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CARAGUATATUBA
PROJETO ÁGUA VIVA, DA APAE DE CARAGUATATUBA, PROMOVE HIDROTERAPIA PARA PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN
Iniciativa é fruto de recursos advindos da parceria com o Vale Cap
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Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, é uma alteração genética caracterizada pela presença adicional de um cromossomo 21 nas células de nosso corpo e é causada por um erro na divisão celular durante a fecundação.
A presença do cromossomo 21 a mais nas células é responsável por um déficit cognitivo, o que a caracteriza como deficiência intelectual, e também pela hipotonia, que é a diminuição do tônus muscular e da força, o que causa moleza e flacidez.
A Síndrome de Down pode vir associada a outros problemas de saúde, como malformações cardíacas e gastrointestinais, doenças da tireoide, problemas de visão e audição etc. Existem também alguns estudos que apontaram que há predominância da obesidade na população com Síndrome de
Down em comparação com a população geral.
E foi pensando em realizar uma terapia voltada para o tratamento desses problemas de saúde que a APAE de Caraguatatuba criou o projeto Água
Viva, que visa oferecer hidroterapia para os usuários com Síndrome de Down da instituição.
Realizado pela terapeuta ocupacional, Juliana
Almeida Guimarães, na piscina da APAE, o projeto associa exercícios de equilíbrio, força e propriocepção. Segundo a instituição, o treinamento
- Cristiane Souza dos Santos -
muscular pode auxiliar no equilíbrio e na melhora da hipotonia. “O público foi definido pela própria terapeuta ocupacional, que identificou que pessoas com Síndrome de Down obesas precisam de exercícios específicos para a reabilitação”, explica a diretora da APAE, Cristiane Souza dos Santos Rocha.
A escolha da hidroterapia se deu, pois, na água, o organismo é submetido a diferentes forças físicas e, em consequência, realiza uma série de adaptações
- Cristiane Souza dos Santos -
fisiológicas, além de a técnica representar vantagens para esse grupo populacional, com aproveitamento das suas propriedades, possibilitando melhor rendimento.
Inicialmente, cinco usuários participavam, individualmente, das sessões que duram, em média, 40 minutos. Contudo, devido à pandemia de COVID-19 o projeto foi suspenso e irá retornar assim que for seguro para os usuários e a profissional.
VALE CAP
A piscina terapêutica da APAE de Caraguatatuba é fruto dos recursos repassados diretamente à instituição via parceria com o Vale Cap, um certificado de contribuição emitido pela FEAPAES-SP. Inaugurada em abril de 2018, a piscina é utilizada por três áreas distintas: fisioterapia, educação física e terapia ocupacional.
“A piscina é uma grande conquista para a APAE de Caraguatatuba. Os usuários adoram, quando sabem que é dia da sessão eles vêm mais animados, eles amam mesmo”, conta Cristiane.
Segundo ela, também foi necessário conscientizar os usuários e as famílias de que o objetivo era a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência, e não para recreação, como tomar um banho de piscina.
Para os usuários que frequentam a educação da APAE, as sessões são realizadas no contraturno e para os da assistência que frequentam o centro de convivência, as atividades são no horário comum.