VetNews PEC 110

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PECUÁRIA

ANO XIX, Nº 110 ABR-MAI-JUN/2013

Gestão na pecuária

Eficiência e lucro na atividade leiteira



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Sumário

Editorial

As atrações desta edição

Da nossa Redação

Caro (a) Leitor (a) da VetNews,

Terapia de proteção pulmonar Resflor Gold® traz uma nova abordagem com o uso de antibiótico e anti-inflamatório para controle da inflamação.

Doença Respiratória Bovina (DRB) é uma enfermidade que preocupa pecuaristas do mundo todo devido a sua presença nos sistemas intensivos de criação e produção de bovinos. Fatores como superlotação, mistura de animais de diferentes idades no mesmo lote, temperaturas extremas, instalações mal planejadas e nutrição inadequada favorecem a ocorrência da doença, tornando os animais confinados sujeitos a ela.

10 E mais, nesta edição: 4 CONEXÕES E GIROS As novidades do setor de pecuária.

6 Boas Práticas Manejo de maternidade.

8 Ciência e Tecnologia Ganho de produtividade com o uso de bST.

Gestão na pecuária Para que haja a especialização da atividade, é necessário colocar em prática técnicas que possibilitem o aumento da produção e da produtividade.

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9 Fique ligado... ...nos eventos do setor.

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Introduzir o conceito de terapia de proteção pulmonar – uso concomitante de um antibiótico de alta eficácia e de um anti-inflamatório não esteroide para controle da inflamação – é essencial para um tratamento bem-sucedido. Tendo isso em vista, a MSD Saúde Animal lançou o Resflor Gold®, um medicamento que associa, de forma inédita no mercado brasileiro, florfenicol (um antibiótico) e flunexino (um antinflamatório não hormonal). De aplicação única, o produto facilita o manejo e diminui as chances de erros no tratamento do rebanho.

Fazenda Agropecuária Danúbio Azul.

18 Universidade Corporativa Mercado x força de vendas.

expediente

Ano XIX, Nº 110, Abr-Mai-Jun/2013 VetNews PEC é uma publicação trimestral, editada pela MSD Saúde Animal. Opiniões e conceitos emitidos pelos colunistas e colaboradores não representam necessariamente os do informativo. Todos os direitos são reservados. Distribuição gratuita. DIREÇÃO: Edival Santos. COORDENAÇÃO: Vagner Santos. CONSELHO EDITORIAL: Denis Antônio, Emerson Botelho, Maurício Morais, Sebastião Faria, Tiago Arantes e Tiago Lopes. TEXTOS: TEIA Editorial. Redação: Érica Nacarato e Stefanie Leipert. Edição: Danielly Herobetta. DIAGRAMAÇÃO: Four Propaganda. REVISÃO: Liliane Bello. www.msd-saude-animal.com.br | twitter: @msdsaudeanimal | facebook: msd Saúde Animal

Nesta edição da VetNews você conhecerá mais sobre esse medicamento inovador no mercado e entenderá por que ele será, em breve, um aliado imprescindível para o pecuarista que se preocupa com seu rebanho. Ainda sobre saúde dos bovinos, mostramos por que é fundamental entender dos cuidados com o recém-nascido e com a vaca nos períodos periparto – que compreendem os chamados pré-parto e pós-parto – para que os bezerros sobrevivam e se desenvolvam de modo saudável, resultando, assim, em alta eficiência na produção. Esses são só alguns temas que preparamos nesta edição para você se informar e se atualizar. Uma excelente leitura. Maurício Morais Gerente de Produtos Pecuária da Linha Corte da MSD Saúde Animal


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Conexões e Giros Novidades e principais assuntos do setor

Controle da babesiose em equinos evita perdas

Ovinos e caprinos ganham isenção de PIS/Pasep e Cofins

A babesiose dos equinos é uma doença que afeta pelo menos 70% desses animais no Brasil. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o País perdeu, em 2012, US$ 50 milhões com a inibição da exportação de animais portadores da enfermidade, especialmente para os Estados Unidos. De acordo com o professor Neimar Roncati, coordenador do curso de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi, a tendência é que haja uma redução desse prejuízo com o aprimoramento do controle da doença. “Países que não apresentam sua incidência, como os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália, importam somente cavalos curados, após constatação de saúde por meio de exame de sangue”, revela o professor. Também conhecida como piroplasmose ou nutaliose, a babesiose é transmitida por carrapatos do gênero Anocentor nitens e Amblyomma cajennensis, sendo causada pelos protozoários Babesia caballi e Babesia equi. Segundo Roncati, a contaminação é mais frequente em países quentes. “O clima tropical, aliado à falta de cuidados dos proprietários, que acabam criando cavalos em áreas sem controle de sanidade, onde há carrapatos, é a principal causa do aparecimento da babesiose”, diz o professor, ressaltando a importância da consultoria de um Médico Veterinário, que poderá receitar o tratamento mais adequado para cada caso. Como manejo preventivo, é recomendável fazer pulverização com BUTOX® P CE 25, da MSD Saúde Animal. “Ele deve ser aplicado a cada 21 dias, sendo uma das melhores formas de eliminar os carrapatos. Além disso, o proprietário deve manter os pastos limpos, evitando a multiplicação desses parasitas no ambiente, além de verificar se os animais que entram na fazenda têm a doença”, orienta. Como tratamento, as pulverizações devem ser feitas com intervalos de sete dias até o desaparecimento das infestações. Para tratar cavalos doentes, o professor recomenda o uso de IMIZOL®, da MSD Saúde Animal, mesmo que ainda não apresentem sintomas. Nas infecções mistas – Anaplasma e Babesi – e nas quais o agente causador é desconhecido, indica-se a aplicação de 1 ml para cada 50 quilos de peso corporal, em injeção intramuscular.

A recente medida provisória 609/13 desonera todos os produtos ligados à ovinocaprinocultura. A venda das carnes ovina e caprina terá redução a zero das alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), incidentes sobre a importação e a receita bruta de venda no mercado interno. A mudança garantirá tratamento tributário equivalente ao das demais carnes, além de contribuir para a redução do abate informal.

Bife bovino pode custar R$ 4 mil Uma peça de contrafilé bovino por R$ 4,4 mil? É o preço a pagar pelo prazer de saborear a carne bovina mais nobre que o ser humano já experimentou. Estima-se que o valor equivale ao de quatro bois inteiros. Trata-se de um kobe beef produzido por bovinos da raça wagyu, típica do Japão, à venda no Rei das Carnes, butique de cortes especiais, em Sorocaba/SP. Para produzir carne equiparada às mais sofisticadas iguarias, o boi japonês é tratado com grãos selecionados e recebe até sessões de massagens. O marmoreio - quantidade de gordura entremeada nas fibras - é medido com técnicas de ultrassonografia. No kobe beef a gordura está entremeada nas fibras, formando desenhos chamados marmoreio. No preparo ao fogo, as gorduras derretem e se combinam com o sabor da carne, conferindo suculência e sensação agradável ao paladar. A intensidade dessa mistura determina a qualidade e o valor da carne. Uma peça com 4 kg de costela premium sai a R$ 652. O filé mignon, por estranho que pareça, é barato se comparado a outros cortes: custa o mesmo que o t-bone, R$ 250 o quilo. Carnes de segunda de um boi comum, como a fraldinha e a costela do dianteiro, do wagyu custam R$ 149 o quilo. O diferencial desta carne está na genética do boi, capaz de infiltrar na carne até cinco vezes mais gordura que um bovino comum.


Seguro agrícola é ampliado Atendendo a uma das principais reivindicações do setor agropecuário, o governo federal ampliou em 75% o valor do subsídio ao seguro rural, considerado importante instrumento para evitar quebra de produtores, diante de prejuízos decorrentes de alterações climáticas, como estiagem e geadas. A quantidade de dinheiro

envolvido passou dos R$ 400 milhões, das safras anteriores, para R$ 700 milhões. Serão adotados novos procedimentos para definir o destino da parcela do prêmio, sendo que será dada prioridade a regiões e produtos específicos. O plano prevê que 75% do valor total do seguro serão relacionados a regiões e

produtos prioritários, com subvenção de 60% do seguro. A medida, anunciada em junho, faz parte do Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014, por meio do qual serão ofertados R$ 136 bilhões para financiamentos de custeio e comercialização e para programas de investimento para a próxima safra.

Consumo de carne bovina no Uruguai é o maior do mundo A população uruguaia, de 3,3 milhões de habitantes, é a que mais consumiu carne bovina no mundo em 2012, chegando a 60 quilos por pessoa ao ano, frente aos 55 quilos dos argentinos, muito acima dos 37 quilos dos brasileiros e dos 21,7 quilos dos chilenos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Carnes (INAC). No ano passado, os uruguaios comeram 319,1 mil toneladas de carne, ou cerca de 98 quilos por pessoa, representando 270 gramas diários. Essa quantidade de consumo total de carne está atrás dos 103 quilos ao ano por pessoa da Argentina, número que se refere ao consumo de carnes bovinas, suínas, ovinas e de aves. O Uruguai tem um rodeio de gado bovino de 11,1 milhões de cabeças, mais do que o triplo da população do país, e 7,4 milhões de cabeças de gado ovino, segundo números oficiais.

Leite de cabras geneticamente modificadas é útil no tratamento de diarreia O leite de cabras geneticamente modificadas com altos níveis de proteína antimicrobiana humana, conhecida como lisozima, é efetivo na recuperação de diarreia, segundo recente estudo realizado por pesquisadores norte-americanos da Universidade da Califórnia-Davis. A lisozima é uma proteína antimicrobiana que limita o crescimento de bactérias conhecidas por causarem infecções intestinais e diarreia (como E. coli) e também por estimularem o crescimento de outras bactérias intestinais benéficas. O estudo, realizado com suínos jovens, é o primeiro a revelar que o leite de cabra geneticamente modificada pode ajudar no tratamento de diarreia causada por infecção bacteriana no trato gastrointestinal.


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Boas Práticas Manejo de maternidade

Maternidade: cuidados no periparto ara obter alta eficiência na produção, as vacas de cria devem parir um bezerro todo ano, de modo a tornar a atividade lucrativa. Mas, além disso, são necessários cuidados nos períodos periparto, que compreendem os chamados pré-parto e pós-parto, e também com o recém-nascido, para que sobreviva e se desenvolva de modo saudável. Uma nutrição adequada não é somente importante no periparto, mas durante toda a vida do animal. Entretanto, no caso da vaca gestante, é preciso balancear sua dieta com os nutrientes necessários para mantê-la viva e garantir um desenvolvimento fetal adequado. Segundo o analista e supervisor de Manejo Animal da Embrapa Pecuária Sudeste, Marco

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Aurélio Bergamaschi, para fazer o cálculo da necessidade nutricional da vaca gestante existem diversas tabelas de nutrição, que consideram o peso do animal, as necessidades para a manutenção da gestação e o desenvolvimento da fêmea, caso seja um animal em crescimento. “Desta forma, é possível calcular a quantidade de volumoso, concentrado e de sal mineral necessários”, diz o analista. “No final da gestação, ocorre o maior crescimento fetal. Portanto, a vaca terá de ingerir uma boa quantidade de nutrientes para que consiga se manter e gerar um bezerro saudável”, completa. Para o Consultor em Pecuária da MSD Saúde Animal Daniel Rodrigues, do sétimo ao nono mês de gestação é importante fazer alguns ajustes alimentares. “Quanto maior

o bezerro, menos a vaca consegue comer. Portanto, é necessário manter a qualidade nutricional em menor quantidade”, explica Rodrigues.

Higiene

Cuidados sanitários são fundamentais para garantir tranquilidade e conforto no pré-parto. Os piquetes-maternidade devem estar limpos, livres de áreas encharcadas e lama, sem leiras e tocos, com bom sombreamento e água de boa qualidade. Além disso, é bom observar os animais de manhã e à tarde para o auxílio aos partos com dificuldade. “Entretanto, o Médico Veterinário só deve intervir se necessário, pois o parto deve ocorrer preferencialmente de maneira natural”, recomenda Bergamaschi.

Quando aplicar medicamentos no pré e no pós-parto: Vacina BOVILIS® TRIGUARD • Na vaca: entre a 12ª e a 3ª semana que antecedem o parto. • No bezerro alimentado com o colostro de vacas vacinadas: no primeiro mês de vida, entre a 2ª e a 4ª semana de vida. Vacina VISION® • Na vaca: em qualquer momento da gestação. PANACUR® • No bezerro: por via oral logo quando nasce. GLUCAFÓS® • Na vaca: nos primeiros dias de lactação. CIOSIN® • Na vaca: nas primeiras 24 horas após o parto, com repetição da dose no terceiro dia.


Marco Aurélio Bergamaschi, da Embrapa Pecuária Sudeste

Vacinas e medicamentos

A BOVILIS® TRIGUARD, da MSD Saúde Animal, tem um papel fundamental no controle da diarreia neonatal. De dose única, ela pode ser aplicada entre a 12ª e a 13ª semana antes do parto. “A vacina vai permitir que a vaca tenha um colostro de qualidade, que é o primeiro leite que o bezerro toma quando nasce, dando-lhe anticorpos para proteção contra o rotavírus bovino e o coronavírus, além da bactéria Escherichia coli (E. coli)”, recomenda o analista da Embrapa. O consumo de colostro deve ser de dois litros nas primeiras seis horas de vida do animal. Ele sugere que a vacina para prevenção de diarreia neonatal seja utilizada como meio

preventivo. “Ela é interessante, pois protege o animal de diarreias também causadas por vírus. No primeiro mês de vida, entre 15 e 30 dias, deve-se fazer a vacinação do bezerro”, completa.

Pós-parto

O controle da manifestação de vermes redondos gastrointestinais em bezerros pode ser feito com a aplicação de PANACUR®. Eles recebem o medicamento via oral, logo quando nascem. Com o aumento da produção de leite, a vaca perde cálcio, que precisa ser reposto para que ela não corra o risco de ter a doença conhecida como febre do leite. O GLUCAFÓS® é

Cuidados com o recém-nascido após o parto: • • • • •

Observar o instinto materno; Verificar se o bezerro mamou o colostro; Certificar-se que a primeira mamada seja até seis horas após o parto; Providenciar a assepsia do umbigo do bezerro com solução antisséptica; Fazer a cura do umbigo com eficácia, pois ele é a porta de entrada de bactérias que causam infecção e levam à morte do bezerro.

Dicas para o tratamento do umbigo: • Fazer o procedimento com tranquilidade e em local seguro; • Embeber o umbigo em solução antisséptica (solução de iodo a 10%) durante um minuto; • Utilizar o antisséptico na concentração adequada; • Fazer o procedimento nas primeiras 12 horas após o parto; • Cortar o umbigo.

recomendado logo nos primeiros dias de lactação, sendo que sua dosagem varia de acordo com o peso do animal, devendo ser receitada por um Médico Veterinário. Para evitar infecções e melhorar a saúde reprodutiva da vaca leiteira, o CIOSIN® deve ser aplicado nas primeiras 24 horas após o parto, com repetição da dose no terceiro dia.

propec O curso Propec (Procedimentos Técnicos para Pecuária) é um programa de capacitação e certificação em boas práticas na pecuária que já treinou milhares de trabalhadores do campo. Aplicados pelos consultores em pecuária da MSD Saúde Animal, os cursos possibilitam ganhos de produtividade, ao melhorar os índices zootécnicos das fazendas parceiras. Ao trazer para a propriedade rural o conceito de procedimento operacional padrão (POP) e fornecer certificados para os funcionários e fazendas, o projeto abre portas para a implantação de programas de qualidade total e certificações para exportação. Para saber mais, acesse: www.msd-saude-animal.com.br/ especies/pecuaria/propec/.


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Ciência e Tecnologia Ganho de produtividade com o uso de bST

Uso de bST proporciona ganho de produtividade fazenda Iguaçu, em Céu Azul/PR, usa o bST – BOOSTIN® – em praticamente todas as suas 480 vacas holandesas em lactação, com o objetivo de aumentar a produtividade. Segundo o Médico Veterinário Sandro Luiz Viechnieski, sócio-proprietário da Starmilk – projeto da propriedade ligado ao leite –, o aumento da produção por vaca é de 4 a 4,5 litros com a utilização do produto a cada 14 dias. O gerente de Produtos Leite da MSD Saúde Animal Tiago Lopes orienta que o produto é uma ferramenta de lucratividade dentro da fazenda, sendo considerado totalmente seguro para os animais e seres humanos. “Com ele, o produtor ganha eficiência, produzindo mais leite com o mesmo número de vacas, ou então mantém a produção com uma quantidade menor de animais, diluindo, assim, os custos fixos da propriedade, tornando-a mais rentável”, salienta Lopes.

A

O Veterinário Sandro Luiz Viechnieski

Segundo o Médico Veterinário Rodrigo de Almeida, professor de Bovinocultura de Leite da Universidade Federal do Paraná (UFPR), as vacas devem começar a receber somatotropina bovina a partir dos 60 dias após o parto. “Começar a suplementar bST antes disso até aumenta a produção de leite, mas em menor magnitude e com uma possível perda no escore

de condição corporal (ECC) desses animais”, alerta Almeida. Ele acrescenta que outro cuidado é o de “não aplicar o produto em vacas muito magras, abaixo de 2,75 de ECC, quando a resposta será menor ou inexistente”. As vacas aptas a receber o bST precisam ser saudáveis, ou seja, devem estar alimentando-se de forma normal, não podendo ter problema de casco ou estar sofrendo de mastite aguda ou pneumonia. Além disso, uma dieta balanceada é fundamental. “O produtor

precisa ter em mente que, para cada litro que a vaca produza a mais usando o bST, ela vai precisar comer meio quilo de matéria seca a mais por dia. Durante o tempo em que estiver recebendo o produto – 60 dias após o parto a até 15 dias antes da secagem para o próximo parto –, a alimentação precisa ser reforçada”, lembra Viechnieski. Esses cuidados são, portanto, primordiais para a obtenção de resultados satisfatórios no incremento da produção leiteira.


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Fique Ligado… …nos eventos do setor

Circuito Feicorte NFT 2013 terá etapas em três novas cidades Circuito Feicorte NFT continua a rodar o País, difundindo conteúdo de referência e levando ao pecuarista as tecnologias disponíveis para a garantia de seu negócio. Dessa vez, o evento com o tema “Eficiência na produção e na comercialização da carne” irá parar em Campo Grande/MT e Ji-Paraná/RO, fechando o ano em Paragominas/PA.

O

Circuito Feicorte NFT 2013 30 e 31 de julho, Campo Grande/MS 03 e 04 de outubro, Ji-Paraná/RO 07 e 08 de novembro, Paragominas/PA www.agrocentro.com.br/circuitofeicorte/

EXPOINTER - Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários e 24 de agosto a 1º de setembro acontecerá a 36ª Expointer. O evento reunirá mais de 4 mil animais, representando cerca de 150 raças, e 3 mil expositores. Ao todo, mais de 400 eventos, entre eles julgamentos e leilões de animais, exposição de máquinas, palestras técnicas e shows de música, contemplarão as

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principais riquezas e fruto do trabalho dos gaúchos. Data: 24 de agosto a 1º de setembro. Local: Esteio/RS Informações e inscrições: www.expointer.rs.gov.br/siteexpo/

FEILEITE - Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite maior feira indoor do setor leiteiro da América Latina é uma excelente oportunidade para quem deseja investir no setor, buscar parceiros e atualizar seus conhecimentos, além de ser um ambiente ideal para a geração de negócios e para a discussão de inúmeras ideias e conceitos que possam fortalecer ainda mais o mercado leiteiro nacional. A Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite reúne mais de 2 mil animais de raças leiteiras, provenientes de criatórios de todo o

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País. São esperados mais de 20 mil visitantes, dentre pecuaristas, profissionais liberais e técnicos, executivos, estudantes, zootecnistas, veterinários, agrônomos, consultores, tratadores e outros interessados no setor. Data: 19 a 23 de novembro. Local: São Paulo/SP

O QUE VEM POR AÍ Simpósio de Gado Leiteiro – Gestão e Tecnologia 08 e 09 de agosto Ribeirão Preto/SP Agroleite 12 a 16 de agosto Castro/PR Interconf 2013 – Conferência Internacional de Confinadores 09 a 12 de setembro Goiânia/GO EFAPI – Exposição-Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Chapecó 04 a 13 de outubro Chapecó/RS I Encontro MilkPoint para a Indústria de Laticínios 10 de setembro Uberlândia/MG XVI Congresso ABRAVES 05 a 07 de novembro Cuiabá/MT

Workshops Beefpoint Confira as datas dos próximos eventos: • 7 de agosto: 10 estudos de caso de excelência na gestão de pessoas na pecuária • 26 de setembro: 10 associações de pecuaristas trocando aprendizados • 17 de outubro: 10 estudos de caso de sucesso em engorda a pasto • 21 de novembro: 10 marcas de carne de sucesso no Brasil

Informações e inscrições: www.feileite.com.br

Interleite Brasil 2013 om dois dias de palestras, o evento terá como tema principal a gestão e a busca de resultados consistentes na produção de leite. Idealizado pelo professor Luis Fernando Laranja, da FMVZ/USP, o primeiro Interleite foi realizado em agosto de 1994, já marcado pelo excelente nível técnico, garantido

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pela participação de palestrantes internacionais de renome nas suas respectivas áreas de atuação. O evento é focado nas tendências para produção de leite no mundo, tema extremamente importante para o desenvolvimento do setor, e contará com a presença do palestrante Mark Stephenson, da Universidade de Wisconsin.

Data: 11 e 12 de setembro. Local: Uberlândia/MG Informações e inscrições: www.interleite.com.br/index.html


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Capa Resflor Gold® - Terapia de proteção pulmonar


Novidade no tratamento da

Doença Respiratória Bovina principal enfermidade presente nos sistemas intensivos de criação e produção de bovinos no mundo é a Doença Respiratória Bovina (DRB). Recentes estudos norte-americanos revelam um resultado de 75% de morbidade e de 50% a 70% de mortalidade em confinamentos de gado de corte. No Brasil, pesquisas referentes à DRB ainda são inexpressivas. Entretanto, um estudo realizado por pesquisadores brasileiros demonstra que ela é, atualmente, o principal desafio relacionado à saúde dentro dos confinamentos. Também na pecuária leiteira, a DRB representa um desafio, principalmente no que diz respeito ao manejo dos bezerros. Entre os fatores ambientais e de manejo que favorecem a ocorrência da enfermidade estão a superlotação, a mistura de animais de diferentes idades no mesmo lote, o calor ou frio excessivo, a elevada umidade relativa do ambiente, as instalações com ventilação deficiente, as concentrações elevadas de poeira, os poluentes e patógenos no ar, a alimentação inadequada e a ocorrência de mudanças bruscas na dieta. Bovinos em confinamento estão mais sujeitos à doença, pois há o aumento de resíduos como fezes e urina, que produzem gases irritantes às vias aéreas e aumentam a concentração de microrganismos no ambiente. Segundo Roberto Calderon Gonçalves, professor adjunto de Clínica e Semiologia

A

de Grandes Animais da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista (Unesp-Botucatu/SP), as instalações a serem construídas no caso de confinamentos, assim como a disposição de solários e barreiras de ventos em regiões frias, devem ser bem planejadas. Além disso, é preciso definir estrategicamente a densidade demográfica em cada baia ou piquete e fazer boa drenagem nos casos de os animais estarem dispostos em piso impermeável. “Com o acompanhamento de um Médico Veterinário na propriedade, o produtor deve sempre ficar atento à aplicação de vacinas contra as principais doenças respiratórias, como a rinotraqueíte infecciosa bovina, a herpes virose bovina, a virose por parainfluenza-3 e a diarreia viral bovina”, afirma Gonçalves.

Etiologia e patogenia

Também conhecida como febre dos transportes, pneumonia e pasteurelose pneumônica, a enfermidade é desencadeada por agentes infecciosos, vírus e bactérias, que frequentemente estão associados. A partir da imunossupressão provocada pelo estresse do animal, um ou mais agentes virais costumam iniciar o processo, sendo seguidos por bactérias como Manheimia haemolytica, Pasteurella multocida, Histophilus somni e Mycoplasma bovis. Esses agentes infecciosos produzem um processo inflamatório de broncopneumonia,


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Capa Resflor Gold® - Terapia de proteção pulmonar provocando febre, perda de apetite, secreção mucopurulenta e intensa dispneia (dificuldade respiratória). A forte resposta inflamatória do organismo, representada pela ação das células de defesa, produz extensas lesões no tecido pulmonar, que podem ser irreversíveis, com a perda definitiva da função das áreas afetadas. Esse processo, semelhante à cicatrização, é conhecido como consolidação pulmonar.

Princípios do tratamento

O tratamento das pneumonias é baseado no controle da infecção e na manutenção da pressão intrapleural, do fluxo de ar nas vias aéreas e dos mecanismos de limpeza traqueobrônquicos­, além da conservação das trocas gasosas e da remoção de agentes irritantes. Vários recursos podem ser utilizados na tentativa de aumentar os índices de cura e reduzir os prejuízos, normalmente a partir da associação de medicamentos para aliviar os sintomas, diminuir a inflamação e combater as infecções. “A escolha do antibiótico depende da experiência do Médico Veterinário em casos anteriores e dos resultados do antibiograma.

O professor Roberto Calderon Gonçalves

Os antimicrobianos alcançam rapidamente a corrente sanguínea e os tecidos pulmonares, mantendo concentração elevada no local de ação por tempo satisfatório. Apresentam, ainda, amplo espectro de ação contra os principais agentes etiológicos da pneumonia em bovinos”, explica o professor.

Terapia de proteção pulmonar

Segundo Sebastião Pereira de Faria Júnior, gerente Técnico de Pecuária da MSD Saúde Animal, para que o tratamento seja bem-sucedido, é importante introduzir o conceito de terapia de proteção pulmonar. “Ela consiste no uso concomitante de um antibiótico de alta eficácia e de um anti-inflamatório não esteroide para controle da inflamação. O produto RESFLOR GOLD®, recém-lançado no Brasil, traz esta nova abordagem, ao reunir o florfenicol, um antibiótico eficiente contra as principais bactérias envolvidas na DRB, e a flunixino meglumina”, conta. As duas moléculas foram originalmente desenvolvidas pela MSD Saúde Animal e consagradas no campo por meio dos produtos NUFLOR® e BANAMINE®.

Redução da temperatura retal em gado com BRD (doença respiratória bovina) natural, tratada com RESFLOR GOLD® ou Tulatromicina

Temperatura retal (C)

40,83 40,56 40,28 40,00 39,72

*

39,44

*

39,17 38,89

Resflor GOLD®

0

6

Horas após o tratamento

12

24

*Diferença estatística P>0,05

48

Tulatromicina Fonte: MSD Saúde Animal


Segundo estudos recentes realizados em propriedades que adotam o confinamento, animais tratados com RESFLOR GOLD® tiveram uma recuperação mais rápida em comparação com os tratados com tulatromicina ou ceftiofur. “As taxas de consolidação pulmonar e de mortalidade também foram significativamente menores nos lotes tratados com o produto”, afirma Faria Júnior. Entretanto, o sucesso do tratamento depende ainda do diagnóstico precoce. “Os funcionários encarregados da ronda devem ser bem treinados e motivados para estarem atentos aos primeiros sinais de doença respiratória, que são a diminuição em até 30% do tempo de permanência no cocho e o aumento da frequência de ida e do tempo

de permanência no bebedouro”, acrescenta o gerente técnico. Em um confinamento, esses sinais ocorrem entre as três e seis primeiras semanas após o desembarque.

Associação de sucesso

Com a intenção de recuperar rapidamente animais com pneumonia, o grupo Minerva Foods trata seu rebanho usando a combinação NUFLOR® e BANAMINE® desde 2011. Segundo Murilo de Faria Nogueira Lourenço, supervisor técnico de confinamento do Minerva Foods, a dose única acelera a recuperação dos animais, uma vez que torna o tratamento menos estressante, possibilitando aos recuperados retornarem aos

currais de engorda mais rapidamente e com desempenho próximo aos demais animais do lote. “Em 2012, engordamos 81 mil bois em quatro unidades de confinamento. A previsão para 2013 é engordar 90 mil animais”, conta Lourenço. A expectativa da Agropecuária Imperial é bastante positiva em relação ao RESFLOR GOLD®. De acordo com Lourenço, o produto é capaz de recuperar um animal em questão de horas, trazendo benefícios no processo de produção do confinamento, uma vez que a perda de desempenho do animal doente é minimizada pela sua rápida recuperação. “Sem dúvidas, esse medicamento estará presente em nossos confinamentos”, diz Murilo.


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Gestão na pecuária Eficiência e lucro na atividade leiteira

Eficiência e lucro

na atividade leiteira pesar das diversas alternativas tecnológicas disponíveis para a produção leiteira no Brasil, poucas são incorporadas ao processo produtivo, devido à falta de conhecimento e orientação ou à impossibilidade financeira. Para que haja a especialização da atividade, é necessário colocar em prática técnicas que possibilitem o aumento da produção e da produtividade. Se feitos de forma planejada, os investimentos proporcionarão mais lucro e um maior incremento na renda do produtor. De acordo com o Médico Veterinário Tulio Andrade Monteiro de Barros, gerente

A

industrial do Departamento de Laticínios da Cooperativa Agropecuária de Boa Esperança (Capebe), o produtor deve ficar atento à variação de preços na hora de planejar a atividade leiteira. “Ele deve procurar realizar, por meio de programas reprodutivos, as cobrições das vacas do rebanho para que elas procriem em uma época na qual os preços do leite estejam melhores, aumentando, assim, seu ganho, com um maior volume produzido”, aconselha Barros.

Cuidados com manejo

Para produzir leite de boa qualidade, o

O Médico Veterinário e Gerente Industrial da Capebe, Tulio Andrade Monteiro de Barros

pecuarista deve se preocupar com a higiene na ordenha, que vai desde a entrada do animal em local apropriado até o resfriamento do leite em tanque de expansão. Segundo o Médico Veterinário da Capebe, é preciso ficar atento às condições de higiene dos tetos das vacas e ao estado de conservação e de limpeza dos utensílios e equipamentos utilizados na ordenha, além de realizar o teste que detecta grumos nos primeiros jatos como indicativo de mamite e de fazer o pré-dipping (desinfecção dos tetos antes da ordenha, com substância adequada).


“É importante que o ambiente seja arejado e tenha sombra, para que o animal não se estresse durante a ordenha. Recomenda-se alimentar as vacas em lactação após o procedimento, para que elas permaneçam em pé, evitando possíveis contaminações”, ressalta. O leite, retirado em balde ou circuito fechado de ordenha, deve chegar ao tanque de expansão no menor tempo possível para ser resfriado até 4°C, evitando a proliferação de bactérias que elevam a Contagem Bacteriana Total (CBT) – parâmetro de medição da qualidade do leite. Dietas balanceadas para a manutenção de gordura e proteína também são levadas em consideração durante a bonificação por qualidade do produto.

Secagem das vacas

Outro fator a ser levado em conta é o tratamento de vacas no período de secagem, com o intuito de reduzir o número de células somáticas na próxima lactação. “Se a Contagem de Células Somáticas (CCS) das fêmeas estiver acima do recomendado, poderá causar prejuízos ao produtor, tanto no pagamento por qualidade como na produção dos

animais, podendo chegar a uma quebra no volume de até 20% da capacidade do animal”, alerta Barros. Além disso, resíduos de antibióticos no leite geram o descarte do produto, acarretando elevados prejuízos. ”Uma dica prática é marcar os animais tratados com uma corda colorida no pescoço ou qualquer forma que permita ao ordenhador identificar os que estão em tratamento”, diz. “Aliando todos esses cuidados a um programa de melhoramento genético para seleção do rebanho, o produtor terá leite de boa qualidade e receberá mais pelo produto entregue à empresa”, enfatiza. Para definir o preço do leite pago ao pecuarista, a Capebe leva em consideração parâmetros como volume, gordura, proteína, CBT e CCS. O supervisor do Sistema de Leite da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos/ SP, Marco Aurélio Bergamaschi, destaca que os investimentos devem ser dimensionados de acordo com a produção. A ordenha mecanizada só se torna viável a partir de 250 litros de leite produzidos por dia. O ponto de equilíbrio na relação produção/homem é

de 400 litros. “Produzir com a máxima eficiência e o menor custo é o objetivo dos que se dedicam à pecuária leiteira. O produtor é tomador de preços, tanto na aquisição dos insumos quanto na venda de seu produto. O grande desafio, portanto, é produzir mais com o custo por litro mais baixo possível”, diz Bergamaschi.

Capebe

Criada há 50 anos, a Capebe possui cerca de 5 mil cooperados, atuando em seis filiais espalhadas em 17 cidades, com lojas de insumos, artigos veterinários e outros produtos relacionados aos segmentos de leite, café e milho. A captação de leite é 100% granelizada, contando com cerca de 700 fornecedores, que somam um volume diário de 200 mil litros de leite. Em 2012, foram comercializados 66 milhões de litros do produto, dos quais cerca de 40% foram industrializados e o restante foi comercializado com outras empresas. Menos de 1% desse volume foi descartado ou devolvido ao produtor devido a problemas com qualidade.


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Perfil Fazenda Agropecuária Danúbio Azul

Do comércio

à pecuária de corte edicação e ousadia levaram o pecuarista Olímpio Ferrari, de 64 anos, e sua esposa, Ernei Ana Ferrari, de 60 anos, a investirem em duas propriedades de gado de corte no Mato Grosso há cerca de 30 anos. O casal mudou-se do Sul do País para o Estado, na cidade de Mirassol D’Oeste, com a intenção de trabalhar com comércio no ramo de combustíveis. Anos se passaram e então decidiram ocupar-se com produção agrícola. A atividade não durou nem dois anos, quando surgiu o interesse pela pecuária. Desde 1982 eles administram juntos duas propriedades. Uma delas, com 3,8 mil hectares, está localizada no município de Cáceres/MT – a Fazenda Agropecuária Danúbio Azul –, com cria e recria de bovinos utilizando a técnica de IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) com CRESTAR® desde 2007. “O foco está na produção de bezerros de meio-sangue Angus, que são levados para nossa outra propriedade, na qual desenvolvemos recria e terminação de bovinos com uma moderna estrutura de semiconfinamento e confinamento, com os cochos cobertos”, conta o proprietário. A outra fazenda – Riacho Doce – fica no município de Porto Esperidião/MT e ocupa uma área de cerca de 4 mil hectares. A esposa Ernei auxilia o pecuarista na atividade, cuidando do trabalho administrativo e do deslocamento dos funcionários. Ao falar de suas conquistas com novas aquisições de animais e de seu dia a dia nas propriedades, Ferrari demonstra prazer e empolgação. “Começamos comprando cerca de 100 hectares e então fomos ampliando a propriedade com o lucro do comércio. Em 1992 já tínhamos condições para comprar a segunda propriedade, a Agropecuária Danúbio Azul, quando começamos a aprimorar o trabalho investindo fortemente em pecuária. Um ano depois, compramos mil novilhas”, conta, com satisfação. “O aumento do peso de abate dos animais com menos idade traz maior retorno financeiro.

D

Os bois saem com 20 meses pesando 20 arrobas, em média. Já as fêmeas, costumamos vender para terceiros. A conquista de bons resultados engordando toda a produção me deixa feliz”, diz. Embora o principal trabalho realizado pela MSD Saúde Animal nas propriedades seja o uso do CRESTAR® para a IATF, produtos como o endectocida SOLUTION® 3,5% LA e a vacina VISION® 7 fazem parte do

protocolo sanitário do rebanho. Enquanto o SOLUTION® é indicado principalmente na recria de animais para o controle de verminoses e ganho de peso, a vacina evita o aparecimento de clostridioses – enfermidades causadas pela bactéria Clostridium ou por suas toxinas. As clostridioses mais comuns em bovinos no Brasil são a manqueira ou carbúnculo sintomático e as gangrenas gasosas.


Para que a implantação dos protocolos de IATF e a aplicação de vacinas e de medicamentos sejam realizados corretamente, a MSD Saúde Animal capacita as equipes das propriedades por meio de cursos e treinamentos. Segundo o consultor em Pecuária Luís Carlos Salvador Júnior, com a implantação da tecnologia de IATF, os índices reprodutivos da propriedade Danúbio Azul aumentaram. “Desde quando começou a usar o CRESTAR®, em 2007, o senhor Olímpio comemora a evolução de sua atividade”, comenta Júnior. O pecuarista cria bovinos da raça Aberdeen Angus, destinada à produção de carne de qualidade superior. “Fazemos inseminação artificial com cruzamento industrial entre vacas da raça Nelore e bovinos Aberdeen Angus, utilizando a técnica da IATF, o que tem trazido ótimos resultados”, diz Ferrari, com alegria. Na propriedade na qual os animais são criados, os bezerros são desmamados e, após cerca de 30 dias, levados para a outra propriedade, onde ficam em regime de semiconfinamento. Ali, são alimentados, diariamente, com dois quilos de ração até os 16 meses de idade, para depois serem levados ao confinamento e terminarem a engorda. Segundo especialistas, o fator primordial no semiconfinamento é a qualidade do pasto do início ao fim do período. Quanto melhor a qualidade do capim, menos ração será necessária para manter o ganho de peso projetado ao longo do tempo.

Luciano Massabi, vaqueiro; Daniel Siqueira, Consultor em Pecuária da MSD Saúde Animal; Nilson dos Santos, Gerente Pecuária da Danúbio Azul; e Wladimir Domingues da Silva, vaqueiro.


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Universidade Corporativa Mercado x força de vendas

Como vender mais em um mundo

carnívoro e competitivo? que o cliente quer para atendêmundo é carnívoro -lo. Passamos a antecipar suas e continuará sendo necessidades e desejos, inspirando carnívoro. Os estuclientes a pensarem, sonharem e dos de relação renda x consumo a serem muito mais do que eles apontam, na gigantesca base imaginavam poder ser. da pirâmide populacional do A moderna força de vendas planeta, a maior liberação de cria empowerment nos cliendólar ganho com carnes, láctetes, inspira como eles aspiram, os, bebidas e até fumo, dentro enfim, realiza o que a ciência do agronegócio. e o conhecimento já sabem ser Portanto, boa notícia: possível, mas que não chega em demanda forte e inexorável nos velocidade no campo, ou nos próximos 20 anos da era carnídiferenciais em vendas. vora mercadológica. Tudo já se E agora, como fazer isso? fala, já se faz, do lado de dentro Não são os vendedores tradas indústrias, dos frigoríficos, dicionais. As mulheres são da sustentabilidade do entorno, muito bem-vindas nessa nova da produtividade e da relação área comercial inspiracional. com cooperados, integrados ou Homens também, mas que saifornecedores do lado de denbam reunir todas as competêntro da porteira, vínculos com cias das vendas antigas, esquea ciência e a tecnologia dos cendo o que não interessa, e insumos e equipamentos, genéaprender a navegar em sonhos tica, etc. novos. É preciso empatia e Agora ocorre um despermuito tônus vital, vigor físico, tar para a eficácia das áreas mental e espiritual. comerciais das organizações. As Nesse ponto os presidentes estruturas e o conhecimento do e acionistas das organizações lado de dentro das empresas José Luiz Tejon Megido precisam olhar e rever utericonquistaram ganhos consideJornalista e publicitário. Professor de pós-graduação da FGV e dirinamente suas áreas de vendas, ráveis na gestão e no preparo de gente do Núcleo de Agronegócio da ESPN. desde segmentações, seleção, líderes técnicos e administratitreinamento, remuneração, vos. Portanto, os diferenciais, Hoje vivemos dois modelos em anda- avaliação, criação conjunta de estimativas e agora, apontam para questionar como são os modelos de vendas mais competitivos e como mento. Um é o estilo Sellsumers, no qual é motivação, muita motivação, alegria e espírito selecionar, formar, desenvolver, manter e ter o consumidor e o cliente que vendem para de sucesso na empresa. E nisso tudo rever o vendedores e vendedoras de alto impacto, você, nos exemplos sensacionais das apples, olhar dos líderes de vendas, pois ele altera os dos virais, quando os próprios consumidores liderados e os seus resultados. sedutores e conquistadores de preferências. Sustentabilidade envolve as áreas de venAs fórmulas de vendas vêm dos modelos se transformam nos vendedores número 1 da de Hard Sell, nos quais a varredura do mer- empresa. E, ultimamente, passamos a precisar das, e as equipes humanas, com suportes teccado com quantidade de ofertas e embates do modo da venda inspiracional. Quer dizer nológicos compatíveis. Reveja seus key account, seus assistentes técnicos, seus critérios de em preço, prazo e desconto, com ênfase no Inspirational Selling Approach. A ciência e a tecnologia andam tão à frente distribuição e de seleção híbrido de canais. fechamento da venda, era a moda. Depois entramos no modelo Soft Sell, cujo objetivo das realidades percebidas pelos clientes – e a Reveja tudo. Vender nunca foi fácil. O mundo seguirá era o mesmo: fechar vendas, porém a partir do capacidade adaptativa das estruturas empresariais charme, da elegância e da arte das perguntas. ficou ágil e veloz – que não interessa mais a forma carnívoro, mas cada vez mais competitivo. Colocar o cliente no modo vendedor, técnicas do Consultative Selling Approach, ou o método Se você não se mexer, o dinossauro predador consultivo de vender, ou seja, de investigar o pode te comer. de análise transacional e Neurolinguística.

o



Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço insuficiente

Informação escrita pelo porteiro ou síndico Falecido Não existe o nº indicado

Ausente Não procurado

REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL EM ___/___/___ ___/___/___ ______________________________ RESPONSÁVEL Endereço para devolução: av. Sir Henry Wellcome, 335, Moinho Velho, Cotia-SP, 06714-050

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