Revista Arquitetura e Aço - 20

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& ARQUITETURA AÇO

ARQUITETURA AÇO

9 7 7 1 6 7 8 1 1 2 1 1 1 20

9771678112111 20

Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 20 dezembro de 2009

Indústrias II


SOLUÇÃO INTEGRADA Galpões Prédios Industriais Sistemas de Cobertura Edifícios

CBMM

W TORRE - NAÇÕES UNIDAS

4

MAGAZINE LUIZA

SAMARCO

USIMINAS

GB ARMAZEM

ANGLO AMERICAN

USIFAST

SALVADOR SHOPPING

TAM

ARQUITETURA&AÇO

W TORRE - PETROBRAS

LEROY MERLIN


Resistência

e flexibilidade Canteiro de obras mais limpo, durabilidade, agilidade na fabricação e montagem... Os benefícios de utilizar o aço em edifícios industriais são inúmeros. Versátil e resistente, o material é capaz de vencer grandes vãos – requisito essencial em projetos dessa tipologia – e permite uma configuração espacial flexível. Nesta edição, Arquitetura & Aço traz projetos em que o aço adaptou-se às necessidades de programas variados – desde uma fábrica de maquinários pesados até um centro de distribuição de produtos de higiene. Projetos como o da fabricante de tubos flexíveis Wellstream ou da mineradora Samarco, em Germano (MG), em que o material foi a melhor opção para suportar as elevadas cargas dos equipamentos utilizados. Ou como os do centro de distribuição da AGV Logística em Vinhedo (SP), que apostou no aço como um elemento estratégico para causar apelo visual – e com isso conferir uma imagem arrojada à empresa. O apelo visual, aliás, também se faz presente na fábrica da Marilan e no centro de distribuição da Kimberly-Clark, ambos no interior de São Paulo. O aço também é a opção mais indicada em projetos que desejam causar baixo impacto ambiental, pois é um material totalmente reciclável, que gera menos resíduos e permite um canteiro de obras mais limpo. Caso da BSBIOS, fabricante de biodiesel do Rio Grande do Sul, que norteou a concepção de sua fábrica – com estrutura e fechamento em aço – pelos mesmos princípos do combustível que produz. E também da Emas, fabricante de embalagens no Amazonas, que incorporou os elementos metálicos a uma unidade fabril na qual não há rejeitos poluentes. Em todos os projetos retratados nessa edição, o aço mostrou-se a opção mais indicada para vencer os desafios inerentes ao processo construtivo e

Arquivo Racional Engenharia

satisfazer as necessidades dos clientes. Veja a seguir exemplos de como o aço favorece os projetos industriais. Boa leitura!

ARQUITETURA&AÇO

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Arquitetura & Aço nº 20 dezembro 2009

Arquivo Racional Engenharia

sumário Foto de capa: Imagem interna do CD Mata Atlântica

04.

08.

10.

14.

18.

20.

22.

26.

28.


ENDEREÇOS

31

04. Aço é o elemento central na reforma da fábrica da Marilan, no interior de São Paulo. 08. Na fábrica da C-Vale, no Paraná, o uso do aço confere modernidade à unidade fabril da cooperativa. 10. Em Manaus, NPC Grupo Arquitetura assina projeto de baixo impacto no meio ambiente. 14. Aço agiliza o complexo processo construtivo de uma indústria de mineração em Minas Gerais. 18. Com estrutura e fechamento em aço, fábrica da BSBIOS, no Rio Grande do Sul, fomenta a produção de combustíveis renováveis. 20. Centro de distribuição da KimberlyClark, projeto de Paulo Bruna, ficou pronto em apenas dez meses. 22. Estrutura e fechamentos em aço dão leveza e funcionalidade à fábrica da Masisa, no Rio Grande do Sul. 26. Centro de distribuição da AGV Logística foge ao formato-padrão e aposta no impacto visual. 28. Segunda mais moderna unidade fabril da inglesa Wellstream, em Niterói, utiliza 1.200 toneladas de aço.


Expansão estratégica A

indústria de biscoitos

Marilan

investe em plano arquitetônico inovador para ampliar

capacidade e qualidade produtiva e também oferecer mais conforto aos funcionários em um projeto que utilizou o aço em várias soluções

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ARQUITETURA&AÇO


Nelson Kon

Em 1996, quando o escritório de arquitetura paulistano NPC foi contratado para projetar a expansão da indústria de biscoitos Marilan, em Marília, interior de São Paulo, já estava prevista não só a construção de novas áreas fabris, como setores de convivência para os funcionários. Na primeira etapa do plano diretor, foram concluídos o novo setor de produção e produto acabado, o laboratório de desenvolvimento e controle de qualidade, o setor de engenharia e controle e áreas de apoio e insumos. Desde a fase inicial, o aço foi intensamente utilizado, explica um dos arquitetos titulares do projeto Valério Pietraróia. “O material foi escolhido para figurar onde ele tem seu melhor desempenho: na cobertura e nos fechamento laterais, permitindo um vão livre de 25 m e nas aberturas em sheds, valorizando a volumetria do prédio de 250m de comprimento”, aponta. Antonio Augusto Ambrósio Junior, diretor comercial da Estruturas Metálicas Brasil, empresa que forneceu os componentes de aço, revela que esta cobertura do galpão, com tesoura em duas águas e sistema de shed europeu, proporciona iluminação e ventilação naturais. Já o fechamento lateral, detalha Junior, é constituído de telhas de aço pré-pintado na cor branca.

A duplicação inicial da planta, que ganhou cerca de 14 mil m2,

aconteceu no final da década de 1990 e a área de convivência de funcionários foi concluída em 2000. Já o prédio administrativo, o setor de treinamentos e a passarela metálica, que atravessa a rodovia e interliga a área à cidade, foram construídos sete anos depois, marcando o cinquentenário da empresa. Nesta

Na segunda etapa de ampliação da fábrica, foi construída uma passarela que interliga a área de convivência ao restaurante. Em estrutura metálica e coberta por telhas termoacústicas, a passarela está a 6,50 m do solo para permitir o livre acesso de caminhões

ARQUITETURA&AÇO

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Para garantir a iluminação e ventilação naturais do galpão industrial, os arquitetos optaram por uma cobertura com tesoura de duas águas e sistema de shed europeu. A luminosidade interna é ainda reforçada por telhas de aço pré-pintado, utilizadas no fechamento lateral

Corte do conjunto > Projeto

arquitetônico: Cláudia Nucci, Valério Pietraróia e Sérgio Camargo

>C olaboradores:

Michelle Catta-Preta, Amarílis Piza, Heloíza Mello Castro e Bruna Jorge Alves

> Área

construída: 14.956 m²

>A ço

empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão atmosférica (estrutura), aço galvanizado pré-pintado (cobertura e fechamentos)

>P rojeto

estrutural: Cláudio Puga e José A. Ávila

>F ornecimento

da estrutura metálica: Estruturas Metálicas Brasil

>E xecução

da obra: Ravenna Engenharia

> Local: > Data

Marília, SP

do projeto: 1996

> Conclusão

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ARQUITETURA&AÇO

da obra: 2007


No final dos anos 1990, a fábrica Marilan decidiu investir em um projeto arquitetônico que não só representasse maior produtividade, mas qualidade de vida aos funcionários. Na primeira fase, concluída em 2000, a área fabril duplicada garantiu aos arquitetos do escritório NPC o primeiro lugar na premiação do IAB/SP

segunda fase de expansão, implantou-

um plano arquitetônico deste porte é fundamental para concorrer

se ainda o tratamento de todas as

em um mercado globalizado. “Diante destes anseios, propusemos

fachadas dos edifícios antigos e a cons-

soluções que foram além: atenderam às expectativas e introduzi-

trução do restaurante, equipamento

ram aspectos de conforto ambiental, ventilação e iluminação natu-

que se destaca na unidade fabril.

rais em um partido que valorizou a posição estratégica da Marilan”,

Para ter um restaurante completo,

conclui Pietraróia. (I.G.) M

e não apenas um refeitório, elaborou-se um edifício que se desenvolveu ao tado para a área de convivência e a ela conectado. Na obra, o aço destaca-se em elementos como os perfis que sustentam a parede de elemento vazado, nas escadas internas e estruturas

Fotos Valério Pietraróia

longo da rua interna, totalmente vol-

auxiliares para iluminação, balcões e também na cobertura da cozinha, que se prolonga sobre a rua até o setor de convívio. O restaurante, assim como toda a expansão e reforma da Marilan, atendeu aspectos de funcionalidade, economia, rapidez na montagem e desempenho. Além disso, a indústria, que emprega atualmente cerca de 2.300 funcionários diretos, acredita que investir em ARQUITETURA&AÇO

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Projeto de

crescimento Uso

do aço agiliza o processo de expansão da

cooperativa agroindustrial do

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C.Vale,

segunda maior

Brasil

A C.Vale – Cooperativa Agroindustrial foi fundada em 1963,

E o processo de expansão não pa-

em Palotina, interior do Paraná, por um grupo de 24 agricultores

rou na ampliação do abatedouro. Inau-

com dificuldade para armazenar e escoar sua safra. Hoje, a coope-

gurada na mesma época, a Fábrica de

rativa está presente em quatro estados (e também no Paraguai),

Rações Santa Fé – que produz uma

atua em todo o processo produtivo – desde a produção de semen-

ração específica para cada fase de

tes até a criação e industrialização de frangos e suínos – e emprega

desenvolvimento do frango – é toda

5.300 pessoas.

construída em aço. Pilares e vigas, pisos

Iniciado no final da década de 1990, o processo de agroindu-

e suportes de equipamentos, cobertura

trialização da cooperativa progrediu rapidamente. Em 2004, já em

e fechamentos laterais são feitos neste

sua capacidade máxima, o complexo avícola inaugurado em 1997

material - o concreto armado está nas

precisou ser duplicado. A opção pelo aço em toda a cobertura e

bases. Marcelo Aderle, coordenador de

fechamentos do complexo avícola foi essencial para cumprir o cro-

engenharia da Construtora Mestra, de

nograma. A nova fábrica foi inaugurada em 8 de abril de 2005.

Blumenau (SC), lembra que, quando

ARQUITETURA&AÇO


iniciaram-se as obras, a cooperativa já

do Paraná. Além de toda a carga, a estrutura tinha de suportar as

era a segunda maior do País. “Ela assis-

intempéries. “O aço permitiu que erguêssemos rapidamente uma

tia a um crescimento muito grande

grande e complexa instalação”, diz.

e tínhamos muito pouco tempo para

O Centro de Armazenagem – local estratégico de armazenamen-

ampliar as instalações”, afirma. “Era

to para a fábrica de rações – também explora os benefícios do aço. A

uma obra gigantesca e bastante espe-

primeira etapa, de 12 silos de 7.200 toneladas cada, está em fase de

cífica para a tipologia, com sistemas de

conclusão e quatro silos já estão carregados. “O desafio que se colo-

trilhos, elevadores e outros detalhes.”

ca ao mercado nacional é o uso de chapas galvanizadas de maior

O edifício chama a atenção na

espessura para permitir silos de maior altura e capacidade, sem o

paisagem – o volume principal alcan-

uso de chapas múltiplas nas paredes”, pontua o engenheiro Hellmut

ça uma altura de 50 m, o equivalen-

Lowen Júnior, engenheiro de projetos e manutenção da C.Vale. E, por

te a um edifício de 17 andares. Um

isso, a indústria siderúrgica já se prepara para suprir também esta

dos desafios do projeto, conta Aderle,

demanda com chapas de maior espessura e de maior resistência

eram os ventos típicos daquela região

mecânica. (A.W. e J.G.) M

À direita, acima, imagem da construção da Fábrica de Rações Santa Fé e, abaixo, imagem da obra concluída. O aço está presente na estrutura, na cobertura e no fechamento da unidade fabril, e foi essencial para cumprir o cronograma estipulado Na página ao lado, o complexo avícola da C.Vale. Inaugurado em 2005, utiliza aço nas coberturas dos galpões e passarelas e nos fechamentos laterais

> Projeto

arquitetônico: GPS&KAL Assessoria e Projetos Ltda.

> Área

construída: 7.062 m² (fábrica de rações, 2005) e 5.896 m² (Centro de Armazenagem, 2009)

> Aço

empregado: ASTM A572 e aço patinável de maior resistência à corrosão atmosférica (estrutura) e aço galvanizado (cobertura e fechamentos)

> Projeto

estrutural: Projeaço

> Fornecimento

da estrutura metálica: Dagnese

> Execução

da obra: Construtora Mestra Ltda.

> Local:

Palotina, PR

do projeto: 2003

> Conclusão

da obra: 2005 (Fábrica de Rações Santa Fé) e 2009 (Centro de Armazenangem)

Fotos Divulgação

> Data

ARQUITETURA&AÇO

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Embalagens

sustentáveis Da

cobertura e fechamentos laterais em aço a embalagens bio -

degradáveis , fábrica em

Manaus

congrega materiais ambiental -

mente corretos da construção à linha de produção

Em uma região de clima equatorial, em que a umidade rela-

A EMAS fabrica embalagens a par-

tiva do ar anual fica em torno de 80% e a temperatura média em

tir de calços de polpa moldada – uma

27°C, uma das grandes preocupações arquitetônicas recai invaria-

inovação no mercado. Desenvolvidos

velmente no conforto térmico. Não foi diferente no caso do projeto

e confeccionados a partir da molda-

elaborado pelo escritório paulistano NPC para a indústria de emba-

gem de fibras de celulose reciclada,

lagem EMAS (Empresa de Embalagens Moldadas da América do Sul

os calços são recicláveis e biodegradá-

Ltda.), localizada no polo industrial de Manaus (AM).

veis. Assim, a obra deveria não apenas

10 ARQUITETURA&AÇO


atender a aspectos de conforto térmi-

Fugindo do tradicional modelo de galpão industrial, o escritório paulistano NPC viabiliza um desenho moderno e opta pelo aço pré-pintado na cobertura e fechamentos

co, mas refletir esta preocupação com critérios e também por questões de rapidez na fabricação e montagem e de outras soluções arquitetônicas previstas, a estrutura metálica foi a alternativa escolhida.

Fotos Valério Pietraróia

o meio ambiente. Para atender a estes

Valério Pietraróia, um dos arquitetos titulares do NPC e um dos responsáveis pelo projeto, conta que a EMAS, ao lado das unidades da Knauf em João Pessoa (PB), Joinville (SC) e São Bernardo do Campo (SP), faz parte de um conjunto de trabalhos na área de embalagens desenvolvidos pelo escritório entre 2005 e 2007. “Todos estes ARQUITETURA&AÇO

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Elevação

projetos acompanham preocupações frequentes, com o conforto e o desempenho dos edifícios, em particular em climas extremos como os de Manaus e João Pessoa”, fala Pietraróia. No caso da EMAS, explica o arquiteto, como a empresa trabalha com embalagens

> Projeto

arquitetônico: Cláudia Nucci, Valério Pietraróia e Sérgio Camargo (NPC Grupo Arquitetura Ltda.)

>C olaboradores:

Cintia Vigarinho, Kelly Murayama e Luiz Martinelli

> Área

construída: 7.446 m²

> Aço

empregado: ASTM A570 (estrutura) e aço galvanizado pré-pintado (coberturas e fechamentos)

>P rojeto

estrutural: José Artur Linhares

> Fornecimento

da estrutura e cobertura: Construtora F. Lopes

> Execução

da obra: Construtora

F. Lopes > Local: > Data

Manaus, AM

do projeto: fevereiro de 2005

> Conclusão

12 ARQUITETURA&AÇO

da obra: março de 2006


Fotos Valério Pietraróia

Em um terreno de 22.500 m², foi concluída a primeira etapa da obra, com 7.446 m² de área construída, em que foram utilizados perfis de chapa dobrada nas seções U, U enrigecido, L e cartola

de polpa de celulose a partir de papel

tendências de mercado, este crescimento é certo. Um estudo, deno-

reciclado, utiliza muita água no pro-

minado Our Green World, realizado pelo grupo TNS, mostra que

cesso, mas precisa de ambiente o mais

questões ambientais influenciam diretamente na decisão de com-

seco possível para o produto acabado, o

pra de 52% dos consumidores brasileiros, e ainda revela que 83%

desafio foi proporcionar o máximo de

estariam dispostos a pagar mais por produtos e serviços ambien-

ventilação natural constante.

talmente corretos. Se essa tendência se verificar, não apenas as

Este desafio direcionou um parti-

empresas de embalagens, mas a construção metálica será benefi-

do arquitetônico em que a cobertura

ciada, já que o aço é uma das soluções mais apontadas para aten-

metálica e os fechamentos laterais tive-

der às necessidades de rapidez de montagem, qualidade e baixo

ram papel fundamental. “Trabalhamos

desperdício, além da reciclabilidade. (I.G.) M

com superfícies em ‘dobradura’, o que permitiu, em posições estratégicas, fazer a tomada de ar fresco e a saída do calor, sempre protegidos por grandes beirais”, detalha o arquiteto. “A fachada próxima à mata natural, onde há mais umidade, permaneceu mais fechada e a frontal, elevada em relação à rodovia, mais aberta”, completa. Tanto a cobertura como o fechamento lateral utilizaram telhas trapezoidais pré-pintadas. Instalada em um terreno de 22.500 m2, a fábrica tem 7.446 m2 de área construída, mas prevê se expandir. E segundo pesquisas que apontam ARQUITETURA&AÇO

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Mineração em aço Para agilizar o complexo processo construtivo de uma indús-

Ponta Ubu, no Espírito Santo.

tria de mineração e suportar as altas cargas dos equipamentos exis-

Carla Cristina Resende, engenheira

te um aliado importante: as estruturas em aço. Foi por este sistema

da Codeme, fornecedora das estruturas

construtivo que a Samarco Mineração S.A. optou para a construção

metálicas, destaca que a estrutura em

dos 22 prédios de sua nova usina na região mineira de Germano.

aço é usada na indústria de mineração

A usina faz parte do Projeto Terceira Pelotização, constituído de

para sustentar os grandes equipamen-

uma nova concentração de minério de ferro em Germano e um

tos do processo (britadores, moinhos,

mineroduto com extensão de 398 km, paralelo ao que se encontra

peneiras, misturadores, dentre outros),

em funcionamento de Minas Gerais até a usina de pelotização em

que normalmente trabalham interli-

14 ARQUITETURA&AÇO


Agilidade

Cristiano Xavier

Acima, vista área do complexo predial. Para suportar as elevadas cargas dos equipamentos utilizados no processo industrial, o aço se apresenta como o sistema construtivo ideal. No prédio industrial da Samarco, em Germano (MG), em uma área de cerca de 54 mil m², foram utilizadas 6 mil toneladas do material

construtiva e capacidade de suportar elevadas cargas fazem do aço o material mais

adequado para as estruturas das empresas de mineração, como as da

Samarco

gados, e trazer mais eficiência e com-

administração do empreendimento”, afirma Júlio Torres, gerente-

petitividade à empresa. Na usina de

-geral de Gestão de Projetos da mineradora. Nessa obra, a cobertura

Germano foram utilizadas 6 mil tone-

e o fechamento dos prédios foram feitos com telhas em aço galva-

ladas de aço em uma área construída de aproximadamente 54 mil m2.

nizado, com espessura de 0,65 mm. Além da estrutura em aço, da cobertura e fechamentos, o prédio

“A utilização de estruturas metáli-

do forno da nova usina utilizou lajes steel deck para agilizar a obra

cas, além de reduzir o prazo de cons-

com qualidade e segurança, uma vez que sua montagem independe

trução e garantir maior agilidade, uti-

das condições atmosféricas e facilita a instalação das tubulações

liza menos mão-de-obra, facilitando a

das instalações elétricas e tirantes de sustentação. ARQUITETURA&AÇO

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Para esse projeto, a Samarco investiu em sistemas de contro-

Acima e abaixo, canteiro de obras da usina de uma das maiores mineradoras brasileiras: o aço é a opção construtiva correta, inclusive para processos industriais de alto impacto ambiental

le de emissões atmosféricas, tratamento de efluentes, estudos e monitoramentos ambientais e todas as etapas da obra foram acompanhadas por uma equipe especializada, que se preocupou com a gestão dos resíduos, desde a geração e disposição até o descarte. Nesse contexto, o aço mostrou-se a opção mais adequada pois, como afirma Júlio Torres, é uma solução com baixís-

> Projeto

arquitetônico: ECM Projetos Industriais

> Área

construída: 53.640 m²

>A ço

empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão atmosférica e ASTM A572 GR 50 (estrutura) e aço galvanizado (cobertura e fechamentos)

>P rojeto

estrutural: ECM Projetos Industriais

16 ARQUITETURA&AÇO

>F ornecimento

da estrutura metálica: Codeme (estruturas) e Metform (cobertura e fechamento)

>E xecução

da obra: Consórcio Milplan e MIP

> Local: > Data

Germano, MG

do projeto: 2004

>C onclusão

da obra: 2008

Fotos Cristiano Xavier

simo impacto ambiental e é totalmente reciclável. (D.P.) M


Muscovick

LINHA CONSTRUÇÃO MECÂNICA VOTORAÇO

Votoraço tem inúmeras aplicações na construção mecânica e indústria em geral, com ganhos expressivos de economia e produtividade

www.votoraco.com ARQUITETURA&AÇO

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Bioalternativa

Estruturas em aço sustentam a fábrica da BSBIOS, produtora gaúcha de biodiesel que aposta na agricultura familiar e nos sistemas construtivos com menor impacto sobre o meio ambiente

Um dos principais produtores de biodiesel do Brasil – respon-

equipamentos utilizados na obtenção

sável por quase 25% dos 1.164.332 m3 produzidos no País em 2008 –,

do biodiesel e, além de agilizar o pro-

o Rio Grande do Sul abriga a sede da BSBIOS Indústria e Comércio

cesso produtivo, permite uma arquite-

de Biodiesel Sul Brasil. Fundada em 2005 em Passo Fundo, no inte-

tura moderna.

rior do Estado, a empresa produz cerca de 146 milhões de litros de

A estrutura da fábrica foi monta-

combustível por ano, estimulando culturas alternativas e agricul-

da por meio da fixação dos elementos

tura familiar. E assim como o biodiesel é um combustível renovável e biodegradável, a fábrica da BSBIOS – que tem área de 130 mil m2 e

verticais e horizontais metálicos, com

capacidade produtiva de 400 mil litros por dia – foi construída com

gruas e posicionados em seus lugares.

um material de baixo impacto sobre o meio ambiente: o aço.

Conta com 25 pilares de 14,5 m de altu-

parafusos e soldas, todos içados com

A estrutura, a cobertura e os fechamentos do prédio de pro-

ra e quatro pilares com 24 m, que ven-

dução, de três pavimentos, foram realizados em aço ASTM A572.

cem vãos que variam de 5,5 m a 16 m.

“Este projeto não poderia ser realizado sem a estrutura em aço”,

Já na cobertura e nos fechamentos das

afirma o coordenador administrativo da BSBIOS, Vinicius Roso.

fachadas foram utilizadas telhas tra-

Afinal, o aço tem grande capacidade para sustentar o peso dos

pezoidais de aço pré-pintado.

18 ARQUITETURA&AÇO


Fotos Divulgação

Acima, a fábrica da BSBIOS tem estrutura, cobertura e fechamentos em aço que, além de suportar a carga dos equipamentos usados na produção do biodiesel, agilizou o processo construtivo. Na página anterior, as estruturas metálicas utilizadas na área administrativa da empresa conferem modernidade à sua arquitetura

> Projeto

arquitetônico: Adelchi Colnaghi

O aço está presente também nos projetos de expansão da empresa. “Recebemos o óleo bruto de soja, que é neutralizado

construída: 130 mil m²

para ser transformado em biodiesel, mas estamos investindo

empregado: ASTM A572 (estrutura), aço galvanizado pré-pintado (cobertura e fechamentos)

ção de uma fábrica de extração de óleo e espaço para armazena-

> Área > Aço

agora na ampliação da nossa planta de produção com a construmento de grãos”, explica Vinicius Roso. Quando estiver pronta,

> Projeto

em setembro de 2010, a nova unidade de esmagamento terá

> Fornecimento

enquanto os três armazéns poderão estocar até 200 mil tonela-

estrutural: Metasa S.A. Indústria Metalúrgica da estrutura metálica: Metasa S.A. Indústria Metalúrgica

> Execução > Local: > Data

da obra: Andreetta

Passo Fundo, RS

do projeto: 2006

> Conclusão

da obra: 2007

cinco pavimentos e vai processar 2.500 toneladas de soja por dia, das entre grãos e farelo a partir de março de 2010. O crescimento da estrutura operacional vai representar um aumento no número de colaboradores, que deve passar de 120 para 240 pessoas. Além disso, está prevista para esta nova unidade a utilização de mais 1.200 toneladas de aço, em estruturas, coberturas e fechamentos. (F.L.) M ARQUITETURA&AÇO

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Agilidade responsável Concluído em apenas 10 meses, centro de distribuição da Kimberly-Clark utilizou mais de mil toneladas de aço e preservou 213 mil m2 de mata nativa do terreno

20 ARQUITETURA&AÇO


Gigante internacional no segmen-

medição e edifício administrativo, além de um prédio anexo para

to de higiene e bem-estar, a Kimberly--

recarga de baterias das empilhadeiras, manutenção e montagem

Clark decidiu, em 2006, centralizar em

de embalagens promocionais.

um único local as operações dos dois

Diante da necessidade de boa ventilação e de no mínimo 12 m

centros de distribuição que possuía.

de pé-direito livre, para não comprometer a altura das estantes e

Projetado pelo escritório Paulo Bruna

palets, optou-se por uma estrutura metálica composta por vigas

Arquitetos Associados, a nova cons-

metálicas de seção variável, formadas por perfis de chapas solda-

trução está localizada em uma região

das, e estrutura secundária formada por treliças metálicas triangu-

com importante vegetação nativa,

lares e totalmente aparafusadas.

nos arredores de Mogi das Cruzes (SP).

O fechamento da construção é feito em telha trapezoidal

Não à toa, foi batizada como CD Mata

branca, que ajuda a refletir o calor. Em volta do CD, há uma

Atlântica.

tomada de ar telada a uma baixa altura e ventilação por exaustão

Diante da preocupação em atender

natural na cobertura. “Como o prédio é relativamente estreito,

às legislações ambientais, o CD tem

esta tomada de ar se revelou extremamente funcional e a venti-

uma taxa de ocupação de apenas 24%, mantendo 213 mil m2 com vegetação

lação por efeito chaminé ajuda a controlar a temperatura inter-

nativa. Na obra, foram utilizadas mil

Em obras deste tipo, o uso do aço é indicado pela flexibilidade,

toneladas de aço, empregado princi-

agilidade na montagem e por favorecer a instalação de uma quan-

palmente na estrutura da cobertura e

tidade maior de drive-ins (estruturas que suportam mercadorias

no fechamento. Com área construída de 69.113 m2, a construção abriga o

sobre palets) e porta-palets. No caso do CD Mata Altântica, mostrou-

depósito principal, portaria, cabines de

para a Kimberly-Clark fosse finalizada em apenas 10 meses. (J.G.) M

> Projeto

arquitetônico: Paulo Bruna Arquitetos Associados

> Área

-se a opção mais favorável, auxiliando para que uma obra estratégica

Fotos Arquivo Racional Engenharia

Na página ao lado, imagem interna do CD Mata Atlântica. Cobertura e fechamentos em aço favorecem a agilididade na construção e facilitam a instalação de maior quantidade de estruturas para armazenar mercadorias. Abaixo, imagem externa do CD, que foi concluído em apenas dez meses e preservou 213 mil m2 de vegetação nativa

na”, afirma Paulo Bruna.

construída: 69.113 m²

> Aço

empregado: ASTM A572 (estrutura), aço galvanizado (cobertura) e aço pré-pintado (fechamentos)

> Projeto

estrutural: Modus Engenharia

> Fornecimento

da estrutura metálica: Medabil

> Execução

da obra: Racional Engenharia

> Local: > Data

Mogi das Cruzes, SP

do projeto: 2006

> Conclusão

da obra: 2007

ARQUITETURA&AÇO

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Estética funcional Nova fábrica da Masisa no Brasil utiliza o aço na estrutura, na cobertura e no fechamento, em um projeto marcado pela otimização do espaço

Produtora de painéis de madeira para móveis e arquitetura, a chilena Masisa atua em mais de 50 países e tem 13 fábricas na América Latina. No Brasil, a empresa estabeleceu-se em 1996 e inaugurou a primeira fábrica em Ponta Grossa (PR) quatro anos depois. No final de 2009, retomando os laços com o Rio Grande do Sul, onde teve sua primeira representação comercial, a empresa iniciou as operações de uma nova unidade fabril, com capaci-

dade anual de 750 m3 de MDP (medium density particleboard), novo material oferecido pela empresa ao consumidor brasileiro. Com importância estratégica para os negócios da Masisa, a fábrica seguiu um programa que combina funcionalidade e estética, de acordo com os padrões já utilizados em outras unidades. Acima e abaixo, o processo de montagem das estruturas em aço utilizadas no edifício de produção e nos prédios complementares

22 ARQUITETURA&AÇO


Fotos Divulgação Masisa

Acima, vista geral do prédio de produção que, revestido com telhas trapezoidais sobrepostas, combina funcionalidade e estética. Abaixo, render da área administrativa

A fábrica possui mais de 60 mil

m2 de área construída, dividida em quatro setores: acondicionamento e

beneficiamento de matéria-prima; produção e estocagem; administração e apoio; vestiário, refeitório e lazer. O prédio de produção utiliza o aço em todas as estruturas, em um sistema que buscou otimizar o espaço disponível. “Na fase inicial, foram desenvolvidos estudos estruturais que visavam ampliar os vãos sem comprometer o orçamento”, afirma Mauricio Metzner, um dos autores do projeto. “No primeiro setor, adotamos pilares de concreto pré-moldado aliados a tesouras metálicas de alma cheia, com fechamentos em telha trapezoidal pré-pintada e cobertura em telha zipada.” Com área de 33 mil m2, o prédio de ARQUITETURA&AÇO

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00

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5

5

produção tem modulação interna de 30 x 17 m. Nesse caso, a opção

> Projeto

arquitetônico: Mauricio Metzner e Sérgio Lubitz

foi por um sistema construtivo com vigas de transição treliçadas e

> Área

vigas secundárias de alma cheia aporticadas. As vigas vencem vãos

construída: 61.750 m2

> Aço

empregado: aço patinável de maior resistência à corrosão atmosférica, ASTM A570 GR 50, ASTM A572 GR 50 e ASTM A36

livres de 30 m, otimizando o espaço disponível, segundo informa a Dagnese, fornecedora da estrutura metálica. Além de ser a melhor opção para vencer os vãos requeridos, o aço suportava também o peso das tubulações de utilidade, que em determinados pontos

> Projeto

estrutural: ETEC Engenharia Ltda.

eram fixadas na estrutura de cobertura, a qual, aliás, era revestida

> Fornecimento

da estrutura metálica: Dagnese

com telhas zipadas com isolamento térmico, favorecendo o conforto no interior do prédio. Já o fechamento lateral é composto por

> Execução

da obra: Zênite Engenharia

duas camadas de telhas metálicas de cores diferentes sobrepostas. O aço também está presente nas estruturas complementares à

> Local: > Data

obra, como prédio de apoio da produção, refeitório e salas elétricas,

Montenegro, RS

do projeto: 2008

> Conclusão

além das 25 torres e plataformas com dimensões variadas e nas

da obra: 2009

escadas, passarelas e pipe racks. “O uso deste material em construções industriais permite maior flexibilidade do layout (devido aos grandes vãos) e agilidade na execução, além de ser uma excelente

Fotos Divulgação Masisa

ferramenta estética”, afirma Mauricio Metzner. (I.G.) M Acima, vista do sistema estrutural da cobertura. Ao lado, imagem interna da linha de produção

00

5

5

5

24 ARQUITETURA&AÇO


Construindo o Futuro em Aço

Fornecimento de estruturas metálicas para as plataformas off shore:

PRA-1 (850 ton) P53 (5000 ton) P55 (6000 ton)

P56 (1250 ton) P57 (4000 ton)

Metasa Unidade Marau / RS

www.metasa.com.br Unidade Marau: Rodovia RS 324, km 82 99150-000 Marau - RS Fone/fax: (54) 3342.7400 adm@metasa.com.br

Escritório Comercial RS: Av. Cristóvão Colombo, 2394 90560-002 Porto Alegre - RS Fone/fax: (51) 2131.15000 comercial@metasa.com.br

Unidade Santo André: Av. Industrial, 2558 - Bairro Campestre 09080-501 Santo André - SP Fone/fax: (11) 2191.1300 metasasp@metasa.com.br

Escritório Comercial SP: Alameda dos Nhambiquaras, 1518 Conjuntos 123/124 - Bairro Moema 04090-003 - São Paulo - SP Fone/fax: (11) 3795.1400 comercialsp@metasa.com.br ARQUITETURA&AÇO 25


Fotos Divulgação

Imagem arquitetônica Com

estrutura e fechamentos em aço, centro de distribuição da

AGV Logística,

em

Vinhedo,

foi

elemento decisivo para consolidar o posicionamento e atingir metas de crescimento da empresa

Um espaço multitemperatura, adaptável às necessidades de clientes com perfil variado, e que tivesse apelo visual e se diferenciasse dos edifícios tradicionais, dominados pelo formato “caixotão”. Eram estes os desafios que se impunham no projeto de um novo centro de distribuição para a AGV Logística, empresa sediada em Vinhedo (SP) com 34 filiais em 12 estados. Com clientes de diversos segmentos – da indústria química à saúde animal, passando por alimentos, e outros serviços –, a AGV estava no limite de sua capacidade operacional e dependia daquele espaço para atingir mercados com necessidades diferenciadas de distribuição e arma-

> Projeto

arquitetônico: Alcindo Dell’Agnese Arquitetos Associados

> Área

construída: 57 mil m²

> Aço

empregado: ASTM A572 e ASTM A36 (estrutura) e aço galvanizado (cobertura e fechamentos)

> Projeto

estrutural: Alcindo Dell’Agnese Arquitetos Associados

> Fornecimento

da estrutura metálica: Medabil

zenamento. Além disso, por meio de um centro de distribuição

> Execução

imponente, a empresa desejava consolidar uma imagem corpora-

> Local:

tiva marcante. Para isso, a aposta do escritório Alcindo Dell’Agnese

> Data

Arquitetos Associados foi uma construção com estrutura, cobertu-

> Conclusão

ra e fechamento em aço. 26 ARQUITETURA&AÇO

da obra: Hochtief

Vinhedo, SP

do projeto: 2007 da obra: 2007


À esquerda, o galpão do centro de logística da AGV. Projetado para causar impacto visual, o edificio tem cobertura e fechamento em telhas tipo sanduíche. Acima, imagem do interior do galpão, em que estruturas metálicas vencem grandes vãos e permitem melhor organização espacial

Batizado como Centro de Distri-

otimizando melhor o espaço disponível para armazenagem.

buição D’Artagnan, o espaço abriga, em 57 mil m2, um galpão (equipado

O uso do aço foi também determinante para atingir o impacto estético e imagem de arrojo almejada pela AGV, sem que isso se

com áreas climatizadas, áreas para

traduzisse em um custo adicional. Em parceria com a Medabil,

inflamáveis, resfriadas, congeladas,

fornecedora da estrutura metálica, os arquitetos exploraram, na

área para criogenia e área para arma-

fachada do galpão, o grafismo com telhas na horizontal e na ver-

zenagem seca) e um bloco administra-

tical. Assim, a parte superior do fechamento utiliza telhas com

tivo, no qual está a sede da empresa,

dobras na horizontal, e recortadas numa suave curva sobre as

além de um edifício de apoio próximo

telhas inferiores, posicionadas na vertical. Já a portaria chama a

à portaria. No galpão, foram utilizadas

atenção pela estrutura em aço, curva e atirantada.

estruturas em aço com altura de apro-

Inaugurado em dezembro de 2007, o Centro de Distribuição

ximadamente 14 m, que vencem vãos

D'Artagnan está entre os mais modernos da América Latina,

de 21,70 x 24 m.

e aumentou a capacidade de armazenagem da empresa, em

A rapidez na execução determinou

Vinhedo, de 35 mil posições de paletes para quase 90 mil. O inves-

a opção pelas estruturas metálicas –

timento de R$ 90 milhões em um espaço físico qualificado trouxe

a obra foi concluída em 11 meses. Os

bons resultados. O novo CD permitiu consolidar as operações em

pilares metálicos permitiram também

segmentos como saúde e cosméticos, impactando positivamente

conseguir seções bastante reduzidas,

no faturamento da empresa. (J.G .) M ARQUITETURA&AÇO

27


Divulgacão/Wellstream

Carga pesada Em Niterói,

1.200 toneladas de aço. Uso do material na estrutura, na cobertura e nos fechamentos ajustou o proa segunda mais moderna unidade industrial da inglesa

Wellstream

recebeu

jeto às necessidades da empresa e permitiu que a obra fosse concluída em apenas seis meses

Construída na Ilha da Conceição, em Niterói (RJ), a nova

A opção pelo material está relacio-

unidade fabril da inglesa Wellstream, fabricante de dutos de alta

nada às características da empresa.

tecnologia aplicados na exploração de petróleo em águas profun-

Sebastião Andrade, responsável pelo

das, é uma obra industrial pesada, que exigiu o emprego do aço em

projeto estrutural da unidade brasilei-

larga escala. Foram usadas mais de 1.200 toneladas, na estrutura, na

ra, pontua que a Wellstream produz

cobertura e nos fechamentos, naquela que é considerada a segunda

dutos flexíveis que não podem possuir

fábrica mais moderna do grupo, depois da matriz, em Newcastle.

emendas e, por isso, o processo indus-

28 ARQUITETURA&AÇO


Sebastião Andrade

Divulgacão

À esquerda, vista aérea da fábrica da Wellstream, uma réplica da matriz inglesa, na qual foram utilizadas 1.200 toneladas de aço, permitindo erguer os prédios em apenas seis meses. No destaque, sistema de cobertura roll-on que forma uma malha de apoios próprios para receber instalações e que no galpão da produção vence um vão de 28 m

trial necessita acondicioná-los em car-

dois galpões que constituem a parte mais alta da fábrica, com pon-

retéis de 12 m de diâmetro, os quais

tes rolantes de capacidade de 250 toneladas e vão de 19,38 m entre

têm cerca de 250 toneladas.

elas, e um galpão intermediário com 92 x 80 m e pé-direito de 11 m.

Devido às características tão especí-

As vigas de rolamento possuem 2 m de altura.

ficas da fabricação de seus produtos, a

A construção da nova unidade, que tem 15.500 m2 de área,

configuração brasileira da Wellstream

enfrentou, obviamente, alguns desafios, como o cronograma de

é uma réplica da matriz, composta por

execução “apertado”, as grandes cargas das pontes rolantes e ARQUITETURA&AÇO

29


> Área

construída: 15.500 m²

> Aço

empregado: ASTM A572 e ASTM A53 GR B (estrutura), aço galvanizado AL-ZN e aço pré-pintado (cobertura e fechamentos)

> Projeto

estrutural: Sebastião Andrade

> Fornecimento

da estrutura metálica: Usiminas Mecânica, Marko, Metalfenas e Metform

> Execução

da obra: Duarte de Almeida Engenharia

> Local:

Ilha da Conceição, Niterói, RJ

> Data

do projeto: 2007

> Conclusão

a execução das fundações da estrutura em aço, que deveriam suportar uma carga extremamente pesada. “A carga máxima da ponte rolante chega a 80 toneladas por roda (sem a inclusão do efeito de impacto) e as bases chegam a ter forças de arranque de 1.800 kN”, destaca Andrade. Outro ponto importante era a cobertura, que precisava oferecer condições termoacústicas, ventilação e iluminação adequadas para os funcionários, além de levar em conta a colocação de chaminés. A opção no galpão baixo foi a cobertura roll-on, sistema em que os módulos estruturais são integrados à cobertura metálica e ficam dispostos paralelamente, formando uma malha de apoios próprios para receber qualquer tipo de instalação, facilitado pelos vazios da estrutura treliçada. Este sistema permitiu o início das atividades fabris no galpão baixo antes do previsto, e garantiu a continuidade da construção mesmo sob condições climáticas adversas. No setor de produção, a cobertura roll-on vence um vão de 28 m. “Já a estrutura metálica dos fechamentos compreende pilares, terças e contraventamentos, sendo as terças em aço galvanizado e as telhas com revestimento alumínio-zinco", segundo o engenheiro Alcemar Rodrigues, da Metalfenas, fornecedora do fechamento. Apesar de suas grandes dimensões, a unidade brasileira da Wellstream levou apenas seis meses para ser construída. E o uso do aço foi fundamental para que este prazo pudesse ser cumprido, em um projeto aprovado sem restrições pela matriz inglesa. (D.P.) M 30 ARQUITETURA&AÇO

Divulgacão/Wellstream

A unidade brasileira possui toda a área de produção, nos três galpões principais, em estrutura, cobertura e fechamentos em aço, sendo que o sistema de cobertura utiliza aço galvanizado em sua estrutura. Para as telhas de cobertura foi utilizado o aço com revestimento alumínio-zinco

da obra: 2007


Endereços

> ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA

Adelchi Colnaghi - Arquitetura e Construção Rua Oscar Emílio Müller, n° 12 - Novo Hamburgo (RS) Tel.: (51) 3527-2255 E-mail: adelchi@colnaghi.arq.br

Alcindo Dell’Agnese Arquitetos Associados Av. das Nações Unidas, n° 13.797 – São Paulo (SP) Tel.: (11) 5505-0254 www.adarquitetura.com.br GPS&KAL Assessoria e Projetos Ltda. Rua Buenos Aires, nº 459, sl. 501– Blumenau (SC) Tel.: (47) 2111-1172 www.gpskal.com.br NPC Grupo Arquitetura Ltda. Rua dos Pinheiros, n° 240, cj. 1 – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3085-5611 www.npc-arq.com.br Paulo Bruna Arquitetos Associados Av. Duquesa de Goiás, n° 716 – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3758-6060 www.paulo-bruna.com.br > Projeto Estrutural

Ávila Engenharia de Estrutura Av. Carlos Gomes, n° 312, 4° andar – Marília (SP) Tel.: (14) 3402-0553 www.avilaeng.com.br ECM Projetos Industriais Rua Rio de Janeiro, n° 1.462 – Belo Horizonte (MG) Tel.: (31) 3238-6819 E-mail: ecm@ecmsa.com.br ETEC Engenharia Rua General Osório, n° 1.396 – Ribeirão Preto (SP) Tel.: (16) 3625-4086 www.etecengenharia.com.br Modus Engenharia Rua Perrela, n° 132, B – São Caetano do Sul (SP) Tel.: (11) 4227-5704 www.moduseng.com.br Projeaço Rua Dr. Mario Cini, n° 567 – Nova Bassano (RS) Tel.: (54) 3273-1972 www.projeaco.com.br

Sebastião A. Lopes de Andrade (Fundação Padre Leonel Franca, da PUC-Rio) Rua Marques de São Vicente, n° 225, sl 301-L – Rio de Janeiro (RJ) Tel.: (21) 3527-1193, ramal 118 E-mail: andrade@puc-rio.br > Construtoras

Andreetta Rua Dr. João Caruso, nº 683 – Erechim (RS) Tel.: (54) 2107-1000 www.andreetta.com.br

> Estrutura metálica

Codeme Engenharia S.A. Rodovia BR 381, Km 421 – Betim (MG) Tel.: (31) 3303-9000 www.codeme.com.br Dagnese Estruturas Metálicas Rodovia RS 324, Km 17, n° 485 – Nova Bassano (RS) Tel.: (54) 3273-3000 www.dagnese.com.br

Construtora F. Lopes Av. Autaz Mirim, n° 2.531 – Manaus (AM) Tel.: (92) 3615-1786 www.flopes.com.br

D'Angeli Serviços de Engenharia Ltda. Av. Leandro da Mota, n° 1.279 – Duque de Caxias (RJ) Tel.: (21) 3659-5710 E-mail: projetos@dangeli.com.br www.dangeli.com.br

Construtora Mestra Rua General Osório, 1.628 – Blumenau (SC) Tel.: (47) 3231-1000 www.construtoramestra.com.br

Estruturas Metálicas Brasil Av. Eugênio Coneguian, n° 1.996 – Marília (SP) Tel.: (14) 3425-2277 www.estruturasbrasil.com.br

Construtora Ravenna Ltda. Rua Cordeiro, n° 46 – Marília (SP) Tel.: (14) 3454-6565

Marko Sistemas Metálicos de Construção Ltda. Av. das Américas, n° 3.693, bl. 2, sl. 305 – Rio de Janeiro (RJ) Tel.: 0800 7 020304 www.marko.com.br

Duarte de Almeida Construções Ltda. Rua da Conceição, n° 188, sala 3.104 Niterói Shopping – Niterói (RJ) Tel.: (21) 2717-4147 E-mail: duartedealmeida@ duartedealmeida.com.br

Medabil Av. Severo Dullius, n° 1.395, 12° andar – Porto Alegre (RS) Tel.: (51) 2121-4000 www.medabil.com.br

Hochtief Av. Alfredo Egídio de Souza Aranha, n° 145 – São Paulo (SP) Tel.: (11) 5643-0100 www.hochtief.com.br

Metalfenas Rua Engenheiro Manoel Segurado, n° 312 – Rio de Janeiro (RJ) Tel.: (21) 3104-7070 www.metalfenas.com.br

MIP Engenharia Rua Senhora do Porto, n° 2.842 – Belo Horizonte (MG) Tel.: (31) 3036-5454 www.mipengenharia.com.br

Metasa Rodovia RS 324, Km 82 – Marau (RS) Tel.: (54) 3342-7400 www.metasa.com.br

Milplan Rua Senhora de Lourdes, nº 115 – Belo Horizonte (MG) Tel.: (31) 3288-1600 www.milplan.com.br

Metform Rua Engenheiro Gerhard, n° 1.100 – Betim (MG) Tel.: (31) 3555-5455 www.metform.com.br

Racional Engenharia Av. Chedid Jafet, nº 222 – São Paulo (SP) Tel.: (11) 3732-3777 www.racional.com

Usiminas Mecânica Rua Prof. José Vieira de Mendonça, n° 3.011 – Belo Horizonte (MG) Tel.: (31) 3499-8000 www.usiminasmecanica.com.br

Zênite Engenharia Ltda. Rua Dr. Fúlvio Luz, nº 277 – Blumenau (SC) Tel.: (47) 3327-1970 www.znt.eng.br ARQUITETURA&AÇO

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expediente Revista Arquitetura & Aço Uma publi­ca­ção tri­mes­tral da Roma Editora para o CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço) CBCA: Av. Rio Branco, 181 – 28º andar 20040-007 – Rio de Janeiro/RJ Tel.: (21) 3445-6300 cbca@acobrasil.org.br www.cbca-iabr.org.br

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Conselho Editorial Catia Mac Cord Simões Coelho – CBCA/IABR Marcelo Micali – CSN Paulo César Arcoverde Lellis – Grupo Usiminas Roberto Inaba – Grupo Usiminas Ronaldo do Carmo Soares – Gerdau Açominas Silvia Scalzo – ArcelorMittal Tubarão Supervisão Técnica Sidnei Palatnik Publicidade Ricardo Werneck tel: (21) 3445-6332 cbca@acobrasil.org.br

Material para publi­ca­ção: Contribuições para as próximas edições podem ser enviadas para o CBCA e serão avaliadas pelo Conselho Editorial de Arquitetura & Aço. Entretanto, não nos comprometemos com a sua publicação. O material enviado deverá ser acompanhado de uma autorização para a sua publicação nesta revista ou no site do CBCA, em versão eletrônica. Todo o material recebido será arquivado e não será devolvido. Caso seja possível publicá-lo, o autor será comunicado. É necessário o envio das seguintes informações em mídia digital: desenhos técnicos do projeto, fotos da obra, dados do projeto (local, cliente, data do projeto e da construção, autor do projeto, projetista estrutural e construtor) e dados do arquiteto (endereço, telefone de contato e e-mail).

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Roma Editora Rua Lisboa, 493 – 05413-000 – São Paulo/SP Tel.: (11) 2808-6000 cbca@arcdesign.com.br Direção Cristiano S. Barata Coordenação Editorial Julia Garcez Redação Ana Weiss, Deborah Peleias, Ísis Gabriel, Fernanda Lopes e Julia Garcez Revisão Deborah Peleias Editoração Cibele Cipola (edição de arte), Mariana Zanarelli e Phillipe Guedes (estagiários) Pré-impres­são e Impres­são Cantadori / Ibep Endereço para envio de material: Revista Arquitetura & Aço – CBCA Av. Rio Branco, 181 – 28º andar 20040-007 – Rio de Janeiro/RJ cbca@quadried.com.br É per­mi­ti­da a repro­du­ção total dos tex­tos, desde que men­cio­na­da a fonte. É proi­bi­da a repro­du­ção das fotos e dese­nhos, exce­to median­te auto­ri­za­ ção ex­pres­­sa do autor.


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