Mood Life 30

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LifI

Uma revis ta do seu modo Decoração Estilo Gourmet Viagem Consumo Nº 30 Março 2013 R$ 10,00

Design O desenho orgânico E a contemporaneidade dos irmãos Sergio e Jack Fahrer 28 Cultura 100 anos de Vinícius de Moraes, o eterno Poetinha 72 Viagem O ambiente relaxante e místico do ryokan Gora Kadan, em Hakone, no Japão 108

Alexandre Nero conta suas conquistas na música e dramaturgia

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Dos personagens à vida real,

Alexandre Nero conta suas conquistas na música e dramaturgia

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Leitores Viviane cunha Matéria de Capa da edição 29 "Em sua página pessoal do facebook, a jornalista Viviane Cunha comentou: “Amei a capa”, ao se referir à edição com Fernanda Machado"

14 Tome nota Shows, teatro, música, gastronomia. Uma fina seleção de entretenimento e cultura 10 Décor Os ambientes fluidos e design atemporal da arquiteta Alessandra Gibran 18 Design O desenho orgânico e a contemporaneidade dos irmãos Sergio e Jack Fahrer 28 Feira Hype Ideias descoladas para vestir sua casa 32 Comportamento Esportes de aventura conquistam cada vez mais adeptos e trazem sensação de plenitude 38

30 Mistura Fina As novidades que fazem o nosso desejo de consumo 52 Perfil Vania Toledo, ousadia e talento no mundo da fotografia 70 Cultura 100 anos de Vinícius de Moraes, o eterno Poetinha 72 Cenário Feminino As melhores receitas e dicas do programa Cenário Feminino 88 Lounge Claudia Ferrarezi: uma vida cheia de bons momentos 92 Eu sou Anelise Da Riva: A representação da mulher moderna 94

DECORAÇÃO | ESTILO | GOURMET | VIAGEM | CONSUMO

108 Vox Maurício Andreoli e os desafios de administrar em tempos de convergência 96 Vox Angela Gil, trabalho em defesa da acessibilidade 98 Vida de Artista Caminho planejado e o sucesso da música autoral da banda Bella Xu 100 Portfólio Luciana Matos: praticar a medicina é olhar o paciente como um todo 102 Viagem O ambiente relaxante e místico do ryokan Gora Kadan, em Hakone, no Japão 108

CONTATO Envie comentários e sugestões para a seção informando o seu nome completo. A revista MOOD Life se reserva o direito de resumir e adaptar os textos publicados, sem alterar o conteúdo. editor@moodlife.com.br redacao@moodlife.com.br facebook.com/revistamoodlife www.moodlife.com.br


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Expediente LifI

diretores Iara Diniz Marta Albuquerque diretor Comercial Dirceu Peters

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inâmica, charmosa, ser referência e estar à frente. Essas são características que procuramos aperfeiçoar a cada nova edição da Mood Life e que, também, descrevem perfeitamente a mulher moderna. Essa guerreira que mostra força sem perder a delicadeza, e que é celebrada neste mês. Ela também é celebrada constantemente nas canções e nos poemas de Vinicius de Moraes, o eterno Poetinha, apaixonado pela vida e pelas mulheres. Vinicius completaria 100 anos em 2013 e, nesta edição, tentamos mostrar um pouco do gênio que foi esse impressionante nome da música brasileira. Na música, também iniciou a carreira nosso entrevistado de capa, o ator e cantor Alexandre Nero, que conta um pouco sobre sua escalada das peças teatrais e dos bares onde tocava até a televisão, e como se diverte com seu trabalho, tanto cantando como atuando. A diversão com grandes doses de adrenalina surge nas páginas de Comportamento. Rapel, arrancada, parapente. Como a adrenalina faz os aventureiros irem sempre além e querer mais emoção. Nossos entrevistados contam como é viver perto do limite, sem descuidar da segurança. E como toda aventura pede um descanso, em Viagem trazemos o fantástico ryokan Gora Kadan, uma pousada de piscinas termais em Hakone, no Japão. Toda a paz e o relaxamento dos tradicionais banhos japoneses em meio a vales e montanhas com vista para o Monte Fuji, uma experiência mística na Terra do Sol Nascente. Antenada, a Mood traz as novidades e tendências em beleza, estilo e gadgets para renovar seu lar. E, como não poderia faltar em nossas páginas, diferentes estilos marcam os projetos, desde o colorido e inventivo Leo Romano e sua "Casa da Ponte" até os claros e iluminados trabalhos de Alessandra Gibran, na seção Décor. Mood Life, uma revista ao seu modo, do seu jeito. Aproveite.

CAPA Alexandre Nero Foto: Rodrigo Torrezan Produção executiva: Cidiana Pellegrin

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Conselho Editorial Cidiana Pellegrin Dirceu Peters Eduardo Zeilmann Iara Diniz Linda Benites Luis Pedro Scalise Marta Albuquerque Odirley Deotti Jornalista responsável Cidiana Pellegrin (MTB 687/MS) redacao@moodlife.com.br Editor Odirley Deotti editor@moodlife.com.br Fotógrafos Estúdio Sim, Gilson Barbosa, Jean Vollkopf, Marcos Vollkopf Revisão Dáfini Lisboa dafini.lis@gmail.com PARA ANUNCIAR LIGUE (67) 3304-8504 Distribuição e assinatura Gabriela Galante atendimento@moodlife.com.br Colaboraram nesta edição Texto Adriana Estivalet, Alexandre Furquim, Carla Carvalho, Carlos Nascimento Jr, César Benavides, Cidiana Pellegrin, Douglas Mamoré Junior, Douglas Queiroz, Laís Camargo, Lara Pires, Maria Adélia Menegazzo, Odirley Deotti, Paulo Cruz e Thereza Christina Silva. Ilustração Diogo Santiago Revista MOOD Life é uma publicação mensal. Rua Frederico Soares, 450. Santa Fé. Campo Grande/MS CEP 79021-250. A Revista MOOD Life não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não tem autorização para falar em nome da Revista MOOD Life. Impressão e acabamento Idealiza Gráfica e Editora.



to m e nota nacio n a l Uma fina seleção de cultura e entretenimento

comédia cultura

Virada Cultural Paulista Entre os dias 25 e 26 de maio, o centro velho de São Paulo se transforma em um mega-ambiente com inúmeros palcos e cenas, numa festa para a qual os mais diferentes cidadãos estão igualmente convidados. Estamos falando da 7° Edição da Virada Cultural Paulista que, durante 24 horas, levará ao público presente mais de 1.200 apresentações gratuitas. Uma pausa no cotidiano, abrindo à possibilidade de experimentar novos percursos e formas de convivência, ver e vivenciar São Paulo de outra forma, redescobrindo detalhes e nuances adormecidas do espírito da cidade.

Roupa suja se lava... Numa tarde de sábado, quatro grandes amigas se reúnem para pôr o papo em dia. No entanto, o que elas querem mesmo é lavar a roupa suja. Em “Amigas, pero no mucho”, os atores Elias Andreato, Nilton Bicudo, Alex Gruli e Léo Stefanini interpretam Fram, Olívia, Sara e Débora, em uma irreverente comédia escrita pela jornalista Célia Regina Forte. O espetáculo retorna ao Teatro Renaissance, onde estreou em 2007. Com direção de José Possi Neto, composição musical de Miguel Briamonte e Jonatan Harold no piano e na narração. Em cartaz até dia 31 de março. Teatro Renaissance - Alameda Santos, 2233 - Cerqueira César.

língua

O universo da palavra. Primeiro espaço museológico do mundo dedicado a um idioma, o Museu da Língua Portuguesa é parada obrigatória para os amantes da leitura. É possível conhecer as origens e a história do nosso idioma de maneira lúdica e interativa. Na sala da Grande Galeria, uma tela de 106m de extensão traz cenas de filmes que mostram a língua portuguesa no cotidiano e na história de seus usuários. Endereço: Praça da Luz s/n; tel.: 11 3326.0775. Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h (a bilheteria fecha às 17h). Fechado às segundas. Às terças, o museu fica aberto até as 22h. Ingressos: R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada), com entrada gratuita aos sábados.

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textos carlos nascimento jr e lara pires / fotos divulgação

verso, som e imagem


MUSICAL

SIGA A ESTRADA DE TIJOLOS AMARELOS Sem previsão de ir embora, o musical "O Mágico de Oz" chega a São Paulo e se instala no Teatro Alfa. A peça conta as aventuras de Doroty, seu cachorro Totó, o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde em busca do Mágico de Oz, enfrentando as tiranias da Bruxa Má. O espetáculo, que já foi visto por quase 20 milhões de pessoas no mundo, terá no Brasil 18 canções, 300 peças de figurino, 14 cenários e muitos efeitos especiais, como explosões, fogos e fumaça, além do elenco formado por 35 atores e 16 músicos. Teatro Alfa: R. Bento Branco de Andrade Filho, 722 Santo Amaro. Contato: 11 5693.4000

GASTRONOMIA passeio

Sábado de sol Antiguidades, discos de vinil, bijuterias, móveis antigos, roupas e mais um pouco. É o que traz a Feira de Artes, Cultura e Lazer da Praça Benedito Calixto – que acontece aos sábados, das 9h às 16h (mas sempre dura até umas 18h). É possível ouvir clássicos do chorinho e saborear delícias na barraca do seu Benê, que faz uma ambrosia digna de comer rezando. A feira acontece há 20 anos e já virou tradição de quem gosta de um programa ao ar livre, recheado de cultura e boas compras. Praça Benedito Calixto, 112, Pinheiros.

TIPICAMENTE ALEMÃO fotografia

MAM em pauta A partir de abril, o Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo abre suas galerias e expõe Alex Vallauri e Lady Warhol. Na exposição dedicada ao artista que trouxe o grafite ao Brasil, os curadores de Alex Vallauri exibem “Âncora”, a história do grafite em São Paulo. Já na mostra Lady Warhol serão exibidas fotografias que o americano Christopher Makos fez do artista pop Andy Warhol travestido. As exposições ficam até junho no museu.

Cosmopolita como é, a cidade de São Paulo reserva pequenos lugares mágicos dedicados a outras partes do mundo. Assim é o Windhuk, restaurante alemão tradicional no bairro de Moema. O típico Eisbein (joelho de porco, R$ 56) pode ser cozido ou frito. A sugestão é o cozido, que desmancha na boca. Para acompanhar, um bom chope Brahma, bem tirado (R$ 6). O chucrute garnie (R$ 102) é uma pedida certa dos amantes da culinária alemã. Alameda Arapanés, 1.400, Moema. www.windhuk.com.br

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t o me nota regio n a l Uma fina seleção de cultura e entretenimento

teatro

Tem Barbixa na área Logo no início de maio, Campo Grande será invadida pela Cia. Barbixas de Humor, com o espetáculo "Improvável". Entre os dias 11 e 12 de maio, quem participar dos “Jogos de Improvisação” no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo não vai se arrepender. Os Barbixas possuem mais de 4 milhões de acessos no Youtube, porém, garantem que nenhum espetáculo é igual ao outro. Informações www.spartaproducoes.com.br

música

ms canta brasil Mesmo não havendo nenhuma atração confirmada para o projeto MS Canta Brasil, que acontece no Parque das Nações Indígenas, o Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul já divulgou as próximas datas para o evento. Anote na agenda: 7 de abril, 5 de maio, 4 de agosto, 1º de setembro e 10 de novembro. Fique de olho!

passeio

comemoração

40 anos em Campo Grande A Cidade Morena está no circuito de comemoração dos 40 anos de carreira da dupla Chitãozinho e Xororó. A turnê “Na Estrada” chega a Campo Grande dia seis de abril. A noite de festa será no Ondara Palace, com repertório escolhido a dedo pela própria dupla. Entre os clássicos: “Meninos Passarinhos”, “Nascemos Para Cantar”, “No Rancho Fundo” e “Fio de Cabelo”.

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de volta às origens Que tal um passeio diferente? Nada igual às sextas-feiras nos barzinhos, aos sábados na Feira Central ou aos domingos no Parque das Nações. Que tal voltar às origens campo-grandenses e ir ao encontro das raízes da cidade? De terça a domingo, o Museu José Antônio Pereira está de porteiras abertas para os curiosos em saber como viviam os fundadores da cidade. A famosa casa de pau-a-pique fica dentro da fazenda Bálsamo, fazendo companhia ao carro de boi e a estátua da família Pereira, pioneira na cidade.



Cor

é personalidade Conheça a casa do inventivo Leo Romano, arquiteto com alma de artista

F

ugindo das típicas residências dos condomínios horizontais, o arquiteto Leo Romano brinca com formas e recursos simples para dar personalidade à sua moradia, projeto que ele batizou como Casa da Ponte. Uma passarela liga a rua à porta principal, anunciando, gradualmente, um mundo de surpresas no interior. São 370m² de área construída que formam um pavilhão. Sua forma quadrada é reforçada por uma parede

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extensa na fachada que define e protege a intimidade do morador. Ao mesmo tempo em que a casa se fecha para a rua, o outro lado abrese para a mata, oferecendo uma vista deslumbrante da natureza. Aqui não existe a clássica unidade de tons pastel. A alma de artista fala alto – Leo também é formado em artes visuais – imprimindo um décor ousado, bem-humorado e colorido.


textos CIDIANA PELLEGRIN / fotos Nicolau El-moor

O pavimento térreo abriga suítes e living. No ambiente de estar, a mesa de centro em vidro permite a visualização de parte do pavimento inferior, no qual estão lotadas a garagem, a sala de jantar, cozinha e área de serviço

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A varanda externa apresenta uniformidade nos tons terrosos dos revestimentos, proporcionando harmonia e conforto e fazendo o espaço parecer ainda maior. A área se torna imponente não só pela altura do pé direito que valoriza os pendentes, mas também pelos pilares de madeira Guarantã, acervo do morador há alguns anos. A mesa de refeições da área gourmet, que além de churrasqueira também conta com fogão à lenha, possui 6 metros em chapa única, podendo acomodar 14 convidados

A sala, que também funciona como uma grande área social, apresenta uma mistura de relíquias, coleções, objetos e móveis de autoria do arquiteto, distribuídos conforme a sua intuição e desejo pessoal. No repertório, estão peças de design como a cadeira Chifruda (1962), de Sergio Rodrigues

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No andar de baixo, a decoração também é intensa. Um painel de parede em degradê garante efeito visual e serve como suporte para muitas obras de arte. Itens que contam a história do morador recheiam armários com aspecto retrô, que ainda armazenam brinquedos e louças

Na suíte, nada de monotonia com a parede amarela combinada com o armário vermelho


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Convívio integrado Ambientes fluidos, design atemporal e paleta de cores neutras marcam a linguagem deste apartamento

Integração

é a palavra de ordem dos últimos anos, quando o assunto é arquitetura. Conjugar ambientes é uma forma de gerar amplitude visual e permitir um convívio mais próximo entre os moradores. Foi essa a premissa definida

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pelos donos deste apartamento superior a 400m², ao solicitarem à arquiteta Alessandra Gibran a elaboração de projeto de interiores para o imóvel recém adquirido. Para fazer a junção das áreas, muitas paredes foram abaixo, interligando varanda, living, bar e sala de jantar.


Outro canto para a interação com os convidados é o bar. Mantendo a mesma linguagem do living, o espaço segue a padronização de revestimentos e o uso de cores, como o uso da madeira em tom escuro. Na bancada

Ao lado do bar, está a sala de jantar. O off-white permanece em evidência, destacado pelo piso, tapete e acentos. O contraste é dado pela base da mesa, cadeiras e cristaleira – peça do acervo pessoal da moradora. A parede lotada

de espelhos traz modernidade e também cria a sensação de amplitude. O requinte é complementado pelo lustre de cristais Swarovski

Os acabamentos claros dão unidade e sofisticação, combinados com mobiliário fino, como poltronas de design assinado. O teto se destaca pelo rebaixo de gesso revestido com material que remete à palha. A iluminação embutida evidencia o visual

textos CIDIANA PELLEGRIN / fotos GILSON BARBOSA

Envolvida pela área externa está a sala de estar. O cômodo ganhou amplitude, iluminação natural – devido à passagem para área externa – e se transformou num ambiente confortável para acomodar a família. O espaço também pode ser usado para contemplação, leitura e bate-papo

do móvel, taças e bebidas para recepcionar os visitantes. Abaixo, uma adega garante praticidade com vinhos sempre gelados. O ambiente ainda traz um conjunto de poltronas confortáveis para garantir o prazer de se acomodar

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De uma simples varanda, a área externa se tornou estilosa e confortável. Cercada por vidro, recebe luz natural abundante e ainda é totalmente climatizada. O local mistura a atmosfera social com refeições, por meio de nichos de estar, TV, e espaço gourmet equipado com churrasqueira e chopeira. Mais do que estar, o ambiente foi

pensado para estimular boas conversas. No quesito revestimentos, a bancada e as paredes receberam a pedra Legato, opção que garante um bom efeito estético e praticidade na limpeza. Para o piso, a escolha foi porcelanato antiderrapante que imita madeira

< O LOUNGE DO CONSULTÓRIO, projetado por Flávio Beugger contempla um mix de tendências na aplicação indiscriminada dos materiais como lisos com texturas, brilhantes com foscos e transparentes com coloridos

Ponto de encontro entre a família para assistir a um bom filme, a sala de TV se destaca pelo painel de MDF com revestimento de madeira em efeito geométrico. Próximo ao piso, caixas de vidro foram colocadas para proteger os equipamentos de som e imagem. Apesar da paleta de cores neutras que compõe o ambiente, aqui o vermelho ganha espaço nas almofadas e flores, proporcionando um clima mais vivo ao cômodo

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Alma rural Mobiliário tradicional, cores neutras e acabamentos elegantes em madeira dão tom refinado ao escritório de agropecuária

Q

uando o assunto é ambiente corporativo rural, é difícil não imaginar um visual rústico e temático. Este escritório não segue tal premissa. Aqui, o universo do campo aparece combinado com vários elementos contemporâneos, resultando em um projeto requintado. Um espaço comercial atemporal, com cores neutras, foi o pedido feito pela cliente para a arquiteta Alessandra Gibran. O clima de natureza tão presente no ambiente rural abraça a sala da recepção por meio do jardim de inverno em “L” e das plantas estrategicamente colocadas no interior do espaço. O local também ganhou iluminação

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natural, por conta do pergolado e do vidro. Tons de terra estão presentes na mobília reaproveitada. Além de remeter ao conforto, as cores também transmitem a seriedade que um escritório de negócios precisa ter. A madeira dá sensação de aquecimento, trazendo bem-estar aos visitantes. O material natural aparece em detalhe no balcão, revestido em laca, como também no teto, interligando com o nicho criado pelo aparador. O espelho que reveste a parede do móvel proporciona um efeito moderno e elegante, logo na chegada.


textos cidiana pellegrin / fotos gilson barbosa

Na área dos lavabos masculino e feminino, a maneira como foi usada a madeira e o espelho chama a atenção. Faixas dos materiais intercalados revestem a parede em frente à pia e, também, o teto

A sala VIP do escritório foi pensada para acomodar o cliente enquanto ele aguarda o atendimento. Frigobar e TV auxiliam na passagem do tempo. O espaço mantém a linguagem sóbria e requintada do escritório, sem perder a identidade rural

Elementos como couro e madeira reforçam a presença do campo. O teto ganhou um diferencial pelas placas sobressalentes - no mesmo tom do painel - com iluminação embutida

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Morar Mais por Menos comemora 10 anos na Rio+Design, em Milão Durante a celebração, a mostra premiará os projetos mais fiéis aos conceitos em 2012. Campo Grande possui seus representantes

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convite da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio e do Sebrae/RJ, o Morar Mais por Menos participará da Rio+Design, em Milão, mostra paralela que será realizada na Zona Tortona para divulgar o melhor do design carioca durante o Salão Internacional do Móvel. Este é o terceiro ano que o evento de decoração, arquitetura e paisagismo marca presença na ocasião, já que o foco comercial e a origem carioca do Morar Mais correspondem ao objetivo da ação da Secretaria, que é promover o design e a indústria fluminense, gerando negócios tanto para os profissionais da área como para o setor moveleiro. Ao longo dos anos, a mostra ajudou a fortalecer o segmento no Rio de Janeiro. Sandro Schuback explica que o comércio local comprava apenas 6% do que era produzido pela indústria do Estado. Esta situação começou a se reverter em um esforço coletivo promovido pelo Morar Mais, Sebrae/

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RJ, Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro e Federação das Indústrias do Rio (Firjan). Para cuidar deste processo e aproximar o designer do industrial carioca, foi criado também o Senai Moda e Design, e, com isso, começaram a surgir no mercado produtos cariocas inovadores, com um diferencial estético e ao mesmo tempo funcional. “Esta é, aliás, uma das nossas bandeiras, pois trabalhamos outras questões com o Fecomércio, Senac e Sebrae-RJ. Cada cidade provavelmente terá um gargalo para ser melhorado. Coube a nós, como líderes de mercado que agregam inúmeras lojas, arquitetos e indústrias, propor a mudança e, com as ferramentas disponíveis, ajudar no processo”, defende Sandro.


texto cidiana pellegrin / foto marcos vollkopf

Premiação No dia 10 de abril, Lígia, Sabrina e Sandro Schuback – que idealizaram e lançaram o Morar Mais, em 2004, e expandiram o negócio em âmbito nacional por meio de licenciamento – vão promover um evento de confraternização para comemorar os 10 anos da marca e premiar os ambientes mais fiéis aos seus conceitos: customização, mais por menos, sustentabilidade, inclusão social, brasilidade, tecnologia e inovação. Ao todo, estão sendo avaliados 560 projetos apresentados nas sete capitais brasileiras onde

Campo Grande o Morar Mais foi realizado ao longo de 2012 (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Campo Grande, Cuiabá e Goiânia). A comissão julgadora vai eleger 40 vencedores, que serão exibidos em vídeo no dia do coquetel. Os vitoriosos receberão dos idealizadores do Morar Mais por Menos um certificado de premiação. Na ocasião, também haverá uma solenidade de posse de dois novos licenciados: Fortaleza e São Luís. Considerando a recente adesão de Vitória, no final de 2013, o evento estará presente em 10 capitais.

A capital de Mato Grosso do Sul idealizou a primeira edição do Morar Mais por Menos ano passado, apresentando 55 ambientes distribuídos em 5.350 m² – área que contemplava duas casas localizadas na rua da Paz, n° 342.

Concorrendo à premiação dos melhores projetos do ano para a mostra, sete espaços da edição local foram classificados. São eles: Restaurante, Garagem, Espaço de Eventos, Circulação, Praça da Contemplação, Recanto do Poeta e Casa da Árvore

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Contemporâneo e inovador Os irmãos Sergio e Jack Fahrer criam desenho orgânico na madeira curvada

fotos divulgação

Por Cidiana Pellegrin

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Mil e quinhentas palhetas de guitarra serviram como matéria-prima para a cadeira Blues, que colocou Sérgio Fahrer no mundo do design

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nquanto muitos profissionais relatam a escolha da carreira como uma aptidão despertada na infância, Sergio Fahrer entrou no mundo do design depois que recebeu uma oferta de compra da sua empresa de engenharia eletrônica. O novo caminho foi bem-sucedido. O profissional é um dos mais expressivos nomes do design contemporâneo brasileiro, reconhecido pelo traço orgânico que ainda une preocupação ecológica e novas tecnologias. Sua primeira criação surgiu nos Estados Unidos, enquanto trabalhava numa luthieria (oficina de construção de instrumentos musicais), onde aprendeu os princípios da multilaminação. Depois de passar muitas horas em um banco sem encosto, decidiu unir os moldes de um instrumento de percussão cubano – o Cajon – e uma travessa interna do modelo de contrabaixo acústico. O resultado foi a cadeira Blues. “Para garantir estruturação e flexibilidade ao encosto,

O traço contemporâneo das peças da dupla, que não se prende a tendências, integrou exposições e concursos pelo mundo, como o Prêmio do Museu da Casa Brasileira, Planeta Casa, Idea e Cempre. A chaise Paso Doble (abaixo), por

exemplo, foi finalista de uma das maiores premiações de design do mundo, o IF Awards (na Alemanha), e a poltrona Cariaí, fruto das linhas arquitetônicas do vão livre do Masp, foi escolhida como Top One pela renomada revista londrina IDFX

decidi intercalar um tecido de fibra entre as lâminas de madeira. Esta técnica era inédita até então, e eu nem sabia que tinha inventado uma nova tecnologia”, explica Sérgio. Foi nesse momento que percebeu o quanto a descoberta lhe interessava. De volta ao Brasil, optou pela carreira de designer, utilizando o novo processo. A falta de equipamentos que atendessem à tecnologia de acordo com seu traço o fez criar a própria empresa, focada em produzir mobiliário. “Temos uma identificação com o objeto que faça parte do lugar onde as pessoas moram. Quem não se lembra daquela poltrona confortável da casa dos avós? Esta é uma referência importante para o nosso trabalho”, defende.

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Feita de fibra de carbono, a poltrona Glide integra o acervo do MOMA de Nova Iorque.

Outro elemento que norteia a criação é a preocupação com o desenho ergonômico, a resistência, durabilidade e sustentabilidade. Sergio fez parte dos primeiros designers brasileiros a trabalhar na divulgação do selo FSC (Forest Stewardship Council) – uma certificação à procedência dos materiais utilizados pelas empresas ou comunidades, por meio de manejamento correto das florestas. “Junto ao Imaflora e ao Sebrae, viajei por quatro anos fomentando em indústrias e, também, comunidades produtoras de artesanato a importância da extração consciente da madeira por meio do manejo sustentável e da reciclagem de outros materiais, como o alumínio e o plástico”, acrescenta. Como quesito fundamental ao seu trabalho, também

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está a matéria-prima. “Não dá para desenhar sem pensar qual material se encaixa ao projeto e o estimula. Somos pesquisadores de técnicas e, em várias peças, usamos produtos inéditos,” explica. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a cadeira NENA, feita com alumínio de aviação. As sobras recicladas das asas de avião serviram para desenvolver uma linha formada também por mesas e bancos. Em 2007, seu irmão uniu-se ao negócio, que passou a se chamar Sergio Fahrer & Jack Fahrer. Jack estudou moda e, quando morou em Nova York, trabalhou com histórias em quadrinhos. A afinidade de ambos com o desenho e com a mesma estética motivou a parceria. “As ideias nascem de discussões, descobertas provocações artísticas etc. O


A coleção 2013 de Sérgio Fahrer e Jack Fahrer traz uma nova edição da poltrona Cariaí, finalista do prestigiado prêmio internacional IF Design Award de 2007

resultado final tem, sim, autoria dupla”, explica Sérgio. Ao todo, eles coordenam uma equipe formada por 45 pessoas envolvidas nas áreas de criação, pesquisa, engenharia de projeto e desenho industrial, gerência fabril, estilo e imagem, comercial e logística. Quando o assunto é desenho, a principal fonte de inspiração é o cotidiano, mas as viagens, leituras, novos materiais descobertos e o rascunho na prancheta também fazem parte do processo. Toda semana eles reservam dois dias para a criação. “Para nós, pensar em design é também refletir nas relações do produto e do consumo com a durabilidade. Quanto mais durar, passar de gerações, mais nós estaremos perto de nosso objetivo”, revela Sérgio.

Em 2013, o portfólio da marca está maior com o lançamento de uma coleção formada por 22 peças – entre cadeiras, sofás, poltronas, mesas e acessórios. Além de usarem a inovadora técnica da madeira curvada e fibra, patenteada por Sergio, uma das novidades é o uso do acrílico com nano-impressão, tecnologia inédita no segmento de móveis.

Na produção, o foco são as novas linhas para 2014. “Estamos trabalhando o mobiliário de área externa das unidades do SESC, uma coleção em parceria com o estilista Lino Villaventura, um projeto para a grife Italiana de tecidos de alta costura Loro Piana e, também, o desenvolvimento de novos materiais e tecnologias”, conclui.

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Ideias para você vestir sua casa

textos cidiana pellegrin / fotos divulgação

Minimalista Este pendente usa apenas o que é necessário para criar a luz: lâmpadas, fios e conectores. Multiplicando esses materiais surge um lustre original e icônico, que faz parte da coleção permanente do MoMA e do San Francisco Museum of Modern Art. Criado em 1993, por Rody Graumans para a Droog, na Holanda, o produto já recebeu adaptações: a iluminação não é mais incandescente, e sim feita com lâmpadas de Led, tornandose mais econômica e coerente aos conceitos sustentáveis. Informações www.decamerondesign.com.br

Charme retrô O design remete às décadas passadas, mas a marca foi criada em 2012. Adélia Works, fundada pelo casal Tiago de Carli e Thabata Guerra, produz refrigeradores exclusivos, de maneira artesanal, com funcionalidade 2 em 1: adega e geladeira. São três modelos do eletrodoméstico: Olívia (50L), Margarida (180L) e Aurora (300L), disponíveis nas cores vermelho, amarelo, azul, verde e branco, e diversas opções de acabamento para os puxadores, para deixar a cozinha super estilosa. De R$ 3.500 a R$ 6.300 no site www.adeliaworks.flexcommerce.com.br

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Ideias para você vestir sua casa

Beleza e funcionalidade

Conforto em couro

tem forma simples numa elipse fina que ressalta a suspensão do assento, apoiado sobre duas estreitas bases. As mesas Brise e Camaleão são sutis e harmônicas. Evidenciando a cor natural da madeira, criam uma atmosfera de aconchego, que convida a família

A Leather Editions se inspirou no artesanato italiano para lançar sua coleção 2013. Projetada no país europeu e produzida pelo grupo Natuzzi, a linha traz estofados em couro de alto padrão, com design que transita pelo contemporâneo e o atemporal. Há modelos com elementos clássicos, como capitonnê, e outros mais modernos, com mecanismos giratórios e de relaxamento, além de detalhes cromados. Disponíveis em mais de uma cor, as peças agregam sofisticação aos ambientes. Informações www.leathereditions.net

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a estar junto. O Bufett Três segue o mesmo estilo dessas peças e brinca com a perspectiva, criando uma ilusão de que o móvel flutua sobre delicadas linhas. Informações www.terpins.com

Estampa na sala

Almofadas podem deixar o sofá mais bonito, chamar atenção para o design no móvel e, ainda, tornar a sala mais criativa. Para acrescentar cor e estampas ou, simplesmente, mais conforto e aconchego ao ambiente, as opções da marca especializada em produtos de decoração Coloricos são uma boa alternativa. Produzidos em sarja, os itens possuem temas exclusivos, em tonalidades como azul, vermelho, amarelo, laranja, preto e branco. Por R$ 82 (cada), no site www.coloricos.com

fotos divulgação

Apesar de reconhecida pelos trabalhos em vidro, Jacqueline Terpins também utiliza a madeira como matéria-prima para criar produtos. Seu design limpo, com traços leves, aparece em quatro itens de mobiliário recém-lançados. O Banco Preguiça, em laca vermelha,



Ideias para você vestir sua casa

Vergalhão reinventado

fotos divulgação

Tudo verde

Rodrigo Ferreira busca resgatar referências tradicionais e culturais e as expressar em um design ousado, bem-humorado, funcional e que surpreenda nos detalhes. Por meio de seu estúdio, Tato, cria projetos autorais como a linha Vergalhão, composta por aparador e três modelos de mesa. O profissional imprimiu um ar elegante e inusitado ao produto da construção civil. Com a aplicação da pintura eletrostática, o vergalhão pode receber qualquer cor. De R$ 596,70 a R$ 895,70. Mais informações www.tatoestudio.com.br

Padronagens verde-esmeralda prometem ser a tendência este ano. A cor é a aposta da Pantone, que, em 2012, elegeu o laranja como o principal tom a ser explorado no mundo da moda, da beleza e da decoração. Atenta à novidade, a Butzke, marca especializada em móveis para o lazer, lança novas peças com a tonalidade em acabamento laca: o Mesotte, a bandeja Itapuã, a espreguiçadeira Adirondack e o carro Bar Ipanema. Criadas especialmente para área externa, prometem trazer frescor e beleza ao ambiente. De R$ 762 a R$ 2.267. Informações no site www.butzke.com.br

Original Inusitado, o conjunto de caveiras vai além da função de decorar ao estilo Rock n’ roll. Na verdade, são altofalantes que podem compor quartos, escritórios e salas sem cair no óbvio. Criadas pelo designer Chico Abrão, as peças portáteis têm potência de 5W e funcionam com a energia do próprio MP3 player, celular, computador ou tablet. Montadas em taças de vidro, estão disponíveis na versão incolor e nas cores preto e vermelho. Por R$ 440 no site www.mixandmatch.tempsite.ws

Gigante A LG Electronics é uma das primeiras TVs de 84 polegadas Ultra HD do mundo. Com resolução de 3840 x 2160 e 8 milhões de pixels, a 84LM9600 tem imagem quatro vezes superior à Full HD. O eletrônico ainda vem equipado com processador de dois núcleos, suporte para Wi-Fi e seis óculos para assistir a imagens em 3D. Possui recursos específicos para gamers e acessórios como o controle remoto inteligente – Magic Remote – que permite ao usuário navegar intuitivamente ou por reconhecimento de voz e gestos. Por R$ 44.999. Informações SAC 4004 5400

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Pura adrenalina Esportes de aventura conquistam cada vez mais adeptos e trazem sensação de plenitude Por Laís Camargo

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epois da primeira dose não tem mais jeito, o corpo fica conhecendo a sensação e pede mais. Calma, não estamos falando de nenhum problema social ou substância ilegal, pelo contrário – essa substância é muito legal e pode resolver alguns problemas sociais. É a adrenalina, um hormônio secretado naturalmente pelo nosso próprio organismo quando passamos por situações de esforço físico ou emoções fortes, estimulando o coração, relaxando

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alguns músculos e contraindo outros. Essa substância é a responsável pela verdadeira paixão que alguns atletas desenvolvem por seus esportes e pelo entretenimento que proporcionam a quem assiste. Nesta reportagem, vamos citar alguns dos mais famosos. Como um sonho que brota do imaginário infantil, o balonismo é um destes esportes, que encanta pela beleza das cores dos balões, o funcionamento e a altura calma e precisa que atingem.


Sonho de criança é coisa séria

fotos ACERVO PESSOAL

“Uma vez, durante um campeonato na minha cidade, um balão pousou em frente à casa da minha mãe, aquilo foi incrível”

O curitibano, morador de Campo Grande há sete anos, Vitor Peluchno, 36, levou bastante a sério o sonho despertado ainda na infância. Nos dias de hoje, está à frente da empresa Up Balonismo, pioneira em Mato Grosso do Sul, desde 2009. “Desde criança, eu queria ser piloto de tudo. Uma vez, durante um campeonato na minha cidade, um balão pousou em frente à casa da minha mãe, aquilo foi incrível”, lembra. Quando o sonho se realizou, a adrenalina tomou conta. Vitor é publicitário no cotidiano, mas, fora do escritório, a criatividade ganha céu e terra – além de balonista é jipeiro. “A adrenalina do balonismo é antes de decolar, depois, fica tudo tranquilo, não tem impacto, não tem turbulência. O balão não se dirige, tem que fazer um planejamento de voo, considerando a direção do vento em várias camadas de altitude. Diferentemente do jipe, que as surpresas aparecem durante a trilha”, define Peluchno. Amante declarado do cheiro de mato, Vitor lembra que há burocracias envolvendo o balonismo, já que o balão é um tipo de aeronave e necessita de autorização da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

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Entre o céu, a terra, a água e o ar No rapel, a água pode ou não estar presente, mas o esporte transita entre a terra e o céu, quando os atletas ficam pendurados por uma corda, combatendo o vento para subir ou descer uma cachoeira ou montanha. No ano passado, os “rapeleiros”, como são chamados os amantes do rapel, criaram uma associação. “Comecei a praticar como brincadeira de faculdade, em 2004. No ano passado, começamos a nos organizar para trabalhar o turismo no Estado, oferecer cursos e ampliar eventos”, argumenta o educador físico e presidente da Associação de Rapeleiros de MS, Ederson Joacir Wagner, 31 anos. “O rapel surgiu da escalada, pode ser feito até em um prédio, mas tem de ter profissionais capacitados, materiais bons”, avisa Ederson. O contato com a natureza é uma das características mais marcantes do esporte: “Nos eventos, fazemos tirolesa, trilha. A responsabilidade da vida da pessoa está em minhas mãos, então, tenho sempre isso em mente”. Para ele, a descida é o momento de maior emoção e nos planos do grupo já está o paraquedismo: “Adrenalina vicia, queremos sempre mais”, justifica.

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Alta velocidade

Acima, Ederson em mais uma aventura. Abaixo, o piloto de arrancadas, Elder Assis

Poderia ser um risco nas ruas da cidade, mas o esporte transformou o popular “racha” em arrancada, cujas competições mobilizam cada vez mais adeptos em todo o país, tirando da ilegalidade e do perigo das ruas para a aventura que é a pilotagem. “Comecei em 2011, gostava de acelerar meu carro, mas cada vez me conscientizava de que correr nas ruas é um crime. Foi então que entrei nesse esporte maravilhoso que é a arrancada”, conta Elder Assis, 33 anos, que vê diariamente os pilotos começando mais cedo, existindo até categorias a partir dos 16 anos de idade. “Estar em uma prova de arrancada é uma sensação inexplicável, uma mistura de emoção, tensão e concentração, tentando tirar o melhor do conjunto (piloto/carro). A descarga de adrenalina, momentos antes do sinal verde, é coisa que te leva a esquecer de tudo ao seu redor”, descreve Elder, que é educador físico e sócio de uma empresa de automóveis. As provas de arrancada são em linha reta, em pistas com 201 ou 402 metros, tendo 16 categorias. Mesmo com pouco tempo no esporte, Elder já obteve premiações estaduais e na copa Centro-Oeste. Como também acontece com outros aventureiros citados na reportagem, Elder também tem outra paixão, o judô.


Fora da proteção do cesto do balão e confiando plenamente na física, os aventureiros do parapente catalisam ainda mais a ação da adrenalina – o esporte é chamado também de voo-livre. Só o nome já traz um frio na barriga, não? O ex-funcionário público André Myska se dedica, atualmente, apenas ao ofício de instrutor de voo de parapente, na Blue Sky Escola de Voo. Quando iniciou o esporte, aos 21 anos de idade, era o ano de 1991 e poucas informações estavam acessíveis como nos dias de hoje, com a internet. “Um amigo de canoagem voltou da França com um parapente na bagagem e tudo começou. No início, fui relutante, falava para o meu amigo mandar de volta o equipamento e continuarmos remando”, conta André. Mas a situação mudou de figura quando o primeiro voo aconteceu. “Quando experimentei nos primeiros treinos a sensação de voar, mesmo que por alguns segundos e poucos metros, tive a certeza de ter encontrado algo muito apaixonante, pois senti uma sensação maravilhosa e indescritível”, define o instrutor. Para voar de parapente, você pode fazer um voo duplo com o instrutor, que não necessita

de curso e, após algumas orientações, estará pronto para decolar ou fazer o curso para se tornar um piloto habilitado. O curso demora em torno de três meses e deve ser ministrado por instrutor habilitado pela ABP (Associação Brasileira de Parapente). Diferentemente do paraquedas – quando o atleta salta do avião e usa o equipamento somente para pousar – o parapente decola de uma montanha ou morro à procura das correntes de ar que funcionam como elevadores invisíveis, fazendo chegar a 2.500 metros do chão, com voos de horas de duração. “Voar sem nenhum motor, sem nenhum barulho, somente usando as forças da natureza é maravilhoso. Essas forças devem ser muito observadas e respeitadas na prática do nosso esporte. É muito importante falar sobre segurança na nossa atividade. Como qualquer aeronave, temos normas e procedimentos a serem tomados. Podemos comparar com um carro ou uma moto: todos podem ser seguros ou não, dependendo da conduta de quem os pilota”, avisa André.

fotos ACERVOS PESSOAIS

Confiando nas forças da natureza

Aventure-se Blue Sky Escola de Voo Livre www.voolivreparapente.com.br Up Balonismo upbalonismo.com.br Associação de Rapeleiros do MS Ederson Joacir Wagner - 9222.4848 Kayzo Motorsport - 3025.6575

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Puro talento Dos personagens à vida real, Alexandre Nero conta suas conquistas na música e dramaturgia Por Cidiana Pellegrin

foto SÉRGIO SATOIAN

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uem vê Alexandre Nero em cena, nem imagina que ele era tímido na juventude. Buscou as aulas de violão para resolver o problema, chamar a atenção das garotas e acabou, mais tarde, se encontrando profissionalmente com a música. Chegou a se formar como técnico agrícola, mas abandonou o curso de administração em São Paulo e voltou para Curitiba. “Eu tocava mal, cantava mal e estava desempregado precisando de dinheiro, por isso comecei a me apresentar num restaurante,” relembra. A música virou assunto sério. São 22 anos de carreira que lhe renderam nove discos gravados. Seu estilo? O artista não gosta de se enquadrar, defende apenas que cada um pode ter uma interpretação particular. “Hoje é muito complicado colocar um gênero, tudo está muito misturado. O que vier para você ao ouvir, vai depender de suas referências. Essa é a liberdade da minha música,” explica. No último trabalho lançado, Vendo Amor, ele expõe sua visão pelo

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foto RAUL FERNANDES

sentimento, se dedicando a falar de suas formas e fases. Foi graças à música que Nero entrou para a dramaturgia. Depois de participar de um musical, acabou fisgado pelo teatro. Passou anos circulando por espetáculos do cenário artístico curitibano até surgir um convite para a Globo que, em pouco tempo, lhe proporcionou popularidade em todo o país. “Eu nunca pensei que desse certo na TV. Não achava que tinha o perfil, não sou um cara galã,” considera. Os trabalhos demonstram que ele está no caminho certo. Já são cinco novelas da rede, três delas no horário mais nobre. Interpretou o tímido e carinhoso verdureiro Vanderlei, em A Favorita, e o rústico peão Terêncio, em Paraíso. Figurou dois vilões seguidos com os personagens Gilmar, um sujeito capaz de qualquer sujeira para subir na vida, em Escrito nas Estrelas e o polêmico Baltazar, um homofóbico motorista que agredia a esposa, em Fina Estampa.

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Hoje, aos 43 anos, o sucesso é no papel do advogado bem sucedido e carismático, Stênio, em Salve Jorge. O personagem leva uma vida de gato e rato com a ex-mulher, a delegada Helô, que busca prender uma quadrilha de tráfico de pessoas. Mesmo apaixonados, um dilema atrapalha a retomada do relacionamento: ele sempre defende clientes que ela prendeu. O casal acabou ganhando o público e consequentemente mais espaço na trama. “A novela mudou o rumo, a Giovanna Antonelli virou praticamente a protagonista e a heroína na história. Novela é assim, acaba indo um pouco para onde o público está gostando mais”, afirma. Além de sua trajetória, Alexandre Nero bateu um papo sincero sobre diversos temas, revelando-se um cidadão consciente e também contestador. Confira:


Você já lançou três CDs solo e cinco em grupo. Como foi o início como artista? Sobreviver da arte é muito difícil, principalmente no começo. Quando se é garoto na profissão, não se sabe muito bem para onde ir ou que linguagem usar. Já tive muitas bandas, toquei em praça de alimentação, em baile, em carnaval. Essas com CD foram as mais importantes porque se transformaram em obras. Integrando o grupo Fato por 10 anos, participei de três discos. Foram artistas que mudaram a minha vida, caras com um profundo conhecimento. E no teatro também foi um pouco de tudo, de peças extremamente cult a besteirol. Vejo que fiz muitas coisas porcarias, mas foram extremamente enriquecedoras. Se existe sucesso na vida de alguém é, sem dúvida, graças aos seus fracassos. Hoje não faço tudo, pois já estou estabilizado na profissão.

foto CRÉDITOS TV GLOBO - JOÃO MIGUEL JÚNIOR

Você é exigente com o gosto musical? O que gosta de ouvir? Todo mundo diz que é eclético, mas se você analisar, as músicas estão sempre muito parecidas. Digo que sou eclético porque não escolho a música pelo meu gosto, mas conforme a situação, ou seja, se estou em casa e quero ficar tranquilo, coloco uma música calma, talvez um João Gilberto. Se quero

me animar, escolho um rock’n roll. Eu não quero ouvir pagode no teatro musical, mas também não quero ouvir Beethoven no meu churrasco. No seu último disco - Vendo Amor, você traz melodias suaves falando de todo tipo de amor. Como surgiu a ideia do CD? São vários motivos. Primeiro porque vejo que o mundo é egoísta e tem essa carência de amor. Hoje as pessoas acabam comprando coisas para tentar suprir essa ausência. Segundo, é pelo tema ser bastante recorrente. Há uma frase do Dino Cantelli que gosto muito, que diz: “o amor criou mais músicas ruins que casais felizes”. É verdade, foi um tema que criou muitas músicas cafonas. Eu queria sair do obvio, buscar outros caminhos. Não sei se acertei, mas foi uma tentativa. Já chegou onde queria como artista? Considero-me muito realizado quando vejo minha obra. Claro que tenho mil projetos na cabeça, histórias que vivariam peças, várias peças que se tornariam filmes, enfim, quero fazer muita coisa ainda. Mas acho que sucesso é muito particular. Só de estar vivo, de não estar contaminado com esse mundo egoísta, com todo mundo se destratando, me considero um sucesso.

"As pessoas estão muito mais preocupadas em escrever certo do que amar certo" 45


Você fez uma crítica ao mundo, mas o que faz para tentar mudá-lo? Seria hipócrita se dissesse que faço parte disso. Não sou aquele tipo de cidadão que coloca a culpa nos políticos, quem colocou aqueles políticos fui eu. Agora a minha ação perante isso é: quando escrevo um texto, ou conto uma piada, tenho uma crítica embutida. Eu trabalho bastante com humor na rede social, por exemplo. Às vezes as pessoas dão risada, às vezes é para refletir, é uma crítica à determinada situação. Vejo que nas escolas os alunos aprendem a matemática o português. As pessoas estão muito mais preocupadas em escrever certo do que amar certo. Têm vergonha de falar sobre sexo, amor, toque. Têm medo de se abraçar, mas adoram ficar falando certo, escrever com a ortografia perfeita. As exatas têm tido muito valor no mundo do que a própria humanidade. Acho que a minha obra é a melhor coisa para dizer quem sou. Além das piadas e reflexões, como você interage com seu público pelas redes? Na maioria das vezes gosto de confundir, falar bobagem, o que me vem à cabeça. Cada vez tenho me perguntado quem é meu público. Porque quando você está na TV, você não tem o seu público, você possui o público do personagem. Minha rede social não é um papel, é o Alexandre, com sua acidez e docilidade. No segundo semestre você vai lançar seu nono disco, o DVD Revendo Amor – com Pouco Uso, Quase na Caixa. O que pode nos adiantar desse projeto? São algumas músicas do CD Vendo Amor, com outras novas. Junto com os músicos e a produção toda, fiquei uma semana imerso dentro de uma casa tocando sem público. Divertimos-nos, discutimos, rimos. O resultado final foi uma hora e meia com um pouco conversa no making of, músicas com orquestra, banda e só no violão. Como foi sua entrada na Globo? O convite surgiu durante um festival de teatro em Curitiba, um dos maiores do Brasil. Estava fazendo uma peça que foi bem vista pela crítica e pelo público, e um produtor me chamou para participar de um especial de fim de ano na emissora. Depois, surgiu um teste para A Favorita, minha primeira novela. Assim as coisas foram acontecendo. Você desejava TV? Eu desejava, mas nunca fez parte da minha realidade profissional. Nunca pensei em ir para a TV, não achava que tinha perfil, não sou um cara galã e por isso não fui atrás. Acabou que a TV veio até mim e nos gostamos. No momento

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estamos ficando junto, até quando eu ainda não sei. Você interpretou dois vilões seguidos na TV: Gilmar de "Escrito nas Estrelas" e Baltazar em Fina Estampa. Isso te deixou, de certa forma, preocupado com o que o público pensaria de você? Sim. Com Baltazar, um personagem homofóbico que batia na mulher, eu senti uma repercussão maior, por ser uma novela com muito ibope. Quando me chamaram para Salve Jorge, eu perguntei: “ele é um vilão?”. A resposta foi não e eu disse: “então faço”. Se fosse mais um vilão eu ia conversar para não fazer, ou pediria um aumento bem grande (risos). As pessoas já estavam me olhando bastante feio, nunca me agrediram, nem verbalmente, mas não chegavam a mim. Eu percebia que elas estavam ressabiadas. Agora, interpretando o Stênio, mudou completamente o approach. Apesar de que o Stênio não é totalmente bom. É meio folgado, tem uma ética duvidosa, mas é um cara bacana, engraçado, que gosta da ex-mulher. As pessoas adoram essa diversão. De um cara violento para um bem-humorado. Como faz para compor personagens tão diferentes? Primeiro é preciso estudar o que é o personagem. Você começa criar uma história de onde ele nasceu, quem eram seus pais, como era o ambiente onde cresceu. Mas fora isso, o mais importante é que cada personagem tem um pouco de mim. O verdureiro, o primeiro que eu fiz, era meigo e carinhoso. Isso existe dentro de mim, eu só destaquei essas personalidades. Do mesmo jeito foi com o terrível Baltazar. Eu externo essa coisa para que seja algo verdadeiro. Você esperava que o Stênio e a Helô fizessem tanto sucesso? Quando entro em um trabalho, tenho a expectativa mais baixa possível, porque a gente nunca sabe como vai acontecer. Busco fazer o meu trabalho da melhor forma, mas se isso vai dar certo, se as pessoas vão curtir, não dá para saber. Por sorte as pessoas gostaram do Stênio e da Helô. Por conta disso, a novela mudou o rumo, a Giovanna Antonelli virou praticamente a protagonista e a heroína na história. Vocês passaram 30 dias na Turquia. Além das gravações houve tempo para conhecer o país? Ficamos 15 dias na Capadócia e 15 em Istambul. Trabalhamos bastante, mas tivemos tempo livre para conhecer. A Capadócia encantou todo mundo, é um lugar exótico, diferente, onde as pessoas realmente moram nas cavernas. Já Istambul é uma cidade cosmopolita, parecida com São Paulo, por exemplo. Mas a Capadócia indico para todo mundo, é uma experiência maravilhosa.


foto SÉRGIO SATOIAN

"Vejo que fiz muitas coisas porcarias, mas foram extremamente enriquecedoras. Se existe sucesso na vida de alguém é, sem dúvida, graças aos seus fracassos"

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Hoje você mora no Rio. Quando se mudou, levou Curitiba com você? Curitiba está em mim. Mesmo que eu não quisesse, não há como tirar. Minhas influências artísticas são de lá. Fiz questão de gravar o DVD lá. Então seria uma mentira se eu o fizesse no Rio. Não que eu não tenha amigos aqui, mas tudo que sei devo às pessoas daquela cidade. Sou curitibano, adoro essa característica meio tímida, recatada e sem dúvida trago Curitiba comigo. Não tem como não associar sua profissão à valorização da imagem. Como você cuida do corpo? Acho que sou como todo mundo. Sou um cara vaidoso, sem exageros. Gosto de fazer exercício, principalmente, de correr. Fico meio chateado quando engordo e para isso tenho uma grande facilidade.

Tem tempo para algum hobby? Na verdade estou procurando um hobby. Eu quero aprender surfar faz uns três anos, mas estou me enrolando. Acho que é porque me divirto muito com minha profissão. Adoro o que faço! Como cuida da mente? A maneira de libertar a cabeça é justamente no trabalho, colocando para fora as maluquices por meio da música, do teatro, da poesia. Meu trabalho é 24 horas por dia. Se estou vendo um filme, ou lendo, eu estou estudando, não tem como separar. Para o artista é necessário ser maluco, mas isso dentro do palco. Então seu trabalho é prioridade atualmente? A minha paz interior é a prioridade. Durante muito tempo foi a profissão, mas hoje é estar feliz, orgulhoso com o que estiver realizando. Só quero fazer o que me agrada, o que me tranquiliza. Sou um cara muito crítico comigo, então quando olho e aprovo o que produzi, isso me deixa feliz. Essa paz de espírito é o mais importante.

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foto DIVULGAÇÃO

Você curte praia? Eu gosto de praia, mas eu não gosto de calor. Sou acostumando com o frio de Curitiba e aqui no Rio é muito quente. Eu sou um cara mais do mato.

VENDO AMOR - em suas mais variadas formas, tamanhos e posições O oitavo disco de Alexandre Nero, correspondente ao seu terceiro trabalho solo, retrata o amor em sentidos que poucas vezes são lembrados nos dias de hoje, como o amor gentileza, o amor pacificador, o amor ao próximo, o amor carnal. O repertório é composto de 14 faixas, sendo a maioria assinadas pelo compositor e, em alguns casos, por ele e seus parceiros, o CD também traz duas regravações: Não aprendi dizer adeus, de autoria de Joel Marques, que se consagrou na voz da dupla Leandro & Leonardo e a clássica Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barro. Esta última é destacada pelo artista como uma das mais especiais no CD, devido à conotação histórica. “Eu gravei essa música porque é a primeira no repertório popular brasileiro a falar de amor romântico, esse amor que a gente reconhece hoje nas músicas”, explica Nero. A composição foi feita em 1917 e letrada por João de Barro, 20 anos depois.





Novidades que fazem nosso desejo de consumo

Casual

Eles fazem a cabeça dos homens nas situações casuais e têm o poder de deixar o visual mais bonito. Uma das marcas que apresenta variedade de bonés em suas coleções é a Polo Play. Dos mais discretos aos mais estilosos, a coleção 2012/2013 da grife tem no portfólio modelos de sarja em várias cores. Por R$ 99 na loja Polo Play, no 2º piso do Shopping Campo Grande

Western

Um mix entre o country, boho e folk promete ser hit na próxima estação. É o clima do velho oeste que retorna com diversas texturas, tons terrosos e franjas para a moda. Entre sapatilhas, oxfords, peep toes, scarpins e sandálias, a Arezzo apresenta o clima western com botas de cano curto para sua nova coleção. Tachas, rebites e recortes também aparecem em bolsas e acessórios da marca. Preço sob consulta na Arezzo do Shopping Campo Grande

Dobrável

Transportar a “magrela” não vai ser mais problema depois de conhecer a Durban Bikes, marca estrangeira que desenvolve bicicletas com forte apelo estético e funcional para habitantes de grandes centros. No portfólio, estão modelos dobráveis que podem ser carregados na mala, ou no carro, sem ocupar muito espaço. Entre eles, está o Metro 6. Pesando 11,5 kg, o veículo tem rodas aro 20 feitas de alumínio, guidão com regulagem de altura, câmbio Shimano de seis velocidades, freios V-Brake, paralamas, bagageiro e a tecnologia Visegrip de dobradiças – a mesma das líderes mundiais neste segmento. Por R$ 1.399 no site www.freecycle.com.br

Tons vibrantes, listras e couros artesanais de alta qualidade marcam a coleção masculina da Coach, composta por acessórios que vão do moderno e minimalista ao clássico atemporal. Inspirados nos primeiros itens da marca, criados em 1941 – em Nova Iorque – os produtos fazem parte de três linhas: Bleecker Collection, Legacy Collection e Thompson Collection, que apresentam cases para Ipad, carteiras, artigos de viagem e bolsas para as mais variadas necessidades. Preço sob consulta na loja Coach do shopping JK Iguatemi – piso térreo. Tel.: 11 3071.3932

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fotos divulgação

acessórios premium


linha fashion O estilista veterano da moda praia Amir Slama assina uma linha de biquínis, maiôs, saídas de banho e chapéus para a FiveBlu, marca brasileira de fast-fashion on-line. O resultado da parceria foi uma coleção alegre e divertida, com estampas gráficas, orgânicas e autorais. De R$ 49 a R$ 249 no site em www.fiveblu.com

Finesse Materiais nobres aliados a um design contemporâneo definem o estilo das criações da atriz e modelo Camilla Guebur, que lançou sua marca homônima ano passado. Para compor a primeira coleção, a designer criou pequenas linhas de peças exclusivas, cada uma com conceito equivalente a suas inspirações - que vão de obras de arte a animais. Para se ter uma ideia, anéis, braceletes, brincos e colares ganharam forma de chifres de impalas da Tanzânia e do esqueleto de um peixe. Em geral, as peças são moldadas em ouro amarelo e branco e adornadas por diamantes - branco e negro, ônix, pérolas south sea, nefrita, ágata, entre outras preciosidades. Informações www.camillaguebur.com.br

Tempo Luxo Os novos relógios da grife DKNY agradam consumidoras modernas que apreciam brilho nos acessórios. O modelo GNY8688 tem mostrador com fundo coberto por cristais dourados, enquanto cristais prateados contornam a caixa redonda. Em aço escovado dourado, o GNY8720 recebeu cristais multicoloridos que conferem uma descontração sutil ao look. De R$ 851 a R$ 899. Informações pelo SAC 0800 055 4898

70's

O sucesso das lentes redondas nos anos 70 foi o ponto de partida para a Calvin Klein Jeans criar a linha CKJ721S. Mais modernas, as peças são feitas de acetato e apresentam detalhes coloridos nas hastes e lentes degradê. Escolha certa de garotas fashionistas, os modelos são ideais para compor um look boho-chic. Por R$ 370. Informações no SAC Marchon 0800 707 1516

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Novidades que fazem nosso desejo de consumo

Vida longa

Por $ 79,95 www.mophie.com

Poder em miniatura A versão Mini do poderoso Samsung Galaxy SIII acaba de chegar às lojas brasileiras. O pequenino conta com tela de 4 polegadas e tecnologia Super Amoled (mais nítida, leve e consome menos bateria). O aparelho conta ainda com sistema Android 4.1, processador de dois núcles de 1Ghz e armazenamento interno de 8Gb, expansível até 64Gb. Já a memória RAM é de 1Ghz. O modelo mini é compatível com redes 3G, Wi-Fi e Bluetooth. Por R$ 1.299 www.extra.com.br

prático Dobra pra cá. Dobra pra lá. Gira ou apóia. O ClamCase Pro, um teclado que pode ser acoplado a iPads 2 em diante faz esses malabarismos pra facilitar sua vida. Com design que lembra os produtos da Apple, o gadget funciona via Bluetooth e dobra totalmente para trás, como uma revista, além de funcionar como um apoio para o iPad. A estrutura do ClamCase Pro é feita em alumínio e policarbonato com teclas pretas em formato de chicletes. Um recurso inteligente é a soneca automática, que desliga o teclado quando não está em uso, economizando bateria. Por US$ 169 no site da ClamCase clamcase.com

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textos odirley deotti / fotos divulgação

Em tempos de mobilidade, a duração prolongada das baterias nos aparelhos celulares têm se tornado uma necessidade. Uma solução simples e eficiente é a case Juice Pack Helium, da Mophie. Com ela, seu iPhone fica protegido e ainda tem a capacidade da bateria aumentada em até 80%. No total, a capa garante mais de 6 horas de conversação em 3G, até 6 horas de navegação web 3G ou 7 horas Wi-Fi. Ela também conta com luzes LED que indicam a duração da bateria.

Design e tecnologia Alta qualidade sonora aliada a um design premiado. A nova Dock Station ND 8520, da LG, junta essas duas características. Vencedora do prêmio de Inovação e Design na feira de produtos eletrônicos CES 2011, a estação possui 80W de potência e subwoofer embutido, o que garante um som profundo e rico. Com tecnologia Smart Square Touch para todas as funções, é possível acessar iPods, iPhones ou iPads ou reproduzir músicas diretamente do iTunes através de rede Wi-Fi ou Bluetooth. A Dock Station aceita ainda pendrives e smartphones Android através de entrada auxiliar. Por R$ 1499 www.walmart.com.br



mo t o r Novidades que fazem nosso desejo de consumo • Por Paulo Cruz

Fusion

fotos divulgação

O luxuoso sedã da Ford

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le tem cara de Aston Martin, equipamentos de carro de luxo e preços convidativos dentro do seu segmento. O Ford Fusion, que ganhou recentemente a versão equipada com motor 2.5 Flex, é um carro que você certamente gostaria de ter na garagem de casa e ainda chamar, orgulhoso, aquele vizinho metido para dar uma espiadinha nele. A linha do sedã começa na versão 2.5 Flex, com motor de 175 cavalos de potência, passa pela 2.0 Ecoboost de 240 cv e chega à top de linha AWD, com tração integral e uma farta lista de equipamentos de série, que incluem sistema de estacionamento automático, alerta de mudança de faixa, piloto automático adaptativo, alerta de colisão, assistente de ponto cego (BLIS), teto solar e sensor de estacionamento dianteiro, entre muitos outros.

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Internamente, o Novo Ford Fusion também é marcado por refinamento e conforto. No interior, materiais sofisticados como bancos de couro e detalhes cromados deixam o ambiente muito luxuoso. O GPS no painel é moderno e pode ser operado por voz, e o que é melhor, o motorista ouve as dicas do caminho em uma voz que fala o nosso português. O espaço interno é muito bom para cinco pessoas que não passam apertos. Outro destaque é o amplo porta-malas, com capacidade de 514 litros. A Ford lança ainda este ano o quarto modelo da linha, que será um híbrido, o mais caro da turma e que promete ser o carro mais econômico do país.


DS4 chega ao Brasil A família da Citroen está crescendo no Brasil. Depois da chegada dos sedutores DS3 e DS5, chega a vez do irmão do meio, o DS4, desembarcar por aqui. O DS4 não é um carro para ter volumes de venda. Na realidade, ele quer aproximar a marca do segmento Premium, o que mais cresce no mundo. E qualidades para isso a linha DS tem. Com suas linhas marcantes, apoiadas em rodas de 18 polegadas, o modelo vem com acabamento sofisticado e equipamentos que o deixam à frente da concorrência. O preço do DS4 não deixa dúvidas de que ele quer mesmo buscar o andar de cima do mercado. Por R$ 99.900, será visto em poucas garagens. Além da longa lista de equipamentos e do visual moderninho, esse preço também é justificado pelo motor convincente. Embora seja 1.6, conta com 165 cavalos de potência e leva o DS4 de zero a 100 km/h em 8,6 segundos, com velocidade máxima de 212 km/h.

Duelo de porta-malas Um dos bons duelos do ano acontecerá entre os sedãs compactos. Chevrolet Prisma e Hyundai HB20S, versões com porta-malas saliente do Onix e HB20, modelos de sucesso no Brasil, brigam para conquistar as famílias que precisam de um pouco mais de espaço, mas não podem gastar tanto com um carro como o Toyota Corolla ou Honda Civic, por exemplo. Tanto o Prisma como o HB20S, que ainda brigam com o Volkswagen Voyage e Toyota Etios, entre outros, têm qualidades que os tornam interessantes opções, com boa lista de equipamentos de série e visual moderninho. Pena que os preços sejam um tanto salgados. No Prisma, parte de R$ 34.990, na versão LT 1.0, e chega a R$ 45.990 na LTZ 1.4, enquanto o Hyundai HB20S, já mais equipado, começa em R$ 39.495 com motor 1.0 e vai até R$ 53.995, na versão Premium, com câmbio automático.

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Sugestões e tendências em beleza

Glamour

em fragrância

O novo perfume feminino da Gucci, Gucci Première, tem notas de bergamota, flores brancas, almíscar e couro, entregues em um frasco glamouroso. Mas, além da embalagem, a sofisticação foi vista no lançamento da fragrância, inspirado em Hollywood, que contou com Blake Lively, um das atrizes mais estilosas do tapete vermelho, como garota-propaganda. Por R$ 374 reais (75 ml) no site www.ozcosmetics.com.br

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Beleza retrô Não é a primeira vez que a canadense Mac busca inspiração nas histórias em quadrinhos para sua coleção. Depois da linha temática sobre a Mulher Maravilha, é a vez de Archie, Betty e Verônica – ícones dos anos 50 que formavam um triângulo amoroso – inspirarem os lançamentos de maquiagem. Cada personagem feminina recebeu uma série de itens, que englobam palettes, blushes, novos pigmentos, lápis de olhos, opções de pó com acabamento perolado, tonalidades de gloss e batons, além de esmaltes. Para complementar a coleção com ares retrô, a marca também apresenta porta-moedas, sacolas, estojo de pincéis, nécessaire e espelho, tudo com o mesmo mote.

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de nossas crianças e jovens.


e quilíbri o Decidiu fazer plástica no nariz? Por se tratar de uma estrutura que ocupa a parte central da face, o nariz contribui de forma importante para a harmonia do rosto Por Dr.César Benavides*

M

uitas características do nariz são transmitidas geneticamente. Outras podem ser adquiridas com a idade – dependem de fatores fisiológicos ou traumatismos. Caracteristicamente, o nariz de descendentes de italianos tende a ter o dorso proeminente, também chamado de giba ou gibosidade. Os franceses possuem tendência ao nariz de ponta fina, narinas estreitas, mas, eventualmente, dorso elevado, ou seja, também gibosidade. Os pacientes gregos, ou deles descendentes, com frequência apresentam nariz cujo dorso é quase continuação da fronte. Os narizes de orientais caracteristicamente são de dorso mais baixo e ponta pouco expressiva. O nariz de um afrodescendente a menudo possui dorso baixo e largo, narinas largas e ponta globosa. Óbvio que dentro da generalizada miscigenação, presente em todo o mundo, encontramos pacientes orientais com pontas nasais mais delicadas, bem como afrodescendentes com dorso mais alto. Tais variações, muitas vezes, contribuem para o que chamamos de “beleza exótica”. Com a presença de desvio do septo, ocorrem também alterações do volume dos cornetos nasais e o nariz cresce lateralizado para o lado do desvio. A fratura nasal pode deixar desvios do nariz e, também, do septo nasal, além de outras complicações na pele a demais estruturas. É consenso atual abordar o nariz visando à harmonia entre estética e função. Rinoplastia é uma cirurgia em que são abordadas estruturas de diferentes naturezas, em uma única parte do corpo, como ossos, cartilagem, músculos e pele. Cada uma responde de forma diferente. Por exemplo, quando a parte óssea é abordada (diminuição da giba), pode surgir o chamado calo ósseo. Alguns pacientes possuem cartilagem mais rígida, já em outros a cartilagem é mais frágil. Os pacientes fumantes são mais expostos ao risco de perda da circulação na pele, em relação a outros pacientes não fu-

mantes. Também é importante saber que as cavidades das narinas, também chamadas de fossas nasais, são áreas que possuem uma flora bacteriana. Assim, a rinoplastia é uma cirurgia considerada contaminada, em que se deve prevenir a ocorrência de infecção. Durante a consulta pré-operatória, habitualmente, o cirurgião orienta sobre as características de cada nariz e, muitas vezes, de frente para o espelho, mostra alguns detalhes discretos, mas que nem sempre são percebidos. Assimetrias, desvios, traços genéticos difíceis de serem eliminados devem ser mostrados e esclarecidos. Falsas expectativas devem ser eliminadas. Dificilmente, o cirurgião poderá deixar o nariz de uma paciente igual ao de uma atriz ou modelo de determinada revista que levou como referência. Nas mulheres, indica-se a cirurgia de nariz (rinoplastia estética) aos 16 anos, quando o nariz atinge o pleno desenvolvimento. Nos homens, aos 17 anos. Durante o preparo para a cirurgia, são solicitados diversos exames pré-operatórios, bem como avaliação das vias aéreas e parecer cardiológico, com determinação de risco cirúrgico. Deve ser explanado tudo o que for realizado na cirurgia, incisões internas e externas no nariz e alguns eventos que podem ocorrer, como áreas arroxeadas e inchadas. Existem narizes mais complexos e estruturas anatômicas difíceis de serem modificadas. Cada cirurgião pode explicar ao paciente até que ponto pode ocorrer melhora, de acordo com características individuais. A colaboração de cada paciente é muito importante. O nariz demora até um ano para desinchar totalmente. A rinoplastia é uma cirurgia que exige bastante critério e, aqui, aplica-se a frase “less is more”, ou seja, cautela e bom senso devem imperar em um órgão cujas modificações milimétricas são observadas a metros de distância. Harmonia com o restante da face, suavidade e naturalidade somam pontos para a autoestima, bem-estar e autoconfiança.

*Dr.César Benavides. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica CRM4046 / RQE 2215

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Apesar de se identificar com a fotografia de moda, Robert Schwenck tem clicado muitas campanhas de musicais, como A Novica Rebelde, Hair, Despertar da Primavera, Gypsy, Mágico de Oz, Xanadu, entre outros. Celebridades? Elas também pintam em trabalhos para revistas ou projetos particulares como este com Cauã Reymond. Para Robert, uma foto só acontece quando o fotografado realmente se entrega. “Esta foi uma matéria que resolvemos fazer sem compromisso. Fomos trocando ideias e chegamos ao conceito de um marinheiro indo para a guerra. Só aí oferecemos para uma revista.” revela.

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Vania Toledo Fotografia se faz de dentro para fora Por Laís Camargo

foto Juliano Toledo

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ara ela, nu artístico de verdade é “O Homem Vitruviano”, de Leonardo da Vinci. Com essa humildade, Vania Toledo tem um jeito que cativa e conquista tanto que faz com que pessoas como Caetano Veloso e Ney Matogrosso tenham tirado a roupa sem pudor algum posando para as lentes de Vania, que em 1980 balançava a sociedade com “Homens”, livro com nus masculinos. Mas ela admite: naquela época a nudez não era vendida, fazer um livro como aquele apenas satisfez a curiosidade das mulheres da época, fato que Vania trata com naturalidade e profissionalismo. Da faculdade de Ciências Sociais e da formação pessoal com a família mineira, Vania domina o trato com pessoas. Gosta de gente e faz questão de conhecer cada vez mais pessoas e potenciais retratos. Aprendeu sozinha a arte de capturar luzes e momentos com um clique e afirma que trabalho sempre foi prazer para ela. Com a fotografia o início foi marcado por um sentimento de entretenimento, mas com o tempo Vania decidiu ser autora da própria profissão, trabalhando de forma independente até hoje. A nudez é natural, roupa do nascimento. Ao falar da cronologia de seu trabalho, Vania começou ousando – publicando um livro e com um tema bastante incomum para a época. Quem não conhece a fotógrafa poderia imaginar que

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esse fato combina com a conclusão de uma carreira brilhante, mas era apenas o começo. Conhecer a pessoa fotografada é essencial para um bom resultado final. É, fotografar não é apenas apertar um botão, mesmo na era digital, em que todos são fotógrafos em potencial, com seus celulares e bugigangas. O olhar sobre a pessoa continua sendo o maior diferencial; fotografar Fafá de Belém evidenciando suas mamas seria óbvio, o que uma foto de Vania mostra é que a cantora não tem nenhum problema com seus seios e os acha lindos. Dentre outras personalidades, Vania fotografou James Brown, Peter Tosh e Adoniram Barbosa, mas garante: “Não tenho ídolos, não almejo fotografar ninguém que não queira ser fotografado por mim. É o contrário, a pessoa é quem decide a quem entregar seu tempo, sua alma, seu retrato”. Conheça mais sobre a fotógrafa:

Qual sua formação acadêmica e no que ela te influencia em seu trabalho atualmente? Sou formada em Ciências Sociais e quando decidi virar fotógrafa, gostando de gente, como gosto, certamente acumulo as duas coisas - fotografia e sociologia. Acho que é o que me faz melhor retratista.


fotos vania Toledo

Tem outras habilidades artísticas como pintura ou desenho, que sejam hobbies? Meu maior hobby adotei como trabalho, a fotografia. Hoje continuo indo muito a teatro, cinema, exposições. A vida cultural é meu hobby. Quando começou na fotografia foi como hobby, certo? O que te prendeu a ela, porque decidiu levar a diversão mais a sério? Trabalho para mim nunca foi diversão, foi sempre prazer. Quando resolvi abraçar a fotografia como profissão, além da independência de ser autora da sua própria profissão, busquei também maior prazer e felicidade. Sua primeira publicação foi bastante polêmica, e até hoje é. Como reagiu aos comentários na época e o que pensa sobre o nu artístico? Como sou curiosa, achei normal atender a uma curiosidade feminina na época, fazer um trabalho fotográfico sobre homens nus. Comecei aonde muitos fotógrafos terminam, publicando um livro. Nascemos nus, os índios são nus, nudez é natural, bela. Para mim nu artístico é quando falamos de Leonardo Da Vinci. Sua preferência por retratos é marcante no trabalho, principalmente de personalidades. Qual seu envolvimento com o "objeto" fotografado? Antes de fotografar conversa com a pessoa para saber sobre sua personalidade ou prefere observar e esperar o momento certo para o retrato? Não existe "objeto" fotografado. Existe SIM o ser humano que atende a uma direção que pode ser observada sempre numa conversa anterior ao trabalho. Não dá

para por uma pessoa na frente da câmera para fazer um retrato sem antes conhecê-la mais e mais através do gestual e conversas. Aí sim o retrato acontece. Nos festivais que participou e nos prêmios que ganhou, o que pode observar? Qual o panorama da fotografia no mundo? A imagem realmente é universal? Ela é universal sim. A fotografia atualmente está tomando o espaço das pinturas nas paredes contemporâneas. O bolso do meu casaco é sempre cheio de ideias que vem a mente. Sou autoral. Da minha criação eu entendo e executo. Quais seus projetos atuais? Vem algum novo livro por aí? Meu próximo livro é de retratos dos trinta anos de profissão. Aviso quando lançar. Hoje, existe alguém que você almeje fotografar? Uma personalidade ou desconhecido, mas alguém que represente um desafio, uma meta para você? Não tenho ídolos, não almejo fotografar ninguém que não queira ser fotografado por mim. É o contrário, a pessoa é quem decide a quem entregar seu tempo, sua alma, seu retrato. Quando fotografou a série "Homens", acha que a repercussão na época foi grande e proveitosa? E se fizesse isso hoje, 2013, acha que a reação seria diferente, no sentido de que nos anos 80 havia mais movimentos de quebra de preconceito? Não sei se atualmente um livro feito há 33 anos atrás teria o impacto que teve em 1980.Outro tempo, outra estética. Colaborei, espero, para quebrar tabus. Hoje os homens vendem seus corpos. É só olhar a quantidade de homens de dorsos nus nas novelas num apelo erótico gratuito.

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Saudades do poeta Por Carlos Nascimento Jr. e Lara Pires

"Para isso fomos feitos: Para lembrar e ser lembrados Para chorar e fazer chorar" Trecho de Poema de Natal, Vinicius de Moraes

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ois justamente para isso Vinicius foi feito. Antes de começar nossa viagem, volte ao ano de 1958. Pegue o disco Chega de Saudade, coloque na vitrola e vá até a faixa um. Se você não tem uma vitrola para escutar, serve a busca no Youtube. O importante é sentir a canção. Qual?! Ao final deste texto, você descobrirá. Em 19 de outubro de 2013 será comemorado o centenário de Vinicius de Moraes. Diplomata, trovador, compositor, apaixonado por música, o Poetinha, como era chamado pelos amigos, viveu uma vida entregue às paixões. Seja pela carreira no Itamaraty como diplomata, suas viagens, mulheres, as nove esposas, seus cinco filhos, cigarros, os vários copos de whisky – o cachorro engarrafado, Vinicius era intenso e devotava o mesmo amor em cada uma destas funções.

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"Com as lágrimas do tempo e a cal do meu dia eu fiz o cimento da minha poesia"

foto divulgação

Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o Poetinha teve como principais parceiros: Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra. O jornalista e pesquisador musical Thiago Sogayar Bechara fala da importância das parcerias de Vinicius, que renderam excelentes frutos: “Suas amizades com homens tão importantes comprovam a sensibilidade deste homem, que lançou seu primeiro livro aos 20 anos e que, desde então, não parou de conquistar, gradativamente, a simpatia e o carinho de toda uma nação que o associa, imediatamente, por meio de seus versos e letras de música”. Vinícius era predestinado à poesia. Filho de um casal da classe média, nasceu dia 19 de outubro de 1913, no bairro da Gávea (RJ). Formou-se em direito, mas não exerceu a advocacia por mais de um mês. Trabalhou como redator, foi crítico de cinema durante algum tempo (combateu o cinema falado), e foi censor cinematográfico. Em 1943, ingressou na carreira diplomática. Apesar de notória aversão ao trabalho burocrático, exerceu o ofício até ser aposentado, compulsoriamente, pelo AI-5, em 1968. Ao perder o emprego, porém, já se dedicava para a Música Popular Brasileira. Depois de deixar o Itamaraty, passou a viver de música, apresentando-se ao lado de Toquinho, do Quarteto em Cy, de Maria Creuza, entre outros. Participou do surgimento da bossa nova e foi autor de clássicos como a Canção do Amor Demais, Soneto da Separação e Garota de Ipanema.

Trecho de Poética (II)

Vinicius publicou mais de 400 poemas reunidos em 12 livros e várias antologias pessoais. Também escreveu crônicas, peças de teatro e críticas de cinema. Foi um bom poeta e também um poeta popular. E não só no Brasil. Dos poetas brasileiros, foi um dos mais traduzidos. E, pelo mundo afora, seus versos são conhecidos até hoje. “Não tenho dúvidas de que o compositor que me tornei foi diretamente influenciado por ele. E não há artista brasileiro que não tenha sido, em algum momento, tocado pelo seu estilo despojado e amoroso”, lembrou o compositor Péricles Cavalcanti, que teve contato com a obra de Vinicius de Moraes nos anos 60, por meio de suas letras nos discos da Bossa Nova. Durante todo este ano, e até outubro de 2014, o Brasil festejará o centenário do artista. Além de uma

série de shows – menores, em lugares que fizeram parte da vida de Vinicius de Moraes; ou maiores, com grandes cantores da música brasileira que foram influenciados por ele – também estão previstas exposições sobre a obra e a vida do Poetinha, em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, estado que o inspirou, principalmente, na composição dos Afrosambas, em 1966, em parceria com Baden Powell. “Onde anda você..."Poetinha"? Saudade mandou te buscar”, já dizia o enredo deste ano da escola de samba carioca União da Ilha, que homenageou o poeta. Já adivinhou qual é a música que tanto nos acompanhou nesta viagem? “Chega de Saudade”, Vinícius, volta pra cá, aqui é seu lugar.

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foto acervo pessoal toquinho

Amizade longa data O cantor e compositor Toquinho conheceu Vinicius como ninguém. Ele foi amigo e parceiro musical do poeta por anos. Nesse período, a dupla compôs pérolas como Tarde em Itapoã, Como Dizia o Poeta e A Tonga da Mironga do Kabuletê. Foram mais de cem composições. Aprendi muito com Vinicius, conviver com ele – poeta ou homem comum – me fizeram um ser humano mais tranquilo e responsável. Ele me ensinou a lidar com as palavras e com o palco. Foi uma troca: eu o fortaleci de fôlego e juventude. Mesmo assim, a música nascia como complemento da própria vida. O mais importante era viver, saborear os momentos que a amizade proporcionava. São tantas as canções e poemas. Porém, pela importância e popularidade atingida, eu citaria:

Soneto de Fidelidade De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure.

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Pa r a t o d o s o s s o n h o s o melhor cerimonial d o e s ta d o . Fazer um evento se tornar inesquecível é a forma mais grandiosa de dizer que todo sonho valeu a pena ser realizado.

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leit uras Branco sobre branco Por Maria Adélia Menegazzo*

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etomo a leitura de Um lance de dados, de Mallarmé, porque estou interessada nas propriedades espaciais do poema. A grande jogada do poeta francês é insistir na ausência de regras, na infinita possibilidade de combinações que o poema, como um corpo vivo, oferece ao leitor. Por isso, o acaso nunca será descartado. E por isso, também, o espaço será sempre tema de questionamentos, teorias e obras de arte. Dois grandes artistas brasileiros que estão em exposição na Pinacoteca do Estado de São Paulo – Waltércio Caldas e Sergio Sister – oferecem uma oportunidade ímpar de se defrontar com a questão. Duas obras muito diferentes, mas que partilham a mesma tradição moderna da discussão do espaço e a solução contemporânea para o problema. Caminhar por entre as obras de Waltércio Caldas é ter uma compreensão da “realidade virtual”, nos termos de Henri Bergson, voltada para planos de consciência, para as dimensões potenciais de tempo e criatividade humanos, como bem explica Svetlana Boym. Generosamente, como de resto é sempre a atitude de um grande artista, Waltércio Caldas faz com que tenhamos uma percepção rara daquilo que existe e que não vemos. Algumas vezes, o espaço está cortado por lâminas de vidro transparente e essas fatias estão suavemente dobradas. Nossa percepção, então, se altera, nosso olhar se modifica, porque estabelecemos novas redes de relações entre o que vemos e o que sabemos. Ali, uma poética do espaço se qualifica esteticamente, por meio de materiais diversificados, numa proposta limpa, clara e inteligente como o título da exposição: o ar mais próximo e outras matérias. Linhas, pontos e planos em novas relações; matérias, formas e cores em modificações mútuas num ambiente totalmente neutro, branco.

Khenya Hara ensina que o branco não existe, mas sim a sensibilidade que o percebe enquanto tal. Portanto, não se deve procurar o branco, mas o modo como podemos senti-lo. A luminosidade das coisas se intensifica quando dirigimos nossa atenção ao branco, deixando “a sombra ainda mais acentuada”. Branco/ Blanco. Transblanco, o poema de Octavio Paz também busca este outro espaço, mallarmaico, o espaço de interceptação pelo poético. O que assume lugar e quando depende de quem lê, de quem percebe. Vai do branco ao branco, como signos em rotação. Esta ideia também permeia a obra de Sergio Sister. A pintura é linguagem básica do artista, que tem em Morandi uma de suas referências. E Morandi é um artista do espaço que se traduz em tempo. Seus objetos são pintura em essência. Sergio Sister prefere operar com as formas ortogonais, com planos sugeridos pela massa de tinta. A partir daí são criadas as pinturas, as ripas, caixas e pontaletes que encontramos na exposição da Pinacoteca. Estas formas recebem cores e são cortadas, combinadas em espécies de dípticos, ou trípticos. Algumas vezes a diferença entre um plano e outro é dada pela luminosidade relativa da cor, que poderá receber mica em sua composição, para acentuar o efeito. É interessante pensar as ripas como telas pintadas apenas nas laterais, início da tridimensionalidade. Sister distribui, assim, afetos e valores que para ele têm a ver também com o tamanho dos objetos. Todas estas leituras e reflexões equivalem dizer que arte demanda questões para além da realidade tangível. Então, se um lance de dados não pode abolir o acaso, o que isto conta para a obra de arte?

*Maria Adélia Menegazzo é Doutora em Teoria Literária com Pós-doutorado em Artes Plásticas, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte e da Academia Sul-Mato-grossense de Letras

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Para o dia mais especial da sua vida!

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Cinema

Música

Literatura

Encontro de mestres

Clube do Milton

Mundo da Lua

O filme traz um episódio pouco conhecido sobre os dois maiores nomes da psicologia na história. A relação mestre/aluno, a amizade e as posteriores divergências de ideias entre Sigmund Freud (Viggo Mortensen) e Carl Jung (Michael Fassbender) são retratadas em meio ao tratamento da jovem paciente histérica Sabina Spielrein (interpretada por Keira Knightley). Disposto a penetrar mais a fundo nos mistérios da mente humana, Jung verá algumas de suas ideias se chocarem com as teorias de Freud e, aos poucos, a amizade se tornar concorrência e afastamento.

Uma visão teatral da obra de um cantor e compositor genial, que fez 50 anos de carreira em 2012. “Nada será como antes - O musical” traz uma nova cara para mais de 45 canções que fizeram de Milton Nascimento um ícone da música brasileira. Um musical totalmente brasileiro transformado em um CD primoroso, interpretado por talentosos artistas do universo musical atual, que emprestam suas vozes para canções como Maria Maria e Clube da esquina.

Das mãos do escritor espanhol Antonio Muñoz Molina, que neste ano recebeu o Prêmio Jerusalém de Literatura, surgiu em 2009 o livro Vento da Lua. Nele, Molina narra a chegada do homem à Lua em 1969, vista pelos olhos de um adolescente que vive na vila rural de Mágina (fictícia), na região da Andaluzia, na Espanha Franquista. Contrapondo o lento cotidiano da dura rotina do campo ao progresso científico representado pela odisséia lunar, o livro expõe os sonhos e fervor típicos da adolescência.

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por aí O melhor da agenda social e cultural de MS

« De volta à capital O maquiador oficial da dupla Maria Cecília & Rodolfo, Ivo Vilela, relembrou os tempos de instrutor do curso de automaquiagem de O Boticário. A convite da empresa, ele esteve em Campo Grande para ministrar um workshop aos consultores das lojas, utilizando os lançamentos da linha Make B. Black Crystal, que integra a coleção Outono/Inverno da marca. Foto Justi

« Palpite de luxo comemora 2 anos O dia 26 de fevereiro foi especial para o blog Palpite de Luxo, que comemorou dois anos no ar. Raquel Araújo e Carmen Juliana, idealizadoras da página, festejaram a data com suas leitoras, em uma noite de pizzas e vários presentes aos convidados. O público feminino ainda pode apreciar uma equipe de maquiadoras à disposição para renovar a beleza. Foto Divulgação

« Mau Mau em Campo Grande DJ Mau Mau, um dos pioneiros da música eletrônica no Brasil, apresentou-se na Move Club no dia 2 de março. Aproximadamente 600 pessoas compareceram na noite, que também contou com a apresentação dos DJs regionais Thiago Queiroz e Andre X. Mau Mau iniciou sua carreira como DJ em 1987, no lendário Madame Satã, em São Paulo. Seu set é um mix de house e techno, somados a batidas e swing brasileiros. Foto Arnaldo Muniz

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fotoS MARCOS VOLLKOPF



e tiqueta Dicas para não ser inconveniente Por Adriana Estivalet*

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izem que o comedimento é a melhor receita de bem-estar na vida: comer a quantidade certa, beber com parcimônia, não trabalhar a mais ou a menos, falar e agir o necessário... ou seja, nada superlativo. Esse comedimento também é imensamente necessário para a convivência harmônica entre as pessoas. Nada pior do que se deparar com aquelas pessoas “sem noção”, que fazem perguntas indiscretas, são espaçosas demais, muito insistentes. Pessoas assim acabam por afastar as outras e sabotam a própria imagem pessoal e profissional, tornando-se alguém indesejável para se conviver. Por isso, preste atenção se você está cometendo algumas gafes que repelem os outros, como: - Ser muito insistente. Ficar insistindo para que alguém vá a determinado lugar ou evento, comer mais, beber mais etc. Se a pessoa disser não, é porque ela realmente deseja que não se insista. - Fazer perguntas ou comentários indiscretos, como: a idade, se fez plástica, se engordou ou emagreceu e, principalmente, o preço de algo que ela possui; preço não se pergunta nunca. - Falar sobre suas filosofias, tentando convencer o outro em relação à religião, política, ao hábito alimentar. Cada um acredita no que acha melhor para si.

ouvindo um rosário de lamentações. - Falar próximo demais e tocar as pessoas é muito desagradável. Já ouviu falar de espaço pessoal? - Não se convide para nada. Se você ouvir pessoas comentando sobre algum evento, não se convide, nada mais “entrão” do que se convidar; se alguém fizer questão da sua presença, o convite virá naturalmente. - Visitar sem avisar. Terrível! Principalmente em horários indesejados e para quem tem crianças. - Saiba a hora de ir embora. A maioria dos convidados já foram, os donos da casa ou evento estão bocejando e você está lá, firme e forte! Com certeza, nunca mais será convidado para retornar ao local. Essas são algumas situações que ocorrem no dia a dia que as pessoas acabam fazendo sem “sentir” e, com isso, tornam-se “personas non gratas” em diversos lugares. O equilíbrio nas relações é o que buscamos, assim como na vida. Por isso, fiquem atentos no que dizem e fazem para não se tornarem aquelas pessoas inconvenientes das quais todos querem fugir quando se aproximam. Respeito e limite devem permear as relações.

- Conversas depressivas são um horror, principalmente, em momentos festivos. Ninguém merece ficar

*Adriana Estivalet é consultora Imagem Pessoal e Corporativa. www.adrianaestivalet.com.br contato@adrianaestivalet.com.br

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OVO DE PÁSCOA Ingredientes: 300g chocolate ao leite fracionado em gotas. Materiais: Forma para ovo de 250g, papel celofane, papel seda, papel chumbinho, fita para o laço. Modo de fazer: Derreta o chocolate em banho-maria ou no micro-ondas por 1 minuto (Potência Alta). Em seguida mexa bem para ficar uniforme. Despeje essa mistura na forma, espalhando por toda a parte interna, uma fina camada. Leve à geladeira até que o fundo da forma fique esbranquiçado. Repita essa operação mais 3 vezes. Desenforme, deixe meia hora em temperatura ambiente, para o chocolate transpirar. Embrulhe no papel chumbinho, recheie (opcional), embrulhe no papel de seda e por último no celofane. Dê o acabamento com um belo laço de fita.

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Claudia Ferrarezi A vida cheia de bons momentos

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Por Carla Carvalho

os 28 anos, ela assina a decoração de festas e cuida engenhosamente de um ateliê que trabalha com produtos da mesma área, em Campo Grande. A vocação em administrar as duas demandas vem da formação profissional. Após concluir administração de empresas, Claudia Ferrarezi complementou a bagagem com o curso de design de interiores, na Escola Panamericana de Arte e Design. Em São Paulo, trabalhou por 5 anos com decoração de festas, tendo passado por alguns períodos de aperfeiçoamento na Itália e em Paris, onde afinou o conhecimento nas áreas de tecidos, móveis, jardins e objetos. O gabarito que conquistou é conferido, atualmente, em Campo Grande. “Tudo colaborou com o que faço hoje, todas as viagens, os cursos, todas as paisagens que vi fazem a diferença no meu dia a dia profissional”, destaca. Em sua casa, o ambiente está sempre perfumado

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Foto Estúdio Sim

de flores frescas. “É um hábito que tenho, compro flores onde for possível, na floricultura ou no supermercado, pequenas ou grandes. Adoro tê-las em casa”, explica. Religiosa, ela confessa o que enfeita diariamente sua alma: “Deus. Sou uma pessoa muito religiosa. As novas tecnologias facilitam até nisso, tenho no meu celular aplicativos de mensagens cristãs e até da Bíblia. Sou devota de Nossa Senhora e a minha fé é o que me move, o que me faz feliz”, comenta. Atuar na organização de momentos tão especiais, para ela, é uma festa! “Trabalho com algo opcional na vida das pessoas, ninguém é obrigado a fazer uma festa. Então, é um clima sempre de alegria, harmonioso, de celebração da vida. Sou muito grata a Deus pela minha profissão”, finaliza Claudia.


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Anelise Da Riva A representação da mulher moderna Por Douglas Queiroz

Foto Estúdio Sim

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ma mulher moderna e amante da natureza, assim podemos considerar a arquiteta e paisagista Anelise Da Riva, que concilia a carreira com a criação do casal de filhos, Alice e Gabriel, e a vida social. Criada em fazenda, desde pequena, a arquiteta via no pai, o agrônomo Ludovico Da Riva, o amor pela natureza. “Eu acredito que meu pai foi a pessoa que mais plantou árvores na vida. Ele adorava ficar perto do verde e isso passou para mim”, explica. Na infância, a paisagista descobriu outro amor, a pintura, que a levou a cursar artes plásticas e até montar uma escola para dar aulas de decoração e cursos de paisagismo. “Desde criança, mantive contato com a arte, gostava de fazer desenhos e pintar, sempre fiz cursos”, completa. Foi durante as aulas de pós-graduação em arte, arquitetura e estética que Anelise começou a ter uma relação de mais afinidade com sua atual profissão. “Comecei a fazer muitos desenhos como freelancer para amigos arquitetos e gostei da área. Fiz arquitetura para ter mais embasamento e, como já trabalhava com paisagismo, me identifiquei”, relembra. A maior realização na sua profissão, de acordo com a arquiteta e paisagista, é poder ver um projeto concretizado com sucesso e saber que a arquitetura e a arte se completam. “Uma está muito ligada à outra. A arquitetura paisagística não é só técnica. É necessário ter sensibilidade, pois, em um jardim, o trabalho não é apenas parte física, é também sensorial, e o meu lado artístico ajuda a perceber um jardim antes de ele estar pronto”, diz a profissional. Professora de paisagismo no curso de design de interiores da Anhanguera-Unaes, considera-se uma pessoa racional e que não costuma fazer muitos planos, prefere deixar acontecer. “Perguntam o que quero para mim daqui a 10 anos, eu não sei dizer. Sei o que quero para amanhã. Não sou de ficar analisando as situações”, confidencia a docente. Para descansar e deixar a mente aberta para novas criações, Anelise gosta de curtir os filhos, receber os amigos em casa, cozinhar e, quando pode, também sair para festas – porque adora dançar. “Gosto de receber meus amigos em casa e estar com meus filhos. Gostaria de sair mais, mas tenho muitos compromissos”, finaliza.

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“Perguntam o que quero para mim daqui a 10 anos, eu não sei dizer. Sei o que quero para amanhã. Não sou de ficar analisando as situações”



Administrar em tempos de convergência Gerente do departamento comercial da TV Guanandi, Mauricio Andreoli pontua sobre os desafios do setor em um período de novas mídias, os investimentos necessários na área da publicidade e declara que não se desliga nas férias. Por Carla Carvalho

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Como é gerenciar o departamento comercial de uma emissora de televisão, em uma época de tantos espaços para a divulgação de um produto? Números e pesquisas mostram que a televisão é e ainda será por um bom tempo o carro-chefe da publicidade. Mas não podemos nos acomodar nisso, porque a concorrência, nos dias de hoje, é vista como um todo, não somente no nosso segmento. Está no rádio, na web radio, nos painéis de Led, há vários ramos. Sente que os empresários, hoje, têm mais dúvidas na hora de escolher um veículo de divulgação? A dúvida é natural, mas os empresários atualmente estão mais atentos e querem informações. É comum recebermos contato de empresas que ainda nem abriram, mas já se preocupam com a questão da imagem, de como será a divulgação do produto que irá colocar no mercado. Acredita que a responsabilidade da sua equipe, nesse caso, é ainda maior? Foi pensando nisso que a TV Guanandi trabalhou em 2012, pela primeira vez, com o Ibope, nos dois semestres. É importante termos conhecimento de quem consome o que produzimos, mais que isso, quando e em qual horário consome, para passar confiança e, principalmente, resultados aos nossos clientes. E como foi a pesquisa com o Ibope? Surpreendente. Tivemos informações bastante relevantes. É um tipo de ferramenta necessária, pois vivemos em uma época de muita novidade. As mudanças acontecem de forma rápida e, por isso, os desafios são diários.

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Trabalha com quais projetos este ano? Hoje, a TV Guanandi atinge, além de Campo Grande, mais 10 municípios. A meta é atingir 60% da população do Estado. Em 2012, realizamos a primeira edição da Copa Guanandi de Futebol e já nos preparamos para a segunda este ano. Outro projeto que está em andamento é o processo de digitalização da TV. Montamos o Departamento de Engenharia justamente para cuidar desse processo. Você ocupa há dois anos o cargo de gerente. Como avalia sua atuação? Não sou uma pessoa que se desliga nas férias. Deixo tudo ligado, e-mail aberto, todos os contatos acessíveis. Tento controlar, mas ainda não vejo como algo prejudicial, não deixo de aproveitar uma viagem em família por estar com o celular ligado. Acredito que faz parte da minha profissão, sou gerente de uma empresa que não para, que trabalha 24 horas por dia. Como é a rotina com a família? Procuro almoçar e jantar todos os dias em casa, levar as crianças na escola e, também, caminhar com minha esposa. Obviamente, há dias em que não é possível, mas gosto muito de participar desses momentos na vida da minha família. O ano de 2013 é especial, pois estou completando 21 anos de casamento.


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Um olhar para o próximo O amor pela arquitetura começou na infância, mas foi depois de realizar um projeto social com acadêmicos de uma universidade de Campo Grande que a arquiteta Angela Gil Lins começou a se dedicar para a questão da acessibilidade. Coordenadora técnica na ONG SPA-MS (Sociedade em Prol da Acessibilidade, Mobilidade Urbana e Qualidade de Vida do Estado de Mato Grosso do Sul) e gerente técnica de fiscalização do CAU-MS (Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso do Sul), ela tem como meta conscientizar a população a pensar mais nas questões sociais. Por Douglas Queiroz

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Você também é formada na área de informática, como surgiu o interesse pela arquitetura? Desde pequena, eu tinha vontade de fazer arquitetura, gostava de ficar olhando as casas das pessoas e admirando. Mas, na época que fiz vestibular, eu não tinha condições financeiras de fazer o curso, e na UFMS ainda não existia. Acabei estudando informática e trabalhei na área. Quando estava estabilizada, realizei o sonho de fazer arquitetura e trabalhar naquilo que sempre desejei. Depois de formada, fui professora do curso de arquitetura durante quatro anos, na Uniderp. Quando começou seu interesse em trabalhar questões sociais, em especial, a acessibilidade? Começou quando eu era professora, por meio de um projeto de pesquisa que tinha dentro da universidade. Desenvolvido em parceria com o curso de Educação Física, investigávamos os parques e lugares públicos de Campo Grande, e analisávamos o potencial de lazer e acessibilidade oferecido. Por conta dessa ação, as pessoas começaram a achar interessante o trabalho e fomos convidados para participar de um fórum junto com o CREA-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul), porque, na época, ainda não existiam dois conselhos. Depois, fomos chamados para fazer parte de uma comissão que discutia acessibilidade. Com o tempo, começou a crescer a equipe e sentimos a necessidade de sair do CREA e formar a ONG SPA-MS. De que forma é realizado o trabalho da ONG? Na equipe, temos arquitetos, fisioterapeuta, a presidente, que é da área de pedagogia, algumas instituições parceiras, como a OAB-MS, e ex-acadêmicos que estiveram no começo do projeto e, atualmente, depois de formados, continuam como voluntários. Nós não temos fins lucrativos e, quando precisamos produzir materiais para divulgação dos trabalhos, fica tudo por nossa conta, porque não temos recurso nenhum. Nós queremos abrir os olhos dos arquitetos, engenheiros e da própria população para essa questão mais voltada à inclusão das pessoas. Não pretendemos ficar apenas ligados em cumprir normas, queremos conscientizar as pessoas para se preocuparem com o próximo.

Como é a resposta dos empresários e do poder público em relação ao trabalho de vocês? Ainda é pequena a preocupação das autoridades e dos empresários para a questão da acessibilidade. Eles contribuem, mas o percentual ainda é muito pequeno, se comparado com o que deve ser feito. Eles têm de ter a mente mais aberta e começar a entender que a questão do outro também é importante, e que todo mundo tem direitos iguais. Em sua opinião, o que falta para as pessoas se sensibilizarem mais em relação à acessibilidade? Falta conscientização das pessoas. Em nossos cursos da SPA, fazemos algumas dinâmicas de colocar o profissional na situação de uma pessoa que tem dificuldade com a acessibilidade. Qualquer um pode quebrar uma perna e ter de usar muletas. E daí, como vai fazer para se locomover pela cidade? Vai ser difícil. Eu, por exemplo, já quebrei o pé e tive de ficar em casa. Até pessoas obesas e grávidas têm problemas com acessibilidade. Nossas ruas não têm condições favoráveis de acessibilidade para todos. Foram feitos pisos táteis nas calçadas de forma errada, nós não concordamos com esse tipo de ação, por mais que eles digam que está ficando acessível, não está. As calçadas estão virando verdadeiras armadilhas. Querem cumprir o que a lei pede, mas não se preocupam com a qualidade. Quais são seus projetos futuros? Estamos em uma parceria muito interessante com o CAU-MS, em que participaremos da Decon-MS (Feira de Decoração e Construção de Mato Grosso do Sul). Vamos dar uma palestra sobre acessibilidade e distribuir uma cartilha para os profissionais e visitantes, gratuitamente, com dicas e recomendações sobre a acessibilidade, para que possam adequar suas casas com simples mudanças.

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Bella Xu Um acorde de cada vez Por Laís Camargo

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les têm tudo para fazer muito sucesso. Em Campo Grande, já são conhecidos do público e têm fãs, mas, mesmo com o potencial, é preciso ir com calma. E disso a banda Bella Xu entende. Apesar do foco na música autoral, sabem que é preciso conquistar espaço aos poucos. “A Bella Xu surgiu com a proposta de ser uma banda de som autoral, mas optamos por ir ‘com calma’ para não se tornar algo cansativo. Começamos com três músicas nossas e o restante do repertório de cover. Agora, com pouco mais de um ano de banda, estamos próximos de lançar nosso primeiro CD”, revela Jenner Melo, vocalista da banda. O CD #BellaXuNoRolê será lançado nos próximos dias e trará oito músicas inéditas da banda, que faz um som com bastante identidade, conquistando público de diferentes idades, com músicas tratando de um tema universal – o amor. “O nosso show é feito para que as pessoas tenham uma noite de muita diversão e que saiam felizes. Acho que podemos resumir tudo em amor, diversão e felicidade. Algo como: esqueça um pouco dos problemas e venha se divertir com a gente”, acredita o vocalista, refletindo sobre o poder da música. Com o projeto estruturado desde meados de 2011 e o primeiro show realizado em 26 de janeiro de 2012, a banda é composta por Jenner Melo (voz), Arthur Rostey (violão e voz), Matt (guitarra), Yev Aguiar (baixo) e Ruivo (bateria), além do chamado “sexto elemento”, o DJ GioMarx. Todos os integrantes vieram de outras bandas, ou seja, já tinham experiência nos palcos, porém, encaravam como diversão. Com um CD “saindo do forno”, o ânimo para viver de música aumentou. “Antes de lançarmos a Bella Xu, nós fazíamos faculdades nas mais diversas áreas. Eu fazia engenharia, o Arthur fazia psicologia, o Yev e o Matt faziam publicidade, e o Ruivo, jornalismo. Pouco depois de lançarmos, já abandonamos os cursos para nos dedicar 100% à banda. Atualmente, somos todos músicos e muito felizes”, garante Jenner. Ainda sem vislumbrar o cenário nacional, os meninos da Bella Xu são realistas: “A cena campo-grandense está mudando cada vez mais, apesar de o movimento sertanejo ser muito forte (não só aqui, mas em diversos cantos do país). Surgiram casas novas que valorizam o rock e outros estilos musicais, como o samba e o reggae. Muitas bandas têm surgido e mostrado um trabalho de qualidade, movimentando a cena cada vez mais”, aposta o vocalista, que acredita que a explosão do movimento sertanejo no país todo fez com que os olhares se voltassem para Campo Grande e o Estado de Mato Grosso do Sul.

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Luciana Matos Praticar a medicina é olhar o paciente como um todo Por Cidiana Pellegrin

elhorar a qualidade de vida com ações que resultem em longevidade, mais disposição e beleza às pessoas é o que motiva Luciana Matos a exercer a medicina. Especialista em endocrinologia e metabologia, pelo renomado hospital Beneficência Portuguesa, e pósgraduada na área de cuidados estéticos com pacientes saudáveis, pela Sociedade Brasileira de Medicina Estética, ela conta como ampliou sua visão profissional nesta última formação. “Ali pude atender o paciente como um todo. Aprimorava a qualidade de vida melhorando sua autoestima e oferecendo algo além dos tradicionais procedimentos”, explica. Durante o estudo, integrou o grupo de primeiros médicos a desenvolver protocolos em áreas como calvície, acne, flacidez, gordura localizada, cicatrizes, celulite e estrias, utilizando tratamentos recém-chegados ao Brasil, mas já aplicados na Europa e nos Estados Unidos. Foram quatro anos transitando entre atendimentos em São Paulo, onde residia, e Campo Grande, até retornar definitivamente ao Estado. Atualmente, possui seu próprio consultório clínico, equipado com várias tecnologias a laser, radiofrequência, reconhecidas mundialmente. “Sinto-me

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foto alexis prappas

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completamente realizada ao propor um tratamento exatamente igual ao realizado em Nova Iorque”, afirma. Após alguns anos com o foco na endocrinologia e estética, optou por uma nova pós-graduação em dermatologia, o que ampliou ainda mais sua atuação. Atenta a novos estudos, ainda frequenta até quatro congressos internacionais por ano no segmento de dermatologia, cosmiatria e laser. Além disso, passa até cinco dias em consultórios de renomados médicos em Manhattan, assistindo à realização de botox e outros preenchimentos. “Sempre existe algo para aprender. Gosto de reunir as técnicas americanas

e europeias em favor dos meus pacientes. Quero investir nos melhores aparelhos do mundo, mas só após ampla pesquisa e troca de opinião com colegas”, expõe Luciana. Além da técnica, ela se preocupa com a satisfação do paciente, buscando a naturalidade do efeito de qualquer tratamento. Na relação com o paciente, ela destaca que é preciso ser o mais transparente possível e levar em conta fatores da vida pessoal do indivíduo. “Também acho importante prevenir doenças, orientá-lo a diminuir o estresse, por exemplo. O médico deve ter tempo para cuidar do outro, mas sem esquecer-se dele”, defende Luciana.



Doce sal O sal chega aos mercados brasileiros em dezenas de variedades gastronômicas foto SHUTTERSTOCK.COM

Por Alexandre Furquim

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ocê já imaginou preparar uma refeição completa sem uma pitada de sal? Praticamente impossível conseguirmos nos livrar dele, apesar da saúde nos obrigar a reduzir drasticamente o seu uso. Um ingrediente histórico, que até hoje dita modos de conservação e foi parâmetro de riqueza econômica de impérios – não se esqueça da origem da palavra “salário”. A utilização do sal no mundo se mostra pelo aumento de sais de diferentes procedências, como o rosa do Himalaia, os defumados, os aromatizados, que encontramos nas prateleiras de bons supermercados. O sal tem desempenhado uma grande mudança no paladar, desde o trivial sal fino e grosso – esse quase sempre reservado para o churrasco. Na ultima década o mercado brasileiro se abriu às novidades e, hoje, comprar sal requer conhecimento de causa. É importante separá-los por família. Algumas delas reúnem sais especiais propriamente ditos, cuja cor e granulação diferem em função do terroir e da presença de outros minerais. Há ainda os defumados, que incorporam o aroma da madeira, e os aromatizados, misturados a ervas, condimentos e até vinho. Lembrando que sais especiais não são para temperar, mas para finalizar pratos. Caso eles forem diluídos, perdem sua principal característica, que é a textura crocante. A flor de sal, retirada da primeira camada que se cristaliza na superfície das salinas, é um dos produtos mais conhecidos entre os sais especiais. A granulação depende das condições climáticas, da composição do fundo do mar, do índice pluviométrico e do nível de salinidade da água. A cidade brasileira de Mossoró, no Rio Grande do Norte, é uma grande produtora de sal do tipo mais barato que os importados e apresenta uma diferença básica em relação aos concorrentes estrangeiros: a presença de iodo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exige que todo sal produzido no país seja iodado, uma lei de 1974 que tem como objetivo aumentar o acesso ao nutriente. No universo dos sais, as possibilidades de harmonização são infinitas. Ricos em sabor, casam com peixes, carnes vermelhas, aves e vegetais. Faça a sua combinação com sais aromáticos. O sal grosso com ervas no churrasco, ou para assar peixe fica maravilhoso, só é preciso atentar para a composição das ervas. Às vezes uma erva de sabor forte, como o alecrim, pode alterar muito o sabor do seu prato.

*Formado em Marketing e Gastronomia, Alexandre Furquim atua no ramo de restaurantes

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Curiosidades salinas Conheça alguns sais muito interessantes SAL ROSA DOS HIMALAIAS (na foto), é um sal com uma pureza excepcional, que contém mais de 70 oligo-elementos. A sua cor vem do índice elevados de minerais. O sal cor-de-rosa do Himalaia é colhido de depósitos milenares. Formados há mais de 300 milhões de anos, provém dos vestígios de um vasto oceano pré-histórico, hoje seco, que chegava às montanhas dos Himalaias. SAL DE MALDON é produzido no mar de Inglaterra desde a idade média, é um sal integral de origem natural. É crocante, mais seco e suave que a Flor de Sal, ótimo para a finalização de pratos. KALA NAMAK, também é conhecido como o sal negro indiano. Tem um cheiro inesquecível, muito similar gemas de ovos. É utilizado extensivamente na cozinha indiana e tem se tornado muito popular com os chefs vegetarianos para adicionar o sabor natural de ovos a seus pratos.


vinhos Verão, uma ótima estação para vinhos O sucesso dos vinhos verdes na estação mais quente do ano Por Douglas Mamoré Jr

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ada melhor do que uma boa taça de vinho naqueles frios e nublados dias de inverno. Todo mundo concorda. Mas o que fazer quando o calor extenuante, nosso velho conhecido, não dá trégua? Felizmente, a versatilidade dos vinhos não conhece limites e é capaz de nos seduzir e encantar, mesmo nos dias mais quentes. Se esta afirmação o surpreende, perceba que países de grande tradição vinícola possuem vinhedos em regiões também muito quentes, como Espanha e Austrália, comprovando que calor combina com vinhos delicados e encantadores. Afinal, precisamos impor alguma concorrência e provar que nem só de cerveja vive a estação mais quente do ano. Os brancos de castas mais aromáticas e de acidez mais pronunciada, harmonizados com pratos delicados ou mesmo sozinhos, como aperitivo, podem ser muito interessantes e provocar sensações de prazer intenso. É época de tirar da adega também os espumantes e rosados, servi-los descompromissadamente e bem frios, um trunfo para agradar o paladar feminino. É preciso dar a atenção merecida a esses maravilhosos vinhos, já que existem possibilidades enormes de harmonização com a estação. Conheço muitas pessoas que preferem os vinhos brancos, inclusive, homens que declaram abertamente a sua preferência pelos chardonnays e rieslings, e que nesta época do ano têm excelentes razões para bebê-los. Muitos restaurantes apresentam seus brancos com alguma timidez, acreditando que os tintos têm a preferência do consumidor. Isso pode ser um engano, deveriam valorizá-los mais, estimulando o seu consumo durante o verão, construindo, assim, um ciclo perfeito dos estilos durante todo o ano. Ótimos companheiros de verão, que fazem muito sucesso no Brasil e no mundo, são os fantásticos “vinhos verdes”, infelizmente, ainda pouco apreciados em nosso Estado. Na companhia de seu irmão mais distinto e sofisticado, o “Alvarinho”, são, definitivamente , as estrelas da estação quente. Portugueses famosos da região do Minho, noroeste de Portugal, queridos e tradicionais, muito intensos e perfumados, exibem diferentes aromas e sabores, já que muitas castas são usadas em sua produção. Além de muito leves e de baixo teor alcoólico, possuem uma característica peculiar, milhares de “agulhas” a “espetar” o palato, provocando sensações de intensa acidez. O frescor que emerge do vinho é, sem dúvida, uma das razões do seu sucesso. A escolha do seu vinho verde, além de um bom produtor, deve observar algumas características fundamentais. Em geral, os vinhos verdes, exceto, talvez, raros Alvarinhos, não se prestam a envelhecimento, precisam ser consumidos bem jovens, com dois anos no máximo. Bebê-los além deste prazo pode comprometer sua apreciação. Muitos, propositalmente, não são safrados. Por isso, fique de olho na aparência do conteúdo apresentado na garrafa. Ele deve ter tons bem claros, com reflexos cítricos. Procure comprar de fontes confiáveis, já que a sua distribuição e comercialização carecem de muitos cuidados. Uma boa dica é dar uma rápida olhada no contra rótulo, muitos produtores imprimem o ano do engarrafamento. Fique atento.

Alvarinho Soalheiro 2011 Soalheiro/Portugal Sempre nas listas dos melhores Alvarinhos de Portugal da imprensa especializada, é proveniente da sub-região de Monção, que produz os melhores vinhos verdes. Delicioso, cheio de charme e frescor, mais encorpado e complexo do que os outros vinhos verdes.

Montes Cherub Syrah Rosé 2010 Viña Montes/Chile Muito fino e elegante, Cherub é o primeiro rosado de altíssima qualidade na América do Sul e, por seu alto nível, estaria mais próximo da consagrada linha Montes Alpha. Ao contrário de quase todos os rosados, o Cherub não é elaborado a partir de sangria de vinhos tintos, mas de ótimas uvas Syrah, especialmente cultivadas para sua produção. É elegante e classudo, com bastante frescor e um longo e complexo retrogosto.

Você encontra alguns destes fantásticos vinhos no Hotel NOVOTEL ou no Território do Vinho, em Campo Grande.

*Desde 2005, o enófilo Douglas Mamoré Jr. dedica-se exclusivamente ao universo dos vinhos. Seu e-mail é douglas@mistral.com.br

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UD Sugestões para incrementar sua cozinha

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1. As frigideiras da marca italiana Bialetti vão quebrar a monotonia dos tons neutros da cozinha. Disponíveis em três opções de cores: laranja, azul e rosa, as peças receberam pintura especial silicônica e podem ser encontradas nos tamanhos 20, 24 e 28 cm de diâmetro. De R$ 20 a R$ 80. Informações www.imeltron.com.br 2. Funcionalidade aliada a estilo. A linha de torradeiras da inglesa Kenwood Limited, que pertence à marca italiana De’Longhi, promete deixar o café da manhã mais saboroso com torradas fresquinhas. Os eletroportáteis possuem sistema Peek&View, que suspende a fatia de pão para conferir o ponto, sem interromper o processo. Com bandeja para resíduos em aço inoxidável, a limpeza fica mais fácil. R$ 489 no site www.pepper.com.br

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3. A marca americana Savora é conhecida pelos produtos que unem estética e desempenho. Com design moderno, seu espremedor de alho possui cavidade generosa que comporta mais de um dente. Feito com liga de metal e vidro reforçado, é fácil de manusear e de higienizar. Informações www.gsinternacional.com.br 4. Seu almoço no trabalho pode ficar mais prazeroso com as estilosas marmitas francesas da Monbento. Feitas de plástico resistente, possuem talheres, dois compartimentos e um separador, o que as tornam ideais para transportar uma refeição. Disponíveis em diversas cores. Informações www.hocdiedesign.com.br

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5. O animal print que faz sucesso na moda têxtil garante, também, atmosfera fashion a utensílios de mesa. O conjunto Zebra, da Biona Cerâmica, é um exemplo. Composta por pratos, xícaras e pires, a linha reúne a clássica combinação das cores preta e branca, deixando a refeição ainda mais atraente. R$ 76 (12 peças) no site www.isapresente.com.br



Esquecendo-se do tempo no

ryokan Gora Kadan Turistas descobrem o prazer tradicional dos japoneses

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er o país que desfruta o menor período de férias não é uma novidade aos japoneses. E foi justamente a partir desse comportamento da metrópole que os ryokans conquistaram os orientais. Construídos ao longo dos séculos nas florestas e com acesso a fontes termais naturais, as típicas pousadas proporcionam, em estadias curtas, descanso profundo aos moradores da cidade, qualidade no serviço de atendimento e culinária requintada. O tradicional lazer dos japoneses ficou conhecido e está em alta entre turistas de diversas nações que desejam descansar, passear e, ainda, vivenciar a cultura oriental. Entre os mais cotados, está o ryokan Gora Kadan, da rede Relais & Châteaux, localizado em Hakone, na região nordeste do Japão. Conhecida por suas belas paisagens de vegetação nativa, vales, montanhas e lagos, Hakone é formada por 30 balneários de água quente natural e oferece vista privilegiada do monte Fuji – elementos que tornam mística e profunda a experiência no Gora Kadan.

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textos carla carvalho / fotos divulgação

Ao lado - A atração principal do ryokan é o onsen, piscina natural de água termais, modalidade de banho muito apreciada pelos japoneses. No Gora Kadan, o onsen masculino é separado do feminino, tendo alguns espaços mistos

No alto - O espaço foi projetado a partir dos conceitos do Feng Shui, com dormitórios e ambientes de estar separados por jardim zen em miniatura. A filosofia é aplicada nos halls, construídos em formato de ba gua, e, em alguns espaços, com cores definidas segundo a tradição do Feng Shui

No alto - Aos amantes do shiatsu, o hotel disponibiliza profissionais que realizam sessões de uma hora de massagem no futon – colchão tradicional utilizado pelos japoneses para dormir – do próprio quarto onde o cliente está hospedado. A massagem é feita com iluminação pontual e finos óleos essenciais

Acima - Como em um ritual, antes de relaxar no onsen é preciso passar pelo ofurô, outro banho tradicionalmente japonês. No banheiro de cada quarto, há um ofurô para realizar o que os japoneses chamam de banho de limpeza do corpo e, somente depois, entrar na piscina natural

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Ao chegar, o hóspede é recepcionado por vários atendentes que recolhem imediatamente as malas, encaminhando-o até uma área aberta com vista à natureza, com pequenas mesas e cadeiras para a degustação do chá. Com arquitetura ousada, o hotel foi projetado em sentido inverso. Ao todo, são cinco andares descendentes, sendo o primeiro um andar abaixo do vale, o segundo, dois andares abaixo, e assim por diante

No Ryokan, os quartos também têm piso de tatami e os hóspedes recebem, logo que chegam, as yukatas, quimonos de algodão, meias de dois dedos e chinelos, femininos e masculinos. O traje deve ser utilizado em todas as dependências do hotel e, no interior

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do quarto só é permitido andar descalço, deixando o chinelo em uma área reservada. Os cômodos são produzidos em madeira e palha com detalhes em papel, possuem móveis baixos e várias portas de correr


Ao lado - No Gora Kadan, as refeições são servidas no próprio quarto, por atendentes conhecidos como nakai-san. As porções são postas em mesas baixas, no chão de tatami, e, além do cardápio oriental, há a opção de saborear uma versão ocidental, para os turistas que não estão acostumados com pratos à base de alimentos mari-

nhos. Ovos mexidos com cogumelos, aspargos, sucrilhos, pães, iogurtes, café, chá, leite e frutas são alguns dos itens sofisticadamente servidos em belas louças japonesas

Acima - Construído em torno da antiga residência de verão da família imperial Kanin-no-Miya, o Gora Kadan fica no meio do Parque Nacional de

Hakone. Em todos os ambientes, é possível conferir a extensa área verde que cerca o hotel

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Uma decoração sem excessos é encontrada em todas as áreas. Até nos ambientes propositalmente mais requintados, cores e objetos são comedidos, para que a atenção fique por conta do conforto, como é possível conferir neste lounge

As áreas externas dos cômodos são um delicioso convite para desligar-se do mundo e concentrar a atenção no som de uma queda d’água e nos pássaros. O espaço é coberto por tatami, que emite um suave aroma de essências

O Gora Kadan também oferece uma tradicional piscina ocidental aquecida e coberta, projetada com iluminação na-

tural durante o dia. O espaço é ideal para um mergulho antes do jantar

SERVIÇO Diárias em torno de US$ 1.459 Telefone +81-460-82-3331 E-mail info@gorakadan.com www.gorakadan.com

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a s t ra l O lado negro dos signos Por Thereza Christina Silva*

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im, ele existe. Todos têm um lado B, mas a astrologia nos ensina a conviver com as particularidades de cada um. Vamos encarar nossas sombras de uma maneira divertida? Áries: apressadinho, irritadinho, é a criança birrenta. Quer sempre ser o primeiro e adora armar um barraco. Sua cor é o vermelho, que simboliza a guerra – ele tem mania de inimigos. Mandão e instintivo, age, fala e só depois pensa. Dica: quilos de paciência com ele. Touro: lento, possessivo e mandão. Gosta de ter, acumular, e ama coisas boas e caras. O problema é quando ele gosta demais, faz um cercadinho e toma posse. Egoísta, odeia mudanças, odeia gente sem rumo. Seu mau humor é terrível, principalmente quando está com fome. Dica: jamais peça dinheiro emprestado! Gêmeos: nunca sabe o que quer, muda de ideia toda hora, fala demais, não para quieto. Cuidado se for fazer coisa errada perto de um geminiano, ele precisa noticiar. Ligados o tempo todo, eles não prestam atenção ao que você fala, mudam de assunto e falam sozinhos, pois precisam ocupar os dois lados do ser. Dica: deixe-o circular, pelo amor de deus! Câncer: o chantagista emocional, chora por tudo e faz você se sentir culpado. Come desesperadamente se está carente, tem humor instável e, geralmente, possui quatro tipos de temperamento durante o dia. Dica: nunca fale mal da mãe deles! Leão: ele se acha. É um megalomaníaco, se você não gosta dele, o problema é você. Gasta muito e faz de tudo para aparecer, adora colunas sociais e glamour. Tudo dele é sempre o melhor – e é preguiçoso, claro, ele adora mandar os outros fazerem. Dica: elogie, elogie e deixe ele se achar o rei da cocada doce! Virgem: chatinho, metódico e faz cara de santo, sempre. Virginianos reparam em todos os seus defeitos, inclusive, aquele que você mais esconde. É a turma das manias de limpeza, do ecológico, o povo do verde. Dica: nunca entre de sapato sujo na casa de um virginiano.

Libra: em cima do muro, enrola até para dar uma opinião, pois precisa da aceitação alheia. Odeia ficar sozinho e enche o saco por companhia, é uma carência de namorado, marido, esposa, amigo, cachorro. Detesta gente feia, coisa feia e barata. Dica: jamais sirva água em copo de requeijão, é a morte! Escorpião: vingativo, bravo e desconfiado. Tem mania de perseguição também, mas esconde o jogo, aliás, esconde o jogo sempre. Para ele, você nunca é inocente. Adora terminar tudo, quebra, finaliza e acaba com você tocando na sua pior ferida. Dica: nunca minta nem tente enganar, é o fim, porque ele sempre descobre! Sagitário: fanfarrão, piadista, espaçoso. Porém, sempre fala verdades que você não quer ouvir, afinal, não se esqueça do lado cavalo que vem junto com o kit legal. Se considera o suprassumo da inteligência. É outro que se acha, mas tem uma diferença do leonino: sagitariano sempre vai defender seu ponto de vista com citações de monografias e pesquisas; isso quando não se achar o guru do momento. Dica: nunca peça para ele falar a verdade, ele fala mesmo! Capricórnio: azedo, velho, reumático. Vive para o trabalho e adora um status social. Pão-duro, só gasta com aquilo que traz vantagem para ele. Acha-se o juiz do mundo, sempre colocando regras e horários. Dica: não o convide para jantar e peça que ele pague! Aquário: louco, rebelde, excêntrico. Odeia compromisso e horário, odeia o que todo mundo gosta e adora transgredir. Este é o tipo que contraria tudo, se você disser que é roxo ele diz que é amarelo. Para namorar, tem de ter a maior paciência, pois ele é livre , prefere sempre um barzinho com sinuca. Dica: Ame os amigos comunistas dele! Peixes: chorão, sensível, meiguinho demais. O problema do pisciano é que ele pode ser tudo e nada, ninguém sabe o que vai à sua cabeça. Ele muda de ideia ou nem mesmo faz ideia, ele transcende. Dispersivo, ele perde tudo e vive perdido. Dica: consulte um astrólogo para entender um!

*Thereza Christina Silva é jornalista, astróloga, taróloga e professora. E-mail: tecaemaju@hotmail.com Twitter: Teca_Astro Facebook: Tecaemaju

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