Mood Life 53

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Nº 53 R$ 12,90

A vida e todos os seus estilos

LifI No mundo do Cosplay

Direto das histórias em quadrinhos, jogos online e seriados, eles estão espalhadas por Campo Grande sem a gente nem perceber.

Três Lagoas

100 anos

A cidade chega, neste mês, aos 100 anos de existência, ostentando o título de maior polo de celulose do mundo.

Primeiros

Passos

Consultamos especialistas para saber mais sobre os caminhos seguros para abrir seu próprio negócio.

inLove Veja nossas dicas de presentes para agradar nesse mês tão especial.

talita

Despojada e autêntica Jogadora aquidauanense coleciona dezenas de medalhas e títulos dentro do país e fora também, mas confessa que o ouro olímpico é seu maior sonho.






Editorial

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cada data comemorativa procuramos personalizar a Mood, aproximar ela cada vez mais dos nossos leitores, a afim de que a leitura seja, a cada edição, mais prazerosa ainda, para ambos, quem a produz e para quem aguarda a sua chegada ansiosamente, todo dia 5. Junho é mais que especial, é o mês dos namorados, semanas recheadas de um sentimento que toca a todos: a paixão e o amor. A cada seção, uma escolha feita a dedo, desde os nossos personagens até a nossa especialíssima capa: Talita Antunes, uma aquidauanense que brilha nas quadras de areia em todo o País e fora também. Apaixonada pelo que faz, os olhos dela brilhavam a cada clique e a cada resposta que era dada durante a entrevista. Como não se encantar por uma atleta tão autêntica e amante do vôlei de areia? Foi em meio a esse turbilhão de emoções que preparamos a edição 53, dedicada a todos os apaixonados, seja por pessoas, por belas histórias, por um esporte, por um hobby, pela estrada e muito mais. Encante e encante-se. Boa leitura!

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Clarissa de Faria.

Capa Talita Foto Gabriel Gabino Produção Executiva Clarissa de Faria Makeup and hair Hurbanos Centro de Beleza 5.000 exemplares impressos

Expediente Editor Odirley Deotti (DRT 122/MS) editor@moodlife.com.br Jornalista responsável Clarissa de Faria (MTB 854/MS) reportagem@moodlife.com.br Equipe editorial: Clarissa de Faria, Odirley Deotti e Thaís Pimenta. Projeto gráfico / editorial: Odirley Deotti. Designer gráfico / editorial: Guilherme Marconato. Fotógrafos: Estúdio Sim, Gabriel Moreira, Gilson Barbosa, Izaias Medeiros, Jimena Bautista, Vinícius Massa. Revisão Dáfini Lisboa dafini.lis@gmail.com Colaboraram nesta edição: Carla Cecarello, Dr. César Benavides, Douglas Mamoré Junior, Josué Sanches, Lúcia Coletto, Paulo Cruz, Rafael Belo, Sonia Caldart, Thereza Christina Silva, Vânia Galceran e Walter Gonçalves. diretores Daniel Albuquerque e Marta Albuquerque Revista Mood Life é uma publicação mensal da Mood Life Revista e Editora Ltda. Rua da Paz, 1629. Santa Fé. Campo Grande/MS CEP 79102-210. Não nos responsabilizamos pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não tem autorização para falar em nome da Revista Mood Life. Impressão e acabamento Gráfica Alvorada. Distribuição e assinatura thiciane@moodlife.com.br / urbano@moodlife.com.br PARA ANUNCIAR LIGUE (67) 3222-7331

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MoodLife



Conteúdo

Talita

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Jogadora aquidauanense coleciona dezenas de medalhas e títulos dentro do país e fora também, mas confessa que o ouro olímpico é seu maior sonho.

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Boas Ideias

Com decoração rústica, é impossível não notar o Poiá, um cantinho gourmet especialista em espetinhos.

Cultura

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Motor

Paulo Cruz está de volta com os lançamentos mais esperados do mercado.

Estilo de Vida

Anne Torrecilha e sua aventura pelo mundo da literatura fantástica.

Direto dos jogos online e seriados, os cosplayers estão espalhadas por Campo Grande.

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MoodLife

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Décor

Com ambientes carregados de personalidade, a Casa Cor SC acontece em Itajaí e Florianópolis.

Gourmet

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Entrevista

A paulistana Maria Carolina Koch Rossi fala sobre os desafios de viver e trabalhar na China.

Especial

Campo-grandense oferece a culinária sulmato-grossense na capital paulista.

Três Lagoas chega aos 100 anos, sem limites para crescer.

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da Redação

#MoodLife

Talita na preparação para as fotos de capa, com a equipe do Hurbanos Centro de Beleza.

O fotógrafo Gabriel Gabino se aventurou no parque Itanhangá, junto com a jornalista Thaís Pimenta. Foram quatro horas de muitas fotos e conversas com os cosplayers.

Facebook/moodlife Acompanhe nossos posts e fique por dentro das novidades da Mood

Acadêmicos de Jornalismo e PP, visitam redação da Mood Life durante o Evento 72 horas de Jornalismo da UCDB. Durante a produção para a seção Mistura Fina vale de tudo!

revistamood Acompanhe o dia a dia da nossa equipe de redação

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Boas Ideias Por Thaís Pimenta

Toque Gourmet No bairro Santa Fé, uma esquina em especial chama atenção. Com uma decoração rústica, é impossível não notar o Poiá, um cantinho gourmet que serve espetinhos! Aberto há um mês, o ponto já conquistou clientes, mesmo sem propaganda e divulgação na mídia regional. O Poiá foi criado a partir da vontade de unir um ingrediente tão comum no Estado, a carne, de primeira qualidade, com um ambiente agradável e atendimento personalizado, sem deixar faltar a cervejinha gelada! Os sabores são variados. Tem espeto de picanha, de filé, cupim de sol, tem o poiá – carro-chefe da casa – feito de alcatra, tem o de linguiça à moda da casa, filé de frango com bacon e coração de frango. Tem até espetinho doce, de queijo coalho com doce de leite e com goiabada. Vale a pena experimentar. O Poiá fica na Euclides da Cunha, nº 1583.

Foto Dollarphotoclub.com

mamis& mIMOS

Procurando um mimo diferente para decorar o quarto do bebê? Para dar encanto a esses momentos tão especiais, a professora e artesã Sandra Cristina Duprat resolveu colocar a mão na massa, ou melhor, nas agulhas, linhas, tesouras, e criou a Mamis e Mimos. A inspiração vem de longa data. Foram mais de 30 anos como educadora infantil. “Na escola, os alunos sempre ficavam na expectativa de uma surpresinha, num lápis decorado ou numa capa de caderno em feltro”, conta. Um pedido aqui e outro ali, e a coisa ficou séria. Sandra se especializou e começou a produzir toy arts de tecido, que ela prefere chamar carinhosamente de “Mimos”. Para conhecer um pouco do trabalho, acesse facebook.com/mamisemimoss.

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Foto Raphael Duprat


finger.ind.br

COLEÇÃO

ESSENZ

AGUARDE. OS ALEMÃES ESTÃO TRAZENDO MAIS NOVIDADES PRA VOCÊ.

Os padrões exclusivos da coleção Essenz da Finger deixam seus ambientes únicos. Porque são fruto da precisão alemã, aliada ao melhor do design europeu.

Av. Zahran, 1409 // 67 3043-7335


Tome nota Por Thaís Pimenta

Noite dos Namorados

FOTOS DIVULGAÇÃO

Que tal fechar com chave de ouro a comemoração do Dia dos Namorados? A noite pode ser inesquecível com o show do Fábio Jr., que conta ainda com menu degustação e open bar. O evento acontecerá no dia 13 de junho, a partir das 22 horas, no Diamond Hall. Para adquirir ingressos, acesse www.compreingressos.com

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º Encontro de Cowboys

PAPOC

A Associação de Cozinheiros Profissionais do Pantanal, a ACPP, começa a realizar um jantar mensal, com a degustação de cinco pratos, sendo duas entradas, dois pratos principais e um tipo de sobremesa. O jantar ainda conta com um bate-papo entre os chefs e convidados para compartilhar experiências. Toda a renda do jantar será revertida para os projetos da ACPP. O primeiro evento já tem data marcada, vai acontecer no dia 17 de junho, no Bahamas Apart Hotel, às 20h. Para mais informações, ligue (67) 9662-0220.

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Evento tradicional em Ribas do Rio Pardo, o Encontro de Cowboys está em sua 18º edição e acontece este ano entre os dias 11 e 14 de junho, no Campo da Liga. Além do tradicional rodeio em touros de grande porte, o encontro contará com um parque de diversões, praça de alimentação e shows com as duplas Bruno e Barreto, Felipe e Falcão, Delley e Dorivan, e João Lucas e Walter Filho. Para mais informações, ligue (67) 9965-1119.

Feijoada Jefferson de Almeida A 17ª edição da tradicional feijoada Jefferson de Almeida acontece no dia 20 de junho, a partir das 12 horas, e comemora os 27 anos de jornalismo de Jefferson. Neste ano, o encontro é no Eco Hotel do Lago. A Banda Rivers e o DJ Rodrigo Knorst animarão os convidados!


ExpoTrês A 38ª Exposição Agropecuária e Industrial de Três Lagoas, tradicionalmente realizada em junho, mês de aniversário da cidade, já está com a programação definida. Nesta edição, o evento acontece no Parque de Exposições Joaquim Marques de Souza. As apresentações culturais acontecerão entre os dias 12 e 15 de junho, antes do início das atividades técnicas voltadas para o agronegócio. No dia 12, a dupla Munhoz e Mariano abre o evento e, no dia 14, a animação fica por conta de Jads e Jadson. No dia 15, aniversário da cidade, o show fica por conta da dupla Maria Cecília e Rodolfo.

A tradicional festa de rua que acontece todos os anos em Campo Grande, o Sarobá, já tem data marcada para acontecer, dia 13 de junho! O evento, organizado pelo grupo de teatro de rua Imaginário Maracangalha, conta com apresentações teatrais, intervenções, cortejos e muita música. A entrada é gratuita e, neste ano, a celebração passa a ser na praça do Preto Velho. Para mais informações, confira o link: http://goo.gl/vkWgRm

FOTOS DIVULGAÇÃO

Sarobá Clássicos do Cinema O Cinemark volta a exibir os clássicos do cinema internacional. Desta vez, serão exibidos os longas “Indiana Jones - Os Caçadores da Arca Perdida”, “Os Pássaros” e “O Exterminador do Futuro”. Todas as sessões serão exibidas aos sábados, domingos e quartas-feiras. Para saber mais, acesse o site do cinema. »6, 7 e 10 de junho "Indiana Jones - Os Caçadores da Arca Perdida", de Steven Spielberg; »13, 14 e 17 de junho "Os Pássaros", de Alfred Hitchcock; »20, 21 e 24 de junho "O Exterminador do Futuro", de James Cameron.

FOTOS uári de arruda

Vórtice Fantástico O Vórtice Fantástico é um projeto nacional com o objetivo de criar grupos de leitura e discussão de obras fantásticas, sejam elas de ficção científica, fantasia ou terror. Idealizado por Raquel Moritz e Bruna Miranda, sendo organizado atualmente por Daniel Rockenbach, o Vórtice tem grupos se reunindo regularmente em várias capitais do país, inclusive na capital do Estado, Campo Grande. Se você deseja se inscrever, basta enviar um e-mail para vorticefantastico@gmail.com, informando sua cidade, que o grupo encaminhará o formulário para participar dos encontros na sua região e, caso não exista ainda, você terá orientação de como criar um grupo. FOTOS acervo pessoal

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na Estante Convidada Erika Espindola

música

Ava PatryaYndia Yracema Ava Rocha

Esse álbum tem perpetuado nos meus dias, desde que eu o descobri, cerca de duas semanas atrás. Ava é carioca e cineasta, filha do também cineasta Glauber Rocha, e a sétima arte fica bem nítida nas faixas deste álbum. Eu viajo ouvindo, parece que são várias músicas numa música só. Psicodelia, tropicalismo, jazz, brasilidade... Me lembrou sonoridade de Hermeto Pascoal. E o timbre dela é profundo e grave. Um passeio!

Markus Zusak

cinema

O que mais me intrigou quando eu o li pela primeira vez foi o narrador da história: a Morte. Imagina a Morte contando a história de uma menina alemã (Liesel) que abriga escondido um judeu em plena Segunda Guerra Mundial. Li o livro pelo menos 3 vezes, até hoje, e acredito que vou ler mais umas 3 pelo menos.

literatura

A Menina que Roubava Livros

Laranja Mecânica Stanley Kubrick

Esse filme de 1971 tem a ousadia de filmes mais atuais. Eu me interesso muito por psicologia e psiquiatria, então, foi um prato cheio pra mim. Recomendo pra quem tem estômago (os primeiros 30 minutos são muito indigestos), mas vale super a pena ver até o fim. Grotesco e belo, fotografia linda e trilha sonora de tirar o chapéu. Genial!

Erika Espindola Jornalista, English teacher, vocalista da Black Di Boá e do PúrPura.

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Foto Gabriel Gabino



Cultura Por Thaís Pimenta

anne a magia

de

Aos 12 anos, Anne Torrecilha já começava a se aventurar pelo mundo da literatura fantástica. Aos 13, ela iniciou seu primeiro livro, "Dias de Escuridão", e aos 14, lançou a obra.

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C

om uma timidez meiga e muita propriedade ao falar, a pequena prodígio ficou tão fissurada com a magia de J. K. Rowling*, que decidiu começar a escrever. “Tinha acabado de terminar de ler Harry Potter e acho que a minha mente estava muito nesse mundo de magia e tudo mais; eu já gostava de escrever, só que nunca pensei em escrever um livro. Na escola, tive que escrever uma crônica e optei pela ficção, só

que aí achei que estava faltando muita coisa, fui acrescentando e virou um livro”, explica. A primeira versão de "Dias de Escuridão"** teve de ser reescrita porque, pasmem, foi roubada. “Um belo dia, chegamos em casa e estava tudo revirado. O ladrão entrou e levou só meu notebook, onde estava a primeira versão da obra. Quando tive que reescrever, percebi que gostava mesmo daquilo.”


Em 148 páginas, a história se passa na época medieval e retrata os acontecimentos catastróficos que aterrorizam a população da nação de Rêve. Louis, o personagem principal do livro, fica intrigado por ter perdido completamente a memória e se vê em um dilema, entre ajudar a vila ou arriscar sua vida em uma missão com outros sobreviventes, para restabelecer a paz no local. Lançado de forma totalmente independente, o incentivo ao sonho de Anne veio da própria família. “Minha mãe, que é jornalista, fez a correção da publicação, e minha família toda ajudou um pouquinho para conseguirmos publicar alguns exemplares. Se não fosse a motivação deles, acho que não teria publicado.” Já da escola em que estudava, Anne diz não ter recebido incentivo algum. “Infelizmente, nem mesmo minha professora de redação se mostrava interessada”, lamenta. Encantada pelas palavras, a literatura que a menina costuma ler é variada. Talvez esse seja um dos motivos que a motivaram a começar

a escrever seu segundo livro, que não tem nada a ver com magia. “Neste novo livro, conto a história de uma estudante, a Catarina, que frequenta um colégio público. A escola oferece uma viagem gratuita para toda a turma e, durante essa aventura, coisas estranhas acontecem.” O livro ainda não tem previsão de lançamento, mas prova que Anne tem talento e sabe se aventurar em todos os gêneros literários. Sua inspiração vem de tudo, desde uma música até uma história contada por algum amigo. “Acho que não tem algo que não me inspire; às vezes, escuto alguém contando uma história e penso que daria uma ótima crônica.” Para não perder a liberdade com a escrita, Anne pretende escolher uma profissão que fuja de todo esse contexto. “Dessa maneira, só escreverei sobre aquilo que tenho vontade e sobre o que gosto!”. A dica dela para quem gosta de ler e de escrever é simples: “Acredite no seu texto e tente, mesmo se nenhuma editora aceitar publicar seu livro.”

Fotos Jimena Bautista

A primeira versão de "Dias de Escuridão"* teve de ser reescrita porque, pasmem, foi roubada.

“Um belo dia, chegamos em casa e estava tudo revirado. O ladrão entrou e levou só meu notebook, onde estava a primeira versão da obra. Quando tive que reescrever,percebi que gostava mesmo daquilo.” *J. K. Rowling, ou Joanne Murray, é uma escritora britânica de ficção e magia, autora dos sete livros da famosa e premiada série Harry Potter e de três outros pequenos livros relacionados com o menino bruxo.. **"Dias de Escuridão" está disponível para compra na livraria Le Parole e no link https://goo.gl/I6D9QV

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Motor

Fotos Divulgação

Por Paulo Cruz

A VEZ DOS UTILITÁRIOS ESPORTIVOS Honda HR-V domina o segmento que mais cresce no Brasil.

M

ais altos, com visual marcante, bom espaço e emprestando prestígio para seus donos, os utilitários esportivos, ou simplesmente SUVs, são o que podemos chamar de a “bola da vez” no mercado nacional de veículos. Somente este ano, chegaram a nossas ruas o Honda HR-V, Jeep Renegade, novo Renault Duster, Peugeot 2008, JAC T6, Suzuki S-Cross e o Mitsubishi Outlander. Os preços dos carros deste time variam muito, assim como as capacidades de trafegar por terrenos mais difíceis e, também, o nível de acabamento. Desses, o destaque é o Honda HR-V, que já é um dos modelos mais cobiçados e vendidos no Brasil. Em abril, ele emplacou 4.809 unidades vendidas e foi o sexto no ranking geral, superando todos

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os rivais, inclusive o veterano Ford EcoSport, que liderava o segmento. As qualidades do HR-V são evidentes. O design é um dos fatores que mais pesam a seu favor. A começar pelo porte. Ele é mais baixo e tem linhas marcantes. Os vincos estão presentes em toda a carroceria e dão aquela sensação de velocidade, mesmo com o carro parado. Na dianteira, faróis pontiagudos que invadem a lateral, para-choques encorpados e grade em preto brilhante cortada por um friso cromado. A linha de cintura é alta, e o teto tem um caimento forte na traseira, emprestando esportividade. Por dentro, o conforto é bom para seus cinco ocupantes. A versão intermediária, a EX, que custa

pouco mais de R$ 80 mil, é muito bem equipada. Estão presentes, além do ar-condicionado, vidros, travas e espelhos elétricos, o volante multifuncional, câmara de ré, farol de neblina, retrovisores na cor do veículo com repetidores de seta, rack de teto, volante com acabamento em couro, visor LCD de 5 polegadas e cruise control. Na top de linha, a versão EXL, acrescentam-se ainda o paddle shifts junto ao volante, para as trocas entre as sete marchas simuladas pelo câmbio CVT; arcondicionado digital; display multimídia com tela touchscreen de 7 polegadas, com GPS; entrada HDMI; e 2 conexões USB para MP3 players, pen drive e iPod/iPhone/iPad.


AO VOLANTE O primeiro contato com o HR-V impressiona. Suas linhas o colocam um passo à frente dos concorrentes com a mesma proposta. Já dentro dele, os ajustes são fáceis. Bancos com regulagem de altura e o volante com ajustes de altura e profundidade facilitam a vida do motorista, qualquer que seja seu tamanho. Os bancos são de couro e seguram bem o corpo. Ao dar a partida, o barulho do motor fica do lado de fora, fruto do bom trabalho de isolamento dos engenheiros da marca. O câmbio CVT não é dos mais empolgantes e, de certa forma, anestesia um pouco o motor flex 1.8 de 140 cv. A prioridade foi proporcionar conforto e economia ao rodar. A Honda não divulgou os números oficiais, mas, em nosso teste pelas estradas de Brasília, a marca foi de 13,2 km/l de gasolina. Na parte urbana do percurso, o computador de bordo marcou a média de 10,2 km/l. A vida do motorista é facilitada pela boa ergonomia. Tudo bem intuitivo e de fácil acesso. A tela de 7 polegadas da versão EXL que avaliamos traz as informações necessárias, e o GPS integrado ajuda a achar o caminho. Para as bagagens, um porta-malas de 431 litros e que pode aumentar com a modularidade dos bancos, que é, também, um ponto alto do HR-V, aumentando sua versatilidade.

ENDO CAR HONDA Nova Loja Campo Grande Av. Afonso Pena, 4103 Telefone (67) 3357-4700

Campo Grande Av. Fernando Correa da Costa,733 Telefone (67) 3322-9800

Dourados Três Lagoas Av. Marcelino Pires, 3330 Av. Rosário Congro, 3173 Telefone (67) 3420-3000 Telefone (67) 3929-3000

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TIME DE

PESO

Renegade, Duster e Peugeot 2008 enfrentam o samurai da Honda. O Honda HR-V, mesmo liderando o mercado, tem bons concorrentes. Entre os principais e mais recentes, estão o Jeep Renegade, o renovado Renault Duster e o Peugeot 2008.

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LAMEIRO O Renegade foi um dos mais aguardados lançamentos do ano. Além de ser um modelo muito interessante, ainda ajudou a Jeep a alavancar sua rede de concessionárias no país, que deu um salto de 40 para mais de cem lojas com a sua chegada. São seis versões, que vão da Sport com motor 1.8 EtorQ flex de 132 cv, até a topo de linha, a Trailhawk 2.0 turbodiesel de 170 cv e tração 4x4 com reduzida. Os preços partem de R$ 69.900 e chegam a R$ 116.800. O acabamento do Renegade também é muito bom, principalmente nas versões Longitude e Trailhawk. Nós andamos nas duas versões de motor. A 1.8 não empolga e também não tem aptidões ao fora de estrada, dandose melhor no asfalto. A graça do modelo aparece com a versão 2.0 a diesel, que acelera forte em qualquer terreno. A tração 4x4, essa, sim, pronta para encarar trechos mais esburacados, permitiu que passássemos por lugares bem inóspitos durante a avaliação. A marca Jeep pesa a favor do Renegade, que tem uma linha completa de acessórios, para deixá-lo com a cara de seu dono. No meio do ano, será lançada uma versão de entrada, que custará cerca de R$ 65 mil.


Fotos Divulgação

RACIONAL E VALENTE

CHARME FRANCÊS

O Renault Duster 2016 é a compra mais racional dos três. Primeiro, pelo seu preço, o menor. Começa em R$ 62.990 na versão Expression 1.6 e chega a R$ 78.490 na Dynamique 2.0 16v 4x4 com câmbio manual. A versão 2.0 automática Dynamique sai por R$ 75.990. O modelo 2016 não é exatamente uma novidade, mas a reestilização fez muito bem a ele. A frente ganhou nova grade, com para-choque redesenhado e mais robusto. Na traseira, as lanternas são em LEDs e muito bonitas. Por dentro, novos padrões de forração dos bancos, nova central multimídia e detalhes em black piano, que o deixaram mais moderno. Em nosso teste, percorremos trechos de asfalto em que o Duster mostrou boa disposição, principalmente com o motor 2.0, que empurra bem o carro. O câmbio pode ser manual de cinco ou seis velocidades e automático de quatro. No off-road, o Duster surpreende. Com a tração 4x4, ele ganha força e supera obstáculos bem radicais. Com essa configuração, ele se comporta como um autêntico fora de estrada e não decepcionará quem busca um carro bom no asfalto e muito valente na terra.

Se a escolha fosse apenas pelo motor, o Peugeot 2008 seria o mais indicado dessa turma. Na versão topo de linha, a Griffe THP, que beira os R$ 80 mil, vem equipada com o motor 1.6 turbo com intercooler e que gera convincentes 173 cv. No nosso teste, feito na região de Porto Seguro, no sul da Bahia, o comportamento foi exemplar. Acelerar e ganhar velocidade é fácil, e a condução fica bem esportiva. O câmbio que atua com esse motor é sempre manual de seis marchas. As versões de entrada do 2008 tem motor 1.6 flex de 122 cv e comportamento discreto. Podem vir equipadas com câmbio manual de cinco velocidades ou automático de quatro. O acabamento é seu ponto forte; e sua lista de equipamentos, desde a versão de entrada, que custa a partir de R$ 67.190, é muito generosa. Central multimídia com tela touchscreen de sete polegadas com GPS, piloto automático, rodas de liga leve 16 polegadas, porta-luvas refrigerado e quatro airbags estão presentes, entre muitos outros itens.

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digital

Gadgets Por Odirley Deotti

passion

Escolher o presente ideal para o Dia dos Namorados é uma missão. Para tornar sua tarefa um pouco mais fácil, resolvemos listar alguns gadgets para agradar a seu amor.

Monitor Cardíaco Suunto M2 Women Fuchsia Box – Ideal para prática de exercícios, o aparelho mede calorias em tempo real, a frequência cardíaca, as zonas de frequência cardíaca, além de trazer outras funções, como alarme, calendário e registro de até 4 semanas de atividades. Por R$ 415,65, no submarino.com.br Headset Bluetooth Rapoo S100 – Multicoloridos, esses headsets (fones de ouvido com microfone embutido) têm alta qualidade sonora, além de garantir o isolamento de ruídos externos. A conectividade é feita via wi-fi ou bluetooth, e a bateria interna tem autonomia de 20 horas ininterruptas. Por U$ 39,99, no amazon.com

Fotos Divulgação

Jarre speakers - Cheias de estilo, essas caixas de som da Jarre Tech chamam atenção em qualquer festinha. Com design inovador e potência de som, elas possuem conectividade bluetooth e NFC, e a autonomia da bateria chega a 10 horas. A partir de € 329 (Aerotwist) e € 249 (Aeroskull), no www.jarre.com

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Mistura Fina Por Clarissa de Faria

amor

Colaboraram Thaís Pimenta e Vânia Galceran

No garimpodo

Algumas tardes no shopping center renderam boas risadas, alguns achados e excelentes opções de presentes para o mês mais apaixonado, o dos namorados. A convite da nossa equipe, três casais rodaram algumas lojas e nos mostraram como gostariam de presentear seus parceiros. Que tal? Vamos nos inspirar?

Casal fofo

Lay Nunes e Andrei Koller. Daqueles casais que os olhinhos brilham. Ele educadamente segurava a bolsa dela e aguardava do lado de fora das lojas enquanto ela escolhia com o que poderia presenteá-lo. Apesar de se conhecerem a pouco mais de um ano, o namoro é jovem, já que estão juntos desde fevereiro deste ano.

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Escolhas dele para ela BCAA Natural Tem – R$ 95 Whey zero Natural Tem – R$ 258 Hiper calórico Natural Tem – R$315 Bolsa Fox Victor Hugo (preta) – Valor sob consulta Porta Nota Kelly Victor Hugo (carteira) – Valor sob consulta Bolsa Nude com Salmón Grayce Victor Hugo – Valor sob consulta Top PWR magenta Track e Field – R$ 159 Saia stronger skirt violet Track e Field – R$ 169 Faixa regulável Track e Field – R$ 19,90 Meia luva Neop Bic Track Field – R$ 59

Fotos Gabriel Gabino


Escolhas dela para ele Relógio Prata fundo azul Chilli Beans – R$ 298 Relógio Dourado Chilli Beans – R$ 368 Sapatênis Hoover – Valor sob consulta Boot Hoover – Valor sob consulta Blazer – R$ 799 e camisa Crawford – R$199

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Mistura Fina Por Clarissa de Faria

Colaboraram Thaís Pimenta e Vânia Galceran

Casal divertido

Fotos Gabriel Gabino

Hugo Salum e Bruno Leveckis. As duas horas de andança também renderam boas gargalhadas. A alegria reina nesse casal, que, com muito humor, leva a vida e o relacionamento de forma leve e descontraída. Aliás, são muito bem resolvidos.

Escolhas De Hugo para Bruno Blazer Crawford – R$ 699 Pasta Crawford – R$ 999,90 Óculos Bossa Nova Chilli Beans – R$ 228 Relógio Punk Glam Chilli Beans – R$ 338 Sapato CNS – R$ 239 Cinto CNS – R$ 119

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De Bruno para Hugo Perfume Mont Blanc Individual – R$ 487,80 75 ml Prada Amber – R$ 449,90 100 ml Karl Logerfeld – R$ 259,00 50 ml Ambos da Anne Gachet Perfumarie Shopping Campo Grande Caneca dupla Te Amo Mais Imaginarium – R$ 69,90 Pulseiras do Empório do Aço Shopping Campo Grande – Valor sob consulta

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Mistura Fina Por Clarissa de Faria

Colaboraram Thaís Pimenta e Vânia Galceran

Casal compatível

Fotos Gabriel Gabino

Luiza Quevedo e Artur Gabriel Galvão. Juntos há quase três anos, vivem como se eles se conhecessem uma vida inteira. A compatibilidade de gêneros é notada nos primeiros minutos, além de superantenados sobre tudo e todos. Pasmem!

Escolhas dela para ele Livraria Leitura World of Warcraft Christie Golden – R$ 42 Blusão Hering R$ 79 Bermuda jeans Hering – R$ 89,99 Cinto Hering – R$ 59,99 Mochila Anita Shoes – R$ 469,99 Boot Anita Shoes – R$ 319,99

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Dele para ela Luminária Imaginarium – R$ 399,90 “O Senhor dos Anéis – As Duas Torres” – Livraria Leitura – R$ 59 Bolsa Hering – R$ 79,90 Short jeans Hering – R$ 79,99 Blusão Hering – R$ 79,99 Camisa Hering – R$ 119,99 Cinto Hering – R$ 69,99

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Beauty Por Thaís Pimenta

LOVE

is in the air!

O Dia dos Namorados está quase aí, e você ainda não decidiu o que dar de presente? Confira nossa seleção de kits e de perfumes para presentear seu amor!

1.

Linha Egeo 7 Tentações Unissex, de O Boticário, por R$ 89. Disponível nas lojas, e-commerce e com as revendedoras da marca.

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2. Kit Presente Natura Humor 1, da

Natura, por R$ 126,50. Disponível no site da loja e com as revendedoras da marca.

3.

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Perfume Viva La Juicy Gold Couture, da Juicy Couture, a partir de R$ 219. Disponível no link www.sepha.com.br/ perfume-perfume-viva-la-juicy-edpfeminino-juicy-couture-21227.html.

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Kit Presente Natura Kaiak Extremo, da Natura, por R$ 146,60. Disponível no site da loja e com as revendedoras da marca.

5. Kit Sakura No Ki no engradado,

da Empório Body Store, por R$ 207. Disponível nas lojas físicas da marca e no link www.bodystore.com.br/produto/ kit-sakura-no-ki-no-engradado-463.

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7.

Kit Lolita no Ofurô, da Empório Body Store, por R$ 185. Disponível no link: www.bodystore.com.br/produto/ kit-lolita-no-ofuro-526.

Fotos Assessoria de Comunicação

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6.

Perfume John Varvatos, da Vintage, a partir de R$ 296. Disponível no link: http:// www.sephora.com/vintage-P158521.

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Intimidade

LigaçãoPoderosa A tão falada "química" entre parceiros é mesmo importante?

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e você tem planos de ter um relacionamento passional e intenso, sim, química é fundamental. Se a menção à palavra “contente” remete você a uma sensação de calor e aconchego, em vez de fazê-lo sentir-se velho e ansioso, então, nesse caso, talvez não tenha tanta importância assim. Uma boa química muda a dinâmica da relação, tornando as coisas mais intensas e, portanto, mais perigosas – o que nem todo mundo considera exatamente uma maravilha. É perfeitamente possível se sentir em sintonia com alguém e passar bons momentos ao lado dessa pessoa, sem nunca ter a tal química com ela, e há gente que prefere mesmo relacionamentos mais controláveis e

_ CARLA CECCARELLO É PSICÓLOGA E SEXÓLOGA CRP-06/35.812-0 Apresentadora de rádio e T www.carlacecarello.com.br Tel.: 11 3887.5123

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racionais. Mas, se você está buscando uma experiência emocional e sexual mais poderosa, com certeza deve ficar com aquela pessoa que te faz ter vontade de atirá-la contra a parede e trocar todos os fluidos a que tem direito imediatamente. Uma boa química não é garantia de amor eterno, mas é um ótimo começo, uma ferramenta a mais para a manutenção de um relacionamento estável. Até mesmo as relações mais harmoniosas passam por fases chatas, e, nessas horas, é a química que nos ajuda a não jogar tudo para o alto e a esperar pacientemente que as coisas melhorem. que as coisas melhorem.


Equilíbirio

O caminho para o êxito na cirurgia plástica

A

maioria dos pacientes que decidem realizar uma cirurgia plástica se depara com o seguinte questionamento: como terei a certeza de que ficarei satisfeito com a minha cirurgia? Tal pergunta não paira só na mente de pacientes. Acredite, a maioria dos cirurgiões plásticos também pensa nisso durante e após a consulta. Os casos mais difíceis, por vezes, são discutidos com cirurgiões mais experientes, com o objetivo de dar o melhor para cada resultado, além de pesquisa bibliográfica e participação em congressos, para buscar o que há de melhor a ser oferecido. Todos os meios para que a cirurgia seja realizada dentro de padrões de segurança. E, para isso, muitas vezes há de se dizer não para a vontade de fazer muita coisa ao mesmo tempo. Aqui, descrevemos algumas orientações que podem ajudar no bom andamento e na aproximação da satisfação ao se realizar qualquer cirurgia plástica. Reconhecer que todo ser humano possui anatomia individual, características próprias e o jeito de ser, que compõem sua beleza própria. Querer ser igual a uma

_ dr césar benavides É MEMBRO TITULAR DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA. MEMBRO INTERNACIONAL DA AMERICAN SOCIETY OF PLASTIC SURGEONS. CRM4046 / RQE 2215

outra pessoa, parente, amigo, ator ou atriz, ou ter o busto da foto que encontrou no Google pode ser a receita da decepção. Fotos de antes e depois e simulação do resultado cirúrgico pelo computador talvez não tenham o mesmo efeito da cirurgia, porque, até que venha o resultado final, muita coisa pode acontecer, desde infecção, deitar-se de lado sem querer, uma batida acidental, um machucado, espinha ou até má cicatrização. Esperar ser você mesmo com determinada área do corpo melhorada é a melhor escolha. Qualquer cirurgia plástica exige cuidados maiores ou menores, de acordo com cada caso. Todos os cuidados e orientações, muitas vezes entregues por escrito pelo cirurgião, devem ser seguidos à risca, para que tudo evolua da melhor forma. Certas áreas do corpo, como mamas e face, sofrem maior efeito da gravidade, das flutuações de peso e do passar dos anos. Uma vez operadas, devem ser avaliadas pela possível necessidade de manutenção por meio de cirurgias menores, para que fiquem bem por mais tempo. Lembre-se: ganhar peso pode fazer um paciente ter alargamento das cicatrizes e perder resultado de certas cirurgias, como a lipoaspiração. Perda de peso pode fazer com que surja flacidez precoce. O melhor é tentar manter um peso regular. Situações sociais que exponham um paciente a risco de infecção devem ser evitadas, como visitar um amigo ou parente que está internado ou doente; ou ainda o contato com animais de estimação que convivem de forma intensa (cães, gatos); ou contato com ambientes rurais (bactérias perigosas, como a causadora do tétano, podem estar presentes em fezes de cavalo). Situações de compromisso, como casamento, formatura, aniversário,

entre outras, devem ser muito bem planejadas, pois, uma vez feita a cirurgia, é possível que a recuperação ainda não tenha sido suficiente para a boa cicatrização e ocorra exposição ao esforço inconsciente, causador de dor, sangramento, inchaços tardios e abertura dos pontos. Bom estado emocional é fundamental para que tudo dê certo. Crises afetivas, raiva, nervosismo, ansiedade, conflitos porque a família é contra a cirurgia, bem como pendências de relacionamento a serem resolvidas, podem interferir no bom andamento do pós-operatório e na sua satisfação. A cirurgia deve ser para si, e não para os outros. É necessário saber que, mesmo que todos os meios tenham sido empregados, que a técnica correta tenha sido executada, algumas alterações podem persistir ou ocorrer, como assimetrias (porque todo ser humano é assimétrico), infecções e mau posiciona-mento, que às vezes dependem da presença de alterações da coluna (escoliose, cifose, deformidades de tórax) ou postura corporal (ombros caídos contribuem para flacidez mais precoce das mamas). Todavia, as alterações persistentes são passíveis de melhora com ou sem outros procedimentos complementares (cirúrgicos ou não), respeitando cada anatomia para não cair no exagero. Por fim, é importante ter um canal direto com seu cirurgião (via mensagem de texto ou fone) para esclarecimento de dúvidas, e saber que muitos desvios de cicatrização são passíveis de melhora com ou sem cirurgia. Por isso, não existe fórmula mágica para todos os pacientes: cada um deve ser avaliado de forma individual, para que o melhor seja oferecido, considerando os prós e contras de cada situação.

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Capa Por Clarissa de Faria

Colaboração Vânia Galceran

talita

A despojada e autêntica

Antunes Rocha

C

om certeza, alguém já ouviu seu nome, alguns não devem associá-lo à imagem, já que tanto talento e reconhecimento acabam sendo disfarçados em meio à areia das quadras de vôlei de praia, ao biquíni, aos óculos de sol e à viseira. Talita Antunes Rocha é aquidauanense e está entre as melhores jogadoras de vôlei de areia da história. Aos 19 anos, Talita chamou atenção da campeã olímpica Jacqueline Silva. Desde quando jogaram juntas pela primeira vez, em 2001, Jackie se impressionou com o estilo da jovem jogadora e a convidou para se mudar para o Rio e formar uma nova parceria ao seu lado. Com a contusão de Jackie, Talita continuou a temporada de 2002 ao lado de Renata. Em 2003, foi campeã da etapa de Goiânia do Circuito Banco do Brasil, jogando com Taís, e, ao lado de Giseli Gavio,

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disputou o Circuito Italiano. Em 2005, retomou sua parceria com Renata, com que ficou em quarto lugar nos Jogos Olímpicos de Pequim. Iniciou a temporada de 2009 com Maria Elisa, com quem venceu o Circuito Banco do Brasil e conquistou a medalha de bronze do Campeonato Mundial. Em 2013, passou a jogar com Taiana, com quem conquistou o Circuito Mundial. Começou a jogar ao lado de Larissa em junho de 2014 e, com a capixaba, conseguiu seu segundo título do Circuito Brasileiro, na temporada 14/15. Hoje, aos 33 anos, Talita reside em Maceió e coleciona dezenas de medalhas e títulos dentro do País e fora também, mas confessa que o ouro olímpico é seu maior sonho. Em entrevista exclusiva para a Mood, descobrimos a Talita fora das areias, que com seu jeito despojado e simples conquistou a todos durante o ensaio que fizemos com ela.


Makeup and Hair Hurbanos Centro de Beleza Fotos Gabriel Gabino

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Capa Por Clarissa de Faria

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Como o vôlei entrou na sua vida? Eu tenho um tio técnico e minha família toda sempre foi envolvida com esporte. Na época, nos éramos quatro netos, e eu a caçula e um deles, o Luizinho, já jogávamos vôlei. Mas minha influência veio mesmo do meu tio Luiz Alberto, ele sempre quis que alguém da família jogasse vôlei. No início, eu era muito ruim, muito mesmo (risos). Com 12 anos, eu fui pela primeira vez tentar jogar, essa coisa de ir se familiarizando, adaptando, enfim. Ninguém queria jogar comigo. Aí, eu me senti excluída e não quis jogar mais. Foi quando sumi e não voltei. Eu me sentia um patinho feio, fora mesmo daquele mundo. Depois de um ano, resolvi tentar mais uma vez e não parei mais. Quando você viu que a coisa começou a ficar séria? Quando eu voltei para aquele círculo de colegas que jogavam vôlei. Uma das meninas mais velhas tinha torcido o pé e acabou sobrando uma vaga, foi quando entrei no time e virei titular. Nessa época, comecei a jogar alguns torneios em Campo Grande, mesmo morando em Aquidauana. Eu achava o máximo, tinha só 14 anos e era uma rotina bem atribulada. Pegava um ônibus ao meio-dia, chegava à Capital, jogava, depois pegava o ônibus novamente, às seis da tarde, e voltava para Aquidauana. Em 1997, me mudei para Campo Grande, ganhei bolsa de estudos para poder jogar. De lá para cá, tudo aconteceu muito rápido, de uma menina, um ano atrás, que não sabia jogar e, no ano seguinte, virar titular e mudar de cidade. Em 1998, me mudei para São Paulo e comecei a jogar no time que sempre me espelhei muito. Durante todo esse tempo você foi companheira da Renata, Maria Elisa, da Taiana e agora da Larissa. Como é, para você, encarar esses inícios e recomeços? Já tive outras parceiras, mas onde eu tive parcerias longas, com quem tive ciclos olímpicos, foram essas jogadoras. O vôlei de praia é como se fosse um casamento e o fim pode ser bom ou ruim. Você vive muitas coisas com a sua parceira, divide muitas alegrias, tristezas, você constrói sonhos, os sonhos acabam e outros não são realizados. Meu sonho com a Renata era jogar em Londres, então conseguimos antecipar e após quatro anos jogamos em Pequim, ou seja, uma olimpíada, e fomos até a semifinal. E por divergências de caminhos, mesmo querendo alcançar o mesmo objetivo, acabou indo cada uma para o seu lado. Na verdade, sempre acaba acontecendo alguma incompatibilidade em determinado momento, mas, na maioria das vezes,

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é sempre por você estar em busca de algo mais. Quando eu estava jogando com a Renata, nós tínhamos nossos objetivos, mas eu queria algo mais. Então você pensa numa troca, uma troca que faça com que você renda mais, em que você acredite que possa ter mais resultados ou mesmo pra você resgatar aquele sentimento de que você pode dar mais. Com a Maria já foi o contrário, a Maria pensou em trocar. Nós viemos de uma olimpíada, nós não voltamos tão felizes, não foi o resultado que nós gostaríamos. E aí eu formei o time com a Taiana e, até então, eu pensava em formar um ciclo inteiro com a Taiana, foi quando a Larissa voltou. E voltou uma grande jogadora, alguém que fez seu nome na história do vôlei de areia. Tive que tomar uma decisão, que era pensar em uma jogadora que tinha uma grande experiência, que jogou uma olimpíada, que tinha um nome, tinha uma história, então pensei que poderíamos formar uma grande parceria. As trocas, na verdade, são sempre um recomeço. Diferente dos times de quadra, que você contrata, recontrata outra jogadora e o time segue. No nosso caso, você mexe uma peça e acaba com o time. Quando há essas trocas, a confederação escolhe, há alguma interferência? Não. Nós tivemos por um ano e pouco uma seleção feita pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), em que eram convocadas atletas e a comissão técnica escolhia. Porém, essa ação não foi bem-aceita, já que vôlei de areia precisa ter muita conexão com a parceira, ou seja, hoje cada um escolhe com quem quer jogar. E assim segue. Você tem duas olimpíadas na sua bagagem. Qual foi a emoção ao disputar a primeira? É indescritível. Eu fui à abertura da primeira olimpíada, depois fui à abertura da segunda e são dois momentos únicos, mas o sentimento, o frio na barriga que você sente no primeiro, é uma coisa nova. Quantos mil atletas gostariam de estar lá e você tem essa oportunidade. Na olimpíada, é um grupo seleto de atletas do mundo inteiro, portanto, me senti privilegiada. Você declarou que em 2017 se despede das areias. Como e quando você tomou essa decisão? Na vida de atleta, é muito difícil saber quando você vai parar e se você vai conseguir parar, mas eu posso dizer que, desde quando eu estou com o Renato, meu esposo, nós começamos a fazer planos para nossa vida e,


Quais suas expectativas em relação a sua parceira Larissa? Está sendo uma grata surpresa, porque eu já tive a Larissa como adversária durante 10 anos que eu jogo, sempre ela de um lado da quadra e eu do outro. E a grande dúvida sempre foi essa, se conseguiríamos conviver como parceiras, já que durante muito tempo fomos adversárias. Eu sei do potencial dela, ela sabia do meu, estávamos muito mais maduras, mas não sabíamos como seria lidar com esses 10 anos de rivalidade. Da mesma forma que eu, a Larissa se doou 200% e, a partir do momento que nós sentamos e falamos “vamos jogar”, as duas trabalharam para dar certo. Alguém tinha que ceder. Eu mudei de vida, ela está podendo mostrar outro lado como jogadora, outra postura, outro comportamento, e tudo isso em função do nosso time, para que nossa dupla funcione. A expectativa é que nós possamos crescer ainda mais como time, amadurecer mais. Muito mais nessa parte de comportamento. Essa era nossa grande preocupação e sabíamos que, se isso funcionasse, o resto fluiria. Além dos treinos diários, o que mais você faz para se manter em forma? A parte física é um conjunto de alimentação, descanso, dedicação 100%, academia, treinamento com bola, corrida e suplementação. Minha rotina é acordar, tomar o café da manhã,

Foto Gabriel Gabino

logicamente, os filhos estão nesses planos. Para o homem, é mais fácil, já para a mulher atleta é mais difícil. Por ele, nós já teríamos tido um filho em 2012. Estou com 30 anos, quero jogar mais uma olimpíada, eu não pretendo colocar o filho debaixo do braço e simplesmente ir. Então, os planos são: eu jogar 2016 e, em 2017, é um ano que eu pretendo jogar sim, mas é um ano também que já pretendo tentar engravidar. Ou seja, pode ser rápido, pode não ser. Acabar a olimpíada e ter um filho? Não sei. Até 2017, seria a minha 13ª temporada, 13 anos viajando, de janeiro a janeiro, eu jogando trinta torneios ao ano. Então, chega uma hora que você repensa e deseja outras coisas, também. Na minha cabeça, são 90% de chances de que eu vou seguir isso sim, que em 2017 aconteça, conforme estamos planejando. Então, é um planejamento de uma atleta que tem um marido e que, por mais que seja técnico, nós também temos nossas vontades e uma delas é de formar uma família. Se formos esperar, esperar, esperar, não vai ser nunca.

"Estou com 30 anos, quero jogar mais uma olimpíada, eu não pretendo colocar o filho debaixo do braço e simplesmente ir. Então, os planos são: eu jogar 2016 e, em 2017, é um ano que eu pretendo jogar sim, mas é um ano também que já pretendo tentar engravidar." www.MoodLife.com.br 37


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a suplementação, em seguida treino, volto para casa durante o almoço, descanso, e depois treino à tarde de novo. Então, durante a semana, pela manhã, são dois dias de academia e dois dias de circuito na areia. Além de tudo isso, tem a fisioterapia para prevenir, a massagem. Todos esses afazeres servem para encaixar uma coisa na outra. O treino da tarde demora em média de 2 a 3 horas. Depois do fim de semana, fazemos uma série de exercícios de força, ou seja, fazemos testes mais intensos na segunda, para saber como iremos começar as atividades. Há toda uma preocupação em torno disso, pois, como jogamos de janeiro a janeiro, existem torneios mais importantes, outros mais longos, então há sempre uma preocupação de estar muito bem preparada para todos esses jogos.

Foto Gabriel Gabino

"Fico feliz de poder dizer que sou de Aquidauna e de Mato Grosso do Sul."

Como você enxerga o crescimento do vôlei de areia no Brasil? Nosso esporte é novo, começou a ganhar força em 1996 e ele está se profissionalizando. No momento atual, está numa crescente, é um esporte que traz medalhas, que vende lotação, as pessoas gostam de ver. Incrível perceber quando você chega a cidades que não têm praia e mesmo assim o jogo acontecer. Eu não comecei o vôlei de areia em Campo Grande, mas tem atletas que começaram, como o Benjamim, o Alex e outros atletas jogaram torneios em cidades que não têm praia. É bom lembrar que esse esporte é muito democrático. Claro que na praia começou como uma brincadeira e os atletas acabaram se descobrindo. Mas olha só, eu mesma, sou de Aquidauana, que tem no máximo a prainha e eu fui considerada uma das melhores jogadoras de vôlei de praia do País. Isso mostra que não comecei na praia e mesmo assim conheci o esporte. Evoluímos, nos profissionalizamos e estamos descobrindo novos talentos. Espero que, quando eu sair, quando eu entregar meu lugar para as novas gerações, essas também consigam e queiram levar o esporte ainda mais para frente, dando sequência às vitórias que já conquistamos. Já foram feitas as seletivas para a Olimpíada? Como e quando serão? Fim de maio até início de setembro. Serão 10 torneios, uma semana na Rússia, outra na Noruega, depois Croácia, outra semana nos EUA, em seguida retorno para a Europa, depois Fortaleza e em seguida Japão.

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Quando você lembra-se da sua infância, quais as primeiras imagens que você vê? Nossa, eu tenho lembranças ótimas. Lembro de quando corria na rua, de brincar nas árvores e voltava para casa toda arranhada. Tive uma infância feliz, brincava de bolita, de pega ladrão e de quando quebrava o mandiocal da vizinha (risos). Tive uma infância de verdade e fico muito feliz em encontrar as pessoas que viveram isso comigo. Quando eu escuto em qualquer lugar a música de raiz, a moda de viola, lembro-me da minha mãe e dos artistas da terra, como o Almir Sater, que é referência.

Como é sua relação com o Renato, tendo em vista que vocês vivem rotinas muito parecidas, já que ele é técnico? Ele dá palpites sobre seus jogos e treinos? Nós nos ajudamos muito, mas temos uma relação dentro dos torneios, separadas, já que cada um tem seu time. Quando ele consegue, me dá alguns toques, mas, quando estamos juntos em período de descanso, procuramos não levar isso para casa. O Renato é uma pessoa maravilhosa, ele sempre me diz: “Olha, hoje não foi tão bom”. Tudo com jeitinho, porque sabe que estou em um momento mais delicado (risos). Em geral, temos uma vida que não é só do vôlei. Então, nos esforçamos para saber separar as coisas, também. Quem é a Talita fora das areias? Sou uma pessoa alegre, tento estar com meus amigos, tento ajudar as pessoas, sou ausente, mas presente, na medida do possível. Não consigo estar na festa de casamento e no aniversário de todos que amo. Tento estar presente na forma que eu posso. Hoje, tem todas as mídias sociais que nos fazem estar presente com amigos e família e eu tento falar com todo mundo, seja por telefone, Facebook ou WhatsApp. Eu sou do tipo de pessoa que liga, que quer saber e gosto de estar perto. Eu tento ser feliz o tempo inteiro e deixar quem está perto de mim feliz também.

Foto Mauro De Sanctis

O que Mato Grosso do Sul representa pra você? Eu tenho o maior orgulho de representar Aquidauna. Fico muito feliz quando chego a algum lugar e as pessoas já sabem de onde sou. O vôlei me deu tudo que eu tenho hoje, o que sou, o que represento, e tenho o maior orgulho de ter começado lá. Poxa, é muito bacana saber que você representa um lugar onde as pessoas têm orgulho de você. Além disso, tem a minha família que está lá, meu avô que me vê jogar até hoje. Quando participei da minha primeira olimpíada é que eu tive realmente a noção de tudo isso, porque a cidade inteira parou para assistir. Ver que as pessoas também têm orgulho de falar: “A Talita é daqui, representa meu Estado”. Isso é reconhecimento, fico feliz de poder dizer que sou de Aquidauna e de Mato Grosso do Sul.

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Estilo de Vida Por Thaís Pimenta

Na página ao lado, de baixo para cima: Camila Catherine (Lux - League of Legends), Marina Ametlla (Morgiana - Magi: The Labyrinth of Magic), Naomi Inagaki (Kagura - Gintama), Luan Luigi (Reptile - Motal Kombat II), Junior Yuudai (Kaito - Vocaloid) Paulo Henrique Ricartes Peixoto (M- Bison - Street Fighter), Roberto Arguelho Braga (Amon - Legend of Korra). Nesta página, Neuma Mara (Velvet - Odin Sphere), Mabel Valverde (Anthy Himemiya Revolutionary Girl Utena) e Andrey Mota (Super Shock).

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Foto Gabriel Gabino


O mundo das histórias em quadrinhos, dos jogos on-line e dos seriados, estampado em figuras cada vez mais caricatas, e melhor, espalhado por Campo Grande sem a gente nem perceber.

A ficção bem perto de você www.MoodLife.com.br 43


Estilo de Vida Por Thaís Pimenta

Foto Gabriel Gabino

E

ra domingo, cheguei exatamente às duas horas da tarde no Parque Itanhangá, para a sessão de fotos e entrevistas. Logo de cara, avistei o Super Shock, o M- Bison e a Lux. Aos poucos, outros heróis, vilões e personagens foram chegando. Era inevitável não notar os olhares e questionamentos de quem passava pelo parque: “Mas isso é uma peça de teatro?”, “Ah, é cosplay, sei o que é, sim!”, “Vocês vão dançar?”, “Deixa eu tirar uma foto com vocês?”. Todos amigos, o papo fluiu rapidamente. Mesmo não sendo uma geek, eu me senti incluída naquilo

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tudo. Coisa de desocupado? Nada disso! O estilo de vida é complexo e envolve muita criatividade. O termo “cosplay”, proveniente do japonês “kosupure”, é uma abreviação de “costume roleplay”. A tradução para o português se refere a fantasiar-se ou disfarçase de um personagem. Mas muito mais do que apenas se vestir, o cosplayer interpreta e se identifica com o personagem. A dedicação é tanta que, muitas vezes, os praticantes ganham peso para se parecer mais com o ídolo.

“Pega uma questão teatral também. Tem gente que começa a fazer artes marciais para conseguir aprender os movimentos que correspondem ao personagem. É como trazer a ficção para a realidade”, explica Luan Luigi, cosplayer do Reptile, do Mortal Kombat II, e professor de artes.

“Geek” é uma gíria da língua inglesa para definir alguém que gosta muito de tecnologia, internet e games.


O começo A origem do cosplay se deu em meados de 1939, com o americano Forrest J. Ackerman, fanático por ficção científica, na Worldcon, conhecida convenção sobre este mesmo tema. Forrest criou uma vestimenta chamada “futurecostume”, baseada no filme da época “Things to Come”. Só nos anos 80 a modalidade chegou ao Japão, por intermédio de Nobuyuki Takahashi, que visitou a feira nos Estados Unidos e se encantou com o cosplay. Divulgou e incentivou a sua prática em um evento tradicional do seu país, o Comic Markets. A partir deste evento, o cosplay despontou mundialmente e, todos os anos, a Worldcon apresenta muitas atrações desta modalidade. Inicialmente, o cosplayer somente se caracterizava de personagens de quadrinhos; mas, com a adesão de mais pessoas, a caracterização envolveu séries e filmes, como os famosos “Guerra nas Estrelas” e “Jornada nas Estrelas”. Os eventos do universo geek movimentam os cosplayers. Internacionalmente, a Comic-Con International, a BlizzCon e a World Cosplay Summit são destaque. No Brasil, são os concursos de cosplay da Yamato Comunicações e Eventos que chamam mais atenção, uma empresa especializada em eventos de animação japonesa no Brasil. A Yamato tem o maior concurso, em virtude de uma parceria com a Editora JBC, uma editora de mangás, e a televisão japonesa Aichi, que levaram pela primeira vez, em 2006, uma dupla de cosplayers brasileiros ao World Cosplay Summit, ou WCS. Na edição de 2014, os vencedores da etapa nacional desse

Foto arquivoWCSBR / Rafael Salvador

concurso foram Diego Pereira Silva e Fernando Henrique Medeiros. Fernando interpretou Chrom – Príncipe de Ylisse e protagonista do game Fire Emblem Awakening – Nintendo 3DS. Diego encarnou Validar, um personagem do mesmo jogo, poderoso feiticeiro rei de Plegia, líder de um culto que deseja ressuscitar um lendário dragão que trará destruição ao mundo. A sensação de finalmente vencer a etapa nacional foi quase como um sonho realizado. “Definitivamente, uma das melhores experiências da minha vida. Era a nossa terceira participação em uma final nacional

e, por mais que estivéssemos preparados e almejando a vitória, foi surpreendente. Ao mesmo tempo em que você comemora e agradece por ter conquistado um objetivo, você se pergunta se aquilo é real, se está realmente acontecendo. A ficha custa a cair”, diz Diego Pereira. A fantasia usada no Japão será a mesma, a interpretação dos personagens é que vai mudar. “Quem já viu a performance executada na final brasileira pode esperar grandes surpresas”, finaliza.

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Estilo de Vida Por Thaís Pimenta

Nessa categoria, há a apresentação tradicional, que deve ser fiel ao universo do personagem, e também há a categoria livre, na qual o participante pode usar toda a sua criatividade para bolar algo.

Cenário local Em Mato Grosso do Sul, alguns eventos vêm se despontando a cada ano. É o caso da Parada Nerd, do Anime Revolution e do Museu do Videogame Itinerante (Campo Grande Game Show, além do Aquidanime, que acontece em Aquidauana. Paulo Henrique Ricartes Peixoto é um dos idealizadores e organizadores desses encontros. Publicitário, ele começou a se interessar por cosplay em 2006. O encantamento pelo assunto foi tanto, que seu trabalho de conclusão de curso na graduação foi sobre o planejamento de campanha para um evento geek que começava a organizar. Ele explica que nos eventos,

geralmente, existem três categorias para apresentação do cosplay: o desfile, em que cada um sobe ao palco para desfilar e apresentar a sua roupa para o juiz; a apresentação, na qual o participante sobe ao palco e faz uma apresentação teatral para os juízes; e a dupla ou grupo, igual à apresentação individual, mas com uma ou mais pessoas – geralmente, essa categoria é livre. Para ele, o cosplay é quase um estilo de vida. “Fazendo cosplay, absorvi muito para a minha vida, aprendi a ser mais paciente, a ver as coisas de várias perspectivas e, principalmente, a olhar algo e entender que o que você está vendo não necessariamente é aquilo que parece”, conta.

Fotos Gabriel Gabino

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Caracterização

“Do it yourself”, expressão em inglês que significa “Faça você mesmo”.

Por ser um hobbie que, pouco a pouco, atinge mais pessoas, a indústria de fantasias para cosplayers também vem crescendo. Na internet, são muitas opções de sites brasileiros e internacionais, conhecidos por cosplay stores, para compra de fantasias. Mas muita gente encara o cosplay como um processo DIY, afinal, botar a mão na massa e na máquina de costura é muito mais divertido! Em Campo Grande, tem gente querendo investir nesse segmento. É o caso de Luan Luigi, que propôs para sua mãe, costureira, abrirem uma empresa especializada em fantasias para cosplay. “Ela pegaria a demanda de costura, e eu, dos acessórios. Estamos botando a ideia no papel e, até o fim do ano, montaremos nosso ateliê”, conta.

Todo o processo de caracterização e de DIY pode demorar de duas semanas a um mês, dependendo muito da necessidade de cada cosplayer de apresentar sua fantasia. Na hora de escolher o personagem, tudo acontece de forma muito natural; depois disso, vem o processo de estudar e analisar a roupa, notar os detalhes e procurar referências. Tudo é feito de maneira muito criativa e, principalmente, econômica. Os detalhes dos looks geralmente são produzidos com EVA grosso e depois são pintados à mão. As máscaras podem ser feitas com gesso ou com outros materiais. As makes são testadas algumas vezes antes das apresentações, cada detalhe é estudado e transcrito no rosto. Uma grande brincadeira criativa!

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na Estrada Por Thaís Pimenta

Canadá Um tour pelo

Geracina Lima e a prima Hilda Lima se aventuraram pelo Canadá durante 31 dias

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iajar é um dos hobbies da empresária Geracina Lima. Num dado momento, ela decidiu, junto de sua prima Hilda Lima, que deveriam conhecer o Canadá. “Sempre ouvi falar muito bem das belezas de lá, decidimos ir no verão, mal sabíamos que seria a viagem mais bonita já feita”, conta ela. As paisagens naturais, com grandes lagos e geleiras, os palácios e as construções encantaram as primas, que optaram por fazer a visita junto a uma excursão, por considerarem mais seguro. “A Hilda é um pouco mais velha que eu, achamos mais seguro irmos acompanhadas! Lá, comemorei meu aniversário de 65 anos”, explica. Durante 31 dias, elas aproveitaram cada pedacinho do país. As viagens de uma região a outra eram feitas com um micro-ônibus ou um avião. A cada passeio, os olhos enchiam-se de beleza!

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Diário de bordo Entre as inúmeras viagens que fizemos, a mais bonita foi ao Canadá. País de rara beleza natural, com suas altíssimas montanhas, com os picos cobertos de neve eternamente. Iniciamos visitando as cataratas do Niágara, na divisa com os Estados Unidos, que encantam pelo grande volume de águas limpíssimas. Tivemos a oportunidade de tomar um barco e chegar muito próximo às cataratas, e sentir a força das águas despencando de uma altura muito grande. A seguir, conhecemos a histórica Niágara on the Lake, cidade encantadora, onde visitamos o relógio de flores e a escola de horticultura; a seguir, almoçamos no restaurante giratório da Torre Skylon, de onde, mais uma vez, pudemos ver as cataratas do Niágara.


Fotos Dollarphotoclub.com

Toronto Grande centro comercial e industrial, com seu importante Parlamento, por ser a capital da Província de Ontário. Muito interessante é a cidade subterrânea, com mais de vinte quadras interligadas, por onde circulam os pedestres na época do forte inverno canadense. Visitamos também a CN Tower, com 553 metros de altura e um restaurante giratório, no qual pudemos apreciar a magnífica vista de Toronto. Fizemos um pequeno cruzeiro pela região chamada Mil Ilhas, com residências lindíssimas.

Otawa A capital mais britânica das cidades canadenses, com seus belos edifícios de arquitetura gótica, como o Parlamento, as edificações da Suprema Corte e da Biblioteca Nacional. Ficamos hospedadas no Chateau de Lourier, magnífico hotel castelo que é um dos mais belos cartões-postais de Otawa. Mont Tremblant Ficamos hospedadas no Hotel Resort Chateau Mont Tremblant. Conhecemos a charmosa vila de estilo francês, com excelentes restaurantes, cafés, cinemas e mais de 50 boutiques com mercadorias de alta qualidade e de muito bom gosto. Quebec Cidade de beleza incomparável, a mais francesa das cidades canadenses. Hospedamonos no Hotel Castelo Chateu Frontenac, símbolo do Canadá Francês. Atravessamos o rio São Lourenço em um ferry boat e pudemos apreciar a vista maravilhosa de Quebec.

Fotos Arquivo Pessoal

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na Estrada Por Thaís Pimenta

Montreal Cidade em que foram realizadas as olimpíadas de 1976. Hospedamo-nos no Marriot Chateau Champlin, hotel castelo de magnífica beleza. Conhecemos o parque olímpico e também o Oratório St. Joseph, centro de peregrinação de fiéis católicos, e apreciamos a vista magnífica de Montreal, no Mirante do Monte Royal. Edmonton Na costa oeste do Canadá, capital da Província de Alberta. Ficamos hospedadas no fantástico Hotel Fantasyland, localizado no West Edmonton Mall, o maior shopping center e centro de diversões, com patinação no gelo, cassino, minigolf e outros. Conhecemos também o prédio da prefeitura, a Universidade de Alberta, o Parlamento e o Centro de Convenções. Calgary É o Texas canadense, rica em petróleo, em que corre muito dinheiro; conhecemos também o parque Olímpico de Inverno, a Calgary Tower, com 190 m de altura, e o Estádio Saddledome, no formato de uma sela de cavalo, onde acontece anualmente o maior festival de rodeio do mundo - o Stampede.

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Banff Foi onde conhecemos a parte mais bonita das montanhas rochosas e Lake Louise, lago de águas verde-esmeralda, emoldurado pelas montanhas com picos nevados. Também fizemos um passeio de gôndola que nos levou ao Sulphur Mountain, de 2.300 m de altura, com uma extasiante vista. Passamos pelo Glacier National Park, o lago de Okanagan (foto acima), região das vinícolas. Vancouver Visitamos o Canada Palace, com seus futuristas terminais de navios, e o Stanley Park, o maior parque urbano do mundo; por isso, Vancouver é chamada de capital ecológica do planeta. Vimos lindas praias e a sofisticada zona residencial de English Bay e a Capilano Bridge, a maior ponte suspensa do mundo.

Victoria É a capital da província de British Columbia. Atravessamos o estreito de Geórgia em ferry boat, no qual tivemos oportunidade de ver ilhas de rara beleza, e atingimos a ilha de Vancouver. Chegamos a Victoria e visitamos o Butchart Gardens, o mais belo jardim botânico da América do Norte, com grande variedade de plantas com flores lindíssimas. Após Victoria, regressamos a Vancouver e nos despedimos do Canadá, rumo ao Brasil.


Fotos Dollarphotoclub.com

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Feira Hype Por Thaís Pimenta

Pegue uma

N

CADEIRA...

ão há nada melhor do que chegar em casa e relaxar. Melhor ainda se esse descanso for em uma poltrona, ou até mesmo em uma cadeira, confortável e estilosa. Por isso separamos um amplo cardápio para inspirar a escolha desses assentos, que têm papel decisivo na decoração de qualquer ambiente. Escolha suas favoritas!

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1.Poltrona Arreio, da Loucos por Design, por R$

10.590. Disponível no link: https://goo.gl/4fuLNL

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Poltrona La Pasion, de Guido Drummond, preço não divulgado. Para adquirir ligue: (00351) 916 591 369.

10.900. Disponível no site: https://goo.gl/Jrs0Jg

4. Puff Urso, da Estar Móveis, por R$ 1.423. Disponível no link: http://goo.gl/GqcFjd

5.

Banco Nuvem, da Estar Móveis, por R$ 920,00. Disponível no link: http://goo.gl/vczL2B

6. Poltrona Cipria, da Edra,

preço não divulgado. Disponível no site: http://goo.gl/ZBLnK0

7. Poltrona Favela, da Firma Casa, preço não divulgado. Disponível no link: http://goo.gl/MLhdPb

7

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8. Maritaca, da Molio Design, por R$ 690.

Disponível no site: http://www.moliodesign.com/

9. Poltrona Sunshine, da Estar

Móveis, por R$ 3.980,00. Disponível no link: http://goo.gl/3UNCaH

10.

Poltrona Leather, da Firma Casa, preço não divulgado. Disponível no link: http://goo.gl/JiI3qL

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Poltrona Flama, da Firma Casa, preço não divulgado. Disponível no site: http://goo.gl/X5INRc

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Fotos Divulgação

3.Cadeira Chita, da Loucos por Design, por R$

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Décor Por Thaís Pimenta

individual

autoral

Com ambientes carregados de personalidade, a Casa Cor SC acontece simultaneamente em duas cidades, Itajaí e Florianópolis.

C

omeçou no dia 28 de maio a edição catarinense da Casa Cor. Com o tema “Design para um”, o objetivo é instigar os arquitetos e expositores a criarem ambientes com o estilo individual que cada um costuma trabalhar. Por isso, os ambientes desta edição estão extremamente autorais, carregados de personalidade. O evento acontece simultaneamente em duas cidades, assim como em 2014. Neste ano, a mostra se passa na Praia Brava, em Itajaí, e em Florianópolis, no prédio histórico onde funcionava uma antiga fábrica de refrigerantes, hoje sob a administração do Sesc. Localizado no bairro José Mendes, o espaço todo foi revitalizado pela mostra. A Casa Cor SC continua até o dia 12 de julho.

O Ateliê do Mestre Cervejeiro foi pensado pelos profissionais Ana Carolina Ogata, Carlos Rolim e Sandro Della Casa para quem gosta de apreciar uma cerveja bem gelada, com lounge, bar e cozinha.

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Foto Lio Simas

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Décor Por Thaís Pimenta

A Suíte Master Infinito Particular foi assinada por Pedro Tessarollo e Jairo Lopes. Os profissionais criaram o ambiente para um escritor solteiro, apaixonado por artes e por tudo que é original. A pluralidade cultural, os valores étnicos e as riquezas do continente africano inspiraram o projeto do Living África, ambiente da arquiteta Ana Paula Ronchi. Neste espaço, os tons claros predominam e as cores foram pinceladas nos detalhes.

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Foto acima Sidney Kair, demais fotos Lio Simas


No alto - Marcelo Wolschik de Proença e Alexandre Müller criaram um dos ambientes mais despojados desta mostra. A suíte Urban-U foi planejado para um rapaz entre 18 e 20 anos, que curte a vida urbana e gosta de estar inserido no cerne da cidade.

Inspirador e contemporâneo, o ambiente Meu Loft, assinado pelos arquitetos Beto Gebara e Marila Filártiga, se destaca ao propor uma atmosfera cosmopolita e industrial para os visitantes da mostra.

Flexibilidade, criatividade e tecnologia de ponta traduzem o Office 16, assinado pelo escritório ArchDesign Studio. Pautado também pela sustentabilidade, o ambiente é totalmente montável, sem nada fixo.

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Décor Por Thaís Pimenta

A área de convivência de uma família que gosta de esportes e valoriza o clima e geografia do litoral. Um espaço assinado por Claudiney Simão e Josiane Castilho, cheio de tendências e elementos urbanos, como a pintura artística do Tripolar Trio.

Esse ambiente prova que uma antiga indústria desativada pode ganhar alma. E para isso, os profissionais da LOGOarquitetura e Design apostaram em versatilidade e criatividade.

Fotos Lio Simas

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Gourmet Por Clarissa de Faria

cidade morena da

sampa

pra

Do sobá à sopa paraguaia, campo-grandense oferece a culinária sul-mato-grossense em plena capital paulista.

A

vontade de saborear um bom prato típico de Mato Grosso do Sul e a insatisfação de não encontrar o que realmente desejava foram os ingredientes certeiros para o analista de sistema Jean Haddad abrir na Vila Mariana, em São Paulo, a Sobaria Cozinha Sul-Mato-Grossense. Desde os 18 anos, o campo-grandense reside na capital paulista; mas, somente em 2006, tudo conspirou a favor para que ele abrisse o próprio negócio no ramo da gastronomia. A casa que hoje abriga o restaurante foi sua moradia durante muito tempo. “A ideia veio da vontade de comer sobá, linguiça de Maracaju, peixes do Pantanal, mandioca cozida, chipa, sopa paraguaia, entre outras delícias”,

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destaca Jean, que afirma: “Fui várias vezes ao bairro dos japoneses, a Liberdade, para experimentar o sobá deles, mas nenhum chegava perto do de Campo Grande.” Mas, o desejo pela gastronomia da sua terra foi ao encontro da paixão pela cozinha. Sobre a abertura do restaurante e a concepção de cada prato do cardápio, Jean explica que veio várias vezes a Campo Grande para aprender como realmente se preparava o sobá, durante alguns encontros com a famosa Amélia, que possui barraca na feira central da Capital, entre outras comidas regionais. Hoje, a sobaria serve também o carreteiro, linguiças, sopa paraguaia, chipa e alguns peixes da região, como o pintado. O estabelecimento conta com


2 chefs de cozinha que atendem durante os dois turnos (almoço e jantar), e toda quarta-feira Jean vai aos bastidores para cozinhar, testar, organizar, treinar e padronizar todo o processo. “A sobaria é meu tudo, adoro trabalhar nela.” Sobre a aceitação, ele garante que, desde o início, foi surpreendente. “Fora a curiosidade dos moradores da Vila Mariana. Logo recebemos elogios e o reconhecimento por representarmos o nosso MS.”

Sobá Soba de filé-mignon com ovo extra, tamanho médio

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Gourmet Por Clarissa de Faria

Linguiça Sertaneja Linguica sertaneja 100% carne suína, servida no réchaud guarnecido de arroz, vinagrete, farofa e mandioca cozida sul-mato-grossense.

PINTADO NA BRASA

Serviço: Rua Áurea, 343, Vila Mariana. Telefone: (11) 5084-8014 www.sobaria.com.br Facebook.com.br/sobariams

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Fotos Divulgação

Cubos de pintado na brasa, guarnecidos de farofa de ovo com banana, arroz branco, vinagrete, mandioca cozida e pimenta caseira.


Vinhos Por Douglas Mamoré Junior

mês Dica do

F

alamos, no último mês, sobre como a tecnologia ajudou muito os produtores de vinho do mundo todo a melhorarem seus produtos e detalhamos, especificamente, os vinhos sul-africanos e os espumantes nacionais. Nesta pegada, podemos destacar duas vinícolas brasileiras que vêm surpreendendo e gozam hoje de grande reputação no mercado brasileiro e internacional; são elas: A Vallontano e Lidio Carraro, duas empresas familiares que produzem vinhos nacionais com muito respeito ao terroir brasileiro e muito investimento em tecnologia de ponta. A Vallontano lançou neste ano o fantástico Oriundi, em um projeto conjunto com uma das maiores vinícolas italianas, a MASI Agricola, um vinho de produção bem pequena, que combina técnicas de produção do Amarone com uvas passificadas e o melhor do terroir do Vale dos Vinhedos, o primeiro vinho nacional de guarda, simplesmente maravilhoso. A Lidio Carraro, por sua vez, também surpreende, lançando um incrível Malbec nacional, Agnus Malbec, resultado de oito anos de pesquisas com as melhores seleções da casta Malbec, desde seu berço original na França, até a consagrada região de Mendoza, onde tornou-se a principal uva tinta cultivada. “Os resultados desta uva têm nos surpreendido positivamente.” Meus parabéns a Luis Henrique Zanini e à Família Carraro, que, não obstante as dificuldades de se produzir vinhos no Brasil, apostam alto e com muita competência no produto brasileiro.

_ dOUGLAS MAMORÉ JUNIOR

ENÓFILO DESDE 2005, DEDICA-SE EXCLUSIVAMENTE AO UNIVERSO DOS VINHOS douglas@mistral.com.br

ORIUNDI 2011 – MASI/ ZANINI – Vale dos Vinhedos- RS/Brasil

Concebido para ser o melhor vinho brasileiro, Oriundi é um projeto conjunto entre Masi e Luis Henrique Zanini, o renomado enólogo da vinícola boutique Vallontano. Combina as técnicas de produção do Amarone com a melhor expressão do terroir do Vale dos Vinhedos. Um tinto de longa guarda.

Agnus Malbec 2014 Encruzilhada do Sul RS/Brasil

Grande intensidade aromática, de frutas maduras e um toque floral de violetas; paladar muito cativante, gastronômico, com ótimo volume de boca e agradável frescor. Taninos macios, retrogosto longo e saboroso.

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UD Por Thaís Pimenta

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mor na cozinha

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Moringa Love Porcelana Amarelo Flivo, da Mobly, por R$ 79,99. Disponível no link: www.mobly.com.br/moringa-loveporcelana-amarelo-flivo-135429.html

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Kit para Fondue, da Orange Onion, por R$ 44,81. Disponível no link: www. orangeonions.com/russ-berrie-here-s-tolove-heart-shaped-fondue-set.html

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Frigideira Antiaderente Formato Coração, da Monky Design, por R$ 45,40. Disponível no link: www.monky.com.br/frigideira-antiaderente-formato-coracao-p675/

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Forma Passion Terracota Silikomart, por 89,90. Disponível no link: www.casadevalentina. com.br/produtos/detalhes/forma-passionterracota-silikomart-silicone-vermelho-73308

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Forma em Silicone para Bolo Coração, da Maria Presenteira, preço não divulgado. Disponível no link: www.mariapresenteira.com.br/ forma-em-silicone-para-bolo-coracao2606/p

Junho é o mês dos amantes, que tal investir em uma decoração mais romântica na cozinha? Confira a nossa seleção de produtos.

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Kit para Crème Brûlée (Maçarico + 4 Bowls de Porcelana), da Maria Presenteira, preço não divulgado. Disponível no link: www. mariapresenteira.com.br/kit-creme-bruleemacarico-e-4-bowls-de-porcelana/p

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Caneca Amor Não Tem Regras, da Singola, por R$ 21,80. Disponível no link: www.singola. com.br/loja/caneca-amor-nao-tem-regras/


Bom apetite!

Bolo de morango

Dia dos Namorados Massa do pão de ló Ingredientes: 5 ovos (gemas e claras separadas); 2 xícaras (chá) de açúcar; 2 xícaras (chá) de farinha de trigo peneirada; 1 xícara (chá) de leite fervendo; 1 colher (sopa) de fermento em pó.

Cynthya S. Belin Charmosa Casa & Gourmet Tel. (67) 8412-9329 3341-0171 Aceita encomendas

4 caixinhas de morangos picados (deixe alguns inteiros para decorar). Montagem do bolo: Corte o pão de ló na horizontal, umedeça com leite misturado com a baunilha. Numa vasilha, misture o leite condensado, o creme de leite e os morangos picados, e recheie o pão de ló.

Modo de fazer: Bata as claras em neve e reserve. Bata as gemas com o açúcar, até dobrar de volume. Coloque o leite fervendo (batendo em velocidade mínima), até a massa ficar homogênea). Acrescente a farinha de trigo aos poucos e o fermento por último. Pare de bater e coloque as claras em neve, misturando delicadamente. Coloque em forma untada e enfarinhada e leve ao forno preaquecido a 180ºC.

Cobertura de ganache: Ingredientes: - 200 g chocolate meio amargo picado; - 1 lata de creme de leite sem soro. Misture o chocolate com o creme de leite e leve ao micro-ondas por 2 minutos, na potência média, mexendo na metade do tempo. No fogão, faça em banho-maria.

Ingredientes do recheio: 2 latas de leite condensado cozido; Baunilha a gosto; 1 caixinha de creme de leite;

Decoração final - 1 chocolate Kit Kat; - Morangos inteiros. Depois de montado o bolo, cole os chocolates Kit Kat nas laterais, espalhe o ganache e finalize com morangos inteiros. www.MoodLife.com.br 67


Cenário Feminino

Camila Lanfredi Beiersdorf

Creme

de mandioca com carne-seca Ingredientes: - 700 gramas de mandioca cozida; - 400 gramas de carne-seca dessalgada, cozida e desfiada; - 1 cebola média ralada; - 2 dentes de alho espremidos; - 1 caixinha de creme de leite; - 2 colheres de sopa de manteiga; - 2 linguiças calabresa; - 200 ml de leite; - 1 colher de chá de colorau ou extrato de tomate; - 2 pimentas picadinhas ou pimentão vermelho; - sal e pimenta-do-reino a gosto; - cebolinha verde a gosto; - cheiro-verde a gosto. Modo de preparo convencional: Primeiro, dessalgue e cozinhe a carne-seca separadamente; depois, desfie. Cozinhe a mandioca, até que comece a desmanchar. Depois de cozida, coloque no liquidificador com o creme de leite e bata bem, até que fique uma mistura homogênea. No liquidificador ainda, acrescente o leite. Em uma panela, coloque a manteiga, o alho e a cebola, e refogue. Misture a carne-seca e refogue bem, acrescente o creme de mandioca e os demais ingredientes, deixe o molho incorporar e sirva. Bom apetite!

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Nutricionista Esp. Gestão de Produção Pasta Colore Negócios à mesa Líder/Agente Thermomix Tel. (67) 9870-4901

Modo de preparo na Thermomix: Compre carne-seca soleada, que já vem com pouco sal. Cozinhe a carne-seca na Thermomix por 55 minutos, com 1,5 litro de água em temperatura Varoma, modo inverso e velocidade de colher; depois, desfie por 10 segundos, inverso, velocidade 4. Reserve. Coloque o alho, a cebola, a cebolinha e a calabresa e pique por 6 segundos em velocidade 5. Coloque a manteiga e refogue com esses ingredientes já picados, por 5 minutos, em temperatura Varoma, modo inverso e velocidade de colher. Depois, misture a carne-seca e um pouco de extrato de tomate e deixe refogar por mais 8 minutos, nas mesmas funções anteriores. Reserve. Cozinhe a mandioca com 1 colher de sal, por 40 minutos, temperatura Varoma, velocidade 1. Depois de cozida, escorrer a água e bater de 300 g em 300 g de mandioca, em velocidade 10, e depois colocar a borboleta em velocidade 4, para formar o creme e para que o equipamento tenha um desempenho mais rápido e eficiente. Enquanto bate cada 300 g de mandioca, acrescente um pouco de creme de leite e leite, para que a mandioca vire um creme mais ralo. Após 1 minutos batendo, desligar e acrescentar a carne já refogada. Nesse momento, você pode acrescentar a pimenta em pedacinhos ou o pimentão bem picadinho.


Boneca Soninha

Material: - 30 cm de algodão cru; - 30 cm de tricoline estampada; - 30 cm de tricoline lisa ou poá; - Linha de bordar; - Linha de costura; - Linha de pesponto; - Bordado inglês; - Linha acrílica branca e preta; - Fibra siliconada; - Marcador de boca; - Lã; - Caneta permanente; - Tesoura; - Palito de churrasco; - Agulha de costura; - Cola quente; - Lápis; - Pinta bolinha; - Blush; - Pincel.

Jane Mara Martinez Professora de artesanato Tel. (67) 9126-3630 fabricadesonhos@hotmail.com

Ursinho Dengoso Material: - Tecido plush para corpinho e cabeça; - Tecido a escolher para outras partes; - Nariz de tecido vermelho; - Par de olhos; - Tesoura, agulha e linha; - Fibra soft para enchimento; - Cola quente.

Corpo – tamanho de um prato de sobremesa; Cabeça – prato de chá; Orelhas, patinhas e mãos – boca de xícara de café; Nariz – fundo de xícara de café;

Maria de Moraes Pereira Artesã Tel. (67) 3384-5226

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Cenário Feminino Todos os materiais de artesanatos você encontra na Monydai. Tel.: (67) 3324-5416

Almofada

Coração

Material: - EVA: 1 folha branca e 1 vermelha; - Cola instantânea n. 2; - Cola quente; - Tesoura grande; - Caneta permanente preta; - Lápis; - Olhos coloridos grandes de plástico; - 1 m de prega macho; - Fibra sintética para encher.

Prof. Suzana Marques Pereira

ACOMPANHE O PROGRAMA CENÁRIO FEMININO NO SBT-MS AOS SÁBADOS 9h

Tel. (67) 9149-2705 3380-0643

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Entrevista Por Thaís Pimenta

MARIA CAROLINA

KOCH ROSSI "Para qualquer marca é sempre um desafio manter uma mensagem coerente em diferentes mercados, e que ao mesmo tempo penetre em cada um da maneira correta."

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om apenas 24 anos, a paulistana Maria Carolina Koch Rossi conquistou seu espaço em uma das maiores companhias de comércio eletrônico do mundo. Formada em relações internacionais, Maria estudou o mandarim por cinco anos no Brasil e teve foco desde cedo pra chegar onde chegou. Confira essa história. Você sempre sonhou em trabalhar com comércio eletrônico no exterior ou acabou acontecendo? Acabou acontecendo. Tinha planos de vir para a China após me formar, mas na época trabalhava com comércio exterior, e o meu objetivo, inicialmente, era trabalhar na parte de relações comerciais entre Brasil e China. Aconteceu de eu ir para a área de e-commerce e tenho gostado bastante de trabalhar com isso, o que fez até com que eu me focasse também em outros países asiáticos, além da China.

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A frequência com que você topa com brasileiros no exterior, dentro da sua área, é pequena? Na área de e-commerce, ainda são poucos, mas já encontrei muitos brasileiros no exterior. Na China, já há uma comunidade considerável, temos até restaurante brasileiro em algumas cidades principais. Acredito que agora irei encontrar um número ainda maior de brasileiros, pois, recentemente, China e Brasil assinaram 35 acordos bilaterais, representando um pacote de US$ 53 bilhões. Esses acordos deverão trazer benefícios para os dois lados. É imensurável o número de produtos que as empresas brasileiras poderiam exportar para a China. É um mercado gigantesco, e os setores são os mais diversos possíveis. Com qual frequência você vem ao Brasil? Costumo voltar só uma vez por ano, geralmente na época do Natal. Mas a minha família também vem me visitar aqui.

Como é viver totalmente longe dos amigos e parentes? No começo, foi mais difícil, mesmo já estando determinada a vir para a China, porque é realmente longe do Brasil e não dá para ver a família e os amigos com a frequência que gostaria. Mas muitos já até vieram me visitar e, além disso, o mundo de hoje é muito digital e conectado, então converso bastante com as pessoas por aplicativos, chamada por vídeo, mídias sociais etc. Agora, já estou acostumada! A comida na China é totalmente diferente da brasileira, certo? Como você fez para se adaptar a essa mudança alimentar? Muito diferente! E difere até da comida chinesa que temos no Brasil, que é um pouco mais adaptada ao paladar brasileiro. Muitos estrangeiros que vêm para cá não se acostumam e acabam se limitando a restaurantes estrangeiros; mas também não é possível dizer que não se gosta da comida chinesa, porque


os pratos são muito diversificados, conforme a região do país. Por isso, pelo menos alguma coisa você vai gostar! Já experimentei muitas coisas consideradas exóticas, algumas inclusive sem saber o que eram. Agora, sou um pouco mais seletiva e tento evitar comer coisas muito diferentes ou que não conheça muito bem a origem. Independentemente de morar na China, acho que é um cuidado que se tem que ter em qualquer lugar do mundo.

Foto Arquivo Pessoal

Quais as principais diferenças entre as duas culturas? Você sente que já adquiriu alguns ‘hábitos chineses’? São muitas as diferenças... o modo de pensar, os valores, as maneiras de se comunicar, os estilos de vida... Sem generalizar, acho que o brasileiro é um pouco mais comunicativo e aberto, muitas vezes até gostamos de brincar ou compartilhar alguma história para descontrair uma situação. Os chineses tendem a ser um pouco mais sérios e reservados, se não conhecerem bem a outra pessoa. Olha, algumas pessoas dizem que o meu olho já está ficando puxado (risos). Brincadeiras à parte, não acho que adquiri hábitos chineses, mas aprendi a ser mais flexível para me adaptar a diferentes situações e culturas. Até mesmo porque a China é um país muito grande, e há costumes que diferem do norte para o sul do país, por exemplo. A própria Ásia tem países com culturas muito peculiares.

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Entrevista Por Thaís Pimenta

Sua formação em relações internacionais pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) foi essencial para a conquista desse emprego? O que você acha que a faculdade mais incentivou nos alunos? A Faap sempre incentiva os alunos a desenvolverem uma visão de carreira e, principalmente, a se adaptarem ao mundo globalizado. Vivemos num mundo cada vez mais interligado e internacional, conectado à internet e à informação rápida. A faculdade tem uma visão muito clara sobre isso e encoraja bastante os alunos a se adaptarem ao mundo internacional que vemos hoje, além de promover diversas iniciativas para intensificar o contato dos alunos com outras culturas. Você encontrou muita dificuldade na comunicação, quando chegou ao país? Já sabia falar mandarim? Já sabia falar e não senti tanta dificuldade na comunicação, porque estudei mandarim por 5 anos, no Brasil, e me empenhei muito para adquirir fluência no idioma, antes de vir para cá. Eu gosto bastante da língua e da cultura. A questão

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mais difícil de lidar são as diferenças culturais mesmo, que só se aprendem no dia a dia, observando, vivendo e se adaptando ao novo ambiente. É um desafio grande para qualquer pessoa que decide morar e trabalhar fora de seu país de origem, e na China, por ser tão distante geográfica e culturalmente, exige muita flexibilidade e resiliência. Você é poliglota. Acredita que isso te ajudou a decidir sua carreira e sua trajetória? Com certeza, isso influencia bastante. Mas, na verdade, aprendi outros idiomas porque já pensava em ir para a área de Relações Internacionais e já planejava ir para o exterior depois de me formar; só não imaginava que iria ficar tanto tempo. Falar outros idiomas certamente ajuda na carreira, pois não apenas no Brasil, mas em vários lugares do mundo, há carência por profissionais que sejam versáteis em vários idiomas e que se comuniquem bem, independentemente da cultura.

É difícil pensar em marketing dentro de uma empresa tão grande e que atinge o mundo todo? Certamente. Para qualquer marca, é sempre um desafio manter uma mensagem coerente em diferentes mercados e que, ao mesmo tempo, penetre em cada um da maneira correta. É um desafio que exige muito estudo de mercado, comportamentos culturais, legislação, história, geografia... Mesmo com a globalização tão exacerbada que presenciamos hoje. Marcas globais devem manter sua mensagem original, desenvolvendo, ao mesmo tempo, estratégias com foco mais regionalizado, adaptado à cultura local e a suas peculiaridades. O que você considera que foi essencial para chegar onde você chegou? Eu diria que determinação e esforço são os meus principais pilares. É preciso ter foco, estar determinado, ter paixão para correr atrás de um objetivo, e também não pode ficar parado, esperando. É necessário se dedicar, trabalhar muito, dar o melhor de si, para ir longe! É assim que estou correndo atrás dos meus objetivos.



Inspiração Por Josué Sanches

Histórias que importam!

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_ JOSUÉ SANCHES é consultor em marketing estratégico e ajuda pessoas a mudarem suas vidas, melhorando seus negócios por meio da inovação www.eufacomarketing.com.br facebook.com/josuesanches

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uem é que nunca saiu às compras no shopping e camuflou as sacolinhas daquela loja de departamento na bonitona e vistosa sacola rígida da marca bacana que você só comprou um “negocinho”? Ouvi uma pessoa solicitar à secretária que procurava por hotéis no interior: - Pergunta se no café da manhã é presunto ou apresuntado. Eu revidei: - Mas você não come nem um nem outro! E ela: - Pois é, mas se for apresuntado, já vi que o resto também não presta. Ou, sabe aquele burguer que você só vai porque tem um molhinho adicional que dá um sabor todo especial – e que o mané do garçom (pra não dizer do dono) fica regulando um segundo copinho? E, falando em burguer, fui conhecer uma nova hamburgueria. Tá na moda, né? Aliás, não é moda, é tendência: “gourmetização” das coisas. Mas, enfim, isso é outra história. Sei que fui e, chegando lá, lugar todo descolado, os nomes dos pratos todos bacaninhas, ingredientes diferentes e supimpas. Na primeira mordida: Wow! Incredible! Pego o copo de suco, aquele gole, procuro na mesa o guardanapo e, não. Ah, vá!? Ok, a proposta do retrô é legal. Mas aquele papel que mais lembra um plástico não tem nada de cool. Aquilo mais espalha a lambança do que ajuda. Nessa hora, eu me fiz duas perguntas. Será que o dono come

aqui? Será que ele realmente acha que essa é uma economia que vale a pena? Você precisará de umas 6 folhas por passada, ao passo que, se fosse aquele papel fofinho, uma só dava conta do lanche todo. Fiquei lá, chateado e meio puto com a decepção. Do outro lado da mesa, ouvi: -Ah, mas você também é chato, né? Dá valor pra cada coisa. Isso, esse é o ponto. A gente precisa ver e receber valor em todos os pontos. Com esse emaranhado de opções e ofertas, a chamada “entrega” tem que ser incrível. Senão, a gente vai pro próximo. Exatamente no momento da verdade, ali com o burguer em mãos, um detalhe e... foi-se. Pessoas não compram coisas, lanches. Pessoas compram valor. Valor é aquilo que importa pra elas, lembra? E valor precisa estar em todos os pontos do negócio. Bem, mas daí me levanto meio lambuzado pra pagar a conta e, quando me viro, não! Ah, vá, que tem fila pro cabra receber. Daí só tenho uma coisa pra te dizer, amigão: você pode ser incompetente pra tudo, menos na hora de receber, né!? Não ferra com a minha experiência final, vai!? Então, segue a dica do Jô: se você tentar ser seu cliente por um dia, você já sabe como e onde gerar valor. Experimenta. Aliás, experiência é nosso próximo café. Vamos?



Negócios Por Walter Gonçalves

Caminhos Seguros para abrir o seu próprio

NEGÓCIO

Arte Guilherme Marconato

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E

tempos de empreendedorismo em alta, com grande número de pessoas abrindo o seu próprio negócio, há aquelas que, mesmo tendo uma boa ideia para se tornarem empreendedoras, não conseguem tirar do papel e colocar em prática o sonho que acalentam. Mas há caminhos seguros e eficazes para quem pretende ser dono do próprio nariz profissionalmente, para transformar o desejo de abrir um negócio em realidade. O passo a passo para chegar lá, digamos. Além de existir uma infinidade de informações na internet, em sites especializados, que orientam como constituir uma empresa, entidades ligadas ao empreendedorismo oferecem consultorias, palestras e treinamento a aqueles que pretendem ingressar na iniciativa privada. A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande é uma dessas fontes que podem dar um importante suporte ao futuro empreendedor. João Carlos Polidoro, 47 anos, presidente da Associação Comercial, aponta que, antes de tudo, o interessado em ter um negócio próprio deve simplificar as suas ideias sobre o empreendimento que deseja tocar, “descomplicar”. E pesquisar, municiar-se de informações junto a pessoas e empresários do mesmo segmento de empresa que a desejado por ele. Levantadas as informações básicas que darão clareza ao futuro empreendedor, de que suas ideias são viáveis, Polidoro recomenda que se documente essas ideias, para que o futuro empresário não se perca. “Criar uma sequência

lógica para seguir em frente.” Para isso, ele deve procurar uma consultoria especializada, que vai dar os caminhos mais adequados para documentar essas ideias. E a partir daí o candidato a empreendedor elabora um plano de negócios, o “business plan”, no qual vai estar tudo o que o interessado precisa fazer para ter sucesso lá no final. “A busca da perfeição deve ser constante. Mas existe um momento em que você tem que fazer um cálculo simples, do quanto custa para ser perfeito. E, às vezes, é mais negócio estar dentro do bom, do que estar numa excelência, mas com custo alto, que irá inviabilizar o negócio. Essa é a sequência a ser seguida”, orienta Polidoro, advertindo que o sucesso só é conseguido com organização e informações. Para o presidente da Associação Comercial, o futuro empreendedor deve estar sempre se atualizando, pois uma boa ideia hoje pode ser péssima daqui a três meses, dependendo da conjuntura econômica e dos rumos tecnológicos. “A pessoa precisa estar sempre antenada, para não investir em algo que não vai dar em nada.” O presidente da entidade que representa o comércio de Campo Grande dá a mesma orientação para o trabalhador que, ao ser demitido, pensa em abrir o próprio negócio com a indenização que recebeu, mas que não possui nenhuma ideia sobre qual ramo pretende ingressar. “É um processo de risco, porque essa indenização é o dinheiro da vida dele. Se investir em um negócio que não venha a dar certo, essa pessoa vai perder tudo e ficará ainda com dívidas”, adverte o empresário. Para que essa tragédia não

aconteça, o ex-trabalhador assalariado deve igualmente pesquisar e ouvir pessoas que têm conhecimento, que vão poder ajudá-lo a estabelecer um plano de negócios. Esse plano, de acordo com o presidente da Associação Comercial, deve ser executado à risca e de maneia assertiva. “Hoje, o mundo dos negócios não aceita pessoas que não tenham uma base de conhecimento sólida para agir corretamente. Se não fizer de forma assertiva, elas vão perder”, assinala Polidoro.

“A busca da perfeição deve ser constante. Mas existe um momento em que você tem que fazer um cálculo simples, do quanto custa para ser perfeito. E, às vezes, é mais negócio estar dentro do bom, do que estar numa excelência, mas com custo alto, que irá inviabilizar o negócio. Essa é a sequência a ser seguida”, orienta Polidoro, advertindo que o sucesso só é conseguido com organização e informações.

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Negócios Por Walter Gonçalves

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utro caminho seguro para quem quer virar seu próprio patrão é o Sebrae. Por meio do programa Nascer Bem, o órgão oferece um amplo cardápio de consultorias e assessoramento. Esse programa vai estabelecer a metodologia a ser seguida pelo futuro empreendedor, para que ele consiga que as suas boas ideias do negócio que pretende abrir deem certo lá na frente.. A primeira providência, segundo a analista técnica do Sebrae MS, Mariana Palermo, é analisar o mercado, seja para qualquer ramo de negócio que o pretendente a empresário deseja atuar. De acordo com Mariana, basicamente, ele tem que analisar a concorrência, os fornecedores e os clientes.

A analista técnica enumera outros aspectos que devem ser observados por quem pretende constituir uma empresa. Sobre a análise da concorrência, na região onde irá atuar, ele deve observar como esses concorrentes trabalham e o que oferecem. E, a partir daí, apresentar um serviço diferenciado, seja em termos de produtos, preços melhores ou outros atendimentos agregados, como entrega em domicílio, que possam atrair os consumidores. A localização do ponto em que pretende estabelecer o negócio é outra importante preocupação, conforme Mariana Palermo.

“Com esse esquema básico, ele consegue ter um panorama do mercado, para implementar o seu negócio”, explica a analista. A partir desse levantamento, de acordo com Mariana, é preciso que o interessado estabeleça um modelo de negócio. Para isso, o aspirante a empresário tem de definir que tipo de cliente ele quer atingir, se homens ou mulheres, de que classe social, e conhecer os desejos dessa clientela, “para que ele consiga colocar o seu negócio em um modelo que vá se adaptar a esses consumidores alvos”.

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Arte Guilherme Marconato


O próximo passo a ser seguido após definir o plano de negócio, de acordo com a analista, é estabelecer o projeto de viabilidade financeira. Saber de quanto serão os custos para manter a empresa, e quanto esta precisará vender por mês, para que possa pelo menos pagar as suas as contas. “Uma empresa que não consegue nem pagar as suas contas não irá prosperar”, comenta Mariana.

Ao potencial empreendedor, o programa Nascer Bem, do Sebrae, oferece palestras e treinamento. De cara, a primeira palestra aborda o tema “Quero Ser Empresário, Estou Preparado?”, no qual o pretendente terá uma noção se ele tem perfil para os negócios.

Durante o projeto, o futuro empreendedor contará com a assessoria do Sebrae, para que possa viabilizar o seu negócio. “Mas é ele que terá de correr atrás. O Sebrae não dá o bolo pronto”, conceitua a analista.

Seguindo essa trajetória, a possibilidade de o futuro empresário vingar é grande. Números do Sebrae demonstram isso. De acordo com Mariana Palermo, 29% das micro e pequenas empresas fecham nos primeiros anos em Mato Grosso do Sul, em decorrência da má gestão. “Já em negócios que nascem acompanhados por especialistas, caso do programa Nascer Bem, esse porcentual cai para 12%”, conclui.

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Negócios Por Walter Gonçalves

PARE DE APRENDER E FAÇA!

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Foto Gilson Barbosa


U

ma verdadeira usina de ideias. É dessa forma que se pode classificar a cabeça do empreendedor virtual Flávio Costa Estevan, 34 anos, que vive dos negócios que cria na internet, as startups. Ele começou no empreendedorismo ainda na adolescência; “só que em negócios off-line, no mundo real”, revela. Há oito anos, quando conheceu o mundo da internet, ele descobriu a facilidade que é criar negócios virtuais, apaixonou-se pelo segmento e não pensa mais em voltar para o off-line. Nesses oito anos, Flávio criou mais de 60 negócios na internet, e o seu carro-chefe atualmente é o site Namoro Fake (namorofake.com.br), que tem cerca de 25 mil clientes em 21 países. “É claro que a maioria desses mais de sessenta negócios não deu certo. Alguns estão tentando ainda ganhar o primeiro real, outros eu vendi, e outros deram certo, caso do Namoro Fake”, explica. Flávio Costa conta que, no início desse empreendedorismo virtual, ele teve empresa de criação de sites, montou guias comerciais, que depois deixou para trás, por causa da evolução do conceito de internet. “Esses projetos não atraem mais.” Nessa atividade, ele diz que procura observar oportunidades de negócios na internet, as quais os outros empreendedores não enxergam. Por isso, especializouse em projetos nada convencionais, como um site de leilões de produtos que valiam centavos. Em outro, chamado Inovar Presentes, as pessoas podiam comprar experiências para dar de presente a alguém, como um jantar romântico ou um salto de paraquedas. “Eram experiências, não eram presentes físicos”, ressalta. Mas o pulo do gato do empreendedor foi mesmo o site Namoro Fake, seu maior sucesso na rede mundial, já

há dois anos; um negócio que, para Flávio, não é pequeno. Por meio dele, uma pessoa pode contratar um namorado ou uma namorada fake – falso (a), no Facebook, para fingir que está tendo um relacionamento. “Para mostrar, para quem você quiser, que está namorando, ou que tem alguém dando em cima de você.” Esse negócio polêmico, o Namoro Fake, agradou a clientes mundo afora, mas outros projetos também controvertidos, criados por Flávio Costa, não conseguiram clientela. “O Namoro Fake, mesmo sendo polêmico, tem perto de 25 mil clientes. A internet proporciona isso. Já criei sites lindos, que não deram retorno”, conta Flávio, que revelou ter investido apenas R$ 30 na criação do Namoro Fake. Nessa atividade, desde o início, o Google tem sido a maior ferramenta utilizada por ele, para produzir negócios na internet, o seu Sebrae virtual. “Vou buscar tudo ali.” Flávio se considera um autodidata. Não possui formação acadêmica, nem fez cursos de programação ou de vendas. “A minha faculdade é criar negócios na prática”, diz. Para aqueles que têm uma boa ideia de negócio na internet, mas não conseguem colocar em prática, o empreendedor orienta, nas palestras e consultorias que realiza, fruto da visibilidade que conquistou com seus negócios virtuais, que essas pessoas devem tirar tudo da cabeça e focar no que elas precisam saber. O lema é “pare de aprender e faça. Porque dá para fazer”, ensina. Ele acrescenta que a internet não exige grandes investimentos. “Deve-se investir, sim, para crescer; mas, para começar um negócio na rede mundial, não se gasta quase nada. As informações estão todas lá e são de graça”, aponta.

“É claro que a maioria desses mais de sessenta negócios não deu certo.

Alguns estão tentando ainda ganhar o primeiro real, outros eu vendi, e outros deram certo, caso do Namoro Fake”

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Especial TRÊS LAGOAS1OOanos Por Walter Gonçalves

Três Lagoas chega aos 100 anos, sem limites para crescer

Fotos Assessoria de Comunicação

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O Cristo Redentor fica na entrada da cidade, dando boas-vindas a quem chega a Três Lagoas. A obra é criação da artista plástica corumbaense Izulina Gomes Xavier.

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rês Lagoas chega, neste mês, aos 100 anos de existência, ostentando o título de maior polo de celulose do mundo, com três indústrias gigantes: Fibria e Eldorado Brasil, no ramo de celulose, e a International Paper, que produz papel. Ao alcançar essa idade mágica, como o terceiro maior município de Mato Grosso do Sul, essa centenária, mas jovem senhora, é também um dos maiores polos industriais brasileiros e tem experimentado, nos últimos dez anos pelo menos, um desenvolvimento vertiginoso, cujo Produto Interno Bruto industral é o segundo maior do Estado. Só perde para Campo Grande, a Capital. Fundada em 15 de junho de

1915, sua colonização, no entanto, iniciou-se na década de 1880, por Luís Correia Neves Filho, Antônio Trajano dos Santos e Protásio Garcia Leal. O nome Três Lagoas originase das três lagoas que existem na região. Desde que surgiu, o município tem crescido demograficamente, de maneira linear e progressiva. No censo de 1940, a cidade tinha 15.378 habitantes. Vinte anos depois, a população atingia 31.690 habitantes e, em 1991, possuía 68.162 moradores. Já em 2000, totalizava 78.900 habitantes. E, de acordo com estimativas do IBGE de 2014, Três Lagoas possui uma população de 113 mil habitantes, sendo a terceira cidade mais populosa de MS.

Geograficamente bem localizado, o município se encontra em um entroncamento das malhas viária, fluvial e ferroviária do Brasil, possui acesso privilegiado às regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país, e a países da América do Sul. Essa localização estratégica facilitou a chegada de grandes empresas e de investimentos de bilhões de dólares na cidade, acelerando a sua industrialização. A previsão é que Três Lagoas se torne, até 2020, a segunda maior cidade do Estado, em termos econômicos e políticos. O potencial turístico também é outro traço dessa urbe desenvolvimentista. Mas é na economia que o município mais se projeta nacionalmente, tendo como carro-

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Especial TRÊS LAGOAS1OOanos Por Walter Gonçalves

chefe as três gigantes do setor de celulose e de papel. A International Paper e a Fibria iniciaram suas operações em 2009, e três anos depois, em 2012, começava a funcionar a outra fábrica de celulose, a Eldorado Brasil. Com investimento de US$ 1,5 bilhão, a Fibria nascia com capacidade de produção de 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano e, hoje, emprega 3,5 mil trabalhadores. Em maio último, a indústria anunciou a expansão de sua unidade de Três Lagoas, por meio do Projeto Horizonte 2. A nova linha de produção terá capacidade para 1,75 milhão de toneladas de celulose por ano. Somada à atual, já em operação, a unidade de Três Lagoas chegará a uma capacidade total de 3 milhões de toneladas/ano. O valor do Projeto Horizonte 2, a ser investido, soma R$ 7,7 bilhões. Nos dois anos de

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execução do projeto, serão criados 40 mil empregos diretos e indiretos. E, quando a nova linha da Fibria entrar em operação, esta terá 3 mil postos de trabalho diretos e indiretos. A outra gigante de celulose de Três Lagoas, no mês passado, também anunciou que irá ampliar a unidade, criando uma nova linha de produção, com investimentos de R$ 8 bilhões e capacidade para dois milhões de toneladas por ano. A unidade atual da Eldorado produz 1,7 milhão de toneladas de celulose/ano e soma 4 mil empregos. Foram investidos na instalação da indústria, inaugurada em 2012, R$ 6,2 bilhões. E, com investimentos de US$ 300 milhões, nascia em 2009 a International Paper, com produção de 230 mil toneladas de papel/ano. A empresa gera 300 empregos. A empurrar a economia três-

lagoense para frente, está ainda a unidade produtora de fertilizantes da Petrobras, a UFN3, outra atração que irá contribuir para que o PIB industrial do município continue em alta. Com 82% das obras já concluídas, estas estão paralisadas no momento, em função da crise pela qual passa a Petrobras. Mas a expectativa da prefeitura é de que os trabalhos sejam retomados em breve. Com investimentos de US$ 3 bilhões, quando começar a operar, a UFN3 vai gerar 670 empregos diretos e 3 mil indiretos. Porém, a vocação do município para a industrialização não é recente. Remonta ao final da década de 1990, destaca Diógenes Marques, 32 anos, diretor de Indústria e Comércio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. Segundo ele, o município já contava, naquela época, com 50


Fotos Assessoria de Comunicação

indústrias, nos setores de alimentos, têxtil, calçadista e de cerâmica. Hoje, Três Lagoas abriga dezenove segmentos industriais, com 60 indústrias de médio e grande porte. Se somadas às pequenas indústrias do conjunto de empresas do setor, esse número passa de 450. Além da privilegiada localização geográfica, com ligações diretas e não muito distantes, com os grandes mercados consumidores, como São Paulo, Paraná e Minas, Marques ressalta que o município tem todos os modais necessários, como energia, água e matériaprima, para atrair indústrias. Lá em 2007, quando começou a escalada do desenvolvimento acelerado do município, com o início da construção da International Paper, Três Lagoas viu desembarcar centenas de pessoas, vindas de várias regiões do país, conclamadas pelo anúncio de emprego. A cidade não estava preparada, em termos de serviços públicos, para receber tal demanda, que continuou crescendo com a instalação das duas grandes indústrias de celulose.

“Mas, a partir de 2009, com a entrada em operação da Fibria, e em 2012, da Eldorado, a cidade já dava a contrapartida, melhorando sua infraestrutura”, diz o diretor de Indústria e Comércio, acrescentando que o poder público continuou e continua promovendo melhorias para acompanhar o crescimento de sua economia. Ele dá como exemplo o setor habitacional: já foram entregues 1.420 apartamentos pelo programa Minha Casa Minha Vida, e outras 1.440 unidades serão entregues ainda este ano. Também há avanços, segundo Diógenes, na área da saúde pública, com a construção e ampliação de postos de atendimento. O crescimento industrial, assinala Marques, obrigou que se melhorasse o setor de serviços, com a ampliação da rede hoteleira, mais restaurantes e supermercados. Surgiram também, a partir desse cenário desenvolvimentista, uma série de micros e pequenas empresas prestadoras de serviço. Como sede de região, Três Lagoas

lidera outros dez municípios, os quais utilizam os serviços públicos de Três Lagoas, além de suas faculdades. Muitas das plantações de eucaliptos que abastecem as fábricas de celulose e papel estão em áreas de municípios vizinhos. Sendo assim, e pensando também no crescimento dessa região, Três Lagoas vai presidir a recém-criada Agência de Desenvolvimento da Costa Leste, entidade que irá trabalhar para canalizar investimentos para essa parte do Estado. Conforme o diretor de Indústria e Comércio de Três Lagoas, ainda há muito espaço no município para receber empreendimentos privados. Para isso, há os benefícios fiscais oferecidos pela prefeitura e pelo governo do Estado. À luz do centenário da cidade, Marques projeta que o desafio para as próximas décadas “é manter o crescimento e trabalhar sempre pela melhoria da qualidade de vida da população”.

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Especial TRÊS LAGOAS1OOanos Por Walter Gonçalves

‘Somos a terra das oportunidades’ Ser a prefeita do centenário de Três Lagoas, para Márcia Moura (PMDB), é mais do que gratificante. É ver consolidada uma vocação para o progresso, que não tem data de vencimento nem limite. O município alcança os 100 anos de idade, figurando entre as cidades top do país, em termos de desenvolvimento industrial. Entretanto, em meio a festas, essa filha da terra não esquece dos gargalos que ainda preocupam a sua administração. E são dois, enumera: infraestrutura e saúde. Há pouco mais de dois anos, conseguia, por meio do Programa

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de Aceleração do Crescimento, PAC 2, do governo federal, R$ 80 milhões para asfaltamento, principalmente dos bairros que estão localizados nas partes mais baixas da cidade. Em meio à crise econômica do país, esses recursos nunca chegaram. “Sem o dinheiro, não dá para levar o asfalto até esses bairros, é obra cara. E isso me entristece muito”, comenta. Na Saúde, as verbas federais minguam, e a prefeita então recorre aos recursos obtidos por meio de emendas dos parlamentares de Mato Grosso do Sul, assim como utiliza os próprios cofres da prefeitura, para

garantir atendimento público. “Tem de existir uma parceria entre a prefeitura e os governos estadual e federal. A cidade conta com grandes indústrias, mas, para isso, teve de renunciar a receitas, por causa dos incentivos fiscais às empresas. Então, precisa da ajuda do Estado e da União”, reitera. Mesmo com todas essas dificuldades, Márcia Moura destaca avanços alcançados. Hoje, não há mais crianças na rua, fruto de projetos sociais, com atividades circenses, da dança e do teatro. Ela ressalta, ainda, os programas voltados para as mulheres e


a capacitação da mão de obra local para abastecer os empreendimentos da cidade. Três Lagoas conta, atualmente, com uma faculdade de Medicina, da UFMS, que já está na segunda turma. E, em breve, deverá receber do Estado um hospital regional, que atenderá a população e servirá de escola para os docentes da Medicina. O desafio para as próximas décadas, segundo a prefeita, ainda será com relação à Saúde, na busca incessante de melhorar o setor. Mas, conforme Márcia Moura, um Plano Diretor, agora revisado, deverá organizar e planejar daqui para

frente as intervenções na cidade. A prefeita adianta que até o fim do próximo ano, quando termina a sua gestão, Três Lagoas terá 97% da água e do esgoto tratados. E, em meio ao clima festivo dos cem anos do município, ela faz questão de exaltar a característica do povo três-lagoense: “Gente amiga, acolhedora, que sabe o que quer. Tem respeito à cidadania. Três Lagoas é a terra das oportunidades”, conclui.

Fotos Assessoria de Comunicação

Tem de existir uma parceria entre a prefeitura e os governos estadual e federal. A cidade conta com grandes indústrias, mas, para isso, teve de renunciar a receitas, por causa dos incentivos fiscais às empresas. Então, precisa da ajuda do Estado e da União.

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Carreira Por Lúcia Coletto

Namoro no ambiente de trabalho, qual é o limite dessa situação?

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_ LÚCIA COLETTo É COACH E CONSULTORA ORGANIZACIONAL, ESPECIALISTA EM GESTÃO DE PESSOAS E EMPRESAS consultoria@aghil.com.br

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omo especialistas em RH, estamos sempre recomendando aos colaboradores das empresas que não podemos misturar a vida pessoal com a particular; há alguns gestores da área que consideram isso impossível, já que somos uma pessoa só, o que nos impossibilita de nos separarmos de nós mesmos. Eu, particularmente, faço parte desse segundo grupo, porque, se observarmos a rotina de um profissional inserido no cenário organizacional em que nos encontramos atualmente, notase claramente que a tecnologia nos aproximou mais das pessoas, mesmo em termos virtuais. Com os aplicativos sociais, podemos nos comunicar mais facilmente, disso não resta dúvida! Então, a condição particular x pessoal se tornou um tanto ultrapassada. Mas, o que fazer quando nos interessamos por alguém que conhecemos pessoalmente no ambiente organizacional e podemos ter a possibilidade de encontros mais íntimos? Como separar, nesse caso, vida pessoal da profissional, se o cupido flechou justamente o seu colega de trabalho? Primeiramente, precisamos entender logo no início desse emprego quais são as políticas

adotadas nesse sentido. E isso depende de cada empresa. Sabendo disso, fica mais fácil administrar a situação. Outro ponto importante para o profissional é ficar bem claro que o ambiente é de trabalho, e não de encontros! E uma postura de conquistador ou conquistadora nesse local não é adequada. Mas somos humanos, o coração é um músculo involuntário, e ele pulsa sem o nosso consentimento. Quando um envolvimento surge, temos somente que tomar alguns cuidados para não nos expormos sem necessidade. Se a empresa não permite relacionamento entre funcionários, um dos dois já precisa ir pensando numa possível recolocação profissional, até porque as regras já estão claras. Caso a empresa permita o relacionamento entre funcionários, temos que cumprir sempre o nosso papel de colaborador, cada qual nas suas atividades, com suas competências e atitudes normais de um colega de trabalho, sem deixar que o relacionamento interfira no trabalho e no seu desempenho. Independentemente de qualquer situação. Simples assim! Afinal, para que complicar algo que veio para acrescentar mais motivação, sentimentos positivos e uma nova história? O amor sempre estará no ar!


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Não há maneira melhor de ser feliz que celebrar todos os dias. A união, a conquista, o reencontro. Pequenas vitórias, a partilha, a alegria. A vida. E o Recanto Ratier é o espaço ideal para viver todos esses momentos. Lembre-se de celebrar muito mais. Lembre-se de celebrar no Recanto Ratier. 67

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Espaço para Eventos


Transparência Por Walter Gonçalves

Foto Izaias Medeiros

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A importância de escolher bem para o Legislativo municipal

o próximo ano, os 5.570 municípios brasileiros vão às urnas eleger ou reeleger prefeitos e vereadores. A eleição municipal, entre todas as eleições, talvez seja a que mais se reveste de importância. Isso porque é nos municípios que tudo acontece, onde o País mais pulsa. Outro dado a se ressaltar é que, nas cidades, a população convive de perto com os problemas. Em razão disso, tão importante quanto o cidadão escolher bem o prefeito, deve também eleger um Legislativo municipal forte. Já é cultural no Brasil, quando de eleições para o Executivo e Legislativo, a votação proporcional (para deputados e vereadores) costuma não ter a mesma relevância que a majoritária (para escolher presidente da República, governadores e prefeitos). O foco das discussões e das atenções da mídia, durante as campanhas, é sempre voltado para a eleição do Executivo. Esse pouco destaque para o pleito proporcional acaba influenciando o eleitor, que, dias após ter ido às urnas, já esqueceu em quem votou para deputado ou vereador. No caso dos municípios, nosso foco principal são os prefeitos, os quais decidem, dão a palavra final, além de terem a chave do cofre. Cofre do qual sai o dinheiro do duodécimo, recurso oriundo do orçamento da cidade, que paga os salários dos vereadores e de seus servidores, e os demais gastos das Câmaras Municipais.

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Transparência Por Walter Gonçalves

Mas, afinal, qual é a função dos vereadores? Constitucionalmente, cabe a esses parlamentares municipais fiscalizar os atos do Executivo (prefeito) e legislar. É atribuição das Câmaras Municipais criar leis que sejam exequíveis e de interesse da população. Também é dever dos vereadores analisar, aprovar ou vetar matérias enviadas ao Legislativo, pela prefeitura.

As Câmaras de Vereadores podem fazer indicações ao prefeito, solicitando melhorias para a comunidade, como tapa-buraco, asfalto ou iluminação pública, por exemplo; porém, o prefeito atende se quiser. Não é obrigado. Por sua vez, o Executivo é obrigado a atender aos pedidos de informações enviados pelo Legislativo. Aos vereadores, não faltam mecanismos para desenvolver o trabalho parlamentar. Tomemos a Câmara de Campo Grande como base, por ser a maior do Estado: com 29 parlamentares, divididos

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em 14 bancadas partidárias (11 delas na base aliada do prefeito, três na oposição e um vereador sem partido). Eles contam com três sessões ordinárias semanais (esse número varia de município para município), além da realização de Sessões Comunitárias (em que a sessão ordinária é promovida em bairros) e de Sessões Itinerantes (em parceria com entidades e segmentos de classe). Na Câmara da Capital, 17 Comissões Permanentes, integradas por cinco vereadores cada uma, analisam e dão pareceres técnicos, que podem ou não barrar a tramitação de projetos de lei produzidos pelos parlamentares, verificando, principalmente, se as matérias não ferem a Constituição Federal. Entretanto, muitas vezes, a atuação dos vereadores, sejam de que Câmara Municipal for, é alvo de críticas da população, em razão de, quase sempre, ir a reboque da prefeitura, aprovando a maioria das iniciativas de interesse do Executivo, que, para isso, constrói maioria nas Casas de Leis. Já a oposição, em desvantagem numérica, pouco pode realizar, a despeito da importância de ela existir. Para Paulo Cabral, 66 anos, cientista social e sociólogo de Campo Grande, essa maioria é

conseguida, invariavelmente, por meio de benesses a vereadores e aos partidos destes. “As benesses vêm na forma de secretarias entregues a partidos e de cargos em comissão no serviço público, para apadrinhados dos vereadores. Essa prática tira a independência desses parlamentares na hora de votarem um projeto do Executivo, o qual pode não ser bom para a cidade”, ressalta o cientista. Por outro lado, também é verdadeiro o fato de que

o campo de atuação dos vereadores é bastante limitado. Os projetos que apresentam não podem conflitar com assuntos e legislações que são de competência da União, ou dos estados. Só para dar um exemplo: segurança pública é atribuição dos governos estaduais, e não das prefeituras. Os vereadores também não podem invadir questões que só o prefeito pode decidir. É vedado às Câmaras apresentar projetos que possam gerar despesas ao município.


Foto Izaias Medeiros

Porém, mesmo dentro de um espaço nada flexível de atuação, os parlamentares municipais decidem sobre matérias importantes para os munícipes, como os projetos do Orçamento, da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orgânica Municipal (LOM), iniciativas que norteiam a ordem e estabelecem as prioridades para a comunidade, apresentando emendas que venham a aperfeiçoá-los. Cabe ao Legislativo, ainda, discutir e votar as propostas do Executivo, de aumento do valor do Imposto Predial e Territorial Urbano, o IPTU, e da tarifa do transporte coletivo, bem como sobre a concessão de benefícios

fiscais a empresas interessadas em se instalar no município. Para Paulo Cabral, essas são matérias que mexem no bolso do contribuinte. Por isso, de acordo com ele, os vereadores não deveriam apenas e tão somente aprovar os índices de reajuste do IPTU e da tarifa de ônibus, além dos benefícios propostos pelo Executivo a empresas, sem uma discussão mais profunda. O cientista observa que, no caso do transporte coletivo de Campo Grande, em particular, além de a tarifa ser cara, o serviço não é de qualidade. Os vereadores, segundo Cabral, teriam de observar se as empresas permissionárias dão a contrapartida à altura do reajuste

no valor da tarifa almejado por elas. “O papel do vereador é defender o interesse dos cidadãos”, acrescenta. Outra responsabilidade do Legislativo municipal é a de julgar atos de improbidade administrativa cometidos por prefeitos e vereadores. Os parlamentares, por sua vez, podem ser julgados também por quebra de decoro, e até serem cassados por essas irregularidades. Os instrumentos para isso são a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e a Comissão Processante: a primeira investiga, a segunda julga. Mas a decisão final cabe ao Plenário. Dois casos recentes e rumorosos abalaram os meios políticos da Capital: no ano passado, o prefeito

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Transparência Por Walter Gonçalves

Alcides Bernal foi apeado do cargo pela Câmara, por improbidade administrativa, após ter sido alvo de uma CPI, e neste ano, em maio, o vereador Alceu Bueno renunciou ao cargo, para não ser julgado por uma Comissão Processante, por quebra de decoro, e ser cassado. Alceu foi indiciado pela polícia, por exploração sexual de adolescentes. No interior do Estado, não são raros os casos de prefeitos e vereadores que respondem a processos por atos de corrupção. Na avaliação do cientista Paulo Cabral, irregularidades e escândalos envolvendo vereadores ocorrem não só porque não é dada muita importância à eleição para o Legislativo, mas também por culpa dos partidos políticos. Cabral considera errado o conceito de que são os eleitores que escolhem mal seus candidatos a vereador. Para o cientista social, os cidadãos são submetidos aos nomes apresentados pelos partidos. Paulo Cabral aponta que as direções partidárias, na ânsia de elegerem o maior número possível de candidatos, escolhem nomes populares, com grande densidade de votos, que, com suas expressivas votações, chegam a eleger mais dois ou três companheiros de chapa. É o

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chamado efeito Tiririca, o palhaço que virou deputado federal, eleito com uma montanha de votos, com os quais outros três nomes de sua coligação foram eleitos. “Por isso mesmo, na maioria dos casos, candidatos eleitos acabam não tendo compromisso algum com os interesses da população e utilizam o mandato a serviço de seus propósitos ou de grupos que financiaram suas candidaturas”, pontua Cabral. Para mudar essa prática, segundo ele, só com uma reforma política que venha a transformar a conduta das direções partidárias e que institua o financiamento público de campanha, barrando, assim, as doações privadas, cheias de segundas intenções. Cabral defende que, nos municípios com até 20 mil habitantes, vereadores não recebam salário, que suas atuações sejam de forma voluntária, “até porque, nessas cidades, as Câmaras têm apenas uma sessão por semana”. Enquanto tudo isso não acontece, Paulo Cabral orienta o eleitor que, antes de escolher um candidato a vereador, observe o passado dele, as suas ideias e seus projetos. “E, se o escolhido for eleito, o cidadão deve acompanhar de perto o trabalho do parlamentar. Fiscalizar”, propõe.

Salário e verba de gabinete Salário dos vereadores da Capital R$ 15 mil por mês. Verba para contratação de assessores Até R$ 33 mil mensais para cada gabinete. Com esse valor, o vereador pode contratar quantos assessores necessitar. São, em linhas gerais: um chefe de gabinete, um assessor de imprensa, assessores técnicos e assessores externos - aqueles que mantêm contato permanente com a população da região de influência do parlamentar, ouvindo as bases. Mesa Diretora das Câmaras É formada por um presidente, três vicespresidentes e três secretários. Cabe à Mesa Diretora comandar as sessões ordinárias, definir a pauta de discussões e votações, a Ordem do Dia, e administrar todos os setores do Legislativo municipal.


Foto Izaias Medeiros

Trabalho legislativo nas Câmaras Municipais

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Projeto de Lei É um texto que traz um conjunto de normas sobre qualquer assunto ou questão que pode virar lei, sendo apresentado por um vereador, pela prefeitura e até mesmo pela população.

Emendas As emendas têm como objetivo aperfeiçoar as proposições feitas pelos vereadores ou pelo prefeito. Elas podem ser supressivas, modificativas, aditivas e substitutivas ao texto original.

Indicação É uma proposição pela qual o vereador sugere medidas de interesse público, sem parecer das comissões, independentemente de deliberação do Plenário.

Sessões solenes Servem para celebrar datas marcantes e comemorativas do município, nas quais são homenageadas personalidades de destaque da comunidade.

veto É a oposição formal e justificada do prefeito a projeto de lei aprovado pela Câmara, por considerá-lo inconstitucional, ilegal ou contrário ao interesse público. O veto é submetido à votação em Plenário e pode ser mantido ou derrubado. Caso seja derrubado, o projeto segue para a sanção do prefeito, mesmo tendo sido vetado por ele inicialmente.

Participação popular Nas Câmaras Municipais, conhecidas como “A Casa do Povo”, a população tem acesso livre, tanto às galerias para assistir às sessões ordinárias, como nos plenarinhos, nos quais são desenvolvidas audiências públicas e reuniões de comissões especiais. Nas audiências públicas, em que são debatidos temas de interesse da comunidade, com a presença de representantes de entidades, qualquer cidadão tem garantido o seu direito de dar opinião. Os gabinetes dos vereadores também têm suas portas franqueadas a qualquer pessoa que necessite falar com os parlamentares. E a maioria das Casas de Leis conta com canais de atendimento à comunidade, via os sites do Legislativo na web.

moção É uma proposição em que a Câmara dos Vereadores reivindica providências, presta solidariedade ou protesta sobre determinado assunto. A moção necessita de aprovação do Plenário. Ela pode ser de pesar, repúdio, congratulações e apoio.

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Virtudes Por Vânia Galceran

Do lado de dentro,

o amor que não há do lado de fora E o amor por animais virou edição limitada, menos para Paloma.

V

ocê chega em casa depois de um dia cheio, estressante, complicado. O humor está péssimo, o corpo fatigado, a mente esgotada pelos compromissos. Ao colocar a chave na porta, você pensa simplesmente em entrar em si mesmo, ficar quieto em um canto, ruminando os problemas do trabalho, os conflitos familiares, o trânsito infernal. Você só quer se esquecer de tudo, buscar uma paz que parece meio impossível. Mas, ao girar a maçaneta, “alguém” está à sua espera. Uma coisinha gostosa se enrosca nas suas pernas, com um miado baixinho. Ah, mas justo hoje, que você está tão cansado? A solução é ignorar. Faz de conta que não viu. Mas o rabo continua fazendo voltas, as lambidas não param. O “alguém” pula no seu colo, ou simplesmente faz um chamego e se acomoda ao seu lado. E de repente toda aquela

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carga negativa que você trouxe da rua começa a se dissipar. Você nem sabe ao certo quando, mas do nada se dá conta de que está brincando, passeando, conversando, beijando ou somente afofando o seu amigo em um delicioso abraço. E a vida acaba de ficar muito melhor, graças a ele. É mais ou menos assim a vida de Paloma Santos, agente de atendimento, 33 anos. Ela tem uma história que fascina. Há 4 anos, cuida de animais abandonados, em uma casa pequena, na periferia de Campo Grande. Os cômodos são poucos, apenas 3. Mas o quintal e o coração da Paloma são de incontáveis metros quadrados de amor, espaço, solidariedade, e de dois pés de limão e uma grama bonita, pronta para receber os bichinhos para um banho de sol demorado, ou apenas algumas traquinagens.


A casa fica próxima à penitenciária de segurança máxima, rua sem asfalto, imposto caro, de uma jovem que ganha pouco mais de R$ 800 por mês. Nesse cenário, aparecem diariamente bichinhos abandonados, gatos, em sua maioria, vítimas de violência sexual, agressões físicas, doentes, fracos, gatas prenhes sem saúde, gatos feridos, esmagados pelo desprezo e abandono. Paloma começou a resgatar os bichinhos desde que chegou a Campo Grande, vinda de Lins. Na bagagem, sonho de uma vida melhor e um gatinho chamado Tobias. Ele escapou da casa na época sem muro e, segundo a dona, foi atacado por um pit bull. Um tempo depois, outro gatinho com os mesmos traços de Tobias foi resgato por Paloma. Depois disso, uma sequência de acontecimentos foram levando cada vez mais gatos e gatas para a casa dela. A agente de atendimento conta

que, antes de a casa ter muro, as pessoas deixavam os bichinhos em cestas ou simplesmente enrolados em panos, na porta da casa dela, na janela, no tanque de lavar roupa, onde houvesse chance. Quando chegava do trabalho, lá estavam eles! Desamparados, com frio, fome e com um olhar que ficava impossível de não trazer pra dentro de casa e cuidar, abrigar, resgatar. Hoje, são 8 gatos que dividem com ela o espaço na casa, mas tudo muito organizado e limpo. Por amor aos animais, Paloma, começou a fazer faculdade de veterinária; mas sem recursos, tendo que trabalhar, teve que trancar a matrícula. Do salário, 50% é para sustentar os animais. Cada gato come em média 3 kg de ração; multiplicando por 8 que

moram na casa da Paloma, são 24 kg no total/mês. Cada quilo custa em média R$ 9. A Paloma desembolsa por mês, só em ração, mais de R$ 216. Além disso, ela necessita de remédios, jornais velhos, material de construção e tecidos, para que, dentro das possibilidades, possa dar uma condição digna aos animais. Fiquei impressionada ao chegar à casa que fica bem no finalzinho da rua de terra, no Bairro Jardim Noroeste. Graças à colaboração de doadores, a Paloma tem um muro alto erguido para proteger os animais. E, quando você entra, o que mais chama atenção é a limpeza da casa, calçada limpinha, grama impecável; na sala, caminhas feitas de cobertor para os gatinhos, potes de ração colocados ao lado das cadeiras e de uma pequena mesa de jantar.

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Virtudes Por Vânia Galceran

Eles? Eles ficam por ali, rondando curiosos, subindo e descendo, carinhosos, uns mais sadios que outros. Alguns chamam atenção, como Tobias, Rafael, Dalila e Lindolfo. Mas uma em especial foi resgatada por Paloma e sobreviveu a um parto difícil. Ana Rita, a gatinha de 5 anos, morava em uma universidade da cidade; uma vizinha resgatou o animal e, de imediato, deixou na casa de Paloma. Ana Rita teve que fazer uma cesariana difícil, perdeu os seis filhotinhos, porque estava muito desnutrida e não sobreviveria aos

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medicamentos. O veterinário que a atendeu decidiu fazer o parto prematuro. A gata de olhos azuis estava condenada, mas o afeto e a solidariedade da Paloma deram vida a ela e, hoje, a gatinha, segundo a dona, não está para adoção. “Por mais que existam dificuldades, o trabalho que faço vai continuar. Não penso em parar e, como sou idealista, tenho certeza de que sempre vou encontrar forças.” Nos últimos meses, mais de 23 animais foram abandonados na porta da casa da Paloma. “É uma crueldade, pois as pessoas devem

tratar os animais com carinho e respeito, não abandonar sem mais nem menos. Aqueles que respeitam têm a recompensa no convívio diário", diz. E, se alguém pensa que adotar um dos bichinhos resgatados pela Paloma é fácil, está muito enganado. Durante a conversa, ela mostrou um contrato de adoção que ela mesma preparou, para que a pessoa que pretende levar o bichinho pra casa preencha, comprometa-se e se responsabilize. Entre as cláusulas, destaca-se o direito de a Paloma visitar o bichinho pelo menos uma


Nos últimos meses, mais de 23 animais foram abandonados na porta da casa da Paloma.

“É uma crueldade, pois as pessoas devem tratar os animais com carinho e respeito, não abandonar sem mais nem menos. Aqueles que respeitam têm a recompensa no convívio diário".

“Vejo muitas pessoas dizendo que sentem pena, que têm vontade de ter uma ONG e de mudar a situação desses animais; mas, infelizmente, a maioria não sabe o que fazer para ajudá-los. Sei que é difícil ficar resgatando animais nas ruas, já que muitas pessoas não têm espaço e tempo, mas existem outras maneiras de ajudar. Como contribuir com quem cuida. Por isso, peço ajuda pelas redes sociais, falo com amigos e colegas de trabalho”, completa. O relacionamento com as pessoas mudou, e veio o amadurecimento para compreender as tantas curvas

da vida. “Por meio dos gatos, melhorei muito como pessoa, passei a me expressar, dar e receber o amor que estava preso no coração. Eu me sinto, inclusive, mais amada, mais útil, mais aguardada a cada vez que coloco a chave na maçaneta da porta de casa. O resgate não foi só para eles, foi principalmente para mim”, conclui Paloma, com sua turma.

Ilustrações Dollarphotoclub.com

vez por semana. O contrato é de experiência e vigora por 3 meses; caso a pessoa ou o animalzinho não se adapte, ele deverá ser devolvido, e um novo lar vai ser procurado. A carteira de vacinação animal e um comprovante de residência também são exigidos. O que deveria ser comum passou a ter edição limitada. Mas que bom! Que bom mesmo que temos a oportunidade de contar histórias de pessoas que ainda acreditam na solidariedade, no afeto, que não encaram leviana a forma de amar os bichinhos, sejam eles quais forem.

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Astral

Amor, i love you! Aproveitando o mês dos namorados, horóscopo do amor para os signos! Áries Será um ano propício para encontrar o amor, terá muitas oportunidades de vivenciar novas experiências e, se já estiver acompanhado (a), a relação vai estar mais harmônica. O ano de 2015 aponta muita alegria neste setor, abra-se para novas possibilidades. Touro Momento de rever prioridades e colocar ponto final naquele relacionamento que não serve mais. Não se agarre demais a relações do passado. Como você gosta de relações mais duráveis, termine aquela que não te serve mais, só assim o novo chegará. Gêmeos Neste ano, você poderá vivenciar uma grande paixão; mas, para que esta relação

tenha futuro, é importante que os geminianos mudem a maneira de se relacionar. Está na hora de se entregar sem medo e ter comprometimento. Prepare-se para mudanças profundas.

ano confuso. Saturno retorna ao seu signo em junho e você estará exigindo mais; portanto, o momento pede reestruturação interna. Caso um amor aconteça, virá com mais compromisso.

Câncer Possibilidades de um relacionamento duradouro, porém, a tônica do ano será não fazer grandes sacrifícios pelo outro e não perder sua identidade. Para os que estão sozinhos, paciência, fim do ano promete maravilhosas surpresas.

Sagitário Ano que pede muita reestruturação para este signo, pois os romances sofrerão necessidade de reformulação. Os animados sagitarianos estarão menos sociais e mais fechados para o amor. Para os acompanhados, dificuldades surgirão; paciência é a tônica.

Leão Júpiter no seu signo está beneficiando os romances, mas, no segundo semestre, você poderá ficar muito exigente. Convém ser mais flexível, porque 2015 é um ano para viver grandes emoções, e você terá ajuda do Universo. Virgem Neste ano, fique atento (a) ao segundo semestre, pois pode aparecer um novo romance; abrase mais para o lado social, interaja, porque grandes novidades estão surgindo. No fim do ano, controle seu excesso de crítica, uma vez que seu romance pode acabar por isso.

_ teca silva É astróloga e taróloga. Twitter: teca_astro facebook.com/tecaemaju tecaemaju@hotmail.com

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Libra Os librianos adoram estar apaixonados e, neste ano, um novo relacionamento está surgindo, mas também amores do passado podem retornar. Para os que já estão acompanhados em novembro, Vênus promete reforçar laços afetivos. Escorpião Para este nativo, 2015 não apresenta muitas novidades na área amorosa, será um

Capricórnio Embora o ano não tenha começado fácil para estes nativos, uma oportunidade de amor está chegando no segundo semestre. Os capricornianos gostam de durabilidade e podem, de fato, encontrar em 2015 a tão sonhada relação estável. Aquário Neste ano, há possibilidades de vários amores para este signo. Como os aquarianos não se entregam fácil, o grande desafio será abdicar dos momentos com os amigos e deixar o romance tomar conta. Outubro trará muitas novidades, aproveite. Peixes Este é, com certeza, um ano movimentado para este nativo. No segundo semestre, haverá muitas oportunidades para romances. O pisciano é muito romântico, e 2015 será, sem dúvida, um ano marcante para o amor! Cuidado somente com o excesso de ilusão.



Pensando bem

Enamorando O

amor anda no diminutivo, gasto e repetitivo, trocando saliva com bocas, queimando em desejo, matando vontade ou satisfazendo caprichos. Vai perdendo seu sentido: o sentir. Podem muito bem garantir isto os deuses Juno e Lupercus, direto da festa romana Lupercalia; alguns o chamam por seu nome grego, Pã, o deus da natureza. Se bem que noções de romantismo sempre ficaram à mercê dos poetas, porque, quando os homens colocavam nomes de mulheres para serem sorteados e esta seria sua esposa, não havia nada de romântico. Era a fertilidade pedida e celebrada do dia 15 de fevereiro. Aliás, a história de tornar o casal um símbolo de amor eterno veio da Idade Média, quando o padre Valentino realizava casamentos às escondidas, para que os casais apaixonados não fugissem sem as bênçãos de Deus. A fuga era “motivada” pela família, que impedia a oficialização da aliança dos pombinhos... Então, lá fora o Valentine’s Day torna especial o

_ rafael belo É JORNALISTA, ESCREVE

DESDE CRIANÇA E PASSOU A POSTAR FOTOS E TEXTOS DE SUA AUTORIA EM 2008 NO BLOG olharesdoavesso.blogspot.com QUE COMPLETA SETE ANOS.

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dia 14 de fevereiro, principalmente para o comércio, que aqui preferiu aproximar a data ao dia de Santo Antônio, e “comemoramos” os enamorados no dia 12 de junho. Assim, toda a correria e as superficialidades se transformam em flores, cestas café da manhã, happy hour, chocolates, mensagens, serenatas, viagens, relaxamento e um emaranhando cantado no diminutivo da palavra amor, esperando terminar na cama. A cantoria tem a ver com Amor... Ah, este é, sim, maiúsculo, começa pelo outro quando o descobrimos dentro de nós e, em sua imensurável falta de forma, nos expande. Não importam datas, atos importam. Formas, gestos, olhares, toques precisam ser expressados. É preciso ser feliz para dividir felicidade e continuar esta busca diariamente, conquistando todo dia o ser amado com quem escolheu dividir o maiúsculo Amor, mas flores, chocolates e demais surpresas com certeza podem, criativamente, fazer parte das festividades do casal.




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