A vida e todos os seus estilos
Nº 55 R$ 12,90
LifI
Campo Grande
116 anos Para comemorar o aniversário da cidade morena, resgatamos um pouquinho da história local.
Eles são
super pais Eles mudaram a rotina, arregaçaram as mangas e, com amor e coragem de sobra, cuidam sozinhos dos filhos.
Delícia
da terrinha De sabor único, a linguiça de Maracaju representa o Estado, quando falamos de gastronomia regional.
O sucesso da
Chilli Beans Ex-roqueiro, o CEO da Chilli Beans, Caito Maia, conta como se tornou um dos empreendedores de maior sucesso do país.
thiaguinho
Pagodeiro de sucesso e apresentador de TV. O menino que começou a cantar no coral da igreja para espantar a timidez alcançou o sucesso e garante: o céu é o limite!
A MELHOR OPÇÃO PARA SUA HOSPEDAGEM EM DOURADOS O Gales Park Hotel oferece aos seus hóspedes uma estrutura completa, com internet wireless, amplo centro de convenções com sala de reuniões e dois auditórios. Disponibiliza também de estacionamento para os hóspedes, Bar Executivo, área de lazer e uma moderna Sala de Fitness.
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Editorial
a
o longo das últimas décadas as mulheres conquistaram seu espaço na sociedade, antes tão machista. Garantiram sua independência, ocuparam espaços e atingiram os cargos mais elevados em empresas imensas, como Marissa Mayer no Yahoo, Claudia Sender na Tam Linhas Aéreas, Chieko Aoki na rede Blue Tree Hotéis e tantas outras. Enquanto galgam no mercado de trabalho, muitas dividem o tempo e a atenção entre trabalho e filhos, família. O homem, que acompanha essa evolução feminina ao longo do tempo, também teve suas mudanças enquanto observava abobalhado a parceira em ascensão. O que antes era um mantenedor familiar, lentamente percebeu que não basta pagar as contas, como se falava antigamente, mas que é preciso participar ativamente, tanto no cuidado da casa, como na educação das crianças. Essa transformação foi lenta, mas hoje, talvez por conta de todas as mudanças no cenário familiar e da própria sociedade, uma segunda transformação vem acontecendo, ainda tímida, entre os homens. Alguns já passaram a cuidar da casa, enquanto a esposa trabalha fora – inversão de papéis impensável décadas atrás. Já outros, seja por fatalidade ou por vontade após uma separação, mudaram a rotina, arregaçaram as mangas e, com amor e coragem de sobra, assumiram sozinhos a criação dos filhos. Nessa edição de agosto, são esses pais que ilustram nossa seção Estilo de Vida. Pais que deixaram de lado os tabus, preconceitos, medos e se tornaram pai-mães, descobrindo as alegrias e agruras da verdadeira paternidade. Nós da Mood Life, acreditamos em uma sociedade assim, em que todos tenham seu espaço, seu direito a felicidade e direitos respeitados. Boa leitura e um feliz mês dos pais!
Expediente Editor - Jornalista responsável Odirley Deotti (DRT 122/MS) editor@moodlife.com.br Chefe de Redação - Luciana Petelinkar (MTB 934/MS) reportagem@moodlife.com.br Equipe editorial: Luciana Petelinkar, Odirley Deotti, Thaís Pimenta e Walter Gonçalves. Projeto gráfico/editorial - Odirley Deotti. Designer editorial - Guilherme Marconato arte@moodlife.com.br Fotógrafos - Alisson Sbrana, Estúdio Sim, Gabriel Gabino, Gilson Barbosa, Larissa Pulchério, Marcos Quinhonez, Paulo Yuji Takarada, Tião Prado. Revisão - Dáfini Lisboa dafini.lis@gmail.com Colaboraram nesta edição - Carla Cecarello, Douglas Mamoré Junior, Joana Pires, Josué Sanches, Lúcia Coletto, Oscar Rocha, Rafael Belo, Sonia Caldart, Thereza Christina Silva. diretores EXECUTIVOS Daniel Albuquerque e Marta Albuquerque Revista Mood Life é uma publicação mensal da Mood Life Revista e Editora Ltda. Rua da Paz, 1629. Santa Fé. Campo Grande/MS CEP 79021-220. Não nos responsabilizamos pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não tem autorização para falar em nome da Revista Mood Life. Impressão e acabamento Gráfica Alvorada. Mood Life - Empresa do Grupo Albuquerque. Distribuição e assinatura paulo@grupoalbuquerque.com.br PARA ANUNCIAR LIGUE (67) 3222-7335
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Capa Thiaguinho Foto: Assessoria de Imprensa Produção Executiva: Luciana Petelinkar
5.500 exemplares impressos
Conteúdo
Thiaguinho
Pagodeiro de sucesso e apresentador de TV. O menino que começou a cantar no coral da igreja para espantar a timidez alcançou o sucesso e garante: o céu é o limite!
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Boas Ideias
Conheça a Chroma, marca campo-grandense de acessórios
Cultura
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Equilíbrio
Os benefícios dos exercícios funcionais, mais agradáveis, diferentes e convidativos
Estilo de Vida
Preparamos um caderno especial em comemoração aos 116 anos de Campo Grande
Eles mudaram a rotina, arregaçaram as mangas e, com amor e coragem de sobra, cuidam sozinhos dos filhos
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MoodLife
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Décor
Que tal morar em um contêiner? É a ideia que a mostra Construir Casa Design expõe.
Gastronomia
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Negócios
CEO da Chilli Beans, Caito Maia, conta como se tornou um dos maiores empreendedores do país
Mood In
Inauguramos nessa edição o Guia Gastronômico da Mood Life
Saiba o que acontece em Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas
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da Redação #tonamood
Maykel - Agência Mulis
Cegonha
Gil Saldanha Letícia Pinho
Antônio Osmânio
Felipe Todesco Lívia Rizierri, Fábio Franco Agência Pajax
Kennethe Corrêa
Roberto e Inaê Doces Momentos
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Sônia Caldart
Nossa chefe de redação, Luciana Petelinkar, já entrevistou a nossa próxima capa. Aguardem...
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Boas ideias Por Thaís Pimenta
Acessórios
CRIATIVOS D
e um material tão tradicional como o couro, nascem peças incríveis, pensadas pela empresária, jornalista e artista plástica Francielle Zamora. Aliados à versatilidade do acrílico, os relógios e acessórios Chroma chamam atenção justamente por esse mix de materiais e estilos. “Antes dos designs das peças, penso na composição das cores e texturas. Acho que a cor tem algo místico, algo pessoal, energético. As pessoas têm afinidades com as cores, é nisso que eu penso. Busco a inspiração nas pessoas, na vida delas e, também, em design de móveis; por incrível que pareça, essa vertente da arte me transmite uma criatividade imensurável”, conta. Por enquanto, a Chroma vende bolsas, pulseiras, colares, gravatas-borboletas, suspensórios e o carro-chefe da marca, relógio. Em breve, a marca lançará uma linha de carteiras, chaveiros e pulseiras. A filosofia do “Carpe diem” é base para as criações. “Quero que as pessoas olhem para o relógio com prazer, para que ele seja um amigo dizendo ‘você está na hora certa’, ‘você ainda tem cinco minutos’. E a Chroma é o princípio de seu impulso, indiretamente. Nossa filosofia na publicidade é essa: você deve valorizar o agora!”, explica. É possível encontrar os produtos Chroma nos brechós Brecharia e Gaveta, diretamente com o fornecedor, pelo site e pelas redes sociais, e nas feiras de arte, design e moda de Campo Grande. Instagram: @chromacg Facebook: https://goo.gl/JOouzU Brecharia: Rua Vitório Zeolla, nº 88, Carandá Bosque Loja Gaveta: Rua Padre João Crippa 2800
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Tome nota Por Thaís Pimenta
Improviso &
humor
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Sucesso absoluto, com esgotamento de ingressos em todas as vindas para Campo Grande, o espetáculo "Improvável", da Cia. Barbixas de Humor, volta à cidade nos dias 14 e 15 de agosto. Trata-se de uma peça que se baseia no improviso total e conta com a participação do público. Por isso, o espetáculo nunca se repete, com novos textos e piadas a cada sessão. A apresentação acontece no Teatro Glauce Rocha, a partir das 19 horas. Para adquirir seu ingresso, acesse www.fasttickets.com.br.
Cover artic monkeys A banda Mad Sounds Arctic Monkeys Cover Brasil se apresenta pela primeira vez em Campo Grande. Tocando nas principais casas do gênero em todo o país, a banda emociona os fãs dos britânicos do Arctic Monkeys por onde passa, trazendo um show completamente caracterizado, cheio de surpresas, representando com muita fidelidade a banda inglesa. O show acontece no Hangar Live Music, no dia 15 de agosto! Para mais informações, acesse goo.gl/XBf0ZZ
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20º Noiva fashion Pensando em finalmente oficializar a união e se casar? Pois o Noiva Fashion pode te auxiliar nesse processo! Mais de mil metros quadrados do Centro de Convenções arq. Rubens Gil de Camillo serão transformados no universo de casamento, formaturas e eventos em geral. Em sua 20ª edição, a feira traz tudo o que há de tendências no mercado, em produtos e serviços apresentados nos mais de 50 estandes participantes. No evento, é possível encontrar várias opções de acessórios, alianças, agências de viagens, aluguel de trajes e tendas, assessoria de eventos, bebidas, buffet etc. O Noiva Fashion será realizado entre os dias 13 e 15 de agosto, das 18h às 22h, na quinta e sexta, e no sábado, das 16h às 22h. Para mais informações, acesse www.noivafashion.com.br.
para adoçar o dia!
Que tal um docinho? A proposta do Fernanda Doces é fazer doces sob encomenda, para adocicar a rotina! São bolos, tortas, brigadeiro, beijinho e doces gourmet. O preço acessível permite a encomenda a partir de 25 unidades. Mais informações, pelos telefones (67) 8172-7958 e (67) 9254-7028.
Villamix
MARCO BAILEY EM CAMPO GRANDE Para quem gosta de música eletrônica, o Pantanal Underground traz um dos nomes mais bombados do techno a Campo Grande, o belga Marco Bailey. A festa Technoeste acontece no dia 25 de agosto, no Eco Hotel do Lago. Para mais informações acesse goo.gl/3iuvS2.
Os ingressos para os shows do Villa Mix já estão à venda. Na grade do festival, está a dupla Bruninho e Davi, ao lado de Jorge e Mateus, Bruno e Marrone, Matheus e Kauan, além do cantor Luan Santana e do Wesley Safadão. O festival será no dia 25 de agosto, véspera do feriado municipal da Capital, no Shopping Bosque dos Ipês. Para mais informações, acesse goo.gl/NSkzgx.
turma da mônica
Festival do Sobá O Festival do Sobá da Feira Central de Campo Grande está em sua 10ª edição e foi escolhido pelo Consulado do Japão para ser o evento oficial dos 120 anos de Amizade entre Japão e Brasil! Por isso, a organização preparou uma grande programação entre os dias 6 e 9 de agosto. A banda Paralamas do Sucesso será a grande atração da abertura do festival, que contará também com cursos de culinária “Cozinha Show” e apresentações culturais. A entrada é gratuita. Para mais informações, acesse feiracentralcg.com.br.
pURO ROCK
O Grito do Rock Fest, evento promovido pelo programa “Grito do Rock”, da FM Educativa de Mato Grosso do Sul, trará a Campo Grande o guitarrista do The Police, Andy Summers, e o baixista do Barão Vermelho, Rodrigo Santos. Juntos, tocarão só os clássicos de suas bandas. O evento acontecerá dia 14 de agosto, no Rota Acústica, às 20 horas. Acesse goo.gl/4pK0dT.
Nos dias 22 e 23 de agosto, a Mauricio de Sousa Ao Vivo trará um novo espetáculo musical a Campo Grande, o “Turma da Mônica – O Show”. O espetáculo abrirá as comemorações dos 80 anos de Mauricio de Sousa, um dos maiores e mais famosos cartunistas do país, criador da turminha. Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Chico Bento encenam nesse novo show esquetes engraçadas, dinâmicas, lúdicas e interativas, por meio de suas músicas mais conhecidas, todas com arranjos novos e modernos. Para mais informações, acesse www. compreingressos.com, ou entre em contato com Pedro Silva Produções.
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Tome nota Por Thaís Pimenta
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ANOS DE AQUIDAUNA
Foto Divulgação
Foto Br.Dollarphotoclub.com
Foto Marcos Quinhonez
O mês de agosto é especial para os aquidauanenses, pois são comemorados os 123 anos do município. Uma série de eventos acontece entre os dias 3 e 23, como a Feira de Arte, Cultura e Gastronomia, a Feira do Produtor e a Mostra de Artesanato. Iniciativas que fomentam o esporte também ocorrerão por lá, como o Circuito Municipal de Esporte de Areia e a Corrida de Mountain Bike. A programação é encerrada no domingo, dia 23 de agosto, com a Festa da Arara, na Arena Vip. Para mais informações, acesse o site da prefeitura de Aquidauana.
João Carreiro
O cantor sertanejo João Carreiro faz apresentação em Dourados, no Armazém Music, dia 29 de agosto. Os ingressos podem ser adquiridos na Banca do Jairo, na A Musical e no Disk Convite. Para mais informações, acesse goo.gl/rXaYR9.
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17º
Feira de
agronegócios
comércio
& indústria
A tradicional Expo Sidrolândia acontece este ano, entre os dias 1º e 9 de setembro. O evento é responsável por fomentar a região. Para mais informações, acesse o site da prefeitura de Sidrolândia.
Os Homens são de marte...
Que mulher nunca sonhou com o príncipe encantado? No nosso imaginário ele surge montado num cavalo branco, reluzente, e nos salva com apenas um beijo. Foi justamente essa busca pelo amor – não necessariamente pelo príncipe encantado — que inspirou a atriz e diretora Mônica Martelli a escrever a peça “Homens são de Marte... E é pra lá que eu vou”, que de tanto sucesso já foi adaptada para o audiovisual, em formato de filme e seriado. Fernanda é a personagem principal dessa história. Com 39 anos, ela está solteira e, na busca do amor, acaba se envolvendo intensamente com vários tipos de homens. Em cada relação que tem se identifica com o parceiro e acredita poder ter encontrado sua ‘metade da laranja’. De uma forma muito divertida e emocionante ao mesmo tempo, e com um final surpreendente, a peça fala do amor e da falta dele. Tudo isso com um tipo de humor que as mulheres conhecem muito bem: rindo das suas próprias desgraças. A peça estará em cartaz em Campo Grande nos dias 7 e 8 de agosto, no teatro Glauce Rocha, uma realização da Pedro Silva Promoções.
Postos de Vendas
Fotos Divulgação
E é pra lá que eu vou!
Shopping Campo Grande - 2º Piso – em frente às lojas Riachuelo - Informações: 3326 – 0105 Compre pela internet / Acesse: www.compreingresso.s.com Venda também pelo Call Center: Fone: 4062 – 0018
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Na Estante
música
Convidado Oscar Rocha
Estado de Poesia Chico César
literatura
Da geração que ganhou audiência maior na cena musical brasileira na década de 1990, o paraibano Chico César talvez seja o menos compreendido. A expressão "menos compreendido" não significa o menos acessível. Ao contrário. Suas canções recorrem a elementos da MPB, do folclore e do pop para se comunicar. A falta de compreensão aparece ao perceber que, mesmo produzindo álbuns brilhantes, suas canções não encontraram a mesma receptividade dos dois primeiros álbuns, quando colocou nas paradas "À Primeira Vista" e "Mama África". Culpa do mercado? Culpa do artista? Culpa do período? Sem encontrar possíveis culpados, Chico lança "Estado de Poesia", que ressalta suas qualidades de letrista inventivo, melodista preciso e arranjador sem preconceitos. Difícil não se encantar com a beleza "brega" de "Taça", os protestos necessários de "Negão" e "Reis do Agronegócio" e o lirismo de "Estado de Poesia".
O Resto É Ruído Alex Ross
cinema
Imagino que você ficaria espantado se alguém dissesse que um dos melhores livros que leu foi um catatau de mais de 600 páginas, detalhando aspectos da música erudita contemporânea. Ok, isso parece procedimento de alguém querendo impressionar em festa de descolados. Porém, antes de definições precipitadas, saiba que o livro "O Resto É Ruído" (Cia das Letras), do crítico musical e jornalista estadunidense Alex Ross, lançado em 2008, é uma viagem maravilhosa ao mundo da música de concerto do século 20. O autor consegue, de forma brilhante, unir contextualização social e política, biografias, análise musical e algumas fofocas. Em suas páginas, desfilam temas como dodecafonismo, serialismo, música concreta, entre outros. O que seria apenas assunto de iniciados transforma-se em textos informativos e divertidos para leigos curiosos. Vai por mim: não é toda a hora que se tem uma ópera Wagner descrita com dinâmica de show de rock. Ross bate bastante nessa tecla: muito do que a sonoridade popular utiliza tem como inspiração os achados da música erudita contemporânea. Fundamental.
Um Estranho no Lago Alain Guiraudie
Um único cenário: à beira de um lago, no interior da França. Vários personagens: homossexuais em busca de relações sexuais rápidas, sem envolvimento afetivo. Com esses elementos, o diretor francês Alain Guiraudie proporciona um dos melhores achados recentes no cinema, unindo a observação do comportamento contemporâneo com inusitado drama policial. Sem recorrer a cenários externos e explicações dos perfis dos personagens, o que se assiste é uma espécie de teatro a céu aberto. Em um primeiro instante, o recurso parece levar a um beco sem saída da narrativa, mas, aos poucos, a opção adotada se justifica, por unir conteúdo e forma. A tranquilidade na busca de prazer constante no local é quebrada com o surgimento de um corpo, aparentemente afogado, no lago. A partir daí, a tentativa de solucionar o caso se mistura aos conflitos pessoais dos frequentadores do local. Mesmo com cenas de sexo próximo do explícito, é o tipo de filme que tem tudo para agradar a quem gosta de um drama adulto, atual e direcionado a um público amplo. Afinal, solidão, rejeição, cumplicidade, amizade e busca de prazer fazem parte de qualquer roteiro existencial.
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Oscar Rocha
é editor do Caderno B do jornal Correio do Estado
Foto Gabriel Gabino
EspecialCAMPO GRANDE116anos Por Walter Gonçalves
Memória
Ferroviária
Chegada dos trilhos da NOB, em 1914, trouxe desenvolvimento e fez história “Ponta de areia ponto final Da Bahia-Minas estrada natural Que ligava Minas ao porto ao mar Caminho de ferro mandaram arrancar Velho maquinista com seu boné Lembra do povo alegre que vinha cortejar Maria fumaça não canta mais Para moças flores janelas e quintais” *
C
ampo Grande, 116 anos. Hoje, uma cidade cosmopolita. Provavelmente, nunca chegaria a essa condição se, há 101 anos, não tivessem amanhecido por aqui os trilhos da velha Noroeste do Brasil (NOB) e, deslizando sobre eles, os trens que trouxeram o desenvolvimento social e econômico e transformaram todo o ambiente. Ferrovia, que agora está ameaçada de desativação pela concessionária ALL, sob a alegação de que é deficitária. Ferroviários, governo do Estado e parlamentares federais sul-mato-grossenses fazem ações no sentido de evitar o triste desfecho. As histórias da hoje Capital de Mato Grosso do Sul e da ferrovia se confundem. E não há ninguém que discorde do argumento de que Campo Grande é o que é, agora, graças ao transporte ferroviário. Quando a NOB rompeu o sertão do então Mato Grosso, e por aqui se ouviu o primeiro apito do trem, em 1914, Campo Grande tinha uma população predominantemente rural. Era só um aglomerado. No início da década de 20, a cidade contava com uma população de no máximo 24 mil habitantes. A historiadora Maria Madalena Dib Mereb Greco, diretora executiva adjunta do Instituto Histórico e Geográfico de MS, é uma especialista
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no tema, tendo escrito tese e livros sobre a presença da ferrovia em Campo Grande. Casada com um ferroviário, ela se apaixonou pelo assunto ao conhecer o complexo da Esplanada, quando aqui chegou com o marido, que havia sido transferido de Bauru (SP). Interessada, ela começou a pesquisar, a partir de 1991. Madalena explica que, com a chegada da ferrovia, esta necessitava de pessoal mais qualificado, que não havia aqui. Foi então que técnicos de outras regiões do país vieram para Campo Grande. “Essa mão de obra exigiu serviços diferentes e melhores, bem como construções. Isso provocou a vinda de uma gama de profissionais, que foram adensando a população.” A historiadora destaca que tudo passou a funcionar na cidade em função da ferrovia. Entretanto, apesar de Campo Grande continuar crescendo, outro impacto igual ao que provocou a chegada da ferrovia só foi se repetir no final da década de 70, com a criação de Mato Grosso do Sul. Jornais das décadas de 30, 40 e 50 registravam a falta de material de construção e de mão de obra. “É que Campo Grande estava crescendo muito, tudo reflexo da ferrovia. O adensamento populacional se deu em torno da ferrovia. Tudo acontece às margens dos trilhos”, contextualiza Madalena Greco. Na esteira da vinda de profissionais especializados, como engenheiros trazidos pela ferrovia, chegaram, em seguida, médicos, advogados e funcionários qualificados para atender a NOB. Esse processo progressista que Campo Grande experimentava atraiu a atenção de comerciantes e construtores, que passaram a formar a indústria e o comércio local. “A colônia portuguesa, por exemplo, foi importante no processo da construção civil e da indústria moveleira; os árabes, no segmento do comércio; os
Fotos Gabriel Gabino
poloneses, no de carnes; e a mão de obra paraguaia, nos matadouros e frigoríficos. Tudo isso era sintoma da presença da ferrovia”, frisa Madalena. Por toda essa importância, é que a historiadora rechaça o argumento de que a estrada de ferro é deficitária. Madalena diz que a NOB nunca deu prejuízo. Ela ressalta que a empresa começou a ser deficitária a partir do momento em que foi agregada à Rede Ferroviária Federal (RFFSA), em 1969. “Ela tinha que dividir a sua arrecadação com as outras ferrovias da rede. Aí, sim, a NOB começou a ter perdas financeiras”, argumenta. Madalena denuncia que houve um processo de desmantelamento da ferrovia, e que não deram importância ao papel social da estrada de ferro. Graças aos trens, pequenos produtores dos distritos de Piraputanga e Palmeiras transportavam os seus produtos e os vendiam em Campo Grande, gerando renda.
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EspecialCAMPO GRANDE116anos Por Walter Gonçalves
“Todos os dias é um vai-e-vem A vida se repete na estação Tem gente que chega pra ficar Tem gente que vai pra nunca mais Tem gente que vem e quer voltar Tem gente que vai e quer ficar”* “Hoje, isso não acontece, porque o transporte é caro.” O trem, conforme a historiadora, está muito ligado à memória dos sul-mato-grossenses. “A nossa memória é ferroviária. Porque, aqueles que chegaram há 30, 50 anos, vieram de trem. E ficaram. Então, a primeira lembrança que eles têm é do trem”, comenta. A estudiosa defende que deveriam usar a ferrovia para o turismo, criando uma rota atraente, aproveitando a infraestrutura que existe, mas com melhorias. “Não podemos perder oportunidades”, diz. Sobre a alegação de que a ferrovia não é mais comercialmente viável, Madalena voltou a criticar o argumento. Para ela, tanto a ALL, atual concessionária, como as que a antecederam (Novoeste e RFFSA) usaram a ferrovia até onde deu. “‘Acabou, acabou, vamos embora’. Não investiram em modernização, tornar os trens mais rápidos. Só que a ALL não é dona da ferrovia, ela é patrimônio público”, assevera. Os bons tempos da estrada de ferro ainda estão vivos na memória de ferroviários aposentados. Luiz Nascimento, 54 anos, foi funcionário da ferrovia durante 12 anos. Foi agente de trem (o mesmo que chefe de trem) de passageiros, até 1992, quando esse serviço foi extinto pela RFFSA. Restou apenas o transporte de cargas, agora também ameaçado. Nascimento fazia os trechos Campo Grande-Corumbá, Três Lagoas, e para Ponta Porã, conforme a escala. Eram três viagens por semana. Ele conta, orgulhoso, que o chefe de trem era autoridade máxima. Durante as viagens, ele também fazia o papel de segurança, de
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polícia. O agente tinha que resolver tudo o que acontecia no trem, durante o percurso. Recebera treinamento para atuar, inclusive, em situações de emergência, como no caso de algum passageiro sentir-se mal. “A polícia não entrava no trem sem a minha autorização, para acompanhar um preso até a cidade onde ele seria entregue às autoridades. Sem o meu consentimento, ninguém tomava atitude alguma nas composições”, destaca. O ferroviário recorda-se de um episódio em que dois passageiros brigaram durante uma viagem, e um deles sacou um revólver e ameaçou o outro de morte. O passageiro ameaçado, então, correu em direção à cabine onde estava o chefe de trem, pedindo socorro. Nascimento viu um homem apontando a arma para o passageiro e teve presença de espírito. “Olhei sério para o passageiro que estava sob a mira da arma e, como se o conhecesse, disse, em tom de censura, que ele não tinha jeito mesmo, que só se metia em confusão. Virei para o cara da arma e disse que podia deixar que eu resolveria a situação. O cara se afastou. Valeu a simulação e evitei uma possível tragédia”, narra Nascimento, acrescentando que, na estação seguinte, entregou o passageiro armado à polícia. Mas o ferroviário aposentado não encontrou só problemas durante as viagens. Ele conta que fez muitos amigos e transportou celebridades que vinham pescar no Pantanal, como o cantor Martinho da Vila. Em média, conforme Nascimento, ele transportava 800 pessoas por viagem, principalmente para
Fotos Gabriel Gabino
Corumbá. Em datas festivas, segundo ele, esse número dobrava. Havia um compartimento, no trem, onde eram colocadas pequenas bagagens e até pequenos animais que os passageiros levavam. Em um vagão especial, transportavam-se até automóveis. Quando o trem de passageiro encerrou as atividades, Nascimento conta que foi tomado por um sentimento de revolta. Antônio Marques da Silva, 57 anos, o Toninho, é outro ferroviário aposentado, que só tem boas recordações do tempo em que exerceu as funções de manobrista, no início; agente de trem e de estação, depois; e de artífice de manutenção de vagões, nos anos finais. Trabalhou na ferrovia de 1980 a 2008. Mas o período que mais marcou a sua carreira de ferroviário foi aquele em que comandou trens de passageiros como agente. É dessa fase que ele guarda as melhores recordações. Toninho encarna como nunca o espírito ferroviário. Ele guarda até hoje o uniforme de agente de trem. E, em ocasiões especiais, como as comemorações dos 100 anos da chegada da NOB a Campo Grande, no ano passado, quando foi homenageado, ele veste a roupa impecavelmente conservada: a calça, a camisa, o paletó (que tem a função que exercia bordada no bolso), a gravata e o quepe. A convite da Mood Life, ele vestiu o uniforme. Personagem importante dessa reportagem, Toninho caminhou pela Vila dos Ferroviários (na Rua Dr. Ferreira), pelas casinhas construídas pela empresa ferroviária – local em que mora com sua família, juntamente a outros colegas, que, como ele, já não estão mais na ativa. A vila fica na área do Complexo Ferroviário. Dali, ele acompanhou nossa equipe a uma visita aos prédios da antiga ferrovia: os da estação, do Armazém Cultural, a casa onde morou o primeiro engenheiro da estrada de ferro, na Esplanada, o complexo de imóveis que abrigavam a Rotunda, local onde os trens faziam o giro, e a oficina de manutenção das locomotivas e vagões. Durante o passeio, o ferroviário viajou no tempo. Em frente ao portão da estação, ele aponta que por ali entravam e saiam passageiros que embarcavam e desembarcavam. “Parece que estou vendo tudo de novo. Aquela gentarada entrando e saindo com malas, era um movimento grande.”
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EspecialCAMPO GRANDE116anos Por Walter Gonçalves
Na plataforma vazia, Toninho corre os olhos, talvez à procura dos passageiros que não existem mais. Observa os trilhos que foram mantidos, mas não ouve o apito do trem. Daí, ele perde o olhar no horizonte. Estático, seus pensamentos voam. Aguenta firme, não chora. “Estou chorando por dentro”, revela. Investido na função de agente de um trem imaginário, o ferroviário de sempre empunha o alicate que ainda guarda como lembrança, de quando picotava os bilhetes dos passageiros, ora no noturno, ora no diurno. Dependia da escala. A caminho de Corumbá, ou na volta para Campo Grande, Toninho colecionava amigos e conhecia celebridades, como o ator global Stênio Garcia e Luiz Pereira, exzagueiro do Palmeiras e da seleção brasileira, que vinham pescar em Porto Esperança, ou em Corumbá. Orgulhoso, ele recorda da vez que, em 1987, transportou, no trem que chefiava, o então presidente da Bolívia, Víctor Paz Estenssoro, que, após visitar o Brasil, retornava para o seu país. A comitiva foi de trem até Corumbá, onde fez a conexão para a Bolívia, também por via férrea. Era comum o trem partir lotado de Campo Grande, de gente que ia para o balneário de Cachoeirão, no município de Aquidauana. Toninho conta que havia alguns passageiros espertos, que tentavam viajar de graça, na “sanfona”, o vão que existe no encaixe entre um vagão e outro. “Fazia todos descerem na estação seguinte. Mas nunca tive problemas com passageiros. Resolvia numa boa os problemas que apareciam, sem discussão”, afirma. No trecho entre Campo Grande e Corumbá, existiam 23 estações. A cada trem que passava por essas estações, moradores locais corriam até a plataforma para
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ver quem chegava e quem partia. “Quando a composição partia, as pessoas acenavam, sorrindo”, descreve Toninho.
“O trem que chega É o mesmo trem da partida A hora do encontro É também de despedida A plataforma dessa estação É a vida desse meu lugar É a vida desse meu lugar”*
No complexo de galpões onde está a Rotunda e onde também funcionava a oficina, o aposentado revê o local em que trabalhou nos anos finais de sua carreira. Ele lamenta o estado de abandono do ambiente. Apesar de ter sido tombada como Patrimônio Histórico e Cultural, a Rotunda ainda não foi revitalizada como os demais equipamentos da Esplanada Ferroviária. Para o diretor da seccional em MS, do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul, Ivanildo Silva, 50 anos, a entidade fez história na defesa da categoria e sempre se pautou pela independência. “Nossos recursos sempre vieram e vêm das contribuições dos associados, os da ativa, os aposentados e pensionistas. Nunca fomos pelegos”, afirma. Ivanildo recorda as greves vitoriosas de 1989 (RFFSA), de 2005 (Novoeste) e de 2009 (ALL). Nas três paralisações, conquistaram as reivindicações. O dirigente pede respeito à história da ferrovia e dos ferroviários. Teme agora pelo futuro do sindicato, com a ameaça de desativação da ferrovia no Estado. “Um sindicato não existe sem a categoria”, observa. Na base de MS, a categoria conta
com 420 ferroviários, e o sindicato possui 1,7 mil associados, somando Bauru e Mato Grosso do Sul. Ivanildo joga todas as fichas e a esperança na reunião marcada para o dia 24 deste mês, entre o governo do Estado, ferroviários, bancada federal de MS no Congresso Nacional e representantes da ALL, numa tentativa de mudar o quadro. “Isso não pode acontecer, há muitos produtos para transportar: soja, combustíveis, minério. Não há porque parar”, ressalta.
*Os trechos são da música “Encontros e Despedidas”, de Milton Nascimento.
Fotos Gabriel Gabino
Com muita história, Complexo Ferroviário é tombado A chegada da ferrovia a Campo Grande, ninguém questiona, transformou a cidade social e economicamente. A Capital nunca seria o que ostenta hoje, se, por aqui, não passassem os trilhos da Noroeste do Brasil (NOB). Mas, além do progresso, a Estrada de Ferro deixou um rico complexo de imóveis e equipamentos, que são a própria história da empresa. Dada a localização estratégica em que está instalado o Complexo Ferroviário e a importância da arquitetura dos prédios, herdados pela cidade, é que se teve a preocupação de preservar essa área, para que a história não se perca. Assim, o Complexo foi tombado nos três níveis: municipal, estadual e federal, este último, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em 2014, ano em que se completou o centenário da chegada do trem a Campo Grande, coincidentemente, o órgão federal publicou no Diário Oficial da União o tombamento definitivo desse espaço. A iniciativa preserva 135 imóveis. Abrange a área que vai do lado direito da Rua 14 de Julho, até o lado direito da Rua dos Ferroviários, e da Rua Eça de Queiroz, até a Rua Antônio Maria Coelho, além dos dois pontilhões ali próximos e os trilhos. Entre os imóveis tombados, destacam-se a estação ferroviária; as casas de madeira da Vila dos Ferroviários e as da Rua Dr. Ferreira (onde moram antigos funcionários da ferrovia); as casas dos engenheiros e chefes da NOB, localizadas na Avenida Mato Grosso; e a casa onde morou o primeiro engenheiro da empresa no Estado, na esquina da Calógeras, em frente ao Hotel Gaspar. Essa casa, aliás, foi a primeira de alvenaria construída pela NOB e o primeiro imóvel a ser restaurado.
Apesar de tombado como Patrimônio Histórico, o conjunto de imóveis, formado pela Rotunda e pelos galpões, onde funcionava a oficina, ficou de fora do processo de revitalização, que beneficiou a maioria dos equipamentos do Complexo Ferroviário, inclusive os paralelepípedos existentes em algumas ruas do Complexo. Com o tombamento, nada pode ser descaracterizado no local. A superintendente do Iphan de Mato Grosso do Sul, Norma Daris Ribeiro, alerta que proprietários de imóveis tombados têm de pedir autorização do órgão para executar alguma intervenção. Se a reforma pretendida ferir normas do tombamento, esta será vetada. Basicamente, a fachada e a estrutura dos imóveis não podem ser alteradas. Internamente, se houver alguma característica histórica no prédio, esta também não poderá sofrer alteração. Em 2011, o Iphan revitalizou alguns dos equipamentos da ferrovia, ao custo de R$ 2,5 milhões. Outros imóveis foram restaurados pelo governo do Estado e pela Prefeitura de Campo Grande. Sobre o espaço onde estão a Rotunda e os antigos galpões da oficina da ferrovia, que sofre processo de deterioração, Norma Daris diz que o Iphan vem trabalhando há dez meses, junto à prefeitura, que é a dona do Complexo Ferroviário, para revitalizar esse espaço. “A Rotunda é nossa prioridade, existe projeto para isso, e estamos buscando recursos”, afirma a superintendente. O órgão até já ouviu moradores na região, para sugestões sobre o destino a ser dado ao conjunto da Rotunda. “A ideia é tornar aquele local um espaço cultural”, revela Norma.
Nota do jornalista: produzi esta reportagem em clima de emoção. Afinal, sou filho e sobrinho de ferroviários. Com muito orgulho.
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EspecialCAMPO GRANDE116anos Por Luciana Petelinkar
Glauce Rocha
em cena S
ão incontáveis as histórias guardadas entre as paredes do prédio localizado no campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Em 44 anos de existência, o Teatro Glauce Rocha já foi palco principal da vida cultural de Campo Grande. “Quando inaugurou, tínhamos a expectativa de estar dentro da cultura nacional e mundial, além de inserir o movimento regional nesse contexto”, revela Geraldo Espíndola, que participou do espetáculo de inauguração, em outubro de 1971, “Oxil o Super Herói”. Geraldo escreveu a trilha sonora e algumas letras em parceria com Cândido Alberto da Fonseca. “Tivemos o Humberto Espíndola e a Aline Figueiredo trabalhando conosco na direção, produção, no cenário e na iluminação.” Homenageado com o nome da
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grande atriz campo-grandense que conquistou o Brasil com seu talento e força dramática, o Teatro Glauce Rocha funcionou, em sua primeira etapa, entre outubro de 1971 e outubro de 1986, com uma pausa de seis anos para reformas estruturais, quando ganhou palco e estrutura que hoje estão entre os melhores do Brasil, segundo a atual administradora, Marineide Cervigne. “Em 15 anos, o teatro sofreu uma grande depredação e fechou para trocar telhado, forro e fazer melhorias no palco, que tinha dois andares antigamente. Hoje é um dos melhores palcos do Brasil, e a caixa cênica é superelogiada”. Segundo Geraldo, na época da inauguração, a comunidade foi muito receptiva. “A universidade estava começando, o teatro era novo, e tínhamos o apoio do reitor e dos pró-reitores da época. A população
estava querendo coisas novas, e o comércio nos deu muito apoio”. A reabertura do teatro, em abril de 1993, foi muito celebrada e trouxe a Campo Grande o pianista Arthur Moreira Lima e a bailarina Ana Botafogo. De abril a outubro daquele ano, todos os eventos e peças passavam pelo Glauce Rocha, já que era o único da cidade. O então Palácio Popular da Cultura, hoje Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, foi inaugurado seis meses depois, em outubro. A agenda do teatro continua lotada. Além das peças nacionais e regionais, o teatro promove o Festival Universitário da Canção, que neste ano realiza sua 23ª edição em outubro, e o projeto Shows de Segunda, Sons de Primeira, que tem duas edições previstas para acontecer em setembro e outubro.
Fotos Gabriel Gabino
Mural com as peças que já passaram pelo teatro desde o começo
QUEM FOI GLAUCE ROCHA Considerada uma das melhores atrizes brasileiras, junto a Cacilda Becker e Fernanda Montenegro, Glauce Rocha foi descrita por José Otávio Guizzo como mulherpersonagem. Nasceu em Campo Grande, no dia 16 de agosto de 1930. Tinha o sonho de ser médica, mas reprovou no vestibular no Rio de Janeiro e conheceu o teatro. Começou sua carreira em 1950, atuando em peças infantis. Em 1952, entrou para a Companhia Alda Garrido e alcançou sucesso de crítica e de público. Glauce participou de clássicos como “Rio 40 Graus”, em 1955, “Terra em Transe”, em 1967, além de ter feito “Irmãos Coragem”, em 1970, e Hospital, seu último trabalho, em 1971. Vítima de enfarte um ano após perder a mãe para a mesma doença, Glauce faleceu precocemente, aos 41 anos, em 12 de outubro de 1971. Recebeu um Prêmio Molière póstumo pelo conjunto de trabalhos e, além de nomear o teatro universitário em Campo Grande e o que pertence à Fundação Nacional das Artes Cênicas, está presente em praças e bibliotecas.
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EspecialCAMPO GRANDE116anos Por Thaís Pimenta
História caminhando lado a lado com a Arquitetura O projeto Prédios de Campo Grande vai te fazer olhar a cidade por outro ângulo
U
ma cidade jovem, mas cheia de história, essa é Campo Grande. Foi pensando justamente nessa força histórica – e arquitetônica, que os estudantes de arquitetura Giovana Matsuda e Rodrigo Golin criaram o Prédios de Campo Grande. A intenção deles é mostrar para as pessoas a arquitetura que, por vezes, não é notada, e também quebrar aquele paradigma de que só a decoração de interiores é forte na Capital. “Antes de começar a cursar arquitetura, eu também não tinha essa visão de que a edificação conta toda uma história de onde ela está, daquela determinada região, ela não muda só a paisagem”, diz Giovana. O projeto começou em abril, inspirado pelo Prédios de São Paulo. Hoje, tomou proporções grandiosas. “Começamos a nos envolver mesmo e vimos que poderia ir além disso; a gente podia ajudar divulgando o lugar e suas ações”, explicou. O que acontece aqui, infelizmente, é reflexo de uma má manutenção nos edifícios. “Um exemplo disso é o centro, que tem edificações lindas, que marcaram uma época na cidade, e atualmente estão totalmente largados. Existem aqueles que estão bem cuidados, como o Hotel Gaspar, mas queríamos muito mostrar outros prédios de importância no centro, porém, que estão totalmente acabados”, finaliza. Casa de Ensaio Localizada na rua Visconde de Taunay, esquina com a avenida Afonso Pena, a construção funcionava como albergue e, por muitos anos, foi abandonada; hoje, é o cantinho do pessoal da Casa de Ensaio. A casa foi doada pela prefeitura, e quem concebeu todo o projeto de reforma foi a empresa Plaenge. A planta original foi bem modificada internamente, para poder atender às novas necessidades, mas a fachada permanece intacta, com lindos brise-soleils e arrojados pilares de sustentação da laje de cobertura.
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Escola Estadual Maria Constança Barros Machado Referência em arquitetura moderna, o colégio é a única obra de Oscar Niemeyer na cidade; no entanto, é interessante destacar que não foi destinada a Campo Grande, e sim a Corumbá. O projeto de Niemeyer é uma edificação multivolumétrica, unida por passarelas e coberturas. Mesmo com as modificações que ela possui, o princípio de planta livre ainda é bem visível. Os grandes brise-soleils de concreto, as janelas em fitas e os ângulos retos quebrados por uma belíssima curva na cobertura são elementos bem enfatizados, nas suas diferentes fachadas. Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho O prédio, que já foi sede de várias repartições públicas e hoje abriga o Memorial da Cultura, originalmente tinha acesso ao térreo por uma escadaria que levava a
Fotos Giovana Matsuda / Rodrigo Golin
um grande salão retangular, constituído por um bloco perpendicular à rua. Alternadamente, 3 lâminas retangulares cruzam o edifício e formam dois balanços em cada extremidade. A ousada solução permite maior área construída e uma sucessão de terraços cobertos abertos lateralmente. A estrutura é aparente, com o fechamento de painéis leves e esquadrias metálicas. Com as modificações no uso, o edifício foi sensivelmente alterado. Os terraços foram fechados, criando espaços internos com iluminação natural prejudicada, alterando a volumetria original. Hotel Gaspar Localizado entre a avenida Mato Grosso e a rua Calógeras, o moderno Hotel Gaspar foi construído em 1954, pelo arquiteto Joaquim Teodoro de Faria. Ocupando toda a esquina, o hotel possui 5 pavimentos divididos em 66 apartamentos. Janelas altas e largas
criaram uma composição de cheios e vazios, a qual apareceu pela primeira vez em Campo Grande. Morada dos Baís Em 1913, Bernardo Franco Baís começa a construção do segundo sobrado do contexto urbano de Campo Grande, o primeiro edificado em alvenaria, com argamassa de saibro, cal e areia, coberto originalmente com telhas de ardósia (formato 40 x 40) vindas da Itália. O autor do projeto foi o engenheiro João Pandiá Calógeras, e a construção foi feita pelo Sr. Matias, imigrante italiano, acompanhada pelo próprio Bernardo Franco Baís. A obra, concluída em 1918, foi residência da família até 1938. Hoje, abriga um centro cultural importantíssimo em Campo Grande.
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Motor Por Paulo Cruz
S10 HIGH COUNTRY
Tralha de patr達o
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Fotos Divulgação
A
Chevrolet, assim como outras montadoras, percebeu que a crise instalada no Brasil está atingindo a base da pirâmide social e poucos dos mais abastados compradores de carros. Nesta edição, vamos mostrar alguns lançamentos mais caros e que estão fazendo sucesso nas ruas e nas concessionárias. Vamos começar com as novas versões da picape S10, que tem o destaque na luxuosa versão High Country; na realidade, uma grife que tem origem no mercado norteamericano. O modelo foi apresentado como conceito nos Salões do Automóvel de São Paulo e Buenos Aires e começa a ser vendido por R$ 163.800, o mais caro da linha. A S10 High Country é o que pode se chamar de “tralha de patrão”, é equipada com motor 2.8 turbo diesel, de 200 cavalos, atrelado a um câmbio automático. De série, vem com faróis escurecidos, aplique no para-choque dianteiro, estribos laterais, rodas aro 18 com superfície usinada, frisos cromados na base dos vidros das portas e um santantônio especialmente projetado para ser integrado à caçamba, com direito a uma capota marítima. No interior, o carro recebeu o mesmo alto nível de sofisticação do utilitário esportivo Trailblazer. Os bancos têm forração Premium em dois tons (marrom Brownstone e preto Jet Black), costura pespontada e descansabraço traseiro. O assento do motorista inclui regulagem elétrica de altura, distância e inclinação do encosto. O carro vem equipado com ar-condicionado digital, computador de bordo, volante multifuncional, sensor de estacionamento, controle de cruzeiro e sistema multimídia Chevrolet MyLink, com GPS, DVD e câmera de ré integrados.
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Motor Por Paulo Cruz
VESTIDO PARA
AVENTURA
Outra marca que está apostando em modelos mais elaborados é a Suzuki, que começa a vender a versão 4Sport do Grand Vitara, um SUV compacto e com bom padrão de dirigibilidade e acabamento. Mais alto e com adereços que inspiram aventura, custa a partir de R$ 95.990 e conta com tração 4x4. A versão automática sobe para R$ 104.900. O modelo também adotou novo conjunto de suspensão com molas, amortecedores e pneus ATR, que deram um ar agressivo ao Vitara, mantendo o mesmo padrão de estabilidade. O SUV vem com pintura grafite fosco no contorno inferior da carroceria e nas rodas, além da identificação do modelo. No interior, o volante revestido em couro tem costura na cor grafite. O modelo estará inicialmente disponível nas cores branca e prata.
SW4
NOVA
Depois de muita expectativa, a Toyota finalmente mostrou a nova SW4, apresentada em um evento simultâneo na Tailândia e Austrália, na segunda quinzena de julho. Como já era esperado, o novo modelo ficou bem mais moderno e com linhas marcantes, inspiradas nos modelos de luxo da Lexus e abandonando o visual já cansado da atual geração. A dianteira ganhou faróis mais estreitos, com luzes diurnas de LED e grade com detalhes cromados que avançam sobre o para-choque. De lado, o SUV
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chama atenção pelo novo desenho com a linha de cintura subindo na parte traseira. O motor adotado é o 2.8 turbo diesel, com potência de 177 cavalos e torque de 45,8 kgfm, o mesmo usado pela Hilux. O câmbio poderá ser manual ou automático de seis marchas. Por enquanto, foram anunciadas três versões de acabamento: GX, GXL e Crusade. Todas são bem equipadas e contam com sete airbags, controles de tração e estabilidade, câmera de ré, rodas aro 17″, sete lugares, sistema de auxílio em arranques, freios a
Fotos Divulgação
Q3 RENOVADO
CHEGA AO BRASIL
disco nas quatro rodas, sistema multimídia e portaluvas refrigerado, entre outros itens. Haverá, ainda, nas versões mais caras, o rack de teto, rodas aro 18″, porta-malas com acionamento automático e sensores de estacionamento, entre outros mimos. A data para a chegada ao Brasil ainda não foi anunciada, mas espera-se que a nova SW4 desembarque por aqui ainda este ano, trazendo junto a picape Hilux, que deve adotar a mesma frente e nível de acabamento.
A Audi, uma das marcas que mais cresce no Brasil e no mundo, trouxe para nosso mercado o renovado SUV Q3, que tem nova motorização, retoques no visual e preços a partir de R$ 127.900, na versão Attraction, com motor 1.4 TFSI de 150 cv de potência, o que o deixa bastante competitivo no segmento. Para quem busca mais desempenho, há ainda duas versões com motor 2.0, de 180 cv e 220 cv, com preços que chegam a R$ 190.190. No visual, o Q3 ganhou nova grade dianteira, exclusiva do modelo, para-choque renovado, faróis de bixenônio em todas as versões, com as luzes de neblina incorporadas e novo feixe de LEDs. Internamente, o modelo traz poucas mudanças no acabamento e nível de equipamentos, mantendo o requinte e conforto. O painel tem desenho moderno, e a ergonomia é excelente, com ótima posição de dirigir. Testamos o modelo pelas boas estradas do interior de São Paulo, e o desempenho agradou bastante. Mesmo na versão 1.4, o Q3 acelera bem e transmite segurança em ultrapassagens. Outro fator positivo é a economia de combustível. Em nosso percurso, a média superou os 12 km/l de gasolina. O desempenho, segundo os números da Audi, são bastante animadores. O modelo equipado com motor 1.4 atinge a velocidade máxima de 204 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos. Já o 2.0 TFSI de 180 cv alcança os 217 km/h e chega aos 100 km/h em 7,6 segundos. O mais nervosinho da turma, 2.0 de 220 cv, chega aos 233 km/h de velocidade máxima, com aceleração até os 100 km/h em 6,4 segundos.
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Gadgets
Fotos Divulgação
Por Odirley Deotti
sem ‘‘mimimi’’
MADEIRA na cabeça
A Leaf ficou conhecida por fabricar os primeiros óculos em madeira no Brasil, de maneira sustentável e com design refinado. Agora, a marca surpreende de novo, lançando um headphone feito em madeira, manualmente. Além do design sofisticado, o novo aparelho possui sistema magnético para ajuste de altura do som, que é reproduzido com alta qualidade, pela eficiência acústica da madeira. São 3 modelos que variam pela forma da alça – Roxie (R$ 445), Shy (R$ 435) e Empire (R$ 455), vendidos no site da marca: wearleaf.com/headphone-leaf.
Sem enrolações ou itens desnecessários, com visual minimalista e facilidade na utilização. Esses são alguns pontos positivos do Redmi 2, primeiro smartphone da chinesa Xiaomi a desembarcar no Brasil. Em seguida, podemos acrescentar o corpo em policarbonato e acabamento fosco texturizado na traseira, resistente à oleosidade e a marcas de impressões digitais, e, por fim, a tecnologia Quick Charge 1.0, que garante recarga parcial da bateria em poucos minutos. A lista de itens é grande e faz sentido, afinal, o Redmi 2 vai bater de frente com dois líderes no mercado intermediário, o Moto G e o ZenFone 5. Internamente, o smartphone da Xiaomi é equivalente aos concorrentes, com tela IPS HD de 4,7”, quadcore de 1,2 GHz, 1 Gb de memória RAM, 8 Gb de armazenamento interno (32 Gb com microSD) e câmeras de 8 MP (traseira) e 2 MP (frontal). A grande diferença está no sistema, o MIUI 6, que é uma modificação do Android, mas sem sustos, pois ele é simples e prático de utilizar. O Redmi 2 custa R$ 549, no site br.mi.com/redmi2.
Sinalverde
Atualmente, é impossível pensar numa casa, empresa ou barzinho sem Wi-Fi, de preferência, com sinal perfeito. Porém, geralmente, os roteadores ficam em locais afastados ou escondidos, e a qualidade do sinal cai por terra, assim como a paciência de quem quer usá-lo. Para sanar esse tipo de problema, a TP-Link criou o repetidor TL-WA850R. O aparelho tem utilização prática e amplia consideravelmente a distância e qualidade do sinal do WiFi; para isso, basta conectá-lo a uma tomada em que ele capte bem o sinal do roteador e configurá-lo, algo que não leva 5 minutos. Daí em diante, ele faz seu trabalho. Outra vantagem é que ele vem com entrada RJ-45. Com ela, você pode conectar TV, Blu-Ray ou um desktop que não tenha Wi-Fi, via cabo. Por R$ 98,90, no site www.extra.com.br.
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Mistura Fina Por Thaís Pimenta
1 DIA DELES 2 36 MoodLife
Existem pais de todos os estilos e idades. A variedade é tão grande, que fica difícil listar todos os tipos. Tem o pai aventureiro, o pai chef de cozinha, o pai geek, o que nem parece pai, de tão moderno, o pai conservador, o pai que não para em casa, enfim. Fato é que, independentemente do estilo deles, a gente os ama incondicionalmente. Presentear o seu pode ser, sim, um ato de carinho. Por isso, selecionamos alguns presentinhos para você dar ao seu coroa, nesta data especial que é o Dia dos Pais. Confira!
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1. Robe Masculino Alex,
da ANY ANY, por R$ 255. Disponível no link goo.gl/qp4zyt.
2. Patins Primo Air Wave,
da Fila, por R$ 699. Disponível no link goo.gl/TXIoDt.
3.
Livro “O Papai é Pop”, da Saraiva, por R$ 29,9. Disponível no link goo.gl/jKCXkd.
4.
Vitrola Portátil Crosley Spinnerette Azul, da Crosley, por R$ 899. Disponível no link goo.gl/dBJvf3.
5. Perfume Boss Bottled
Intense, da Hugo Boss, por R$ 365 (50 ml) e R$ 475 (100 ml). Disponível na loja virtual Sépha, no link goo.gl/5HvJS6.
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Relógio da coleção Punk Glam, da Chilli Beans, por R$ 368. Disponível no link goo.gl/j5ykTu.
7.
Box comemorativo do Senna, com BluRay, livreto e miniatura do carro, da Livraria Saraiva, por R$ 159,90. Disponível no link goo.gl/IkIF3D.
8.
Camiseta Lacoste L!ve Slim Fit Graphic Tipped Pique Polo, preço sob consulta, da Lacoste. Disponível no link goo.gl/tTLTbd.
9.
Pasta Calvin Klein Casual Verde, da Calvin Klein, por R$ 589,9. Disponível no link goo.gl/mgrFzu.
10. Tênis Asics Gel
Kayano 21 Branco, da Asics, por R$ 599,9. Disponível no link goo.gl/td6pL1.
11. Mini Churrasqueira Ball
Preta, da Etna, por R$ 149,90. Disponível no link goo.gl/nWt6jz.
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Beauty Por Thaís Pimenta
Full beard Chega de sofrer fazendo a barba, é hora de deixá-la crescer!
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em quem goste e tem quem odeie a nova tendência masculina de beleza, a tal da barba. O fato é que o número de amantes tem crescido ainda mais, com os adeptos do estilo lumbersexual. Com esta moda, as barbas ficam cada vez maiores, e muitos homens têm dúvidas de como cuidar da barba cheia. Os truques são parecidos com os da barba normal, mas é preciso ter um pouco mais de atenção para que ela cresça sem problemas. Ponto importantíssimo é que a barba cheia precisa ser lavada com xampu e condicionador, para ficar limpa. E deve-se aparar próximo à boca, sempre. Alguns produtos podem dar uma mãozinha no trato desses fios. Confira a nossa seleção:
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5.
da Body Store, por R$ 42,9. Disponível aqui: http://goo.gl/DJNHdl.
2 em 1 – Shampoo e Condicionador, da Pinaud, preço sob consulta. Disponível no link: http://goo.gl/E5d8cM.
2. Cera de Bigode, da Sobrebarba, por R$
6. Bálsamo Pós Barba CADE, DA
30. Disponível no link: http://goo.gl/Amlqux.
3. Sabonete para barbear CADE,
da L’Occitane, por R$ 52. Disponível no link: http://goo.gl/D9rBM.
4. Loção Pós Barba, por R$ 69, da La Façon. Disponível no link: http://goo.gl/2HMNOz.
L’Occitane, por R$ 122. Disponível no link: http://goo.gl/D9rBM.
7. Esfoliador Pré Barba, da Dove, preço sob consulta. Disponível no link: http://goo.gl/eiQQE5.
Fotos Divulgação
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1.Sabonete para Barbear em Pote,
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9. Óleo de argan seco para barba e
cabelo, da Kiehls, por R$ 158. Disponível no link: http://goo.gl/ldibj3.
10.
Óleo de Barba, da Sobrebarba, por R$ 54. Disponível no link: http://goo.gl/6Slj2I.
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Fluido Hidratante Multi-Acções Pele e Barba, da Vichy, preço sob consulta. Disponível no link: http://goo.gl/NsFmWI.
8. Shampoo de Barba, da Sobrebarba, por
R$ 36. Disponível no link: http://goo.gl/g8Kv24.
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EquilĂbrio Por Luciana Petelinkar
Mexa-se!
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indicam que apenas 3% da população está nas academias. “Os alunos se sentem à vontade ao sair da rotina”, afirma Rodrigo. Durante os exercícios funcionais, os profissionais exercitam várias capacidades físicas que, segundo Rodrigo, são difíceis de trabalhar dentro de uma academia. Entre
elas, ele cita força, agilidade, velocidade, força do core, que é a que sustenta nosso tronco, e capacidade cardiorrespiratória. Os exercícios funcionais são compostos pela realização de diversos movimentos, e vale ressaltar que o objetivo central é atingir as metas de cada um. Ederson usa um
Fotos Gabriel Gabino
s treinos funcionais vêm se popularizando cada dia mais. Diversas pessoas abandonam ou se sentem desestimuladas a praticar as atividades físicas dentro de uma academia, em decorrência da rotina monótona. Hoje, os exercícios exigem mudanças e adaptações para se tornarem mais agradáveis, diferentes e convidativos. Em Campo Grande, dois personal trainers, Ederson Wagner, do Sistema Total Emagrecimento, e Rodrigo Mendes, do Functional Coaches, começaram, de forma tímida, a treinar clientes ao ar livre e, atualmente, treinam em média 100 pessoas cada um. Os dois profissionais são seguros em afirmar que os treinos funcionais ajudaram muita gente a sair do sedentarismo, pois uma grande parte se sente desmotivada com os exercícios dentro do mesmo ambiente e sempre da mesma forma. Segundo Ederson, estudos
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Equilíbrio Por Luciana Petelinkar
barracão para aplicar a técnica que desenvolveu. Lá, pneus, cordas, cones e outros acessórios auxiliam nos treinamentos. “Eu acredito que o segredo é fazer o máximo com maestria e costumo dizer que corpo e mente têm que trabalhar juntos.” O treinador aplica, além das atividades físicas, ferramentas de coaching e uma proposta alimentar baseada no DNA humano. Os exercícios aplicados exigem condicionamento e fazem com que o aluno se supere a cada dia. O que mais motiva os praticantes é reconhecer que a cada novo dia a resistência física melhora, e os movimentos evoluem. Os movimentos são inspirados em gestos presentes no nosso cotidiano e realizados em esportes, utilizados para fortalecer os músculos e tonificar o corpo. No Parque das Nações Indígenas, Rodrigo abusa de diferentes
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estímulos, como os acessórios, além da própria estrutura do parque, como as barras e escadas da Concha Acústica Helena Meirelles e o campo de areia, para não ficar maçante para o aluno. “Nós tentamos usar o máximo da capacidade de cada um. Temos, no mesmo treinamento, atletas junto de alunos iniciantes, que são sedentários. E eles conseguem fazer, cada um no seu limite. É um puxando o outro, com um objetivo a se alcançar”, afirma. Os exercícios funcionais são feitos em circuitos, seguindo uma ordem de atividades determinada e sendo desafiadores até o término da sequência. Em circuitos ou com a ajuda de outro aluno, os exercícios funcionais, muitas vezes, além da perda de alguns centímetros da circunferência abdominal, auxiliam
na quebra de algumas barreiras psicológicas. “Treinamento em grupo ajuda até no convívio social. Um vai ajudando o outro e sempre tem um grupo inteiro te esperando para treinar”, relata Rodrigo. É o que aconteceu com um de seus alunos, Marcos Mendonça, 28 anos. Acima do peso, fumante e com alimentação desregrada, emagreceu cerca de 40 quilos desde que começou a treinar, em janeiro do ano passado. “Aqui eu fiz muitos amigos, além de emagrecer. Tem dias que ficamos um tempo a mais, tomando tereré. Venho treinar às 6 da manhã e saio muito mais animado para o trabalho. Na academia, você não tem interação, é cada um na sua; aqui, não, a gente tá sempre junto, dando risada”, relata.
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Fotos Gabriel Gabino
Os exercícios funcionais são feitos em circuitos, seguindo uma ordem de atividades determinada e sendo desafiadores até o término da sequência
Intimidade
Infidelidade A
té algum tempo atrás, infidelidade era um ato tipicamente masculino. Era uma forma machista de comportamento, que, na verdade, encobre uma grande dose de imaturidade, de despreparo emocional. Mas, atualmente, o número de mulheres infiéis tem crescido de maneira notável, provavelmente por causa de todas as transformações vividas pelas mulheres nas últimas décadas. A mulher conquistou um novo papel na sociedade, abriu espaço no mercado de trabalho, ganhou independência, coragem e ousadia. Dos primeiros movimentos feministas até hoje, muita coisa mudou. A mulher trabalha fora, sendo, desta forma, muito mais exposta ao assédio. Suas oportunidades de convívio com o sexo oposto também aumentaram. Diante de tantos casos de pessoas que vivem relacionamentos extraconjugais, quais seriam as motivações, as necessidades e as insatisfações que cada vez mais têm levado tantas pessoas aos relacionamentos fora do casamento? Será que os moldes
_ CARLA CECCARELLO É PSICÓLOGA E SEXÓLOGA CRP-06/35.812-0 Apresentadora de rádio e TV www.carlacecarello.com.br Tel.: 11 3887.5123
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do casamento seriam os mais apropriados? Não seriam esses moldes os causadores de tantas separações e insatisfações? Vejamos a seguir. Devemos considerar que, em função da vida moderna, a falta de envolvimento que as pessoas têm entre si aumentou. Outro aspecto das relações extraconjugais está ligado à dinâmica de personalidade e de relacionamento dos envolvidos na história. É estabelecida uma relação triangular, em que participam um casal e um amante. Quando um dos lados do casal está com um amante, formando, assim, uma dupla, há sempre uma pessoa sobrando. Esta situação pode trazer à tona os ressentimentos vividos na infância, no que diz respeito às situações de exclusão, como as vezes em que os pais não permitem a participação do (a) filho (a) em momentos de privacidade reservados somente ao casal. Este pode ter se sentido excluído, não valorizado e pouco amado pelos pais. A necessidade de se “vingar” e triunfar sobre o casal (pais) faz a pessoa realizar essa fantasia numa relação extraconjugal, quando adulta. Existem também alguns outros aspectos que menos se relacionam ao lado dinâmico da personalidade das pessoas, mas que exercem grande influência no comportamento extraconjugal. Seriam os aspectos afetivos aprendidos desde que nascemos. Aprendemos sobre amor como sendo um sentimento nobre e romântico. Parece que os casamentos se constroem sobre esta ideia de amor romântico, de um amor que nunca se modificará e que deverá permanecer perfeito para sempre. Baseia-se numa ideia irreal de que o amor nunca terá fim. Mas tudo tem um fim, por que esse sentimento não haveria de ter? Em muitos casos, a pessoa percebe que o outro não é bem aquilo que ela esperava, o que
realmente desejava que fosse. E, nesse momento, pode começar o desafio: colocar os pés no chão e adaptar o próprio desejo à realidade. Existem muitos relacionamentos que são realizados ou se mantêm em função da convivência, por causa dos filhos, por interesses econômicos e sociais, e até mesmo por que os casais demoram a perceber que o amor acabou há muito tempo e nem sabem por que estão juntos. E, apesar de manterem a união, começam a levar vidas separadas, cada um cometendo a infidelidade à sua maneira. Também, outro aspecto interessante e que contribui para a infidelidade é que, com a convivência, perde-se a noção do eu-individual, ou seja, a individualidade fica prejudicada, dificultando separar o eu do outro, parecendo que ambos são um só ser. As pessoas costumam amar de forma possessiva, julgando-se donas de seus companheiros. E isso acontece em vários relacionamentos humanos. É muito duro reconhecer que a pessoa amada é diferente da gente. E, portanto, quanto maiores as características narcísicas da pessoa, maior será a dificuldade de aceitar o diferente. Fica, então, a “dica” referente às características do infiel, principalmente aquele (a) que trai intensamente: é a típica pessoa que não cresceu emocionalmente. É uma pessoa imatura, dependente, que sempre usou o sexo como forma de autoafirmação para provar para si mesmo que é homem ou mulher de verdade, que é conquistador e irresistível. São os narcisistas que vivem em função de si próprios, incapazes de se envolver emocionalmente. Para estas pessoas, é fundamental uma ajuda psicológica, para que entrem em contato com sua imaturidade e, assim, transformem-se num ser humano pronto para viver, sem medo, as próprias emoções e sexualidade.
Capa Por Luciana Petelinkar
menino
prodígio Pagodeiro de sucesso e apresentador de TV. O menino que começou a cantar no coral da igreja para espantar a timidez alcançou o sucesso e garante: o céu é o limite!
C
riado em Ponta Porã (MS), Thiaguinho conseguiu tudo o que queria. Com uma carreira meteórica, tem agenda de shows lotada, apresenta o programa “Música Boa ao Vivo”, do Multishow, e ainda participava, até o mês passado, do corpo de jurados do “SuperStar”. Tudo isso ainda conciliando o casamento com Fernanda Souza. O menino que começou a compor para vencer a timidez é considerado um dos compositores mais requisitados do momento.
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Suas canções, invariavelmente, viram hits e são gravadas por artistas de todos os gêneros. Thiaguinho lança tendência até no jeito de ser; quem não se lembra do “T” feito com os braços, em referência ao “É tóis”, gíria inventada com o amigo Neymar? Thiaguinho conquista com seu talento e carisma. Querido por onde passa, seu público é formado por diversas faixas etárias, de crianças a adultos. Em seus shows, sempre lotados, coloca todo mundo para cantar e dançar.
Foto Alisson Sbrana
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Capa Por Luciana Petelinkar
Você é nascido em Presidente Prudente, mas passou a infância em Ponta Porã. Quais as suas lembranças dessa época? Quando pequeno, eu escutava muito do que meus pais ouviam. Eles escutavam de tudo, muito sertanejo, em razão de onde eu nasci e cresci. São duas cidades em que o ritmo é muito forte, assim como em todo o interior do Brasil. Meu primeiro contato com música foi o que eu escutava na rádio, que era o sertanejo. Eu também ouvia os sambas que meu pai gostava, como Martinho da Vila, Bezerra da Silva, Agepê... Comecei a me interessar cada vez mais por música, fuçando nos discos deles, e assim fui criando o meu gosto. Com 13
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anos, passei a gostar de pagode: Negritude Jr., SPC, Exaltasamba, Katinguelê, Os Travessos... Esses grupos me despertaram a vontade de ser cantor, a vontade de viver de música, de tocar os instrumentos do pagode. E, com 14 anos, eu aprendi a tocar sozinho o cavaquinho; a partir daí, foi tudo muito rápido, mas tudo muito difícil. Como foi sair do interior do Brasil para tentar a carreira em uma cidade grande? Tudo o que eu vivo hoje foi o que sonhei. Sempre sonhei em viver de música, sempre sonhei em ser pagodeiro. Sou prova viva de que, se você tiver fé e acreditar, você consegue. Sempre cantei em casa,
na escola, sempre gostei muito de música e estava acostumado a ir à igreja, em Ponta Porã, com minha mãe. Ela era coordenadora da pastoral da música e sempre me dizia que eu tinha que cantar no coral da igreja, e eu fui. Foi aí que tudo começou. Aos 18 anos, entrei no programa “Fama” e não ganhei; mas, um ano depois da minha participação, fui chamado para fazer parte do grupo Exaltasamba, no qual cantei durante nove anos. Em 2012, iniciei uma nova fase da minha carreira, com o trabalho solo. Você está com a agenda lotada de shows, foi jurado do “SuperStar” e apresenta o “Música Boa ao Vivo”, do Multishow.
Como consegue atender toda a agenda e ainda curtir o casamento e sua casa, no Rio? Eu queria fazer mais dois Thiaguinhos (risos), mas já me acostumei com essa vida louca de não ter rotina. Antes, eu tinha que me dividir muito entre Rio de Janeiro e São Paulo. Mas agora que moro no Rio fica mais fácil. Saio dos shows e vou direto para lá, e o “SuperStar” e o “Música Boa ao Vivo” são gravados lá também.
Falando em curtir o casamento, você já afirmou, várias vezes, que é louco para ser pai, e sua mãe, inclusive, já falou que quer netos. Como está o planejamento? Tenho vontade de formar família, só não sei quando. Vamos com calma, porque ainda quero curtir o meu casamento (risos). Nessa agenda lotada, você, muitas vezes, tem que abdicar de momentos com familiares e amigos. Como lida com isso? Creio que uma coisa leva a outra... O fato de a minha música chegar a tanta gente, graças a Deus, desperta o interesse das pessoas e intensifica os compromissos... Acho natural. Você já participou do programa “Fama” e agora foi jurado do “SuperStar”. Consegue se lembrar de como é a sensação de estar no lugar dos competidores? É uma ótima vitrine poder mostrar seu trabalho no horário nobre da Rede Globo! Basta aproveitar bem essa chance e fazer um bom trabalho pós-programa. Acho que sirvo de exemplo para os candidatos, para eles saberem que é possível participar de um programa desses, não vencer e, ainda assim, conseguir um espaço na música. Músicas autorais são sempre sua predileção no programa. Você consegue avaliar melhor a banda com base no estilo que ela apresenta no palco? A avaliação é feita independentemente. Gosto de tudo, ouço de tudo... Procurei seguir meu coração. Essa é a emoção de ser ao vivo: passar a impressão do que eu ouço na hora.
Foto Alisson Sbrana
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Capa Por Luciana Petelinkar
Você é devoto de Nossa Senhora Aparecida. Como a religião interfere na sua vida pessoal e artística? Interfere em todos os aspectos. Sou devoto desde que nasci. Minha família toda é devota, e eu me identifiquei também. Fui criado dentro da Capela Nossa Senhora Aparecida, em Ponta Porã, o que intensificou mais ainda minha relação com Nossa Senhora. Você lançou “Hey, Mundo!” por meio de uma produtora independente. Por quê? O contrato com a antiga gravadora terminou e, a partir daí, nós nos demos a oportunidade de desenvolver alguns projetos mais ousados, para que a minha música pudesse chegar ao meu público de uma maneira mais fácil, rápida e acessível. Foi assim que surgiu a FVA Music Solutions na minha carreira. Um ponto inusitado de vendas foi colocar o CD em bancas de jornal, além do meio digital; algo diferente, tratando-se de um artista tão conhecido. Qual a repercussão? É mais um ponto de venda. Sei que, a cada dia, o espaço digital cresce; porém, muita gente ainda não tem acesso a esse universo. Os números de lojas que vendem CDs também estão diminuindo. Dessa maneira, acaba sendo mais democrático. “Hey, Mundo!” não é só pagode. Tem hip-hop e pop também. Uma sonoridade que até então você não tinha abraçado, pelo menos profissionalmente. Como foi fazer essa mescla? Eu procuro ser uma eterna mudança. Acho importante ter esse diferencial, a cada disco que passa. Toda vez
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que vou gravar um disco, eu costumo colocar o que estou ouvindo. O que me influencia no momento se reflete no meu som. “Hey, Mundo!” é bem irmão do “Outro Dia, Outra História”. É uma sonoridade que me agrada bastante e que pretendo usar por muito tempo ainda, principalmente o violão de aço. Nunca tinha tocado violão de aço nos shows, nunca tinha colocado o violão de aço no meu som de uma maneira tão presente e, hoje em dia, já tem uma galera que identifica esse elemento com o meu pagode. Considero esse disco bem moderno. Continuo misturando elementos e ousando nos vocais e instrumentos. Estou muito feliz com o resultado.
São três anos de carreira solo e 13 desde que foi convidado para cantar com o Péricles, no Exaltasamba. Quanto do Thiaguinho mudou ao longo dessa estrada? Eu sou um cara que dá muito valor por tudo que passou. Faz parte da minha história e não faço nenhuma distinção da carreira solo com a de grupo, porque sempre fiz tudo com muito amor, empenho e alegria. Continuo sendo a mesma pessoa, e a luta é a mesma. A gente sabe que na música tem festa; mas, se não levar a sério, não rola. No “A Gente Faz a Festa”, você se reuniu com Péricles e Chrigor para uma série de shows, para
Foto Alisson Sbrana
Sempre sonhei em viver de música, sempre sonhei em ser pagodeiro. Sou prova viva de que, se você tiver fé e acreditar, você consegue. comemorar os 30 anos que o Exaltasamba faria no próximo ano. Como foi esse reencontro com o Péricles e a parceria com o Chrigor? Foi emocionante. Cantei com dois caras que eu cresci ouvindo e que admiro. E eu nunca tinha cantado com o Chrigor antes. Fizemos parte do mesmo grupo, mas em épocas diferentes. A ideia desse projeto surgiu de um almoço, em uma tarde em que o Péricles e eu fomos ensaiar para ele cantar no meu casamento. Depois disso, nós fomos até uma churrascaria e chegamos à conclusão de que a gente tinha que homenagear os 30 anos do Exaltasamba.
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Estilo de Vida Por Luciana Petelinkar
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De corpo e
Alma
Fotos Gabriel Gabino
Eles n達o carregam o filho por nove meses na barriga, nem sentem as t達o temidas dores do parto, mas assumiram o papel de m達e. Seja por fatalidade ou por vontade, eles mudaram a rotina, arrega巽aram as mangas e, com amor e coragem de sobra, cuidam sozinhos dos filhos.
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Estilo de Vida
"É como se fosse uma estrada. Você não sabe o que vai encntrar deoius da próxima curva" É o caso desses dois pais com que conversamos. Antônio Tavares, 49, perdeu a esposa de repente e viu seu mundo de ponta cabeça, ao ter que cuidar sozinho das duas filhas, Tamires e Tamisia, então com 16 e 12 anos, respectivamente. Com olhar atencioso e riso fácil, é evidente que é um paizão derretido pelas suas meninas. Aceitar a condição de estar viúvo foi o mais difícil para Antônio. “Eu lembro que, depois do sepultamento, eu entrei no carro e falei com Deus: ‘Estou engatando essa marcha aqui, mas daqui pra frente eu não sei como vai ser, o Senhor é quem vai me ajudar’”. Já Kauhê Prieto decidiu cuidar do filho, João Pedro Zachert Prieto, hoje com 11 anos. Após a separação, organizou a casa e a rotina especialmente para receber a guarda definitiva do filho, com apenas 4 anos na época. “Analisei as possibilidades de criação e ambiente familiar e organizei minha casa”. Depois de um processo doloroso, conversas com psicólogas e muito estresse, Kauhê conseguiu. “O juiz foi taxativo, já que ele estava habituado à rotina de casa, acompanhamento escolar e também às atividades esportivas, como judô, natação e aula particular.” Se existe definição para superpai, com certeza, quem enfrenta de peito aberto o cuidado e a devoção
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ao filho sabe de cor e salteado esse significado e o coloca em prática diariamente. Atualmente, vemos um número cada vez maior de pais querendo mais que prover materialmente à família, como a sociedade há tempos definiu. Essa nova postura provoca muitas mudanças na vida dos pais. Kauhê afirma que, com o cuidado integral, redescobriu-se como homem e, com isso, cresceu pessoal, intelectual e profissionalmente. “Tenho certeza que, se fosse diferente, não estaria como estou.” Para Antônio, o começo foi um período de descobrimento das filhas. “Eu descobri coisas sobre elas que nem imaginava”, divertese. Antônio era aquele pai que saía para trabalhar e trazer o sustento, enquanto a mãe cuidava da família e da casa. “As coisas vinham mais resumidas para mim e já com as opções de solução. Depois, eu tive que lidar com uma quantidade imensa de informações e funções novas e, ainda, decidir como seria. Era tudo muito novo.” Para Tamires, era a mãe quem comandava a rotina da casa, sabia os horários de cada um e as particularidades. Mas, com muita conversa, a família, então com um novo formato, conseguiu se entender e fazer a casa funcionar. Hoje, todo mundo se ajuda. Tamires lava a roupa dela e da irmã, que é
a responsável pela louça. Antônio é o motorista de casa, além de ser o responsável pela alimentação. “A minha rotina foi totalmente alterada; durante todos esses anos, tive que conversar no meu trabalho e, diversas vezes, o meu filho estava presente e participando efetivamente das minhas atividades profissionais”, conta Kauhê, que optou por morar no interior do Estado, para priorizar a qualidade de vida de João Pedro. “Meu filho
Foto Acervo Pessoal
pode andar sozinho, ir pra escola de bicicleta, ter relações interpessoais saudáveis, sem que eu me preocupe com sua segurança, como seria em uma cidade grande”, afirma. “A minha rotina não existe mais. É tudo em volta delas”, revela Antônio, sorrindo. Ele conta que toda noite confere as atividades do próximo dia com as filhas, que, por conta de faculdade, escola e estágio, têm um dia diferente do outro. “É como se fosse uma
estrada. Você não sabe o que vai encontrar depois da próxima curva.” Antônio sabe que está no caminho certo. Para ele, é um processo que não irá acabar tão cedo, mas afirma que todos estão crescendo. Superprotetor, esse paizão sente só orgulho das filhas. Tamires, atualmente, faz faculdade de Arquitetura na UFMS, e Tamisia conseguiu realizar o sonho de conhecer outro país, graças aos esforços de Antônio.
Com sentimento de dever cumprido, Kauhê se enche de orgulho ao falar do filho e faz das conquistas de João Pedro sua alegria. “Meu maior prêmio é ver suas medalhas de esporte, suas notas na escola e sua educação com as pessoas. Ele sabe muito que gentileza gera gentileza e amor gera amor, por isso, eu me sinto totalmente realizado e feliz”, derrete-se.
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Na estrada Por Joana Pires
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dias no
ORIENTE Q
uando você chega à Índia, você começa a ser modificado de alguma forma. Todo mundo me falava isso, e eu não acreditava, achava que era florear demais a experiência. Mas é verdade. São tantas energias, que você consegue entender que tudo tem um motivo para ser. Se você está ali, é porque é onde deveria estar. Existe uma beleza muito grande em tudo que eles fazem. Existe um culto ao belo; não ao belo fútil, mas à beleza de uma oração, de um templo.
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em Tamil Nadu, no sul da Índia, por um período de 30 dias. O curso foi realizado em um centro de estudos e terapias dentro de uma reserva de elefantes selvagens. Os quartos eram bem simples, com camas de solteiro, mesa de estudos, chuveiro quente e sanitário ocidental (na Índia, não há vaso sanitário, só um buraco no chão). Como minha viagem foi para estudos, as aulas já começaram no dia seguinte: cerca de 8h por dia. Mas, muitas vezes, ficávamos até as 2 ou 3 da manhã, porque os professores indianos se empolgavam com os alunos brasileiros, e nós com o conhecimento deles. As aulas teóricas eram mescladas com aulas práticas e visitas a templos e hospitais ayurvédicos. Tínhamos aulas de segunda a sábado, então, usávamos os domingos para descansar. Mentira! Aos domingos, fazíamos compras.
Foto Acervo Pessoal
Minha história com o país começa em 2003, quando, por meio da minha mãe, comecei a praticar yoga. Entre idas e vindas, retomei com regularidade em 2009, quando fiz um curso que me mostrou a necessidade de considerar os impactos do consumo de produtos animais e o poder dos alimentos em nossa vida. A partir daí, fiz cursos de formação em yoga, até que ouvi o termo “Ayurveda”. De certa forma, parecia algo que já fazia parte de mim, mas que eu deveria "redescobrir". Foi assim que decidi fazer um curso no Centro de Yoga Montanha Encantada, em Garopaba (SC), e me apaixonei definitivamente. O curso contemplava os módulos básico e intermediário; porém, o avançado deveria ser feito na Índia. Após um ano de estudos e aprofundamento, decidi fazer o curso avançado, que aconteceu em janeiro de 2014, no The Arya Vaidya Pharmacy (AVP), Ayurveda - conhecimento médico desenvolvido na Índia há cerca de 7 mil anos. Agrega um extenso conjunto de métodos e práticas voltadas para a prevenção e tratamentos das doenças e para a promoção da saúde. Como a escola médica, deve ser incluída entre as chamadas Medicinas Vitalistas junto à Medicina Chinesa, a Homeopatia, a Naturopatia e a Medicina Antroposófica.
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Na estrada Por Joana Pires
Dia a dia
Tudo na Índia é extremamente barato, inclusive a mão de obra, por isso tem muita gente trabalhando. Só no meu quarto, iam três pessoas para limpar. A senhora que lavava minha roupa fazia isso no rio, sem sabão, batendo as roupas na pedra. Eu não posso dizer que isso acontece em Nova Deli, capital da índia, porque lá as pessoas têm mais acesso à tecnologia, mas eles ainda vivem num paradoxo de tecnologia e tradição. As relações familiares ainda são muito patriarcais. No sul, onde eu estava, ainda havia pais que decidiam com quem as filhas iam se casar. Lá, o trânsito realmente é um caos, entendido somente por eles. Dávamos as mãos e atravessávamos as ruas rezando para chegarmos vivas ao outro lado. Pura adrenalina. As vestimentas deveriam seguir certas regras. Não era autorizado mostrar calcanhares, coxas, ombros ou usar roupas decotadas e transparentes. Mas não havia problemas em mostrar a barriga. Éramos orientadas a andar num grupo mínimo de quatro mulheres, por segurança. Lá, eles têm certa repulsa dos ocidentais, porque temos uma maneira diferente de viver, temos mais liberdade.
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Alimentação
A refeição acaba sendo um ritual de cura, com ordem certa de consumo dos alimentos. O café da manhã parece um almoço. Você acordava já comendo arroz e os pães chapati e naan. Havia uma dificuldade de encontrar frutas e salada, não sei se é da região que eu fiquei ou se é generalizado no país, mas eles consomem tudo cozido, para facilitar a digestão. E tudo ainda é muito rústico, feito à mão; são práticas com cunho espiritual, que relembram como os ancestrais faziam. A comida era extremamente apimentada no início; mas, ao longo do tempo, fui me acostumando com aquele incêndio em minha boca. Além disso, os temperos são muito usados, preza-se pela cor e pelo aroma do prato. Eles não comem carne, mas consomem muito leite, que é considerado um alimento sagrado.
A cada esquina, nós nos deparávamos com um templo diferente, com cores, deidades, aromas e histórias diversas. A espiritualidade está presente em tudo – ou é o todo para eles. Não há dias predeterminados para cultos, não há separação entre vida e devoção, é como respiração, eles precisam daquilo. A própria vida é uma devoção a algo maior. A beleza externa é menos importante que a beleza interna, do espírito, e a tradição anda lado a lado com a modernidade, embora haja alguns tropeços nesse caminho. Tudo está ligado a algum deus, as estações, colheitas e atividade comercial. Toda manifestação natural vem de algum deus, e há uma entidade para reger cada função no universo. É sempre uma troca: dar, agradecer e receber.
Volta ao Brasil
Estudar Ayurveda na Índia foi mais que adquirir conhecimento, foi uma experiência de aquisição de consciência. Foi lá, em meio a estudos das camadas do ser, da individualidade de cada um, do poder de alimentos, plantas e pensamentos, que me dei conta de mim, do que eu queria e devia fazer. Estudando caminhos de cura, descobri o meu dharma, meu caminho de evolução, minha razão de existir neste mundo. A partir daí, mudei toda a minha trajetória de vida, foi uma completa reinvenção. Não foi fácil abrir mão de uma vida pré-moldada e segura, para entrar em um mundo totalmente diferente, cheio de dúvidas. Mas, hoje, posso dizer que valeu a pena e continua valendo. Tudo que aprendi lá coloco em prática. Abri um espaço de cuidado com o ser que acolhe e respeita individualidades, acredita no retorno à natureza e nas práticas ancestrais como potências curativas, gerando leveza, aceitação, contentamento e gratidão. Fazer isso é maravilhoso. É acordar todo dia sabendo que pode melhorar o dia de alguém. Não tem preço. Quer compartilhar aquela viagem incrível? Envie seu relato e suas fotos para reportagem@moodlife.com.br
Foto Acervo Pessoal
Religiosidade
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Décor Por Thaís Pimenta
Espaço inusitado
Dezoito ambientes criados em contêineres chamam atenção para a mostra mineira Construir Casa Design
As arquitetas Sylvia Pinheiro e Catarina Marschner, em parceria com a Sava Móveis, criaram um living que facilita os novos hábitos que vêm se concretizando hoje no mundo. O ambiente conta com inovações tecnológicas, como nos tecidos utilizados, uso de mão de obra local, além da valorização sustentável do ambiente existente, aproveitando o maravilhoso piso do próprio contêiner e sua estrutura original
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Fotos Osvaldo Castro
ue tal morar em um contêiner? É a ideia que a mostra Construir Casa Design expõe. Nela, 18 ambientes são idealizados nesses espaços, com mais de 1.000 m² de área construída, na cidade mineira Lagoa Santa. No total, foram utilizados 17 contêineres marítimos, pensados a partir das últimas novidades do mercado de arquitetura, decoração, construção, obras de arte, materiais e produtos, com a participação de profissionais reconhecidos, como o português Pedro Barata, Sylvia Pinheiro, Flaviane Pereira, Juliana Lima, Alessandra Lara, Homero Avelar e Everaldo Amorim. A proposta, segundo um dos idealizadores, o engenheiro Willian Gonçalves, é mostrar que é possível unir sustentabilidade, conforto e muito luxo dentro de contêineres. São lofts, livings, salas de jantar, salas de estar, quartos, home offices, home theaters, espaços gourmet e até mesmo ambientes para eventos. Confira um pouco do que rolou na Construir Casa Design.
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Décor Por Thaís Pimenta
Aconchegante e descontraído, o Espaço Zen é o local ideal para curtir os prazeres da vida. Luzes de velas, lareira e móveis confortáveis criam uma atmosfera acolhedora, que, junto dos tons claros em mescla com marrons e dourados, dão requinte ao espaço criado por Camila Guerra Este projeto foi criado por Rosinha Houri e Cida Teles, para funcionar como uma sala de cinema em pequena escala, dentro de casa. Se ir ao cinema já é ótimo, imagine ter o aconchego do lar associado a um espaço exclusivo para assistir a um bom filme, com acústica, conforto adequado e toda a tecnologia possível
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Fotos Osvaldo Castro
Para homenagear um casal que adora viajar mundo afora, é vidrado em música e fotografia, vive na presença constante de amigos, bons vinhos e livros, não há opção melhor do que a criação de um espaço com muitas possibilidades estéticas e funcionais: um contêiner. Assim surgiu o Loft do Casal, da arquiteta Cioli Stancioli. O espaço foi projetado em três contêineres, no total de 89 m², e inclui: salas de estar, leitura e música, cozinha integrada às salas, área de serviço, banheiro social e suíte O espaço foi criado para ser um apartamento de um jovem solteiro. A dupla Carol Becattini e Renata Basques concebeu este ambiente pensando em um layout de integração que buscasse a praticidade do dia a dia. As delimitações foram feitas pelos revestimentos escolhidos e pelo mobiliário, que atende a todas as necessidades do morador. O maior desafio foi a dimensão dos espaços; mas, com uma boa setorização dos ambientes, foi possível integrá-los perfeitamente
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Décor Por Thaís Pimenta
Cozinhar é um estilo de vida. Não há como negar, a cozinha é a nova sala. A gastronomia está em alta. Cada vez mais, o mineiro quer receber em casa; então, nada melhor que unir o útil ao agradável. A cozinha de ontem e de hoje é o ponto de encontro preferido da família. Integrada ao living, ganha status de estar. Boa iluminação, acabamentos nobres, tecnologias e cores aconchegantes foram o ponto de partida para o projeto, com 60 m², de Flaviane Pereira
No ambiente Varanda Cosmopolitah, de Homero Avelar e Everaldo Amorim, o conceito trabalhado é transformar o passar do visitante pela varanda, a fim de que ele admire e se envolva com o ambiente. As cores fortes e formas modernas levam o visitante a se surpreender com uma galeria e exposições de diferentes artistas. Fazendo um contraponto com o moderno, o design clássico nos móveis e adornos trazem aconchego ao ambiente e criam um espaço de interação com os visitantes
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No estilo contemporâneo, com um toque clássico, que une elegância e luxo, por meio de uma paleta de cores fortes, como preto, cinza, roxo e laranja, sem perder a sobriedade que se exige para o ambiente; o objetivo do projeto de Homero Avelar e Everaldo Ammorim foi mostrar um ambiente arrojado, luxuoso, dando destaque aos móveis, adornos e objetos de designers, aliados à obra de arte diferenciada e iluminação indireta automatizada, para deixar o ambiente com um clima agradável e aconchegante para o repouso
Fotos Osvaldo Castro
A proposta dos arquitetos Luciano Costa e Laura Carvalho foi criar um ambiente que fosse retro e contemporâneo ao mesmo tempo. Eles homenagearam uma das maiores cantoras de jazz de todos os tempos, a Billie Holiday, que neste ano completaria 100 anos. Com toda essa combinação, o ambiente ficou aconchegante, sustentável, criativo e diferenciado
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Gourmet Por Thaís Pimenta
Delícia da terrinha
De sabor único, a linguiça de Maracaju representa o Estado, quando falamos de gastronomia regional
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Fotos Gabriel Gabino
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e origem totalmente sulmato-grossense, a linguiça de Maracaju está ligada à tradição das famílias que colonizaram os campos vastos da Serra de Maracaju. Algumas das famílias colonizadoras da região vieram do Triângulo Mineiro e trouxeram de lá a tradição da produção da linguiça caseira, que inicialmente era feita com carne suína e, depois, foi substituída pela carne de boi, levando em conta a tradição da pecuária bovina que
já predominava e que continua forte em Mato Grosso do Sul. Por conta da dificuldade de armazenamento e conservação das carnes, na época, as famílias usavam os cortes de primeira para fazer linguiça, e os demais para fazer o charque. Toda a produção era artesanal: a carne era cortada à faca, temperada e, depois de embutida, deixada por algum tempo, para que o produto secasse e se conservasse por um período maior. Produto, este, que foi o
primeiro embutido artesanal feito exclusivamente com carne bovina de primeira. A qualidade do alimento é tanta, que o empresário Antônio de Azambuja resolveu patenteá-lo como linguiça de Maracaju. Além disso, ele criou uma fábrica que atualmente produz o embutido e abriu também o restaurante Linguiça de Maracaju, que nos recebeu prontamente para contar um pouco da história desse prato tradicional.
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Gourmet Por Thaís Pimenta
“Nossa linguiça é feita da carne do coxão mole, carne de primeira, dos bois da fazenda da minha família. A carne é cortada à faca, de forma artesanal, temperada com nosso segredinho da casa e sem nada de conservante”, explica. Outros pratos foram criados pensando em ampliar as opções para o cliente, como é o caso do arroz com linguiça de Maracaju, feito na panela de ferro, para dar um toque especial ao sabor. “Nós fabricamos a linguiça,
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vendemos aqui no restaurante, prontinha. Mas também temos a opção de o cliente comprá-la aqui crua, embalada a vácuo. É possível encontrá-la em algumas casas de carne de Campo Grande e de outras cidades também”, diz ele. Antônio diz, ainda, que sua família fabrica o prato desde 1890. “A receita que preparamos aqui foi criada pela minha mãe. Meus avós e meus tataravós já tinham o costume de fazer a linguiça, só fomos seguindo a tradição”, conta.
Festa da
Fotos Gabriel Gabino
Linguiça de Maracaju
De um prato regional, surge então uma festa, que já existe há 21 anos. A festa tornou-se uma das mais tradicionais de Mato Grosso do Sul e é responsável por movimentar o município de Maracaju. A comemoração levou a cidade ao “Livro dos Recordes” (“Guinness Book”), desde 1998, por ter
produzido a maior linguiça contínua do mundo, com 32,5 metros. Segundo a organização, o evento acontece desde 1994 e deve-se consumir cerca de 20 toneladas da verdadeira linguiça de Maracaju, não só na festa, mas em outros 10 pontos de vendas distribuídos pela cidade.
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Vinhos Por Douglas Mamoré Junior
mês Dica do
Nos últimos dez anos estive muito envolvido na divulgação do vinho em nosso Estado, conversando com centenas de pessoas, profissionais da área de restaurantes, proprietários, cursos de culinária, hotéis e realizando palestras para o público em geral. Acompanho também o esforço de muitos amigos e profissionais que assim com eu, tem feito um grande trabalho na divulgação dos vinhos finos em nosso Estado e é com alegria que observo o muito que avançamos, principalmente em Campo Grande. Aproveitamos para fazer um balanço deste trabalho e percebemos com satisfação que vivemos um novo momento para o vinho em Mato Grosso do Sul, atualmente milhares de garrafas de mais de uma centena de rótulos são consumidas todos os meses, por um público que há pouco tempo atrás não tinha acesso a tantos vinhos de alto nível como agora. Apenas o fator custo continua a ser o maior obstáculo neste crescimento, devido aos impostos incidentes sobre o vinho no Estado que são extremamente altos o que impacta e desequilibra os preços em relação a São Paulo, e outras capitais do país. Porem mesmo enfrentando obstáculos, nosso compromisso se renova com o reconhecimento dos consumidores e proprietários que aceitaram o desafio de trabalhar com vinhos finos e agora já colhem os frutos desta ousadia, sabíamos que era uma questão de tempo para que as pessoas adquirissem o hábito de ter sempre um bom vinho à mesa seja em casa ou no restaurante. Continuaremos a brindar clientes e consumidores com o que existe de melhor na viticultura mundial, meu muito obrigado a todos, esperando que os próximos anos sejam ainda melhores para o vinho em Mato Grosso do Sul.
CAMPOFIORIN ROSSO DEL VERONESE l AGRICOLA MASI l VÊNETO ITÁLIA Verdadeiro clássico italiano, o Campofiorin é produzido pela técnica de dupla fermentação, que consiste em passificar uma parte das uvas e adicionar estas uvas passificadas ao vinho elaborado com uvas frescas. Este processo desencadeia uma segunda fermentação, extraindo mais cor, aromas e complexidade. Muito elogiado pela Wine Spectator.
GRANDARELLA 2010 l AGRICOLA MASI l VÊNETO l ITÁLIA Produzido da mesma maneira que o famoso Amarone, este superveneziano' é elaborado com uvas Carmenère, Corvina e Refosco. É concentrado, elegante e aveludado, com um bouquet intenso de frutas muito maduras e um final longo.
BROLO DI CAMPOFIORIN ORO l AGRICOLA MASI l VÊNETO ITÁLIA O Brolo di Campofiorin ORO é uma versão especial do ótimo Brolo di Campofiorin, em um estilo exuberante, aveludado e extremamente refinado. Trata-se de um vinho que lembra muito o estilo do consagrado Amarone de Masi, por um preço realmente muito convidativo. Na edição ORO foi adicionada a casta Oseleta, uva autóctone de Verona, resgatada pela Masi. Ela compõe 10% do corte, reforçando a cor e a concentração do vinho. Corvina (80%) e Rondinella (10%) completam o tinto, elaborado de acordo com a técnica da dupla fermentação reinventada por Masi.
_ dOUGLAS MAMORÉ JUNIOR
ENÓFILO DESDE 2005, DEDICA-SE EXCLUSIVAMENTE AO UNIVERSO DOS VINHOS douglas@mistral.com.br
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Fotos garrafas Divulgação
A partir deste mês, a Mood Life trará uma seleção de restaurantes, bares e espaços gastronômicos especialmente pensada para os nossos leitores. A cada edição, novos sabores e espaços serão apresentados, sempre com a qualidade da Abrasel, parceira nessa nova etapa.
Aprecie!
Parceria
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Seção Por Autor
Sudarê
Gastronomia Oriental
Rocha's
Caldos & Sopas
Logo na entrada você se depara com uma mesa posta no tatame, maneira tradicional japonesa de fazer as refeições, mas o Sudarê também tem mesas ocidentais. Além de oferecer os clássicos sushis, sashimi e sobá, o restaurante aposta no lámen, ainda pouco conhecido na cidade. Feito com carne bovina ou suína, ovo cozido, nori e cebolinha, é finalizado com caldo de shoyo ou missô. Rua Princesa Izabel, 390. Jd dos Estados - Tel: 3306-7713 www.sudarerestaurante.com.br
Twist Bar
Ambiente rústico e muito charmoso. As longas mesas convidam os clientes a se reunir com os amigos e com a família para aproveitar uma noite saborosíssima. Todos os dias são servidos cinco tipos de caldos e mais de 23 acompanhamentos. Os destaques da casa são a rabada, quibebe de mandioca, vaca atolada, abóbora com carne de sol desfiada e a dobradinha. O restaurante serve ainda porções e bifões. Avenida Senhor do Bonfim, 810. Nova Bahia - Tel: 3026-2675 fb.com/rochascaldosesopas
Luz baixa, programação musical especial e um segundo ambiente super aconchegante no jardim. Além do já tradicional caldinho de cortesia, que todos os clientes ganham ao chegar ao bar, o Twist inova servindo um cardápio tentador. O destaque deste mês vai para o risoto de camarão, feito com ingredientes selecionados e sabor impecável. Rua Antônio Maria Coelho, 3297. Jd dos Estados - Tel: 3324-1144 fb.com/twistcg
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Quiosque
da Brahma
Doces
Momentos Lagoa da
Prata
Clima de boteco e aquela vista maravilhosa do Parque das Nações Indígenas é a combinação que conquistou o coração dos campograndenses. Para esquentar quem não dispensa um belo chopp gelado até no friozinho, além de mantinhas para os clientes, o quiosque oferece caldinho de carne seca com mandioca como cortesia da casa. Se precisar esquentar mais ainda, o bar tem outras duas opções: caldo de feijão ou de legumes. Avenida Afonso Pena, 4909 Tel: 3326-7327 fb.com/quiosquechoppbrahmacg
Que tal um café da manhã completo, com direito a cappuccino quentinho e chocolate quente? É a proposta da Doces Momentos, que desde o começo do mês de julho adicionou o breakfast ao cardápio. As opções são diversas, desde ovos mexidos com bacon até uma saladinha de frutas, mais light. O espaço abre todos os dias a partir das 7h e, nos fins de semana, a partir das 8h. Rua Abrão Júlio Rahe, 795, Tel: 67 3311.3400 www.docesmomentos.com.br
Especialista em tilápia, o Lagoa da Prata inovou ao criar a moqueca do peixe servida na telha, um prato ideal para aquecer nos dias frios. Por ser um peixe sensível, a dificuldade na hora do preparo é grande, se errar no ponto a moqueca acaba virando um caldo, e o Lagoa descobriu a fórmula perfeita para agradar a clientela. Sem contar que é um prato saudável e em conta, pois uma porção serve até duas pessoas. Experimente! Rua 25 de setembro, 73, Centro. Tel: 3029-4846 www.lagoadapratarestaurante.com.br
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Seção Por Autor
Recanto
das Ervas
Les Amis
Com 70% do cardápio só de orgânicos, o Recanto das Ervas serve no inverno quatro tipos de caldos, canja integral, caldo verde - à base de inhame, caldo de mandioca com frango orgânico e o caldo de abóbora com maçã e gengibre - queridinho dos clientes. As folhas e ervas são colhidas na hora do preparo, tornando essas delícias ainda mais especiais. Comidinha reconfortante, fresca, super nutritiva e, o melhor de tudo, orgânica! Rua 13 de junho, 1.592 Tel: 3027-2080 fb.com/recantodaservas
O Les Amis é um bistrô e champanheria todo especial! O cardápio tem inspiração francesa, sem deixar de ser regional e o ambiente, romântico, conta até com luz de velas. O fondue de inverno vem para complementar esse climinha “love is in the air” com muito sabor. O creme é feito com três queijos gruyère, emmental e parmesão - e vem acompanhado de pães e filé mignon em tiras. Você ainda pode fechar a noite com o vinho que melhor harmoniza, segundo sugestões da casa. Rua José Antônio Pereira, 644, Tel: 3026-6444 www.lesamisbistro.com.br
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, é uma entidade nacional, presente em 27 estados, criada há mais de 29 anos e dirigida por empresários de bares e restaurantes que concluíram que os grandes problemas de seus estabelecimentos e os demais do país podem ser resolvidos com qualidade, produtividade e associativismo. Representa hoje mais de um milhão de empresas, contribui com 6 milhões de empregos, tem uma participação de 26% da alimentação fora do lar. fb.com/abraselms @abraselms
MoodLife 6 80MOODLife
Cervejas
Fotos garrafas Divulgação. Foto caneca Br.dollarphotoclub.com
Por Odirley Deotti
Pra aquecer o corpo O
inverno. Aí está uma estação do ano que me agrada, ainda mais se for chuvosa também. Época perfeita pra apreciar uma boa cerveja. Sim, cerveja. Vamos deixar de lado as velhas falas de que cerveja combina com verão, trincando de tão gelada. Existem, claro, aquelas refrescantes, leves, feitas para o calor, mas não podemos fechar os olhos, e a boca, para os estilos com sabores mais intensos e complexos, que aquecem e passam a sensação de aconchego. É no inverno que caem bem cervejas mais alcoólicas, como Stout, Tripel, Bock, Dunkel, Weizenbock, geralmente servidas em torno de 6° C. Pra quem já conhece e aprecia, a época é ideal, e pra quem quer experimentar, aposto que será uma experiência fantástica. Então, vamos lá.
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Wäls Petroleum Essa Russian Imperial Stout poderosa vem de Minas Gerais. Feita com diversos tipos de grãos escuros, possui corpo aveludado, licoroso e denso. Seus complexos aromas de chocolate belga, café e caramelo aguçam os sentidos. Mas vá com calma na apreciação, pois os 12% de teor alcoólico não são pra despreparados.
Franziskaner Hefe-Weissbier Dunkel De um marrom escuro e turvo com partículas em suspensão, forma uma espuma cremosa. Essa excelente alemã tem baixo amargor e certa doçura, em que sobressai caramelo e malte tostado. O aroma lembra fermento e frutas. Dessa lista, é a mais suave.
Brooklyn Black Chocolate Stout É uma Brooklyn, então, apresentações seriam desnecessárias (rs). Mas, vamos lá... ela é bem encorpada, viscosa, e seus 10% de álcool são bem perceptíveis. No sabor, destaque para o chocolate, o forte torrado, café e amargor do lúpulo. Perfeita pra o frio.
Bamberg Weizenbock Dunkel Acastanhada no copo, tem boa formação de espuma. O aroma, além das notas tradicionais de weiss (banana e cravo), carrega caramelo e ameixa. Na boca, a ameixa também é aparente, um pouco cítrica e de amargor médio.
Colorado Ithaca Da brasileira Colorado (agora pertencente à Ambev), essa Russian Imperial Stout é uma boa pedida pra aquecer o corpo. De coloração bem escura, seu sabor é intenso, com destaque para o café, o caramelo, a rapadura e o malte tostado. Só atente-se ao preço, que geralmente é salgado.
Schneider Aventinus Weizen-Eisbock E, encerrando, um belo exemplar de “beba menos, beba melhor”. De coloração marrom escura, boa formação de espuma e perfil licoroso e bem pesado. Os aromas e sabores remetem a frutas secas, figo, ameixas e caramelo. O amargor é baixo, e o final é adocicado e quente. Potente, intensa, especial para dias bem gelados.
S O R T E I O
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UD Por Thaís Pimenta
bão! 6 7 410 5
Churrasco Nesta edição, separamos utensílios para você tornar o churrasquinho de domingo ainda mais especial e divertido! Que tal?
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Fotos Divulgação
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Neg贸cios
Foto Gabriel Gabino
Por Walter Gon莽alves
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A franquia da
pimenta
Em Campo Grande, o ex-roqueiro e CEO da Chilli Beans, Caito Maia, brilha e promete lançar coleção de óculos com o tema do Pantanal.
“A
che uma coisa que faça seus olhos brilhar. Se fizer só por dinheiro, as coisas não acontecem. O dia em que eu deixei de pensar em dinheiro, o dinheiro começou a cair de tudo quanto é lugar. Continuo achando que o mais importante é ter amor pelo que você faz.” Essas são as dicas de um dos nomes de maior sucesso no mundo do varejo de assessórios de moda, para quem pretende se iniciar no empreendedorismo e abrir o próprio negócio. O empresário Caito Maia, 46 anos, dono da marca Chilli Beans, esteve em Campo Grande em junho, na sede do Sebrae/ MS, onde palestrou, com o tema “De Roqueiro a Empresário Rock
Star”, em que discorreu sobre sua trajetória até chegar ao ápice de agora, como empreendedor. Para Caito, quem aspira ao próprio negócio não precisa necessariamente ter dom para o mercado. Ele acredita na questão da prática. “Eu não tinha tino para nada. Fui para o jogo. Quando você cai no mercado, você aprende bastante. Se você for jovem, vá para o mercado! Não precisa ter dom (para os negócios), você precisa é de prática e disciplina”, ensina o empresário. Com 700 pontos de venda no Brasil e no exterior, entre lojas e quiosques, a Chilli Beans é, hoje, a maior marca de franquia do País, no ramo de óculos escuros, relógios e seu mais novo investimento,
armações para óculos de grau. Até 2017, Caito pretende somar 1,2 mil pontos de venda da Chilli. Superdescolada, a marca se popularizou, uma vez que os preços dos produtos cabem em qualquer bolso. Os óculos de sol, seu carrochefe, custam entre R$ 118 e R$ 398. Como tudo tem um começo, a trajetória empreendedora de Maia começou após ele desistir da carreira de músico. Tocou em três bandas de rock, mas não vingou. Então, viajou para os Estados Unidos, no início dos anos 90. Lá, observou que vendedores ambulantes comercializavam óculos escuros de vários modelos, com sucesso. Comprou um lote de 200 óculos e, feito um camelô,
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Negócios Por Walter Gonçalves
Você escolhe se quer estar na crise ou na oportunidade.
Foto Gabriel Gabino
eu escolhi a oportunidade.
voltou para o Brasil. Em 1994, abriu uma empresa atacadista de óculos de sol, mas fracassou. Caito recolheu os óculos que sobraram e foi vendê-los no Mercado Mix, em São Paulo, que reunia marcas alternativas. Entretanto, o negócio na barraquinha que armou no local precisava de uma marca. Em 1997, nascia então a Chilli Beans, nome que remete à pimenta e a uma comida texana. Em 2001, para fazer crescer a marca, o empresário ingressou no universo das franquias. A oferta de novos produtos veio quatro anos depois, em 2005, com os relógios da grife. Também, por meio de licenças, a marca está associada a bolsas, lingeries e bicicletas.
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Ao assistir a um desfile de moda, por volta de 2009, Caito teve um novo estalo empreendedor. Decidiu aliar-se a esse segmento e, assim, conquistar um público diferente para os seus produtos. A partir daí, construiu parcerias com estilistas de renome, como Herchcovitch, Isabela Capeto, Ronaldo Fraga, AMP e Glória Coelho, que assinam coleções de óculos inspiradas nas passarelas. A marca também homenageia grandes artistas da música nacional e internacional. Já estão acertadas coleções que levarão os nomes de Rita Lee, Ramones, Amy Winehouse e dos Beatles. Isso para justificar os três pilares sobre os quais está fincada a Chilli Beans: música, arte e moda.
Como diferencial de produção, a cada semana, a grife lança dez modelos exclusivos de óculos escuros, cinco de relógios e três armações de óculos de grau, em coleções limitadas. E, a cada três meses, um novo tema é apresentado. Caito concorda que, a exemplo do segmento de beleza, que hoje é encarado como uma necessidade para as mulheres e os homens, os óculos escuros e relógios descolados são acessórios de moda, atualmente, e compõem a personalidade das pessoas. “Óculos escuros não são só para a temporada de verão. Isso mudou”, conceitua o empreendedor. “Homens e mulheres estão mais vaidosos”, acrescenta. Ao ser questionado se é em um
cenário como o atual, de inflação e economia em baixa, que o pretendente a empresário deve ser arrojado, Caito responde que essa é uma questão de escolha. “Você escolhe se quer estar na crise ou na oportunidade. Eu escolhi a oportunidade”, afirma, e revela que, neste ano, deverá abrir mais 100 novas lojas da marca, 80 delas no mercado interno e as restantes no exterior, onde já conta com 60 lojas, em países como Estados Unidos, Colômbia, México, Portugal, Peru, Emirados Árabes e Kuwait. “Temos esse momento, que é interessante, e que a gente está usando a nosso favor. Estou usando como uma oportunidade, e estamos crescendo”, explica. Nesse processo, que inclui agregar valores ao negócio por meio de reciclagem, lançamento de coleções e de campanhas, Caito não esquece dos personagens também essenciais
à sua marca: os franqueados. Se você não cuidar do bolso do franqueado, ele vai embora. Tem de haver uma mistura entre amor pela marca e dinheiro, assim como ficar feliz. Esse é o segredo do sucesso”, aponta. A permanente interatividade com o cliente da Chilli Beans faz com que o empresário invista pesado nas mídias sociais. Para 2016, Caito anuncia investimentos no valor de R$ 2,5 milhões. “Temos uma coisa natural muito forte, de fazer fãs on-line. A gente se comunica muito com eles. Mas falando só a verdade. Eles são muito sensíveis; se você não fala a verdade, eles, da mesma forma que te amam, passam a odiá-lo.” De toda a produção da grife, só 20% é feita no Brasil. Os 80% restantes vêm da China. Caito diz que os impostos cobrados aqui inviabilizam fabricar seus produtos no Brasil. “Só fabrico aqui porque
sou teimoso e um brasileiro. Estou tentando salvar algumas fábricas brasileiras, por isso ainda fabrico no País; mas, financeiramente, não vale a pena”, reclama. Como projetos futuros, o empresário disse que pretende aumentar o portfólio da marca com quatro novos produtos, fora os óculos e relógios. Em particular, para os sulmato-grossenses, Caito Maia promete lançar, em breve, uma coleção de óculos escuros com o tema do Pantanal. “Eu prometo, e vou cumprir”, assinala.
‘Vi na Chilli Beans, as melhores oportunidades’
melhores oportunidades em negócios. Daniel conta que tinha somente uma parte do valor do investimento inicial para virar franqueado da marca de Caito Maia. Financiou o restante e, em 2010, instalou no Shopping Avenida Center, de Dourados, o primeiro quiosque da grife. O segundo veio este ano e funciona no Hipercenter. Em Três Lagoas, antes de inaugurar a loja no centro da cidade em 2014, no ano anterior, o empresário mantinha um quiosque da Chilli Beans em um supermercado. Dali, ele migrou para a loja, no centro. Daniel Real se baseou em três critérios para escolher a marca da pimenta: investimento inicial compatível com as condições financeiras dele; procurou uma marca que tivesse boa avaliação da Associação Brasileira de Franchising (ABF); e produtos que criassem uma identidade com os consumidores. O empreendedor revela que o retorno financeiro com a franquia se dá entre 24 e 36 meses. “Mas o retorno não aconteceu facilmente. Demandou muitas
ações de divulgação e treinamento dos funcionários”, ressalva. O treinamento dos 15 funcionários que mantêm nas três unidades é proporcionado pela franqueadora, mas o empresário conta também com profissionais que ministram treinamentos complementares às equipes. Real já fechou com a marca um plano de expansão para este ano e o próximo. Até o fim de 2016, Daniel deverá abrir mais duas unidades da Chilli Beans no interior do Estado, seu foco principal. O investimento inicial na franquia varia entre R$ 160 mil e R$ 180 mil, para quiosque, e R$ 200 mil em média, para loja. Para quem deseja virar dono do próprio nariz, Daniel Real afirma que “não existe sabor mais agradável do que empreender”. Ao optar por um negócio próprio, orienta Real, o interessado deve identificar as oportunidades existentes no mercado e observar o que o público quer e está disposto a consumi
diz franqueado
Franqueado da Chilli Beans desde 2010, com dois quiosques da marca em Dourados e uma loja em Três Lagoas, Daniel Real, 30 anos, partiu da teoria para a prática. Como integrante do Sebrae/MS, na função de facilitador do Seminário Empretec, evento que capacita empreendedores, ele acumulou informações sobre o mercado, e daí nasceu a ideia de se tornar um empreendedor também. De 2008 a 2010, ele pesquisou o setor de franquias, seu maior interesse, e optou pela marca Chilli Beans, por esta ter apresentado
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Inspiração
O Go-o-gle man-dou es-co-lher es-se da-qui
O
_ JOSUÉ SANCHES é consultor em marketing estratégico e ajuda pessoas a mudarem suas vidas, melhorando seus negócios por meio da inovação www.eufacomarketing.com.br facebook.com/josuesanches
94 MoodLife
utro dia, na estrada, avisto lá adiante um carro no acostamento, com triângulo de sinalização, e o motorista acenando. Era um veículo bacana, cidadão bem trajado. Eu me senti no dever de parar e oferecer algum tipo de ajuda. Parei. -Opa, te deixou na mão o carango? – Perguntei. -Pois é, parece que é a injeção falhando, vai ter que ser rebocado. -Tá certo, o senhor precisa de carona? -Olha, meu celular tá sem bateria. Se você puder achar no Google um guincho, em Nioaque e Aquidauana, já resolve. Naquele momento, fui tomado por uma enorme empolgação de quem pesquisa comportamento: - Rá! Será que alguma alma antenada nesses lugares teve a brilhante ideia de fazer um cadastro gratuito e simples no Google? Abri o celular, que, por um milagre, tinha sinal 3G; joguei na busca “guincho” e os nomes das cidades e... nada! Não diretamente. Mas, curiosamente, a busca revelou um vídeo do YouTube, com uma
edição simplória e bem-humorada, de um cidadão que tinha um desses caminhões. No melhor estilo “Guincho do Zé”. E lá estava o celular de contato. Bingo! Voltei pra estrada pensando em todos os “Zés” que sempre me dizem que seus negócios nada têm a ver com internet etc. e, por isso, não investem nisso ou naquilo. O que esses “Zés” não lembram é que não são seus negócios que contam, são as pessoas. E as pessoas pensam on-line quando pensam em você, no seu negócio. O Google, há uns 2 anos, cunhou um termo chamado ZMOT, que, traduzindo, é: O Momento Zero da Verdade. Trocando em miúdos, diz-se que, depois que ele existe, mudou definitivamente o processo de compra. Já reparou como hoje a gente dá search pra tudo? Aí, eu te pergunto, “Zé”: -Quando eu dou search, eu acho você? Acho nada? Ou acho o concorrente? Então, pare de ser “Zé” e aprenda com o Guincho do Zé. Bote seu nome (e telefone) no mapa do tio Google e garanta o Troquinho do Mé. Ah, e é grátis. Bora?
Carreira
Precisamos de profissionais de RH
que gostem de pessoas
P
ara se trabalhar na área de Recursos Humanos, é preciso gostar de lidar com pessoas, sabia? Parece óbvio; mas, na prática, isso não ocorre em várias empresas. Vejo, frequentemente, profissionais da área reclamando das pessoas e do seu comportamento (seja em relação aos clientes ou colaboradores), sem a menor discrição, como se essa atitude fosse comum ao seu cargo. Mas não é. Profissionais qualificados
_ LÚCIA COLETTo É COACH E CONSULTORA ORGANIZACIONAL, ESPECIALISTA EM GESTÃO DE PESSOAS E EMPRESAS consultoria@aghil.com.br
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desse segmento sabem que pessoas são alegres, tristes, incomodam, acrescentam, reclamam, agradecem, comprometem-se, abandonam, desistem e enfrentam. Somos assim, aliás, “estamos” assim ou assado, porque tudo depende de vários fatores para moldarmos o nosso comportamento na rotina diária. O ser humano possui características diferentes, e o grande desafio é fazer a gestão desse comportamento. O departamento de RH deve estar atento aos conflitos internos, dar feedback e acompanhar o desenvolvimento das pessoas na sua carreira profissional. Hoje, esse setor é estratégico para qualquer organização e deve ser levado a sério, porque resultados só acontecem por meio das pessoas, e não ao contrário. As empresas que estão investindo nisso na mesma proporção dos investimentos financeiros, tecnológicos e estruturais, nesse momento delicado da economia, estão saindo na frente, diminuindo sua rotatividade e conseguindo manter resultados positivos, mesmo em tempo de crise. Isso porque os colaboradores sentem-se “pertencer” à empresa
e se comprometem muito mais do que num ambiente que não valoriza o capital humano e só cobra resultados, sem dar nada em troca. Importante ressaltar que pessoas são importantes em todos os setores, mas cabe ao RH mobilizá-las para isso e promover essa integração no ambiente organizacional. Sou consultora, mas também consumidora e cliente, e percebo comentários totalmente equivocados nas recepções de consultórios, nos supermercados, salões de beleza, nas farmácias, indústrias, e fico imaginando onde estão esses profissionais para conscientizar sua equipe de que um comportamento inadequado pode causar danos irreversíveis a uma empresa, por melhor que seja o médico, o grupo empresarial, a decoração etc. Precisamos, com urgência, de um olhar mais consciente para deixar de responsabilizar somente o governo, a falta de clientes e a economia. Muitas vezes, a solução para se ter melhores resultados está em capacitar melhor os profissionais que irão cuidar das pessoas da sua empresa. Afinal, empresas são feitas de pessoas para pessoas.
Transparência Por Walter Gonçalves
Visionários
Campo Grande desenvolvida, e a contribuição de seus gestores
C
ampo Grande alcança 116 anos de fundação. Pela prefeitura do município, passaram 62 prefeitos, entre eleitos, reeleitos e nomeados. Cada um, em sua administração, contribuiu para que a cidade se tornasse o que é hoje: metropolitana e cosmopolita; porém, com o cuidado para que nunca perca a sua alma de cidade com espírito interiorano. Nesta matéria, levantamos a contribuição dos principais ex-prefeitos ainda vivos, começando com o campo-grandense Wilson Barbosa Martins, depois, o aquidauanense Levy Dias, que administrou a cidade por duas vezes, o mineiro Marcelo Miranda, Juvêncio Cesar da Fonseca – nascido também na Capital, prefeito por duas vezes –, o italiano de Viareggio, André Puccinelli – que ocupou a prefeitura por dois mandatos – e o também campo-grandense Nelson Trad Filho, que, por oito anos administrou a cidade. Alcides Bernal (PP), que sucedeu Nelsinho, ficou pouco tempo no cargo, tendo sido cassado. Deixou a prefeitura em 12 de março de 2014. Por isso, não teve tempo para marcar a sua gestão.
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O mesmo ocorre com Gilmar Olarte (sem partido), o qual substituiu Bernal. Desde que assumiu o posto, o atual prefeito enfrenta uma série de problemas e denúncias, que têm impedido que ele imprima uma característica pessoal à sua gestão, até o momento.
Wilson Barbosa Martins – de 31 de janeiro de 1959 a 24 de janeiro de 1963 (eleito pela UDN). Característica: foi o prefeito da Reforma Administrativa. Ao assumir o cargo, Barbosa Martins se deparou com a necessidade de promover uma ampla reforma administrativa, para tornar a máquina municipal mais moderna. Afinal, Campo Grande precisava passar de uma condição de vila para a de cidade. Para isso, ele solicitou ao Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), com sede no Rio de Janeiro, um relatório completo sobre as necessidades do município. Para a execução da reforma, conforme o relatório, a prefeitura contratou a Companhia de Organização de Empresas. Com a reforma, a burocracia da administração, que era desorganizada,
Foto Arquivo Mood Life - Marcos Wollkopf
começava a se modernizar. Entre outras medidas, foram criados: um serviço de material (almoxarifado); um serviço de pessoal, que relacionasse a quantidade de servidores e em quais funções trabalhavam; e também um sistema previdenciário para os funcionários. Ainda na gestão de Wilson Barbosa Martins, foi criado o Conselho de Planejamento e Urbanização, a fim de sugerir ao Executivo estudos para se implantar na cidade, Plano Diretor, Código de Obras e Posturas. E, para elaborar projetos, visando disciplinar os loteamentos, Barbosa mexeu na forma e tornou mais eficiente o lançamento fiscal dos imóveis (terrenos e edificações), que era obsoleto, para se chegar ao valor venal de cada um deles, mais próximo da realidade na época, para efeito de cobrança de impostos. Ou seja, as iniciativas do então prefeito tinham como objetivo organizar a administração de uma cidade que necessitava se transformar. Centrado na questão da modernização da máquina administrativa, e na própria mudança do cenário urbano de Campo Grande, Barbosa Martins, por meio de um decreto, em julho de 1959, tratou sobre novas construções na cidade, que deveriam ter traços arquitetônicos modernos dali para frente. É que as edificações urbanas de até então eram feias e velhas. Por falar em edificações, foi na gestão de Barbosa Martins que se ergueu o primeiro prédio em Campo Grande, o Nakao, de cinco andares, na esquina da 14 com a Dom Aquino. Wilson Barbosa, 98 anos, é advogado.
Levy Dias – de 31 de janeiro de 1973 a 31 de janeiro de 1977 (eleito pela Arena) e de 19 de novembro de 1980 a 6 de abril de 1982 (prefeito indicado). Característica da primeira gestão: criou leis para definir áreas de aglomeração urbana. A maior preocupação de Levy em sua primeira administração à frente de Campo Grande foi organizar a estrutura urbana da cidade. Era preciso ordenar as aglomerações urbanas e regulamentar a abertura de loteamentos. Para isso, o então prefeito elaborou leis que disciplinaram essa ordenação, inclusive para a aprovação de novos loteamentos. Também estabeleceu as diretrizes para o sistema viário da cidade. Levy era avesso a Planos de Governo. Sempre afirmou que um prefeito tem de fazer acontecer. Quando assumiu a prefeitura, encontrou um sistema administrativo desordenado, como a cobrança de impostos, por exemplo, e resolveu então montar um sistema de dados com todos os serviços da máquina administrativa. Contratou o Centro de Processamento de Dados da UFMS para o serviço e, depois, uma empresa de Presidente Prudente (SP), para concluir o trabalho. Com o banco de dados formado, ele então deu início, de fato, à administração. A segunda gestão de Levy em Campo Grande ocorreu pelo fato de Marcelo Miranda ter deixado a prefeitura para assumir o governo do Estado. Dias então foi nomeado. A característica dessa volta ao
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comando da Capital de MS foi a de ser o prefeito das grandes avenidas. Nessa segunda gestão, ele construiu avenidas importantes, como a Eduardo Elias Zahran, a Manoel da Costa Lima e a Presidente Vargas, vias que ligam as diversas regiões da cidade. Fez ainda o minianel viário, que compreende desde a saída para São Paulo até a Zahran e a avenida Ceará. Levy Dias, 77 anos, advogado, agora é produtor rural.
Marcelo Miranda Soares – de 31 de janeiro de 1977 a 29 de junho de 1979 (eleito pela Arena). Característica: preparou Campo Grande para virar capital de MS. Com a divisão de Mato Grosso, nascia Mato Grosso do Sul, e Campo Grande seria a capital do novo estado da Federação. Marcelo Miranda era o prefeito da cidade naquele momento de transição. Sendo assim, a maior prioridade de sua administração, por hora, era dotar de infraestrutura a cidade, ainda interiorana, para o status que assumiria. Para tanto, Miranda contratou o escritório do arquiteto Jaime Lerner, que transformara Curitiba, já naquele período, numa referência de cidade moderna. Lerner elaborou então um Plano de Estrutura Urbana para Campo Grande e propôs uma nova Lei do Uso de Solo, com a reestruturação do sistema viário e do transporte coletivo. Paralelamente ao trabalho de Lerner, na questão do planejamento e legislação para a Campo Grande do futuro, Marcelo Miranda entendia que era preciso dar sequência aos avanços em termos de obras importantes, realizadas pelos seus antecessores, Levy Dias e Antonio Mendes Canale. Fez isso. Ele deu prosseguimento a obras que haviam sido paralisadas em função da troca de comando na prefeitura. Dessa forma, Miranda concluiu algumas e deu início a outras obras de drenagem em regiões da cidade que tinham sérios problemas com a ausência dessa infraestrutura, como na rua Maracaju, a região do Coronel Antonino e a da Júlio de Castilho, entre outras. O planejamento proposto pelo arquiteto de Curitiba tratava do adensamento da cidade, que, na época, era muito espalhada. Era necessário fazer Campo Grande crescer mais ordenadamente e sem os muitos espaços vazios que existiam. Naquele momento, o município contava com 400 mil habitantes. Algumas vilas e bairros haviam sido instalados fora do perímetro urbano, muito longe do centro, e contavam com loteamentos irregulares. Dessa forma, constatou-se que era preciso ampliar a área urbana, bem como estabelecer uma legislação que definisse critérios e padrões para novos loteamentos. E isso foi feito. Com a Lei do Uso do Solo, estabeleceu-se onde e o que podia ou não ser construído, e a legislação delimitou as linhas do transporte coletivo. Assim, foi dada a estrutura básica para a cidade e as diretrizes, para o seu crescimento. Marcelo Miranda, 76 anos, é empresário rural.
Juvêncio Cesar da Fonseca – de 1986 a 1988 e de 1993 a 1996 (ambas eleições pelo PMDB). Característica: nas duas administrações, foi o prefeito que planejou o crescimento de Campo Grande. Quando Juvêncio assumiu o primeiro mandato como prefeito, Campo Grande vivia um período de crescimento e
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desenvolvimento. Porém, a cidade necessitava de organização. O crescimento tinha que se dar de forma ordenada. Com uma equipe de técnicos, que mais tarde fundariam o Planurb, órgão que planeja o desenvolvimento urbano e ambiental do município, iniciou-se o trabalho priorizando a mobilidade da população, ou seja, a preocupação em facilitar a vida das pessoas, nos diversos setores e serviços do município. Como a cidade se desenvolvia, era preciso ampliar a sua infraestrutura para atender a essa vocação. Nesse sentido, além do Planurb, foi criada a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito, responsável por ordenar o sistema viário e o transporte coletivo – prioridades no quesito mobilidade. A segunda gestão de Juvêncio foi considerada como a de consolidação do planejamento do crescimento da Capital. A construção da Norte Sul, hoje Avenida Ernesto Geisel; a elevação do Planurb à condição de instituto; a utilização de lama asfáltica, muito mais eficiente e barata, em mais de 300 mil m2 de vias; e a revitalização da Morada dos Baís foram outras importantes iniciativas dos dois mandatos. Na área de Saúde, destaca-se a instituição de postos regionais, com atendimento 24 horas, e na Educação, a adoção do passe do estudante. A administração de Juvêncio preocupou-se também em criar espaços para a população desfrutar de atividades esportivas e culturais na cidade. Instalou o Horto Florestal e construiu praças, como a do Belmar Fidalgo, a do Peixe, Vilas Boas e a do Coophatrabalho, só para citarmos algumas. Para a Campo Grande do futuro, Juvêncio diz que as pessoas têm de ter prazer em viver na cidade, de conviver dentro dela. Nesse sentido, para ele, o foco dos futuros prefeitos precisará estar sempre voltado para a qualidade de vida das pessoas. “E isso passa pelo planejamento”, reafirma. Juvêncio, 79 anos, é advogado.
André Puccinelli – de 1º de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000 e de 1º de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2004 (ambas pelo PMDB). Característica do 1º mandato: prefeito que recuperou as finanças e instituiu conselhos regionais para que a população participasse do planejamento da cidade. Quando assumiu, André encontrou a prefeitura com uma arrecadação menor que a despesa, e a cidade com 173 favelas. No primeiro ano, a administração trabalhou na recuperação das finanças e, a partir de 1998, até o final do segundo mandato, André se dedicou às obras. Na área social, além do projeto de desfavelamento, o ex-prefeito diz que as iniciativas que realizou, nos oito anos em que esteve no comando da prefeitura, foram centradas nas áreas de Educação, Saúde e Habitação, bem como na geração de empregos. Os números: na Educação, 23 novas escolas, aumento no número de matrículas, de 47 mil para 79 mil, e educação por computador nos Ceinfs e nas escolas municipais. Na Habitação, a construção de 12,8 mil casas populares; na Saúde, foram instaladas 40 unidades de Saúde, Hospital da Mulher nas Moreninhas, quatro distritos sanitários, sete Unidades de Saúde da Família, 19 Unidades Básicas de Saúde, reduziu a mortalidade infantil, entre outras iniciativas. Na Infraestrutura, obras como terminais de transbordo no transporte coletivo, 40 mil ligações de esgoto nas Moreninhas e 978 quilômetros de asfalto. Construiu, ainda, a Via Parque, o contorno ferroviário, o Anel Rodoviário, a Feira Central e o Camelódromo, e transformou o Terminal de Cargas no Armazém Cultural. Pensando na Campo Grande do futuro, André defende que é preciso tirar a cidade da estagnação em que se encontra. Ele diz
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que, nos últimos dois anos e meio, não houve nenhum incremento na Habitação, e as favelas estão voltando, segundo Puccinelli. “Precisa-se incentivar a parte econômica e financeira da cidade. É necessário investir e planejar o futuro para que se possa vencer as dificuldades de 2015 e, com isso, Campo Grande voltar a ter a pujança que tinha no início dos anos 2000.” André Puccinelli, 67 anos, é médico.
Nelson Trad Filho – de 2005 a 2009 e de 2009 a 2012. (ambas pelo PMDB). Característica do 1º mandato: prefeito que deu continuidade ao progresso e desenvolvimento de Campo Grande. Nelsinho atribui essa característica de sua primeira administração ao boom de desenvolvimento na cidade, que herdara de seu antecessor, André Puccinelli. Por isso, era preciso dar continuidade a esse crescimento, para transformar a Capital numa metrópole, proporcionando mais qualidade de vida à população. De início, Trad Filho tratou de concluir as quase 60 obras inacabadas, da administração anterior. Após isso, ele deu sequência aos projetos delimitados pelo Planurb, considerados fundamentais para o desenvolvimento estrutural do município. Entre eles, o ex-prefeito destaca o projeto de revitalização das regiões dos córregos Bandeira, Imbirussu-Serradinho, Sóter, Vendas, Lagoa, Segredo e Cabaça. Como parte desse projeto, foram construídas grandes avenidas, que ligam a periferia ao centro da cidade. Essas intervenções aliaram a questão ambiental, preservando a mata ciliar próxima a esses
córregos, e a questão da mobilidade urbana alternativa, com a construção de 90 quilômetros de ciclovias e pistas para caminhada, bem como a conscientização acerca do pedestre nos cruzamentos, com atenção à mobilidade das pessoas com deficiência física. Ainda na primeira gestão de Trad Filho, foi construída uma nova e moderna rodoviária, tão reivindicada pela população, na região do Universitário, por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada). Na área da Saúde, foram entregues seis Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e ampliado o número de Unidades Básicas de Saúde, Ceinfs e escolas da rede municipal, com a instalação de duas de tempo integral. A segunda administração de Nelsinho é classificada como a consolidação de Campo Grande como metrópole, com as características de uma cidade grande, “mas preservouse a ternura, que se tem de uma cidade interiorana”. Uma das maiores preocupações dessa segunda gestão foi com a Habitação. No período de 2009 a 2012, foram entregues à população 18 mil casas populares. Investiu-se também na capacitação de mão de obra, para reduzir o desemprego, e na qualidade do ensino. Já no final do mandato, Trad Filho deixou duas obras importantes para cidade: a Via Morena e a Orla Morena, que unem lazer e infraestrutura. À luz dos 116 anos de Campo Grande, o ex-prefeito defende que, para um futuro próximo, seja dado um choque de gestão. “Isso, em função do atraso e da paradeira que a cidade experimentou a partir de 2013. Um retrocesso total de todo o ritmo de desenvolvimento que Campo Grande tinha vivenciado nos últimos 16 anos. Penso que o futuro administrador que entrar terá que ter a experiência necessária para implementar um choque de gestão na cidade, para que ela possa retomar o trilho do crescimento.” Nelsinho Trad, 54 anos, é médico.
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Cultura Por Walter Gonçalves
Resgate No estilo neoclássico, catedral de Dourados é repaginada
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ma missa, em que houve até cântico em latim, celebrou, em meados de junho, a reinauguração da Catedral Imaculada Conceição, de Dourados, que passou por processo de restauração, durante dez meses. Em um clima de emoção por parte dos fiéis, o núncio apostólico dom Giovanni D’Aniello, embaixador do Vaticano no país, oficiou a missa. A relevância do acontecimento reuniu autoridades da Igreja Católica do Estado e civis, como o governador Reinaldo Azambuja e o prefeito Murilo Zauith. Antes da celebração, no lado externo da catedral, uma multidão, calculada em cinco mil pessoas, assistiu a um documentário sobre a história da igreja e a presente restauração. A última reforma da catedral, um dos pontos de maior visitação na cidade, aconteceu em 2000. Desde então, houve um avançado processo de deterioração, com o surgimento de infiltrações no teto e nas paredes; o telhado, formado por telhas francesas (que não existem mais), estava totalmente danificado, assim como o madeiramento do forro –
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ambos tiveram que ser trocados. A nova pintura teve cores suaves, tons pastel, de acordo com o clima de serenidade que sempre deve pairar num templo religioso. O pároco da catedral, Crispim Guimarães, 46 anos, acompanhou toda a reforma. O padre diz que as obras serviram também para adequar a estética do templo ao estilo neoclássico. “O forro foi feito com estuque e ganhou decorações e pintura que combinam com o painel do Cristo Pantocrato – Rei do Universo”. Todo o ambiente ganhou sonorização, iluminação adequada, acústica, e o piso foi substituído por granito. As paredes foram refeitas, ganharam revestimento, e, em algumas delas, há pinturas artísticas. O trabalho custou R$ 1,7 milhão, valor pago com dinheiro doado pelos fiéis que frequentam a catedral. A reforma e a reinauguração acontecem em meio às festividades comemorativas dos 80 anos da paróquia Imaculada, que serão completados no dia 3 de outubro deste ano. A instalação da paróquia, a qual está ligada à catedral, deu-se dois meses antes da emancipação do município, em dezembro de 1935. A catedral, em particular, foi elevada a essa condição em 1990. Com a repaginação, segundo o padre Crispim, o movimento de visitantes, que sempre foi intenso, aumentou ainda mais agora, em virtude do resultado da reforma, uma obra belíssima. Afinal, a catedral, que leva o nome da padroeira de Dourados, representa não só a fé religiosa da maioria de sua população, como também é história e ponto turístico.
Fotos Paulo Yuji Takarada
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Cultura Por Walter Gonçalves
nacional Circuito
Foto Divulgação
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ourados está no circuito dos grandes shows musicais. Desde o início do ano, bandas e cantores renomados da MPB e do pop rock nacional têm se apresentado no Armazém Music, com casa lotada. Alguns desses shows chegam primeiro a Dourados e, só depois, acontecem em Campo Grande. É o caso da banda Roupa Nova, que tocou dia 24 de julho na cidade e, no dia seguinte, na Capital. Com exceção deste mês, a agenda de shows em Dourados está fechada até dezembro. E já há negociações para a vinda, em março de 2016, da cantora Paula Toller, ex-vocalista do Kid Abelha. Para o dia 26 de setembro, está confirmada a presença do cantor
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Zé Ramalho. Em outubro, no dia 30, será a vez da banda Capital Inicial. O cantor Nando Reis subirá ao palco do Armazém Music no dia 28 de novembro. Já para dezembro, no dia 7, está programada uma festa retrô, que será animada pela banda The Fevers, grupo que fez sucesso nas décadas de 60 e 70. Desde fevereiro, já soltaram a voz em Dourados os cantores Humberto Gessinger, Renato Teixeira e Sergio Reis, e a banda RPM. Os responsáveis pela inclusão de Dourados nesse circuito de músicos nacionais são os promoters Gisele Pizzini e Nicácio Cantero. Gisele, aliás, começou a organizar shows no ano passado, quando ainda era ligada à Unigran. Trouxe Almir Sater e promoveu muitas festas retrô.
“Mas, então, eu vi que sozinha não daria conta de agenciar muitos shows. Eu me associei ao Nicácio, que mexia com o segmento sertanejo, e mudamos o foco de mix de artistas, mais voltado para cantores da MPB e bandas de pop rock”, conta. Gisele atribui o fato de tantos artistas se interessarem por desembarcar na cidade, para apresentações, às potencialidades do município e à confiança em quem produz os shows. Outro motivador para esse interesse é o fato de o município ter uma grande população de universitários, cerca de 25 mil, das universidades UFGD, Uems, Unigran e Anhanguera, que são presença certa nas apresentações.
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seguras Fronteiras
Projeto-piloto está em teste na 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, em Dourados Foto Assessoria de Imprensa
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ronteiras seguras. É com esse objetivo que está sendo testado, há dois anos, na 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada do Exército, em Dourados, o projeto-piloto do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que deverá entrar em operação em 2021. Com o projeto, o governo federal pretende combater a criminalidade na área de fronteira e atacar a ação do tráfico de drogas, de armas, do contrabando e de outros ilícitos transfronteiriços. Nas operações, poderão atuar vários escalões de emprego da Força Terrestre, desde patrulhas até o Comando de Operações Terrestres (Coter), do Exército, isoladamente ou em operações conjuntas com a Marinha e a Força Aérea. Além das Forças Armadas, as ações integradas previstas no Sisfron têm a participação dos órgãos de segurança pública e da Secretaria da Receita Federal. Orçado em R$ 12 bilhões, o Sisfron prevê, para o monitoramento, veículos de combate com modernos equipamentos de comunicação, helicópteros e sistemas de transmissão de dados. O projeto vai permitir que imagens e sons captados por equipamentos instalados na roupa dos soldados, durante uma abordagem, sejam transmitidos em tempo real. O projeto-piloto abrange uma faixa de 650 quilômetros e conta com radares fixos e móveis, sensores ópticos, câmeras de longo alcance, comunicações táticas e estratégicas, e binóculos termais. Um dos radares portáteis é o Sentir-M20 de curto alcance. O equipamento é capaz de executar operações de vigilância, aquisição, classificação, localização,
rastreamento e exibição gráfica automática de alvos em terra, como indivíduos em solo, tropas, blindados, caminhões, trens e helicópteros. Em andamento, o projeto-piloto já realizou testes que apresentaram bons resultados. O salto tecnológico resultante desse sistema, segundo a 4ª Brigada, em Dourados, reforçará a capacidade de dissuasão da Força Terrestre e do Poder Nacional, em virtude do aumento da capacidade de vigilância e monitoramento. O Sisfron permitirá, ainda, “a efetivação da Estratégia da Presença, a melhoria das operações de garantia da lei e da ordem e das ações subsidiárias, inclusive com maior presteza no atendimento de emergências (setor de Defesa Civil)”. O projeto-piloto é dividido em três subsistemas. O primeiro trata do sensoriamento e apoio à decisão, que compreende toda a parte de equipamentos de comando e controle fixos e móveis, radares, sensores e software de leitura de dados. O segundo subsistema é direcionado ao apoio à atuação das tropas e corresponde a equipamentos individuais do soldado, veículos, embarcações e tudo o que é necessário para permitir que o Exército contenha organizações criminosas. E o terceiro diz respeito às obras de engenharia, que incluem a construção de instalações físicas como garagem para os veículos e alojamentos para as tropas. Em julho, durante visita técnica, o vicepresidente da República, Michel Temer, ficou impressionado com o funcionamento do Sisfron.
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Especial AQUIDAUANA123anos Por Walter Gonçalves
Foto Marcos Quinhonez
Aquidauana,
onde se respira história e cultura Cidade do Pantanal completa 123 anos de fundação, com a força miscigenada de sua população. 114 MoodLife
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orta de entrada para o Pantanal sul-mato-grossense, Aquidauana, fundada em 15 de agosto de 1892, chega neste mês aos 123 anos, somando 47 mil habitantes e com uma área de aproximadamente 17.008,50 km², localizada a 138 quilômetros de Campo Grande. Cidade que tem na pecuária, na cultura e no
turismo as suas maiores forças. A origem do nome tem várias versões. Uma delas, segundo uma lenda local, para alguns índios que ali habitavam, quando da sua colonização, “uana” significava uma “febre” mortífera que as ervas não conseguiam combater. Diziam aos bandeirantes: “Aqui, dá ‘uana’. Somente o
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nascimento de uma princesa poderá acabar com a ‘uana’”. Por falar em indígenas, a etnia que se destaca em Aquidauana é a terena. Algumas aldeias estão localizadas a 50 quilômetros da sede do município, no distrito de Taunay, que possui uma das maiores comunidades indígenas do Brasil, nas aldeias Bananal, Ipegue, lmbirussu, Morrinho, Lagoinha, Água Branca e Colônia Nova. Outras aldeias, como Limão Verde e Córrego Seco, estão localizadas a 24 quilômetros da sede, na estrada para o distrito de Cipolândia (MS-345), considerada uma área de grande beleza natural, com aproximadamente 60% de morrarias, e os 40% restantes, com atividade agrícola de subsistência. O município é banhado pelo rio Aquidauana, que empresta seu nome à cidade e que se junta ao rio Miranda a 100 quilômetros de sua foz, no rio Paraguai. Sua estrutura social é resultado
da miscigenação de vários povos, entre eles, índios, portugueses, espanhóis, italianos, paraguaios, japoneses, árabes e outros, o que garante uma interessante diversidade cultural para a cidade. Uma das características marcantes de Aquidauana é a sua cultura. Possui um enorme acervo históricocultural, representativo dos ciclos econômicos principais da região, seja por ocasião de sua fundação, da inauguração da estrada de ferro ou de sua condição atual de importante produtor bovino do Estado. A cultura pantaneira possui uma expressão forte e própria, que recebe influência indígena e paraguaia na origem de seus hábitos, linguagem e gastronomia. A necessidade de trabalhar o gado, principalmente no período das cheias, deslocando-o a grandes distâncias, dentro da planície, formou uma cultura de trabalho de gado em áreas inundáveis. No contexto do patrimônio arquitetônico aquidauanense, há 40
Foto Divulgação
Museu de Arte Pantaneira é o único que foi tombado pelo Patrimônio Histórico. Construído em 1918, o imóvel foi revitalizado em 1999, e chama a atenção pelas suas linhas arquitetônicas e suas cores
Foto Marcos Quinhonez
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Especial AQUIDAUANA123anos Por Walter Gonçalves
imóveis, com arquitetura bastante eclética, erigidos por construtores italianos e portugueses. As fundações são todas de pedras de arenito. O prédio que abriga o Museu de Arte Pantaneira é o único que foi tombado como Patrimônio Histórico. Construído em 1918, o imóvel foi revitalizado em 1999 e chama atenção pelas suas linhas arquitetônicas e cores. Porém, já foi iniciado o processo para o tombamento da Igreja Matriz Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Aliás, a Igreja Matriz, de inspiração neogótica, constitui um dos maiores patrimônios arquitetônicos do Estado, pertence à Congregação Redentorista. O projeto de construção é de 28 de abril de 1936 e é composto, também, pela Casa Paroquial e Escola Paroquial. Podem-se destacar, ainda, outros patrimônios arquitetônicos: prédio da Câmara Municipal (1913), Casa Primavera (1914), Complexo Ferroviário (1912), residência de Gilson Iceti (1908), Casa Bom Gosto (1920), Quartel do 9º BE Comb (1923) e a Igreja de Santo Afonso, na aldeia Limão Verde, construída em rocha de arenito, em 1932. O setor cultural de Aquidauana mantém ainda um calendário permanente de eventos, como clubes
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de laço, exposição agropecuária, campeonatos de canoagem, Festa da Padroeira e Festa da Colônia Paraguaia, entre outras atrações.
Bioma cerrado e Pantanal, a natureza de arregalar os olhos Quem visita Aquidauana se depara com uma beleza singular. Ali termina a serra de Maracaju e começa o Pantanal. O cenário que envolve a cidade é formado pelos dois biomas bem definidos: o cerrado e o Pantanal. Essa riqueza natural atrai turistas para o município e faz desse segmento uma das suas potencialidades econômicas. Nos distritos de Piraputanga e Camisão, em meio à serra de Maracaju, é possível admirar os enormes paredões de Arenito, nos quais são encontradas pinturas rupestres. Nessa região, são desenvolvidas, também, atividades do turismo de aventura. Como parte da infraestrutura para receber os turistas, Aquidauana conta com seis hotéis na cidade e nove pousadas pantaneiras, que oferecem passeio de barco, cavalgada, safari, focagem noturna, pescaria e caminhadas.
AQUIDAUANA
Feira do Mel e Munhoz e Mariano, as atrações da Expoaqui A Exposição Agropecuária de Aquidauana (Expoaqui), em sua 48ª edição, é uma das principais atrações do calendário de festividades pelo aniversário de 123 anos da cidade. Instalado no Parque de Exposições, o evento do Sindicato Rural de Aquidauana será realizado de 12 a 16 de agosto e terá como uma das novidades, neste ano, a Feira do Mel. Pela primeira vez, produtores desse segmento na região participarão da Expoaqui. Ao todo, são 20 representantes de apiários que vão comercializar o produto. Outra novidade será a presença de 30 produtores da agricultura familiar, os quais irão expor e vender os seus produtos. Ao todo, 50 produtores das áreas de agricultura e pecuária têm presença confirmada na exposição. Durante o evento, serão realizados seis leilões de gado e de cavalos. Paralelamente aos leilões, haverá a comercialização de vacas leiteiras, cavalos e ovinos. A expectativa de negócios a serem realizados durante a Expoaqui deve girar em torno de R$ 10 milhões, segundo Zildete Carvalho Rodrigues, integrante da comissão organizadora. É esperado, segundo ela, um público de 40 mil pessoas durante os cinco dias da exposição. A 48ª Expoaqui terá ainda workshops nas áreas de agricultura e de produção de mel. A feira contará também com julgamento do gado nelore. Já o lado lazer, para os visitantes, terá área de gastronomia, rodeios e shows. A atração principal será a apresentação da dupla Munhoz e Mariano, no dia 15, sábado à noite. O público poderá assistir, ainda, a apresentações de artistas regionais. A Expoaqui funcionará todos os cinco dias, das 8h até a madrugada. A entrada é gratuita.
Fotos Marcos Quinhonez
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Cultura Por Luciana Petelinkar
Novo polo In cultural de MS
crível, maravilhosa, apaixonante, surpreendente. Faltam palavras quando o assunto é Bonito, cidade localizada na serra da Bodoquena, oeste de Mato Grosso do Sul. Mais que um destino de ecoturismo já consolidado e, inclusive premiado, Bonito amplia sua programação cultural para atrair mais turistas e fomentar as atividades que sobrevivem deste setor. Além do já tradicional Festival de Inverno de Bonito, que neste ano teve sua 16ª edição, a cidade promoveu a 1ª Feira Literária de Bonito (Flib), ambos entre os meses de julho e agosto. Nos dois eventos, a cidade reuniu cerca de 25 mil pessoas e contou com atrações como teatro, música, palestras, mesas-redondas, oficinas, atividades para crianças, lançamentos de livros, filmes de curtametragem, declamações, shows, apresentação de grupos de dança e mostras de artistas plásticos. Com toda essa programação, é possível afirmar que Bonito está se transformando no polo cultural de Mato Grosso do Sul, com eventos que atraem não só
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Fotos Larissa Pulchério
bonito
gente do Brasil inteiro, mas até de alguns outros países. Segundo Juliane Ferreira Salvadori, secretária municipal de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito, o órgão está trabalhando para fomentar as diversas atividades do turismo, a fim de manter essa visibilidade e atrair mais turistas para a cidade. “A ideia desses festivais é realmente estender a alta temporada. A Feira Literária foi realizada entre os dias 8 e 11 de julho, para antecipar, e o Festival de Inverno, realizado nos últimos dias do mês e começo de agosto, para estender, realmente. Dessa forma, a cidade fica movimentada todo o mês.” Toda essa agitação traz inúmeros benefícios para a cidade, que vive, principalmente, do turismo. É dinheiro de fora sendo injetado na economia, ajudando todo o setor terciário. No setor hoteleiro, os 5.500 leitos disponíveis em hotéis e pousadas são completamente preenchidos durante o Festival de Inverno. Segundo Cicero Ramos Peralta, presidente da Associação Bonitense de
Hotelaria (ABH), “o mês de julho é um período de alta temporada, em virtude das férias escolares, o que impacta positivamente na melhora da ocupação”. Peralta afirma que, nesta primeira edição da Feira Literária, a ocupação ainda foi pequena, “por ter sido a primeira edição e ter havido pouco tempo para divulgação”. Mas as expectativas em relação à Flib, para as próximas edições, são grandes. Além da Feira Literária e do Festival de Inverno, a cidade aposta nas festas locais para atrair turistas. “Temos a Festa de São Pedro, Festa do Sinhozinho, Festival da Guavira, e a gente aposta bastante na parte cultural, além de, primeiramente, resgatar e fortalecer a nossa própria cultura, para não perdermos nossas tradições e mostrá-las aos turistas”, afirma Juliane.
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Especial PARANAÍBA158anos Por Thaís Pimenta
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Paranaíba anos!
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om jeitinho mineiro, Paranaíba é um município a 422 km da Capital, Campo Grande. No dia 4 de julho, a cidade comemorou 158 anos de existência, mantendo-se com uma economia estável em meio à crise que ronda todo o país. O município, segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano de 2014, tem 41.363 habitantes, apresentando um crescimento de 8%, desde 2010. Crescendo de forma coesa e firme, como afirma o vice-prefeito
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Fredson Freitas, Paranaíba mantémse forte na área da educação. Na tentativa de fomentar ainda mais esse setor, ele afirma: “Paranaíba tem universidade federal, universidade estadual, tem uma faculdade particular e a Unopar, faculdade a distância. E nós estamos agora lutando, já com a área comprada pela prefeitura, por uma área para que seja instalado o curso de Medicina-Veterinária, só estamos aguardando a aprovação por parte do Ministério da Educação”.
Fredson explica ainda o porquê desse equilíbrio econômico: “As pessoas estão enraizadas aqui, não é uma população volante, são pessoas de raízes, de família já tradicional, ou pessoas que vêm para cá, mas com ânimo definitivo de se enraizar aqui. Não tivemos um ‘boom’ de crescimento e por isso nos mantemos na linha”, diz. Em comemoração aos 158 anos, várias festividades aconteceram por lá, como o baile popular, a Caravana da Saúde e o desfile tradicional de
PARANAÍBA
o Centro de Educação Infantil “Dona Gertrudes Alves Bardelin”, no Jardim América. O Cras ganhou também reforma e ampliação, e mais um consultório odontológico foi inaugurado, o “Anna Lygia”. Na avenida Major Francisco Faustino, o lanchódromo foi inaugurado. O Samu também foi entregue, na quadra da escola Aracilda Cicero Correia da Costa, além da revitalização do Espelho D’Água I e a inauguração do Espelho D’Água II “Breno Leal de
Oliveira”. Por fim, o lançamento das obras de reforma da Biblioteca Municipal Nalcylta Salgueiro Dias e a reativação da banda municipal, além da reforma e ampliação da escola Ignácio José da Silva. As festividades foram encerradas com a tradicional Cavalgada Paranaibense, um show de criatividade e tradicionalismo.
Fotos Gilson Barbosa
aniversário. O aeroporto municipal também foi visitado e ganhou o nome do pioneiro da aviação civil no município, Guilherme Nunes Leal. O baile popular movimentou a cidade com vários shows regionais, além da apresentação do grupo Chalana de Prata. A prefeitura da cidade, juntamente ao governo do Estado, entregou várias obras na data. No período da manhã, a população recebeu dois veículos para a Secretaria de Saúde e também ganhou
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Especial PARANAÍBA158anos Por Thaís Pimenta
Renovação e inovação política
C
Paranaíba completa seus 158 anos, qual o porcentual de crescimento anual da capital do Bolsão sul-mato-grossense? O município de Paranaíba, com 158 anos, vem crescendo, mas não é uma cidade em que houve uma explosão no número de habitantes, ela cresce num ritmo. Em um primeiro momento, você pode pensar que foi lento, mas ela cresce de forma coesa, firme; tanto é que, no momento de crise pelo qual o Brasil está passando, Paranaíba não sente tanto quanto cidades como Três Lagoas, por exemplo, que teve um “boom” de repente. Até junho, nós nos mantivemos como o município do Estado que mais gerou empregos; então, com toda essa crise e essas adversidades, nós temos esse benefício. Por ser o eixo econômico entre Uberlândia e Campo Grande, a força comercial do município é muito grande. Como fomentar ainda mais esse entreposto comercial? Nós estamos buscando cada vez mais formas de melhorar o escoamento na região, buscando junto às nossas autoridades os meios para duplicar a BR158, que dá acesso ao Estado de São Paulo, uma via com trânsito muito pesado. Nós estamos a praticamente 15 quilômetros de Minas Gerais, com uma rodovia ótima, maravilhosa, mas nós temos que buscar também ter acesso via água, ao porto. Estamos num momento de crise hídrica e é difícil nós falarmos
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Foto Gilson Barbosa
om apenas 35 anos, Fredson Freitas tem um currículo forte na política. É presidente do PSDB em Paranaíba, já foi vereador, é vice-prefeito do município atualmente e, com a proposta de modernização e transparência, ele se lança à prefeitura nas eleições 2016.
de questões de navegação nos dias de hoje, mas acreditamos ser algo passageiro, que vai melhorar, o rio vai voltar ao estado que ele era e nós poderemos ter um porto aqui, para agilizar esse escoamento. Em 2013, o senhor comentou em uma entrevista que as dívidas com a Previm (Previdência dos Servidores do Município) e também com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) eram um dos grandes problemas do município. Isso foi resolvido? Não, não foi resolvido e não vai ser resolvido tão rápido. O município, hoje, tem dívidas com o INSS, com a Previm e com o Banco Santos, as quais são
PARANAÍBA
muito antigas, parceladas em inúmeras prestações, quase a perder de vista. Se não surgir um plano econômico capaz de ajudar, o município só tem uma saída, que é melhorar a arrecadação, que hoje é muito pequena, levando em consideração o tamanho do município, a extensão territorial que o município de Paranaíba tem. É um projeto no longo prazo. O que melhorou aqui em Paranaíba, depois que Reinaldo Azambuja, do seu partido (PSDB), assumiu o governo do Estado? Olha, o governador Reinaldo Azambuja já demonstrou, estando presente em Paranaíba, no aniversário da cidade, que já fez muita coisa, em apenas seis meses de mandato. Realizou aqui no município a Caravana da Saúde, que é uma ação de primeiro mundo, só quem vai lá e constata pode saber da grandeza, da magnitude que é esse projeto do governo do Estado, que vem atender realmente as pessoas. Nós estamos recebendo elogios de todas as pessoas que vêm nos visitar, que a caravana daqui está sendo a mais bem organizada, a mais bonita, num lugar maravilhoso, em frente à Universidade Estadual, com todo o apoio da universidade também, em frente ao Espelho D’Água – um dos cartões-postais do município. A ação atende a toda essa região; moradores de Aparecida do Taboado e de Cassilândia vêm para cá e, até o final da caravana, serão atendidas mais de 10 mil pessoas. Além dessa medida, quais outros projetos e verbas estão sendo agilizados pelo governo do Estado? Nós estamos conversando com o governador na área de segurança pública, para colocar postos policiais nos distritos, principalmente em São João do Aporé, que faz divisa com o estado de Goiás. Nós estamos viabilizando isso na cidade de Lagoa Santa – que é desprovida de policiais, e a população, lá, tem reclamado muito. E, também, na pavimentação de rodovias estaduais, o governador nos garantiu que, até o final do mandato, vai nos atender com a pavimentação das principais rodovias. No ano passado, em entrevista, o senador Delcídio do Amaral disse que traria para a região investimentos significativos, já que ela tem vocação para a produção do etanol. As usinas já vieram, contatos foram feitos? O governador Reinaldo Azambuja se reuniu com o proprietário da Orbi Bioenergia, que está construindo no distrito de Raimundo, e colocou o governo do
Estado à disposição, para começar a funcionar o mais rápido possível. Há projetos, também, para novas usinas serem instaladas aqui. Nós vamos buscar a parceria com o Estado e com essas empresas. Já comentamos sobre a Caravana da Saúde, certo? Para você, qual a importância dessas medidas paliativas no setor da saúde em Paranaíba? Eu acho importantíssimo, porque desafoga nossa demanda. A fila de espera é muito grande e, quando a Caravana da Saúde vem, desafoga essa demanda, você passa a ter mais condições de trabalhar na Saúde para atender melhor, porque tira a fila de espera; ela não chega a acabar, mas diminui muito. As greves que estão acontecendo no setor da Educação, em todo o Brasil, afetam de alguma maneira o município, levando em consideração que aqui é um polo estudantil dentro de Mato Grosso do Sul? Afeta. A universidade federal daqui está em greve, e isso está afetando Paranaíba, sim. No município e no Estado, nós não tivemos esse problema de estar passando por greve em outros setores, graças a Deus; então, estamos indo. Mas, com relação à universidade federal em greve, a economia já começa a sentir, porque o aluno já não está aqui, ele espera pela volta das aulas, deixa de alugar um espaço, de gastar num restaurante, num barzinho. Sabemos que em 2016 o senhor irá se lançar para a prefeitura do município. Qual mensagem você quer deixar para seus eleitores? Hoje, a política está desacreditada, mas nós não podemos desistir, temos que enfrentar e vencer essa crise política que o Brasil atravessa. Já fui vereador, sou viceprefeito agora e pretendo disputar a prefeitura. Tenho um pouco de experiência com esses dois mandatos, e ainda me considero uma pessoa jovem, capaz de revolucionar muito a cidade, de fazer uma revolução sadia em Paranaíba, modernizar a cidade. O poder público, por natureza, já é burocrático, então, nós temos que encurtar distâncias, ter uma equipe preparada para trabalhar bem, não é só o prefeito. O prefeito dá as diretrizes, mas quem vai fazer é a sua assessoria, seu secretariado. O prefeito tem que dar as diretrizes e cobrar, fazer o meio de campo político. Com a nossa vontade de fazer o novo, o diferente, de realmente fazer as pessoas verem que Paranaíba pode sonhar, pode ter como realidade coisas que, às vezes, pensam que não é atingível, por que não?
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Negócios Por Walter Gonçalves
Incentivo
certeiro
Cota de US$ 300 é mantida e comércio da fronteira aplaude
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omerciantes de Ponta Porã e de Pedro Juan Caballero (Paraguai) ainda estão comemorando a decisão do governo federal de manter, até 1º de julho de 2016, a cota de US$ 300 para as compras na fronteira. A intenção do Ministério da Fazenda brasileiro era de reduzir a cota para US$ 150. Pelo mesmo período, o ministério também alterou o prazo para a regulamentação das lojas francas (free shops), que são isentas de impostos no Brasil. Em função disso é que se decidiu manter o atual valor da cota. Para o presidente da Associação Comercial de Ponta Porã, Eduardo Gaúna, 42 anos, o anúncio do governo é bastante positivo, traz alívio e tranquilidade aos comerciantes dos dois lados da fronteira. “Essa decisão vai manter a nossa esperança de crescimento nas vendas do comércio de Ponta Porã”, observa Gaúna, acrescentando
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que 40% das vendas são para consumidores paraguaios. “Se esse patamar se mantiver, já está bom. Se a cota fosse reduzida para US$ 150, seria um desastre”, comentou. O presidente da Associação Comercial só lamentou o adiamento da regulamentação dos free shops. Para ele, essas lojas francas atrairiam importadores para a fronteira. Outro dirigente do comércio que aplaudiu a decisão do governo brasileiro é o paraguaio Pedro Bondiman, 59 anos, presidente da Câmara de Comércio de Pedro Juan Caballero. Para ele, se a cota para compras fosse menor, poderia favorecer o contrabando e o “estouro” do valor, pelos turistas. “Não queremos isso, é importante que as mercadorias sejam legalizadas, e a cota de US$ 300 nos dá tranquilidade” afirma. Bondiman diz que 95% dos turistas que vão às compras no lado paraguaio adquirem produtos para o seu
próprio consumo. “Se a cota baixar, afugentam-se os consumidores. Ninguém vem”, assinala. O dirigente prevê que a manutenção da cota vai atrair mais consumidores. Após quase cinco meses de desaquecimento nas vendas, em razão da alta do dólar, o presidente da Câmara de Comércio de Pedro Juan acredita que, a partir de agora, a moeda norte-americana deve se estabilizar, e os negócios voltarão a melhorar ainda mais. O setor, na cidade paraguaia, emprega 20 mil funcionários, dos quais, 2 mil são brasileiros. Em função do dólar mais caro, 20% dos trabalhadores no comércio de Pero Juan foram demitidos. Com as boas novas, a expectativa de melhoras cresce entre os comerciantes.
Fotos Tião Prado (Pontaporainforma)
PONTAPORÃ
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Negócios
Usina de Jupiá, uma das fontes energéticas da costa leste
Unidos para o desenvolvimento
Costa leste prepara-se para ser bloco regional de crescimento
P
ara aproveitar as potencialidades da região costa leste do Estado (conhecida como Bolsão, título não mais utilizado, por remeter à pobreza) e trabalhar para ela se tornar um bloco regional, a Agência de Desenvolvimento da Costa Leste (Adeleste), criada há um ano e meio, está realizando um levantamento social dos dez municípios que compõem a região: Três Lagoas, Cassilândia, Paranaíba, Inocência, Selvíria, Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassu e Brasilândia. A região conta com cerca de 260 mil habitantes. Nesse mapeamento, a entidade pretende saber quantos hotéis, escolas e unidades de Saúde existem em cada município. Em seguida, a Adeleste vai mapear os aspectos econômicos e de infraestrutura de cada cidade. Com as informações, será possível reconhecer quais as necessidades de cada município. “A ideia é trocar experiências. Iniciativas que estão dando certo em um determinado município da região, por exemplo, podem ser implantadas nas outras cidades do bloco”, explica o presidente da Adeleste, Diógenes Marques, 32 anos, também diretor de Indústria e Comércio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Três Lagoas. Marques diz que a entidade que preside tem o papel de orientar os municípios em suas ações, como
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a implantação do Plano Diretor de cada cidade. Para isso, tem realizado seminários sobre o tema, e técnicos da Adeleste vão aos municípios prestar assessoria. “Todos sabem que Três Lagoas, que é a líder regional, já se consolidou como polo industrial desenvolvido. Mas, não adianta só Três Lagoas crescer e o restante da região ficar para trás. Nós desejamos quo o bloco se desenvolva como um todo”, conceitua Marques. Para ele, a costa leste tem todos os atrativos para chamar investidores e empresas a se instalarem na região: floresta (eucalipto e seringueira); energia (hidroelétrica, termoelétrica, biodiesel, biomassa, gás natural e energia fotovoltaica); água (rios Paraná, Rio Verde, Rio Pardo e Sucuriú, bem como o Aquífero Guarani); logística (hidrovia, ferrovia, aeroporto e rodovias municipais, estaduais e federais); além de comércio, indústria e setor de prestação de serviços, bastante ativos. Baseada nessa potencialidade, a Adeleste pretende orientar as prefeituras da costa leste sobre como atrair empresas, quais os incentivos fiscais a serem oferecidos e como taxar e cobrar impostos. Diógenes destaca que Ribas do Rio Pardo deve receber uma indústria de celulose. “Estruturados, outros municípios da região também poderão receber empresas de diversos ramos de atividade. Essa é a intenção com o trabalho da Adeleste”, explicou.
Foto Divulgação
Por Walter Gonçalves
Foto Br.dollarphotoclub.com
TRÊSLAGOAS
Sobre duas rodas Moto Show chega à 14ª edição, pelas mãos do promotor Totó
O
s motores vão roncar mais uma vez em Três Lagoas, na 14ª edição do Moto Show, a ser realizada nos dias 14, 15 e 16 de agosto, na Arena Mix. O evento reúne motociclistas e suas máquinas maravilhosas, para confraternização. Será um desfile de motos de todas as marcas e cilindradas, das menos potentes, de 125 cc, até as de mais alto calibre, 1.800 cc. Promovido pelo Rotary Clube da cidade, o Moto Show tem como organizador um promotor de Justiça da Família e do Meio Ambiente. Isso mesmo. Antônio Carlos Garcia de Oliveira, o Totó, 57 anos, diz que é o “único promotor motoqueiro e roqueiro do Brasil”, ele brinca. A expectativa de público para a edição deste ano é de 30 mil pessoas nos três dias, e presença de cerca de três mil motociclistas, vindos da Argentina e do Paraguai, da Bahia, de Goiás e, principalmente do estado de São Paulo. Os shows de pista terão as apresentações de equipes como Cachorrão e Jorge Negati, com suas manobras. A parte musical do Moto Show terá como atração principal a banda Jota Quest, além de outras oito bandas de rock da região. Rock, claro, não pode faltar, pois o ritmo musical está nas veias dos motoqueiros. Nas edições anteriores, bandas nacionalmente famosas, como Sepultura, Detonautas, CPM 22, 14 Bis, e o cantor Marcelo Nova se apresentaram no evento três-lagoense. O Moto Show será aberto no dia 14, sextafeira, às 18h, com a apresentação do Jota Quest, e se estende até o final da tarde de domingo, 16, sem interrupção. As revendas das grandes marcas de motos, como Honda, Yamaha e HarleyDavidson, entre outas, deverão montar estandes no local, para exposição e venda dessas máquinas. No sábado, 15, haverá o sorteio de uma moto Yamaha 125 CC, entre os presentes, por meio do número da
pulseira que cada pessoa do público vai receber. O perfil dos motociclistas que vão ao Moto Show, segundo Totó, é de homens de 35 a 45 anos, têm curso superior e estabilidade financeira. “E claro, são loucos por motos”, ressalta o promotor de Justiça, também um aficionado. O ingresso para o Moto Show pode ser adquirido por meio do site bilheteriadigital.com.br, e custa R$ 50, válido para os três dias do evento. Alimentação e bebidas são cobradas à parte, nas barracas destinadas ao consumo. A iniciativa tem também finalidade social. Parte da arrecadação é doada para uma entidade filantrópica, definida pelo Rotary. No ano passado, os organizadores doaram R$ 140 mil à Rede Feminina de Combate ao Câncer. E, junto ao Rotary, financiaram um imóvel para sediar a instituição na cidade. Em média, o custo para promover o evento é de R$ 400 mil. “Do valor recebido com o evento, pagamos as dívidas, e o restante da arrecadação vai para a filantropia”, explica o promotor.
Moto, um vício
O organizador do Moto Show de Três Lagoas, Antônio Carlos, é fascinado pelo veículo de duas rodas. Possui uma coleção de 11 motos, de 90 cc a 1.600 cc, de famosas marcas e modelos, de 1973 em diante. Na sua coleção pessoal, há uma BMW de 1.200 cc, que utiliza para viagens, e uma Harley. Recentemente, Totó, com a sua BMW, viveu uma aventura na Rota 66, a mítica rodovia dos Estados Unidos. De coleção, ele também entende. Tem uma de miniaturas de motos, com cerca de 800 modelos. E, como um motoqueiro que se preze, ele é fanático por rock. É fã de guitarristas como Eric Clapton e Joe Bonamassa. Costuma ouvir ainda CDs de bandas históricas, como Pink Floyd, Deep Purple e Led Zeppelin. A paixão por motos veio aos 14 anos de idade, quando lia revistas especializadas. No final dos anos 1970, Totó conseguiu a sua primeira moto e, junto de um grupo de amigos, também motociclistas, exibia-se em Bauru (SP), sua terra natal. Já promotor de Justiça, foi transferido para Cassilândia, em Mato Grosso do Sul, onde começou a promover eventos com motos, o Megamoto. Foram três edições no final da década de 1990. Em 2002, chegou a Três Lagoas e lançou o primeiro Moto Show e não parou mais. Está na 14ª edição.
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Virtudes Por Thaís Pimenta
Revitalizando
Sonhos F
azer uma boa ação é mais simples do que se imagina. Usar de sua formação profissional, por vezes, pode melhorar a vida de muita gente. Foi o que aconteceu com um grupo de arquitetos campograndenses, que resolveram revitalizar o Centro de Educação Infantil Girassol, uma associação beneficente que atende mais de 160 alunos do Jardim Anache. O local é afastado do centro da cidade e assiste bebês e crianças de todos os bairros na proximidade. A creche necessita
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Na periferia, crianças ganham uma creche mais lúdica
de doações e de muito amparo. A instituição foi criada a partir de uma parceria entre a prefeitura e o Banco do Brasil, em 1996. Justamente por ser uma associação beneficente, a verba recebida do município serve apenas para pagar os convênios pessoais de cada funcionário e, também, para pequenas urgências do dia a dia. Reparos na obra não estão inclusos no orçamento; por isso, o prédio se mantinha igual a quando foi construído, há quase 20 anos.
O ambiente estava apagado, a pintura desgastada, e algumas melhorias eram necessárias. Foi aí que o Talento Solidário, projeto encabeçado pela arquiteta Márcia Ribeiro, pôde contribuir com a proposta de revitalizar todos os ambientes da creche, desde os banheiros até o refeitório.
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Fotos Milton Oliveira JĂşnior
Virtudes Por Thaís Pimenta
bem para a gente”, contam. O primeiro ambiente entregue foi o refeitório, revitalizado pelas arquitetas Kamala Escalante, Vivian Breier e Mirna Cotti. “Foi emocionante ver a alegria deles na inauguração do espaço. As crianças fizeram uma apresentação pra gente, foi gratificante! Teve até lembrancinha”, revelam. A grande conquista foi conseguir trocar o piso do espaço. “Achamos que não iria dar. Mas conseguimos a doação dos pisos e dos tampos das mesas”, conta Vivian. Logo depois, foi a vez da brinquedoteca, assinada pelas arquitetas Leticia Rocha, Ana Lucia Arruda, Carla Mata, Solange Vaz, Márcia Ribeiro e pela designer Hézia de Paula. Nesse ambiente, em especial, o Talento Solidário
conseguiu parceria até com livrarias, para que o espaço fosse recheado com livros, e brinquedos chegaram de doações diversas. Algumas salas do bloco dois também foram revitalizadas, com cores alegres nas paredes, transformando a primeira experiência da criança na creche num momento lúdico e feliz! “Acho que falta o olhar para a periferia. Muitas associações beneficentes, como a nossa, são ajudadas. A única diferença é que elas estão mais bem localizadas; por estarmos afastados, ninguém olha pra gente”, desabafou a coordenadora da creche e pedagoga, Dora Dirce Ferreira da Silva.
Fotos Milton Oliveira Júnior
Com envolvimento de doze arquitetos, a obra começou no fim do ano passado e ainda está em processo. “É demorado, porque todos esses reparos só podem ser feitos durante as férias escolares e dependem de doações de materiais de construção, tintas e, também, de mão de obra. Obras que envolvem ajustes mais drásticos, como quebra de paredes e parte elétrica, dependem de uma verba muito maior, que geralmente é arrecadada por meio de eventos beneficentes”, explica Márcia. Algumas empresas já se tornaram parceiras fixas do projeto. “As coisas se invertem quando você percebe que quem ganha nesse processo todo é você; na verdade, são essas crianças que fazem um favor, um
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Astral
Horóscopo do mês Áries: Arianos sorriam neste mês, pois há grandes possibilidades de encontrarem um romance. Só tome cuidado com o mau humor e a irritabilidade, pois o regente do signo, Marte, está em Câncer, deixando todos deste signo extremamente emocionais. Vênus aponta possibilidade de ganhar dinheiro; você colherá frutos do que já plantou. Touro: Os taurinos estarão mais vaidosos neste mês, sentindo ainda mais a necessidade de se cuidarem melhor; mês excelente para tratamentos estéticos ou que estejam ligados à beleza. No amor, há necessidade de rever certos pontos de sua relação. Para os solteiros, o momento é de se preservar. Cuide de você primeiro!
_ teca silva É astróloga e taróloga. Twitter: teca_astro facebook.com/tecaemaju tecaemaju@hotmail.com
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Gêmeos: Este mês promete na área do romance! Os geminianos, sempre tão leves, estarão mais envolvidos em suas relações amorosas; para os que ainda estão sozinhos, a possibilidade de encontrarem um relacionamento que valha a pena é muito grande. Tome cuidado com gastos excessivos este mês, geminianos estarão mais consumistas do que nunca. Câncer: O canceriano estará mais emotivo neste mês – cuidado com o excesso de drama. Em compensação, será um mês excelente para ganhar dinheiro e investir. No amor, há possibilidades de algumas tensões; lembre-se de que você está exagerando tudo também. Seja mais objetivo e menos melodramático. Leão: Os leoninos estarão a toda com a sua vida social, o mês será de muitos convites e festas. Também será um mês de muito brilho para o trabalho, momento de investir firme na carreira. No amor, é momento de rever a relação, pois esta necessita de alguns ajustes. A tônica do mês é investir em você, e não no outro. Virgem: Momento de cuidar mais da sua forma de comunicar; muitas vezes, você poderá ser malinterpretado, nem sempre todo mundo quer saber dos detalhes. Também não será um mês fácil no trabalho – paciência é o caminho. Trabalhe mais seu espiritual e não se preocupe, essa fase vai passar. Libra: O libriano deverá cortar seus gastos, as finanças não estão favoráveis para as comprinhas de praxe. O amor também pede um olhar especial, pois você estará menos compreensivo e querendo mudanças. No trabalho, é hora de investir, mas lembre-se: nada de exageros com a parte monetária.
Escorpião: Você pode estar se sentindo um pouco desgastado com algumas situações. É que Saturno está de volta ao seu signo e algumas finalizações são necessárias. Porém, profissionalmente, o céu acena boa possibilidade de êxito. No amor, situações do passado poderão voltar; momento excelente para fechar ciclos. Sagitário: Está na hora de resolver pendências amorosas e investir mais no amor. O sagitariano, amante da liberdade, experimenta neste mês possibilidades de estruturar a sua tumultuada vida amorosa. Momento bom para investir em você, não economize com a sua aparência. No trabalho, estará a mil. Capricórnio: Saturno voltou pra Escorpião, trazendo grandes questões passadas para resolver agora – o amor é uma delas. A parte profissional em agosto promete bombar, e aqueles projetos tão sonhados poderão se realizar. Só tenha mais paciência com os familiares, você poderá se envolver muito em seus negócios e não notar que eles sentem sua falta. Aquário: Os aquarianos deverão cuidar mais de sua saúde, já que costumam ser tão desligados com essa área. No amor, muita movimentação; porém, ainda não estará apto a assumir nenhuma relação. Em compensação, no trabalho, será um mês bastante favorável, aproveite. Peixes: O pisciano deverá tomar cuidado com o que fala, pois poderá ter confusões neste sentido. É bom, também, dar uma reavaliada nas suas amizades. Por outro lado, a parte amorosa será beneficiada; então, aproveite o mês para namorar muito. No trabalho, novas propostas surgindo.
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Pensando Bem
Jeito
Paterno D
epois de comemorar com todo mundo, o horário de visitas tinha terminado; então, ele escalou o hospital e entrou pela janela, de uma altura considerável, para ver o filho recémnascido. O primeiro homem de três filhos. Não lembro mais em qual andar eu havia nascido, mas meu pai estava determinado a me ver e nada o impediu. Era um sábado de Carnaval, e não me lembro de meu pai ter deixado de fazer algo para o meu bem ou de minhas irmãs. A história do meu pai se mistura com Campão, Big Field ou Campo Grande mesmo. Ele foi preso durante a ditadura, por não obedecer a ordens diretas do superior da base aérea do bairro União. Ele viu a cidade crescer e se transformar. Augusto José Rodrigues Belo era livre, marcante e observador. Seus traços e valores estão em mim, nas minhas irmãs e nos meus sobrinhos. Claro que todos nós temos defeitos, mas a figura paterna só
_ rafael belo É JORNALISTA, ESCREVE
DESDE CRIANÇA E PASSOU A POSTAR FOTOS E TEXTOS DE SUA AUTORIA EM 2008 NO BLOG olharesdoavesso.blogspot.com QUE COMPLETA SETE ANOS.
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passa a ter quando crescemos. Mesmo assim, seja o pai biológico, adotivo ou de consideração, é uma figura espelho, que nos ensina com palavras e exemplos. Ainda aprendo todos os dias, quando simplesmente penso porque, em silêncio ou falando, meu pai sempre me aconselhava. Sempre foi amado, contagiante, alegre e querido... Talvez por causa da história dele com Campão eu goste tanto desta capital interiorana, tão abusada politicamente. Só posso dizer que não desperdicei meu tempo em Campo Grande e nenhuma vez perdi tempo com meu pai. Aproveitei até o último instante, quando ele, após se despedir da última consulta, saiu abraçado comigo, apoiando-se, até ter um infarto fulminante... Este será o segundo Dia dos Pais que não o abraçarei, mas cantarei a música na qual ele se transformou em minha vida, desejando que todos os filhos digam aos pais o quanto os amam.