NA ORAÇÃO QUE DESATERRA... A TERRA, Em honra ao sagrado In the prayer, which excavates... the earth, In honor to the sacred Período expositivo 02 jun > longa duração
Exhibition period jun 2sd > ongoing
Sala 11
Room 11
MORTAL LOUCURA Gregório de Matos
Na oração, que desaterra… a terra, Quer Deus que a quem está o cuidado… dado, Pregue que a vida é emprestado… estado, Mistérios mil que desenterra… enterra Quem não cuida de si, que é terra,… erra, Que o alto Rei, por afamado… amado, É quem lhe assiste ao desvelado… lado, Da morte ao ar não desaferra,… aferra. Quem do mundo a mortal loucura… cura, A vontade de Deus sagrada… agrada Firmar-lhe a vida em atadura… dura. Ó voz zelosa, que dobrada… brada, Já sei que a flor da formosura,… usura, Será no fim dessa jornada… nada.
1.
NA ORAÇÃO, QUE DESATERRA... A TERRA,
Sob a inspiração de um verso de Gregório de Matos* (1636-1695), essa exposição trata do eterno confronto entre o homem, ser ínfimo e vertical, com a imensidão do universo. Aflição ancestral que ele desde sempre tenta amenizar construindo monumentos, louvando objetos, entoando mantras e orações em honra aos seus deuses, formas de ligar-se ou religar-se – daí a palavra religião – a eles. Estudiosos das religiões especulam que desde tempos remotos uma árvore atingida por um raio convertia-se no lugar de uma epifania, isto é, seu corpo era alvo da manifestação de uma força invisível, poderosa, eventualmente aterrorizante e, por conta disso, transformava-se em lugar de culto, tratada como um pórtico para o sagrado.
O ASSOMBRO IMEMORIAL DO SER HUMANO DIANTE DA LINHA HORIZONTAL QUE SEPARA O MAR DO CÉU” Nessa linha de raciocínio é lícito admitir o assombro imemorial do ser humano diante da linha horizontal que separa o mar do céu; sua imaginação tendo sobre si o azul profundo da abóbada celeste desbordada, pontuada por enxames dourados de estrelas; seu reconhecimento da majestade de certos animais e espécimes vegetais. A mesma perplexidade prossegue em nós. O peso das civilizações não eliminou o fascínio dos fenômenos elementares: as tempestades, o céu despedaçando-se em trovões e cordas d’água, o dia despedindo-se para a chegada da noite. E o leitor haverá de lembrar a primeira vez que viu o mar ou, antes disso, de suas infrutíferas tentativas de compreendê-lo. Esta exposição trata do respeito e adoração do sagrado; do impulso que nos leva a produzir imagens, totens e arquiteturas; da esperança de que haja uma relação entre a centelha vital que anima a pouca matéria do nosso corpo com as forças que movem o universo. *Mortal loucura
De terça a domingo, das 10h às 18h. Venda de ingressos até as 17h30. Entrada franca para maiores de 60 e menores de 12 anos. Acesso gratuito toda quarta-feira das 10h às 18h. Toda primeira quinta-feira do mês horário estendido das 10h às 20h; entrada gratuita a partir das 18h. From Tuesday through Sunday, from 10 a.m. to 6 p.m. Ticket sale until 5:30 p.m. Free admission to seniors over 60 and children under 12. Free access every Wednesday from 10 a.m. to 6 p.m. Extended hours every first Thursday of the month between 10 a.m. and 8 p.m. Free access from 6 p.m.
Rua Marechal Hermes, 999 · Centro Cívico · Curitiba PR CEP: 80530 230 · Tel.: 41 3350 4400
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Realização