Instituições de Longa Permanência para Idosos: gerenciamento e assistência

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Revisão Técnica: Letice Dalla Lana

Porto Alegre / RS 2020


Os autores e a editora se empenharam para dar os devidos créditos e citar adequadamente a todos os detentores de direitos autorais de qualquer material u lizado neste livro, dispondo-se a possíveis acertos posteriores, caso, involuntária e inadver damente, a iden ficação de algum deles tenha sido omi da. Todas as fotos que ilustram o livro foram autorizadas para publicação e uso cien fico pelos pacientes e/ou familiares na forma de consen mento livre e informado, seguindo as normas preconizadas pela resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde. Diagramação: Formato Artes Gráficas Capa: Formato Artes Gráficas Revisão de Português: Annelise Silva da Rocha – annelisesr@gmail.com Revisão Técnica: Le ce Dalla Lana 1ª Edição – 2020 Todos os direitos de reprodução reservados para

É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, em quaisquer formas ou por quaisquer meios (mecânico, eletrônico, fotocópia, gravação, distribuição pela internet ou outros), sem permissão, por escrito, da MORIÁ EDITORA LTDA. Endereço para correspondência: Av do Forte, 1573 Caixa Postal 21603 Vila Ipiranga – Porto Alegre /RS CEP: 91.360-970 – Tel:51.98604.3597 moriaeditora@gmail.com www.moriaeditora.com.br I59

Ins tuições de longa permanência para idosos: gerenciamento e assistência / organizadores: Maria Cris na Sant’Anna da Silva, Iride Cristofoli Caberlon. - Porto Alegre: Moriá, 2020. xii, 288 p.: il. Inclui bibliografia e índice remissivo ISBN : 978-85-99238-57-8 1. Cuidados de enfermagem 2. Enfermagem geriátrica 3. Instuição de longa permanência para idosos I. Silva, Maria Cris na Sant’Anna II. Caberlon, Iride Cristofoli NLM WY152 Catalogação na fonte: Rubens da Costa Silva Filho CRB10/1761


Autores

Amábile Rodrigues de Souza Milani – Enfermeira. Residente do Programa de Residência Mul disciplinar com ênfase na Saúde do Adulto/Idoso na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA, Canoas). Andreia Ribeiro Mirandola – Enfermeira e Educadora Física. Mestrado em Gerontologia Biomédica pela Pon cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Especialização em Saúde da Família e Comunidade no Programa de Residência Mul profissional pela PUCRS. Master líder do Programa Assumindo o Controle de sua Saúde OPAS. Membro do Departamento Cien fico de Enfermagem Gerontológica da ABEN-RS. Membro do Grupo de Interesse em Enfermagem Gerontológica da SBGG-RS. Ana Karina Silva da Rocha Tanaka – Enfermeira. Doutorado e Mestrado em Gerontologia Biomédica pela Pon cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Docente na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Membro da Associação Brasileira de Enfermagem e da diretoria da Sociedade Brasileira de Enfermagem Dermatológica (SOBENDE-RS). Membro do Departamento Cien fico de Enfermagem Gerontológica da ABEN-RS. Membro do Grupo de Interesse em Enfermagem Gerontológica da SBGG-RS. Cláudia Regina Mastrascusa Espíndola – Enfermeira. Habilitação em Enfermagem em Saúde Pública (UFRGS). Especialização em Formação Pedagógica (Faculdade QI). Docente da Factum Ensino Técnico e Faculdade. Coordenadora do Departamento de Fiscalização do COREN-RS. Daniela da Silva Schneider – Enfermeira. Mestrado em Enfermagem. Coordenadora do Curso de Enfermagem e Tutora do Programa de Residência Multidisciplinar Adulto/Idoso da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA, Canoas). Edimar Barbosa Silveira – Enfermeiro. Mestrando em Biociências da Inclusão e Reabilitação pelo Centro Universitário Instituto Portoalegrense (IPA Metodista). Docente da Faculdade Factum. Enfermeiro assistencial da Fundação de Proteção do Estado do Rio Grande do Sul no Abrigo Cônego Paulo de Nadal. Membro do Departamento Científico de Enfermagem Gerontológica da ABEN-RS. Membro do Grupo de Interesse em Enfermagem Gerontológica da SBGG-RS.


vi Autores Fernanda Schommer Stein – Enfermeira. Residente vinculada ao Programa de Residência Mul disciplinar com ênfase na Saúde do Adulto/Idoso da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA, Canoas). Iride Cristofoli Caberlon – Enfermeira. Doutorado em Gerontologia Biomé ca pela Pon cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Gerontologia Titulada pela SBGG. Especialista em Enfermagem Gerontológica pela ABEN. Atuou como docente do Curso de Enfermagem da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA, Gravataí). Presidente da ABENRS, Gestão 2016-2019. Membro do Departamento Cien fico de Enfermagem Gerontológica da ABEN-RS. Membro do Grupo de Interesse em Enfermagem Gerontológica da SBGG-RS. Larissa Borges da Silva – Enfermeira. Residente vinculada ao Programa de Residência Mul disciplinar com ênfase na Saúde do Adulto/Idoso da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA, Canoas). Experiência em Unidade de Internação Clínica e Cirúrgica. LeƟce Dalla Lana – Enfermeira. Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestrado em Gerontologia Biomédica pela Pon cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Docente do Curso de Enfermagem pela Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA, Uruguaiana). Especialização pelo Programa de Residência Mul profissional da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Membro do Departamento Cien fico de Enfermagem Gerontológica da ABEN-RS. Lúcio Rodrigo Lucca de Camargo – Enfermeiro. Especialização em Auditoria em Saúde (SEG). Mestre em Reabilitação e Inclusão (IPA). Docente da Factum Ensino Técnico e Faculdade. Coordenador Adjunto do Departamento de Fiscalização do COREN-RS. Membro do Departamento Cien fico de Enfermagem Gerontológica da ABEN-RS. Luiza Maria Gerhardt – Enfermeira. Doutorado em Enfermagem. Docente da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Luiz Gustavo Fernandes da Rosa – Enfermeiro. Residência no Programa de Residência Mul disciplinar com ênfase em Saúde Comunitária da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA, Canoas). Mestrando em Promoção da Saúde, Desenvolvimento Humano e Sociedade (ULBRA, Canoas). Membro do Departamento Cien fico de Enfermagem Gerontológica da ABEN-RS. Membro do Grupo de Interesse em Enfermagem Gerontológica da SBGG-RS. Margarita Ana Rubin Unicovsky – Enfermeira. Doutorado em Gerontologia Biomédica Pela Pon cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestrado em Educação. Docente Associada III da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Licenciada e Bacharelada em História Natural. Organizadora Geral do Programa Atualização em Enfermagem - PROENF Urgência e Emergência do SECAD. Membro do Departamento Cien fico de Enfermagem Gerontológica da ABENRS. Membro do Grupo de Interesse em Enfermagem Gerontológica da SBGG-RS. Maria CrisƟna Sant’Anna da Silva – Enfermeira e Educadora Física. Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Gerontologia Titulada pela SBGG. Especialização em Gerontologia Social pela Pon cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Presidente do Departamento de Gerontologia da


Autores vii SBGG-RS, gestão 2018-2020. Coordenadora do Departamento Cien fico de Enfermagem Gerontológica da ABEN-RS. Experiência como enfermeira assistencial em internação hospitalar geriátrica do Hospital São Lucas da PUCRS e como docente da disciplina de Saúde do Idoso no Curso de Enfermagem da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA, Gravataí). Maria Helena Gehlen – Enfermeira. Doutorado em Gerontologia Biomédica pela Pon cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestrado em Educação. Especialização em Enfermagem e Saúde do Idoso. Especialização em Educação Inclusiva com ênfase nas necessidades de aprendizagem da pessoa idosa. Coordenadora do laboratório de ensino clínico de enfermagem. Docente no Curso de Enfermagem da Universidade Franciscana (UFN). Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Empreendedorismo Social da Enfermagem e Saúde (GEPESES) da UFN. Marília Judiths Souza Silva – Enfermeira. Especialização em Geriatria e Gerontologia pelo Hospital Moinhos de Vento (HMV) e em Administração dos Serviços de Enfermagem pelo Ins tuto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS). Coordenadora de educação con nuada do Hospital Universitário de Canoas - RS. Membro do Departamento Cien fico de Enfermagem Gerontológica da ABEN-RS. Membro do Grupo de Interesse em Enfermagem Gerontológica da SBGG-RS. Miria Elisabete Bairros de Camargo – Enfermeira. Mestrado em Educação. Coordenadora do Programa de Residência Mul disciplinar, Tutora de Campo e Professora do Curso de Enfermagem da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA Canoas). Membro do Departamento Cien fico de Enfermagem Gerontológica da ABEN-RS. Membro do Grupo de Interesse em Enfermagem Gerontológica da SBGG-RS. Naiana Oliveira dos Santos – Enfermeira. Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialização em Gestão de Organização Pública em Saúde e em Saúde Cole va. Docente no Curso de Enfermagem da Universidade Franciscana (UFN), vice-líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Empreendedorismo Social da Enfermagem e Saúde (GEPESES) da UFN. Odete Teresinha Portela – Enfermeira. Doutorado em Ciências da Saúde pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialização em Tratamento Intensivo e Nefrologia. Renata Simionato – Enfermeira. Residente vinculada ao Programa de Residência Mul disciplinar com ênfase Saúde do Adulto/Idoso da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) e ao Hospital Universitário de Canoas - RS. Enfermeira na unidade de Nefrologia do Hospital São Paulo da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Rodolpho César Cardoso de Paula – Enfermeiro. Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal Fluminense. Enfermeiro Intensivista do Ins tuto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. Fiscal do COREN-RJ. Membro dos Grupos de Pesquisa NEPEG/GESAE. Rômulo Delvalle – Enfermeiro. Mestrado Profissional em Enfermagem Assistencial pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Especialista em Gerontologia Titulado pela SBGG. Especialização em Gerontologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Coordenador do Departamento Cien fico de Enfermagem Gerontológica da ABEN-RJ. Técnico Pericial do Grupo de Apoio Técnico Especializado do Ministério Público


viii Autores do Estado do Rio de Janeiro. Professor da Pós-Graduação em Enfermagem Dermatológica da Universidade Estácio de Sá. Diretor-secretário do Grupo Internacional Tríplice Aliança. Rosimere Ferreira Santana – Enfermeira. Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Docente da Universidade Federal Fluminense (UFF). Líder dos Grupos de Pesquisa NEPEG/GESAE. Bolsista de Produ vidade PQ-2/CNPq. Rosmari WiƩmann Vieira – Enfermeira. Doutorado em Gerontologia Biomédica pela Poncia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestrado em Ciências Médicas e Especialização em Saúde Pública pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Membro do Laboratório de Pesquisa em Bioé ca e É ca na Ciência e do Núcleo de Estudos Interdisciplinares em Saúde e Espiritualidade. Par cipou da diretoria da ABEnRS. Membro do Departamento Cien fico de Enfermagem Gerontológica da ABEN-RS. Membro do Grupo de Interesse em Enfermagem Gerontológica da SBGG-RS. Sirlei Rejane Fraga da Silveira – Técnica de Enfermagem. Coordenadora da Polí ca de Saúde do Idoso do município de Canoas. Membro do Departamento Cien fico de Enfermagem Gerontológica da ABEN-RS. Membro do Grupo de Interesse em Enfermagem Gerontológica da SBGG-RS. Silomar Ilha – Enfermeiro. Doutorado em Enfermagem. Especialização em Gerontologia e em Urgência, Emergência e Trauma. Docente da Universidade Franciscana (UFN). Coordenador do Programa de Residência Profissional em Enfermagem na Urgência/Trauma da UFN. Vice-Presidente da Associação Brasileira de Enfermagem, núcleo Santa Maria (ABEnSM). Pesquisador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Empreendedorismo Social da Enfermagem e Saúde (GEPESES) da UFN. Vanessa Baggioto – Enfermeira. Especialização em Administração Hospitalar e Negócios em Saúde. MBA em Auditoria em Saúde. Membro do Departamento Cien fico de Enfermagem Gerontológica da ABEN-RS. Membro do Grupo de Interesse em Enfermagem Gerontológica da SBGG-RS. Vanessa Dutra Prestes Lopes – Enfermeira. Especialização em Docência em Enfermagem. Atuou como Preceptora de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (FADERGS). Membro do Departamento Cien fico de Enfermagem Gerontológica da ABEN-RS. Membro do Grupo de Interesse em Enfermagem Gerontológica da SBGG-RS. Vera Catarina CasƟglia Portella – Enfermeira. Livre Docência em Administração de Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Doutorado em Informá ca na Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestrado em Administração pela UFRGS. Docente da Escola de Enfermagem da UFRGS, Departamento Médico-Cirúrgico (DEMC). Willi Wetzel Júnior – Enfermeiro. Mestrando no Programa Mestrado Profissionalizante em Saúde da Mulher, Criança e Adolescente da Universidade Católica de Pelotas (UCPEL). Especialização Mul profissional em Saúde da Família pela UCPEL. Especialização em Educação Profissional na Área da Saúde: Enfermagem pela UCPEL. Especialização em Farmacologia Clínica pela UCPEL. Sócio proprietário da Quinta Urbana Hotelaria Ocupacional Assis da para Idosos.


Sumário

Prefácio ................................................................................

13

Apresentação .......................................................................

15

1 Avaliação inicial e sistemá ca de residentes .................. 19 2 Aspectos da comunicação na assistência ....................... 23 3 Socialização e mobilidade .............................................. 47 4 Alimentação e hidratação............................................... 57 5 Eliminações .................................................................... 73 6 Higiene e conforto .......................................................... 97 7 Segurança de residentes ................................................ 117 8 Prevenção da hospitalização do

residente com síncope ................................................... 147

9 Sintomas psicológicos e comportamentais

na demência ................................................................... 157

10 Cuidados palia vos ........................................................ 177 11 Gerenciamento da assistência de enfermagem ............. 197


xii Sumário

12 Registros de enfermagem .............................................. 207 13 Boas prá cas nas ro nas e fluxos................................... 221 14 O uso de medicamentos................................................. 239 15 Dimensionamento de pessoal ........................................ 257 16 Fiscalização do exercício profissional de enfermagem ... 271 Índice remissivo ................................................................... 283


1 Avaliação inicial e sistemática de residentes Rômulo Delvalle e Rosimere Ferreira Santana

INTRODUÇÃO A avaliação inicial e sistemáƟca dos idosos insƟtucionalizados é de suma importância, porém frequentemente esquecida pelas equipes mulƟdisciplinares, que por estarem, muitas vezes, imersas em outras aƟvidades, acabam por não dar a devida atenção a ela. Aqui focaremos nestas avaliações oferecendo sugestões de periodicidade de reavaliações e de modelos para serem uƟlizados no dia a dia dos atendimentos nas ILPIs.

AVALIAÇÃO INICIAL A avaliação inicial, como o nome já sugere, deve, preferencialmente, ser realizada na admissão do idoso na ILPI e, se possível, conduzida na presença do familiar ou de alguém próximo para que, assim, informações relevantes sobre a situação do idoso possam ser coletadas e validadas. Para que a avaliação seja considerada eficaz, ela deve uƟlizar escalas geronto-


3 Socialização e mobilidade Andrea Ribeiro Mirandola e Maria Cristina Sant’Anna da Silva

INTRODUÇÃO Envelhecimento saudável é o processo de desenvolver e manter a capacidade funcional e a autonomia por mais tempo possível, o que favorece o bem-estar e a qualidade de vida do indivíduo.1 A capacidade funcional é definida como a ap dão do idoso para realizar determinada tarefa que lhe permita cuidar de si mesmo e ter uma vida independente e autônoma. A funcionalidade do idoso é determinada por seu grau de independência e pode ser avaliada por instrumentos específicos.2 A autonomia é a habilidade de controlar, lidar e tomar decisões pessoais sobre como viver de acordo com suas próprias regras, atributo importante na vida de idosos.3 O processo de envelhecimento pode provocar enfermidades e perdas que prejudicam a capacidade funcional. Porém, o conjunto de condições relacionadas ao envelhecimento varia bastante, assim como os padrões de autonomia


5 Eliminações Amábile Rodrigues de Souza Milani, Daniela da Silva Schneider, Fernanda Schommer Stein e Renata Simionato

INTRODUÇÃO As eliminações realizadas pelo organismo (gás carbônico, urina, suor, fezes, entre outros) são processos naturais e roƟneiros para o descarte do resíduo tóxico, deixado pelo processo normal de metabolização das diversas substâncias ingeridas nos alimentos, aspiradas na respiração ou mesmo injetadas por aplicações diversas (como medicamentos, vacinas, complementos alimentares, adesivos medicinais, cremes para a pele, etc.).¹ Não havendo quadro de debilidade, diagnóstico de alguma doença relacionada aos processos eliminatórios naturais, ou ainda a utilização prolongada de medicação, eliminar as substâncias tóxicas pelo organismo deve ser uma função diária e rotineira, e que não pode gerar malestar, dores, coceiras, ardências ou qualquer outro tipo de desconforto.²


8 Prevenção de hospitalização do residente com síncope Maria Helena Gehlen, Naiana Oliveira dos Santos e Silomar Ilha

INTRODUÇÃO As pessoas idosas cons tuem 7,4 % da população brasileira. Com o aumento da expecta va de vida e longevidade, em 2011, es mou-se que, em 2060, os idosos irão constuir 26,8%. Na longevidade, a heterogeneidade entre os idosos é marcante e progressiva durante o processo de envelhecimento.1 Os processos sindrômicos e as doenças são mais frequentes, e 90% dos idosos as têm, mas nem sempre estão associadas à dependência funcional.2 Diante disto, o processo de envelhecimento individual apresenta estreita associação com o surgimento das síndromes geriátricas, doenças e manifestações clínicas complexas de curta duração como a síncope, que compromete os sistemas funcionais do idoso e ocasiona dependência de cuidados, fragilização, ins tucionalização e hospitalização.3 A condição de saúde do idoso com síncope é relacionada à promoção da vitalidade e no rastreio precoce da vul-


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