadores entendem por “ações de reciprocidade” que se mantêm apenas no nível da licitude e da eticidade com vistas à manutenção das normas sociais, mas é a “Regra áurea” originária de Jesus –

“Assim, em tudo, façam aos outros o

que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7:12) – que se ocupa com o procedimento do homem em que o amor ao próximo é uma exigência no sentido da busca pelo próprio bem, negativando a paga do mal com o mal e incentivando o fazer o bem a todos indistintamente. É a leve e livre lei do amor, simples de ser praticada, e não baseada numa caridade egoísta porque interesseira em dar com o intuito de receber. As pessoas têm direitos, mas também têm deveres. Da mesma forma que eu não quero ser prejudicado em nada, devo também me empenhar em não prejudicar ninguém em nada, ou seja, não fazer a outrem aquilo que não quero que me façam. Essa é uma obrigação positiva que surge após a manifestação da bondade de Deus: da mesma forma que Deus é bom para nós nos dando perdão, amor, cuidado, não permitindo que o mal nos corrompa apesar de alguns infortúnios, e se sempre


desejamos receber coisas boas de Deus e ele voluntariamente nos dá o que pedimos, devemos seguir seu exemplo para com aqueles que nos cercam. A relação do homem com Deus é a base da sua relação com o próximo.

Uma pausa para o amor: ♥Ainda

que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba♥ (I Co 13:1-8). Numa relação em que o outro, amigo ou inimigo, já me causou um mal – aquilo que eu não gostaria que ele me fizesse, mas fez – só me resta uma coisa a fazer em conformidade com o princípio do amor ao próximo: orar por ele. Quando oro por alguém que me causou algum mal,


naturalmente me purifico do mal assim como ele pode ser purificado. Um dia, um pastor pregou sobre “orar pelo inimigo e amá-lo”. Desejando conhecer o entendimento de outra pessoa acerca do que seria orar pelo inimigo, minha amiga Valéria me respondeu: “Orar pelo inimigo significa orar para que Deus faça justiça na vida das pessoas que te fizeram mal a fim de que elas reconheçam a injustiça que lhe fizeram, que erraram contra você, que te fizeram mal e que devem se arrepender te pedindo perdão”. Então, orei ao Senhor mantendo aquele propósito em mente de modo que elas pudessem ser curadas de seu próprio mal; caso contrário, morreriam em seus delitos e pecados sem nem saber o porquê. Depois de orar a Deus, abri uma carta do meu irmão Mauro que confirmava o entendimento que Deus já tinha me dado, antes mesmo de ouvir a pregação e a explicação da minha amiga. Em meu coração, já havia sentido de Deus para agir daquela maneira porque era assim que ele me fazia sentir, pois a única coisa que eu pedia a Deus, mesmo não sendo em oração, mas já entranhado em meu espírito, era que elas reconhecessem seu erro e me pedissem perdão, não por vaidade minha, mas pelo fato de que já tinham errado outras vezes anteriormente e nunca mostraram uma ponta sequer de arrependimento, nem mesmo pediram perdão vez alguma.


Tratava-se de um caso que poderia ter sido levado à justiça para forçar uma correção moral, mas preferi não fazêlo a fim de não causar prejuízo a ninguém, consciente de que a justiça divina operaria aquela obra de maneira eficaz no seu tempo determinado como nenhum homem poderia fazer. Logo, eu já havia entendido o que era o meu desejo e como eu deveria orar por elas, mas não sabia que isso significava “orar pelo inimigo”. Às vezes, algumas pessoas nos fazem crer que são nossas amigas e que nos amam, quando, na verdade, estão agindo com falsidade e falando mentira em cima de mentira. Descobri, então, que é assim que se ora pelo inimigo: com a esperança de que ele nos peça perdão pelo mal que nos causou e assim se torne limpo de seu próprio mal. Quem não gosta quando alguém reconhece que errou contra nós, e, ainda, nos pede perdão? Claro que isso leva à paz! A resposta a esse gesto deve ser perdoar. Vida pacífica e verdadeira, enfim! A oração é, portanto, bilateral porque sacia o meu desejo de justiça e pode limpar o coração do injusto. Esta frase é de autoria desconhecida: “Nunca guarde nada à espera de uma ocasião especial; cada dia que vivemos é uma ocasião especial!”, mas é bastante pertinente. Então... Aproveite o dia!


arpe diem!

“Carpe diem quam minimum credula postero”. (“Aproveite o dia de hoje porque o amanhã é incerto”.)

“Carpe diem”, uma expressão-conselho que se tornou célebre e ao mesmo tempo corriqueira nos lábios do mundo e nas estampas da sociedade. Parece mesmo que Horacio não queria persuadir somente Leuconoe, mas toda a humanidade a carpediemar, a aproveitar o dia de hoje sem se inquietar com o dia de amanhã. E Jesus disse:

“Não vos inquieteis, pois,

pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mt 6:34).

Dá a

impressão que ambos compartilhavam da mesma ideia. A frase do poeta incita a desfrutar hoje de todos os prazeres possíveis por saber de antemão que tudo vai desaparecer um dia. E Deus diz: “Levantai

os vossos olhos

para os céus, e olhai para a terra em baixo, porque os céus


desaparecerão como a fumaça, e a terra se envelhecerá como

roupa,

e

os

seus

moradores

morrerão

semelhantemente; porém a minha salvação durará para sempre, e a minha justiça não será abolida” (Is 51:6). Com um toque de hedonismo ascético, o poeta dá a entender que o prazer pode se converter em virtude quando os desejos mundanos atuam como veículos para a iluminação, transmitindo uma aparência de santidade porque visam à conservação e desenvolvimento do espírito em meio à serenidade. Esses desejos são reduzidos quando se adquire o prazer, sua realização final que isenta de dores e de perturbações. Tudo muito contraditório porque o “bem supremo do prazer” como virtude valoriza os ganhos corporais ou materiais em detrimento dos ganhos espirituais, e quanto à sua suposta racionalidade permite que as emoções fluam livremente sem nenhuma restrição a fim de evitar qualquer desprazer. Como identificar o bem com o prazer e como discipliná-lo dentro dessa ótica? Não descarta a prudência, mas quem lembra de prudência na hora do prazer imediato? Essa teoria é furada. A poesia, por sua vez, é sempre melódica e agrada a alma: “Hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos, mesmo sem se sentir e não há tempo que volte amor, vamos viver tudo que há pra viver. Vamos nos


permitir” já que a morte é certa e o porvir é incerto e, antes que tudo acabe, vamos gozar das alegrias da vida, viver os prazeres que o mundo oferece como um mimo especial. Tudo muito lindo e prazeroso! ♫Toda vez que o amor disser "vem comigo" Vai sem medo de se arrepender Você deve acreditar no que é lindo Pode ir fundo, isso que é viver♫ Qual amor convida: o amor de namorados, de noivos, de marido e mulher ou de amantes? A instrução pode ser a mesma para qualquer desses relacionamentos – “Vai sem medo de se arrepender, pode ir fundo, isso é que é viver”? Em todos, há um sentimento de amor recíproco. Homem e mulher se envolvendo, se desejando, se tocando, se acariciando, se beijando, fazendo amor, sentindo prazer... Nessa relação de intimidade, não há espaço para uma terceira pessoa; os dois se bastam. É o amor Eros que se caracteriza por seu romantismo, erotismo, sua sensualidade. O casal de amantes, por exemplo, não pensa em outra coisa senão em si, em se preencher e se esvaziar. Não pensa em ninguém em seu momento de amor: não pensa na esposa que está em casa cheia de amor para dar, com aquele jantarzinho que ele supergosta; não pensa no esposo que está trabalhando duro para aumentar os ganhos com o objetivo de comprarem aquela casa de veraneio, aquele


carro zero, a viagem dos sonhos. “Toda vez que o amor convidar vá sem medo de se dar mal, sem medo do marido, da mulher, da sociedade, da família, da igreja, descobrirem; sem medo de se arrepender por estar semeando a infelicidade de alguém que você deixou em casa te esperando ou que está chegando a casa com um presente para você. Acredite, o amor é lindo! Vai fundo; isso é que é viver a vida, aproveitar o dia. Não questione, senão você não vai. Vai! Vai!”. Você concorda com esses conselhos? Como você define esse amor? Onde está o amor em tudo isso? Onde o amor começa e onde termina? O que é o amor, afinal de contas? É pensar no outro ou pensar em si? Ou é não pensar? É, o amor é não pensar, mas pensar! Não se aceita convite sem analisar a procedência. Deus não proíbe os prazeres na vida: “Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo” (Ec 11:9), desde que não contradigam seus preceitos. Essa liberação por Deus não isenta ninguém da responsabilidade pelos seus atos de modo que todos, mais dia menos dia, pagam por suas obras boas ou más.


Exatamente nesse ponto está a grande diferença entre hedonismo e gozo cristão em que o primeiro se resume no prazer pelo prazer livre de dores e o segundo prioriza a confiança

inabalável

em

Deus

independente

das

circunstâncias. Utópico imaginar que alguém possa viver livre de dores. Sofrimento e felicidade fazem parte da vida e um comportamento hedonista não pode livrar do sofrimento. Crer no contrário é ilusão. Deus não é ilusão, mas realidade. Quando Jesus (Mt 6: 25-34) diz para não andarmos ansiosos quanto ao futuro e nos aconselha a viver um dia de cada vez, não significa que ele esteja enaltecendo a negligência, mas esclarecendo que não faz sentido querer cuidar de problemas que ainda nem aconteceram. Isso é aproveitar o dia, o dia de hoje, sem nos preocuparmos com o dia de amanhã porque não há condições de tratar de algo que não existe.

Nesse

momento, Jesus instala a prioridade do presente em relação ao passado e ao futuro. Quando uma pessoa não consegue se desvencilhar do passado ou baseia seu viver num futuro incerto, ela deixa de viver o presente no qual pode experimentar coisas concretas. Aquele que incita a pessoa a viver contrariamente a esse ensinamento está declarando abertamente que quer vê-la estagnada e, portanto, sem êxito na vida, pois está impossibilitada de produzir qualquer coisa no presente. O próprio Senhor Jesus nos ensina a não viver no passado nem no futuro, mas no presente, e ele é o presente, o


hoje, o amanhecer, a vida; aliás, um presente para as nossas vidas. O passado aprisiona, o futuro aprisiona, não deixam a pessoa livre, mas acorrentadas sem nada poder fazer, quando no presente está a solução, pois o ontem já teve os seus cuidados e o amanhã cuidará de si mesmo (Mt 6:34). Não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje, não postergar afazeres que podem trazer bênçãos e beneficiar pessoas tanto quanto a si próprio. Isso é aproveitar o dia. O homem não deve invalidar seu caráter em decorrência de prazeres e necessidades, nem se deixar levar por isso. Músicas, poesias, filosofias, tudo estimula a realização do prazer, pois trazem boas lembranças que querem ser repetidas, bons pensamentos que estimulam à produção, boas ideias que representam uma visão de mundo. Não obstante, essas boas manifestações podem camuflar a realidade quando já não cabem mais devido a tantas circunstâncias impeditivas e se forçar a barra acabam causando sérios problemas, como se entristecer por algo que não tem mais solução, e isso arrasa a pessoa a ponto de se esfriar em seus propósitos ou impulsionar a fazer algo tido por oportuno mas que desvia do rumo certo ocasionando maus resultados ou plantar ideologias que exibem uma falsa aparência porque escondem suas reais tendências quanto à alienação mental de alguém através de uma linguagem que mascara a verdade. Tudo é vaidade e tudo passa, mas o ser


digno fica marcado para sempre na história de cada pessoa, e cada uma tem a missão de zelar por esse bem. Tudo é vaidade e tudo passa, mas a salvação do Senhor durará para sempre. “Aproveitar o dia” não no sentido de colocar o prazer à frente do amor a Deus e do amor ao próximo, fazer tudo o que se tem direito, meter as caras sem medir as consequências, sem pensar nos outros; passar por cima de tudo e de todos para conseguir o que deseja, sair atropelando todo o mundo num hedonismo inescrupuloso, o prazer pelo prazer inconsequente. Ninguém é uma ilha, ninguém vive isolado. Todo o mundo vive em família, em sociedade, uns dependendo dos outros direta ou indiretamente, mesmo quando dizem: “Sou eu quem paga as minhas contas. Ninguém tem nada a ver com isso!”. Tem sim. Nossos feitos não podem ser motivo de prejuízo a ninguém; portanto, precisamos fazer coisas que deixem marcas positivas para que por elas sejamos lembrados como exemplo de vida. Precisamos aprender a viver não o hoje pelo hoje simplesmente, mas o hoje por toda uma posteridade pela eternidade. Isso é aproveitar o dia. Minha vida não é só minha. O que faço com ela pode prejudicar muitas vidas. Isso não significa que devo viver em função dos outros, nem deixar de fazer o que gosto para agradar os outros, mas viver de tal modo que eu seja feliz e possa levar felicidade aos


outros. Então se esse caminho que busco não é bom para o outro, mas é bom para mim, preciso avaliar seu resultado prático possível e sendo negativo devo buscar algo que possa me realizar sem causar dano a quem quer que seja.

“Aproveitar o dia” significa tomar posse do bem que o presente oferece, aproveitar enquanto é tempo para fazer coisas boas e certas, para fazer o bem sem ver a quem, para buscar a Deus enquanto se pode achar (Is 55:6). Não há desculpas para não encontrar Deus: “Ah, eu, hein, eu não vou buscar Deus só por interesse de conseguir alguma coisa”. Mas Deus nos exorta a procurá-lo em qualquer circunstância


porque ninguém pode socorrer, livrar e salvar como ele. Uma pessoa que age dessa maneira está manifestando um pensamento negativo porque quer mostrar uma falsa virtude, como que querendo dizer-se desinteresseira. Só que esse tipo de atitude para Deus não vale de nada. E a pessoa só tem a perder porque, de que adianta parecer virtuosa aos olhos do homem e vaidosa aos olhos de Deus? Em outras palavras, querer aparecer? Isso é pecado com que não se aproveita o dia.

É

importante

compreender

que

a

"alegria do

Senhor" encontrada na vida cristã é diferente da alegria dos prazeres oferecidos pelo mundo ou tão procurados nele. Aproveite enquanto é tempo, antes que chegue a noite e tenha de usar luz artificial. A sombra já está tomando lugar, cobrindo o que era claro, e começa a apertar o escuro. Daqui a pouco vai anoitecer. Escurece rápido, muito rápido. Quando a noite chega, já não dá para fazer muitas coisas.

“A noite se

aproxima, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9:4). Junto com ela chega o cansaço, o sono, a falta de iniciativa, e a bateria começa a piscar pedindo energia que a recarregue. É hora de dormir. E o que foi feito durante o dia? Apesar de todo o seu romantismo, o luar não tem força para penetrar espaços em crise na casa da alma; apresenta-se lindo, mas sua luz natural só ilumina do lado de fora. Pelo menos há uma claridade, mesmo que tênue, capaz de inspirar a esperança de um novo dia, de um recomeço.


Como recomeรงar? Agradecendo ao Pai das luzes (Tg 1:17) pelo dom da vida e pedindo sabedoria para empregar OS MEIOS NECESSร RIOS

que capacitam a aproveitar o dia.


SINTÔMETRO A POSTOS – O MEDIDOR DO QUE EU SINTO!

É, eu já tinha visto isso na internet, mas ainda não com a minha família...de fato, isso acontece...rsrsrs #ninho e gleo ao cel O vazio está cheio do nada e o nada está cheio de

vazio numa egolatria insaciável. “Eu no meu mundo”, “Eu no meu eu”, “Eu no meu espaço”, “Eu, sempre eu, nada mais do que eu”, “Eu, eu, eu”, “Só dá eu”, “Eu sou mais eu”, “Eu sou o cara”, “Esse cara sou eu”, “Eu to no meio de DeuS”. É, meu amigo, pena que desse jeito você não esteja no centro da vontade de Deus, pois não enxerga nada além de si mesmo. ♫ É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã porque, se você parar para pensar, na verdade não há ♫


Na verdade, não há amanhã; pelo menos hoje, não há. Amanhã, pode ser que não haja amanhã. Aproveite o dia de hoje para amar porque o hoje existe, mas o amanhã ninguém sabe se existirá.

“Vocês nem sabem o que lhes acontecerá

amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa” (Tg 4:14). É preciso amar: dar amor e receber amor.

Vamos nos tocar mais, pôr o sintômetro em alerta, aproveitar os bons momentos, aproveitar a presença de gente boa e dar altas gargalhadas, relembrar tempos idos que não voltam mais, fazer coisas que no futuro façam a gente ser lembrado

de

maneira

positiva,

deixar

boas

marcas,

transformar o virtual em real, dar um touch vivo e não digital – abraçar, dar tapinha no ombro, bagunçar o cabelo, apertar as mãos, apertar o nariz –, fazer valer cada sacrifício, olhar em volta e perceber carências, chegar junto e dar o ombro, alugar as orelhas com desconto de desabafo, encostar as costas e


comentar a leitura, brincar de roda mesmo que seja grande, alisar a barriga e sentir o chute da vida, bater quadris numa dança pueril, colocar aspas dentro de aspas para incrementar o bate-papo, beijar com gosto de quero mais... Dar amor e receber amor não se faz apenas com gestos ou palavras, mas também com atitudes. Dar amor e receber amor implica ABANDONAR sentimentos contrários ao amor.

INGRATIDÃO O que leva uma pessoa a ser ingrata? O que EU posso fazer para que ela se torne uma pessoa grata? Aqui entra o “eu”, não o EU SOLITÁRIO que vive imerso num mundo touch para ele e untouch para os outros, mas o EU SOLIDÁRIO

que se importa com todos à sua volta na tentativa

de ajudar no que for preciso ou possível.


Ninguém gosta de admitir que se incomoda quando alguém deixa de lhe agradecer por alguma coisa, mas por dentro fica muito chateado: “Poxa vida, eu fiz isso para fulano e ele nem me agradeceu”. A pessoa nem tem coragem de dizer para ninguém que ficou assim tão chateada. Mas ficou. A gente se empenha tanto, dá o nosso melhor, mesmo em circunstâncias

adversas,

enfrentando

obstáculos

e

os

transpondo para não deixar de oferecer o que quer que seja, um presente, um lanche, uma rosa, uma carona, o ombro, uma palavra, a fim de agradar o outro quem quer que seja, o irmão, o amigo, a esposa, o marido, o filho, a nora, o sogro, até o cachorro...rsrsrs – é, porque toda vez que a gente dá um pedacinho de carne (osso não, gente, pois faz mal para o intestino dele) ao cachorrinho de estimação que tanto nos ama, ele retribui com um: “rrraaaammm” ou foge a qualquer aproximação com medo da gente tirar a carninha dele, não é assim? Bom, voltando ao assunto, a pessoa que recebe o favor normalmente não atenta para o fato de que fizemos um grande esforço para lhe agradar. Ela não quer saber dos meios que empregamos para chegarmos àquele fim. Ela só quer a coisa, só visa ao seu objeto de desejo. Se esse objeto não chegar da forma como ela pretendia, transforma-se em objeto de insatisfação, motivo de caos. Agradecimento? Nem pensar! Agradecer pelo quê? Por um troço que deu errado, que saiu contra a sua vontade? Aquilo que deveria agradar gera


aborrecimento em vez de agradecimento e se instaura um clima de discórdia. A grosseria de quem se presumia favorecido é a única resposta a um gesto de carinho. Ai, que tristeza profunda, que amargura, que decepção! Há pessoas que são ingratas por natureza, mas Deus pode transformar corações. Não foi por acaso que a pessoa retribuiu com ingratidão a um ato de favor feito com esmero. Há um propósito nisso, principalmente, se quem sofre a dor da ingratidão é uma pessoa crente em Deus e no seu poder de regenerar mentes avarentas. Às vezes são pessoas que nem querem saber de Deus, mas ele ouve a intercessão do justo que se compadece pela fraqueza do outro e atende ao seu clamor.

“Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas,

orações, intercessões e ação de graças por todos os homens” (I Tm 2:1). Não tem como a gente chegar a uma pessoa ingrata e cobrar dela um “Obrigado”: “Aí, fulano, por que você não me agradeceu pelo que eu te fiz?”. Genteeem, ninguém faz isso! Também não devemos guardar essa bronca no coração porque faz mal à saúde emocional. “Caraca, o que fazer então se eu não sou do tipo que intercede por ninguém, se não tenho esse hábito; aliás, eu nem cristão sou?” Bom, existe a lei do bem viver. Como funciona? Homens e mulheres vivem em sociedade de modo que isso pressupõe convivência pacífica


para que tudo corra bem. Para atingir esse resultado de paz na terra entre os homens – sentido generalizado – é preciso que estejam em paz com Deus. O que vem a ser “paz com Deus” se uma pessoa não é cristã? Praticar a lei do bem viver e estar em paz com Deus – para quem não o recebe, não o conhece, não o aceita – é estar em paz com sua consciência (o que também compete ao cristão). Ter boa vontade para com a outra pessoa no sentido de educação, sociabilidade, política da boa vizinhança, e domínio dos maus sentimentos que conduzem à discórdia e contribuem para um ambiente hostil onde um acaba virando a cara para o outro. Se uma pessoa não consegue manifestar pelo menos uma dessas atitudes, ela está enfrentando um caso sério de distúrbio humano, pois educação implica civilidade, coisa que os animais não têm; sociabilidade implica civilização, coisa que os animais não têm; política da boa vizinhança implica senso de urbanidade, coisa que os animais não têm; domínio dos maus sentimentos implica capacidade para reprimir emoções negativas, coisa que os animais não têm. Se praticar pelo menos um, já é prova de que tem potencial para lidar inteligentemente com uma situação de ingratidão, e assim poder continuar se comunicando com a pessoa

ingrata

ou

pelo

menos

a

cumprimentando,

independente se um dia ela irá agradecer ou não pelo favor recebido cujo prestador, não por isso, deve continuar


praticando o bem sem ver a quem. Se alguém foi ingrato, não se aborreça e nunca seja seu igual para que não cause o mesmo mal a quem quer que seja. Estar em paz com a consciência é o resultado de não causar mal a ninguém, não ultrapassar os limites de ninguém, não violar os direitos de ninguém, seja quem for; é estar isento de culpa, o que propicia mais chances do outro reconhecer os erros cometidos contra você. Dependendo de com quem se lida, isso jamais poderá acontecer, mas essa resposta negativa não deve influenciá-lo negativamente. AVAREZA Uma forma de ingratidão. Quem recebe favor de Deus e não lhe agradece é avarento. Isso também se aplica a quem não agradece a alguém por um favor. Uma pessoa deve saber que já o seu fôlego de vida é pela graça e misericórdia de Deus. Isso já é motivo suficiente para agradecer a Deus todos os dias ao se levantar de sua cama quentinha, poder ver a luz do dia, ouvir o pássaro cantar, o vizinho a conversar. Agradecer é um ato espontâneo e natural. Aquele que só faz o que deve ser feito porque alguém lhe impõe fazê-lo é avarento,

pois

consequentemente,

não não

age sente

voluntariamente, qualquer

alegria

e, no


cumprimento da obrigação, muito menos o faz por gratidão ou vontade própria. Certa vez, um homem muito doente andava pelas ruas abandonado à mercê da miséria e do desprezo, pois seus familiares e amigos o rejeitaram devido à sua doença incurável. Em meio à solidão encontrou outros nove amigos para compartilharem da mesma dor e do mesmo sofrimento. Caminhavam por ruas ermas onde ninguém se atrevia a passar, mas um homem de muito bom coração que a nada temia costumava andar por todos os lugares em busca de pessoas sofridas para torná-las felizes, pois ele carregava consigo o dom de sempre oferecer o melhor para todos aqueles que o encontrassem. Quer dizer, ele se colocava à disposição de qualquer que surgisse diante dele clamando por ajuda. Certo dia, aqueles dez homens depararam de frente com esse bom homem bom que percebeu sua necessidade de ficarem curados daquele tão grande mal que os assolava e solapava a vida. Os homens lhe pediram que tivesse piedade deles e os curasse, reconhecendo que ele tinha autoridade para fazê-lo devido à fama que carregava naqueles arredores. O homem bom não atendeu seu pedido em frente a eles, mas lhes recomendou que se apresentassem aos sacerdotes como se assim encontrassem a cura desejada. Conforme iam caminhando em obediência à recomendação do homem bom, perceberam que ficaram curados. Imediatamente, um deles


que era estrangeiro voltou para agradecer ao bom homem por tão grande dádiva ao que esse lhe perguntou sobre onde se encontravam os outros nove. Na verdade, somente um dentre todos manifestou gratidão no coração a ponto de sentir necessidade de voltar para dizer: “Muito obrigado, Senhor!” O homem grato não apenas recebeu a cura do mal, mas também foi galardoado com o dom gratuito da salvação de sua alma. Aquele que o curou era também poderoso para salvar. Quem além desse homem bom pode fazer isso? Quem? Ninguém! Por mais que se devote aos estudos científicos das mais diversas categorias, um homem, por melhor que seja, jamais poderá oferecer a um ser humano nada além da cura física, pois a cura espiritual que livra o homem do mal eterno só Jesus Cristo pode operar. Os outros dez foram curados tão-somente do seu mal físico (Lc 17:19). A ordem do homem bom era que eles se dirigissem aos sacerdotes. Essa ordem foi obedecida à risca. Contudo, um deles espontaneamente voltou para agradecer pelo bem recebido sem nem sequer pensar por um momento que estava desobedecendo a uma ordem, pois o sentimento de gratidão que fluía de seu coração era maior que qualquer lembrança de recomendações anteriores. A sua espontaneidade de fazer além do que devia lhe garantiu ainda receber outro prêmio sobre o qual ele jamais havia pensado. Fazer além do que devia revelou sua semelhança em generosidade com relação


àquele que o beneficiou, vindo a ser tido por pessoa útil em meio a um povo carente estando apto a testemunhar a glória de Deus em sua vida – outra forma de agradecimento espontâneo. Ninguém conhece com a alma a dor de uma pessoa em uma situação como essa até que passe por ela. Qualquer dor só pode medir quem a sofre. Não dá para imaginar a dor de ninguém. Mas Jesus conhece todos os tipos de dores e conhece os meios perfeitos para curá-las todas. E quando alguém se depara com um problema como esse é como se o chão desabasse à sua frente e um enorme abismo se lhe apresentasse, convidando-a a entrar, e nasce um desespero imensurável pela certeza das iminentes perdas que vai sofrer, e das coisas maravilhosas das quais terá de se privar. É perder a vida, é morrer em vida. É não ter mais nada. E se pergunta, “Meu Deus, como isso foi acontecer comigo? Por que?” Mas Deus, em sua infinita misericórdia, contempla o coração dorido e se afeiçoa a ele devido à sua sinceridade e ao seu temor e à fé de que só ele pode livrá-lo, e nele espera e alcança a graça desejada, e diz em seu coração: “Não existe palavra maior que OBRIGADO, OBRIGADA. Lembrando aqui que a palavra “Obrigado” traz implícito outro grande significado: “Sinto-me obrigado(a) a retribuir esse favor que você me fez”. Quer dizer, subentende-se um sentido de obrigação. Justamente do que Deus se agrada é quando o


homem não faz as coisas para ele por mero cumprimento do dever que se caracteriza por servidão inútil, mas obrigação de gratidão nutrida pelo desejo de retribuição (Lc 17:10). Por exemplo, a obediência ao mandamento de amor ao próximo – sou tão grato a Deus por minha vida que a única coisa que posso fazer é obedecer a todos os seus mandamentos e viver uma vida digna diante dele, contribuindo para a felicidade de quem quer que eu possa só para lhe agradar. A linguagem humana é insuficiente para poder expressar o tamanho da gratidão a Deus de alguém que foi curado de um grande mal e ainda receber a salvação de sua alma de modo que passa a viver uma vida baseada na sabedoria de Deus, e toda a visão de mundo se modifica, não havendo mais espaço para uma vida de temores e preocupações mundanas, pois sabe que agora já não é ele mais quem vive uma vida simplesmente natural, mas Cristo vive nele. Isso faz uma enorme diferença. Mas, amados, isso está muito além da mera compreensão humana. Só pode compreender essas coisas uma pessoa que tem um relacionamento de amizade verdadeira com Deus. Não adianta falar e falar e falar porque ninguém é capaz de entender o que é vida com Deus. Só experimentando. Que bom será quando muitos, quiçá todos, puderem ter essa experiência com Deus. Quão felizes serão! Mas, quantas pessoas recebem bênçãos


divinas diariamente e não se dão conta disso ou não fazem questão de sequer lembrar disso? Lamentável! No nosso cotidiano, convivemos com pessoas do âmbito familiar, profissional, social, religioso, que não sabem dizer obrigado, não sabem pedir desculpas, não sabem pedir favores, não sabem se aproximar, não sabem se comunicar, e esse comportamento revela um profundo sentimento de avareza, pois elas não sabem fazer essas coisas e nem se esforçam para aprender porque são atitudes que fogem totalmente à sua lista de prioridades; nada disso lhes interessa, mas no seu íntimo conhecem o seu defeito. O pior defeito de um ser humano é saber que tem um defeito e não querer fazer nada para corrigi-lo. Muitos preferem permanecer no erro para não ter de se rebaixar a ninguém ou de se humilhar diante de ninguém. Vai de avarento a soberbo. O apego às efemeridades materiais deteriora valores essenciais da vida humana e contrariam todo bom sentimento, descartando o que de fato vale a pena. Há um contraste enorme entre possuir valores e ser uma pessoa valorosa. Ter não é ser e ser é mais do que ter. “Acautelai-vos

e guardai-

vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lc 12:15). Para que uma pessoa não seja seduzida pelo aspecto maligno proveniente das posses adquiridas, ela deve aprender a manuseá-las com


cuidado a fim de evitar atos de impiedade. A frase “O amor pelo dinheiro é a causa de todos os males” revela o quanto uma pessoa com essa característica pode viver em fracasso constante apesar de grandes fortunas pelo fato de não conhecer o real significado da sua própria existência, deliciando-se em futilidades. Mas inexiste quem um dia não caia na real!

Visar

apenas

ao

benefício

próprio

em

todo

empreendimento que desenvolve, sem pesar ilicitudes ou danos contra quem nos rodeia, reflete a mente impura de alguém que deveria agir corretamente e não o faz porque nele não há amor nem retidão. – É bom pra você? Vai fundo! Não importa o que...vai!. – Fui! Uma pessoa não deve centrar a sua mente em lucros quando isso vai de encontro às necessidades básicas da vida


humana como a preservação de um coração solícito e altruísta, pois acabam vivendo desordenadamente fazendo tudo o que sentem vontade, sem medir consequências. O homem em seu intelecto se perde quanto ao seu espírito, não tendo uma direção sem margem de erros quanto à sua efusão; ao contrário, se fizesse da palavra de Deus o seu padrão de vida e a ela obedecesse, aprenderia a valorizar a vida mais do que as coisas que a sustentam. Precisamos estar alertas com relação a coisas populares ou apoiadas pela maioria das gentes apegadas às coisas mundanas. É necessário suspeitar de toda investida de pessoas que se permitem, que costumam manifestar todos os seus desejos. A verdade é que Deus oculta a sua indignação, mas não deixa de executar o julgamento, deixando a ela o arbítrio de se emendar de maus intentos. O mal do homem se origina no coração onde só pode haver duas tendências: avareza ou caridade. Avareza é idolatria porque conduz ao endeusamento de coisas ou pessoas em lugar da devida adoração a Deus, demonstrando por elas um desejo ganancioso. Uma pessoa moralmente estabilizada sabe governar os seus relacionamentos de modo que consegue respeitar o espaço do outro, praticando diligentemente atos justos. Quem não quer conforto e segurança? Logicamente, isso implica a necessidade de recursos financeiros para prover


a necessidade dos recursos materiais. Contudo, urge que todo ser humano saiba viver livre de descontentamentos quanto às suas posses por considerá-las escassas, porque na verdade Deus é tão bom que permite a cada um ter exatamente aquilo de que precisa. Há pessoas que precisam ser ricas para poder receber de Deus o que precisam receber, e há as que precisam ser pobres para poder receber de Deus o que precisam receber; se o rico se tornasse pobre sem realizar o propósito divino, o plano de Deus em sua vida não se realizaria e seria falível; assim com o pobre ocorre o mesmo. Então, tudo, na realidade, tem o seu motivo de ser, sendo que nada existe ou é por acaso. Olha só que promessa maravilhosa de Deus para quem crê nele: “Não

te deixarei, nem te desampararei” (Hb

13:5). Essa palavra oferece mais segurança do que qualquer recurso financeiro porque Deus é o nosso auxílio maior. Para que acúmulos de tesouros na terra se o que você possui é suficiente para fazê-lo desfrutar da felicidade que merece? Tenhamos em mente que tudo o que uma pessoa supervaloriza a afasta dos valores verdadeiros. As riquezas não podem me dar nada; Deus pode me dar tudo. Tudo de que preciso. É isso o que as pessoas precisam entender – tudo de que precisar. O problema é que as pessoas querem além do que precisam, não se contentando com o que têm.

“Sejam vossos costumes sem avareza,


contentando-vos com o que tendes” (Hb 13:5) e “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna” (I Tm 6:17-19). Jesus não proíbe as posses materiais nem mesmo o prazer de desfrutar delas, pois, além de ser ele mesmo o doador dos nossos bens materiais e imateriais, ele tudo nos proporciona abundantemente na medida da nossa necessidade, sem exageros, para o nosso aprazimento. O importante é sabermos receber as dádivas dos céus com humildade, mantendo em Deus a esperança de todas as melhores conquistas num mundo tão mercenário. Saibamos que o Senhor nos valoriza pelo que somos diante dele e não pelo que temos. Louvado seja Deus acima de todas as coisas! Houve um caso simples de discussão caseira por motivo banal que acabou causando raiva no coração de um dos membros da família que, diga-se en passant, preferia


permanecer com o sentimento de raiva em vez de destruí-lo porque era uma pessoa que sentia o maior prazer em ter motivos para reclamar, aquele tipo de pessoa rabugenta, ranheta, reclamona, que se irrita por qualquer coisa, na maioria das vezes sem razão alguma, que sempre arruma um pretexto para acusar alguém, que está sempre à caça de um bode expiatório, aquela pessoa do tipo que prefere mesmo que você não faça nada para lhe agradar só para não ter de te agradecer e garantir que continue enraivecido, entende? Pois é, só que a outra pessoa que era muito boazinha, muiiito boinha, e destituída de sentimentos maliciosos, só teve um pensamento: “Vou fazer o que posso para ver fulano satisfeito”. Ah, isso o irritou de tal maneira que acabou inventando outra história só para poder continuar reclamando. Tudo isso só para não ter de dizer: “Obrigado!”. A coitadinha caiu em prantos, mas foi em meio a lágrimas que descobriu que deveria continuar sendo justa, não deixar de ser uma pessoa do bem, apesar dos erros do outro. Recusou-se, portanto, a se assemelhar com o seu desigual, preferindo ser à semelhança de Deus. Isso é um resultado sobremodo excelente. Outro ato de avareza sórdida é pôr a culpa nos outros pelos próprios erros e tirar o corpo fora. Quantos não fazem isso? Que pecado! Nada justifica um erro desses, pois faz que alguém leve uma fama negativa por algo que não fez e nem


sabe que existiu. Uma pessoa que age assim verdadeiramente não pensa no bem do seu próximo, mas somente em si mesma. Como consertar isso? Dizendo a verdade, mesmo que para isso tenha de assumir a culpa a fim de proteger a imagem do inocente e poder tornar-se a si mesmo inculpável diante de Deus. Quando se fala em tesouro, logo alguém pensa em ouro, prata, gemas, mas tesouro também é tudo aquilo que se tem por precioso. A reputação de um ser social é para ele um tesouro, mas se para firmá-la precisa queimar a de outrem, deixando sua imagem embaçada e suja aos olhos alheios, seu tesouro transformou-se num baú de maldições. “Onde

estiver

o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mt 6:21).

A frase parece uma mistura de egoísmo com acomodação em Deus de quem uma pessoa se aproveita como desculpa e sobre quem joga a responsabilidade para deixar de prestar socorro. Deus é simplesmente usado. Que avareza há no entendimento de que ajudar os outros pode se reverter em prejuízo próprio? Por pena, muita gente faz coisas que não deveria. Às vezes, não tem dinheiro o


bastante para suas necessidades, mas, compadecida da carência do outro, se envolve em problemas que não lhe diz respeito.

É

como

se

comprasse

um

problema,

em

desconsideração aos seus. Às vezes, adquire algo supérfluo só para agradar alguém, para não ter de dizer não, ou para ajudálo, mas é um supérfluo que lhe custa caro já que prejudica suas finanças. Não se pode querer comparar o sacrifício de Cristo pela humanidade julgando que ele se prejudicou por nossa causa. Ninguém tem o direito de querer usurpar o que é do outro que busca ajudar alguém passando, assim, a se prejudicar. Não é isso o que Jesus ensina, mas que toda pessoa seja prudente em que não tira de si para doar a outros o que depois lhe fará falta, de modo que não será suficiente para suprir suas necessidades nem a de outrem. Na maioria das vezes, o meu pouco não supre o muito que a situação de alguém requer, mas o meu pouco é o que completa o meu tudo. O pouco que tenho e dou para quem não tem é o que faltará para mim e não satisfará a carência do outro. Logo, ambas ficam impedidas de se precaver do mal que sobrevirá desse gesto de imprudência. Não se pode confundir avareza com prudência. E muito menos a situação de se entender impossibilitado de dar tem a ver com egoísmo. Há casos e casos. Discernimento é algo de que toda a humanidade carece para poder agir com retidão sem peso na consciência, culpando-se por não fazer o que de fato não deveria fazer.


Querer tomar o lugar de Deus, querer ser o salvador da pátria é um ato de avareza porque a pessoa que o comete se acredita autossuficiente, autoconfiante e por isso independente de Deus, um ser desligado dele espiritualmente, um ser humano natural que domina a própria sorte como se fosse um homemDeus. A melhor das intenções pode levar o homem ao inferno real, pois existe, e é um túnel de trevas de caminhos ondulantes sem fim. O nada eterno. O que de fato uma pessoa sempre deve fazer por outra é orar com pureza de alma para que Deus providencie tudo o que lhe é imprescindível. Só Deus sabe do que realmente necessitamos. Há, no entanto, algo que se pode chamar de “ignorância da avareza” que consiste em alguém desconhecer que tenha sido avarento com relação ao que quer que seja. Pensar, por exemplo, em me beneficiar e por isso deixar de beneficiar outrem. Não se trata aqui necessariamente de prejudicar ninguém, mas de deixar de beneficiar alguém quando se pode fazê-lo. Quando no seu íntimo uma pessoa consegue perceber essa falha, ela deixa de ser ignorante da avareza e deve ter isso como uma ilustração permanente para que nunca mais cometa aquele erro de novo e não tenha do que se arrepender. Ao reconhecer o erro e desejar livrar-se dele, automaticamente recebe o perdão de Deus que a livra da culpa e a capacita a não errar mais. Se tiver de beneficiar alguém com a permissão de Deus, que assim seja; se ele


permite, ele fornece os devidos meios para a realização do bem e nada deixará faltar a um nem a outro. É uma questão de confiança na providência divina. O certo é fazermos tudo o que é necessario para depois nao termos do que nos arrepender, pois se a gente se arrepende por nao ter feito o que deveria ter sido feito, pode ser tarde demais e nao será mais possivel fazê-lo. Por isso, fazer o que é lícito e digno e nao ter do que se arrepender é melhor, para depois poder dizer com a consciência tranquila: “Ah, aconteceu asim e assado, mas pelo menos eu fiz a minha parte e não tenho do que me arrepender”. Mas se nao o fizer em tempo hábil, depois poderá ser tarde demais; aí mesmo é que nao será possivel fazer mais nada. Evitemos a avareza assim como permanecer na sua ignorância. DESPREZO

Mesmo pessoas não cristãs atribuem a um ser superior a causa de sua existência, até mesmo

ateus

que

agradecem, agradecem e agradecem, a quem? Pelo quê? Uns preferem chamar de “Força mística”, outros de


“Poder universal”, ainda outros de Mente universal ou o Nada; enfim, dão variados nomes a Deus só para não o chamarem de Deus. Oferecem explicativas humanas para algo que eles não conhecem com a própria vida, mas tão-somente de ouvir falar ou de ler; entretanto, explicar Deus dessa forma é dar socos no vento porque falam de algo que não conhecem. É necessária uma experiência com Deus para poder falar dele com propriedade e conhecimento de causa, mas do jeito que fazem, querendo explicar o fato com milhões de conceitos e vocabulário

rebuscado

para

causar

impressão

de

conhecimento, não convence. Da mesma forma que querem provar que Deus não existe, também devem provar como provar que Deus não existe. Tarefa muiiiiiiiiiiito difícil! Aliás, impossível! Nunca, jamais, homem algum conseguirá provar isso, e sei que eles se mordem de raiva quando assim o afirmamos. Que fazer, ne? Só lamento! Mesmo que não seja cristão não é surdo para que não ouça e não é cego para que não leia o que está escrito:

“Fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste” (Dn 3:18). Através desse exemplo bíblico de homens de Deus fiéis a ele, aprende-se que é preciso saber priorizar pessoas e coisas. A prioridade maior é Deus e depois dele tudo o que vem deve ter o seu grau de prioridade. Assim, é preciso


buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça, crendo que as demais coisas serão acrescentadas por ele (Mt 6:33), ou seja, todas as necessidades serão supridas – entenda-se aqui que essas necessidades não são aquilo que pensamos ser o melhor e por isso as desejamos, mas aquilo que Deus sabe (nós não sabemos) que é o melhor para nós e que pode satisfazer as nossas necessidades; no entanto, isso não significa que venhamos a fazer coisas para Deus com esse interesse, e sim que as façamos com amor e devoção sincera. Priorizar Deus e seu reino significa não trocá-lo por nada nem por ninguém. Nada a ver com deixar a família e os afazeres domésticos de lado; muito pelo contrário, mas lembrar, por exemplo, que havia

um

horário

previamente

estabelecido

para

o

desenvolvimento de um determinado trabalho ministerial e esse horário deve ser cumprido para que não haja desleixo, ou seja, evitar trepar afazeres acima dos prioritários nesse horário devido a uma responsabilidade diante de Deus. O mesmo se dá com as situações domésticas. Uma esposa todos os dias prepara o jantar do esposo, ao que ele está acostumado, além do prazer que ele tem em desfrutar da companhia dela quando chega do trabalho, e sem vontade de sair para lugar algum, querendo apenas sua casinha para descansar. Contudo, certo dia, tendo o jantar preparado sobre o fogão, semipronto, para ser servido mais tarde, ela comunicou-lhe que iria à casa de uma amiga que dias antes


fizera aniversário e ela não pôde comemorar com ela porque eles estavam em outro lugar, mas pede que ele a espere porque voltará logo para lhe servir o jantar, no máximo às 21 horas. Ela pensa na amiga, em como compensar sua ausência levando um jantar que ela aprecia muito e um presente a fim de agradá-la. O marido concorda e ela sai em direção à casa da amiga e ao chegar lá, ela ainda não se encontra e sua mãe lhe diz que ela chegará por volta das 20 horas. Passa desse horário e a amiga chega, quando então, começam a conversar e depois disso servem o jantar. Tudo isso acabou aproximadamente às 22h30m. Ela preocupada sai da casa da amiga em direção à sua casa aonde chega às 23h – duas horas após o tratado com o marido. Ao entrar em casa, encontra o marido roncando no sofá. Ela fica com pena dele, o acorda e o chama para jantar. Ele, muito chateado, diz que já é muito tarde e prefere continuar dormindo. A esposa priorizou a amiga, deixando seu marido em ultimo plano. Ela lamenta muito o fato e se arrepende, reconhecendo que errou por ter dado mais importância a uma pessoa de fora do que ao seu marido, e toma a decisão de nunca mais fazer aquilo de modo que tudo acabou contribuindo para o bem deles (Rm 8:28). Foi um erro lamentável, mas que serviu para alertá-los sobre a prioridade nas suas relações. O fato de a esposa ter saído de casa deixando o marido significa que sua presença não tinha assim tanta importância pela qual ela nem deu graças; não


fazia diferença ele estar ali ou não. Talvez ela até preferisse que ele não estivesse presente para não ter de deixá-lo só e ainda ter de dar satisfação, o que poderia ser um certo incômodo. Isso reflete senso de ingratidão e indiferença. Não priorizar alguém como se deveria equivale a ser ingrato pela sua existência em nossas vidas. “Dou graças por você existir. Por isso, vou te servir com amor. É bom ter você aqui, obrigado”. Dar importância a uma pessoa significa que uma outra está em segundo plano, sendo, portanto, de menor importância, pelo menos naquele momento. Priorizar pessoas ou ações pressupõe senso de gratidão pela presença ou ocasião; logo, não faz diferença a presença de outras pessoas ou a ocasião de outras ações. Igualmente, uma pessoa que deixa de priorizar quem de fato merece o primeiro lugar muito provavelmente não será devidamente valorizada em querer agradá-lo ou servi-lo após a desfeita, por maior que tenha sido o seu esforço ou dedicação – pensar no marido, preparar-lhe um jantar, deixar tudo pronto para ser servido imediatamente quando voltar; embora tudo isso seja uma preocupação e cuidado prévios, não será valorizado se não for executado no tempo que se supõe apropriado. O desprezado não reconhece o esforço que foi despendido anteriormente para produzir aquele agrado e acaba sendo induzido pelas circunstâncias a se tornar igualmente ingrato.


Ingratidões nascem de mínimos gestos e como respostas a mínimos gestos. Deus, ao contrário, além de compreender essa tendência das pessoas em priorizar supérfluos, ou ignorar ou desprezar prioridades, mesmo em detrimento de seu reino, ele ainda valoriza seus esforços mesmo que ocorram depois da hora. Porque Deus nunca desvaloriza ninguém nem despreza seus feitos; a justiça que ele opera segundo as obras das pessoas jamais se pode comparar a desvalor ou desprezo. Além do desprezo às prioridades, há o desprezo relacionado à condição social das pessoas.

“Não vos

esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, não o sabendo, hospedaram anjos” (Hb 13:2).

Às vezes, pessoas

são medidas pela sua aparência que não traduz esperança ou não inspira segurança, ou que, inversamente, atrai pelo favor que transparece. Não deveria ser assim. Na verdade, as pessoas nem deveriam ser medidas pelo que são ou têm, pois são pessoas o que já é suficiente para que sejam respeitadas independente de suas condições ou posses.


Conta certa lenda chinesa que estavam duas crianças patinando num lago congelado. Era uma tarde nublada e fria, e as crianças brincavam despreocupadas. De repente, o gelo quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou. A outra, vendo seu amiguinho preso, e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim, quebrá-lo e libertar o amigo. Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino: - Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis! Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou: - Eu sei como ele conseguiu. Todos perguntaram: - Pode nos dizer como? - É simples: - respondeu o velho. - Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não seria capaz. (Ipsis litteris) Conscientize-se de que você é capaz. Não permita que ninguém te despreze. O desprezo é um mal moral humano. Deus não despreza ninguém, mas capacita a todos os que ele


escolhe para atingir seus propósitos que muitas vezes se revelam em histórias de profundo aprendizado moral para o crescimento do homem como ser digno. Poderia ser algo inconcebível

uma

principalmente

por

criança seus

ensinando

gestos

puros,

um

adulto,

inocentes

e

desinteresseiros, mas Deus escolhe as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes (I Co 1:27). Pessoas são seres criados por Deus e por isso mesmo não devem ser desprezadas. Mas existe um lance caótico nessa parada porque remete a casos de pessoas que fazem por merecer serem desprezadas, muitas vezes causando o pensamento de que deve ser assim para ver se elas aprendem a viver e a respeitar os outros. São aquelas que desfeiteiam, desdenham, esnobam outras por si considerarem superiores em alguns aspectos. Daí, a tendência natural é o sentimento de autodefesa ou autoproteção dos que a rodeiam, gerando o desprezo. Essa reação, contudo, é negativa porque faz o inocente tornar-se impuro e acabar perdendo a razão. Aqui acaba o caos: mesmo que te desprezem, não despreze. Desprezar

alguém

sempre

acarreta

consequências

improdutivas. Ninguém tem o poder de corrigir ninguém e os nossos atos são falhos em sua grande maioria. Nada justifica o desprezo. Melhor é continuar sendo justo com a esperança de bons resultados.


Um eunuco é um homem castrado, desprovido de órgãos essenciais à reprodução e ao coito, um homem impotente, aparentemente um inútil. Que valor teria alguém assim em meio a uma sociedade constituída por homens perfeitamente dotados dos dons mais necessários? Como é vista uma mulher estéril desde a antiguidade até os dias atuais? São pessoas desvalorizadas e desprezadas pela sua condição: “Você é uma figueira seca, não serve para nada!”, mas são pessoas, pessoas que têm vida e, se apesar de sua imperfeição, defeito físico, debilidade intelectual, fragilidade emocional, continuam vivas é porque têm missão a cumprir na terra do seu desterro, no mundo da sua rejeição. Não por acaso consta na bíblia a história de um eunuco chamado Ebede-Meleque cuja condição não o impediu de querer fazer bem aos outros (Jr 38:7-13). Ele poderia agir no egoísmo devido à sua castração, mas isso não teve poder para castrar seu coração. Que possamos ser assim. Além de viver em situação de desprezo, ainda pegou trapos

e

roupas

velhas para salvar Jeremias, um profeta de Deus. Pessoas aparentemente sem valor e coisas aparentemente sem valor sempre têm alguma serventia. Deus envia pessoas e coisas que aparentemente não têm nenhum valor para cuidar de nós. E também capacita homens escolhidos para levar a sua palavra que deve ser obedecida. Homens e mulheres escolhidos por Deus. Que ninguém se vanglorie disso nem


desprezem os que não foram escolhidos sendo perfeitos ou imperfeitos, pois Deus escolhe e capacita a quem quer. Sua vontade é perfeita. Viva e vivendo pelo poder de Deus qualquer pessoa pode produzir frutos. É necessário que haja um desprendimento quanto à questão das carências e imperfeições da vida humana, pois é justamente de onde não se espera que surgem maravilhas. Não se despreza nada nem ninguém, pois tudo tem a sua razão de ser. Não cai uma folha de uma árvore que não corresponda à vontade soberana e perfeita de Deus. Olha que imagem inspiradora! Dá vontade de sair, passear, sentir o calor do sol, a brisa do mar, tomar água de coco... Uma

árvore

dotada do poder de enfeitar o céu e levar uma pessoa a postar suas

mais

gostosas

sensações:

Letícia Andrade

“Sol e aquele frio gostoso! Que delícia! #goodmorning” Simplesmente INdesprezível!


Um pouco de desprezo ou um pouco de soberba não faz mal a ninguém. Ou faz mal a alguém?

SOBERBA

Sinônimos patológicos

Por que algumas pessoas são assim? Em vez de dar graças a Deus pelas suas conquistas, ficam se gabando na frente de quem não tem o que elas agora têm e amanhã podem não ter mais. Ou ficam se gabando na frente de quem tem só para dizer que têm também. Quanta pobreza! Têm tanto, e carecem de muito mais. Ilusão de grandeza. Amor-próprio em excesso. Seduzidas por valores mundanos. Estão possuídas! Remédio: assunção e decisão de transformação > homem são!


Sem Jesus não dá, você não vai conseguir, não adianta nem tentar que você pode se iludir. Ele é a alegria do aflito. Levanta o que está caído e lhe dá forças pra lutar.

NINGUÉM DEVERIA SE GABAR POR SER FELIZ

“Como é feliz o homem constante no temor do Senhor” (Pv 28:14). A felicidade não é algo que se compra. A felicidade é um presente de Deus. Quem permanece com Deus é feliz. Permanecer com Deus significa praticar boas ações continuamente, ser incansável em fazer o bem. O amor de Deus se agrada desses gestos e providencia os meios apropriados para gerar felicidade. Por isso, ninguém pode ficar esnobando felicidade. Quem o faz, desagrada a Deus que, se quiser, pode privá-lo dela. A felicidade que se tem seja no casamento, na família, nos empreendimentos, nas amizades, não deve ser usada para humilhar quem não a tem ou, melhor dizendo, quem dela ora


não desfruta . Além disso, ela não pode ficar só com quem foi agraciado com ela, mas deve ser compartilhada com a alegria de um coração altruísta de modo que estimule outros a buscála em Deus. Felicidade são tempos de trégua em toda uma existência de lutas sem tréguas. Felicidade é um estado de vida e não pés para pisar em pessoas. Logo, que se diga: Sou feliz, graças a Deus.

Eu preciso ter a consciência de que sou feliz porque Deus me digna sê-lo. NINGUÉM DEVERIA SE GABAR POR SER BELO

“Confiaste na tua beleza; quão fraco é o teu coração” (Ez 16:15). A beleza natural é um presente de Deus. Há muito tempo, um batom bastante corriqueiro anda nos lábios de muitas mulheres: EUCONFIONOMEUTACO! Há tacos de vários tipos: taco da silhueta – bumbum grande, seios fartos, olhos


de tigresa; taco da inteligência – nota 10 em tudo, criatividade, concepção; taco da formação – bacharel, mestre, doutor, títulos incontáveis; taco do status social – posição, privilégio, honra. No entanto, vamos nos ater aqui ao taco da beleza. Recursinho de autoproteção menosprezador! Tudo bem que um rival é um rival, mas me deixar corromper por tamanha arrogância, fazendo pouco caso dos outros, fere a minha dignidade. Logicamente, uma pessoa deve reconhecer o próprio valor, mas não precisa pisar em ninguém por causa disso. São palavras de um eu sobranceiro: Eu sou melhor do que fulana, Sou mais bonita que beltrana, Sou mais atraente que sicrana, Sou mais interessante que todas, Não sou qualquer uma e sou melhor que qualquer outra, e por aí vai. Que mulher admite ser ou estar sendo ameaçada por outra? Se não corresse riscos, não haveria necessidade desse fraseiro todo. Isso significa que eu não estou assim tão segura de mim: autoconfiança abalável. A frase na verdade é um blefe porque mascara a fraqueza da faladora. Nenhuma beleza ou outro atributo é suficiente para desmerecer qualidades alheias. Por que será que mulheres belíssimas perdem seus amores? Não é a beleza garantia de segurança? O que falta? Beleza é fundamental, SIM, por fora e por dentro. Quem usa um batom desses já está fadada ao fracasso.

“Não cobice em seu

coração a sua beleza nem se deixe seduzir por seus


olhares” (Pv 6.25). O diabo é mais forte que o taco dessas mulheres, mas Jesus é mais forte que o diabo. Isso é o que a maioria delas não entende; quem confia no taco, não confia em Deus e isso torna a pessoa vulnerável. Ninguém tem o poder de escolher nascer belo. Justamente por isso, ninguém pode ficar esnobando beleza. Mas, se esnoba, com certeza Deus não gosta, aííí, só a misericórdia porque o que Deus pode fazer ninguém faz ideia.

“Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10:31),

pois quando Deus quer pelos motivos que ele bem

conhece e que nós bem merecemos, ele humilha os que habitam nas alturas (Is 26:5), pois os seus olhos estão sobre os orgulhosos para os humilhar (II Sm 22:28) porque quem se exalta, será humilhado (Lc 18:14). Deus olha para todo o soberbo e o humilha (Jó 40:12). Como único e eterno juiz de nossas almas, ele nos julga, humilhando a um e exaltando a outro (Sl 75:7). Logo, a gente precisa ter muito cuidado e aprender a dizer: Sou bonita, graças a Deus!

Eu preciso ter a consciência de que sou belo porque Deus me digna sê-lo.


NINGUÉM DEVERIA SE GABAR POR SER RICO

“O SENHOR empobrece e enriquece” (I Sm 2:7). A riqueza é um presente de Deus. O homem normalmente acredita que tudo o que conquista é exclusivamente por seu próprio mérito. “Graças a Deus, não; graças ao suor do meu trabalho...” Ele esquece que desde o amanhecer já respira pela graça de Deus. Já começa o dia na dependência de Deus. Já parte para o trabalho nessa dependência, desenvolve todas as tarefas nessa dependência, volta para casa nessa dependência, e se alimenta e dorme e começa tudo de novo no dia seguinte nessa dependência. E fica rico nessa dependência. O cara nasce em berço de ouro ou nasce pobre e enriquece ou nasce remediado. O primeiro nunca conheceu a pobreza, o segundo a conheceu e saiu dela e o terceiro experimenta um pouco de cada. Não vive estritamente na pobreza. E se sente: “Esse cara sou eu!”, rs.


Conhecer a Europa e conhecer a roça. Estar em lugares altamente

desenvolvidos

e

lugares

subdesenvolvidos.

Caminhar quilômetros por ruas famosas tenazmente e caminhar com a alegria do Senhor que é a nossa força por lugares pedregosos e esburacados dando graças àquele que nos permite fazer ambas as coisas, e, por isso mesmo, não reclamando de nada. Se pude fazer lá, por que não fazer aqui? Vencendo todas as dificuldades e carências em Cristo! Reconhecendo a dependência de Deus para aprender a ser feliz em qualquer realidade. O homem é um ser naturalmente adaptável e deve estar pronto para vivenciar boas e más circunstâncias em qualquer lugar. Saber comer igualmente num restaurante cinco estrelas e saber comer de um fogão de lenha; comer alimentos preparados em panela de aço inox e em panela de barro ou de alumínio encardida de carvão; dormir num quarto com ar condicionado ou aquecedor e num quarto sem ventilador ou sem cobertor; andar sobre piso


revestido e sobre chão de terra e lama; estar num ambiente dedetizado e num ambiente com besouros, lagartos e maruins; conviver com pessoas elitizadas e com pessoas humildes; saber conversar com pessoas cultas e com pessoas incultas. Jamais desprezar ou supervalorizar as pessoas. Enfim, manifestar alegria por estar vivo e poder compartilhá-la em qualquer circunstância. O apóstolo Paulo com toda a sua cultura e influência aprendeu a viver tanto na abundância quanto na escassez.

“Sei estar abatido, e sei também ter

abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade” (Fp 4:12) e nos admoesta a que sejamos seus imitadores (I Co:4 16). A vida de uma pessoa não consiste na abundância do que possui (Lc 12:15). O homem adquire muitos bens e acredita que eles sejam garantia de vida plena. Guarda ou aplica tudo o que possui, mas não conta com o imprevisto do que é previsto. Nenhuma posse pode livrá-lo da morte. Ele prefere confiar nos seus tesouros a confiar em Deus. Logo, que se diga: Sou rico, graças a Deus.

Eu preciso ter a consciência de que sou rico porque Deus me digna sê-lo.


NINGUÉM DEVERIA SE GABAR POR SER JOVEM

“Jovens, sede submissos aos mais velhos” (I Pe 5:5) Pessoas que se gabam de sua juventude envelhecem na alma sem perceber. Tornam-se decrépitas morais e espirituais enquanto se preocupam em preservar apenas o corpo das mazelas da velhice física. Gozando de jovialidade, escarnecem das dificuldades naturais da idade avançada dos que os cercam. “Poxa, não consegue enfiar a linha na agulha?”, “Ah, dormiu no volante? É o reflexo da idade.”, “Tá velho, não dá mais no coro!”, “É uma rata velha se achando”... Quando um jovem diz essas frases

ou

outras

inadvertidamente

semelhantes, ou

às

ele

vezes,

está,

às

vezes,

propositadamente,

supervalorizando a robustez da sua idade como se ele nunca fosse atingir as debilidades de uma pessoa idosa.


Ser jovem também é ser velho e ser velho também é ser jovem. Isso é uma questão de aplicação sábia. É saber ser maduro sem ser retrógrado. Muitos erroneamente pensam que os entrados nos entas não têm mais o dever de lutar para conquistar vitórias porque isso compete à juventude. E não só isso, mas também pensam que idosos não teriam condições para fazê-lo. Ledo engano. Única pergunta: se não fosse pelos mais velhos, o que seria de cada um de nós? Quantas lutas venceram para nos dar o que temos? Que idade eles tinham nos nossos vintes ou trintas? Como precisamos aprender deles! Quanto eles têm a nos ensinar! Será que seríamos mais felizes se nascêssemos com 90 anos e morrêssemos bebês conforme o filme “O curioso caso de Benjamin Button” adaptação do conto de Fitzgerald? Viver já sabendo tudo seria maravilhoso, mas a vida é o contrário exatamente para que aprendamos a viver. Logo de cara o filme retrata o abandono sofrido pelos idosos. Há muitos outros detalhes, mas esse é crucial, refletindo uma tendência da humanidade (que um dia também chegará lá se Deus quiser). A mãe do menino-velho morre, o pai o abandona e uma mulher estranha ao seio da família se compadece dele e o adota o que demonstra que só o verdadeiro amor pode cuidar e que nem sempre esse amor é restrito à consanguinidade. Muitas vezes, os de fora tratam melhor que os de dentro. É


preciso ter cuidado para não ter de responder pelo mal que se faz às pessoas. Por trás da aparência de Button se esconde o mistério do rejuvenescimento. Ele soube viver cada fase de sua vida se adaptando às diferenças sem jamais deixar de ser o que

era

e

sem

jamais

desrespeitar

seus

desiguais.

#indicadíssimo #évelhomasébom Outro filme também muito interessante é “O retrato de Dorian Gray”. Apesar de ser mais voltado para a questão da estética, não deixa de retratar o desprezo à velhice e aos valores pertinentes a ela quando um jovem envaidecido de sua beleza pretende eternizá-la ao vender a sua alma. Essa horrenda decisão surge a partir de um péssimo conselho: “O senhor dispõe só de alguns anos para viver deveras, perfeitamente, plenamente. Quando a mocidade passar, a sua beleza ir-se-á com ela; então o senhor descobrirá que já não o aguardam triunfos, ou que só lhe restam as vitórias medíocres que a recordação do passado tornará mais amargas que destroçadas”. Um intelecto decadente que só enxerga o aspecto físico da velhice em desconsideração a todas as suas virtudes. Como uma pessoa sofre quando não assume a sua real condição! #igualmente indicadíssimo #tambémévelhomasébom Essas histórias retratam a questão da velhice que chega e que vai, sendo mal vivida ou bem vivida, sofrendo as terríveis consequências de uma velhice interior e exterior


disfarçada por uma falsa juventude ou retendo os benefícios do

saber

aproveitar

cada

momento

em

prol

do

aperfeiçoamento humano. Não podemos querer viver uma fase que ainda não é nem menosprezar a que é com relação a nós mesmos e aos outros. Devemos viver cada fase com alegria a fim de evitar a tristeza decorrente do não saber vivêla, sabendo desfrutar das coisas que cada uma oferece. Respeitar as idades é um dom. Ser jovem independe de idade.

Eu preciso ter a consciência de que sou jovem porque Deus me digna sê-lo. CIÚME “A melhor defesa não é o ataque, mas um coração dominado pelo Espírito Santo”. Mônica Campello Pelo menos três pessoas estão envolvidas no processo do ciúme: a pessoa que sente, a pessoa de quem se sente e a pessoa-motivo. Mulher tem ciúme do marido, marido tem ciúme da mulher, irmão tem ciúme de irmão, pai tem ciúme do filho, mãe tem ciúme da nora, genro tem ciúme da sogra, amigo tem ciúme do amigo, colega tem ciúme do colega. O ciúme acarreta o medo de perder para outra pessoa alguém que se tem como propriedade exclusiva, o que reflete um sentimento


doentio. Esse medo planta desconfianças que criam situações imaginárias destrutivas da autoconfiança que, nesse caso, seria positiva por funcionar como um antídoto contra toda insegurança – saber administrar os sentimentos e manifestálos na ocasião certa é uma virtude. O ciúme produz um espirito de competição que maltrata, pois nunca vai atingir o resultado desejado. O mal que gera o ciúme é o que deve ser arrancado do coração de quem o sente. Para isso, é preciso admiti-lo e enfrentá-lo para poder vencê-lo. Dez contra um: uma história de ciúme e crueldade

Numa época muito distante, um rapaz e uma moça se conheceram e logo se apaixonaram. O amor deles aumentava a cada encontro e o rapaz não via a hora de se casar com ela. Foi até a sua casa para conversar com o seu pai para pedir sua


mão em casamento. O pai consentiu com a condição de que ele o servisse por sete anos. Ele aceitou e nesse ínterim os dois sonhavam com aquele momento em que se uniriam para sempre. Maliciosamente, na noite do casamento, o pai entregou a filha mais velha para o rapaz por ser um costume de família casar primeiro a filha mais velha. Para que o rapaz não desconfiasse de nada, cobriram o rosto da noiva e o embebedaram de tal modo que após a festa deitou-se com a noiva acreditando ser a sua amada, mas pela manhã, ao acordar, levantando o lençol, percebeu que tinha se deitado com a irmã mais velha e ficou furioso com o pai dela, pois entendeu que foi enganado por ele. Reclamando a filha mais nova conforme o prometido, o pai da moça sugeriu a ele que trabalhasse mais sete anos em pagamento por ela. Ele não pensou duas vezes e logo aceitou a proposta do pai. Passado esse tempo, ele se casou com a mulher amada. As duas irmãs, logo de início não podiam dar filhos ao rapaz, mas após algum tempo a primeira foi agraciada por Deus com a primeira gravidez e a partir dessa, muitas outras surgiram e a cada gravidez a moça acreditava que o marido passaria a amá-la, mas nenhuma gravidez e nem mesmo o nascimento de uma filha mudou o coração do rapaz que continuava a amar a segunda esposa. Essa continuava sem filhos e lamentava muito sua condição: a impossibilidade de ser mãe e a impossibilidade de dar filhos ao homem amado.


[Parece a mesma coisa, mas, se analisadas profundamente, pode-se notar que essas situações envolvem sentimentos muito diferentes] Tentou de todas as formas engravidar para agradar o marido. Não havia inseminação artificial naquele tempo e era comum recorrer a superstições; por exemplo, usar mandrágoras consideradas como um talismã do amor a fim de induzir a fertilidade já que naquele tempo esterilidade era algo patético e vergonhoso para uma mulher, uma humilhação, tanto que quando a mulher não podia ter filhos, ela entregava uma de suas servas ao marido para que ele se deitasse com ela a fim de lhe dar filhos em seu lugar; essa era uma forma de atenuar a humilhação de ser estéril. Muito tempo depois, a mulher mais nova foi agraciada por Deus com um filho. Seu marido que já a amava, passou a amá-la ainda mais assim como passou a amar esse filho mais do que os outros dados pela primeira mulher, e se tornou o seu filho predileto, o favorito, o preferido e todos os adjetivos possíveis que pudessem qualificá-lo como o fruto do amor verdadeiro e eterno. Nenhuma relação poderia suplantar tal relação de amor. Por causa disso, todos os filhos da primeira esposa, com exceção da filha mulher, e os filhos das servas odiavam o filho nascido da segunda. Era um ódio mortal que perseguia seus corações de modo que sempre se pegavam planejando alguma armadilha contra aquele que era o décimo primeiro filho do marido, mas como se fosse o primeiro. Ele


era de fato o mais amado de todos, recebia toda a atenção de seu pai que lhe ensinava as letras além dos cuidados das terras, dos bens e ainda o constrangia a tomar conta dos irmãos mais velhos para informá-lo acerca das coisas erradas que costumeiramente faziam. Isso os revoltava e se perguntavam como podia um filho caçula vigiar a vida dos irmãos mais velhos e principalmente a do primogênito pelo que se instigavam mutuamente a odiá-lo, fazendo-o sofrer constantes insultos, desprezo e danos. Apesar de toda indiferença e maus tratos, o jovem rapaz continuava a amar seus irmãos sem carregar qualquer sentimento obscuro em seu coração. Era bom por natureza. No auge da sua adolescência, o filho da amada sofreu uma emboscada armada pelos seus dez irmãos. Ao encontrálos no ermo a mando do pai, foi capturado e lançado num abismo de onde jamais poderia sair. Os gritos desesperados do rapaz por socorro não foram suficientes para comover seus irmãos que persistiram na trama até que dois dos irmãos, dentre os quais o primogênito, resolveram que tirariam o rapaz do abismo, mas todos contestaram e os impediram de fazê-lo. Não querendo ser culpado pela morte do irmão, um daqueles dois, não o primogênito, sugeriu que o vendessem aos mercadores de escravos que por ali passava exatamente naquele momento turbulento. Todos unanimemente aceitaram


a proposta e procederam à venda do irmão como escravo, livrando-se dele definitivamente. #soquenao Como um abismo chama outro abismo, o mal não pararia por ali. Eles tramaram mentir para o pai dizendo que o irmão fora estraçalhado por um animal selvagem. A fim de apresentar provas ao pai, mataram um bode e molharam a túnica do rapaz no sangue. Por anos a fio, consentiram em que o pai permanecesse no sofrimento angustiante daquela mentira. Por muitas vezes sentiram remorso, mas nunca arrependimento que os levasse de alguma maneira a buscar corrigir o erro, como procurar pelo irmão até os confins da terra se fosse necessário, pois o mais cruel de todos os irmãos fortalecia os demais através de palavras e gestos violentos e ameaçadores contra o brotar de qualquer sentimento louvável aos olhos de Deus e aos olhos dos homens. Longos anos se passaram e tudo o que eles mais temiam aconteceu: reencontraram o irmão que, após anos de lutas e provações numa terra estranha e hostil onde Deus era a única Pessoa que conhecia de fato e com quem podia contar, passou de escravo a governador de uma grande nação. Naquela época, as terras vizinhas viviam tempos de fome e escassez enquanto aquela grande nação vivia tempos de fartura graças à bênção de Deus que repousava sobre a vida de seu sábio governante, hábil em política econômica e administração do Estado e que pelo poder de Deus alcançou


status de poder e nobreza, tornando-se um homem próspero e respeitado. Além de todas as honrarias, pôde constituir família ao lado da mulher amada e, finalmente, ser um homem feliz. Apesar de suas conquistas, ele ainda carregava consigo uma tristeza pela distância que o separava de seu pai e de seus irmãos, sem levar em consideração o que esses lhe causaram. Mas foi justamente a penúria dos povos adjacentes que o fez reencontrar seus irmãos, pois partiram para a terra onde ele se encontrava a fim de adquirir provisões para suas famílias. Ao encontrá-los, logo os conheceu, mas eles não o conheceram e ele não se deu a conhecer de imediato. Estrategicamente, ele planejou uma maneira de se revelar aos irmãos de modo que ao final reconhecessem sua culpa e pudessem mostrar verdadeiro arrependimento. O governador forjou uma situação para acusá-los de um crime que na verdade não cometeram, mas que os remeteria à lembrança de seus feitos passados que causaram tão grande mal ao seu irmão. Para compensar o suposto crime, impôs a eles uma condição que os deixou atônitos por saberem que seu pai poderia até morrer em face do desgosto que certamente sobreviria pela iminente perda de seu segundo filho, fruto de seu grande amor. O desespero deles ocasionou uma sugestão-resposta que foi dada ao governador como forma de evitar que os erros do passado não se repetissem. Essa reação de confissão de culpa seguida de arrependimento, pelo que se ofereceram em autossacrificio


para correção do erro, foi a prova de que experimentaram uma verdadeira conversão na mente e no coração quanto às indizíveis angústias que outrora provocaram no pai e no irmão. Consternado, o governador revelou-se aos seus irmãos, perdoando-os e conscientizando-os de que tudo aconteceu conforme a onisciência de Deus cujo desígnio em toda a história era providenciar benefícios morais, espirituais e materiais a todos. Como pecamos diante do Senhor, meu Deus, cada mínimo gesto nosso é um erro. Erramos em todo o tempo. A toda hora, uma nova falha. Mas não pecamos por prazer, pois te amamos, por isso tenha misericórdia de nós e nos perdoe. Perdão, meu Deus, perdão, Senhor. Nós é que tornamos a nossa vida difícil por causa dos nossos maus sentimentos. Somos os únicos culpados pelas dores. Ensina-me a viver, Senhor, por favor, debaixo da tua graça e misericórdia. Amém. A soberania divina está acima de qualquer soberania humana. Justamente aquele que foi abençoado e escolhido por Deus foi perseguido. O que parecia ser o menor, o mais fraco, se tornou o maior e o mais forte porque Deus o determinou assim. A vontade de Deus é soberana e não há quem possa revogá-la. Quando Deus abençoa, ninguém pode amaldiçoar. O abençoado, no entanto, deve permanecer agradável aos olhos de Deus para não perder a sua bênção e jamais se


vangloriar do que é ou do que tem, pois pelo poder de Deus pode perder tudo de um momento para o outro. As lutas são grandes. Há momentos em que pensamos que Deus se esqueceu de nós. E chegamos quase a ponto de desistir, pois a esperança vai se esvaindo como água que escorre pelas mãos sem que possa ser retida. E a gente continua acreditando e esperando e o tempo passa e passa e a gente não vê nada acontecer, nada mudar. Mas a fé permanece porque aquele que é o autor da nossa fé nos sustenta para que possamos resistir a essa época difícil. Ainda não é o tempo de receber a bênção, mas ele continua nos sustentando, aumentando a nossa fé mesmo que ela esteja se esgotando. Aí ela se renova com tal força que a única coisa que desejamos fazer é prosseguir, confiante de novo que Deus há de nos socorrer, a cada dia com a sua porção, a porção diária da bênção e do sustento de Deus. Aproximam-se da gente pessoas que não acreditam na nossa vitória porque não há nada que aponte para isso, e riem. Só se visualiza derrota e mais derrota: em vez de progresso, há retrocesso; em vez de riqueza, pobreza; em vez de abundância, escassez; em vez de alegria, tristeza; em vez de apoio, desprezo; em vez de amizade, traição; em vez de amor, ódio; em vez de temor a Deus, obediência ao diabo; em vez de paz, guerra. E o que ama a Deus vai superando tudo isso dia após dia pela graça de Deus que renova suas forças a cada manhã. Sem esmorecer,


acreditando que um novo dia vai surgir e que tudo há de melhorar. Sua esperança é restaurada a cada manhã e ele ora a Deus com toda a sua força fraca e pergunta: Até quando, Senhor? E Deus não o responde com palavras, mas continua a lhe dar tudo de que precisa para prosseguir em meio às necessidades e carências. As tentações surgem para que ele desista de Deus e siga seu próprio caminho, mas Deus o ama e não lhe permite fazê-lo e o ajuda porque Deus sabe exatamente quais são as intenções astutas do inimigo de nossas almas que nos dá conselhos que parecem bons à primeira vista, mas são na verdade presente de grego. Quando a pessoa se deixa levar pela ilusão dessas artimanhas, distancia-se de Deus e perde as mais ricas bênçãos que poderia receber porque Deus teria prazer em oferecê-las, mas quem escolhe o caminho a seguir é a própria pessoa. Teimosia e desobediência tomam lugar quando não se confia em Deus e os caminhos desejados são os piores possíveis. Mesmo assim, diante de toda a adversidade, uma pessoa boa de coração não desiste de amar aqueles que não a amam. Ela permanece na fiel expectativa de que um dia os que a odeiam sem causa serão transformadas em seu interior e reconhecerão que não havia motivos para que a odiassem. Essa é a esperança que a mantém forte para resistir à desistência e perseverar na luta.


Há um momento certo e determinado para se receber uma bênção. Não dá para precipitar as coisas quando se tem no coração a certeza de que não é para fazer; se o fizer é teimosia e os resultados das tentativas obstinadas podem ser desastrosos. Uma tentativa de precipitação só irá atrasar a bênção real e causar danos por vezes irreparáveis. Nossos recursos não servem para nada diante do que Deus tem reservado para nós. As situações da vida estão nas mãos de Deus e ele não permite que tentativas humanas a mudem. Por isso que muitas pessoas não entendem quando fazem, fazem e fazem e não alcançam o que tanto desejam. É porque não é a hora de Deus, e o homem não pode fazer a hora de Deus. Por isso, devemos confiar na palavra de Deus que diz: “Espera!”. Não importa o tempo, esperemos. E se não acontecer é porque Deus sabe o que é melhor para nós. Não se trata de simples resignação ou conformação, como se queira chamar, mas de certeza da onisciência divina contra a qual ninguém pode lutar justamente porque ninguém conhece nada melhor que Deus. Sem ser cheio do Espírito Santo é impossível conhecer a Deus.


í ARTIMANHAS DE HOMÚNCULOS QUE ACABAM COM ELES

Uma pequena ilustração de um homem que quer enciumar sua mulher:

EM QUE PENSAR: EM TUDO O QUE É...

“Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. (...) E o Deus da paz será convosco” (Fp 4:8,9).


Este se chama o “PARÁGRAFO DA SAÚDE MENTAL” Considerando todo o contexto da foto: imagem, palavras, intenções... Verdadeiro  pertencente à realidade (Mulher verdadeira pertence a um só homem. E a mulher da foto?). Respeitável  digno de respeito (A mulher da foto merece respeito dos homens como mulher honrada?). Justo  de acordo com o mais elevado conceito do que é CERTO (Um homem casado considera certo o que ela faz? Ele aceitaria que sua esposa fizesse o mesmo?). Puro  não misturado com elementos que possam rebaixar a alma (Se uma esposa se dispusesse a fazer o mesmo que essa mulher, ela não estaria rebaixando a sua alma, sua reputação, etc.? Que marido aceitaria isso?). Amável  aquilo que inspira amor (A foto da mulher inspira amor ou sexo? Amor ou carnalidade? Amor ou erotismo? Vida digna ou vida pervertida? O que você quer da vida: amor ou essas outras coisas que nunca te fariam feliz? O que a tua esposa inspira em você?). De boa fama  aquilo que tem boa repercussão (A foto da mulher tem boa repercussão diante de esposas sérias? Seria ela um exemplo a ser seguido por esposas? Você gostaria de ver o sucesso que tua esposa faria se tivesse sua foto seminua


exposta em revistas ou num boteco ou em jornais ou num posto de gasolina? E todos os homens apreciando a tua esposa?). Sendo assim, onde está o respeito pela esposa tão séria, tão verdadeira, tão amável, tão justa, tão respeitável, tão pura, tão de boa fama? Pois para se comprazer com a vil intenção de provocar ciúmes na esposa fiel, colocando sobre a mesa da própria casa uma foto de uma mulher sensual que apela aos

sentidos, significa que urge

um

ato

de

PURIFICAÇÃO! Sentir prazer em cutucar os sentimentos quietos de uma esposa é atitude de um homem mentecapto que pode usar uma foto como a da ilustração ou qualquer outro recurso para atingir seu mísero objetivo. Quantos homens pobres de espírito há neste mundo! Limpe tua mente, limpe teu coração, não se deixe contaminar pela concupiscência dos olhos. Cuidado com o que teus olhos veem; nem sempre o que eles veem é digno do teu olhar. Não perca o que te é de mais precioso por causa de coisas tão mesquinhas que acabam revelando os teus pensamentos mais pobres, mais vis, mais sujos, mais desprezíveis, pois não é isso o que uma mulher busca num homem! Cresça! Aprenda a ser homem, a ser marido, a merecer a esposa que você tem! Você a desqualifica ao imaginar que ela perderia tempo brigando por algo tão indigno. Desse jeito, você só cai no conceito dela e quem


perde tempo é você, passando vergonha sem necessidade pelo fato de valorizar esse tipo de coisa, pois os pensamentos que conduzem a atitudes baixas refletem o grau de decadência moral de uma pessoa. O caráter e a conduta começam na mente. Nossas ações são afetadas pelas coisas que habitam nossos pensamentos. Devemos nos concentrar nas coisas que resultarão na vida correta e na paz com Deus. Toda pessoa que acredita na possibilidade de obter bons resultados a partir de intenções maliciosas necessita de um ajuste no caráter. Caso contrário, jamais será diferente dos maus-caracteres. A origem das pessoas e das coisas revela muito de seu ser. Um homem pode ganhar cem filhos e ainda sentir-se sem filhos se os que tem não são da mulher amada. Por ser honrado, idôneo e de caráter íntegro, assume a prole e dá total assistência materna e filial. Deitar-se com mulheres, ter prazer sexual, fazer filhos não significa amor. Alguns homens veem a mulher como uma escrava da sua vontade pronta para satisfazer todas as suas necessidades na hora que eles querem. Nesse sentido, mulher é sinônimo de objeto de prazer capaz de saciar o apetite sexual, de secretária do lar capaz de realizar as tarefas domésticas, de cartão de visita capaz de causar uma boa impressão social. Nessas condições, a mulher pode ser manipulada como uma boneca inflável, comandada como um robô destituído de


vontade própria, tateada como uma ferramenta. O que o amor tem a ver com isso? A pergunta lembra uma música de Tina Turner: “What’s love got to do with it. What's love but a second hand emotion. What's love but a sweet old fashioned notion” – O que o amor tem a ver com isso? O que é o amor senão uma emoção de segunda mão? O que é o amor senão uma doce percepção antiquada? Quantos homens se casam apenas por status social, obrigação moral, necessidade financeira, conveniência e por tantos outros motivos que nada têm a ver com amor? Exatamente por isso não são felizes. No amor, a felicidade de um homem chega quando o coração dele bate forte por uma mulher e ele luta por ela, luta para tê-la ao seu lado não importando o esforço que tenha de despender para torná-la sua mulher, enfrenta todos os desafios com a coragem de um valente, e a conquista afinal. É o amor que o homem sente pela mulher que o faz respeitá-la e tratá-la como

ela

merece:

esposa

amada,

mulher

desejada,

companheira honrada. Isso é tudo o que uma mulher deseja de um homem, o que a faz sentir-se completa. Assim, ela é impelida pela força do amor a realizar todos os sonhos e desejos do seu amado. Esse amor produz frutos de alegria. No amor não há constrangimentos e ninguém é usado nem abusado. Homem, não permita nunca que sua mulher diga: “A minha alegria era ser feliz com ele; ele tirou a minha alegria”.


“Nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no Senhor” (I Co 11:11). No Senhor, significa em santidade, sem impureza, sem erotismos vazios de sentimentos “tipo” carne pela carne em sexo por sexo.

Resistamos a isso.

Que possamos viver o

amor de coração a coração.

TÁTICA DE MULHEREZINHAS QUE ACABAM COM ELAS

Uma pequena ilustração de uma mulher que se deixa levar pelo engano:

Horóscopo espalhado por todo o canto: rádio am/fm, jornais, revistas, televisão, etc. Só não ouve quem não quer. rs “Por falar em coração, a quantas anda o teu?


Minha amiga, hoje teu horóscopo tá bombando! Ouça atentamente os astros porque vão te levar à loucura! Alerta máxima, galerinha. Felicidade pura! ariana, taurina, geminiana, canceriana, leonina,

virginiana,

libriana,

escorpiana,

sagitariana, capricorniana, aquariana, pisciana De tão boa, a previsão astrológica é unânime: hoje surgirá uma pessoa em seu caminho por quem você vai se apaixonar como nunca antes em toda a tua vida. Você vai descobrir a força do desejo, a fonte do prazer. Será amor à primeira vista. Será tão forte que você não conseguirá resistir, tão forte que nada vai impedir esse encontro e seus finalmentes, você entende, né? Aproveite, hein! Seu número da sorte é 69”.

“As estrelas do céu e as suas constelações não mostrarão a sua luz” (Is 13:10). Quem tem domínio sobre elas? “Procurai aquele que fez as Plêiades e o Órion (...) O

Senhor é o seu nome” (Am 5:8). As estrelas não controlam nossos destinos nem nossos caminhos e nem podem. É Deus quem nos conhece desde o ventre materno e desde lá nos conduz. Deus é eterno e imutável ao contrário daquelas lindas que são variáveis. “Nele

vocês foram enriquecidos em tudo,

isto é, em toda palavra e em todo conhecimento” (1 Co


1:5).

ENRIQUECIDOS, e não empobrecidos. A pobreza de

raciocínio leva à fartura da insensatez. A mulher de mente fraca e sem direcionamento correto que esteja vivenciando uma fase difícil em seu relacionamento amoroso vai receber a previsão astrológica de peito aberto, aliás, de tudo aberto para receber o resto; não o restante, o resto. Após a consulta diária do horóscopo, “Ah, que maravilha. Acho que agora vou ser feliz. Depois de tantas brigas com esse crápula, finalmente vou encontrar o meu príncipe encantado. Sei que posso confiar no horóscopo. Ele não falha”, ela sai para o trabalho com a firme esperança de encontrar o seu amado predito, dileto, prediLEto... Na condução, coloca-se à busca de olhares e se frustra porque ninguém a percebe. Salta no ponto final e se depara com um mendigo na calçada que a olha furtivamente, estendendo a mão, e ela foge dele como o diabo da cruz. – “Cruzes, esse não! Misericórdia!” (usa até palavras cristãs para afastar o mau agouro). Continua sua trajetória. De repente, do nada, levanta-se de um banco da praça e caminha em sua direção um homem lindo, de olhos azuis, ou melhor, lentes de contato azuis daquelas com íris de risco negro bold que mais parece um bicho do que um ser humano, loiro fake, um colar abastado de 50 quiLATAS. Foi o que deu tempo para ela observar. –“É um assalto, baranga, passa tudo, bora, anda logo... o celular, o relógio...”.


– UÓÓÓ-UÓÓÓÓ-UÓÓÓÓ! “Ai, que sorte, a polícia!” (já mudou o linguajar, de cristã a mística). Em meio a tanto desespero, nem teve a ideia de olhar para o policial que correu atrás do ladrão. “Ai, que burra, nem lembrei do horóscopo por causa daquele monstro. Podia bem ser o polícia e eu nem me toquei... ai, que raiva”. Prosseguiu para o prédio onde trabalhava, entrou no elevador que estava lotado de homens, todos a olhavam porque ela encarava um por um procurando o predito e todos intrigados com aquela fenda entre as sobrancelhas, se perguntavam a mesma coisa no mais intrigante silêncio: – “Por que essa mulé tá me olhando desse jeito?”, e iam saindo a cada andar, até que ela ficou sozinha no elevador e vociferou: – “Hoje você não me escapa. Os astros não mentem jamais. Eu vou te encontrar”. Chegando ao escritório atrasada, deparou com seu chefe mega aborrecido, e logo ela se pôs a explicar o ocorrido. Ele se compadeceu dela de tal maneira que a fez chorar toda a emoção contida. Querendo confortá-la, abraçou-a calorosamente, apertando-a em seus braços. Pronto! Pra quê que ele fez isso? Enquanto a tinha nos braços, ela pensava: “Gente, que isso? Como eu nunca percebi esse homem antes, aqui debaixo do meu nariz?! (nem mais a Deus, nem mais ao diabo; agora fala com o imaginário). O choro estancou de súbito quando despertou para a situação, mas imediatamente voltou a chorar mais forte ainda a fim de eternizar aquele momento. Enfim, encontrou o predito. “Úé,


mas ele é casado. E agora? Ah, mas também me lembro que o horóscopo disse que nada ia impedir esse encontro e os finalmentes. Quer saber, este é o cara. E o fulano que se dane, e a sicrana também

.

Será que ela esqueceu de jogar no bicho, na loteria, na mega-sena e deixou de ganhar 69 reais, 69 mil reais, 69 milhões de reais? Se ela se lembrar disso, fizer uma fezinha e for às compras antes do resultado, o SPC vai ter uma nova agregada. E por aí vai, vãs filosofias em todas as áreas da vida. Que bela história de amor que nasce a partir de uma predição malfazeja. Adivinhos de toda espécie estão espalhados pelo mundo. Astrólogos, encantadores, feiticeiros, numerólogos, quiromantes, magos, cartomantes, videntes, tarólogos, são uma raça de víboras (conscientes ou ignorantes dessa condição) que envenenam pessoas incautas com suas mentiras, visando lucros em cima dos prejuízos delas. Tanto eles como elas precisam de um encontro verdadeiro com Deus que os livrará dos enganos em que estão enredados. Pois, que cativo é feliz? Basta que tomem a decisão de sair dessa para uma melhor e verdadeira. Cristo é a solução, não se enganem e nem se permitam continuar enganados.

“Filho do diabo e

inimigo de tudo o que é justo! Você está cheio de toda espécie de engano e maldade” (At 13:10). “Que pratique


adivinhação, ou dedique-se à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria ou faça encantamentos; que seja médium ou espírita ou que consulte os mortos. O Senhor tem repugnância por quem pratica essas coisas” (Dt 18:10-12).

Autodoação “Controle-se. Espere. Não resista ao amor”. Pois, quando estão longe, sentimos saudades, mas quando estão perto, fazemos doce. Isso é prejuízo na certa.

Bom senso Precisamos aprender a transformar os fatos em literatura de maneira jocosa, humorada, séria, como for,


manifestando nossos pontos de vista, com liberdade, sem constrangimento,

porque

somos

seres

essencialmente

emitidores de opinião, mas sem emitir juízo de condenação nem de absolvição porque isso sim pertence só a Deus. Conversar sobre tudo, não somos proibidos; só precisamos aprender a não julgar.

business Que tenhamos a permissão de Deus para agir em qualquer negócio no qual dependamos de homens, precisemos deles ou em que lhes pedimos algo, quer sejam grandes ou pequenos, reis ou súditos. Portanto, antes de fazer qualquer coisa, que aprendamos primeiro a perguntar a Deus se ele está no negócio.

Chic, bem! Mais vale uma ironia bem dada, do que uma resposta bem merecida! Pode parecer pedantismo, mas no fundo é um comportamento que causa até inveja em quem quer aprender a usar a voz do olhar para não perder a elegância ao censurar silenciosa e discretamente alguém


que manifesta atitudes desprezíveis. “A palavra é de prata e o silêncio é de ouro”, diz um provérbio chinês que consideram como sabedoria da evolução humana a ser consagrada como lema de vida. Há também grandes e famosos escritores lançando frases desse tipo, parafraseando a palavra do SENHOR e assumindo-a como de sua própria autoria, e muitas pessoas preferem seguir esses plagiadores que têm fama devido a suas máscaras, a seguir o verdadeiro Autor cuja palavra é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e espírito, apta para discernir pensamentos e intenções do coração (Hb 4:12), e que exorta com sua própria palavra, sem imitar ninguém:

“Seja pronto para ouvir,

tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1:19).

consciência A gente vivia pecando e acarretando problema e culpa; hoje a gente teme pecar por ter a consciência de que vai acarretar problema e culpa. Essa é a diferença entre quem não busca a Deus e quem busca a ele. Essa é a diferença entre o mundo e o reino de Deus que não é deste mundo.


O que não deve ser seguido depois de ser sabido implica desobediência a Deus.

Crescimento Ao termos em mente a consciência de que nossa existência não deve ser egocêntrica, sabemos que nossa missão é gerar vencedores. Para isso, precisamos crescer espiritualmente em Cristo de modo que estejamos aptos a colaborar para o crescimento espiritual da humanidade que, por sua vez, propicia o crescimento nos demais aspectos da existência humana. Ao crescer espiritualmente, o indivíduo se liberta das amarras das letras que aprisionam o espírito. Muito dificilmente uma pessoa de grande bagagem cultural conseguirá desenvolver-se e adquirir sabedoria nessa área. Não obstante, muitos PHDs obtiveram tal êxito. Cuidado:

“A

letra mata, mas o Espírito vivifica”(II Co 3:6).

discernimento Quando se sentir mal com uma oferta, um gesto, um conselho, uma sugestão, um comportamento, por mais excelente que seja, fique antenado. Males oprimem. Discirna bem o bem do mal. Uns se aproveitam da carência alheia ao passo que outros se vendem por um prato de lentilhas (Hb 12:16).


Dr., Dr.? Há doutores que convencem e doutores convencidos. Os primeiros alcançaram o que são; os últimos se sentem pelo que são. Amós foi meu professor de Latim na faculdade e com ele aprendi que há doutores que ninguém imagina que sejam pela sua simplicidade e discrição. Disse também que nem sempre um médico é doutor, mas um professor pode ser doutor e ninguém o chama de doutor. Há muitos que são chamados de doutor sem serem doutores, mas se acham. O meu professor era doutor e, a julgar pela humilde aparência, ninguém dava nada por ele. Dr. Amós. Dr. Zezinho queria ter os pais para conversar, mostrar suas conquistas e como não os tinha falou disso para os outros com a mesma intenção e com a mesma intensidade emocional. Seus parentes poderiam até não ter capacidade para acompanhar seu raciocínio, não ter interesse em seus assuntos, não ter qualquer relação com sua área profissional, mas, porque o conheciam, o ouviam com respeito pela sua dignidade. Ele queria falar, apenas falar e falar, pois quando se conquistam vitórias, o desejo é relatá-las. Para quem não o conhece nem conhece sua vida, logo o tacha de presunçoso, que quer aparecer. Nem sempre é assim, mas muitas vezes e quase sempre é assim. Antes,


porém, de conceituar as pessoas é preciso saber o porquê de suas atitudes. Tudo tem um fundamento lógico e razoável. Na contramão desse entendimento é superpreciso saber com quem se conversa, pois há os que não são e assumem descaradamente que são. Quantos deram ouvidos a esse que se dizia e se sentia, autoentitulando-se Doutor! Era o mal encarnado sob o falso título, contaminando mestrandos com suas mentiras acadêmicas, propondo-se a auxiliá-los em seus estudos sem sequer ter tal capacidade. A máscara caiu, evidentemente. Não basta falar, tem de provar. Ter o título de doutor em qualquer área do conhecimento, não importa qual seja, contanto que seja doutor, é questão de elitismo congregado a modismo. Ser doutor na sua área específica é questão de responsabilidade e compromisso sociocultural. Sim pela honra, mas também pelo dever. Adquirir e transmitir conhecimentos é uma dádiva de Deus. Portanto, não deve ser banalizada.

esperança Bate-papo com Deus: – “Olhe para o céu e veja as estrelas”. – “Senhor, estou olhando e não vejo estrela alguma”. – “Assim como você não vê as estrelas no céu, mas elas existem e estão lá, e na hora certa vão se manifestar, assim são as minhas promessas. Você não vê seu cumprimento, mas


elas existem e vão se cumprir, na hora certa que eu determinei”.

Fé Se for por desespero, não chore! Espere, não desespere. Se houver esperança em meio à dor, então chore! Creia: Não importa quão ruim seja uma situação; ela mudará. Não importa qual seja o vento; importa o Senhor Jesus. Tenha fé! Alimente a sua fé! Aumente a sua fé!

“Entristecidos, mas sempre alegres” (II Co 6:10). Minha amiga Alice Maior disse assim: – “O não de Deus é sim! Entende tu esse mistério ? - Bom Dia! ;)” – “Explica”, pedi a ela. – Ela respondeu: “A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável... Portanto, o não de Deus é sim, pois Ele sabe o que é melhor pra vc! - l Coríntios 2.9 “agradável!”” – Cantando, percebi: ♫Deus cuida de mim na Deus cuida de mim... sombra das suas asas, Se uma porta se fecha aqui Deus cuida de mim, eu amo Outras portas se abrem ali a sua casa, Eu preciso aprender mais de E não ando sozinho, não Deus porque ele é quem estou sozinho, pois sei: cuida de mim, Deus cuida de mim♫


A mãozinha linkadora está sempre apontando para cima. Mudar o seu aspecto não é recomendado, pois pode confundir o visitante da página.

Tudo a ver com um monte de gente que usa esse gesto do pointer original para indicar Jesus. Analogamente, em Jesus não há confusão. Interessante é que até a informática sabe que se mudar a direção pode ocorrer problemas.

“Se o sábio aponta para a lua, o idiota olha para o dedo”, e diz um outro: “Pra quem entende, um pingo é letra”. Diz o ditado:

No meio do caminho da semeadura das ervas aromáticas sempre se encontra uma pedra.

“Os caminhos do Senhor são justos; os justos andam neles, mas os rebeldes nele tropeçam” (Os 14:9).


E o povo de Deus canta: ♫ Remove a minha pedra Me chama pelo nome Muda a minha história Ressuscita os meus sonhos Transforma a minha vida Me faz um milagre Me toca nessa hora Me chama para fora Ressuscita-me♫ São pedras internas que nos atrapalham como desequilíbrio

emocional,

administração

financeira,

desarmonia familiar, dificuldade nos relacionamentos. Há também pedras que surgem no caminho involuntariamente nas quais os homens tropeçam voluntariamente: concupiscência do olhar, do olfato, do toque, que levam à traição, ao adultério, e podem causar a desintegração familiar; idolatrias que provocam a troca do certo pelo duvidoso; orgias que promovem desordens responsáveis pela destruição da pessoa em si assim como no âmbito sociofamiliar. Essas práticas não deixam a pessoa viver em paz e

“não herdarão o Reino de

Deus” (Gl 5:19-21)

mudança Não importa quão ruim seja uma situação; ela mudará.


Jesus não faz estardalhaço, age no silêncio, não quer e não precisa aparecer. Ele sabe que vai ganhar almas, no silêncio. Pessoas que ficaram curadas de doenças horríveis e só ele sabe disso, e ganhou aquela alma como ninguém o poderia, e através dela vêm outras porque a gratidão é tanta que a pessoa só quer agradecer a ele, agradando-o. A fama de Jesus se alastra pelo poder do amor.

saúde “Para que orar pela saúde se é certo que vamos morrer um dia?” Devemos orar pela saúde enquanto temos vida a fim de vivermos uma vida saudável já que não sabemos quando vamos morrer; enquanto não morremos, por que não vivermos bem, mesmo que seja num leito terminal? Saúde física, saúde mental, saúde emocional, saúde espiritual. Viver, com dignidade. Morrer, só Deus o sabe.

surpresa Aprendi que surpresa não é só de coisas grandes, mas também de pequenas coisas que confortam nosso coração. Às vezes, surpresa é simplesmente reconhecer que nossa decisão é perfeita, contrariamente à nossa autocrítica, pelo simples


fato de descobrir que alguém pensa como nós em face de uma situação difícil e que teria a mesma postura. O Senhor é quem providencia bons encontros, pois nos confirmam, nos fortalecem e trazem paz ao nosso coração.

Sucesso...

Do que depende o sucesso? Sucesso não se ganha, se conquista. Sucesso não é fama, mas resultado do bem que se pratica. Atitudes espontâneas, sem forçação de barra para mostrar serviço, contribuem para o sucesso. Correspondem às emoções que atuam positivamente em favor de si mesmo e dos outros. Sucesso é livre de pressões e acontece naturalmente. É impossível guardá-lo para si. Sendo puro, se exibe com humildade.


Oração Oração é uma consequência da minha relação com Deus porque é um meio que me conduz até ele quando vivo com ele e para ele; dessa forma, a minha tendência é orar incessantemente. Deus é a fonte de todo o poder: o poder de curar (Lc 5:17), o poder de livrar (Dn 3:17), o poder de salvar (Hb 7:25), o poder de regenerar (I Pe 1:23), o poder de abençoar (Nm 23:20), o poder para ajudar e para fazer cair (II Cr 25:8), etc., e não a oração. Se atribuirmos poder à oração baseados numa concepção errônea de seu verdadeiro sentido estaremos personificando-a com os atributos imanentes de Deus – o Todo-poderoso (Ap 19:6). Uma exegese perfeita das Escrituras Sagradas prova que o poder pertence a Deus (Sl 62:11) que pode todas as coisas (Jó 42:2; Mt 19:26), pois para ele nada é impossível (Lc 1:37). Logo, a oração não é poderosa em si mesma visto que depende de fé e obediência a Deus. A oração é ineficaz,


não produzindo o efeito necessário, se quem ora não tem fé e não obedece nem se entrega fielmente a Deus (Tg 5:15, 16). Oração é conversa espontânea com Deus em que lhe faço pedidos, lhe agradeço por dádivas recebidas, a quem exponho minhas dores e alegrias, a quem revelo meus sonhos. Oração é um momento especial com Deus, só ele e eu; sem que eu diga uma palavra, ele me escuta no mais íntimo do meu ser. A oração tem força, mas o poder é de Deus! Corrigindo uma frase muito antiga:

poder”.

“Tudo é força, mas só Deus tem

Deus não é poder. Deus é amor, porque o amor tem

mais poder que o poder. O poder de Deus não se compara a nenhum outro poder, pois tudo está debaixo de seus pés e sujeito à sua vontade soberana. Uma pessoa só ora porque está fortalecida pelo Espírito Santo para poder fazê-lo porque ele é quem lhe dá essa condição. Caso contrário, também precisaria de alguém para interceder por ela. Logo, fazer oração ou intercessão não é motivo de vanglórias para ninguém. Faz quem tem amor de Deus no coração, esse amor que faz a gente chorar pelo infortúnio de alguém, que toca o nosso coração para interceder por alguém e crendo na sua salvação ou libertação, que cria no nosso coração o desejo de ver alguém feliz e plenamente realizado, etc., tudo de bom! Diferentemente de um desejo mesquinho. Como orar?


Orações legalistas, utilitárias ou maliciosas não tocam o coração de Deus, pois não são do seu agrado: aquela oração que se faz por obrigação cristã, aquela oração que se faz para mostrar serviço cristão, aquela oração que se faz da boca para fora porque da boca para dentro só se encontra um coração vazio e muitas vezes enganoso, aquela oração que se faz com interesse em ganhos pessoais como elogios ou presentes, aquela oração que se faz com o objetivo de saber da vida do irmão como furo de notícia e sair pelo mundo espalhando a sua penúria. Deus em sua pureza e santidade eterna não ouve esses tipos de oração. Ele conhece a intenção do coração e jamais poderá ser enganado.

“Não se deixem

enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá” (Gl 6:7).

Pode-se enganar o

homem, mas não se pode enganar a Deus.

“O que tem um

coração puro não cessará de orar nunca, e o que for constante na oração conhecerá o que é ter um coração puro” (Père Lacombe). Intercessão “Orai uns pelos outros” (Tg 5:16).

A oração de um

crente tem muita força quando ele está em plena comunhão com Deus.


Saber que alguém está com problemas sintomáticos de falha moral ou falha no caráter, mesmo que ele não saiba disso, como o caso de ser ingrato e não se dar conta, e deixar de interceder em seu favor para que ele se converta do seu mau caminho, constitui pecado. Quando amamos alguém, o nosso desejo natural é que ele esteja bem e seja bem-sucedido na vida, e se algo vai mal, nossa tendência é pedir a Deus que cuide dele da mesma maneira que pedimos por nós. Acontece, às vezes, de Deus não atender às nossas orações devido ao coração de pedra daquela pessoa, e, além disso, nos instruir, ainda, a não orar por ela devido à sua rebeldia consciente ou inconsciente. Olha só o que Deus diz a Samuel:

“Até quando

terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel?” (I Sm 16:1). Se o intercessor teima em continuar orando por aquela pessoa, isso será o mesmo que se rebelar contra Deus pela desobediência e se Deus que é Deus não tem pena da pessoa, por que eu vou ter? Parece até que estou querendo ser mais bondosa que Deus. Isso não é de Deus. Quem gosta de usurpar o lugar de Deus? A esse não sigamos. Então, se Deus disser ao nosso coração para não interceder por alguém ou não fazer nada por alguém, obedeçamos ao Senhor. Deus quer que todos sejam salvos, mas muitas vezes ele sabe que pessoas más jamais se converterão de seus erros, jamais se arrependerão devido à


sua raiz maléfica; por isso, ele diz que certas pessoas ouvem e não entendem, veem e não percebem (At 28.26,27) e assim não se arrependem e não são perdoadas porque estão fechadas para a verdade, sendo impossibilitadas de compreender seu significado. Entender as coisas de Deus não interessa muito a determinadas pessoas enquanto sociedade, pois o que elas querem mesmo é ter a garantia da felicidade em todos os sentidos, mesmo que para isso permaneçam em suas vaidades e orgulho e mentiras e hipocrisias e malícias, e tudo o mais que não agrada a Deus, mas lhes agrada. Como toda intercessão tem uma resposta no momento certo, acaba rolando uma química espiritual em que “nada se perde, tudo se transforma”, e aquela pessoa específica, no seu particular, na sua intimidade com as múltiplas dores da alma, começa a perceber que as coisas de Deus têm significado real. Esse momento chega à vida de qualquer pessoa em qualquer lugar em qualquer condição. Outra coisa importante: não há necessidade da pessoa por quem intercedemos ficar sabendo do nosso feito para que venha a nos agradecer como forma de reconhecimento – isso seria vaidade da nossa parte, posto que esse nosso gesto deve ser uma prática de amor incondicional. O que não podemos cuidar, Deus cuida e garante aquilo que nossa preocupação não pode cuidar. Orar e não se


preocupar. Deus tem mais amor por nós do que pelas coisas. Creia nisso!

Louvor Deus habita em meio aos louvores (Sl 22:3). Louva-se a Deus não apenas cantando, mas exercitando todos os seus ensinamentos. ♫Ele tem poder♫ Deus tem um plano traçado inteiro levantar pra tua vida Ele é Senhor e cumpre, é Nada pode impedir a sua Deus de força, é Jeová mão Quando Ele entra na guerra Ele sempre está disposto a é pra vencer mandar vitória Ele tem poder, dá vitória Ele diz: "é o momento de pra você agir Volta para: Ele diz: “é o e uma providência vou momento de agir” mandar Eu sei que toda a aqui neste lugar" enfermidade hoje vai ter Quando Deus decretar a que sair tua vitória Ordene agora e veja o Sai da frente toda inimigo fugir potestade, toda Pois Deus está presente incredulidade aqui neste lugar Ele ainda é o mesmo não é Eu sei que de mãos vazias homem pra mentir não sairemos daqui Coisas que não são Ele Levante as mãos agora para ordena e faz existir receber E veja o impossível E não adianta o inferno aqui acontecer


louvores

que

devem

ser

cantados

com

discernimento espiritual para evitar confusão quanto ao seu significado. Tudo indica que pretendem estimular o crente a orar, mostrando que orando ele pode alcançar a graça de Deus em seu favor e conquistar vitórias. Contudo, declarar “eu creio no poder da oração” sem o perfeito entendimento da expressão “poder da oração” pode desviar a mente e o coração do foco que é Jesus e atribuir um poder à oração em detrimento do poder de Deus. Na realidade, a oração deve ser um meio através do qual eu possa concretizar o objetivo maior que é a comunicação com Deus visando a uma comunhão com ele que gere frutos para arrependimento, conserto e paz. ♫Poder da Oração (1)♫ Eu creio no poder dos joelhos que se dobram Eu creio no poder da oração Eu creio no poder das mãos que se levantam Eu creio no poder da oração (...) Pois eu creio no poder da oração Eu creio no poder da oração (...) ♫Poder da Oração (2)♫ Vou pedir a Deus pela nação, pois a oração é a arma de um cristão... Sei que a oração move montanhas,a oração destrói muralhas, A oração transforma vidas, A oração cura as feridas a oração nos traz vitória, nos faz viver de glória em glória, move o coração de Deus emfavor dos filhos...


É o Senhor Jesus quem tem poder e move tudo em nosso favor, até as mínimas coisas para os que não creem. Licença poética (que nem seria o caso) é uma coisa, intencionalidade textual é outra. Ridiculamente falando: uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. A segunda faz com que o texto exerça uma influência, muitas vezes proposital, sobre o leitor. Se esse fosse o caso das referidas letras das músicas, dar-se-ia a necessidade de vigiar:

“Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá” (Ef 5:14). Contudo, sabe-se que essas músicas foram criadas para o louvor de Deus; portanto, inocentes. Por isso, basta aplicar-lhes o entendimento correto para chegar à aplicação correta. Poder dos joelhos, poder das mãos, poder da oração. É muito Eu pra pouco Deus. A oração move montanhas, a oração destrói muralhas, a oração transforma vidas, a oração cura as feridas, a oração nos traz vitória, (a oração) nos faz viver de glória em glória. As músicas são lindas e tocam o nosso coração, mas não dava pra dar um jeitinho e citar o nome de Jesus, Deus, nelas? Adoradores, isto é, compositores e cantores de louvor devem ter muito cuidado com o que compõem e com o que cantam. É possível incentivar alguém à oração através da música sem deixar de falar do poder de Deus porque ele é


quem recebe a oração e é ele quem pode atendê-la. Imagine as músicas da seguinte maneira: ♫Creio no poder de Deus/ por isso dobro meus joelhos/ para lhe dirigir minhas orações. ♫Eu Sei que Jesus move montanhas/ sei que Jesus destrói muralhas/ sei que Jesus transforma vidas (...) / Jesus Cristo faz vencer cada um dos filhos seus. As letras dessas músicas podem ser inocentes, mas esquecem de exaltar o poder de Deus ao atribuir poder aos elementos presentes nelas. É preciso ter cuidado porque em vez de dar a Deus o perfeito louvor e a perfeita adoração que só a ele pertencem, se enaltecem poderes que não são poderes, mas atitudes dos que esperam em Deus. Um cristão assíduo poderia ter um sonho, um objetivo, um desejo, que não condissesse com a justiça e a vontade divinas, mas, sem o discernimento necessário, ora para alcançar seu propósito. Ou, poderia acontecer de um cristão eventual que orasse, fosse pelo que fosse, alcançasse seu objetivo. Há tantos pedidos absurdos, egoístas, maliciosos, impuros, indecentes, imorais, escusos, prejudiciais, etc. Nesse caso, que caos seria se bastasse uma pessoa orar! A oração deve ser um diálogo do crente com o Deus Todo-poderoso que examina os pedidos e os concede conforme a sua vontade e a sua justiça. Por isso mesmo, em sua onisciência, Deus permite que o crente nele ore e aguarde sua apreciação e possível aprovação.


A oração não tem poder para dar ordens a Deus para ele agir. O poder pertence somente a ele que não divide sua glória e poderio com ninguém nem com nada. Por mais que esse nada leve a Deus, nunca terá o seu poder.

Jejum O jejum não tem poder, o poder de Jesus. É mandamento do Senhor. Perfeito! Atribuir poder a ele em detrimento da exaltação do poder de Deus é o mesmo que lhe dar louvor imerecido: “Ah, quando faço jejum consigo tudo o que quero. Jejum poderoso!”. Jejum vs. Jesus, quando deveria ser jejum aproxima de Jesus. Ou seja, o mal, que ora se caracteriza pela transferência de poder, entra na Igreja sorrateiramente em nome de Jesus pela manipulação imperceptível do pensamento, apagando o seu nome. Bênçãos são alcançadas unicamente pelo poder de Deus. É uma questão de fé. Deus é poderoso para agir. Não há necessidade de nenhum recurso fora dele. Jejum é um veículo que possibilita a aproximação com Deus. Ele une, leva a Deus, mas é uma ação que não pode nem deve tirar a glória de Deus. O objetivo final da oração não é ser aclamada e receber os louros da vitória, mas mover o coração de Deus em meu favor de modo a produzir o efeito desejado, primeiro por Deus e depois por mim. O mesmo se dá com relação ao jejum.


Eu creio no poder de Deus porque é ele quem ouve a minha oração e me atende, ou não, segundo sua vontade; não é a oração que ouve a minha oração e me atende ou deixa de me atender, tampouco meu jejum. Portanto, poderoso é Deus e não a oração ou o jejum. A oração e o jejum não têm poder. O poder é de Deus.

Leitura bíblica diária

Não importa a versão da Bíblia Sagrada. Importa que você a leia com o coração aberto. A Palavra de Deus é uma só, não muda, assim como o Dono da Palavra não muda, pois é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Só será possível ouvir a voz de Deus se você abandonar conceitos e preconceitos contra a verdade divina. Esqueça o que dizem a respeito dela, que foi escrita por homens, que contém erros, que é fantasiosa, etc. A verdade é que quando você a lê com o firme e sincero propósito de alcançar o conselho e a direção de Deus, você os alcança. Sempre gosto de ler a Bíblia Online todos os dias antes de iniciar o meu trabalho. Li hoje as seguintes passagens


bíblicas:

“Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido;

porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos” (Is 6:5); “E foi Jesus com eles; mas, quando já estava perto da casa, enviou-lhe o centurião uns amigos, dizendo-lhe: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado” (Lc 7:6). Eu cheguei a levar um susto ao abrir a janela como faço todos os dias antes de iniciar o meu trabalho ministerial da palavra escrita, pois ao abrir a janela, vi uma nuvem preta subindo pelo céu e era enorme e densa e me assustei com o que vi: “Ai meu Deus, o céu está tão escuro!”, mas depois percebi que era uma enorme nuvem de fumaça preta e imediatamente a associei à palavra que acabara de ler antes de abrir a janela. Entendi que Deus estava confirmando em meu coração a sua palavra de que a sua glória enchia o céu e logo pude entender que estava sobre a minha vida, pois foi a mim que ele a revelou. Para entender corretamente a palavra do Senhor, li os versículos anteriores e os posteriores, encontrando justamente o versículo quatro que dizia: “E a

casa se encheu de fumo”. Uma nuvem de fumaça encheu o céu,


o céu do Senhor. A nuvem representava a glória do Senhor (I Rs 8:11). Deus estava me fazendo entender conforme toda a leitura, que, apesar de toda a sua glória, ele não nos rejeita, mas retira a nossa iniquidade e purifica de todo o pecado para que possamos desenvolver o nosso ministério que nós mesmos temos decidido seguir após ele nos ter concedido o talento. Mesmo sendo indignos conforme a palavra revelada nos dois textos, o Senhor nos considera e nos concede graça. Antes ainda de fazer a leitura diária da Bíblia online, leio a minha Bíblia de cabeceira em devoção matinal ao Senhor. E, nessa mesma manhã, ele me deu sua palavra em Efésios 2:21,22 –

“No qual todo o edifício, bem ajustado,

cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito”.

Em seguida, faço uma referência cruzada dos

versículos correspondentes para um maior esclarecimento acerca do que o Senhor está querendo ministrar ao meu coração para todo aquele dia com relação a todos os afazeres e comportamentos e sentimentos para que minhas simples ofertas lhe sejam aceitáveis; enfim, para o que a palavra me direcionar. Deus nos protege e nos abençoa. Assim, encontrei as explicações de Deus para o meu coração:

“Antes,

seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele


que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor” (Ef 4.15,16); “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo” (1 Co 3.17); “E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (2 Co 6:16); “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (1 Pe 2.5). Deus fala através de qualquer coisa que ele queira usar para manifestar a sua presença e a sua glória. Nós é que precisamos estar atentos, ligados nele porque as suas revelações são poderosas para nos guiar aos mais excelentes resultados de todos os nossos empreendimentos. Pássaros voaram no céu após a fumaça se dissipar no ar. Primeiro o Senhor passa, depois passa a sua criação... feliz e exuberante!


Entendi que Deus estava me declarando a sua bênção sobre a minha vida a fim de me purificar e me confirmar como sua serva que busca servi-lo em espírito e em verdade com aquele dom mais precioso que ele me tem concedido. Na noite anterior a esta manhã, antes de me deitar, orei ao Senhor sobre o que eu pensava que ele deveria fazer para me socorrer em meio à minha necessidade, crendo que as minhas ideias lhe serviriam e ele poderia usá-las me meu favor para que me atendessem naquilo que eu buscava, como se eu estivesse querendo ensinar Deus como agir para que eu pudesse ser beneficiada, que meios ele deveria utilizar para me ajudar, como se eu o estivesse instruindo, ao que ele me exortou, e eu pude entender que ele cuida de mim conforme a sua mente, pois os seus pensamentos nada têm a ver com os meus que são totalmente disparatados diante dos dele. Desta forma, ele me respondeu:

Porque, quem conheceu a mente

do Senhor, para que possa instruí-lo? E a continuidade do versículo me mostrava o quanto Deus me considera, dandome a oportunidade de reconhecer que ele me revela seus pensamentos por meio das Escrituras, e me aceita ao dizer: Mas nós temos a mente de Cristo. (I Co 2:16).

E,

referenciando cruzadamente os versículos, o Senhor ia me respondendo:

“Quem guiou o Espírito do SENHOR, ou


como seu conselheiro o ensinou?” (Is 40:13); “Porque, quem esteve no conselho do SENHOR, e viu, e ouviu a sua palavra? Quem esteve atento à sua palavra, e ouviu?” (Jr 23:18); “Porque quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?” (Rm 11:34); “Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer” (Jo 15:15); “(Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorrite no dia da salvação;: eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação) ” (II Co 6:2) “Assim diz o SENHOR: No tempo aceitável te ouvi e no dia da salvação te ajudei, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, para restaurares a terra, e dar-lhes em herança as herdades assoladas” (Is 49:8). Em concordância com aquela palavra, o Senhor me confirmou que me purifica e me santifica para estar apta a fazer a sua obra já que, por certo, mesmo sem querer, peco, ato do qual preciso estar limpa para poder produzir frutos para o seu reino. “Eu sabia que era errado, mas não sabia que era pecado.


Perdoa-me, Senhor, pois era a minha ignorância. Eu só pensava em satisfazer as delícias e concupiscências da carne; não pensava no espírito nem pelo espírito”. O trabalho de descontaminação da mente, do corpo, do coração e do espírito deve ser diário. Parcial ou integral, Deus o sabe. Faça a sua parte: dedique-se a isso!

Os meios de Deus Ninguém tem capacidade para compreender os meios utilizados por Deus para se comunicar com o seu povo. O que é de Deus, leva a Deus; o que não é de Deus, não leva a Deus. Eis a VISÃO! Simples assim! Mônica Campello. VISÕES E SONHOS TÊM SIGNIFICADO?

Quantos cristãos andam tendo visões e sonhos a partir dos quais colocam palavras na boca de Deus, declarando que ele disse isso ou aquilo quando na verdade Deus não disse nada? Ou ainda, os sonhos são pelo poder de Deus, mesmo quando não são para sua adoração, mas para o cumprimento da sua palavra:

“Por isso lhes falo por parábolas; porque eles,


vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem (...) Porque o coração deste povo está endurecido (Mt 13:13,15).

Algumas pessoas creem que seus sonhos são a

vontade de Deus para benefício delas porque a resposta na vida real corresponde a eles, mas não sabem que isso faz parte do plano divino para o Dia do Juízo. Uma mulher, por exemplo, fica radiante de felicidade porque teve um sonho na noite anterior concretizado imediatamente na manhã do dia seguinte em que um homem de grande importância mundial beija seu filhinho. Uma multidão de adoradores seus desejam esse beijo, um simples toque dele, e ela consegue isso, declarando para toda a humanidade que Deus mandou que ela fosse àquele lugar porque o sonho se concretizaria. Qualquer pessoa ouvindo essa notícia vai acreditar piamente que aquele homem não é um ídolo, mas um homem enviado por Deus. E assim as Escrituras começam a se cumprir. Propósito divino. Os incrédulos de Jesus tornam-se cada vez mais endurecidos para ouvir sua mensagem salvadora, alugando suas orelhas para ouvir palavras de homens que iniciam seus discursos efusivos com referências a Cristo e os terminam com referências aos seus motivos de modo que todos o elogiam destituídos de um perfeito entendimento das coisas.

“Alguns

ainda não têm conhecimento de Deus (I co 15:34). A luz do


evangelho surgiu para iluminar os povos que ainda se encontram em trevas. Urge que se receba de Deus discernimento espiritual e sabedoria para interpretar com perfeição os eventos cotidianos relacionados à fé. Caso contrário, coisas terrenas com uma visão sensacionalista começam a tomar corpo e a roubar as verdades divinas.

“Quão tremendo és tu nas tuas obras!

Pela grandeza do teu poder se submeterão a ti os teus inimigos” (Sl 66:3). Não há nada maior que o poder de Deus, mesmo quando a ele se assemelha algo de proporções imensuráveis e isso, saibamos, mediante sua direção e permissão. Deus me deu a visão de uma pedra gigantesca que depois assumia a aparência de um enorme navio, mas o navio não chegava a ser maior que a pedra. Logo depois, vi literalmente a imagem de um navio muito grande que serviu como um meio de confirmar a visão. A imagem da visão nunca chegaria a ter a proporção do poder de Deus que ela representava. O

poder

de

Deus

é

inigualável. Nada pode se


comparar. Ele está presente em todo o universo, mesmo que não consigam enxergar.

No mundo atual, a igreja vive no mundo, mas a Igreja continua sendo do Senhor. Ela é a Noiva de Jesus. É moda ser crente, ser pastor, ser reverendo, ser bispo, ser apóstolo, ser ministro, ser profeta. Todo o mundo quer ter um carguinho na igreja. Mas quem de fato quer seguir o Dono da Igreja já que esses se acham donos dela? Aplicar-se a falar bonito todo o mundo quer, mas quem quer aplicar-se a ouvir a verdade?

Para medir a minha fé, basta-me mentalizar a arena do Coliseu, colocar-me na condição de cristão perseguido e me perguntar se eu negaria a Cristo a fim de salvar a minha vida. Para que voltar tão longe se posso fazê-lo neste momento? Ao visitá-lo, contemplamos um monumento histórico em ruínas que nos traz à memória todo o mal praticado


naquele local que figurava como o palco dos horrores. Aspiramos pela mente o fedor que exalava do desfecho de cada barbárie executada contra pessoas indefesas e tantos inocentes. Visualizamos pela mente os gestos provenientes dos prazeres sádicos de um público mórbido que se comprazia com os mais diversos tipos de atrocidades. Era a política de “Pão e circo” que, na verdade, nunca vai deixar de existir, diferenciando da sociedade contemporânea em vários setores apenas, ou, digamos, “pelo menos”, pelos métodos utilizados. Daqueles túneis escuros parece que ouvimos as vozes dos que se transformaram nos artistas dramáticos daqueles espetáculos funestos. Muitos cristãos perseguidos deveriam negar sua fé em Cristo sob a condição de ficarem livres das feras famintas enjauladas à espera de alimento. Como não se subjugavam, eram estraçalhados. Ouve-se dizer que muitos deles, como mártires, gritavam o nome de Jesus durante o suplício até a morte. Meu Deus, tenha misericórdia de mim. Como eu quero te anunciar aos povos, mas será que eu teria essa coragem? Por isso, meu Deus, te peço perdão pela minha fraqueza e até talvez falta de fé, me perdoa, mas me ajuda, me fortalece, para que eu seja digna de ser chamada pelo teu nome. Perdão, Senhor.


É muito fácil dizer “Sou de Cristo”, dizer que é crente em Deus e que passa provações, mas obedecer à vontade de Deus, fazer o que ele diz claramente, quantas vezes recuamos diante disso? Imagine uma situação daquela? Clamamos, sim, pela misericórdia de Deus porque conhecemos muito bem as nossas fraquezas, mas a própria palavra de Deus nos ensina que podemos tudo em Deus que nos fortalece. Se não somos fortes o suficiente para agradá-lo, que oremos para nos tornarmos capazes de fazê-lo. Creio que confessar as fraquezas na tentativa de vencê-las já é um grande passo em direção à fidelidade a Deus que é, sempre foi e sempre será fiel. Que sejamos à sua imagem e semelhança pelo seu poder. Aí, surgem alguns que se intitulam “homens de Deus”, apresentando-se como imaculados para poder repreender outros por aquilo que eles mesmos fazem, e, às vezes, até pior, com a mera intenção de permanecer no poder. Enganam astutamente suas vítimas com pios olhares, palavras e atitudes a fim de conquistar seu objeto de desejo. Apreciam ter autoridade, status, fama. E assim se dirigem aos púlpitos cujas plataformas são tomadas de vacas de presépio obedientes aos seus mandos, abaixando-lhes a cabeça a todas as suas concupiscências, mantendo-se caladas para não perderem suas posições eclesiásticas. Adulação em cima de adulação, hipocrisia em cima de hipocrisia, mentira em cima de mentira. Lobos e vacas brincando de ser crentes; zombando de Deus


em sua longanimidade. Mas tudo tem um limite. E tudo tem o BASTA! de Deus. Lamentavelmente, os homens estão crendo no homem.

“Assim diz o SENHOR: Maldito o homem

que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR” (Jr 17:5). Em sua onisciência, Deus trabalha em favor dos inocentes que veem o “palco”, mas desconhecem o que está por trás dos bastidores. Os artistas treinam as estranhas apresentações que farão no púlpito ou no altar como palavras de persuasão, encenação nos cânticos, constrangimentos indiretos nas ofertas, mas o ouvinte de fé espera em Deus e crê que eles são instrumentos divinos capacitados para lhes transmitir a revelação de que necessitam. Ignoram ou não se importam em saber que permanecem no exercício de suas funções eclesiais pela permissão de Deus justamente por causa daqueles dos quais ele se compadece. Como não se preocupam com o porvir, pensando que Deus está dormindo, que não está vendo nada, ou até que ele não existe (sabe-se lá o que eles pensam), continuam atuando em prol do próprio ventre cuja fome multiforme é insaciável. Mantidos por Deus pela sua misericórdia, lembrando que quando Deus quer, ele usa até uma jumenta para falar (Nm 22:30), aquilo que pregam realmente tem valor e se baseia na verdade para o crente sincero, mas para eles é algo


obscuro e sem significado, sendo enfático somente para fins de retórica; é algo que funciona para os outros, mas não para eles. São coisas que não se lhes aplicam. Como no sonho, um quadro negro,

sem

palavras

escritas,

totalmente limpo na aparência, mas contendo mistérios inacessíveis àqueles homens. Deus de fato fala através deles, todavia conhece seu coração que denuncia segundas intenções. Eles darão conta disso.

“Segundo a obra do homem, ele lhe paga; e faz a cada um segundo o seu caminho” (Jó 34:11). #AgenteatétremedaPalavradoSenhor.

“Façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam” (Mt 7:12).


Sonhei que uma mulher se insinuava para meu marido e comecei a tacar contra ela milhares de bolinhas verdes de uma árvore qualquer. A mulher era descarada, safada, vil, não tinha vergonha na cara, abusada, e debochada. E andava com a mãe que a acobertava em seus erros. A flagrei com meu marido e atirei mais bolinhas contra ela, mas não adiantava. À noite, chateada, fui dormir em outro cômodo distante de meu marido, e ela se aproveitou para deitar ao lado dele. Então, levantei-me furiosa, fui até o quarto, tireia da cama de meu marido e deitei ao lado dele. Avistei uma bolinha no seu ânus. Derrubei-a no chão para tirála quando, então, vi que havia muitas outras. Tirei todas. Ela pegara dezenas de bolinhas e enfiara no ânus com a intenção de me culpar. Depois disso, eu a proibi de se aproximar de meu marido. Mas ela não me acatou e desconfiei que eles estariam juntos. Confirmado, fui em direção a eles e não deixei que ele a levasse para casa. Ali naquele momento ele não o fez, mas depois ele voltou e encontrou-a com sua mãe, entraram no carro dele e seguiram, e eu fiquei muito chateada por que todos na rua viram aquilo, incluindo pessoas da igreja. Depois eu passei por uma rua e havia um homem atirando bolinhas do mesmo tipo e senti algumas delas me atingindo, e doía, e pensei: “Poxa, isso dói. Foi isso o que a moça sentiu”. Interpretação: A cor verde das bolinhas chamava a atenção porque destoava do resto do ambiente que não tinha colorido. As bolinhas

aparentemente

insignificantes

tinham

grande

significado. Por isso tinham cor. Pequenas ofensas, pequenos ataques podem se tornar de grande vulto. Uma pequena palavra pode marcar uma vida inteira. Pequenos gestos podem


deixar grandes cicatrizes na alma e no corpo. Precisamos ter cuidado para não ferir ninguém com palavras e com ações. Tudo o que fizermos por certo retornará a nós algum dia, e talvez nem saibamos que estamos respondendo por aquilo que de mal fizemos. Nunca deixamos de ser responsáveis pelo que nos ocorre. Teoria estímulo-resposta, lei filosófica de causa e efeito, não importa a conceituação para os eventos; importa o comportamento resultante deles e suas consequências. Sempre haverá uma resposta ao que fizermos ou algo para nos despertar a fim de não fazermos. Tudo tem um propósito debaixo dos céus. Nada acontece por acaso. Aliás, o acaso não existe. Deus existe! Ser atacado não é desculpa para atacar se não for em tempo hábil para se defender. Atacar alguém depois de ter passado o evento não é defesa, mas vingança. A vingança é do Senhor (Rm 12:19). Esse ataque em retorno fora de hora só serve para macular o caráter daquele que parecia ter razão. Saber atacar é uma arte. Sentido de defesa. Não se usa qualquer método para esse fim. Ao entrar numa batalha, o guerreiro deve se apropriar das armas certas e ser comandado por alguém competente. Jesus é General de guerra e suas armas são potencialmente poderosas (Ef 6:13-19). Pessoas do mal sempre procuram pessoas iguais para as acompanharem. Uma reflete os atos da outra. Tanto uma quanto a outra não são confiáveis. São cúmplices dos próprios


erros. Quando somos traídos, ofendidos, atacados, nossa tendência é revidar, mas isso não resolve porque acabamos nos igualando ao inimigo, e desse jeito nunca vai reconhecer que está errado e buscar se corrigir. Ele nos prejudicou e continuará prejudicando outros. Nossa missão é evitar o próprio sofrimento e também o dos outros. É uma pratica altruísta em que há caridade e não egoísta em que há malevolência. Não devemos dar brechas para o inimigo atuar. Devemos estar vigilantes, cuidando do que é nosso por direito conforme a dádiva de Deus para nossas vidas. Logo, devemos cuidar do corpo, da mente, do espírito, do coração para que não nos roubem as virtudes preciosas da vida. Caso contrário, o inimigo se aproveitará da nossa ausência e tomará o que nos pertence, pois quando não cuidamos de nós ficamos ausentes de nós mesmos. Além disso, uma pessoa deve zelar pela sua reputação, não permitindo que seja prejudicada, nem se tornar culpada por ofender a de alguém que realmente esteja errado, para que não seja acusada de calúnia, mesmo que esteja coberta de razão, pois alguém culpado de fato, quase na totalidade dos casos, não pondera o ocorrido a ponto de reconhecer seus erros ou pecados e se julga caluniado. Ter cuidado de si mesmo e, também, ter cuidado dos outros é cuidar de si mesmo. A nossa intimidade jamais deve ser invadida por nada nem por ninguém. É algo pessoal que


precisamos aprender a administrar.

“Bem-aventurado aquele

que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas” (Ap 16:15). Nunca é tarde para retomarmos nosso

lugar,

reconhecer erros, buscar a própria correção para evitar perdas. O inimigo é sujo e apronta armadilhas para mexer com nossos brios e sentimentos de modo que nos tornemos vulneráveis e presas fáceis para que ele possa manipular com seus ardis, nos fazendo carregar de culpa, onde não existia, a partir do fato de aplicarmos o método inadequado para a defesa; daí, o que era a nosso favor, se volta contra nós. Forçar pessoas a fazerem o que queremos quando elas não querem não dá resultado. Não adianta proibir, exigir, mandar. Pessoas são conVENCIDAS pelo argumento verdadeiro e razoável desenvolvido pela sabedoria dada por Deus que é dotada de vida e bem para todos por ser imparcial. É preciso que haja uma troca de interesses puros numa relação para que seja harmoniosa e proveitosa. As pessoas têm o direito de tomar suas decisões, mas devem assumir as consequências. Decisões envolvem ganhos e perdas. Os que as cercam devem respeitar sua vontade. Não devemos ficar chateados apenas porque pessoas ficam sabendo dos nossos problemas, mas ficar chateados porque não somos ou não fomos capazes de resolvê-los pelo


fato de não termos ouvido a voz de Deus quando dizia: “Faça isso, faça aquilo”, e simplesmente não fizemos nem um nem outro. E deu no que deu. Portanto, não adianta culpar a Deus pelas nossas falhas; elas são nossas por imprudência. É muito fácil tacar bolinhas sem pensar que isso vai causar dor. Uma pessoa comete erros contra nós e erramos igualmente se pensarmos em retribuir o mal com o mal. Não temos essa permissão.

“Não te deixes vencer do mal, mas

vence o mal com o bem” (Rm 12:21). Prova disso está em sentir na carne ou na alma a mesma dor que o outro sentiu quando fazem conosco o que fizemos a eles. Tacar bolinhas e sermos atacados por bolinhas! As pessoas devem evitar magoar ou ferir as outras; em vez de ofensas e ataques, correção eficaz através de admoestação justa e convincente. Seres humanos e não selvagens porquanto racionais devem se auxiliar mutuamente para que um cresça com o outro, fazendo reconhecer os erros e aprendendo a tomar decisões sábias e positivas de modo que ninguém fira ninguém. Às vezes não fazemos nada errado, mas alguém nos ataca gratuitamente como um enviado de Deus que não tem nada a ver com a nossa história de vida, ou até tem, com a simples missão de nos despertar para o bem que devemos praticar em detrimento de qualquer mal que nos sobrevenha. Somente quando sentimos a dor do outro é que podemos


compreender o que é dor. Colocar-se no lugar do outro nos ensina a viver melhor. #Evolução cristã. Esse sonho mostra um relacionamento de amores, mas serve para qualquer outra situação. O jeito de Deus ninguém pode questionar. Ele fala como quer!

“Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas” (Ap 16:15).

“Dizei aos turbados de coração: Sede fortes, não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus; ele virá, e vos salvará” (Is 35:4). “O SENHOR, Deus das recompensas, certamente lhe retribuirá” (Jr 51:56). Um líder muito carismático era responsável por uma grande área fincada por enormes parafusos em toda a sua extensão cuja superfície ficava a um nível acima do solo. Cada parafuso correspondia a um setor diferenciado de sua


liderança. Seus liderados acatavam suas diretrizes, mantendose firmes na superfície de seus respectivos parafusos. Repentinamente, começou a escoar um líquido estranho por todo o solo, contaminando-o. Apavorados, só conseguiam enxergar uma saída: atirar-se para dentro das fendas de seus parafusos setoriais a fim de se protegerem da iminente catástrofe, mas o líder foi arrastado pela correnteza e, perdendo o controle da situação, já não tinha mais condições de dirigi-los. Não tendo alternativa para solucionar o problema, ele passou a procurar culpados pelo caos que se instalou em todo o ambiente, omitindo suas falhas, acusando injustamente todos ao seu redor e criticando seus trabalhos. Os sem-líder enfraquecidos e sem o direcionamento correto, foram motivados a buscar locais nos telhados onde havia perigo de outros tipos de contaminação. Subiram ao telhado, mas era fraco e sem força e despencou e todos caíram e procuraram outros espaços e só encontraram lugares vazios. Demandas equívocas. Quando um líder cai, o mal fica na superfície e as pessoas têm de ficar na fenda para que não sejam arrastadas por ele. Ambiguidade de sentido único. Simplesmente paradoxal. ♫É a igreja fiel sem mancha nem ruga que o Salvador redimiu♫


“Ter fé agrada a Deus; ter medo agrada ao diabo”. Mônica Campello Na hora, a gente não entende... “Há muito tempo, num Reino distante, havia um Rei que não acreditava na bondade de Deus. Tinha, porém, um súdito que sempre lhe lembrava dessa verdade. Em todas as situações, dizia: – Meu Rei, não desanime, porque Tudo que Deus faz é Perfeito. Ele Nunca erra! Um dia, o Rei saiu para caçar juntamente com seu súdito, e uma fera da floresta atacou o Rei. O súdito conseguiu matar o animal, porém não evitou que sua Majestade perdesse o dedo mínimo da mão direita. O Rei, furioso pelo que havia acontecido, e sem mostrar agradecimento por ter sua vida salva pelos esforços de seu servo, perguntou a este: – E agora, o que você me diz? Deus é bom? Se Deus fosse bom eu não teria sido atacado, e não teria perdido o meu dedo. O servo respondeu: – Meu Rei, apesar de todas essas coisas, somente posso dizer-lhe que Deus é bom, e que mesmo isso, perder um dedo, é para seu bem! Tudo que Deus faz é Perfeito. Ele Nunca erra!!! O Rei, indignado com a resposta do súdito, mandou que fosse preso na cela mais escura e mais fétida do calabouço.


Após algum tempo, o Rei saiu novamente para caçar e aconteceu dele ser atacado, desta vez por uma tribo de índios que viviam na selva. Esses índios eram temidos por todos, pois se sabia que faziam sacrifícios humanos para seus deuses. Mal prenderam o Rei, passaram a preparar, cheios de júbilo, o ritual do sacrifício. Quando já estava tudo pronto, e o Rei já estava diante do altar, o sacerdote indígena, ao examinar a vítima, observou furioso: – Este homem não pode ser sacrificado, pois é defeituoso! Falta-lhe um dedo! E o Rei foi libertado. Ao voltar para o palácio, muito alegre e aliviado, libertou seu súdito e pediu que viesse em sua presença. Ao ver o servo, abraçou-o afetuosamente, dizendo-lhe: – Meu Caro, Deus foi realmente bom comigo! Você já deve estar sabendo que escapei da morte justamente porque não tinha um dos dedos. Mas ainda tenho em meu coração uma grande dúvida: Se Deus é tão bom, por que permitiu que você fosse preso da maneira como foi? Logo você, que tanto o defendeu! O servo sorriu e disse: – Meu Rei, se eu estivesse junto contigo nessa caçada, certamente seria sacrificado em teu lugar, pois não me falta dedo algum!”. (Ipsis litteris) (Autor desconhecido)

Moral: Toda obra de Deus é perfeita, pois ele não erra jamais. Devemos estar atentos ao mover de Deus. Na maioria das vezes, só mais tarde seremos capazes de entender seus feitos após ele ter cumprido o que determinara.


Deus é eternamente bom! Ele disse que nunca nos abandonaria, mas nunca negou que haveria situações difíceis. Também é verdade que as dificuldades acabam nos sendo proveitosas,

trazendo

fortalecimento,

amadurecimento,

experiência (Rm 5:3-5; 8:28). Ele zela pela sua palavra que é pura, e, quando confiamos nele, ela atua como escudo que nos protege contra o inimigo (Pv 30:5). Assim, é ótimo que aprendamos a basear a nossa vida na sua palavra, seguindo a direção correta, livre das vias tortuosas, pois, através dela, ele mostra o caminho perfeito. SERviço CRISTÃO

“A grandeza de uma pessoa não consiste no numero de servos que possui, mas sim no número de pessoas a quem ela serve”. Paul Moody Ser cristão não é simplesmente ir à igreja por questão de praxe, ser um dizimista mercenário, fazer da bíblia uma axila descartável, mas simplesmente estar disposto a servir e a obedecer a Deus em amor. Simples, porém árdua tarefa. Esse serviço em consonância com a obediência implica, entre outras coisas, em não desprezar as dádivas divinas, ou seja, saber valorizar as bênçãos recebidas. Um homem, por exemplo, pode dizer arrogantemente: “Se Deus


manda, eu faço sem consultar ninguém, nem a minha esposa”. Mostra honra a Deus com os lábios, mas não cumpre o que Deus ensina:

“A quem honra, honra” (Rm 13:7).

Uma

esposa digna é uma bênção de Deus na vida de um homem. Quando ele despreza sua opinião, deixando de consultá-la ou de ouvi-la quanto a seus projetos, é o mesmo que rebeldia contra os ensinamentos de Deus. A reação da esposa à exposição de suas metas orientadas pela direção divina pode ser negativa e o marido pode perseverar em sua decisão de obedecer a Deus, deixando de atendê-la em seus desejos, mas o fato de dar a ela a atenção devida é prova de que honra seu matrimônio. Uma aliança de casamento requer a obrigação mútua dos cônjuges de comunicar decisões e ações – dar satisfação – independente das respostas e reações serem contrárias ou não. Uma atitude aversiva a essa realidade caracteriza desonra a Deus. É O HOMEM QUERENDO AGRADAR A DEUS COM ATITUDES QUE LHE DESAGRADAM. HIPOCRISIA.

Paz na terra aos homens de boa vontade?

Aceitando ou não, a paz não é dada aos homens que têm boa vontade, mas aos homens a quem Deus quer bem, a


quem ele deseja favorecer, àqueles dos quais se agrada. Um homem pode ter muito boa vontade para com outras pessoas, colaborar, chegar junto, seja com seu chefe, seu rei, seu deus, sua mulher, seus filhos, mas se o faz fora da presença de Deus, isso não lhe garantirá a presença de Deus para chegar junto com ele. A paz não depende da vontade do homem nem da sua boa vontade, mas da vontade de Deus. As pessoas só podem viver em paz quando estão em paz com Deus. Neologizando o verbo “Profetizar” Contrariamente à ação de profetizar em que Deus põe palavras na boca de um servo escolhido, alguns adeptos do cristianismo aprenderam a “profetar” ação em que põem palavras na boca de Deus. Um neologismo que se caracteriza pela inversão de sentidos que evidencia a ausência de inspiração divina. O Deus do profeta não é o mesmo deus do profetador. A pastora evangélica Maria das Graças era membro ativa da denominação JESUS

É A GLÓRIA

havia trinta e oito

anos. Ela era uma cristã fervorosa com vários testemunhos de vitórias e milagres, mulher de grande reputação na sua igreja e na sociedade, uma pessoa plenamente realizada, um exemplo de pessoa a ser seguido. Certo dia, saindo de um culto no qual


pregara um abençoado sermão, esbarrou em um homem todo engravatado no meio da rua. Ela se desculpou e ele nada respondeu, mas fitou-a tão profundamente de modo que se sentiu incomodada. Ao dar o primeiro passo para se retirar de sua presença, ele a segurou pelo braço e disse que tinha uma revelação muito importante a lhe fazer, e começou a falar: “Eis que Deus me manda lhe dizer que você vai se tornar uma pastora e que vai crescer muito na presença dele, e que fique atenta porque a qualquer momento ele vai lhe fazer esse chamado”. Ela ficou olhando para ele sem saber o que dizer. Ao perceber a reação dela, entendeu que estava pasmada com sua revelação. Então, colocou suas mãos nos ombros dela e disse: “Força, mulher. Receba essa palavra porque você vai conhecer um deus de maravilhas!”. Quanta profetada pela cara! Onde estava Deus em tudo aquilo? Como Deus não conheceria a história de um escolhido? Aquele homem não estava sob a direção de Deus, mas proferia palavras encomendadas por sua mente enganosa porque queria mostrar poder, uma forma de massagear o próprio ego frustrado pela carência do que nunca teve. Uma pessoa privada de dons espirituais mente que nem sente. A pastora olhou nos olhos dele e laconicamente respondeu: “O TEU deus CHEGOU ATRASADO!”.


Profissionais de púlpito O homem fala demais, mas o que prevalece é a palavra do DEUS ALTÍSSIMO! Não devo ouvir a voz do diabo nem a voz do homem (Mt 16:23) que muitas vezes fala pelo poder de satanás, mas DEVO OUVIR A VOZ DE DEUS, e discernir quando é ele quem fala. A ovelha conhece a voz do Pastor. Estejamos atentos à sua voz . De que Jesus estão falando? Minha comadre relatou uma experiência: “Uma mulher bateu na minha porta. Fui atendê-la. Ela me perguntou se eu já havia lido a bíblia. Respondi que não, ainda. Ela então se ofereceu para ler a bíblia comigo, só que a bíblia dela era uma daquelas que foi manipulada pelo homem. Daí, respondi a ela que não. Ela me perguntou por quê. Expliquei a ela que a bíblia dela não apresentava a verdade. Indignada, ela me pediu para provar o que eu dizia. Respondi que não podia provar aquilo na bíblia dela, pois, pelo seu conteúdo, seria impossível, e que a minha bíblia na qual eu teria como fazê-lo não estava comigo. Logo se despediu, dizendo: Jesus te abençoe! Disse-lhe as mesmas palavras: Jesus te abençoe!” Nem sempre palavras iguais têm o mesmo significado. O Jesus de quem falavam eram pessoas diferentes. As


religiões fazem isso. Isso é um caso para estudo e pode ser um estudo de caso. Deus dá o espírito certo na hora certa. Não há, portanto, do que se lamentar por um feito de aparência ruim, um fora, por exemplo, em quem merecia porque precisa aprender a fazer coisas certas e sair do erro em que se encontra de modo que ele pare de tropeçar por acreditar que está fazendo a coisa certa e que está agradando a Deus, mas na verdade não está.

“Se alguém fala, faça-o como quem

transmite a palavra de Deus” (I Pe 4:11). A Bíblia Sagrada existe e há bíblias. Essas são escritas conforme o interesse dos homens que as produzem. Aquela foi escrita por homens inspirados por Deus (no que milhões de pessoas não creem, e escarnecem do que ignoram); portanto, expressa a vontade de Deus e não a dos homens. Nem tudo o que brilha é ouro. Não se deve acreditar em tudo só porque apresenta pessoas ou coisas que têm crédito, no caso Jesus. Às vezes são usadas apenas para respaldar o que dizem ou fazem, mas logo são deixadas de lado porque a sua verdade seria para eles prejuízo. Eu sabia que era errado, mas não sabia que era pecado. Perdoame, Senhor, pois era a minha ignorância. Eu só pensava em satisfazer a carne, nas suas delícias e concupiscências; não pensava no espírito nem pelo espírito”.


Influências Eu estava dirigindo e pensando sobre alguns acontecimentos desagradáveis, daqueles que a gente preferiria que jamais tivessem acontecido, mas, já que aconteceram, o que fazer? Todo mundo erra e não há quem não erre. A redundância não é por acaso. Às vezes, parece até que a gente é um santo em meio a uma multidão de pecadores, mesmo aqueles que convivem na Igreja. Ao ver seus segredos expostos, vem a decepção junto com um desgaste espiritual. Orei ao Senhor sobre não querer sofrer influência negativa dos erros das pessoas que estão à minha volta pecando, e, por isso, me decepcionando, mas não quero deixar de prestar meu culto ao Senhor, por exemplo, ir à igreja, pelo fato de eles estarem cometendo pecados (digamos, aqui, pecados visíveis ou sabidos, porque na verdade, não há quem não peque), mas ao mesmo tempo orei ao Senhor pedindo perdão caso eu estivesse sendo arrogante. Para não me sentir culpada pelos meus pensamentos que julguei vaidosos, imediatamente reconheci diante do Senhor que sou tão pecadora quanto eles e que todos carecemos da graça de Deus para nos perdoar os pecados.


De qualquer forma, não podia negar a minha decepção quanto a eles que têm me causado certos incômodos e desgostos. Essa foi a minha oração no sábado à noite. No domingo pela manhã, no meu devocional, perguntei ao meu sobrinho qual tinha sido a palavra pregada no culto de sua igreja e ele me disse que foi II Crônicas 33: Manassés fez o que era mau aos olhos do Senhor assim como fez o seu povo errar. Angustiado, orou a Deus e o reconheceu como Senhor o que o fez livrar-se de toda idolatria, buscando corrigir-se de seus pecados.

Seu filho Amom também fez o que era mau aos olhos do Senhor, mas diferentemente de seu pai, não se arrependeu e não se humilhou diante de Deus. Eu estava com a manicure e lhe disse que faria a leitura bíblica e perguntei se ela se incomodava, e ela me respondeu que não. Na verdade, eu desejava que ela participasse comigo daquele momento na presença de Deus através da leitura bíblica que lia na bíblia online do celular. Com ela, pude desenvolver todo o raciocínio conforme a palavra e o Senhor me respondeu claramente que, através do exemplo de Manassés, nós podemos causar péssimas influências nas pessoas, mesmo depois de nos arrependermos pelo mal realizado. Ele teve a oportunidade de se corrigir, mas seu filho foi atingido pelo mal assim como outras pessoas.


Na noite anterior, eu tinha pedido ao Senhor para me livrar das más influências, só que o Senhor na manhã seguinte me mostrou que eu devo orar também para que eu mesma não venha a servir de má influência a ninguém. Percebi que a mesma oração que faço em meu favor devo fazer também com relação aos outros porque do mesmo jeito que estou propensa ao sofrimento e às dores os outros também estão, e da mesma forma que posso ser mal influenciada também posso influenciar outros negativamente. Portanto, devo ter cuidado com minhas atitudes antes mesmo de observar a dos outros. Tudo o que serve para os outros serve para mim igualmente. Foi um grande aprendizado para me provar que eu preciso estar vigilante, nunca me achando perfeita a ponto de me tornar soberba e arrogante diante das pessoas, pois ninguém é melhor do que ninguém. Nunca devemos ter uma mente acusadora, mas uma mente que aponta nossas próprias falhas antes de apontarmos as dos outros. É preciso pôr em prática diariamente a admoestação de Jesus:

“Por que você

repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?” (Lc 6:41).


ENGANOS CRIAÇÃO E DESTRUIÇÃO SIMULTÂNEAS Pelo que consta nas Escrituras Sagradas, Deus criou todas as coisas no universo. Havia, no entanto, uma pessoa que muito o invejava e queria ser igual a ele. Para alcançar este fim, começou a imitá-lo em tudo o que fazia, criando coisas parecidas, mas o resultado nunca era perfeito. Nada se encaixava devidamente de maneira que surgia sempre a necessidade de recorrer a medidas extraordinárias não eficazes em sua plenitude. Disso resultava um certo transtorno para suas criaturas que viviam buscando meios de se adaptarem

às

circunstâncias

de

vida

a

que

foram

condicionadas. O grau de satisfação delas era mínimo e era medido pela intensidade da autodestruição. PLAGIANDO DEUS Tudo é geometricamente parecido, imitando a tua criação, Senhor Jesus, Deus de toda a glória! E assim disfarçam o poder de Deus, atenuando sua força, maquiando igualmente seus textos com palavras sobrepostas. Objetivo: direcionar pessoas a caminhos ilusórios que desvirtuam seus pensamentos em direção às vaidades terrenas, tão-somente.


Aos que Deus dá discernimento, reconhecem quando um texto corresponde a verdades teológicas. Abaixo os sofismas! Daqui para frente vamos analisar as mensagens com enfoque bíblico e observar a diferença em se receber mensagens pela boca do homem e pela boca de Deus. Quanto mais perto das coisas do homem, mais longe das coisas de Deus. Pense nisso! DEUS NÃO ESTÁ VENDO!

Estes, sim, são os olhos que tudo veem – os de Deus! Não se engane!

“Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16:18). Fatos são fatos, mas o poder é do Senhor! Coisas acontecem, mas sobre todas está o domínio de Deus que as sobrepuja. O Senhor está no controle de tudo, até nisso que você pensa que ele não está, vendo!


ENFIM, O QUE É

Tem gente que leva tudo na curtição. Brincam com a morte, com elementos do mal, zombam da fé alheia, mas esquecem que tudo tem um fim. O modo como tudo vai terminar é o que pesa. Matar. Morrer. Podemos não matar pessoas, mas matar coisas que não deveriam morrer. Morte é a cessação da vida. Óbvio! Mas que vida? Morte relativa não somente à vida física, às atividades biológicas, mas à vida material que inclui os bens, a profissão, os estudos; à vida sentimental que inclui todos os tipos de relacionamentos, familiares, conjugais, sociais; à vida espiritual que inclui a fé em Deus quando substituído por ícones de idolatria.


O dever de todo o ser humano é preservar a vida em todas as suas formas, eliminando tudo o que prejudique seu desenvolvimento. Ademais, uma pessoa tem vida até que se cumpra o propósito de Deus; enquanto ele não se cumpre, a pessoa não morre. Portanto, o que se pode fazer é orar para que tudo vá dando certo até aquela hora chegar. E quando ela chegar, poderá ser da maneira que Deus quiser – é a vontade de Deus e não o acaso.

“Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis

quando chegará o tempo” (Mc 13:33). Nada acontece por acaso, pois não é o

ACASO

que rege a vida da humanidade e

muito menos a protege, diferentemente da música Epitáfio que o enaltece com frases sepulcrais de arrependimentos póstumos: Até ter errado mais? Não! A vida não é assim. Uma pessoa não deve se arrepender por não ter errado mais; deve se arrepender por ter acertado menos. O homem deve buscar coadunar suas experiências com as verdades divinas para que não tenha motivos de arrependimento. O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído? Não! Se alguém está distraído é porque não está vigilante; se não está vigilante está propenso a qualquer perigo que precipite aquela hora. Não se deve antecipar o tempo. O tempo é de Deus. Por isso, a pessoa deve vigiar e não confiar em acaso.


Creio que assim diz o Senhor: Eu sou o Deus Jeová Rafá, pensem em vida, pensem em vida!

“Ela não está morta, mas dorme” (Lc 8:52). Muitas vezes pensamos que é o fim, mas a última palavra é a do Senhor. Vida presente e vida eterna. Só ele pode oferecer! Entregue confiantemente uma folha em branco nas mãos de Deus e lhe peça para listar as bênçãos que ele tem para você que estão de acordo com a vontade dele que é perfeita, capacitando-o a se conformar a ela. Aguarde os resultados com fé e paciência para que mais tarde você possa dizer:

“Esperei com paciência no SENHOR, e ele se

inclinou para mim, e ouviu o meu clamor” (Sl 40:1). Para isso, “Entrega

o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele

tudo fará” (Sl 37:5).

Aleluia, Senhor Jesus!


Aos amigos idos, uma homenagem de ♥

♫Canção Da América♫ Amigo é coisa para se guardar Debaixo de sete chaves Dentro do coração Assim falava a canção que na América ouvi Mas quem cantava chorou Ao ver o seu amigo partir Mas quem ficou, no pensamento voou Com seu canto que o outro lembrou E quem voou, no pensamento ficou Com a lembrança que o outro cantou Amigo é coisa para se guardar No lado esquerdo do peito Mesmo que o tempo e a distância digam "não" Mesmo esquecendo a canção O que importa é ouvir A voz que vem do coração Pois seja o que vier, venha o que vier Qualquer dia, amigo, eu volto A te encontrar Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.


À minha sogra e ao meu sogro Seu Quido sempre me pedia para fazer um discurso, mas eu sempre ficava meio sem graça, só que hoje eu mesma sinto essa necessidade. Há nove anos e cinco meses, cheguei a esta família. Conheci meu sogro e minha sogra e conquistei a amizade deles da melhor maneira que uma nora pode conseguir. Ganhei dois amigos preciosos de quem aprendi muita coisa, já que uma coisa na vida aprendi: a honrar os mais velhos. Quero neste momento, agradecer a eles em Cristo pelo presente que foram em minha vida. A marca registrada desta família é a alegria. Encontros, reuniões, sempre muito festejo por mínimos motivos, mas qualquer pequeno motivo para eles se torna um grande motivo para experimentar e compartilhar. É assim que tenho vivido com eles ao longo desses anos, desfrutando de muita alegria. Deus é BOM! Eternamente BOM! Tremendamente BOM! Minha sogra sempre se dedicou à fé em Cristo e à obra de seu reino, dentro daquilo que lhe era possível fazer. Dedicava-se com sinceridade à sua missão. E isso... Deus honrou, de modo que teve para com ela todo o cuidado que somente um Deus amoroso poderia ter. Tudo o que o seu coração desejou, ele lhe deu. E tudo o que seu coração queria, ele


proveu. Ele é o Deus da providência que cuida com amor eterno daqueles que o amam. Livrou-a de dissabores em vida para que pudesse partir em paz. E não somente isso, mas creio que Jesus Cristo lhe concedeu a salvação por toda a bondade que meus olhos têm visto ele operar em sua vida, assim como neste momento derradeiro. Adjetivo que ela sempre usou em suas conversas. Todos nós vamos morrer um dia, mas precisamos buscar em Jesus a melhor maneira de viver. Como está escrito naquela tampa (do caixão): “Quem crê em Cristo, jamais morrerá”. Jesus é a Porta. O único Caminho. A única verdade que nos leva pára dentro de nós mesmos, esclarecendo pontos que precisam ser avaliados, reconhecidos, para que possam ser restaurados por ele. Ele é a Porta e o Pastor. A ovelha conhece a voz dele e não se confunde. Sigamos a Cristo, e tão-somente a Cristo, porque só ele pode conceder a salvação eterna. Moisés não viu a terra prometida, mas Deus cumpriu a promessa. Abraão não viu a sua descendência, mas Deus cumpriu a promessa. D. Antônia não viu a concretização do desejo do seu coração, mas Deus o cumpriu. Diz a palavra do Senhor: “A

minha alma consome-se de

tristeza; fortalece-me segundo a tua palavra” (Sl 119:28). Que Deus nos abençoe a todos. A paz do Senhor seja com todos nós. Amém. (Minhas palavras, lidas, no funeral de minha sogra “Dontonha”)


A minha amiga Iéia

A convivência com a minha amiga me fez entender que

devemos

ter

muito

cuidado com as palavras que proferimos. Elas têm peso. Palavras podem abençoar e podem mesma

amaldiçoar. forma,

Da podem

acarretar danos irreversíveis ao próprio falador. Palavras

podem

influenciar ações de modo positivo ou negativo, gerando bons ou maus resultados. Se quisermos influenciar alguém, que seja para o bem, pois é certo que o bem ou o mal retornará na mesma medida para quem o lançou, quiçá até em maior intensidade.

“O que você me desejar, eu lhe desejo em dobro!”. Em tom sarcástico, essa frase revela o grau de malignidade que está no coração. Muito raramente, ou nunca, é usada para externar bons sentimentos. Normalmente, quem a profere desse modo pensa que é muito esperto ou muito sábio. No entanto, que não sejamos nós a empregar palavras tão vingativas e de nenhuma sabedoria, pois só os maus fazem


uso dela nesse tom: Cuidemos do que dizemos!“Quem

cuidadoso no que fala evita muito sofrimento” (Pv 21:23).

é



Caro amigo, Neste livro, compartilho com você as minhas experiências, aprendizados, entendimentos, perspectivas, alegrias, tristezas. Sou tão humana quanto você, e quero vencer tanto quanto você. Somos igualmente elogiados por nossos feitos, perseguidos, ou desprezados. Depende de quem está ao nosso lado. Às vezes, nossos inimigos são aqueles que estão mais próximos de nós. Mas não há pessoa mais próxima do que Jesus. Ele é o nosso maior Amigo e só quer o nosso bem. Nós somos muitos e ele é Único. Não há outro igual a ele. Ele cura, ele liberta, ele ajuda, ele prospera, ele alimenta, ele fortalece, ele anima e reanima, ele restaura, ele edifica, ele constrói, ele ama, ele salva. Ele é tudo e faz tudo. Só depende de você procurar por ele. Não tenha medo, não tenha vergonha, não seja acanhado, não se esconda dele. Ele ouve, ele fala, ele responde. Por mais amigos reais e virtuais que você tenha, só ele pode te socorrer da maneira que você precisa. A Igreja verdadeira é a amada do Senhor. Ela abriga os necessitados, prestando-lhes socorro através de dignos servos de Deus. Ela está sempre de portas abertas para receber o aflito que precisa conhecer Jesus. Creia, ele está presente na Igreja onde ele é Senhor. Desejo que você tenha um encontro verdadeiro com ele para poder desfrutar de todas as alegrias que ele tem reservadas para a tua vida preciosa.


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NOTA DA AUTORA:

Todas as fotos baixadas do site “Pixabay – Imagens gratuitas” contidas neste livro foram editadas pela autora de acordo com cada texto correspondente. De igual maneira, todas as fontes baixadas do site “Fontes grátis – Free true type fonts” contidas neste livro foram utilizadas pela autora de forma criativa combinando seu estilo com os temas correspondentes. FIGURAS http://pixabay.com/ Grande parte das figuras utilizadas neste livro foram extraídas do site da internet “Pixabay – Imagens gratuitas”. Todas essas figuras são reconhecidas como Imagem de Domínio Público – Licença (CCO). A caixa de DOWNLOAD correspondente a cada figura contém o seguinte texto: “Você pode usar livremente qualquer imagem deste site para uso pessoal e comercial sem atribuição ao autor original. Você pode usar essas imagens on-line e no "mundo real"”.


OUTRAS FIGURAS A linda capa de José RIKKERS, Doris, SYSWERDA, Jean E. A Bíblia Junior. São Paulo: Ed. Mundo Cristão, 1995. p.75. Novo Testamento – Marcos 8:34 COLLINS, Harper. Good News Bible. American Bible Society. Great Britain. Second edition, 1994. p. 58. Bola de Vôlei WILSON com a maquiagem do personagem Wilson – Filme “Náufrago” (Cast away – 2000 – Direção: Robert Zemeckis) Imagem baixada do seguinte site: http://www.gazetadopovo.com.br/midia_tmp/600-wilson_castaway.jpg Ficheiro:Juvenalcrowned.gif Baixado do seguinte site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Juvenalcrowned.gif Licença: Esta imagem (ou ficheiro) está no HYPERLINK "http://commons.wikimedia.org/wiki/Dom%C3%ADnio_p%C3%BAblico" \o "Domínio público" autor expiraram.

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Figura: Evolução (editada) Baixada do site: Criacionista pela Fé e pela Razão: A verdadeira evolução – (Autor: Nova Geração?). http://criacionistaconsciente.blogspot.com.br/2012/04/verdade ira-evolucao.html Figura: Foto editada de copo Smilingüido © LUZ E VIDA FONTES http://www.fontesgratis.com.br Algumas fontes utilizadas neste livro foram baixadas do site da internet “Fontes grátis – Free true type fonts”. A caixa de DOWNLOAD correspondente a cada fonte contém o seguinte texto: “Esta fonte é gratuita e foi baixada de "Fontes Grátis Free True Type Fonts" CITAÇÕES Jornal de Poesia – Luís Vaz de Camões http://www.jornaldepoesia.jor.br/camoes.html


LETRAS DE MÚSICAS

O Que Faz Você Feliz? Seu Jorge

Deus da família, abençoe o meu lar Regis Danese

Nunca pare de lutar Ludmila Ferber

Galhos secos Banda Êxodos

Deus No Controle Antonia Gomes

Chuva de Prata Gal Costa

Pais e filhos Legião Urbana

What’s love got to do with it Tina Turner

Deus cuida de mim Kleber Lucas

Ressuscita-me Aline Barros

Ele tem poder Cassiane

Poder da oração Ministério Nazareno de Louvor

Poder da oração Alda Célia


Canção Da América Milton Nascimento

Como uma onda Lulu Santos e Nelson Motta

Epitáfio Titãs

Sem Jesus não dá Noemi Nonato

POSTS Postagem de Alice Maior no dia 09/02/2013 às 16h23m no Facebook – Capa: Meu Facebook EVANGELIZA. p. 

https://www.facebook.com/alice.maior.1?fref=ts

https://www.facebook.com/alice.maior.1/posts/461949 240537324?comment_id=4162233&notif_t=like

Postagem de Letícia Andrade no dia 25/05/2013 via instagram no Facebook. 

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=47206454 9536748&set=a.362207403855797.82280.100001996 227364&type=3&theater



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