Mood Life 27

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LifI perfil Uma conversa com MariMoon, a descolada apresentadora da MTV 92 especial Um caderno com receitas e dicas do programa Cenário Feminino, da jornalista Sônia Caldart 117

Uma revis ta do seu modo Decoração Estilo Gourmet Viagem Consumo Nº 27 R$ 10,00

morar mais campo grande A mostra que traz soluções sofisticadas e amigas do bolso oferece ao visitante a oportunidade de comprar tudo que vê 32 mistura fina motor Paulo Cruz avalia Audi A1, Touareg e BMW Série 3 60 comportamento Para mudar o mundo, nada melhor do que ajudar o próximo 62

Lenine Buscando uma certa estranheza, ele se tornou um dos artistas mais completos da música contemporânea no país

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Morar Mais por Menos Campo Grande Em outubro, a mostra apresenta soluções sustentáveis e criativas para decorar a casa com personalidade, sofisticação e economia

32 Leitores "Super bacana a revista Mood life!!! Gostei muito, já recomendei para meus amigos." Lucas Bond Schwartsburd, do Paraná, via email.

27 Tome nota Literatura, teatro, música. Uma fina seleção de cultura e entretenimento 12

66 Mistura Fina As novidades que fazem nosso desejo de consumo 54

Feira Hype Ideias para vestir sua casa 18

Comportamento Trabalho voluntário. Para mudar o mundo, nada melhor do que ajudar o próximo 62

Décor Morar Mais Campo Grande apresenta seu time de seus profissionais 32

Vox Proprietário da loja Stúdio A, Adilson Puertes fala do segmento de decoração de alto padrão 84

Décor Mostra Artefacto apresenta sua a sofisticação 42

Portfólio Designer de interiores, Bia Meneghini encontrou na afinidade com decoração e arquitetura a nova profissão 86

Design Com originalidade e traços joviais, Eduardo Baroni assina para importantes indústrias do país 48

Eu sou Jorge Oliver e sua personalidade única 88

DECORAÇÃO | ESTILO | GOURMET | VIAGEM | CONSUMO

128 Lounge Arquiteto Erique Moreira fala de seus prazeres 90 Vida de Artista Denis Feliz cria inúmeros personagens que podem ser visualizados em sites ou blogs 110 Cultura Em sua 30ª edição, a Bienal de Artes de São Paulo apresenta um panorama artístico mundial 112 Cenário Feminino Caderno especial traz receitas e dicas de artesanato 117 Viagem The Mandala Hotel. A cultura do hotel contemporâneo com sofisticação em Berlim 126

"Ficou demais, parabéns ao pessoal todo da revista, linda diagramação, sua equipe de criação e design são 10. Valeu pessoal." Erich Sacco, a respeito da edição 26, via Facebook.

CONTATO Envie comentários e sugestões para a seção informando o seu nome completo. A revista MOOD Life se reserva o direito de resumir e adaptar os textos publicados, sem alterar o conteúdo. editor@moodlife.com.br redacao@moodlife.com.br www.twitter.com/revistamoodlife www.facebook.com/moodlife www.moodlife.com.br



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om 30 anos de carreira, 53 de idade e cinco prêmios no Grammy Latino, Oswaldo Lenine Macedo Pimentel, em cena, é Lenine, um músico autoral que foge das classificações. Dono de um repertório sublime, ele lançou ano passado seu décimo disco, Chão, considerado pela crítica um de seus trabalhos mais ousados. Em segunda turnê pelo Brasil, prestigiou Campo Grande no final de agosto, com show realizado no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo. Foi lá que o letrista recebeu nossa equipe para a sessão fotográfica que figura a nossa matéria de Capa. Durante a entrevista feita dias antes da apresentação, o recifense-carioca revela os caminhos percorridos que o tornaram um dos artistas mais completos do país e compartilha sobre outra paixão: o envolvimento com a natureza. Ativista da causa ambiental, Lenine empresta sua imagem voluntariamente a campanhas executada por grandes ONGs. O trabalho não remunerado pelo desejo de fazer o bem também aparece como tema de Comportamento. O texto traz histórias de pessoas comprometidas com o voluntariado motivando você também a ajudar. Inclusive, há dicas de locais onde a doação de trabalho será bem-vinda. Esta edição também tem Morar Mais. Apresentamos alguns ambientes da edição Belo Horizonte que fica aberta até setembro e abrimos as novidades do evento em Campo Grande. Marcada para outubro, a mostra promete mais de 80 profissionais idealizando 53 ambientes com soluções sustentáveis e criativas para decorar a casa com personalidade, sofisticação e economia. Mais requinte ainda pode ser visto na seção Viagem, com o The Mandala Hotel, perfeito para quem busca relaxar na Alemanha. Em Perfil, trazemos a descolada e versátil MariMoon, apresentadora no canal MTV, à frente do programa Acesso. Misturando internet, televisão, cultura pop e carisma, a garota de 29 anos ganhou seu espaço e tornou-se referência para adolescentes e jovens que se criaram em meio às revoluções da última década. A Mood ainda traz personalidades regionais, dicas de consumo, produtos de design e cultura para você!

Expediente LifI

diretor Josué Sanches josue@moodlife.com.br Conselho Editorial Josué Sanches Linda Benites Luis Pedro Scalise Melissa Tamaciro Jornalista responsável Cidiana Pellegrin (MTB 687/MS) redacao@moodlife.com.br Editor Odirley Deotti editor@moodlife.com.br Fotógrafos Estúdio Sim, Jean Vollkopf, Marcos Vollkopf Revisão Dáfini Lisboa dafini.lis@gmail.com PARA ANUNCIAR LIGUE (67) 3004-8504 Distribuição e assinatura Gabriela Galante atendimento@moodlife.com.br Colaboraram nesta edição Texto Adriana Estivalet, Alexandre Furquim, Cidiana Pellegrin, Douglas Mamoré Junior, Jéssika Machado, Júlia de Miranda, Maria Adélia Menegazzo, Paulo Cruz, Thereza Christina Silva e Thiago Andrade. Ilustração Diogo Santiago Revista MOOD Life é uma publicação mensal. Rua Bahia, 10 – Itanhangá Park. Campo Grande/ MS CEP 79003-032. A Revista MOOD Life não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não tem autorização para falar em nome da Revista MOOD Life. Impressão e acabamento Idealiza Gráfica e Editora.

CAPA Lenine Foto: Estúdio Sim Produção executiva: Cidiana Pellegrin

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Dudalina Feminina

dudalinafem


nacio n a l uma fina seleção de cultura e entretenimento EXPOSIÇÃO

LUZ E SOMBRA De vez em quando, uma exposição de artes plásticas se torna sucesso estrondoso entre o público. Mas, desde agosto, o fenômeno se intensificou, fazendo com que duas exposições em São Paulo concorram por visitantes e ofereçam filas que podem chegar a duas horas de espera. No Centro Cultural Banco do Brasil, os impressionistas franceses que deixam o Musée d’Orsay em Paris para serem exibidos pela primeira vez na Capital. No MASP, o pintor italiano do período barroco, Caravaggio, tem obras expostas que mostram porque ele é considerado mestre e um dos artistas que mais bem trabalhou os contrastes entre claro e escuro. “Impressionismo: Paris e a Modernidade” fica em cartaz até 7 de outubro e segue para o Rio de Janeiro. “Caravaggio e seus seguidores” acaba no dia 30 deste mês.

fotografia

festival

Ilusão de óptica

Indies felizes Garbage, Kings of Leon, Suede, Kasabian, Gossip, Mallu Magalhães e por ai vai. A lista de bandas que tocam em mais uma edição do Planeta Terra, dia 20 de outubro no Jockey Clube de São Paulo, é grande e chama a atenção. Mas, ao contrário das edições anteriores, não espere por tantos nomes obscuros do indie internacional. Mesmo assim, a programação vai fazer muitos moderninhos felizes. Os ingressos estão no terceiro lote, com preços entre R$ 330 (inteira) e R$ 165 (meia), sem as taxas. Para comprá-los, basta acessar o site www.livepass.com.br

Texto thiago andrade

fotos Divulgação

A cidade contemporânea oferece inúmeras possibilidades arquitetônicas, que por vezes, uma imagem de mentira não nos choca. As fotografias de Victor Enrich brincam com essas possibilidades e confundem por sua verossimilhança. Os edifícios impossíveis, como foram chamados, nascem de manipulações digitais em fotografias feitas de áreas urbanas. O trabalho do artista é capaz de criar espaços intrigantes e bem-humorados, sempre jogando com a capacidade humana de organizar o mundo. É possível conferir (ou adquirir) trabalhos em www.victorenrich.com.

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nacio n a l uma fina seleção de cultura e entretenimento cinema

Histórias em competição Um dos mais antigos e importantes festivais de cinema do Brasil chega à sua 45ª edição. O Festival de Brasília de Cinema será realizado entre os dias 17 e 24 de setembro e oferecerá ao público mostras competitivas entre longas e curtas-metragens, assim como seminários e debates. Entre os destaques da programação, que conta com mais de 70 filmes, estão o documentário “Olho nu”, do cineasta sul-matogrossense Joel Pizzini, sobre o cantor Ney Matogrosso, e “Otto”, de Cao Hamburguer, que traz a história de uma mãe às vésperas do parto. Tel.: (61) 3325.7777

curso

Entender arte?

gastronomia

à carioca Para gringo nenhum botar defeito, o restaurante Brasileirinho mistura a rusticidade do interior brasileiro, pratos em que a culinária nordestina é predominante e uma bela vista para a praia de Copacabana no Rio de Janeiro. Carne de sol, feijão de corda, tutu à mineira, esses são os pratos mais pedidos no lugar, que se assume verde e amarelo desde o nome. Nas prateleiras, vidros de pimenta biquinho, garrafas de cachaça, peças de artesanato e caixas de goiabada reforçam a identidade. Se você quer conhecer boas cachaças nacionais, o restaurante oferece degustações periodicamente. Fica na Rua Almirante Gonçalves, 5. Tel.: (21) 2267.3148

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Nos últimos anos, expressões de rua ganharam novos espaços em meio ao horizonte artístico. Mas uma linguagem ainda enfrente a dificuldade para encontrar seu lugar, principalmente por seu caráter anárquico. A “pixação” e o grafite são temas do curso “Arte de rua”, que será ministrado pelo sociólogo Sérgio Franco, no Espaço Revista Cult, em São Paulo. A partir de leituras de Pierre Bordieu, Anne Cauquelin e T. J. Clark, o curso será realizado em quatro encontros, entre 12 de setembro e 10 de outubro. O investimento é de R$ 280. As inscrições podem ser feitas pelo site: www.espaçorevistacult.com.br.



regi o n a l uma fina seleção de cultura e entretenimento

gastronomia

Escolha fácil Imagine ter reunidos em um único lugar pizzarias, sanduicherias e outros restaurantes que oferecem serviços de entrega. A fome não é mais problema desde que o site Delivery Fácil entrou no ar. A página reúne 22 bons restaurantes da cidade – como Villa Batata, Lagoa de Prata e Ichiban – e permite que os clientes realizem os pedidos on-line, com segurança e sem enfrentar linhas telefônicas ocupadas. Também é possível consultar todo o encaminhamento do pedido por meio do sistema. www.deliveryfacil.com.br eletrônica

exposição

Linguagens diversas As salas do Museu de Arte Moderna (Marco) de Mato Grosso do Sul abrigam quatro exposições individuais e uma coletiva de artistas cuiabanos. Trabalhos diversificados, em linguagens que vão da fotografia ao desenho, apresentam os olhares de artistas contemporâneos para temas que fazem parte da vida urbana. Quem for ao museu – que tem entrada gratuita – poderá conferir trabalhos de Alessandra Mastrogiovanni, Andery Neto, Laerte Ramos, Pâmela Reis, além do coletivo de quatro artistas de Cuiabá. Rua Antônio Maria Coelho, 6000 Tel.: 3316.9174

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Texto thiago andrade

O boato tomou forma e ganhou realidade. Em 16 de novembro, o DJ e produtor musical francês David Guetta se apresenta em Campo Grande, em mais uma edição do Move Music Festival (MMF). O show acontecerá no Jockey Club da Capital e a busca por ingressos tem sido enorme. Os primeiros lotes para o camarote se esgotaram rapidamente, assim como os bangalôs. Guetta é um dos principais músicos da cena eletrônica atual e já fez parcerias com Usher, Will.I.am, Jessie J., entre outros. Os ingressos estão à venda na 350 For Men e no restaurante Shitake. Também é possível comprar pelo site www.fasttickets.com.br

fotos Divulgação

Beats por segundo



Ideias para você vestir sua casa

Antigo e atual Ousado e diferente, Ball tem assinatura de Verner Panton, um ícone do design mundial, autor da Panton chair, a primeira cadeira de plástico injetado da história. Criado em 1969, o pendente com bolas de aço tem versão original de esferas de plástico coloridas, inspiradas na manifestação hippie do festival de música Wodstock Music and Art Fair daquele ano. Informações no site www.danishdesign.com.br

Simples e

marcante O designer Carlos Motta é reconhecido por suas produções sustentáveis. A convite da Butzke, empresa especializada em móveis para áreas externas, criou a Cadeira Rio, inspirada na geografia da capital fluminense e feita com assento e encosto em metacrilato, material que garante resistência a UV, qualidade da cor e do produto. As cadeiras também são confeccionadas com madeira de eucalipto, certificado FSC. Informações no site www.butzke.com.br

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Ideias para você vestir sua casa

Design forever Alto padrão A Gorenje, marca europeia de eletrodomésticos focada no fino design e na alta tecnologia, apresenta a linha Pininfarina Steel Collection, assinada pelo estúdio italiano Pininfarina, projetista de carros para a Ferrari. Com mote exclusivo, a coleção apresenta coifas, refrigeradores, cooktops e fornos, que prezam pela elegância atemporal, sofisticação, qualidade e excelência dos materiais. Informações no site www.gorenjedobrasil.com.br

Especializada em equipamentos de som aliados ao bom design, a grife suíça Geneva Sound System desembarcou no Brasil com ponto de venda em São Paulo. Ela produz docks para iPod/ iPhone, rádio e toca-CDs com alta tecnologia, diferentes tamanhos e potências. Com layout limpo, moderno e elegante, os produtos estão disponíveis nas cores branca, preta, vermelha e marrom - laqueadas - e, ainda, com padronagem em madeira. Sob consulta no site www.genevalab.com

Clima de boteco

texto cidiana pellegrin

fotos divulgação

A reunião com os amigos pode ficar ainda mais descontraída com a coleção Chopinho, formada por quatro cadeiras, uma banqueta e uma mesa, inspirados no copo caldereta com proporções gigantescas. A ideia de criar os móveis modulares é do designer carioca Rafael Miranda, radicado em Milão desde 2000. Produzido pela Vimoso, o conjunto foi finalista do concurso Design de Botequim, de 2008. Pedido sob encomenda no site www.rsmiranda.com

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Ideias para você vestir sua casa

Conforto na sala O popular arquiteto Marcelo Rosenbaum é um dos profissionais que criou para a linha de estofados MDesign, da Mannes, empresa de colchões, estofados e espumas que fica no Sul do Brasil. Com traços suaves e elegantes, Botone é uma de suas peças que têm tons sóbrios, estrutura feita com madeira de reflorestamento e revestimento em suede. Por R$ 5.310 no site www.mannes.com.br

Divertido e singular Referência em design de superfície, ou seja, autora de estampas e padronagens lançadas em produtos de empresas como Coza e Tok & Stok, a veterana Renata Rubim apresenta mais uma peça repleta de originalidade. O Bufê Taco, criado para Move Móvel, inaugura a linha MM Design Arte da marca, apresentada no final de agosto, no Design House – evento que acontece simultaneamente a Design Weekend, em São Paulo. A mobília harmoniza quatro cores em laca acetinada, que prometem deixar sua sala mais viva e autoral. Por R$3.920. Informações no site www.movemovel.com.br

Delicadeza natural

Lar perfumado Leve, a fragrância extraída da flor de cerejeira – símbolo da feminilidade, beleza e esperança no Japão – vai deixar sua casa mais fresca. A Antik lançou uma coleção com o perfume, a qual engloba cinco produtos: difusor de aroma, spray para ambiente e lençol, cotton leaf para perfumar gavetas, vidrinho com essência e estojo com difusor decorativo. De R$ 23 a R$ 110 no site www.ervadocecasa.com.br

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Charmosas e luxuosas, as hortênsias são arbustos típicos de algumas cidades serranas do país. Apesar do clima e da localização de Campo Grande, isso não nos impede de compor um lindo arranjo decorativo. A Califórnia Mudas comercializa várias espécies e dá assistência ao paisagismo da planta, que simboliza obstinação, dignidade e profundos sentimentos. Califórnia Mudas Afonso Pena, 4348 Tel.: 3349.0302


O ESSENCIAL PODE SER INCOMPARÁVEL.

Incomparável é não ter limites. É criar livremente. É deixar tudo com o seu estilo. Incomparável é ter mais de 45.000 possibilidades de personalização em nossas cozinhas e dormitórios e compreender que isso ainda pode não ser suficiente. Por isso, desafie-nos. Permita-se viver de forma incomparável, com a Formaplas.

Campo Grande - Av. Fernando Corrêa da Costa, 1094 - Centro - (67) 3382 7096 - crg@formaplas - formaplas.com.br

Porto Alegre - Florianópolis - Balneário Camboriú - Curitiba - Londrina - Maringá - São Paulo - Campinas - Santos Piracicaba - Rio de Janeiro - Brasília - Salvador - Fortaleza


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Decoração plural Sofisticação, custo-benefício, soluções alternativas e muita criatividade no Morar Mais por Menos Belo Horizonte Por Cidiana Pellegrin

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ustentabilidade, inclusão social, brasilidade, tecnologia e inovação e customização, conceitos fieis no Morar Mais por Menos, estão presentes na 6ª edição da mostra em Belo Horizonte. Contando com 107 profissionais e 59 espaços em exposição, a proposta do “Chique que Cabe no Bolso” aparece em diversos estilos para agradar todos os gostos. Arquitetos, designers e paisagistas idealizaram quartos, banheiros, cozinhas, salas e áreas externas apontando preocupação com o meio ambiente, a qualidade de vida e economia nos custos de produção. O lado artista dos profissionais resulta em soluções inventivas que dão personalidade a cada projeto, gerando um décor autêntico e acessível. Confira um pouco do que está sendo apresentado até 30 de setembro na capital mineira.

A Suíte do Hotel Boutique buscou unir charme, aconchego para o hóspede se sentir como se estivesse na própria residência. As autoras do projeto Fernanda Lara e Magna Lara buscaram a modernidade, um espaço livre e prático, com elementos que resgatam história, arte e interatividade. Entre as soluções criativas da dupla está a estante que une duas escadas penduradas formando um “V”

Serviço Quarta a sexta, das 16 às 22 horas Sábado, das 13 às 22 horas Domingo, das 13 às 19 horas Local: Praça Milton Campos, 195 – Rua Alumínio, 26 e 42, Bairro Serra

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fotos Gustavo Xavier

Projetado para amantes de vinho e leitura, a Adega Vinho e Poesia, da profissional Maristela Broilo, tem revestimento feito com pastilhas de sobras de madeira de demolição. Porcelanato que remete a concreto moldado e balcão com pastilha de vidro turquesa dão atmosfera pouco usual ao espaço.Uma solução inovadora é a utilização da porta de ferro reaproveitada como lustre Convidativa e aconchegante, a Sala de Jantar Bel Lar, de Priscila Sathler e Paola Camargo, emprega materiais sustentáveis como o painel de madeira elaborado de madeira e caixotes de feira usados. A bancada em demolição, tecidos artesanais sóbrios e porcelanato neutro deixam o ambiente acolhedor

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Focando na sustentabilidade, um dos pilares da mostra Morar Mais, Magda Vaccari criou para o Lavabo uma bancada em madeira de demolição sob a cuba em pedra projetada por ela. Pequeno, o espaço traz a ilusão de maior proporção devido o grande espelho. Destaque também para a pedra ardósia no piso e a escultura de aço na parede Cláudia Zócoli e Cris Terra idealizaram o Banho de Campo dos Irmãos com estilo rústico e original. Foram utilizados materiais de demolição, caixotes de feira pintados de verde neon, pendente artesanal e revestimento de rochas. Os ladrinhos dão toque especial, agregando personalidade ao ambiente Janaina Naves e Patrícia Nassif idealizaram o Quarto da Menina se inspirando no tempo da “casa da vovó”. O espaço é tomado por flores, móveis e objetos com estilo provençal e formas delicadas que resgatam o aconchego e carinho vivenciados na infância. Objetos customizados - como o abajur com crochê e o lustre que utiliza xícaras de café - e o uso de materiais descartados reforçam a proposta de sustentabilidade do evento

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Um ambiente de atmosfera bucólica, assim é o Quarto da Moça, assinado por Cristiane Antunes. O ambiente preza por um mix de texturas rústicas e diversos elementos customizados, como luminária feita com gaiolas decorativas, painel em decoupage de guardanapos, o Divino elaborado com sobras de vergalhões, o cabideiro confeccionado de um eixo de carro-de-boi, etc. A bancada é de madeira de demolição representando o uso de materiais sustentáveis

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Lilian Fajardo projetou o Banho do Casal pensando em criar um lugar de descanso que alia conforto e sofisticação. Os espelhos que simbolizam o feminino e masculino transmitem a preocupação com a individualidade, também sinalizada pela faixa em madeira que separa as áreas de chuveiro e banheira

Música em toda parte. Esse foi o ponto de partida de Isabella Aguiar e Jéssica Piroutek para o Quarto do Rapaz. Além da guitarra na parede, o teto recebeu uma arte que remete ao violão. Jovial e descolado, o espaço a abusa da geometria e cores fortes, e ainda apresenta itens reciclados como a colcha de jeans e a luminária em vinil

Para criar um ambiente lúdico e divertido, a dupla Cátia Maiello e Claudia Aragão apostou na customização. O espelho trabalhado virou cabeceira da cama, o pufe foi revestido com crochê, e o guarda-roupa na verdade é uma arara. Soluções personalizadas e de baixo custo dão o tom do Morar Mais Belo Horizonte

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Morar Mais por Menos Campo Grande

Em outubro, a mostra apresenta soluções sustentáveis e criativas para decorar a casa com personalidade, sofisticação e economia Por Cidiana Pellegrin

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m pouco mais de um mês, os sulmato-grossenses vão conferir um evento de arquitetura, decoração e paisagismo diferenciado: o Morar Mais por Menos. Já presente em outros nove estados, além do Distrito Federal, a mostra apresenta projetos sofisticados, criativos, que utilizam materiais sustentáveis, priorizam produtos brasileiros e levantam a bandeira da inclusão social no décor. Tudo isso com redução de custos e soluções econômicas. Como o lema do evento já diz, é o chique que cabe no bolso! A primeira edição em Mato Grosso do Sul estará de portas abertas no dia 17 de outubro, uma noite exclusiva de inauguração com coquetel vip, e terá mais de 80 profissionais assinando 53 ambientes, distribuídos em 5.350 m² - área que contempla duas casas localizadas na rua da Paz, n° 342.

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Apresentando as mais diferentes interpretações do bem morar, arquitetos, paisagistas, designers de interiores e decoradores estão empregando toda sua criatividade e bom gosto para idealizar quartos, salas de estar, jantar, cozinhas, banheiros, varandas, jardins, ambientes comerciais, sociais e de eventos, que vão impressionar o público com propostas inovadoras, inteligentes, conscientes e sofisticadas. Os visitantes irão encontrar diversos espaços com produtos ecologicamente corretos, revestimentos desenvolvidos de reciclados e móveis de madeira de demolição, comprovando que é possível aliar o conceito de sustentabilidade com conforto e sofisticação. A diretora-executiva do evento, Iara Diniz, explica que “a mostra apresenta uma casa comercial e outra residencial,

contemplando propostas únicas. Além disso, um grupo de publicitários e jornalistas está preparando uma programação cultural a ser executada na área de eventos da mostra”.

Diferencial A mostra tem em seu DNA o conceito Mais por Menos, oferecendo opções chiques que cabem no bolso e possibilitando ao visitante comprar tudo que está exposto, ou seja, móveis, objetos decorativos, itens de paisagismo, pisos, revestimentos, entre outros produtos. Além disso: brasilidade, sustentabilidade, inclusão social, customização e tecnologia e inovação são outros pilares empregados nos projetos. Tudo com muito bom gosto e preocupação com os custos. Artigos de design também se mesclam a ideias descoladas e


modernas no projeto arquitetônico. Visitar o evento é ter a certeza de encontrar o melhor custobenefício em relação a serviços e produtos do mercado. E, com ajuda de um profissional, é possível deixar a decoração acessível ao bolso e visualmente atrativa. Arquitetos, decoradores, designer de interiores e paisagistas apresentam soluções criativas e de baixo custo, que dividem espaço com itens mais caros e sofisticados. Outro diferencial do evento é conhecer o custo de cada projeto. Já os valores dos itens em exposição ficam à vista do visitante. Além disso, os espaços disponibilizam formulários para que o cliente relate seu desejo por alguma peça, fazendo, assim, uma reserva do produto. As empresas participantes podem entrar em contato com os interessados e até promover descontos para finalizar a compra. Ao final dos 45 dias do evento, grande parte do que está exposto entra em liquidação.

O início A ideia da mostra surgiu a partir de uma necessidade sentida pela filha da publicitária Lígia Shuback, uma das idealizadoras do evento. Ela quis instalar uma hidromassagem em sua casa e tomou um susto com o alto custo do equipamento. Dali, surgiram questionamentos do tipo: como ter um lar aconchegante e sofisticado sem gastar quantias exorbitantes? Em 2004, o Morar Mais por Menos foi criado no Rio de Janeiro. De lá para cá, o evento cresceu e conquistou outras cidades além da capital carioca. Atualmente, está presente em Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Cuiabá, Goiânia, Brasília e Campo Grande.

Mais de 50 empresas e instituições estão investindo no Morar Mais por Menos Campo Grande, realizado pelo Grupo DNZ Participações, o qual é composto por empresas na área de comunicação, responsáveis por grandes eventos nos segmentos de varejo, esporte, cultura e arquitetura. O evento também tem apoio institucional do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de MS (CAU-MS). Conheça empresas parceira que estão apostando no evento: 1/4 Um Quarto Amor Arte Molduras e Quadros Armazem Fornari Arte Cano Arte Livre - Comunicação Visual Atalaia Móveis Ateliê Ana Ruas Bazar Irã Bca Representações e Projetos Ltda Bia Enxovais Bigolin Materiais de Construção Ltda Boutique Dos Sonhos Caixa Econômica Federal Califórnia Mudas e Paisagismo Campo Grande News Casa Modelo Construtora Fernandes e Gouveia Ctec Engenharia D.D.Tiza Dedetização Decorações Rone Ltda Difratelli Diniz Ação em Marketing Ltda Domano Moveis E Esquadrias Espaço Cachoeira Focco Iluminação For Design - Pisos e Revestimentos Forme e Transforme Moveis e Decorações Ltda Fund. Manoel de Barros - Incubadora Intep Ibratin Centro Oeste Ltda Jv Tubos E Conexões La Buona Cucina Leo Madeiras Light Iluminação Molduraria Quadro a Quadro Motor 3 France

New Line Sistemas de Segurança Paralela Pisos e Revestimentos Perfatto PMCG - Incubadora Mun. Zé Pereira Portobello Shop Portoplast - Produtos Plásticos R. Import Rádio Mega 94 Refrigeração Panan Revista Mood Life Santa Rita Décor Sebrae/MS Senai/MS Staleiro Móveis Studio A / Sierra Móveis e Sierra Garden Transrest Trio Móveis Tv Guanandi Tv SBT MS Uniflex - Santa Fé Vyga Prestadora de Serviços Festas e Eventos Spazio Bianco entre outras.

Serviço A mostra acontece de 17 de outubro a 30 de novembro, na rua da Paz, n° 342. Informações comerciais podem ser obtidas pelo telefone 3029-3426.

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EU SOU MORAR MAIS Nomes consagrados, novos talentos e gente que nunca participou de uma mostra de decoração, arquitetura e paisagismo confirmam presença no Morar Mais, projetando espaços cheios de personalidade. O número ultrapassa 80 profissionais idealizando 53 ambientes, distribuídos em uma área total de 5.350 m². Confira parte desse time e o que eles prometem apresentar.

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Renata França projeta a Adega com características vintage para mostrar ao público que é possível deixar um ambiente mais parecido com o proprietário ou frequentador, trazendo aconchego e um aspecto acolhedor. O espaço também fará uma homenagem à atriz Marilyn Monroe, pois, este ano, completa 50 anos de sua morte.

Gabriela Diniz e Silvia Vieira apresentam o Apartamento do Jovem Empreendedor, um espaço compacto criado para ter funcionalidade e conforto. Além de elementos que resgatam a história do morador, as profissionais se propuseram a explorar itens recicláveis sem perder a sofisticação, deixando o ambiente sustentável, criativo, prático, agradável e, o mais importante, acessível ao bolso.

Assinado por Ana Ruas, o Ateliê da Artista vai transmitir o conceito do seu espaço de trabalho na vida real. Os desenhos enchem o ambiente de cor e objetos descartados ganham novas funções. Fica evidente a paixão pelo artesanato brasileiro, como no crochê de Vovó Francelina. Peças exclusivas, como malotes reaproveitados dos Correios, assim como objetos com papel artesanal e palha de bananeira, feitos pelas mães dos alunos da Pestalozzi, reforçam o conceito de sustentabilidade e inclusão social.

Debora Nunes e Thayla Teixeira idealizam o Ateliê da Noiva com estilo contemporâneo, sem deixar o romantismo e tradicionalismo das cerimônias matrimoniais de lado. A dupla aposta na forte tendência de reutilização de artigos de acervo próprio e na mistura de objetos e mobiliários atemporais com outros industriais e personalizados. Elas pretendem demonstrar, no projeto, a semelhança da minúcia e preocupação da criação do vestido com o planejamento do grande dia.

Os arquitetos e urbanistas Angela Gil Lins, Jéssica Martinez, Henrique Otto, Mayara Cunha e Quézia Tosta assinam os Banheiros Funcionais, feminino e masculino, com o desafio de transformar o antigo cômodo em um ambiente embasado nas normas de acessibilidade, de forma a chamar atenção da sociedade para as edificações que ainda não garantiram, em seus projetos, a inclusão social.


No Escritório do Advogado, Leticia Rocha fará uma homenagem ao advogado Dr. Paulo Tadeu Haendchen, renomado profissional da área e autor de vários livros. O ambiente foi desenvolvido mesclando sobriedade clássica, tecnologia e custo-benefício, resultando em um local aconchegante, moderno e que atende ao usuário de forma prática e eficaz.

Lilian Basso e Marcus Antonio Medina criam a Casa da Árvore, um espaço de integração com a natureza onde se pode contemplar o pôr-do-sol, o verde e os pássaros. Buscando elementos que valorizem a sustentabilidade e o reaproveitamento de materiais, a dupla está projetando um ambiente aconchegante, em que o visitante sentirá aflorar uma lembrança da adolescência.

Luis Pedro Scalise projeta a Circulação Íntima, uma galeria em que tudo vira arte: piso, parede, teto, abajur, luminária, sofá, mesa de centro, cadeira etc. O espaço é descontraído e também possui um office, no qual o morador poderá, além de trabalhar, descansar, receber amigos ou assistir à TV. A proposta é fazer a mínima interferência arquitetônica no espaço, sendo a palavra de ordem: reutilizar!

Regina Maria Verardi tem dois ambientes da Mostra. A Cozinha dos Pequenos Prazeres, um espaço compacto, divertido e acolhedor, reservado ao preparo de pequenas refeições com a família, e o Jardim dos Sentidos, área lúdica em que o limoeiro é o personagem principal da temática, a qual pretende resgatar os aspectos sensoriais da memória nos transportando a sensações particulares.

Kamala Escalante assina dois espaços no Morar Mais. A Cozinha Retrô, que resgata tendências das décadas de 1950/1960, com um toque de charme e personalidade, utilizando detalhes marcantes como tricô e azulejos antigos. O Espaço Carandá tem finalidade comercial e receberá um deck em madeira de reflorestamento, o qual traz todo o aconchego para um uso funcional.

As arquitetas Julieta Novaes Sahib e Maria Luiza Bernardes são responsáveis pelo Empório Fundação Manoel de Barros, um espaço que apresenta duas áreas comerciais: uma voltada a Joias do Pantanal, que produz biojoias e produtos desenvolvidos a partir do chifre bovino lapidado, e outra à Uzinga, que cria artigos descolados e inovadores. Com o desafio de integrar o regional com fun design, as profissionais vão utilizar grafismos, gerando uma comunicação entre materiais, texturas formas e cores.

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O trio formado por Luciano Mesquita Dourado, Thaline Queiroz e Thaylise Queiroz Freire assina o Estar Mais Por Menos, em que pretende mostrar toda sua criatividade e técnica para propor soluções ao pequeno espaço, dando-lhe vida, beleza e praticidade. Eles mostram a realidade de uma maneira palpável e bem resolvida, refletindo na satisfação e no bem-estar do cliente.

O arquiteto e urbanista Ângelo Arruda projeta a Fachada Rua da Paz, explorando valores culturais, históricos e arquitetônicos de Campo Grande, em homenagem à rua 14 de Julho e seus mais de 100 anos de existência. Trata-se de uma recomposição urbanística e arquitetônica da rua, com referências aos hábitos, costumes e seus principais edifícios.

Responsável pela fachada da casa residencial do Morar Mais por Menos, Gil de Camillo vai utilizar materiais, independentemente de sua nobreza ou valor, que estejam corretamente contextualizados aos pilares da mostra. Uma das soluções sustentáveis empregadas é um jogo de planos em tábuas de Pinus.

Aline Sanabria, Priscilla Gonçalves e Fabrícia Torquato mostram que a falta de produtos saudáveis a um preço moderado e, até mesmo, a falta de espaço para o cultivo de hortaliças e temperos levam as pessoas a optar por hortas verticalizadas, aproveitando os mínimos cantos. Com base nisso, apresentam a Horta Vertical, inserindo ideias populares, sustentáveis e econômicas.

Os designers de interiores Grace Bello e Roberto Araujo projetam o Jantar da Família, pensando no ambiente perfeito para receber os amigos e desfrutar uma refeição junto aos familiares. Com estilo contemporâneo e moderno, o ambiente terá mobiliário requintado da Trio Móveis, feito de madeira maciça extraída de reflorestamento com manejo ecologicamente correto, o que reforça o conceito de sustentabilidade da Mostra. Além disso, soluções tecnológicas para a sala, como a cortina motorizada, também será apresentada.

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Idealizadores da Loja Bigolin, Charbel Bacha, Rodrigo Khalil e Silvia Lotfi criam um ambiente que proporciona, aos visitantes, momentos de bem-estar enquanto são atendidos, já que o local vai reunir novidades em produtos para arquitetura, o design e a construção, aliando tecnologia e sustentabilidade nos materiais utilizados.


A Loja Morar Mais ficou a cargo do arquiteto Rubens Leles, que utilizará a arquitetura do espaço como a grande protagonista, simples e despretensiosa, tendo como sua principal virtude a customização de acabamentos existentes e a inovação no uso de “velhos” materiais.

Anelise da Riva e Antônio Gelson C. Oliveira assinam o espaço Piscina e Luau da Praia, fazendo uma homenagem ao lazer e valorizando riquezas brasileiras como a alegria e a descontração. Com estilo rústico, este grande e colorido cenário tropical pretende envolver e agradar, criando uma empatia imediata com o público. A proposta se traduz em um espaço não apenas para ser visto, mas também para ser curtido.

Ana Paula Zahran e Luciana Teixeira projetam o Restaurante Italiano, imprimindo um olhar contemporâneo sob o país europeu e reverenciando o espírito cosmopolita de suas grandes cidades, seus ícones das artes, da moda, do cinema e do design. Prezando pela sofisticação, o ambiente ainda traz soluções de decoração que cabem no bolso.

A Sala da Imprensa, elaborada pelos profissionais Arthur Jorge, Gisele Romeiro e Henrique Miranda, vai transmitir a dinâmica que a mídia exerce no mundo por meio de uma linguagem contemporânea e da utilização do mobiliário moderno e rústico. A ideia é ser multifuncional, deixando o espaço livre para ser usado por profissionais do jornalismo.

Adelia Calache Zaccur Haddad e Silvio Zaccur Haddad assinam a Sala de Boas Vindas com inspiração no Art Déco brasileiro e seus volumes escalonados. Ambos criaram um ambiente harmonioso nas proporções, na composição cromática e na vibração dos elementos físicos, valorizando a brasilidade e promovendo a customização.

Com estilo clássico e contemporâneo, a Sala de Entrada do Morar Mais Campo Grande, criada por Erique Moreira, traz boas-vindas e aconchego aos visitantes da casa, de uma forma alegre e descontraída. O espaço mescla reaproveitamento de materiais, tais como MDF e a madeira de demolição, mostrando ao público como é possível reutilizar materiais e ter um efeito de grande estilo.

O quarteto Samária Rosa, Vanessa Froeder, Thais de Lima Franco e Melissa Paula Godoy apresenta a Sala de Estar da Caixa Econômica Federal, partindo do conceito sustentável com a criação de três ambientes voltados ao atendimento a clientes. Os visitantes irão se sentir envolvidos por uma caixa em madeira flutuante, que oferece conforto e consciência social, por meio de materiais ecológicos e soluções modernas.

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Idealizada para uma família com pensamentos contemporâneos, a Sala de Visitas, de Tríssia Moraes, traz conforto visual proporcionado pela escolha das cores e texturas, apontando ao visitante que a nova arquitetura reutiliza peças antigas de família, faz economia na escolha de produtos e, principalmente, mistura de materiais.

Letícia Rocha, Maysa Vieira e Kharla Costa uniram-se para criar o Quarto e Sala de Vestir do Casal, que contempla a harmonia entre os estilos clássicos e contemporâneos. O espaço foi pensado de modo a proporcionar conforto, funcionalidade e integração entre os ambientes, e visa a atender um casal jovem e dinâmico.

A Suíte dos Bebês Gêmeos com 27 m² e foi projetada pelas arquitetas Larissa Bortoli e Paula Orsi, inspirada em um tema lúdico e contemporâneo. Um ambiente prático e aconchegante, com linhas sinuosas, cores neutras e uso de iluminação direta e indireta, o que deixa o ambiente calmo e tranquilo, focado na necessidade diária dos bebês.

As arquitetas Angela Gil Lins e Joisy Nicolatti idealizam a Varanda Campo Grande, que reflete o hábito das famílias locais. Ao projetar o espaço, vão incorporar o design inteligente, tecnologias verdes, técnicas construtivas mais sustentáveis e a utilização de materiais que não causam impacto ao meio ambiente, seguindo os princípios do consumo consciente e redução dos resíduos da obra.

Atenta às condições climáticas da cidade de Campo Grande, Mirna Conti traz para o Estar da Família alguns elementos da natureza para torná-lo mais aconchegante, sem descuidar da praticidade exigida pela vida moderna. O espaço foi pensado para um agradável convívio familiar, promovendo uma atmosfera intimista, de aconchego.

Andressa Okumoto e Rayanne Guimarães agregam ao Lavabo da Artista materiais inovadores e produtos artesanais da terra, unindo sofisticação e baixo custo. A cerâmica hidráulica aplicada no piso dará tom diferente ao espaço. As paredes e a bancada serão revestidas com tecnocimento, um revestimento com o mesmo conceito do cimento queimado, porém, com tecnologia no acabamento e resistência, permitindo diversos tipos de cores.

Responsáveis por projetar a Bilheteria e a Varanda da Paz, o designer Stephan Hofmann e a artista plástica Ana Ruas buscam o equilíbrio entre os principais conceitos da Mostra. O piso, produzido de resíduos, representa inovação e tecnologia. A fachada de madeira de reflorestamento demonstra brasilidade e sustentabilidade. Além disso, outra iniciativa poética praticada por crianças contextualiza a proposta da inclusão social.

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Jamil Paroschi Jr. e Renata Salmazo projetam a Área de Eventos da Mostra adotando um padrão geométrico simples, porém, com formas que dão movimento dinâmico ao ambiente, conduzindo os visitantes por níveis diferentes que possibilitam a diversificação de espaços. O paisagismo é permeado por um espelho d’água que fascina, porém ameniza a composição com o reflexo da vegetação na água.

O Quarto do Motociclista, projetado por Anapaula Reiter e Ludéverson Cação, foi pensado para um homem bem-sucedido que deseja unir o hobby por motociclismo e o bem-estar íntimo. O espaço em tons sóbrios será equipado para o conforto, trazendo cama de casal, frigobar, nicho de estudo com escrivaninha, além de outros elementos. A varanda vai abrigar uma moto, símbolo do quarto.

Kelson Carvalho, Claudio Diniz, Sandy Fontoura e Ana Luiza Elias apresentam a Sala do Banho do Casal com uma proposta diferenciada e inovadora para proporcionar ao casal um momento de relaxamento e intimidade. O projeto foi desenvolvido de forma acessível, sem perder o conceito de beleza, sofisticação e sustentabilidade, utilizando reaproveitamento e modernização de materiais da construção original, de 1949.

Em busca de novos conceitos para ambientes comerciais, os arquitetos Carollyne Cunha, Érica Nantes, Pedro Perez e Rodolpho Rabelo procuram inovar, criando equilíbrio entre o rústico e o sofisticado. Na Joalheria Riquezas Naturais, a proposta é a sustentabilidade, fazendo uso de materiais naturais e reaproveitáveis, já que a matéria-prima principal das joias é proveniente da natureza.

Idealizando o Jardim das Sensações, a arquiteta Ariadne Gonçalves e a designer de interiores Bia Meneghini projetam um ambiente contemporâneo de contemplação e passagem, que explora diversas percepções do visitante. Entre os destaques, um spa montado ao ar livre e um espelho d´água que permite, ao pedestre, passar sobre a água.

Thaysa Canale e Lara Cerantola idealizam o Espaço Gastronômico como um ambiente em que os sentidos se completam. Voltando-se para ocasiões sociais, como receber os amigos, as profissionais colocam em prática uma arquitetura de interiores que preza pelo design e pela gastronomia, resultando em um ambiente sofisticado com soluções acessíveis.

Traduzir para a arquitetura e o design de interiores as sensações e emoções da magia das palavras do poeta sul-mato-grossense Manoel de Barros. Estas foram as premissas que envolveram o projeto desenvolvido pelas arquitetas Maria Fontoura e Kamylle Versetti, e os designers Hézio de Paula, Stephan Hofmann e Fredi Lei, para o espaço Recanto do Poeta, que homenageará Manoel de Barros com o apoio da Fundação Manoel de Barros.

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29 vezes requinte A 21ª Mostra Artefacto Haddock Lobo apresenta os lançamentos da marca, ambientados por um seleto time de arquitetos e designers de interiores Por Cidiana Pellegrin

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radicional no calendário de eventos de decoração, a Mostra Artefacto Haddock Lobo chega a sua 21ª edição trazendo as novidades da marca, ambientadas em 29 espaços decorados por 34 importantes profissionais do país. A lista é composta por nomes como Christina Hamoui, Débora Aguiar, Fernando Piva, Gilberto Elkis, Maithiá Guedes, entre outros. A mostra traz mais de 30 novos produtos que traduzem o estilo sofisticado e inconfundível da marca. As peças são elaboradas para ultrapassar as fronteiras das tendências e atingir um público que busca qualidade e design incomparáveis. Entre os destaques de 2012, estão móveis e acessórios inspirados no estilo francês das décadas de 1940 e 1950, além do uso de espelhos em buffets, aparadores, criados-mudos e mesas de centro e laterais. Para revestir, a Artefacto apresenta uma cartela de tecidos com opções em chenile de algodão, linhos de estrutura que remetem ao jacquard e couros de cobra, arraia e crocodilo, ícones de bom gosto. As cores predominantes partem dos tons de laranja queimado, cáqui e o cru, apostas que refletem o requinte da marca.

Serviço 21ª Mostra Artefacto Haddock Lobo Visitação até abril de 2013 Entrada gratuita Rua Haddock Lobo, 1405 Tel: (11) 3087-7000 Horário de funcionamento: Segunda a sexta, das 10h às 20h Sábado, das 10h às 18h

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Sóbria e elegante, a Sala Multiuso, do arquiteto Leonardo Junqueira, atende as funções de estar, jantar e, também, home office. Com inspiração masculina, a sala possui uma mistura sofisticada de tons bege e terroso, em que a madeira ganha evidência revestindo as paredes em composição com camurça, resultando em um forte aconchego

O Quarto do Casal Sofisticado, projeto de Marcelo Rosset, integra funcionalidade, praticidade e bem-estar, já que possui dois nichos: um para dormir e outro voltado a momentos de leitura e relax. Com papel de parede e tapete feitos na mesma padronagem, o arquiteto proporcionou uma conexão entre piso e parede

A arquiteta Karina Afonso projetou um lounge simétrico e com decoração atemporal, na qual o tecido adamascado da Artefacto foi a base do trabalho. Para trazer bem-estar e conforto ao espaço que integra a área de estar e a área da lareira, a profissional ainda utilizou materiais como a madeira, espelhos e cortinas de veludo

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Inspirada em Paris, a Sala de Jantar Toujours Chic, desenvolvida pelo escritório K.A.S.Arq, traduz o charme da localidade com as elegantes cadeiras Jey Botone, em turquesa, e também revestimentos como mármore, espelho, aço, seda e cristal, além do piso de madeira. Para equilibrar e deixar em destaque o centro do ambiente, uma composição de tons off-white foi feita O estilo oriental toma conta desta sala de jantar. O arquiteto João Mansur empregou cores desta cultura, harmonizando com o lustre de folha de ouro e pingente de seda, que faz referência à China de 1930, além do papel de parede que remete ao papel de arroz. Destaque também para as poltronas clássicas, que completam a decoração com elegância e misturando estilos

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O público amante do vinho ganhou um ambiente especial na edição 2012 da mostra Artefacto. O Lounge do Sommelier, criado por Maithiá Guedes, é acolhedor e delicado, apropriado para a degustação da bebida na presença de amigos ou, até mesmo, sozinho. Neutralidade nas cores e materiais nobres, como cortinas feitas de linho, foram os elementos para a composição do espaço Inspirado no universo dos executivos, Nando Marmo criou um quarto para uma empresária com a função de home office. Moderno e sofisticado, o ambiente impõe a personalidade do morador com uma liberdade organizada, empregando peças versáteis, artesanais e antigas. Obras de arte são outros elementos primordiais no espaço Marília Veiga idealizou o Living de Inverno com estilo contemporâneo e minimalista, utilizando tons sóbrios como base e vermelho em evidência. Preocupada em garantir a sensação de tranquilidade e conforto aos visitantes, a decoradora optou por tecidos de fibras naturais e empregou uma luxuosa lareira revestida de mármore bronze, da Armani

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O Living do Colecionador de Arte, desenvolvido por Patricia Pena, utiliza telas e mobiliário de design assinado como complementos em um ambiente real e habitável. Contemporâneo, o espaço tem iluminação pontual com led e obras dispostas aleatoriamente, harmonizando com as formas e cores da sala Os arquitetos Paulo Marcelo e Eurico Guedes projetaram um home office de 50 m², trazendo para o espaço o que São Paulo tem de melhor, como seus cartões postais, estampados em quadros. Requintado e focado na comodidade, o ambiente atende aos momentos de trabalho e descanso, com mobiliários clean e confortáveis, além de diversos elementos contemporâneos

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Leves e funcionais Com originalidade e traços joviais, Eduardo Baroni assina para importantes indústrias do país

A chaise de balanço Zonza é compatível com áreas internas ou externas, produzida em madeira maciça e laterais laminadas

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coisa que pudesse servir para criar algo novo. A maleta de ferramentas do meu pai era meu playground. Meu pai também foi inspiração no desenho, era engenheiro mecânico e sempre levava trabalho para casa. Aqueles traços técnicos eram incríveis e eu tentava decifrá-los e imitá-los”. O desenho virou profissão ainda na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, concluída em 1997. Nesse período, o carioca se uniu a vários colegas da faculdade na montagem de uma empresa que produziu a revista virtual de design no Brasil. Apesar do veículo não ter prosperado, a empresa continuou com trabalhos de web design, design gráfico e tentativas de emplacar o design de produto. “Mas, na época, ainda era muito difícil convencer os empresários que nossa função era necessária”, revela

O trabalho efetivo com móveis veio só mais tarde, em 2002, quando deixou a sociedade com os amigos para atuar por conta própria. Assim, conseguiu lançar o banco Imagine pela loja Tok & Stok. Apesar da conquista, o caminho em busca de oportunidades como aquela foi lento. Para ganhar credibilidade, o carioca começou a participar de concursos e exposições. Suas peças inscritas eram sempre cadeiras e, por conta da liberdade de forma, matéria-prima ou mesmo pela ausência de fatores comerciais, seus desenhos eram mais ousados e chamaram a atenção

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o momento de rabiscar a prancheta, ou projetar no computador, cada designer quer transmitir um valor, um pensamento. Eduardo Baroni cria com a preocupação da funcionalidade, de gerar algo novo com características que garantam identidade própria ao produto, tornando-o único e atraente ao usuário. Foi assim que conquistou prêmios e a confiança de empresas importantes no segmento de móveis, como Stone Design, Sava,Vimoso e as gaúchas Schuster e Ronconi. Como muitos profissionais talentosos, Eduardo mostrou sua aptidão muito cedo. “Sempre gostei de montar e desmontar coisas, de entender como elas funcionam. Criava brinquedos com pedaços de madeira, canos, embalagens vazias ou qualquer outra

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Funcional, o banco Dança é uma peça modular que já figurou na Bienal Brasileira do Design

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O Salão Casa Brasil premiou a cadeira Cordame – produzida em catuaba ou cinamomo, pela Schuster – no segmento de madeiras alternativas. Com a chaise Zonza, também feita pela empresa gaúcha, o profissional foi reconhecido na mesma categoria pelo Salão Design Movelsul 2008. Já a cadeira de balanço Thinking Machine foi um dos 17 produtos selecionados para concorrer ao Orticola D´Esterni, da 15ª edição da Orticola – Feira de Flores e Plantas de Milão Entre as participações com reconhecimento em prêmios e exposições, Baroni destaca como mais importante o 2º lugar no Primeiro Prêmio de Design organizado pela loja Artefacto. “Recebi uma viagem à Feira Internacional de Milão, foi a primeira vez que estive lá, uma experiência incrível,” compartilha. Buscando inspirar-se nas próprias vivências, o designer observa tudo de forma diferente. Procura analisar os pormenores que, geralmente, não notamos e, assim, novas ideias surgem de onde menos se espera, como a luminária Bilboquê, pensada no velho brinquedo artesanal. Apesar de já ter utilizado metal, estofados, plásticos e fibras naturais em seus produtos, a madeira é o material mais presente. A explicação, segundo ele, dá-se pela escolha das empresas para as quais desenha. “Aprecio trabalhar com todo tipo de matéria-prima, quanto mais opções, melhor. Gosto, principalmente, de misturar e criar contrastes entre eles”, define

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O estilo simples e jovial de suas peças também pode ser visto em cenários de programas de TV. A estante Arquiteta, por exemplo, aparece quase que diariamente no programa da Ana Maria Braga e, também, figura a novela das 20h da rede Globo. “Isso trouxe uma maior procura por ela, com certeza. Outras peças já apareceram, porém, mais modestamente”. Como novos projetos, o designer pretende lançar alguns produtos com marca própria e, quem sabe, no futuro, popularizar sua assinatura com peças comercializadas pelo mundo e, “de preferência, a preços mais populares”, confidencia

Serviço Contato: eduardo@eduardobaroni.com Informações: www.eduardobaroni.com

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Novidades que fazem nosso desejo de consumo

Elegância orgânica

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Batizada como Leaves, a nova coleção do joalheiro Mario Pantalena traz peças inspiradas no formato das folhas, que mesclam brilhantes, topázio, safiras, rubis, pérolas, ônix e diferentes tipos de ouro. O resultado é um charmoso e elegante contraste de tonalidades e pedras sofisticadas. Detalhista, a linha é composta por anéis e brincos para quem aprecia joias delicadas e com toque vintage. Preço sob consulta. Informações no site www.gioiellipantalena.com

Primeiro, elas apareceram nos desfiles de grandes grifes internacionais como Louis Vuitton, Marc Jacobs e Diane von Furstenberg. Depois, foi a vez dos estilistas brasileiros as apresentarem nas semanas de moda do país. As candy colors, também conhecidas como tons pastel, já invadiram as vitrines figurando roupas, maquiagens e acessórios que vestem da cabeça aos pés. Leves, as tonalidades também foram escolha de marcas como Espaço Fashion, Ágatha, Patachou, Colcci, Santa Lolla, Arezzo, entre outras.

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Minimalista e sustentável Mais que apresentar bolsas, carteiras, pastas e cintos com estilo básico e clássico, a grife Canna, da estilista Fernanda Franco Cannalonga, defende a moda com sustentabilidade. Suas peças levam materiais sintéticos e vegetais, produzidos em unidades fabris ecológicas na Bahia e no Rio Grande do Sul, que reciclam matéria-prima e resíduos industriais, além de reaproveitar quase totalmente a água. Os produtos são feitos de maneira artesanal e em pouca quantidade, o que agrega um mote de exclusividade aos consumidores da marca. Preço sob consulta no site www.studiocanna.com.br



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Novidades que fazem nosso desejo de consumo

Rio

Peça clássica

40 Graus O estilo de vida carioca serviu de inspiração para a Dumond criar sua coleção Verão 2013. A leveza do Rio de Janeiro aparece em tons suaves como acerola, graviola, goiaba, lima e framboesa, combinados com os sapatos que vão de rasteirinhas aos clássicos scarpins e sandálias meia-pata. Destaque para os sneakers de salto interno, queridinhos das fashionistas e grande aposta da marca. Linho, couro vazado, vegetal, saltos de cortiça e tiras de tecidos entrelaçados surgem em diversos modelos da marca, reforçando a tendência do handmade para os pés em mais uma estação. Preço sob consulta na loja do Shopping Campo Grande. Informações no site www.dumond.com.br

Vibrantes Além de sapatilhas, rasteiras e sandálias de salto feitas de plástico, a Melissa aposta na retomada de uma coleção de bolsas no estilo valise, lançada nos anos 1980, para o próximo verão. Colorida e descolada, a linha Refraction traz peças de material entrelaçado e vazado, o que garante mais praticidade ao acessório, perfeito para ser levado à praia. Por R$ 89,90 no site www.melissa.com.br

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Prezando sempre pela elegância e pelo corte impecável, a Dudalina se tornou a marca mais expressiva quando se fala em camisas. Em sua coleção Milano 2012, inspirada em uma das capitais da moda e do design mais importante no mundo, Milão, a grife apresenta a estampa como destaque na seda de seus modelos. As padronagens vão do animal print ao floral, passando pelo grafismo em combinações modernas e alegres. No universo das cores, o jade e o nude são novidades para deixar a mulher ainda mais poderosa. Preço sob consulta na loja do Shopping Campo Grande. Informações pelo tel.: 3027.1848

Homem urbano A Havainas atualizou as linhas Urban, Urban Style e Urban Premium com novas cores de sandálias. Os modelos masculinos têm tons sóbrios, como cinza, marrom e azulmarinho, tiras em couro, tecido liso ou bicolor e sola com recorte diferenciado. Versáteis e clássicas, são opções perfeitas para um ar casual às produções do homem urbano. De R$ 40,90 a R$ 55,90 no site www.havaianas.com.br



gad g et s

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Novidades que fazem nosso desejo de consumo

Cinema no carro

Puro analógico

Perfeito para quem viaja com a família, o Cinema Seat é um suporte para iPad 2, ou New iPad, que permite ao equipamento ficar preso ao encosto do banco do carro para que os passageiros possam assistir vídeos sem precisar segurar o tablet. Fabricado em neoprene com EVA e couro sintético, o acessório ainda possui um bolso elástico para armazenar pequenos pertences, como carregador, chaves, etc. Por R$ 189 no site www.bdistore.com.br

Apesar de estar vestida de ouro, esta Diana F +, estilo 1960, tem corpo feito de plástico metalizado. Objeto de desejo não só dos lomógrafos, a câmera edição limitada, possui duas velocidades do obturador, obturador desacoplado, lente removível para função “pinhole”, trava de disparador e encaixe para tripés para longas exposições. R$ 299 no site www.loja.voucomprar.com

Defy Pro A linha de smartphones Defy ampliou seu portfólio no Brasil trazendo o Defy Pro, modelo com o teclado QWERTY - layout muito utilizado em computadores - que facilita a escrita por conta da disposição física das teclas. Outro diferencial é o corpo resistente a água e suas conexões vedadas com borrachas. A Motorola ainda inclui aplicativos para DLNA, VPN, Quickoffice e os painéis Outdoor View (previsão do tempo), Hiking View (para traçar rotas de treinos), etc. R$749 no site www.motorola.com/mobility

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Som portátil Praticidade, qualidade sonora e design diferenciado são pontos fortes do Beolit 12, da luxuosa marca dinamarquesa de áudio e vídeo Bang&Olufsen. A dock pode ser levada para qualquer lugar, pois possui uma bateria interna que suporta mais de três horas de música conectada ao Iphone, ou Iped, plugados na porta USB. O equipamento também é compatível com Android, porém é preciso utilizar a porta p2. Por R$ 2.490 no site www.lojabang.com.br


A objetiva certa.

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“A fotografia continua a ser o melhor modo de representar a arquitetura artisticamente.” (Paul Zanre)

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mo t o r Novidades que fazem nosso desejo de consumo • Por Paulo Cruz

Esportividade bávara

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Novo BMW Série 3 tem motor forte e muita sofisticação

Ao volante

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BMW começou a trazer em junho, para o Brasil, a nova geração do sedã Série 3. Com visual completamente reformulado, o modelo de maior sucesso da marca bávara é oferecido em cinco versões de acabamento, com duas opções de motorização. Visualmente, a nova Série 3 não difere muito dos demais modelos da BMW, mas há detalhes específicos, como faróis em posição mais baixa e integrados à grade. A nova geração do sedã também cresceu em relação ao modelo anterior, o que deixou a vida a bordo ainda mais confortável. Não há apertos. A versão 328i, a de entrada, se é que podemos chamar assim esse carro, pode ser encontrada em quatro configurações de acabamento, as quais se diferenciam entre si por detalhes como revestimentos internos de cores e materiais distintos, além de desenhos das rodas de liga leve. O motor é sempre 2.0 biturbo de 245 cavalos e 36,5 kgmf de torque. A versão topo de linha é a 335i, que está disponível apenas com o pacote Sport. Neste caso, o motor 3.0 de seis cilindros, também biturbo, rende 306 cavalos e impressionantes 40,7 kgmf de torque, suficientes para proporcionar arrancadas vigorosas, dessas que o motorista cola as costas no banco. O câmbio é automático de oito marchas em todas as versões e há opção de trocas manuais, aumentando a esportividade. A lista de itens de série inclui oito airbags, controles de tração e estabilidade, freios ABS com EBD, bancos dianteiros com ajuste elétrico, ar-condicionado digital dual zone e sistema multimídia com Bluetooth, além de um som de alta qualidade.

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Além de ter um visual bem mais esportivo, o novo Série 3 é um carro gostoso de dirigir. Os bancos têm ajustes elétricos e o volante regula em altura e profundidade, o que garante uma posição perfeita ao volante. Os bancos encaixam bem o corpo dos ocupantes, são firmes e confortáveis. Nas curvas, os muitos controles eletrônicos ajudam a manter o Série 3 na mão, mesmo quando abusamos um pouco mais do acelerador. O motor, embora seja forte, deixa seu barulho do lado de fora e até poderia "conversar" mais com quem vai a bordo, só para dar aquela sensação de que estamos mesmo num modelo feito para as ruas, mas com boas doses de adrenalina.as com boas doses de adrenalina.


Audi A1 ganha versão Sport com 185 cv Apimentado, essa é a melhor expressão para definir o novo A1 Sport, um compacto de origem alemã que tem motor anabolizado, com dois turbos e que rende 185 cv. Com esse propulsor e uma caixa de câmbio de sete velocidades de dupla embreagem, que garante trocas de marchas mais rápidas, o pequeno A1 acelera da imobilidade aos 100 km/h em 6,9 segundos e atinge a máxima de 227 km/h. Mais que números favoráveis, o A1 ficou ainda mais divertido e gostoso de dirigir, com acelerações impressionantes. O preço do "brinquedão", que carrega dois adultos bem acomodados na frente e dois espremidos no banco de trás, é de R$ 109.900.

Touareg na versão R-Line SUV alemão ganha doses de esportividade e requinte A Volkswagen colocou ainda mais luxo e esportividade no seu jipão Touareg com a versão R-Line, que chega, agora, ao mercado brasileiro. O modelo está disponível com motor V8 de 360 cv e é muito bem equipado. Estão lá os faróis bixenônio com nivelamento automático, iluminação direcional nas curvas, LEDs, um novo spoiler, rodas de liga leve com 20 polegadas e pneus 275/45 R20, entre muitos outros atributos. Tive a oportunidade de acelerar o SUV alemão pelas boas estradas de São Paulo e percebi a obediência ao pé do acelerador. É só pisar que ele responde, e com uma incrível dose de adrenalina. O Touareg R-Line tem suspensão pneumática com controle eletrônico, com sistema de nivelamento automático, ajuste de altura em relação ao solo e da rigidez dos amortecedores. A suspensão a ar garante conforto excepcional em estradas pavimentadas e, por permitir a redução da altura do veículo, um comportamento dinâmico bastante esportivo. Em percursos acidentados, a suspensão pneumática melhora as propriedades off-road do Touareg, mantendo o alto nível de conforto. Se bem que, dificilmente, alguém vai colocar esse jipão de R$ 334 mil na lama.

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c omportamento

Trabalho sem preço F

azer a diferença, às vezes, é mais fácil do que parece. No dia a dia, o espaço para trabalhos voluntários aparece em todos os cantos. A vontade de ajudar também vem de todos os lugares e classes sociais. Especialistas apontam que o Brasil é um dos países com maior vocação para o voluntariado. O número de atores sociais que, no Brasil, realizam algum tipo de ação não remunerada com o objetivo de promover o bem-estar e beneficiar a sociedade ultrapassa os 35 milhões. Dados da rede Brasil Solidário apontam que o número de voluntários no Brasil cresceu de 18% para 25%, entre 2001 e 2011. Mas há quem acredite que o número pode ser ainda maior

Por Thiago Andrade

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quando se leva em consideração a solidariedade brasileira. “O brasileiro tem esse costume de ajudar sem pedir nada em troca. Quando um vizinho pede ajuda, contribuímos da maneira que podemos. Isso é ser voluntário”, argumenta Ana Lúcia Lima, diretora do Instituto Paulo Montenegro. Com o crescimento, também mudou o perfil do voluntário brasileiro. Agora, grande parte é jovem e tem menos de 29 anos. Como define a Organização das Nações Unidas (ONU), “o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito

cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem-estar social, ou outros campos”. Mas, segundo a jornalista Bárbara Vitoriano, de 26 anos, existe remuneração, sim. “O bem-estar que eu sinto ajudando as crianças, os jovens e os adultos, assim como os


Para mudar o mundo, nada melhor do que ajudar o próximo

sorrisos e a alegria que essas pessoas me passam, vale todo o trabalho”. Um projeto em um posto assistencial, no qual são desenvolvidas atividades de resgate com famílias em situação de risco social, acabou se tornando parte da vida da jornalista. Frequentadora de um centro espírita, ela acabou encontrando, lá, a

oportunidade de participar do trabalho que vinha sendo desenvolvido. Aos sábados e domingos, ela doa algumas horas do dia para trabalhar com as pessoas. São cursos de informática, aulas de reforço escolar, além de entregas de doações, aulas de evangelização, entre outras atividades. “Comecei a fazer trabalho voluntário aos 15 anos e sempre me senti muito bem. Sempre vi muitas ideias nascendo, mas pouca gente para trabalhar. Sempre falta ajuda e existe muita gente que desiste rápido, é comum”, conta. Ela mesma

já pensou em parar. Se, por um lado, existem dificuldades, por outro, um compromisso muito sério a faz perseverar. “É algo com dia e horário, em que existem pessoas esperando por você. O cansaço é grande e eu já pensei e largar tudo por isso, mas, ao ver o resultado na vida das famílias, me animava de novo”. Embora o Brasil venha crescendo nos últimos anos e os números de pobreza diminuam com certa rapidez, ainda há muito que mudar. A professora de música Janete Bakargy Morais, de 54 anos, não conseguiu fechar os olhos diante de tanta carência. Atualmente, ela é coordenadora da Associação Espaço Vida Ativa (EVA), que atende

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c omportamento crianças e jovens, oferecendo ensino de música, além de atendimentos com psicólogos, fisioterapeutas, instrutores de educação física, entre outros profissionais, de forma gratuita. Segundo ela, o EVA e sua vida se chocaram quase que por acaso. Fruto da parceria de quinze mães que cuidavam de filhos com necessidades especiais, a associação enfrentou dificuldades e quase deixou de existir. “Eva Molina, a precursora do trabalho, faleceu, e as outras mães não conseguiram manter o trabalho. Mas, como muitas já me conheciam e os filhos faziam atividades em minha escola de música, elas pediram para que eu assumisse a direção”, aponta. Atualmente, a direção passou para sua filha, Lara Morais, e seu marido Wellisson Nogueira. Janete não apenas assumiu a frente da associação, mas decidiu mergulhar a fundo neste universo e buscou formas de se aprimorar. Pós-graduada em pedagogia, ela passou a trabalhar apenas com crianças com necessidades especiais e encontrou, na música, uma ferramenta fundamental para ajudar. No Espaço Vida Ativa, desde 2006, são atendidas crianças e jovens de até 30 anos, com síndrome de Down, autismo,

hiperatividade, paralisia física e mental – incluindo cadeirantes – entre outras condições. Segundo Janete, o trabalho é feito com horários marcados e cada criança tem atendimento individual. Dentro do espaço ainda há atendimentos particulares que, de acordo com a coordenadora, permitem que o trabalho voluntário seja realizado. “Também existem familiares de pacientes que trocam serviços voluntários pelo atendimento”, afirma. Deste modo, o trabalho pode ser continuado e quem tem condições financeiras acaba financiando as famílias carentes que também são atendidas. Embora haja dificuldades, Janete afirma que a associação cresceu e nunca faltaram profissionais. “Sejam acadêmicos ou formados, sempre conseguimos pessoas para nos ajudar. Pode ser complicado conseguir um ou outro equipamento que nos favorecia com mais qualidade nos atendimentos, mas temos divulgado nosso trabalho com esse objetivo”, argumenta. Sem ajuda estatal, o projeto continua sendo realizado, pois a coordenadora e toda a família, que também veste a camisa do EVA, não saberia o que fazer com a grande vontade de ajudar a quem pede.

“O brasileiro tem esse costume de ajudar sem pedir nada em troca. Quando um vizinho pede ajuda, contribuímos da maneira que podemos. Isso é ser voluntário”

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E aí, quer ajudar? Em Campo Grande, não faltam espaços abertos a voluntários. Orfanatos, instituições, escolas, entre outros, precisam de voluntários para os trabalhos mais diversos. Este ano, entrou no ar uma medida interessante que pode fazer a diferença e auxiliar espaços que precisam de ajuda, mesmo por quem não tem tempo suficiente para fazer algo. O site Vaquinha Social (www.vaquinhasocial.com.br) baseou-se na noção de crowdfunding para levantar investimentos para ações desenvolvidas por instituições como a Sociedade Educacional Juliano Varella, a Associação dos Amigos da Criança com Câncer, entre outros.

Quem precisa? Conheça algumas instituições que precisam de voluntários. Entre em contato e descubra o que você pode fazer: Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos (ISMAC) Florivaldo Vargas www.ismac.com.br 67 3325-0997 Associação dos Amigos da Criança com Câncer www.aacc.org.br 67 3322-8000 Lar Vovó Miloca 67 3386-5851 Associação Espaço Vida Ativa (EVA) 67 3028-7832

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Paula Klien é uma artista visual carioca que usa a fotografia como veículo de suas criações para transformá-la em arte. Formula conceitos e constrói imagens reais a partir do imaginário, equilibrando-se com maestria na tênue linha entre a ousadia e o bom gosto. Clicado especialmente para a exposição EDIBLE, que ficou em cartaz até 5 de setembro, na Galeria BNDES, no Centro do Rio, Oscar Niemeyer aparece aos 104 anos de idade.

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LENINE Dono de um repertório sublime, o artista chega ao décimo disco buscando sempre se reinventar Por Cidiana Pellegrin

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Fotos Estúdio Sim

le tem o dom de compor e cantar. Por vezes, empregou seu talento como produtor, violonista e arranjador. E assim, abrindo vários caminhos no mesmo universo, se tornou um dos artistas mais completos da música brasileira contemporânea. Com 30 anos de carreira, 53 de idade e cinco prêmios no Grammy Latino, Oswaldo Lenine Macedo Pimentel, em cena, é Lenine, um músico autoral que foge das classificações. Filho de José Geraldo e Dayse Pimentel, o recifense teve uma criação um pouco católica, por conta da mãe que o fazia frequentar a missa, e parte comunista, devido ao pai, admirador profundo de Lenin - tanto que homenageou o líder soviético dando o mesmo nome ao filho. Ainda garoto Lenine pode optar pela programação de domingo e escolheu passar o dia ouvindo rádio com o pai. Na juventude entrou na faculdade de Engenharia Química, mas o propósito de viver da música o fez trancar os estudos e ir para o Rio de Janeiro. Em poucos anos lançou seu primeiro disco, Baque Solto, mas não emplacou. O sucesso apareceu depois de uma década, em 1993, quando gravou o segundo LP, Olho de Peixe, em parceria com o percussionista Marcos Suzano. O hiato entre os dois trabalhos serviu para Lenine persistir e se aperfeiçoar na arte de compor, trabalho que o consagra pelos versos profundos, belos

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e emocionantes.“Honestamente, 50% do que faço tem a ver com as palavras que uso. Temos uma língua com grande dimensão, muito propícia a poesia,” confidencia. Sua capacidade de criar poesias cantadas cativou grandes intérpretes brasileiros e também diretores de cinema, TV e espetáculos, que passaram a fazer encomendas de trilhas ao artista. Dono de um repertório sublime, ele lançou ano passado seu décimo disco, Chão, considerado pela crítica um de seus trabalhos mais ousados. Sons de passos sobre pedras, de uma chaleira, máquina de lavar roupas, motosserra, cigarra e um pássaro cantando estão inseridos nas canções, apresentadas em segunda turnê pelo Brasil, que prestigiou Campo Grande no final de agosto. Antes do show, realizado no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, o letrista recebeu nossa equipe para a sessão fotográfica que figura a matéria. Após o espetáculo, agradeceu pela presença do público e compartilhou seu apreço pelo Estado dizendo ser uma “honra se apresentar no teatro Manoel de Barros, nome de um dos poetas mais importantes do Brasil”. Encantador de palavras, a seguir ele compartilha sobre o caminho que seguiu para se tornar, como ele diz, um cantautor.


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Chão é o seu trabalho mais íntimo. Traz na capa uma foto pessoal, mostra seu neto e, ainda, conta com o envolvimento do seu filho, assinando junto com Junior Tostoi. Por que um disco com essas características? Não foi intencional. Eu tinha o desejo de fazer um trabalho novo que levasse o título de Chão, pois tenho verdadeira paixão por essa palavra, e que tivesse, ainda, algumas características diferentes, como o fato de não ter bateria, nem percussão. Bruno já trabalhou comigo fazendo trilhas, como a de abertura da novela Passione. Mas, na estrada, estamos juntos pela primeira vez; vínhamos namorando profissionalmente há um tempo, foi tudo um processo natural. Esse trabalho é marcado por diversos sons orgânicos. De onde veio a ideia? A culpa de tudo isso se deve ao canto de um passarinho em uma de nossas gravações. Quando fomos ouvir, constatamos o vazamento do som do canário da minha sogra. O Bruno perguntou: vamos assumir isso? Ali, tive a certeza de que poderia usar os sons que povoam meu cotidiano como elementos das músicas. E, assim, passei a compor já pensando neles. Tudo isso foi uma experimentação para você? Diria que, ao longo da minha carreira, sempre procurei certa estranheza. E, no Chão, isso também está presente. Quando estou numa posição muito confortável, começo a desconfiar. Seria buscar algo sempre novo? Não, porque o novo é tudo aquilo que a gente esqueceu. Eu procuro ferramentas para dar asas à criação, a gente tem de jogar mais adiante. A direção do seu espetáculo é de Paulo Pederneiras, do grupo de dança Corpo. Você já produziu uma trilha para a Companhia antes. Dessa atual parceria, há novidades? Sim, já estou produzindo uma nova trilha pra eles. A mecânica com o grupo Corpo é muito interessante, já que a coreografia só surge depois da música. A única exigência é que ela tenha de 40 a 50 minutos de canção inédita, e eu só tenho que mostrar quando achar que devo. É muita liberdade! Você já compôs para cinema, espetáculos de teatro, dança, programas de televisão e chegou a lançar um álbum específico com esses trabalhos. Como é produzir sob encomenda?

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Tudo é encomenda. Chão foi uma encomenda que fiz a mim mesmo, tudo que faço é a partir de um estímulo e, se estímulo, é uma encomenda. Então, tudo o que eu faço é encomendado, nem que seja por mim. Você se preocupa com o que a crítica fala do seu trabalho? Não. O que existe é uma preocupação se cada canção alcança seu objetivo desejado. Quando componho a abertura de uma novela, por exemplo, tenho que mergulhar no universo do outro e utilizar palavras e sons que soem verdadeiros naquele discurso. Busco sempre alcançar uma beleza, tocar as pessoas, e 50% do que eu faço tem a ver com as palavras que canto. Nossa língua é muito propícia para a poesia. Falando do início da carreira, quando deu o start que cantar era o que você queria como profissão? Foi acontecendo. Vim para o Rio pensando em ficar um ou alguns anos e já se foram mais de 30. Achei que o tipo de mistura que eu fazia na época, de rock e MPB, era interessante. Mas, em 1980, só existiam os nichos musicais e eles não se comunicavam. A turma do MPB achava que meu som era rock, e os fiéis do rock interpretavam minha música como MPB. Por isso, eu não tinha espaço para veicular meu trabalho. De alguma maneira, o mundo sorriu amarelo para mim, mas eu não sorri de volta. O que você fez então? Continuei criando, me aperfeiçoei como compositor e passei a frequentar os grandes discos de intérpretes brasileiros. Sempre preservei o lado do “cantautor”, aquele que canta só o que compõe, na hora de fazer meus discos. E como disse no início da conversa, sempre persegui certa estranheza, acredito que isso temperou a minha vida. Quando criança, você ouvia rádio com seu pai. Isso foi um estímulo para seguir a carreira musical? Seus pais lhe apoiaram quando decidiu ir para o Rio? Meu pai nunca direcionou esse estímulo para uma determinada profissão. Eles depositaram muita confiança na formação que deram, então, quando contei que ia trancar a faculdade e ir para o Rio, papai disse: “Por que demorou tanto? Podia ter feito antes”. Meus pais sempre foram faróis, até hoje são amigos, pessoas que converso sobre a vida, e isso é muito bacana.


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Seus filhos também trabalham com música. Você quis isso, os incentivou? Não, porque eles conheceram o quão dificultoso pode ser esse caminho. Mas, quando vi a aptidão e o interesse, dei todos os subsídios. Assim como meus pais, procurei estimular a curiosidade para tudo, essa é a base fundamental para você exercer qualquer profissão. Como é sua relação com público jovem? Eles estão muito presentes em seus shows? O público é muito mesclado, o que mostra que a música não tem fronteiras, não é direcionada para um grupo determinado. Ao longo dos anos, eu descobri que não tenho fãs, e sim seguidores. E o público que consome meu trabalho está ali nas redes sociais, me acompanha pelo Twitter, Facebook e pelo site. Você é ligado ao universo virtual? Sempre transitei no universo do micro, porque não sou produto de uma indústria fonográfica, e sim de muita persistência e “cabeçadurismo”. O mundo está descobrindo

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o contato por meio da rede agora. Eu já faço isso desde que me entendo por gente; são as minhas canções que, eventualmente, extrapolaram esse universo. Como você fazia para transitar nesse público específico? Quando o álbum Olho de Peixe, feito em parceria com o percussionista Marcos Suzano, saiu, era o momento da rede social, do Google. Na época, cataloguei 300 festivais, destes, 60 se adequavam ao tipo de som que eu fazia. Mandei meus discos para cada um e descobri que meu trabalho interessava a várias partes do mundo. Desde então, passei a fazer turnês para fora e dentro do país. Você se define como um recifense-carioca, por quê? Eu falo isso pela minha procedência, sou de Recife, mas não posso dizer que sou um compositor pernambucano. No máximo, um compositor contemporâneo. Quando eu fiz o êxodo pelo Brasil, só existiam duas possibilidades, Rio de Janeiro e São Paulo. Naquele momento, escolhi o Rio pela ligação que tenho com o mar, não conseguiria ficar distante do sal (risos). Costumo dizer que saí de uma cidade


grande, que é Recife, e vim para uma de interior que é a Urca, pois nunca mais saí daqui. O Rio me deu paz, a certeza da sobrevivência para o que eu faço. Além do sotaque, você carrega o Nordeste em alguns hábitos pessoais? Em muitos! Por exemplo, não dispenso um queijo coalho, uma manteiga, uma macaxeira, um inhame... (risos). Além da música, as orquídeas são outra paixão. Por que essa identificação? Eu tenho uma ligação com tudo relacionado ao meio ambiente. Mas a paixão pelas orquídeas aconteceu há alguns anos, quando comprei um sítio. Antes de fazer um pomar, fui catalogar as espécies existes e, para minha sorte, encontrei uma planta incrível agarrada em uma árvore. Tirei-a dali, fotografei e fui para a internet. Mas já era tarde, o vírus havia me picado... (risos). Atualmente, ela passou a ser uma memória viva de cada lugar que eu vou tocar.

saber sobre as plantas endêmicas do lugar e, depois, vou atrás de outros “orquidoidos” como eu. Sua ligação com a natureza também envolve participações em ONGs que defendem o meio ambiente, certo? Sim, como o Projeto Tamar (que promove a conservação marinha) atuante na costa brasileira. Também tenho uma relação muito próxima com o Mário Mantovani (diretor de políticas públicas) da SOS Mata Atlântica e já desenvolvi algumas parcerias com a WWF. Sempre que posso, gosto de usar a minha exposição para ajudar essas iniciativas. Compositor, arranjador, cantor, produtor musical. Entre essas várias funções, há algo que você defina como a mais prazerosa? Todas são muito prazerosas, mas a profissão primordial é a composição. Foi compondo que eu descobri uma maneira de tocar, de cantar, de produzir, de arranjar. Cerca de 50% do que eu faço não é pra mim, é para os outros. Por tudo isso, eu sou compositor antes de tudo.

Isso inclui nossa região? Com certeza. Primeiro, eu faço uma pesquisa para

"A turma do MPB achava que meu som era rock, e os fiéis do rock interpretavam minha música como MPB. Por isso, eu não tinha espaço para veicular meu trabalho. De alguma maneira, o mundo sorriu amarelo para mim, mas eu não sorri de volta"

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“Pessoal, passional e intransferível” Curioso e íntimo, Chão é produzido e tocado por lenine, em parceria com seu filho Bruno Giorgi e JR Tostoi, o disco possui 10 faixas autorais, desenvolvidas sem percussão, nem bateria, mas costuradas com ruídos que integram o cotidiano do artista. Entre os elementos acústicos empregados, que contemplam desde o doce canto de um passarinho ao forte barulho do motosserra, está o batimento cardíaco de seu filho. “O coração que você ouve é real e eu criei a música ‘Se não for amor eu cegue’ em cima disso. Todo coração tem um arritmia e não bate da mesma forma. Já a canção não, tem técnica, tem um bit. Essa é uma grande característica que difere Chão de outros trabalhos. Nenhum desses sons foram manipulados,” explica.Para completar o tom pessoal, a capa do disco traz a fotografia do primeiro neto do artista, ainda bebê recém-nascido, deitado de bruços na barriga do avô. A imagem foi registrada pela esposa anos atrás e estava no álbum da família.

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sugestões e tendências em beleza

tons da estação Inspirada em uma confeitaria da década de 1950, a Contém1g Make-up criou sua coleção Primavera-Verão 2013 lançando uma cartela de tonalidades pastel, também conhecidas no universo fashionista como candy colors. Na linha, os batons aparecem em variações de rosa, as sombras são apresentadas em azul, verde, lilás e rosa, e o blush tem opções terrosas, acobreadas e rosadas. Preço sob consulta no quiosque da marca, no Shopping Campo Grande.

Pele mais protegida Com textura leve, o Fluido Protetor Facial Ultraleve FPS 60, da Natura Chronos, protege contra os raios solares enquanto estimula a produção de colágeno – que dá firmeza e elasticidade à pele – e ajuda na prevenção do envelhecimento precoce. O toque seco, sentido após a absorção total do produto, é outro diferencial que pode tornar o fluido o queridinho das brasileiras, principalmente, entre as de pele oleosa. Por R$ 64, à venda por meio das consultoras Natura

Vibrante e sensual Sensualidade é marca registrada na moda do designer Roberto Cavalli, e com sua fragrância não é diferente. O novo Eau de Parfum Roberto Cavalli EDP integra a família olfativa floral, com notas de pimenta rosa, flor de laranjeira, tangerina e fava tonka, elemento que exala uma marca registrada na pele, tornando a essência viciante. De R$ 199 a R$ 365. Informações pelo SAC 0800 772 55 00

Brilho no portfólio O Boticário apresenta Intense Coleção Efeito Metálico, uma linha de maquiagem criada para realçar e iluminar a beleza da mulher. Ampla, a nova série de produtos inclui: blush, lápis, sombras, batons, delineador, máscara para cílios (incolor e marrom) e brilho labial com finíssimas partículas de brilho, produzindo um elegante efeito metalizado no rosto. Preço sob consulta nas lojas O Boticário

Texto cidiana pellegrin fotos Divulgação

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sugestões e tendências em beleza

Esmaltes de luxo Disponíveis em poucos lugares do mundo, os esmaltes da marca alemã Uslu Airlines desembarcaram na loja Choix, em São Paulo, trazendo opções de cores alegres e vibrantes, que não poderiam ficar de fora das tendências de verão. Itens de luxo, os vidrinhos levam nomes de aeroportos de diversos países no sistema de três letras. Por R$ 78. Informações no site www.lojachoix.com.br

Coloridos

Lábios intensos A linha ColorBurst Lipgloss, da Revlon, lançou duas novas cores: Strawberry e Hot Pink, desenvolvidas com microcristais para deixar os lábios cinco vezes mais brilhantes. Formulado com hidratantes, antioxidantes e óleo de amêndoas, o gloss ainda tem ativo elasticolor, que permite tom uniforme e intenso, com delicioso perfume de baunilha. Por R$ 39,90 no site www.epocacosmeticos.com.br

A Matrix, marca profissional do grupo L´Oréal, lançou a linha SoColorCare, especial para cabelos coloridos. Composta por xampu, condicionador, máscara de hidratação e creme para pentear, a série é formulada com a tecnologia Diamond ShineComplex, composição de aminoácidos e ômega 6, que dão mais brilho e cor às mechas. De R$ 30 a R$ 50 no site www. matrixbrasil.com

Romantismo acentuado A linha Kérastase Homme apresenta duas novidades para atender necessidades masculinas. O Capital Forceroll-on Anti-queda, um produto que permite o combate localizado contra a queda dos fios e que, segundo a marca, traz resultados visíveis em seis semanas. Outro lançamento é o Capital Force Vita-energising Shampoo, para cabelos normais, que age na preservação da matéria dos fios, prevenindo a queda capilar e deixando os cabelos revitalizados e fortes.

fotos divulgação

Cuidados masculinos texto cidiana pellegrin

A linha Kérastase Homme apresenta duas novidades para atender necessidades masculinas. O Capital Forceroll-on Anti-queda, um produto que permite o combate localizado contra a queda dos fios e que, segundo a marca, traz resultados visíveis em seis semanas. Outro lançamento é o Capital Force Vita-energising Shampoo, para cabelos normais, que age na preservação da matéria dos fios, prevenindo a queda capilar e deixando os cabelos revitalizados e fortes.

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Valiosas competências Há 24 anos, Adilson Puertes deixou o trabalho em uma multinacional de São Paulo para empreender em terras sul-mato-grossenses. Atualmente, uma de suas empresas, a Stúdio A, está entre as mais tradicionais de Campo Grande, destacando-se no segmento de decoração de alto padrão. Em entrevista à Mood, ele conta sobre a evolução do comércio na Capital e como faz para atuar como um dos líderes no mercado. Por Cidiana Pellegrin

Foto Estúdio Sim

O que se pode dizer de Campo Grande há vinte anos? A Stúdio A acompanhou a mudança da cidade. Quando cheguei aqui, a Capital era mais fria no relacionamento pessoal. Muita gente também veio de fora para fazer negócios. Era comum ver pessoas de vários estados formando quase 80% do quadro de funcionários de uma empresa. Nos dias de hoje, essas constituíram uma nova geração, os laços familiares se ampliaram e o nível cultural também mudou. De lá para cá, que alterações o comércio sofreu? Na época, muita gente comprava fora, não havia grande variedade, até mesmo, pela dificuldade de transporte e comunicação. Campo Grande se transformou em uma capital com qualidade de vida, o poder aquisitivo da população aumentou com o desenvolvimento econômico e os moradores começaram a viajar, vivenciar novos fatos e possibilidades. Assim, os clientes começaram a “cobrar” das empresas locais um portfólio maior, produtos e serviços iguais aos vistos lá fora. Como você procedeu como empresário? A Stúdio A esteve atenta às exigências de seus consumidores e, também, precisou se reinventar com nova localização, produto, marca, tendências etc. Meu público-alvo mudou, pois as pessoas que compravam inicialmente já envelheceram. Nos dias de hoje, há uma nova geração de consumo, que está mais preparada para questionar e entra na loja com noções de preço, dimensões de espaço etc. Essa mudança de comportamento foi influenciada pelo acesso à informação. Com a internet, o consumidor já conhece o fornecedor, sabe sobre

a qualidade do produto – tudo muito rápido. Como se destacar num mercado tão competitivo? Estamos atentos para atender as necessidades do cliente e adotamos o relacionamento como uma das estratégias. As pessoas podem comprar qualquer coisa em qualquer lugar, mas vão te escolher se tiverem boas referências, se seu mix de produto corresponder ao que elas precisam, se seu atendimento for excelente – o que significa conseguir solucionar o problema do consumidor de forma rápida, eficaz, de maneira que ele fique satisfeito. Há espaço para inovações tecnológicas? Sim. Aqui, por exemplo, todas as funcionárias estarão equipadas com Ipads, em breve. A tecnologia vai proporcionar mais rapidez e praticidade no atendimento, possibilitando um catálogo virtual com mais variedade para o cliente. Outra aposta empresarial, mas que não abrange nosso Estado, é o e-commerce. Algum segredo profissional a ser compartilhado? Para ser um bom gestor, é preciso ter visão holística do que significa um negócio. Eu aprendi isso quando trabalhei em São Paulo e aplico essa lição todos os dias. Além disso, a presença de Deus na minha vida me possibilitou essas realizações.

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Bia Meneghini Designer de interiores, ela encontrou na afinidade com decoração e arquitetura o motivo para o recomeço profissional Por Cidiana Pellegrin Foto Estúdio Sim

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or 25 anos, Bia Meneghini se dedicou profissionalmente a aulas de matemática e física, por conta da formação universitária. Ensinar cálculo ficou de lado em 2005 e, desde então, um antigo prazer se tornou presente na rotina. “Em 2004, fiz minha primeira viagem à Europa. Queria vivenciar, conhecer a arquitetura clássica, neoclássica, os pintores e tudo o que fazia parte desse universo. Voltei ainda mais apaixonada”, revela. Interessada também em decoração e antenada às revistas do segmento, decidiu se especializar em design de interiores. O curso foi concluído em 2008 e, antes mesmo de finalizá-lo, já recebia convites de trabalho de amigos. Para alcançar sucesso profissional, Bia revela que é preciso feeling e ética ao lidar com o cliente. “Você entra na vida dele, conhece sua rotina e seus assuntos pessoais; é preciso ter discrição acima de tudo”. Em cada trabalho, a designer prioriza conforto e bem-estar, não impõe tendências e busca sempre uma leitura que mescla o contemporâneo com o vintage, enriquecendo o projeto com peças que marquem a história e a identidade do morador. Trabalhando alguns anos na área, Bia sentiu a necessidade de ampliar os conhecimentos e, agora, cursa arquitetura e urbanismo. Entre as novidades do currículo, está a idealização do Jardim das Sensações, em parceria com outra profissional, na primeira edição da mostra Morar Mais por Menos Campo Grande, que acontece em outubro. Desse trabalho, ela adianta que vai encantar o visitante, explorando sua visão, tato, olfato e audição, em um espaço contemporâneo de contemplação e, também, passagem. Recentemente, concluiu um projeto de interiores de um apartamento e se prepara para focar outros projetos. Madura e jovial, Bia toma para si o lema: “não existe limite de idade, a capacidade humana é aquilo que a mente permite”, pontua


Celso Figueira

Foto: Guilherme Molento

Presidente da Central Sicredi Brasil Central


Jorge Oliver Personalidade única e otimismo como lema Por Jéssika Machado

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esiliência é a habilidade de lidar com problemas, resistir à pressão de situações adversas e, principalmente, a capacidade de superação. E ser resiliente é a filosofia de vida de Jorge Oliver, decorador e colunista social, com uma sólida carreira de mais de 30 anos no ramo de decoração em MS, por meio da Oliver Decoração & Eventos. Sua vinda de Fortaleza (CE) para Campo Grande teve como objetivo a abertura de um antiquário. Da loja para a decoração foi um pulo: o bom gosto e o requinte do profissional chamaram a atenção e o consagraram na carreira que segue até hoje. “Meu lema é não esmorecer, pois sempre há uma luz

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no fim do túnel”, ressalta Jorge. E foi justamente esse otimismo que o fez superar a perda do sócio e companheiro Nelson Oliver, em 2011, e a seguir em frente com o trabalho da dupla. Divertido, Jorge se define como megalomaníaco: “minha casa é um mundo de tranqueiras, tem pedaço de igreja, fragmento grego, luneta de caravela e até retalhos de quimonos japoneses”. Sua paixão por objetos difíceis de se conquistar deixa transparecer um traço importante da sua personalidade: o gosto pelo desafio. “Busco sempre coisas novas, gostaria de decorar um iate e festas fora do país”, exemplifica.

Avesso à tecnologia, utiliza a internet apenas como ferramenta de trabalho e prefere uma boa conversa a assistir à TV. Entre os hobbies de Jorge, está a degustação de vinhos, cozinhar (sua especialidade são os risotos), viajar para lugares exóticos (em busca de inspiração para o seu trabalho) e receber os amigos. Aliás, para o colunista, receber é uma arte: “é preciso ser criativo, não cair no senso comum. Imprimir personalidade. Não gosto de nada comum, bobo. Nem de pessoas assim”, ironiza Jorge, com uma risada única, de personalidade. Como ele.



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Erique Moreira Pronto para o que der e vier! Por Jéssika Machado

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omo todo bom capricorniano que nasce velho e rejuvenesce aos poucos, Erique Moreira sabe muito bem o que quer. A pouca idade não foi impedimento para que o jovem arquiteto, natural de Batayporã, no interior do Estado, mostrasse cedo a que veio. Com uma carreira recente, mas sólida e focada no design de interiores, Erique se prepara para novos desafios na sua carreira: a abertura de um escritório em Campo Grande e a participação na Mostra Morar Mais de Campo Grande, em outubro. Para relaxar do seu próprio perfeccionismo, o arquiteto busca a companhia dos amigos em casa ou em bons restaurantes. “Sou apreciador da boa gastronomia”, resume. Caseiro e avesso às badalações típicas dos jovens da sua idade, Erique mostra que mantém um ritmo acelerado apenas quando o assunto é trabalho: “acompanhamento é fundamental, gosto de estar presente na obra, nem que isso signifique abdicar de novos clientes até a conclusão do projeto”. Recarrega suas energias em viagens, preferindo fazer várias pequenas pausas ao longo do ano do que viagens mais longas. E opta por praias, mas sem abrir mão do conforto, preferindo se hospedar em resorts. Seu último destino foi Porto de Galinhas (PE). Alegre, despojado e ligado em moda, Erique também aproveita do bom gosto visual que possui para esbanjar estilo. “Procuro estar sempre bem vestido. As roupas que uso para o trabalho são as mesmas que utilizo para sair, sem distinção. E sempre carrego um blazer no carro para ocasiões especiais”, ressalta, precavido. Certamente, neste ritmo, muitas surpresas boas hão de vir!

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MariMoon Experimentar significa descobrir

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os tempos do falecido Fotolog, MariMoon já chamava atenção com suas fotos produzidas, seus posts e, principalmente, seus cabelos sempre coloridos. Muito tempo se passou e os caminhos que escolheu a levaram a se consagrar como apresentadora no canal MTV, em que está à frente do programa Acesso. Mas não é apenas isso que lhe define. Se há uma palavra que representa bem Mariana de Souza Alves Lima, é versatilidade. Misturando internet, televisão, cultura pop e carisma, a garota de 29 anos ganhou seu espaço e tornou-se referência para adolescentes e jovens que se criaram em meio às revoluções

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Por Thiago Andrade

da última década. O apelido que a acompanha desde sempre é prova disso. Quem se lembra de Sailor Moon, o desenho em que jovens estudantes se transformavam em guerreiras mágicas? Clássico dos animes nos anos 1990, isso é apenas uma peça no caleidoscópio de MariMoon. Ela surpreendeu, mais uma vez, ao participar no começo do ano de um musical, “Fame”, para o qual teve de aprender a tocar bateria e cantar. Como Grace Lambchops, a apresentadora viveu uma das protagonistas. “Eu adoro experimentar coisas novas”, afirma e deixa bem claro. Confira a conversa que a Mood Life teve com MariMoon:

De celebridade na internet a uma das mais queridas VJs da MTV. Como tudo isso aconteceu? Foi planejado? Nada! Fiz sempre o que gosto e me dediquei para fazer bem todas as tarefas que a vida me ofereceu. Quando entrei na MTV, eu não sabia apresentar. Estudei e me dediquei para aprender. Ainda hoje, eu estou sempre atenta para melhorar em que puder. Duas coisas marcantes são seu nome e os cabelos que sempre mudam de cor. Por que MariMoon? E os cabelos? Meu nome é Mariana e Moon eu peguei emprestado da Sailor Moon, um anime que eu adoro. As mudanças de cor no


A cada ano que passa, o alcance da internet se torna maior e as ferramentas (sites, redes sociais) se transformam ou desaparecem. O que é necessário para se destacar na web? Estar de olho nas novidades e saber se comunicar bem é importante. Ter carisma também, se você for dar a sua cara para aparecer em fotos e vídeos. Você tem de dar o seu toque para que o resultado fique único. MariMoon e Mariana são a mesma pessoa? É só um apelido mesmo. Você está ligada a áreas fundamentais da cultura jovem hoje em dia: moda, música, televisão e internet – o que a transforma em uma referência. Como é isso? Eu sempre estive muito ligada a essas áreas. Adoro esses assuntos, o suficiente para que eles sejam lazer em vez de trabalho. Por isso, não é um esforço ir atrás das últimas novidades nessas áreas. Você participou de “Fame”, espetáculo para o qual teve de aprender a tocar bateria e cantar. O que a levou a fazer parte dessa produção? Eu adoro experimentar coisas novas! Já fui web designer, designer gráfica, vitrinista, figurinista, estilista e empresária da minha loja on-line. Atualmente, sou apresentadora de TV, voltei a ser designer, agora, com o meu licenciamento e, recentemente, estreei como atriz de musical! Tem tantas coisas legais pra se fazer na vida, por que fazer só uma?

Quais momentos foram cruciais na sua trajetória? Acho que a capa da Capricho em 2006, a campanha da Melissa em 2007 e entrar na MTV em 2008!

colegas de trabalho e desconhecidos, a qualquer instante. É bom para matar a saudade de quem está longe e é bom pra avisar todo mundo de coisas do tipo: "passei no vestibular", ou "tô arrasada, minha avó morreu". Eu não tenho a menor capacidade de comunicar algo para todas as pessoas que eu tenho na minha agenda telefônica, mas eu posso avisar geral no Facebook. Como eu disse, cada um é cada um. Tem gente que compartilha ao conseguir um ingresso para o show da Lady Gaga e, assim, descobre quem também vai, e tem gente que compartilha que está na “seca”.

Para você, que trabalha falando sobre música e notícias do mundo pop, o que lhe atrai nesse universo? Quem são seus artistas favoritos? Eu sou mais do rock n’ roll, na verdade. Minhas bandas favoritas são Pink Floyd, Beatles e Led Zepellin. Mas eu acho muito mais legal apresentar um programa de notícias do mundo pop, porque têm novidades todos os dias e rola muita coisa engraçada. Tem muito clipe, muita fofoca! É divertido! Eu curto alguns artistas pop como a Lady Gaga, que está sempre com um figurino interessante, alguma entrevista maluca e fazendo clipes bem diferentes. Houve algum momento nesses seus quatro anos de MTV que se tornou inesquecível? Já estou no meio do quinto ano! Eu acho que as entrevistas com o Iggy Pop e, também, a do Noel Gallagher. Ele me contou, em primeira mão, sobre o fim do Oasis. Os VMB’s também foram demais e, ano passado, eu cobri o MTV Europe Music Awards (EMA). “O post na rede é a nova roupa preta”, essa declaração ganhou forte repercussão. Até que ponto internet e intimidade combinam? Cada um é cada um. Tem gente que não curte se expor, nem para os amigos, e tem gente que se fizer amizade no “busão” já está contando tudo. Ter a internet te conectando com o mundo permite que você se relacione rapidamente com família, amigos,

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cabelo são vontade antiga, de quando eu era criança. Nos anos 1980, eu via um monte de desenhos com gente de cabelo colorido e quis repetir aquilo.

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ilustração diogo santiago

e tiqueta Os limites da amizade Amigos são verdadeiras joias, mas devemos respeitar seu espaço Por Adriana Estivalet*

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s amizades são imprescindíveis em nossas vidas, para dividir momentos de alegria, de tristeza, compartilhar e até fazer negócios. Mas, como toda relação, devem reger alguns limites e bom senso para que sejam prósperas e agradáveis. O ser humano tem o péssimo hábito de, com a intimidade, tornar-se ingerente, invasor e relaxado nas relações mais íntimas. E com amigos não é diferente. Principalmente, se forem de longa data. Só que a amizade é uma liberdade que temos de escolher e sermos escolhidos e, para isso, precisamos preservá-la constantemente, para que ela não se definhe. Devemos cuidar de nossos amigos com atenção, estar disponíveis quando precisam, incentivar quando necessário, compartilhar em um momento de necessidade e nos alegrar por uma conquista. É quase um casamento, por isso, devemos tomar cuidado com os limites do espaço pessoal de cada um. Quando nos referimos a um amigo, dizemos: meu amigo! Prestem atenção no pronome possessivo. Somos amigos de quem escolhemos, mas isso não nos dá o direito de questionar suas escolhas, preferências, a não ser quando solicitados a isso. Ficar perguntando: “por que você fez isso ou aquilo?”, “por que você vai se casar com fulano, ou se separar?”, “por que você vai fazer esse negócio com essa pessoa?”, e por aí vai. Isso é algo deselegante e invasor. Mesmo tendo muito tempo de amizade, não se deve chegar à casa de um amigo sem avisar antes, ou mesmo ligar em horários impróprios, aparecer para almoçar ou jantar de uma hora para a outra, achar que deve ter prioridade em tudo na vida dele. Uma amizade assim torna-se um peso. Há questões bem delicadas em uma amizade, como emprestar dinheiro. É algo que se deve evitar, mas, sendo inevitável, não queira vantagens em nome da amizade,

*Adriana Estivalet é Consultora de Imagem www.adrianaestivalet.com.br

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pague-o assim que puder, e pontualmente. Muitas vezes, o amigo não poderia fazer aquilo no momento, só o fez por você. A fidelidade é algo importantíssimo em uma amizade. Se um amigo confia um segredo, isso deve ser, sim, guardado a sete chaves. Ficar falando sobre o que acontece na vida ou na casa do amigo também dispensa comentários. Viajar pela primeira vez com amigos é um teste de resistência. Sempre observo que quem viaja com os amigos volta com a amizade mais fortalecida ou completamente destroçada. Uma situação corriqueira nesse tipo de viagem é querer que o amigo faça os mesmos programas que o seu, ou, se o amigo vai visitar algum lugar, querer que ele carregue você junto. Que peso! Não seria bem melhor cada um fazer o que mais gosta e depois marcar de se encontrar para um jantar, por exemplo? E quando o amigo tem outro do qual não gostamos? Bem, quem convive com a tal pessoa é ele, e não temos nada a ver com isso. É uma escolha pessoal, na qual não temos o direito de interferir. Há também aqueles amigos que só nos procuram quando precisam de alguma coisa. É desagradável. Amizade boa é aquela que o amigo liga ou envia uma mensagem de vez em quando para saber como estamos, e não somente para pedir algum favor. Os amigos são verdadeiras joias que merecem ser guardadas no fundo do nosso coração. Mas devemos ter em mente que eles não são somente nossos amigos. Muitas vezes, possuem opiniões diversas das nossas, privacidade que deve ser respeitada, e outros amigos também.





O melhor da agenda social e cultural de MS

« Ângelo Arruda lança novo livro Aconteceu dia 22 de agosto, uma sessão solene na Câmara de Vereadores, para homenagear os 25 anos de criação do Instituto de Planejamento Urbano de Campo Grande - PLANURB. Na ocasião, seu primeiro presidente e atual professor da UFMS, arquiteto e urbanista Ângelo Marcos Arruda, lançou o livro "Raízes do Planejamento Urbano em Campo Grande e a criação do Planurb", seu 11º livro sobre a história do planejamento em Campo Grande, desde 1905.

« Leilão de Arte da R Import No dia 30 de agosto, a R Import realizou seu 9° leilão de Artes na concessionária Raviera Motors. Reunindo um público seleto, o evento contou com a presença do conceituado leiloeiro do Resort Casa Grande do Guarujá, Sérgio Altit, e do violonista Marcelo Loureiro, que abriu a edição. O leilão também prestigiou duas entidades mantenedoras de projetos sociais: o Centro de Integração Criança e Adolescente (CICA) e o Rotary Clube Campo Grande.

« Inauguração da Le Tule Na noite do dia 23 de agosto, foi inaugurada a nova marca de camisaria feminina, a Le Tule, da empresária Roseli Fantoni. O evento organizado pelo jornalista Jefferson de Almeida foi bastante prestigiado pelas mulheres campo-grandenses que ficaram encantadas com o bom gosto das peças. As convidadas foram recepcionadas com um repertório pra lá de elegante do conceituado Marcos do Sax's. Os deliciosos docinhos foram da Sweet by Andressa Sandri. Já a decoração do evento foi assinada por Carla Barbosa com iluminação da empresa Artluz by Eder Carvalho. As convidadas foram clicadas pelas lentes de Marcos Vollkopf. 98 MOOD



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Denis Feliz Ser artista é coisa séria

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Por Thiago Andrade

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em visões místicas sobre o que faz, Denis Feliz entende a arte exatamente como isso: trabalho. No entanto, a diferença está em um pequeno detalhe que, talvez, faça toda a diferença. “Um dentista ou um engenheiro não o são antes de se formarem, já um artista entra na graduação produzindo como artista”, afirma. Sem dispensar a importância da formação acadêmica, ele aponta que ela tem papel fundamental ao oferecer a técnica e, principalmente, demonstrar como a pesquisa pode fazer toda a diferença no trabalho final. Graduado em artes visuais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Denis atualmente é o supervisor de produção no Portal Educação. Na empresa, ele é responsável por coordenar uma equipe. Em seus momentos livres, aproveita para praticar e criar inúmeros personagens que podem ser visualizados em sites ou blogs. Engana-se, no entanto, quem pensa que isso se resume a um hobby. “Meu hobby é jogar bumerangue. Quando se trata de arte digital, o que eu faço é treino. É uma espécie de exercício, no qual eu desenvolvo minha técnica e criatividade. Desse modo, me mantenho produtivo e evoluindo”, descreve. Ao falar de criação, Denis procura não diferenciar o trabalho feito em computadores ao que faz com lápis e papel. Como há mais demanda para o digital, a maior parte de sua produção é feita neste suporte. Aos 32 anos, a história de Denis enquanto criador é longa. Desde a infância, o universo de fantasia sempre esteve presente, graças a videogames, filmes e histórias em quadrinhos. Primeiro, vieram as referências e a vontade de criar, acompanhadas de talento. Em seguida, as ferramentas. Quando, no final da década de 1980, teve contato com o primeiro computador, ele percebeu que aquele era seu caminho. Ilustração, animação e vídeo são algumas das áreas em que Denis costuma produzir trabalhos. Com personagens cartunescos, mas com um traço peculiar que facilmente leva à identificação, o artista conta com um portfólio que chama a atenção. Optando por exibir seu trabalho na internet, o que, segundo ele, proporciona um feedback mais rápido e um acesso mais democrático, Denis acredita em seu trabalho e define: “Produção artística é pesquisa, dedicação, treino e transpiração”.

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esde seus primórdios, a arte sempre refletiu a sociedade em que foi produzida. Do barroco de Caravaggio às paisagens marcadas pelas luzes impressionistas, a cada momento, a unidade da produção artística sempre esteve em sua peculiar maneira de representar o mundo a partir de visões bastante idiossincráticas. Por esse motivo, visitar uma exposição como a 30ª Bienal de Artes de São Paulo é uma maneira de entender melhor o que se vive hoje. A mostra se estende de setembro até dezembro, reunindo 111 artistas e mais de três mil obras, expostas no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera. Com curadoria de Luiz Pérez-Oramas, venezuelano que atualmente ocupa o cargo de curador de arte latino-americana no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), a mostra tem como título “A iminência das poéticas”. Segundo a equipe curatorial, não se trata de um tema, mas de um motivo, uma proposta que nasce com as obras e se fecha com o público. Iminência diz respeito ao que está a ponto de acontecer. Poética é uma mensagem, tratada de modo a se potencializar. Oramas foi o primeiro a reafirmar a importância de um evento como a Bienal de São Paulo. Em diversas entrevistas, ele lembrou que muito se fala sobre o esgotamento desse modelo, mas a exposição que acontece na capital paulistana segue na contramão, apresentando uma história própria e um vínculo orgânico com a metrópole. Mas, como era de se esperar, não é uma mostra que procura oferecer respostas, mas ajudar na construção de um presente. “A 30ª Bienal aspira contribuir com o estado da discussão sobre o rol das práticas artísticas hoje, e não pretende, portanto, afirmar-se com respostas definitivas, ortodoxas, messiânicas”, aponta o curador. Como era de se esperar, os latinos têm lugar especial na mostra e podem contribuir para o maior atendimento do momento em que as Américas vivem. O artista plástico brasileiro Arthur Bispo do Rosário é o grande homenageado.

Inéditas Em uma exposição do porte da Bienal de Artes de São Paulo, o que mais chama a atenção é a quantidade de trabalhos inéditos que serão expostos. E não apenas inéditos, mas concebidos para o espaço em que serão exibidos ao público. Cerca de 50% dos trabalhos não poderão ser vistos em nenhum outro lugar do mundo. Mas, um conselho, reserve pelo menos dois dias para percorrer todo o pavilhão no Parque do Ibirapuera.

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A esquizofrenia relegou Arthur Bispo do Rosário a uma vida dentro de sanatórios cariocas. Falecido em 1989, ele passou cerca de 50 anos dentro de uma instituição no Rio de Janeiro. Contudo, foi lá que o sergipano criou trabalhos que lidam com imagens e temas bastante característicos do Brasil e, principalmente, do Nordeste. Uma das obras mais conhecidas, “Manto de apresentação”, tem forte conotação religiosa. Outras se valem de humor e ironia. Até mesmo o romantismo shakespeariano entra na arte de Bispo, transformando-se em uma espécie de instalação intitulada “Romeu e Julieta”. A Bienal prevê uma grande retrospectiva do trabalho do artista e acontece às vésperas da inauguração de um museu dedicado às suas obras.

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Em sua 30ª edição, a Bienal de Artes de São Paulo apresenta um panorama artístico mundial

Louco = gênio?

texto thiago andrade

Arte, para que precisa?



Por que eles ainda impressionam? Por Maria Adélia Menegazzo*

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pergunta diz respeito a artistas que estão sempre a mexer com nossos sentimentos, a despertar novas emoções, a nos modificar e a dar sentidos novos a nossa vida, ao nosso mundo. Eles estão no Brasil, em exposições imperdíveis. Claro que estou falando de Caravaggio e dos Impressionistas! Caravaggio e os caravagescos dão a dimensão da arte italiana no século XVII. O artista inventou uma nova forma de criar volume, não mais pela perspectiva monocular e luz absoluta, mas pela luz que recorta os corpos que nela se bastam. Escurecia as paredes do atelier e permitia que apenas uma iluminação direta recaísse sobre homens e coisas, num jogo mais evidente de luz e sombra (próprio da pintura) e não tanto de claro/escuro (próprio do desenho). Com este recurso, pintava utilizando modelos vivos, mas observando-os por meio de espelhos. O resultado só podia implicar uma visão diferenciada e distorcida da realidade, negando as convenções clássicas. Recortava as cenas e fazia aproximações por ângulos impensáveis para a época. São Jerônimo que escreve e a Medusa Murtola, na exposição brasileira, são a prova evidente destas inovações. Para Roberto Longhi, o mais importante estudioso da obra de Caravaggio, seus quadros são como fotogramas: congelam a ação, reduzem homens a objetos. É, como se diz repetidamente, um fotógrafo antes de a fotografia ser inventada. É neste ponto que a exposição dos Impressionistas franceses se encontra com a do mestre italiano. São mais de oitenta obras do Museu D’Orsay, de Paris, à disposição do público brasileiro. Como Caravaggio, os artistas de meados do século XIX mudaram o modo de ver e de pensar a arte desde então. Disputaram com a fotografia o direito e a competência de representar o mundo naquele momento. Enquanto

relatores e cronistas aceitaram o desafio de contar o cotidiano, mas adotaram um ponto de vista diferente. Começaram a recortar as cenas e buscaram na ciência o apoio para suas imagens “fora de foco”, “uns borrões”, segundo um crítico da época. É evidente que também se apropriaram da fotografia, mas não estavam preocupados com a imagem propriamente dita, senão com a impressão direta da luz sobre uma superfície. Conta-se que o programa de Manet resumia-se a uma frase copiada de Diderot: “É preciso ser de seu tempo e fazer o que se vê”. E, então, o próprio da pintura era ser uma superfície bidimensional coberta com tinta – uma imagem achatada, sem ilusão de perspectiva e sem modulação por meio de luz e sombra. Uma visão instantânea dada por cores em contraste. O quadro é apenas o que você vê, sem metáforas ou metonímias. É impressão visual de fato. Em Caravaggio e nos Impressionistas, interrompese o discurso que narra uma história com uma duração. Valoriza-se o instante, o dado imediato, a impressão primeira. Nos franceses, temos uma realidade que se insinua pela luz; nos italianos (não nos esqueçamos dos caravagescos – os artistas que acompanham o mestre), a certeza do que é iluminado. É preciso lembrar que os artistas franceses, ainda que vivessem num mesmo tempo e compartilhassem ideias, têm maneiras muito próprias de pintar: Manet é diferente de Renoir, que é diferente de Degas, muito diferente de Cézanne, de Monet e Morisot. E a fila seria interminável. Talvez tão interminável quanto aquela que temos de enfrentar para ver estas exposições. Mas o que importa? Eles continuam a nos impressionar.

*Maria Adélia Menegazzo é Doutora em Teoria Literária com Pós-doutorado em Artes Plásticas, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte e da Academia Sul-Mato-grossense de Letras

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ilustração diogo santiago

le it ura s



Por Thiago Andrade

Literatura

Música

Cinema

Inocência fantástica

encenação cantada

doce mentira

Sem contato com o mundo externo, em meio à segurança de uma mansão repleta de mercenários, Tochtli tenta apreender o mundo ao seu redor, mas sempre lhe faltam as informações cruciais. Ele é filho de um grande traficante de drogas no México, porém, seu grande desejo é ter um hipopótamo anão da Libéria. De um lado, a dura e violenta realidade, do outro, a fantasia criada pela imaginação de um menino de 11 anos. É na tensão destes pontos que “Festa no covil”, de Juan Pablo Villalobos, se insere e oferece aos leitores um pequeno compêndio sobre família e solidão.

Thiago Pethit decidiu deixar de lado o romantismo “fofo” para abraçar o papel do cafajeste metido a Serge Gainsbourg que, de certa forma, ele sempre esboçou ser. “Estrela decadente” trata da vida boêmia à paulista com canções pop, que se aproximam da MPB, mas com um ar teatral. Deixando de lado as doces canções sobre amores juvenis, Thiago mudou também o discurso às vésperas do lançamento do trabalho independente. “O amor não é minha salvação”, diz. Pelo caminho que decidiu seguir, parece que o músico está falando a verdade.

Em que momento uma mãe percebe que há algo errado com seu filho? E o que pode fazer para evitar que as coisas se agravem? Sem respostas, Eva é uma mãe dividida entre o desejo de ser livre e a exigência autoimposta de ser um modelo feliz e perfeito para seu filho. No entanto, a criança que se torna adolescente não é como as outras. “Precisamos falar sobre o Kevin”, dirigido por Lynne Ramsay, aborda a relação um tanto delicada que nasce entre uma mãe e um filho psicopata.

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Berinjela com Tahine (Babaganuch) Ingredientes: 2 berinjelas médias, 1 dente de alho pequeno espremido, 1 colher (sopa) cheia de Tahine, suco de meio limão, sal e azeite a gosto. Modo de fazer: Asse as berinjelas no queimador do fogão (ou sobre um difusor) até ficarem murchas. Tire a casca e amasse a polpa com um garfo. Acrescente os temperos misturando muito bem. Sirva frio com pão sírio ou torradas.

Tabule

Kibe

Ingredientes: 250g de trigo para kibe, 2 tomates picados e sem semente, 1 cebola picada, 1 maço de salsinha picada, 1 hortelã picadinha a gosto, 3 colheres (sopa) de suco de limão, azeite a gosto, sal e pimenta síria a gosto.

Ingredientes: ½ kg de trigo para kibe, 250g de patinho limpo e moído 2 vezes, 2 cebolas médias, hortelã, sal e pimenta síria a gosto.

Modo de fazer: Deixe de molho o trigo para kibe por 2 horas, esprema e reserve. Misture com as mãos o trigo e todos os ingredientes, prove o sal. Sirva com folhas inteiras de alface americana.

Recorte e colecione

Doce Sírio de Macarrão (Knef) Ingredientes: 1 pacote de macarrão tipo "cabelo de anjo", 200g de manteiga sem sal. Recheio ½ kg de ricota amassada, 1 lata de leite condensado. Calda 4 xícaras (chá) de açúcar, 3 xícaras (chá) de água. Modo de fazer: Em uma panela coloque a metade da manteiga (100g), quando derreter frite metade do pacote de macarrão (previamente esmigalhado com as

Modo de fazer: Deixe o trigo de molho por 2 horas, esprema bem e reserve. Bata no liquidificador os temperos. Despeje sobre o trigo e vá juntando a carne misturando bem com as mãos, até ficar uma mistura homogênea. Sirva cru, frito ou assado.

mãos), até dourar bem. Forre uma forma refratária média com esse macarrão frito e reserve. Prepare o recheio, misturando a ricota amassada com o leite condensado. Coloque esse recheio sobre a camada de macarrão. Coloque o restante da manteiga na panela e frite o restante do macarrão, como feito anteriormente. Cubra toda a superfície da ricota com esse macarrão. Corte em quadrados e cubra com a calda feita com a mistura de açúcar e água fervendo até o ponto de calda mole. Leve ao forno até dourar e cozinhar a ricota. Sirva frio.


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A renovação da cozinha inglesa valorizando produtos locais Por Alexandre Furquim

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uem já foi a Londres sabe que a tradicional comida inglesa é a famosa combinação fish and chips, peixe com batata frita. Digamos que seria o fast-food inglês, com custo acessível, inclusive, para a população local. As olimpíadas terminaram e Londres deixou aquele gostinho de quero mais, mas, em se tratando de gastronomia, a cidade não consegue nem medalha de bronze. Na década de 1970, era um problema comer bem. Para isso, era necessário procurar os caríssimos restaurantes típicos franceses ou os chamados restaurantes étnicos, como os paquistaneses ou chineses. Comida inglesa? Chefs ingleses? Nem pensar. A Inglaterra sempre se especializou em estragar grandes ingredientes. E que ingredientes! No Reino Unido, rico em peixes e frutos do mar, com rios cristalinos, fonte de trutas e salmões, criam-se ao norte cordeiros e, ainda,

a Aberdeen Angus, a raça bovina mais prestigiada. Mas, na hora de cozinhar, os peixes morrem novamente. Nos anos 1980, as mudanças começaram a chegar com a cozinha mediterrânea, servida com base em ingredientes muito frescos, vegetais e peixes passados rapidamente na brasa, enfim, uma cozinha leve. De lá pra cá, o cenário ganhou novos chefs de cozinha, como o inglês Heston Blumenthal, considerado um dos melhores do mundo, seguindo a linha da vanguarda de Ferran Adriá. Servir receitas tradicionais é um dos hábitos preferidos em Londres, adotando um lado não tanto revolucionário, com inspirações francesas. Esse é o método do famoso personagem da TV, Gordon Ramsay, considerado um grande chef. Porém, outros têm despontado apresentando uma cozinha instigante, com espírito de ousadia, cosmopolita, abrindo suas as portas para a gastronomia mundial.

*Formado em Marketing e Gastronomia, Alexandre Furquim atua no ramo de restaurantes

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Muito além do fish and chips


Colheita tardia, passificados ou botritizados Por Douglas Mamoré Jr

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aro enófilo, existe um tipo de vinho pouco divulgado pelos restaurantes e casas especializadas em nosso Estado: os deliciosos vinhos doces, conhecidos como “vinhos de sobremesa”. Um estilo bastante conceitual. E talvez, por essa razão, tenha presença tímida nos bons restaurantes locais. Eles substituem ou harmonizam perfeitamente com sua sobremesa favorita, seja ela uma torta doce ou uma salada de frutas. Por seu componente gastronômico aliado à sobremesa e por possuírem muitos fãs ao redor do mundo, gostaria de apresentá-los a vocês. Como já comentamos, diferentes vinhos são produzidos com objetivo específico, cada estilo para determinada ocasião. Você pode saborear vinhos de sobremesa, assim como espumantes e rosés, no momento adequado, sem preconceito. Mas como é a produção deste vinho tão especial? Como uma bebida tão doce não se torna enjoativa? Porque pequenas garrafas (500 ou 375 ml) custam, às vezes, uma pequena fortuna, como os famosíssimos vinhos de Tokay Aszú(Hungria) ou Chateau d’ Yquem de Sauternes (França). O fato é que mesmo os vinhos mais acessíveis nesta categoria são deliciosos e encantam o paladar com seu néctar divino. Os métodos de produção mais conhecidos são: colheita tardia, passificação, botritizados e fortificados. Estes, talvez, os mais conhecidos no Brasil, são os tradicionais vinhos do Porto. Sua produção é relativamente simples. Após a prensa, a fermentação é interrompida com a adição de aguardente vínica, o álcool em excesso mata as leveduras, interrompendo o processo, e o resultado é um vinho doce com açúcar residual, fortificado a cerca de 20% de álcool. A seguir, vem o amadurecimento e a escolha do estilo de Porto que se deseja, os mais conhecidos são o Ruby e o Tawny – um mais jovem e frutado, com menos tempo em madeira, e o outro, envelhecido por um tempo maior, de caráter mais austero e maduro, que possui aromas que lembram nozes e frutas secas. Temos também o Colheita, produzido com uvas de uma única safra, o Vintage, produzido apenas em safras excepcionais, e até mais estilos, dependendo do produtor. Outros vinhos doces derivam do método chamado colheita tardia ou late harvest, como observamos nos rótulos destes vinhos. O produtor opta por deixar as uvas na videira várias semanas após a data da colheita, os cachos amadurecem e murcham, desidratando as uvas e concentrando os açúcares. Também há a “passificação”, em que os cachos são colhidos no tempo ideal de maturação e passam por secagem em esteira, dentro de galpões. O resultado é quase uma uva passa, o líquido residual, bastante doce, é extraído para a produção do vinho, processo muito utilizado na Itália - “passito”. Já o botritizado, um estilo difícil e temperamental, depende de uma delicada equação de condições muito específicas de temperatura e umidade presentes na natureza. Nestas condições, os cachos são atacados por um raro fungo, Botrytis Cinerea, que provoca na casca das uvas um finíssimo furo, o qual drena lentamente os líquidos, desidratando a uva num processo natural batizado de “podridão nobre”, uma verdadeira dádiva da natureza. O sumo que sobra nas uvas tem os seus açúcares concentrados, são os vinhos doces mais raros, sofisticados e deliciosos do mundo. Saúde!

Catena Sémillon Doux 2007 Catena Zapata/Argentina (500 ml) Catena Sémillon Doux é um delicioso vinho doce, inspirado nos grandes vinhos de Sauternes, em Bordeaux. As uvas Sémillon, plantadas em altitudes elevadas e atacadas pelo nobre fungo Botrytis Cinerea, são colhidas em três etapas para garantir uma perfeita concentração de açúcar. O resultado é um vinho incrivelmente rico e sedutor, com grande equilíbrio e concentração. Combinações: sobremesas de frutas, tortas cremosas e tiramisù.

Isabel Estate Noble Sauvage 2002 - Wairau Valley/Nova Zelândia (375 ml) Em 2002, as condições climáticas particulares em Wairau Valley resultaram em pequenas parcelas de vinhas com podridão nobre. Com esta seleção especial, foi elaborado este luxuriante vinho, rico e doce, com muito caráter e complexidade.

Você encontra alguns desses fantásticos vinhos no Restaurante Parrilla Pantaneira, em Campo Grande, ou no Restaurante Benedetto, em Dourados.

*Desde 2005, o enófilo Douglas Mamoré Jr. dedica-se exclusivamente ao universo dos vinhos. Seu e-mail é douglas@mistral.com.br

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UD dicas para incrementar sua cozinha

1 1. Caneca, bowl, xícaras e bandejas estampadas com figuras da pop art compõem uma coleção de utilidades para deixar as refeições mais alegres e levar o clima de movimento artístico à mesa. De 59,90 a 89,90 no site www.laris.com.br 2. Prático e seguro, o utensílio Tari, da Gefu by Basic Kitchen, corta com exatidão frutas e legumes em fatias de 5 mm, garantindo agilidade na preparação da refeição. O design anatômico do produto se encaixa perfeitamente à mão, sem o perigo de cortes. Por R$ 199 no site www.doural.com.br 3. Com a máquina de milk shake Disney, da Ariete, é possível preparar a bebida de forma rápida e fácil. Basta misturar leite, sorvete e frutas no grande copo de metal com a carinha do Mickey Mouse e bater o conteúdo no aparelho. Por R$ 274 no site www.shoptime.com.br

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4. Famosa pelas churrasqueiras com tampa, a marca americana Weber lançou um carrinho especialmente para seu modelo de churrasqueira Weber Q. O produto aumenta a segurança durante o uso e facilita a mobilidade da peça. Por R$ 1.100 no site www.spicy.com.br

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5. O Tower Grater da Chef'n tem quatro tamanhos de orifícios e um diferencial: uma base para proteger os dedos quando ralar os alimentos. Na hora de manuseálos, é só escolher qual dos lados quer usar e encaixar a aba de proteção. O conteúdo vai se concentrando dentro do utensílio. Por R$ 110 no site www.utilplast.com.br

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6. Minicaçarolas de cerâmica são opções charmosas de servir pequenas porções aos convidados. Estas, da Hercules Porzellan, também podem ser levadas do forno (convencional ou microondas) direto à mesa. Disponíveis nas cores roxa, branca, vermelha e laranja. De R$ 16 a R$ 37 no SAC: 0800 54 12 595/www.mundial.com

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The Mandala Hotel A cultura do hotel contemporâneo com sofisticação no centro de Berlim Por Júlia de Miranda

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fotos Divulgação

uxo com bom senso e sensibilidade", é assim que definem os responsáveis pelo The Mandala Hotel, Lutz Hesse e Christian Andresen. Localizado em uma das mais descoladas capitais mundiais, o hotel fica próximo à praça que era cortada pelo Muro de Berlim, a famosa Potsdamer Platz. Inaugurado em 1999, o empreendimento é um local para quem busca relaxar em um espaço de 5.000 m². No hotel 5 estrelas, é o hóspede quem decide quais serviços pessoais quer usar, como um personal stylist ou um day by no Spa Ono . Com 157 suítes em um prédio moderno, o visual chique e clean faz com que seus clientes se desprendam da correria diária, cercados pela atenção dos funcionários. Embora esteja situado no centro de Berlim, é possível dormir nos quartos do Mandala com as janelas abertas: a arquitetura das suítes é projetada com uma acústica que diminui os ruídos externos.

O quesito gourmet fica por conta do restaurante Facil do Mandala. Premiado pelos seus pratos, possui apenas 40 lugares. O chef Michael Kempf, adepto da cozinha "light", trabalha com grande paixão e imaginação em suas criaçõe

Os espaços possuem, ainda, cozinha, balcão de bar, televisores de plasma, banheiros espaçosos e internet de alta velocidade. Elegante e modernas, as suítes são, em sua maioria, de cores claras, visando um clima zen na ideia de viver bem

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QIU Lounge O local para passar o início da noite, dominado pelo contraste de cores das enormes luminárias e da cascata d'água em frente a uma parede do mosaico Bisazza. Uma grande variedade de uísques, conhaques, coquetéis exóticos e bebidas podem ser degustados com os petiscos finos servidos no lounge, tudo isso tendo como pano de fundo uma bela vista da capital alemã. Nos dias de semana, um almoço que inclui uma salada, prato principal, bebida (sem álcool) e o café custa apenas € 12

Serviço Diárias a partir de € 270 Endereço: Potsdamer Strasse 310785 Berlim, Tiergarten, Berlim / Alemanha Telefone: +49 (0) 30 590 05 00 00 www.themandala.de welcome@themandala.de

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Spa Ono Em um espaço luxuoso de 600m², o Spa Ono oferece para os hóspedes o Day Spa, um dia inteiro de mimos e relaxamento. Produtos de beleza exclusivos, essências, roupões e chinelos são entregues logo na recepção para quem escolher esse serviço


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Leão e Virgem, tão diferentes, tão necessários " Leão é sol, Virgem é terra, um se abre e o outro se fecha, assim é a dinâmica: um faz a festa e o outro arruma" Por Thereza Christina Silva*

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eão é do elemento fogo. Seu regente é o sol, e só por aí dá para explicar porque leoninos gostam de aparecer. Regidos pelo astro-rei, os leoninos necessitam de luz, de alegria, de festa e, o principal, reconhecimento. O coração é o órgão regido pelo signo; se este falha, não há mais vida. Assim é a atitude leonina para tudo, eles se acham vitais. Mas em compensação, quando são bem resolvidos, são alegres, generosos e felizes. Se não estão bem, aí vem a tirania, o orgulho e a arrogância. Leão pensa assim, caso você não goste dele, você deve ter algum problema. A dinâmica é que ele se faz necessário em tudo, ele tem de ser especial e, se assim for, ele te fará também especial. É o povo que adora a riqueza, adora coisa boa e tem olho para isso: detesta coisa mais ou menos. Para Leão, tem de ser o melhor. Coisa mais deliciosa do mundo é festa de leonino, parece coisa de cinema. Mas não se esqueça que ele é e será sempre a figura principal, não ouse pegar seu brilho, senão ele morde. Depois de tanta energia solar, de tanta pompa, brilho e tal, seguimos com o tímido signo de Virgem, vulgarmente conhecido como o chato, o cricri. Sim, ele é criterioso, ele separa tudo, ele analisa. Porém, alguém tem de fazer isso, então, agradeça aos virginianos pela boa intenção de organizar a bagunça. Virgem é do elemento terra, regido por Mercúrio, regente que divide com Gêmeos. É o povo da funcionalidade, da objetividade, da saúde e do meio ambiente. Quando você quiser ver onde está o defeito, chame

um virginiano, ele tem um faro para ver tudo o que não está na ordem certa das coisas. Sabe aquele povo que olha validade de remédio, que lê bula? Ele vê tudo e depois organiza: isso é bom, isso não é. Por essa razão, o virginiano não costuma entrar em barca furada, pois ele faz uma verdadeira seleção do que presta ou não. O defeito é que, muitas vezes, de tanto analisar, ele se perde. Leão é sol, Virgem é terra, um se abre e o outro se fecha, assim é a dinâmica: um faz a festa e o outro arruma. É por isso que são tão necessários. Imagina se não houvesse um virginiano para ajeitar a bagunça do galinheiro? E se não houvesse um leonino para fazer uma festa? A natureza é perfeita e colocou cada qual com sua função. Leão é brilho, Virgem é funcional; um gosta de ego, já o outro, gosta de servir. Nesta ciranda, o importante é entender que cada qual tem seu glamour necessário.

Dedico este texto às maravilhosas leoninas que enchem a vida de brilho: Maristela Peixoto Vargas, Desirré Mendonça e Carla Gavilan. E aos meus amados virginianos: Edson Castro, Ana Paula Lanza e Wladimir Molina.

*Thereza Christina Silva é jornalista, astróloga, taróloga e professora. E-mail: tecaemaju@hotmail.com Twitter: Teca_Astro Facebook: Tecaemaju

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ilustração diogo santiago

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