Mood Life 44

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LifI

Viver com estilo

23 misturafina

O pink é o mais novo “pretinho básico”. Sem medo de arriscar, inspire-se e ouse!

55 CASAestilo

De projetos atemporais a contemporâneos, mostra Casa de Ideias lança mix de peças em espaços sofisticados

81 identidade

Nº 44 R$ 10,00

Nesta edição, em Pefil, o superintendente do Sicoob, Abdias Dias da Silva, fala com orgulho da carreira profissional. Atitude traz Carlos Alberto Coimbra e o desafio a frente do Hospital de Câncer. Já em Vox, Liz Matos conta sobre os trabalhos a frente da Secretaria Municipal de Políticas para a Mulher. E fechando a edição, o Diretor-geral do SBT MS, Salvador Sandim, reflete sobre o fazer TV.

Nathalia Rodrigues

Bem resolvida e sem meias-palavras, ela não dá voltas para falar o que pensa e o que quer






Viver com estilo 44 estilo de vida

E

sse é o primeiro editorial que escrevo desde que assumi a Mood como jornalista responsável, há três edições. A meta é seguir à risca a linha editorial da revista, o padrão, sem deixar a peteca cair e manter a qualidade prezada por todos que já passaram por essa equipe. Que responsabilidade! Para mim essa tem um gostinho especial, um misto de sentimentos que se casam ao concluir cada edição. A edição 44 da Mood carrega comemoração, já que este ano completamos cinco anos. Um veículo que busca sempre se renovar e andar conforme seu tempo. As mudanças fazem parte e são essenciais para que o processo criativo dessa equipe esteja sempre ganhando um novo fôlego. Este mês a atriz global Nathalia Rodrigues estampa nossa capa. Uma entrevista calorosa e que destaca uma mulher direta, bem resolvida, sem meias palavras e de bem com a vida, ciente do seu papel nesse Universo cheio de surpresas e idas e vindas. O bate papo rendeu uma retrospectiva da sua carreira, que começou ainda criança, além de planos e novos projetos para este e o próximo ano. Destaque para a entrevista com o diretor do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, Carlos Alberto Coimbra, na seção Atitude. O profissional se revela muito mais que um dirigente, mas um homem de alma e coração abertos que encara como missão estar à frente daquela entidade. Em cultura um apanhado de histórias de pessoas que, por meio das raízes, se revelaram verdadeiros músicos. Em Estilo de Vida, pessoas que nos encantam ao contar suas andanças pelo mundo a fora. Verdadeiras aventuras que resultam em imagens e experiências inesquecíveis. Em Gourmet, uma produção de encher os olhos, aquecer o coração e dar água da boca – Tá Na Hora do Chá! Entre, sinta, delicie-se e boa leitura! Clarissa de Faria

Capa Nathalia Rodrigues Foto Leandro Araújo

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Produção Executiva Clarissa de Faria

Viajar – paixão que se desperta na infância e que cresce com o tempo

70 viagem

Hotel Banke - Um tesouro da arte em Paris

errata No texto Boa Luz, da edição 43, indicamos o site errado para informações sobre as criações da designer Cristiana Bertolucci. O site correto é www.cristianabertolucci.com.br

Expediente Jornalista responsável Clarissa de Faria (MTB 854/MS) reportagem@moodlife.com.br Editor Odirley Deotti editor@moodlife.com.br equipe editorial Clarissa de Faria e Odirley Deotti Fotógrafos Estúdio Sim, Gilson Barbosa, Giulliano Gondim, Leandro Araújo, Studio Miguel Palacios Revisão Dáfini Lisboa dafini.lis@gmail.com Colaboraram nesta edição: Texto Adriana Estivalet, Carla Cecarello, Dr. César Benavides, Cidiana Pellegrin, Cleidiane Hennes, Dirceu Peters, Douglas Mamoré Junior, Flávia Melo, Laís Camargo, Lúcia Coletto, Luciana Petelinkar, Mayara Sá, Rafael Miranda Meira, Thereza Christina Silva e Vivianne Nunes. diretores Iara Diniz, Marta Albuquerque Revista MOOD Life é uma publicação mensal. Rua da Paz, 1629. Santa Fé. Campo Grande/MS CEP 79102-210. Não nos responsabilizamos pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não tem autorização para falar em nome da Revista MOOD Life. Impressão e acabamento Idealiza Gráfica e Editora. Distribuição e assinatura Gabriela Galante atendimento@moodlife.com.br PARA ANUNCIAR LIGUE (67) 3222-7331 Gabriela Galante atendimento@moodlife.com.br



conteúdo

23 55 misturafina CASAestilo

24 gadgets Novidades

56 design Brunno Jahara revela

26 mistura fina Pink is the

64 décor De projetos

tecnológicas para abastecer seu lado geek. new black! Confira as dicas de peças e acessórios.

um trabalho cheio de referências culturais – do mundo.

atemporais a contemporâneos, mostra Casa de Ideias lança mix de peças em espaços sofisticados.

30 beauty Uma seleção de produtos para o cuidado do corpo e do rosto de quem tem bom gosto.

70 viagem Hotel Banke - Um tesouro da arte no coração de Paris.

34 equilíbrio Artigos

74 gourmet Hora do chá -

esclarecedores sobre estética com o Dr. César Benavides.

sinônimo de bem-estar, saúde e confraternização.

81 identidade

84 perfil O superintendente

do Sicoob, Abdias Dias da Silva, fala com orgulho da carreira profissional em cooperativas de crédito.

86 atitude Carlos Alberto Coimbra e o trabalho a frente do Hospital de Câncer de Campo Grande. 94 vox A frente da Secretaria

Municipal de Políticas para a Mulher na Capital, Liz Matos conta um pouco dos desafios que abraçou.

98 cases Diretor-geral do SBT

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MS, Salvador Sandim, reflete sobre o fazer TV.

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achados

Foto Shutterstock.com

Por Luciana Petelinkar

CãeseGatos

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O cadastro é grátis, no site www.procure1amigo.com.br

Foto Allan Kaiser

O Procure 1 Amigo é um projeto sem fins lucrativos, composto por ONGs e voluntários protetores que atuam na defesa e para o bem-estar animal. O objetivo é facilitar a rotina dos vários abrigos do país, contribuindo como apoio logístico e fornecendo ferramentas que aperfeiçoam o trabalho.Tudo é feito de forma gratuita e 100% transparente. O projeto é de domínio público, sem fins lucrativos, e com a finalidade de servir ao bem-estar animal. O Procure 1 Amigo vem para somar com os abrigos e protetores, respeitando e mantendo a individualidade de cada um. Pode-se, também, divulgar animais desaparecidos e encontrados.

Restoran

mundo de Alice Você já entrou em um prédio e foi magicamente teletransportado para outro lugar? No consultório da dermatologista Thaís Sakuma, isso acontece. Ao abrir de uma porta, você se depara com o cenário da história. O decorador Luis Pedro Scalise trabalhou o tema nos mínimos detalhes, o qual foi estruturado para ser lúdico, mas prático. Todo o mobiliário é real e usado no dia a dia. Na recepção, poltronas de espera coloridas, relógios na parede e até um cabideiro com as cartolas do Chapeleiro Maluco dão o tom. Na sala de atendimento, a mesa é uma grande carta de baralho, e as luminárias são xícaras que parecem flutuar.

Avenida Afonso Pena, 5723 Sala 303, Edifício Evolution Tel (67) 3383.7518

Você sai para jantar fora com alguém e, na hora de pagar a conta, um dos pratos sai de graça. Já pensou? Pois essa já é uma realidade em Campo Grande, Curitiba, Alphaville e Barueri, na grande São Paulo, e, em breve, em Dourados. Graças ao Restoran – O Clube da Gastronomia, por um preço justo, o associado ganha o direito de frequentar ótimos restaurantes com culinária variada – desde cardápio de massas à culinária japonesa –, sem ter de assumir o valor total da conta, e o associado pode usar seu cartão em qualquer estabelecimento parceiro, em qualquer cidade. Confira em www.restoran.com.br


O que você usa diz muito sobre você. Escolha ser autêntico, escolha Lívari.

Para P Pa ara você ê ou u par ara a pr p esentearr, o melh lh hor em m jo joia ias, relógios e carttei eira rass es e tá á na Lívari.


tomenota nacional Por Luciana Petelinkar

décor

design

em destaque

Foto Divulgação

Foto Diego Heron

Entre os dias 21 e 24 de julho, Gramado-RS receberá uma das feiras moveleiras de maior destaque do setor. O município sediará o Salão de Gramado, evento que promete movimentar a região, reunindo lojistas, designers, decoradores, arquitetos, imprensa e fabricantes de móveis, que comercializam produtos de qualidade e com design de alto padrão. O Salão acontece no Serra Park e está aberto das 10h às 19h. Mais informações no site www.salaodegramado.com.br

esporte

No dia 19 de julho, Porto Alegre-RS sediará a etapa Marte da Night Run, corrida com percursos de 5 km e 10 km, que reúne centenas de pessoas de diferentes idades. O preço das inscrições varia de R$ 74,90 a R$ 194,90, dependendo do kit. O horário da largada é às 20h. Mais informações no site nightrun.ativo.com

Foto Divulgação

corrida noturna

festival

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O frio chegou O Festival de Inverno de Curitiba, que começou dia 1º de julho e segue até o dia 17 de agosto, movimenta a economia de Curitiba-PR e da região metropolitana com uma intensa programação cultural, gastronômica e esportiva, atraindo, além da população local, turistas do interior do Paraná e de outros estados. Saiba mais no www.curtacuritibaoanointeiro.com.br



tomenota nacional Por Luciana Petelinkar

festival

rock e motos

Fotos Divulgação

Criado em 2004, o Brasília Moto-capital surgiu com o intuito de comemorar o Dia do Motociclista. Ao longo de suas 10 edições, tornou-se o maior encontro de motociclistas da América Latina e o 3° maior do mundo. Este ano, o evento será realizado entre os dias 23 e 27 de julho, na Granja do Torto, em Brasília. Mais informações no site www.brasiliamotocapital.com.br

festa

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flip

A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) nasceu em agosto de 2003. Organizada pela Associação Casa Azul, a Flip realiza sua 12ª edição entre 30 de julho e 3 de agosto. Neste ano, o evento homenageará Millôr Fernandes e terá autores como Cacá Diegues, Fernanda Torres, Hubert e Reinaldo. Mais informações www.flip.org.br

competição

Homens ao mar A tradicional Ilhabela Sailing Week, principal evento de vela oceânica da América Latina, que chega este ano a sua 41ª edição, acontece entre os dias 19 e 26 de julho, no Yacht Club de Ilhabela-SP, e muda o cenário da cidade do litoral norte paulista, durante as férias de julho, que passa a oferecer uma alternativa rica em esporte, lazer, cultura e gastronomia aos turistas acostumados a buscar, preferencialmente, as regiões montanhosas de São Paulo, como as cidades da Serra da Mantiqueira, na temporada de inverno. Mais informações no site www.ilhabelasw.com.br



tomenota Regional Por Luciana Petelinkar

fotografia

Natureza NA LENTE

Fotos Divulgação

O professor Dr. José Sabino, professor titular da Universidade Anhanguera-Uniderp e coordenador do Projeto Peixes de Bonito, irá ministrar o curso “Fotografias da Natureza”, com o objetivo de mostrar que a fotografia é, além de atividade lúdica, um importante instrumento de sensibilização para conhecimento e conservação da natureza. Com base em técnicas modernas de comunicação e registro, ele pretende ampliar a compreensão pública sobre o patrimônio natural brasileiro. O curso acontece dia 16 de julho, das 8h às 12h, na Anhanguera-Uniderp Agrárias. O curso é gratuito, e as inscrições podem ser feitas pelos telefones 3309-6500 e 3309-6549

capacitação

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Cursos de Inverno A Universidade Anhanguera-Uniderp está oferecendo 25 cursos gratuitos, com vagas limitadas, neste mês de julho. Os interessados podem escolher apenas um curso da lista. As aulas têm duração de um dia e serão ministradas no campus I da Universidade Anhanguera-Uniderp, que fica na rua Ceará, 333, bairro Miguel Couto, e na Uniderp Agrárias, situada na rua Alexandre Herculano, 1.400, Parque dos Poderes. Inscrições pelo link http://tinyurl.com/ob7wlmt Contato pelos telefones 3348-8332 e 3348-8177, ou, ainda, 3309-6500 e 3309-6549

negócios

Expocorte A feira de negócios e workshop acontecerá nos dias 30 e 31 de julho, no Centro de Convenções Albano Franco, que fica nos altos da avenida Mato Grosso. O tema que será debatido durante o circuito será “Como conseguir o máximo de minha propriedade?”. O objetivo é disseminar tecnologia e fomentar discussões que contribuam para tornar a atividade mais produtiva e eficiente. As inscrições para participar do workshop já estão abertas e podem ser feitas pelo site www.circuitoexpocorte.com.br. A participação custa R$ 300 (inteira) e R$ 150 (meia).



estante Por Rafael Miranda Meira*

LITERATURA

Textos Autobiográficos / Charles Bukowski

Bukowski é daqueles escritores que ou você ama ou você odeia. Para os integrantes do clube dos que amam, “Textos Autobiográficos” (Run With the Hunted) faz uma compilação das melhores histórias autobiográficas de diversos livros do escritor alemão, radicado nos Estados Unidos. Nele, há contos, poemas e trechos de romances que dão forma à vida do escritor, organizados cronologicamente, não pela data de publicação, mas pelo período da vida de Bukowski que é retratado.

"Somos todos aprendizes duma arte que nunca ninguém se torna mestre"

MÚSICA

Back to Black / Amy Winehouse

“Back to Black” é o segundo álbum de estúdio da cantora e compositora britânica Amy Winehouse, porém, foi com ele que ela se tornou uma diva. Lançado em 2006, “Back to Black” conta com os principais sucessos da cantora, como “Rehab”, “You Know I'm No Good” e “Back to Black”, que dá nome ao disco que contou com a produção de Mark Ronson e Salaam Remi. As músicas, belamente interpretadas por Amy, são basicamente sobre o seu envolvimento com álcool e drogas, bem como sobre os seus relacionamentos amorosos.

Ernest Hemingway CINEMA

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Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo Lorene Scafaria

*Rafael Miranda Meira, é jornalista entendido de futebol e apreciador de café.

O apocalipse já foi retratado de diversas formas no cinema e, na maioria delas, há um herói que consegue salvar a Terra. Neste caso, não há mais saída, o mundo acaba em três semanas. A partir da notícia de que há um meteoro em rota de colisão com o nosso planeta, as pessoas passam a aproveitar seus últimos dias das mais variadas formas. Além delas, existe Dodge (Steve Carell), corretor solitário que acaba de ser abandonado pela esposa, e Penny (Keira Knightley), sua vizinha triste, que nunca teve um namoro satisfatório. Juntos, eles decidem percorrer o país para reencontrarem suas famílias e seus amores de juventude, antes que seja tarde demais. Steve Carell mostra que não é apenas comediante, e Keira Knightley, apesar de ser canastrona, dá um show de interpretação. Se você é emotivo como eu, prepare o lenço de papel.



cultura Por Cleidiane Hennes

talento que vem de berço Artistas com estilos bem diferentes, mas que, em comum, receberam total incentivo da família, relatam a inspiração que encontraram dentro de casa.

Jonas Feliz, filho do ar-

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tista plástico e músico Julio Feliz, iniciou sua carreira aos 14 anos, estudando violão erudito. Aos 31, é formado em música, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e reconhecido como multi-instrumentista e músico educador. “Tenho boas lembranças do meu pai estudando músicas renascentistas e barrocas na flauta. A minha infância foi muito especial, pois meus pais sempre nos regaram com muitas brincadeiras e brinquedos criativos, que, muitas vezes, nós mesmos tivemos que construir”, lembra. Além do violão, o artista se dedica a pesquisar e tocar instrumentos étnicos, como didgeridoo, kalyuka, balafons, steel drum, fujara, tuk drum, willow flute, jew’s harp, derbak, entre outros. “Eu construí a maioria

dos meus instrumentos, e alguns eu inventei; são como filhos, não há favoritos”, explica num tom bem-humorado. Foi durante sua formação que Feliz percebeu as possibilidades profissionais que a carreira artística poderia oferecer. Ele atuou na Orquestra de Violões de Campo Grande, tocou em grupos, compôs trilhas para espetáculos de teatro e dança, até chegar à Orquestra Sinfônica da Capital, onde permanece. Na amplitude da área, como instrumentista e pesquisador, ele se dedica à criação de um grupo musical, a fim de explorar instrumentos de todo o mundo, mesclando timbres e culturas, e ainda a projetos sociais com ensino, confecção e prática de instrumentos alternativos para crianças, dando continuidade à pesquisa do pai.

Rech Filho, campo-grandense de nascimento, mas gaúcho de coração, herdou da cultura do pai, Roberto, o gosto pela gaita. Com apenas 5 anos de idade, ele iniciou suas primeiras apresentações e, aos 12, já teve o privilégio de se apresentar ao lado de artistas como Renato Borghetti, Maria Cecília e Rodolfo, Henrique e Diego, e de participar de diversos festivais, como o Internacional do Chamamé, em 2012, na Argentina. No seu repertório, estão músicas de raiz regionais, tanto do Sul do país quanto de MS. Mesmo com os compromissos da vida empresarial à frente de uma grande organização


Foto Arquivo Pessoal de Jonas Feliz Foto Arquivo Pessoal de Roberto Rech Filho

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do setor de refrigeração, o pai, Roberto Rech, nunca deixou de acompanhá-lo. “Quando meu pai me levava às lojas de brinquedos, eu adorava brincar com as sanfonas. Ele nunca havia usado uma bombacha até eu começar a tocar”, lembra, entre risos, o gaiteiro mirim. Para acompanhar de perto e incentivar a carreira de Rech Filho, hoje, toda a família participa do Centro de Tradições Gaúchas Farroupilha, em Campo Grande, e Rech Filho vai representar o CTG na 25ª edição do Festival Sul-Mato-Grossense de Folclore e Tradição Gaúcha, na categoria Gaita Piano Mirim.


cultura

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Foto Arquivo Pessoal de Ernani Junior

Por Cleidiane Hennes

Ernani Junior! É assim que se apresenta o filho de Ernani de Almeida, grande figura do rock sul-mato-grossense. Garoto simples, que aos 8 anos começou a fazer aulas de bateria, aos 20, é drummer na banda Hollywood Cowboys, e também substitui seu primeiro professor e grande ídolo João Bosco, no O Bando do Velho Jack. “Meu pai nasceu aqui, no Estado, foi para o Rio de Janeiro, ainda bebê, e retornou para cá na década de 80. Ele criou o primeiro programa de rádio sobre rock, abriu o primeiro bar desse

estilo na cidade, então, eu cresci nesse meio”, justifica o músico, sobre seu estilo. Aos 10 anos, o baterista já se apresentava em casas noturnas na Capital. “Meus pais já são falecidos. Eles sempre me apoiavam muito. Íamos juntos aos shows, e eles tiveram até que conseguir autorização judicial para que eu pudesse tocar na noite. Todo o dinheiro dos cachês, meu pai colocava numa poupança, e eu investia na minha bateria, tanto que hoje tenho um excelente material, graças àquela época”, afirma.

Além da bateria, Ernani Junior toca violão, guitarra e baixo. “Quem trabalha com música sempre aprende a tocar outros instrumentos, mas, profissionalmente, sou somente baterista”, diz. E, aos fãs do rock regional, o músico revela novidades: a banda Hollywood Cowboys está produzindo um CD que será gravado em São Paulo, e o Bando do Velho Jack também vai lançar um novo álbum, mas para ambos ainda não há previsão de data.


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misturafina Gadgets Estilo Shop Beauty

24 gadgets Abasteça o seu lado geek com os mais recentes produtos tecnológicos. 26 shop Pink is the new black! Confira as dicas de peças e acessórios. 34 equilíbrio Artigos esclarecedores sobre estética com o Dr. César Benavides. 36 intimidade Por que voltar com ex é quase sempre uma furada?

beauty

makeebeleza novidades em

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perfumes, cabelos e maquiagem!


misturafina gadgets

Fotos Divulgação

Por Odirley Deotti

Em alto e bom som Para quem gosta de assistir a jogos e filmes com a máxima qualidade de som, a Sony Brasil traz o Home Theater com Blu-ray player integrado BDV -N9200WL. O aparelho conta com diversas tecnologias de exibição de eventos esportivos, shows e filmes, como o Botão Torcida, o Cinema Studio e o Digital Music Arena. O Botão Torcida, por exemplo, amplifica a vibração dos torcedores, ou bloqueia o som do narrador. São 1000W de potência e 5.1 canais, podendo simular virtualmente a distribuição de áudio em 9.1 canais, através do Cinema Studio. Já o Digital Music Arena aumenta a imersão do som, tornando o áudio mais real. Além de toda essa tecnologia, o Home Theather se conecta a smartphones e tables via Bluetooth e NFC, e via WiFi pode acessar Youtube e Netflix. A partir de R$ 3.999. Mais informações no site www.sony.com.br

Diamantes

Elegância e luxo são conceitos para os belíssimos fones de ouvido Diamond Tears, da Monster. Além do impressionante design em formato de lágrimas de diamante, o acessório garante uma experiência sonora incomparável, característica marcante em todos os fones da marca. A partir de R$ 1.615 no www.submarino.com.br

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No carro Outra novidade da Sony é o Dock para veículos XSP-N1BT. Através de um aplicativo, ele transforma o smartphone Android em um painel de controle, para tocar músicas do próprio aparelho, porta USB, rádio AM/FM, rádios online SiriusXM e Pandora, além de CD. Ele conta ainda com uma pequena tela LCD, para quem não quer conectar o smartphone. O aparelho é compatível com qualquer smartphone Android, conectando-se via Bluetooth e NFC, e no caso de smartphones Xperia, podem ser recarregados sem fio quando estiver no dock. Outros phones podem ser carregados pela porta USB. A partir de US$ 250 no amazona.com



misturafina shop Por Clarissa de Faria

Pink

Bolsa RaphaellaBooz R$399 www.raphaellabooz.com.br

is the new

Sandalia RaphaellaBooz R$269 www.raphaellabooz.com.br

Black!

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Manta de algodão Leite-Com R$125 www.leite-com.com.br

Fotos Divulgação

O pink é o mais novo “pretinho básico”. Rosa, rosa choque, rosa clarinho ou rosa rosé. Quando se fala de rosa, não importa qual a tonalidade você vai adotar, é moderno, chic e fashion. Desfiles de Milão já trouxeram o pink com este novo conceito, nos mais variados tons de rosa. A cor, famosa entre as mulheres da Índia, surgiu como inspiração popular. Não tenha receio, inspire-se e ouse!

Quimono de seda MariaSanz R$476 www.mariasanzmartins.com



misturafina shop Por Clarissa de Faria

Fotos Divulgação

Pink

is the new Black! Anel com pedra Rommanel R$172,20 www.rommanel.com.br

Pulseiras em couro PP Acessórios R$50 o conjunto www.facebook.com/ppacessorios

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Brinco quartzo Malva Noor R$3.729,60 www.noorjoias.com.br

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Fotos Divulgação

Por Cidiana Pellegrin

Muito brilho

As baixas temperaturas chegaram e, com elas, as cores fechadas. Mas, se o look está mais sóbrio, que tal dar um toque de estilo com o esmalte certo? Inspirada em pedras e metais preciosos, a linha Jewel Collection, da Mavala, promete deixar as unhas reluzentes. São cinco cores – dourado, prata, rosa, roxo, azul e vermelho – em versões bem metalizadas e com efeito 3D. Mais informações no site www.mavala.com.br

Hidratação

Uma edição especial da L’Occitane en Provence, multinacional francesa de cosméticos, traz nove lançamentos com embalagens e fragrâncias inspiradas em joias tradicionais da África. As novidades são cremes para as mãos, hidratantes corporais e bálsamos para os lábios, disponíveis em fragrâncias de rosas do Mediterrâneo: jasmim apaixonado, violeta graciosa e rosa amorosa. Preço sob consulta, na loja da marca no Shopping Campo Grande

So cute!

Coloridos, graciosos e eficientes. Com essa combinação, é impossível não desejar os novos pincéis da Quem disse Berenice?. São oito modelos, entre eles, um com esponjinha em gota na ponta, ideal para aplicar a base. Outros destaques são o esfumador rápido, com cerdas azuis, e o kabuki em formato de flor, que ajuda a dar um acabamento mais natural à maquiagem. Completando os lançamentos, ainda, estão o esfumador gatinho, pincel duo fibra e pincéis marcadores, de contorno e de corretivo. À venda, no e-commerce www.quemdisseberenice.com.br

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vinoterapia

Da saúde à beleza. Os benefícios do vinho são fonte, também, de terapias estéticas. Pensando em um ritual completo e revigorante, O Boticário apresenta o lançamento Nativa SPA Vinoterapia, inspirado no processo de produção de vinhos. São seis produtos enriquecidos pelo poder antioxidante do extrato da uva: Bomba Efervescente, Sabonete Cremoso de Banho, Óleo Corporal Esfoliante, Sorbet Hidratante Corporal, Creme Hidratante para Mãos e Tônico Facial. A linha estará disponível nas lojas de O Boticário em Campo Grande



misturafina beauty Por Cidiana Pellegrin

A M.A.C conta com 11 novos produtos nas prateleiras. Os lançamentos integram a coleção assinada com o estilista Pedro Lourenço, o primeiro brasileiro a criar uma linha para a grife. Marcada por tons suaves, muito nude e acabamentos inusitados, a edição limitada é composta por quatro batons, paleta de sombras, gloss, blush, iluminador e esmaltes. De R$ 66 a R$ 129, à venda na M.A.C do Shopping Campo Grande

Fotos Divulgação

Parceria Brasileira

Cheirinho

NOVO

O perfume Cedro do Marrocos é o lançamento da linha de produtos Mediterrâneo, da marca Phebo. Amadeirada, a fragrância traz notas de bergamota siciliana, artemísia, lavandin, açafrão, cipreste, cedro, vetiver, musgo e âmbar, formando o aroma perfeito para quem possui uma identidade marcante. Por R$ 30, na loja virtual www.phebo.com.br

DNAurbano

A nova marca de perfumaria da Natura, #urbano, chega ao mercado com várias inovações. A começar pela fragrância elaborada com o Akigalawood, ingrediente exclusivo, resultado de transformações enzimáticas de um fragmento específico do patchuli – matéria-prima frequente na produção de perfumes. Marcante e original, o aroma foi pensado para jovens autênticos e descolados, e ainda traz embalagens exclusivas, com ilustrações bem urbanas, assinadas pelos artistas Does, Paulo Ito e Izu. Por R$ 94, disponível entre as consultoras Natura

TOM FORD

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para eles

Depois de Marc Jabocs lançar uma linha para a Sephora, o estilista americano Tom Ford apresenta sua luxuosa série de cosméticos exclusivamente para o público masculino. São oito produtos para cuidados diários e rituais de beleza: sabonete, sérum e hidratante facial, balm para os lábios, creme para área dos olhos, corretivo, gel bronzeador e até uma máscara de lama, tudo para revigorar a pele. À venda no site www.tomford.com



equilíbrio Por César Benavides*

A lipoaspiração é a cirurgia indicada se eu quero emagrecer?

C

om a queda das temperaturas e a chegada do inverno, é natural que alguns pacientes procurem orientação do cirurgião plástico, com o objetivo de remover a gordura tão incomodativa em certas áreas do corpo. Algumas pacientes desejam, na verdade, remover gordura de praticamente todo o corpo. Em certos aspectos, isso pode ser preocupante. Classicamente, a lipoaspiração, desde a sua moderna expansão, a partir da década de 80, sempre foi e é considerada uma cirurgia para a melhoria do contorno corporal. Isso quer dizer que consta da aspiração de tecido gorduroso acumulado em áreas que distorcem a silhueta. Desconforto, constrangimento e vontade de melhorar a autoestima são alguns dos motivos que levam as pessoas à procura dessa cirurgia. A lipoaspiração é uma das cirurgias plásticas mais realizadas em todo o mundo. Sim, trata-se de uma cirurgia. O simples fato de que o tecido gorduroso pode ser aspirado com uso de cânulas, por meio de pequenas incisões ou furos, não isenta a lipoaspiração da categoria de cirurgia, muitas vezes de grande porte, com todos os cuidados exigidos e as possibilidades de complicações. Para que seja realizada com segurança, devem ser solicitados vários exames pré -operatórios e avaliação cardiológica com risco cirúrgico. Todas as dúvidas devem ser esclarecidas e, um dos pontos mais importantes: “lipoaspiração não é cirurgia de emagrecimento, mas sim de contorno corporal”. Trata-se de uma operação na qual o ganho de peso interfere diretamente no resultado. Se, durante o período de recuperação pós-operatória, ocorre ganho de peso, seja por inatividade, seja por alimentação inadequada, fatalmente, quando ocorrer o desinchaço total, virão frustrações, de maior ou menor intensidade. Pode até ser que a gordura ganha não se acumule com a mesma intensidade de antes da cirurgia, mas as células adiposas remanescentes permanecem com a capacidade de acumular gordura. Algumas vezes, ao “secar a cintura” com a lipoaspiração, o ganho de peso pode causar o aspecto de costas grandes, braços largos, mas com cintura desproporcionalmente estreita. Ao mesmo tempo, também pode ocorrer acúmulo de tecido gorduroso

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"A lipoaspiração não é tratamento indicado para sobrepeso ou obesidade, mas para a melhoria do contorno corporal"

dentro do abdome, no meio das vísceras (a gordura mais perigosa). Por tal motivo, atualmente, é muito comum que, antes da intervenção, o cirurgião plástico faça um check-list sobre hábitos de vida, sono, alimentação e prática de exercícios físicos, além do cálculo do IMC (índice de massa corporal). Com esse conjunto de fatores, pode-se determinar se cada paciente se encaixa dentro de uma perspectiva de resultados bons e duradouros. É importante saber também que, dependendo da área a ser lipoaspirada, idade de cada paciente e se já teve bebê, poderemos ter maior ou menor chance de encolhimento e aspecto final da pele para se adaptar à nova silhueta pós-operatória. Por exemplo, áreas como culotes, glúteos e face interna de coxas, habitualmente, possuem um tom um pouco mais escuro de cor da pele e, assim, a chance de manchas pós-cirúrgicas é maior. Pacientes de pele morena ou orientais possuem maior probabilidade de desenvolver fibroses abaixo da pele, que aparecem como ondulações ou depressões e zonas de endurecimento. Uma vez realizada a cirurgia, segue-se uma sequência de eventos muito individualizados relacionados à cicatrização de cada paciente. Durante a fase de recuperação, é importante seguir todas as orientações da equipe cirúrgica, realizando drenagem linfática com sessões de ultrassom, com profissionais especializados, mas em sintonia com cada ritmo individual de recuperação. Mais uma vez, afirmamos que a lipoaspiração não é tratamento indicado para sobrepeso ou obesidade, mas para a melhoria do contorno corporal, dentro de padrões consensuais, que vão desde a quantidade de gordura lipoaspirada até local que obedeça aos requisitos mínimos de segurança para a realização desta cirurgia. A cooperação do paciente e o comprometimento com em relação à qualidade de vida e aos hábitos saudáveis, com certeza, só contribuirá para resultados cada vez mais duradouros. *Dr. César Benavides é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Membro Internacional da American Society Of Plastic Surgeons. CRM4046 / RQE 2215



intimidade

Foto Shutterstock.com

Por Carla Cecarello

Por que voltar com ex é quase sempre uma furada? Esta pergunta parece ter uma resposta óbvia, mas, para algumas pessoas, não funciona bem assim.

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oltar com o (a) ex quase sempre é uma furada, porque quem embarca nessa alimenta um “montão” de ilusões e esperanças: acha que o tempo longe serviu de lição para o outro melhorar, que vai ser menos crítico com os defeitos da parceria. Enfim, que “as coisas mudaram”. Porém, alguns estudos internacionais feitos com casais que foram e voltaram concluiu que a turma do revival tende a ser mais crítica com a parceria, insegura com o futuro do relacionamento, menos satisfeita com a vida a dois e mais propensa a brigar, em comparação com o que demonstravam na primeira vez que se uniram. Além disso, a maioria foi impulsiva demais, tomando decisões precipitadas, como morar junto.

"Não existe tempo ideal de namoro ou noivado, principalmente se o desejo de permanecer junto se mantém para ambos"

Mas uma coisa pode-se dizer com precisão: não existe tempo ideal de namoro ou noivado, principalmente se o desejo de permanecer junto se mantém para ambos. Ainda assim, procure analisar bem se é o momento de “juntar as escovas de dentes”. Ficar um pouquinho mais, amadurecer a relação, pode ser bastante eficaz para o relacionamento no futuro, correndo menos o risco dele (a) se tornar um (a) ex. Ninguém merece!

*Carla Cecarello é Psicóloga e Sexóloga CRP-06/35.812-0 www.carlacecarello.com.br Tel.: 11 3884.2059 e 3887.5123 Acompanhe o quadro sobre sexualidade todas as terçasfeiras às 2h30min, no programa “Okay Pessoal”, do SBT.



personalidade Por Flávia Melo

lilian pacce A jornalista mostra que moda também é um assunto sério

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uando resolveu fazer Jornalismo, Lilian Pacce não imaginava que se tornaria uma das maiores jornalistas de moda do país. Isso porque a ideia era trabalhar com política – como realmente aconteceu no começo –, mas a facilidade em escrever sobre outros temas foi levando-a a cobrir desfiles e pautas sobre o mundo da moda. Hoje, ela é apresentadora e editora-chefe do GNT Fashion, programa de moda semanal do canal GNT, publisher do site que

leva o seu nome e escreve para o jornal O Estado de São Paulo. Além disso, Lilian já publicou diversos livros, como “Pelo Mundo da Moda – Criadores, Grifes e Modelos”, que é um resumo de sua trajetória, reunindo matérias, entrevistas e informações sobre grifes, como Levis e Chanel, e sobre a vida das modelos, incluindo uma entrevista com Gisele Bündchen; “Alexandre Herchcovitch”, uma monografia sobre o estilista brasileiro, surgido nos anos 1990; e “Ecobags – Moda

e Meio Ambiente”, que apresenta fotos de diferentes modelos de bolsas ecológicas, produzidas a partir de algodão, juta, plástico reciclado e até papel, entre outros materiais. Esse último é uma causa que Lilian Pacce defende. Tanto que seu site contém uma seção chamada “Recicle-se”, que mostra um pouco das ações da jornalista em relação ao meio ambiente, defendendo que moda e sustentabilidade podem andar juntas.


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Foto Giulliano Gondim


personalidade Por Flávia Melo

Você fazia Psicologia quando decidiu ser jornalista. Como aconteceu essa mudança? Na verdade, fiz as duas faculdades ao mesmo tempo. Cursava Psicologia em tempo integral e Jornalismo à noite. Até o terceiro ano, fui eliminando créditos de Psicologia. Mas eu tinha uma amiga que trabalhava na editora Bloch e me convidou para ser freelancer. Com o tempo, resolvi que era melhor procurar um terapeuta do que ser uma (risos). E como você foi parar na editoria de moda? Quando eu era recém-formada em Jornalismo, recebi um convite para ser editora de moda da revista Capricho, mas eu queria trabalhar com o jornalismo diário e declinei o convite. Fui trabalhar na Folha, com o jornalista Tarso de Castro, era uma coluna politizada. Mas sempre me pediam matéria de moda, até que, em 1987, fui chamada para fazer a minha primeira cobertura internacional de um evento de moda, em Paris. Eu propus tratá-lo de maneira cultural e comportamental, da mesma maneira que eram tratados os eventos de cultura. Fiz e fui aprendendo no dia a dia.

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O que é moda para você? Gosto da definição da estilista Vivienne Westwood, de que “moda é eventualmente você estar nu”. Ouvi quando a entrevistei e me marcou muito.

Como conseguiu se aproximar de estilistas internacionais? Trabalhando nas coberturas de eventos de moda e no programa GNT Fashion, que apresento desde 2000. Qual a principal característica da moda brasileira? A moda praia é uma característica marcante. É muito autêntica e é um objeto de desejo do mundo inteiro. Você tem uma seção no seu blog chamada “Recicle-se”, que mostra um pouco das suas ações em relação ao meio ambiente. Quais são as principais eco-tendências? Hoje em dia, a gente discute muito a questão da matéria-prima e linha de produção, que antes era tendência e, hoje, é um modus operandi. Atualmente, há a preocupação de fazer com que o processo seja sustentável desde a matéria-prima até a finalização. Somos diariamente bombardeados por propagandas que incentivam o consumismo. Moda e sustentabilidade podem andar de mãos dadas? Super. Temos tantos exemplos bacanas, talvez não tenha o ciclo completo de produção sustentável, mas existe o cuidado. Hoje, o consumo é consciente, o consumidor está preocupado com a origem da comida. A eco-tendência é uma cobrança do consumidor, e muitas marcas já informam a origem de onde o produto vem, para lutar contra o trabalho escravo, por exemplo.

Você escreve para jornal e para o blog, tem um programa de TV e já escreveu vários livros. É fácil se adaptar à linguagem de cada formato? Atualmente, é. Quando começamos um projeto, tem o desafio. O site é, talvez, o site de moda de maior audiência, e os conteúdos são mais estilizados. Na TV, você pensa no texto e na imagem. E blog exige agilidade, é muito mais forte essa questão do “real time”.

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Cursava Psicologia em tempo integral e Jornalismo à noite.

Mas eu tinha uma amiga que trabalhava na editora Bloch e me convidou para ser freelancer. com o tempo, resolvi que era melhor procurar um terapeuta do que ser uma."


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estilo de vida Por Mayara Sá

viajar Da janela do carro da família, dos retratos antigos do calendário e dos livros lidos na infância, eles viram despertar o interesse por viagens. Com o tempo, a paixão só cresceu e, hoje, o trabalho é um caminho para conhecer o mundo.

Foto Shutterstock.com

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paixão por viagens despertou muito cedo em Regina Célia Vieira, Gesiel Rocha e Eduardo Carvalho. Os três contam que ainda muito pequenos sonhavam com lugares que nem imaginavam conhecer. Das fotos antigas do calendário de 1965, Regina diz ter visto despertar nela a vontade de conhecer outros lugares. As imagens de Marina da Glória, do Corcovado, de missões no Rio Grande do Sul, das praias do Nordeste, do Vale do Anhangabaú, do trenzinho que vai de Parana-

guá para Curitiba, passando pela Serra do Mar, e muitas outras paisagens brasileiras, estampavam os meses do ano. Mas não eram datas ou o tempo que faziam passar as páginas do calendário. O interesse estava além das imagens retratadas. Cada local marcou a vida e a vontade de conhecer o mundo. “Eu me lembro de ver aquelas fotos e ficar maravilhada. Está na minha cabeça, ainda, as fotos meio desbotadas que eu achava a coisa mais linda. E parece incrível, estou indo a todos aqueles

lugares. Só falta ir para Morretes, pegar o trenzinho que passa por Curitiba, estou ticando esses lugares”, diz. Muitos outros estão sendo marcados. Portugal, Espanha, Suíça, Itália, Bélgica, Holanda, Inglaterra, Escócia, Bolívia, Peru, Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, EUA, Canadá, Martinica, Guadalupe, Dominica e Santa Lucía são os destinos pelo quais Regina passou. Em cada lugar, aprendeu algo, viveu e sentiu coisas que não havia sentido. Ela conta que por


Foto Leandro Araújo

tar de purê de batata-doce, e assim foi por cada lugar que passei. Os gostos, os cheiros e sabores são anotados em diário de viagem. Além das fotos, cada dica é apontada para ajudar os amigos. “Gosto muito de fotografar. Fotografo muito e costumo fazer diários de viagens. Eu anoto as dicas para dar aos amigos. Inclusive, estou defasada, porque já fiz duas viagens, e os relatórios não foram feitos”, diz.

"Eu me lembro de ver aquelas fotos e ficar maravilhada. Está na minha cabeça, ainda, as fotos meio desbotadas que eu achava a coisa mais linda. E parece incrível, estou indo a todos aqueles lugares."

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cada país que passa procura não só ver os lugares turísticos, mas conhecer o povo, os cheiros, os sabores. “Gosto de conversar com as pessoas, de sentir a cultura local, de comer as coisas que eles comem. Muitas amigas minhas têm nojo, eu como, nunca me fez mal e eu acho que isso vale muito a pena”, diz. E emenda: “por cada país que passo, aprendo alguma coisa, apodero-me de algo. Depois de ter ido à Turquia, por exemplo, comecei a comer mais berinjela. Da viagem ao Peru, passei a gos-


estilo de vida

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Fotos Acervo Pessoal Gesiel Rocha

Por Mayara Sá

Assim como ela, Gesiel também viu o interesse por viagens começar cedo. Ele conta que ainda criança sonhava em estar em países que mal havia ouvido falar. “Em minhas leituras infantis, ficava imaginando um dia ser um explorador de lugares, cores e sabores. Depois, na adolescência, fazia exercícios mentais sobre como sobreviveria sozinho em países de línguas diferentes, que eu evidentemente não falava”, conta. Já adulto, incluiu o verbo viajar em tudo que faz. “A trabalho, estudos ou férias, busco viajar sempre que posso e o dinheiro permite. Já tive todas as situações: viajei uma parte do Brasil a trabalho; viajei pela América do Sul de férias, mochilando; viajei por toda a Europa quando estudava e trabalhava lá; e viajei a América do Norte neste ano, quando usei minhas férias para fazer um curso de negócios e, ao mesmo tempo, conhecer os Estados Unidos e o Canadá. Pra mim, não existe uma brecha na vida cotidiana que não busque viajar,

não há nada melhor”, conta. Para realizar suas viagens, diz já ter feito de tudo, mas, tratando-se de viagens longas, projetos caros, ele se organiza com antecedência para juntar o dinheiro necessário. “Normalmente, junto dinheiro por um bom tempo. Trabalho bastante, vivo de forma muito simples. Não torro dinheiro em baladas e coisas típicas da vida urbana, para aproveitar quando viajo. Aí, sim, saio bastante, faço passeios, procuro experimentar tudo o que posso. Faço valer a pena o controle que faço no dia a dia”, diz. Além disso, Gesiel diz planejar cada detalhe. “Pesquiso tudo, faço tudo por conta própria, uso muitas ferramentas on-line de reservas e meios que derrubam os custos”, conta. No Brasil, revela ter conhecido, pelo menos, metade dos estados. Outros 7 países da América do Sul, 19 na Europa e 2 na América do Norte. “Quase nada ainda, para quem tem a meta de 100 países”, diz, pontuando que não são os números que impor-

tam. “Acho que os números não expressam as inúmeras culturas que explorei, os morros que subi, os vilarejos que conheci, as grandes capitais que apreciei. Expressam menos ainda as pessoas que encontrei, os amigos que fiz – ainda que por 15 minutos, 1 mês ou um ano, e os quais nunca mais vi –, as personagens da vida real que tive a oportunidade de ver em seu ambiente, às vezes, tão diferente, às vezes, tão semelhante ao nosso”, lembra. Das andanças, conta que aprendeu o que realmente vale a pena na vida. “Valorizar e amar o próximo, valorizar e admirar a diferença; e, numa perspectiva um pouco mais ampliada, aprendi que, por mais diferentes que sejamos, todos fazemos parte de uma civilização que só tem a si mesma neste imenso universo e, que portanto, torna todos irmãos de verdade – por mais que alguns demorem tanto a ver isso”, diz.


Já Eduardo Carvalho conta que o interesse por viagens começou quando ele era criança, da janela do carro da família em direção à praia. “Eu me interesso por viagens desde criança, quando íamos todos para a praia de carro, conhecendo as paisagens mais inusitadas do Brasil”, diz. Aos 15 anos, fez a primeira viagem internacional. O intercâmbio para Inglaterra, Suíça e França foi o começo de tantos outros lugares que estariam por vir. “Essa foi a primeira vez que eu saí do país, desde então, vi que conhecer novas culturas, novas pessoas e viver de maneira diferente é a melhor coisa que alguém pode fazer na vida”, diz. E hoje, com apenas 24 anos, Eduardo já passou pela Suíça, França, Inglaterra, Rússia, Letônia, Lituânia, Polônia, Dinamarca, Noruega, Islândia, por Portugal, pela Espanha, Itália, Turquia, Estônia, Holanda, Grécia, pelo México e pelos Estados Unidos. Ele conta que agora o plano é viajar o país de carona. A ideia dele é ir trabalhando com alguns serviços que não o pren-

dam e pegar a estrada até chegar ao México e visitar a família que o acolheu em seu segundo intercâmbio. “Primeiro, vou de carona por algumas cidades de Minas Gerais, visitando uns amigos, fazendo uns bicos. Depois que gastar todas as economias pelo Brasil, quero ir em direção ao Pacífico, conhecer Machu Picchu; deserto de sal na Bolívia; e Patagônia, na Argentina. Sem planos, sem roteiros, só ir onde houver lugares bonitos para conhecer e gente de bem com a vida. Pode ser uma ideia meio louca, mas quero ir até o México e rever minha família mexicana, talvez conhecer o Grand Canyon e o Alaska, mas não quero criar expectativas, nem em mim mesmo”, diz o aventureiro. Das viagens, assim como Regina e Gesiel, diz que aprendeu a viver e que a vida só vale a pena se você fizer o que realmente deseja fazer. As amizades, para ele, foram as maiores conquistas. “A bondade vinda das pessoas mais desconhecidas, das pessoas que não falam seu idioma”, finaliza.

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Fotos Acervo Pessoal Eduardo de Carvalho

"Eu me interesso por viagens desde criança, quando íamos todos para a praia de carro, conhecendo as paisagens mais inusitadas do Brasil."




capa Por Clarissa de Faria

Nathalia

Rodrigues

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Ela mostra uma pitada de doçura no primeiro sorriso, mas logo se revela decidida, bem resolvida e sem meiaspalavras. É objetiva, não dá voltas para falar o que pensa e o que quer, e não se preocupa com o que as pessoas pensam ou podem pensar sobre algo que ela faça ou fale. De sorriso largo e bela escultura, a atriz começou a trilhar a carreira aos dez anos, como modelo; ao longo do tempo, sentiu necessidade de ter mais desenvoltura em frente às câmeras e cursou aulas de teatro, mas a curiosidade pela carreira de atriz e a identificação imediata com o palco a fizeram mudar de rumo.

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os 21 anos, foi morar no Rio de Janeiro. Durante um teste, foi descoberta pelo diretor Dennis Carvalho e, em pouco tempo, estava no elenco da novela “Desejos de Mulher”. Em seguida, recebeu um convite do diretor Ricardo Waddington: o papel de protagonista de “Malhação”. Dessa vez, sua personagem era a vilã da história, a Carla. Na sequência, veio a atuação no especial “Ladeira do Sacopã”, em que interpretou Marina. Nessa ocasião, contracenou com Marcos Pasquim e Marcelo Serrado. Em 2005, foi para a Record, onde atuou em “Essas Mulheres”. Também participou da “Alta Estação”, como Taíssa, “Luz do Sol”, como Laura, e “Chamas da Vida”, como Suelen. Em 2011, voltou à Rede Globo em uma participação na novela “Insensato Coração”; em 2012, interpretou Natasha, em “Gabriela”; e, na sequência, participou de “Sangue Bom”, novela de Walcyr Carrasco. Em paralelo à TV, fez muitas peças de teatro, como “Decadência Egoísta de Johann Fatzer do Brecht”, de Marco Antônio Rodrigues; “Beijo no Asfalto” de Nelson Rodrigues; “Abajur Lilás” e “Marcha Roxa”, de Plínio Marcos; “Namoro ou Amizade”, de Cláudio Althiery; “Paris-Belfort”, de Alcides Nogueira; “Dores de Amores” e “Vamos”, de Mário Viana. No cinema, fez o curta-metragem “Ella” e os longas “Valsa n° 06”, "Estamos Juntos" e “Borboletas Indômitas”. Natural de Bariri, interior de São Paulo, Nathalia se diz apegada às raízes e afirma que, sempre que pode, corre para o aconchego da cidade e da família. Em entrevista exclusiva para a Mood Life, ela destaca seus sentimentos, desejos e anseios, no que diz respeito à


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Foto Leandro AraĂşjo

Fotos Guilherme Molento


capa Por Clarissa de Faria

vida de artista, e ainda revela situações do cotidiano que a fizeram amadurecer para a vida. Como foi a descoberta de trabalhar como artista do teatro e das telinhas? Começou quando criança, quando trabalhava como modelo fazendo comerciais. Aos 14, fui para o Japão trabalhar como modelo e segui nesses trabalhos até os meus 18 anos. Em seguida, passei nas faculdades de Publicidade e Artes Cênicas, e cursei as duas paralelamente, uma na FAAP e a outra na USP. Ainda como modelo, tentava conciliar, mas o ritmo de trabalho era menor. Durante algumas aulas de teatro, fui descoberta por um produtor de elenco da Globo, que me viu durante algumas peças e me chamou para fazer um teste, e foi aí que tudo começou a fluir. Você sempre almejou a televisão? Eu nunca almejei nada disso, eu queria ser publicitária, mas aí o teatro me seduziu muito, e a televisão foi uma consequência de tudo isso. Quando decidiu estudar para ser atriz? Aos 16 anos, durante alguns trabalhos de modelo, o dono da agência me ofereceu um curso de teatro, já que em alguns comerciais tínhamos que decorar alguns textos e interpretar. Ele investiu em mim, para eu poder fazer mais trabalhos e com mais qualidade. Fiz esse curso, me apaixonei e pude ter a certeza de que era isso o que eu gostaria de fazer. Seus dois primeiros trabalhos foram na Rede Globo, o que representa para você ter começado a trilhar essa carreira em uma emissora que sempre se destacou na teledramaturgia? Maravilhoso. Só tenho a agradecer ao universo por ter me dado a oportunidade de ter começado em uma grande empresa. A Rede Globo realmente me deu a oportunidade de aprender a ser profissional e saber trabalhar com pessoas bacanas e com projetos legais. É uma grande empresa e me ensinou muita coisa.

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Em 2012, você foi convidada para estampar a capa da Playboy, uma edição em comemoração aos 37 anos da revista. Você deve ter se sentido muito lisonjeada com o convite, ainda mais de uma edição especial? Não. Para mim, foi supernormal. Nunca passou pela minha cabeça posar nua, até porque, não é meu estilo de trabalho, mas o dinheiro foi irrecusável; eu propus algo que queria e eles aceitaram. Pensei: vou

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Foto André Giorgi


Muitos atores que se destacam nessa cena já passaram por “Malhação”. A série é, de fato, uma escola de atores, de revelações? É uma escola, sim, com certeza, tenho muito orgulho de ter feito. Foi um período muito importante da minha carreira. Tenho amigos daquela época que permanecem até hoje, foi um trabalho que me orgulho muito de ter feito parte. “Malhação” faz parte da história da televisão brasileira, teve um gosto especial por ter sido o início da minha trajetória e por interpretar uma vilã. Foi desafiador. Você é casada com o Tchello, músico e ex-baixista da banda Detonautas. É um casal que vive esse universo todo em conjunto, não é mesmo? Como é para você dividir a vida com um artista, assim como você? Nós temos uma vida muito tranquila, simples. A gente brinca que sabemos colocar um bom sapato, andar quando precisa, mas, mais ainda, voltar pra casa e colocar um chinelo e ser como as pessoas são. A nossa vida não tem glamour, somos dois grandes trabalhadores que vivem para ter uma vida tranquila. Por ele trabalhar com esse universo, a gente se entende muito, somos muito amigos e compreensivos um com o outro. É muito bom o que conseguimos estabilizar dentro do nosso casamento. É uma vida muito normal, somos todos comuns. Durante um período, houve uma pausa nas telinhas e você começou a viver só de teatro. Conte-nos um pouquinho dessa fase que foi muito desafiadora para você, já que, além de atuar, você também pôde conhecer mais de perto a rotina dos bastidores.

Eu fazia de tudo. Eu acho que chega um momento na vida do ser humano que ele precisa ter maturidade e compreender que precisa parar, para poder seguir em frente. Foi o que aconteceu comigo. Eu parei, para poder seguir. Quando a gente tem muita coisa, a gente precisa aprender a não ter nada, quando as coisas são muito fáceis precisamos dar valor. Na época, eu tinha bom contrato, um salário incrível na Record, mas não tinha desafios artísticos. Foi quando eu resolvi parar, para ir buscar o meu desafio e dar valor para as coisas na qual eu conseguia obter com muita facilidade. Quando você está muito bem na vida, todo mundo é seu amigo, mas eu não queria ter tudo, eu queria aprender a não ter nada. Quando veio essa necessidade, foi quando percebi que estava havendo uma inversão de valores dentro de mim. Preciso crescer como atriz, passar a fazer projetos interessantes para minha carreira, pois um dia vou envelhecer, não vou ser pra sempre a gatinha da Malhação. Não que eu esteja velha, mas, daqui a pouco, vou fazer papel de mãe. Eu precisava me preocupar melhor com a minha escolha profissional, porque, para ser ator, você tem que ter muita garra para viver só disso. Então, eu passei a viver de teatro por opção. Eu queria aprender a voltar para a minha raiz e vivenciar por inteiro onde eu aprendi tudo que sei, no teatro. Cada vez que subo ao palco, fico muito emocionada, choro e agradeço a Deus por ter essa oportunidade, de estar fazendo isso e viver disso. Nesse período, eu fiz de tudo, figurino, contrarregra, atriz, assistente de direção. Fiz de tudo que você possa imaginar por trás das cortinas do teatro. Fiquei três anos assim, consegui sobreviver com muito menos e fui muito mais feliz. Foi uma grande evolução como ser humano e como artista. Eu me considero outra pessoa em questão de valores, depois dessa fase. Você interpretou uma das integrantes do Bataclã, em “Gabriela”, uma obra de Jorge Amado, revelando-se em cenas muito ousadas e picantes. O que esse trabalho especificamente representou para você? Não vejo isso como ousadia. Já a obra representou muita coisa. Jorge Amado é um grande escritor e vivenciar um personagem dele é muito importante. Foi um trabalho muito especial na minha vida. Você se criou em Bariri, uma cidade do interior de São Paulo, e faz questão de sempre ter contato com as suas raízes. Como é essa relação com o que você viveu, com o resgate desses valores e da família também? 53

ter minha casa, meu investimento. Foi tudo muito tranquilo, eu não tinha expectativa nenhuma; então, deu tudo certo. Eu sou muito bem resolvida, graças a Deus, em questão de mim mesma, do meu corpo, do que eu sou e do meu significado nesse universo, que, na verdade, não é nada. Se eu já tenho essa consciência de que eu não sou nada, não tenho motivos para me sentir lisonjeada por um trabalho como outro qualquer. A única diferença é que eu ganhei um dinheiro muito bom por ter aceitado esse convite. Eu nunca nego trabalho, trabalho é sempre trabalho. Eu preciso gostar da ideia e do projeto para poder fazer. Me sentir bem ao olhar para o projeto e saber que vai me acrescentar de alguma forma. Eu penso muito no todo, se vai agregar à minha carreira e se vou crescer como atriz e pessoa.


capa Por Clarissa de Faria

É a minha vida, a minha família, de onde eu vim, onde cresci. Vivo numa loucura tão grande em São Paulo e no Rio de Janeiro, e, quando eu volto para Bariri, é como se fosse para alcançar um novo fôlego. Escutar o galo e o passarinho cantar de manhã não tem preço. Eu não tenho isso no meu dia a dia. Lá, eu volto para minha raiz, para poder sentir tudo isso, ouvir os sons e sentir os cheiros desses lugares; para mim, isso é muito valioso. Bariri é o melhor lugar do mundo para mim. Qual o maior desafio e dificuldade de quem escolhe trilhar essa carreira? Eu não sou muito parâmetro pra falar sobre isso, pois vou na contramão de tudo. Eu não frequento lugares que têm paparazzi, ando de ônibus e de metrô. Eu vou na contramão do fluxo, mas é maravilhoso poder viver do que sei fazer. Eu só sei fazer isso, e ter oportunidade de poder viver da minha arte, pra mim, já basta. Essa foi a minha escolha, e temos que arcar com elas. Faço de tudo para que essas consequências sejam as melhores. Nenhuma escolha é 100% boa ou ruim, e não vejo tempo ruim com isso, justamente por ter uma vida tranquila. Acho tudo lindo nisso.

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Eu acho que chega um momento na vida do ser humano que ele precisa ter maturidade e compreender que precisa parar para poder seguir em frente.

Foi o que aconteceu comigo. Eu parei para poder seguir."

Foto André Giorgi

Quais os próximos planos e trabalhos? Vou interpretar a Mari, uma professora de inglês com personalidade inconstante, na série “Lili, a ex”, da O2 para a GNT, em setembro. Ao mesmo tempo, já estou ensaiando o espetáculo “Caros Ouvintes”, de Otávio Martins, que entrará em cartaz em agosto. Na peça, vou interpretar uma mocinha na época da transição da radionovela para a telenovela. No mesmo mês, estreia a série “A Segunda Vez”, na qual vivo a Fabi, uma mulher moderna e viajada, que é bissexual.


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casaestilo Décor Arquitetura Design Gourmet Viagem

56 DESIGN Brunno Jahara revela um trabalho cheio de referências culturais – do mundo. 60 FEIRA HYPE Móveis, objetos e ideias criativas para vestir seu lar. 70 viagem Hotel Banke - Um tesouro da arte no coração de Paris. 74 gourmet Hora do chá sinônimo de bem-estar, saúde e confraternização.

Décor

casadeideias De projetos

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atemporais a contemporâneos, mostra lança mix de peças em espaços sofisticados.


design Por Cidiana Pellegrin

Uma década de

design Brunno Jahara revela um trabalho cheio de referências culturais – do mundo

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os 35 anos, Brunno Jahara tem muito a comemorar. Completando uma década como designer, ele encerrou em maio a exposição Hiperbólica, que fazia resgate de seu universo criativo, apresentando, inclusive, os croquis e as principais coleções já lançadas. Seu trabalho tem influência de diferentes culturas, que, somada ao uso de materiais não comuns, muitas cores e texturas, cria a identidade de seu design. Brunno é carioca, estudou em Brasília e morou na Europa por oito anos, onde teve a oportunidade de trabalhar com o espanhol Jaime Hayon, no Centro de Comunicação e Pesquisa da Benetton, na Itália. Depois, abriu o próprio ateliê em Veneza, com o apoio de uma fundação de arte contemporânea, a Bevilacqua La Masa. Foi na mesma cidade, também, que se formou no Instituto Universitario di Architettura. “A Itália, como berço da cultura ocidental, foi extremamente im-

portante para compreender a evolução das artes na humanidade, além de hoje, claro, ser uma referência no mundo do design, reflexo de uma cultura material desenvolvida”, compartilha. Sua vivência no exterior proporcionou novas influências, a construção de uma carreira internacional e seu aperfeiçoamento profissional e criativo. “Senti que o Brasil estava mais maduro para entender meu trabalho, de uma forma mais estruturada; o interesse no design cresceu bastante nos últimos anos, com novas publicações e lojas especializadas”, revela, sobre a boa decisão de voltar ao Brasil, para explorar mais o mercado nacional. Foram cinco anos para que a estrutura de seu escritório, o Jahara Studio – com sedes no Rio e em SP – fosse finalizada.

Fotos Divulgação


A coleção “Batucada” (ao lado), foi inspirada na batida de percussão do Carnaval

Além de mobiliário, Brunno já criou diversos objetos, incluindo utilidades domésticas. A coleção “Batucada”, por exemplo, foi inspirada na batida de percussão do Carnaval. Trata-se de uma série colorida e amassadinha de vasos, luminárias, bandejas e outros acessórios feitos de alumínio reciclado. Além do metal, as matérias-primas com as quais aprecia trabalhar são diversas, e incluem madeira, latão, vidro, plástico e papel. “Gosto de explorar materiais alternativos, mas o plástico tem uma maleabilidade e possibilita brincar tanto com formas quanto cores de uma maneira única, além de possibilitar a reprodução em escala e preço competitivos. Também gosto de usar produtos mais nobres, como a porcelana e os mármores”, conta.

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"Gosto de explorar materiais alternativos, mas o plástico tem uma maleabilidade e possibilita brincar tanto com formas quanto cores de uma maneira única"


design Por Cidiana Pellegrin

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Uma das mais recentes coleções, a Transatlântica, desenvolvida para a empresa portuguesa Vista Alegre, traz pratos, bandejas, potes e jarras d’água em porcelana, com detalhes em ouro. O carioca teve como ponto de partida uma travessia imaginária de Portugal ao Brasil pelo Atlântico, que resultou em uma mistura harmoniosa de referências brasileiras e lusitanas estampadas nos produtos

Na hora de criar, o carioca fica atento à “vida do usuário, se o design conquista as pessoas por sua capacidade de encantamento imediato, se é um trabalho inédito e que irá durar no tempo”; um lema que vem dando certo, já que Brunno tem conquistado marcas nacionais, como a Benita Brasil, e continua exportando para lojas de Nova Iorque, Hong Kong, Paris, Milão e Londres. “Seguir desenvolvendo produtos para ampliar minha atuação no mercado internacional é um objetivo”, confidencia. Mesmo vivendo por aqui, Brunno mantém bem viva a essência de “designer do mundo”.



fEIRAhype Ideias para vestir sua casa. Por Cidiana Pellegrin

Atemporal Criada em 1988, pelo australiano Marc Newson, a Embryo Chair possui design transgressor, que confere à poltrona um status de obra de arte. Com estrutura de três pernas de aço cromado e espuma de poliuretano moldado para o assento, a peça integra o portfólio da Capellini, uma das empresas italianas mais prestigiosas e com mais personalidade no mundo do design. Valor sob consulta, na Micasa, em são Paulo. Mais informações www.micasa.com.br

Referências gráficas

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Fotos Divulgação

Raramente um designer gráfico se aventuraria pelo universo de mobiliário, mas é o que a dupla Antoine Audiau e Manuel Warosz tem feito. Os parisienses desenvolveram o buffet “Tout va bien” para a B.D (Barcelona Design), apresentando uma mistura surpreendente de artes aplicadas, linguagem hieroglífica, figuras contemporâneas e fantasia. No Brasil, ele é vendido na Micasa, em São Paulo. Informações www.micasa.com.br



fEIRAhype

Art déco

nova

versão

O designer Sergio J. Matos utilizou como matéria-prima o couro, para dar uma nova vida a esta clássica luminária. O abajur Catuçaba, como ele o nomeou, ressurgiu elegante, sofisticado e está sendo listado pelo site russo Bazaar como os dez melhores presentes de decoração para sala de estar. Encomendas pelo site www.sergiojmatos.blogspot.com.br

O movimento popular Art Déco foi o ponto de partida para a Delta Faucet Company criar a linha Charlotte – acessórios para banheiro. A torneira uniu design tradicional ao moderno, em um acabamento cacau bronze, e incorporou sistemas de última geração, como o SmartTouchPlus ™, que garante a saída de água sem o contato das mãos com a válvulas, e o TempIQ ™, sensor que permite ajuste da água quente. Mais informações no site www.deltafaucet.com.br

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Em todos os cantos Misto de bandeja e mesinha lateral, a DLM (abreviação da frase “Don’t leave me” – “Não me deixe”), criação do designer dinamarquês Thomas Bentzen, pode dar suporte a todos os cômodos que o morador precisar. Feita em aço, é resistente, fácil de limpar e ainda traz uma alça central para que possa ser deslocada sem perder a estabilidade. Versátil na decoração, a peça pode ser encontrada nas cores preto, branco, bege, cinza e lavanda, e nas variações de verde e amarelo. Por 1.490, no site www. coisasdadoris.com.br

Sinuosa

O símbolo infinito toma conta da Ripple Chair, assinada por Ron Arad para a marca italiana Moroso. O designer e arquiteto israelita apostou no plástico para construir a forma fluida da peça, o que garantiu praticidade de manuseio e ainda o efeito autorrelevo, que lembra os traços deixados por ondas do mar na areia. O toque de estilo pode ser completado com a escolha de um tom intenso. Valor sob consulta, na Micasa, em são Paulo. Mais informações: www.micasa.com.br

Fotos Divulgação

Ideias para vestir sua casa. Por Cidiana Pellegrin



décor Por Cidiana Pellegrin

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Para reinventar a

CASA

De projetos atemporais a contemporâneos, mostra lança mix de peças em espaços sofisticados


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lém de ser reconhecido por suas belezas naturais e fortes características culturais, o sul do país se destaca, nacionalmente, pelo mercado moveleiro. Mais que feiras e indústrias importantes, a região apresenta uma boa safra de designers de produto e variadas mostras de decoração e arquitetura, que inspiraram os moradores e seus visitantes com soluções do bem morar. No Parará, por exemplo, os eventos Casa Cor e Morar Mais dividem o calendário anual com mostras assinadas por empresas do setor. A Casa de Ideias é uma das mais tradicionais. Promovida pela loja de mobiliário e artigos de decoração Ton Sur Ton, já se encontra na oitava edição. “A mostra surgiu em 2007, pela necessidade de dar mais vida aos espaços da loja. A ideia deu muito certo e foi ganhando mais ambientes ao longo dos anos”, lembra Wilson Elias, sócio-proprietário da marca. Decoração contemporânea, aconchego, sofisticação e atemporalidade marcam 14 am¬bientes criados por um grupo de arquitetos, decoradores e designers de interiores renomados do estado. Eles incorporam os lançamentos da atual coleção e os produtos campeões de venda no portfólio da Ton Sur Ton, para nos motivar a renovar a casa. Entre livings, áreas de estar, quartos e salas de jantar, aprecie a mostra na íntegra.

Um casal jovem e moderno foi o ponto de partida para Samara Barbosa e Michele Krauspenhar desenvolverem este Loft. Composto por sala de TV, de jantar, bar e quarto com escritório, o projeto tem um olhar contemporâneo, móveis clean, muita simetria, amplitude, luz direcionada e pequenos toques de azul. O uso da madeira e das folhagens trouxe mais aconchego ao espaço

Os lofts nova-iorquinos foram a inspiração da arquiteta Carla Kiss para projetar esta suíte. Pensada para um jovem casal, o resultado foi um quarto cheio de texturas, onde os destaques são a parede de fundo revestida com tijolo de demolição, a cabeceira versátil da cama – pois também incorpora uma mesa em um dos lados – e a confortável poltrona para leitura. A iluminação cênica completa o ambiente mais íntimo da casa

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A mostra fica aberta para visitação até 31 de julho. Entrada gratuita. Local: Al. Carlos de Carvalho, 1285, Curitiba-PR

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Fotos Marcelo Stammer


décor Por Cidiana Pellegrin

Nomeada como Sala Leve, o espaço criado por Yara Mendes apresenta móveis em tons neutros, com design atemporal e elementos como vidro, acrílico e metal. Para agregar mais estilo ao conjunto sóbrio das peças, a profissional apostou em um painel com estampa gráfica, o que tornou o local mais vivo, descontraído e perfeito para reunir a família ou receber os amigos para um bate-papo

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Fotos Marcelo Stammer

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Dispostos em “L”, os espaços Living e Jantar foram decorados pela engenheira Claudia Horta e pelo arquiteto Edison Vello. A dupla fugiu dos modismos e investiu no conforto e nas tonalidades sóbrias para deixar o ambiente luxuoso. Aconchego foi outra palavra de ordem no local, que recebeu revestimento de madeira, muitos estofados e duas lareiras a álcool embutidas


Em outra proposta de Living e Jantar, desta vez, assinada por Claudia Guérios, Bárbara Trindade Dedavid Palhano e Allyne Janiski Caruso, impera a sofisticação com cores neutras e clima intimista. O trio também apostou na simetria e em mobiliário – de linhas retas e com acabamentos de inox – mesclados com elementos contemporâneos, como vidro e espelhos. Obras de arte e um alto pé direito completam a atmosfera suntuosa que as profissionais querem transmitir

No Home e Sala de Jantar Completa, a arquiteta Fernanda Jung e a designer Flavia Caroline Zinher optaram pelas cores chocolate, preto, bege e amadeirados, com destaque para uso pontual da cor turquesa. A idealização do ambiente teve como ponto de partida um casal com filhos que aprecia confraternizações, assistir a filmes e tomar vinho. Para atendê-los, a área de entretenimento apresenta um sofá modular e bastante confortável. Para o clima mais aconchegante, as profissionais também investiram no projeto luminotécnico

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Chique, aconchegante e repleto de arte são boas definições para o Loft Metrópole, de Adriana Noya. O espaço de 100 m² traz hall de entrada, salas de estar e jantar, cozinha, quarto e banheiro. Mosaicos em proporções de mural, desenhados pela própria arquiteta, reforçam o clima urbano da composição, em que o branco é a cor de ordem nos ambientes

Com os imóveis cada vez menores, o trio formado por Andrea Postai Pereira, Carla Furtado Lancia e Carolina Motter Rodrigues projetou o Living com Jantar Compacto, ideal para solteiros modernos e jovens recém-casados, com gosto refinado. A proposta foi integrar a área e aproveitar os espaços livres utilizando móveis cheios de funcionalidade. Como principal solução para unir os dois ambientes, estão o trabalho com gesso e o revestimento com papel de parede no teto, ambos trouxeram unidade ao local


décor Por Cidiana Pellegrin

Móveis em cores discretos, paredes com tonalidade intensa. O Living e Estar com lareira, assinado pela dupla Karina Kawano e Denise Maruishi, apresenta um jeito bem ousado de usar o amarelo. A solução estilosa foi para delimitar um living, uma vez que a área integra dois ambientes, unidos por um revestimento de parede em alto relevo e assimétrico

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Em um mesmo local, dois espaços: um para ver TV e outro para refeições. A Sala de Jantar com Home Theater, criada por Sergio Valliatti Jr, Luciana Patrão e Priscilla Hiromoto, foi pensada para atender uma jovem família com muito conforto e elegância. No décor, a aposta do trio de profissionais foi uma atmosfera contemporânea, utilizando móveis com desenhos limpos em ordem monocromática

Fotos Marcelo Stammer


Organizar o ambiente para atender perfeitamente às necessidades do morador é um lema para os arquitetos. No desafio de criar o Living e Jantar Contemporâneo, a dupla Eliza Schuchovski e Caroline Andrusko também incorporou um home office e sala de jogos no mesmo local. Para integrar quatro ambientes, elas buscaram uma linha atemporal, com acabamentos em madeira, estofados em linha reta e cores neutras, garantindo um visual uniforme em prol da amplitude

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Na contramão dos pequenos ambientes, as arquitetas Yvone Miyamura e Maylla Hiromoto homenagearam as famílias numerosas projetando o Estar Integrado, um espaço com salas de estar, jantar, leitura e bar. Com senso estético apurado, as profissionais mesclaram madeira com a laca de forma harmoniosa e empregaram as peças adequadas para dar uma atmosfera cosmopolita ao cômodo


viagem Por Luciana Petelinkar

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o coração de Paris, a passos da Boulevard Haussmann, da galeria Lafayette e suas suntuosas lojas, um prédio do século 20, ainda com as pesadas grades de ferro forjado, guarda uma elegante surpresa pra quem sobe as escadarias: com o trabalho dos arquitetos Paul Friesse e Cassien Bernard, o antigo banco renasceu para receber uma obra luxuosa, o Hotel Banke. O hotel está localizado no coração do luxuoso bairro da Opera. A sua localização privilegiada e central torna o lugar perfeito para quem quer desfrutar da mais importante zona comercial de Paris, assim como o glamour das grandes avenidas da cidade e boutiques internacionais. A poucos passos da Place Vendôme e a vinte minutos do Museu do Louvre, o hotel coloca as principais atrações turísticas e culturais da cidade ao alcance e é facilmente acessível.

Um tesouro da arte

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em PARIS

Em todos os detalhes, a vocação anterior do edifício Haussmann é evidente. Anteriormente a sede de um grande banco, o prédio no centro da Cidade Luz combina opulência das obras de arte com a austeridade da construção.

No suntuoso átrio, iluminado por uma enorme cúpula de vidro, com 19 metros de altura, percebe-se o cuidado na preservação da arquitetura original e o gosto por peças exclusivas, como o sofá Chesterfield XXL. Esta é uma área que exala calor, graças à escolha de cores. A decoração é aconchegante e eclética, e o efeito é de imediato bem-estar


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Fotos Divulgação


viagem Por Luciana Petelinkar

O Lola Bar e o restaurante Josefin são pontos de encontro de hóspedes, executivos locais e fashionistas, todos em busca de um refúgio da agitação da cidade. O ambiente é composto por mobiliário especialmente criado por jovens decoradores e ícones do design, como as banquetas "fantasma", desenhadas por Philippe Starck, e as cadeiras Burntwood por Maarten Baas

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O menu oferece especialidades espanholas e francesas, com nuances contemporâneas. A comida espanhola domina o cardápio, mas o chef francês Cyril Chevalier confere aos pratos uma fusão extremamente bem-sucedida de diversas inspirações


Dentro dos quartos, cada detalhe é requinte puro. Além da coleção de obras de arte e joias em exibição, os quartos do primeiro andar mantêm os estuques e pisos originais. Tapetes de couro trançado, cabeceiras altas de couro e móveis de design guiam a decoração, que muda a cada quarto. Do menor quarto à maior suíte, o conforto é total e reforçado pela qualidade dos materiais

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Hotel Banke 20 rue Lafayette 75009 Paris France Tel.: (33) 1 55 33 22 25 E-mail: banke@derbyhotels.com www.hotelbanke.com


gourmet Por Clarissa de Faria

tá na hora do chá

Seja para fins medicinais ou como hábito de reunir pessoas, a bebida é apreciada por todos, sendo sinônimo de bem-estar, saúde e confraternização

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hábito de beber infusão de ervas vem se reinventando ao longo de milhares de anos, em diversas culturas, e a imagem de uma bebida curandeira está mudando e atraindo o paladar popular, além de ganhar status na medicina. Que as ervas têm propriedades

benéficas para a saúde é fato, mas como trazer seu uso para o dia a dia, de forma leve e prática? Isso é o que muitos têm feito, buscando novas formas e ingredientes diferentes para testar e apreciar. A nutricionista Laís Lunardon, 36 anos, conta que, quan-

do criança, dormia todos os fins de semana na casa da avó, que preparava o ‘chá da meia noite’. “Uma mesa com muitas coisas gostosas, e é claro, o chá. Ela e minha mãe têm esse hábito desde sempre, são gaúchas, e a bebida é uma ótima forma de aquecer o corpo. Tomo chás


Autenticidade

Convidamos o Firula’s Café para preparar com exclusividade algumas receitas e sugestões de acompanhamentos harmônicos para a famosa pausa do chá. O chef Ricardo Cher explica que, quando se trata dessa bebida e de prepará-la em casa, inicia uma missão na busca de ingredientes puros e autênticos. “Os empórios, casas de frutas específicas e o Mercadão Municipal são os locais mais aconselháveis para garimpar essas matérias-primas.”

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Fotos Leandro Araújo

1 Chá de capim-santo e limão, acompanhado de miniquiche

Ingredientes 300 ml de água; 1 folha de capim-santo picada com tesoura; 1 gengibre sem a casca, cortado em 4 pedaços de 5 cm; 1 rodela do centro de limão-siciliano com casca; Modo de preparo Ferva a água. Após a fervura, coloque o capim-santo, o gengibre cortado e o limão-siciliano, e deixe por 5 minutos em fogo baixo. Desligue o fogo e tampe por mais 5 minutos. Coe, coloque alguns cubos de gelo e sirva.

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porque gosto, mas, hoje em dia, aproveito para tirar mais deles.” Ela ainda explica que ingere diariamente o chá de hibisco, que diminui a retenção de líquidos, e, em casa, possui vários sabores e varia de acordo com o momento e o objetivo. “Tem de melissa e camomila, para uma boa noite de sono, chá-verde e açaí, para dar mais energia.” João Guilherme Gimenez Ferreira, 13 anos, herdou o gosto do pai e, desde muito pequeno, é influenciado. “Todos os dias, era o famoso pão com chá, antes de dormir. Hoje, já tenho os meus preferidos e não abro mão de tomá-los todos os dias. Quando vou para a chácara da minha avó, procuro os ingredientes que mais gosto, como folhas de canela, erva-cidreira e hortelã, e preparo sozinho.”


gourmet Por Clarissa de Faria

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Fotos Leandro AraĂşjo


2 Infusão de flores

acompanhada de bolo de fubá Ingredientes 1 colher de sobremesa de rosa-branca; 1 colher de sobremesa de flores de camomila; 1/2 colher de sobremesa de flores de lavanda; Modo de preparo Coloque os ingredientes em um bule, com 1 litro de água fervente, deixe de 5 a 7 minutos e sirva. Se preferir, coe. Sugestão para adoçar: mel de flor de laranjeira. Arrume, em uma jarra de vidro, carambolas cortadas em fatias e morangos cortados em quartos. Por cima, adicione as pedrinhas de gelo e o chá branco ou verde já pronto. Misture com delicadeza todos os ingredientes e já poderá servir. Além de ficar bonito, o preparado é refrescante e saboroso!

3 Chá Firulas acompanhado de bolo com calda de chocolate Ingredientes 100 ml de leite; 2 sachês de chá-preto (ou chá a granel); 2 colheres (chá) de chocolate em pó; Canela a gosto (pem pó ou em lascas); Modo de preparo Ferva 200 ml de água filtrada, apague o fogo e coloque o chá em infusão por 2 minutos. Coe e adicione o leite quente, o chocolate e a canela. Pronto para saborear! Você pode servi-lo acompanhado de bolos e biscoitinhos. Observação: a receita não menciona adição de açúcar, mas você pode adoçar a gosto, utilizando açúcar ou adoçante.

4 Chá de casca de abacaxi, hortelã e gengibre, acompanhado de pãozinho de batata

Ingredientes Casca de metade de um abacaxi, cortada em pedaços de 5 cm; 10 cm de gengibre cortado em lâminas; 1 xícara de folhas de hortelã; 3 cardamomos; Mel a gosto; Água mineral;

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Modo de preparo Coloque o abacaxi e o gengibre em uma panela e cubra com água mineral – até 3 dedos acima dos ingredientes. Leve ao fogo e cozinhe por 20 minutos. Desligue a chama, coe, adoce com o mel, coloque as folhas de hortelã fresca e leve para gelar por 1 hora, ou acrescente pedras de gelo.


vinhos Por Douglas Mamoré Jr

Vinhos do mês A boa dica deste mês fica a cargo de vinhos muito especiais, que nunca deveriam faltar na sua adega ou geladeira. Como duram muito tempo após abertos, você pode apreciá-los lentamente. Os clássicos e elegantes vinhos do Porto são verdadeiros néctares; os mais poéticos se referem a eles como “vinhos de meditação”, pois, por serem muito relaxantes e sensoriais, são capazes de nos fazer “flutuar” após um longo dia de trabalho. Neste mês, sugerimos um Porto mais acessível e jovem, Niepoort Ruby (Casa Niepoort), ou o fantástico Porto Vintage (Casa Graham’s), uma das maiores expressões que o vinho do Porto pode atingir.

Niepoort Ruby Casa Niepoort Portugal Niepoort elabora um dos melhores exemplos de Porto Ruby, vivo, com um exuberante frutado e muito equilíbrio. Como passa menos tempo em madeira que um Tawny, possui uma cor mais profunda e notas de frutas maduras, perfeitamente equilibradas com a aguardente vínica de excelente qualidade.

Graham's Vintage Port 2003 Casa Graham's Portugal Os vinhos do Porto Vintage são vinhos aristocráticos, elaborados com uvas de uma única safra excepcional e capazes de evoluir por décadas em garrafa. Com notas impressionantes de toda a imprensa especializada, o Vintage 2003 de Graham's se consagrou como o mais premiado da safra mais cultuada dos últimos anos. Robert Parker apontou o Vintage como "candidato ao melhor vinho da safra", concedendo 96 pontos ao Porto, a mesma e impressionante nota alcançada na Wine & Spirits.

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Wine & Spirits: 96 pontos

*Douglas Mamoré Junior. Enófilo desde 2005, dedica-se exclusivamente ao universo dos vinhos douglas@mistral.com.br

Desfrute um belo Porto em seu restaurante preferido, ou, se desejar, na sala da sua própria casa.



UD Dicas para incrementar sua cozinha. Por Cidiana Pellegrin

Caneque-se

Em casa ou no trabalho, as canecas são companheiras diárias na pausa para o café. A coleção Pantone traz o utensílio em diversas cores para você escolher sua preferida, colecionar, ou até presentear o amigo querido. Por R$ 20, no site www.personaricci.com.br

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irreverente

Este simpático infusor em formato de polvo vai transformar a água quente em uma bebida deliciosa. Encha-o com chá, deixe-o na xícara e relaxe. Feito de silicone, ele flutua na superfície do líquido, tornando a hora do chá um momento divertido. Por R$ 37,91, no site loja.imaginarium.com.br

Eficiência e sabor

Charmosas

As tradicionais colherinhas ficarão na gaveta depois de conhecer este conjunto com quatro unidades da italiana Alessi, marca famosa mundialmente pelo design em utilidades domésticas. Com formato de coração, estas pequeninas dão um toque fino e charmoso à mesa posta. Por R$ 232, no site www.benedixt.com.br

Café, chá, cappuccino, chocolate quente... Tudo fresquinho e no melhor estilo. A qualidade dos produtos do Grupo 3corações todo mundo já conhece, mas sua nova marca, TRES, apresenta uma linha de máquinas multibebidas. Entre elas, a Gesto, com seu design arrojado promete praticidade e sabor a qualquer hora do dia, e um toque especial, o vaporizador que finaliza sua bebida e deixa ela ainda mais gostosa. Além de presentear o usuário com mais de 12 opções de bebidas em cápsulas, o eletroportátil está disponível em cinco cores. A partir de R$ 649. Mais informações no site www.escolhatres.com.br Fotos Divulgação


Eventos

Perfil

Entrevistas

Cidades

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identidade Política

82 vida de artista Beto Andrade detalha sua rotina como DJ e exalta a paixão pelo som. 84 perfil O superintendente do Sicoob, Abdias Dias da Silva, fala com orgulho da carreira profissional em cooperativas de crédito. 86 atitude Carlos Alberto Coimbra e o desafio a frente do Hospital de Câncer de Campo Grande. 90 LOUNGE Felipe Todesco - atuação e comunicação andando juntas. 94 vox A frente da Secretaria Municipal de Políticas para a Mulher na Capital, Liz Matos conta um pouco dos desafios que abraçou. 98 cases Diretor-geral do SBT MS, Salvador Sandim, reflete sobre o fazer TV.

luis pedroScalise

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o conceituado arquiteto, fotografado por Gilson Barbosa.

portrait


vida de artista Por Laís Camargo

Respirando música Beto Andrade detalha sua rotina como DJ e exalta a paixão pelo som

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uando uma criança de 12 anos se encanta com algo, é bom levar a sério, porque pode durar muito tempo. Foi o que aconteceu com o DJ Beto Andrade, que assistia ao tio tocando com vinis e fitas cassete em festas, e logo se apaixonou pela música também. Já com essa idade, começou, então, a animar as festas dos amigos. “Naquela época, os discos demoravam para chegar ao Brasil, por isso, gravava as músicas do rádio mesmo”, conta Beto, que, aos 15 anos, trabalhava como operador de áudio em uma estação e, hoje, também atua como programador musical da Mega 94. Por volta de 2002, Beto começou a estudar as músicas e as mixagens que via um amigo DJ tocando nas festas, e tomou a decisão de transformar o hobby em uma carreira profissional. “Tudo fluiu para que isso acontecesse de forma natural”, garante. Ele conta que existem períodos na profissão, como alta e baixa temporada, quando as festas de formatura, por exemplo, acumulam-se. Daí vem um dos dilemas dos DJs: como conciliar o gosto musical de tantas pessoas com o seu próprio? “Minha maior paixão é trazer o público para a pista, mesmo que, para isso, tenha de tocar um estilo que pessoalmente eu não curta. São pessoas de todas as idades e vivências, logo, você precisa tocar de tudo. O amor pela música se sobrepõe ao gosto pessoal, e a diversão fica garantida”, enfatiza o DJ. “Me arrepia”, diz o DJ, ao tentar descrever como é ver a pista cheia. Uma boa conversa com o cliente antes da festa garante a assertiva ao traçar o perfil do set musical. “Cada festa é única. Eu acredito que existem épocas musicais, mas

elas não são capazes de influenciar a preferência de uma geração inteira. Você encontra jovens que gostam de flashback, e novos lançamentos que agradam à terceira idade”, pontua Beto. Sempre conectado às novidades, o DJ diz que a internet é a maior ferramenta para a sua profissão. No tempo livre, os programas são diurnos e com a família – que ele lembra durante toda a entrevista. “Toquei por sete anos em Fátima do Sul, minha cidade natal, para uma plateia de mais de 40 mil pessoas. No Fátima Folia e Fátima Fest, tive grandes momentos na carreira, com receptividade imensa; eram eventos memoráveis, que deixaram muita saudade”, ressalta.


Foto Gilson Barbosa

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Fotos Gilson Barbosa


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Foto Gilson Barbosa

perfil

Por Luciana Petelinkar


Abdias

Dias da Silva

Há 33 anos trabalhando com cooperativas de crédito, Abdias Dias da Silva nasceu em Dourados, mas mora em Cuiabá, desde antes da divisão do Estado, em 1977. Atualmente na superintendência do Sicoob MT e MS, fala com orgulho da carreira profissional em cooperativas de crédito, que começou junto da história do segmento no Estado de Mato Grosso, em 16 de julho de 1981, quando ingressou no Banco Nacional de Crédito Cooperativo S/A – Ex-BNCC, instituição que foi apoiadora na constituição e representação das primeiras cooperativas de crédito no referido estado.

Hoje, seu trabalho envolve constituir e implantar cooperativas nos dois estados que supervisiona, e está trabalhando na cooperativa de Corumbá e na cooperativa de empresários de Campo Grande, que também irá atender as cidades vizinhas. Atualmente, as duas agências do Sicoob atendem funcionários públicos. Além das agências que estão em fase de implantação, Abdias tem uma outra meta. “A próxima cooperativa de crédito que pretendemos constituir é em Três Lagoas”. Com muito trabalho, Abdias faz questão de encontrar tempo e desfrutar de sua família. Casado, pai de oito filhos, avô de oito netos e com agenda extensa de trabalho, afirma que a esposa dá todo o apoio que precisa. “É ela que fica na retaguarda, organizando tudo, comandando a casa e a família.” A recompensa por tanta dedicação não poderia ser outra: sempre que tem um pouco mais de tempo, faz as malas para conhecer um novo destino. “Gosto

de aproveitar as oportunidades que tenho para viajar e usar o tempo com minha família, curtir os netos.” Mas ainda não quer saber de parar de trabalhar. “Quando chegar a hora, vou saber reconhecer, mas ainda tenho muito para realizar.” Como a maioria dos brasileiros, sua paixão por futebol é intensa. “Eu acho que todo mundo se sente um técnico. A gente critica, apoia, dá opinião, e o futebol é isso, uma grande festa.” E, toda quinta-feira, Abdias reúne a equipe do Sicoob para jogar bola, onde consegue agregar os funcionários e promover integração entre toda a equipe. “Também consigo levar uma equipe grande para a Corrida de Reis, são em torno 500 amigos todos os anos, com saída organizada, cada um em seu passo, seja correndo ou caminhando. Quem vai uma vez, no outro ano, quer voltar.” E a família está sempre inclusa: “Levo minha esposa, meus filhos e minha neta”. É tudo muito bem organizado.

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em parece que o superintendente do Sicoob de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso está com a agenda cheia no seu último dia em Campo Grande. Ele nos recebeu com cortesia, calma e muita atenção. Após a entrevista, segue para finalizar os compromissos e voltar para casa.


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Foto Gilson Barbosa

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atitude

Por Mayara Sรก


Carlos Alberto

coimbra

Advogado por formação e voluntário por vocação, ele deixou os negócios da família para se dedicar ao Hospital de Câncer e ajudar a instituição a sair da maior crise que já enfrentou.

Carlos, por muito tempo você geriu as escolas de inglês de sua família. Tanto na escola como no hospital, você lida diretamente com as pessoas. Mas qual a grande diferença de uma função para a outra? É completamente diferente. Na escola, eu trabalhava com a formação das crianças, que é algo alegre, prazeroso. No hospital, é um misto de prazer e... ao mesmo tempo em que

fico muito alegre em poder fazer parte desse projeto, de Deus ter me colocado aqui, tem uma carga emocional forte. Você lida com o sentimento das pessoas. Eu trabalhava em um ambiente alegre e, quando se vai para o ambiente hospitalar, é mais difícil. Claro que a gente tenta mudar isso com carinho, mas é um ambiente hospitalar, e as pessoas estão aqui em busca de tratamento, às vezes, em busca da última esperança em se tratar, de sobreviver. Cite um caso que especifica esse sentimento que precisa ser passado ao paciente. Hoje de manhã, por exemplo, a mãe estava com o filhinho sendo tratado, e ele queria me ver. Eu não podia ir, e a funcionária o trouxe. Ele queria me ver porque visito os pacientes, vejo como estão, se estão bem atendidos. E graças a Deus, o feedback é esse. A diretoria do hospital tem a mesma ideia, de que o mais importante é fazer o tratamento adequado, com qualidade, com medicamentos corretos, mas, principalmente, com carinho e amor aos pacientes.

Você enxerga este trabalho como uma missão? Com certeza, pergunto a Deus o que Ele quer de mim e qual a história que Ele está traçando na minha vida. E acredito que, se a gente faz o bem, vai receber o bem. Se a gente faz o mal, também recebe o mal. Então, procuro fazer apenas aquilo que eu gostaria que fizessem para mim. Se eu vejo um paciente, eu vou atendê -lo da melhor maneira possível, porque é assim que eu gostaria que fosse para mim, se um dia eu precisar. Por ser uma pessoa de fé, você acredita que sua religiosidade influencia nas suas decisões? Eu sempre falo para as pessoas que, às vezes, eu posso até estar tomando decisões erradas. E vou errar muito, se Deus quiser, bastante, porque acho que o erro faz com que a gente aprenda. Mas nunca vou errar de forma intencional. Nas minhas ações, sempre procuro pensar o que é certo e o que não é, perante Deus e perante a minha consciência. Mas, às vezes, a gente erra. Procuro não decepcionar a Deus, porque sei que, se eu decepcionar, Ele vai puxar minha orelha, e eu prefiro que não.

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m uma conversa franca, com pitadas de emoção, alguns momentos de hiatos e olhos lacrimejados, Carlos Alberto Coimbra mostra, mais uma vez, que não está para brincadeira. O advogado por formação e especialista em Gestão Empresarial e Gestão em Marketing, pela FGV, conta que deixou os negócios da família para se dedicar integralmente ao Hospital do Câncer de Campo Grande. Dez quilos mais magro, após 15 meses de trabalho, ele diz que nada o desanima e contabiliza avanços.


atitude Por Mayara Sá

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Você assumiu o hospital após os escândalos envolvendo o nome da instituição em desvio de dinheiro público. Na época, a imagem do hospital estava muito desgastada. Como foi o trabalho de recuperação desta imagem? O ano passado foi o maior teste da minha capacidade profissional. Acho que tive o ano mais difícil, tanto pessoalmente, na questão familiar, como profissionalmente. Recebi pressão de todos os lados. Assumi o hospital em uma crise de credibilidade nacional, e resgatar a credibilidade é um processo que se inicia e nunca termina. Desde o dia que assumi até o dia que eu sair, e, se

Se eu vejo um paciente, eu vou atendê-lo da melhor maneira possível,

porque é assim que eu gostaria que fosse para mim, se um dia eu precisar."

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Deus quiser, vamos deixar uma pessoa que vai manter isso, coibimos qualquer tipo de desvio e implementamos a gestão transparente. Hoje, qualquer um tem acesso às contas do hospital. O que arrecadamos e o que gastamos está especificado por conta: funcionários, luz, telefone, gasolina, oxigênio... E essa prestação está na nossa página, no Facebook, e nos dois murais do hospital. Não temos medo de abrir as contas do hospital. Quando não se está fazendo nada de errado, não há o que esconder. Foi necessário reestruturar o hospital para implementar essa nova gestão? Quando assumi, eu falei para os

colaboradores que, aqueles que trabalhassem de forma comprometida com o hospital, não precisariam se preocupar em ser desligados. Não tenho interesse de mandar ninguém embora, desde que estejam comprometidos com o que a gente deseja construir. Precisei mandar várias pessoas embora, outras pediram para sair, levamos um tempo para contratar novas pessoas e para que elas se familiarizassem com a fundação, com o hospital, mas estamos conseguindo fazer nosso trabalho. Você contou com a ajuda de muitas pessoas para implementar essas mudanças? Não foi um trabalho pessoal, solitário. Contei com o apoio do conselho curador, da Drª Paula Volpe, promotora das fundações, do Sr. Claudio Machado, que hoje é meu diretor administrativo financeiro, do Dr. Márcio Belini, que hoje é o diretor-geral do hospital, do Dr. Jefferson Baggio, enfim, dos funcionários da fundação; vou me esquecer de várias pessoas, mas, de um modo geral, temos que agradecer ao governo do Estado, que ajudou na obra do novo hospital, à Casa Cor MS, ao secretário Lastória, aos secretários municipais de saúde, o Dr. Jamal, e, antes, o Ivandro, aos empresários, aos produtores rurais, aos artistas. Hoje, está todo mundo ajudando. Há poucos dias, você fez uma denúncia contra uma funcionária do Ministério da Saúde. Foi a primeira vez que você se encontrou em uma situação dessas, de alguém querendo te cobrar propina? Foi. Eu fiquei muito decepcionado, triste. Um trabalho sério que estamos desenvolvendo, e aí vem uma proposta dessa? Eu não queria estar vivendo isso. E também participar, denunciar isso à Justiça Federal, ajudá-los a gravar, a concretizar esse crime; foi dolorido. Não é confortá-

vel para ninguém ver alguém sendo preso. Ver uma moça jovem, de 28 anos, estragando a vida; mas eu não tinha opção. Eu poderia não pagar e não receber o recurso, e os pacientes serem prejudicados, e eu não me perdoaria nunca; pagar e o hospital receber os equipamentos, mas ficar compactuando com um esquema de corrupção, de propina; ou denunciar. Então, só tínhamos uma opção – denunciar. Você teve medo de denunciar? Eu tinha receio antes de tomar a decisão, e o hospital ser prejudicado, de sofrer qualquer tipo de represália do Ministério da Saúde. Graças a Deus, eu não acredito mais nisso, até porque não seria um ato inteligente do próprio Ministério da Saúde, e acredito que o próprio ministro e até o governo federal devem estar vendo com bons olhos o hospital, porque estamos ajudando a combater a corrupção. Para finalizar, fale um pouco sobre o Leilão da Vida. Fomos apadrinhados pela Famasul e pelos sindicatos rurais do nosso Estado. Eles fizeram o “Leilão pela Vida” há um mês, e conseguimos uma verba muito boa – R$ 42 mil. E o mais importante, o que sempre falo, não é o valor da doação, mas a forma com que ela vai ser empregada. Se você me doar R$ 10 ou se você me doar R$ 10 milhões, claro que o dinheiro vai ajudar muito mais, mas o ato de doar é tão importante quanto. A pessoa que doou R$ 10 está confiando no trabalho que o hospital vem fazendo. E, depois do leilão em Maracaju, tivemos a grata surpresa do leilão em Figueirão. Agora, vamos aplicar esses recursos, melhorar o hospital, fazer com que ele cresça cada vez mais, que a gente comece a oferecer exames que ainda não oferecemos hoje, enfim, melhorar o atendimento da população.



lounge Por Laís Camargo

Felipe Todesco

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Atuação e comunicação andando juntas


futuros também. Sou apaixonado por teatro e acredito que esta arte também é uma terapia para todas as pessoas”, aponta. O gosto por inovação é permanente e constante. Além do cotidiano naturalmente inovador da publicidade, Felipe tem uma “mania” diferente; quando chega a um restaurante novo, logo de cara, já pede o produto mais diferente do cardápio. As peculiaridades se unem e formam um Felipe que não tem medo de encarar o novo. Evangélico, fã de corridas, pianista amador e sonhador, sempre, como bom profissional e pessoa de fé: “Acho que a vida é feita de vales e montes”, conclui.

Foto Gilson Barbosa

o rosto conhecido de diversas propagandas televisivas. O conflito ético quanto a “por a cara a tapa” por um produto é resolvido de forma simples e racional: “Só gravo com marcas que eu acredito, já recusei campanha por não acreditar no que pregam”, aponta. Hoje, trabalha na Fundação Municipal de Cultura e sonha em abrir a própria agência, um projeto que engatinha em parceria com a amiga Adriana Tozzetti. Portanto, o aperfeiçoamento constante é necessário; ele está cursando MBA em Marketing pela FGV. “Então, dentro de mim, existem os dois braços da publicidade, o de ser agência e criar para os clientes e o de ser ator e representar marcas em campanha para televisão. Eu me considero um comunicador, tenho muitos projetos culturais

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m pouco de desinibição é o que se esperaria de um publicitário, mas, ao iniciar a entrevista, o presságio era de muita proatividade e segurança nas ações. Felipe Todesco foi logo começando: “Vou falar um pouco sobre mim”, frase de quem conhece bem o mundo da comunicação e sabe ir direto ao objetivo. Campo-grandense com família carioca, 27 anos de idade e uma empresa de publicidade começando a engatinhar, Felipe não tem receio de suas decisões e traça um caminho progressivo com bastante determinação. Integrante da Cia de Teatro Fulano di Tal, a desinibição sempre esteve a seu favor. “Sempre fui líder de sala, nunca tive vergonha de falar em público”, conta. Atualmente, apresenta o projeto MS Canta Brasil e tem


etiqueta Por Adriana Estivalet*

Boas maneiras no dia a dia profissional

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m nosso dia a dia de trabalho, deparamo-nos com diversas situações que nos exigem uma ação adequada, ou pelo menos segura, diante das pessoas. É aí que entra a etiqueta nos negócios, que nos permite agir com mais segurança, proporciona uma imagem profissional positiva e ainda gera qualidade de vida no trabalho. Por outro lado, comportamento negativo – seja ele baseado em falta de cuidados, egoísmo ou ignorância – pode prejudicar o profissional a ponto de perder uma promoção e "Esteja atento à até o emprego. Vou tentar hierarquia, respeitáabordar, neste la garante a saúde nosso pequeno profissional" espaço, algumas situações corriqueiras de trabalho que podem fazer uma grande diferença sobre a forma com que somos vistos como profissionais. Para começar, duas situações que fazem parte da trajetória de muitos profissionais: um novo emprego e a saída de uma empresa. Para quem está chegando em uma empresa, é importante manter um semblante simpático, sorrir levemente e sem exageros. Não se esquecer das palavras mágicas “por favor”, “com licença” e “obrigado”, que fazem

a diferença no convívio. Esteja atento à hierarquia, respeitá-la garante a saúde profissional. Saiba lidar com reclamações e críticas: escute-as e reflita a respeito; se procederem, tire proveito delas para se tornar um profissional cada vez melhor. Se você foi demitido, o melhor a fazer é manter a dignidade e nada de esbravejar e sair batendo portas. Ao deixar uma empresa, seja agradável enquanto ainda estiver lá, mesmo que esteja desconfortável. Não fale nada negativo a respeito do seu emprego, tanto enquanto ainda está na empresa como quando se candidatar a uma nova colocação em outro lugar. Lembre-se de que irá precisar de referências, e as pessoas falam com conhecidos, não ficam restritas apenas às pessoas que você listou no seu currículo. Outra situação que exige tato é pedir aumento. Pedir, simplesmente por pedir, está fora de cogitação. Prepare-se para fazer o pedido e, se possível, monte gráficos sobre sua produtividade e resultados para a empresa, e diga o quão comprometido está com os projetos sob a sua responsabilidade. Mas tudo isso tem de ser verdadeiro, pois assim será justo e merecido.

Uma situação bastante frequente é receber presentes de clientes, parceiros etc. Como agir? Primeiro, sempre agradecer; a forma desse agradecimento é que deverá ser avaliada pelo grau de intimidade que se tem com a pessoa, a importância dela para a empresa (cliente é sempre importante) e o grau de formalidade dessa pessoa. O agradecimento pode ser feito por telefone, e-mail, SMS – quando se tem mais intimidade – ou uma nota de agradecimento – que é um cartão escrito a próprio punho e enviado a quem o presenteou. A nota de agradecimento é indicada para agradecer pessoas com cargos mais altos e mais formais. São inúmeras as situações profissionais, e as pessoas que sabem exatamente o que fazer e quando fazer são mais seguras e possuem vantagem competitiva no mercado.

*Adriana Estivalet é consultora pessoal e corporativa em Estilo e Imagem contato@adrianaestivalet.com.br www.adrianaestivalet.com.br


Pensando na necessidade do mercado, a Gráfica Progresso trás para o estado de MS a Heidelberg Linoprint C751. Com formato máximo de 480mm x 330mm, até 75 impressões por minuto, resolução similar à impressão off-set, gerenciamento de cor que garante fidelidade à cor original, a Linoprint C751 é a última palavra em impressão digital.

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Foto Gilson Barbosa

vox

Por Vivianne Nunes


Em defesa da

mulher

Como foi a decisão de optar pela área? Há um bom tempo já exerço trabalhos sociais por meio da igreja da qual faço parte. Conheci de perto histórias de superação feminina e sei que existem muitas mulheres em situação de vulnerabilidade esperando apoio, precisando de assistência. Essa oportunidade que me foi oferecida pelo prefeito Gilmar Olarte, de fazer parte dessa gestão municipal e de um projeto maior, de algo que pode mudar a vida de muitas pessoas, das mulheres, das famílias campo-grandenses, veio de encontro a um desejo pessoal de fazer a diferença. Um sonho que já trazia comigo, de poder projetar uma ação de formação, de construção da cidadania e assistência à conscientização do importante papel da mulher na sociedade. Quais suas metas frente à secretaria? Vamos trabalhar para promover, elaborar, articular e coordenar políticas públicas direcionadas às mulheres, garantindo a democracia, o direito à cidadania, apoiar a autonomia da mulher e, principalmente, combater a violência doméstica, que está fazendo mais vítimas a cada dia. Qual será o principal desafio dessa tarefa? O primeiro grande desafio é a concretização do projeto Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande. Depois, a inserção à rede de proteção às mulheres. Precisamos viabilizar esse projeto e obter sua implantação o quanto antes. E como está o andamento deste projeto na Capital? As obras da Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande já começaram e estão na fase de estruturação, aterro e escavações. Assim que estiver pronta, irá oferecer serviços de apoio às mulheres em situação de violência, como delegacia especializada, juizado e varas, defensoria, promotoria, equipe de atendimen-

to psicossocial e orientação para emprego e renda. O local também contará com área de alojamento. O investimento é de R$ 9 milhões. O que você observa e destaca no cenário de políticas voltadas para as mulheres no MS em um período de dez anos até hoje? O cenário está melhorando. A Lei Maria da Penha vai completar 8 anos e determinou maior rigor nas punições aos agressores das mulheres no ambiente doméstico e familiar. Nesse tempo também foram criadas outras ferramentas em favor da mulher, em âmbito nacional temos o Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher), a Rede de Atendimento à Mulher e o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher. Em nosso Estado as mulheres podem contar com 11 Delegacias de Atendimento à Mulher e uma Delegacia Especializada na Capital. O próprio papel da mulher mudou. Hoje elas têm mais acesso à informação, estão muito mais presentes no mercado de trabalho e buscam mais autonomia. Tudo isso colabora para melhorar a realidade da mulher, mas é claro que ainda temos um longo caminho a percorrer. O que ainda precisa ser mudado? Precisamos mudar urgentemente o quadro de violência doméstica. Não podemos admitir que as mulheres não estejam seguras em suas próprias casas. Assistimos repetidamente notícias sobre mulheres agredidas, violadas em seus direitos e até mortas por companheiros. Esse quadro é grave e precisa ser revertido. Liz, você veio de uma família influente na polícia de Mato Grosso do Sul e agora foi nomeada para cuidar da pasta de Políticas da Mulher do município. Qual o peso dessa responsabilidade para você? Cresci com muitas referências políticas no seio familiar. Conheci e convivo com muitas pessoas do meio também. A responsabilidade é grande sim, porque tenho bons exemplos a seguir, mas a responsabilidade maior é com a mulher campo-grandense, é ela a quem eu devo representar e por ela a quem eu vou trabalhar.

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A frente da Secretaria Municipal de Políticas para a Mulher na Capital, Liz Danielle Derzi Wasilewski de Matos Oliveira conta um pouco dos desafios que abraçou. Progressista há mais de 21 anos, ela agora vê uma oportunidade para atuar naquilo que mais gosta, a defesa dos direitos da mulher.


PESSOAS E NEGÓCIOS Por Lúcia Coletto*

Autoconhecimento X Sucesso

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busca pelo sucesso profissional tem aumentado, porque mais oportunidades têm surgido no ambiente corporativo, fazendo com que muitos se destaquem na posição de líderes. Mas como manter essa posição? Como fazer para que a sua carreira esteja sempre em ascensão? A cada dia, notamos que o que diferencia os profissionais, mais e mais, não são somente os títulos, diplomas e certificados em seu currículo. Isto não é mais suficiente! O profissional que vem se destacando é aquele que investe tempo em conhecimentos técnicos, sim; mas, fundamentalmente, estabelece um tempo para se conhecer, desenvolver habilidades, digamos, não técnicas, e encontrar seu propósito de vida. É esperado do profissional de sucesso que este tenha dedicado cerca de 10.000 horas de estudos antes de se destacar Mozart, aos 6 anos, já teria estudado 3.500 horas de piano. Bill Gates, Michael Jordan e Zico – casos de sucesso indiscutíveis – tinham em comum as horas de dedicação às

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"Por que não dedicar parte daquelas 10.000 horas a conhecer-se, perceber seus pontos fortes ou aqueles para desenvolver ou aperfeiçoar? "

suas atividades e aos treinos. Segundo estudos do departamento de psicologia da Universidade da Flórida, perseverança, resiliência, motivação e habilidade social são algumas das competências comportamentais comumente observadas em indivíduos de sucesso. Desenvolver essas competências é uma faceta do autoconhecimento. Então, por que não dedicar parte daquelas 10.000 horas para se conhecer, perceber seus pontos fortes ou aqueles para desenvolver ou aperfeiçoar? Esse caminho tornou-se obrigatório, se almeja chegar ao pódio. O autoconhecimento habilitará o indivíduo a diferenciar-se da massa. Outro aspecto se destaca naqueles que têm sucesso: o senso de propósito. Por que fazem o que fazem? Para que e para quem fazem o que fazem? Elenco, abaixo, sete das características observadas em indivíduos que encontraram seus propósitos e chegaram ao sucesso:

4. Têm visão sistêmica; 5. Celebram a diversidade; 6. Têm a habilidade de colocar as coisas num contexto mais amplo; 7. São espontâneos. Portanto, não se esqueça de investir em você, sempre que puder, porque o retorno é garantido! *Texto originalmente escrito por Alexandre Prado para o site www.portaladministradores.com.br

1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo; 2. Possuem valores estabelecidos e são idealistas; 3. São resilientes e encaram a adversidade como mola propulsora ao sucesso;

*Lúcia Coletto é Consultora Organizacional Especialista em Gestão de Pessoas e Empresas E-mail: consultoria@aghil.com.br



cases Por Laís Camargo

por trás das câmeras Diretor-geral do SBT MS reflete sobre o fazer TV

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uando o dom fala mais alto, não adianta tentar insistir em outro caminho. Foi assim com Salvador Sandim, diretor-geral da TV Campo Grande, SBT MS. Ele começou cursando Análises Clínicas – queria ser médico. “Não consegui ter êxito em passar para Medicina, mas Deus sabe de todas as coisas, às vezes, a situação não é aquilo que a gente quer, é o que Ele tem para nós”, avalia Salvador, 54 anos. Depois disso, foram vários títulos, Economia, Administração, Marketing e duas pós-graduações. Os planos, agora, são para a faculdade de Direito. A visão empreendedora sempre o acompanhou, o primeiro imóvel para investir veio aos 16 anos e, daí para a frente, o “olho” para os negócios foi se desenvolvendo. “A minha parte sempre foi comercial. Comecei na TV no ano 2000, em Dourados. Depois disso, passei para a direção; compraram a Band em 2003, foi quando vim para Campo Grande. Em 2009, compraram o SBT e,

em 2011, vim para cá. O interessante é que, quando se está na Band, é uma atitude e, no SBT, é outro tipo de ação”, analisa o diretor.

Conhecendo a máquina e seus operadores

Para Salvador, o comercial é bastante ligado ao jornalismo, e suas necessidades interagem. “Com o tempo e a experiência, fomos conhecendo e estabelecendo prioridades. Vamos tendo noção geral do funcionamento da máquina da televisão”, afirma. Para isso, é preciso ser bom observador e aproveitar as oportunidades. Em 2012, foi entrevistado por Silvio Santos. “Conversei sobre televisão com ele. O sonho dele sempre foi isso, desde que trabalhava como camelô. Isso foi crescendo, já tinha um bom know-how. Hoje, faz por hobby; mas, dada à condição de uma audiência grande e sequente, ele continua. É alguém que nasceu para isso”, avalia o diretor. Ele chegou a participar do

lado da frente das câmeras, em Dourados, mas tem a consciência de que é preciso muita dedicação na área em que se propõe atuar. “Aquilo que nos propomos a fazer tem de se fazer bem-feito. Meu negócio é mesmo administrativo, operacional”, enfatiza. O cotidiano de quem trabalha na comunicação é bastante agitado e conectado, especialmente quando se trata das tênues relações políticas que permeiam a programação televisiva. “A política é muito versátil. Agora, é uma situação; à tarde, pode ser outra. Final de mandato, véspera de eleição, tudo muda rápido”, aponta Sandim.

Fazer televisão é para os outros

“A televisão é desenvolvida dia a dia, a tecnologia muda, a maneira de o povo pensar e ver muda. Tem que trabalhar pensando nisso, no que o povo quer.


Foto Gilson Barbosa

dir licença, então, tem que saber como entra. Não vai chegar a um casamento de short de banho. Existe um traje. Quando se está entrando na casa das pessoas, tem que ver o que está levando, se é saudável para as crianças, para o adolescente, para a terceira idade. Estamos conseguindo levar uma mensagem para todos, e não para um grupo restrito?”, questiona Salvador. Para isso, entram as estratégias de marketing; ao analisar um novo programa, por exemplo, o público-alvo é pensado e estudado criteriosamente. “O público que você busca naquele horário, tem que ver se ele está disponível. Não adianta soltar um programa de esporte às 9h, uma vez que, quem assiste esporte, quem segue, é normalmente do sexo masculino, não estando dis-

ponível nessa hora”, exemplifica. Com tantos pontos a se avaliar, Sandim analisa como está o cenário televisivo nacional: “Sinto que algumas, ou ‘alguma’ emissora, têm forçado a barra. Fazem uma programação não aceitável pela maioria das famílias brasileiras. É um grupo de pessoas que se propõe a fazer um programa, uma novela, mas fazem para eles, esquecem que 92% da população ainda não consegue digerir isso, não tem essa vivência social. Temos um grupo grande, hoje, que tem de rever rapidamente sua programação, porque está caindo em descrédito”, levanta o diretor. Com este pensamento, a grade do SBT MS está voltada para programas regionais, sendo o canal que mais investe nesta categoria atualmente, no Estado. 99

Você não faz televisão para você – por isso, algumas redes e alguns programas têm dificuldade, porque fazem pensando em si, não no povo”, argumenta o diretor. Com a característica de alcançar as grandes massas, o SBT tem se adaptado à tecnologia; a previsão é de que a emissora tenha 80% dos programas em HD até o fim deste ano. “Isso exige qualificação no corpo operacional. Cursos de adequação e conhecer bem o equipamento. Não se pode errar muito na TV. No começo, acontece, mas fazemos o possível para que isso aconteça pouco”, pontua Sandim. Formando e informando mentes, há uma grande responsabilidade no fazer televisivo. “Televisão tem de ser feita para a maioria das pessoas, porque você entra na casa delas sem pe-


ágora Cidadania, política e urbanismo. Por Dirceu Peters*

Há 20 anos

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o início dos anos noventa, o Brasil vivia momentos bastante conturbados, em que vários fatos políticos aconteceram em muito pouco tempo. Tomou posse em março de 1990 o presidente Fernando Collor de Mello, eleito após 25 anos de governo militar, com a promessa de acabar com os altos salários (marajás) e com a inflação, que, no mês de fevereiro daquele ano, atingia cerca de 80%. Logo em sua posse, o presidente implantou o Plano Collor, que teve como principal medida a retirada do dinheiro de circulação, por meio do bloqueio de contas bancárias e até poupança de todos os brasileiros. Esse plano não deu certo, como tantos outros na história do País, e, em dezembro de 1992, Collor teve o mandato cassado pelo Congresso Nacional, assumindo, em seu lugar, o vice Itamar Franco. Em fevereiro de 1994, Itamar iniciou o Plano Real, com várias etapas, exigindo medidas que mudaram a economia brasileira; entre as quais, a privatização de setores estatais, criação de agências reguladoras, venda ou liquidação da maioria dos bancos estatais e implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal. No dia 1º de julho de 1994, nascia o Real, a nova moeda que valia, naquela data, 1 dólar, sendo feitas cédulas e moedas de Real que deveriam ser trocadas, nos bancos, pelas cédulas de Cruzeiro Real existentes. Todos os planos no Brasil foram criados para combater a inflação, que sempre se apresentou como um mal "Todos os planos no crônico a todos os governos brasileiros, com alguns Brasil foram criados períodos de arrefecimento, exatamente na implantação dos diversos planos. para combater a A inflação é definida por alguns como a “incapainflação, que sempre se cidade de o país produzir o suficiente para atender à demanda reprimida, ou seja, àqueles que querem apresentou como um consumir e pagam por isso”. Não podemos dizer mal crônico a todos os que acabou a inflação no país, pois, em julho de 1994, um quilo de frango, um litro de óleo de soja, governos brasileiros" um quilo de feijão ou dez pãezinhos custavam cerca de 1 real. Uma nota de 100 reais tem, hoje, o valor nominal de R$ 22,35 em relação a essa data. Mas, ainda assim, o Plano Real possibilitou melhorias na vida dos trabalhadores, com o aumento do salário mínimo acima da inflação. Podemos observar que, com o salário atual, de R$ 724, pode-se comprar 241 litros de leite (pagando-se R$ 3 por litro); em contrapartida, em julho de 1994, quando o salário mínimo era de R$ 64,79, compravam-se 116, 6 litros de leite. O valor do Real foi reduzido a quase um quinto do valor de 20 anos atrás; mas temos de considerar que ainda é uma grande vitória, pois a história se mostra muito cruel quando se trata de inflação.

em alta Os jogos da Copa do Mundo no Brasil estão acontecendo com muita tranquilidade, e o que se vê é a satisfação dos torcedores que vieram para o evento. Muitas críticas foram, são e serão feitas a fatores pontuais, mas acredito que o retorno para o turismo no Brasil vai ser muito expressivo, e inúmeros setores de nossa economia serão beneficiados.

em baixa As obras que foram consideradas como legado da Copa do Mundo no Brasil estão cada dia mais comprometidas, pois, além da maioria não ter ficado pronta para ser usada nesta época, uma delas desabou em Belo Horizonte. Essa obra de mobilidade urbana foi iniciada em 2011, e o prazo de entrega era novembro de 2013. Foram suspensas as licitações de etapas dessa obra, pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. Então, nela, tivemos de tudo, ou seja, suspensão por irregularidades, atrasos e, por fim, a suspensão desabou.

*Dirceu Peters, arquiteto e urbanista, entusiasta das causas político-sociais.



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astral Por Teca Silva*

Cuida bem de mim...

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âncer é regido pela Lua, seu elemento é a água, e o animal que o simboliza é um caranguejo. É a turma da sensibilidade; cancerianos são aquáticos, sentem tudo, são emocionais. Porém, nem só de suavidades vivem as pessoas deste signo, elas são capazes de embates poderosos e enfrentam essas situações num silêncio insuportável, capaz de deixar o inimigo chorando de arrependimento. Odeiam ir à frente, mas, nos bastidores, agem como ninguém. E choram, ai, "Defendem como choram, bravamente a família, porque para os tudo aliás, possuem um cancerianos tem de ser sentido. E eles são instinto maternal muito profundos, absurdo" então, você tem de ter cuidado com o que fala e faz, pois, uma vez magoados, eles se fecham, e é na resistência passiva que consiste sua grande força. Não se abrem, não falam, apenas sentem e guardam mágoas para o resto da vida; embora consigam perdoar, vão sempre te lembrar do que você fez no verão passado!

E fazem dramas emocionais, chantagens. Costumo dizer que é a turma do mimimi. Eles jogam pesado mesmo com seu emocional, atenção. E são grandes cuidadores, nutrem, amam intensamente, cuidam de tudo e de todos. Cancerianos familiarizam tudo, o que pode ser a causa de muito sofrimento, pois são muito apegados. Têm idolatria pelo passado, adoram lembranças, adoram voltar atrás e têm memória de elefante quando se trata de um fato ocorrido. Defendem bravamente a família, aliás, possuem um instinto maternal absurdo. Sabe aquele amor de mãe que nunca se acaba? É assim que eles são, o que os atrapalha é o ressentimento, porque eles exigem reciprocidade, eles querem tudo na mesma moeda. E é aí que começam os dramas: “Poxa, mas eu a convidei, e ela não me respondeu o convite...” e por aí vai! Mas não é por mal, eles se magoam mesmo! E como são regidos pela Lua, são de fases. Vão de um extremo a outro durante o dia, costumam acordar de um jeito e dormir do outro. Por isso, são tão comple-

xos, maduros demais para certas coisas, infantis demais para outras. E fazem umas birrinhas sem sentido, mas, ainda assim, encantam. O importante para um canceriano é a conexão emocional; uma vez estabelecida, você terá um aliado eterno! Dedico esse texto para os meus cancerianos queridos: Kátya Ocampos, Professor Carlão e Virgínia Fátima Cavalcanti.

*Teca Silva é astróloga e taróloga. Twitter: Teca_Astro Facebook: facebook.com/Tecaemaju E-mail: tecaemaju@hotmail.com


Sua saúde em 1º lugar. Otorrinolaringologia Perda de audição | Zumbido | Tontura | Otite | Rinite | Sinusite Ronco | Apneia do sono | Rouquidão Dr. Milton Nakao CRM - MS 107 Dr. Leonardo Nakao CRM -MS 6430 Dr. Bruno Nakao CRM - MS 6160

Odontologia Dentística Restauradora | Clareamento dental Aparelho intraoral para ronco e apneia Priscila Nakao CRO -MS 3096

Fonoaudiologia Tratamento de distúrbio da fala Emília Nakao CRFA - MS 0144

Exames Audiometria | Impedanciometria | Teste da orelhinha | BERA Vectoeletronistagmografia | Nasofibrolaringoscopia | Telelaringoscopia

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Rua: Marechal Rondon, 2372 67 3383.4855 | 9227.0606 | 9667.4855 contato@clinicanakao.com.br Responsável técnico: Dr. Milton Nakao CRM - MS 107



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