Urgência e Emergência na prática de enfermagem - 2 volumes

Page 1


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA PRÁTICA DE ENFERMAGEM

ORGANIZADORES: Márcio Neres dos Santos Odon Melo Soares

VOLUME I 1ª edição Porto Alegre/RS 2014

1


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem Os autores e a editora se empenharam para dar os devidos créditos e citar adequadamente a todos os detentores de direitos autorais de qualquer material utilizado neste livro, dispondo-se a possíveis acertos posteriores caso, involuntariamente e inadvertidamente, a identificação de algum deles, tenha sido omitida. Todas as fotos que ilustram o livro foram autorizadas para publicação e uso científico pelos pacientes e/ou familiares na forma de consentimento livre e informado, seguindo as normas preconizadas pela resolução 196 / 96, do Conselho Nacional de Saúde. Diagramação/Capa: Alvaro Lopes - Publikmais Revisão de Português: Suliani Editografia 1ª Edição / 2014

Todos os direitos de reprodução reservados para MORIÁ EDITORA LTDA. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, em quaisquer formas ou por quaisquer meios (mecânico, eletrônico, fotocópia, gravação, distribuição pela internet ou outros), sem permissão, por escrito, da MORIÁ EDITORA LTDA. Rua: Aracy Fróes, 258 / 902 Bloco XI - Jardim Itu Sabará Porto Alegre /RS - CEP: 91.210-230 Tel./Fax 51.3351.2361 moriaeditora@gmail.com www.moriaeditora.com.br

U75 Urgência e emergência na prática de enfermagem / organizadores: Marcio Neres dos Santos, Odon Melo Soares. - Porto Alegre: Moriá, 2014. 1632p.2 v: il;17x24 Bibliografia ISBN 978-85-99238-11-0 1. Enfermagem em emergência 2. Cuidados de enfermagem 3. Gestão em saúde 4. Serviço hospitalar de emergência I. Santos, Marcio Neres dos II. Soares, Odon Melo III. Título NLM WY154 Catalogação na fonte: Rubens da Costa Silva Filho CRB10/1761

2


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

ORGANIZADORES Márcio Neres dos Santos – Enfermeiro. Doutorando em Biologia Celular e Molecular pelo PPGBioSaúde da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Mestre em Educação pelo PPGEdu da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Especialista em Recursos Físicos e Tecnológicos em Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública-Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ). Especialista em Auditoria em Saúde pela Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas (FACISA/CELER). Orientador do Programa de Residência Integrada em Saúde - Ênfase Atenção ao Paciente Crítico do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Docente do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento (IEP/HMV) e do Centro de Educação Tecnológica e Pesquisa em Saúde (GHC/ MS). Docente convidado do Curso de Especialização em Enfermagem em Urgência e Emergência Adulto e Pediátrica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Curso de Especialização em Enfermagem em Urgência e Emergência da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Instrutor do Advanced Trauma Care for Nurses (ATCN). Assistente de Coordenação do Serviço de Emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC).

Odon Melo Soares - Enfermeiro. Especialista Enfermagem em Terapia Intensiva pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Docente convidado do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento (IEP/HMV) e do Curso de Especialização em Enfermagem em Urgência e Emergência Adulto e Pediátrica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Enfermeiro do Serviço de Terapia Intensiva no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e do Serviço de Emergência do Hospital Cristo Redentor (HCR/GHC).

3


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

COLABORADORES Adilson Adair Boes – Enfermeiro. Mestrando em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Especialista em Enfermagem em Emergência pelo Centro Universitário São Camilo. Especialista Enfermagem em Terapia Intensiva pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Docente da Universidade Feevale nos cursos de graduação em Enfermagem e Tecnologia em Gestão Hospitalar. Instrutor do Advanced Trauma Care for Nurses (ATCN). Enfermeiro do Hospital Cristo Redentor/Grupo Hospitalar Conceição (HCR/GHC). Adriana Aparecida Paz – Enfermeira. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pesquisadora do Grupo Interdisciplinar de Saúde Ocupacional (GISO/UFRGS). Professora do curso de bacharelado em Enfermagem da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Adriana Dewes Presser – Enfermeira. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva pela UNISINOS. Docente da Faculdade EST nos cursos de graduação em Teologia e Musicoterapia. Docente da Instituição Sinodal de Assistência Educação e Cultura (SINODAL) no curso Técnico em Enfermagem. Adriana Roloff – Enfermeira. Mestre em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Especialista em Gerenciamento em Enfermagem pelo Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS). Docente da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) no curso de graduação em Enfermagem. Alexandra Jochims Kruel – Administradora Hospitalar. Doutora e Mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Saúde Pública pela Faculdade de Medicina (FAMED/UFRGS). Administradora na Gerência de Pacientes Externos do Hospital Nossa Senhora da Conceição/Grupo Hospitalar Conceição (HNSC/GHC). Docente da Escola GHC. Membro do Comitê de Ética em Pesquisa do HNSC/GHC. 4


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem Altair Oliveira de Melo – Acadêmico de Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Amanda Bierhals Bausch – Enfermeira. Residente do Programa de Residência Integrada em Saúde com ênfase em Atenção ao Paciente Crítico – pelo Grupo Hospitalar Conceição (RIS/GHC). Ana Cláudia Coelho – Fisioterapeuta. Doutoranda em Ciências Pneumológicas e Mestre em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Fisioterapia Hospitalar do Adulto pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Especialista na modalidade Residência em Fisioterapia Pulmonar pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Fisioterapeuta do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Ana Cristina Anzolin Bordin – Enfermeira. Especialista em Terapia Intensiva pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Enfermeira Assistencial do Centro de Terapia Intensiva do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Membro efetivo da Comissão de Segurança do Paciente e da Sistematização da Assistência de Enfermagem do Hospital São Lucas da PUCRS. Andiara Cossetin – Enfermeira. Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Sanitarista pelo Programa de Residência Integrada em Saúde com ênfase em Atenção Básica em Saúde Coletiva, na Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul. Especializanda em Formação Integrada Multiprofissional em Ensino e Educação da Saúde pela Faculdade de Educação da UFRGS. Coordenadora do Curso Técnico em Enfermagem da Escola GHC/IFRS. Andrea Cornelia Augustin – Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde – Cardiologia pelo Instituto de Cardiologia – Fundação Universitária de Cardiologia. Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica pela Faculdade de Enfermagem Luiza de Marillac. Enfermeira assistencial do Serviço de Hemodinâmica do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Andrea da Rosa Jardim – Enfermeira. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Especializanda em Formação 5


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem Integrada Multiprofissional em Ensino e Educação da Saúde pela Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Docente do Curso Técnico em Enfermagem e do Curso de Especialização em Saúde Mental da Escola GHC/IFRS. Enfermeira assistencial do Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição (SSC/GHC). Andrea Pereira Regner – Médica. Doutora em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica. Especialista em Medicina de Urgência pela Associação Médica Brasileira. Especialista em Gestão da Clínica nas Redes Metropolitanas de Atenção à Saúde, com ênfase na linha de cuidado em Urgência-Emergência, pelo Hospital Sírio Libanês. Professora Adjunta no Curso de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular Aplicado à Saúde da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Membro da Rede Brasileira de Cooperação em Emergências (RBCE). Assistente Técnica da Assessora de Planejamento e Programação (ASSEPLA) da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre. Ângela da Silva Lupi Ferraz – Enfermeira. Especialista em Gerenciamento de Serviços de Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Enfermagem em Cardiologia pelo Instituto de Cardiologia - Fundação Universitária de Cardiologia. Enfermeira assistencial da Unidade de Pronto Atendimento Moacyr Scliar (UPA Zona Norte-Porto Alegre/RS). Beatriz Azambuja Baptista – Enfermeira. Enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Cristo Redentor (HCR/GHC). Betina Franco – Especialista em Enfermagem em Cardiologia. Enfermeira Assistencial do Serviço de Emergência do HCPA. Membro da Comissão do Processo de Enfermagem (COPE) do HCPA. Carine Paim da Silva Martins – Enfermeira. Especialista em Saúde Pública. Assistente de Coordenação da Gerencia de Internação do Hospital Nossa Senhora da Conceição/Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Carla Teles Escobar – Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva pela UNISINOS e Universidade Corporativa Mãe de Deus.

6


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem Carmem Eulalia Pozzer – Enfermeira. Especialista em Bloco Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização pela SOBECC. Gerente de Esterilização de Produtos de Saúde da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Cássia Maria Frediani Morsch – Enfermeira. Doutora em Ciências Médicas e Mestre em Medicina (Nefrologia) pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Docente convidada do Curso de Especialização em Enfermagem em Nefrologia da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EEUFRGS). Docente coordenadora do Curso de Extensão em Enfermagem em Nefrointensivismo pela EEUFRGS. Enfermeira Referência em Terapia Renal Substitutiva em Terapia Intensiva, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Charlene Garcia Pires – Enfermeira. Residente do Programa de Residência Integrada em Saúde com ênfase em Atenção ao Paciente Crítico – pelo Grupo Hospitalar Conceição (RIS/GHC). Christian Negeliskii – Enfermeiro. Doutorando e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPENF/UFRGS). Docente da Universidade Feevale no curso de graduação em Enfermagem e da especialização em Terapia Intensiva. Enfermeiro do Gerenciamento de Risco do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Claudia Severgnini Eugênio – Enfermeira. Residente do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde com ênfase em Atenção ao Paciente Crítico pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Cristiane Ferraz Quevedo de Mello – Assistente Social. Mestre em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Especialista em Informação Científica e Tecnológica em Saúde pela Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ). Especializanda em Formação Integrada Multiprofissional em Ensino e Educação da Saúde pela Faculdade de Educação da UFRGS. Preceptora do Programa de Residência Integrada em Saúde com ênfase em Atenção ao Paciente Crítico – pelo Grupo Hospitalar Conceição (RIS/GHC). Assistente Social

7


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem do Serviço de Emergência do Hospital Cristo Redentor (HCR/GHC) e do Serviço de Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Daniela da Motta Esteves – Enfermeira. Mestranda em Ensino na Saúde pela Faculdade de Medicina (FAMED) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Saúde Pública com ênfase em PSF pelo Centro Universitário São Camilo. Especialista em Gestão da Atenção à Saúde do Idoso pelo Centro de Educação Tecnológica e Pesquisa em Saúde/Escola GHC e IFRS. Especializanda em Formação Integrada Multiprofissional em Ensino e Educação da Saúde pela Faculdade de Educação da UFRGS. Enfermeira assistencial da Unidade de Pronto Atendimento Moacyr Scliar (UPA Zona Norte). Daniéli Busanello Krob – Bacharel em Musicoterapia. Mestranda em Teologia Prática pelo Programa de Pós-Graduação em Teologia da Faculdade EST. Integrante do Núcleo de Pesquisa de Gênero (NPG) da Faculdade EST. Bolsista do CNPq. Débora Feijó Villas Bôas Vieira – Enfermeira. Doutora Epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora Adjunta da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora Assistente do Serviço de Enfermagem em Terapia Intensiva do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Débora Monteiro da Silva – Enfermeira. Mestre em Saúde Coletiva – ênfase em Epidemiologia, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especialista em Administração dos Serviços de Enfermagem pelo Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS). Docente da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) no curso de Graduação em Enfermagem. Débora Rosilei Miquini de Freitas Cunha – Enfermeira. Mestranda em Saúde Coletiva pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especialista em Gerenciamento dos Serviços de Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Saúde Pública pelo Instituto Brasileiro de Pós-Graduação (IBEPEX). Especialista em Gestão de Risco e Segurança Hospitalar pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Enfermeira assistencial do Serviço de Emergência do Hospital Mãe de Deus. 8


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e do Curso de Pós-Graduação lato sensu do Instituto de Cardiologia – Fundação Universitária de Cardiologia. Enaura Helena Brandão Chaves – Enfermeira. Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Especialista em Administração Hospitalar pela Faculdade Porto-Alegrense de Ciências Contábeis e Administrativas (FAPA). Especialista em Enfermagem na Saúde do Adulto pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Docente Adjunto da área de Administração em Enfermagem no Curso de Graduação em Enfermagem da EEUFRGS. Chefe do Serviço de Enfermagem em Terapia Intensiva do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Fabiana de Moura e Souza – Assistente Social. Sanitarista pelo Programa de Residência Integrada em Saúde com ênfase em Dermatologia Sanitária, na Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul. Residente do Programa de Residência Integrada em Saúde com ênfase em Atenção ao Paciente Crítico – pelo Grupo Hospitalar Conceição (RIS/GHC). Fabiana de Oliveira Chaise – Fisioterapeuta. Mestranda em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista na modalidade Residência em Atenção ao Paciente Crítico pelo Programa de Residência Integrada em Saúde no Grupo Hospitalar Conceição (RIS/GHC). Fabiano De Faveri – Enfermeiro. Mestrando em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especialista em Oncologia Básica e Clínica pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Docente do curso de graduação em Enfermagem da Faculdade Fátima. Enfermeiro da Gestão da Qualidade do Hospital do Círculo. Fabiano Pinheiro de Lemos Masson – Fisioterapeuta. Mestre em Ciências da Saúde: Ortopedia e Traumatologia pela Universidade de São Paulo (USP). Fisioterapeuta do Serviço de Emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Fábio Silva da Rosa – Enfermeiro. Especialista em Terapia Intensiva (UNISINOS) e Dinâmica e Gestão de Grupos (SBDG). Atua no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre. 10


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem Fernanda Machado Kutchak – Fisioterapeuta. Mestre em Medicina: Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Fisioterapia Pneumofuncional pelo Instituto Metodista de Porto Alegre (IPA). Docente da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) no curso de graduação em Fisioterapia. Fisioterapeuta da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Cristo Redentor (HCR/GHC). Fernanda Zanoto Kraemer – Enfermeira. Mestre em Epidemiologia pela Faculdade de Medicina (FAMED) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Gerenciamento dos Serviços de Enfermagem pela Escola de Enfermagem da UFRGS. Assistente de Coordenação da Gerência de Pacientes Externos do Hospital Cristo Redentor (HCR/GHC). Fernando Esteves Fernandes – Médico. Residência em Medicina de Emergência pelo Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS). Gerente médico da Emergência do Hospital Divina Providência. Fernando Starosta de Waldemar – Médico. Residência em Medicina de Emergência pelo Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS). Residência em Clínica Médica pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC). MBA em Gestão em Saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Médico da Comissão de Gerenciamento de Risco do HNSC. Coordenador de Medicina Hospitalar do Hospital Getúlio Vargas. Flavia Moraes Silva – Nutricionista. Doutoranda e Mestre em Endocrinologia e Metabolismo pelo Programa de Pós-Graduação em Endocrinologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Terapia Nutricional Parenteral e Enteral pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Docente convidada do curso de Especialização em Nutrição Clínica: Doenças Cardiovasculares do Instituto de Cardiologia/Fundação Universitária de Cardiologia, e do curso de Especialização em Nutrição Clínica e Estética, Nutrição Clínica Personalizada e em Psicologia e Reeducação do Comportamento Alimentar do Instituto de Pesquisa, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS). Nutricionista Clínica do Serviço de Emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Gerson Salles Machado – Enfermeiro. Aperfeiçoamento em Educação. Enfermeiro assistencial da Unidade de Terapia Intensiva do Hos11


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem pital Universitário Miguel Riet Correa Jr./Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Gilmara Odete Staudt – Enfermeira. Especialista em Auditoria em Serviços de Saúde pela Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas (FACISA/CELER). Enfermeira assistencial do Serviço de Emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Gilnei Luiz da Silva – Enfermeiro. Especialização em Terapia Intensiva pela Associação Moinhos de Vento. Especialista em Gestão da Clínica nas Redes Metropolitanas de Saúde – Urgência/Emergência pelo Hospital Sírio-Libanês. Enfermeiro assistencial da Emergência do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS). Gladis Jung – Enfermeira. Doutoranda e Mestre em Engenharia de Produção pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Saúde do Idoso pelo Instituto de Terapias Integradas de Porto Alegre. Especialista em Administração Hospitalar pelo Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IACHS). Membro da equipe do Projeto de Integração das informações de Saúde do Município de Porto Alegre (INFOREDE) do Departamento Gerência de Tecnologia de Informações (GTI). Gleide Simas Custódio Khan – Enfermeira e Administradora. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Especialista em Gestão Hospitalar pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Especialista em Hotelaria Hospitalar pelo Centro Universitário Metodista (IPA). Gerente adjunto da Gerência de Pacientes Externos do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Gracieli Nadalon Deponti – Fisioterapeuta. Mestre em Ciências Pneumológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista modalidade Residência em Terapia Intensiva pelo Programa de Residência Integrada em Saúde no Grupo Hospitalar Conceição (RIS/GHC). Preceptora da Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do RS, ênfase em Atenção Básica em Saúde Coletiva. Fisioterapeuta da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS/POA) e do Serviço de Terapia Intensiva do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). 12


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem Graziella Gasparotto Baiocco – Enfermeira. Mestre em Medicina e Ciências da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especialista em Nefrologia pela Sociedade Brasileira de Enfermagem em Nefrologia (SOBEN). Docente do Instituto de Ensino e Pesquisa da Associação Hospitalar Moinhos de Vento e Instrutora do Centro de Treinamento CVist. Enfermeira do Gerenciamento de Risco do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Enfermeira do Instituto de Doenças Renais. Isis Marques Severo – Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Enfermagem (UFRGS). Preceptora da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde (RIMS) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Membro da Comissão do Processo de Enfermagem (COPE/ HCPA). Enfermeira do Serviço de Terapia Intensiva Adulto. (HCPA). Jaqueline Eilert Fagundes – Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde: Cardiologia pela Fundação Universitária de Cardiologia. Chefe de Enfermagem da Emergência e do Centro de Terapia Intensiva do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Docente do curso de Especialização em Enfermagem em Cardiologia do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul/Fundação Universitária de Cardiologia. Docente do Curso de Especialização em Enfermagem Terapia Intensiva da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Joice Queli Quevedo Evaldt – Enfermeira. Mestranda em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Especialista em Enfermagem em Cardiologia pelo Instituto de Cardiologia – Fundação Universitária de Cardiologia. Enfermeira do Serviço de Hemodinâmica do Hospital Nossa Senhora da Conceição/Grupo Hospitalar Conceição (HNSC/GHC). Joice Vieira Rossoni – Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva pela UNISINOS e Universidade Corporativa Hospital Mãe de Deus. Atua CTI Adulto Hospital Mãe de Deus e na UTI do Hospital Nossa Senhora das Graças. Juliane Bonai Monteiro – Enfermeira. Mestranda em Ciências da Saúde: Cardiologia pelo do Instituto de Cardiologia/Fundação Univer13


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem sitária de Cardiologia. Especialista em MBA Auditoria em Saúde pela Escola Superior de Gestão e Ciências da Saúde (IAHCS). Enfermeira assistencial na Unidade de Cardiologia Intensiva do Hospital São Francisco – Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Karen Deis Pereira – Enfermeira. Graduação em Enfermagem pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Karin Viegas – Enfermeira. Doutora em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Especialista Gerenciamento de Serviços de Enfermagem pela UFRGS. Docente do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e do Programa de PósGraduação em Enfermagem: Mestrado Profissional da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Pesquisadora do Curso de Pós-Graduação de Gerontologia da Universidade Aberta da Terceira Idade – UEA em Manaus/AM e do Instituto de Geriatria da PUCRS. Coordenadora do Curso de Especialização em Enfermagem em Urgência, Emergência e Trauma da Associação Hospitalar Moinhos de Vento. Karina Mesquita Teixeira – Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Líder de apoio gerencial na Unidade de Cardiologia Intensiva do Hospital São Francisco/Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Kelen da Silva Gomes – Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e Universidade Corporativa Mãe de Deus. Atua no Hospital Nossa Senhora do Livramento. Kelly Mesquita – Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Emergência pelo Centro Universitário São Camilo. Enfermeira do Hospital da Criança Santo Antônio da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Kely Regina da Luz – Enfermeira. Mestranda do Programa de PósGraduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especialista em Enfermagem em Nefrologia pela Universidade Federal do Rio Grande 14


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem do Sul (UFRGS). Enfermeira do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Novo Hamburgo. Lilian Frustockl – Enfermeira. Mestre em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Especialista em Administração Hospitalar pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Coordenadora de Enfermagem do Hospital Cristo Redentor/Grupo Hospitalar Conceição (HCR/GHC). Lisnéia Fabiani Bock – Doutora e Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Especialista em Administração dos Serviços em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva pela Universidade Luterana do Brasil. Coordenadora do Curso de Enfermagem e VíceCoordenadora do Comitê de Ética e Pesquisa, do Centro Universitário Metodista do IPA Luciane Lindenmeyer – Farmacêutica. Especialista em Farmácia Hospitalar pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Preceptora da Residência Integrada em Saúde – Ênfase Onco-Hematologia do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Responsável pela Comissão de Gerenciamento de Risco e Segurança do Paciente no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Luciano Luis Amorin Diel – Psicólogo. Especializando em Psicologia Hospitalar pelo Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento. Membro Praticante da Clinica de Atendimento Psicanalítico Psiquiátrico e Estudos – CAPPES, em Caxias do Sul. Luiz Fernando de Mattos – Enfermeiro. Especialista em Saúde Pública pelo Instituto Brasileiro de Pós-Graduação (IBEPEX). Luiz Guilherme Alegretti Borges – Fisioterapeuta. Docente da Associação Hospitalar Moinhos de Vento. Fisioterapeuta do Serviço de Terapia Intensiva do Hospital de Moinhos de Vento (HMV). Mara Ambrosina de Oliveira Vargas – Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora Adjunta no Departamento Enfermagem UFSC. Professora no curso 15


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem de Especialização de Enfermagem em Terapia Intensiva na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e na Universidade Corporativa Hospital Mãe de Deus. Pesquisadora e vice-líder Grupo de Pesquisa Práxis - Trabalho, Cidadania, Saúde e Enfermagem (UFSC). Editora da Revista Texto & Contexto Enfermagem. Marcia Cristina Rodrigues – Enfermeira e Tecnóloga em Radiologia. Enfermeira assistencial do Hospital Municipal de Pronto Socorro de Canoas (HPS Canoas). Marcia Severiano Mancio – Nutricionista. Especialista modalidade Residência em Atenção ao Paciente Crítico pelo Programa de Residência Integrada em Saúde no Grupo Hospitalar Conceição (RIS/GHC). Especialista em Nutrição Clínica pelo Instituto Metodista de Porto Alegre (IPA). Márcio Neres dos Santos – Enfermeiro. Doutorando em Biologia Celular e Molecular pelo PPGBioSaúde da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Mestre em Educação pelo PPGEdu da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Especialista em Recursos Físicos e Tecnológicos em Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública – Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). Especialista em Auditoria em Saúde pela Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas (FACISA/CELER). Orientador do Programa de Residência Integrada em Saúde – Ênfase Atenção ao Paciente Crítico do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Docente do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento (IEP/HMV) e do Centro de Educação Tecnológica e Pesquisa em Saúde (GHC/MS). Docente convidado do Curso de Especialização em Enfermagem em Urgência e Emergência Adulto e Pediátrica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Curso de Especialização em Enfermagem em Urgência e Emergência da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Instrutor do Advanced Trauma Care for Nurses (ATCN). Assistente de Coordenação do Serviço de Emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Marcos Barragan da Silva – Enfermeiro. Doutorando e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Enfermeiro assistencial do Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia de Uruguaiana. Maria Augusta Moraes Soares – Enfermeira. Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universida16


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem de Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Administração dos Serviços de Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Especialista em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Enfermeira do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. Maria de Lourdes Custódio Duarte – Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Enfermagem pelo Programa de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP (EERP-USP). Especialista em Enfermagem Psiquiátrica pela EERP-USP. Especialista em Gerenciamento dos Serviços de Enfermagem pela Escola de Enfermagem da UFRGS. Docente do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Maria Lúcia de Castro Pastro – Enfermeira. Técnica em Saúde Humana (Enfermeira) no Hospital Sanatório Partenon/Secretaria Estadual de Saúde. Especialista modalidade Residência em Saúde Mental pelo Programa de Residência Integrada em Saúde no Grupo Hospitalar Conceição (RIS/GHC). Marina Casaroto – Enfermeira. Especialista na modalidade Residência em Atenção ao Paciente Crítico pelo Programa de Residência Integrada em Saúde no Grupo Hospitalar Conceição (RIS/GHC). Enfermeira assistencial da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Marivânia Olga Stedile – Fisioterapeuta. Especialista em Administração e Planejamento para Docentes e Fisioterapia Pneumofuncional pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Docente dos cursos de PósGraduação da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento (IEP/HMV). Orientadora na Residência Integrada em Saúde na Ênfase em Atenção ao Paciente Crítico do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Fisioterapeuta do Serviço de Emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Melissa da Silva Terres Boucinha – Enfermeira. Mestranda em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Coordenadora de Pesquisa Clínica 17


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem em Oncologia do Hospital Femina. Enfermeira da Unidade de Isolamento no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Michele Elisa Weschenfelder – Enfermeira. Especialista em Gerenciamento dos Serviços de Enfermagem pela UFRGS. Enfermeira do Serviço de Terapia Intensiva Adulto HCPA. Mirceli Goulart Barbosa – Nutricionista e Educadora Física. Especialista na modalidade Residência Integrada em Saúde – Atenção ao Paciente Crítico pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Especialista em Atividade Física, Desempenho Motor e Saúde pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Coordenadora Técnica do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – Rede UFRGS. Miriam de Abreu Almeida – Enfermeira. Doutora em Educação. Professora Associada da Escola de Enfermagem da UFRGS. Docente da graduação e pós-graduação em Enfermagem da UFRGS. Coordenadora da Comissão do Processo de Enfermagem (COPE) do HCPA. Membro do Diagnosis Development Committee da NANDA International. Miriam Fernandes Magalhães – Enfermeira. Residente do Programa de Residência Integrada em Saúde com ênfase em Atenção ao Paciente Crítico – pelo Grupo Hospitalar Conceição (RIS/GHC). Nara Beloni Gonçalves Saraiva – Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Urgência e Emergência Adulto e Pediátrico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especializanda em MBA de Gestão e Controle de Infecção pela FAMESP (Faculdade Método de SP). Enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Cristo Redentor (HCR/GHC). Membro da diretoria da AGIH (Associação Gaúcha de Controle de Infecção Hospitalar). Odon Melo Soares – Enfermeiro. Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Docente convidado do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento (IEP/HMV) e do Curso de Especialização em Enfermagem em Urgência e Emergência Adulto e Pediátrica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Enfermeiro do Serviço 18


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem de Terapia Intensiva no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e do Serviço de Emergência do Hospital Cristo Redentor (HCR/GHC). Pablo Henrique Schmitt – Enfermeiro. Especialista em MBA Auditoria em Saúde pela Escola Superior de Gestão e Ciências da Saúde (IACHS). Enfermeiro assistencial no Hospital Santa Rita da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Patrícia Fisch – Médica Infectologista. Mestre em Epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Residência Médica em Infectologia pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição. Médica Infectologista no Programa DST-AIDS da Prefeitura Municipal de Alvorada e Médica Infectologista do Núcleo de Epidemiologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Patricia Gonçalves Maciel – Enfermeira. Especialista na Modalidade Residência em Atenção ao Paciente Crítico pelo Programa de Residência Integrada em Saúde no Grupo Hospitalar Conceição (RIS/GHC). Especialista em Saúde da Família pela Faculdade Portal. Enfermeira da Prefeitura Municipal de Pelotas. Rafael Pereira de Borba – Enfermeiro. Especialista na modalidade Residência em Cardiologia pelo Programa de Residência Integrada em Saúde no Instituto de Cardiologia/Fundação Universitária de Cardiologia. Enfermeiro do Serviço de Emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Rafaela dos Santos Charão de Almeida – Enfermeira. Especializanda em Enfermagem em Terapia Intensiva, Urgência e Trauma pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento (IEP/HMV). Especialista em Docência para Educação Profissional pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). Enfermeira da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/ GHC). Orientadora de Educação Profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). Renata Machado Brasil – Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Nefrologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Enfermeira do Hospital Municipal de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS). 19


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem Ricardo Vivian da Cunha – Psicólogo. Doutorando em Psicologia pela UCES/AR. Especialista em Saúde da Família pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento (IEP/HMV). Especialista/ Terapeuta de Casal e Família com formação no Centro de Estudo da Família e do Indivíduo CEFI/POA. Membro do Núcleo de Estudos e Atendimento ao Luto – CORA/CEFI. Psicólogo na Rede Marista – Proteção Especial – Cesmar/Some. Rita Catalina Aquino Caregnato – Enfermeira. Doutora em Educação e Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Especialista em Administração Hospitalar pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e em Saúde Pública pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Professora Adjunta na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Rita de Cássia Godoy Soares – Enfermeira. Especialista em Terapia Intensiva. Especialista em Emergência. Mestranda em Biociências e Reabilitação. Enfermeira assistencial no Pronto Atendimento Saúde Restinga/Hospital Moinhos de Vento (HMV). Rita Mello de Mello – Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Saúde Mental pela Escola de Saúde Pública do RS. Docente do curso de graduação em Enfermagem da Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS). Docente da Escola GHC. Gestora do Cuidado em Saúde Mental do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Rodrigo Madril Medeiros – Enfermeiro. Especialista em Enfermagem em Emergência pela Universidade São Camilo. Especialista em Saúde da Família pela Universidade da Grande Fortaleza (UGF). Especializando em Docência do Ensino Superior pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Acadêmico em Análise de Políticas de Sistemas de Saúde – Bacharelado em Saúde Coletiva pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EENF/ UFRGS). Docente do curso Técnico em Enfermagem da Associação Cristã de Moços (ACM). Enfermeiro assistencial da Unidade de Cardiologia Intensiva do Hospital São Francisco – Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. 20


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem Rodrigo Ribeiro de Lemos – Enfermeiro. Especialista na modalidade Residência em Cardiologia pelo Programa de Residência Integrada em Saúde no Instituto de Cardiologia/Fundação Universitária de Cardiologia. Preceptor do Núcleo do Paciente Adulto Clínico e Cirúrgico da Residência Multiprofissional Integrada em Saúde: Cardiologia ICFUC. Enfermeiro assistencial do Instituto de Cardiologia. Rogério Daroncho da Silva – Enfermeiro. Especialista em Enfermagem em Nefrologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Chefe de Enfermagem da Unidade de Tratamento Intensivo 3 do Serviço de Terapia Intensiva (SETI) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Rosane Mortari Ciconet – Enfermeira. Doutoranda e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPENF/UFRGS). Especialista em Administração Hospitalar pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Especialista em Enfermagem do Trabalho pela Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS). Gerente do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Rosemary Silva da Silveira – Enfermeira. Professora do curso de graduação e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Doutora em Enfermagem pela UFSC. Sabrina da Silva de Souza – Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela UFSC. Atua na Emergência do Hospital Universitário da UFSC. Simone Gladzik – Enfermeira. Especialista Enfermagem em Terapia Intensiva pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Docente convidada do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento (IEP/HMV). Assistente de Coordenação da Unidade de Terapia Intensiva no Hospital Cristo Redentor (HCR/GHC). Soia Louise Santin Barilli – Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista na modalidade Residência em Terapia Intensiva pelo Programa de Residência Integrada 21


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem em Saúde no Grupo Hospitalar Conceição (RIS/GHC). Especialização em Gestão da Atenção à Saúde do Idoso pela Escola GHC. Enfermeira da Unidade de Terapia Intensiva Adulto do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC/GHC). Soraia Arruda – Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Nefrologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Enfermeira do Serviço de Terapia Intensiva e do Programa de Transplante Hepático do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Stela Maris de Campos Ramos – Enfermeira. Especialista em Administração Hospitalar pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Assistente de Coordenação do Hospital Cristo Redentor/Grupo Hospitalar Conceição (HCR/GHC). Tatiana Pilger – Enfermeira. Especialista Enfermagem em Terapia Intensiva pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Enfermeira do Serviço de Terapia Intensiva no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Vanessa Hegele – Farmacêutica. Residente do Programa de Residência Integrada em Saúde com ênfase em Atenção ao Paciente Crítico pelo Grupo Hospitalar Conceição (RIS/GHC). Vanessa Pegoraro Maschke – Enfermeira. Residente do Programa de Residência Integrada em Saúde com ênfase em Atenção ao Paciente Crítico pelo Grupo Hospitalar Conceição (RIS/GHC). Virginia Bonebergr de Lima – Acadêmica de Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Viviane Rodrigues Bernardi – Enfermeira. Especialista em Enfermagem em Terapia Intensiva pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Enfermeira assistencial do Centro de Tratamento Intensivo do HCPA. Zoraide Immich Wagner – Enfermeira. Especialista em Enfermagem Psiquiátrica pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Docente dos cursos de graduação em Enfermagem e especialização em Enfermagem em Terapia Intensiva e Enfermagem em Emergência da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). 22


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

SUMÁRIO VOLUME I Agradecimentos ................................................................................. 33 Apresentação ..................................................................................... 34 Prefácio ............................................................................................... 36 PARTE I - GESTÃO E PLANEJAMENTO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ............................................................. 37 CAPÍTULO 1 - A Temporalidade e Intensidade do Cuidado: Um Olhar sobre a Rede de Atenção às Urgências ................................ 39 Márcio Neres dos Santos Odon Melo Soares CAPÍTULO 2 - Gestão da Rede de Urgência .......................................... 49 Gladis Jung CAPÍTULO 3 - Planejamento e Gestão Estratégica em Urgência e Emergência ................................................................................ 73 Maria de Lourdes Custódio Duarte Fernanda Zanoto Kraemer Débora Rosilei Miquini de Freitas Cunha CAPÍTULO 4 - Unidade de Emergência Hospitalar, Planejamento e Organização da Unidade: Recursos Físicos ........................................... 91 Márcio Neres dos Santos Lilian Frustockl Altair Oliveira de Mello Virginia Bonebergr de Lima Stela Maris de Campos Ramos CAPÍTULO 5 - Superlotação nos Serviços de Atenção a Pacientes Agudos : as Urgências e Emergências ................................... 113 Alexandra Jochims Kruel Andrea Pereira Regner

23


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem CAPÍTULO 6 - Indicadores de Qualidade Assistencial como Ferramenta de Gestão em Urgência e Emergência .................................. 131 Alexandra Jochims Kruel CAPÍTULO 7 - Segurança do Paciente nas Unidades de Urgência e Emergência .............................................................................. 151 Ana Cristina Anzolin Bordin Christian Negeliskii Luciane Lindenmeyer CAPÍTULO 8 - Quedas em Ambiente Hospitalar ....................................... 167 Christian Negeliskii Fernando Starosta de Waldemar Luciane Lindenmeyer Vanessa Hegele CAPÍTULO 9 - Liderança em Enfermagem ................................................ 191 Graziella Gasparotto Baiocco Denise Wisniewske de Mattos Luiz Fernando de Mattos CAPÍTULO 10 - Responsabilidade Ético-legal do Enfermeiro em Urgências e Emergências .................................................................... 209 Carine Paim da Silva Martins Gleide Simas Custódio Khan Rita de Cássia Godoy Soares CAPÍTULO 11 - Atenção Humanizada nas portas de Urgência e Emergência ....................................................................... 225 Márcio Neres dos Santos Gilmara Odete Staudt CAPÍTULO 12 - Desenvolvimento de um Sistema de Acolhimento e Classiicação de Risco .................................................. 239 Fernando Esteves Fernandes CAPÍTULO 13 - Gestão de Materiais Esterilizados nos Serviços de Urgência e Emergência ................................................................... 257 Carmem Eulália Pozzer Rita Catalina Aquino Caregnato CAPÍTULO 14 - Residuos dos Serviços de Saúde na Unidade de Emergência: relação saúde e meio ambiente ........................................... 269 Daniela da Motta Esteves Ângela da Silva Lupi Ferraz Márcio Neres dos Santos Andiara Cossetin

24


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

PARTE II - ATENÇÃO À SAÚDE E INTERDISCIPLINARIDADE ................ 287 CAPÍTULO 15 - Sistematização da Assistência de Enfermagem em Urgência e Emergência ....................................................................... 289 Isis Marques Severo Miriam de Abreu Almeida Betina Franco Marcos Barragan da Silva Michele Elisa Weschenfelder CAPÍTULO 16 - Exame Físico na Emergência: O que deve ser valorizado? .................................................................... 311 Emiliane Nogueira de Souza Adriana Aparecida Paz Claudia Severgnini Eugênio CAPÍTULO 17 - Exames Subsidiários em Urgência e Emergência ......... 323 Soia Louise Santin Barilli CAPÍTULO 18 - Cuidados com Drenos, Tubos e Sondas ........................ 363 Odon Melo Soares Tatiana Pilger CAPÍTULO 19 - Asma na Sala de Emergência .......................................... 395 Adriana Rollof Luiz Guilherme Alegretti Borges CAPÍTULO 20 - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica ............................ 407 Gracieli Nadalon Deponti Patricia Gonçalves Maciel Marina Casaroto Márcio Neres dos Santos Debora Schmidt CAPÍTULO 21 - Edema Agudo de Pulmão ................................................. 421 Debora Schmidt Patricia Gonçalves Maciel Marina Casaroto Márcio Neres dos Santos Gracieli Nadalon Deponti

25


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem CAPÍTULO 22 - Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo .............. 431 Débora Feijó Villas Bôas Vieira Viviane Rodrigues Bernardi Mara Ambrosina de Oliveira Vargas Carla Teles Escobar CAPÍTULO 23 - Tromboembolismo Pulmonar .......................................... 447 Charlene Garcia Pires Amanda Bierhals Bausch Miriam Fernandes Magalhães Vanessa Pegoraro Maschke CAPÍTULO 24 - Desequilíbrios Ácido Básicos e Interpretação de Gasometria Arterial ............................................................................... 477 Eliane Regina Pereira do Nascimento Mara Ambrosina de Oliveira Vargas Karen Deis Pereira CAPÍTULO 25 - Insuiciência Respiratória Aguda em Unidades de Atendimento a Pacientes Gravemente Doentes ................................. 501 Sabrina da Silva de Souza Fábio Silva da Rosa Mara Ambrosina de Oliveira Vargas CAPÍTULO 26 - Abordagem das Vias Aéreas e Técnicas de Assistência Ventilatória ............................................................................. 517 Márcio Neres dos Santos Stela Maris de Campos Ramos CAPÍTULO 27 - Ventilação Mecânica Invasiva em Unidades de Atendimento a Pacientes Gravemente Doentes ...................................... 555 Mara Ambrosina de Oliveira Vargas Débora Feijó Vieira Joice Vieira Rossoni Sabrina da Silva de Souza Rosemary Silva da Silveira CAPÍTULO 28 - Ventilação Mecânica não Invasiva .................................. 577 Débora Schmidt Gracieli Nadalon Deponti Ana Claudia Coelho CAPÍTULO 29 - Monitorização Hemodinamica Básica : Implicações na Sala de Emergência ......................................................... 591 Odon Melo Soares Márcio Neres dos Santos

26


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem CAPÍTULO 30 - Monitorização Hemodinamica da Pressão Venosa Central .......................................................................................... 615 Mara Ambrosina de Oliveira Vargas Rosemary Silva da Silveira Eliane Regina Pereira do Nascimento Kelen da Silva Gomes Gerson Salles Machado CAPÍTULO 31 - Terapia Intravenosa em Emergência ............................... 633 Adriana Roloff Debora Monteiro da Silva Marcia Cristina Rodrigues CAPÍTULO 32 - Transfusão de Hemocomponentes e Hemoderivados em Urgência e Emergência ............................................ 647 Marcio Neres dos Santos CAPÍTULO 33 - Drogas Vasoativas ........................................................... 671 Odon Melo Soares Adilson Adair Boes Simone Gladzik Márcio Neres dos Santos CAPÍTULO 34 - Urgência e Emergência Hipertensiva .............................. 695 Gilnei Luiz da Silva CAPÍTULO 35 - Assistencia ao Paciente em Choque ............................... 713 Amanda Bierhals Bausch Miriam Fernandes Magalhães Charlene Garcia Pires Vanessa Pegoraro Maschke CAPÍTULO 36 - Noções Basicas de Eletrocardiograma ........................... 737 Jaqueline Eilert Fagundes CAPÍTULO 37 - Arritmias Cardíacas na Emergência ................................ 763 Gilnei Luiz da Silva CAPÍTULO 38 - Marca-passo Temporário : Assistência de Enfermagem em Emergência ........................................... 793 Andrea Cornelia Augustin Joice Queli Quevedo Evaldt CAPÍTULO 39 - Dor Torácica na Unidade de Emergência ....................... 815 Maria Lúcia de Castro Pastro Rafael Pereira de Borba Rodrigo Ribeiro de Lemos

27


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

VOLUME II Organizadores .................................................................................. 829 Colaboradores ................................................................................. 830 Sumário ............................................................................................. 849 Agradecimentos ............................................................................... 859 Apresentação ................................................................................... 860 Prefácio ............................................................................................. 862 CAPÍTULO 40 - Síndromes Coronarianas Agudas ................................... 863 Deise Cristina Grazioli Juliane Bonai Monteiro Karina Mesquita Teixeira Rodrigo Madril Medeiros CAPÍTULO 41 - Doenças da Aorta ............................................................. 889 Maria Lúcia de Castro Pastro Rafael Pereira de Borba Rodrigo Ribeiro de Lemos CAPÍTULO 42 - Insuiciencia Cardiaca Aguda .......................................... 901 Márcio Neres dos Santos Deise Cristina Grazioli Juliane Bonai Monteiro Karina Mesquita Teixeira Rodrigo Madril Medeiros CAPÍTULO 43 - Parada Cardiorespiratória na Unidade de Urgência e Emergência .............................................................................. 921 Márcio Neres dos Santos Odon Melo Soares Altair Oliveira de Mello Rafael Pereira de Borba Rodrigo Madril Medeiros CAPÍTULO 44 - Equilíbrio Hidroeletrolítico .............................................. 953 Odon Melo Soares Márcio Neres dos Santos CAPÍTULO 45 -Urgências e Emergências em Nefrologia ........................ 983 Cássia Maria Frediani Morsch

28


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem CAPÍTULO 46 - Emergências Metabólicas: Cetoacidose Diabética, Coma Hiperosmolar Hiperglicêmico ............... 1031 Karin Viegas CAPÍTULO 47 - Aspectos Gerais de Abordagem Nutricional de Pacientes no Serviço de Emergência ............................. 1061 Flavia Moraes Silva Marcia Severiano Mancio Mirceli Goulart Barbosa CAPÍTULO 48 - Pancreatite Aguda na Unidade de Emergência ............ 1097 Maria Lúcia de Castro Pastro Rafael Pereira de Borba Rodrigo Ribeiro de Lemos CAPÍTULO 49 - Hemorragias Digestivas ................................................. 1105 Vanessa Pegoraro Maschke Charlene Garcia Pires Amanda Bierhals Bausch Miriam Fernandes Magalhães CAPÍTULO 50 - Subsídios para o Cuidado do Paciente Cirúrgico em Unidades de Urgência e Emergência ................................................ 1129 Christian Negeliskii Rafaela dos Santos Charão de Almeida CAPÍTULO 51 - Sepse e Choque Séptico ................................................ 1141 Charlene Garcia Pires Amanda Bierhals Bausch Miriam Fernandes Magalhães Vanessa Pegoraro Maschke CAPÍTULO 52 - Alterações do Nível de Consciência e Coma: Avaliação Inicial e Avaliação Neurológica .............................................. 1151 Zoraide Immich Wagner CAPÍTULO 53 - Doenca Vascular Cerebral: Acidente Vascular Cerebral Isquemico e Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico ......................... 1185 Zoraide Immich Wagner CAPÍTULO 54 - Crises Convulsivas e Epilepsias ................................... 1213 Zoraide Immich Wagner CAPÍTULO 55 - Hipertensão Intracraniana e Monitorização Neurológica Intensiva .............................................................................. 1223 Zoraide Immich Wagner

29


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem CAPÍTULO 56 - Morte Encefálica e Cuidados de Enfermagem na Manutenção do Potencial Doador de Órgãos .................................... 1243 Enaura Helena Brandão Chaves Rogério Daroncho da Silva Soraia Arruda CAPÍTULO 57 - Urgência e Emergência em Saúde Mental: Fortalecendo o Cuidado Integral na Rede de Serviços .......................... 1261 Rita Mello de Mello Andrea da Rosa Jardim Andiara Cossetin CAPÍTULO 58 - Intoxicações Exógenas .................................................. 1291 Maria Augusta Moraes Soares Gilnei Luiz da Silva CAPÍTULO 59 - Acidentes com Animais Peçonhentos .......................... 1321 Renata Machado Brasil Gilnei Luiz da Silva CAPÍTULO 60 - Cuidado a Criança e ao Adolescente nas Situações de Urgência e Emergência ............................................... 1347 Kelly Mesquita Elaine Saraiva Márcio Neres dos Santos CAPÍTULO 61 - Assistência ao Paciente Idoso nas Situações de Urgência e Emergência ..................................................... 1369 Karin Viegas CAPÍTULO 62 - Intercorrências Oncológicas ......................................... 1385 Melissa da Silva Terres Boucinha CAPÍTULO 63 - Assistência as Vítimas de Violência em Unidades de Urgência e Emergência sob o Olhar do Musicoterapeuta ................ 1405 Adriana Dewes Presser Daniéli Busanello Krob CAPÍTULO 64 - A Morte e o Morrer na Unidade de Urgência e Emergência ............................................................................ 1433 Kely Regina da Luz Pablo Henrique Schmitt PARTE III - ENSINO, PESQUISA E INTERDISCIPLINARIDADE .............. 1445

30


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem CAPÍTULO 65 - Educação Permanente em Enfermagem no Serviço de Urgência e Emergência ......................................................... 1447 Fabiano De Faveri CAPÍTULO 66 - A Inserção da Residência Multiproissional em Saúde no Campo da Urgência e Emergência .................................... 1461 Márcio Neres dos Santos Marivania Olga Stedile Fabiana de Oliveira Chaise Fabiano Pinheiro de Lemos Masson CAPÍTULO 67 - Enfermagem Baseada em Evidências ........................... 1481 Lisnéia Fabiani Bock CAPÍTULO 68 - A Atuação do SAMU nas Urgências e Emergências .... 1493 Dinorá Claudia Cenci Márcio Neres dos Santos Rosane Mortari Ciconet CAPÍTULO 69 - Atuação de Enfermagem em Urgência e Emergência e o Serviço de Hemodinâmica .......................................... 1515 Andrea Cornelia Augustin CAPÍTULO 70 - A Atuação do Controle de Infecções Hospitalares na Unidade de Urgência e Emergência ................................................... 1529 Nara Beloni Gonçalves Saraiva Beatriz Azambuja Baptista Patrícia Fisch CAPÍTULO 71 - A Atuação da Fisioterapia no Contexto da Urgência e Emergência ............................................................................ 1551 Gracieli Nadalon Deponti Debora Schmidt Fernanda Machado Kutchak CAPÍTULO 72 - Atuação do Serviço Social no Contexto da Urgência e Emergência ............................................................................ 1567 Cristiane Ferraz Quevedo de Mello Fabiana de Moura e Souza CAPÍTULO 73 - A Importância do Nutricionista nos Serviços de Emergência: Foco na Triagem Nutricional ............................................. 1589 Mirceli Goulart Barbosa Márcia Severiano Mancio Flávia Moraes Silva

31


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem CAPÍTULO 74 - Psicologia Hospitalar: Atuação em Urgência e Emergência em Saúde ................................................................................. 1619 Ricardo Vivian da Cunha Luciano Luis Amorin Diel

32


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus. Ao Rodrigo, pela parceria e dedicação. Ao amigo Odon, por compartilhar um sonho e assumir esse desafio. Aos colaboradores, pela dedicação e carinho na escrita dos capítulos. Aos alunos, pelo estímulo em aprender cada vez mais. Aos pacientes, por permitir cuidarmos deles e de suas famílias nas situações agudas. Márcio Neres dos Santos

Agradeço a Deus. A esposa Juliana e filho Willian pelo apoio, dedicação e companheirismo. A mãe Lenita e irmãos por compartilhar com apoio todos os momentos da minha vida. Ao amigo Márcio Neres pela confiança e convite em realizar esta obra. Odon Melo Soares

33


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

APRESENTAÇÃO Organizar um livro é um grande desafio. Não há mágicas, fórmulas, nem mesmo esquemas mirabolantes para aprender a escrever um capítulo, organizá-los em uma sequência lógica e costura-los para que consigam conversar uns com os outros. A escrita é um exercício diário, requer paciência e dedicação. Na verdade, escrever é um trabalho que depende sobremaneira do empenho do interessado em aprender. Para nós, organizadores dessa obra, profissionais atuantes na prática do cuidado crítico, seja na assistência, seja na formação de novos profissionais, transformar as experiências da prática, dos inúmeros profissionais que construíram essa obra, em palavras escritas foi um longo caminho percorrido. Este caminho, por sua vez, teve um ponto inicial (a nossa inquietação diante de determinadas práticas), mas não houve um único ponto de chegada. Explicamos: ao realizar o convite a outros profissionais para a escrita e pensarmos na possível organização de uma obra de tamanha importância e magnitude, num cenário de múltiplas possibilidades e extrema instabilidade como a urgência e emergência, se fez necessário refletir de que maneira os profissionais de saúde, em especial a nossa profissão (Enfermagem), tem se portado frente às novas demandas da atenção às urgências que estão baseadas não apenas na melhor evidência científica, mas nas necessidades do paciente e no respeito à temporalidade e na intensidade do cuidado de que as situações agudas exigem. Há cerca de um ano, a Moriá Editora nos desafiou a organizar um livro para área de urgência e emergência que atendesse a um leitor que busca informações precisas, práticas, alicerçadas em evidências e fundamentalmente que fosse da autoria de profissionais atuantes no cuidado ao paciente agudo. Dessa forma, este livro vem para preencher uma lacuna no rol de obras na língua portuguesa sobre as melhores práticas de enfermagem na atenção às urgências, nos diferentes contextos de atuação, que possa servir como uma referência para estudantes e profissionais nessa área. Não é por acaso que essa nobre obra é sobre a urgência e emergência na prática da enfermagem. Nas últimas décadas, a enfermagem é uma das profissões que tem se destacado não apenas pelo aumento do número de profissionais atuando nas portas de urgência e emergência, mas também pela incorporação de tecnologias nesse processo de cuidar, aumento dos conhecimentos teóricos nessa área, reconhecimento por 34


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem parte do Estado da importância no investimento e na discussão das melhores práticas de atenção às urgências e fundamentalmente da possibilidade de trabalhar interdisciplinarmente a fim de qualificar a assitência ao paciente agudo. Os Serviços de Urgência e Emergência que contam com equipes qualificadas (na gestão e na atenção) ofertam uma melhor qualidade assistencial aos pacientes agudos e seus familiares. Nesse sentido, a rede de atenção às urgências e emergências é um importante observatório do sistema de saúde do país na medida em que fornece inúmeras informações sobre uma determinada população, corroborando na elaboração de políticas públicas. É nesse cenário que este livro pretende trazer sua contribuição no processo de ensino-aprendizagem, de estudantes ou docentes, e também no aprimoramento daqueles que já atuam na área da enfermagem em emergência. Essa obra é o resultado do esforço de vários profissionais atuantes nos diferentes contextos da urgência e emergência, que graciosamente despenderam muitas horas de trabalho, procurando traçar um panorama da área ao longo dos 74 capítulos, de modo a dar uma ampla visão ao leitor. Para a seleção e revisão dos temas, contamos com a valiosa participação dos profissionais de diferentes serviços e, também da Moriá Editora, dando o aval e o requinte para o acabamento desta edição. Cada capítulo é de responsabilidade exclusiva dos autores, apresentando, assim, não só informações técnicas consolidadas, mas também diferentes pontos de vistas sobre temas que ainda são objeto de pesquisa e discussão. Pensando em uma leitura dinâmica, prática e interessante, o livro está estruturado em três grandes eixos: Parte I - Gestão e Planejamento em Urgência e Emergência; Parte II - Atenção à Saúde e Interdisciplinaridade. Parte III - Ensino, Pesquisa e Interdisciplinaridade Desejamos a todos um excelente aproveitamento. Boa Leitura! Márcio Neres dos Santos Odon Melo Soares

35


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

PREFÁCIO “É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal maneira que num dado momento a tua fala seja a tua prática.” (Paulo Freire). Profissionalmente nós deveríamos fazer, dizer acerca do que se faz e escrever acerca do que se faz e do que se diz. Logo, pareceu-me uma boa ideia utilizar Paulo Freire para evidenciar algumas das múltiplas contribuições deste livro. Como enfermeira, docente da graduação e da pós-graduação e pesquisadora nas temáticas de ética e bioética e atendimento a pessoas criticamente doentes, tenho ressaltado, constantemente, que temos um compromisso político e social – com as pessoas que cuidamos, com os/as alunos/as, com a enfermagem e com os demais profissionais da saúde – de visibilizarmos o que fazemos e como fazemos. Como? Escrever é uma possibilidade! Por isso, prezados/as leitores/as, sinto-me orgulhosa por abrir esta obra. A sua característica marcante, e que a distingue de outras publicações nacionais e internacionais, é a inserção dos/as autores/as na prática assistencial da urgência e emergência. Estes/as autores/as não escrevem de qualquer lugar. Alicerçados no conhecimento científico e na prática assistencial de urgência e emergência eles/as escrevem a partir de um lugar privilegiado e autorizado. Ademais, também, são pesquisadores/as renomados/as e comprometidos/as com o fortalecimento da especialidade. O panorama da obra evidencia outra característica. Ou seja, há uma preocupação dos organizadores e autores/as com a atualização e discussão do que significa novas demandas e inovadoras propositivas para a prática da enfermagem e demais profissionais da saúde em urgência e emergência. Neste sentido, destacam-se ao longo dos 74 capítulos, alguns dos espaços, na área de urgência e emergência, já há muito ocupados pelos profissionais e outros espaços ora preponderantes de serem ocupados. A obra está dividida em três seções. Já na primeira seção, você leitor é apresentado à gestão e planejamento em urgência e emergência. Nos quatorze capítulos desta seção delineia-se, de modo crítico e reflexivo, a nova estrutura de rede de atenção às urgências e emergências e a gestão da segurança do paciente, com uma articulação pontual e transversal com as temáticas, responsabilidade ético-legal e liderança em enfermagem. Para abordar a Atenção à Saúde e Interdisciplinaridade, a segunda seção reúne cinquenta e cinco capítulos. Nestes, vocês aprovarão a combinação, a abrangência, a pertinência e o detalhamento das temáticas abordadas. Além disso, há uma preocupação com a discussão das competências específicas. A terceira seção está inteiramente dedicada ao ensino, à pesquisa e à interdisciplinaridade. Este livro atende a uma exigência de construção acadêmica naquilo que, idealmente, compreendemos como trabalho interdisciplinar na saúde. Em tempos nos quais confrontamo-nos, constantemente, com o repetitivo, com o retorno do mesmo, deparar-se com esta obra é afirmar a possibilidade de que podemos, sim, construir algo coletivo e que reinventa o já dito. Bem vindo seja este livro! Mara Ambrosina Vargas Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela UFSC. Docente da Graduação e PósGraduação em Enfermagem na UFSC. Editora Revista Texto & Contexto Enfermagem. Vice-líder Grupo de Pesquisa Práxis – Trabalho, Cidadania, Saúde e Enfermagem.

36


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

PARTE I GESTÃO E PLANEJAMENTO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

37


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

38


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

CAPÍTULO 1

A TEMPORALIDADE E INTENSIDADE DO CUIDADO: um olhar sobre a rede de Atenção as urgências

Márcio Neres dos Santos Odon Melo Soares

39


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

40


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem Os serviços de urgência e emergência passaram a ser a maior porta de entrada para o sistema de saúde, não somente nos hospitais públicos, mas também nos privados. Nos Estados Unidos e na Austrália, houve um aumento no número de visitas às salas de emergência de 96,5 milhões, em 1995, para 115,3 milhões, em 2005, representando um aumento médio anual aproximado de 1,7 milhões, dos quais mais de 85% em áreas metropolitanas1-2. Entretanto, no Brasil, a magnitude epidemiológica desse fato não está claramente descrita. Empiricamente, acredita-se que enfrentamos uma situação mais crítica frente a esses países. O aumento da expectativa de vida da população (e, consequentemente, da propensão ao desenvolvimento de doenças crônicas) e da constante redução do financiamento para a área da saúde têm levado os gestores dos serviços de emergência a reconsiderarem as estruturas operacionais no sentido de responderem adequadamente a essa demanda crescente de pacientes agudos e, também, de pacientes crônicos agudizados2-3. Em uma parcela significativa dos serviços de urgência e emergência, existe a limitação dos recursos físicos, tecnológicos e humanos, isto é, incorporação de tecnologias com incompatibilidade do aperfeiçoamento de recursos humanos, desmotivação profissional, ausência ou limitação da sistematização e documentação dos cuidados de enfermagem, delegação de cuidados de enfermagem sem supervisão adequada e sobrecarga de trabalho para a equipe de enfermagem4. Além disso, observa-se que os serviços estão constantemente com superlotação de pacientes internados “fora de área” que competem por atenção especializada com aqueles pacientes que necessitam de suporte imediato5-7. O fenômeno da superlotação das emergências hospitalares é global e impacta diretamente no desfecho assistencial que está imbricado nas condições laborais das estruturas físicas desses locais. Evidências sugerem que a superlotação dos serviços de emergência aumenta significantemente a mortalidade em decorrência do não atendimento das necessidades agudas e do desrespeito à temporalidade do cuidado ao usuário5-9. Diante disso, outras demandas, como a humanização, a segurança e os direitos humanos (tanto dos usuários quanto dos trabalhadores) passam a ser ameaçados constantemente10. Desde a instituição da Política Nacional de Urgência11-12 (PNU) no Brasil, no ano de 2003, vem sendo promovido um amplo debate sobre a atenção às urgências e emergências nos diferentes âmbitos do sistema da saúde. A PNU tem auxiliado na compreensão de que a rede de atenção à saúde é composta por diferentes atores, diferentes pontos de atenção, articulados entre si e que devem possuir a capacidade de resolução para atender às necessidades de cada usuário dentro da intensidade do cuidado e da temporalidade das intervenções 41


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem necessárias13. É nesse contexto que a rede de saúde forma suas linhas de atenção, pensando na garantia do itinerário terapêutico regulado, resolutivo e que respeita a hierarquização e a equidade do sistema de saúde. A rede de atenção à saúde pode ser entendida como arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que, integrados por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado13. No Brasil, nas últimas décadas, diversas políticas públicas vêm sendo postas em circulação com a intenção primordial de normatizar e articular a rede de atenção à saúde com as diferentes realidades do país. Entretanto, a rede de saúde ainda está fragmentada, insuficiente na sua oferta e na resolutividade das linhas de atenção disponíveis5-6,10. Esses fatos têm corroborado para o alargamento da porta de urgência hospitalar, fazendo com que essa porta seja o principal acesso ao sistema de saúde. Assim, as demandas não urgentes e aquelas “urgencializadas” terminam por sobrecarregar os serviços de urgência, que a priori deveriam atender aos casos agudos ou crônicos agudizados6,10. Nessa tentativa de reconhecimento das demandas e da articulação da urgência pré-hospitalar e intra-hospitalar com os diferentes pontos de atenção da rede de saúde, visando à transição resolutiva do cuidado, bem como a organização e regulação do cuidado ao paciente em situação aguda, foi proposto pelo Ministério da Saúde, no ano de 2011, um conjunto de regulamentações e ações que visam à estruturação da rede de saúde, especialmente a rede de atenção às urgências (Figura 1)10,13-14. Em junho de 2011, a Portaria 1600 reformulou a PNU e instituiu a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS)14-15.

Figura 1. Componentes e interfaces da Rede de Atenção às Urgências.

42


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem A Rede de Atenção às Urgências (Figura 2) foi constituída considerando que o atendimento aos usuários com quadros agudos deve ser prestado por todas as portas de entrada dos serviços de saúde do SUS, possibilitando a resolução integral da demanda ou transferindo-a, responsavelmente, para um serviço de maior complexidade, dentro de um sistema hierarquizado e regulado, organizado em redes regionais de atenção às urgências enquanto elos de uma rede de manutenção da vida em níveis crescentes de complexidade e responsabilidade13-15. O Decreto 4508/2011 regulamenta a Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde – SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa traz as seguintes informações14:

Figura 2. Rede de Atenção às Urgências.

Art. 8º O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde se inicia pelas Portas de Entrada do SUS e se completa na Rede Regionalizada e Hierarquizada, de acordo com a complexidade do serviço. Art. 9º São Portas de Entrada: I. Atenção primária (UBS, ESF); 43


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem II. Atenção de urgência e emergência (SAMU, UPA, Emergência Hospitalar); III. Atenção psicossocial (PASM); e IV. Especiais de acesso aberto (COAS). V. Outros, com justificativa. Art. 10º Os serviços de atenção hospitalar e os ambulatoriais especializados, entre outros de maior complexidade e densidade tecnológica, serão referenciados pelas Portas de Entrada de que trata o art. 9º, e regulados através do complexo regulador. A Rede de Atenção às Urgências adota as seguintes Diretrizes13,15: I. Ampliação do acesso, com acolhimento aos casos agudos, classiicação de risco e intervenção adequada e necessária aos diferentes agravos; II. Garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento às urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e às relacionadas a causas externas; III. Regionalização do atendimento às urgências com articulação das diversas redes de atenção e acesso regulado aos serviços de saúde; IV. Humanização da atenção com um modelo centrado no usuário e baseado nas suas necessidades de saúde; V. Modelo de atenção de caráter multiproissional, em equipe, por meio de práticas clinicas cuidadoras e baseado na gestão de linhas de cuidado; VI. Articulação e integração dos serviços e equipamentos de saúde (rede), com conectividade entre os pontos de atenção; VII. Atuação profissional e gestora visando à integralidade e longitudinalidade do cuidado em saúde; VIII. Monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços através de indicadores de desempenho (efetividade e a resolutividade da atenção); IX. Articulação interfederativa entre os diversos gestores desenvolvendo atuação solidária, responsável e compartilhada; X. Participação e controle social dos usuários sobre os serviços; XI. Projetos estratégicos para situações de perigo iminente, de calamidades públicas e de acidentes com múltiplas vítimas (plano de catástrofes); 44


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem XII. Regulação articulada com garantia da equidade e integralidade do cuidado; e XIII. Educação permanente das equipes de saúde do SUS na Atenção às Urgências, em acordo com os princípios da integralidade e humanização. A organização da rede tem a finalidade a articulação e integração de todos os equipamentos de saúde, objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna13-15. Além disso, deve ser implementada, gradativamente, em todo território nacional, respeitando-se critérios epidemiológicos e de densidade populacional (ver Tabela 1).

Tabela 1. Componentes da rede 1. Promoção, prevenção e vigilância à saúde; 2. Atenção Básica em Saúde; 3. Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências; 4. Sala de estabilização; 5. Força Nacional de Saúde do SUS; 6. Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24 h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas; 7. Hospitalar; e 8. Atenção domiciliar. O acolhimento com classificação do risco, a qualidade e a resolutividade na atenção constituem a base do processo e dos fluxos assistenciais de toda Rede de Atenção às Urgências e devem ser requisitos de todos os pontos de atenção. Nesse contexto o Ministério da Saúde priorizará as linhas de cuidados cardiovascular, cerebrovascular e traumatológica16-17. Considerando a magnitude do contexto das urgências hospitalares, as portas são constituídas pelas enfermarias de retaguarda, pelos leitos de cuidados intensivos, pelos serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias. As estruturas 45


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem hospitalares deverão ser qualificadas para o atendimento em urgência e emergência, sem restringir as portas de entrada aos prontossocorros. Assim como, as unidades coronarianas, as unidades de AVE e os leitos clínicos de retaguarda também deverão compor a estratégia assistencial. Os estabelecimentos hospitalares deverão contar com vagas disponíveis para os casos de urgência e emergência a partir da criação de leitos de retaguarda18. Atualmente, uma das ações governamentais que está promovendo um processo de mudança na assistência e na gestão clínica das urgências hospitalares é o Programa SOS Emergências (Portaria 2395/2011) que tem como objetivo a ampliação e qualificação das portas de entrada hospitalares de urgência, das enfermarias clínicas de retaguarda, das enfermarias de retaguarda de longa permanência e dos leitos de terapia intensiva, e pela reorganização das linhas de cuidados prioritárias10,18-19. Esse olhar atento e ampliado em relação às políticas de urgências e emergência no Brasil, sob a égide do poder público (e também do privado), trazem a possibilidade da rede de atenção às urgências promover uma intervenção efetiva para o enfrentamento das inúmeras dificuldades em articular todos os pontos de atenção. Medidas funcionais de gestão clínica na urgência podem impactar positivamente sobre indicadores assistências hospitalares, reduzindo número de óbitos; tempo de internação; sequelas decorrentes do retardo de socorro precoce qualificado; custos diretos e indiretos e humanizando a atenção ao usuário e as condições de trabalho dos profissionais10,13-15. É importante enfatizar que a solidificação das bases dessa rede perpassa pelo enfrentamento de um problema que é sistêmico e complexo: a superlotação das emergências. Sendo assim, é necessário apoio e mobilização social, seja no tensionamento para tomada de ações na rede de saúde, seja na conscientização dos usuários sobre seus direitos e deveres, sobre o autocuidado e sobre a importância da adesão à prevenção e promoção de saúde na atenção primária10. Faz-se necessária a educação permanente dos atores da urgência e emergência a fim de estimular o manejo de condições menos graves ou crônicas em outros equipamentos de saúde, que não exclusivamente as portas de urgência hospitalares, articulando o cuidado em linhas de atenção seguras e resolutivas.

46


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

Referências 1.

Bradley VM. Placing Emergency Department crowding on the decision agenda. J Emergency of Nursing 2005; 31(2):247-58.

2.

Graff L, Stevens C, Spaite D, Foody J. Measuring and improving quality in emergency medicine. Acad Emerg Med 2002; 9:1091-107.

3.

Albino RM, Grosseman S, Riggenbach V. Classificação de risco: Uma necessidade inadiável em um serviço de emergência de qualidade. Arquivos Catarinenses de Medicina 2007; 36(4):100-5.

4.

Madalosso ARM. Iatrogenia do cuidado de enfermagem: dialogando com o perigo do cotidiano profissional. Rev Latinoam Enferm 2000; 8(3):11-7.

5.

Bittencourt RJ, Hortale VA. Intervenções para solucionar a superlotação nos serviços de emergência hospitalar: uma revisão sistemática. Cad Saúde Publica 2009; 25(7):1439-54.

6.

Bittencourt RJ. A superlotação dos serviços de urgência como signo da crise de acesso e qualidade do sistema de saúde. VIII Congresso Internacional da Rede Brasileira de Cooperação em Emergências. Porto Alegre, 20-22 de junho de 2011.

7.

The National Academies. Comittee on the Future of Emergency Care in the United States Heatlh System. Hospital Based Emergency Care: at the breaking point. Washington, D.C.: The National Academy Press; 2007. 424 p.

8.

Derlet RW, Richards JR. Ten solutions for Emergency Departments Crowding. West JEM 2008; 9:24-7.

9.

Weber EJ, Mason S, Carter A, Hew RL. Emptying the corridors of shame: organizational lessons from England’s 4-hour Emergency throughput target. Annals of Emergency Medicine 2011; 57(2):79-88.

10. Regner AP et al. Perfil de Indicadores Assistenciais de um Hospital Geral de Grande Porte do Sistema Único de Saúde (SUS) em Porto Alegre após Plano de Intervenção para Enfrentamento da Superlotação da Emergência: Estudo Preliminar. Cien Saúde Col 2013; (no prelo) 11. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1863/GM/MS de 29 de setembro de 2003. Institui a Política Nacional de Atenção às Urgências. Brasília, 2003. 12. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2048/GM/MS de 05 de novembro de 2002. Dispõe sobre o regulamento técnico dos sistemas estaduais de urgência e emergência. Brasília, 2002.

47


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem 13. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 4.279/GM/MS de 30 de dezembro de 2010. Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS. Brasília, 2010. 14. Brasil. Ministério da Saúde. Decreto nº 4508 de 28 de junho de 2011. Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde – SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências. Brasília, 2011. 15. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.600/GM/MS, de 7 de julho de 2011.Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde. Brasília, 2011. 16. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.994/GM/MS, de 13 de dezembro de 2011. Aprova a Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio e o Protocolo de Síndromes Coronarianas Agudas, cria e altera procedimentos na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS. Brasília, 2011. 17. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 665/GM/MS, de 12 de abril de 2012. Dispõe sobre os critérios de habilitação dos estabelecimentos hospitalares como Centro de Atendimento de Urgência aos Pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), no âmbito do Sistema Único de Saúde, institui o respectivo incentivo financeiro e aprova a Linha de Cuidados em AVC. Brasília, 2011. 18. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2395 GM/MS/2011. Organiza o componente hospitalar da rede. Brasília, 2011. 19. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.663/ GM/MS, de 6 de agosto de 2012. Dispõe sobre o Programa SOS Emergência, no âmbito da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE). Brasília, 2012.

48


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

CAPÍTULO 24

DESEQUILÍBRIOS ÁCIDOS BÁSICOS E INTERPRETAÇÃO DE GASOMETRIA ARTERIAL

Eliane Regina Pereira do Nascimento Mara Ambrosina de Oliveira Vargas Karen Deis Pereira

477


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

478


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

Introdução O principal objetivo deste capítulo é levar aos profissionais de saúde, em especial ao enfermeiro, o conhecimento necessário sobre desequilíbrio ácido-básico, para poder interpretar os resultados da gasometria, a fim de propiciar uma adequada assistência ao paciente. O equilíbrio químico entre os ácidos e as bases existentes no organismo, denominado equilíbrio ácido-básico, depende da manutenção da quantidade ideal de íons hidrogênio (pH) no líquido extracelular (plasma). Para a manutenção desse equilíbrio é necessário um adequado funcionamento dos rins (para a eliminação dos ácidos fixos) e dos pulmões (para a eliminação do dióxido de carbono)1. Os desequilíbrios ácidos e básicos frequentemente indicam doença subjacente grave2-3 e são observados principalmente em pacientes críticos como consequência das alterações respiratórias e metabólicas relacionadas a distúrbios hidroeletrolíticos, distúrbios respiratórios e renais, medicamentos diversos, entre outros4. Estão em geral associados à maior morbimortalidade. Produzem efeitos diretos cardiovasculares, respiratórios, gastrointestinais e em SNC5. A sua avaliação é fundamental, pois pode fornecer dados sobre a função respiratória e as condições de perfusão tecidual do paciente6.

Conceitos fundamentais para interpretação da gasometria4,7-11 •

• • •

pH: mede a concentração do H+ e reflete o estado ácido-básico do sangue. Os valores indicam se o pH arterial está normal, ácido ou alcalino. Acidemia: ocorre devido ao acúmulo de íons H+, diminuindo o valor do pH do sangue. Alcalemia: decorrente da diminuição do íon H+, elevando o pH do sangue. PaCO2: mede a pressão parcial do dióxido de carbono no sangue arterial. É ajustada através da ventilação alveolar. Os valores da PaCO2 refletem a função ou disfunção ventilatória. HCO3 – Bicarbonato sérico: é o principal componente renal de regulação ácido-básica, é o tampão (age após a ocorrência de um nível anormal de pH ácido) de ácido mais importante, que 479


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

• • •

está presente, em maior quantidade, nos líquidos corporais. É reabsorvido, gerado e excretado pelos rins, numa proporção direta à quantidade de ácido circulante para manter o ambiente ácido-básico normal. Níveis reduzidos de HCO3 indicam aumento no ácido metabólico circulante, sendo indício de acidose metabólica a níveis elevados refletem redução nos ácidos metabólicos, sendo indício de alcalose metabólica. Acidose: qualquer condição em que ocorra excesso de ácido ou falta de base, ou seja, é o aumento do ácido carbônico (H2CO3-) ou a diminuição do bicarbonato (HCO3-). Alcalose: qualquer condição que aconteça excesso de base ou diminuição de ácido, ou seja, o aumento do bicarbonato (HCO3-) ou a diminuição do ácido carbônico (H2CO3). PaO2: pressão parcial de oxigênio dissolvido no sangue arterial. A presença de hipoxemia (PaO2 < 80 mmHg) ou a incapacidade das células de extraírem oxigênio do sangue, resultando em produção de ácido láctico e em acidose metabólica. BD: Diferença de base. Reflete a presença ou ausência tissular e renal de ácido. A medida que aumenta a proporção de ácido, a quantidade relativa de base diminui (e vice-versa).Valores anormalmente elevados (>+2) refletem alcalose, valores baixos (< 2) refletem acidose. Sat O2: saturação de oxigênio. É a quantidade de oxigênio transportado pela hemoglobina (Hb) ou o grau em que a hemoglobina é saturada pelo oxigênio. A saturação e a dessaturação refletem a absorção de oxigênio nos pulmões e a descarga de oxigênio nos tecidos. A utilização de oxigênio pelos tecidos é avaliada fazendo-se a comparação da utilização pós-celular de Hb (saturação de oxigênio do sangue venoso misto – SvO2). Para a avaliação da saturação do SvO2 é necessária a instalação de um cateter na artéria pulmonar. A amostra é retirada da extremidade distal do cateter e indica uma mistura completa de sangue que retornou de todas as partes do corpo. A SvO2 pode propiciar um primeiro indicador de falha na perfusão ou de maiores demandas tissulares de O2, refletidas por uma menor saturação de Hb. AG (ânion Gap): utilizado para diferenciar a origem do distúrbio metabólico. Reflete a diferença entre a concentração plasmática do principal cátion mensurável (Na+) e a soma dos ânions mensuráveis (Cl- e HCO3-). A diferença representa a concentração de ânions não mensuráveis (ex.: fosfatos, sulfatos, ácidos orgânicos, proteínas). 480


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

Valores normais da gasometria arterial4;9 Para interpretar corretamente os distúrbios ácidos-básicos deve-se conhecer os valores normais da gasometria, conforme descrito no Quadro 1. Parâmetros e Valores Normais da Gasometria Arterial pH = 7,35 a 7,45 PaO2 = 80 a 100 mmHg PaCO2 = 35 a 45 mmHg HCO3– = 22 a 26 mEq/L BE= -2 a +2 mEq/L Sat O2 = 93 a 98% AG (ânion Gap) 08 a 14 mEq/l

Sistemas tampão1;10 Os sistemas tampão são sistemas neutralizantes que permitem que os ácidos e as bases sejam transportados dos locais onde são produzidos para os locais de onde serão excretados. Tendem a manter constante o pH, apesar da adição de ácidos ou bases ao meio interno. Os tampões são divididos em dois grupos: tampões do extracelular – bicarbonato, proteínas (especialmente albumina) e fosfato e os tampões do intracelular – fosfato, bicarbonato, proteínas e hemoglobina. O principal tampão é o bicarbonato.

Distúrbios do metabolismo acido básico 1 - Distúrbios primários Também chamados de distúrbios simples, são aqueles em que ocorre alteração do pH associado ao distúrbio ácido-básico de origem metabólica (queda ou elevação do bicarbonato) ou respiratória (aumento ou diminuição da PaCO2)10. Existem quatro tipos fundamentais de distúrbios do metabolismo do equilíbrio ácido-básico: distúrbios metabólicos (sistêmicos) – acidose 481


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem metabólica e alcalose metabólica; distúrbios respiratórios (pulmões) – acidose respiratória e alcalose respiratória11. Provocam sempre uma resposta secundária ou mecanismo de compensação que serão discutidos após a apresentação dos distúrbios simples.

Acidose metabólica A acidose metabólica é um desequilíbrio ácido-básico frequente em pacientes graves. É decorrente da diminuição primária do bicarbonato (HCO3), com acidemia (pH baixo). Pode resultar de três mecanismos básicos: ganho de ácidos por aumento da produção endógena (ex.: cetoacidose diabética e acidose lática); diminuição da excreção renal de ácidos (ex.: insuficiência renal) e perda de bicarbonato: por via digestiva (ex.: diarreia)5,9-10. As principais causas de acidose metabólica são aquelas que cursam com elevação do ânion Gap (AG) e as que cursam com AG normal. O AG ou o intervalo aniônico é a medida da diferença entre os principais cátions e ânions mensuráveis no organismo. É utilizada para diferenciar a origem de um distúrbio metabólico, especialmente da acidose metabólica. Acidose com resultado normal do AG indica que a origem do distúrbio é a perda de bicarbonato. Um resultado elevado, na presença de acidose metabólica, indica aumento na produção ou acúmulo de ácidos voláteis9. O principal mecanismo é a acidose lática secundária ao choque circulatório. Independentemente de sua etiologia – cardiogênico, hipovolêmico, ou distributivo –, o choque circulatório provoca uma redução na oferta de oxigênio aos órgãos e tecidos. A acidose lática está associada à elevada mortalidade. O prognóstico do paciente depende da gravidade da doença que está por trás do distúrbio ácido-base, e não da gravidade do distúrbio em si12.

Manisfestações clínicas4,11 A acidose metabólica não produz sinais ou sintomas específicos. A acidose metabólica leve (HCO3 15-18 mEq/L) pode não ocorrer sintomas, enquanto um pH<7,2 levará ao surgimento de sintomas. A hiperventilação alveolar (respiração de Kussmaul) é frequentemente o sinal que leva ao diagnóstico. Outros sinais surgem como complicação deste distúrbio; • Diminuição da contratilidade miocárdica, redução do débito car482


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem díaco, hipotensão, vasodilatação periférica e diminuição da perfusão tecidual, arritmias (o limiar para indução de fibrilação ventricular é muito reduzido); • Diminuição do sensório; • Atonia gástrica, anorexia, náuseas e vômito; • Hipercalemia, quando a causa da acidose metabólica é o aumento do potássio (no monitor cardíaco pode ocorrer intervalo PR prolongado, QRS ampliado e onda T em pico).

Valores da gasometria4,11 pH < 7,35 HCO3 < 22 mEq/L Tratamento da acidose metabólica O tratamento da acidose metabólica depende da causa e da gravidade e consiste em corrigir o distúrbio que originou a alteração. Quando o pH cai abaixo de 7,1 devem ser administradas soluções de bicarbonato com o objetivo de elevar o nível sérico acima de 16 mEq/l em 12 a 24 horas. Essa elevação só ocorre quando cessam as perdas. Quando a perda continua, como nos casos de drenagem de via biliar, a reposição deve ser reavaliada a cada 6-12 horas. Quando a situação clínica (insuficiência cardíaca ou renal) impede o uso de bicarbonato, a alternativa é o emprego de métodos dialíticos11. A acidose facilita a entrada do H+ na célula e a saída do K+. O K+ que sai da célula é excretado se a função renal encontra-se normal ou pouco alterada. Quando a acidose é corrigida, ocorre o movimento inverso. O H+ volta para o extracelular e o K+ para o intracelular, provando hipocalemia se não houver reposição do potássio perdido11. Alcalose metabólica A alcalose metabólica resulta em HCO3 elevado (45-50 mEq/L), em consequência de perda de H+ ou ingestão excessiva de álcalis. Um aumento compensatório na PaCO2 (até 50-60 mmHg) será percebido. Mesmo que a acidose metabólica seja um distúrbio mais comum, a alcalose metabólica é, também, um distúrbio encontrado nos pacientes graves13. 483


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

Fatores de risco7 • •

Perda do ácido gástrico por vômito ou drenagem gástrica; Diuréticos principalmente quando usado em pacientes com dieta com restrição de sódio. • Perdas excessivas de cloreto e de sódio não repostas. • Administração excessiva de NaHCO3 (correção excessiva de acidose metabólica). • A alcalose grave (pH > 7,6) está associada a morbidade e mortalidade elevadas. O organismo consegue tolerar um grau maior de acidose do que de alcalose.

Manifestações clínicas7 • • • • •

Fraqueza muscular devido a hipocalemia. Apatia e confusão mental. Convulsões. Pode ocorrer arritmias cardíacas (atriais e ventriculares) Náuseas, vômitos e diminuição da motilidade intestinal.

Características gasométricas7 pH <7.3 HCO3 > 26 mEq/L

Tratamento9 A terapêutica visa corrigir a causa. Pode haver necessidade de: • mudanças dos parâmetros do ventilador principalmente FR e VC, promovendo a hipoventilação; • sedação para corrigir a ansiedade; • reposição de K+ na hipocalemia e de volume com SF a 0,9% na hipovolemia. • inibidores da secreção gástrica para reduzir a perda de ácidos nos pacientes com drenagem gástrica ou vômitos.

Acidose respiratória7,9,13-14 Ocorre devido à hipoventilação alveolar e resulta em PaCO2 elevada. A hipercapnia (PaCO2>45 mmHg) indica hipoventilação e consequentemente acidose respiratória7;9. 484


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

Fatores de risco7;9 • •

Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): enfisema e bronquite. Infecção respiratória aguda em paciente com DPOC.

Manifestações clínicas(7,9,11,14) Se a pCO2 se elevar com rapidez, pode ocorrer: • • •

dispneia, taquipneia e cianose; agitação e sonolência; pressão intracraniana aumentada (PIC) devido a hipercapnia grave (PaCO2 > 70 mmHg) que leva a vasodilatação cerebral e dos vasos sanguíneos conjuntivais e faciais; taquicardia supraventricular e ventricular.

Dados gasométricos7,9 pH < 7.35 PaCO2 > 45 mmHg. Nos pacientes graves, a acidose favorece as mudanças sistêmicas. O organismo é protegido pelo sistema de tampão bicarbonato. O bicarbonato se liga aos hidrogênios em excesso produzindo CO2 que chega aos pulmões para ser eliminado; esse processo continuaria até a normalização do pH se não fosse limitado pela redução progressiva dos níveis de bicarbonato. Cavaliere et al. estudaram as variações do equilíbrio ácido-base e da eliminação do CO2 induzida pela infusão de bicarbonato em 10 pacientes e verificaram que durante a infusão de bicarbonato as doses empregadas aumentaram o conteúdo total de CO2 no sangue, enquanto não se verificou retenção em nível tecidual, já que a hemodinâmica permaneceu estável, assim como a diferença artériovenosa da PaCO213-14.

Tratamento O tratamento visa corrigir a causa do distúrbio e melhorar o padrão ventilatório, podendo ser necessário a instalação de via aérea definitiva, mudança dos parâmetros do ventilador entre outros.9 485


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

Alcalose respiratória Ocorre como resultado da hiperventilação alveolar. Logo, hipocapnia (PaCO2<35 mmHg) indica hiperventilação alveolar e alcalose respiratória7.

Fatores de risco7 • • • • • • • •

Ansiedade; Sindrome do desconforto respiratório agudo (SARA); Pneumonia; Edema pulmonar; Tromboembolia pulmonar; Sepse; Todos esses fatores podem resultar em hipoxemia, que estimula o esforço ventilatório resultando em alcalose respiratória; Outros ainda: estados hipermetabólicos: dor, agitação; ventilação mecânica excessiva: volume corrente ou frequência respiratória aumentada ; trauma do SNS:com dano ao centro respiratório.

Manifestações clínicas7 • • • •

Ansiedade; Tontura; Taquipneia e profundidade das respirações aumentadas; Arritmias cardíacas.

Achados gasométricos7 pH > 7,45 PaCO2 < 35 mmHg

Tratamento9 Além da correção do distúrbio causal, podem ser necessárias mudanças nos parâmetros do ventilador, sedação para as ansiedades.

2 - Resposta compensatória na acidose e na alcalose5,10-11,14 Os distúrbios primários dão início a respostas fisiológicas secundárias ou compensatórias que se opõem às alterações primárias. Como regra 486


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem geral, as respostas secundárias diminuem o efeito na concentração do H+, mas não chegam a normalizar o distúrbio. A resposta compensatória respiratória ocorre nos distúrbios primários metabólicos e a metabólica nos distúrbios primários respiratórios. Quem se responsabiliza por esse processo são os rins e os pulmões se suas funções estiverem normais ou pouco alteradas. Na acidose metabólica, o sistema respiratório tenta compensá-la eliminando CO2 por meio da hiperventilação secundária ao aumento de H+ no plasma (extracelular). A compensação respiratória normal da acidose metabólica inicia rapidamente e ocorre de forma plena em 12 a 24 h e pode diminuir a pCO2 até aproximadamente 10 mmHg (ou seja, por exemplo, de 40 mmHg para 30 mmHg). Da mesma forma, na acidose respiratória consequente à hipoventilação com retenção de CO2 (aumento da PCO2), o rim diminui a eliminação de HCO3, ou seja, aumenta a sua reabsorção e aumenta a excreção de H+ na urina tentando normalizar o pH entre 7,35 e 7,45. O aumento da reabsorção renal de HCO3 constitui o principal mecanismo de compensação renal à acidose hipercápnica. No entanto, este processo de compensação é mais lento do que o mecanismo compensatório respiratório. Ocorre o inverso nas doenças que cursam com alcalose. Na alcalose metabólica, a compensação respiratória se faz por retenção de CO2, porém o mecanismo de compensação não é tão eficiente. Apesar do aumento de HCO3 deprimir a respiração, sua passagem pela barreira liquórica é muito lenta. Devido a isso, a depressão respiratória não é observada com frequência. É incomum haver pCO2 acima de 55-60 mmHg. Na alcalose respiratória, a tendência renal é reter H+ e excretar HCO3. Na hipocapnia de longa duração, a eliminação renal de bicarbonato está aumentada, levando à correção do pH do sangue. A alcalose respiratória compensada apresentará um pH normal ou próximo do normal com níveis de bicarbonato baixos.

Distúrbios mistos Quando não há resposta compensatória esperada, está ocorrendo o distúrbio misto. Portanto, o distúrbio misto é caracterizado pela presença de mais de um distúrbio inicial ocorrendo simultaneamente. A existência de dois ou mais distúrbios simples é muito frequente, principalmente em pacientes hospitalizados e em unidades de emergência

487


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem e de terapia intensiva. Nestes, o HCO3 e a pCO2 respondem, não um a alteração do outro, mas a estímulos distintos e independentes11. Podem ocorrer todas as combinações possíveis dos quatro distúrbios simples quando não há compensação. Entretanto, algumas combinações são mais comuns: acidose mista respiratória e metabólica; acidose metabólica e alcalose respiratória; alcalose mista metabólica e respiratória; e alcalose metabólica e acidose respiratória. Antes de descrever esses distúrbios, fazem-se necessárias orientações de como verificar se há adequação do mecanismo de compensação11. Para verificar se o mecanismo de compensação é adequado, deve-se utilizar a seguinte equação15:

pCO2 = 1,20 x HCO3  significa Delta

Para verificar se há compensações respiratórias, utilizar as equações15: Acidose metabólica: pCO2= 1,20 xHCO3 Alcalose metabólica: pCO2= 0,50 x HCO3 Para verificar se há compensações metabólicas, utilizar15: Acidose respiratória:

HCO3= 0,35 xpCO2 (crônica) HCO3= 0,10 xpCO2 (aguda) Alcalose res- HCO = 0,50 x pCO (crônica) 3 2 piratória: HCO3= 0,20 x pCO2 (aguda)

pCO2= [pCO2 esperado – pCO2 medido], onde pCO2 esperado é

40mmHg (média normal da pCO2)10. HCO3 = [HCO3 esperado– HCO3 medido], onde HCO3 esperado é 24 mEq/L (média normal do HCO3)10.

Distúrbios ácidos-básicos mistos mais frequentes11 Acidose mista É reconhecida pelo aumento da pCO2 com diminuição concomitante do HCO3. Pode provocar acidemias extremas com pH < 7,0. Exemplo é o da 488


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem parada cardiorrespiratória. A acidose metabólica (lática) é consequente da má perfusão, e a respiratória da hipercapnia consequente da hipoventilação. Distúrbio semelhante ocorre no paciente com edema agudo de pulmão.

Acidose metabólica e alcalose respiratória Ocorre quando a diminuição do HCO3 é acompanhada de diminuição da pCO2 maior que a esperada, ou quando a diminuição da pCO2 é vista com um HCO3 menor que o esperado. Esse tipo de associação é rapidamente diagnosticado quando é aplicada a fórmula da compensação esperada para uma acidose metabólica. O exemplo mais, frequentemente, visto em pacientes graves na UTI, é o da sepse por gram-negativos em que ocorrem o estímulo direto da ventilação e acidose lática e/ou renal.

Alcalose mista É diagnosticada quando a ventilação é aumentada (<pCO2) na presença de concentrações elevadas de HCO3. Nestes casos, o pH pode estar muito elevado. Como exemplo, cita-se o paciente com insuficiência hepática utilizando diuréticos, apresentando vômito ou com drenagem gástrica. A insuficiência hepática provoca hiperventilação por estímulo central, e os diuréticos ou os vômitos, a alcalose metabólica.

Alcalose metabólica e acidose respiratória Este tipo de distúrbio ocorre quando a concentração do HCO3 está aumentada além da faixa apropriada para compensação da elevação observada da pCO2. Neste caso, o pH tem uma tendência à normalidade. Essa combinação ocorre em pacientes peneumopatas crônicos com retenção de CO2 que recebem diuréticos que produzem retenção de HCO3 ou que apresentam vômitos. Esse, nestes pacientes, é um evento crônico e devese atentar que o aumento do bicarbonato poderá contribuir para a hipoventilação.

Gasometria arterial É o principal exame diagnóstico dos distúrbios do equilíbrio ácidobásico. Sem a realização da análise dos gases sanguíneos, através da 489


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem gasometria arterial, torna-se praticamente impossível diferenciar, quantificar e avaliar as intervenções implementadas para a correção, quer do distúrbio quer da causa subjacente9. Avalia o pH, o pCO2, a pO2, o HCO3, a Sat O2 e DB. O gasômetro mede diretamente o pH, a pCO2, e a pO2. O HCO3 e a DB são obtidos através de cálculos. A saturação da hemoglobina é lida em tabela onde as entradas são o pH e a pO2. A escolha do sangue arterial se deve ao fato de fornecer os dados mais confiáveis na avaliação do metabolismo ácido-básico do compartimento extracelular como um todo9. Para facilitar a interpretação da gasometria, elaborou-se um resumo com os distúrbios ácido básicos simples, as alterações nos parâmetros e os mecanismos de compensação, conforme demonstrado no Quadro 2.

Quadro 2. Distúrbios ácidos-básicos, evento inicial e compensação Distúrbio

Evento Inicial pH < Acidose respiratória PaCO2> HCO3 normal pH > Alcalose respiratória PaCO2 < HCO3 normal pH < Acidose metabólica PaCO2 normal HCO3 < pH > Alcalose metabólica PaCO2 normal HCO3 >

Compensação Rins retêm HCO3 e eliminam H Rins eliminam HCO3 e retêm H Pulmões eliminam CO2 Hiperventilação Pulmões retêm CO2 Hipoventilação

Artérias selecionadas para punção10 A punção deve ser feita principalmente em artérias superficiais que tenham circulação colateral adequada. Atendendo a essa recomendação, a artéria radial é a melhor opção, seguida da artéria tibial posterior e pediosa. As femorais devem ser evitadas devido à difícil compressão diante de hemorragias. Reservar a punção femoral para os casos de difícil localização dos pulsos, como nos pacientes em choque.

490


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

Cuidados com a coleta e manuseio da amostra9;11 •

• •

• • • • •

As amostras devem ser anticoaguladas. Atentar para o fato de que, por ser a heparina ácida, pode gerar falsos resultados quando utilizada em dose alta. A quantidade necessária é de menos de 100 U/ ml de sangue coletado. Para isso basta aspirar menos de 0,5 ml de heparina 5.000 U/ml na seringa de coleta. Movimentar o líquido na seringa, apenas para “lavar” as paredes internas; logo após, trocar a agulha e desprezar todo o conteúdo. O recomendado é apenas umidificar o êmbolo da seringa e a agulha. A proporção deve ser de 0,1 ml de heparina para 2 ml de sangue. O resíduo que fica no espaço morto do bico da seringa e na agulha é de cerca de 0,15 mL. Esperar no mínimo 20 minutos para coletar a amostra após realização de aspirações de secreções ou manobras fisioterápicas. Esses procedimentos alteram temporariamente a PaO2 e a PaCO2. Aspirar o sangue apenas quando não existir pressão sanguínea suficiente para coleta passiva; fazer o mais suave possível. Aspirações com pressão negativa favorece o acúmulo de bolhas de ar na amostra, alterando valores na PaCO2. Mesmo breves exposições da amostra ao ar ambiente podem levar a distorções significativas da gasometria pela difusão rápida do CO2. Nesse sentido, deve-se, ao coletar a amostra, não aspirar ar e, logo após a coleta, deve desprezar pequenas bolhas de ar que podem sobrar na seringa. Feito isso, imediatamente obstruir a comunicação com o ambiente, garantindo um fechamento hermético da agulha. Fazer movimentos rotatórios com a seringa, suavemente, visando garantir o efeito anticoagulante em toda a amostra. Movimentos vigorosos podem ocasionar hemólise. Fazer a compressão do local no mínimo por 2 minutos e na femural por 5 a 10 minutos é fundamental para prevenir a formação de hematomas. Quando há necessidade de repetidas punções para controle gasométrico, é indicado canular a artéria radial, para o conforto do paciente e menor risco com várias punções arteriais. Coletas através de cateter: devem ser aspirados no mínimo 2 ml de sangue previamente à coleta, visando à redução de erros por diluição da amostra. A amostra deve ser analisada imediatamente: devido a alterações ácidos-básicas ocorrerem continuamente, mesmo quando condições estritamente anaeróbicas são mantidas durante a coleta. 491


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem • Deve-se resfriar a amostra (colocar em isopor com gelo) para diminuir a taxa metabólica do sangue. Mesmo com esse cuidado, a amostra deve ser analisada em no máximo uma hora após a coleta. O metabolismo que ocorre na amostra após esse tempo causa elevação da PaCO2 e redução da PaO2.

Sistematização da análise da gasometria arterial Uma análise passo a passo é essencial para a interpretação exata dos valores da gasometria arterial. Sempre correlacionar o resultado da gasometria com as manifestações clínicas do paciente. • 1º Passo: avalie o pH. Normal? Acidemia? Alcalemia? • 2º Passo: avalie o PaCO2. Normal? Acidose respiratória? Alcalose respiratória? • 3º Passo: avalie o HCO3-. Normal? Acidose metabólica? Alcalose metabólica? Como está o BE? + 2 a - 2? Reflete acidose ou alcalose? • 4º Passo: No caso de pH normal, analise se está ocorrendo compensação metabólica ou respiratória correlacionando apenas um componente diretamente ao pH normal9. • 5º Passo: No caso de pH normal, avalie se existe um distúrbio misto, correlacionando o pH normal (porém tendendo a acidemia ou alcalemia) ou um pH anormal, com alterações de ambos os componentes (respiratório e metabólico) diretamente relacionado ao pH9. • 6º Passo: Verificar a PaO2 e a Sat.O2. PaO2 e a Sat.O2: reduzidos, podem levar a acidose lática e indicar a necessidade de maior concentração de oxigênio. Inversamente a PaO2 elevada pode indicar a necessidade de redução das concentrações de oxigênio ofertadas7.

Diferença do valor de oxigênio arterial e venoso7 A diferença entre a quantidade de oxigênio arterial e venoso reflete a extração tissular de oxigênio. Essa diferença aumenta quando o desempenho ventricular está prejudicado. A análise da amostra do sangue arterial e venoso misto (artéria pulmonar) fornece informação confiável da função ventricular. 492


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

Resumo Para manter o pH constante, o organismo depende do funcionamento dos rins (excreção de ácidos fixos), dos pulmões (eliminação do CO2) e dos sistemas tampão, que são mecanismos neutralizadores responsáveis por minimizar as alterações secundárias ao acréscimo de ácidos ou bases na corrente sanguínea. O aumento do ácido metabólico causa queda do pH, e a diminuição do ácido metabólico provoca aumento do pH. O aumento do ácido respiratório faz o pH diminuir, e a diminuição do ácido respiratório faz o pH aumentar. Distúrbios ácidos-básicos primários ou simples envolvem alteração do pH associada à alteração de apenas um sistema orgânico (respiratório ou metabólico). Quando a alteração é na concentração do HCO3-, há um distúrbio metabólico. Quando a alteração é na PaCO2, há um distúrbio respiratório. A acidose metabólica é causada por um aumento primário dos ácidos metabólicos e/ou por uma redução do bicarbonato do plasma, com HCO3 <22 mEq/L, com um pH<7,4. A alcalose metabólica é caracterizada por aumento do pH e do bicarbonato e/ou diminuição dos ácidos metabólicos. A acidose respiratória é um distúrbio ácido-básico secundário à hipoventilação alveolar e retenção de CO2. O mecanismo de compensação renal retém o bicarbonato. A alcalose respiratória é secundária à hiperventilação pulmonar e diminuição da concentração de CO2. Distúrbio misto é caracterizado pela presença de dois distúrbios primários ocorrendo ao mesmo tempo, ou seja, implica alteração de pH e de sistema respiratório e metabólico. Daí a denominação de desequilíbrios mistos: acidose mista ou alcalose mista. A regulação do equilíbrio ácido-básico depende, fundamentalmente, de dois processos: a neutralização e a compensação. A neutralização se dá pelos sistemas tampão: proteínas, bicarbonato-ácido carbônico e troca transcompartimental de K+/H+. No sistema tampão, proteínas têm a capacidade de neutralizar tanto ácidos quanto bases. Os processos compensatórios excretam ou retêm ácidos ou bases para compensar as perdas, compreendendo os sistemas respiratório e renal. Os sistemas compensatórios objetivam normaliza o pH, porém não corrigem a causa do desequilíbrio. 493


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem Nos distúrbios metabólicos, ocorre compensação respiratória com rapidez: aumenta ou reduz a frequência e profundidade ventilatória, consequentemente eliminando ou retendo CO2. Nos distúrbios respiratórios, a compensação renal inicia-se de 12 a 24 horas e completa-se em cinco dias. A ação do sistema se baseia na excreção ou na retenção de íons H+ e íons HCO3-, conforme a alteração do pH.

Intervenções de enfermagem Como vimos, o distúrbio ácido-básico é consequência de patologias e seu aparecimento agrava consideravelmente o quadro clínico do paciente. É o que acontece nas doenças pulmonares, na cetoacidose diabética, nas intoxicações, nas infecções, na insuficiência renal, no choque dentre outras. A enfermagem deve: • Ficar atenta a mudanças do nível de consciência, comuns principalmente nos pacientes com a PaCo2 aumentada: agitação, sonolência e coma; • Manter vias aéreas pérvias; • Atentar para arritmias cardíacas no monitor ou, quando paciente não monitorizado, detectadas por algum dos sinais de baixo débito (alteração nível consciência, sudorese, má perfusão, hipotensão, dispneia, por exemplo); • Observar e registrar a adaptação do paciente, quando o mesmo estiver ao ventilador mecânico, pois pode ser necessário fazer ajustes dos parâmetros ventilatórios; • Registrar perdas gastrointestinais: vômitos, drenagem gástrica, fístulas, diarreia; • Controlar a diurese; • Monitorar o balanço hídrico; • Controlar sinais vitais: as alterações de PA e R são frequentes; • Monitorar os resultados da gasometria para avaliar a reação do paciente ao tratamento instituído. Comunicar ao médico quanto a alterações importantes como > PaCO2 e < pH,PaO2 e Sat.O2; • Manter a monitorização contínua da Sat.O2 através da oximetria e comparar com o resultado da gasometria para verificar a confiabilidade; • Fazer controle da glicemia; • Assegurar manutenção dos acessos venosos; • Acompanhar resultados laboratoriais; • Avaliar a perfusão periférica. 494


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

Exercícios de gasometria A capacidade de analisar os gases sanguíneos e relacionar a avaliação física do paciente é essencial para as intervenções dos enfermeiros, principalmente dos que atuam em unidades críticas. Apresentam-se, a seguir, adaptações de exercícios116 de gasometrias arteriais, que ocorrem comumente nas UTIs e emergências. Para os cinco casos apresentados, responda: qual ou quais o(s) distúrbio(s) ácido(s)-básico(s) apresentado(s), seu mecanismo de compensação, e a(s) causa(s)?

Caso 1 Paciente de 45 anos chega a emergência sonolento, desidratado, com respiração profunda, FR de 32 mpm, e hálito cetônico. Gasometria arterial: pH = 7,15; PaCO2 = 20 mmHg; HCO3 = 10 mEq/L; BE= -13. Análise: o pH < 7,35 acidemia. A PaCO2 < 35 mmHg sugere ser uma compensação. O HCO3 = 10 revela ser metabólica, a origem do distúrbio. O distúrbio ácido-básico é acidose metabólica com tentativa de compensação respiratória, uma vez que o pH ainda está baixo. Este padrão gasométrico e o exame clínico são típicos de pacientes diabéticos descompensados com cetoacidose. Nestes casos, há uma grande produção de ácidos fixos – cetoácidos –, responsáveis pelo enorme consumo de bicarbonato e pelo hálito cetônico. A acidose é primariamente metabólica e ativa o centro respiratório bulbar que, tentando normalizar o pH, aumenta a ventilação alveolar eliminando CO2 em excesso, mas sem conseguir compensar totalmente o distúrbio. Se não houvesse a participação respiratória, o pH estaria muito mais baixo.

Caso 2 Paciente de 60 anos está na emergência com indicação de leito na UTI por quadro de choque séptico, consequente de pneumonia bilateral em fase avançada progredindo para síndrome da angústia respiratória aguda (SARA). Suporte circulatório com aminas vasoativas, reposição de volume e suporte respiratório com ventilador mecânico estão sendo empregados. Gasometria arterial: pH = 7,20; PaCO2 = 56 mmHg; HCO3 = 19 mEq/L; BE = -6,5.

495


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem Análise: O pH < 7,35 indica acidose. A PaCO2 > 45 mmHg sugere componente respiratório. O HCO3 menor que 22 mEq/L sugere componente metabólico. O distúrbio ácido-básico é acidose mista (respiratória e metabólica). Nos casos de choque circulatório, as células do organismo não recebem a quantidade de oxigênio necessária ao seu metabolismo, transformando-o em anaeróbico, o que causa acúmulo de ácido láctico (ácido fixo). Este é o mecanismo do componente metabólico desta acidose. Na SARA só costuma ser observada retenção de CO2, responsável pelo componente respiratório nas fases mais avançadas, quando a complacência pulmonar está muito diminuída.

Caso 3 Paciente de 48 anos encontra-se na UTI em pós-operatório de cirurgia abdominal. Queixa-se de câimbras e prostração. Ao exame clínico, observam-se espasmos musculares e drenagem elevada pela sonda nasogástrica (2.200 mL/24 h). Gasometria arterial: pH = 7,65; PaCO2 = 40 mmHg; HCO3 = 36 mEq/L; BE= +8,0. Análise: O pH > 7,45 indica alcalose. A PaCO2 normal exclui componente respiratório. O HCO3 aumentado sugere componente metabólico como o responsável pelo distúrbio. O distúrbio é alcalose metabólica pura. Quando ocorre drenagem alta pela sonda gástrica, ocorre grande perda de ácido, potássio e cloreto, componentes do suco gástrico. Ocorre alcalose metabólica por perda de ácido fixo, elevação do HCO3 secundária à perda de cloreto (para manter a eletroneutralidade) e perda de potássio causando dor muscular. A alcalose reduz os níveis de cálcio ionizado, ocasionando contraturas musculares.

Caso 4 Paciente de 65 anos, fumante, procura emergência, queixando-se de dispneia, cansaço e tosse acompanhada por secreção clara. O exame clínico revela aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax, baqueteamento digital e alguns sibilos esparsos. Gasometria arterial: pH = 7,40; PaCO2 = 58 mmHg; HCO3 = 34 mEq/L; BE = +7,2. O pH é normal. Análise: A PaCO2 está elevada, indicando acidose respiratória. O HCO3 também está elevado, indicando alcalose metabólica. Em função da 496


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem história e do exame físico, o diagnóstico é acidose respiratória com compensação metabólica completa. Neste caso, o distúrbio inicial foi a retenção crônica de CO2 pela doença pulmonar. Face à sua cronicidade, os rins baixaram seu limiar de reabsorção de bicarbonato a fim de normalizar o pH, conseguindo com uma alteração secundária compensar totalmente a primária. A causa dos distúrbios é a doença pulmonar obstrutiva crônica, que inclui enfisema e bronquite crônica, levando a alterações de trocas gasosas pelos pulmões que ativam alterações renais, hematológicas, cardíacas, ósseas, entre outras.

Caso 5 Paciente de 50 anos com infarto agudo do miocárdio está na unidade coronariana em choque cardiogênico. Apesar de suporte farmacológico com dobutamina e noradrenalina, a perfusão é inadequada, apresentando extremidades frias, cianose periférica, anúria e sonolência. Gasometria arterial: pH = 7,10; PaCO2 = 35 mmHg; HCO3 = 12 mEq/L. Análise: O pH baixo sugere acidose grave. A PaCO2 está normal, não havendo alteração respiratória. O HCO3 = 12 mEq/L está baixo, indicando distúrbio metabólico. O distúrbio é acidose metabólica sem tentativa de compensação. O mecanismo da acidose metabólica é o mesmo dos outros tipos de choque; metabolismo celular anaeróbico com acúmulo de ácido láctico e dificuldade de eliminação de ácidos fixos em decorrência da hipoperfusão renal. É interessante observar, neste caso, a falta de compensação respiratória de uma acidose tão grave. O motivo provável é hipoperfusão dos músculos respiratórios limitando sua atividade. Embora este paciente esteja recebendo suporte adequado do ponto de vista farmacológico, a gasometria mostra que a perfusão está severamente comprometida. Possibilidade a ser aventada é uma eventual inibição da ação das catecolaminas decorrente da acidose grave.

497


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

Referências 1.

Roque FL. Emergências relacionadas aos desequilíbrios dos distúrbios do equilíbrio ácido-básico In: Martins HS, Damasceno MCT, Awada SB (orgs). Pronto socorro: condutas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Barueri, SP: Manole; 2007. p. 200-8.

2.

Barbosa MBG, Alves CAD, Queiroz FH. Avaliação da acidose metabólica em pacientes graves: método de Stewart-Fencl-Figge versus a abordagem tradicional de henderson-hasselbalch. RBTI 2006; 18(4):380-4. Disponível em: http://www.scielobr/ pdf/rbti/v18n4/10pdf. Acesso em: 02 mar. 2011.

3.

Schoolwerth AC et al. Acid-base disturbances in the intensive care unit: metabolic acidosis. Seminars in dialysis. Critical Care Issues for the Nephrologist 2007; 19:492-5. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley. com/doi/10.1111/j.1525-139X.2006.00211.x/pdf. Acesso em: 05 mar 2011.

4.

Miranda MPF. Distúrbios no equilíbrio ácido-base In: Padilha KG, Vattimo MFF, Silva SC, Miako K (orgs). Enfermagem em UTI: cuidando do paciente crítico. Barueri, SP: Manole; 2010. p. 730-44.

5.

Mendes NT. Desequilíbrio hidroeletrolítico e distúrbios ácido-básicos. In: Cheregatti LA, Amorim CP (orgs). Enfermagem em unidade de terapia intensiva. São Paulo: Martinari; 2010. p. 139-49.

6.

Évora PRB, Reis CL, Ferez MA, Conte DA, Garcia LV. Distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico e do equilíbrio acido básico-uma revisão prática. Medicina 1999 out/dez; 32:451-69 .

7.

Swearingen PL, Keen JH. Manual de enfermagem no cuidado crítico: interpretação em enfermagem e problemas colaborativos. Trad. Anne MW et al. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2005. p. 811-33.

8.

Lino MM. Desequilíbrio acido-básicos. In: Calil AM, Paranhos WY. O enfermeiros e as situações de emergência. São Paulo: Atheneu; 2007. p. 637-53.

9.

Porto VA, Albuquerque AM, Ferreira VS. Distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico: implicações práticas. In: Viana RAPP, Whitaker IY e col. Enfermagem em terapia intensiva: práticas e vivências. Porto Alegre: Artmed; 2011. p. 186-95.

498


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem 10. Beraldo DO, Duque AS, Xavier RM. Distúrbios do equilíbrio ácido-base. In: Teixeira JCZ et al. São Paulo: Atheneu; 2009. p. 267-84. 11. Albuquerque GC, Barros E. Distúrbios do metabolismo ácido-básico. In: Barreto SSM, Vieira SRR, Pinheiro CTS. Rotinas em terapia intensiva. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2001. p. 225-36. 12. Rocha PN. Uso de bicarbonato de sódio na acidose metabólica do paciente gravemente enfermo. Jornal Brasileiro de Nefrologia 2009; 31(4):297-306. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jbn/v31n4/ v31n4a08.pdf. Acesso em: 03 mar 2011. 13. Moviat M et al. Acetazolamide-mediated decrease in strong ion difference accounts for the correction of metabolic alkalosis in critically ill patients. Critical Care 2006; 10(1). Disponível em: http://www.ncbi.nlm. nih.gov/pmc/articles/PMC1550864 /pdf/cc3970.pdf. Acesso em: 10 fev 2011. 14. Nardelli L, Rocco PRM, Garcia CSNB. Controvérsias acerca da acidose hipercápnica na síndrome do desconforto respiratório agudo. RBTI 2009; 21(4):404-15. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbti/v21n4/ v21n4a11.pdf. Acesso em: 03 mar 2011. 15. Tonato E, Neto MC, Junior VGP. Princípios gerais e distúrbios do equilíbrio ácido-base. In: Knobel E. Terapia intensiva-nefrologia e distúrbios do equilíbrio ácido-base. São Paulo: Atheneu; 2005. p. 35-45. 16. Elias DO, Fagundes F, Souza MH. Fundamentos do equilíbrio ácido base. Parte 12 – Estudo de casos selecionados. Disponível em: http:// perfline.com/cursos/cursos/acbas/acbas.htm. Acesso em: 22 jul 2011.

499


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

500


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

CAPÍTULO 25

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA EM UNIDADES DE ATENDIMENTO A PACIENTES GRAVEMENTE DOENTES

Sabrina da Silva de Souza Fábio Silva da Rosa Mara Ambrosina de Oliveira Vargas

501


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

502


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem

Introdução A insuficiência respiratória aguda (IRpA) é uma condição grave que pode levar rapidamente à parada respiratória, sendo frequente nas unidades de emergência. Logo, ela pode instalar-se de forma brusca, colocando em risco a vida dos doentes. A enfermagem, por estar ininterruptamente prestando cuidados neste setor, precisa reconhecer seus sinais e sintomas a fim de prestar assistência de qualidade à pessoa nesta condição, prevenindo complicações e garantindo o bem-estar da pessoa e da família. Neste sentindo nos propusemos a abordar esta temática fazendo uma breve discussão em relação ao sistema respiratório e trazendo a temática da insuficiência respiratória aguda na perspectiva da enfermagem.

Fisiopatologia e mecânica pulmonar A respiração tem por objetivo fornecer oxigênio aos tecidos e remover o dióxido de carbono1. Para o desempenho dessas funções, a respiração pode ser dividida em quatro eventos funcionais: Ventilação pulmonar: promove a troca de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares através de um processo cíclico que é responsável pela renovação do gás alveolar2. O ciclo respiratório compreende duas fases: inspiratória (que é ativa), fazendo com que o ar entre nos pulmões, e expiratória (passiva), que é a saída de ar dos pulmões, normalmente realizada pelas forças de recolhimento elástico do pulmão3. Difusão do oxigênio (O2) e do dióxido de carbono (CO2) entre os alvéolos e o sangue: processo que consiste simplesmente no movimento molecular aleatório de moléculas que se entrecruzam em ambos os sentidos, através da membrana respiratória e líquidos adjacentes3. Transporte de oxigênio (O2) e do dióxido de carbono (CO2) no sangue e nos líquidos corporais: após o processo de difusão dos alvéolos para o sangue pulmonar, o oxigênio é transportado em combinação com a hemoglobina até os capilares teciduais onde é liberado para as células. Nas células teciduais, o oxigênio reage com diversas substâncias, formando grande quantidade de dióxido de carbono, que por sua vez penetra nos capilares teciduais. O dióxido de carbono também faz combinação química e é expelido através da expiração1-2. Regulação da respiração: o centro respiratório é localizado no bulbo do tronco cerebral, é sensível a alterações de pressão parcial do gás

503


Urgência e Emergência na Prática de Enfermagem carbônico (pCO2), fazendo com que elevações na pressão parcial sanguínea de gás carbônico (PaCO2) estimulem a contração do diafragma e da musculatura acessória da ventilação3. A contração do diafragma promove um aumento do volume da caixa torácica com consequente geração de uma pressão pleural “negativa” (subatmosférica), que gera um fluxo de ar para dentro dos pulmões. A IRpA é um evento clínico de elevada incidência nas unidades de emergência. Ela acomete tanto as pessoas previamente sadias quanto as com doenças prévias, podendo ser a causa primária de complicações finais de doenças graves, em que a ventilação alveolar ou a perfusão vascular pulmonar, ou ambas, estão prejudicadas4. Resulta de distúrbios da troca de gases devido à deficiência de oxigenação, ou eliminação de dióxido de carbono (CO2), ou ambos5. Trata-se de uma síndrome multicausal caracterizada, sobretudo, por um conjunto de sinais e sintomas que desencadeiam o desconforto respiratório. A intensidade varia de acordo com o tempo de instalação do problema, da reserva fisiológica de cada individuo e de sua capacidade de compensação6. A IRpA pode ser classificada, quanto à velocidade de instalação, em aguda e crônica. Na IRpA, a rápida deterioração da função respiratória leva ao surgimento de manifestações clínicas mais intensas, e as alterações gasométricas do equilíbrio ácido-base, alcalose ou acidose respiratória são comuns. A dispneia e uma das principais causas de procura por atendimento de emergência. Diversos agravos podem causar desconforto respiratório e insuficiência respiratória, entre elas doenças prevalentes como asma, DPOC, ICC, pneumonias, TEP4. Por isso, faz-se importante diferenciar desconforto respiratório de insuficiência respiratória. O desconforto respiratório e caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas geralmente associado a aumento do trabalho respiratório. Na insuficiência respiratória há presença de hipoxemia, associada ou não a hipercapnia4. A respiração baseia-se na capacidade de realizar as trocas gasosas. Isso exige adequada atividade muscular, permeabilidade das vias aéreas e capacidade de troca alveolar (para uma adequada concentração arterial de oxigênio), perfusão adequada para transporte do sangue oxigenado (débito cardíaco) e uso adequado na periferia. A ventilação alveolar representa de modo efetivo a real quantidade de gás que participa da função respiratória, ao nível de alvéolos, a cada minuto. Seus 504


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.