& ARQUITETURA AÇO Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 8 dezembro de 2006
Indústrias
editorial
Evoluindo
com a indústria
SEM DÚVIDA, O AÇO É UM ELEMENTO bastante conhecido por quem projeta edificações industriais. A tecnologia de construção em aço evoluiu muito em poucas décadas, saindo do simples galpão de armazenagem, para edifícios complexos e sofisticados. Além da facilidade em vencer grandes vãos, o aço tornou-se um elemento que possibilita soluções estéticas e estruturais nunca antes imaginadas. Assim, o material acompanha a necessidade das indústrias em serem cada vez mais competitivas, transmitindo a imagem corporativa de solidez e inovação, exigida pelo mercado. Nesta edição de Arquitetura & Aço estão reunidos alguns projetos industriais nos quais o aço mostra-se como um elemento-chave para o sucesso da obra. Neles, a harmonia entre forma e função é um requisito básico, que se une à flexibilidade, racionalidade, economia e sustentabilidade – itens cada vez mais em pauta na indústria brasileira.
|Construindoumfuturosustentáv
el|
Um ótimo exemplo é o projeto da Ipel, de Sidonio Porto, premiado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil, Departamento São Paulo, e pela Bticino graças à solução arquitetônica que reúne plasticidade, conforto térmico e economia de energia – e tudo graças ao desenho arrojado da cobertura metálica. A cidade de Colatina, no Espírito Santo, ganhou um marco arquitetônico
OquefazoCBCA?
de grande impacto visual com a construção da sede da PW Brasil Export,
Incentivaepromov eaconstruçãoemaçonopaís.
concebida pelos arquitetos Elio e Juliana Madeira, premiados pela Abcem (Associação Brasileira da Construção Metálica).
ComoatuaoCBCA?
O aço também garantiu contemporaneidade à Circuit Equipamentos
Ofereceàcadeiaprodutiv aumcentrodeestudosetecnologia; Difundecompetênciastécnicaseempresarialespecíficas; PromoveintercâmbiocomentidadescongêneresdoBr asiledoexterior; Destacaasqualidadesdoaçocomomaterialeconômicoee stéticonaconstrução .
Esportivos, uma indústria do interior de São Paulo. Como o principal objetivo era remodelar a sede da empresa, os arquitetos Marcelo Couto e Olegário Vasconcelos encontraram no aço a alternativa ideal. Confira, nas próximas páginas, estas e outras boas soluções em aço para instalações industriais.
Visiteosite: www.cbca-ibs.org.br Av.RioBr anco,181-28ºAndar RiodeJaneiro-RJ Cep.:20040-007 Tel.:(55-21)2141-0001 Fax:(55-21)2262-2234 E-mail:cbca@ibs.org.br
Boa leitura!
Apoio: ARQUITETURA&AÇO
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Foto Infoglobo
Arquitetura & Aço n0 8 dezembro
sumário
04. Elio Madeira cria uma referência arquitetônica para o vale do Rio Doce 08. Estrutura e revestimentos metálicos definem o caráter de uma moderna indústria
10. Cláudio Rampazzo assina a obra da Açotubo, em Guarulhos 12.
Identidade Visual de empresa no Rio Grande do Sul gerada a partir de estrutura em aço Porto marca nova fase de indústria de embalagens paulista
08. Foto da capa: colunas esbeltas e inclinadas caracterizam o edifício do O Globo, projetado por Kenneth Sowerby
10.
12.
14.
o destaque do edifício principal da Flextronics maiores jornais brasileiros
04.
20.
22.
24.
27.
24.
14. Ipel: projeto de Sidonio
20. Executada com estrutura metálica tubular , a cobertura é
22. O Globo: um desenho internacional para o centro gráfico de um dos
Paulo Bruna
e o projeto de uma fábrica “em construção” há exatamente 30 anos
27. Planejamento: terminal de cargas e entreposto alfandegário trazem interessantes soluções arquitetônicas em aço
Identidade metálica ELEMENTOS DE AÇO COMPÕEM A ESTRUTURA, A COBERTURA E O FECHAMENTO DOS QUATRO BLOCOS DE UM COMPLEXO INDUSTRIAL NO VALE DO RIO DOCE,
Fotos Tom Boechat/Usina de Imagem
GARANTINDO UNIDADE E HARMONIA AO CONJUNTO
A nova sede da PW Brasil Export foi erguida com 220 toneladas de aço, material que compõe a estrutura, a cobertura e o fechamento de seus quatro edifícios. Na página ao lado, destaque para o contraventamento estrutural, feito por tirantes fixados a treliças e pilares metálicos estaiados diretamente no chão
A INTENÇÃO DE CRIAR uma obra que se tornasse referência > Projeto
arquitetônico: Elio Madeira e Juliana Madeira
> Área
construída: 8.500 m2
> Aço
empregado: aço de maior resistência à corrosão
> Cálculo
estrutural: MCA Tecnologia de Estruturas Ltda.
> Fornecimento
e montagem da estrutura metálica: Art Metal Estruturas Metálicas Ltda.
do vale do Rio Doce, no Espírito Santo, norteou o projeto dos arquitetos Elio e Juliana Madeira para a nova sede da PW Brasil Export, empresa que atua no setor do vestuário há mais de 25 anos. Erguido em um terreno panorâmico e privilegiado, que se situa cerca de 30 metros acima do plano da cidade, o complexo industrial foi concebido inteiramente em elementos metálicos, utilizando aproximadamente 220 toneladas de aço para a composição da estru-
da obra: P&P Engenharia Ltda.
tura, cobertura e fechamento das fachadas de seus quatro edifícios.
Local: Colatina, ES
profissionais, rendeu ao projeto o prêmio de melhor obra na catego-
> Execução
>
arquitetônica para a cidade de Colatina, importante pólo industrial
> Data
do projeto: novembro de 2000
> Data
da conclusão: junho de 2003
O resultado, de grande impacto plástico, como desejavam os ria edificações industriais na premiação Abcem (Associação Brasileira da Construção Metálica), em 2003. Segundo o arquiteto Elio Madeira, a escolha da solução construtiva recaiu sobre o aço, primeiramente, pelas exigências de grandes vãos,
4
ARQUITETURA&AÇO
ARQUITETURA&AÇO
5
Fotos Tom Boechat/Usina de Imagem
que chegam a 60 metros nos ambientes
mento dos tecidos é retirada de poço
fabris. “Além disso, o uso de elementos
artesiano e reaproveitada em um sis-
metálicos permitiu uma obra limpa, sem
tema que atinge um grau de recicla-
desperdícios e executada em um curto
gem de até 98%.
espaço de tempo”, completa Madeira.
6
ARQUITETURA&AÇO
1.
2.
4.
3.
Para reduzir o consumo de energia
Posicionados paralelamente, os
elétrica, venezianas e telhas de PVC
quatro blocos independentes da nova
translúcido permitem a entrada da luz
fábrica somam uma área construída
solar em grandes áreas. Na cobertura,
de 8.500 m2. As estruturas e cober-
a instalação de sheds favorece a cap-
turas aparentes, combinadas com
tação do vento norte-sul, mantendo o
grandes esquadrias envidraçadas nas
conforto térmico nos ambientes. O ar-
fachadas e cercadas por uma sucessão
quiteto Elio Madeira ressalta esse
de pórticos metálicos, garantem uni-
aspecto: “em uma região em que os
dade ao conjunto.
picos de temperatura chegam a 40°C,
O programa arquitetônico desta-
não é necessário utilizar luz elétrica
ca-se, ainda, pela correta utilização
nem sistemas de ar-condicionado das
dos recursos naturais. A água destina-
7 às 17 horas em quase todos os setores
da aos processos de lavagem e tingi-
da fábrica”. (C.P.) M
5.
1. Cerca de 30 metros acima do nível da cidade, o terreno escolhido para a implantação do complexo industrial tem vista panorâmica para o Vale do Rio Doce 2. Os pilares estruturais foram concebidos para se conectar à cobertura por meio de tirantes metálicos, eliminando a necessidade de pilares intermediários e permitindo a criação de grandes vãos 3. Devido à utilização do aço como material construtivo, a obra pôde ser executada com limpeza e rapidez 4. O PVC translúcido, aplicado em telhas da cobertura e em venezianas da fachada, permite a entrada de luz natural no interior da fábrica 5. Orientados linear e paralelamente, os diferentes volumes da implantação se harmonizam e confirmam a unidade do conjunto arquitetônico
ARQUITETURA&AÇO
7
> Projeto
arquitetônico: Marcelo Couto e Olegário Vasconcelos
> Colaborador: > Área
Adilson Santos
construída: 7 mil m2
> Aço
empregado: ASTM A36, ASTM A572 e aço de maior resistência à corrosão
> Cálculo
estrutural: Beltec Engenharia Ltda. da estrutura metálica: Aluaço Metalúrgica Indústria e Comércio Ltda.
> Construção:
CVA Couto & Vasconcelos Arquitetura
> Local: > Data
Pindamonhangaba, SP
do projeto: fevereiro de 2002
> Conclusão
A força visual do aço CONSTRUÇÃO METÁLICA COM DESIGN CONTEMPORÂNEO VALORIZA A IMAGEM DE INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS
da obra: agosto de 2004
A área administrativa, construída em estrutura metálica, é o módulo que define a resolução plástica do projeto. No lobby, um grande pano de vidro privilegia a iluminação natural e confere amplitude aos espaços
PARA REFORMULAR o projeto de uma indústria de equipamentos es-
Para atender a estas expectativas, os
um bloco administrativo em estrutura
As múltiplas possibilidades do aço também foram exploradas
portivos, em Pindamonhangaba, São Paulo, os arquitetos Marcelo
arquitetos definiram uma nova imagem
metálica, no entanto, é o que define a
nos revestimentos da fachada, na cobertura curva do estaciona-
Couto e Olegário Vasconcelos apostaram na linguagem do aço. Como
e, sobretudo, um novo conceito para o
resolução plástica da edificação.
mento de caminhões e em uma escada vazada em grade metálica,
resultado, a Circuit Equipamentos Esportivos ganhou uma edificação
projeto. A proposta aprovada seguiu três
Formado por uma série de peque-
que se destaca não só por atender as exigências de funcionalidade
princípios básicos: valorização estética
nos volumes, este módulo abriga re-
Na parte interna, o programa foi planejado para que os fun-
de uma grande fábrica, mas também pela relevância arquitetônica.
do conjunto, fluxo de circulação eficiente
cepção, escritórios, restaurante para os
cionários pudessem se sentir bem em seu local de trabalho. Os
e intenso diálogo com a paisagem.
funcionários e espaço para showroom.
espaços são abertos, generosos e de fácil circulação. A luz natural
Quando os profissionais foram contratados, a obra já havia sido
8
Fotos Olegário Vasconcelos
> Montagem
no centro do lobby.
iniciada por uma empresa especializada em concreto. A construção,
Do desenho inicial, foram mantidos
“Nesse setor, a escolha pela estrutura
invade o prédio por grandes panos de vidro na fachada principal e,
no entanto, não agradava ao proprietário, que, acostumado a viajar
apenas dois galpões de concreto, de
metálica foi muito importante, pois
para completar, um imenso rasgo na parede do refeitório enquadra
ao exterior, queria que sua indústria tivesse uma sede “modelo”
2.500 m2 cada, que já haviam sido par-
nos permitiu criar formas elegantes e
o visual da Serra da Mantiqueira, presenteando os trabalhadores
como ditam os modernos padrões mundiais de arquitetura.
cialmente implantados. A criação de
criativas”, explica Olegário Vasconcelos.
com um atrativo a mais em suas horas de descanso e lazer. (C.P.) M
ARQUITETURA&AÇO
ARQUITETURA&AÇO
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> Projeto
arquitetônico: Cláudio Rampazzo
> Área
construída: 2.700 m2
> Aço
empregado: aço de maior resistência à corrosão estrutural e projeto da estrutura metálica: ABEDE Consultoria e Engenharia
> Fornecimento
da estrutura metálica: Açotubo
> Execução > Local: > Data
da obra: Ancolar
Guarulhos, SP
do projeto: agosto de 2000
> Data
de conclusão da obra: dezembro de 2002
Fotos Marketing Açotubo / Sidnei Palatnik
> Cálculo
PARA O PROJETO DA SEDE de uma empresa fornecedora de tubos de aço, inclusive para o setor da construção civil, nada mais apropriado do que utilizar este material de forma significativa no projeto arquitetônico, tirando partido de sua expressividade. No caso da Açotubo, em Guarulhos, o arquiteto Cláudio Rampazzo seguiu esta lógica e, para conseguir outros benefícios na obra, especificou o aço patinável para toda a estrutura do novo edifício. “Pelo partido
Estrutura confiável
empregado na concepção do projeto, o aço oferece muitas vantagens, como a racionalização da obra, pouca perda de material, economia na montagem e rapidez na construção, além da leveza conferida ao projeto”, enumera Rampazzo.
UTILIZAÇÃO DE TUBOS DE AÇO GARANTE QUALIDADE CONSTRUTIVA PARA A SEDE DA AÇOTUBO
Tanto a área administrativa quanto a de produção possuem estrutura em aço e fechamento em alvenaria, somando 2.700 m2 de área construída, formada pelo edifício administrativo (com dois pavimentos e um terraço na cobertura) e o galpão fabril. As paredes externas foram executadas em bloco de cimento, enquanto as paredes internas dos escritórios e da recepção são Acima, vistas do edifício administrativo e do pavilhão de produção; projetado com estrutura de aço patinável, o conjunto totaliza 2.700 m2 de área construída. No alto da página, vista parcial da fachada, com destaque para a estrutura de tubos metálicos, organizada de forma a conferir ritmo e movimento ao edifício. A especificação do material foi definida em função do programa e do perfil da empresa. Na página ao lado, a fachada principal do setor administrativo e, no detalhe, totem com tubos metálicos demarcam o acesso principal
10 ARQUITETURA&AÇO
formadas por divisórias drywall, com acabamento em massa corrida e pintura acrílica. Toda a estrutura e as escadas metálicas foram implantadas com pintura eletrostática na cor branca, com exceção das vigas frontais, recobertas pela pele de vidro. A ampla utilização do aço nas instalações da Açotubo, tanto na área fabril quanto na administrativa, reforça uma das características mais conhecidas e valorizadas deste material no campo da arquitetura: a versatilidade. (V.S.) M ARQUITETURA&AÇO
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Símbolo de crescimento A
GEOMETRIA DO EDIFÍCIO PRINCIPAL É TÃO MARCANTE QUE SE TORNOU A IDENTIDADE VISUAL DA
EMPRESA .
E
O CONJUNTO INDUSTRIAL REFLETE A PRÓPRIA EVOLUÇÃO DO AÇO NO
BRASIL
COM TRELIÇAS APARENTES o edifício administrativo da Metasa, construído em 1997 na cidade de Marau, RS, passara a compor a identidade visual da companhia. O aço utilizado em toda a estrutura foi o ASTM A36, pela melhor relação custo x benefício e por ser um recurso abundante na empresa – que fabrica e executa a montagem de edifi-
Acima, pavilhão industrial ampliado há seis anos, quando os sheds foram substituídos. Abaixo, vista lateral do edifício administrativo
lhões industriais, também projetados em aço, acompanharam a evolução do material e das técnicas construtivas. O arquiteto Aldechi Colnaghi pro-
Fotos Douglas Roso
cações em aço em todo o país. Os pavi-
jetou o edifício administrativo da Metasa quase 20 anos depois de ter realizado o primeiro pavilhão industrial, em 1979. Na época, propôs um galpão em sistema shed. Já no edifício-sede, com o desenvolvimento tecnológico atual, foi possível utilizar treliças e pele de vidro em um projeto arrojado, que também transmite leveza. O mesmo padrão deverá ser utilizado em
que levaram pouco mais de uma semana para deixar a estrutura
novos projetos da empresa.
pronta para receber o fechamento de painéis de vidro e alvenaria.
O cálculo estrutural e a montagem
O engenheiro Douglas Roso, gerente de contratos da empresa,
do edifício administrativo ficaram a
acompanhou todo o processo e afirma que a opção pelo aço foi
cargo dos engenheiros da Metasa,
fundamental para garantir a elegância da estrutura e a geometria da edificação, que tem a base mais estreita, formando um T de três pavimentos.
> Projeto
edificações antigas da Metasa foi mudado do sistema shed para
construída: 1.200 m2
pórticos em perfis soldados de alma cheia e terças tipo joist. “Esta
empregado: ASTM A36
opção nos permitiu otimizar o tempo de fabricação e de mon-
> Área > Aço
> Cálculo
estrutural: Metasa
> Fornecimento
e execução da estrutura metálica: Metasa
> Local: > Data
Acima, detalhe da estrutura de sustentação em aço ASTM A36 no térreo do edifício administrativo, cuja fachada (página ao lado) tem treliças aparentes e pele de vidro azul que deram uma identidade visual para a empresa. Com o aço, foi mais fácil criar o desenho geométrico da edificação sem causar prejuízo à estrutura. No topo da página, detalhes dos interiores
Na ampliação do pavilhão industrial, em 2000, o conceito das
arquitetônico: Adelchi Colnaghi
> Data
Marau, RS
do Projeto: dezembro de 1997
de conclusão da obra: julho de 1998
tagem dos prédios, além de ser visualmente mais limpa, por ter menos elementos estruturais”, informa Douglas Roso. A Metasa inicia nova fase de ampliação, prevista para 2007, somando um total de 15 mil m2 de área construída. “Manteremos o mesmo conceito arquitetônico, porém com pés-direitos mais elevados. Daremos, ainda, bastante importância para a ventilação e à iluminação natural”, revela o engenheiro. (V.S.) M
12 ARQUITETURA&AÇO
ARQUITETURA&AÇO
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Embalagem
de aço
DA LINHA DE PRODUÇÃO saem esto-
um projeto arrojado para acompanhar a nova fase e marcar a
jos de maquiagem e embalagens de
imagem corporativa da Ipel. A obra, que tem 6.000 m2 de área
cosméticos. Beleza na Ipel, portanto, é
construída e está dentro de um terreno de 11.500 m2, privilegiou a
mais que uma questão de gosto ou
funcionalidade e flexibilidade de serviços e, como não poderia deixar
conceito, é um negócio sério que inte-
de ser para uma empresa que trabalha com beleza, o desenho
gra um mercado em franca expansão.
arquitetônico do conjunto prima também pela estética.
Uma constatação clara deste quadro
“O projeto foi concebido levando-se em conta todas as colo-
foi a transferência da fábrica, em
cações do cliente”, explica Sidonio. Um local ventilado, bem-ilumi-
2001, da capital paulista para o Con-
nado e confortável para os trabalhadores foram as principais solici-
domínio Industrial de Cajamar, no in-
tações dos proprietários. “A premissa de se criar um edifício
terior de São Paulo.
agradável para os funcionários foi atendida levando-se em conta a
COBERTURA
METÁLICA É O DESTAQUE DO PROJETO
Ali, às margens da rodovia Anhan-
integração entre os espaços interiores e exteriores, bem como a cria-
PREMIADO DE
SIDONIO PORTO PARA INDÚSTRIA PAULISTA
güera, o arquiteto Sidonio Porto criou
ção de percursos e espaços de trabalho aprazíveis”, fala o arquiteto.
Foto Divulgação
Formadas por telhas metálicas com isolamento termoacústico, as curvas abertas da cobertura metálica, com pintura branca, são a marca principal da obra
14 ARQUITETURA&AÇO
ARQUITETURA&AÇO
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VISTA 4 > Projeto
arquitetônico: Sidonio Porto Arquitetos Associados
> Área
construída: 6 mil m2
> Aço
empregado: ASTM A36 (chapas), ASTM A500 (tubos), ASTM A570 (perfis dobrados)
> Cálculo
estrutural: Projecta
> Fornecimento
da estrutura metálica: Projecta
VISTA 2
> Execução
da obra: ECAP Engenharia Ltda
> Local: > Data
Cajamar, SP
do projeto: janeiro de 2000
> Data
de conclusão da obra: junho de 2001
16 ARQUITETURA&AÇO
Um ambiente claro, limpo e com ótima circulação de ar garantiram o cumprimento de uma das premissas básicas do projeto: criar um ambiente agradável para os trabalhadores. Assim, o bloco da produção foi construído voltado para a face sul, o que evita a incidência direta da luz solar; mas, devido ao sistema de sheds, torna possível o aproveitamento da iluminação natural de uma forma mais estimulante aos funcionários
Sidonio conta que para um edifício
mente o concreto e o aço. “O edifício é
empresarial deste porte, e de natureza
composto por pilares pré-fabricados
fabril, o desafio foi organizar os fluxos
de concreto, tanto internamente quan-
de produção e administração em um
to nas fachadas. Estas são fechadas por
mesmo espaço. A solução não foi se-
painéis pré-fabricados de concreto e
torizar em blocos distintos tais ativi-
vidro. Já o aço foi utilizado como estru-
dades, mas criar um monobloco para
tura de cobertura”, completa.
abrigar ambas. “Os fluxos são organiza-
Como aponta o próprio arquiteto, a
dos dentro de um mesmo espaço, sem,
cobertura metálica, com pintura bran-
no entanto, haver conflitos. Pelo con-
ca e isolamento termoacústico, é o ele-
trário, esta condição foi arquitetonica-
mento de maior destaque na obra.
mente tratada de forma que a adminis-
Sidonio descreve que “a concepção da
tração do controle da produção pôde
cobertura foi baseada na orientação
ser facilitada”, comenta o arquiteto.
solar, funcionando como um conjunto
Para a construção deste monoblo-
de sheds. Desta forma, há iluminação
co, a pré-fabricação foi amplamente
natural interna, eliminando a necessi-
adotada, utilizando para isso basica-
dade de energia elétrica durante o
Fotos Divulgação
A estrutura metálica curva da cobertura apóia-se no solo e caracteriza uma segunda fachada em que é possível perceber brises que vencem vãos de 12,5 m. Os brises combinados com os vidros laminados e a caixilharia de alumínio pintada de branco garantem o aproveitamento máximo da luminosidade natural, o que representou significativa economia no total de gastos mensais da empresa
ARQUITETURA&AÇO
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Foto Divulgação
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6 5 4
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9 2 O projeto de Sidonio Porto transforma a tradicional cobertura tipo shed em uma sequência de curvas, que culminam em um grande plano curvo na fachada principal (em último plano, na foto acima)
NÍVEL TÉRREO
LEGENDA: 1. Showroom e recepção 2. Treinamento 3. Vendas 4. Sala de reunião 5. Sanitários
6. Escritório 7. Recursos humanos 8. Copa 9. Ferramentaria 10. Manutenção 11. Vestiários 12. Sala de moagem
13. 14. 15. 16. 17. 18. 19.
Subestação Utilidades Administração Gerência Área injetora Expedição Almoxarifado
período diurno. O sistema de telhas zipadas possibilita total estanqueidade da cobertura e uma boa acústica. Além disso, seus grandes beirais conferem leveza e plasticidade à obra”. A opção pela estrutura metálica, segundo Sidonio Porto, foi feita considerando-se as possibilidades de
4
vencer vãos com maior leveza, melhor
9 19
15 4
acabamento estético e devido à rapidez de montagem. “O aço possibilita que o arquiteto trabalhe com a lin-
17
guagem dos vazios. Neste caso, seu contraste com o concreto, também uti-
15 18 16
lizado nessa obra, permitiu força e expressividade arquitetônica”, explica. O projeto de Sidonio Porto para a fábrica de embalagens e pincéis Ipel ganhou o prêmio Rino Levi, do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), em
NÍVEL SUPERIOR 18 ARQUITETURA&AÇO
dezembro de 2002. (I.G.) M
> Projeto
arquitetônico: Sidonio Porto
> Colaboradores:
Equipe Sidonio Porto Arquitetos Associados
> Área
total: 750 mil m2
> Área
construída: 52.650 m2
> Aço
empregado: aço de maior resistência à corrosão (tubos), ASTM A570 (perfis dobrados), ASTM A36 (perfis laminados e perfis compostos de chapa)
> Cálculo
estrutural: OA e Aço Tec
da estrutura metálica: Alufer e Açotec
> Local: > Data
Sorocaba, SP
do projeto: março de 1999
> Conclusão
Tecnologia
em meio ao verde
da obra: outubro de 2001
Vigas e pilares pré-moldados de concreto formam a estrutura do edifício. A cobertura da área fabril é composta por estrutura metálica tubular e complementada por telhas zipadas com manta de lã de rocha. O sistema de apoio da cobertura é feito em três pontos, vencendo um vão de 60 metros
O ESCRITÓRIO Sidonio Porto Arqui-
em refletir este conceito de tecnologia e modernidade, mas tam-
tetos Associados, sediado na cidade de
bém em proporcionar aos trabalhadores um ambiente de con-
São Paulo, recebeu em 2002 dois prê-
vívio acolhedor.
mios da Asbea (Associação Brasileira
O conjunto industrial é composto por uma grande nave central,
de Escritórios de Arquitetura) na cate-
que abriga produção e depósitos, e edifícios anexos para os setores
PROJETO PARA INDÚSTRIA DE COMPONENTES ELETRÔNICOS REÚNE
goria de edifícios industriais. Um re-
administrativos, interligados por rampas e escadas. A construção é
MODERNIDADE E RESPEITO AMBIENTAL
fere-se à obra da Ipel (ver matéria
do tipo mista, que integra estrutura em concreto pré-moldado e
nesta mesma edição); o outro, ao pro-
cobertura metálica.
jeto da Flextronics. Em ambos, é possí-
É justamente a cobertura metálica que confere destaque ao
vel perceber o estilo inconfundível de
complexo fabril. Com perfis tubulares, sua estrutura é configurada
Sidonio, seja na otimização de luz e
em três apoios, que saem dos pilares, vencendo um vão de 60 m. O
espaço, no diálogo que propõe com o
aço pode ser conferido, ainda, em elementos como as passarelas
entorno ou na utilização da estrutura
que circundam a área de produção.
metálica para vencer grandes vãos.
Transparência e luminosidade são duas premissas básicas deste projeto de Sidonio Porto. A cor branca apenas reforça este conceito agregando modernidade e leveza tanto às áreas internas quanto externas do edifício
20 ARQUITETURA&AÇO
Fotos divulgação
> Fornecedor
Por estar localizada em uma região de preservação ambiental
Localizada em Sorocaba, interior
da Serra do Mar, a implantação da obra foi, de início, um desafio.
de São Paulo, a Flextronics é uma
Mas, depois de um trabalho sério de pesquisa junto à construtora
multinacional norte-americana que
Racional e sob supervisão do DEPRN (Departamento Estadual de
fabrica componentes eletrônicos para
Preservação de Recursos Naturais), órgão da Secretaria Estadual do
outras grandes empresas, como HP,
Meio Ambiente, foi possível chegar a uma bem-sucedida solução
Dell, Microsoft, IBM, Sony, Motorola e
de preservação da vegetação nativa. Fato que também só agregou
Siemens. De suas linhas de produção
diferenciais ao projeto arquitetônico, já que, além do conforto tér-
saem desde computadores, softwares,
mico, o verde circundante representou um verdadeiro alento para
celulares até equipamentos médicos.
os funcionários, que, devido ao sistema de vidro estrutural, podem
A arquitetura preocupou-se não só
admirar o visual do entorno mesmo do interior do edifício. (I.G.) M ARQUITETURA&AÇO
21
memória
Desenho internacional NO
FIM DA DÉCADA DE
90,
ARQUITETO AUSTRALIANO ASSINOU O PROJETO DO PARQUE
BRASIL
Fotos Infoglobo
GRÁFICO DE UM DOS MAIORES JORNAIS DO
Projeto do arquiteto australiano Ken Sowerby, o centro gráfico do jornal O Globo, em Duque de Caxias, RJ, utilizou mais de 800 toneladas de aço para a sua construção – a maior parte do material foi destinada a uma imensa cobertura branca, que, inclinada e apoiada apenas sobre delgadas colunas metálicas, envolve toda a edificação
EM 1998, O ARQUITETO australiano Kenneth Sowerby deixou sua marca na construção em aço brasileira. Inspirado por formas e traços futuristas, ele criou o projeto do parque gráfico do jornal O Globo, localizado em Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. Com estrutura mista de aço e concreto, a obra ganhou o concorrido prêmio da Abcem (Associação Brasileira da Construção Metálica), no ano de sua execução, como um dos melhores exemplos de utilização do aço na arquitetura nacional. “Minha idéia foi trabalhar em cima da simplicidade da arquitetura industrial, dando a ela um algo a mais – uma forma, uma dinâmica, uma escultura”, conta o arquiteto. Segundo ele, o elemento utilizado para criar este efeito foi uma ampla cobertura metálica, que, pousada sobre colunas esbeltas e inclinadas, envolve toda a edificação. Projetado para imprimir mais de 1 milhão de exemplares do jornal O Globo aos domingos, o parque era o maior da América Latina em sua categoria quando foi inaugurado. Implantado em um terreno de 175 mil m2, tem área construída de mais de 67 mil m2 e exigiu, para a sua execução, nada menos do que de 800 toneladas de aço de maior resistência à corrosão e ASTM A36. (C.P.) M 22 ARQUITETURA&AÇO
ARQUITETURA&AÇO
23
Fotos Nelson Kon
memória
No topo da página ao lado, um amplo jardim assinado por Burle Marx valoriza o ambiente fabril e promove o bem-estar de funcionários e visitantes. Embaixo, imagens aéreas mostram a implantação do projeto em 1976 e em 2002. Acima, em um dos edifícios que abriga as linhas de produção, a estrutura mista de aço e concreto permite a criação de extensos vãos livres
Confluência de períodos ERGUIDA E
1976, A DIVISÃO DE COSMÉTICOS DA UNILEVER RECEBEU INÚMERAS MODERNIZAÇÕES , MANTENDO - SE FIEL AOS PRINCÍPIOS ORIGINAIS DO PROJETO EM
AMPLIAÇÕES
NO BRASIL, A DÉCADA DE 70 foi mar-
atende a todas as exigências de uma edificação industrial de
cada pela construção de unidades
grande porte, sem deixar de lado a necessidade da humanização
fabris com projetos arquitetônicos
dos espaços. A luz natural é distribuída de maneira uniforme sobre
arrojados. Seguindo uma tendência
as linhas de produção, favorecendo a economia de energia e o con-
mundial, as indústrias deixavam de ser
forto dos operários. No pátio, um jardim assinado pelo paisagista
projetadas como simples galpões e, aos
Roberto Burle Marx, valoriza ainda mais o ambiente, podendo ser
poucos, ganhavam formas mais elabo-
observado do interior da unidade fabril através de grandes pare-
radas e layouts que se preocupavam
des envidraçadas.
com o bem-estar dos funcionários.
24 ARQUITETURA&AÇO
Todas estas características foram mantidas ao longo dos anos,
E foi justamente neste período que a
mesmo após a fábrica receber dezenas de reformas e ampliações.
Unilever, uma das maiores fornecedoras
Segundo Paulo Bruna, trata-se de uma obra em contínua evolução,
de bens de consumo do mundo, contra-
mas que se apóia sempre nos mesmos princípios básicos.
tou o escritório Rino Levi Arquitetos
A lógica estrutural também continua a mesma, seguindo à
Associados para elaborar o plano diretor
risca o plano diretor original. Desde a década de 70, todos os módu-
das novas instalações industriais de sua
los do edifício industrial utilizam um sistema construtivo misto,
divisão de cosméticos, em Vinhedo, inte-
que combina elementos metálicos com pré-moldados de concreto.
rior de São Paulo. À frente do projeto,
Para o arquiteto, “a racionalização extrema da construção” tem sido um dos principais benefícios desta escolha.
VISTA AÉREA
VISTA AÉREA
estava Paulo Bruna, um dos diretores do escritório que, a partir de então, se
O projeto, após 30 anos de contínuas ampliações, provou ser
1976
2002
tornou o arquiteto responsável por
flexível e adequado. Inicialmente, o conjunto de prédios somava
todas as fases de expansão do complexo.
cerca de 18 mil m2. Hoje, já são mais de 45 mil m2. A essência da
O projeto original, que data de 1976,
construção, no entanto, permanece inalterada. (C.P.) M ARQUITETURA&AÇO
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Manuaisda ConstruçãoemAço TítulosDisponíveis: EdifíciosdeP equenoP orteEstruturadosem Aço GalpõesparaUsosGerais LigaçõesemEstruturasMetálicas Foto Roberto Stuckert
Alvenarias Painéisde Vedação TratamentodeSuperfícieePintura ResistênciaaoF ogodasEstruturasde Aço TransporteeMontagem SteelF raming: Arquitetura Interfaces Aço-Concreto
Espaço de transição TERMINAL DE CARGAS E ENTREPOSTO ALFANDEGÁRIO ESTRUTURADOS EM AÇO SÃO EXEMPLOS DE SOLUÇÕES
Foto Cláudio Libeskind
ARQUITETÔNICAS CRIATIVAS E FLEXÍVEIS A PARTIR DA TÍPICA ARQUITETURA INDUSTRIAL
RevistaAr quitetura&Aço
Na entrada principal do entreposto alfandegário Aurora Eadi (acima) e do Teca III (no alto), já é visível a opção pelo aço, permitindo o uso de grandes vãos livres
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ARQUITETURA&AÇO
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Fotos Roberto Stuckert
Proteção das fachadas por grelhas metálicas que funcionam como quebra-sóis e fechamento superior com venezianas de fibra de vidro para aproveitar a iluminação natural e favorecer a ventilação cruzada, demonstram a preocupação do arquiteto em adaptar a arquitetura do Teca III ao clima amazônico
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UMA FICA NO CORAÇÃO do Ama-
terceira unidade (Teca III) do Terminal de Cargas do Aeroporto
zonas, outra no interior de São Paulo;
Internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM), como o entreposto
duas obras geograficamente distantes
alfandegário da Aurora Eadi, em Sorocaba (SP), são pontos estra-
e com diferenças óbvias de função e
tégicos de transação econômica do Brasil com o mundo.
concepção, mas com pontos comuns
O Teca III é composto por sete edificações e foi resultado de
determinantes. Ambas revelam na
investimento da Infraero, que conseguiu, com esta obra, ampliar
arquitetura e nas atividades desen-
em quatro vezes a capacidade do complexo aéreo – de 3 mil
volvidas suas facetas no mercado
toneladas, hoje chega operar com 12 mil toneladas mensais. A con-
globalizado. Com formas limpas, am-
cepção da obra, orçada em R$ 23,6 milhões, ficou a cargo do
plas e estruturadas em aço, tanto a
escritório brasiliense do arquiteto Sergio Parada.
ARQUITETURA&AÇO
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Fotos Cláudio Libeskind
Parada, que, entre outros grandes projetos, teve a primazia de ser
Um aspecto que exemplifica este fato é a
por telhas arqueadas autoportantes
telhas de aço fixadas na estrutura metálica, que atinge 20 m de
o primeiro arquiteto brasileiro a elaborar um aeroporto na China,
estrutura modulada em vãos de 10 x 5 m,
que vencem vãos de 30 m.
altura. Para “quebrar” a verticalidade do galpão, foram usados dois
explica que o projeto para o Teca III envolveu, além da construção de
que, desta forma, permite acréscimos
Já em Sorocaba, o arquiteto Cláudio
novas edificações, a reforma de estruturas já existentes. O arquiteto
de pavimentos, caso haja necessidade
Libeskind tinha a missão de criar um
ressalta que todo o prédio foi adaptado ao clima amazônico. Para
futura. E, para comportar o grande
galpão moderno e modular que se ade-
Para o bloco administrativo, que abriga de escritórios e posto
isso, foram adotadas soluções como a proteção das fachadas por
estoque de cargas, foi adotada uma
quasse a futuras ampliações para o
bancário até dependências da Receita Federal, foi criada uma cober-
grelhas metálicas, que funcionam como quebra-sóis, e, no fecha-
volumetria de grandes proporções
entreposto alfandegário Aurora Eadi.
tura metálica apoiada em pilares redondos implantados no nível
mento superior, venezianas em fibra de vidro, que, além de aprovei-
neutras, em que a cobertura de aço,
Assim, explica Libeskind, o galpão foi
do galpão, ou seja, 1,30 m acima das vias laterais. Segundo Libes-
tarem a iluminação natural, induzem a circulação cruzada de ar.
sustentada por dois pilares de concre-
executado com painéis pré-moldados
kind, a opção pela estrutura em aço veio em função da necessidade
to e vigas treliçadas de aço, é formada
de concreto até a altura de 3,50 m e
de se implantar o entreposto no menor prazo possível. (I.G.) M
A planta do novo edifício é caracterizada pela liberdade de layout.
tipos de perfil de telha com a mesma cor. “Esta solução permite grande flexibilidade nas expansões”, afirma o arquiteto.
O arquiteto Cláudio Libeskind encontrou na estrutura metálica a solução para cumprir os prazos e as exigências construtivas do entreposto alfandegário localizado no interior de São Paulo. Com 5 mil m2 de área construída e 20 m de altura, o galpão destaca-se entre seus pares tanto pela desenho arquitetônico das fachadas quanto pela solução adotada na verticalização do estoque
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ARQUITETURA&AÇO
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expediente
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