Comportamento A diversidade de circunstâncias que os cheiros registram em nossas vidas
56 Leitores Paiol Propaganda @RevistaMoodLife nº22 não está nada diferente das anteriores... Lindíssima... Parabéns aos envolvidos no projeto... É uma publicação pra ser referência no país.
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Tome Nota Literatura, teatro, música. Uma fina seleção de cultura e entretenimento 12
Capa A vida e carreira de Ney Latorraca, um ícone da televisão brasileira 40
Portfólio A carreira de sucesso de Leila Dada, superintendente do Shopping Campo Grande 80
Feira Hype Ideias para vestir sua casa 18
Mistura Fina As novidades que fazem nosso desejo de consumo 48
Eu sou O estilo clean e prático da empresária Andrei Yoshizawa 82
Trend Beauty As mais recentes novidades para a beleza do seu rosto e corpo 68
Lounge Luciana Teixeira: Alma latina, espírito aventureiro 84
Design Estúdio Super Limão foca no design com reaproveitamento de materiais e transmite humor sutil em seus projetos 22 Projetos Dois trabalhos locais cheios de elegância: um escritório que une requinte e conforto, e uma ampla casa que se destaca pela área de lazer 24
Perfil A carreira de muito humor e sucesso de Tom Cavalcante 72 Vox O cardiologista Ricardo Ayache fala um pouco de sua rotina na presidência da CASSEMS 78
DECORAÇÃO | ESTILO | GOURMET | VIAGEM | CONSUMO
Vida de Artista A magia e o ilusionismo de Rick Thibau MS 98 Viagem Hotel-boutique Grace Santorini reserva vista panorâmica do mar Egeu com muita sofisticação 106
Julian Medina Parabéns pela linda matéria, "A roupa que habitamos" e sobretudo, pela ótica que imprimiu. Obrigado pela oportunidade de participar dela também. Sucesso e digo mais, a edição deste mês está maravilhosa!
CONTATO Envie comentários e sugestões para a seção informando o seu nome completo. A revista MOOD Life se reserva o direito de resumir e adaptar os textos publicados, sem alterar o conteúdo. editor@moodlife.com.br redacao@moodlife.com.br www.twitter.com/revistamoodlife www.moodlife.com.br
AGORA VOCÊ ESTÁ DE CASA NOVA. VENHA CONHECER A NOVA AUTOBEL.
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CAPA Ney Latorraca Foto: Alexis Prappas (Prappas Imagens) Produção Executiva: Cidiana Pellegrin
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ão alto quanto se pode alcançar. A edição n°23 destaca o ator que deu alma a personagens ainda bem vivos na memória, seja no teatro, no cinema ou na TV. Filho de uma campo-grandense, Ney Latorraca nasceu em Santos, interior de São Paulo, mas passou muitos momentos aqui. Quando criança, a rua 13 de Maio era o cenário de brincadeiras durante as férias. Em entrevista à nossa equipe, Ney fala mais desse universo íntimo e revive a trajetória que o consagrou como mega ator. Assim como nosso entrevistado resgatou as próprias lembranças para nos ajudar a compor o texto da capa, a matéria da seção Comportamento convida você, leitor, a buscar na memória os cheiros que fazem parte de sua história. Em Perfil, um forte nome da comédia. Prestes a apresentar o show “No tom do Tom” ao público de Campo Grande, Tom Cavalcante fala de sua trajetória, personagens marcantes e o cenário atual do humor. Para Projetos, selecionamos dois trabalhos locais cheios de elegância: um escritório que une requinte e conforto, e uma ampla casa que se destaca pela área de lazer. Inspirações para vestir o lar? É só conferir a seção Feira Hype. O clima de bem-estar também pode ser apreciado em Viagem. Apresentamos um pedaço da Grécia. O Hotel-boutique Grace Santorini reserva vista panorâmica do mar Egeu com muita sofisticação. Sempre antenada, a Mood traz os lançamentos de beleza e um acervo de produtos que fazem o desejo de qualquer um. É só conferir!
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diretores Iara Diniz iara@moodlife.com.br Josué Sanches josue@moodlife.com.br Luis Pedro Scalise luispedro@moodlife.com.br Conselho Editorial Alexis Prappas Iara Diniz Josué Sanches Linda Benites Luis Pedro Scalise Melissa Tamaciro Jornalista responsável Cidiana Pellegrin (MTB 687/MS) redacao@moodlife.com.br Editor Odirley Deotti editor@moodlife.com.br Editor de Imagem Alexis Prappas alexis@prappas.com.br Fotógrafos Alexis Prappas, Jean Vollkopf, Marcos Vollkopf Revisão Dáfini Lisboa dafini.lis@gmail.com PARA ANUNCIAR LIGUE Holder Gestão e Negócios (67) 3029-3426 Distribuição e assinatura Gabriela Galante operacao@holdergestao.com.br Colaboraram nesta edição Texto Adriana Estivalet , Carla Gavilan, Cidiana Pellegrin, Paulo Cruz e Thiago Andrade. Ilustração Efe de Queiroz Revista MOOD Life é uma publicação mensal integrante do grupo DNZ Participações e Negócios Ltda. Rua da Paz, 1584 – Santa Fé. Campo Grande/MS CEP 79021220. A Revista MOOD Life não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não tem autorização para falar em nome da Revista MOOD Life. Impressão e acabamento Idealiza Gráfica e Editora.
Essência de infância De uma velha brincadeira, novos sentimentos e aprendizados Por Cidiana Pellegrin
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foto Alexis Prappas
apagaio, pandorga, Pipa... Vários nomes para um antigo brinquedo que revisita a memória: garotos no meio da rua guiam sua “ave” no céu, outros montam uma na calçada e o local fica tomado por coloridos papéis de seda, varetas de bambu e carretéis de linha. Depois, é só levantar no ar e deixar por conta do vento, uma diversão levada a sério por crianças e adolescentes. Quem é adulto dificilmente revive a experiência daquela época de inocência, mas essa é uma ótima fonte de lazer para ajudar a aproximar a família. O publicitário Marcelo Rezende sabe disso. Na ensolarada manhã de sábado, o pai queria compartilhar um pedaço de sua infância com Manuela e a convidou para soltar pipa. O cenário eleito foi o Parque das Nações Indígenas, local aberto e seguro, que traz a certeza de um bom vento. “Não é mais tão fácil encontrar as varetas de bambu que dão a estrutura da pipa. Por isso, resolvi comprar o brinquedo pronto e de um formato diferente, já que o modelo tradicional, com rabiola, estava em falta na loja”, comenta Marcelo. Manuela, de 8 anos, curtiu a ideia e ajudou na escolha. Optou por uma pipa colorida e radiante, exatamente como sua vontade de brincar. “Já vi meu primo empinando, mas foi com meu pai que
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aprendi. Foi legal, descobri uma coisa nova que a gente pode repetir outras vezes”, conta a pequena, que frequenta a casa do pai apenas nos fins de semana. A atividade traz benefícios que vão além do lazer. Reservar um horário de entretenimento com o filho é uma oportunidade para dar carinho, promover ensinamentos e fortalecer as relações. A psicóloga e psicopedagoga Dalva Rocha ensina que a criança pode “assimilar melhor questões como autoridade e respeito quando há troca de experiências. São em ocasiões como essas que ela sente estar fazendo parte do mundo do adulto”. É por isso que qualquer brincadeira é válida. Na lista de outras situações divertidas entre Marcelo e Manuela, estão: plantar novos temperos na pequena horta, andar de bicicleta na praça, fotografar no parque e jogar algumas partidas em jogos de tabuleiros. “Brincar com ela é uma forma de me fazer mais presente, de ela conhecer e vivenciar coisas do meu passado e gerar lembranças mais intensas do que uma volta ao shopping, por exemplo,” compartilha o pai. Para Manu, os momentos de lazer significam também parceria e amizade. “Quando estou na casa dele, sempre fazemos algo juntos. Ele me dá muita atenção, é um pai carinhoso. Somos bem amigos”, diz.
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nacio n a l uma fina seleção de cultura e entretenimento
show
WEB
GENIALIDADE EM VÍDEO Montar sentimentos, filmar sensações, construir histórias a partir de emoções em vez de lógica. Assim surgiu o coletivo Everynone, baseado em Redwood Forest, na Califórnia. O trio é formado por Will Hoffman, Daniel Mercadante e Julius Metoyer III, e, além das produções autorais, trabalha com produções audiovisuais para publicidade. Preste atenção em “Symmetry”, no qual o coletivo explora a dualidade da vida a partir do registro de momentos como nascimento/morte, caos/paz, amor/ódio. www.everynone.com
Importante grupo dos anos 1970, Secos & Molhados retorna aos palcos. Da formação original restou João Ricardo, antigo vocalista responsável, também, pelos violões. A banda se apresentará no dia 29 de março, no Cine Joia, em São Paulo. O show também será o pré-lançamento do trabalho “Chato Boy”, que homenageia os 40 anos do lançamento do primeiro trabalho do grupo. Os ingressos custam R$ 80. Praça Carlos Gomes, 82, Liberdade. www.cinejoia.tv
TEATRO
LOUCURA DIONISÍACA Sem grandes atores ou recursos exagerados, o grupo teatral paulistano Satyros se consagrou pela experimentalidade e pela inovação, mostrando que teatro depende muito mais de boas ideias. Em cartaz, “Cabaret Stravaganza”, que estreou em outubro, mas segue temporada até fim de junho. O texto de Maria Shu, com direção de Rodolfo García Vázquez, discute a relação do homem com o mundo contemporâneo e a solidão que as novas tecnologias nos oferecem. Acontece de quinta-feira a sábado, às 21h. A bilheteria é aberta uma hora antes. Praça Franklin Roosevelt, 214, Centro. www.satyros.com.br
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Textos thiago andrade / fotos Divulgação
Retorno à rebeldia
nacio n a l uma fina seleção de cultura e entretenimento
RESTAURANTE
SABORES EXÓTICOS festival
Arte de ponta Maio parece distante, mas, com ingressos já à venda, o festival Sónar São Paulo promete tornar angustiante a espera pelos dias 11 e 12 desse mês. A reunião de nomes fundamentais da música experimental mundo afora, como Björk, Justice e Mogwai, serve para mostrar que o Brasil é capaz de realizar shows de importantes figuras do cenário musical atual. Os ingressos custam R$ 230 – para cada dia – e 400 – passaporte para os dois. Também há meia-entrada. Acesse e saiba mais www.sonarsaopaulo.com.br
Pratos tradicionais franceses ou brasileiros, mas com toques tailandeses que oferecem sabor mais refinado e diferente. Esta é a proposta do restaurante Marakuthai, que conta com dois endereços, um em São Paulo e outro em Ilhabela, litoral norte paulista. Premiado, mas com preços acessíveis, o restaurante já foi destaque no The New York Times. É comandado pela chef Renata Vanzetto. www.marakuthai.com.br
EXPOSIÇÃO
Amor marginal O trabalho da artista americana Nan Goldin causou polêmica no Brasil, quando a Oi desistiu de patrocinar a mostra com seus trabalhos por julgar que não condizia com os valores da empresa. De fato, a fotógrafa explora o submundo das cidades norte-americanas e retrata o amor em suas formas mais estranhas e agressivas. “Heartbeat” reúne quatro séries de Nan e fica em cartaz no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro até 8 de abril. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo. www.mamrio.org.br
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Shopping Campo Grande 3027 1848
dudalinafeminina.com.br
Dudalina Feminina
dudalinafem
regi o n a l Textos thiago andrade / fotos Divulgação
uma fina seleção de cultura e entretenimento
WEB
Espaço criativo
Exposição
PARAÍSO Até 30 de março, o público poderá conferir os trabalhos das artistas plásticas Adriana Lemos, Aline Macário, Ana Carolina, Carol Jordão, Jane Freitas, Marly Salvador, Mirian Ronda, Muriel Pereira, Patrícia Helney, Telma Cordeiro, Thais Galbiatti e Zilá Soares, que estarão reunidos na mostra “O Paraíso É Aqui?”, na Grande Galeria de Artes do Memorial da Cultura e da Cidadania Apolônio de Carvalho. A exposição é uma homenagem ao Dia da Mulher e reúne novos talentos e nomes consagrados da produção artística do Estado. Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559. Tel.: 3316-9170
Uma loja virtual criada por um jovem campo-grandense oferece oportunidade para quem procura espaço para divulgar seu trabalho de criação de objetos e ilustrações, assim como permite ao público consumir obras bonitas e originais. A Uzinga – nome que mistura as palavras usina e ginga – foi desenvolvida pelo administrador Fernando Rodrigues e passou a funcionar no início deste ano. A loja recebe projetos de designers e ilustradores de todo o país, que passam por votação e, se aprovados, são produzidos e comercializados pelo site. www.uzinga.com.br
balada
jeans e camisa xadrez Espaço que se tornou referência de bom atendimento ao público e de qualidade em música sertaneja, o Valley Acoustic Bar se prepara para ser reinaugurado no dia 16 de março. Além disso, a marca que inovou em Campo Grande – com a criação do Valley Pub, espaço descolado que mistura música ao vivo e bar, com direto à comida japonesa – também vai ser expandida nacionalmente, com filiais que serão abertas em Cuiabá e São José do Rio Preto, cidades onde o sertanejo faz parte da cultura. Agora é escolher sua Valley e aproveitar! Rua José Antônio, 792. Tel.: (67) 3025-5676
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Ideias para você vestir sua casa
Essência
automobilística
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A fabricante britânica de veículos de alto luxo, Aston Martin, decidiu investir em itens de conforto para casa e ambiente de trabalho. Ela criou cinco linhas de móveis com design fino e elegante, repletos de identidade automobilística. No portfólio estão chaises, sofás, poltronas, cadeiras, mesa, sofás-camas, aparadores e luminárias, todos feitos com materiais nobres – como carbono, couro e cashmere – refletindo o estilo exclusivo dos carros da marca. www.formitalia.it
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Ideias para você vestir sua casa
Decorar e organizar
Móvel escritório Para compor ambientes de trabalho que exigem diferenciação, a mesa em lâmina de madeira natural, com detalhes em laca fosca ou brilhante, promete fazer bonito. O encontro da madeira com a laca proporciona um sofisticado contraste, deixando o espaço sóbrio e elegante. Preço sob consulta na Office Formmato Rua 25 de Dezembro, 92 Tel.: (67) 3304.3900
Criado pelo catarinense Jader Almeida, o cabideiro Loose foi premiado pelo The Chicago Athenaeum Museum of Arquitecture and Design, no concurso americano Good Design. Além de ajudar na organização, a peça promete dar um charme ao cômodo, podendo ser utilizada em vários ambientes. O móvel é feito de madeira maciça e coberto com laca. Por R$ 3.100 no site www.arquivocontemporaneo.com.br
Geométrica
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Há 16 anos criando design para objetos e móveis, personalização de vitrines, arquitetura de varejo e cenários para desfiles, a Marton + Marton apresenta a M ao Quadrado©, uma marca que pretende desenvolver peças que possam ser reproduzidas em grande quantidade, mas sem perder a possibilidade de customização. O ponto de partida foram móveis que brincassem com formas geométricas, como a estante Facetas, composta pela união de vários módulos de compensado naval de pinus com acabamento ebanizado e verniz. O cliente tem a possibilidade de montar a estante com quantos compartimentos desejar. Por R$ 267,12 cada módulo. www.dbox.art.br
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Ideias para você vestir sua casa
Autêntica
deserto lúdico A planta cactus inspirou o italiano Adriano Rachele a criar uma coleção de luminárias esculturais e com design contemporâneo. A série é composta por peças para assoalho e mesa, feitas com base de aço inoxidável e sombra Opalflex ouro, que oferece brilho suavemente dourado. Por R$ 1.000 no site www.eurolight.com.br
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Oriental Projetos de decoração e paisagismo podem ganhar um toque diferente quando incorporam vasos vietnamitas. A cerâmica é especial, pois, em cada região do Vietnã, extrai-se uma argila com características peculiares, o que possibilita os formatos atípicos das peças. Elas são feitas com tratamento vitrificado, um charmoso acabamento com brilho. Outras referências positivas são a alta resistência e a facilidade de se harmonizarem no espaço. Preço sob consulta na Califórnia Mudas Av. Afonso Pena 4348 Tel.: (67) 3349.0302
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Lazer, conforto e beleza. Esta mesa de bilhar foge do design convencional presente nas salas de jogos. Além dela, outros móveis para partidas de carteado, poker, pebolim e similares são desenvolvidos pela Elite Game Room, empresa especializada em móveis do segmento. Um diferencial da marca são as soluções criativas que dão funcionalidade ao item: basta instalar um tampo, que se encaixa perfeitamente nas laterais da mesa, para utilizar o móvel para refeições. Preço sob consulta no site www.elitegameroom.com.br
O ESSENCIAL PODE SER INCOMPARÁVEL.
Incomparável é não ter limites. É criar livremente. É deixar tudo com o seu estilo. Incomparável é ter mais de 45.000 possibilidades de personalização em nossas cozinhas e dormitórios e compreender que isso ainda pode não ser suficiente. Por isso, desafie-nos. Permita-se viver de forma incomparável, com a Formaplas.
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Elegante e convidativo Com decoração contemporânea, escritório expressa sofisticação em cores e materiais Por Cidiana Pellegrin
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ideia é incomum: montar um escritório pessoal em um prédio comercial, sem abrir mão do acolhimento da residência. A proposta feita às arquitetas Eliane Michelazzo e Flávia Palhares partiu de um cliente com vida pública, rotina profissional intensa, que desejava um espaço preparado para a jornada de trabalho, mas que favorecesse o próprio bem-estar. O projeto trouxe equilíbrio unindo sobriedade e requinte, resultado de uma pesquisa sobre o
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estilo e necessidade do usuário. Para proporcionar esse ambiente agradável, as profissionais utilizaram um material que causa sensação de aconchego: a madeira foi empregada nos móveis e no piso. Cenas de iluminação foram criadas com o mesmo intuito, e equipamentos de áudio e vídeo vão auxiliar nas tarefas do dia a dia, gerando mais conforto ao usuário. Os tons escuros remetem ao universo masculino e dão a identidade do dono. O objetivo também era
conceber um espaço contemporâneo, por isso, o escritório foi ambientado com elementos modernos, como vidros laqueados e espelhos fumês. A disposição dos móveis reflete a melhor circulação, sendo a mesa de trabalho privilegiada com a vista externa.
fotos gilson barbosa
A pedido do cliente, um mapa foi inserido à decoração. A figura vai promover uma viagem mental, estimulando o planejamento de passeios pelo mundo, ou resgatando algumas lembranças. Para abrigar tudo que o cliente considera importante, um grande armário foi desenhado pensando na organização. Livros, documentos e recordações pessoais estão dispostos de maneira harmoniosa.
Na recepção, o visual é resultado de uma mistura entre o clássico e o moderno. Variações do areia predominam no ambiente e mesclam-se a pinceladas de tons quentes do papel de parede criado pelas profissionais. A poltrona Egg, modelo tradicional no design de mobiliário, foi eleita para agregar imponência a esse décor sofisticado e convidativo.
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Sofisticada e descontraída Família e lazer. Uma casa que promete ser o paraíso dessa combinação Por Cidiana Pellegrin
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m projeto na medida do desejo de um casal com filhos. A ideia era edificar uma casa onde pudessem aproveitar ao máximo e encontrar ali toda fonte de lazer. O lugar que pairava a mente dos moradores foi projetado pelo arquiteto Paulo Delmondes a partir de conceitos como bem-estar, aconchego e modernidade. O terreno tem 1996m², sendo 770m² destinados para a casa construída em formato
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de “L”. Ambientes claros e muito conforto estiveram nas prioridades. Além da amplitude do imóvel, outro ponto forte é sua área externa que abriga uma piscina de 130m². Imponente, com formato sinuoso e borda submersa, ela simula um grande lago no espaço preparado para o descanso e entretenimento. Além de ser acesso para a sauna, também incorpora prainha e jacuzzi.
O generoso espaço está bem conectado ao interior da residência projetada com linhas retas, onde todas as esquadrias são em madeira champanhe. Os ambientes também são ricos em iluminação natural, alguns se integram ao jardim por meio de panos de vidros, incorporando o verde ao décor.
fotos gilson barbosa
Colada à piscina, a sala de jogos é outra fonte de diversão.O visual é rústico e despojado, com tijolos de demolição, madeiramento aparente e iluminação indireta para tornar o espaço mais aconchegante e os momentos de lazer dos moradores mais prazerosos
Com 30 m de largura, a ampla fachada tem na aparente cobertura seu grande destaque. A estrutura também tem volumes marcados e valorização da madeira. O recuo da calçada deixou espaço para um paisagismo com algumas plantas ornamentais
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Rica em luz natural, a cozinha inteiramente sóbria foi equipada com torre de fornos, geladeira side by side e uma ilha que reúne fogão cooktop e coifa, quesitos positivos na estética, mas que também ajudam na facilidade da vida gourmet. A circulação do
espaço é fluida, garantindo o conforto na hora de preparar e servir refeições. Linhas retas predominam no ambiente, assim como todos os outros cômodos da casa montada com armários da marca premium em planejados, Kitchens
Funcional e acolhedor, este espaço de confraternização proporciona ao “chefe” preparar singulares experiências gastronômicas enquanto interage com os convidados na piscina. A área gourmet foi pensada para atender desde a pequena reunião de família até uma grande festa. Churrasqueira com grelha argentina,
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balcão refrigerado, fogão a lenha, cooktop, forno de pizza e chopeira compõem a lista de equipamentos que formam a ambientação do lugar. No décor, materiais modernos como inox, vidro e cobre contrastam-se harmoniosamente com o rústico
Em nome da praticidade e conforto, a área de circulação dos quartos incorporou um grande roupeiro, que reserva um nicho para o frigobar e microondas
Para se tornar um ambiente delicado e elegante, a sala de banho da suíte do casal recebeu materiais em tons claros, como mármore travertino romano, que une o rústico com o sofisticado. A sala de 30m² assume alguns cenários para cumprir funções como higiene, banho e
relaxamento. Enquanto os moradores aproveitam a hidromassagem têm à vista a natura de um jardim que percorre outros ambientes da suíte, como closet e quarto
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Identidade responsável Estúdio Super Limão foca no design com reaproveitamento de materiais e transmite humor sutil em seus projetos
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Por Cidiana Pellegrin
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O reaproveitamento de materiais e a novas alternativas pode ser visto na Cadeira Circular (2004), feita com bobinas de papel Kraft e papelão prensado e também na luminária Medusa, que é feita de plástico OS injetável
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implicidade, tom de humor, jeito descolado e desenho contemporâneo estão entre as características de projetos de design e arquitetura do estúdio Super Limão. Formada pelos paulistas Antonio Carlos Figueira de Mello, Lula Gouveia, Sérgio Cabral e Thiago Rodrigues, a empresa, fundada em 2002, conquistou destaque entre a safra de designers que se preocupa em criar um produto, ou espaço, respeitando ao máximo o meio ambiente. “Sustentabilidade envolve uma ampla cadeia, é um termo que se tornou quase utópico. O que fazemos é ser racionais, analisar quanta energia foi gasta para colocar um piso de um antigo apartamento, por exemplo. Temos que pensar onde é realmente necessário fazer mudanças drásticas dentro de um projeto, causar desperdícios” explica o designer Sérgio. No amplo portfólio de arquitetura do estúdio está o apartamento do designer Humberto Campana, que, junto ao irmão Fernando, forma umas das duplas
mais renomadas do design contemporâneo brasileiro com fama mundial. No banheiro da residência, por exemplo, as tubulações industriais ficam à mostra. Com esse pensamento, surgiu uma linha de trabalho mais responsável, que visa o reaproveitamento de materiais e a novas alternativas para criar coisas que surpreendem. Plástico, tubos galvanizados, vergalhão, papelão, restos de entulhos e madeiras de obras se transformam em peças de relevância, que sempre carregam um discurso, seja ecológico, irônico ou divertido. A começar pelo nome do escritório. Super Limão foi inspirado na bala Super Lemon, que tem um sabor azedo logo que colocada na boca, mas, passado alguns segundos, fica adocicada. “Essa ideia de surpresa, de algo inusitado, é o que queremos passar. Depois de ver as peças, o público começa a entender e admirar”, revela Cabral. O mote dessa turma não caminha entre o luxuoso ou refinado, mas pelo contemporâneo sem ostentação.
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Ao lado - Luminária BiroBiro Platinado. Abaixo - Poltrona Pira e Banco Biju
Na lista do que já foi produzido estão a luminária de copinho descartável, a poltrona de papelão prensado, a cadeira revestida com restos de construções, e muitas outras peças. Os produtos são feitos pelo próprio estúdio, comercializados sob encomenda, e dificilmente são lançados em série. “Nossas criações são muito específicas e, por vezes, acaba não sendo viável para as indústrias produzi-las. Se somos procurados por alguma empresa, fazemos um trabalho amplo para entender o potencial e todo o processo de produção da fábrica e, assim, propormos algo novo”, conta o designer. Brincar com a percepção das pessoas é outro valor desse estúdio. “Já amarramos uma muleta a uma cadeira com perna quebrada,” diz Sérgio. Outra proposta que recebeu
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aprovação do cliente foi incorporar 10 olhos-mágicos na porta de entrada do apartamento que ele residia. As pequenas janelas foram colocadas de maneira invertida, possibilitando ao visitante olhar dentro da casa. “O dono colou figuras inusitadas em cada olho. Assim, quem se atravesse a olhar acabava vendo o que não esperava”, compartilha o sócio. A tamanha criatividade, aliada ao bom senso de produção e consciência ambiental, faz o Super Limão desejar, um dia, executar um projeto maior. “Quem sabe um museu, ou escola. Algo que não transforme apenas a vida de uma pessoa, mas, sim, de uma comunidade”, finaliza Sérgio.
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Aplicando seu design consciente, o Estúdio Super Limão comandou a reforma do restaurante DUI, gerando uma grande intervenção com o mínimo de obras. Na decoração o banco Biju, feito de bobina de papel com fundo espelhado e tampo de vidro
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Jardim dos sonhos O bem-estar representado em 2 hectares de paisagismo
m refúgio a poucos quilômetros da cidade atende o forte desejo de um casal conviver com a natureza. Ao longo de 10 anos o paisagismo foi sendo transformado para se adequar ao sonho dos moradores. Quem assina o projeto nessa passagem do tempo, é a Califórnia Mudas, empresa líder no segmento em Campo Grande, que prioriza o estilo rústico sofisticado em seus trabalhos. A paisagem é grandiosa. A pedido dos proprietários, foram criados cantos onde eles pudessem sentir o bem-estar e a tranquilidade que a natureza proporciona. Um dos cenários pensados pela Califórnia Mudas traz uma fonte ao estilo italiano, composta de ladrilhos hidráulicos e carranca de leão. Enquanto o casal descansa em baixo da pérgola, o barulho da água caindo no granito traz a calmaria que eles tanto apreciam. Em toda chácara foram plantadas espécies frutíferas com a intenção de atrair pássaros. Na área gourmet, duas jabuticabeiras ainda
assumiram funções de sombrear e refrescar a área. Para contemplar a vasta paisagem verde, uma estrutura de passeio também foi montada. No bosque de pinus, a passarela organizou o espaço para prazerosas caminhadas e na passagem para o lago, palmeiras imperiais trazem a imponência e rusticidade de uma natureza estrategicamente construída.
Av. Afonso Pena 4348 Tel.: 3349-0302
fotos gilson barbosa
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DECONMS se prepara para movimentar o setor de construção e decoração em 2012 A 1ª edição da maior feira de construção e decoração de MS acontece de 19 a 22 de abril no Albano Franco, em Campo Grande
fotos divulgação
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ançada ano passado, a Feira de Construção e Decoração de MS – DECONMS – tem motivos de sobra para comemorar: 80% da área já foi comercializada. São mais de 90 empresas confirmadas, com previsão de que esse número chegue a 100 até o fim do período de venda dos estandes. O evento acontece de 19 a 22 de abril, no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, em Campo Grande. O evento está despertando a atenção das maiores empresas do setor de construção e decoração em Mato Grosso do Sul. Mesmo na primeira edição, a feira demonstra números que revelam sua credibilidade. Durante o lançamento, 50% dos estandes foram comercializados em um único dia. A força da feira também pode ser mensurada pelo peso dos participantes. Até agora, quatro patrocinadores foram confirmados: Branno Tintas e Revestimentos, Pernambucanas, Multicasa e Ibratin Tintas e Texturas. Como apoiadoras, estão Dell Anno e Favorita – no segmento de móveis planejados – o Núcleo de Decoração e Arquitetura Sul-MatoGrossense (DASM), o Clube Inovação, De-
sign, Decoração, Engenharia e Arquitetura (IDDEA), e o Movimento Organizado da Decoração, Arquitetura, Engenharia e Construção (MODAECO) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). Os visitantes podem esperar lançamentos de produtos, preços e condições especiais. “Essa situação não mostra apenas a representatividade da marca DECONMS, mas, também, o bom desempenho do setor no cenário econômico de Mato Grosso do Sul”, explica Elaine Batista, diretora da feira. A iniciativa de promover a DECONMS é resultado de uma parceria entre a Cia de Ideias Eventos e Marketing Promocional e da Neocom Marketing e Propaganda. A previsão é de que 30 mil pessoas passem pela feira, que pretende estimular ainda mais os segmentos da construção civil e, consequentemente, arquitetura, decoração, design, paisagismo e serviços.
Mais informações Data: de 19 a 22 de abril de 2012 Horário: Quinta, das 18h às 22h, e sexta, sábado e domingo, das 10h às 22h Local: Centro de Convenções e Exposições Albano Franco – Av. Mato Grosso, 5017 – Campo Grande-MS www.deconms.com.br Facebook: Feira Deconms Twitter: @deconms
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Ney Latorraca Da inf창ncia em Campo Grande aos caminhos percorridos pelo artista de alma generosa Por Cidiana Pellegrin
Fotos Alexis Prappas
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em-sucedido. Seu nome está cravado no cinema, no teatro e na TV brasileira. Na certidão de batismo, Antonio antecede Ney Latorraca, como é conhecido pelo público. Dono de uma personalidade autêntica, a começar pela voz, o ator contempla os 47 anos de profissão com muito bom humor e receptividade. Atualmente se dedicando ao papel da própria vida, Ney confessa estar mais seletivo em relação aos trabalhos, mas a sensação de atuar continua a mesma de quando saía da escola de teatro. “Agora me amo mais. Antes, o desejo era morrer no palco”, confessa. Ao seu tempo, vai cultivando bons e velhos hábitos que engrandecem o universo interno e a estruturação de um personagem. O ator viaja, visita museus, lê e observa as pessoas. Suas primeiras cenas ocorreram de forma amadora, aos 6 anos, em uma novela da Rádio Record. Nessa época, já tinha certeza do que seria quando crescesse, mesmo contra a vontade dos pais. A mãe era corista, o pai, crooner. Ambos trabalhavam nos cassinos e viram os estabelecimentos fecharem. “Tivemos uma vida muito sacrificada, humilde, uma época pobre mesmo. Mas sempre o caráter, a educação e outros valores sendo mantidos”, revela.
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O episódio deu ao ator a convicção de que alcançaria o sucesso. “Um dia estava no Rio e passei com minha mãe em frente ao Cine Roxy, em Copacabana. Falei: A senhora ainda vai ver meu nome aqui na frente. Ela disse: Você está maluco! Passou um tempo, Ney Latorraca estava ali”. A energia concentrada e a determinação o tornaram um eleito, um privilegiado.
Nostalgia da infância Filho da campo-grandense Tomaza Josephina Pallares, chamada carinhosamente de dona Nena, o artista reconhece em nossa cidade um pedaço de sua história. “Você é resultado da soma de várias coisas: pai, mãe, educação e ambiente em que vive. Isso também reflete nos personagens”, defende Ney. Quando criança, a casa dos tios, na rua 13 de Maio, era o destino certo de férias. A diversão não tinha o requinte dos dias atuais, era feita com brincadeiras bem mais simples. O garoto nascido em Santos, interior de São Paulo, passava horas pescando, subindo em árvores – pés de manga, de goiaba – e frequentando os já extintos cinemas Alhambra e Santa Helena. “Eu também aprendi a nadar em Campo Grande, mais precisamente, na piscina do Rádio Clube”, compartilha o ator. Ainda revisitando o passado, resgata algumas lembranças gastronômicas da chipa, sopa paraguaia e comida japonesa e libanesa. “Tudo fez parte da minha alimentação”.
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“Você é resultado da soma de várias coisas: pai, mãe, educação e ambiente em que vive. Isso também reflete nos personagens”
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Viagem ao começo No início da juventude, logo após concluir o científico, foi estudar na Escola de Arte Dramática (EAD) da Universidade de São Paulo. Ganhou reconhecimento no teatro atuando em espetáculos que foram sucesso de crítica, como “Hair” e “O Balcão”, e trabalhou com diretores de prestígio, a contar por Antunes Filho, Ademar Guerra e Celso Nunes. “Era uma época com tudo na ponta do lápis. Você fazia uma compra com muito sacrifício. Às vezes, tinha de pegar uma carona, dividir um prato,” confidencia o ator. Mas foi em 1974, perto dos seus 30 anos, que a coisa aconteceu. Assinou o contrato com a Globo para gravar a novela “Escalada”, no Rio de Janeiro, e, no mesmo período, contracenava em duas peças no Estado de São Paulo: “O que Você Vai Ser Quando Crescer” e “Orquestra de Senhorita”. “Um dia estava lendo uma revista e vi que eu concorria com Roberto Carlos e Tarcísio Meira para ser o rei da televisão. Levei um susto! Não tinha estrutura para aquela popularidade. Porque você fazer sucesso é uma coisa, outra mais importante é se manter”, declara.
De lá para cá, o ator pôde colecionar um bocado de trabalhos distintos. Foram novas peças de teatro, novelas e alguns filmes. É possível aprender com o personagem? Pergunto. “Claro. A partir do momento em que estudo o texto, tenho que me preparar de todas as maneiras possíveis”. Para fazer Esmeraldo na minissérie “Memórias de um Gigolô”, por exemplo, Ney teve aulas de canto e dança. Entres os papéis mais marcantes na televisão estão o jovem rebelde Mederiquis, de “Estúpido Cupido” (1976), o simpático caixeiro viajante Quequé, de “Rabo de Saia” (1984) e o Barbosa, da “TV Pirata”. Este último foi, na verdade, um resgate da infância. “Tinha por volta dos nove anos quando meus primos pediam: faz aquele velhinho para gente. Eu encenava para brincar; 40 anos depois, quando fui gravar esse programa humorístico, falei para o diretor Guel Arrais: Posso fazer aquele velhinho que tenho na minha memória emotiva?”. Foi uma soma que deu certo. O personagem ganhou repercussão no final da década de 1980 e permanece vivo na memória dos telespectadores.
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O humor continua Personagens engraçados têm sabor de sucesso quando interpretados por Ney Latorraca. O maior de todos é a peça “O Mistério de Irma Vap”. Em cartaz por 11 anos, arrebatou cerca de 2 milhões e 500 mil expectadores entrando para o Guinness, o livro dos recordes. Escrito por Charles Ludlam, o enredo conta sobre Lady Enid, a nova mulher do excêntrico Lord Edgar, que vai viver em uma estranha mansão e tem de lidar com uma governanta bem esquisita. Para seu desespero, ela percebe que a casa é assombrada pelo fantasma da primeira esposa do marido e descobre que o filho do casal foi morto por um lobisomem. Na comédia, dirigida por Marília Pêra, o ator contracenava com Marco Nanini, ambos se alternando em papéis e trocas de figurino em segundos. A peça também virou tema para o filme “IrmaVap – O Retorno”, lançado em 2006. O talento lapidado e a forte estrutura dramática o permitem ir além do representar. Ney trabalha com intuição e percepção, identificando os momentos em que é preciso contribuir com o personagem, deixar um pouco de si. Ao encarnar o vampiro Vlad, na novela “Vamp”,
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o artista acionou essa matemática para emplacar em um novo público. “Quando mordi o pescoço da Claudia Ohana, em vez de dizer “gostoso”, falei “gotoso”. Eu sabia que isso ia pegar as crianças”. E pegou mesmo. Da veia cômica ainda vieram outras interpretações. Cornélio, na novela “O Cravo e a Rosa”, e o médico Dr. Solano, em “S.O.S. Emergência”. Não é preciso pensar muito para ter certeza de que o humor é também integrante de sua
personalidade. “Onde estou as pessoas estão rindo. Minha passagem pela Terra é para trazer alegria”, confessa. Como uma coisa leva à outra, incluo a febre dos shows de stand-up comedy na conversa. “Saudável, é o momento. O leque está aberto para todo tipo de teatro. Eu assisto, sou um ótimo público”.
“Onde estou as pessoas estão rindo. Minha passagem pela Terra é para trazer alegria”
Universo pessoal Vivendo a poucos metros da Lagoa Rodrigo de Freitas, na cidade do Rio de Janeiro, Ney assume uma rotina com afinco no bem-estar pessoal. Aos 67 anos, não tem neura com o tempo nem com o existencial, tem apenas preocupações naturais, como a de envelhecer com dignidade. Alimentase corretamente, largou o hábito de fumar há quase uma década, e pratica atividade física. São 8 quilômetros de caminhada no entorno da lagoa todos os dias. Acupuntura e muitas viagens também estão no pacote. “O único luxo que tenho é voar de primeira classe. Eu mereço!” brinca. Exercitar a generosidade é outro trunfo do super-ator. Sem filhos, ou herdeiros diretos, ele criou um testamento deixando seus imóveis para instituições de caridade, inclusive uma de Campo Grande, o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). A ideia
veio da mãe. O filho, então, absorveu a ligação com essa entidade. A lista de beneficiados ainda inclui a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), o Retiro dos Artistas, ambos no Rio de Janeiro, e o Grupo de Apoio à Prevenção à Aids, em Santos. Carismático, ele confessa, sem pudor, que adora ser reconhecido na rua. Não se esconde, nem se faz de difícil para o público. Pelo contrário. Age com muita simpatia a qualquer manifestação. “Um dia, ao final da caminhada, vi que uma família estava me olhando. Terminei de desaquecer e fui lá conversar. Custa fazer isso? Tenho certeza de que eles ganharam o dia, assim como eu,” declara. Por vezes, Ney Latorraca é chamado de “Seu Neyla”, um equívoco, mas que ele acaba levando na esportiva, afinal, o espírito de hoje é mais criança, “mais Neysinho do que Ney”.
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Novidades que fazem nosso desejo de consumo
Crochê em joia Texto Cidiana Pellegrin / fotos Divulgação
Emar Batalha é famosa por criar joias encantadoras. Em sua última coleção, a designer uniu a delicadeza das tramas do crochê com a exuberância do ouro. Pulseiras, brincos e colares foram feitos com alta tecnologia, cortados a laser, e receberam aplicações de pedras preciosas como rubis, esmeraldas e brilhantes. Brinco de ouro com esmeraldas, rubi e brilhantes – R$ 7.935,00 Brinco de ouro com esmeraldas e brilhantes – R$ 12.705,00 www.emarbatalha.com.br
A volta da transparência
Da Praça A grife Absurda foi buscar inspiração na praça Benedito Calixto – que recebe todos os sábados uma das maiores feiras de artesanato, obras de arte e antiguidades de São Paulo – para criar um novo modelo de óculos de sol. Com armação produzida a partir de matéria-prima suíça e lentes em policarbonato, o modelo está disponível em 16 cores. Por R$ 390 no site www.absurda.com
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Em 1968, a transparência surgiu na passarela de Yves Saint Laurent e ganhou status de sensualidade. Há algumas temporadas, ela vem sendo revisitada nos desfiles internacionais e também marcando presença nas coleções brasileiras. Além do verão, essa tendência vai compor looks das estações outono e inverno. Para quem tem medo de ousar vestindo uma peça totalmente transparente, pode optar por roupas que utilizam o translúcido em detalhes, como em barras de saias e vestidos, mangas de camisas, decotes e outros
Novidades que fazem nosso desejo de consumo
Rastro versátil
Lindo e confortável, o mocassim é peça de destaque nas tendências 2012. Este sapato traz o melhor do estilo confortável e despojado, sendo aposta certa para compor produções casuais, românticas e modernas. Na próxima temporada, ele ganha versões em cores lisas, com texturas ou estampas, tudo para garantir presença no armário feminino. Preço sob consulta no site www.anitaonline.com.br
Nobre companheira
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Mais seguro Estilosa proteção A marca Ruby apresenta acessórios de segurança com design nada convencional para proteger amantes de motos e skates. O francês Jerome Coste, criador da grife, se inspirou no ator americano Steve McQueen – consagrado nos anos 1970 –, na ficção científica e na tradição do luxo na França para lançar capacetes com aspecto retrô e cheios de originalidade. Por R$ 2.500 no site www.farfetch.com.br
A Biometric Wallet, criação da fina casa inglesa de presentes masculinos Dunhill, só abre depois de reconhecer a impressão digital de seu dono. O acessório é feito com fibra de carbono (exterior) e couro (interior), e tem clipe para dinheiro em aço inoxidável. Ela se conecta via Bluetooth ao celular e emite alerta caso fique a mais de cinco metros de distância do aparelho. Por U$ 865 no site www.dunhill.com
Texto Cidiana Pellegrin / fotos Divulgação
Os sapatos da Jimmy Choo estão entre os mais desejados no mundo. Mas a grife também apresenta um portfólio de bolsas que fazem o desejo de consumo das celebridades internacionais. Na coleção 2012, paisagens paradisíacas serviram de inspiração para a marca criar modelos que vão do despojado ao elegante. O importante acessório feminino ganhou versões em ráfia e couro – natural, envernizado, ou estampado, como o print de zebra – em modelos esportivos, glamorosos e estruturados. Preço sob consulta no site www.jimmychoo.com
gad g et s Novidades que fazem nosso desejo de consumo
1. apoio
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Compatível com a maioria dos smartphones, o MobiMount é um suporte ideal para usar celular e MP3 player no modo viva-voz. Prático e útil, ele pode ser acoplado no vidro por ventosa, ou com o clip adaptador no painel. O suporte ainda gira em até 360°, possibilitando mover o seu gadget para o lado que desejar. Por R$ 89 no site www.mobimax.com.br
2. esportista 2
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A Motorola lançou um monitor de fitness que possibilita atender ligações e receber mensagens de texto via Bluetooth. O Motoactv ainda tem rádio FM, GPS e um sistema de sincronização com o computador, que permite ao usuário gerenciar o próprio desempenho na atividade física. Com o aparelho, é possível medir tempo, quilometragem, velocidade, os batimentos cardíacos e a quantidade de calorias queimadas. O kit do produto inclui cartão de 8GB, fone de ouvido, clip, pulseira e cabo de dados. Por R$ 999 no site www.americanas.com.br
3. sounds good A Bang & Olufsen é uma empresa dinamarquesa reconhecida pelos aparelhos que unem design primoroso e alta qualidade de som. O dock station BeoSound 8 faz parte do portfólio da marca e segue os mesmos requisitos. Ele é compatível com iPod, iPhone e iPad, se conecta ao PC pela minientrada USB e permite a reprodução de faixas a partir do controle remoto do equipamento. Por R$ 2.950 Iguatemi-SP Tel.: (11) 3819.5770
4. instantânea Basta olhar a Fujifilm Instax Mini 7S para perceber certo clima de nostalgia. Seu design tem aspecto retrô, assim como sua função: ela tira fotos instantâneas no tamanho de cartões de crédito. A câmera compacta tem quatro opções para níveis diferentes de luz, lentes 60 mm e flash. Funciona com quatro pilhas AA. Por R$ 679 – kit com 5 filmesno site www.photosaopaulo.com.br
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5. dois em um Não só para proteger o gadget. A capa teclado de alumínio para o iPad 2 também facilita a digitação dos usuários de tablets. Além do design moderno, ela possui pequenos suportes que impedem riscos na parte traseira, quando apoiada. A conexão com o teclado é feita por Bluetooth e acompanha um cabo micro USB para carregamento. Por R$ 399 no site www.walmart.com.br
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Texto Cidiana Pellegrin / fotos Divulgação
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mo t o r Novidades que fazem nosso desejo de consumo • Por Paulo Cruz
Lameiro renovado Wrangler 2012 ganha motor mais forte e interior mais amistoso
O
jipe, veículo pensado inicialmente para os campos de batalha da Segunda Guerra Mundial, completou 71 anos de história. Esse verdadeiro ícone do mundo off-road foi evoluindo em versões civis até chegar ao modelo desta matéria: o Wrangler 2012. A nova versão, apresentada este mês para a imprensa, chega com boas novidades. A principal delas está sob o capô: o motor V6 3.6 Pentastar de 284 cv de potência a 6.350 rpm e 35,3 kgfm de torque, força suficiente para empurrar o valente jipe em qualquer terreno. O câmbio também é novo. Continua automático, só que agora tem cinco marchas. São duas versões de carroceria. A Sport, de duas portas, e a Limited, com quatro. Por dentro, linhas mais arredondadas e materiais de acabamento mais refinados, aumentando o conforto a bordo. A tração permanece integral com acionamento por alavanca e com marcha reduzida. O preço começa em R$ 129.900 no modelo duas portas e R$ 139.900 no Limited. O dois já vem com arcondicionado, direção assistida, trio elétrico, volante de couro multifuncional, sistema de som CD/ MP3 com entrada auxiliar, banco do motorista ajustável em altura, duplo airbag frontal, rodas de liga leve aro 17, freios ABS com EBD e controles eletrônicos de estabilidade e tração.
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Cheiro de memória
Ilustração Efe de Queiroz
Por Carla Gavilan
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Momentos bons, ruins, íntimos ou familiares, com pessoas vivas ou que já se foram. É a diversidade de circunstancias que os cheiros registram em nossas vidas
“O
cheiro das amêndoas amargas lhe lembrava sempre o destino dos amores contrariados”. O jeito delicado de dizer que mais um mortal cometeu suicídio, com cianureto de ouro, por conta de uma desilusão amorosa, é a primeira frase de Gabriel García Marquéz na obra “O Amor nos Tempos do Cólera”. Faz um tempo que li, até hoje não sei ao certo como cheiram as tais frutas, mas a analogia sinestésica empregou em minha leitura um afeto a mais. É o que fazem os cheiros em nossas vidas. Colorem ou escurecem a memória, e para o bem ou para o mal são capazes de ressuscitar paisagens, nos transportar a momentos que nem desconfiávamos lembrar, nos deixam novamente à frente de cenas inusitadas, solitárias, íntimas ou em multidões.
Memórias de cheiro Cheiro de livro novo é um dos preferidos de Herrigthon Santos, “não pelo fato dele ser novo em si, mas pela novidade. Você tem toda uma expectativa em cima desse cheiro, dentro da sua cabeça você já criou um universo de possibilidades que só serão sanadas, surpreendidas, ou decepcionadas, quando você lê-lo”, explica o advogado. Uma leve inspiração para animar tantas fotografias arquivadas em nossos circuitos emocionais. A comida sendo preparada no fogão à lenha faz Fabiana Torres se derramar no passado. “O cheiro lembra muito quando meu irmão e eu éramos crianças e visitávamos minha tia na fazenda. Parece que minha infância entra pelo nariz”, memoriza a administradora de empresas. O momento que parece ter sido registrado por todas as partes do corpo, na verdade, é captado, olfativamente dizendo, pelas menores células que possuímos. “São as células olfatórias, localizadas no bulbo olfatório, responsáveis por traduzir ao cérebro a substância exalada no ambiente”, explica o neurologista Renato Ferraz. Depois dessa etapa, o cheirinho
passa por um caminho lotado de mais células especuladoras que o catalogam, até a uma área que trabalha exclusivamente em arquivar a maior quantidade possível de aromas. Conforme afirma Ferraz, o cheiro fica lá, aí, quando a memória dele é ativada, ou seja, naquelas circunstâncias da vida em que nos encontramos com o cheiro, ela é interpretada junto com os outros sentidos – o que costuma provocar uma explosão de sentimentos, denominada como circuito de Papez ou circuito emocional. “Nesse momento, a memória olfativa é relacionada à auditiva, visual, das sensações do tato. Uma série de reações emocionais pode ser desencadeada a partir desse circuito. O coração dispara, a mão fica gelada, a pessoa fica trêmula”, detalha o neurologista. Reações que podem ser por algo bom ou ruim. Os cheiros também são responsáveis pelo desenvolvimento de patologias. “Tudo depende do primeiro contato que se teve com aquele cheiro, a relação do cheiro com a vida da pessoa. Se ela passou por alguma experiência triste, traumatizante, acontece de associar esse momento com algum cheiro
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daquele período. Da mesma forma, quando a memória desse cheiro é ativada, provoca reações químicas no organismo que podem desencadear uma situação de depressão e alguns tipos de síndrome”, enfatiza o médico. E quem não tem alguma lembrança do tipo? Morte, acidentes, discussões e desentendimentos também guardam uma boa dose de aroma. O coração acelera, a adrenalina é jogada no sangue e uma onda de angústia invade a paz. Tratamento? Também tem com os cheiros, desenvolvido pela aromaterapia, um tipo de tratamento alternativo que trabalha com a essência de algumas plantas, como lavanda, jasmim, lótus, gardênia, entre outras. A partir da essência delas, são produzidos os óleos, capazes de oferecer muitos benefícios a quem, olfativamente, consome esses aromas. “Por meio da inalação, massagens, cremes/loções, com os difusores de pedra ou com o uso do fogo, é possível dormir melhor, respirar de forma adequada e alterar a pressão arterial. A aromaterapia ajuda, inclusive, no relacionamento com as pessoas e na capacidade de concentração”, recomenda Nivea Nogueira. A naturalista destaca ainda que as maneiras de se usar são diversificadas e dependem de cada caso. “Há pessoas com causas a serem tratadas apenas com uma essência, e outras que precisam da combinação de várias; é preciso avaliar a enfermidade que a pessoa traz”, reforça Nivea.
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Inspirações do cheiro A menção olfativa tem espaço cativo nas veias artísticas, a exemplo de García Marquéz. Quem não entendeu muito bem a simbologia dela foram os militares do período da ditadura, que deixaram passar a segunda versão de Tanto Mar, com o baita parágrafo perfumado, “lá faz primavera, pá; cá estou doente, manda urgentemente algum cheirinho de alecrim”. A típica planta portuguesa, de aroma despertador, é citada por Chico Buarque para homenagear a queda do regime ditatorial de Portugal, com a Revolução dos Cravos. Os cheios também incendiaram a cabeça do autor brasileiro Roberto Drummond, que deixou em suas produções de literatura pop uma coleção de odores, como na obra “Sangue de Coca-Cola”. Nela, o dia 1ª de abril “tem cheiro de carnaval”. Certamente, o mais feliz exemplo de sua obsessão pelos cheiros está em “O Perfume de Deus”. “Descobriu que o dia tinha um cheiro próprio, diferente do da noite, e o cheiro da noite era diferente do cheiro de orvalho do dia nascendo, assim como o sábado à noite em Belo Horizonte cheirava ao suor dos amantes”. Na narrativa, a personagem principal retoma suas memórias por meio dos cheiros na busca pelo aroma
divino. “Toda manhã, com o dedo no gatilho do rifle, Vó Inácia exercitava a pontaria, enquanto apurava o olfato para sentir o Cheiro de Deus”. Nada fácil desvendar o cheiro de Deus, mas o das religiões atrevo-me a inferir por meio de uma experiência pessoal. Quando sinto cheiro de arruda recordo dos terreiros da Umbanda, o de alfazema me senta nos bancos longos de madeira, do tempo da catequese; do budismo guardo a essência de sândalo, tão venerada e sempre purificando o ambiente; das igrejas evangélicas me recordo daquele cheiro de livro antigo, por causa das bíblias que os devotos manuseiam bastante durante o culto. Nenhum melhor que o outro, apenas cheiros que marcam períodos e momentos. Devolvem tanto um sopro de vida quanto de desespero. Seja como for, poder cheirar, guardar e memorar, sempre que possível, é uma preciosidade. Se as roupas cobrem o corpo, certamente os cheiros vestem nossas lembranças.
Ilustração Efe de Queiroz
“Descobriu que o dia tinha um cheiro próprio, diferente do da noite, e o cheiro da noite era diferente do cheiro de orvalho do dia nascendo”
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Uma pequena mordida na
maçã A semana de moda de Nova York propõe, em meio às ideias de novos e de renomados estilistas, multiplicidade de tecidos e formas e combinações e conceitos. Salpicadas na passarela da big apple, transparência, cores fortes e o curto marcaram presença no cardápio das coleções. Eis o nosso menu.
Texto Melissa Tamaciro Foto Alexis Prappas
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Thatyane veste Top KaKô Couture (L'Atelier de Julia) Transparência Jefferson Kulig (La Dame) Saia Coven (La Dame) Bota Jorge Bischoff Clutch Valentino (L'Atelier de Julia)
Thatyane veste Saia Missinclof (L'Atelier de Julia) TransparĂŞncia Vitor Zerbinato (La Dame) Cinto Vitor Zerbinato (La Dame) Colar (La Loo) Sapato Jorge Bischoff
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Thatyane veste Regata KaK么Couture (L'Atelier de Julia) Saia Vitor Zerbinato (La Dame) Colar (La Loo) Coturno Jorge Bischoff
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Thatyane veste Vestido Sta.EphigĂŞnia (Maison KĂŞnia Xavier) Cinto Vitor Zerbinato (La Dame) Bota Jorge Bischoff
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Thatyane veste Transparência Vitor Zerbinato (La Dame) Lenço Missinclof (L'Atelier de Julia) Saia Coven (La Dame) Sapato Jorge Bischoff
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Fotografia Alexis Prappas
prappas.com
Thatyane veste Blazer Vitor Zerbinato (La Dame) Saia 011 (L'Atelier de Julia) Cinto (La Loo) Bota Jorge Bischoff
Produção de moda Michelly Andrino backstage47.com.br
Produção executiva Melissa Tamaciro Make up and hair Helder Marucci
heldermarucci.com
Modelo Thatyane
(Arena Models)
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sugestões e tendências em beleza
Arremate A Wella Professionals ampliou seu portfólio de produtos com o lançamento do Stay Essential – Finishing Spray. O cosmético ajuda a manter o penteado no lugar, com fixação leve e maleável, proporcionando aparência natural aos cabelos. Por R$ 89,90 no site www.ficarbonita.com.br
Pequena notável
Pele uniforme O BB Cream foi um dos cosméticos mais comentados por blogueiras do mundo todo em 2011. Além de dar um tom uniforme e liso à pele do rosto, o produto age como tratamento. Um dos lançamentos da MAC, o Prep + Prime Beauty Balm possui as funções citadas e ainda pode ser usado como primer de alta proteção, já que possui FPS 35 UVA/ UVB. Além disso, ele também hidrata, suaviza as linhas de expressão e deixa a cútis iluminada. Por R$ 147 no site www.sacks.com.br
Mate verde para eles A matéria-prima do tereré e do chimarrão se transformou em ativo de cosméticos. A ideia foi relançada pela Natura com a nova linha Natura Ekos Mate Verde. São quatro produtos específicos para cuidados masculinos: desodorante colônia, shampoo, sabonete em barra puro vegetal e desodorante spray para os pés, todos com extrato aromático de mate verde, que proporciona ação refrescante. De R$ 11,10 a R$ 68,80. Disponível por meio de consultoras Natura
Cor no disfarce Olheiras requerem cuidado dobrado na hora de uniformizar o tom da pele. A Contém 1g acaba de lançar uma novidade para quem ainda está na busca pelo produto perfeito: a linha Making Of Corretivo Creme. São três opções que prometem disfarçar as imperfeições na região dos olhos: o corretivo amarelo, que vem para esconder olheiras arroxeadas; o lilás, para aquele olhar amarronzado, ou alaranjado; e o tom verde, destinado para maquiar a região avermelhada. Por R$ 37. www.contem1g.com.br
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Texto Cidiana Pellegrin / fotos Divulgação
Em formato mini, a Máscara para Cílios Lash Love, da Mary Kay, vai ocupar menos espaço na nécessaire e dar um upgrade no olhar a qualquer momento do dia. Disponível na cor preta, o produto promete definir e proporcionar volume ideal aos cílios. A secagem é rápida e o efeito tem longa duração. A edição é limitada e custa R$ 29,00. À venda por meio de consultoras Mary Kay
sugestões e tendências em beleza
Agente refrescante Combater os furinhos indesejados e a retenção de líquido não é tarefa fácil. Para auxiliar a mulher na rotina de cuidados, os laboratórios Vichy desenvolveram Aquadestock, um gelcreme com textura refrescante, que garante uma sensação de leveza na área tratada e funciona como um tratamento coadjuvante anticelulite. Um dos diferenciais do produto é seu efeito drenante, que alivia a sensação de inchaço. Por R$ 119 no site www.drogaraia.com.br
A linha Lait Solaire, da Biotherm, foi desenvolvida para proteger a pele do sol e prevenir a desidratação. Devido ao sistema de filtros solares, Mexoryl SX e Mexoryl XL, o produto combate a penetração dos raios nocivos à pele, o que ajuda na prevenção da perda de firmeza e do aparecimento de manchas. O cosmético não oleoso é resistente à água e deixa a pele com sensação fresca e hidratada. PorPor R$ 154,90 FPS 30 no site www.sacks.com.br
Suave cobertura Pele luminosa e com acabamento acetinado o dia todo é a proposta da base ColorStay Aqua Mineral Makeup, da Revlon. O cosmético ainda é livre de óleo e tem água de coco presente na formulação, o que proporciona hidratação instantânea e refrescante. Disponível em quatro tonalidades. Por R$ 69,90 no site www.frajo.com.br
Antissinais Neo Etage é a nova linha de produtos da Eudora – nova empresa de cosméticos do Grupo Boticário – pensada para mulheres que se preocupam em combater os sinais de envelhecimento. Os itens foram formulados com tecnologia Xtend Procell, recurso que aumenta o tempo de vida de células que prolongam a juventude da pele. A lista de lançamentos inclui: espuma de limpeza, tônico, esfoliante, sérum, creme diurno e noturno. De R$ 31,90 a 118 no site www.eudora.com.br
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Essência feminina Se você é uma mulher que valoriza a feminilidade e a elegância, o lançamento Love Chloé, da Chloé, vai te agradar. Ele possui um aroma delicado, leve e sensual. A fragrância tem flor de laranjeira e pimenta rosa nas notas de cabeça, lírio, lilás, jacinto e glicínia nas de coração, e de fundo, almíscar, notas de talco e pó de arroz. O frasco também é um luxo só! Por R$ 450 (75 ml) no site www.aazperfumes.com.br
Texto Cidiana Pellegrin / fotos Divulgação
Banho de sol
Tom Cavalcante De risadas se fez uma lenda Por Thiago Andrade
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omo um camaleão, este cearense de 49 anos é capaz de copiar trejeitos e se transformar em outra pessoa. Mas, em vez de passar despercebido, ele chama atenção e arranca gargalhadas de crianças e adultos. Tom Cavalcante é um dos mais conhecidos humoristas brasileiros e segue fazendo sua arte da maneira tradicional, vivendo personagens marcantes e transformando em piada até os mais sérios dos assuntos. Nos dias 30 e 31 de março, o público de Campo Grande terá oportunidade de assistir de perto o show “No tom do Tom”, no qual o comediante aposta na música e nas imitações de ídolos como Maria Bethânia, Fagner, Julio Iglesias, Fábio Jr., entre outros. A direção musical é de Eduardo Lages, que acompanhou artistas como Roberto Carlos. Sobre o show, Tom garante que não vão faltar personagens clássicos, como João Canabrava ou a doméstica petulante Jarilene. A trajetória do comediante iniciouse em Fortaleza, mas, foi apenas ao conhecer Chico Anysio, o Midas do humor nacional, que a carreira deslanchou. O encontro se deu no final da década de 1980 e, desde então, Tom se tornou figura cotidiana na televisão. Com forte apelo popular, ele cativou o grande público. Agora, afastado dos principais canais
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nacionais, decide se focar nas turnês com os trabalhos para os palcos. Confira a conversa que tivemos com o humorista.
Você iniciou sua carreira no final da década de 1980. A maneira de fazer humor mudou muito desde então? O humor, na sua essência, cuida de criticar costumes, comportamentos etc. Portanto, não mudou até os dias de hoje. O que houve foi uma renovação com o aparecimento de novos humoristas. Em sua trajetória, você já deu vida a mais de 200 personagens. De onde surge tanta inspiração? Sou um criador de tipos desde que vi, pela primeira vez, Chico Anysio – uma referência riquíssima. Mapeado por seus tipos, comecei a criar os meus. Às vezes, são criados por encomenda de um texto ou de simples observações do cotidiano. Estou ali na rua, vendo TV, dentro do avião, vejo alguém e sinto que em cima daquela figura posso criar um personagem. É o primeiro passo, daí vem a construção e finalização, que são mais complexos.
Atualmente, a stand-up comedy tomou conta do humor brasileiro, ganhando um público mais jovem. Como você vê esse gênero? Sou fã dos humoristas que, com sentido aguçado de observação, retratam nossas mazelas. Existe algo que precisa ser dito como resgate da memória do humor nacional. Quem começou esse trabalho de stand-up no Brasil foram os magos Zé Vasconcelos e Chico Anysio. A repercussão do gênero veio ganhar força com o volume de jovens aparecendo, criando e atuando com seus textos numa linha direta com a linguagem e o comportamento da galera nos dias de hoje. Eu curto muito! Já pensou em montar um espetáculo do tipo? O show que apresento tem momentos dedicados ao stand-up. Em outros, eu viajo na construção de tipos e performances que são, e sempre serão, minha marca como comediante. O que te motivou para trabalhar fazendo as pessoas rirem? Você não escolhe os rumos da sua vida profissional, eles vão se desenhando ao longo da trajetória. Fui recebendo influências de acontecimentos ao longo
da minha infância e juventude. Nasci e fui criado em um ambiente de gente muito engraçada e de bom humor, tive a oportunidade de encontrar situações que me levaram cedo para dentro dos circos, teatros e música. Somados a essa influência, vieram os momentos de lamento e dor que a vida impõe a todos. Meu humor nasceu como resposta a tudo isso, como maneira de sobreviver. Esses ingredientes ofereceram o resultado de toda a equação, ou seja, a condição de poder provocar o riso.
fotos Divulgação
Chico Anysio, um dos grandes humoristas brasileiros e com quem você já trabalhou bastante, passa por um momento difícil. Como é sua relação com ele? Não só considero, como também dizem as estatísticas, Chico é um dos dez maiores comediantes do planeta. Um espetacular ser humano, acima de tudo. Minha história de vida se cruzou com a do professor em 1983. Daí para cá, uma forte relação de amizade artística e pessoal foi construída até os dias de hoje. Nutro por Chico uma amizade como a de um filho para com um pai.
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Tom, entre personagens marcantes criados por você está Ribamar, do “Sai de Baixo”. Qual a importância do personagem? Quais outras criações você destacaria? Sem dúvida, Ribamar teve seu momento de glória em “Sai de Baixo”. Um personagem que cresceu com minha profunda vontade de acertar no que o texto pedia. Estudei bastante, como faço com os outros, para transformá-lo em alguém que passasse a impressão de ser real. Até hoje, quando vou a Portugal me apresentar, as pessoas me chamam de Ribamar. Já me acostumei! Mas existem outros importantes como Pitibicha, Jarilene, Zé da Rosa, Seu Venancio, entre outros. Tem muita “gente” boa no banco, esperando a hora de ser convocado. Se por um lado você é um ótimo criador, também consegue fazer imitações com maestria. Como você escolhe quem vai imitar? Alguma imitação já te causou algum problema? Tenho ainda esse trunfo na manga, de poder imitar as pessoas. É uma bênção, sem dúvida, pela qual agradeço a Deus. Considero a capacidade de imitar uma obra fascinante do nosso cérebro. Como se ele fosse como um computador e tivesse a capacidade de armazenar
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informações como vozes, jeito de andar, gestos, cacoetes, maneira de olhar. Na prática, é por aí. Mas nunca enfrentei processo por imitações. Houve, certa vez, um problema com o Sílvio Santos, pelo formato de um programa que fazia sátira a certo conteúdo. Foram as empresas que brigaram, eu saí ileso. Qual o caminho para uma boa imitação? Para se fazer humor e concretizar uma boa imitação, o segredo é algo que vale para a vida de qualquer pessoa. Você tem que estar relax, leve, longe do estresse para que a coisa flua. Você trabalhou como apresentador de telejornal em afiliada da Rede Globo. O que fazia para manter a seriedade em frente às câmeras? Foi um período mágico na minha vida. Pela primeira vez, estava sentindo o sabor do ambiente gelado de um estúdio de TV. Câmeras ligadas, cronômetro apontando o tempo com rigidez, a seriedade dos diretores e jornalistas. Um circo apaixonante! Ali, minha gana de querer mergulhar mais fundo no tubo tornara-se irreversível. Desse tempo, guardo histórias hilárias. Apresentava o jornal do meio-dia, uma responsabilidade gigantesca que eu ainda não percebia. Para os parceiros
de bancada, sei como é sofrido manter a postura. Me diverti muito nessa época. Ano passado você deixou a Record e negou que voltaria aos programas de TV, pelo menos por enquanto. Ainda pensa assim? E os boatos de um retorno à Globo? Deixei a Record em um acordo amigável, no qual abri mão dos ganhos financeiros por um contrato que iria até 2012. Entendi que era hora, depois de 20 anos de carreira, dar um tempo. De forma muito tranquila, analisei tudo e agi como costumo fazer. Após conversar com minha mulher e meus filhos, decidi curtir essa fase. Nos planos, agora, estão a volta das turnês nacionais e pelo exterior, direcionadas para o público brasileiro na Europa e nos Estados Unidos. Se pintar algum convite para um bom roteiro de cinema, lá estarei. O resto não passa de notas para alimentar os burburinhos entre leitores. Nesse momento, televisão só a do meu quarto. “No tom do Tom”, o espetáculo que você apresentará em Campo Grande, você reúne música e comédia. Poderia comentar o trabalho? O espetáculo nasceu em São Paulo, com direção musical do maestro Eduardo
fotos Divulgação
Lages. Permaneci durante três meses em cartaz, depois fiz uma versão mais enxuta para casas de shows. É um espetáculo de uma hora e meia, com uma verdadeira viagem por variados temas, como política, música, sociedade, imitações, crônicas, personagens. Tudo muito bem encaminhado para não se tornar cansativo, espero que o público de Campo Grande goste bastante. Em sua trajetória nota-se grande perseverança. Quando você percebeu que tinha encontrado o seu caminho? Lutei durante dez anos para ingressar na televisão. Um belo dia, venci a todos pela fadiga e tive minha chance. Nesse período, em nenhum dia me saiu a ideia de que eu não iria conseguir um lugar onde eu queria estar. Idas e vindas do Ceará para o Rio de Janeiro, custeadas pelos amigos. Sem avião, ia de ônibus. E o que eu ia fazer lá? Perturbar o Chico, que me deu a função de redator. Comecei a escrever para os programas, fui locutor de rádio, ia aos estádios junto ao Chico para fazer pista durante os jogos de futebol para a Rádio Tupi.
Quando assumiu o comando de “Show do Tom”, o que tinha em mente? Conseguiu fazer o que queria no comando do programa? O “Show do Tom” foi uma realização pessoal, que teve suas metas alcançadas. Em primeiro lugar, vencer o desafio de fazer humor fora da Globo, coisa que muitos duvidaram. Segundo, implantar um núcleo de humor na Record. Também tivemos de convocar as pessoas certas para fazer humor popular, como se pede na TV aberta. Com muito trabalho, conseguimos chegar e ficar como o vice-líder absoluto no horário, se dando ao luxo de, inúmeras vezes, ficarmos em primeiro lugar. Missão cumprida! Os planos de se dedicar ao cinema se mantêm? Claro! O Pil me ligou ontem, sabe? O Spil Berg! Como te falei, se pintar um convite com roteiro que tenha haver com minha praia, estou dentro da telona. A região Nordeste parece ser um celeiro de humoristas, e quem vem de lá parece ter uma maneira peculiar de fazer piadas. Por que isso acontece? Existe um jeito diferenciado de se fazer humor por ali, não sei explicar qual o segredo.
Quais são suas principais metas para 2012? Jogar meu jogo e pedir a Deus para que a bola não bata na trave como aconteceu com o David do Flamengo. Enquanto humorista, como você lida com as questões do “politicamente correto”? Como fazer humor sem apelar para o preconceito? Caminho por uma linha que não vê o outro como instrumento para provocar o riso. Faço humor pelo humor, riso pelo riso, sem maltratar ninguém. Acho que é por aí. Para terminar, o que você considera como boa comédia? Boa comédia é aquela em que o artístico e o surpreendente se juntam à qualidade e manifestam a procura de uma grande gargalhada.
Show "No tom do Tom" será apresentado nos dias 30 e 31 de março, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, no Parque dos Poderes.
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texto thiago andrade
O fotógrafo Daryan Dornelles é carioca e contribui com trabalhos para as principais publicações brasileiras, além de também ser um dos preferidos na hora de se fotografar capas para discos e material de divulgação de músicos nacionais. Na foto, o guitarrista Dado Villa-Lobos, que antigamente tocava com a Legião Urbana, curte seu instrumento em sua casa. A fotografia é um dos retratos que farão parte de um livro que será publicado pela Ediouro, apenas com músicos brasileiros. www.flickr.com/people/daryandornelles
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No pulso da vocação Na adolescência, teve de optar entre duas áreas de interesse, administração e medicina, para trilhar sua carreira profissional. Ele acredita que a segunda “lhe escolheu”, tendo sido aprovado aos 16 anos no vestibular da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Atualmente, como presidente da Cassems, o cardiologista Ricardo Ayache – filho mais velho de uma família de libaneses – tem a oportunidade de aliar as duas áreas com o propósito de “tornar possível o que é uma necessidade” Por Carla Gavilan
Foto Alexis Prappas
A escolha da especialização é um momento muito importante na carreira de um médico, qual foi sua motivação ao optar pela cardiologia? Acho a cardiologia extremamente fascinante, porque ela permite você trabalhar com o ser humano de forma completa, além de o médico trabalhar muito próximo do paciente. Uma área dinâmica que evoluiu consideravelmente nas últimas décadas, possibilitando um alto índice de resolução dos problemas. O que, para um medico, é muito satisfatório. Embora atue hoje como presidente da Cassems, Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul, podemos afirmar que você continua trabalhando com vidas? Com certeza, como são 170 mil beneficiários, estamos falando de 170 mil vidas, além, é claro, dos 7 hospitais distribuídos no Estado. Acredito que
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gerenciar saúde é tornar possível o que é uma necessidade, estar na presidência tem sido um desafio apaixonante. Como tem sido essa rotina? Uma rotina intensa de viagens. Percorremos todos os municípios que for possível e necessário para ter esse contato pessoal, seja com os servidores públicos ou lideranças sindicais. Eu preciso saber o que está acontecendo, o que desejam de melhorias, explicar o que pode ser alterado. Apesar dos obstáculos, com o tempo e constantes deslocamentos, essa proximidade permite tomar decisões corretas. Uma prioridade hoje da Cassems são os idosos, por quê? Porque acreditamos que envelhecer é uma conquista dos brasileiros, então o desafio que se impõe é saber como envelhecer. A proposta das nossas iniciativas com os idosos passa por esse viés, de oferecer qualidade de vida.
E com os jovens, qual seria o foco de atuação? Álcool, violência no trânsito e drogas. São questões que hoje estão muito relacionadas. Temos na Cassems uma preocupação em relação aos jovens e estudamos a criação de projetos que atendam esse público. Você fala, inclusive, com a experiência de ser pai de um jovem. Como é a relação entre vocês dois? A relação com meu filho é de muito companheirismo, gosto de estar próximo dele. Costumamos ouvir música juntos.
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Leila Dada Superintendente do Shopping Campo Grande desde 2010, a profissional tem formação nos cursos de serviço social e pedagogia, com especialização lato sensu na área de varejo. Para ela, trabalhar em equipe exige respeito mútuo Por Carla Gavilan
Foto Alexis Prappas
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mbora seja adepta das novas tecnologias, Leila afirma que em sua rotina de trabalho não dispensa o contato pessoal, sempre que possível. “Mesmo tendo acesso a informações por relatórios e e-mails, gosto muito de andar pelos corredores do nosso mall e ver com meus próprios olhos o trabalho sendo desenvolvido. A proximidade física também enriquece as relações”, explica. A primeira experiência no setor foi na superintendência do Norte Shopping, pioneiro e, também, o maior shopping na zona norte do Rio de Janeiro. “Depois, passei por outros desafios na superintendência de empreendimentos como Center Shopping Jacarepaguá (RJ), West Shopping (RJ) e Goiânia Shopping (GO)”, pontua Leila. A proposta de atuar na capital de Mato Grosso do Sul chegou em 2010 e foi recebida como um desafio. “O Shopping Campo Grande, que já tem a tradição de oferecer aos clientes o que há de mais moderno, estava em um momento muito especial, iniciando as obras de expansão. A passagem por diversos shoppings e pesquisas em outros do Brasil e do exterior, além da vivência de muitos anos no varejo, contribuiu consideravelmente para o ganho de experiência na função”. No ambiente de trabalho, com sua equipe, Leila comenta que prioriza a comunicação, a transparência e as ações ágeis. Em poucas palavras, ela define o perfil que considera ser de um bom profissional: “Aquele que cresce na velocidade do seu esforço, dedicação e talento”, finaliza.
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“um bom profissional é aquele que cresce na velocidade do seu esforço, dedicação e talento””
Andrei Yoshizawa À luz do simples, em paz com a praticidade Por Carla Gavilan
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Foto Alexis Prappas
a maior tranquilidade e sem vestígios de culpa, Andrei Yoshizawa confessa o que para muitas mulheres é segredo de estado: “Não dá para usar salto todo dia”. E, sem cerimônia, a empresária complementa, “faço questão de acompanhar todas as etapas da obra, de ir aos locais, registrar o desenvolvimento do projeto, conversar com os profissionais. A sapatilha é mais viável”. A forma objetiva de conversar não ofusca a delicadeza da empresária que comanda a Cena Iluminação. Como toda leonina que se preze, venera o dourado, presente nos acessórios de maneira simples, mas requintada. “Eu comento com minhas amigas que até
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tento usar prata, mas sinto que não é a mesma coisa. Leonina é assim mesmo, né”, responde, sorrindo. Mestiça, filha de pai descendente de japoneses e mãe mineira, Andrei se declara amante do minimalismo, optando com frequência pelo básico. “Prefiro o clean, tanto pela praticidade quanto pelo conceito”, destaca. O perfil pessoal harmoniza com o da profissão, a empresa é representante exclusiva da marca Iluminar, em Campo Grande, uma referência em iluminação técnica, reconhecida por dispensar extravagâncias, mantendo sofisticação e zelo pelo essencial. “Sou adepta de uma iluminação
pontual, que evidencie a decoração sem a presença de lustres”, detalha. A agenda cheia não permitiu, nos últimos meses, seguir à risca as atividades esportivas que gosta, mas outra confissão de Andrei é ter voltado a frequentar aulas de dança do ventre com uma das filhas. “Acho muito bom, porque acaba sendo um esporte e aprendo também sobre a cultura dessa dança”, comenta.
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Luciana Teixeira Alma latina, espírito aventureiro Por Carla Gavilan
Foto Alexis Prappas
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m arquiteto deve viajar, conhecer o mundo e criar seu repertório de referências. Nossa criação é sempre fruto do que já conhecemos”, afirma Luciana Teixeira. Apaixonada pela Espanha, a arquiteta tem o país como sua referência profissional. “Tenho uma ligação com Barcelona, pois a primeira vez que estive lá ainda era estudante de arquitetura, e a riqueza e diversidade da cidade que me apresentou de Gaudí a Mies van der Rohe. Já estive, inclusive, em Fígueres, na Espanha, terra de Salvador Dalí, somente para conhecer o museu projetado por ele e que guarda parte de seu acervo. E isso foi determinante na minha formação profissional”, ela detalha. Outra admiração que a arquiteta destaca da Espanha é a produção de Pedro Almodóvar. “Sou muito fã dele e não perco um lançamento. Seu humor ácido e sua intensidade me encantam. Sem falar dos cenários que são inspiradores e originais”. Da Europa ao Brasil, sua bússola aponta às belezas naturais de Mato Grosso do Sul como destino de lazer. “Tenho paixão por rios e cachoeiras, Bonito e Bodoquena são ideais para escapar rapidinho no fim de semana”. Luciana observa que, apesar da forma espontânea e desenvolta de viver, preserva suas raízes e tem em Campo Grande seu porto seguro. “Sou taurina, por isso, o meu mundo é de raiz, necessito de segurança; minha casa é meu templo, uma extensão do meu mundo interior. Gosto daqui, dessa cidade de grandes árvores e ruas largas, para a qual meu pai trouxe nossa família quando eu ainda era criança. Será sempre minha referência”.
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O melhor da agenda social e cultural de MS
« Aniversário Kérica Almeida A empresária Kérica Almeida resolveu comemorar em grande estilo a chegada da nova idade. No dia 24 de fevereiro, ela reuniu 150 convidados em sua residência para vivenciar uma noite animada pelos integrantes da escola de samba Igrejinha.
« Inauguração John John Usuários do jeans premium John John agora contam com uma loja exclusiva da grife no Estado. A inauguração aconteceu no dia 1 de março, na nova ala do shopping Campo Grande. Além do público fã da marca, o evento contou a presença vip do casal de atores Thaila Ayala e Paulinho Vilhena e também trouxe o dj Alê Reis para conduzir a noite.
« Molduras Plaenge Ensaios da Vida
Para homenagear as mulheres por sua data no mês de março, a Plaenge promove a mostra fotográfica “Molduras Plaenge, Ensaios da Vida”. O coquetel de lançamento aconteceu no dia 7, na Central de Apartamentos Decorados. A exposição pode ser visitada até o dia 31 de março.
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e ve n t os JANTAR LUIS PEDRO SCALISE A autenticidade, ousadia e criatividade dos projetos do arquiteto Luis Pedro Scalise foram destaque na edição de janeiro da revista Kaza, umas das publicações do segmento de arquitetura e decoração de maior credibilidade no país. Para compartilhar essa homenagem com amigos e clientes, o profissional reuniu convidados em um jantar assinado pelo Buffet Yotedy, realizado no Loft Garden no dia 9 de fevereiro. Na ocasião, foram apresentadas as 16 páginas da revista Kaza que traziam ambientes premiados, como o Restaurante Badebec, da Casa Cor Trio 2011, o Loft, da Casa Cor MS do ano passado, e o Oásis, da Casa Cor MS 2009. Projetos comerciais também foram exibidos, entre eles estão o Valley Pub e a Califórnia Mudas. 1 2
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1 Raquel Araújo com seu marido e Luis Pedro Scalise. 2 Os sócios Luis Pedro e Iara Diniz. 3 Rogers Valério Themis Brochado. 4 Luis Pedro e Marcia Lima. 5 Os irmãos Denise Bigolin e Roberto Bigolin Filho. 6 Patricia Faracco, Laura Amorim e Vera Otha. 7 Marcio COrdeiro, Ricardo Ferreira Matos e esposa. 8 Cristiano e Elaine. 9 Romeu e Solange Brum. 10 Mayra e Renato Rezende. 11 Luis Pedro, Andrei Yoshizawa e João. 12 Arlete e Luis Pedro. 13 Ronaldo e Maria Adelaine Noronha. 14 Suzi Ramos e José Marques. 15 Convidadas reunidas. 16 Simone Tebet e Eduardo Rocha. Fotos Marcos Vollkopf
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e ve n t os Aniversário Maria Rita Caldas No dia 27 de janeiro, a empresária Maria Rita Caldas reuniu amigos e familiares para comemorar seus 50 anos de idade com uma grandiosa festa, no espaço Loft. Os convidados puderam desfrutar uma noite animada. A cobertura fotográfica foi de Marcos Volkopf. 1 O empresário Antônio Carlos Caldas com a sua esposa, a aniversariante, Maria Rita Caldas. 2 A anfitriã ladeada pelo casal Oscar Stuhrk e Maria Luísa. 3 Maria Rita com o casal Nauyr Flores e Gleyde Flores. 4 Com a sua grande amiga Denise Flores Bisogenim. 5 Com o seu filho Leonardo Caldas. 6 Com o casal Anagildes Oliveira e Vera Hota. 7 Marisa Corrêa, Marina Bandeira e Maria Rita Caldas. 1
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Espanha à mesa Restaurante Arola Vinteres tem assinatura de grife Por Cidiana Pellegrin
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chef catalão Sergi Arola é uma celebridade na Espanha. À frente de cinco restaurantes, em Portugal, Barcelona e Madri -onde está o Arola Gastro, que recebeu duas estrelas do prestigiado Guia Michelin-, ele inaugurou em 2009, seu primeiro estabelecimento fora da Europa, o Arola Vinteres, instalado no hotel Tivoli São Paulo. Situado no coração dos Jardins, o espaço tem como uma das principais atrações o skyline paulistano. Com capacidade para 90 lugares, o empreendimento apresenta o conceito bar, lounge e restaurante. O menu tem inspiração mediterrânea, com toques da culinária catalã e influência de ingredientes brasileiros. Para começar, o visitante recebe uma porção composta de pão com tomate e sopa, também do fruto. No cardápio o destaque está nos petiscos espanhóis para partilhar: as tapas, que acabaram recebendo matéria-prima da terra. A opção fria traz carpaccio de lombo ibérico com rúcula selvagem e queijo Manchego e a quente, de nome Batatas bravas "Arola", são feitas com recheio picante à base de tomates italianos e pimenta cayena.
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SERVIÇO
Como prato principal aparecem: caldereta de camarão, panceta de leitão confitada em baixa temperatura com purê de abóbora e manga e Saint Peter grelhado com purê de alcachofra e azeite de ervas. Para acompanhar tudo isso, uma adega para dois mil vinhos. Quem comanda a cozinha diariamente é o chefe Fábio Andrade, que trabalhou com Arola na Espanha
Localização: 23º andar do hotel Tivoli São Paulo – Mofarrej End.: Alameda Santos, 1437, 23o andar, Jardins, tel. 3146-5923 R$ 85 por pessoa Bebidas inclusas (Água, refrigerante, suco e Nespresso) Funcionamento Segunda a Quinta-Feira Jantar: 19h00 às 00h00 Sextas e Sábados Jantar: 19h00 à 01h00
*Desde 2005, o enófilo Douglas Mamoré Jr. dedica-se exclusivamente ao universo dos vinhos. Seu e-mail é douglas@mistral.com.br
Montando uma adega Por Douglas Mamoré Jr
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aros amigos, acredito que muitos de vocês, apreciadores de vinhos, já possuem em casa um pequeno estoque com seus rótulos favoritos, guardados em escaninhos nos armários ou em prateleiras, assim como aconteceu comigo e outros iniciantes. Mas, em um belo dia, começamos a compreender o espírito do vinho, seja um rótulo especial apreciado com atenção, ou uma sensação de prazer, capturada em um breve momento... Surge, então, a centelha do verdadeiro enófilo, e desejamos ir além, queremos conhecer mais a história, as sutilezas do vinho, dar aos nossos “amigos” engarrafados um definitivo “upgrade”, um lugar mais nobre. Montar uma adega de vinhos em casa, no escritório, ou até uma adega profissional em seu restaurante pode ser muito estimulante, agradável e bastante rentável também, certeza de sucesso entre seus amigos e clientes e, em alguns casos, até um bom investimento. Alguns rótulos e safras cuidadosamente escolhidos podem se valorizar e aumentar muito de preço com o tempo. Nosso objetivo não são os vinhos de guarda ou muito caros, que requerem condições de armazenamento e cuidados muito especiais. Queremos apenas ajudá-lo a organizar e armazenar adequadamente os seus melhores rótulos, protegendo-os das intempéries do clima. Utilizamos, para isso, uma adega particular ou comercial, obtendo, assim, melhor longevidade e proveito possível dos seus vinhos. A primeira dica é a escolha de uma adega climatizada, já que vinhos são sensíveis a mudanças bruscas de temperatura e não “gostam” de calor. Certifiquese de que entre as marcas de adegas disponíveis, a escolhida possua compressor – já que algumas usam uma tecnologia sem compressor, que ficaria sobrecarregada com as altas temperaturas do nosso Estado. Se você consome bastante, ou recebe amigos com frequência, é necessário um espaço que acomode uma quantidade de garrafas que atenda o seu consumo; e cuidado com adegas de capacidades muito reduzidas, elas se tornam pequenas com o tempo. Caso seja profissional da área de restaurantes, saiba que poucas coisas agregam tanto valor ao seu estabelecimento quanto uma adega profissional. Além de valorizar os seus clientes, contribui muito com a cultura do vinho e possui excelente retorno financeiro, já que aumenta muito a venda da bebida que melhor harmoniza com seus pratos. Além disso, tem uma porcentagem de lucro muito maior do que qualquer outra bebida. Outra dica fica por conta da qualidade. Já que você está fazendo um investimento, procure vinhos de qualidade e de bons produtores, opte pelos rótulos de lojas especializadas ou importadoras, faça escolhas variadas para que possa atender clientes e amigos de forma eclética. Distribua os rótulos entre 60% de tintos, já que o gosto geral recai sobre os tintos – o que é normal em qualquer lugar do mundo. Isso não significa que os brancos espumantes e rodados, e também os deliciosos vinhos de sobremesa, não tenham lugar em sua adega. Apenas adquira uma porcentagem menor desses vinhos, a menos que, profissionalmente, você tenha um restaurante voltado para vinhos brancos, como comida japonesa, por exemplo. Um estudo sobre os rótulos mais apreciados pelas pessoas e possíveis clientes do seu restaurante é um bom começo para uma adega profissional, aí é só se divertir e aproveitar os elogios.
Montes Alpha Cabernet Sauvignon 2009 – Viña Montes- Apalta/Chile Clássico da América do Sul, o Montes Alpha foi o primeiro grande tinto chileno, inspirado nos melhores vinhos de Bordeaux. Eleito o "melhor Bordeaux chileno" pela revista Decanter, equivale em qualidade a um "cru bourgeois". Concentrado e refinado, com muita estrutura, camadas e mais camadas de fruta madura e um elegante final de boca. Robert Parker: 91 pontos (07)
Sonoma County Zinfandel 2009 Seghesio Califórnia/USA Seghesio é um dos maiores especialistas em Zinfandel dos Estados Unidos, e este excelente tinto já foi indicado por várias safras seguidas para a lista dos "100 Melhores Vinhos do Mundo" da Wine Spectator – feito único entre todos os Zinfandel californianos. Este ano, classificou-se nada menos como um dos 10 melhores! Encorpado e rico, com um toque italiano e muita personalidade! Wine Spectator: 93 Pontos (07). Top 100 Wine Spectator
Você encontra estes deliciosos vinhos no restaurante Vermelho Grill ou no Território do Vinho com preços muito bons.
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UD dicas para incrementar sua cozinha
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1. O abridor de garrafa virou obra de arte para a Ritzenhoff. A marca alemã reuniu vários designers para criar a série Romeu & Julieta, na qual o utensílio recebeu ilustrações divertidas, sempre em pares. Por R$ 58 no site www.spicy.com.br 2. O descascador de legumes da linha GYM, da italiana Bugatti, tem visual lúdico, lâmina em aço inox e corpo em polipropileno. Ideal para quem busca praticidade ao preparar os alimentos. Por R$ 59,00 no site www.ceciliadale.com.br
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3. Assinada pela dupla Leonardo Lattavo e Pedro Moog, da Lattoog Design, a fruteira Marítima tem forma orgânica, assim como as frutas que armazena. Sob consulta no site www.moveis-schuster.com.br
5. Criada há mais de 90 anos, a Stand Mixer é considerada ícone de design no mundo. Após o sucesso da última coleção lançada pela Kitchen AID – que disponibilizou o produto em cores vintage – agora a batedeira aparece com sete opções de estampas exclusivas e limitadas para customizar. O cliente escolhe entre Pop, Rock and Roll, Peace and Love e Bugs. Por R$1.690,00 no site www.kitchenaid.com.br
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Texto Cidiana Pellegrin / fotos Divulgação
4. Cozinhar fica mais fácil com o espremedor de alho Joseph Joseph. Basta pressionar o utensílio sobre o alho descascado para obter uma pasta instantânea. Para se livrar do cheiro do vegetal, que sempre fica nos dedos, esfregue as mãos no aparelho embaixo de água corrente. Ele é feito em aço inoxidável, o que ajuda na remoção do odor. Por U$ 15 no site www.amazon.com
Enviando um convite O primeiro impacto do seu evento Por Adriana Estivalet
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5 a 7 DIAS DE ANTECEDÊNCIA PARA: • Eventos informais;
De 45 a 30 DIAS DE ANTECEDÊNCIA PARA: • Autoridades do primeiro escalão; • Casamentos e bodas; • Festas de 15 anos;
Ao enviar um convite, tenha certeza de que está enviando corretamente, certifique-se do nome e do endereço correto da pessoa a quem o convite será remetido. Todo convite pessoal entregue em mãos dispensa remetente. Obedeça as regras de precedência que vão ajudar seu convidado a se preparar adequadamente para o evento. E não se esqueça de determinar de forma correta o traje da festa para evitar constrangimentos. Convites de casamento não devem informar o traje (mas lembre-se de que o ideal é o passeio completo) nem, tampouco, informações sobre a lista de presentes. Nesse caso, a divulgação da lista se dá pelo bom e velho método do boca a boca. Um convite jamais deve ser exigido. Deve ser sempre esperado. Se você não foi convidado, jamais se ofereça, e não se faça de ofendido. Os noivos deverão agradecer pelos presentes recebidos enviando um cartão de agradecimento para cada convidado. Isso poderá ser feito no retorno da lua de mel, e já se admite o cartão impresso apenas assinado pelos dois. Sempre responda aos convites. Se foi endereçado com R.S.V.P (abreviação do francês, répondez s'il vous plaît), confirme ou não sua presença. Se recusar, explique o motivo e quem convidou deve aceitar, sem insistência. Convite feito formalmente merece resposta formal. Convites mais informais podem ser respondidos até mesmo por telefone ou e-mail. Tudo na vida é uma arte, um exercício do bem viver e conviver. Convidar e agradecer faz parte desse exercício.
convite é a primeira impressão de sua festa, é ele que vai dar o tom de requinte ou informalidade ao evento. É o primeiro impacto! O convite pode ser impresso e deve conter as informações básicas sobre o evento para o qual se convida, com data, local e hora; e traje e confirmação de presença, se necessário. Um recurso moderno é o uso de etiquetas com o nome do destinatário, mas só cabe para eventos comerciais ou muito informais. O formato vai depender do caso. Para casamentos e bodas, ainda se usa o convite de tamanho e características tradicionais, com padrão de 16x23 cm. As festas de 15 anos pedem um convite mais moderno, de preferência no tema da festa. E cuidado com a gramática, não se admite erro gramatical em convite. No envelope, deve-se colocar a forma de tratamento correto. É muito comum, nos convites de casamento, que se use o cartão anexo, vulgarmente conhecido como “vale-empada”, selecionando apenas alguns convidados para a recepção. Pense que as pessoas que não receberam o tal cartãozinho ficarão extremamente magoadas. Por isso, considere diminuir o número de convidados para que venha impresso no próprio convite o endereço da festa. Se o evento é informal, os convites poderão ser feitos pessoalmente, por emissário, telefone, fax, e-mail ou telegrama. Mas, numa ocasião mais formal, devem ser seguidos os prazos protocolares para entrega.
15 DIAS DE ANTECEDÊNCIA PARA: • Solenidades formais, jantares, conferências, palestras; 10 DIAS DE ANTECEDÊNCIA PARA: • Eventos da área empresarial;
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*Adriana Estivalet é consultora de estilo e imagem. Seu e-mail é adriana@adrianaestivalet.com.br
Rick Thibau Os misteriosos caminhos da ilus達o Por thiago andrade foto alexis prappas
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esde tempos imemoriais, a magia sempre teve papel fundamental onde quer que homens estivessem reunidos. Repleta de mistérios e capaz de se conectar com o lado mais místico da experiência humana, ela oferece um caminho para quem procura se afastar de uma existência banal e corriqueira. Talvez tenha sido isso o que chamou a atenção do mágico Rick Thibau, mineiro que vive em Campo Grande desde os 11 anos. Pode soar estranho citar que a profissão de Rick é a de mágico. Como ele mesmo aponta, essa forma de arte vem perdendo a aura que carregava no passado. “Existem poucos mágicos ou ilusionistas no Brasil, e a grande maioria está concentrada em São Paulo ou no Rio de Janeiro. No entanto, ainda é um trabalho fundamental para conservar os mistérios e a incerteza no mundo”, descreve. Com formação em jornalismo, Rick, ou Ricardo, viajou para a Inglaterra, onde aprofundou seus conhecimentos na arte de trabalhar com o impossível. No entanto, ele conta que desde a infância era fascinado pela fantasia e pelas possibilidades que a mente humana poderia criar. “Das capas dos discos do Iron Maiden a fábulas como ‘A Flauta Mágica’, existia algo que me chamava a atenção”, lembra o mágico de 29 anos. Com o passar do tempo, aquilo que era consumido na infância passou a se tornar referência estética para o artista. “O mágico, se formos além da imagem do cara de cartola que faz o coelho desaparecer, tem algo de macabro, é a figura que conversa com o além, que sabe os mistérios do mundo, que vê algo mais na natureza”, afirma Thibau. Dos tempos em que vivia em Belo Horizonte, ele se lembra de ser vizinho de uma loja de mágica. “Essa proximidade sempre foi fundamental. Meu contato com a mágica se iniciou ali, e passei a me interessar cada vez mais”, explica. Em 2004, depois de dois anos estudando jornalismo na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Rick decidiu trancar o curso e viajar para aprender mais sobre a arte dos mistérios. A partir disso, ele passou a atuar cada vez mais profissionalmente. “Percebi que aquilo que eu gostava na infância poderia se tornar minha fonte de renda”, descreve. Apresentando-se em bares, eventos para empresas e participando de congressos ou desenvolvendo espetáculos, o mágico se especializou em números de close-up e de mentalismo. “Gosto da proximidade com os participantes, assim como também me agrada a ideia de desafiar toda e qualquer lógica fazendo adivinhações ou lendo pensamentos”, explica. Do encontro das duas artes nasceu o espetáculo “Tenda das Adivinhações”, que contou com direção do multiartista carioca Breno Moroni, e estreou em 2011. O trabalho, assim como outros desenvolvidos por Thibau, dialoga com o público adulto e infantojuvenil, oferecendo um retrato da mágica como a possibilidade de transcender o real... uma preocupação constante para Rick Thibau.
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Brasil pelas telas do mundo Circuito Inffinito de Festivais de cinema recebe inscrições Por Thiago Andrade
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ntre abril e dezembro de 2012, serão realizados nove festivais que tem como objetivo principal promover e divulgar a produção audiovisual brasileira pelo mundo. O que é visto lá fora está prestes a chegar a Capital. A responsável pela empreitada, a empresa Inffinito, firmou parceria com o Grupo DNZ, de Mato Grosso do Sul, para buscarem juntos os recursos que viabilizem o evento. “A chegada do festival iria fomentar a cultura e turismo em Campo Grande e divulgar o Estado para outras localidades do planeta”, explica Iara Diniz, diretora da empresa local. As ações tiveram início com o Brazilian Film Festival of Miami, há 16 anos. Posteriormente veio o festival de Nova York, com o nome Cine Fest Petrobras Brasil, que conta com apoio da petroleira nacional. Atualmente, as nove edições acontecem em diversas cidades pela América do Sul (Buenos Aires e Montevideo), Europa (Inglaterra, Barcelona e Roma), América do Norte (Miami, Nova York e Vancouver) e Brasil, no município de Canudos, interior da Bahia. Confira no box as datas. Filmes renomados nacional e internacionalmente são exibidos em
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cada etapa do festival. As inscrições – que estão abertas para filmes finalizados ou que estrearam entre o segundo semestre de 2011 e primeiro de 2012 – permitem que produtores de todo o Brasil participem e abre espaço para produções comerciais ou experimentais. No ano passado, por exemplo, circularam pelas edições do Circuito Inffinito de Festivais longas-metragens como “Vips”, vencedor na etapa da Miami, “Bróder”, “180º”, “Boca do Lixo”, “Nosso Lar”, entre outros. Foram mais de 40 produções nacionais. Os premiados levaram o troféu Lente de Cristal. Além de promover exibição dos filmes, os festivais também chamam a atenção por onde passam, reunindo personalidades de destaque como o ator Ney Latorraca, que foi um dos apresentadores na última edição, o humorista e ator Bruno Mazzeo, a atriz e apresentadora Maria Paula Fidalgo, do Casseta & Planeta, entre outros. “A suprema felicidade”, dirigido pelo jornalista Arnaldo Jabor, ganhou homenagem na edição de 2011, e o cineasta declarou: “Eu não acreditava mais no cinema brasileiro, mas, minha concepção mudou observando a organização e
musculatura por trás desse festival”. Por acontecer há 16 anos na cidade americana localizada ao sul da costa leste, que também é destino de latinos e, principalmente, brasileiros – e residência da empresária Viviani Spinelli – o Brazilian Film Festival Of Miami se consagrou como evento capaz de mobilizar a imprensa internacional e todo o mundo do entretenimento. A expansão das ações também conseguiu levar cinema a quem pouco conhece da sétima arte, como no exemplo de Canudos, ou ainda em projetos sociais como “Cinema da Gente” ou “B-a-Bá do Cinema Nacional”, que tem objetivo de educar e promover a cultura cinematográfica em regiões de risco social. Como lembrou Adriana Dutra, em evento realizado pela Inffinito no Copacabana Palace em meados do ano passado, não havia nenhum evento nos moldes criados pela produtora até 1997. "Criamos um novo formato de exibição, uma data reservada para o nosso cinema no exterior", afirmou.
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PROGRAMAÇÃO 5º Cine Fest Brasil Canudos – 09 a 29 de abril 10º Cine Fest Petrobras Brasil Nova York – 09 e 16 de junho 4º Brazilian Film Festival of Vancouver – 18 a 22 julho 16º Brazilian Film Festival of Miami – 17 a 25 de agosto 4º Brazilian Film Festival of London – Setembro 5º Cine Fest Brasil – Buenos Aires – 25 a 31 de outubro 3º Cine Fest Brasil Montevideo – Novembro 4º Cine Fest Brasil Roma – Novembro 5º Cine Fest Brasil Barcelona – Dezembro
Cinema pós-retomada O início da década de 1990 foi um período obscuro para a produção cinematográfica nacional. Com o fim da Embrafilme, Concine, Fundação do Cinema Brasileiro e Ministério da Cultura, todos extintos pelo presidente Fernando Collor de Mello, estagnou-se toda o movimento de cinema que existia no País. Depois do impeachment, ainda foram necessários alguns anos para a reconstrução da indústria, que havia tido grande força nas décadas de 1960 e 1970. Em 1995, a “retomada” passouse a produzir cinema novamente, pensando-se a indústria de maneira mais neoliberal, movida pelos fluxos de mercado. O grande marco do período foi “Carlota Joaquina, Princesa do Brasil”, dirigido por Carla Camuratti. No entanto, os problemas de penetração no mercado continuaram e levouse muito tempo para acabar com a noção de que “cinema brasileiro é ruim”. Mesmo tendo dificuldades
para entrar nas grandes redes de cinema, controladas por empresas multinacionais, a produção continuou crescendo e produzindo trabalhos inovadores estética e estilisticamente. Ao mesmo tempo, a Organizações Globo entraram com força no mercado com a criação da Globo Filmes, empresa privada que logo ganhou o monopólio do mercado. Por outro lado, diversas formas estatais de manter a produção ativa surgiram, como a Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet – que permitiram o lançamento de filmes mais autorais e menos ligados a questões de consumo. Esse período histórico foi de suma importância para a indústria brasileira e, foi apenas por meio dela, que filmes como “Central do Brasil”, “Cidade de Deus”, ou mesmo “Tropa de Elite” foram realizados.
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De memórias e de ressacas “É esta a experiência misteriosa da lembrança que une as pontas do tempo” Por Maria Adélia Menegazzo*
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omo o hábito enfraquece tudo, o que melhor nos recorda uma criatura é justamente o que havíamos esquecido. Eis porque a maior parte da nossa memória está fora de nós, numa viração de chuva, num cheiro de quarto fechado ou no cheiro de uma primeira labareda, em toda parte onde encontramos de nós mesmos o que a nossa inteligência desdenhara”. Assim o narrador de À sombra das raparigas em flor, de Marcel Proust, fala de seu propósito em esquecer Gilberte. Como esta, são muitas as cenas literárias em que, por meio da memória, personagens são lembradas, recriadas ou desconstruídas. Mas sempre aos pedaços. Num olhar, num som, num cheiro, num objeto. Um mestre em juntar os três processos ainda é Machado de Assis. Afinal, Capitu, com seus olhos de cigana oblíqua, fez de Bento um Casmurro e, dissimulada, não se permitiu conhecer até o fim de sua vida. Bento precisou até de Otelo, de Shakespeare, para apoiá-lo no ciúme e na desconfiança. Afogou-se naqueles olhos “como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca”. Dom Casmurro merece leitura constante. Parece que o conhecimento do outro será sempre uma questão. Se buscarmos no cinema, o recente “Os Descendentes”, dirigido por Alexander Payne, aponta nesta mesma direção. É inegável que a cena final de Matt King (George Clooney) com a esposa em coma, amorosamente estarrecido com a iminência da morte, repete a cena em que Paul (Marlon Brando) monologa com o cadáver de sua esposa suicida em “Último Tango em Paris”, de Bernardo Bertolucci. Acusando-a de “falsa Ofélia”, vai contraponteando frustração pela morte, raiva por não compreender o ato mortal e muito, muito afeto. O grande jogo de amor e morte, em ambos. A cena final de “Manhattan”, de Woody Allen, também considerada clássica, memorável, é com frequência mencionada quando se pensa nas situações de incompreensão, de abandono ou separação: é preciso confiar em alguém. “Nem todo mundo se corrompe. Você tem que ter um pouco de fé nas pessoas”, diz a jovem Tracy (Mariel Hemingway) a um estupefato Isaac (Woody Allen).
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Como confiar ao tempo a vida de alguém. Ou será que só no tempo é que a vida pode ser confiada a alguém? “Sabemos teoricamente que a Terra gira, mas na verdade não o notamos; o chão que pisamos parece que não se move, e a gente vive tranquilo”, continua o narrador proustiano do início deste texto. Mas os romancistas, os artistas, os músicos, os diretores de cinema não têm alternativa senão “acelerar freneticamente” a passagem do tempo. Em “O Jardim dos Finzi-Contini”, Giorgio Bassani opta por um protagonista que não vive senão de recordações, o que o faz desejar que o presente se torne rapidamente passado para poder considerá-lo ao seu modo: “Diante da recordação, toda posse só pode parecer decepcionante, banal, insuficiente...” A tradução cinematográfica deste romance tem o mesmo título e foi realizada por Vittorio de Sica. Então é esta a experiência misteriosa da lembrança que une as pontas do tempo, do passado com o presente, dando explicações muitas vezes contraditórias, incompreensíveis, incontroláveis, mas sempre únicas. Pode-se dizer que é aí, na memória, que as narrativas aparentemente se encerram, não importa a linguagem. É aí que o devir se torna silencioso, uma prudente reserva de vida e de continuidade.
*Maria Adélia Menegazzo é Doutora em Teoria Literária com Pósdoutorado em Artes Plásticas, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte e da Academia Sul-Mato-grossense de Letras
Por Thiago Andrade
Cinema
Música
Literatura
Amor na Cidade-luz
Pés descalsos
Outros idiomas
Desde que começou a rodar filmes na Europa, o diretor novaiorquino Woody Allen parecia se afastar de seu estilo peculiar, com comédias baseadas em personagens desajustados. Mas, em “Meia Noite em Paris”, filme indicado ao Oscar este ano, o cineasta retorna a sua melhor forma. Gil (Owen Wilson) é um escritor idealista apaixonado pela Paris dos anos 1920, quando a geração perdida da literatura americana se encontrava em bares pela cidade. De tanto desejar viver neste passado, ele acaba encontrando uma forma de se afastar dos problemas cotidianos, como o futuro casamento e a desaprovação dos pais da noiva. Preste atenção nas brincadeiras que o diretor faz com figuras históricas como Ernest Hemingway, Scott Fitzgerald ou Gertrude Stein.
O mundo musical nunca esteve tão cheio de referências diversas, e revivals parecem acontecer a todo instante. Felizmente, alguns dão muito certo. É o caso de “Father, Son, Holy Ghost”, segundo trabalho da dupla formada por Christopher Owens e Chet “JR” White, dois jovens californianos que conseguem unir surf music, Beach Boys e Buddy Holly apenas na canção de abertura do trabalho, “Honey Bunny”. Prepare-se ainda para encontrar referências a Deep Purple e ao rock progressivo de Pink Floyd. A genialidade do trabalho deve-se a Owens, com letras cheias de lirismo, e à originalidade que a banda consegue extrair do universo de referências por onde passeiam.
“Devia ser proibido debochar de quem se aventura em língua estrangeira”, assim tem início a viagem de José Costa, o protagonista de “Budapeste”, terceiro romance escrito pelo também cantor Chico Buarque. Lançado em 2003, a obra acaba de ganhar edição econômica pela Companhia das Letras. Demonstrando a maturidade de Chico enquanto escritor, “Budapeste” é um labirinto repleto de dicotomias, capaz de oferecer ao leitor um intrincado mergulho na alma de um ghost-writer que se apaixona pelo idioma húngaro, “única língua do mundo, que segundo as más línguas, o diabo respeita”. Uma ótima forma para começar a conhecer esta outra faceta de um dos principais artistas nacionais. Por R$ 26,00 no site da Companhia das Letras (www.companhiadasletras.com.br)
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Por R$ 29,90 em pré-venda no Submarino (www.submarino.com.br)
Por R$ 24,90 na loja virtual da Livraria Saraiva (www.saraiva.com.br)
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Um pedaço da Grécia Hotel-boutique Grace Santorini reserva vista panorâmica do mar Egeu com muita sofisticação Por Cidiana Pellegrin
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uínas de antigas civilizações, mitologia e um passado de muito valor filosófico e cultural. Somadas a isso, imagens de praias paradisíacas logo vêm à cabeça quando o assunto é Grécia. O país, dono de incontáveis belezas naturais, tem a ilha de Santorini como uma das mais célebres. No centro da localidade existe a caldeira de um vulcão e, ao redor, montanhas rochosas são o alicerce de casas e estabelecimentos comerciais. O penhasco que beira a grande cratera tomada pelo mar Egeu também abriga o Grace Santorini, empreendimento que está entre os 101 Melhores Hotéis do Mundo, de acordo com o guia de viagens Tatler Travel Guide 2011. A hospedagem de alto padrão apresenta arquitetura magnífica, formas geométricas, design limpo e pintura branca, como dita o estilo grego. São apenas 20 quartos, todos com vista para a água. Ao entardecer, o visitante pode conferir o maravilhoso contraste entre o mar azul e o céu alaranjado pelo pôr-do-sol. Por oferecer serviço impecável, confortos superlativos e individualidade – as melhores suítes possuem piscinas privativas – Grace Santorini é classificado como hotelboutique. Logo na chegada, mordomia à vista: todos os turistas são recebidos com champanhe. Poder requisitar o aluguel de um carro, iate ou helicóptero para descobrir os encantos da ilha também está entre os luxos deste hotel.
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O clima de serenidade e tranquilidade parece estar por toda parte. Além dos cômodos tradicionais, como lobby e sala de estar, o hotel oferece sala para conferências, biblioteca, academia de ginástica e ambientes com piscina integrada ao bar. No quesito gastronomia, o hotel oferece culinária mediterrânea, grega e internacional. Entre os pratos mais famosos do cardápio estão “ragu de lulas grelhadas” e “polvo grelhado do Mar Egeu”. Saborear a refeição ao ar livre, no terraço do Grace Santorini, pode ser uma das experiências mais singulares dessa viagem.
Serviço Informações sobre pacotes Premier Turismo Rua da Paz, 717 - Jd. dos Estados Tel.: (67) 3026.3360
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A maresia, sente a maresia Avoado, sensível, esquecido, artista, louco. O pisciano vive com a cabeça nas nuvens Por Thereza Christina Silva*
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signo de peixes é um signo feminino, o elemento é a água e tem como regente Netuno, e co-regente, Júpiter. É um signo bastante complexo. Avoado, sensível, esquecido, benevolente, artista, louco, boêmio, doce, encantador, bagunceiro, vítima, místico. Essas são as características mais comuns e, talvez, você também não encontre nenhuma delas. É a doce delícia ou o doce pecado pisciano, eles podem ser tudo ou nada. O signo de Peixes rege os pés e dizem que ele está ligado à terra apenas por isso, sua cabeça vive nas nuvens, então, a base é frágil. É a turma do esquece chave, esquece dinheiro, esquece de pagar as contas, esquece o endereço, porque, para eles, o que importa é transcender, o mundo material é muito chato. Logo, esses detalhes ficam por conta de alguém, que não eles, claro. São extremamente artísticos, aliás, a arte lhes cai bem, porque ali existe espaço para esse mundo de faz de contas que eles adoram. Adoram se enfeitar e amam maquiagens e adornos. Conheço grandes peruas e pavões de Peixes. Adoram sapatos – não se esqueçam de que Peixes tem como ponto fraco os pés! Engana-se quem acha que pisciano é reservado. Na verdade, ele nunca está de mente presente, por isso, costuma não ver o que está na cara dele. E tem a coisa de se martirizar, estão sempre se sacrificando, ou sendo sacrificados. Eles gostam, porque, assim, não precisam entrar em contato com os detalhes “chatos” que a vida impõe. Quem gosta do mundo organizado é seu signo oposto, Virgem, este sim adora detalhezinhos, coisinhas, tudo preto no branco. Piscianos sempre deixam para o outro pensar no lado “feio e chato” da vida. Por essa razão, podem ser enganados com facilidade. E como sofrem, choram, têm dó de todo mundo, eles
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sentem de fato a dor alheia, como se fosse deles. Isso acontece porque os peixes vivem em cardume, não? Assim, eles se amoldam com o grupo, eles gostam disso, precisam, costumam ser o tipo “Maria vai com as outras”, porque o limite é uma coisa difícil para eles. Eles não sabem lidar com limites, então, quando dá para ser maluco, sai de baixo! Porém, são doces, complacentes, ajudam o ser humano. O verdadeiro pisciano é de uma bondade sem igual, e são esotéricos também. Tudo para eles tem um sentido maior, a realidade não é lugar comum, portanto, não tente entender muito. Peixes é o último signo do zodíaco, ele fecha, ele faz a síntese, ele quer a Luz de Caroline... Brincadeiras à parte, todos temos nosso lado pisciano, em algum lugar ele reluz... Oremos!
Dedico este texto a minha amiga Nadir Souza, uma doce pisciana que sabe bem como colocar os pés no chão.
*Thereza Christina Silva é jornalista, astróloga, taróloga e professora tutora Ead. E-mail: tecaemaju@hotmail.com Twitter: Teca_Astro Facebook: facebook.com/Tecaemaju
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