LifI Morar mais Conheça a mostra com sacadas de decoração sustentável e acessível, que chega em 2012 a Campo Grande 38 Comportamento O “espírito de fim de ano” que convida muita gente a fazer o bem 70
Uma revis ta do seu mod o Decoração Estilo Gourmet Viagem Consumo Nº 21 Dezembro 2011 R$ 10,00
Perfil O estilista Dudu Bertholini fala de sua moda contemporânea e ousada 108 Verão Produtos de beleza, organização da mala e férias em dois destinos de sol, areia e mar 146 Presentes Excelentes indicações para você agradar neste Natal 157
anderson thives
O JEITO alegre e a arte pop que viajam pelo mundo
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Morar mais por menos
"Acabo de receber a revista. Muito obrigada pela matéria, ficou bacana à beça. Aliás, a revista toda está ótima. Foi um prazer conhecer vocês. Vida longa à MoodLife! Beijo da Martha." Martha Medeiros, escritora Capa da edição 20 da Mood
Mostra com sacadas de decoração sustentável e acessível chega em 2012 a Campo Grande
"Show a reportagem, gostei muito. A revista também é fantástica, muita coisa interessante, limpa e muito bem diagramada. Parabéns e obrigado pela oportunidade." Sérgio J. Matos entrevistado na seção Design
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"Parabéns à revista Mood Life pela belíssima matéria da Casa Cor Ms 2011, ficamos muito felizes pela matéria publicada do nosso ambiente do Lavabo Social na pág. 30 da edição de Outubro. Queremos agradecer e desejar à todos muito sucesso!" Silvia Cristina Braz via Facebook
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Tome Nota Literatura, teatro e música. Uma fina seleção de cultura e entretenimento 12
Estilo Looks para arrasar nas festas Moda masculina chique e despojada 88
Feira Hype Ideias para vestir sua casa 22
Perfil O performático estilista Dudu Bertholini fala sobre sua moda contemporânea 108
Design Flavia Pagotti e suas criações funcionais e bem-humoradas 34 Mistura Fina As novidades que fazem nosso desejo de consumo 58 Comportamento O “espírito de fim do ano” que convida muita gente a fazer o bem 70
Vox Nesta edição convidamos especialmente quatro personalidades para falar sobre carreira e vivências 114 Lounge Os gostos e interesses de Raffaella Messina Zanardo 124
DECORAÇÃO | ESTILO | GOURMET | VIAGEM | CONSUMO
146 Eu sou Três convidados especiais falam de suas rotinas e interesses 126 Vida de Artista Os caminhos da dupla André e Kadu 132 Verão Produtos de beleza específicos para a estação. Dois destinos de viagem com sol, areia e mar e dicas para fazer as malas sem apuros 146 Gourmet O chef Alexandre Furquim dá uma receita especial para o fim de ano 166
"A entrevista com Martha Medeiros está fantástica!" Vivianne Nunes via Facebook
CONTATO Envie comentários e sugestões informando o seu nome completo. A revista MOOD Life se reserva o direito de resumir e adaptar os textos publicados, sem alterar o conteúdo. editor@moodlife.com.br www.twitter.com/revistamoodlife www.moodlife.com.br
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Expediente
E
LifI
special. A última edição do ano apresenta um
delicioso clima de festa. Tempo de preparativos, comemorações e convites, mas também de sensibilidade. Fomos tomados pelo “espírito de fim de ano” em nossa matéria de Comportamento, trazendo histórias de quem quer fazer o bem para o próximo e a si mesmo. Para o quesito celebrar, indicamos vários looks de moda festa, mas, se o que falta são ideias para presentear, fique de olho nos guias ilustrados. Na capa, apresentamos um jovem talento do pop contemporâneo. Anderson Thives produz uma arte viva a partir de picotes de papel multicoloridos. Por meio da colagem, ele os transforma em imagens de santos, desenhos animados, personalidades da história e celebridades. Um jeito espontâneo e animado de refletir quem ele é e como se relaciona com o mundo. Até mesmo sua casa segue o estilo de sua arte. Durante todo o ano mostramos várias formas de se morar bem e, desta vez, anunciamos uma grande novidade: Campo Grande receberá, em 2012, a exposição Morar Mais por Menos – focada em unir conforto, sustentabilidade e elegância à decoração com baixos custos. Em uma grande matéria você confere sugestões inspiradoras para casa. Dezembro também representa a chegada do verão, estação mais alegre e colorida do ano. Para aproveitar o sol e as férias, separamos dois destinos de praia, dicas de produtos de beleza e como arrumar a mala para a viagem. É hora de relaxar e festejar. Que venha 2012!
diretores Iara Diniz iara@moodlife.com.br Josué Sanches josue@moodlife.com.br Luis Pedro Scalise luispedro@moodlife.com.br Conselho Editorial Alexis Prappas Iara Diniz Josué Sanches Linda Benites Luis Pedro Scalise Melissa Tamaciro Jornalista responsável Cidiana Pellegrin (MTB 687/MS) redacao@moodlife.com.br Editor Odirley Deotti editor@moodlife.com.br Editor de Imagem Alexis Prappas alexis@prappas.com.br Fotógrafos Alexis Prappas, Jean Vollkopf, Marcos Vollkopf Revisão Dáfini Lisboa dafini.lis@gmail.com Holder Gestão Comercial PARA ANUNCIAR LIGUE (67) 3029-3426 comercial@moodlife.com.br Colaboraram nesta edição Texto Adriana Estivalet , Carla Gavilan, Cidiana Pellegrin, Mário Salgado e Thiago Andrade. Ilustração Efe de Queiroz
CAPA Anderson Thives Foto: Alexis Prappas (Prappas Imagens) Produção Executiva: Cidiana Pellegrin
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Revista MOOD Life é uma publicação mensal integrante do grupo DNZ Participações e Negócios Ltda. Rua da Paz, 1584 – Santa Fé. Campo Grande/MS CEP 79021220. A Revista MOOD Life não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não tem autorização para falar em nome da Revista MOOD Life. Impressão e acabamento Idealiza Gráfica e Editora.
t o me nota uma fina seleção de cultura e entretenimento
Força das imagens Por ter registrado os olhos marcantes da menina afegã (foto), que se tornaram capa da revista National Geographic em 1984, Steve McCurry tornou-se um dos mais conhecidos fotojornalistas do mundo. Em Alma Revelada, exposição em cartaz no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, o público confere até 29 de janeiro um panorama com mais de 100 imagens da obra do fotógrafo norte-americano. Avenida Faria Lima, 201, Pinheiros. Entrada gratuita de terça-feira a domingo, das 11h às 20h. www.institutotomieohtake.org.br
palestra
Summer Soul Festival Bruno Mars e Florence + The Machine (foto) são os principais nomes do line-up da segunda edição do festival, que acontecerá em São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis, respectivamente, 24, 25 e 28 de janeiro. Oportunidade de assistir a dois nomes dos mais interessantes da música pop internacional. Os ingressos estão à venda no site Livepass (www. livepass.com), com preços que variam entre R$ 100 e R$ 560.
internet
Design e artes gráficas A Benetton criou polêmica com a campanha Unhate, na qual líderes mundiais como Angela Merkel e Nicolas Sarkozy (foto) ou Papa Benedetto XVI e Ahmed Mohamed el-Tayeb, entre outros, se beijavam. No site da revista Zupi, especializada em artes visuais contemporâneas, todas as imagens estão disponibilizadas, assim como a produção dos principais artistas do século XXI. O espaço on-line oferece também agenda com exposições, palestras e conferências sobre o assunto. www.zupi.com.br 12 MOOD
Textos Cidiana Pellegrin e thiago andrade / fotos Divulgação
fotografia
VERAO
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t o me nota
Textos Cidiana Pellegrin e thiago andrade / fotos Divulgação
uma fina seleção de cultura e entretenimento
TEATRO
Utopia no palco O teatro, para a diretora Ariane Mnouchkine, é mais do que um simples espetáculo, é uma experiência sensorial capaz de expandir a realidade. Sob essa forte ideologia pessoal, ela criou uma das principais companhias teatrais da França, o Théâtre Du Soleil, ligando-se ao teatro de vanguarda e ao socialismo pós-maio de 1968. Entre 5 e 11 de dezembro, a trupe se apresenta no Festival Porto Alegre em Cena com o espetáculo Os Náufragos da Louca Esperança, baseado em história de Júlio Verne, que trata de cinema, guerra e política. Tel.: (51) 3235.1120
exposição
Espaço de interatividade A instalação Seu Planeta Compartilhado (foto) é um dos trabalhos expostos na Pinacoteca de São Paulo como parte da mostra Seu Corpo da Obra, que reúne outras três obras do artista plástico Olafur Eliasson. Esta é a primeira mostra do dinamarquês na América Latina e apresenta sua visão peculiar da interatividade entre arte e homem. Com obras também no Sesc Belenzinho e Pompeia, a mostra segue até 8 de janeiro.
gastronomia
Mestiço A mistura de sabores da culinária tailandesa, indiana, baiana, entre outras, é o toque a mais que faz do restaurante Mestiço um ponto de encontro entre as figuras mais descoladas de São Paulo. São 13 anos explorando temperos e combinações ousadas. Pratos que vão do acarajé de Salvador ao robalo com curry vermelho e arroz tailandês são de autoria da chef Ina de Abreu, que conta com passagens por Nova Iorque e Bangcoc. Rua Fernando Albuquerque, 277, Consolação. Tel.: (11) 3256.3165 www.mestico.com.br
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t o me nota Textos Cidiana Pellegrin e thiago andrade / fotos Divulgação
uma fina seleção de cultura e entretenimento
gastronomia
Piaf Bistrô show
Fatboy Slim Responsável por popularizar a cultura rave e a música eletrônica por todo o mundo, o DJ inglês Fatboy Slim se apresentará em Campo Grande no dia 27 de janeiro. Criatividade e bom gosto fazem dos sets criados por ele um deleite para fãs de sons produzidos por pick-ups e computadores. O show será realizado no Jockey Club de Campo Grande, com ingressos entre R$ 50 (pista) e R$ 120 (camarote). As vendas iniciaram dia 28 de novembro. www.moveclub.com.br
Encontrar um pouco da França em Campo Grande é possível graças ao bar e restaurante comandado pelo chef Jean Charles Quesnelle. O Piaf Bistrô reúne o melhor da culinária europeia, com toque francês em pratos tradicionais como os escalopes dijon, além de contar com uma excelente carta de vinhos. Rua José Antônio, 770, Centro. Tel.: (67) 3324.7220
exposição
Convergência das artes Com obras de 18 artistas plásticos de cidades do Estado e do restante do país, o Salão de Artes de Mato Grosso do Sul 2011 acontece até 20 de fevereiro no Museu de Arte Contemporânea (Marco). Pinturas, instalações e esculturas estarão expostas no espaço, que traz destaques como três trabalhos do publicitário campograndense Thiago de Barros, que mescla ícones da cultura pop, elementos da linguagem publicitária e restos de outdoor em colagens que criticam a sociedade de consumo. O museu funciona de terça-feira a domingo. Rua Antônio Maria Coelho, 6000, Carandá Bosque. Tel.: (67) 3326.7449
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Eles vão de moto
Andar sobre duas rodas é mais que prazer, traduz um estilo de vida
S
entir o vento batendo no rosto, um espírito aventureiro despertando e aquele gostinho especial de liberdade. Andar de moto é, para muitos, um momento de espairecer, se divertir, se esquecer dos problemas, romper limites e, ao mesmo tempo, estar no controle sem ter que dar satisfações. Dificilmente há meio termo, quem tem um veículo desses em casa é apaixonado por viver sobre duas rodas. Os modelos no mercado são inúmeros e atendem a diferentes necessidades. Vão desde os mais simples e populares - com poucas cilindradas - até os tipos com motor mais potente, design instigante e acessórios que garantem ao veículo um estilo personalizado. Há, inclusive, motos robustas que prezam pelo conforto e atraem um público específico: os aventureiros. Viajar de moto, às vezes sem destino, é um jeito de pilotar que une pessoas. Os motoclubes alimentam esse hábito e promovem o companheirismo
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entre seus integrantes. São grupos organizados por pessoas que curtem tal estilo de vida, desejam estreitar relações, se divertir e, claro, falar sobre esse universo. Com passeios, encontros e viagens acabam estimulando a camaradagem e a troca de experiências. Mas já houve um tempo no qual a moto era o ideal de rebeldia. Algumas produções de cinema ajudaram a propagar a analogia. Pouco antes da década de 1950, o veículo era associado a gangues e bad boys. O filme “O Selvagem” traz Marlon Brando comandando um grupo de 40 motoqueiros que acaba com a tranquilidade de uma pequena cidade. Em 1956, o rock 'n' roll invadia os Estados Unidos e, no mesmo ano, a revista "The Enthusiast" publicou um artigo com Elvis Presley, no qual ele aparece sentado em sua motocicleta favorita, uma HarleyDavidson modelo KH 1956. A partir daí, Harley e rock nunca mais se separaram. Mais tarde, as motocicletas se tornaram símbolos da contracultura.
O clássico filme “Easy Hider”, traduzido para o Brasil como “Sem Destino”, conta a história de dois motociclistas –interpretados por Peter Fonda e Dennis Hopper– viajando de moto pelos Estados Unidos com o sonho de conquistar a liberdade pessoal. Isso se espalhou pelo mundo inteiro, marcando o fim da geração beat, precursora do movimento hippie. Neste cenário de filosofia de vida “sem limites” do passado, a HarleyDavidson esteve muito presente, associando sua imagem à quebra de valores e costumes. Até hoje, isso conquista e reúne aficionados pela marca. Suas motocicletas têm visual inconfundível e são reconhecidas de longe pelo ronco do motor. Quando alguém passa com uma Harley, podese ter certeza de que será notado.
Foto Alexis Prappas
HARLEY-DAVIDSON
Foto Divulgação
Motoqueiro urbano Sou Harleyro! É como se denomina o jornalista Paulo Ricardo Gomes. Para ele, moto não é para curtir esporadicamente, é o meio de transporte que o leva ao trabalho todos os dias. “É um prazer andar de moto. Se isso não acontece, fico triste, sentindo que falta alguma coisa”, confessa. Nem nos dias de chuva há troca pelo carro, atitude que só quem tem uma dessas consegue entender a paixão. Há oito anos, o jornalista residia em Cuiabá, mas sempre estava em Campo Grande. Foi aí que percebeu que as viagens poderiam ser mais interessantes se acontecessem sobre duas rodas. Não deu outra, comprou sua primeira moto aos 25 anos – ainda não era uma Harley– e foi introduzido ao mundo do motociclismo. “No dia da mudança que me trouxe de volta a Capital, vim junto com a moto no caminhão que a estava transportando”, conta. Uma relação de carinho e cuidados, que agora são dedicados a um modelo
Foto Alexis Prappas
Ao lado, o jornalista Paulo Ricardo e sua Sportster, da Harley-Davidson
Sportster, escolha para quem precisa de uma moto com força, agilidade e que represente a tradição da marca norte-americana. A linha Sportster da Harley-Davidson foi lançada em 1957 e acabou se tornando o alvo preferido de customizadores. No caso de Paulo Ricardo, a customização é mais usual. Banco e escapamento trocados, o guidão alto e um baú incorporado na lateral. Acessórios que colaboram para maior conforto e toque de personalidade. “Podem existir modelos iguais na loja, mas não na estrada. Quando uma pessoa compra uma moto dessas, já quer fazer algo diferente, deixar com seu estilo”, conta ele. De viagens com sua Harley, ele coleciona várias lembranças. A primeira foi no dia da compra, quando pilotou de Campinas a Campo Grande. Sem perder muito tempo, fez passeios para Corumbá, Florianópolis e São Paulo acompanhado pela esposa. Após o nascimento de seu filho, as
Foto Arquivo pessoal
Elvis Presley e sua motocicleta favorita, a Harley-Davidson modelo KH 1956
viagens passaram a ser com amigos. A última foi para o Rio de Janeiro, onde participou do Rio Harley Days. “Andando em uma dessas me sinto fazendo parte da história, sendo um desbravador e conhecendo algo sempre novo”, completa.
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HARLEY-DAVIDSON
Veterano que despertou
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Glauco em suas aventuras sobre duas rodas. Paixão desde a juventude que voltou com força total
Foto Arquivo pessoal
Há quase três anos, o engenheiro civil Glauco Oliveira decidiu mudar seu estilo de vida. Os filhos estavam crescidos e ele já havia conquistado uma situação financeira confortável. Deixou de cortar o cabelo e a barba, comprou uma Harley Ultra Classic Electra Glide e foi ser livre. Até agora, já rodou 60 mil quilômetros e, pelo menos, quatro dias por mês decide viajar sem rumo. “Saio sempre na quarta-feira e volto no domingo,” diz. Glauco teve sua primeira moto na época que, segundo ele, as mães não deixavam as filhas namorar um rapaz que andasse em uma. Quando atingiu os 33 anos, esse apreço ficou de lado a pedido da esposa. “Moto é perigosa e, na época, meus filhos estavam muito pequenos. Então foi uma medida de precaução,” esclarece. Hoje, ele resgata o tempo perdido. Apesar de ser arriscado, pegar a estrada sozinho é o que mais gosta. Como vantagens, ele elege: “ultrapassagem menos perigosa, o descanso não tem hora marcada e o limite é você quem determina”. Mas quando o espírito está propício para viajar em grupo, os amigos de motoclubes são companhia para o novo destino, principalmente, se for encontros que reúnem gente do Brasil inteiro. Na maturidade, a experiência vivida pelo empresário está sendo ainda mais prazerosa do que nos tempos de juventude. Entre as últimas viagens está a que aconteceu em novembro para a capital carioca. Glauco se uniu há quase cinco mil motociclistas do país e do mundo para conferir o primeiro Rio Harley Days, que aconteceu na Marina da Glória.
Foto Arquivo pessoal
Pedro Scaff e a esposa, companheira em todas as viagens
Foto Alexis Prappas
Pé na estrada
Sozinho nunca Apesar de ter moto na garagem antes da maioridade, Pedro Scaff Raffi sentiu o prazer de viajar sobre duas rodas quando adquiriu um modelo HarleyDavidson, aos seus 39 anos. A decisão foi incentivada por amigos e apoiada pela família. “Saí da concessionária direto para um encontro de PHDs – Proprietários de Harley-Davidson – que acontecia em Campos do Jordão”, conta. Dali, não parou mais. Sempre com a esposa na garupa, o empresário viaja, pelo menos, três vezes por ano acompanhando as turmas de dois motoclubes dos quais participa. Os encontros são sempre marcados por roupas de couro, lenço amarrado na cabeça e muito rock. Se os eventos acontecem em volta da marca, o show também é de motocicletas personalizadas. Pedro é dono de dois modelos: os estilos chopper e ultra, que já passaram por melhorias em seu desempenho –um assunto que sempre rende papo entre os PHDs. Mas, por si só, as motos Harley-
Davidson têm o poder de estimular uma conversa entre dois desconhecidos ou até aglomerar multidões –como acontece nos eventos. “É motivo de união e que acaba gerando uma amizade”, garante o empresário. Porém, sua identificação não acontece apenas com os veículos da marca norte-americana. Ele possui o vestuário completo comercializado pela Harley. “Quase todas minhas camisetas são da grife”, declara. Ao longo de seis anos curtindo o estilo de vida aventureiro sobre suas duas rodas, já passou por cidades como Florianópolis, Búzios, Blumenau e Brotas. A viagem mais especial levou 10 dias percorrendo o interior de Minas Gerais com amigos. “Tudo foi uma descoberta bacana, nosso destino foi apreciar a paisagem, explorar as paradas e sentir as estradas. Para mim, Harley é isso: a emoção do passeio, e não da corrida”, afirma.
Dicas para curtir sua viagem com segurança e tranquilidade • Trace uma rota e pesquise possíveis locais de parada. Não esqueça de conferir a distância dos postos de combustível. • Tudo no veículo deve estar em dia, por isso verificar a lubrificação da corrente de transmissão, a condição dos pneus, o nível do óleo do motor, e como anda o sistema elétrico (luzes e baterias). • Invista em um bom seguro. Ele vai te auxiliar em casos de acidentes, ou de sua máquina quebrar até mesmo em um lugar remoto.
Harley em Campo Grande E os apaixonados pelas motos da marca já contam os dias. Em dezembro Campo Grande ganhará a primeira concessionária Harley-Davidson no estado. A Rota 67 H-D, como se chamará a loja, fica na av. Afonso Pena, 4548. Tel.: 3311.0600
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Ideias para você vestir sua casa
Quem é veterano no assunto histórias em quadrinhos conhece o sucesso de Valentina, criada em 1960 pelo mestre italiano Guido Crepax. A personagem representava e inspirava uma nova mulher, reunindo características transgressoras para a época. Além dos papéis, a criação do desenhista já esteve em filmes e, agora, aparece como temática de uma linha de móveis da empresa gaúcha Schuster. A coleção feita pela dupla de designers italianos Andrea Radice e Folco Orlandini traz biombo, móvel bar, estante e mesa lateral com estampa da personagem em preto e branco. Para os que apreciam o estilo pop no ambiente, as peças da edição especial podem ser utilizadas de forma independente, agregando um ar jovial ao espaço. Por R$ 3.671 a R$ 12.745 no site www.moveis-schuster.com.br
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Texto Cidiana Pellegrin / fotos Divulgação
Valentina
O ESSENCIAL PODE SER INCOMPARÁVEL.
Incomparável é não ter limites. É criar livremente. É deixar tudo com o seu estilo. Incomparável é ter mais de 45.000 possibilidades de personalização em nossas cozinhas e dormitórios e compreender que isso ainda pode não ser suficiente. Por isso, desafie-nos. Permita-se viver de forma incomparável, com a Formaplas.
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Ideias para você vestir sua casa
Contemporânea Feita de madeira certificada cumaruferro, a estante Árbol, da arquiteta e artista plástica Juliana Llussá, foi construída para remeter à estrutura de uma árvore. As caixinhas de diferentes tamanhos ligadas por ripas são como galhos com pequenas frutas. Com 1,80 m de comprimento e 2,10 m de altura, a peça com inspiração na natureza se destaca pela forma escultural e criativa. Por R$ 17.400 no site www.decamerondesign.com.br
Confeccionado em lã e algodão, o tapete Kilim Notisse promete criar a sintonia perfeita entre conforto e estilo. O charme artesanal combina cores vivas e linhas geométricas, trazendo alegria ao espaço e apresentando o design turco de vanguarda. Por R$ 800 m² no site www.bykamy.com
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Texto Cidiana Pellegrin / fotos Divulgação
Toque de cor
Ideias para você vestir sua casa
Inspiração natural
Refresco Ideal para ambientes externos, o chuveiro Richmond é produzido pela Cane-Line, empresa especializada em produtos para ar livre. Com estrutura em aço galvanizado, trama altamente resistente ao sol, chuva e vento, e piso em madeira Teca com revestimento de pedra da Indonésia, a peça promete dar um charme ao deck. Sua instalação ocorre fixando três pernas da ducha na terra, o que garante estabilidade suficiente ao produto. Por R$ 7.995 no site www.danishdesign.com.br
Após 25 anos como diretora de arte na Bertolucci, onde ajudou a fortalecer a marca como uma das mais importantes no segmento de iluminação do mercado nacional, Cristiana Bertolucci agora investe na carreira solo. Suas novas produções se mantêm na linha de luminárias, mas também exploram outras áreas. Uma coleção de produtos foi criada com inspirações na natureza e utilizou materiais completamente novos para a profissional: o bronze e o ferro forjado. Geralmente associados a itens clássicos, aqui eles aparecem de forma contemporânea. De 350 R$ 2.400 no site www.cristianabertolucci.com.br
Alta voltagem Em colaboração com a marca italiana Cappellini na década de 1990, o inglês Tom Dixon desenhou uma série de móveis com fios de aço que se assemelha a torres elétricas. A cadeira Pylon é uma das peças. O trono de “alta tensão” tem estrutura imponente e peculiar, mas com design extremamente leve. Uma escultura enorme, perfeitamente calculada para se destacar em qualquer ambiente. Preço sob consulta no site www.micasa.com.br
O estilo elegante e clássico do estilista Reinaldo Lourenço agora se estende à decoração. A Dell Anno fez uma parceria com o profissional para criar estampas para os móveis da marca. Intitulada Duo Chamalote, a linha de superfícies com assinatura fashion traz duas cores de acabamentos: Off-White e Warm Gray. O produto apresenta o efeito ondulado e brilhante do tecido Chamalote, usado na alta costura francesa, italiana e espanhola no século XVII. Preço sob consulta na Dell Anno Av. Afonso Pena, n° 4.480 Tel.: (67) 3326.2223 26 MOOD
Texto Cidiana Pellegrin / fotos Divulgação
moda no décor
Ideias para você vestir sua casa
Conforto no office Seja o escritório em casa, ou na empresa, é bem provável que uma pessoa passe de seis a oito horas por dia sentada. Para tornar o ambiente de trabalho aconchegante algumas escolhas fazem a diferença. A Office Formmato traz várias opções de mobiliário para o ambiente corporativo, com a preocupação de aproveitar da melhor maneira o espaço disponível. São peças de design arrojado e elegante, como a mesa Victoris, revestida em lamina de madeira natural e as cadeiras Compagna e Led, extremamente confortáveis. A primeira possui mecanismo new relax confort, com 11 posições de travamento e base alumínio polido. A segunda se destaca pelo sistema anti-impacto e FLEX-PU que proporciona ótima sensação de ao sentar. Investimento sob consulta. Office Formmato Rua 25 de dezembro n° 92 Tel.: 3384.3900
Superior nos quesitos durabilidade, resistência epreservação ambiental, os produtos Ecoblock foram criados para substituir o usode madeira natural em diversos segmentos, sem perder a estética que elaproporciona. Feita a partir de resíduos industriais, a madeira biossintéticapode ser empregada em decks de piscinas, revestimentos na decoração, paisagismo e outros segmentos. Preço sob consulta na Califórnia Mudas Av. Afonso Pena, 4348 Tel.: (67) 3349.0302
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Texto Cidiana Pellegrin / fotos Divulgação
Melhor que madeira
e squa dros
Chique e aconchegante
Fotos Marcos Vollkopf
Espaço comercial abriga estilo masculino, elegante e convidativo ao estar
O
momento de tomar um cafezinho também é destinado a minutos de relaxamento ou de bate-papo. Se o local for aconchegante, a ocasião pode ser mais prazerosa. O projeto criado para o Llero´s Café apresenta esta ideia: unir no espaço um clima intimista e de bem-estar. Usando de forma harmônica tijolos de demolição, painéis e móveis de MDF em tons escuros, foi possível criar um café com toque masculino e elegante, também complementado pela escolha de um lustre preto de cristal localizado no hall
Projeto dos Arquitetos Juliana Nogueira e Diego Camillo
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de entrada. O espaço destinado ao Llero´s Café ganhou vida e amplitude com a escolha de revestimentos e mobiliários confortáveis, que convidam à longa permanência. O layout do ambiente comercial acompanha a arquitetura do imóvel e aproveita todos os espaços usando recursos como a instalação de vigas de madeira no teto, adesivos nas paredes e espelhos para criar uma sensação de maior profundidade, espaço e altura no local.
Av. Alberto Araújo - Mata do Jacinto Tel.: 67 3901.2020
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A luz transforma Projeto do arquiteto Evandro Retamero e do decorador HĂŠzio de Paula
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Estilo loft com toque especial na iluminação ma residência que visa a atender as necessidades de um jovem casal ainda sem filhos. Ele assumia ser extremamente urbano e moderno, enquanto ela apreciava toques de rusticidade, lembrança da vida na fazenda. A proposta para ambos foi projetar uma local com ares de um “loft nova-iorquino” e incorporar ideias totalmente diferentes de suas vivências. Assim, nasceu esta casa que recebe bastante luz natural e integra toda a área social com a área de lazer, pois o casal adora receber os amigos ao redor da piscina. O projeto moderno de linhas retas recebeu iluminação pontual para destacar a cor branca mesclada ao efeito concreto, que reveste tanto os volumes da área externa das fachadas quanto o próprio interior da residência. Na sala de estar, com pé-direito
A rusticidade do campo veio duplo, a iluminação do teto é toda com o uso da madeira no forro das sobreposta, instalada em um perfil platibandas metálicas, nas portas e na metálico formando um “U”, e foi feita mobília da varanda. O casal mostroucom spots. Arandelas de efeito auxiliam se muito satisfeito com o resultado no destaque do ponto central deste final da obra, que teve a participação ambiente, que conta com escada efetiva dos profissionais desde a escolha de concreto armado pintada em do terreno até os dias de hoje. epóxi na cor amarela, contrastando com os demais materiais utilizados. Um pouco de cor ainda vem com acessórios e móveis da sala de jantar, um tempero alegre aos ambientes. A parede atrás do grande sofá preto ainda exibe poucos quadros, José Antônio 802 mas a ideia é que, em um futuro Tel.: 3029.0401 bem próximo, seja preenchida com cena@cenailuminacao.com.br muitas lembranças de viagens que o casal pretende fazer. A outra parede superior, em frente à escadaria, está reservada para receber uma galeria horizontal de fotos da família, que Hézio de Paula ainda não tem data para aumentar. (Decorador) Tel.: 9232.8532 e Evandro Retamero (Arquiteto) Tel.: 9292.7085
Fotos Marcos Vollkopf
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Além da simplicidade Designer Flávia Pagotti une funcionalidade com toques de humor em suas criações
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adeira, plástico, tecido, metal, acrílico e qualquer material que Flávia Pagotti achar interessante se transforma em peças funcionais que carregam algum toque de humor. A inusitada poltrona Achego é uma das criações que apresentam essa leve provocação, onde a capa de sofá recebeu mangas e capuz. A inspiração para desenhar vem do dia a dia, onde tudo serve de referência. Sempre acompanhada de seu caderninho, ela rabisca toda ideia que lhe vem à cabeça e depois a refina com olhar apurado. “Procuro observar a forma como as pessoas usam os móveis e os objetos domésticos, como se relacionam com eles e o que esperam de cada peça,” revela.
O interesse pelo design surgiu durante a disciplina de desenho industrial, enquanto cursava a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), na década de 1990. “Depois de formada, trabalhei como arquiteta por três anos e fui morar um período nos EUA, onde comecei a desenvolver móvel,” conta. Dali partiu para Londres onde cursou o mestrado de design de produto na Royal College of Art, um dos mais renomados centros de pesquisa em design no mundo. Após dois anos, voltou ao Brasil para trabalhar como designer.
Elegante e sóbria, a poltrona Achego passa a sensação de conforto e aconchego. Disponível também com capa vermelha
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Textos Cidiana Pellegrin/ fotos Divulgação
A experiência em design adquirida no período em que esteve no exterior, proporcionou a Flávia Pagotti desenvolver e produzir os próprios produtos. Além disso, prestou consultoria para fábricas de seu segmento. Atualmente, sua parceria acontece com empresas como Proa, Móveis Silva Santos, Brasil Post, Butzke e América Móveis.
Sua formação em arquitetura está presente não só na técnica de desenvolvimento de produtos, mas também como referência de coleções. Na série São Luiz, os azulejos portugueses presentes na capital do Maranhão se tornaram estampa para objetos decorativos e mobiliários. Da geometria dos azulejos de Athos Bulcão desenvolvidos para o Congresso Nacional, em Brasília, nasceu a poltrona que leva o primeiro nome do artista plástico A sustentabilidade é outra preocupação evidente em suas produções. A cadeira Abraço, o centro de mesa Balanço e a espreguiçadeira Depois da Feira são alguns exemplos de suas criações que agregam o uso responsável de recursos. “Praticamente todos os trabalhos são com madeira certificada, de reflorestamento ou em materiais recicláveis”, garante a profissional
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Há mais de dez anos atuando como designer, Flávia exportou seus produtos para Holanda e França e participou de importantes premiações. Entre os destaques estão o IF Product Design Award, que tornou a espreguiçadeira Paulistana reconhecida mundialmente em 2007. Edições do Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira também evidenciaram peças como a cadeira Curinga, a mesa Leve e o banquinho Bate-Papo, este considerado um item especial para a paulistana. “Ele foi criado em 2001 e até hoje é uma peça considerada inovadora”, declara. O móvel, baseado no tradicional banquinho caipira, foi renovado com materiais, técnicas e formas diferentes da habitual. Em cada projeto, Flávia procura estabelecer seu principal objetivo na profissão: “criar móveis com conceito forte e que sejam comerciais”
Cadeira Curinga (acima) e Banquinho Bate-papo (ao lado), finalistas do Brasil Faz Design, em 2002
Serviço Loja Studio A Av. Afonso Pena, 4176 Tel.: (67) 3029.2220
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por Menos
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Textos Cidiana Pellegrin / fotos Divulgação
Morar Mais
Conforto, sustentabilidade e elegância. Campo Grande receberá a mostra de decoração que tem como lema “o chique que cabe no bolso”
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s ambientes são sofisticados, criativos, utilizam materiais sustentáveis e ainda priorizam produtos brasileiros na decoração. Tudo isso com redução de custos e soluções amigas do bolso. Este é o cenário da Morar Mais por Menos, uma mostra que está presente em oito Estados, além do Distrito Federal. No Rio de Janeiro, o público aumentou em 300% desde a sua estreia em 2004. A ideia surgiu a partir de uma necessidade sentida pela filha da publicitária Lígia Shuback, uma das idealizadoras do evento. Ela quis instalar uma hidromassagem em sua casa e tomou um susto com os altos custos do equipamento. Dali, surgiram questionamentos do tipo: como ter um lar aconchegante e sofisticado sem gastar quantias exorbitantes? Atraentes e aplicáveis, os conceitos e alternativas do décor que marcam a Morar Mais por Menos serão apresentados a Campo Grande em 2012. A realização será do Grupo DNZ Participações, composto por empresas na área de comunicação. Entre elas, está a Agência Diniz, responsável por grandes eventos nos segmentos de varejo, esporte, cultura e arquitetura que deverá coordenar a operação local.
Foco
de energia e água; na inclusão social, onde cada profissional deve incluir no projeto algum produto artesanal de ONGs, cooperativas ou trabalhadores informais; na brasilidade, que valoriza itens de produção nacional para ornamentar o ambiente; na tecnologia e inovação, aplicando no segmento residencial o que há de mais moderno em diversos setores da economia; no conceito de vendas, que possibilita livre interação entre os visitantes, profissionais e fornecedores.
Diferencial Na Morar Mais por Menos o preço dos itens em exposição e o valor de todo o projeto ficam à vista do visitante. Além disso, cada ambiente disponibiliza formulários para que o cliente relate seu desejo por alguma peça, fazendo, assim, uma reserva do produto. As empresas participantes podem entrar em contato com os interessados e até promover descontos para finalizar a compra. Outra vantagem para o consumidor é a garantia de encontrar o melhor custo x benefício em relação a serviços e produtos do mercado. Visitar a mostra também é ter a certeza de que, com ajuda de um profissional, é possível deixar a decoração acessível ao bolso e visualmente atrativa.
Em todo o país, a Morar Mais por Menos se sustenta em cinco pilares: na sustentabilidade, agregando soluções e materiais alternativos, recicláveis e/ou certificados, ou ainda preocupando-se com a racionalização
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A 8° edição da mostra Morar Mais por Menos no Rio de Janeiro apresentou 75 ambientes marcados pela beleza natural, o conceito “high and low” e muita originalidade na sede da Pequena Cruzada, na Lagoa. Mais de 30 mil pessoas conferiram soluções de decoração, como: integração dos ambientes, versatilidade e iluminação econômica. O número de reservas de produtos chegou a 4 mil itens, o equivalente a R$ 7 milhões.
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As designers de interiores Andrea Penna e Joana S. Di Marino buscaram transformar o ambiente de cafeteria em uma cozinha contemporânea e descontraída. Para isso, ousaram nas cores, brincaram com os diversos estilos de luminárias e móveis modulados e ainda misturaram peças de design moderno com retrô
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Rio de Janeiro
O projeto Cozinha com História, dos arquitetos Marcelo Possidonio Filgueira e Bianca Gatto resgata o visual dos cômodos de antigamente, porém, com modernos utensílios gourmet. O espaço também foi decorado com objetos de artesanato brasileiro Uma sala confortável, alegre, perfeita para reunir a família e amigos. O projeto de Renata Rabello abriga uma enorme e colorida tela que homenageia a cidade do Rio de Janeiro. O piso cimentício foi uma solução econômica encontrada para reduzir os custos, e a iluminação feita 100% com Leds permite um consumo mínimo de energia
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Elegante e despojada. A Sala de Jantar idealizada pela arquiteta Margareth Villela e o engenheiro Frederico Villela é um local de convivência, conversas com a família e amigos. O espaço recebeu piso em granito de baixo custo –porém, com acabamento diferenciado (flameado) –, mobília nacional e uma mistura de estilos, cores e texturas. A laca turquesa de alto brilho, por exemplo, contrasta com o modelo antigo dos móveis, revelando uma tendência de decoração
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O espaço Estúdio do Jovem e Academia criado pelos arquitetos Danielle Bastos e Gustavo Amorim traz características alegres, urbanas e despojadas, que estimulam a curtição da música e também a prática de exercícios. Energético e colorido, o ambiente utiliza placas na parede como prateleiras diferenciadas, um espelho para dar a sensação de amplitude e madeira sintética com aspecto de demolição
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Uma sala versátil e confortável que atendesse às necessidades familiares de convivência como também compromissos profissionais. Por meio de uma linguagem alegre e contemporânea, o profissional Nilton Montarroyos apresentou a Sala em Cores, local onde os tons fortes são o grande destaque da decoração. Para diminuir o custo do ambiente, ele fez uso maior da cor branca nas paredes, uma pintura convencional que está entre as opções mais baratas de acabamento
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Brasília A Casa do Candango, um edifício de 3.800 m² com arquitetura modernista, foi o local escolhido para abrigar a mostra Morar Mais por Menos 2011, em Brasília. Os visitantes puderam conferir 35 ambientes de decoração com foco em residência, escritório ou paisagismo, que apresentam os conceitos do evento.
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A Sala de Almoço estimula o convívio familiar unindo espaços de refeição, descanso e varanda. Desenvolvido pela arquiteta Nida Chalegre e pelas designers de interiores Carla Beck, Gabriella Jara e Lívia Correia, o espaço de 60m² homenageia o chef Gutemberg e
faz uso de objetos de decoração, copos e pratos que pertencem ao profissional. Entre as soluções econômicas empregadas estão a porta suspensa feita com bambu e o teto de revestimento que incorporou garrafas PET
A arquiteta Tânia Franco apresentou a Entrada e Bilheteria de forma irreverente , por meio da mistura de cores e objetos, como os Gatos da artista Verônica Neves. Além disso, a brasilidade se faz presente com uso de produtos de origem nacional
O aconchego impera na Sala de TV idealizada por Maira Cantieri, Maria Gondim e Sandra Feltrim. O espaço de convivência familiar foi projetado para ter versatilidade e integração, além de mostrar como azul e marrom podem combinar. Peças de família, materiais reaproveitados e artesanato local mesclado com peças universais formam a personalidade do morador, carregada de memórias
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Tudo integrado para facilitar a comunicação foi a proposta da arquiteta Penélope Batista e da decoradora Laiana Dias para a Agência de Publicidade. A mesa de MDF foi um dos recursos utilizados para a troca de ideias. Na parede, o papel traz nomes de grandes capitais mundiais, e a luminária com 12 lâmpadas fluorescentes sustentadas por cordas complementa a descontração do décor
Rusticidade aliada ao conforto define o Quarto do Casal, assinado por Amélia Rodrigues e Maria Haydée. O ambiente é composto de elementos naturais, como a cama e o painel feitos em madeira de demolição. O piso é de porcelanato
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A Cozinha da Casa foi projetada para ser uma área de encontro familiar e receber os amigos. Por isso, Renata Dutra preferiu não inserir atrativos tecnológicos (TV, aparelho de som)
para que a conversa fosse estimulada. No espaço de 90m², a profissional substituiu uma das paredes por vidro para aproveitar a vista do prédio da Casa do Candango
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Curitiba Em 2011, a 5° edição da mostra Morar Mais por Menos de Curitiba reuniu 70 profissionais, que projetaram 57 ambientes na forma de Condomínio Clube, um conceito que conquistou os curitibanos por oferecer, no mesmo local da moradia, opções como área de fitness, piscinas térmicas cobertas, sauna, brinquedoteca, espaço gourmet, sala de jogos, entre outros benefícios. A mostra aconteceu em um imóvel de 3.000 m², com cerca de 1.300 m² de área construída, na rua Kellers, no bairro São Francisco.
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O nome do ambiente já anuncia sua temática. O Estúdio Sustentável assinado pelo arquiteto Vinicius Trevisam incorpora materiais reciclados e ecologicamente corretos, mostrando que eles podem compor um ambiente sofisticado. Entre as ideias mostradas estão
paredes cobertas com azulejos produzidos a partir de embalagens de doces de festa, luminárias desenvolvidas com produtos naturais e piso de reaproveitamento de obras
O Estar da Família apresenta beleza, conforto e praticidade num ambiente repleto de materiais reciclados e reaproveitados. O projeto dos arquitetos Luciana Cavalli e Zeh Pantarolli mostra uma moldura de espelho feita com saquinhos de chá, um tronco velho transformado em mesa de centro e a luminária central composta de guarda-chuvas velhos
Assinada pelo arquiteto Thiago Florenzano, a Sala de Jantar recebeu uma profusão de cores e formas, mesclada com objetos e mobiliário modernos, proporcionando aspecto futurista e refinado. A preocupação com a sustentabilidade pode ser vista pela escolha da cristaleira em MDF revestido com garrafa PET na área interna, e pintura automotiva do lado de fora
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O Terraço do Café e Espaço de Eventos traz uma decoração alegre, moderna e rústica em uma estrutura semelhante a um jardim de inverno - com pergolado, deck e cobertura
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de policarbonato. Conceitos referentes à reutilização de materiais e à reciclagem de mobiliário fazem parte do projeto das arquitetas Anna Luiza Rodrigues e Karina Iurk, que
tiveram, por exemplo, a ideia de transformar sacos de café usados e juta em pufes
taque no ambiente, foi construída de pallets reaproveitados e pintados de preto. A iluminação inserida em seu interior ajuda a evidenciar um estilo rústico, que convive com a decoração contemporânea
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Para criar o Quarto do Casal, as designers de interiores Carla Armstrong, Liliane Barreiros e Rosangela Pauli pensaram no perfil de um jovem casal urbano curitibano. A cama, objeto de grande des-
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Belo Horizonte Pelo quinto ano consecutivo, a capital mineira realiza sua edição da Morar Mais por Menos. Em 2011, o local escolhido para sediar a mostra foi o prédio da Antiga Maternidade Hilda Brandão, um espaço datado de 1916, com arquitetura neogótica. O evento apresentou projetos assinados por 95 profissionais e um calendário com atrações extras que envolviam aulas de culinária. Ao todo, 12 mil pessoas puderam conferir ideias de decoração sofisticada e sustentável e ainda encomendar para a própria casa algum móvel ou objeto exposto nos ambientes. Ao todo, foram feitas 1.037 reservas, o equivalente a R$ 1,5 milhão em produtos.
Salas de banho são como pequenos spas em casa. Com 16m², este ambiente de relaxamento e bem-estar, executado pelas designers de interiores Debora Mendes e Ana Paula Linces, traz conforto e luxo aliado à sustentabilidade. O compromisso é visto, por exemplo, na escolha do porcelanato Ecodiversa e o Ecoart “pedra industrializada”
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Pensado para uma jovem designer mineira, que precisa de um escritório em casa, as profissionais Letícia Malheiros e Beatriz Cançado executaram o Escritório Sustentável
com decoração que resgata elementos do interior de Minas Gerais, como a presença de azulejos que revestem a parede e os tons neutros do mobiliário
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O Quarto de Hóspedes apresenta várias possibilidades de função. O conceito empregado pelo designer Valderez Andrade e pela arquiteta Carolina Andrade é de mutação: nada impede que se transforme numa sala de TV, de jogos, canto de leitura e o que mais o dono da casa desejar, pois a disposição da cama faz com que ela desempenhe o papel de um grande sofá. A mesa e o mini-bar ajudam na comodidade
Tipicamente mineira e muito aconchegante. A Cozinha Gourmet Experimental, idealizada pelos profissionais Maria Teresa Moura e Carlos Abreu, utilizou produtos reciclados, artesanais e de tecnologia, assumindo o conceito de sustentabilidade e resgatando lembranças do tempo da vovó
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Casa Cor Trio Evento reĂşne simultaneamente as mostras Casa Office, Casa Boa Mesa e Casa Festa
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sucesso da Casa Cor, a maior mostra de decoração da América Latina, tornou a marca empreendedora no segmento. Em 2009, o foco da exposição que apresenta novidades, principalmente, em habitação, foi ampliado com o lançamento da primeira Casa Cor Trio, um evento que reúne três mostras simultâneas apontando ideias para quem gosta de cozinhar e acolher bem, além das últimas tendências de projetos para escritórios e de soluções para festas em diferentes tipos de comemorações. Em 2011, profissionais renomados do país apresentaram o que há de melhor na arquitetura, decoração, design e paisagismo, aliando criatividade e funcionalidade através de projetos inovadores para compor as mostras Casa Boa Mesa, Casa Office e Casa Festa. A partir do tema “Trabalhar, Saborear e Celebrar,” surgiram interpretações no âmbito do bem-estar, entretenimento e qualidade de vida. O evento apresenta quase 40 ambientes distribuídos em 33 mil m², no Jockey Club de São Paulo. Para tornar o passeio ainda mais prazeroso, os visitantes podem curtir deliciosas tentações gastronômicas em restaurantes, cafés, um empório com seletos produtos e ainda uma casa de especiarias que promete despertar os sentidos. O conhecimento também pode ser na área da culinária: todos os dias acontecem aulas, oficinas, workshops e degustações com os melhores chefs e sommeliers ítalobrasileiros. As atividades são gratuitas e acontecem até dia 4 de dezembro, quando se encerra o evento.
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Restaurante Badebec Na mostra Casa Boa Mesa, um time de profissionais contou com o desafio de executar espaços com o tema “Ano da Itália no Brasil”. O destaque vai para o Restaurante Badebec, do arquiteto Luis Pedro Scalise, que ganhou o prêmio de melhor projeto comercial. O restaurante tipicamente toscano, criado em uma área de 174m², é repleto de trepadeiras envoltas em pergolados e pequenos jardins que dão ar campestre
e rústico ao ambiente. O local também evidencia os tons terracota, um resgate das construções da região central da Itália. Materiais como barro, metais nobres e madeira ajudam a compor um espaço confortável e requintado, o qual recebeu folhas de livros que contam a história do país europeu revestindo parte do teto e algumas paredes. Direto da Itália vieram o chafariz do século XVII e dois leões feitos em bronze, que dão elegância e imponência ao ambiente.
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Novidades que fazem nosso desejo de consumo
Tradição suíça
Laranja, verde, amarelo, vermelho e azul são os tons presentes na coleção Pantone, recém-lançada pela designer de joias Carla Amorim. As cores vibrantes estão em safiras, esmeraldas, tsavorita e diamantes que se destacam nos poderosos anéis e brincos da linha. As novas peças receberam formas arquitetônicas e extremamente femininas, características da designer que aprecia o brazilian lifestyle. De R$ 3.970 a R$ 29.980 no site www.carlaamorim.com.br
Divulgação Giovana Crochet
Pantone
Quando se fala em tradição, luxo e relógios, a fabricante suíça IWC Schaffhausen está entre as referências no assunto. Em 2011, a marca apresentou três novos itens da coleção Portofino, existente há mais de 25 anos em seu portfólio. Os lançamentos ganharam pulseiras de couro desenvolvidas pela fabricante italiana de sapatos Santoni, evidenciando na linha o mote de classe e elegância. Preço sob consulta na Grifith Shopping Cidade Jardim - SP Tel.: (11) 3552.2828
Clássicos revisitados A Ray-Ban e a fabricante de roupas masculinas Brooks Brothers se uniram para lançar uma coleção de óculos solares composta pelos tradicionais modelos aviador e wayfarer. Os acessórios foram estampados com listras diagonais, marca registrada das gravatas Brooks Brothers. Disponíveis nas padronagens amarelo com azul-marinho e vinho com branco. De US$ 139 a US$145 no site www.brooksbrothers.com
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Quando se fala em crochê logo nos vem à mente aquele artesanato da vovó. O ponto antiguinho está em voga no verão 2012, mostrando como pode ser usado para compor peças de alto estilo. A marca Giovana Crochet aposta na trama para elaborar looks sofisticados. Outra a incorporar a técnica handmade foi a Le Lis Blanc. A temporada traz vestidos e blusas de crochê com o status fino e elegante, tão característico da marca.
Textos Cidiana Pellegrin / fotos Divulgação
look
gad g et s novidades que fazem nosso desejo de consumo
Eco gadget Uma coleção de gadgets com design limpo e minimalista, feita com bambu e plástico reciclado, faz parte da linha Safe Collection, do estúdio de design francês Lexon. Entre os itens ecofriendly estão lanterna LED, despertador, calculadora que utiliza energia solar e um incrível radinho movido à manivela. Preço sob consulta no site www.mydeco.com
Trilha sonora
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A Sony acaba de lançar no mercado brasileiro novos modelos MP3 Player Walkman resistentes à água. Disponíveis nas cores preto, branco, azul e rosa, o produto tem design diferenciado, que promete agradar dos usuários descolados aos tradicionais, além de ser perfeito para quem pratica atividade física curtindo uma boa música. Por R$ 299 no site www.sonystyle.com.br
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AirPlay O Zappelin Air da Bowers & Wilkins é um alto-falante que dispensa fios e garante som de qualidade a longo alcance. Compatível com Mac, iPad, iPhone e iPod touch, o aparelho permite transmitir músicas armazenadas nos dispositivos portáteis apenas com wireless, dispensando a conexão física com o dock. Por U$ 600 no site www.amazon.com
ultimate
Precisão
Já chegou ao mercado brasileiro o HTC Ultimate, o primeiro do país com o Windows Phone 7.5, versão mais nova do sistema para smartphone da Microsoft. O aparelho tem rápido desempenho, possibilitando ao usuário acessar com apenas um toque todos os seus contatos no Facebook, Twitter, LinkedIn e Windows Live sem travamentos no seu smartphone. Por R$ 1.149 nas Lojas da Vivo ou no site www.htc.com/br
Para tornar o toque e a digitação mais precisa, a iKit desenvolveu uma caneta que une função esferográfica com borracha macia para não agredir os gadgets com telas touchscreen. A Stylus pen foi trazida ao país pela Mobimax , distribuidora brasileira de acessórios para informática e tecnologia automotiva. Por R$ 88 no site www.walmart.com.br
mo t o r
foto Divulgação
Novidades que fazem nosso desejo de consumo • Por Mário Salgado
Pequeno notável MINI Coupé chega por iniciais R$ 134.900 e promete ser o modelo mais veloz da linha
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s modelos da inglesa MINI fazem a cabeça de jovens e pessoas que querem ser “diferentes” no trânsito das grandes cidades. E agora, a rede de concessionárias da marca já começa a entregar as primeiras unidades da mais recente novidade de sua linha. O MINI Coupé foi lançado no Brasil no começo de outubro e chega para ser o veículo mais rápido da linha e ainda tem cheiro de novidade, já que foi lançado oficialmente em setembro, durante o Salão de Frankfurt. O carro, que tem espaço para apenas dois ocupantes, será oferecido em 3 versões: Coupé, que custa R$ 134.900 reais (tem o acabamento da S, mas com motor aspirado de 122 cavalos), a Coupé S (com motor turbo de 184 cv), cujo preço sugerido é de R$ 149.950 e a topo de linha John Cooper Works (que tem um motor de 211 cv e apenas câmbio manual),
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e valor de R$ 156.950. A marca ainda promete para o ano que vem o modelo Roadster, conversível, do "capetinha". Na mais esportiva de todas o carro promete chegar perto dos 250 km/h e deixar para trás muitos carros esportivos que valem 4 ou 5 vezes mais que o seu valor. Ainda estão presentes em todas as versões 6 Airbags, freios com ABS, EBD e controle de estabilidade. O design associa prontamente o Coupé aos outros modelos da marca. Os elementos característicos do MINI estão todos lá, como os faróis arredondados e a grade com apliques cromados. O interior também é parecido com seus ‘irmãos’, com uma overdose de formas circulares e o nada discreto velocímetro no centro da cabine.
INFOPUBLI
Gente da Estácio
A trajetória de ex-alunos que se tornaram profissionais bem-sucedidos Realização profissional é o desejo de todos que iniciam um curso superior, objetivo que não se restringe aos acadêmicos, mas também à Faculdade Estácio de Sá. Neste caderno, apresentamos pessoas que escolheram se qualificar na instituição e acreditaram no poder do próprio conhecimento para conquistar uma posição de sucesso no mercado.
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Juliana Valviesse Segurança e realização pessoal ao exercer a profissão
e tornar profissional na área de saúde foi uma escolha que Juliana Valviesse fez ainda na adolescência. A decisão veio como reflexo da precariedade do serviço na Bolívia, país onde viveu por oito anos – dos quais dois foram dedicados ao curso de fisioterapia. De volta ao Brasil, a carioca chegou a Campo Grande com a necessidade de continuar o ensino superior. “Optei em transferir meu curso para a Estácio, por ser a faculdade que tinha a melhor grade, além de ser conhecida em todo Brasil e ter sede no Rio de Janeiro, Estado que talvez eu regressasse”, declara. Entre os diferenciais do curso destacados pela fisioterapeuta, estão disciplinas e estágios obrigatórios que só existem na graduação da instituição, mas que são essenciais para capacitar o aluno e deixá-lo mais qualificado para enfrentar o mercado. “Saí preparada e confiante para atuar como profissional”, confessa. O primeiro emprego depois de formada veio uma semana após a colação de grau, em 2007. Os anos seguintes foram dedicados à área de estética, inclusive, ao aprofundamento do tema dermato-funcional, adquirido durante a pós-graduação realizada na Estácio. “Tivemos contato com cirurgiões plásticos reconhecidos no mercado regional, o que me proporcionou muito conhecimento”, garante. Hoje Juliana vivencia outros segmentos da fisioterapia. Contratada pela Associação Campo-Grandense Beneficente de Reabilitação (ACBR), uma entidade filantrópica, ela atende no período matutino pacientes com problemas neurológicos. À tarde, trabalha em uma clínica particular se dedicando à área de ortopedia, na recuperação de pessoas que sofreram algum trauma. “É muito prazeroso esse lado humano e social da profissão, onde conseguimos ver a evolução e a melhora na qualidade de vida das pessoas”, explica. Como próximo passo na profissão,
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Foto Marcos VollkOpf
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ela colocará em prática dicas de seus antigos professores: “Atualizar-se sempre, lendo e buscando cursar especializações”.
”Optei em transferir meu curso para a Estácio, por ser a faculdade que tinha a melhor grade, além de ser conhecida em todo Brasil“
INFOPUBLI
Fábio Melges Crescimento no ambiente de trabalho e a experiência como docente
escolha da Estácio para cursar o ensino superior veio por indicações de amigos. “Relataram-me que não havia excesso de alunos na sala e o espaço para a troca de informações acontecia sem dificuldades. Eram cerca de 30 dividindo o ambiente, contra quase setenta em outras instituições”, revela Fábio Melges. Ainda na graduação de ciências contábeis, ele era um funcionário comum na área de contabilidade da rede Comper, grupo que agrega supermercados varejistas e atacadistas em cinco Estados. Com o fim do curso, em 2003, já havia se tornado gerente do setor. “Via os professores como exemplos de motivação profissional,”conta. Trocar experiências, alimentar o conhecimento técnico e se manter atualizado com o mundo foram lições que ele pôs em prática. Enquanto estudava, Melges não só aprimorou a noção de finanças, tornando-se um investidor em ações na Bolsa de Valores, como descobriu o apreço pela área acadêmica. “Não quero sair da faculdade, quero voltar”, pensava. E o convite da Estácio para integrar o corpo docente aconteceu há três anos, quando já havia se especializado em controladoria administrativa e conquistado o cargo de gerente administrativo corporativo do grupo Comper. Entre as competências atuais da carreira empresarial, Fábio coordena a verificação de contratos e todo tipo de análise financeira em âmbito nacional das bandeiras Fort, Comper e Bateforte, que compõem a rede. “Acredito que ser um bom professor é saber repassar a teoria junto com a experiência do mercado. Era isso que valorizava na época da minha formação e hoje posso proporcionar aos meus alunos”, afirma o docente dos cursos de administração e ciências contábeis da Estácio de Sá.
Foto Alexis Prappas
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”Acredito que ser um bom professor é saber repassar a teoria junto com a experiência do mercado. Era isso que valorizava na época da minha formação e hoje posso proporcionar aos meus alunos“
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Ademar Chagas da Cruz A escolha pela advocacia como ascensão profissional
Foto Alexis Prappas
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”No curso, pude perceber a atenção dos professores em atender solicitações não só dentro da sala de aula. Tinha livre acesso a esses profissionais com bagagem teórica e de mercado“
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studar a faculdade de direito foi uma opção feita há sete anos por Ademar Chagas da Cruz. Formado em economia, o ex-funcionário público que trabalhava no segmento de tecnologia percebeu que a ciência jurídica não tratava apenas de leis e, sim, da vida em sociedade. “Conversando com pessoas atuantes na área, descobri que era uma formação para a vida. Afinal, o direito, além de tratar de questões legais, aproxima pessoas”, defende. Pesquisando, ele ouviu referências positivas da Estácio. Entre elas, a valorização do aluno e a qualidade do corpo docente, formando profissionais bem-sucedidos que trabalham em diferentes segmentos do direito. “No curso, pude perceber a atenção dos professores em atender solicitações não só dentro da sala de aula. Tinha livre acesso a esses profissionais com bagagem teórica e de mercado” conta. Já aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ademar abriu, no mesmo ano do término do curso, um escritório em sociedade com o irmão, também advogado. Dar um grande passo e ao mesmo tempo se destacar no meio profissional são tarefas que ele atribui à qualificação acadêmica, ao espírito empreendedor e à percepção de brechas no setor. “Outro aprendizado foi sobre a importância da relação com pessoas no meio jurídico. Tenho que estimular isso para tornar minha empresa conhecida”, confidencia. Atualmente, o escritório tem foco empresarial, atendendo clientes nos segmentos tributário, ambiental e trabalhista. Mas, no futuro, Ademar deseja tornar o local referência em várias especialidades dentro de uma área do direito. Para chegar ao objetivo, o advogado também investe em conhecimento e está fazendo doutorado em ciências jurídicas e sociais na Argentina.
PARABÉNS AOS ALUNOS E PROFESSORES DO CURSO DE FARMÁCIA: NOTA 4 NO ENADE.
Fonte: DOU, Seção 1, pg 44, Nº 220, 17 de novembro de 2011
Essa conquista, obtida junto ao MEC, na avaliação do ENADE 2010, só foi possível por contar com uma equipe de funcionários e professores que trabalham para oferecer um curso com excelente nível de formação. E alunos que investiram no ensino de qualidade para ter um futuro melhor. Parabéns a todos os envolvidos, essa conquista também é de vocês.
VESTIBULAR
INSCRIÇÕES ABERTAS
w w w. e s t a c i o . b r
c omportamento
Bate o sino, o arrependimento, a esperança e o perdão De diferentes formas e cada vez mais em nome de si mesmo, o fim do ano tem comovido e chacoalhado muita gente pelo simples fato de se querer fazer o bem Por Carla Gavilan
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Ilustração Efe de Queiroz
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astou passar por uma árvore de natal na vitrine de uma loja para andar mais devagar e ser tomada por aquela contemplação pela vida que geralmente só possuímos nesse restinho de ano. Inconscientemente, já começo a fazer balanços, e não apenas financeiros, mas de todos os tipos: como estou com minha família, saúde, amigos, trabalho, com Deus. Uns vizinhos que nunca fiz muita questão de conversar invadem meu momento de concentração. Foram embora de repente e, na casa ao lado, vazia, ficou minha angústia e arrependimento de não ter sido “mais vizinha” com eles, em não ter puxado uma conversa informal para saber o nome da criança ou se também tinham problemas com a fiação elétrica. É o que comumente
chamamos de “espírito de fim de ano”. Doe brinquedos, alimentos, livros, roupas, calçados, um pouco de seu tempo, de seu carinho. Campanhas de todos os tipos nos convidam a ser, agora, melhores do que fomos o ano todo. Ações que, muitas vezes, acontecem durante todos os meses anteriores, mas que recebem notoriedade e adeptos somente quando nos situamos nesse pequeno canto do calendário. Acreditando ou não em Deus, tendo ou não uma religião ou filosofia, a grande maioria da população se desarma e repensa muitas coisas da vida.
Presença de Natal Por causa do futebol, Leandro Resende começou a frequentar, todo fim de semana, um bairro simples na periferia de Campo Grande. Dessas partidas, conheceu mais pessoas, se enturmou com os comerciantes e “se apegou” a região que nada tem a ver com o condomínio silencioso e “bem fechado” onde mora. O futebol nem é mais tão frequente como antes, mas por quatro dezembros seguidos o gerente de recursos humanos tem sido o Papai Noel das crianças. “A ideia começou pequena e por uma vontade própria mesmo, pois eu não tenho uma religião definida. Quis muito comprar uns brinquedos e distribuir para aquelas crianças que estavam sempre próximas das nossas partidas. Cheguei lá com uns carrinhos, bonecas, jogos. Começou assim, sem roupa de Papai Noel nenhuma,
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com o objetivo de confraternização”, ele explica. A visita ficou famosa no bairro e na vida de Leandro. “Como já imaginava que a quantidade de crianças só aumentaria, passei a convidar amigos e familiares a participarem com brinquedos e também no dia da distribuição. É incrível, todos que ajudam dizem ter a mesma sensação que tenho, desde a primeira vez: a de muita alegria, de acreditar nas pessoas e em dias melhores. Não tem preço. Quem ganha o presente sou eu”, ele desabafa. Iniciativa semelhante, sem preocupação de carregar nome de santos ou dogmas, apenas pelo ato do bem, é a de Márcia Delalíbera. A assistente social organizou com algumas amigas de onde trabalha, para este fim de ano, uma tarde de conversa e
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troca de experiências em uma casa de abrigo para adolescentes gestantes. A visita leva atenção, generosidade, doces e presentinhos todos especiais recheados de afeto. “Eu vejo como um processo de sensibilização social, porque nessa época todos ficamos mais frágeis. Então, nada melhor do que ter uma atitude humanista e de valorização. É uma forma de terminar bem o ano”, ela receita. Para a psicóloga Thays Campozano, esse comportamento de buscar a interioridade e dar lugar aos sentimentos mais singelos relacionase muito ao significado primário do Natal. “Quando falamos em Natal, nos referimos ao nascimento de Cristo, que remete a um lugar simples, onde ele nasceu: a manjedoura. Analisando isso, podemos interpretar que o Natal traz esperança, simbolizando os mais
profundos sentimentos do ser humano, como a bondade, generosidade, perdão e amor”, ela explica. “Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente”. Drummond tem toda razão e explica a decisão de Rafaela Maia. Depois de uma desavença familiar, a jovem, de 23 anos, ficou por um longo período sem conversar com
”Sabe quando te falta paz para começar o ano? Era isso que eu sentia“
Ilustração Efe de Queiroz
um tio, que também não deu muito o braço a torcer, segundo ela, e tem o aniversário colado no dia do Natal. Num desses fins de ano da vida, Rafaela decidiu dar um telefonema. “Sabe quando te falta paz para começar o ano? Era isso o que eu sentia. Eu queria acabar com aquilo, ligar, dar parabéns e desejar a ele um Feliz Natal, bom Ano Novo e pedir desculpas se em algum momento o havia magoado. Senti que fiz a minha parte e foi a melhor coisa, renovei tudo”, ela conta de alma lavada. Embora celebrados em datas distintas, o Ano Novo do calendário judeu e o do gregoriano se assemelham no simbolismo. Entre o término de um ano e o início de outro, o perdão é a ponte. “Chamamos de Hanukkah nossa festa de passagem do ano, que significa ‘Festa das Luzes’, uma comemoração de
oito dias que nos faz refletir sobre todos os acontecimentos do ano. Se há algum tipo de desentendimento, discórdia ou mal-entendido entre os familiares e amigos que não foi resolvido, é nesse momento que os procuramos para perdoar e superar”, explica Ana Priscila Menoncin, que é de família judaica. A proposta, conforme a advogada comenta, é promover uma mudança de comportamento para receber o novo período. “Tudo muda com o perdão. Depois desses dias de reflexão e arrependimento, iniciamos o ano com nossas vidas renovadas”, detalha Priscila.
O homem amigo do homem Mesmo com tantas notícias de destruição, guerras e disputas, talvez não sejamos de todo mal. Bondade, caridade e solidariedade devem ser apenas uma parte pouco trabalhada e desenvolvida no ser humano, que aguarda por momentos a mais de Natal e Ano Novo para ter espaço, e que deseja realmente fazer boas ações e doar a outras pessoas o que têm, ainda que seja algo pequenininho. Compartilhar exige muito de uma geração que é, por excelência, chamada de “apegada” aos bens materiais, pessoas e consumo. Mas, possivelmente, seja nosso melhor momento para compreender que dar também é receber. Uma moça veio perguntar sobre a casa para alugar ao lado, acho que após essas reflexões posso ser uma vizinha melhor.
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Espírito
pop
As colagens do artista plástico Anderson Thives viajam pelo mundo levando humor, alegria e reflexão Por Cidiana Pellegrin Fotos Alexis Prappas
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ma brincadeira de criança que ele não pôde ignorar. Enquanto os coleguinhas de classe desenhavam e pintavam, o menino de oito anos fazia colagens, inclusive, longe dos cadernos. Usava como tela a parede do próprio quarto. Anderson Thives é artista plástico e nunca pensou em ser outra coisa. Com apenas 30 anos, esse paranaense vem se destacando no cenário da arte pop contemporânea do país, após apresentar várias de suas criações no exterior. Basta checar a lista de clientes para saber que esse cara já está no caminho do sucesso. Nomes como Eike Batista, Danielle Araújo e Lilia Cabral andaram comprando seus quadros. Ele também está entre os poucos artistas brasileiros que trabalham apenas com colagem, onde picotes de papel multicoloridos se transformam em imagens de santos, desenhos animados, personalidades da história, celebridades e o que mais sua mente permitir. Primeiramente, Anderson imagina a figura e a transforma mentalmente em pontos de cor. Na produção,
pesquisa os tons em revistas, recorta suas páginas e começa a montagem sem esboços ou desenhos feitos na tela. Segue apenas sua intuição, num processo gracioso de procurar, cortar, colar e juntar. Por vezes, os quadrinhos chegam a ter menos de um centímetro. Mas não se engane achando que o processo é simples. Só os artistas de verdade conseguem manter tamanha sutileza e sensibilidade. Arte de encher os olhos, contagiar a alma, transmitir vivacidade, crítica e humor. E o que essa técnica tem que ele tanto aprecia? O jovem talento nem sabe, explica apenas que ela o escolheu. Espontâneo e muito alto-astral, Thives traduz um jeito de ser típico de sua pop art. Seus trabalhos revelam seu olhar sobre temas como política, vida, morte, fama e humanidade. “Nunca investi em outro estilo. Acredito que arte tem de ser alegre, despertar coisa boa. Claro que tem que existir a reflexão, mas tem de ser uma reflexão para o melhor e, nisso, o colorido ajuda muito”.
”Acredito que arte tem de ser alegre, despertar coisa boa. Claro que tem que existir a reflexão, mas tem de ser uma reflexão para o melhor“
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Ao todo, 14 exposições que somam mais de 130 telas foram apresentadas no Brasil e em países como África do Sul, Argentina, Alemanha, Holanda, Estados Unidos e França, ao longo de 10 anos de carreira. A inspiração para criar vem da vida, “tudo que acontece é aprendizado e serve para se transformar em arte”. E não há pudores. Na exposição Pornopoética, por exemplo, ele apresentou dez quadros feitos a partir de fragmentos de revistas pornográficas. Entre eles, estava a imagem de Jesus Cristo. O fato gerou muita polêmica e críticas pela igreja católica, dando repercussão nacional para o artista. Radicado no Rio de Janeiro, morando em Copacabana, Thives inaugurou este ano sua própria galeria, que fica a poucos metros de sua casa. Na entrevista, ele revela mais sobre sua rotina pessoal, carreira e arte.
Como a colagem, uma brincadeira de infância, tornou-se sua profissão? Por acaso. Mas, na faculdade, uma professora pediu que fizéssemos um trabalho, o qual nunca tinha desenvolvido no curso. Como eu gostava muito de Marilyn Monroe e já havia pintado e retratado ela de várias formas, decidi fazê-la de recortes. Foi um sucesso! Assim, comecei por brincadeira a retratar outras personalidades de cinema. Quando vi, tinha umas 10 obras prontas. Por incentivo de amigos, mostrei a um marchand, que foi quem me descobriu. No dia seguinte, a profissional abriu minha primeira exposição, intitulada Hollywood.
O que quer transmitir com suas obras? É o jeito de me comunicar com o universo,mostrar o que penso, minhas ideologias, provocar nas pessoas uma reflexão, mas tudo de um jeito leve. As minhas séries de pornografia têm muito a ver com isso. O fato de pegar uma revista pornográfica –que a maioria das pessoas tem ou já viu, mas escondido –, transformá-la em arte e ainda "pendurar" na sua parede, mostra que o sexo que todo mundo faz é algo bonito, não pode ser identificado como sujo.
Li que você começa a colagem seguindo apenas sua intuição. Como é isso? Não sei desenhar e esboços me atrapalham. Mas realizo três processos: no primeiro, pesquiso cores, pois não é como a tinta, que você mistura e encontra o tom que deseja. De cada folha de revista se aproveita muito pouco da cor em si. É complicado, mas prazeroso; o segundo processo é recortar; por último, a colagem, o momento de inspiração maior. Não posso errar, pois depois de colado não há como descolar e, se colocar outro pedaço por cima, faz um relevo diferente de outros espaços.
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”A gente já nasce artista. O que fazemos ao longo Entre as 14 exposições que apresentou, alguma o marcou mais? A mostra Santo Forte, pois sou muito ligado aos santos. Nasci em 02 de novembro, um dia depois da data destinada a todos eles, e sempre ouvi de minha mãe que sou abençoado por todos. A exposição Pornopoética também me marcou, pois fui criticado pela igreja católica. Em Santo Forte, você retratou santos católicos. Como você se relaciona com religião? Não acredito em religiões e, sim, em Deus. Tento tirar proveito do que acho que cada uma tem de melhor para me oferecer. Para mim, santos são representantes oficiais de Deus, cada um com sua história e simbologia. Mas o fato maior da criação dessa mostra foi ver o quão pop art são aqueles santinhos de igreja. Como a pop art sempre foi
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americanizada, acho que deu uma bossa eu abrasileirar com os santos. Pornopoética traz a imagem de Jesus Cristo com colagens de revistas pornográficas. Isso acabou gerando repercussão, inclusive, pela Igreja Católica. Como foi esse fato? A igreja se sentiu ofendida pela obra, disseram que eu queria me promover à custa dela. Perdi meu patrocinador na época, pois a igreja é cliente dele. Mas o maior intuito da Pornopoética foi brincar com revistas eróticas. Retratei Jesus daquela forma, mas quem nos garante que ele é assim? Por que ele não pode ser negro, japonês etc.? Foi uma realização enquanto artista, fazer uma coisa só pra mim e ela tomar grandes dimensões.
O erotismo também está presente em imagens mais pops, como Homer Simpson. Isso também gerou alguma especulação? A cool’art dos desenhos animados é uma vertente mais leve da Pornopoética. Misturei um tema inocente com uma coisa adulta. Se você vê a obra ao vivo, não percebe de cara a pornografia. Brincar com a percepção é o mais bacana. Seu trabalho está ligado à reciclagem de papel, uma vez que utiliza recortes de revistas para compor as imagens. Existe algum outro momento em que ela está presente? Na minha casa tem muito objeto reciclado, que, às vezes, acho na esquina de casa. Além disso, também está presente na minha galeria, que é toda de papel e objetos reciclados.
do tempo é nos lapidar e ter disciplina“ E como a pop art está representada na sua casa? Minha casa parece uma tela em branco, onde fui colocando várias cores. Está presente em um banco que ganhou uma pintura inspirada na logomarca do Chiclets - algo feito com frequência na pop art por Andy Warhol. Também gosto muito de personagens infantis, então, tem Homer Simpson, Pantera cor-derosa, Bob Esponja, Snoop etc. Acho que isso dá leveza ao cotidiano, que já é tão duro. Viver num ambiente colorido me deixa feliz! Porque decidiu se mudar para o Rio de Janeiro? Paraná estava limitado. Fiz todo o circuito de artes de lá. Escolhi o Rio porque já conhecia e adorava, e porque o meu trabalho é muito bem aceito nesse mercado. O estilo de vida daqui é leve. Virei carioca por opção.
O estilo vivo e alegre de sua arte traduz o seu jeito de ser? Totalmente. Sou o palhaço da galera. Mas vivo a vida tranquilamente, sem grandes preocupações. É preciso estar de bem com a vida para produzir ou os momentos caóticos também geram resultados? Existem os dois lados da moeda. Já aprendi muito com o sofrimento, precisamos passar por isso. No trabalho, ajuda muito, mas prefiro estar bem para criar do que passar por momentos caóticos. Alguma rotina de bem-estar? O Rio é um cenário inspirador. Sou um pouco sedentário. Mas só de saber que a praia está ali, na esquina, faz sua vida ser bem melhor. Sou boêmio, vivo a noite, período que também crio melhor. Minha rotina é
começar um trabalho por volta das 18 horas e ir até 6h da manhã. Além do trabalho, há algo que você assuma como sendo outra paixão? Decoração, tanto da minha casa quanto dos amigos. Imploro para decorar a casa deles, quando tenho tempo. Quando quero "descansar" do meu trabalho, invento uma decoração. Mas tudo como hobby, só para se distrair. O que é preciso para ser um bom artista? A gente já nasce artista. O que fazemos ao longo do tempo é nos lapidar e ter disciplina. Quando crio uma exposição inteira, por exemplo, viro lagarta dentro do casulo. Não atendo nem telefone. Vivo aquilo intensamente até finalizar.
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GALERIA
Você já faz exposições fora do país, como é ter seu trabalho reconhecido internacionalmente? Acredito que esse seja o desejo de muitos artistas brasileiros. Fiz o caminho inverso, primeiro fui reconhecido lá fora. Aí, pensei: por que não investir na carreira no meu próprio país e ouvir o que as pessoas daqui pensam? Foi aí que resolvi lançar um livro com a cronologia de meu trabalho e abrir a minha própria galeria. Mas não tenho dúvidas de que a Europa e os Estados Unidos ainda valorizam muito mais a arte do que nós.
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O motivo de montar sua própria galeria é a liberdade para expor sem censura? Queria ter meu próprio play. O local fica a uma quadra de casa, posso terminar uma obra e, 15 minutos depois, ela estar na parede da galeria sendo vista por muita gente. E o fato da liberdade de expressão tem tudo a ver. Eu já faço a minha própria censura, vou querer outra para quê? Mas opinião e crítica construtiva, ou não, são necessárias.
Desde fevereiro, Anderson Thives expõe suas obras em galeria própria, situada no Cassino Atlântico, shopping carioca que é referência no segmento de arte e antiquários. No ambiente, o artista explorou um de seus hobbies: a decoração. Criativo e inusitado, o espaço recebeu a colagem de centenas de folhas brancas de revistas para as coloridas telas ganharem mais destaque. O branco não aparece só nas paredes, mas também no piso e em todos os objetos que compõem o espaço. Tesouras, cola e materiais de trabalho do artista foram inseridos para dar uma atmosfera de ateliê. Visitar a galeria é poder conhecer os trabalhos mais famosos de seus dez anos de carreira ou encontrar uma obra fresquinha. Shopping Cassino atlântico Av. atlântica 4240 | loja 223 Copacabana Rio de janeiro
Ver達o com estilo Pra refrescar o visual casual, polos classicas caem bem no guarda roupa e na mala de viagem do homem que n達o tem tempo de errar Fotos Alexis Prappas
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Camiseta pólo Diz Wear, calça Tommy Hilfiger, chapéu Panama Pralana
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Camiseta pólo Diz Wear, Pulceira ELLUS, boné Diz Wear
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Camiseta náutica Diz Wear, bermuda Calvin Klein, boné Diz Wear e sapato Diz Wear
Camiseta p贸lo Diz Wear, bermuda Richard
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Camiseta p贸lo Diz Wear, bermuda Calvin Klein, sand谩lia Zara
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Fotografia Alexis Prappas Produção de moda Wellington Santos Produção executiva Melissa Tamaciro Make Giuliano Rezende Modelo Fernando Alves
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O cinema que Campo Grande sempre mereceu!
Inauguração 09 de dezembro Shopping Norte Sul Plaza
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A estação mais quente do ano pede cores, estampas e tecidos fluidos para se estar bem vestida e confortável. Seguindo esse mote, a grife Shoulder apresenta sua coleção alto verão 2012, perfeita para mulheres elegantes e dinâmicas
Leveza Tropical 96 MOOD
fotos Divulgação
Peças com estampa animal já são hit fashion há algumas temporadas e dão sinais de que devem permanecer por um bom tempo no guardaroupa. As antenadas podem apostar nessa tendência em saias longas e pantalonas
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Estampa floral em cores fortes sinaliza alegria, bom humor e diversão. Peças com caimento soltinho são ideais para o calor, mas isso não significa que elas devam ser usadas apenas nos momentos de lazer. No trabalho, se combinadas com alfaiataria, dão um show no quesito elegância
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fotos Divulgação
Looks totalmente brancos entraram em cena neste verão como sinônimo de frescor. Além de propostas para o réveillon, a Shoulder apresenta peças que vão do estilo casual ao sofisticado Disponível no Shopping Campo Grande Loja 2.041 – Piso Furnas Tel.: (67) 3044.7494
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É festa Fim de ano é tempo de diversão, brinde com os amigos, comemorações. Para você festejar em grande estilo, selecionamos looks de arrasar
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« Versáteis, modernos e elegantes. Macacões são perfeitos substitutos para os vestidos e podem ser usados por mulheres de todas as idades, tanto durante o dia quanto à noite
fotos MArcos vollkopf
» Um pretinho nada básico. A cor é uma opção elegante e recorrente nas festas de fim de ano, mas este vestido com transparência e leves babados se destaca
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« Se a festa é noturna e mais sofisticada, use e abuse do brilho. O tubinho com paetês dourados também é boa aposta para quem quer valorizar o colo
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« Vestidos longos de um ombro só estão se tornando clássicos. Mas este modelo ainda traz um sutil drapeado que acentua a forma do corpo, aliado a detalhes de franjas na lateral
fotos MArcos vollkopf
« Tecidos leves e cores alegres dão o toque da estação. Usar um vestido rosa com babados é sinônimo de charme e delicadeza
Disponíveis na Rua Euclides da Cunha, 468, Jd. dos Estados. Campo Grande. (67) 3026-2037/3025-3326 lojakarenmanica@gmail.com
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« Sucesso na década de 1980, a peça teatral Estrela Dalva teve Marília Pêra no personagem Dalva de Oliveira. O clic foi feito por ninguém menos que Vânia Toledo, fotógrafa há mais de trinta anos, com passagens por revistas importantes como Vogue e Time Life Magazine. Já expôs na Pinacoteca de São Paulo e é autora de cinco livros. Em sua segunda obra, Personagens Femininos, fotografou 54 mulheres interpretando algum papel. Além da atriz em destaque, Miriam Muniz, Dercy Gonçalves e Fernanda Montenegro aparecem na obra. Ed. Banco Fator, R$ 36, www.sebodomessias.com.br
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FOTOS DIVULGAÇÃO
Dudu Bertholini e a moda contemporânea Performático, está entre os estilistas mais abusados e aguardados da São Paulo Fashion Week Por Carla Gavilan
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á certa melancolia quando se discute criação versus invenção em alguns universos, entre eles, o da moda. “Já inventaram tudo” está entre as constatações mais démodé. Só que ficar nessa memória de remendos do passado, além de não contribuir muito, deixa as conversas na área mais evasivas e sem perspectiva. Fugindo desse burburinho, é interessante observar os trabalhos que encaram as dobras do hoje, se comprometem com as cores do agora e aceitam as complexas costuras urbanas que a todo instante se reinventam. Um exemplo é o estilista Dudu Bertholini com a marca Neon, que administra com sua sócia Rita Comparato, no mercado desde 2003. A grife se iniciou com a produção artesanal de maiôs urbanos, e hoje é a bam bam bam entre celebridades como Adriane Galisteu, Juliana Paes, Regina Casé, Camila Pitanga, Ivete Sangalo e a cantora Björk, que andou desfilando com um modelo de botas da marca.
Expressão, criação Por meio do trabalho que prima pela elegância e percepção das cores, a Neon tem nas estampas, exclusivas e exuberantes, seu maior referencial. Isso, possivelmente, pelo fato dos estilistas abordarem a moda como uma narrativa. “Eu sempre me interessei em investigar as formas com as quais as pessoas usam a roupa para se comunicar”, tece Bertholini. Nessa trama, buscou parcerias com artistas plásticos para as criações da grife. “Costumo dizer que o trabalho é formado por seis mãos: as minhas, as da Rita e as do artista plástico. É uma das partes mais gratificantes do processo criativo”, emenda Dudu. LADY é o nome da estampa Neon Verão 2012, assinada por Fábio Gurjão –considerado um célebre colaborador da marca. No desenho, brincadeira e apelo sedutor com um mix de objetos femininos caracterizados pelo estilo Neon, como botas, bolsas, laços, óculos e batom vermelho. O artista plástico costuma trabalhar com a técnica de colagem e também é autor da emblemática estampa PAVÃO da Neon, que bombou, das ruas aos editoriais de moda, em 2006, e foi reeditada este ano, durante a campanha
WE LOVE NEON, como uma das melhores estampas da marca. A estampa também fez sucesso no manequim de ninguém menos que Gisele Bündchen, na Vogue (edição de julho de 2011).
Moda e cultura pop Paralelamente a essas parcerias, outro fator que caracteriza o processo de criação e desenvolvimento da grife é a relação dos estilistas com as formas de consumo contemporâneo. Dudu, por exemplo, fez questão de prestigiar o show de Britney Spears, em sua turnê pelo Brasil, e registrar as percepções em seu site com um texto divertido, que chama atenção aos fãs da cantora e em como eles se expressavam com a infinidade de penduricalhos comercializados no evento. Mas, para que isso? “Eu sou muito interessado pela cultura pop, pelo que está sendo consumido no Brasil e no mundo. Vivemos em uma época em que somos bombardeados por informações e signos. Não tem como fugir disso. É importante investigar esse meio, saber como funciona, o que está acontecendo”, ele explica. A seguir, um pouco mais da conversa do estilista Dudu Bertholini com a Mood Life.
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“Vivemos em uma época em que somos bombardeados por informações e signos. Não tem como fugir disso, é importante investigar esse meio, saber como funciona, o que está acontecendo”
A Neon trabalha, desde o início da grife, em parceria com artistas plásticos. Como é esse processo de criação? Sempre convidamos os artistas plásticos para esse trabalho com as estampas. Já trabalharam conosco, desde o começo da Neon, e ainda colaboram, uma média de 50 profissionais. Inicialmente, passamos a eles as informações do que desejamos trabalhar na coleção. Quando eles nos apresentam as propostas, há uma conversa, uma troca de ideias e sugestões. Mas, geralmente, somos nós que realizamos o trabalho de colorir as estampas, porque sabemos da história da marca, do que já foi produzido e o DNA da grife. Suas produções têm aparecido com frequência nas novelas. Como você avalia esse tipo de divulgação? Acho super bacana a democratização da minha produção e participar desse momento do qual vivemos, que é, de fato, a democratização da moda como um todo. Nós não trabalhamos apenas
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para a SPFW ou somente para um único nicho do mercado. Eu, inclusive, já licenciei algumas listas de produtos para estampar objetos. Você comentou que as criações são resultado de uma “pesquisa viva”, das suas viagens, leituras e experiências. Quais obras você tem como referência? Sou apaixonado pelo trabalho do fotógrafo alemão Helmut Newton, uma grande referência em fotografia de moda. O trabalho dele é fantástico. Uma biografia que gosto bastante é de Diana Vreeland, é meu livro preferido. Os desfiles da Neon são sempre aguardados com um certo frisson por causa da forma como são elaborados, montados, produzidos, feitos. Há uma preocupação com isso? O desfile para nós é algo cênico, teatral, e que complementa muito a marca. Por ser tão importante quanto os looks, nós realmente pensamos em um “momento” do desfile.
A modelo da grife também precisa estar nessa sintonia? Com certeza. Trabalhamos sempre com as mesmas modelos, porque acreditamos que a mulher precisa vestir aquela roupa com personalidade, tem que ter sensibilidade para que a magia aconteça. Nossas produções pedem isso, pedem mulheres maduras e não apenas rostos e corpos. Uma prévia do que a Neon irá exibir nas passarelas da SPFW. O desfile de inverno traz muitas referências culturais da nossa viagem a Istambul, prima pela forma e vem também com materiais mais pesados, que tem muito a ver com a própria estação.
É tempo de celebrar Papai Noel estå de volta nos altos da avenida Afonso Pena e vive em um castelo digno de contos de fadas
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esde 2008, a Cidade do Natal faz parte do calendário de eventos de Campo Grande, ajudando a despertar o espírito natalino nos campo-grandenses. Além disso, o local se tornou uma fonte de entretenimento para as famílias. “A exemplo da edição anterior, teremos minifuscas, trenzinhos e pista de patinação, que foi a sensação do local”, conta a primeira-dama e secretária municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidadania (SAS), Antonieta Trad, idealizadora do projeto. Neste ano, o número de visitantes deve ultrapassar 600
mil. Eles vão conferir, entre as atrações, uma árvore de Natal maior do que a de 2010. Ela tem 50 metros de altura por 20 metros de diâmetro, e consome, aproximadamente, cinco milhões de minilâmpadas. Sua instalação foi transferida para um terreno em frente à Cidade do Natal, com o objetivo de tornar a locomoção dos visitantes ainda melhor. Na decoração, muita luz e símbolos alusivos ao Natal. Além disso, Papai Noel ganhou uma nova casa. Em 2011, ele vai receber visitas em um castelo digno de contos de fadas.
FOTO MARCOS VOLLKOPF
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A holística do mercado Uma empresa pensada como um todo para crescer em conjunto. É a partir dessa proposta que o empresário Ricardo Ferreira Matos assume a marca Todeschini, em Campo Grande Por Carla Gavilan
Foto Alexis Prappas
Você vem com uma bagagem profissional de 15 anos de experiência na indústria farmacêutica e hoje está no mercado de ambientes planejados com a Todeschini. Como está essa migração? Este processo tem sido tranquilo, até porque toda a experiência que adquiri ao longo destes anos como gerente regional de uma grande empresa no segmento de medicamentos contribuiu bastante para o negócio. Embora sejam ramos diferentes de atividade, as mudanças constantes e a busca por melhorias e excelência são perfeitamente aplicáveis a esta nova realidade. Também o conhecimento que adquiri no MBA em gestão empresarial, feito pela FGV, fez enorme diferença nesta transição e realmente me preparou para viver este momento. Qual a sua forma de administrar uma empresa? Valorizo ao extremo a “meritocracia”. É realmente importante deixar claro as atribuições de cada função para os colaboradores envolvidos no processo, de forma que eles tenham plena consciência de seus papéis dentro da organização e de quão importante é a busca por algo a mais, que os torne diferenciados, inclusive. Isso gera desenvolvimento para o profissional, a empresa reconhece isso, e ambos crescem juntos.
O trabalho com vendas é sempre um desafio, o que você destaca como fundamental para esse momento de “encontro” do cliente com a loja? Sem dúvida, gerar expectativa e surpreender. Nossos clientes sonham com ambientes perfeitos em seus espaços, e este “encontro” nos permite criar essa expectativa sobre o que a Todeschini tem a oferecer, o que nos desafia a surpreendêlos e que procuramos fazer com maestria. Em um mercado competitivo, ter um diferencial é algo que não tem mais volta. O que pensa sobre isso? Ter um diferencial não é algo que acontece do dia para a noite e nem é tarefa fácil, o que torna a preocupação com a excelência no atendimento e pós-venda ainda maior. Nosso modelo de gestão prima pelo comprometimento de todos os colaboradores, e promover investimentos para que isso aconteça é uma de minhas prioridades enquanto gestor. O que esperar de 2012? No aspecto profissional, acredito que será um ano muito promissor, pois nos preparamos para tornar a Todeschini Afonso Pena uma das marcas mais lembradas nas escolhas de nossos clientes. Já no aspecto pessoal, será realmente incrível, pois minha mulher e eu planejamos nosso primeiro filho. A expectativa é mesmo grande para 2012.
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Bens valiosos Empreendedor e atuante na política e comércio de Mato Grosso do Sul, o advogado Roberto Oshiro sugere maior atenção à família, defende o patrimônio como assunto sério, que deve ser administrado com planejamento, e busca uma compreensão desapegada da morte Por Carla Gavilan
Foto Alexis Prappas
O senhor tem em suas atividades atuais uma forte relação com o empreendedorismo, isso é algo recente? Sempre tive essa vocação empreendedora. Comecei a trabalhar muito cedo, aos 15 anos, na área da engenharia civil. Aos 17, já era gerente administrativo de uma construtora de grande porte em Mato Grosso do Sul. Depois de adulto, formado em direito, investi em um salão de beleza e também em um restaurante. Desde jovem, tenho essa forte relação com o empreendedorismo. O senhor também é especialista em direito tributário, uma área que tem sido exigente com os profissionais desse setor, não é mesmo? Demais. Para termos uma noção, até julho deste ano foram implantadas, no Brasil, 4 mil novas normas somente do Estado e da União. Então, não há outro caminho a não ser estudar constantemente. Além de ficarmos atualizados a respeito do que está mudando em nossa área, também temos mais autonomia para sugerir a criação de novas leis, a partir da necessidade da população. Qual a necessidade nas empresas de MS que chama a sua atenção atualmente? Planejamento estratégico. Temos o dado de que 95% das empresas do estado são familiares e, por ter essa relação de parentesco nos negócios, há frequentes desentendimentos durante o inventário, divisão de bens, assim como na nomeação de cargos. Isso causa sérios prejuízos, tanto em valores quanto na credibilidade, porque, dependendo da gravidade dessas discussões, o nome da firma corre o risco de ficar exposto. O fato de ser familiar não impede essa
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empresa de ter suas normas e regimentos a fim de evitar típicos aborrecimentos. E como seria esse planejamento? É um tipo de planejamento que chamamos de societário e sucessório. A partir dele, é possível produzir um regulamento em que tudo é estabelecido e registrado -como cotas, plano de carreira e administração de cargos-, e que, assim, protege o patrimônio, a empresa e, principalmente, as relações familiares. O senhor tem forte atuação na Comunidade Japonesa, administra seu próprio escritório, é presidente da Juventude Democratas da capital, entre outras funções, e tem 3 filhos. Como concilia? A minha prioridade hoje é minha família. Após a morte dos meus pais, isso ficou mais forte para mim. Costumo questionar: vale a pena mesmo trabalhar tanto e não ter tempo para a sua família? Então, tento administrar meus compromissos da melhor forma possível para que essa atenção e cuidado com minha família nunca sejam prejudicados. O senhor é japonês e na cultura oriental a morte é celebrada. Ainda assim há sofrimento? Sim, porque vejo que ainda somos muito egoístas, não compreendemos que é apenas uma passagem e que quem morre cumpriu o que tinha de cumprir aqui. Ficamos apegados, na realidade, ao nosso sofrimento. A religiosidade japonesa ensina que o mais importante, em relação à pessoa que morreu, é que tenhamos gratidão por todos os momentos felizes e de ensinamento que ela dividiu conosco.
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Minha casa, meu paraíso “Desfrutar é o mais novo sinônimo de morar para a grande maioria das pessoas”. Quem afirma é Thiago Aguiar, gerente da Loja Etna de Campo Grande, que explica porque a decoração tem ocupado mais espaço na vida dos brasileiros Por Carla Gavilan
Foto Alexis Prappas
Estamos a poucas semanas de 2012, qual a tendência esperada no setor de decoração para o próximo ano? Esse espaço onde estamos, aqui na Etna, fala muito sobre isso. Há uma busca forte pelo resgate dos anos 60, como já é possível conferir nos ambientes da loja, tanto nos móveis quanto na decoração. Na parte dos materiais, teremos a presença forte das fibras naturais e do couro. Ao visualizar esses objetos, o que parece acontecer é um resgate de referência, seria isso? Exatamente. Isso é muito interessante, porque os modelos dessa tendência trazem o conceitual, a memória, a forma. Mas, por meio da ergonomia, os objetos recebem e oferecem mais conforto. Podemos consumir tranquilamente uma cadeira até do estilo colonial, mas muito mais confortável. Então, é o resgate do passado com a tecnologia e o bem-estar de hoje. Essa proposta se relaciona com a ideia de moradia dos dias atuais? Muito. Temos agora um público que tem priorizado “morar bem”, independentemente do tamanho da casa e do bairro. As pessoas não têm mais tanto tempo para ir a determinados lugares da cidade com a frequência que gostariam e, então, provocam esse comportamento de voltar a atenção a suas próprias casas.
E como essa atenção tem sido orientada? O que mais percebemos é que há uma preocupação em arrumar a casa tanto para desfrutar em momentos particulares, depois de um dia de trabalho, quanto para receber os amigos. Isso não tem preço. O consumo em decoração acompanha a passos largos o mercado imobiliário. Como você avalia esse público contemporâneo? É um público que, embora esteja consumindo decoração pela primeira vez, é exigente e consciente. Justamente por isso, a Etna trabalha com o slogan “o design ao seu alcance”, porque acreditamos que é possível ter uma casa confortável e agradável, mesmo tendo um orçamento pequeno. Aos 26 anos, você é o gerente da primeira loja Etna de Mato Grosso do Sul, como isso é possível? Sempre comento que dedicação e empenho são fundamentais, mas com certeza o lugar onde você está conta muito. Entrei na rede como trabalhador temporário de fim de ano aos 21 anos. De lá pra cá ocupei todos os cargos possíveis, estudei, participei e realizei várias capacitações e essa função atual só foi possível porque eu procurei, e procuro, fazer o meu melhor dentro de uma empresa que valoriza seus funcionários.
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Satisfação em construir Seriedade, compromisso e dedicação, características principais do deputado federal Giroto
1985. Um jovem cheio de objetivos e recém-formado em engenharia civil deixou o interior de São Paulo para construir uma carreira em Mato Grosso do Sul. Conquistou muito mais ao longo dos anos. Atualmente, deputado federal, Edson Giroto tem seu nome atrelado à grande parte da infraestrutura de Campo Grande. Em entrevista à Mood Life, ele conta sobre sua trajetória e planos futuros. Como foi sua vinda para Mato Grosso do Sul e seu envolvimento com a política? Logo após me formar em engenharia civil e vislumbrando novas oportunidades, vi em Mato Grosso do Sul um Estado com grandes possibilidades, que tinha muito a oferecer. Resolvi vir pra cá, iniciar minha carreira profissional e formar minha família. Acabei me envolvendo com política nas eleições de 1996, que elegeram nosso governador, e meu amigo, André Puccinelli para prefeito de Campo Grande. Quando fui convidado para exercer a função de secretário de obras, aceitei convicto de que poderia realizar um bom trabalho por conhecer o profissionalismo e a capacidade de André. Você esperava ser o deputado federal mais votado da história do Estado? Fiquei surpreso ao ver os resultados da eleição. Esta votação recorde aumentou minha responsabilidade de trabalhar duro para trazer novos recursos e conquistas para nossa cidade e Estado. Estou utilizando minhas energias para efetivar a Ferroeste, asfaltar a MS-040, a BR-419, que liga Aquidauana a Rio Negro e Rio Verde, e ainda outros projetos.
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Quais ações você acha que se destacaram em sua jornada como deputado? Por estar no Legislativo, achei que a dinâmica seria muito diferente do Executivo. Mas, ao imprimir meu ritmo e buscar alternativas, não ficar apenas restrito a fazer leis, tive um ano com muito trabalho. Além de participar de reuniões com ministros, secretários-executivos e outros políticos para efetivar os projetos que citei antes, apresentei o projeto de lei 764/2011, que evita o corte de recursos para combate à febre aftosa. O texto garante que todo dinheiro seja realmente aplicado, evitando o uso para outros fins. O resultado disso é a garantia da sanidade do nosso rebanho e a qualidade de nossos produtos. Apresentei emendas que destinam R$ 20 milhões para o setor da saúde no Estado. Coordenei vários seminários no Estado, como o do Orçamento 2012, o Projeto de Emendas Populares e o projeto “A Câmara Quer Te Ouvir” - que deu oportunidade para a população demonstrar quais investimentos considera mais necessários. Consegui viabilizar recursos para diversos municípios sul-mato-grossenses, como os R$ 50 milhões para o Contorno Ferroviário de Três Lagoas, os R$ 42,9 milhões para a BR-359 e os R$ 180 milhões do PAC para Campo Grande, que, com o governador André Puccinelli e o prefeito Nelsinho, conseguimos incluir no PAC da Mobilidade Urbana. Participei da viabilização do curso de medicina em Três Lagoas e também do aumento do número de vagas oferecidas para o mesmo curso em Dourados e em Campo Grande, com isso, a UFMS vai formar 90 médicos a mais todos os anos. Insisti nos ministérios por mais investimentos para a UEMS, Fundect e Embrapa; consegui viabilizar mais R$ 20 milhões para seis novas escolas em Mato Grosso do Sul. A mais recente conquista foi uma reunião com o ministro do Turismo, quando ele assumiu o compromisso de liberar o dinheiro da rodovia MS-178, que liga Bonito a Bodoquena, e para a construção da ponte sobre o Rio Miranda, no Passo do Lontra, na Estrada Parque Pantanal.
E quais comissões você participa? O que tem feito? Faço parte de uma série de comissões e subcomissões para conhecer as realidades brasileiras de perto, ver quais são os problemas e propor soluções. Hoje, estou na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), onde fui escolhido para ser relator setorial de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (mais conhecido como Relatoria Setorial das Cidades) da Lei Orçamentária Anual de 2012. Com isso, pretendo trazer muitos recursos para o Estado. Nesta comissão, também fui escolhido para relatar o projeto de lei 004/2011, de autoria do governo federal, que abre crédito de R$ 205,6 milhões para o Programa Brasil Sem Miséria, no qual a meta é atender 96 mil famílias em extrema pobreza. Sou titular também na Comissão de Viação e Transportes (CVT) e relator da Subcomissão Permanente dos Aeroportos, que fiscaliza todo o sistema do transporte aeroviário do país. Na CVT, foi aprovada, no dia 23 de novembro, uma emenda minha no valor de R$ 2,5 bilhões para a construção da estrada ferroviária Ferroeste, que vai interligar a região sul do Estado com o resto do país. Participo da comissão especial que estuda o novo trajeto da malha ferroviária no Estado, o qual trará grandes benefícios para Mato Grosso do Sul com a conclusão da Sul-Fronteira, que vai melhorar o escoamento da nossa produção. Também sou suplente na Comissão de Turismo e Desporto. Participando da Frente Parlamentar Ambientalista pelo CentroOeste, o que você diz aos leitores sobre o Código Florestal? Esse novo código será uma conquista histórica para o setor agropecuário do país. Permitimos aos produtores manterem os excelentes níveis de produtividade, bater recordes e ainda aliar produção à preservação ambiental. Não podemos nos esquecer de que o planeta que habitamos é um lugar único no universo. Se não cuidarmos de nossa casa, não temos como sobreviver. Por isso, me envolvi tanto no assunto, para oferecer mais oportunidades a todos sem abrir mão da questão ambiental. O código recebe críticas dos ambientalistas mais ortodoxos, porém, ele vai dar condições para que continuemos a ser o
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celeiro do mundo. Pesquisas internacionais apontam que o Brasil será o maior exportador de grãos do mundo em 2020. E olhe que isso será possível preservando a maior parte de nossas florestas. Basta aumentarmos a produtividade nas áreas em que há plantações. Para tanto, tenho de citar a instalação da fábrica de fertilizantes da Petrobras em Três Lagoas. Nosso Estado vai ser muito beneficiado, já que teremos matéria-prima próxima dos locais de produção de alimentos. Também defendo o Código Florestal por entender que ele vai contribuir com o programa de governo na elevação dos níveis de produtividade da agricultura e da pecuária no Estado, aliado à recuperação das áreas que foram utilizadas para produzir grãos e carne. Podemos triplicar a produção sem derrubar uma única árvore. O grande desafio é este: produzir com a consciência da preservação. Não é fácil, mas, com diálogo, faremos toda a sociedade ganhar. Os produtores, porque vão manter a geração de riqueza, e os ambientalistas, por garantirmos a preservação, tão importante para as gerações futuras. E a eleição para prefeito de 2012? Você quer ser prefeito de Campo Grande? É com muita alegria que vejo meu nome sendo cotado para prefeito de Campo Grande. Fico muito feliz com a lembrança do trabalho que desenvolvi junto ao governador André Puccinelli para o crescimento do Estado e de Campo Grande. Foi um período muito rico profissionalmente e pessoalmente, por vivenciar os problemas dos campo-grandenses. Eu acompanhava o prefeito André de manhã até a noite, percorria os bairros, conhecia os moradores, vivenciávamos seus problemas, seus anseios. Estive presente e fui participativo nos projetos que removeram as famílias de baixa renda das áreas de risco na beira dos córregos, acabamos com as favelas e, ao mesmo tempo, demos vida mais digna a estas pessoas. Nesta mesma proposta, criamos os corredores de circulação de veículos fora da área central, com mobilidade urbana entre bairros. Antes, você tinha de ir até o centro e depois seguir até o bairro, que, às vezes, era ao lado de onde saiu. Agora, não, as pessoas fazem isso pelas vias de ligação. Houve melhora no fluxo da região central, e o melhor, os campo-grandenses gastam menos tempo e dinheiro para se deslocarem. Conheço cada rua de todos os bairros e tenho muitas ideias para Campo
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Grande. É para dar continuidade a estes projetos e implantar outros que sinto interesse em ser prefeito. Mas sei que faço parte de um grupo político que precisa de coesão para continuar com os avanços que a Capital merece e precisa. Se meu nome for o escolhido para concorrer à prefeitura, vou trabalhar muito para ser eleito e, mais ainda, para fazer de Campo Grande a melhor cidade do Brasil. Quais são suas principais metas para Campo Grande? Quero fazer de Campo Grande a melhor cidade para se viver em nosso país. Ela merece esse reconhecimento. Sabemos que, para isso, precisamos dar atenção especial à saúde, à educação e à segurança. Outros projetos, como o de contenção a enchentes, incentivos para instalação de indústrias – não só com redução de impostos, mas com a criação de cursos de capacitação profissional para atender especificamente estas empresas, o que tem como consequência a geração de emprego e renda. Estimular a cultura regional para que nos tornemos celeiro nas artes, como ocorre hoje na música sertaneja. Não dar apenas incentivo aos artistas, mas também criar uma indústria da cultura, do entretenimento. Temos bons espaços para espetáculos e temos talentos. Vamos colocar a prefeitura à disposição. Outro ponto importante, sempre, é melhorar a infraestrutura do município. Como já disse, fizemos bastante, mas a cidade cresce, expande-se. Isso gera novas demandas que precisam ser resolvidas no trânsito e no transporte público. Quero andar de mãos dadas com a população, ouvir conselhos, escutar as reclamações e falar diretamente com cada morador, pois sei a diferença que faz, na vida de cada cidadão, uma prefeitura atuante e em sincronia com os anseios da população. Vamos falar, agora, um pouco sobre a pessoa Edson Giroto, o cidadão. Você teve uma infância simples e seu primeiro emprego foi aos treze anos. Qual era seu sonho nesta época? Naquela época, meu objetivo era ajudar meus pais a darem condições para os meus três irmãos estudarem. Eu era o mais velho, sentia-me na responsabilidade de possibilitar aos meus irmãos o estudo, muito importante para o sucesso profissional de qualquer pessoa. Numa época, pedi para meu pai comprar um caminhão, ia ser caminhoneiro, tentar ganhar mais dinheiro
neste Brasil afora e concretizar este objetivo. Acabei sendo borracheiro para contribuir com a família. Graças a Deus, os planos deram certo e foram muito além do que imaginava aquele adolescente que queria trabalhar, ganhar o pão para a família. Ah, mas vale lembrar que essas conquistas não vieram sem trabalho, e olha que foi preciso muito trabalho. Meu pai me ensinou isto. Queria ganhar o mundo como caminhoneiro e ganhei o mundo como engenheiro. Você ajudou na viabilização de parques como o Buriti Lagoa e o Parque Ecológico do Sóter, além de promover aumento de arborização na Capital nos últimos 10 anos. Sustentabilidade é a principal marca do seu trabalho? Sim, eu sempre digo: não existe progresso sem preservação ambiental. Por isso, volto a citar a Rio +20, da qual participei. Também é por esse motivo que faço parte da Frente Parlamentar Ambientalista. Estes dois casos que você citou demonstram bem a preocupação em urbanizar, com a criação de espaços públicos ambientalistas, ou seja, que mantenham áreas verdes para a reunião das famílias. Essa é uma forma de administrar pensando no futuro, quando o adensamento urbano – que, hoje, ainda é pontual em Campo Grande – vai reduzir as áreas de lazer com espaços verdes. Antes, nas cidades, pensava-se em criar uma praça, com chafariz, e muito calçamento. Hoje, a cidade do futuro é aquela que garante qualidade de vida aos cidadãos, com muito espaço verde, vegetação frondosa e lugares para convivência. Possui alguma distração ou hobby no dia a dia? Pode parecer estranho, mas minha distração é o trabalho. Sou agitado e responsável por natureza, é de minha índole. Agora, o meu hobby é a família. Para mim, a coisa que me dá muita satisfação e me faz relaxar mentalmente é estar com minhas filhas e com minha esposa. É gratificante chegar em casa – como deputado federal viajo muito – e encontrá-las.
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Raffaella Messina Zanardo Naturalidade de menina, seriedade de mulher Por Carla Gavilan
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Foto Alexis Prappas
m dos instrumentos de trabalho de um jornalista é a voz e, não à toa, somos acostumados a observar isso inconscientemente nas outras pessoas. Quando marquei a entrevista por telefone com Raffaella, tive a certeza, por meio de sua voz séria e segura, de que encontraria uma mulher de mais idade. Ao encontrá-la, vejo essa mulher comandada por um rosto de menina. Depois de uma temporada de seis anos em São Paulo, retornou a Campo Grande e aqui é o braço direito da mãe na Rotisseria La Buona Cucina, onde é responsável pelas questões administrativas da empresa. Trabalhar em família, segundo ela, tem seus momentos delicados e, por isso, algumas regras são importantes. “Decidimos que em casa não falamos de negócio”, pontua. De vaidade natural e moderada, Raffaella faz academia. Gosta de maquiagem – não me contou, mas observei. Cílios penteados para guardar um senhor par de olhos verdes de verdade. Entre as experiências na capital paulista está a de ter trabalhado na Daslu. “Foi muito bom, porque fiz amizades, aprendi sobre o mercado, além de ficar mais antenada na moda”, comenta. Blogues de moda? Ela adora! Aguarda 2012 cheia de projetos e com a certeza de que todos darão certo. “Tenho certeza mesmo, sou uma pessoa positiva, otimista e acho que tem que ser assim”, explica. Raffaella Messina Zanardo tem apenas 24 anos e pessoalmente sua voz é mansa, tranquila e cheia de ternura.
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Eliane de Oliveira Empresária fala de sua paixão pelas plantas Por Carla Gavilan
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Foto Alexis Prappas
u quero uma casa no campo...”, a famosa melodia cantada por Elis Regina foi a maior inspiração para Eliane de Oliveira ao optar por morar em uma chácara, localizada a 13 quilômetros de Campo Grande. “Sempre foi meu sonho ter um lugar como esse para cuidar, receber meus amigos e me desligar. Adoro essa música”, afirma a empresária. No espaço, flores moldam o ambiente e enchem os olhos com tanta delicadeza e colorido. As mais vistas são as hortênsias, que mesmo no clima quente e seco da primavera do Centro–Oeste florescem aos montes na casa da paisagista. “Elas são típicas da Região Sul do Brasil, mas aqui eu comprovo que, com cuidado, atenção e carinho, é possível, sim, ter hortênsias em Mato Grosso do Sul”, explica Eliane. Outras duas espécies têm prioridade nos jardins da proprietária da Califórnia Mudas. “A lavanda é incrível, basta passar a mão em suas ramificações para sentir o aroma, cultivo bastante. Eu a utilizo para aromatizar a casa, as gavetas
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e guarda-roupas. Já o jasmim gardênia tem essa flor linda que eu gosto de fazer pequenos arranjos para decoração. Já o jasmim gardênia tem essa flor linda que eu gosto de usar para fazer pequenos arranjos de decoração. Essas três espécies são as minhas preferidas”, destaca Eliane. Todos os cuidados dispensados aos canteiros não atendem apenas a paixão pelas plantas, são também uma forma de zelar por quem ela ama. “Eu quero sempre o bemestar da minha família e, por isso, dedico todos os dias alguns momentos para os jardins com essa proposta, de oferecer esse conforto da natureza a eles”, explica a empresária.
José Raffi Neto Trabalho e lazer no mesmo ambiente é possível Por Carla Gavilan
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Foto Alexis Prappas
or incrível que pareça, o momento em que mais consigo relaxar é quando escrevo uma petição. Como exige muita concentração e muito silêncio, eu me desligo de tudo e, com isso, relaxo”. Quem conta sobre as possibilidades de ter um dia a dia agradável no espaço profissional é o advogado José Raffi Neto. “Desde o início, priorizamos o bem-estar. Já tem tanto problema no mundo, não é mesmo?! Por isso, achamos importante ter uma boa energia para executar as atividades”, ele explica animado. A proposta é percebida na decoração de sua sala, com toques todos especiais da esposa. “Selecionei apenas as paisagens dos quadros, as demais escolhas foram dela”, afirma Raffi. Do lado de fora, o aconchegante jardim zela por um pé de goiaba, um de figo e outro de acerola. “A primeira intenção era aumentar o estacionamento, mas optamos por preservar esse espaço com essas árvores”, ele comenta. As boas realizações de 2011 animaram o advogado, que já começa o próximo ano empenhado em uma inovadora pós-graduação. “Será em direito virtual, um assunto novo para nossa área e que merece mais atenção. Estou entusiasmado com 2012”, explica.
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Carla Mata Nogueira O amor pela família e as relações humanas Por Carla Gavilan
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Foto Alexis Prappas
o fim da nossa entrevista, quando já quase começo meu tchau, Carla me apresenta um cantinho sagrado de sua casa, onde o espaço é aumentado pela memória. Fotografias antigas que contemplam registros familiares dos mais diversos. Imagens cheias de carinho, postas em porta-retratos de consideração. “Ainda não tenho todos que quero por aqui, porque é uma tarefa que leva tempo. Mas reservei esse lugar para isso, porque acho importante”, ela explica. Essa atenção especial que dedica às pessoas não é apenas com sua família; estudar e trabalhar as relações humanas é o que motivou a arquiteta e urbanista Carla Mata Nogueira a migrar das tradicionais réguas e projetos para outra área. “Sempre tive esse interesse pelo
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capital humano das empresas; então, fiz a opção pelo mestrado em psicologia organizacional”, ela explica. Atualmente, é responsável pelas relações com o mercado do Núcleo de Decoração e Arquitetura de Mato Grosso do Sul, DASM. Com espírito muito família, organiza também pequenas festas, em casa mesmo, com o marido e os filhos. “Adoro passar meu tempo com eles, e tudo o que fazemos juntos é uma delícia. Um exemplo são os seriados: assistimos e acompanhamos todos juntos”, destaca Carla. Caracterizá-la é fácil e verídico: Carla é uma pessoa que sorri com os olhos.
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André e Kadu Dupla faz caminho inverso em busca de sucesso profissional Por Carla Gavilan
Foto Alexis Prappas
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nquanto André Longhin apostava em canções pops com levadas acústicas, Kadu Gomes seguia seu caminho pelo rock com pegada mais emotiva. De encontros esparsos no universo musical paulistano, os dois artistas descobriram afinidades e a vontade de montar um projeto juntos, reunindo profissionalismo e criatividade. Apostando em seu talento, André deixou São Paulo para trás e se mudou para Campo Grande. Meses depois, convidou Kadu para morar na cidade. “Sempre tivemos em comum a seriedade na hora de tocar nossos projetos. Acreditamos na música e queremos fazer disso um meio de vida”, explica André, que canta e compõe. Em 10 de dezembro, a dupla realizará show de lançamento do primeiro álbum na Praça do Rádio Clube, em Campo Grande, às 19h. “Quando viemos para cá, nos dedicamos à música o tempo inteiro. Desse modo, conseguimos compor muitas músicas e o disco é completamente autoral”, descreve Kadu. O visual despojado é a primeira dica de que não se trata de uma dupla sertaneja como as muitas que vem aparecendo. Com produção de Claudio Abuchaim, gravaram o primeiro álbum, “Destino”, no Sync Studio, referência nacional em música sertaneja. Nele, a dupla procura aliar as referências que trouxeram de seus projetos antigos à nova roupagem musical. Basta ouvir canções como “Coladinho” ou “24 horas”, ambas lançadas em material promocional, para perceber as influências do pop. “Não estamos presos a um rótulo. Fazemos sertanejo, mas sabemos nos reinventar”, comenta André. Mas qual a motivação necessária para tirar dois artistas da maior metrópole brasileira e trazê-los para uma cidade média no coração do país? Embora André afirme que tenha vindo para Campo Grande “na loucura”, ambos os músicos sabem que, quando se trata de música sertaneja, a capital sul-mato-grossense é uma das melhores vitrines que poderiam escolher. “O acolhimento do público aqui é enorme. Também tivemos forte apoio dos profissionais e, felizmente, conseguimos espaço para divulgar nosso trabalho em rádios e outros meios”, concordam. Ecléticos, com gostos que vão do pagode ao hardcore, os músicos deixam claro que a investida sertaneja não se deu por interesse. “É um estilo forte no Brasil inteiro graças a nomes como Leandro & Leonardo ou Chitãozinho & Xororó. A gente ouvia muito isso quando criança e, à medida que começamos a pensar em fazer algo nesse estilo, as ideias fluíram com naturalidade”, explica Kadu. Tendo em mente que não existe diferencial maior do que produção de qualidade e profissionalismo na hora de agir, André e Kadu vem crescendo no meio musical e já se tornaram uma das grandes promessas para 2012.
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O melhor da agenda social e cultural de MS
‹ Aniversário Josué Sanches Amigos marcaram presença na festa de aniversário do empresário Josué Sanches, que aconteceu no dia 18 de novembro, na Boate Neo Clube, uma das melhores casas noturnas de da cidade.
‹ Coquetel Casa Cor Trio Na noite do dia 7 de novembro, a Casa Cor Trio celebrou sua terceira edição com um coquetel de abertura, no Jóckey Club em São Paulo. O evento serviu também para entregar os prêmios aos melhores projetos da mostra. O arquiteto Luis Pedro Scalise recebeu o troféu Casa Cor na categoria Melhor Projeto Comercial, pela execução do Restaurante Badebec, inspirado da Toscana. Em 2011, sob o tema “Trabalhar, Saborear e Celebrar”, o evento reúne aproximadamente 40 ambientes em três mostras simultâneas: Casa Office, Casa Boa Mesa e Casa Festa.
‹ Ilustre convidado A empresa de decoração Casa Design juntamente com o Núcleo de Arquitetura e Decoração Sul-Mato-Grossense (DASM) trouxe a Campo Grande, Sérgio Rodrigues, uma das mais admiráveis expressões do design no país, criador da Poltrona Mole – peça atualmente no acervo do MOMA em NY. No dia 24 de novembro, o profissional veterano palestrou para estudantes da área de arquitetura e design de interior no auditório do Sebrae.
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e ve n t os Jantar beneficente em prol do Educandário Getúlio Vargas
Na noite do dia 4 de novembro, o jornalista Jefferson de Almeida promoveu, em parceria com a construtora Plaenge, um jantar beneficente em prol do Educandário Getúlio Vargas. Os 180 convidados desfrutaram de um cardápio para lá de especial, assinado pelo Buffet Yotedy, e tiveram uma noite de festa e muito requinte na Central de Apartamentos Decorados da Plaenge. Com a venda dos convites, a arrecadação de R$ 107.250,00 foi totalmente revertida para a instituição. A cobertura fotográfica foi de Marcos Vollkopf. 1 Vice-presidente do Educandário Getúlio Vargas e o jornalista Jefferson de Almeida. 2 Vera Hota e Anagildes de Oliveira. 3 Olga e Renê Siufi. 4 A relações públicas do Buffet Yotedy, Juci Palieraqui e a empresária Maria Rita Caldas. 5 O gerente regional da Plaenge Luiz Octávio Pinho, ladeado pelos consultores de vendas da Plaenge Diogo e Anderson Mandu. 6 Os casais Laires Locatelli e Nelcy e Kátia Locatelli e Marcelo de Souza. 1 2
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e ve n t os aniversário rosana costa No dia 05 de novembro, a empresária Rosana Costa comemorou seu aniversário na Boate NEO com familiares e amigos. A grandiosa festa teve decoração assinada por Arthur Jorge dos Santos, bufê do Grand’Mere, ilhas de comida japonesa do Click Sushi, doces da Lúcia Karimata e cerimonial de Sandra Mello. O som da noite ficou por conta do DJ Wal, que embalou os convidados até altas horas. 1 A aniversariante com Ricardo Mellão, Danielle Costa e Dora Mellão. 2 Delcídio do Amaral e Maika. 3 Lilia e João Ilgenfritz. 4 Izabel e Edil Albuquerque. 5 Arthur Jorge, Rafael Tonetto, Iara Diniz e Jefferson de Almeida. 6 Rosana Costa, Danilo Filho, Danilo Costa e Danielle Fotos Marcos Vollkopf 1
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e ve n t os festa black No dia 29 de outubro, o Loft Garden sediou a festa Black. O evento reuniu 350 convidados, que desfrutaram de uma noite muito animada ao som da Banda Aldeia Black e do Grupo Funk-se. A iluminação ficou a cargo da Art Luz, que deu um show com laser e Sky. Confiram um pouco da festa nas lentes do fotógrafo Marcos Vollkopf. 1 Adriana Pimentel e Mauricio . 2 Janaina , André e Ana Paula. 3 Mara e Dolzan. 4 Luis Pedro Scalise e André Furquim. 5 Marco Antonio e Xalesca. 6 Danilo e Rosana. 7 Vinicius e Laura.
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e ve n t os inauguração LOJA dudalina
A maior fabricante de camisas do Brasil traz para Campo Grande a elegância e modernidade de peças para mulheres independentes e sofisticadas. A Dudalina Feminina inaugurou no Shopping Campo Grande, dia 23 de novembro, a sua primeira loja exclusiva na região Centro Oeste. A franquia conta com mais de 300 modelos de camisas, com diversas estampas e cores. A loja foi projetada para agradar um público exigente, oferecendo camisas de alto padrão, confeccionadas com tecidos especiais, modelagem impecável e padronagens únicas. A expectativa é tornar a loja referência em camisaria para as campo-grandenses, que são exigentes na hora de se vestir e gostam de estar sempre elegantes, explicam as sócias Helenita Brum e Simone Valcanaia. 1 Simone e Helenita Valcanaia (franqueadas). 2 Simone, Helenita e Rui Souza (Diretor Dudalina). 3 Simone e Jorge Pereira e Helenita e Ricardo Ferri. 4 Simone, Roneu e Solange Brum e Helenita. 5 Flavia, Simone, Helenita e Solange Valcanaia. 6 Anniely, Simone,.Andreia, Helenita, Nathalia e Bruna. 1 2
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Fotos Miguel Palacios
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dudalinafeminina.com.br
Shopping Campo Grande 3027 1848
e ve n t os Premiação Modaeco 2010/2011
No dia 21 de outubro o Movimento Organizado da Decoração, Arquitetura, Engenharia e Construção realizou a edição 2011 do evento que destaca e premia em três categorias,os profissionais de nosso Estado nas áreas de arquitetura, engenharia, construção e design. O Modaeco realiza atividades com o objetivo de fomentar, valorizar e fortalecer os segmentos das empresas associadas. 1 Alexandre (Multicasa), Roberto Lopes Correa - 1° Lugar Categoria Arquitetos e Engenheiros e Eder (Branno). 2 Guimarães (Atalaia), Joisy, representando Angela e Joicy premiadas juntas - 2° Lugar Categoria Arquitetos e Engenheiros e Sidnei (JV Tubos) . 3 João (Marve Tintas), Diego (Viamonense), Élida (Casa Modelo), Edson (Alvorada), Eder (Branno), Dirceu (Transrest), Sidnei (JV Tubos), Suzana (Paralela), Guimarães (Atalaia), Francisco (Bontempo). 4 Eduardo (LF Decorações), Evandro Rodrigues - 3° Lugar Categoria Jovem Profissional e Jussara (Bazar Irã) . 5 João Carlos (Clássica), Mayara e Pedro Henrique representando Christine Zeni Czarneski - 4° Lugar Categoria Arquitetos e Engenheiros e Cid (Movstore). 6 Diego (Viamonense), Fabiane Melara da Silva - 1° Lugar Categoria Jovem Profissional e Élida (Casa Modelo). 7 Dirceu (Transrest), Paulo Henrique Delmondes - Prêmio Profissional Destaque Mês Setembro e Vilma (Portal Itatiba) . 8 João (Marve), Maria de Fátima Silva Martins - 2° Lugar Categoria Jovem Profissional e Edson (Alvorada).
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Sofisticação, vista paradisíaca e serviços privativos em dois destinos de sol, areia e mar
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destino é agitado e conhecido: Praia do Gunga, em São Miguel do Gostoso, litoral sul de Alagoas. Mas no local também se encontra sossego e privacidade. Isolado da massa por uma reserva ambiental está o resort Kenoa, anunciando tranquilidade, conforto e relaxamento. Inaugurado em 2009, o hotel revela formas primitivas e essências naturais que ajudam a firmar sua identidade como eco-chic design resort. O termo “eco” vem da preocupação ambiental, revelada, por exemplo, no paisagismo que incorporou plantas da flora alagoana, na água aquecida por energia solar, na utilização de materiais de reflorestamento e de pedras naturais. Há poucos passos da praia, o Kenoa Exclusive Beach Spa & Resort garante acomodações espaçosas e equipadas com TV de LCD, DVD com conexão USB e leitor de cartões, conexão Wi-Fi, cofre eletrônico, entre outras comodidades. São apenas 23 quartos - que variam de 45m² a 200m² -, todos voltados para o mar. Como o espírito praiano sinaliza descanso e relax, o hotel ainda dispõe de spa com produtos Shiseido e Germaine de Capuccini.
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E como gastronomia também está ligada a bem-estar, o empreendimento mantém o Kaamo, espaço que se divide em restaurante, winebar e lounge, comandado pelo conceituado chef César Santos, reconhecido nas principais revistas europeias e jornais internacionais, como The New York Times.
Serviço Diárias de R$ 1.020 a R$3.380 Day use mediante disponibilidade. Preço 50% do valor da diária, podendo utilizar o quarto das 10h às 18h. End.: Rua Escritor Jorge de Lima, 58 – Barra de São Miguel – AL www.kenoaresort.com Informações: Celebrare Viagens & Eventos Rua Bahia, 973. Jardim Dos Estados Tel.: (67) 3043.6663
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onsiderada o destino dos endinheirados e muito apreciada por celebridades de todo o mundo, a Ilha de Saint Barthélemy reflete a exuberante beleza caribenha misturada ao requinte europeu. O local é paradisíaco, rodeado pelo mar límpido azul-turquesa que agrada não só quem busca sossego, mas também badalação. Hotéis de luxo e mansões estão por toda parte, mas entre os mais cotados empreendimentos de hospedagem está o Guanahani Hotel & Spa, localizado ao leste da ilha, onde tranquilidade e privacidade são palavras de ordem. Se não bastasse, a região ainda sedia uma das melhores praias dessa colônia francesa, a Grand Cul de Sac, uma
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verdadeira piscina natural, ideal para banhos e esportes aquáticos pacíficos, como mergulho e barcos à vela. Se a preferência for aproveitar as belezas naturais de toda ilha de forma mais intensa, ainda é possível praticar windsurfe, fazer passeios de catamarã e pesca em alto-mar. Atividades como cavalgadas, jogar tênis, fitness e abusar dos tratamentos alternativos no Spa Clarins estão na programação do hotel. Fazer compras também está incluído, mas prepare o bolso: a moeda corrente de Saint Barth é o euro.
Sol e calor tropical reinam o ano inteiro, tornando o lugar um oásis de luxo e bem-estar. Modesto em número de quartos, uma tendência dos complexos hoteleiros de altíssimo padrão, o Guanahani disponibiliza quase 70 acomodações, todas em chalés privativos, cercados por jardins tropicais e vista para o mar. A decoração segue o estilo colonial, com madeiras raras, tons pastel e tecidos de algodão, tornando o espaço convidativo, charmoso e aconchegante. No campo da gastronomia, os hóspedes podem apreciar opções do cardápio de dois restaurantes: o Índigo, que serve café da manhã e almoço diariamente até o fim da tarde, e o Bartolomeo, especializado na cozinha mediterrânea francesa e comandado pelo chef Nicola De March.
Serviço Diárias: a partir de € 390 Endereço : Grand Cul de Sac, 97133 St. Barthélemy Email: hotel@leguanahani.com Informações: Celebrare Viagens & Eventos Rua Bahia, 973. Jardim Dos Estados Tel.: (67) 3043.6663
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Proteção máxima Para quem opta pela alta proteção nos momentos de exposição ao sol, a Natura apresenta novos itens da linha Fotoequilíbrio com fator de proteção solar 60, o mais elevado do mercado. Após reformulações, os produtos assumiram texturas mais leves e menos oleosas, o que tornou a aplicação mais fácil e de rápida secagem. FPS 60 por R$ 43,10. Venda através das consultoras da Natura
Poder mineral Acalmar e hidratar a pele sensível são as principais funções do Acqua, da Pura Inova, um produto composto por água mineral pura retirada da Serra do Japi, em São Paulo. Estudos relatam que esse tipo de água da região estimula a produção de uma proteína que atua na formação de uma camada protetora da epiderme, impedindo a entrada de bactérias e vírus. Sua aplicação deve ser feita após a exposição ao sol. Preço sugerido R$ 33 (150ml) no site www.drogaraia.com.br
Efeito bronze Um bronzeado dourado e instantâneo é o que promete o Acelerador Instant Bronzer Spray Gel, lançamento da Australian Gold. O produto, elaborado com extratos australianos naturais e vitamina E, promove cor intensa aliada à prevenção da pele contra os efeitos causados pela exposição ao sol. Por R$ 49,90 no site www.corpoperfeito.com.br
frescor Cítrica e floral, a nova fragrância da Roger&Gallet, Fleur D’Osmanthus, é sinônimo de frescor e leveza. Baseada na flor de Osmanthus, encontrada na China, a essência ainda une ingredientes como tangerina, laranja, néroli, benjoim e sândalo. O lançamento pode ser encontrado em colônias, sabonetes e hidratantes da marca francesa. Preço sob consulta no site www.sacks.com.br
Carambola, cupuaçu, manga verde e açaí são alguns dos ingredientes naturais que compõem os produtos da Sol de Janeiro, marca lançada recentemente no país. No portfólio estão itens como o protetor solar para tatuagens, que preserva a cor e a textura do desenho, e o spray refrescante com extrato de água de coco, que acalma e hidrata o corpo exposto ao sol. A linha completa é formada por 12 produtos, com preços que variam entre R$ 18 e R$ 52 no site www.soldejaneiro.com.br
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Texto Cidiana Pellegrin / fotos Divulgação
Tropical
verã o Texto Cidiana Pellegrin / fotos Divulgação
sugestões e tendências em beleza
Cabelos ao sol Além da pele, os cabelos também sofrem os efeitos do sol. Por isso, nada de ir à praia sem protegê-los. A Kérastase lançou um produto poderoso nessa função, o tratamento protetor luminescente Huile Céleste, formulado com óleo de macadâmia - que garante o efeito antiumidade - e micro glitters refletores que dão luminosidade extra aos fios. O produto tem textura leve, protege contra os raios UVA e UVB e tem ação reparadora. Por R$ 98 no site www.infinitabeleza.com.br
Lábios O batom líquido da marca de dermocosméticos Veer promove um tratamento anti-idade nos lábios. Lip Care FPS 18 protege da radiação ultravioleta, previne o surgimento de linhas de expressão e dá volume aos lábios se usado de maneira contínua. Recomendado para pessoas acima dos 20 anos. Por R$ 38 no site www.farmaciabeladonna.com.br
reconstrução Não é preciso a estação mais quente do ano chegar ao fim para colocar a saúde dos fios em dia. A Griff Complex elaborou o sistema de tratamento Total Hydra especialmente para cabelos maltratados pelo sol, mar e cloro. A linha é formulada com matériasprimas nobres, como óleo de macadâmia, manteiga de karité, vitamina A e um complexo com 12 aminoácidos que prometem deixar os fios brilhantes, hidratados e fortes. Por R$ 87 (linha completa) SAC: (27) 3041.7467
Praticidade Leveza A pele bronzeada pede ainda mais cuidados. Para manter a cor é preciso beber muita água e usar cremes hidratantes. A Avon ampliou sua linha Avon Care com o lançamento de uma loção que oferece 24 horas de hidratação. Enriquecido com citrus e vitamina E, o Avon Care Verano Fresh tem textura leve e rápida absorção, ideal para uso no verão. Por R$ 11, disponível com vendedoras autônomas da Avon
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A Cenoura & Bronze apresenta o Stick Facial, um bloqueador solar em formato de bastão destinado às partes mais sensíveis do rosto, como o nariz e orelhas. Além de oferecer praticidade na aplicação, o item, que possui FPS 50, é resistente à água e ajuda a prevenir o fotoenvelhecimento. Disponível nas versões Kids e Sport. Por R$ 10 em supermercados e drogarias
verão
De malas prontas Adriana Estivalet dá importantes dicas para sua viagem de férias não ter surpresas
período de férias se aproxima e, com ele, as viagens. Arrumar uma mala útil e compacta é possível usando bom senso e algumas regrinhas: » Primeiro consulte a previsão do tempo do seu destino. Isso ajuda a escolher o que levar. » Separe os itens da mala de mão: se a sua viagem for longa, é interessante levar uma malinha de mão com os itens emergenciais ou que você considera indispensáveis, como: óculos de grau e de sol, remédios que você possa precisar no voo (não se esqueça de levar as receitas),escova e pasta de dente, desodorante, perfume em miniatura, escova de cabelo, uma muda de roupa para imprevistos, objetos pessoais de valor (joias) e um casaco leve para usar no avião. » Pense na programação: O que você irá fazer? Serão quantos jantares sociais? Irá a quantas baladas/barzinhos? Vai andar muito durante o dia? Comece a separar as roupas, a palavra chave é: repetir! Escolha peças de cores mais neutras ou do mesmo grupo de cores que combinem entre si, e opte somente por uma cor mais forte. Evite estampas, pois elas são mais difíceis de combinar, e faça escolhas versáteis que podem ser usadas tanto de dia quanto à noite.
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Uma dica preciosíssima é fazer uso dos acessórios. Use e abuse deles para trazer cor e frescor para o look. Lenços, colares, brincos, cintos e pulseiras são ótimos e não ocupam muito espaço. As bolsas, além de serem pesadas, ainda ocupam espaço precioso na mala. O ideal é escolher uma de cor neutra com a qual vai viajar, uma sacola de praia e uma carteira de mão colorida para a noite. Evite levar sandálias ou sapatos novos na viagem. Como ainda não estão amaciados, podem machucar ou criar bolhas. Melhor levar aqueles com os quais seus pés já estão acostumados. Para os homens vale a mesma regra: escolha calças, bermudas, camisas, camisetas, cintos e sapatos que combinem todos entre si. Apesar de muito versáteis, as calças jeans são pouco usadas na praia. Dê preferência a calças leves em tecido de algodão, como uma calça de sarja branca ou cáqui. Procure também escolher roupas que não amassem muito, assim não corre o risco de ter que sair atrás de um ferro. Para as emergências, use o velho truque do chuveiro: coloque a roupa no cabide e pendure-a no banheiro enquanto toma seu banho. O vapor quente desamarrota a roupa.
Check list No dia da viagem, não se esqueça de fazer um checklist para verificar se está levando os itens de maior índice de esquecimento entre os viajantes: » Chinelo para usar no hotel » Adaptador de tomadas » Carregadores para câmera, celular, iPod (verifique se são bivolt, se não forem, leve um minitransformador) » Pijama » Passagens e reservas do hotel e carro impressas » Passaporte, identidade e suas cópias » Pasta e escova de dente » Cotonetes » Demaquilante » Secador (verifique antes se o hotel não tem) » Remédios que possa precisar
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sugest천es para o presente ideal
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UD dicas para incrementar sua cozinha
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1. Clássica - A marca de panelas de ferro mais famosa do mundo, Le Creuset, lançou uma nova linha que mistura tons verdes, azuis e cinzas da água. Intitulada Ocean, a coleção conta com cinco itens: panelas redonda e oval, molheira, grelha quadrada e caçarola. De R$ 418 a R$ 945 na Santa Graça Casa Rua Espírito Santo, 281 - Jardim dos Estados Tel.: (67) 3026.6600 2. Dose certa - Na hora de preparar a massa, o medidor de espaguete Voile, da empresa italiana Alessi, facilita a dosagem. Produzida em aço inoxidável, a peça contém três orifícios que medem uma, duas e cinco porções, respectivamente. Por R$ 114 no site www.benedixt.com.br
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4. Aperitivo - Fabricado pela marca alemã Koziol, os garfinhos Pic Up Colors de termoplástico - material altamente reciclável - apresentam um design multicolorido e funcional. Quando usados em conjunto, adicionam estilo e um “tempero” extra ao tira-gosto. Por R$ 119,00 no site www.laris.com.br 5. Tostex - Torradas quentinhas no café da manhã abrem o apetite de qualquer um. Além do design bacana, a torradeira Volo Bugatti promete um pão bronzeado com a rapidez em até quatro porções. Por R$ 1.141 no site www.obravip.com
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Texto Cidiana Pellegrin / fotos Divulgação
3. Deu rolo - A colher Dailly, fabricada pela empresa italiana Ghidini, inova na forma de regar o tempero nos alimentos. Depois de pegar o molho com a colher, vire-a e comece a espalhar o rolo diretamente em peixes, carnes, aves, pães, etc. Na hora de lavar, é só remover o rolo para facilitar a higienização. Por R$ 39,80 no site www.baccos.com.br
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Cozinha Caipira A cozinha tradicional paulista está em declínio, mas começa a reagir na mão de chefs caipiras e caiçaras Por Alexandre Furquim*
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velha e tradicional cozinha caipira paulista está em declínio. Essa cozinha marcada pela presença do milho, da galinha e do leitão. Cozinha de origem humilde, que já foi motivo de vergonha, está mudando seu status. Chefs renomados de São Paulo estão obstinados pela busca de raízes e resolveram fazer barulho empenhando-se em resgatar os sabores que rondavam suas casas na infância, destacando ingredientes da terra, do interior, em uma cozinha bem resolvida, que se mune de técnicas bem apuradas. A procura pelos pratos mais sofisticados e uma gastronomia mais requintada fez com que os paulistanos esquecessem suas velhas tradições, influenciada por outros Estados e países, como o tutu de feijão, frango com quiabo, lombo suíno, o cuscuz paulista e o famoso virado à paulista – criado quando os bandeirantes e tropeiros saíam em suas expedições e levavam consigo uma mistura de farinha de milho com galinha ou feijão embrulhada num pano. Quando abriam para comer, tudo estava misturado – daí o nome virado. O vereador Juscelino Gadelha entrou com um pedido de registro do Virado à Paulista como patrimônio histórico imaterial da cidade de São Paulo no Conpresp (Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico). Patrimônio imaterial é toda a manifestação cultural que possui valor, tradição e costume para as pessoas de um determinado local, criando uma identidade e continuidade nas tradições locais. Ele afirma que fez isso para conservar a maneira original que o prato era feito e para preservar a cultura do paulistano. Quem estiver em São Paulo e sentir saudade dessa velha tradição paulista, sugiro alguns locais como o Sujinho, na av. Ipiranga, 1058, República; a Casa da Fazenda na av. Morumbi, 5594, Morumbi, e o Tordesilhas, na rua Bela Cintra, 465, Consolação. Para finalizar o ano de 2011, na ceia de Natal ou Réveillon, nada como uma tradição da nossa culinária brasileira: um cuscuz de camarão.
*Formado em Marketing e Gastronomia, Alexandre Furquim atua no ramo de restaurantes
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Cuscuz de camarão Ingredientes - 1 xícara de azeite de oliva - 1 cebola graúda picada - 1 colher (sopa) de salsinha picada - 2 dentes de alho picados - 10 tomates sem pele picados - 2,5 xícaras de caldo de peixe - 300 g de palmito picado - 1 kg de camarões limpos - 250 g de farinha de milho em flocos - 100 g de farinha de mandioca - 1 colher chá de sal - 4 ovos cozidos para enfeitar
Preparo Esfarele as farinhas e reserve dez camarões para enfeitar. Coloque o azeite em uma panela e leve ao fogo. Junte cebola e alho e refogue em fogo baixo até a cebola ficar macia. Acrescente os tomates e refogue por dez minutos. Acrescente o caldo de peixe e ferva por quinze minutos. Aumente o fogo. Junte o palmito, o camarão e o sal e cozinhe por dez minutos. Coloque a salsinha, adicione as farinhas aos poucos e ferva por cinco minutos. Mexa até soltar da panela. Enfeite uma forma com furo no meio com os ovos e os camarões e coloque a mistura da panela, apertando bem. Desenforme e sirva.
O Beaujolais Noveau já chegou Conheça o vinho mais romântico do mundo Por Douglas Mamoré Jr.*
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odos os anos, no mês de novembro, os apreciadores de vinho do mundo todo se enchem de alegre expectativa. É a época do Beaujolais Noveau, um dos vinhos mais românticos do planeta. Francês de nascimento, natural da região de Beaujolais, na grande Borgonha, é produzido excepcionalmente com uma única uva permitida, a Gamay*. E, ao contrário de outros grandes vinhos, deve ser consumido ainda jovem, entre os primeiros quatro e seis meses após sua produção. Rápido e leve, para ser bebido em grandes goles, elaborado originalmente com o objetivo de matar a sede dos camponeses contratados para a vindima*, e também para celebrar a colheita, foi graças a muitas curiosidades e por uma certeira jogada de marketing que este vinho se transformou em um ícone mundial. E é com dia e hora marcada que ele chega aos quatro cantos do mundo, todos os anos. Na terceira quinta-feira do mês de novembro, milhares de pessoas em mais de 150 países, seguindo uma antiga tradição, aguardam e celebram a sua chegada com esta frase:
maceração carbônica, que consiste em simplesmente depositar os cachos de uva uns sobre os outros e aguardar que a fermentação ocorra no interior de cada bago. Este processo beneficia e potencializa o caráter bastante frutado da Gamay. Sinônimo de festa e alegria, diz a tradição que tomar este vinho à meia-noite, na terceira quinta-feira do mês de novembro, traz muita sorte a quem o bebe. O Beaujolais Noveau fez sua estreia em Campo Grande, é claro, no mês de novembro, em alguns restaurantes da Capital. Então, você pode conhecer este delicioso vinho, mas apresse-se, pois os estoques não são muito grandes. Sem dúvida, é por meio do Beaujolais Noveau que muita gente começa a conhecer e apreciar o mundo dos vinhos, e, segundo a tradição, ele deve ser bebido entre amigos, em ocasiões alegres e festivas, ou a dois, na companhia de alguém especial. Mas, afinal, não é assim que todos os vinhos devem ser bebidos? Saúde!
“Le Beaujolais Noveau Est Arrivé” Os rótulos são um show à parte: alegres e coloridos, são feitos por artistas renomados –o que faz muita gente colecioná-los. Saborosos e cheios de frescor, intensamente frutados, com belos aromas de frutas vermelhas –cerejas, amoras, morangos e framboesas–, leves e com uma acidez refrescante, muito aveludados e sedosos, sem nenhum caráter tânico, são perfeitos com frios e aperitivos. É claro que a qualidade depende muito do produtor e deve ser sempre a sua refêrencia de compra. Um exemplo de qualidade insuperável é o Beaujolais Noveau de Joseph Drouhin, eleito por quatorze anos consecutivos como o melhor Beaujolais Noveau da França. O estilo do Beaujolais Noveau também é impactado por uma antiga tradição, um tipo de produção chamada de
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*Desde 2005, o enófilo Douglas Mamoré Jr. dedica-se exclusivamente ao universo dos vinhos. Seu e-mail é douglas@mistral.com.br
Eno-glossário Vindima É a colheita (apanha) da uva. Num sentido mais amplo a vindima engloba o período entre a colheita das uvas e o inicio da produção do vinho. Gamay Pronuncia “Gamé”
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O presente ideal Sugestões para não errar na hora da escolha Por Adriana Estivalet
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ara não errar no presente, procure observar o estilo da pessoa e pesquise o que ela gosta. Muito importante: não adianta dar algo que você adoraria, mantenha o foco em quem vai receber o presente. Dar algo original, como itens de papelaria com o monograma de quem está recebendo, é uma boa ideia, além de ser muito elegante. Coisas úteis são sempre bem-vindas, como nécessaire, porta-retratos, maletas de viagem, caixas decoradas para organização etc. O presente não precisa ser caro, mas, quanto mais útil ou original, melhor. Muitas empresas fazem o amigo secreto. Se você tirou uma pessoa que acabou de entrar na empresa e, consequentemente, não conhece o seu gosto pessoal, opte por presentes úteis e não arrisque. Se já é um colega que convive há um bom tempo, é mais fácil saber os gostos dele e arriscar algo mais pessoal. Contudo, evite presentes como lingeries ou algum objeto erótico. Além de ser invasivo, você pode ser mal interpretado. Na hora da revelação, uma brincadeira ou outra não faz mal, desde que não cite características sobre o corpo da outra pessoa, como baixinho, gordinho, careca... Isso é de mau gosto, assim como falar sobre dificuldades como tiques ou manias do amigo secreto. Também não puxe o saco daquele seu chefe que você deu a sorte de tirar, é extremamente constrangedor para todos, inclusive você. Não faça um discurso demorado para a revelação, é uma brincadeira e as pessoas querem se divertir. Amigo secreto em família é mais fácil, pois as pessoas se conhecem bem. Mas, não queira aproveitar a ocasião para dar um "presente de grego" ou fazer comentários desagradáveis para aquele seu cunhado que você não gosta. Além de criar um mal-estar geral, não adianta nada. Para famílias que queiram se presentear, nada mais agradável do que uma bela cesta de Natal com todos aqueles quitutes que os familiares irão saborear, acompanhado de um belo cartão. Finalmente, se você quer ser chique e elegante, pratique uma tradição que está se perdendo diante de tanta tecnologia: envie belos cartões de natal pelo correio a todas aquelas pessoas que você considera especial.
*Adriana Estivalet é consultora de estilo e imagem. Seu e-mail é adriana@adrianaestivalet.com.br
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Quando nascemos a primeira coisa que acontece depois da escolha do nome é o registro. Antes disso não existíamos para a sociedade. Por isso, registrar é proteger sua marca, patente, software e direito autoral. Há 27 anos, a Remat Marcas e Patentes possui uma equipe preparada para prestar assessoria jurídica, garantindo seu patrimônio e propriedades intelectuais. Entre em contato e descubra que o registro é um passo indispensável para garantir que o sucesso nos negócios não desapareça.
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Os trânsitos da arte “Artistas e curadores produzem singularidades e partilham sensibilidades” Por Maria Adélia Menegazzo*
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epois de subir dois andares em andaimes de ferro e madeira, chega-se ao quarto de um operário da construção civil, com uma cama, um guarda-roupa, entre outros objetos comuns. Sobre a cabeceira da cama estão o brasão das armas brasileiras, o relógio da praça central da cidade, ladeados pelos bustos de José Bonifácio e do Marechal Deodoro da Fonseca. Descrevo, assim, uma obra do artista japonês Tatzu Nishin apresentada na 8ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre. A travessia e o esforço físico que o observador tem de empreender é grande, afinal, são, no mínimo e aproximadamente, seis metros de altura, considerando um edifício público do início do século XX. E para quê? Para ver um quartinho? Sim. A proposta está relacionada com o tema da bienal “Ensaios Geopoéticos” – as formas de os artistas definirem território – e com a possibilidade de dar visibilidade a aspectos da localidade que passam despercebidos pela população por meio das obras agrupadas em torno da “Cidade Não Vista”. Uma aproximação possível apenas através da arte. O artista oferece ao cidadão o impacto de ver de perto o que está cotidianamente distante e faz com que a noção de território também se modifique. “Itinerários e Itinerâncias” é o mote do 32º Panorama da Arte Brasileira, que acontece no Museu de Arte Moderna de São Paulo, até 18 de dezembro. Novamente a questão espacial está em jogo. O artista brasileiro Cildo Meireles põe em xeque a noção de espaço territorial com a obra “Arte Física: Cordões/ 30 km de Linha Estendidos” (1969), provocando dúvidas no observador sobre os conceitos de verdade e realidade associados àquilo que está diante de seus olhos. Ao seu lado, jovens artistas como Jarbas Lopes, Rodrigo Bivar e Lucia Laguna, estes dois últimos trazendo pintura sobre tela como suporte. As obras expostas discutem conceitos, valores e são uma resposta às frequentes mudanças e deslocamentos de artistas, críticos e curadores em tempos de globalização. No edifício da Bienal de São Paulo, no Parque do Ibirapuera, duas grandes exposições podem ser vistas e contam também com a noção de trânsito entre territórios. A mostra “Modernismo no Brasil”, no MAC, apresenta de forma extremamente didática
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a relação entre artistas modernistas brasileiros e europeus. É possível ver Ismael Nery ao lado de Picasso, Tarsila do Amaral e Léger, Anita Malfatti e Kirchner, além de Volpi, De Chirico, Max Bill, Maria Martins e Chagal. Uma verdadeira aula sobre arte moderna, seus fluxos e superação de fronteiras. Já a exposição que comemora os 60 anos da Bienal de São Paulo, “Em Nome dos Artistas”, congrega artistas significativos no contexto da arte contemporânea. É possível ver as fotografias de Cindy Sherman, talvez a primeira artista a questionar a iconografia feminina tradicional, as apropriações de Sherrie Levine e de Richard Prince, instalações de Félix GonzalesTorres, Nan Goldin, Matthew Barney e Damien Hirst. Também a mostra coletiva do Instituto Cultural Itaú, “Caos e Efeito” reúne mais de uma centena de obras de artistas contemporâneos já consagrados, como Anna Bella Geiger, Nelson Leirner e Antonio Dias, ao lado de Pitágoras, Yuri Firmesa e Juliano Moraes, e fala da ausência de limites entre o que é do mundo e a arte contemporânea. Literalmente se trata do caos instalado num espaço por um grupo de curadores que sabe o que faz. Para quem vê resta a difícil tarefa de encontrar meios para construir sentidos, o que demanda tempo e disposição. Ora, o que todas estas mostras têm em comum é o desejo de artistas e curadores de produzir singularidades e partilhar sensibilidades, porque, afinal, é disso que trata a arte e não importa onde ou quando. A arte é sempre a concretização articulada de um pensamento, muitas vezes impossível de ser representado por um discurso que não o artístico. Sua eficácia reside na capacidade de o artista criar metáforas, apresentar novas configurações ou, simplesmente, dar visibilidade a coisas que não nos movem no cotidiano. Para nós, o público, resta abrirmo-nos generosamente para esta partilha e colhermos o resultado, tornando mais rica nossa relação com a arte, prolongando, incessantemente, nossa experiência estética. *Maria Adélia Menegazzo é Doutora em Teoria Literária com Pósdoutorado em Artes Plásticas, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte e da Academia Sul-Mato-grossense de Letras
HORA-H
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Porque a vida não é
cinza
Música
Cinema
Miscelânea de referências
Doce loucura
Exageros hispânicos
Sem medo de apontar seus próprios defeitos em um disco intimista, Mallu Magalhães retorna mais madura em “Pitanga”, seu terceiro álbum de estúdio. Carregando ecos de Marcelo Camelo, marido e produtor do trabalho, a cantora trata principalmente do amor, ainda juvenil e esperançoso. Na abertura, a canção “Velha e Louca” mostra que a artista precoce que surgiu há cinco anos agora sabe bem quem é. Sem medo de se expor, ela também deixou de lado as letras em inglês, que se resumem agora a pequenas inserções. Mesmo sem toda a exposição que teve nos primeiros anos de carreira, Mallu mostra que envelhecer é importante.
Não há como escolher apenas um filme de Pedro Almodóvar, mas parece que o diretor espanhol encontra o equilíbrio perfeito em “Fale com Ela”, de 2002. As mulheres, os relacionamentos, as cores e o surrealismo estão presentes neste trabalho que representa bem o cosmos almodovariano. Tendo como ponto central um enfermeiro tímido, Benigno, que se apaixona por uma jovem, mas que teme se aproximar da moça até o dia no qual ela é internada, em coma, no hospital em que ele trabalha, o longa-metragem se mostra como uma boa porta de entrada para as excentricidades de Almodóvar, que acaba de estrear no Brasil seu último trabalho, “A Pele que Habito”.
Quando o semiólogo, crítico literário e novelista italiano Umberto Eco se põe a escrever literatura, pode-se ter certeza de que a erudição é uma das marcas que mais chamam atenção em seus escritos. Em “Cemitério de Praga”, lançado pela Record, personagens históricos como Sigmund Freud e tramas reais como o caso Dreyfus se confundem com a ficção por meio da protagonista Simone Simonini, única invenção de Eco. Tudo acontece na capital da República Tcheca, no final do século XIX. Por meio do jogo entre o que é mentira e verdade, o escritor italiano monta um intrincado quebra-cabeça capaz de prender os leitores até o fim das 480 páginas do volume. Por R$ 48,00 na Livraria Leitura no Shopping Campo Grande
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Por R$ 24,90 na loja virtual da Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br)
Por R$ 19,90 na loja virtual da Livraria Saraiva (www.saraiva.com.br)
Textos thiago andrade / fotos Divulgação
Literatura
Sagitário, para o alto e avante! “É hora de ver mais além e com muito entusiasmo” Por Thereza Christina Silva*
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epois de toda a limpeza e mergulho na alma, de um período de transformações e verdades ocultas reveladas por Escorpião, o sol entra no signo de Sagitário gritando para todos. É hora de reformular os projetos, sair da toca e seguir adiante. Regido por Júpiter, elemento fogo, Sagitário nos mostra tudo o que está lá na frente. É hora de ver mais além e com muito entusiasmo. Excelente momento para tirar da gaveta o projeto de frequentar uma academia, estudar ou apenas viver. Se há uma coisa que cativa este signo, é o bom humor. Já perceberam como sagitarianos vivem fazendo piadinhas? Sim, eles têm essa coisa descolada de estar sempre bem, adoram rir, aliás, tudo o que fazem é sempre mega, ultra, super, master. Mas não se esqueçam: representado por um centauro, é metade homem e metade cavalo, então, quando a metade animal funciona, é na lata, e sai de baixo! Exagerados até no tamanho, são a turma da anca larga, que ocupa espaço, são aqueles que chegam à sua casa já entrando, sem inibição. Adoram casas grandes, varandas grandes, gastos grandes; para um sagitariano tudo tem que ser o máximo. Na verdade, o que eles não gostam mesmo é de limite. Colocou regra, colocou cerca, delimitou seu espaço, ele está fora, e isso vale também nas relações pessoais, pois prezam demais a liberdade. O centauro que os representa tem sempre uma flecha apontada para o alto, simbolizando um arqueiro, logo, a visão dessa galera é sempre de longo alcance. Uma coisa bem legal é que eles sempre têm uma visão futurista de tudo, porque estão realmente interessados no que vem pela frente; passado é coisa de escorpião, que fica remoendo, guardando. Sagitariano vai embora e é pra frente que se anda. Eles são o povo da viagem, adoram viajar, adoram culturas longínquas, adoram estudar, adoram cursos, filosofia e, se tem uma coisa que eles odeiam, é gente fútil, que não lê -traduzindo na linguagem deles, gente “burra”. Também são arrogantes, se acham os donos do saber; discutir com um sagitariano é perder tempo, eles sempre têm a razão e, pior, argumentam muito bem
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e ainda concluem com uma citação de uma tese de doutorado. Outra coisa interessante é que eles vivem de projetos no campo sentimental. Apontam sua flechinha, conquistam, mas ao conseguir o objeto de desejo costumam migrar para outra missão. São grandes aventureiros e caçadores. O bom é que, se o objeto de interesse for inteligente, conseguirá prendê-lo enquanto tiver assunto interessante para as muitas metas que ele se propõe. Exagerados, espaçosos, engraçados, arrogantes, desastrados, francos até demais, sagitarianos costumam ser gente de bem com a vida, não suportam tristeza e depressão e nem serviço de casa (preferem estudar). E outra coisa, eles têm fé na vida, acreditam que tudo poderá ser melhor amanhã, odeiam quem vive reclamando e, de tanto que acreditam, os danados costumam ter muita sorte! Quem convive com um, sabe que nem rotina, nem tristeza fazem parte do seu ser! Minha lua é em sagitário e costumo ser bem assim, modesta como uma sagitariana.
Este texto dedico a Fernando Faleiros, grande amigo, grande (ex) parceiro de trabalho e um sagitariano nato! Amados leitores, foi um prazer terminar o ano de 2011 com um texto sobre o signo dos projetos. Vamos aproveitar e lançar nossas flechas para 2012 com toda a esperança e fé que o sol em Sagitário nos proporciona. Eu sempre acredito, acredite você também! Feliz Natal e um 2012 mega, blaster, super. Ano que vem a gente “astrologa” mais! (ah, em 2012 não teremos o fim do mundo não, viu gente!)
*Thereza Christina Silva é jornalista, astróloga, taróloga e professora tutora Ead. E-mail: tecaemaju@hotmail.com Twitter: Teca2011 Blog: www.astroloteca.blogspot.com
“e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom. Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente”
Ilustração Efe de Queiroz
Extraído do livro Cadeira de Balanço (1972), de Carlos Drummond de Andrade.
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