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Patricia dos Santos Bopsin Elenara Oliveira Ribas Débora Monteiro da Silva Organizadoras
1ª edição – 2019 Porto Alegre – RS
Os autores e a editora se empenharam para dar os devidos créditos e citar adequadamente a todos os detentores de direitos autorais de qualquer material u lizado neste livro, dispondo-se a possíveis acertos posteriores, caso, involuntária e inadver damente, a iden ficação de algum deles tenha sido omi da. Todas as fotos que ilustram o livro foram autorizadas para publicação e uso cien fico pelos pacientes e/ou familiares na forma de consen mento livre e informado, seguindo as normas preconizadas pela resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde. Diagramação e capa: Formato Artes Gráficas Revisão de Português: Francine Bordin: solucoesuniversitarias14@gmail.com 1ª Edição – 2019 Todos os direitos de reprodução reservados para
MORIÁ EDITORA LTDA. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, em quaisquer formas ou por quaisquer meios (mecânico, eletrônico, fotocópia, gravação, distribuição pela internet ou outros), sem permissão, por escrito, da MORIÁ EDITORA LTDA. Endereço para correspondência: Av do Forte, 1573 Caixa Postal 21603 Vila Ipiranga – Porto Alegre /RS CEP: 91.360-970 – Tel:51.98604.3597 moriaeditora@gmail.com www.moriaeditora.com.br
G943
Guia prá co para segurança do paciente / Organizadoras: Patricia dos Santos Bopsin, Elenara Oliveira Ribas, Débora Monteiro da Silva. Porto Alegre: Moriá, 2019. 255 p.: il. Inclui bibliografia ISBN: 978-85-99238-44-8 1. Segurança do paciente 2. Qualidade da assistência à saúde 3. Prevenção de acidentes 4. Acidentes por quedas 5. Hospitalização I. Bopsin, Patricia dos Santos II. Ribas, Elenara Oliveira III. Silva, Débora Monteiro da NLM WX185 Catalogação na fonte: Rubens da Costa Silva Filho CRB10/1761
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CO PA GUIA PRÁTI
ORGANIZADORAS
Patricia dos Santos Bopsin – Enfermeira. Mestre em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Gestão de Riscos e Segurança Hospitalar pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e em Tecnologias Educacionais para a Práca Docente no Ensino da Saúde na Escola pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Docente do curso de graduação em enfermagem da Faculdade CESUCA. Membro da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP) Núcleo Metropolitano / Polo RS. Consultora em Gestão de riscos e segurança do paciente. Avaliadora da metodologia da Organização Nacional de Acreditação (ONA) através do Ins tuto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS). Elenara Oliveira Ribas – Médica. Especialista em Terapia Intensiva pela Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Pós-graduada em Gestão em Saúde pela escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Ciência da Melhoria pelo Ins tute for Healthcare Improvement (IHI), Expert do Interna onal Society for Quality in Health Care (ISQua). Responsável técnica do Projeto Paciente Seguro pelo Hospital Moinhos de Vento com Ministério da Saúde através do PROADI-SUS. Coordenadora do Hub – Hospital Moinhos de Vento do projeto de melhoria Saúde em Nossas Mãos. Médica da unidade de Gestão de Riscos do Hospital Cristo Redentor. Débora Monteiro da silva – Enfermeira. Mestre em Saúde Cole va – Ênfase em Epidemiologia na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).
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Patricia dos Santos Bopsin, Elenara Oliveira Ribas e Débora Monteiro da Silva (Orgs)
Especialista em Administração dos Serviços de Enfermagem pelo Ins tuto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS) da Pon cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Especialista em Docência em Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Docente da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA – Campus Gravataí, RS) no Curso de Enfermagem e Membro da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP) Núcleo Metropolitano / Polo RS.
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CO PA GUIA PRÁTI
SUMÁRIO
Prefácio ........................................................................................
19
Apresentação ...............................................................................
21
1 Por que eu preciso aprender sobre segurança do paciente? ..
23
2 Segurança do paciente: não é uma intenção, é uma ação..
43
3 Fatores humanos e sua contribuição para melhorar a segurança do paciente ......................................
57
4 Riscos na assistência à saúde: como conhecer e o que fazer? .......................................................
71
5 Cultura de segurança ...........................................................
83
6 Programas clínicos e linha de cuidados ...............................
93
7 IdenƟficação do paciente .................................................... 113 8 Comunicação efeƟva da equipe de saúde ........................... 125 9 Uso seguro de medicamentos ............................................. 143 10 Cirurgia segura ..................................................................... 157 11 Prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) ................................................. 171
XVI Patricia dos Santos Bopsin, Elenara Oliveira Ribas e Débora Monteiro da Silva (Orgs)
12 Prevenção de quedas ........................................................... 185 13 Prevenção de lesão por pressão .......................................... 199 14 Enxergando o cuidado de saúde através dos olhos do paciente .......................................................... 211
15 Equipes de alto desempenho e a uƟlização do programa CUSP (Compreensive Unit-based Safety Program) ............. 221
16 Cuidados para realização segura de exames de imagem no leito ................................................................... 231
17 Jogos ..................................................................................... 249
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CO PA GUIA PRÁTI
APRESENTAÇÃO
Organizar este livro foi um prazer para todas nós e a concreƟzação do projeto que é um pequeno movimento, mas carrega a esperança de contribuir com a segurança do paciente e na formação dos profissionais de saúde. Foi um grande desafio que se tornou leve com a parceria construída com colegas e amigos nacionais e internacionais que admiramos. O trabalho que executam na segurança do paciente e melhoria da qualidade na assistência, na educação de profissionais ou na gestão de serviços está visível nas páginas dos dezesseis capítulos deste livro. Temos certeza de que as informações e os conhecimentos são temporários e o aprendizado é conơnuo, o que nos fez sugerir muitos endereços eletrônicos e outras referências de consulta para que os leitores possam acessar novas visões dos conteúdos e para que construam sua própria percepção dos assuntos abordados. Assim, vamos todos aprendendo juntos pelo caminho e trabalhando na construção de um sistema de saúde mais seguro. Patricia dos Santos Bopsin Elenara Oliveira Ribas Débora Monteiro da Silva
O GUIA PRÁTIC
PARA
1 der Por que eu preciso aprender sobre segurança do paciente? Antônio José de Lima Júnior, Luciana Yumi Ue e Luiza Maria Gerhardt
INTRODUÇÃO Os profissionais da saúde escolhem sua profissão por diversas razões, tais como se espelhar em alguém querido, manter uma cultura histórica familiar, obter oportunidade de emprego, renda e reconhecimento social e, ainda, pelo desejo e necessidade de ajudar as pessoas a manter e recuperar sua saúde, tendo como obje vo a vida com a melhor qualidade possível, mas não o de causar dano aos seus pacientes. Com o obje vo de ra ficar esta premissa, profissionais da saúde de todas as categorias fazem um juramento que inclui, entre outros deveres, o de não causar danos durante a prestação de cuidados. Nesse sen do, compar lham um obje vo, que é o de cuidar do paciente e preservar sua segurança. Na medicina, Hipócrates (460377 a.C.) postulou o princípio Primum Non Nocere, traduzido como “Antes de tudo, não cause dano” (tradução livre),1 e especificamente na enfermagem, Florence Nigh ngale (1820-1910), precursora da enfermagem moderna, qualidade e segurança do paciente, teceu a reflexão “pode parecer talvez um estranho princípio enunciar como primeiro dever de um hospital não causar mal ao paciente”.2,8
O GUIA PRÁTIC
PARA
3 Fatores humanos e sua contribuição para melhorar a segurança do paciente Paulo Jorge dos Santos Sousa, Ana Brito de Azevedo Gomes e Sofia Guerra-Paiva
INTRODUÇÃO A aplicação do conhecimento decorrente da análise dos fatores humanos na melhoria dos processos, na redução do erro/falhas e na melhoria da segurança tem sido muito uƟlizado em organizações de elevada complexidade e onde a confiabilidade é fundamental. São exemplos disso as áreas da aviação, da energia nuclear e da extração de minérios. Os fatores humanos, muitas vezes usados como sinônimo de ergonomia, usam conhecimentos e métodos cienơficos resultantes da interseção entre a psicologia e a engenharia para melhorar o desempenho dos sistemas com vista a reduzir/evitar incidentes que causem dano/desperdício. Aplicado à área da saúde, os fatores humanos têm, essencialmente, dois objeƟvos: apoiar o trabalho psicológico e İsico dos profissionais de saúde e a interação com o “sistema” que os rodeiam e, consequentemente, promover elevados padrões de qualidade e segurança para os pacientes. Neste capítulo, procurou-se abordar, de uma forma pragmáƟca e recorrendo a exemplos, os principais conceitos e práƟcas dos fatores humanos e a sua importância para a área da saúde, em parƟcular para a melhoria da segurança dos pacientes.
O GUIA PRÁTIC
PARA
5 Cultura de segurança Claudia Garcia de Barros e Thais Gallopini Felix
INTRODUÇÃO A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece que os eventos adversos, como ocorrências imprevistas, indesejáveis ou potencialmente perigosas na ins tuição de saúde, representam ainda hoje um problema de saúde pública e, portanto, são um dos maiores desafios globais da Saúde.1 Assim como os acidentes com veículos motores e o câncer de mama, os danos causados durante a assistência têm implicações significa vas de mortalidade, morbidade, qualidade de vida e afetam nega vamente os pacientes no contexto de assistência à saúde e social. Apesar de a segurança do paciente ter avançado de forma significa va desde que o Ins tuto de Medicina dos EUA lançou To Err Is Human: Building a Safer Health System (Errar é humano: construindo um sistema de saúde mais seguro) em 1999, o trabalho para tornar a assistência mais segura para os pacientes ainda representa um desafio. Apesar de várias intervenções terem se mostrado eficazes, a exemplo das infecções hospitalares, a assistência à saúde con nua a operar com baixo grau de confiabilidade, indicando que os pacientes frequentemente sofrem danos evitáveis ou passíveis de serem
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PARA
9 Uso seguro de medicamentos Mário Borges Rosa, Mariana MarƟns Gonzaga do Nascimento e Raissa Carolina Fonseca Cândido
INTRODUÇÃO A prestação de cuidados em saúde envolve uma rede de recursos e procedimentos complexos que proporcionam bene cios significa vos para a saúde dos pacientes, porém, também representam um risco potencial inevitável de ocorrência de incidentes. A ocorrência desses eventos e estratégias para sua prevenção na assistência hospitalar são melhor documentadas, no entanto, ela não se restringe a um ambiente específico de assistência à saúde.1 Entre 1999 e 2013, o número de óbitos causados por eventos adversos relacionados à assistência à saúde foi a terceira causa de mortes nos Estados Unidos, resultando em mais de 251 mil óbitos por ano.2 Em 2016, no Brasil, es mou-se que eventos adversos são a quinta causa de mortes no país, sendo superados apenas pelas doenças dos aparelhos circulatório e respiratório, neoplasias e causas externas.3 Essas esta s cas sobre mortes causadas por eventos adversos relacionados a assistência,2,3 baseadas em projeções de estudos realizados em um número limitado de hospitais, têm sido contestadas pelas fragilidades da metodologia u lizada e a validade de tais extrapolações para grandes populações.4 Contudo, é consenso que os eventos adversos relacionados a assistência são im-
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PARA
11 Prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) Camila Piuco Preve, Ana Paula Amestoy de Oliveira e Fabiano Ramos
INTRODUÇÃO As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são consideradas os eventos adversos em saúde mais frequentes em todo o mundo. Estes eventos representam um grave risco para a segurança do paciente e seu impacto pode resultar em internações prolongadas, incapacidades sicas e psicológicas a longo prazo, resistência de microrganismos a agentes an microbianos, elevados custos ao sistema de saúde, bem como para o paciente e sua rede de apoio e impactos na mortalidade desse indivíduo.1-3
O QUE SÃO AS IRAS? As IRAS podem ser definidas como infecções que ocorrem em pacientes durante o processo de assistência em uma unidade de saúde e que não estavam presentes ou incubadas no momento da admissão. Também estão incluídas as infecções adquiridas na ins tuição de saúde, mas que surgem após a alta, e também infecções ocupacionais entre os profissionais de saúde. O termo IRAS subs tui