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E O QUE EU FAÇO COM A SAUDADE?

E o que eu faço com a

Dando continuidade ao nosso tema do mês passado... vamos falar mais sobre todas essas mudanças que passamos quando decidimos mudar.

Soa estranho e até pleonasmo... mudanças na mudança. Mas é isso mesmo! Por mais que tenhamos planejado e organizado várias coisas, muitas pessoas não se prepararam emocionalmente o suficiente para o que poderia acontecer. Até porque não tínhamos como saber de tudo!

Por exemplo? Vocês sabiam que sentiriam solidão e tristeza na frequência que sentem? Saudade e vontade de voltar de vez em quando? Ou nada de vontade de estar com os familiares e amigos? Aparentemente coisas estranhas que talvez vocês não tenham planejado.

Aproveitando o artigo do mês passado, queria que refletissem algo mais: o que vocês fazem e como lidam com a saudade? Algumas pessoas me contaram que deixam um cantinho em casa com algumas coisas do país de origem para lembrar sempre. Outras que mantem a rotina da alimentação com os horários que eram acostumados. Outros ainda que, por mais que um dos cônjuges fale inglês (para os que são casados com cônjuge americano) continuam falando português em casa.

Tudo isso aquece o coração! Agora, quero saber o que vocês fazem para se adaptar a cultura nova, ao país novo... para começar uma nova história aqui.

Primeiro quero explicar a diferença entre imigrantes e expatriados. Imigrantes são aquelas pessoas que migram, saem do seu país de origem para morar me outro país. Expatriados são aquelas que saem do país de origem para morarem temporariamente em outro país. A maioria através de empresas ou para a realização de algum projeto. As vezes o expatriado vira imigrante! Mas quando alguém migra e precisa voltar, nem sempre fica tudo bem... De qualquer forma, hoje quero trazer para vocês o apoio que precisamos nessa adaptação. É muito comum sentir-se só mesmo em meio a tanta gente. A solidão é sentida e vivenciada apesar da multidão, já que ela é um estado interno e que não conseguimos muitas vezes controlar. Já a solitude é uma decisão: mesmo com toda a multidão, as vezes necessitamos de um tempo a sós conosco para podermos nos regular ou mesmo fazer algo especial. E não há problema nenhum nisso. O problema é quando isso se torna uma rotina ou uma fuga, negando o contato com outros por tristeza, por medo, falta de opção ou mesmo falta de vontade. Quero te dizer que te vejo e te entendo. As vezes eu sinto isso também. Nem sempre quero confraternizar, encontrar pessoas ou conhecer outros. Sinto falta daqueles que eram "meus"- amigos, familiares e costumes. Mas digo também que a gente se desenvolve nas relações. Todos nós temos uma necessidade de pertencer, de ser aceito, importante e estar com outro nos ajuda muito. É preciso escolher e compreender essa importância. É preciso sentir-se aceito. Mas é preciso dar um passo. Estamos aqui para te dar uma mãozinha e muito amor. Fica por aqui que vamos falar mais sobre isso. E lembre-se: você não está só!

Rejane Villas Boas

@rejanevb_psico

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