Nº60 Janeiro R$12,90
A vida e todos os seus estilos
LifI Mais cor
para o mundo O grafiteiro Kobra conta, nesta entrevista, um pouco sobre sua história e arte.
A fé
que move
Fomos visitar duas religiões que ainda causam certa estranheza em quem não conhece.
A casa como
corpo
Desvendamos a filosofia milenar do feng shui, e sua aplicação em casa.
H2O
Hidratar é preciso. Água, chás e alimentos auxiliam o organismo nesse processo fundamental.
carolina kasting Aos 40 anos, a atriz vive um momento de plenitude. Apaixonada pela profissão, revela o papel fundamental da TV em sua formação como atriz e pessoa.
CALÇADOS, ROUPAS E ACESSÓRIOS AIX-EN-PROVENCE BUENOS AIRES CANNES JOHANNESBURGO HOLLYWOOD LAS VEGAS NICE ORLANDO PUNTA DEL ESTE RIO DE JANEIRO SÃO PAULO 505 LOJAS - 18 PAÍSES
N
Editorial
uvens negras no horizonte. Essa é a previsão mais ouvida sobre 2016, que prevalece entre economistas, políticos, estudiosos e palpiteiros de plantão. É fato, nosso país está no meio de um turbilhão de crises, desde a econômica, a política, a ambiental (Mariana ainda está lá), social. Os escândalos seguem-se, numa infinita onda de lama que arrasta consigo empregos, estabilidade, esperança. As soluções propostas e ideias para tentar solucionar os problemas ainda devem passar por votações, e mesmo que aprovadas, levarão um longo tempo até surtirem efeito. Conversamos com importantes especialistas, tanto locais como nacionais, para entender a gravidade da crise brasileira, e assim, podermos levar aos nossos leitores, informações e dicas sobre o que se pode fazer para reduzir o impacto sobre nossas famílias, vida financeira, trabalho. Em Entrevista (pág. 72), Luiz Gonzaga Belluzzo, um dos mais importantes e influentes economistas do país, traça o cenário político e econômico brasileiro para este ano. Já em Negócios (pág. 76) o economista e integrante do Conselho Regional de Economia (Corecon-MS), Thales Souza Campos, e o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, apontam os caminhos do MS em meio à crise, acenando os cuidados que devemos ter nesse período, bem como o que o Governo Estadual traçou para 2016.
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Capa Carolina Kasting Foto: Globo/Estevam Avellar Produção Executiva: Names Agenciamento
5.000 exemplares impressos
Expediente Editor - Jornalista Responsável Odirley Deotti (DRT 122/MS) editor@moodlife.com.br Chefe de Redação - Luciana Petelinkar (MTB 934/MS) reportagem@moodlife.com.br Equipe editorial: Luciana Petelinkar, Odirley Deotti, Thaís Pimenta e Walter Gonçalves. Designer editorial - Guilherme Marconato arte@moodlife.com.br Fotógrafos - Cido Frota, Estúdio Sim, Gabriel Gabino e Yngrid Corsini. Revisão - Dáfini Lisboa dafini.lis@gmail.com Colaboraram nesta edição - André Nardo, Carla Cecarello, Diogo Wendling, Ivanir Siqueira, Luciano Coppini, Ludovica Ingletto, Paulo Cruz, Rafael Belo, Sonia Caldart e Thereza Christina Silva. diretores EXECUTIVOS Daniel Albuquerque e Marta Albuquerque Revista Mood Life é uma publicação mensal da Mood Life Revista e Editora Ltda. Rua da Paz, 1629. Santa Fé. Campo Grande/MS CEP 79021-220. Não nos responsabilizamos pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não tem autorização para falar em nome da Revista Mood Life. Impressão e acabamento Gráfica Alvorada. Distribuição e assinatura paulo@grupoalbuquerque.com.br PARA ANUNCIAR LIGUE (67) 3222-7335
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Conteúdo
carolina Casting
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Aos 40 anos, a atriz vive um momento de plenitude. Apaixonada pela profissão, revela o papel fundamental da TV em sua formação como atriz e pessoa.
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Cultura
O muralista paulistano Eduardo Kobra conta sobre sua trajetória e fala sobre seu estilo de arte.
Motor
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Estilo de Vida
Fomos conhecer e participar das atividades do santo-daime e umbanda e contamos tudo o que vimos.
Na Estrada
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Décor
Descubra a filosofia milenar do feng shui e como aplicar na sua casa para harmonizar o ambiente.
Gastronomia
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Entrevista
O economista Luiz Gonzaga Belluzzo fala sobre o cenário político econômico para este ano.
Negócios
Duas novas pick-ups chegaram tratorando o mercado com força, tecnologia e conforto.
A italiana Ludovica Ingletto conta sua experiência e encantamento de viver no Brasil.
Os sabores das cervejas gaúchas e o frescor dos vinhos brancos são destaques neste mês.
Thales Campos, economista do Corecon-MS afirma que o planejamento familiar é fundamental.
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Tome Nota Por Thaís Pimenta
StayAlive
O maior tributo ao Bee Gees chega a Campo Grande no dia 30 de janeiro. Para os fãs, o show é uma oportunidade de reviver os clássicos da banda! O evento acontece no Palácio Popular da Cultura e é uma iniciativa de Pedro Silva Promoções. Para adquirir o convite, acesse goo.gl/w4P0da.
1ª Violada do Buteko Balada com open bar, sertanejo universitário e DJ animando, até altas horas, essa é a 1ª Violada do Buteko de Campo Grande. A festa acontece no Salão Paroquial – Paraíso das Águas, às 22 horas! Para mais informações, acesse goo.gl/u9D76K.
CarnaVelhas
A banda de rock Velhas Virgens vem a Campo Grande no dia 23 de janeiro, para um carnaval todo especial, cheio de marchinhas e rock’n’roll! A festa acontece no Hangar Live Music e começa às 22 horas. Para adquirir seu ingresso, acesse goo.gl/C6MQlc. 10 MoodLife
Portal Mão de Obra
17ª Feira da Moda de
Gramado
Do dia 19 até 21 de janeiro, acontece a 17ª Feira de Moda de Gramado, no Serra Park. O evento reúne o que há de mais atual em confecções femininas, masculinas e infantil, nos segmentos festa, tricô, malharia, jeans, bijuterias, underwear e suprimentos. Uma oportunidade para lojistas apresentarem novidades. Para saber mais, acesse www.ciadasfeiras.com.br.
Você provavelmente já procurou por um serviço e, por não ter encontrado, deixou pra lá aquela reforma em casa. Pensando em tornar essa pesquisa fácil e ágil, não só no ramo da construção civil, empresários de Campo Grande criaram o Portal Mão de Obra. Com a opção de cadastro gratuito e pago, o portal funciona como um catálogo de serviços que vão desde lugares para almoçar até onde blindar seu carro. Para se cadastrar, ligue (67) 3325-8997. O portal é o www.maodeobrams.com.br.
Showtec2016
Fotos Divulgação
Em 2016, o Showtec, evento direcionado aos produtores rurais que buscam inovações e conhecimentos aplicados, apresenta sua décima nona edição. O evento será realizado nos dias 20, 21 e 22 de janeiro, e acontecerá na Estação Experimentação da Fundação MS, em Maracaju. O Showtec apresenta, anualmente, uma técnica científica diversificada, incluindo giros tecnológicos e palestras específicas sobre os setores de soja, milho, consórcio, cana-de-açúcar entre outros. Interessados em obter mais informações relacionadas ao Showtec devem entrar em contato com a organização do evento, pelo e-mail comunicacao@fundacaoms. org.br, ou pelo telefone (67) 3454-2631.
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Na Estante Convidada Ivanir Siqueira
Ivanir Siqueira Reside em DouradosMS, publicitária, sóciaproprietária da I. Com Propaganda.
Alceu Valença
Acredito que, na música, há um poder transformador, ela pode nos fazer rir, chorar, nos apaixonarmos por outrem e, o mais essencial como profissional de comunicação, nos levar a novos lugares e novas ideias. “Anunciação” é a expressão de bons e velhos momentos que já vivi.
O Segredo Rhonda Byrne
A correria do dia a dia acaba tirando aquele tempinho da leitura; mas, assim que posso, busco por autores renomados e bons títulos. “O Segredo” nos mostra que tudo é possível a partir de nossas mentes; por meio dela, você pode atrair coisas boas ou ruins, tudo depende de você.
Jean-Marc Vallée
Um bom filme é aquele que nos leva a refletir e, a partir disso, mudar aspectos em nós mesmos e lutar por mudanças em nossa sociedade. Até onde o dinheiro vale mais que uma vida? Acredito que está é a maior reflexão do filme “Clube de Compras Dallas”.
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cinema
Clube de Compras Dallas
música literatura
Anunciação
Cultura Por ThaĂs Pimenta
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Mais
COR para o mundo
Fotos Assessoria de Imprensa
Você provavelmente já viu um dos grafites do paulistano Eduardo Kobra. Suas obras coloridíssimas, ricas em traço, luz e sombra, estão espalhadas pelo Brasil e pelo exterior, como em Nova York e até no Taiti. Só na capital São Paulo, são mais de 50, algumas monumentais, como o muro de 1.000 m² que ele pintou na avenida 23 de Maio, em 2009, com cenas da década de 1920, lembrando uma fotografia em preto e branco. O estilo chama atenção pelas formas e cores, que marcam a estética de Kobra. Seu maior grafite é a fachada de uma caixa d’água de dois mil metros quadrados, pintada em 2012, no campus da universidade Senac, em que o artista retratou os bondes da avenida São João e os edifícios Martinelli e Banespa na década de 50. Com um portfólio de babar, Kobra descobriu que poderia passar seus desenhos para as paredes na década de 1990, quando se envolveu com a cultura hip-hop. Desde então, não parou mais. Com a ideia de criar uma identidade para seu trabalho, ele montou projetos como o “Muro das Memórias” e a “Pintura Anamórfica”. A Mood se interessou em saber mais sobre o trabalho do muralista e bateu um papo com esse expoente neovanguardista brasileiro da arte de rua. Confira:
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Quem é Eduardo Kobra? Sou um paulistano e brasileiro apaixonado por arte, pelas pessoas e pela natureza. Sou uma pessoa de hábitos simples e que acredita muito em Deus. Busco, por meio da arte urbana, ajudar a tornar mais belo o cotidiano das pessoas e, ao mesmo tempo, conscientizá-las sobre os graves problemas que afetam o nosso planeta. Como você escolhe o que vai grafitar? Há um mix do meu intuitivo, com o que vejo, leio e ouço nas ruas, nos meios de comunicação e em conversas com amigos. Não há uma regra. Pode ser algo que me encanta ou que me choca. Quando faço os trabalhos do “Muro das Memórias”, por exemplo, geralmente busco uma cena bonita da cidade que se perdeu, para que as pessoas parem um pouquinho em meio à correria. Convido as pessoas à contemplação. Quando faço as obras do “Green Pincel”, escolho cenas chocantes de agressão à natureza e busco chamar as pessoas para a ação. O que a arte urbana significa para você? É, antes de tudo, o meu meio de expressão. Minha forma de mostrar o que penso e o que sinto. Também é, de forma geral, uma arte que tem o dom de aproximar as pessoas da arte como um todo. Muitas pessoas passaram a apreciar a arte e até a visitar galerias e museus após terem seus primeiros contatos com a arte urbana.
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Fotos Assessoria de Imprensa
erros e acertos, desenvolvi durante todos esses anos. Sou autodidata e sempre procuro ler muito e estar atento ao que acontece nas artes e no mundo como um todo. Entre minhas principais influências, especialmente nos primeiros anos como muralista, estão os pintores mexicanos e o design do norte-americano Eric Grohe. Como foi sua trajetória na arte urbana? Você começou como a maioria dos grafiteiros, pichando? Comecei, sim, pichando, especialmente no bairro do Campo Limpo, onde vivi a minha infância e adolescência. Depois, comecei a grafitar muros, até que descobri que havia, na cidade de São Paulo, casas e vários lugares belíssimos que estavam sendo derrubados e destruídos para sempre. Por isso, desenvolvi o projeto “Muro das Memórias”, que buscava e busca resgatar essa São Paulo que não pode se perder. Hoje, faço minhas obras em diversos estados e países, como Estados Unidos, França, Inglaterra, Rússia, Japão e Grécia, mas continuo tendo em São Paulo a minha base de tudo, a cidade onde vivo, me inspiro e me reciclo constantemente. Quantos murais você já fez? Como faço desde muito cedo, é difícil calcular. Desses mais conhecidos, são cerca de 100, sendo 70 no Brasil e 30 no exterior.
Quando decidiu que ia viver de grafite? Você sempre desenhou? Na verdade, eu nunca decidi. Simplesmente, as coisas foram acontecendo. Sempre desenhei e não saberia fazer outra coisa. No começo, tive até problemas com a minha família, que não entendia o meu desejo de pintar nas ruas. Parecia coisa de quem não quer trabalhar. Felizmente, aos poucos, com muito trabalho e dedicação, conquistei o respeito de todos. Esse estilo é todo seu, ele nasceu espontaneamente? Sim, é um estilo todo meu. Mas de onde vem esse “meu” estilo? Vem de todas as experiências que tive, de todos os trabalhos que vi, de todas as pesquisas que fiz, das obras dos artistas de rua que vi no Brasil e em diversos países, dos museus que visitei e das técnicas que, entre
Como você lida com a dualidade ilegal x legal? Cada artista tem um modo de lidar com as questões que envolvem sua produção. Como disse, já fui pichador e também grafitei muitos muros sem autorização. Até já fui preso, no início da minha trajetória, em função do meu trabalho. Hoje, não faço intervenções sem pedir antes a autorização do poder público ou do proprietário do muro ou imóvel, como a lateral de um prédio. Adoro transmitir minha arte. Amo interagir com as pessoas que passam e, quando vejo alguém que interrompe a correria do cotidiano para observar um mural que estou fazendo, fico até mais emocionado do que quando há uma multidão observando. Mas isso não me dá o direito de pintar um muro de alguém que não gostaria de ter o meu trabalho lá. Por isso, muitas vezes, além de pedir a autorização, até mostro o projeto da obra que farei. O que não aceito e não negocio, em hipótese alguma, é qualquer interferência no conteúdo e na forma do que farei. A arte pertence única e exclusivamente ao artista. Esse é meu modo de produção, mas entendo e respeito quem age de outra forma. Não gosto de julgar ou achar que a minha verdade vale para todo mundo.
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Motor Por Paulo Cruz
Uma
gigante
entre nós
A grandalhona RAM 2500, que hoje é parte da família da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), está de volta ao Brasil em nova versão, bem mais equipada e ainda mais forte. A gigante, que estreou por aqui em 2005, na versão SLT, ainda como parte da linha Dodge, estava fora do país desde 2012. Agora, ela vem com diversas melhorias, tanto no visual como na parte mecânica. Na motorização, pulsa um turbodiesel Cummins de seis cilindros em linha, 24 válvulas e 6,7 litros, recalibrado para ter ganhos em potência e torque. A potência, que era de 310 cv, agora atinge 330 cv. O maior ganho foi no torque, que passou de 84 kgfm para 104 kgfm, um aumento de 23,8%. Isso fez a capacidade de reboque, uma das grandes vocações da picape, crescer 41%, de 5.500 kg para 7.750 kg. O visual da RAM 2500 Laramie ganhou retoques exclusivos, como as rodas de alumínio polido, 18
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polegadas. Os faróis ganharam novos projetores, do tipo canhão, e as lanternas traseiras foram retocadas. A maior novidade no exterior é a opção de pintura em dois tons, com a parte inferior prata e o restante da carroceria em outra cor. O interior também passa a contar com duas opções de revestimento em couro. Outra novidade é a RAM Box, que está pela primeira vez equipando a RAM 2500 no Brasil. São dois compartimentos localizados nas bordas superiores das laterais da caçamba. Com 132 litros de capacidade cada um, esses portaobjetos têm fechadura e dreno, que possibilitam o transporte, por exemplo, de carnes frescas ou bebidas envoltas por gelo. E, para transportar cargas que ultrapassem o espaço da caçamba, a picape já vem equipada de série com um extensor de caçamba muito fácil de ser utilizado. A peça também serve como divisor interno.
No interior, o quadro de instrumentos (que inclui manômetro de óleo e voltímetro) apresenta uma nova tela colorida de TFT de 7 polegadas, com diversas configurações, sendo possível fazer os ajustes que o condutor achar melhor. Ainda maior é a tela de 8,4 polegadas do sistema multimídia Uconnect, que também faz sua estreia na RAM 2500 no Brasil. Por meio dela, há acesso, entre outras coisas, ao navegador GPS, às configurações do veículo – a exemplo de opções da câmera de ré e do sistema de iluminação externa e interna – e a recursos como a ventilação dos bancos dianteiros, que podem, ainda, ser aquecidos e contam com ajustes elétricos. Os assentos traseiros também têm aquecimento, bem como o volante. O conjunto de áudio é da marca Alpine, com nove alto-falantes e um subwoofer.
Fotos Divulgação
Enfim, uma nova Hilux
AO VOLANTE A nova RAM 2500 surpreende pelo seu espaço e conforto. As acelerações são firmes, mesmo sendo um carro pesado. As retomadas também são boas, graças ao seu torque de 104 kg. É só provocar o acelerador que ela responde rápido. O preço é bem salgado, cerca de R$ 249,9 mil na única versão disponível, a Laramie. Além de precisar de carteira de categoria C para dirigir a RAM, por conta do seu peso de mais de 4,5 toneladas, o motorista tem de ter também boa noção de espaço nas ruas, onde ela se destaca em meio aos outros carros e picapes, que, diante dela, ficam pequenos. Na hora de estacionar, outro problema. Com seis metros de comprimento, dois de largura e 1,97 metro de altura, encontrar vaga para essa gigante não é tarefa das mais fáceis.
Totalmente renovada, do chassi ao teto, a nova picape Toyota Hilux evoluiu, ficou mais confortável e bonita. De fato, o modelo, um sucesso de vendas em nossa região, precisava mesmo passar por uma profunda mudança. A 8ª geração da Hilux, além do novo design, ganhou uma lista mais recheada de equipamentos, mais conforto ao dirigir, novo motor e transmissão, chassi mais resistente e melhor capacidade fora de estrada. Tudo isto, sem descuidar da segurança. A tração 4x4 perdeu as alavancas no assoalho e, agora, é acionada eletronicamente, por botões no painel. Picapeiros mais tradicionais que valorizavam exatamente a robustez e a rusticidade da Hilux podem não gostar muito da ideia. Disponível inicialmente em seis versões, todas com motor a diesel, já vem equipada com pelo menos três airbags, controles eletrônicos de tração e estabilidade (a partir da versão SRV), Isofix (cabine dupla), freios ABS com EBD e assistente de rampas (SRV e SRX). Rodas aro 17 polegadas, porta-luvas refrigerado, ar, direção hidráulica e vidros elétricos também são de série. As versões mais luxuosas contam com rodas aro 18 polegadas, seis airbags, sistema de multimídia, partida sem chave, entre outros equipamentos. O motor 2.8 de 177 cv e 42,8 kgfm de torque também é novo e mais moderno. O câmbio pode ser manual ou automático, sempre de seis marchas. Os preços começam em R$ 114.860 na versão cabine simples 4x4, com câmbio manual, e chegam a salgados R$ 188.120 na top de linha cabine dupla SRX, com câmbio automático.
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Gadgets Por Odirley Deotti
"Baratim" Fotos Divulgação
Natal se foi, você gastou todo o décimo terceiro nas festas e nos presentes, e seu smartphone resolveu se cansar dessa vida, logo agora, e partir pra outra. Imaginou a cena? Melhor não, né! Enfim, listamos alguns smartphones com ótimo custo-benefício, abaixo de R$ 1 mil, para quem está apertado neste começo de ano.
Moto G 3 Já em sua terceira geração, o Motorola Moto G é um campeão de vendas. Com 5 polegadas, a grande tela conta com Gorilla Glass 3 contra riscos e pequenas quedas, e resolução de 720 x 1280 pixels. A câmera, item que não pode deixar a desejar, tem 13 MP e flash LED duplo. Por dentro, o Moto G 3 conta com processador Qualcomm Snapdragon 410 de quatro núcleos, com 1,4 GHz e 1 Gb de memória RAM (por ser até R$ 1 mil). A partir de R$ 899, no site www.americanas.com.
Asus Live
Lumia 640 XL
O novo aparelho da Asus é compatível com a concorrência. Também com 5 polegadas e resolução de 720 x 1280 pixels, perde na câmera, que vem com 8 MP. Em compensação, por dentro ele leva certa vantagem, utilizando processador quad-core de 1,3 GHz, memória RAM de 2 Gb e, ainda, 16 Gb de armazenamento. A partir de R$ 897,61, no site www.kabum.com.br.
Pra quem se adapta ao Windows Phone, o 640 XL é um ótimo aparelho. A tela é um pouco maior que a dos concorrentes (5,7 polegadas), mas a resolução é semelhante. Com processador quadcore de 1,2 GHz, 1 GB de RAM, ele se assemelha aos outros, mas leva uma pequena vantagem na câmera (13 MP), que tem lentes Carl Zeiss. A partir de R$ 799, no site www.cea.com.br.
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Asus Zenfone Go A Asus, desde que chegou ao país, tem trazido aparelhos com bom custo-benefício. As especificações do Zenfone Go são semelhantes às dos outros, com tela de 5 polegadas, resolução de 720 x 1280 pixels, processador quad-core de 1,3 Ghz, memória RAM de 2 Gb e armazenamento de 16 Gb. Assim como o Live, a câmera vem com 8 MP, pequena desvantagem para quem gosta de fotografar. A partir de R$ 846,94, no site www.kabum.com.br.
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Mistura Fina Por Thaís Pimenta
Melissa Beach Slide, da Melissa, por R$ 100. Seguindo a tendência do sportwear, a Melissa Beach Slide invade o verão com frescor e modernidade, misturando a gáspea larga com o solado esportivo, deixando-o confortável e despretensioso. Disponível nas lojas físicas e virtuais da marca, no link goo.gl/IjL8ef.
Carteira Fotoequilíbrio, da Natura, preço sob consulta. A Natura desenvolveu uma carteira ideal para usar na praia. É bem prática e funcional, pois vem com repartição para celular, permitindo o uso da tela touch. Disponível a partir de fevereiro, com as revendedoras da marca.
Maiô Vies Maya, da Salinas, por R$ 329. Esse modelo é decotado nas costas e traz uma estampa que é a cara do verão! Disponível para compra no link goo.gl/yXyRRX.
sol!
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Bota a cara no
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Bolsa Julian Rocks, da A. Farra, por Adriana Barra, por R$ 990. O tricô foi escolhido para confeccionar essa bolsa, que combina com o verão praiano! Disponível no link goo.gl/8aqK8I.
Kimono frutas Lenny Niemeyer, da Lenny Niemeyer, por R$ 609. Esse quimono é fabricado em seda com estampa de flores e frutas, tem uma modelagem solta, costas alongadas, decote V e fechamento transversal por botões. Use com short básico para uma produção moderna! Disponível no link goo.gl/92xR80.
Brinco Vela Labirinto, da Água de Coco, por R$ 199. Esse brinco é confeccionado em metal, com detalhes vazados que lembram a vela de um barco, lindo! Para comprar, acesse goo. gl/hxOXgU.
Óculos de Sol Azul, da Pat Bo, por R$ 708. Esse modelo é oversized e tem formato mais assimétrico, em acetato, com lentes em degradê. Para comprar, acesse goo.gl/AY5YOt.
Maiô Transpassado Terry, por R$ 397, da Osklen. Esse modelo é confeccionado em lycra, tem caimento reto, transpassado e, de quebra, recorte frontal e fechamento traseiro por amarração. Uma graça! Disponível no link goo.gl/me133w.
Biquíni Maguali, da Farm, por R$ 249. Conjunto de biquíni estampado que é a cara do verão: parte de cima com babado e alças reguláveis, e calcinha modelo tanga com amarrações laterais. Disponível nas lojas físicas e no link goo.gl/jGl38s.
Alpargata Étnica Multicolor, da Ana Capri, por R$ 89,90. A alpargata com estampa étnica tem conforto e estilo de sobra! Os desenhos multicoloridos vão animar aquele look jeans e camiseta para o fim de semana. Disponível nas lojas físicas e virtuais da marca, no link goo.gl/YREiid.
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Beauty Por Thaís Pimenta
Kit Essenciais do Verão, da Natura, por R$ 93,80. O kit é composto pela Natura Fotoequilíbrio Loção Protetora Facial FPS 60/FPUVA 20 (a escolher por tipo de pele) e uma Natura Fotoequilíbrio Loção Protetora Corporal FPS 30, além de uma bolsa de brinde. Os produtos proporcionam alta proteção contra os raios UVB e UVA. Contam, ainda, com o Complexo Antioxidante Natura (vitamina E, extrato de cacau e extrato de chá-verde), que atua contra os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento precoce. Disponível com as revendedoras da marca.
Fotos Divulgação
Cicaplast Lábios, da La Roche Posay, por R$ 29,90 (7,5 ml). Esse protetor hidratante acalma, repara e protege os lábios. O poder da fórmula está na inovação do MP-Lipides, que ajuda a restaurar a barreira protetora dos lábios. Além disso, possui pantenol 5%, famoso ativo calmante. Disponível no link goo.gl/QWhrHT.
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Intense Califórnia Texturizador de Cabelo Surf Waves (100 ml), da O Boticário, por R$ 34,99. Esse texturizador é ideal para todos os tipos de cabelos e para quem quer ter os fios como as ondas do mar. Sua fórmula leve e perfumada não danifica os fios e é facilmente removida na lavagem. Disponível no link goo.gl/1mnziy e nas lojas físicas O Boticário.
Bálsamo Labial com FPS 15 (Gota de Limão), da EOS, por R$ 21. O Bálsamo Labial contém a nutritiva manteiga de karité, vitamina E e óleo de jojoba, para lábios supermacios e suaves, além de proteção contra os raios UVA e UVB. Disponível no link: http://goo.gl/BCzSw0.
Intense Califórnia Blush Bastão Summertime (9,6 g), da O Boticário, preço a consultar. O blush possui um formato superprático, que facilita a sua aplicação. Funcional, ele permite que você aplique de uma só vez o iluminador, o blush em tom de pêssego e o bronzer, para realçar e contornar. Ele ainda tem uma textura cremosa e toque seco. Disponível nas lojas físicas da marca.
Spray Solar Sublime, da L'Oreal Professionnel, por R$ 95. Esse spray forma uma leve película que mantém a fibra nutrida e protegida das agressões do mar, cloro e sol. Disponível no link goo.gl/OtkLWu.
Máscara Yenzah OM Óleo Argan Hidratação Intensiva (300 g), da Yenzah, por R$ 41,99. A máscara hidrata os fios, tratando-os e doando brilho. A base de argan é indicada para cabelos ressecados, opacos e sem elasticidade. Proporciona cabelos hidratados, com brilho, sedosidade e maciez. Disponível no link goo.gl/Hx2IlM.
Água termal, de La RochePosay, por R$ 79,90 (300 ml). Indicada para todos os tipos de pele, ela é composta por um conjunto de minerais, entre eles, cálcio, silicato, estrôncio, magnésio e zinco, os quais são responsáveis por sua ação antioxidante, anti-inflamatória e suavizante. Disponível para compra no link goo.gl/opLIzm.
Merveillance Expert Olhos, da Nuxe, por R$ 159,90. Esse creme com efeito lifting para as linhas visíveis da região dos olhos é ideal para diminuir o inchaço e as olheiras, porque contém cafeína botânica, que ajuda a liberar os fluídos acumulados em áreas inchadas, e tetrapeptídio-5, que inibe a permeabilidade do vaso capilar, para ajudar a prevenir novos acúmulos. Disponível no link goo.gl/puxP6E.
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Intimidade
O cérebro é a parte mais erótica do
corpo
A
fantasia e a imaginação são essenciais para o aumento do interesse e da atração sexual entre duas pessoas. E ambas estão alojadas no cérebro, que se conecta ao campo dos sentidos de forma muito suave, que pode ser representada por uma música, uma boa conversa, um filme de amor. Graças a essa experiência agradável de convivência, há uma cadeia de emoções prazerosas acompanhadas pela mente. O corpo, por sua vez, também segue esse movimento, e os sentimentos vão germinando um relacionamento.
_ CARLA CECCARELLO
É psicóloga e sexóloga CRP-06/35.812-0 apresentadora de rádio e TV www.carlacecarello.com.br Tel.: 11 3887.5123
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Os hindus e outros povos orientais valorizam a aproximação, o ritual sensual e demorado que um relacionamento pode provocar. Já o mundo ocidental faz as coisas na base da pressa, do fast-food. Come-se e transa-se rapidamente. Quando as pessoas dedicam mais tempo aos sentimentos, à observação, ao conhecimento, a esse processo de aproximação, que é o verdadeiro encontro entre duas pessoas, a sexualidade fica muito mais evidenciada. Nesse contexto, inclui-se também, além do cérebro, que deve ser sempre estimulado com situações agradáveis e prazerosas, o poder da pele. Há quem acredite que o mais importante órgão do corpo humano é a pele, um território enorme, em que milhares de pontos são excitáveis quando tocados. Há uma sensibilização, um conforto, uma situação altamente agradável quando as pessoas se tocam. Infelizmente, poucas pessoas têm consciência disso. Muitos nem sequer se deixam abraçar ou se tocam, quase sempre porque tiveram uma educação repressiva, na qual há muita vergonha do corpo e da nudez. Ainda hoje, muitos pais desenvolvem nos filhos, desde cedo, esse tipo de sentimento. De fato, um dos fatores mais importantes no desenvolvimento
do papel sexual do ser humano é a família, especificamente os pais, pois é neles que a criança irá encontrar o modelo do homem ou mulher que irá imitar e adotar ou não mais tarde. No entanto, a maioria das pessoas não tem consciência do poder que pai e mãe exercem sobre a vida emocional dos filhos. Na verdade, a sexualidade pode ser muito afetada pelas influências familiares. Desde a mais tenra idade, as crianças observam como os pais se relacionam entre si (de forma carinhosa ou não) e com o próprio corpo (de forma natural ou não). Essas informações ficarão registradas na sua memória afetiva e serão ativadas quando começarem a se relacionar com outra pessoa. Quanto ao cérebro, ele pode ser preparado para o bom relacionamento afetivo. Em vez de o casal ficar sentado em frente à televisão, sem conversar ou trocar carinhos, existem mil possibilidades de filmes, concertos, shows, passeios, viagens, caminhadas, espetáculos e exposições acontecendo lá fora. Tudo isso representa excelente alimento para o cérebro. Ativa, inspira, estimula pensamentos positivos, animação, energia e vivacidade. E o lado afetivo e o sexual saem ganhando, é claro.
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Equilíbrio Por Luciana Petelinkar
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água é primordial para manter o corpo em perfeito funcionamento – 70% do organismo humano é composto dela –, além de regular várias funções e manter o metabolismo no ritmo. Em dias quentes, perdemos entre 2 l e 2,5 l de água, em média, por meio da transpiração, respiração e secreções. Por conta disso, é fundamental beber líquidos para repor a perda e evitar que o corpo desidrate. A desidratação pode acontecer em graus variados. Sabe aquele dia em que você não rende muito no trabalho ou na escola, não consegue se concentrar, sente-se mais lento e tem aquela dorzinha de cabeça que fica incomodando? Poder ser falta de água. Com menos água, ocorre a diminuição do volume sanguíneo, reduzindo, consequentemente, o fluxo
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disponível para irrigar o coração, cérebro, os músculos e todos os principais órgãos do corpo. Quanto menor for o fluxo sanguíneo, menor será o fluxo de oxigênio recebido pelos órgãos vitais, diminuindo a capacidade para exercerem as suas funções ditas normais. Em longo prazo, a desidratação pode provocar problemas renais e complicações nas funções mentais, digestivas ou até mesmo cardíacas. Segundo a nutricionista e professora da Uniderp Faena Moura, professora do curso de Nutrição, não adianta tomar água em grandes quantidades em horários isolados; o correto é manter a hidratação recorrente ao longo do dia. “Para o nosso sistema funcionar adequadamente, temos que beber água a cada hora, de 100 ml a 150 ml. Se você tomar tudo de
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uma vez, a ideia que passa para o organismo é que exagerou, e ele vai excretar tudo”, explica. Para quem não consegue beber água com regularidade ou prefere outros tipos de bebida, a professora dá a dica das águas aromatizadas com ervas frescas e frutas, além da ingestão de alimentos ricos em água para complementar o processo. Frutas e hortaliças são as mais indicadas. Pepino, abobrinha, alface, chuchu, tomate, couve-flor, brócolis e cenoura são alimentos que devem ser inseridos na rotina alimentar. Para os lanches ao longo do dia, frutas são a melhor opção. Melancia, melão, abacaxi, morango, pera, maçã, ameixa, tangerina, laranja e carambola são as que têm maior concentração de água.
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Atividade Física Segundo o educador físico e personal trainer Geovany Rafael Bisol, “quando o organismo se mantém hidratado, as funções fisiológicas ficam mais bem adaptadas ao esforço que o corpo está realizando”. Quanto mais intenso e prolongado for o exercício, e quanto mais quente e úmido for o local, maior será a perda hídrica, já que perdemos água pela transpiração, como forma de manter a temperatura corporal, mas também por meio da exalação de vapor de água pela respiração. “Existem vários sintomas que mostram que você está desidratado: aumento da frequência cardíaca e respiratória, bem como aumento da concentração do sangue, que gera uma dificuldade de circulação – e só
esses fatores já podem gerar alguns problemas cardíacos, pois você bota o seu coração em um funcionamento maior, por estar desidratado. Você pode ter formigamentos, desmaios, ressecamento da pele e, em casos extremos, óbito”, explica Geovany. Com a diminuição do volume de sangue no organismo, os nutrientes chegam em menor quantidade, o que faz com que o músculo seja menos nutrido, gerando um estado de fadiga maior, com consequência de falência. “Quando você está fazendo exercício, você vai esgotando algumas vias metabólicas”, afirma. Geovany explica que, segundo a National Athletic Trainer’s Association (Nata), a recomendação é ingerir 600 ml de água ou qualquer
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bebida esportiva duas horas antes, pois o importante é se manter hidratado; e, até 20 minutos antes, 200 ml a 300 ml de água para manter a hidratação. Já durante o exercício, a água ingerida tem que ser o tanto de volume de suor eliminado. “Normalmente, no exercício, você perde de um a dois litros. Dependendo da atividade que você vai realizar, é importante que tenha essa mesma ingestão de líquidos. São pequenos detalhes que, no final, fazem diferença”, conclui.
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em com a ida
Aos 40 anos, Carolina Kasting vive um momento de plenitude. Apaixonada pela profissão, revela o papel fundamental da TV em sua formação como atriz e pessoa.
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Foto Globo/Jo達o Cotta
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S
empre tímida, Carolina Kasting decidiu cedo que queria ser atriz. Sua estreia na televisão, em 1996, na novela “Anjo de Mim”, abriu caminho para sua longa trajetória, cheia de personagens e histórias marcantes. Bem resolvida aos 40 anos, casada há 16 com o ator e designer Maurício Grecco e mãe de Cora, 10 anos, a atriz confessa que sua nova personagem, Rosa, trouxe sensualidade para sua vida. Se antes se achava frágil, hoje, Carolina se enxerga de outra forma. Vivendo uma fase plena, a atriz acredita que está melhor atualmente do que há 20 anos, seja fisicamente, intelectualmente ou em sua relação familiar. Sentindo-se mais bonita nos dias de hoje, sabe exatamente o que quer e como quer. Fã do seu cabelo natural, Carolina afirma que não teve medo de mudar de visual para a nova fase da novela “Além do Tempo”, da Globo. A atriz se despediu dos cabelos longos e apostou em um corte moderno e em tons mais claros. Sem religião específica, diz-se muito aberta a tudo e acredita na “lei do retorno”, em que você planta aquilo que você colhe.
Foto Globo/Estevam Avellar
Você tem experiência em cinema, teatro e TV. Tem algum preferido? Essa escolha é possível? O ator deve estar para todos os veículos. Eu considero o teatro a minha segunda casa, amo o cinema de paixão, e a TV me formou como atriz e pessoa, permitiu que eu me comunicasse com o meu público. Amo os três na mesma intensidade. Amo a minha profissão e faço de tudo para ser cada vez melhor no que faço.
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Você já foi modelo. Qual sua relação com a moda atualmente? Adoro a moda, adoro fotografar e ser fotografada. Uso a moda e as tendências para potencializar cada vez mais meu estilo próprio. O seu cabelo para a segunda fase da novela é um dos mais desejados do momento. Como você encara essas mudanças para as personagens e como você está cuidando deles, agora mais claros? Eu adoro mudanças para compor as personagens e também gosto de mudar na minha vida pessoal, mas tinha um pouco de receio com o loiro, pois adoro a minha morenice (risos). Mas o Anderson Couto me prometeu que ia preservar a raiz castanha e faria algo bem natural. Ficou o máximo! O público amou e conseguimos mostrar a leveza e a vitalidade próprias da Rosa, nessa segunda fase da novela. Estou amando! Você é muito engajada, nas redes sociais, com questões humanitárias e ambientais. Como você se relaciona com tudo isso off-line? Perguntas que não podemos deixar de fazer: de onde vem essa comida ou roupa que eu consumo? Qual a forma de produção? É
responsável pelo desmatamento? Promove o trabalho escravo? Se eu não consumir, não será vendida. Nós somos responsáveis pelo mundo em que vivemos. Nas redes sociais, também achamos alguns textos. Como é sua relação com a escrita? Gosto muito de escrever. Às vezes, vêm ideias na minha cabeça que preciso colocar no papel. Faço isso desde a minha adolescência, mas nem sempre gosto do que escrevo (risos). Daí eu guardo. A Rosa é uma mulher muito forte e teve de se posicionar, inclusive, diante de um assédio. Paralelamente, temos vivido a crescente do feminismo, do empoderamento da mulher na sociedade. Como a Carolina vê tudo isso? Ah, essa crescente vem de muitos séculos! Quantas mulheres já mudaram a história, abriram caminho, como Simone de Beauvoir, Clarice Lispector, Louise Bourgeois? As mulheres são muito complexas, de uma potencialidade incrível, é inevitável esse empoderamento. Só não gosto do uso da distinção de gênero para justificar o abuso de poder, nos dois sentidos. Sem a diferença de gênero,
somos todos iguais literalmente. Somos todos humanos. Você chegou feliz aos 40, e isso se transparece de forma esplêndida no seu sorriso e na sua beleza. Essa transição veio com facilidade para você? A transição mais difícil para mim foi a dos 30 anos. Aos 40 anos, eu me sinto forte, capaz, feliz com as minhas escolhas. E me acho mais bonita agora (risos). Estou em uma fase muito especial da minha vida. Ter a oportunidade de mostrar esse lado é ótimo. Trago para a minha vida muita coisa da personagem. Hoje, chego a ponto de me olhar no espelho e achar: “Poxa, como estou gostosa! Como estou bem! Acho que nem pareço ter essa idade” (risos). Quais os cuidados para se manter linda e saudável nessa época da vida? Mudou alguma coisa? Atividade física. Boa alimentação. E fazer o que se ama. Agora, eu vou à academia todos os dias. Não coloco botox, mas uso tudo que a tecnologia de ponta permite para meu rosto. Os cuidados com a alimentação também são muitos. Apesar de comer carne vermelha,
"A transição mais difícil para mim foi a dos 30 anos. Aos 40 anos, eu me sinto forte, capaz, feliz com as minhas escolhas. E me acho mais bonita agora". www.MoodLife.com.br 37
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Foto Globo/Estevam Avellar
"É preciso se dedicar ao amor; senão, ele morre, como qualquer ser vivo". não como gordura, fritura, doces, e recentemente também comecei a evitar alimentos com lactose. Eu oriento sempre a minha filha para ela olhar o rótulo dos produtos no mercado e, quando tiver mais de três itens que ela não conheça, melhor não comprar. Tudo tem que ser o mais natural possível para mim. Você vive um bem-sucedido relacionamento há 16 anos. Numa época em que a gente vê pessoas casando já com o pensamento de que, se não der certo, podem se separar, qual o fundamento para fazer a relação durar? Diálogo que estabelece o respeito, que permite o amor. É preciso se dedicar ao amor; senão, ele morre, como qualquer ser vivo. É fácil deixar cair no ostracismo, numa coisa chata, que não tem prazer, alegrias, surpresas... Tem que ficar cuidando disso. Se você quer continuar com
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aquela pessoa, precisa investir na relação diariamente. Hoje em dia, as pessoas casam e descasam rápido, porque pode – e é legal poder. Mas, muitas vezes, elas não fizeram investimento. Acontece alguma coisinha e já se separam! A Rosa fala sobre isso: “O amor é um sentimento que se constrói aos poucos, e a paixão é uma coisa que enlouquece”. Você cria com o tempo, com a amizade, com o companheirismo. Na minha relação com o Maurício, é isso que a gente tenta alimentar sempre. A Rosa é uma mãezona, e você já declarou que ela é a mãe que você queria ser. Como você é como mãe? Sou como a Rosa, tenho muito diálogo com a minha filha, sou muito sincera com ela. Dou limite com afeto. A Cora tem personalidade forte e, às vezes, tem argumentos melhores que os meus. Mas é dócil e carinhosa.
Você e Cora têm fisionomia bem parecida. No que mais vocês se parecem? (risos) Em muita coisa, não só fisicamente. Temos personalidade forte. Somos teimosas e amorosas. Não sei como o Maurício nos aguenta (risos). Brincadeira! Quando você não está na correria de estúdio, o que você gosta de fazer nessa folga? Ficar com eles. Com minha família, que é tudo para mim. Minha casa, meus amores. Qual seus planos para depois da novela? Férias! Quero voltar ao teatro em 2016. Vamos ver o que a vida vai trazer de novidade! Quero ser mãe mais uma vez. Não sei exatamente para quando, mas vai ser mais ou menos por agora. A Cora e o Rafael (meu enteado) me inspiram. Estou disposta a começar tudo de novo.
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a fé que move
A
crença em algo superior é tão antiga quanto o homem. Cada civilização teve seu deus, ou seus deuses, e as formas de adorar. Mais do que serem as conectoras com o que se acredita, as religiões são parte muito importantes da história e cultura de um povo. O Brasil é, nos dias de hoje, lar de gente que veio dos mais diversos países e, com isso, trouxe um pouco da cultura junto. A partir daí, temos uma extensa lista de religiões praticadas atualmente em nosso território. Campo Grande, por exemplo, tem grandes colônias árabes e japonesas, o que nos rendeu mesquitas e templos. É por isso que não existe uma religião certa ou errada, melhor ou pior. O que existe são caminhos diferentes para tentar explicar o que há a nossa volta e que não conseguimos entender, de acordo com o que foi vivenciado há milhares de anos por nossos ancestrais. Pensando nisso, tentamos contato com alguns líderes religiosos, para conhecer e vivenciar essas diferenças. Optamos por aquelas religiões que ainda causam certa estranheza à primeira vista e fomos muito bem recebidos por Dagoberto Pedroso, do santo-daime, e Mãe Marilza, da umbanda.
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Foto Gabriel Gabino
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Santo Daime Durante nossa visita à igreja que fica na Chácara dos Poderes, Dagoberto, comandante da Estrela Dourada, explicou-nos a origem do santo-daime, que surgiu na Floresta Amazônica, na década de 1930. Segundo ele, o fundador, Mestre Irineu, recebeu a doutrina por meio de uma aparição de Nossa Senhora da Conceição, em uma das primeiras vezes que tomou a bebida*. Os hinos cantados durante os trabalhos dão ênfase aos ensinamentos cristãos e a uma nova leitura dos “Evangelhos à Luz do Santo-Daime”, para afirmar, nos tempos de hoje, os mesmos princípios de amor, caridade e fraternidade humana. Além do catolicismo, o santo-
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daime recebe influências de tradições caboclas, xamânicas, esotéricas, além de conter um pouco das tradições afro-brasileiras e do espiritismo, já que se acredita em reencarnação. Segundo Dagô, como é chamado, o que mais se prega é o bem. “Nós ensinamos o que o próprio Cristo veio ensinar: amor; e que a humanidade tem que viver em harmonia.” No salão cercado de árvores, há imagens de santos, do Buda e do Mestre Irineu, além de uma mesa central, enfeites, uma fonte e outro espaço com fogueira, que acolhe quem chega cedo. O dia da nossa visita era especial: Dia de São Miguel, padroeiro da casa. Por isso, os fardados** estavam com uniforme de festa, branco e verde, e coroinhas para as mulheres.
Para começar os trabalhos, homens vão para um lado da mesa central, e mulheres para outro, bem divididos. Começam com cerca de 20 minutos de orações, como Pai-Nosso e AveMaria. Então, preparam o espaço para os hinos e para tomar o chá. Neste momento, Dagô relembra as regras: homens e mulheres não devem conversar entre si, somente aqueles que têm filhos; mulheres ajudam mulheres e homens ajudam homens; pede-se também descrição. Isso porque, ao tomar o chá é comum o vômito como processo de limpeza do organismo, antes da expansão de consciência responsável pela experiência de contato com a divindade interior, presente no próprio homem. “O daime é uma dádiva que Deus mandou para o mundo, para as
consumidas bebidas alcoólicas nem carne vermelha, “para o melhor aproveitamento daquilo que vai receber”, esclarece. Eu não tomei o chá; mas, pelos relatos de pessoas ali presentes, das quais não citarei o nome, a pedido delas, a experiência é individual. Na maioria, a capacidade de ver seus erros, entender as consequências, arrepender-se e evoluir; a percepção do tamanho do universo e a pequenez do ser; a imensidão e força do amor pela família e pelos amigos queridos; sentimentos de tranquilidade, confiança, esperança e harmonia; visão e diálogo com seres mais evoluídos.
Fotos Gabriel Gabino
pessoas acordarem. Ele faz com que aquilo que você tem dentro de si se torne mais evidente: sua mediunidade, capacidade de enxergar o espiritual e compreender tudo como realmente é”, explica Dagô. No ritmo do violão e dos hinos, homens e mulheres formam filas e, após tomar da ayahuasca, voltam aos seus lugares e continuam cantando e dançando ritmadamente. As letras dos hinos são simples e repetitivas, conservamse assim desde a criação da doutrina. Após 30 minutos, é possível notar pessoas deixando o lugar discretamente, para vomitar, e voltando após algum tempo. Para tomar o daime, o comandante recomenda que, durante os três dias anteriores, não haja relações sexuais, não sejam
*O daime, nome que dão à Ayahuasca, um chá enteógeno consumido durante o ritual
**Os fardados são as pessoas que fazem parte oficialmente da irmandade, que frequentam regularmente e se identificam com a doutrina.
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Umbanda Primeiro, é preciso entender que umbanda e candomblé são duas religiões diferentes. O candomblé é uma religião africana, trazida para o Brasil no período em que os negros desembarcaram para serem escravos. Aqui continuaram a cultuar os orixás negros, suas divindades, e mantiveram seus rituais e preceitos africanos. Os médiuns não incorporam, e as consultas são feitas por meio dos búzios. A umbanda nasceu no Brasil, em 1917, dentro de um centro kardecista, e não tem muito ritual. Usam mais frutas, banhos de ervas, e não existe sacrifício animal. Existe a incorporação e consulta com as entidades. Segundo Mãe Marilza, médium que incorpora a cabocla Irati, que comanda a casa que visitamos, as duas entidades que representam muito a umbanda são o Caboclo e o Preto Velho, os quais sofreram muito na vida terrena, pois, segundo Mãe Marilza, “eram escravos maltratados e, hoje, vêm em
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respeito à 'Lei Maior do Pai', com toda a humildade, para atender e ajudar a raça que os chicoteou”. Entramos no salão onde os médiuns recebem as entidades e dão o passe, descalços, pois ali é solo sagrado. Na decoração, altares em homenagem aos pretos velhos, baianas, Pombagira, Exu, ciganos e Pai Changô. Em outra sala, o altar separado para assuntos que precisam ser tratados em particular com a Mãe Irati, “mas ela não gosta muito, prefere atender no salão mesmo”, conta Mãe Marilza. A linha da casa que visitamos é totalmente branca. Ali, nem ervas são usadas, somente água. “O meu compromisso junto às entidades é voltar a umbanda para a origem, mas um pouquinho mais evoluída, porque aqui nem com ervas se lava, é água. A mãe disse que não existe nada mais puro e mais sagrado do que a água. Não tem nada que tenha mais energia do que a água”, explica. Pudemos presenciar todo o ritual, desde as orações iniciais. Com um incensário, Mãe Marilza
defuma todo o salão e os médiuns presentes, sempre com os atabaques e canções de fundo, que, em sua maioria, evocam os santos e as entidades, exaltando e louvando as qualidades. O respeito e a reverência dos médiuns são indescritíveis. Logo percebo que as entidades começam a chegar. Encurvadas, algumas pessoas procuram a bengala e um local para sentar o corpo, que é jovem, mas carrega um espírito ancestral. Um ajudante chega trazendo o cachimbo ou charuto, um copo com água, velas brancas, chapéu de palha ou colares de contas coloridas. Mãe Irati, pretos velhos e caboclos já estão no salão. Cadeiras são posicionadas no centro, e as pessoas começam a entrar e ocupá-las. Os primeiros a receber os passes são as crianças presentes, só depois os adultos. Depois, as cadeiras são retiradas, e os passes continuam. Dessa vez, são mais demorados. Pessoas chegam para conversar com as entidades, passam longos minutos sentadas, recebendo orientações, bênçãos e palavras de conforto.
Fotos Gabriel Gabino
A fumaça dos charutos e do cachimbo é expirada nas pessoas, como Mãe Marilza já havia explicado: “Quando a entidade puxa a fumaça do charuto e solta em você, é para soltar as larvas astrais. Assim como a gente tem verme por dentro, a energia negativa e os maus pensamentos ficam grudados no nosso corpo sutil, como se fossem vermes mesmo, sugando a nossa energia.” Somente quando se vira para a esquerda, a cerveja é servida ao Exu. Sempre com foco em cura física e espiritual, os exus e pombagiras dão um tom mais descontraído na casa. “As pessoas associam o Exu ao capeta, e eles não são nada disso, eles trabalham na cura. Falar besteira, eles falam, é a forma deles limparem. Eles dizem que as pessoas falam sérias com o caboclo preto velho, aí eles chegam falando bobagem e as pessoas descontraem, ficam mais soltas. E assim vão soltando a energia negativa. Eles são nossos guardiões, eles têm muita luz”, finaliza.
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Na estrada Por Ludovica Ingletto
Lá
e de volta outra vez Mensalmente, trazemos na Mood o relato de leitores sobre suas experiências e imersão em culturas totalmente diferentes, durante viagens a outros países. Nessa edição, resolvemos fazer o caminho inverso e convidamos uma jovem italiana, a Ludovica Ingletto, para falar sobre sua aventura por essa terra chamada Brasil, durante os meses de seu intercâmbio aqui.
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Enfim, cheguei ao final da minha experiência Passaram-se quatro meses do dia que cheguei aqui, na minha Cidade Morena, cheia de felicidade e expectativas, mas também de medo e temores por essa nova aventura que poderia mudar totalmente minha vida. Mesmo assim, me parece que tudo passou como se fossem só quatro segundos. O Brasil, Brasil, Brasil. Pais único, maravilhoso, cheio de cores e música. Música que fica no sangue, que corre nas veias dos cidadãos dele. País do Samba e da capoeira, da natureza incontaminada, das araras que voam livres no céu, dos animais que não têm medo dos homens, mas, ao contrário, moram em harmonia
Fotos Arquivo Pessoal
com eles. País do tereré, tomado no parque com os amigos, das festas que acabam ás 5 horas da manhã, pais da saudade, do amor em todos os aspectos. País dos brasileiros, em que cada um da sua maneira, tornaram-se únicos e ganharam uma vaga no meu coração. Pra mim, no começo, o Brasil era uma “caixa fechada”; não conhecia nada, até o idioma. Na verdade, eu mesma não sei quando comecei a falar português, a pensar em
português. Só aconteceu, sem saber quando e como. E agora sinto o português como um meu idioma, as vezes prefiro o português do que italiano. Porque é, finalmente, um idioma que sinto meu como nenhum outro, uma sensação difícil de explicar, mas que não me aconteceu com nenhum outro idioma, nem com o inglês (que agora esqueci completamente). Nesses meses mudei, mudei totalmente. Como aqui falam, “cheguei de um jeito e voltei de um outro”. Algumas mudanças foram boas, outras nem tanto, mas talvez, acabei por entender quem sou na verdade. Aqui eu fiz coisas que nunca fiz, falei coisas que nunca sonharia falar... e, às vezes, me pergunto o que me trouxe a viver esta experiência
só por seis meses e não por um ano. Não estou pronta para deixar tudo isto e voltar para minha antiga vida cotidiana. Queria fazer de tudo para ficar mais tempo. Mas depois paro e penso que enfim, também depois um ano não ficaria pronta. Ou talvez não ficaria pronta nunca. E então, com muita tristeza, é o momento de deixar este país. Obrigada Brasil, por tudo o que você fez por mim, pelo que você me fez viver. Você é parte de mim e sempre estará no meu coração. Até mais!
Quer compartilhar aquela viagem incrível? Envie seu relato e suas fotos para reportagem@moodlife.com.br
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Décor Por Thaís Pimenta
a casa como Fotos Gabriel Gabino
CORPO
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feng shui é mais que uma técnica, é uma filosofia. Nela, a casa é vista como corpo e, por isso, precisa de cuidados e de harmonização de energias. Fundamentada no simbolismo de objetos, cores e formas, a técnica encanta por sua magnitude. Sua origem é milenar, datada de mais de seis mil anos. A arquiteta Regina Lopes, especialista em feng shui, explica a origem da técnica. “A maneira como você enterra seus mortos para os chineses, há milênios, é um ritual importante. Diz respeito à prosperidade para seus descendentes; portanto, estar enterrado num local auspicioso é de extrema importância. O feng shui nasce daí, com a compreensão das manifestações da natureza para saber conviver bem com ela, tanto o nosso corpo físico quanto os nossos invólucros”, conta. Outro princípio importante são os cinco elementos. “O equilíbrio e a harmonização passam pelos elementos água, terra, fogo, metal, madeira, além das simbologias das formas e cores, e envolvem também os animais sagrados da cultura chinesa.” O instrutor em feng shui deve, então, harmonizar esses elementos da forma mais criativa possível, sempre pensando em fortalecer o “imperador”, o dono da casa. “Como a China era um império, chama-se de imperador o dono da casa. Com o seu fortalecimento, a imperatriz e todos os outros moradores do local se fortalecem.”
De acordo com o baguá feito pela própria Regina, esse espaço, o hall representa o elemento terra, por meio das cores e formas
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Décor Por Thaís Pimenta
O quadro demonstra o ciclo dos elementos, explicado logo abaixo
Vale a pena ressaltar que existem centenas de escolas que praticam a técnica. A primeira a chegar ao Brasil foi a Escola do Chapéu Preto, ou Escola Moderna, na época do pau-brasil. Outras tantas exercem o feng shui, como a Escola da Bússola e da Forma. Na maioria delas, o Baguá é usado como método para harmonização do ambiente. “Levamos em consideração os dois ciclos de energia, o destrutivo e o construtivo. O fogo cria terra, terra cria metal, metal cria água, água cria madeira e madeira cria fogo, esse é o ciclo construtivo. E o fogo derrete metal, metal corta madeira, madeira exaure a terra, terra drena água e água apaga fogo”, explica. Os princípios para se ter um ambiente harmonizado são explicados pela consultora e autora de vários livros de feng shui Helen Spalter: “Uma casa organizada, limpa, com boa circulação de ar, desentulhada, ou seja, organizada, é o básico para que a energia circule livremente pelo espaço”. Ela completa: “Um espaço pode estar decorado ou não, isto não interfere na energia que aplicamos a ele. A diferença é que cada elemento que utilizamos traz um significado. Por exemplo, colocarmos um bambu significa ativarmos saúde e longevidade, e não só beleza, como seria numa decoração. Não colocar o sofá de costas para porta é outro exemplo, porque pelo feng shui significa que estamos impedindo entrada de pessoas na casa”.
Pêndulos e móbiles fazem a energia do ambiente circular, criando uma movimentação induzida. A Regina explica que é necessário mantê-los sempre limpos, pois só assim cumprem sua função
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Pietro i Maria A cantina tipicamente italiana, busca preservar e perpetuar a memória da família ao servir famosos pratos da culinária Italiana, muitos deles com toques e segredos da matriarca, e atender os clientes de forma impecável. Um dos carros chefes da casa, o Spaghetti ai Frutti di Mare reforça esse esmero. Feito com espaguete importado, molho com mariscos, lula, camarão e cauda de lagosta, os produtos são diretamente dos produtores para manter todo o frescor e suculência. Rua Euclides da Cunha, 88. Tel: 3222-6700 goo.gl/3v515z.
Casa do Cupim Especializada em carnes, o restaurante de ambiente rústico oferece, além do cupim casqueirado, carro chefe da casa, diversas opções de carnes e aperitivos, tudo em generosas porções. O destaque deste mês é o Filé à Goiana, que serve até três pessoas. Filé mignon, brócolis, cenoura e palmito cobertos com catupiry e mussarela derretida, acompanhado de arroz branco e batata-frita, além do buffet de salada, molhos, torrada e farofa. Rua Odila Cabral Tavares esq. Av. Ricardo Brandão. Tel: 3222-2111 goo.gl/htnDKg.
Velfarre
Sweet Confeitaria Já tradicional em eventos com bolos decorados, tortas, bemcasados, cupcakes, chocolates e doces, a Sweet também conta com um charmoso café com cardápio cuidadosamente elaborado para pequenos lanches. A sugestão do mês é o Croque Monsieur, um sanduíche no pão de forma com queijo brie, peito de peru e molho bechamel gratinado, acompanhado de cappuccino com chocolate e para finalizar, torta de banana com caramelo e doce de leite. Imperdível! Rua Catumbi, 159. Tel: 3349-4441 goo.gl/aAnZD8.
Temakeria Um dos mais antigos restaurantes japoneses da cidade, conquista e surpreende os clientes com seus pratos. A qualidade dos produtos aliado a técnica do chef radicado do Japão, é o diferencial da casa, que faz fusão do tradicional com o contemporâneo. O Joe Temakeria é um dos mais apreciados pelos clientes. A dupla que está no menu a la carte é um enrolado de salmão, recheado de camarão e cream cheese, selado no maçarico com azeite aromatizado, finalizado com flor de sal, molho agridoce e cebolinha. Rua Marechal Rondon, 2322. Tel: 3042-2679 goo.gl/i3JECT.
A esquina mais democrática da cidade sempre inova com o uso de aplicativos. Além do já conhecido Radiola, onde você pede as músicas que quer ouvir, agora o bar oferece o Mobipass, que faz os pedidos e pagamento pelo app. O destaque deste mês é Carne de Cobra Velfarre. 350 gramas de filé mignon empanado, acompanhado de 200 gramas de batata frita, molho verde e chimichurri. Rua José Antônio, 1002. Tel: 3026-2653 goo.gl/BRXIHk.
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Thomaz Lanches Um dos lugares mais tradicionais para comer uma boa comida árabe ou salgados deliciosos, a lanchonete conta com receitas tradicionais de família: esfihas fechadas, abertas e doces, além de pastas árabes como hommus e babaganouche, o delicioso charutinho de folha de uva, sem falar na famosa coalhada síria. O atendimento único permite que o cliente tenha à vontade todos os produtos para se servir, sem nenhuma comanda, basta dizer no caixa, qual foi o consumo. Rua Sete de Setembro, 744. Tel: 3321-3676 goo.gl/RK0rBA.
fogo caipira Referência em comida pantaneira e eleito pelo Guia 4 Rodas como o melhor restaurante de comida regional de Campo Grande, além de servir almoço e jantar de terça à sábado, e almoço aos domingos, também é ponto de encontro para petiscos no final da tarde. O destaque deste mês é a Carne de Sol na Moranga, feito com cubos de carne de sol refogada e finalizada com cheiro verde, servida na abóbora moranga com requeijão cremoso, perfeita para comer a dois! Rua José Antônio, 145. Tel: 3324-1641 goo.gl/DlX49Z.
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, é uma entidade nacional, presente em 27 estados, criada há mais de 29 anos e dirigida por empresários de bares e restaurantes que concluíram que os grandes problemas de seus estabelecimentos e os demais do país podem ser resolvidos com qualidade, produtividade e associativismo. Representa hoje mais de um milhão de empresas, contribui com 6 milhões de empregos, tem uma participação de 26% da alimentação fora do lar.
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@abraselms
Conheça também Barrica R. Dom Aquino, 2331. Tel. 3204-3674 goo.gl/DLlr5s.
Gaúcho gastão R. Dr Zerbini, 38. Tel: 3028-4326 goo.gl/WwXh9a.
sabor em ilhas Av. Eduardo Elias Zahran, 1257. Tel. 3323-4500 goo.gl/h7bv3I.
BISCOITO FINO MIMOS GASTRONÔMICOS R Sergipe. Tel. 3305-1226 goo.gl/C2sW8N.
Lagoa da prata R. 25 de setembro, 73. Tel: 3029-4846 goo.gl/eQUCnK.
Safari hamburgueria R. José Antônio Pereira, 1870. Tel. 3044-0010 goo.gl/hUay6j.
Bom almoço R. Pedro Celestino, 1513. Tel. 3321-2123 goo.gl/G7WOSp.
les amis R. José Antônio Pereira, 644. Tel: 3026-6444 goo.gl/mPEClh.
SHAWARMA DA BRIMA Av. Bom Pastor, 1231. Tel. (67) 3045-4547 goo.gl/mTcHti.
bom pastor lanches Av. Bom Pastor, 255. Tel. 3341-0010 goo.gl/Ez1ILn.
Mercearia R. 15 de Novembro, 1064. Tel. 3204-3674 goo.gl/5PsFqH.
Sudarê - Gastronomia Oriental R. Princesa Izabel, 390. Tel: 3306-7713 goo.gl/heZQ4n.
BURGER & CO. Av. Bom Pastor, 328. Tel. 3042-9292 goo.gl/12vUcy.
navarro R. Dom Aquino, 2055. Tel. 3382-9839 goo.gl/ebYohf.
sushimania R. Barão do Rio Branco, 2192. Tel. 3213-4442 goo.gl/mmvnJ9.
cantina romana R. da Paz, 237. Tel: 3324-9777 goo.gl/TX3Ejn.
PIZZARIA ROMANA R, Bahia, 463. Tel. 3321-3306 goo.gl/HpwwX8.
TIBATATA Av. Afonso Pena, 5668. Tel. 3326-0707 goo.gl/P4Fwsk.
casa beltrão R. Cassilândia, 34. Tel. 3352-4565 goo.gl/ibFLtB
Quiosque da Brahma Av. Afonso Pena, 4909. Tel: 3326-7327 goo.gl/ZTwcMc.
tOMATE R. Dom Aquino, 1231. Tel. (67) 3201-2673 goo.gl/gAJomy.
DIVINO PRATO R. Brilhante, 2702. Tel. 3044-6190 goo.gl/xeNX6V.
recanto das ervas R. 13 de junho, 1592. Tel: 3027-2080 goo.gl/0Zw6Sa.
Twist Bar R. Antônio Maria Coelho, 3297. Tel: 3324-1144 goo.gl/U92yuD.
Doces Momentos R. Abrão Júlio Rahe, 795. Tel: 67 3311.3400 goo.gl/eoccJ9.
retirinho R. Antônio Maria Coelho, 3315. Tel. 3222-4007 goo.gl/YYgQzP.
UNIVERSO DO CREPE R. Conde de São Joaquim, 684. Tel. 3027-2277 goo.gl/XGm9cM
DOM PAULIGI R. Arthur Jorge, 933. Tel. 3325-7885 goo.gl/4Wygy8.
Rocha's - Caldos e Sopas Av. Senhor do Bonfim, 810. Tel: 3026-2675 goo.gl/l8Sd26.
VERMELHO GRILL Av. Afonso Pena, 6078. Tel. 3326-7813 goo.gl/6fVGA3.
FIGUEIRA CHURRASCARIA Av. Coronel Antonino, 3514. Tel: 3358-5013 goo.gl/hE25m4.
sabor de minas R. Padre João Cripa, 2304. Tel. 3029-0906 goo.gl/vJ8e14.
VILLA DA PIZZA Av. Afonso Pena, 4909. Tel. 3042-3344 goo.gl/JSebP8. www.MoodLife.com.br 61
Coluna do Chef Por André Nardo
O mês oficial do
REGIME D
_ andré nardo
É chef de cozinha formado pela escola Le Cordon Bleu de Londres, proprietário do restaurante Divino Prato e da cafeteria Letras Du Café e membro da ABRASELMS, Slow Food Conviviun Campo Grande e ACPP – Associaçao dos Cozinheiros Profissionais do Pantanal.
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ezembro se foi e, junto dele, as grandes festas de Natal, Ano-Novo, confraternizações, amigos-secretos, aniversários, reuniões familiares e, principalmente, aquela grande comilança que faz deste mês, sem dúvida, o melhor do ano. Aí chega janeiro, com aquele inevitável ar de ressaca, e nós sempre ficamos pensando em quais metas vamos focar para o ano que apenas está começando. Óbvio que, depois de tantas festas, o ano já começa com uns quilinhos a mais, e nossa primeira promessa de Ano Novo é comer e beber menos. Iniciamos uma dieta radical (que normalmente dura menos de uma semana) e logo voltamos a frequentar a academia com nossa segunda meta do ano: emagrecer para o verão, a praia e o Carnaval. Além disso, começam a chegar contas de todos os tipos: IPVA, IPTU, renovação da escola das crianças, lista de materiais, acampamentos de verão. Nessa hora, pensamos: “Por que foi que eu gastei boa parte do dinheiro de dezembro
com festas e presentes? Agora, em janeiro, não sairei de casa em um fim de semana sequer!”. Janeiro é o mês que descobrimos que saladas e legumes no vapor são deliciosos, que filé de frango grelhado é quase a 8ª maravilha do mundo. E, com o pouco de dinheiro que sobrou depois de pagar todas as contas, no final do mês, ainda dá pra sair pra comer uma pizza – que não tenha nem resquícios de frango ou legumes! – e ainda conseguir usar aquela calça que, há meses, estava muito justa. Façamos, então, uma nova promessa pra 2016: que seremos tão felizes e veremos nossa família e amigos como fizemos em dezembro e, ao mesmo tempo, teremos uma alimentação mais regrada e com mais exercícios, como em janeiro. Não seria o melhor dos mundos se conseguíssemos unir as características desses dois meses em todos os outros meses de nossas vidas? Desde já, essa é minha promessa para 2016.
Cervejas Por Odirley Deotti
“Céu, Sol, Sul, Terra e Cor”
Quem quiser saber quem sou Olha para o céu azul E grita junto comigo Viva o Rio Grande do Sul... E mais um viva, por favor, para os cervejeiros gaúchos! É lá no extremo sul do Brasil, dos Pampas ao litoral, que a colonização europeia, principalmente de germânicos, fez com que a produção artesanal de cerveja se tornasse uma tradição – tanto é que, atualmente, existem mais de 40 microcervejarias no estado. Toda essa concentração resultou em vários festivais e Oktoberfests nas cidades gaúchas, como Santa Cruz do Sul, Igrejinha, São Lourenço do Sul, Santa Rosa, Erechim e várias outras. Um excelente roteiro para quem gosta de viajar e, ainda, apreciar as excelentes cervejas sul-rio-grandenses. Mas, enquanto outubro não vem (e falta bastante tempo ainda), vamos aproveitar e conhecer alguns rótulos vindos de lá.
Tupiniquim Dubbel
A Tupiniquim tem sido, nos últimos anos, uma das marcas de maior destaque nacional, em decorrência das premiações ganhas. Só em 2015, foi eleita Melhor Cervejaria no Festival Brasileiro da Cerveja, Melhor Cervejaria na Copa Cervezas de América e, no ano retrasado, Melhor Cervejaria na South Beer Cup. A Dubbel, que foi campeã do estilo Belgian Dubbel no FBC 2015, é uma boa representante da qualidade Tupiniquim. Bem escura e com espuma espessa, logo no primeiro gole se apresentam o café, o caramelo, a baunilha e a ameixa. No aroma, esses elementos também são bem fortes. Para quem aprecia sabores diferentes, é uma experiência interessante. Uma dica sobre cervejas mais fortes é tomálas não tão geladas, em torno de 7°C, para sentir os ingredientes com maior intensidade. Temperaturas muito baixas “congelam” nossas papilas gustativas e atrapalham a degustação.
Coruja Otus Lager
Outra marca bem conhecida do Rio Grande do Sul é a Coruja, que, para cada estilo, dá o nome de uma espécie da ave: Otus, Strix, Alba, Noctua. A Otus Lager, nossa dica, é uma Premium American Lager de sabor adocicado, aroma floral levemente lupulado. Leve e refrescante, é ótima para o verão.
DaDo Bier Weiss
Bem conhecida na Região Sul, a DaDo Bier é dessas cervejas com ótimo custo-benefício. A primeira vez que vi a DaDo Weiss virei o nariz, assumo. Não conhecia a marca e tampouco sabia que produzia outros estilos além do Lager. Mas saltei o muro da ignorância, experimentei e, sinceramente, gostei de verdade. Leve, turva e cremosa, ela traz a tradição das weissbiers, com aromas de pão e alguma acidez final.
Edelbrau Belgian Blond Ale
Essa Belgian Blond Ale, feita com levedura belga, traz o dourado no corpo, com um toque de turbidez e espuma cremosa. O aroma é frutado, com especiarias e um pouco de malte. Já no paladar, é suave, com leve amargor.
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Vinhos Por Diogo Wendling
O verão
é branco
Se você é daquelas pessoas que só bebe vinhos tintos, está na hora de rever seus conceitos. Além de combinar com o nosso clima, os brancos têm qualidades excepcionais e harmonizam muito bem com a nossa gastronomia
_ diogo wendling
É enólogo especialista em Viticultura e Enologia com Ênfase em Marketing do Vinho pela Universidade de Napa Valey da Califórnia, especialista em Negócios do Vinho pela Fundação Getúlio Vargas e proprietário do Território do Vinho.
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É
muito comum ouvirmos a frase: "Não entendo muito de vinho; mas, para mim, vinho bom é só o tinto". Há pessoas que vão mais além e gostam de dizer que “vinho branco não é vinho”. Ambas as afirmações não poderiam estar mais equivocadas. Os brancos são tão bons ou melhores que os tintos. Podem acreditar! O pouco prestígio que os vinhos brancos ainda gozam no Brasil é um fenômeno incompreensível para a maioria dos produtores estrangeiros que visitam o país. Afinal, nosso clima é majoritariamente tropical, e os peixes, frutos do mar, frutas e saladas têm papel importante em nossa culinária. Ao contrário dos anos 70 e 80, a oferta de brancos importados já é bem grande, com qualidade, preço atraente e diversidade. Aliás, há quem diga que as duas décadas em que o brasileiro tomou brancos de baixa qualidade influenciaram bastante na atual rejeição. Só para ressaltar, nos anos 70, a mania foi o rosado português Matheus Rosé, frisante e semidoce. Nos anos 80, dominaram os alemães e pseudoalemães da garrafa azul, cuja intensidade do consumo foi inversamente proporcional à qualidade. Como consequência, associou-se qualquer vinho branco àqueles caldos açucarados intragáveis. O método de produção do vinho branco é similar ao do vinho tinto, exceto em relação à maceração, porque as cascas não fazem parte de seu processo de produção. Na produção desse vinho, as uvas são prensadas de forma bem suave, a fim de que o suco seja retirado sem esmagar as sementes nem as cascas. Depois de
prensadas, a parte sólida é retirada, e o suco é filtrado e colocado nos barris, para fermentação. Finalmente, é bom recordar que um dos maiores encantos do vinho é sua diversidade. Normalmente, quem gosta de vinho gosta de experimentar e está sempre em busca de novos sabores. Para quem só degusta tintos, continue a apreciálos, mas dê uma chance aos brancos, pois abdicar deste estilo é abrir mão de uma grande parte da produção mundial desta bebida, de muitas descobertas e bons momentos.
Comer e beber
Sugestões do Território do Vinho para harmonização Vina Sol – Espanha Vinho despretensioso, perfeito com entradas como o Polvo Grelhado. Secreto – Viu Manent – Chileno Feito com a uva viognier, vai muito bem com Risoto de Frutos do Mar. Chablis – França Versátil, combina com todos os pratos de frutos do mar. Experimente com Fetuchinne de Camarão e Limão-Siciliano, ou Ravióli de Maçã Verde. Aligoté – Borgonha/França Ótimo custo-benefício, combina muito bem com Fetuchine com Lagostim e Abobrinha. Pera Manca – Português Considerado um dos melhores vinhos do mundo. Perfeito com Baccalà Confit.
Quer mais motivos para descobrir as delícias do vinho branco? Então, vamos lá: 1. Clima - Na maior parte do Brasil, na maior parte do ano, a temperatura pede vinhos mais refrescantes, mais leves ao palato e à digestão e servidos a temperaturas mais baixas. 2. Saúde - Que nossa bebida favorita faz bem, sobretudo os tintos, sabemos. Mas isto não deveria ser um argumento para o abandono dos brancos. Não nos esqueçamos de que o "paradoxo francês" (baixo índice de problemas causados pelo colesterol, em um país de alto consumo de gorduras saturadas) vem da nação que produz os maiores brancos do mundo. 3. Gastronomia - Na hora de harmonizar vinhos e pratos, os brancos são bem mais versáteis e combinam com uma gama muito maior de pratos. O tanino dos tintos pode ser um fator complicador, pois pode "brigar" ou se sobrepor a uma série de ingredientes e receitas, o que não acontece com os brancos. Além de saladas, frutos do mar e doces, os brancos são ideais com: aspargos, cozinha chinesa, cozinha japonesa, cozinha tailandesa, curries, escargôs, foie gras (escalope e terrine). Conforme a receita, também podem ser a melhor escolha para risoto, pato, vitela e presunto cru, por exemplo. 4. "Queijos e vinhos" e fondue - Na hora do seu "queijos e vinhos", os brancos também são mais versáteis, pois combinam com uma gama muito maior de queijos. Para as receitas de fondue de queijo, em geral, os vinhos brancos estruturados e com boa acidez, como o Riesling, são os mais indicados. 5. Estilos - Existe uma ampla gama de vinhos brancos para vários paladares e várias ocasiões. Podem ser doces, meio-doces ou secos; florais, frutados, barricados (fermentados em madeira e, portanto, com aromas de baunilha, tostados etc.); leves ou encorpados.
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Vinhos Por Diogo Wendling
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Principais uvas
dicas para quem quer se iniciar no mundo dos brancos 1 Chardonnay - Se a Cabernet Sauvignon é a rainha das uvas tintas, a Chardonnay é a correspondente das uvas brancas. Dela sai um vinho branco dourado, com aromas de frutas cítricas, limão, maçã ácida e pera. É usada em clássicos de alta qualidade e reputação na Borgonha, como Chablis, Montrachet e PouillyFuissé, além de ser um importante ingrediente do champagne. 2 Chenin Blanc - Variedade do Loire central, na França, de aroma floral, dá vinhos secos ou doces – neste caso, quando são atacadas pela podridão nobre, que lhes confere maior teor de açúcar. 3 Clairette (clairette blanc) Uva branca cultivada no sul da França. É uma das variedades autorizadas no vinho tinto Châteauneuf-du-Pape e brancos Côtes-du-Rhone. Na Austrália, é conhecida como blanquette. 4 Gewürztraminer - Em alemão, significa "especiarias". Produz vinhos brancos ricos, de cor amareloouro e aroma intenso (rosas, canela e gengibre). Encontrou seu melhor solo na região francesa da Alsácia, mas também é vista na Alemanha e em outras regiões de clima frio. 5 Malvasia - Das mais antigas uvas brancas que se tem conhecimento (cerca de 2.000 anos). Apesar de produzir vinhos secos no sul da Itália,
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notabilizou-se pelo vinho fortificado que é produzido em Portugal (Madeira). 6 Muscat (Moscato e Moscatel) - Própria de vinhos doces perfumados. É a única uva vinífera que preserva os aromas de uva no vinho e, talvez, uma das espécies mais antigas ainda cultivadas. Usada para vinhos secos na Alsácia e para espumantes do tipo Asti Espumante e Moscato Bianco. Também pode apresentar aroma de temperos e flor de laranjeira, dependendo da idade e da localização do vinhedo. 7 Pinot Blanc - Esta uva dá vinhos leves, secos, frutados, para beber jovem, principalmente produzidos na Itália. 8 Pinot Gris - Da família Pinot Noir, resulta em vinhos brancos leves, jovens e secos, na Itália, e mais ricos e perfumados, na Alsácia. 9 Proseco - Encontrada na região de Vêneto, na Itália, é responsável pela produção de espumantes frescos, frutados, com pouca acidez e paladar. Não se trata, portanto, de uma região, como muita gente pensa, mas de uma uva usada por este espumante, que se difundiu por todo o mundo. 10 Roussane - Traz elegância aos brancos do Rhone, também cultivada no Languedoc-Roussillon. 11 Riesling - Junto à Chardonnay, é considerada a melhor uva branca do mundo. Produz vinhos com
acidez elevada e teor alcoólico baixo (8º). Os melhores Riesling são encontrados na Alemanha. 12 Sauvignon Blanc - É a segunda casta branca mais cultivada no mundo e tem características bem diferentes da Chardonnay. Tem acidez aguda, é fresca, com aspectos minerais e bastante frutados no Novo Mundo. Na França, alcança melhores resultados em rótulos da região do Loire. É misturada com Sémillon em Bordeaux. Na Nova Zelândia, encontrou o solo ideal para produção de vinhos que colocaram o país no mapa do mundo do vinho. 13 Sémillon - Tanto vinhos brancos secos de Bourdeaux como vinhos doces da região de Sauternes, na França, usam esta variedade (como o Château d'Yquem, 4/5 de sémillon e 1/5 de sauvignon blanc). Varia sua característica de acordo com a região de cultivo: aromas cítricos e adocicados em Bordeaux, já aroma amanteigado e com grande potencial de envelhecimento na Austrália. 14 Torrontés - Muito aromática, produz vinhos típicos argentinos. 15 Viognier - Uva que produz vinhos brancos secos e com toques florais, bastante perfumados. Produz vinhos muito ricos e refrescantes, para serem bebidos jovens.
Bolo de reis Ingredientes da massa: • 150 g de manteiga em temperatura ambiente; • 1 xícara (chá) de açúcar-mascavo; • 4 ovos; • 2 xícaras (chá) de suco de laranja; • 1 colher (sopa) de raspas de laranja; • 4 xícaras (chá) de farinha de trigo; • 50 g de cerejas em calda escorridas; • 50 g de damasco; • 50 g de uvas-passas; • 50 g de frutas cristalizadas; • 1 colher e ½ (sopa) de fermento em pó. Modo de fazer a massa: • Na batedeira, coloque a manteiga e o açúcar-mascavo e bata bem; • Com a batedeira ligada, acrescente os ovos aos poucos, junte a raspa de laranja e metade do suco de laranja, mais metade da farinha de trigo, e bata até ficar uniforme; • Coloque o restante do suco e da farinha de trigo. Bata novamente;
• Por último, com uma colher, acrescente delicadamente o fermento em pó; • Antes de adicionar as frutas, coloque-as em um recipiente e misture bem, com 2 colheres (sopa) de farinha de trigo. Isso fará com que elas não fiquem no fundo da massa. Para untar a forma: • Manteiga em temperatura ambiente; • Canela em pó, para pulverizar. Ingredientes da calda: • 2 xícaras (chá) de açúcar de confeiteiro; • 3 colheres (sopa) de água. Modo de fazer a calda: • Misture bem, para ficar uma calda grossa. Para decorar: • Frutas cristalizadas ou a seu gosto.
Mara regiane kafury
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Materiais: • E.V.A. nas cores: bege, marrom, branco com glitter, rosa com glitter e rosa liso; • 1 vazador de flor de E.V.A.; • 2 m de renda frufru; • 1 m de renda na cor prata; • Palito de churrasco; • 1 base acrílica; • Laços de fita; • Bola de isopor: 2 unidades nº 40, 2 unidades nº 35 e 1 unidade nº 75; • 1 cone de isopor; • 1 caneta permanente preta; • 1 caneta Decorfix, nas cores: branca e preta; • 1 pincel Condor: ref. 422 KONEX BRASIL 000; • 1 estilete; • Tecido de sua preferência; • Cola permanente Tekbond nº 2 ou nº 3; • 1 pistola e bastão de cola quente; • Tesoura; • Enfeite para base; • Blush de maquiagem; • 1 linha nº 10; • 1 agulha; • 1 laço de cetim chanton coração. Passo a passo você encontra em nosso site www.cenariofeminino.com.br
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COM BATATA-BAROA Ingredientes: • 8 costelinhas de cordeiro; • Sal; • Pimenta; • Azeite. Modo de preparo: • Tempere as costelinhas com sal e pimenta. Enquanto absorvem o tempero, aqueça bem uma chapa, pincele com azeite e deposite as costelinhas, do lado mais carnudo. Quando estiverem seladas, vire-as algumas vezes, para assarem por igual. Ingredientes do purê: • 300 g de batata-baroa (mandioquinha); • 1 colher (sopa) de manteiga (20 g); • 1 colher (sopa) de creme de leite fresco (20 g); • Sal a gosto.
Modo de preparo: • Cozinhe as batatas e bataas no liquidificador, até que fique tudo homogêneo; • Coloque em uma panela, junte a manteiga, mexendo bem. Desligue e junte o creme de leite e o sal. Ingredientes para molho pesto: • Manjericão; • Nozes; • Castanha-do-pará; • Queijo parmesão; • Azeite. Modo de preparo: • Bata todos os ingredientes no liquidificador e reserve. Montagem: • Decore as beiradas do prato com azeite balsâmico reduzido. Faça uma cama de purê, coloque as costelinhas e, do lado, o molho pesto.
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de pelúcia Materiais: • 50 cm de pelúcia ou piquê; • 1 kg de fibra siliconada; • Linha branca de costura; • Linha de pesponto branca; • Agulhão; • Focinho; • 1 par de olhos de botão; • 4 botões brancos grandes.
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Entrevista
Foto Olga Vlahou
Por Walter Gonรงalves
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"A solução para a crise está com a sociedade" Economista Luiz Gonzaga Belluzzo teme recessão prolongada e a reação da nova classe média
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m dos mais importantes e influentes economistas do país, Luiz Gonzaga Belluzzo, 73 anos, professor titular aposentado da Unicamp e diretor da Faculdade de Campinas (SP), disse temer uma recessão profunda e prolongada, em decorrência do componente político, com a admissão, pela presidência da Câmara Federal, do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Sua preocupação fundamenta-se na análise das perspectivas para a economia brasileira em 2016, à luz da crise econômica e de tudo o que ocorreu nessa área e no campo político, no ano passado. Em entrevista à Mood Life, direto de São Paulo, o economista ressalta que o país está parado e que, se não forem tomadas medidas urgentes, o cenário se tornará um caos.
Belluzzo entende que a saída para a crise na economia está na mobilização da sociedade. Empresários e sindicatos de trabalhadores, na visão dele, são quem devem ditar os rumos, que seriam aprovados pela classe política. “É preciso que haja uma repartição de sacrifícios.” A mudança da meta fiscal aprovada no início do mês passado, pelo Congresso, não altera muita coisa, pensa o economista, que está mais preocupado com qual será a reação daquele segmento, a classe C, que ascendeu socialmente, obteve conquistas e, agora, com a crise, vê o risco de um retrocesso. “A reação não deverá ser boa. Uma coisa são as reações das redes sociais, e outra, as dessa população, que é a que mais sofre com a recessão.”
Baseado em tudo o que ocorreu na economia brasileira em 2015, e na política, com o fato de o pedido de impeachment da presidente Dilma ter sido acatado pela presidência da Câmara Federal, qual cenário o sr. enxerga para 2016, para a área econômica brasileira? O quadro institucional piorou muito. Essa decisão inapropriada do presidente da Câmara (que aceitou o pedido de impeachment), vai tornar a crise terrível. Só vai prolongar e aprofundar a recessão e, com isso, a recuperação da economia será lenta e modesta. O Produto Interno Bruto (PIB) vai continuar baixo em 2016. Se não tomarem providências urgentes, os danos à economia serão ainda maiores. Eu imagino que uma reação da economia vá exigir alguma mobilização de empresários e dos trabalhadores. Sem o apoio social firme, equilibrado, racional, você não consegue mudar esse quadro. De que forma seria esse apoio de empresários e trabalhadores? Numa situação como essa, eu sempre me escoro no que a Alemanha derrotada fez depois da guerra, com a sua economia estraçalhada. Eles resolveram, depois de muito debate, criar a economia social de mercado. O que é isso? É uma articulação entre empresas e sindicatos de trabalhadores, para que as questões sejam negociadas, e a política econômica apenas se incumba de sancionar ou desestimular certos comportamentos. Isso funcionou muito bem e fez com que a Alemanha começasse a crescer logo. Acho que, no atual estágio da economia brasileira, se não houver uma articulação ou participação dos empresários, trabalhadores e do Estado – o Estado é imprescindível,
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Seção Entrevista Por Autor Walter Gonçalves
de novos impostos. Eu, por exemplo, sou favorável à CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira], porque, de todos os impostos que são mencionados aí, é o menos danoso. Quando você conversa com empresários e assalariados e pergunta se eles sentem o pagamento desse imposto, eles dizem que absolutamente não. Há um caráter cumulativo do imposto, mas ele é tão inexpressivo,
desde que seja colocado sob controle democrático –, você não consegue, de fato, encaminhar a economia para um desfecho mais favorável. O que estamos sentindo é que todos os que se beneficiaram da ascensão social, nos últimos anos, estão começando a sofrer um retrocesso. Isso é muito ruim, porque induz a um conflito social, e não vejo nenhuma vantagem nisso.
questões da infraestrutura, de óleo e gás, que precisam ser tratadas. Mas, a Petrobras está em crise. Está tudo parado. A solução da crise, no entender do sr., está mais nas mãos dos políticos do que por meio de medidas econômicas? Não acredito em medidas iluminadas de tecnocratas. Acho que não se pode separar a dimensão
"A sociedade tem de se mobilizar,
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para fazer com que, na esfera do Legislativo e do Executivo, os que detêm capacidade de decisão tomem as medidas corretas para enfrentar a crise". A crise política deverá prosseguir neste ano novo. Quais seriam os danos adicionais à conjuntura econômica, além dos que já ocorreram? A crise política é um dos componentes importantes na crise econômica. Aliás, elas se retroalimentam. Algumas medidas emergenciais teriam que ser tomadas, como a discussão das questões relacionadas com a aposentadoria, que está expressa no deficit da Previdência. É preciso que se rediscuta isso, com a participação de todos os atores sociais nesse debate. A segunda questão é a da obtenção do reequilíbrio fiscal, que irá exigir, sem dúvida, que o governo e a sociedade aceitem a criação
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que as vantagens de se obter uma situação fiscal melhor sobrepõemse, e muito, às desvantagens de a CPMF ser, ligeiramente, cumulativa. Ela é mais fácil de arrecadar e, além disso, permite uma fiscalização eficiente do pagamento. O governo conseguiu que o Congresso aprovasse a mudança na meta fiscal para o orçamento da União de 2015 e, com isso, o Executivo não corre o risco de descumprir a legislação fiscal. O que muda? Não muda muita coisa. Essa mudança é só uma vírgula no emaranhado de problemas que afligem a economia. O país está parado. Tem as
política da vida social. Não existe o econômico isolado das demais dimensões da sua sociabilidade. Então, é preciso levar em conta esse aspecto político. Nós mesmos estamos sentindo isso de maneira muito clara, que a crise política torna muito difícil o encaminhamento da situação econômica. Então, a saída está na mobilização da sociedade? Sim. Porque os políticos só reagem a esse tipo de demanda se ela [sociedade] for muito organizada e representativa. Eles [a classe política], na verdade, vão seguir os rumos apresentados pela sociedade. Não dá para você entregar essa solução para ninguém. Os juízes e promotores
da [Operação] Lava Jato, por exemplo, se investirem na condição de salvadores da pátria, não dará certo. Porque, se a sociedade não se mobiliza na direção correta, não vai adiantar nada, vai ser um furo n’água. A sociedade tem de se mobilizar, para fazer com que, na esfera do Legislativo e do Executivo, os que detêm capacidade de decisão tomem as medidas corretas para enfrentar a crise. Se houver um certo consenso e repartição de sacrifícios, é claro que o encaminhamento da crise fica mais fácil. Na sua avaliação, as medidas do ajuste fiscal adotadas pelo ministro Joaquim Levy estão no caminho certo, ou deveria haver mudanças? É importante discutir isso. O problema não está tanto na definição do ajuste fiscal, senão no desajuste provocado pela divergência entre a política monetária e a política fiscal. A subida da taxa de juros provocou uma reação negativa daqueles que detêm o poder de decisão, de pagar salários, de adquirir meios de produção etc. Esse susto foi dado nos empresários, agravado por uma ideia de que a situação fiscal era desastrosa, coisa que não era. Ela era delicada; porém, não era desastrosa. Usar a palavra desastrosa foi muito grave. Quem usou tem responsabilidade pelo desencadeamento da crise. Essa subida da taxa de juros, que também tinha o propósito de colocar-se a qualquer preço, o que não é recomendável por ninguém, e a inflação da meta; a inflação foi de 6,14%, nada muito diferente do que estava ocorrendo em anos anteriores. Agora, ao tentar colocála na meta, na martelada, junto ao ajuste fiscal, o que ocorreu: o
ajuste fiscal não consegue se realizar, porque o PIB e a receita caem, e a dívida pública explode. É isso. Por conta disso, o governo sofre pressão para demitir o ministro da Fazenda. Tem de mudar mesmo, professor? Não adianta nada. Se não houver um certo consenso em torno de se repartirem as dificuldades, os sacrifícios... você vai trocar o Levy pelo Henrique Meirelles, e aí? Vai continuar a mesma coisa. Você não consegue resolver os problemas. Tem certos momentos que você tem de ceder um pouco, senão você não consegue resolver, de fato, a situação econômica do país. Quanto à inflação, que cenário o sr. vê para essa questão, neste novo ano? A inflação, até o fim de 2016, eu imagino que deva ficar em torno de 6,5% a 7%. Ela chegou a mais de 10% no ano passado. Vou tentar explicar o que aconteceu: na mesma medida em que o Banco Central subiu a taxa de juros, o governo deu um choque de tarifas, gasolina e energia elétrica. Você fazer uma correção de tarifas, com essa violência, com uma economia que tem inclinação à indexação, esse choque de tarifas acaba refletindo nos transportes e no custo de produção. A inflação não vai baixar tão cedo, então, a tentativa de fazer isso foi equivocada. A saída, a meu ver, é redefinirem-se os termos da política econômica, mudar os termos do ajuste, senão, não vai. Seria alguém lá no governo, com disposição para dialogar e proceder a essa mudança.
Anteriormente, o sr. se referiu à nova classe média, que começa a sofrer um retrocesso nas suas conquistas, por causa da crise econômica. Que tipo de reação o sr. acredita que a classe C poderá ter? Isso é uma coisa terrível. Depois de uma ascensão que os conduziu a participar do mercado de consumo, eles sofrem risco de um retrocesso. Não sei dizer como, mas acho que a reação não vai ser boa. Quando eles perceberem que houve esse retrocesso, certamente irão apreciar essa questão de uma maneira não muito favorável. Tenho notado, aqui em São Paulo, claramente o recrudescimento da violência urbana. Muitos assaltos. Sei de casos de pessoas que perderam o emprego e assaltaram a casa do vizinho, isso contado por gente que mora na periferia. É muito complicado. E quanto à economia mundial? Em 2016, ela deve aliviar para o Brasil, ou deverá seguir sendo um elemento de pressão sobre a economia nacional? Seria bom que aliviasse. Mas todos os relatórios que tenho visto, o da ONU, o do FMI, todos eles são muito moderados na avaliação sobre o desempenho da economia mundial. A Europa vai crescer pouquíssimo, muito abaixo do potencial; os Estados Unidos têm crescido também abaixo de suas capacidades, e a China está desacelerando. Mas, a média mundial vai cair. O comércio internacional também está com um desempenho ruim. Para nós, seria interessante que o comércio voltasse a crescer, porque, assim, poderíamos nos valer da desvalorização cambial, para poder exportar mais um pouco e ajudar, com as exportações, na formação da renda interna.
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Por Walter Gonçalves
Contra a crise,
educação financeira familiar é a saída Para o economista Thales Campos, famílias devem buscar o equilíbrio financeiro
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maioria dos economistas e observadores do cenário econômico do País prevê que 2016 será um ano difícil para o setor. Eles se baseiam nos indicadores negativos do ano passado: Produto Interno Bruto (PIB) negativo, inflação, diminuição do consumo e da produção. Esse quadro, de acordo com os analistas, deverá impactar este novo ano. O economista e integrante do Conselho Regional de Economia (Corecon-MS), Thales Souza Campos, está entre os especialistas que assinalam para tempos de aperto neste ano que se inicia, caso não forem tomadas medidas importantes para reverter o quadro. Ao mesmo tempo, Thales observa que a crise financeira exigirá de todos os setores e segmentos da sociedade uma reorganização e muita criatividade para superar as adversidades econômicas que se desenham para 2016. Esse alerta vale especialmente para as famílias, que, de acordo com Campos, terão de se planejar. “Elas têm de ter inteligência, para manter pelo menos o mínimo de suas condições de consumo.” Conforme o conselheiro do Corecon/MS, as famílias diminuíram de tamanho – os casais têm menos filhos –, e, por conta disso e da própria crise financeira, estas já estão comprando só o necessário para a subsistência. “Os carrinhos nos supermercados estão sendo substituídos pelas cestinhas”, exemplifica. Essa mudança de hábito do consumidor faz com que o empresariado também use a inteligência e mude a
"O importante é a família ter um orçamento organizado, no mínimo, de um mês. O ideal seria um ano. Como se dá isso? É pegar toda a receita e a despesa e, então, organizar. De preferência, que se tenha uma reserva para utilizar em ocasiões de emergência".
“Se, lá na frente, a família precisar adquirir algo necessário e estiver com os recursos comprometidos, tendo que recorrer ao sistema financeiro, aí então ela estará perdida, pois os juros são muito altos. É preciso parcimônia também frente às ofertas”, ensina. A família, na visão de Thales, é um tema muito importante na economia, pois dela depende todo o processo do ciclo econômico. “A indústria só vai produzir se a família consumir, os serviços serão ofertados se a família usá-los, e assim por diante...” Dessa forma, o melhor caminho para a sociedade, conforme Thales, é a educação financeira familiar. Para ele, se uma criança aprender desde cedo a ser organizada, econômica e financeiramente, ela enfrentará em melhores condições os períodos de economia em baixa no futuro. “O importante é a família ter um orçamento organizado, no mínimo, de um mês. O ideal seria um ano. Como se dá isso? É pegar toda a receita e a despesa e, então, organizar. De preferência, que se tenha uma reserva para utilizar em ocasiões de emergência.” Para Campos, independentemente de o consumidor comprar à vista ou a prazo, é imperativo ter equilíbrio financeiro, para também não ficar inadimplente. “Só tem crédito quem possui o nome limpo”, ressalta. Assim, as famílias que, neste novo ano, conduzirem as suas áreas econômica e financeira de forma equilibrada, no entendimento de Thales, sofrerão bem menos os efeitos da crise, que deverá persistir ao longo de 2016.
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sua logística. Ou seja, passe a oferecer opções, como embalagens com pequenas porções de produtos, sob medida às novas necessidades. Contudo, isso tem um custo adicional, observa o economista. Sendo assim, as famílias também precisam adotar novas logísticas para não aumentarem os seus gastos, aponta o conselheiro. “Se elas moram perto do mercado, poderão comprar ali mais vezes durante a semana. Mas, se residem longe, terão de ir de carro ou ônibus; isso acarreta mais gastos. Então, é preciso se reorganizar”, aconselha Thales. Outra dica do economista: a ida ao supermercado também deve ser planejada. As pessoas devem levar uma lista com aquilo que realmente precisam adquirir. Para Thales Campos, na nova família, o casal trabalha fora e tem de deixar os filhos em algum lugar o dia todo. Esse dado gera um custo, e o casal terá de fazer um orçamento para saber o que fica mais em conta. De acordo com Campos, hoje é necessário a família fazer uma verdadeira contabilidade para poder administrar o seu dia a dia, tanto no aspecto econômico (que é o patrimônio que ela possui, por mais pequeno que seja) quanto no financeiro (o quanto ela ganha por mês). Feita esta organização, conforme o economista, a família deve aproveitar as ofertas que as empresas oferecem, para comprar bens de que precisa. Segundo Thales, a família deve aproveitar as ofertas, sim; porém, com cuidado, para não desequilibrar as finanças.
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Negócios Por Walter Gonçalves
MS longe da crise em 2016
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em tudo é cenário de terra arrasada diante da crise econômica brasileira. Pelo menos em Mato Grosso do Sul, cujas perspectivas para este setor, em 2016, são bastante animadoras, conforme relato do secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, 50, durante palestra que realizou no evento Business Round Up – Perspectivas 2016, ocorrido em novembro
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passado, em Campo Grande. Nem mesmo a previsão de crescimento abaixo do potencial na economia mundial, segundo avaliação de importantes fontes internacionais, tira o otimismo do governo de MS quanto às exportações do Estado, neste novo ano. Verruck explica que o Estado não tem capacidade de investimentos. Quem faz o investimento é o setor privado. Sendo assim, segundo
ele, cabe ao governo buscar crédito e pessoas interessadas em investir, para reverter essa situação desfavorável da economia. “E é isso que estamos fazendo. Dentro dessa perspectiva, nós já temos consolidados investimentos de R$ 25 bilhões para 2016, numa série de empreendimentos”, revela o secretário. Para Jaime Verruck, neste novo ano, Mato Grosso do Sul ainda conta com investimento positivo, e o
primeira no Estado, também da Seara; aumento de 10 toneladas para 20 t de industrializados na unidade da região de Dourados; e ampliação da unidade de Caarapó. Esses empreendimentos vão gerar 5 mil empregos diretos. Além disso, conta Verruck, 202 novas granjas serão instaladas nessa região de abate de aves, com investimentos dos próprios produtores rurais. O secretário anunciou também que 10 empresas de MS se habilitaram ao leilão de energia de biomassa, o qual o governo federal vai realizar este mês. “Isso demanda uma necessidade de cerca de 210 mil hectares de eucaliptos para gerar energia de biomassa. Para tanto, nós simplificamos o processo de licenciamento”, adiantou Jaime. No campo das exportações, apesar de o quadro internacional estar um pouco desfavorável, o secretário disse que há boas perspectivas em relação à China.
Os chineses desaceleraram a sua economia; porém, conforme o secretário, isso ocorre nas áreas de infraestrutura e minérios. “Mas a China avança no consumo, preocupada com a qualidade de vida dos chineses. Isso abre um cenário favorável para exportarmos carne e, ainda, celulose”. Dos Estados Unidos, de acordo com Jaime, empresas como a Cargil, em Três Lagoas, e a IBM, em Campo Grande, estão investindo. O governo de MS também está de olho no mercado da América Latina e quer vender os produtos do Estado, principalmente a carne, para o Peru, a Colômbia e o Paraguai, economias que estão crescendo. Outra possibilidade é a de fazer negócios com a Argentina, apostando nas boas relações com o novo governo eleito.
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Produto Interno Bruto (PIB) estadual deverá ser melhor que o de outros estados. Entretanto, 2016 será difícil, de acordo com o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, nas áreas de finanças públicas e de arrecadação, uma vez que esses investimentos só darão retorno, em temos de tributos, no médio e longo prazo. As áreas que receberão os investimentos são a de celulose (que vai ficar com R$ 15 bilhões dos R$ 25 bilhões, dinheiro que já está sendo investido na implantação de duas novas linhas de produção pela Fibria e Eldorado) e a de carnes, com agregação de valores a matérias-primas locais. E, conforme o portfólio de investimentos do Estado, no início do mês passado, o JBS FoodsSeara anunciou investimentos de R$ 1 bilhão, para a ampliação da unidade de aves de Sidrolândia; criação de uma unidade para abate de perus, em Itaporã, a
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Carreira
Se vale a pena, então
pague o preço! U
_ luciano coppini
É psicólogo, consultor de empresas; especialista em coaching de carreira e gestão de pessoas, atuando há muitos anos no desenvolvimentos de profissionais que buscam o sucesso. luciano@portalcoppini.com.br
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ma das coisas mais interessantes da nossa cultura é acreditar que precisamos pedir desconto em tudo o que desejamos comprar. A barganha passa a se tornar parte da nossa rotina nos negócios, nos relacionamentos, nas pequenas decisões do dia a dia e, especialmente quando negociamos com nós mesmos. Não é raro nos encontrarmos no início de um novo ano fazendo planos, promessas, dietas, sacrifícios e tudo mais, tudo em nome do que desejamos nos tornar e conquistar. E não existe ocasião mais propensa para isso do que o início de um novo ano, não é verdade? Mas, à medida que os dias vão passando, as dificuldades, o cansaço, a rotina, a vontade de fazer algo diferente ou um simples convite são capazes de nos tirar de nosso foco inicial, fazendo com que se quebre a rotina planejada no início do ano. Aí é que entra em cena o nosso espírito de barganha. A diferença é que a barganha acontece em nossa mente, onde dizemos coisas que queremos ouvir, apenas para poder burlar um projeto que, a princípio, fazia parte dos sonhos para o novo ano. Nesse momento, então, é comum pensarmos algo do tipo: “Amanhã, eu volto para o regime” ou “Só dessa vez, não vai fazer a diferença”, ou qualquer outra coisa que funcione
como um passe livre para se fazer aquilo que já sabemos ser errado. Para se conquistar um sonho, é necessário saber que não existe saída a não ser pagar o preço para que ele se realize. E é importante que se saiba também que, quanto maior o sonho, maior o preço, pois as coisas boas e que valem a pena de verdade quase sempre são difíceis de conquistar. Tudo tem um preço. Seja ter o corpo desejado, aprender um novo idioma, cursar uma pósgraduação no exterior, comprar um imóvel, começar um novo negócio, abandonar um vício ou construir uma família. A partir do momento que se toma a decisão de ir atrás de um sonho, é necessário ter a consciência de que desistir antes de se alcançar a linha de chegada é o mesmo que nem ter saído do lugar. Se a decisão foi tomada, temos que nos esforçar para chegar até o final. A única coisa que pode sabotar um projeto de ano novo é se surgir a dúvida no meio do caminho. E, para evitar que isso aconteça, é muito simples. Basta analisar o que esse projeto representa na sua vida, antes de iniciá-lo. Se, após uma profunda análise, chegar-se à conclusão de que vale a pena, então, aqui vai o meu conselho: pague o preço! Chega de barganhar com seus sonhos. Vá em frente e seja feliz.
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Por Walter Gon莽alves
Cozinha de ponta 82 MoodLife
DOURADOS
Unigran Dourados cria 1º curso de Gastronomia do Estado Depois de criar o curso de Design de Interiores, a Unigran de Dourados, uma das duas universidades privadas da cidade, inicia em março deste ano o curso superior de Gastronomia, o primeiro dessa área no
Estado. Serão três turmas de 80 vagas cada uma. Para tanto, há três vestibulares: os dois primeiros processos de seleção foram realizados em novembro e dezembro do ano passado. O terceiro, ocorrerá no dia 30 de janeiro. O curso tem duração de dois anos, e formará tecnólogos em gastronomia. O acadêmico, ao concluir o curso, poderá atuar como chef de cozinha, como empreendedor, abrindo o seu próprio negócio, ou administrar restaurantes, hotéis e outros estabelecimentos da área de alimentação. De acordo com a reitora da universidade, Rosa Maria D’Amato De Déa, a grande procura de interessados, que há algum tempo cobravam a criação do curso, e o surgimento de, pelo menos 40 novos restaurantes em Dourados no último ano, motivaram a iniciativa. “Esses restaurantes necessitam de profissionais qualificados, e deverão contratar. Por isso, criamos esse curso para formação imediata”, comenta. A coordenadora da nova graduação da Unigran, a nutricionista e gastrônoma, Camilla Paranzini Alves Ferreira explica que, durante os dois anos do curso de Gastronomia, os acadêmicos terão conhecimento teórico concomitantemente com aulas práticas. Na parte teórica, ensino sobre história da gastronomia, enologia (conhecimento sobre vinhos), cozinhas nacional e internacional, planejamento de cardápios e noções sobre como coordenar estabelecimentos voltados para o ramo de alimentação (empreendedorismo). Já o ensino prático do curso se dará em três cozinhas: duas quentes e uma fria. Nas cozinhas quentes, aprendizagem sobre gastronomia
nacional e internacional - italiana, francesa e mediterrânea. A cozinha fria, por sua vez, é voltada para confeitaria, panificação, de entradas (finger food) e asiática. “Toda essa prática virá acompanhada de ensinamentos sobre a história e origem dos alimentos e de cada culinária”, ressalta Camilla, acrescentando que todos os professores do curso são formados em Gastronomia ou Hotelaria e têm especialização. Além das cozinhas laboratório, o curso contará ainda com um salão, onde serão realizados os eventos finais pelos estudantes, uma espécie de monografia de conclusão de curso, quando apresentarão os trabalhos sobre tudo o que aprenderam. Para a coordenadora, não há um perfil ou faixa etária definidos entre os que se inscrevem para o vestibular que dá acesso ao curso de Gastronomia. Segundo ela, são candidatos de várias idades e interesses. Vão desde aqueles que querem apenas aprender a cozinhar e ter noções sobre culinária, para praticar em casa mesmo, até os que pretendem trabalhar, e por aqueles que já atuam no segmento de alimentação. “Os que já são da área, querem cursar para obter mais qualificação”, explica Camilla Paranzini. “Tudo isso é reflexo do fato de a gastronomia estar na moda e em alta”, acrescenta. De acordo com Camilla, quem se tornar tecnólogo em Gastronomia não terá dificuldade para conseguir emprego no segmento. A mensalidade do curso de Gastronomia é de R$ 1.012. Já com o desconto por pontualidade, o valor cai para R$ 848 por mês.
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Cultura Por Walter Gonçalves
Missão
cumprida
Dom Redovino se despede de Dourados
O
bispo Dom Redovino Rizzardo é um dos importantes personagens de Dourados. Aos 76 anos, ele se prepara para a aposentadoria. No dia 30 de janeiro, o religioso passará a chefia da Diocese, responsável por 17 municípios, após quase 15 anos à frente da Cúria douradense. Vai assumir o posto, Henrique Aparecido de Lima, já nomeado pelo Papa Francisco. Gaúcho, de Bento Gonçalves, Dom Redovino soma 48 anos de sacerdócio. Vindo de sua cidade natal, ele assumiu a chefia da Igreja Católica na região de Dourados, em 2001. Assistiu, portanto, as
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transformações que essa cidade, que agora soma 80 anos, vivenciou, durante esse período. Ele destaca que uma das mudanças mais visíveis foi no trânsito. Segundo o religioso, houve um tempo em que as bicicletas eram maioria nas ruas da cidade. Porém, de acordo com o bispo, os carros começaram a dominar o sistema viário e o número de veículos automotores triplicou. Dom Rizzardo aponta que, a partir de 2004, a cidade começou a experimentar um crescimento econômico e populacional acelerado, com a chegada de indústrias, usinas de cana de açúcar, o setor da construção civil avançou e
surgiram os condomínios residenciais. “É inegável o grande desenvolvimento que Dourados vem apresentando”, reforça Redovino, que lembra a importância de o município contar com quatro universidades (duas públicas e duas particulares). No aspecto espiritual, a praia do religioso, Dom Rizzardo entende que esse lado também acompanhou o desenvolvimento de Dourados. Ele credita aos movimentos de leigos, e aos grupos de jovens católicos, aliada à organização da Diocese, a evolução da Igreja Católica no município. “Penso que Dourados tem uma vida espiritual, religiosa, boa. E temos
Fotos Cido Frota
DOURADOS
um belo relacionamento com os evangélicos e com outras religiões. O espírito do evangelho de Cristo é de união, e não de divisão”. Apesar desse quadro positivo, Dom Redovino entende que há muito ainda o que fazer pela população. Ele cita o exemplo da juventude. Com mais de 25 mil universitários na cidade, o bispo aponta que existe uma lacuna da Igreja, em relação a esses jovens. “Deveríamos estar muito mais presentes, mais organizados junto aos universitários”, comenta, acrescentando que, pelo fato de estudarem e, por terem senso mais crítico, se afastam da religião. Rizzardo defende um maior diálogo
da Igreja com esse segmento. E esse, deverá ser um desafio para o próximo bispo, que assumirá, conforme o atual chefe da Diocese. Para Dom Rizzardo, a população douradense é bastante acolhedora. A cidade, conforme ele, foi formada por pessoas que vieram de fora. “Por isso, todos os forasteiros que aqui chegam, inclusive eu, são bem recebidos. Dourados é conhecida como a terra de todos os povos”, assinala. Olhando para o futuro do município, o bispo defende uma rápida solução para os conflitos entre índios e fazendeiros, por terras. Porém, o religioso é cético
quanto a um desfecho positivo. Para ele, não há vontade por parte do governo, em solucionar a questão. “Apesar de todo o trabalho que a Igreja fez, em favor de uma solução, tanto aqui como no restante de Mato Grosso do Sul, nós não conseguimos ajudar o governo ou a Justiça, a tomar uma decisão justa para ambas as partes envolvidas no conflito. Essa é uma dor que levo comigo, nesses quase 15 anos como bispo em Dourados”.
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Transparência
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Por Walter Gonçalves
Câmara tem primeiro vereador indígena Dourados conta em sua composição social com uma das maiores populações indígenas do País. São quase 15 mil índios das etnias guarani e kaiowa, reunidos na aldeia de 3,4 mil hectares. Um espaço pequeno para um número elevado de índios, maior até que as populações de alguns municípios do Estado. E como qualquer outro aglomerado social, a reserva de Dourados também tem seus problemas, agravados pelo fato de se tratar de uma aldeia, que existe há 92 anos, portanto mais antiga que a cidade onde se localiza. A força da reserva elegeu o guarani Aguilera de Souza, 40 anos, vereador em Dourados, pelo PSDC, o primeiro índio a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal, na história política do município. Aguilera, pedagogo e professor da Unigran local, está no primeiro mandato, para o qual foi eleito com 1.419 votos. À luz ainda dos 80 anos de fundação de Dourados, completados em dezembro passado, o vereador reconhece o crescimento que a cidade ostentou nesse período, mas que, na questão indígena, o avanço não foi semelhante. Segundo ele, foram
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realizados apenas 40% dos projetos estruturantes. De acordo com o parlamentar municipal, a aldeia hoje, é praticamente um bairro de Dourados, uma vez que a cidade avança sobre a reserva, que está a apenas seis quilômetros do centro de Dourados, fato que reforça a importância desse núcleo no município. Entretanto, o representante da aldeia guaranikaiowa na Câmara de Vereadores, enxerga que houve também alguns progressos. Além de sua eleição, Aguilera ressalta o fato de a atual administração ter criado a Coordenadoria Municipal de Assuntos Indígenas, composta apenas por índios, que discutem e propõem projetos para beneficiar esta comunidade. Também houve avanço, segundo ele, na área da educação aos indígenas, com a implantação de mais salas de aula, além de outras melhorias, como patrolamento de estradas próximas à reserva, e a agricultura ali é mecanizada. Na saúde, o grave problema da desnutrição entre indiozinhos, verificado em meados dos anos 2000, já melhorou consideravelmente, na avaliação do parlamentar. Porém, os guarani-kaiowa ainda sofrem com a falta de medicamentos, acrescenta. O desafio agora, conforme Aguilera, é conseguir alterar a questão da jurisdição. Sob tutela da Funai, órgão federal, a reserva por isso, é impedida de receber determinadas benfeitorias, por parte do governo do Estado e da prefeitura de Dourados. “Estamos lutando para mudar isso”, ressalta.
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DOURADOS
Universidades fomentam crescimento da cidade Uma opinião que é unânime entre os formadores de opinião em Dourados, diz respeito a enorme contribuição que as quatro universidades locais (Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD, a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – Uems, e as duas particulares, a Unigran e a Anhanguera), têm dado ao município. Com mais de 25 mil estudantes acadêmicos, as quatro instituições, participam ativamente no desenvolvimento econômico, social e cultural da cidade. Esse universo de estudantes, além dos servidores e professores que vieram de fora para atuar nessas universidades, fazem girar o comércio, a construção civil e o setor de serviços, entre outros segmentos da economia douradense. A mais antiga das quatro universidades, a UFGD, foi estabelecida inicialmente no começo da década de 1970, como uma extensão da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Mas, há dez anos, foi desmembrada e se tornou UFGD. A Universidade Federal da Grande Dourados soma 7 mil alunos presenciais e mais 8 mil matriculados no ensino à distância. A UFGD conta com 32 cursos de graduação, 19 de pós-graduação e 8 de doutorado. Como grande polo gerador de conhecimento, a universidade contribui diretamente para o crescimento de Dourados e região, transformando o ambiente
social e econômico e, com a formação de recursos humanos, através das pessoas que saem formadas e capacitadas, e com servidores e professores “forasteiros”, que têm feito a sua parte para tudo isso. A participação da UFGD na vida de Dourados, se dá por meio de três vias importantes: Ensino, Pesquisa e Extensão. De acordo com o chefe de gabinete da reitoria, Henrique Sartori, 35 anos, no âmbito do Ensino, a universidade conta com o que há de melhor em cursos de graduação, pós, mestrado e doutorado. Na área de Pesquisa, os professores, os acadêmicos e os técnicos da instituição, aplicam tudo o que estudam, na realidade que desejam transformar. “Mas sempre com os olhos voltados primeiramente para as questões locais”, ressalta Sartori. A de Extensão, sempre chama a comunidade para participar dos projetos, que são desenvolvidos nas áreas de cultura, esporte e de assistência social, aplicando nelas, o conhecimento que produz. Há ações no campo cultural, como os festivais de teatro, de música, e de áudio visuais. No âmbito social, programas voltados para direitos humanos e assentados no campo. A UFGD também atua na questão indígena local, por meio de cooperação, destinada ao estudo, à integração e à valorização do papel do indígena e de sua cultura, na comunidade douradense. Para tanto, a UFGD criou a Faculdade Intercultural indígena, direcionada para essas questões. Sartori acrescenta que, devido a maciços investimentos federais, hoje a UFGD interage com a sociedade e, esta, com a universidade. “A comunidade de Dourados é plenamente receptiva aos trabalhos da universidade”, pontuou.
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Cultura Por Walter Gonçalves
TRÊSLAGOAS
Trilhos e ponte no caminho de Três Lagoas M
emória é tudo. Sem ela, uma cidade e sua gente não têm história nem passado. Após tornar-se centenária no ano passado, Três Lagoas começa a ter a história de sua formação levantada, a partir da chegada dos trilhos da ferrovia Noroeste do Brasil (NOB). Rodrigo Pedroso Fernandes, 41, coordenador de Patrimônio Histórico e Cultural do Departamento de Cultura da prefeitura, realiza uma pesquisa minuciosa em documentos do acervo do Museu Ferroviário Regional de Bauru, para saber como foi o processo de surgimento e formação de Três Lagoas e, também, sobre os fatos que antecederam a fundação da cidade. Após concluir o levantamento, Fernandes pretende, ainda este ano, escrever um livro com as informações que recolheu e mostrar a identidade histórica da cidade, o povoado e o aspecto econômico. Os trilhos da NOB chegaram à região em 1910 e, dois anos depois, em 1912, Machado de Melo, um dos responsáveis pela construção da ferrovia, planejou a criação de Três Lagoas, que, aliás, é a única cidade da Noroeste do Brasil a ter esse diferencial – foi totalmente planejada. Dos levantamentos preliminares dessa pesquisa que desenvolve em Bauru, Rodrigo destaca a construção da ponte Francisco Sá sobre o rio Paraná, que liga a cidade paulista de Castilho a Três Lagoas (MS), para que, sobre ela, passassem os trilhos da NOB. Construída a partir de 1922 e concluída quatro anos depois, em 1926, pela empresa americana American Bridge Company, a ponte, de 1.024 metros de extensão e dez metros de altura, é ícone da integração das margens oeste do país e foi fator decisivo para o desenvolvimento econômico da região de Três Lagoas, juntamente aos trens da Noroeste. “O nome de Francisco Sá dado à ponte foi em homenagem ao ministro da Viação, na época, principal incentivador da instalação da ponte”, afirma o coordenador, acrescentando que a obra foi bancada pelo governo federal. Com base no levantamento, o coordenador de Patrimônio do Departamento de Cultura três-lagoense observa, também, que o processo de construção da NOB, como um todo, foi épico e tão grandioso quanto a da Madeira-Mamoré. “Durante a construção, no lado paulista, principalmente, os trabalhadores eram atacados e mortos pelos índios que viviam na região, os caingangues. Ou morriam acometidos por doenças”, explica. Vários dos documentos levantados nessa pesquisa de Fernandes deverão fazer parte do acervo do Arquivo Municipal de Três Lagoas.
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PONTAPORÃ
Por Walter Gonçalves
Plano Integrado reforça união
Ponta Porã-Pedro Juan
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decisão dos comerciantes de Ponta Porã e de sua irmã gêmea, Pedro Juan Caballero, no lado paraguaio, de atuarem em conjunto, o que acontece desde 2012, é reflexo do Plano Integrado de Turismo de Fronteira, elaborado pelas prefeituras das duas cidades, com a colaboração das entidades representativas dos comerciantes dos dois lados, a Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã e a Câmara de Comércio de Pedro Juan. Segundo a presidente da Fundação de Cultura de Ponta Porã, Gisele Benites Flor, o Plano Integrado é adaptado conforme as necessidades. Como uma das coordenadoras da iniciativa, Gisele anuncia que, para este ano, o objetivo é integrar o turismo nos dois municípios, ampliando esse nicho, que hoje se resume quase ao turismo de compras. A ideia, conforme ela, é estabelecer um programa único de atividades, para as duas localidades. De acordo com Gisele, quando Ponta Porã realizar um congresso, por exemplo, esse evento será voltado para as duas cidades, e os custos disso serão bancados pelas administrações e pela iniciativa privada dos dois municípios. O mesmo ocorrerá quando Pedro Juan sediar algum acontecimento. “É que os eventos vão beneficiar a população das duas cidades. Integração, esse é o objetivo”, reforça a presidente da Fundação de Cultura. Como as iniciativas visam diretamente os turistas, Gisele acrescenta que deverá ser instalado na cidade um centro de informações aos visitantes. “Pedro Juan já conta com esse serviço; agora, temos que criar o de Ponta Porã”, assinala.
Fotos Assessoria de Imprensa
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Seção Cultura
Fotos Lucho Rocha
Por Walter Autor Gonçalves
Parque Nacional de
Cerro Corá
é natureza e história
U
m dos pontos turísticos mais importantes da fronteira é o Parque Nacional de Cerro Corá, no Paraguai. Localizado a 38 quilômetros de Pedro Juan Caballero, capital do Departamento de Amambay, a área preserva a memória histórica da Guerra do Paraguai (1864-1870), dentro de um contexto natural. O parque, aliás, fica exatamente no local onde, há 145 anos, ocorreu a última batalha da
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guerra, conhecida também como Tríplice Aliança, no dia 1º de março de 1870. No confronto final, enfrentaram-se, de um lado, 4.500 soldados aliados e, de outro, apenas 450 paraguaios. Nesse combate, os últimos a perecerem foram o presidente e comandante em chefe marechal Francisco Solano Lopez e seu filho Panchito. Muitos prisioneiros foram executados, incluindo um filho de Solano Lopez que tinha
apenas dez anos. Mais de quatro centenas de militares e civis que acompanhavam Lopez foram mortos. No fim de 2011, foram inauguradas as obras de revitalização dos 5.530 hectares do parque. Entre as melhorias realizadas na área, destaca-se um novo pórtico, logo na entrada, e duas esculturas de mais de três metros de altura, feitas pelo artista Gustavo Beckelman. O local é todo sinalizado com placas, para orientar os visitantes, e conta
PONTAPORÃ
ainda com sede administrativa, auditório, chalés e sanitários, posto de controle, zona recreativa, zona de camping, trilhas interpretativas e área para piquenique. O historiador Sacha Anibal Cardona, 35 anos, secretário de Cultura de Pedro Juan Caballero, explica as características do Parque Nacional de Cerro Corá. Rodeado pela serra de Amambay, esse ponto turístico paraguaio tem em sua composição, segundo o historiador, parte da vegetação com características do Cerrado e da Mata Atlântica. O Rio Aquidaban atravessa a área. Ali também são preservados elementos da fauna, como pássaros e animais silvestres, e da flora, com espécies únicas. O cenário natural é belíssimo, todo recortado pela serra de Amambay. Mas também é forte a memória que guarda o Parque Nacional de Cerro Corá. Esse importante e triste capítulo da história da América do Sul, que diz respeito aos brasileiros, pela participação direta do Brasil no conflito, e principalmente aos paraguaios, está mais que
presente no local, está vivo. Para que os fatos não se percam no tempo e a memória seja para sempre preservada, há no parque um pequeno museu com objetos da guerra e, ao fundo, monumentos aos heróis paraguaios. Foi nesta área também que Solano Lopez fincou o seu último quartel. O Parque Nacional de Cerro Corá serve ao turismo contemplativo, o de observação da natureza e de seus elementos. E também ao turismo histórico e cultural, que atrai visitantes brasileiros, paraguaios e europeus. Estes recebem a assessoria de guias turísticos, que, além de orientarem sobre as belezas naturais do lugar, fazem relatos dos acontecimentos históricos que marcaram esse pedação de chão paraguaio. Tanto que o local tem atraído o interesse de aventureiros e praticantes de trekking e caminhadas radicais, os chamados mochileiros, que percorrem as trilhas históricas, ricas em biodiversidade e paisagem natural. O parque, inclusive, tem sediado competições de trekking.
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eventos Confraternização Anual da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
MS.
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eventos Premiação
Bar em Bar A 9ª edição do Bar em Bar, promovido pela AbraselMS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) reuniu 34 restaurantes participantes em Campo Grande. O resultado foi divulgado em uma agradável noite de confraternização na Morada dos Baís. O 1º lugar ficou com a Safari Hamburgueria e seu Mini Africante Picante; no 2º lugar o Sabor em Ilhas emplacou o Arroz Cremoso com Salmão e Alho Poró; e o bar Velfarre garantiu o 3º lugar com a porção Abóbora Velfarre.
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Astral
o que F esperar de2016?
_ teca silva
É astróloga e taróloga. Twitter: teca_astro facebook.com/tecaemaju tecaemaju@hotmail.com
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azer previsões neste cenário caótico em que nos encontramos é, no mínimo, desafiador. Em 2015, tivemos grandes reviravoltas e acontecimentos difíceis, com a política como palco de inúmeros escândalos. Para a Astrologia, isso já era previsto, pois, enquanto Plutão transitar no signo de Capricórnio, ainda haverá muitas situações expostas; afinal de contas, a tônica é que a sujeira venha para fora. Veio e virá ainda mais, aguardem. Em 2016, de acordo com o mapa do Ano-Novo Astrológico, que será no dia 21 de março às 11h55, horário de Brasília, teremos um ano tão ou mais desafiador que este. Com o ascendente em Gêmeos, já podemos esperar mais mudanças; Mercúrio, seu regente, estará em Peixes e faz aspecto tenso com Saturno em Sagitário. “Astrologuês” à parte, haverá muitos enganos com a comunicação, e a Justiça também estará na berlinda, surpresas non gratae neste setor. A política estará em total destaque com brigas, quedas, rupturas, e tudo isso liderado por Marte em Áries, que, estando à vontade no seu signo, promete um ano de muitas tensões e violência. As pessoas estarão intolerantes com o seu próximo, e a luta pelo poder passará longe da ética. Nossa economia sofrerá uma grande baixa e prevejo poucos investimentos, em decorrência de um clima de instabilidade. A religião estará cada vez mais em alta, pessoas buscarão desesperadamente um lugar no céu. O problema é que o planeta que rege a comunicação está em um signo que não favorece muito os pensamentos, então, exageros e
overdoses serão muito frequentes. E o mais preocupante é que pode, sim, acontecer uma espécie de guerra santa. Infelizmente, veremos barbáries e atrocidades cometidas pela ignorância e pelo poder. Os relacionamentos continuam sofrendo uma peneira, relações que estão sem estrutura irão cair e acredito em um número maior de separações; por outro lado, as pessoas estão valorizando mais os sentimentos, nada que for falso ou inconsistente permanecerá. Este é um bom movimento, a humanidade precisa reaprender a amar. O céu apenas reflete energias que estão vigorando, e 2016 definitivamente não terá espaço para falsidades. Nem tudo é espinho, alguns setores da economia serão beneficiados. O esporte estará em alta, estética e todos estes segmentos que aliam beleza e esporte. Teremos a Olimpíada, que trará algumas alegrias ao povo brasileiro, ainda que momentaneamente. Teremos também novas eleições, e estas serão disputadíssimas. Júpiter em Leão retrógrado pode trazer gente do passado de volta ao poder. Com um ano em que Mercúrio e Netuno em Peixes andam juntos, os enganos virão – e causados pelo excesso de força. A humanidade necessitará, sim, de espiritualidade, mas não esta que traz intolerância, e sim a que une forças. Marte nos fala de ação. Vamos parar de ser demagogos. Que tal começar pelo mais simples, não burlar as pequenas leis, não jogar lixo na rua, não estacionar em lugar proibido, não culpar o outro pela sua má educação. Aja e julgue menos, faça a sua parte. É dentro da gente que acontece a grande revolução!
ro Pednos 7A
Pensando Bem
DUPLA
FACE D
ois mil e dezesseis? Com tanta pressa para nascer, libertouse dos calçados errados de quando era 2015 e chegou. Aqui estamos, tentando andar mais descalços e acertar as vestes dos pés. Se bem... Bem, não podemos renegar nossos caminhos. Se quisermos amadurecer um dia e sairmos desta eterna adolescência, do inferno psicológico sem fim da fonte da juventude, precisamos reconhecer nossos passos. Aceitar envelhecer. Mas quem disse que o errado não é o certo, e o certo não é o errado? Vamos retirar estes nós contraditórios da cabeça e ter em mente, primeiro, quem somos. Estes amontoados de pensamentos, conhecimento, amigos, família, formaturas, empregos, cobranças, insistências, desistências, tropeços, quedas e desvios provavelmente são partes da caminhada para crescermos e termos um vislumbre do rio que somos, até chegarmos a estas águas. Está certo: poluímos, molhamos apenas a ponta dos dedos do pé, testamos por um tempo e saímos, mas invariavelmente aprendemos a nadar ou nos afogamos... Mas até aí é uma questão de respirar direito. Direito? Sentindo a respiração, contraindo o diafragma,
_ rafael belo
É jornalista, escreve desde criança e passou a postar fotos e textos de sua autoria em 2008 no blog olharesdoavesso.blogspot.com que completa sete anos.
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utilizando toda a extensão dos pulmões, relaxando os ombros e mergulhando nas águas mais profundas de nós mesmos. Só assim exploramos quem somos e podemos partir para fora da superfície enxergando melhor o eu e o nós. Humanos sem toda a carga jogada em nossos ombros, em nossas almas de classes, crenças, religiões, cor, sexualidade, futilidades... É a capacidade de se colocar no lugar do outro e mais, sê-lo por um momento. Com certeza já se imaginou nascido em família rica, com todos os bens materiais ao alcance de uma ordem, mas dificilmente se imaginou em uma situação paupérrima, tão miserável a ponto de depender da boa vontade das pessoas para sobreviver, para poder tomar água, comer, tomar um banho; ou, então, ser escravo de uma prisão psicológica e da agressão física de um relacionamento obsessivo, opressor... Somos o que vivemos e aprendemos com olhos e ouvidos atentos. A atitude, a postura, a forma como lidamos com o que acontece com a gente nos define, mas sempre teremos a capacidade de nos redefinir. Não gostou? Faça diferente, refaça, seja do seu jeito; porém, descubra-se primeiro.