Nº 50 R$ 12,90
A vida em todos os seus estilos
LifI Aventura em família
Filha, mãe e netos viajam juntos de carro e conhecem Bolívia e Peru durante 20 dias
Shock
o Maravilha
Um dos principais expoentes da arte de rua brasileira conta um pouco de sua trajetória à Mood
Ao AR livre
A vida sobre as rodas e a rotina de pessoas que descobrem a paixão por esportes urbanos
MICHEL
TELÓ O fenômeno da música sul-mato-grossense relata para a Mood Life sua trajetória, além de seus anseios e projetos.
Editorial
a
brir essa edição é como mudar de vida, um divisor de águas. Nesse caso, a edição 50 representa a revolução e evolução não só de uma equipe, mas de um veículo com mudanças e novidades da primeira à última página. A Mood Life de março é fruto de meses de muito trabalho. Desde dezembro, preparando um layout e nova linha editorial que fosse a cara de cada leitor assíduo da revista, além, é claro, daquele que está por vir. Aquele leitor que queremos que faça parte das nossas páginas pelo encantamento de suas histórias e de um Universo que durante muito tempo desejamos trabalhar. Por aqui, mais do que antes, suspiram por boas ideias, encantamento nos versos e uma linguagem nova presente em cada parágrafo que nossa equipe construiu. É mais que um marco, é a permanência de uma qualidade e beleza sempre vista e, agora, com algo a mais que vai encher os corações e a mente de quem a lê, e passará a ler nosso conteúdo. Em nossa capa, um filho da terra, o fenômeno da música sertaneja que está com a cara estampada no mundo, Michel Teló. Em entrevista exclusiva para a Mood, conseguimos extrair a essência desse artista e revelar uma trajetória que poucos sabem. No decorrer de nossas páginas, novas histórias e o expoente do consumo da beleza e tecnologia que você sempre conferiu por aqui. Dessa vez, desejamos mais que uma excelente leitura. Boas emoções! Clarissa de Faria.
EXPEDIENTE Editor Odirley Deotti (DRT 122/MS) editor@moodlife.com.br Jornalista responsável Clarissa de Faria (MTB 854/MS) reportagem@moodlife.com.br Equipe editorial: Clarissa de Faria, Odirley Deotti e Thaís Pimenta. Designer editorial: Jimena Bautista e Odirley Deotti. Fotógrafos Estúdio Sim, Gilson Barbosa e Jimena Bautista. Revisão Dáfini Lisboa dafini.lis@gmail.com Colaboraram nesta edição: Carla Cecarello, Dr. César Benavides, Dirceu Peters, Douglas Mamoré Junior, Josué Sanches. Lúcia Coletto, Rafael Belo, Sonia Caldart, Thereza Christina Silva e Walter Gonçalves. DIRETORES Daniel Albuquerque e Marta Albuquerque Revista Mood Life é uma publicação mensal da Editora e Revista Mood Life. Rua da Paz, 1629. Santa Fé. Campo Grande/MS CEP 79102-210. Não nos responsabilizamos pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não tem autorização para falar em nome da Revista Mood Life. Impressão e acabamento Gráfica Alvorada. Distribuição e assinatura contato@moodlife.com.br PARA ANUNCIAR LIGUE (67) 3222-7331
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Capa Michel Teló Foto: Assessoria de Imprensa Produção Executiva: Carmen Lemos de Albuquerque, Clarissa de Faria, Odirley Deotti
da Redação
Clarissa de Faria
Chefe de Redação
Odirley Deotti Editor
Thaís Pimenta
Jornalista
Jimena Bautista
Designer Editorial
Facebook/moodlife Acompanhe nossos posts e fique por dentro das novidades da Mood
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MOODLife
revistamood Acompanhe o dia a dia da nossa equipe de redação
Sumário
Michel Teló
O fenômeno da música sul-matogrossense para o mundo todo
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Estilo de Vida
Transparência
A vida sobre as rodas e a rotina de pessoas que descobrem a paixão por esportes urbanos
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Boas Ideias
Que tal voltar a fazer a barba e o cabelo na barbearia?
Cultura
Shock, o Maravilha conta um pouco de sua trajetória à Mood
Gourmet
42 Na Estrada
Filha, mãe e netos viajam juntos de carro e conhecem Bolívia e Peru durante 20 dias. Pg 48
Décor
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Transparência e planejamento foram as duas palavras mais pronunciadas pelo governador Reinaldo Azambuja durante entrevista para a Mood.
Anderson Nantes uniu funcionalidade e aconchego em um projeto de fraldário no Shopping Bosque dos Ipês. Pg 54
Fusão da culinária japonesa com diversos ingredientes é responsável pelo ‘boom’ dessa gastronomia no país todo.
Entrevista
Considerada uma das estilistas mais ‘in’ do momento, a designer Marcella Franklin aposta em uma moda praia nada convencional. Pg 72
Negócios
'Responsabilidade Social não é gasto, é investimento', aponta consultor. Pg 76
84 Virtudes
Em busca de boas histórias e de praticar mais o amor ao próximo, a Mood conta as virtudes de uma família e de um grupo responsável por um trabalho que está fazendo a diferença em Campo Grande. Pg 104
Boas Ideias Por Thaís Pimenta
A Quitanda Comer de forma saudável pode ser mais fácil do que se imagina. A Quitanda, uma empresa campograndense que existe desde abril de 2014, trabalha com entrega de frutas e hortaliças frescas por meio da internet. Basta acessar o site e aderir a uma dieta mais balanceada. "Com a internet tão presente e por ser o seu acesso fácil e rápido, acaba sendo prático e cômodo fazer o pedido pelo site", explica Diego Theis, proprietário da empresa. A loja tem atendimento personalizado, e o cliente recebe os alimentos já higienizados. Acesse www.quitandaonline.com.br.
BARbearia
FOTO JIMENA BAUTISTA
Que tal voltar a fazer a barba e o cabelo na barbearia? Se o espaço oferecer uma pinguinha, tem mais chances de conquistar o freguês, não é mesmo? É o caso da Farofa's BARbearia, localizada na zona sul de Campo Grande. A loja tem decoração retrô com um "quê" de "macho" e conta com um barzinho de cervejas nacionais e importadas; de vez em quando, rola até uma cachaça para os clientes mais chegados. "A ideia veio justamente da palavra barbearia e, logo de cara, me pareceu uma boa ideia unir as duas coisas", conta o proprietário Amilton Gomes, conhecido por Farofa – daí o nome do estabelecimento. Para mais informações, acesse a página do Facebook da loja http://goo.gl/OFxG9M. FOTO DOLLARPHOTOCLUB.COM
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3026.5510 • 9218.3878 • 9904.8585
Tome Nota Por Thaís Pimenta
LOLLA PALOOZA Com line-up cheio de atrações internacionais, como o americano Jack White, o DJ Skrillex e a inglesa Bastille, o Lollapalooza 2015 acontece nos dias 28 e 29 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Confira mais sobre o festival www.lollapaloozabr.com.
14ºExporã A 41ª Exporã acontece do dia 14 a 22 de março, no Parque de Exposições Alcindo Pereira, no município de Ponta Porã. Grandes atrações são esperadas nesta edição, como a apresentação das duplas Conrado e Aleksandro, Max Moura e Cristiano, e Bruno e Marrone. Rodeios e festas eletrônicas também estão previstos na programação. As atrações podem ser conferidas neste link www.facebook.com/exporaoficial.
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HAPPY HOLI 2015 Ocorre no dia 15 de março, em Campo Grande, a segunda edição da festa Happy Holi. Conhecido como "Balada das Cores", o evento acontece no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês. Mais informações: www. happyholifestival. com/br.
EXPO NOIVAS
De 13 a 15 de março, acontece a Exponoivas 2015, no Centro de Exposições Rubens Gil de Camillo. Uma exposição inovadora, que agrega conhecimento e oportunidade de negócios para empresas e consumidores do segmento de casamentos, e que contará com a palestra do estilista Ronaldo Ésper. Mais informações no site www. noivasms.com.br/expo. ~ FOTOS DIVULGAÇAO
RITA LEE
MORA AO LADO
Nos dias 20, 21 e 22, o musical que conta a vida da cantora Rita Lee será apresentado em Campo Grande, no Teatro Glauce Rocha. A peça é uma comédia adaptada do livro “Rita Lee Mora ao Lado – Uma Biografia Alucinada da Rainha do Rock” e tem direção de Débora Dubois e Márcio Macena. Saiba mais em www.spartaproducoes.com.br.
SHOW DE VIOLA Uma parceria que marcou gerações apresenta as músicas do projeto Amizade Sincera, em mais um show imperdível. O show de Sérgio Reis e Renato Teixeira acontece em Dourados, no dia 11 de abril, no Armazém Music. Compre os ingressos no link www.fasttickets.com.br.
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ANOS
Rockers Sound System
Em comemoração dos seus sete anos, o grupo campograndense Rockers Sound System realizará um evento especial, que conta com a presença da colecionadora e seletora CECITUNES, direto de São Paulo. O evento acontece no dia 14 de março no Rockers Bar. Mais informações www.facebook.com/ events/604018043063619.
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na Estante
Facelift
Alice in Chains
“Facelift” é o primeiro álbum da banda Alice in Chains. Ao lado de Pearl Jam, Nirvana e Soundgarden, o grupo se destacou no cenário grunge. A música mais conhecida da banda, “Man in the Box”, está no álbum e marcou uma geração.
O Retrato de Dorian Gray Oscar Wilde
Publicada em 1891, a obra de Wilde continua atual, a beleza e a juventude acima de tudo e todos. Gray descobre-se belo quando conhece Lorde Henry na casa de Basil, um artista que pintou seu retrato. As ações morais contraditórias de Gray pela beleza ficam registradas na obra, escondida num cômodo escuro e abandonado.
cinema
música
literatura
Convidada Fabiane Sato
De volta para o futuro Robert Zemeckis
Como os anos 80 estão na moda, rever “De Volta para o Futuro”, de 1985, é sempre divertidíssimo. Marty McFly volta no tempo para o ano de 1955 e conhece seus pais antes do casamento, quando eles ainda estavam na escola. Sua mãe se apaixona por ele e McFly precisa fazer com que seus pais voltem a se gostar.
Fabiane Sato jornalista e empresária (adora sharpeis, rs)
FOTO AFRANIO PISSINI
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Cultura Por Thaís Pimenta
Shock, Maravilha o
Um dos principais expoentes da arte de rua brasileira conta um pouco de sua trajetória à Mood.
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FOTOS ACERVO PESSOAL
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Cultura Por Thaís Pimenta
E
lton Luis, mais conhecido por Shock Maravilha, descobriu sua paixão pelos muros ainda cedo. Gostava de escrever seu nome nas paredes da zona norte de São Paulo, onde foi criado, e assume que se sentia o rei da rua. "Só me interessavam as letras e espalhar meu nome pelos muros. Era mágico ter a sensação de ninguém te conhecer, mas todos saberem seu nome", conta. Foi a partir dessa paixão, quase inocente, que ele descobriu o grafite e, hoje, trabalha junto ao Laboratório Fantasma, é sóciofundador e artista da agência de arte Indies, e mantém um projeto paralelo de instalações com madeira e materiais reciclados, pelas ruas das cidades por onde passa, intitulado de SimplisCidade. Com tanta experiência nas costas, o artista ainda tem suas obras expostas permanentemente em Londres, na Dream Gallery, e na Itália, na galeria Italy Contemporany. Com uma linguagem mais de rua e, ao mesmo tempo, poética, ele mantém uma estética própria, que faz o espectador refletir. "Arte, se não tiver o conceito de surrealizar e transmitir uma mensagem, não tem muito significado. Essa coisa de só ser bonitinho para olhar me incomoda um pouco." Essa sua filosofia não limita seu trabalho, até porque, para ele, o grafite sempre foi um estilo de vida, e a ilegalidade da arte de rua vem justamente da enorme vontade de pintar ou escrever em tal lugar. "Sempre será mais forte a vontade de fazer. Para nós, isso supera regras e leis, o que importa é pintar, se comunicar e intervir."
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Artista plástico, formado em licenciatura e bacharelado pela Escola Paulista de Artes, e pósgraduado em arte, comunicação e tecnologia, pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Shock
garante que suas criações fluem normalmente, mesmo com uma formação acadêmica: "Meu processo de criação é bem simples, olho da superfície, penso, deixo a mente viajar, mas sempre com
ARTE, SE NÃO TIVER O CONCEITO DE SURREALIZAR E TRANSMITIR UMA MENSAGEM, NÃO TEM MUITO SIGNIFICADO. ESSA COISA DE SÓ SER BONITINHO PARA OLHAR ME INCOMODA UM POUCO. Shock
música. Sem som, não flui", assume. Outra fonte de inspiração para ele é o hip-hop, em seus quatro elementos, o rap, o DJing, o breaking e o grafite. "É pura inspiração, renovação e desafio, não tem como não se inspirar nos nossos irmãos de movimento. É fantástico. Tanto que estamos em tudo que é lugar, desde o fundão da favela, até o topo das paradas." Sem perder a essência de sua arte, ele também pinta em outras superfícies. Telas e painéis costumam receber o lado mais sensível de sua arte, enquanto o muro carrega o grafite mais bruto, com personas e bombs extremamente coloridos!
FOTOS ACERVO PESSOAL
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Gadgets Por Odirley Deotti
Na onda dos
Gravando!
Quem desejava uma câmera GoPro para filmar suas manobras e aventuras está perto de realizar o desejo. A empresa iniciou a fabricação nacional dos seus novos modelos, a Hero 4 Silver e a Hero 4 Black. Com isso, os brasileiros terão as potentes câmeras por preços até 30% menores dos praticados atualmente. Tecnicamente, os aparelhos são excelentes. A captura de vídeo pode ser escolhida desde 720p a 120 fps, até 2,7 K a 30 fps. A Silver faz fotos em 12 MP, com até 30 frames por segundo. Já a Black, mais poderosa, possibilita gravar filmes em 4 K a 30 fps, além de trazer ferramentas e opções para fotógrafos profissionais. Mais informações: pt.gopro.com.
MULTIUSO Na batalha para ver qual o melhor case para iPhone, a PERI Duo deu um passo a mais que as concorrentes. O case da marca, que foi financiado via crowdfunding, possui uma bateria de 2500 mAh e caixas de som de alta resolução, com equalizador, microfone integrado, funcionalidade multicast e conectividade Bluetooth e Wi-Fi. Para quem gostou, o acessório deve chegar ao mercado em abril e é compatível com iPhone 5, 5S, 6, 6 Plus e iPod Touch.
selfies Preparados para selfies com mais qualidade, os novos modelos nacionais da Samsung chegam com tudo. Os aparelhos Galaxy A3, Galaxy A5 e Galaxy A7 trazem câmera frontal de 5 megapixels, mais do que o dobro da qualidade dos melhores concorrentes, que não passam de 2.2 megapixels. Além disso, a câmera traseira, nos modelos A5 e A7, tem 13 megapixels. O armazenamento interno de todos é de 16 Gb. Os preços iniciam-se por R$ 1,2 mil para o A3, R$ 1,5 mil para o A5, e salgados R$ 2,1 mil para o A7.
PARRUDO
Se você é daquelas pessoas desastradas, mas adora ter um tablet nas mãos, seus problemas podem ter chegado ao fim. O Toughpad FZ-G1 é um tablet reforçado, produzido pela Panasonic. Resistente a quedas de até 180 centímetros, água, poeira, o gadget vem ainda com tela IPSa de 10.1 polegadas, resolução de 1920 x 1200, suporte para gestos multitoque, com até 10 pontos de contato, e suporte para caneta stylus. Também é equipado com processador Intel Core i5-5300U vPro, vídeo Intel HD 5500 e bateria com duração de até 13 horas. As opções de configuração incluem, ainda, porta serial, porta de rede, slot microSD e portas USB ~ FOTOS DIVULGAÇAO 2.0. 22 MOODLife
Mistura Fina Por Thaís Pimenta
BOHO
Chic
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Tendência certa neste outonoinverno, o boho chic vai tomar as araras brasileiras Com uma pegada 70's, o outono chega com muitos elementos boho. Franjas, estampas étnicas e tricô se unem a quimonos, chapéus e vestidos longos, resultando numa combinação que é a cara do outono-inverno brasileiro. O termo teve origem na mistura das palavras “bohemian” e “SoHo” (bairro descolado de Nova York), em meados dos anos 1970. A moda boho chic traduz a mistura do estilo hippie, bem característico dos anos 1960 e 1970, com artigos comprados em butiques e lojas vintages. Vale ousar!
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1. Bata Branca - C&A, por R$ 79,90. Disponível nas lojas da marca. 2. Vestido decote V - Lov.it, por R$ 259,90. Disponível nas lojas da marca. 3. Camisa Ramo - Rapsodia, por R$ 589. Encontre aqui www.rapsodiastore.com.br 4. Brinco Bola - Mariah Rovery, preço não divulgado. Disponível no link www. mariahrovery.com.br/pt/produtos-1/ brinco/brinco-bola.html 5. Bolsa com franjas - John John Denim, por R$ 358. Você a encontra nas lojas da marca.
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6. Bota Cruissard Petra - Animale, por R$ 998. Disponível nos lojas Animale. Kimono - C&A, por R$ 99. Disponível nas lojas da marca. 7. Casaco Isa Tahir - Rapsodia, por R$ 859. Encontre aqui www.rapsodiastore. com.br 8. Chapéu Boho - Andrea Bogosian, preço não divulgado. Encontre aqui www.gallerist.com.br/ chapeu-boho-5704.aspx/p?utm_ source=blogdathassia&utm_ medium=produtos&utm_ campaign=shop_itens
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9. Saia com franjas - Printing, por R$ 2.580. Disponível nas lojas da marca. Bolsa com franjas - John John Denim, por R$ 358. Você a encontra nas lojas da marca.
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10. Kimono - C&A, por R$ 99. Disponível nas lojas da marca. 11. Calça Flare - C&A, por R$ 179. Disponível nas lojas da marca. 12. Colar Octupus - Mariah Rovery, por R$ 3.782. Encontre no link www. mariahrovery.com.br/pt/produtos-1/ colares/colar-octopus.html
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Mistura Fina Por Thaís Pimenta
Glow
O iluminador Parisian Spray é o produtinho ideal para dar o toque final nos looks de quem gosta de muito glow e glitter. Indicado para aplicação no rosto, colo e cabelo, o iluminador "veste" a pele e os cabelos com um brilho sofisticado e um leve perfume de baunilha. O aplicador retrô chic garante, ainda, uma viagem no tempo. Por R$ 74 no site da Arcancil.
Notas florais
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Maciez
Com uma combinação de nove plantas, o Creme Esfoliante para Pés Bem Cuidados remove as células mortas da pele e os pequenos calos, além de ajudar a purificar os pés. O produto deixa os pés mais limpos, macios e delicadamente perfumados, invista! Por R$ 58 no site da Arcancil.
Pretinho básico Apostando no marketing, a americana Estée Lauder lançou o Little Black Primer, um rímel poderosíssimo multiuso, que funciona como primer, coloração e topcoat, transformando seu outro rímel em waterproof, e ainda evita craquelês indesejados. Kendall Jenner foi anunciada no ano passado como novo rosto da marca americana, com o intuito de rejuvenescer a marca, que tem certo “apelo senhoril”. Por US$ 24 na estee.cm/1BGD7pV.
COR DO PECADO O Empório Body Store criou a Loção Corporal Prolongadora do Bronzeado, feita com ingredientes como a beterraba, o urucum e a cenoura, que auxiliam na manutenção da cor, além de fragrância com notas refrescantes e cítricas. Por R$ 49,90 no www.bodystore.com.br.
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Intimidade
Gostoso ou Perigoso?
T
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oda pessoa saudável tem vontade, pois ela faz parte da raça humana. Temos esta necessidade da mesma forma como precisamos dormir, comer, conviver com amigos e evitar a dor. O desejo é algo tão forte no ser humano, que mesmo as proibições mais terríveis não conseguem acabar totalmente com ele. Só que as proibições podem causar bastante mal à pessoa, provocando culpa e criando até sérios problemas sexuais. Por exemplo: uma mulher que acredita que o sexo é sujo e feio vai ter mais dificuldade de curtir, ter prazer e orgasmo na sua vida sexual. Um homem que pensa que a mulher que tem prazer sexual não é decente inibirá sua companheira e terá com ela uma vida sexual muito menos prazerosa. A maioria dos trabalhos científicos sobre sexo foi feita nos últimos 40 anos. Até o século retrasado, mesmo os médicos eram proibidos de examinar as partes genitais da mulher, a não ser por meio do tato e debaixo de pesados véus. Estudavam-se os órgãos de reprodução, mas o estudo da relação sexual, do orgasmo, por exemplo, só ocorreu muito mais tarde. Até os anos 60, não se sabia exatamente como os órgãos sexuais reagiam ao prazer. Nessa época, o aparecimento da pílula anticoncepcional, a necessidade de a mulher ir trabalhar fora de casa e
querer direitos iguais aos do homem provocaram uma verdadeira revolução no modo de encarar o sexo. Ainda hoje, nós estamos buscando um equilíbrio entre a proibição e a promiscuidade. Ser liberado sexualmente não significa “transar com quem aparecer”. Ser liberado é ter condições de escolher com quem, como, quando e onde se quer ter sexo. É viver a própria sexualidade com alegria e prazer. E com responsabilidade. Mesmo que apareça medo, culpa e vergonha, sentimentos muito comuns. Quando somos educados para respeitar a nossa sexualidade e encará-la com naturalidade, entendendo que o sexo faz parte do ser humano, nós crescemos achando o sexo bonito e normal. Se nos ensinam que o sexo é sujo e feio, a vida sexual fica muito complicada e, às vezes, podemos sentir culpa e aflição por coisas que são absolutamente comuns.
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Equilíbrio
A ANESTESIA NA CIRURGIA PLÁSTICA M ais uma vez o Brasil se destaca a nível mundial como um dos países onde se realiza a maior quantidade de cirurgias plásticas do mundo. Durante uma consulta com o cirurgião plástico cada paciente deve ser devidamente esclarecido sobre todos os riscos relacionados à cirurgia para a qual gostaria de realizar, se pode ou não realizar. Neste universo de dúvidas a serem exauridas, encontram-se as relacionadas à anestesia. Muitos pacientes temem mais a anestesia que a própria cirurgia. Atualmente a anestesia é extremamente segura e os medicamentos são mais rapidamente metalizados. Aqui com a participação de experientes anestesistas do
_ DR CÉSAR BENAVIDES É MEMBRO
TITULAR DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA. MEMBRO INTERNACIONAL DA AMERICAN SOCIETY OF PLASTIC SURGEONS. CRM4046 / RQE 2215
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SERVAN (Serviço de Anestesiologia de Campo Grande), esclarecemos algumas dúvidas mais frequentes. Posso escolher o tipo de anestesia para minha cirurgia? A indicação da anestesia mais adequada ao procedimento cirúrgico é do próprio médico anestesista. Porém, se o paciente tem receios quanto a determinado tipo de anestesia, traumas, ou experiências desagradáveis prévias, a melhor maneira é conversar com o médico e esclarecer todas as dúvidas. Como posso saber se tenho alergia ao tipo de anestesia? Primeiramente, uma conversa prévia com seu cirurgião plástico e anestesista sobre alguns tipos alergias que possa ter. O anestesista é um profissional preparado para tratar da melhor forma possível eventuais reações alérgicas de seus pacientes. Dizem que a pele fica oleosa e ás vezes com espinhas depois da anestesia. É efeito da medicação? Não existem comprovações científicas que a anestesia cause esse tipo de efeito colateral, mas no dia a dia é uma observação muito comum entre pacientes em acompanhamento pós-operatório. A oleosidade é passageira e desaparece espontaneamente após poucas semanas. Se persiste, vale a pena consultar um dermatologista. A anestesia pode causar prisão de ventre ou constipação intestinal? As anestesias como raqui e peridural, associadas ao procedimento cirúrgico podem causar constipação temporária. Da mesma forma alguns anestésicos prescritos no pós-operatório podem deixar o intestino preguiçoso e aumentar o risco de crises de hipotensão, ao levantar. Os(as) pacientes com ritmo intestinal mais lento são mais propensas e devem
priorizar alimentação rica em fibras, tomar líquidos com frequência e de vez em quando levantar e caminhar dentre de casa, com cuidado, sempre seguindo as orientações médicas. Qual a diferença entre anestesia "raqui" e anestesia "peridural"? Uma é mais perigosa que a outra? Tanto uma como a outra são consideradas bloqueios, ou seja, anestesiam somente um parte do corpo. A "raqui" de forma geral anestesia da cintura para baixo e a “peridural”, causa anestesia "em faixas", no local onde foi aplicada. Essas anestesias quando bem indicadas e administradas por especialistas, são seguras. Cada caso, claro, deve ser indicado de forma criteriosa. Tenho uma amiga que tem fibromialgia, ela pode ter mais dor que o normal? A maioria dos especialistas em dor é categórica ao falar que as pacientes portadoras de fibromialgia possuem maior propensão a ter dor operatória mais incomodativa, intensa, quando comparada `aquelas que não possuem fibromialgia. Da mesma forma as pacientes mais ansiosas também apresentam tal probabilidade.Claro, existem as exceções, e o preparo para a cirurgia deve ser feito de forma bem individualizada. Dizem que alguns pacientes ficam com muita dor de cabeça após a anestesia, por quê? A cefaléia pós-raqui, ou seja, a dor de cabeça que ocorre após essa anestesia, é considerada um efeito colateral, e não uma complicação. Existem fatores que predispõem esse acontecimento, como pacientes do sexo feminino em idade reprodutiva. Porém, é difícil prever quando pode ocorrer. Esse tratamento é simples e o anestesista está capacitado a fazê-lo.
Sua saúde em 1º lugar. Otorrinolaringologia Perda de audição | Zumbido | Tontura | Otite | Rinite | Sinusite Ronco | Apneia do sono | Rouquidão Dr. Milton Nakao CRM - MS 107 Dr. Leonardo Nakao CRM -MS 6430 Dr. Bruno Nakao CRM - MS 6160
Odontologia Dentística Restauradora | Clareamento dental Aparelho intraoral para ronco e apneia Priscila Nakao CRO -MS 3096
Fonoaudiologia Tratamento de distúrbio da fala Emília Nakao CRFA - MS 0144
Exames Audiometria | Impedanciometria | Teste da orelhinha | BERA Vectoeletronistagmografia | Nasofibrolaringoscopia | Telelaringoscopia
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Odontologia • Fonoaudiologia • Otorrinolaringologia
Rua: Marechal Rondon, 2372 67 3383.4855 | 9227.0606 | 9667.4855 contato@clinicanakao.com.br Responsável técnico: Dr. Milton Nakao CRM - MS 107
CAPA
Por Clarissa de Faria
mICHEL TELÓ O fenômeno da música sul-mato-grossense para o mundo todo
O
sotaque arraigado atesta o paranaense de nascimento, mas que se criou desde criança em Campo Grande-MS, cidade que ele considera sua verdadeira paixão. Logo aos seis anos, em 1987, apresentou-se pela primeira vez na escola, interpretando Roberto e Erasmo Carlos. Os pais viram ali
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a chama acender e, aos dez anos, ganhou seu primeiro acordeom. Dois anos depois, incentivado pelos amigos dos pais e vizinhos, criou o grupo Guri. Nessa época, Michel estudou piano, acordeom e violão. E, em quatro anos, estava como líder do Grupo Tradição, do qual fez parte durante 11 anos. Em 2009, lançou o primeiro trabalho solo, "Balada Sertaneja", de onde
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CAPA
Por Clarissa de Faria
“
saíram os hits "Ei, Psiu! Beijo Me Liga" e "Amanhã Sei Lá". Um ano depois, uma surpresa de tirar o fôlego: a ampliação do alcance dos sucessos sertanejos interpretados por ele, com uma pegada pop, rock e dançante, por meio do disco “Michel Teló Ao Vivo”. Em 2011, tudo foi elevado à décima potência. Na metade do ano, foi lançado “Michel na Balada”, cujo single “Ai Se Eu Te Pego" rendeu a venda de 16 milhões de cópias, e, desde então, o videoclipe oficial da música é
Como a música entrou na sua vida? Meu irmão mais velho, Teófilo, sempre ouviu muita música. Desde cedo, fui influenciado por isso, ele ouvia o tempo todo, tocávamos juntos, e assim nasceu o meu amor à música. A minha família sempre foi muito festeira e, como ela é muito grande, tudo sempre acabava numa roda de viola! Até hoje é assim! A sanfona sempre foi sua marca registrada. Qual sua relação com esse instrumento e quando surgiu o
‚
Com 12 anos, já tocava baile com meu irmão. E desde aquela época já tinha decidido que era isso que eu queria fazer. visualizado 800 mil vezes por dia. A música foi primeiro lugar em diversos países, como Israel, Itália, Áustria, Bélgica, Bulgária, França, República Tcheca, Alemanha, Holanda, Espanha, e na América Latina inteira. Fez 240 shows em 2011. Teve quatro indicações ao Grammy, sete indicações ao prêmio Billboard, e foi o primeiro brasileiro a entrar no top 100 da Billboard desde Sergio Mendes, que conseguiu o feito nos anos 1960. Michel relata para a Mood Life todo esse fenômeno, além de seus anseios e projetos.
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anseio de manuseá-lo? Toco sanfona desde a infância. Com 12 anos, já tocava sanfona em baile. De todos os instrumentos que eu toco, é sem dúvida o meu favorito. O primeiro instrumento que aprendi a tocar foi o piano, mas a sanfona é meu instrumento do coração. Ganhei a primeira do meu pai e a guardo até hoje. Na época do Tradição, quis popularizá-la e insisti nisso. Poucas duplas sertanejas tinham o acordeom na época. Quando a paixão virou profissão e você teve a certeza de que era disso que queria viver?
Eu estudo piano desde pequeno, sempre fui incentivado em casa para seguir a música. Com 12 anos, já tocava baile com meu irmão, em um grupo chamado Guri. E desde aquela época já tinha decidido que era isso que eu queria fazer. Você sempre se refere a Campo Grande como sua paixão. O que mais o faz pensar na terra onde foi criado e o que mais sente falta daqui? Sinto falta de muitas coisas de Campo Grande, mas mantive alguns costumes e hábitos alimentares para matar a saudade. Continuo tomando tereré e comendo mandioca com shoyu. Minhas referências musicais são de Campo Grande, vivi aí 25 anos da minha vida. Hoje em dia, a cidade é meu refúgio, meu momento de descanso e de ficar com a família.
Você ficou durante muito tempo à frente do Tradição, grupo sertanejo no qual você estreou antes de partir para a carreira solo. O que o início dessa trajetória representa para você, como artista? O Tradição foi extremamente importante para construir o artista que eu sou hoje. O fato de saber e gostar também da parte de produção do disco, ou de uma música, deve-se a tudo o que passei com o Tradição. Eu cuidava de todas as etapas dos discos do grupo, e isso me ensinou muito. Foram 12 anos juntos, éramos um grupo de baile que evoluiu ao longo dos anos. Demorou um bom tempo para eu tomar a decisão de sair; é um processo que você precisa deixar a zona de conforto. O Tradição tinha um cachê legal, meu salário era legal e eu estava muito bem aí, em Campo Grande, vivia muito bem. Mas saí na hora certa, na hora que precisava, estava com 28 anos, já.
Você faz parte da nova música sertaneja, como muitos denominam o seu estilo e o de outras dezenas de artistas. Reinventar um estilo musical foi consequência ou você sempre soube qual estilo gostaria de interpretar? Eu não acho que tenha reinventado o estilo. Há diversos estilos diferentes dentro da música sertaneja. Além disso, cada década que você pega, desde que a música sertaneja começou a ser gravada, na década de 1910 e de 1920, até hoje, houve uma evolução e muita mudança. E acho que precisava evoluir. No começo, era uma violinha e uma sanfona. Depois, Leo Canhoto e Robertinho trouxeram a bateria, o baixo e a guitarra, com a influência da Jovem Guarda. O Chitão e o Xororó trouxeram influências da música country, as guarânias. O Brasil, deixando de ser rural e virando urbano, exigiu que a música sertaneja ficasse urbana também. Sei que tem muita gente que
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CAPA
Por Clarissa de Faria
“Ai Se Eu Te Pego” foi a música mais vista na história do YouTube no Brasil, foram mais de 600 milhões de views em um único vídeo. Se juntar todos, dá mais de 1 bilhão de visualizações.
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não gosta do sertanejo mais pop, mais moderno, mas há espaço para todos os estilos, sempre. O sertanejo soube se popularizar e se modernizar.
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E as composições e todo seu processo de criação? Como isso surge e quando você percebe que determinada composição, sendo sua ou não, pode virar um hit? Eu recebo muita música, todos os
de gravar, penso se ela vai passar energia boa, felicidade, alegria e emoção para os fãs. É isso que busco nas músicas. Qual canção você considera o marco na sua carreira até agora? Sem dúvida, “Ai Se Eu Te Pego” foi uma reviravolta na minha carreira. E um marco para eu ficar mais conhecido. Mas, antes dela, que todo mundo já relaciona a mim,
Sei que tem muita gente que não gosta do sertanejo mais pop, mais moderno, mas há espaço para todos os estilos, sempre. O sertanejo soube se popularizar e se modernizar. dias, e realmente não é fácil dar o estalo de reconhecer um hit. Mas a gente sente na hora que ouve. Foi assim com “Ei, Psiu! Beijo Me Liga”, minha primeira música de trabalho solo. Depois, apareceu “Fugidinha”, que sentimos que era certa. É uma sensação mesmo. Quando a música vem com um papo diferente, uma vibe diferente, independentemente se é muito simples ou não, você sente. A experiência, minha e da minha equipe, nos dá esse poder. Quando ouço uma música antes
teve “Fugidinha”, que foi a música mais tocada em 2010, teve “Ei, Psiu! Beijo Me Liga”, que esteve entre as 3 músicas mais tocadas de 2009. Cada uma teve uma importância para a minha carreira.
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Quantos países você conheceu depois que a música “Ai Se Eu Te Pego” estourou? Em 2012, foram entre 230 e 240 shows. Passamos por 18 países.
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Admiro demais Chitãozinho e Xororó, a forma como construíram a carreira, como lidam com os fãs, com as mudanças pelas quais a música sertaneja passou.
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Sem dúvida, eu me espelhei demais neles.
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Qual é o sentimento ao ser reconhecido como um fenômeno da música sertaneja? Sempre de muita gratidão. Fico muito feliz de poder levar minha música para tanta gente, de aprender sempre, de seguir cantando e animando as pessoas com meus shows. Entre os sucessos internacionais, você ficou nas paradas até mesmo à frente da Madonna, sendo citado pela Forbes nessa medição de sucesso. A ficha demorou a cair? O que aconteceu com essa música foi surreal; historicamente, nunca aconteceu isso com nenhuma música brasileira. Foi a música mais vista na história do YouTube no Brasil, foram mais de 600 milhões de views em um único vídeo. Se juntar todos, dá mais de 1 bilhão de visualizações. Uma música cantada em português, no mundo inteiro, é inacreditável. Então, foi uma coisa absurda, tudo o que eu vivi, e foi uma bênção poder viajar o mundo, foi incrível. No começo, foi difícil para entender e me acostumar com tudo, sim. O cachê do seu show está entre os maiores do Brasil. A que se deve esse progresso em pouco tempo? Já estou há 22 anos na estrada, sempre trabalhando muito, e graças a Deus consegui emplacar muitas músicas, realizar muitos sonhos e chegar a um patamar bom, hoje em dia. Com a turnê “Fugidinha”, você fez um total de 240 shows, todos lotados. Uma proeza que muito artista e personalidade ainda não conseguiu. Como você lida com esse reconhecimento?
Sou muito grato, sempre. Fico feliz demais com o carinho dos fãs. São eles que fazem o artista, e reconheço sempre a importância deles para o meu trabalho.
Xororó, a forma como construíram a carreira, como lidam com os fãs, com as mudanças pelas quais a música sertaneja passou. Sem dúvida, eu me espelhei demais neles.
Nas horas vagas e quando consegue tirar férias, o que você faz? Gosto de curtir minha família, de ficar em casa, fazer um churrasco com os amigos, assistir a um filme, coisas simples.
O que faz para driblar a rotina atribulada de shows e a fama? A gente sabe que tem que se privar de alguma coisa, como ir ao shopping ou ao cinema, por exemplo, mas a gente se adapta. Dá pra tocar a vida, dá pra se dividir entre a agenda e a vida pessoal. Além disso, a fama e o assédio fazem parte da carreira. Tem que saber levar.
O que é um sonho e que ainda não conseguiu realizar? Ser pai.
Quais são os projetos para 2015? A ideia agora é lançar, em 2015, um projeto de músicas inéditas minhas. Eu recebi muitas músicas de compositores e, durante esse período, fui ouvindo algumas, já pensando no novo repertório. O programa “Bem Sertanejo” foi inspirador. Acredito que o novo disco será para o segundo semestre. Mas, até lá, devo lançar alguns singles. Historicamente, meus grandes sucessos foram singles.
E seu ídolo, quem é? No sertanejo, tenho muitos, mas admiro demais Chitãozinho e
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livre AO AR
A vida sobre as rodas e a rotina de pessoas que descobrem a paix達o por esportes urbanos.
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ais que uma opção, é uma forma de viver e exercitar o corpo e a mente de uma forma diferente, radical e nada convencional. Mas, engana-se quem acredita que os esportes urbanos já não conquistaram as ruas da cidade. É cada vez mais comum nos depararmos com crianças e adultos que adotam essa prática semanal. Seja sobre duas, quatro ou mais rodas, o que vale é a intenção de praticar algo que mexe com todos os sentidos do corpo, e melhor, ao ar livre. Ao trocar as primeiras palavras com Nycolas Schimid Palacio Borowski, 20 anos, a gente consegue entender como os cinco anos de prática no roller podem mudar a vida de uma pessoa. “O roller é, certamente, meu estilo de vida, é o que quero fazer todo dia e a todo
o momento. Além disso, por meio desse esporte, fiz muitos amigos, conheci músicas novas e tive a oportunidade de conhecer outras cidades e outros estados para competir. No dia a dia, é o que mais anseio depois de um dia de trabalho. Além dos benefícios físicos, a patinação é uma terapia.” Ele conta que, desde pequeno, sentia atração por patins e que andou algumas vezes com parentes e amigos. Mas foi em julho de 2009, quando um amigo disse que iria para uma pista de skate dar um rolê, que ele resolveu ir junto e levar os patins que havia pegado emprestado de outro amigo. “Eu nem sabia que existiam manobras, mas, naquele dia, só de andar na pista eu me apaixonei pela arte. Depois disso, comecei a pesquisar sobre o tema na internet, pra conhecer e aprender as manobras.”
FOTOS JIMENA BAUTISTA
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Estilo de Vida Por Clarissa de Faria
Nycolas finaliza o papo contando sobre a melhor conquista por meio do esporte: ter conhecido a mulher. “Foi no roller que conheci minha maior parceira. Nós nos vimos pela primeira vez na pista, treinamos juntos e fomos a campeonatos, entre outras aventuras. Por essas e outras que digo que o roller foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.”
BMX, também chamado de bicicross, é uma corrida com bicicletas especiais, que surgiu na década de 1950, na Europa. O BMX se divide em duas modalidades, o BMX Racing e o BMX Freestyle. O BMX Racing são competições do esporte mais focado na parte de corrida, onde o competidor tem que fazer o percurso no menor tempo. O BMX Freestyle é a competição e a modalidade onde o indivíduo faz diversos tipos de manobras, e o tempo que ele utiliza não é tão importante, mas sim a dificuldade das manobras. O BMX Freestyle, também chamado de estilo livre, possui suas próprias modalidades, que são diferenciadas pelo local e pela forma com que são executadas.
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De infância Foi durante a infância, aos 12 anos de idade, que André Pause Leite, 20 anos, começou a praticar o BMX. Desde então, a ânsia por saber mais sobre esse universo da bicicleta e suas modalidades fez com que ele nunca mais parasse. “A prática do BMX é uma válvula de escape pra mim. É no rolê que desestresso, encontro meus amigos, me divirto e cuido da minha saúde, também.” Sobre a rotina e como faz para conciliar com a faculdade de direito e o trabalho em um escritório de advocacia, ele garante
que é difícil, mas sempre arranja um tempo. “Antes ou depois do trabalho, na hora do almoço e até mesmo de madrugada, quando não consigo durante o dia. Sempre que posso, estou andando.” Sobre a experiência adquirida durante esses anos, ele acredita que é para a vida toda, e as lembranças, também. “Já briguei muito com namorada por causa da bike (risos), ela é minha companheira, além de algumas fraturas, que são inevitáveis.”
Pedro Henrique Santos, mais conhecido como Iti, tem 25 anos e anda de skate há 17 anos. A paixão de criança é, hoje, profissão que concilia com o marketing digital. “A prática é minha principal atividade, ela faz parte da minha rotina e, ao mesmo tempo, é quebra de rotina, também. Representa minha evolução e amadurecimento em um eterno conflito entre confiança, coragem, medo e vontade.” Para ele, o mais curioso durante esses anos foi entender que o skate é uma comunidade e que, por meio dele, pode ser bem recebido em qualquer lugar. “É perceber que manobrar é um elo comum que une os skatistas a um mesmo estado de espírito, sem preconceito ou disputas.”
A PRÁTICA ELA FAZ PARTE DA ROTINA E, É MINHA MINHA AO MESMO TEMPO, PRINCIPAL É QUEBRA DE ATIVIDADE, ROTINA, TAMBÉM. FOTO AO LADO JIMENA BAUTISTA. FOTO ACIMA DIOGO RIBEIRO
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família Aventura
em
Filha, mãe e netos viajam juntos de carro e conhecem Bolívia e Peru durante 20 dias.
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* Combustível R$ 1.400 - 100 litros de gasolina na carroceria da camionete - 4 tanques abastecidos durante o caminho entre um país e outro; * Hospedagem R$ 3.800 - 4 pessoas hotéis e hostel; *Alimentação R$ 2.000 - 4 pessoas; Total: R$ 7.200 - 20 dias, 11.300 km, 4 pessoas.
T
enho vários colegas e amigos que percorreram os países do Mercosul, aventuraram-se e passaram por alguns perrengues, e, outros, estão programando a aventura com meses de antecedência. Mas, quando ouvi pela primeira vez a história dessa família que programava essa viagem em quatro pessoas, pensei: Isso é loucura. Maria Izadora Oliveira Saldanha, 42 anos, é turismóloga, daquelas pessoas destemidas, que adoram se jogar no mundo e viver coisas novas. Impossível não se apaixonar pelos planos dela, a cada ano um lugar diferente. O que me chamou mais atenção foi sua mãe, de voz doce, suave
e delicada: Maria Sheila Oliveira Saldanha, aos seus 66 anos, não abre mão de uma boa viagem, todos os anos. Ao conversar com as duas, consegui entender de onde vem a ânsia por descobrir esse mundo ainda desconhecido pela maioria das pessoas. “Sempre gostei de carros, de dirigir, ralis, consertar defeitos quando aconteciam; sempre me virei, não fico na mão. Desde pequena, viajei com meus pais de carro e, depois que completei 18 anos, comecei a viajar sozinha ou com amigos, mas comigo dirigindo – isso sempre foi importante –, pelo Brasil, nos Estados Unidos e, nos últimos anos, pelos países abaixo da linha do Equador,
da América do Sul. Gosto de conhecer o incomum, o diferente. Lógico que sempre visito os pontos turísticos, mas o que me atrai mesmo é conhecer o que poucos conhecem ou que não sabiam que existia”, conta Izadora. As duas já fizeram diversas viagens juntas, de avião ou até mesmo percorrendo milhares de quilômetros de carro, são verdadeiras companheiras uma da outra. O inusitado, para mim, foi a coragem em carregar a tira colo uma criança de 9 anos, o Pedro Henrique Saldanha Chaves, e um jovem de 21, o Filipe Saldanha dos Santos, ambos irmãos, sobrinhos de Izadora e netos de Maria Sheila.
FOTOS ACERVO PESSOAL
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Na Estrada Por Clarissa de Faria
No caminho Os quatro saíram de Campo Grande rumo a Corumbá, no dia 15 de dezembro, e retornaram no dia 6 de janeiro. Foram 11.300 km da capital sul-mato-grossense até a cidade de Trujillo, no Peru. Durante todo esse percurso, fizeram inúmeros desvios, pois o objetivo é sempre conhecer o que muitos desconhecem, não somente o que está nos livros de história e geografia, mas aquilo que é preciso estar ali para ver e sentir. Maria Izadora conta que, durante o caminho, todos participavam e tinham funções específicas para que a viagem pudesse render. Na Bolívia, por exemplo, não são todos os postos de gasolina que abastecem carros estrangeiros e, em alguns trechos, nesses muito longos, não havia nada na estrada, muito menos um posto de gasolina; por isso, a carroceria da caminhonete estava carregada de gasolina, aproximadamente 100 litros. Filipe era quem a ajudava a abastecer o carro. A mãe, Maria Sheila, limpava o para-brisa, e o Pedro passava toalhas umedecidas para limpar os vidros. “Minha mãe, como educadora, nos enriquecia todos os dias com aulas de história e geografia sobre os pontos pelos quais passávamos. Eu, como já havia visitado muitas vezes a Bolívia e o Peru, e, pela minha profissão, sempre gosto de estudar os lugares para onde viajo, levei todos para conhecerem o que ainda não está em livros ou que não se encontra nas agências de viagens. Para o Pedro, eu dei um apelido, de PP, pérolas do Pedro, pois todos os dias ele saía com alguma coisa nova, que eu não conhecia. Em Machu Picchu, o nosso guia ficou encantado com ele, já que tudo que era perguntado ele respondia em um espanhol lindo. O Fillipe absorveu o clima da viagem para compor e cantar para nós. Foi uma surpresa para mim.” Durante os 20 dias da viagem, o grupo passou por Santa Cruz de La Sierra, onde enfrentou altas temperaturas. Em seguida, La Paz, passando
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FOTOS ACERVO PESSOAL
por Cochabamba, um percurso de 16 horas. Ao subir a Cordilheira dos Andes, a altitude e as curvas acentuadas fizeram com que Pedro passasse muito mal. A chegada a La Paz foi durante a noite e, após o calor escaldante do caminho, posaram na cidade, com temperatura de -3 graus Celsius. No quarto dia, partiram rumo ao Peru, passando por Desaguadero, Puno – onde ficam as ilhas de palha –, e, em seguida, Cuzco. No primeiro dia em Cuzco, visitaram o Vale Sagrado, Moray, Ollantambo, Saqsaywaman, Qenqo, Puca-Pucará, Tambomachay e Machu Picchu. Na cidade, Pedro e Filipe experimentaram cuy – porquinho da índia – e llama. “Se deliciaram, mas eu e minha mãe não tivemos estômago (risos).” No dia seguinte, seguiram viagem e conheceram a Cidade Branca, Arequipa, conhecida assim pelo centro histórico construído por uma pedra branca vulcânica, chamada sillar. Depois de dois dias, começaram a descer os Andes em direção à Costa do Pacífico, pelo deserto do Atacama. Nesse pico, almoçaram em um restaurante pitoresco em Camaná, na praia, e se deliciaram com os frutos do mar. “Lá, eles têm um sabor diferente, são mais fortes, fresquíssimos, uma delícia e muito barato.” Após o almoço, seguiram em direção a Nazca e conheceram, na estrada, uma plataforma de observação de dois geoglifos de Nazca. Em seguida, partiram rumo ao destino final, a reserva ecológica de Paracas, em Pisco. No caminho, pararam em Ica, onde desceram as dunas de Huacachina. Após dois dias, seguiram viagem ao norte do Peru, em Lima, depois Trujillo, onde fizeram um desvio para conhecer o sítio arqueológico da cidade de Caral. “No outro dia, fomos para a praia de Huanchaco, uma das mais famosas de Trujillo, onde a água é gelada mesmo no verão. Lá acontecem os campeonatos de surfe internacional, e você pode passear de totora, um
tradicional barco de palha.” Depois de dois dias em Trujillo, iniciaram o retorno ao ponto de partida. “Dormimos a noite de réveillon em Lima e, no outro dia, saímos para Nazca, pois a nossa aventura de avião para observar as linhas e outros geoglifos nos aguardava. São milhares de linhas que até hoje não se sabe para que servem, nem a quantidade exata delas. Dois dias depois, seguimos para Arequipa, permanecemos alguns dias passeando e fazendo compras. Saímos com destino a La Paz; no dia seguinte, estávamos em Santa Cruz, e no outro, em Campo Grande.” Sobre a experiência, Maria Izadora diz: “Essas viagens me deixam com mais vontade de conhecer o mundo, de dirigir por aí, sem saber onde vai dar, o que vou encontrar, se tem lugar para dormir ou comer.” Maria Sheila garante que a viagem é uma aventura, sim, e é preciso sair despreocupado, somente com o desejo de conhecer e explorar.
*As Linhas de Nazca, ou Nasca, são um conjunto de geoglifos antigos localizado no deserto de Nazca, no sul do Peru. Eles foram designados como um Patrimônio Mundial pela Unesco, em 1994. O alto planalto árido se estende por mais de 80 quilômetros, entre as cidades de Nazca e Palpa, nos Pampas de Jumana, cerca de 400 quilômetros ao sul de Lima. Embora alguns geoglifos locais lembrem a cultura de Paracas, estudiosos acreditam que as linhas foram criadas pela civilização de Nazca, entre 400 e 650 d.C. As centenas de figuras individuais variam em complexidade, a partir de simples linhas até beija-flores estilizados, aranhas, macacos, peixes, tubarões ou orcas, lhamas e lagartos.
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Feira Hype Por Thaís Pimenta
Bucha
Soberana
Que tal um armário todo em bucha vegetal? Foi justamente pela curiosidade de explorar esse material tão abundante no Brasil que o Cultivado em Casa criou o Bucha Soberana. Para mais informações, acesse www.cultivadoemcasa.com.
Tabriz e Herchcovitch
A Tabriz Collection e o estilista Alexandre Herchcovitch uniram know-how e experiências adquiridas ao longo de anos, em suas áreas, para criar um projeto de parceria no segmento fashion décor e acompanhar a tendência de consumo da moda além do corpo. A coleção está disponível
no www.tabriz.com.br.
Cadeira
GEMINI
As cadeiras Gemini, projetadas pelo escritório de arquitetura holandês UN Studio, em parceria com a fabricante Artifort, são uma boa opção pra quem busca por ambientes cada vez mais multifuncionais. Saiba mais sobre as cadeiras no link www.unstudio.com.
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VERDAÇO
Pensado pelos designers do estúdio Cultivado em Casa, o banco Verdaço surge a partir do contraste de dois materiais: aço inox e compensado. Saiba mais no link
www.cultivadoemcasa.com/banco-verdaco.
Almofadas Juliana Curi
Janis
O caminho dos gigantescos corpos celestes inspirou o designer português Luis Meneses na criação da luminária Stardust, para a marca Delightfull. Mais informações www. delightfull.eu/en/heritage/floor/ janis-standing-lamp.php.
A designer Juliana Curi cria coleções de estampas multicoloridas, inspiradas nas atuais tendências mundiais de home e décor. Muita cor nos detalhes! Confira os produtos: www.elo7.com.br/ julianacuri. ~ FOTOS DIVULGAÇAO
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Décor Por Thaís Pimenta
ARQUITETURA
HUMANIZADA Anderson Nantes uniu funcionalidade e aconchego em um projeto de fraldário no Shopping Bosque dos Ipês
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m espaço pequeno, de 20 m², recebeu uma das obras mais humanizadas já realizadas pelo arquiteto campo-grandense Anderson Nantes. Ele, que já esteve à frente de obras de supermercados, como o hiper Extra, em Dourados, e também de grandes franquias, como a Leroy Merlin, em Curitiba, assume que gostou de criar um espaço tão diferenciado. Pensando no conforto dos pais e, principalmente, das mamães, Anderson criou bancadas funcionais, pias com duchas aquecidas e um espaço reservado para amamentação, dando privacidade para a mãe e o bebê. "O espaço todo recebe uma bancada funcional, com espelho, pia com ducha aquecida para banho, um armário embaixo, com prateleira aberta para bolsas e pertences pessoais, e lixeiras. Na continuação da bancada, inserimos uma pia, filtro de água e micro-ondas para aquecer a mamadeira dos pequenos. Em frente, colocamos um sofá para descanso e um armário em que são guardados alguns objetos, como fraldas e lenços umedecidos, que serão disponibilizados pelo próprio shopping", explica o arquiteto.
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Essas salas têm uma poltrona confortável, cômoda para colocar os pertences e luz com regulagem de intensidade. Atendentes estarão sempre ali para auxiliar quem quiser usar o espaço. Além disso, fraldas e vários outros produtos para bebês serão disponibilizados sem custo.
SERVIÇO ANDERSON NANTES Arquiteto da Metra Soluções Tel.: (67) 9905-0577
FOTOS GILSON BARBOSA
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Gourmet Por Clarissa de Faria
SUSHI DA CASA
Fusão da culinária japonesa com diversos ingredientes é responsável pelo ‘boom’ dessa gastronomia no país todo
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partir de 1980, nos Estados Unidos, difundese a ideia de que a cozinha japonesa, especialmente o sushi, é saudável, o que causou o “sushi boom” por todo o mundo e, assim, disseminouse a cultura dessa gastronomia, com a abertura de sushi-bares e rodízios. Na mesma época, surgiu a interferência de diversos ingredientes na montagem desses pratos, como frutas, cremes, molhos diferentes e normalmente utilizados em culinárias de outros países – o chamado sushi contemporâneo. Formado em Portugal, o sushiman Eduardo Rejala trouxe sua experiência adquirida no país
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à Campo Grande, e garante que o sushi contemporâneo é uma tendência no Brasil e no mundo. “Os mais conhecidos são o Filadélfia, Alcapone, Califórnia e Hot Roll, mas já existe uma gama de outras variedades que vêm conquistando o paladar dos clientes”. Ele ressalta que o sushi contemporâneo, ou sushi fusion, deve sempre obedecer e levar em consideração a harmonia entre os ingredientes do mar, que são a base do sushi, com o que será acrescido. “Não podemos chamar de sushi algo que não tem como base o peixe cru, por exemplo. Muitos são os pratos denominados de sushi, mas nem todos podem ser chamados dessa forma.”
Ele explica que o próprio japonês já está se rendendo a essa tendência. “Tenho amigos profissionais da área que vivem no Japão e já me mostraram que os nativos estão utilizando cada vez mais os molhos ocidentais, por exemplo.” Fizemos uma seleção apurada de produções do Eduardo Rejala, algumas criadas por ele, e outras já conhecidas pelos apreciadores dessa culinária. Delicie-se!
Hot Filadélfia
Salmão, camarão e cream cheese. A crocância, além do salmão derreter enquanto levado à boca.
Hot Laranja
FOTOS JIMENA BAUTISTA
Enrolado de massa fina e crocante, recheado com salmão, camarão, cream cheese e cebolinha, coberto com molho do chef.
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Gourmet Por Clarissa de Faria
Sophia
Lâminas de salmão recheadas com camarão empanado, cream cheese e molho do chef.
SUSHI
CONTEMPORÂNEO Caracteriza-se pela oferta de novos tipos de sushi, com a adoção de alimentos próprios de cada país, aliada à técnica e à inspiração dos sushiman. A experiência surgiu em países cuja identidade culinária não estaria enraizada em culturas gastronômicas muito rígidas, permitindo experiências inusitadas, que aliam a cultura tradicional com a local e suas diversas influências, o que atrai cada vez mais pessoas de paladares ecléticos.
Tiradito Nikkei Salmão com azeite trufado e lascas de parmesão.
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Fatias de peixe fresco, elaboradas pelo chef com frutos do mar frescos do dia. Atum, toro (barriga) de salmão com raspas de limão-siciliano, polvo espanhol com azeite trufado, salmão e vieiras com ovas de massago.
Titicaca
Uramaki de salmão especial com manteiga trufada, cream cheese e queijo parmesão gratinado.
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FOTOS JIMENA BAUTISTA
Misto de sashimis
Cervejas Por Odirley Deotti
Aguçando o paladar
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embro-me de anos atrás, talvez pouco mais de 15 anos, quando algumas cervejarias comerciais resolveram inserir seus rótulos Bock no mercado nacional; poucos devem lembrar. Talvez, naquele momento, tenha sido um tiro do escuro e que, em um âmbito geral, não teve bons resultados. Fato é que essas Bocks praticamente desapareceram. Recentemente, decidi que iria escrever sobre cervejas aqui na Mood Life, pois notei que, hoje, as pessoas estão vendo a cerveja “com outros olhos”, deixando alguns preconceitos de lado, experimentando e pesquisando. No mesmo ritmo, o mercado da bebida teve uma grande transformação, principalmente para as cervejarias artesanais e seus rótulos fantásticos, que ganham espaço sem parar.
Como essa é a primeira publicação que faço a respeito, resolvi começar “do início”, não da história, mas do que mais interessa para quem vai experimentar e está em dúvida: o tipo de fermentação. Tradicionalmente, existem duas principais famílias, caracterizadas pelo tipo de fermentação. As Ale, que são as cervejas de alta fermentação, e as Lager, de baixa fermentação. As Ale são fermentadas em temperaturas de 14°C a 25°C, e a levedura fica em suspensão dentro do tanque. Em sua maioria, são cervejas mais fortes, muito aromáticas e complexas, de sabores com toque de flores e frutados mais perceptíveis do que em cervejas da família Lager. Os estilos mais conhecidos são: IPA (India Pale Ale), Weiss, Brown Ale, Saison, Stout, Porter, Dubbel,
Para os primeiros passos entre as Ale, indico a Backer Trigo, produzida em Belo Horizonte. Ela é a que sempre faço meus amigos experimentarem, para não causar impacto ao paladar iniciante. É uma German Weizen refrescante, de cor amarelo claro e bastante turva, com aroma frutado marcante e de paladar suave e adocicado. Deve ser tomada em copo WEIZEN, preferencialmente. *COM INFORMAÇÕES DE WWW.BREJAS.COM.BR E WWW.CERVEJASDOMUNDO.COM
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Quanto às Lager, uma boa pedida é a Brooklyn Lager. Bem diferente da conterrânea Budweiser, essa Vienna Lager tem coloração castanho claro, é bem lupulada, com amargor predominante. Leve e refrescante, é uma das melhores do estilo.
Trapistas, Pale Ale, Strong Golden Ale, Bitter. Já as Lager são de baixa fermentação e só começaram a ser produzidas a partir de 1400, na Alemanha. Fermentadas em temperaturas próximas de 10°C, a levedura se deposita no fundo do tanque. Por conta da fermentação fria, nesta família, em geral, o paladar é mais leve e as cervejas são mais carbonatadas e de fácil aceitação. As Pilsen, tão populares no Brasil, fazem parte dessa família, que também conta com as Helles, Bock, Schwarzbier, Vienna, Malzbier, American Light Lager. Atualmente, existem novas famílias surgindo, feitas com outros tipos de fermentação; mas ainda são pequenas, assim, deixaremos para falar sobre elas em outra oportunidade.
Feitos de vidro fino, extremamente elegantes e compridos, permitem admirar as cores da cerveja e o topo possibilita uma correcta expansão e desenvolvimento da cremosa espuma. Em geral, suportam até 0,5 litros de cerveja. Poderá utilizá-los com cervejas do tipo Dunkel Weizen, Gose, Weizenbock ou Hefe Weizen.
Vinhos
Por Douglas Mamoré Junior
mês Dica do
Caros amigos, espero que vocês tenham aproveitado bastante os dias de Carnaval e bebido muitos vinhos deliciosos. Embora o mundo das horas já tenha voltado ao normal, o que particularmente me agrada bastante, a estação mais quente do ano continuará a nos castigar por um bom tempo ainda. Sendo assim, mantenho minhas dicas para vinhos de verão, época que você pode abusar dos brancos e rosados de todos os estilos – espumantes, inclusive. O destaque deste mês vai para dois Rieslings, um do Novo e outro do Velho Mundo; bem refrescados ou quase gelados, eles são maravilhosos, especialmente para você que curte o que a vida tem de melhor.
Isabel State Dry Riesling 2008 – Isabel State Marlborough /Nova Zelândia Ótimo Riesling neozelandês, elaborado por um dos maiores nomes da reputada região de Marlborough, excelente para vinhos brancos. Muito fino e elegante, ele é bastante fresco na boca, cheio de frutas cítricas maduras, como maracujá.
IRiesling Cuvée Reserve 2012 - Dopff au Moulin - Alsace/França Um belo exemplo dos melhores Rieslings da Alsace, um branco bem seco e potente com um ótimo frutado e elegantes notas florais. Um vinho cheio de nuances em um estilo bem mineral, que combina muito bem com comida.
_ DOUGLAS MAMORÉ JUNIOR
ENÓFILO DESDE 2005, DEDICA-SE EXCLUSIVAMENTE AO UNIVERSO DOS VINHOS douglas@mistral.com.br
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Por Thaís Pimenta
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Nessie Ladle, à venda no Animicausa.
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Panquequeira para 4 minipanquecas Joie, no site Bololo.
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Faca de cozinha Tubarão Boston Warehouse, à venda no site Loopday.
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divertida cozinha
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Genio Billy the Artist, à venda no site da Nescafe.
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Caçarola Esmaltada Pintinho com Colher, disponível no site Mania Virtual.
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Caneca Foda-se, à venda no HC Store
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Moringa de porcelana Frida Carpe Diem, à venda no loopday.com.br.
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Cumbuca de escondidinho O Autêntico, disponível no site Loopday.
Eu sou
Sonia Caldart
e comemoro hoje, dia 5 de março, meu retorno a Revista Mood Life e os 6 anos do Cenário Feminino. As receitas e artesanatos aqui publicados foram exibidas no programa e podem ser vistas e revistas no nosso site: www.cenariofeminino.com.br Cadastre-se no site e receba semanalmente em seu e-mail nossos programas. Quer colaborar conosco? Envie e-mail para cenariofeminino@hotmail.com Siga-nos no facebook.com/cenariofeminino, no Instagram e outras redes sociais. Espero você todos os sábados às 9h da manhã no SBTMS e, mensalmente, aqui na Mood Life. Até breve!
Cenário Feminino
Cozinhe e coma com Bolo de churros
PRAZER
Ingredientes - 3 xícaras (chá) de leite; - 1 colher (sopa) margarina; - 1 colher (sopa) de canela; - 1 colher (sopa) de açúcar; - 1 pitada de sal; - 2 xícaras (chá) de farinha de trigo; - 1 colher (sobremesa) de fermento - 1 ovo; - Óleo de canola para fritar. Para ver o modo de preparo, acesse o nosso canal no Youtube. www.youtube.com/cenariofeminino
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GERALD UMPIERREZ Chef Internacional de gastronomia. Contato 67 9694-3797
Panqueca na Thermomix Ingredientes - 50 g de queijo parmesão ralado; - 300 ml de leite; - 300 g de farinha de trigo ou até dar o ponto; - 2 ovos; - 1 colher (sopa) de manteiga; - 1/2 colher (chá) de sal; Recheio frio - 1 folha de alface, queijo branco, cenoura ralada e peito de peru. Pode variar o recheio conforme sua preferência. Para ver o modo de preparo, acesse o nosso canal no Youtube.. www.youtube.com/cenariofeminino
Chinelos porta-celular Materiais - E.V.A 5 mm para a sola; - E.V.A. 2 mm para a parte superior; - Molde; - Papel cartão para transferir o molde; - 1 palito churrasco; - Caneta marcar CD; - Régua; - Tesoura; - Estilete; - Adesivos se desejar; - Cola instantânea Tec Bond nº 2. Assista a confecção em nosso canal no Youtube. www.youtube.com/cenariofeminino
KATIA UZUN LOPES Cantora, vai além de sua belíssima voz, é surpreendentemente criativa e habilidosa. Já cantou várias vezes no Cenário Feminino, só ou com o Grupo Bel Canto, e com seu marido, o Maestro Denis. Fez muitas artes também, como esses chinelinhos em EVA. Já mostrou a técnica de unhas marmorizadas, criou bijouterias, ensinou a fazer crochê e muito mais. Contato 67 8171-2855
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Cenário Feminino
Colecione nossos
MOLDES do encarte
Peppa Pig
Materiais - EVA 5 mm nas cores: *rosa bebê para pele; *amarelo para bota; *vermelho para vestido, laço, fundo da bolsa e alça; *branco para fundo olho; *preto para menina dos olhos; - Furador de bolinha; - Cola silicone fria; - Cola instantânea n. 2; - Tinta Puf alto relevo para tecido; - Caneta permanente preta; - Palito churrasco. Assista a confecção em nosso canal no Youtube. www.youtube.com/cenariofeminino
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ARTESÃ WANERESSA IGNACIO Especializada em E.V.A., artes pedagógicas, decoração de festas e dá aulas particulares de artesanato em geral. Contato 67 9233-7186
www.sierra.com.br
20 de fevereiro a 31 de marテァo de 2015
SIERRA Mテ天EIS CAMPO GRANDE Av. Afonso Pena, 4206 Tel: 3026.2060 facebook.com/SierraStudio
Entrevista Por Thaís Pimenta
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FOTO ASSESSORIA DE IMPRENSA
*Ausländer: A marca referência no Rio de Janeiro surgiu em 2003, mas apareceu pela primeira vez no Fashion Rio, em 2009. Encabeçada por Ricardo Bräutigam, a Ausländer começou produzindo t-shirts descoladas, cresceu tanto que hoje já conta com pontos de vendas no Japão, nos Estados Unidos e na França.
MARCELLA FRANKLIN Considerada uma das estilistas mais ‘in’ do momento, a designer aposta em uma moda praia nada convencional
M
arcella Franklin é uma carioca extremamente talentosa. À frente da Haight, uma das marcas brasileiras mais cool de beachwear, ela começou a trabalhar com moda na Ausländer* e, por incentivo de amigos próximos, resolveu botar em prática seu sonho de desenhar biquínis diferenciados. A Haight aposta em modelagens retrô, com um toque neovintage, tecidos especiais e silhuetas minimalistas. Hot pants e maiôs cavados são os carros-chefes da marca. Formada em designer gráfico pela PUC-Rio, Marcella sempre gostou de moda e de praia, por isso dá para entender por que a marca se tornou tão queridinha pelas cariocas. Com planos para expandir o nome internacionalmente, a Haight Clothing tem tudo para
invadir cada canto do Brasil. Para começar, conte-nos um pouco de como você foi parar na moda. Sou carioca, nasci e cresci no Rio de Janeiro. Vim de um colégio católico, no qual se falava em vestibular desde a quinta série. Filha de pais engenheiros e boa aluna em ciências exatas, cresci com a certeza de que seguiria a carreira tradicional da família. Até que, no dia da inscrição do vestibular, a paixão pelo desenho e pela criação falou mais alto: - Pai, eu me inscrevi em Design. - Design? E quem trabalha com isso faz o quê? (risos). Hoje, sou formada em Design Gráfico pela PUC-Rio, mas sempre estive ligada à moda. Na minha adolescência, fazia peças que gostaria de ter e não encontrava no mercado por aqui. E logo as amigas vinham perguntar
onde eu havia comprado, e lá ia eu pedir para a costureira fazer mais quatro ou cinco peças iguais. Foi então que, durante a faculdade, resolvi colocar a mão na massa e criei uma coleçãozinha com uma amiga. Fizemos uma página no Facebook, em que colocávamos as fotos para nossas amigas encomendarem. Logo a página tinha mais de 1.000 fãs, e as encomendas não paravam de crescer. E como você entrou na Ausländer, uma marca tão conceituada no Rio de Janeiro? Depois do sucesso dessa pequena coleção, o Cadinho (Ricardo Brautigan) viu minhas peças e me chamou para estagiar no estilo da Ausländer. De estagiária virei assistente e, logo depois, estilista. Estive na marca durante três anos
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Entrevista Por Thaís Pimenta
e posso dizer que a Ausländer foi uma verdadeira escola para mim. Por ser uma empresa pequena, tive a oportunidade de desenvolver diversas linhas de produtos: tecido plano, malha, tricô, beachwear. Como e por que surgiu a Haight? Cresci na praia e sempre colecionei biquínis dos mais variados lugares. Adorava fazer combinações diferentes e, principalmente, usar as peças vintage, compradas em brechós. A famosa hot pant, que agora aparece na moda praia carioca, já está no meu armário há
E como as pessoas receberam essas peças? As peças da parceria foram um sucesso entre as nossas clientes. E eu estava cada vez mais animada com o segmento. Quando saí da Ausländer, desenvolvi uma coleção de beachwear autoral, com referência a roupas de mergulho e de surfe, que sempre foi uma das minhas maiores vontades. Com apoio e estímulo de amigos, a coleção acabou ganhando ponto de venda no Leblon e em Botafogo, antes mesmo de ficar pronta; e, depois de lançada, teve um retorno
a minha quantidade, em duas das melhores fábricas cariocas. Mas, com a quantidade sendo mais baixa, o preço de custo é sempre mais alto, e assim funciona para cada etapa do processo. Desde a compra da matéria-prima, até o processo de estamparia e a confecção das peças. As modelagens da marca são mais comportadas do que estamos acostumados a ver normalmente. Você sentia necessidade de estar menos exposta na praia? As minhas modelagens são,
PARA MIM, A OBSERVAÇÃO E A CURIOSIDADE SÃO A MELHOR FORMA DE ESTÍMULO À CRIATIVIDADE. TUDO O QUE VEMOS, VIVEMOS OU ADMIRAMOS VIRA FONTE DE INSPIRAÇÃO.
alguns anos. Durante os três anos em que trabalhei no estilo feminino da Ausländer, tive a oportunidade de fazer algumas parcerias com diversas marcas. Em uma delas, eu e minha dupla do estilo, Erika, tivemos a honra de desenvolver peças de beachwear para o nosso desfile em parceria com Lenny Niemeyer. Lenny sempre foi referência para mim, tanto como criadora quanto em relação à qualidade dos produtos. Os desfiles da marca sempre foram impecáveis, chiques e inovadores. Foi aí que a minha paixão por beachwear aumentou ainda mais. Eu podia desenvolver peças com shapes diferenciados para a passarela, com o suporte, know-how e a estrutura de uma empresa como aquela. O que mais eu poderia querer?
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muito positivo. Foi então que um grande amigo me propôs uma sociedade e abrimos a nossa Haight. E a Haight conta com uma fábrica própria? Ainda não. A mão de obra para moda praia é muito específica e bem difícil de encontrar. Como cada etapa do processo de produção exige um primor no desenvolvimento, para chegar a um produto de alta qualidade, a maioria das marcas de beachwear brasileiras ainda precisa terceirizar a produção. Por isso, as grandes fábricas, em sua maioria, exigem uma quantidade mínima de produção bem alta. Este é o maior desafio para uma marca de beachwear pequena. Tive a sorte de conseguir uma exceção para
certas vezes, mais comportadas, pelas influências vintage que tenho nas minhas coleções. Muitas vezes, as calcinhas vêm menos cavadas ou em modelagens hot pants. Mas, ao mesmo tempo, temos alguns modelos com decotes certeiros, que mostram e escondem na medida certa. O modelo que mais vendemos é o nosso Maiô Cava. De decote fechado na frente, calcinha comportada, traz um ar chique e sofisticado. Mas abusa dos decotes laterais, que se mostram em certos movimentos, o que revela um ar de mistério. Sempre que lançamos, temos que programar muitas reposições. Como funciona o processo de criação dessas peças e como você adapta as tendências do mundo
FOTO ASSESSORIA DE IMPRENSA
da moda para a Haight? Para mim, a observação e a curiosidade são as melhores formas de estímulo à criatividade. Tudo o que vemos, vivemos ou admiramos vira fonte de inspiração. Seja uma cultura, uma experiência, uma época. Sempre fui fascinada por história da arte e, consequentemente, pela história da moda. Minhas coleções têm normalmente um tema mais amplo, comportamental, mas acabam sempre tendo referência de uma década específica. E o mais incrível é misturar aspectos diferentes em uma mesma peça. Então, posso desenvolver peças com modelagem retrô, com recortes de referência esportiva, do mergulho e do surfe. E os tecidos de esportes aquáticos podem aparecer em peças de silhueta limpa e minimalista, mais voltadas para a noite. Qual o modelo preferido das clientes? Sem dúvida, o modelo queridinho é o nosso Maiô Cava. De decote fechado na frente, calcinha comportada, traz um ar chique e sofisticado. Você acha difícil manter uma marca que investe em modelagens não tradicionais? Na minha primeira coleção,
ainda não sabia ao certo se teria uma saída boa das modelagens mais conceituais. Então, optei por fazer algumas modelagens mais tradicionais, como biquínis cortininhas, para comparar a saída dos dois modelos. Acabei fazendo uma grade maior dos biquínis comerciais e menor dos não tradicionais. Mas, surpreendentemente, as peças mais conceituais se esgotaram em pouquíssimo tempo, enquanto os cortininhas continuavam nas araras. Fiquei bastante feliz com a resposta e percebi que as clientes procuram a Haight justamente pelo tipo de produto que eu mais gosto de desenvolver. O processo de escolha dos tecidos e de criação de estampas é feito também por você ou conta com alguma parceria? Eu mesma testo e escolho os tecidos, mas o processo de criação das estampas é feito por designers supertalentosas. Nesta segunda coleção, a Ana Carolina Senna desenvolveu nossas estampas florais, que ficaram lindas nas suas três variantes. A Suzana Till foi responsável pela estampa geométrica handmade e, além disso, desenvolveu toda a nossa identidade visual e os materiais gráficos. Desde logo, tags,
embalagens, até o nosso catálogo impresso, que ficou incrível! Como adaptar as peças de moda praia no look da noite ou no look pós-praia? O conceito da nossa primeira coleção, "Terra Salgada", representa perfeitamente uma das principais características da marca. A mistura da terra e do mar, da natureza e da cidade, é um dos aspectos mais fascinantes do lugar em que vivemos. Pensando por este lado, nossas peças refletem essa transição. Modelagens urbanas são levadas às praias, e materiais e tecidos de esportes aquáticos aparecem em peças para a noite. Além disso, temos uma grande preocupação com mobilidade e bem-estar. Por isso, as matériasprimas são escolhidas e as formas de acabamento determinadas para atender a essas características, trazendo conforto e buscando a valorização dos variados tipos de corpos da mulher brasileira. Quais são os planos para o futuro? Temos um planejamento de expansão internacional, mas ainda estamos nos estruturando para o processo. O próprio nome da marca tem uma pegada estrangeira.
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Negócios Por Walter Gonçalves
'Responsabilidade Social não é gasto, é
Investimento' Consultor João Victor Faedo diz que empresas precisam ter uma causa em que acreditam, para serem de RSE.
O
s filhos da estabilidade econômica, nascidos na década de 80, foram os responsáveis por “empurrar” muitas empresas para uma tendência que, a cada dia, ganha mais força no país: a da Responsabilidade Social (RSE), um movimento tangido pelo sentimento da política e do ecologicamente correto. Com a estabilização da moeda e da economia, a partir do advento do Plano Real essa geração, que não conhece a fundo crise, inflação e desemprego, vem, nas duas últimas décadas, surfando em ondas calmas, em um cenário sem sustos ou surpresas na economia. Em virtude dessa calmaria, e dos investimentos que começaram a desembarcar no país a partir daí, estabeleceu-se uma acirrada concorrência entre setores do mercado. Fato que provocou o surgimento de um novo perfil de consumidor, mais exigente e consciente.
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“Sem preocupações como aumento de preços e desvalorização da moeda, esse consumidor passou a canalizar as suas atenções para outras questões, e a enxergar além da sua vida e do mundo ao seu redor. Ao perceber distorções, esse novo consumidor começa a questionar”. A análise é do empresário João Victor Faedo, 29 anos, diretor da Juntos! Soluções Estratégicas, uma empresa RSE, de Campo Grande. A Juntos! assessora organizações e entidades do Terceiro Setor, na captação de recursos, para que ONGs e associações filantrópicas, sem fins lucrativos, possam desenvolver projetos nas áreas de assistência social e de preservação ambiental. Esse espectro de consumidores, além de exigir mais qualidade nos produtos que adquire, passa a optar por mercadorias em que os fabricantes ou revendedores tenham preocupações com a melhoria da
qualidade de vida das pessoas e do planeta. “Observa, por exemplo, se a embalagem do produto é biodegradável, que não agride a natureza”, pontua João Victor. Fustigados por esse comportamento do consumidor, empresários começaram a entender que também fazem parte de um processo; que os problemas que afetam a comunidade onde atuam podem refletir em seus negócios. Perceberam que o expediente nefasto da busca do lucro pelo lucro, largamente utilizado, não tem mais espaço nesse novo contexto do mercado. Com receio de perder clientes, e dos prejuízos, o empresariado inicia, então, a adesão à Responsabilidade Social das Empresas e começa a investir em ações de assistência social ou em projetos de sustentabilidade. “Paralelamente às verbas para publicidade de seus produtos, as empresas passam, também, a
FOTO WWW. DOLLARPHOTOCLUB.COM
destinar parte de seu orçamento para ações de RSE”, destaca Faedo. Pressionados por essa onda do politicamente correto, empresários miram o foco, ainda, na preocupação com a melhoria de vida das futuras gerações, nas quais certamente estarão os seus filhos e os filhos destes, bem como na perpetuação de suas empresas. “Responsabilidade Social não é gasto, é investimento”, assinala João Victor. Para ele, ao desenvolver ações assistenciais ou de ordem ambiental, o empresário, além do retorno financeiro que terá, poderá ganhar futuros clientes ou colaboradores, os quais foram beneficiados por seus projetos. Mas o consultor da Juntos! faz um alerta. Vai se dar mal o empresário que desenvolver atitudes socioambientais, pensando somente em marketing. “Se agir assim, estará fadado ao fracasso, pois a nova sociedade que está aí percebe e reage contra”,
afirma Faedo. Ele acrescenta que não basta só investir em ações. “A empresa tem de acompanhar os projetos e assegurar que deem resultados.” O principal quesito para uma empresa ser RSE, na avaliação do empresário, é ela ter uma causa na qual acredita e deixar um legado para as décadas seguintes. “Para o empresariado, tornar a sua empresa como sendo de Responsabilidade Social é o grande caminho para deixar um legado positivo”, conceitua.
“
João Victor e outros empresários que já passaram por esse caminho evitaram com isso, talvez, o dissabor de terem que recitar às novas gerações os melancólicos versos de Ivan Lins, na canção “Aos nossos Filhos”: “Perdoem a falta de folhas, Perdoem a falta de ar, Perdoem a falta de escolha, Os dias eram assim... E quando brotarem as flores, Quando crescerem as matas, Quando colherem os frutos, Digam o gosto pra mim...”
Para o empresariado, tornar a sua empresa como sendo de Responsabilidade Social é o grande caminho para deixar um legado positivo.
‚
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Negócios Por Walter Gonçalves
A Centro Oeste Lubrificantes, baseada em Campo Grande, está entre as empresas que cerram fileiras na Responsabilidade Social. Criada em 2005, já em 2007 seus diretores adotaram a RSE, levados pela necessidade de dar uma destinação adequada aos resíduos gerados pela empresa: óleo lubrificante e as embalagens. Nascia, aí, a preocupação com o ecologicamente correto. Porém, as ações da Centro Oeste não se limitam à preservação do meio ambiente. O social também tem espaço na empresa, a qual, juntamente aos seus mais de 130 funcionários, promove atividades assistenciais que beneficiam entidades filantrópicas. No campo ambiental, por meio do Departamento de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, a empresa buscou parceiros especializados em descarte, para receber os resíduos acumulados, dando destinação correta a eles. Mariane Sunada, responsável pelo departamento, adianta que, por mês, 50 litros de óleo lubrificante e 30 mil embalagens de plástico e de papelão são enviados para o descarte. No caso do óleo, explica Mariane, esse lubrificante descartado é novo, foi utilizado somente para análise em laboratório. Enviado para as empresas de descarte pelos próprios clientes da Centro Oeste, o resíduo passa pelo refino e, em seguida, é colocado à venda. Para o descarte e destinação das embalagens, a empresa paga pelo serviço. Ela tanto recebe os recipientes dos seus clientes, como também vai recolher nesses parceiros, caso seja solicitada.
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FOTOJIMENA BAUTISTA
Ensinamento
E ainda mantém um ponto de descarte dentro da Centro Oeste, onde são depositados os seus materiais recicláveis. “Com isso, evitamos que o óleo e as embalagens venham a agredir a natureza”, ressalta Mariane. Outra ação na direção ecocorreta da empresa é o Programa Troca Inteligente. Por meio de minicontêineres espalhados em rede de postos de combustíveis, concessionárias de veículos e até em fazendas, os consumidores podem colocar a quantia certa de óleo que o seu carro necessita, no sistema a granel, pagando menos e eliminando, assim, embalagens e descartes. Sob os aplausos da natureza.
Na área da assistência social, a empresa tem uma parceria com a Associação dos Amigos da Criança com Câncer – AACC, pela qual, todos os anos, adquire camisetas da entidade, que são vendidas aos funcionários e clientes, com o dinheiro revertido para a AACC. Gincanas para arrecadar alimentos são realizadas frequentemente, envolvendo os funcionários. Os produtos são doados a entidades beneficentes. Para o diretor da Centro Oeste, Tabajara Ribeiro Pinto, ser uma empresa RSE é se preocupar “com a qualidade do meio ambiente e do social”.
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Carreira
LÍDERES: TODOS PODEM SER! N
_ LÚCIA COLETTO É COACH E CONSULTORA ORGANIZACIONAL, ESPECIALISTA EM GESTÃO DE PESSOAS E EMPRESAS consultoria@aghil.com.br
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essa edição resolvi compartilhar com vocês um texto muito interessante de um colega consultor chamado Paulo Alvarenga que é especializado em desenvolver Líderes Empresariais. Ficamos tão preocupados com o cargo e o título da nossa função que às vezes precisamos relembrar o que é liderar de verdade! “Sabemos que liderança é ter habilidade de influenciar as pessoas a agir. Conquistar uma pessoa por inteiro e fazê-la cumprir os objetivos e conquistar as metas da empresa é o poder invisível que um líder possui. E aí está à diferença entre poder e autoridade, entre ser líder ou não. Quando você tem poder, as pessoas fazem a sua vontade, mesmo que não desejem, por obrigação à obediência a uma hierarquia corporativa. Quando você cria vínculos e motiva as pessoas a darem o melhor de si, por causa da sua influência pessoal, isso é que o faz um grande líder. Tornar-se um bom líder não é ser bonzinho, é estimular as pessoas a fazer o que elas precisam que seja feito, e não o que elas querem que você faça. Contudo, isto muitas vezes, significa ser duro e, às vezes, leve. Para se tornar um líder, é preciso refletir a mudança que se quer ver no mundo. Ele tem uma vida equilibrada. Ele sabe que liderança não é um conceito que se aplica somente ao trabalho. Exerce essa função até mesmo dentro da sua família e em sua comunidade.
É sócio-diretor da Crescimentum, empresa de treinamentos e consultoria especializada em desenvolvimento de líderes empresariais.
Lidera, antes de tudo, sua vida. Uma liderança significa desenvolver a capacidade de utilizar o seu potencial ao máximo com ética e integridade. Não existem líderes prontos, não existem seres humanos prontos. Há seres humanos sempre em formação e em transformação, assim como líderes. Cada ser humano e cada líder pode se tornar um santo ou um demônio dia a dia. O líder ouve, respeita, reconhece, inspira e age. A minha experiência como coach e consultor em liderança há mais de 10 anos tem me mostrado que poucos líderes se mostram dispostos, na prática, a estabelecer esta conexão com a sua equipe ou com seu liderado. A maioria alega falta de tempo e ainda dizem: “se eu fizer tudo isso, não terei tempo para liderar.” Liderança não é o que você faz, e sim o que você é. Um bom líder serve e conquista autoridade ao invés de exigir ser servido. É preciso agir e colocar em prática a liderança servidora. O papel é ajudar as pessoas da sua equipe, é orientar as pessoas a serem melhores, a se desenvolver, a ser melhor que elas podem ser. Se você dá a seu time o que ele precisa e não o que ele quer, ele também vai lhe dar o que você precisa para liderar com eficácia. Liderança de resultados pressupõe: preparo, dedicação e experiência. Pense nisso. Você também é capaz!”
Inspiração
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_ JOSUÉ SANCHES É CONSULTOR EM
MARKETING ESTRATÉGICO E AJUDA PESSOAS A MUDAREM SUAS VIDAS TRANSFORMANDO SEUS NEGÓCIOS POR MEIO DA INOVAÇÃO
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odo dia, ouço a mesma história de pessoas que batem à minha porta procurando respostas para um fato bem comum atualmente: negócios, serviços e produtos que fizeram sucesso por anos simplesmente não vendem mais. Mas como? Funcionou por 10, 20, 30 anos. O ponto é ótimo, a receita é a mesma, a embalagem é linda. Pois é, Seu Zé, mas não funciona mais. Normalmente, eu respondo com outra pergunta: - Você gosta de comer no mesmo lugar todo dia? E, geralmente, a resposta vem depois de uma pausa dramática: - Acho que não. De repente, também me lembro de uma frase que antigamente, vira e mexe, eu ouvia da minha mãe: - Humm, tô com uma vontade de comer uma coisa “diferente”. A diferença entre aquele tempo e hoje é que, atualmente, tem aos montes desse “diferente” pra comer. E olha que estamos falando apenas de comida. Mas isso serve pra qualquer coisa. Daí, o primeiro motivo para ninguém querer seu produto ou serviço é que estamos bombardeados de opções. Mais do que isso, estamos entorpecidos pela possibilidade de ter muito para escolher. Não é muito difícil você dar uma volta na cidade ou uma olhada nos guias on-line e soltar: - Não tem nada de interessante pra comer. Mesmo com as várias
opções que têm aberto todos os dias. Ou seja, estamos enchendo o saco numa velocidade maior do que percebemos. Um camarada chamado Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, define muito bem esse nosso comportamento que deságua exatamente num mar chamado consumo. Segundo ele, vivemos em uma sociedade e economia da liquidez. Nada dura, nada é sólido, tudo é facilmente transformado, permeável, remixado e ressignificado. E tudo é tudo. Principalmente as relações, inclusive as comerciais e de consumo. A vantagem é que abre um sem fim de possibilidades para coisas novas. A má notícia é que elas perderão a graça muito rapidamente. Como sobreviver nesse mar? A primeira resposta é parar de sofrer e buscar entender essa coisa toda e como tirar vantagem dela. A segunda, e mais importante, é entender que, nessa economia líquida, pessoas não compram mais coisas, produtos e serviços. – Ah, não? - Não! Mas esse já é um papo para o mês que vem. Ou pra um café, com Josué.
Transparência Por Walter Gonçalves
FOTO GILSON BARBOSA
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TRANSPARÊNCIA
e planejamento REINALDO AZAMBUJA, 52 anos, governador de Mato Grosso do Sul. Formação: Administração de Empresas. Outra atividade: Produtor rural. Estado Civil: Casado, três filhos. Trajetória política: Foi prefeito de Maracaju por dois mandatos, de 1997 a 2004; deputado estadual e deputado federal.
C
om a eleição de Reinaldo Azambuja para o governo, o PSDB chega pela primeira vez ao posto máximo de Mato Grosso do Sul. Debutando na administração estadual, os tucanos, por serem novidade, querem mostrar um novo perfil de gestão. Isso ficou muito claro na entrevista que o novo governador do Estado concedeu à Mood Life em seu gabinete, na Governadoria. Transparência e planejamento foram as duas palavras mais pronunciadas por Azambuja durante a conversa. Para ele, sem esses dois pilares nos atos de governo, uma gestão não chega a lugar algum. Nessa direção, ele vai cobrar metas de cada secretaria, e seus titulares vão assinar termo de compromisso. Reinaldo diz que é cedo para se falar em eleições municipais de 2016 e defende a Reforma Política, com mandato de cinco anos, sem reeleição, para todos os níveis de administração. Governador, em quais projetos o senhor está debruçado nesses 100 primeiros dias de governo? Prioridade nossa nos cem primeiros dias é organizar as estruturas internas do governo, são as estruturas das secretarias. Então, como nós tivemos uma grande mudança
das estruturas de governo, principalmente com a criação da Secretaria de Planejamento e Gestão, que é quem vai normatizar e organizar as estruturas internas do governo, os 100 dias iniciais são de planejamento de curto prazo, que vai ser feito dentro de cada uma das unidades, nas compras de governo, aumentar a eficiência, trabalhar com transparência, trabalhar com a Sala de Situação que a gente está montando aqui dentro da Governadoria, para ter um raio X do governo por dentro, aquilo que é falho, aquilo que precisa ser modernizado, principalmente um governo transversal. Que uma secretaria converse com a outra. Nós tínhamos, no início do governo, 270 programas de TI, Tecnologia da Informação. Programas que um não conectava com o outro. Um programa poderia servir ao governo, e nós tínhamos dez programas servindo a dez secretarias. Isso precisa mudar; o grande desafio do início é a organização interna do próprio governo para poder, após os 100 primeiros dias, planejar a Lei das Diretrizes Orçamentárias, planejamento de médio prazo. O que é o médio prazo para nós? É o ano de 2015. E o que é o longo prazo? É o final do mandato, até 2018, planejando todas as obras que a gente vai fazer, viárias, todas as obras de infraestrutura, recuperação de escolas, de prédios públicos, e as obras estruturantes. Isso é planejamento, ele vai nortear o governo para os quatro anos. Esses são os principais gargalos do estado que você pretende atacar? Acho que um dos principais gargalos sim é a organização do governo interno, por exemplo: nós temos 4.500 processos de licenciamento ambiental dentro do Imasul. Esses processos que impedem o desenvolvimento do Estado, destravar isso é uma prioridade. E como se faz isso? Nessa organização interna, se encontra a reestruturação do Imasul. Outro exemplo: nós temos mais de mil processos de licenciamento de construções no corpo de bombeiros; de tudo o que você vai construir hoje, precisa da liberação do corpo de bombeiros, nós temos que destravar isso. Essa organização está criando uma estrutura dentro do corpo de bombeiros, para dar agilidade ao processo, principalmente o governo. Ele é eficiente até
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Transparência Por Walter Gonçalves
para arrecadar, é uma boa máquina arrecadatória, mas gasta mal. Nós estamos ampliando a central de compras, conectando com a nota fiscal eletrônica para ampliar a base de pesquisa de mercado, fazer tudo com pregão eletrônico. Por que nós conseguimos comprar os uniformes mais barato do que no ano passado? Porque nós colocamos a modalidade de pregão eletrônico, deu mais competitividade nas compras governamentais. Isso, para dar conta dessa demanda que a sociedade tem, e atacar naquelas prioridades que foram as prioridades que nos colocaram aqui: saúde, segurança, educação e desenvolvimento. Mas pra destravar tudo isso, o senhor vai precisar criar leis, vai ter que mandar projetos para a Assembleia Legislativa, vai depender também da boa vontade da Assembleia. Olha, nos 100 dias, nós vamos fazer uma coisa. Baixar vários decretos e projetos de lei que vão normatizar a organização das estruturas governamentais, nós vamos criar um fórum permanente de discussão com os servidores, para valorizar o servidor público, que estava muito desmotivado; contar com o apoio da Assembleia, na aprovação desses
projetos de lei. Não tenho dúvida que a Assembleia vai ser parceira nisso. Então, o Painel de Transparência, Sala de Situação e, principalmente, acho que a tônica do governo nos 100 dias, será a de cada secretário nosso vai assinar um termo de compromisso, com metas estabelecidas para os quatro anos. Saúde, vai ter meta para diminuir o que? Mortalidade infantil, mortalidade materna, e aumentar o número de atendimentos para as pessoas no Mato Grosso do Sul. Educação? Tem que melhorar o Ideb, nós temos média vermelha na Educação, 3.4 e 3.7. Se nós tivéssemos média cinco, seria nota azul. Mas temos essa nota vermelha. Qual é a meta para a Educação? Que ao final de 2018, pelo menos a gente atinja a média cinco. Essas metas são estabelecidas para todos os secretários; eles vão assinar um contrato de gestão com o governo, que é aquilo que a gente chama de meritocracia, de choque de gestão, de melhoria da prestação de serviço do governo para atender as maiores necessidades da população. O senhor falou em Ideb, mas para melhorar esse indicador, é preciso também valorizar os professores. Houve um embate recente, em relação ao aumento do salário da categoria.
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Essa demanda por salários e ganhos vai ser uma tônica, porque isso é uma reivindicação justa em todas as categorias. O problema na questão dos professores é que ficou uma lei que autorizava 25% de aumento a cada ano, começando em 2015, para ter um aumento de 100% até 2018; essa lei foi aprovada em 2013. Eu disse aos professores, se fosse fácil pagar 25% de aumento a cada ano, o governador anterior teria dado já em 2014, e ele deu 2% de aumento em cima do piso, que foi de seis e meio, certo? Não deu os 25 %, mas jogou para nós os 25%. Nós discutimos isso com a categoria, nós vamos fazer um escalonamento, e vai ter ainda um aumento esse ano. Um acima dos 13% que nós colocamos, e isso vai ser debatido com todas as categorias. Eficiência, maior qualidade na prestação de serviço, quem trabalhar mais, produzir mais, tem que ganhar mais, isso é meritocracia, e a gente quer implantar para as categorias que toparem. Não vamos fazer nada impondo a situação, eu já fui procurado por várias categorias que falaram: "olha, nós queremos que você implante a meritocracia". Por que? Quem for mais assíduo, trabalhar mais, recebe mais. Meritocracia você tem ganho coletivo, que é o ganho que todos ali recebem, e você tem o ganho individual, que é aquele que quem desempenhar melhor a função tem um ganho maior. Então, nós vamos trabalhar com esse perfil no novo governo, trabalhando e conversando com os servidores. Governador, o senhor disse que está planejando o Estado para quatro anos, mas todo o governo também planeja pensando no futuro, nas próximas décadas. Quais são os projetos estratégicos do senhor para o MS do futuro? Primeiro, mudança da lei de incentivos fiscais, porque ela é concentradora de investimentos em algumas regiões, então é potencializar o desenvolvimento em todo o Estado. Nós temos regiões hoje muito pobres, e essas regiões também precisam de desenvolvimentos. A lei de incentivos vai diferenciar os investimentos; nós podemos dar até 90% de incentivo, então nós vamos dar o incentivo maior naquelas regiões que estão precisando mais hoje. Segundo ponto: o mapa da logística do Estado. Nós precisamos enfrentar algumas questões, como por exemplo: estamos discutindo com o ministro dos Portos, os portos de Corumbá e Ladário, de Porto Murtinho, de Bataguassu, e o porto de Três Lagoas. São fundamentais para escoar as riquezas do Estado, e eles precisam realmente sair do papel, deixar de ser a barranca do rio, para ser realmente um porto que dá competitividade à industrialização. Por que? Nós somos grande produtor de commodities, matéria prima, mas nós precisamos industrializar essas commodities aqui dentro, porque isso agrega valor ao nosso produto. É preciso ter uma logística de escoamento das nossas riquezas, uma formação profissional forte. Não adianta você também incentivar a indústria para vir, e trazer o emprego de fora;
você precisa qualificar a mão de obra, então o governo tem que estar à frente disso. Tem que ser estratégico, e junto com isso, os programas, um programa de irrigação, o Estado não tem um programa de irrigação, nós precisamos aproveitar bem esse potencial hídrico que nós temos aqui. Um programa de recuperação das áreas de pastagens degradadas. Mato Grosso do Sul tem 9 milhões de hectares de pastagens degradadas; isso é um ativo muito grande que nós temos que aproveitar para inserir isso no processo produtivo. Pode ser para a pecuária, para a agricultura, pode ser para seringueira, para cana, pode ser para a própria silvicultura, e outras atividades que podem agregar valor, e ocupar essas áreas degradadas. O Estado vai fazer programas específicos. Em contrapartida, nós queremos investir também no pequeno produtor. Hoje, 85% das frutas, dos legumes e das verduras consumidas em Mato Grosso do Sul, são produzidos em São Paulo e Paraná. O pequeno produtor não consegue organizar um sistema produtivo sem o apoio governamental. O governo tem que ser o indutor desse cinturão verde, das cooperativas de produção, das associações de produtores, para potencializar. De que forma, governador? Nós estamos desenhando através da Agraer e direcionando o foco para o grupo de produção: fruticultura, hortifrúti, leite. É uma questão que nós podemos crescer muito nos pequenos produtores aqui no Estado, só que isso precisa ter uma organização. Está sendo desenvolvido um programa sustentável para ocupar esses 60 mil pequenos produtores que, se você olhar, estão praticamente abandonados, saindo dos assentamentos rurais e, de novo, migrando para a periferia da cidade, por falta de condições de ter renda, de ter competitividade, sustentar sua família. Eu acho que o grande desafio nosso é organizar esse sistema produtivo, e atacar as prioridades do cidadão. Governador, por falar em prioridade, a Saúde no Estado está na UTI... A caravana da saúde. Vamos começar agora em março a diminuir essa fila que nos envergonha, que é a das cirurgias, que estão esperando há sete anos; tomografias e ressonâncias, que estão há três anos esperando; ultrassom, que faz mais de anos que não é feito; nós vamos levar para as regiões a oportunidade do cidadão, regionalmente, ter acesso ao atendimento de saúde nos 11 polos regionais. Nós temos 11 polos regionais de saúde que estão praticamente abandonados pelo governo hoje, por que? 57% dessas pessoas vêm para Campo Grande. Se tivessem atendimento em Coxim, ficariam em Coxim; se funcionasse o hospital de Aquidauana, ficariam em Aquidauana.
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Os pequenos hospitais estão fechados, sucateados. Nioaque faz tempo, não nasce ninguém na cidade, as mulheres têm bebê fora de lá. Hoje não nasce nem Nioaquence nem Ladarence, porque não tem hospital, então isso é a falência do setor de saúde. Nós vamos começar a recuperar essa falência com os mutirões. Se você for [acho que vai ser no final de março] em Coxim, é a primeira caravana da saúde, você vai ver lá cirurgias que estão há sete anos esperando, sendo feitas. Agora, não adianta também diminuir a fila e não deixar o atendimento. Esses hospitais vão funcionar com o apoio do governo do Estado. Um exemplo: em Coxim terá tomografia, ultrassom de última geração e atendimento cirúrgico. E essa equipe vai ficar na região atendendo a demanda, porque senão, você atende hoje, e a fila aumenta depois. Os 11 polos regionais vão ser estruturados no ano de 2015 para terem atendimento regionalmente; a hora que atender regionalmente, deixa de vir para Campo Grande. E qual é o projeto para Campo Grande? Precisamos fazer o hospital do Trauma e o hospital do Câncer, são duas obras. O hospital do Trauma está há 21 anos sendo construído. Tem jeito de finalizar a obra? Tem sim! Ali teve um problema de desvio de dinheiro, de obras que foram mal feitas, de mudanças de projeto sem ter a aprovação do ministério da Saúde. O que cabe ao novo governo, junto com a Santa Casa agora, é destravar o projeto, fazer com que os culpados do passado paguem pelos seus erros. Nós não podemos eternamente pagar pelos erros do passado, e não sair; é uma missão que nos foi dada pela população para destravar o hospital do Trauma, e para destravar mais de 50 leitos de atendimento na Santa Casa, que estão sendo ocupados por vítimas de trauma hoje. Governador, eu quero voltar na questão da descentralização dos incentivos fiscais. Com isso, o senhor pretende ampliar a matriz econômica do Estado? Acho que nós temos aqui um potencial, por isso eu falei dos programas de desenvolvimento na área de pastagens degradadas porque, se você aumenta a cana, você aumenta etanol, açúcar e geração de energia, aumenta emprego. Na hora que você aumenta pinos de eucalipto, além de você aumentar a produção de celulose, você tem opção hoje da indústria moveleira em Água Clara. Nós vamos instalar talvez uma das maiores indústrias de MDF do Brasil. Junto com ela, vem a indústria de imóveis, você agrega valor. O eucalipto nos pinos tem, através da biomassa, o potencial de gerenciamento de energia. Então, isso vai diversificando. Agora, nós precisamos levar para outras regiões. Em Iguatemi, nós demos um incentivo fiscal para o JBS reabrir um frigorífico lá, que estava há seis anos parado. Ele é um frigorífico, ela é uma indústria de carne que faz a desossa e a embalagem, e é uma charcaria
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que faz o charque para ser exportado para outros países; pode gerar 800 empregos agora, então nós abrimos mão de tributo, para dar oportunidade de emprego lá em Iguatemi. Nós temos a região norte que tem uma série de problemas. Temos ali um potencial de crescimento de produção, mas hoje você ainda não tem industrialização, e ali você tem o quê, de vantagem? Talvez uma das maiores riquezas e belezas naturais. Se você olhar Costa Rica, parque nacional das emas; se você olhar Alcinópolis, nós temos sítios arqueológicos que são uma coisa histórica. Se olhar Rio Verde, Coxim, Pantanal, tem que fazer um roteiro integrado de turismo. Integrar isso, você integra desenvolvimento, leva oportunidades. Esse gatilho que vai ficar na lei de incentivos, ele é justamente para potencializar as regiões mais pobres. Quem quiser ir pras essas regiões tem 100% de incentivo, quem quiser permanecer na fronteira com São Paulo, com regiões mais desenvolvidas, tem 60%. E quais são os incentivos? É ICMS, doação de terrenos, abertura de estradas, diminuir ISS, incentivar a importação das máquinas para gerar o desenvolvimento da indústria. Governador, e quanto a competitividade dos produtos de Mato Grosso do Sul? Há anos, o Estado trava uma guerra fiscal com São Paulo, Como o senhor vai negociar isso? Será que terá mais facilidade, já que o seu colega, o governador paulista, também é tucano? Isso não existe, cada governador defende os interesses do seu estado. Então, essa guerra sempre vai existir, tanto que ela está no Supremo. Se nós não dermos condições de ter esse atrativo, é muito melhor a indústria ficar perto de centro consumidor. Porto de Santos hoje é um dos maiores portos exportadores, o de Paranaguá é um dos maiores portos exportadores de riquezas, por isso nós precisamos criar um ambiente agora. São Paulo não consegue mais ampliar a produção de cana, da pecuária, grãos, eucalipto, porque eles já estão praticamente com a área toda deles tomada, e nós aqui temos atrativos, o que que é? A terra fértil, clima agradável, e 9 milhões de hectares de pastagens degradadas, essa pastagem degradada pode ocupar esse processo produtivo. Agora, nós não queremos ser exportadores de commodities, nós queremos industrializar aqui as nossas riquezas, por isso que é importante os portos de Corumbá, Ladário, Porto Murtinho, Bataguassu e Três Lagoas. Acho que a hora que a gente fizer isso, tiver duas ferrovias funcionando bem, que são a Norte Sul e a Ferroeste, eu não tenho dúvida de que Mato Grosso do Sul será muito competitivo. E sobre caminhos para a exportação de produtos, um projeto ambicioso importante para o MS, é a Rota Bioceânica, que atravessaria o Brasil, Paraguai, Uruguai,
de Monitoramento de Fronteiras, mas a violência continua em alta. O senhor já conversou com o ministro da Justiça sobre o assunto. Acha que dessa vez esse combate trará resultado? Precisa sair do papel. Hoje, se você olhar o Brasil, já é o maior consumidor de crack do mundo, e o segundo maior consumidor de cocaína. Quem produz cocaína hoje? Bolívia. Quem produz maconha e crack? Paraguai. Isso está vindo da fronteira que o Brasil tem, principalmente no MS. Nós precisamos focar e fortalecer, nós temos o compromisso de dobrar o contingente do Departamento de Operações de Fronteira, o DOF, uma polícia nossa. Já está sendo feito um estudo. Mas nós temos uma total ausência da polícia rodoviária e da policia federal. Com esse comitê integrado de contingência e ação, em conjunto, a gente espera que isso saia do papel, que saia do discurso, porque se nós
atenção maior com a saída via Paraguai, Chile, portos do Pacifico. Ela é competitiva tanto para o MS como para o Centro-Oeste, para escoamento dessa produção, para os países asiáticos. Acho que é algo que devemos ter como prioridade. Agora, no final de março, vai ter uma reunião em Iquique, no Chile, e o embaixador brasileiro nos chamou, eu estarei presente nessa reunião, juntamente com um grupo de estudo do ministério das Relações Exteriores, discutindo essa obra. Nós precisamos tornar isso uma meta de governo.
segurarmos aqui na fronteira, grande parte dessa droga que chega nos grandes centros, vai ser barrada. Em oito anos, nós dobramos a população carcerária, e 65% dos presos que estão nas penitenciarias de MS, são do tráfico internacional de drogas, criando um colapso, e isso precisa ser resolvido conjuntamente. Todo país do mundo cuida das suas fronteiras, isso é responsabilidade da União, o Estado não quer fugir da responsabilidade, mas sozinho a gente não dá conta de enfrentar isso. A proposta do ministro José Eduardo Cardozo, foi a de que a União assuma também a responsabilidade: fortalecer as forças federais, colocar os scanners, a polícia está aí, a receita federal comprou os scanners, está aqui encaixotado. Temos que pô-los nas estradas. Se você fixa o scanner numa rodovia, o tráfico e o contrabando criam rotas alternativas, e é nessas rotas alternativas que a gente precisa trabalhar com inteligência.
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Argentina, chegando até o Chile. Ali, é o canal que leva à China. O senhor tem se inteirado desse projeto? Pretende se empenhar em favor dele? Nós tivemos uma reunião com o ministro do Desenvolvimento, no início de janeiro, onde nós colocamos isso como prioridade para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul e para o Brasil também. Nós sabemos que nos próximos 40 anos o mundo precisará aumentar em 70% a produção de alimentos, para abastecer e dar conta da demanda mundial de alimentos. Grande parte dessa demanda vem dos países asiáticos. Nós sabemos que a China, os tigres asiáticos, a própria Índia, são grandes regiões que têm crescido, e que vão demandar alimentos. A Rota Biooceânica é fundamental. Ela está travada porque não tem um projeto de governo; ninguém focou a rota como prioridade de governo. Mas agora, já há uma
Um dos principais temas da sua campanha foi a questão da segurança. A criminalidade no Estado tem o seu DNA no tráfico de drogas, de armas e no contrabando, procedentes da Bolívia e Paraguai. Já existem o Comitê de Gestão Integrada, o Sisfron, que é o Sistema Integrado
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Governador, o senhor obviamente está em um partido de oposição ao governo federal. Como está se dando a relação nesse início de sua gestão? O governo federal também está enfrentando uma série de dificuldades, ele teve que aumentar tributos, aumentou o IOF, gasolina, está aumentando a tarifa de energia, aumentou o piso, Cofins, para buscar um equilíbrio. Nós recebemos a visita da presidenta Dilma, para inaugurar a Casa da Mulher Brasileira. Ali foi uma grande parceria, colocamos seis delegados, primeira casa da mulher que funciona 24 horas, tem uma parceira entre o Ministério Público e o Tribunal de Justiça, atendendo aí a essa demanda. O que eu disse no meu discurso? Eu falei: "Presidenta, a senhora não vai deixar de ser do PT, e nem eu vou deixar de ser do PSDB. Agora, nós fomos eleitos para governar para pessoas, pessoas não têm partido, eu vou estender a mão para o governo federal, e esperar as parceiras. E espero que quem tem mais, tem que dar mais, não é assim?". O governo federal precisa ser parceiro do Estado. Coloquei à presidenta Dilma as questões sobre segurança pública, ferrovias e os portos. São coisas que dependem do governo federal.
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A missão desse comitê integrado é discutir inteligência, criar um ambiente de discussão e isso também está sendo feito. Nós vamos colocar, em maio, 890 novos policiais militares em ativo, que estão hoje na academia, e vamos chamar mais 500 que são hoje remanescentes. Então, teremos mais de 1.300 novos policiais militares dentro de um ano. E vamos ter mais de 400 policiais civis e mais de 300 do corpo de bombeiros. Isso ajuda a melhorar a qualidade de atendimento da polícia. Agora, precisa ter armamento. Nós autorizamos a recuperação de 264 viaturas que estavam no toco, por problemas mecânicos, falta de pneu. Autorizei quase 3 milhões de reais em armas, fuzis, equipamentos para a polícia. Essa estruturação policial passa pelo comitê integrado, e passa também pela priorização. Mas, por enquanto, a criminalidade vem ganhando... Vem aumentando. Mas se você pegar os números do Carnaval de 2015, nós tivemos redução de 50% no número de crimes, roubo, assalto e estupro, todos os indicadores foram positivos. Ocorreram crimes, mas ocorreram em menor quantidade, porque nós fizemos uma operação efetiva para o carnaval, e isso tem que ser feito sistematicamente.
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O que o senhor acha das manifestações que pedem o impeachment da presidente? É democracia, né. Acho que quando a população não está satisfeita com o governo, tem livre direito de sair às ruas e manifestar. Eu já tive manifestação dos agentes penitenciários que não estavam contentes com o tratamento e com o efetivo que têm. Recebi eles aqui na Governadoria, conversamos, vamos começar a resolver os problemas. Como eu disse a eles, não se resolve um problema crônico de 16 anos, em um mês e 25 dias de governo. Nós vamos cumprir o que nós falamos, vamos mandar um projeto de lei para a Assembleia, para reduzir o ICMS do diesel, para dar competitividade à economia. Talvez eu deva também fazer uma redução do ICMS da energia elétrica para o setor produtivo, até porque nós vamos ter um tarifaço agora. Isso tira a competitividade do setor produtivo. No diesel, São Paulo usa 12%, nós usamos 17%. A alíquota poderá ser baixada para 12%. Daí, eu vou cobrar do setor, o governo vai fazer sua parte, mas os empresários também precisam fazer a sua parte, fazer chegar o diesel mais barato ao consumidor. Em 2016, teremos eleições municipais. O PSDB tem quadros para concorrer às prefeituras dos maiores colégios eleitorais do Estado, em condições de vencer? Eu acho que o partido tem bons nomes, a gente vai trabalhar isso num momento oportuno, hoje estão pensando em antecipar o debate eleitoral. Acho que não é um momento oportuno, nós vamos ter mudanças nos diretórios municipais, estaduais, novos membros, novas pessoas, novas
filiações, e fazer política com os aliados também. Eu não tenho aquele perfil de achar que só o PSDB deve ganhar. Se você tem um partido e tem um grupo de partidos aliados, que compõe sua base de apoio, você pode sim deixar com que todos cresçam. Poder você tem que dividir, para poder governar bem, atender realmente as demandas. Nesse primeiro semestre, eu não vou fazer política partidária, o momento é de muita austeridade. Nem vai ajudar a criar o Partido Liberal? Isso é uma demanda que está vindo. Há uma grande movimentação em nível federal, para diminuir essa grande quantidade de partidos. Fui convidado por algumas pessoas para esse novo partido. Mas eu acho que temos
que nós precisamos fazer, o governo realmente aberto, moderno, participativo, para dar conta da demanda que a gente verdadeiramente tem. E ao ocupar a cadeira de governador, antes pertencente ao hoje seu desafeto político, André Puccinelli, não sentiu vontade de desinfetar o assento? Acho que isso aí é uma coisa que o Jânio Quadros fez, porque o Fernando Henrique Cardoso sentou na cadeira de prefeito antes de esperar os resultados das urnas [na véspera da votação da eleição para a prefeitura de São Paulo, em 1985, o então candidato pelo PMDB, FHC, líder nas pesquisas, pousou para a imprensa, sentado na cadeira de prefeito. Jânio venceu e, na sua posse, em 1986,
O grande desafio do início é a organização interna do próprio governo para poder, após os 100 primeiros dias, planejar a Lei das Diretrizes Orçamentárias, planejamento de médio prazo.
O que é o médio prazo para nós? É o ano de 2015. E o que é o longo prazo? É o final do mandato, até 2018, planejando todas as obras que a gente vai fazer. Isso é planejamento, ele vai nortear o governo para os quatro anos. que ver o que o Congresso Nacional vai decidir. Se vai sair a Reforma Política. Sou favorável ao fim da reeleição. Acho que a reeleição, eu já discuti isso antes, ela atrapalha. Os governantes se elegem já pensando em reeleição. Devemos governar pensando em governar bem, planejar, organizar o Estado. Cinco anos de mandato sem reeleição, é o cenário ideal para uma tranquilidade política. E sou favorável à eleição geral, de vereador a presidente da República. Mas, para isso, só com a pressão da sociedade é que vai movimentar o Congresso na direção de aprovar a Reforma Política. Na hora de sentar na cadeira de governador, quando tomou posse, em que o senhor pensou naquele instante? Eu acho que Deus me deu essa oportunidade muito mais cedo do que eu pensava, e uma responsabilidade enorme de trabalhar bem. Eu peço sabedoria, diálogo, transparência. As pessoas que me conhecem, sabem que nós vamos trabalhar com a proposta que nos elegeu. Não vamos fugir nada daquilo que nós apresentamos na proposta de governo: o Estado assumindo o seu papel, uma segurança pública, uma transparência maior naquilo
desinfetou a cadeira]. Nós não tivemos essa arrogância, até porque, a gente sempre acreditou que as pessoas decidem em quem realmente deve governar. O governo anterior, pelos 8 anos, fez a sua parte, como todos os antecessores fizeram. Todos eles tiveram a oportunidade de trabalhar por Mato Grosso do Sul, e agora a sociedade nos deu essa oportunidade. Essa questão de desafeto sempre vai existir, um acha que fez muito, outro acha que o outro fez menos. O governador André falou da inexperiência de nossa equipe. Nós temos uma equipe realmente de pessoas que nunca tinham ocupado um cargo público, mas que vêm com uma experiência da iniciativa privada e hoje, talvez, seja até melhor essa experiência para atender bem as demandas da sociedade. Nós queremos fazer um governo com eficiência, de resultados, um governo transparente. Por meio de pregões, nós estamos reduzindo preços, inclusive nos contratos que herdamos, uma diminuição de 50% nos valores. Será que esse preço pago no passado fazia jus a um governo que busca eficiência? Acho que não. Se nós estamos reduzindo valores e mantendo os serviços, é porque nós estamos sendo mais eficientes do que a equipe dele foi.
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Opinião
A VIDA EM SOCIEDADE
“A
prendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mais ainda não aprendemos a conviver como irmãos.” As palavras do Rev. Martin Luther King, ditas há mais de cinquenta anos, ilustram o atual cenário de nossa sociedade.
_ DIRCEU PETERS
É ARQUITETO E URBANISTA E ENTUSIASTA DAS CAUSAS POLÍTICO-SOCIAIS.
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Dentro das notícias que lemos pelas redes sociais e pela mídia, o que mais encontramos são críticas aos políticos. Não que alguns deles não mereçam a maioria das nossas indagações quando a atual conjuntura exige explicações sobre os vários desvios de recursos. Mas o que eu quero aqui é propor uma reflexão: o que estamos fazendo para mudar esta sociedade? Vou além: o que temos feito para coibir tantas transgressões que vemos, e até mesmo cometemos, durante o dia a dia? Estacionar em vagas preferenciais, jogar lixo nas ruas, falsificar carteirinhas estudantis, os "gatos" nas redes de água e energia, entre outros atos, se tornaram tão corriqueiros e já não incomodam mais. Todos queremos levar vantagem em tudo. Campo Grande foi notícia há pouco tempo em rede nacional, quando descobriram uma possível fraude no seguro-desemprego. Já imaginaram quantos brasileiros foram prejudicados com as últimas mudanças nas regras para o recebimento deste benefício? O programa que foi criado para auxiliar o trabalhador desempregado, privilegiava alguns, aumentando indevidamente suas rendas mensais. Os trabalhadores que realmente necessitam usufruir desse benefício, inevitavelmente foram prejudicados. Mas as transgressões não param por aí. Baixo o nome de incentivo à cultura, falcatruas ocorreram no seio da Fundação de Cultura de MS. As verbas que seriam destinadas para as apresentações de grandes artistas ou para pequenos espetáculos foram desviadas no começo deste ano
e também foram noticiadas pela imprensa local. E o que pensar dos profissionais que descumprem normas éticas que regem suas atividades? Por exemplo: hoje em dia é algo trivial, que um arquiteto receba uma RT (reserva técnica). Alguns colegas a definem como "comissão" que o profissional recebe por determinada venda. O tema que gera infinitas discussões entre os especialistas é entendido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), como ilegal assim como também pelo Código de Ética que pune o profissional que a usa como recurso frequente. Também há aqueles advogados que aparecem nas colunas policiais como réus. Passaram a ser colaboradores dos criminosos que os contrataram, ou, ainda, usam da boa fé de algumas pessoas e usurpam haveres que elas têm por direito, quando deveriam ser defendidas por esses "profissionais da lei". Casos de profissionais sem ética são cada vez mais frequentes e vão fazendo parte do nosso dia a dia. Me pergunto então, quantas empresas não foram fraudadas por esses maus profissionais? Paro por aqui, mas, quero que todos pensem sobre o lido, o que estamos vivendo na atualidade. E que essa reflexão não fique somente em pensamentos ou palavras, mas que se transforme em ações que busquem a mudança do nosso comportamento frente ao coletivo. Se não for para nós, talvez que essas ações venham para beneficiar nossos filhos e netos, para que tenhamos um país com menos "jeitinho" para viver.
Cidades Por Clarissa de Faria
Voando
ALTO
Mood Life chega a três novas cidades: Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas
E
xpandir seu público para lugares ainda não explorados estrategicamente é o principal objetivo, ao fazer com que a Mood Life chegue, a partir de março, aos municípios de Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas, importantes centros que se destacam econômica e socialmente no cenário de Mato Grosso do Sul. A novidade faz parte de uma série de mudanças que o veículo se propôs a fazer do fim de 2014 em diante. No mercado editorial sul-mato-grossense desde 2009, a Mood Life tem um público cativo, formado principalmente pelas classes A e B de Campo Grande. A partir de outubro de 2014, passou a fazer parte do Grupo Albuquerque, dos diretores Daniel Albuquerque e Marta Albuquerque. Hoje, a revista está pautada em pessoas, estilo de vida, produtos, serviços e lugares, com pegada leve e cool. A Mood tem circulação mensal, chegando às bancas sempre no dia 5, com tiragem de 5 mil exemplares. A diretora do grupo, Marta Albuquerque, explica que a expansão é o primeiro passo para que a revista chegue ao Estado inteiro. “Nossos planos são mais altos e queremos que a Mood chegue a demais municípios que possuem grande potencial, tanto quanto Dourados, Três Lagoas e Ponta Porã”. Ela garante que as alterações fazem parte de um modelo editorial que consiste em deixar o veículo atual, transparente e por dentro de tudo que se refere a pessoas, consumo e comportamento. A partir do dia 5 de março, a Mood Life já circulará em Dourados, Três Lagoas e Ponta Porã.
Atualmente, a cidade de Dourados é um importante polo regional agropecuário e de serviços, para uma região com aproximadamente 1 milhão de habitantes. É a cidade mais populosa do interior do Estado e tem um relevante papel central na economia regional, frente aos países vizinhos e ao restante do país, além de possuir a segunda maior arrecadação de ICMS do Estado.
Ponta Porã é uma cidade com pouco mais de 80 mil habitantes e tem como atividades econômicas predominantes a pecuária, agricultura e extração de madeiras. Além disso, por estar na fronteira com o Paraguai, mais especificamente com a cidade de Pedro Juan Caballero, tornou-se um importante polo do varejo, sendo visitada por brasileiros de todo o Brasil.
Três Lagoas possui aproximadamente 112 mil habitantes e está próxima do interior paulista, como Castilho, Ilha Solteira e Andradina. Popularmente conhecida como “Cidade das Águas”, o município ganhou recentemente o título de “Capital Mundial da Celulose”, em virtude do crescimento do setor nos últimos anos, além da transição da agropecuária para a industrialização e o aumento de florestas de eucalipto. Por conta disso, concentra-se na região uma das principais fábricas de papel do mundo, a International Paper, além da Eldorado Brasil, que é uma das maiores distribuidoras de celulose do país. ARTE MAPA CASSIO SHIMIZU
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Virtudes Por Clarissa de Faria
família Uma
e todos os heróis Em busca de boas histórias e de praticar mais o amor ao próximo, a Mood conta as virtudes de uma família e de um grupo responsável por um trabalho que está fazendo a diferença em Campo Grande.
C
erta vez, ainda adolescente, conversava com uma amiga de anos, sobre a inquietação com o mundo, levando em conta o quão diferente as vidas das pessoas são umas das outras. Muitas vezes, por escolha própria; outras, por obra do acaso. Mas vamos mais longe ainda; acredito que, em grande parte, essas diferenças, principalmente as sociais, são resultado de uma sociedade sem colaboração com o próximo. Algumas histórias acertam em cheio nosso coração e nos fazem ver e entender que não só é dolorosa a vida em que muitos se encontram, mas dolorido pra gente, que, do outro lado, tenta ajudar. Estender uma mão, doar algo, seja tempo ou bem material. Independentemente disso, para mim, dolorido é ter a consciência e, muitas vezes, não conseguir fazer nada, ou não querer, também. Não sejamos hipócritas, afinal, todo mundo pode fazer algo pra minimizar a realidade de quem precisa de um ombro amigo. Ao debater sobre os temas desta seção, que, por sinal, estreia na edição 50, quis contar histórias que realmente podem nos fazer mudar como pessoas e profissionais. Ao me deparar com tanta notícia boa e
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ruim, acertos e erros, fiquei à frente de uma família que me fez repensar sobre tudo que penso. Segunda-feira (09/02), 10 horas, eu e a fotógrafa da revista, a Jimena, partimos para a Cidade de Deus, uma favela de Campo Grande que fica em frente ao lixão. Já tinha ouvido falar muito do local, já passei por perto algumas vezes, mas nunca havia entrado. Fomos conhecer uma família de seis pessoas: pai, mãe e quatro filhos homens, uma escadinha dos 11 aos 4 anos de idade. Nosso objetivo: conversar, extrair deles uma história da qual ficamos sabendo, mas que não conhecíamos de perto. Eleno de Moura, 47 anos; Aparecida Tatiana Gonzales, 28; Maxuel Moura Teles, 11; José Moura Neto, 9; Antônio Carlos Moura Teles, 7; Eleno de Moura Júnior, 4. Todos vieram de Aquidauana há três anos, saíram do município em busca de melhores oportunidades de vida e de trabalho. A viagem demorou três dias, vieram de charrete, com todas as crianças a tira colo. Na chegada, instalaram-se na Cidade de Deus, de forma irregular, já que não tinham outra opção. Em um barraco de madeira de um cômodo, dormiam os seis. Todos em uma cama de casal, dividindo o espaço com alguns utensílios de cozinha e um fogão.
O que mais me encantou durante os primeiros minutos de conversa, foi a disponibilidade para nos receber. Afinal, éramos duas mulheres, até então estranhas, que queriam saber da rotina deles. Sentamos e ficamos cercadas pelas crianças, que a todo o momento tentavam nos chamar atenção. Eleno e a mulher estavam com dificuldades em nos contar detalhes. Não achei que fosse receio em falar, mas senti claramente que tudo aquilo pouco importava para eles. Que o que eles mais valorizam é a saúde dos quatro filhos e a paz de espírito, se houver trabalho e comida todo mês. Mesmo assim, é notável a condição precária em que vivem, sem água encanada; e o mau cheiro torna tudo difícil, pelo menos para mim e para a Jimena foi complicado ficar lá, sem nos sentirmos incômodas com aquela situação adversa. Aparecida nos serviu um café quentinho, feito na hora, em duas xícaras iguaizinhas, com todo o cuidado que uma pessoa pode ter ao abrir sua casa e contar um pouco da sua vida. Ela sempre trabalhou no lar e cuidou dos filhos. Já que passou por três cirurgias cardíacas, torna-se difícil e arriscado trabalhar fora de casa. Eleno divide os afazeres com a profissão
de pedreiro, mas garante que, até aqui, está difícil conseguir trabalho. “Nesse período de muita chuva, não conseguimos concluir os serviços, ainda mais pegar novos”. Na época da entrevista, as crianças, ainda de férias, passavam boa parte do tempo dentro de casa. No período escolar, vão sozinhas para a escola, que fica na região. Não é tão perto nem muito longe, e as quatro saem todos os dias, sozinhas. Durante a conversa, uma das crianças, o José, de 9 anos, relatou o roubo da sua bicicleta; neste momento, Aparecida, em tom baixo e, ao mesmo tempo, incomodada com a observação do filho, explanou: “Isso é bem material, a gente trabalha e compra de novo”. Na hora, fiquei sem reação, primeiramente porque é normal uma criança sentir falta de um brinquedo tão importante para a vida dele; no segundo momento, admirei aquela mulher com todas as minhas forças. Eu me senti pequena, um nada. Mesmo assim, aquilo continuava sendo um “aquilo”, um bem material, que, para eles, tão pouco importava.
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Suspiro E foi com suspiros e brilho nos olhos que Eleno me relatou a primeira vez que as crianças receberam uma das visitas mais doces da vida deles: a do Super-Homem. O personagem de história em quadrinhos é a fantasia de um homem jovem, de voz firme e suave, que, juntamente a mais pessoas, também vestidas de super-heróis, sai por aí distribuindo abraços, sorrisos, novas chances e muito mais. O grupo, denominado de Liga do Bem, adentrou a casa da família durante uma ação de rotina. Segundo Eleno, os meninos, principalmente o mais novo, ficaram encantados e, desde a primeira vez que os conheceram, são recebidos com presentes, além da oportunidade de
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Somos um grupo de voluntários, e nosso principal objetivo é levar amor, carinho e atenção. Uns animam, outros conversam, mas o principal é ouvirmos as pessoas e motivá-las de alguma forma, seja com força, alegria, enfim.
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conhecerem a cidade, passearem, tomarem um sorvete e por aí vai. Desde que a Liga do Bem atende a família de Eleno, algumas benfeitorias foram conquistadas, como um novo espaço para a casa. Trata-se de um quarto com dois beliches, uma geladeira, eletrodoméstico que ainda não tinham, e um guarda-roupa. Nesse novo ambiente, dormem as quatro crianças, que antes dormiam na mesma cama, com os pais. Em conversa com o Super-Homem, sobre o qual a única coisa que sei é que se chama Júnior e é um dos coordenadores da Liga do Bem, ele destaca o motivo para não se identificarem e revelarem quem realmente são. “Não fazemos nenhuma promoção pessoal. Quando decidimos fundar a Liga, percebemos que muitas pessoas buscavam autopromoção, e não simplesmente ajudar o próximo”. Sobre a família de Eleno, Júnior explica que, desde o início, quando conheceu todos, sentiu o ímpeto de ser uma espécie de padrinho, e garante: “É um compromisso pessoal, quero acompanhá-los até a universidade. Procuramos exercitar o lúdico com eles, além de destacar a importância dos estudos e da honestidade”. Iniciada em 2013, a Liga começou suas atividades atendendo as crianças do Cetohi (Centro de Tratamento Onco Hematológico Infantil), do Hospital Regional. Na ocasião, levavam revistinhas, sucos, bolachas, e ele, juntamente a outros personagens, todos fantasiados, alegrava o dia dos internados. Tudo começou naturalmente, um amigo querendo se juntar e também se vestir de algo com que se identificava, fosse o SuperHomem ou a Mulher-Maravilha, por exemplo. Hoje, o grupo, com pouco mais de 70 membros, tem novos integrantes todos os meses. Para esses, são fornecidos treinamentos para conhecer a fundo o trabalho da Liga, onde atendem, o que realmente fazem, até começarem as práticas nos hospitais. Em seguida, o integrante escolhe o herói que deseja se tornar e começa o trabalho de interpretar esse personagem. No asilo, por exemplo, os heróis dançam, animam todos e até fazem massagem nas mãos dos idosos. Cada lugar e pessoa que são atendidos pela Liga têm sua peculiaridade, e vamos ao encontro de conhecer a real dificuldade e ajudar da forma que for possível, seja no acompanhamento de crianças carentes, por exemplo, para saber se estão estudando, como também acerca da saúde bucal.
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Astral
PeiXes E
_ TECA SILVA É ASTRÓLOGA E TARÓLOGA. TWITTER: TECA_ASTRO FACEBOOK.COM/TECAEMAJU
tecaemaju@hotmail.com
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lemento água, signo mutável, Netuno é seu regente, o deus do mar é quem dá o tom a este signo, e seu corregente é Júpiter, deus da abundância. Ninguém jamais pode dizer, de fato, que conhece ipsis litteris um pisciano; ele pode ser o que quiser, afinal de contas, num cardume todos se misturam. E é exatamente essa pluralidade que o faz especial. Sensíveis, tímidos, místicos, exagerados, artistas, desligados, perdidos, instáveis, são muitas as definições para os piscianos, mas não há como prever. Como cito acima, são criaturas que se misturam, juntam-se ao bando, então, podem ser isso ou nada disso. E você os conhece justamente por não saber ou conseguir entender um pisciano. Chorões demais, são a turma do aguadeiro. Emocionam-se fácil e tiram você do sério com essa mania de sensibilidade à flor da pele. É a turma que te faz esperar, porque eles vivem em outro tempo. Nunca espere pontualidade deles, mas não é por maldade; na verdade, eles sempre se perdem. Aliás, o presente mais perfeito para um peixinho é um GPS. Pessoas deste signo adoram arte e tudo que é belo. Amam maquiagem, aliás, é o povo que
adora creminhos. Engana-se quem acha que as peruas são de Leão. Na verdade, Peixes costuma ser exagerado na hora de se arrumar. Ama cor, ama abundância de estampas, é a turma que não tem de fazer sentido para nada. Pode ter um estilo até clean, mas terá algumas esquisitices, aposte nisso. E os piscianos amam demais, apaixonam-se profundamente, entregam-se e acreditam, mas o relacionamento não dura muito tempo, porque eles precisam de outras verdades, de outras histórias, não se esqueça de que é um signo mutável. Mocinho ou bandido, louco ou ingênuo, desconfiado ou confiado demais, tudo é sempre assim, alternado, porque eles adoram confundir a gente. É impressionante a quantidade de artistas deste signo, piscianos são extremamente performáticos. Essa grande ligação com as artes vem justamente da ilusão que eles adoram. Gostam de compreender o mundo, as pessoas, porém, têm dificuldade com a realidade, muitas vezes podem ser escapistas. Um conselho, se você cruzar com um pisciano na sua vida: não espere coerência!
VOCÊ, SIMPLESMENTE
DESLUMBRANTE.
Susy Ramos
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Pensando bem
O VALOR DA
esperança
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_ RAFAEL BELO É JORNALISTA, ESCREVE
DESDE CRIANÇA E PASSOU A POSTAR FOTOS E TEXTOS DE SUA AUTORIA EM 2008 NO BLOG olharesdoavesso.blogspot.com QUE COMPLETA SETE ANOS.
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ela janela do quarto, entram prédios, casa, carros, sons, o entardecer, o amanhecer e o decorrer do dia. Pela janela dos olhos, poderia ser o tédio a entrar, se não fosse o constante movimento da vida. É quase um assédio o vento trazendo o valor do prestar atenção e poder oferecer algo em troca, pela simples satisfação de fazê-lo. Ajudar, olhar, sorrir... Parecem assustar separadamente, e quando juntos o fazem de verdade. Às vezes, somente olhar e enxergar o outro é como estender a mão. Quantas pessoas não têm o que comer, beber, vestir, enquanto estamos fartos de todos esses itens, inclusive os desperdiçando? Quantas peças de roupa temos para sete dias da semana? Quantos calçados para só um par de pés? Quanto custa a esperança do próximo? Alguns minutos do nosso tempo, um reduzir da nossa correria diária... Não sejamos os selvagens capitalistas que somos, esperando o retorno de uma boa ação. É melhor não fazê-la... Não, faça assim mesmo... Há uma leveza, um brilho no olhar, uma luz naquela escuridão do meio-dia, em meio aos semáforos fechados, nas calçadas e nos cantos da cidade, mãos estendidas em odores tristes e vestes em trapos; uma reação inspiradora é viciante, capaz de nos dar o perdão necessário pela nossa omissão. Não é de dinheiro que falo.
Há alguns meses, almoçando um prato feito, o PF, eu me peguei dividindo a comida e, questionado, me dei conta do feito. Estava pensando em um marmitex. Imaginava as inúmeras abordagens a caminho de casa ou do trabalho, por pessoas das quais desconhecia os fatos de estarem naquela situação. Naquele dia, não encontrei ninguém no semáforo. Era uma sexta-feira. Pagando as contas do mês, vi o céu nublar e uma chuva vindo ao longe. No caminho até o carro, para pegar o guarda-chuva, instantaneamente sorri, ao me imaginar abordado pela pessoa que via logo à frente. Eu tinha exatamente o pedido. Olhei para ele. Era um homem com cabelos crespos por cortar, barba grande, roupas sujas, descalço, e o perfume do descaso. Ao olhálo, percebi a surpresa nele e a preparação de uma história tantas vezes repetida. Esta começou pedindo um marmitex. Eu tinha um quentinho para ele. Sorrindo, espantado, ele me seguiu até o carro ainda sem acreditar. Quando entreguei o marmitex, ele parecia felicíssimo, sentindo não só o calor da comida. No mesmo instante, refleti que a esperança só precisava de ouvidos, palavras, um bom banho e um sorriso sincero. Senti que poderia tê-lo alimentado "apenas" com atenção.