O Hóquei em Valongo - Resumo Histórico 1953-1980

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João Castro Neve

João Castro Neves

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O Hóquei em Valongo Resumo histórico 1953-1980

O Hóquei em Valongo Resumo Históric

1953-1980

2023

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Ficha Técnica Título: O Hóquei em Valongo - Resumo histórico 1953 - 1980 Autor: João Castro Neves Capa - design: Inês Vieira da Silva Edição: Câmara Municipal de Valongo Primeira Edição: Novembro 2023 Tiragem: 500 ex. Produção e Impressão: Tipografia Lessa - www.tipografialessa.pt ISBN: 978-989-54573-9-7 Depósito Legal: 523979/23


ÍNDICE GERAL Índice Geral ..................................................... 5 O sonho é o início de qualquer conquista! .......... 9 Ontem, como hoje... a construir o amanhã .......11 00. Preâmbulo............................................... 17 Agradecimentos .............................................23 01. O Hóquei em Patins no Mundo ................25 “Cronologia Histórica do Hóquei em Patins” da AEIST ......................................................... 27 02. O Hóquei em Patins em Portugal ............34 A construção de rinques ..................................35 Inicia-se a corrida para a glória… em 1947! .......36 A década de 1950 ........................................... 41 A década de 1960 ...........................................43 A década de 1970 ............................................44 A década de 1980 ...........................................46 A década de 1990 ........................................... 51 03. Aparecimento do Hóquei em Patins em Valongo ................................................... 61 O começo ...................................................... 61 O encontro dos “fundadores” ..........................64 Os rinques de patinagem ................................65 O primeiro rinque do hóquei ............................65 A “Separadora”...............................................70 O segundo recinto do hóquei em Valongo ........70 O terceiro rinque de hóquei e patinagem: O rinque da Praça – a “eira” .............................75 O contrato de construção do rinque da Praça ..76 A cedência do rinque à ADV.............................78 O hóquei e as famílias. As famílias do hóquei em Valongo ....................................................83 A gestão do rinque da Praça ............................85 O balneário ....................................................85

A vedação do rinque .......................................86 O quarto rinque de hóquei – o Pavilhão Gimnodesportivo ............................................87 O começo da Associação Desportiva de Valongo ...................92 A inscrição para o Campeonato.......................92 O primeiro equipamento .................................93 A sede da ADV ................................................94 O recheio da sede .......................................... 96 A data da fundação do clube ..........................97 As comemorações dos 25 Anos – Bodas de Prata da ADV ............................... 105 A vida interna – Os episódios desportivos ........ 108 Os primeiros 5 anos de jogos ......................... 108 Os anos 60 ................................................... 120 1961 ............................................................. 120 1962 ............................................................. 120 1963 ..............................................................122 1964 ..............................................................124 1965 ..............................................................126 1966............................................................. 130 1967 ............................................................. 133 1968 ............................................................. 136 1969 ............................................................. 139 1970 ..............................................................142 1971.............................................................. 145 1972 ............................................................. 146 1973 ............................................................. 150 1974 .............................................................. 151 1975 ............................................................. 153 1976 ............................................................. 156 1977 ............................................................. 158 1978 ............................................................. 159 1979 .............................................................. 161 1980............................................................. 163 Considerações Finais ..................................... 165

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04. As Biografias .......................................... 171 João Lino Azevedo Alves do Vale .................... 171 Álvaro de Sousa Reis Figueira ..........................173 Américo Carneiro Moreira ...............................174 António Aguiar .............................................176 António Emílio Magalhães ............................. 179 António Figueiredo ........................................ 179 António Cândido Abreu de Sousa Aguiar ........ 180 António Oliveira Alves..................................... 181 António Pereira Gomes ...................................182 Armando Freitas Camões ...............................182 Armindo Leal da Fonseca .............................. 183 Camilo Moreira Camilo.................................. 185 Cândido Marques Santos Cruz ........................187 Carlos Freitas Camões ................................... 188 Carlos Köehler Reis Figueira ........................... 189 Domingos Manuel Castro Gonçalves da Cruz.. 190 Eduardo António de Sousa Reis Figueira........... 191 Eduardo Joaquim Reis Figueira........................192 Eugénio Martins da Silva ............................... 193 Fernando Queirós.......................................... 193 Francisco Azevedo Moreira Bártolo ................. 195 Francisco Pires .............................................. 196 Francisco Trindade Soares ...............................197 Horácio Neves ...............................................197 Dr. João Alves do Vale ................................... 198 João Amaro de Castro Neves ......................... 199 João Castro Gonçalves da Cruz .....................200 João Lino da Silva ......................................... 201 João Queirós ................................................ 201 Joaquim Augusto Castro Paupério ................. 203 Joaquim Gonçalves da Cruz ..........................204 Joaquim Manuel Mendes Leal ........................205 Joaquim Moreira Duarte Navio ......................206 José Alves Costa ........................................... 207 José Augusto Gonçalves Marques .................. 207 José Avelino Abreu Aguiar ..............................208 José de Oliveira Alves ....................................209

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José Jorge Viterbo Fernandes das Neves ......... 210 José Moreira Camilo .......................................212 José Joaquim Alves Nora ................................213 Lino Serafim Leal Pinto Gomes....................... 214 Luís Miranda ..................................................215 Manuel João Marques Santos Pires ................. 216 Renato Chaves ..............................................217 Rogério Alves ................................................ 218 Vítor Francisco Sousa Dias ............................. 218 05. Resumo dos jogos de Hóquei em Patins da ADV .......................221 1956 ..............................................................221 1957 ............................................................. 233 1958 ............................................................. 242 1959 ............................................................. 253 1960............................................................. 262 1961 ............................................................. 267 1962 ............................................................. 276 1963 ............................................................. 283 1964 .............................................................296 1965 ............................................................. 302 1966............................................................. 333 1967 ............................................................. 361 1968 ............................................................. 391 1969 ............................................................. 418 1970 .............................................................443 1971.............................................................. 475 1972 ............................................................. 502 1973 ............................................................. 522 1974 ..............................................................531 1975 ............................................................. 539 1976 ............................................................. 553 1977 .............................................................568 1978 ............................................................. 575 1979 ............................................................. 595 1980.............................................................. 611


06. Bibliografia ........................................... 623 07. Anexos ................................................... 631 Anexo 1......................................................... 631 Anexo 2 ........................................................638 Anexo 3 ........................................................645 Anexo 4 ........................................................648 Anexo 5 ........................................................ 652 Anexo 6 ........................................................ 657 Anexo 7 ........................................................658 Anexo 8 ........................................................659 Anexo 9 ........................................................660 Anexo 10....................................................... 661 Anexo 11 ....................................................... 661

Anexo 12 .......................................................665 Anexo 13 .......................................................666 Anexo 14 .......................................................669 Anexo 15 .......................................................669 Anexo 16........................................................671 Anexo 17 ....................................................... 673 Anexo 18 ....................................................... 674 Anexo 19....................................................... 676 Anexo 20 ...................................................... 678 Anexo 21 ....................................................... 679 Anexo 22 ...................................................... 682 Anexo 23 ......................................................685

Nota sobre ortografia: Escrevo de acordo com a ortografia tradicional, não sigo o (Des) Acordo Ortográfico de 1990. No entanto, respeitarei a ortografia dos jornais e dos textos que me forem entregues, nomeadamente as biografias.

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O sonho é o início de qualquer conquista!

O município de Valongo tem muitas marcas identitárias que o distinguem, mas o hóquei em patins é sem dúvida dos maiores embaixadores do nome e da alma desta comunidade. O entusiasmo em volta desta modalidade é tal, que, em Valongo, as conversas de café resvalam para o hóquei e os dias de jogo são vividos com intensidade ao redor do pavilhão. “Orgulho, Raça e Tradição” é o que se lê na bancada central. O apego dos valonguenses ao hóquei em patins é feito disso mesmo. É um clube popular, de recursos modestos, mas que possui um historial digno de apreço, com um relevante trabalho em favor da causa desportiva. Desde o velho rinque até ao presente, o agora pavilhão, com todos os requisitos exigidos por quem joga e por quem vê, a Câmara Municipal de Valongo constitui-se, desde 1964, sócia benemérita do clube, apoiando a modalidade da comunidade valonguense. O passado foi glorioso. Os nomes lendários do clube, ícones dos patins e do stick, que nasceram em Valongo, ajudaram a catapultar-se para os patamares mais altos do hóquei nacional e internacional. O presente continua o caminho.

A saga do hóquei em patins de Valongo, há quase 70 anos, protagoniza o nosso território como baluarte da modalidade, e nos transporta à dimensão de “capital do hóquei”, de que justamente gozamos. Considerado um desporto de interesse municipal, o município torna agora acessível a sua história, em livro, como reconhecimento explícito do muito que esta modalidade tem contribuído para o desenvolvimento do desporto em Portugal e em Valongo em particular. Quando convidei o Dr. João Loureiro de Castro Neves para escrever o livro, e aceitou, fiquei muito honrado. E sempre que pude fui acompanhando o evoluir do trabalho, todas as dificuldades que foi encontrando, e foram muitas, mas também os preciosos aliados que permitiram alcançar “o cume”, destacando aqui o inestimável e sábio contributo do João Carlos Paupério. O autor retribui-nos agradavelmente com a sua obra, amizade, admiração e valor que lhe reconheço. É sem dúvida, este, um empenhado e profícuo trabalho de pesquisa e de investigação que traduz a sua pertinácia e seriedade.

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Esta publicação é o ponto de chegada como chamada de atenção para o seu percurso histórico. Os depoimentos e os registos documentais tornam-se seguramente fontes privilegiadas e básicas para perceber as vicissitudes da sua implantação, ascensão e transformação em caso nacional. Abrir o livro corresponde perceber os momentos de glória que encantam.

Desejo, pois, que a história aqui relatada seja um estímulo a todos que um dia ficarão nas referências da ADV.

O desporto também é isto, um importante elemento de relações exteriores, pelo que, esta edição só foi possível com o precioso contributo da família ADV e da comunidade local. A Associação Desportiva de Valongo é para os valonguenses mais do que uma mera coletividade desportiva, é acima de tudo uma paixão, uma fervorosa paixão, e para muitos até, um modo de vida.

José Manuel Ribeiro Presidente da Câmara Municipal de Valongo

Agradeço, reconheço e homenageio todos os hoquistas, dirigentes e massa associativa que tiveram e têm um papel fundamental na vida do clube.


Ontem, como hoje... a construir o amanhã

Um Clube que não honra o passado, não tem presente e jamais terá futuro. Os primeiros 25 anos da história do Valongo (A.D.V.), escritos por quem vivenciou os primeiros passos deste grande Clube, são o testemunho vivo de quem pequeno se fez grande. Muitas alegrias, alguns desencantos, muito sacrifício e, como diz o povo, muita carolice. Os grandes obreiros (já poucos sobrevivem) fizeram das “tripas coração” e, contra tudo e contra todos, consolidaram um Clube, uma Vila (hoje cidade) um Concelho, de quem se fala hoje aquém e além-mar. Não foi, não é, e provavelmente nunca será fácil governar esta tão grande Nau, com tão parcos recursos. Mas nada é impossível para este “grande querer“ das gentes de Valongo.

Campeões Distritais, Campeões Nacionais, Vice-Campeões Europeus, Campeões Continentais, Campeão Intercontinental, escolas de patinagem de excelência, jovens que já tanto conquistaram e mais ainda, continuam a acreditar que muito mais haverá para conquistar. Esta Direcção mais não fez do que dar continuidade ao trabalho, então delineado. O futuro, assim queiram os vindouros, será sempre o que os Sócios, simpatizantes, apoiantes e parceiros quiserem, mas o Orgulho, a Raça e a Tradição isso jamais morrerá, enquanto as sementes continuarem a ser lançadas, neste tão fértil terreno. Um abraço amigo José Dias Presidente da A. D. Valongo

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À memória inapagável do meu filho João Carlos Castro Neves, que ainda apreciou a minha resumida História dos Primeiros Anos do Hóquei em Patins em Valongo, de 2013, e já não conseguiu ver este livro escrito, como desejava. E eu com ele.

Dedico este livro: - Ao meu Amigo João Lino Azevedo Alves do Vale, inspirador e verdadeira “alma mater” do projecto e da realização da Associação Desportiva de Valongo. - A todos aqueles, mulheres e homens, que de algum modo, com maior ou menor dádiva, ajudaram a construir a Associação Desportiva de Valongo.



A poet’s hope: to be, like some valley cheese, local, but prized elsewhere W. H. Auden 1929-1931

(“Um desejo do poeta: ser, / como certos queijos campesinos, / local, mas apreciado em toda a parte”)



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Preâmbulo

“Ainda que nos seculos por vir algum d’esses cataclysmos que subvertem as nações e fazem desaparecer os povos risque do mappa de Portugal esta encantadora terra, este livro ficará sempre como um monumento vivo a atestar aos vindouros o que ella fôra no passado. E assim como os toscos hieroglyphos do Egypto perpetuam a civilização de gerações que se finaram, a ‘Villa de Vallongo’, apesar de mal escripta, não deixará esquecer as belezas nem as graças que o céo azul d’esta villa abundantemente encerra.” P.e Joaquim Alves Lopes Reis (1904): “A Villa de Valongo, Suas Tradições e História, Descripção, Costumes e Monumentos”

“O objectivo deste estudo é o de contribuir para o conhecimento dos homens e das mulheres mais ignoradas e anónimas do território, mas que desde os tempos mais remotos, independentemente de quem os dominou, escravizou e libertou, desbravaram a floresta, plantaram carvalhos e castanheiros, abriram valas, cercaram campos, organizaram a propriedade rural, sulcaram caminhos, construíram casas, aidos, celeiros e palheiros, desenharam um certo perfil quotidianamente vivido e sofrido, matizado por diversos factores de natureza psicológica, que paulatinamente moldariam uma certa identidade, forjada pela tenacidade e persistência laboral, familiar e social, envolvida pela dimensão religiosa, fio condutor e moral…” Joel Silva Ferreira Mata (2017): “Contributos para a História Económica e Social do Concelho de Valongo entre 1258-1835”

Dizem os historiadores portugueses que, em Portugal, nós lidamos mal com a memória. Ou porque esquecemos com facilidade o que é de facto importante; ou porque destruímos com o maior dos à-vontades os monumentos – de pedra, de papel ou semelhantes – que ajudam a perpetuá-la; ou porque não fazemos nenhum esforço para construir a arquitectura, mais ou menos efémera, que ela também é.

Um bom exemplo disto – se exemplos são precisos – é o que se tem passado em Valongo com a história do hóquei em patins. Em termos muito gerais, Valongo é externamente conhecido, e reconhecido, pela regueifa, pela lousa e… pelo hóquei. E, no entanto, se muito se tem escrito e divulgado sobre a história do pão de Valongo, com inúmeras publicações, com a meritória identificação das padarias antigamente existentes e com a instituição

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da bela e notável Oficina do Pão e da Regueifa; se a lousa se expandiu um pouco por todo o mundo e a sua publicidade está feita e as poucas empresas parecem estabilizadas, é sabido que ainda ninguém se abalançou a fazer a pequena história deste caso de sucesso que é o hóquei em Valongo, tirando a louvável, mas isolada, iniciativa camarária de sobre ele fazer uma exposição, em 2013. Porque, não obstante esta e outras iniciativas semelhantes (em 2022, a Câmara produziu um filme-documentário em suporte digital sobre o hóquei em Valongo) e a publicidade dos jogos e dos jogadores, aquando das competições, a verdade é que o conhecimento da real história do clube, por parte dos valonguenses e dos próprios atletas dele, é efémera ou inexistente. Quando um dia perguntei a um jovem praticante se ele sabia como o seu clube tinha nascido, ele respondeu que lhe parecia ter sido no rinque da Praça... O que, sendo uma forma de verdade, é apenas uma pequeníssima parte dela. Consciente destas questões, sempre senti que o silêncio era uma injustiça para com tanta gente que tem dado o seu melhor a este desporto tão bem visto na minha terra e, é claro, não me foi indiferente o facto de estar a contribuir, por omissão, para a degradação da memória local. Por isso, não resisti, quando a ocasião se proporcionou, a sugerir ao Presidente da Câmara, Dr. José Manuel Ribeiro, que pelo menos aproveitasse os materiais inventariados e expostos em 2013, no Museu e Arquivo Histórico Municipal, para fazer uma publicação que os tornasse mais acessíveis ao grande público e ajudasse a honrar a memória do hóquei. Essa ocasião surgiu no encontro de homenagem aos antigos jogadores, organizada em 12.05.2018, no Pavilhão Municipal, pela Aida Duque, simpática e querida filha de um dos clássicos guarda-redes do clube, o Vítor Francisco.

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Passado algum tempo, o Presidente da Câmara acedeu à ideia e decidiu que a edilidade iria fazer tal publicação, o que aqui relevo como facto muito positivo. Depois, numa daquelas jogadas (chamemos-lhe assim, sem qualquer desprimor) em que os políticos são hábeis, entalou-me contra a parede e “obrigou-me” a aceitar escrever o texto da futura publicação… Devo dizer que nunca me tinha passado pela cabeça ser o autor de um livro sobre o hóquei de Valongo, sobretudo porque, sendo eu um dos antigos jogadores e um dos fundadores do clube, não gostaria que isso pudesse ser interpretado como a tentativa de me pôr em bicos de pés para ser visto mais ao longe. No entanto, pensando bem, concluí que esse facto não tinha importância nenhuma: fui jogador nos anos cinquenta do século passado e, por razões da orientação da minha vida, com a saída de Valongo para Lisboa, só joguei durante quatro épocas, as quatro primeiras, de modo que o meu contributo foi mínimo relativamente a outros, como o Armindo, o Carlos Camões, o Eugénio, o Francisco Bártolo, o Américo ou o Nora, que jogaram e deram o seu contributo durante anos seguidos. Esses sim, bem como muitos outros, têm história para mostrar e que se veja; eu quase não tenho nenhuma. Por tudo isso, achei que não iria ferir princípios éticos intocáveis nem haveria qualquer inconveniente em aceitar o “convite/imposição” do Presidente da Câmara para escrever o livro. Só espero que ele não contenha erros clamorosos ou omissões indesculpáveis – que serão sempre da minha inteira responsabilidade – e possa contribuir para o melhor conhecimento do que se passou e se passa nesse “pequeno mundo” que é, que sempre foi, a vivência da comunidade de jogadores, dirigentes, apoiantes, aficionados e apaixonados que desde o


início da vida do clube constituiu um universo venerável e venerado. E também desejo que tal conhecimento ajude a divulgar, a firmar e a confirmar os valores desportivos da “mens sana in corpore sano”, da solidariedade e da sã camaradagem. Deve ser claro que não almejo, com a mesma unção e com a sua fé religiosa, o destino tendencialmente grandioso que o Padre Joaquim Lopes Reis antevia para o seu livro, que continua a ser a única e valiosa monografia de história genérica de Valongo. Mas tenho de confessar que não deixo de ser tocado por esse pequenino ponto que, assumo, temos em comum e que é o desejo de contribuir, por pouco que seja, para a “memória” da minha terra natal. Aqueles que leram o bem documentado estudo do Professor Joel Ferreira Mata percebem que, com o presente escrito, eu não pretendo, ao citá-lo em epígrafe, comparar-me em mérito e em utilidade histórica com as suas bem fundamentadas conclusões. Porém, sem jactância e sem falsa modéstia, entendo que o objectivo deste livro é igualmente, ainda que de forma sectorial e limitada, “o de contribuir para o conhecimento dos homens e das mulheres mais ignoradas e anónimas do território”, que são, para mim, todos aqueles que, ao longo destes anos, se têm dado de alma e coração à causa do hóquei em patins em Valongo, e que “desbravaram a floresta” da incompreensão, do comodismo, do desalento e do “deixa andar”, para construírem um clube e engrandecerem uma modalidade e uma terra de um modo que me parece, sempre me pareceu, dadas as circunstâncias de tempo, de lugar e de escassez económica, quase miraculoso. Já pertence à sabedoria das nações a ideia de que, ao elaborar uma obra – qualquer obra: um livro de história, um romance, uma dissertação

académica, um muro de tijolos, a escavação de um poço de água ou de um sítio arqueológico – há sempre uma diferença, pequena ou grande, isso é irrelevante no meu caso, entre a obra projectada e o resultado produzido, que depende, segundo o que é normal, da capacidade de realização do autor e das circunstâncias que o rodearam. A capacidade de realização do autor, neste caso, será avaliada depois da obra feita. Quanto às circunstâncias, umas previsíveis, outras inteiramente surpreendentes, foram em geral bastante adversas. Em 09.08.2019, fiz um ponto da situação da escrita do livro à Sr.ª Dr.ª Catarina Magalhães, Chefe da Divisão de Cultura e Turismo, respondendo a um pedido seu, e disse, em resumo, o seguinte: “O projecto de livro que tenho na cabeça é este: uma história da existência do hóquei em patins em Valongo, desde a sua criação até aos tempos mais próximos, se não o ano de 2019, pelo menos os anos mais recentes. Esta história deverá ser preenchida com os seguintes factos: a) – história das pessoas iniciais, que deram vida ao clube; b) – história dos corpos gerentes, ao longo dos anos, com referência especial àqueles que se distinguiram pelo bom trabalho, pela dedicação e pela constância; c) – história dos jogos, com os pormenores possíveis, privilegiando, mais do que os resultados ou as classificações obtidas (que são obviamente importantes e devem constar da história) as pessoas que tomaram parte nesses jogos, com nomes e desempenhos; d) – pequenas biografias, as que for possível obter, de todos os jogadores que fizeram o clube;

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e) – pequenas histórias da história do clube, com as recordações de dirigentes e jogadores.” Logo nessa altura, sublinhei as dificuldades que tinha encontrado, desde a falta de documentação antiga do clube, que aparentemente se perdeu, até às complicadas deambulações entre arquivos e bibliotecas, procurando jornais e notícias, acabando no embaraço de escrever biografias em que os directamente interessados não colaboram, ou porque já cá não estão, ou porque, estando, se desmotivam em fazê-las ou em sequer fornecerem informações para o efeito… Bom, aquilo que nenhum de nós sabia ou previra era o que estava para chegar, a pandemia. Não vou agora falar dos efeitos gerais dela, que todos conhecem, mas devo dizer que ela afectou muito a escrita do livro, num primeiro momento, porque impediu que eu continuasse a investigação da história dos jogos, realizada nas bibliotecas e arquivos, e, num segundo tempo, e esse foi o efeito mais deletério, porque me desmotivou de forma que nem eu julgaria que fosse possível, tirando-me o ânimo e a vontade de fazer fosse o que fosse. A isso acresceu um acontecimento familiar grave, que é inútil explicar. Ultrapassados, na medida do possível, esses constrangimentos (que não pretendem ser justificação de coisa nenhuma, mas apenas relato de factos) e tendo prosseguido na feitura da obra, chegou ela ao estado em que agora se apresenta e que dista bastante daquele projecto inicial. Obtive uma história dos jogos quase completa, dentro da meta temporal de 1955 – 1980, que determinei, porque entretanto percebi ser a razoável, por questões de tempo de investigação,

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mas sobretudo pela quantidade de texto já alcançado com o inventário dos jogos e das notícias e entrevistas, que daria um volume com demasiadas páginas, se mantivesse o propósito de ir até os anos mais próximos de nós. Quando digo “quase completa”, refiro-me às faltas de relatos que os jornais omitiram ou eu não alcancei obter e que, não sendo muitas, são algumas. Não consegui, longe disso, escrever ou que me escrevessem as biografias que pretendia e que, talvez irrealisticamente, incluíam todos aqueles – jogadores, dirigentes, apoiantes de qualquer espécie – que ajudaram, dos modos mais diversos, a fazer a A.D.V. Neste aspecto, as dificuldades ultrapassaram de longe tudo o que eu poderia ter previsto. Seria preciso, para conseguir um resultado melhorado, ainda mais tempo do que aquele que gastei na escrita do livro. Nenhuma história é perfeita, mas esta ficou mais incompleta do que pretendi e me agradaria. Só muito depois de começar a pesquisar e a escrever este livro e de ter imaginado o possível guião dele, tomei conhecimento do discurso que o meu Amigo João Lino Vale pronunciou na sessão solene do dia 9 de Março de 1980, quando a associação festejou as suas Bodas de Prata, numa altura em que eu vivia longe de Valongo. O discurso, escrito pela sua mão em folhas brancas de tamanho A4, por isso uma recordação preciosa, (que aqui ficará publicado, em anexo), de repente revelou-me, como eu de resto em parte já sabia, que tínhamos mais coisas em comum do que a nossa amizade, constante desde a escola primária (não a do professor Orlando, mas a do saudoso professor Isidro Matos) já teria porventura conseguido descobrir. Logo de entrada, ele afirma que fora convidado a falar sobre a história daqueles 25 anos (como conhecedor privilegiado que era dela), mas que iria fazer


uma “traiçãozinha” aos que o tinham convidado, discorrendo, não sobre a história oficial, que “está mais que feita, é do conhecimento geral”, mas antes sobre outras “histórias”. Ouçámo-lo: “Mais interessante que essa história, penso que serão as “histórias” do clube, das pessoas que por cá passaram, isto é, a história vivida que não está nem pode estar nos arquivos; a história, afinal, que forja a “alma” de uma colectividade, que cria a tradição e que determina a individualidade dessa colectividade, aquela que permite em qualquer altura dizer-se que “o clube não tem culpa dos actos das pessoas que o servem…” O que é uma verdade muito verdadeira.” Neste livro, que não pôde deixar de contar uma parte possível da história oficial (os jogos, as vitórias, as derrotas, os comentários, as entrevistas) eu sempre pretendi falar em especial das pessoas que fizeram o clube, qualquer que fosse a sua condição. Tenho uma consciência muito nítida de que só consegui uma pequena porção desse desiderato (as biografias, altamente deficientes, eram uma parte desse intento) e de que mesmo a parte conseguida peca por demasiado breve. Resta-me a consolação de, após tantos anos de vida do clube, e ao fim já de tanto tempo que ele nos deixou, eu ter prosseguido, quase por instinto, mas seguramente por convicção, a ser fiel à memória e aos valores do meu querido Amigo João Lino, que neste ponto coincidiam com os meus.

Em 2019, Portugal ganhou o Campeonato do Mundo, em Barcelona. Em 1960, 59 anos antes, a Selecção Nacional tinha ganho o Campeonato do Mundo também em Barcelona, mas com um picante especial: era a primeira vez que tal acontecia, ganhar em Espanha! Foi uma vitória notável, com 3 golos marcados por três hoquistas moçambicanos invulgares – Fernando Adrião, Amadeu Bouçós e Francisco Velasco – segundo uma estratégia delineada pelo então treinador e internacional extraordinário António Raio, que desorientou os espanhóis, nossos eternos adversários na final. O acontecimento foi amplamente noticiado, tanto em Portugal como em Espanha, e muito aclamado entre nós. Em 2019, aquando da referida conquista do Mundial, dois desses jogadores de 1960, ainda vivos, Bouçós e Velasco, queixaram-se amargamente ao Jornal Record de que, apesar do feito extraordinário dessa época, agora ninguém o recordou, como se houvera sido um “fait divers”, sem grande importância. “Portugal esqueceu-se de nós”, disseram eles, magoados com razão. Este livro também quer ser uma barreira possível contra o esquecimento. O meu desejo final é que ele consiga ser estimulante de novas curiosidades que se aventurem na descoberta de tantos anos ainda por inquirir e na análise e aprofundamento daquelas facetas ou pormenores a que não consegui chegar. Valongo,10 de Outubro de 2023 João Castro Neves

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Agradecimentos

Qualquer obra como esta só pode ser efectuada com a ajuda das pessoas que conseguem dar algum contributo e estão dispostas a fazê-lo. Essa ajuda varia, sendo certo que, nalguns casos, vai além do que seria razoável esperar, pela quantidade e pelo empenho.

de dar algumas que entendeu serem úteis, colocando assim o Arquivo Municipal também ao serviço de uma obra que é sobre e para uma entidade de Valongo. E não esqueço a sua sempre tentada sugestão de melhoria da organização e programação da obra.

Começo por dizer que me apraz registar e louvar o programa que este Presidente e esta Câmara Municipal houveram por bem iniciar e prosseguir de levantamento e divulgação dos bens e valores culturais do concelho, em que este livro naturalmente se inclui.

Agradeço ao Américo Moreira, não só o facto de ter sido uma das glórias da ADV, reconhecida por todos os que têm olhos de ver, mas também a sua ajuda no fornecimento de todos os dados que lhe pedi, entre informações e fotografias, bem como no apoio à obtenção de muitas das biografias conseguidas cujos dados recolheu e, em muitos casos, escreveu, e que, de outro modo, teriam ficado no tinteiro.

Agradeço à minha filha Elsa Margarida Castro Neves, pelo trabalho de revisão de todo o texto e pelas judiciosas sugestões de alteração. Agradeço à minha sobrinha Inês Vieira da Silva a bela capa deste livro que imaginou e me ofereceu. Quero agradecer ao João Carlos Paupério, pelo seu apoio constante, em todo este processo, pelo fornecimento de informação fotográfica e escrita de toda a ordem, pelo apoio no desbravamento de jornais e revistas e pelo relato e transmissão da sua experiência de 30 anos como associado e dirigente do clube e de quase outros tantos como apaixonado pelo hóquei em patins. Além do mais, a sua boa disposição contagiante ajudou várias vezes a aliviar o peso desta tarefa. Agradeço à Dr.ª Manuela Ribeiro, do Arquivo Municipal, que, com a sua emblemática simpatia e cordialidade, forneceu todos os apoios e informações que lhe solicitei e tomou mesmo a iniciativa

Agradeço à Dr.ª Isabel Oliveira, do Arquivo Municipal, que, com a sua transcrição meticulosa das actas das reuniões de Câmara e das actas da Assembleia-Geral da ADV, me forneceu elementos informativos muito importantes para o desenrolar da história a escrever. Agradeço ao Arquivo Municipal de Oliveira de Azeméis, na pessoa do seu Responsável Técnico, António Jorge Soares Almeida, que, logo em 2019, não só me facultou o acesso ao Arquivo, como teve a gentileza de me oferecer dois livros esgotados, Mundial de Ouro, de Altino Pires, e Um Culto e Uma Cultura de Campeões, de Luís Gouveia, que muito úteis se mostraram. Agradeço à Sr.ª D.ª Cândida Rocha (Canelas) pelas informações que teve a amabilidade de me fornecer e permitiram localizar definitivamente o

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local em que estava implantada a “Separadora”. Agradeço à Maria Elisa Sousa e à Paula Adelaide o trabalho e a paciência de descobrirem e obterem a localização e as informações relativas à “Separadora”. Agradeço à Carla Pimenta, à Cláudia Santos e à Rosa Fernanda Ramos o seu dedicado apoio logístico diário, que permitiu que eu consagrasse todo o tempo disponível à escrita do livro.

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Agradeço a todos os antigos e novos jogadores que, de algum modo, mais directo ou mais indirecto, auxiliaram a escrever esta história da Associação Desportiva de Valongo. Agradeço a todas as pessoas que por qualquer meio contribuíram para facilitar ou ajudar a escrever este livro. Bem hajam!


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O Hóquei em Patins no Mundo

“Le mot n’est que par le contexte et n’est rien par lui-même” Rosetti (1947): Le Mot. Esquisse d’une théorie générale

“A história única cria estereótipos e o problema com os estereótipos não é que eles sejam mentira, mas que são incompletos. Eles fazem com que uma história se torne a única história. (…) A consequência da história única é esta: ela rouba a dignidade das pessoas. Torna difícil o reconhecimento da nossa humanidade em comum. Enfatiza como somos diferentes e não como somos parecidos.” Chimamanda Ngozi Adichie (2009): O Perigo de Uma História Única

“... a vida desportiva, e não só, é um encadeamento de histórias, e de histórias dentro de outras histórias, em que tudo tem a ver com tudo. Não podemos falar de Hóquei em Patins isoladamente, pois ele não é senão uma das inúmeras actividades a que o homem se dedica.” Francisco Velasco, “Carrossel”, Reflexões

1. A começar, devemos começar pelo princípio. E isto não é, ao contrário do que parece, uma repetição, ou uma citação do Senhor de La Palisse, mas sim o esclarecimento de que a história que pretendo contar não pode cingir-se à revelação da prática desta modalidade em Valongo, mas antes perceber como e porque ela surgiu, que factores específicos ditaram o aparecimento de um clube de hóquei em patins em Valongo (de resto, como noutras localidades do país), o que nos leva a ter necessidade de saber algo sobre o seu contexto.

Quer dizer, precisamos de saber um pouco da história do desporto em Portugal e no Mundo e, multo em particular, da história do hóquei em patins. Socorrer-me-ei sobretudo de quatro grandes livros sobre o hóquei em patins em Portugal: “O Hóquei em Patins em Portugal”, de Silvestre Lacerda (1991); “História do Hóquei em Patins em Portugal”, de Luís Gouveia (2002); “Hóquei em Patins, Um Culto e Uma Cultura de Campeões”, de Luís Gouveia (2003); e “História do Hóquei

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em Patins”, 4 volumes, de Fernando Castro (2014-2017).

designa cajado e que era praticado pelos Índios Americanos.”

Como essa história se inicia primeiro no resto do Mundo e só depois em Portugal, é por aí que começarei, apresentando alguns apontamentos simplificados.

Depois, referem o aparecimento da patinagem, fundamento do futuro hóquei em patins:

2. Um desses apontamentos – e aqui a palavra não tem nenhuma conotação negativa – é o da Associação de Patinagem de Lisboa (https://www. aplisboa.pt/hoquei-patins/em-destaque/breve-resumo.html) (consultado em 20180905) que diz o seguinte: “As origens do hóquei são muito antigas. Foi encontrado um baixo-relevo egípcio, que mostra um grupo de crianças batendo uma bola com um bastão muito grosso. Em Atenas também foi encontrado um baixo-relevo da civilização clássica grega, que representa vários jogadores em posição de jogar uma bola e empunhando aléus (setiques)” A Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%B3quei_em_patins, consultada em 20181130) diz exactamente o mesmo, mas eu prefiro que tenham mantido a palavra inglesa para aléus: ‘sticks’. Nestas coisas, o uso da língua conta muito, conta quase tudo: hoje em dia, ninguém diz aléu, toda a gente diz ‘stick’ ou stique, como alguns também escrevem. O ‘site’ da APL (assim como a Wikipédia) acrescenta: “Em França, no fim da Idade Média, o jogo era conhecido por Crosse e por vezes chamavam-lhe Hoquet, que, possivelmente, deu origem em inglês a Hockey. Outros autores defendem que o Hóquei (de rodas e de gelo) constitui uma derivante do jogo Bandy, cujo termo em Inglês

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“E se o Hóquei remonta à Antiguidade Pré-Clássica, a patinagem (deslizar em rodas) tem o seu aparecimento, segundo a existência de diversas gravuras, no início do século XII. A divulgação do primeiro patim de rodas é atribuída ao belga Joseph Merlin, mas foi a partir do jogo elástico do americano James Plympton (1850) que se deu a grande expansão da patinagem. Em Inglaterra começou a ser praticada em 1877, mas de uma forma competitiva e organizada, só em 1905.” De seguida, entram na história dos inícios do hóquei patinado: ”Em 1949 passou a chamar-se Roller Hockhey”.

3. Porém, muito antes de 1949, já houvera mais história. Um outro apontamento, da responsabilidade da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST), de Lisboa, publicado no seu ‘site’ com o título “Cronologia Histórica do Hóquei em Patins” (http://hpaeist.tripod.com/, consultado em 20181120 e 20230508) embora se inicie apenas em 1710, é provavelmente o mais completo e também aquele que fornece, de um modo apesar de tudo sucinto, a informação essencial e mais importante sobre a história do Hóquei em Patins. Por uma questão de respeito pelo(s) seu(s) autor(es) (não identificados), vou republicar aqui o texto integral, com algumas observações ou acrescentos.


“Cronologia Histórica do Hóquei em Patins” da AEIST - 1710, data em que os estudiosos dizem ter descoberto, em algumas crónicas, que o inventor do Patim foi um inglês de nome Garcin. - 1750 ou 1760 (meados do século XVIII), o belga Joseph Merlin inventa o Primeiro Patim de Rodas em Linha, sem possivelmente imaginar, que ao possibilitar a patinagem sobre rodas, viria a dar origem ao HÓQUEI EM PATINS. - 1819, em França (Paris), aparecem os primeiros patins equipados apenas com uma roda, que, embora de diâmetro menor, era do tipo «bicicleta». 1825, surgem os primeiros patins de rodas (com 3 rodas) na Áustria (Viena). - 1840, na Alemanha, aparecem vestígios dos primeiros patins e o primeiro rinque aparece em 1876. - 1857, são construídas, em Inglaterra, as duas primeiras pistas públicas de patinagem (Covent Garden e Strand) - 1863, o americano James Plympton cria o “Jogo Elástico”, conjunto composto pela ponte, eixo, rodas, almofada de borracha e parafuso de regulação do aperto; conjunto que era colocado no trem dos rodados. Muitas e lentas haviam sido as tentativas, os trabalhos e o interesse em melhorar o patim de Merlin, que apenas permitia a patinagem em frente e a execução de uma pequena e larga curva. Com a invenção do “Jogo Elástico”, as possibilidades, o desenvolvimento, o interesse e a beleza dada à patinagem foram indescritíveis. - 1865, a partir desta data, nos Estados Unidos e dois anos mais tarde em Inglaterra, deu-se uma grande expansão da Patinagem sobre Rodas, a ponto de ser conhecida pela “rinkomania”. As pistas próprias para a prática da modalidade apareciam aos poucos por todo o lado, tendo atingido nos EUA, no início do século XX, o impressionante número de 10.000. - 1866, é construído na América o primeiro Rinque de Patinagem. - 1877, surgem em Itália (Milão) os primeiros patins de rodas e, em 1881, por ocasião da Exposição de Milão, é construída a primeira pista (que era de madeira). - 1880, a Richardson Skate Company introduz as esferas nos cubos das rodas, o que permite aos patins velocidades nunca antes pensadas. - 1890, aparecem no mercado alemão, os patins “Matador”, de estrutura muito robusta, e que vieram a ter durante muitos anos enorme aceitação em Portugal, como posteriormente os “Polar Rex”, e actualmente “Skate”. - 1909/1910, o Hóquei em Patins, como modalidade desportiva, aparece nesta altura e tem a sua origem em Inglaterra, no Condado de Kent, tendo-se depois difundido para a Alemanha, Suíça, França, Itália, Bélgica, Portugal e Espanha e, de seguida para outros Países Europeus. Só posteriormente a sua prática se alargou a outros continentes.

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- 1924, em Abril, foi fundada em Montreux (Suíça) a Federação Internacional de Patinagem em Rodas, sendo o seu primeiro Presidente o suíço Fred Renkewitz, e com ela aparece o primeiro regulamento da modalidade que, com alterações, ainda é a base dos actuais Regulamentos. - 1926, é organizado o 1º Campeonato da Europa de Hóquei em Patins. em Herne-Bay (Inglaterra), e nela tomam parte: Inglaterra Bélgica França Alemanha Itália Suíça - 1928, embora o hóquei em Patins tenha feito a sua aparição em Espanha em 1915, só em 1928, com a fundação da Associação Catalã, se começou a praticar com as regras actuais. - 1930, as regras sofrem diversas alterações, entre as quais se destacam: - O aparecimento de tabelas - O número de jogadores, que passa de seis para oito - A cronometragem do tempo útil de jogo - O aumento das dimensões das balizas - 1936 e 1939, realizam-se os primeiro e segundo Campeonato Mundial de Hóquei em Patins, em simultâneo com os Campeonatos de Europa, sendo sempre campeã a Inglaterra. Com o conflito mundial (Guerra de 1939/45) as competições de Hóquei em Patins, a nível internacional, foram interrompidas. - 1946, reatadas as competições internacionais com o Torneio de Montreux, as mesmas têm conhecido um grande incremento até aos nossos dias. - 1948, a Holanda começa a aparecer nas competições internacionais, onde atinge certa notoriedade. - 1949, aparece pela primeira vez a táctica do “Quadrado”. - 1956, os Campeonatos da Europa, que se realizavam em simultâneo com os Campeonatos Mundiais, face à aderência e o número de participantes, passaram a realizar-se de dois em dois anos. - 1966, começa a disputar-se a Taça dos Clubes Campeões Europeus.”

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4. É necessário fazer uma observação a dois comentários do texto anterior, referentes aos anos de 1924 e 1928, em que se diz, no primeiro, que o regulamento que então aparece ainda é a base dos actuais regulamentos, e, no segundo, que só a partir de 1928 é que se começou a praticar, em Espanha, as regras actuais. Estes dois comentários encontram-se desactualizados, sobretudo a partir de 2017, em que se registaram alterações substanciais às regras do jogo, que foram materializadas no Regulamento das Regras do Jogo, editado conjuntamente pela ‘Fédération Internationale Roller Sports’ (FIRS) (Comité Técnico de Hóquei em Patins, sediado na Maison du Sport International // Av. De Rhodanie, 54 - 1007 Lausanne – SUÍÇA, HQ telefone: +41 21 601 1877 e e-mail: rinkhockey@ rollersports.org) e pelas Federações de Hóquei nacionais, e que, em Portugal, entrou em vigor no dia 1 de Agosto de 2017 (ver artigo 35º do novo Regulamento). 5. Este brevíssimo resumo da evolução histórica do hóquei em patins no mundo deve ser complementado por algumas outras achegas. Não é possível dizer melhor nem com maior interesse do que fazem os autores que vou citar. Diz Luís Gouveia, quanto aos primeiros tempos do hóquei em patins: “Ainda que as primeiras fotos sobre um jogo de hóquei em patins, expostas no Museu da Patinagem, em Nova Iorque, sejam genuinamente datadas de 1878 e 1883, seria no Lava Rink de Grove Lane, em Denmark Hill, South London, no ano de 1885, que iria ter lugar o primeiro jogo em Inglaterra, narrado na altura como um desporto” em que se bate com um estique numa bola, calçando uns patins”.

Acrescente-se que a bola era de ténis, os sticks poderiam ser simples bengalas ou guarda-chuvas, naturalmente “descascados”, e o jogo se chamava “rink-polo”, numa clara analogia com o típico pólo britânico, onde o cavalo substitui... os patins! Só mais tarde os aléus seriam os do hóquei em campo transformados, ou seja, raspada a parte curva até a pá ficar completamente plana dos dois lados.” Gouveia, 2002, p. 10. E acrescenta, após um breve excurso: “Como quer que seja, a “rinkmania” pegou decisivamente na Grã-Bretanha e deu um forte contributo para o desenvolvimento da modalidade, sendo certo que em 1910 existiam no país nada menos de 72 clubes e em 1914 estavam construídos 910 rinques, alguns privados e outros pertencentes a colectividades.” Gouveia, 2002, p. 10. 6. Segue-se a pequena, mas interessante história dos patins, com a abordagem de Silvestre Lacerda: “José María Sastre (Barcelona, 1952), refere “algumas crónicas antigas, que explicam que o inventor do patim foi um tal Garcin, de nacionalidade inglesa, remontando o seu emprego inicial ao ano de 1710.” (…) “Esta versão não é coincidente com a de Raul Cartaxo Abrantes, o qual indica que a invenção de “patins equipados com rodas em linha, sem esferas e desprovidos de jogo elástico, que apenas permitiam a

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patinagem para a frente”, é atribuída ao belga Marlin, em 1750. A estreia da invenção foi realizada em Londres, num baile de máscaras, mas revelou-se um desastre: o patinador desequilibrou-se e embateu num espelho, o que lhe custou 500 libras e, para além disso, saiu da sala seriamente ferido” . Lacerda, 1991, p. 11. Luís Gouveia dá-nos uma outra perspectiva: “Conforme nasce o jogo e o palco da disputa, evoluem também os primeiros pares de patins e os fabricantes não tardam a registar as suas patentes. A mais antiga pertenceu ao francês Jean Garcin, com registo em Paris, no ano de 1815 (patins Cingar); em 1825 e 1849, novos registos foram efectuados pelo inglês Robert Tyre e pelo francês Le Grand. Por alturas de 1910, um ano de enorme referência na história do hóquei inglês e mundial, destacavam-se os patins Brampton, Elite Skate, Ariel Skate, Express Skate, The Angloan, The Record Modele, Peerless, Birmalium e, jóia da coroa, o Dekter, a 35 xelins o par, uma fortuna para a época! Nas rodas, estavam na moda as Runesi e as Webb.” Gouveia, 2002, p. 11. Nos anos 60, o problema das rodas, que já eram maioritariamente de madeira, colocava-se sobretudo quanto ao facto de os rinques ainda serem quase todos descobertos e essas rodas funcionarem mal quando chovia. Um dos jornalistas (e aliás também hoquista e

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treinador de hóquei) do Comércio do Porto, que assina várias reportagens e comentários transcritos no capítulo Resumo dos Jogos, Manuel Correia de Brito, escreveu isto sobre as rodas dos patins: “Só agora nos foi possível experimentar o novo tipo de rodas de fibra negra, prensadas. O oquei principiou a ser jogado com rodas de alumínio, mas há muitos anos que as rodas de madeira substituíram, com êxito, aquelas, por melhor aderência ao solo, maior facilidade de manobra, travagem e arranque mais rápido e mais eficiente. Todavia, em dias de chuva, as rodas de alumínio tinham novamente de substituir as de madeira, pois estas com os rinques molhados, eram perigosamente escorregadias. O novo tipo de rodas de fibra negra, prensadas, porém, substitui, perfeitamente, os dois tipos de rodas. Quer chova ou não, as rodas de fibra aguentam-se admiràvelmente no piso. Assim, o grande problema, que existia quando chovia, com os transtornos e demoras de mudanças de rodas de madeira para rodas de alumínio, pois a roda de fibra mantém-se nos patins e os patinadores aguentam-se sem a menor dificuldade. Além disso, as rodas de fibra são de grande duração, o que não sucedia com as outras, além do ser possível travar e arrancar, com mais rapidez e menos espaço de manobra. A nota mais saliente é que o novo tipo de rodas é de invenção e fabrico nacional”. M. C. de B., O Comércio do Porto, 02.03.1963, p. 6


7. Luís Gouveia acrescenta, logo depois, no seu texto, uma nota de grande interesse, contrastando com a falta habitual dele quanto a este assunto: “Data ainda de 1910 uma das primeiras fotos do hóquei em patins feminino no Reino Unido. Num país de fortes tradições democráticas, não seria objecto de críticas aquilo que em Portugal se disse, nos primeiros anos da década de 90, acerca do hóquei feminino, ou seja que “masculinizava” as raparigas e as deformava fisicamente, argumento utilizado por pais pouco abertos de espírito e por namorados ciumentos.” Gouveia, 2002, p. 11. A pose, normal para a época, lembra tudo menos uma equipa feminina de hóquei em patins; no caso a do Bury Trafalgar (foto de 1910). Gouveia, 2002, p. 12. 8. Entretanto, vale a pena seguir o pequeno resumo histórico que Luís Gouveia apresenta: “Finalmente, em 21 de Abril de 1921, no Casino de Montreux, Suíça, é fundada a Federação Internacional de Patinagem em Rodas (FIPR), mais tarde designada por FIRS, sendo o seu primeiro presidente o suíço Fred Rankowitz, e cujos estatutos foram aprovados em 1 de Abril de 1925.” Gouveia, 2002, p. 12. (…) “Herne Bay, na Inglaterra, catedral do hóquei em patins, a par de Montreux, seria o palco do primeiro Campeonato da Europa, em 1926, com a participação de seis equipas. Os ingleses, pioneiros da modalidade, não deixaram os créditos

por mãos alheias e venceram a edição inaugural, iniciando um ciclo consecutivo de doze triunfos, incluindo os primeiros Campeonatos do Mundo, em 1936 e 1939, até ao início da Segunda Guerra Mundial. Estava lançada a modalidade que viria a ser, contra a opinião actual de algumas pessoas, a mais querida dos portugueses, a seguir ao futebol.” Gouveia, 2002, p. 13. (...) “1915 foi o ano do nascimento do hóquei em patins no país vizinho e Barcelona (que outro local poderia ser?) a cidade onde um grupo de aficionados do hóquei em

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campo - e aplicando quase as mesmas regras - experimentou o jogo pela primeira vez, utilizando balizas bastante grandes e uma bola quase igual à do desporto irmão. Em 1928 foi fundada a Federação Catalã de Hóquei, sendo seu primeiro presidente o senhor Pironti, um italiano que trouxe do seu país os regulamentos da federação de Itália, já criada.” Gouveia, 2002, p. 14. (...) “… em 1947, precisamente no Mundial de Lisboa, que Portugal venceu, a Espanha fez a sua entrada na alta roda internacional, estreando-se com um magnífico 3° lugar, só possível devido à utilização de uma atitude em pista que, pelos anos adiante e até aos nossos dias (em certas situações), tem sido uma mais-valia dos nossos vizinhos: a fúria espanhola! E o que é isto? Segundo a Enciclopédia de los Deportes, publicada em Madrid, em 1959, a fúria espanhola pode definir-se como um sistema de jogo totalmente ofensivo, avassalador, não deixando ao adversário muito tempo para respirar... ou pensar! Certo é que hoje todo o hóquei espanhol está alicerçado numa tremenda disciplina táctica – o que trataremos noutro capítulo, dedicado à evolução dos sistemas – mas, em casos pontuais, a Espanha tem conquistado brilhantes vitórias sempre que é, no fundo, igual a si própria.” Gouveia, 2002, p. 15. (...)

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“Ainda que a primeira referência oficial se situe apenas em 1928, sabe-se que no início do século principiou a patinar-se na Argentina, presumindo-se que só entre 1916 e 1918 se tenha jogado hóquei em patins em pistas privadas.” Gouveia, 2002, p. 16. (...) “No início do século, a patinagem sobre rodas conheceu em França um enorme desenvolvimento. Praticava-se em numerosas salas de Paris, tendo a Federação dos Patinadores em Rodas (com este nome precisamente) nascido em 1910. O sucesso foi imediato. Rapidamente surgiram, como na Inglaterra, pistas reservadas para patinadores e um público entusiasta fazia a felicidade dos promotores! Todavia, estes cedo perceberam que só o acto de patinar não dava satisfação à clientela. Surge, assim, a variante da patinagem artística e também as corridas, com a abertura dos hipódromos de Clichy e de Vel d’Hiv.” Gouveia, 2002, p. 20. (...)


“Pouco se conhece do início do hóquei em patins em Itália, até mesmo nas estruturas oficiais desportivas do próprio país. Sabe-se, contudo, que Milão e toda a região Norte foram os locais de nascimento da modalidade, até porque as primeiras pistas surgiram naquela cidade. E sabe-se também que até ao primeiro campeonato nacional Série A, em 1922, a prática competitiva era quase nula, como de resto em todos os países, com excepção da Inglaterra. Em Viareggio, outro dos centros por excelência do hóquei em patins, onde chegaram a jogar alguns portugueses - Cristiano Pereira e Carlos Dantas -,já existia, em 1901, uma pista coberta para patinagem, sendo a mais famosa a La Fiorentina, instalada num local que dispunha de um restaurante e onde se podia desfrutar de um pouco de lazer, surgindo, aliás, a patinagem nessa região como uma actividade lúdica.

Falava-se pouco de hóquei, mas de repente, em 1922, surge o primeiro campeonato, e com ele o nome do vencedor original, o Pola, que bateu os outros três competidores. Até ao Europeu de 1926, em Herne Bay, onde a Itália fez a sua estreia, os restantes títulos nacionais foram divididos entre o Sempione Milano e a Triestina, até que, finalmente, em 1930, o domínio passou a pertencer ao Novara – clube histórico do hóquei transalpino e onde Vítor Hugo brilhou a grande altura – que viria a dividir até à Segunda Guerra Mundial, as vitórias com o Impiego Trieste.” Gouveia, 2002, p. 22-23.

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O Hóquei em Patins em Portugal

9. Em Portugal, o aparecimento dos patins e do hóquei foi mais tardio de que noutros países da Europa, que atrás vimos (França, Bélgica, Alemanha, Suíça, Holanda, Inglaterra) e nos Estados Unidos, mas ainda assim foi mais antigo do que habitualmente se julga. Sobre a questão, diz Silvestre Lacerda; “No caso de Portugal, a notícia mais remota do uso de patins é referenciada por Paulo Soromenho (Lisboa, 1963), que relata: “Foi também a Senhora D. Maria Pia que, em Mafra, apresentou os primeiros patins de rodas que se conheceram”. O mesmo autor, citando as Memórias do Professor Thomaz de Mello Breyner, 4º Conde de Mafra, I, p. 96, transcreve: “Outra ida da Família Real a Mafra. Dessa vez foram também os príncipes e durou a visita 3 dias. Levaram muitos jogos de arcos e flechas, patins de rodas, que eu vi pela primeira vez (teria sido por 1873)”. Continuando a citar a mesma fonte, podemos ler, na página 298: “Na Livraria (de Mafra) passavam-se também bons bocados fazendo habilidades com patins de rodas, do último modelo trazido de Paris por Madame Daupiás, iguais aos que tinham os príncipes e os rapazes Pinto Basto. Uma vez juntámo-nos todos ali por ser um lugar ideal para a patinagem. Podia-se dar a volta a todo o Palácio sempre patinando”. Lacerda, 1991, p. 14.

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Luís Gouveia sublinha aqui um aspecto que outros igualmente notaram e com que pretenderam carimbar negativamente a modalidade: “Curioso o facto de a patinagem, e por acréscimo o hóquei em patins, antes de ser popular ter sido aristocrata! E a prova está na Sala de Troféus da FPP, onde uns patins de madeira utilizados pelo rei D. Carlos I constituem, porventura, a mais fabulosa jóia do espólio federativo, pelo seu elevado valor histórico.” Gouveia, 2002, p. 26. E continua a historiar: “Sabe-se que, em 1908, se patinava no Colégio Militar, na escola Académica e ainda numa garagem da Rua Alexandre Herculano pertencente à Sociedade Portuguesa de Autores, local de encontro do “sangue azul” português.” (…) “Na evolução já definitivamente estabelecida, a data de 5 de Agosto de 1912 parece ser, historicamente, a referência mais credível para ser confirmada como a primeira tentativa para jogar hóquei. Local: rinque do Recreios Desportivos da Amadora, onde se defrontaram os locais e o Clube de Desportos de Benfica, que venceu por 2-0. (…)


Em 1914 é construído um rinque de patinagem no Campo da Constituição, no Porto, seguindo-se, em 1917, a vez do Palácio de Cristal ceder as suas instalações à alta burguesia portuense, já que o povo continuava a habitar a Constituição com os sócios do histórico FC Porto a pagarem cinco tostões por mês, para patinarem às terças e sextas-feiras!” Gouveia, 2002, p. 28.

A construção de rinques 10. É claro que a prática do hóquei em patins implica, e, a partir de certo momento, impõe a construção do espaço adequado ao treino e ao jogo, o rink, primeiro, à inglesa, marcando a origem do jogo, depois rinque, à portuguesa, distinto do ringue, destinado ao boxe. E a sua evolução também é muito interessante: “Portugal viu o primeiro rinque ser construído em Moçambique, no Teatro Varietá, da cidade de Lourenço Marques, pelo ano de 1904, sob a influência do cidadão italiano G. Buccelato, que, desta forma, ficou intimamente relacionado com a introdução da modalidade. Aí daria os seus primeiros passos Germano Magalhães, que se estreou aos quatro anos de idade, na tarde de 5 de Fevereiro de 1905, vindo depois a revelar-se, na década de 20, já em Lisboa, um dos melhores hoquistas portugueses da época. Tomou parte na 1ª selecção que disputou o Campeonato da Europa em 1930.” Lacerda, 1991, p. 14.

“O movimento de construção de rinques, com o objectivo da prática desportiva, inicia-se em Lisboa com a iniciativa dos Recreios Desportivos da Amadora que inaugura, em Abril de 1912, o seu próprio rink, seguindo-se os de Desportos de Benfica, da Escola de Educação Física, do Ginásio Clube Português, do Lisboa Ginásio Clube, da Liga Pró-Amadora, etc. No Porto e a expensas de particulares, mas com objectivos de servir o Futebol Clube do Porto, é construído em 1914, no campo da Constituição, um rinque para a prática da patinagem. Os sócios pagavam 5 tostões por mês, com direito a patinarem às terças e sextas-feiras. Posteriormente, em 1917 e no Palácio de Cristal, surge um novo rinque e a expansão da modalidade torna-se uma realidade, apesar de circunscrita à pequena e à média burguesias. As sessões de patinagem são momentos de lazer e, ao mesmo tempo, mais um ponto de encontro, devidamente controlado, de franjas significativas da sociedade portuense, pertencentes às referidas camadas populacionais. No Porto, as sessões de patinagem realizavam-se aos domingos, no campo do Futebol Clube do Porto e, segundo notícias da época: “participavam vários cavalheiros, que se faziam acompanhar de diversas senhoras”. Lacerda, 1991, p. 16.

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“A imagem mais antiga que possuímos de um jogo de hóquei em patins em Portugal é de 1912 e reproduz um aspecto do “Certamen de Patinagem, na Amadora”. Está inserta no jornal Os Sports Ilustrados, do dia 24 de Agosto de 1912, no qual se relata a inauguração do rinque dos Recreios Desportivos da Amadora.” Lacerda, 1991, p. 18.

Inicia-se a corrida para a glória… em 1947! 11. “Na evolução já definitivamente estabelecida, a data de 5 de Agosto de 1912 parece ser, historicamente, a referência mais credível para ser confirmada como a primeira tentativa para jogar hóquei. Local: rinque do Recreios Desportivos da Amadora, onde se defrontaram os locais e o Clube de Desportos de Benfica, que venceu por 2-0.” Gouveia, 2002, p. 28. “Em 1915, dá-se o passo definitivo para a fixação do hóquei em patins no nosso país: uma exibição de duas equipas do Clube de Desportos de Benfica, no hoje velhinho, mas renovado rinque da Avenida Gomes Pereira, em Lisboa, onde, décadas depois, passaram, entre outros, nomes famosos como o de um jovem alentejano de S. Manços, António José Parreira do Livramento. Nessa partida, o campo não tinha tabelas e os jogadores utilizavam calças

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compridas; as regras eram as do hóquei em gelo e foram traduzidas por Rogério Futsher, praticante e futuro primeiro presidente da Federação Portuguesa de Hóquei, que iria ser fundada em 1924.” Gouveia, 2002, p. 28. “Em 1917 é organizado o primeiro torneio de hóquei em patins em que participaram os seguintes clubes: SL Benfica, Recreios Desportivos da Amadora, Ginásio Clube Português, Escola de Educação Física, Portugal Foot-Bal1 Clube e Carcavelos Hóquei Clube. (…) ... nasce, em .1921, o histórico Hóquei Clube de Portugal que viria a ser o vencedor dos quatro primeiros campeonatos da Liga Portuguesa de Hóquei, criada igualmente em 1921, ano da promulgação da versão francesa das regras do hóquei em patins. (…) “Ano rico, o de 1921, mostrou ao lisboeta o primeiro grupo de mulheres a jogar hóquei em patins, num festival organizado pelo SL Benfica; pelos nomes das ilustres jogadoras pode verificar-se que o hóquei continuava a ser um jogo preferencialmente praticado pela média/alta burguesia: Ana Benard Guedes, Elisa Plantier Costa, Maria Plantier, Violante Salgado e Emília Almeida são as seguidoras oficiais de Sua Alteza Real D. Maria Pia e antepassadas das actuais tri-campeãs da Europa!” Gouveia, 2002, p. 29. “1924 foi o ano da transformação decisiva das estruturas do hóquei: a então Liga Portuguesa de Hóquei, fundada em 1922,


cedeu o lugar à Federação Portuguesa de Hóquei, que englobava as duas vertentes - o hóquei em campo e o hóquei em patins - situação que se manteve até 1933; nesse ano, precisamente em 3 de Outubro, foi finalmente criada a Federação Portuguesa de Patinagem, sob a presidência de Gaudêncio Costa.” Gouveia, 2002, p. 31. “Convém referir que até 1938 as competições nacionais não tinham tido lugar por inexistência de equipas oficiais fora da área da capital; assim, a supremacia nos campeonatos de Lisboa coube primeiro ao Hóquei Clube de Portugal (1921 a 1925), ao Benfica (1925 a 1935) e ao Clube Futebol Benfica (1936 e 1937). No Porto, a criação da Associação aconteceu em 1938, tendo o Estrela e Vigorosa Sport vencido a primeira prova. Finalmente, 1939 marcou o início dos campeonatos Nacionais, sendo o Sporting Clube de Portugal o primeiro clube a inscrever o seu nome como vencedor.” (…) “O início, neste ano, da Segunda Guerra Mundial, que viria a desenrolar-se até 1945, fez parar todos os jogos oficiais internacionais; esta interrupção causou enormes estragos a nível desportivo, sendo mais evidente o caso da Inglaterra, até então dominadora dos Europeus e Mundiais e que praticamente viu terminada a senda das vitórias. (…) Portugal, por seu turno, e a Espanha, também, não participaram no conflito, pelo que puderam prosseguir com as suas actividades.

(…) No nosso país, o Futebol Benfica, primeiro, e o Paço d’Arcos, depois, dominaram a década de 40. Na equipa da linha brilhavam então dois magníficos executantes, Jesus Correia e seu primo Correia dos Santos, cuja maneira de jogar iria provocar uma revolução total na atitude dos jogadores na pista, no seu posicionamento, enfim, na postura bem “à portuguesa”. Criatividade, improvisação, velocidade de execução, entravam pela primeira vez no dicionário técnico do hóquei em patins. “ Gouveia, p. 34-35. “Já se disse que a modalidade não parou no nosso país; o período de paz existente, a contrastar com o belicismo em quase toda a Europa, foi aproveitado para melhorar as performances individuais dos atletas, desenvolver o gosto pela modalidade e confirmar nomes que no final dos anos 30 haviam chamado a atenção dos amantes do hóquei em patins, nomeadamente os irmãos Sidónio e Olivério Serpa, a que se juntaram mais tarde os primos Correia e Cipriano Santos. (…) O primeiro teste foi com a Suíça (neutra no conflito mundial), em 1945, com jogos entre as duas selecções e entre as equipas de Lisboa e de Montreux. Um ano depois, o 2.° lugar na Taça das Nações de Montreux seria de bom augúrio para o ano tão desejado: 1947 e a realização do 3.° Campeonato do Mundo, em Lisboa, no então moderno Pavilhão dos Desportos.” Gouveia, 2002, p. 38, 40.

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No livro “História do Hóquei em Patins – Portugal (1912-1939)”, de Fernando Castro, na página 46, são inventariados 43 clubes que praticaram o hóquei naquele período. Desses 43, 21 eram de Lisboa e arredores (3 da Amadora, 1 de Paço de Arcos e 1 de Carcavelos), 7 eram de Coimbra, 2 eram de Faro, 1 era de Aveiro, 1 era da Figueira da Foz, 1 era de Oliveira de Azeméis e 10 eram do Porto e sua área (1 de Gaia e 4 de Espinho).

Finalmente 1947 e a almejada glória!

De algum modo, esta realidade ajuda a perceber porque houve desde muito cedo, na área de Lisboa, um hóquei de grande pujança e depois de grande qualidade (sendo que a primeira condiciona e permite a segunda), enquanto essa realidade demorou muito mais tempo a instalar-se na área do Porto e depois no Norte. Por outro lado, faz-nos compreender como já havia, por essa altura, um grande entusiasmo pelo hóquei patinado no país. No entanto, foi o grande acontecimento de 1947 que projectou esse entusiamo para os lugares mais recônditos e a nós, em Valongo, definitivamente nos galvanizou.

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(…)

12. “Poucas semanas antes do campeonato, e como que a dar o mote, Portugal conquistaria a sua primeira vitória internacional: precisamente a Taça das Nações de Montreux, onde a nossa selecção compareceu defendendo a camisola da Associação de Patinagem de Lisboa. Mas o objectivo era o mês de Maio, e com ele a tão almejada medalha de ouro que viria a ser colocada no peito dos novos campeões do Mundo. Um a um, os adversários foram sendo batidos: 7-2 à Bélgica, 2-1 à Espanha, 7-1 à França, 5-2 à Suíça, 3-2 à Itália e, finalmente, 3-0 à Inglaterra, que assim passava o “testemunho” aos futuros dominadores da modalidade.” Gouveia, 2002, p. 40.

Os Campeões do Mundo de 1947!


“Por se tratar do primeiro Mundial conquistado, este campeonato viria a ficar na história como o início da mais bela aventura desportiva do país. (Sublinhado meu, J.C.N.) E quando, cinquenta anos mais tarde, em Agosto de 1997, a efeméride foi assinalada com pompa e circunstância pela Direcção da Federação Portuguesa de Patinagem, presidida por Carlos Sena, obtiveram-se testemunhos – que é oportuno recordar – de algumas figuras que viveram aquele momento, como José Castel-Branco, que durante mais de vinte anos presidiu ao Comité Internacional de Rink Hoquei, a mais alta posição na hierarquia mundial da modalidade: “Fui, talvez, dos poucos privilegiados que tiveram oportunidade de assistir ao vivo a algumas partidas dessa primeira grande façanha do hóquei em patins português. Por razões de ordem familiar, assisti ao campeonato no camarote da Câmara Municipal de Lisboa e, do alto do meu metro e meio, quando não conseguia meter a cabeça para espreitar, pelo menos ouvia os aplausos dos milhares de portugueses que vitoriavam a equipa nacional. São episódios que ficam gravados na nossa memória e que, esperamos, nunca possam vir a ser varridos. Não direi que – à altura com 11 anos de idade – fossem os episódios vibrantes ali vividos que marcariam toda uma vida que dediquei ao hóquei em patins, mas lá que os Serpas e os Correias pesaram alguma coisa, lá isso pesaram.” Gouveia, 2002, p. 40, 44, 45.

“Jesus Correia, que jogou simultaneamente hóquei em patins e futebol, no Paço d’ Arcos e no Sporting, e nas respectivas selecções nacionais, afirma, com a lucidez que lhe é peculiar: “Durante a minha carreira desportiva, ligado ao hóquei e ao futebol, conquistei doze títulos nacionais, europeus e mundiais, mas devo confessar que o de 1947, que seria o primeiro de uma série de sete, foi o que mais prazer me proporcionou. Penso que, com este triunfo, ajudámos ao lançamento do hóquei em patins em Portugal:’ E Correia dos Santos que, com a sua mágica forma de jogar, ficou na memória de quem viveu os feitos da sua geração, afirmou: “A conquista do primeiro título mundial era o máximo que um desportista poderia ambicionar. O título de 1947, para além de ter sido importante para o hóquei em patins português, foi-o também para Portugal. São momentos da carreira de um desportista que estão sempre presentes na memória. “ Gouveia, 2002, p. 46. (…) “Finalmente, o Prof. Dr. Sidónio Serpa, sobrinho de Olivério e filho de Sidónio, que não assistiu aos jogos, mas com o seu olhar clínico de doutorado em Psicologia do Desporto, lança uma observação sobre a época e reforça as questões da importância desta primeira vitória: “O desporto era então aqui, como sempre será em qualquer lado, espelho da realidade social e cultural do país. Pequenino, sem sucesso, completado. Viviam-se os habituais fracassos desportivos, justificados por um qualquer raquitismo

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congénito, ou pelo fado do irremediável infortúnio que limitava as vitórias à sua componente moral com que se pretendia enganar a frustração. É neste contexto que, numa contracorrente quase inacreditável e para total espanto da Nação, surge uma equipa de hóquei em patins que, perante o público de Lisboa, num pavilhão especialmente recuperado para o evento no Parque Eduardo VII, jogo após jogo, dia após dia, com classe e autoridade, vai vencendo as selecções de países que Portugal se havia habituado a ver como superiores nas performances atléticas. Finalmente, aqueles jovens, sem timidez e de forma afirmativa, permitiam com os seus feitos que se vivesse orgulho nacional e se cantasse com energia A Portuguesa, sentida como o Hino que une quem o canta às memórias dos feitos de excelência que, em áreas várias e planos diversos, vão fazendo a História.” Gouveia, 2002, p. 46-47, 49-50 “Desporto popular, bem cedo o hóquei despertou o apetite dos políticos no sentido de usarem o gosto do povo pela modalidade para o fazerem esquecer outros problemas do quotidiano. Em 1916, em plena Guerra Mundial, foi inaugurada a nova sede do SL Benfica. Apesar do ambiente provocado pela nossa participação no conflito, e “certamente com o intuito de amortecer o impacto dos seus resultados mais negativos junto das classes médias” (Silvestre Lacerda), o governo autorizava a realização das “Festas de Junho”, organizadas pelo

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Benfica, constando do programa várias actividades desportivas e culturais e... um inevitável jogo de hóquei em patins.” (…) “Em O Desporto e As Estruturas Sociais, o Prof. José Esteves transcreve um elucidativo artigo de fundo publicado em Julho de 1952 num jornal de grande expansão, a propósito do Campeonato do Mundo de hóquei em patins: “Os incrédulos, os cépticos, os descrentes de todos os países deviam ter vindo observar agora os jogos realizados no magnífico Pavilhão dos Desportos da capital do Norte. Foi tal o entusiasmo pela bela exibição dos nossos jogadores, criou-se um tal ambiente em volta deles, que até as pessoas mais distantes destes prélios acabaram por se interessar pelos resultados. Não foi o Porto, apenas, que viveu horas de ansiedade, no domingo passado, como diziam os relatores da rádio; elas foram experimentadas em todo o país. E não pode levar-se o caso para o exagero nem para a banalidade. Desde que se lhe deu o ar de se poder elevar ou diminuir ali, de algum modo, o prestígio nacional, a grande massa dos portugueses ficou atenta e fez os seus votos pela nova vitória. Aqui está outra nota saudável, e a mais expressiva de todas, a consagrar o desporto. Ele é também uma escola de patriotismo. E na época incerta em que vivemos, o culto da Pátria é tão necessário como o de Deus. Enquanto vibrarmos assim, por vermos triunfantes as cores da nossa bandeira, poderemos confiar no futuro, na conservação do nosso bem-estar e


da herança de civilização e de glórias que nos deixaram. Estaremos defendidos naturalmente do contágio daqueles que não querem pátrias e pretendem tornar o Mundo uma escura massa de inconscientes autómatos.” (…) É justo que se diga que as gerações adultas em 1947, e as que vieram a seguir, praticamente até hoje, manifestam uma sintomática empatia com a modalidade, vista no local ou pela televisão ou, ainda, ouvida pela rádio; quanto aos jornais, não lhe dedicam o espaço que merece ... a não ser para noticiar alguma “bronca”! (Sublinhado meu, J.C.N.). Gouveia, 2002, p. 51. “1948, 1949 e 1950 não foram mais do que a confirmação do poderio que acabara de nascer. Um sistema alicerçado na velocidade de dois avançados, senhores de excelente drible, contra equipas quase sempre paradas, defendendo num ípsilon rígido, não conseguiam travar as investi das e os remates certeiros dos primos Jesus Correia e Correia dos Santos, que à sua conta, nestes campeonatos, marcaram nada menos que 109 golos, em elevada percentagem obtidos de contra-ataque (já o contra-ataque estava na moda !)” Gouveia, 2002, p. 53.

A década de 1950 13. “Começou mal! Portugal perderia o Mundial de 51, após quatro vitórias consecutivas desde 1947. O sistema defensivo habitual e o ataque de 3 contra 4 (o quadrado espanhol já funcionou) não resultaram como se esperava e a Espanha estreou-se com uma vitória obtida em casa, precisamente em Barcelona. Era o nascimento de uma luta que ao longo dos anos iria fazer parte desta modalidade, suscitando rivalidades históricas impressionantes. Em 1952, Portugal venceu de novo, mas até se voltar a sagrar campeão em 56, iria passar por um jejum de três anos seguidos sem qualquer vitória, sendo cada vez mais difícil o triunfo fora de casa. Gouveia, 2002, p. 54. (…) Ao nível de jogadores, haveria a primeira transição: Sidónio e Olivério Serpa cederiam o lugar a Raio e a Edgar, enquanto Cruzeiro, Lisboa e Perdigão começavam a aparecer na equipa.” Gouveia, 2002, p. 54. “No Mundial do Porto, em 1956, a vitória escassa sobre a Espanha, por 1-0, mas sobretudo o empate a um golo com a Itália, que vencera o campeonato três anos antes, introduziu definitivamente o terceiro país na luta pelo título, valorizando a modalidade, que entretanto “engordava” em termos de praticantes e de clubes. Assim, em 1952, a Associação de Patinagem do Centro tinha seis clubes filiados, a do Minho dez, a do Norte treze,

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a do Oeste cinco e, por fim, a de Lisboa vinte e cinco, num total de cinquenta e nove colectividades a praticarem hóquei em patins.” (…) Na competição nacional, a década foi dominada, até 1956, pelo Benfica (com o trio Cruzeiro, Lisboa e Perdigão), pelo Paço d’Arcos (ainda com Correia dos Santos e, desde 1955, sem Jesus Correia), e pelo Campo de Ourique, onde o guarda-redes Matos era o esteio da equipa e despontava já aquele que viria a ser por largos anos capitão da selecção nacional: José Vaz Guedes.” Gouveia, 2002, p. 54-56 “No início dos anos 50, levantou-se uma questão político-desportiva, acabando por terminar com mais uma vitória do hóquei em patins. Expliquemos melhor: criou-se um contencioso entre a Direcção-Geral dos Desportos e a Federação, quanto à organização e oficialização do Campeonato Nacional de Juniores. O Governo, sempre atento a manifestações de amizade e de sadio desportivismo entre os jovens, temendo que ideias subversivas crescessem naquelas cabeças pensantes, não estava interessado em que a juventude praticasse desporto federado. Que o hóquei era só para as elites, não cuidando do investimento na formação. Mas as gentes da modalidade insistiram e Portugal passou a ter as suas competições, vindo a participar e a vencer, inclusivamente, o primeiro Campeonato da Europa de Juniores, em 1953. Dessa selecção, escolhida e comandada por Sidónio Serpa, como se previa,

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viriam a sair alguns atletas que engrossaram, anos depois, o contingente dos seniores: Pompílio, Rui Faria, Carrelo, Trabazos e, ainda, Vladimiro Brandão, que muitos anos depois viria a desenvolver em Espinho uma excelente escola de praticantes.” Gouveia, 2002, p. 57-60. (…) “Em 1957, a Espanha sagrou-se campeã da Europa e realizou uma digressão a Moçambique, juntamente com equipas portuguesas. Perdeu por 5-1 com a selecção de Lourenço Marques e a partir desse jogo tudo se virou na selecção portuguesa. É que esses moçambicanos, testados na Taça Latina, constituíam um quarteto fabuloso que viria a integrar a tempo inteiro a equipa das quinas, onde se manteve por largos anos: Alberto Moreira, Fernando Adrião, Francisco Velasco e Amadeu Bouçós que, juntamente com José Vaz Guedes, haveria de entrar, a partir de 1958, pela década de 60, com um conjunto de vitórias, conquistando quatro Mundiais consecutivos e vários Europeus. Neste grupo, onde o conjunto seria talvez a arma mais mortífera, destacava-se um enorme atleta que, pela sua técnica fabulosa, viria a entrar no ranking dos melhores artistas de sempre no hóquei em patins: Fernando Adrião, filho, cujo pai fora guarda-redes das selecções nacionais na década de 30, e cujo filho, Bruno Adrião, já no tempo presente, também passou por várias selecções nacionais. Aqui está um caso típico de três gerações de hoquistas da mesma família.” Gouveia, 2002, p. 60-61.


Ouçamos agora a versão, sempre documentada, de Silvestre Lacerda: “A Segunda Guerra Mundial veio interromper os contactos internacionais da selecção, mas ficará na memória a recepção no Rossio à equipa que, em 1939, conquistou novamente o 3º lugar no 11º Campeonato do Mundo. Em jeito de balanço das participações anteriores e na altura em que Portugal conquistava a sua segunda vitória em Campeonatos do Mundo, o internacional António Adão declarava ao jornal O Mundo Desportivo, de 7 de Abril de 1949: “Nos primeiros tempos as viagens faziam-se em 3ª classe, envoltas em miscelânea de odores a galinhas assadas, com peixe frito, ou sardinhas de conserva,– que causavam náuseas, passando depois pelo cheiro de corpos mal lavados. Nós chegávamos após setenta e duas horas de comboio à Suíça, às 10 horas da manhã, e jogávamos às 3 da tarde. Para descansar as pernas, chegados a Inglaterra, foi do nosso bolso que saíram as librinhas para pagar ao massagista”. Após a vitória de 1947, as deslocações passaram a fazer-se de avião, com especial empenho do Presidente do Conselho ... As recepções passaram a ter honras de acontecimentos oficiais. O Mundo Desportivo, de Abril de 1948, comenta: “Teve apoteose a recepção aos hoquistas. As entidades oficiais associaram-se ao entusiasmo público que vitoriou calorosamente os jogadores, dando invulgar realce ao desfile através das ruas da cidade”.

Este breve, mas elucidativo texto, resume a forma como passaram a ser tratados os vencedores portugueses: depois do triunfo, o sucesso. A conquista de quatro triunfos sucessivos, 1947/1948/1949/1950, implantou definitivamente a modalidade e empolgou os espectadores. Se Barcelona 1951 marcou a hora da Espanha, Porto 1952 viu renascer os êxitos portugueses.” Lacerda, 1991, p. 80.

A década de 1960 14. “Na transição da década, o êxito continuou a pender para o lado dos portugueses. E se a capacidade técnica dos laurentinos prevaleceu de uma forma estonteante nos pavilhões onde se exibiram, começava a nascer já o ciclo seguinte de atletas, comandados por um jovem que fez a sua estreia no Europeu de 1961, ainda com idade de júnior, cuja selecção já representara: António Livramento. Com essa estreia, Livramento iniciaria um ciclo de dezassete anos nas selecções de seniores, continuando a ocupar o primeiro lugar neste ranking, à frente de António Ramalhete, com quinze anos seguidos. Se na década de 40 os primos Correia e os irmãos Serpa se evidenciaram, se na de 50 Fernando Adrião sobressaiu de um lote equilibradíssimo, é lógico dizer-se que António Livramento dominou a década

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de 60, entrando mesmo por quase todos os anos 70. A sua versatilidade e imaginação, as mudanças de direcção e velocidade, a soberba criatividade em todas as suas acções, fazem dele (e de Adrião) modelos quando alguém quer explicar uma jogada, um passe ou um remate feito de forma especial.” Gouveia, 2002, p. 62. “Mas o hóquei em patins é um desporto colectivo e, sozinho, Livramento não poderia jogar. Os seus companheiros, na década de 60, foram bastantes, mas um núcleo “duro” de altíssima capacidade técnica foi-se mantendo junto durante alguns anos e repare-se só nestes nomes, para não ser exaustivo: Fernando Adrião, Júlio Rendeiro, Alberto Moreira, Amadeu Bouçós, José Vaz Guedes, Francisco Velasco, Leonel Fernandes!” (…) “Ao longo deste decénio, Portugal dividiu os títulos mundiais com a Espanha, (...). No Europeu, a nossa selecção não deu tréguas e conquistou de novo quatro campeonatos consecutivos.” Gouveia, 2002, p. 65. “No Mundial de 68, onde o quarteto dos melhores se classificou por esta ordem, Portugal, Espanha, Argentina e Itália, Fernando Adrião faria a sua despedida (julgava ele) dos grandes palcos. Contudo, seis anos mais tarde, em 1974, voltaria a pedido do seleccionador nacional, Torcato Ferreira, para, com os mais novos, ajudar em mais um triunfo dos portugueses. (…)

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Finalmente, nos juniores, também a Espanha comandou o decénio, com o nosso país a obter apenas três triunfos consecutivos, em 69, 70 e 71.” Gouveia, 2002, p. 69.

A década de 1970 15. “Já dissemos que a década de 70 seria nefasta para os portugueses nos campeonatos do Mundo - apenas uma vitória em 1974 -, mas outros factos merecem destaque numa longa história desportiva, naturalmente com altos e baixos. Um dos aspectos positivos diz respeito ao número de clubes inscritos, que em 1973 era de 99, mais 40 colectividades que na década de 60, fruto da criação de dez associações distritais, algumas reformuladas em relação às cinco anteriores. A distribuição era a seguinte: AP Lisboa, 21 clubes; AP Porto, 16; AP Angola, 18; AP Santarém,9; AP Aveiro, 11; AP Moçambique, 11; AP Coimbra, 7; AP Braga, 6. As associações de Ponta Delgada e da Madeira não tinham clubes em actividade. De realçar o número elevado de clubes da Associação de Patinagem de Angola, 18, a contrastar com os 11 de Moçambique; tal facto pode ser explicado pelo elitismo da patinagem em Moçambique – apenas brancos a jogar hóquei – ao contrário de Angola, onde a integração social e rácica era mais evidente.” Gouveia, 2002, p. 70. (…)


“Naturalmente que após o 25 de Abril de 1974, o corte no número de clubes foi enorme – menos vinte e nove de África –, mas outras agremiações vieram a formar-se, dado o fomento no desenvolvimento desportivo por parte do Governo, com a total alteração de política de apoios. Até à Revolução dos Cravos, Portugal perdera em seniores dois Mundiais para a Espanha, em 70 e 72, e ganhara dois Europeus, em 71 e 73, arredando sempre a Itália e a Argentina para lugares terciários. Nessa altura, e em relação aos transalpinos, a cobiça pelos atletas portugueses mais brilhantes começou a manifestar-se, coincidindo com a existência de fortes apoios empresariais naquele país. Livramento ainda resistiu algum tempo, mas seria um dos primeiros a acabar por ceder, duas vezes antes de 1974 e uma depois.” Gouveia, 2002, p. 70-75. (…) “E veio o ano de 1974, com o Campeonato do Mundo marcado para Luanda, precisamente para poucas semanas depois do 25 de Abril. Suspenso após os acontecimentos políticos registados em Portugal, foi o mesmo transferido para a cidade de Lisboa onde uma notável equipa de trabalho conseguiu, em poucos dias, montar um evento que, hoje em dia, começa a ser preparado com largos meses de antecedência. Mas a improvisação e o sentido de “última hora” peculiar dos portugueses levaram a melhor, tal como a fantasia tecnicista dos artistas da bola e do stíck que, no Pavilhão dos Desportos, viriam a conseguir o único triunfo num Mundial na década de 70.” Gouveia, 2002, p. 75-79. (…)

“Cristiano Pereira, do FC Porto, um “produto” das anteriores selecções de juniores e desde 1971 no escalão máximo, seria o melhor marcador da equipa, com 20 golos, seguido de Livramento, com 18, de Jorge Vicente, com 15, e de outro jovem que viria a evidenciar-se na história dos tecnicistas espectaculares do hóquei em patins, de seu nome Vítor Carvalho, mas que todos conheciam por Chana, com 16 golos marcados, 8 dos quais à Suíça.” Gouveia, 2002, p. 79. (…) “Globalmente, e ao invés de outras modalidades que passaram a desenvolver-se mais através do desporto na escola, o hóquei em patins não melhorou a qualidade (a quantidade sim) dos seus praticantes. No entanto, os processos de trabalho começaram a ganhar mais rigor, as cabeças das pessoas começaram a ter maior liberdade de pensar em processos de formação, e estabeleceu-se que o ciclo de vida do praticante teria de começar bem cedo. Daí até um movimento chamado “Promoção” foi um passo; nascido em 1973, ganhou força e argumentação moral após o 25 de Abril, colocando jovens a patinar e em competições adaptadas entre os 5 e os 12 anos de idade, promovendo ao mesmo tempo cursos para jovens árbitros. Até 1977 havia movimentado cerca de oitocentos jovens, sendo que na selecção nacional de juniores campeã da Europa, em 1980, nada menos de cinco jogadores tinham “nascido e crescido” na “Promoção”: Alexandre Serra, Oliveiros,

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João Rodrigues, Hemâni e Paulo Gomes, respectivamente do Oeiras, Sporting, Oeiras, CA Campo de Ourique e Alenquer. Registe-se, igualmente, que a grande escola da linha do Estoril (ou de Cascais) havia despertado no início da década, sendo mais que justo destacar os nomes de Padre Miguel (Juventude Salesiana), Francisco Gomes Estêvão (Parede e Paço d’Arcos), Ricardo Mendonça (Paço d’Arcos) e Xavier (Cascais), além de muitas outras pessoas que, com um trabalho quase incógnito, ensinaram a patinar, primeiro, e a perceber o hóquei, depois, a muitos milhares de jovens.” Gouveia, 2002, p. 79-80. (…) “1976-1977 seria o ano da primeira Taça dos Vencedores das Taças, e aí Portugal fez a “dobradinha” através da Associação Desportiva de Oeiras, com uma equipa que incluía, entre outros, Carlos Alves, Francisco Salema, José Rosado, Vítor Rosado, Carvalho, Cristóvão, José Pereira, José Manuel, Piteira, muitos deles já envolvidos nos trabalhos da selecção nacional. Frise-se que a AD Oeiras conquistou de novo o troféu em 1977-1978 e em 19781979, tendo sido o primeiro clube português a ter na sua equipa técnica, a tempo inteiro, um preparador físico, exemplo que seria de imediato seguido por todos os clubes da I.ª Divisão, nas épocas seguintes. Era já o advento do trabalho de grupo, ainda que de início olhado com alguma desconfiança pelo treinador principal; faltará a fixação de uma terceira figura, que já existe nalguns clubes e será fundamental no futuro: o treinador de

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guarda-redes.” (…) Nos juniores, cinco campeonatos da Europa vencidos, em nove possíveis, um saldo bastante positivo, a revelação de alguns nomes e um futuro relativamente assegurado veremos a seguir. A década estava a findar. Em 1978, e após dezassete anos consecutivos na selecção de seniores, António Livramento despede-se da equipa das quinas com um modesto 3.° lugar no Mundial de San Juan, Argentina.” Gouveia, 2002, p. 81.

A década de 1980 16. “Parar para pensar” ou “o signo da encruzilhada”, tema fulcral da entrada difícil dos homens do hóquei em patins na década de 80. Os desaires dos últimos anos avivaram a lucidez de raciocínio dos dirigentes federativos após verificarem que o “seu” desporto não era feito só de foras-de-série – que aliás começavam a estar em vias de extinção – e que o índice técnico e táctico dos nossos adversários ia subindo gradualmente. Na revista Patinagem, de Março de 1980, José Castel-Branco, presidente federativo, dizia: “Não mais goleadas, não mais jogos antecipadamente considerados fáceis; cada jogo é uma final, quer se trate de defrontar a Espanha ou a Suíça.” Por outro lado, era perceptível que “lá fora se preparam as selecções física, técnica e


tacticamente para embates com equipas mais fortes. Nós, na parte física, ficamos a perder, restando-nos a técnica individual, bem melhor que a táctica”. E continuava deste modo: “Durante cerca de trinta anos bastou-nos fazer ‘bem’ para as coisas se resolverem. Hoje, é necessário fazer ‘depressa e bem’, o que infelizmente há pouco quem.” E terminava desta forma: “Compete aos técnicos portugueses estudar uma busca de soluções baseadas nas características dos hoquistas nacionais; estamos, pois, na encruzilhada ... “ Gouveia, 2002, p. 82. (…) “O diagnóstico estava feito, só que a receita nem sempre seria a mais correcta e os erros de percurso iriam acontecer até finalmente Portugal entrar de novo no caminho certo. Para isso foi preciso que os técnicos percebessem que jamais poderiam continuar a apostar apenas e só na técnica e na criatividade dos seus atletas; a preocupação pela vertente táctica tinha de aflorar aos espíritos mais avançados, e a condição física dos atletas teria de ser cuidada por especialistas dessa área (o que viria a acontecer), partindo do pressuposto de que essas pessoas não queriam tomar o lugar do treinador principal, mas tão-somente auxiliá-lo nas suas lacunas.” Gouveia, 2002, p. 83. (…) “Por outro lado, o processo seria longo e haveria que ter alguma paciência para não esperar resultados imediatos; era também necessário compreender que os tempos que aí vinham eram de reno-

vação, de ciclos descontínuos, e se hoje se ganhava nas camadas jovens, poderia no mesmo dia ser-se derrotado em competições dos mais velhos. E assim aconteceu: em 1980, como já se viu, Portugal foi campeão europeu de juniores e nesse ano ficou em 3.° lugar no Mundial de seniores, no Chile; em 1981, voltou a perder os Europeus de juniores e seniores, mas venceu o primeiro Campeonato da Europa de juvenis, realizado em Haia, na Holanda. Esta prova, destinada a rapazes de 15/16 anos, viria a ser considerada a primeira abordagem do jovem praticante às vivências do percurso para a alta competição; por estes campeonatos passaria uma boa percentagem de futuros componentes da equipa absoluta, sendo que a necessidade de observação de jogadores com estas idades obrigou a uma reformulação completa das competições nacionais; daria mesmo lugar, após o período da Promoção, à necessidade de serem realizados torneios inter-associações com o objectivo de ser avaliado o trabalho dos treinadores das camadas jovens e, obviamente, serem escolhidos os grupos alargados para os dez da selecção nacional.” Gouveia, 2002, p. 83-84. (…) “Mas nesse ano de 1981, com temperaturas de 14 graus negativos em pleno mês de Dezembro, oito rapazes fizeram o seu teste internacional durante quatro dias e com três jogos por dia, finalizando com uma concludente vitória frente à Espanha; a bandeira nacional a subir, o hino de Portugal e os emigrantes portugueses na Holanda foram para eles um

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espectáculo inolvidável, que não era mais que um déjà vu do hóquei em patins português, até ali e desde aquela data até hoje! Os seus nomes e clubes: Paulo Morte, Nuno Martins e Carlos Campão, do Parede; Vítor Silva e Paulo Baptista, do Paço d’ Arcos; João Vaz, do Benfica; Paulo Barroso e João Albuquerque, do Campo de Ourique e Carlos Garção, do Alenquer e Benfica, comandados por José Lisboa. Um marco histórico que aqui se regista.” Gouveia, 2002, p. 84.

O Troféu Juan António Samaranch, que premeia a equipa que mais Campeonatos do Mundo venceu em 25 edições. Apenas Portugal o possui, e poderá conquistar o segundo ...

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“No Nacional da 1.” Divisão e na Taça de Portugal o êxito continuava a morar na Luz, mas no dealbar de 1982 toda a gente apontava baterias para o Mundial de Barcelos, que iria decorrer em Maio, estando a pré-selecção de dezassete elementos a trabalhar sob as ordens de Júlio Rendeiro e António Livramento. O cheiro a vitórias num Mundial perdera-se em 1974 e, em casa, era o “agora ou nunca”. Aliás, em 1980, também em Barcelos, os juniores haviam saído vencedores e a cidade minhota preparava-se para ser catedral do hóquei em patins. E assim foi: depois de uma fase em Lisboa, praticamente um “passeio”, onde pela última vez se misturaram as equipas das 1.ª e 2.ª Divisões mundiais, Portugal passou à 2.ª fase, em Barcelos, no papel de favorito perante um clima de enorme euforia, com o pavilhão a abarrotar de gente todas as noites. Nos resultados, desequilibrados, da fase de Lisboa, o destaque pela negativa dos 56-1 à Guatemala, com 26 golos de José Virgílio, jogador do Monza, de Itália, e filho de um antigo campeão do Mundo – como o hóquei é familiar... – Virgílio Domingues, do Paço d’Arcos. Depois, bom, depois foi a festa que se esperava. Itália, Holanda e Chile (com dificuldade), Argentina, Brasil, Suíça, Angola, Estados Unidos e, finalmente, a Espanha (5-3) não resistiram, no campeonato mais longo de toda a história, com Portugal a efectuar quinze jogos sem conhecer o sabor da derrota. (…) Para a história, os heróis do campeonato e os clubes a que pertenciam na altura:


António Ramalhete, João Sobrinho, Vítor Rosado e Chana, do Sporting; Fernando Pereira, José Carlos, Cristiano Pereira e José Leste, do Benfica; José Virgílio, do Monza e Frankelim Pais, da Juventude de Viana; o terceiro guarda-redes foi Domingos Guimarães, do FC Porto.” (…) “Depois desta vitória, Portugal só voltaria ao título máximo nove anos depois, na Cidade Invicta. Apenas Frankelim, como jogador, e Cristiano Pereira, como seleccionador, repetiriam em 1991 o êxito de 1982.” Gouveia, 2002, p. 85-86. (…) “Em 1981 entrava pela primeira vez na selecção de seniores um jovem de Espinho, jogador do FC Porto, de nome Vítor Hugo, que viria a ser, em nossa opinião, o último malabarista do hóquei português. Mas não estava só: Vítor Bruno, Frankelim, Alves, Carlos Realista, Tó Neves (ainda júnior) e Domingos Guimarães contribuíram como espinha dorsal da equipa durante o poderio azul e branco de oito anos, mesmo descontando as idas para Itália de Vítor Hugo e Vítor Bruno, e de Realista para o Barcelona.” Gouveia, 2002, p. 85-86. (…) “A propósito do êxodo de jogadores portugueses para o estrangeiro, refira-se que, em finais de 70, durante a década de 80 e nos primeiros anos da de 90 Portugal “exportou” cerca de cinquenta atletas, sobretudo para Itália que era o eldorado dos jogadores de hóquei em patins. (…)

Como quer que seja, o hóquei italiano registou um surto de desenvolvimento nas camadas jovens, tendo como consequência um domínio nos Europeus de juniores (seis vitórias) e juvenis (quatro) na década de 80, dois Mundiais de seniores (86 e 88) e um Europeu de seniores, em 1990. Até que ponto os portugueses, jogadores e treinadores, em Itália, contribuíram para essas vitórias não é possível saber-se, mas os próprios transalpinos confirmam ... “Gouveia, 2002, p. 87-89. (…) E veio 1983 e o Simpósio de Roma, onde Portugal esteve presente através de uma delegação da FPP comandada por José Castel-Branco e por dois treinadores, um a trabalhar em Itália, Francisco Velasco, ex-internacional, e outro ex-jogador da selecção, José Casimiro, na altura a comandar as equipas nacionais de juniores e juvenis, os quais era suposto representarem os técnicos portugueses. Do Simpósio ficou, como dado negativo, a aprovação da nova linha de antijogo a coincidir com a linha de meio-rinque, não se sabendo bem quem foi o autor da proposta, embora ela seja portuguesa! (…) O “grupo excursionista”, como lhe chamaram na altura, descartou-se, de algum modo, das propostas aprovadas, mas o hóquei em patins, no dizer dos seus colegas treinadores em Portugal – e que nem sequer foram ouvidos – nunca mais foi o mesmo; passou a jogar-se em 20x20 metros, e o índice atlético passou a pesar no jogo em detrimento do desenvolvimento da técnica individual. Julgava-se

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que os países de menor índice técnico e maior capacidade atlética iriam equilibrar o jogo e os resultados, mas os anos seguintes não confirmaram essa suspeita; as nações da vanguarda bem cedo se adaptaram à nova situação – e aqui os preparadores físicos tiveram um papel fundamental – e continuaram no topo da tabela com uma ou outra intromissão da Alemanha, Holanda e, mais recentemente, da França e da Suíça. Todavia, e até final da década, Espanha, Portugal, Argentina e Itália dividiram as vitórias, com o nosso país a conquistar apenas o Europeu de 87, em Oviedo, e a Espanha a vencer em 1989 e a ter de esperar onze anos até ganhar o Europeu de 2000. (…) Mas em 1985, no Europeu de juvenis de Palma de Maiorca, nascia outra geração de ouro, alguns neste momento prestes a terminar as carreiras com um currículo valioso. Os seus nomes, todos os conhecem: José Carlos, Paulo Alves, Paulo Almeida, Pedro Alves, Rui Lopes, que se juntaram a Tó Neves, “nascido” no Europeu de 82, em Zandaam, e aos quais se ligaria, no ano seguinte, Vítor Fortunato, também vindo dos juvenis.” Gouveia, 2002, p. 89-90. (…) “Ano de 1985. Juvenis em alta, como se viu, sob o comando de Vítor Pinheiro, juniores, 2.° lugar em Paris, com o técnico José Fernandes à frente, e aí vinham os seniores escolhidos por António Livramento – que treinava o Bassano, de Itália – a caminho da então já considerada Catedral de Barcelos, que queria ver o tri

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no Europeu, depois dos juniores em 80 e dos seniores em 82. Só que a pressão sobre os atletas foi tal que a “obrigação” de ganhar influenciou negativamente a equipa. Depois, na final com a Espanha, foi a falta de vergonha total de um público enraivecido que atirou dezenas de garrafas de água para a pista, acertando naturalmente nos jogadores espanhóis cujo único “crime” foi vencerem a partida e o campeonato. Ficaram célebres as fotos de Vila Puig a fugir às garrafas para dentro da baliza, com algum teatro à mistura ...” Gouveia, 2002, p. 92. (…) “Vivia-se, nos seniores, um tempo de “vacas magras”. Em entrevista à revista Golpe Duplo, Livramento afirmava que o nosso hóquei não estava em crise, os outros países é que haviam evoluído, sobretudo a Itália, sendo certo que o colectivismo passou a fazer muito mais sentido do que, como até então, a aposta no individual.” Gouveia, 2002, p. 93. (…) “Não admirou que a Itália vencesse os dois Mundiais seguintes, de 86 e 88, respectivamente em Sertãozinho e na Corunha, mas, em 1987, Portugal foi a Oviedo alcançar o 1.º lugar no Europeu. O grande herói, além do colectivo, foi o capitão da equipa, Vítor Hugo, com excelentes exibições e 25 golos marcados, quase metade do score total da equipa; foi uma vitória brilhante, sem dúvida, mas deu para ver que o poderio de outros tempos estava nitidamente repartido pelos outros


países, além de que os outsíders, que não ganham as provas, passaram a ser influentes no percurso dos favoritos rumo à vitória, pelas dificuldades que cada vez mais colocam. E a Espanha iria sentir isso no Mundial de 91, como veremos ...” Gouveia, 2002, p. 93. (…) “Os Jogos Mundiais surgiram para compensar os desportos não-olímpicos através de uma manifestação desportiva que reunisse as modalidades sem o estatuto mais desejado; em termos de espectáculo, muitos poderiam oferecer exibições valiosas, apaixonantes mesmo, onde a velocidade, a força e outros atributos seriam um aliciante para o público, ao mesmo tempo que poderia ser o primeiro passo para alcançarem o tão almejado estatuto olímpico. Os Jogos seriam de quatro em quatro anos, tal como os Olímpicos, tendo principiado em 1981, em Los Angeles. Portugal foi o vencedor, para, quatro anos depois, em Londres, se quedar somente na 3ª posição, atrás da Itália e dos Estados Unidos. Em 1989, em Karlsrue, Alemanha, de novo a vitória lusitana, entre seis países como de costume, precisamente os seis primeiros classificados do último Campeonato do Mundo.” Gouveia, 2002, p. 96.

A década de 1990 17. “Sob o signo da esperança, iniciou-se a última década do século XX, em que o desejo de recuperação do título mundial absoluto determinou a consciencialização do objectivo único: quebrar o jejum que durava desde 1982, e continuar o relançamento de novos valores que haviam despontado em 1985, na categoria de juvenis, e que viriam a constituir, durante largos anos, o esqueleto de uma selecção ganhadora.” Gouveia, 2002, p. 97. (…) “Abre-se aqui um parêntesis para recordar uma situação que tem passado ao lado de muita gente e que respeita, na sua essência, a valores de formação de atletas. É um facto que desde que haja presença de selecções nacionais em qualquer Europeu de qualquer categoria, o objectivo da vitória final acompanha toda a comitiva portuguesa. Contudo, a carga de um triunfo num campeonato de juvenis ou de juniores tem indiscutivelmente menor relevância que um Mundial ou mesmo Europeu de seniores; assim, deve ser um dado adquirido que, durante a sua formação, um atleta não pode “comer” etapas, mas sim evoluir ano a ano, passo a passo, até atingir padrões de qualidade só inerentes a adultos já formados. Por isso mesmo, é vulgar um jovem despertar em juvenil, apagar-se em júnior e renascer em sénior. Foi o que aconteceu com a geração que na década de 90 obteve grandes vitórias para o nosso

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país; passando quase despercebida, sem títulos, na categoria que antecede os seniores, surgiu adulta e confirmou a regra.” Gouveia, 2002, p. 97-99. (…) “E assim foi realmente. Perante um público que encheu o Pavilhão Rosa Mota, Portugal reconquistou, nove anos depois, o tão ambicionado campeonato e, mais do que isso, alterou radicalmente a sua filosofia de comportamento de grupo, entrando naquilo a que se pode chamar uma nova maneira de estar no desporto de alta competição. Cristiano Pereira rendeu António Livramento no comando técnico, ainda que tenha saído logo após a prova, cedendo de novo a posição a Livramento. Mas os dados estavam lançados e em 1992 iniciou-se uma série completa de quatro títulos Europeus consecutivos (1992, 1994, 1996 e 1998), com a conquista do bi-Mundial, em 1993, em Itália, a confirmar as alterações produzidas na equipa bem como no formato comportamental.” Gouveia, 2002, p. 99-101. (…) “No Mundial de 93, em Milão, Portugal esteve na final com a Itália, e houve a necessidade de prolongamento e grandes penalidades para decidir o vencedor. Após jogadores muito experimentados de ambos os países terem falhado, um miúdo, ainda júnior, do FC Porto, de nome Filipe Santos, desinibido como é seu timbre, atirou ... e fez o golo, para Máximo Mariotti falhar logo a seguir. Era o título alcançado, melhor, o bi, que daria a Portugal a hipótese de dividir a década com a Argentina, vencedora em

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1995 e em 1999, com a Itália de permeio, em 1997, em Wuppertal, onde o losango transalpino surpreendeu tudo e todos. A Espanha continuava arredada de triunfos em Mundiais, desde 1989. O grupo de 85 continuava a cumprir a sua obrigação; venceu muito, perdeu pouco, naturalmente que outros se seguirão efectuando mais uma etapa dos ciclos de vida desportiva. Assim, as actuais bases tenham (e parece que têm!) as perspectivas de que este maravilhoso grupo dispôs.”. Gouveia, 2002, p. 101. (…) “Nas camadas mais jovens, verificou-se o renascer das vitórias nos Europeus de juniores, que praticamente haviam deixado de surgir desde o início de 80.Três triunfos consecutivos, em 1992, 1993 e 1994, sob o comando de João Meireles, mas depois nova época “de seca”, até que em 2000, de novo no Porto, a alegria e a esperança de um novo grupo de jogadores – outra fornada – que nasceu no seio do êxito de três Europeus de juvenis consecutivos, de 1998 a 2000, sob a batuta de José Pedro Martins.” Gouveia, 2002, p 101-104. (…) “Mas o dado mais saliente foi o renascimento do hóquei em patins no feminino, falhada que foi a experiência dos anos 50. Com apenas duas equipas inscritas oficialmente em Portugal, o Vila Boa do Bispo e o Alfena, a FPP arriscou a presença no primeiro Europeu da categoria, na Suíça, e não se deu mal, criando fôlego para o desenvolvimento em quantidade, de onde derivaria mais tarde a qualidade. E assim foi. Ao apalpar do terreno dos primeiros


tempos, com o seleccionador Joel Pinto, veio o 4.° lugar no Mundial do Algarve, em 1994, para em 1996, no Brasil, com Jorge Lopes no comando da equipa, se conseguir a primeira subida ao pódio, no degrau mais baixo, é verdade, mas correspondendo a uma medalha de bronze! Em 1997 e 1999, nos Europeus de S.João da Madeira e de Springe, na Alemanha, foi a consagração com duas vitórias, acontecendo o tri em Molfeta, Itália, em 2001. Faltava agora alcançar o ouro nos Mundiais de 1998 (Buenos Aires) e 2000 (Marl, na Alemanha), mas veio só a prata com a certeza de que, mais ano menos ano, as nossas raparigas ascenderão ao 1.º lugar no confronto mundial.” Gouveia, 2002, p. 104-108 “A nível nacional, no feminino, há que registar a existência de cerca de quarenta equipas, quase todas com uma iniciação específica hoquista, ou seja, sem recurso, como nos primeiros tempos, a jovens oriundas da patinagem artística, onde não tinham lugar por falta de capacidade técnica. Com este desenvolvimento, não admira que, em dez anos, os títulos tenham sido divididos por várias equipas, não havendo uma predominância de nenhum clube, ainda que, a exemplo das equipas masculinas - a inversão total de valores ... - já existam estrangeiras no hóquei feminino, quando ainda não se esgotaram todas as hipóteses de formação. Mas espectáculo é espectáculo e o jogo, hoje, não é como há cinquenta anos.” Gouveia, 2002, p. 108-110

A primeira Medalha de Ouro, no Europeu de 1997, em S. João da Madeira: Raquel Pinto, Ana Carapuça, Sónia Marcelino, Eduarda Fonseca, Sandra Silva, Ana Gomes, Carla Neves, Ana Emnio, Carla Alves e Salomé Gonçalves.

“Nas provas nacionais masculinas, o FC Porto manteve a embalagem dos anos 80, dominou o Campeonato no princípio e no fim da década e, pelo meio, foi vencendo a Taça de Portugal aqui e ali. Confirmou, no fundo, toda a valia de um clube que fez do hóquei em patins uma das principais bandeiras, a seguir ao futebol. O Benfica, mantendo a espinha dorsal da equipa durante vários anos, tal como o FC Porto, provou que o conhecimento mútuo dos atletas e o colectivismo que daí advém são os principais artífices de um triunfo; não admira que os encarnados tenham ganho cinco Campeonatos em dez anos e outras tantas Taças. Mas um terceiro protagonista se juntou aos consagrados e passou a figurar no lote

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dos crónicos candidatos ao título: Óquei Clube de Barcelos – assim mesmo sem h no Óquei! – vencedor de três Campeonatos e duas Taças de Portugal. Da 2: Divisão, ainda na década de 80, alcandorou-se a um posto cimeiro e respeitado, graças à visão do então seu presidente, Jorge Coutinho, que encetou uma política de contratação de jogadores de gabarito, culminada com a aquisição, nos últimos anos, dos irmãos Bertolucci, entre outros. Aliás, política seguida por muitas outras equipas, como o Benfica, com os irmãos Velázquez, o FC Porto, com Edu Bosh, o Infante de Sagres, com quase metade da jovem selecção espanhola, etc.” Gouveia, 2002, p. 110-111 (…) “Recordamos ainda outros dados históricos dos anos 90, concretamente a presença do hóquei nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, como modalidade de exibição, do que trataremos noutro capítulo, e os Jogos Mundiais de 1993, em Haia, onde o nosso país voltou a vencer. Para encerrar a década, uma referência que se impõe: as Taças Europeias de Clubes deram bastantes alegrias aos adeptos de muitos clubes portugueses presentes, mas o maior triunfo pertenceu ao Óquei de Barcelos na época de 90-91, em que venceu a Taça dos Campeões Europeus, a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental, feito jamais alcançado por um clube nacional. Nesse mesmo ano, Portugal fez o pleno, com o Sporting a ganhar a Taça das Taças e o Benfica a vencer a Taça CERS. Também FC Porto (por duas vezes), Barcelos, Oliveirense e Paço d’Arcos

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ganhariam a Taça CERS, tendo os minhotos vencido, em 1993, a Taça das Taças.” (…) “Na História do hóquei em patins não há propriamente um epílogo, antes se encerra um ciclo e recomeça outro. Para que continue o brilhantismo que a modalidade alcançou é necessário que jogadores, treinadores e dirigentes trabalhem cada vez melhor. Pela nossa parte, resta-nos a fundada esperança de que um dia – e já não estará longe – o magnífico espólio da Federação, espelho de tantos e tantos êxitos do nosso hóquei, descanse – e seja enriquecido dia a dia – no futuro Museu António Livramento.” Gouveia, 2002, p . 112-115 18. E não resisto a transcrever mais um pequeno naco de prosa de Silvestre Lacerda, sempre tão atento a todos os aspectos que considera, como eu considero, importantes na história do hóquei em patins: “Em ambientes citadinos, particularmente em Lisboa e no Porto, e após a enorme onda de difusão e de propaganda ocorridas na sequência da conquista pela equipa portuguesa do 1º lugar no Campeonato Mundial de Hóquei em Patins, em 1947, passou a constituir imagem vulgar a ocupação das ruas e becos por crianças oriundas das designadas classes populares, para entusiásticos jogos de hóquei, em que os “sticks” eram paus recurvados ou mesmo troços de couve-galega e a bola novelos de papel ou trapos envoltos em meias-de-vidro.” (Sublinhado meu, J.C.N.) Lacerda, 1991, p. 10.


Só tenho este comentário: não estávamos sós!… 19. Acrescento aqui apenas mais um pouco do ‘site’ da AEIST, como uma espécie de resumo do que ficou dito até aos anos 80: “- 1873, em Portugal, teriam aparecido os primeiros patins de rodas que pertenciam à Rainha D. Maria Pia, que em Mafra (são bem conhecidos e famosos os corredores do Convento de Mafra) se exibiu neles e se julga terem sido trazidos de Paris por Madame Daupiás. Tem imensa curiosidade ver na sala dos troféus da F.P.P., um par de patins em madeira (a rodas), que dizem ter sido utilizados pelo Príncipe Luís Filipe de Bragança, filho de El-Rei D. Carlos e da Rainha D. Amélia. Estes patins foram encontrados no Palácio Ducal de Vila Viçosa. - 1904, é construído em Portugal (Lourenço Marques), no Teatro Varietá, o primeiro rinque de Patinagem. - 1905, os dados cronológicos registam o aparecimento do Hóquei em Patins em Inglaterra, no ano de 1877, muito embora o processamento da sua forma competitiva, devidamente institucionalizada, só se viesse a verificar em 1905. - 1907, é entregue na Câmara Municipal de Lisboa um requerimento para construção de uma Pista de Patinagem, todavia, parece que, na verdade, não passou da entrega do requerimento, pois sobre tal nada mais se encontrou. - 1908, inscrevem-se os primeiros hoquistas e o Jornal Sports, de 12 de

Fevereiro, notícia a prática de patinagem na garagem das Galerias da Sociedade Portuguesa de Automóveis. Porém, também ao que consta, já em 1905 se praticava a modalidade em Carcavelos (onde habitavam muitos Ingleses) e no Colégio Militar. - 1912, aparece em Portugal Continental o primeiro rinque, por iniciativa de Recreios Desportivos da Amadora, e o primeiro jogo, entre o Clube de Desportos de Benfica e aquele Clube da Amadora, e que o C. D. de Benfica venceu por 2-0. Também neste ano, em Itália (Milão), se começa a praticar o Hóquei em Patins. - 1916, Cosme Damião, presidente do Benfica, manda vir de França os Regulamentos do novo desporto que era o Hóquei em Patins, e que foram traduzidos pelo grande jornalista, e director do extinto “Mundo Desportivo”, Raúl de Oliveira. É neste ano que duas equipas do Sport Lisboa e Benfica, no rinque da Avenida Gomes Pereira, disputam um encontro segundo as novas regras. - 1917, é organizado o primeiro torneio de Hóquei em Patins, em que tomam parte os seguintes clubes: Sport Lisboa e Benfica Recreios Desportivos da Amadora Ginásio Clube Português Escola de Educação Física Portugal Foot-Ball Club Carcavelos Hockey Club Estes torneios têm continuidade nos anos de1918,1919 e 1920. - 1930, A Selecção Nacional participa pela primeira vez no Campeonato da Europa. A sua representação foi entregue ao Sport

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Lisboa e Benfica, e para a história, a equipa era formada por: Fernando Adrião (pai), António Adão, Germano de Magalhães, José Prazeres e Leonel Costa. - 1947, Portugal conquista pela primeira vez na sua história o título Mundial, em Lisboa. - 1956, Neste ano, também teve início o Campeonato Europeu de Juniores, tendo como primeiro vencedor a equipa Portuguesa. - 1977, inicia-se a disputa da Taça dos Vencedores das Taças, que tem como primeiro vencedor a Associação Desportiva de Oeiras. - 1980, começa a disputar-se o Campeonato Europeu de Juvenis (Portugal é o primeiro vencedor) e a Taça C.E.R.S. (que tem como primeiro vencedor o Grupo Desportivo de Sesimbra).” 20. Algumas das informações anteriores podem ser precisadas ou alargadas. Assim, o primeiro campeonato internacional em que Portugal participou, em 1930, realizou-se, como já foi dito, em Inglaterra, em Herne-Bay, nos subúrbios de Londres, e os jogadores que a constituíram pertenciam todos ao Benfica. O seccionador foi Víctor Lemos e o dirigente era Gaudêncio Costa. (Hóquei, 1956, p. 41). Da equipa de 1930, fizeram parte os jogadores acima indicados, mais o suplente José Carlos de Sousa (Hóquei, 1956, p. 35). No “Programa Oficial” agora citado, existe um texto intitulado

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“Homenagem a quem tanto a ela tem jus” (infelizmente não assinado) que presta uma homenagem sentida, até pela relativa proximidade, a estes verdadeiros ‘desbravadores’ de um terreno novo e cheio de dificuldades, como sempre acontece no início de qualquer descoberta, dizendo: “Foram eles os homens que «fizeram» o hóquei em patins português no campo internacional. (…) Todos eles têm jus ao galardão máximo: Adrião, sobre ter sido, no seu tempo, o melhor «keeper» do Mundo, vê continuados em seu filho (do mesmo nome e fama) os predicados de um extraordinário praticante; Adão, jornalista probo e sabedor, ao mesmo tempo comentarista da Rádio, tem contribuído firmemente para a expansão do jogo; Prazeres foi o treinador que deu a Portugal o primeiro Campeonato do Mundo – e outros mais…; Magalhães, símbolo da amizade e do desportivismo, é o único desaparecido já das impurezas da vida – mas como sempre quis, com os patins nos pés, no intervalo do encontro de veteranos que inaugurou o rinque de Santarém; e Leonel, presentemente o «responsável» pela Selecção do País após ter sido um dos nossos mais famosos «esquerdinos»; José Carlos foi mais tarde auxiliar do Seleccionador. Honra, pois, a estes Homens – Paladinos da Causa Hoquista.” (Hóquei, 1956, p. 35 e 41). Em 1939, esta mesma selecção enfrentou, em Lisboa e em jogo amigável, a Itália, com quem empatou (3-3) e, em 1945, também em jogo amigável e de propaganda do novo desporto, a Suíça, que venceu por 6-1.


Também em 1939, iniciou-se o campeonato nacional, cuja final foi disputada entre os campeões de Lisboa – o Sporting – e do Porto – o Infante de Sagres – com vitória do clube lisboeta (Hóquei, 1956, p. 41). Por esses anos 30, formaram-se equipas de clubes, em que se destacaram o Amadora e o Benfica, “e constitui-se o indispensável organismo coordenador: a Liga Portuguesa de Hóquei. Mais tarde, já com as competições em pleno desenvolvimento, nasceu a actual Federação Portuguesa de Patinagem, sucedânea da Associação de Hóquei e Patinagem de Lisboa, com funções análogas às que hoje desempenha a Associação de Patinagem do Sul e que foi o primeiro organismo regional a ser criado” (Hóquei, 1956, p. 39). “As mais importantes iniciativas” da Federação Portuguesa de Patinagem, nesses anos 30 a 50 do século 20, ainda segundo os documentos que tenho vindo a seguir, foram as seguintes: “- organização de três campeonatos do Mundo e da Europa (dois em Lisboa: 1947 e 1949; e quatro no Porto – em 1952, 1956, 1958 e 1963 - Hóquei (1963), p. 69-75); e do - 2º Campeonato da Europa e do Mundo de corridas em patins (Dezembro de 1949 – em Lisboa; - viagem de propaganda da Equipa Nacional a Lourenço Marques, Lobito e Luanda (Outubro de 1949); - jogos particulares com a Itália (1939), Suíça (1945), Bélgica e Espanha (1948), de novo com a Bélgica (1951) e com o Brasil (1953) – os três primeiros e os dois últimos em Lisboa, o quarto em Madrid; - torneios internacionais de Lisboa e Porto (1949), com equipas da Bélgica

(Antuérpia), Espanha (Barcelona), Inglaterra (Manchester) e Itália (Trieste) (Hóquei, 1956, p. 43). - novos torneios internacionais, também em Lisboa, - o primeiro (1952) de homenagem aos jornalistas Raúl de Oliveira e Jorge Monteiro, o qual foi disputado com as representações da Bélgica (Antuérpia), França (Bordéus) e Itália (Trieste); - o 2º (1953) com a turmas da Alemanha, França e Itália, tendo Portugal apresentado três selecções (A, B e C); e - o 3º (1956) com a participação da Alemanha, Itália e Suíça; - organização do 1º e 3º Campeonatos da Europa de Juniores em Lisboa, com o concurso, em 1953, dos grupos da Bélgica, Espanha e França e, em 1956, dos grupos da Bélgica, Alemanha, Espanha, Holanda e França; e a - comparticipação nas Taças Amizade, séniores (1956 e 57) e juniores (1956), primeiramente em Lisboa, depois em Barcelona.” (Hóquei, 1958, p. 25 e 27). O documento de 1956 anota ainda, como “grandes êxitos de propaganda” da modalidade, algumas “iniciativas de clubes”, apontando como mais importantes as seguintes (lamentavelmente não as datando; embora, a índole do documento as coloque entre o final dos anos 30 e 1956): “- as visitas do Académico (Porto) e do Paço de Arcos ao Brasil, verdadeiramente triunfais; - a magnífica vitória do Campo de Ourique no torneio luso-espanhol de Vigo; - a ida de uma equipa do Norte, formada

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por jogadores do Académico e Infante de Sagres, a Módena, para disputar o Torneio da Primavera, classificando-se em 2º lugar, com o mesmo número de pontos que a Itália; - a comparticipação do Sintra no torneio da Páscoa, em Montreux; e - a visita do Benfica ao Ultramar.” 21. O documento de 1958 acrescenta um (agora) curioso toque colonialista: “Por outro lado, a visita do SNECI (1955) e da Selecção de Lourenço Marques (em 1957) constituem marcos imperecíveis na estruturação da unidade desportiva imperial.” (o que significa que havia mesmo quem continuasse a sonhar com um império do Minho a Timor) (Hóquei, 1958, p. 27). 22. Sobre dois dos pontos agora referidos – a visita do Benfica ao chamado ultramar e a visita do SNECI à dita metrópole – convém fazer algumas precisões. Para isso, vou socorrer-me do testemunho de Francisco Velasco. Esse testemunho, aliás notável a vários títulos, está no site da sua autoria, a que chamou “Carrossel”, em homenagem ao tipo de hóquei que o SNECI tornou famoso e que consistia, grosso modo, em rodarem continuamente, trocando a bola entre si, até que a desorientação eventualmente causada no adversário permitisse a “aberta” para o golo. Ele foi jogador daquele que era o grande clube de hóquei da época em Lourenço Marques, o SNECI, abreviatura de “Sindicato Nacional dos Empregados do Comércio e da Indústria”, que foi a nova denominação dada à Associação dos mesmos

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empregados, situada na Av. Pinheiro Chagas, em Lourenço Marques. Diz ele: “...a equipa do Sport Lisboa e Benfica, constituída por Barata e Antunes (GRs), Lopes, Cruzeiro, Lisboa, Perdigão, M. Almeida e Sousa Dias, deslocara-se a Moçambique, em 1953, a convite do Grupo Desportivo de Lourenço Marques, a fim de participar na inauguração do seu segundo recinto de patinagem.” (...) “As jornadas tiveram início no dia 18 de Junho, prosseguindo no dia 20 e 21, sendo este o dia em que o Benfica derrotou copiosamente o SNECI de que eu era componente.” (...) “A visita do Benfica, em finais da época de 1952/53, veio seguramente dar um impulso ainda maior à modalidade, com especial efeito na nossa equipa, a qual, na época seguinte, de 1953/54, com o regresso de António Souto, de Amadeu Bouçós e de Alberto Moreira, que andavam perdidos por outros clubes, impôs-se a todas equipas da cidade, incluindo o Clube Ferroviário, então campeão distrital. Estavam dados os passos que levariam o SNECI a interromper a época 1954/55, em Abril, de modo a poder deslocar-se a Portugal, numa viagem a todos os títulos memorável.” (...) “Para podermos fazer uma ideia do esforço e sacrifício exigido durante a digressão do SNECI por terras de Portugal e o modo como fomos solicitados até ao limite, descreverei o programa realizado. É fácil reconhecer que só a capacidade atlética de todos nós pôde suster a avalanche de jogos, intercalados por viagens contí-


nuas no Norte, para cima e para baixo, deste para o Centro, de regresso ao Norte, descida ao Sul, retorno novamente ao Norte, visitas a entidades e a clubes, idas a locais de interesse histórico, fábricas, estaleiros navais, almoços gentilmente oferecidos…” (...) “ Fizemos os primeiros 9 jogos no Norte em 12 dias, o que representou efectuar 3 jogos em cada 4 dias, tudo vitórias, com o seguinte resultado global: 84 golos marcados pelo SNECI e 16 sofridos.” (...) “Nesta última fase, com um regresso ao Norte para um empate e nova descida ao Sul para uma vitória, verificou-se um agregado de resultados que mostram 22 golos marcados pelo SNECI e 24 sofridos em 4 jogos. A digressão saldou-se com um total de 106 golos a nosso favor contra 40 marcados pelos adversários.” (...) “...esta primeira visita duma equipa de hóquei em patins a Portugal saldou-se indiscutivelmente por um enorme sucesso tendo surpreendido e entusiasmado todos que a viram jogar. Para culminar, e possivelmente como forma de incentivo, tanto eu como o António Souto fomos indigitados para acompanhar a Selecção Nacional que se preparava para disputar o XIº Campeonato do Mundo em Itália, onde fizemos a nossa estreia pela selecção, num jogo realizado em Modena.” (...) “ Ganhou a Espanha e o 2º lugar foi para a Itália, mas uma figura sobressaiu como um gigante acima dos demais: a de Fernando Cruzeiro, o médio de mais categoria a actuar na Europa.” (...)

“Diário da digressão - Abril de 1955: Dia 4 – Chegámos ao aeroporto da Portela de Sacavém de manhã, fizemos uma fotografia (...) Dia 5 – Partimos para o Porto onde fomos recebidos apoteoticamente na Gare de S. Bento, pernoitando e seguindo depois para Braga. Dia 6 – Em Braga, fomos recebidos pelas autoridades mais destacadas (...) À noite, no Estádio «28 de Maio», na nossa estreia, defrontámos a Selecção do Minho que vencemos por 10-1. (...) Dia 8 – Chegámos a Viana do Castelo e à tarde visitamos Santa Luzia (...) Á noite, enfrentámos a equipa do Sport Clube Vianense tendo vencido por 9-0. Dia 9 – Deslocámo-nos agora para Guimarães. Visitámos o Castelo onde fizemo-nos fotografar junto à estátua de Afonso Henriques. (...) Defrontámos depois, à noite, um misto Guimarães-Taipa que vencemos por 10-1. (...) Dia 11 – Viajámos para Aveiro onde se juntaram a nós os três jogadores suplentes que na semana anterior não tinham podido vir connosco por falta de lugar. (...) Seguiu-se uma recepção na sede do Clube dos Galitos cuja equipa, à noite, saiu copiosamente derrotada por nós por 17-0. (...) Dia 13 – À noite, no recinto do Lima, com a sua capacidade superlotada, vencemos o Estrela Vigorosa por 4-0, jogo a contar para o primeiro Torneio Quadrangular disputado pelo SNECI. Dia 14 – À noite, derrotámos o Infante de Sagres por 4-1, ganhando o torneio quadrangular e uma das mais valiosas taças conquistadas na Metrópole. (...)

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Dia 16 – Chegada a S. João da Madeira. (...) À noite, batemos a equipa do Sanjoanense por 6-3, após uma partida muito renhida. Dia 17 – Partimos para Coimbra (...) À noite defrontámos a Selecção de Coimbra que vencemos por 9-2. Dia 18 – Rumámos para Oliveira de Azeméis (...) À noite vencemos a equipa da Escola-Livre local por 12-5 (...) Dia 26 – De regresso a Lisboa, após uma semana (cujas recordações se esvaíram), jogámos no Pavilhão dos Desportos, contra o Clube Atlético Campo de Ourique, campeões nacionais (...) Neste jogo, ensombrado pela anulação dum golo no último minuto, que nos daria um empate, ainda fizemos uma recuperação nos últimos nove minutos, de 1-6 para 5-6 que foi o resultado final. Dia 29 – Neste dia, (...) disputámos um jogo memorável, contra o Sport Lisboa e Benfica, o melhor disputado na Metrópole, tendo perdido por 3-6.

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Maio de 1955: Dia 1 – Jogo em Sintra, onde perdemos com o Hockey Club de Sintra 4-6. (...) Dia 5 – Viajámos para o Norte a fim de defrontar o Clube Académico do Porto, tendo empatado 3-3. Dia 9 – Regressámos ao Sul para o jogo contra a Associação Académica da Amadora que vencemos por 10-6. (...) Dia 14 – A equipa do SNECI chega a Moçambique.” (V : SNECI em Portugal 1955)


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Aparecimento do Hóquei em Patins em Valongo

Daqui – desta terra onde a crise, por grave que seja, não provoca amnésia – vai um recado.” Correio do Douro, de 30.04.2013 “O progresso da modalidade nunca foi linear, avançou e regrediu repetidas vezes devido à falta de “história” escrita, ou adulteração da mesma, nalguns casos.” VELASCO: “Carrossel”, Lourenço Marques, em 20110223

O começo 23. É preciso algum esforço da imaginação para se perceber o ambiente que então se vivia, naqueles distantes anos 40-50 do século 20. Valongo tinha um campo de futebol (que ainda existe) e um clube de futebol: não havia qualquer outro desporto, a não ser os passeios e corridas de bicicleta que faziam os mais afortunados, que podiam ter uma. Havia um cinema, de gratas recordações, já tinha havido teatro, que desaparecera... e mais nada... Percebe-se que a maior parte da juventude se sentisse entediada e frustrada. Os mais velhos colmatavam as lacunas indo procurar no Porto as diversões ou os desportos de que careciam.

Então, paulatinamente, começaram a chegar notícias dos sucessos, quase inacreditáveis, da equipa portuguesa de hóquei em patins em campeonatos internacionais: primeiro em 1947, depois, sem intervalo, em 1948, 1949, 1950, 1951, 1952... Chegavam-nos, claro, os relatos radiofónicos, muito entusiasmantes, sempre mais velozes que o próprio jogo… Apareciam as notícias nos jornais (que nas alturas dos campeonatos europeus ou mundiais eram e são sempre profusas e diárias…). Com alguma sorte, os mais afortunados acabavam por ver um documentário sobre os jogos nos cinemas do fim de semana. Custava a crer que aquilo era verdadeiro, que era mesmo verdadeiro. Porque, como diz com grande propriedade um autor citado atrás, todos nós estávamos rendidos à ideia de que éramos fracotes

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19540528_Flama_A selecção nacional em Barcelona

19540528_Matos, um dos semi-deuses… Em cima, vários outros

em desporto, sim, havia uns habilidosos, como o Eusébio, mesmo geniais, mas não tinham peso, eram casos isolados… Então, como era possível que tivessem surgido, não se sabia bem de onde, uns sujeitos a jogarem um jogo mal conhecido que batiam, sem dó nem piedade, equipas famosas e imbatíveis, como a Inglaterra, a Suíça, a França, a Bélgica, a Itália, a Espanha? À primeira sensação de incredulidade, sucedeu uma sensação de espanto: como era possível?!

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Também entrou em cena o humor: começou a circular o mito, meio brincalhão, meio sério, de que nós, portugueses, possuíamos um cromossoma, até aí desconhecido, que nos tornava imbatíveis naquela modalidade... Com o tempo, principiaram a surgir os “heróis”, os jogadores semi-deuses, que reverenciávamos. Imagens como estas (que recuperei do meu sótão) e muitas outras semelhantes, deixavam-nos quase em êxtase… E foi quando despertámos para a vivência dos já existentes clubes portugueses, no Norte e no Sul, alguns de grande qualidade técnica, como o Infante de Sagres e o Académico, no Porto, e o Benfica, o Paço de Arcos, o Amadora e o Sintra, em Lisboa; mais importante do que tudo, iniciámos o

desfrute ao vivo dos jogos desses clubes, primeiro através dos relatos radiofónicos e da imprensa escrita, mais tarde com a possibilidade de assistir mesmo a alguns desafios. Nesse aspecto, a vinda do SNECI ao Norte, já referida, foi de grande importância. Podemos entender melhor as características destas circunstâncias, deste contexto, se eu transcrever o relato que, em idêntica situação, faz o já nosso conhecido Francisco Velasco. “Decorria o ano de 1949, tinha eu catorze anos, quando a Selecção Nacional Portuguesa foi a Moçambique inaugurar o então novo rinque do Grupo Desportivo de Lourenço Marques. Dois anos antes, no Pavilhão dos

Acto solene da Inauguração

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Desportos, em Lisboa, Portugal tinha conquistado o primeiro Campeonato do Mundo, abrindo caminho a inúmeras vitórias internacionais ao longo das décadas seguintes. O efeito desse acontecimento foi fulminante e galvanizou várias dezenas de garotos que ouviam os relatos que chegavam pela rádio. Se bem que já praticassem a modalidade, a conquista do título mundial impulsionou-os para uma prática mais intensa, jogando-se entusiasticamente nas ruas, nos clubes, nas escolas e nos liceus. Todavia, foi a observação directa das actuações dos jogadores da Selecção Nacional que mais impacto teve nas mentes da garotagem que, durante dias, assistiu fascinada a exibições e resultados invulgares. Em termos concretos, foi-lhes revelado até que ponto se podia chegar na prática da modalidade e as sementes lançadas não foram desperdiçadas. Dez anos depois, meia dúzia desses miúdos, tornavam-se Campeões do Mundo e da Europa e vencedores de Montreux e da Taça Latina, iniciando um novo ciclo na modalidade do Hóquei em Patins Mundial que durou vários anos.” Velasco, Carrossel. É certo que os rapazes de Valongo não chegaram a ganhar Montreux e a Taça Latina, como eles fizeram – ganharam, com o tempo, outros montreux e outras taças – mas há pontos em comum, a começar na idade e a acabar no entusiasmo que as exibições, vistas, lidas ou ouvidas, suscitavam em nós.

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O encontro dos “fundadores” 24. Por volta de 1951-52, um grupo de amigos juntava-se todas as noites em casa uns dos outros, jogando cartas e discutindo as coisas da vida, como é normal entre amigos, e, entre elas, falava com entusiasmo das vitórias do hóquei nacional. A casa mais frequentada era a casa do Eduardo e do Álvaro Figueira. E o “grupo da sueca” era habitualmente constituído pelo Eduardo, por vezes o Álvaro (que era mais novo), o João Lino Vale, o Joaquim Fontes, o Jorge Braga, o Manuel Lino Resende e eu próprio. O hóquei estava no auge da popularidade, pelos motivos que fomos vendo, e ninguém era imune ao seu fascínio. Foi então surgindo a ideia de que seria divertido ter um grupo que jogasse hóquei e que, quem sabe, um dia até talvez pudesse disputar um campeonato com outras equipas… Toda esta rapaziada entusiasta já sabia ou foi aprendendo a andar de patins, com os velhos patins de ferro, nos sítios mais inimagináveis: nos passeios das ruas (apesar do quadriculado deles, que tornavam a circulação uma aventura perigosa…) nos pátios das casas e até na gare da estação do caminho de ferro, ao fundo da vila… Há relatos interessantes e antigos, que veremos adiante. O grande entusiasta da ideia do clube foi, como noutros casos e noutros contextos, o João Lino Azevedo Alves do Vale, então com 14, 15 anos, que seria mais tarde o Dr. João Lino Vale, distinto médico em Valongo e no Hospital Militar do Porto. Ele foi não apenas o entusiasta, mas o grande obreiro do clube, fazendo um pouco de tudo,


desde a organização e os estatutos, até ao móvel do primeiro balneário e à mesa de ping-pong da sede… Fomos amigos desde a escola primária e assim nos mantivemos sempre, mas não será essa amizade a impedir-me de exaltar a figura e o trabalho do João Lino em toda a sua extensão, porque é uma questão de inteira justiça. De resto, ele próprio se encarregou de não deixar por mãos alheias a paternidade (ou maternidade…) do clube, ao dizer, entre sério e brincalhão, uma frase que passou a ser citada pelos amigos e conhecidos: “Eu tenho oito filhos: os sete mais novos deu-mos a minha mulher e, graças a Deus, são todos perfeitinhos. Mas o mais velho, esse, pari-o eu. Sou eu a mãe. O seu nome é A. D. V.” Desse grupo inicial, faziam parte, além do João Lino, também o Eduardo Figueira, o João Loureiro (como eu era conhecido), o Álvaro Figueira, o João Cruz, o José Eduardo Neves, o Adalberto Camões, o António Campos, o Francisco Bártolo, o Francisco Pires, o Joaquim Santos, o Joaquim Fontes, o José (Zézé) Paupério, o Lino Gerardo e alguns outros. Entretanto, o entusiasmo pelo hóquei foi crescendo, cada um dos iniciais foi contando aos amigos, muitos deles que já andavam de patins e eram facilmente contagiados. Foi assim que cedo se juntaram o Armindo Fonseca, o Carlos Camões, o Eugénio Pires, o Joaquim Navio e outros. Com todo o ambiente nacional de entusiasmo pelo hóquei e a ideia que, empurrada por ele, começou e germinar nas nossas cabeças, foi um passo para começarmos a procurar, quase desesperados, espaços onde pudéssemos experimentar nem que fosse um arremedo de coisa parecida com aquilo de íamos sabendo…

Os rinques de patinagem O primeiro rinque do hóquei 25. Aquelas e aqueles de nós que por volta de 1948-53 do século 20 andavam entre os 10 e os 15 anos e tiveram a sorte de ter alguém – os pais, um tio, um avô ou uma avó – que lhes ofereceu um par de patins, daqueles todos metálicos, com rodas de ferro e ganchos ou correias de prender nos sapatos – que eram um brinquedo relativamente barato e muito em voga na época – passaram a fazer parte do grupo dos entusiastas futuros do hóquei em patins. Por essa altura, como vimos, estava a iniciar-se em Portugal o grande ‘boom’ do hóquei em patins, além do mais por causa da retumbante vitória que a selecção nacional alcançara em 1947, no Campeonato do Mundo, em Lisboa. Quem possui uns patins precisa de um espaço liso, ou relativamente liso, para patinar, isto é, para obter a diversão que a oferta dos patins prometera. Onde é que nós patinávamos, em Valongo? Antes de tudo, nos próprios passeios das ruas da então vila, que eram muito desconfortáveis, porque possuíam aquele quadriculado que então era moda urbanística, destinado a permitir o escorrimento da água das chuvas. Não resisto a transcrever parte do texto que o meu querido Amigo e primo José Eduardo Castro Neves, hoje Coronel de Cavalaria na reserva, escreveu para a Exposição de 2013, “Um Percurso Sobre Rodas”, realizada no Arquivo Municipal, por iniciativa da Câmara Municipal e com a coordenação da Dr.ª Manuela Ribeiro:

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“sobre as brumas da memória... da caixa da saudade... e do... depósito das melhores recordações da nossa juventude: “nunca tinha visto tal coisa e ouvido tal barulho”!... preparava-me no escritório da casa do Padrão... para os meus exames de liceu! o Alexandre Herculano... era exigente... e havia duas terríveis provas a transpor (a escrita e a oral)! eis senão quando... sou chamado à janela... para descobrir e observar o Kim Santos e sua irmã Eduarda... no passeio ao lado... em alegre e “vertiginosa corrida”... em cima dumas máquinas com 4 rodas de metal... amarradas debaixo dos pés! Os passeios...naqueles tempos... tinham árvores… e eram esquadrinhados no cimento! nunca tinha visto uns patins... e... ouvido o barulho que faziam ao passar nos quadradinhos... com miúdos em cima... em velocidade de espantar!” (Mail de 23.03.2013)

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O “herói” citado neste texto, o Joaquim Marques dos Santos, meu Amigo antigo, que foi um dos primeiros a patinar em Valongo, com a sua irmã Eduarda, também deu o seu testemunho: “Os passeios das Ruas do Padrão e Alves Saldanha, principalmente ao longo desta, eram as grandes pistas de velocidade. Inclinados, permitiam desenfreada correria, a qual terminava em abraço aflito à última das Acácias que ao longo dela existiam, como único travão possível. Os que ali desafiavam a vertigem eram os do grupo do cais da Estação, mais a Maria Eduarda Santos, a qual, embora mais nova, não queria deixar os créditos só para rapazes. Terá sido a primeira rapariga a andar de patins em Valongo.” (Mail de 01.03.2013).


Eis 4 desenvoltos patinadores e futuros hoquistas: de pé, o João Cruz e o José Cândido Cruz; de joelhos, o Joaquim Santos e o Manuel Cristóvão. 1948-50. Notável: os stiques de ramo de sobreiro!

Depois, havia os pátios das casas de cada um ou das casas dos amigos. No pátio da casa do João Lino Vale, encontravam-se para patinar, além dele, os amigos Francisco Bártolo, Quim Fontes, Armindo, eu e outros. No pátio da minha casa, que era de placas de ardósia, não muito lisas e com junções bastante irregulares, patinava eu com o meu Amigo Eugénio, que foi, do meu grupo da infância, o único que se aventurou no hóquei, aliás com grande sucesso. O Quim Santos, com a irmã Eduarda e mais alguns amigos, conseguiram obter licença do chefe da Estação de comboios de Valongo, que tinha, como todas, aquela enorme plataforma da gare, de cimento liso, e alegremente se divertiram a patinar no cimento liso:

Aqui, uns anos depois, vemos de novo o Joaquim Santos, agora guarda-redes de um campeonato de rua, ladeado pelo Leal e pelo Eugénio, ajoelhados, e pelo João Loureiro e o João Cruz, de pé.

“A procura de espaços com pavimento “apropriado” era grande, pela nossa parte. Tanto que até a gare da Estação de Caminhos de Ferro de Valongo foi utilizada, talvez antes da década de 50. Então, o chefe da Estação era o Sr. Moreira – o Moreirinha – ligado à família Seara, de Campo. Fora contactado pelo Sr. Marques dos Santos, seu amigo, no sentido de autorizar a prática da patinagem naquele estreito, mas longo espaço. Que sim, mas que, à sua ordem, fossem tirados os patins e os “atletas” se sentassem no chão, até que o comboio passasse. Ordem dada, ordem cumprida. Se não... Quem eram então os “atletas”? Talvez os

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primeiros patinadores que Valongo vira: o Joaquim Eduardo Santos, seu primo Manuel Cristóvão, que vinha de Gaia, nas férias ou sempre que o deixavam. Os irmãos Cruz, Alberto, José Cândido e Manuel, filhos do saudoso Sr. Henrique Cruz. Ainda, fazia parte do grupo o João Gonçalves da Cruz, o único dos cinco da gare que veio a ser federado, filho do Sr. Joaquim Cruz.” (Mail de 01.03.2013).

Bom, comparado com os nossos pátios mais ou menos exíguos, o terraço era na verdade maior… mas daí a ‘enorme’ ainda ia um passo comprido… O certo é que o Tio Mamede autorizou e passamos a rumar para lá, todos os fins de semana, sempre que a família não tinha outra ocupação para o espaço. Era um terraço familiar, com um pequeno murete a rodeá-lo, inventámos uma baliza, só uma, e ali jogámos, entusiasmadíssimos, não de fato completo, mas de camisa, calças e… gravata!!, até o cansaço nos vencer ou serem horas de voltar

O Quim Santos era, aliás, um verdadeiro descobridor (descendente dos Grandes de Quinhentos…), porque não se limitou ao magnífico rinque do cais da Estação, conseguiu ainda, como me contou, obter autorização para patinar na Garagem do Varela (assim chamada na época, onde agora está a estação de serviço da PRIO, na Rua Conde Ferreira, frente ao largo ajardinado e ao Restaurante Jardim, no começo da Rua Sousa Paupério, n.º 19), que fora inaugurada pouco antes e cujo piso estava novinho em folha… Assim fomos andando e aprendendo, sempre com a nostalgia de um espaço adequado. Até que um dia o meu querido e saudoso Amigo Eduardo Figueira se lembrou: “E se fôssemos pedir ao meu Tio Mamede, que tem aquele terraço enorme?!”

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Em baixo, da esquerda para a direita e de trás para a frente: Eduardo Figueira, João Cruz, Álvaro Figueira,– João Lino, João Loureiro, Zé Eduardo


O que aqui importa dizer é que, pelas características dos jogos que conseguimos fazer, pelas horas que lá passámos, pelo entusiasmo que nos suscitou, por todo o ambiente de primeira experiência de jogos em mini-equipas, me parece legítimo afirmar que aquele terraço foi verdadeiramente o nosso primeiro rinque de hóquei em patins!

Em cima: Eduardo, João Lino, Zé Eduardo Em baixo: Eduardo,– Álvaro, João Loureiro

às nossas casas. Eis as recordações (desfocadas…) que nos ficaram – mas ainda bem que ficaram algumas:

A casa era (e lá continua, com outro dono) na Avenida Primeiro de Maio, no n.º 295. Ainda se vê o terraço, nosso primeiro rinque de jogos e patinagem.

Lamento não saber quem foi o autor das fotos, porque muito gostaria de recordá-lo aqui. Assim como lamento não conseguir identificar o jovem amigo que está entre o Álvaro e o João Lino, o que tentei com vários outros amigos. Poderia ser o irmão do João Cruz, o Domingos, que será mais tarde um óptimo elemento do Valongo, mas ninguém consegue ter a certeza e ele era, ao que julgo, nesta altura, ainda muito pequeno.

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A “Separadora” O segundo recinto do hóquei em Valongo 26. Vale a pena contar a história deste espaço de ‘fábrica-por-estrear’ em que ensaiamos os primeiros passos de hoquistas aprendizes. E a história começa com a vinda para Valongo de um casal de quem, com o andar do tempo, me tornaria muito próximo e muito amigo, devido às voltas sempre inesperadas que a vida sabe dar. Esse casal era a Sr.ª D.ª Margarida Sousa Raposo Coutinho Varela Sant’Ana de Miranda e o Sr. José Egas de Azevedo e Silva Sant’Ana de Miranda, que tinha dois filhos, o José Manuel Varela Sant’Ana de Miranda e o Luís Varela Sant’Ana de Miranda. É preciso lembrar que o José e eu tínhamos 13-14 anos, acabámos por nos encontrar num qualquer momento e ficámos amigos. Eram os anos 50 do século XX, mais concretamente, 1951-1952. Depois, o tempo passou, a vida evoluiu e o Luís Miranda acabou por casar com a Eduarda Santos, minha Amiga e irmã do Joaquim Marques dos Santos, meu Amigo e um dos mais iniciais praticantes do hóquei em patins, e do casal nasceram duas filhas: a Ana e a Inês, que são vivas e se recomendam. Acontece que o Sr. Miranda viera para Valongo com a incumbência de gerir a que iria ser uma fábrica de transformação de estanho e volfrâmio em ferro-tungsténio, precisamente a “Separadora”, que cresceu e se implantou junto da Estrada Nacional 15, do lado direito, no sentido Valongo-Penafiel, naquela que actualmente é a Rua Central de Campo, no local onde agora existe este bloco de apartamentos, com os n.ºs de polícia entre o 1410 e o 1470:

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O imóvel é ladeado, à esquerda, pelo prédio em que se vê a loja Leal Móveis e, à direita, por esta vivenda com um estabelecimento de Guida Costa Estes são os n.ºs de polícia do prédio acima


Ali ao fundo, do lado de lá dos arbustos, por detrás do prédio, passa o Rio Ferreira

Por um acaso feliz, mas sobretudo pela diligência e empenho dos serviços do Arquivo Municipal de Valongo, o pedido de localização que fiz à Dr.ª Manuela Ribeiro resultou na descoberta do processo de licenciamento da obra acima documentada, com os nºs 1410 a 1470, que permitiu conseguir três ‘preciosas’ fotografias da antiga Separadora, uma aérea, obtida provavelmente entre 1947 e 1957, e outras duas, de âmbito terrestre, tiradas quase de certeza em 1995, data do referido processo, e que são estas:

Os armazéns da Separadora estão ao centro e a fita negra que serpenteia à direita é o rio Ferreira

A Separadora, vista do lado de quem vem de Valongo A Separadora. Os edifícios vistos do lado da Igreja de S. Martinho

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Esta unidade fabril era propriedade do Sr. Agostinho José Vaz Monteiro de Azevedo e Silva Bon de Sousa Roxo, que possuía minas de estanho e volfrâmio no Marão, em S. Pedro do Sul, em Arouca, em Cerva, a norte de Mondim de Basto, no couto mineiro de Lagares, na Queiriga, perto de Sátão, a norte de Viseu. As instalações de Valongo eram destinadas ao tratamento dos materiais extraídos nessas minas e sua transformação em ferro-tungsténio, como acima disse, e o destino, pelo menos o mais óbvio, era a indústria de armamento para a guerra então em curso, a chamada Segunda Grande Guerra, de 1939-1945.

a laborar, nunca chegou a ser utilizada para o fim que ditara a sua construção. Aliás, nunca chegou a ser inaugurada para o que quer que fosse. Anos mais tarde, a fábrica (que era conhecida entre os locais como “a Separadora do Ouro”, destino que nunca teve) foi arrendada à empresa NORMETAL, de construção de máquinas de soldar e, após o 25 de Abril, os trabalhadores expulsaram os proprietários e formaram uma cooperativa, a Cooprima, que durou pouco tempo. Mais tarde, em data que não consegui apurar, mas que deverá ter sido por volta de 1995, a fábrica terá sido vendida e no seu local nasceu o já referido conjunto habitacional.

Estas informações foram-me fornecidas em primeira mão pela filha do Sr. Agostinho Roxo, a minha querida Amiga Maria da Conceição Serradas Bon de Sousa Roxo, que infelizmente já nos deixou, mulher do meu Amigo José Manuel Miranda. As coisas não correram como era esperado, pelas razões que são hoje do domínio público: o final da guerra de 1939-45, que ditou a suspensão oficialmente decretada da exploração; a subida da produção de concentrados de volfrâmio, a partir de 1952, com o início da Guerra da Coreia; o reacender da exploração, em 1953, com a produção de ferro-tungsténio; a pequena descida nos anos seguintes; uma ligeira recuperação em 1956, depois a queda abrupta até 1958, com o encerramento de numerosas minas e a descida da produção para cerca de 1.700 toneladas. (cfr. “Evolução da Produção de Volfrâmio em Portugal, de 1900 à Actualidade”, https://www. dgeg.gov.pt/media/ygllsqyi/i014794.pdf ) Por essa razão, e eventualmente por outros motivos mais particulares, como quase sempre acontece, a fábrica de Valongo, novinha em folha e pronta

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O sítio da Separadora corresponde ao dístico “IS3 Metalworking Irmãos Sousa, SA”

Fico a dever esta pequena, mas para mim muito importante história da localização da Separadora à Sr.ª D.ª Cândida Rocha (Canelas), moradora em Campo, que foi, com o marido, Engenheiro Rocha, trabalhadora na Normetal e teve a amabilidade de ma fornecer. A unidade fabril, constituída por dois armazéns grandes e duas pequenas casas de apoio, estava


implantada naquele local havia já uns tempos, com muitas probabilidades terá sido construída depois do início da guerra, numa data que não consegui precisar, porque os arquivos são parcos em notícias sobre construções anteriores a 1951. Mesmo depois dessa data, para encontrar algo será preciso moirejar em arquivos empoeirados e pouco propensos à consulta, de modo que lamento pensar que tão cedo não saberei uma origem que muito gostaria de determinar. Nem sequer consegui perceber de onde veio o nome, bastante sugestivo, de “Separadora”. Estou em crer que foi porventura o próprio Sr. José Miranda a fornecê-lo, talvez de modo indicativo. O armazém que passámos a utilizar era o mais chegado à estrada nacional e tinha um amplo recinto, como é próprio dos pavilhões cobertos destinados a explorações industriais, e esse recinto era, segundo a concepção construtiva da época, que largamente se mantém, todo cimentado, com uma cobertura muito lisa, como se tivesse sido (dizíamos nós) pensado para nele se jogar hóquei em patins… E então o meu querido amigo Zé Manuel Miranda, um dia terá dito: “E se fôssemos jogar para a fábrica lá de baixo?” (porque a estrada é a descer para S. Marinho do Campo…). Belíssima ideia, terão dito todos os presentes, logo encantados com aquela perspectiva de um local de que todos sentiam a necessidade e a falta, como de pão para a boca… Os passos seguintes foram pedir autorização ao pai, Sr. Miranda, que a deu com grande liberalidade, porque ninguém iria ser prejudicado, e ala que se faz tarde, a caminho da Separadora. Então, todas as manhãs ou tardes, sempre que podíamos, lá se juntava o grupo do hóquei e se dirigia, nas suas bicicletas, para a fábrica, onde o gozo máximo, mais do que jogar, era o de ter pela

primeira vez um recinto amplo, em que se podia patinar à vontade. Aí aperfeiçoámos a nossa patinagem, aí demos as primeiras sticadas, aí percebemos, a certa altura, que a bola com que andávamos a jogar (que um de nós, já não sei quem, desencantou em qualquer gaveta…) não era de hóquei em patins, mas de hóquei em campo… Creio, se bem me lembro, que nessa altura só alguns de nós tinham um stick a sério, daqueles oficiais. O que tínhamos era mesmo os troços grossos de couve, os sticks de madeira de pinho ou outra, cortados por um marceneiro amigo (que se partiam quase de imediato, já que o veio da madeira não aguenta pancadas… e depois ficávamos a jogar com o coto do stick…), ou outra qualquer invenção mais arrevesada, como os sticks de ramos grossos da árvore que houvesse à mão, salgueiro ou sobreiro, revestidos a chapa colada ou pregada, ou usados sem mais nada… Enfim, tudo servia para matarmos a nossa fome de jogo, o nosso desejo imediato de acção desportiva. Como pode imaginar-se, estes “treinos” eram realizados do modo mais primitivo: não havia tabelas nem balizas, a não ser, quanto a estas, as que improvisávamos com pedras ou pedaços de madeira, e o jogo era naturalmente caótico. Mas nada disso nos demovia ou parava, o importante era ter, pela primeira vez, um local em que os patins deslizavam como sempre imagináramos que seria possível, sem a rugosidade dos pátios e dos quintais ou mesmo das ruas, cujos passeios eram cimentados com as habituais quadrículas. Porque – dado importante – para a maioria de nós (ia a escrever: a totalidade…) era a primeira vez que tínhamos acesso a qualquer coisa já muito parecida com um rinque e que, embora ainda não o sendo, nos deixava perto do êxtase de imaginar como seria…

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Ali jogámos até ao cansaço, suámos as estopinhas e divertimo-nos como então entendíamos que precisávamos e há muito tempo esperávamos. Há tempos, o Francisco Bártolo (o grande guarda-redes do início da equipa, meu querido Amigo, conhecido, muito à moda de Valongo, como “o Chico da Raquel”, sua Mãe, claro) lembrou que, sobretudo no Verão, quem sabia nadar, como ele, não se eximia, no final do treino, a dirigir-se ao Rio Ferreira, que passava (e passa) por detrás da fábrica, a poucos metros (contei 100 passos, quando lá fui verificar…), para se refrescar e tomar o seu banho… Era um pavilhão com todas as comodidades… A utilização da “Separadora” durou praticamente até à inauguração do rinque da Praça Machado dos Santos, que se realizou, tanto quanto sabemos, por volta de Setembro ou Outubro de 1954, já que o pagamento foi efectuado em 27.10.1954 (Acta. CMV. 27.10.1954). A fábrica estava isolada naquele local, sem quaisquer construções à sua volta ou em frente, como se vê relativamente bem na fotografia aérea. A perspectiva das fotografias talvez de 1995, cheias de casas e de trânsito e com um muro baixo de vedação, era uma coisa inexistente nos anos de 1953-54, quando começámos a frequentá-la. Saíamos da estrada, com um perfil antigo (creio que era ainda de paralelepípedos), encostávamos as bicicletas à parede da fábrica ou simplesmente as deixávamos no chão, e entrávamos logo pelo portão largo, que algum de nós se apressava a abrir, dispostos a mais uma sessão de saudável febre de jogo… Esse isolamento – convém que eu o saliente, para que tenhamos uma ideia pelo menos aproximada

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da significação daquele espaço para as duas ou três dezenas de rapazes que o utilizaram – constituiu um factor de suplementar atracção, porque induzia, nem que fosse no subconsciente, a sensação do longe e do desconhecido… Não era a demanda do Preste João ou a busca do Santo Graal ou mesmo a descoberta do caminho marítimo para a Índia, mas andava lá perto… Sobretudo por aquilo que lá íamos aprender uns com os outros e cada qual com a sua experimentação e o seu jeito e que constituiu – acreditem! – um desconhecido, um inesperado e maravilhoso mundo novo!! Tudo isto, observado a esta distância (1953 – 2023, 70 anos!!) nem parece real, parece mais um filme de aventuras de adolescentes engenhosos, que descobriram uma curiosa maneira de fugirem ao tédio e à quietação da sua vila parada e sem nenhuns recursos de diversão… Mas foi real e significou muito mais do que a fuga ao tédio (que também foi), representou a resposta a um enorme, a um desmedido entusiasmo, que então nos avassalava, pela realização de algo que se assemelhasse aos feitos dos nossos heróis!! Esse é um dado a nunca esquecer, se quisermos ter uma visão tão rigorosa quanto possível do que se passou nesse tempo já longínquo. O entusiasmo era tanto e o desejo de jogar tamanho que fazíamos cinco quilómetros para lá (contados da Praça Machado dos Santos) e outros cinco para cá (sempre a subir!...), montados nas nossas bicicletas, sem cansaço que se visse… E o Américo Moreira conta que, ainda miúdo, ia a pé, à Separadora, ver-nos jogar! A pé!! Aquele pavilhão foi o espaço em que, de algum modo, todos os sonhos começaram a concretizar-se. A nossa ideia de jogar hóquei em patins, ainda sem pensar em competições ou


campeonatos, começou ali. Ali também é que essa ideia foi evoluindo para uma outra, já mais elaborada, de que talvez fosse possível obter – não sabíamos como, mas achávamos possível – um rinque mesmo a sério… Mas onde?

Porém, como consegui-lo? Haveria algum benemérito, apaixonado pelo hóquei em patins, que no-lo oferecesse ou que o construísse para divertimento próprio e nos deixava depois gozá-lo um bocadinho, de vez em quando? Não havia…

Foi nesse espaço, hoje mítico, quase onírico, que verdadeiramente tudo começou! E por isso, eu, como aqueles de nós desse tempo que ainda estamos vivos, lamento muito o desaparecimento da Separadora, daquele edifício, porque, se existisse ainda, ela seria sem dúvida um lugar de peregrinação para todos os apaixonados do hóquei em patins de Valongo.

Acontecia naquela época, como ainda hoje acontece, que quando as hipóteses de obter qualquer investimento de vulto se apresentam claramente remotas, todos começam a olhar, a rondar, a fazer charme à entidade pública mais próxima, que disponha de possibilidades financeiras ou de influência para ajudar a decidir os financiadores…

O terceiro rinque de hóquei e patinagem: O rinque da Praça – a “eira” 27. À medida que o tempo passava e o nosso entusiasmo crescia, fomos todos sentindo que precisávamos de um rinque “a sério”. Devo dizer que nenhum de nós, que eu saiba, tinha a exacta noção do que seria um rinque “a sério”. Tínhamos, claro, o conhecimento dos rinques que víamos nos documentários do cinema ou nas fotografias dos jornais, mas saber quais as dimensões, qual o tipo de piso que devia possuir, como eram as tabelas, se eram sempre descobertos ou podiam ser cobertos, se tinham porta de entrada ou se entrava por cima do varão que habitualmente ladeava o piso, qual seria a iluminação mais eficiente para jogar ou treinar à noite, tudo isso desconhecíamos. Aliás, não interessava nada: o que queríamos era um rinque onde pudéssemos jogar o nosso jogo preferido…

Para encurtar razões, a única entidade, entre nós, com capacidade para construir um rinque de patinagem, onde se pudesse jogar hóquei em patins, era a Câmara Municipal. Tinha, como se diz, a faca e o queijo na mão: tinha (ou pensávamos que tinha) o dinheiro necessário, possuía terrenos onde poderia situá-lo e não precisava de pedir licença a ninguém, porque era ela que a dava a si própria… Acontece que um dos maiores obreiros do clube, na altura jogador empenhado e por isso altamente interessado na existência de um rinque de hóquei, era o João Lino Vale, que por mero acaso da vida e do destino calhava ser o filho único do então Presidente da Câmara Municipal de Valongo, Dr. João Alves do Vale… Bom, não há aqui nenhuma insinuação enviesada: é muito claro, para todos nós, desse tempo, que o João Lino sugeriu, primeiro, insistiu, depois, e creio que “chateou” o pai até onde poderia fazê-lo. As relações entre pai e filho, sendo muito cordiais, eram reguladas por regras estrictas de grande respeito e disciplina: o pai não permitia abusos de nenhuma ordem e o João Lino não os praticava. Pude verificar isso em vários momentos, quer em casa deles quer no convívio diário. Isto quer dizer que a insistência do João Lino tinha limites precisos. Por outro lado, não

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estou a revelar nenhum segredo familiar: o João Lino contou, em várias ocasiões, a mim e a outros amigos, que tinha sugerido ao pai que a Câmara construísse um rinque para a população em geral, que pudesse ser utilizado por um clube de hóquei em patins. O argumento para fundamentar esse desejo era o óbvio: Valongo tinha falta de locais de diversão e recreio. O rinque ajudaria a colmatar essa lacuna. Aconteceu, então, aquilo que tantas vezes acontece na vida. Havendo, como era muito provável, o desejo do pai de agradar ao filho, ele não podia ceder só porque sim, mas teve a inteligência e o mérito de perceber que aquela seria uma obra porventura muito bem vista pela população da então vila, que não possuía, como já disse, diversões que se vissem.

O contrato de construção do rinque da Praça 28. A verdade é que a ideia foi fazendo o seu caminho, a Câmara terá avaliado as hipóteses de localização, fez consultas a empreiteiros para saber disponibilidades e preços de construção, e um dia, em 30 de Agosto de 1954, surge na reunião da Câmara uma “proposta para proceder à construção de um rink de patinagem na Praça Machado dos Santos, nesta vila, solicitando-se orçamentos a três empreiteiros”. Avaliados os orçamentos, considerados os prós e os contras, como é habitual, a Câmara, em 8 de Setembro de 1954, aprovou a adjudicação da construção do rinque a Júlio Teixeira, de Ermesinde, pela quantia de 32.200$00. O que implicou a aprovação de um segundo orçamento suplementar ao ordinário do corrente ano, na reunião da Câmara,

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realizada em 27 de Outubro, data em que igualmente foi paga ao empreiteiro a quantia referida (Actas da CMV de 30.08.1954, 08.09.1954 e 27.10.1954) Entretanto, em 22 de Outubro de 1954, a Câmara outorgou um contrato de construção do rinque da Praça ao empreiteiro a quem tinha sido adjudicada a obra, Júlio Teixeira, morador na Rua do Carvalhal, em Ermesinde, nos termos da sua proposta aprovada (Cláusula 1ª), pelo preço indicado e com uma nota surpreendente, para a época e mesmo para hoje: o prazo de construção de um mês! Cláusula 2ª: “O prazo para a execução da obra é de trinta dias com início a contar da data deste contrato.” Depois, a Cláusula 3ª dispunha: “As condições de pagamento serão as estabelecidas pelo artigo trinta e quatro das normas aprovadas pela Portaria publicada no Diário do Governo número duzentos e cinquenta e cinco de dois de Novembro de mil novecentos e quarenta.” Refiro esta cláusula 3º, porque o seu conteúdo, combinado com os dados que antes vimos – a data de adjudicação, 08.09.1954; a data de celebração do contrato, 22.10.1954; e a data do pagamento do preço, 27.10.1954 – induz algumas perplexidades. Antes de mais, não consegui até agora descobrir o artigo 34º da Portaria sem número, publicada no D. G. n.º 255, de 02.11.1940. A esta distância no tempo, não sendo algo impossível, é tarefa complicada e morosa. No entanto, sei que as regras de pagamento de obras para o Estado e as Autarquias, já em 1940, não diferiam muito das actuais (ver, em Anexos, a cláusula 4ª do contrato de construção do rinque do Pavilhão) e consistiam, basicamente, em que a obra só era paga no final,


o empreiteiro terá iniciado a obra após a adjudicação, aceitando fazer o contrato mais tarde, numa base de confiança, e tê-la-á apresentado pronta antes do final do prazo contratual.

1ª página do contrato de construção do rinque da Praça (ver o documento integral nos Anexos)

Esta questão poderia ser relativamente percebida se soubéssemos a data da inauguração do rinque, coisa que também desconhecemos. Lamento muito não ter conseguido descobrir acta ou outro documento que me informasse a data do acabamento ou da inauguração do rinque. Aliás, pelo que percebi de indagações junto de amigos e conhecidos, ninguém se lembra de ter havido uma daquelas inaugurações com pompa e circunstância – discursos, música, alguma festa, etc. – que eram costumeiras em tais ocasiões, o que acho estranho.

depois de vistoriada e recebida, com ou sem auto de recepção, por um fiscal próprio ou por uma comissão nomeada para o efeito. E, em muitos casos, o pagamento demorava. Agora, repare-se nestes pormenores. A Câmara adjudica a obra em 8 e Setembro, só um mês e 14 dias depois faz o contrato, nele estabelece um (escasso) mês para a execução dela, com um prazo de execução que começa a contar em 22 de Outubro, e 5 (cinco!) dias depois efectua o pagamento! Note-se, não pretendo sugerir que houve algo ilegal ou obscuro; nunca o faço sem provas concretas. O que digo é que estes dados conhecidos suscitam perplexidades, visto que não se consegue perceber o que se passou. Como, segundo a experiência comum da vida, o empreiteiro não terá construído o rinque em 5 dias, quando os trinta dias provavelmente ainda seriam insuficientes, e dado que o costume era o de só pagar a obra no final e depois de recebida oficialmente, sou levado a crer que

Esta é uma das poucas fotos do rinque da Praça que até agora consegui, publicada pelo Norte Desportivo,em 1976, numa reportagem aqui inserida, em Resumos do Jogos.

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Por tudo o que até agora expus, com os dados disponíveis, tenho de concluir, com expectativa e eventual confirmação futura, que o rinque ficou oficialmente pronto no dia do pagamento, ou seja, 27.10.1954.

A cedência do rinque à ADV 29. Aquilo que pude ficar a saber é que quatro meses depois de efectuado o pagamento da obra, em 27.10.1954, o Dr. Salvador Paupério, que pertenceu aos corpos gerentes logo no início da vida da Associação (embora, pela falta de documentação desta época, já referida, não seja possível dizer qual era o cargo que ocupava em Fevereiro de 1955; creio, porém, que era Presidente da Direcção) apresentou na reunião da Câmara Municipal de 9 de Fevereiro de 1955 um documento, cuja data não é referida, “requerendo a cedência do rink de patinagem existente na Praça Machado dos Santos desta vila, para a prática de hóquei em patins”, assumindo a Associação a responsabilidade “pelo cumprimento das condições em

que possa ser feita a referida cedência, até que o aludido grupo se encontre devidamente legalizado.” (Acta CMV de 09.02.1955). Ficámos assim a saber, por esta acta, duas coisas: que o rinque já estava construído e que a ADV ainda não fora legalizada. A Câmara resolveu ceder o rinque “a título precário e provisório ao requerente pela quantia de 1.000$00, paga em 4 prestações trimestrais de 250$00 cada uma, aguardando-se que o grupo se encontre organizado nos termos da lei, a fim de se efectuar o respectivo contrato e condições. O requerente ficará responsável como diz pelo pagamento da quantia de 1.000$00 e pelos danos ou prejuízos causados no imóvel e que não derivem do seu uso normal.” (Acta CMV de 09.02.1955). Sabemos que a Associação foi legalizada por despacho de 08.03.1955, publicado no Diário do Governo, 3.ª Série, de 09.03.1955. Não se sabe, nem foram detectados documentos que contivessem alguma explicação, porque é que demorou 2 anos e 4 meses a ser efectuado o contrato de arrendamento do rinque, que só esperava a legalização da Associação. De facto, em 10.07.1957, foi decidido efectuar o contrato de arrendamento do rinque e em 16.07.1955 o contrato foi outorgado. (Actas CMV dessas datas).

Outro aspecto do rinque. A foto é das mais primitivas, porque ainda não havia protecção de rede nos topos. Outro indicativo: os guarda-redes defendiam sem máscara…

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Há um pormenor que é importante relatar, porque de algum modo demonstra que o empreiteiro não fez nenhuma pesquiza, a ver como eram os rinques já existentes noutros clubes (os Carvalhos, Leixões, Espinho, etc.) para perceber por onde entravam os jogadores: o rinque não tinha porta… Por isso,


tínhamos de avançar por cima do varão que o circundava… Além disso, também não possuía iluminação, que foi instalada algum tempo depois, até porque a maioria dos jogos, senão a totalidade, se realizava à noite. Em 2017, a Câmara publicou um livro, inserido nas comemorações oficiais dos 180 anos da elevação de Valongo a Concelho que, nas páginas 241-283 contém este texto: “1839-2016 – Concelho de Valongo – 180 Anos”, sem autor expresso, com colaboração de Manuela Ribeiro, do Arquivo Municipal, in “Valongo, 180 Anos de Memórias”. Nas páginas 262-263, o texto diz o seguinte: “08-1954 – Construção do ringue da patinagem na Praça Machado dos Santos, pela quantia de 32 contos. O ringue ocupava a parte norte da praça, sendo vedado por um pequeno muro e uma grade em ferro. Os balneários funcionavam no n.º 45, na envolvente da praça.” Suponho que terá havido confusão ao escrever esta notícia. Vimos acima que, em 30.08.1954, a Câmara deliberou construir o rinque e solicitar orçamentos a 3 empreiteiros; que em 08.09.1954, a Câmara adjudicou a obra a Júlio Teixeira, por 32.200$00; que em 27.10.1954 pagou (ou mandou pagar) esta importância ao empreiteiro. Não parece certo que a construção do rink seja apresentada como tendo acontecido em Agosto, quando a Câmara ainda estava a solicitar orçamentos. Por outro lado, o texto fala de uma vedação “por um pequeno muro e uma grade em ferro”. Creio que é outra confusão, já que não existiu tal vedação.

Coisa que aliás todos nós lamentámos, porque nos obrigou a “inventar” aquela célebre vedação de lona, que tanto trabalho dava a tirar e a pôr, para além de ter custado bom dinheiro… O que havia, à volta de todo o rinque, como parte necessária do conjunto, era um murete de uns 50cm de altura, que constituía as tabelas de vedação, e um varão de limitação da entrada, sustentado por pilares distanciados cerca 2m. Um murete não é um muro e um varão não é uma grade em ferro. 30. O rinque da Praça foi um acontecimento. E foi-o com consequências imediatas e óbvias, para quem nele treinou e jogou e brincou, e com derivações mediatas e sub-reptícias, que só muito mais tarde começaram a ter visibilidade e a ser entendidas. Nós, os aprendizes de hoquistas, ficámos delirantes com a existência de um campo em que, finalmente, poderíamos dar vazão ao nosso imenso desejo de treino e de jogo. Os jovens, sobretudo os vizinhos da Praça, cedo se deram conta do enorme e agradável espaço que ali tinha nascido, propício à brincadeira, que não era apenas patinar, era também jogar à bola ou à apanhada ou fazendo simplesmente corridas de uma ponta à outra do rinque, a pé ou de bicicleta. Depois, em certos momentos (que lamentavelmente foram poucos) houve patinagem artística. Para muitas pessoas da terra, que não faziam ideia de que tal arte existia, a exibição de uma patinadora, em mini-mini-saia, fazendo evoluções e erguendo as pernas causou admiração ou espanto ou vergonha… O Álvaro Figueira guardou (religiosamente…) algumas fotografias da época (que, mesmo desfocadas, são, para os que assistiram, um documento precioso) onde se vê uma patinadora que veio

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A patinadora na sua exibição e com as meninas da Praça que lhe fizeram companhia e prometeram aprender a patinar… o que não chegou a acontecer. Os nomes: Helena Cruz, Diva Sameiro, Joaquina Camilo, Sameiro Braga, Luísa Vale e Conceição Braga.

oferecer-nos a sua arte, assim como as meninas da Praça que a acompanharam e mostraram interesse em aprender – o que nunca se verificou. Um dos aspectos da história da ADV que me entristece é nunca se ter dado atenção à formação de equipas femininas, quer de patinagem, quer de hóquei em patins. A vizinha Alfena tem uma equipa de hóquei e já com algum palmarés.

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31. Ao fim destes anos todos que passaram, é para mim – e para qualquer pessoa que preste atenção a esta história – bastante claro que o rinque da Praça representou um magnífico investimento público de que Valongo precisava como de pão para a boca; porém, ele foi sobretudo extraordinariamente importante para o desenvolvimento de uma espécie de élan de entusiasmo e de encantamento pelo novo desporto ali surgido e diariamente praticado, que levou centenas de miúdos e graúdos a apaixonarem-se pela prática dele ou, ao menos, pelo seu desfrute, quando começaram as competições, na 2ª divisão regional. É minha convicção profunda que a verdadeira onda de paixão pelo hóquei patinado em Valongo, que seduziu as centenas de jovens que passaram a praticá-lo e as muitas centenas de espectadores que passaram a segui-lo com devoção teve início ali, no rinque da Praça, foi ali que nasceu o bichinho, de boa índole, que infectou positivamente e por tanto tempo tanta gente que passou a amar o hóquei em patins praticado em Valongo. Claro, houve outros factores: a construção do


Pavilhão Gimnodesportivo ajudou e muito; a criação das escolas e escolinhas foi um acontecimento decisivo para a fixação de um espírito de clube solidário e fazedor, que deu belos frutos; todo o trabalho desenvolvido por directores empenhados e por treinadores com paixão pelo que faziam produziu resultados que, em vários momentos da vida do clube, se fizeram notórios. Porém, no meu entendimento, foi ali que tudo começou, ali, no rinque da Praça! Mais perto do final da sua utilização, por volta dos anos 1968-1970, quando a maior desenvoltura dos novos jogadores e das novas equipas, mais treinadas e com uma agilidade diferente, maior rapidez e mais conhecimentos, adquiridos no treinamento intensivo e no contacto com equipas mais experientes, forneceu uma visão mais evoluída do jogo e mudou as perspectivas, começou a sentir-se que as dimensões do rinque e as suas condições já não correspondiam às exigências dos novos tempos e então houve alguém que se lembrou de o apelidar, desdenhosamente, de “eira”: “É tão pequeno que parece uma eira!” O tempo foi correndo, o Pavilhão construído e os treinos e jogos passaram para o novo recinto. Falando anos depois com jogadores e dirigentes dos antigos, ouvi-os referirem-se à “eira”, mas agora já não com desprezo, antes com nostalgia e com saudade, mesmo com ternura. No fundo, e sem grandes elucubrações sobre o assunto, as pessoas com sensibilidade acabaram por perceber, ou ao menos sentir, que ali se criara uma espécie de mística da descoberta e do entusiasmo que tocara em todos e os marcara para o resto da vida. 32. Foi por estar convencido, há bastante tempo, do que acabei de escrever, que descobri, com alguma

surpresa, mas sobretudo com grato contentamento que houve mais pessoas em Valongo que foram tocadas por isso a que chamei uma espécie de mística da descoberta e do entusiasmo. Como é sabido, entre 29 de Novembro de 2016 e 28 de Novembro de 2017, a Câmara de Valongo realizou comemorações dos 180 anos da elevação de Valongo a Concelho. Entretanto, em Julho de 2017, foi publicado um livro – “Valongo, 180 Anos de Memórias – Coletânea de Escritores do Concelho” – em que foram reunidos textos e poemas de vários autores. Entre esses textos, descobri três notáveis recordações do rinque da Praça. Curiosamente (ou talvez não) essas evocações felizes e, num caso, até comovente, são de mulheres. O que confirma a sua sensibilidade. A referência que coloco em primeiro lugar é da Professora Helena Esteves Lobo, que faz uma evocação simples, mas muito concreta: “Eu chegaria poucos anos depois e, nesse Valongo onde cresci, já havia jogos de hóquei no ringue de patinagem, na praça Machado dos Santos. Amarravam-se panos brancos e depois verdes para separar o público pagante do não pagante, e mulheres e homens assistiam entusiasmados ao desporto rei de Valongo; os jogadores equipavam-se e banhavam-se na casa do Quim Borralho.” Helena Esteves Lobo (2017): A Estória do “Meu Valongo”, in “Valongo, 180 Anos de Memórias”, p. 107. Depois, descobri o texto de Celeste Grandão, escritora, com uma recordação bem-humorada, até porque termina de uma maneira que agrada aos jogadores e dirigentes mais antigos:

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“E o desporto? Sim! Existem muitas modalidades, mas o hóquei em patins arrasava com tudo. Com a família eu não falhava um jogo. Ainda me lembro, era eu pequena, de ver hóquei num ringue de cimento que existia ao ar livre bem no centro da cidade. Em dias de jogo, o mesmo era rodeado com panos enormes para entrar só quem tivesse bilhete. No final do jogo, os jogadores juntavam-se num café que existia em frente chamado “Bela Cruz”. O hóquei era o desporto rei no concelho, formaram-se grandes jogadores. Lembro-me de uma época em que alguns jogadores de cá foram para o Futebol Clube do Porto e, quando jogava Valongo-Porto, era praticamente um Valongo-Valongo.” Celeste Grandão (2017): Figuras, Paisagens e Desporto, in “Valongo, 180 Anos de Memórias”, p. 61. A terceira evocação provem de uma Professora de Filosofia, Margarida de Sousa, é mais demorada, mais detalhada, e agrada-me sobretudo porque a sinto particularmente tocada pela nostalgia do tempo que passou (do rinque que passou) e porque consegue essa coisa difícil e rara de condensar numa frase tudo, ou quase tudo, o que até aqui tentei dizer:

“Ao fazer referência à rua do Sol, não podia deixar de referir a praça Machado dos Santos, onde brinquei tantas vezes. Na praça, havia um ringue de patinagem que fazia as delícias dos miúdos e graúdos. De dia, era parque de brincadeiras onde a rapaziada fazia jogos de futebol, corridas

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de bicicletas, jogos de badminton (…). No ringue, os pais depositavam a tranquilidade das suas responsabilidades, os filhos estavam seguros e vigiados pelos idosos que se sentavam nos bancos ripados da praça, à sombra das tílias. (…) À noite, a praça enchia com os jogos de hóquei, que os valonguenses viviam de uma forma entusiástica e emotiva. Os jogadores saíam do balneário, que ficava na casa do Sr. Cruz, e atravessavam a estrada, rumo ao ringue. Este, em dias de jogos, era rodeado de panos presos em paus espetados ao longo do seu perímetro. A esplanada do café Bela Cruz enchia e os empregados atravessavam a rua principal com bandejas de cervejas e tremoços; sim, o café ficava em frente da esplanada, com a rua a meio… imagine o leitor o trânsito! No final dos jogos, era servido aos jogadores pregos e a dita cerveja. A praça tinha alma, bairrismo e calor humano que nutria os corações dos valonguenses. O ringue desapareceu, em nome do progresso e os jogos mudaram de palco. O pavilhão gimnodesportivo, orgulho do Hóquei de Valongo, é agora o lugar do afamado desporto da terra.”

Na Praça Machado dos Santos. Zona onde estava o rinque


E aqui, onde agora se lê “Joaninha”, era o Café Bela Cruz, o café do Armindo

Margarida de Sousa (2017): Valongo – Relatos, in “Valongo, 180 Anos de Memórias”, p. 160-161. “A praça tinha alma, bairrismo e calor humano”. Era isto, não era?

jogadores alguns dos seus filhos: o António (Tó), o José Augusto (Zé), o Rui Manuel, o António Cândido e o Luís Augusto. Não foi jogador, mas foi seccionista e dirigente durante quase 30 anos, terminando como Presidente da Direcção do clube, o também filho João Carlos Paupério. Além destes, outros elementos ligados à família jogaram hóquei na ADV: o José Dias Paupério e o Joaquim António Paupério Nogueira. Nada menos do que 10 pessoas ligadas à Família Paupério!! Vem a seguir a Família Pires. Temos a sorte de possuir uma fotografia de todos eles, por virtude da paixão do Américo Moreira pelas coisas do hóquei. Ela aqui está:

O hóquei e as famílias. As famílias do hóquei em Valongo 33. Ainda como uma curiosíssima derivação desse quase misterioso fascínio que o Rinque da Praça, a “Eira”, exerceu sobre os jovens de então, quero referir quatro fenómenos conhecidos de todos os amantes do hóquei em Valongo, mas que nunca será demais realçar, até por não representarem uma situação muito comum. Falo de quatro famílias que deram ao hóquei de Valongo vários dos seus atletas e colaboradores. A mais numerosa delas é a Família Paupério. Começa com o Dr. Salvador Paupério, que foi dos primeiros dirigentes, ainda nos anos 50, e depois médico do clube, durante muito tempo. Vem a seguir o Sr. Joaquim Paupério, que foi durante vários anos dirigente associativo, terminando como Presidente da Direcção da ADV. E foram

Da esquerda para a direita: Delfim, António, Manuel, Francisco e Alberto

Este é um caso típico de uma família em que o entusiasmo dos primeiros elementos dela a fazer parte da “festa colectiva” que o hóquei era foi tão grande que se transmitiu naturalmente aos demais

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membros, de modo que todos eles acabaram por dar o seu valiosíssimo contributo. Apresento-os, do mais velho para o mais novo: O António Marques Santos Pires (01.10.193104.08.2015) foi durante vários anos membro dos corpos gerentes (vogal da Direcção e elemento da Secção Desportiva). O Delfim Marques Santos Pires (06.06.193421.01.2021) faz parte decididamente da história do hóquei em Valongo. Foi um sócio influente desde o início do clube (relembrei-o a propósito do terreno para o Pavilhão) e manteve-se como cronometrista durante 25 anos! O João Lino Vale refere-se-lhe no seu discurso das Bodas de Prata, chamando-lhe “o grande Delfim Pires, o eterno catedrático da mesa dos cronometristas, que num sofrimento mudo e sem fim, talvez mais do que o de qualquer outro, viu desfilar na sua frente centenas de vitórias e fracassos”. O Francisco José Marques Santos Pires (24.02.1938-19.11.2020), que foi meu colega da escola primária e ficou meu amigo, foi guarda-redes dedicado e muito conceituado durante longos anos, depois seccionista, durante outros tantos. Ainda jogamos juntos algumas vezes, apesar da minha passagem breve pelos jogos. O Alberto Marques Santos Pires (21.04.1942) foi jogador e membro dos corpos gerentes. Por fim, o Manuel João Marques Santos Pires (02.03.1945), que foi um magnífico avançado da ADV e jogou até aos 35 anos de idade, dando o seu melhor em dedicação e entusiasmo. A terceira família a merecer referência especial é a Família Alves: o Noé, o Zé, o António e o Rogério. Conheci bem os pais deles, o Sr. Noé e a Dona Candidinha, como era conhecida, visto que éramos vizinhos na Praça Machado dos Santos, a

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drogaria deles ficava (e ainda fica) duas portas abaixo da então loja do meu Pai. Pode ver-se nas biografias deles, que aqui publico, que, tal como eu, eles foram fascinados pela proximidade do rinque da Praça e da festa diária que lá se passava. O Noé, da minha idade e meu amigo de infância, foi o primeiro a jogar e escolheu ser guarda-redes. E então, os três irmãos que se lhe seguiram – e é esta a especificidade desta família – escolheram ser guarda-redes! Todos, excepto o Noé, que jogou mais brevemente, foram guarda-redes dos jogos oficiais da ADV e todos deram belíssima conta de si. A quarta família que quero destacar é a Família Camões. O primeiro a jogar, logo nas equipas iniciais, com quem joguei muitos dos jogos em 1956, 1957, 1958 e 1959, foi o Carlos Camões. Era um companheiro bem-disposto, sempre divertido, com um enorme sentido táctico do jogo. Anos mais tarde, jogou o seu irmão mais novo, o Armando Camões, que se distinguiu como um óptimo jogador e um excelente marcador. Quando ainda o Carlos jogava, também deu o seu contributo o primo Adalberto Camões, embora brevemente e de modo mais amadorístico. Algum tempo depois, jogou igualmente o seu irmão Jaime Camões, com garbo e desenvoltura. Aliás, esta mobilização das famílias pelo hóquei existiu desde os primeiros tempos, ainda que em escala mais modesta. Refiro o João Lino Vale e seu pai, o Dr. João Alves do Vale; o Eduardo e o Álvaro Figueira e seu pai, o Sr. Eduardo Figueira; eu e meu pai, João Amaro Neves; o Joaquim Manuel Leal e o pai, Sr. Leal: todos foram, desde o início, atletas e dirigentes do clube. Além disso, houve dois irmãos Cruz, o João e o Domingos Cruz; dois


irmãos Aguiar, o António Cândido e o José Avelino, além dos já referidos irmãos Figueira. Este aspecto, a maneira como a paixão pelo hóquei entrou nas famílias e as conquistou, é também um elemento importante para compreender a extraordinária implantação do hóquei em patins em Valongo.

A gestão do rinque da Praça O balneário

Casa do Sr. J. Cruz, com os n.ºs 43, 45, 47.

balneário; a segunda, a precisão de tapar o espaço envolvente do ringue, para que fosse possível cobrar as entradas nos jogos oficiais. Conseguir um balneário numa praça pública, no centro da então vila, não era coisa fácil, porque todos estavam de acordo em que, mesmo que a Câmara, autora da construção do ringue, estivesse disposta a fazê-lo, não ficaria bem ali colocado, em termos estéticos. Além de que iria ocupar muito espaço, obrigaria a cortar ainda mais árvores (do que muitos já não tinham gostado, aquando da construção do rinque); era uma solução que não reunia consenso. Foi então que o Sr. Joaquim Cruz, que tinha a sua

Porta de entrada do balneário, com n.º 43 ou 45

Ainda se vê a estrada.

34. A construção do rinque e a realização nele de jogos, particulares e oficiais, arrastaram, entre muitas outras, pelo menos duas consequências relevantes. A primeira, foi a necessidade de um

casa em frente ao rinque e cujo filho mais velho, o João Cruz, era jogador desde os primeiros tempos (depois, também o mais novo, o Domingos Cruz, jogou e bem), concordou em ceder um dos compartimentos da sua casa, por sorte com porta

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para a praça, para que nele fosse instalado o tão desejado balneário. Instalado como? Isto é, que obras era preciso fazer para adaptar esse compartimento (que era pequeno, com cerca de 7mX5m, ou seja, 35 m2) à sua nova função? No meio de grande discussão (em que sobressaía um pormenor importante: a falta de dinheiro para as obras, fossem elas quais fossem…), o João Lino Vale teve uma ideia: fazer um banco duplo, em madeira, com um separador alto, a meio, entre os bancos, de modo a poder ser utilizado simultaneamente por duas equipas. Alguém objectou que um carpinteiro e a madeira também custam dinheiro… O João Lino disse: “Faço eu o banco”. Bom, caímos num impasse: porque ninguém percebia bem como iria o banco duplo organizar o espaço e, sobretudo, ninguém então conhecia essa “habilidade” do João Lino: carpinteirar, marceneirar…. Faz, não faz? Será capaz? Não será? As dúvidas só se dissiparam quando, passadas algumas semanas, o João Lino se apresentou com o banco feito e o montou no compartimento da casa do Sr. Cruz… Foi um “desarrincanço” impressionante, que nos deixou boquiabertos… Foi com ele e nele que vivemos, tomando banho, com água fria, claro, e bem apertadinhos… enquanto houve jogos na Praça. E era divertido, além do mais: como a porta do “balneário” ficava mesmo em frente do rinque, os jogadores equipavam-se com patins e tudo, atravessavam calmamente os paralelepípedos da estrada, tem-te-não-caias, depois o pedaço de terra circundante do rinque e então era só saltar a vedação (não havia porta, lembram-se?...) e estavam dentro do recinto…

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Um pormenor importante, que sublinha bem o espírito de interesse e solidariedade das pessoas para com o hóquei e os seus jogadores: o Sr. Joaquim Cruz, além de nos emprestar o compartimento, sem pagamento de renda, ainda passou a suportar os custos da água e da luz. Acho que, os desse tempo, nunca agradecemos de modo capaz e suficiente a grande ajuda que o Sr. Cruz nos deu e a simpatia com que o fez. Creio que, muito provavelmente ele se sentiria bastante pago pelo facto de um dos filhos, o João Cruz, ser jogador efectivo e de vir outro a caminho, o Domingos Cruz.

A vedação do rinque 35. O outro grande problema (agora provavelmente não parece, mas foi, foi realmente um grande problema) era o de resolver o tapamento do rinque, durante os jogos oficiais, para que o clube pudesse cobrar as entradas. A questão que se colocava era semelhante à da ocupação pelo balneário, mas pior, porque a ocupação seria, neste caso, ainda mais invasora e obstrutiva. Foi então que alguém (era tão bom sabermos quem…) se lembrou de uma lona, uma tela, enfim, um qualquer pano, de tirar e pôr… Genial!!, dissemos todos! Vamos a isso! Mas ainda havia a questão central: onde arranjar o dinheiro para comprar tantos metros de pano, suficientes para estender à volta de todo o espaço circundante do ringue? Então, como tantas vezes acontece nestas


circunstâncias, os pais de dois dos jogadores, o Sr. João Amaro, pai do João Loureiro (meu Pai), e o Sr. Manuel da Fonseca (Nobre), pai do Armindo Fonseca (esta é mesmo uma recordação do Armindo, que só tem dúvidas sobre se o Sr. Leal, pai do Joaquim Manuel Leal, que seria mais tarde notável jogador da ADV, também contribuiu) resolveram oferecer o pano para o envolvimento do rinque. Alguém cozeu bainhas, adaptou atilhos, para amarrar às árvores e a um arame que corria no alto, à volta das tílias, e, no dia dos jogos, lá se arranjava voluntários para, pacientemente, desenrolar, atar e fechar o espaço do rinque; e depois, no final do jogo, desatar, enrolar a lona, carregar com ela e guardá-la… Trabalho de Sísifos valonguenses e amantes do hóquei!... É preciso dizer, para que se perceba e valorize devidamente a questão, que esta foi uma das tarefas mais penosas que muitos de nós, com voluntários, sempre realizaram, enquanto duraram os jogos oficiais na Praça. E eles duraram até à construção do Pavilhão Gimnodesportivo, em 1970, ou seja, 14 anos!! Entretanto, passado algum tempo, o clube acabou por arranjar dois ou três tarefeiros que, a troco de um estipêndio acordado (que não era muito…) se encarregaram de realizar o trabalho. O rinque, a sua colocação, a maneira como era utilizado, a vedação ‘sui generis’, compreende-se que eram de molde a suscitar nas pessoas e na imprensa diária e desportiva os mais variados comentários, nem sempre simpáticos… Um desses comentários (descoberto pelo João Carlos Paupério), desta vez agradável, por bem-humorado, é feito por Jorge Nuno Pinto da Costa, no seu livro “Largos Dias Têm Cem Anos”. Ele está a falar do período entre 1962 e 1969, em

que foi seccionista do F. C. do Porto, nomeadamente do hóquei em patins, e então escreve: “É desse tempo que me ocorrem agora alguns episódios inusitados, como quando a nossa equipa principal de hóquei em patins disputava o campeonato regional da primeira divisão e, apesar da boa vontade do técnico e dos jogadores, lutávamos para não descer de escalão. Conseguimos esse objectivo ao empatar em Valongo, que na altura tinha uma equipa estupenda. Foi um feito extraordinário, não apenas pelo valor da turma local, mas sobretudo pelas enormes dificuldades que nós (como todos os outros) sentíamos ao jogar num ringue (sic) que, por mais absurdo que isso hoje possa parecer, estava literalmente colocado no meio da estrada.” (Ob. cit., p. 25). Não é verdade, mas tem graça….

O quarto rinque de hóquei – o Pavilhão Gimnodesportivo 36. Como acima sugeri, a propósito do rinque da Praça, a partir de certa altura, que é difícil de precisar, tanto o público afecto ao hóquei, como os dirigentes, como sobretudo os jogadores, todos começaram a sentir que aquele espaço já era exíguo para jogar a sério a para receber convidados. Isto aconteceu por vários motivos.

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Um dos motivos primeiros e mais pesados foi sem dúvida a necessidade de colocar e retirar a vedação improvisada para realizar os jogos oficiais. Era incómodo, era demorado, era pouco eficiente. Depois havia a incomodidade dos espectadores dos jogos, que eram já em grande número e que dificilmente conseguiam ver alguma coisa, dado que o recinto não tinha bancadas, era plano a norte, mas desnivelado, a descer, a sul, de modo que só os assistentes que logravam um lugar junto ao varão metálico que rodeava o rinque é que conseguiam ver os jogos com alguma qualidade. Havia também o mau tempo: por causa dele e da chuva inerente, um bom número de jogos era regularmente interrompido e cancelado e outros não chegavam a realizar-se, com os consequentes adiamentos. Quando a chuva não era tanta que implicasse a interrupção, os jogos faziam-se em condições mais precárias, com a necessidade de trocar as rodas de madeira pelas de alumínio, com tempo de espera; e os assistentes tinham de aguentar, se o jogo realmente lhes interessava, à chuva e ao frio. A razão porventura mais poderosa para a mudança do recinto dos jogos, sempre referida pelos comentadores mais atentos e conhecedores da dinâmica do hóquei em patins, era o facto de os jogadores de então já possuírem capacidades de velocidade e de adestramento que pediam um recinto de maiores dimensões e um piso de madeira, como aquele que dava melhores garantias de qualidade dos pleitos. Tudo isto, como se percebe, foi sendo interiorizado gradativamente, mais depressa por uns do que por outros, como sempre acontece, mas a verdade é que se chegou a um ponto, por volta de 1965, em que havia um consenso formado em Valongo, por

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todos aqueles – e eram já muitos – que vibravam com o hóquei em patins: era preciso arranjar um pavilhão gimnodesportivo. O que, na maioria das cabeças, queria dizer isto: um rinque decente, dentro de um espaço fechado. Todo o resto viria por acréscimo. O que aconteceu a seguir à convicção instalada na cabeça dos dirigentes foi que que cada um começou a ter ideias e a procurar soluções, como quase sempre acontece. Até aí, tudo comum e costumeiro. Porém, havia pelo menos duas dificuldades: a Associação não possuía bens nem dinheiro para uma entrada ou para ajudar à festa e a única entidade vocacionada para a construção do Pavilhão, a Câmara Municipal – de quem, como aconteceu com o rinque da Praça, se esperava tudo… – também ao que parecia não tinha muito. Por outro lado, havia a questão do local, do terreno sobre o qual a construção deveria assentar. Convinha que não fosse longe do centro da então vila, para facilitar o acesso dos locais, em dias de jogos, e deveria pertencer ao domínio público, para que nem a Câmara nem a ADV tivessem de despender mais esse montante na compra do espaço. Foram tempos de discussão e indecisões. Até que um dia… O Delfim Pires, numa entrevista gravada em vídeo, que circula na net, conta a história com alguma graça: um amigo veio dizer-lhe “Ó Delfim, e se fosse naquele terreno atrás da Capela do Calvário?” “Ah, talvez não seja má ideia. Vamos lá ver”. Foram, com mais amigos (ao que parece, também com o Sr. Joaquim Paupério, que anos depois viria a ser Presidente da Direcção do clube) e andaram todos a medir o terreno a passos, porque já era noite e nenhum deles se lembrou de levar uma fita métrica. Como é costume nestas situações, mediram e voltaram a medir, tiveram


hesitações, pensaram melhor, acho mesmo que voltaram no dia seguinte e repetiram a cena com outros amigos… até que concluíram; “Isto dá. Encontramos o sítio!!” E então o Delfim foi telefonar ao Presidente da Direcção de então, o Sr. José Costa, e disse-lhe: “Temos terreno!” E isto, na entrevista, era dito no tom ufano de quem chegou à Índia!! Pudera! Há quantos anos que tantos estavam à espera! A partir daqui, pelo que percebo dos vários relatos, as coisas começaram a andar na Câmara, com a boa vontade e o empenho do então Presidente, o Dr. João Alves do Vale, que era também, desde o seu início, o Presidente da Assembleia-Geral da ADV. Assim como teve grande peso no desenvolvimento do processo o interesse e o impulso acrescentados pelo Presidente da Câmara seguinte, o Eng. Armando Magalhães, que já inaugurara a sede, em 1958. O Arquitecto Fernando Seara fez o projecto da obra, que foi discutido e modificado, para diminuir os custos, e, com dinheiro da Câmara e um subsídio de 700 contos da Direcção-Geral dos Desportos, a obra arrancou. A conclusão não foi tão célere ou tão expedita como todos desejavam, mas mesmo assim, avançou. Sabemos que, em 13 de Julho de 1970, a Câmara outorgou um contrato de empreitada, conforme o caderno e encargos e programa de concurso aprovados, para a “Construção do Rink de Patinagem – Pavilhão Gimnodesportivo”, à Firma Artur Lopes, Filho e Genro, Limitada, com sede na Rua da Costa, em Ermesinde, pelo valor de 199.171$00, constante da proposta apresentada em concurso público (cláusula 1ª). O prazo para a construção era de 60 dias contados da data do contrato, “incluindo domingos e

1ª página do contrato. Ver o documento completo em Anexos

feriados”, e o início da obra deveria efectuar-se dentro de 10 dias após a assinatura do contrato (cláusula 2ª). O prazo de garantia era de 180 dias, contados da data da recepção provisória da obra (cláusula 3ª). A cláusula 4ª estipulava: “O pagamento da obra será efectuado no fim da mesma, depois de feito o auto definitivo da obra.” (Veja-se o que foi dito acima, a propósito do contrato e construção do rinque da Praça). Em 20 de Setembro de 1970, numa entrevista publicada no jornal Norte Desportivo, o então Presidente José Costa dizia que: “a obra já se encontra em marcha, entregue a um empreitiero que deu início à primeira fase de trabalhos – primeira fase que inclui a drenagem de terrenos, construção de esgotos, «rink», tabelas, balneários e vedações.” (Isto significa que a obra arancou mesmo nos prazos previstos). E, a seguir, manifestava o tal desejo, que era de todos: “Se tudo correr como esperamos, devemos poder utilizar o Pavilhão ainda este ano.”

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Não foi o que aconteceu. Uma notícia do Correio do Douro reporta a vista do Director-Geral dos Desportos ao Pavilhão, em Outubro de 1971 (19711022_CD) e outra do Comércio do Porto dá-o como pronto e recebido pela vistoria técnica em 25 de Fevereiro de 1972 (19720225_CP), mas ele só veio a ser oficialmente utilizado pela primeira vez, no dia 29 de Fevereiro de 1972, com a realização de dois jogos integrados no Torneio de Abertura nortenho, habitual no início do ano desportivo. Digo “utilizado” e não “inaugurado”, porque, por motivos não explicados, não houve inauguração oficial, embora as notícias digam que “a estreia ficou assinalada como acontecimento de grande relevo.” Algumas plantas do ante-projecto O Pavilhão Desportivo de Valongo foi referenciado como tendo custado à volta de 3.000 contos; ter capacidade para 4.000 espectadores, todos com lugares sentados; possuir 10 grandes camarotes, balneários amplos e arejados, magnífica iluminação, piso admiravelmente construído, tabelas óptimas “e, até, bancos para os jogadores, forrados a napa, com acesso aos lugares dos atletas completamente vedado”

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A conclusão é de que se trata de um pavilhão “magnífico”, cuja arquitectura, simples mas vistosa, o coloca como um dos melhores do País “e só o pavilhão municipal do Porto o suplanta, não havendo, no País, quanto a nós, pavilhão com linhas mais funcionais.” (RJ, 19720301_CP). A classificação de “magnífico”, que hoje pode parecer exagerada, é logo explicada pela comparação com os outros pavilhões que o jornalista conhece, nomeadamente o “cogumelo”, o Pavilhão Rosa Mota. Era, tudo o indica, correcta e justa. Já tenho algumas dúvidas sobre um outro aspecto que a notícia também foca, quando refere a localização e diz que ele está “situado numa área de grande futuro e valor paisagístico”. No local, o “valor paisagístico” é relativo, para não dizer nulo, num pavilhão que não possui pontos de vista para o exterior, nem está colocado num local especialmente alto, antes semi-enterrado na relativa proeminência do terreno por detrás da capela. Quanto ao “grande futuro” da área, pode dizer-se que teve algum, que não foi mau. Porém, aquilo a que sou sensível é à ideia, que a notícia não refere, de que o Pavilhão ficou “encurralado” entre a zona alta do seu lado nascente, ladeada pela Avenida Cinco de Outubro, e a


Avenida dos Desportos, do seu lado poente, o lado dos balneários, aquele que não tem bancada. De modo que amanhã, se a actividade do clube – por algum daqueles “milagres” que foram acontecendo ao longo dos anos, mesmo quando toda a gente sabia que não havia condições para eles – aumentar de tal modo que se sinta a necessidade de ampliar a capacidade do Pavilhão, por exemplo construindo uma bancada no lado poente, isso não será possível, porque não existe espaço de expansão da área do Pavilhão.

O anúncio feito pelo Presidente da Câmara, em 2022, (aquando da apresentação do documentário fílmico mandado realizar pela edilidade, sobre a história e actividades da ADV) de que irá ser construído um novo Pavilhão na zona actualmente ocupada pelo “court” de ténis, é uma boa notícia, embora seja, até agora, apenas isso. De qualquer modo, um novo pavilhão, com todas as eventuais potencialidades actualmente possíveis, não é um alargamento do antigo e, no espaço em questão, nunca poderá ter sequer a dimensão dele.

Quero dizer que houve uma má escolha do local? Não chego aí, porque talvez na altura não houvesse alternativa. Não sei, não possuo neste momento elementos para avaliar a situação da época. Do lado voltado para a Rotunda e para a Rua Afonso Costa, foi colocada a piscina municipal, o que acho bem, porque era a localização porventura ideal. De qualquer modo, tal colocação cerceou a possibilidade de alargamento do recinto desportivo.

O que digo, pois, é que, objectivamente, o Pavilhão não tem condições de expandir-se. O que sempre representa uma limitação negativa, que de momento não é importante, mas que pode vir a sê-lo.

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O começo da Associação Desportiva de Valongo 37. Desde pelo menos 1948 que muitos de nós patinávamos e a partir 1950-51 começámos a ambicionar ter um clube de hóquei em patins. No meio das conversas e das discussões sobre como fazê-lo, o João Lino Vale meteu mãos à obra, como era seu costume, e principiou por arranjar e ler o estatuto de outros clubes. Não sei como os conseguiu, porque, ao contrário do que hoje se passa, naquele tempo não era fácil ter acesso a este tipo de documentação. Normalmente, era o amigo do amigo que era filiado no clube tal, ou então era amigo de um sujeito que era filiado nesse clube e que ia tentar obter uma cópia dos estatutos do clube… Era assim que lá se chegava e deve ter sido por essa via, ou outra semelhante, que o João Lino conseguiu os estatutos de dois ou três clubes. E então iniciou ele a redacção dos estatutos destinados à associação. Entretanto, ele, o Jorge Braga e mais alguns (é ele que o diz) iniciam o recrutamento de sócios. E, em 1954, encontramos o João Lino a preencher fichas de sócios e a colar fotografias nelas; e, mais tarde, a escrever livros de listagens de sócios e de cobrança de quotas. Também em 1954, pudemos começar a treinar no rinque da Praça e em 1955 foi obtida a legalização da ADV, através do despacho de 08.03.1955, do Subsecretário da Educação Nacional, publicado no Diário do Governo, 3.ª série, n.º 57, de 09.03.1955. Começávamos a ganhar algum traquejo (pelo menos era o que pensávamos, até entrarmos nos primeiros jogos…) pelo que foi decidido que devíamos inscrever-nos na então chamada Associação de Patinagem do Norte, para podermos

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disputar os jogos da 2ª Divisão Regional. E aqui começa outra história que merece ser contada.

A inscrição para o Campeonato 38. A certa altura, ainda em 1955, numa dessas noites em casa do Eduardo e do Álvaro Figueira, alguém se lembrou de que se estava já muito em cima do limite do prazo para a inscrição. Foi então que, numa de “aflitos”, muito à portuguesa, no dia seguinte, o Armindo Fonseca e o Eduardo Figueira, no célebre dois cavalos (Citroen) do Eduardo, se deslocaram ao Porto, à Associação de Patinagem do Norte, onde foram informados, por um funcionário compreensivo, mas impassível, de que o prazo para a inscrição e filiação tinha terminado há uns dias…

Grande decepção!! Enorme balde de água gelada!! Como era possível?!!! Conversa puxa conversa, o funcionário pergunta de onde são os cavalheiros, os cavalheiros respondem que são de Valongo e ele diz: “É curioso, os meus dois filhos estão lá a passar uns dias, em casa de um senhor amigo do meu pai”. E então como se

chamam os filhos, como se chama o senhor, onde é a casa, eram as perguntas naturais seguintes. Após as repostas, o Eduardo diz, com um brilhozinho nos olhos: “Ah, esse senhor é o meu Pai e essa é a minha casa e esses dois pelos vistos seus filhos são os meus dois colegas de liceu que estão a passar férias em minha casa!”...


Ah! O insondável mistério de qualquer coisa a que se chama “destino” ou “acaso” ou “sorte” ou “predestinação”!!!... Bom, faltavam uns documentos, outros não estavam certos, mas não foi nada que não se resolvesse nos dias seguintes!... E foi assim, entre o desespero inicial e a boa disposição derradeira, entre a compreensão e a reciprocidade de um gesto amigável (e com a promessa de que esta história ficaria para sempre enterrada – e ficou: já lá vão 68 anos!!) que a Associação Desportiva de Valongo fez a sua entrada no mundo do desporto de competição!...

O primeiro equipamento 39. Há uma outra história saborosa, mas cujo sabor só pode ser apreciado por quem alguma vez viveu algo semelhante. É a história do primeiro equipamento. É uma lembrança do Armindo Fonseca.

Casa Senna, Rua Nova do Almada, Lisboa

Os frequentadores habituais do rinque da Praça decidiram fazer uma rifa para obterem dinheiro para a compra do primeiro equipamento. Quando a quantia atingiu o montante necessário, procedeu-se à compra. Por motivos de que ninguém se lembra, o equipamento foi comprado à Casa Senna, que existia desde 1834, na Rua Nova do Almada, em Lisboa. A encomenda foi despachada, em vários pacotes, por caminho de ferro e foi transportada, desde a estação de combóis de Valongo até à casa do Armindo, pelo Zé Mudo, com a carreta que ele utilizava, como recoveiro habitual deste tipo de frete… Depois, à noite, os pacotes foram abertos pelo Armindo, pelo Bruno, irmão do Armindo, pelo João Lino e pelo Jorge Braga, com a expectativa e alegria inerentes… Só quem passou por isto percebe que era mesmo alegria! O campeonato da 2ª Divisão Regional começou, para nós, no dia 2 de Julho de 1956. O primeiro jogo foi com o Vilanovense. É interessante contar uma pequena história sobre este jogo. Durante anos, os amigos e jogadores mais antigos discutiam sobre quem se lembrava do nosso primeiro jogo. Quase todos recordavam que tinha sido com o Vilanovense e dois dos amigos, pelo menos, garantiam que tínhamos ganho por 2-1. E adiantavam a equipa que disputou o jogo, portanto a nossa primeira equipa a entrar em competição: teriam sido o Francisco Bártolo, na baliza, o Loureiro na defesa, o Armindo a médio, o João Lino e o Carlos Camões, como avançados, com o Eduardo e o João Cruz a suplentes. Afinal, as notícias sobre o jogo (se é que elas estão certas, o que nem sempre acontece…) provaram como a nossa memória é enganadora e falível:

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perdemos o jogo por 5-1 e os jogadores foram o Serafim Barros, o João Lino, o Armindo, o Carlos Camões e o Eugénio (1), com o Francisco Bártolo, a sexto!!

A sede da ADV 40. Como quase sempre acontece, em situações semelhantes, o clube foi existindo como podia, e as pessoas reuniam onde era possível, mas cedo se começou a sentir a necessi-

1958 Inauguração da sede da ADV. Ao centro, o Presidente Câmara, Eng. Armando Magalhães

deste arrendamento, mas sabe-se, por uma notícia do Comércio do Porto, que a sede lá instalada foi inaugurada em 24.04.1958, e lá se manteve até ser substituída por outra, no Pavilhão Gimnodesportivo, muito depois de este entrar em funções (cf. Resumo dos Jogos, 19580424_CP).

Conhecemos, porém, alguns outros dados. Em 1 de Março de 1971, a ADV, representada pelo seu Presidente, Sr. José Alves Costa, assinou um contrato de arrendamento do n.º 173 da Rua do Padrão, em Valongo, aparentemente (o contrato não diz a sua qualidade: proprietário, arrendatário, procurador, etc.) com o proprietário do imóvel, Sr. Ruy Guedes

Esta foi a casa da sede antiga, no 1º andar, e esta a porta de entrada, com o n.º 173, Rua do Padrão

dade de um espaço, não só para reuniões dos órgãos dirigentes, como também que permitisse o convívio dos sócios. Foi assim que alguém descobriu que o primeiro andar do n.º 173 da Rua do Padrão – ou seja, ali mesmo ao começo da rua, a 50m do rinque da Praça!! – estava vago e podia ser arrendado. Não possuímos, infelizmente, pormenores precisos

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Marcelino, residente na Rua do Bonfim, 177, Porto, pelo prazo de 12 meses renováveis, e com a renda anual de 12.000$00, pagáveis em duodécimos de 1.000$00.

O facto de dois directores e as respectivas esposas assinarem um contrato de arrendamento para a ADV como fiadores acho que diz muito sobre o empenhamento e a assunção de riscos que estas pessoas estavam dispostas a correr para suportar um projecto.

Não há, nos papéis a que tive acesso, até agora (foram todos os que encontrei, mas pode ser que apareçam outros) qualquer resposta da Associação. O que há são várias outras cartas do Sr. Marcelino (carta de 12.05.1978, carta de 25.07.1978, carta de 30.08.1978) insistindo na actualização da renda. Finalmente, o processo aparentemente termina com uma carta de 3 de Abril de 1979, do Dr. José Augusto Marques de Carvalho, advogado, com escritório no Porto e morador em Valongo, que convida o Presidente da Direcção da ADV a passar por sua casa ou a procurá-lo no Porto, no Banco Pinto & Sotto Mayor, Departamento de Contencioso, “para assunto relacionado com o arrendamento do andar onde está instalada a sede dessa prestimosa agremiação desportiva”.

Cerca de um ano e meio depois, a Associação enviou ao Sr. Marcelino uma cópia do contrato, informando que o havia registado nas Finanças e que juntava o reconhecimento notarial das assinaturas dos fiadores (Ofício sem número, datado de 23.08.1972).

Não foram encontrados recibos ou outros documentos que ajudem a explicar o que se passou a seguir, nomeadamente, se a renda foi ou não actualizada. A vantagem, para mim, desta última carta é que ela parecia mostrar que, em 1979, apesar da existência do Pavilhão, a Associação

Assinaram como fiadores do contrato o Dr. João Lino Vale, o Sr. José Alves Costa, a esposa do primeiro, Dr.ª Maria Natália Ventura Vale e a esposa do segundo, D.ª Ana Arina Ventura do Vale Costa.

Em 20.06.1977, o Sr. Marcelino informa a ADV de que a sua filha, Júlia Maria Adelaide Martins Pereira Marcelino Soares Leal, por doação (não diz de quem) se tornara proprietária do andar em que estava instalada a sede da ADV e que ele se constituía seu procurador. Aproveita para informar que, ao abrigo do artigo 1105º do Código Civil e do Decreto n.º 37.021 lhe é permitido exigir a actualização da renda e rever o respectivo contrato. Não perde tempo, e propõe de imediato uma renda mensal de 6.000$00.

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ainda mantinha a sede na Rua do Padrão. Só que – estas surpresas acontecem quase sempre numa investigação histórica – apareceu um outro ofício, agora da ADV para a senhoria, D.ª Maria Adelaide Marcelino Leal, pedindo o arranjo do telhado, “em virtude de estar a meter água e a cair de podre.” Ora, este ofício é de 9 de Fevereiro de 1988! O que significa que ainda nesta data a sede da ADV continuava no n.º 173 da Rua do Padrão. E, pelo teor do ofício, com propósitos de lá continuar.

O recheio da sede 41. Por força do várias vezes referido desaparecimento de documentação dos primórdios da Associação, não sabemos qual era a configuração da sede, nomeadamente como estava mobilada e qual era a sua utilização habitual. Isto é, sabemos

Troféus na sede antiga. Foto cedida por Américo Moreira

alguma coisa quanto ao facto de, sendo as diversões muito poucas (não havia televisão…), as pessoas que a frequentavam faziam o habitual: jogavam às cartas, tendencialmente a dinheiro… Há conhecimento de queixas, nesse sentido. Sabe-se, por outro lado, mas sempre por transmissão oral, que houve um incêndio e que com a intervenção sobre ele, a água derramada acabou estragando e destruindo aquilo que o incêndio não conseguiu… Apareceu, até agora, um único documento que lança alguma luz sobre o recheio da sede: é uma apólice de seguro contratado com a Companhia de Seguros Portugal, ao que parece porque fazê-lo constituía uma obrigação legal para apoiar o arrendamento. Esta apólice tem a data de 29 de Maio de 1958, o que significa que o arrendamento ou é dessa data ou de uma data próxima. É a única prova, que até agora encontrei, de que houve um arrendamento inicial. Para não ocupar muito espaço e por a parte

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restante ser desnecessária, resolvi reproduzir apenas o núcleo central da apólice. Este núcleo da apólice de seguro da sede, na Rua do Padrão, n.º 117 (é uma indicação estranha, visto que o n.º, ao que sei, sempre foi o 173 e nunca houve outra sede), contratada com a Companhia de Seguros Portugal (com sede na Rua Áurea, em Lisboa) é a única descrição que temos da antiga sede, ainda que não seja panorâmica, mas tão só objectual.

Um dos documentos que primeiro se procura, quando se faz ou tenta fazer qualquer espécie de história de uma instituição, é o da escritura ou outro escrito que estabeleceu o pacto social da mesma. No nosso caso, essa escritura ou não existe ou ainda não conseguimos encontrá-la em várias diligências feitas. Falo no plural, porque fui acompanhado e ajudado nessa pesquisa pelo João Carlos Paupério.

Uma curiosidade, entre outras, é que naquela data, isto é, dois anos depois de o clube ter começado a jogar na 2ª Divisão Regional, já havia taças!! Notável! Igualmente notável é que elas valiam tanto como a mobília e o bilhar livre: 10 contos!

Levanto esta questão, porque é uma questão de princípio e também porque tenho visto, em documentos da Associação, nomeadamente nos cartões de sócio, a seguinte menção: “Agremiação Desportiva Fundada em 1955”. Pela documentação que nesta pesquisa fui encontrando, tenho razões para crer que esta menção porventura não corresponde à realidade do que se passou. Isto é, esta data é aquela em que se deu o reconhecimento oficial do clube, de acordo com a lei então vigente (que já veremos) e não representa o tempo em que um conjunto de pessoas se assumiu como agremiação e começou a trabalhar no sentido de lhe dar um conteúdo e uma dinâmica.

Percebe-se que, como entretenimento, havia uma telefonia, um bilhar livre, um bilhar russo e uma mesa de ping-pong, que, como digo noutro local, foi construída pelo João Lino Vale. Apesar de tudo, não era nada mau, para um clube pequeno, acabado de se formar.

A data da fundação do clube 42. Nos primeiros tempos, quando a sede do clube ainda se encontrava no edifício da Rua do Padrão, 173, no primeiro andar, aconteceram um pequeno incêndio e uma inundação que destruíram vária documentação, como disse. Deste modo, por exemplo, os primeiros livros de actas da Direcção, até 1963, assim como os primeiros livros de actas da Assembleia-Geral, até 1964, desapareceram, ninguém sabe o que é feito deles, pelo que se pensa que poderão ter ficado no incêndio ou na inundação.

Encontrei, felizmente, cerca de 295 fichas de sócios (digo ‘cerca’, porque faltam algumas pelo meio) e umas dezenas de propostas de sócio. As propostas de sócio e as fichas de sócio estão manuscritas pelo real fundador do clube, o Dr. João Lino Vale (cuja letra reconheço), que desde o início tomou sobre si essa tarefa de organizador da gestão do clube e dos respectivos papéis. As fichas de sócios, até ao n.º 64, têm esta data afixada: “1 de Dezembro de 1954”. Depois, na ficha n.º 68, aparece a data de “15 de Fevereiro de 1955”. Mais impressionantes são as propostas de sócio, que, além da data carimbada (não manuscrita) de 01.12.1954, e do carimbo oficial da Associação, nalguns casos possuem uma data de assinatura

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Mas não é impossível. Claro que não é impossível e é mesmo possível. É configurável a hipótese de alguém ser tão previdente, tão diligente na angariação de sócios e tão ansioso em pôr uma associação a mexer que promova todas as situações descritas antes de ela oficialmente ter iniciado a sua actuação. Não acredito que alguém tenha colocado uma data a seguir a “Aprovado em” e a seguir a “Admitido em” sem ter havido aprovação nem admissão. O que aconteceu, parece-me, foi que essa aprovação e admissão existiram, concedidas por uma associação de facto, aguardando a legalização. Os Estatutos do clube, no seu artigo 5º, dizem que “A admissão de sócios do Grupo A (os praticantes de qualquer modalidade e os amigos do desporto) é da atribuição exclusiva da Direcção” (e a do Grupo B – correspondentes, beneméritos e honorários – pertence à Assembleia-Geral). Parece-me impensável que alguém tenha sido admitido e aprovado por uma Direcção que, em 01.12.1954, ainda não existia. A Direcção existia de facto, mas ainda não tinha a sua existência reconhecida oficialmente. É a interpretação que faço. anterior a 01.12.1954, como é o caso da minha, que o meu Pai assinou no dia 13 de Novembro de 1954! Talvez o mais impressivo destes dados seja aquele que se encontra na parte de baixo de cada proposta de sócio e de cada ficha de sócio e que são as seguintes menções: “Aprovado em sessão de” e “Admitido em sessão de”, seguidas dos espaços habituais para colocação da data. E a data aí colocada é sistematicamente 01.12.1954. Ora, parece de senso comum que não se propõem sócios nem se emitem fichas de sócios, nem se manda fazer um carimbo oficial de uma associação desportiva… antes de ela existir!

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Para complicar toda esta avaliação, há um dado que está provavelmente na base da consideração desde sempre seguida de a ADV ter sido fundada em 1955 e que é o artigo 1º dos citados Estatutos da ADV, que taxativamente afirma: “Em 9 de Março de 1955 é formada em Valongo a Associação Desportiva de Valongo (A.D.V.), agremiação desportiva cujo objectivo primeiro é a organização de um grupo de óquei em patins, fomentando ao mesmo tempo o desenvolvimento daquele ramo do desporto no concelho de Valongo.”


Porque é que este dado, em vez de esclarecer, complica a análise da questão? Primeiro, porque existe a ideia de que estes Estatutos não são os originais, já que terá havido uma alteração desses nos anos sessenta ou setenta do século passado (houve uma em 1975), o que infirmaria a sua fidedignidade, para este propósito. O primeiro exemplar que me chegou às mãos ostenta a data de 30.11.1974; um segundo e um terceiro não têm data nenhuma. Vamos, porém, supor que estes são os estatutos originais ou que, pelo menos, a menção do artigo 1º não foi mudada. Então, a perplexidade instala-se: como é que uma associação que começa a existir em 09.03.1955 possui sócios admitidos e aprovados por uma Direcção desde 01.12.1954? Claro que nada disto é dramático, é apenas confuso… Pode sempre supor-se que foram de facto admitidos e aprovados sócios por uma Direcção provisória, uma Direcção de facto, eleita entre os sócios de uma Associação de facto, antes da constituição da Associação legal, os quais, sócios de facto e Direcção de facto, se tornaram efectivos e legais após a constituição oficial da ADV, assim se sanando a irregularidade até aí existente.

João Carlos Paupério descobriu, entre os papéis antigos, deixados por seu pai, Joaquim Paupério (antigo dirigente da ADV, por largos anos) dois antigos exemplares dos Estatutos do clube (caso para dizer, com triste ironia: há males que vêm por bem…), um dactilografado, sem data, e outro escrito à mão, com uma letra que logo reconheci como sendo do meu Amigo João Lino Vale. O exemplar dactilografado exibe, no cimo da 1ª página, escrita á mão, a seguinte anotação: “Aprovado por Despacho Decreto 57 – III série 9/3/55”, o que parece significar, suponho eu, que alguém quis registar, para evitar esquecimento, a data e o documento oficial que legalizou os Estatutos da ADV, que seria (continuo a supor) o Despacho n.º 57, de 9/3/1955, publicado na 3ª série do Diário do Governo (o Diário da República da altura) ou então o Decreto n.º 57, publicado na mesma data e local.

Porém, a confusão não acaba por aqui… Após um desagradável incidente em sua casa (que aliás lhe causou graves prejuízos) o

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Imediatamente por debaixo desta anotação, começa o artigo 1º dos Estatutos, que se inicia, como acima vimos, assim: “Em 9 de Março de 1955, é formada em Valongo a Associação Desportiva de Valongo (A.D.V.), agremiação desportiva cujo objectivo…” etc.

tivos não importem ofensa dos direitos de terceiros ou do bem público, nem lesão dos interesses da sociedade ou dos princípios em que assenta a ordem moral, económica e social da Nação.”

Alguém que conheça minimamente os trâmites das aprovações oficiais, logo detecta aqui uma incongruência ou uma aparente incongruência. Para se perceber o que pretendo explicar, é necessário fazermos uma pequena viagem ao passado.

E o artigo 2º, que particularmente nos interessa, dizia:

Nos anos cinquenta do século 20, as associações estavam submetidas a uma regulamentação estrita, sobretudo preocupada com a existência das chamadas “associações secretas”, que visava primordialmente dificultar e impedir a vivência e a vigência do Partido Comunista, única agremiação organizada que lutava contra a ditadura do Estado Novo, ainda que houvesse muitos outros e variados opositores. Foi assim que, após a entrada em vigor da Constituição de 1933, a Lei 1901, de 21.Mai.1935, veio estabelecer uma primeira regulamentação genérica do direito de associação, precisamente sob a epígrafe “Associações Secretas”… Posteriormente, o Decreto-Lei n.º 37.447, de 13.JUN.1949, aperfeiçoou e apertou a regulamentação anterior, sempre preocupado com os aspectos do secretismo das associações e a eventual ofensa da ordem pública. Só cinco anos depois, o Decreto-lei 39.660, de 20.MAI.1954, acrescentou à regulamentação normas que começaram a desenhar um perfil já mais realista das ditas “associações civis”. O seu artigo 1º dispunha: “Artigo 1.º A todos os cidadãos no gozo dos seus direitos civis e políticos é lícito promover a constituição de associações que não tenham carácter secreto e cujos objec-

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“Artigo 2.º A constituição das associações e a sua existência jurídica dependem de aprovação dos estatutos pelo governo civil do distrito da sua sede ou, quando o âmbito da respectiva actividade exceder o do distrito, pelo Ministro do Interior. § 1.º No caso de um dos fins estatutários ser próprio de associações cuja constituição dependa de aprovação ministerial, compete ao Governo, pelo Ministro respectivo, aprovar os estatutos. § 2.º Sempre que se trate de associações sujeitas a lei ou regime especial, observarse-á o que ali estiver estabelecido.” Este regime só foi alterado, não substancialmente, em 1966, com a entrada em vigor do novo Código Civil que, nos seus artigos 157º a 184º, acabou por regular em definitivo as associações, dispondo o artigo 158º que elas adquirem personalidade jurídica quando constituídas “por escritura pública ou por outro meio legalmente admitido”. A transcrição destes preceitos legais destina-se a chamar a atenção para duas coisas. A primeira é que foi sob o regime do Decreto-lei 39.660, de 20.MAI.1954, que se constituiu a ADV. Ora, este diploma não exigia a utilização de escritura pública, como mais tarde fez o Código Civil,


mas apenas, como vimos, a “aprovação dos estatutos pelo governo civil do distrito da sua sede” (artigo 2º, corpo) ou então pelo Governo, através do Ministro respectivo, “no caso de um dos fins estatutários ser próprio de associações cuja constituição dependa de aprovação ministerial” (artigo 2º, parág. 1º). Portanto, a segunda coisa a relevar é que poderá ou deverá colocar-se a hipótese de nunca ter existido uma escritura de fundação da ADV, mas apenas a aprovação dos Estatutos pelo Governo Civil do Porto da época ou pelo Governo (como de facto sucedeu e já veremos). E essa seria a que foi realizada, precisamente em 09.03.1955, pelo acto publicado no Diário do Governo dessa data. E então, a data de 09.03.1955, constante do artigo 1º dos Estatutos da ADV, é a data da aprovação dos mesmos pelo Governo. A aprovação dos Estatutos era, na época, o equivalente ao actual registo do pacto social no notário, através de escritura pública. Porém, é aqui que surge a tal incongruência. Teoricamente as coisas deveriam passar-se como se passam hoje, para qualquer autorização: o interessado apresenta o requerimento ou o documento para o efeito exigido, o responsável administrativo com competência para a aprovação exerce o seu poder e assina um despacho concedendo-a, no dia tal, por vezes com o registo das horas. Se a autorização for de certa importância, o despacho poderá mesmo ser incorporado num decreto simples. De qualquer modo, despacho apenas ou também decreto, serão sempre publicados, ou no diário oficial ou da forma legalmente prevista (por exemplo, por edital, nas autarquias locais). O despacho pode ser proferido no mesmo dia da apresentação do requerimento (portanto, com a mesma data), embora o habitual é que seja

expresso dias, meses depois. É o normal. O que aqui é difícil de perceber é como um exemplar dos Estatutos, apresentado ao Governo da época, para aprovação, já vinha escrito com a data dessa mesma aprovação!!... Dir-se-á: o exemplar (que está cheio de anotações) foi reescrito após a aprovação, para a incorporar definitivamente. É uma hipótese explicativa. (Mesmo assim, difícil de aceitar, porque qualquer alteração tinha de ser igualmente aprovada, o que significaria um segundo despacho…). Mas então fui consultar o exemplar manuscrito pelo Dr. João Lino Vale (que, de toda a evidência, é a matriz inicial dos Estatutos definitivos, porque foi ele que os escreveu, sei-o por vivência directa) e o meu espanto recrudesceu: ele diz exactamente o mesmo! Isto é, começa exactamente com a citação da data de 9/3/1955!!! Como não é crível, nem que o João Lino adivinhasse o dia do despacho, nem que o Subsecretário de Estado aceitasse a data proposta pelos Estatutos da ADV, resta um mistério difícil de resolver. O mais provável é que tenha existido uma terceira hipótese que neste momento desconheço e que será talvez de grande simplicidade… Bom, a hipótese explicativa mais razoável, para a qual estes factos parecem apontar, é a de que, pelo menos o artigo 1º dos Estatutos tenha sido alterado após o despacho de legalização, para incorporar a respectiva data. Porém, mesmo esta hipótese é perturbada pela existência do manuscrito do João Lino Vale, que possui todo o ar de ser o documento inicial, fundador de todos os outros, e em que o artigo 1º não apresenta nenhuma rasura… Ainda restava um último recurso para a possível resolução deste enigma: o várias vezes citado

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Vê-se também que não existe nenhum decreto, ao contrário do que a citada anotação na 1ª página dos Estatutos fazia supor, e que o n.º 57 é o número do Diário do Governo, 3ª série, daquele dia. E percebe-se que as associações desportivas do tipo da nossa eram consideradas como possuindo um fim estatutário cuja autorização era de competência ministerial e ficava assim abrangida pelo parágrafo 1º daquele artigo 2º do Decreto-lei 39.660, de 20.MAI.1954. Razão porque os Estatutos foram aprovados por um despacho do Subsecretário da Educação Nacional, com certeza por delegação do Ministro, como era e é habitual.

Despacho n.º 57! Finalmente, o João Carlos Paupério encontrou o famigerado despacho, nos arcanos do seu multifacetado arquivo… e o resultado foi… nenhum!... Para começar, existe ao que parece um despacho, mas não está publicado no Diário do Governo de 09.03.1955, o que aparece publicado é a notícia dele: “MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO NACIONAL Direcção-Geral da Educação Física, Desportos e Saúde Escolar Por despacho de S. Ex.ª o Subsecretário de Estado da Educação Nacional de ontem: Aprovados os estatutos dos seguintes organismos desportivos: Associação Desportiva de Valongo (…)”

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De modo que voltamos à estaca zero, quanto a este enigma. Resta uma última hipótese de resolução que, a esta distância, se me afigura na prática muito difícil, quase impossível de obter: é ir consultar o arquivo do Subsecretário de Estado da Educação Nacional, do dia 08.03.1955, e ver que espécie de Estatutos ou de requerimento da ADV ele atendeu e despachou com um “Aprovado”! Até lá, teremos de viver com o mistério! O documento mais antigo até agora encontrado que melhor esclarece a ideia de que os sócios fundadores da ADV consideraram que o seu início se deu em 1954 é a Circular n.º 2, sem data, que anuncia aos sócios duas coisas: que o clube se inscreveu no Campeonato da 2ª Divisão da Associação de Patinagem do Porto, pelo que vai começar a praticar oficialmente a modalidade, e que foram eleitos os Corpos Gerentes para 1956. Isto dá a entender que a circular é posterior à data da legalização oficial, 09.03.1955, e anterior ao começo do dito campeonato. Nenhuma destas datas se pode precisar, visto que, como acima disse, as actas da Assembleia-Geral e da Direcção da ADV perderam-se até 1963. O que é significativo nesta circular vem no


cabeçalho, em que após “Associação Desportiva de Valongo” e a seguir a “Agremiação Desportiva”, está escrito “Fundada em 1954”! Parece óbvio que os fundadores da ADV consideravam que a agremiação existia em 1954. Depois disso, eles ou outros entenderam que o início da Associação deveria ser colocado em 1955, por ser esse o ano da legalização.

Além deste documento, existem também cartões de identidade de sócios, com fotografia e número, que afixam a data de fundação como 1954.

Uma outra curiosidade desta circular é que ela coloca a Sede do clube na Praça Machado dos Santos, sem número. Posso assegurar que nunca houve qualquer sede física na Praça, pelo que a sede era, naquele início de vida, meramente virtual e para efeitos práticos, como o recebimento de correspondência… E, a ser na Praça, só podia ser em dois locais: a casa do João Cruz (e do Domingos Cruz) ou a minha, visto sermos os únicos moradores da Praça que naquela data éramos sócios e praticantes. Deve notar-se este pormenor curioso. Presumivelmente em 1958 (primeiro registo em livro do número de nome dos sócios e do pagamento das respectivas quotas) o clube tinha 281 sócios registados e 208 efectivos (porque 73 registos estão em falha). Presumivelmente em 1959, tinha 295 sócios registados. Em 1960, 301. Em 1961, 330. Em 1962, 357, mas o n.º 339 era o Fernando Dias de Sousa. Em 1962, 157. Em 1963, estão registados 422 sócios, um boom notável. Em 1964, o n.º sobe para 489. Em 1965, sobre para 603. Em 1966, o n.º é de 410 sócios e é aqui que aparece pela primeira vez o nome do Alberto Osório, com o n.º 339. Em 1967, o n.º de sócios é de 482. Em 1968, sobe de novo para 535. Em 1969, chega aos 700. Em 1970, passa para 737. Em 1971, atinge os 1.144 e o nome do Alberto Osório, desaparece, ficando o n.º em branco. Em 1972, o n.º atinge os 1234, mas há depois,

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que o clube estava a realizar das suas Bodas de Prata. Esse ofício ainda diz que a Associação foi fundada em 1954.

entrelinhadas, inúmeras correcções a vermelho que situam o n.º final em 837. Não tenho mais livros destes. Não foram encontrados. Esta estatística é interessante para percebermos a evolução do clube, relacionada com o crescendo de interesse que foi suscitando nos adeptos e nos seguidores e admiradores. Aqui, porém, pretendo chamar a atenção para este facto: entre 1966 e 1970, o cartão do sócio n.º 339, Alberto Osório, ostentou a menção “Fundada em 1954”. Ou seja, 16 anos após o nascimento da ADV, ainda havia quem considerasse 1954 como a data fundadora. Há mais elementos informativos a considerar. Num ofício para a Junta de Freguesia de Valongo, datado de 21 de Fevereiro de 1980, o Presidente da ADV, Joaquim Paupério, convida o Presidente da Junta a estar presente no final do torneio quadrangular de hóquei em patins, nos dias 7 e 8 de Março, bem como no almoço de confraternização, no dia 9, eventos que faziam parte das comemorações

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Meses depois, num outro ofício (aquele que encontrei mais próximo do anterior), de 14 de Maio de 1981, o Presidente da Direcção da ADV, Carlos Reis Figueira, comunica à Federação Portuguesa de Patinagem, em Lisboa, que a Direcção da ADV, em reunião extraordinária convocada para apreciação do comportamento da sua equipa de JUNIORES, deliberou castigá-la, “por manifesta falta de disciplina e brio”, pelo que participa a sua desistência da Fase Final do Campeonato Nacional da categoria. Este segundo ofício (que tem, aliás, um perfil gráfico diferente dos anteriores) já ostenta a menção ”Agremiação Desportiva Fundada em 1955”.


Pode concluir-se, embora sem grandes certezas, que a data foi alterada por uma das direcções presididas pelo Carlos Reis Figueira, que se sucederam desde 1981 até pelo menos 1983. Não consigo vislumbrar a razão por que o fizeram, a não ser talvez a ideia de colocar a data da legalização dos Estatutos, como vimos. De qualquer modo, este tipo de mudança arrasta sempre consigo a não agradável sensação de estar a rotular os corpos gerentes anteriores, e muitos sócios, durante 25 anos (1954-1980) de distraídos ou inconsiderados ou incompetentes. Seja qual for a conclusão sobre o assunto, esta análise ajudou-nos a entender que: - a constituição de facto da ADV – com o seu carimbo oficial, com os seus dirigentes que admitiam e aprovavam os novos sócios, com as fichas destes sócios que até ao n.º 67 têm a data de 01.12.1954 – se deu em 1954, ou mesmo em 1953;

As comemorações dos 25 Anos – Bodas de Prata da ADV 43. Em Março de 1980, a ADV comemorou os seus 25 anos de vida, contados precisamente da data de legalização dos Estatutos, 09.03.1955, considerada, a partir de 1980-81, como data de fundação do clube. Já antes discuti essa questão e agora só quero dar conta de que o clube viveu um momento festivo, aliás um momento que se estendeu por todo o mês de Março de 1980, com celebrações e actividades nos dias 1, 2, 7, 8, 9, 16, 22, 23, 29 e 30.

- que a sua legalização, de acordo com a legalidade vigente na época, aconteceu em 09.03.1955, através de um despacho, que não conhecemos, do Subsecretário de Estado da Educação Nacional; - que os termos em que se deu essa legalização, isto é, sobre que conteúdo de que documento ela versou, é o enigma em aberto; - que, finalmente, a data da fundação da ADV, que encima os documentos oficias, foi mudada de 1954 para 1955 provavelmente em 1981, não havendo documento que a explique.

O clube, então presidido por Joaquim Paupério, começou por convidar, no dia 9 de Fevereiro, por

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ofício, o Futebol Clube do Porto, o Infante de Sagres, o Benfica e a Oliveirense. Não encontrei resposta do Benfica, mas a verdade é que não compareceu. Os outros três, sim. Convidou ainda, no dia 20.02, vários outros clubes, para estarem presentes no final do torneio de hóquei que projectava realizar, pedindo-lhes que se fizessem representar por um porta-estandarte. Os clubes convidados foram: Grupo Desportivo Relógios Invicta, Clube de Hóquei dos Carvalhos, Riba de Ave Hóquei Clube, Sanjoanense, Associação Académica de Espinho, Juventude de Viana, Oliveirense, Infante de Sagres. Foram também convidadas várias entidades: o Governador Civil do Porto, o Presidente da Câmara Municipal de Valongo, o Presidente da Assembleia Municipal de Valongo, o Presidente da Junta de Freguesia de Valongo, a Direcção da APP, o Presidente do F. C. do Porto, o Presidente da Comissão Distrital de Árbitros, o Delegado da Direcção-Geral dos Desportos no Porto. Houve jogos de Juniores, entre as equipas do Valongo e do Infante de Sagres (dia 1), de Infantis, com equipas do Valongo e do Invicta de Massarelos (dia 2), de Iniciados, entre as equipas do Valongo e do Massarelos. Depois, nos dias 7 e 8, realizou-se o Torneio Quadrangular, com as equipas da ADV, do Infante de Sagres, do F. C. do Porto e do Oliveirense, e com patinagem artística nos intervalos dos jogos, com patinadores do F. C. do Porto. Ainda no dia 8, foi realizada uma homenagem aos antigos atletas da ADV. No dia 9, efectuou-se uma missa pelos sócios falecidos, seguida de romagem ao cemitério. Depois, realizou-se um almoço de confraternização e, pelas 21h30, foi quando teve lugar a sessão solene

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O bolo de aniversário. Da esq. p. dir.: Joaquim Paupério, Brigadeiro Aires Martins e Esposa, Dr. João Lino Vale e Esposa, Dr.ª Natália Ventura

de homenagem aos associados com 25 anos de casa e um Porto de Honra. A tarde do dia 16 foi preenchida com jogos de hóquei entre as escolas da ADV, um jogo de Juvenis Valongo-Porto e um jogo das Velhas Guardas da ADV e de uma selecção de Velhas guardas Portuenses. Nos dias 22, 23, 29 e 30 teve lugar um Torneio de Ping-Pong, com atletas da ADV e, ainda no dia 30, realizou-se um Torneio de Pesca Inter-Sócios.

44. Foi na sessão solene, do dia 9, que o Dr. João Lino Vale, a pedido, como ele refere, pronunciou o seu discurso de rememoração e recordação da história desses 25 anos de associação, que acabou por se tornar célebre e citado, não só por vir de quem vinha, ou seja, do obreiro maior da ADV, durante esses anos, mas também por ser uma fotografia dos pontos essenciais da vida da associação e ainda, ou sobretudo, pela frase final. O discurso será publicado em anexo a este texto, na sua forma original, mas não resisto a transcrever algumas passagens.


Ele começa por dizer que não vai fazer a história oficial do clube, que “está mais que feita, é do conhecimento geral e quem não souber que consulte os arquivos do clube que lá encontra tudo.” Reparem como a vida é cheia de ironia: mal ele sabia que, passados mais alguns anos, não se encontraria tudo nos arquivos do clube, porque parte deles desapareceu…

rink do adversário e cá, a oito minutos do fim, perdíamos por 5-1… e a dois minutos do termo da partida ganhávamos por 7-5 (e o Boavista ainda marcou o sexto).

Diz ele então que prefere contar as “histórias” das pessoas que passaram no clube.

Eu, por mim, bebia “águas” no café do Armindo, enquanto ouvia o barulho. No fim, o Eduardo Figueira vem agarrar-se a mim a chorar como uma criança… Mas não foi só ele que chorou.”

“isto é, a história vivida que não está nem pode estar nos arquivos; a história, afinal, que forja a “alma” de uma colectividade, que cria a tradição e que determina a individualidade dessa colectividade”.

Que alegria! Mas que sofrimento! A rede de protecção do lado nascente foi vergada quase até ao chão pela assistência galvanizada.

E depois refere, claro, alguns dos seus “heróis” do clube:

Conta, com clara emoção, a história da passagem do clube da 2ª à 1ª Divisão:

“Quantos episódios a recordar durante todos estes anos? Quantas improvisações? Eu sei cá!

“Tarimbamos na 2ª divisão, se não me engano, três ou quatro épocas. Mas quando ficamos em segundo lugar (Ah! Meus amigos!) arrumámos com o Boavista para a 2ª divisão e subimos nós à primeira.

— O grande Zé Viterbo, o treinador que, sem saber patinar, conseguiu criar equipas que deram ao clube tantas vitórias em campeonatos.

Quem não se lembra? Empatámos por 2-2 no O Dr. João Lino Vale pronunciando o seu discurso, no dia 9 de Março de 1980

— O grande Zé Camilo que, para além de valoroso atleta, criou nas escolas, durante anos e anos, plêiades de atletas que deram e darão continuidade ao nosso clube, num trabalho paciente e quase que diria anónimo. — O grande Delfim Pires, o eterno catedrático da mesa dos cronometristas, que num sofrimento mudo e sem fim, talvez mais do que o de qualquer outro, viu desfilar na sua frente centenas de vitórias e fracassos. Seria infinita a série.” Tece, então, uma consideração muito importante: “Desde início, o clube esteve aberto para a prática do óquei em patins pela juventude valonguense: nunca houve segregação de qualquer espécie e

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o clube existe porque existem em Valongo jovens que gostam de praticar óquei em patins e existirá enquanto os houver. A única razão da existência do clube são ELES, sem ter em conta a sua maior ou menor habilidade e, porque se trata de um clube aberto, também nunca se pôs entraves nesta casa ao abandono de qualquer atleta ou à sua ida para outro clube: só quem quiser é que joga na Associação Desportiva de Valongo. Fala-se muito agora em Democracia, mas nem sempre se vê nos actos que ela seja praticada. Pois tenho para mim, como facto histórico desta colectividade, que nunca houve cá dentro outra praxis que não fosse a da verdadeira, da autêntica democraticidade.” Fala da “alma” da ADV e conta, quase inevitavelmente, a história do Américo Moreira: “Num ano não sei qual, o Américo estava desempregado e veio junto da Direcção (a que eu pertencia) pedir se era possível arranjar-lhe um empregozito, que não queria sair do clube, mas que naturalmente teria de sair para outro qualquer clube (havia vários interessados que lhe arranjavam emprego) se até tal data limite nada se arranjasse. Tentámos as portas todas, eu e o Sr. José Costa, e nada conseguimos. E na data aprazada eu meto o Américo no meu carro, disse-lhe que tinha muita pena de nada termos conseguido, e aconselhei-o a que saísse, visto que o óquei em patins passava e a sobrevivência futura dele tinha que ser assegurada. Ele agradeceu, despedimo-nos e assim ficámos. No dia seguinte, meus amigos, o Américo entrou por esta sede dentro e disse-me: “dê-me uma ficha para assinar”.

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E assim ficou, durante toda a época, desempregado e jogador do Valongo.” É então que termina com a tirada que ficou célebre e que os mais velhos recordam com um sorriso, porque tem graça e é verdadeira (metaforicamente, claro): “Eu tenho oito filhos: os sete mais novos deu-mos a minha mulher e, graças a Deus, são todos perfeitinhos. Mas o mais velho, esse, pari-o eu. Sou eu a mãe. O seu nome é A. D. V.: cresceu, tornou-se adulto, não precisa da mãe para nada. Mas a mãe revê-se, orgulha-se do filho e augura-lhe, naturalmente, a maior grandeza futura.” Neste texto, está o João Lino quase todo, que eu conheci. Está a sua capacidade de escrever um português escorreito e simples, que vai rareando; está a inteligência de eleger os episódios de facto significativos da vida do clube e de os contar com sabor e graça, mesmo com emoção. E está, dito de forma provocadoramente brilhante, a sua dedicação, o seu imenso afecto àquele grupo que, de verdade, eu assisti, ele pariu.

A vida interna – Os episódios desportivos Os primeiros 5 anos de jogos 45. A vida prosseguiu, como sempre acontece, e os primeiros tempos não foram fáceis, seja qual for a perspectiva que se tome.


Desportivamente, éramos aprendizes e, se alguma coisa nos caracterizava, era decerto a vontade de aprender muito e depressa. Treinávamos afincadamente, mesmo sem treinador, no início. Aliás, nunca houve, nesse início treinador regular, mas apenas alguns “empréstimos”, de passagem, O Armindo Fonseca, na sua, biografia, fala de cinco treinadores: o Aldo Nogueira e o Agostinho, ambos jogadores do Académico; o Dr. Aragão, dentista, antigo jogador do Vigorosa; o António Figueiredo, jogador do Infante de Sagres, internacional e campeão da Europa; e o José Viterbo, nosso Amigo antigo, desde sempre, sócio exemplar da ADV, que nunca patinou, foi director e treinador excepcional e chegou a ser seleccionador do Norte… Uma notícia do Comércio do Porto dá nota de que houve um jantar de homenagem ao treinador Nogueira, na noite de 4 de Outubro, num restaurante de Beloi, S. Pedro da Cova, quando, no segundo ano de participação no Campeonato Regional da 2ª Divisão, o Valongo ficou classificado em 2º lugar (Cf. RJ, 19571004_CP). Tirando o Zé Viterbo, de quem fui amigo e conheci bem, mas a cuja “saga” já não assisti, por não estar por esse tempo em Valongo, devo dizer que me lembro mal dos outros, excepto um, o António Figueiredo. Não só me lembro dele, como lhe ganhei uma certa amizade, decorrente das circunstâncias e da sua personalidade. As circunstâncias. Por essa altura, a partir de 195051, o João Lino e eu frequentávamos o Colégio de Ermesinde. A febre do hóquei também lá chegou e os responsáveis acabaram por mandar construir um rinque (que ainda lá está) do lado direito da entrada da Igreja de Santa Rita, (mas dentro de muros) e por detrás do campo de futebol. Com o nosso recente entusiasmo, ajudámos a criar e a

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treinar duas equipas de hóquei, uma de seniores, outra de juniores, sendo que, com as nossas idades de então, éramos todos juniores… O que isto queria dizer era que se tratava de uma equipa “dos mais velhos” e outra “dos mais novos”. Na inauguração do rinque, a ADV foi jogar ao Colégio, num jogo de festa que foi uma das nossas primeiras saídas. Teve inauguração com a presença do Bispo do Porto (a cuja diocese o colégio, católico e com o primeiro ano do seminário, pertencia) e com direito a notícia no jornal!! (Não consegui detectar o nome do jornal nem a data…).

Na primeira fotografia, vê-se a equipa do colégio, com o seu equipamento preto, da qual o João Lino e eu fazíamos parte, claro. Na segunda foto, estão duas equipas de Juniores: a da camisola às riscas, do Colégio, a do equipamento verde e preto, da ADV. Nesta, reconhecem-se (de pé) o António Campos (camisola branca, guarda-redes), o Quim Manel Leal, o João Ventura; em baixo: o Mário, o Nora e um jovem que não reconheço. Na terceira foto, além da equipa sénior, está também a equipa júnior e estão: um dos padres do colégio, o padre Marinho, ao centro o Bispo do Porto da altura (não recordo o nome) e ao lado esquerdo deste o António Figueiredo. Ele tinha sido convidado pela

Jogo da inauguração. Vê-se o João Lino ao centro e eu à direita, ambos com o equipamento do Colégio, e por detrás o Eduardo Figueira e o Carlos Camões, com o equipamento da ADV.

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direcção do colégio para treinar as duas equipas, ao que acedeu, não sei com que contrapartidas (provavelmente com nenhumas, apenas o reconhecimento devido e porventura a amizade com algum dos padres ou até com o bispo, como nesse tempo acontecia tantas vezes). O que sei é que aproveitámos a boleia e pedimos ao António Figueiredo que nos desse uma “ajudinha”. Ele aceitou prontamente e então passou a vir creio que uma vez por semana a Valongo, dar-nos indicações de táctica e estratégia… Confesso que, a esta distância, me lembro mal dos treinos dirigidos por ele, excepto quanto a um pormenor, para mim naturalmente inesquecível. Numa das primeiras sessões, ele resolveu tentar perceber qual de nós, os aprendizes de hoquista, tinha mais jeito para marcar penalties. (Soubemos mais tarde que ele era o especialista dos penalties no seu clube, o Infante de Sagres). Porque, dizia ele, é preciso explorar o jeito especial de cada um, para treinar ao máximo essa aptidão e tirar dela o desejado proveito. E então lá nos colocou a atirar bolas à baliza, repetidamente, um de cada vez, durante vários minutos. Ao fim de algum tempo, concluiu que os mais “jeitosos” eram o Carlos Camões e eu. Claro, ficámos satisfeitos e seguiu-se que, durante cada treino e fora dele, nós gastávamos todo o tempo que tínhamos a atirar bolas à baliza, da marca de grande penalidade. Como é sabido, a grande penalidade actualmente é marcada em movimento. Naquela altura, era uma sticada de uma bola parada no sinal de penalty indicado no recinto. Por isso, o treino consistia em marcar sucessivos tentos, visando os pontos considerados mais vulneráveis dos guarda-redes, que também ficavam parados na baliza, à distância regulamentar: os cantos por cima dos ombros ou então, menos, os cantos ao lado dos pés. Chegou a sugerir

que fizéssemos aquilo que já tinha visto noutros locais: colocar um cartão grosso ou uma madeira fina a tapar a baliza, com quatro aberturas largas nos quatro cantos (por cima dos ombros e ao lado dos pés) de modo a visualizarmos melhor os locais para onde devíamos atirar a bola. Foi isso que o António Figueiredo nos ensinou e que nós treinámos afincadamente, teimosamente, exaustivamente… Para mim, os treinos, em que cheguei a adquirir alguma perícia, como acontece quando se insiste com deliberação e afinco, deram como resultado que acabei ficando o responsável pela marcação dos penaltis, com alguns resultados agradáveis. O melhor deles – até pelo estardalhaço a que deu azo – foi no jogo contra o Centro Universitário, em Valongo, em 19570619, que ganhámos por 8-2 e em que marquei 7 golos de penalti e ainda falhei três… O António Figueiredo era um jovem cordato, simpático, nada convencido nem agressivo (como acontecia tantas vezes com as “estrelas” – e ele era uma estrela, de facto), por isso o contacto com ele foi um momento bom da nossa aprendizagem do hóquei em patins. Além disso, ele foi protagonista de uma história inesquecível, que eu próprio, como centenas de outras pessoas, vivi na altura, como um daqueles momentos “miraculosos” que o desporto por vezes nos oferece de bandeja… No Campeonato da Europa que se disputou no Porto, em 1956, Portugal ganhou à Espanha por 1-0 e assim venceu o campeonato. O jogo esteve empatado a zero até ao final e era preciso ganhá-lo para ser campeão. Então, como que num golpe mágico do destino, a um ou dois minutos do fim, a Espanha cometeu uma falta que deu penalti.

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Quem foi marcá-lo? O António Figueiredo, que era o especialista dos penaltis! E meteu golo! E assim Portugal se sagrou campeão da Europa de 1956!! Bom, a história não acaba aqui. O pai do António Figueiredo tinha uma casa comercial no Largo dos Leões, em frente ao edifício da Universidade (a casa ainda lá está, agora com outra ocupação) que possuía grandes montras, vistas diariamente por centenas de pessoas, dada a localização e a muita afluência ao local, como ainda hoje. Então, o stique do António, que marcou o golo vencedor, foi colocado em exposição numa das montras e lá se manteve por muitos meses!! Creio que chegou aos dois anos!! Por várias vezes, quando, ao fim da tarde, regressava do Colégio Almeida Garrett (onde fiz o 6º e 7º anos do liceu), em companhia do Jorge Nuno Pinto da Costa (sim, o actual Presidente do F. C. do Porto) e de um outro colega que nunca o largava, íamos os três olhar o stique e comentar o feito do Figueiredo. O que é irónico, nestas situações, é que todos nós parecemos esquecer a pessoa real por detrás do objecto que ela utilizou para o efeito: como se o stique tivesse marcado sozinho o golo da vitória, e por isso estivesse ali a ser admirado e incensado, em vez do António Figueiredo, com o saber e a experiência que trazia consigo! 39. É preciso dizer que enquanto nós iniciávamos a nossa aventura hoquista com um misto de entusiasmo e de inocência chamemos-lhe táctico-estratégica, isto é, jogando um hóquei de carácter muito individualista, baseado no “jeito” maior ou menor de cada um e tentando tirar daí o máximo rendimento, já outros, noutras paragens, faziam outros cálculos e estudavam o hóquei a

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sério – tão a sério que o estudo demorou a chegar ao terreno e, em muitos casos, parece que ainda não chegou. Francisco Velasco, o celebrado hoquista moçambicano, que foi uma estrela do hóquei em patins, internacional e Campeão Latino, da Europa e de Mundo, e que faleceu em Lisboa, a 8 de Junho de 2020, escreveu isto no seu já citado blogue “Carrossel”: “Em finais de 1955 fui para a Beira onde joguei durante a época de 1955/56, durante a qual recebemos a visita do Clube Desportivo de Paço de Arcos, Campeão Nacional que em Lourenço Marques tinha vencido todos os encontros em que participara, incluindo a Selecção. Não quis crer! Os “velhotes”, Jesus Correia e Correia dos Santos, tinham feito gato-sapato dos meus colegas lá de baixo, segundo ouvi da boca deles, mais tarde. Na Beira, integrado na Selecção desta cidade, como já tinha treinado e jogado com estas figuras de proa da modalidade, fiz uma descrição do seu modo de actuar, resultando uma proposta de solução táctica simples que foi eventualmente aplicada com determinação contra os Campeões Nacionais. O seu tipo de jogo foi caracterizado por mim como: – Vila Verde: – Guarda-redes muito bom; – Campos: Defesa estático, muito agressivo; – Virgílio: Médio, agressivo, mas de curta penetração; – Jesus Correia: movimentação livre, poderoso e muito veloz; – Correia dos Santos: malabarista, jogador de área. Perigo nº 1! Solução: – Marcação cerrada, dentro da área e arredores a Correia dos Santos,


Actuação defensiva e ofensiva

pretendendo evitar que recebesse bolas; – barreira passiva a Jesus Correia, feita por mim, induzindo-o a patinar sobre o seu lado esquerdo, donde raramente seticava de longe; – interceptar passes e contra-atacar rapidamente; – Nos ataques, já uma mera intuição levava-me a aproveitar uma cortina com o meu médio para, em sprint, patinar em círculo em redor dos defesas e passar ao colega que apareceria no lado oposto. Resultado: – Vencemos por 5 – 3, tendo o Paço de Arcos averbado a sua primeira derrota em toda a digressão e, se não estou em erro, do Campeonato Nacional. Este acontecimento constituiu uma lição relevante, porque foi a primeira vez, pelo menos em que tenha estado presente, que uma decisão consciente, de carácter táctico, foi aplicada no terreno. Foi um marco, pois jamais jogara com qualquer planeamento prévio. Além disso, fiquei convicto que o movimento circular era o futuro.” Em muitas outras páginas ele repete este tipo de análise e teoriza sobre os aspectos mais relevantes do desporto que adorava. Não pretendo aqui discutir, porque o local não é adequado, se ele tinha ou não razão na defesa do seu amado

“movimento circular”, o “carrossel”, como ficou conhecido e que tornou o SNECI quase imbatível, durante um certo período. Aquilo que desejo relevar é um aspecto que julgo importante: ele teve a inteligência e a capacidade – note-se: em 1955-56, quando nós estávamos a começar, sem termos a mínima ideia deste tipo de raciocínios – de olhar para o futuro e perceber que, no hóquei em patins – como em qualquer outra actividade humana – para progredir é preciso saber e para saber é necessário estudar e discutir os resultados e depois transmiti-los. Ele passou o resto da sua vida a escrever sobre o hóquei e ainda em 2014, algum tempo antes de morrer, se queixava da quase total falta de programação e de estratégia existentes, não apenas nos clubes, em geral, mas na própria Selecção Nacional. Os primeiros tempos foram de quase desânimo, por causa das derrotas sucessivas que sofremos, e algumas volumosas. O primeiro jogo das nossas vidas (foi assim que o sentimos) perdemo-lo por 5-1, com o Vilanovense (cf. RJ, 19560703_CP). O segundo empatámo-lo, o que foi um espanto, para nós! Então já nos batíamos de igual para igual com uma equipa cheia de traquejo (o Centro Universitário)?! O jogo foi em Valongo, na “eira”, e isso contou muito, contou decisivamente. Porém, logo a seguir, sofremos uma derrota pesada do adversário que considerávamos, na altura, mais crítico, o F. C. do Porto. Perdemos por 8-0!! A imprensa salientou a actuação do Armindo Fonseca e do Serafim Barros. Perdemos com o Candal e, a seguir, cometemos uma facécia: fomos ganhar ao Póvoa, na casa

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deles, por 5-4!! Ficou-me na memória a violência do público, junto às tabelas. Violência contra nós, os adversários, entenda-se. Creio que isso se passava um pouco por todo o lado, naquele tipo de rinques.

foi a que veio a seguir, por se tratar da equipa com que tínhamos empatado da primeira vez, o Centro Universitário, o que nos criara algumas expectativas. Jogámos no campo do Lima e perdemos por 10-2!!! Foi duro! (Cf. RJ, 19560726_CP e JN).

Por esta altura (cf. RJ, 19560719_CP), surge uma notícia que menciona a interdição do rinque do Valongo, sem dizer porquê nem por quanto tempo. Só em 19560726_CP, o jornalista de serviço, sob o título “O Desporto em Valongo”, faz este comentário:

Não temos notícia do jogo com o Candal, mas devemos ter ganho, por causa da classificação final. Temos, porém, informação sobre o jogo com o Póvoa, em Valongo, a quem voltámos a ganhar, por 4-2, numa noite de piso molhado, que dificultou a tarefa de ambos os grupos. Se o piso estivesse seco, diz a notícia do Comércio do Porto, “talvez o resultado tivesse sido ampliado favoravelmente aos locais.”

“Causou surpresa no nosso meio a decisão da Associação de Patinagem do Norte em interditar por dois jogos o campo de óquei em patins. O que houve, que praticamente não foi nada, não merecia a punição dada. Até faz desanimar!” O jornalista não assina, mas creio ser Manuel Correia de Brito, que era profissional no Comércio do Porto e se distinguia de todos os outros, não só por ser praticante e conhecedor do hóquei em patins, mas sobretudo porque dava grande atenção aos jogos e aos pormenores deste desporto, o que transparecia nos seus relatos. A única crítica que, nas notas que acompanham o Resumo dos Jogos, por vezes lhe fiz (e que nada tem a ver com o seu direito de escolha) foi o de ser ‘doentiamente’ apoiante do F. C. do Porto… o que lhe fazia perder objectividade, quando o Porto estava presente. Não obtive documentação ou notícias que esclarecessem este acontecimento grave, que o jornalista diz que “não foi nada”. Terá sido alguma coisa, mas não consegui saber o quê. Voltámos a perder por 5-2 com o Vilanovense, no rinque do Candal, por o nosso estar interditado, mas a derrota mais pesada e mais difícil de engolir

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Quando o campeonato desse ano terminou, com a Vitória do F. C. do Porto, num conjunto de 6 clubes, ficámos classificados em 4º lugar, à frente do Póvoa e de Candal… Nada mau, para quem tinha começado nesse ano, fraquejava no traquejo e tinha principiado a aprender... O nosso ânimo moral desatou a subir… O ano desportivo seguinte, 1957, começou no princípio de Abril, com o habitual Torneio, que incluía equipas da 1ª e 2ª divisões. No primeiro jogo, com o Educação Física, da 1ª Divisão, perdemos por 3-1. E, ao contrário do que se esperaria, fomos logo alvo de um elogio do Comércio do Porto (creio que, como sempre, pela pena de M. Correia de Brito), que disse uma coisa óbvia (mas mais ninguém o disse!...) e sobretudo encorajante, para quem está a começar. Escreveu ele: “O grupo de Valongo é o único concorrente do Torneio Início que merece uma distinção especial, pelo facto de não se intimidar em aparecer junto de clubes da


I Divisão, apesar de só o ano passado ter iniciado a sua actividade. Sem temor das derrotas, mas compreendendo que estabelecendo contacto com os melhores grupos (é) que se aprende, a equipa de Valongo fez uma boa estreia, perdendo á certo porque a superioridade do adversário foi evidente, mas obtendo um resultado lisonjeiro que, com mais sorte, até poderia ter sido mais nivelado.” (Cf. RJ, 19570404_CP). Depois, voltaram as derrotas demolidoras: 9-0, com o Vigorosa (que era, com o Infante de Sagres e o Académico, um dos grupos fortes da 1ª Divisão do Norte); 18-1, com o Infante; de novo 10-2, com o Vigorosa. Entretanto, começou o Campeonato da 2ª Divisão, agora com 8 clubes, mais dois do que no ano anterior, e, no primeiro jogo, com o Boavista, no rinque deles, perdemos por 4-2. Porém, no segundo jogo, em Valongo, contra o Candal, conseguimos o nosso primeiro resultado volumoso (eufórico!!) de 7-3! Em Paredes, perdemos por 6-2 e é um jogo de que fiquei com uma péssima recordação. Primeiro, porque, com razão ou sem ela (provavelmente, sem ela), havia uma rivalidade mal-humorada com Paredes, oriunda não sei de que agravos, portanto nunca quereríamos perder em Paredes…; segundo, porque me calhou apontar um penalti, coloquei a bola na marcação devida, no recinto, e a bola começou a rolar sozinha; então, eu voltei e colocar a bola na marca… e ela voltou a deslocar-se…; à terceira vez em que tal aconteceu, o árbitro, em vez de fazer o que lhe competia, que era ajudar-me a parar a bola ou chamar alguém que o fizesse… resolveu apitar para interromper

o penalti e… mandar prosseguir o jogo!!... Fiquei furioso e a partir daí parece que tudo nos correu mal! Detestei o jogo, o ambiente criado e o árbitro! O jogo seguinte, em Valongo, foi de euforia! Aquele mesmo grupo, o Centro Universitário, que, em 1956, no Lima, nos derrotara por 10-2, veio perder na “eira” por 8-2!! Foi o tal jogo em que, por artes mágicas, ajudadas pelos ensinamentos do António Figueiredo, eu marquei 7 (sete!) golos de penalti, e ainda falhei três! O Eugénio marcou o 8º golo. (Cf. RJ, 19570619_CP). Ia haver um segundo desafio com o Boavista, em Valongo, no dia 6 de Agosto e, nesse mesmo dia, uma nota a anunciar o jogo comentava que ele podia “ser capital para os valonguenses, que ainda aspiram ao título” e que por isso o tinham de ganhar. Infelizmente, não foi o que aconteceu: perdêmo-lo por 4-2. De seguida, ganhámos ao Candal e empatámos com o Paredes. Houve, neste jogo, uma tentativa de agressão de um jogador do Paredes que deu origem a um inquérito de que resultou a punição desse jogador com 2 jogos de suspensão (Cf. RJ, 19571009_CP). Porém, o grande jogo emotivo foi o seguinte, com o Vilanovense, em Valongo, que ganhámos por 7-4. A notícia do Comércio do Porto diz que “a partida foi das mais emotivas e das melhores do campeonato. A luta foi sempre viva e há a destacar a boa exibição da turma local.” E acrescenta: “Se não fosse a pouca sorte de Loureiro, o caso podia (ser) falado.” Já me lembro mal do que se passou, mas creio que o comentário se refere a dois penaltis que falhei… Acontece. Foi um dos jogos em que se mostrou o Eugénio goleador: à conta dele, foram 5 tentos! (Cf. RJ, 19570820_CP). Vieram depois duas vitórias folgadas: 9-1, contra o

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Leixões, em casa deles, e 9-2, contra o Póvoa, em Valongo (RJ, 19570825_CP e 19570830_CP). Acabámos por ficar em segundo lugar na classificação final, atrás do Boavista, que ganhou o Campeonato brilhantemente, com apenas uma derrota. O ano de 1958 iniciou-se com a participação na Taça de Honra do Norte, em que o Valongo começou por ganhar por uma margem expressiva – 9-3 – ao Paço de Rei, para a seguir perder, igualmente por uma diferença pesada – 6-1 – com o Boavista. O primeiro jogo em Valongo e o segundo no rinque do Infante (cf. RJ, 19580417_CP e 19580424_CP). No fim desse mês de Abril, o Valongo deslocou-se ao rinque do Académico, para jogar e perder com os residentes por 8-3. É preciso lembrar que o Académico era uma das mais fortes equipas da 1ª Divisão nortenha, pelo que o resultado de algum modo surpreendeu os comentadores, que acharam que o Valongo tinha oferecido uma resistência notável. Na vinda do Académico a Valongo, a ADV foi de novo derrotada, aí contra uma expectativa legítima (por, como diz a notícia, “ser difícil ganhar em Valongo, onde o grupo local animado pelo seu público já pôs em sérias dificuldades os melhores conjuntos”), porque o Académico exibiu uma equipa praticamente nova, com elementos de grande valor, oriundos dos juniores. O resultado final foi de 14-3. Nova derrota em Valongo, contra o Boavista, por 6-0. Assim terminou a Taça de Honra, com o Valongo em 3º lugar, atrás do Académico (1º) e do Boavista (2º) e à frente do Paço de Rei (4º). (Cf. RJ, 19580501_CP e 19580509_CP).

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Em Julho, teve início o Campeonato Regional da 2ª Divisão, com uma vitória, em Valongo, sobre o Centro Universitário, por 7-1. Infelizmente, a notícia não forneceu a composição das equipas nem o nome dos marcadores. (RJ, 19580704_CP). Depois, o Valongo foi perder a Matosinhos com o Leixões, por 4-3, embora, pelo teor da notícia, pudesse ter ganho. (RJ, 19580708_CP). No dia 13, em Valongo, a equipa ganhou ao Espinho por 4-1, num jogo marcado por dureza e excessos, segundo a notícia, e pela expulsão de Armindo. (RJ, 19580714_CP) De seguida, empatou com o Candal por uma bola e ganhou ao Vilanovense por 3-1, num jogo em que, a 5 minutos do fim, estávamos empatados a uma bola. (Cf. RJ, 19580718_CP e 19580722_CP). No jogo seguinte, o Valongo foi à Póvoa vencer pela expressiva marca de 7-1, que o colocou no 1º lugar da tabela classificativa e ajudou a criar algumas expectativas. (RJ, 19580725_CP). Porém, no rinque do Lima, foi perder com o Centro Universitário por 4-3, o mesmo Centro que vencera em Julho por 7-1. (RJ, 19580801_CP). E 10 dias depois, perdia com o Espinho por 3-1, em Espinho (RJ, 19580811). Os embates seguintes foram coroados por 3 vitórias, uma muito expressiva: 4-2 ao Candal (RJ, 19580815_CP); 2-0 ao Vilanovense, na casa deles (RJ, 19580819_CP); e 12-2 ao Póvoa, em Valongo (RJ, 19580822_CP). O jogo seguinte dá início a uma situação que é um duplo imbróglio: por um lado, não obtive informação sobre o papel do Caldas das Taipas nos dois jogos seguintes; por outro lado, a eliminatória de que falam as notícias revestiu-se de aspectos difíceis de entender e que, objectivamente


prejudicaram a ADV, independentemente de o grupo não estar porventura na sua melhor forma. Uma das notícias diz mesmo que o fraco resultado obtido no primeiro jogo contra o Taipas, 6-5, se deve ao “facto de os seus jogadores raramente treinarem, (o que) tira-lhes aquela vivacidade característica e que os guindou ao segundo lugar do campeonato regional da II Divisão.” (RJ, 19581111_CP). O Campeonato Regional da 2ª Divisão de 1957, em que o Valongo ficou no 2º lugar (havia a expectativa inicial de que poderia ganhar o campeonato) foi jogado por 7 clubes: Centro, Valongo, Leixões, Espinho, Candal, Vilanovense e Póvoa. Não sei explicar como aparece aqui o Caldas das Taipas, numa eliminatória. No dia 10 de Novembro, o Valongo ganhou ao Taipas por 6-5, creio que em Valongo, embora a notícia não o diga. Depois, em 13 de Novembro, nas Caldas das Taipas, o clube local ganhou à ADV por 4-3. (RJ, 19581111_CP e 19581114_CP). Deveria haver a seguir um terceiro jogo para decidir a eliminatória. É aí que surge a grande confusão. Ao que parece, a Federação tinha criado um Regulamento próprio para o campeonato nacional, cujo artigo 6º, parágrafo 1º mandava “sortear os recintos dos dois clubes que, ao cabo de duas mãos se mantêm empatados e que assim terão de realizar um jogo de desempate”. Posteriormente, a mesma Federação emitiu um comunicado, não se sabe com que intensão, que foi interpretado, ao que parece por árbitros e clubes, como anulando este artigo 6º e estabelecendo novas regras. Pelos vistos, sem razão. O comunicado n.º 17 dizia: “DESEMPATES – Após o árbitro do encontro da 2ª mão haver efectuado o sorteio do rinque onde o desempate se realizará, o mesmo terá lugar:

a) No dia seguinte, se houver acordo entre os interessados; b) No sábado imediato, em caso contrário.” A interpretação feita pelo jornalista do Comércio do Porto foi a de que a diferença entre os dois normativos era que o regulamento mandava escolher entre os rinques dos dois clubes empatados, enquanto o Comunicado permitia a escolha de um terceiro rinque. Creio que, como muitas vezes acontecia, o jornalista obteve esta interpretação de forma e fonte oficiosa, porque ela não decorre deste texto do Comunicado 17. A única coisa que dele deriva é a regulamentação do tempo de efectivação do desempate: a primeira frase remete nitidamente para o texto do artigo 6º do Regulamento e as duas alíneas regulamentam a gestão do tempo de actuação. O que significa que se mantinha em vigor a regra do artigo 6º do Regulamento. Embora no final do segundo jogo o árbitro tivesse realizado o sorteio, ele foi aceite sob reserva pelos dirigentes do Valongo, que punham em dúvida se era isso que mandava o regulamento. Telefonaram por isso, no dia seguinte, para a APP e esta foi de opinião que o desempate deveria ser realizado em Famalicão. Porquê Famalicão? Provavelmente foi esse o rinque escolhido no sorteio… Seria? Entretanto, o Taipas também falou com a Federação, que sobranceiramente disse que a APP não tinha que marcar jogos e que o jogo devia ser jogado nas Taipas. Este desentendimento deu como resultado que a equipa do Valongo se deslocou para o rinque de Famalicão, onde era suposto ir defrontar o Taipas para o 3º jogo, enquanto o Taipas se apresentou no o seu próprio rinque, onde da Federação lhe teriam dito que se devia realizar o jogo. Como o Valongo não compareceu nas Taipas, porque estava em Famalicão (!), foi-lhe marcada falta

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de comparência e uma derrota por 5-0!! (RJ, 19581116_CP).

ter sido devidamente explicado aos destinatários, o que, de toda a evidência, não aconteceu.

Sabe-se que o Valongo enviou uma longa exposição-protesto à Federação, mas não há notícia explícita de qual foi a resposta. Deve ter sido positiva, porque a verdade é que se realizou o terceiro jogo (que tinha sido considerado perdido pelo Valongo, por falta de comparência) nas Taipas, no dia 20 de Novembro, e o Valongo perdeu por uma soma surpreendente – 7-1 – o que significa pelo menos um grande desalento, decerto provocado ou ao menos potenciado pelo imbróglio e talvez associado a um mau momento. (RJ, 19581118_ CP, 19581121_CP).

Ainda em 1958, infelizmente não sabemos o dia nem o mês, deu-se outro acontecimento relevante na história do clube; foi inaugurada a nova sede, no n.º 173 da Rua do Padrão, ali a uns 50 metros do rinque da Praça. Houve uma pequena festa de que só temos fotografias quase estragadas. Mesmo assim, são um testemunho.

O que resta é um triste panorama de descoordenação entre a Federação e a Associação do Porto e um deficiente entendimento do papel legislativo da Federação, ao produzir um comunicado que deveria

Aquilo que me parece mais notório, em 1959, neste 4º ano de actuação da ADV em campeonato, é, por um lado, um certo desequilíbrio do comportamento da equipa de uns jogos para os outros e, por outro lado, a modificação da condição de alguns adversários, que melhoraram o seu desempenho. O ano principia com uma notícia duplamente boa: que o Armindo Fonseca fora seleccionado para uma equipa que iria jogar a Montreux. Boa para ele e para o clube, claro. (RJ, 19590220_CP). Começa então a Taça de Honra, com os clubes distribuídos por 3 séries, tendo a ADV ficado na série A, com o Porto, Educação Física, Infante de Sagres e Leixões. O Valongo – apesar de alguns brilharetes, como impor ao Infante um empate a 3 bolas e depois forçar uma vitória escassa, por 1-0, no seu rinque (19590507_CP e 19590604_CP) – acabou por ser afastado com várias derrotas da “poule” final, que ficou constituída pelos clubes Infante de Sagres, F. C. do Porto, Académico, Vigorosa, Académica de Espinho e Carvalhos, e foi incluído na “poule” dos vencidos.

1958 De pé: Loureiro, João Lino, Carlos Camões. Em baixo: Eugénio, Navio, Chico Bártolo, Armindo.

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Nessa condição, ganhou, no Bessa, no dia 15.06, ao Paço de Rei, por 3-2 e ao Leixões, por 2-0. E


no dia 22, passados 7 dias, perdeu com o mesmo Paço de Rei, agora em sua casa, por 8-2!! (RJ, 19590616_CP, 19590620_CP, 19590623_CP). A sequência foi uma vitória sobre o Boavista, nas Cavadas, por 4-1, e três sucessivas derrotas: no Bessa, com o Leixões, por 4-2; com o Espinho, em Espinho, por 4-1; até com o Candal, em sua casa, por 3-2. (RJ, 19590626_CP, 19590916_CP, 19590919_CP, 19590927_CP). Em 30.09 e em 09.10, a ADV obteve três vitórias em Valongo: contra o Vilanovense – 3-0; contra o Paço de Rei – 5-4; e contra o Leixões – 6-5 (RJ, 19591001_CP, 19591010_CP, 19591019_CP). A seguir, a ADV perdeu com o Espinho, em casa deles, por 6-1, e com o Candal, em Valongo, por 4-3. (RJ, 19591023_CP, 19591027_CP). Ganhámos um último jogo, ao Paço de Rei, em casa deles, por 7-1, e o campeonato terminou com o clube classificado no terceiro lugar, atrás do Espinho (1º) e do Leixões (2º). Em 1960, no último destes 5 anos iniciais, as coisas correram melhor à ADV, porque acabou por conseguir alcançar o 2º lugar da tabela final, tendo rondado durante todo o tempo o primeiro. O início do Campeonato, no mês de Maio, foi promissor: a equipa fez 6 jogos somando vitórias: 5-1, contra o Vilanovense; 5-4, contra o Educação Física; 5-1, contra o Candal; 15-0, contra o Póvoa; 4-1, contra o Leixões; 6-3, contra o Nun’Álvares. (RJ, 19600504_CP, 19600505_CP, 19600510_CP, 19600512_CP, 19600517_CP, 19600519_CP). Só veio a perder, de novo com o Paço de Rei, no rinque deles, por 3-1, tendo ganho, de seguida, em Valongo, ao Vilanovense, por 10-2. 1 (RJ, 19600524_CP, 19600616_CP).

O jogo que decidiu o vencedor do campeonato realizou-se no dia 22 de Junho, entre o Educação Física e o Valongo, na Senhora da Hora, e a equipa perdeu por 4-1. Embora o adversário tenha sido superior, segundo a notícia, também o azar afectou o Valongo: Camões meteu um golo na própria baliza. (RJ, 19600623_CP). Nos jogos restantes, o Valongo ganhou ao Candal por 17-2; ao Póvoa por 4-2, na Póvoa; ao Leixões, por 5-2; ao Nun’Álvares, por 17-0; ao Paço de Rei, por 5-1. (RJ, 19060629_CP, 19600707_CP, 19600714_CP, 19600721_CP, 19600723_CP). Em boa verdade, o primeiro lugar só veio a decidir-se perto do fim, quando o Ediucação Física venceu o Paço de Rei por 7-3. Se tal não se veriticasse, teria de haver uma finalíssima com o Valongo, visto que tinham terminado o campeonato empatados em pontos. Entretanto, o Educação Física tinha protestado o jogo anterior com o Paço de Rei e foi a autorização de repetir o jogo que lhe permitiu a vitória final. (RJ, 19600726_CP, 19600813_CP, 19600814_CP). E assim ficámos em segundo lugar, atrás do Educação Física, note-se, com o mesmo número de pontos (29), de vitórias (11) e de derrotas (2), mas com menos golos marcados (73 contra 90) e mais golos sofridos (23 contra 13). A equipa jogou muito bem, mas o Educação Física apresentou uma fomrção bem estrutrada e com valor. De qualquer modo, o resultado poderia e esteve quase a ser o inverso: esse é um dos cenários muito comuns no hóquei em patins. Neste ano, começaram a alinhar na equipa novos jogadores: o Adalberto, o Joaquim Manuel Leal, o Álvaro Figueira, que aliás já tinha jogado antes

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esporadicamente, o Domingos Cruz, o José Camilo e o Francisco Pires.

Os anos 60 1961 Neste ano de 1961, o Torneio de Abertura contou com 13 clubes inscritos, que foram distribuídos por 3 séries, tendo a ADV ficado na terceira, em companhia do Académico, do Salgueiros e do Paredes. O início não foi auspicioso: o Académico veio ganhar a Valongo por 4-3 e o Valongo foi perder a Paredes por 5-4 e depois no Lima, com o Salgueiros, por 3-2. No segundo jogo com o Académico, também, no Lima, o Valongo conseguiu impor um empate a duas bolas, o que deve ser entendido como um início de recuperação da forma anterior da equipa. Porque, no segundo jogo com o Paredes, agora em Valongo, a ADV ganhou por 4-3, e no jogo seguinte, com o Salgueiros, conseguiu uma vitória por 6-3 (RJ, 19610308_CP, 19610312_CP, 19610316_CP, 19610407_CP, 19610414_CP, 19610421_CP). Ficou assim no segundo lugar da tabela da sua série. Os jogos seguintes foram com os outros “pesos pesados” da 1ª Divisão, o Vigorosa, com que perdeu, nas Cavadas, por 3-2, e o Porto, a quem ganhou, em Valongo, por 3-1. Foi a primeira vitória sobre o F. C. do Porto, que haveria de repetir-se algumas vezes e que era sempre gostosa, porque o Porto era uma equipa forte e difícil, que nos levava os melhores jogadores, quando podia…

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A notícia sobre o jogo refere a saída de Navio para o serviço militar, na Guiné (RJ, 19610909_CP, 19610913_CP). Nos dois jogos seguintes, o Valongo perdeu para o Académico, no Lima, por 6-2, e para o Infante, em Valongo, por 4-2. Nos jogos que vieram depois, ganhou ao Sanjoanense por 4-1, perdeu com o Espinho por 7-2, ganhou em Valongo ao Educação Física por 2-1 e voltou a perder com o Escola Livre, em Oliveira de Azeméis, por 6-3. O comentador refere que a vitória sobre o Educação Física, embora escassa, foi importante, porque esta equipa está a jogar bem (RJ, 19610916_ CP, 19610920_CP, 19610923_CP, 19610927_CP, 19610930_CP, 19611004_CP). O Valongo acabou colocado no 5º lugar da tabela final, atrás de 4 dos grandes da época: Infante, Espinho, Académico, Educação Física.

1962 O Torneio de Abertura do ano de 1962, em que o Valongo ficou integrado na série B, começou com uma vitória sobre o Nun’Álvares, nos Carvalhos, por 2-1, e uma derrota, também nos Carvalhos, mas contra a equipa da casa, por 3-1. O comentador assinala a brecha deixada na equipa com a saída de Navio, “que o ano passado fez uma boa época,” mas acha que ela “tem, no entanto, possibilidades para repetir, pelo menos, a excelente carreira da época passada, no Campeonato Regional.” (RJ, 19620222_CP, 19620301_CP). Em 8 de Março, a ADV estava a ganhar ao Boavista, em Valongo, por 4-0, quando o jogo foi interrompido pelo árbitro, na 2.ª parte, por causa da chuva forte que se mantinha desde o início.


Os jogadores locais e o público protestaram. (RJ, 19620310_CP). Mais tarde, no dia 14, a equipa perdeu em Gaia, contra o Vilanovense, por 2-0. De seguida, averbou duas vitórias: contra o Educação Física, por 3-2, e contra o Boavista, por 3-1, jogos em Valongo. Este último jogo, contra o Boavista, foi a repetição daquele que o ábitro interrompeu, por causa da chuva. (RJ, 19620316_CP, 19620322_CP, 19620324_CP). Com este último jogo terminou a fase de apuramento do Torneio de Abertura, em que o Valongo não ficou apurado. Entretanto, começou o Campeonato Regional da 1.ª Divisão em que o Valongo, “a registar uma pequena crise, não parece com a mesma disposição da época passada, a que não é estranho o facto de o grupo ainda não ter a preparação necessária”, segundo a notícia do Comércio. Com o primeiro jogo veio uma derrota pesada, em casa, contra o Vigorosa, por 8-4, seguida de novo desaire, na Constituição, contra o Porto, por 3-2. O comentador diz que houve duas notas antipáticas neste jogo: a primeira foi que o Porto gastou 10 penaltis para marcar um golo (o que significa que desperdiçou 9) e a segunda era que “o jogo foi extremamente quesilento e antipático, pela série de cargas e violências de ambos os grupos no segundo período.” (RJ, 19620526_CP, 19620529_ CP). Oito dias depois, a 4 de Junho, o Valongo bateu o Académico, em casa, por 4-3, o que foi considerado uma “facécia”, dado que o Académico continuava a ser um dos grandes clubes do Norte. (RJ, 19620605_CP). A seguir, acontecem uma vitória importante e um derrota-surpresa: o Valongo ganha ao Leixões, por

1962. De pé: Armindo, Albino, Zé Camilo, Carlos Camões. Em baixo: Eugénio, Chico Pires, Mário.

6-4, em Matosinhos, e perde em casa com o Escola Livre, por 4-2. (RJ, 19620609_CP, 19620613_CP). Aparece, pela primeira vez, uma notícia sobre o grupo de Juniores do Valongo, batido em casa pelo Infante de Sagres, por 1-0. (RJ, 19620613_CP). A 14 ou 15 de Junho, o Valongo perdeu em Espinho, por 5-3, e voltou a perder em Valongo, onde o Infante de Sagres veio mostrar que continuava a ser uma grande equipa de hóquei em patins e ganhou por 8-3 (19620616_CP, 19620619_CP). Houve então um empate, por 2-2, na Senhora da Hora, com o Educação Física e surge ums nova notícia sobre os Juniores do Valongo, que foram aos Carvalhos arrecadar uma vitória considerada “robusta” e “uma grande surpresa”, por inesperada: 6-2. Não consigo registar aqui os nomes dos “heróis”, porque o jornal não os fornece. (RJ, 19620623_CP, 19620625_CP). Há que referir nova derrota em Valongo, onde a Sanjoanense veio ganhar por 4-2, num jogo em que a equipa chegou a ter a vantagem de 2-0 e em que se gerou mal-estar, com reclamações do público, porque o árbitro não dava ordem para parar o cronómetro, quando interrompia o jogo, o que foi frequente (RJ, 19620626_CP).

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Nova notícia sobre os Juniores, que venceram, por 4-0, o Vilanovense, em Valongo e assim se posicionaram para a ‘poule’ final, ao lado do Infante, Académico e Vigorosa A. E agora, sim, já posso fornecer os nomes: Moreira, Augusto (1), Américo, Jaime, Manuelsinho (3), Cruz, Delfim e Piscos. (RJ, 19620702_CP). Regista-se um último jogo em Valongo, com o Porto e à chuva, que fornece um empate a um golo. Aparece a jogar, pela primeira vez nos Seniores, o José Nora, alinhando pelo Porto. No final do Campeonato, o Valongo ficou na modesta posição de penúltimo, num conjunto de 10 equipas. (RJ, 19620714_CP).

1963 No início do ano de 1963, o jornalista e comentador do Comércio do Porto várias vezes citado aqui, Manuel Correia de Brito, faz uma longa apreciação dos clubes que tinham actuado no ano anterior no âmbito do Campeonato Regional da 1.ª Divisão e, quanto à equipa da ADV apenas refere: “o Valongo tem problemas militares de alguns jogadores”. O ano desportivo hoquista, começou, como de costume, pelo Torneio de Abertura, e o primeiro jogo de que temos notícia é o de uma derrota por 2-1, nos Carvalhos, contra o gupo da casa. Regista-se, neste jogo, o aparecimento do José Nora na equipa da ADV. Houve a seguir um empate em casa, por 3-3, com a Sanjoanense, que era na altura um clube em alta. É também neste momento que aparece, pela primeira vez, na equipa do Valongo, o Américo

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Moreira. (RJ, 19630321_CP, 19630326_CP). Na nona jornada do Torneio, o Valongo venceu em casa a jovem formação Patim, recém-chegada, por 10-0. Sem história. (RJ, 19630404_CP). Os jogos marcados para dar início à primeira jornada do Campeonato Regional da 1ª Divisão, no dia 24 de Maio, foram adiados, por causa da chuva que cemeçou a cair a partir das 17 e não mais parou. Registo o facto para que se perceba como cada vez mais se fazia sentir, em todos os clubes, em todas as pessoas ligadas ao hóquei em patins, a necessidade de rinques cobertos. Que não eram fáceis de conseguir, por serem muito mais caros que os descobertos. E foi mesmo um rinque descoberto que por esses dias, em 26 de Maio, teve a sua inauguração em Fânzeres, por entusiasmo e entrega de um grupo de pessoas ligadas ao clube local e amantes do hóquei. O Valongo foi convidado para defrontar o F. C. do Porto no jogo inaugural, amigável, e venceu-o por 5-3. O piso, diz o cronista, estava escorregadio… por causa da chuva… (RJ, 19630527_CP). A ida a S. João da Madeira teve como resultado mais uma derrota, por 6-2, com a Sanjoanense, que atravessava um período de grande produtividade desportiva. Foram o Nora e o Américo a marcar os nossos únicos dois golos. (RJ, 19630528). E, entretanto – porque o desporto é feito destas ironias – no mesmo dia e no mesmo rinque, as Reservas do Valongo ganhavam às da Sanjoanense por 3-0… (RJ, 19630528). Este mesmo grupo das Reservas valonguenses foi ao rinque das Cavadas ganhar ao Vigorosa por 5-1, no dia 3 de Junho. E no dia 7, empatou com o Espinho, em Valongo, por 4-4 (RJ, 19630604_CP, 19630608_CP).


Nesse mesmo dia, 7 de Junho, a equipa sénior empatou com o Espinho, em Valongo, por 5 bolas. (RJ, 19630608_CP). Uma semana depois, em princípio no dia 14, os Seniores foram à Senhora da Hora ganhar ao Educação Física por 5-1, enquanto a equipa de Reservas empatava, no mesmo dia e mesmo rinque, com as Reservas do Educação Física, por 3-3. (RJ, 19630615_CP). Houve então um acontecimento significativo e devidamente assinalado pelo comentador habitual: o Valongo empatou em Fânzeres com o Infante, por 5-5, sendo que o Infante esteve quase toda a primeira parte em desvantagem, perdendo por 3-0 e 4.1. Isto quer dizer que o Valongo estava a subir a sua capcidade técnica e a conseguir dar melhor conta de si. A notícia do Comércio do Porto assinala-o: “O grupo de Valongo, a dar agora muito mais rendimento, principia a mostrar-se como equipa para grandes surpresas”. No mesmo dia e local, as Reservas ganharam às do Infante por 2-1. (RJ, 19630618). O obstáculo que a equipa não conseguira ainda ultrpassar (chegaria o seu tempo…) chamava-se Académico, que veio a Valongo, no dia 29, ganhar em Seniores, por 8-0, e em Reservas, por 6-1. (RJ, 19630630_CP). Os jogos seguintes, provavelmente em 1 de Julho, saldaram-se também em derrotas, agora contra equipas que não possuíam o gabarito das do Académico ou do Infante, embora a dos Seniores estivesse em crescimento. E foi assim que perdemos, em Valongo, com o Carvalhos, por 4-2, e com as Reservas do Carvalhos por 5-2. (RJ, 19630702_CP). A seguir, sucederam-se derrotas várias, que traduziam, não tanto a baixa de forma do Valongo, mas

a subida ou a manutenção de competência dos outros grupos. Perdemos com o Vigorosa, nas Cavadas, por 4-2; com o Carvalhos, na casa deles, por 3-2; com as Reservas do Carvalhos, por 13-0; com a Sanjoanense, em Valongo, por 6-3; com o Vigorosa, em Valongo, por 5-3; com as Reservas do Vigorosa, no mesmo dia e local, por 3-1; com o Infante, no rinque deles, por 5-1. (RJ, 19630706, 19630709, 19630713, 19630720, 19630730). Finalmente, o Valongo conseguiu vencer o Vilanovense, a 2 de Agosto, em Valongo, por 5-3, num jogo inserido na penúltima jornada do campeonato. (RJ, 19630803). A última jornada jogou-se a 5 de Agosto e nela o Académico venceu o Valongo, em Gondomar, no rinque do Fânzeres, por 3-0, e com esta vitória sagrou-se campeão do Campeonato Regional da 1ª Divisão. (RJ, 19630806_CP). Seguiu-se a disputa da Taça de Portugal – 1963, em substituição dos Campeonatos Nacionais da 1ª e 2ª Divisões, não ralizados, ao contrário do que estava decidido, por falta de verba. A Taça teve uma composição em duas Zonas, Norte e Sul. A Zona Norte integrava os 10 participantes do Campeonato da 1ª Divisão do Porto, os 6 do Campeonato Distrital de Braga, os 3 do Campeonato Distrital de Coimbra, os 2 primeiros classificados do Campenato Regional da 2ª Divisão do Porto. Será disputda em duas fases: uma primeira de apuramento, eliminatória, e uma segunda em ‘poule’. (RJ, 19630919_CP). O primeiro jogo do Valongo foi com o Famalicão, em Valongo, que a ADV ganhou por 4-3. O segundo jogo, com o Famalicão, em sua casa, saldou-se num empate a 2 golos. O Valongo passou assim à segunda fase. (RJ, 19630929_CP).

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O primeiro e o segundo jogos da segunda fase realizaram-se em Valongo e saldaram-se em vitórias: com o Vilanovense, talvez no dia 6 de Outubro, ganho por 4-3; com a Sanjoanense, talvez em 16 de Ooutubro, ganho por 3-1. (RJ, 19631007_CP, 19631017_CP). No jogo de desempate, em São João da Madeira, a Sanjoanense, venceu por 5-3, anulando a vantagem das duas bolas que o Valongo trazia da fase anterior. (RJ, 19631020). Infelizmente não foram registadas mais notícias desta Taça de Portugal. Chegou, porém, uma boa notícia: o regresso de Joaquim Navio às lides do clube, depois da sua prestação do serviço militar na Guiné. (RJ, 19631116_CP).

1964 Na acta da Assembleia-Geral da ADV de 2 de Fevereiro de 1964, o Presidente da Mesa exprimiu votos de congratulação pela volta do atleta Joaquim Navio da província da Guiné e agradeceu-lhe a dedicação que mostrou ter ao clube, ao prontificar-se a defender novamente as suas cores. O ano de 1964 começou, como era habitual, com o Torneio de Abertura e, no primeiro jogo, com o Candal, na casa deles, o Valongo ganhou por 4-1. (RJ, 19640307). Depois, houve uma boa surpresa, em São João da Madeira, no dia 9 de Março, quando o Valongo venceu o Porto.A por 3-1. O comentador habitual não deixa dúvidas: “… a grande surpresa foi a derrota da melhor equipa azul branca que durante a primeira parte se deixou dominar pelo maior entusiasmo dos jogadores do

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Valongo. Com 2-0 ao intervalo, o vencedor jogou sempre de molde a justificar o êxito final.” (RJ, 19640310_CP). A seguir, o Valongo ganhou ao Candal por 4-2, a 20 de Março, e ao Espinho, na casa deste, por 4-3, a 27. Com esta última vitória, a ADV ganhou a Série A do Torneio de Abertura e tornou-se o único grupo indiscutivelmente apurado para a fase final (RJ, 19640321, 19640328). Aparece o Rogério Alves a jogar na ADV. E surge uma notícia da transferência do jogador José Augusto M. Pires, da ADV para o Fânzeres. (RJ, 19640501_CP). Começa então a fase final do Torneio de Abertura, em que o Valongo defronta, em Valongo, primeiro o Boavista, e ganha por 3-1; e depois, o Centro Universitário, e ganha por 8-1. Aparentemente, os jogadores da ADV jogavam melhor com o piso molhado do que os do Centro, porque, durante a primeira parte, mantiveram um empate a uma bola, mas, na segunda parte, começou a chover e o resultado foi por aí acima… De qualquer modo, logo aquando do jogo com o Boavista, o comentador habitual previa, com bom olho, que o vencedor do Torneio seria o Carvalhos ou o Valongo, dada a forma como estavam a dar resposta aos adversários. Neste jogo, é assinalado, pela primeira vez, a jogar pela ADV Seniores, o José Augusto. (RJ, 19640504_CP, 19640505_CP). O grande jogo, deste dia 8 de Maio, foi este, em que o Valongo ganhou ao Carvalhos, um dos favoritos ao título, por 5-3, em Valongo. O Carvalhos chegou a estar a ganhar por 3-0, já na 2ª parte, e a equia do Valongo, “impulsionada pelo seu público”, diz a notícia, conseguiu chegar ao final com uma vitória


muito forte. “O Valongo isolou-se no comando da poule final do Torneio de Abertura”, é o título da notícia, que, no entanto, adverte, que ainda nada está decidido. (RJ, 19640509_CP). Aparece depois uma notícia que, como de costume diz o facto, mas não a origem do facto. Sob o título ”Acontecimentos registados em Valongo”, relata a suspensão do Torneio de Abertura e acrescenta que ele devia ter continuado nesse dia 15 de Maio, “mas a jornada ficou suspensa para a direcção da Associação apurar os acontecimentos registados em Valongo.” Mais tarde, a 19, surge uma outra notícia, que parece ter ligação com esta, mas não o diz e refere, em título, “Os sérios inconvenientes do público estar junto das vedações”, algo que todos os jogadores estavam fartos de saber desde sempre e a que eu próprio faço menção na Nota a 19590425_CP, assim como no comentário a esta notícia de 19640519. Seja como for, continuámos sem saber quais foram os acontecimentos registados em Valongo que originaram investigação da Direcção da APP, suponho. A 18 de Maio, a ADV vence o Centro Universitário, no seu campo, por 6-1 e toda a gente se prepara para o jogo Carvalhos-Valongo, nos Carvalhos, que este tinha de ganhar ou então haveria uma “finalíssima”, que teria de realizar-se num pavilhão portuense, neutro. Soube-se que, prevendo esta hipótese muito verosímil, os apoiantes do Carvalhos já tinham contratado 20 autocarros, para os levarem ao pavilhão portuense escolhido, a apoiarem a sua equipa… Foi tudo por água abaixo, porque, enquanto o Carvalhos ganhava ao Centro, no seu campo, por 6-4, o Valongo, na sua casa, no dia fatídico de 27

de Maio, empatava a 3-3 com o Boavista… Deste modo, o Carvalhos ganhou o Torneio de Abertura, que esteve ao alcance da ADV. A vedade é que todos diziam que os dois grupos se equivaliam. Vale a pena transcrever parte do comentário do jornalista do Comércio do Porto: “Foi extrarodinariamente dramático o final deste desafio jogado em Valongo. A equipa local, que se pode dizer com toda a autoridade constituiu a grande novidade deste torneio de abertura, pois inclusivamente, na fase preliminar, afastou o grupo do F. C. do Porto da prova, teve um colapso inesperado, na parte final do jogo, depois de terminar a primeira parte a ganhar por 1-0. O Boavista, dando sempre réplica animosa, encontrou um Valongo eufórico e confiante em excesso e nos momentos finais da partida o resultado de 3-3 tirou todas as possibilidades aos locais.” (RJ, 9640528_CP). Começou, entretanto, a Taça de Portugal, em 1 de Setembro, dia em que o Valongo defrontou o F. C. do Poto, na Constituição, e perdeu por 3-2. (RJ, 19640902_CP). É anunciado o jogo Valongo-Porto, para o dia 4 de Setembro, mas não aparece nem relato do jogo, nem notícia do resultado. (RJ, 19640904_CP). Sabe-se apenas, por uma notícia do dia 6, que a Sanjoanense e o Valongo tinham sido eliminados. O comentador habitual escreve: “Terminou ontem a primeira eliminatória da Taça de Portugal e a lamentável ocorrência que se regista é a eliminação pura e simples de duas boas equipas: Sanjoanense e Valongo, enquanto na prova prosseguem grupos sem o mínimo de requisitos e, o que é mais perigoso, talvez alguma

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delas possa eventualmente atingir a final. Enfim, efeitos duma cópia grotesca da regulamentação do tipo futebolista, onde o óquei em patins nada tem a aprender.” (RJ, 19640906_CP). O documento da Associação de Patinagem do Porto (APP), intitulado “Vencedores Provas Hóquei em Patins”, de 1963-2018, refere a ADV como vencedora, em 1963-64, da Série A do Torneio de Abertura.

1965 A acta da Assembleia-Geral da ADV, de 7 de Fevereiro de 1965, regista a entrega, pelo Presidente da Mesa da Assembleia, ao jogador Américo Carneiro Moreira da mefalha que lhe foi concedida pela Associação de Patinagem do Porto, pela sua actuação na Selecção do Norte, em Espanha. No habituall Torneio de Abertura do ano de 1965, o Valongo foi visitar o Carvalhos, no dia 29 de Março e ganhou o jogo por 4-2. (RJ, 19650330_CP). De seguida, obteve uma série notável de vitórias: ganhou ao C.D.U.P. por 10-0 e venceu outra vez por 10-0, em Valongo, o Vigoriosa.A; venceu de novo o Carvalhos por 7-4; ganhou ao Centro por 7-1. Depois, contra todas as expectativas, empatou com o Carvalhos, em Valongo, por 3 bolas! (RJ, 19650408_CP, 19650410_CP, 19650427_CP, 19650504_CP, 19650508_CP). É preciso dizer que este último jogo já diz respeito ao Campeonato Nacional da 1ª Divisão, Zona Norte. Como tantas vezes aconteceu, o jornal não forneceu mais notícias sobre o Torneio de Abertura, que fora interrompido, por causa do começo do Campeonato…

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O segundo jogo do Campeonato foi com o Espinho, a 14 de Maio, na cada deste, e saldou-se num empate a 2 bolas. Depois, em Valongo, no dia 17 de Maio, o Espinho perdeu por 16-1, “uma margem robustíssima”, diz a notícia. (RJ, 19650515, 19650518). Em Braga, no dia 22, o Valongo empatou com o Académico de Braga por 3 bolas. “Fez-se o sorteio do Campeonato Distrital de Principiantes, que registou somente a inscrição de três clubes: Valongo, Infante de Sagres e Carvalhos. (…) Perante o manifesto desinteresse pela prova, patenteado pelos clubes do Porto, a Direcção da Associação faz justos e oportunos reparos (…) e resolve: a) adiar, sem dia, o início deste torneio;” Notícia de 19650608_CP. Foi retomada, no dia 21 de Junho, a disputa do Torneio Início do Porto e, no jogo em Valongo, contra o Carvalhos, a ADV venceu pela soma clara de 4-1. A notícia sublinha: “Na segunda parte, os jogadores locais, muito bem ambientados e moralizados pelo seu público, foram nitidamente superiores”. (RJ, 19650622_CP). Continuação do Campeonato Nacional, desta vez na Constituição, no dia 25 de Junho, com o Porto, que acabou num empate a 4 bolas. A notícia diz: “Na Constituição, numerosa assistência assistiu a um dos jogos mais emocionantes do campeonato. O resultado final está certo, mas o Valongo esteve mais perto do triunfo, que acabou por deixar escapar, com o seu sistema defensido e retenção de bola na rectaguarda, quando tinha duas bolas de vantagem. (…) O Valongo ficou privado de Pires II quase


todo o jogo, por ter feito uma brecha no rosto.” (RJ, 19650626_CP). Na mesma data do relato deste jogp, o Comércio do Porto insere uma notícia muito elogiosa para Nora, cujo único senão (da notícia) é vir – mais uma vez!! – relevar que ele e outros jogadores foram atletas “ensinados” pelo F. C. do Porto. De qualquer modo, a notícia possui uma autonomia que merece destaque: “O Valongo alinhou ontem com nada menos de quatro ex-juniores do F. C. do Porto. Camilo, Pires II, Américo e Nora, com relevo para o último, que voltou a realizar grande exibição. Por mérito próprio e sendo da mesma estirpe de Livramento, pode ser sem favor o companheiro do benfiquista na selecção nacional e, ambos com a mesma idade, 23 anos, podem resolver os grandes problemas atacantes do grupo português.” (RJ, 19650626). Os Juniores da ADV ganharam ao Fânzeres, em Valongo, por 9-4, no dia 26 de Junho. E no dia 3 de Julho, voltaram a gamhar, agora ao Boavista, no rinque deles, por 13-0. (RJ, 19650627, 19650704). E os Seniores foram ao Infante cometer uma enorme proeza: ganharam po 1-0. O comentador do Comércio do Porto não deixa de assinalar: “Registe-se novo êxito da jovem e prometedora equipa do Valongo, que bateu o Infante de Sagres no próprio ambiente do clube vencido.” (RJ, 19650629). Novo êxito, agora frente ao Académico, a quem o Valongo venceu por 5-2. O Comércio titulava: “Décimo oitavo jogo do Valongo sem perder”. (RJ, 19650703). A seguir ao êxito com o Académico, nova vitória contra o Porto, no Torneio Início, por 4-2, em

Valongo, acompanhada pelo comnetário do jornalista atento: “Em Valongo, a equipa local continuou a sua série triunfal, desta vez batendo o F. C. do Porto, num desafio renhido, equilibrado e pleno de emoção.” (RJ, 19650706_CP). No prosseguimento do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, o Valongo foi duramente derrotado em São João da Madeira, pela Sanjoanense, por 8-1, no dia 9 de Julho. Diz o comentador habitual que estes “números expressivos dariam a ideia de um domínio absoluto, que não corresponde à verdade.” E dá uma explicação: “foi notória a dificuldade e os embaraços dos visitantes em manobrar sobre piso de madeira”. (RJ, 19650710_CP). No dia 11 de Julho, os Juniores perderam com o Porto.B, na Constituição, por 8-2. (RJ, 19650712_ CP). De novo no Torneio Início, o Valongo perdeu nos Carvalhos, com o Académico, no dia 12, por 7-4. (RJ, 19650713_CP). Agora no Campeonato, a ADV ganhou ao Vigorosa, em Valongo, no dia 16, por 8-4. (RJ, 19650717). E de seguida ganhou à Sanjoanense, no dia 19, em Valongo, por 10-0! (10 dias depois de ter sido por ela derrotado por 8-1). A notícia dá de novo uma explicação: “Querendo-nos parecer que, tal como o Valongo tinha estranhado o piso de madeira em S. João da Madeira, assim a Sanjoanense pareceu mostrar-se perturbada ao actuar em piso de cimento, do que originou resultado tão desnivelado.” (RJ, 19650720_CP). No dia 24, a equipa valonguense ganhou ao Conimbricense, por 8-1. (RJ, 19650725). Nesta altura do ano, 26 de Julho, as classificações do Valongo eram o 5º lugar no Campeonato

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Nacional e o 1º lugar no Torneio Início, seguido do Académino, do Porto e do Infante (RJ, 19650726_ CP). A 7 de Agosto, os Juniores foram a Fânzeres ganhar por 4-3 (RJ, 19650808_CP). Em mais um jogo do Torneio Início, a ADV foi aos Carvalhos vencer por 4-1, em 9 de Agosto, num desafio considerado difícil. (RJ, 19650810_CP). Continuando no Torneio Início, em 16, o Valongo perdeu na Constituição com o Porto por 4-2, mantendo, apesar disso, o 1º lugar na tabela. (RJ, 19650817_CP). A 20 de Agosto, registou-se um incidente desagradável: o Valongo jogava com o Académico, em casa, naquele que era considerado o jogo mais importante do Torneio, quando, a 16 minutos e 8 segundos da primeira parte, o jogo foi interrompido, porque “o delegado academista, nos cronometristas, mandou entrar os suplentes no recinto e mandou retirar a equipa do Académico, quando esta perdia por 1-3, ao que parece por recear os excessos de entusiasmo do público.” (RJ, 19650821_CP). Em 23 de Agosto, o Valongo ganhou à Sanjoanense, em casa desta, para o Torneio Início, por 5-3. E, no dia 30, foi vencer o Vigorosa, nas Cavadas, por 6-2, para o mesmo Torneio. Como entretanto o Porto, que estava em segundo lugar, tinha ganho ao Vigorosa por 12-2 e ao Académico por 2-0, passou para o primeiro lugar a ganhou o Torneio, ficando o Valongo em 2º. O comentário do Comércio é, como quase sempre, adequado: “No rinque das Cavadas, o Valongo assegurou o seu triunfo sobre o adversário, mas isso não bastou para a equipa ganhar o torneio, que esteve muito perto de o merecer.” (RJ, 9650824_CP, 19650831_ CP)

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Em Juniores, o Valongo ganhou ao Vigorosa por 9-1, em 4 de Setembro. (RJ, 19650905_CP). Em 9 de Setembro, houve notícia de que a APP tinha interditado o rinque do Valongo por 3 jogos oficiais, ao que tudo indica, mas a notícia não o menciona, na sequência dos incidentes registados aquando do jogo Valongo-Académico, no dia 20 de Agosto. (RJ, 19650909_CP). Voltando ao Campeonato da 1ª Divisão, o Valongo foi vencido nos Carvalhos, no dia 10 de Setembro, por 5-0, e venceu o Espinho, no dia 17, em Fânzeres, por 6-2. (RJ, 19650911_CP, 19650918_CP). Talvez a 18, os Juniores foram derrotados em Espinho, por 4-3 e empataram, em Fânzeres, com o Carvalhos, a uma bola, talvez a 23 (RJ, 19650919_CP, 19650924_CP). Um facto de assinalar, por inusual, foi a publicação, pelo Comércio do Porto, no dia 25 de Setembro, de uma foto, correctamente legendada, da equipa Sénior do Valongo, com a menção de estar a fazer “excelentes exibições na época em curso”. Isto só costumava acontecer com clubes antigos, com créditos firmados, como o Académico e o Infante e, claro, depois o Porto. (RJ, 19650925_CP). Em mais um jogo do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, o Valongo venceu a Académica de Braga, em Fânzeres, por 12-3. No jogo seguinte, ganhou ao S. Pedro do Sul, também em Fânzeres, por 21-3, num jogo que começou com mais de uma hora de atraso, por descuido do visitante. (RJ, 19650926_ CP, 19651003_CP). Os Juniores do Porto vieram perder a Valongo por 3-2 e os Principiantes do Valongo ganharam ao Carvalhos por 7-1. Mais tarde, os Juniores do Valongo foram perder ao Carvalhos, por 3-2, e empatar com o Porto, na Constituição, a uma


bola, no dia 21 de Outubro. (RJ, 19651004_CP, 19651004_CP, 19651017_CP, 19651022_CP).

aos 17 minutos, quando o Valongo já ganhava por 4-0.

O jogo Valongo-Porto, marcado para Valongo, a 8 de Outubro, foi suspenso aos 5 minutos, por causa da chuva. A grande expectativa quanto a este jogo, para além da sempre existente rivalidade desportiva, era o facto de o Porto ter pedido o reforço dos efectivos da GNR em mais 35 praças, que foram deslocadas de várias localidades, como Santo Tirso e Póvoa do Varzim… (RJ, 19651009_CP).

Vitória em Famalicão, a 13 de Novembro, por 8-2. (RJ, 19651107, 19651114). Surge depois uma história rocambolesca que documenta bastante o funcionamento das instâncias decisórias do hóquei em patins entre nós.

Notícia lamentável de castigos aplicados pela APP a três jogdores da ADV, por incidentes no jogo do dia 19.10, em Valongo, com o Porto: 6 jogos de suspensão ao Nora; 10 ao Camilo; regime de suspensão, até conlusão de um inquérito, ao Pires. (RJ, 9651030).

O actual Campeonato Nacional tinha sido gizado em moldes que implicavam a participação de uma equipa representante do Ultramar e outra das ilhas, na parte final. Foi então decidido que a equipa que deveria representar as províncias ultramarinas, que era o Malhangalene, de Lourenço Marque, por divergências entre o então jogador-treinador Fernando Adrião e os dirigentes do clube, não viria a Lisboa disputar o campeonato. Assim sendo, deliberou a Federação que o 4º calssificado do Norte, o Valongo, e o 4º classificado do Sul, o Oeiras, fariam um jogo para saber qual deles iria ocupar o lugar deixado vago pelo Malhangalene. Só que apareceu um outro clube, o Atlético Clube de Moçâmedes, que se propos ocupar o lugar de Malhangalene, invocando a letra do regulamento, que previa a participação de um clube ultramarino no final do Campeonato. Cancelado o jogo Valongo-Oeiras, vem-se entretanto a saber que o Moçâmedes também não poderia estar presente em Lisboa nas datas previstas no calendário dos jogos, pelo que é reposto o jogo Valongo-Oeiras e os dois clubes, na data aprazada, dirigem-se para Leiria, com os incómodos e as despezas imagináveis, onde o desafio se iria realizar. É então que lá são informados que afinal não precisam de jogar, porque, com a desistência do União da Madeira, tanto o Valongo como o Oeiras ficaram automaticamente apurados…

Talvez a 6 de Novembro, mais um jogo interrompido por causa da chuva: Valongo-Conimbricence,

Isto tem um nome: chama-se desorganização e incompetência. E também, como se diz na

No Lima, continuando o Campeonato Nacional, a ADV foi ganhar ao Académico por 2-1. Não houve incidentes com o público, como parece ter havido aquando do jogo em Valongo, em 20 de Agosto (19650821), mas aconteceram falhas técnicas, como o corte de luz de uma parte do recinto, que se julgou ser uma qualquer manobra, e um acidente com o guarda-redes titular, Pires, que teve de sair, atingido por uma forte bolada. (RJ, 19651016). Num jogo considerado decisivo para o 3º lugar da Zona Norte do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, o Porto veio ganhar a Valongo, por 5-2, no dia 19 de Outubro, em que o Valongo chegou a jogar apenas com 3 elementos, devido a expulsões. (RJ, 19651020_CP). A 22, o Valongo venceu a Sanjoanense por 3-2, em casa, e depois foi ganhar ao Vigorosa, nas Cavadas, por 6-0, a 29. (RJ, 19651023_CP, 19651030_CP).

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minha terra, muita burrice… (RJ, 19651123_CP, 19651124_CP). O Campeonato continuou e o Valongo foi perder a São João da Madeira, por 3-1, desfalcado como estava do Nora e do Manuel Pires, suspensos. E perdeu de novo com o Porto, por 2-0 (RJ, 19651125, 19651128) Houve, a seguir, uma série de jogos, no Pavilhão do Infante, maioritariamente perdidos: com o Oeiras, por 7-3; com o Campo de Ourique, por 3-1; com o Benfica, por 4-2; com a CUF, por 2-1; com a Sanjoanense, por 2-1; Ganhou ao Porto por 1-0; voltou a perder com o Infante, na sua casa, por 11-2. (RJ, 19651205, 19651206, 19651206, 19651207, 19651210, 19651214, 19651216). Após o apuramento, verificou-se a descida à 2ª Divisão do Conimbricence e do Braga, e a subida do Cucujães e do Candal. O Valongo ficou colocado em 4º lugar, num grupo de 12 clubes, atrás da Sanjoanense, do Infante e do Porto. (RJ, 19651230_CP). O documento da Associação de Patinagem do Porto (APP), intitulado “Vencedores Provas Hóquei em Patins”, de 1963-2019, refere a ADV como vencedora, em 1964-65: - da Série B da Taça Rádio Desporto - do Campeonato Distrital de Principiantes

1966 A acta da Assembleia-Geral da ADV de 6 de Fevereiro de 1966 regista vários factos relevantes. Presidida, como sempre, desde há muito tempo, pelo Dr. João Alves do Vale, a Assembleia aprovou por aclamação as seguintes propostas:

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- Um voto de agradecimento ao Presidente da Câmara Municipal de Valongo pelas suas atenções; - um voto de agradecimento ao Dr. Salvador Paupério, pelos serviços clínicos prestados aos atletas do clube; - um voto de agradecimento ao dirigente José Jorge Viterbo pela sua colaboração desinteressada e amiga na preparação técnica da equipa de seniores; - um voto de agradecimento ao atleta José Joaquim Alves Nora pela prepração técnica das equipas de juniores e principiantes; - um voto de agrdecimento ao Sr. Joaquim Dias de Almeida, pela cedência graciosa das suas instalações para a bilheterira dos jogos que realizamos no rinque; - um voto de louvor aos esforçados atletas que honraram o clube com as suas actuações, destacando-se os atletas principiantes pela sua brilhante carreira e aprumo desportivo; e fazendo especial referência aos atletas Joaquim Navio, Joaquim Manuel Mendes Leal, José Joaquim Nora e Américo Moreira, que fizeram parte da Selecção do Norte, num jogo disputado com a do Sul, em homenagem ao guarda-redes da Selecção nacional Moreira; - um voto de louvor ao Sr. José Manuel de Azevedo, na secção de Andebol, que, não sendo da terra, se tem mostrado grande amigo do clube. Foram eleitos os novos corpos gerentes para o ano que começa e, entre eles, destacam-se o Sr. José Alves Costa, Presidente da Direcção, e o Dr. João Lino Vale, Vice-Presidente. No final, o Presidente cessante da Direcção, Sr. Joaquim Paupério, entregou ao Dr. João Lino Vale


o diploma de sócio honorário, que a Assembleia lhe tinha concedido na sessão anterior de 2 de Fevereiro de 1964. No ano de 1966, o Torneio de Abertura teve 18 equipas inscritas e o Campeonato Regional de Juniores registou 13 inscrições, divididas umas e outras em duas séries. A ADV ficou na série A, no Torneio, e na Série B, no Campeonato. O primeiro jogo do Torneio foi com o Fânzeres e a ADV ganhou-o por 14-1. O segundo, com os Carvalhos, em casa deles, resultou num empate a duas bolas, assim como o terceiro se resolveu num empate a 3 bolas, no Bessa, com o Boavista (RJ, 19660416, 19660419, 19660426). No jogo seguinte, em Valongo, o Académico venceu a ADV por 4-2 e esta foi ganhar ao Candal por 3-2, com dificuldades. (RJ, 19660430, 19660504). Entretanto, os Juniores perderam com o infante, no rinque deles, por 5-0, a 23 de Abril, e ganharam ao Porto.B, por 2-1, a 27 de Maio. (RJ, 19660424, 19660508). Os Principiantes perderam com o Infante, em Valongo, a 8 de Maio, por 3-1; a 15 de Maio, ganharam ao Carvalhos, por 3-2; e, a 22, conseguiram um resultado muito forte contra o Educação Física, por 12-1. (RJ, 19660509, 19660516, 19660523). Tanto o Comércio do Porto como o Jornal de Notícias avançam a informação de que o Armindo Fonseca, um dos jogadores iniciais e fundador da ADV, iria passar a exercer as funções de treinador da equipa Sénior da mesma ADV (RJ, 19660527_ CP, 19660527_JN). No jogo Fânzeres-Valongo, para o Torneio de Abertura, o Valongo ganhou por 4-0. Depois, em Valongo, venceu o Carvalhos por 4-3, o Espinho, em casa deste, por 7-4, e o Boavista, em Valongo,

por 9-2. (RJ, 9660607, 19660614, 19660618. 19660621). Em 12 de Julho aparece uma notícia perturbadora: Nora, que já era um atleta com muito bons créditos desportistas, não foi incluído na selecção do norte pelo novo treinador, Laurentino Soares. A notícia advém desses dois factos e não convence ninguém, a menos que se queira ser convencido, como parece ser o caso do jornalista de serviço. Nessa data, faço um longo comentário, em que desmonto a argumentação utilizada. (RJ, 19660712_CP). Os Juniores venceram o Porto por 5-1, a 23 de Julho, depois, a 30, empataram com o Espinho, a uma bola, em Valongo. (RJ, 19660724, 19660731). Os Principiantes venceram o Infante de Sagres, no seu rinque, e assim se sagraram bi-campeões da categoria. Eis a constituição da equipa: Queirós I, Koeheler I, Duarte, Camões, Vale, Queirós II, Koeheler II, Nuno, Aguiar e França. (RJ, 19660813_CD). No Torneio de Abertura, os Seniores foram ao Pavilhão do Académico ganhar à equipa da casa por 4-1; depois, empataram com o Porto por 2 bolas. Com este resultado, o Valongo ficou em terceiro, atrás do Infante, que ganhou o Torneio, e do Porto. (RJ, 19660820). Começou, entretanto, o Campeonato Regional Portuense e o Valongo, no dia 26 de Agosto, venceu o Boavista pela alargada margem de 18-1, com golos de Leal (2), Américo (3), Nora (7) e Camilo (4). E foi perder a Espinho por 3-2. (RJ, 19660827, 19660830). A seguir, ganhou à Sajoanense por 7-1 e ao Académico por 4-2 e foi perder com o Vigorosa a casa deste, por 4-3, naquela que foi considerada a grande surpresa da contenda, dada a

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cotação actual da equipa da ADV. (RJ, 19660903, 19660910, 19660913). Em continuação, o Valongo venceu o Cucujães, por 7-3, foi ganhar ao Candal, por 6-0, e perdeu com o Infante, em Valongo, por 5-1. (RJ, 19660917, 19660920, 19660924). A grande vitória seguinte foi contra o Porto, na Constituição, por 2-1, visto que o Porto, no seu campo, é sempre um adversário difícil. Com este jogo teminou a primeira volta, com o Valongo colocado no quarto lugar. (RJ, 19660927). A segunda volta, iniciou-se com uma vitória saborosa sobre o Carvalhos, por 7-5, em Valongo, e outra sobre o Boavista, na casa deste, por 5-3, o que fez deslocar o Valongo para o 2º lugar da classificação. (RJ, 19661001, 19661004). Depois, uma derrota surpreendente, contra a Sajoanense, por 1-0, em São João da Madeira, e uma vitória muito folgada, em Valongo, contra o Vilanovense, por 19-0. (RJ, 19661008, 19661011). Uma vez mais, o mau tempo impediu o jogo, em Valongo, com o Vigorosa, que foi interrompido quando a equipa da casa já ganhava por 2-0. A seguir, a ADV cometeu outra facécia, ao impor um empate a zeros, ao Infante, no seu pavilhão, quando ele ocupava o primeiro lugar, destacado, com 42 pontos, da classificação. (RJ, 19661015, 19661022). Depois, houve uma derrota amarga, por 5-2, contra o Porto, em Valongo. O comentador habitual faz este comentário: “Em Valongo, a equipa local cometeu o erro de, com o recinto com água, tentar jogo vistoso, dentro das características normais da equipa, mas impróprias para as condições do piso.” (RJ, 19661025_CP). A vitória seguinte deveu-se à falta de comparência

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do Vigorosa, o que colocou o Valongo no 2º lugar da tabela. Porém, com a vitória do Carvalhos sobre o Vigorosa, acabou por ficar em teceiro, atrás do Infante, que ganhou o Campeonato Regional, e do Carvalhos e à frente do Porto, do Espinho e da Sanjoanense. O Infante ficou automaticamente apurado para o Campoenato Nacional e os quatro seguintes tiveram de disputar eliminatórias, par saber quem teria direito ao ingresso nele. O Valongo ganhou ao Famalicence, por 8-3, em Famalicão, e perdeu com o Espinho, no rinque deste, por 5-1. Porém, como tinha ganho a primeira “mão” por 7-1, a diferença de golos fez com que ficasse apurado, juntamente com o Porto. A notícia desagrdável, quanto ao jogo com o Espinho, foi a de que Camilo foi atingido por uma bolada na face e teve de ser suturado com 9 agrafes. (RJ, ,19661103, 19661113). Aparece, pela primeira vez, o anúncio da possibilidade de construçao de um pavilhão gimnodesportivo em Valongo, assunto que rondava todos os espírito ligados ao hóquei em patins, desde o anterior Presidente da Câmara. Agora, o actual Presidente, Armando de Magalhães, diz que a construção já só depende da entrega de uma planta topográfica, assinalando o local. A notícia acrescenta que o Presidente não referiu a habitual falta de verba e diz que até já houve uma oferta de 25 contos de “dois desportistas, Armando Peixoto e João Castro”. (RJ, 19661113). No seguimento do Campeonato Nacional, o Valongo foi ao Porto perder por 7-0, num jogo considerado muito desequilibrado. Depois, ganhou ao Marítimo por 7-3 e impôs uma derrota ao Infante, no seu pavilhão, por 4-3. (RJ, 19661117, 19661120, 19661126).


Assinalado um empate a duas bolas dos Juniores com o Paço d’Arcos; depois, uma vitória sobre o Carvalhos, por 1-0, no Pavilhão do Infante, a contar para o Campeonato Nacional de Juniores, a decorrer. E ainda uma derrota contra o Paço d’Arcos, no Estoril, por 5-3. (RJ, 19661127, 19661206, 19661211). Na continuação do Campeonato, os encontros com os demais clubes não se revelam felizes. Assim, o Valongo perde com o Benfica, no Lima, por 2-1; perde com o Porto, no Porto, por 1-0; ganha ao Marítimo por 4-2; empata a uma bola com o Belenenses; perde por 4-3, com o Benfica, em Lisboa; e acaba classificado em penúltimo lugar, à frente do Marítimo, num lote de 8 clubes. (RJ, 19661129, 19661204, 19661206, 19661211, 19661213). O documento da Associação de Patinagem do Porto (APP), intitulado “Vencedores Provas Hóquei em Patins”, de 1963-2019, refere a ADV como vencedora, em 1965-1966 - do Campeonato Regional de Juniores – Final - do Campeonato Distrital de Principiantes

1967 No Torneio de Abertura deste ano, o Valongo ficou colocado na Série B e o seu primeiro jogo foi com o Águias, na Senhora da Hora, que venceu por 8-0. Depois, perdeu com o Infante, em casa deste, por 4-1, e empatou com o Porto, na Constituição, por 4-4. Nos jogos subsequentes, foi ganhar a Espinho, por 2-1, e venceu o Centro por 15-2, o Educação Física por 4-2, o Vilanovense por 5-2, o Nun’Álvares por 6-2, o Carvalhos por 4-0, o Porto por 4-2, o Vigorosa por 3-2. Com tais resultados, o Valongo passou para o 1º lugar da tabela. (RJ, 19670408,

19670411, 19670415, 19670425, 19670425, 19670520, 19670523).

19670418, 19670503,

19670422, 19670516,

Entretanto, em 8 de Maio, surge uma notícia reconfortante, para o próprio e para o clube: Nora fora seleccionado para a Selecção Nacional que iria disputar o Campeonato da Europa em Bilbau. A notícia acrecenta um pormenor nada sossegante para os adeptos do hóquei em patins e é que os excelentes jogadores moçambicanos Fernando Adrião e Carrelo não farão parte da Selecção porque a Federação não tem dinheiro para lhes pagar as passgens e a estadia… (RJ, 19670508_ CP). Prosseguiu o Torneio de Abertura e o Académico cerceou as expectativas do Valongo ao vencê-lo por 6-1, pelo que passou ele a ocupar o lugar cimeiro da classificação. A seguir, a Sajoanense ganhou ao Valongo por 4-1, a 26 de Maio. A 29, foi a vez de o Infante derrotar o Valongo por 4-1; e talvez a 2 de Junho, o Carvalhos venceu o Valongo no seu campo por 4-2. Depois, no dia 5, o Porto ganhou ao Valongo por 5-2. (RJ, 19670527, 19670527, 19680530, 19670603, 19670606). No dia provável de 11 de Junho, o Valongo conseguiu a primeira vitória, após esta série de derrotas, contra o Vigorosa, por 6-2, logo seguida de novas derrotas, primeiro com o Académico, por 1-0, depois com o Infante, por 7-5. O Académico ganhou o Torneio de Abertura e o Valongo ficou em 4º lugar, atrás do Porto (2º) e do Infante (3º). (RJ, 9670612, 19670613, 19670617). Chegou uma notícia animadora, dizendo que o Manuel Pires, que tinha sofrido o castigo de irradiação, viu a sua pena reduzida para 3 anos de suspensão. É um caso que ainda irá fazer correr muita tinta. (RJ, 19670615_CP).

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De facto, os comentários sobre o caso Manuel Pires sucederam-se e, no dia 23 de Julho, registámos mais um, oriundo do Correio do Douro, dando conta do ofício enviado pela Federação à APP, a fim de que informasse o clube de que o seu atleta tinha visto a pena reduzida a 3 anos. Com a falta de rigor que é típica em muitos organismos, o ofício não precisa em que consite a pena reduzida de irradiação que passa para uma pena de 3 anos, de modo que temos de deduzir que decerto se trata de supensão. (RJ, 19670723_CD). Outra notícia boa que surgiu, no dia 17 de Junho, foi o louvor concedido pela Associação de Patinagem do Porto ao José Nora, assim como ao Júlio Rendeiro e ao José Azevedo, pela contribuição que deram para o trinunfo da Selecção Portuguesa no Campeonato da Europa, em Bilbau. Cerca de 15 dias depois desta notícia, no dia 1 de Julho, não só a ADV como as pessoas gradas da terra, desde o Presidente da Câmara ao Presidente da APP, os dirigentes do clube e vários colegas do Porto, todo o Valongo esteve representado na homenagem que foi prestada sentidamente ao José Nora, realçando as suas qualidades desportivas e o contributo da Associação para o hóquei nacional e internacional. Foi de novo abordado o asunto que a todos interessa e mobiliza, a construção do Pavilhão Gimnodesportivo. Das conversas havidas, depreendeu-se que o pavilhão irá ser mesmo uma realidade. Resta saber quanto haverá ainda a esperar. (RJ, 19670617_CP, 19670701, 19670705). No início do Campeonato Regional da 1ª Divisão, o Valongo foi a Espinho ganhar por 5-4. De seguida, ganhou ao Fânzeres por 7-2, em Valongo, e foi ao campo das Cavadas vencer o Vigorosa por 4-3. (RJ, 19670620, 19670701, 19670704).

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O jogo subsequante foi com o Águias e o Valongo venceu-o por 14-1. A seguir, nos Carvalhos, foi vencido por 6-3. Em 17 de Junho, o Valongo vence o Infante por 4-2, em Valongo, o que foi a sua primeira derrota no Campeonato. (RJ, 19670711, 19670715, 19670718). Cerca de um mês depois desta data, a 22 de Julho, os Juniores do Valongo derrotaram os do Infante por uma soma ainda mais significativa: 13-1. E a 25, nos Carvalhos, conseguiram a proeza de vencer o clube local por 4-3.(RJ, 19670723, 19670726). No dia 23, saiu no Correio do Douro um artigo encomiástico do Valongo e do seu alfobre de jogadores, como é hábito saudável deste periódico, e relembrando a questão do Pavilhão. (RJ, 19670723_CD). No começo da segunda volta do Campeonato Regional, o Valongo venceu o Espinho por 3-2. Depois, foi bater o Vigorosa por 12-2. E a seguir, no Lima, ganhou ao Académico por 5-0; e então bateu a Sanjoanense por 5-2. Ganhou ao Vigorosa por 6-2; a seguir, venceu o Porto por 3-2. Foi à Senhora da Hora ganhar ao Águias por 5-0. De seguida, bateu o Carvalhos por 8-4. São oito vitórias de tomo!! (RJ, 19670729, 19670730, 19670805, 19670812, 19670826, 19670902, 19670909, 19670916). Pena que este caminho triunfal tenha sido interrompido pela derrota no Pavilhão do Infante, por 4-1. Este era um jogo decisivo, pelo que houve uma enchente no Pavilhão do Infante. O jogo foi renhido, mas, segundo o comentador habitual, mal jogado por parte do Valongo. Embora o Infante tenha jogado bem e merecido a vitória, ela ficou a dever-se porventura mais aos erros do Valongo do que à inventiva do Infante. E com esta vitória o Infante sagrou-se capeão


regional, aliás revalidadndo o título, e o Valongo averbou o segundo lugar, quando poderia ter tido o primeiro. (RJ, 9670923_CP). Para fazerem boa companhia à equipa sénior, os Juniores ganharam ao Porto por 3-2 e isolaram-se no topo da classificação, com 15 pontos, contra os 13 do Porto e os 11 da Sanjoanense. E voltaram a ganhar ao Carvalhos, desta vez em Valongo, por 8-1. (RJ, 19670807_CP, 19670924_CP). Num torneio promovido pelal APP, Valongo venceu o Infante por 2-1. E aqui se mostra uma das ironias do jogo: o mesmo Infante que ganhou ao Valongo e lhe tirou a possibilidade de ser campeão regional, foi batido, 20 dias depois, pela mesma equipa e no mesmo local… (RJ, 9671014_CP). Agora já na fase de apuramento do Campeonato Nacional, o Valongo bateu o Carvalhos por 4-1, no dia 28 de Outubro; e no dia 30, perdeu nos Carvalhos, por 3-2, mas eliminou o Carvalhos, pela diferença de tentos. E, no começo do Campeonato propriamente dito, em Valongo, perdeu com o Académico, por 2-1, e ganhou ao Marítimo, por 6-0. (RJ, 9671029, 19671104, 19671109). No dia 11 de Novembro, o Comércio do Porto publicou uma nota, sob o título A intensa actividade da Associação Desportiva de Valongo, que merece destaque: “Depois de cinco anos a disputar o campeonato regional da II Divisão, ascendeu à divisão principal em 1961. Nos últimos anos, tem sido particularmente intensa a sua actividade e, senão, vejamos: – 1965 - SENIORES – 4º lugar, no então chamado Nacional da I Divisão da zona Norte e presença na fase final.

PRINCIPIANTES – Campeões Regionais. – 1966 – SENIORES – 3º lugar no Regional da I Divisão e presença na fase final do Nacional da I Divisão. JUNIORES – Campeões Regionais e 3º lugar no Nacional. PRINCIPIANTES – Campeões Regionais. – 1967 – SENIORES – 2º lugar no Regional da I Divisão e actual presença no Nacional Metropolitano – Apurado finalista da Taça «Joaquim Ferreira». JUNIORES – Campeões regionais e presença no Nacional. A título de curiosidade, salientemos que, o ano passado, apenas Valongo e Benfica estiveram representados nos nacionais de seniores e juniores e, este ano, o Valongo é o único clube com as duas equipas em prova. Repare-se que, na passada quarta-feira, os seniores do Valongo tiveram de se equipar com o equipamento transpirado, do jogo de momentos antes, na categoria de juniores. Pormenor que, se revela pouca higiene, denota a força de Valongo e a dedicação dos jogadores do Valongo.” Voltando ao Campeonato Nacional da 1ª Divisão, o Valongo perdeu, no Lima, com o Sporting, por 3-2; foi derrotado pela CUF por 4-1; ganhou ao Sintra por 6-3; perdeu com o Benfica por 3-0 e com o Académico por 4-2; depois ganhou ao Infante, em Valongo, por 3-2 e ao Marítimo por 2-0. (RJ, 19671112, 19671113, 19671114, 19671118, 19671121, 19671123). No dia 12 de Novembro, os Juniores da Salesiana ganharam aos do Valongo, no Pavilhão do Infante, por 5-1. (RJ, 19671113_CP). Na final da Taça Joaquim Ferreira, no Pavilhão do

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Infante, o Valongo venceu o Porto por 4-3. (RJ, 19671203_CP).

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Outra vez, uma notícia sobre o futuro Pavilhão dos Desportos de Valongo: foi entregue na Câmara o ante-projecto do novo Pavilhão, da autoria do arquitecto Fernando Seara. A obra foi orçada em 2.000 contos. (RJ, 9671203_CP).

O Torneio de Abertura só começpou a 8 de Março, para o Valongo. Antes disso, porém, o habitual comentador do Comércio do Porto, não identificado nesta notícia, mas que suponho ser Manuel Correia de Brito, faz um especioso comentário-elogio à equipa do Valongo, sob o título “ACADÉMICO. F. C. do PORTO e VALONGO – AS TRÊS EQUIPAS PORTUENSES MAIS PODEROSAS”, augurando-lhe um grande futuro e chegando a escrever frases como esta: “O Valongo (…) é, em nosso entender, a equipa que em Portugal produz o óquei mais límpido e mais pendular.” Vale a pena ler todo o comentário, na entrada 19680201.

No dia 20 de Dezembro, a fechar o ano, o Comércio do Porto publicou novamente uma notícia lisonjeira para a ADV, sob o título “O VALONGO, outra equipa poderosa”: “A equipa do Valongo formará, com o Académico e F. C. do Porto, o trio de equipas de maiores possibilidades na próxima época. Formada por jogadores de apreciáveis recursos técnicos, como Nora, Camilo e Américo, contará ainda com Pires, que acabou agora o seu castigo, ao beneficiar da amnistia ministerial. Nesta ordem de ideias, o Valongo será um grupo para grandes cometimentos, talvez até produzindo mesmo mais do que a época finda, em que ficou em segundo lugar no Campeonato Regional e quarto lugar na prova nacional.” O documento da Associação de Patinagem do Porto (APP), intitulado “Vencedores Provas Hóquei em Patins”, de 1963-2019, refere a ADV como vencedora em 1966-1967: - do Campeonato Regional de Juniores - da Taça Joaquim Ferreira, da Série A e da final.

Em 8 de Março, o Valongo venceu o Carvalhos por 9-2 e a notícia refere o regresso de Manuel Pires à equipa, após o castigo que o manteve afastado quase dois anos, dizendo que “a sua presença veio dar maior poder ofensivo à já notável equipa do Valongo.” Depois, em 15 de Março, foi a vez de ganhar ao Porto, por 5-0. (19680309, 19680316). A seguir, venceu o Leixões por 6-0 e o Vigorosa por 5-2. No pavilhão do Infante, ganhou ao Carvalhos por 1-0, empatou com o Académico por duas bolas e ganhou ao Porto por 4-0, num jogo cheio de incidentes. (RJ, 19680402, 19680406, 19680518, 19680521, 19680601). Com esta vitória, o Valongo ganhou o Torneio de Abertura. Num jogo de torneio promovido pelo Académico, 17 dias depois, no Pavilhão do Lima, o Porto venceu o Valongo por 3-0 e o Valongo ganhou ao Carvalhos por 9-1.(RJ. 19680618_CP, 19680620_CP). Em data não indicada, provavelmente 21 de julho,

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os Juniores do Valongo ganharam ao Boavista por 10-0. Depois, talvez em 29, venceram o Infante por 6-1. (19680722, 19680730).

Depois, vieram vitórias sobre o Académico, por 7-1, e sobre o Vilanovense, em Gaia, por 8-1. (RJ, 19680928, 19681001).

Também as Reservas do Valongo ganharam ao Vilanovense por 6-1 (RJ, 19680817).

De novo, uma notícia sobre os Juniores, dizendo que eles bateram o Porto no último jogo por 2-1 e assim ganharam o campeonato regional pela terceira vez. E acrescenta uma nota importante, que documenta a atenção devida ao que é relevante: o treinador do grupo deste ano foi o sénior Nora, que já fora o treinador do grupo que ganhou pela primeira vez, assim o senior Camilo foi o treinador do grupo que ganhou na época pssada. E ainda fornece o nome dos “heróis”: Monteiro, Ricardo, Camilo, Vale (2), Camões, Gomes, Carlinhos e Queiroz. (RJ, 19681001_CP).

Apareceu uma única notícia dizendo que os Juvenis tinham vencido o Educação Física por 3-2 (RJ, 19680730_CP). Não houve mais notícias sobre Juniores ou Reservas, E então, em 1 de Setembro, surge a notícia de que “O Valongo é campeão de reservas e de juniores em óquei em patins.” (RJ, 19680901_CD). O Campeonato Regional da 1ª Divisão começou em 22 de Julho e o primeiro jogo do Valongo foi com o Porto, mas não obtive a notícia respectiva. Só sei que o Valongo perdeu, porque o jogo seguinte, com o Espinho, que derrotou a ADV por 5-4, em Espinho, no dia 26, vem referido como “nova derrota surpreendente do Valongo” (RJ, 19680727_CP). A seguir, houve uma série notável de vitórias: contra o Vigorosa, por 10-5, nas Cavadas; contra o Carvalhos, por 6-2; contra o Académico, por 5-2; contra o Vilanivense, 11-1. (RJ, 19680730, 19680803, 19680813, 19680827). O Campeonato Regional da 1ª Divisão continuou em 9 de Setembro, com uma vitória do Valongo sobre o Espinho por 5-4; depois, outra sobre o Vigorosa, por 6-1; e uma terceira sobre o Carvalhos, em casa deste, por 2-1, com o que ficou em igualdade de pontos com o Porto. (RJ, 19680910, 19680914, 19680917). Seguiu-se uma vitória fulgurante sobre o Infante, por 5-1. No mesmo dia e local, as Reservas do Valongo ganharam às do Infante por 7-1. (RJ, 19680921, 19680921).

Quanto ao Campeonato Regional da 1ª Divisão, Porto e Valongo foram vencedores na última jornada, tendo o Valongo ganho ao Fânzeres por 5-0 e assim ficando com um número de pontos igual: 51. Houve, pois, uma finalíssima, entre os dois clubes, no Pavilhão do Infante, que o Valongo venceu por 2-0, deste modo se sagrando campeão regional de 1998. E aqui vão os “heróis” seniores: Alves, Leal (1), Nora, Camilo e Américo (1) O jogo foi épico, cheio de acontecimentos e de peripécias. Vale a pena ler o relato longo e detalhado do correspondente do Comércio do Porto, desta vez assinado, Manuel Correia de Brito. É um relato objectivo, conhecedor, que parece justo e a que eu só coloco uma reserva, que aliás coloquei noutras circunstâncias, porque ele por várias vezes repetiu o “mantra”. Que, em resumo, é este: o Valongo é “um clube modesto, mas com uma grande equipa que foi «forjada» há anos nos juniores do F. C. do Porto”; 4 dos 6 jogadores hoje a jogar contra o Porto foram formados na “escola

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perfeita” (a expressão é dele) deste clube e o mérito do Valongo vem daí (estou a resumir muito, mas este é o miolo essencial; por isso, convido o leitor a ler o relato na entrada 19681008_CP). Isto é uma meia verdade, logo é uma mentira. Toda a gente sabe que o Porto tem dinheiro e teinadores de qualidade e que os jogadores que por lá passam aprendem muito. Aliás, são os próprios a reconhecerem isso mesmo. Porém, o Porto não tinha, pelo menos nessa altura, nunca teve uma “escola”, no sentido próprio, isto é, “local em que se ensina algo a alguém que não sabia nada”. O Valongo, sim, tinha e tem essa escola, foi ele que a quis e que a criou. Esquecer isto, com a teoria de que o Valongo é uma boa equipa, porque tem jogadores treinados na escola perfeita do Porto, é tentar apagar a realidade de que era o Porto que vinha a Valongo buscar os melhores jogadores, para depois os treinar o mellhor que sabia. E que esses melhores jogadores o eram também por mérito próprio, pelas suas bem treinadas capacidades pessoais. O Porto foi sempre uma espécie de empresa de competições da fórmula 1: tem dinheiro e compra os melhores carros e treina-os para ganhar. O Valongo dedicou-se a contruir os carros… e, mesmo sem dinheiro, ganhar ao Porto. É uma diferença enorme e cheia de mérito. É feio tentar distorcer esta realidade, ainda que seja por mero clubismo, como creio que era o caso de M. C. B. (RJ, 19681008_CP). No início da fase metropolitana do Campeonato Nacional, o Valongo empatou em casa com o Espinho, a zeros, o que constitutiu uma surpresa. A seguir, perdeu com o Porto por 3-1, e com o Carvalhos, por 2-1. (RJ, 19681025_CP, 19681027, 19681031). Veio depois uma rodada de vitórias, já em Lisboa, sobre o Campo de Ourique, por 4-3, e sobre o

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Parede, por 3-2, seguidas de um empate com a Salesiana, a zeros, e nova vitória, sobre a CUF, por 3-0. (RJ, 19681104, 19681104, 19681104, 19681105). De seguida, o Valongo venceu o Espinho, por 5-0, e o Porto, por 3-2. Talvez em 16 de Novembro, o Valongo impôs um empate a uma bola, no Pavilhão do Infante, ao Benfica, num jogo marcado por um comportamento muito defensivo do então Campeão Nacional, que desagradou a toda a gente. Depois, ganhou ao Campo de Ourique, por 1-0, já no Porto, e à CUF, no Infante, por 3-1. (RJ, 19681108, 19681110, 19681117, 19681118, 19681119). Não consegui obter mais notícias sobre a posição final do Valongo na tabela classificativa. Em compensação, sairam varidas notícias sobre os embates dos Juniores. Assim, para além da já apontada vitória, em 19681001, sobre o Porto, por 2-1, que lhes deu o Campeonato Regional, registou-se uma outra sobre o Vigorosa, por 6-0 no começo dos Campeonatos Nacionais de Juniores. Depois, o Valongo voltou a ganhar aos Juniores do Vigorosa, por 7-1, no Pavilhão do Infante, e a seguir ao Algés, por 2-1, ficando com uma classificação tal que lhe bastaria empatar com a Salesiana para ganhar o título. O que acontece, porém, foi que os Juniores ganharam à Salesiana por 4-1! E assim “O VALONGO GANHOU BRILHANTEMENTE O CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES”, dizia o título da notícia do Comércio do Porto. Eis os “heróis”: Monteiro. Ricardo, Camilo, Vale (1, de grande penalidade), Camões (3), Queiroz, Armindo e Silva. (19681027, 19681110, 19681117, 19681118). Uma notícia de 27 de Novembro dá conta de que três jogadores do Valongo, Nora, Américo


e Santos, foram escolhidos para integrarem a equipa do Porto, num Porto-Lisboa a jogar em Ílhavo, num festival organizado pela Associação de Pationagem de Aveiro.

A acta da Assembleia-Geral da ADV, de 23 de Fevereiro de 1969, para lém de intervenções várias e da habitual eleição dos corpos gerentes para o ano em curso, registou uma intervenção de grande lucidez e coragem do sócio José Viterbo, que por si só define a seriedade e a sensatez que o fizeram apreciado e estimado por todos aqueles que o conheceram. A propóstito de coisas que não lhe pareciam bem, disse ele:

aquele em que maior projecção o clube conseguiu ao nível regional e nacional, como se verifica pelo s títulos conseguidos nos seguintes torneios e Campeonatos: Torneio de Abertura da A.P.P.; Campeonato Regional de Juniores; Campeonato Regional de Seniores; Campeonato Regional de Reservas; Campeonato Metropolitano de Seniores; Campeonato Regional da Disciplina (Nota: é isto que está na acta; porém, não havia um Campeonato da Disciplina, mas sim uma Taça Disciplina, instituída pela APP para os clubes cujos jogadores tivessem menos castigos). A terminar, disse que era absolutamente indispensável que o clube se impusesse não só ao nível desportivo, mas também ao nível directivo e, como consequência deste, ao nível associativo e das relações com os outros clubes.” Em seguida, tomou a palavra o Presidente da Direcção, Sr. Renato Chaves, para dar explicações, “tendo confessado, muito lealmente, que houve de facto uma certa negligência da Direcção a que presidia”, embora achasse que, “dentro daquilo que humanamente é possível, todos procuraram cumprir e prestigiar o clube.”

“Disse que as Contas não mostravam com clareza a verdadeira face do clube e que, em sua opinião, a Direcção, para ser sincera consigo mesma, deveria ter a lealdade de dizer ali à Assembleia Geral que não cumpriu como devia o mandato que lhe foi confiado pelos sócios. Lamentou que não tivesse sido publicado um Relatório no qual ficasse registada, para a posteridade, toda a extraordinária actividade desportiva, todos os sucessos e todos os títulos conseguidos pelo clube durante o ano, talvez

Voltou José Viterbo para dizer que “era indispensável haver na Secretaria elementos não só escritos, mas até fotográficos, que pudessem recordar todos os feitos desportivos do clube. Lamentou particularmente que, num ano como o findo, em que tantos títulos foram conquistados, não haja uma colecção de fotografias de todos os atletas titulares.” O ano inicia-se com duas notícias simpáticas para a ADV: uma é que o Nora e o Américo estão a treinar no Estoril, no Pavilhão da Salesiana, sob

O documento da Associação de Patinagem do Porto (APP), intitulado “Vencedores Provas Hóquei em Patins”, de 1963-2019, refere a ADV como vencedora em 1967-1968: - do Torneio de Abertura - Final - do Campeonato Regional da 1ª Divisão - do Campeonato Regional de Reservas - do Campeonato Regional de Juniores

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a direcção do treinador nacional António Raio, com vista ao próximo Campeonato da Europa, a realizar em Lausane; a outra é que se ultimam os preparativos para o começo da construção do tão esperado Pavilhão Desportivo de Valongo que, já se sabe, ficará situado junto à Capela do Calvário e custará 2.000 contos. (RJ, 19690228_ CP, 19690313_CP, 19690314). Principiou o Torneio de Abertura, a 18 de Abril, com uma vitória do Valongo sobre o Infante de Sagres, por 12-0, outra sobre o Educação Física, por 9-1; e uma terceira sobre o Centro Universitário, por 6-1. (RJ, 19690419, 19690429, 19690510). Entrando na fase final do Torneio, o Valongo venceu

o Espinho, por 3-2, e foi derrotado, supreendentemente, pelo Carvalhos, por 2-1. (RJ, 19690603, 19690607). No Torneio de Ílhavo, realizado no dia 8 de Junho, com quatro clubes em prova, o Valongo, o Porto, a CUF e o Parede, o Valongo venceu o torneio, numa final com o Porto, com o resultado de 3-2. (RJ, 19690609_CP). Na terceira jornada do Torneio de Abertura, o Valongo, que jogou sem o Manuel Pires, perdeu com o Porto, por 3-2. (RJ, 19690614). Houve depois um torneio quadrangular, organizado pelo F. C. do Porto, no Pavilhão dos Desportos do Porto, com o Porto, o Fânzeres, o Valongo e o

Dia de festa. Em pé: Vale J. Viterbo, A. Camões, V. Francisco, Américo, A. Santos (enfermeiro), J. Ferreira, M. Pires Sentados: Albino Poças, José Costa, Eduardo Figueira, Joaquim Camões e Alcides Machado (Deleg. APP). Nota interessante: O estandarte ostenta a menção “Fundada em 1954”.

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REUS, campeão de Espanha e europeu, com quem o Valongo jogou e perdeu por 2-1. De seguida, ganhou ao Fânzeres por 15-2. (RJ, 19690713, 19690714). Uma nova informação sobre o Pavilhão de Desportos de Valongo, que vai avançar, iniciativa da Câmara Municipal. A notícia termina com estas palavras: “Saudemos, pois, a edilidade valonguense e rejubilemos com mais este triunfo do verdadeiro desporto, (s)em deixar de se considerar honra de primeira grandeza o indefectível brio, dignidade e entusiasmo que caracteriza a gente de Valongo.” (RJ, 19690716). O Porto e o Valongo foram convidados para um torneio quadrangular em Guimarães e o Valongo ganhou um torneio idêntico em Paredes. (RJ, 19690725). Os Juniores obtiveram um triunfo esmagador sobre o Académico, por 20-3, no Campeonato Regional de Juniores, a decorrer. Os Juvenis perderam, por 4-2, com o Carvalhos, no Candal, e ganharam ao Porto, por 3-2, a 23 de Agosto. (RJ, 19690728_CP, 19690811_CP, 19690824). No Campeonato Regional da 1ª Divisão, o Valongo venceu o Académico, por 6-3, e a Sanjoanense, na casa desta, por um resultado que a notícia não diz, dando antes uma informação errada. Depois, ganhou ao Espinho, por 3-1 e ao Carvalhos por 4-2. (RJ, 19690809, 19690814, 19690816, 196900902). Os Juniores venceram o Porto , por 11-3, a 23 de Agosto. (RJ, 19690824). Uma notícia de relevo: Vale, júnior do Valongo, esteve a treinar para a Selecção Nacional de Juniores, no Pavulhão do Infante, e está considerado um dos 10 prováveis jogadores para o próximo Campeonato da Europa de Juniores. (RJ, 19690825, 19690901).

No prosseguimento do Campeonato, o Valongo ganhou ao Carvalhos por 4-2 e, no mesmo local e data, as Reservas venceram o Carvalhos por 8-2. Depois, o Valongo ganhou ao Infante por 5-2 e à Sanjoanense por 6-2, tendo as Reservas, no mesmo dia e local, ganho às Reservas da Sanjoanense por 9-3. (196900902, 19690906, 19690927). A 28 de Julho, realizou-se um festival, na Constituição, promovido pelo F. C. do Porto, em que o Valongo ganhou ao Porto por 2-1 e houve jogos de equipas infantis de vários clubes. Na altura, foi feita uma homenagem a quatro dirigentes, “pelos serviços prestados à patinagem”, entre os quais se contou José Viterbo, figura grada da ADV. (RJ, 19690929_CP). A notícia, sob a epígrafe “O VALONGO cada vez mais afastado do título”, informa que o Valongo foi derrotado pelo Espinho, por 4-3, e fala em nova derrota, sem ter noticiado a anterior. Depois, o Valongo venceu o CDUP, por 9-1, o Vigorosa, por 7-2, o Fânzeres, por 4-1, e empatou com o Carvalhos a uma bola, no dia 17 de Outubro, tendo as Reservas ganho ao Carvalhos por 4-1. (RJ, 19690930, 19691008, 19691011, 19691014, 19691018). Em 20 de Outubro, o Valongo venceu o Infante por 2-0. A notícia fala do “trabalho de Américo, em noite verdadeiramente inspirada”. (RJ, 19691021_ CP). Depois, houve mais uma cena verdadeiramente lamentável, com o jogo Porto-Valongo, no Pavilhão do Infante, a ser terminado pelo árbitro, antes do intervalo, por incidentes entre os jogadores, difíceis de entender, ao cotejar as notícias de 28 e 31 de Outubro do Comércio do Porto. Ao ler estas notícias, pela primeira vez, em 2019, fiz uma Nota, que mantenho. De qualquer modo,

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os incidentes deram origem a castigos, aplicados pela Federação, a Nora, 18 jogos de suspensão, e a Américo, 10 jogos. (19691028, 19691031). Na continuação do Campeonato Nacional, o Valongo venceu o Termas por 6-1; perdeu com o Carvalhos, por 1-0, e de novo com o Porto, por 2-0. Depois, ganhou ao Termas, por 18-1, e empatou com o Carvalhos a zeros. (19691101_CP, 19691104, 19691108, 19691111, 19691115,). Surgem, entretanto, notícias dos Juniores, que foram vencer o Vigorosa, no Pavilhão do Infante, por 9-2, sagrando-se Campeões Regionais de Juniores. Desta vez, os “heróis” foram: Queiroz, Armindo, Camilo, Vale (6, sendo um de grande penalidade), Camões (3, sendo um de grande penalidade), Sampaio e João. (RJ, 19691118). No Campeonato Metropolitano de Juniores, o Valongo ganhou ao Vigorosa, por 2-1; empatou com o Campo de Ourique a duas bolas; foi derrotado pela Salesiana, por 3-2; e venceu o Campo de Ourique por 2-1. A notícia termina comm a frase: “Se vencer hoje a Juventude Salesiana, o Valongo revalida o título nacional.” Porém, não há mais notícias sobre o assunto, pelo que só com o documento seguinte ficamos saber que o Valongo não ganhou o Campeonato Metropolitano. (19691121, 19691123, 19691124, 19691130). O documento da Associação de Patinagem do Porto (APP), intitulado “Vencedores Provas Hóquei em Patins”, de 1963-2019, refere a ADV como vencedora em 1968-1969: - da Série B do Torneio Início - do Campeonato Regional de Reservas - do Campeonato Regional de Juniores

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1970 O ano hoquista, a Norte, inicia-se com o Torneio da Imprensa, patrocinado pela Federação Portuguesa de Patinagem, e no seu jogo inaugural, o Valongo, sem Américo, Nora e Pires, perdeu com o Carvalhos por 5-1. (RJ, 19700214). O habitual comentador do Comércio do Porto entende que as novas regras do hóquei em patins, que começaram agora a ser aplicadas, estragaram o hóquei como espectáculo. (RJ, 19700217). Nos jogos seguintes do Torneio, o Valongo venceu a Sanjoanense por 8-3, empatou com o Infante a uma bola, ganhou ao Académico, na casa dele, por 8-5, venceu o Leixões por 4-2. O Torneio terminou com a vitória do Porto, mas não foi fornecida a classificação do Valongo. (19700221, 19700228, 19700307, 19700314). José Vaz Guedes, seleccionador nacional, escolheu os 10 jogadores que irão a Montruex, disputar o torneio internacional, nos dias 27 a 29, e neles está Américo, do Valongo. (RJ, 19700321). No Torneio promovido pela APP, o Valongo.A venceu o Infante por 3-1, enquanto o Valongo.B perdia com o Fânzeres por 10-2. Depois, Valongo.A e Leixões empataram a 4 bolas e o Valongo.B foi derrotado pelo Académico por 12-0. Nos jogos seguintes, o Valongo venceu o Boavista por 14-3 e o Paredes por 5-0. (RJ, 19700407, 19700411, 19700414, 19700414, 19700418, 19700418). Ainda no Torneio, o Valongo.B perdeu com o Vigorosa por 3-1 e o Clube Propaganda da Natação não conseguiu reunir os jogadores necessários para jogar com o Valongo.A… pelo que perdeu o jogo, por 5-0, por falta de comperência. O Valongo.A ganhou ao Educação Física por 12-0, o Valongo.B venceu o Porto por 8-2 e o Porto ganhou


ao Valongo por 3-2. (RJ, 19700421, 19700425, 19700425, 19700505). No início da fase final do torneio associativo, a decorrer por inteiro no Pavilhão do Lima, o Valongo venceu o Espinho, por 7-2, depois o Académico, por 2-1. A seguir, foi derrotado pelo Porto, num jogo com incidentes provocados pelal assistência, que chegou a agredir o árbitro, por este ter expulsado Cristiano, do Porto. (RJ, 19700509, 19700512). A 18 de Maio, ainda para o Torneio, o Valongo venceu o Fânzeres por 10-6, naquela que foi noticiada como sendo a penúltima jornada do Torneio, mas depois não houve mais notícia dele, pelo que ficamos sem saber quem o ganhou e a classificação do Valongo. Foram de imediato iniciadas as notícias sobre os Campeonatos Nacionais. (RJ, 19700519). No novo Campeonato Nacional Metropolitano, o primeiro e o segundo calssificados disputarão a final no Porto e a seguir haverá a última fase a disputar em Angola, na primeira quizena de Novembro. O Valongo teve o seu primeiro jogo com o Carvalhos, que ganhou, por 2-1, em 1 de Julho, e o segundo em Leixões, que também venceu, por 6-2. Aparentemente, jogou e perdeu com o Infante, por 4-2, e ganhou ao Espinho, por 6-5, em 15 de Julho, e ao Vigorosa, por 9-5, no dia 20. (19700702, 19700707, 19700711, 19700716, 19700721). Há depois dois jogos, um com o Fânzeres, outro com a Sanjoanense, de que não sei o resultado, depois um empate a uma bola com o Académico. (RJ, 19700725, 19700801, 19700804). Em 20 de Agosto, o Valongo estava em primeiro lugar, no Campeonato Regional da 1ª Divisão, com 41 pontos, seguido do Académico, com 38,

e do Infante, com 36. Depois, ganhou ao Carvalhos, por 5-1, nos Carvalhos, enquanto as Reservas ganhavam por 5-2, e venceu o Infante, por 5-4, numm jogo difícil, com “sangue, suor e lágrimas”, assim reconquistando o Campeonato Regional da 1ª Divisão. O artigo salienta especialmente a exibição de Américo. Aí estão os “heróis”: Vítor Francisco, Cruz, Nora, Américo (3), Pires (1), Vale (1), Camões e Rogério. (RJ, 19700820, 19700827, 19700901). No mesmo local e data, as Reservas do Valongo ganharam às do Infante, por 6-4, e com essa vitória tornaram-se Campeãs do Campeonato Regional de Reservas. (19700901). Não há indicação dos nomes dos vencedores, porque os jornais quase nunca os dão. Depois dos sorteios para os jogos dos Campeonatos Nacionais das 1ª e 2ª Divisões, o Valongo jogou com o Académico e ganhou-lhe por 6-3, depois empatou com o Porto, nos Carvalhos, a 3 bolas, e venceu o Termas por 5-2. (RJ, 19700912, 19700920, 19700924, 19700927). Entretanto, em 20 de Setembro, já tinha havido uma entrevista importante do Presidente da Direcção da ADV, José Costa, ao jornal Norte Desportivo, em que ele afirma que a Associação, fundada em 1954, por iniciativa de um grupo de jovens encabeçado pelo João Lino Vale, viveu sempre “com a corda na garganta”, porque tinha as cotizações dos sócios e pouco mais; mas foi-se aguentando, até que em 1962 se dá o grande salto: o começo da participação no Campeonato da 1ª Divisão (para o qual tinha transitado no ano anterior, 1961, ao vencer o Boavista, num jogo épico, realizado em Valongo). Acontecem depois os grandes êxitos de 1968: a conquista do título regional, além dos Campeonatos Regionais de

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Reservas e de Juniores. Êxito que agora se repetiu, com a vitória no Regional da 1ª Divisão. Comenta a seguir a próxima conclusão do Pavilhão novo, cuja construção está em marcha e que poderá vir a ser utilizado ainda no corrente ano, o qual corresponde a uma real necessidade do clube, visto que o rinque antigo não tinha já condições para o clube e para os visitantes. Além de que, com a sua possível lotação de 2.000 a 3000 pessoas se espera que ajude a melhorar as finanças da associação. Termina comentando a sitação actual do hóquei em Portugal, exprimindo a ideia de que é preciso encontrar os bons dirigentes, que os há, para ultrapassar a crise instalada. (RJ, 19700920_ ND). São realizados os sorteios para os jogos dos Campeonatos de Juvenis e Juniores, que devem efectuar-se em Setembro e Outubro, sendo o Nacional na 2ª quinzena de Outubro. (RJ, 19700922). Em Juvenis, o Valongo ganhou ao Infante, por 7-2, venceu o Carvalhos, por 3-2; ganhou de novo ao Infante, por 7-1; venceu o Porto, por 3-1; e com esta vitória conquistou o Campeonato Regional de Juvenis. (RJ, 19700930, 19701007, 19701009, 19701011). Infelizmente, e ao invés do que fiz nas páginas anteriores, não forneço os nomes dos ‘heróis’ do feito, porque o jornal não os forneceu. O que é aliás estranhamente contraditório com a razoável atenção que deu aos jogos e campeonatos das camadas jovens. Já no Campeonato Metropolitano, os Juvenis do Valongo perderam com o Benfica, em Lisboa, por 6-1; ganharam ao Paço de Arcos, por 2-1, também em Lisboa. A seguir, empataram com o Porto, a duas bolas, no Lima. E em 22 de Outubro,

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ganharam de novo ao Porto e no Lima, por 8-0; a 25, empataram com o Benfica, a uma bola; Depois, disto, mais nenhuma notícia. Ficamos sem saber qual a posição final dos Juvenis no Campeonato Metropolitano. (RJ, 19701018, 19701019, 19701021, 19701023, 19701025). No prossegumento do Campeonato Nacional de Seniores, o Valongo ganhou ao Académico, no Lima, por 3-2; depois, no Infante, com um pavilhão cheio a deitar por fora, ganhou ao Porto por 2-1. No Carvalhos, venceu o Termas de S. Pedro do Sul por 17-1. (RJ, 19701001, 19701004, 19701008). No Campeonto Metropolitano, o Porto venceu o Valongo, por 7-0, no Lima, e o Benfica ganhou ao Valongo, em Lisboa, por 9-3. Ainda em Lisboa, o Valongo venceu o Paço de Arcos por 5-1 e depois, no Lima, com o pavilhão cheio, foi vencido pelo Benfica, por 2-1. Em 25 de Outubro, também no Lioma, o Valongo venceu o Paço de Arcos por 4-3. (RJ, 19701015, 19701018, 19701025, 19701026). A última notícia do ano, a merecer destaque no Comércio do Porto, é a de que “Carece de fundamento o boato de que o jogador do Valongo, Américo, vá para o F. C. do Porto.” O documento da Associação de Patinagem do Porto (APP), intitulado “Vencedores Provas Hóquei em Patins”, de 1963-2019, refere a ADV como vencedora em 1969-1970: - do Campeonato Regional da 1ª Divisão - do Campeonato Regional de Reservas - do Campeonato Regional de Juvenis – Vencedor da Série B e da Final. A maneira como foram dadas as notícias sobre as várias vitórias do clube neste ano fizeram-me reflectir sobre como é e como tem funcionado a


imprensa desportiva a que tive acesso. E foi com uma mistura de irritação e mágoa que escrevi esta “Nota”, agrafada à notícia de 19700901 que incito o leitor a consultar pelo “escândalo” que denuncia.

1971 A 8 de Janeiro, começaram 5 torneios promovidos pela APP: Seniores, Clubes da 2ª Divisão, Juniores, Juvenis e Iniciados. Na mesma data se soube que a Sanjoanense tinha sido integrda na Associação de Patinagem de Aveiro, conta a sua vontade, visto que queria continuar na AP Porto. (RJ, 19710108, 19710110) Na qualificação para o Nacional de Seniores, o Valongo perdeu com o Infante, ao que parece no Pavilhão deste, por 4-2. No mesmo torneio, agora nos Carvalhos, o Valongo venceu o Académico por 6-2 e depois o Carvalhos, por 7-4. (RJ, 19710112_ CP, 19710126, 19710202). Em Juvenis, o Valongo começou por ganhar ao Infante, por falta de comparência deste, por 5-0; depois, venceu o Porto.A por 3-2 e a seguir perdeu com o Espinho por 12-0, em 15 de Fevereiro, com o Educação Física, por 6-5, em 23 de Maio, com o Vigorosa, por 4-2, em 6 de Junho, com o Porto.A, por 5-2, em 9 de Junho, com o Infante por 3-1, com o Carvalhos, por 6-3, com o Educação Física, por 6-3, com o Porto.B por 12-0, com o Vigorosa, por 10-1. (RJ, 19710112, 19710206, 19710216_ CP, 19710524, 19710607, 19710610, 19710621, 19710628, 19710719, 19710728, 19710730). No mesmo dia, em Iniciados, o Valongo empatou com o Espinho e 3 bolas e depois perdeu com o Porto por 2-1. Voltou a perder com o Porto por 4-2, em 9 de Junho. E empatou com o Porto.B a duas

bolas. Ganhou ao Boavista, por 4-3, a 29 de Julho, foi vencido pelo Porto, por 2-1, pela Salesiana, por 11-1, pelo Oeiras, por 8-1, no Infante, a 19 de Setembro; pelo Porto, por 5-3, no Lima; pela Salesiana, por 14-0, em Lisboa (RJ, 19710216, 19710227, 19710610, 19710728, 19710730, 19710917, 19710919, 19710920, 19710923, 19710926). Em Juniores, o Valongo ganhou ao Porto.A por 6-2, depois ao Infante, no Lima, por 4-1, e a seguir, ao Vigorosa, por 8-2. Depois, perdeu com o Carvalhos por 6-2 e ganhou ao Boavista por 7-1. Empatou com o Porto a 3 bolas, a 9 de Junho, e com o Infante a duas bolas. Venceu o Boavista por 10-0, a 29 de Julho, o Carvalhos, por 3-2, em 11 de Setembro, empatou com o Carvalhos, a duas bolas, a 16; perdeu com o Benfica, por 3-1, no Infante, a 18 de Setembro; com a Salesiana, por 5-3, no Infante; de novo com o Benfica, por 6-2, em Lisboa; com o Carvalhos, no Lima, por 4-2 (RJ, 19710206_CP, 19710213, 19710302, 19710313, 19710607, 19710610, 19710621, 19710730, 19710912, 19710917, 19710919, 19710920, 19710926, 19710929). Notícia de convocação de dois Juvenis do Valongo, Queirós e Sousa, para os treinos da Selcção de Juvenis. (RJ, 19710305_CP). Nova notícia sobre convocatória de dois Juvenis do Valongo, Ferreira e Queirós, a treinar no Pavilhão dos Carvahos, no dia 9 de Março, para a selecção portuense. (19710310_CP). As Reservas do Valongo ganharam ao Boavista por 9-5, no Lima, ao Infante de Sagres, em Valongo, por 11-4, ao Carvalhos, por 20-3, em 9 de Junho, e ao Infante por 11-4. Ganharam o jogo com o Fânzeres, por 5-0, por falta de comparência deste. A seguir, perderam com o Porto, por 4-3, em 11 de Setembro, e registou-se um incidente grave,

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com agressão de Camilo I ao guarda-redes do Porto, seguida de expulsão e detenção de Camilo. (19710320_CP, 19710422, 19710613, 19710706, 19710718, 19710912). Na segunda volta da qualificação para o Campeonato Nacional, o Valongo empatou com o Infante a 4 bolas, venceu o Espinho, em sua casa, por 8-1, e o Leixões, no Pavilhão do Infante, por 13-1. Depois, perdeu com o Porto, no Lima, por 3-1, e empatou com o Carvalhos a 5 bolas. Seguiu-se “uma extraordinária exibição do Valongo” (no dizer do jornalista) que ganhou ao Académico por 16-6. Depois, venceu o Termas de S. Pedro do Sul por 23-2 e o Académico por 7-2. (RJ, 19710213, 19710216, 19710306, 19710309, 19710313, 19710320, 19710411, 19710422). Uma notícia do Camércio de 24 de Maio, dá conta do regresso de Nora ao F. C. do Porto, depois de ter actuado no Valongo, e refere que a ADV não levantou qualquer obstáculo à mudança (19710524_CP). No Campeonato Metropolitano da 1ª Divisão, o Valongo venceu o Oliveirense, em Valongo, por 22-4. O jogo Porto-Valongo, a decorrer na Constituição, no dia 5 de Junho, foi interrompido aos 12 minutos da segunda parte, por causa da chuva. O Porto ganhava por 5-2. O jogo realizou-se depois, em 14 de Junho, na Constituição, e o Porto ganhou por 5-4, mas foi um jogo acidentado, que durou quase duas horas e em que houve pouca sorte da equipa da ADV. (19710530_CP, 19710615). A seguir, o Valongo venceu o Carvalhos por 9-5 e o Infante por 5-2, naquela que foi a primera derrota do Infante. A notícia sublinha que, do lado do vencedor, se evidenciaram Vítor Francisco e Camões.

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Depois, venceu o Académico, por 7-1, em Valongo, no dia 14 de Julho, e o Fânzeres, por 10-3, a 17. Ganhou aoo Espinho, por 10-1, em 31 de Julho, e perdeu com o Porto, por 7-5, em Fânzeres, a 28 de Agosto. (19710622, 19710706, 19710715, 19710718, 19710801, 19710829). No dia 8 de Setembro, o Comércio dá notícia de uma exposição enviada pela ADV à Federação, “sobre várias ocorrências no jogo com o Carvalhos”, que terá sido realizado, segundo a notícia, no dia 4. Acontece que não obtive nenhum registo de um jogo com o Carvalhos nesse dia. Mais uma falha. (19710908_CP). Anunciado um jantar de confraternização da ADV, no dia 7, para homenajear os atletas que mais se distinguiram no ano a decorrer. (19711204_CP). O documento da Associação de Patinagem do Porto (APP), intitulado “Vencedores Provas Hóquei em Patins”, de 1963-2019, refere a ADV como vencedora em 1979-1971: - do Campeonato Nacional de Juniores.

1972 O ano desportivo de 1972, para além das notícias habituais sobre a distribuição das séries do Torneio Início, começa com uma notícia de grande agrado para todos os hoquistas e para a maioria, senão a totalidade das pessoas de Valongo: o Pavilhão Gimnodesportivo está finalmente pronto a ser utilizado e até já foi inspeccionado e aprovado pelo Conselho Técnico da APP, no dia 24 de Fevereiro. Leva cerca de 4.000 pessoas e custou 3.000 contos. (19720225_CP). O primeiro jogo no novo Pavilhão realizou-se no dia 29 de Fevereiro e o Valongo bateu o Fânzeres


por 3-2. Houve um segundo jogo, entre o Porto e o Vilanovense, que o Porto ganhou por 19-0. A notícia sublinha que, embora tenham estado presentes várias personalidade da terra, como o Presidente e o Vice-Presidente da Câmara Municipal, e representantes de entidades desportivas, como o delegado da Direcção-Geral dos Desportos, não houve cerimónia oficial de inauguração, embora a estreia tenha ficado assinalada “como acontecimento de grande relevo.” Depois, salienta os 4.000 lugares sentados, os balneários amplos e arejados, os 10 grandes camarotes, a magnifica iluminação e o piso admiravelmente construído e até bancos para os jogadores, forrados a napa! Pelo que “passa o pavilhão de Valongo a constituir um recinto admirável para a prática de hóquei em patins para o grande representante da vila que tanto tem feito pela modalidade, com jogadores cujo tecnicismo impunha realmente um rinque de dimensões largas.” Acaba por decidir que “a sua arquitectura, simples mas vistosa, coloca-o como um dos melhores do País”. (RJ, 19720301_CP). A 6 de Março, o Valongo perdeu com o Carvalhos por 2-1; provavelmente, a 13, ganhou ao Vilanovense, por 5-3; foi batido pelo Porto.A, nos Carvalhos, por 3-2, no dia 10 de Abril; venceu o Vigorosa, por 11-0, em Valongo, talvez a 13 de Abril; a 24, o Valongo bateu o Carvalhos, no Pavilhão do Infante, por 5-2; e derrotou o Fânzeres, nos Carvalhos, por 6-2, assim ficando apurado para a ‘poule’ final do Torneio de Abertura. (RJ, 19720307_CP, 19720314, 19720411, 19720414, 19720501). A 6 de Maio, o Valongo foi derrotado pelo Académico, no seu pavilhão, por 7-4, uma vitória considerada “sensacional”. Depois, perdeu com o Porto, por 4-2, também em Valongo; e ganhou ao

Fânzeres, por 5-3. Venceu o Vilanovense, por 16-2, em Valongo, e empatou com o Porto, na Constituição, por 7 bolas. Este último jogo teve uma característica notável: o Américo foi expulso, duas vezes, a segunda por 4 minutos, e foi mesmo assim, com quatro jogadores, que o Valongo empatou, 5-5, e ainda se colocou na posição de vencedor, 6-5!! E, depois de o Porto empatar e passar a 7-6, o Valongo ainda conseguiu o empate final! (19720507_CP, 19720521, 19720619, 19720810, 19720813). Já a jogar o Campeonato Nacional Metropolitano de Seniores, Zona Norte, o Valongo venceu o Oliveirense, por 9-3, a 19 de Agosto, e o Fânzeres, por 9-2, provavelmente em 13 de Setembro, e colocou-se no 3º lugar da tabela, atrás do Infante e do Porto; depois, talvez a 23, ganhou ao Carvalhos, por 13-0; a notícia diz que, na 1ª parte, o Carvalhos dominou, mas o guardião local, Horácio, “foi rei e senhor”... ; a seguir, a 25 de Setembro, o Valongo perdeu com o Infante por 5-3 e a notícia diz em título “Espectáculo degradante no jogo Infante-Valongo” e descreve assim o início da cena: “Ao intervalo, o Infante vencia por por 3-0, mas, no início da segunda parte, o Valongo conseguiu marcar dois tentos e empatar e, mais adiante, fez 3-2. Até aqui o jogo tinha decorrido quase normalmente, mas depois gerou-se tamanho pandemónio que nunca houve o verdadeiro espectáculo desportivo.” O Infante e o Porto ficaram apurados para a fase final. (RJ, 19720820, 19720914_CP, 19720924, 19720926). Numa iniciativa de jogos amigáveis, com equipas de Aveiro, os Juniores do Valongo ganharam ao Mealhada, em Oliveira de Azeméis, por 6-2, no dia 23 de Abril. Em 21 de Maio iniciaram-se os Campeonatos

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Regionais de Iniciados, Juvenis e Juniores. Os Juniores do Valongo jogaram em Valongo com o Espinho, em 21 de Maio, e ganharam por 4-1. A 28, na Constituição, venceram o Porto por 3-0. Em Valongo, provavelmente em 5 de Junho, os Juniores venceram o Infante por 4-2. Depois, decerto a 18 de Junho, bateram o C.D.U.P. por 41-0!!

A seguir, jogam no Lima, com o Porto e perdem por 4-2. Transcrevo a notícia: “O triunfo portista só foi possível por expulsão de um jogador do Valongo, quando esta equipa vencia por 2-1. Depois do empate, novas expulsões, colocou (sic) o Valongo com três e o Porto com quatro, o que possibilitou a vitória azul-branco.(sic)”

Não posso deixar de remeter para a nota que escrevi sobre este jogo, no Resumo dos Jogos (Cf. 19720619), que é um exemplo gritante daquilo que afirmo na introdução desse capítulo: que os jornais dão muita atenção aos clubes grandes e às primeiras divisões e pouca ou quase nehuma a tudo o que resta.

Em 1 de Outubro, ainda no Lima, os Juniores empatam com a Sanjoanense a duas bolas. A opinião do jornalista: “O treinador do Valongo «afundou» a equipa com duas substituições inconcebíveis, a última das quais a minuto e meio do fim, quando o Valongo vencia por 2-1, tirando o médio e colocando na pista nada menos que três avançados…” (RJ, 19721002_CP).

De qualquer modo, em 20 de Junho, os Juniores ocupavam o 1º lugar da tabela classificativa. (RJ, 19720424_CP, 19720522,19720529, 19720606, 19720619, 19720620). O Comércio noticia a vitória por 5-0 dos Juniores do Valongo sobre o Vigorosa, por falta de comparência deste, e acrescenta que, com a inesperada derrota do Espinho, a corrida ao título ficou circunscrita a dois clubes: Valongo e Carvalhos. (RJ, 19720626_CP). Talvez a 6 de Julho, os Juniores vencem o Boavista por 10-0; depois o Fânzeres, por 12-0. E então, perdem, em Valongo, com o Carvalhos, por 5-2, o que constituiu surpresa, “dado a excelência de técnica do grupo valonguense, este perdendo assim uma grande possibilidade de revalidar o título.” (RJ, 19720707, 19720713, 19720831). Ainda vencem o Porto por 2-1, em 1 de Setembro, e, a 8, o Fânzeres, por 11-1. Depois, a 13, batem o Vigorosa, por 12-1, e, a 30, no Lima, ganham ao Mealhada, por 6-3. (RJ, 19720902, 19720909, 19720914).

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E acabam aqui as notícias sobre os Juniores em 1972. Em 21 de Maio, como já se viu, iniciou-se o Campeonato Regional de Iniciados e os do Valongo jogaram com o Porto na Constituição e perderam por 8-0. Depois, em Valongo, perderam com o Infante por 4-2. Em 26 de Junho, em Valongo, venceram o Académico por 7-4; perderam com o Boavista por 4-3, ganharam ao Águias por 3-0, ao Académico por 5-1 e ao Carvalhos por 11-3. Em 1 de Setembro, perderam com o Porto por 2-1, em Valongo, e ganharam ao Águias, por 6-4, em 8 de Agosto. Ficaram assim em 3º lugar, atrás do Porto e do Boavista, pelo que terão de disputar apuramento. (19720529_CP, 19720606, 19720626, 19720707, 19720713, 19720824, 19720831, 19720909, 19720913). Na primeira fase dos jogos de apuramento, dia 30 de Setembro, os Iniciados do Valongo ganharam, no Lima, ao Conimbricense, por 4-1. Depois, perderam com o Porto por 5-4. (RJ, 19721001_CP, 19721005).


A seguir, não há mais notícias, como de costume, pelo que ficamos sem saber o desfecho. Em 21 de Maio, dia em que se iniciou o Campeonato Regional de Juvenis, os do Valongo perderam em casa com o Porto por 3-2. A 28, perderam de novo com o Porto, no Porto, por 12-1. Depois, ganharam ao Infante por 1-0. A 25 de Junho, em Valongo, venceram o Académico por 10-2 e o Educação Física, por 10-1. Bateram o Fânzeres por 6-2 e foram derrotados pelo Porto.B por 3-1. A 23 de Agosto, venceram o Académico por 9-2. Talvez a 30, ganharam ao Carvalhos por 11-3. A 1 de Setembro, perderam com o Porto por 2-1. (RJ, 19720522_CP, 19720529, 19720606, 19720626, 19720707, 19720713, 19720816, 19720831, 19720902). Nos jogos de apuramento dos segundos representantes nortenhos de Juvenis, no Lima, no dia 1 de Outubro, os do Infante bateram os do Valongo por 6.1. Também no Lima e no mesmo dia, os Juvenis do Valongo venceram a Ac. Coimbra por 5-1. Mais tarde, no Pavilhão dos Desportos de Lisboa, os Juvenis da Salesiana, a 7 de Outubro, venceram o Valongo por 15-2. Também em Lisboa, no dia 8, o Sporting bateu o Valongo por 7-0 e a Salesiana ganhou ao Valongo por 9-4. (19721002_CP, 19721008, 19721009, 19721015). Mais uma vez se encerram as notícias dos jogos sem conclusões.

“O SUL VITORIOSO EM TODA A LINHA”). A 30 de Maio, aparece a notícia de que a ADV tem novo treinador: Fernando Brandão. Assim, sem mais explicações. (RJ, 19720530_CP). Uma notícia de 20 de Dezembro comunica a transferência de Vale e Vítor Francisco, do Valongo, assim como vários outros hoquistas de diferentes clubes, para o Porto, após uma série de negociações, destinadas a reforçar a sua equipa. (RJ, 19721220_CP). Encerro este ano com uma notícia de 2 de Setembro, anunciando que a APP tinha oferecido uma dúzia de pares de patins ao Valongo no dia anterior, no âmbito da ideia de apoiar os clubes. O jornalista tinha discutido, numa anterior notícia, o critério da distribuição que deveria ser seguido, alvitrando que ela fosse proporcional ao número de equipas que cada clube tivera em competição no ano anterior. O meu contra-argumento é o de que, além desse critério, é preciso integrar um outro, que é o da capacidade económica de cada clube, sob pena de a APP oferecer patins a quem tem dinheiro de sobra para os comprar. (RJ, 19720902_CP). O documento da Associação de Patinagem do Porto (APP), intitulado “Vencedores Provas Hóquei em Patins”, de 1963-2019, não apresenta registos da ADV em 1971-1972.

Há um comentário do jornalista de serviço que quero sublinhar, porque corresponde àquilo que digo na introdução e que é aliás a opinião dos escritores do hóquei que cito. E é que, particulamente neste ano, nos cinco campeonatos realizados, veio ao de cima a melhor preparação, técnica e física, dos grupos do Sul, que se manteve por muitos anos. (RJ, 19721008_CP, com o título

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1973

A 12 de Setembro, o Valongo venceu o Espinho por 11-8. (RJ, 19730913).

O ano abre com uma notícia algo insólita, logo em Janeiro: o treinador Fernando Brandão, que tinha assumido essas funções no clube em Maio do ano anterior, vai ser substituído por José Viterbo. Para os que conhecem o Zé Viterbo, é uma boa notícia, já que ele sempre foi o homem disponível para tudo o que fosse prestigiar e ajudar o clube e as pessoas a ele ligadas. Ele foi uma lição de solidariedade, de desportivismo e de vida. (RJ, 19730131_CP).

Aqui terminam as notícias sobre a 1ª Divisão.

No primeiro jogo do Torneio de Abertura, o Valongo empatou com o Fânzeres por 4 bolas; depois, perdeu com o Porto, em Valongo, por 6-5, e com o Académico, por 3-0, e com o Carvalhos, no Pavilhão do Infante, por 3-1, e com o Infante, em Valongo, por 4-1, talvez em 7 de Abril. Perdeu de novo com o Infante, em 19 de Maio, por 6-1. De seguida, ganhou ao Académico, por 7-4, e perdeu com o Porto por 11-8. Depois, ganhou ao Águias, por 8-3, e ao Espinho, por 10-2, e ao Académico, por 7-2. (RJ, 19730311_CP, 19730318, 19730408, 19730415, 19730520, 19730524, 19730531, 19730614, 19730617, 19730715). Num jogo nas Antas, para a Taça Edgar Bragança, a 20 de Julho, o Valongo bateu o Espinho por 8-1. (RJ, 19730721_CP). No Campeonato da 1ª Divisão, o Oliveirense ganhou ao Valongo por 4-3, em Oliveira de Azeméis. Derrota considerada surpresa. Depois, venceu o Fânzeres, por 11-1, em 25 de Agosto, e o Águias, por 10-1, em 8 de Setembro. A notícia sobre este último jogo acaba de modo insólito, dizendo: “Este último jogo não terminou por falta de jogadores do visitante.” Deveria ter explicado, porque assim não se percebe nada. (RJ, 19730819_CP, 19730826, 19730909).

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O Campeonato Regional de Iniciados começou a disputar-se a 25 de Abril e, nesse dia, os Iniciados do Valongo venceram o Boavista por 7-0. A 27, perderam com o Porto por 5-0. A seguir, ganharam ao Académico por 3-1; e ao Infante por 4-0; e ao Carvalhos por 2-1; e ao Porto.A por 2-0; e foram ganhar ao Académico por 3-0. Depois, empataram com o Infante a duas bolas. Houve ainda um Espinho-Valongo que o Valongo ganhou por 4-0. (RJ, 19730426_CP, 19730430, 19730504, 19730510, 19730523, 19730612, 19730618, 19730713). Os Iniciados do Valongo conquistaram o Campeonato Regional, à frente do Infante, do Carvalhos e do Porto. O Comércio de 09/07 comenta esta vitória assim: “Na categoria de Iniciados, o Valongo venceu sem qualquer espécie de discussão, obtendo o título, com todo o mérito, sem derrotas. Foi a equipa não só mais regular, como a mais categorizada tecnicamente, pois as restantes estiveram muito longe de alardear o índice técnico da equipa vencedora. (…) Os Iniciados do Valongo, que conquistaram o título, foram preparados pela dedicação do (treinador) do clube valonguense, José Camilo.” (RJ, 19730709_CP). No Campeonato Metropolitano de Iniciados, que começou a 18 de Setembro, o Valongo venceu o Infante, nesse dia, por 3-2. Depois, perdeu com o Sintra por 3-2. Resultado considerado uma surpresa e cuja explicação foi: os sintrenses eram técnicamente menos evoluídos, mas fisicamente


mais fortes. (RJ, 19730919_CP, 19730924). A seguir, os Iniciados do Valongo venceram o Infante, por 3-1 e foram batidos pelo Paço de Arcos, por 4-3. Aqui acabam as notícias sobre o Campoenato Metropolitano de Iniciados. (RJ, 19730927, 19730927). No dia do início do Campeonato Regional de Juniores, 25 de Abril, os Juniores do Valongo venceram o Carvalhos por 1-0; depois, empataram com o Porto a duas bolas, venceram o Vigorosa por 4-1 e o Porto.B por 5-4. Perderam, a 9 de Maio, com o Infante, por 4-2 e empataram, a 7 de Junho, a zero, com o Porto.A. Ganharam ao Vigorosa, por 5-0, provavelmente no dia 11 de Junho, e, a 17, perderam com o Infante por 7-2. Ainda ganharam ao Vilanovense por 12-1, no dia 8 de Julho e o Campeonato terminou com a vitória do Infante de Sagres, com o Porto.A em 2º e o Valongo em 3º. (RJ, 19730426_CP, 19730430, 19730504, 19730507, 19730510, 19730608, 19730612, 19730618, 19730709). Surge, em Abril, a notícia do falecimento de um dos “grandes” do período mítico do hóquei português, Edgar Bragança Soares, um dos “cinco violinos”, como era conhecida aquela equipa cheia de talentos invulgares, dos anos 50 do século passado, em que os outros quatro eram Emídio Pinto, António Raio, Jesus Correia e Correia dos Santos. O lado mais chocante era que ele só tinha 48 anos. (RJ, 19730426_CP). O documento da Associação de Patinagem do Porto (APP), intitulado “Vencedores Provas Hóquei em Patins”, de 1963-2019, refere a ADV como vencedora em 1972-1973: - do Campeonato Regional de Iniciados.

1974 A primeira notícia do ano com interesse para a ADV é a de que Horácio, Américo, Lino e Quelhas, do Valongo, foram selccionados para treinos das selecções. Estas são as Selecções Regionais de Seniores e de Juniores do Norte. Horácio, Américo e Lino treinam na primeira, Quelhas na segunda, todos no Pavilhão das Antas. (RJ, 19740316_CP). No início do Campeonato Regional de Iniciados, a 5 de Abril, o Valongo venceu o Académico por 5-2; depois, talvez a 23, ganhou ao Pacense, por 6-2, ,e em 13 de Junho perdeu com o Porto por 1-0. As notícias sobre o Campeonato acabam aqui. (RJ, 19740406_CP, 19740424). Também o Campeonato Regional de Juvenis começou a 5 de Abril e o Valongo venceu nesse dia o Fânzeres por 21-0. Talvez a 23, ganhou ao Educação Física por 5-0 e ao Fânzeres, por 6-1. Dep+pois, perdeu com o Porto, em Valongo, a 13 de Junho, por 4-2. A seguir, venceu o Sanjoanense por 4-0 e o Oliveirense, por 6-0. Talvez a 15, no Pavilhão do Infante, empatou com o Porto a duas bolas. E em São João da Madeira, ganhou ao Oliveirense por 5-1. A seguir, foi batido pela Salesiana, por 3-2, e ganhou ao Académico também por 3-2. (19740406_CP, 19740424, 19740527, 19740614, 19740812, 19740812, 19740816, 19740821, 19740902, 19740920). As notícias acabam aqui, perlo que mais uma vez ficamos sem saber a classificação dos Juvenis. Os Juniores, no início do Campeonato Regional de Juniores, ganharam ao Fânzeres por 3-0; mais tarde, venceram o Educação Física por 10-3 e o Fânzeres por 2-1. Depois, perderam com o Porto.A por 4-1 e ganharam ao Curia por 5-0 e ao União

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de Lamas, talvez a 11 de Agosto, por 11-2. Mais tarde, talvez a 15, foram ganhar ao Infante, por 1-0, venceram a Curia por 5-0 e o Lamas por 19-0, em São João da Madeira. (RJ, 19740406_ CP, 19740424, 19740527, 19740614, 19740812, 19740816, 19740821, 19740821). Uma vez mais, não há quaisquer notícias sobre classificação final ou parcial dos Juniores, pelo que ficamos a zero. O Campeonato Metropolitano de Seniores começou, para o Valongo, em 15 de Abril, com uma vitória sobre o Vigorosa, por 5-3. Depois, empatou com o Carvalhos, por duas bolas, e ganhou ao Fânzeres, por 3-2. (19740416_CP, 19740420, 19740423). O próximo jogo foi com o Porto, nas Antas, mas não chegou ao fim, porque o árbitro expulsou, além de Cristiano, do Porto, França, Pires e Américo, do Valongo, que assim ficou reduzido a dois jogadores. Em vista disso, o árbitro pôs fim à partida. O Porto estava a ganhar por 3-1. (RJ, 19740523). A seguir, o Valongo ganhou ao Vigorosa por 8-6 e perdeu com o Sanjoanense, a 13 de Junho, por 5-2. (19740529, 19740614). A notícia seguinte sobre o Valongo não é àcerca de um jogo, mas relativa a um requerimento de embargo do Campeonato Nacional, feito pela ADV, onde se dá conta de um processo altamente censurável, devido a desleixo, inconsiederação ou desrespeito da Associação de Patinagem do Porto, que a notícia relata aliás de maneira veemente e acusadora. A questão foi que tanto o Valongo como o Porto foram punidos com a perda dos jogos, respectivamente, com o Beira-Mar e com a Sanjoanense, por falta decomparência. Como a notícia sublinha, com essa derrota, cominada pela falsa falta de comparência, o Porto

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“perdeu o primeiro lugar da sua zona, mas o Valongo perdeu mais, pois perdeu o direito ao seu apuramento para a fase final.” Acontece que os dois clubes tinham recebido comunicados da APP, informando que os jogos marcados para o dia 29 de Abril não se poderiam realizar por falta de policiamento. Porém, essa falta só se verificou no Porto, porque, nos recintos do Beira-Mar e da Sanjoanense, a GNR assugurava o policiamento. Não existiu, por isso, responsabilidade dos dois clubes que lhe pudesse ser assacada. Acresce que, após esta falha da APP, a Direcção-Geral dos Desportos também não se portou bem, não respondendo ao primeiro requerimento do Valongo, de 11 de Julho (este já era o segundo), nem cumprindo as regras estabelecidas, que impõem que o clube seja ouvido, através do envio de uma nota de culpa, que lhe permita pronunciar-se e defender-se, para poder ser a seguir responsabilizado ou não. A notícia tem um final muito elogioso para o Valongo: “a verdade é que o clube, que há vinte anos pratica a modalidade, com sacrrifícios de que poucos se podem orgulhar, com uma obra notável no domínio da preparação de jogadores, é espoliado do legítimo direito de disputar a fase final do Campeonato Nacional, apenas porque a Direcção-Geral dos Desportos não soube actuar de harmonia com os verdadeiros princípios de justiça que este organismo oficial devia ser o primeiro a defender. Impõe-se por isso e urgentemente que se faça justiça.” (RJ, 19740614_CP). Para além de dar nota desta queixa institucional, neste caso ainda tenho uma queixa ‘burocrática’, que é o facto de não ter podido verificar a verdade interna deste requerimento e sobretudo a


respectiva sequência, porque as actas da Direcção do clube de 1974 só existem até à acta n.º 5, de 27.04. As outras ou não foram feitas (não se esqueça que o 25 de Abril aconteceu nesse ano…) ou desapareceram. Em 5 de Outubro, deu-se início, no Pavilhão das Antas, por iniciativa da APP, ao Torneio de Infantis, com oito equipas inscritas, entre elas a do Valongo, que, juntamente a da Académica de Espinho, logo se evidenciou como possuidora de “índice técnico animador”. O Valongo nesse dia ganhou ao Pacense por 5-0, depois ao Carvalhos, por 2-1, em Valongo. Empatou com o Espinho a uma bola, ao ar livre e com chuva, e a seguir ganhou em Espinho ao Educação Física por 17-0, a 24 de Outubro. A notícia ressalta “a dignidade desportiva dos vencidos.” Depois, o Valongo empatou com o Porto, a uma bola, e assim conquistou o Torneio de Infantis. A notícia: “O Valongo foi o campeão por mérito absoluto, ficando nos lugares de honra: Carvalhos e A. de Espinho.” (RJ, 19741006_CP, 19741014, 19741018, 19741025, 19741122). Surge uma notícia que enche de satisfação o próprio e todos os adeptos do clube: Américo na Equipa B de Portugal, de Seniores, “que no próximo fim-de-semana vai disputar em Barcelona um torneio internacional com as selecções A de Espnha, Alemanha e Itália (…) e que “ficou definitivamente escolhida pelos jogadores: Vítor Domingos (Cuf); F. Pereira (Salesiana); eng.º J. Rendeiro (Sporting); Salema (Sporting); Chana (Sporting); Américo (Valongo); e Carlos Alves (Paço de Arcos).” (RJ, 19740507_CP). O documento da Associação de Patinagem do Porto (APP), intitulado “Vencedores Provas Hóquei em Patins”, de 1963-2019, não regista a ADV como vencedora em 1973-1974, por não ter vencido provas oficiais.

1975 O ano começa (nos jornais, claro) por uma notícia estranha: um empate a 5 bolas entre o Porto e o Valongo, aparentemente no campo do Porto. Notícia estranha porquê? Porque o habitual, tanto no Comércio do Porto como no Norte Desportivo, por exemplo, era os jornais daram sempre uma enorme atenção às actuações do Porto, não só por ele ser um clube importante, mas sobretudo, a meu ver, por clubismo, e, neste caso, não houve um só comentário. Depois, em Fevereiro, Correia de Brito comenta a indignação dos sectores afectos ao hóquei com a decisão da Direcção-Geral dos Desportos de colocar o hóquei em patins no escalão de protecção “B”, que não garante “o máximo de protecção oficial”. Fossem quais fossem as razões da Direcção-Geral e sem querer entrar na discussão (por desconhecer, neste momento, a realidade dos referidos escalões), há algo que para mim é uma constante: é o descaso, quer das entidades oficiais, quer da comunicação social, quer de alguns escritores do desporto, relativamente ao hóquei, que sendo a modalidade desportiva mais respersentativa do país, sempre foi tratada como de segunda… E, a seguir, uma curiosidade: um leitor de Valongo insurge-se contra o “escalão B”… (19750211_CP e 19750216_CP). No Torneio Quadrangular do Troéu Fernando Figeiredo , o Valongo perdeu com o Infante por 3-1. Em Infantis, o Valongo perdeu com o Pacence por 2-6 e a seguir com o Porto por 2-4 (19750317_CP. 19750329_CP). Depois, ganhou ao Ed. Física por 8-0, ao Carvalhos por 8-1, e perdeu com o Espinho

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(A) por 2-6 e com o Porto por 3-0 (19750407_CP, 19750414_CP, 19750506_CP, 19750605_CP). Cessam as notícias sobre Infantis. Na classe de Iniciados, o Valongo ganhou ao Pacence por 7-1, empatou com o Porto (A) por 3-3, ganhou ao Porto (B) por 9-0, perdeu com o Carvalhos (A) por 2-5, ganhou ao Carvalhos (B) por 0-7, perdeu com o Porto (A) por 4-1. (19750317_ CP, 19750329_CP, 19750407_CP, 19750414_CP, 19750506_CP, 19750605_CP). Os Juvenis do Valongo ganharam ao Carvalhos por 4-1, e ao Espinho por 1-4; perderam com o Rio Tinto por 2-3; ganharam ao S. Caetano por 5-1 e ao Infante por 3-2; empataram com o Infante, na casa deles, por 2-2. (19750317_CP, 19750329_ CP, 19750408_CP, 19750415_CP, 19750429_CP, 19750613_CP). Não há mais notícias. Os Juniores perderam com o CDUP por 1-0, ganharam ao Ed. Física por 3-4, ao Águias por 3-1 e ao Vilacondense por 11-0; depois, perderam com o Infante por 2-4, e ganharam ao Águias por 2-4 e ao Fânzeres por 2-3. (19750317_CP, 19750329_ CP, 19750408_CP, 19750415_CP, 19750429_CP, 19750605_CP, 19750627_CP). A equipa Sénior do Valongo, agora no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, Zona Norte, ganhou ao Espinho por 0-4, ao Académico por 1-0, ao Fânzeres por 1-2; perdeu com o Carvalhos por 5-4 e ganhou ao Beira-Mar por 4-2 e ao Porto por 3-1; empatou com a Sanjoanense, lá, por 0-0, ganhou ao Infante (que comanda a classificação) por 4-2 e ao Riba d’Ave por 2-4; empatou com o Espinho, em Valongo, por 3-3, ganhou ao Académico por 3-6 e ao Fânzeres por 7-3; perdeu com o Caravalhos, em Valongo, por 5-6, e ganhou ao Beira Mar por 2-7, tendo, de qualquer modo, ficado apurado no Norte. (19750325_CP, 19750405_CP,

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19750412_CP, 19750413_CP, 19750417_CP, 19750419_CP, 19750503_CP, 19750504_CP, 19750517_CP, 19750520_CP, 19750524_CP, 19750527_CP, 19750530_CP, 19750531_CP). Na disputa já do Nacional, o Valongo perdeu com o Sporting, por 7-2, ganhou ao Porto por 6-5, e ao Infante por 5-0 (falta e comparência), perdeu com o Oeiras por 6-3 e com o Porto por 4-2; empatou com o Infante, no pavilhão deles, por 2-2, e acabou por ficar no 3º lugar da tabela, atrás do Sporting, que ganhou o campeonato, e do Porto. (19750619_CP, 19750620_CP, 19750629_ CP, 19750706_CP, 19750724_CP, 19750731_CP, 19750802_CP, 19750804_CP) No dia 30 de Maio, houve uma reunião considerada importante, na Casa do Desporto, com elementos da F. P. P., da A. P. P., da Comissão Distrital de Árbitros e de alguns árbitros, para resolver um problema que se arrastava e que era o facto de alguns árbitros não comparecerem a arbitrar jogos em Valongo (e por isso vimos, por vezes, o Nora ou o Camilo a arbitrar alguns). Parece que o problema se resolveu graças à intervenção do Presidente da A. P. P., Sr, Rodrigo Leite, que assegurou aos árbitros carro próprio com motorista para os trazer a Valongo… É difícil de acreditar!... (19750530_CP). A 5 de Junho, Correia de Brito chamou a atenção para um “imbroglio” provocado por uma queixa de um clube contra o Valongo, por este ter alinhado num jogo com o guarda-redes suplente sem número, obrigatório, na camisola. (19750605_ CP). A 29 de mesmo mês de Junho, o mesmo Correia de Brito comenta o facto de o Infante – que há meses tem uma reclamação em Lisboa acerca de um jogo feito em Valongo – não ter comparecido para o jogo com o Valongo, no dia anterior, dizendo que


também o Porto teria pedido um inquérito oficial e teria decidido não mais defrontar o Valongo em quaisquer categorias. Diz que os jogadores do Académico já há várias semanas “tomaram uma posição frontal, recusando-se a defrontar os jogadores do Valongo em quaisquer recintos.” E que, segundo informações obtidas, também o Cascais se preparava para tomar idêntica atitude, na segunda volta do campeonato. Fala então da reunião havida a 30 de Maio, por causa dos árbitos, e revela que teve a ver com o mesmo problema. Diz que os desacatos praticados por assistentes incontidos criam situações intoleráveis para os atletas e os árbitros, mas que isso não acontece só em Valongo. Remata, argumentando que “todos temos de encontrar uma solução construtuiva para esta embaraçosa situação.” (19750629_CP). É ainda o mesmo jornalista que chama a atenção para o facto de ter havido duas equipas nortenhas nos 3 primeiros lugares do Campeonato Nacional, o Porto e o Valongo, e que refere o “honroso terceiro lugar” do Valongo” (19750804_CP). Em Agosto, o Comércio noticia uma homenagem aos jogadores do Valongo, promovida pela Direcção da ADV, no pavilhão desportivo, e, em Setembro, noticia a chegada a Valongo de um novo treinador da ADV, João de Brito, oriundo do Porto e do Riba d’Ave. (19750822_CP, 19750904_CP). Em Dezembro, já na 4ª jornada do Torneio de Abertura, o Comércio do Porto publica uma nota muito elogiosa do Valongo, chamando-lhe “a prometedora equipa do Valongo”. O elogio é significativo, sobretudo porque anuncia o empate, 4-4, com o Porto, que merece sempre um desvelado carinho dos jornalistas do Comércio, que por vezes lhes dificulta a objectividade; e porque demonstra uma

grande atenção à equipa e um grande conhecimento dela. Diz a nota: “Em primeiro lugar, o Valongo que, mercê do trabalho que está a fazer o seu novo treinador João de Brito Malheiro será com certeza, nesta temporada, a equipa de sensação. Com seis jogadores a menos: Vítor Francisco, Américo, Pires e Nora, a cumprirem castigo federativo, Vale que se casou no sábado e Horácio ainda convalescente, o grupo de Valongo fez uma exibição de muito nível e empatou com o F. C. do Porto, resultado aliás sofrido a dois segundos do fim, quando parecia inevitável o desaire total dos «portistas». A jovem e prometedora equipa do Valongo esteve sempre a ganhar, o que torna ainda mais meritório o seu êxito e pode dizer-se que o lote de jogadores que possui lhe dá boas perspectivas para a Taça de Portugal.” (19751204_CP). Em 23 de Dezembro, quando publica o resultado do Espinho-Valongo (2-7), o Comércio anuncia a distribuição de prémios da época 1974-75, da A. P. P., no anfiteatro da Casa do Desporto, no sábado seguinte, em que será orador Manuel Correia de Brito, e repete: “VALONGO – continua a ser a equipa mais prometedora.” (19751223_CP). O documento da A. P. P. regista, no ano de 197475, a vitória da ADV no Campeonato Regional de Juvenis. Um dos aspectos sem dúvida impressionantes neste ano de 1975 são as várias acusações, feitas por alguns clubes e relatadas por alguns jornalistas, de que os jogadores e o público de Valongo teriam exercido violência em alguns jogos, em casa e fora dela, contra jogadores desses clubes queixosos.

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Pelo que investiguei, não houve nenhum inquérito, oficial ou privado, que apurasse a verdade ou inverdade das acusações ou a dimensão do fenómeno, pelo que, a esta distância, seria um exercício difícil e talvez inglório tentar discernir responsabilidades. Porém, há uma coisa que é certa, porque decorre de inúmeros relatos de jornalistas sobre jogos do Valongo e de todos os outros clubes: houve violência, de maior ou menor dimensão, em muitos dos jogos relizados. Quem a provocou, quem a acicatou, quem beneficiou com ela, a quem ela prejudicou – são as questões que sempre se colocam e cuja resposta nunca é fácil. Registo com gosto a atitude do meu querido Amigo Joaquim Navio, então presidente da Direccção do clube, que, acompanhado por outros dirigentes e pelo capitão da equipa sénior, Manuel Pires, decidiu desagravar o nome da ADV, segundo ele acusada sem razão, e foi ao Porto dar uma conferência de imprensa, para explicar o ponto de vista do clube. Mesmo que não tenha convencido muita gente, entendo que é um bom sintoma de carácter quando os dirigentes de um clube decidem enfrentar o incómodo e até o risco de virem à praça pública dizer de sua justiça. Por isso, bem hajam! (19750605_CP, 19750629_CP, 19750714_CD).

1976 A contar para o Torneio de Abertura, o Valongo venceu a Oliveirense por 5-4. Mais tarde, já a contar para Taça de Portugal, perdeu com o Oeiras por 2-4, ainda que tenha ganho em Oeiras, na 1ª mão, por 4-5. Depois, no Campeonato Nacionalo d 1ª Divisão, Zona Norte, empatou com o Infante, em casa dele, por 1-1, e ganhou ao Carvalhos por

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6-2 e ao Académico por 1-6. De modo que, neste momento, ocupava o 1º lugar da tabela, com o mesmo número de pontos (23) do Infante. A última notícia titulava: “Valongo – Uma Grande Equipa Jovem”. (19760118_CP, 197602223_CP, 19760316_CP, 19760327_CP, 19760411_CP). Semana e meia depois do último jogo, o Valongo perdeu com o Porto por 6-4, ganhou ao Espinho por 8-5, perdeu com o Fânzeres por 8-4, venceu o Académico por 6-3, e a Oliveirene por 4-7. Ficou deste modo apurado para a fase final, juntamente com o Infante, o Porto e a Oliveirense. (19760427_ CP, 19760501_CP, 19760501_CP, 19760625_CP, 19760529_CP). Na 3ª jornada do Campeonato Nacional, o Valongo perdeu com o Benfica por 9-3 e depois foi batido, em Valongo, pelo Sporting, por 5-6. Em Julho, o Valongo venceu o Benfica por 10-4, mas curiosamente não há mais notícias sobre essa vitória, a não ser que passou a ocupar o 4º lugar da tebela de oito. (19760607_CP, 19760621_CP, 19760705_CP). Na disputa da Taça Lopes Gonçalves, o Valongo ganhou ao Infante por 1-0 e perdeu, surpreendentemente, com o Académico por 3-0. Depois, venceu o Fânzeres por 2-7, o Vigorosa por 12-1. (19761026_ CP, 19761103_CP, 19761106_CP, 19761109_CP). Já no torneio e Abertura, o Valongo ganhou ao Águias por 10-1, perdeu com o Porto (A) por 2-1, empatou com o Académico por 2-2, ganhou à Olivierense (A) por 5-7, ao Carvalhos (A) por 4-2, à Sanjoanense (A) por 3-6, e perdeu com o Porto por 5-1. (19761116_CP, 19761120_CP, 19761123_ CP, 19761210_CP, 19761211_CP, 19761214_CP, 19761216_CP) Em Reservas, o Valongo venceu a Olivierense por 2-0 (19760118_CP).


Em Juniores, o Valongo venceu o S. Caetano por 0-6 e o Espinho por 7-2 e perdeu com o Porto por 4-2 e com o Fânzeres por 0-1. Depois, ganhou ao Vilacondense por 10-0. E é tudo o que sabemos. (19760202_CP, 19760216_CP, 19760427_CP, 19760519_CP, 19760625_CP). Quanto aos Juvenis, na 2ª série do Torneio de Abertura, eles ganharam ao Espinho por 5-0, mas este sagrou-se campeão regional. (19760216_CP , 19760315_CP). Em Maio, os Juvenis perderam com o Carvalhos por 2-1, depois ganharam ao Académico por 5-0 e ao Porto por 0-3 e perderam com o Pacence por 4-0. (19760519_CP, 19760625_CP, 19760601_CP, 19760614_CP). A penúltima notícia é acompanhada por um fotografia da equipa sénior, cuja legenda diz: “VALONGO – VENCEDOR DA ZONA NORTE.- A equipa do Valongo, talvez uma das mais jovens e, com certeza, das mais prometedoras do País, acaba de alcançar o primeiro lugar no Campeonato Nacional da I Divisão (por zonas), revelando ser a mais rápida e melhor tecnicamente. Equipa formada totalmente por jogadores criados no Valongo, é um exemplo flagrante do trabalho em profundidade. Treinada por outro elemento jovem, João de Brito, que foi jogador do F. C. do Porto e do Académico, além de internacional junior e sénior, a equipa do Valongo tem um promissor futuro diante de si. De pé, da direita para a esuerda: João de Brito (treinador); Pires, Vale, Aguiar e Lino. Em baixo e pela mesma ordem: Camões, Horácio, Vítor Francisco e Américo. À esquerda, ainda, o mecânico e o massagista do

grupo. Pires e Américo são os veteranos da equipa, mas cuja experiência é ainda muito útil ao Valongo”. Em Iniciados, o Valongo ganhou ao Espinho por 2-4 e ao Vilacondense por 1-12 e empatou com o Pacence por 1-1. (19760308_CP, 19760519_CP, 19761228_CP). Os Infantis doram edrrotados pelo Espinho (A) por 11-0, pelo Carvalhos, por 6-2, pelo Educ. Física, por 2-1. (19760308_CP, 19760519_CP). Uma das notícias mais relevantes do ano foi o facto de o seleccionador nacional de Juniores, Manuel Correia de Brito – que, no ano passado reconquistou o Campeonato da Europa, em Darmstadt, na Alemanha – ter pedido a demissão, por vários motivos, mas especialmente por a Federação Portuguesa de Patinagem não ter atendido a sua sugestão de que o próximo Campeonato da Europa, aprovado para o Outubro seguinte, se realizasse no pavilhão do Porto, com capacidade para 7.000 pessoas. A Direcção-Geral dos Desportos não quer que a prova se dispute nos grandes centros, como Lisboa ou Porto, para permitir a sua divulgação noutros locais do país e acabou por marcar a prova para Barcelos. (19760411_CP). Em 16 de Junho, colei um recorte do Comércio do Porto que dá notícia da composição da Selacção Nacional de Juniores que irá jogar em Barcelos. Achei muito curioso que, disputando-se a prova numa cidade do Norte, aliás possuidora de um bom clube de hóquei, a Seleccção Nacional seja composta exclusivamente por jogadores de clubes do Sul… Cada um interpretará este facto como quiser. Eu penso que, para além da realidade, que ninguém nega, de, durante muitos anos, existir uma

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superioridade técnica dos clubes e jogadores do Sul em relação ao resto do país, esta composição da Selecção é também fruto de uma certa mentalidade de centralismo que afecta a todos, mesmo a algumas personalidades do Norte que vão para Lisboa e lá se esquecem da sua origem. (19760616_CP). No dia seguinte, uma outra notícia interessante, que documenta o funcionamento deficiente da Associação de Patinagem do Porto e indica, como exemplo, o facto de ele ter já de algum modo afectado o Valongo, dado que não se sabe ainda o resultado do jogo Valongo-Pacence, visto que o boletim do árbitro andava desaparecido. (19760617_CP). O comentário do jogo Valongo-Sporting, que o Valongo perdeu por 5-6, é muito fvorável ao Valongo. (19760621_CP). O ano fecha com uma longa e bem feita reportagem de Alfredo Barbosa, do Norte Desportivo, sobre a história e percurso da ADV, ouvindo trestemunhos relevantes, como os de Francisco Pires, antigo guarda-redes e então chefe de secção, e João Brito, actual treinador. Faz referência a alguns dos “esteios” de sempre da Associação, como Delfim Pires e José Viterbo, e fecha com um curiosíssimo quadro, em que apresenta, com destaque, os “doze” (não de Inglaterra, mas do Valongo…) jogadores seniores em exercício, com este comentário, que, como pode ver-se nas notícias da época, impressionava toda a gente:“Todos da terra e criados no clube.” O documento da A. P. P. regista, no ano de 197576, a vitória da ADV na fase de zonas do Campeonato Nacional da 1ª Divisão.

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1977 O ano principia com uma vitória importante dos Juniores sobre o Porto, 4-0 e outra sobre o Académico, 5-0. Depois, empataram com a Sanjoanense, em São João da Madeira, por 3-3. A Sanjoanense liderava a prova e assim o Valongo ficou em 2º lugar, com o mesmo número de pontos, 29. A seguir, empatou e novo com o Póvoa, por 4-4, ganhou ao Fânzeres por 3-1 e perdeu com o Porto por 2-1, para a seguir vencer o Póvoa por 5-0 (falta e comparência). (19770105_CP, 19770119_ CP, 19770416_CP, 19770427_CP, 19770530_CP, 19770619_CP, 19771129_CP) Os Iniciados perderam com o Académico por 0-6 e com o Infante por 7-0. Depois, ganharam ao Fânzeres por 3-1. (19770119_CP, 19770427_CP, 19770530_CP). Na Taça de Portugal, o Valongo ganhou à Sanjoanense por 9-1 e ao Académico por 5-3 e de novo por 2-3. Após protesto do Académico, para repetição do jogo, o Valongo eliminou-o por 7-3. A seguir, perdeu com a Salesiana por 7-3 e ganhou à Salesiana por 8-2. Foram eliminados: Salesiana, G.E.D.E., Sotto Mayor, F. C. do Porto. E apurados para as meias-finais: Valongo, Carvalhos, Sporting e Oeiras. (19770109_CP, 19770123_CP, 19770130_ CP, 19770202_CP, 19770205_CP, 19770206_CP, 19770214_CP). O Sporting ganha a Taça de Portugal e o Valongo, já no Campeonato Nacional, vence o Águias por 13-1. Depois, perde por 3-0 com o Porto, ganha ao Académico por 9-1, perde com a Oliveirense por 10-4, vence o Águias por 3-11 e a Oliveirense por 11-1 e perde com o Porto por 8-1 e com o Benfica por 6-4. A seguir, vence o Carvalhos por 6-2 e o Infante por 5-2 e empata com o Oeiras, em Valongo, por 2-2.


O Sporting ganha o Campeonato e o Valongo fica no 3º lugar da tabela, atrás do Sporting e do Oeiras. (19770313_CP, 19770313_CP, 19770326_ CP, 19770329_CP, 19770402_CP, 19770412_CP, 19770515_CP, 19770526_CP, 19770530_CP, 19770602_CP, 19770609_CP, 19770711_CP). A Direcção do Valongo homenageia os atletas, pela sua participação na Taça dos Clubes Campeões Europeus e pelo 3º lugar no Campeonato Nacional, com um almoço num restaurante da vila. Presentes o Presidente da APP, Rodrigo Leite, o Presidente da Junta de Freguesia, Lino Ferreira, o Presidente da ADV, Carlos Figueira, o capitão da equipa, Manuel Pires, o actual e o ex-treinador, Abílio Moreira e José Viterbo, o membro da Assembleia-Geral da ADV Albino Poças, além de jogadores e convidados. (19770722). Já na 2ª jornada do Torneio de Abertura, o Valongo empatou com o Carvalhos, por 3-3. Mais tarde, ganhou ao Porto po 3-1, ao Candal por 2-4 e ao Académico por 8-1. (19771023_CP, 19771029_CP, 19771108_CP, 19771204_CP). Uma notícia de 28 de Janeiro anuncia o José Viterbo como o novo treinador da ADV. Porém, a notícia da homenagem aos atletas, de 22 de Julho, já o apresenta como ex-treinador, substituído por Abílio Moreira. (19770128_CP, 19770722_CP). Uma das notícias interessantes do ano foi a de que os clubes iriam receber, a título de “fomento das escolas de jogadores”, verbas oriundas das percentagens obtidas com as receitas do jogos da Taça de Portugal. O Valongo recebe 1.770$00. (19770219_CP). O documento da A. P. P. regista, no ano de 1976-77, vitórias da ADV no Torneio de Abertura de Juniores, Série A, e no Torneio de Abertura de Juvenis, Série A.

1978 Jogando os quartos de final da Taça de Portugal, o Valongo foi derrotado pelo Benfica, em Valongo, por 1-3 e depois por 4-2. (19780108_CP, 19780115_ CP) Já no Campeonato Nacional, o Valongo derrotou o Porto por 4-2, empatou com os Rel. Invicta, no campo deles, por 4-4, perdeu com o Espinho por 3-1, ganhou ao Infante por 4-1 e ao Carvalhos por 2-7. Venceu a Oliveirense por 3-0 e perdeu com o Porto por 5-3. A seguir, ganhou ao Candal por 4-7 e ao Espinho por 5-0. Perdeu com o Infante por 6-5 e com a Oliveirense por 4-3. Depois, ganhou à Sanjoanense por 5-4 e empatou com o Parede por 2-2 e a seguir foi por ele derrotado por 1-2. Em sequência, o Valongo perdeu com o Sporting por 1-2 e ganhou ao Carvalhos por 9-5; perdeu com o Benfica por 10-4 e com o Oeiras por 10-4, com o que se concluiu a 1ª volta do Campeonato, com o Valongo colocado na 5ª posição da tabela. (19780218_CP, 19780221_CP, 19780228_ CP, 19780307_CP, 19780311_CP, 19780314_CP, 19780405_CP, 19780411_CP, 19780416_CP, 19780422_CP, 19780430_CP, 19780504_CP, 19780618_ND, 19780624_CP, 19780706_RC, 19780709_RC, 19780710_CP Continuando, na 8ª jornada do Campeonato Nacional, o Valongo perdeu com o Porto por 7-3, ganhou ao Parede por 3-2, perdeu com o Sporting por 1-2, ganhou ao Infante por 6-4, empatou com o Carvalhos, no campo deles, a 5 bolas, perdeu com o Benfica por 2-3. O Sporting ganhou o Campeonato, com uma vitória sobre o Porto, por 5-4, num jogo, dizia o Record, “impróprio para cardíacos”, e o Valongo ficou colocado na 5ª posição, atrás do Sporting, Oeiras, Porto e Benfica e à frente do Parede, do Infante e do Carvalhos.

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(19780720_ND, 19780723_ND, 19780725_RC, 19780727_ND, 19780803_ND, 19780806_CP). Em Outubro, começou o Torneio de Abertura e o Valongo empatou, no pavilhão do Vigorosa, com o Rel. Invicta por 4-4; depois, venceu o Fânzeres por 8-4. (19781017_CP, 19781022_CP). Começou depois a disputa da Taça de Portugal e surgiu a notícia da suspensão do Valongo dessa competição porque alegadamente deveria ter pago uma quantia que decidiu pagar, por conselho da APP, com dinheiro que a Federação lhe devia… Não se sabe qual foi a conclusão do processo, mas sabe-se que o Valongo continuou na prova, porque em Dezembro ganhou ao Fânzeres por 4-2 e de seguida eliminou o Espinho, ganhando por 2-3. O ano terminou com o anúncio do Porto-Oeiras e do Valongo-Belenenses nios oitavos de final. (19781123_CP, 19781210_RC, 19781217_CP, 19781227_CP). Entretanto, tinha começado a disputar-se a Taça dos Campeões Europeus e o Valongo foi derrotado em casa pelo Iserlohn, da Alemanha, por 6-7. Foi um jogo muito renhido e a derrota contrariou as expectativas, que eram de vitória do grupo da casa. Para compensar, foi ganhar à Alemanha por 3-6, assim se mantendo na competição. Correia de Brito entende que o Valongo deu provas de ser superior aos alemães. A equipa foi recebida em Valongo com grande festa (“em apoteose”, diz o Comércio) e houve cortejo automóvel e grande entusiasmo. (19780507_ND, 19780524_CP). Foi promovido pelo clube um Torneio Quadrangular, sendo convidados o Relógios Invicta, o Infante e o Carvalhos, que o Valongo acabou por ganhar. (19780513_CP, 19780518_CP). Ainda na disputa da Taça europeia, competia ao

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Valongo enfrentar o Barcelona, que já havia eliminado o Sporting, e o Valongo pediu para jogar primeiro em casa, mas o primeiro jogo acabou por ser em Barcelona e o clube foi derrotado por 8-0, no dia 10 de Junho. Na 2ª mão, no desafio realizado em Valongo, no dia 24 e Junho, a ADV ganhou por 5-3, o que não foi suficiente para se manter na competição. De qualquer modo, foram duas jornadas de grande importância, que projectaram o clube além-fronteiras e lhe forneceram o ensejo de ganhar consciência do seu valor. (19780611_ ND, 19780625_ND). Dos portugueses, só o Oeiras se manteve na prova. (19780625_ND, 19780626_CP). Vale a pena relembrar um excerto da notícia do Comércio do Porto, de 26 de Junho, sobre as competições europeias, porque ela lança alguma luz sobre uma queixa que a Federação espanhola virá fazer mais tarde, contra o Valongo e o Carvalhos: “Os acontecimentos em Follonica, Voltregá e Barcelona, há cerca de quinze dias, nas duas mais importantes provas europeias; Taça dos Campeões Europeus e Taça das Taças, decorreram sob o signo da dureza, da violência e da complacência dos árbitros que dirigiram esses encontros, nos quais três equipas portuguesas, duas do Porto: Valongo e Carvalhos, e uma de Lisboa: Oeiras, foram as grandes vítimas.” (19780626_CP). Esta anotação tem a ver com uma decisão da Federaçao Espanhola de Patinagem de não voltar a enfrentar clubes portugeuses em jogos intenacionais, enquanto não fosse apresentado um pedido de desculpas pelas agressão ocasionadas nos jogos com o Carvalhos e o Valongo. (9780808_ RC, 19780810_CP).


A situação é denunciada e desmistificada na notícia-comentário, de 9 e Julho, do Norte Desportivo, que coloca os pontos nos is. (19780626_CP, 19780709_ND). E é comentada de maneira cáustica por Livramento e definitivamente esclarecida por José Castel-Branco, então Presidente da Federação Portuguesa de Patinagem. (19780808_RC). Parece que acabou por imperar o bom-senso. (19781217_CP). Quanto aos Juniores, eles começaram por ganhar ao Fânzeres, por 9-1, e depois venceram o Póvoa, por 6-3 e assim asseguraram a sua participação no Campeonato Nacional e Juniores. (19780214_ CP, 19780323_CP). Ainda na fase de apuramento do Nacional, mas sem influência na classificação, os Juniores bateram o Riba d’Ave por 9-1. De seguida, empataram com o Póvoa por 1-1, na Póvoa, venceram o Barcelos por 0-7 e empataram com o Porto, no Porto, por 1-1. Depois, foram derrotados pelo Cascais, por 5-2, e venceram o Porto por 6-2 e o Cascais por 2-1. De seguida, perderam com o Sporting por 1-2. O Sportingo revalidou o título de Campão de Juniores e o Valongo ficou na 3ª posição, atrás do Sporting e do Cascais e à frente do Porto. (19780504_CP, 19780514:ND, 19780603_CP, 19780628_CP, 19780702_ND, 19780711_RC, 19780716_RC, 19780718_RC). Quanto aos Infantis, ganharam ao Póvoa por 3-0, ao Pacense por 11-1 e ao Porto (B) por 1-3. (19781227_CP, 19780228_CP, 19780630_CP). Os Juvenis empataram com o Fânzeres por 3 bolas e venceram o Valadares por 8-9. (19780214_CP, 19780228_CP). Os Iniciados ganharam ao Carvalhos por 6-5 e

venceram o Pacense por 10-2 e o Carvalhos (B) por 1-4. (19780214_CP, 19780228_CP, 19780630_CP). O documento da A. P. P. regista, no ano de 197778, vitórias da ADV no Campeonato Regional de Juniores, Série A, no Torneio de Abertura da 1ª Divisão e no Torneio de Abertura de Juniores.

1979 Nos oitavos de final da Taça de Portugal, foi inesperada a vitória do Belenenses em Valongo, contra a ADV, por 2-4. Depois, em Lisboa, o Valongo empatou com o Belenenses por 3 bolas. (19790107_CP, 19790114_CP). Já no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, Norte, o Valongo perdeu com o Infante por 2-1, ganhou ao Carvalhos por 9-5 e ao Espinho por 1-7, perdeu com a Oliveirense por 6-4, venceu o Fânzeres por 8-1, perdeu com o Riba d’Ave por 2-1, ganhou ao Espinho por 3-2 e perdeu com o Carvalhos, num jogo de repetição, por 8-3. De seguida, ganhou ao Rel. Invicta por 2-5, empatou com o Porto por 4 golos, venceu o Fânzeres por 1-6, o Riba d’Ave por 8-1 e a Acad. Coimbra por 3-6, deste modo se apurando para a final. (19790220_CP, 19790224:CP, 19790303_CP, 19790310_CP, 19790317_CP, 19790320_CP, 19790403_CP, 19790408_CP, 19790410_CP, 19790421_CP, 19790424_CP, 19790428_CP, 19790501_CP). Terminada a fase preliminar, iniciou-se o Campeonato Nacional com as oito equipas apuradas: Sesimbra, Oeiras, Benfica, Sporting, Infante, Valongo, Porto e Oliveirense. Em 20 e Maio, o Valongo perdeu com o Infante por 7-4 e depois com o Sporting por 0-4. De seguida, venceu o Sesimbra por 3-2, perdeu com

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a Oliveirense por 3-2, empatou com o Porto por 3-3, perdeu com o Benfica por 3-0, empatou com o Oeiras, em Oeiras, por 3 bolas, empatou com o Infante, em Valongo, por 0-0, perdeu com o Sesimbra por 5-1 e com o Sporting por 9-3, ganhou à Oliveirense por 12-6, perdeu com o Porto por 9-1 e com o Benfica por 1-5, venceu o Oeiras por 5-1. (19790520_CP, 19790521_CP, 19790523_ CP, 19790621_CP, 19790607_CP, 19790610_CP, 19790612_CP, 19790621_CP, 19790626_CP, 19790705_CP, 19790719_CP, 19790710_CP, 19790723_CP).

Começou o Campeonato Regional de Juniores e o Valongo perdeu com o Porto por 6-0, ganhou ao Paço de Rei por 4-0 e à Sanjoanense por 1-2, perdeu com o Infante por 6-1. (19791104_CP, 19791112_CP, 19791210_CP, 19791225_CP).

O Benfica ganhou o Campeonato e o Valongo ficou colocado em 7º lugar, na tabela de um grupo de oito clubes.

Os Juvenis venceram o Rio Tinto por 3-1 e o Porto por 5-4. (19790219_CP, 19790318_CP).

Em Outubro, iniciou-se o Torneio de Abertura da APP e, em 23, o Valongo venceu o Espinho por 7-1, depois perdeu com a Sanjoanense por 2-0, no que foi assinalado como “a primeira derrota do Valongo”. A seguir, o Valongo perdeu com o Porto por 5-0, ganhou ao Rel. Invicta por 3-4, empatou com o Carvalhos por 4-4, venceu o Infante por 4-6 e o Porto por 2-0, ganhou à Académica de Coimbra por 5-6 e, passados 7 dias, por 12-1; depois, perdeu com a Oliveirense por 9-3. (19791024_ CP, 19791107_CP, 19791114_CP, 19791118_CP, 19791121_CP, 19791127_CP, 19791212_CP, 19791216_CP, 19791223_CP, 19791230_CP). Os Juniores empataram com o Infante por 1-1, venceram o Paço de Rei por 4-0, perderam cm o Carvalhos por 3-1 e a seguir ganharam-lhe por 2-1; perderam com o Infante por 0-5, ganharam à Oliveirense por 3-0 e foram derrotados pelo Seia por 2-4. (19790214_CO, 19790219_CP, 19790311_CP, 19790318_CP, 19790404_CP, 19790404_CP).

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19790309_CP, 19790325_CP,

Os Iniciados perderam com o Porto por 0-5 e por 0-3, depois ganharam ao Académico por 0-3. (19790129_CP, 19790326_CP, 19790402_CP). No Campeonato Regional de Iniciados, o Valongo perdeu com o Porto por 2-0 e com o Carvalhos por 5-2. (19791126_CP).

No início do Campeonato Regional de Juvenis, o Valongo venceu o Infante por 0-5 e o Paço de Rei por 4-0. (19791104_CP, 19791112_CP). Os Infantis ganharam ao Porto por 2-1, empataram com a Oliveirense a zero e ganharam ao Poto (A) por 5-2. Depois, perderam com o Infante por 9-0 (19790129_CP, 19790129_CP, 19790402_ CP, 19790612_CP). No Campeonato Regional, os Infantis perderam com o Porto por 7-1 e com o Carvalhos por 7-3; ganharam ao Massarelos por 0-4 (19791112_CP, 19791126_CP, 19791210_CP). Houve, neste ano, uma notícia muito relevante: um grupo de adeptos da ADV angariou os fundos necessários para aquisição de uma carrinha de transporte de passageiros que ofereceu ao clube para conduzir os jogadores e seus assistentes a todos os desafios. Foi uma prova de grande dedicação e de amor pelo clube.. (19790723_CP). O documento da A. P. P. intitulado “Vencedores de Provas de Hóquei em Patins”, 1963-2019, refere o ano e 1978-79 como sem vitórias da ADV.


1980 Na continuação da Taça de Portugal, o Valongo empatou com a Oliveirense por 5-5. O Benfica ganhou a Taça, com Ramalhete em grande destaque. (19800106_ND).

completo das festas está no capítulo sobre as Bodas de Prata. (19800224_ND, 19800309_ND, 19800328_CD).

Iniciou-se o Campeonato Nacional da 1ª Divisão e o Porto venceu o Valongo por 4-1; depois, o Valongo empatou com o Rel. Invicta, por 2-2, ganhou ao Carvalhos por 5-4, empatou com o Infante, por 4-4, e com o Juventude de Viana por 0-0. O Valongo ficou em 4º lugar, atrás do Porto, da Oliveirense e da Sanjoanense, o que lhe deu apuramento para a final. (19800203_ND, 19800316_ ND, 19800320_ND, 19800501_ND). Na final, o Valongo perdeu com o Belenenses, por 4-2, e com o Sporting por 10-2; ganhou à Oliveirense por 4-3, empatou com o Belenenses, por 4-4. Ocupava, neste momento o 4º posto na tabela. (19800601_ND, 19800615_ND, 19800626_ND, 19800629_ND). As informações sobre o final do Campeonato (que terminou em 1981, já fora do âmbito deste livro) dizem-nos que o Benfica foi o vencedor (sendo o seu 15º título), o Sportingo ficou em 2º lugar e a ADV foi o terceiro classificado, o que deve considerar-se uma conquista magnífica. Notícia dos primeiros dias de Janeiro: o Dr. Correia de Brito foi nomeado seleccionador nacional dos Seniores. (9800110_ND). Em Fevereiro, a ADV anuncia que irá comemorar em Março o 25º aniversário da sua fundação, ou seja, as suas Bodas de Prata! Prevê a realização de um “ torneio quadrangular”, para o qual convidou o Porto, o Infante e a Oliveirense, e que o Porto ganhou, vencendo o Valongo por 3-0. O programa

A Câmara descerra está lápide de lousa no Pavilhão em 28 de Fevereiro de 1997, que depois alguém retirou.

O Correio do Douro noticia que Valongo tem cinco lugares nos novos corpos gerentes da APP, ocupados por pessoas da ADV, que são: José Alves da Costa, Alcides Leal Machado, José Maria Barros Claro, José Viterbo e o Dr. António Aurélio Babo de Magalhães. (19800512_CD). Incluí dois textos que, parecendo não ter muito a ver com a história do clube, no entanto tiveram, a meu ver, profundas implicações com o seu quotidiano. O primeiro é um artigo de um jornalista do Norte Desportivo, A. T. (António Teixeira?) que transcreve uma parte substancial de um artigo escrito por Francisco Velasco e publicado num jornal de Moçambique, tratando de uma análise do jogo, tal como está sendo praticado em Moçambique e também em Portugal. A importância que dou a este artigo de Velasco é, para lá da discussão sobre a antinomia que ele estabelece entre o hóquei

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Outro aspecto das comemorações dos 25 anos. Uma homenagem a José Camilo e Américo Moreira.

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individualista e o hóquei ‘táctico’ que terá sempre de ser colectivo (segundo Velasco) em especial este facto: ele pára para pensar algo com que tem vivido e que lhe interessa e continua a dizer-lhe muito. Para além das ideias de Velasco sobre o hóquei, com que se pode concordar ou discordar, mas que são sempre pensadas com conhecimento, com lógica, com bom senso e bem argumentadas, o que nele sempre me impressionou foi a sua necessidade e capacidade de pensar sobre o hóquei e de escrever sobre ele. Essa é uma atitude que considero altamente positiva e que não teve, entre nós, seguidores. O seu blogue “Carrossel” devia ser de leitura obrigatória para quem gosta deste desporto. (19800313_ND).

O texto tem a data de 26.08.1980 e convoca a reunião para 5 de Setembro. O seu conteúdo trata de um dos assuntos que, nesses anos 60-70-80, mais desgastou e irritou dirigentes de pequenos ou modestos clubes e praticantes “bairristas”, que começaram a ver os seus melhores atletas, sobretudo aqueles que esses clubes tinham levado anos a formar, a serem sugados pelo Porto, ainda por cima de modo dificilmente contrariável. Isto é, o Porto aliciava os atletas com dinheiro e empregos e os clubes sugados, se tinham mesmo apreço por aqueles jogadores que lhes tinham dado o seu melhor, mas que ansiavam por uma melhoria de vida, não só aceitavam como até chegavam a incitá-los a aceitarem as propostas do aliciador.

O outro texto que resolvi incluir no “Resumo dos Jogos” é uma convocatória de reunião com uma rubrica ilegível para quem não conheça o autor (que é, por isso, como não assinada), aparentemente oriunda de um grupo sediado ou pelo menos com maioritário acesso ao Pavilhão da Académica de Espinho.

Os clubes que a convocatória enuncia – Espinho, Carvalhos, Valongo, Infante – eram os que mais sentiam o problema, porque tinham escolas de jogadores, trabalhavam imenso para terem boas reservas para futuro e, de um dia para o outro, viam-se despojados desse capital precioso e essencial.


O problema mantém-se, mas agora mais atenuado, visto que o Valongo, por um lado, abandonou o puro amadorismo e a manutenção do clube apenas com jogadores da terra, que eram as suas duas regras de ouro, desde o seu início; por outro lado, a situação evoluiu para um sistema idêntico ao clássico do futebol, com trocas e compras de jogadores e de técnicos de todos com todos e para todos (sendo que a vantagem continua do lado dos que têm mais dinheiro). Parece uma situação de momento inelutável, mas é, obviamente, um mau caminho. Tende a transformar algo que é do domínio técnico, da racionalidade pura aplicada ao desporto e, sobretudo, da afectividade (é isso que os adeptos dão aos jogadores e aos dirigentes nos pavilhões e nas ruas) num ‘negócio’ muitas vezes só materialista, noutras vezes arriscadamente sórdido. Essa é, porém, uma discussão que não posso fazer aqui. (19800826). Em Abril, O Norte Desportivo publicou uma notícia que logo pelo título - ”Hóquei em Patins Turbulento Em Espanha” – se percebia que era uma ’resposta’ às notícias, já referidas noutro local, relativas às queixas dos espanhóis sobre a violência que teriam sofrido em jogos com equipas portuguesas em Portugal, nomeadamente, o Carvalhos e o Valongo. O que a notícia documenta é que, lá como cá, infelizmente se assiste, mais vezes do que gostaríamos, a “guerras civis” ou violência imbecil. (19800413_ND). A notícia do Correio do Douro, de 15 de Outubro, é, que eu saiba, a primeira a abordar a questão nova, que incomodava alguns adeptos, do pagamento aos jogadores e mesmo a contratação de um elemento, aliás, credenciado, do Porto, o Chalupa,

que era o segundo jogador exterior ao clube a nele ter lugar, na sequência de Joel, também do Porto, contratado na época anterior (19801015_CD).

Considerações Finais 46. Escrever um livro, seja ele qual for, é somar uma enorme quantidade de momentos de investigação, de análise, de escrita efectiva e também de paragem, para descanso e para reflexão. Numa destas paragens que fiz, depois de revisitar pela enésima vez o Resumo dos Jogos, (com as suas 346 páginas, 17.700 linhas, 150.513 palavras e os seus 8.269 parágrafos, que devem corresponder, ‘grosso modo’, a cerca de 8.000 notícias de jogos inventariadas), a introduzir novas notícias e a corrigir muitas das já inseridas, dei comigo a rever o decurso destes 27 anos percorridos, com os jogos copiosamente relatados e a revelação de alguns episódios saborosos. E comecei por aqueles anos e desafios que eu próprio vivi e joguei, desde 1956 até 1959, com os companheiros que cá continuam, o Armindo, o Francisco Bártolo, o Carlos Camões, o Álvaro, o Zé Eduardo, o Quim Santos, o António Campos, o Américo e o Nora, e aqueles que já partiram: o João Lino, o Eduardo, o João Cruz, o Eugénio, o Navio, o Chico Pires, o Noé Alves, o Rogério Alves, o Francisco Barros, o Quim Fontes. A aventura verdadeira que era ir jogar à Separadora e depois o deslumbramento de ter um rinque ‘só nosso’ e, ainda por cima, no meu caso, mesmo ao pé da porta!… E então, como numa espécie de ‘sonho acordado’, dei comigo a ‘ver’ todos aqueles jogos que nunca vi, que só conheço pelas notícias que deles consultei

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ou pelas narrativas que os amigos me fizeram, e surpreendi-me a apreciar a desenvoltura, o estilo, o virtuosismo de jogadores que conheci, mas lamentavelmente nunca vi actuar, porque vieram depois de mim e eu já cá não estava, a começar pelo Américo e pelo Nora, com quem ainda joguei, em jogos de treino ou de ruas, mas eles eram nessa altura apenas miúdos, a aprender a jogar, não tinham atingido o nível de excelência a que chegaram depois; mas não só eles, eu ‘vi, claramente visto’, o desempenho de jovens como o João Queirós, o Vítor Francisco, o Vítor Bruno, o Zé Alves, o Manuel Pires, o Domingos Cruz, o Leal, o Zé Augusto, toda essa gente dos anos 60, 70 e 80, que encheu o clube de vida, rumor e glória. Foi uma sensação estranha e ao mesmo tempo muito estimulante, porque me deixou perceber que fazer história talvez seja afinal isso mesmo, quer dizer, sentir na pele, por um entranhamento realizado através do conhecimento e do acreditar, tudo o que não vivemos, mas sabemos que existiu de certo modo, num certo tempo, com certas pessoas e que é o passado presente no presente em que estamos. Ao fazer, o mais exaustivamente que pude, a recolha das notícias dos jogos realizados durante estes anos, eu não pretendi senão tornar actual a ideia de que cada jogo, com tudo o que implica – os treinos e os treinadores, os dirigentes, os sócios e as quotas, os adeptos que apoiam, o material utilizado, as despesas com ele, com os jogadores e com as deslocações, etc. – é um pedaço de vida do clube, de modo que recuperar a sua memória é, de algum modo, reconstituir, não deixar perder aquilo que nele houve de mais dinâmico e de mais vital. Os protagonistas podem já não estar cá, mas ainda estão lá, na memória do jogo que fizemos reviver. E são eles que em todos os momentos contam.

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A ideia das biografias deriva da assunção dos jogos como pedaço de vida do clube: a história de vida vem actualizar e completar a ‘presença’ real daquele protagonismo, fornecendo-lhe contornos e um rosto. (Por aqui se percebe como o número escasso de biografias – não chegam a 50 – me entristece). Chegado ao final desta caminhada pelos 27 anos de história do hóquei em Valongo e da sua inerente e acarinhada Associação Desportiva, pergunto a mim próprio o que mais me impressionou, para além da caterva de factos inventariados e de tantas ideias e opiniões recolhidas. Creio que posso falar de duas ou três ideias, bastante gerais, que se foram sedimentando na minha cabeça à medida que fui avançando. Julgo que a primeira impressão, não muito favorável, teve a ver com a imprensa que consultei e que são todos os jornais e revistas citados no “Resumo do Jogos” (Cap. V). À medida que ia lendo e transcrevendo notícias, comentários, entrevistas, opiniões, fui-me apercebendo de que, em matéria de notícias de desportos, os jornais ditos desportivos são em geral mais completos e mais fiáveis do que a imprensa diária generalista, que falha muitas notícias (chega a anunciar o jogo X para o dia Y, depois, vamos ver esse dia e não há relato nenhum). De qualquer modo, todos eles falham notícias sobre jogos realizados. E todos eles prestam mais atenção aos seniores do que aos mais jovens, Infantis, Juvenis, Iniciados, Juniores. Nos jornais do Norte que fotografei (estamos a falar dos anos 60-70-80 do século passado) há uma tendência para defender e enaltecer os clubes maiores ou mais credenciados, com muito especial relevo para o F. C. do Porto, o que não raras vezes redundou num mais descarado ou mais


subtil apoucamento dos clubes mais pequenos ou ainda sem passado, como a ADV. Não sou contra, obviamente, o clubismo de cada um, jornalista ou não, mas acho que não podem deixar que ele interfira na objectividade a que estão obrigados no momento em que noticiam. Em contrapartida, houve jornais e jornalistas mais atentos e mais conhecedores do fenómeno hóquei em patins que cedo se aperceberam do valor não só de jogadores do Valongo, mas sobretudo daquilo que vinha sendo o papel do clube na defesa da modalidade e de uma certa ideia de desporto, com a criação de escolas de jogadores e a manutenção de equipas jovens, tudo conseguido com escassíssimos recursos. Destaco o Comércio do Porto e o jornalista Manuel Correia de Brito que, em vários momentos, apoiaram as actuações das equipas e não deixaram de enaltecer o papel positivo da Associação. Nas várias “Notas” que entendi apor a algumas das notícias ou comentários tentei dar a minha opinião, crítica, laudatória ou neutral, mas sempre com a ideia de nunca aceitarmos passivamente as informações que quem quer que seja nos fornece. Quando olho para trás, nestes anos que levei a investigar e escrever, a segunda impressão mais forte, ainda ligada à imprensa, mas não exclusiva dela, é a clara desatenção, o descaso, mesmo o desprezo dos media em geral em relação ao hóquei em patins. Quando há campeonatos da Europa ou do Mundo, o hóquei salta para as primeiras páginas dos jornais e dos telejornais e enche por vezes mais do que uma das páginas interiores deles (mesmo assim, sempre muito atrás do futebol, que as mobiliza quase todas). Acabados os campeonatos, volta-se ao ramerrão das notícias escassas ou nulas. Continuo a falar dos anos 60-70-80 do século 20. (Nos últimos anos, julgo que a partir de

2021, a TVI começou a transmitir jogos de hóquei num dia certo da semana, o que constitui uma inovação louvável e tanto mais notável quanto parece ser única, relativamente aos demais canais televisivos). Este relativo desinteresse não se fica pelos media, atinge mesmo alguns autores que se ocupam do fenómeno desportivo, como acontece com a obra colectiva “Uma História Do Desporto em Portugal”, cuja escandalosa omissão denuncio na nota que coloquei no final da Bibliografia. O que verdadeiramente me choca nesta falta da devida atenção ao hóquei em patins é a contradição, que a ninguém parece incomodar, entre o que tem sido a sua importância nacional e internacional e o relevo que lhe é concedido na comunicação social em relação a outras modalidades que têm pouca ou muito menos importância do que ele. Mesmo em confronto com o futebol (que suscita, como é sabido, a reverência dos media e de um vasto público) o hóquei em patins apresenta dezenas de campeonatos internacionais ganhos pelas equipas nacionais, contra um (um!!) campeonato obtido pela modalidade futebolística! Há quem pense que o facto de o hóquei em patins não ser uma modalidade olímpica o prejudica na atenção social. Porém, segundo esse argumento, o futebol devia ter pouca ou nenhuma e, no entanto, tem-na toda. Confesso a minha incapacidade para entender este fenómeno. Podem apresentar-se todas as razões conhecidas para o encantamento provocado pelo futebol, mas continuo a pensar que este descaso quanto ao hóquei em patins – para além de injusto, de desequilibrado e de propiciador de menores audiências dos media que o ignoram – é sobretudo uma

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manifestação de falta de inteligência. O terceiro aspecto que mais me impressionou ao cabo desta inquirição foi a própria Associação Desportiva de Valongo. Não posso nem quero deixar de citar aquilo que me pareceu negativo e que foi especialmente um certo ‘desleixo burocrático’, chamemos-lhe assim, que se traduziu na perda e desaparecimento da documentação do clube, desde a sua fundação até 1963 e depois aquela posterior a 1982. Note-se que não estou a culpar nenhuma pessoa ou corpo gerente, até por este motivo elementar: não possuo nem descobri qualquer indício explicativo do extravio, a não ser o tal incêndio nos anos iniciais, na sede, seguido de inundação da água dos bombeiros, que referi, que podem explicar o desaparecimento dos primeiros documentos. Mas nem quanto a esses se tem a certeza, porque não ficou exarado em nenhum registo que assim tenha sido e as pessoas que o testemunham também não têm qualquer segurança: é apenas uma suposição. No entanto, o incêndio dos primeiros tempos não explica o desaparecimento da documentação posterior a 1982. Há coisas que aprendemos, porque fazem parte da sabedoria das nações: que os clubes pequenos, com sede precária (como tem sido até agora a sede da ADV) e com a pressão de terem de cuidar do dia a dia difícil, por falta de apoios e de meios, tendem a preocupar-se preferentemente com esse imediato e a descurar o passado e aquilo que o representa, nomeadamente os papéis velhos…. Por outro lado, como sublinhei logo ao princípio, há uma espécie de tradição em considerar que “os papéis velhos são para o lixo”, o que leva a que sejam mesmo destruídos ou pelos menos descurada a sua conservação.

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Há uma aprendizagem que demora o seu tempo, mas que cada vez mais se revela essencial para a boa compreensão do mundo: o futuro não existe, só ganha autonomia quando se torna presente; e o presente é fugaz, em cada dia, em cada hora, em cada minuto ou segundo desaparece e torna-se passado. De modo que aquilo que mais temos é passado. Desconhecê-lo é ignorar a nossa vida inteira. Descurá-lo é desprezar ou desperdiçar aquilo que fomos e somos, é não perceber ou não dominar as amarras que nos ligam aos outros, ao resto da vida. Quem poderá acreditar que um tal afastamento transporta qualidades positivas? Porém, há uma outra ADV que conhecemos como aquela que, desde o seu início, nos ensinou a crer que, com trabalho persistente, com dedicação, acreditando que se é capaz e se conseguirá resultados (a que alguns chamam fé) é possível levar a bom porto um qualquer projecto. Foi essa ADV que esteve 4 épocas na 2ª Divisão e conseguiu passar para a 1ª; que ganhou jogos e taças e torneios e campeonatos e gerou jogadores de nível nacional e internacional, apenas com o apoio dos sócios e pouco mais, sendo que este pouco mais era tudo o que havia: alguns subsídios camarários e o pagamento de custas e despesas com dinheiro do bolso dos próprios (alguns) dirigentes. É essa Associação que me interessa, que sempre suscitou a minha curiosidade e a minha admiração. É uma agremiação em que havia ainda uma certa ideia de desporto como actividade por definição amadora, cujo único pagamento era simbolicamente personificado no “prego e fino” ao fim de cada jogo. Esta “regra de ouro” estava apoiada e secundada por uma outra: só podiam ser jogadores rapazes (ou raparigas, nunca foram excluídas; simplesmente o clube não se organizou para elas) oriundos da terra, do concelho.


A primeira regra foi alargada pelo presidente Joaquim Paupério, que, sendo ela aplicada apenas aos seniores, a tornou extensiva a todos os jogadores em competição, e mais flexível, através de uma senha trocável em qualquer café local. O que é importante sublinhar é que estas duas regras de ouro definiam, na boca dos dirigentes e até dos jogadores, o verdadeiro espírito, a “alma” do clube. Por várias vezes, as notícias deram conta desta ideologia. Sabemos que este clube acabou em 1979 ou 1980, quando se admitiram jogadores de fora do concelho e se começou a pagar aos praticantes. O clube que resultou é melhor ou pior do que o anterior? Creio que a questão não deve ser colocada dessa maneira, que nos arrasta quase sempre para uma discussão de cariz fundamentalista, sem fim à vista. O que interessa é olhar para a realidade e o que vemos é uma associação que continua a ter vitórias impressionantes e que, em 2014, cometeu o “feito”, para muitos impossível de prever, de ganhar um Campeonato Nacional!

por vaidade (que é legítima, em limites definidos) sem o engodo dos prémios ou das vitórias em campeonatos? (e sem o dissolvente atractivo dos “cachets” ricos ou milionários…) Espero, muito sincera e ansiosamente, que o autor do próximo volume sobre os seguintes 43 anos da ADV responda a estas perguntas. Até lá, só posso desejar as maiores alegrias e os maiores triunfos à Associação Desportiva de Valongo, que é, afinal, um pouco filha de todos nós, aqueles que, de algum modo, ajudámos a criá-la e continuamos assistindo para que se mantenha.

Por conseguinte, o facto de ter abandonado duas regras de ouro neste seu percurso depois de 1980 (que o livro já não cobre) não se pode dizer que tenha piorado o rendimento do clube: ele continua a obter vitórias notáveis. Porém, poderá verdadeiramente afirmar-se que nada se perdeu desde então em clubismo, em espírito de grupo, em ligação do clube à terra natal? (não esqueço que a Associação se diz “de Valongo”, não de “Portugal, Mundo, Universo”, como se anunciava, num dos seus poemas, o Fernando Pessoa…) Que não se terá desvanecido o que era porventura o aspecto mais entusiasmante do desporto e do jogo: o puro gozo de jogar, de mostrar habilidades e capacidades técnicas superiores às de outros, mas por simples realização pessoal ou de grupo, mesmo

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As Biografias

39. Como expliquei no início, era minha intenção apresentar um leque alargado de biografias ou mesmo minibiografias, de todos os atletas e dirigentes, assim como do pessoal de apoio, desde a fundação do clube. Pelas circunstâncias que também expliquei, isso não foi possível e é porventura o que mais lamento. Porque, para mim, as biografias não são apenas aquele retrato formal, às vezes estereotipado, que tantas vezes vemos difundido na comunicação social. São sobretudo uma fonte de informação e de manutenção da memória, além de modo de relacionamento, através dos nomes de família, num meio ainda não muito grande, como é Valongo.

as outras que me foram entregues, quer pelo seu autor, quer por um terceiro que as escreveu, eu mantive-as tal qual me chegaram, por uma questão de respeito pelas pessoas que as fizeram, pelo que são da responsabilidade de quem as subescreveu. Só poderei, nestes casos, ser responsabilizado por alguma gralha, na passagem de várias delas, manuscritas, para o texto escrito, que tive de fazer. Não posso deixar de fazer menção ao enorme apoio do Américo Moreira na busca e redacção de várias das biografias que, sem ele, teriam ficado no tinteiro…

Quero deixar aqui expresso que muito me custa não publicar as biografias de tantos colaboradores do clube – dirigentes, atletas, treinadores e amigos – que a ele deram a sua fé e o seu melhor esforço. Em muitos casos, por absoluta ausência de dados utilizáveis; noutras situações, por estranhável falta de colaboração dos próprios ou das famílias e amigos. Por razões que agora me abstenho de explicar, porque creio que ficaram patentes ao longo do livro, apresento em primeiro lugar a biografia do Dr. João Lino Vale. As restantes biografias são apresentadas por ordem alfabética do primeiro nome. É importante ter presente que algumas das biografias foram escritas por mim, com os elementos que me foram fornecidos ou eu consegui descobrir. Essas são da minha responsabilidade. Todas

João Lino Azevedo Alves do Vale O João Lino Vale nasceu no dia 25 de Maio de 1937 e faleceu em 14 de Março de 2006.

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Conhecemo-nos na escola primária, ao cimo da Avenida Cinco de Outubro, na terceira ou quarta classe, em que oficiava o querido professor Isidro Matos, que depois se licenciou em Direito, em Coimbra, e de quem ficamos amigos para a vida. O João Lino já então era o bom aluno que sempre foi. Ele, o Mário Neves e eu, por decisão do professor Isidro, que considerou que éramos os mais avançados e já não precisávamos, pelo menos tanto, desse desempenho, ditávamos rotativamente o texto dos exercícios diários de escrita aos restantes colegas (era o ditado), o que preenchia toda ou quase toda a manhã, enquanto o professor Isidro Matos vigiava e estudava as suas sebentas de Coimbra. Quando fizemos a 4.ª classe, o João Lino foi continuar os estudos no Colégio de Ermesinde e eu, por razões dos meus pais, só fui um ano depois, o que significou dois anos, porque ainda tive de fazer a admissão ao liceu, que era, na altura, obrigatória. Isto é para dizer que convivemos durante 5 anos no colégio e, quando o João Lino saiu, rumo ao Liceu Alexandre Herculano, no Porto, para fazer os 6º e 7º anos liceais, eu ainda continuei durante dois anos no colégio. Ele acabou o liceu e ingressou na Faculdade de Medicina. Eu acabei o liceu e ingressei na Faculdade de Direito de Lisboa, o que significa que esse foi um período de relativo afastamento entre nós. Quando vinha a Valongo, eu visitava-o. Ainda me lembro de uma ou duas vezes que nos encontrámos no café que havia na Rua da Fábrica, no Porto, quase ao cimo, do lado esquerdo quando se subia, e que era o sítio onde ele habitualmente estudava. Depois de licenciados e de casados, continuámos a dar-nos regularmente. Sempre que vinha a

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Valongo, visitava-o em sua casa, quando ele desistiu definitivamente do convívio de tertúlia, que durante bastante tempo mantivemos no Café Vale, e resolveu passar os seus serões em casa, fazendo aquilo de que mais gostava: ler, conversar, carpinteirar ou marceneirar e arranjar os seus carros antigos. Um dos períodos mais fecundos do nosso convívio foi esse dos anos 50 do século passado, quando “conspirámos” para a criação do clube de hóquei em patins. A partir dos anos 60, eu deixei de estar regularmente em Valongo, mas fui sempre sabendo dele e das suas actividades, por ele próprio e pelos amigos comuns. Soube aquilo que já contei no texto. Ele foi, não apenas a alma inspiradora de todo o projecto do clube de hóquei em patins, como igualmente o fazedor dele em inúmeros aspectos. Fez o móvel que separava os balneários do visitante e do visitado, na casa do Sr. Joaquim Cruz. Fez a mesa de ping-pong que havia na sede da Rua do Padrão. Fez os Estatutos e discutiu-os e reformulou-os. Fez as propostas de admissão de sócio e as fichas de sócios, isto é, não só organizou o modelo, como depois as preencheu religiosamente durante tempos infindáveis. Escreveu os primeiros livros de listas de sócios e de pagamento de quotas. Como dirigente do clube, interveio activamente, durante anos, antes e depois da tropa no Ultramar, nas decisões relevantes das várias direcções a que pertenceu e apoiou de vários modos as deliberações e o corpo dirigente da Assembleia-Geral da Associação. Apoiou e deu ânimo tantas vezes aos colaboradores mais dedicados do clube, que lhe reconheciam autoridade moral e competência institucional. O que considero absolutamente notável é ele ter conseguido estar presente e dar o seu apoio


durante todo o tempo que medeia entre os anos 50, de criação do clube, e os anos 90 ou 2000, em que já tinha uma vida familiar e profissional muito preenchida e em que, não obstante, se manteve interessado pelas actividades da Associação. Tudo isto e muito mais, que todos aqueles que com ele conviveram poderiam testemunhar, foi reconhecido em 1964, quando ele ainda se encontrava em Angola, prestando o seu serviço militar. A Direcção da altura, presidida pelo Sr. José Alves da Costa, levou à Assembleia-Geral ordinária desse ano uma proposta que diz bem da consideração e estima em que todos o tinham. A proposta dizia: “A Direcção da Associação Desportiva de Valongo, deliberando ao abrigo do preceituado no artigo 4º, parágrafo 2º dos seus Estatutos, em sua reunião de 21 de Janeiro de mil novecentos e sessenta e quatro, decidiu submeter à apreciação da Assembleia-Geral Ordinária a realizar em 26 de Janeiro do mesmo ano a seguinte proposta: (…) Atendendo à sua qualidade de sócio fundador do clube; aos serviços prestados como atleta e director; à sua devotada e inultrapassável dedicação ao clube, em todos os tempos, em todas as circunstâncias, em todos os lugares, que o personificam como elemento número um de todos os sócios, propõe a Direcção que o Ex.mo Sr. Dr. João Lino Azevedo Alves do Vale seja eleito sócio honorário do clube.” (Acta da Assembleia-Geral de 26.01.1964) O Presidente da Direcção propôs também que a proposta fosse votada por aclamação (um costume da época). Então, continua a acta, “Posta à votação, a digníssima Assembleia aprovou com entusiástica aclamação”.

É ainda ele que, em 1980, por altura da celebração dos 25 anos de vida oficial do clube, faz o discurso da história-resumo da ADV, na sessão solene do dia 9 de Março, em que evoca, com emoção e saudade, tantos acontecimentos importantes da vida associativa, em todos aqueles anos passados, e profere a frase que se tornou célebre e repetida: “Eu tenho oito filhos: os sete mais novos deu-mos a minha mulher e, graças a Deus, são todos perfeitinhos. Mas o mais velho, esse, pari-o eu. Sou eu a mãe. O seu nome é A. D. V.: cresceu, tornou-se adulto, não precisa da mãe para nada.” Foi uma grande, uma enorme pena que ele tenha partido tão cedo.

Álvaro de Sousa Reis Figueira Nasceu na Rua do Padrão, em Valongo, em Janeiro de 1940.

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Filho de Eduardo Joaquim Reis Figueira e de Maria Elisa de Almeida e Sousa Figueira, naturais respectivamente de Valongo e do Porto. Pertenceu à primeira geração de “patinadores” da ADV, que iniciou esta actividade desportiva nas instalações da chamada “Separadora”, em S. Martinho de Campo, empresa que, tendo sem actividade um pavimento em cimento, generosamente o facultou, para o exercício da patinagem e a prática dos primeiros rudimentos de hóquei em patins. Ali começou a crescer a ideia de criar uma associação de hóquei em patins em Valongo. Ideia que depois se foi desenvolvendo e culminou com a criação da própria Associação Desportiva de Valongo e a construção pela Câmara Municipal de Valongo do rinque de patinagem na Praça Machado dos Santos (onde generosa foi então a colaboração do Sr. Joaquim Gonçalves da Cruz, que facultou uma divisão da sua casa, próxima do rinque, para servir de balneário aos “atletas”, suportando os custos com a água). Jogou na equipa de hóquei em patins da ADV, nos primeiros anos (talvez 1956/57/58), como júnior, e um curto período de tempo (em 1959), já como sénior, até que em Setembro deste último ano abandonou definitivamente a prática da modalidade, altura em que foi para Coimbra frequentar a Faculdade de Direito. Ao que consta, herdeiro dos seus patins foi, com muita alegria do próprio, o José Augusto. Neste momento, é o sócio nº 3 da AD de Valongo e tem as quotas em dia. É Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, Jubilado.

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Américo Carneiro Moreira Américo Carneiro Moreira nasceu no centro da cidade de Valongo, no dia 20 de março de 1945, onde trabalhou e fez escola. Profissão - Desenhador Técnico de Construção Civil Com dez anos de idade, despertou a sua atenção para a modalidade do hóquei em patins, deslocando-se a pé para a freguesia de Campo para poder assistir aos treinos que aí se realizavam pelos jovens que mais tarde iriam formar a Associação Desportiva de Valongo, nomeadamente, no Pavilhão Fabril e Industrial aí existente. A partir de 1955/56 e após construção do rinque público municipal, no centro da vila de Valongo (hoje cidade) iniciou a prática da patinagem em conjunto com inúmeras crianças, firmando-se a partir daqui o gosto pela modalidade, hóquei em patins.


Em 1960, faz parte da primeira equipa de juniores do clube ADV participando em vários torneios não oficiais, os chamados campeonatos inter-ruas.

Ao serviço do clube AD Valongo

Dois anos mais tarde, em 1962, faz parte da equipa de juniores representativa da AD Valongo, do 1º Campeonato Oficial de Juniores, organizado pela Associação de Patinagem do Porto, com a classificação de vice- campeão.

1967 – Torneio Início APP/Taça Joaquim Ferreira (1º classificado)

Em 1963, foi convidado pelo Futebol Clube do Porto para fazer parte da equipa de juniores desse Clube, uma vez que a AD Valongo não filiou a sua equipa por falta de verbas, tendo sido campeão regional, sem derrotas, ao serviço do FCP.

1977 – Presença na Taça Clube Campeões Europeus, onde atingiu a meia final (Valongo/Barcelona)

Em 1964 embora ainda pudesse alinhar na categoria de juniores, passou à categoria de seniores na equipa da AD Valongo, através de uma autorização especial concedida pela Federação Portuguesa de Patinagem, representando o clube AD Valongo até ao terminus da sua carreira. O seu curriculum desportivo conta 25 internacionalizações além de inúmeros campeonatos nacionais, regionais e torneios ibéricos. Ao serviço da Seleção Nacional 1964 – Campeonato Europeu de Juniores, Salamanca/Espanha (vice-campeão) 1965 – Torneio Internacional de Juniores, Madrid (2º classificado) 1970 – Taça das Nações em Montreux, Suíça (campeão) 1970 – Campeonato do Mundo, San Juan, Argentina (vice-campeão) 1972 – V Jogos Luso-Brasileiros (1º classificado) 1974 – Torneio Ibérico Olivera de La Riba, Barcelona (2º classificado)

1964 – Campeonato Distrital Norte de Juniores (2º classificado)

1968 – Campeonato Nacional (vice-campeão) 1968 – Campeonato Distrital (campeão)

1978 – Presença e vitórias em dois Torneios Nacionais e um Internacional 1985 a 1988 – Campeonato de Velhas Glórias, nível Regional (campeão 4 anos consecutivos) Homenagens de Mérito e Valor Desportivo - Associação Desportiva Valongo – 6 sessões de homenagem (Troféus: salva de prata e 6 medalhas) - Câmara Municipal de Valongo – 2 sessões de homenagem (Troféus: 1 medalha banhada a ouro e 1 escultura em ardósia) - Junta de Freguesia de Valongo – 1 sessão de homenagem (Troféu: peça em faiança com símbolo representativo da freguesia) - Associação de Patinagem do Porto e Assembleia Geral – 10 sessões de homenagem (Troféus: 2 medalhas Campeão Regional, 3 medalhas Torneio Início, 1 medalha Taça Manuel Maria, 1 medalha Edgar Soares, 1 medalha Vaz Guedes, 1 medalha Torneio Internacional Salamanca, Espanha) - Associação das Coletividades do Distrito do Porto – 1 sessão de homenagem (Troféu: medalha comemorativa Dia Nacional das Coletividades do Distrito do Porto)

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- Federação Portuguesa de Patinagem – 2 sessões de homenagem (Troféu: medalha Iº Torneio Inter-Associações 1971 e Torneio de Tomar 1972) - Federação Internacional RollerSkatingFIRS - 1 sessão de homenagem (Troféu: medalha comemorativa XIX Campeonato do Mundo) - Confederação dos Desportos do Brasil – Oferta de uma medalha de participação 150 Anos da Independência do Brasil (1822-1972). (O nome aparece pela primeira vez no jogo Valongo-Infante de Sagres (que o Infante ganhou por 1-09, em 19620913, na equipa de juniores. Em 19630326, no Valongo-Sanjoanense, aparece já a jogar na equipa sénior).

António Aguiar ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA DE VALONGO – EXERCÍCOIO DE 1967/1968 António de Castro Alves Aguiar, nascido a 08/08/1936, terceiro filho de Cosme de Castro Neves Aguiar e de Ana Alves Moreira, Filho, Neto, Bisneto, e talvez trineto de industriais de padaria e fabricantes de biscoitos. Viveu e trabalhou

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sempre na microempresa de biscoitos de seu pai, até que, em 1961 assumiu por sua conta essa microempresa, e a transformou numa pequena empresa onde chegou a ter cerca de 60 trabalhadores, vendendo os seus produtos, biscoitos, numa grande área do território nacional, Norte, Centro e Sul, contribuindo assim para a expansão do nome de Valongo e dos seus produtos tradicionais. Fui associado da Associação Desportiva de Valongo desde quase a sua fundação, e fui acompanhando sempre os jogos e atividades da Associação. em todos os jogos realizados em Valongo, como também em muitas deslocações aos clubes da Cidade do Porto e a outras localidades próximas. Como ao tempo já tinha a minha empresa a funcionar na Rua de S. Mamede, era meu hábito diário, depois do almoço, ir tomar café ao Café Vale, onde sempre me encontrava com um grupo de amigos que também trabalhavam nessas imediações, e nos juntávamos sempre ao balcão a tomar o café e em amena cavaqueira. Cerca das duas horas da tarde, cada qual seguia para o seu trabalho. Um certo dia, não sendo habitual, quando cheguei ao café, estavam numa mesa duas pessoas amigas que ao chegar, cumprimentei e segui para junto do meu grupo habitual. Essas Pessoas eram Francisco Pinto de Barros Cruz e António Nicolau Gonçalves, que faziam parte da Direção da A. D. V. nesse exercício. Quando se percebem que estamos a sair, saem de imediato e aguardaram no passeio a minha saída e dizem que querem falar comigo, o que aconteceu logo ali. A conversa era para me convidar para presidir à nova Direção para o exercício seguinte, que seria eleita proximamente.


Como estava numa fase de desenvolvimento da minha atividade profissional, recusei, mas insistiram explanando as suas ideias, insistindo para eu pensar primeiro antes de decidir em definitivo. Foi sempre o meu lema, quando assumo alguma ação de gestão que envolva a minha responsabilidade, o que por várias vezes aconteceu, dedico-me sempre de corpo inteiro, e procuro fazer sempre algo de diferente que deixe marca. Neste caso era minha intenção a concretização da construção do tão necessário Pavilhão Desportivo, para que a A. D. V. tivesse instalações condignas e à sua altura, praticando um desporto de relevo, para poder exercer a sua atividade com dignidade, e poder também receber com dignidade todos os grandes clubes que sempre disputaram com a nossa equipa. Nesses tempos, nem um balneário condigno havia para uso próprio nem para receber os visitantes. Procurei saber da situação geral da Associação que não era nada satisfatória. Disseram-me que esse exercício tinha corrido bastante mal e a situação da Associação não era famosa. Como equipamento havia apenas um stique, e havia um saldo negativo de cerca de 12.000$00. Pensei a situação, mas com tinha em mente procurar resolver o problema do Pavilhão, acabei por aceitar e parti para a escolha dos elementos para a formação da nova Direção. Consultados todos os outros Corpos Sociais, todos aceitaram continuar o que me facilitou bastante essa tarefa. A minha Direção foi composta desta maneira: Eu, Presidente, Vice-Presidente, António Nicolau Gonçalves, Secretário, Arménio Reis da Silva Tesoureiro, Francisco Pinto de Barros Cruz, Vogais, Lino Martins da Silva Poças, Joaquim Gomes, e quanto ao terceiro Vogal não me recordo de quem foi.

Tive muita sorte com a Direção que escolhi porque todos os membros estiveram sempre em ação e na hora. Foi uma Direção muito coesa e dedicada à causa, até porque havia um grande entusiasmo pelo Hóquei de Valongo, que estava numa forma invejável, batendo-se de igual para igual com qualquer equipa a nível nacional. Conseguimos criar um ambiente agradável e harmonioso entre todos. Diretores, atletas e todos os outros colaboradores, o que decerta forma contribuiu para o êxito final. Ninguém sozinho consegue grandes êxitos, mas quando se consegue um bom ambiente e colaboração, tudo se torna mais fácil. Foi o que aconteceu nesse exercício o que de certa forma contribuiu para o êxito final. Não havia na Associação um massagista com formação para tal, era uma pessoa que, embora com muita boa vontade procurava fazer o melhor, mas não tinha qualquer formação para executar essa função ao nível da nossa equipa. Assim, fui à Delegação se Saúde que funcionava na Praça Machado dos Santos e falei com o enfermeiro dessa delegação, Sr. António Santos, explicando-lhe a situação e pedindo-lhe para ser ele a executar esta tarefa, mas de forma graciosa porque o clube era amador e não tinha condições para remunerar essa função. Sem qualquer hesitação aceitou de imediato. Assim, os atletas da nossa Associação passaram a ter um massagista com formação para tal, prestando assim os seus serviços durante muitos anos. O que merece ser referenciado e reconhecido. O Zé Viterbo, que sem saber andar de patins, foi treinador dos Hoquistas de Valongo, julgo que desde a formação da Associação, mas no exercício de 1966/1967, não sei qual a razão da quezília, deixou de exercer essa função, zangando-se

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mesmo com o clube, passando a ser o Armindo Leal, jogador, a acumular essa tarefa. Logo numa das nossas primeiras reuniões, convidamos o Armindo para comparecer nessa reunião para lhe perguntar se queria continuar na mesma situação. Mostrou algum desconforto porque não era fácil nem se sentia bem, estar a mandar nos colegas, e queria voltar à situação anterior e ser só jogador. Em face desta situação abordamos o Zé Viterbo que, com muita agrado, aceitou voltar à situação que sempre tinha exercido. Assim ficou resolvido este problema. Tivemos um ano muito fértil em bons ressoltados, quer desportivos quer financeiros, com a total colaboração de todos os Diretores, Atletas e colaboradores, não esquecendo a preciosíssima colaboração do Delfim Pires, que na sua função era imprescindível. Apesar de termos tido diversas despesas extra, sendo a maior, a homenagem ao Nora, e outras, porque tivemos uma boa gestão financeira, conseguimos solver a situação inicial e no final ainda deixamos um pequeno saldo positivo, de cerca de três mil escudos, cerca de uma dezena de stiques e uma parte do equipamento de Guarda Redes. Foi assim um exercício repleto de sucessos incluindo a seleção de um jogador, o Nora, para o Campeonato da Europa que se realizou em Bilbau. Poderíamos ter tido um outro jogador nesse campeonato, se esse jogador não tivesse tido uma situação de desrespeito para com selecionador Nacional. Quanto ao pavilhão, como era minha intensão iniciar o processo, falei várias vezes com o Presidente da Câmara, Eng.º Armando Magalhães, para esse efeito, que sempre me disse que a Câmara não tinha condições para tal, mas que ficaria registado para um futuro próximo. O terreno que indiquei era exatamente aquele onde se encontra o Pavilhão.

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Sugeri que cedesse o terreno à Associação por cem anos, e depois por cinquenta anos, mas nem assim consegui demove-lo. Alegou sempre que não era por ele, mas a Câmara não o permitia. Pedi ao Sr. Arquiteto Fernando Seara para nos fazer um anteprojeto, que o fez graciosamente, e o apresentei ao Presidente da Câmara, mas nem assim o consegui que alterasse a opinião. Para mim foi uma grande desilusão. Porque esse ano foi excelente para a história da Associação, no fim do exercício, elaboramos e editamos um Relatório e Contas num pequeno livro onde constava com pormenor todos os atos da atividade desse exercício, onde incluíam todos os resultados, todas as deslocações, classificações, nome dos jogadores, colaboradores, e com pormenor, tudo o que aconteceu e contribuiu para poder ficar na sua História. Imprimiram-se algumas centenas de exemplares que foram distribuídos por todos os Associados, Colaboradores e algumas Instituições. Ficaram na Sede duas ou três dezenas de exemplares desse relatório, e eu próprio também guardei cerca de uma dezena, que estão todos extraviados, incluindo os meus que também se extraviaram, não havendo agora qualquer prova desse tão precioso documento, que seria tão útil neste momento. Não menciono os pormenores da homenagem ao Nora porque estão descritos naquele recorte do exemplar do jornal que é conhecido. De momento e um pouco à pressa, é isto que poderei dizer a respeito desse período de 1967/1968. Se necessário, estou às ordens para todo e qualquer esclarecimento. António Aguiar


Em 1968, com participação no 1º escalão do Campeonato de Reservas Norte, foi campeão. Em 1970, com participação no 1º escalão do Campeonato de Reservas Norte, foi campeão. Ainda em representação da ADV, participou em dois Campeonatos de Velhas Glórias. Representou em toda a sua carreira desportiva apenas e só a Associação Desportiva de Valongo nas categorias de Juniores, Reservas e 1º escalão de Velhas Glórias.

António Emílio Magalhães António Emílio Queirós de Magalhães nasceu em Valongo, em 03.06.1948, aqui foi criado e viveu até aos 60 anos, tendo, a partir desta época, feito vivência partilhada com o Brasil. Profissionalmente, foi Engenheiro Técnico Civil e professor do ensino secundário. Desportivamente, aprendeu a patinar, na companhia de outros amigos de infância, no rinque de patinagem construído pela Câmara Municipal de Valongo na Praça Machado dos Santos, na vila de Valongo, hoje cidade. Mais tarde, por volta de 1961-62, participou nos campeonatos amadores chamados “campeonatos de ruas”, organizados pela A. D. Valongo, representando a Rua 1º de Maio. Após a sua filiação no hóquei federado, no escalão de Juniores, ao serviço da ADV, participou no seu primeiro Campeonato Regional de Juniores Norte, organizado pela Associação de Patinagem do Porto, com a classificação final de Campeão 1967. Ainda no ano de 1967, no Campeonato de Reservas Norte, foi campeão.

António Figueiredo António Figueiredo foi um dos notáveis jogadores do Infante de Sagres dos anos 50-60 do século 20. Ele e o seu irmão Fernando Figueiredo (que já

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faleceu) eram uma dupla de grande impacto no jogo do Infante. Nasceu a 8 de Agosto de 1930 e jogou no Vigorosa em 1947-48 e depois sempre no Infante, desde 1948 até 1963. António Figueiredo foi um dos internacionais portugueses que ganharam alguns Campeonatos da Europa e do Mundo e que se lamentava, numa entrevista de 11.04.1957, ao Norte Desportivo, de não ter sido seleccionado nesse ano para a equipa que foi disputar o Torneio de Montreux, dizendo: “Quem como eu que se tem dedicado à prática da modalidade, na qual tenho desenvolvido o melhor do meu esforço, nunca poderia receber uma tal resolução com o ar das coisas insignificantes e daí o ter ficado bastante contristado.” Nos primeiros anos da ADV, o António Figueiredo foi nosso treinador oficioso, isto é, durante algum tempo vinha a Valongo graciosamente para nos ajudar com a sua experiência e o seu saber do hóquei em patins, explicando as tácticas e os truques. Contei no texto que ele me ensinou a marcar penáltis. Era uma pessoa afável, cordata e muito simpática. Tem agora 93 anos.

António Cândido Abreu de Sousa Aguiar António Cândido Abreu de Sousa Aguiar nasceu no centro da cidade de Valongo, no dia 14 de fevereiro de 1953, onde fez a escola primária. Profissão - Engenheiro Civil Com 13 anos de idade despertou a sua atenção para a modalidade do hóquei em patins, iniciando a prática de patinagem, em conjunto com outras crianças, no rinque público municipal, no centro da vila de Valongo (hoje cidade). Em 1966 fez o primeiro jogo oficial pela equipa de Juvenis do clube ADV. Na época 1969/1970, na categoria de juvenis, foi Campeão Regional do Norte, cujo campeonato foi organizado pela Associação de Patinagem do Porto.

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Em 1972, e pela única vez, foi convocado para a seleção do Norte para disputar os V Jogos Desportivos Luso-Brasileiros, realizado em Barcelos. Na época 1975/1976 venceu o Campeonato Regional Séniores do Norte. Em 1977 participou na Taça Clube Campeões Europeus, onde atingiu a meia final (Valongo/Barcelona). Na época 1980/1981 disputou a Taça CERS. Em 1983 foi Campeão Nacional da 2ª Divisão. Em 1986 foi novamente Campeão Nacional da 2ª Divisão. Representando em toda a sua carreira a ADV, nas diversas categorias, terminou a sua atividade, como hoquista, em 1987

onde viria a ser construído o rinque de hóquei. Nessa casa de família, a casa Noé, fez a escola primária e viveu até aos 25 anos, com exceção dos três anos de serviço militar obrigatório, incluindo dois anos na guerra colonial. Trabalhou na drogaria da família e noutros locais até se fixar como empregado do Banco Borges e Irmão em 1973. Profissão e formação académica – Foi analista de informática no Banco Borges & Irmão e no Banco BPI. Como trabalhador estudante, concluiu a licenciatura em psicologia da Faculdade de Psicologia do Porto. Desde cedo, brincando no “mercado” em frente a casa onde estava o rinque, foi atraído para a prática do hóquei em patins. Havendo em casa uns patins de rodas, adquiridos a um vizinho que tinha dado o salto para patins com botas, quatro dos cinco irmãos Alves vieram a ser guarda-redes da A. D. Valongo. Com 16 anos, integrou a equipa de juniores da A. D. Valongo durante dois anos. Aos 18 anos, apesar de estudar à noite e não poder treinar com assiduidade, foi convidado a ocupar o lugar de guarda-redes titular da equipa dos seniores. Em 1968 foi nessa qualidade campeão regional do Norte pela A. D. Valongo.

António Oliveira Alves

Tendo ainda integrado a equipa da A. D. Valongo depois do regresso da Guerra colonial, em 1972, viria a deixar a modalidade em 1975 por força de muitas atividades cívicas a favor dos valores da Revolução dos Cravos.

António Oliveira Alves nasceu em 24 de junho de 1948 na Praça Machado dos Santos, a praça

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sucesso. Ele teve, a meu ver, uma história de vida tão genial e misteriosa que bem merecia um Orson Welles que lhe fizesse o seu “Citizen Kane”. Várias vezes tentei convencê-lo a contar a sua vida, que sempre achei fabulosa (em sentido próprio), por ele ou por alguém que lha escrevesse. Ele sorria e dizia sempre que ninguém se interessaria. Eu insistia: - Ficaria para a tua família. Ele dizia que a família já a conhecia toda. Acho que nunca tomou a ideia muito a sério. Era um bom amigo e sinto a falta dele e das nossas conversas, na sua casa, no sopé da Serra de Santa Justa.

António Pereira Gomes

(Picaria ou Baiana, para os amigos) Conheci o António devia ele ter uns 14 ou 15 anos (o que significa que eu teria 11 ou 12) quando ele circulava numa bicicleta velha e bastante desengonçada pelas ruas próximas de minha casa, tinha um ar algo selvagem e bastante desengonçado e era um tipo bem disposto. Ficámos amigos até ele morrer, em 2020 ou 2021. Não me lembro de o ver jogar hóquei ou de jogar com ele, mas sei que ele praticou durante algum tempo, como puro amador, o que de resto éramos todos. Talvez ele tenha sido mais amador do que nós, os que alinhámos em jogos oficiais. Fez parte da Direcção da Associação em 1968. Quando voltei a reencontrá-lo, em Valongo, já ele tinha deixado o hóquei há muitos anos. Era então um bem estabelecido industrial louseiro, cheio de

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Armando Freitas Camões Nasceu em Valongo, em 1951, fez a escola e trabalhou como metalúrgico numa empresa familiar, mais tarde foi comerciante.


Ao serviço da ADV: Em 1969, inicia a sua prática da modalidade de hóquei oficial, tendo sido campeão regional. Em 1964, novamente campão regional. Em 1965, passagem a júnior. Tendo sido campeão regional três épocas seguidas: 1967 – 1968 – 1969. Também no ano 1968-69, participou no Campeonato Metropolitano, com a classificação de Campeão. Ainda nestes anos, fez parte da selecção de juniores, ao serviço da selecção do Norte. Como Sénior: - 1970 – Campeonato Distrital de Seniores – Campeão - 1971 – Torneio Início - 1977 – Presença na Taça dos Clubes Campeões Europeus, atingindo a meia final (Valongo – Barcelona). - 1978 – Presença e vitórias em torneios nacionais (2) e internacional (1). Homenagem de Mérito e Valor Desportivo - A. D. Valongo

Armindo Leal da Fonseca Nasceu em Valongo, no dia 18 de Setembro de 1935, filho de Maria Rita Jesus Leal e de Manuel Bruno da Fonseca Começou a jogar em 1955, quando se preparava a formação do clube. Atleta filiado desde 1956 até 1969.

- Junta de Freguesia de Valongo

Dirigente do clube desde 1956 (Secretário-Adjunto, 2º Secretário, etc.) até 1972.

- A. P. do Porto

Treinador da equipa sénior desde (durante 1 ano)

- Principiante: 4 medalhas juniores

Membro do Conselho Técnico da Associação de Patinagem do Porto desde 1991 até 2016.

Final da carreira desportiva em 1986/87.

Jogou sempre no lugar de avançado ou médio, mas maioritariamente neste último. Era um jogador muito rápido, com um grande domínio dos patins e uma grande capacidade de driblar e marcar. Nos anos iniciais, afirmou-se como o melhor jogador da equipa.

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Profissionalmente, foi funcionário, até se reformar, do Grémio da Lavoura de Valongo, que depois do 25 de Abril passou a Cooperativa dos Produtores Agrícolas do Concelho de Valongo.

Nas rodas, havia uma caixa, onde eram alojadas as esferas e que eram limitadas por um tampão. Acontecia que, com o andamento, por vezes o tampão desenroscava e as esferas espalhavam-se pelo rinque…

Recordações do Armindo:

No início, as botas dos patins não tinham calços. Quando começaram a ter calços, estes, que estavam agarrados à biqueira da bota, tinham tendência a levantar, dobrando a biqueira, pelo que a travagem ou o arranque se tornavam menos efectivos. Então, o Maurício inventou um gancho, preso entre o rodado e o calço, que fixava este e não o deixava levantar.

A iluminação do rinque (que chamavam “ramada”) era constituída por pequenas lâmpadas, que davam pouca luz. Numa das noites de treinos, apareceram milhares de pequenas borboletas brancas, provavelmente atraídas pela luz, que envolveram o rinque e impossibilitaram a realização do treino, porque impediram a patinagem e, ao caírem no chão, Os patins iniciais tinham rodas estreitas de ferro. tornavam-no escorregadio. Mas foi um espectáDepois, os patins de competição, começaram a culo deslumbrante! usar rodas largas de madeira, que aderiam melhor Antes dos treinos, no Inverno, era necessário limpar ao piso habitualmente de cimento. Porém, quando as folhas caídas das árvores que existiam à volta chovia, a madeira deslizava muito e era incódo recinto. Isso criava quase uma ‘liturgia’ e havia moda e ineficaz. Além de que absorviam a água, quem se oferecesse para o trabalho e o fizesse com ficavam moles e partiam-se muito. Passou então a grande gosto. usar-se rodas de alumínio, que aderiam melhor ao E, é claro, não esquece a outra ‘liturgia’ que era a rinque em tempo molhado. Quando se começava colocação e retirada da lona que envolvia o rinque o jogo com rodas de madeira e entretanto prinnos dias de jogo… o que significava um trabalho cipiava a chover, os jogadores iam-se revezando, enorme, que todos os envolvidos valorizavam devi- para permitir aos que saíam trocar de rodas. O problema actualmente não existe, porque os jogos damente. são todos efectuados em recintos cobertos. Foram treinadores da equipa, primeiro, o Adolfo Nogueira, depois o Agostinho (ambos jogadores Presidentes que achou terem tido um bom desemdo Académico), de seguida o Dr. Aragão (dentista, penho: Joaquim Camões e Joaquim Paupério. Isto, que jogou no Vigorosa), depois o António Figuei- no seu tempo de jogador. A pessoa que, depois redo (jogador do Infante de Sagres e na selecção, disso, mais garantiu a permanência do clube e não campeão da Europa), a seguir o Zé Viterbo, durante o deixou cair foi o João Carlos Paupério. vários anos, que nunca patinou e chegou a ser sele- Os jogadores que mais o impressionaram foram, cionador do Norte… em primeiro lugar, o Américo Moreira, como O Maurício Claro Dias foi o mecânico dos patins do jogador excepcional. Houve muitos outros com grande categoria, como jogadores e como clube, com grande paixão. pessoas, que só não quer referir para não cometer Os patins não tinham os rolamentos como agora.

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o ‘pecado’ de esquecer algum. Sublinha o comportamento do Zé Camilo, como jogador e mais tarde como treinador das escolas, durante vários anos. O momento mais alto da sua carreira como jogador foi a subida à Primeira Divisão, ao ganharem ao Boavista, em Valongo, por 7-6, depois de terem estado a perder por 5-1!

Camilo Moreira Camilo

Aurora Padilha e Manuel Ferreira. Este é o casal que cuidou da sede da ADV, situada na Rua do Padrão, 173, enquanto ela durou, ou seja, desde 1958 até bastante depois de 1972, mais de 14 anos. Eram pessoas afáveis, simpáticas, com enorme paciência para algumas atitudes dos sócios que não primavam pela correcção e que nunca criaram problemas a ninguém. Serviram com zelo e dedicação. Passaram a pertencer à “família ADV”.

Antes da implantação do rinque de hóquei em patins na Praça Machado dos Santos, em Valongo, alguns jovens desta terra começaram a adquirir patins e a patinar em variados locais. Entre estes, destacavam-se o rinque já existente na moradia do Sr. Mamede Reis Figueira, sita na então Rua 1º de Maio, o recinto de uma empresa de metalurgia de Campo, designada por “A Separadora” e, mais tarde, também a garagem da casa dos meus pais, sita na Rua do Padrão. Era tal o entusiasmo que, em boa hora, a Câmara Municipal de Valongo, presidida pelo médico Dr. João Alves do Vale, decidiu construir o referido rinque, o que foi concretizado em 1954. Pouco tempo depois, foi criada a Associação Desportiva de Valongo. Creio que comecei a andar de patins quando

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tinha ainda cinco anos de idade, ainda antes da existência do rinque, pois um dos meus irmãos mais velhos, o José, era um dos principais impulsionadores da prática da patinagem e, mais tarde, da modalidade do hóquei em patins, Em 1963, tendo eu 15 anos de idade, altura em que o Valongo (ADV) já vinha disputando campeonatos de seniores e de juniores (só mais tarde surgiram, sucessivamente, juvenis, iniciados e infantis), teve início um novo campeonato de juniores da Associação Regional do Porto. Não pude fazer parte dessa nossa equipa, porquanto não era permitido ser filiado sem perfazer 16 anos, regra que, pouco tempo depois, foi abolida, permitindo-se a filiação aos 15 e creio que mesmo aos 14 anos de idade. Perante tal situação, tive de aguardar o ano seguinte. Só que diversos jogadores dessa equipa de juniores passaram a fazer parte dos seniores, pelo que o Valongo não tinha jogadores em número suficiente para entrar no respectivo campeonato. Sabendo disso, os dirigentes do Grupo Coral e Desportivo de Fânzeres, que só tinha a categoria de juniores, contactaram-me, pedindo-me para fazer parte da sua equipa, dado que iriam participar nesse campeonato, tendo eu aceitado o convite para representar o Fânzeres, tendo mesmo aconselhado a levarem para a equipa mais 2 ou 3 jogadores de Valongo. No ano seguinte, como o Valongo já entraria de novo no campeonato de juniores, abandonei o Fânzeres, passando a representar o clube da minha terra. Mais tarde, passando a fazer parte dos seniores, fiz muitas vezes parte da equipa.

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Nessa altura, nos jogos, uma equipa apenas podia ter 8 jogadores, pois só era permitido ter três suplentes, entre os quais um guarda-redes. Entretanto, houve períodos em que, simultaneamente com o então Campeonato Regional do Porto, se realizaram campeonatos de reservas, sendo que estes jogos eram efectuados mais cedo, antes dos de seniores. Sendo assim, por vezes, para reforçar a equipa de reservas, um ou outro jogador, que devia fazer parte dos 8 da equipa principal, optava por jogar naquela equipa, o que contribuiu para diversas vitórias do campeonato regional de reservas por parte da ADV. Fiz parte dos seniores da ADV durante longos anos, designadamente aquando da conquista do Campeonato Regional do Porto em 1968, sendo certo que, por motivos académicos, profissionais e de cumprimento do serviço militar obrigatório, vi-me obrigado a estar ausente durante longos períodos. Na verdade, estive 5 anos a frequentar a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, sendo que, quando estava por Valongo, continuava a participar nos treinos e, muitas vezes, a vir de Coimbra, faltando mesmo a aulas, para fazer parte da equipa em jogos à segunda-feira (Torneio Início) e à sexta-feira (Campeonato Regional). Depois de cerca de seis meses a trabalhar no Tribunal de Mogadouro, fui para a E.P.I., em Mafra, para o serviço militar, tendo passado depois por diversos quartéis em Portugal e em Angola, sendo certo que, tendo estado 5 meses no quartel da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, na medida do possível, continuei a fazer parte da equipa da ADV. Regressado de Angola em Agosto de 1975, estive


ausente, por motivos profissionais (Seixal e Aveiro), período em que não tive possibilidades de, assiduamente, fazer parte dos quadros da ADV, o que se alterou quando, em Junho de 1977, vim trabalhar para a área do distrito do Porto. Voltando a sair daqui no princípio de 1980, deixei de dar o meu contributo à ADV, sendo que, mais tarde, fiz parte da nossa equipa em campeonatos de veteranos, nos quais a ADV saiu sempre vitoriosa. Realço aqui o facto de, provavelmente na época de 1968/1969, no torneio início, onde se incluíam equipas das 1ª e 2ª divisões (únicas então existentes), a ADV, da 1ª divisão, ter, no antigo rinque, obtido uma vitória de 46-1 sobre o Maia, da 2ª divisão, resultado que deverá constituir um recorde a nível mundial, sendo certo que, nessa altura, os jogos tinham de duração apenas 40 minutos, divididos em duas partes, cada uma delas de 20 minutos, e que o ´tempo de jogo era seguido (sem paralisação), pois o cronómetro só parava quando havia um golo ou era marcada uma grande penalidade, para além de qualquer outra situação que levasse o árbitro a determinar a interrupção da contagem do tempo de jogo. Nesse jogo, joguei apenas cerca de 20 minutos, tendo marcado 16 golos, o que também será provavelmente um recorde a nível mundial.

Cândido Marques Santos Cruz Nascido a 9-3-1953, natural de Valongo. Ingressei na A. D. Valongo em 1968. Nas camadas jovens, em 1970. Em 1971, Campeões Regionais de Juvenis Em 1972, Campeões Regionais de Juniores. Em 1972, participei nos Jogos Luso-Brasileiros. Em 1972, fui chamado à Seleção do Porto, pela mão do selecionador Vladimiro Brandão, o que me valeu a chamada aos treinos com a Seleção Nacional de Juniores. Em 1974, ingressei no Regimento de Comandos da Amadora, até 1976. Em 1977-78, fiz parte da equipa sénior do Valongo, onde também estavam o grande Américo, Pires, Lino, Aguiar, Alves e mais alguns colegas. Depois, começaram a vir jogadores e treinadores de fora de Valongo. Entretanto, casei e desisti do hóquei. Tenho muito orgulho em ter dado o meu contributo à A. D. Valongo, onde o prémio era um prego e um fino.

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começou a fazer parte como jogador “defesa”, sendo o 1º jogo no rinque do Vilanovense, resultado 5-1; o 2º jogo em Valongo, contra o Centro Universitário do Porto, resultado 6-6. Com a seguinte formação da equipa do Valongo: Guarda-redes: Serafim Barros; defesas: Carlos Camões e João Lino Vale; médios: Eduardo Figueira e João Loureiro; avançados: Armindo Fonseca e Eugénio. O Carlos Camões jogou até aos 32 anos de idade, sempre como atleta da ADV, como amador e com muito orgulho de ter servido esta instituição desde a sua criação até esta parte. Êxitos desportivos: 1963 Campeão Distrital da Zona Norte e subida à 1ª Divisão

Carlos Freitas Camões Carlos Freitas Camões nasceu em 4 de Junho de 1937, na Rua do padrão, Vila de Valongo, hoje cidade, onde fez escola e trabalhou como empregado de escritório numa Empresa de Extração de Ardósia, Firma Seixas, Lda. Aprendeu a patinar por volta do ano 1953, com colegas de escola, num pavilhão fabril inativo de uma empresa de nome Separadora, na freguesia de Campo, Valongo. Posteriormente, no ano 1954.55, com a construção do rinque de patinagem na Praça Machado dos Santos, em Valongo, pela Câmara Municipal, tudo o que era jovem masculino e feminino “toca a patinar”… Depois, um grupo de patinadores resolveu inscrever a equipa com o nome de A. D. V., da qual o Camões

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1967

Campão no Torneio Início Regional da APP

1967

Torneio Taça Joaquim Ferreira APP 1º classificado

1968

Torneio “Iliabur” Aveiro 2º classificado

Homenagem de mérito e valor desportivo: - ADV 3 sessões de homenagem Troféu, salva e 5 medalhas - Junta de Freguesia de Valongo Valor desportivo: uma medalha - APP Mérito desportivo: uma medalha - Federação P. Patinagem Valor desportivo: oferta de cartão vitalício de acesso aos rinques federados em todo o país, para assistir a jogos de hóquei em patins.


surja como Presidente dela. A partir dessa data, quer como Presidente (a que voltou, em 1980) quer noutros cargos directivos, e por mais de 20 anos, ele deu o seu contributo ao clube. E não foi um contributo qualquer. Além da longevidade da prestação – o que por si só já é de um valor inestimável, sabendo nós o trabalho, a preocupação, as dores de cabeça, o desgaste e até mesmo a despesa que tais cargos sempre originam – ele exerceu uma gestão do clube que mereceu rasgados elogios de pessoas mais novas e mais velhas, sobretudo dos jogadores que com ele privaram.

Carlos Köehler Reis Figueira O Carlos Figueira era filho de um médico conhecido e muito apreciado, de Valongo, o Dr. Álvaro Figueira, não só por ser um bom médico, mas também por ser uma pessoa afável e simpática, com disponibilidade e gentileza, quando visitava os doentes. Digo isto porque, durante a minha infância, ele chegou a ser médico da minha família e visitou-nos várias vezes. Além disso, tinha um laboratório de análises no Porto (foi dos primeiros a estabelecer-se com tal módulo científico) que prestou bons serviços, lhe deu nome e fortuna. O Carlos nasceu por isso, como costuma dizer-se, em “berço d’oiro”. Ao contrário dos primos, Eduardo e Álvaro Figueira, nunca se interessou pelo hóquei nem jogou. É por isso muito curioso que, a certa altura, por volta dos anos 1972-73, ele apareça a fazer parte de uma Direcção da ADV e em 1975

Eu conhecia mal o Carlos dessa fase (porque não estive em Valongo durante muito tempo) e por isso não esqueço o impacto que em mim teve a descrição muito laudatória que o meu primo João Queirós (guarda-redes da ADV até 1987, muito premiado) lhe faz no vídeo mandado realizar pela Câmara Municipal para a Exposição sobre o Hóquei em Valongo, em 2013. O João não era pessoa de grandes manifestações, nem elogiosas nem recriminatórias, por isso impressionou-me muito que ele tenha aproveitado o seu testemunho sobre a sua experiência como hoquista e como pessoa na ADV pata tecer tão gratas considerações sobre o Carlos Figueira. Fui naturalmente comentar as apreciações do João Queirós junto de amigos e conhecidos ligados ao hóquei e verifiquei que a opinião é unânime: todos o consideram um dirigente de excelência, que se entregou de alma e coração à ADV e, sabe-se hoje, nela enterrou abnegadamente muito do seu dinheiro. Deixou-nos muito jovem e foi muita pena. Não resisto a transcrever um comentário notável e justíssimo do “Correio do Douro”:

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“O ARQUITECTO DA EXPANSÃO” O hóquei em Valongo, ou seja, a ADV, teve inúmeros dirigentes, qualquer deles digno dos maiores encómios da terra, do clube e da modalidade. Mas entre eles um sobressai pela visão, ambição e empenho colocados ao serviço do que para ele foi uma causa que resultou na expansão repentina e significativa da Associação Desportiva de Valongo nos teatros regional, nacional e europeu do hóquei sobre rodas. Referimo-nos a Carlos Figueira. Falecido extemporaneamente, Carlos Figueira continua com lugar cativo e único na história do concelho e do clube, posição que também ocupa em muitos dos corações e memória dos amantes da modalidade. A ele se deve o fim do total amadorismo dos atletas do clube, culpado de “fugas” que, ano após ano, amputavam significativamente a Associação. Numa altura em que o “salário” dos atletas era “um prego e um fino”, normalmente “pago” no também saudoso Café Bela Cruz, Carlos Figueira percebeu que, se queríamos crescer, era necessário acompanhar os tempos e remunerar, ainda que sem entrar em loucuras, os atletas. Foi o início de uma época que ainda não acabou, mas que conheceu as melhores páginas sob a sua égide. Daqui – desta terra onde a crise, por grave que seja, não provoca amnésia – vai um recado. Continuamos a lembrá-lo e a manter respeitosa admiração pelo trabalho que fez.” (Correio do Douro n.º 38, de 30.04.2013)

Domingos Manuel Castro Gonçalves da Cruz Nasceu a 6 de Outubro de 1949 e faleceu a 27 de janeiro de 1992. Estudou na Universidade do Porto, na Faculdade de Economia. Adorava a natureza e explorava as serras do concelho de Valongo. Era amante de espeleologia, colheu centenas de fósseis, tendo vários modelos completos de espécies extintas. Tinha um grande hobbie: a fotografia, que era um legado de seu pai, Sr. Joaquim Cruz. Era uma pessoa que amava a leitura, dedicava-se muito à leitura, amava os livros. Era insaciável na busca de conhecimento. Muito sociável e grande amigo de todas as pessoas. Preocupava-se com os aspectos sociais, na sociedade em que estava integrado. Um maravilhoso pai de 3 filhos e companheiro dedicado à mulher.

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Adorava o desporto. Era um grande defensor do hóquei em patins em Valongo. Foi Júnior da ADV em 1966 e foi Sénior durante 6 anos, de 1968 a 1973, tendo sido campeão em 1970 e 1971. No dia 1 de Fevereiro de 1968, no Jornal O Correio do Douro, Licínio Dias Marques escreveu sobre ele o seguinte: “Domingos Manuel Castro Gonçalves da Cruz, da A. D. Valongo, principiou a sua carreira oficialmente, na modalidade de hóquei em patins, nos juniores da A. D. Valongo no ano de 1965. Fazendo três épocas em juniores, Cruz contribuiu para a conquista de dois campeonatos regionais. É um jogador habilidoso e correcto. A sua melhor característica é o remate desferido do meio do recinto. Forte e certeiro quase sempre. Pelo seu valor, tudo leva a crer que este elemento venha a ser chamado para a Selecção Nacional de Juniores, a fim de disputar o Campeonato Europeu. No Campeonato Regional findo, este brioso atleta distinguiu-se como o melhor jogador e o mesmo bom comportamento teve no «nacional» que foi disputado por quatro equipas, duas do Norte (Valongo e Porto) e duas do Sul (Paço de Arcos e Salesianos). O Paço de Arcos foi o campeão. Uma vez promovido a seniores e dado o seu valor real, este elemento oferecerá o seu concurso à equipa de honra da A. D. Valongo que bem necessita dele. Agora que Leal abandonou a actividade por compromissos profissionais. Cruz é pois um atleta de largo e promissor futuro.”

Eduardo António de Sousa Reis Figueira Nasceu em Abril de 1937, na Rua do Padrão, em Valongo. Filho de Eduardo Joaquim Reis Figueira e de Maria Elisa de Almeida e Sousa Figueira, naturais respectivamente de Valongo e do Porto. Pertenceu à primeira geração de “patinadores” da ADV, que iniciou esta actividade desportiva nas instalações da chamada “Separadora”, em S. Martinho de Campo, empresa que, tendo sem actividade um pavimento em cimento, generosamente o facultou, gratuitamente, para o exercício da patinagem e a prática dos primeiros rudimentos de hóquei em patins. Ali começou a crescer a ideia de criar uma associação de hóquei em patins em Valongo. Ideia que depois se foi desenvolvendo e culminou com a criação da própria Associação Desportiva de Valongo, e a construção, pela Câmara Municipal de Valongo, do rinque de patinagem na Praça

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Machado dos Santos (onde generosa foi então a colaboração do Sr. Joaquim Gonçalves da Cruz, que facultou uma divisão da sua casa, próxima do rinque, para servir de balneário aos “atletas”, suportando os custos com a água). Patinou e jogou hóquei em patins naquele rinque, durante poucos anos, participou em pelo menos três jogos oficiais registados, e foi dirigente da respectiva Direcção. Era um dos primeiros sócios da ADV, com o n.º 4, porque pertenceu sempre ao grupo inicial que a discutiu e ajudou a organizá-la. Teve um papel decisivo, com o Armindo Fonseca, em 1955, na inscrição da associação no Campeonato da 2ª Divisão Regional, como foi relatado no texto Faleceu em 1994.

Eduardo Joaquim Reis Figueira Nasceu em Valongo, em Junho de 1901, na Rua do Padrão, como todos ou a maior parte dos seus irmãos. Filho de Eduardo Carlos Figueira e de Teresa Gonçalves dos Reis Figueira, ambos naturais de Valongo. Enquanto Vice-Presidente da Câmara Municipal de Valongo, foi, com o Presidente Dr. João Alves do Vale, um dos promotores da construção do Rinque de patinagem na Praça Machado dos Santos. Foi um dos primeiros sócios da AD Valongo, com o n.º 9. Foi Vice-Presidente da ADV quase desde a sua fundação até 1974. A sua saída foi saudada com grande aplauso e agradecimentos pelo serviço prestado. Faleceu em 1987.

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Fernando Queirós Eugénio Martins da Silva Eugénio Martins da Silva, nascido em Valongo, a 26 de Março de 1938, numa casa da Praça Machado dos Santos, mesmo em frente do rinque. Era filho de José Almeida Silva e Florinda Martins Moreira, sendo o mais novo de 9 irmãos. Foi um dos primeiros jogadores das equipas da ADV e jogou desde o primeiro jogo, em 19560703, até pelo menos 19630730 (jogos registados em Resumo dos Jogos). Era uma pessoa bem-disposta, com sentido de humor, gostava de brincar. A jogar, era de um grande entusiasmo e um grande marcador, como pode ver-se nos relatos dos jogos. Foi funcionário da Câmara Municipal de Valongo Faleceu a 2 de Outubro de 2013, com 75 anos, a idade com que morreu o seu pai.

Fernando Manuel Vitorino de Queirós foi um jornalista, nascido em Sobrado, que nos anos 50 do século passado, fundou um jornal a que chamou O Correio do Douro, que fazia a cobertura sobretudo local, aspirando a cobrir o Douro todo, como o nome aponta. Ele era uma personalidade sui generis, com grande sentido de humor e também com muito gosto pelas coisas da sua terra. Por isso, o jornal foi um bom relator dos acontecimentos locais e um grande defensor das suas gentes, instituições e valores. Nestas últimas, ele incluiu denodadamente a Associação Desportiva de Valongo, cuja vida acompanhou com atenção, comentando as várias épocas, biografando dirigentes e jogadores e, especialmente num certa fase, relatando os jogos com um pormenor que só alguns jornais desportivos atingiam. E sempre, mais do que eles, defendendo as cores da ADV.

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A actuação do Correio do Douro e do seu Director foi espacialmente notável na pugna, que durou anos, por um Pavilhão Gimnodesportivo que honrasse Valongo e permitisse treinos e jogos ao nível da qualidade e do valor que as equipas da ADV acabaram por assumir. Chegando a enveredar pela brincadeira publicitária, como daquela vez em que noticiou, numa reportagem longa, com fotografias e tudo, o acabamento do Pavilhão para daí a dias… quando afinal era uma “mentira” do 1º de Abril…

que, sendo pequeno, tem dado grandes feitos à sua terra.” A 13 de Setembro de 2009, a Câmara de Valongo, presidida pelo Dr. Fernando Melo, deu o seu nome a uma rua de Sobrado, onde morava, dizendo em comunicado que “a inclusão do nome de Fernando Queirós [falecido há cinco anos] na toponímia do concelho de Valongo é uma homenagem da Câmara Municipal a este filho da terra e ao serviço que prestou na divulgação do concelho na comunicação social”.

Destaco, como ilustração do que era a sua relação com o clube e do que os sócios sobre ele pensavam, um excerto da acta da Assembleia-Geral da ADV, de 17.01.1971:

O Presidente da Câmara declarou à Lusa: “Era um jornalista natural de Sobrado que se bateu muito, quer pelo concelho, quer pela freguesia, e que durante muito tempo fez o que pôde fazendo sair notícias [sobre a região].”

“De seguida, Fernando Queirós, representando a imprensa, agradeceu as referências que lhe são dirigidas no Relatório e felicitou os atletas e a Direcção pelo nobre exemplo de desportivismo e administração, não havendo razões para críticas, mas sim para os maiores louvores e admiração. Esperava que a Direcção, que se propõe continuar por mais um ano, fizesse mais e melhor. A construção do Pavilhão era uma urgência, pelo que devia fazer-se todas as insistências e sacrifícios para torná-lo uma realidade. Terminou com palavras de incitamento aos atletas, sócios e Direcção.” Ao que o Presidente da Direcção respondeu: “Ao Sr. Fernando Queirós, director e proprietário d’O Correio do Douro’, queria agradecer as suas palavras e a colaboração do jornal durante o ano findo, assim como apelar a que continue a desenvolver esforços para alertar todos os Valonguenses para as actividades do clube,

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Câmara de Valongo, doutor João Alves do Vale e o seu e vice-presidente, senhor Eduardo Figueiras, os quais vieram a criar as condições para a construção de um ringue com piso de cimento na Praça Machado dos Santos. A visibilidade proporcionada por uma estrutura deste tipo, criada no centro da Vila de Valongo, e o desejo de jogar hóquei certamente contribuiu para que jovens como o Carlos Camões, o Eugénio Pires, o Joaquim Navio, o Serafim Barros, o Jorge Braga e o João Pereira, praticante de patinagem artística, viessem a ingressar na equipa. A ADV veio a ser constituída em 1954 tendo como primeiro presidente o doutor João Alves do Vale.

Francisco Azevedo Moreira Bártolo A Origem. Súmula histórica Decorria o ano de 1952(?) quando seis jovens, Álvaro Figueira, Eduardo Figueiras, Francisco Bártolo, João Cruz, João Lino Vale e João Loureiro, dão corpo a um pequeno sonho das suas existências, o de iniciarem uma equipa de hóquei em patins na, então, Vila de Valongo. Vontade férrea que os leva a realizar os primeiros treinos no pátio da casa dos pais do João Lino Vale. A estes vieram a juntar-se, mais tarde, o Armindo Fonseca e o Adalberto Camões. Mais tarde passaram a treinar nas instalações da fábrica “A Separadora” São estes jovens que estão na origem do que veio a constituir-se, formalmente, como a Associação Desportiva de Valongo (ADV). Este sonho, esta férrea vontade, foi desafio a que responderam, de forma positiva, o Presidente da

O primeiro jogo oficial de hóquei, ocorreu no ringue de cimento no dia 3 de Julho de 1956 Os elementos que constituíram essa primeira equipa foram: Serafim Barros, João Lino, Armindo Fonseca, Carlos Camões e Eugénio Silva (1), com Francisco Bártolo, a sexto. A modalidade de hóquei em patins, ao longo dos anos foi suscitando elevado entusiasmo nas gentes de Valongo. BIOGRAFIA. Francisco Azevedo Moreira Bártolo filho de José Moreira Bártolo e Raquel Maria Azevedo nascido a 04/02/1934 na antiga Rua do Sol, hoje Rua Joaquim Marques dos Santos com o cruzamento com a Rua João Lino Castro Neves. Guarda Redes no primeiro jogo da associação até ao jogo do Riba D´Ave para a taça de Portugal. (O último jogo registado é o Infante-Valongo, em 19630618. Ver Resumo dos Jogos)

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Valongo, como também na União Desportiva Valonguense, onde “marcou” diversas gerações que passaram pela ADV.

Francisco Pires Francisco José Marques dos Santos Pires, nascido a 24 de fevereiro de 1938, em Valongo, e falecido a 19 de novembro de 2020. Foi bibliotecário da Fundação Calouste Gulbenkian, uma das suas paixões, foi um veículo da cultura para várias gerações de Valongo. Integrou as primeiras gerações de Hóquei em Patins de Valongo, na posição de Guarda-Redes. Pertenceu a uma família com enorme tradição no Hóquei em Patins, não só como jogadores bem como dirigentes. Sei que, como filho, sou suspeito ao afirmar que pertence a um grupo de pessoas que personifica o que é ser jogador de Hóquei em Patins da Associação Desportiva de Valongo, à mística “Orgulho, Raça e Tradição” aliou a dedicação, trabalho e abnegação a esta modalidade e terra. Depois de terminar a carreira como guarda-redes da AD Valongo (fazendo ainda uma “perninha” nas “velhas guardas”), enveredou pelo dirigismo desportivo, não só na Associação Desportiva de

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Dos vários relatos sobre a sua carreira, o mais demonstrativo da sua dedicação ao Hóquei é a descrição do dia do seu casamento (realizado a um sábado de manhã). A A.D Valongo foi jogar ao Clube Infante Sagres, ele foi assistir á partida e dirigiu-se ao balneário a cumprimentar os colegas, deixando a esposa na bancada; quando a equipa entrou no ringue, lá estava o “Xico Pires”, como era conhecido nestas andanças, equipado a rigor para disputar a partida. Esta foi mais uma demostração do amor e dedicação à camisola e ao clube do coração. A A.D. Valongo venceu este jogo por 2-3 a um Clube Infante Sagres que nessa altura tinha no seu plantel o internacional Júlio Rendeiro e Irmão. No dia seguinte (na altura existiam as jornadas duplas) foi jogar a Lisboa. Como costumava ressalvar, deve ser o único jogador que casou e foi disputar jogos do campeonato no próprio dia do casamento e no dia seguinte! Das várias marcas que “ganhou” durante a carreira, em um jogo que se o Valongo perdesse descia de divisão, perante uma grande penalidade, retirou a máscara (que na altura, com o suor, não seguravam bem na cara) para defender o mesmo e defendeu sem a máscara, tendo a bola embatido na trave. Outra das marcas foram os dezasseis pontos que levou na boca, ao defender um remate de um jogador do Espinho (Vladimiro), onde deu literalmente a cara às “balas”. No dia seguinte estava a defender mais uma vez, com as marcas do dia anterior, contra o Vigorosa. Como dirigente ajudou o desporto em Valongo, onde foi um dos obreiros de várias subidas de


divisão, sendo uma delas colocar a A.D. Valongo na primeira divisão, em 1961. Como era seu apanágio, o desporto, Valongo e em especial o Hóquei em Patins eram as suas paixões.

Horácio Neves Francisco Trindade Soares Francisco Trindade Soares, natural de Valongo, nascido em 14 de Abril de 1955. Desde miúdo que ajudava a pôr os panos em volta do rinque da Praça.

Fui guarda-redes da ADV entre 1969 e 1976. Comecei a treinar no antigo rinque que se situava na actual Praça Machado dos Santos, na equipa de juvenis, no ano de 1969. No ano seguinte, tornamo-nos campeões da Zona Norte. Em 1971, entrei para a equipa de juniores e tornámo-nos novamente campeões da Zona Norte. A meio da época de 1972, integrei a equipa principal do Valongo, tinha eu 18 anos. As minhas melhores recordações, das quais me orgulho e não paro de as contar a familiares e amigos, remontam a esse tempo. O meu primeiro jogo na equipa principal foi com a equipa do Carvalhos e ganhámos por 7-4. E na segunda volta, ganhámos por 13-0! Foi um jogo emocionante e fiz uma boa exibição, porque os adeptos gritavam pelo meu nome: “Horácio!... Horácio!...”

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Nesse mesmo ano, o de 1972, fui convocado para os jogos desportivos luso-brasileiros, que decorreram em Barcelos. No ano seguinte, fui convocado para a seleção nacional de juniores e também para a seleção de seniores da Zona Norte. Ainda nesse ano, participei no Torneio Edgar Soares, que se realizou no Pavilhão das Antas, frente às equipas do Porto, Carvalhos e Infante de Sagres. Ganhei a Taça João de Brito por ter sido o guarda-redes menos batido do torneio. Nesse tempo, jogávamos por amor à camisola, porque ganhávamos apenas um prego e um fino por jogo. A equipa do Valongo era “aquela máquina”, à qual tinha muito orgulho em pertencer.

Dr. João Alves do Vale Filho de Miguel Alves do Vale e de Teresa Marques da Rocha, padeiros, residentes na Rua Dias de Oliveira. Nasceu a 21 de Outubro de 1898; casou com Maria Carolina Paiva de Azevedo a 4 de junho de 1936 e faleceu em 13 de Fevereiro de 1982. 27-08-1931– 17-04-1934 – Dr. João Alves do Vale, Presidente da Comissão Administrativa Licenciado em Medicina e cirurgia, residente na Rua Alves Saldanha, em Valongo. Em 5 de Junho 1934, na sequência de concurso, foi nomeado para o lugar de facultativo médico do partido municipal, com sede na vila de Valongo. Foi nomeado Presidente da Câmara Municipal de Valongo, distrito do Porto, em 03-06-1941 (DGII nº 37, 16-06-1941). Reconduzido por portaria de 13-05-1949. (DGII nº 113, 18-05-1949). Findou o

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mandato em 1957 e voltou a ser nomeado para o mesmo cargo em 07-08-1969. (DGII nº 190, 14-081969). Exonerado a seu pedido em 01-02-1972 com louvores. (DGII nº 29, 04-02-1972). Em 25 de Março de 1953, por despacho do Conselho de Ministros, foi autorizado a acumular os cargos de médico municipal, subdelegado de saúde e diretor clínico do Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Valongo. Foi, desde o seu início, sócio e apoiante da Associação Desportiva de Valongo. Era o sócio n.º 5. Como Presidente da Câmara de Valongo, teve um papel determinante na construção do rinque da Praça e, mais tarde, na viabilização do Pavilhão Gimnodesportivo, quer através da descompressão dos procedimentos burocráticos, como na obtenção de subsídios. Foi Presidente da Assembleia-Geral desde, pelo menos 1964 até 1974, ano em que pediu para ser substituído. Ficaram célebres os seus discursos no final de cada reunião anual da A-G, em que sempre sustentou uma atitude positiva e entusiasmante de todos os elementos da ADV e fez questão de salientar, ano após ano, os aspectos mais relevantes da vida da associação. O seu contributo foi largamente apreciado por todos os sócios e simpatizantes da Associação. Era pai do Dr. João Lino Azevedo Alves do Vale, filho único.

João Amaro de Castro Neves Nasceu em Valongo, em 28 de Junho de 1904, filho de João Amaro Ribeiro das Neves e de Cândida de Castro Lima, e faleceu em Valongo, em 4 de Setembro de 1972. Viveu com os pais e os irmãos (dois) e irmãs (duas) no palacete que é agora a sede das Serras do Porto, na Rua do Padrão. O pai era comerciante e os filhos ajudaram na loja, até arranjarem o seu próprio emprego. Casou em 6 de Novembro de 1935 com Olívia Marques Loureiro da Cruz, ficando a morar na casa da família dela, pertença do sogro, José Moreira Marques, e sita na Praça Machado dos Santos, em Valongo. Foi empregado da Empresa das Lousas de Valongo, até 12 de Outubro de 1939, data em que a empresa se viu forçada (segundo sua própria declaração) a fechar as portas, por motivo da Grande Guerra, que então começara.

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Cerca de 1942, abriu uma loja de mercearia, mais tarde também de fazendas e miudezas, na casa da morada da família, na Praça Machado dos Santos, onde antes existira um conhecido “botequim”, frequentado pela gente da terra e também pelas então muito conhecidas “cadeireiras”, que transportavam, a pé e à cabeça, durante a madrugada e parte da manhã, as cadeiras em branco, desde Rebordosa e Paredes para a Porto, onde eram acabadas. Mais tarde, a pequena empresa desenvolveu-se e abriu uma nova loja no prédio em frente, no n.º 111 da mesma Praça Machado dos Santos, chegando a constituir uma sociedade efémera, de roupas e pronto-a-vestir, que esteva instalada no prédio da Rua de S. Mamede, ao lado do Banco Montepio, onde agora existe o Raffa Store. Foi durante muitos anos presidente da Direcção dos Bombeiros Voluntários, que tratava com desvelado carinho, e era, desde a juventude, um apaixonado caçador. Pertenceu, durante algum tempo ao grupo de peritos, chamados “louvados” que faziam as avaliações das casas e dos terrenos para que as Finanças pudessem estabelecer as bases da matéria tributável. Era adepto do Valonguense e do Futebol Clube do Porto e sócio antigo e frequentador diário do Clube Recreativo. Tinha uma relação cordial com todas as pessoas e gostava de ajudar. Ainda hoje, há gente em Valongo que o lembra com recordações gratas. Era meu pai e era um homem bom.

João Castro Gonçalves da Cruz João Castro Gonçalves da Cruz nasceu em Valongo, no dia 22 de Julho de 1940 e faleceu no dia 29 de Junho de 2021. Era filho de Joaquim Gonçalves da Cruz e de Ana Ventura de Sousa Castro. Fez parte do grupo de jovens que fundaram a Associação Desportiva de Valongo, pelo que era o sócio n.º 46. Jogou nas primeiras equipas, entre 1957 e 1963, sempre como Sénior, até porque no início a Associação ainda não tinha Juniores. Tinha como hobbies a fotografia, o desporto – especialmente o hóquei e o futebol – a dança, viajar e a leitura. Como características pessoais, o João era educado, respeitador, calmo, culto e íntegro. Tinha muito amor para dar à família e amizade para os amigos. Foi sempre um bom companheiro e grande entusiasta do hóquei e da Associação. Fez parte da

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equipa de ‘heróis’ que, em 1961, levaram o Valongo para a 1ª Divisão!

João Queirós João Lino da Silva João Lino da Silva (27.08.1952-28.06.2000) nasceu e viveu em Valongo e, quando rapazinho, era um daqueles que ajudavam na penosa, trabalhosa e difícil tarefa de colocar e retirar a lona que envolvia o rinque quando havia jogos oficiais, pagos. Nunca lhes agradeceremos demais.

João António de Castro e Paiva Queirós, um dos três filhos de Maria Luísa Castro Neves e António Paiva Queirós, nasceu a 20 de julho de 1951, na vila de Valongo e veio a falecer em 15 de março de 2022. Homem singular, de pensamento livre, espírito combativo, sonhador e leal, que no passo certo, traçou o seu caminho, em busca de si e do próximo, e percorreu os atalhos, destacando-se a passagem pelo serviço militar, em Lamego, com especialização na Força de Operações Especiais, unidade do exército conhecida por Rangers, e pelas funções de alferes e comandante da companhia em regime de substituição, em Moçambique – Cabo Delgado. A vida académica teve início na escola primária de Valongo, transitando para o liceu Alexandre Herculano, tendo, anos mais tarde, obtido

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licenciatura em Direito na Universidade Portucalense e mestrado em Solicitadoria. O início da atividade profissional verificou-se com o estágio no Serviço de Finanças de Valongo, seguindo-se a progressão na carreira e a aposentação como Chefe de Finanças de 1.ª classe, em Gondomar. Sucedeu-se o exercício das funções de solicitador, especializado em matéria fiscal e contratual, formador e preletor na Câmara dos Solicitadores e instituições de ensino superior. Abraçou, ainda, as funções de Vice-Presidente da Câmara Municipal de Valongo, no mandato de 2005-2009, movido pela convicção do interesse público, em prol dos interesses do município e dos munícipes. Apreciava e envolvia-se com entusiasmo numa boa conversa ou debate. Desde cedo desenvolveu a paixão por viagens, fascínio por cultura e encanto pela música. Na família encontrou o expoente máximo da vida, um maior apego. Homem de valores, João Queirós tornou-se a âncora e o porto de abrigo para a mulher Maria Cândida, para os filhos Maria João, Joana e João Nuno e netos Eduardo, Jorge, António e David. No que toca à biografia de “atleta” praticante de hóquei, posso adiantar-te: - Praticante de patinagem desde os 4 anos, ingressei nas camadas jovens da ADV com 14 anos, nos Principiantes, tendo sido Campeão Regional Principiantes nos anos de 1965 e 1966, Campeão Regional Juvenil em 1967, Campeão Regional de Juniores em 1968, Campeão Metropolitano de Juniores em 1968, Campeão Regional de Juniores em 1969, 2º Classificado no Campeonato

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Nacional de Juniores em 1969, fiz parte da equipa de Reservas até 1971, interrompendo neste ano a prática da modalidade para cumprimento do serviço militar até inícios de 1975. Após regresso do Ultramar, reiniciei a prática desportiva até 1981. Nos anos de 1977, 1978, 1979, 1980 e 1981, fiz parte da equipa principal da ADV que disputou, além do campeonato Regional e a fase final do Campeonato Nacional, inicialmente a Taça CERS (acho que ano de 1977) e nos anos posteriores o Campeonato Europeu, com deslocações (que me recorde) à Alemanha, Espanha, Holanda, Itália ... Como já referi, em 1981, por motivos profissionais (já não podia conciliar a parte profissional com a exigência dos treinos /jogos, e dois filhos ...), que tive de deixar a modalidade. Esta a breve biografia hoquista. Nota: Nesta biografia, a parte inicial foi escrita pela família. A parte sobre o hóquei já tinha sido escrita pelo próprio e eu quis deixá-la intocada.


Calvário, obra encetada com outros Valonguenses e que ainda hoje prevalece no mesmo sem que jamais se tenha construído um único degrau a mais do que aqueles que foram feitos na altura.

Joaquim Augusto Castro Paupério Joaquim Augusto Castro Paupério, filho de Joaquim Sousa Paupério e Lucinda Martins de Castro, nasceu em 25/7/1926 e foi casado com Maria Georgina Castro Santos Paupério, tendo nascido deste matrimónio sete filhos. dos quais seis passaram pela A. D. Valongo, cinco como atletas e um como dirigente (ver famílias do hóquei). Gerente comercial e profissional de seguros desde novo, se dedicou ao dirigismo e Associações da então Vila de Valongo. Membro e dirigente das extintas JOC (Juventude Operária Católica) e da LOC (Liga Operária Católica) foi ainda membro de um grupo tertuliano e musical denominado os Triunfantes, foi também dirigente da Santa Casa da Misericórdia de Valongo e membro da Assembleia de Freguesia de Valongo (como independente) pelo então PPD. Presidente também do Clube Recreativo de Valongo e de várias confrarias religiosas.

No entanto, a sua verdadeira paixão era a A. D. Valongo, tendo sido Presidente pela primeira vez nos anos 1964 e 1965, culminando no exercício de Presidente do Clube no ano de 1979/80 como responsável pela comemoração das “Bodas de Prata”, 25 anos, a ultima época em que os jogadores Seniores ainda foram verdadeiramente amadores, passando o testemunho a Carlos Reis Figueira, o criador e impulsionador dos subsídios aos mesmos. Coincidência ou não, foi nesse ano que criou a famosa senha do “prego e fino”, alargada a todos os escalões do Valongo e que podia ser trocada em vários cafés da Vila (prémio que, até então, era exclusivo ao plantel sénior e restrito ao hoje extinto Café Bela Cruz), com a salvaguarda de que os mais novos poderiam substituir por sumo e “tosta mista” (ou bolos). Viria a falecer, vítima de doença prolongada, em 08/03/1990, ficando na memória dos Atletas com quem privou, como sendo o mais carismático Presidente.

Dirigente da U. D. Valonguense (futebol), foi Presidente da Comissão Pró-bancada do Campo do

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um dos muito bons jogadores do clube e jogou a partir de 1965, primeiro como Júnior e, já como Sénior, até 1973. A segunda característica do Senhor Joaquim Cruz foi que, morando na casa que ficava fronteira ao rinque, sensivelmente no seu lado sul, teve a grande, a imensa generosidade de deixar que a ADV e depois todos os seus convidados, ou seja, os variados clubes que – durante 16 anos, relembre-se!! – vieram com ela jogar, utilizassem uma dependência da sua casa como balneário, não cobrando qualquer renda, nem sequer pela água e eletricidade gastas!

Joaquim Gonçalves da Cruz Joaquim Gonçalves da Cruz nasceu em Valongo, em 5 de Outubro de 1917 e faleceu em 2000. Viveu sempre em Valongo, na Praça Machado dos Santos, na casa com o n.º 47. Este senhor possuiu algumas características que o tornaram merecedor da mais alta consideração e respeito dos dirigentes e atletas da ADV, pelo menos durante todo o período da localização do primitivo rinque de patinagem na Praça Machado dos Santos, que se estendeu desde a sua construção, em 1954, até à inauguração, em 1970, do Pavilhão Gimnodesportivo, ou seja, 16 anos. A primeira dessas características foi ser pai de dois jogadores da ADV, o João Cruz e o Domingos Cruz. O João Cruz fez parte do grupo de jovens que ajudaram a fundar a ADV, naqueles distantes anos 50 do século 20, era o sócio n.º 46 e jogou nos primeiros tempos, entre 1957 e 1963, como pode ver-se no Resumo dos Jogos. O Domingos Cruz foi

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Note-se que ele não demonstrou apenas altruísmo e desprendimento. Qualquer cidadão tem o direito de estar sossegado em sua casa e de não ser incomodado com actividades que possam perturbar-lhe o conforto. Ora, ele aceitou, repito: durante 16 anos, que 10 ou mais jovens em geral desconhecidos entrassem periodicamente – o que, por vezes, era bi-semanal!! – numa dependência de sua casa para se despirem e equiparem e desequiparem e tomarem banho! Creio que não chegou a haver, oficialmente, um reconhecimento à altura desta enorme generosidade. É sempre tempo de o fazer. Além do mais, ele era meu Amigo. Possuía um grande, mesmo um enorme gosto pelo convívio dos filhos com os amigos, que ele aceitava e quase promovia na sala da sua casa, onde tocávamos piano e dançávamos. Era, ao mesmo tempo, autoritário e afável. Disse-me uma vez que tinha uma grande ternura por mim, porque eu lhe lembrava muito o filho que lhe morrera. Tinha um hobbie-paixão, a fotografia, que passou ao filho Domingos e que, de algum modo, também contribuiu para o meu próprio gosto, durante


largos anos, por esse culto das imagens fixas, que é uma maneira privilegiada de prestar atenção ao mundo que nos rodeia. Como bom cultor desse entusiasmo, o Sr. Cruz instalou em sua casa um pequeno estúdio de revelação das suas fotografias, devidamente equipado, de modo que um dos temas preferidos das nossas conversas, quando o visitava, por sermos vizinhos e por ser amigo dos seus quatro filhos, era ele a mostrar-me algumas das fotos que ia fazendo, explicando como as obtivera e como as revelara, ciência que, confesso, não cheguei a aprender. Mas a transmissão do companheirismo, da simpatia e da amizade, essa foi uma aprendizagem que ficou.

Joaquim Manuel Mendes Leal O Quim Manel Leal, como era conhecido, filho de Maria da Luz Mendes e de Miguel Pinto Barbosa Leal, nasceu em 26.10.1941, em Santa Marta, Penafiel, e faleceu em 16.05.2017, em Valongo, com 75 anos. Veio viver para Valongo aos 5 anos de idade, aqui fez todo o seu percurso académico e por volta dos 14 anos começou a jogar hóquei. Jogou habitualmente como avançado e médio e revelou grandes qualidades e empenho no jogo. Jogou no tempo do Américo e do Manuel Pires e saiu no ano seguinte àquele em que foram campeões. Foi um jogador notável que prestou um forte contributo às equipas da ADV, como bom avançado e bom marcador. Profissionalmente, estabeleceu-se como industrial de confecção de pronto a vestir.

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uma conferência de imprensa para repor a verdade sobre certas atoardas que corriam contra o clube. Profissionalmente, foi vendedor de lixas. Era um companheiro correcto, sempre muito sério, mas com um sorriso aberto e luminoso, quando lhe acontecia. Ainda jogámos juntos algumas vezes e sempre o vi compenetrado e calmo, senhor de si. Deixou saudades.

Joaquim Moreira Duarte Navio Joaquim Navio nasceu em Valongo, em 21.10.1937, na Rua do Norte, onde sempre morou e onde faleceu, em 28.06.2018. Filho de Américo Navio e de Guiomar Martins Moreira, foi casado, durante 53 anos, com Margarida Maria Queirós Magalhães Fez o serviço militar na Guiné, entre 1961 e 1963. O primeiro jogo que realizou, ainda como suplente, sendo o Francisco Bártolo o titular, foi em 19570619, contra o Centro Universitário, que o Valongo ganhou por 8-2. O Joaquim Navio jogou, pois, pela ADV, como titular e suplente, pelo menos 109 jogos oficiais, durante 11 anos. Em 1974-75 foi Presidente e em 1975-76 foi Vice-presidente da Direcção da ADV. E em 1976-77 foi tesoureiro da mesma Direcção. Em 1975, promoveu, com outros dirigentes e o “capitão” Manuel Pires,

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José Alves Costa José Alves Costa (19.02.1915-26.04.1991), nascido em Valongo, numa pequena quinta, chamada Quinta do António Miguel, que era seu pai, situada no espaço actualmente ocupado pelo Tribunal e pela rotunda em frente dele, foi um Presidente de Direcção da ADV muito presente e muito actuante, em 1962 e depois de 1970 a 1972. Em 20.09.1970, há uma entrevista que ele concedeu ao Norte Desportivo (aqui registada, em Resumo dos Jogos, Cap. 5) em que expressa bem, não só o seu grande conhecimento da realidade do clube, como as aspirações que acalentava como sócio e como Presidente da ADV, entre todas a da vinda finalmente do tão esperado Pavilhão, então já a ser construído. Ele foi, desde o início, um sócio activo e interessado: era o sócio n.º 159 e a sua inscrição é de 05.03.1958. Foi também membro da Direcção da Associação de Patinagem do Porto.

José Augusto Gonçalves Marques José Augusto Gonçalves Marques nasceu a 2 de Fevereiro de 1945, na Praça Machado dos Santos, Valongo, a praça onde viria a ser construído o rinque de hóquei em patins. Aqui fez a escola e trabalhou como comerciante, em negócio de família, “Drogaria César”, tendo a sua residência frontal ao rinque. Desde cedo tomou o gosto pelos patins. Era só atravessar a estrada e já estava em campo-rinque, era só calçar os patins e pedir aos mais velhos um stik já gasto para jogarmos hóquei… e assim se formaram grandes jogadores. Nesses anos de 1957, 1958, 1959, vários amigos reuniam para formar equipas, para jogarem uns contra os outros, dando a isso o nome de Campeonato Amador “Interruas”. Chagado o ano de 1961-62, a Direção da AD Valongo resolveu reunir um punhado de jovens com 15 e 16 anos de idade, com alguma habilidade de patins e stik, e formar uma equipa que foi inscrita na AP Porto para participar no 1º Campeonato de Juniores da AD Valongo, da qual fiz parte, ficando Vice-Campeão da Região Norte.

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Constituição da equipa: de pé, da esq. para a dir.: Jaime Camões, Américo Moreira, Zé Pires e Zé Augusto. Em baixo: Manuel Pires, José Cruz “Faina”, Júlio Moreira e Delfim A. Reis da Silva “Aquela Máquina”

Nos anos seguintes, a AD Valongo não voltou a inscrever Juniores por falta de verbas, só foi possível voltar a inscrever em 1966. Assim, em 1963 passei a Sénior até ao ano de 1969. Neste período de tempo, fiz parte de todas as equipas. Curriculum desportivo: - Campeão Regional de Reservas - 1965 – Fiz parte da 1ª equipa que disputou a final nacional, 1º escalão - 1967 – Torneio Início Regional Norte – Campeão - 1967 – Taça Joaquim Ferreira - Abandonei em 1969, por motivos profissionais - Regresso à AD Valongo, no ano de 1976, para orientar equipas classificadas como “escolares” até à idade de Juniores. Fiquei até 1981.

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José Avelino Abreu Aguiar José Avelino Abreu Aguiar nasceu na Rua Marques da Rocha, em Valongo, no dia 31 de outubro de 1947, filho de José de Sousa Aguiar e de Teresa da Conceição Abreu Barbosa Leão. Fez a escola primária na Escola do Calvário, em Valongo e o ensino secundário no Liceu Alexandre Herculano, no Porto. Licenciou- se em Engenharia Electrotécnica na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Ainda criança, despertou a sua atenção para a modalidade do hóquei em patins, após ter aprendido a andar de patins na garagem do rés-do-chão da moradia do vizinho do outro lado da rua, casa dos irmãos Camilo. Sendo os pais agentes da OLIVA, a mãe bordou na máquina de costura o emblema da Associação Desportiva de Valongo (ADV), entretanto criada, que ostentava na camisola. Também é de recordar que realizou as primeiras caneleiras para o filho, colocando desperdícios atrás de umas canas que aplicava na parte frontal de uma espécie de bolsas tubulares dessas caneleiras,


para proteger as pernas. Iniciou a prática do desporto do hóquei, em conjunto com outros jovens, no rinque público municipal, no centro da vila de Valongo (hoje cidade), na Praça Machado dos Santos. Curiosos eram os balneários, numa divisão da casa do senhor Joaquim Cruz, cedida e adaptada para esse fim. Tinha de se atravessar a rua até ao centro da praça, onde ficava o ringue de patinagem. Foi jogador da equipa de juniores do Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres durante um ano, juntamente com outros valonguenses, por não haver na ADV esse escalão. No ano seguinte integrou a equipa de juniores da Associação Desportiva de Valongo. Foi jogador dos seniores da ADV durante alguns anos, realizando 12 jogos nos anos 1966 e 1967, contribuindo com um hat-trick num desses jogos. Integrou a equipa de Reservas em que a ADV conquistou o tricampeonato, no âmbito da Associação de Patinagem do Porto. Já nos anos 80, fez parte da equipa de Veteranos, onde participou em campeonatos regionais durante 4 anos, sem derrotas.

José de Oliveira Alves O José Alves nasceu em Valongo, no dia 2 de Março de 1943, filho de Noé Rodrigues Alves e de Cândida Martins de Oliveira, comerciantes de drogaria, com uma loja na Praça Machado dos Santos, praticamente em frente ao local em que existiu o rinque inicial, a famosa “eira”. Os seus pais tiveram 8 filhos: três raparigas, a Dilma, a Odília e a Cândida Maria, e 5 rapazes, o Noé, o Joaquim, o José, o António e o Rogério, e todos eles, menos o Joaquim, atraídos pelos espectáculo diário do que se passava no rinque em frente do seu nariz, jogaram hóquei na ADV e todos como guarda-redes. Começou a jogar apenas aos 18 anos, em 1962, porque no seu tempo ainda não havia equipa de juniores em Valongo. Jogou até aos 21, altura em que foi para a tropa, em 1964. Eram os anos da guerra no Ultramar, pelo que foi mobilizado

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para Angola e Moçambique. Acabou por prestar serviço durante 4 anos e só então, em 1968, após ser desmobilizado, voltou a alinhar pela equipa da ADV. Jogou mais 3 ou 4 anos, sempre como guarda-redes. Começou a participar nas competições oficiais em 1963. O seu nome aparece no primeiro jogo de Março de 1963, contra o Carvalhos e faz parte das equipas até Maio de 1964. Depois de um interregno de 4 anos, reaparece numa equipa de Julho de 1968, em jogo contra a Académica de Espinho. E joga o resto desse ano e o ano de 1969, até ao final de Setembro. Continua a aparecer na listagem das equipas pelo menos até 1974.

anos, para ser distinguido de outros “Josés” que com ele partilhavam a turma na Escola Comercial Oliveira Martins, no Porto, onde fez o Curso Comercial, e mais tarde o Instituto Comercial, vindo a ser profissionalmente Contabilista (posteriormente Técnico de Contas e Técnico Oficial de Contas). Eram suas características a capacidade de trabalho, a competência, a determinação, a lealdade, a disponibilidade, e com estas cedo veio a ser admitido no Grupo Pinto Magalhães, de onde nunca saiu, tendo atingido o cargo de confiança de Director Financeiro da sociedade gestora dos investimentos da Família Pinto de Magalhães, a SOGIN. Por amor à Maria Regina, casou com ela em 23 de Abril de 1959, casamento que foi consagrado com os seus seis filhos. A família era o seu espaço de excelência para a transmissão dos valores que o caracterizavam. Também por amor às coisas da sua terra, disponibilizou-se, dedicou-se e empenhou-se. Fê-lo como Vereador da Câmara Municipal de Valongo, como membro da mesa da Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros de Valongo, como mesário e Vice-Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Valongo, como Chefe do

José Jorge Viterbo Fernandes das Neves O Hóquei em Patins e o José Viterbo O José Jorge Viterbo Fernandes das Neves nasceu no Susão, a 17 de Novembro de 1933. Era um Valonguense. Cedo ficou conhecido como José Viterbo, aos 10

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Agrupamento 446 do Corpo Nacional de Escutas e na militância político-partidária.

Valongo, na Associação de Patinagem do Porto e no Grupo Pinto de Magalhães.

A sua paixão pelo desporto, levou-o, - ainda jovem, era, então, o Zézinho, - à prática de futebol na União Desportiva Valonguense.

É no que dá uma vida partilhada! É para o que serve uma vida doada!

Como desportista seguiu-se-lhe o hóquei em patins, modalidade que dava os seus primeiros passos em Valongo e que, ele próprio, com outros, ajudou a estabelecer com sucesso. Tornou-se, então, treinador de hóquei em patins da Associação Desportiva de Valongo e, mais tarde, selecionador do Norte. A gestão de equipas e as estratégias do jogo fascinavam-no. Foi, por isso, um empenhado treinador, cujos resultados se podiam apreciar na relação entre jogadores e treinador e ao longo dos jogos do campeonato onde pontuava a dinâmica e coesão da equipa, o que tornava alguns momentos desta relação em “momentos únicos” de um jogo de hóquei em patins, patins que nunca calçou!

Êxitos desportivos do José Viterbo, coligidos por Américo Moreira:

Foi sob a sua orientação que a equipa de hóquei em patins da ADV se sagrou “Campeão do Norte”, no ano de 1968. Como reconhecimento, todos os jogadores assinaram a faixa de treinador que ele ofereceu à Associação Desportiva de Valongo, o seu Clube, o Clube da sua terra! Isto aconteceu num tempo em que em Valongo não havia profissionais de hóquei em patins. Todos eram amadores. Tudo se fazia por amor! Já depois de ser treinador, passou a integrar a Associação de Patinagem do Porto, tendo sido eleito Presidente do Conselho Técnico a partir de 1990/1991, cargo que desempenhou até ao seu último dia. O exemplar legado da VIDA do José Viterbo ficou a germinar na família, na Associação Desportiva de Valongo, na Santa Casa de Misericórdia de

- 1967 - Taça Joaquim Ferreira – Torneio Início – Campeão Regional - 1968 – Taça Torneio Início A. P. P.

Idem

- 1968 – Campeonato Regional A. P. P.

Idem

- 1970 – Campeonato Regional A. P. P.

Idem

- 1976 – Taça Manuel Maria A. P. P. 2.º Classificado - Homenagem de mérito e valor esportivo - Presença e vitórias em Dois Torneios Nacionais - A. D. Valongo – Seis Sessões de Homenagem (troféus, salvas de prata e 6 medalhas). - Federação Portuguesa e Patinagem – Uma Sessão de Homenagem. - Associação de Patinagem do Porto – Assembleia-Geral – Várias Homenagens. - 1966 – Medalha do Torneio Vaz Guedes - 1972 – Medalha do Torneio Abílio Moreira - 1973 – Medalha do Torneio Edgar Soares - ?? – Medalha do Torneio Vladimiro Brandão Em Anexos está colocado um excerto de uma acta da Assembleia-Geral do clube, de 23.03.1969, com uma intervenção do José Viterbo, que mostra bem algumas qualidades do seu carácter: a serenidade, o empenhamento, a lisura, a generosidade.

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de Juniores esse clube, jogando lá dois anos nessa categoria e, findo esse período, regressei à minha terra, para fazer parte da equipa de seniores da A. D. V., juntando-me a alguns atletas que haviam estado na formação do clube. Por volta dos 30 anos, abandonei a modalidade que sempre servi em puro amadorismo, dedicando-me mais a ministrar o ensino da modalidade às classes mais jovens. Em Valongo, posso dizer que, como treinador, passei por todas as classes etárias do clube.

José Moreira Camilo Nascido em Julho de 1941 e criado em Valongo, onde vivi até aos 50 anos de idade. Em Valongo fiz a antiga 4.ª classe. A minha profissão foi de técnico industrial de metalomecânica, após ter estudado na cidade do Porto a partir dos 10 anos. Desportivamente, aprendi a andar de patins na garagem da residência, na companhia de outros amigos de infância. Mais tarde, com a construção do rinque na Praça Machado dos Santos, o nosso paradeiro era o recinto e onde muitas crianças aprenderam o “abc” do hóquei em patins. Por volta do ano de 1957, já a A.D.V. participava em provas oficiais na categoria de Seniores, tentou-se formar uma equipa de Juniores no clube. Por diferentes razões, não foi possível concretizar o nosso anseio e surgiu-me o convite para trinar no F. C. do Porto, através de um colega de escola. E assim integrei a formação da primeira equipa

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Colaborei também com outras colectividade, como: Estrela Vigorosa Sport, Juventude de Viana, Desportivo de Fânzeres, Paredes, Olá Mouriz e Sobreira. Apraz-me registar a minha breve passagem pelo Rossiense, que foram muito simpáticos em permitir que eu lá treinasse, aquando da minha estadia militar em Santa Margarida. As minhas vitórias desportivas foram as do clube que procurei servir o melhor possível. Nunca tive grandes ambições no desporto competitivo. Pela negativa, tive dois acidentes que me levaram do rinque para o hospital. Fui agraciado pelo clube (A. D. V.) na passagem dos 25 anos de existência, e também pela Junta de Freguesia e Câmara Municipal de Valongo. O meu maior prazer foi ensinar inúmeras crianças na prática da modalidade e ter contribuído com algo que pudesse melhorar a formação dos “homens de amanhã”. Não é em vão que dedicámos cerca de 30 anos da nossa vida ao serviço das Escolas de Patinagem. José Moreira Camilo FEV. 2023


Campeão Distrital e vencedor de vários Torneios: Tomar; Sesimbra; Madeira; Suíça; Alemanha. Épocas no Valongo: 1961-1967 1º classificado no Torneio Início 1967

1º classificado no Torneio Olímpico

1968

2º classificado no Campeonato Nacional

1968

1º classificado no Campeonato Distrital

1970 Regional

classificado

no

Campeonato

1970-1975 Campeonatos Nacionais e Distritais - Presenças Época 67

Como Atleta:

Campeonato da Europa, em Bilbau, Espanha: Portugal, Campeão da Europa. Foi internacional 15 vezes.

José Joaquim Alves Nora Nasceu em Valongo a 08-06-1941, filho de Teresas Alves Santos e de Adão Ferreira Nora. Viveu sempre em Valongo. Profissão: Função Pública. Começou a patinar com 10 anos em pavilhões sem condições, pois só em 1955 é que foi feito o rinque no centro da vila. Em 1957, foi para o F. C: do Porto, porque no Valongo não havia ainda equipas inscritas na Associação de Patinagem do Porto, pois só em 1960 é que o Valongo se filiou na dita associação.

Como Treinador 75-76 – 76-77

Clube Desportivo de Fânzeres

77-76 – 78-79

Vigorosa F. C.

79-80 – 80-81

Marco F. C.

Como Selecionador – Treinador Durante 8 épocas responsável pelas equipas da Associação de Patinagem do Porto Anos 1955 a 1974 15 anos a jogar hóquei e futebol, no União Desportiva Valonguense Como Treinador Épocas 1993 a 2001

Trajecto na modalidade:

Treinador das equipas Infantis e Juvenis do F. C. do Porto.

F. C. Porto

Campeão nas duas equipas, todos os anos.

57-58 – 59-60 Júnior 60-61 Campeão da IIª Divisão - Sénior

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Lino Serafim Leal Pinto Gomes

Anos 2002 a 2005 Treinador na Associação Desportiva de Valongo - Equipas Escolas Infantis, Juvenis, Iniciados

Nascido em Valongo a 1 de Dezembro de 1953.

- Juvenis, como Coordenador

Profissão: Motorista

Épocas 85-88

Com 12 anos de idade comecei a praticar a modalidade de Hóquei em Patins na Associação Desportiva de Valongo, no antigo Ringue, no centro da Vila.

Jogador no Campeonato de Veteranos. Vencedor 3 anos seguidos. Homenagens A. D. Valongo

Medalha. Salva de Prata.

Câmara M. Valongo

»

»

Junta F. Valongo

»

»

Assoc. P. Porto

»

(Jogador)

Assoc. P. Porto

»

(Treinador)

Na Época 1969 / 1970 – Vice- Campeão Nacional de Juvenis;

Federação Portuguesa de Patinagem Salva de Prata mais Medalha de Mérito Desportivo Faixa de Campeão Europeu Momentos 1960 Jogo em Valongo (na “eira”) Jogo Valongo-Porto Vitória do Porto com um golo de penalti marcado por mim. 1967

Selecção Nacional, Bilbau, Espanha.

1º golo marcado à Inglaterra, também de penalti. 1967

Na Época 1969 / 1970 - Campeão Regional de Juvenis - Associação de Patinagem do Porto;

Ser Campeão Europeu

Uma vida – Anos 1958 – 2005 José Nora

Na Época 1970 / 1971 - Campeão Regional de Juniores - Associação de Patinagem do Porto; Em 1972 representei a Seleção de Juniores da Associação de Patinagem do Porto no torneio Inter-Seleções na Cidade de Tomar; Em 1972 representei a Seleção de Juniores da Associação de Patinagem do Porto nos Jogos Luso-Brasileiros na Cidade de Barcelos; Em 1976 representei a Seleção de Seniores da Associação de Patinagem do Porto nos Jogos intercidades Lisboa e Porto; Em 1976 - Campeão Regional Seniores da Zona Norte; Em 1978 a Associação Desportiva de Valongo participou pela 1ª vez na Taça dos Clubes Campeões Europeus, tendo eliminado o Iserlohn da Alemanha e depois foi eliminada pelo Barcelona de Espanha; Em 1980 a Associação Desportiva de Valongo participou na Taça CERS, tendo eliminado o Nantes de França e depois foi eliminada pelo Monza de Itália;

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Em 1981 representei a Seleção Nacional no “VI Troféu Vitoriano Oliveira de La Riva” na Corunha, em 8 e 9 de Maio de 1981; Na Época 1987 / 1988 - Campeão Regional de Seniores - II Divisão Zona Norte; Na Época 1987 / 1988 - Campeão Nacional de Seniores da II Divisão (sem derrotas).

velho quatro anos. O Luís Marçal viveu em Valongo nos anos do início da ADV e foi seu pai, então administrador da “Separadora”, que propiciou a utilização de um dos seus armazéns para a prática do hóquei em patins, como neste livro se conta. Por artes do destino, o Luís Marçal veio a casar com a Eduarda Santos, irmã do Joaquim Santos, de quem se fala neste livro como uma das primeiras patinadoras da terra. Tiveram duas filhas, a Ana e a Inês. Na sua estadia em Valongo, o Luís acabou por se envolver com amigos ligados ao hóquei em patins, fez-se sócio, colaborou em vários momentos com os órgãos dirigentes e acabou por ser eleito Presidente da Direcção em Março de 1969, numa eleição algo acidentada por causa de umas contas menos claras sobre patins que ele teve relutância em aceitar.

Luís Miranda Luís Marçal Varela Sant’Ana de Miranda nasceu no dia 1 de Agosto de 1942 e faleceu a 7 de Fevereiro de 2021. Era filho de D.ª Margarida Sousa Raposo Coutinho Varela Sant’Ana de Miranda e do Sr. José Egas de Azevedo e Silva Sant’Ana de Miranda, e irmão de José Manuel Varela Sant’Ana de Miranda, mais

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Dois anos mais tarde, em 1962, ao serviço da ADV, faz parte do primeiro Campeonato Oficial de Juniores, organizado pela Associação de Patinagem do Porto, com a classificação final de vice-campeão. Em 1963 e 1964, foi convidado pelo F. C. do Porto para fazer parte da equipa de juniores desse clube, ao qual aderiu, motivado pela não filiação da ADV na A. P. Porto, por falta de verbas para tal. Classificações ao serviço do FCP: - Em 1963, campeão regional. - Em 1964, vice-campeão nacional e melhor marcador do campeonato nacional. Regressou a Valongo, em 1965, para fazer parte integrante da equipa sénior. Conquistas:

Manuel João Marques Santos Pires Nasceu na Avenida 1º de Maio, na cidade de Valongo, em 2 de Março de 1945, onde trabalhou e fez escola.

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- 1967 – Torneio Início – 1º classificado - 1968 – Campeonato Nacional – Vice-campeão - 1968 – Campeonato Distrital – Campeão - 1970 – Campeonato Distrital – Campeão

Profissão: industrial de lavandarias.

- 1973 – Torneio Início Intercidades – Vice-Campeão

Aquando da construção do rinque de patinagem, em 1955, na Praça Machado dos Santos, com a idade juvenil nasceu o gosto pela modalidade do hóquei em patins, motivado pelos treinos desta modalidade efetuados pelos atletas que deram origem à formação da A. D. Valongo. A partir desta data, em conjunto com outros colegas, formou o Clube dos Patinadores da Rua 1º de Maio.

- 1973 – Torneio Edgar Soares – 1º classificado

Em 1960, fez parte da primeira equipa de juniores do clube ADV, com participação em torneios não oficiais, chamados campeonatos inter-ruas e outros regionais.

- Vencedor de várias Taças Regionais

- 1977 – Presença na Taça dos Campeões Europeus, onde atingiu a meia final (Valongo-Barcelona) - 1978 – Presença e vitória em dois torneios nacionais e um internacional Ao serviço do Hóquei Juventude de Viana, 5 épocas, de 1979 a 1984. - Vencedor de vários torneios em Espanha (Liceu da Corunha)


- Participação no Campeonato Regional, com a melhor classificação do clube: 3º classificado, 6º classificado, 5º classificado. - 1985 – 1988 – Regresso a Valongo Ainda ao serviço da ADV, Campeonato Velhas Glórias Campeão 4 anos consecutivos (nível regional). Homenagem de Mérito e Valor Desportivo: - A. D. Valongo – Seis sessões de homenagem. Troféus: salva de prata e 6 medalhas. - Câmara M. Valongo – Duas sessões de homenagem. Troféu: Medalha bordada a ouro. - Junta de Freguesia de Valongo – Uma sessão de homenagem. Troféu: Peça de faiança com símbolo da freguesia. - Associação de Patinagem do Porto e Assembleia-Geral – 10 sessões de homenagem. - Troféus: 2 medalhas de campeão regional; - 3 medalhas de Torneio Início; - uma medalha da Taça Manuel Maria; - uma medalha Edgar Soares; - uma medalha Vaz Guedes; - Torneios Internacionais, várias.

Renato Chaves Renato Alberto Miranda de Sousa Chaves nasceu em 10.09.1931, em Vila Pouca de Aguiar, e faleceu em 27.07.2019, em Valongo. Em Valongo casou e foi industrial de ardósia, sendo proprietário de uma pedreira situada no concelho. Era um apaixonado pela fotografia, tinha duas Leicas e uma Hasselblad. Mostrou-me algumas belas fotografias feitas pelas suas belas máquinas, com ele no comando, claro. Em 1968, foi eleito Presidente da Direcção da ADV.

-. Federação Portuguesa de Patinagem – 2 sessões de homenagem. Troféu: medalha - 1º Torneio Inter - Associações, 1971 e Torneio de Tomar, 1972. - Confederação dos Desportos do Brasil – Oferta de medalha de participação, 150 anos de independência do Brasil, 1882-1972.

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guarda-redes titular contra o Clube da Maia, para a Taça Regional, que teve como resultado final o score invulgar de 46-1!. O golo sofrido foi marcado, como auto-golo, pelo saudoso Grande Guarda-Redes ROGÉRIO! (Escrita por Américo Moreira)

Rogério Alves Nasceu no dia 20 de Janeiro de 1946, no centro da Vila de Valongo, hoje cidade, na Praça Machado dos Santos, na sua casa familiar e de negócio, com o nome de Drogaria ou Casa Noé. Casa situada na Praça onde posteriormente viria a ser construído o rinque de patinagem. Faleceu a 6 de Março de 2013. Desportivamente, por volta do ano 1958/59, motivado por colegas de escola e pelo acesso fácil ao rinque, começa a aprender a andar de patins. Posteriormente, entusiasmado por três irmãos que já praticavam o hóquei ao serviço da ADV como guarda-redes, resolveu ele também ser mais um guarda-redes. Passou então a Família Noé a ser constituída por quatro guarda-redes, inscritos como atletas na ADV e jogando nos jogos oficiais!! Que se saiba, é caso único no país!!! Há ainda a realçar outro feito histórico, ocorrido no ano de 1963, num jogo em que participou como

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Vítor Francisco Sousa Dias Vítor Francisco Sousa Dias nasceu a 8 de Maio de 1949, na Travessa Jorge Malta, na cidade de Valongo, onde fez escola e trabalhou, tendo como profissão comerciante, na área de livraria e papelaria, “Papelaria Livraria Ducal”. Desportivamente, desde muito cedo tomou o gosto pela patinagem, dada a proximidade da sua residência ao rinque, que dista cerca de 50m (Praça Machado dos Santos), e onde se patinava brincando, o que era extensível a toda a gente.


O Vítor desde logo se apaixonou pelas balizas do hóquei, gostava de ouvir os relatos da rádio dos mundiais de hóquei em patins, bem como imitar os lendários guarda-redes que defendiam as balizas nacionais, das décadas de 50 e 60, tais como Emídio, Matos, Vítor Domingos e outros.

Todas as suas vitorias desportivas foram as do clube que serviu o melhor possível.

Lá para o ano de 1963, com 13 anos de idade, já participava em jogos de hóquei “interruas”, a sua equipa era a da Praça Machado dos Santos, que defendia com unhas e dentes. Já diziam os entendidos do clube ADV: “Este rapaz parece ser uma boa promessa”. O que mais tarde se tornou realidade, quando lhe coube a titularidade do lugar, em substituição de grandes guarda-redes que também deram o seu melhor à ADV. Caso de Joaquim Navio, Mário A. Correia (“Mário da Domingas”), Francisco Pires.

- 1 Torneio das Astúrias – 2º classificado

Em 1965, participou no seu primeiro e único campeonato como Júnior, sendo 1º classificado na Região Norte, ao serviço da ADV.

- 1970 – Campeonato Regional de Seniores – Campeão

No ano seguinte, 1966 / 67, subiu à categoria de Sénior, para se integrar na equipa, lutando pela titularidade. Jogou neste escalão cerca de 5 a 6 anos, até 1972, ao serviço da ADV. No ano seguinte, 1973, foi convidado pelo F. C. do Porto, tendo ingressado neste clube motivado pela oferta de boas condições profissionais. Aqui permaneceu como guarda-redes titular até ao ano de 1977. Após este período, regressou às suas origens, Valongo, até ao fim da sua carreira, com a idade de 36 anos.

O seu curriculum desportivo conta: Ao serviço do F. C. do Porto (5 anos): - 1 Torneio Ibérico – 1º classificado - 1 Torneio Início – 1º classificado Ao serviço da A. D. Valongo: - 1965 – Campeonato Distrital de Juniores – Campeão - 1968 – Campeonato Distrital de Seniores – Campeão - 1969 – Torneio Início Regional de Seniores – Campeão

- 1977 – Taça Clubes Campeões Europeus – atingiu a 1/2 final, Barcelona - 1978 – Presença com vitórias em 2 torneios: Aveiro e Cascais – 2º classificado - 1985 a 1988 – Velhas Glórias, nível distrital – Campeão 4 anos consecutivos

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05

Resumo dos jogos de Hóquei em Patins da ADV

Desde 1956 até 1980 46. Nota: O documento que segue não é apenas, embora o seja maioritariamente, um resumo dos jogos, visto que inclui também artigos de jornais ou de opinião e entrevistas que me pareceram relevantes para o conhecimento do clube e das pessoas que nele colaboraram. O resumo contém: (1) a data, com a notação europeia: ano/mês/ dia, cada um representado pelos respectivos algarismos, sem separador; exemplo de datação: 19560603 significa 3 de Junho de 1956.

notícias sem qualquer alteração, excepto quanto às gralhas óbvias, que corrigi. Em vários casos, quando o texto é relativamente obscuro, introduzi a menção “(sic)”, para significar a minha perplexidade. Reservei-me o direito de, em muitos casos, comentar em “Nota” aquilo que entendi. Siglas: BO – Jornal A Bola; CD – O Correio do Douro; CP – O Comércio do Porto; JN – Jornal de Notícias; MD – Mundo Desportivo; ND – O Norte Desportivo; PJ – O Primeiro de Janeiro; RC - Jornal Record; RJ – Resumo dos Jogos.

(2) a sigla do jornal ou revista onde foi encontrada a notícia, (3) a indicação do jogo, pondo em primeiro lugar o nome do visitado; (4) resumo da notícia, com ou sem transcrição / ou do jogo / ou de ambos. A menção “Sem indicação de data”, colocada a seguir ao resultado de um jogo, é feita quando a notícia ou o seu contexto não referem a data em que ele se realizou e pode significar duas coisas: ou que o jogo se disputou na véspera da data da notícia (que é a situação mais corrente) ou que ele se efectuou noutra data, agora difícil de encontrar. Coloquei a mim próprio, como estrita regra de trabalho, a obrigação de transcrever o texto das

1956

19560105_ND_António Adão – O «Avô de Valongo» A crónica: “COISAS E LOISAS DO HÓQUEI EM PATINS” “Era justamente por esta altura do ano… Véspera do dia grande do Natal. Havia a ceia da meia-noite, com o seu delicioso «bacalhau com todos». Era, enfim, a velha e alegre consoada à moda do Norte… Vivíamos ao tempo na nossa terra, na Ilha Terceira de Jesus Cristo. E meu pai solenemente explicava: – estamos respeitando, meu filho, uma

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tradição da terra do teu avô. Meu avô era de Valongo. Daqui nasceu, naturalmente, a minha admiração pelo Norte e pela sua gente. Com o decorrer do tempo a minha simpatia acentuou-se, tornando-se mais forte e mais consciente. Hoje admiro profundamente os nortenhos pelas suas virtudes que se dilatam pelo carácter, pelo trabalho, pelo bairrismo e até – porque não dizer também – pelos seus próprios defeitos. Por tudo isto, por este conjunto de recordações agradáveis e fortes motivos de admiração, eu tenho ainda maior prazer – prazer que roça pela emoção – de incluir hoje, ao fim de mais de trinta anos de jornalismo desportivo, a minha modesta colaboração num jornal do Porto – o simpático «O Norte Desportivo». O meu trabalho, embora falho de valor, será contudo – mais pela honestidade e imparcialidade das quais não abdico – uma simples e pobre homenagem ao velho «Avô de Valongo», homenagem que tomo a liberdade de tornar extensiva a todos os meus amigos do Norte.

discórdia nasceu simplesmente – a acreditarmos no que dizem os nossos federativos – duma arbitrária decisão do Comité da Federação Internacional. Embora como reflexo, não queremos admitir, nem sequer por hipótese, que a Espanha não esteja presente no próximo Campeonato do Mundo, o qual perderia com a sua ausência um dois seus maiores e mais legítimos atractivos. Aproveitamos o ensejo para falar na velha rivalidade desportiva existente entre Portugal e Espanha. Porque por mais voltas que se dê não se pode evitar que os dois países se encontrem, pelo menos, em Campeonatos do Mundo ou da Europa. Do mesmo modo e por mais voltas que se dê não se conseguirá eliminar a velha rivalidade existente. Atenuar já seria um admirável passo em frente… É porém curioso assinalar que, à parte no futebol e no hóquei em patins, os públicos são incomparavelmente mais calmos e compreensivos. Justamente por esta razão não compreendemos as rivalidades exacerbadas que se verificam em qualquer das duas modalidades. A quem pertence fundamentalmente a culpa?

Não sabemos de todo qual a atitude que virá a ser assumida pela Federação Espanhola de Hóquei em Patins, em relação ao próximo Campeonato do Mundo que, como se sabe, se deve realizar no Porto. Este preâmbulo vem a propósito do que se passou recentemente em Barcelona com o último Campeonato da Europa de Juniores. Verdade se diga – e isto é muito importante para o juízo calmo da questão – que não existe propriamente qualquer conflito entre a Federação Portuguesa e a sua congénere espanhola. O pomo da

222

Não hesitamos em a atribuir em grande parte ao público, até talvez mais pelo desconhecimento das próprias regras. Temos assistido – e a partir deste momento vamo-nos reportar exclusivamente ao hóquei em patins – a quase todos os encontros de Campeonatos do Mundo em que têm participado equipas representativas dos dois países, em jogos por sua vez realizados ora numa nação ora na outra. Vimos por consequência a equipa espanhola actuar em Lisboa e no Porto e vimos a equipa portuguesa actuar por duas vezes em Barcelona. Nesta última


cidade os portugueses não eram senhores de dar o mais pequeno e casual «encosto» a um adversário que não fossem apupados. Por outro lado, em Lisboa e no Porto, os espanhóis, por sua vez, não se podiam «encostar» a qualquer adversário que não fossem assobiados. Em qualquer dos casos, não interessava que o «encosto» fosse dado a um holandês, a um francês ou a um inglês, porque se fosse dado a um espanhol lá, ou a um português cá a coisa assumia então autênticos aspectos de «Fim do Mundo»… Ora isto não está certo. Fala-vos quem já passou por essas coisas… Se pretendermos, aliás legitimamente, que os jogadores de hóquei portugueses sejam bem recebidos em Espanha, temos a obrigação, em reciprocidade, de receber bem os hoquistas espanhóis em Portugal. Urge que se crie uma plataforma nesse sentido. Só depois é que teremos autoridade moral para erguer a voz a condenar sem reticências os prevaricadores. O que se passou recentemente em Barcelona veio criar, é certo, uma atmosfera um pouco enevoada para o próximo Campeonato o Mundo. Apesar disso – numa opinião muito pessoal – há que mostrar calma e receber com hospitalidade. Teremos depois o direito de «exigir» igual tratamento. Há entretanto uma grande verdade que não podemos enjeitar: – fomos nós que praticamente ensinámos os espanhóis a jogar hóquei em patins. Levámos até Espanha o nosso tipo de jogo com todas as suas virtudes, características de fogosidade, improvisação, cotoveladas e «sticks» presos… Ensinámos que o hóquei em patins se joga um pouco com o coração, em velocidade e à base de entusiasmo, mas ensinámos também, com não

menos clareza, toda a soma de subtilezas e de «truques», em que éramos catedráticos… Os espanhóis, como bons e atentos alunos, aprenderam tudo. Aprenderam por consequência o bom e o mau! Não nos parece legítimos queixarmo-nos inteira e exclusivamente dos discípulos… Acreditamos, porém, que eles tenham refinado um tudo nada em relação àquilo que aprenderam. Fora do «rink» tanto os jogadores espanhóis como os portugueses são autênticas simpatias. Entretanto lá dentro transformam-se um pouco – podem crer mais por força do ambiente do que por índole própria. Quanto ao público e à sua maneira de ser falaremos no próximo escrito. ANTÓNIO ADÃO - pág. 5”

19560603_CP_Pela pena do seu correspondente, na altura, o jornalista Fernando Queirós, o Comércio do Porto noticiava, sob o título “O Desporto em Valongo” o seguinte: “A Associação Desportiva de Valongo inicia a sua actividade oficial no óquei patinado, depois do termo do Campeonato do Mundo e na 2ª Divisão, com os seguintes jogos: 1º Dia – Vilanovense-Valongo 2º Dia – Valongo-C. Universitário 3º Dia – Póvoa-Valongo 4º Dia – Valongo-F.C. do Porto 5º Dia – Candal-Valongo”

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19560703_CP_ Início do Campeonato Regional da IIª Divisão em 02.07.1956. — 1º jogo da sua história: Vilanovense-Valongo_5-1. Jogo em Soares dos Reis, no dia 2 de Julho. Primeiro jogo da ADV. Relato do jornal O Comércio do Porto, de 03.07.1956: “Principiou, ontem à noite, a disputar-se o campeonato regional da II Divisão a que concorrem seis clubes. O torneio menor da Associação de Patinagem do Porto está talhado para um êxito desportivo e financeiro que facilmente se adivinha, se atendermos a que o F. C. do Porto, com toda a sua popularidade, vai dar grande expansão a este desporto.” É preciso dizer que a equipa do Porto era, tal como a ADV, nova no clube e nas competições, visto que o plano para a sua criação fora aprovado apenas em Março de 1956 (notícia CP, 560313, p. 10). Por isso, e por se tratar do Porto, a notícia dá de seguida grande relevo ao jogo inicial do campeonato, precisamente entre o F. C. Porto e o Centro Universitário, que aquele venceu por 9-1. De seguida, relata brevemente o jogo Vilanovense-Valongo, 5-1, dizendo: “Em Soares dos Reis, o Vilanovense, um dos melhores clubes deste torneio menor, venceu, facilmente o Valongo por 5-1, com 3-1 ao intervalo. Os simpáticos valonguenses com um grupo muito jovem, mas também muito prometedor, tiveram

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naturalmente de ceder visivelmente perante um adversário que já está muito habituado às competições. Na primeira parte, o vencido aguentou-se bem, mas na segunda como era de supor, baquearam ante a maior capacidade do adversário. O Vilanovense perdeu três castigos máximos e o Valongo um, tendo os grupos alinhado, sob a arbitragem de Oliveira Ferreira: VILANOVENSE – Alberto, Brandão, Ramalhete (1), Moutinho (2) e Caetano, com Olímpio a sexto. VALONGO – Barros, Lino, Armindo, Carlos e Eugénio (1), e Bártolo, a sexto. Pelo vencedor marcaram: Moutinho (2), Álvaro (2) e Ramalhete, de grande penalidade, e pelo vencido, Eugénio, de castigo máximo, também.” De seguida, a notícia apresentava a classificação desta 1ª jornada: Porto Vilanovense Candal Póvoa Valongo Centro

J

V

E

D

F

C

1 1 1 1 1 1

1 1 0 0 0 0

0 0 1 1 0 0

0 0 0 0 1 1

9 5 3 3 1 1

1 1 3 3 5 9

P 3 3 2 2 1 1

Nota: A notícia apresenta uma incongruência: indica como marcador de 2 golos do Vilanovense um Álvaro que não aparece no elenco… A notícia era, como se vê, tendencialmente amável e encorajadora, ao falar dos “simpáticos valonguenses” como grupo “muito prometedor” e ao sublinhar a qualidade do adversário, como “um dos melhores clubes deste torneio menor” e “muito


habituado às competições”, o que funcionou de algum modo como lenitivo e compensação para a pesada derrota do primeiro jogo disputado. Percebe-se que o jornalista (infelizmente não identificado, como era corrente) gostava do “óquei” (que ainda se escrevia sem “h”) e tinha noção clara de como as palavras de uma notícia desportiva podem ajudar a promover ou a degradar qualquer modalidade.

Os universitários, que terminaram a primeira parte a ganhar por 4-1, deram no segundo período a noção evidente de fatigados, revelando claramente a sua impossibilidade física para aguentar todo o tempo no ritmo inicial.

Esta nota pretende ser, como sempre é devido, um louvor a este tipo de jornalista e de jornalismo.

CENTRO: Santos da Cunha, Vasco Jorge, Freire (1), P. Machado (1), Agostinho (3), Silveira (1) e Seruca.

19560706_CP_Valongo-Centro Universitário_6-6. Jogo no rinque do Valongo. Sem indicação de data. O que segue é a transcrição de um recorte de jornal datado, mas não identificado (julgo que poderia ser, pela linguagem, de O Comércio do Porto ou de O Primeiro de Janeiro), conservado pelo Armindo Fonseca: “Foi um acontecimento de relevo a apresentação oficial da equipa da Associação Desportiva de Valongo, no seu jogo oficial a contar para o campeonato regional da II Divisão. O público de Valongo correspondeu à expectativa em volta deste encontro e o entusiasmo foi enorme. No final havia um empate, mas a vitória devia pertencer aos locais pela sua brilhante recuperação no segundo tempo. O Centro evidenciou maior poder atlético e melhor sentido do jogo, mas a equipa valonguense bem incitada pelo seu público foi um conjunto brilhante quer a defender quer a atacar. (…)

Arbitragem acertada de José Proença.” VALONGO: Barros, João Lino, Armindo (1), Camões (3), Eugénio (2).

Nota: Suscita alguma perplexidade a afirmação da notícia sobre “a apresentação oficial da equipa da Associação Desportiva de Valongo, no seu jogo oficial a contar para o campeonato regional da II Divisão”, porque dá a ideia, errada, de que era o primeiro jogo da equipa, o que, como acima vimos, não é verdade: o primeiro jogo realizou-se em Soares dos Reis, no campo do Vilanovense, em 02.07.1956. A menos que o repórter tivesse em mente a apresentação oficial da equipa ao público de Valongo e na sua terra. Então, sim, foi a primeira vez.

19560707_JN_Valongo-Centro tário_7-7.

Universi-

Notícia sem nenhum pormenor. Note-se a discrepância com a notícia do mesmo jogo no CP: aqui 7-7; naquele 6-6; sendo que todo o contexto leva a crer que é este o resultado que está certo.

Armindo dos locais foi o melhor jogador no rinque, mas todos os seus colegas corresponderam. (…)

225


19560709_JN_Noticia que o jogo Póvoa-Valongo, que deveria ter-se realizado ontem, não se realizou, devendo ser jogado hoje.

19560709_CP_Apresenta a classificação da 3ª jornada, daquilo a que chama “Campeonato do Porto da IIIª Divisão”: Classificação: Porto Vilanovense3 Centro Candal Valongo Póvoa

J 3 3 3 3 2 2

V 3 0 0 0 0 0

E 0 0 1 1 1 1

D 0 18 2 2 1 1

F-C 29-2 6-6 11-20 2-16 7-11 4-18

P 9 9 4 4 3 3

e informa que o jogo Valongo-Porto, a quarta e penúltima jornada do torneio (como então lhe chamavam) se realizará na seguinte quarta-feira, dia 11.07.1956. Informa também que, “inexplicavelmente, sem qualquer aviso, foi adiado para hoje o jogo entre o Valongo e o Póvoa, a disputar na Póvoa do Varzim”.

19560710_CP_A notícia informa que “O jogo da II Divisão, entre o Póvoa e o Valonguense (no início, confundiam a ADV com o clube de futebol, chamado Valonguense) foi marcado, por acordo dos clubes, sem aviso à Imprensa, para o dia 17 do corrente, na Póvoa do Varzim”.

19560711_CP_Noticia a realização hoje, esta noite, da “quarta jornada do torneio menor” com os jogos Valongo-Porto, Vilanovense-Póvoa e Centro-Candal.

19560711_Porto-Valongo_8-0. Jogo no Porto, no dia 11 de Julho. Notícia sem referência de origem (aparentemente, JN ou PJ). Coligida por Armindo Fonseca. A notícia: “O jogo iniciou-se sob um ambiente de enorme interesse, mostrando o clube visitante, logo de início, (ser) a turma mais perigosa no ataque. O primeiro tempo terminou com o resultado de 6-0, marca muito mais elevada do que do que aquela angariada no seguindo período, o que, até certo ponto, demonstra as largas possibilidades evidenciadas pelos «azuis e brancos» e a defesa valorosa imposta, em seguida, pelo conjunto vencido. O encontro forneceu fases de grande efeito espectacular, salientando-se no vencido a actuação de Armindo e Barros e no F. C. do Porto todos foram brilhantes, com destaque para Campos e Sousa. Os locais beneficiaram de uma grande penalidade, que não resultou, estranhando-se que não tivesse sido Eugénio encarregado de transformar o castigo. Antes do início, os capitães das duas equipas trocaram galhardetes. A receita foi de 3.030$00. Arbitragem de Alberto Couto.” VALONGO: Barros, João Lino, Camões, Eugénio e Loureiro.

Armindo,

PORTO: Campos, Lobo, Maia, Sousa (2), Torres (3), Malheiro (3) e Óscar.

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19560713_JN_Valongo-Porto_0-8. Jogo em Valongo, no dia 11 de Julho. Não indica os marcadores dos golos. A notícia: “Jogo em Valongo. Ao intervalo: 0-6. Os azuis e brancos não tiveram dificuldades. Jogando com velocidade e desenvoltura, superiorizaram-se ao antagonista, especialmente na primeira metade do jogo. Arbitragem irregular de Alberto Couto.” VALONGO: Barros, João Lino, Camões, Eugénio e Loureiro.

Armindo,

PORTO: Campos, Lobo, Maia, Sousa, Torres, Malheiro e Antas.

“No Candal disputou-se este jogo (…). Árbitro – Cid Gomes. Ao intervalo, o marcador estava em 2-2. Marcaram: Aníbal (3) e Eugénio (2) Jogo correcto e arbitragem certa. Boa exibição de Cardoso, do Candal, e Armindo, do Valongo.” CANDAL: Cardoso, Alberto, Rui, Aníbal (3), Carneiro e Álvaro (sexto). VALONGO: Barros, João, Armindo, Camões, Eugénio (2) e Bártolo.

19560716_JN_Candal-Valongo_3-2. Candal, no dia 15 de Julho.

Jogo

no

A notícia: 19560714_CP_Noticia a realização, hoje, do “primeiro jogo da última jornada da primeira volta da II Divisão entre o Candal e o Valongo que está a despertar grande interesse”. No final da notícia sobre o hóquei, e sob o título “O Desporto em Valongo”, o jornal escreve: “Despertou o maior interesse a visita da equipa de óquei em patins do F. C. do Porto a Valongo, trouxe muita gente e a assistência computou-se em cerca de 800 pessoas ao todo, o que é assinalável numa modalidade recente nesta terra.”

19560715_CP_Candal-Valongo_3-2. Candal, no dia 15 de Julho.

Jogo

“Terminou, ontem, a primeira volta do Campeonato Regional da II Divisão. (…) O desafio foi disputado com muito entusiasmo. Os candalenses, mais afoitos, conseguiram, na segunda parte, construir o triunfo, que mereceram inteiramente. Arbitragem certa.” Equipas: Indica a mesma composição da notícia anterior, do CP. Nota: O nome “João”, que aparece nas duas notícias, do CP e do JN, deve referir-se ao João Lino, que já jogara no jogo com o Porto, em 19560713.

no

(O dia do jogo não é especificado, mas sabemos ter sido 15, pela notícia do JN, abaixo).

19560716_CP_Anuncia o jogo Valongo-Vilanovense, para o próximo sábado (21.07.1956), em que se inicia a 2ª volta do torneio.

A notícia:

227


19560718_CP_Póvoa-Valongo_4-5. Jogo realizado na Póvoa, no dia 17.07.1956.

PÓVOA: Malhão, Ribeiro, Jorge, Leitão e Costa Reis (Rodrigues e José Luís (4)).

A notícia:

VALONGO: Barros, Loureiro, Armindo, Camões (2), Eugénio (3) e Lino.

“O problema das arbitragens continua na ordem do dia, o que sem dúvida faz perder a beleza desta actividade, que é acarinhada pelo público. Ontem, na praia poveira, o público protestou e com razão o mau trabalho do juiz da partida. A continuar assim este problema das más arbitragens, teremos uma quebra grande neste desporto, que à custa de grandes sacrifícios conseguiu impor-se e marcar lugar de relevo. A partida entre poveiros e valonguenses revestiu-se de certo nervosismo, resultando daí um frouxo jogo. Os grupos acusaram falta de treinos, verificando-se em alguns elementos pouca adaptação na patinagem. Os dois períodos tiveram as mesmas características, em que os jogadores iam muito ao choque. Faltas flagrantes foram deixadas em claro, contribuindo também a má exibição de vencidos e vencedores para esta fraca exibição. No entanto, merece referência José Luís, que foi o jogador mais cerebral do rinque. O primeiro período terminou com o resultado de 2-2, golos marcados por José luís, Camões e Eugénio. Na segunda parte, os marcadores foram: José Luís (2), Eugénio (2) e Camões.” A notícia anuncia o começo da segunda volta, na próxima sexta-feira (20.07.1956) com os jogos Porto-Centro Universitário, Valongo-Vilanovense e Candal-Póvoa.

228

Nota: O relato do jornal fala de má exibição de ambas as equipas e de deficiente arbitragem. Quando refere que a partida se revestiu de “certo nervosismo” está a pôr, talvez sem o perceber, o dedo na ferida. Eu estive nesse jogo e não recordo qualquer comportamento insuportável dos adversários, embora me lembre de alguma violência, própria de quem joga em casa e não tem ainda grande rodagem ou experiência. Aquilo que recordo com nitidez, de tal modo que me marcou para o resto das minhas actuações (era a segunda ou terceira vez que eu alinhava pela equipa da ADV) foi a violência desbragada de algum público, presente à volta do rinque, encostado ao varão envolvente e constantemente ameaçador. E isto não é “literatura”: por duas ou três vezes, passou-me perto da cabeça um punho fechado, quando tentei disputar uma bola junto da tabela, de tal modo que deixei de me aproximar dela…

19560719_CP_Noticia a interdição do rinque de Valongo por 2 jogos, pela direcção da Associação de Patinagem do Porto, reunida extraordinariamente, sem explicar o porquê da interdição. Apenas diz que a ADV passará a utilizar o rinque do Candal. Foi igualmente interditado por um jogo o rinque do Lima, pelo que passará a ser usado o do Infante de Sagres.


19560721_CP_Prossegue esta noite o campeonato da IIª divisão com os jogos Valongo-Vilanovense, no Candal; Candal-Póvoa, no Candal; e Porto-Centro, no Lima.

19560721_JN_”Inicia-se hoje a disputa s 2ª VOLTA DO Campeonato Regional da II Divisão, apresentando o calendário as seguintes partidas que terão início às 22 horas: Valongo-Vilanovense e F. C. do Porto-Centro Universitário. Em virtude da interdição do rinque do Valongo, o jogo que esta equipa efectua hoje foi transferido para o Candal; o F. C. do Poro joga no Lima.” 19560722_CP_Vilanovense-Valongo_5-2. Jogo no rinque do Candal, por interdição do rinque do Valongo, no dia 21 de Julho.

19560722_JN_Valongo-Vilanovense_2-5. No rinque do Candal, no dia 21 de Julho, por estar interditado o rinque do Valongo. A notícia: “Ao intervalo, 1-3. Os gaienses mereceram o triunfo. A equipa teve sempre a favor a sua melhor preparação e sentido de ataque, impondo-se naturalmente, num encontro que foi disputado com certa dureza.” Equipa: Mesma composição da notícia anterior, do CP, mas suprimindo Baptista. Nota: Compare-se as duas notícias, do CP e do JN. A do JN fala em “certa dureza”, o do CP refere “jogo… excessivamente duro, de parte a parte”. O primeiro assinala “arbitragem irregular”, o segundo não se lhe refere.

A notícia: “O jogo realizado no rinque do Candal, por interdição do rinque do Valonguense (!), foi excessivamente duro, de parte a parte. O jovem mas prometedor grupo de Valongo foi prejudicado pelas exíguas dimensões do recinto, de que o adversário, mais experiente e com vantagem física, soube sempre tirar partido. Ao intervalo, o (vencedor) já tinha 3-1 a seu favor, mas na segunda parte os jogadores do Valongo bateram-se bem e mereciam melhor. Arbitragem irregular. O Valongo protestou o jogo.” VILANOVENSE: Alberto, Brandão, Ramalhete (1), Moutinho (2), Caetano (2), Olímpio, Ribas e Baptista. VALONGO: Barros, Loureiro, Armindo (1), Camões, Eugénio (1) e Lino.

19560726_CP_Centro Universitário-Valongo_10-2. Sem indicação de local ou data. A notícia: “Os universitários, embora sem jogar com todos os elementos, venceram folgadamente, dando a noção de boa equipa, com relevo para Silveira, Santos da Cunha e Vasco. Na primeira parte, o Centro ganhava por 7-1, não forçando o andamento no segundo período. Arbitragem de Alves do Reis.” CENTRO: S. Cunha, Vasco, Freire (2), P. Machado (2), Silveira (6) e Lobeira. VALONGO: Chico, Loureiro, Armindo Camões e Lino.

(2),

229


19560726_CP_Sobre a interdição do rinque do Valongo. A notícia: No final das notícias sobre hóquei em patins, e sob o título “O Desporto em Valongo”, o correspondente habitual comenta: “Causou surpresa no nosso meio a decisão da Associação de Patinagem do Norte em interditar por dois jogos o campo de óquei em patins. O que houve, que praticamente não foi nada, não merecia a punição dada. Até faz desanimar!” Também não explica em que consistiu o “nada”…

19560729_JN_Indica que, por causa do mau tempo, não se realizaram vários jogos, entre eles o jogo Valongo-Póvoa, “indicado para o rinque do Candal, (por interdição do rinque do Valongo).” No mesmo dia e com o mesmo conteúdo, notícia no JN.

19560801_JN_”Campeonato Regional da II Divisão – Realizam-se hoje os encontros referentes à quarta jornada da segunda volta, que apresenta o seguinte cartaz: F. C. do Porto-Valongo, Desp. da Póvoa-Vilanovense e Candal-Centro”.

19560726_JN_Centro Universitário-Valongo_10-2. Jogo no rinque do Lima, no dia 25 de Julho, arbitrado por Luís Reis.

19560802_JN_Porto-Valongo_3-0. rinque do Lima, no dia 1.

A notícia:

A notícia:

“A superioridade dos universitários foi incontestável (…) e teve em Silveira (5) um dianteiro em noite de inspiração no remate. Ao intervalo: 7-1. Arbitragem boa.”

“As surpresas desta jornada – a quarta da segunda volta – foram a escassa vitória obtida pelos «azuis e brancos» no seu rinque, ante os valonguenses, e o empate cedido pelo Vilanovense na Póvoa do Varzim. A partida mais equilibrada disputou-se no Candal, onde os «Universitários» foram buscar dois pontos. (…)

CENTRO: Santos da Cunha, Vasco (1), Silveira (5), Freire (2), Pinto Machado (2) e Álvaro. VALONGO: Bártolo, Loureiro, Armindo (2), Camões e J. Lima (deve ser João Lino). Nota: Como pode ver-se, os marcadores do Centro indicados nesta notícia e na de conteúdo idêntico do CP não coincidem.

Jogo

A equipa do Valongo, ao entrar em campo, parece ter pensado: jogo é jogo e ganha quem meter mais golos. E o «cinco» atirou-se à luta, desde o primeiro minuto, com denodo, com garra, de tal maneira que colheu de surpresa os «azuis e brancos», que só muito dificilmente conseguiram a vantagem de três bolas. Queríamos dar boa nota ao árbitro, mas não podemos. Houve por lá uns deslizes… Ao intervalo: 2-0. Árbitro: Alberto Rosas”

230

no


F. C. DO PORTO: Campos, Guilherme, Sousa (1), Torres (2) e Malheiro VALONGO: Chico, Loureiro, Armindo, Eugénio e Camões.

19560802_CP_Porto-Valongo_3-0. Lima. Não indica o dia do jogo.

Jogo

no

A notícia: “No rinque do Lima, a equipa do F. C. do Porto fez uma exibição modesta, permitindo que o adversário equilibrasse um jogo em que estavam antecipadamente derrotados. O jogo ganhou, por isso, animação e vibração e Campos fechou bem a sua baliza, de contrário o resultado podia ser mais lisonjeiro para o vencido. Torres marcou o primeiro tento do Porto aos 3 minutos e o marcador só voltou a funcionar aos 15 minutos, em remate de Sousa. Na segunda parte, o jogo foi ainda mais equilibrado e o vencedor marcou pela terceira e última vez, numa stikada de Torres. Arbitragem de A. Rosas.” PORTO: Campos, Guilherme, Sousa Malheiro, Torres (2), Maia e Reis Costa. VALONGO: Bártolo, Loureiro, Camões, Eugénio e Lino.

(1),

Armindo,

Noticia a realização no sábado, dia 04.08.1956, da última jornada do torneio, com os jogos Valongo-Candal, Vilanovense-Porto e Centro-Póvoa.

Na fotografia, publicada neste dia pelo CP, distinguem-se bem Armindo, F. Bártolo e Eugénio, ao fundo, além do jogador do Porto, caído junto da baliza.

Nota: Mais uma vez (como várias outras) há divergência na enumeração dos jogadores, agora do Valongo. Porém, o que é importante, nas duas notícias, é que elas sublinham, a primeira expressamente, a segunda apenas de modo implícito, a boa actuação do Valongo, o que significava, na situação, um crescimento muito rápido da boa forma. É de notar que o Porto estava a jogar muito bem: na jornada anterior (19650728) ganhara ao Candal por 14-0, na do dia 19560725, batera o Desportivo da Póvoa, na Póvoa, por 8-0 e, na jornada de 19560715, vencera o Vilanovense, uma das equipas fortes da 2ª Divisão, por 5-0. Além de que, como vimos acima, ganhara ao Valongo por duas vezes (19560711 e 19560713) por 8-0. Daí a notícia do JN falar de “surpresa”. O comentário do JN é dos mais interessantes sobre jogos do Valongo, porque creio que documenta bem o espírito de vontade e de luta que se

231


foi cimentando na equipa e a aquisição de uma consciência a que poderei chamar, pomposamente, estratégica: “somos principiantes, estamos a aprender, não há que ter medos…”

19560804_CP_Anuncia para hoje o jogo Valongo-Candal, no campo das Cavadas, em virtude da interdição do rinque do Valongo; e do jogo Valongo-Póvoa, adiado por força do mau tempo, para o dia 9, em Valongo.

19960805_ND_Terminou Regional da II Divisão

o

Campeonato

A notícia: “O F. C. do Porto venceu com indiscutível mérito o Campeonato Regional da II Divisão E na próxima época passa a enfileirar ao lado dos «maiores» do hóquei patinado nortenho. No seu último encontro, os «azuis-brancos» empataram como Vilanovense por 3-3” (em título) “Terminou, ontem à noite, o campeonato regional da II Divisão de hóquei em patins, competição que foi ganha com mérito indiscutível pelo F. C do Porto. (…) Entrando no «rink» de Soares dos Reis já com o primeiro lugar assegurado a equipa do F. C. do Porto não conseguiu terminar a competição cem por cento vitoriosa (…). Desejoso de rectificar o resultado da primeira volta o Vilanovense entregou-se à luta com todo o entusiasmo e demonstrou ser, sem dúvida, o conjunto

232

que maior perigo oferecia para as aspirações do F. C. do Porto. (…) Como é do conhecimento geral, o conjunto dos «azuis-brancos» é constituído por jogadores que vieram de vários clubes, não surpreendendo por isso mesmo que ainda não possuam perfeita conjugação de esforços e que as suas exibições tenham acusado ainda muitas falhas. (…) Como mais sério competidor do F. C. do Porto no campeonato que ontem terminou, o Vilanovense esteve em primeiro lugar e chegou mesmo a dar a sensação de que viria a dificultar imensamente a tarefa dos «azuis-brancos», mas no jogo da primeira volta os «azuis-branco» venceram por um resultado que deixou desde logo antever que a equipa da Soares dos Reis era inferior. A uma jornada do fim, o Vilanovense foi empatar à Póvoa do Varzim e isto constituiu o cheque-mate nas aspirações dos gaienses, uma vez que este resultado colocou automaticamente o F. C. do Porto com o título assegurado (…). Quanto aos demais concorrentes à competição, pode dizer-se que nunca estiveram à altura de poder dificultar a tarefa dos dois primeiros, muito embora se possa destacar o Centro Universitário como a equipa de maiores recursos para poder classificar-se em terceiro lugar. Os resultados da última jornada foram os seguintes: Vilanovense - F. C. do Porto, 3-3; Valongo – Candal, 1-1 e Centro Universitário – Desportivo da Póvoa, 6-4. A classificação final ficou assim estabelecida:


P 29 26 21 13 13 13

figura, Armindo e Eugénio, tendo só um resultado por este.

As equipas do Valongo e do Desportivo da Póvoa têm um jogo em atraso, que foi adiado devido ao mau tempo.”

Nota: Embora a notícia não o diga, é de presumir que, depois deste resultado, o Valongo passou para o 4º lugar e o Póvoa baixou para o 5º.

F. C. do Porto Vilanovense Universitário Póvoa Valongo Candal

J 10 10 10 9 9 10

V 9 7 5 1 1 1

E 1 2 1 2 2 2

D 0 1 4 6 6 7

F-C 72-5 53-21 44-45 26-55 19-45 19-55

De resto, o jogo foi agradável de seguir e a arbitragem complacente em consequência das dificuldades do rinque.” VALONGO: Bártolo. Loureiro, Armindo (1), Eugénio (2), Camões (2) e Eduardo a sexto.

A notícia não fornece os nomes da equipa do Póvoa. 19560811_CP_Valongo-Póvoa_4-2. Jogo em Valongo. Não indica o dia do jogo, pelo que presumo, de acordo com a notícia de 19560804_ CP, que se realizou no dia 9.

1957

A notícia: “Realizou-se na linda vila de Valongo o jogo em atraso do campeonato regional da II divisão que se rodeou de interessante expectativa, apesar de mau cariz do tempo. A vitória é merecida para os locais que se fixaram no quarto lugar da classificação. A diferença de dois golos a favor da Associação Desportiva de Valongo é consequência do seu melhor jogo e aproveitamento das oportunidades deparadas, porque, se o estado do rinque húmido devido às chuvas que antes caíram o tivesse permitido, talvez o resultado tivesse sido ampliado favoravelmente aos locais. No capítulo técnico, não há pormenores a realçar, porque a tarefa se mostrou espinhosa para ambos os contendores, devido ao estado do rinque, como já dissemos. Aos locais coube a beneficiação de quatro penalidades, marcadas por Loureiro, que rematou à

19570404_CP_Educação Física-Valongo_3-1. Torneio Início. Não refere o dia do jogo. A notícia: “O grupo de Valongo é o único concorrente do Torneio Início que merece uma distinção especial, pelo facto de não se intimidar em aparecer junto de clubes da I Divisão, apesar de só o ano passado ter iniciado a sua actividade. Sem temor das derrotas, mas compreendendo que estabelecendo contacto com os melhores grupos (é) que se aprende, a equipa de Valongo fez uma boa estreia, perdendo á certo porque a superioridade do adversário foi evidente, mas obtendo um resultado lisonjeiro que, com mais sorte, até poderia ter sido mais nivelado.

233


O primeiro tempo terminou com os grupos igualados e com o marcador em branco, mas os visitantes não mereciam o resultado nessa altura, pois o Valongo até desperdiçou duas grandes penalidades, além de outras oportunidades de tento feito. Depois, com dois tentos-relâmpago, o Educação Física tomou ascendente, mas voltou a ter dificuldades, quando o Valongo fez o seu ponto de honra, estabelecendo-se um equilíbrio interessante, até que surgiu o terceiro tento, que liquidou a sorte do jogo. Arbitragem de Alfredo Costa.”

O grupo de Valongo perdeu pelo menos duas ou três oportunidades de marcar, mas o Vigorosa pode queixar-se neste capítulo de mais pouca sorte, visto que o resultado poderia ter atingido muito maior expressão. Os tentos foram marcados cinco deles na primeira parte. Arbitragem sofrível de Serafim Fonseca.” VIGOROSA: Mota, Irineu (1), J. Andrade (4), Ivo (2), M. Oliveira (1) e Sepúlveda. VALONGO: Chico, Camões, Loureiro, Armindo, Eugénio e Belarmino.

EDUCAÇÃO FÍSICA: Teixeira, Bessa, Maia (3), Rui, Emanuel, Custódio e Albertino. VALONGO: Chico, Camões, Loureiro, Armindo, Eugénio (1) e Alberto (Adalberto?).

19570413_CP_Vigorosa-Infante_2-2

Nota: Aceitando competir com grupos da 1ª Divisão, o Valongo tornou-se merecedor de elogios do jornalista de serviço.

19570418_CP_Infante-Valongo_18-1. Jogo no rinque do Infante, no dia 17.04.1957.

19570408_CP_ Valongo-Vigorosa_0-9. Torneio Início. Jogo em Valongo. Não indica o dia do jogo. A notícia: “Em Valongo o grupo local embora lutasse com entusiasmo e apego, não pôde resistir ao jogo incisivo e demolidor do grupo portuense… (…) O jogo foi correcto, vivo e entusiástico, embora a partida estivesse interrompida cerca de vinte minutos por falta de energia eléctrica, o que tirou, como é natural, a sequência do sistema de coordenação de ambos os conjuntos.

234

A notícia: “Como era de prever, a nóvel equipa valonguense, defrontando o melhor adversário do torneio e jogando num rinque de largas dimensões, não pôde resistir mais do que o primeiro tempo, em que perdia somente por 6-0. O vencedor, sem António Figueiredo e o vencido, não contando com Armindo, fizeram, todavia, uma partida correcta e leal, em que naturalmente a eloquência dos números transparece a vantagem territorial dos campeões do Porto. Embora o resultado pareça histórico, o Infante de Sagres já conta com resultados mais robustos e detém mesmo o recorde do Porto e quiçá de Portugal, quando, nos primeiros passos do Paço de Rei, venceu esta equipa gaiense por 36-0 ou 31-0, salvo erro.


Assim, para quem principia e deseja aprender no contacto com os clubes grandes, a derrota copiosa de ontem à noite não deve ter efeitos demolidores sobre os neófitos valonguenses, antes os deve encorajar, para fazerem uma boa carreira no regional da II Divisão que vão disputar. Arbitragem de Ramiro de Sousa.” INFANTE: Palhares, Torcato (5), Gomes da Costa II (4), Fernando Figueiredo (1), Ildebrando Costa (5) e A. Oliveira (3). VALONGO: Eugénio, João, Eduardo, Francisco, Carlos e Adalberto, tendo o tento sido marcado por Camões. Nota: Tenho necessariamente de referir que a listagem dos jogadores do Valongo que a notícia apresenta está errada e é incongruente: coloca o Eugénio a guarda-redes (ele sempre foi avançado), põe o Francisco como avançado (ele sempre foi guarda-redes) e diz que o tento foi marcado por Camões, que não aparece no elenco… A lista correcta é esta: Francisco Bártolo, Eugénio, João Loureiro, Eduardo, Camões (1) e Adalberto.

19570425_CP_Anuncia um jogo a realizar, pelas 21,15, no rinque de Valongo, entre duas selecções de jogadores locais, integrado num festival nocturno que a ADV promove.

19570427_CP_Jogo entre o grupo Sénior e os Juniores da ADV, realizado aparentemente no dia anterior, sexta-feira, 26.04.1957, e

integrado no festival nocturno referido na notícia anterior. Resultado: 4-1. A notícia: “Integrado no festival nocturno que a Associação dos Amigos de Valongo promoveu, realizou-se em Valongo um interessante jogo entre a primeira categoria e a dos juniores, do popular clube de Valongo. Enorme assistência foi registada. “O jogo foi emotivo e tecnicamente bem disputado. A oposição dos juniores foi valorosa, com destaque para Álvaro. Nos seniores, Belarmino salientou-se nos remates, Armindo na condução do esférico e Camões em pormenores de corte e contra-ofensiva. Os juniores levaram o jogo com muita personalidade e, longe de se intimidarem, foram decididos em tudo. Arbitragem de João Lino, a contento.” SENIORES: Baltarejo, Camões (1), Armindo (1), Eugénio e Belarmino (2). JUNIORES: Mário, Leal, Nora, João Cruz e Álvaro (1).

19570501_CP_Vigorosa-Valongo_10-2. Torneio Início. Jogo no rinque das Cavadas. Sem indicação de data, de composição das equipas ou de marcadores. A notícia: “No rinque das Cavadas, o Vigorosa que agora segue na vanguarda da tabela classificativa, derrotou o Valongo por 10-2, denotando grande superioridade, embora no primeiro tempo o marcador estivesse em 10-2.”

235


Há que acentuar, no jogo de estreia, a presença do Boavista F. C., uma glória do desporto nacional, que se deixou em boa hora tentar pela modalidade. E, mercê da tarefa canseirosa do seu treinador, Humberto Peixoto, que há anos vem a realizar uma útil obra de profundidade, o Boavista pôde fazer uma estreia auspiciosa, apresentando uma formação jovem, visto tratar-se de elementos que o ano passado figuravam na equipa de juniores.

De pé: Álvaro Figueira, Adalberto Camões, Eugénio Silva, Francisco Bártolo. Em baixo: Armindo Fonseca, João Loureiro, João Cruz, Eduardo Figueira.

19570508_CP_Anuncia um jogo Valongo-Reservas da Académica, num festival do F. C. do Porto, hoje, no Lima.

Muito público afecto aos axadrezados foi ao rinque de Mascarenhas Júnior, para saudar e estimular a sua jovem equipa que, embora acusando, como é natural, as dificuldades da estreia, especialmente por defrontar um grupo já habituado aos jogos mais duros (sic). A vitória do Boavista foi justa e apareceu como consequência lógica da sua superioridade, embora o resultado estivesse a ponto de ser mais amplo. Ao intervalo, o Boavista já vencia por 2-1, mas foi porventura no segundo tempo que os «boavisteiros» foram mais decididos e desenvoltos no ataque. Arbitragem de A. Proença, cujo trabalho satisfez.” BOAVISTA: Cabral, Virgílio, João Almeida, Alberto e Lobo.

19570604_CP_Boavista-Valongo_4-2. Início do Camp. Regional da IIª Divisão. Estreia da equipa do Boavista. Jogo no rinque do Boavista, no dia 3 de Junho. Sem indicação de marcadores. A notícia: “Principiou ontem à noite a disputar-se o campeonato regional da II Divisão que, desta vez, além de um elevado número de concorrentes – nada menos de oito – não tem equipas de grande plano, mas todos os grupos são tão homogéneos e de forças tão equilibradas que o torneio vai ser disputadíssimo, com um vencedor difícil de prognosticar.

236

VALONGO: Azevedo (?), Camões, Loureiro, Armindo e Eugénio. Nota: O nome “Azevedo” no lugar do guarda-redes é mais um dos muitos enganos que surgem nas notícias. Nesta altura, o guarda-redes do Valongo era o Francisco Bártolo, como pode ver-se nos jogos antes e depois deste. O nome “Azevedo” pertencia ao João Lino Azevedo Alves do Vale, fundador do Clube e jogador no início (cfr. notícias de 560703, 06,13,15,18, 22, 26 e 560802_CP), mas já não agora.


19570609_CP_Anuncia para hoje o encontro Valongo-Candal.

19570610_CP_Valongo-Candal_7-3. Jogo em Valongo, no dia 09.06.1957. A notícia: “Jogo em Valongo. O vencedor usufruiu sempre vantagem, merecendo a vitória. Jogo correcto e arbitragem certa. Arbitrou Alberto Lima.” VALONGO: F. Bártolo, Camões, Loureiro (1), Armindo (3), Eugénio (3), Adalberto. CANDAL: Cardoso, Mário, Cidade (1), Aníbal (1), Rui (1), Carneiro Lima e Ângelo.

19570613_CP_Paredes-Valongo_6-2. Jogo em Paredes. Sem indicação de data. A notícia: “Indubitavelmente que a vitória acerta muito bem nos paredenses, que se exibiram por forma acentuadamente agradável, com realce para Chico. Os valonguenses, que se fizeram acompanhar de grande falange de apoio, deixaram excelente impressão, demonstrando possuir uma equipa de grande futuro. Logo meio minuto após o início, Barros abriu o activo para o Paredes e um minuto volvido Chico elevou o marcador para 2-0. Porém, aos 2 m., Armindo diminuiu a desvantagem, com a obtenção do primeiro golo do Valonguense (!), tendo o mesmo jogador empatado aos 16 minutos. Aos 18

m., Chico obteve o terceiro golo dos locais, tendo Barros, aos 23 m., fixado o resultado do primeiro tempo em 4-2. No segundo tempo, o Paredes, por intermédio de Barros, marcou os 5º e 6º, respectivamente aos 2 e 7 minutos, fixando o resultado em 6-2, favorável aos paredenses.” PAREDES: Madureira, José Fernando, Leal, Barros (4), Chico (2) e Mendonça. VALONGO: Chico, Camões, Loureiro, Armindo (2), Eugénio, Camões II e Belarmino.

19570619_CP_Valongo-Centro Universitário_8-2. Jogo em Valongo, no dia 18.06.1957. A notícia: “A equipa dos «universitários» foi manifestamente infeliz, no jogo realizado ontem em Valongo. Com um guarda-redes que se pode praticamente dizer improvisado e que, por doença do titular, tem feito os primeiros jogos do campeonato, a equipa veio a ressentir-se da sua frouxa exibição. De resto, coincidentemente, o grupo de Valongo fez ontem à noite uma grande exibição, que justifica plenamente o ‘score’ elevado. Foi no primeiro período que os «estudantes» se deixaram dominar abertamente, perdendo ao descanso por 5-2. Lamentavelmente, os árbitros estão a ser mal indicados e o Centro Universitário é o que mais razão de queixa tem a formular ao critério que preside à nomeação dos árbitros. Marcaram-se grandes penalidades em série, com evidente prejuízo do vencido. Pelo vencedor marcaram: Loureiro (7 – cinco de grande penalidade, falhando, porém, três) e

237


Eugénio (1); pelo vencido, Pinto Machado e Agostinho, este de castigo máximo.” VALONGO: Chico, Camões, Loureiro (7), Armindo, Eugénio (1), Adalberto, Belarmino e Navio. CENTRO: Mateus, Vasco, Agostinho (1), Pinto Machado (1), Silveira, Seruca e Custódio. Nota: Os jornalistas foram sempre mais ou menos pródigos a referirem queixas relativamente à arbitragem, quase sempre com razão, pelos motivos conhecidos. Não sei se no presente caso a crítica é pertinente, porque, ao fim de tantos anos, muitos pormenores se esfumaram, mas não posso furtar-me a dar o meu depoimento, porque estive lá e fiquei com uma impressão muito nítida sobre o que se passou, até por ter sido uma noite de grata recordação para mim. E aquilo de que me lembro é que, além de termos feito uma belíssima partida (como o jornalista reconhece logo no início da sua crónica) o guarda-redes do Centro era de facto um jovem com pouquíssimo treino que, desesperadamente, para evitar a entrada das bolas com que os nossos sucessivos e reiterados ataques o assediavam, se atirava sobre o esférico, cometendo as grandes penalidades repetidas. Não fiquei nada com a memória de que o árbitro teria marcado penalties a mais. E muito menos de que houvesse da sua parte algum fumo de parcialidade.

19570721_CP_Classificação no final da primeira volta: J

V

E

D

F

C

P

Boavista

7

7

0

0

47

15

21

Paredes

7

5

1

1

26

22

18

Valongo

7

5

0

2

34 20

17

Centro

7

3

0

4

37

30

13

Candal

7

2

1

4

17

26

12

Vilanovense

7

2

1

4

21

31

12

Leixões

7

1

1

5

18

36

10

Póvoa

7

0

0

7

14

37

7

19570803_CP_Anuncia o início da segunda volta e o jogo Valongo-Boavista para a terça-feira seguinte, 06.08.1957.

19570806_CP_Anuncia para esta noite o jogo Valongo-Boavista, com o seguinte comentário: “Para a II Divisão, disputa-se um jogo muito importante, entre o Valongo e o Boavista que pode ser capital para os valonguenses que ainda aspiram ao título e por isso precisa(m) de vencer o jogo desta noite.”

19570807_CP_Valongo-Boavista_2-4. Jogo em Valongo, no dia 06.08.1057. A notícia: “O Boavista foi a Valongo dar um passo mais que decisivo para ganhar o campeonato regional da II Divisão. Pelo que fez até agora, contando por vitórias todos os jogos, realizados, a equipa do

238


Boavista está a fazer uma carreira semelhante à do ano passado, pelo F. C. do Porto. Assim, tudo leva a supor que na próxima época teremos mais um clube grande junto do lote dos melhores e ainda este ano o Boavista, como campeão da II Divisão, vai ter lugar no campeonato de Portugal e tomar o pulso aos mais categorizados. À primeira parte, o Boavista, que já mostrara maior capacidade técnica e territorial, vencia por 3-1, mas o jogo teve o valor de verdadeira partida de campeonato e o rinque registou a maior assistência de sempre. Deve-se fazer o maior elogio aos adeptos do Boavista, que têm acompanhado a sua equipa, revelando o maior entusiasmo. Além de dezenas de automóveis, o Boavista fez deslocar a Valongo várias caminhetas, conquistando assim o óquei em patins. Arbitragem de Jaime Pimenta.” BOAVISTA: Cabral, Virgílio, João Almeida, Alberto (2) e Lobo (2). VALONGO: Navio, Camões, Armindo Loureiro e Eugénio (1).

(1),

Nota: Tanto quanto me consigo lembrar, a vitória do Boavista foi merecida, neste jogo e no campeonato, que efectivamente ganhou. Por outro lado, estando o Boavista a participar pela primeira vez num campeonato de seniores e tendo feito uma brilhante carreira, com belos resultados positivos, sou capaz de entender a filosofia animo-socio-desportiva do jornalista, que decerto achava que devia regozijar-se por aquele êxito, ao mesmo tempo que sentia o dever de apoiar indefectivelmente a jovem equipa. Tudo certo e tem o meu voto de concordância.

Só não consigo entender – e infelizmente já não vou a tempo de perguntar ao interessado – como é possível alguém que se diz jornalista, e que, portanto, está sempre adstrito ao dever de objectividade e imparcialidade, fazer um relato de um jogo com duas equipas e gastar 33 linhas, 192 palavras, 944 caracteres, a falar exclusivamente de uma delas, ignorando a outra, como se ela não tivesse lá estado! É, antes de mais, uma enorme falta de respeito por todos aqueles rapazes que suaram as estopinhas para chegar ao seu 2º ano de competição! Sim, eles eram igualmente jovens e novos naquelas lides!

19570809_CP_Candal-Valongo_4-5. Jogado no rinque do Candal. Não diz a data. A notícia: “O grupo de Valongo ganhou um jogo que nunca esperava: a equipa candalense jogou muito bem, com realce para o guarda-redes, Cardoso, e terminou a primeira parte a ganhar por 2-1. Depois principiou a chover e enquanto os jogadores visitantes mudaram as rodas de madeira para alumínio, o Candal que só tem rodas de madeira, apesar de nos primeiros minutos fixar a marca em 4-1, nunca mais os seus jogadores se seguraram no piso molhado e o Valongo pôde ganhar uma partida que perderia sem apelo nem agravo.” VALONGO: Mário, Camões, Armindo (1), Loureiro (1), Eugénio (3), Adalberto e Francisco. CANDAL: Cardoso, Aníbal, Rui (3), Costa (1), Pires, Lima e Carneiro.

239


Nota: A notícia faz um relato factual e depois emite uma opinião. Esqueceu-se de acrescentar que ter rodas de alumínio, na altura, não era uma questão económica – a ADV não era mais rica do que o Candal – mas uma questão de previsibilidade e de estratégia, que a ADV já tinha aprendido e o Candal não. Tenho a certeza de que, no jogo seguinte, os candalenses já levaram rodas de alumínio.

19570812_CP_Valongo-Paredes_2-2. Sem indicação de local ou data. A notícia: “O jogo entre valonguenses e paredenses suscitou grande interesse, pois o resultado era de influência para o segundo lugar. (…) A equipa do Valongo no primeiro período jogou apagadamente, mas na segunda parte com a passagem de Camões para o ataque, a breve trecho empataram o jogo por intermédio de Eugénio. Logo a seguir a equipa de Valongo pôs-se em vencedor, atingindo-se então o melhor período dos locais. Pena foi que num lance fortuito sofressem um golo e tivessem falhado no último minuto uma grande penalidade. O Valongo beneficiou de três grandes penalidades e o Paredes de duas, que não resultaram. Navio, Camões e Armindo foram os melhores da equipa de Valongo e Madureira e Barros distinguiram-se no Paredes.” Arbitragem boa de Vasco Folhadela.” VALONGO: Navio, Camões, Armindo Loureiro e Eugénio (1).

(1),

PAREDES: Madureira, Carvalho (1), Barros (1), Chico e Alcino.

240

19570820_CP_Valongo-Vilanovense_7-4. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia: “Jogo em Valongo. Assistiram ao encontro, como convidados de honra, os srs. presidente e vice-presidente da Câmara de Valongo, que foram saudados à entrada pelos dois grupos. O jogo teve mais gente do que o costume, mas a partida foi das mais emotivas e das melhores do campeonato. A luta foi sempre viva e há a destacar a boa exibição da turma local. Se não fosse a pouca sorte de Loureiro, o caso podia (ser) falado. A equipa do Vilanovense actuou com certa dureza e Ramalhete e Caetano sofreram certas expulsões. A turma de Valongo beneficiou de quatro castigos máximos, mas só converteu dois. A arbitragem foi regular.” VALONGO: Navio, Camões Loureiro (1) e Eugénio (5).

(1), Armindo,

VILANOVENSE: Olímpio, Brandão, Ramalhete, Caetano (2), Feliciano (2) e Baptista a sexto.

19570824_CP_A notícia diz que jogam hoje Leixões-Valongo.

19570825_CP_Leixões-Valongo_1-9. Jogo em Leixões, no dia 24.08.1957. Não indica a composição das equipas nem os marcadores. A notícia: “Em Leixões, jogaram ontem estas duas equipas,


perante casa cheia. No fim e ao cabo os visitantes com equipa melhor estruturada angariaram excelente triunfo. Os leixonenses replicaram muito bem, mas tiveram de inclinar-se ante o mais forte. Ao intervalo o resultado era de 6-1.”

19570829_CP_Anuncia para hoje o jogo Valongo-Póvoa.

19570830_CP_Valongo-Póvoa_9-2. Valongo, no dia 29.08.1957.

Jogo

em

A notícia: “Jogo em Valongo. Ao intervalo: 6-1. Ambos os grupos fizeram exibição meritória, simplesmente a turma valonguense soube aproveitar as melhores oportunidades que se lhe depararam e daí a expressiva marca final. Armindo dos locais e Braga dos visitantes foram as figuras salientes do encontro. Jogo correcto e entusiástico com boa arbitragem. No final registaram-se manifestações de regozijo pela exibição dos elementos locais que conquistaram o segundo lugar (sic) da classificação final. Póvoa e Valongo confraternizaram a seguir.” VALONGO: Mário, Camões, Armindo Loureiro (1) e Eugénio (3).

De seguida, a notícia apresenta a classificação final, cujo terceiro lugar é incongruente com o segundo lugar que no texto atribui à ADV. Aliás, reparando nos valores fornecidos pelo quadro classificativo, percebe-se que Valongo, com 10 vitórias, 1 empate e 3 derrotas não pode estar atrás de Paredes, com 9 vitórias, 3 empates e 2 derrotas: Boavista Paredes Valongo Candal Centro Leixões Vilanovense Póvoa

J 14 14 14 14 14 14 14 14

V 13 9 10 6 5 3 2 1

19571004_CP_Homenagem Nogueira.

E 0 3 1 1 0 3 4 3

D 1 2 3 7 9 8 8 11

ao

F 86 46 77 39 68 37 39 40

C 32 29 39 54 62 63 63 75

P 40 35 35 27 24 23 22 18

treinador

A notícia: “Hoje à noite, é prestada, num restaurante de Beloi, S. Pedro da Cova, homenagem ao dedicado treinador da Associação Desportiva de Valongo, Nogueira.”

19571009_CP_Notícia sobre um inquérito: (5),

PÓVOA: Carlos, Ivo, Braga (2), Edgard, Ventura e Leitão.

”Após as conclusões do inquérito a que se procedeu ao jogo n.º 237 do Campeonato Regional da UU Divisão, realizado em 11 de Agosto p. p., em Valongo, entre o clube local e o União Sport clube de Paredes, foi punido em 2 jogos de suspensão o patinador do Paredes, Alcino Custódio Cunha

241


Loureiro, por tentativa de agressão a um adversário. Este castigo considera-se cumprido à data desta circular.”

1958

19580415_CP_A estreia da equipa do Valongo na Taça de Honra. A notícia: “VALONGO, 14. – Jogam nesta vila, na próxima quarta-feira, pelas 22 horas, para a Taça de Honra do Norte, as equipas do Paço de Rei e da Associação Desportiva de Valongo. Este jogo é aguardado com grande interesse pela população da vila e do concelho, que deseja ver a reaparição dos briosos atletas que tão dignamente representaram Valongo no Campeonato da época passada. – C.”

19580417_CP_Valongo-Paço de Rei_9-3. Jogo no rinque do Valongo, no dia 16.04.1958. A notícia: “A competição principiou, portanto, ontem, como estava anunciado, com um jogo em Valongo, entre o grupo local e o Paço de Rei, o que parecia ser vantajoso para o visitante que tinha pelo seu lado a personalidade de viver, normalmente, os jogos da I Divisão. Uma e outra equipa apresentaram vários jogadores novos, em regime experimental, mas há que saudar o brilhante e indiscutível triunfo da equipa de Valongo que fez uma primeira parte animosa

242

e até irresistível, o que permitiu atingir o intervalo com o resultado de 6-2 a seu favor. Na segunda parte, embora abrandando, a turma vencedora continuou a marcar ascendente e aumentou a sua vantagem. (…) O Paço de Rei teve a seu favor nada menos de quatro grandes penalidades, sem transformar qualquer delas. A noite fria não impediu que o rinque fosse emoldurado por razoável assistência.” VALONGO: Navio, Camões, Armindo (3), Eugénio (1), Belarmino (5) e Adalberto. PAÇO DE REI: Alberto, Manuel Santos (1), António Maria, Guilherme (1), Diniz (1), Figueiredo e João Bernardo.

19580424_CP_Boavista-Valongo_6-1. Jogo no rinque do Infante de Sagres, no dia 23.04.1958. A notícia começa por anotar “duas grandes surpresas: a derrota expressiva do Valongo depois do seu êxito clamoroso sobre o Paço de Rei e o triunfo do Carvalhos sobre a Sanjoanense, apesar de ter apresentado uma equipa quase totalmente composta de novatos.” Depois, insiste neste aspecto, dizendo: “O Boavista, campeão de II Divisão apenas com uma derrota nesse campeonato da época passada, fazia a sua estreia na Taça de Honra e o Valongo, com uma vitória sobre o Paço de Rei, sensacional por fazer tombar um adversário habituado aos grandes jogos e ainda pela expressão do resultado, disputavam uma partida de grande importância.” Continua, explicando que o Boavista fez uma partida animosa e muito incisiva sobre a baliza, de


tal modo que ao intervalo já vencia por 4-0, tendo obtido mais dois tentos na segunda parte, quando o Valongo conseguiu marcar o seu ponto de honra. A notícia termina com uma gralha, dizendo que o Valongo acabou batido “por 6-2”: Não refere a composição das equipas.

19580424_CP_Inauguração da nova sede da Associação Desportiva de Valongo. A notícia: “Inaugura-se hoje à noite a nova sede do clube valonguense de hóquei em patins, situada na Rua do Padrão, junto do rinque. A seguir, será disputado um jogo particular com o Candal, havendo no domingo imediato a exibição do Rancho Folclórico de Santa Cruz do Bispo, à noite, no rinque desta vila.”

bola, por Eugénio. Aníbal empatou a seguir, ao receber um bom passe de Romeu e se Jones pôde fazer 2-1, em oportuna recarga, Armindo fez 2-2 e o seu companheiro Belarmino colocou novamente o Valongo a ganhar. Romeu antes do descanso fez 3-3 e depois, na segunda parte, apesar de Agostinho estar em noite desacertada, a sua substituição tardou, mas depois o Académico, com outro júnior na linha da frente, Mateus, deu nota de agressividade e adiantou-se de maneira decisiva no marcador. Jones fez 4-3 e depois Agostinho, que regressou, fez 5-3, na triangulação mais vistosa do jogo, em que participaram Aníbal e Romeu. o defesa academista fez 6-3 e Agostinho recebeu um passe de Romeu para aumentar para 7-3, conseguindo os academistas depois o resultado final de 8-3. Arbitragem de Luís Reis, cujo erro mais latente foi apenas o consentir que o guarda-redes de Valongo se adiantasse para além da linha estabelecida.” ACADÉMICO: Bessa, Romeu (2), Aníbal (1), Agostinho (2), Jones (2) e Mateus.

19580501_CP_Académico-Valongo_8-3. Jogo no rinque do Académico, no dia 30.04.1958.

VALONGO: Bártolo, Camões, Armindo (1), Eugénio (1), Belarmino (1), Adalberto e Pires.

A notícia: “Ontem (o Académico) principiou bem, mas deixou-se ir no jogo dos visitantes, impetuosos e entusiastas, mas com carência aflitiva de recursos de patinagem, a grande arma do óquei moderno. Patinando aos saltos e usando vezes demais os travões, para apoio, a equipa de Valongo, voluntariosa e entusiasta, resistiu mais do que seria lícito esperar-se. Ao intervalo, os grupos estavam com o resultado de 3-3, um tanto pela alma que os vencidos ganharam depois de marcarem a sua primeira

Nota: O texto da notícia não informa sobre quem foi o autor do 8º golo do Académico.

19580509_CP_Valongo-Académico_3-14. Jogo no rinque do Valongo, no dia 08.05.1958. A notícia: “A classe de juniores academistas evidenciou-se ontem à noite de maneira exuberante em Valongo, em que mostraram a valia dos seus recursos.

243


Ontem, estiveram no rinque nada menos de cinco juniores, quatro dos quais são pura consequência da escola do ano passado que principia agora a dar os seus frutos de maneira concludente. Apesar de ser difícil ganhar em Valongo, onde o grupo local animado pelo seu público já pôs em sérias dificuldades os melhores conjuntos, os academistas dominaram completamente a situação e de tal sorte que terminaram vencedores por números por demais expressivos. Arbitragem de Arnaldo Reis.” VALONGO: Navio, Camões (1), Armindo, Eugénio (2), Belarmino, Francisco e Camões II. ACADÉMICO: Bessa, Romeu (3), Aníbal (5), Mateus (5), Agostinho (1), Martins, Carneiro e Delfim.

De pé: Armindo Fonseca, Álvaro Figueira, João Loureiro, Leal. Em baixo: Joaquim Navio, Carlos Camões, Eugénio Silva, Chico Pires

19580513_CP_Valongo-Boavista_0-6. Jogo no rinque do Valongo, no dia 12.05.1958. A notícia: “A equipa do Boavista foi a Valongo conquistar uma apreciável vitória, tanto mais que o grupo local fez uma das suas melhores exibições. A notoriedade do triunfo do Campeão da II Divisão assentou especialmente no jogo incisivo dos seus avançados, embora a equipa actuasse um pouco rudemente. Apesar do bom trabalho dos jogadores de Valongo, o Boavista terminou em grande vencedor por números esclarecedores. Anote-se que o Boavista apresentou na sua equipa nada menos do de quatro juniores.” VALONGO: Bártolo, Camões, Eugénio, Loureiro, Belarmino, Pires e Adalberto. BOAVISTA: Cabral, Virgílio (1), João Manuel, Kendall (3), Ferreira Dias (2), Abreu e Carneiro.

244

Campeonato Regional da IIª Divisão Sete equipas 19580704_CP_Valongo-Centro Universitário_7-1. Jogo no rinque do Valongo, no dia 03.07.1958. Não indica a composição das equipas nem os marcadores. A notícia: “Principiou ontem a disputar-se o torneio regional da II Divisão, em que participam sete equipas, visto que, inesperadamente, o Paredes desistiu da competição (…). …o Valongo, que pode ter uma palavra muito importante a dar nesta prova, por ser também um dos favoritos, mostrou, na sua estreia, que, apesar


de tudo, será capaz de se colocar no lugar cimeiro. (…) Ninguém seria capaz de prever que a equipa universitária, que ainda recentemente recebera importante reforço, seria capaz de fracassar de maneira tão absoluta no seu jogo em Valongo, tanto mais que a equipa local estava em embaraços para formar o seu conjunto e não tem tido assistência do seu habitual treinador. Tínhamos até a impressão que os universitários obteriam um êxito que os animaria para o resto da prova, porque a existência de bons elementos e um reforço obtido, deveria criar um bom grupo. Afinal, supomos que o Centro Universitário descurou a sua preparação e, embora os clubes da II Divisão realmente não possuam um valor transcendente, com excepção de dois ou três, a tarefa do vencido de ontem parecia simplificada. Afinal, o Valongo dominou a situação do primeiro ao último instante e nunca teve empecilhos para construir um resultado folgado, demonstrativo do seu maior poder. Realmente, uma vitória por 7-1 é por demais elucidativa, para necessitar de outros comentários.” Classificação: Académica de Espinho Valongo Candal Leixões Universitário Vilanovense Desp. da Póvoa

II DIVISÃO

19580708_CP_Leixões-Valongo_4-3. Jogo em Matosinhos, no dia 07.07.1958. Não indica a composição das equipas nem os marcadores dos golos A notícia: “Em Matosinhos, jogou-se uma partida emocionante e cheia de entusiasmo e equilíbrio. O Leixões, que assegurou por uma época os serviços de Moura, antigo jogador do F. C. do Porto, bateu-se com denodo contra o Valongo, que, por sua vez, tinha infligido ao Centro Universitário uma pesada derrota de 7-1. Os grupos foram adversários dignos um do outro e a vitória esteve quase sempre indecisa, embora o Leixões, pelo poder de remate de Moura, que à sua parte fez nada menos que três bolas, se mostrasse mais positivo no ataque. Embora se esperasse mais da equipa de Valongo, esta vendeu bem cara a sua derrota.”

19580711_CP_Terceira jornada do Campeonato da IIª Divisão:

J

V

E

D

F

C

P

Leixões-Vilanovense_7-1; Candal-Póvoa_4-1; Espinho-Centro_4-4

1

1

0

0

10

1

3

Classificação após a 3ª jornada:

1 1 1 1 1 i

1 1 0 0 0 i

0 0 0 0 0 i

0 0 1 1 1 i

7 2 1 1 1 i

1 1 2 7 10 i

3 3 1 1 1 i

Candal Espinho Leixões Valongo Centro Vilanovense Póvoa

9 pontos 8 7 4 3 3 2

245


19580714_CP_Valongo-Espinho_4-1. Jogo no rinque do Valongo, no dia 13 de Julho.

Classificação após a 4ª jornada: II DIVISÃO

A notícia:

Candal Espinho Valongo Leixões Centro Vilanovense Póvoa

“Realizou-se ontem à noite, no rinque da A. D. de Valongo, este encontro a contar para o Campeonato Regional da II Divisão, que esteve rodeado de grande expectativa e terminou com a vitória do grupo local. A partida foi disputada com muito entusiasmo e com certa dureza, excessos que o árbitro reprimiu. A equipa visitante foi a primeira a marcar, mas operou-se pronta reacção da equipa local, que marcou três golos sem resposta, chegando ao intervalo a ganhar por 3-1. Na segunda parte, os locais voltaram a marcar e viram-se a seis minutos do final sem o concurso do seu capitão, Armindo, que foi expulso. Arbitrou com imparcialidade Domingos Martins”

e

autoridade

VALONGO: Chico, Eugénio (2), Camões (1), Belarmino, Armindo (1) e Loureiro. ESPINHO: Silva, Lima, Almeida, Barros (1), Teixeira e Alves.

19580715_CP_Quarta Jornada: -Póvoa_3-2; Centro-Candal_5-1

Vilanovense-

J 4 4 3 3 3 4 3

V 3 2 2 2 1 1 0

E 0 1 0 0 1 0 0

D 1 1 1 1 1 3 3

F 11 21 14 12 10 7 5

C P 9 10 11 9 6 7 6 7 12 6 23 6 13 3

19580718_CP_Candal-Valongo_1-1. Jogo realizado no rinque do Candal, no dia 17.07.1958. A notícia: “O Candal no seu rinque é um adversário de respeito e como o Valongo jogou sem uma das suas pedras básicas, o jogo foi equilibradíssimo e os candalenses lutaram para merecer inteiramente o empate e com ele se manterem em primeiro lugar. Durante a primeira parte, o marcador não funcionou, mas no segundo período o guarda-redes de Valongo sofreu um tento marcado por Costa, mas defendeu admiravelmente a sua baliza e evitou mais golos. Depois, porém, os visitantes empataram por intermédio de Carlos e o jogo movimentou-se ainda mais, na parte final, sem que o marcador se alterasse. Arbitragem de Adelino António, cujo trabalho satisfez.” CANDAL: Cardoso, Mário, Rui, Aníbal Costa (1), Mota, Pinto e Crespo. VALONGO: Bártolo, Eugénio, Carlos Azevedo, Francisco, João e Camões.

246

(1),


Nota: Neste, como noutros casos, a notícia adultera os nomes dos jogadores, de tal modo que, a esta distância, é difícil saber de quem verdadeiramente fala. O “Carlos” jogador e conhecido era – e é - o Carlos Camões; o “Francisco” era – e é - o Francisco Bártolo ou então seria o Francisco Pires, como guarda-redes suplente; e o único “Azevedo” da equipa era o João Lino Azevedo Alves do Vale, que infelizmente já não está entre nós. O referido João devo ser eu, o João Loureiro. Outros resultados: Leixões-Póvoa_4-2; Centro-Vilanovense_4-0;

19580722_CP_Valongo-Vilanovense_3-1. Jogo no rinque do Valongo, no dia 21.07.1958. A notícia: “Em Valongo, o grupo local teve maiores embaraços do que seria de prever para ganhar ao Vilanovense, mas tem de se atender ao facto do vencedor ainda ontem à noite ter jogado sem o seu médio, pedra-base da equipa e que já alinhará no próximo jogo. Ao intervalo, já o Valongo ganhava por 1-0, tento feito por Álvaro, mas o jogo já era de inferior concepção devido a ter chovido e tornar difícil o equilíbrio dos patinadores. Na segunda parte, o Valongo sofreu o empate, com tento alcançado por Feliciano, mas os jogadores valonguenses, ao sentirem o perigo, bateram-se com denodo e Eugénio e Loureiro, nos cinco minutos finais, liquidaram a sorte do jogo a seu favor.” VALONGO: Bártolo, Camões, Loureiro (1), Álvaro (1), Eugénio (1), Pires e Adalberto.

VILANOVENSE: Eduardo, Brandão, Baptista, Almeida e Feliciano.

19580725_CP_Póvoa-Valongo_1-7. Jogo na Póvoa do Varzim, no dia 24.07.1958.Não indica a composição das equipas nem os marcadores dos golos. A notícia: “Animados pelo facto de a sua equipa se manter orgulhosamente no primeiro lugar, de onde será difícil desalojá-la, os jogadores do Valongo, já integrados do seu médio Armindo, foram à Póvoa do Varzim, interessados e espevitados para ganharem o jogo e afugentarem qualquer surpresa. Embora com ligeiras dificuldades na primeira parte em que, apesar de tudo, já ganhavam por 3-1, os elementos de Valongo, com melhor preparação, chegaram com relativa facilidade ao resultado final de 7-1, depois de demonstrarem nítida superioridade. A vitória ampla e robusta dá ideia firme das grandes possibilidades que o Valongo tem, se cuidar, devidamente, dos jogos da segunda volta: duas deslocações muito difíceis para jogar no Porto contra o Centro Universitário e em Espinho com a Académica.” Classificação no final da 1ª volta: Valongo Leixões Espinho Candal Centro Vilanovense Póvoa

J 6 6 6 6 6 6 6

V 4 4 3 3 3 1 0

E 1 0 2 2 1 0 0

D 1 2 1 1 2 5 6

F C P 25 9 15 23 11 14 28 16 14 28 16 14 24 19 13 8 33 8 10 30 6

247


19580801_CP_Centro-Valongo_4-3. Jogo no rinque do Lima, no dia 31.07.1958. Não indica a composição das equipas nem os marcadores dos golos. A notícia: “No rinque do Lima jogou-se uma das partidas mais emocionantes, entre duas equipas com grandes possibilidades. Os universitários, que tinham a vantagem do rinque a seu favor, tiveram a ligeira vantagem no Remate, que foi um pouco mais perigoso, mas, por seu turno, o Valongo foi sempre mais decidido, mais entusiasta e merecia pelo menos o empate. A partida foi, porém, disputada com toda a correcção, embora um ou outro lance tivesse sido gerado com princípio de choques e de luta mais encarniçada. O resultado tangencial dá a ideia justa da dificuldade que o vencedor encontrou para garantir os preciosos pontos da vitória.”

19580811_CP_Espinho-Valongo_3-1. Jogo em Espinho, no dia 10.08.1958. Não indica a composição das equipas nem os marcadores dos golos. A notícia: “Em Espinho, jogou-se ontem à noite uma partida de grande importância entre dois favoritos ao título: Académica de Espinho e Valongo. Os espinhenses usufruíram de ligeira superioridade e conseguiram uma vitória que pode ser muito decisiva para se obter o campeão e a Académica de Espinho com este resultado deu um passo muito decisivo para fortalecer as suas aspirações. O seu triunfo de 3-1 diz bem do equilíbrio existente.”

248

19580812_CP_Classificação: Espinho

24

Centro

22

Valongo

20

Candal

20

Leixões

19

Vilanovense

13

Póvoa

11

19580815_CP_Valongo-Candal_4-2. Jogo em Valongo, no dia 14.08.1958. A notícia: “O facto de o Candal ter marcado primeiro no jogo realizado em Valongo deu-lhe uma alma extraordinária para encarar o resto da partida. É verdade que antes do descanso o grupo local fez o empate e na segunda parte pôde mesmo adiantar para 2-1 e 3-1, mas depois de os visitantes diminuírem para 2-3, o Valongo passou um verdadeiro mau bocado, pois a equipa do Candal atacou constantemente e colocou em perigo a baliza do adversário. Num golpe oportuno de felicidade, o Valongo conseguiu, porém, a sua quarta bola e pôde assim liquidar a sorte do triunfo a seu favor. Arbitragem de Jaime Santos.” VALONGO: Chico, Camões, Armindo (1), Eugénio (1), Loureiro (2), Álvaro e Belarmino. CANDAL: Cardoso, Mota, Aníbal, Costa, Mário (2) e pinto.


19580819_CP_Vilanovense-Valongo_0-2. Jogo no rinque do Vilanovense, no dia 18.08.1958. Não indica a composição das equipas nem os marcadores dos golos. A notícia: “No rinque de Vila Nova de Gaia, o Valongo, embora sem ter grande largueza de voos, acabou por ganhar bem o jogo e merecer inteiramente a vitória. Todavia, o jogo foi equilibrado, com certa vantagem física e técnica dos visitantes que com este resultado, que para eles tinha grande importância, asseguraram o segundo lugar do torneio, o que constitui proeza para assinalar.” Classificação: Centro Leixões Valongo Espinho Candal Vilanovense D. Póvoa

J 11 11 11 11 11 12 11

V 8 8 7 6 4 2 2

E 1 0 1 2 2 0 0

D F C 2 44 31 3 41 27 3 43 20 3 47 25 5 27 29 10 14 54 0 19 44

P 28 27 26 25 21 15 13

19580822_CP_Valongo-Póvoa_12-2. Jogo em Valongo, no dia 21.08.1958. A notícia: “O CENTRO UNIVERSITÁRIO ganhou o campeonato regional da II Divisão e ascendeu à I Divisão” (em título). “Terminou praticamente ontem à noite, no Lima, o campeonato regional da II Divisão, com a partida que colocou frente a frente as duas únicas equipas com possibilidades de ganhar o título (Centro-Leixões_3-2). (…)

“O Valongo tinha enormes possibilidades de obter o segundo lugar da prova, o seu melhor resultado desde que entrou nas lides oquistas: jogava no seu ambiente com o último classificado. A equipa principiou o jogo com a maior força de vontade e desde o início que dominou o antagonista em todos os capítulos do jogo, arquitectando um resultado que logo pareceu que iria tomar grande volume, dada a disposição dos jogadores locais. O resultado final, se bem que tenha sido duro em demasia para os visitantes, justifica-se em face do modo como o Valongo jogou sempre. Arbitragem de Alberto Lima.” VALONGO: Chico, Camões (1), Armindo (2), Eugénio (5), Loureiro, Álvaro (4), Adalberto e Pires. PÓVOA: J. Carlos, Pedro, Edgard, Gonçalves (1), Leitão (1), Ribeiro e Ivo.

19581111_CP_Valongo-Taipas_6-5. Jogo no dia 10.11.1958. Não refere claramente o local do jogo. Não indica a composição das equipas nem os marcadores. A notícia: “Esperava-se que a equipa de Valongo fizesse um resultado susceptível de lhe permitir sossego e tranquilidade para a eliminatória seguinte. Porém, o facto de os seus jogadores raramente treinarem, tira-lhe aquela vivacidade característica e que os guindou ao segundo lugar do campeonato regional da II Divisão. Ao intervalo, os grupos estavam empatados a duas bolas, a denotar o equilíbrio da partida, que aliás se manteve do princípio ao fim, embora, no segundo período, com certa vantagem da equipa local.

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Armindo fez a primeira bola do jogo. Eugénio aumentou a seguir para 2-0, mas os taipenses empataram até ao intervalo, com tentos de Jorge e Lourenço. Na segunda parte, o jogo continuou a ser disputado com entusiasmo e o Valongo acabou por justificar a vitória por 6-5. Arbitragem de Sampaio Rebelo.” VALONGO: Chico, Camões, Armindo (1) Loureiro, Eugénio (1), Álvaro, Cruz e Navio. TAIPAS: Miguel, Pereira, Jorge (1), Lourenço (1), Mário, Alvarino e Júlio.

e Eugénio, ficando os 4 restantes no tinteiro… Por outro lado, Eugénio, marcador de um golo, não figura no elenco da equipa do Valongo… Fui eu que o acrescentei agora.

19581114_CP_Taipas-Valongo_4-3. Jogo Caldas das Taipas, no dia 13.11.1958.

nas

A notícia: “Ninguém seria capaz de supor que o Valongo e o Carvalhos conseguissem forçar os adversários a terceiro jogo, mas a verdade é que, à custa de brio, os dois grupos impuseram esse recurso. (…) O rinque molhado nas Caldas das Taipas permitiu maior facilidade de movimentos aos visitantes que tiveram assim um óquei mais perigoso. Na primeira parte, a equipa de Valongo ganhava por 2-1, mas os taipenses no segundo tempo bateram-se com entusiasmo e conseguiram passar o resultado para 4-3. Arbitragem de Alberto Lima. Os dois grupos, como é do regulamento, sortearam o rinque para o terceiro jogo, que se vai realizar amanhã, nas Caldas das Taipas.” TAIPAS: Miguel, Pereira, Jorge, Lourenço (1), Mário (3) e Alvarino. VALONGO: Navio, Camões, Armindo Loureiro (2), Adalberto e Noé.

(1),

De pé: Armindo. Belarmino, Eugénio, Loureiro Em baixo: Adalberto, F. Bártolo, Navio, Carlos Camões

Nota: Mais uma vez se nota incongruência entre o texto e a listagem dos jogadores. Por um lado, são bem referidos os dois tentos do Taipas, mas só são apontados dois tentos do Valongo, por Armindo

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19581116_CP_Caldas das Taipas-Valongo_5-0. Jogo ganho por falta de comparência do Valongo.


19581118_CP_O Valongo enviou à Federação longa exposição sobre o local em que deve efectuar-se o jogo de desempate com o Taipas, já que existe, ao que parece, contradição entre o regulamento, uma circular que tentou esclarecê-lo e a prática dos árbitros. A notícia: “Dois casos delicados respeitantes aos jogos de desempate: Taipas-Valongo e Carvalhos-Sanjoanense” (em título). “Mais um conflito se gerou em virtude de a Federação se contradizer com o regulamento que criou para o campeonato de Portugal, através do comunicado posterior que anulou inteiramente o artigo 6º, que, no seu parágrafo 1), manda sortear os recintos dos dois clubes que, ao cabo de duas mãos se mantêm empatados e que assim terão de realizar um jogo de desempate. A Federação diz agora que, realmente, o regulamento e o comunicado deram lugar a justificadas dúvidas e esclarece que vale, sobre o assunto, o que diz o comunicado, considerando, portanto, sem valor o tal artigo 6º do regulamento. No final do jogo da segunda mão entre o Taipas e o Valongo, realizado nas Caldas das Taipas, o árbitro chamou os capitães das duas equipas para proceder a um sorteio, para ver se o jogo de desempate que se teria de fazer na sexta-feira ou no sábado, se deveria fazer em Valongo ou nas Taipas. Ali logo foi levantada a questão de estar em dúvida se o regulamento admitia tal sorteio ou indicava que o jogo deveria ser feito em recinto neutro. Mas o árbitro insistiu em fazer o sorteio e os dirigentes do Valongo aceitaram o sorteio, com a condição de isso não contrariar a letra do regulamento. Depois de se levar a efeito o sorteio, conseguiu-se finalmente obter um regulamento

e, quando se viu o artigo 6º, logo os dirigentes do Valongo discordaram, como previamente o tinham feito, da realização do sorteio. No dia seguinte, os dirigentes do Valongo entenderam-se com a Associação do Norte e esta achou que o jogo desempate se devia fazer em Famalicão. Mas, por seu turno, o Taipas telefonou para Lisboa e foi-lhe dito por um funcionário da Federação que a Associação nada tinha que marcar jogos, pois isso era apenas da competência da Federação. O jogo devia realizar-se nas Caldas das Taipas, como havia sido sorteado e conforme o indica o comunicado posterior à saída do regulamento sobre o campeonato. No próprio sábado, dia do jogo de desempate, o Valongo recebeu um telefonema a marcar para Famalicão o jogo com o Taipas e, imediatamente, seguiram os jogadores em automóveis. Parece que, mais tarde, novo telefonema dizia aos dirigentes do Valongo que o jogo desempate se faria nas Caldas das Taipas, mas os dirigentes do Valongo disseram, então, que os seus jogadores já haviam seguido para Famalicão e com eles uma caminheta cheia de associados do clube. Já nada podia evitar o jogo em Famalicão. E à hora em que o Taipas aparecia no seu rinque para jogar com o Valongo, no sábado à noite, o Valongo fazia a sua entrada no rinque do Famalicão, cujo recinto estava emoldurado por vária assistência, entre ela os associados do Valongo que ali propositadamente se deslocaram. O jogo, portanto, nem se fez em Famalicão nem nas Caldas das Taipas, mas os dirigentes do Valongo têm a assinatura de um graduado da polícia e os dirigentes do Famalicão a comprovar a presença do Valongo em Famalicão. Logo, o Valongo não agiu de má-fé e, tal como o Taipas, é a vítima do

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maus serviço da Federação ou dos seus funcionários. Ontem, a Federação emitiu um novo comunicado a dar parte de várias decisões e, entre elas, confessa que, sobre os jogos de desempate, se suscitavam justificadas dúvidas e esclarecia que valia o comunicado e não o regulamento da prova, publicado anteriormente. O encontro Carvalhos-Sanjoanense vai ser anulado? Vê-se, afinal, que se não cumpre o regulamento, pois um simples comunicado pode alterar tudo o quer ficou regulamentado, e isso é francamente lamentável, pelo que resulta de dúvidas e confusões. Mas se está resolvido que, em caso de necessidade de jogos de desempate, se tenha de fazer o sorteio dos rinques dos clubes interessados e não se vai para o sistema do rinque neutro, que seria o mais honesto e mais desportivo, então terá de se considerar sem qualquer valor o jogo Carvalhos-Sanjoanense, que se realizou no sábado, no rinque do Lima, portanto, em recinto neutro e não, como se deveria ter feito, no rinque de um desses clubes, depois de feito o sorteio. Mas o Carvalhos, que não tem culpa dessas incongruências, ganhou bem à Sanjoanense e ficou apurado e, se o jogo for anulado, fica altamente lesado nos seus interesses. Por outro lado, a Sanjoanense tem todo o direito a levantar o problema, porque se não cumpriu o que a Federação entende dever-se fazer para jogos de desempate, e não deixará com certeza de exigir que seja anulado o jogo e feito um sorteio para se ver se o jogo de desempate será nos Carvalhos ou em S. João da Madeira.

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Se não houvesse todas estas incompatibilidades, mais não se teria de fazer que não fosse castigar o Valongo, com a eliminação e a multa de mil escudos, como manda o regulamento para os clubes que faltam a jogos da primeira eliminatória., Mas como o Valongo não teve qualquer culpa e está a ser vítima da má organização da prova, resta repetir o jogo e a Federação ainda terá d decidir sobre o caso do jogo Carvalhos-Sanjoanense. O Valongo enviou extensa exposição para a Federação Afinal, tivemos o cuidado de ir ler, cuidadosamente, o tal comunicado que revogou o célebre artigo 6º do regulamento do Campeonato de Portugal e nada vimos a que os dirigentes federativos se possam agarrar para dizer que o comunicado n.º 17 revogava o tal artigo, quanto aos jogos-desempate. O texto, afinal, mantém e não altera o artigo 6º do regulamento. Aqui está o que o comunicado n.º 17 diz: “DESEMPATES – Após o árbitro do encontro da 2ª mão haver efectuado o sorteio do rinque onde o desempate se realizará, o mesmo terá lugar: a) No dia seguinte, se houver acordo entre os interessados; b) No sábado imediato, em caso contrário.” Quer dizer, este texto não revoga o artigo 6º do regulamento, quando muito estabelece doutrina para um sorteio eventual, no caso de os dois clubes não chegarem a acordo com determinado rinque e cada um sugerir um recinto que será escolhido pelo árbitro, em sistema de sorteio.


E para se chegar a esta conclusão basta apenas saber um pouco de português e ter elementares conhecimentos de direito. O Valongo, que, ao chegar sábado á noite a Famalicão, não tendo adversário, telegrafou para a Federação e Associação do Norte, a participar o facto, fez seguir ontem à noite uma larga exposição do caso, dizendo que se não importa de ir jogar com o Taipas a qualquer rinque português, desde Monção até ao Algarve, mas deseja que se faça justiça e não há dúvida que os dirigentes do Valongo não têm culpa do que se passa, nem o Taipas, nem o Carvalhos, nem a Sanjoanense, nem mesmo os clubes do Sul, que tiveram de fazer desempates. A culpa cabe somente a quem preparou o texto do regulamento e pontifica na essência dos comunicados, cheios de contradições.”

19581121_CP_Taipas-Valongo_7-1. Jogo Caldas das Taipas, no dia 20.11.1958.

nas

A notícia: “Realizaram-se ontem à noite dois jogos da ‘poule’ de apuramento do campeonato nacional (…). Assim, com os resultados de ontem, o Carvalhos e o Valongo ficaram arrumados e à margem destas eliminatórias de apuramento. (…) O tão falado jogo-desempate entre o Taipas e o Valongo, disputado ontem, decorreu de maneira desequilibrada, pois desta vez o grupo das Caldas das Taipas tirou maior partido do facto de actuar no seu ambiente. Logo na jogada inicial, a equipa do Taipas fez o seu primeiro tento e isso deu grande alma aos seus jogadores que até ao intervalo fizeram 3-0 e continuaram a jogar com a mesma

velocidade e entusiasmo até atingirem a marca final de 7-1. Arbitragem de Vasco Folhadela.” TAIPAS: Miguel, Pereira, Jorge (1), Lourenço (4), Mário (1), Alvarinho (1) e Júlio. VALONGO: Navio, Camões, Armindo, Eugénio, Loureiro, Álvaro (1), Adalberto e Noé.

1959

19590220_CP_Armindo seleccionado para uma equipa que irá jogar a Montreux. A notícia: “Ontem à noite, no rinque do Lima, apresentaram-se para o primeiro ensaio vários jogadores nortenhos, com vista à formação de um «cinco» para tomar parte nos treinos em Lisboa, durante quinze dias, e prepara-se uma equipa jovem para a ida a Montreux no próximo mês. O Dr. Mário Aragão fez, em princípio, alinhar duas equipas assim formadas: - Campos (Porto), Guilherme (Porto), Armindo (Valongo), J. Azevedo e A. Azevedo, ambos da Sanjoanense; Cardoso (Candal), Romeu (Académico), Aníbal (Académico), A. Oliveira (Infante) e Ildebrando (Infante). Depois, houve outro treino, retirando alguns jogadores e entrando outros (…). Pena foi que não fosse convidado outro guarda-redes, para ocorrer ao menos a qualquer avaria, pois Cardoso forçou o treino a uma paragem que felizmente não foi longa. Também não será desacertado ter equipados no rinque, para substituição,

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dois suplentes, para evitar as avarias, como sucedeu a Armindo, de que resultou o próprio seleccionador, sem equipamento nem patins, ter de ocupar o seu lugar, mas alterando naturalmente a contextura do jogo. Por fim, teria sido mais vantajoso que se aproveitasse um dos árbitros ali presentes para apitar a sessão, o que permitiria ao dr. Mário Aragão estar mais calmo e mais compenetrado a ver os jogadores em acção. Novo treino terá lugar na terça-feira à noite e parece que desta vez serão alguns dispensados e outros convocados: F. Andrade e Rodrigo, do Famalicense, e Nuno (Académico de Braga). O treino deve realizar-se ou no Pavilhão dos Desportos ou no rinque do Lima.”

19590315_CP_Importante reunião de clubes sobre afastamento de jogadores nortenhos do torneio de Montreux com a presença de Rogério Paupério. A notícia: “Realizou-se ontem à noite a anunciada reunião dos clubes para deliberarem sobre a atitude da Federação de afastar pura e simplesmente do torneio de Montreux os seleccionados portuenses.

«Direcção-Geral dos Desportos, delegação do Porto: A Associação de Patinagem do Porto, em representação dos clubes seus filiados, lamenta profundamente o afastamento total dos jogadores nortenhos para o torneio de Montreux, reservando-se para uma atitude futura, após os esclarecimentos exactos futuros.» Para o presidente da Federação foi enviado um telegrama mais ou menos do mesmo teor. A meio da reunião, telefonou o sr. Mário de Carvalho, dando alguns esclarecimentos acerca da atitude assumida pela Federação. Todavia, como o sr. dr. Carlos Vale tinha já uma audiência marcada para amanhã com o Director-Geral dos Desportos, dr. Valadão Chagas, aproveitará para lhe falar neste grave caso e, entretanto, a reunião ficou suspensa, para prosseguir na próxima quarta-feira, às 21,30 horas.”

19590324_CP_Sorteio para Taça de Honra. Treze clubes repartidos por 3 Séries.

Aos trabalhos presidiu o sr, dr. Carlos Vale, ladeado pelos elementos da A. P. N.: Fernando (?), Olindo Cabra, Lima Pinto e Rogério Paupério.

Série A: Porto, Educação Física, Infante de Sagres, Valongo e Leixões

Comparecerem os delegados dos clubes: Infante de Sagres, Vigorosa, Académico, F. C. do Porto e Candal.

Série C: Espinho, Sanjoanense, Carvalhos, Escola Livre.

Falaram vários oradores e, nomeadamente, o presidente da A. P. N., dr. Carlos Vale, todos manifestando a estranheza pela atitude da Federação,

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tendo a certa altura o delegado do F. C. do Porto, arquitecto Girão, proposto mandar dois telegramas, que foram aprovados e com o seguinte texto:

Série B: Académico, Vigorosa, Paço e Rei, Candal.

Série A: 2ª jornada – Leixões-Valongo; 3ª jornada – Valongo-Porto; 3ª jornada – Valongo-Infante. Estas três “poules” são disputadas em duas voltas


e os dois primeiros de cada uma disputarão uma poule final, em rinques neutros.

19590402_CP_Reunião de clubes, sem a presença do representante do Valongo, sobre patinagem artística.

19590421_CP_Começa hoje a Taça de Honra, com os jogos Vigorosa-Académico e Espinho-Sanjoanense.

19590423_CP_Primeira jornada da Taça de Honra do Norte. A notícia: “Concluiu-se ontem à noite a primeira jornada da Taça de Honra, do Norte, para 1959, e desta sorte verifica-se que as equipas se apresentam já, neste princípio de época, razoavelmente estruturadas.”

19590425_CP_Leixões-Valongo_5-5. Jogo em Matosinhos, no dia 24.04.1959. A notícia: “Em Matosinhos, nem sempre as coisas correram de feição e o jogo foi, em certos aspectos, acidentado. O grupo local queixou-se da arbitragem e o jogo foi um tanto violento e áspero, com público mal impressionado como as coisas decorriam. Ao intervalo, o Valongo vencia por 3-1, a culminar

o seu melhor trabalho e a equipa visitante conseguiu, até, depois do descanso, melhorar a sua vantagem para 4-1. Daí em diante, a golpes de energias os rapazes do Leixões bateram-se com denodo e chegaram a ter o empate de 4-4, mas numa reacção valorosa o Valongo passou novamente a comandar o marcador por 5-4, até que os matosinhenses lograram o empate de 5 bolas. Fernando, do Leixões, depois de ter sofrido castigo de um minuto, foi expulso por todo o tempo. Arbitragem e Domingos Martins” LEIXÕES: Da Silva, Crista, Moura (1), Abel, Fernando (4), Tato, Lafuente, Carambola. VALONGO: Quim, Camões (1), Armindo (3), Eugénio (1) e Leal. Nota: Joguei no rinque do Leixões, em Matosinhos pelo menos duas vezes, que me lembre, e por isso posso dizer que aprecio a diplomacia benevolente do jornalista que redigiu a notícia, quando escreve que “nem sempre as coisas correram de feição e o jogo foi, em certos aspectos, acidentado”, acrescentando, no final, com destino a quem tem olhos para ler e perceber, que “Fernando, do Leixões, depois de ter sofrido castigo de um minuto, foi expulso por todo o tempo”. Posso testemunhar que, nessa época, os jogos que realizámos em Matosinhos foram caracterizados por uma enorme violência de alguns jogadores e, sobretudo, do público (que aliás incitava os jogadores nesse sentido), o qual, encostado ao varão que delimitava o rinque, como era habitual nesse tempo, chegava a tentar agredir os jogadores adversários que tinham a temeridade ou o descuido de se aproximarem das tabelas. Aconteceu-me isso várias vezes. Aliás, não apenas em Matosinhos. Era uma cultura implantada em variadas terras. Esse foi

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sempre, para mim, o lado negro do hóquei, ao lado dos aspectos prazerosos e mesmo exaltantes dele.

19590428_CP_ Classificação:

SÉRIE A J

V

Infante

2

1

Porto

2

Leixões

E

D

F

C

1

0

0

1

5

1

1

0

4

2

5

2

0

1

1

5

12 4

Valongo

1

0

1

0

5

5

2

Ed. Física

1

0

0

1

1

3

1

19590430_CP_Valongo-Porto_4-7. Jogo rinque do Valongo, no dia 29.04.1959.

P

no

A notícia: “A visita do clube azul-branco, como é natural, despertou certa curiosidade e o jogo foi agradável pela magnífica resistência feita pelos vencidos que, temos a certeza, vão colocar, ali, em embaraços muitas equipas, Na verdade, os locais desdobraram-se em esforços do princípio ao fim e somente baquearam pela melhor preparação física do seu adversário que, aliás, teve a virtude de fazer óquei além de vistoso terrivelmente demolidor. Depois de Malheiro atirar à trave uma grande penalidade, Gomes de Almeida fez 1-0. Depois disso, Magalhães atirou um grande remate à trave e a seguir Malheiro fez 2-0. Depois disso, para coroar o seu jogo entusiástico, o Valongo diminuiu para 1-2, por Armindo, mas Malheiro melhorou a marca do clube portuense para 3-1, para antes do intervalo Armindo de novo reduzir para 2-3.

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No princípio da segunda parte, Armindo fez o empate de 3-3 que deu lugar a uma reacção ainda mais entusiástica dos jogadores do Valongo, mas os portuenses não se precipitaram e continuaram a cerzir o seu bom padrão de jogo, com calma e tranquilidade. Zélio fez 4-3 e Leal voltou a dar o empate de 4-4. Mas tinha fatalmente de vencer a melhor estrutura de jogo e assim sucedeu, porque o F. C. do Porto fez 5-4, por Malheiro, 6-4, por Gomes de Almeida e 7-4 por este último, num lance de rara e pouco vista inteligência. Depois disso mais a equipa local quebrou, até porque já não tinha fôlego para resistir ao jogo dos visitantes que continuaram a entusiasmar o público. Há que realçar a esplêndida resistência dos vencidos que foram traídos por quererem correr a todos os lances, perante uma equipa que sabia o que queria. …arbitragem impecável de Martinho Gomes.” VALONGO: Navio, Camões, Armindo (3), Eugénio, Leal (1), Adalberto e Reis. PORTO: Brito, Reis Costa, Magalhães, Gomes de Almeida (3), Zélio (1), Malheiros (3), Luís e Campos II.

19590503_CP_Educação Física-Valongo_3-4. Jogo no rinque do Ed. Física, no dia 02.05.1959. Não indica a composição das equipas, nem os marcadores dos golos. A notícia: “Duas grandes surpresas se registaram nos jogos de ontem! Não se pode deixar de considerar sensacional o empate que o Paço de Rei conseguiu frente ao Vigorosa, nem deve deixar de se dar o devido realce ao Valongo, ao bater o Educação Física no próprio ambiente do adversário. (…)


No rinque do vencido, o grupo de Valongo, tal como se mostrara forte e unido contra o F. C. do Porto (…) foi desta vez à Senhora da Hora e bateu bem o pé ao grupo local. Depois de estar a vencer por 2-0, o grupo de Valongo permitiu a igualdade, mas teve trabalho brilhante a seguir, para ganhar bem, perto do fim, por 4-3. Na base deste triunfo, esteve o seu jogador Armindo, que fez nada menos de três tentos, enquanto o outro foi alcançado por Leal.”

VALONGO: Navio, Camões, Armindo, Eugénio (2), Leal (1), Pires e Reis. INFANTE: Vilaça, Águeda, Ildebrando, A. Oliveira (3), Casimiro, Américo, Joaquim e Manuel Sá.

19590514_CP_Classificação da Série A: Porto

11

Infante

10

19590507_CP_Valongo-Infante_3-3. Jogo em Valongo, no dia 06.05.1959.

Valongo

8

E. física

6

A notícia:

Leixões

5

“Os campeões do Porto sofreram um imprevisto empate em Valongo, onde a equipa local jogou bem e com boa visão de jogo. O empate, porém, é lisonjeiro para o Infante dessagres, que esteve mais perto da derrota, tanto mais que o Valongo esbarrou três bolas certas na trave. O resultado foi feito na primeira parte e no segundo tempo ambos os grupos defenderam-se encarniçadamente para não sofrer golos. Os últimos minutos do jogo decorreram no meio do maior entusiasmo.

19590528_CP_Valongo-Leixões_5-0. Jogo em Valongo, no dia 27.05.1959. Final da 2ª jornada da 2ª volta da Taça de Honra. Não indica a composição das equipas nem os marcadores dos golos.

O Infante marcou primeiro, por A. Oliveira, mas depressa sofreu o empate, obtido por Eugénio e o Valongo passou a vencedor, a seguir, com um remate de Leal. Os campeões nortenhos reagiram e conseguiram novo empate de novo apontado por A. Oliveira e este mesmo jogador fez 3-2 para o Infante, mas antes do intervalo Eugénio fez 3-3. Na segunda parte, apesar de a luta se tornar ainda mais ardorosa, nenhum dos grupos conseguiu marcar. Arbitragem de Isaac Magalhães.”

A notícia: “O grupo de Valongo no seu rinque tem sido sempre um adversário e até agora só ali perdeu com o F. C. do Porto, pois até o Infante, campeão do Porto, ali teve de ceder um empate. Depois do resultado de 5-5 feito por ambas as equipas na primeira volta disputada em Matosinhos e que tanta celeuma causou, o grupo local era desta vez francamente favorito. Assim, a sua natural superioridade e maior compenetração de jogo permitirá à equipa de Valongo vencer por 5-0.”

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19590529_CP_Comentário do jornal: Sob o título “Disputam-se esta noite seis jogos da Taça de Honra do Norte”, o articulista escreve: “Estão marcados para esta noite nada menos de seis jogos a contar para a Taça de Honra do Norte. Poderá mesmo adiantar-se que quase todos os jogos desta noite são de certo modo decisivos para ficar feita a escolha dos seis clubes que irão tomar parte na poule final. Na Série A, o F. C. do Porto defronta o Valongo, no rinque «da Constituição, num jogo de muita importância, pois será preciso dizer que o simpático grupo de Valongo apenas sofreu uma única derrota em todos os jogos até aqui realizados, embora estejamos no fim da segunda volta desta poule inicial. E essa derrota foi infligida precisamente pelo grupo azul-branco e, depois disso, o Valongo empatou com o Infante de Sagres e foi ganhar à Senhora da Hora ao Educação Física. De que será capaz esta noite a equipa de Valongo?”

19590530_CP_Porto-Valongo_8-1. Jogo na Constituição, no dia 29.05.1959. A notícia apenas indica o resultado.

19590602_CP_Valongo-Educação Física_3-5. Jogo em Valongo, no dia 01.06.1959. A notícia: “… já estão apuradas as equipas que vão tomar parte na fase decisiva (poule final) e que são: Infante de Sagres, F. C. do Porto, Académico, Vigorosa, Académica de Espinho e Carvalhos. (…)

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Em Valongo, o grupo local claudicou de maneira impressionante, num jogo cujo resultado já não interessava a qualquer das equipas, já fora do alcance do apuramento. O Educação Física, que tinha perdido com este seu adversário na Senhora da Hora, desforrou-se a demonstrar quanto anormal tinha sido a pesada derrota sofrida no jogo com o Infante de Sagres. Na primeira parte, já o vencedor tinha 3-1 a seu favor.” ED. FÍSICA: Adelino, Bessa (1), Custódio, Albertino (2), Maia, Oliveira, Rui e Braga (2) VALONGO: Navio, Camões (1), Armindo (1), Leal, Eugénio (1), Adalberto e Pires.

19590604_CP_Infante-Valongo_1-0. Jogo no rinque do Infante. Sem indicação de data. A notícia: “Dos cinco jogos realizados, nem um só fugiu ao vaticínio que se formularia previamente, mas o encontro entre o Infante de Sagres e o Valongo concluiu-se com um resultado muito escasso a favor dos campeões. (…) No rinque da Avenida Marechal Gomes da Costa, a equipa dos campeões nortenhos fez um jogo tranquilo com o aguerrido Valongo: talvez o excesso de confiança e o entusiasmo transbordante justificasse a magreza do resultado final, que à primeira parte era de 0-0. Arbitragem de Adelino António.” INFANTE: Manuel, Águeda, Ildebrando, A. Oliveira (1), Casimiro e Joaquim. VALONGO: Navio, Camões, Fonseca, Leal, Eugénio, Francisco e Adalberto.


Nota: Suponho que “Fonseca” será o Armindo Fonseca.

embora pareça que foi no rinque do Paço de Rei. A notícia:

19590616_CP_Paço de Rei-Valongo_2-3. Jogo no Bessa, no dia 15.06.1959. Não indica a composição das equipas nem os marcadores dos golos. A notícia: “Principiou ontem a poule dos vencidos da Taça de Honra” (em título) “A equipa do Valongo foi ao Bessa fazer bom trabalho e mostrar a subida do sei conjunto. O jogo foi muito equilibrado e o Valongo acabou por justificar o triunfo por 3-2.”

19590620_CP_Valongo-Leixões_2-0. Jogo no dia 190601959. Não indica o local do jogo, a composição das equipas ou o nome dos marcadores dos golos. A notícia “A equipa matosinhense ofereceu séria resistência ao mais compenetrado grupo de Valongo. O triunfo do vencedor foi justo, porque os seus jogadores se mostraram sempre mais evoluídos, mas o vencido bateu-se de modo a justificar plenamente a magreza do resultado final. O resultado foi feito durante o primeiro tempo.”

19590623_CP_Paço de Rei-Valongo_8-2. Jogo no dia 22.06.1959. Não indica o local do jogo,

“Em jogo correcto, o Paço de Rei venceu com merecimento, embora o vencido merecesse marcar mais vezes. A partida mostrou a manifesta subida de forma do Paço de Rei.” PAÇO D REI: Carlos, Américo, Guilherme (1), Vieira (5), Diniz (2), A. Maria, Sousa e Matos. VALONGO: Navio, Camões, Armindo (1), Leal (1), Eugénio, Pires e Adalberto.

19590626_CP_Boavista-Valongo_1-4. Jogo nas Cavadas, no dia 25.06.1959. Não indica a composição das equipas, nem os marcadores dos golos. A notícia: “No rinque das Cavadas, realizaram-se ontem à noite mais dois jogos da série dos últimos classificados. Pode afirmar-se que houve duas grandes surpresas: o triunfo absoluto do Valongo sobre o Boavista, por 4-1, que não deixa de ser impressionante, pela clareza e superioridade do vencedor e pela quebra cada vez mais notória do Boavista e a vitória difícil e laboriosa do Educação Física sobre o Candal, por 4-3, números escassos para a maior experiência do vencedor.”

19590709_CP_No dia 21: Leixões-Valongo.

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19590916_CP_Leixões-Valongo_4-2. Jogo rinque do Bessa, no dia 15.09.1959.

no

VALONGO: Navio, Camões, Armindo, Eugénio, Leal, Pires, Álvaro (1) e Louro.

“No rinque do Bessa, pois os matosinhenses sofrem a interdição do seu recinto, o Leixões venceu bem, depois de uma primeira parte em que o Valongo justificava nessa altura o resultado favorável de 2-0, em golos de Leal e Eugénio.

Nota: Mais uma troca de nome: “Louro” é Loureiro.

No segundo período, Moura diminuiu para 2-1 e Barbosa fez 2-2, tendo Moura desperdiçado então duas grandes penalidades.

A notícia:

A notícia:

Quando o Valongo tinha apenas quatro elementos em rinque, por castigo temporário de Leal, Moura fez 3-2 e o mesmo jogador fixou a conta em 4-2, de castigo máximo. O vencido jogou desfalcado de Armindo. Arbitragem de António Quintela, cujo trabalho satisfez.”

no

“No Candal, realizou-se ontem à noite e a contar para o regional ad II Divisão, o encontro entre as equipas do Candal e do Valongo, de que saiu vencedora a equipa local por 3-2. Ao intervalo: 3-1. Os candalenses dominaram mais no 1º tempo, em que construíram o triunfo com merecimento. Os visitantes actuaram melhor na parte final do encontro. Arbitragem de Alberto Mira.”

LEIXÕES: Tato, Da Silva, Barbosa (1), Nelson, Moura (3) e Abel.

CANDAL: Cardoso, Alberto, Mota, Costa (1) e Pinto (2)

VALONGO: Navio, Eugénio (1), Camões, Leal (1) e Álvaro.

VALONGO: Mário, Camões (1), Armindo (1), Eugénio e Leal.

19590919_CP_Espinho-Valongo_4-1. Jogo em Espinho, no dia 18.09.1959.

19591001_CP_Valongo-Vilanovense_3-0. em Valongo, no dia 30.09.1959.

A notícia:

A notícia:

“A equipa do Valongo jogou abaixo das suas possibilidades, deixando-se superiorizar pelo adversário.

“Ao intervalo, a equipa local vencia por 1-0. O Valongo, que triunfou pela primeira vez no decorrer deste campeonato, realizou, de facto, boa exibição, superando em todos os pormenores o seu adversário, que procurou, animosamente, dificultar lo triunfo contrário.

Ao intervalo, 3-0. O jogo foi correcto e a arbitragem não deu motivo a reparos.” ACADÉMICA: António Coelho, Bladimiro (?), Alberto, Andrade (2), Raul (2), Marçal e Vaz.

260

19590927_CP_Candal-Valongo_3-2. Jogo Candal, no dia 26.09.1959.

Jogo

No primeiro tempo, apenas se marcou um tento,


mas o resultado poderia ser mais expressivo. Uma e outra equipa desperdiçaram oportunidades de golo. Já no segundo tempo, em que o jogo decaiu um pouco de velocidade, os valonguenses confirmaram a sua superioridade e obtiveram os golos quer justificam o seu melhor labor. A arbitragem de Ramiro de Sousa esteve bem, criteriosa e imparcial.” VALONGO: Navio, Camões, Armindo (1), Loureiro, Leal, Álvaro, Pires e Eugénio (2). VILANOVENSE: Alberto, Fernando, José Luís, David, Álvaro e Brandão.

19591010_CP_Valongo-Paço de Rei_5-4. Jogo em Valongo, no dia 09.10.1959.

19591019_CP_Valongo-Leixões_6-5. Jogo em Valongo, no dia 18.10.1959. A notícia: “A vitória do grupo de Valongo foi merecida. Com o resultado desfavorável de 4-2, os jogadores locais, após a entrada de Armindo, fizeram uma boa recuperação e terminaram o jogo como brilhantes vencedores. A equipa do Leixões lutou com ardor e foi um digno vencido. Boa arbitragem de Laurentino Ribeiro.” VALONGO: Pires, Camões (1), Álvaro (1), Leal, Armindo (1), Loureiro e Eugénio (3). LEIXÕES: Tato, Da Silva, Barbosa, Moura (4), Nelson (1), Crista, Abel e Faustino.

A notícia: “Em Valongo, a equipa local venceu com dificuldade o Paço de Rei e por isso a partida foi sempre muito equilibrada, do primeiro ao último instante. Ao intervalo, o Valongo, como reflexo da sua melhor concepção de jogo, ganhava por 4-2, mas ao segundo tempo os gaienses equilibraram melhor o jogo. O Valongo desperdiçou três grandes penalidades. Arbitragem de Mário Cardoso.” VALONGO: Navio, Camões (1), Armindo (1), Álvaro (3), Leal, Loureiro e Pires. PAÇO DE REI: Ferreira, Vieira, Camilo (2), Dinis (2), Sousa, Figueiredo e Matos.

Em cima: Leal, Loureiro, Armindo, Eugénio. Em baixo: Álvaro, Noé, Chico Pires, Carlos Camões

261


19591023_CP_Espinho-Valongo_6-1. Jogo em Espinho, no dia 22.10.1959.

Não indica a composição das equipas, nem os marcadores dos golos.

A notícia:

A notícia:

“Em Espinho, durante o primeiro período, a equipa do Valongo aguentou-se admiravelmente, perante a maior capacidade técnica do adversário, respondendo com o maior entusiasmo. Depois do descanso, porém, os espinhenses ditaram a sua lei e ganharam folgadamente. Arbitragem de Jaime Santos.”

“ACADÉMICA DE ESPINHO, vencedora absoluta da II Divisão” (em título).

J

V

E

D

F

C

ACADÉMICA: António, Coelho I, Coelho II, Vladimiro (4), Neto (2), Marçal, Clareano e Américo

Espinho

10

10

0

0

68

24 30

Leixões

10

7

0

3

40

33 24

Valongo

10

5

0

5

33

31 20

VALONGO: Navio, Camões, Armindo, Leal, Eugénio, Álvaro (1) e Cruz.

Candal

10

4

1

5

29

45 19

Vilanovense

10

1

1

8

17

44 13

Paço de Rei (X)

10

2

0

8

19

39 13

“O Valongo foi ao recinto do Paço de Rei conquistar uma robusta vitória de 7-1.” Classificação:

II DIVISÃO P

(X) Tem uma falta de comparência

19591027_CP_Valongo-Candal_3-4. Jogo em Valongo, no dia 26.10.1959. A notícia: “Em Valongo, a equipa local era francamente favorita de um adversário que, embora animoso, não parecia destinado a vencer no ambiente alheio. Com 2-2 ao intervalo, porém, bateram-se com denodo, na segunda parte, e justificaram plenamente o resultado final de 3-4.” VALONGO: Navio, Camões, Armindo Eugénio (1), Álvaro (1) e Leal.

(1),

1960

19600331_CP_A notícia informa que vai principiar o Campeonato Regional da IIª Divisão, no dia 2 de Maio, com jogos às segundas e quartas-feiras e a participação de oito clubes: Valongo, Vilanovense, Educação Física, Candal, Desportivo da Póvoa, Leixões, Nuno Álvares e Paço de Rei.

CANDAL: Cardoso, Barbosa, Mota, Costa (2), Pinto de Sá e Rui (2)

19591111_CP_Paço de Rei-Valongo_1-7. Jogo no campo do Paço de Rei, no dia 10.11.1959.

262

19600504_CP_Vilanovense-Valongo_1-5. Jogo no rinque do Vilanovense, no dia 2 de Maio; à noite. Indica parcialmente a autoria dos golos. A notícia:


“A equipa do Valongo veio a Vila Nova de Gaia obter uma boa vitória sobre o Vilanovense, apesar de o vencedor não ter alinhado ainda com o seu melhor.

19600510_CP_Valongo-Candal_5-1. Notícia só com o resultado, depois de extensa reportagem sobre os jogos da primeira divisão.

Arbitragem de José Caio.” VILANOVENSE: Alberto, Fernandes, J. Luis, David, Américo, Seixas e Álvaro. VALONGO: Navio, Camões, Armindo (2, sendo um na sua própria baliza), Eugénio, Adalberto e Pires.

19600505_CP_Valongo-Educação Física_5-4. Jogo em Valongo, no dia 4 de Maio, à noite. A notícia: “Em Valongo, a equipa do Educação Física não conseguiu ganhar e o grupo local que dentro em breve terá ainda melhor conjunto com reforço que vai receber, poderá discutir e candidatar-se seriamente ao título. Isso explica o extraordinário interesse e ambiente à volta deste jogo. No primeiro tempo, o Educação Física levou vantagem, marcando primeiro, consentindo a igualdade e voltando a ficar na dianteira do marcador até ao intervalo. Depois do descanso, porém, os locais galvanizaram-se e estiveram mais decididos no remate, terminando vencedores duma partida que foi disputada com o maior entusiasmo e energia. (…) O Valongo teve a seu favor cinco grandes penalidades, mas apenas cometeu uma. Arbitragem de Domingos Martins.” VALONGO: Navio, Camões (2), Armindo, Eugénio (2), Leal (1), Adalberto e Pires. EDUC. FÍSICA: Castro, Bessa, Rui, Maia II (1), Avelino (1), Albertino (2) e Leites.

19600512_CP_Valongo-Póvoa_15-0. Jogo em Valongo, no dia 11 de Maio, à noite. A notícia: “O jogador cedido pelo F. C. do Porto ao Valongo marcou oito golos na sua estreia” (em título) “Em Valongo, a equipa local bateu o grupo do Desportivo da Póvoa por 15-0, com 5-0 ao intervalo. O jogador que o F. C. do Porto cedeu ao Valongo e que ontem fez a sua estreia – José Camilo – fez nada menos de oito golos. Arbitragem de Fernando Alves.” VALONGO: Navio, Camões (1), Armindo (4), Camilo (8), Leal (2), Eugénio, Cruz e Mário. DESP. DA PÓVOA: Malhão, Chico, Pedro, Reis, Leitão, Ivo, Hernâni e José Carlos. Nota: Em todas as situações similares, o jornal aparentemente compraz-se em sublinhar um qualquer mérito do F. C. do Porto.

19600517_CP_Leixões-Valongo_1-4. Jogo em Matosinhos, no dia 16 de Maio. A notícia: “O Valongo, em grande evidência, é o único grupo sem derrotas. A equipa do Valongo deu ontem um grande passo, isolando-se no comando da classificação, ao bater o Leixões, no próprio recinto do

263


adversário. Embora o torneio da II Divisão se decida praticamente entre quatro equipas, não oferece dúvidas que a questão do título há-de ficar arrumada entre o Valongo e o Educação Física. Em Matosinhos, no melhor jogo da noite, a equipa do Valo0ngo fez excelente exibição, batendo um adversário que ainda não tinha perdido. Grande assistência esteve presente ao jogo, mas os visitantes foram particularmente realizadores, mostrando melhor fio de jogo. Chegaram a 4-0 e somente no final do jogo cederam ao vencido o ponto de honra, obtido de grande penalidade. Arbitragem de Luís Reis.” LEIXÕES: Da Silva, Geraldes, Barbosa, Moura (1), Abel, Nelson e Carlos Alberto. VALONGO: Navio, Camões, Armindo Camilo (3), Eugénio, Cruz e Pires.

(1),

19600519_CP_Valongo-Nun’Álvares_6-3. Jogo em Valongo, no dia 18 de Maio, à noite.

3-2. Na segunda parte, os jogadores do Nun’Álvares fizeram defesa encarniçada e mantiveram a vantagem de 3-2 até três minutos do fim, enquanto o adversário desorientado se deixava apoderar dos nervos. Na parte final, porém, os locais fizeram quatro bolas de rajada e ganharam o jogo. Arbitragem de Alfredo Ribeiro.” VALONGO: Mário, Camões (2), Armindo (1), Leal (1), Camilo (2), Eugénio, Cruz e Pais. NUN’ÁLVARES: Vasco, Ramlho, Rogério (3), Aires, Rangel, Jaime, Plácido e Álvaro. Classificação: Valongo Paço de Rei Leixões Vilanovense Desp. Póvoa Candal Nun’Álvares

II DIVISÃO J 6 6 6 6 6 6 6

V 6 4 3 2 1 1 0

E 0 1 1 1 1 0 0

D 0 1 2 3 4 5 6

F 40 46 30 14 17 19 9

C P 9 18 18 15 10 13 28 11 48 9 48 9 66 6

A notícia: “Realizou-se ontem à noite a penúltima jornada do campeonato regional da II Divisão, tendo-se registado nova derrota do Leixões que praticamente já está agora fora do alcance do título.

19600524_CP_Paço de Rei-Valongo_3-1. Jogo no Parque de Santa Luzia, no dia 23 de Maio, em que se concluiu a primeira volta do campeonato regional da IIª divisão.

O Valongo, apesar das dificuldades encontradas com a equipa mais frágil da prova, acabou por ganhar, mantendo-se como o grupo cem por cento vitorioso.

A notícia, sob o título “O Valongo sofreu a primeira derrota”:

O Valongo, no seu próprio recinto, teve sérios embaraços para ganhar à jovem turma do Nun’Álvares. Os visitantes marcaram duas bolas sem resposta, sofreram o empate, mas conseguiram marcar de novo, chegando ao intervalo com a vantagem de

264

“No recinto do Parque de Santa Luzia, o grupo do Paço de Rei jogava uma cartada decisiva para manter aspirações ao título e por seu turno o Valongo daria um passo importante para ficar em boa posição. Os gaienses bateram-se com entusiasmo e ao intervalo venciam por 1-0. Depois, no segundo


período, aumentaram a sua vantagem para 3-0 e só perto do fim os visitantes conquistaram o golo de honra. Arbitragem de Luís Reis.” PAÇO D REI: Alberto, Américo, Vieira, Machado (1), Dinis (2), Matos, Sousa e Bernardo. VALONGO: Navio, Camões, Armindo (1), Leal, Eugénio, Cruz, Reis e Camilo.

19600614_CP_Noticia o adiamento do jogo Valongo-Vilanovense, pelo que ficou incompleta a 1ª volta da 2ª jornada do campeonato.

19600616_CP_Valongo-Vilanovense_10-2. Jogo em Valongo, no dia 15 de Junho, à noite. A notícia: “Em Valongo, realizou-se ontem à noite o jogo em atraso da primeira jornada da segunda volta do campeonato regional da II Divisão. A equipa local teve vantagem acentuada e venceu com inteiro merecimento, embora a sua superioridade fosse mais clara no segundo período. Arbitragem de Luís Reis.” VALONGO: Navio, Armindo (2), Camões (2), Camilo (3), Leal (3), Eugénio e Mário. VILANOVENSE: Alberto, Fernando (1), J. Luís (1), Caetano e Braga.

19600623_CP_Educação Física-Valongo_4-1. Jogo no rinque da Senhora da Hora, no dia 22 de Junho.

A notícia: “Realizou-se ontem à noite a segunda jornada do campeonato regional da II Divisão que tinha um jogo importante que podia, até certo ponto, decidir a questão do título. Realmente, a partida Educação Física-Valongo deve ter permitido encontrar-se o campeão, a cinco jornadas do fim, pois não é fácil que a excelente equipa da Senhora da Hora venha a claudicar. No rinque da Senhora da Hora, o grupo do Educação Física, a despeito do entusiasmo e força de vontade dos visitantes, acabou por justificar inteiramente o seu triunfo. Com 2-0 ao intervalo, a equipa do Edicação Física foi sempre superior e acabou por justificar o resultado final de 4-1. Arbitragem de Alberto Couto.” EDUC. FÍSICA: Francisco, Bessa, Rui (1), Maia (2) e Avelino VALONGO: Duarte, Camões (1, na própria baliza), Leal (1), J. Leal e Camilo. Nota: A notícia omite a autoria do 4º golo do Educação Física. O comentário de que, com esta vitória do Educação Física, estaria encontrado, a cinco jornadas do final, o vencedor do campeonato, visto que não era previsível que a equipa visse a claudicar, seria sempre, em termos gerais e de acordo com as ciscunstâncias do desporto e desta modalidade em particular, desajustado e, pelo menos, imprudente. O decorrer do torrneio encarregou-se de mostrar isso mesmo, como veremos adiante, aquando do jogo do dia 06.07.1960, em que o Paço de Rei bateu o Educação Física por 2-0.

265


19060629_CP_Valongo-Candal_17-2. Jogo em Valongo, no dia 28 de Junho. A notícia: “Com 9-0 ao intervalo, o Valongo fez uma partida extremamente realizadora e dominou inteira e abertamente a turma candalense. Arbitragem de Waldemar Aires.” VALONGO: Navio, Camões, Armindo (4), Eugénio (6), Camilo (6), J. Cruz (1) e Mário. CANDAL: Teixeira, Alberto, Aníbal, Costa (1), Marins (1), Nunes, Forjão e Rodrigo.

19600707_CP_Póvoa-Valongo_2-4. Jogo na Póvoa do Varzim, no dia 6 de Julho. Não indica a composição das equipas nem os marcadores dos golos. A notícia: “Na Póvoa do Varzim, a equipa do Valongo, embora com certas dificuldades, devido ao entusiasmo do grupo local, acabou em bom vencedor por 4-2, numa partida movimentada e correcta das duas equipas. O resultado de 4-2 aceita-se pela maior capacidade técnica do vencedor.” A notícia é acompanhada por umm comentário que desmente ou contraria aquele que foi feito na notícia do jogo de 23.06.1960: “O campeonato regional da II Divisão parecia condenado para a segunda volta, dada a carreira excelente que estava a fazer a equipa do Educação Física. O grupo da Senhora da Hora, desenvecilhado do seu adversario mais póximo – o Valongo, parecia

266

destinado a fazer apenas uma caminhada para o título. O Paço de Rei, porém, deu ontem nova movomentação, derrotando sensacionalmente o guia do torneio.” (2-0). Classificação:

II DIVISÃO J

V

E

D

F

C

P

Educ. Física

11

9

0

2

90

13 29

Valongo

11

9

0

2

73

23 29

Paço de Rei

11

7

2

2

64

28 27

Leixões

11

5

3

3

54

22 24

Vilanovense

11

5

1

5

31

45 22

Póvoa

10

2

2

6

32

64 15

Candal

11

2

0

9

35

86 15

Nun’Álvares

10

0

0

10

17

115 10

19600714_CP_Valongo-Leixões_5-2. Jogo em Valongo, no dia 13 de Julho. A notícia: “Em Valongo, o grupo local justificou com o seu trabalho a vantagem de três bolas com que alcançou a vitória. Ao intervalo, o Valongo já ganhava por 3-1. Arbitragem de Laurentino Ribeiro.” VALONGO: Navio, Camões, Armindo Eugénio (1), Camilo (2), Leal (1) e Cruz.

(1),

LEIXÕES: Silva, Nelson (1), Barbosa, Moura, Abel (1), Guedes e Geraldes

19600721_CP_Nun’Álvares-Valongo_0-17. Jogo no recinto do Lima, no dia 20 de Julho. Não indica a composição da equipa nem os marcadores dos golos.


A notícia: “No recinto do Lima, o Valongo conquistou um triunfo clarividente, a mostrar a capacidade realizadora do seu grupo. O jogo pendeu desde os primeiros instantes para os visitantes, que construiram um resultado robusto de 17-0, apesar da boa vontade e do entusiasmo da equipa dop Carvalhido.”

19600814_CP_Educação Física-Paço de Rei_7-3. Não refere o local do jogo, embora refira a composição das equipas e os marcadores dos golos. Ganhando o jogo, o Educação Física sagrou-se campeão do campeonarto regional da II Divisão.

1961 19600723_CP_Valongo-Paço de Rei_5-1. A notícia indica apenas o resultado dos jogos da II divisão, depois de coluna e meia a relatar os jogos da 1ª divisão, com detaque para o F. C. do Porto.

19600726_CP_Anuncia a supensão da final entre o Valongo e o Educação Física, que terminaram o compeonato da II Divisão empatados em pontos. Isto porque está em curso um inquérito decorrente de uma reclamação deste clube relativamente ao jogo com o Paço de Rei, que perdeu, no rinque do Parque de Santa Luzia.

19610225_CP_Torneio de Abertura No torneio estão inscritos 13 clubes, distribuídos por 3 séries: 1ª Série: Escola Livre, Académica de Espinho, Carvalhos e Sanjoanense. 2ª Série: Candal, Infante de Sagres, Educação Física, Vigorosa e Boavista. 3ª Série: Académico, Valongo, Salgueiros e Paredes. Os jogos da 1ª série começam a 10 de Março, os da 2ª a 6 de Março e os da 3ª a 7 de Março. Comentário final da notícia:

19600813_CP_Julgado procedente o recurso apresentado pelo Educação Física, foi decidido repetir o jogo com o Paço de Rei. Diz a notícia: “Se o Educação Física ganhar ou empatar, conquistará o título da II Divisão, mas se voltar a perder, terá de se realizar uma final ente o Educação Física e o Valongo.”

“É fácil concluir que os melhores estão integrados na primeira série, onde será difícil vaticinar o vencedor; na segunda série, a luta mais viva será entre o Infante e o Vigorosa e na terceira série o Académico não tem adversários difíceis, tendo por isso o seu apuramente assegurado. – M. C. R.” Nota: Este cronista ainda não tinha interiorizado aquela regra básica do desporto: “Prognósticos só depois dos jogos”…

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19610308_CP_Valongo-Académico_4-3. (Resultado real: 3-4)

errado, como depois se vê pelo número de golos marcados por cada equipa… E diz:

A notícia só indica o resultado, mas de seguida apresenta a classificação, que é a seguinte:

“O jogo realizado em Paredes foi movimentado e cheio de interesse e o vencedor foi achado pela sua maior certeza no remate; todavia, a exibição do vencido, a jogar em ambiente alheio, foi a nota dominante.

TERCEIRA SÉRIE Salgueiros Académico Valongo Paredes

J 1 1 1 1

V 1 1 0 0

E 0 0 0 0

D 0 0 1 1

F 3 4 3 2

C 2 3 4 3

P 3 3 1 1

Nota: Isto significa, portanto, uma de duas coisas: ou que a indicação do resultado está errada: dá o Valongo como vencedor, quando afinal foi o Académico que ganhou o jogo e por isso tem esta pontuação; ou que esta classificação (como aconteceu em vários outros casos) apesar de publicada posteriormente ao anúncio do resultado, ainda é anterior a ele, pelo que o Valongo já teria, não 1, mas 4 pontos. Esta 2ª hipótese não é válida neste caso, porque este foi o primeiro jogo da terceira série (cfr. acima, notícia de 610225) e também porque é mais provável haver um erro na epígrafe do que na tabela classificativa.

19610312_CP_Paredes-Valongo_5-4. Jogo em Paredes, no dia 11 de Março. A notícia: A notícia, que inclui dois dos quatro jogos previstos, o Paredes-Valongo e o Académico-Salgueiros (6-0), já que os outros foram adiados, vem sob o título: “Académico e Valongo vencedores dos jogos da terceira série”, o que significa que, desta vez, o resultado está certo, mas o título está

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Ao intervalo, as equipas estavam empatadas por 2-2, mas o desafio valeu sempre pela movimentação e equilíbrio dos dois contendores. Arbitragem de Mário Rosas.” PAREDES: Madureira, Carvalho, Mota (1), Malheiro (3), Nuno, Chico (1), Carlos Alberto e Garcez. VALONGO: Navio, Camões, Camilo, Eugénio (1), Leal (2), Armindo (1), Cruz e Pires.

19610316_CP_Salgueiros-Valongo_3-2. Jogo no Lima, em dia não indicado, mas que é suposto ser 15 de Março. A notícia: “No rinque do Lima, a equipa salgueirista conquistou o seu segundo triunfo, mercê do bom trabalho da equipa na primera parte, em que os salgueiristas venciam por 2-0. A partida foi equilibrqada e emotiva, mas o Salgueiros justificou o seu precioso triunfo. Arbitragem de Marcelino Gomes.” SALGUEIROS: Oliveira, Martel, Veloso (1), Alberto (1), Braga (1), Custódio, Gouveia e Sequeira. VALONGO: Navio, Camões, Armindo CamiLo (1), Leal, Pires, Eugénio e Cruz.

(1),


19610407_CP_Académico-Valongo_2-2. Jogo no Lima, no dia 6 de Abril. Não indica a composição das equipas.

“O estado do piso” parece, pelos habituais juízos implícitos, que quererá dizer “o mau estado do piso”.

A notícia:

Sempre com recurso aos juízos implícitos, pode deduzir-se que o “dar o seu máximo”, da turma academista, significa jogar muito bem, com boa técnica, que sempre inclui boa patinagem, a qual é mais fácil e de maior eficácia num piso bom.

“No Lima, a equipa do Valongo, animosa e resoluta, deu boa réplica à equipa academista. Todavia, os alvi-negros foram tecnicamente superiores, mas o estado do piso favoreceu naturalmente os visitantes, dado que a turma academista não pôde dar o seu máximo. Leal e Camilo fizeram os tentos do Valongo e Romeu alcançou os dois tentos do Académico. Ao intervalo, o resultado era de 1-1.” Nota: Não tenho nenhuma dificuldade de aceitar a noticiada superioridade técnica do Académico, que era real, notória e conhecida. Porém, não posso deixar de observar que, não talvez a parcialidade ou tendenciosidade clubista (porque provavelmente não era isso), mas porventura o ‘preconceito informativo’, aparentemente muito condicionado, relativamente ao Académico como a equipa tecnicamente intocável, leve o jornalista a escrever esta quase monstruosidade informativa: “o estado do piso favoreceu naturalmente os visitantes, dado que a turma academista não pôde dar o seu máximo”. Faço já uma prevenção: está longe de mim a ideia de defender o Valongo ou atacar o Académico, seja a propósito do que for. O que aqui me motiva é mesmo o teor desta informação inteiramente incompreensível – para mim, claro! Por alma de que cânone interpretativo iremos conseguir perceber o que ele quis dizer com aquela frase?

Se a conclusão é correcta, ela exclui a outra hipótese interpretativa de “o estado do piso” que seria “o bom estado do piso”, visto que, nesse caso, ele teria favorecido e não prejudicado a turma academista. Fica-nos então esta frase mirífica: “o mau estado do piso favoreceu naturalmente os vistantes”… Digam-me se estou a ler mal, se estou a delirar ou se, pelo contrário, esta não é mesmo uma frase espantosa!... As hipótese interpretativas que vejo (com dificuldade, confesso) são estas: 1) os visitantes, habituados a andar, não de patins, mas de chancas, foram ‘naturalmente’ favorecidos pelo piso irregular e esburacado do rinque, habituados e até afeiçoados como estão a este tipo de sobrado; 2) o piso estragado e em mau estado prejudica os detentores de patins profissionais e de técnicas superiores, que só se realizam na sua máxima expressão nos pisos de qualidade impecável e, pelo contrário, favorecem os que usam socos ou que habitualmente percorrem os terrenos escalavrados pela construção civil desenfreada; 3) que mais poderemos delirar?... O que resta é sempre a verificação dos dados objectivos que, por um lado, a própria notícia veicula e, por outro, a história do desporto propicia

269


(e que deveriam predominantemente orientar o ecriba) e que, no caso, são estes: Houve um jogo entre duas equipas de hóquei em patins, em que uma é oriunda da primeira divisão e de um clube com tradição e poder, tem rodagem, mérito, saber de experiência feito e traquejo competitivo; e outra que vem da segunda divisão, começou a jogar há cinco anos, pertence a um pequeno clube sem poder e possui a experiência e o saber que esse tempo e esse background permitem, além de, eventualmente, o seu talento natural. O jogo realizou-se no ambiente, na ‘casa’ do primeiro (o que é sempre uma vantagem, todos o sabem), que, junto ao poder, ao saber, á experiência e à superioridade técnica faz a soma de um conjunto muito significativo de mais valias – e apesar de tudo isso esta equipa, poderosa e experiente, não conseguiu impor à segunda, principiante e menos evoluída, mais do que um empate a duas bolas. Esta é a verdade dos factos. Parece ser esta a descrição preferencial do que se passou, a qual prescinde daquilo a que chamei “preconceito informativo condicionado” e, sobretudo, não afirma absurdos.

19610414_CP_Valongo-Paredes_4-3. Jogo em Valongo, no dia 13 de Abril. Não indica a composição das equipas. A notícia: “Académico e Valongo vencedores da jornada de ontem” (em título). “O grupo do Académico, como estava previsto, tem o seu lugar assegurado na poule final do

270

Torneio de Abertura e sem grande dificuldade. A equipa, muito mais evoluída que os restantes grupos da sua série, fez uma carreira natural, sem empecilhos, e os restantes concorrentes da terceira série repartem entre si a glória dos lugares secundários, embora seja justo e legítimo salientar o comportamento da turma do Salgueiros, que nos promete, através das suas exibições, capacidade para comportamento meritório no próximo Campeonato Regional da II Divisão. (…) “O jogo disputado em Valongo decorreu com o maior equilíbrio e permitiu o triunfo da equipa local, que fez uma boa primeira parte, atingindo o intervalo a vencer por 3-1. Se é certo que o Valongo fez exibição animosa, o Paredes deu sempre boa réplica. Anote-se que dois dos golos da equipa vencedora foram alcançados de grande penalidade. Arbitragem de António Quintela.” VALONGO: Navio, Camões, Armindo, Camilo (3), Leal (1), Eugénio, Cruz e Pires. PAREDES: Sá, Carvalho, Mota (1), J. Malheiro (1), N. Malheiro (1), Madureira e Garcêz. Nota: Nesta notícia, o mesmo ou outro jornalista retoma o “preconceito informativo condicionado” e repete a ideia de que “o grupo do Académico, como estava previsto, tem o seu lugar assegurado na poule final do Torneio de Abertura e sem grande dificuldade.” E depois deixa cair esta ‘pérola’: “A equipa, muito mais evoluída que os restantes grupos da sua série, fez uma carreira natural, sem empecilhos, e os restantes concorrentes repartem entre si a glória dos lugares secundários”…


“A glória dos lugares secundários” !!! Tomai e comei os meus restos!!! Isto é lindo!!

Classificação:

Às vezes pergunto-me sobre se nunca terá aflorado estas mentes preclaras a ténue ideia de que há coisas que, mesmo que se pensem em casa e se repitam para os amigos íntimos, nunca deverão ser expostas, muito menos escritas, em público, num jornal ou noutro qualquer instrumento de divulgação. Sob pena de serem terrivelmente injustas e sobretudo ofensivas para terceiros de boa-fé que nada fizeram para merecer os insultos, pelo contrário se esforçaram para granjear aplausos. E também porque esses ditos – cujo apodo certo é «imbecis» – revelam muito da mentalidade ignorante dos seus autores, o que deveria sobremaneira preocupá-los.

19610421_CP_Valongo-Salgueiros_6-3. Jogo em Valongo, no dia 20 de Abril. A notícia: “A boa forma da equipa do Valongo justificava talvez uma certa facilidade para o seu triunfo e a vantagem final de três bolas dá, até, uma noção de superioridade que está longe de corresponder à verdade. O piso molhado prejudicou ambos os grupos, mas o Valongo beneficiou da expulsão de dois salgueiristas, cada um de sua vez, para nesses períodos, marcar duas das suas bolas. E realmente o jogo acabou por ser equilibrado. Arbitragem de Alberto Lima.” VALONGO: Navio, Camões, Armindo Camilo (1), Leal (4) e Cruz.

(1),

SALGUEIROS: Oliviera, Martel, Veloso, Egídio (1), Braga (1), Squeira, Matos e Alberto (1).

J

V

Académico

6

5

Valongo

6

2

Salgueiros

6

Paredes

6

E

D

F

C

P

1

0

34

12 17

1

3

21

20 11

2

1

3

13

27 11

1

1

4

18

28 9

Nota: Sem querer ser ‘mauzinho’, não posso deixar de observar que aquela de a “vantagem final de 3 bolas dá até uma noção de superioridade que está longe de corresponder à verdade” é provavelmente para não contradizer o que fora afirmado na notícia anterior, do dia 14 de Abril, ou seja que, de entre os que estavam condenados a repartir entre si “a glória dos lugares secundários”, era “justo e legítimo salientar o comportamento da turma do Salgueiros, que nos promete, através das suas exibições, capacidade para comportamento meritório no próximo Campeonato Regional da II Divisão.” De novo, o “preconceito informativo condicionado” em acção!

19610909_CP_Vigorosa-Valongo_3-2. Jogo nas Cavadas, no dia 8 de Setembro, à noite. A notícia: “Nas Cavadas, o Valongo fez uma boa exibição, dando uma réplica muito curiosa, revelando em certos aspectos bons predicados técnicos. Com 1-0 ao intervalo, o Vigorosa, com o seu avançado Fernando Andrade em noite de inspiração, acabou por justificar e merecer o resultado tangencial que os visitantes, com o seu espírito de luta e entusiasmo, mais valorizaram.”

271


VIGOROSA: Cardoso, M. Oliveira, J., Andrade, F. Andrade (3), Guedes, Chaves e Carmo. VALONGO: Navio, Camões, Armindo, Camilo (1), Leal (1) e Mário.

19610913_CP_Valongo-Porto_3-1. Jogo Valongo, no dia 12 de Setembro, à noite.

em

pois partre hoje para a Guiné e fez grande exibição, e ao F. C. do Porto continua a fazer muita falta a ausência de Kendall.” VALONGO: Navio, Camões, Armindo Camilo (2) e Leal.

(1),

PORTO: Juca, Magalhães, Nora (1), Serafim, Saraiva, Mateus, Ribeiro da Costa e Antero.

A notícia: “Ao que parece, sentindo-se molestados com os associados do F. C. do Porto pelo jogo da primeira volta, o público de Valongo criou uma atmosfera hostil aos jogadores portuenses, a ponto de ter sido reforçada a força habitual da G. N. R., mas o jogo foi correcto, porque os jogadores nunnca ultrapassaram a craveira habitual do desportivismo e não se deixaram influenciar pelo ambiente. A primeira parte concluiu-se com 2-0 para os locais, a reflectir a maior vontade da equipa e os seus remates incisivos. No segundo tempo, porém, o F. C. do Porto dominou abertamente, fez um golo e esbarrou três bolas na trave e, no final, o Valongo aproveitou uma fuga, quando todos os jogadores visitantes estavam adiantados e fez 3-1, nitidamente contra a corrente do jogo. O desafio foi bem ganho pela equipa que teve mais garra e sobretudo foi mais feliz e decidida no remate. Para além das perdidas inglórias, ao F. C. do Porto faltou mais remates na zona fatal. A mudança operada na equipa, no segundo tempo, deu vantagem e pode vir a dar bons frutos ao grupo azul-branco. Arbitragem de Vasco Folhadela, cujo trabalho caracterizou-se pela imparcialidade. O guarda-redes do Valongo fez a sua despedida,

272

19610916_CP_Académico-Valongo_6-2. Jogo no Lima, no dia 15 de Setembro, à noite. Não refere a composição das equipas nem os marcadores dos golos. A notícia: “No Lima, mau grado toda a boa vontade e entusiamo da equipa do Valongo, o Académivo acabou por ganhar folgadamente e destacadamente, como rfeflexo da sua indiscutível superioridade. Os visitantes, animosos, entusiastas e batendo-se bem, justificaram as duas bolas que marcaram e animaram sempre o desafia, nunca se entragando, nem se considerando vencidos. Os academistas, com a sua técnica superior, mereceram não só o triunfo, mas também o êxito por margem de quatro bolas.”

19610920_CP_Valongo-Infante_2-4. Jogo em Valongo, no dia 19 de Sembro, à noite. A notícia: “O Infante passou o obstáculo de Valongo, mas foram inúmeras as suas dificuldades. Ao intervalo, os locais venciam por 2-1, correspondendo ao seu melhor trabalho, mas na segunda parte o Infante


foi superior, embora os locais fossem dignos de melhor sorte. Arbitragem de Luís Reis.”

19610927_CP_Espinho-Valongo_7-2. Jogo em Espinho, no dia 26 de Setembro, à noite.

VALONGO: Navio, Camilo, Armindo, Leal (1), Eugénio (1) e Cruz.

A notícia:

INFANTE: Eugénio, Guilherme, Rendeiro (2), Torcato (2), Oliveira, Ildebrando e Nogueira.

“Disputou-se ontem à noite a penúltima jornada do campeonato regional da I Divisão, sendo de salientar a nova derrota do Académico, o empate do Infante de Sagres e o êxito do Vigorosa. (…)

19610923_CP_Valongo-Sanjoanense_4-1. Jogo em Valongo, no dia 22 de Setembro, à noite. A notícia: “A equipa do Valongo, que muitos consideravam equipa para não se manter junto das melhores equipas, tem dado nas vistas e alcançou, já, uma posição meritória. Nós dissemos aqui que o grupo de Valongo tinha bom nível e capacidade de equipa de bom plano e isto antes de o campeonato principiar, tínhamos visto actuar a equipa que nos deixara muito boa impressão. E repare-se que o Valongo pode ainda pensar no quinto lugar, posição que lhe dará direito a entrar na poule de apuramento do campeonato nacional e ninguém se espanta se a alcançar. Ao intervalo, já os locais ganhavam por 1-0. O Valongo marcou em primeiro lugar e os visitantes empataram de castigo máximo, o que provocou forte reacção dos locais, que subiram para 2-1, 3-1 e 4-1, sendo o último de grande penalidade. Arbitragem de Pedro Costa.” VALONGO: Navio, Camões, Armindo (1), Leal, Camilo (2) e Eugénio (1). SANJOANENSE: Durval, Walter, J. Azevedo (1), Cortez, Machado, F. Azevedo e A. Azevedo.

“Em Espinho, a equipa do Valongo, já desfalcada de Navio, fracassou durante a primeira parte, que os espinhenses concluiram com 5-1 a seu favor. O jogo pendeu sempre para o grupo local, a despeito do entusiasmo dos (visitantes), que sucumbiram diante da superioridade técnica dos espinhenses. Arbitragem de Afonso Cardoso.” A. ESPINHO: Américo, Barros I, Vladimiro (3), G. Almeida (4) e Barros II. VALONGO: Mário, Camões, Armindo Camilo, Leal (1), Chico e Cruz.

(1),

19610930_CP_Valongo-Educação Física_2-1. Jogo em Valongo, no dia 29 de Setembro, à noite. A notícia: “A equipa do Valongo alcançou nova grande vitória, desta vez sobre uma equipa que está a jogar bem. Na primeira parte, o marcador estava em branco, mas no segundo tempo o Valongo marcou em primeiro lugar e perdeu a seguir dois castigos máximos, mas havia de ser na terceira grande penalidade que a equipa local passaria para 2-0, para finalmente os visitantes diminuirem para 1-2. Arbitragem de Mário Rosa.”

273


VALONGO: Mário, Camões, Camilo (1), Armindo (1), Manuel (Pires?) e Eugénio. E. FÍSICA: Adelino, Leite, Rui, Maia II, Albertino (1) e Ricardo.

19611004_CP_Escola Livre-Valongo_6-3. Jogo em Oliveira de Azeméis, no dia 3 de Outubro, à noite. A notícia: “Terminou ontem o Campeonato Regional da I Divisão com o triunfo indiscutível do Infante de Sagres” (em título). “Concluiram-se ontem à noite as dezoito jornadas doo Campeonato Regional da I Divisão com o triunfo indiscutível da equipa do Infante de Sagres, que foi de longe a equipa mais regular do torneio. A prova deste ano foi caracterizada pelo abaixamento das equipas que sofreram importantes alterações, por virtude da saída de elementos para cumprir o serviço militar. Registe-se que as seis primeiras equipas conseguirm manter ao longo da prova as composições da época passada, enquanto as quatro a seguir e que naturalmente obtiveram classificação mais modesta, foram desfalcadas desde o princípio da prova. O segundo e o terceiro lugares estão por decidir, pois falta realizar o jogo anulado entre a Sanjoanense e a Académica de Espinho. O 4º lugar pertence ao Educação Física e o quinto à Sanjoanense. O Carvalhos baixa à II divisão e a Escola Livre terá de fazer o jogo de passagem. (…) Em Oliviera de Azeméis, o resultado final não corresponde à verdade do jogo. A equipa do Valongo teve

274

períodos de domínio intenso, mas não converteu essa superioridade territorial, enquanto os olivierenses, dominando menos, foram mais felizes no remate e conseguiram uma vitória indiscutível, mas de números pesados para os visitantes. Arbitragem de Afonso Cardoso.” ESCOLA LIVRE: Serrano, Armando, Simão, Amilcar (2), Rufino (1), Marcelino (2) e Fernando (1). VALONGO: Mário, Camões, Armindo Camilo (2), Leal e Pires.

(1),

Classificação: 1. Infante 2. Espinho 3. Académico 4. Educ.Física 5. Valongo 6. Sanjoanense 7. Vigorosa 8. F. C. Porto

J 18 18 17 18 18 17 18 18

V 16 12 11 9 8 6 7 5

E 1 0 2 3 0 4 1 1

D 1 6 4 6 10 7 10 11

F 37 82 84 49 49 45 51 36

C 14 53 37 41 73 48 59 61

P 53 44 41 38 34 33 33 29

19611129_CP_Notícia: Explica que o F.C.Porto organizou umam competição interna “que visa manter em actividade nos meses de Novembro e Dezembro, todos os jogadores de primeiras categorias, segundas categorias, juniores e alguns infantis mais evoluídos, de modo a possibilitar o início duma preparação intensa das equipas do clube azul-branco a partir dos primeiros dias de Janeiro.” Para o efeito, criou 6 grupos: Magalhães, Saraiva, Nora, Kendall, Mateus e Ribeiro da Costa, cujos nomes são de outros tantos jogadores integrantes desses grupos. A notícia dá conta de jogos realizados entre os


grupos Magalhães e Saraiva, Nora e Kendall, Magalhães e Ribeiro da Costa e Mateus e Saraiva.

Notícia importante do Jornal de Notícias, sem identificação de data (sei que é de 1961):

A lauda do lado esquerdo pertence à notícia do lado direito e, além da boa-nova que anuncia, tem uma característica preciosa: deixa ver com nitidez a lona que tapava o rinque e o aspecto da assistência

275


1962

19620225_CP_Nora treina na selecção do Porto. A notícia:

19620108_CP_Notícia: Continua a competição interna dos grupos do F.C.Porto.

“No rinque do Lima, treinou-se ontem a selecção do Porto (…) … formaram-se duas equipas: VERDES – Brito, Magalhães, Rendeiro, Tavares e Liz. AMARELOS – Nogueira, J. Manuel, Romeu, Nora e Puskas.

19620204_CP_Notícia: Anuncia para o dia 21 o jogo Nun’Álvares-Valongo, integrado mo início do Torneio de Abertura, em que o Valongo pertence à Série B.

19620222_CP_Nun’Álvares-Valongo_1-2. Jogo realizado no dia 21, no rinque do Carvalhos. A notícia: “Terminaram cerca da uma da madrugada os jogos realizados ontem, em sistema de agrupamento, nos Carvalhos. Os jogos foram muito equilibrados e de sensacional há a registar o êxito do Vilanovense sobre o Educação Física. (…) “Não se esperava que a nóvel equipa do Nun’Álvares desse tamanha réplica a um grupo com a experiência do Valongo. Ao intervalo os grupos estavam empatados, mas os valonguenses, com melhor poder de infiltraçção, mereceram, sem dúvida, o seu escasso triunfo. Arbitragem de Jerónimo Pais” NUN’ÁLVARES: Eleutério, Jaime, J. Santos, Ângelo (1), Bizarro, Rangel. VALONGO: Pires, Camões, Armindo, Leal (1), Camilo (1), Cruz, Albino e Mário.

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O que mais impressionou foi o binário Romeu-Nora, mas Magalhães e Tavares também se apresentaram em boa forma.

19620301_CP_Carvalhos-Valongo_3-1. Jogo realizado no dia 28 de Fevereiro, no rinque do Bessa. A notícia: “Realizaram-se ontem à noite, no recinto do Bessa, os três jogos correspondentes à segunda jornada da série B, no Torneio de Abertura. (…) “Foi notório e evidente o equilíbrio neste jogo, durante a primeira parte, em que o resultado estava em 1-1. Depois, já com o piso umedecido (sic) por chuva miúda, e com os grupos preocupados em mudar de rodas de madeira para de alumínio, a partida perdeu interesse, pelas naturais irregularidades e sobressaltos do jogo. O grupo esperançoso do Carvalhos fez dois golos de grande penalidae e isso fortaleceu as suas possibilidades de triunfo. O Valongo, ainda com certas dificuldades para colmatar a brecha, na baliza, deixada pela ausência do seu guarda-redes, Navio, que o ano passado fez uma boa época, tem, no entanto, possibilidades para repetir, pelo menos, a


excelente carreira da época passada, no Campeonato Regional.

– o último – foi até interrompido, ao princípio da segunda parte. (…)

Arbitragem de Mário Quintela.”

“A equipa do Valongo realizou, em toda a primeirra parte do jogo, exibição convincente e demolidora. Fez quatro bolas sem resposta e o grupo mostrava disposição para obter um resultado final extremamente folgado. No princípio da segunda parte, voltou a chover e o árbitro decidiu terminar o jogo perante os protestos dos jogadores locais e do público.”

CARVALHOS: Santos, Pereira Leite (2), Prezas, Jorge (1), Moutinho, Matos, Almeida e Moreira. VALONGO: Mário, Camões, Armindo, Camilo, Leal (1), Albino e Pires.

19620309_CP_Valongo-Boavista_4-0. A notícia só possui esta informação. Não tem indicação de data ou local do encontro, descrição do jogo ou composição da equipa.

VALONGO: Mário, Camões, Armindo (2), Leal (1), Camilo (1) e Albino. BOAVISTA: Lucas, Águeda, Rui, Saramago e Alberto.

A notícia: “Vilanovense-Carvalhos B

4-2

E. Física-Nun’Álvares

6-2

a) Valongo-Boavista

4-0

19620315_CP_Vilanovense-Valongo_2-0. mais informações.

Sem

A notícia:

a) Não durou o tempo regulamentar devido à chuva.”

“Vilanovense-Valongo_2-0; Educ. Física-Carvalhos B_2-2; Boavista-Nun’Álvares_5-2”

19620310_CP_Valongo-Boavista_4-0. Jogo realizado em Valongo, no dia 8 de Março.

19620316_CP_Vilanovense-Valongo_2-0. Jogo realizado no dia 14 de Marlo, no rinque do Vilanovense.

A notícia: “O mau tempo prejuducou a terceira jornada da série B” (em título). “Os jogos da série B foram prejudicados pela chuva, pois além de os jogadores terem necessidade de recorrer ás rodas de alumínio, de efeitos depressivos sobre a velocidade dos patins, o público não compareceu em número que seria lícito esperar, dada a importância da jornada. Um dos jogos

A notícia: “Foi enorme a resistência que a equipa visitante fez ao grupo da «casa». A turma do Vilanovense, que está a dar boas provas, no seu ambiente é sempre um adversário mais difícil. Ao intervalo, os grupos estavam empatados sem tentos, mas, no segundo período, Machado, com dois golpes, resolveu asituação do vencedor.

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Arbitragem de Luís Reis.” VILANOVENSE: Miguel, Vieira, J. Luís, Dinis, Machado (2) e Manuel. VALONGO: Mário, Camões, Armindo, Leal, Camilo e Albino.

19620322_CP_Valongo-Educação Física_3-2. Não tem a composição da equipa. A notícia:

Em Valongo, fez-se a repetição do jogo entre as duas equipas, pois, da primeira vez, o árbitro interrompeu o jogo devido à chuva, quando a equipa local ganhava por 3-0. O Valongo repetiu o seu êxito, desalojando, deste modo, a equipa portuense da parte final do torneio. O primeiro tempo foi o mais equilibrado, mas já a equipa local mostrava mais capacidade técnica e atingiu o descanso a vencer por 1-0.” VALONGO: Mário, Camões, Armindo (1), Leal (1), Camilo (1), Albino, Cruz e Francisco.

“No recinto da Senhora da Hora, concluiu-se a série C, mas falta ainda realizar o desafio Valongo-Boavista, que não se chegou a concluir, quando se realizou a terceira jornada em Valongo.

BOAVISTA: Lucas, Águeda (1, de grande penalidade repetida), João Almeida, Alberto, Jaime Santos,Saramago e Rui.

As notas dominantes fora os triunfos do Boavista e do Valongo sobre adversários de indiscutível categoria.

Nota: Esta notícia é um bom exemplo das gralhas e erros que tantas vezes aparecem nos jornais: ela diz que o primeiro jogo foi interrompido quando o Valongo ganhava por 3-0, quando a notícia do mesmo jornal, de 620310, que pode ver-se acima, informa que foram 4.0.

Os resultados gerais foram: Boavista-Vilanovense_2-1; Valongo-Educação Física_3-2; Carvalhos-Nun’Álvares_6-1.” Classificação do Valongo: 5º lugar.

19620324_CP_Valongo-Boavista_3-1. Jogo em Valongo, no dia 23 de Março. A notícia: “Terminou ontem à noite a fase de apuramento do torneio de abertura e registou-se a nota sensacional da derrota do F. C. do Porto no próprio recinto da Constituição. Ficaram apuradas seis equipas, para a fase final da prova: Sanjoanense, Académica de Espinho, Vilanovense, Carvalhos, Infante de Sagres e F. C. do Porto. (…)

278

19620526_CP_Valongo-Vigorosa_4-8. Jogo em Valongo, no dia 25 de Maio. A notícia: “Principiou ontem a disputar-se o Campeonato Regional portuense da I Divisão; até agora, muitos poucos clubes ganharam esta prova, o mais qualificado dos quais foi o Infante de Sagres, que averbou o maior número de títulos; a seguir aparece o Académico, com quatro campeonatos, depois o Vigorosa, com dois, finalmente o F. C. do Porto, com um título. (…).


Em Valongo a equipa local, a registar uma pequena crise, não parece com a mesma disposição da época passada, a que não é estranho o facto de o grupo ainda não ter a preparação necessária. O Vigorosa, que se apresentou com uma equipa rápida e decidida, mereceu inteiramente o triunfo, com a vantagem de quatro bolas, mas os homens do Valongo, entusiastas e animosos, nunca deram tréguas à defesa dis visitantes, que teve de ceder quatro golos. Arbitragem de Mário Cardoso.” VALONGO: Mário, Camões, Armindo, Albino, Camilo (2), Leal (2), Cruz e Chico. VIGOROSA: Carmo, M. Oliveira (1), J. Andrade (1), F. Andrade, Ivo (6), Baptista, Chaves e Figueiredo

19620529_CP_Porto-Valongo_3-2. Jogo no rinque da Constituição, no dia 28 de Maio. A notícia: “A segunda jornada do campeonato regional da I Divisão mostrou como está mal feito o calendário de jogos, na medida em que estabelece para a mesma noite, na mesma área, nada menos de três jornadas. Assim, enquianto se faziam jogos no Lima, no recinto da Constituição e das Cavadas havia também jogos. (…) “No rinque da Constituição, o jogo agradou pelo que cada grupo fez no primeiro tempo, que foi relativamente equilibrado, embora os azuis-brancos tivessem dado fraco rendimento. Na segunda parte, o F. C. do Porto mostrou-se superior, em certos capítulos do jogo, e mercê disso passou o resultado de 3-1, sendo o terceiro tento alcançado de grande penalidade. As duas notas desagradáveis, é que o F. C. do Porto para marcar um golo gastou dez penalties, desperdiçando por consequência nada menos de nove, e o jogo foi extremamente quesilento e antipático, pela série de cargas e violências de ambos os grupos no segundo período. Arbitragem de Alfredo Costa.” PORTO: Teixeira, Magalhães, Kendall (2), Nora, Jorge (1) e Martins. VALONGO: Mário, Camões, Armindo, Camilo (2), Albino e Leal.

1962-63. Amigos do hóquei. De pé: Manuel Lino Resende, Zé Camilo, Adalberto Camões, Leal, C. Camões, Navio. Em baixo: Zé Nora, José Sousa, Mário Correia, Américo Moreira

19620605_CP_Valongo-Académico_4-3. em Valongo, no dia 4 de Junho.

Jogo

A notícia: “Realizou-se ontem à noite a terceira jornada do

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campeonato regional da I Divisão e registaram-se dois resultados de tomo: – a derrota do Académico em Valongo e o grande insucesso da Sanjoanense em Espinho. (…) Sem o seu avançado realizador – Tavares – e com Abílio recuado na defesa, em vez de jogar no eixo da equipa, o Académicoo perdeu em Valongo depois de chegar a vencedor por 2-0. O grupo local jogou com grande entusiasmo e antes do intervalo já tinha restabelecida a igualdade, desta vez por 2-2. Na segunda parte, ainda foram os locais mais certos e realizadores a passarem o resultado para 4-2 e só então os academistas fizeram adiantar Abílio para médio, mas já era tarde para a recuperação, embora os portuenses diminuissem para a derrota pela tangente.” VALONGO: Mário, Camões (1), Camilo (1), Albino (2), Leal e Eugénio. ACADÉMICO: Brito, Abílio (2), dr. Carvalhais, Jones, Liz, Bragança e Casimiro (1).

19620609_CP_Leixões-Valongo_4-6. Jogo em Matosinhos, no dia 8 de Junho. A notícia: “No rinque de Matosinhos, a equipa do leixões nãopôde contar com o seu guarda-redes habitual, Da Silva, que se deslocou ao estrangeiro, sendo provável que não jogue mais nesta época. Por seu turno, o guarda-redes substituto foi atingido com uma forte bolada e desde então a equipa local diminiu as suas possibilidade de ganhar o jogo. Ao intervalo, o Leixões vencia por 2-1 e no segundo tempo chegou a estar a ganhar por 4-2, para

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então os visitantes iniciarem um período de franca recuperação. Arbitragem de Afonso Cardoso.” VALONGO: Mário, Camões, Camilo (1), Miguel, Leal (4), Albimo, Pires e Cruz (1). LEIXÕES: Guedes, Nascimento, Fernando, Moura (2), J. Eduardo (2), Pinhal e Toni. Nota: Este é outro exemplo de um certo estilo noticioso infelizmente muito corrente. Note-se: o Valongo está a jogar fora de casa, com todas as desvantagens reconhecidas, está a perder a maior parte do tempo de jogo e, contra toda essa situação inferiorizante, consegue dar a volta ao resultado e vencer, não à tangente, mas com uma direfença de dois golos. E o que faz o reporter? Fala sobre o guarda-redes titular, que foi para o estrageiro e já não voltará; fala do substituto, lamentavelmente inferiorizado por uma bolada; fala das possibilidades que o Leixões teria de ganhar o jogo, não fossem essas circunstâncias adversas; refere mesmo, a sublinhar esta capacidade, o facto de ter estado a ganhar por 3-2, já no segundo tempo. E que diz do grande e óbvio mérito do Valongo, ao ganhar o jogo nessas mesmas circunstâncias? Escreve uma única frase: “então os visitantes iniciaram um período de franca recuperação.” Não tenho nada contra as simpatias dos jornalistas, mas exige-se que eles sejam, antes de tudo, imparciais e objectivos.

19620613_CP_Valongo-Escola Livre_2-4. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia:


“Em Valongo, a equipa local, depois de êxito muito apreciável no rinque do Leixões, na jornada anteior, fraquejou diante do grupo da Escola Livre. A perder por 1-0, ao descanso, a equipa do Valongo mostrou-se desligada e imprecisa, e acabou por perder, sem apelação, prejudicando naturalmente a sua classificação. Os visitantes mostraram-se bem coordenados e fizeram o suficiente para justificar o êxito.

19620616_CP_Espinho-Valongo_5-3. Jogo em Espinho. Sem indicação de data.

Arbitragem de Mário Rosas.”

Arbitragem de Luís Reis.”

VALONGO: Mário, Camões, Camilo, Albino (1) e Leal (1).

ESPINHO: .Ranito, Barros I, Wladimiro (1), Andrade (3), Barros II (1) e G. Almeida.

ESCOLA LIVRE: Serrano, Armando, Fernando, Amílcar (1), marcelino (3), Rufino e Carlos.

VALONGO: Navio, Camões, Armindo, Camilo (2), Leal (1), Eugénio e Alberto.

Classificação do Valongo no Campeonato da 1ª divisão: 6º lugar.

Classificação: 7º lugar, em 10 competidores.

19620613_CP_Valongo-Infante de Sagres_0-1. (Juniores). Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia: “Para complemento da segunda jornada do Campeonato Regional de Juniores, o Infante de Sagres foi jogar a Valongo e venceu, com merecimento, embora com manifesta dificuldade. Os portuenses organizaram-se muito bem na defesa e acabaram por justificar o seu êxito. Ao intervalo, o resultado era 0-0. Arbitragem de Domingos Martins.” VALONGO: Moreira, Jaime, Américo, José Augusto. M. João, Cruz, Delfim e Pires. INFANTE: Aníbal, Arménio, Nário Jorge, Pedro, Rui Miguel (1) e Américo.

A notícia: “A equipa de Valongo cedeu em Espinho, mas fez a vida terrivelmente cara aos locais. Ao intervalo, a Académica ganhava por 3-2 e mereceu o rsultado final, mas os visitantes mostraram a sua boa disposição, já integrados do seu médio.

19620619_CP_Valongo-Infante de Sagres_3-8. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia: “Os campeões regionais espicaçados pelo seu último desaire, mostraram ontem a veemente necessidade de fazer esquecer o insucesso e jogaram com suficiente superioridade a justificar um triunfo sem apelação. Ao intervalo, já os visitantes ganhavam por 3-0 e pelo desafio adiante actuaram em plano de particular evidência, de modo a merecerem a vantagem final de cinco bolas. Arbitragem de Alfredo Costa.” VALONGO: Mário, Camões, Camilo, Leal (3), Albino e Eugénio. INFANTE: Nogueira, Guilherme, Rendeiro (2), Oliveira (4) e Torcato (2). Classificação: 9º lugar.

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19620623_CP_Educação Física-Valongo_2-2. Jogo na Senhora da Hora. Sem indicação de data. A notícia: “No rinque da Senhora da Hora, a equipa do Educação Física, agora integrada de todos os seus elementos, fez a melhor exibição da época, mormente durante a primeira parte. Todavia, os avançados não estiveram felizes e, por seu turno, o grupo de Valongo jogou sermpre com extraordinária aplicação e justificou até certo ponto o resultado final. Os visitantes marcaram em primeiro lugar, já em plena segunda parte, visto que ao intervalo o resultado era de 0-0, mas os locais passaram para 2-2, para cederem o empate, obtido de castigo máximo.” E. FÍSICA: Adelino, Neves, Leite (1), Rui, Maia (1), Matos, Cunha e Serafim. VALONGO: Mário, Camões, Armindo, Camilo (2), Albino, Eugénio, J. Cruz e Francisco. Classificação: 8º lugar

1 96 2 0 6 2 5 _ C P _ C a r v a l h o s - Va l o n g o _ 2 - 6 . Juniores. No rinque dos Carvalhos. Sem indicação de data, de composição da equipa e de marcadores. A notícia: Após um título que diz: “Valongo, Académico e Vigorosa vencedores da penúltima jornada do campeonato regional de Juniores”, a notícia acrescenta apenas isto: “Na série A, a grande surpresa foi o êxito robusto da equipa do Valongo no rinque do Carvalhos por 6-2”.

282

19620626_CP_Valongo-Sanjoanense_2-4. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia: “Concluiu a primeira volta do campeonato regional da I Divisão, com a Académica de Espinho em primeiro lugar. (…) Com excepção do Leixões (…) todas as outras equipas mostram possibilidades para fazer um segunda volta muito equilibrada e animosa. (…) O jogo em Valongo decorreu com o domínio alternado das duas equipas, embora os visitantes se mostrassem mais compenetrados e seguros das suas possibilidades. O Valongo, que marcou em primeiro lugar e fez subir o marcador, mais adiante, para 2-0, consentiu que o adversário amenizasse antes do intervalo por 1-2. No segundo tempo, a Sanjoanense mostrou-se mais segura e afoita e empatou o jogo, para então ganhar ânimo para chegar a 4-2. Entretanto, o público reclamou por várias vezes, em consequência de o árbitro não dar ordem aos conometristas para parar os cornómetros e o jogo foi desagradável, pois a equipa local sentiu-se prejudicada com as paralizações de jogo, a que não correspondia a paralização dos cronómetros. Arbitragem de José Caio.” VALONGO: Mário, Camões, Armindo, Camilo (1) e Albino (1). SANJOANENSE: Licínio, Bastos, J. Azevedo (2), Cotez, Machado e F. Azevedo (2) Calssificação: 9º lugar.


19620702_CP_Valongo-Vilanovense_4-0. Juniores. Jogo em Valongo, no dia 1 de Julho.

foi manifesta a sua incapacidade depois do intervalo, o que motivou a superioridade do Valongo.

A notícia

Arbitragem de Marcelino Gomes.”

“Terminou ontem a primeira volta do campeonato rgional de juniores (…). Ao findar a primeira volta, é manifesta a vantagem de quatro equipas realmente preparadas para chegarem à ‘poule’ final, a saber: Infante de Sagres, Académico, Vigorosa A e Valongo.(…)

VALONGO: Mário, Camões, Armindo, Camilo (1), Albino e Eugénio.

Ontem de manhã, realizou-se em Valongo o jogo correspondente à última jornada. O grupo de Valongo, tendo como base da equipa dois jogadores da época passada, do F. C. do Porto, está a fazer uma prova muito boa e não teve dificuldade em triunfar por 4-0, com 1-0 ao intervalo.” VALONGO: Moreira, Augusto (1), Américo, Jaime, Manuelsinho (3), Cruz, Delfim e Piscos. VILANOVENSE: Mário, Valentim e Jorge.

Gabriel,

19620714_CP_Valongo-Porto_1-1. Valongo. Sem indicação de data.

Saraiva,

Jogo

em

PORTO: Teixiera, Marins, Magalhães, Nora, Saraiva, Fernando (1) e Albano. Classificação: Espinho Académico Infante Vigorosa Sanjoanense Porto Ed. Física

J 11 9 10 10 10 11 10

V 9 7 6 6 5 4 4

E 1 0 1 0 0 1 1

D 0 2 3 4 4 6 5

F 68 39 48 37 33 30 23

C 19 19 18 32 32 42 34

P 32 23 23 22 22 20 19

Escola Livre

10

3

0

7

31

46

16

Valongo

10

2

2

6

28

52

16

Leixões

11

0

0

11

19

78

11

1963

A notícia: “Voltou a chuva, tal como na primeira jornada da segunda volta do campeonato regional da I Divisão. Todavia, os desafios efectuaram-se, embora sob a inclemência do tempo e disso se ressentiram os jogadores e as receitas (…) A partida foi muito equilibrada, com certa vantagem dos ‘azuis e brancos’ na primeira parte e ascendente notório dos locais no segundo período, em que tiveram mais possibilidades para ganhar o jogo. Ao intervalo, os portuenses venciam por 1-0, mas

19630130_CP_Avaliação da época passada. A notícia: No seu jeito habitual de fazer balanços de um jogo, uma situação, um período, o jornalista Manuel Correia de Brito escreveu neste dia e nesta notícia sobre a época passada e os clubes que nela actuaram e que estariam presentes naquela que ia começar. Comentou a dinâmica dos dois clubes, o Académico e o Porto, que considerou, em título “provavelmente as duas melhores equipas da

283


época”, depois debruçou-se sobre os restantes agrupamentos, em que encontrou uma baixa geral de qualidade,por razões variadas, que foi enumerando, e disse, em relação à ADV: “o Valongo tem problemas militares de alguns jogadores”. O texto é o seguinte: “Quanto aos outros clubes, há baixa alarmante no Infante de Sagres que, apesar de tudo, ainda conseguirá mais ou menos ocupar um lugar razoável, embora seja difícil pensar no título; o Vigorosa está na iminência de apresentar o grupo mais fraco doso últimos anos; haverá abaixamento na Académica de Espinho e no Educação Física, um e outro sofrrendo várias deserções e não tendo procurado quaisquer reforços; o Valongo tem problemas militares de alguns jogadores; o Vilanovense parece disposto a entrar na I divisão com o «pé direito», pois conseguiu melhorar muito a sua equipa; o Carvalhos, se for convenientemente preparado, pode muito bem dar excelente conta de si; e a Sanjoanense manterá as mesmas unidades e as mesmas características técnicas, desaproveitando as grandes possibilidades existentes para oferecer séria resistência aos melhores”.

19630216_CP_Campeonato Divisão

Regional

da

I

A Direcção da Associção de Patinagem do Porto deu conhecimento das datas e provas que realizará este ano, que são: - 10 Abr – 4 Mai – Jogos Inter-Cidades; - 10 Mai – 30 Jul – Campeonato Regional da1ª Divisão - 1 Mai – 30 Ago – Campeonato Regional da II Divisão - 30 Mar – Início dos Campeonatos de Juniores e Principiantes

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Principiantes. Em cima: Ant. Pires, – Manuel F., Tavares Em baixo: Marcelino, Quim Marques, Davide, Vítor Bruno

Juniores. Em cima: Lino, Chitó, França, Aguiar. Em baixo: J. Fernando, Horácio, Cândido Cruz, Marcelino

- 1 Set – 31 Out – Torneio final, chamado «Taça de Honra». 19630223_CP_Reunião dos delegados clubes. Taça Mário de Carvalho. A notícia:

dos


“Realizou-se ontem à noite, na Associação de Patinagem do Porto, um reunião dos delegados dos clubes. Principiou por presidir aos trabalhos o sr. Armando Ribeiro que, a seguir, foi substituído pelo sr. eng. José Weber. Foram nomeados os seleccionadores de seniores – Fernando Figueiredo – e de juniores – dr. Virgílio Pereira.

19630316_CP_Adiado o início do Torneio Início ou Torneio de Abertura. O início estava marcado para o Pavilhão dos Desportos, mas, por impossibilidade deste recinto camarário, os jogos foram deslocados para os recintos dos clubes. Os primeiros jogos foram marcados para o rinque das Cavadas, mas tiveram de ser adiados devido ao mau tempo.

Comoo treinadores ficaram António Henriques e Fernando Ranito. A taça «Mário de Carvalho» foi adiado o seu início para 15 de Março.

19630321_CP_Carvalhos-Valongo_2-1. Jogo no rinque dos Carvalhos, no dia 20 de Março.

Concorrem as equipas do Infantes A e B, Educação Física A e B, Carvalhos, Académicade Espinho, Vilanovense, Valongo, Nun’Álvares, Académico, Leixões, Águias do Porto, Sanjoanense, Vilanovense, Patim, Boavista e Vigorosa.

A notícia:

A prova disputa-se em duas séries de quatro equipas e duas séries de cinco equipas. Os jogos disputar-se.ão às segundas, quartas e sextas-feiras.”

Este foi o melhor jogo da noite, pela qualidade do óquei desenvolvido pelas duas equipas e pelo entusiasmo posto na luta. A equipa do Carvalhos mostrou-se mais decidida, mas o grupo do Valongo nunca se entregou.

19630302_CP_Torneio Início a partir de 15 de Março, com disputa da Taça Mário de Carvalho. O Torneio Início será disputado por 18 equipas, repartidas por 4 séries, com jogos às 2ªs, 4ªs e 6ªs feiras. O Valongo faz parte da 2ª série e tem programados os seguintes jogos: 1ª jornada: Carvalhos-Valongo 2ª jornada: Valongo-Sanjoanense

“Realizaram-se ontem à noite, no recinto do Carvalhos, os jogos correspondentes ao Torneio de Abertura (…).

O vencedor tinha 2-0 ao intervalo e a equipa teve um período em que teve somente três jogadores no recinto por terem sido expulsos temporariamente dois elementos, mas o resultado não se alterou. Quando o Carvalhos voltou a ficar completo, os visitantes reagiram e fizeram então o seu tento. Arbitragem de António Quintela.” CARVALHOS: Santos, Azevedo, Prezas (1), Moutinho, Melo (1), Manuel Costa, Alberto Costa e Oliveira. VALONGO: Pires, Carlos, Fonseca, Nora, Leal (1), Alves, Marques e Cruz.

3ª jornada: Patim-Valongo

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19630326_CP_Valongo-Sanjoanense_3-3. Jogo em Valongo, no dia 25 de Março. A notícia:

- “O treinador do Carvalhos, Pereira Leite, com repreensão registada, por ter consentido jogo duro aos seus jogadores, no desafio como Valongo.”

“Despertou grande interesse em Valongo a quinta jornada do Torneio de Abertura, dado o equilíbrio de que se revestiram quase todos os jogos, pois apenas a primeira partida da noite decorreu mais desnivelada (Infante-Centro Universitário_4-0).

- Com advertência, o jogador “João Cruz (Valongo) por comportamento incorrecto no desafio Carvalhos-Valongo.”

O resultado final deste desafio está de harmonia com o comportamento das duas equipas. Marcando em primeiro lugar, o grupo do Valongo cedeu visivelmente até ao intervalo, mas o jogo animou extraordinariamente na segunda parte, mormente nos últimos minutos, que foram emocionantes. A equipa do Valongo revelou as suas possibilidades e parece com aptidões para fazer boa carreira.

19630403_CP_Realiza-se, esta noite, a nona jornada do Torneio de Abertura.

Ao intervalo, a Sanjoanense vencia por 3-1. Arbitragem de Luís Reis.” VALONGO: Pires, Camões (1), Nora (1, na própria baliza), ,Camilo (2), Américo e Armindo. SANJOANENSE: Licínio, Bastos, Machado, L. Cortez (1), J. Azevedo (2), Carlos Manuel, José Alves e A. Leite. Nota: Há na notícia, mais uma vez, um erro de informação: se Nora fez um golo na própria baliza e se Cortez e Azevedo fizeram mais 3, então o resultado final deveria ser 4-3, favorável à Sanjoanense.

Anuncia o jogo Valongo-Patim, “que o primeiro vencerá sem qualquer dificuldade, por certo”.

19630404_CP_Valongo-Patim_10-0. Jogo realizado no rinque de Soares dos Reis, em Gaia, no dia 3 de Abril. A notícia: “Desafio em que os valonguenses dominaram por completo. Ao intervalo: 6-0. Árbitro: Alfredo Costa.” VALONGO: José Alves, Armindo (1), Nora (1), Camões, Eugénio, Camilo (5), Pires e Américo (3). PATIM: Teixeira, Correia Dias, Belmiro, Luciano e Peneda.

19630525_CP_Adiada jornada inaugural do Campeonato da 1ª Divisão

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19630329_CP_Punições.

A notícia:

Foram punidos pela entidade regional, numa reunião extraordinária:

“Estava marcada para ontem à noite a primeira jornada do campeonato regional da I Divisão, que


englobava os jogos: Valongo-Carvalhos” (além de outros). “Todavia, devido à chuva que se fez sentir a partir das 17 horas da tarde de ontem os jogos ficaram adiados, pelo que se conclui que esta temporada todos os campeonatos estão condenados por razões diferentes.”

19630527_CP_Porto-Valongo_3-5. Festa inaugural do rinque de patinagem do Fânzeres. A notícia: “Pode dizer-se que a festa inaugural do rinque de patinagem de Fânzeres, pertença do Grupo Coral e Desportivo daquela freguesia, redundou num êxito. (…) O recinto agora inaugurado, com capacidade para mais de cinco mil espectadores, devidamente electrificado, é por assim dizer a marca gloriosa que ficará a perdurar para sempre nos ânimos e nos espíritos dos desportistas de Fânzeres.” E ficou a dever-se “a um grupo de homens da colectividade, dos quais é justo salientar (…) entre outros nomes (…) o de António Martins de Oliveira (…) Américo Martins Ferreira e Joaquim de Castro Neves.(…) “Estiveram presentes entidades ligadas ao óquei em patins, autoridades civis e religiosas da freguesia. Com as equipas perfiladas a meio do rinque, um associado da colectividade em festa leu uma saudação aos microfones. Em seguida, teve início o primeiro encontro da noite, pondo frente a frente as equipas do F. C. do Porto e da Associação Desportiva de Valongo.(…) Para este primeiro encontro, o rinque estava muito

escorregadio, devido à chuva que caiu antes do início do jogo, no entanto os jogadores rapidamente se adptaram ao piso e puderam assim gizar jogadas de bom nível técnico. Nos primeiros vinte minutos, o Valongo foi a equipa que melhor actuou e aquela equipa que viria a sofrer os dois primeiros golos, depois de várias ocasiões de marcar, só não o fazendo devido à boa actuação de Agostinho. No entanto, soube impor-se ao adversário e chegou ao 2-2, para atingir o intervalo com o resultado em igualdade a três bolas. A segunda metade do encontro foi de superioridade do Valongo, bem apoiado por numerosa falange e com bom sentido de jogo, bem conduzido pelo avançado Camilo, que foi o autor dos últimos três golos. Árbitro: Vasco Folhadela. No final, foram entregues as taças «Mário de Carvalho» e «Rev. Tavares Rebimbas».” PORTO: Agostinho, Nascimento, F. Gonçalves (1), Oiliveira (2) e Moura. VALONGO: Chico, Camões (1), Nora, Américo (1) e Camilo (3).

19630528_CP_Sanjoanense-Valongo_6-2. Jogo em São João da Madeira, no dia 27 de Maio. A notícia: “O óquei nortenho atravessa enorme crise, foi a impressão dominante que nos deixou a primeira jornada do campeonato regional da I Divisão ontem disputada. (…) O clube que está em maiores embaraços é o Estrela Vigorosa Sport, o introdutor da modalidade no Nortre, que sofreu extraordinária sangria…(…) No Pavilhão dos Desportos de S. João da Madeira, a equipa local cedeu o primeiro golo aos visitantes,

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mas antes do intervalo já vencia por 3-1. Na segunda parte, os sanjoanenses continuaram a imprimir uma toada veloz e o resultado chegou a 5-1, mas novamente os visitantes equilibraram até marcar o segundo golo, mas sofrendo em resposta a bola que fixou a conta final de 6-2. O Valongo deixou boa impressão, enquanto que nos locais todos cumpriram. Arbitragem de Mário Rosa.” SANJOANENSE: Licínio, Bastos (1), Machado, J. Azevedo (2) e Cortez (3). VALONGO: Mário, Camões, Nora (1), Camilo, Amorim, Pires e Américo (1).

“…o tempo, ontem à noite, voltou a «marcar a sua revolta» e choveu quase torrencialmente e apenas duas jornadas se puderam fazer completamente, tendo ficado adiados três jogos da primeira categoria. (…) Nas Cavadas, o Valongo bateu o Vigorosa por 5-1, em reservas, mas o jogo de primeiras categorias não se realizou.”

19630607_CP_Valongo passa a utilizar o rinque do Fânzeres. A notícia: “Com o seu recinto interditado por causa dos incidentes que se registaram durante o desafio com o F. C. do Porto, o Valongo passa a utilizar o rinque do Fânzeres, recentemente inaugurado.”

19630608_CP_Valongo-Espinho_5-5. Jogo relaizado no dia 7 de Junho. Não indica quaisquer outros elementos. Américo, em jogo contra o Porto

19630528_CP_Sanjoanense-Valongo_0-3. Reservas. Jogo em São João da Madeira, no dia 27 de Maio. Sem mais informações.

19630608_CP_Valongo-Espinho_4-4. Reservas. Jogo relaizado no dia 7 de Junho. Não indica quaisquer outros elementos.

1 963 0 6 0 4 _ C P _ V i g o ro s a -Va l o n g o _ 1 - 5 . (Reservas) Jogo realizado nas Cavadas, no dia 3 de Junho. Não indica composição da equipa, nem marcadores.

19630615_CP_Educação Física-Valongo_1-5. Jogo na Senhora da Hora, sem mais indicações.

A notícia:

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A notícia: “No jogo realizado na Senhora da Hora, o Valongo


venceu por 5-1 e em reservas registou-se o empate de 3-3.”

19630615_CP_Educação Física-Valongo_3-3. Reservas. Jogo na Senhora da Hora, sem mais indicações.

19630618_CP_Infante-Valongo_5-5. Jogo em Fânzeres, no dia 17 de Junho. 1963. Equipa não oficial. Belarmino, Gomes, Camões, Zeca, Zé Alves

A notícia: “No rinque do Fânazeres, o grupo do Infante de Sagres cedeu um empate a cinco bolas, mas a equipa portuense chegou a estar a perder por 3-0 e 4-1. O grupo de Valongo, a dar agora muito mais rendimento, principia a mostrar-se como equipa para grandes surpresas e o Infante de Sagres, que à primeira parte já só perdia por 3-4, acabou por alcaçar o empate que se ajusta.” VALONGO: Bártolo, Camões, Nora (1), Armindo (1), Américo (2) e Leal (1). INFANTE: Mesquita, Eugénio, Guilherme (1), J. Rendeiro (2), A. Rendeiro (1), Torcato (1), F. Figueiredo e Américo Sousa.

19630618_CP_Infante-Valongo_1-2. Reservas. Jogo em Fânzeres, no dia 17 de Junho. Sem mais indicações.

A notícia: “Terminou agora a primeira volta do campeonato regional da I Divisão, embora ainda falte realizar uma jornada (…). O Académico foi a Valongo mais uma vez mostrar a sua capacidade, batendo o grupo do Valongo por grande margem. Arbitragem de Vasco Folhadela.” VALONGO: Pires, Leal, Américo, Armindo e Camilo. ACADÉMICO: Brito, Oliveira, Abílio (1), Tavares (6), Liz (1), Jones e Nogueira.

1 96 3 0 6 3 0 _ C P _ Va l o n g o -A c a d é m i c o _ 1 - 6 . Reservas. Jogo em Valongo. Sem indicação de data, composição da equipa ou marcadores. A notícia:

19630630_CP_Valongo-Académico_0-8. em Valongo. Sem indicação de data.

Jogo

“Em reservas, o Académico também ganhou por 6-1.”

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19630702_CP_Valongo-Carvalhos_2-4. em Valongo. Sem indicação de data.

Jogo

A notícia: “Concluiu a primeira volta do campeonato regional da I Divisão com a jornada em atraso – a primeira da prova – que tinha ficado adiada devido ao mau tempo. (…) Os visitantes alcançaram um grande triunfo, perante um adversário que está a fazer boa carreira e que, para valorizar o êxito do Carvalhos, até jogou excelentemente. Ao intervalo, o grupo local vencia por 1-0 e o jogo esteve equilibrado até mesmo as duas equipas chegarem a 2-2. Mas foi perto do fim que o guarda-redes local, sem razão aparente, provocou grande penalidade e daí resultou a primeira vantagem dos visitantes que, pouco depois, fortaleceram o seu triunfo. Arbitragem de Luís Reis.”

A notícia: “Nas Cavadas, a equipa do Vigorosa continua a crescer de jogo para jogo. Resolvido o principal problen«ma do grupo com o regresso dos jogadores João Andrade e Fernando Andrade, a que se juntou o espírito clubista de Ireneu, o grupo do Estrela e Vigorosa Sport está agora a dar muitíssima boa conta de si e é pena que a equipa não tenha alinhado desde o princípio do campeonato com esta formação, pois a esta hora estaria a discutir a questão do primeiro lugar. Arbitragem de Laurentino Ribeiro. À primeira parte, o grupo do Vigorosa vencia por 1-0.” VIGOROSA: Figueiredo, depois Costa, Ireneu, J. Andrade, F. Andrade (2), Ivo (2) e Rogério. VALONGO: Pires, Camões, Nora (2), Camilo, Leal, Armindo e Américo.

VALONGO: Pires, Leal, Américo, Nora (1), Camilo (1) e Armindo. CARVALHOS: Santos, Azevedo, Prezas (1), Oliveira, Moutinho (3), J. Luís e Casimiro.

19630709_CP_Carvalhos-Valongo_3-2. nos Carvalhos. Sem indicação do dia.

Jogo

A notícia: 1 96 3 07 0 2 _ C P _ Va l o n g o - C a r v a l h o s _ 2 - 5 . Reservas. Jogo em Valongo. Sem indicação de data, composição da equipa ou marcadores. A notícia: “Em reservas, o Carvalhos também ganhou por 5-2.”

“Nos Carvalhos, a partida foi disputada com grande equilíbrio, mas foi no segundo período que a melhor preparação da equipa local justificou o êxito tangencial. Na primeira parte, o Valongo impôs-se e pôs os locais em sérias dificuldades, terminando em bom vencedor por 1-0, mas no segundo período foi mais decisivo o arranque dos Carvalhos que terminou por triunfar por 3-2. Arbitragem de António Quintela.”

19630706_CP_Vigorosa-Valongo_4-2. Jogo nas Cavadas, sem indicação do dia.

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CARVALHOS: Santos, Jorge, Azevedo, Prezas (1), José Luís, F. Oliveira, Cândido Jorge (2),


Moutinho e Guilherme. VALONGO: Francisco, Camões, Camilo, Américo (2), Leal e Bértolo.

(1), Camilo (1), Leal e Eugénio. Fonseca,

1 963 0709 _ C P _ C a r va l h o s -Va l o n g o _ 1 3 - 0 . Reservas. Jogo nos Carvalhos. Sem indicação do dia, da composição da equipa ou dos marcadores.

SANJOANENSE: Licínio, Bastos, Azevedo (5), Machado, Corez (1) e Lino. Nota: A notícia não indica o marcador de um dos três golos do Valongo. O jogo de Reservas não se realizou por falta de árbitro.

A notícia: “Em reservas, o Carvalhos também venceu por 13-0.”

19630720_CP_Valongo-Vigorosa_3-5. Jogo em Valongo, no dia 19 de Julho. A notícia:

19630712_CP_Anuncia jogo Porto-Valongo no recinto do Bessa, no dia 15, em virtude da interdição imposta ao rinque do Porto.

19630713_CP_Valongo-Sanjoanense_3-6. Jogo em Valongo, no dia 12 de Julho. A notícia: “O equilíbrio de forças apenas durou a primeira parte, em que o resultado era 2-2. O Valongo marcou em primeiro lugar, mas pouco depois perdia por 2-1, para conseguir empatar antes do dscanso. Na segunda parte, o resultado desnivelou-se mais, quando Camilo e Armindo foram substituídos e chegou a 6-2, para perto do fim os locais amenizarem. Arbitragem de Alfredo Costa. O Valongo perdeu dois castigos máximos e a Sanjoanense um.” VALONGO: Pires, Camões, Armindo, Américo

“Apesar de o Valongo ter chegado a 3-0, nem assim a equipa portuense se perturbou em Valongo e pôde levar a cabo uma apreciável resuperação, de modo a que, terminando ainda a primeira parte a perder por 1-3, acabou por vencer por 5-3. Entretanto, a equipa do Valongo, com o guarda-redes substituto e ainda com a falta de Nora, não pôde dar a mesma réplica. Arbitragem de Jerónimo Pais.” VALONGO: José Alves, Camões, Armindo, Camilo (3), Américo e Leal. VIGOROSA: Figueiredo, Ireneu, J. Andrade (3), F. Andrade (1), Ivo (1) e Rogério.

19630720_CP_Valongo-Vigorosa_1-3. Reservas. Jogo em Valongo, no dia 19 de Julho. Sem indicação da composição das equipas ou dos marcadores. A notícia:

291


“Em reservas, também o Vigorosa também venceu por 3-1.”

19630730_CP_Infante-Valongo_5-1. Jogo rinque do Infante. Sem indicação de data.

no

A notícia: “JORNADA TRANQUILA PARA OS FAVORITOS DA I DIVISÃO” (em título) “Prosseguiu o campeonato regional da I Divisão e cada vez mais se acentua a baixa de nível técnico de quase todas as equipas, do que tem resultado péssimos jogos, o que mais desinteressa e afasta o público. A modalidade está a sofrer no Porto a mais séria crise de todos os tempos. (…) “Durante os trinta minutos que constituiram a primeira parte, os visitantes resistiram admiravelmente à maior capacidade e fulgurância do Infante de Sagres e atingiu-se o descanso sem que o marcador funcionasse para qualquer lado, mas o Infante teve pouca sorte, pois teve seis bolas devolvidas pelo poste. Na segunda parte, o Infante aumentou de ritmo e acabou por vencer com toda a naturalidade. Arbitragem de Isaac Martins.” INFANTE: Eugénio, Guilherme, J. Rendeiro (1), Américo Rendeiro (2), Filipe Figueiredo e Torcato (2) VALONGO: Alves (Bastos), Camões, Camilo, Américo, Leal e Leão (1).

19630803_CP_Valongo-Vilanovense_5-3. Jogo em Valongo, no dia 2 de Agosto. A notícia:

292

“Disputou-se ontem a penúltima jornada do campeonato regional da I Divisão (…) O campeonato termina (…) na próxima segunda-feira.(…) Jogo em Valongo, sob a arbitragem de Mário Cardoso. Para os locais tudo correu pelo melhor, motivo porque lhes assenta perfeitamente a vitória, embora o início do jogo tivesse feições bastante insípidas. Ao intervalo, 3-1. Arbitragem certa.” VALONGO: Alves, Jaime, Armindo, Camilo (1), Leal (1), Américo (3) e Camões. VILANOVENSE: Oliviera, Guilherme, José Luís, Figueiredo, Mateus (2), Manuel e Aires. Classificação: 8º lugar.

19630806_CP_Académico-Valongo_3-0. em Gondomar, no dia 5 de Agosto.

Jogo

A notícia: “O ACADÉMICO VENCENDO O VALONGO CONQUISTOU O TÍTULO DE CAMPEÃO REGIONAL DA I DIVISÃO” (em título). “Disputou-se ontem à noite a última jornada do Campeonato Regional da I Divisão. Mercê da vitória alcançada sobre o Valongo e da derrota da Sanjoanense no rinque do Infante de Sagres, o Académico subiu ao lugar cimeiro da classificação, conquistando deste modo o título de campeão regional. (…) Jogo em Gondomar, no rinque do Fânzeres, sob a arbitragem de António Quintela. A jogar com muita cautela, pois o jogo podia ser decisivo para a conquista do título, o que sucedeu, o Académico teve uma primeira parte muito


cautelosa, notando-se que só atacavam quando as jogadas se proprocionavam. Após a marcação do primeiro golo, o Académico actuou com mais um pouco de velocidade, notando-se o entusiasmo dos seus atletas para a conquista da vitória. Contudo, o Valongo parecia não se apercber da superioridade do seu adversário e procurava, da melhor maneira, desfeiteá-lo. Ao intervalo, 2-0. Arbitragem boa.” ACADÉMICO: Brito, Oliveira, Abílio (1), Liz (1), Tavares (1) e Puskas. VALONGO: Aires, Camões, Camilo, Armindo, Leal e Américo.

– os que na presente época constituiram as primeiras Divisões Distritais das Associações Metropolitanas; – os dois primeiros classificados dos Campeonatos Distritais da II Divisão das Associações de Lisboa e Porto; – um representante ultramarino; – um representante insular. b) A prova disputar-se-á em duas fases: uma de Apuramento, eliminatória, e outra de Final, em «poule», ambas divididas em duas zonas. c) À fase de Apuramento concorrerão: ZONA NORTE

19630919_CP_Sorteio para 1ª eliminatória da Taça de Portugal. A notícia: “Na sua reunião de 3 do corrente, a comissão administrativa da Federação, de conformidade com a indicação já dada nos seus projectos de regulamento dos Campeonatos Nacionais da I e II Divisões, dsitribuídos em 20 de Abril, decidiu não organizar este ano estas provas, em virtude de a Direcção-Geral dos Desportos ter comunicado a impossibilidade de as subsidiar financeiramente, como em princípio estava previsto. Em sua substituição e como medida transitória para 1963, visando manter os clubes e praticantes em actividade oficial até próximo do final da época, fará disputar uma prova, ao nível nacional, que se denominará «Taça de Portugal -1963», que obedecerá ao seguinte Regulamento: Moldes da disputa a) Esta prova será disputada pelos seguintes clubes:

– Os dez participantes do Campeonato Distrital da I Divisão do Porto; – os seis participantes no Campeonato Distrital de Braga; – os três participantes no Campeonato Distrital de Coimbra; – os dois primeiros classificados no Campeonato Distrital da II Divisão do Porto. ZONA SUL “ Resultado: Zona Norte – Valongo-Famalicão.

19630922_CP_Valongo-Famalicense_4-3. Taça de Portugal. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia: “Jogo em Valongo. Árbitro: António Quintela. Ao intervalo: 3-2. “O jogo iniciou-se praticamente com a obtenção

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de dois golos pelos visitantes, mas o Valongo recuperou e conseguiu vencer merecidamente. Ao intervalo, 3-2.” VALONGO: Pires, Camões, Armindo, Leal (3) e Camilo.

Américo

(2),

FAMALICENSE: Barbosa, Rodrigo, Albino (1), José Manuel (2), Aires e Lima.

19631005_CP_Anuncia Valongo-Vilanovense, na 2ª mão da 2ª eliminatória da Taça de Portugal, e fornece o resultado da 1ª mão (que antes não publicou).

19630929_CP_Famalicense-Valongo_2-2. Jogo em Famalicão, no dia 28 de Setembro. Sem indicação da composição da equipa ou dos marcadores.

A notícia:

A notícia:

(…) … os jogos Sanjoanense-Espinho, que os espinhenses na primeira edição ganharam por 2-1, e o Valongo-Vilanovense, que teminou com um empate de 2-2, estão talhados para êxitos dos grupos liocais, que podem perfeitamente aspirar ao ingresso na terceira e última eliminatória.”

“Terminou ontem à noite a primeira eliminatória da Taça de Portugal que não suscitou quaisquer empates que impuzessem desafios para desempate, pelo que passaram à fase seguinte as equipas: Vilanovense, Termas, Educação Física, Académico de Braga, Barcelinhos, Valongo e Águias. (…) (…) …o Valongo foi a Famalicão empatar com o Famalicense por 2-2.”

19631002_CP_Anuncia para este noite o jogo Vilanovense-Valongo, em Gaia. A notícia: “Está marcada para esta noite a primeira «mão» da segunda eliminatória da Taça de Portugal. (…) Em Vila Nova de Gaia, a equipa do Vilanovense bate-se como grupo de Valongo, num jogo que facilmente se adivinha equilibrado e que não terá vencedor prévio.

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A segunda «mão» desta eliminatória está marcada para sábado, nos rinques dos clubes que hoje são visitados.”

“Estão marcados para esta noite cinco jogos respeitantes à segunda mão da segunda eliminatória da Taça de Portugal (…).

19631007_Valongo-Vilanovense_4-3. Jogo em Valongo. Sem indicação de data (presumivel, 6 de Outubro) A notícia: “A Taça de Portugal sofre agora um compasso de espera, por causa da realização em Bolonha, na Itália, da Taça Latina. Assim, os jogos da teceira e última eliminatória somente estão marcados para o dia 16 do corrente mês e dela vão sair os apurados para a fase final da prova. (…) Ficaram (…) na zona Norte apurados para a terceira eliminatória os grupos do Porto, Infante,


Valongo, Académico, Educação Física e Carvalhos. (…)

19631020_CP_Sanjoanense-Valongo_5-3. Jogo em S. João da Madeira. Sem indicação de data.

Pode dizer-se que o maior ânimo dos locais e o seu engodo pela baliza lhe conferiram o êxito final do jogo, mas foi mercê da primeira parte brilhante e decisiva que o Valongo eliminou o Vilanovense, pois o vencedor já tinha a vantagem de 3-1.

A notícia:

Arbitragem de Vasco Folhadela.” VALONGO: Pires, Camões, Armindo, Leal (1), Américo (2), Camilo (1) e Jaime. VILANOVENSE: Oliveira, Guiçlherme, Romeu (1), Mateus (1), Valentim e Aires.

19631017_CP_Valongo-Sanjoanense_3-1. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia: “Em Valongo, o grupo local fez uma boa exibição, viril e entusiasta, mas jogada com inegável correcção. Depois de chegar a 3-0, o grupo de Valongo veio a ceder o primeiro ponto ao adversário, na transformação de uma grande pemalidade e ao intervalo o resultado já era de 1-0 para o vencedor, naturalmente. Com duas bolas de vantagem, que podem ser escassas, mas também podem ser suficientes, o grupo de Valongo vai para o jogo de S. João da Madeira defender tenazmente a sua vantagem, perante um adversário que jogará tudo para a anular. Arbitragem de Luís Reis.” VALONGO: Pires, Camões, Armindo, Leal (1) e Américo (2). SANJOANENSE: Licínio, ,Bastos, Azevedo (1), Machado I e Cortez.

Em título: “Sanjoanense e Valongo jogam hoje o desafio de desempate”. “A equipa do Valongo fez exibição muito animosa e encorajadora, em S. João da Madeira. Actuando em bom estilo e com enorme voluntariedade, o Valongo teminou a primeira parte a vencer por 2-0, aumentando assim para três bolas a sua vantagem da primeira «mão», em que tinha ganho por 3-1. Simplesmente, na segunda parte, o ‘grande querer’ dos locais, animados pelo público, permitiu que os visitantes se deixassem enlear, primeiro, e a seguir revelar um pouco de aturdimento, sem nunca porém perderem o sentido do ataque. Arbitagem de Afonso Cardoso.” SANJOANENSE: Licínio, Bastos, J., Azevedo (1), Machado I, Cortez (2), Carlos e Machado II. VALONGO: Pires, Camões (1), Armindo, Leal (1), Américo, Camilo (1) e Gonçalves. Nota: Uma vez mais, a notícia omite os marcadores de dois golos da Sanjoanense.

19631116_CP_Navio regressa ao Valongo A notícia: “NAVIO regressa ao clube de VALONGO” (em título). “Chegou ontem, de madrugada, a Valongo, o guardião titular da equipa de Valongo, Navio, após ter prestado serviço militar na Guiné. Trata-se de um bom reforço para o clube.”

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1964

19640307_CP_Candal-Valongo_1-4. Jogo rinque do Candal, no dia 6 de Março.

Em S. João da Madeira, a grande surpresa foi a derrota da melhor equipa azul branca que durante a primeira parte se deixou dominar pelo maior entusiasmo dos jogadores do Valongo. Com 2-0 no ao intervalo, o vencedor jogou sempre de molde a justificar o êxito final.”

A notícia:

VALONGO: Pires, Camões, Armindo, Leal, “Principiou ontem à noite o Torneio de Abertura”, Camilo, Américo (2) e Pires II (1). sem a particiapação do Académico, Infante de PORTO: Agostinho, Magalhães, leite, Oliveira Sagres e Vigorosa. (1), Lopez e Alberto. “A equipa do Valongo somente na segunda parte Classificação: conseguiu impor a sua vantagem, dada a resistência que a turma candalense fez nos primeiros vinte minutos, dando a nota das suas possibilidades Valongo Porto A futuras, pois defriontava um clube da I Divisão. A. Espinho Ao intervalo, o Valongo ganhava por 1-0. ArbiCandal tragem de Isaac Martins.”

SÉRIE A J 2 2 2 2

V 2 1 1 0

E 0 0 0 0

D 0 1 1 2

F 7 5 5 3

C 2 3 6 9

P 6 4 4 1

CANDAL: Joaquim, Américo, Guilherme (1), Nota: Realço aquilo que, nestas notícias, não Álvaro, Costa, Carlos, Afonso e Luís. é habitual: a reportagem, ainda que sucinta, VALONGO: Pires, José alves, Camões, Fonseca, sublinha que o Valongo derrotou (utiliza o termo Américo (1), Pires II (3), Joaquim e Camilo. forte) “a melhor equipa azul branca”.

19640310_CP_Valongo-Porto.A_3-1. Jogo em S. 19640321_CP_Valongo-Candal_4-2. Jogo em João da Madeira, no dia 9 de Março. Valongo, no dia 20 de Março. A notícia: A notícia: “Estiveram ontem movimentados os rinques de “Prosseguiu ontem à noite a prova de abertura Espinho, S. João da Madeira e Centro Universitário, da época”, em que à não participação do Infante com os seis jogos do Torneio de Abertura. de Sagres, do Académico e do Vigorosa, se juntou Os desafios do Estádio Universitário principiaram agora a desistência do F. C. do Porto. com trinta minutos de atraso, em consequência “A equipa do Valongo não encontrou, porventura, de não terem sido tiradas as licenças, e os jogos as facilidades que esperava, pois a turma candarealizaram-se pelo espírito de compreensão dos lense esforçou-se ao máximo para contrariar os árbitros, que acederam a dirigir os jogos sem polipropósitos dos vencedores, tecnicamente mais ciamento. (…)

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fortes e evoluídos. Na primeira parte, o Valongo já vencia por 2-0 e o jogo terminou com 4-2 para os valonguenses.

A. ESPINHO: Américo, F. Barros, Azevedo (2), Cruz I, António, Cruz II (1), Júlio e Cardoso.

Arbitragem de Jaime Santos.” VALONGO: Pires, Camões, Armindo, Américo (1), M. Pires (2), Leal, Camilo (1) e Rogério. CANDAL: Joaquim, Américo, Guilherme (2), Álvaro, Costa, Vasco e Luís.

19640328_CP_Espinho-Valongo_3-4. Jogo em Espinho, no dia 27 de Março.

19640501_CP_José Augusto M. Pires, da ADV, transferido para o Fânzeres. A notícia: “A circular n.º 6, da Associação de Patinagem do Porto (…) anuncia as segintes transferências: (…) José Augusto M. Pires, da A. D. Valongo para o Fânzeres.”

A notícia: Em título: “Valongo, o único indiscutivelmente apurado para a fase final”

19640504_CP_Valongo-Boavista_3-0. Jogo em Valongo. Sem indicação de data.

“Terminou ontem a fase preliminar do Torneio de Abertura. Somente o Valongo tem o seu apuramente assegurado e Carvalhos, Sanjoanense, Boavista e Centro terão possivelmente de fazer jogos de desempate, dado que, entre si, têm iguall número de pontos.

A notícia:

(…). Foi muito equilibrado o jogo entre as equipas da Académica de Espinho e Valongo, nos dois períodos, que aliá penderam sempre para os visitantes, no capítulo remate. A partida foi animosa e disputada com interesse, tanto dentro como fora do recinto, e por vezes o nível técnico esteve em evidência. Ao intervalo, o Valongo vencia por 2-1. Arbitragem de Mário Rosas.”

“Principiou a disputa da fase final do Torneio de Abertura e que, na primeira jornada, deu logo a ideia de que o vencedor deverá ser Carvalhos ou Valongo. (…) A equipa do Boavista ofereceu séria resistência ao grupo do Valongo, este antecipadamente tomado como mais forte. Pode dizer-se que a noite inspirada de Pires II ditou a sorte do vencedor, que, no entanto, acabou por ganhar com merecimento. Arbitragem de Alfredo Costa.” BOAVISTA: Lucas, Braga, Águeda, João Almeida, Soeiro, Alfredo, Salvador e José Luís VALONGO: Pires, Alves, Camões, Armindo, Pires II (3), Américo, Camilo e Leal.

VALONGO: Pires, Camões, Armindo, M. João (3), Américo (1), Camilo e Leal.

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19640505_CP_Valongo-Centro_8-1. Jogo em Valongo, no dia 4 de Maio. A notícia: “Prosseguiu ontem à noite a «poule» final do Torneio de Abertura (…) e de novo as equipas do Carvalhos e Valongo voltaram a vencer os seus adversários. (…) Em Valongo, o grupo local ganhou com margem folgada, em consequência da sua irresistível segunda parte. No primeiro tempo, o jogo foi extraordinariamente equilibrado e movimentado e o resultado de 1-1 mostra bem o despique travado. Depois do descanso, principiou a chover e os jogadores do Centro mostraram-se menos adaptados ao piso e o Valongo chegou à margem final.

Até dez minutos do fim e em alarde das suas grandes possibilidades, a equipa do Carvalhos estava a vencer por 3-0, depois de concluir o primeiro tempo a ganhar por 2-0. Depois, a reacção da euipa local, impulsionada pelo seu público, um pouco de deslumbramento dos visitantes, que se mostravam quexosos da arbitragem, fez com que se operasse a notável reviravolta. Arbitragem de Luís Reis. O Carvalhos vai reclamar da arbitragem.” CARVALHOS: Santos, Azevedo (1), Presas (1), Guilherme (1), Oliveira, Moutinho, Costa e Moreira. VALONGO: Chico, Camões, Armindo, Camilo, Américo, Pires (4), Leal (1) e Rogério.

Arbitragem de Mário Cardoso.” VALONGO: Chico, Rogério, Camões (1), Armindo, Américo (3), Pires (2), Camilo (2) e José Augusto. CENTRO: Bastos, Jorge, Almeida, Sousa, dr. Pinto Machado, Montes e Castro.

19640509_CP_Valongo-Carvalhos_5-3. em Valongo, no dia 8 de Maio.

Jogo

19640515_CP_”Acontecimentos registados em Valongo” A notícia: Em título: “Suspenso o torneio de abertura” “Devia continuar hoje a «poule» do Torneio de Abertura, mas a jornada ficou suspensa para a direcção da Associação apurar os acontecimentos registados em Valongo.”

A notícia: Em título: “O Valongo isolou-se no comando da poule final do Torneio de Abertura” “Terminou ontem à noite a poule final do Torneio de Abertura e, embora a equipa do Valongo se mostre invicta, a prova está longe de se mostrar decidida, pois na segunda volta o Carvalhos joga no seu recinto e nada nos garante que não tenhamos o rcurso a uma finalíssima para decidir o vencedor definitivo. (…)

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19640519_CP_Centro-Valongo_1-6. Jogo rinque do Centro, no dia 18 de Maio.

no

A notícia: “Depois de ter sido adiada a primeira jornada, marcada para a passada sexta-feira, recomeçou ontem à noite a segunda volta do torneio de abertura, com os jogos Centro-Valongo e


Boavista-Carvalhos, com êxitos das segundas equipas. (…) Com uma primeira parte esmagadora e de potencial manifesto no remate, o Valongo chegou ao intervalo a vencer os «universitários» por 5-1 e, abrandando no segundo período, nem por isso deixou de terminar em vencedor destacado. Arbitragem de António Quintela.” CENTRO: Trancoso, Jorge Pereira, Tavares (1), dr. Pinto Machado, Carreira e Montes. VALONGO: Pires, Camões, Armindo (1), Américo, Pires II (4), Leal, Camilo (1) e Rogério. Nota: Esta notícia traz uma ‘coda’, não directamente ligada a este jogo, mas provavelmente relacionada com os “acontecimentos registados em Valongo”, que a notícia de 640515 refere. Diz ela assim: “Os sérios inconvenientes do público estar junto das vedações” (em título) Está provada a imperiosa necessidade de a Associação de Patinagem do Porto determinar que o público que assiste aos jogos de óquei em patins não possa estar debruçado sobre a vedação que margina o rinque. Será necessário que os clubes, onde os jogos se realizam, afastem os assistentes da balaustrada, para que se evite os sérios inconvenientes dos assitentes, em entusiamo doentio, estenderem os braços para os jogadores que passam, provocando quedas. Por outro lado, a presença muito próxima dos assistentes é nefasta para os jogadores, «mimoseados» com «amabilidades», e os árbitros, que têm de girar próximo das vedações, escutam toda a série de inconvenientes, de que resulta desorientarem-se e cometerem erros.”

Há pelo menos duas coisas notáveis neste comentário do jornalista de serviço. Uma é que ele reflecte uma realidade que todos os jogadores alguma vez sentiram, quando foram vítimas, ou quase vítimas, de espectadores de ‘entusiasmo doentio’ que os tentaram ou conseguiram agredir. Eu senti isso em vários jogos (como acima já referi) logo em 1956 ou 1957, quando começámos a jogar. A outra coisa notável do comentário é ele considerar preocupante agora, em 1964, uma realidade que tinha, pelo menos, 8 anos! Felizmente que as coisas se encaminharam para a resolução do problema: os pavilhões, com os recintos de jogo vedados por redes, até para protecção também dos assistentes, trouxeram uma parte substancial da solução. Mas já antes alguns clubes tinham começado a encontrar respostas: há, por esta altura, uma notícia em que se anuncia que o F. C do Porto iria vedar com rede o seu rinque da Constituição.

19640522_CP_Anuncia jogo Carvalhos-Valongo, nos Carvalhos, hoje à noite. A notícia: “Disputa-se esta noite a segunda jornada da segunda volta da poule final do torneio de abertura. (…) … o grande desafio disputa-se nos Carvalhos, em que a equipa local precisa de ganhar ao Valongo, se desejar alcançar o direito a uma finalíssima em recinto neutro, dado que, na primeira volta, o Valongo ganhou por 5-3. O jogo reveste-se de grande importância e, se o Valongo leva muitos entusiastas, o Carvalhos tem a seu favor o factor ambiente, que muito pode moralizar a sua excelente equipa. Trata-se de dois adversários de forças iguais, com jogadores plenos de juventude e combatividade, que podem proporcionar um grande espectáculo.”

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19640528_CP_Valongo-Boavista_3-3. Jogo em Valongo, no dia 27 de Maio. A notícia: “O CARVALHOS ganhou o Torneio de Abertura com o empate consentido pelo VALONGO” (em título). “Terminou ontem, inesperadamente, o Torneio de Abertura com o triunfo da equipa do Carvalhos, que ganhou no seu rinque (Carvalhos-Centro_6-4) e benificiou do empate que o Valongo inesperadamente consentiu no seu próprio recinto. Pode dizer-se que os dirigentes, associados e jogadores do Carvalhos se mostram apesar de tudo penalisados com o empate, que tirou a possibilidade duma final, pois havia já vinte autocarros cheios de associados do Carvalhos que se tinham inscrito para vir assistir à fnalíssima que devia ser marcada para o pavilhão dos desportos portuense. (…) “Foi extrarodinariamente dramático o final deste desafio jogado em Valongo. A equipa local, que se pode dizer com toda a autoridade constituiu a grande novidade deste torneio de abertura, pois inclusivamente, na fase preliminar, afastou o grupo do F. C. do Porto da prova, teve um colapso inesperado, na parte final do jogo, depois de terminar a primeira parte a ganhar por 1-0. O Boavista, dando sempre réplica animosa, encontrou um Valongo eufórico e confiante em excesso e nos momentos finais da partida o resultado de 3-3 tirou todas as possibilidades aos locais. Arbitragem de António Quintela.” VALONGO: Chico, Camões (1), Armindo, Camilo, Américo (1), Pires (1), Leal e Rogério. BOAVISTA: Lucas, Águeda (1), Pimenta, Soeiro (2), Alfredo e Cabral.

300

Nota: Este foi o grande desaire da época do Valongo, que lhe fez perder a possibilidade de alcançar o primeiro lugar do torneio de abertura, que quase toda a gente previa. A notícia ‘apenas’ esquece o desgosto dos dirigentes, associados, jogadores e aficionados do Valongo…

19640703_CP_Início do Campeonato Nacional da 1ª Divisão. A notícia: “(…) …recebemos da Federação o comunicado n.º 9 que insere o calendário dos jogos do Campeonato Nacional da I Divisão, que marca a primeira jornada para hoje, com os seguintes desafios: Carvalhos-Académico, Académica de Espinho-Sanjoanense, Valongo-Vigorosa.”

19640704_CP_Campeonato segundo as novas regras só na próxima época. A notícia: “Tínhamos interira razão quando defendemos por várias vezes nestas colunas a violência e a ilegalidade que contituía a realização imediata dos campeonatos nacionais nos novos moldes recentemente aprovados em congresso. Não tendo os clubes sido avisados no princípio do campeonato regional da época finda que as classificações serviam para o apuramento dos Nacionais da I e II Divisões, nunca se poderia promover a realização do Campeonato Nacional tomando por base as classificações dos regionais da época finda. (…)


Agora, depois de conversações preliminares entre dirigentes da Federação e da Associação de Patinagem de Lisboa, ficou decidido que os campeonatos nacionais, sob os novos moldes, somente se disputariam na próxima época, mantendo-se este ano os tradicionais regionais. M. C. de B.”

um triunfo tangencial, que lhe não dá grande tranquilidade para o desafio da segunda mão. Ao intervalo, o Porto ganhava por 3-1 e perdeu três castigos máximos, mas o terceiro golo foi obtido de grande penalidade. Arbitragem de Vasco Folhadela.” PORTO: Agostinho, Magalhães, Leite (2), Oliveira (1), Valentim, Correia, Álvaro e Pedro.

19640826_CP_Início da Taça de Portugal

VALONGO: Chico, Camões, Armindo, Américo (1), Pires, Navio, Leal e Jaime.

A notícia: “Principia no dia 1 de Setembro a Taça de Portugal” (em título) “Na sede da Federação Portuguesa de Patinagem, relaizou-se ontem à noite o sorteio da «Taça de Portugal» que se inicia no próximo dia 1 de Setembro com a efectivação da 1ª mão. O resultado do sorteio foi o seguinte:

Nota: Mais uma vez, a notícia só dá conta de um dos marcadores do Valongo.

19640904_CP_Esta noite, Valongo-Porto A notícia::

ZONA NORTE:

“Estão marcados para esta noite, às 22 horas, os jogos da seguna mão, da eliminatória inicial da Taça de Portugal. (…)

(…) F.C. do Porto-Valongo.”

Os jogos desta noite são: (…) Valongo-Porto.” 19640902_CP_Porto-Valongo_3-2. Jogo Constituição, no dia 1 de Setembro.

na

A notícia: “Com estrutura defeituosa, principiou onte à noite a disputar-se a Taça de Portugal, nesta primeira fase por eliminatórias, pelo que algumas boas equipas vão ser eliminadas por outras boas equipas, enquanto vão prosseguir na prova grupos modestos. Na fase final, Lisboa dará os três melhores e o Porto, sabe-se lá que equipas lhe poderá opôr? (…) Na Constituição, o grupo azul-branco alcançou

19640906_CP_Terminou eliminatória da Taça de Portugal. Eliminação do Valongo. A notícia: “Terminou ontem a primeira eliminatória da Taça de Portugal e a lamentável ocorrência que se regista é a eliminação pura e simples de duas boas equipas: Sanjoanense e Valongo, enquanto na prova prosseguem grupos sem o mínimo de requisitos e, o que é mais perigoso, talvez alguma delas (sic) possa eventualmente atingir a final.

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Enfim, efeitos duma cópia grotesca da regulamentação do tipo futebolista, onde o óquei em patins nada tem a aprender.”

19640908_CP_Na poule final da Taça de Portugal a representação nortenha terá de enfrentar os melhores grupos do Sul.

19640909_CP_Primiera mão da segunda eliminatória da Taça de Portugal. A notícia: “Realizou-se onten à noite a primeira mão da segunda eliminatória da Taça de Portugal e, tal como prevíramos, o Académico, com a derrota que sofreu, será com certeza pela primeira vez excluído duma prova nacional.”

A notícia: “(…) enquanto os clubes da província estão a fazer uma série de eliminatórias, resultantes de um sorteio prévio, os clubes de Lisboa e Santarém são apurados pelos campeonatos regionais que se estão a disputar. Quer dizer, o sorteio, sempore caprichoso, permite que se batam entre si equipas modestas que, mercê dessa circunstância, podem chegar mais longe e até pensar numa entrada automática na poule final, enquanto os melhores grupos, que o sorteio «teimou» em colcar frente a frente, acabam por se eliminar. Foi o que sucedeu, por exemplo, ao Valongo e à Sanjoanense, e se se desse a inversa, isto é, se tivessem sido eliminados os seus vencedores, respectivamente, F. C. do Porto e Infante de Sagres, teríamos que lamentar do mesmo modo o facto. O F. C. do Porto vai agora defrontar o Académico e (…) uma delas vai ser eliminada e então uma coisa se verá: ou o campeão regional fóra da poule final, coisa que, salvo erro, nunca se registou em toda a sua carreira, ou será eliminado o F. C. do Porto, que, quanto a nós, é de momento o melhor grupo, o que equivale a dizer que, em quaquer dos casos, teremos uma grande ausência a lamentar. M. C. de B.”

302

1965

19650330_CP_Carvalhos-Valongo_2-4. nos Carvalhos, no dia 29 de Março.

Jogo

A notícia: “Promovido pela Associação de Patinagem do Porto, principiou ontem um torneio de abertura que visa dar certa actividade aos clubes portuenses, a grande parte dos quais estão há muito inactivos. (…) A equipa do Carvalhos impressionou com a sua entrada de rompante e parecia com capacidade para dominar o adversário, mas o vencedor foi serenando e até ao intervalo já estava com vantagem a seu favor, no marcador, para acabar por ganhar o jogo pela sua maior capacidade realizadora. Arbitragem de Jerónimo Pais.” CARVALHOS: Agostinho, Prezas, J. Luís, Guilherme (2), Cândido Jorge, Loura, Oliveira e Costa. VALONGO: Navio, Leal (1), Nora, Pires, Américo (1), Camões (2) e Francisco.


19650408_CP_Valongo-C.D.U.P._10-0. Torneio de Abertura. Série B. Sem outras indicações.

19650423_CP_Na Zona Norte, o Campeonato Nacional começa a 9 de Maio. A notícia:

19650410_CP_Valongo-Vigorosa (A)_10-0. Jogo em Valongo, no dia 9 de Abril. A notícia: “Ontem à noite, prosseguiu o Torneio de Abertura portuense, jornada que foi caracterizada por fartura de golos. Eis os resultados: Académico-Centro

9-1

Porto-Vilanovense

7-0

Infante A-Nun’Álvares

15-1

Infante B-Educação Física

5-1

Sanjoanense-Boavista

11-3

Valongo-Vigorosa A

10-0

Carvalhos-Acad. Espinho

7-1

(…)

Decisão oriunda da reunião conjunta da Federação com os delegados das Associações de Leiria, Lisboa e Santarém e dos clubes da Zona sul concorrentes à fase inicial deste Campeonato.

19650427_CP_Valongo-Carvalhos_7-4. No dia 26 de Abril. Sem outras indicações. Apresentado como “outros resultados”.

19650504_CP_Valongo-Centro_7-1. Jogo em Valongo, no dia 3 de Maio. A notícia: “Prosseguiu ontem à noite o Torneio Início do Porto (…)

Em Valongo. Ao intervalo: 4-0. Árbitro: Jerónimo Pais.”

O Valongo teve uma primeira parte de muito bom nível e terminou a ganhar por 4-1, no primeiro tempo. Arbitragem de Waldemar Aires.”

VALONGO: Mário. Leal (2), Nora (1), Américo (4), Manuel João (3), Armindo, Camões e Pires.

VALONGO: Navio, Leal (1), Nora, Américo (2), Pires II (3), Pires I, Américo (1) e Camões.

VIGOROSA (A): Lino, Martino, Vieira, Mendes, Miguel, Melo e Tinoco.

CENTRO: Igrejas, Mário, Jorge, Fontes (1) e César.

Nota: Adiado o início do Campeonato Nacional da I Divisão, que devia começar amanhã, para data a designar.

Nota: Mais uma vez, a informação é confusa: repete o nome ‘Américo’, de modo que ficamos sem saber se havia dois Américos (improvável) ou se o Américo marcou, não 2, mas 3 golos. Por outro lado, dá a sensação de que o reporter se esqueceu do final do relato…

303


19650507_CP_Começa hoje o Campeonato Nacional da I Divisão A notícia: “Estão marcados para hoje os primeiros desafios do Campeonato Nacional da I Divisão, que se inicia em moldes completamente diferentes das competições anteriores.(…) Em Valongo disputa-se o jogo mais equilibrado e emotivo entre o grupo da «casa» e os Carvalhos.”

dez minutos empataram o jogo, numa recuperação assaz brilhante. Arbitragem de Vasco Folhadela.” VALONGO: Navio. Leal, Nora (1), Américo (1), Pires II, Armindo (1), Camões e Pires I. CARVALHOS: Agostinho, J. Luís, Presas (1), Guilherme, Oliveira (2), Moura, Costa e Azevedo.

Nota: De acordo com a decisão noticiada em 650423, o Campeonato só começaria a 9 de Maio.

19650508_CP_Valongo-Carvalhos_3-3. em Valongo, no dia 7 de Maio.

Jogo

A notícia: “Em verdadeiro ambiente de expectativa, principiou ontem à noite o Campeonato Nacional da I Divisão, sob uma nova fórmula experimental. (…) O jogo em Valongo foi extremamente emocionante e dramático para o grupo local. Com uma primeira parte equilibrada, mas já com tendência para ligeira superioridade dos locais, o intervalo foi atingido com o marcador em branco.

304

19650515_CP_Espinho-Valongo_2-2. Jogo em Espinho, no dia 14 de Maio. A notícia: “Realizou-se ontem, em antecipação, o primeiro jogo da segunda volta do Campeonato Nacional da I Divisão, zona Norte de apuramento. (…)

Na segunda parte, porém, o Valongo, já mais resoluto no seu ataque, aproveitou melhor as suas jogadas e acabou por chegar a 3-0, diante do entusiasmo do seu público.

O grupo do Valongo, indiscutivelmente cheio de possibilidades, não possui a força de ânimo para encarar certas dificuldades e assim comete por vezes erros que podem prejudicar-lhe a classificação.

Simplesmente, o Valongo esqueceu uma lição que já o Boavista lhe dera, naquele mesmo recinto, e subestimou, porventura, a valia de uma equipa como a do Carvalhos, que nunca se entrega, e em

Dado que os espinhenses estão a lutar com sérias dificuldades para dar homegeneidade ao grupo, esperava-se que o Valongo levasse vantagem, mas


de tal modo se comportou a equipa da Académica que o Valongo não logrou mais do que um empate. O desafio caracterizou-se por notório equilíbrio de forças e o resultado foi feito na primeira parte. O desafio realizou-se em Espinho. Arbitragem de Luís Reis.” A. ESPINHO: Américo, dr. Gomes de Almeida (1), Azevedo, Cardoso, Carneiro (1), A. Luís e Gonçalves. VALONGO: Moreira, Freitas, Nora (1), Américo, Pires I (1), Pires II, Fonseca e Marques.

19650518_CP_Valongo-A. Espinho_16-1. Jogo em Valongo, no dia 17 de Maio. A notícia: “É necessário que sejam tomados enérgicos procedimentos para que os desafios principiem dentro das horas regulamentares. (…) Ontem, em Vila Nova e Gaia, o primeiro desafio principiou com um atraso de meia hora (…). Em Valongo, os «espinhenses» jogaram muito desfalcados e não puderam dar a réplica que se poderia esperar da sua capacidade. Por seu turno, o Valongo, a jogar em boa velocidade e muito engodo pela baliza, conseguiu atingir o intervalo a vencr por 9-0 e chegar ao final do jogo com uma margem robustíssima. Arbitragem de Vasco Folhadela.” VALONGO: Navio, Leal (3), Nora (1), Américo (7), ,Pires I, Pires II (3), Camões (1) e Armindo (1). A. ESPINHO: Américo, Cardoso, Carneiro, Azevedo, ,Sérgio (1) e Joaquim Júlio.

19650523_CP_Académico de Braga-Valongo_3-3. Jogo em Braga, no dia 22 de Maio. A notícia: “Concluiu-se ontem a terceira jornada do campeonato nacional da I Divisão (…). Em Braga, no rinque do Estádio 28 de Maio, jogou-se uma partida de extraordinária animação. Os bracarenses marcaram em primeiro lugar, mas até ao intervalo o Valongo passou a vencer por 2-1 e fez 3-1 depois do descanso. Nessa altura, os bracarenses beneficiaram de uma grande penalidade e reduziram para 3-2. Dentro e fora do rinque, o entusiasmo foi indescritível e o Académico de Braga alcançou o empate. Todavia, os rapazes de Valongo, perante o perigo, atacaram então, insistentemente, mas a defesa do Braga não cedeu. Arbitragem de António Quintela.” ACAD. BRAGA: Almeida, Jaime (1), José Alberto, José Manuel (1), Nuno (1), Abel e Torres. VALONGO: Navio, Leal, Nora (1), Pires II (1), Américo (1), Pires I, Armindo e Camões.

305


19650608_CP_Três equipas no Campeonato Dsitrital de Principiantes. A notícia: “Fez-se o sorteio do Campeonato Distrital de Principiantes, que registou somente a inscrição de três clubes: Valongo, Infante de Sagres e Carvalhos. Na primeira jornada, defrontam-se Valongo e Infante de Sagres; na segunda jornada, Carvalhos e Infante de Sagres e na última da primeira volta: Carvalhos e Valongo. Perante o manifesto desinteresse pela prova, patenteado pelos clubes do Porto, a Direcção da Associação faz justos e oportuno reparos (…) e resolve: a) adiar, sem dia, o início deste torneio; b) esperar que os Clubes interessados combinem entre si e resolvam a data de início do Campeonato; c) que os Clubes comuniquem oportunamente a esta Associação a resolução tomada.”

19650622_CP_Valongo-Carvalhos_4-1. em Valongo, no dia 21 de Junho.

Jogo

A notícia: “Depois de razoável interregno, retomou-se, ontem à noite, a disputa do Torneio Início do Porto, com jogos de somenos interesse, dado o facto de presentemente se disputar o campeonato nacional, de maior envergadura e amplitude e, concomitrantemente, de maior expectativa. (…) Em Valongo, o grupo local voltou a reafirmar indiscutíveis possibilidades, embora durante a primeira parte fosse evidente o equilíbrio de forças, dada a

306

maneira como sempre se bateu o grupo visitante. Na segunda parte, os jogadores locais, muitpo bem ambientados e moralizados pelo seu público, foram nitidamente superiores e terminaram a partida com um resultado nítido. Ao intervalo, o resultado era de 0-0. Arbitragem de Jerónimo Reis.” VALONGO: Navio, Leal (1), Nora (1), Américo, Pires II (2), Pires I, Camões e Camilo. CARVALHOS: Agostino, David, Prsas, Guilherme (1), Barbosa, Afonso, Azevedo e Reinaldo. Nota: A notícia insere uma fotografia do jogo, com a legenda: “Valongo-Carvalhos – O grupo local insistiu nos seus ataques para dominar a defesa adversária e vê-se neste lance o médio dos Carvalhos a evitar um lance perigoso para a sua baliza”

19650626_CP_Porto-Valongo_4-4. Constituição, no dia 25 de Junho.

Jogo

na

A notícia: “Continuou ontem à noite o Campeonato Nacional da I Divisão, com dois jogos equilibradíssimos (Porto-Valongo e Sanjoanense-Carvalhos_6-5) que mostram como vai ser renhido até ao fim o apuramento da Zona Norte. (…) Na Constituição, numerosa assistência assistiu a um dos jogos mais emocionantes do campeonato. O resultado final está certo, mas o Valongo esteve mais perto do triunfo, que acabou por deixar escapar, com o seu sistema defensido e retenção de bola na rectaguarda, quando tinha duas bolas de vantagem.


Ora, em óquei em patins, cinco minutos de jogo não permitem pensar em toada defensiva e os exemplos são tão abundantes que as equipas já tinham obrigação de não cometer tais erros. No período em que o Valongo teve o resultado de 4-2 a seu favor, os «azuis-brancos» deram a noção de momentânea desorientação, mas valeu à equipa nessa altura o recuo dos visitantes. Se o F. C. do Porto perdesse o jogo teria fortes motivos para se lastimar, pois durante a primeira parte e sobretudo nos dez minutos iniciais da segunda parte foi a equipa mais lúcida e mais compenetrada no recinto. A arbitragem de António Quintela, que cometeu erros sobre erros no julgamente de bolas nos patins, mostrou-se segura no resto. O Valongo ficou privado de Pires II quase todo o jogo, por ter feito uma brecha no rosto. Leite fez 1-0 na recarga a uma grande penalidade, mas antes A. Oliveira perdeu igual castigo, precedido de golo que o árbitro invalidou.

PORTO: Adelino, Magalhães, Leite (1), A. Oliveira, Vitorino e Valentim (3). VALONGO: Navio, Leal, Nora (1), Américo (2), Pires II, Pires I, Camões (1) e Camilo.

19650626_CP_NORA em grande forma. A notícia: “NORA (Valongo) em grande forma” (em título). “O Valongo alinhou ontem com nada menos de quatro ex-juniores do F. C. do Porto. Camilo, Pires II, Américo e Nora, com relevo para o último, que voltou a realizar grande exibição. Por mérito próprio e sendo da mesma estirpe de Livramento, pode ser sem favor o companheiro do benfiquista na selecção nacional e, ambos com a mesma idade, 23 anos, podem resolver os grandes problemas atacantes do grupo português.”

Antes do intervalo, Américo fez 1-1 e a seguir Camilo falhou um golo certo à boca da baliza. Na primeira jogada da segunda parte, Leite não converteu uma grande pemalidade, mas depois um remate de Magalhães à trave permitiu o 2-1 da sua equipa, alcançado por Valentim. Pouco depois, Camões fez 2-2, num arranque da sua defesa até à baliza contrária. Ainda a seguir o árbitro invalidou um golo ao Valongo e na resposta fez 3-2 por Nora e a seguir 4-2 por Américo. Perante o aturdimento do Porto, os visitantes não atacaram e permitiram que o adversário se recompusesse e chegasse ao empate, com dois tentos de Valentim, qualquer deles com mérito absoluto para Magalhães.”

19650627_CP_Valongo-Fânzeres_9-4. Juniores. Jogo em Valongo, no dia 26 de Junho. A notícia: “Principiou, ontem, o Campeonato regional de JUNIORES. Jogo em Valongo. Ao intervalo, 5-2.” VALONGO: Lima, José Avelino (6), Camilo, Domingos (3) e Milo (1). FÂNZERES: Magalhães I, Rui, Arlindo (2), Augusto (2) e Sousa.

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19650629_CP_Infante-Valongo_0-1. Torneio Início. Jogo em Lordelo, no dia 28 de Junho. A notícia:

1 96 5 0703 _ C P _ Va l o n g o -A c a d é m i c o _ 5 - 2 . Campeonato Nacional da I Divisão. Jogo em Valongo, no dia 2 de Julho.

“Prosseguiu onte, à noite, o Torneio Início em que o Valongo bateu o Infante de Sagres” (em título).

A notícia:

Continuou ontem à noite o Terneio Início, que este ano favorece extraordinariamente a preparação das equipas, dado que, sendo o torneio nacional disputado uma vez por semana, a prova regional, igualmente com uma jornada semanal, constitui o melhor treino que os clubes podem ambicionar. Registe-se novo êxito da jovem e prometedora equipa do Valongo, que bateu o Infante de Sagres no próprio ambiente do clube vencido. (…)

“Continuou ontem à noite o Campeonato Nacional da I Divisão (…).

Jogo em Lordelo. Ao intervalo, 0-0. A equipa derrotada foi sem dúvida aquela que mais se evidenciou e esclareceu no terreno. Jogou quase sempre ao ataque, e obrigou os vencedores a uma defesa cerrada. No entanto, os «valonguenses» defenderam-se muito bem e entusiasmaram-se na luta, ao ponto de também criarem as suas situações de perigo. A confirmá-lo está o golo que conseguiram, de penalty, e um outro castigo máximo, desperdiçado por Américo. Ao intervalo:0-0. Arbitragem regular de António Garcia.”

“Décimo oitavo jogo do Valongo sem perder” (em título).

O jovem e prometedor grupo do Valongo alcançou ontem o seu décimo oitavo desafio da época, entre jogos do Nacional e do Torneio Início, sem perder, proeza de largo alcance, que se não deixa de registar. Ontem, a equipa academista ainda resistiu no primeiro tempo, mas teve de ceder no segundo período, perante a maior determinação da equipa local. Ao intervalo, o Valongo vencia por 2-1. Arbitragem de António Quintela.” VALONGO: Pires, Leal (1), Nora (2), Américo (1), Pires II (1), Navio, Camões e Armindo. ACADÉMICO: Beleza, Oliveira, Soares, Quitó, J. Tavares (2, sendo um de grande penalidade) e J. Carvalho.

INFANTE: Valdemar, Américo Sousa, Júlio Rendeiro, Rui Coentro, Américo Rendeiro e Sérgio. VALONGO: Pires, Leal, Nora (1), Américo, Pires II e Camões.

Legenda: “Durante a primeira parte, foi notório o equilíbrio das duas equipas, mas já o ataque do grupo local era mais incisivo, como o atesta este segundo golo obtido por Américo”.

308


1 9 6 5 0 7 0 4 _ C P _ B o a v i s t a - Va l o n g o _ 0 - 1 3 . Juniores. Sem mais informações. Notícia apresentada em “outros resultados”.

19650706_CP_Valongo-Porto_4-2. Torneio Início. Jogo em Valongo, no dia 5 de Julho. A notícia: “Triunfos do VALONGO, INFANTE, SANJOANENSE E ACADÉMICO, no Torneio Início” (em título). “Foram muitos desnivelados os desafios de ontem à noite, para o Torneio Início, e apenas em Valongo e Carvalhos os jogos tiveram alguma emoção. (…) Em Valongo, a equipa local continuou a sua série triunfal, desta vez batendo o F. C. do Porto, num desafio renhido, equilibrado e pleno de emoção. Ao intervalo, os grupos estavam empatados por 1-1. Arbitragem de Marcelino Gomes. O F. C. do Porto protestou o jogo.” VALONGO: Pires I, Leal (2), Nora (1), Américo e Pires II. PORTO: Moreira, Magalhães, Leite, Oliveira (2) e Rubens.

Legenda: “Ataque impetuoso do grupo local, em que Américo dominou defesa e médio azul-branco, enquanto o guarda-redes dos visitantes está em apuros”.

Nota: Vê-se que falta, na notícia, a indicação do marcador de um dos golos do Valongo; e a colocação de Pires I, que sempre aparece na posição de jogador, como guarda-redes também sugere engano, pelo menos na designação.

19650709_CP_Adiado para domingo o jogo Porto.B-Valongo, em Juniores.

19650710_CP_Sanjoanense-Valongo_8-1. Campeonato da I Divisão. Jogo em S. João da Madeira, no dia 9 de Julho. A notícia: “Pesada derrota do Valongo em S. João da Madeira” (em título). No prosseguimento do Campeonato Nacional da I Divisão, o Valongo quebrou o ritmo dos seus

309


êxitos, com a sua visita a S. João da Madeira, onde a equipa não pôde resistir à noite inspiradíssima da turma local. Em S. João da Madeira, o Valongo sofreu a primeira derrota e por números expressivos, que dariam a ideia de um domínio absoluto, que não corresponde à verdade. A equipa do Valongo deu sempre réplica animosa e entusiasta, mas teve de ceder perante a exibição extraordinária da equipa local que, na segunda parte, foi verdadeiramente irresistível. O jogo fez-se sempre em gande velocidade, mas foi notória a dificuldade e os embaraços dos visitantes em manobrar sobre piso de madeira, enquanto a Sanjoanense se exibia em plano da mais evidente naturalidade. O primeiro tempo terminou com o resultado de 2-1. J. Azevedo fez 1-0 e Nora veio a empatar de grande penalidade, marcada por três vezes e antes do intervalo Machado I fez 2-1. Na segunda parte, a Sanjoanense fez exibição de grande nível e desarticulou toda a técnica defensiva do adversário: Cortez fez 3-1 aos 5 minutos e Machado aumentou para 4-1 no minuto seguinte. Depois, J. Azevedo fez 5-1 e 6-1, Bastos 7-1 e novamente J. Azevedo fixou a marca em 8-1.” SANJOANENSE: Licínio, Bastos (1), Machado I (2), J. ,Azevedo (4), Cortez (1) e Machado II. VALONGO: Pires I (Navio), Leal, Nora (1), Américo e Pires.

Legenda: “A despeito de copiosamente derrotada, a equipa do Valongo também jogou ao ataque. Vemos, aqui, a defesa da Sanjoanense em acção”.

19650712_CP_Porto.B-Valongo_8-2. Juniores. Jogo na Constituição, no dia 11 de Julho. Sem mais indicações. A notícia: “Com desafios na Constituição, continuou ontem de manhã o Campeonato Regional de Juniores. No primeiro desafio, a equipa do Carvalhos bateu o grupo «A» do F. C. do Porto por 7-0, e no segundo jogo a equipa «B» do F. C. do Porto venceu o Valongo por 8-2.”

19650713_CP_Académico-Valongo_7-4. Torneio Início. Jogo nos Carvalhos, no dia 12 de Julho. A notícia: “No prosseguimento do Torneio Início da Associação de Patinagem do Porto (…) o Académico marcou mais uma vez a subida da equipa, desta vez contra um adversário que estava a fazer sensação. Decorreu perfeitamente equilibrada a primeira parte deste jogo disputado nos Carvalhos. O

310


Académico principiou da melhor feição e fez 2-0, mas o Valongo atacou e conseguiu pôr em apuros a baliza academista, beneficiando de duas grandes penalidades, que foram convertidas por Nora. O Académico fez 3-2 e de novo o Valongo empatou, mas antes do intervalo os academistas colocaram-se de modo decisivo na senda do triunfo, terminando a primeira parte a vencerem por 4-3.

VIGOROSA: Ranito, J. Maria, Rsaul (4), João Oliveira, Lima, Chaves e Toni.

No segundo tempo, a maior frescura do vencedor deu a nota da sua supremacia e o Académico terminou em bom vencedor. Arbitragem de Afonso Cardoso.” ACADÉMICO: Beleza, Oliveira (1), Delfim, Tavares (5), Quitó (1), Luís e Mário. VALONGO: Navio, Leal, Nora (2), Américo, Pires (1) e Armindo (1).

19650717_CP_Valongo-Vigorosa_8-4. Campeonato I Divisão. Jogo em Valongo, no dia 16 de Julho. A notícia: “Realizaram-se ontem à noite dois jogos correspondentes à oitava jornada do Campeonato Nacional da I Divisão (…). A equipa do Valongo retomou ontem à noite a série de triunfos, depois de dois fracassos contra a Sanjoanense e Académico. Na primeira parte, a equipa local esteve mais certa e atingiu o intervalo com a vantagem de 4-1, mas o grupo portuense na segunda parte deu maior luta e equilibrou mais a partida. Arbitragem de jerónimo Pais.” VALONGO: Navio, Leal (1), Nora (4), Américo (1), Pires II (2), Pires I, Camões e Armindo.

“A imagem documenta o instante em que o Valongo acabava de marcar mais um golo”

19650720_CP_Valongo-Sanjoanense_10-0. Jogo em Valongo, no dia 19 de Julho. A notícia: “Na continuação do Torneio Início, que está a produzir excelente frutos quanto à preparação das equipas regionais que estiveram o ano passado paralisadas praticamente, disputaram-se três desafios com resultados verdadeiramente impressionantes. A derrota do Infante de Sagres, o retumbante êxito do Valongo e o triunfo do Académico são outras tantas notas de particular relace da prova. (…) Depois da impressionante derrota do Valongo em S. João da Madeira, na semana passada, o desafio entre as mesmas equipas, desta vez no ambiente de Valongo, rodeava-se de exraordinária expectativa. Todavia, de tal sorte actuaram os locais, galvanizados pelo público e desejosos de obter uma desforra, que acabaram por ganhar por

311


margem indiscutível e até impressionante de 10-0. Querendo-nos parecer que, tal como o Valongo tinha estranhado o piso de madeira em S. João da Madeira, assim a Sanjoanense pareceu mostrar-se perturbada ao actuar em piso de cimento, do que originou resultado tão desnivelado. No final da primeira parte, já a equipa vencedora ganhava por 4-0.

por 4-0. Arbitragem de Silvestre Lopes.” S. CONIMBRICENSE: Magalhães, Abílio, Parra, Costa (1), Almeida, Lopes, Mascarenhas e Miranda. VALONGO: Navio, Pires I (1), Leal, (1), Nora (1), Américo (1), Pires II (4), Camões e Armindo.

Arbitragem de Vasco Folhadela.” VALONGO: Navio, Leal, Nora (1), Américo (3), Pires II (6), Pires I, Armindo e Camões.

19650726_CP_Classificações Valongo.

SANJOANENSE: Durval, Bastos, J. Azevedo, Machado, Cortês, Machado II, Costa e Napoleão.

A notícia:

19650725_Conimbricense-Valongo_1-8. no rinque da Guerin, no dia 24 de Julho.

Jogo

do

“Embora ainda não se tenha atingido a primeira volta do Campeonato Nacional da I Divisão, já se , que apuram para a fase final, principiam a fazer destrinças de valores e pode já dizer-se que, para os três primeiros lugares, apenas seis grupos dos doze concorrentes podem aspirar a essa honrosa posição, como se pode avaliar pela classificação: Classificação:

“Foi assim que a equipa de Valongo conseguiu mais um golo – no seu jogo de ontem, à noite, frente à Sanjoanense”.

actuais

Campeonato I Divisão J

V

E

D

F

C

P

Infante

9

8

1

0

85

18

17

Sanjoanense

9

7

1

1

67

23

15

Porto

9

5

4

0

41

16

14

Espinho

9

5

3

1

61

29

13

Valongo

9

4

4

1

41

27

12

Carvalhos

9

5

1

3

51

30

11

A. Braga

9

3

1

5

31

45

7

Académico

9

3

0

6

28

32

6

Famalicense

9

3

0

6

37

48

6

Vigorosa

9

2

2

5

28

48

6

Conimbricense

9

0

0

9

14

87

0

Termas

9

0

0

9

10

91

0

A notícia: “No rinque da Guerin, os valonguenses dominaram territorial e tecnicamente e ao intervalo já venciam

312

(…) “Prossegue esta noite o Torneio Início da Associação de Patinagem do Porto com os jogos:


Sanjoanense-Carvalhos; Académico-Infante de Sagres e Vigorosa-Porto. Nesta altura, as duas equipa mais cotadas são o Valongo e o Académico, conforme atesta a classificação: Classificação:

Torneio Início J

V

E

D

F

C

P

Valongo

5

4

0

1

23

10

13

Académico

4

4

0

0

24

13

12

Porto

4

2

1

1

13

12

9

Infante

4

2

0

2

21

8

8

Carvalhos

5

1

1

3

11

17

8

Sanjoanense

4

1

0

3

15

24

6

Vigorosa

4

0

0

4

16

37

4

“F. C. do Porto, Académico e Valongo vencedores ontem à noite no Torneio Início “ (em título). Académico e Valongo continuam a marcar posição neste torneio início, dando as suas equipas boa conta de si, embora a primeira se tenha mostrado periclitante no Campeonato Nacional. No Pavilhão dos Desportos do Carvalhos, o Valongo saiu triunfante de um desafio difícil, que teve dois períodos equilibradíssimos, com maior afoiteza dos visitantes na zona do remate. Arbitragem de Jerónimo Pais.” CARVALHOS: Agostinho, Guilherme (1), Presas, Oliveira, Cândido, Jorge e David. VALONGO: Pires I, Leal, Nora(1), Américo (1), Pires II (1), Navio, Camilo (1) e Armindo.

19650808_CP_Fânzeres-Valongo_3-4. Juniores. Jogo em Fânzeres, no dia 7 de Agosto. A notícia: “Nos jogos a contar para o Regional de Juniores, realizaram-se ontem à noite três jogos (…). Jogo em Fânzeres, dirigido por Fernando Pinto. Ao intervalo, 1-2.” FÂNZERES: Quim, Magalhães, Rui, Sousa (2), Augusto, Arlindo e Ludjero (1) VALONGO: Gonçalves, Alves, José, Camilo I, Emílio (2), Domingos (2), Lima, Lino e Camilo II.

19650810_CP_Carvalhos-Valongo_1-4. Torneio Início. Jogo nos Carvalhos, no dia9 de Agosto. A notícia:

19650817_CP_Porto-Valongo_4-2. Torneio Início. Jogo na Constituição, no dia 16 de Agosto. A notícia: “O F. C. do Porto bateu o Valongo no jogo mais importante do Torneio Início” (em título). “Com a paralização temporária do Campeonato Nacional da I Divisão, ao terminar a primeira volta, tem-se apressado a disputa do Torneio Início (…) “No recinto da Constituição, a partida foi equilibrada e os visitantes muito se esforçaram para bater o grupo azul-branco, tanto mais que o Valongo, com um triunfo, ficaria em condições excepcionais para marcar a sua posição na parte final da prova. Porém, o F. C. do Porto, com legítimas aspirações, jogou sempre num estilo de equipa de maior apuro técnico e mais eficiente preparação e pôde chamar a si o triunfo.

313


A primeira parte foi muito movimentada, mas os grupos desceram sensivelmente no segundo tempo. Ao intevalo, o F. C. do Porto vencia por 2-1.

O jogo mais importante do Torneio Início realizava-se em Valongo entre o grupo local e o Académico.

Arbitragem de António Quintela.”

Todavia, já o desafio entre as duas equipas disputado nos Carvalhos teria registado pequenos incidentes, que ontem foram levados para a paixão do público de ambos os lados e o certo é que o desafio veio apenas a durar 16 minutos e oito segundo, porque entretanto o delegado academista, nos cronometristas, mandou entrar os suplentes no recinto e mandou retirar a equipa do Académico, quando esta perdia por 1-3, ao que parece por recear os excessos de entusiasmo do público.

PORTO: Moreira, Magalhães (1), Leite (2), A. Oliveira (1), Valentim e Ruben. VALONGO: Pires I, Leal, Nora (1), Américo (1), Pires II e Camilo. Classificação: Valongo Porto Académico Infante Carvalhos Sanjoanense Vigorosa

Torneio Início J 9 8 7 9 8 9

V 7 6 6 8 2 2 0

E 0 1 0 4 1 1 0

D 2 1 1 0 5 5 9

F 37 34 34 4 26 35 28

C P 20 22 18 21 22 19 39 22 33 15 45 13 69 9

Enfim, mais um grande problema para a modalidade. O Valongo marcou em primeiro lugar e sofreu o empate, mas depois chegou a 3-1, quando então se deu a interrupção. Arbitragem de Vasco Folhadela.” VALONGO: Pires I, Leal, Nora (2), Américo (1), Pires II, Camilo e Armindo.

19650819_CP_Académico-Sanjoanense_7-3. Jogo em Cucujães.

ACADÉMICO: Beleza, Mário, Delfim, Roque, Tavares (1), Brito, M. Oliveira e Luís.

A notícia: Com esta vitória, o Académico passou para o 2º lugar da classificação, com 22 pontos, próximos dos 23 do Valongo.

19650824_CP_Sanjoanense-Valongo_3-5. Torneio Início. Jogo no recinto do Cucujães, no dia 23 de Agosto. A notícia:

19650821_CP_Valongo-Académico_3-1. em Valongo, no dia 20 de Agosto.

314

Jogo

A notícia:

“VALONGO, F. C. DO PORTO E ACADÉMICO,as três equipas com aspirações ao triunfo final no Torneio Início” (em título).

“Devido a incidentes, o jogo Valongo-Académico terminou na primeira parte, quando a equipa local vencia por 3-1” (em título).

“Aproxima-se o final do Torneio Início, prova que muito bem serviu para movimentar as equipas e, sobrtudo nesta altura em que o campeonato


nacional da I Divisão sofreu um interregno, tem permitido manter os grupos em actividade. Para o triunfo final, apenas três equipas podem ter aspirações: Valongo, F. C. do Porto e Académico, pelo que as três jornadas da prova podem ser decisivas. (…) No recinto do Cucujães, por impossibilidade no Pavilhão dos Desporto de S. João da Madeira, a equipa do Valongo conquistou um apreciável triunfo sobre um advsersário difícil. O vencedor, mercê de um apreciável fio de jogo durante a primeira parte, conseguiu atingir o intervalo a vencer por 5-2 e. na segunda parte, a partida esteve mais equilibrada, mas apenas o vencido marcou. Arbitragem de Mário Rosas.” SANJOANENSE: Durval, Bastos, Machado I (1), J.Azevedo (1), Cortês (1) e Machado II. VALONGO: Pires I, Leal, Nora (2), Américo, Pires II, Navio, Camilo e Armindo. Nota: Uma vez mais, a indicação dos marcadores é deficiente. Dos 5 golos marcados pelo Valongo, só 2 ficaram registados, à conta de Nora.

Torneio Início J 1º - Porto 11 2º - Valongo 11 3º - Académico 11 4º - Infante 11 5º - Carvalhos 12 6º - Sanjoanense 11 7º - Vigorosa 11

V 9 9 8 6 3 3 0

E 1 0 0 0 2 1 0

D 1 2 3 5 7 8 11

F 51 48 52 48 38 44 31

C 20 24 36 29 45 6 91

P 30 29 27 23 20 16 11

19650830_Campeonato Regional de Juniores. Classificação da Série B:

Porto B Fânzeres Valongo Vigorosa

J 6 6 5 5

V 5 3 2 1

E 0 0 0 0

D 1 3 3 4

F C 29 14 21 23 19 23 18 25

P 16 12 9 7

19650831_CP_Vigorosa-Valongo_2-6. Torneio Início. Jogo nas Cavadas, no dia 30 de Agosto. 19650828_CP_Infante-Académico_5-3; Porto-Vigorosa_12-2; Carvalhos-Sanjoanense_9-3. Após estes jogos, a classificação ficou como segue:

Outros resultados: Académico-Porto_0-2; Sanjoanense-Infante_5-5 A notícia: “Terminou ontem o Torneio Início, com triunfo brilhante e indiscutível do F. C. do Porto, que foi a equipa mais regular da prova. (…) No rinque das Cavadas, o Valongo assegurou o seu triunfo sobre o adversário, mas isso não bastou para a equipa ganhar o torneio, que esteve muito perto de o merecer. O Vigorosa, que tem lutado

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com sérias dificuldadades para formar as suas equipas, não foi além de um resultado mais em desarmonia com sa suas possibilidades, se pudesse alinhar com todos so seus elementos, e o visitante teve tarefa relativamente facilitada. Ao intervalo, ol Valongo já vencia por 3-0. Arbitragem de Mário Rosas.” VALONGO: Chico, Leal, Nora (2), Américo (1), Pires (2), Camilo (1) e Armindo. VIGOROSA: Teles, José Maria, João Esteves, Rui, Arnaldo, José Lima, Chaves (2) e Vieira Mendes.

19650905_Valongo-Vigorosa_9-1. Juniores. Jogo no dia 4 de Setembro. Sem indicação de local, equipa ou marcadores. A notícia: “Triunfo do Infante de Sagres, Carvalhos e Valongo no Campeonato de Juniores” (em título). Terminou a primeira fase do Campeonato Regional de Juniores, uma prova em que se procura descobrir novos valores, mas os clubes parece não se interssarem muito pelas camadas juvenis, pelo que são raros os elementos com qualidade que se descobrem. Nos jogos de ontem, não se registou qualquer surpressa, tão naturais foram os resultados. O Infante de Sagres bateu, naturalmente, o F. C. do Porto por 3-1 e o Centro não resistiu ao jogo mais veloz do Carvalhos e perdeu por 0-4, e o Valongo bateu sem grande esforço a turma do Vigorosa por 9-1.”

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19650909_CP_Interditado o rinque do Valongo por 3 jogos oficiais. A notícia: “Na sua última reunião, a Direcção da Associação de Patinagem do Porto deliberou interditar o rinque da Associação Desportiva de Valongo por três jogos oficiais.” Nota: Não é indicado o motivo da interdição, mas é provável que tenha a ver com os incidentes relatados na notícia de 650821, aquando do jogo Valongo-Académico.

1 9 6 5 0 9 1 1 _ C P _ C a r v a l h o s - Va l o n g o _ 5 - 0 . Campeonato I Divisão, Zona Norte. Jogo no rinque do Carvalhos, no dia 10 de Setembro. A notícia: “Com a efectivação dos jogos Carvalhos-Valongo e Vigorosa-Sanjoanense, teve início ontem a segunda volta do Campeonato Nacional da I Divisão, Zona Norte. (…). Muito público acorreu ontem à noite ao rinque do Carvalhos, onde se disputava uma partida que se previa equilibrada e de bom nível, a avaliar pela classificação actual dos dois contendores. A primeira parte, em que os donos da casa só lograram marcar um golo, foi praticamente discutida taco a taco e com os jogadores de ambas as turmas empenhados em jogar e deixar jogar. No segundo período, o Carvalos, com uma defesa quase inultrapassável, pôde lançar-se mais abertamente ao ataque, no que se destacaram os seus próprios defesas, José Luis e Presas, que tiveram exibição notável.


A equipa vistante praticou bom óquei até meio do rinque. Faltou-lhe, porém, poder de infiltração e remate na área da baliza. Arbitragem de Mário Rosa.” CARVALHOS: Agostinho, José Luís (2), Presas (1), Oliveira (2), Moutinho, Guilherme, Matos e Afonso. VALONGO: Pires, Leal, Nora, Américo; Manuel Pires, Navio, Camilo e Camões.

19650918_CP_Valongo-Espinho_6-2. Jogo em Fânzeres, no dia 17 de Setembro. A notícia: “Expressivas e justas vitórias do Infante de Sagres contra o F. C. do Porto e do Valonguense (sic) contra a A. De Espinho” (em título) A jornada de ontem, a segunda da segunda volta do Campeonato Nacional, foi muito prejudicada pela chuva que caiu durante a noite, dificultando imenso a movimentação dos jogadores. Até que ponto ela poderá ter influenciado o rendimento das equipas, não sabemos. Contudo, o resultado obtido pelo Infante de Sagres na Constituição, longe de ser considerado supresa, surpreende pela expressão dos números, já que o seu valoroso adversário formava, com ele, o par das equipas invencíveis. O resultado do Valongo afigura-se-nos normal e comprovativo da boa forma que o grupo tem vindo a denunciar. (…) Jogo em Fânzeres, Gondomar. Arbitrou, por falta do juiz indicado, que era de Braga, Marcelino Gomes. (…) Ao intervalo, 3-0.

20 minutos, num golo obtido de ‘penalty’, por intemédio de Nora. A partir daí, os valonguenses deram novo ritmo ao seu jogo, tornando-o mais alegre, com passes rápidos e certos, o que lhes valeu a obtenção de mais dois golos, qualquer deles de magistral execução, por Nora e Pires. No recomeço, o Valongo ainda elevou a contagem para 4-0, para depois consentir, o que aliás era merecido, o primeiro golo dos espinhenses. A dez minutos do termo do enconto, com o resultado em 6-2, a partida deixou de interessar. A arbitragem foi bem conduzida. Contudo, é de lamnetar que o juiz indicado não comparecesse, o que fez com que o jogo começasse mais tarde vinte e cinco minutos. Se há sanções para os grupos, quando chegam tarde, porque não há-de haver também para os árbitros?” VALONGO: Pires, Leal, Nora (4), Américo (1), Pires II (2), Navio, Camões e Camilo. A. DE ESPINHO: Américo, Ferenando Barros, Vladimiro (1), Gomes de Almeida (1), Raul Barros, A.Oliveira e Cardoso. Nota: De novo, uma informação deficiente: são assinaldos 7 golos marcados pelo Valongo, quando o resultado afixado no início da notícia indica apenas 6.

19650919_CP_Espinho-Valongo_4-3. Juniores. Sem outras indicações.

Com o rinque molhado, a partida foi disputada, principalmente no início, com muita dificuldade. O Valongo colocou-se em vencedor por volta dos

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1 9 6 5 0 9 2 4 _ C P _ Va l o n g o - C a r v a l h o s _ 1 - 1 . Juniores. Jogo em Fânzeres. Sem indicação de data. A notícia: “A equipa do Valongo, que tomou o comando da partida desde o início, obteve o seu único tento, aos cinco minutos, por intermédio de Domingos. Este lance,contudo, teve o condão de espevitar os visitantes, que passaram a equilibrar o jogo até ao momento em que marcaram o golo da igualdade, por Brandão, a cinco minutos do termo do encontro. Daí até final, os valonguenses voltaram a superiorizar-se ao seu antagonista, sem que vissem coroados de êxito os seus intentos.

tempo, disputou-se em Famalicão, onde a Sanjoanense obteve difícil, mas preciosa vitória sobre o Famalicense por 3-2. O Valongo, como se previa, venceu folgadamente o Académico de Braga. Na partida de Coimbra, o Vigorosa derrotou o Conimbricense por 14-3. Ao intervalo: 3-1. Arbitragem de Luís Reis.” VALONGO: Pires I, Camões, Nora, Américo (5), Pires II (5), Navio, Leal (1) e Camilo (1). ACAD. DE BRAGA: Eduardo, Zé Manel, Jaime (3), Nuno, Abel e Fernando.

Arbitragem: Domingo Martins.” VALONGO: Alves, Nilo, Camilo I, José Avelino, Domingos (1), Clemente, Lino e Camilo II. CARVALHOS: David, Couto, Carvalho, Brandão (1), Azevedo, Baptista, Sousa e Ramalho.

19650925_CP_Foto da equipa Senior do Valongo. Noticiando os jogos da 1ª Divisão Norte do Carvalhos-Porto_2-2, e Académico-Infante_3-5, a notícia insere uma foto da equipa Senior do Valongo, com legenda. Creio que foi a primeira vez que tal aconteceu:

19651003_CP_Valongo-Termas de S. Pedro do Sul_21-3. Jogo em Fânzeres. ,Sem indicação do dia. A notícia:

19650926_CP_Valongo-Acad. de Braga_12-3. Jogo em Fânzeres, no dia 25 de Setembro.

“Vitórias do Famalicense, Académico de Braga e Valongo no Nacional da I Divisão” (em título)

A notícia:

Continuou o Campeonato Nacional, com a derrota expressiva dos grupos da Zona Norte.

“O encontro mais importante da jornada de ontem, que ficou incompleta, por ter sido adiado o jogo Termas-Académica de Espinho, devido ao mau

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Lamentavelmente, em Fânzeres, o jogo Valongo-S. Pedro do Sul principiou com mais de uma hora de


atraso. Quando é que os grupos do Centro do País se acautelam para chegarem a horas? Arbitragem de António Garcia.”

19651004_CP_Valongo-Carvalhos_7-1. Principiantes. Jogo em Valongo. Sem indicação de data.

VALONGO: Navio, Leal, Nora (11), Américo (8), Pires II, Pires I, Camões e Camilo (2).

A notícia:

S. P.DO SUL: Tora, Furreca, Agostinho (2), Cristino (1), Mário, Pego e Mino.

“Jogo em Valongo. Ao intervalo: 3-0. Excelente exibição dos valonguenses, que fizeram uma boa partida. Excelente arbitragem.”

19651004_CP_Valongo-Porto_3-2. Juniores. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia:

VALONGO: Alves, Camões I, Camões II (4), Vale (1), Camilo (1), Köehler (1) e Zé Manel. CARVALHOS: Augusto, Ferraz, Luís, Gomes, Ramalho, Meneres (1) e Pedrosa.

“Jogo em Valongo. Árbitro: Fernando Pinto. Boa arbitragem. Ao intervalo, 1-0. Boa exibição dos locais, ante a animosidade do vistante.” VALONGO: Alves, Camilo, Milo, Mingos (1), Zé Avelino, Lima, Camilo II (2) e Lino. PORTO: Recarei, Vargas, Hernâni (1), Cristiano, Júlio, Graça e Alfredo (1). Nota: A acompanhar a notícia, vinha esta fotografia do jogo:

19651009_CP_Valongo-Porto_suspenso. em Valongo, no dia 8 de Outubro.

Jogo

A notícia: “O jogo Valongo-F. C. Do Porto foi suspenso devido ao mau tempo” (em título). O F. C. do Porto encarou com todas as reservas o jogo que devia realizar em Valongo, que era, efectivamente, decisivo para qualquer das equipas. Os portuenses, inclusivamente, asseguraram reforço da GNR, com mais trinta e cinco praças, que foram de várias localidades, nomeadamente de Santo Tirso e da Póvoa do Varzim. O jogo, porém, que despertou enorme entusiasmo, teve de ser suspenso, aos cinco minutos, devido à chuva. Arbitragem de Luís Reis.” VALONGO: Pires, Camões, Nora, Américo, Pires II, Leal e Camilo. PORTO: Moreira, Vitorino, Leite, Magalhães, A. Oliveira, Pedro, Valentim e Adelino.

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19651010_CP_Valongo-Espinho_0-2. Juniores. Jogo em Valongo. Sem indicação de data.

academistas ocuparam o sector do peão, deixando a bancada livre para o numeroso público visitante.

A notícia:

Apesar de tudo isso, os associados do Académico comportaram-se com toda a dignidade e o jogo foi bem disputado, sem nada à margem das leis desportivas, pelo que só merece louvores o velho clube do Lima, que acabou por perder um jogo, ganhando-o no capítulo da dignidade desportiva.

“Em Valongo, a equipa local (…) não foi feliz com a Académica de Espinho, perdendo por 0-2. Até ao intervalo, houve equilíbrio de forças e, nessa altura, o resultado de 0-0 aceitava-se, mas depois os espinhenses justificaram o êxito.” VALONGO: Alves, Rilinho, Domingos, Camilo I, Avelino, Camilo II e Lino. A. ESPINHO: Costa, Fernando, Azevedo (1), Morais, Sardinha (1), Alberto e José Manuel.

19651015_CP_Jogo Valongo-Porto adiado. A notícia: “O desafio Valongo-Porto, que foi adiado devido à chuva, foi marcado para o próximo dia 19, às 22 horas, em Valongo, a contar para o Campeonato Nacional da I Divisão.”

1 96 5 1 0 1 6 _ C P _ A c a d é m i c o - Va l o n g o _ 1 - 2 . Campeonato I Divisão. Jogo no Lima. Sem indicação de data. A notícia: “Havia um ambiente muito toldado para este jogo Académico-Valongo, marcado para o Lima, depois dos incidentes que esmaltaram o desafio entre as duas equipas, em Valongo, para o Torneio Início, de que resultou um inquérito e a interdição do recinto valonguense. Foi reforçado o piquete da polícia e os associados

320

O Académido fez uma excelente partida, mormente na primeira parte, em que o resultado era de 1-1, mas, na segunda, os visitantes tiveram sempre mais frescura física e dominaram inteiramente, não sem que os academmistas, apesar disso, podiam ter alterado o desfecho final. A cinco minutos do fim, quando os grupos estavam empatados, Nora teve uma aitude de histerismo, deixando a bola para Tavares, que ficou com meio rinque livre, mas não soube obter o tento e quase na resposta o Valongo veio a fazer o seu tento vitorioso. O Académico fez o seu golo de grande penalidade, mas, antes do intervalo, Américo fez 1-1. Quando faltavam dois minutos, faltou a luz em três fileiras centrais e o público afecto ao Valongo receou tratar-se de uma manobra, que veio a ser indiscutivelmente desmentida quando de novo a visibilidade foi boa. Aliás, não temos dúvidas que, não sendo essa falta parcial de luz fundamental para concluir dois minutos do desafio, o árbiro não hesitaria em continuar. (…) arbitragem de Afonso Cardoso, que teve um trabalho impecável. O Valongo ficou sem o guarda-redes titular, a cinco minutos do intervalo, atingido por forte bolada.” ACADÉMICO: Brito, Delfim, Luís Castro, Tavares (1), Quitó e Mário.


VALONGO: Pires I, Leal, Nora, Américo (1), Pires II (1), Navio e Leal. Nota: Uma vez mais, a notícia introduz a perplexidade, ao repetir o nome Leal e deixando-nos sem saber quem foi sétimo suplente, ou se ele existiu.

1 9 6 5 1 0 1 7 _ C P _ C a r v a l h o s - Va l o n g o _ 3 - 2 . Juniores. No dia 16 de Outubro. Sem mais indicações. A notícia: “Em juniores, no único desafio disputado, o Carvalhos venceu o Valongo por 3-2.”

19651020_CP_Valongo-Porto_2-5. Valongo, no dia 19 de Outubro.

Jogo

em

A notícia: “O F. C. do Porto foi ganhar ao Valongo por 5-2, num desafio de grande expectativa” (em título). Realizou-se ontem à noite, em Valongo, um jogo decisivo entre a equipa local e o F. C. do Porto de influência quase decisiva para o terceiro lugar da zona Norte do Campeonato Nacional da I Divisão, a que corresponderá tembém o apuramento para a fase final da competição. Para além do entusiasmo natural pela importância do jogo, a assistência de ambos os grupos comportou-se com correcção, para o que deve ter contribuído também, a presença do sr. Eng. Armando Magalhães, presidente da Câmara Municipal de Valongo, que é também vice-presidente

da Assembleia-Geral do F. C. do Porto. O desafio foi bem disputado e até ao intervalo a equipa portista mostrou-se mais esclarecida, apesar de o resultado na primeira parte ser de 2-2. O F.C. do Porto foi oprimeiro a marcar, mas a breve trecho o Valongo empatou, aproveitando um castigo máximo. A equipa portista voltou à posição de vencedora, mas ainda os locais conseguiram novo empate. No segundo tempo, e de início, o Valongo entrou de rompante e usufruiu de certo domínio, mas o Porto aguentou bem as investidas e depois contra-atacou. Os «azuis-e-brancos» fizeram um terceiro tento, muito discutido pelos locais, e o árbitro, depois de consultar o juiz de baliza, anulou o golo, ao que parece porque a bola bateu num assistente. Mas pouco depois, o F. C. do Porto, já lançado para o êxito final, fez três tentos em pouco mais de um minuto, aproveitando o aturdimento momentâneo da equipa local, sobretudo do guarda-redes, que, após estes três tentos sofridos, foi substituído. Depois disto, o desafio tinha o vencedor traçado, ganhando o F. C. do Porto sem apelação. O desafio teve, no entanto, na parte final, o seu momento mais antipático, com várias expulsões periódicas, chegando o Valongo a jogar com três elementos. A nota mais saliente foi a boa exibição do guarda-redes do F. C. do Porto.” VALONGO: Pires I, Leal (1), Nora (1), Américo, Pires II, Navio, Camilo e Camões. PORTO: Moreira, Vitorino, Leite (1), Oliveira (2), Magalhães (2), Luís, Valentim e Adelino.

321


Nota: A notícia era ilustrada por este fotografia:

VALONGO: Alves, Magalhães, Domingos, José Avelino, Camilo I (1), Adriano, Lino e Camilo II. Classificação: Académica de Espinho Carvalhos Valongo F. C. do Porto

Juniores J

V

E

D

F

C

P

6

5

0

1

16

15

16

6 6 6

3 1 1

1 2 1

2 3 3

17 10 12

12 13 15

13 10 9

19651023_CP_Valongo-Sanjoanense_3-2. Campeonato I Divisão. Jogo em Valongo, no dia 22 de Outubro. A notícia: 19651022_CP_Porto-Valongo_1-1. Juniores. Jogo na Constituição, no dia 21 de Outubro. A notícia: “Terminou ontem à noite o campeonato portuense da categoria de juniores, com o triunfo do grupo da Académica de Espinho que, efectivamente, já na fase preliminar revelara as suas possibilidades. (…) No recinto da Constituição, a equipa «azul e branca» teve vantagem territorial tanto na primeira parte como no segundo tempo e atingiu o descanso a vencer por 1-0. No período complementar, os visitantes fixaram o empate, jogando no sistema de contra-ataques, e, após uma série de golpes livres e certa confusão na baliza portista, acabaram por obter o empate.” PORTO: Recarei, Graça, Júlio, Cristiano, Alfredo (1), Alves, Sobral e Monteiro.

322

“O Valongo derrotou a Sanjoanense por 3-2 no Campeonato Nacional da I Divisão” (em título) A nota dominante da jornada parcial de ontem à noite, no Campeonato Nacional da I Divisão, foi a derrota da Sanjoanense em Valongo, que pôs a questão do primeiro lugar ao alcance de três equipas. (…) Sem Pires II e Camilo, ao que parece ambos sob a alçada regulamentar, por incidente aquando do desafio com o F. C. do Porto, o Valongo conquistou oantem à noite uma boa vitória, depois de terem sido os visitantes a marcarem (sic) em primeiro lugar. Ao intervalo, porém, já a equipa local ganhava por 2-1 e, durante o jogo, Nora perdeu ainda quatro grandes penalidades. A equipa da Sanjoanense teve ambiente de grande simpatia, sendo entusiasticamente aplaudida pelo público. Arbitragem de Mário Rosas.” VALONGO: Navio, Camões, Leal, Américo, Nora (3), Pires I, Armindo e José Augusto.


SANJOANENSE: Durval, Bastos, Machado I, José Azevedo (1, de grande penalidade), Cortês (1), Machado II e Carlos.

19651030_CP_Vigorosa-Valongo_0-6. Jogo nas Cavadas, no dia 29 de Outubro. A notícia: “Nas Cavadas, esperava-se que o Vigorosa fizesse um bom jogo, tanto mais que o adversário jogava muito desfalcado. Embora resistindo razoavelmente no primeiro tempo, em que perdia por 0-2, o Vigorosa claudicou nitidamente no segundo tempo, a ponto de sofrer uma derrota pesada que, no entanto, foi excessivamente dura para o que fez o grupo vencido.” VIGOROSA: Ferreira da Silva, Oliveira, Lima, Chaves, Teixeira e Gérin. VALONGO: Navio, Camões (1), Leal (2), Américo (2), Pires, F. Pires (1) e Marques.

19651030_CP_Jogadores gados.

do Valongo

casti-

A notícia: “Pesados castigos a VALONGO” (em título).

três

jogadores

do

“A Associção de Patinagem do Porto, pelos incidentes ocorridos no final do jogo Valongo-F. C. do Porto, puniu o jogador Nora com seis jogos de suspensão, o jogador Camilo com 10 jogos e o jogador Pires entra em regime de suspensão até conclusão de um inquérito.”

Nota: Sobre os incidentes ocorridos no final do jogo Valongo-Porto, ver, acima, 19651020.

19651107_CP_Valongo-Conimbricense_4-0. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia: “Este jogo durou apenas dezassete minutos do tempo regulamentar da primeira parte, pois o árbitro, devido ao mau tempo, decidiu terminar a partida, quando o Valongo vencia por 4-0. Boa arbitragem de Isaac Martins.” VALONGO: Navio, Camões, Armindo, Américo (2), Leal (2). CONIMBRICENSE: Ramos Pinto, Abílio Ferreira, A. Parra, Miranda e Vasconcelos. 19651113_CP_Classificação nesta data: A notícia: “Falta completar hoje a penúltima jornada do Campeonato Nacional da I Divisão e resta a última ronda para se concluir a fase preliminar, mas o Infante de Sagres e a Sanjoanense já têm lugar certo na fase final e o F. C. do Porto está praticamente garantido, pois falta-lhe defrontar o Conimbricense, que não constituirá o mínimo problema. Quanto ao Valongo, ainda poderá pensar no quarto lugar e no acesso provável, se os grupos do Ultramar e Ilhas não tomarem parte na prova.”

323


Classificação: J

V

E

D

F

C

P

Infante

21

18

1

2

195

17

58

A notícia:

Sanjoanense

21

17

2

2

149

47

57

F. C. Porto

21

13

7

1

105

35

54

Valongo

20

13

4

3

109

54

50

A. de Espinho

21

12

3

6

130

85

48

Carvalhos

20

12

2

6

117

62

46

“A renúncia do Malhangalene em tomar parte na fase final do Campeonato Nacional, em consequência do conflito que se gerou entre o treinador-jogador Fernando Adrião e os dirigentes do clube de Lourenço Marques, criou problemas enormes à Federação Portuuesa de Patinagem.

Académico

21

8

1

12

76

59

38

Famalicense

20

7

0

13

96

112

34

Vigorosa

21

4

2

15

56

121

29

A. Braga

19

4

1

14

55

117

28

(X) Termas

19

2

1

16

37

188

23

(X) Conimbricense

20

0

0

20

28

230

19

(X) Têm uma falta de comparência.

19651114_Famalicense-Valongo_2-8. Campeonato I Divisão. Jogo em Famalicão, no dia 13 de Novembro. A notícia: “Triunfos folgados do Carvalhos e Valongo, no Nacional da I Divisão” (em título) Completou-se ontem à noite a penúltima jornada do Campeonato Nacional da I Divisão e, mais umavez, as equipas do Minho tiveram de ceder perante a maior capacidade técnica dos grupos portuenses. Nos Carvalhos, o grupo local bateu o Académico de Braga por 7-0 e, em Famalicão, a equipa do Valongo conquistou apreciável triunfo ao derrotar os «famalicenses» por 8-2. Em Coimbra, o Conimbricense foi derrotado pelo clube das Termas de S. Pedro do Sul por 3-1.”

324

19651123_CP_Noticia o jogo Valongo-Oeiras, em Leiria, esta noite

Em princípio, estava estabelecido que viria à Metrópole o Malhangalene e só à última hora ficou afastada a hipótese da sua deslocação. Foi então que se estabeleceu a realização de um jogo de apuramento entre o Valongo – quarto classificado do Norte, e o Oeiras – quarto classificado do Sul, para apurar a equipa que ocuparia o lugar do Malhangalene. Posteriormente, porém, o Atlético Clube de Moçâmedes candidatou-se ao lugar deixado pelo Malhangalene, socorrendo-se dos regulamentos qiue indicam que na fase final deve estar o representante do Ultramar. Deste modo, o jogo de apuramento Valongo-Oeiras ficou cancelado. Agora, porém, chega-nos a notícia de que a equipa do Moçâmedes só podia estar nn Metrópole no próximo fim do corrente mês e, portanto, o início do campeonato marcado para amanhã teria de ser adiado. Ora, a Federaçção, que preparou o calendário de modo que Campeonato se disputasse todo este ano, ao mesmo tempo que se estabelecia que a prova terminasse antes do Natal, para impedir que o clube das Ilhas não tivesse de impor aos seus jogadores as festas natalícias longe das suas familias, não aceitou o adiamento. Deste modo, hoje, às 21 horas e meia, realiza-se


De modo que a prova principia sob o signo das insuficiências e as exibições no Campeonato Nacional vão ser pautadas pelo abaixamento de valor de todos os grupos concorrentes.

De pé: Armindo, Zé Camilo, Zé Augusto, Américo Em baixo: Camões, Chico Pires, Rogério Alves, Manuel Pires

em Leiria o desafio Valongo-Oeiras, para apurar a equipa que ocupará o lugar do Malhangalene e Moçâmedes. Se ganhar, o Valongo fica integrado na Zona Norte e, se vencer o Oeiras, o União da Madeira, que já chegou a Lisboa, embarcará para o Porto, para ser integrado na zona nortenha.”

19651124_CP_Problemas do óquei em patins nacional. A notícia: “Principia esta noite a fase final do Campoeonato Nacional da I Divisão” (em título) Principia esta noite, em Lisboa e no Porto, a fase final do Campeonato Nacional da I Divisão. Nesta altura, não sabemos qual o apuro de forma dos grupos do Sul que, no entanto, não deve ser notável, mas incontestavelmente superior à capacidade técnica das equipas nortenhas. O óquei em patins nacional é uma sombra de si próprio e os grupos portuenses acusam manifesta falta de evolução e, pior do que isso, há um assutador decréscimo de valor de todas as equipas.

Para tornar o quadro mais negro, os concorrentes do Ultramar e das Ilhas desistiram da prova. O que é mais grave é que o União da Madeira fez uma viagem dispendiosa e, depois de passar uns dias em Lisboa, regressa à sua ilha, sem ter efectuado um jogo. Há três equipas no Norte cheias de possibilidades mal aproveitadas: Infante de Sagres, Valongo e Carvalhos. A falta de orientadores e técnicos capazes atrofia a modalidade e estes três grupos, com boas revelações e juventude, não têm encontrado os timoneiros técnicos à altura das revelações que despontam. O Porto está representado na prova com quatro equipas, todas da jurisdição da Associação portuense: Infante de Sagres, Sanjoanense, F. C. do Porto e Valongo. A primeira e a última mostram valores cheios de possibilidades, embora o Valongo, com dois jogadores de maior nomeada castigados, não possa dar o máximo das suas possibilidades. O F. C. do Porto é um grupo bem treinado e com um bom teinador, mas a equipa, em certos jogos, revela fragilidade de conjunto perturbadora e só o mérito individual dos seus elementos esconde muitos lapsos. A Sanojoanense podia e devia ser o grupo com melhor preparação; num centro fora das atracções da cidade e com um pavilhão magnífico, que lhe permite treinar-se em qualquer período do ano, nunca souberam aproveitar as suas grandes possibilidades e ora faz boas exibições, ora actua em plano modesto.

325


O grupo da Madeira chegou a Lisboa e não joga… Não sabemos de quem é a culpa, mas nesta modalidade, onde os erros se multiplicam, tudo pode acontecer. Assim, a União da Madeira, como representante das Ilhas, veio de abalada até Lisboa, para tomar parte na fase final do campeonato e há três dias que, na capital, os seus jogadores aguardavam a hora decisiva de entrarem em competição. Mas vieram a saber que, ou regressavam dentro de dias à Madeira ou somente tinham barco nos princípios de Janeiro. E como o campeonato começa hoje e termina a 20 de Dezembro, os madeirenses teriam de «estagiar» na metrópole durante mais quinze dias, o que era incomportável para as finanças do grupo. E assim resolveram simplesmente regressar à Ilha da Madeira, sem fazerem qualquer jogo. O Valongo e o Oeiras foram para Leiria fazer o jogo de apuramento e também não jogaram!... Mas para maior cúmulo da desorientação que lavra no meio directivo da Federação, merece a pena dizer que, primeiro marcado o jogo Valongo-Oeiras para Leiria, cancelado depois, quando se anunciava a vinda do Moçâmedes, o jogo entre os quartos classificados do Norte e do Sul, foi à última hora novamente marcado. E lá foram os dois grupos fazer enormes despesas de deslocação e refeições em Leiria, e, quando lá chegaram, tomaram conhecimento de que não era necessário jogar, pois, com a desistência do

326

União da Madeira, tanto o Valongo como o Oeiras estavam apurados. Como exmplo de maior desorientação, não conhecemos. Esperamos que a Direcção-Geral dos Desportos intervenha e moralize semelhantes anomalias, que estão a lesar altamente a modalidade e afaste do óquei em patins os elementos nocivos à sua expansão e progresso.”

19651125_CP_Sanjoanense-Valongo_3-1. Jogo em S. João da Madeira. Sem indicação de data. A notícia: “Desfalcados de Nora e Pires II, o último a suportar uma irradiação, o Valongo teve de alinhar com dois jogadores que normalmente nem sequer chegam a intervir nos desafios. Daí resultou que a equipa viveu praticamente do que fez o seu jogador Américo, em toadas de repelões que não serviram a equipa para a ideia do triunfo. Por seu turno, a Sanjoanense, se bem que não tivesse feito exibição notável, esteve sempre em posição de ser a única equipa capaz de vencer o jogo, embora lhe anotemos sempre, invariavelmente, os mesmos defeitos, ensaiando jogadas standardizadas em lances individuais. Aliás, apesar do seu domínio e da sua maior capacidae técnica, a equipa da Sanjoanense veio a ganhar o desafio por marcar três tentos verdadeiramente consentidos pelo guarda-redes valonguense Ao intervalo, o vencedor tinha a vantagem de 2-0, não sem que o adversário dispusesse aqui e ali de boas oportunidades, que se perdiam pela falta de apoio das suas avançadas, excessivamente isoladas e por isso facilmente detidas pela defesa antagonista.


Cortez fez o primeiro tento do desafio e Machado veio a fazer 2-0, quando o Valongo parecia espevitar, sem que, no entanto, tivesse grande facilidade de manobra na zona de remate. No segundo tempo, Machado fez 3-0, com inteira culpa para o guarda-redes do Valongo, pois a bola foi rematada de longe e ao longo da tabela lateral, portanto nas condições ideais para o guardião deter vitoriosamente o caminho da bola, apenas com boa colocação entre os postes. O Valongo perdeu então um castigo máximo, porque Leal rematou mal e sem força, mas a equipa obteve o seu único tento metido na própria baliza pelo sanjoanense Machado, que deu à bola o caminho da baliza, ao tocar-lhe com os patins. Depois disso, o Valongo teve ainda a seu favor um castigo máximo que Armindo, encarregado de o executar, falhou com uma «sticada» em falso e o resultado não mais se alterou, porque os jogadores da equipa vencedora se preocuparam substancialmente em não perder a vantagem de duas bolas, procurando a retenção e congelação da bola, que melhor servia os seus interesses, dando no entanto a falta de confiança da equipa perante um advesário inoperante. A arbitragem de Afonso Cardoso pecou por não atender à lei da vantagem e algumas vezes a sua marcação de faltas beneficiou enormemente o infractor.” SANJOANENSE: Licínio, António Augusto, Machado (3, um na própria baliza), J. Azevedo e Cortez (1). VALONGO: Navio, Leal, Camões, Armindo, Américo, Pires III e José Augusto. Nota: Como pode ver-se, o único golo do Valongo

foi feito por um advesário, Machado, na própria baliza.

19651128_CP_Porto-Valongo_2-0. Jogo no dia 27 de Novembro. Sem indicação de local. A notícia: “Realizou-se ontem à noite a segunda joornada do Campeonato Nacional da I Divisão, somente com desafios na zona Norte (…) O resultado foi feito no primeiro tempo, efectivamente o melhor período de jogo, algumas vezes emotivo, com remates aos postes e boas defesas dos guarda-redes. O segundo tempo declinou, por fadiga das equipas, que se ressentiram do esforço. Arbitragem de António Quintela.” PORTO: Moreira, Magalhães, Leite, A. Oliveira (2), Hernâni, Valentim, Vitorino e Branco VALONGO: Pires I, Leal, Camões, Armindo, Américo. J. Augusto, Pires II e Navio.

19651205_CP_Valongo-Oeiras_3-7. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres, no dia 4 de Dezembro. A notícia: “Com o pavilhão do Infante de Sagres superlotadíssimo, com numeroso público «povoando» densamente todas as coxias centrais e laterais, o que dá ideia de venda de bilhetes além da lotação, disputou-se a primeira das quatro jornadas Norte-Sul. (…)

327


No primeiro jogo da noite, a vantagem de quatro bolas não corresponde ao modo como os grupos se exibiram. O conjunto nortenho fez uma exibição de excelente recore técnico, mas faltou-lhe sorte e desenvoltura na área de remate. Depois, o Oeiras for extremamente feliz na maneira como alcançou quatro dos seus sete tentos e, reforçado com o facto de marcar com mais facilidade na altura em que a equipa do Valongo estava a exibir-se em melhor plano. Ao intervalo, o vencedor já tinha 2-0, mas não merecia a vantagem. Depois de o Valongo fazer o seu primeiro tento, os nortenhos fizeram boa exibição, mas nunca foram felizes a rematar. (…) arbitragem de Octávio Santos, cujo trabalho revelou imparcialidade.” VALONGO: Pires I, Camões, Leal, Nora (2), Américo e Armindo. OEIRAS: Arlindo, Garcia, João Henriques (1), Álvaro (2) e Nunes (4). Nota: De novo, deficiente indicação dos marcadores: são assinalados 2 tentos de Nora, mas é omitido o autor do terceiro.

19651205_Camp. 1ª Div. Poule final. Cima: Zé Augusto, Armindo, Nora, Américo. Baixo: C. Camões, Navio, F. Pires, Leal

os lisboetas voltaram a não dar grande conta de si, explorando apenas e muito bem a exibição desacertada dos nortenhos. Mesmo assim, foi necessário ao Campo de Ourique abrir o activo à custa de dois ‘penalties’ consecutivos, marcados por Catarino e Campos, fazendo este o primeiro tento de recarga. Depois de chegar a 2-0, o Campo de Ourtique sofreu um tento, mas a equipa nunca se mostrou receosa, tão desarticuladamente se mostrava o antagonista, pelo que conseguiu chegar ao fim do jogo com uma aceitável e merecida vitória. A segunda parte foi jogada sem tentos e mal jogada por ambos os grupos.

19651206_CP_Valongo-Campo de Ourique_1-3. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres, no dia 5 de Dezembro.

328

(…) arbitragem de Orlando Sousa, que teve muito bom trabalho (…).

A notícia:

VALONGO: Navio, Camões, Leal, Américo (1), Nora e Armindo.

“Os lisboetas apresentaram-se sem Vaz Guedes, mas o Valongo não se aproveitou do facto, fazendo o seu pior trabalho desta prova, enquanto

CAMPO DE OURIQUE: José Pereira, Luís Filipe, Barreto, Catarino (1), Campos (2), Filipe e Carlos Alves.


19651206_CP_Valongo-Benfica_2-4. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres, no dia 5 de Dezembro. A notícia: “O conjunto do Valongo fez, durante a primeira parte, uma exibição de muito nível e entusiasmo. Foi o Benfica o primeiro a marcar, com um tento de grande penalidade, alcançado por Jorge Vicente, mas isso não perturbou os nortenhos que, a breve trecho e a culminar trabalho vistoso, empataram, por Camões, e depois o público incitou de tal forma o Valongo que, dentro de pouco tempo, os nortenhos passaram à situação de vencedores, por 2-1, com um tento de Américo. Na segunda parte, mais feliz primeiro e depois mais resoluta, a equipa lisboeta, com melhor pujança física, conseguiu ganhar a partida com a marcação de mais dois golos, embora os nortenhos se batessem sempre com o maior empenho.” VALONGO: Pires I, Camões (1), Nora, Américo (1), Leal, Pires II, Navio e Armindo. BENFICA: Jorge Vicente, Garrancho (1), Albino

19651207_CP_Valongo-CUF_1-2. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres, no dia 6 de Dezembro. A notícia:

De pé: Armindo, Albino. Zé Camilo, Carlos Camões Em baixo: Eugénio, Chico Pires, Mário

de ataque que lhe havia faltado há muitos jogos anteriores. Foi Américo que fez um grande tento, vindo desde o meio do rinque com a bola ao longo da tabela, depois endireitou para a baliza e aí, calmamente, aproveitando uma nesga aberta na baliza, colocou muito bem o esférico no ângulo. A CUF cresceu então e é a altura de Joaquim Manuel vir na defesa atirar à trave um grande remate e em seguida Pires, que substituiu Navio, que saíra com avaria no patim, teve sorte numa defesa, em que foi para um lado e a bola para o outro, e então apanhou providencialmente a bola.

“No terceiro deafio da noite, a CUF fez o jogo do desepero, pois estava em perspectiva a perda do seu primeiro lugar. E do primeiro ao último minuto, a sorte do jogo nunca verdadeiramente se inclinou para qualquer dos grupos.

Na segunda parte, durante largo tempo, o Valongo manteve a vantagem de 1-0 e havia de ser um erro grave de Camões, na meia defesa, que tentou driblar José António, ficou sem a bola e o lisboeta ficou com todo o caminho livre para empatar o jogo.

Ao grupo do Valongo voltou o habilidoso e calmo Camilo e a equipa pôde manter um sistema vivo

Mesmo assim, o Valongo não se entregou e pouco depois, com uma jogada perfeita, Pires à boca

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da baliza fez um toque, mas Vitor Domingos,com um golpe de visão enorme, salvou a baliza, defendendo com a mão.

apedrejados em Vila Nova de Gaia e dois jogadores, Machado e Bastos, tiveram de ser socorridos no próprio pavilhão do Infante deSagres.

Por fim, Joaquim Manuel veio da defesa e conseguiu o 2-1, perante o desapontamento do público e os lisboetas são assobiados pelo público, pois, receando daí em diante o adversário, fizeram «congelamento» da bola, usando e abusando do anti-jogo que o público legitimamente desaprovou.

O desafio foi muito equilibrado durante a primeira parte, pois ambas as equipas perderam várias oportunidades e dominaram cada um, a espaços.

O Valongo ataca nos últimos minutos com grande entusiasmo e a CUF defende-se com desespero, mas os lisboetas tiveram ainda a seu favor uma grande penalidade que José António não converteu. Arbitragem de César Gomes.” VALONGO: Navio, Camões, Nora, Américo (1), Camilo, Leal, Pires e Armindo. CUF: Vítor Domingos, Joaquim Manuel (1), Leonel, José António (1), Mário Ferreira e José Afonso.

19651210_CP_Sanjoanense-Valongo_2-1. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres, no dia 9 de Dezembro. A notícia: “Principiou ontem à noite a segunda volta do Campeonato Nacional da I Divisão, fase final (…) A nota dominante foi o triunfo da CUF sobre o Oeiras, tanto mais que, com a derrota do F. C. do Porto (Infante-Porto_2-1), os «cufistas» ganharam vantagem no primeiro lugar. (…) No primeiro jogo da noite, o desafio principiou com meia hora de atraso, pois os carros em que viajavam os jogadores da Sanjoanense foram

330

No segundo tempo, a Sanjoanense fez 2-0, mas oValongo não quebrou a sua energia, antes se empertigou, de tal ordem que veio a diminuir para 1-2 e quase esteve à beira de empatar o jogo, tanto mais que a equipa vencida veio depois a perder dois castigos máximos, que Nora e Camilo não converteram. Arbitragem de Mário Rosas.” SANJOANENSE: Durval, Bastos, Machado, J. Azevedo (1). Cortez, A. Augusto e Carlos (1). VALONGO: Navio, Camões, Nora (1), Américo, Camilo, Leal, Armindo e Pires II.

19651214_CP_Porto-Valongo_0-1. Jogo no Pavilhão do Infante de Sagres, no dia 13 de Dezembro. A notícia: “DOIS EMPATES EM LISBOA E A DERROTA DO F. C. DO PORTO FRENTE AO VALONGO FORAM AS GRANDES SURPRESAS DO CAMPEONATO NACIONAL DA I DIVISÃO” (em título) “Prosseguiu ontem à noite o Campeonato Nacional da I Divisão. (…) Entretanto, o Valongo conseguiu a sua primeira vitória na prova, ao derrotar o F. C. do Porto. (…) O primeiro jogo da noite, nesta cidade, foi entre as equipas do F. C. do Porto e do Valongo. Não se esperava que a equipa azul e branca claudicasse, tanto mais que o Valongo ainda não tinha averbado qualquer triunfo ou empate.


Mas o F. C. do Porto, provavelmente por excesso de confiança, natural e compreensível, mas sempre arriscada numa modalidade versátil, principiou o jogo numa toada muito lenta, sem pressas, portanto sem a combatividade que o caracteriza. E quando o intervalo chegou, com a equipa do Valongo a vencer por 1-0, aliás merecido, ninguém pensaria, e muito menos os jogadores azuis-brancos, que o resultado seria desfavorável aos portistas, que continuaram, porém, na mesma toada pouco veloz. O Valongo continuou a defender-se bem e, nalguns casos, com certa dose de sorte, mas no princípio da segunda parte a equipa vencedora fez três jogadas muito bem preparadas, a que faltou sorte no remate: duas bolas passaram rasas aos postes e uma outra embateu na trave. Foi então que o F. C. do Porto deu a nota do perigo que corria e fez então o suficiente para justificar o empate, mas já então o Valongo estava dominado pela psicose do triunfo e deu tudo por tudo, embora algumas vezes comprometendo-se por sistema excessivamente defensivo, quando faltava muito tempo para jogar e, por outro lado, a retirada de Camilo da equipa, quanto a nós, não foi feliz, visto que o grupo deixoiu de ser verdadeiramente perigoso no ataque. Pode dizer-se que os lances finais, mais acentuadamente os cinco minutos derradeiros, foram verdadeiramente emocionantes, com toda a equipa do F. C. do Portoa a atacar incessantemente, sem porém atinar com a baliza, acabando por perder o jogo. Na segunda parte, o F. C. do Porto perdeu nada menos de três castigos máximos, que Leite, Oliveira e Vitorino não conseguiram converter. A arbitragem de Afonso Cardoso não nos agradou; pareceu-nos muito desatenta e prejudicou várias vezes o grupo vencedor.”

VALONGO: Navio, Camões, Nora, Leal, Américo (1) e Camilo. PORTO: Moreira, Magalhães, Leite, A. Oliveira, Vitorino e Hernâni.

19651216_CP_Infante-Valongo_11-2. Jogo no Infante de Sagres, no dia 15 de Dezembro. A notícia: “Terminaram para as equipas do Norte os jogos da segunda volta do campeonato nacional, para os encontros entre si. Os grupos vão agora a Lisboa, para ali jogar, sábado, domingo e segunda-feira. (…) O jogo entre as duas equipas pode dizer-se que principiou com uma atitude do maior desportivosmo, digna do maior registo. O Infante, à terceira ou quarta jogada, fez 1-0, por A. Rendeiro. Os jogadores do Valongo protestaram a legalidade do tento e pedem ao árbitro para consultar o juiz de baliza, mas o árbitro mantém a decisão, até que o capitão da equipa do Infante de Sagres, Guilherme, pede igualmente que consulte o juiz de baliza e então o tento acabou por ser anulado. Ora, o facto tem relevância, sabida a boa disposição normal do Valongo nos jogos contra o Infante de Sagres e dado que o próprio vencedor de ontem encarou o desafio com certa apreensão. Afinal, em noite inspirada a rematar, os avançados do Infante acabaram por tornar a partida fácil. Realmente, pouco depois, Guilherme, em jogada puramente individual, levou a bola desde a defesa até à baliza contrária e ali cedeu a bola para Torcato marcar sem dificuldade. Depois disso, J. Rendeiro e A. Rendeiro atiraram à trave dois

331


castigos máximos e a seguir Guilherme e Dinis não converteram iguais penalidades. Foi então que A. Rendeiro fez 2-0 e o mesmo aumentou para 3-0, cabendo a Torcato aumentar para 4-0, enquanto A. Rendeiro fixava o resultado em 5-0, mas Nora, antes do intevalo, diminuiu para 1-5.

J

V

E

D

F

C

P

Sanjoanense

22

18

2

2

159

47

60

Infante

22

18

1

3

198

51

59

Porto

22

14

7

1

132

35

57

Valongo

22

15

4

3

121

59

56

Na segunda parte, Torcato, 6-1, Dinis, 7-1, Nora, 7-2, Dinis, 8-2, ainda Dinis, 9-2, Torcato, 10-2 e Júlio Rendeiro 11-2, em grande penalidade convertida, tal como sucedera ao tento anterior, mas Nascimento também não conveteu uma grande penalidade, e a marcha do resultado demonstrou exuberantemente a capacidade do vencedor e a noite frágil do vencido.

Carvalhos

22

14

2

6

128

65

52

A. Espinho

22

12

3

7

133

89

49

Académico

22

9

1

12

80

61

41

Famalicense

22

8

0

14

107

124

38

Vigorosa

22

4

2

16

72

125

32

(X) Termas

22

4

1

17

49

198

30

(XX) A. Braga

22

4

1

17

55

149

29

(X) Conimbricense

22

0

0

22

29

260

21

(…) arbitragem de Afonso Cardoso, que teve trabalho bom.”

(X) Tiveram uma falta de comparência

INFANTE: Valdemar, Guilherme, J. Rendeiro, A. Rendeiro (4), Torcato (4), Dinis (3) e Nascimento. VALONGO: Pires, Camões, Nora (2), Camilo, Américo, Leal e Armindo.

19651230_CP_Classificação na fase incial do Campeonato Nacional. A notícia: “Depois do apuramento final da primeira fase da competção da I Divisão Nacional, o Conimbricense e o Académico de Braga, respectivamente último e penúltimo classificados, baixam automaticamente à II Divisão Nacional, subindo também automaticamente Cucujães e Candal, respectivamente primeiro e segundo classificados da zona Norte, do Campoenato Nacional da II Divisão.

332

A classificação dos concrrentes, na fase incial da prova maior, ficou assim ordenada:”

(XX) Teve duas faltas de comparência

1966

19660409_CP_ Torneio de Abertura e Campeonato de Juniores. A notícia: “Inscreveram-se dezoito equipas no torneio de abertura da Associação de Patinagem do Porto. Na série A foram integradas as equipas: Maia, Vilanovense, Fânzeres, Carvalhos, Académica de Espinho, Boavista, Académico, Candal e Valongo. Na série B: Paredes, Educação Física, Centro Universitário, Sanjoanense, Cucujães, Infante de Sagres, F. C. do Porto, Valadares e Águias.


A primeira jornada está marcada para o dia 15 de Abril, com os jogos: Série A: Maia-Vilanovense, Valongo-Fânzeres, Candal-Carvalhos e Académico-Acad. Espinho. Série B: Paredes-Educ. Física, Águias-Centro, Valadares-Sanjoanense e Porto-Cucujães. (…) Inscreveram-se treze equipas no Campeonato Regional de Juniores, divididas em duas séries: Série A: Académico, Boavista, Educação Física, Vigorosa, Centro, Fânzeres e Porto A. Série B: Sanjoanense, Porto B, Valongo, Carvalhos, Infante de Sagres e Académica de Espinho. Os primeiros jogos estão marcados para o dia 13 de Abril. Série B: Sanjoanense-Porto B, Infante-Valongo e Espinho-Carvalhos.”

19660409_CD_Pavilhão dos Desportos A notícia: “É URGENTE a construção do Pavilhão dos Desportos de Valongo A Associação Desportiva de Valongo iniciou as diligências para construir um Pavilhão para os jogos de Óquei em Patins (e outros desportos) no Calvário. Tal assunto foi já afecto à Câmara Municipal de Valongo para efeito de cedência de terreno e comparticipação financeira do Estado e é de todo o interesse que as medidas prossigam. A actual Direcção do grupo de Óquei em Patins, composta pelos Srs. Hugo Cruz, José Costa, Dr. João Lino Vale, Francisco Barros Cruz, Professor Manuel Aresta, Joaquim Vale e António Nicolau, aguarda com todo o interesse a decisão da

Câmara para prosseguir com os seus intentos: dar à vila um Pavilhão coberto para desportos e outros espectáculos.”

19660416_CP_Valongo-Fânzeres_14-1. Torneio de Abertura. No dia 15 de Abril. Sem indicação de local. A notícia: “O Torneio de Abertura, que ontem principiou a disputar-se no Porto, abrange nada menos de dezoitio equipas repartidas por duas séries e iniciou-se sob o signo prometedor de se poder contar com nada menos de quatro pavilhões de desportos: Infante de Sagres, Carvalhos, Sanjoanense e Gaia, a que se juntará em breve o do Académico, que agora retomou as suas obras. Entretanto, lamente-se que o grande pavilhão municipal da cidade continue a ser tão limitadamente aproveitado para as legítimas ambições dos desportistas. (…) Como é natural, o grupo de Valongo teve a sua tarefa extremamente facilitada pela menos capacidade técnica dos visitantes que, no entanto, foram os mais seriamente prejudicados com a chuva que algumas vezes caiu no recinto, tornando mais difícil a manobra patinadora dos jovens do Fânzeres. Arbitragem de Afonso Cardoso.” VALONGO: Navio, Camões (1), Nora (4), Camilo I (1), Américo (7), Camilo II (1), Jaime e Rogério. FÂNZERES: Azevedo, Magalhães, Sousa, Augusto (1), Amândio, Casal I e Casal II

333


19660419_CP_Carvalhos-Valongo_2-2. nos Carvalhos, no dia 18 de Abril.

Jogo

A notícia: “Continuou ontem o Torneio de Abertura com dois jogos, entre outros, de grande equilíbrio e que se disputaram no pavilhão do Carvalhos e no pavilhão do Infante de Sagres. (…) No pavilhão dos Carvalhos, o empate não satisfez a turma local, mas satisfez as ambições dos visitantes. O grupo da «casa» queixou-se do rigor da grande penalidade que permitiu aos visitantes abrir o activo, durante a primeira parte, castigo executado por Nora com êxito. Antes do intervalo, porém, o Carvalhos veio a empatar, por Guilherme, mas havia de ser o Valongo a colocar-se mais uma vez em vencedor, desta vez com novo tento de Nora, mas ripostando com energia e boa capaciade de jogo, o Carvalhos acabou por empatar o desafio, o que constituiu, afinal, o melhor resultado que os locais podiam alcançar. A próxima jornada está marcada para sexta-feira, com os jogos: (…) Valongo-A. Espinho (…).” CARVALHOS: Agostinho, David, guilherme, Presas, Cândido Jorge, Alberto Almeida, Helder e Afonso. VALONGO: Navio, Camões, Nora (2), Américo, Camilo I e Camilo II.

19660424_CP_Infante-Valongo_5-0. Juniores. Jogo no dia 223 de Abril. Sem mais indicações. A notícia: “Principiou ontem à noite o Campeonato

334

Regional de Juniores” (em título) “Nesta primeria jornada, seguintes resultados:

registaram-se

os

- Fânzeres-Estrela e Vigorosa_1-6; Sanjoanense-Porto B_2-1; Académica de Espinho_4-5. (???)“

19660426_CP_Boavista-Valongo_3-3. Jogo no rinque do Bessa. Sem indicação de data. A notícia: “O torneio de abertura está a decorrer com vários resultados muito desnivelados; esperemos que as equipas menos apetrechadas tecnicamente compreendam bem que, nesta modalidade, a melhor apredizagem é feita à custa destes resultados inicialmente catastróficos. (…) A título exemplificativo, devemos dizer que o Infante de Sagres teve, há longos anos, na sua carreira inicial, resultados então considerados francamentre desanimadores e tornou-se mais tarde um dos poderosos grupos que ainda hoje possuímos, com um estilo inconfundível, mercê da aceitação que deu aos seus adversários então mais cotados e procurando tirar ds jogos a maior lição. (…) No rinque do Bessa, o grupo do Boavista teve uma recuperação digna do maior elogio. Os visitantes, que chegaram a 3-0, atingiram o intervalo a vencer por 3-1, mas, na segunda parte, a equipa local bateu-se com enorme afinco e conseguiu frustrar todos os avanços adversários, até impor à respeitável equipa do Valongo um empate a três bolas. Arbitragem de Mário Cardoso.” BOAVISTA: Vilas, Águeda (2, sendo um de grande penalidade), Toká, Pimenta, Alfredo (1), Rmos «, Virgílio e Paquito.


VALONGO: Navio, Camões, Nora, Américo (2), Camilo I (1), Camilo II e Jaime.

19660507_CP_Classificação, após os últimos jogos: Classificação:

19660430_CP_Valongo-Académico_2-4. Em Valongo, no dia 29 de Abril.

Jogo

A notícia: “A nota dominante da jornada de ontem à noite (…) foi dada pela derrota que o Fânzeres inflingiu ao grupo dos Carvalhos que, até agora, era um dos mais cotados da classificação. (…) Em Valongo, os academistas alcançaram um bom triunfo, em parte pela maneira como souberam aproveitar os deslizes da equipa local, em parte porque, depois de os grupos chegarem ao empate de 2-2, um deslize de Navio, lançando a bola, a recarga permitiu a marcha vitoriosa dso visitantes. Ao intervalo, o Académico já vencia por 2-1. Arbitragem de António Quintela.” VALONGO: Navio, Camões, Nora (1, de grande penalidade), Américo (1), Camilo I, Camilo II e Rogério. ACADÉMICO: Brito, Oliveira (1), Luís Castro (1), Tavares (1), Quitó (1), Arteaga e Mota.

19660504_CP_Candal-Valongo_2-3. Jogo no Candal, no dia 3 de Maio. Sem indicação da constituição da equipa ou dos marcadores. A notícia: “O VALONGO teve CANDAL” (em título).

sérios

embaraços

no

Realizou-se ontem à noite a sexta jornada do torneio de abertura em que apenas um jogo foi equilibrado – Candal-Valongo.”

A. Espinho Académico Carvalhos Boavista Valongo Fânzeres Vilanovense Candal Maia

Série A J 7 6 6 6 6 6 6 6 7

V 5 5 4 4 3 2 1 1 0

E 0 0 1 1 2 1 1 0 0

D 2 1 1 1 1 3 4 5 7

F C P 33 14 17 43 13 16 52 14 15 39 18 15 26 13 14 30 36 11 22 34 9 18 45 8 9 110 7

19660508_CP_Porto B-Valongo_1-2. Juniores. Sem outras indicações.

19660509_CP_Valongo-Infante_1-3. Principiantes. Jogo em Valongo, no dia 8 de Maio. A notícia: “Realizou-se ontem a segunda jornada do Campeonato Regional de Principiantes, em que tomam parte seis equipas. O grupo do Carvalhos continua a evidenciar-se, a tirar partido das condições do seu pavilhão. (…) Em Valongo, a equipa local teve de ceder perante a maior capacidade dos visitantes e em dia em que os locais estiveram manifestamente infelizes. Ao intevalo, já o Infante vencia por 2-0. Arbitragem de Fernando Afonso.”

335


VALONGO: Alves, Guilherme, Vale, Camões (1), Köehler, Duarte e Leal. INFANTE: Garganta, Mendonça, Silva, Rui (1), Costa (2), Cunha, Pacheco e Almeida.

19660523_CP_Valongo-Educação Física_12-1. Principiantes. Jogo no dia 22 de Maio. Sem indicação de local. A notícia: “Vitórias robustas do VALONGO e CARVALHOS, no Campeonato de Principiantes” (em título).

19660516_CP_Valongo-Carvalhos_3-2. Principiantes. Jogo em Valongo, no dia 15 de Maio. A notícia: “Triunfos do INFANTE DE SAGRES, VIGOROSA E VALONGO, vencedor do Campeonato de Principiantes” (em título).

A equipa do Valongo não conseguiu dominar inteiramente o grupo do Educação Física durante o priomeiro tempo e atingiu o intervalo a ganhar somente por 2-0.

Continuou ontem o Campeonato Regional de Principiantes.

No segundo tempo, a equipa vencedora teve superioridade evidente e alcançou um triunfo substancial. Arbitragem de Marcelino Gomes.”

Em Valongo, a equipa local ganhou aos Carvalhos por 3-2, com 3-1 ao intervalo.

VALONGO: Queiroz I, Koehler I, Vale (6), Camões (6), Armmindo, Queiroz II e Koehler II.

Arbitragem de Isaac Martins.”

EDUCAÇÃO FÍSICA: Paiva, Belo, Silva, Rodrigues (1) e Mendonça.

VALONGO: Paiva, Köehler, Vale (2), Camões (1), Köehler II, Duarte e Gomes. CARVALHOS: Gil, Ramalho, Albino, Medneres (1), Luís (1), Ferraz, Leal e Sousa. Nota: Repete a deficiente informação que já vimos várias vezes até aqui: a notícia não esclarece uma ambiguidade que anuncia no título – o Valongo, vencedor do Campeonato de Principiantes – visto que omite a seguir, no texto, qualquer referência ao assunto. A menos que considerasse as vitórias do Valongo tão banais que nem precisavam de comentários…

336

“Prosseguiu ontem o Campeonato Regional Portuense de Principiantes (…)

19660527_CP_Armindo Fonseca, novo treinador do Valongo. A notícia: “ARMINDO é o novo treinador do VALONGO” (em título). “O Valongo, uma das mais prometedoras equipas nortenhas, teve sempre um delicado problema a resolver, o caso do treinador. Desta vez, porém, os dirigentes do clube resolveram muito acertadamente aproveitar-se da dedicação indesmentível do seu jogador Armindo Fonseca e a ele entregaram as funções de treinador, para que a equipa possa realmente dar o seu pleno


rendimento, pois não lhe faltam elementos promissores e cheios de habilidade.”

19660527_JN_Armindo Fonseca, novo treinador do Valongo. A notícia: “ARMINDO FONSECA – novo treinador do Valongo” (em título). “Armindo Fonseca, dedicado atleta do Valongo, assumiu as funções de treinador da equipa.”

19660607_CP_Fânzeres-Valongo_0-4. Torneio de Abertura. Jogo em Fânzeres, no dia 5 de Junho. A notícia: “Realizaram-se ontem à noite os primeiros jogos da segunda volta do Torneio de Abertura (…) O grupo de Valongo fez uma primeira parte de bom nível técnico e justificou plenamente a vantagem de 3-0 com que atingiu o descanso. Depois, a equipa abrandou e os locais cresceram de molde a equilibrar muito a partida, mas o Valongo defendeu-se com muita cabeça e soube sempre contra-atacar com probabilidades de êxito. O jogo foi correcto e os locais mereciam o ponto de honra.

19660611_CD_Associação Desportiva de Valongo A notícia: “Temos presente o relatório e contas da Direcção do Clube de Óquei em Patins, de responsabilidade do Sr. Joaquim Paupério. O relatório, nas suas 17 páginas bem apresentadas, dá a conhecer o que foi a actividade administrativa, desportiva e social do brioso Clube. Consigna dois agradecimentos à Fábrica Paupério e ao Sr. João Lino de Castro Neves e elogia a acção dedicada dos seus atletas intervenientes em três provas oficiais: principiante, juniores e seniores. A Direcção era composta pelos Srs. Joaquim Paupério, Miguel Leal, José Jorge Viterbo F. Neves, Delfim Pires, Joaquim Camões, José Dias de Sousa e José de Sousa Oliveira. O saldo de contas, favorável, foi de 1.017$40, num movimento de 85 mil escudos.”

19660614_CP_Valongo-Carvalhos_4-3. em Valongo, no dia 13 de Junho.

Jogo

A notícia: “Principiou ontem à noite a segunda volta do Torneio de Abertura (…). Em Valongo, a equipa local foi mais arguta na primeira parte e justificou a vantagem de 2-0 com que atingiu o intervalo.

Arbitragem de António Quintela.”

Depois, os visitantes tornaram-se mais perigosos e equilibraram mais a partida.

FÂNZERES: Azevedo, Magalhães, Sousa, Augusto, Amândio, Rui Casal e Magalhães II.

Arbitragem de Domingos Martins.”

VALONGO: Navio, Leal, Camilo, Nora, Américo (4), Camilo II, Zé Avelino e Pires.

VALONGO: Navio, Leal, Camilo I, Nora (2), Américo (1), Camilo II (1), Camões e Pires.

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CARVALHOS: Agostinho, David (1), Moutinho (1), Fernando Oliveira (1), Guilherme, Couto, Gomes e Martins.

realce-se a oportunidade de Nora e Américo à boca da baliza. Arbitragem de António Quintela.”

Nota: Há, no início desta notícia, algo incongruente com a anterior notícia de 660607: dizem ambas que nas respectivas datas se iniciou a segunda volta do Torneio de Abertura.

VALONGO: Navio, Leal, Camilo, Nora (4), Américo (3), Camões e Pires.

19660618_CP_Espinho-Valongo_4-7. Jogo em Espinho, no dia 17 de Junho. A notícia: “O jornada de ontem à noite, no Torneio deAbertura, foi limitada a três jogos, pelos castigos aplicados pela Associação a três equipas portuenses. (…) Jogo muito agradável de seguir, em boa velocidade, com ataques alternados. Os visitantes estiveram sempre com ascendente no marcador, tendo os locais ripostado condignamente, até atingirem o 4-5, a meio da segunda parte. O Valongo logo de início começou a vencer por dois golos, chegando ao intervalo com 2-3 a seu favor. Após o recomeço, alcançaram facilmente o 2-5, ao que os locais, em boa recuperação, atingiram o 4-5. Quando se supunha que os «espinhenses», apoiados pelo seu público, reagissem num esforço derradeiro, assistiu-se a uma reacção meritória dos «valonguenses», a alcançar o resultado final, que premeia a sua melhor velocidade e a melhor colocação de um avançado junto da baliza «espinhense», quando atacavam. Nos locais, não há nomes a estacar: nos visitantes,

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A. ESPINHO: Sampaio, Maia, Raul, Vladimiro (2), Vítor (2), Azevedo, Marçal e Sérgio.

19660621_CP_Valongo-Boavista_9-2. Jogo em Valongo, no dia 20 de Junho. A notícia: “Foram muito desnivelados os desafios disputados ontem à noite, a contar para o Torneio de Abertura, e apenas o Valongo foi a única equipa vistada que ganhou. (…) Com uma primeira parte exrtemamente demolidora, o grupo de Valongo atingiu o intervalo a vencer por 6-2, justificando a grandeza do seu êxito, mas o grupo do Boavista deu réplica animosa na segunda parte. Arbitragem de Isaac Martins.” VALONGO: Navio, Leal, Camilo (3), Nora (3), Américo (3), Camões, Aguiar e Pires. BOAVISTA: Rodrigues, Aquela, Toká (1), Pimenta (1), Alfredo e Pequito.

19660712_CP_A não inclusão de Nora na selecção portuense, (mal) justificada pelo respectivo treinador, Laurentino Soares. A notícia: “No pavilhão do Académico, realizou-se ontem à noite o penúltimo treino da selecção portuense que na sexta-feira defronta, no mesmo recinto,


um misto brasileiro que vai tomar parte nos Jogos Luso-Brasileiros. O selecionador, Laurentino Soares, convocou os oito jogadores antecipadamente escolhidos e juntou-lhes, na sessão de ontem, os portistas Cristiano e Valentim. (…) Formaram-se duas equipas: Brito, Magalhães, Leite, J. Rendeiro e Américo Rendeiro, e outra com Moreira, Valentim, J. Azevedo, Cristiano e A. Oliveira. O primeiro conjunto, depois de dois períodos e vinte minutos cada, alcançou um triunfo de 10-3. Parece não oferecer dúvidas que a linha efectiva será, realmente, a primeira composição. Nos primeiros treinos, o seleccionador verificou que a equipa se mostrava pouco realizadora, pelo que nas duas últimas sessões optou pela formação que coloca J. Rendeiro na frente com seu irmão. O número de tentos em cada sessão subiu de tal ordem que Laurentino Soares deixou de ter dúvidas. (…) A NÃO INCLUSÃO DE NORA (VALONGO) NA EQUIPA Laurentino Soares, ao ser chamado a prestar o seu concurso na selecção, foi leal e franco, como de resto é seu timbre, afirmando aos dirigentes da Associação que, estando o F. C. do Porto integrado numa determinada série do Torneio de Abertura, não podia saber a forma dos jogadores da série com a qual nunca teve possibilidades de contactar. Assim, fez uma escolha de jogadores com base na série em que está o F. C. do Porto. Além disso, como não dispunha de grande tempo para experiências,

adoptou o sistema de convocar apenas os oito jogadores que lhe parecia reunirem mais possibilidades. Quando lhe perguntamos se o médio do Valongo não tinha lugar na equipa, respondeu-nos que, além dos oito convocados, Nora teria sido o escolhido; e se o tivesse já visto actuar este ano, certamente que teria o seu lugar mesmo no «lote» dos oito. Garantiu-nos até que, se houvesse qualquer impossibilidade ou lesão dos outros jogadores, Nora seria chamado. Compreendemos perfeitamente a posição do seleccionador nortenho e temos a certeza de que Nora poderá ter, num futuro mais ou menos próximo, o seu lugar tanto na selecção nortenha, como até na equipa nacional, pois continuamos a ter a certeza de que o médio do Valongo é um elemento da estirpe do Livramento, até foi com ele junior, mas apenas tem tido a pouca sorte de não ter uma oportunidade para fazer valer os seus méritos. Em todo o caso, registe-se a nobreza do critério do seleccionador nortenho que, pela sua inegável imparcialidade, não deixaria de o chamar à selecção se tivesse tempo para uma mais apurada observação ou se, no decurso do Torneio de Abertura, tivesse avaliado a forma actual de Nora. Quanto à selecção, parece não oferecer dúvidas quanto á sua indiscutibilidade, dado que o escasso tempo de preparação não possibilitou uma vista geral a outros jogadores, também com as suas possibilidades e aspirações.” Nota: A primeira observção vai para o autor da notícia (que não está identificado), sublinhando a

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sua hombridade e mesmo coragem, ao levantar uma questão de toda a evidência delicada e “quente”. Aliás, ao lê-lo, ficou-me uma dúvida funda: estará ele a ser sincero no que escreve ou estará a exibir uma velada ironia, sugerindo o contrário daquilo que diz? Eu explico. A nota de imprensa expõe factos e opiniões e, de seguida, conclui em sentido inverso daquele que a exposição factual acabava de sugerir. Para o percebermos, teremos de seguir uma lógica de senso comum e vamos ter de atender ao texto expresso e também a todos os implícitos que esse texto sugere. Facto 1: Laurentino Soares (que era treinador do F. C. do Porto) por falta de tempo, só pôde ver os jogadores da série do Torneio de Abertura em que estava integrado o seu clube. Facto 2: Essa Série, a B, era constituída (como vimos acima, em 660409) pelos seguintes clubes: Paredes, Educação Física, Centro Universitário, Sanjoanense, Cucujães, Infante de Sagres, F. C. do Porto, Valadares e Águias. Facto 3: Ficaram, pois, fora da observação do treinador os restantes grupos, integrados na série A, que eram estes: Maia, Vilanovense, Fânzeres, Carvalhos, Académica de Espinho, Boavista, Académico, Candal e Valongo. Facto 4: Como pode ver-se em 660507, o Espinho, o Académico o Carvalhos, o Boavista, o Valongo e o Fânzeres foram os primeiros cinco classificados da série A, por esta ordem. Opinião 1: Nora é da estirpe de Livramento (opinião do jornalista), o que sem dúvia significa “de grande talento e qualidade técnica”. Opinião 2: Se o treinador o tivesse visto jogar antes da escolha (implícito), Nora teria sido escolhido

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“além dos oito convocados”; e, mesmo, se o tivesse já visto actuar este ano, ele seria um dos oito (opinião do treinador, Laurentino Santos). Opinião 3: Por falta de tempo, só escolheu os seleccionados na série B e, também por falta de tempo, dentro dela apartou só “os oito jogadores que lhe parecia reunirem mais possibilidades” (opinião do treinador). Facto 5: Das opiniões 1, 2 e 3, decorre a conclusão-facto de que, quer para o jornalista, quer para o treinador, Nora é um dos jogadores que reunem mais possibilidades. Se os factos estão correctamente enunciados e as opiniões relatadas sem distorção, pergunto por que mistério a nota fala de nobreza de critério (de escolha, implícito) e de imparcialidade do treinador, quando aquilo que acaba de ser exposto é a clara parcialidade do treinador – que declara expressamente que só viu uma parte e só escolheu numa das duas partes possíveis – e o grosseiro critério (tudo, menos nobre) de escolha utilizado, que ignorou “apenas” todos os jogadores de pelo menos cinco grupos dos mais cotados da Série A e ignorou ostensivamente um jogador que, de modo expresso, ele próprio considera um (dos oito ou nove) que reune “mais possibilidades”. Além de ser, segundo a convicção corrente na época, expressa através da opinião-comparação do jornalista, um jogador de grande estatura técnica e de enorme talento. Tanto o treinador como o jornalista oferecem ao jogador uma espécie de “rebuçados de consolação”, ao dizerem, o primeiro, que se houvesse impossibilidade ou lesão de algum dos outros jogadores, ele seria chamado e, o segundo, que ele “poderá ter, num futuro mais ou menos próximo, o seu lugar tanto na selecção nortenha, como até


na equipa nacional”. São rebuçados enjoativos e hipócritas, porque um lhe vedou ostensivamente essa possibilidade, comprometendo-lhe de algum modo o futuro, e o outro concordou com a decisão e considerou-a imparcial e nobre. O resto da nota, quando fala da pouca sorte e da falta de oportunidade de Nora em mostrar o que vale, assim como da nobreza de critério do seleccionador que “não deixaria de o chamar à selecção se tivesse tempo para uma mais apurada observação ou se, no decurso do Torneio de Abertura, tivesse avaliado a forma actual de Nora”, é uma tentativa, não sei se ingénua, se oportunista, de “passar a mão pelo pêlo” (de um modo quase abjecto) do jogador injustamente preterido e de branquear a conduta irresponsável e absolutamente anti-ética e anti-profissional do seleccionador. Nenhum treinador teria hoje a coragem de vir dizer que não escolheu todos os melhores, porque “não teve tempo”. E, se tivesse essa desfaçatez, seria rapidamente exauturado na praça pública. O argumento da “falta de tempo” é uma razão fraca, que esconde sempre ou negligência ou irresponsabilidade ou o respaldo de soluções comprometidas por valores pouco ou nada limpos ou tudo isso junto. A notícia é de 12 de Julho e o Torneio de Abertura começou a 15 de Abril, o que significa que o treinador teve, pelo menos três meses para avaliar os jogadores. Mas nem isso é a verdade toda: como treinador de um clube desde há vários anos a disputar os desafios de hóquei em patins, com grande implantação no meio e com prestígio, é claro para qualquer observador despreconceituoso que ele teve todo o tempo, teve o tempo mais do que suficiente para conhecer os melhores jogadores que actuavam na Zona Norte. Ele não incluiu Nora na selecção porque não quis

incluí-lo. Porque motivo não quis, é uma outra questão que agora não interessa discutir. Isto aconteceu há cinquenta e sete anos, pelo que é legítimo perguntar em que é que agora nos afecta. O que, neste momento, me mobiliza e me faz gastar o tempo desta nota é sublinhar que este tipo de actuações, de desculpas e de relatos concordantes, mas contraditórios, continua infelizmente actual. É preciso que não desmobilizemos a nossa capacidade crítica, para impedirmos que nos “vendam” inverdades disfarçadas em relatos falsamente decorosos.

19660724_CP_Valongo-Porto_5-1. Juniores. Jogo no dia 23 de Julho. Sem outras indicações. A notícia: “Continuou ontem à noite o campeonato regional de juniores, tendo-se verificado os seguintes resultados: Valongo-F. C. do Porto B_5-1. Espinho-Infante de Sagres_8-0 Centro Universitário-F. C. do Porto A_2-8 Carvalhos-Sanjoanense_8-0.”

19660731_CP_Valongo-Espinho_1-1. Juniores. Jogo no dia 30 de Julho. Sem mais indicações. A notícia: “Apenas se realizou um desafio dos três marcados para ontem à noite no campeonato de juniores. O Valongo empatou com a Académica de Espinho

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por 1-1 e o Infante de Sagres não compareceu para o desafio com a Sanjoanense.”

19660813_CD_”O Valongo é bi-campeão em principiantes” (em título) A notícia:

VALONGO: Navio, Leal (1), Camilo (1), Américo, Nora (1), Camilo II (1) e Pires.

19660820_CP_Valongo-Porto_2-2. Jogo no dia 19 de Agosto. Sem indicação de local.

“A valorosa equipa de principiantes da A. D. Valongo (Hóquei em Patins) acaba de repetir o êxito do ano passado.

A notícia:

No jogo decisivo, venceu o Infante de Sagres no campo deste, por 7-2.

Terminou ontem à noite o Torneio de Abertura com o triunfo final indiscutível do Infante de Sagres. O segundo lugar assenta por mérito absoluto ao Carvalhos, a terceira posição coube ao Valongo e o quarto lugar pertenceu ao F. C. do Porto.

A equipa valonguense nos vários jogos apresentou: Queirós I, Koeheler I, Duarte, Camões, Vale, Queirós II, Koeheler II, Nuno, Aguiar e França.”

19660813_CP_Valongo-Académico_4-1. Jogo no pavilhão do Académico, no dia 12 de Agosto. A notícia: “INFANTE, VALONGO,CARVALHOS e F. C. do PORTO apurados para as meias finais do Torneio de Abetura” (em título) “Nos pavilhões do Académico e do Infante de Sagres realizaram-se ontem à noite quatro jogos a eliminar, do Torneio de Abertura. (…) Os academistas foram os primeiros a marcar e mantiveram o rsultado de 1-0 até ao intervalo. Até cinco minutos do fim, o jogo esteve equilibrado e, com maior frescura física, os jogadores do Valongo ganharam a eliminatória. Arbitragem de António Quintela.” ACADÉMICO:

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Figueiredo, L. Castro, Luís Correia e Soares.

Brito.

Oliveira,

Delfim

(1),

“O INFANTE DE SAGRES GANHOU O TORNEiO DE ABERTURA” (em título).

O VALONGO empatou com o F. C. do PORTO, mas os azuis-brancos não fizeram o prolongamento (em título) No primeiro jogo da noite, o equilíbrio foi evidente, não obstante na primeira parte o Valongo terminar em vencedor por 1-0. O segundo tempo foi muito acidentado e destemperado, mas cheio de entusiasmo. Até perto do fim, o F. C do Porto estava a ganhar por 2-1, com dois tentos de Magalhães, cada um com a sua cor e o seu paladar. No primeiro, o defesa azul-branco esgrimiu toda a sua arte de jogador para fazer um golo que, na «universidade do óquei», dá direito a distinção e o segundo deu farto motivo a controvérsia, dentro e fora do recinto, por se tratar de uma «novidade» de excução do livre directo, já com seis anos de uso.


Na marcação do livre directo, os jogadores têm de se manter para trás do jogador executante cinco metros; Leite tocou a bola para a frente, frouxa e intencionalmente, Magalhães saiu da região dos «cinco metros», adiantou-se e fez o golo inapelável.

19660827_CP_Valongo-Boavista_18-1. Jogo em Valongo, no dia 26 de Agosto.

Depois, discutiu-se muito sem razão, a não ser os que porventura possam garantir que os jogadores não estavam a cinco metros, o que nos parece gratuito, porque só o árbitro podia julgar. Portanto, golo muito bem validado pelo árbitro.

Os desafios ressentiram-se do mau tempo, pois apenas um pavilhão desta vez esteve em actividade, o que prejudicou enormemente a qualidade dos jogos. (…)

Depois, o Valongo, no limite do tempo regulamentar, empatou e ter-se-ia de fazer o prolongamento. Mas os jogadores do F. C. do Porto e o próprio árbitro, ao que parece, desconheciam que se tinha de fazer o prolongamento. O segundo preparou-se para vir fazer o resto da arbitragem, mas os jogadores do Porto, já despidos, preferiram não efectuar um prolongamento que, efectivamente, não tinha qualquer interesse e o Valongo acabou por ganhar o terceiro lugar. O primeiro tento do Valongo foi alcançado por Américo, de grande penalidade. Arbitragem de Isaac Martins.” VALONGO: Navio, Leal, Camilo I, Américo (1), Nora, Américo (sic), Camilo II, Aguiar e Pires. PORTO: Branco, Magalhães (2), Leite, Vitorino, Valentim, J. Barbosa, F. Barbosa e Moreira.

A notícia: “Realizou-se ontem a segunda jornada do campeonato regional portuense, com cinco jogos (…)

Valeu pouco este jogo, dada a superioridade dos locais, não obstante terem caído durante o jogo diversos aguaceiros que não favoreceram a factura do jogo. O Valongo, melhor estruturado, terminou a primeira parte a ganhar por 9-1 e, embora o Boavista tivesse sempre ripostado com grande ânimo, teve de ceder perante a maior capacidade organizadora do seu adversário.” VALONGO: Navio, Camões, Leal (2), Américo (3), Nora (7), Camilo (4), Aguiar e Pires. BOAVISTA: Nelson, Santos, Almeida, Ramos (1), Cabral, Oliveira e Barroso. Nota: Falta a menção da autoria de dois golos, uma vez mais.

Nota: Uma vez mais, subsiste a indefinição na notícia: não aponta o marcador de um dos golos do Valongo e repete o nome de Américo, quando não havia um segundo jogador com esse nome.

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Classificação: Portuense Infante Sanjoanense Académico F. C. do Porto Valongo Carvalhos A. Espinho Vilanovense Vigorosa Candal Boavista Cucujães

Campeonato J 2 2 2 1 2 2 2 1 2 2 2 1

V 2 2 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0

E 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1

D 0 0 0 0 1 1 1 0 0 2 2 1

Regional F 17 10 3 3 20 6 8 4 4 5 2 0

C 1 5 2 2 6 4 5 3 6 17 31 1

P 6 6 5 5 4 4 4 3 2 2 2 1

intervalo e, apesar do domínio dos locais, conseguem, em contra-ataques rápidos, marcar dois golos que iam supreendendo os espinhenses. A reacção dos locais teve de ser meritória e tiveram de se esforçar para vencer a infelicidade que lhes podia ter custado o empate. O resultado foi lisonjeiro para os visitantes. Leal foi correcto e contituiu o esteio dos visitantes e, aproveitando a velocidade de Américo, proporcionou-lhe as oportunidades de golo; Navio defendeu bem, sendo contudo feliz. Pelos locais, Sampaio Morais cumpriu bem, dando segurança à equipa, seguindo-se Vladimiro no meio campo e Raul, o melhor da avançada. Árbitro: Valdemar Aires.” A. DE ESPINHO: Sampaio, Maia, Marçal, Vladimiro (1), R. Barros (2) e Alfredo.

19660830_CP_Espinho-Valongo_3-2. Jogo em Espinho, no dia 29 de Agosto.

VALONGO: Navio, Camões, Leal, Nora, Américo (2), Camilo, Aguiar e Pires.

A notícia: “Realizou-se ontem à noite aterceira jornada do campeonato e, ao cabo da primeira semana de jogos, denota-se a inconstância e falta de apuro técnico de todos os grupos, não havendo já, nesta altura, equipas cem por cento vencedoras. (…) Foi animoso e equilibrado o desafio em Espinho, com entusiasmo dentro e fora do recinto. Ao intervalo, 2-0. Durante o primeiro meio tempo, os locais jogaram com maior velocidade e, bem apoiados por Vladimiro, enlearam facilmente a defesa dos «valonguenses» e só por infelicidade não conseguiram resultado mais substancial. Os vistantes subiram sensivelmente após o

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19660903_CP_Valongo-Sanjoanense_7-1. Jogo em Valongo, no dia 2 de Setembro. Sem indicação da equipa ou dos marcadores. A notícia: “Ao cabo de quatro jornadas do campeonato regional portuense da I Divisão, já foi feita a primeira selecção de valores, pois os sete primeiros classificados são efectivamente os que mais possibilidades possuem de se apurarem para a fase do campeonato nacional. (…) Inesperadamente, depois de, na jornada anterior, a equipa de S. João da Madeira ter forçado o Infante a um empate, deixou-se surpreender, mais uma vez, em Valongo.


A equipa jogou com desenvoltura e fez 3-0 até ao intervalo,”

19660910_CP_Valongo-Académico_4-2. indicação de local ou data.

Sem

A notícia: “Infante de Sagres, Valongo, Carvalhos e Sanjoanense vencedores da sexta jornada a I Divisão” (em título) (…) Em partida muitíssimo equilibrada, mais notoriamente na primeira parte, o Valongo venceu a turma do Académico, pela sua maior afoiteza na linha avançada. Os academistas aguentaram-se muito bem na primeira parte e claudicaram ligeiramente no segundo tempo. VALONGO: Pires, Leal, Camilo (1), Nora (1), Américo (2), Camilo II, Camões e Navio. ACADÉMICO: Brito, José Manuel, Luís Castrro (1), Correia (1), Quitó, Moreira e Liz.

19660913_CP_Vigorosa-Valongo_4-3. Sem indicação de local ou data. A notícia: “O Vigorosa bateu inapelavelmente o Valongo” (em título). A grande supresa da jornada foi dada pelo êxito do Vigorosa, que travou a marcha do Valongo, uma das equipas cotadas como grande favorita. E deste modo o campeonato vai dar muito que falar na segunda volta, pelas perpspectivas que se abrem. (…)

A grande surpresa do campeonato foi o resultado obtido pelo Vigorosa, não só por ser o seu primeiro triunfo, como constituindo proeza de vulto, pois a equipa de Valongo terminou a primeira parte a ganhar por 1-0, fez 3-0 no segundo tempo e depois deu-se a notável reviravolta, que levou o grupo local ao seu primeiro êxito, tolhendo deste modo a carreira dos visitantes. Arbitragem de Mário Rosas.” VIGOROSA: Teles, Garrett, J. Oliveira (1), Rui (3), Mateus, Chaves, José Alberto e Teixeira. VALONGO: Pires, Leal, Camilo I (2), Nora, Américo (1), Camilo II, Camões e Navio.

19660917_CP_Valongo-Cucujães_7-3. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia: “ACADÉMICA DE ESPINHO, PORTO, INFANTE, VALONGO E CARVALHOS – VENCEDORES NA I DIVISÃO” (em título). “Foi animoso o jogo disputado em Valongo e a equipa local passou por um susto enorme, depois de marcar primeiro e fazer 2-0, pois o adversário empertigou-se, não se entregou e passou a vencer por 3-2, numa reacção impressionante. O Valongo, porém, recompôs-se e ao intervalo já vencia por 5-3.” VALONGO: Pires. Leal (1), Camilo (1), Américo (1), Nora (4), Camões, Camilo II e Navio. CUCUJÃES: Serrano, Armando, Rufino (2), Agostinho, Simões (1) e Artur.

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19660920_CP_Candal-Valongo_0-6. Jogo no Candal, no dia 19 de Setembro. A notícia: “O Infante de Sagres que, quase desde o princípio do campeonato, esteve no primeiro lugar de parceria com o F. C. do Porto, isolou-se ontem, depois de derrotar o seu adversário de modo bem expressivo. Entretanto, os azuis e brancos passaram para o terceiro lugar, devido ao facto de o Carvalhos ter ganho no recinto do Cucujães. (…) “A equipa candalense parece acusar um tanto os efeitos do entusiasmo e da boa vontade da sua equipa, pois aguenta sempre muito razoavelmente o primeiro tempo, mesmo com os grupos mais categorizados, mas falha extraordinariamente na segunda parrte. Ontem, com o Valongo, perdia por 2-0 na primeira parte, em que equilibrou muito bem o desafio, mas depois afundou-se, por falta de capacidade física.” Arbitragem de Waldemar Aires. CANDAL: Pereira, Jaime, Costa, Camilo e Guilherme. VALONGO: Pires, Leal, Camilo I (2), Nora (2), Américo (2), Camões, Camilo II e Navio.

19660924_CP_Valongo-Infante_5-1. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia: “O Carvalhos passou para o primeiro lugar, após a derrota que o Valongo impôs ao Infante de Sagres” (em título) Já não há equipas sem derrotas no Campeonato Regional da I Divisão, depois da derrota que o guia sofreu em Valongo. (…)

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A jornada da próxima sexta-feira vai ser decisiva para a classificação, pois prcisamente os quatro primeiros classifcados jogam entre si: o Porto recebe a visita do aguerrido Valongo e o Infante de Sagres vai jogar com o Carvalhos, no pavilhão do primeiro. (…) Com uma assistência recorde, o Valongo cometeu a grande proeza do campeonato, ao infligir ao Infante de Sagres a sua primeira derrota, dando uma verdadeira reviravolta na classificação e animando o campeonato nestes jogos finais da primeira volta. Aos 10 minutos, mercê duma grande penalidade, o Valongo passou a vencedor e, entusiasmado pelo público, fez rapidamente 3-0. Depois disso, o Infante fez o seu tento de honra, mas o Valongo não parou na sua velocidade e no seu entusiasmo e acabou por chegar a 5-1, sem apelo para os visitantes que nunca conseguiram organizar-se. Arbitragem da Afonso Cardoso.” VALONGO: Pires, Leal, ,Camilo I, Nora (2, sendo um de grande penalidade), Amorim (3), Camilo II, Camões e Alves. INFANTE: Tato, Guilherme, J. Rendeiro, A. Rendeiro, Oliveira, Sérgio, Pereira e Waldemar. Nota: Na composição da equipa, aparece um nome desconhecido – Amorim – pelo que julgo que é gralha e deve ser ‘Américo’. Uma vez mais, não indica o marcador do golo do Infante.

19660927_CP_Porto-Valongo_1-2. Jogo Constituição, no dia 26 de Setembro. A notícia:

na


“Grande assitência no recinto da Constituição para um jogo de capital importância para os dois grupos, sobretudo para os azuis e brancos, cuja derrota compormeteria muito as suas legítimas aspirações. O desafio foi muito bem disputado, mas os visitantes estiveram sempre mais certos e atingiram o intervalo a vencer por 1-0. Neste primeiro período é que o jogo foi mais duro e a expulsão de Américo por dois minutos teve o condão de tranquilizar os jogadores e serenar os ânimos. O Valongo fez 2-0, no segundo tempo, e veio então o tento portista, que animou muito a turma azul e branca, que passou a dar melhor réplica a um adversário que estava a jogar excelentemente, mas os visitantes aguentaram o ímpeto portista e conseguiram ganhar pela tangente.

de influência com reflexo na dúvida (? – suponho que é ‘descida’) para a Divisão Secundária.

Arbitragem de António Quintela.”

VALONGO: Pires. Leal (1), Camilo I (1), Nora, Américo, Camões, Camilo II e Alves.

No seu rinque, terá jogos difíceis com o Carvalhos (esta noite), Académica de Espinho e F. C. do Porto e terá de se deslocar a S. Joaão da Madeira, Académico, Cucujães e Infante de Sagres, o que pressupõe tarefa extremamente delicada. (…) M. C. de B.”

19660930_CP_Principia esta noite a segunda volta do Campeonatro Regional da I Divisão

19661001_CP_Valongo-Carvalhos_7-5. Jogo em Valongo. Sem indicação de data.

A notícia:

A notícia:

“O Campeonato Regional da I Divisão entra esta noite na sua fase decisiva com o início da segunda volta. Os onze concorrentes estão, nesta altura, divididos em três lotes: os que podem aspirar ao primeiro lugar: Infante de Sagres (30 pontos), Carvalhos (29), F. C. do Porto (28) e Valongo (27); os que procuram assegurar o direito à participação nas fases eliminatórias do Campeonato Nacional: Académica de Espinho, Académico, Sanjoanense e Vigorosa; e o lote dos que procuram fugir à zona

“O Infante de Sagres aumentou a sua vantagem no primeiro lugar e há três equipas no segundo lugar com o mesmo número de pontos” (em título)

PORTO: Moreira, Vitorino, Leite (1), Kendal, Valentim, Hernâni, J. Barbosa e Branco.

Em relação ao primeiro lugar, que dá o título e o acesso, sem mais, à fase final da prova máxima, há quatro equipas com boas possibilidades. O Infante de Sagres (…), o Carvalhos (…) o Porto (…) e o Valongo. O Valongo tem uma equipa muito jovem e habilidosa, com relevo para Nora – um jogador que reune as qualidade necessárias para atingir a intenacionalização, e outros elementos cheios de recursos, como Américo e Camilo I. Se Pires não estivesse lamentavelmente irradiado (quando será revisto o caso deste jogador?) o grupo de Valongo seria adversário muito difícil para qualquer.

“A segunda volta do Campeonato Regional da I Divisão principiou sob os melhores auspícios, na medida em que todas as equipas revelam agora maiores possibilidades. O Carvalhos não conseguiu vencer o obstáculo do

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Valongo, mas o Porto não foi além de um empate com o Académico, repetindo no seu recinto o empate conquistado no Lima, durante a primeira volta. A luta anima-se e a classificação nos lugares cimenros, para além do primeiro lugar, está agora equilibrada. (…) Apesar da importância deste desafio, o jogo foi correcto e teve animação e vibração extraordinária nos dois períodos, dado que na primeira parte o Carvalhos vencia por 4-3. Na segunda parte, houve uma reacção importante dos locais que garantiram o triunfo, mas o jogo foi prejudicado pela chuva. Arbitragem de Mário Rosas.” VALONGO: Pires, Leal (2), Camilo I (1), Nora (1, de grande penalidade), Américo (3), Camões, Camilo II e Rogério. CARVALHOS: Agostinho, David, Presas (2), Moutinho (3), Guilherme, José Luís, Pinto Gomes e Martins.

19661004_CP_Boavista-Valongo_3-5. Jogo no Bessa. Sem indicação do dia. A notícia: “O VALONGO passou para o segundo lugar da classificação geral da I Divisão” (em título) Enquanto o Infante de Sagres passou um dos maiores escolhos da segunda volta, mantendo a sua invejável posição no primeiro lugar, o Valongo ascendeu ao segundo lugar isolado, pelo empate que se registou no jogo Carvalhos-Porto, que não beneficiou qualquer das equipas. (…) No Bessa, a equipa do Boavista voltou a fazer exibição muito prometedora, a tal ponto que a

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melhor técnica dos visitantes teve enormes dificuldades para bater os locais, sobretudo na primeira parte em que o Boavista impôs aos visitantes um empate de 1-1 com o maior mérito. Não parece difícil profetizar que os jogos no Bessa, seja qual for a categoria do adversário, vão ser muito difíceis daqui em diante, sobretudo levando em conta que os jogadores «boavisteiros» Águeda e João Almeida, que estavam doentes, já regressam à equipa no próximo jogo, o que garante um maior potencial à equipa do Boavista. Arbitragem de Laurentino Ribeiro.” BOAVISTA: Vilas, Vitigílio (2), Pimenta (1), Toká, Ramos, Abreu, Monteiro e Mendonça. VALONGO: Pires, Leal (2), Camilo (1), Nora (1), Américo (1), Camões, Camilo II e Alves. Nota: Embora atenuado, manifesta-se aqui, de novo, aquilo a que acima chamei “preconceito informativo”. Com todo o respeito pelo que poderá ser a opção do jornalista de incentivar uma equipa em perda, parece desajustado de uma reportagem objectiva e séria que a notícia gaste todo o texto a falar da boa exibição do Boavista e de como vai ser radioso o seu futuro e não tenha uma palavra, uma, para o mérito do Valongo, não só por ter ganho o jogo, como por tê-lo ganho fora de casa. Ironicamente, a única referência ao Valongo é para dizer, ambiguamente, que ele ascendeu ao segundo lugar isolado “pelo empate que se registou no jogo Carvalhos-Porto”, quer dizer, as vitórias conseguidas até esse momento pelos vistos não contaram para nada…


19661008_CP_Sanjoanense-Valongo_1-0. Jogo em S. João da Madeira. Sem indicação de data. A notícia: “Derrotas surpreendentes do Valongo e dos Carvalhos no Campeonato Regional da I Divisão” (em título) “Nova reviravolta no Campeonato Regional, com as derrotas do Valongo em S. João daMadeira e, sobretudo, do Carvalhos, por números pesados, em Espinho. (…) “Os fiscais da Associação de Patinagem do Porto chegaram ao pavilhão de São João da Madeira com 24 minutos de atraso e o numeroso público manteve-se às portas, em protestos constantes e assobios justificados. O tento da vitória foi alcançado aos 7 minutos do segundo tempo, em remate de Cortez. O desafio durou trinta e três minutos, com os descontos feitos pelos cronometristas. Arbitragem de António Quintela.” SANJOANENSE: Durval, Bastos, Machado, J. Azevedo, Cortez (1), Oliveira e Dias. VALONGO: Pires, Leal, Camilo, Nora, Américo, Camões e Sousa.

19661008_CD_”Pavilhão dos Desportos – Sonho e necessidade dos VALONGUENSES” A notícia: “Quem esteve no jogo de óquei em patins Valongo-Infante, de sexta-feira, 23 de Setembro, viu a pouca vergonha que se passou. Previu também uma desgraça se acaso a ameaça da G. N. R. fosse por diante, porquanto as centenas de pessoas

podiam ser molestadas mesmo sem querer. A quem não esteve lá diremos que a afluência goi enorme e que dezenas de pessoas penetraram no recinto sem a G. N. R. estar e outras passaram, sem bilhete, por baixo do pano de protecção, falseando o resultado da bilheteira. Isso impôs uma fiscalização, por parte dos clubes e da G. N. R., pelo que se tornou necessário evacuar o recinto. Porém, nem todos os espectadores obedeceram, pelo que os que tinham saído voltaram a entrar porque a ordem não era cumprida pelos outros, e ficariam a ver o jogo (os que haviam saído) atrás deles com prejuízo de visibilidade. Nova evacuação foi pedida através dos alto-falantantes, agora com a ameaça da vinda de um piquete policial. Novamente, as pessoas sairam, mas não todas e, de novo, muitos ficaram, iludindo a vigilância dos fiscais, até que se chegou à conclusão que o melhor era ficar assim, pois uma pequenina chispa no rastilho faria explodir os ânimos já de si exaltados. Verifica-se, pois, deficiência de instalações capazes e aumento extraordinário de prestígio pelo óquei em patins valonguense. Nessa conformidade deparam-se-nos dois caminhos: prosseguir com novas e melhores perspectivas de alojamento para atletas e espectadores (o desejado Pavilhão) ou acabar pura e simplesmente com o óquei em patins em Valongo, porquanto está-se a burlar o povo – venderam-se dezenas e dezenas de bilhetes a pessoas que não podiam ver aquele jogo. A direcção do clube – a Associação Desportiva de Valongo – não pode com tudo. Olhar pela vida intensa do clube e arranjar dinheiro para a manutenção das equipas – principiante, juniores e seniores – é já trabalho exaustivo nas poucas horas livres dos empregos. Agora criar verba para o resto (a construção do Pavilhão) isso não é possível! Impõe-se que o clube sja visto pelas entidades

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competentes (do concelho e do desporto) de forma a que não se apague a luz cintilante no desporto nacional que se chama Associação Desportiva de Valongo.”

19661011_CP_Valongo-Vilanovense_19-0. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia: “Em Valongo, o jogo para a equipalocal foi demasiado fácil, desde o primeiro ao último instante, a tal ponto que ao intervalo já o Valongo ganhava por 7-0. Foi uma partida sem história, em que o grupo de Vila Nova de Gaia alinhou muito desfalcado e, portanto, sem gandes condições para oferecer uma resistência séria. Arbitragem de Domingos Ferreira.”

O mau tempo impediu a realização de dois dos quatro jogos marcados para ontem à noite; (…) Por isso faz pena que os clubes, à falta de mais recintos cobertos, se não tivessem reunido para a efectivação dos desafios em regime de agrupamento, visto que, enquanto se deixam de efectuar desafios, havia três pavilhões livres: Académico, Infante de Sagers e São João da Madeira. Damos hoje a classificação actualizada, em face da desistência dos grupos da Vilanovense e Cucujães (…) Pela nova classificação, vê-se claramente que a prova, nesta parte final, ganha enorme interesse, pois continuam seis equipas com possibilidades para se classificar para o Campeonato Nacional. Os desafios F. C. do Porto-Candal e Valongo-Vigorosa principiaram, mas não terminaram, tendo sido interrompidos devido ao mau tempo. O Porto ganhava por 1-0 e o Valongo vencia por 2-0, quando os árbitros deram os jogos por terminados, pelo que terão de ser repetidos integralmente.”

VALONGO: Pires, Leal (1), Camilo (1), Américo (7), Nora (5), Camilo II (4), Camões e Rogério. VILANOVENSE: Santos, Martins, Pinto e Ribeiro.

Cunha,

Duarte,

Nota: Uma vez mais, a notícia não indica o marcador de um dos golos do Valongo.

19661015_CP_Valongo-Vigorosa_não terminou. Jogo em Valongo, no dia 14 de Outubro. A notícia: “O mau tempo impediu a realização de dois jogos da sétima jornada da segunda volta da I Divisão” (em título)

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19661018_CP_Académico-Boavista_5-1 Vigorosa-Carvalhos_0-5 – Interrompido; Sanjoanense-Porto_4-3; Candal-Infante_0-12

19661022_CP_Infante-Valongo_0-0. Jogo Infante de Sagres, no dia 21 de Outubro.

no

A notícia: “O VALONGO impôs um empate ao INFANTE DE SAGRES” (em título) Traçada a sorte do campeão e do primeiro automático apurado para a fase final do Campeonato


Nacional, as atenções voltam-se agora para as quatro equipas que se hão-de classificar a seguir para a fase de apuramento. O Valongo, com o empate que ontem impôs no pavilhão do Infante de Sagres, parece ter mais probabilidades do que qualquer outra equipa de ficar no honroso segundo lugar, visto que tem dois jogos no seu rinque, com o F. C. do Porto e Vigorosa. (…)

A arbitragem de Afonso Cardoso seria excelente se não tivesse assinalado a injusta terceira penalidade aos visitantes, como não lhe aplaudimos que prefira esperar que o público deixe de fazer barulho para permitir a marcação do castigo máximo. Em regra, isso apenas serve para espevitar os assistentes e o árbito acaba sempre por apitar sob barulheira.

Os adeptos do Valongo trouxeram ao recinto do Infante de Sagres enorme animação e algumas vezes dominaram inteiramente a falange do grupo da casa. Aplausos, apupos, assobios, campainhas, chocalhos, tudo serviu para dar vazão ao nervosismo que se sentia latente no público, que de Valongo vieram cerca de mil pessoas. Lamentavelmente, apenas havia uma bilheteira a funcionar e foi pena, porque muitas dezenas de pessoas entraram depois de o jogo principiar, apesar de o desafio ter principiado quinze minutos depois da hora regulamentar.

Os dois melhores jogadores no recinto foram indubitavelmente os guarda-redes, que estiveram vedadeiramente em noite inspirada.”

O Infante de Sagres, com a ausência de A. Rendeiro, doente, cometeu quanto a nós um erro de tomo, mudando estruturalmente a composição da equipa, pois dois elementos foram trocados dos seus lugares: Guilherme e J. Rendeiro, para colmatar uma só brecha. Se o empate estaria nas aspirações do Infante, foi afinal o visitante que tirou maior vantagem desse honroso resultado.

A notícia:

O jogo decorreu quase sempre com perfeito equilíbrio de ambas as equipas e, embora cada grupo tivesse perdido algumas escassas oportunidades, a verdade é que a exibiçao de cada grupo nunca foi mais longe para merecer de melhor resultado. O Infante de Sagres não converteu três castigos máximos, o que denota falta de preparação nestas penalidades, e o Valongo teve dez minutos verdadeiramente empolgantes no princípio da segunda parte, em que conseguiu não só dominar como aturdir o adversário.

INFANTE: Tato, Nascimento, Guilherme, J. Rendeiro e A. Oliveira. VALONGO: Pires, Leal, Camilo, Nora e Américo.

19661025_CP_Valongo-Porto_2-5. Valongo. Sem indicação de data.

Jogo

em

“Já se pode adiantar que praticamente estão apurados para a fase preliminar da prova máxima os grupos do Valongo, Carvalhos e Porto, restando saber apenas da Académica de Espinho e Sanjoanense aquele que será o quinto classificado, embora pareça evidente que os «espinhenses» não percam a oportunidade do jogo que têm no seu recinto e que a perdê-lo daria uma oportunidade à Sanjoanense. O Infante, como campeão, está automaticamente apurado para a fase final. (…) Em Valongo, a equipa local cometeu o erro de, com o recinto com água, tentar jogo vistoso, dentro das características normais da equipa, mas impróprias para as condições do piso. Assim, o F. C. do Porto, com jogo muito mais

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prático, procurando tirar partido do piso molhado para tentar o remate de longe, acabou por ganhar o desafio com todo o mérito. Ao intervalo, os portistas venciam por 1-0, mas depois do intervalo o Valongo empatou, o Porto passou depois para 2-1 e 3-1, mas o Valongo ainda reagiu, estabelecendo 3-2, o que deu nova emoção ao jogo, mas então o Porto continuou na sua boa táctica de remates longos e acabou por vencer por 5-2. Arbitragem de Afonso Cardoso.” VALONGO: Pires, Leal, Camilo I, Nora, Américo (1), Camões, Camilo II (1) e Rogério.

lamentavelmente voltou a esquecer-se de informar a Imprensa que o Vigorosa tinha pedido dispensa para não fazer o jogo em Valongo, pelo que lhe seria averbada a derrota por falta de comparência.”

19661029_CP_Classificação final, após o último jogo Vigorosa-Carvalhos_3-5. A notícia: Após o último jogo da fase regional do campeonato, Vigorosa-Carvalhos, que este ganhou por 5-3, a classificação passou a ser a seguinte:

PORTO: Moreira, Vitorino (1), Leite (1), Hernâni (1), Valentim (2), J. Barbosa e Branco.

19661027_CP_Valongo-Vigorosa_Vitória, falta de comparência do Vigorosa.

por

A notícia: “Já estão apuradas todas as equipas para a fase preliminar do campeonato nacional, embora falte realizar um jogo. Apurado o Infante de Sagres, campeão regional, as quatro restantes equipas, Carvalhos, Valongo, Porto e Académica de Espinho vão disputar os desafiois eleiminatórios com os representantes do Minho e Centro, de modo a apurarem-se mais duas equipas para a fase final. Ao fim e ao cabo, destas quatro equipas portuenses é que vão sair as restantes duas com direito ao momento mais decisivo da prova máxima, pois será certamente difícil aos grupos da provìncia obterem o seu apuramento. (…) A

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Associação

de

Patinagem

do

Porto

Infante Carvalhos Valongo Porto Espinho Sanjonense Académico Vigorosa Boavista Candal

J 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18

V 14 2 11 10 10 10 7 4 2 1

E 2 1 2 3 2 1 5 1 0 1

D F C P 2 111 26 48 6 85 53 43 5 79 37 42 5 68 34 41 6 66 50 40 7 94 56 39 6 51 46 37 13 53 106 26 16 32 136 22 16 33 128 21

Marcados os jogos da fase preliminar do Campeonato Nacional. Dia 1 de Novembro: Termas-Carvalhos Dia 2 de Novembro: Famalicense-Valongo. Dia 5 de Novembro: E. Espinho-Barcelos Dia 6 de Novembro: Porto-Minas da Panasqueira


19661102_CP_Termas-Carvalhos_1-4 Porto-Minas Panasqueira_16-0. Jogos no dia 1 de Novembro. A notícia: “Realizaram-se ontem à noite os primeiros jogos do Campeonato Nacional, fase constiuída por eliminatórias.

tinha jogadores para impor-se a certos clubes do Porto e ganhar até o direito a figurar na fase final da prova máxima. Ontem, o Famalicence, no seu ambiente, teve de ceder perante a maior capacidade realizadora dos visitantes que fizeram alarde da sua capacidade técnica e atingiram o intervalo a vencer por 6-2. Arbitragem de Afonso Cardoso.”

Até ao próximo dia 12, ficam apuradas mais duas equipas da zona Norte e mais duas da Zona Sul, a juntar respectivamente ao Infante e Benfica, campeões regionais, perfazendo o total de oito equipas, os representantes do Ultramar e Ilhas, que vão disputar a fase final.”

FAMALICENSE: Albuquerque, Lima (1), Barbosa (1), Rodrigo (1), Albino, Torcato, Maia e Ferreira.

Nota: Neste, como em vários outros casos, não se percebe se o calendário foi alterado, se o jornal simplesmente não deu a notícia, sendo qualquer das duas modalidades correntes nesta época.

19661105_CP_Américo chamado para o serviço militar.

Como vimos na notícia anterior, de 661029 o jogo Porto-Minas da Panasqueira estava marcado para o dia 6 Nov.A notícia de hoje dá conta deste jogo no dia 1 de Nov. (não no dia 6).

19661103_CP_Famalicense-Valongo_3-8. Jogo em Famalicão, no dia 2 de Novembro. A notícia: “Quer jogando nos seus recintos, quer nos rinques alheios, as equipas filiadas na Associação de Patinagem do Porto dominaram inteiramente, como era de prever, os grupos da província e nada parece obstar a que ganhem a qualificação para a eliminatória seguinte. Vai longe o tempo em que a equipa do Famalicense

VALONGO: Pires. Leal (1), Camilo I (2), Camões, Nora (3) e Américo (2).

A notícia: “Américo, avançado do Valongo e elemento dotado de muito boas qualidades, foi chamado para o serviço militar, assentando praça em Espinho.”

19661113_CP_Espinho-Valongo_5-1. Jogo Espinho, no dia 12 de Novembro.

em

A notícia: “F. C. do PORTO e VALONGO apurados para a fase final do Campeonato Nacional” (em título) Terminou ontem à noite a fase final do Campeonato Nacional, disputada em eliminatórias. Na Zona Norte, apurado antecipadamente o Infante de Sagres, como campeão regional, juntaram-se-lhe agora os grupos do F. C. do Porto e do Valongo. (…)

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A equipa do Valongo, que tinha ganho o jogo da primeira «mão» por 7-1, encontrou na sua substancial vantagem uma razão forte para ganhar uma eliminatória, mas ontem a equipa esteve à beira do colapso e valeu-lhes a pouca sorte em lances finais, em que por vezes a bola foi devolvida pelo poste. Ao intervalo, o resultado era 3-1. Aos locais, que entraram já a perder por meia dúzia de golos, só uma ofensiva franca e cerrada lhes poderia interessar. Dentro deste espírito, logo no primeiro minuto Azevedo consegue um golo, após o que, volvidos cinco minutos, Américo em contra-ataque isolado, à vontade, contola a bola e faz a igualdade. No minuto seguinte, Vladimiro e imediatamente depois o dr. Gomes de Almeida modificaram o resultado para 3-1, com que acaba o primeiro tempo.

Marçal e Manuel Silva. (e Azevedo (2)) VALONGO: Pires, Leal, Camilo I, Nora, Américo (1), Camões, Camilo II e Rogério. Nota: A notícia atribui dois golos a Azevedo, do Espinho, que não figura na composição da equipa… pelo que o acrescentei, entre parêntesis.

Após o intervalo, houve mais dois golos a assinalar de Vladimiro, logo de início, e de Azevedo, aos 5 minutos. A meio da segunda parte, uma bola stickada com muita força ressaltou no stick de Nora e atingiu Camilo I, que foi obrigado a sair com profundo golpe no lábio superior. Os «espinhenses» tiveram ocasiões em série para eliminarem os jovens e valorosos «valonguenses». Ao intervalo o resultado era 3-1. Árbitro: Jerónimo Pais.”

“Um momento de apuro, junto da baliza do «team» de Valongo, no jogo ontem à noite efectuado em Espinho”

Numa caixa isolada, a notícia informa: “Camilo I – nove pontos” (em título) “Camilo I, do Valonguense (este erro repete-se) no jogo de Espinho, foi atingido pela bola, na face; socorrido, no hospital local, foi suturado com 9 agrafes. Depois de tratado, seguiu para casa.” A. ESPINHO: Sampaio Maio, R. Barros, Vladimiro (2), Alfredo, dr. Gomes de Almeida (1),

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19661113_CP_A hipótese Desportivo em Valongo

de

um

Pavilhão

A notícia: “Um Pavilhão em Valongo – promete o Município” (em título) O Presidente da Câmara Municipal de Valongo, sr. eng. Armando Magalhães, acaba de prestar declarações ao correspondente de «O Comércio


do Porto» naquela vila, àcerca do prometido pavilhão. Ouvido para esclarecimento da opinião pública, aquele deputado da Nação afirmou que o assunto estava somente dependente da entrega de uma planta topográfica do novo local onde se pretende construir o pavilhão (à Avenida Dr. Oliveira Salazar) e de um projecto do imóvel. Não pôs problemas de dinheiro, sendo, no entanto, bem aceite pelo Município qualquer quantia de particulares para amenizar a despesa. Para a construção do imóvel já há 325 contos de subsídio oficial e 25 contos de ofertas de dois desportistas, Armando Peixoto e João Castro. O nosso correspondente em Valongo transmitiu imediatamente as declarações do chefe da Municipalidade à direcção do clube valonguense. Amanhã, o sr. eng. Armando Magalhães terá uma entrevista com a referida direcção.”

19661117_CP_Porto-Valongo_7-0. Porto, no dia 16 de Novembro.

Jogo

no

A notícia: “Principiou ontem à noite o campeonato nacional da modalidade, com a sua fase final. No Porto, os jogos foram extremamente desiquibrados, sobretudo o desafio entre o F. C. do Porto e o Valongo, que se esperava que decorresse com grande equilíbrio. (…) Inicialmente, este jogo foi monótono, porque as equipas estudaram-se demasiado tempo e mostravam-se pouco afoitas no ataque. A equipa do Valongo fez a sua pior exibição da época, deixou-se tomar de pânico e de hesterismo (sic) e o jogo passou a ter interesse que a boa exibição do F. C. do Porto propiciou.

A nota mais alta do desafio foi a verdadeira estreia de Cristino, um produto dos infantis portistas de há sete anos, da mesma «forja» de onde sairam Vitorino e Hernâni, jogadores jenuinamente azul-brancos. Efectivamente, o jovem Cristino, qua ainda este ano alinhou nos juniores, jogou a suplente no penúltimo desafio com o Carvalhos e ontem figurou como efectivo e em boa hora, porque correspondeu inteiramente, com a sua subtileza, os seus predicados de patinagem e o seu remate colocado, a todas as esperanças que sempre se depositou nele. Fez quatro tentos e deu vivacidade a um ataque que, sem ele e sem o «cerebral» Magalhães, seria menos profícuo. O Valongo, que fez um jogo para esquecer, mostrou a versatilidade da equipa, que acusa excessivamente os maus resultados e os seus jogadores deixam-se apoderar de nervos sempre lamentáveis, o que lhe valeu algumas expulsões temporárias. O F. C. do Porto exibiu-se em plano excelente e aproveitou muito bem a presença do seu mais jovem jogador, que foi sempre bem ambientado tanto pelos seus colegas como pelo público, que bem depressa se deixou conquistar pelo seu jogo. Ao intervalo, o rsultado era de 3-0. Arbitragem de Isaac Martins, cujo trabalho apenas pecou por dar explicações a mais aos jogadores.” PORTO: Moreira, Vitorino (1, de recarga a uma grande penalidade), Leite, Magalhães (1), Cristiano (4), Valentim (1) e Hernâni. VALONGO: Pires, Leal, Camilo, Nora, Américo, Camões e Armindo. Nota: Num texto de 260 palavras de reportagem, 133 delas, ou seja, quase 50%, são gastas

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exclusivamente com um jogador, Cristino (que provavelmente é “Cristiano”), com considerações quase íntimas sobre a sua história, a sua subtileza, os seus predicados de patinagem, o seu remate colocado e o seu ‘charme’, que logo conquistou o público. Pergunto: que significa isto? É bonito um jornalista desportivo conhecer a fundo os atletas sobre quem escreve. Mas será que ele os conhece a todos com este promenor? Onde se encontram considerações semelhantes sobre jogadores de outros clubes? De qualquer modo, qual a justificação para gastar metade das palavras de uma reportagem de 260 vocábulos a falar só de um jogador? Que cada um tire as conclusões que entender.

19661126_Infante de Sagres-Valongo_3-4. Jogo no Pavilhão do Infante de Sagres. A notícia: Nota: Não encontrei notícia deste jogo nos jornais, mas apenas nos arquivos da RTP, onde existe um filme de 05:24m, com indicação do local e do resiltado: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/hoquei-em-patins-infante-sagres-vs-valongo/

19661127_Valongo-Belenenses_1-2. Jogo no Pavilhão do Académico, no dia 26 de Novembro. Sem indicação dos marcadores. A notícia:

19661120_CP_Marítimo-Valongo_3-4. Jogo no dia 19 de Novembro. Sem indicação de local. A notícia: “Prosseguiu ontem à noite a fase final do campeonato nacional e, como em Lisboa, as equipas vencidas na primeira jornada foram as vencedoras de ontem, os dois clubes portuenses figuram já em primeiro lugar. A equipa do Marítimo fez ontem exibição ainda mais animadora e esteve à beira de um melhor resultado. Ao intervalo, o Valongo vencia por 3-1.” VALONGO: Pires, Leal, Camilo (2), Nora (1), Américo (1), Camões, Camilo II e Navio. MARÍTIMO: Ricardino, Botto, Ricardo (2), Gouveia, Solano, Neves e Anselmo (1).

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“No pavilhão do Académico, superlotado até ao exagero, o que pressupõe venda de bilhetes além da lotação, muito público ficou na rua, sem bilhete. Foi neste estado de espírito sempre febril, que os jogos decorreram, com excitação e entusiasmo. (…) Arbitragem de Joaquim Candeia, que teve trabalho certo.” VALONGO: Pires, Camões, Camilo I, Nora, Américo, Leal, Camilo II e Navio. BELENENSES: Louro, Nunes, Sarqaiva, Vítor Garcia, Vítor Santos, Armando Duarte, Jaime Santos e Manuel Caldeira. Nota: Uma vez mais, falta a indicação dos golos.


19661127_CP_Valongo-Paço d’Arcos_2-2. Juniores. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres, no dia 26 de Novembro. A notícia: “Comportamento meritório das equipas nortenhas no Campeonato Nacional de Juniores” (em título) “Ontem de tarde, no pavilhão do Infante de Sagers, principiou o embate entre as equipas de juniores do Norte e do Sul. O comportamenteo dos grupos da Associação de Patinagem do Porto foi quase cem por cento meritório, pois ganharam um jogo e empartaram outro. Todavia, a equipa que nos deu a impressão de melhor técnica e mais nítida coesão foi a do Benfica. (…) A arbitragem de Valdemar Aires não satisfez.” VALONGO: Alves, Magalhães, Cruz, Almeida (1), Vale (1), Camões, Camilo e Manuel Silva. PAÇO DE ARCOS: Agostinho, Alfredo, Vieira, A. Santos (1) , Lima, Monteiro (1), Moura e Costa. Classificação:

Juniores C 2 6 5 5

P 3 2 2 1

19661129_CP_Valongo-Benfica_1-2. Jogo pavilhão do Lima, no dia 28 de Novembro.

no

Valongo Carvalhos Paço d’Arcos Benfica

J 2 2 2 2

V 1 1 0 0

E 1 0 2 1

D 0 1 0 1

F 7 4 5 4

A notícia: “Concluiu-se ontem a primeira volta do campeonato nacional de seniores, no pavilhão do Lima,

recinto que fora mais do que insuficiente na primeira noite (sábado) e não chegou a encher no domingo e muito menos ontem à noite. O comportamento da equipa do F. C. do Porto foi desinterssando o público, que ontem compareceu em número limitado. O Benfica concluiu a primeira volta com dois pontos de vantagem, mas somente as equipas do Infante de Sagres e do Ferroviário estão em condições de tolher o passo ao actual guia. (…) O desafio mais empolgante havia de ser o que pôs frente a frente o primeiro classificado e o penúltimo. Realmente, o Valongo, a dar excelente conta de si, fechou de tal modo a sua defesa e vigiou com tal cuidado o internacional Livramento que o grupo de Lisboa se viu em sérias dificuldades para vencer. Foi necessário ao Benfica fazer o seu primeiro tento de grande penalidade, tansformada por Livramento, mas antes do intervalo, em resultado da maneira como estava a explorar bem o contra-ataque, o Valongo fez 1-1, num remate de Nora. A segunda parte foi tão emotiva que o público viveu talvez os momentos mais entusiásticos, pois o Valongo foi crescendo de tal maneira que o Benfica só viveu praticamente do que fez Livramento. Parecia que o resultado seria o empate, mas numa arrancada magnífica Livramento fez 2-1, mas o Valongo nunca deu um instante de tranquilidae ao campeão lisboeta, a ponto de os jogadores do Benfica terem feito verdadiro anti-jogo, com demora e congelamento de bola, do que veio a resultar, aliás, a expulsão de Garrancho, por dois minutos, por se desentender com um adversário, mas levando para o banco dos suplentes Américo, do Valongo, que respondeu ao mau-humor do lisboeta.

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A nota emocionante deu-a Livramento, ao ficar isolado diante do guarda-redes e não conseguir marcar, lance que nas suas mãos raramente falha, dado o seu poder de drible. Nos últimos minutos, viveu o Benfica momentos bem dramáticos, mas acabou por ganhar o desafio pela tangente. A arbitragem de Joaquim Candeias (Lisboa) foi verdadeiramente impecável, sendo justo salientar o seu trabalho, na medida em que teve de dirigir o jogo mais equilibrado e mais difícil.” VALONGO: Pires, Camões, Leal, Nora (1) e Américo. BENFICA: Ramalhete, Casimiro, Garrancho, Livramento (2) e Jorge Vicente.

19661204_CP_Porto-Valongo_1-0. cação de local ou data.

Sem

indi-

A notícia: “A jornada inaugural da segunda volta decorreu tranquila, sem sobressaltos para as três primeiras equipas, aquelas que revelam possibilidades para chegar ao título. (…) Foi extremamente equilibrado e emotivo o desafio entre as duas equipas, ao invés do que havia sucedido na primeira volta, em que os «azuis e brancos» tinham ganho por 7-0. O desfio foi correcto e o F. C. do Porto, pela sua maior acutilância no ataque, acabou por justificar o êxito tangencial. Ao intervalo,o resultado era 0-0. Arbitragem de António Quintela.” PORTO: Moreira, Magalhães, Leite, Hernâni,

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Cristiano (1), Vitorino, Valentim e Branco. VALONGO: Pires, Camões, Camilo, Nora, António, Leal, Camilo II e Navio.

19661206_CP_Valongo-Marítimo_4-2. Jogo no dia 5 de Dezembro. Sem indicação de local. A notícia: “TRÊS EQUIPAS NO PRIMEIRO LUGAR NO CAMPEONATO NACIONAL DE SENIORES: BENFICA, FERROVIÁRIOS E INFANTE DE SAGRES” (em título) Prosseguiu ontem à noite o Campeonato Nacional de Seniores e a derrota do grupo do Benfica teve como consequência que, nesta altura, figuram em primeiro lugar nada menos de três grupos em igualdade de pontos. Deste modo, a prova vai animar extraordinariamente, tanto mais que, amanhã, jogam-se os últimos desafios regionais, isto é, pelas equipas integradas nas suas zonas, e a partir de sábado em Lisboa, o bloco do Norte contra o do Sul, para se achar o verdadeiro campeão nacional. (…) Monótomo ao princípio e excitante no segundo tempo,o desafio parecia destinado ao primeiro êxito da equipa insular, apesar de o Valongo ter chegado a 2-0. Com a sua pertinácia, os ilhéus nunca se entregaram e, depois de Ricardo ter atirado um remate à trave, o mesmo Ricardo falhou uma grande penalidade. Mas já a equipa do Marítimo estava lançada para equilibrar o jogo e Botto veio da defesa diminuir para 1-2 e, já em plena segunda parte, Gouveia restabeleceu a igualdade de 2-2. O público, que desde aprimeira hora elegeu a equipa do Marítimo como o grupo da simpatia, incitou de modo notável a equipa,


mas então o Valongo cresceu para os sucesivos ataques que veio a gisar e Nora fez 3-2 e Camilo aumentou pouco depois para 4-2, garantindo um triunfo que esteve muito periclitante. A arbitragem de Fernando Silva esteve certa, mas cometeu dois erros: um, beneficiando o infractor e outro deixando de assinalar castigo directo, quando Ricardo foi violentamente catapultado dentro da área.” VALONGO: Pires, Camões, Camilo (1), Nora (1), Américo (2) e Leal. MARÍTIMO: Ricardno, Gouveia (1), Ricardo, Anselmo, Solano, Botto e Neves.

nota de provincianismo que caracterizou os jogos Nortre-Sul, especialmente no segundo dia de jogos. O Valongo ganhou com um tento feliz, mas o resultado mais certo teria sido um empate. Ao intervalo, o resultado era de 0-0 e o único tento da partida foi obtido por Cruz, na segunda parte, depois de Carvalho atirar um potente remate ao poste. A arbitragem de Domingo Ferreira não teve problemas, mas nalguns passos pareceu-nos hesitante.” VALONGO: Alves, Magalhães, Cruz (1), Almeida, Vale, Monteiro, Camões e Camilo. CARVALHOS: Baptista, Guedes, Cafrvalho, Azevedo, Sousa, Costa, Almeida e Brandão.

1 9 6 6 1 2 0 6 _ C P _ Va l o n g o - C a r v a l h o s _ 1 - 0 . Juniores: Jogo no pavilhão do Infante de Sagres. Sem indicação de data. A notícia: “BENFICA e VALONGO em primeiro lugar no Campeonato Nacional de Juniores” (em título). No pavilhão do Infante de Sagres, principiou a segunda volta do Campeonato Nacional de Juniores, com êxito tangencial do Valongo e triunfo aberto do Benfica. Com os resultados desta primeira jornada da segunda volta, os grupos do Valongo e do Benfica comandam a classificação geral. (…) O jogo entre as duas equipas nortenhas esteve muito longe de constituir o animoso espectáculo da primeira volta, em que os jogadoes se empregaram a fundo e jogaram com apreciável velocidade. Qualquer dos grupos foi inferior a si mesmo e presumimos que sejam susceptíveis de se aplicarem mais em Lisboa, de modo a não darem a

Classificação: Benfica Valongo Paço d’Arcos Carvalhos

Juniores J 4 4 4 4

V 2 2 1 1

E 1 1 2 0

D 1 1 1 3

F 13 9 10 5

C 6 6 11 16

P 5 5 4 2

19661211_CP_Belenenses-Valongo_1-1. Jogo em Lisboa, no dia 10 de Dezembro. A notícia: “O Campeonato Nacional de Seniores da I Divisão prosseguiu ontem em Lisboa. No encontro mais importante, o Benfica derrotou, dificilmente, o Infante de Sagres, isolando-se assim no comando da respectiva classificação. (…) Depois de o Belenenses ter desperdiçado um penalty, os nortenhos conseguiram abrir o activo aos 8 minutos; aos 11 minutos, Pires defendeu

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em falta e o respectivo penalty foi convertido por Saraiva, que estabeleceu a igualdade. A primeira parte terminou com 1-1, que não sofreu alteração até ao final do desafio.

pessoal, conseguiram estar sempre na vanguarda do marcador, alcançando ao intervalo (3-1) margem de tentos que os colocaram a coberto de surpresa.

O jogo caracterizou-se pela monotonia, principalmente até aos 12 minutos, altura em que o Valongo deu mais objectividade à luta. No entanto, tirando um ou outro pormenor (o que é manifestamente pouco) o desafio não teve interesse.”

Na segunda parte, os nortenhos replicaram melhor e obtiveram dois tentos de rajada. Entretanto, o Paço de Arcos, por intermédio de Correia Santos e Vieira, conseguiram (sic) repor a diferença.”

BELENENSES: Tomé, Nunes, Saraiva (1), Vítor Santos, Vítor Garcia, Caldeira e Pinho. VALONGO: Pires, Camões, José Camilo, José Nora, Américo Moreira, Joaquim Navio, Joaquim Leal e Sousa.

PAÇO DE ARCOS: Monteiro, Rodrigues, Vieira (1), Correia Santos (3), Mário Moura (1), António Santos e António Bernardes. VALONGO: António Alves, António Magalhães, Luis de Almeida (2), Domingos Cruz, António Vale, Manuel Silva, António Camões e Joaquim Camilo (1).

Nota: Ainda desta vez, falta a indicação do marcador do golo do Valongo.

19661211_CP_Paço de Arcos-Valongo_5-3. Juniores. Jogo no Estoril, no dia 10 de Dezembro. A notícia: “No rinque da Escola Salesiana, no Estoril, disputaram-se ontem à tarde os dois encontros referentes à penúltima jornada do Nacional de Juniores de Óquei em Patins. O interesse residiu, sem dúvida, no embate Benfica-Óquei de Carvalhos, já que a partida entre o Paço de Arcos e o Valongo, fosse qual fosse o seu resultado, não tinha influência para a classificação dos dois primeiros lugares da tabela geral. (…) Partida movimentada, com lances de baliza a revelarem o engodo dos dianteiros pelo golo. Os vencedores, usufruindo de maior técnica

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19661213_CP_Benfica-Valongo_4-3. Jogo no Pavilhão dos Desportos de Lisboa, no dia 12 de Dezembro. A notícia: “No Pavilhão dos Desportos, disputou-se ontem à noite a última jornada do Campeonato Nacional de Óquei em Patins, ganho pela equipa do Benfica, que assim arrebatou o título conquistado o ano passado pela CUF. (…) Os «encarnados» iniciaram a partida em grande velocidade, confundindo a defesa nortenha, que, no espaço de cinco minutos, foi obrigada a conceder dois golos – um de autoria de Vicente e outro por intermédio de Casimiro. Os «encarnados», continuando no mesmo ritmo, obtiveram mais um tento, quase no termo da primeira parte, por Vicente, em resposta a um golo dos nortenhos, marcado por Leal.


Na segunda parte, a fisionomia do jogo foi totalmente diferente. As iniciativas pertenceram aos valonguenses que, por intermédio de Moreira, fizeram dois golos, fazendo perigar a vitória dos «encarnados». Entretanto, estes, por intermédio de Livramento, marcaram o tento do triunfo.”

1967

BENFICA: Ramalhete, Casimiro (1), Garrancho, Jorge Vicente (2), Livramento (1) e Nogueira.

“Vai principiar o Torneio de Abertura” (em título).

VALONGO: Pires, Camões, Camilo, Nora, Américo, Leal (1), Camilo II, Mário e Moreira (2).

“Sob a presidência de Fernando Barbot, reuniram-se, na sede da Associação de Patinagem do Porto, os delegados dos clubes, a fim de ser elaborado o calendário do Torneio de Abertura.

Classificação final: Campeonato I Divisão J Benfica 14 Ferroviário 14 Campo Ourique 14 Infante 14 Porto 14 Belenenses 14 Valongo 14 Marítimo 14

V 11 9 9 8 5 5 2 1

E 1 2 1 2 4 1 1 0

D 2 3 4 4 5 8 11 13

F 49 41 52 49 37 24 27 25

C 18 21 37 31 38 37 69 74

P 23 20 19 18 14 11 5 2

19670331_CP_Começa o Torneio de Abertura. A notícia:

Campareceram os delegados dos clubes: F. C. do Porto, Vilanovense, Nun’Álvares, Vigorosa, Académico, Sanjoanense, Valongo, Centro, Águias e Carvalhos. Estabeleceram-se duas séries, com as seguintes formações: SÉRIE A Carvalhos, Candal, Vigorosa, Académico, Vilanovense, Cucujães, Sanjoanense e Fânzeres. SÉRIE B

Nota: Como quase se tornou habitual, a enumeração dos jogadores, na constituição da equipa, lança a confusão: aparece um “Moreira”, desconhecido, a marcar dois golos, que é porventura o Américo, que, na notícia de 661211, aparece identificado como “Américo Moreira” e nesta surge apenas como “Américo”.

Infante, A. Espinho, Centro, Valongo, Porto, Nun’Álvares, Educação Física e Águias. SÉRIE A Candal-Carvalhos e Vigorosa-Sanjoanense, ambos nas Cavadas. Académico-Cucujães e Vilanovenese-Águias, na Senhora da Hora. SÉRIE B Centro-A. Espinho e Educação Física-Porto, na Constituição. Nun’Álvares-Infante e Valongo-Águias, na Senhora da Hora.”

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Nota: Os delegados ou o jornalista esqueceram as datas…

19670408_CP_Águias-Valongo_0-8. Torneio de Abertura. Jogo no dia 7 de Abril, na Senhora da Hora. A notícia: “Principiou ontem à noite o Torneio de Abertuta, com oito jogos repartdos por quatro recintos. Houve natural superioirdade das equipas da I Divisão que ganharam sem grandes dificuldades. (…) Árbitro – Ramiro Sousa.” ÁGUIAS: Vilas, Mota, Albertino, Rogério, Brandão, Alen e Ramos. VALONGO: Pires, Camões (1), Camilo, Nora (4), Américo (3), Leal, Queirós e Navio.

19670411_CP_Infante-Valongo_4-1. Jogo no dia 10 de Abril. Sem indicação de local. A notícia: “Continuou ontem à noite o Torneio de Abertur, com a realização dos oito jogos da segunda jornada que decorreram mais ou menos, com certo desiquilíbrio de forças. (…) Com uma primeira parte equilibrada e boa resistência dos visitantes, o Infante ganhou sem apelo, mercê da superior exibição de Júlio Rendeiro. O vencido não foi mais batido pelo bom trabalho do seu guarda-redes. Ao intervalo, o Infante vencia por 1-0. Arbitragem de António Quintela.”

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INFANTE: Waldemar, Guilherme, J. Rendeiro (2), Torcato (1), Oliveira, Dinis (1) e Nascimento. VALONGO: Pires, Camões, Camilo, Nora, Américo (1), Leal, Magalhães e Navio.

19670415_CP_Porto-Valongo_4-4. Torneio de Abertura. Jogo na Constituição, no dia 14 de Abril. A notícia: “Realizou-se ontem à noite a terceira jornada do Torneio de Abertura” (em título). “Com jogos mais ou menos desiquilibrados, prosseguiu o Torneio de Abertura, que teve nos desafios Académico-Carvalhos e Porto-Valongo os jogos de maior emoção e euilíbrio. (…) No rinque da Constituição, sob a arbitragem de Fernando Pinto. Jogo bem disputado e equilibrado e o Porto vencia ao intervalo por 2-1.” PORTO: Moreira, Magalhães, Leite (1), Cristiano (1), Valentim, Hernâni (2), Sobral e Branco. VALONGO: Pires, Camões, Nora (1), Camilo (1), Américo (2), Leal, Magalhães e Navio.

19670418_CP_Espinho-Valongo_1-2. Sem indicação de dia ou local. A notícia: “Desafio muito bem disputado, com perfeito equilíbrio, sendo os «espinhenses» os primeiros a marcar e ao intervalo o resultado era de 1-1.


O triunfo poderia pertencer a qualquer das equipas que o facto não escadalizaria, mas o Valongo, mais afoito, pôde alcançar a vitória. Arbitragem de Laurentino Ribeiro.” A. DE ESPINHO: Vítor, Duarte, Vladimiro (1), Azevedo, Barros, Maia e Manuel António. VALONGO: Pires, Camões, Nora (1), Américo (1), Camilo, Magalhães e Navio.

19670422_CP_Valongo-Centro_15-2. Torneio de Abertura. Sem indicação de local ou dia. A notícia: “A diferença de valor entre as duas equipas justuficou a margem folgada com que o Valongo atingiu o tempo regulamentar do seu jogo com o Centro Universitário, que, ao intervalo, já perdia por 1-7. Arbitragem de José Silva.” VALONGO: Pires, Camões, Nora (1), Camilo (6), Ramiro (5), Leal (1), Magalhães (2) e Navio. CENTRO: Nunes, Pires, Salvador, Rui Montes (2), Fontes, Ribeiro e Castro.

VALONGO: Pires, Camões (1), Nora (1), Camilo (3), Américo (3), Leal (3), Magalhães e Alves. ED. FÍSICA: Manuel, José Maria, Cunha (1), Mendonça, Matos e Belém.

19670425_CP_Valongo-Vilanovense_5-2. Torneio de Abertura. Sem mais indicações.

19670503_CP_Valongo-Nun’Álvares_6-2. Torneio de Abertura. Sem mais indicações. A notícia: “ACADÉMICO, CARVALHOS, PORTO, INFANTE, VIGOROSA E VALONGO APURADOS PARA A FASE FINAL DO TORNEIO DE ABERTURA” (em título). “Concuiu a fase preliminar do Torneio de Abertura (…).Ficaram apurados para a fase final seis grupos, três de cada série (…).

19670508_CP_Nora seleccionado. 1 9670 425 _ C P _ Va l o n g o - Ed u c . F í s i c a _ 4 - 2 . Torneio de Abertura. Sem indicação de dia ou local.

A notícia:

A notícia:

“Entram hoje em estágio os dez jogadores escolhidos para tomar parte na selecção nacional, que vai disputar o campeonato da Europa em Bilbau.

“A equipa local nunca teve qualquer espécie de problema, visto que o grupo visitante não tem poder para aguentar a impetuosidade dos jogadores do Valongo, que ao intervalo já venciam por 4-0. Arbitragem de Marcelino Gomes.”

“Já foi escolhida a selecção nacional” (em título).

A escolha reflecte uma decisão imprevista, pois a equipa das quinas não conta com os dois jogadores de Lourenço Marques, Fernando Adrião e

363


Carrelo. A não inclusão destes elementos deve-se ao facto de a Federação não estar em condições de suportar os encargos necessários para a deslocação e estadia daqueles jogadores.

A primeira jornada foi marcada para o Pavilhão do Académico, no próximo dia 15 do corrente, com os jogos Carvalhos-Valongo; Porto-Vigorosa e Académico-Infante de Sagres.

Lamentavelmente, a modalidade chegou a este extremo.

Dia 19 – 2.ª jornada, no Pavilhão dos Carvalhos, comm os jogos: Vigorosa-Infante; Valongo-Porto e Académico-Carvalhos.“

Por esta e outras dificuldades criadas pela má organização federativa, o seleccionador nacional chegou a pedir a demissão e, depois de muito solicitado, acedeu a manter-se no lugar até ao fim do campeonato europeu, sendo inabalável a sua decisão de se não manter no lugar depois desta prova. A sua anuência em manter-se agora salvou a Federação duma situação crítica, a poicos dias da prova europeia, e pode considerar-se um acto de coragem, pelas dificuldades com que tem arrostado. O seleccionador, Armando Ribeiro, concentra, a partir de hoje, em Matosinhos, os seguintes jogadores: Vítor Domingos e Ramalhete, como guarda-redes, um dos quais será oportunamente dispensado; Américo Solipa, Casimiro, Júlio Rendeiro, Livramento, Leonel, António José, Nora e José Azevedo.”

19670512_CP_Sorteio para a final do Torneio de Abertura. A notícia: “Sob a presidência de Fernando Barbot, coadjuvado por todos os elementos da direcção da Associação de Patinagem do Porto, reuniram-se ontem à noite os delegados dos seis clubes apurados para a fase final do Torneio de Abertura.

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19670516_CP_Valongo-Carvalhos_4-0. Jogo no Lima, no dia 15 de Maio. A notícia: “Principiou ontem à noite a fase final do Torneio de Abertura” (em título). “Numa medida muito acertada, a Associação de Patinagem do Porto agrupou os três jogos de cada série da fase final do Torneio de Abertura e, o que é mais importante, com desafios em recintos cobertos. Ontem, por isso mesmo, o Pavilhão do Lima teve excelente moldura e os jogos, também agrupando as melhores equipas, interessaram o público. O Infante de Sagres e o Valongo, nestas primeiras quatro jornadas, alinharam desfalcados, pois o primeiro tem Júlio Rendeiro na selecção nacional e o segundo, o seu jogador Nora. (…) Durante a primeira parte deste jogo, a equipa do Carvalhos mostrou-se mais compenetrada e coesa e dominou com certa insistência, respondendo o Valongo com incursões do tipo comtra-ataque. Isso explica o resultado 0-0 com que se concuiu a primeira parte. No segundo tempo, o vencedor foi escalonando melhor as suas pedras e abandonou o sistema defensivo a favor de uma maior acutilância, de tal


sorte que o seu triunfo acabou por ser natural. Leal fez 1-0 e mais adiante Américo aproveitou o facto de o guarda-redes do Carvalhos teimar em defender a pontapé e fez 2-0. Depois disso, o Carvalhos fez sunbstituições que mais apressaram a equipa a desagregar-se e Camilo fez 3-0 e Américo fechou a conta de 4-0, perdendo ainda aqueles uma grande penalidade, assinalada mesmo no limite do tempo. Arbitragem de Afonso Cardoso, que teve trabalho bom, com um erro de visão, permitindo que a bola viesse bater na bancada-Norte e voltasse ao recinto, mantende-se em jogo.” CARVALHOS: Costa, Guilherme, Prezas, F. Oliveira, Moutinho, Carvalho, Azevedo e Afonso. VALONGO: Pires, Camões, Leal (1), Camilo (1) e Américo (2).

Ao intervalo: 3-1 pra o vencedor. Arbitrou António Quintela.” VALONGO: Pires, Camões, Leal, Américo (4), Camilo I, Camilo II, Magalhães e Alves. PORTO: Branco, Magalhães, Leite, Valentim, Hernâni (1), Cristiano (1) e Barbosa.

19670523_CP_Valongo-Vigorosa_3-2. de Abertura. Sem mais indicações.

Torneio

A notícia: “No pavilhão do Clube Infante de Sagres, disputou-se ontem à noite a terceira jornada do Torneio de Abertura, registando-se como factor insólito a inoperância dos avançados de todas as equipas. Não houve propriamente um grupo que se exibisse em plano aceitável. Resultados: Porto-Académico_0-0; Valongo-Vigorosa_3-2; Infante-Carvalhos_6-6.”

19670520_CP_Valongo-Porto_4-2. A notícia: “Triunfos do INFANTE, ACADÉMICO E VALONGO, na segunda jornada do Torneio de Abertura” (em título). “Mau grado haver dois clubes – Infante e Valongo – com jogadores na selecção nacional, em Bilbau, portanto jogando desfalcados, o torneio nesta fase final continua a interessar vivamente e mesmo essas equipas ainda não perderam os seus jogos. (…) No segundo jogo da noite, a equipa do Valongo jogou com muito acerto, sempre com bom óquei e boa velocidade, enquanto os portistas actuaram com defesa cerrada e contra-ataques perigosos.

19670527_CP_Académico-Valongo_6-1. Torneio de Abertura. Sem indicaçãode dia ou local. A notícia: “A quarta e penúltima jornada do Torneio de Abertura tinha um desafio de grande importância, entre os grupos com melhor classificação na prova, até esta altura: Académico e Valongo, e os academistas, irresistíveis vencedores, passaram para o primeiro lugar e são agora os únicos concorrentes sem derrotas. (…) No último desafio, as forças somente se equilibraram no primeiro tempo, em que os academistas

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venciam por 2-1. Depois de sofrer o terceiro tento, os visitantes enervaram-se e foram presa fácil. Américo veio a ser expulso definitivamente e, no final, a assistência motivou várias escaramuças, enquanto Puskas, agredido por Américo, saiu contundido. Arbitragem de Isaac Martins.” ACADÉMICO: Brito, Abílio (1, de penalty), L. Castro, Campos (4), Liz, Puskas, J. Manuel e Mário. VALONGO: Pires, Camões, Leal, Américo, Camilo I (1), Camilo II, Magalhães e Alves. Nota: Falta, de novo, a indicação do marcador de um dos golos do Académico.

Não corresponde o rsultado à exibição de cada grupo, embora o vencido tenha jogado sem Américo, que, no último jogo, tinha sido expulso definitivamente. O vencido exibiu-se melhor, mas o Infante esteve mais certeiro no remate à baliza. Ao intervalo, o resultado era de 1-1. Arbitragem de Fernando Pinto.” INFANTE: Waldemar, Nascimento, Dinis (1), A. Oliveira (2), Torcato (1), Sérgio, Baptista e Castro. VALONGO: Pires, Camões (1), Leal, Camilo I (1), Armindo, Camilo II, Magalhães e Alves.

1 9670 52 7 C P _ S a n j o a n e n s e -Va l o n g o _ 4 - 1 . Campeonato Regional I Divisão. Jogo no dia 26 de Maio. Sem mais indicações.

19670603_CP_Carvalhos-Valongo_4-2. indicação de dia ou local.

A notícia:

A notícia:

“Resultados da jornada de ontem: Infante Sagres-F. C. do Porto_7-1; A de Espinho-Carvalhos_3-1; Sanjoanense-Valongo_4-1; ÁguiasAcadémico_0-7; Fânzeres-Vigorosa_3-4.”

“Com o regresso dos jogadores internacionais do Valongo e do Infante parecia que a sorte do Torneio de Abertura iria mudar de mão. Todavia, o regresso daqueles jogadores não trouxe grandes benfícios às suas equipas, pois cada uma delas averbou a derrota. Os três pontos de vantagem da turma academista proporcionam-lhe enorme vantagem, embora ainda não lhe assegurem antecipadamente o êxito final, embora ela seja, efectivamente a mais cotada. (…)

19680530_CP_Infante-Valongo_4-1. Jogo no dia 29 de Maio. Sem indicação de local. A notícia: “O Académico, guia da classificação do Torneio de Abertura, ganhou maior dianteira em relação aos seus adversários com a derrota do Valongo, ontem à noite.

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Agora, a partir da próxima jornada, o Infante de Sagres e o Valongo já alinham com os seus internacionais Júlio Rendeiro e Nora e, por isso, a prova terá maior interesse. (…)

Sem

No primeiro desafio da jornada, a equipa do Carvalhos obteve lo seu primeiro triunfo, merecido e justo, devido ao que fez na primeira parte, em


que ganhava por 2-0. No segundo tempo, o jogo esteve mais equilibrado, mas a turma vencedora, pelo que grageou nos primeiros vinte minutos, justificou plenamente a sua vantagem.

PORTO: Branco, Magalhães (1), Leite (2), Hernâni (2), Cristiano, Vitorino e Valentim. VALONGO: Pires, Camões, Leal (1), Camilo I (1), Armindo, Magalhães, Aguiar e Alves.

Arbitragem de Mário Cardoso.” CARVALHOS: Costa, Guilherme, Prezas (1), F. Oliveira, Moutinho (2), J. Azevedo (1), Couto e Santos. VALONGO: Pires, Camões, Leal, Camilo (1), Nora (1), Armindo, Magalhães e Alves.

19670612_CP_Valongo-Vigorosa_6-2. Sem mais indicações. A notícia: “Com uma primeira parte equilibrada, o Vigorosa afundou-se no segundo tempo.

19670606_CP_Porto-Valongo_5-2. Jogo no dia 5 de Junho. Sem indicação de local. A notícia: “Perdeu todo o interesse o Torneio de Abertura, em parte com a facilidade com que o Académico se está a desembaraçar dos advesários; por outro lado, a selecção nacional lesou os interesses clubistas e tirou aquela parcela de entusiasmo que se antevisionava na fase final. Qualquer dos três jogos ontem disputados caracterizaram-se por uma confrangedora monotonia. Não houve entusiasmo nos jogadores nem no público. (…) A ausência de Américo e Nora na equipa do Valongo tirou a este desafio, considerado o mais importante, todo o interesse que se lhe conferia. Efectivamente, apesar da boa vontade dos vencidos, foi notória a sua insuficiência, mormente no ataque. Nem mesmo quando o Valongo empatou a 1-1, o jogo espevitou, pois os portistas estavam por demais seguros da sua incontestável superioridade. Ao intervalo, o Porto já vencia por 3-1. Arbitragem de Hernâni Parati.”

Ao intervalo, 1-1. Arbitragem de José Silva.” VALONGO: Pires e Castro, Armindo (1), Leal (1), Camilo (2), Magalhães (2), Camões e Alves. VIGOROSA: Teles, Almeida, J.Oliveira, Mateus, Guedes, Bonito (2) e Carmo.

19670613_CP_Académico-Valongo_1-0. A notícia: “Já sem interesse, dado que o Académico venceu o torneio a duas jornadas do fim e, por outro lado, algumas equipas jogam desfalcadas, o Torneio de Abertura já não oferece qualquer parcela de emotividade. Assinale-se, no entanto, as dificuldades que o Académico teve para ganhar ao Valongo. (…) Foi este o desafio mais equilibrado e de maior interesse. O empate seria o resultado mais lógico, mas, à primeira vista, os academistas, com escassa vantagem, conseguiram mantê-la até ao fim. Campos desperdiçou uma grande penalidade. Arbitragem de António Quintela.”

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ACADÉMICO: Brito, Abílio, L. Castro, Campos, Puskas (1), Defim, Quito e José Manuel. VALONGO: Alves, Camões, Leal, Nora, Camilo, Armindo, Magallhães e Pires. Nota: Não posso deixar de sublinhar, a traço grosso, um aspecto claramente referido nos parágrafos iniciais desta pequena notícia que retratam de modo exemplar “o estado da questão”

19670615_CP_Irradiação de Pires reduzida para 3 anos. A notícia: “Felizmente que a insistência com que clamámos contra a dureza do castigo aplicado ao jovem Pires, do Valongo, que havia sido irradiado, encontrou eco, pois a Direcção-Geral dos Desportos homologou a decisão tomada pela Federação ao reduzir a pena para três anos.”

19670617_CP_Infante-Valongo_7-5.

Os academistas passaram então um mau bocado, mas o regresso dos dois primeiros jogadores e o recrutamento de outros, nomeadamente Campos, deram força e poder ao grupo. Não oferece dúvida o êxito final dos academistas, embora se possa dizer que equipas como o Infante e Valongo, e que mais lhe podiam tolher no passo, jogaram na parte decisiva sem titulares de envergadura. Seja como for, o Académico ganhou o Torneio sem discussão e vai provar, no próximo campeonato regional, que tem equipa para enfileirar como um dos grandes favoritos. (…) Na primeira parte deste jogo, o Infante teve notório ascendente, com realce para A. Oliveira, muito pendular no remate, mas no segundo tempo a equipa do Valongo o os campeões regionais em maiores apuros. Ao intervalo, o Infante vencia por 6-3. Arbitragem de Ramiro de Sousa.” INFANTE: Pires e Castro, Guilherme, Torcato (1), A. Rendeiro (1), A. Oliveira (5), Tavares, Nascimento e Soares Pereira. VALONGO: Pires, Leal, Nora (1), Américo (2), Camilo (2), Camões, Magalhães e Alves.

A notícia: “O ACADÉMICO GANHOU BRILHANTEMENTE O TORNEIO DE ABERTURA” (em título) “Desde ontem,o Académico regressou ao lugar cimeiro da modalidade regional, depois de um colapso de cerca de três anos, resultante em grande parte da «sangria» sofrida pela equipa, sobretudo pela incorporação de alguns titulares (caso de Abílio e Puskas) e acerca de outros (caso de Tavares e Liz).

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19670617_CP_Nora louvado pela Associação de Patinagem do Porto. A notícia: “Foram louvados com diploma o seleccionador nacional Armando Ribeiro, o treinador António Ribeiro e os jogadores Júlio Rendeiro, José Nora e José Azevedo, pelo triunfo no Campeonato da Europa.”


19670620_CP_Espinho-Valongo_4-5. Jogo no dia 19 de Junho. Sem indicação de local.

onde o grupo local, com excelente exibição, bateu o Académico sem remissão. (…)

A notícia:

A equipa do Valongo fez uma exibição medíocre, mas não teve dificuldades para dominar os visitantes, que tiveram no seu guarda-redes a figura central.

“Principiou ontem à noite o Campeonato Regional da I Divisão” (em título). “Foi mais desnivelada do que se imaginava a primeira jornada do campeonato regional da I Divisão, quando os grupos mais experimentados defrontaram os estreantes do torneio, como o Águias e o Fânzeres. Aliás, estas serão as equipas que realmente apenas estão na prova para ganharem experiência e maturidade. (…) A exibição de ambos os grupos esteve longe de satisfazer, mas os visitantes mostraram-se mais certos, com mais rapidez e conjunto, enquanto os «espinhenses» denunciaram ainda destreino. Ao intervalo, a Académica de Espinho vencia por 2-1, mas, no segundoi tempo, o Valongo foi particularmente mais acutilante no ataque e, sobretudo, remate. Arbitagem de Armando Parati.” ACADÉMICA DE ESPINHO: Vítor, Nascimento, Vladimiro (1), Raul, Azevedo (3), Marçal e Manuel Silva. VALONGO: Alves, Leal (1), Nora (2), Camilo (2), Américo, Magalhães e Pires.

O vencedor ganhava ao intervalo por 3-0 e desperdiçou nada menos de três castigos máximos. Um dos tentos do vencido foi marcado por Leal, na própria baliza. Arbitragem de Domingos Matins.” VALONGO: Pires, Leal (1), Nora (2, sendo um de castigo máximo), Américo (2), Camilo (2), Alves, Queiroz e Camões. FÂNZERES: Rocha, Magalhães, Aníbal, Sousa, Augusto (1), Teodoro e Américo.

19670701_CP_Nora homenageado em Valongo. A notícia: “O internacional Nora é hoje homenageado” (em título). Hoje, Valongo presta a sua justa e merecida homenagem ao primeiro internacional da vila – o jogador José Alves Nora, campeão europeu – acto que vai constituir um grande acontecimento para assinalar o triunfo de um oquista cheio de qualidades.”

19670701_CP_Valongo-Fânzeres_7-2. Jogo no dia 30 de Junho. Sem indicação de local. A notícia: “Continuou ontem à noite o Campeonato Regional, com desfechos naturais, mas com um resultado imprevisto, no pavilhão do Carvalhos,

19670704_CP_Vigorosa-Valongo_3-4. Jogo no rinque das Cavadas, no dia 3 de Julho. A notícia:

369


“O campeonato regional tinha ontem um desafio de grande importância, entre as equipas do Académico e do Infante de Sagres. Os academistas, ao perderem pela teceira vez em cinco jogos, comprometeram seriamente as suas aspirações (…). (…) Foi emotiva a partida disputada no rinque das Cavadas e, sobretudo na primeira parte, os avançados de ambos os grupos estiveram muito diligentes. O Vigorosa esteve sempre a ganhar, até pouco antes do intervalo, mas a segunda parte dos vistantes serviu para demonstrar a sua maior capacidade física, que lhes garantiu o triunfo. A marcha do marcador, no primeiro tempo, indica claramente a parte emocional da partida: 1-0, 2-0, 2-1, 2-2, 3-2, 3-3. Arbitragem de Domingos Martins.” VIGOROSA: Teles, Guedes, J. Oliveira (2), Bonito (1), Mateus, Almeida e Carmo. VALONGO: Pires, Leal (1), Américo (1), Camilo (1), Armindo, Magalhães e Alves. Nota: Uma vez mais, muito irritantemente, não é indicado um dos marcadores.

19670705_CP_Valongo homenageia Nora

A festa de José Nora teve a rodeá-la ambiente de carinho e simpatia. Ao acto presidiu o eng. Armando Magalhães, prsidente da Câmara Municipal de Valongo, e do Porto foram vários desportistas, como o Presidente da Associação de Patinagem do Porto, Orlando de Sousa, o «capitão» da equipa do F. C. do Porto, Alexandre Magalhães, Júlio Rendeiro, etc. Na frente da mesa de honra, viam-se as honrarias com que José Nora foi distinguido e a camisola «grenat» da selecção nacional, junto da faixa e da medalha de bons serviços. Aos brindes, falaram: o sr. dr. João Alves do Vale, presidentre da Assembleia Geral da Associação Desportiva de Valongo; o dr. Antóno Castro Aguiar, presidente da Direcção do clube, que ofereceu ao homenageado uma salva de prata; o jogador José Camilo; o «capitão» da equipa do F. C. do Porto, Alexandre Magalhães; Júlio Rendeiro, do Infante de Sagres; Francisco Barros, director do clube; o seleccionador nacional, Armando Ribeiro; o nosso colega de redacção, Manuel Correia de Brito; o rev. Avelino Abreu, abade da vila; e o presidente da Câmara Municipal de Valongo, tendo agradecido o internacional José Nora.

“O internacional José Nora recebeu a consagração de Valongo” (em título).

Durante este jantar fizeram-se importantes afirmações, sobretudo aquelas que visavam a necessidade de Valongo ser dotada de um pavilhão de desportos.

A vila de Valongo homenageou mais um seu internacional. Depois do ex-junior Américo, coube agora a vez de Nora ser o primeiro internacional dacategoria de seniores que Valongo ofereceu

E, pelo que foi dado ouvir, o melhor prémio que se podia dar ao jogador homenageado e à vila que o lançou no desporto é, realmente, a construção de um recinto que sirva as grandes aspirações de

A notícia:

370

ao desporto português. Um e ouro aprenderam o verdadeiro «abêcê» da modalidade no F. C. do Porto, ao frequentarem neste clube a sua categoria de juniores e de seniores, o segundo.


um clube que já deu importante contributo para o desporto nacional.

19670711_CP_Valongo-Águias_14-1. Sem indicação de local ou data.

Tudo parece indicar que, de facto, o pavilhão de Valongo vai ser uma grande realidade, pois o próprio presidente da Câmara declarou que espera apenas que os dirigentes valonguenses lhe entreguem o projecto, no qual não gastam seja o que for, pois têm os técnicos à sua disposição. Já está assegurado um importante contributo de algumas centenas de contos da Direcção-Geral dos Desportos e, por isso, com a escolha do terreno, que oportunemente foi feita, tudo leva a crer que, num prazo muito breve, Valongo terá a grande festa do lançamento da primeira pedra.

A notícia:

Pelo menos, diante das afirmações desassombradas do presidente da edilidade valonguense, resta apenas que os dirigentes do Valongo apresentem osolicitado projecto para se iniciar a grande obra. Outro facto importante que foi salientado nesta festa, a circunstância de a vitória da selecção nacional, ao ganhar o Campeonato da Europa, em Bilbau, ter mais uma vez escondido as verdadeiras mazelas do óquei patinado, pois a cúpula parece firme, mas os alicerces estão carcomidos. De resto, se a selecção ganhou e isso mais há-de reforçar a opinião dos maus dirigentes de que mesmo com tantas limitações e dificuldades postas diante da equipa nacional, o grupo acabou por ganhar, pelo que se hão-de erradamente convencer que não será necessário acautelar convenientemente os seleccionados portugueses para que eles triunfem. A festa de José Nora serviu para tornar realidade uma certeza já conhecida – a de que Valongo pode continuar a ser, também, um bom viveiro de jogadores de primeira estirpe.”

“Não teve história esta partida em que o Valongo teve nítida superioridade do primeiro ao último minuto. Ao intervalo, o resultado já era de 5-0 para a equipa vencedora, que alardeou sempre nítida vantqagem em todos os domínios.” Valongo: Pires, Leal (2), Nora (3), Américo (2), Camilo I (4), Alves, António Emílio e Camilo II (2). Nota: Uma vez mais, a notíca falha a indicação de um dos golos do Valongo: só refere 13.

19670715_CP_Carvalhos-Valongo_6-3. Jogo no dia 14 de Julho. Sem indicação de local. A notícia: “As notas dominantes da jornada de ontem à noite, no campeonato regional da I Divisão, foi (sic) foi a exibição do Carvalhos e a nova derrota do Académico. (…) Durante a primeira parte, o jogo foi agradável e até, muitas vezes, espectacular, apesar de o Valongo ter alinhado desfalcado de Leal e Camilo I. Com as duas equipas completas, o desafio seria verdadeiramente sensacional. Os jogadores do Carvalhos parecem finalmente terem (sic) consciência da sua capacidade e todo o grupo jogou bem, com realce para Prezas, a figura mais saliente do desafio, não só pelos tentos marcados, mas sobretudo por aqueles que fez marcar. Retraído no princípio, até sofrer 0-2, o Valongo empertigou-se e caiu com a maior dignidade pefrante um adversárkio que, se consegue manter

371


o jogo vivo da primeira parte, será um adversário temível Ao intevalo, o Carvalhos já vencia por 4-1, mas o desafio valeu ainda pelos dois tentos dos vencedores, o quaro e o sexto, que revelaram a inteligência e a subtileza do médio local. A arbitragem de Fernando Pinto, também em alto nível, embora pecasse por benefícios a infractores e admoestações excessivamente expansivas, que humilham os jogadores e excitam opúblico.” Valongo: Pires, Camões, Nora, Américo (2), Camilo II (1), Magalhães e Alves.

19670718_CP_Valongo-Infante_4-2. Jogo em Valongo, no dia 17 de Julho. A notícia: “O INFANTE DE SAGRES sofreu em Valongo a sua primeira derrota do campeonato” (em título) O campeonato regionalportuense animou extraordinariamente com a jornada de ontem, pois o campeão regional foi perder a Valongo, sofrendo deste modo o seu primeiro desaire, e o segundo classificado teve de ceder um ponto em S. João da Madeira. (…) Com a sua equipa já completa, o Valongo inflingiu aos campeões regionais a sua primeira derrota da prova, numa partida que despertou grande entusiasmo. No primeiro tempo, que terminou com 1-1, os locais mostraram-se sempre mais inserenos, mas na segunda parte estiveram em particular evidência, de modo a justificar o êxito final. Arbitragem de Domingos Ferreira.”

372

Valongo: Pires, Leal (1), Nora (1), Camilo, Américo (2), Alves, Camões eCamilo II.

19670720_CD_”PIRES, um valor que regressa” (em título). A notícia: “Pode-se confiar ainda nos homens que orientam o desporto nacional. Os pequenos clubes são por vezes objecto de atitudes facciosas e que os amarrotam. Ditam essas atitudes pessoas sem equilíbrio e que se deixam guiar por desígnios inconfessávies: o árbitro. Mas felizmente, mais tarde embora, há quem corrija o mal, levando uma réstea de esperança a quem orienta, cheio de sacrifício, o pequeno e atrofiado clube de província. É que Manuel Pires, atleta da A. D. Valongo, tinha sido irradiado em 1965, num jofo contra o F. C. do Porto. Mal irradiado, o jogador reagiu, chrou e protestou-se. Valeu a pena reagir. Pediram os outros, pedimos nós. Os pedidos foram ouvidos, Vejamos então a resolução superior no conteúdo de um ofício da Federação Portugeusa de Patinagem, dirigido à Associação de Patinagem do Porto: «Para conhecimento e V. Ex.ª e a fim de ser transmitido ao vosso filiado Associação Desporiva de Valongo, informamos que as Ex.ma Direcção-Geral de Desportos homologou a decisão tomada por esta Federação em 6 de Fevfereiro p. p. que reduziu para 3 anos a pena de irradiação imposta ao patinador Manuel João dos Santos Pires». O «Correio do Douro» faz coro com os agradecimentos da população, da direcçãop e do jogador, e louva a Federação por esta prova de estima pela JUSTIÇA.”


19670720_CD_”VALONGO em evidência no Jóquei em Patins”.

“Continuou ontem ànoite o Campeonato de Juniores” (em título)

A notícia:

A equipa do Valongoparece ser a mais talhada para ganhar o Campoenato Regional. O resultado ontem conquistado contra o Infante de Sagres e sobretudo a sua exibição deram essa garantia. (…)

“A equipa de Valongo praticante de hóquei em patins está num plano de evidência e promete continuar uma obra que se impôs já à consideração geral – a da revelação de valores. É timoneiro da direcção o Sr. António Aguiar, estimado industrial de confeitaria e biscoitos que, numa atitude e bairrismo, se prontificou a aceder ao convite feito para servir a Associação Desportiva de Valongo. O clube precisava de renovação e de iniciativa. Foi pois em boa hora que se formou uma direcção cem por cento dinâmica e conscienciosa para que os destinos do clube sejam bem continuados. Presentemente, a equipa está a disputar o Campeonato da 1ª Divisão com vista ao apuramento para o Nacional. A carreira tem sido auspiciosa e tudo leva a crer que o clube se venha a situar nos três primeirops lugares. Para tal conta com atletas briosos e uma massa associativa dedicada. Entretanto, as camdas de jovens continuam a marcr presença e os anseio peço pavilhão de Desporto são cada vez mais vivos. O Sr. Presidente da Câmara de Valongo já prometeu todos os esforços e boa vontade desde que lhe apresentem o projecto definitivo e a planta de localização do imóvel. O resto ele arranja. Coisas mais difíceis tem conseguido Valongo. Confia no Sr. Engenheiro Armando Magalhães!”

19670723_CP_Valongo-Infante_13-1. Juniores. Jogo no dia 22 de Julho.Sem indicação de local. A notícia:

Ao intervalo, o resultado já era de 7-0. O tento do vencido foi marcado por Lino na própria baliza. Arbitragem de Aníbal Reis.” Equipa: Francisco, Lino (2), Cruz (4), Vale (4), Camões (3), Monteiro e Camilo.

19670723_CD_”VALONGO – evidência no Hóquei em Patins” (em título). A notícia: “A equipa do Valongo praticante de hóquei em patins está num plano de evidência e promete continuar uma obra que se impôs já à consideração geral – a da revelação de valores. É timoneiro da direcção o Sr. António Aguiar, estimado industrial de confeitaria e biscoitos que, numa atitude de bairrismo, se prontificou a aceder ao convite feito para servir a Associação Desportiva de Valongo. O clube precisava de renovação e de iniciativa. Foi pois em boa hora que se formou uma direcção cem por cento dinâmica e conscienciosa para que os destinos do clube sejam bem continuados. Presentemente, a equipa está a disputar o Campeonato da 1ª Divisão com vista ao apuramento para o Nacional. A carreira tem sido auspiciosa e tudo leva a crer que o clube se venha a situar nos primeiros três lugares. Para tal conta com atletas briosos e uma massa associativa dedicada.

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Entretanto, as camadas de jovens continuam a marcar presença e os anseio pelo pavilhão de Desporto são cada vez mais vivos. O Sr. Presidente da Câmara de Valongo já prometeu todos os esforços e boa vontade desde que lhe apresentem o projecto definitivo e a planta de localização do imóvel. O resto ele arranja. Coisas mais difíceis tem conseguido Valongo. Confia no Sr. Engenheiro Armando Magalhães!”

Nota: Desta vez, a informação piorou um pouco: além da falta da equipa dos Carvalhos e de indicação de um dos marcadores, também falhou o registo de um dos jogadores.

19670729_CP_Valongo-Espinho_3-2. Jogo no dia 28 de Julho. Sem indicação de local. A notícia:

1 9 6 7 0 7 2 6 _ C P _ C a r v a l h o s - Va l o n g o _ 3 - 4 . Juniores. Jogo nos Carvalhos, no dia 25 de Julho. A notícia: “FRACO NÍVEL TÉCNICO DAS EQUIPAS DE JUNIORES” (em título)

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“Principiou ontem à noite a segunda volta do Campeonato Regional” (em título) Foi extremamente equilibrado este desafio e o grupo de Valongo, de princípio indiscutívell favorito, acusou nitidamente a ausência do seu jogador Américo, que partiu para o Ultramar, pelo que a equipa não poderá contar mais com elle, como é óbvio, enquanto durar o seu serviço militar.

Prosseguiu ontem à noite o campeonato regional de óquei em patins ea nota dominante foi a notória e confrangedora debilidade técnica de todos os grupos, numa indicação lamentável da falta de interesse pela preparação de futuros jogadores. (…)

O Valongo teve uma primeira parte com indiscutível superioridade, atingindo o intervalo a vencer por 3-0. Perto do fim, mostrando-se extremamente combativa, a equipa dos espinhenses meteu dois tentos e pôs em perigo o êxito do adversário.

No pavilhão dos Carvalhos, a equipa do Valongo, considerada a mais evoluída da prova, teve uma tarefa difícil e só na segunda parte conseguiu dominar a aguerrida turma local.

Valongo: Pires, Camões, Nora, Leal (1), Camilo I (2), Alves, Camilo II e Milo.

Arbitragem de Afonso Cardoso.”

O Carvalhos esteve a ganhar por 2-0 e até ao intervalo cedeu o empate. Depois do descanso, o Valongo chegou a 4-2 e acabou por ganhar pela tangente.

19670730_CP_Vigorosa-Valongo_2-12. Juniores. Jogo no dia 29 de Julho. Sem indicação de local, de composição da equipa ou demarcadores.

Arbitragem de Marcelino Gomes.”

A notícia:

Valongo: Vale, Camões (3), Camilo e Victor

“Novo triunfo robusto da equipa de Valongo, no Campeonato deJuniores” (em título)


Realizaram-se ontem à noite mais quatro jogos do Campeonato Regional de Juniores, jornada em que o grupo de Valongo, sem dúvida o maior favorito da competição, conseguiu o resultado mais notório. Outros resultados: Cucujães-Infante_2-3; Porto-Carvalhos_4-1; Fânzeres-Sanjoanense_1-2”

19670805_CP_Académico-Valongo_0-5. no Lima. Sem indicação do dia.

Jogo

A notícia: “No pavilhão do Lima, os academistas, em impressionante hora de descrença, sofreram nova derrota, que parece colocar o grupo em posição extrememente crítica. Não compreendemos, sinceramente, o que se está a passar, mas temos a certeza de que se trata de um fenómeno raro nos anais do clube «alvi-negro». Ao intervalo, o resultado era 0-0. Arbitragem de Isaac Martins.” Valongo: Álvaro, Camões, Leal, Nora, Camilo I (2), Camilo II, Magalhães e Pires. Nota: De novo e de forma agravada, a notícia omite o nome do(s) marcador(es) de três golos!

Prosseguiu o Campeonato Regional de Juniores, com uma jornada em que se destacava um desafio de grande importância que se disputou em Valongo, entre o grupo local e o F. C. do Porto. (…) A equipa azul-branca em breve conseguiu a vantagem de dois tentos, mas já atingiu o intervalo com o empate a duas bolas. Depois, veio a ascendência da equipa local, de modo a justificar o êxito final, pela tangente. Arbitragem de Ramiro de Sousa.” Valongo: Monteiro, Lino, Cruz (1), Padeiro (1), Camões (1), Quim, Camilo e Camões II. Classificação: Valongo Porto Sanjoanense Carvalhos Vigorosa Fânzeres Infante Cucujães

J 5 5 5 5 5 5 5 5

V 5 4 3 2 2 1 1 0

E 0 0 0 1 1 1 1 0

D 0 1 2 2 2 3 3 5

F 36 20 25 18 19 9 6 7

C 8 7 14 13 22 9 25 40

P 15 13 11 10 10 8 8 6

19670812_CP_Valongo-Sanjoanense_5-2. Jogo em Valongo, no dia 11 de Agosto. A notícia:

19670807_CP_Valongo-Porto_3-2. Juniores. Jogo em Valongo. Sem indicação de data.

“O F. C. DO PORTO bateu inapelavelmente um irrconhecível INFANTE DE SAGRES” (em título).

A notícia:

“O Campeonato Regional da I Divisão ganhou ontem enormes motivos de interesse com o triunfo, justo a todos os títulos, do F. C. do Porto sobre o Infante de Sagres.

“O VALONGO isolou-se na classificação do Campeonato Regional de Juniores” (em título).

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Os campeões regionais ainda não perderamo primeiro lugar, mas tanto o F.C. do Porto como o Valongo estão agora a um ponto do guia, pelo que a prova vai suscitar enorme entusiasmo, nesta parte final. (…) O Valongo chegou a 3-0, resultado justo, mas depois, antes do intervalo, a Sanjoanense fez 3-1. Na segunda parte, a Sanjoanense entrou a jogar com mais dureza; por esse motivo e para que o jogo não degenerasse no aspecto disciplinar, abandonou o rinque o oquista da Sanjoanense José Azevedo, que abusava do jogo duro. Depis do 4-1, a Sanjoanense fez 4-2, fechando a conta o Valongo com 5-2. A vitória aceita-se na equipa que na verdade mais e melhor jogou. De notar o reaparecimento de Américo, que foi desmobilizado da vida militar, e a ausência de Nora, muito notada. Jogo no rinque do Valongo. Ao intervalo, 3-1. Árbitro: Ramiro de Sousa.” Valongo: Alves, Camões (1), Leal (1), Camilo (2), Américo (1), Pires, Milo e Aguiar.

19670824_CP_Delegado do Valongo presente em reunião sobre importante questão. A notícia: Realizou-se no dia 23 de Agosto, na Associação de Patinagem do Porto, uma reunião a que assistiu um delegado do Valongo, entre outros sete delegados, dos clubes seguintes: Carvalhos, Acad. de Espinho, Vigorosa, Porto, Fânzeres, Infante de Sagres e Educação Física. O Presidente da Associação, Fernando Barbot,

376

explicou, entre outros assuntos, a nova fórmula do Capeonato Nacional, adoptada no recente Congresso da modalidade, que prejudica a cidade do Porto, pois só muito remotamente com ela haverá possibilidaeds de a fase final docampeonato se realizar nesta cidade. O que, aliás, o delegado do Porto ao congreso pediu foi apenas que, quando a fase final coubesse à metrópole, houvesse rotação entre Lisboa e Porto. A delegação de Lisboa absteve-se na aprovação da nova fórmula que prejudicava o Porto, mas estranhamente votaram a favor dela Lourenço Marques, Manica e Sofala, Luanda e Funchal, que aparentmente nunca seriam prejudicados pela alternativa proposta.

19670826_CP_Valongo-Vigorosa_6-2. Jogo no dia 25 de Agosto. Sem indicação de local. A notícia: “ÁGUIAS, PORTO, CARVALHOS e VALONGO vencedores no Campeonato regional da I Divisão” (em título) A jornada de ontem à noite do Campeonato Regional portuense da I Divisão ficou incompleta, com a transferência para o dia 30 do jogo entre o Infante de Sagres e o Académico, devido à deslocação da segunda equipa a Espanha. (…) O Valongo, dispondo de melhor conjunto, entrou a jogar com grande velocidade e atingiu o intervalo a vencer por 4-0. Na segunda parte, o Vigorosa deu inicialmente boa réplica, mas oValongo reagiu e terminou bem. Arbitragem de Valdemar Aires.” Valongo: Pires, Leal (1), Nora, Américo, Camilo I (5), Alves, Camões e Camilo II.


19670902_CP_Valongo-Porto_3-2. Valongo. Sem indicação de data.

Jogo

em

A notícia: “O mais importante desafio do Campeonato disputou-se em Valongo e, de tal sorte, que o provável vencido ficava praticamente arrumado para o título, a não ser que as próximas jornadas venham a ser demolidoras. O Valongo com o seu êxito ganhou novo alento para o jogo que tem de fazer no pavilhão do Infante de Sagres, onde habitualmente se exibe bem. (…) Muita gente e muito entusiasmo em Valongo, com larga representação da falange azul-bfranca. O F. C. doPorto principiou do melhor modo, pois Nora falhou duas grande penalidades e Cristiano abriu oactivo para 1-0 e Hernâni fez, depois, 2-0. Depois disso e até ao intervalo, o Valongo chegou a 2-2, os ânimos aqueceram e tanto Valentim como Nora foram expulso por dois minutos. Na segunda parte, o Valongo falhou mais duas penalidades, por Américo e Nora, e o jogo ganhou mais vibração. O Porto cresceu notoriamente e durante um bom lapso de tempo os portistas foram senhores do recinto, mas o Valongo despertou e equilibrou-se outra vez a partida e veio o tento do triunfo, mas antes Américo fez várias fintas e acabou por ser derrubado, mas falhou novo castigo máximo. Perto dofim, Camilo, isolado diante da baliza, não converteu e o resultado não mais se alterou. Arbitragem deAntónio Quintela.” Valongo: Alves, Leal, Nora (1), Américo (1), Camilo (1), Camilo II, Aguiar e Pires.

Classificação: D F C 2 94 26 2 64 35 2 67 32 4 65 34 6 74 45 8 60 34 9 50 62 9 41 79 3 43 110 13 30 131

P 41 40 38 35 32 28 26 24 18 18

19670909_CP_Águias-Valongo_0-5. Jogo Senhora da Hora, no dia 8 de Setembro.

na

Infante Valongo Porto Carvalhos Sanjoanense Académico Espinho Vigorosa Fânzeres Águias

J 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15

V 13 12 10 9 8 6 5 3 1 1

E 0 1 3 2 1 1 1 3 1 1

A notícia: “Estamos a duas jornadas do fim do campeonato e a ronda de ontem decorreu com normalidade, como se esperava. (…) No recinto da Senhora da Hora, a equipa vencida bateu-se bem, perante um adversário extremamente evoluído, mas o Valongo exibiu-se com naturalidade e justificou o êxito final. Ao intervalo, o vencedor já tinha 3-0 a seu favor. Arbitragem de Aníbal Reis.” Valongo: Alves, Leal (2), Nora (1), Américo (2), Camilo I, Camilo II, Aguiar e Pires.

19670916_CP_Valongo-Carvalhos_8-4. em Valongo, no dia 15 de Setembro.

Jogo

A notícia: “Disputou-se ontem à noite a penúltima jornada

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do campeonato regional e não houve surpresas, pelo menos em relação à questão dos primeoros lugares, pois tanto o Infante de Sagres como o Valongo passaram os seus obstáculos. Assim, a prova ou melhor o título decide-se na próxima sexta-feira,em que se diputa no pavilhão do Infante de Sagres o jogo decisivo,entre a equipalocal e o Valongo, desafio da maior importância, em que o vencedor será o campeão, mas o empate favorese o Infante, nesta altura com mais um ponto. (…) Em Valongo, a equiqpa local fez uma primeira parte irresistível, com grande velocidade e apego. Não surpreende que ao intervalo o resultado já fosse favorável ao Valongo por 5-0, apesar de ter desperdiçado três grandes penalidades. No segundo tempo, o Valongo abrandou e disso se aproveitou o Carvalhos, para investir com maior perigo, mas nunca colocando o vencedor em apuros, dada a grande margem da primeira parte. Arbitragem de Afonso Cardoso.” Valongo: Alves, Leal (2), Nora (1), Camilo I (4), Américo (1), Pires, Camilo II e Aguiar.

O Valongo, segundo parece por louvável atitude da Associação, teve bilhetes à venda na sua própria terra, o que descongestionou consideravelmente as bilheteiras do pavilhão. Bandeiras do Valongo viam-se no recinto e a tensão no público era enorme, porque já há anos que não se via um Campeonato Regional «durar» até à última jornada. A Radiotelevisão Portuguesa tem mostrado um certo interesse pelo óquei em patins. Mas apenas transmite directamente os jogos do campeonato de Lisboa; há oito dias, tivemos um insípido Benfica-Paço de Arcos e ontem à noite deu-nos um sensaborão Benfica-Campo de Ourique. Entretanto, no Porto jogava-se um desafio de excepcional importância e a Televissão apenas se decidiu a reter umas simples imagens, que hoje, certamente, nos há-de oferecer, retardadas e já sem interesse. (…)

“O INFANTE DE SAGRES revalidou o título decampeão regional” (em título).

Nos primeiros minutos de jogo, quando o Infante de Sagres receava aventurar-se para além do meio recinto, já se podia ver que o jogo só podia ser ganho pelo Infante de Sagres. Realmente, a táctica da equipa do Valongo era tão inconcebível que os erros se foram acumulando com tamanha gravidade que, ao fim de dez minutos de jogo, o campeão estava prematuramente achado.

Encheu-se completamente o pavilhão do Infante de Sagres, como já há muito não vimos. Mas o jogo foi duma pobreza confrangedora, pois as equipas actuaram com muito nervosismo durante a maoir parte do desafio.

Efectivamente, o Valongo, jogando num imperfeito e impossível «quadrado», nunca podia estar em condições de ganhar o jogo. O «quadrado» é um sistema defensivo que não serve para ganhar, mas para perder pelo menor resultado possível. Mas,

19670923_CP_Infante-Valongo_4-1. Jogo no Infante de Sagres. Sem indicação de data. A notícia:

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Também, o que já não víamos há muito tempo, os «oportunistas» aproveitaram-se do entusiasmo que o jogo despertou, pois havia imensos «contratadores» muito antes de o desafio principiar, a fazer o seu negócio.


para se jogar tacticamente com o «quadrado», é necessário que os dois homens da rectaguarda sejam muito rápidos e exímios patinadores. Ora, Leal, o defesa «valonguense», é o pior patinador de uma equipa que aprendeu quase todo o verdadeiro «abêcê» no tempo em que Nora, Américo e Camilo jogaram no F. C. do Porto. Daí que Leal, sem velocidade, não podia fazer um «quadrado» em condições, além de que actuou sempre muito mais adiantado do que o seu médio, Nora, de tal sorte que os três primeiros tentos da partida foram inteiramente de culpa sua, visto que, no primeiro tento, estava demasiado adiantado para salvar o erro de Nora, e nos dois seguintes foram flagrantes erros seus que deram origem ao 3-0, pois a sua colocação adiantada apenas serviu para o tolher e dos movimentso necessários para a recuperação. Depois, o árbitro, cujo trabalho foi imperfeito, expulsou Américo por cinco minutos, quando tinha sido o guarda-redes do Infante que tinha agredido o jogador do Valongo, mas o Infante, apesar de ter procurado aproveitar-se da inferioridade numérica do adversário, não conseguiu marcar o seu quarto tento, senão quando o adversário já estava completo, mas o guarda-redes vencido, que tinha entrado a substituir Pires, defendeu a bola e deixou-a passar lentamente por debaixo das caneleiras. Na segunda parte, foi notória a superioridade do Valongo, que marcou um tento e perdeu os lances de tento suficientes para chegar ao empate. A equipa, desnorteada pelo que fizera no primeiro tempo, não teve a calma necessária para terminar algumas boas jogadas, mas também o Infante de Sagres teve sorte em excesso, neste segundo tempo. O triunfo do Infante assenta na exibição de dois

jogadores: A. Oliviera e Dinis, especialmente no primeiro, em noite vdedadeiramente afortunada, mas oêxito foi mais devido aos erros tácticos do adversário que ao mérito do vencedor. Nora não converteu uma grande penalidade repetida, nem A. Oliveira transformou um castigo máximo. A arbitragem de Fernando Pinto nunca esteve à altura do jogo. Não nos parece que a sua escolha para este desafio tenha sido feliz, mas, não obstante a maneira como procurou ser sempre imparcial, falhou sobretudo no julgamento de bolas nos patins e também deu constantes benefícios ao infractor, lesando, num aspecto e noutro, mais o vencido.” Valongo: Pires, depois Alves, Leal, Nora (1), Camilo I, Américo e Camilo II.

1 9 6 7 0 9 2 4 _ C P _ Va l o n g o - C a r v a l h o s _ 8 - 1 . Juniores. Jogo em Va,longo. Sem indicação de data. A notícia: “Domínio amplo dos valonguenses, como o próprio resultado elucida, sem reservas.” Equipa: Monteiro, Almeida, Domingos (2), Freitas, Padeiro (6), Ricardo e J. Camilo.

19670924_CP_Federação requer Congresso para discutir nova regulamentação do campeonato nacional. A notícia: “A FEDERAÇÃO VAI REQUERER A REALIZAÇÃO DE UM CONGRESSO PARA REVER A FÓRMULA

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DO CAMPEONATO NACIONAL” (em título) Fomos informados de que a actual Direcção da Federação Portuguesa de Patinagem resolveu, por sua própria iniciativa, convocar a reunião do Congresso parq rever a inconcebível regulamentação do Campeonato Nacional tão lesiva dos interesses da cidade do Porto. (…)” (assunto referido acima, em 670824).

19671014:CP_Infante-Valongo_1-2. Sem indicação de local nem de data. A notícia: “A Associação de Patinagem do Porto promoveu a ralização de um torneio de óquei em patins, para movimentação das equipas, antes de principiar o Campeonato Nacional, ao mesmo tempo que presta homenagem a uma conhecida figura desportiva e que na modalidade, como dirigente, tem sido de uma dedicação a toda a prova. (…) Foi bem disputado este jogo, mas a equipa vencedora teve vantagem territorial durante o primeiro tempo, o que justificou a sua vantagem de 2-0 ao intervalo. No segundo tempo, o Infante equilibrou mais a partida, mas não chegou ao empate. Arbitragem de Fernando Pinto.” Valongo: Pires, Leal, Nora (2), Américo, Camilo I, Camilo II, Magalhães e Alves. Nota: O desporto e o hóquei em particular têm destas ironias: em 670923 o Valongo pedeu o 1º lugar do Campeonato Regional, ao ser derrotado pelo Infante de Sagres, no seu rinque; 20 dias depois, com praticamente a mesma equipa,

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derrotou o mesmo infante de Sagres, no mesmo rinque…

19671014_CP_Marcado novo congresso da FPP. A notícia: “Foi marcado novo Congresso da Federação Portuguesa de Patinagem” (em título). Para apreciar os novos moldes do regulamento do campeonato nacional, foi marcada uma reuniãodo Congreso da Federação Portuguesa de Patinagem, durante a qual será discutida a pretensão da Associação de Patinagem do Porto. Esperamos que, desta vez, o bom senso dos delegados aprove uma regulamentação que não brigue com a dignidade eos pergaminhos dacidade do Porto.” (Assunto discutido em 19670824 e 19670924).

19671020_CP_Começa a 23 de Outubro a fase inicial do Campeonato Nacional A notícia: “Presidido pelo dr. Alberto Mesquita, efectuou-se ontem, na sede da Federação Portuguesa de Patinagem, o sorteio dos jogos da 1ª eliminatória da fase inicial do Campeonato Nacional de óquei em patins. Na Zona Norte, os clubes da Associação de patinagem do Porto não disputam a referida eliminatória, porque as Associações de Braga, Coimbra e Castelo Branco não chegaram a filiar-se naquele organismo.”


19671029_CP_Valongo-Carvalhos_4-1. Jogo em Valongo, no dia 28 de Outubro.

19671031_CP_Carvalhos-Valongo_3-2. Jogo nos Carvalhos, no dia 30 de Outubro.

A notícia:

A notícia:

“ACADÉMICO E VALONGO bateram o F. C. do Porto e Carvalhos para o CAMPEONATO NACIONAL” (em título).

“Académico e Valongo eliminaram respectivamente F. C. do Porto e Carvalhos” (em título)

Realizaram-se ontem os jogos da primeita «mão» da segunda eliminatória do Campeonato Nacional, desafios em que, em duas «mãos», se apuram as equipas que vão à fase final da prova. Por ironia do destino, os jogos foram disputados ao ar livre, embora já tenhamos recintos cobetos para nos pôr (sic) a cobro das invernias e, se à hora do jogo não choveu, os pisos ainda estavam suficientemente encharcados para tirar todo o efeito que o óquei em patins pode proporciona. (…) Em Valongo, defrontaram-se as duas equipas poruenses que mais fino óquei apresentam. O desafio foi mais equilibrado do que o resultado deixa transparecer, embora a turma local estivesse sempre mais em evidência. Ao atingir-se o intervalo, já o Valongo ganhava po 2-0 e a vantagem final, se bem que dura para os vistantes, corresponde à maior capacidade do vencedor. A vantagem de três bolas é importante para a equipa do Valongo, mas o Carvalhos, no seu pavilhão, transfigura-se e essa desvantagem pode ser anulada, embora seja difícil, dada acategoria do adversário, o que pressupõe um grande jogo em perspectiva para asegunda mão. Arbitragem de Afonso Cardoso.” Valongo: Pires, Leal, Nora (2), Camilo I (1), Américo (1), Alves, Camilo II e Magalhães.

Disputou-se ontem à noite a segunda «mão» da segunda eliminatória da fase de apuramento do Campeonato Nacional. O Académico repetiu, com maior amplitude, o seu êxito de sábado na Constituição, e o Valongo, embora perdendo o desafio nos Carvalhos, ganhou por maior vantagem de tentos nas duas «mãos». (…) A partida dos Carvalhos foi muito bem disputada, mas com excessiva dureza. As expulsões que se verificaram, se têm vindo mais cedo, atenuariam o efeito de certas jogadas intencionais. Ao intervalo, o resultado era de 2-0. Na segunda parte, o Carvalhos falhou um tento certo e, de rajada, o Valongo fez dois tentos em resposta e «arrumou» a sorte da eliminatória. Arbitragem de Fernando Pinto.” Valongo: Pires, Leal, Nora, Camilo I (1), Américo (1) e Camilo II.

19671031_CP_O caso da nova regulamentação do campeonato nacional A notícia: “FOI DADA RAZÃO À CIDADE DO PORTO” (em título). Realizou-se emLisboia o Congresso da Federação Portuguesa de Patinagem, a que presidiu

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Gaudência Costa, estando presentes representantes das Associações de Lisboa, Porto, Lourenço Marques, Manica e Sofala e Leiria.

19671103_CP_Começa esta noite o Campeonato Nacional – Fase Metropolitana.

As importantes intervenções foram feitas pelo presidente da Associção de Patinagem do Porto, Fernando Barbot efoi aprovado quea fase final do Campeonato Nacional se dispute em regime de rotação, em Moçambique, Lisboa, Porto e Angola.

“Estão marcados para esta noite os primeiros jogos do Campeonato Nacional metropolitano, em que tomam parte oito equipas, quatro em representação do Norte: Valongo, Académico, Infante de Sagres e Marítimo, campeão da Madeira, e, pelo Sul: Benfica, Sporting, CUF e Sintra.

Qualquer outra cidade se poderá candidatar com três meses de antecedência, mas o delegado do Porto apresentou uma moção para que, no caso de desistência de qualquer cidade indicada para a fase final, outra qualquer só poderia ocupar esse lugar se, no ano anterior, já não tivesse realizado aprova. Deste modo, o delegado do Porto evita a possibilidade de, por exemplo, Lisboa obter a realização da fase final dois anos consecutivos. O representante do Porto absteve-se de votar a acta do último congresso, que foi considerado ilegal, por terem votado as representações de Manica e Sofala e Açores que, pelo menos na altura, não estavam filiadas na Federação. O delegado de Lourenço Marques votou desta vez a favor da proposta que dava ao Porto o direito de entrar na fase final, em sistema rotativo, mas oseu voto favorável foi imposto pela Direcção da Associação de Lourenço Marque, que o obrigou a estar ao lado da cidade do Porto nesta votação. O delegadode Lourenço Maques anunciou que se ia demitir di seu cargo. Finalmente, terminou este diferendo, de que poderia resultar grave cisão na modalidade e, deste modo, foi dada razão à cidade do Porto, anulando-se as causas e efeitos do último Congresso, as quais, na hora própria, tanto verberámos.”

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A notícia:

Todas as oito equipas já «rodaram» várias vezes na prova, inclusivamente o representante insular. (…) Os jogos nesta cidade disputam-se no pavilhão do Clube Infante de Sagres, nesta série de desafios entre equipas integradas na região nortenha. Quanto aos embates entre equipas do Norte e do Sul, realizam-se no Pavilhão do Académico. Os jogos para esta noite, com que se inicia a prova, são os seguintes: Valongo-Académico e Marítimo-Infante de Sagres, a principiar, respectivamente, às 21,30 horas e 22,30 horas. Em Lisboa, no Pavilhão dos Desportos, jogam Benfica-Sintra e Sporting-CUF. Em relação aos jogos no Porto, o jogo de maior interesse é, sem dúvida, a partida entre o Valongo e o Académico, visto que o desafio Infante-Marítimo, pelo menos no campo da teoria, tem um vencedor mais ou menos certo – o campeão regional portuense. (…) Oxalá a prova principie sob bons auspícios, já que continuamos a discordar da sua regulamentação, que afasta equipas de bom nível, para manter grupos sem categoria nem prestígio. O provável vencedor deste campeonato metropolitano irá a Lourenço Marques, disputar a fase final,


na qual tomam parte o campeão da metrópole, os primeiro e segundo classificados de Moçambique e o campeão de Angola, em prova a disputar em duas voltas. Como se pode avaliar, a prova deste anotem um bom prémio para as equipas metropolitanas, que é a deslocação a Lourenço Marques.” Juniores Campeões em 1967

E CUF, PRIMEIROS VENCEDORES DO CAMPEONATO NACIONAL (FASE METROPOLITANA) (em título) Principiou ontem a fase final metropolitana do Campeonato Nacional e, sobretudo em relação aos desafios no Porto, foram muito equilibrados, em especial a partida entre o Académico e o Valongo, que proporcionou espectáculo emotivo, embora em nível inferior às possibilidades de ambas as equipas. (…) Ambas as equipas actuaram em nível inferior ao que nos habituamos a ver. O Valongo explica-se em parte pela falta deCamilo I, punido com um jogo de suspensão pela Federação, em consequência de um incidente no jogo com o Carvalhos. Todavia, o Académico ou pareceu subestimar o adversário ou deu conta só na segunda parte que tinha de operar uma viragem no seu sistema. Ora, a equipa do Valongo, animosa e bem organizada, com o seu guarda-redes em noite inspirada, deu sempre réplica condigna e, pode dizer-se, pertenceram-lhe as jogadas mais perigosas, embora a defender o grupo vencido actuasse com bases em meios um pouco ortodoxos.

Em cima: Domin. Cruz, Quim Camões, João Camilo, Lino Almeida, Nora (trein.) Em Baixo: Quim Camilo, A. Alves, Monteiro, Ant. Queirós.

19671104_CP_Valongo-Académico_1-2. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres, no dia 3 de Novembro. A notícia: “INFANTE DE SAGRES, ACADÉMICO, BENFICA

Ao intervalo, o resultado era de 0-0, mas o Valongo não soube ou não pode converter um castigo máximo, pois o remate de Nora e a sua recarga deram ao guarda-redes academista a possibilidade de, mais uma vez, demonstrar que deve ser o guardião nacional em forma mais apurada. Depois do descanso, Quitó, que fora já, até aí, um jogador a cumprir, na avançada, exemplarmente, o seu papel, fez 1-0, mas o Valongo não se desorientou e mais adiante empatou, em jogada de belo efeito e culminada por Camilo II.

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Depois disso, o jogo animou mais ainda, até à altura em que Abílio, com uma jogada magistral, entregou a bola a Campos, que fez 2-1, sem remissão. O Valongo continuou a empertigar-se, mas a organização defensiva academista não deu um palmo livre aos avançados opositores. A arbitragem de António Soares não foi isenta de erros, mas o seu trabalho caracterizou-se por indiscutível imparcialidade.” Valongo: Pires, Leal, Nora, Américo, Camilo II (1), e Emílio.

19671109_CP_Valongo-Marítimo_6-0. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres, no dia 8 de Novembro. A notícia: “As oito equipas que estão a disputar a fase metropolitana do Campeonato Nacional da I Divisão terminaram ontem à noite a série de jogos feitos entre regiões. Pelos resultados verificados nas três jornadas até aqui realizadas, apenas dois gruos – Benfica e Académico – se mantêm em primeiro lugar, contando por êxitos os jogos realizados até aqui. No próximo sábado à noite, no pavilhão do Lima, jogam as quatrro equipas do Sul contra os quatro grupos do Norte, pelo que teremos entre nós o Benfica, Sintra, Sporting e CUF.” (…) Como era de prever, a equipa da Madeira, ontem, desuniu-se facilmente, logo que o adversário, tendo estudado a errada táctica da equipa, pôde dominá-la desde o primeiro instante. Assentando o seu jogo numa táctica de contra-ataque e com base

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no trabalho do seu médio Ricardo, os campeões da Madeira foram presa fácil para os segundos classificados do campeonato regional portuense. Até ao intervalo, o Marítimo ainda deu boa réplica, embora atingisse o intervalo a perder somente por 2-0. Mas, depois do terceiro tento obtido por Nora, a equipa insular entregou-se completamente e sofreu dura punição que, digamos, não merecia. Arbitragem de Artur Reis.” Valongo: Navio. Leal, Nora (2), Camilo (3) e Américo (1).

19671111_CP_No Pavilhão do Lima, defrontam-se os grupos do Norte e do Sul A notícia: “Estão marcados par este noite os primeiros jogos do embate Norte-Sul e que conduzem a uma verdadeira maratona. Nada menos de vinte jogos em pouco mais de quarenta e oito horas, sendo dezasseis desafios da I Divisão e quatro jogos de juniores. (…) Os primeiros jogos de hoje disputam-se entre equipas de juniores, no campeonato nacional juvenil, com desafios esta tarde, a partir das 16,45 horas, no pavilhão do Infante de Sagres, jogando primeiro F. C. do Porto-Salesiana e, em seguida, Valongo e Paço de Arcos. Já à noite, no pavilhão do Lima, defrontam-se, a partir das 20,15 horas: Infante de Sagres-Sintra, Marítimo-Benfica, Académico-CUF e ValongoSporting. Amanhã de manhã, no Lima, jogam, a partir das 9 horas da manhã: Marítimo-Sintra, Académico-Sporting, Valongo-CUF e Infante de Sagres-Benfica.


À tarde, no pavilhão do Infante de Sagres, jogam F. C. do Porto-Paço de Arcos e Valongo-Salesiana. Amanhã à noite, no Lima, defrontam-se: Valongo-Sintra, Marítimo-CUF, Académico-Benfica e Infante-Sporting. Segunda-feira à noite, ainda no pavilhão do Lima, encerra-se a primeira volta, com os jogos: Académico-Sintra, Marítimo-Sporting, Valongo-Benfica e Infante-CUF.”

19661111_CP_A intensa actividade da Associação Desportiva de Valongo. A notícia: “A intensa actividade do VALONGO” (em título) “Merece aqui uma justa referência a actividadade da Associação Desportiva de Valongo que, ao cabo de doze anos de bom trabalho, tem marcado posição de relevo. Depois de cinco anos a disputar o campeonato regional da II Divisão, ascendeu à divisão principal em 1861. Nos últimos anos, tem sido particularmente instensa a sua actividade e, senão, vejamos:

– 1967 – SENIORES – 2º lugar no Regional da I Divisão e actual prsença no Nacional Metropolitano – Apurado finalista da Taça «Joaquim Ferreira». JUNIORES – Campeões regionais e presença no Nacional. A título de curiosidade, salientemos que, o ano passado, apenas Valongo e Benfica estiveram representados nos nacionais de seniores e juniores e, este ano, o Valongo é o único clube com as duas equipas em prova. Repare-se que, na passada quarta-feira, os seniores do Valongo tiveram de se equipar com o equipamento transpirado, do jogo de momentos antes, na categoria de juniores. Pormenor que, se revela pouca higiene, denota a força de Valongo e a dedicação dos jogadores do Valongo.”

19671112_CP_Valongo-Sporting_2-3. Jogo no Lima, no dia 11 de Novembro. A notícia:

– 1965 - SENIORES – 4º lugar, no então chamado Nacional da I Divisão da zona Norte e presença na fase final.

“Campeonato Nacional de Seniores – ACADÉMICO e BENFICA mantêm-se em primeiro lugar” (em título)

PRINCIPIANTES – Campeões Regionais.

“Ontem, no pavilhão do Lima, perante numerosa assistência, disputou-se a primeira jornada do embate Norte-Sul, do campeonato nacional, fase metropolitana. (…)

– 1966 – SENIORES – 3º lugar no Regional da I Divisão e presença na fase final do Nacional da I Divisão. JUNIORES – Campeões Regionais e 3º lugar no Nacional. PRINCIPIANTES – Campeões Regionais.

No último jogo da noite, os lisboetas tiveram grandes dificuldades para bater o Valongo, mas o guarda-redes nortenho, traído nos dois primeiros tentos, não permitiu o empate que o Valongo merecia.

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A equipalisboeta, treinada por Vaz Guedes, deu boa conta de si. Ao intervalo, o resultado era de 1-1. Excelente arbitragem de Frederico Poyssoneau.” Valongo: Pires, Leal, Nora, Américo (1) e Camilo (1).

19671113_CP_Valongo-CUF_1-4. Jogo no Lima, na manhã do dia 12 de Novembro. A notícia “Fizeram-se ontem, de manhã e *a nioute, duas jornadas mais, do Campeonato Nacional, fase metropolitana. Com excpção doêxito do Marítimo, pela manhã, e do Valongo, à noite, aliás contra o mesmo adversário, o Sintra, as equipas nortenhas perderam todos os jogos, embora por margens escassas e depois de dxarem boas provas. (…) Com uma primeira parte de maior capacidade técnica, a CUF até ao intervalo garantiu a vantagem de 3-1, embora o Valongo tenha chegado a 1-1. Na segunda, a CUF abrandou e o Valongo, fazendo excelente exibição, não teve sorte no remate, a grande exibição de Vitor Domingos constituiu sempre obstáculo intransponível para os nortenhos. Se efectivamente o Valongo tem diminuído para 2-3 na altura que mais o merecia, certamente a sorte do jogo teria sido outra. Perto fo fim, a CUF obteve o tento da tranquilidade e deixou de ter problemas. A arbitragem de Manuel Barata foi muito bem conduzida.” Valongo: Navio, Leal, Nora (1), Camilo e António.

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19671113_CP_Valongo-Sintra_6-3. Jogo Lima, no dia 12 de Novembro, à noite.

no

A notícia: “O primeiro jogo da noite proporcionou um bom triunfo à equipa nortenha, que principiou com grande balanço, fez dois tentos sem resposta, mas que, até ao intervalo, abrandou e permitiu a recuperação dos sintrenses, que chegaram a 2-2. Na segunda parte, porém, o Valongo entrou a jogar com grande determinação e foi sucessivamente aumentando a sua margem até 5-2, consentindo depois um tento do adversário, mas respondendo com outro, fixando o resultado final em 6-3. Arbitragem sem problemas, de Carlos Silva, de Lisboa.” Valongo: Navio, Leal (2), Nora, Américo (3), Camilo I (1, de penalty) e Camilo II.


19671113_CP_Valongo-Salesianos_1-5. Juniores. Jogo no Infante de Sagres, no dia 12 de Novembro, à tarde. A notícia: “Terminou ontem à tarde a primeira volta do Campeonato Nacional de Juniores, com êxitos das equipas do Sul. Ao intervalo, 1-2.” Valongo: Silva, Lino, Domingos (1), Vale, Camões I, Camilo, Victor e Camões II. Classificação: Paço de Arcos Salesianos Valongo Porto

J 3 3 3 3

V 2 2 1 0

E 1 0 1 0

D 0 1 1 3

F 10 10 6 1

C 7 5 9 6

P 8 7 6 3

defesa ajudar os companheiros, o Benfica passou a jogar mais confiante no ataque, mas só na segunda parte conseguiu mais dois tentos, a remate de Jorge Vicente e Vitor Santos, mostrando então o grupo lisboeta a sua forma apurada e não caindo no pecado de se recusar a avançar, como fizera na véspera, mal marcara 1-0, por recear o adversário, o que então levantou justos protestos do público. Ontem, o Benfica atacou sempre e pôde mostrar a valia da sua compenetração de jogo. A arbitragem de Octávio Andrade, de Lisboa, mostrou-se ao nível superior de todos os trabalhos dos seus colegas lisboetas.” Valongo: Navio, Leal, Nora, Camilo I, Américo e Camilo II.

19671118_CP_Académico-Valongo_4-2. Jogo no dia 17 de Novembro. Sem indicação de local. 19671114_CP_Valongo-Benfica_0-3. Jogo Lima, no dia 13 de Novembro, à noite.

no

A notícia: “Teminou ontem à noite, no pavilhão do Lima, a primeira volta do Campeonato Nacional (fase metropolitana), conservando-se o Benfica, isolado, em primeiro lugar, com a vantagem de quraro pontos sobre o adversário mais próximo, precisamente o Académico, que é, portanto, o grupo nortenho com melhor classificação. (…) Durante um bom período, o Valongo ofereceu séria resistência aos campeões nacionais e o Benfica não teve, por assim dizer, grandes oportunidades para perfurar a cortina defensiva dos nortenhos. No entanto, desde que os lisboetas fizeram oseu primeiro tento, a remate de Casimiro, que veio da

A notícia: “Principiou ontem à noite, em Lisboa e no Porto, a segunda volta do Campeonato Nacional, fase metroplitana, com resultados esperados (…). A equipa academista, noprimeiro lance do jogo, teve uma bola no poste, aseguir uma grande penalidade foi devolvida pela trave e, então, fez-se 1-0, numa jogada de M. Oliveira, finalizada por Campos. Perdidas estas possibilidades, o Académico retraiu-se e o Valongo animou a jogar exceletmente, em contraste com o adversário, equilibrando muito bem o jogo, echegou ao empate. Daí em diante, a luta foi emocionante, mas antes do intervalo, o Académico transformou um castigo máximo e passou, novamente, para a situação de vencedor.

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A seguir ao intevalo, o Valongo voltou a empatar, mas cometeu o erro, daí em diante, de não jogar com a clareza que tinha mostrado até aí, abusando das faltas, para retardar o jogo, e o Académico foi pouco a pouco tomando ligeiro ascendente, até chegar a 3-2, numa grande jogada de Abilio, e culminando com o 4-2, perto do fim. A arbitragem de Alfredo Costa revelou-se muito discreta e falha de visão em muitos lances, mas, sendo manisfesta a sua imparcialidade, pecou por discutir muito com os jogadores.” Valongo: Pires, Leal, Nora (1), Américo, Camilo (1), e Emílio.

19671121_CP_Valongo-Infante_3-2. Jogo no dia 20 de Novembro. A notícia: “Realizou-se ontem à noite a segunda jornada da segunda volta da fase metropolitana do Campeonato Nacional da I Divisão. (…) A equipa do Valongo fez ontem um bom jogo, perante um adversário que também actuou em bom nível. O desafio foi muito equilibrado e, ao intervalo, o vencedor final já ganhava por 1-0. No segundo tempo, o Infante empatou, mas o Valongo continuou a insistir no seu jogo claro e aberto, fez 2-1 e aumentou mais adiante para 3-1. Foi nessa altura que os campeões regionais, sentindo o perigo, foram mais incisivamente para o ataque e conseguiram diminuir para 2-3, dando animação e vibração à parte do desafio, que foi emotivo e até, por vezes, empolgante, mas o Valongo segurou muito bem a sua escassa

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vantagem, com uma defesa cerrada e impenetrável. Arbitragem de Fenando Pinto.” Valongo: Navio, Leal, Nora (1), Camilo I (2), Américo, Magalhães e Pires.

19671123_CP_Valongo-Marítimo_2-0. Jogo no dia 22 de Novembro. Sem indicação de local. A notícia: “Depois dos jogos de ontem à noite, o Benfica continua a sua marcha cem por cento vitoriosa. (…) A equipa da Ilha da Madeira esteve longe de reeditar a excelente exibição que fizera contra o Académico, talvez porque, desta vez, o adversário, com o seu sistema de jogo, nunca lho consentiu. O Marítimo jogou extremamente retraído. Verdadeiramente, nunca teve grandes oprtunidades para rematar.O seu melhor jogador, Ricardo, esteve em noite de pouca inspiração eo grupo, naturalmente, ressentiu-se disso. Na primeira parte, se bem que o Valongo tivesse certo ascendente, a resistência do vencido foi notória, mas, na segunda parte, a chave do jogo esteve sempre do lado do Valongo, que fez um óquei vistoso, espectacular e demolidor. Ao intervalo, o Valongo vencia por 1-0. Arbitragem de Ramiro de Sousa.” Valongo: Navio. Leal, Nora (1), Camilo e Américo (1).


19671130_CD_”Está dado o primeiro passo para a construção efectiva do PAVILHÃO DE DESPORTOS DA PROGRESSIVA Vila de Valongo” “DOIS MIL CONTOS É O PRVISTO INVESTIMENTO” A notícia: “A construção e um pavilhão gimno-despotivo é um sonho que todos nós acalentamos. A utilidade de uma obra deste natureza é evidentíssima Ninguém ignora as deficientes condições e inadequada implantação do actual recinto de patinar. Com efeito, situado ao ar livre, sem qualquer abrigo, desconfortável para os jogadores a para o público que nem de pé tem lugar acceitável, na ilharga de uma praceta de área limitadíssima, cercado de vias de trânsito por todos os lados, uma delas a estrada nacional n.º 15 de intenso movimento, este recinto não pode servir qualquer actividade desportiva e muito menos um clube de hóquei em patins integrado na primeira divisão. Além destas razões, a mocidade de Valongo desejaria praticar outras modalidades de desporto com condições favoráveis em qualquer época do ano, tais como: andebol de sete, basquetebol, esgrima, judo, halterofilismo e outras. Poderíamos também pensar em exposições, festivais, etc.. Pois bem! Nada mais agradável nos apraz registar, neste momento, senão que o primeiro passo está dado. A activa direcção da Associação Desportiva de Valongo, presidida por António Aguiar, aliada à oportuna e sempre acolhedora boa vontade do nosso ilustre Presidente do Município, o sr. Engenheiro Armando Sousa Magalhães, encarregou o arquitecto sr. Fernando Seara de elaborar o projecto.

Deste modo, ante-projecto já foi entregue à Exma. Câmara para a devida apreciação. Trata-se de um trabalho estudado com o requinte já habitual nas obras deste nosso conterrâneo. Debrucemo-nos sobre a obra. O novo pavilhão ficará situado no lugar do Calvário, para onde já foi elaborado um estudo de urbanização, de forma a embelezar e orientar a utilização desta zona. A futura constrção mede na sua maior dimensão 65 metros e tem 40 metros na largura, podendo acomodar aproximadamente 2.000 espectadores. Dois mil contos é a despesa total. Possui na zona de serviço: torre de controlo; vários balneários masculinos e femininos, destinados a jogadores e árbitros; salas para bombeiros e G. N. R.; enfermaria e gabinete médico; oficinas, arrumos, etc.. Além das bancadas e lavabos para o público, dispõe ainda de um bar com esplanada, gabinetes diversos para Secretaria e Direcção; camarotes para a direcção, autoridades, Imprensa, instalação sonora, etc.. Verificamos ser um trabalho bem estudado onde aparecem algumas inovações, como a torre de controle junto da entrada principal, bilheteiras em contacto directo com os escritórios e Direcção, etc.. É nosso desejo, e confiantes esperamos, que este passo em frente prossiga em marcha acelerada. Valongo necessita urgentemente desta obra que engrandecerá a Vila e motivará o regozijo de todos nós.”

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19671203_CP_Porto- Valongo_3-4. Final da Taça «Joaquim Ferreira». A notícia: “Realizou-se anteontem à noite, no pavilhão do Clube Infante de Sagres, a final do torneio promovido pela Associação de Patinagem do Porto e para o qual instituiu a taça «Joaquim Ferreira», como homenagem a um desportista sempre devotado, nomeadamente, ao óquei em patins, em que teve sempre papel preponderante como dirigente.

A arbitragem de Fernando Pinto esteve certa.” Valongo: Navio, Leal, Camilo I, Camilo II (1), Américo (2) e Emílio (1).

O desafio não despertou grande interesse e pouco público assitiu ao jogo, o que em parte se justifica pela distância, talvez, a que está colocado o recinto do Infante de Sagres.

19671203_CP_Valongo vai ter o seu Pavilhão

A partida entre as duas equipas valeu pouco tecnicamente e só na segunda parte teve alguim entusiasmo, pelas oscilações no marcador.

“VALONGO vai ter o seu Pavilhão de Desportos” (em título).

O F. C. do Porto mostrou-se destreinado, o que se explica pelo facto de a equipa estar paralisada durante a disputa do Campeonato Nacional, e por outro lado apresentou-se desfalcado do seu defesa Magalhães, que é sempre o grande animador do jogo alegre do grupo. Por seu turno, o Valongo acusou ressentir-se do enorme esforço da prova máxima e também se apresentou desfalcado do seu internacional Nora. Na primeira parte, o Valongo vencia por 2-0, com tentos de Américo e Camilo II, enquanto Camilo I desperdiçouuma grande penalidade. No segundo tempo, o facto de o F. C. do Porto marcar o seu primeiro tento, na primeira jornada, espevitou a equipa de tal modo que a breve trrecho chegaram os «azuis e brancos» a 3-2, com tentos de Valentim, mas, antes do fim, o Valongo empatou, porf intermédio deEmílio.

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No prololngamento, Américo fez 4-3 para o Valongo e o F. C. do Porto não mostrou disposição para ganhar o jogo, enquanto que Américo falhou uma jogada em que apareceu isolado em frente do guarda-redes e não converteu o castigo máximo subsequente.

A notícia:

“Da autoria do arquitecto Fernando Seara, acaba de ser entregue na Câmara Munnicipal de Valongo o ante-projecto do Pavilhão Municipal de Desportos de Valongo, a erguer na Avenida Eng. Arantes e Oliveira, obra orçada em 2.000 contos e que se destinará a ser utilizada pelas equipas da Associação Desportiva deValongo e para outros fins culturais, certamente.”

19671230_CP_O Valongo, equipa poderosa. A notícia: A notícia é composta por uma série de comentários sobre algunds dos clubes do Norte, que abordam três bons reforços para o Académico, a resolução dealguns problemas do Infante de Sagres, a ida do treinador do Académico para o Fâmazeres, e depois diz:


“O VALONGO, outra equipa poderosa” (em título) A equipa do Valongo formará, com o Académico e F. C. do Porto, o trio de equipas de maiores possibilidades na próxima época. Formada por jogadores de apreciáveis recursos técnicos, como Nora, Camilo e Américo, contará ainda com Pio, que acabou agora o seu castigo, ao beneficiar da amnistia ministerial. Nesta ordem de ideias, o Valongo será um grupo para grandes cometimentos, talvez até produzindo mesmo mais do que a época finda, em que ficou em segundo lugar no Campeonato Regional e quarto lugar na prova nacional.” Nota: Esta é a última notícia do ano de “O Comércio do Porto” sobre o Valongo. É um belo comentário, justo, que diz tanto sobre a equipa como sobre o jornalista que o escreveu: atento à modalidade que segue, conhecedor da realidade dos clubes e dos jogadores, procupado em olhar para além do presente imediato, de algum modo prospector de futuros adivinháveis.

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19680130_CP_Lista dos futuros dirigentes da Associação de Patinagem do Porto

Águias, Infante, Porto, Vigorosa, Vilanovense, Fânzeres, Educação Física e Carvalhos, foi, pelo seu Presidente, Fernando Barbot, foi dado conecimento da lista oficial a apresentar à próxima eleição. No órgão “Direcção” está incluído o nome de Nelson Viterbo, do Valongo, como 1º Secretário.

19680201_CP_Académico, Porto e Valongo. A notícia: “ACADÉMICO. F. C. do PORTO e VALONGO – AS TRÊS EQUIPAS PORTUENSES MAIS PODEROSAS” (em título) “Está praticamente a teminar o «defeso». Este ano, vamos ter um programa sobrecarregado, por causa da disputa, entre nós, do Campeonato Mundial. (…) Ora, estre ano, temos a impressão de que o Campeonato Regional portuense se vai disputar de modo diferente quanto ao possível comportamenteo das equipas, pois pelo menos três delas parecem capazes, no campo teórico, de se destacarem em relação às demais Realmente, Académico, F. C. do Porto e Valongo são os grupos que, em nosso entnder, se mostram mais apetrechados, a que eventualmente se poderá ainda juntar ouro grupo, Carvalhos, aquele que dos restantes pode aspirar ainda a uim lugar cimeiro.”

A notícia:

Depois de comentar a situação do Académico e do F. C. do Porto, o articulista continua:

Em reunião realizada na sede da APP, no dia 29 de Janeiro, á noite, na presença dos delegados dos seguinte 11 clubes: Académico, Valongo, Boavista,

“O Valongo, por seu turno, é, em nosso entender, a equipa que em Portugal produz o óquei mais límpido e mais pendular. O grupo tem de resolver

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dois ligeiros problemas: treino intensivo e cuidado dos guarda-redes e espevitar o poder realizador dos seus avançados. Resolvidas estas duas situações, aliás perfeitamente ao alcance da magnífica equipa do Valongo, e tomando em atenção que o grupo já pode contar, agora, com o seu avançado Pires, cujo castigo terminou, a equipa, que no Regional alcançou brilhantemente o segundo lugar e que, no Nacional, chegou ao honroso quarto lugar, pode ter este ano uma carreira ainda mais auspiciosa. A maneira como a equipa joga, clara e límpida, coloca-a, sem favor, no melhor lugar da técnica nacional, uma técnica que gostaríamos de ver em todos os grupos nacionais, se, em vez de existirem muitos treinadores com remotas possibilidade de dirigir, existissem apenas técnicos que soubessem bem do seu ofício. E o problema é fácil de resolver, se se fizerem colóquios, sessões de estudo de treinadores, para debater métodos de treino, em vez de se permitir que os clubes possam continuar a viver da carolice de alguns, que dão o que podem, o que, em regra, infelizmente não é muito. O Valongo será um adversário dificílimo, muito mais no recinto adversário do que no seu, pois a equipa deseja e ambiciona, para o seu sistema de jogo, espaço largo, para as suas manobras e evoluções.” Nota: Como já sublinhei na “nota” do dia 19671230, este jornalista (não identificado, mas que é provavelmente Manuel Correia de Brito) manifesta uma genuina preocupação pelo presente e pelo futuro da modalidade e, tentando contribuir com uma opinião em geral fundamentada para a discussão dos problemas, fá-lo quase sempre com grande generosidade.

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19680201_CD_Domingo Cruz A notícia: “Perfil em Hóquei em patins” (em título) “Domingos Manuel Castro Gonçalves da Cruz, da A. D. Valongo, principiou a sua carreira oficialmente, na modalidade de hóquei em patins, nos juniores da A. D. Valongo no anos de 1965. Fazendo três épocas em juniores, Cruz contribuiu para a conquista de dois campeonatos regionais. É um jogador habilidoso e correcto. A sua melhor característica é o remate desferido do meio do recinto. Forte e certeiro quase sempre. Pelo seu valor, tudo leva a crer que este elemento venha a ser chamado para a Selecção Nacional de Juniores, a fim de disputar o Campeonato Europeu. No Campeonato Regional findo, este brioso atleta distinguiu-se como o melhor jogador e o mesmo bom comportamento teve no «nacional» que foi disputado por quatro equipas, duas do Norte (Valongo e Porto) e duas do Sul (Paço de Arcos e Salesianos). O Paço de Arcos foi o campeão. Uma vez promovido a seniores e dado o seu valor real, este elemento oferecerá o seu concurso à equipa de honra da A. D. Valongo que bem necessita dele. Agora que Leal abandonou a actividade por compromissos profissionais. Cruz é pois um atleta de largo e promissor futuro. Licínio Dias Marques”

19680215_CD_”Francisco Pires, no fim duma carreira vistosa aguenta mais um ano” A notícia: “A Associação Desportiva de Valongo tornou-se


grande no hóquei patinado nacional. Ali nasceram verdadeiros valores que deram nome a esta terra, embora também nunca tovessem prosperado alguns dos que passarmpelo seu recinto. Dos grande, embora pqueno na estatura, Francisco Pires vem a terreiro para ser objecto de uma notícia amarga para os seus simpatizantes – aqueles que estimam as suas qualidades de elemneto dedicado e correcto. É que «Xico» Pires vai de abalada. Com largos anos de actividade no posto de guarda-redes, demonstrou o seu desejo de dar o lugar aos novos, para que a renovação se processe, sempre para melhor, se possível. Vai abandonar a modalidade… mas só dqui a um ano. Aqui se procede pois ao registo de umja figura que concoirreu em muitas noites de glória para o enaltecimento do pretigiosos Club Valonguense. Por isso, evidenciamos a nossa mágoa por o ver partir das fileiras e o relembramos sempre como um dos mais dedicados praticantes do hóquei em patins em Portugal. João Lino Ferreira”

19680215_CD_”Pires regressou ao Hóquei em Patins” A notícia: “Já é uma honra ser suplente do Valongo – confessa-nos Pires II, que rgressa à actividade. Beneficiando de um amnistia natalícia, o brioso jogador Manuel Pires da A. D. Valongo já pode jogar. Irradiado injustamente, fez-se barulho e a pena foi comutada para 3 anos de castigo. Agora, regressará e saudemo-lo com viva satisfação. Devido à amnistia natlicial, Pires já pode jogar.

Assim, o «Correio do Douro» não podia ficar alheio ao acontecimento e resoveu entrevistar o atleta. — Satisfeito por voltar à actividade? — Sem dúvida. Fiquei radiante com o sucedido, pois assim poderei desde já prestar o meu contributo à A. D. de Valongo. — Depois da irradiação, ainda alimentou esperanças de voltar à prática do hóquei em patins? — Foi sempre esse o meu pensamento. Assim como eu, todos os homens ligados ao hóquei em patins reconheciam que foi injusta a minha irradiação, e felizmente também o pensou assim a Direcção-Geral dos Desportos, que me substituiu a pena para 3 anos de suspensão.. Desde aí, sempre esperei ansiosmente uma amnistia e ela, embora tarde, sempre apareceu. — Depois de dois anos e tal de inactividade, pensa vir a obter um lugar na equipa do Valongo? — Embora reconheça que será difícil, esforçar-me-ei para o conseguir. No entanto, já é uma honra ser suplente duma das melhores equipas portuguesas, como é o caso da A. D. de Valongo. — A sua vida militar, na Figueira da Foz, não lhe trará dificuldades para se preparar convenientemente? — Sim. Na verdade, depois desta longa ausência, precisaria de uma preparação intensa, em especial de jogos. No entanto, estou convencido que, embora não sempre, poderei treinar e jogar regularmente. — Crê qiue o Valongo dispõe, nos seus quadros, de jogadores capazes de prosseguir na sua excelente carreira? — Sim. Quem conhece o Valongo não pensará outra coisa, Estou mesmo convencido que nos

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anos mais próximos o Valongo continuará a ser um sério candidato ao título regional, com aspirações a um bom lugar no Nacional, e a prová-lo estão os dois últimos títulos consecutivos alcançados pela nossa equipa de Juniores. — Em nome do «Correio do Douro», queremos desejar-lhe as maiores felicidades no seu regresso. — Aproveito o ensejo para agradecer a quem por mim fez (ou pelo menso tentou) com que eu voltasse o mais cedo possível à actividade, à A. D. de Valongo, principalmente ao nosso associado sr. Joaquim Barros e a todas as direcções que depois do meu castigo passaram pelo nosso clube. A todos o meu sincero OBRIGADO. Entrevista de CAMILO M. CAMILO”

Jogador correcto, prestou sempre a sua coloaboração à equipa do Valongo. No entanto, a vida militar impediu-o de treinar e jogar com regularidade, principalmente nos 3 meses em que permaneceu em Tancos em 1963, e no mesmo período de tempo em que esteve em Santa Margarida, no ano imediato. Habitualmente, joga no lugar de avançado, embora por vezes seja o médio da magnífica turma do Valongo. É um jogador bastante codicioso, devido principalmente aos excelentes remates que desfere, em especial aqueles a que se costuma designar, em linguagem de hóquei em patins, por remates «de empurrão», de «impulso» (1). Por isso, é um excelente marcador, tendo sido mesmo na época que terminou (1967) o melhor marcador da equipa do Valongo. (1) ou de «bola impulsionada». Licínio Marques”

19680215_CD_”José Camilo, exemplo de valor e dedicação” A notícia: “José Moreira Camilo (conhecido na A. D. de Valongo como Camilo I) encetou oficialmente a sua carreira, na prática do hóquei em patins, nos juniores do F. C. do Porto. Depois de ter alinhado por esta equipa duas épocas consecutivas (1958 e 1959), ingressou no clube da sua terra, o Valongo, já como sénior, na época de 1960. A sua estreia ficou auspiciosamente assinalda não só pela pesada derrota que o Valongo inflingiu ao Póvoa (15-0), mas principalmente por ter marcado nada mais, nada menos que 8 golos. Foi precisamente nesse ano que o Valongo conseguiu o 2º lugar do campeonato da 2ª divisão, que lhe deu o direito aos jogos de passagem a disputar com o Boavista, em que conseguiu, com toda a justiça, o acesso à divisão principal.

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19680301_CD_“AMÉRICO – uma promessa que se tornou realidade” (em título) A notícia: “Américo Carneiro Moreira, de 22 anos, fez parte da equipa de juniores de hóquei em patins do F. C. do Porto, em 1961. No entanto, devido a desinteligências surgidas, a meio do campeonato de juniores deixou de jogar ali. No ano seguinte, como o Valongo pretendia entrar no Campeonato de Juniores, ingressou no clube da sua terra, onde Nora, treinador dos juniores, lhe ministrou ensinamentos. Em 1963, embora ainda pudesse alinhar nos juniores, passou á categoria de seniores. Em 1964, foi o único jogador nortenho que fez parte


da selecção nacional de juniores que disputou o Campeonato da Europa em Salamanca, tendo-se classificado em 2º lugar, após a Espanha. Foi portanto o primeiro jogador da região a envergar a camisola das quinas. Pouco depois, voltou a Espanha, desta feita a Madrid, incluído na selecção do Porto. Em 1965, chamado aos treinos da selecção do Porto, foi dispensado ingloriamente, por razões que nem os próprios responsáveis nunca souberam explicar. Possui uma técnica excelente e grande poder de finta. Joga de preferência a avançado direito. Os seus remates são potentíssimos. Apesar de cobiçado por clubes lisboetas, continuará ao serviço da excelente equipa de Valongo, pois, apesar de ter um vantajoso contrato para o S. C. P., não deixou o clube da sua terra. Camilo Moreira Camilo”

final, será disputada dentro de moldes a aprovar, oportunamente, em reunião dos delegados dos clubes que ficarem apurados para a disputar. Hoje, portanto, realizam-se os oito primeiros jogos da prova: Académico B-Leixões e Valongo-Carvalhos B, no pavilhão do Infante; Sanjoanense-Vigorosa e Infante de Sagres-Fânzeres, no pavilhão do Académico; Acad. de Espinho-F. C. do Porto e Carvalhos-Cucujães, no pavilhão de S. João da Madeira e Águias-Centro e Vilanovense-Académico, no pavilhao dos Carvalhos. Esta primeira fase, que se disputa às segundas e sextas-feiras, comporta nove jornadas e terminará no dia 5 de Abril.”

19680309_CP_Valongo-Carvalhos_9-2. Jogo no pavilhão do Infante, no dia 8 de Março. A notícia:

19680308_CP_Começa hoje o Torneio de Abertura A notícia: “Está marcada para esta noite a primeira jornada do Torneio de Abertura, promovido pela Associação de Patinagem do Porto, e ao qual concorrem nada menos do que dezoito equipas, das quais cinco pertencentes à II Divisão. (…) Os desafios são disputados em recintos cobertos, medida a todos os título louvável e pela qual há muito se bate o presidente da Associação de Patrinagem do Porto. (…) Esta primeira fase será disputada apenas em uma volta. Serão apurados para a fase final os três primeros classificados de cada série. Quanto à fase

“Este torneio de abertura tem o propósito de movimentar os jogadores de todas as equipas, como preliminar para a prova regional que se há-de seguir… (…). No segundo jogo da noite, no mesmo recinto, a equipa vencida deu réplica animosa e entusiástica no primeiro tempo, em que só perdia por 1-0, embora se possa dizer que o vencedor fez uma exibição despreocupada e somente na segunda parte julgou necessário cortar cerce todas as veleidades do advesário, jogando incisivamente no araque. A nota do desafio foi dada pelo regresso do avançado Pires, que esteve inactivo mais de dois anos, por virtude de um castigo federativo, e a sua presença veio dar maior poder ofensivo à já notável equipa do Valongo.

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Arbitragem de Waldemar Aires.”

Da Série A: Valongo, Vigorosa e Sanjoanense

Valongo: Navio, Camilo (1), Nora (2), Américo (4), Pires (2), Cruz, Armindo e Vítor Francisco.

Da Série B: Carvalhos, F. C. do Porto e Académico.”

19680316_CP_Valongo-Porto_5-0. Jogo no dia 15 de Março. Sem indicação de local. A notícia: “Prosseguiu ontem à noite o Torneio de Abertura, com a disputa da terceira jornada das duas séries, com resultados desnivelados. (…) A maior capacidade técnica do grupo do Valongo serviu para dominar a situação em todo o jogo e. mais particularmente, na segunda parte. Arbitragem de Emiliano Azevedo.” Valongo: Navio, Camilo (1), Nora (2), Américo (1), Pires (1), Cruz, Magalhães e Vítor.

19680402_CP_Valongo-Leixões_6-0. Jogo no dia 1 de Abril. Sem outras indicações. A notícia: “Ontem à noite prosseguiu o Torneio de Abertura da A. P. Norte.”

19680406_CP_Vigorosa-Valongo_5-2. Jogo no dia 5 de Abril. Sem outras indicações. A notícia: “Prosseguiu ontem à noite o Torneio de Abertura da Associação de Patinagem do Porto. Ficaram apurados para a fase seguinte:

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19680518_CP_Valongo-Carvalhos_1-0. Jogo no pavilhão do Infante, no dia 17 de Maio. A notícia: “VALONGO, F. C. DO PORTO e ACADÉMICO – PRIMEIROS VENCEDORES DA FASE FINAL DO TORNEIO DE ABERTURA” (em título). No pavilhão do Clube Infante de Sagres, principiou ontem à noite a disputar-se a fase final do Torneio de Abertura, em que participam as seis equipas apuradas: F. C. do Porto. Académico, Valongo, Vigorosa, Carvalhos e Sanjoanense. Compareceu pouco público, em parte porque o largo interregno entre a poule inicial e esta fase final, motivado pelo campeonato mundial, tirou interesse à prova. (…) Num desafio muito bem disputado e cheio de equilíbrio, o triunfo pertenceu à equipa que se mostrou mais expedita na zona do remate, embora o triundo fosse alcançado com um tento desgarrado, de grande penalidade. Arbitragem de Hernâni Parati.” Valongo: Navio, Nora (1, de penalty), Américo, Camilo, Pires, Cruz, Magalhães e Vítor.

19680521_CP_Académico-Valongo_2-2. no Infante, no dia 20 de Maio.

Jogo

A notícia: “Disputou-se ontem, no pavilhão do Infante


de Sagres, a segunda jornada da poule final do Torneio de Abertura, nela avultando o desafio entre as equipas do Académico e Valongo, que terminou com um empate a duas bolas. (…) O jogo mais emotivo foi ainda o mais espectacular. O resultado final talvez não agrade a ambas as equipas, mas como nenhuma delas merecia perder, a marca está certa. Com boa velocidade, o Valongo marcou primeiro, mas perturbou-se depois que o adversário empatou e muito mais ainda quando os academistas passaram a vencedores. A Académico então não teve sorte e não obteve o tento da tranquilidade e, para o fim, o Valongo voltou a subir e acabou por obter o empate. A arbitrgem de António Quintela, cujo (sic) trabalho agradou, mas foi muito contemporizador com certas cargas.” Valongo: Navio, Camilo, Nora (1), Américo, Pires (1) e Cruz.

19680601_CP_Valongo-Porto_4-0. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres, no dia 31 de Maio. A notícia: “O VALONGO DERROTOU O F. C. DO PORTO POR 4-0 E GANHOU O TORNEIO DE ABERTURA” (em título) “Terminou ontem à noite o Torneio de Abertura com a derradeira jornada da prova inicial, na qual avultava o desafio F. C. do Porto-Valongo, com todo o sabor de uma «finalíssima», dado que os grupos chegaram à última ronda com o mesmo número de pontos.

O pavilhão do Infante de Sagres teve uma magnífica moldura, pois o público afecto às duas equipas coapareceu em número elevado. (…) A parte final deste desafio foi esmaltada de incidentes, numa altura em que o vencedor já não oferecia dúvidas, mas o desafio, que nunca foi verdadeiramente bem jogado, foi, no entanto, bem dispujtado, não obstante nos dez minutos inicias as duas equipas mostrarem-se temerárias no ataque. Ao intervalo, o Valongo vencia por 1-0, de Pires, e este tento teria sido o rastilho que influenciaria o espírito do público e do próprio comportamento do árbitro. Realmente, o tento foi perfeitamente legal, mas o árbitro deu a impressão de ter apontado falta a um jogador do Valongo. Por isso, talvez, a assitência não lhe perdoou, o que obrigou o juiz da partida a procurar daí em diante, e como medida de justificada prudência, assinalar todas as faltas, do que resultou dar algumas vantagens ao infractor, que mais o malquistaram com o público. Depois e em plena segunda parte, o Valongo fez 2-0, numa magnífica emenda a meia altura de Américo, em que o factor sorte teve notória preponderância. Sofreu ainda o F. C. do Porto um castigo máximo, em falta da defesa portista, que não justificava tamanho rigor, mas Nora atirou a bola à trave. Veio finalmente o lance que gerou o conflito maior. O árbitro puniu uma falta de um jogador do Valongo, mas quis a sua pouca sorte que um jogador do F. C. do Porto, apesar de carregado, continuasse de posse da bola, portanto resultando benefício para o infractor. Vitorino, temperamental, excedeu-se junto do árbitro, que foi entretanto rodeado por vários

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jogadores, e aquele patinador foi expulso por todo o tempo, e Leite sofreu expulsão por dois minutos. Várias almofadas foram lançadas para o recinto e o jogo foi interrompido, mas as interrupções haviam de ser constantes até final do desafio, cuja segunda parte, de vinte minutos, se arrastou por quarenta minutos. As almofadas foram retiradas do rinque e novas almofadas, cigarros, bolas de papel e outro objectos «invadiram» o recinto. Enquanto que o F. C. do Porto esteve com três jogadores, o Valongo marcou o terceiro tento, por Américo, e o mesmo jogador fixou a marca final de 4-0 quando a equipa azul.branca estava enfraquecida de uma unidade. Não tem a menor constestação o êxito do Valongo, que foi sempre melhor equipa, com regular estrutura e, sobretudo, maior calma. O resultado é, no entanto, pesado e só as circunstâncisa emocionais é que o ditaram. Arbitragem de Fernando Pinto.”

Arbitragem de José Silva.” Valongo: Navio, Camilo, Nora, Américo e Pires.

19680620_CP_Valongo-Carvalhos_9-1. Torneio. Jogo no Lima, no dia 19 de Junho. A notícia: “Terminou ontem, no pavilhão do Lima, o torneio promovido pelo Académico. (…) Com uma equipa muito desfalcada, o grupo do Carvalhos foi presa fácil para o Valongo, num jogo em que o vencedor esteve sempre em vantageme técnica e ao intervalo já ganhava por 3-0. Na segunda parte, maior foi o domínio do Valongo, que terminou com expressão folgada no marcador. Arbitragem de Higino Santos.” Valongo: Víctor Francisco, Nora, Magalhães (2), Américo, Camilo (5), Lino (2) e Navio.

Valongo: Navio, Camilo, Nora, Américo (3), Pires (1) e Cruz. 19680722_CP_Começa hoje o Campeonato Regional da I Divisão 19680618_CP_Porto-Valongo_3-0. Torneio. Jogo no pavilhão do Lima, no dia 17 de Junho. A notícia: “Principiou ontem à noite, no Lima, o torneio promovido pelo Académico, que tem fundamentalmente por fim manter em movimento as equipas e serve de interlúdio para a deslocação dos academistas à Holanda. (…) Superioridade quase absoluta do F. C. do Porto neste jogo, em que o adversário não esteve em noite de dar réplica condigna.

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A notícia: “Realiza-se hoje à noite a primeira jornada do Campeonato Regional da I Divisão, sobressaindo nada menos de três jogos de grande importância.” São eles: Valongo-Porto, em Valongo; Académico-Carvalhos, no pavilhão do Lima; Infante-Sanjoanense, no pavilhão do Infante. Os restrantes jogos: Fânzeres-Espinho, em Fânzeres; e Vilanovense-Vigorosa, nas Cavadas.


1 9 6 8 0 7 2 2 _ C P _ B o a v i s t a - Va l o n g o _ 0 - 1 0 . Juniores. Sem mais indicações.

Ao intervalo; 2-1. Arbitragem de Domingos Ferreira.” Valongo: Navio, Nora (3), Américo, Camilo (1), Pires, Cruz, Magalhães e Alves.

19680727_CP_Espinho-Valongo_5-4. Jogo em Espinho, no dia 26 de Julho. A notícia: “NOVA DERROTA SURPREENDENTE VALONGO” (em título).

DO

“Prosseguiu ontem à noite o Campeonato Regional da I Divisão, com a disputa da segunda jornada, assinalada com nova e supreendente derrota do Valongo, desta vez em Espinho. (…) O grupo local, já integrado de todos os seus elementos, logrou vencer um animoso Valongo, que deu réplica muito condigna. Em virtude do rsultado tangencial com que terminou a primeira parte, após o recomeço o jogo foi disputado em velocidade endiabrada, com ambos os grupos empenhados em modificar o resultado. A dança do marcador teve foros de grande animação. Depois de os visitantes terem conseguido a igualdade, aos seis minutos da segunda parte, a feição do jogo virou-se para os espinhenses, que, por volta dos dez minutos, num minuto apenas, conseguiram dois tentos e, pouco depois, mais um de grande penalidade, fixando o resultado em 5-2. Porém, os «valonguenses» não se renderam e, numa luta sem tréguas, usando a velocidade como arma, por intermédio e Nora reduziram a desvantagem para 5-4, pelo que os últimos segundos foram arrasantes, com os vistantes enpenhados em conseguir a igualdade e os locais na defesa de uma preciosíssima vitória.

19680730_CP_Vigorosa-Valongo_5-10. nas Cavadas. Sem indicação de data.

Jogo

A notícia: “Finalmente, a equipa do Valongo reencontrou-se e foi necessário jogar nun rinque de medidas semelhantes ao seu – nas Cavadas. Com uma primeira parte muito equilibrada, em que o resultado de 3-3 é garantia, no segundo tempo foi manifesta a superioridade dos visitantes, qua acabaram por ganhar com mérito absoluto. Arbitragem de Vasco Folhadela.” Valongo: Alves, Nora (3, sendo dois de grande penalidade), Cruz (1), Camilo (2), Américo (3), Pires (1) e Navio.

1980730_CP_Valongo-Infante de Sagres_6-1. Juniores. Sem mais indicações.

19680730_CP_Valongo-Educação Juvenis. Sem mais indicações.

Física_3-2.

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19680803_CP_Valongo-Carvalhos_6-2. Jogo no dia 2 de Agosto. Sem indicação delocal.

Porto e Académico-Valongo, que os visitantes ganharam com inexcedível mérito. (…)

A notícia:

A equipa do Valongo fez ontem à noite uma exbição excepcional, tendo por forma fundamental a velocidade do princípio ao fim. O Académico, por seu turno, fez também uma das suas melhores exibições e, se a equipa mantiver o ritmo de jogo que ontem alardeou, vai ser equipa para dar que falar. Não tiveram sorte os academistas e o adversário jogou excpcionalmente bem.

“INFANTE DE SAGRES, VALONGO, ACADÉMICA DE ESPINHO E VILANOVENSE VENCEDORES NA I DIVISÃO” (em título). “A nota dominante na jornada de ontem foi o desclabro da Sanjoanense no seu campo e a vitória importante do Valongo contra um advesário poderoso – o Carvalhos. (…) Passados os momentos críticos dos dois primeiros jogos, o Valongo está agora a dar a justa medida das suas possibilidades. O desafio, ontem à noite, foi disputado sempre com grande velocidade, mas a resistência dos visitantes quebrou-se no princípio da segunda parte, em que as equipas atingiram o empate de 2-2, mas daí em diante a maior pertinácia dos locais garantiu-lhes o triunfo sem apelação. Ao intevalo, o Valongo vencia por 2-1. Arbitragem de Domingos Ferreira.” Valongo: Alves, Nora, Camilo (1), Pires (2), Américo (3), Navio, Leal e Cruz.

19680813_CP_Académico-Valongo_2-5. Jogo no dia 12 de Agosto. Sem indicação de local, da equipa ou dos marcadores dos golos. A notícia: “F. C. DO PORTO E VALONGO, triunfos meritórios no Regional da I Divisão” (em título). “No prosseguimento do Campeonato Regional da I Divisão, dois jogos se destacavam na sétima jornada, ontem disputada: Carvalhos-F. C. do

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Ao intervalo, o resultado era de 1-1. Arbitragem de Vasco Folhadela.”

19680817_CP_Valongo-Vilanovense_6-1. Reservas. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. De composição da equipa ou de marcadores.. A notícia: “O mau tempo prejudicou os jogos da oitava jornada do campeonato regional da I Divisão, naturalmente aqueles que se disputaram ao ar livre, devido à forte chuva, de verdadeiro inverno, que flagelou a cidade. EM VALONGO O JOGO NÃO SE REALIZOU (em título) Devido à chuva, o árbitro Fernando Pinto não realizopiu o desafio Valongo-Vilanovense, em primeiras categorias, e em reservas o Valongo venceu por 6-1.”


Classificação: Porto Valongo Carvalhos Espinho Fânzeres Infante Sanjoanense Vilanovense Vigorosa Académico

J 7 7 7 8 8 7 8 6 6 4

V 7 5 6 4 4 3 1 1 0 1

E 0 0 1 1 0 2 2 1 1 1

D 0 2 2 3 4 2 5 4 5 2

F 48 38 24 29 23 18 22 11 19 14

C 12 21 19 26 31 18 33 27 38 10

P 21 17 16 17 16 14 12 9 7 7

19680827_CP_Valongo-Vilanovense_11-1. Jogo em Valongo, no dia 26 de Agosto. A notícia: “ACADÉMICO, VALONGO E CARVALHOS – VENCEDORES DE JOGOS EM ATRASO” (em título) Realizaram-se onbtem à noite três jogos em atraso do Campeonato Regional da I Divisão, dois deles devido a terem sido interrompidos pela chuva. (…) Em Valongo, o grupo local não teve difculdade em dominar a equipa visitante e ao intervalo já vencia por 6-0. Arbitragem de António Quintela.”

19680831_CD_”Boas notícias sobre o novo recinto de patinagem em VALONGO” A notícia: “Na Câmara Municipal acabamos de colher dois preciosos informes. Um é o da pavimentação imediata daquele troço de estrada ao lado da Capela do Clavário (que vai at+e ao Campoo de Jogos do Valonguense) e outro o da escavação, imediata ta,mbém, do terreno (artás da referida Capela) para se construir o recinto do futuro Pavilhão. Dá-se, imediatemente, pois, início a duas obras bem precisas.”

19680901_CD_Reservas, Juniores e Seniores. Sanjoanense-Valongo_2-4. A notícia: “Última hora” (em título) “O Valongo é campeão de reservas e de juniores em óquei em patins. Eis a classificação em primeiras categorias. Em S. João da Madeira, o Valongo conquistou um brilhante triunfo sobre a Sanjoanense por 4-2

VALONGO: Alves, Leal (1), Nora (2), Américo (5), Pires (2), Camilo (1), Lino e Victor Francisco. VILANOVENSE: Alberto, José Luís, Saraiva, Camilo (1), Manuel, David, Fernando e Teixeira.

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Classificação: F. C. Porto Valongo Carvalhos Académico Infante A. Espinho * Sanjoanense Fânzeres Vigorosa ** Vilanovense

J 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15

V 12 13 12 7 5 7 5 5 2 1

E 3 1 0 4 2 0 1 0 1 1

D 0 1 3 4 8 8 8 10 12 13

F 87 72 49 45 39 51 53 44 44 35

C 18 30 27 27 49 51 38 84 75 78

P 42 42 39 33 27 26 25 25 20 18

* Tem 1 falta de comparência. ** Tem 3 faltas de comparência.”

19680910_CP_Valongo-Espinho_5-4. Jogo em Valongo, no dia 9 de Setembro. A notícia: “A segunda jornada da segunda volta do Campeonato Regional da I Divisão foi o mais tranquila que se poderia conceber, pois foram vencedores naturais os grupos que ontem obtiveram os seus êxitos, embora alguns tangenciais. (…) Foi disputadíssimo o desafio realizado em Valongo, diante de uma equipa – a local – cheia de pujança e capacíssima, e a outra – a visitante – a tentar recuperar todo o imenso terreno perdido com os jogos estragados por falta de um seu jogador ao Centro de Medicina. Daí que, em todo o desafio, nunca se soubesse quem ganharia o jogo e ao intervalo já a vantagem de 2-1, escassa, dava a ideia das dificuldades encontrada pelo vencedor. Arbitragem de Vasco Folhadela.”

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VALONGO: Alves. Liar (1), Nora (2), Américo (1), Pires, Camilo (1), Cruz e Victor Francisco. A. DE ESPINHO: Vítor, Marçal, Vladimiro, Azevedo (2), Amadeu (2), Cruz e Silva.

19680914_Valongo-Vigorosa_6-1. Valongo. Sem indicação de data.

Jogo

em

A notícia: “A terceira jornada da segunda volta do campeonato regional da I Divisão foi verdaeiramente uma ronda tranquila para os primeiros classificados… (…) Não teve o Valongo, no seu recinto, qualquer especie de dificuldade, pese embora a resistência do vencido, que ao intervalo já perdia por 1-3. A sorte do Vigorosa, que há mai de trinta anos foi o introdutor da modalidade no Norte, é mais do que crítica e é necessário um apelo geral para que a equipa não desça de Divisão, o que pode constituir um golpe mortal para o grupo. Arbitragem de José Silva.” VALONGO: Alves, Leal, Nora (2), Camilo (3), Américo (1), Pires e Victor Francisco. VIGOROSA: Teles, Garrett. Guedes, Bonito (1), Esteves e Ivo. Nota: Há três óbvias anomalias na pontuação da Sanjoanense, do Espinho e do Vilanovense. Se nas duas úiltimas é fácil de perceber que deve tratar-se de gralhas por inversão dos algarismos (19 e 15, em vez de 91 e 51) já no caso da Sanjoanense é mais difícil perceber agora qual o número verdadeiro.


1 9 6 8 0 9 1 5 _ C P _ Va l o n g o - B o a v i s t a _ 1 6 - 0 . Juniores. Jogo no dia 14 de Setembro. Sem indicação de local, constituição da equipa ou marcadores. A notícia: “CAMPEONATOS REGIONAIS DE JUNIORES E JUVENIS” (em título)

do

em

Louvores por merecido também para os adeptos de Valongo, Campo, Sobrado e do Susão. Todos foram valentes em entusiasmo.”

JUNIORES: Valongo-Boavista_16-0; Fânzeres-Infante de Sagres_2-2.”

Valongo_Supremacia

A notícia: “Supremacia Valonguense patins” (em título)

do

hóquei

O «Correio do Douro» que gravará nas suas colunas texto e fotos da Associação Desportiva de Valongo louva nesta data a acção dos elementos que mais se distinguiram para que o ambiente se tornasse eufórico no verdadeiro significado de prestígio. Resta só desejar o Pavilhão de Desportos com urgência e mencionar alguns dos obreiros da actualidade: Renato Chaves (Presidente); Carlos Figueira (Vice); José de Sousa Oliveira (Tesoureiro); Joaquim Barros e Joaquim Camões (Secretários); José Viterbo (Zézinho) Treinador, e Camilo, Nora, Alves, Américo, Vítor Francisco, Leal, Camões, Domingos Cruz, Manuel Pires, Chico Pires, Alberto Pires, etc..

“Disputou-se ontem mais uma jornada destes torneios, cujos resultados foram os seguintes:

19680916_CD_Em hóquei em patins.

C. do Porto, no Porto, por 2-0. Vitória retumbante, atraiu a Valongo jornalistas e locutores da Rádio.

“Quem diria, poucos anos atrás, que em Valongo, no cimento da Praça Machado dos Santos, se formariam os campeões de todas as categorias do hóquei em patins nortenho? Pois em Valongo desenvolveram-se os praticantes que em Juvenis, Juniores e 1ª Categoria haviam de ditar a supremacia no hóquei patinado do norte do País. Alguns deram os primeiros passos no F. C. do Porto, sob a égide de Manuel Correia de Brito, distinto jornalista de boa vontade. Outros aprenderam… Com os outros e todos deram prestígio a Valongo de que todos se orgulham. Nestes dias a palavra de ordem é o hóquei. Distinguem a direcção, o treinador e os jogadores. É que o Valongo na disputa da «finalíssima» venceu o F.

19680917_CP_Carvalhos-Valongo_1-2. nos Carvalhos. Sem indicação de data.

Jogo

A notícia: “O Valongo igualou o F. C. do Porto no primeiro lugar” (em título) “(…) Casa cheia no pavilhão dos Carvalhos e jogo muito correcto, muito emocionante e muito bem disputado. Durante a primeira parte, as defesas de ambos os grupos estiveram certíssimas, mas, no primeiro minuto da segunda parte, o Carvalhos abriu o activo e tudo parecia indicar o seu êxito. O Valongo, porém, não cedeu, aguentou o rompante adversário até chegar ao 1-1, a meio do segunto tempo,

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mas a cinco minutos do fim, quando ambas as equipas procuravam o tento, a equipa visitante logrou alcançá-lo. Arbitragem de José Silva.”

19680921_CP_Valongo-Infante_7-1. Reservas. Jogo em Valongo. Sem indicação de data, de composição da equipa ou de marcadores.

VALONGO: Alves, Leal (1), Nora, Américo, Pires (1) e Camilo. CARVALHOS: Santos, Jorge Azevedo, Prezas, Guilherme (1), Moutinho, Carvalho, F. Oliviera e Reinaldo.

19680924_CP_Valongo e Porto no 1º lugar. A notícia: “F. C. do Porto e Valongo mantêm-se lado a lado” (em título).

19680921_CP_Valongo-Infante_5-1. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia: “Na décima quarta jornada do campeonato regional da I Divisão, há que destacar as dificuldades que o Académico e o Carvalhos encontraram para ganhar os jogos em ambientes alheios, mas a nota dominante foi a clareza do triunfo do Valongo sobre o Infante de Sagres. (…) Em Valongo, os campeõies regionais ruiram mais uma vez, estrondosamente, desta vez perdendo por margem inquietante. Foi na primeira parte que o Valongo, a jogar em força e velocidade, subjugou inapelavelmente a equipa visitante e chegando ao intervalo a vencer por 3-1. A partida foi desequilibrada, pois o Valongo teve ascendente territorial do princípio ao fim. Arbitragem de Waldemar Aires.” VALONGO: Abel II, Leal (1), Nora, Américo (2), Pires (1), Camilo (1) e Alves I. INFANTE DE SAGRES: Nogueira, Guilherme, J. Rendeiro (1, de grande penalidade), Soares Pereira, Jorge Aires, Águeda, Pires e Castro.

404

“Enquanto a questão do primeiro lugar se mantém no mesmo nível, dois factos importantes se deram noutros passos da classificação: a Académica de Espinho cedeu o quinto lugar, já mais dificilmente recuperável, em favor do Infante e o Vigorosa trocou de posição com o Vilanovense e parece preprarado para fugir à descida automática. Classificação: Porto Valongo Carvalhos Académico Infante Espinho Sanjoanense Fânzeres Vigorosa Vilanovense

J 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15

V 12 13 12 7 5 7 5 5 2 1

E 3 1 0 4 2 0 1 0 1 1

D 0 1 3 4 8 8 8 10 12 13

F 87 72 49 45 39 51 53 44 44 35

C 18 30 27 27 49 51 38 84 75 78

P 42 42 39 33 27 26 52 25 29 18

Nota: Verifica-se de novo anomalias na pontuação: a marca da Sanjoanense é provavelmente 25, não 52, e a do Vigorosa será talvez 19, não 29.


19680928_CP_Valongo-Académico_7-1. indicação de local e de data.

Sem

A notícia: “F. C. DO PORTO E VALONGO preparam-se para discutir o título numa finalíssima” (em título). “Continuam lado a lado as equipas do F. C. do Porto e do Valongo e, a duas jornadas do fim da prova, tudo parece indicar que teremos uma grande finalíssima para decidir o campeão. (…) Não teve o Valongo qualquer espécie de apoquentação para ganhar o jogo, folgadamente, mormente pela sua natural exibição na primeira parte, em que já vencia por 4-1. O Valongo, em plena pujança física e em alarde de apurada técnica, ganhou com facilidade à boa formação academista, não conseguindo os portuenses dar uma nota da sua capacidade. Arbitragem de Domingos Ferreira.” VALONGO: Alves, Nora (2), Américo (2), Camilo (2), Leal, Pires (1), Lino e Victor Francisco. ACADÉMICO: Brito, Liz, Abílio, Campos (1), Quitó, Puskas e Mateus.

19680930_CD_”O Valongo é campeão de reservas e de juniores em óquei em patins”

19681001_CP_Vilanovense-Valongo_1-8. em Gaia. Sem indicação de data.

Jogo

(…) Nas Cavadas, o Valongo a mostrar a sua forma excepcional, venceu sem qualquer discussão o Vilanovense por 8-1, resistindo muito bem os gaienses na primeira parte, em que perdiam somente por 2.1. Arbitragem de Manuel Lourenço.” VALONGO: Alves, Leal (2), Nora, Américo (2), Camilo, Pires (4) e Vitor. VILANOVENSE: Alberto, Romeu, Saraiva I (1, de grande penalidade), M. Correia, José Luís, Saraiva II e Teixeira.

19681001_CP_Valongo-Porto_8-1. Sem indicação de local ou data.

Juniores.

A notícia: “VALONGO: mais uma vez, campeão regional de juniores” (em título). “A equipa de juniores do Valongo fez o seu último jogo e bateu o F. C. do Porto por 2-1, ganhando pela terceira vez o campeonato regional. Até ao intervalo, o resultado de 0-0 deu a nota do equilíbrio, mas no segundo tempo o vencedor marcou nítido ascendente. Neste campeonato, o Valongo fez doze jogos, ganhou onze e empatou um. A actual equipa foi treinado pelo jogador senior Nora, que fora o homem que ganhara o primeiro campeonato, cabendo também ao senior Camilo orientar a equipa que ganhou o campeonato da época passada.”

A notícia:

VALONGO: Monteiro, Ricardo, Camilo, Vale (2), Camões, Gomes, Carlinhos e Queiroz.

“F. C. DO PORTO-VALONGO – FINALÍSSIMA PREVISTA A UMA JORNADA DO FIM” (em título)

F. C. DO PORTO: Segadães, Fernando, Rui, Júlio (1), Jorge, Borges, Santos, Luis e Luis Caetano.

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19681004_CP_Valongo-Fânzeres_5-0. Jogo em Valongo. Sem indicação de data.

Classificação:

A notícia:

Porto Valongo Carvalhos Académico Infante Espinho Sanjanense Fânzeres Vigorosa Vilanovense

“Como era de prever, as equipas dp F. C. do Porto e do Valongo passaram sem apuros os jogos da derradeira jornada do Campeonato Regional da I Divisão, vencendo, nos seus ambientes, respectivamente, Vilanovense e Fânzeres. Deste modo, as duas equipas, que atingiram o final da competição em igualdade de pontos, têm de realizar uma finalíssima, no Pavilhãio do Infante de Sagres, na próxima segunda-feira à noite, para se decidir o título de campeão. (…) Não teve também o Valongo qualquer embaraço para vencer o seu adversário, numa partida correcta, em que o vencedor alardeou a sua maior capacidade de jogo. Ao intervalo, o Valongo já ganhava por 2-0 e o jogo foi esmaltado por um lamentável acidente, pois, a um fortíssimo remate de Nora à baliza antagonista, o juiz de baliza – Lucindo Rocha, ergueu a cabeça e apanhou com a bola no rosto, sangrando abundatemente, sendo conduzido ao hospital, onde foi tratado. Arbitragem de Alfredo Costa.” VALONGO: Alves, Leal, Nora (3), Américo (1), Pires (1), Vitor Francisco e Camilo. FÂNZERES: Monteiro. Magalhães, Mota, Augusto, Aníbal, Moreira, Sousa e Soares.

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J 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18

V 15 15 9 8 6 9 5 6 4 1

E 3 1 4 4 3 0 2 0 1 1

D F C 0 106 22 1 92 32 5 59 43 6 58 45 9 51 56 9 63 48 11 60 68 12 52 88 13 49 86 16 32 126

19681008_CP_Porto-Valongo_0-2. vence o Campeonato Regional.

P 51 51 40 38 33 33 30 30 27 21

Valongo

A notícia: “O VALONGO bateu o F. C.DO PORTO NA «FINALÍSSIMA» (em título). “Já há muitos anos que o título regional se não resolvia através de uma «finalíssima», mas nunca jogo tão decisivo teve tamanho ambiente de interesse e entusiasmo, em grande parte pela paixão que os adeptos do F. C. do Porto nutrem pela modalidade. Por outro lado, o Valongo, um cluge modesto, mas com uma grande equipa que foi «forjada» há anos nos juniores do F. C. do Porto, trouxe também para o hóquei todo o seu entusiasmo e, assim, a equipa vencedora fica na linha do Paço de Arcos e do Sintra, clubes que, no ambiente restrito da sua zona, souberam, em devido tempo, trazer o hóquei para as culminâncias.


MILHARES DE PESSOAS FORA DO PAVILHÃO O facto de o pavilhão municpal estar impedido para o desporto (quando é que verdadeiramente se pode contar com ele) motivou a marcação do jogo para o pavilhão do Infante, realmente aquele que seria susceptível de, a nível de clubes, albergar maior assistência. Simplesmente, ficou muito mais gente cá fora que dentro, de tal sorte que cinco mil pessoas o superlotaram e obrigaram a manter-se tudo de pé, por não haver lugar para se estar sentado. Não valeu a pena, para aqueles que foram para o pavilhão duas horas antes do jogo, como os melhores lugares deixaram de o ser, porque nem uma só pessoa viu o jogo sentado.(sic) VINTE E QUATRO CAMINHETAS TROUXERAM OS ENTUSIASTAS DE VALONGO Foram, ao que parece, enviados 800 bilhetes para Valongo e provavelmete outros tantos foram dirigidos ao F. C. do Porto, mas a gente de Valongo, tal como a do Porto, não conseguiu assegurar bilhetes para todos, mas da terra do vencedor vieram vinte e quatro camihetas que trouxeram cerca de mil entusiastas, mas os bilhestes escoaram-se num momento. Por isso, muito antes da hora do jogo, o ambiente era tenso, de expexctativa e de nervosismo e os fumadores encheram rapidamente o recinto, de nada ou pouco valendo os exaustores. Barulho infernal de cornetas, claxons, relas, etc, prepararam um ambiente que afinal foi sempre da maior correcção e desportivismo. Era tanta a gente no recinto que, pela preimira vez, o público se debruçou na vedação, sendo impossível retirá-lo daí – facto inédito.

O jogo principiou cinco minutos depois da hora marcada e dez minutos antes da tolerância legal de quinze minutos. Foi o Valongo que ganhou o golpe de saída, facto que se repetiu na segunda parte, o que podia dar uma indicação do que se iria passar. Com melhor equipa no sentido coeso, era de esperar o triunfo do Valongo, mas o grupo do F. C. do Porto, com elementos mais destacados, um bom treinador e um público que conta muito, poderia ser encarado, nesse aspecto, (como) o favorito. A primeira grande perdida pertenceu ao F. C. do Porto, quando Hernâni ficou diante da defesa adversária, apenas com Leal e , portanto, com possibilidade de fazer o passe para a direita, para Cristiano, ou para a esquerda, para Ricardo, preferiu o remate frontal, que mais facilmente pode ser anulado. No conra-aqaque, apanhando a equipa azul-branca adiantada, o Valongo perdeu-se por precipitação e sofreguidão. Nota-se já as perigosas incursões de Ricardo, mas sente-se que o Porto procura não os remates de frente, mas os remates ao longo das tabelas, facilmente anuláveis. Tensas como o ambiente, as duas equipas ainda não acertaram o seu passo nos primeiros dez minutos de jogo e ambas buscam a baliza, quase sempre desordenadamente, com ânsia, mas é o F. C. do Porto que mostra maior poder físico. Inexplicavelmente, os portistas não exploram o ponto nevrálgico do adversário, até que Leal comete grave erro no meio do recinto e Cristiano fica com todo o espaço livre para a baliza, mas, quando o tento parecia inevitável, Crisiano falha. O Valongo, com dois tentos que o adversáriko não soube transformar, principiou a demolir o sistema defensivo portista, com exploração dos espaços vazios, fazendo o hóquei moderno que sabe, mas o Porto mostra-se melhor nas desmarcações, que

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só têm o defeito de serem excessivamente lateralizadas. A entrada de Leite deu inicialmente a impressão de que a equipa portista iria ser mais acutilante e foi-o, de facto, mas por pouco tempo. O jogo endurece um pouco, suscitaram-se alguns conflitos, porque o público, a emoldurar o recinto, mostra-se quesilento para os jogadores, que excepcionalmente têm (sic) ao seu alcance. O Porto procura refrescar a equipa e reentra Cristiano e sai Hernâni, mas o Valongo responde em igual tom e sai Camilo e entra Pires. O TRIUNFO DA EQUIPA COM MELHOR ORGANIZAÇÃO A segunda parte abriu com um calafrio na defesa do Valongo, quando Leal, ao suster um remate perigoso de Leite, quase enfia a bola na baliza. Disso resulta que o vencedor se mostre mais retenso na defesa, temendo a linha atacante portista. Mas havia de ser Leal que haveria de fazer o primeiro tento, de longe, com o seu colega Pires a colocar o guarda-redes portista em eclipse, portanto não vendo a bola a entrar. O F. C. do Porto não perdeu o rumo e atacou com mais força, mas com os mesmíssimos erros, pois os remates continuam a ser laterais e, mais do que isso, feitos com desepero e, portanto, muitas jogadas se inutilizam com tamanho frenesi. O Valongo retém-se muito atrás e Américo perde um pouco a serenidade, com o seu sistema de cargas, Nora tem uma avaria nos patins, a equipa ressente-se e, a seguir, o árbiro expulsa rigorosamente Américo e, com quatro unidades, o Valongo procura defender-se encarniçadamente e o Porto

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não troca convenientemente a bola, deu nuns jogadores para os outros, até que o Valongo pode contrabalançar o maior poder físico do F. C. do Porto, apesar de a euipa do Valongo continuar a manter-se erradamente em sistema defensivo. Mas diante das sucessivas avançadas do Porto, a dominar intensamente, o Valongo parece finalmente compreender que a melhor defesa é o ataque e a equipa volta a crescer sobre a defesa portista e vem então o tento da confirmação da vitória, duma equipa com melhor organização, e Américo faz 2-0, que liquida as pretensões do F. C. do Porto. Cristiano é expulso, com o mesmo rigor com que tinha feito a Américo – espécie de compensação incompreensível – mas o jogo está ganho e bem ganho pelo Valongo, que soube explorar as fraquezas do adversário, enquanto o F. C. do Porto quis apenas impor a sua maneira de jogar e não o que mais convinha na conjuntura. No final, o público invadiu o recinto, levando em triunfo os jogadores vencedores. Para tamanho interesse peolo jogo, Radiotelevisão, Emissora Nacional e Rádio Clube do Norte fizeram a cobertura do jogo, pela imagem e pela palavra falada. XXX Era normalmente de esperar o êxito do Valongo, desde que o grupo jogasse como equipa organizada que é. Dos seis jogadores presentes, quatro foram preparados na boa técnica do F. C. do Porto, como Nora, Camilo, Américo e Pires, tendo os três últimos passado pelos juniores e o primeiro pelo juniores e seniores. Sabem portanto o «abêcê» do


hóquei perfeito. Se estes jogadores actuaram bem, o que é natural, realce-se o comportamento de Alves e Leal, que, não tendo a escola perfeita dos seus companheiors, estiveram à altura da responsabilidade do jogo. Qusanto ao F. C. do Porto, para além dos erros já anotados, há que acrescentar que, sempre que ogrupo jogou como uma equipa organizada, noutros jogos, fez boa figura e bons resultados, mas ontem veio excessivamente ao de cima o individualismo de certos jogadores que preferiram algumas vezes a glória de um lance esporádico. O grupo esteve infeliz nos primeiros dez minutos, em que Hernâni e Cristiano, com a «cabeça» no lugar, teriam resolvido a sorte da luta a seu favor, se não fossem tão precipitados e um tanto egoistas. Depois, foram acumulando certos erros que lhes foram fatais e perderam sem apelação. Quanto ao árbitro, esteve quase sempre muito certo e foi duma imparcialidade sem contestação. Os dois erros, até graves e que poderiam comprometer o resultado, foi (sic) a expulsão de Américo e depois Cristiano. Numa finalíssima, não se joga por tão pouco a sorte de um título, com uma expulsão precipitada. Realce-se o comportamento do público de ambos os lados, sempre correcto e entusiasticamente, mas registe-se que o Valongo teve no pavilhão quase tanta gente como o F. C. do Porto. Arbitragem de António Quintela.

M. C. de B.”

VALONGO: Alves, Leal (1), Nora, Camilo e Américo (1) PORTO: Branco, Magalhães, Hernâni, Cristiano e Ricardo.

Nota: Há muito a dizer sobre este relato circunstanciado, feito pelo jornalista de “O Comércio do Porto”, Manuel Correia de Brito, especializado no hóquei em patins e também dirigente e treinador. Reservo os meus comentários para outro local.

19681025_CP_Valongo-Espinho_0-0. Jogo no dia 23 de Outubro. Sem indicação de local, de composição das equipas ou dos marcadores. A notícia: “CAMPEONATO NACIONAL METROPOLITANO” (em título) “Iniciou-se anteontem à noite a fase metropolitana do Campeonato Nacional, com uma supresa provocada pelo empate consentido pelo Valongo. A impressão colhida é de que o Benfica ainda continua a dominar os seus adversários, mas tudo parece indicar que a turma do Campo de Ourique é susceptível de fazer uma prova muito boa. (…) Os espinhenses jogaram contra os campeões regionais numa táctica defensiva, bem servidos pela experiência de Vladimiro. O Valongo aceitou a táctica e esse erro custou-lhe o empate e poderia ter-lhe provocado a perda do jogo, pois a Académica de Espinho usou o sistema de contra-ataque e, por vezes, colocou em embaraços sérios a baliza adversária. Sem tino para perfurarem a cortina defensiva espinhense, os jogadores do Valongo tentaram os remates à distância, que sempre encontraram, todos, as brechas colmatadas. A partida acabou por ser emotiva na parte final, quando ambsa as equipas procuraram afincadamente marcar, mas o resultado tem de se aceitar

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como justo corolário do comportamento de ambos os grupos, mas a Académica esteve mais próxima de marcar, embora o Valongo tenha exercido maior domínio. Próximo do fim, gerou-se conflito entre o público e o árbiro, pela dualidade de critério em relação às raz~ões de uma expulsão temporária e a assistência reagiu, lançando almofadas para o recinto.”

19681027_CP_Porto-Valongo_3-1. Jogo no dia 26 de Outubro. Sem indicação de local. A notícia: “Realizou-se ontem à noite a segunda jornada do Campeonato Nacional da I Divisão e, nesta altura, apenas duas equipas estão invictas: Benfica e F. C. do Porto. (…) Os «azuis-brancos», tal como esperávamos, venceu (sic) a crise psicológica e ontem derrotou (sic) o campeão regional sem apelação. Ao intervalo, o F. C. do Porto vencia por 1-0. Arbitragem de José Silva.” VALONGO: Alves. Leal (1). Nora, Américo, Pires e Camilo. PORTO: Branco, Magalhães, Hernâni, Cristiano (1) e Ricardo (2).

CAMPEONATOS NACIONAIS DE JUVENIS E JUNIORES” (em título). “Com jogos no Porto, principiaram ontem, ao fim da tarde os campeonatos nacionais de Juvenis e Juniores, com predominância das equipas do Infante de Sagres e Valongo, respectivamente. (…) O desafio decorreu de modo diferente ao que o resultado parece indicar. O Valongo, com uma equipa bem evoluída, só a meio da segunda parte conseguiu demonstrar a sua maior capacidade, mas até aí ficou a dever ao bom trabalho do seu guarda-redes não sofrer tentos. O Vigorosa mostrou-se mais resoluto no remate à distância, mas cometeu o erro de não ter um jogador a fazer as recargas. Por seu turno, o Valongo, com três juniores que são verdadeiras e prometedoras esperanças, Vale, Monteiro e Camilo, fez alguns tentos de boa urdidura, com relevância para o primeiro elemento. Cada grupo desperdiçou um castigo máximo. Ao intervalo, o Valongo vencia por 1-0 A arbitragemde problemas.”

Mário

Cardoso

não

teve

VALONGO: Monteiro, Ricardo (1), Camilo (1), Vale (4), Camões, Queiroz, Armindo e J. Manuel. VIGOROSA: Arnaldo, Paiva, Guimarães, Malhpo, Vieira, Henrique, Gigante e Cavadas.

19681027_CP_Valongo-Vigorosa_6-0. Juniores. Jogo no dia26 de Outubro. Sem indicação de local, no Porto. A notícia “PINCIPIARAM

410

ONTEM

À

TARDE

OS

19681031_CP_Carvalhos-Valongo_2-1. Jogo no dia 30 de Outubro. Sem indicação de local. A notícia:


“Terminou ontem à noite a primeira série de jogos de equipas inter-regionais sucedendo-se agora, e a partir de sábado, à noite, em Lisboa, os jogos em que as equipas do Sul defrontam as formações do Norte. (…)

19681104_CP_Parede-Valongo_2-3. Jogo no Pavilhão dos Despotos, de Lisboa. Sem indicação de data (presumivelmente, 3 de Novembro, à noite).

Terceiro revés e segunda derrota dos campeões. O Valongo parece que, em vez de ficar moralizado com o seu excelente êxito na Campeonato Regional, se mostra sem chama para bater adversários que já venceu na prova regional.

“Após uma primeira parte de equilíbrio, o Valongo conseguiu superiorizar-se, terminando a partida como vencedor inteiramente justo.

A partida, ontem, foi emotiva, mas o Carvalhos não subestimou a vantagem de marcar em primeiro lugar, tanto mais que o Valongo só foi igual a si próprio nos minutos finais, mas tardiamente. Arbitragem de Alfredo Costa.”

VALONGO: Álvaro, Leal (1), Nora (1), Pires, Américo (1), Camilo e Sousa.

VALONGO: Alves, Leal. Nora, Américo, Pires, Camilo (1), Cruz e Victor. CARVALHOS: Santos, Azevedo I (1), Guilerrme (1), Prezas (1), Moutinho, Carvalho, Azevedo II e M. Costa. Nota: Há uma discrepância entre o resultado fornecido no início da notícia (2-1) e o número de golos imputados aos jogadores do Carvalhos (3).

19681104_CP_Campo de Ourique-Valongo_3-4. Jogo no Pavilhão dos Desportos, de Lisboa, sem indicação de data (presumivelmente, 3 de Novembro, de manhã), de composição das equipas ou dos marcadores.

A notícia:

Arbitragem de Valdemar Pires, do Porto.”

PAREDE: Branco, Luís, Leitão, Alexandre (1), Coelho (1) e Amílcar.

19681104_Salesiana-Valongo_0-0. Jogo Lisboa, no dia 3 de Novembro, à tarde.

em

A notícia: “VALONGO E SALESIANA – guias isolados do Nacional e Juniores” (em título) Em Lisboa, disputaram-se ontem à tarde os jogos correspondentes à 3ª jornada (última da primeira volta) dos Campeonatos Nacionais de Juniores e Juvenis. Na categoria de Juniores, Valongo e Salesiana comandam, isolados, a classificação.” VALONGO: Silva, Ricardo, Camilo, Camões, Queiroz, Gomes e José Silva.

Vale,

SALESIANA: Toni, Lindinho, Graça, Ferreira, Crispim, Abílio e Machado.

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19681105_CP_CUF-Valongo_3-0. Jogo no Pavilhão dos Desportos, em Lisboa, no dia 4 de Novembro. A notícia: “Com os jogos de ontem à noite, no Pavilhão dos Desportos de Lisboa, terminou a primeira volta do Campeonato Metropolitano de hóquei em patins. (…) Ao intervalo, 1-0 A partida decorreu em toada de equilíbrio, tendo porém o Valongo feito a exibição mais fraca nesta sua digressão a Lisboa. Na segunda parte, a CUF confirmou a sua melhor execução, sobretuto no capítulo remate, expressando a sua superioridade com a obtenção de mais golos. A partir desse momento e com o triunfio certo da CUF, o encontro perdeu o interesse.. Árbitragem de Hernâni Parati.” VALONGO: Alves, Leal, Nora, Américo, Pires, Victor Francisco, Camilo e Cruz. CUF: Vitor Domingos,José Carlos, Mário Ferreira, Leonel José Fernandes (2), José António (1) e Germinal.

19681108_CP_Valongo-Espinho_5-0. Jogo no dia 7 de Novembro. Sem indicação de local. A notícia: “O F. C. do Porto perdeu com o Carvalhos, no campeonato nacional, com benefício para o Benfica” (em título). “Disputou-se ontem à noite a segunda jornada do campeonato metropolitano… (...)

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Durante a primeira parte, foi manifesta a perturbação e enleamento dos campeões regionais diante do jogo frio, calculista e cerebral dos «espinhenses». O Valongo não conseguiu, verdadeimente, a sua toada, de tal modo o adversário o levava a jogar a seu modo. Próximo do intervalo, porém, o Valongo fez 1-0, verdadeiramente contra a corrente do jogo e em lance fortuito. Mas a partir da segunda parte, a Académica de Espinho caiu totalmente diante da melhor estruturação do Valongo, que então fez jogo de grande gala, devendo-se assinalar o segundo tento de Américo, que bateu desconcertamente todos os adversários e culminou com finta primorosa do guardião adversário. A arbitragem de Aníbal Reis mereceu louvores.” VALONGO: Vítor, Leal, Nora (1, de grande penalidade), Camilo (1), Américo (2), Pires (1) e Cruz. A.ESPINHO: Vítor, Vladimiro, Azevedo I, Morais e Azevedo II.

19681110_CP_Valongo-Porto_3-2. cação de local ou data.

Sem

indi-

A notícia: “O Valongo derrotou o F. C. do Porto no campeonato nacional” (em título) “Prosseguiu o campeonato nacional, fase metropolitana, com a segunda jornada da segunda volta, com dois factos importantes: a nova derrota do F. C. do Porto, que põe em causa o segundo lugar, e os incidentes no jogo CUF-Parede. (...)


A equipa azul-branca, com um início prometedor, chegou aos 2-0, mas antes do intervalo o resultado passou a 2-1 e, na segunda parte, com a retenção de bola, os «portistas» comprometeram irremediavelmente o seu êxito e perderam sem apelação. Arbitragem de António Quintela.” VALONGO: Vítor, Leal, Nora, Américo (1), Pires (2) e Camilo. PORTO: Castro. Magalhães, Hernâni, Cristiano (1) e Ricardo Nota: Uma vez mais, existe discrepância entre o resultado do início da notícia e os golos marcados pelo Porto: 2 no início, apenas 1 no fim.

19681110_CP_Valongo-Vigorosa_7-1. Juniores. Jogo no Pavilhão do Infante de Sagres, no dia 9 de Novembro. A notícia: “INFANTE E VALONGO, vencedores nos Campeonatos Nacionais de Juvenis e Juniores” (em título). “Ontem, no fim da tarde, no pavilhão do Infante de Sagres, disputaram-se dois jogos correspondentes aos campeonatos nacionais de Juvenis e Juniores, a iniciar as respecicas segundas voltas. (...) Não teve a beleza do desafio das equipas mais jovens, o desafio seguinte, mas o Valongo usufruiu nítida superioridade, com relevo para o primeiro tempo e para o guarda-redes e avançados da turma vencedora, O Vigorosa, ao contrário da primjeira volta, nunca estreve à altura dos seus méritos, mas ainda assim podia ter marcado mais duas bolas, assim como o

vencedor ficou a dever a si mesmo outros tantos tentos. Boa arbitragem de Valdemar Aires.” VALONGO: Monteiro, Ricardo, Camilo, Vale (2), Camões (3), Queiroz, Armindo e Silva. VIGOROSA: Azevedo, Vieira, Guimarães, Almeida, Malho (1), Gigante, Henrique e Cavadas. Nota: A prova entrem a partir de sábado, na sua fase final, com os segintes jogos, no Pavilhão do Infante de Sagres: Parede-Carvalhos; CUF-Porto; C. Ourique-Espinho e Benfica-Valongo.

19681117_CP_Valongo-Algés_2-1. Juniores. Sem indicação de local ou de data. A notícia: “VALONGO E SALESIANA decidem esta tarde o título de Juniores” (em título). “No campeonato nacional de Juniores, as equipas do Valongo e da Salesiana mantêm íntegras as possibilidades para o título, mas o campeão nortenho parece mais próximo de o ganhar, pois a sua equipa mostra-se mais evoluída. Esta tarde, o título decide-se no desafio entre as duas equipas, mas os nortenhos com o empate garantem o campeonato. (...) Com uma primeira parte equilibradíssima, que o resultado de 1-1 justifica plenamente, o jogo desenvolveu-se em jeito de muito agrado. Na segunda parte, o jogo continuou equilibrado, mas o Valongo esteve sempre mais perigoso no ataque. Arbitragem muito atenta de António Manuel (Santarém).”

413


VALONGO: Monteiro, Ricardo, Camões, Vale, Camilo, Queiroz, Edmundo e Silva. ALGÉS: Nunes, Teixeira, Adelino, Carlos Gomes, Rui, Bacelar, Manuel e Letras, Nota: Notar-se-á que não são indicados os marcadores dos golos. Classificação: Valongo Salesiana Algés Vigorosa

J 5 5 5 5

V 4 3 1 0

E 1 2 1 0

D 0 0 3 5

F 17 14 8 7

C 3 5 8 30

P 14 13 8 5

19681117_CP_Valongo-Benfica_1-1. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres. Sem indicação de data. A notícia: “Êxito quase total dos grupos do Norte e o VALONGO empatou com o BENFICA” (em título) “Superlotadíssimo o pavilhão do Infante, tamanha foi a multidão que acorreu para ver os jogos. Os desafios agradaram, com excepção do Benfica, que se tornou manifestamente impopular pelo seu sistema defensivo. Durante os jogos, o público teve de se manter de pé, não no peão, o que é normal, mas nas bancadas, onde paga para estar comodamente sentado. Isso vem demonstrar que foram emitidos bilhetes em número superior à lotação, o que impõe medidas severas para que o facto se não repita. (...)

414

O grande jogo da noite foi uma decepção. Fazendo um tento desgsarrado e fortuito, nos primeiros minutos, o Benfica «furtou-se» ao jogo, sobretudo Livramento que, acusando manifesto abaixamento de forma, se tornou altamente antipático para a assistência. Não jogou o Benfica como um ampeão nacional, nem como uma equpa com tamanha vantagem no primeiro lugar. Casimiro e Vicente ainda tentaram jogar, mas Livramento congelou a bola e veio ostensivamente para trás da baliza, perante os apupos do público. Ao intervalo, o Benfica vencia por 1-0 e antes do intervalo Livramento foi expulso por comportamento incorrecto, mas, em feição de compensar, o árbitro expulsou também, temporariamente, Américo, sem razão, pelo que o jogo esteve interrompido pela quantidade de almofadas lançadas para o recinto. A certa altura e involuntariamente, um juiz de baliza foi atingido com uma esticada (sic) e o jogo estena novamente interrompico. Por fim, o Benfica, tão retraído na sua defesa, sofreu o empate e então espevitou, mas o resultado não se alterou. Arbitragem com altos e baixos de Manuel Soares, de Lisboa.” VALONGO: Alves, Leal (1), Nora, Américo, Pires e Camilo. BENFICA: Carlos Alberto, Casimiro Garrancho. Livramento e Vicente.

(1),

19681118_CP_Valongo-Campo de Ourique_1-0. Jogo no Porto. Sem indicação de data. A notícia:


“Tinha este desafio uma importância capital, pois enquanto o vencedor continuaria com as suas aspirações para o segundo lugar. É de calcular, portanto, a expectativa e o nervosismo de que o jogo se revestiu. Tal como na véspera, o Campo de Ourique, que aliás não está a contar com todas as suas unidades, por ter Barreto castigado e Júlio que não veio ao Porto, voltou a mostrar possuir um conjunto com futuro auspicioso. Ambas as equipas perderam ocasiões óptimas de marcar, mas o Valongo converteu o seu triunfo num tal tento desgarrado de Camilo, afastando inapelavelmente o Campo de Ourique da corrida para o título. Boa arbitragem de Orlando de Sousa.” VALONGO: Alves, Leal, Nora, Américo, Pires e Camilo (1) CAMPO DE OURIQUE: Luis Alves, Vaz Guedes, Adriano, Almeida, Catarino, Albino, José e Costa.

19681118_CP_Valongo-Salesiana_4-1. Juniores. Sem indicação de local ou de data. A notícia: “O VALONGO GANHOU BRILHANTEMENTE O CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES” (em título). “Pela terceira vez, o título nacional de Juniores, a primerira por intermédio do Boavista, a segunda por vitória do Famalicão e agora por virtude do Valongo, veio para o Norte. As melhores fecitações para a jovem e esperançosa equipa do Valongo e para o seu dedicado treinador – o jogador sénior José Alves Nora. (...)

Apesar de fisicamente mais débeis, dado que os lisboetas apresentaram-se com um arcaboiço físico supreendente, o Valongo fez jogo de gala e bom recorte técnico. Terminou a primeira parte a vencer por 2-0 e foi sempre senhor do jogo, para acabar em glória, com os adversários confundidos e alguns revelando mau perder. No final, o público lançou para o recinto inúmeras serpentinas. A arbitragem de Armelim Ferreira (Santarém) situou-se num plano de alto relevo.” VALONGO: Monteiro. Ricardo, Camilo, Vale (1, de grnde penalidade), Camões (3), Queiroz, Armindo e Silva. SALESIANA: Sanhtos, Jerónimo, Graça, Leal (1), Ferreira, Luz, Machado e Fernandes.

19681119_CP_Valongo-CUF_3-1. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres, no dia 18 de Novembro. A notícia: “Neste desafio sentiu-se o abatimento da equipa campeona regional do Porto, pelo facto de perder o segundo lugar, pelo que em toda a primeira parte o jogo decorreu em toada de superioridade indiscutível dos lisboetas, que chegaram ao intervalo a vencer por 1-0, com todo o mérito. Após o descanso, porém, o Valongo foi crescendo até empatar, depois todo o comando do jogo lhe pertenceu, de maneira a chegar ao merecido resultado final, não sem que Nora tivesse perdido duas grandes penalidades. Esteve muito certa a arbitragem de José Trindade (Lisboa).”

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VALONGO: Alves, Leal, Nora (2). Américo (1, de castigo máximo) e Pires. CUF: Ferreira, José Carlos, José António, , Fernandes (1), Venâncio, Germinal. Romão e Carlos Soares.

19681124_CP_SNECI-Valongo_2-1. Juniores. Jogo nos Salesianos, no dia 23 de Novembro. Sem indicação da composição das equipas ou dos marcadores. A notícia: “NACIONAL DE JUNIORES” (em título). “Resultados dos jogos de ontem:

19681122_CP_Salesiana-Valongo_1-0. Juniores. Jogo no pavilhão dos Salesianos, no dia 21 de Novembro. Sem indicação da composição das equipas ou do marcador.

SNECI-Valongo_2-1 Salesiana-Lobito_4-0.”

A notícia: “NACIONAL DE JUNIORES” (em título). “No pavilhão da Escola Salesiana, no Estoril, começou ontem à noite o Camopenato Nacional de óquei em patins, com os jogos cujos resultados anotamos: C. P. Porto do Lobito-SNECI_1-7 Salesiana-Valongo_1-0.”

19681123_CP_Valongo-Lobito_4-1. Juniores. Jogo nos Salesiano, no dia 22 de Novembro. Sem indicação da composição das equipas ou dos marcadores. A notícia: “NACIONAL DE JUNIORES – O VALONGO DERROTOU O LOBITO” (em título)“No pavilhão da Escola dos Salesianos, continuou ontem à noite o «Nacional» de Hóquei em Patins, na categoria de Juniores. Os resultados foram os seguintes: Valongo, 4 – Lobito, 1; Salesianos, 6 – S.N.E.C.I., 2.”

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19681126:CP_Salesiana-Valongo_0-2. Juniores. Jogo nos Salesianos, no dia 26 de Novembro. Sem indicação da composição das equipas ou dos marcadores. A notícia: “CAMPEONATO NACIONAL DE JUNIORES – A SALESIANA CONTINUA INVICTA” (em título). “No pavilhão da Juventude Salesiana, no Estoril, prosseguiu ontem à noite, com os desafios da quarta joirnada (1ª da 2ª volta) o Campeonato Nacional de Hóquei em Patins. Na categoria de Juniores.


Os resultados foram os seguintes: SNECI, 3 – Lobito, 0; Valongo, 0 – Salesiana, 2. Classificação após a jornada: 1º Salesiana

8 pontos

2º SNECI

6 pontos

3º Valongo

2 pontos

4º Lobito

0 pontos”

19681127_CP_Lobito-Valongo_3-1. Juniores, Jogo nos Salesianos, no dia 26 de Novembro. Sem indicação da composição das equipas ou dos marcadores. A notícia: “NACIONAL DE JUNIORES – TÍTULO À VISTA PARA A SALESIANA” (em título). “Para o Campenato Nacional disputaram-se ontem à noite, no Pavilhão da Escola Salesiana, no Estoril, os enconros da penúltima jornada, cujos resultados foram os seguintes:

parte no Porto-Lisboa, marcado para sábado, à noite, em Ílhavo, às 21,45 horas, integrado no festival comemorativo das Bodas de Prata do Illiabum Clube. Os jogadores são: Brito e Campos, ambos do Académico; Júlio Rendeiro, Infante de Sagres; Vladimiro, Azevedo I e Azevedio II, da Académica de Espinho; Prezas, Carvalhos; Nora, Américo e Santos, Valongo. Durante o festival, exibir-se-á em patinagem artística a campeã nacional Maria Edith. A organização do Porto-Lisboa pertence à Associação de Patinagem de Aveiro. O seleccionador portuense não escolheu jogadores do F. C. do Porto em consequência de os elementos portistas estarem a fazer violento esforço no campeonato nacional que hoje termina.”

Salesiana, 3 – SNECI, 3

19681224_CD_Campeonato Metropolitano da I Divisão. Valongo-Ac. Espinho_0-0. Porto-Valongo_3-1. Valongo-Carvalhos_1-2.

Lobito, 3 – Valongo, 1.

Juvenis: Vigorosa-Valongo_0-6.

Ao tempo em que conseguiu manter a distância pontual que tinha sobre o grupo moçambicano, seu adversário mais directo, a Juventude Salesiana dificilmente deioxará escpar o título nacional.”

A notícia:

19681127_CP_Nora, Américo e Santos entre os 10 jogadorescolhidos para o Poro-Lisboa. A notícia: “O seleccionador do Porto, Eng. António Azevedo Lima, escolheu os dez jogadores que vão tomar

“Começou no passado dia 23 (de Novembro?) o Campeonato Metropolitano da I Divisão que tem como concorrentes os seguintes clubes: Valongo, F. C. do Porto, Benfica, Campo de Ourique, Parede e CUF. Já se efectuaram três jornadas no Pavilhão do Infante de Sagres e em outras surgiram surpresas. Outros resultados: 1ª jornada: Carvalhos-Portoi_1-2; Campo d’Ourique-Parede_5-1; CUF.Benfica_2-7.

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2ª jornada: Ac. Espinho-Carvalhos_2-3; Parede-CUF_3-2; Benfica-Campo d’Ourique_4-0. 3ª jornada: Ac. Espinho-Porto_1-4; Parede-Benfica_0-1; Campo d’Ouorique-CUF_1-3.”

1969

o azedume pela falta na Vila de Valongo de um Pavilhão que sirva os interesses das modalidades pobres e muito em especial o hóquei em patins, a fim de evitar que o hóquei valonguense desapareça, o que constituiria um golpe duro para todos os desportistas locais. Festa, pois, em família, aquela que os dirigentes do Valongo ofereceram aos seus atletas.”

19690225_CD_”Homenagem Merecida – Imposição de faixas aos hoquistas de Valongo” A notícia: “A Direcção da Associação Desportiva de Valongo homenageou os seus atletas no decorrer de um jantar que serviu para estreitar ainda mais os laços que unenm dirigentes e dirigidos, premiando este modo o esforço daqueles que efectuaram uma época brilhantíssima no hóquei em patins. Basta dizer que os hoquistas de Valongo conquistaram com todo o mérito o título de campeões regionais da I Divisão, reservas e juniores. Foi num ambiente de grande simplicidade, mas bem significativo, que o jantar se realizou. Não gouve protocolos de espécie alguma. Tudo decorreu como que em família. Daí o não terem assistido entidades oficiais. Dirigentes e atletas pretendiam estar à vontade, dar largas à alegria esfusiante que a todos invadia pelos cometimentos conseguidos na época mais brilhante para a colectividade. A imposição das faixas aos campeões foi, sem dúvida, o momento mais alto verificado no decorrer do jantar e que a todos emocionou, especialmente os jogadores campeões, que constituem um produto «made in Valongo». Falou-se muito do valor dos atletas e «mastigou-se»

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De pé: Santos, Leal, Domingos, V. Francisco, A. Alves, Zé Viterbo Em baixo: Américo, Nora, M. Pires, Zé Camilo

19690228_CP_Américo e Nora treinam no Estoril para a Selecção Nacional. A notícia: “Com vista ao próximo Campeonato da Europa, realizou-se no pavilhão da Juventude Salesiana, no Estoril, mais um treino da selecção nacional de hóquei em patins.


Dirigiu o treino o seleccionador António Raio, que formou duas equipas:

19690314_CP_Nora treina no Estoril para a Selecção nacional.

ENCARNADOS – Vítor Domingos (CUF), Luis Alves (C. Ourique), Crisitano (F. C. Porto), Américo (Sintra), Ricardo (F. C. Porto), Rosa Soares (P. de Arcos) e Campos (Académico).

A notícia:

AZUIS: Brito (F. C. Porto), Presas (Carvalhos), Nora (Valongo), Américo (Valongo) e Leonel (CUF). Os «encarnados» venceram por 6-5. Dos jogadores convocados, faltaram os elementos do Benfica, actualmente no Ultramar, e ainda Salema (Oeiras) e Alexandre e Branco (Parede).”

“TREINO DA SELECÇÃO” (em título). “Sem a presença da maioria dos convocados, teve lugar mais uma sessão de treino do seleccionado nacional de hóquei em patins, no «rinque» da Juventude Salesiana, no Estoril. Faltaram oito seleccionados, a saber: Salema, Rendeiro, Ricardo, Livramento, Garrancho, Vicente e Ricardo (este do Sporting) e Vitor Domingos, que justificou a falta por motivo de doença. Por isso, o seleccionador teve de mais uma vez recorrer à equipa da Juventude Salesiana.

19690313_CP_O novo Pavilhão dos Desportos de Valongo. A notícia: “O Pavilhão Municipal de Valongo” (em título) “Com a entrada a nova Direcção do clube de hóquei em patins de Valongo, o problema da construção do Pavilhão Municipal ganhou actualidade. Assim, os novos directores avistaram-se com o arquitecto Fernando Seara, encarregado de apresentar o projecto (após correcções impostas pelo Município, no sentido do embaratecimento da obra) e aquele comprometeu-se a entregar o projecto hoje, quinta-feira, na Câmara Municipal de Valongo, para aprovação superior. O custo da obra, crê-se, é da ordem dos 2 mil contos, situando-se o imóvel junto à capela do Calvário, ao fundo da Avenida Engenheiro Arantes e Oliviera, em Valongo.”

Os elementos da selecção que compareceram alinharam assim: Brito (F. C. do Porto) depois Luis Alves (C. Ourique), Cristiano (F.C.Porto), Casimiro (Benfica), Américo (Sintra), Nora (Valongo), Rosa Soares (Paço de Arcos), José Fernandes (CUF) e Campos (Académico do Porto).” Nota: Se confrontarmos esta notícia com a anterior, de 690228, é possível que o Américo agora referido como presente, seja, não do Sintra, mas do Valongo.

19690321_CD_”Novos directores do óquei em Valongo” A notícia: “Realizou-se no passado domingo a Assembleia-Geral da Associação Desportiva de Valongo para eleição dos novos corpos gerentes.

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Presidente: Luís Marçal Varela Sant’Ana de Miranda Vice-Presidente: João Custódio Ventura dos Santos Secretérios: Lino Carvalho e Alcides Leal Machado Tesoureiro: Antónop Sérgio Ventura dos Santos 1º Vogal: Delgim Marques dos Santos Pires 2º Vogal: José de Sousa Oliveira.”

19690321_CD_”Vida nova no Óquei em Patins Valonguense” A notícia: “A vila de Valongo está de parabéns por ter a servi-la uma equipa de dirigentes desportivos da maior pesonalidade, capacidade e popularidade. Quer dizer que ela encerra um pouco de tudo… para tudo. Porquê esta afirmação? Porque verificámos num ligeiro (e suficiente!) contacto o que a move. Quem é ela já o sabem os leitores que (viram) os seus nomes na penúltima edição deste jornal. O que pode ela fazer sabeno-lo nós, porque conhecemos os seus efeitos. Trocada esta frase em “miúdos”, queremos dizer que é gente para trabaljhar e revigorar o prestígio do óquei valonguense. Mesmo entrando com um prejuízo deixado pela gerência anterior, a nova direcção da Associação Desportiva e Valongo vai, estamos certos, arranjar mais sócios, satisfazer mais os que já o são (sócios) e realizar o sonho dourado dos valonguenses: apressar a construção do Pavilhão.”

“Terá de ser adiado o Torneio de Abertura portuense?” (em título) “O seleccionador António Raio, dentro do plano de preparação para a equipa nacional, não permite que os jogadores seleccionados tomem parte em jogos a partir do próximo dia 11 de Abril e, nesse sentido, pediu ou vai pedir à Federação para que esses jogadores fiquem arredados das competições. Por causa disso, o Torneio de Abertura de Lisboa vai ficar suspenso e supomos que no Porto terá de acontecer coisa semelhante, embora os delegados dos clubes tanham concordado em prosseguir o Torneio de Abertura de qualquer maneira. Nol entanto, por exempplo, o Infante de Sagres pretende alegar a falta que faz à sua euipa o internacional Júlio Rendeiro que, de resto, ocupa as funções de treinador do clube. Sendo assim, como poderá o F. C. Do Porto manter-se em prolva com três jogadores seleccionados: João de Brito, Ricardo e Cristiano? O Académicos sem Campos e o Valongo sem Nora, ambos seleccionados, também poderão suportar a «sangria» durante tanto tempo, até que am Maio se realize, em Lausane, o Campeonato da Europa?”

19690411_CD_”Afinal aquilo do Pavilhão era história” A notícia:

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19690401_CP_Possível adiamento do Torneio de Abertura.

“Referimo-nos no passado número ao caso do Pavilhão de Desportos em Valongo e da sua inauguração breve.

A notícia:

Tratava-se de uma «peta» de 1 de Abril, como em


sub-título dávamos a entender (dizia Valongo 1 de Abril), mas quem não andou a par do movimento fiou-se.

19690419_CP_Valongo-Infante_12-0. Jogo no dia 18 de Abril. Sem indicação de local.

Claro que toda a gente sabe (ou ouve dizer) que os Órgãos de Informação se pelam por fazer o «gosto ao dedo», em imaginação mais ou menos fértil. E vai daí a nossa intervenção, com fotos da Adega Cooperativa de Paredes.

“Disputou-se ontem à noite o Torneio de Abertura que foi uma ronda de tranquilidade absoluta e até com dois resultados robustos, mas que, para não fugir à regra, até registou uma supresa, pois não se esperava o fracasso do Centro Universitário. (...)

O que há de efectivo é só a entrega do projecto na Câmara de Valongo e a promessa do Sr. Presidente de fazer o recinto de patinagem até virem entretanto os subsídios ou comparicipações.

O campeão regional jogou completamente descontraído, mas fez jogadas primorosas, embora um tanto facilitadas por um adversário de capacidade débil, resultante de se apresentar desfalcado de três unidades e ter alinhado um guarda-redes a defesa e não ter sequer suplentes.

Com a piada dos transportes (em 1967) tivemos sorte. Não demoraram os autocarros. Agora esperamos que com a deste ano aconrteça o mesmo. E não é difícil!”

19690412_CP_Começou o Torneio de Abertura. A notícia:

A notícia:

Ao intervalo, o Valonguense (este erro é recorrente: Valonguense é o clube de futebol) vencia por 9-0. Arbitragem, descontraída de José Silva.” VALONGO: Alves, Cruz, Nora, Américo (5), Pires (5), Lino, Aguiar (2) e Vitor Francisco. INFANTE: Tavares, Aníbal, José Manuel, d’Alte e Pedro.

“Principiou ontem à noite o Torneio de Abertura e os recintos tiveram pouco movimento de assitentes e supomos que esta fase inicial da prova vai dar prejuízos aos clubes. Repare-se que o Infante de Sagres e o Águias foram jogar a S. João da Madeira, a Sanjoanense veio ao Porto e o desafio teoricamente mais apreciável, entre duas equipas portueneses – Porto-Académico, realizou-se nos Carvalhos! Assim, necessariamente que os resultados de bilheterira hão-de ser verdaeiros fracassos. Dos dezanove participantes, o F. C. do Porto desiste da equipa B, por ter três jogadores na selecção, e o Vilanovense também não toma parte na prova.”

1969. De pé: Nora, Leal, Domingos Cruz, José Camilo Em baixo: Manuel Pires, António Alves, Vitor Francisco, Américo

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19690429_CP_Valongo-Educação-Física_9-1. Jogo no dia 19 de Abril. Sem indicação de local. A notícia: “Prosseguiu ontem à noite o Torneio deAbertura, com jogos nos pavilhões do Infante e dos Carvalhos, com desfechos naturais. (...) Teve sempre ascendente, domínio e vantagem a equipa do campeão regional, que, ao intervalo, já vencia por 3-0. Arbitragem de Valdemar Aires.” VALONGO: Alves, Cruz, Nora (2), Américo (5), Magalhães (2), Almeida, Ricardo e Vítor. EDUCAÇÃO FÍSICA: Campos, Mendonça, Bizarro (1), Santos, Brás, André, Santos I e Abílio.

19690510_CP_Valongo-Centro_6-1. Jogo no dia 9 de Maio. Sem indicação de local, composição das equipas ou marcadores.

4-1

Carvaljhos B-Paredes

3-2

Oliveirense-Educação Física

3-1

Valongo-Centro

6-1

Carvalhos A-Infante de Sagres A

4-3”

19690528_CP_O Valongo Olímpico” da A. P. Aveiro.

participano

“Dia

A notícia: “No «DIA OLÍMPICO» gizado pela A. P. Aveiro participarão o F. C. do Porto, Benfica, CUF e Valongo” (em título) “Promovido pela Associação de Patinagem de Aveiro, decorrerá no Pavilhão de Ílhavo, em 7 e 8 de Junho próximo, um torneio sobre rodas denominado «Dia Olímpico». O programa de sábado à noite é como segue:

A notícia:

F. C. do Porto – CUF

“DISPUTOU-SE ONTEM À NOITE A NONA JORNADA DO TORNEIO DE ABERTURA” (em título).

Benfica – Valongo

“A jornada de ontem foi fatal a uma equipa das bem cotadas no xadrês nortenho – a Académica de Espinho, que voltou a ser batida, inesperadamente, desta vez, pelo Vigorosa.

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Académico-Fânzeres

No domingo, defrontar-se-ão primeiramente os vencidos, para apuramento do terceiro classificado, e, logo após, os vencedores da véspera. Durante os intervalos, verificar-se-ão exibições de patinagem artística e corridas de velocidade.”

O Fânzeres não resistiu à melhor capacidade do grupo do Académico, um jogo que era de grande espectativa, mas ganho com naturalidade pelos academistas.

19690528_CP_Torneio com as quatro melhores equipas de Lisboa e Porto.

Resultados gerais

A notícia:

Vigorosa-Acad. de Espinho

4-3

F. C. do Porto-Infante de Sagres

3-0

“As quatro melhores equipas de LISBOA e PORTO num torneio quadrangular” (em título).


“Em Ílhavo, vai realizar-se um importante torneio quadrangular, para o qual foram convidados os quatro melhores grupos portugueses, precisamente os dois melhores classificados dos Campeonatos Regionais de Lisboa e Porto, respectivamente: Benfica, Campo de Ourique, Valongo e F. C. do Porto.”

19690528_CP_Os jogadores nortenhos esquecidos pelos seleccionadores. A notícia: “Para os Jogos Luso-Brasileiros a realizar desta vez no Brasil, o seleccionador nacional indicou três elementos portuenses: Brito (F. C. do Porto), Rendeiro (Infante) e Campos (Fânzeres). Ricardo e Cristiano, ambos do F. C. do Porto; Nora e Américo, ambos do Valongo, continuam lamentavelmente a ser esquecidos.”

Seis equipas, cinco das quais com idênticas possibildades, pois, de todas elas, apenas a da Oliveirense não parece ter envergadura para tolher a carreira das restantes, pese muito embora a sua vontade e entusiasmo. Dir-se-á, com certa lógica, que os grupos do F. C. do Porto e do Valongo são os mais cotados para ganhar a rpova, mas isso seria esquecer a capcidade do Académico, do Carvalhos e da Académica de Espinho. Por exemplo, nos jogos desta noite, apenas o desafio inicial, entre o Académico e e a Oliveirense, se mostra dequilibrado, com vantagem para os academistas. Na segunda partida da noite, entre o Valongo e a Académica deEspino, o equilíbrio de forças é tão evidente que se não pode arriscar o prognóstico e o mesmo sucede em relação ao jogo F. C. do Porto-Carvalhos, que fecha a jornada, pois aí também as duas equipas se mostram com forças análogas. Por aqui se avalia o interesse desta jornada inicial e das que se vão seguir.

19690602_CP_Fase final do Torneio de Abertura. A notícia: “Principia esta noite a fase final do Torneio de Abertura” (em título). “As sete equipas apuradas na fase preliminar do Torneio de Abertura entram esta noite na parte decisiva da prova. F. C. do Porto, Valongo, Académico, Académica de Espinho, Carvalhos e Oliveirense, durante cinco jornadas, a primeira das quais se disputa esta noite, a partir das 20,50 horas, vão decidir a sorte do vencedor.

Todavia, se desejarmos, apesar do evidente equilíbrio de forças, apontar os prováveis vencedores, embora com todos os riscos inerentes, então diríamos que F. C. do Porto, Valongo e Académico são os que reunem mais possibilkidades, mas no campo destas hipóteses, podemos aceitar que os presumíveis vencidos sejam os vencedores e nem se poderá considerar os factos sensacionais.”

19690603_CP_Valongo-Espinho_3-2. Jogo no dia 2 de Junho. Sem indicação de local. A notícia:

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“F. C. DO PORTO, VALONGO e ACADÉMICO, primeiros vencedores da fase final do Torneio de Abertura” (em título). “Principiou ontem à noite a fase final do Torneio de Abertura, com três jogos a que demos um vaticínio que saiu completamente certo. Realmente, o triunfo pertenceu aos grupos do F. C. do Porto, Valongo e Académico, como prevíramos, mas o jogo mais equilibrado foi ainda aquele que opôs o Valongo ao grupo da Académica de Espinho. (...) Emotivo por equilíbrio, este desafio nunca teve vencedor certo, mesmo levando em conta que os campeões regionais, com uma primeira parte de bom recorte técnico, atingiram o intervalo a vencer por 3-0, mas os espinhenses lograram ripostar admiravelmente na segunda parte, até colocar em sérios apuros a equipa que veio a ser vencedora. Arbitragem de António Quintela, com bom trabalho.” VALONGO: Alves, Cruz, Nora (1, de grande penalidade), Américo (1), Pires (1), Lino, Magalhães e Vítor. A.DE ESPINHO: Marques, Vladimiro (1), M. Azevedo, A. Azevedo (1), Barros, Vitorino, Marçal e Castro.

19690607_Carvalhos-Valongo_2-1. Jogo no dia 6 de Junho. Sem indicação e local. A notícia: “O CARVALHOS derrotou o VALONGO e forneceu a surpresa da jornada” (em título). “Continua a despertar o maior interesse a fase final do Torneio deAbertura e que ointem, na segunda jornada, propiciou resultados e jogos muito equilibrados. (...)

424

Os campeões regionais fracassaram na jornada de ontem, no terceiro e último desafio do programa. O Valongo, que ontem não pôde contar com o concurso de Nora, sentiu muito essa ausência e nem o facto de ser o primeiro a marcar deu à equipa a tranquilidade que se esperava. Realmente, aproveirando a composição emergente quie o adversário teve de apresentar, o Carvalhos foi gradualmente explorando os pontos nevrálgicos do Valongo, até justificar a margem escassa, mas vitoriosa e merecida. Ao intervalo, vencia o Valongo por 1-0. Arbitragem de Hernâni Parati.” VALONGO: Alves, Cruz, Lino, Américo (1), Pires, Camilo, Magalhães e Vítor. CARVALHOS: Costa, Guilherme (1), J. Azevedo, Prezas, Moutinho (1), Brandão, França e Santos.

19690609_CP_Valongo-Porto_4-3. Torneio de Ílhavo. Jogo em Ílhavo, no dia 8 de Junho. A notícia: “O Valongo ganhou o Torneio de Ílhavo ao vencer o F. C. do Porto” (em título). “Ontem, realizou-se a segunda jornada do torneio quadrangular de Ílhavo, integrada no «Dia Olímpico» No dia anterior, as equipas do Porto afastaram os grupos de Lisboa, da questão do 1º e 2º lugar, pois o F. C. do Porto derrotou a CUF e o Valongo derrotou o Parede, para decidirem os 3º e 4º lugares. O desafio terminou com um empate a duas bolas e, por acordo entre os dois contendores, não se fez desempate, atribuindo-se a cada uma das equipas a terceira posição,


A seguir, os grupos do F. C. do Porto e do Valongo fizeram a «finalíssima» para atribuição dos 1º e 2º lugares.

também. E louvores à A. P Aeiro e ao público! Oxalá, num futuro breve, uma equipa da região participe igualmente nestes torneios”.

No tempo regulamentar, registou-se um empate a duas bolas. Deste modo, o desempate teve de fazer-se por marcação de grandes penalidades, cabendo o triunfo ao Valongo que, vencedor por 3-2, ganhou o torneio. Árbitro: Afonso Cardoso (Porto).”

AFONSO CARDOSO (árbitro do Valongo-Porto): Óptima organização. Iniciativas destas devem prosseguir. No que respeita ao jogo, foi muito bem disputado. Viril, mas correcto. Pena não ser possível atribuir a vitória às duas equipas, tão dignas foram uma da outra!”.

Alguns esclarecedores depoimentos No final da segunda e última jornada, colhemos alguns esclarecedores depoimentos acerca do magnífico torneio. Terão o mérito, sem dúvida, de reflectir anseios e realidades, esperanças e convicções. Ninguém melhor do que os intervenientes para falar de momentos intensamente vividos. LEONEL (capitão da CUF): “Estou satisfeito com a posição obtida. O Parede dispõe de uma boa equipa e vinha disposta a ganhar o Torneio, mas o Valongo, que possui muito valor, «matou-lhe» as aspirações”. MAGALHÃES (capitão do F. C. do Porto)_ “É de elogiar a iniciativa da A. P. de Aveiro. Ouso daqui fazer um apelo à Federaçção, para que organize torneios semelhantes em centros onde o hóquei é pouco conhecido ou praticado. Quanto ao desfecho da final, o resultado, decidido por «penalties», espelha, de facto, o equilíbrio técnico e táctico que todos viram”. NORA (capitão do Valongo): A partida com o F. C. do Porto foi realmente difícil. Ao cano do tempo regulementar, o 2.2 estava certo. Depois, vencemoks mercê dos «penalties». Se os «portistas» ganhassem do mesmo modo, era de aceitar

ENG.º MANUEL BOIA (da A. P de Aveiro): Jornadas brilhantes em si, de excelente propaganda. As equipas mostraram-se aplicadíssimas, actuando com vibração. De lamentar somente a bilheteira não haver correspondido...”. NUNO GRENO (também da A. P. Aveiro): O grande público não correspondeu inteiramente a estas jornadas de divulgação da modalidade. Como estamos em tempo de praias, justificar-se-ão assim muitas ausências. Continuaremos, no entanto, a propagandear – e sem desfalecimentos – o hóquei em patins, promovendo festoivais com autêntico nível. Oxalá as entidades oficiais reconheçam que faz falta em Aveiro um recinto condigno.” O jantar de confraternização À noite, num hotel de Aveiro, efectuou-se o jantar de confraternização, que reuniu dirigentes federativos, clubistas e jogadores dos clubes participantes. Na mesa de honra, ladeando o delegado da Direcção-Geral dos Desportos, viam-se os presidentes dos municípios de Aveiro e Ílhavo e outras individualidades civis, militares e desportivas.” VALONGO: Alves (Francisco), Cruz, Nora (1), Américo, Camilo (1), Almeida, Magalhães e Vítor.

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PORTO: Brito (Castro), Magalhães, Hernâni (1), Cristiano, Roicardo (1), Rui e Joel.

Arbitragem de Manuel Lourenço, cujo trabalho não agrdou.” VALONGO: Alves, Cruz (1), Nora, Américo, Camilo (1) e Almeida.

19690614_CP_Porto-Valongo_3-2. Torneiko de Abertura. Jogo no dia13 de Junho.

PORTO: Castro, Magalhães, Hernâni, Cristiano (1), Ricardo (1) e Leite (1).

A notícia: “Realizou-se ontem a terceira jornada do Torneio de Abertura. (...) Foi extremamente emocionante esta partida, embora o Valongo tenha jogado desfalcado de Pires, que no último jogo fracturou um braço. O F. C. do Porto fez dois tentos, mercê de dois erros tácticos do adversário, entusiasmando-se a avançar em bloco, do que resultaram dois contra-ataques que deram os tentos que decidiram a partida. No entanto, a impressão que o jogo nos deixou é que a equipa portista tem falta de velocidade e preparação físicapara impor o andamento que mais lhe convém ao jogo. De resto, o Valongo chegou a empatar o jogo, mas o árbitro negou-lhe a igualdade, assinalando uma grande penalidade contra os portistas, aliás não convertida, cometendo a mais grave decisão das muitas em que o seu trabalho foi fértil. Feliz no seu primeiro tento, o F. C. do Porto sofreu o empate no início da segunda parte, mostrando então certo aturdimento e foi então que o Valongo, sentindo o adversário «narcotizado», atacou em massa e sem as devidas cautelas na defesa, do que resultou ser desfeiteado por duas vezes.

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19690617_CD_”A Câmara aprovou o projecto do Pavilhão de Desportos de Valongo” A notícia: “Na sessão da passada 3ª feira, 15 do corrente, a Câmara Municipal de Valongo em sessão ordinária, aprovou o projecto para o Pavilhão Gimno-Despotivo Polivalente de Valongo, da autoria do arquitecto sr. Fernando Seara. A Câmara vai tratar do caso dos subsídios e dos aterros e desaterros na Zona do Calvário, onde se erguerá o imóvel. O recinto de patinagem vai começar já a ser feito.”

19690712_CP_Torneio do Porto, com Valongo-REUS A notícia: “Esta noite o Campeão da Europa no Torneio do F. C do Porto” (em título)

Assinale-se que Nora não converteu dois castigos máximos consecutivos.

“Principia esta noite o grande torneio quadrangular promovido pelo Futebol Clube do Porto, numa arrojada e dispendiosa iniciativa que vai despertar o maior interesse.

O jogo foi muito quesilento e o árbitro não soube impor a disciplina que se desejava.

O Reus, que eliminou o Benfica do campeonato europeu, batendo o campeão nacional por 6-1,


na cidade catalã, já está no Porto e esta noite, no Pavilhão dos Desportos Municipal, bate-se com o campeão do Porto – o Valongo.

É certo que o Valongo fez um desafio de autêntico campeão, sobretudo na primeira parte, em que ambos os grupos mostraram frescura.

O desafio vai ser disputadíssimo e o vencedor ficará apurado para, amanhã à noite, defrontar o triunfador do jogo que se disputa também eata noite entre o F. C. do Porto e o Fânazeres.

Garcia, o guarda-redes espanhol, foi a grande figura do desafio, mas o Reus, que principiou com arrogância de campeão, foi gradualmente recolhendo-se numa defensiva tenaz, com ataques esporádicos, sem poder de realização final.

Será o Valongo capaz de eliminar o campeão espanhol e europeu da finalíssima para o dia seguinte? Se assim não acontecer, isto é, se for o Reus o vencedor, amanhã, também no Pavilhãos dos Desportos, os espanhois terão de defrontar outra equipa potuguesa de respeito – o F. C. do Porto – no caso evidentemente, e que se aceita como mais provável, que os portistas ganhem ao Fânzeres esta noite. Os espanhois com o Valongo vão ter um jogo difícil, mas o F. C. do Porto não pode subsestimar a capacidade do Fânzeres. Hoje e amanhã, os jogos principiam às 21 horas e meia.”

19690713_CP_ REUS-Valongo_2-1. Jogo no Pavilhão dos Desporto do Porto, no dia 12 de Julho.

A partida, na metade do segundo tempo, desceu ainda mais de velocidade, embora as equipas procurassem o tento para «arrumar» a questão do vencedor. A sete minutos do fim, Salvat fez 1-0, mas adiante Camilo fez 1-1, perante o delírio do público. No prolongamento, o Reus ganhou por 2.1. A arbitragem de António Quintela, no prolongamento, consentiu violência.” VALONGO: Alves, Cruz, Nora, Américo, Camilo (1), Almeida, Aguiar e Vítor. REUS:Garcia, Villallonga II, Boronat, Sabater (1), Montala Salvat (1), Villallonga III e Jornet. Nota: Chamo apenas a atenção para o facto de a notícia de 690712 dizer que o Reus bateu o Benfica por 6-1 e esta de hoje dizer que afinal ganhou por 7-1...

A notícia: “Perante elevado numero de assistentes, realizou-se ontem à noite a primeira jornada do Torneio Quadrangular, promovido pelo F. C. do Porto, como patrocínio da Associação de Patinagem do Porto. (...)

19690714_CP_Valongo-Fânzeres_15-2. Jogo no Pavilhão dos Desportos do Porto, no dia 13 de Julho.

Os campeões europeus revelaram-se incrivelmente lentos na sua estreia e longe de justificar o prestígio do título espanhol e europeu. Como pode esta equipa ter batido o Benfica por 7-1?

“O Fânzeres, acusando a fadiga provocada pelo esforço da noite anterior e jogando desfalacado, não pôde repetir a exibição da véspera e claudicou

A notícia:

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mesmo no primeiro tempo. Todavia, tal como aqui já várias vezes assinalámos, o grupo tem possibilidades, somente necessita de cuidar de certos pormenores técnicos de ligação, necessários aos êxitos.

Saudemos, pois, a edilidade valonguense e rejubilemos com mais este triunfo do verdadeiro desporto, (s)em deixar de se considerar honra de primeira grandeza o indefectível brio, dignidade e entusiasmo que caracteriza a gente de Valongo.”

Arbitragem de Hernâni Parati, com rabalho sem problemas.” VALONGO:Alves, Cruz (1), Nora (4), Américo (7), Camilo I (1), Pires (3), Cmilo II e Vítor. FÂNZERES: Alves, Arlindo, José Alberto, Augusto, Sousa, Campos e Magalhães.

19690716_CP_Valongo Desportivo.

e

o

novo

Pavilhão

A notícia: “FINALMENTE VALONGO VAI TER UM PAVILHÃO DE DESPORTOS” (em título) “As condições mais que precárias em que o Valongo, campeão regional absoluto de seniores, juniores e juvenis, treina as suas equipas, num recinto de dimensões exíguas, instalado na via pública, vedado em noites de jogos por panos grotescos, para evitar os «borlistas» em regime de «mirones», os péssimos balneários para visitantes e visitados, tudo isso vai desaparecer com a construção de um pavilhão de desportos, cujas obras agora se iniciaram e se ficam a dever à iniciativa da Câmara Muniucipal do concelho. O acontecimento merece o melhor relevo, pois se acaba com o actual recinto, que aglutina o tráfego rodoviário daquela progressiva vila e, ao mesmo tempo dá-se condições de trabalho ao clube português que melhor poderia merecer ajuda e incitamento.

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19690725_CP_Porto e Valongo convidados para torneio quadrangular em Guimarães A notícia: “Foram convidadas as equipas do F. C. do Porto e do Valongo a tomar parte num torneio quadrangular a realizar em Guimarães, por ocasião das festas gualterianas, nos dias 2 e 3 de Agosto próximo, e no qual tomará parte também a equipa do Riba de Ave – campeã nacional corporativa.”

19690725_CP_O Valongo ganhou o Torneio de Paredes. A notícia: “Em Paredes, onde a Câmara Municipal dispendeu trinta mil escudos para fazer melhoramentos no rinque de patinagem, o que denota o interesse da edilidade paredense pela modalidade, disputou-se um torneio em que participaram quatro equipas, cabendo o triunfo final ao Valongo, campeão regional.”

19690728_CP_Académico-Valongo_3-20. Juniores. Sem mais informações. A notícia:


“TRIUNFO ESMAGADOR DO VALONGO EM JUNIORES” (em título). “Prosseguiu o campeonato regional da catagoria de Juniores, com resultados naturais, exceptuando a derrota do F. C. do Porto, na Senhora da Hora. Os resultados foram: Boavista-Académica de Espinho

0-8

Educação Física-F. c. do Porto

4-0

Académico-Valongo

3-20.”

19690809_CP_Valongo-Académico_6-3. A notícia: “PRINCIPIOU ONTEM O CAMPEONATO REGIONAL DA I DIVISÃO” (em título). “Houve resultados mais desnivelados do que se esperava e podem-se considerar verdadeiras surpresas os fracassos do Vigorosa e da Sanjoanense, a que se deve juntar a rotunda derrota do Centro Universitário no seu estádio. (...) Com uma primeira parte extremamente veloz, o grupo do Valongo cedo manietou a equipa academista, mas o grupo portuense ofereceu séria resistência, sobretudo na segunda parte. A partida teve muita emoção e ao intervalo o vencedor já tinha a vantagem de4-1. Arbitragem de António Quintela.” VALONGO: Alves, Camilo, Nora (2), Américo (2), Pires (2), Almeida e Vítor Francisco. ACADÉMICO: Branco, Abílio, Puskas, Quitó (1). Liz, Valentim (2) e Fernando.

Nota: A notícia informa ainda que, em reservas, o Valongo faltou ao jogo com o Fânzeres.

19690811_Valongo-Carvalhos_2-4. Juvenis. No recinto do Candal. Sem mais informaçoes.

19690814_CP_Sanjoanense-Valongo_1-1. Jogo em S. João da Madeira, no dia 13 de Agosto. Sem indicação da composição das equipas ou dos marcadores. A notícia: “TRIUNFO MERITÓRIO DO VALONGO EM S. JOÃO DA MADEIRA” (em título) “A segunda jornada do Campeonato Regional portuenese da I Divisão demonstrou, tal como a primeira ronda, que a prova vai ser muito bem disputada. Os resultados de ontem e, mais do que isso, a exibição das equipas, denota que há várias equipas em boa forma. (...) Em S. João da Madeira, pese muito embora a resistência admirável da equipa local, em momento de profunda renovação, o campeão regional, mostrando o seu indiscutível poderio técnico, venceu de maneira insofismável, depois de revelar atributos de grande valia A equipa da Sanjoanense, que vai ser adversário muito difícil no seu pavilhão, ofereceu séria resistência, que apenas claudicou quando o adversário fez gala do seu melhor jogo.”

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Nota: Como salta à vista de quem leu esta notícia, existe uma contradição entre o resultado do título – 1-1, um empate – e o teor da notícia, que fala claramente em vitória do Valongo. Só falta saber o volume dessa vitória, que parece volumoso, tendo em conta os termos usados pelo jornalista: “venceu de maneira insofismável”.

19690824_CP_Valongo-Porto_3-2. Juvenis. Jogo no dia 23 de Agosto. Sem outras indicações.

19690825_CP_Vale, junior do Valongo, treina para a selecção nacional. A notícia:

19690816_CP_Valongo-Espinho_3-1. Jogo em Valongo, no dia 15 de Agosto.

“TREINOU ONTEM NO PORTO A SELECÇÃO NACIONAL DE JUNIORES” (em título).

A notícia:

“Realizou-se ontem de manhã, no pavilhão do Infante de Sagres, um treino da selecção nacional de juniores de hóquiei em patins, tendo-se deslocado expressamente ao Porto o responsável nacional, Guilhermino Rodrigues, que se fez acompanhar de dois jogadores do Sul, da respectiva categoria, Fernades, da Cuf, e Leitão, do Parede.

“Disputou-se ontem a terceira jornada do Campeonato Regional da I Divisão, sem que se tivesse registado qualquer surpresa. (...) Em Valongo, a partida foi animada, ardorosa e jogada em boa velocidade.. O Valongo jogou em bom estilo, movimentou-se bem e o seu triunfo foi valorizado com a extraordinária réplica dos «espinhenses». Ao intervalo, o Valongo vencia por 1-0. Arbitragem de Afonso Cardoso.” VALONGO: Alves, Almeida, Nora (1), Amjérico (1), Pires (1), Camilo I, Camilo II e Vítor Francisco. A.ESPINHO: Vítor, Vladimiro (1), Azevedo II, Azevedo I, Amadeu, Vitorino, Marçal e Castro.

Tomaram parte vários jogadores nortenhos, na sessão, sendo de destacar Castro e Cristiano, considerados insubstituíveis, ambos do F. C. do Porto, que têm a vantagem de ter rodagem na categoria de seniores, Júlio, F. C. do Porto, Vale, do Valongo e Fernando Barbot, F. .C do Porto.”

19690901_CP_Vale entre os 10 prováveis jogadores para o próximo Campeonato da Europa de Juniores. A notícia:

19690824_CP_Valongo-Porto_11-3. Juniores. Jogo no dia 23 de Agosto. Sem outras indicações.

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(...) “OS DEZ JOGADORES JUNIOERS PORTUGUESES SELECCIONADOS PARA O PRÓXIMO CAMPEONATO DA EUROPA” (em título) “De 10 a 14 de Setembro próximo, consoante já anunciámos, vai disputar-se em Vigo o


Campeonato da Europa de Juniores, em que participam as seguintes equipas: Espanha, Portugal, Alemanha Federal, Suiça, França e Itália. A nota dominante é a ausência dos italianos que, em princípio anunciaram a sua participaçãpo, o que levaria a prova a dispiutar-se em Madrid, mas posteriormente desistiram, o que forçou a marcar-se o campeonato para Vigo, e agora voltam a confirmar a sua incursão. Parte da equipa nacional treinou anteontem à noite no pavilhão do Infante de Sagres, pois no domingo passado estiveram cá Fernandes (Cuf) e Leitão (Parede) e ontem vieram Orêncio e Dinis, ambos do Parede. Depois do treino, Guilhermino Rodrigues ainda não indicou os dez seleccionados, mas em breve dissipará as últimas dúvidas e tomará uma decisão definitiva.

“O campeão venceu bem, num jogo correcto, mas excessivamente lento. Ao intervalo, o Valongo vencia por 1-0 e já então demonstrava a sua maior capacidade técnica, Arbitragem de Afonso Cardoso.” VALONGO: Alves, Cruz, Nora (1), Américo, Pires (2), Camilo (1) e Leal. CARVALHOS: Costa, Guilherme, Azevedo (1), Prezas (1), Moutinho, Sousa e Pinto Moreira. Nota: Em reservas, o Valongo venceu o Carvalhos por 8-2.

19690906_CP_Infante-Valongo_2-5. Sem indicação de loacl ou de data.

No entanto, e levando em conta os convocados e os dispensados e, sobretuydo, as viariantes que o seleccionador nacional tem operado nos treinos, podem conhecer-se, mais ou menos, com pequena dose de risco, os dez prováveis seleccionados, que devem ser talvez os seguintes:Castro (F.C.Porto) guarda-redes;Dinis (Parede) defesa; Cristiano (F.C.Porto) avançado; Fernandes (CUF) avançado; Leitão (Parede) avançado; Fernando Barbot (F,C. Porto) defesa; Orênsio (Parede) avançado; Vale (Valongo) médio-avanlado; e Monteiro – guarda-redes.”

A notícia:

19690902_CP_Valongo-Carvalhos:4-2. indicação de local ou de data.

Três tentos do Valongo foram obtidos de ângulo impossível, porque o guarda-redes do Infante tapou mal o canto esquerdo a três bolas enviesadas.

A notícia:

Sem

“O Valongo passou o obstáculo do Infante de Sagres” (em título). “A última jornada da primeira volta ficou incompleta, com o adiamento do jogo Carvalhos-F. C. do Porto, mas a ronda tinha um desafio capital entre o Infante de Sagres e o Valongo que os campeões ganharam sem discussão. (...) O triunfo do Valongo era normalmente previsto, mas o vencedor encontrou dificuldades que se não esperavam, pois a equipa já não tem o jogo claro que a caracterizava, dado que Américo insiste no condenável jogo de pessoalismo, esforçando-se sem grande proveito para a equipa.

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Ao intervalo, o Valongo ganhava por 1-0 e Nora falhou dois castigos máximos e José Manuel um. Arbitragem atenta e cuidadosa de Vasco Folhadela.” VALONGO: Alves, Cruz, Nora, Américo (2), Pires (3) e Camilo. INFANTE: Waldemar, José Manuel, Guilherme, J. Rendeiro (2), aptista, Dinis e Aníbal.

19690927_CP_Valongo-Sanjoanense_6-2. Jogo no dia 26 de Julho. Sem indiocação de local. A notícia: “Não houve surpresas ontem, mas há que registar a segunda derrota do Fânzeres, depois de largo período de realce. O Valongo mostrou de novo que continua a conservar a ideia de defender o seu título. (...) “Em notória subida de forma, a equipado Sanjoanense fez a «vida cara» ao Valongo, especialmente na primeiro parte, em que o resultado era apenas de 1-0 a favor dos campeões. Na segunda parte, a melhor preparação física do campeão ditou a sorte de um vencedor claro e indiscutível. Arbitragem de Manuel Lourenço.” VALONGO: Alves, Cruz (2), Nora (1, na própria baliza), Américo (2), Pires (2), Camilo e Vítor Francisco. SANJOANENSE: Sérgio, José Costa, António Augusto, Caelos Ferreira, F, Azevedo, José Ferreira (1) e Mário Vieira. Nota: Em reservas, o Valongo venceu a Sanjoanense por 9-3.

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19690929_CP_Porto-Valongo_1-2. Constituição, no dia 28 de Julho.

Jogo

na

A notícia: “DECORREU COM MUITO BRILHANTISMO O FESTIVAL DO F. C. DO PORTO” (em título) “Numerosa assistência esteve ontem à noite na Constituição para ver a apresentação das escolas infantis do F. C. do Porto. A festa abriu com as equipas, seis, alinhadas: três do F. C. do Porto e uma de cada um dos clubes: Valongo, Educação Física e Carvalhos. Depois, fez-se uma corrida de patins «Dez minutois à americana», em que duas equipas deram luta emocionante. (...) Valongo-F. C. do Porto_2-1 (equipas de 12 anos) (em título) O primeiro jogo realizou-se entre as equipas mais jovens. O F. C. do Porto, com um guarda-redes de 10 anos, sofreu dois tentos nos primeros minutos, mas depois recompôs-se muito bem. Arbitragem de Hernâni Parati.”

19690929_CP_“DECORREU COM MUITO BRILHANTISMO O FESTIVAL DO F. C. DO PORTO” A notícia: “Procedeu-se à homenagem da Associação de Patinagem do Porto aos campeões europeus e homenagem do F. C. do Porto aos seus quatro internacionais. Entretanto, previamente, foi prestada significtica homenagem à esposa do presidente da direcção do F. C. do Porto, Afonso Pinto de Magalhães (...).


Foram entregues depois medalhas a todos os patinadores, cerca de oitenta, que tomaram parte nas últimas corridas de patins.

19691008_CP_Valongo-CDUP_8-1. Valongo, no dia 7 de Outubro.

Na abertura do festival, o F. C. do Porto ofereceu medalhas a todos os seus infantis, às equipas adversárias e aos árbitros.

“Prosseguiu ontem o campeonato regional da I Divisão, sem que se registassem surpresas. (...)

A Associação de Patinagem do Porto distinguiu quatro dirigentes pelos serviços prestados à patinagem: José Viterbo, André Vasconcelos, António Ribeiro e Correia de Brito. O F. C. do Porto distinguiu o treinador das equipas infantis, Correia de Brito, entregando-lhe uma placa, pela sua acção desinteressada na preparação das equipas, placa entregue pelo presidente da direcção do F. C. do Porto, Afonso Pinto de Magalhães, que estava ladeado pelos seus colegas de direcção, dr. Miguel Pereira e Henrique de Carvalho, e pelo presidente da assembleia geral, dr. Ponciano Serrano. Nas homenagens, tomaram parte também o dr Pinto da Costa, prsidente da Associação de Patinagem do Porto, acompamnhado por quase todo o seu elenco directivo.”

19690930_Espinho-Valongo_4-3. informações.

Sem

Jogo

em

A notícia:

O Valongo, que se exibiu sempre num plano superior, não teve dificuldades para arrancar uma vitória folgada. Ao intervalo, 4-0. Árbitro: Álvaro Santos.” VALONGO: Vítor Francisco, Cruz (2), Nora (1), Américo (2), Pires (3), Camilo II, Almeida e Monteiro. CDUP: Castro, Álvaro, Lima (1), Montes, Alves, Fontes e Matos. Nota: Nesta mesma notícia, em que o jogo Espinho-Valongo foi contemplado com 14 linhas (equivalendo a cerca de 65 palavras), o jogo Académico-Fânazeres (2-1) teve direito a 17 linhas (que soma cerca de 70 palavras) e o jogo Espinho-Porto (1-5) foi brindado com nada menos do que 30 linhas (cerca de 146 palavras). Este cenário é recorrente.

mais

A notícia:

19691011_CP_Valongo-Vigorosa_7-2. Sem mais informações.

“O VALONGO cada vez mais afastado do título” A terceira jornada da segunda volta do cmapeonato regional foi mais uma vez fatal para o Valongo – campeão regional. Ao sofrer nova derrota, os campeões quase se colocam fora do título.”

19691014_CP_Valongo-Fânzeres_4-1. Jogo em Valongo. Sem indicção de data. A notícia: “O jogo decorreu com grande entusiasmo, em

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virtude de o Fânazeres ter conseguido ganhar ao Valonguense (sempre este erro...) por 1-0. Porém, os locais, evidenciando maior superioridade até ao fim da partida, conseguiram chegar e terminar na posição de vencedores destacados. Ao intervalo: 1-1. Árbitro: Vasco Folhadela.” VALONGO: Vítor Francisco, Cruz, Nora, Américo, Pires (3), Ricardo (1) e Monteiro. FÂNZERES: Monteiro, Magalhães, Aníbal, Campos (1), Augusto, Sousa, Ludgero e Machado.

Porto-Vigorosa_7-2 40+24 (título e introdução) = 64 linhas 27 linhas

Académico-Infante_6-1

18 linhas

Valongo-Fânzeres_4-1

21 linhas

Espinho-Centro_10-7

17 linhas

19691018_Carvalhos-Valongo_1-1. Carvalhos, no dia 17 de Outubro.

Jogo

Dois minutos volvidos e de castigo máximo, que o público considerou duvidoso, o Valongo empatou, em remate de Nora e a igualdade veio a constituir o melhor resultado para ambas as equipas. Arbitragem de António Quintela.” VALONGO: vitos, Cruz, Nora (1), Américo, Pires, Lino e Alves.

Nota: Em reservas, o Valongo ganhou ao Carvalhos por 4-1. Estatística:

nos

A notícia: “AS QUATRO MELHORES EQUIPAS EMPATARAM” (em título). “Realizou-se ontem à noite a penúltima jornada do Campeonato Reginal da I Divisão, com a nota dominante de, nos jogos em que se defrontaram as melhores equipas, se registaram empates. (...) Foi muito bem disputado o desafio realizado no pavilhão dos Carvalhos.

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A nove minutos do fim, o Carvalhos fez 1-0, numa avançada de Jorge Azevedo que Prezas concluiu vitorosamente.

CARVALHOS: Santos, Prezas (1), Guilherme, Jorge Azevedo, Moutinho, França, Vítor e Pinto.

Estatística:

Sanjoanense-Carvalhos_3-1

A partida foi movimentadíssima e ao intervalo o marcador estava em branco.

Fânzeres-Porto_2-2

25 linhas

Carvalhos-Valongo_1-1

27 linhas

Espinho-Académico_2-1

23 linhas

Vigorosa-Centro_9-7

3 linhas

19691021_CP_Valongo-Infante_2-0. Jogo em Valongo, no dia 20 de Outubro. A notícia: “O F. C. DO PORTO, CAMPEÃO REGIONAL, PERDEU COM O CARVALHOS” (em título) “Terminou ontem à noiteo Campeonato Regional da I Divisão, com o triunfo a todos os título meritório do F. C. do Porto, que se manteve sem derrotas até à última jornada, perdendo nesta com o Carvalhos


e sofrendo, no decurso de toda a prova, somente quatro empates, além da derrota no jogo final.

19691028_CP_Porto-Valongo – Não chegou ao intervalo – Graves incidentes.

Isto diz, claramente, da insofismável superioridade portista, cuja formação se mostrou quase sempre muito mais homogénea que as restantes.

A notícia:

Deste modo, F. C. do Porto e Valongo, os dois primeiros classificados, vão entrar na hora própria na fase final do campeonato naconal metropolitano, e o Carvalhos, terceiro classificado, terá uma possibilidade, a confitmar-se, se o Marítimo não vier à Metrópole. Em condições normais, os 3º e 4º classificados do Porto tomam parte no nacional da II Divisão. (...) Em Valongo, a equipa poruense não jogou com o internacional Júlio Rendeiro, mas fez bom trabalho de capacidade defensiva, de modo a dificultar ao máximo o êxito final dos antigos campeões, cuja exibição assentou no trabalho de Américo, em noite verdadeiramente inspirada. Os vistantes, realmente actuaram com defes cerrada e cederam um tento em cada período de jogo. Arbitragem de Vasco Folhadela. Em reservas, os grupos empataram por 0-0.” VALONGO:Vítor Francisco, Cruz. Nora, Américo (1), Pires (1), Almeida e Alves. INFANTE: Valdemar, J. Manuel, Pedro, Dinis, Jorge Aires, Moreira,Beirão e Tavares. Estatística: Espinho-Vigorosa_6-2

20 linhs

Valongo-Infante_2-0

22 linhas

Porto-Carvalhos_0-1 31+13 (introdução) = 44 linhas Cenrto-Fânazeres_ 4-8

21 linhas

“Graves incidentes no jogo F. C. DO PORTO-VALONGO que nem chegou ao intervalo” (em título). “A enchente do pavilhão do Infante de Sagres demonstrou o interesse que justificou a primeira jornada do Campeonato Nacional, feita por zonas. Não será estranho ao fenómeno em causa a actual boa forma da equipa portista que esta época é indiscutivelmente o grupo com mais possibilidades de ganhar o Campeonato Nacional. Esta poderá ser, de resto, a grande oportunidade que o Norte ambiciona para a categoria de seniores, há tantos anos à espera, onde se não chegou mais longe do que o segundo lugar.. Todavia, o jogo inaugural foi interrompido abruptamente quando a maior partre do tempo faltava para jogar. Já há dois anos que os jogos F. C. do Porto-Valongo são disputados numa atmosfera de tensão, dentro e fora dos recintos. Todavia, estava-se longe de esperar que, desta vez, as coisas fossem tão longe. O Valongo, formado por uma equipa temperamental a que falta, fora do recinto, um timoneiro seguro, perde-se, por vezes, em momentos de nervosismo que a inferiorizam tecnicamente. Ontem, o F. C. do Porto entrou a jogar como real senhor, enquanto o Valongo, mal estruturado na defesa, parecia mais timorato do que é habitual. Surgiu o primeiro tento da partida, que havia de ser o único, em remate fulminante de Cristiano, depois de trabalho primoroso de Ricardo. Mas já

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antes o mesmo Ricardo tinha visto um seu remate ser devolvido pela base do poste.

auxiliou convenientemente o seu companheiro de arbitragem.

Durante um certo período, perdido em jogadas individuais, não pôde deter o maior poder técnico do F. C. do Porto, mas como o grupo portista abrandou, por fadiga latente de Cristiano, que depois foi substituído, o Valongo pôde recompor-e e principiar, então, a estabelecer certo equilíbrio.

O jogo foi interrompido por largo tempo e culminou com adecisão do árbitro, que certo sector do público não recebeu bem, gerando-se grande confusão no acesso aos balneários, e a força policial teve de actuar, para evitar que o conflito se tornasse ainda mais ameaçador. Arbitragem de Afonso Cardoso, do Porto.”

Algumas jogadas mais inserenas justificaram uma simples expulsão temporária, por um ou dois minutos, mas o árbiro, cujo trabalho estava a revelar certo acerto, em ambiente que aquecia, preferiu a admoestação, para não enfraquecer prematuramente as equipas. Até que, a certa altura, a um canto do rinque, próximo da baliza do Valongo, se deram, primeiro, cargas à margem das leis e, depois, agressões, e o árbitro, ao que parece por aviso do juiz de baliza Joaquim Jesus, decidiu intervir e expulsar Américo. Entretanto, Nora dirige-se ao citado juiz de baliza e este dá-lhe um empurrão. Que palavras se trocaram, nnguém, a nãoser os intervenientes, as devem conhecer. O gesto insólito dojuiz de baliza é que foi visto por diversas pessoas, inclusivamente observadores neutrais e desapaixonados. Tal atitude gerou um conflito de graves proporções, pois então os jogadoes do Valongo rclamaram ao árbitro o gesto do seu auxiliar. E os jogadores do Valongo recalcitraram em não aceitar a expulsão de Américo, sem ser tomada uma decisão acerca do comportamento do juiz d baliza. E assim o árbitro resolveu dar o desafio por terminado, o que coinstitui uma decisão infeliz, pois inclusivamente tinha o recurso de chamar a autoridade para afastar do recinto os elementos que tivesse expulso. Como grave é a atitude do juiz de baliza, que não serviu a causa do desporto, nem

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VALONGO: Vítor Américo e Pires.

Francisco,

Cruz,

Nora,

PORTO: Brito, Magalhães, Hernâni, Cristiano, ricardo e Leite. Nota: Não estive neste jogo, aqui tão circunstanciadamente relatado, nem ouvi falar dele durante todos estes anos, só tomei conhecimento dos “incidentes” agora, concretamente, no dia 15.Mar.2020, em que consultei “O Comércio do Porto”, no Arquivo Municipal de Gaia. Não vou por isso discutir a factualidade dele e, sem outra fonte que lhe possa contrapor, terei de aceitar, pelo menos a título precário, a descrição que é feita como fidedigna. Mas, pela experiência da vida e da leitura de relatos semelhantes, não posso deixar de comentar alguns aspectos dela, que são demasiado ‘gritantes’ para que se possa passá-los em claro. Para isso, permito-me dividir metodologicamente o relato em duas partes, que são distintas e que depois se fundem numa terceira, final. A primeira parte vai do início do artigo até à expulsão de Américo; a segunda é contituída pelo episódio Nora / juíz de baliza; a terceira é a fusão dos dois acontecimentos na confusão seguinte e na decisão do árbitro de fazer cessar o jogo. Comentarei só a parte inicial.


O primeiro comentário que o relato me suscita respeita à maneira, aparentemente habilidosa, mas que resulta tão óbvia que logo se percebe ser não muito inteligente, como o jornalista começa por enaltecer o interesse do público pelo Campeonato Nacional, manifesrtado na enchente do pavilhão do Infante; e como, a seguir, incensa o grupo do Porto, colocando-o mesmo no papel salvífico de, nesse ano, finalmente conseguir o sonhado primeiro lugar no Nacional; para, logo a seguir, revelar como, de um golpe, tudo isso poderá ter ido por água abaixo. E porquê? Começa então a objurgatória – nada dissimulada, diga-se de passagem – contra o grupo do Valongo: há dois anos que os os jogos entre os dois grupos, Porto e Valongo, são vividos em ambiente de tensão; essa tenção é reponsabilidade de quem? – bom, a verdade é que o Valongo é uma equipa temperamental, sem timoneiro seguro, que, em momentos de nervosismo, fica tecnicamente inferiorizada; que foi o que aconteceu ontem: o Porto “entrou a jogar como real senhor”, enquanto o Valongo, “mal estruturado”, “timorato”, andou, está-se mesmo a ver, em palpos de aranha; até que o Porto marcou o primeiro tento; percebe-se a reacção do grupo temperamental, nervoso e tecnicamente inferiorizado: perdeu a cabeça, pelo menos Américo perdeu-a e o árbitro teve de expulsá-lo. Logo – a conclusão é óbvia, na cabeça de qualquer leitor médio, a maioria – a responsabilidade do que aconteceu no jogo, e não só: a responsbilidade pelo facto de provavelmente não irem os grupos deo Norte conseguir o almejado primeiro lugar no Campeonato Nacional, tem um sujeito e chama-se ‘o Valongo’. Pode alguém mais céptico perguntar: mas afinal que fez o Américo para ser expulso? O jornalista

fala em “primeiro, cargas à margem das leis e, depois, agressões“, mas não diz de quem a quem; diz apenas que o árbitro, “ao que parece por aviso do juiz de baliza (…) decidiu intervir e expulsar Américo.” Pelos vistos, nem ele nem “diversas pessoas, inclusivamente observadores neutrais e desapaixonados”, que testemunharam o episódio Nora, viram coisa alguma. O que é pena. Neste mesmo jornal existem notícias de situações de desacatos e violência dentro dos rinques, nos mais variados clubes, incluindo o Porto e o Valongo. Algumas estão transcritas acima. Não é novidade para ninguém. Por isso, esta pretensão do jornalista de tentar insinuar que a responsabilidade do que aconteceu no jogo é exclusiva de um dos protagonistas é tão absurda e pouco credível como alguém dizer, com ar sério, hoje, num tribunal, a um juiz, que a culpa do fim do casamento, cujo divórcio se discute, é apenas de um dos cônjuges… O azar de quem isto afirma – e daí a pouca inteligência – é que ninguém acredita. Seria mais útil, ainda que muito mais difícil e porventura desportivamente ineficaz, tentar perceber e explicar aos interessados o porquê da existência, há dois anos, desse clima de tensão nos jogos entre os dois grupos (se é que ele de facto existia e não era pura delirância do jornalista). Talvez tivesse contribuido para apaziguar os ânimos e para apontar uma qualquer solução.

19691031_CP_Américo e Nora castigados pela Federação. A notícia: “Jogadores do Valongo severamente castigados” (em título).

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“Depois dos graves incidentes ocorridos no desafio, do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins, F. C.do Porto-Valongo, que durou apenas 14 minutos, como oportunamente relatámos, a Federação puniu dois jogadores do Valongo: Nora,com 18 jogos, e Américo, com 10 jogos, fazendo naturalmente fé pelo relatório do juiz de campo. O árbitro não só deixou o jogo «aquecer», como ignorou os insistentes pedidos dos jogadores do Valongo para que fosse avaliar a gravidade da falta do seu auxiliar da baliza do topo Norte e, por fim, o mesmo árbitro deu o jogo por concluído, defraudando o público que pagou o seu bilhete para presenciar um jogo inteiro e não só uma terça parte dele. Se um jogador agride um árbitro é irradiado e preso pelas autoridades, por que motivo pode ficar impune uma árbitro que agride um jogador? Além disso, vão as entidades superiores ficar indiferentes perante as atitudes do árbitro e do juiz de baliza? Não se podiam nem deviam aplicar castigos, numa emergência destas, sem avaliar responsabilidades, através de um rigoroso e urgente inquérito. Alem disso, não foram ouvidos, e deviam ser, dirigentes da Associação ali presentes; não foram ouvidas, e deviam ser, várias testemunhas que atestam que ojuiz debaliza empurrou o jogador Nora violentamente. Não se aquilatou da inconsciência do árbitro ao expulsar um jogador por cinco minutos – Américo – e escrever tais coisas no relatório que a entidade federativa lhe aplicou dez jogos de suspensão. Se ojogador em causa cometeu faltas graves, não devia ser suspenso temporariamente. Além disso, os jogadores em causa têm as atenuantes que resultam do comportamento do árbitro e do juiz de baliza, deviam ter a sua pena

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atenuada, por terem várioslouvores da Associação e da Federação pela sua participação em provas inter-regiões e campeonatos internacionais, razões de peso que não foram consideradas. Julgar somente com base num relatório de um dos mais responsáveis pelos graves incidentes é uma posição cómoda, mas atenta contra a verdadeira dignidade desportiva. Esperemos, porém, que a Associação, na defesa de um seu filiado, a Federação, pela precipitação com que puniu, a Comissão Distrital de Árbitros e a Comissão Central de Árbitros, o Valongo, reclamando e pedindo jusdtiça que não foi feita, e a Direcção-Geral dos Desportos, em quem os verdadeiros desportistas confiam que se não deixe de apurar todas as rsponsabilidades e não só uma parte delas, possam contribuir para que o desporto agora tão ferido seja devidamente prestigiado. E não se esqueça, até, que o árbitro chegou a manter em seu poder as licenças de todos os jogadores do Valongo, como se pretendesse que todos fossem castigados.”

19691101_CP_Valongo-Termas_6-1. Jogo no dia 31 de Outubro. Sem indicação de local. A notícia: “Realizou-se ontem à noite a segunda jornada do Campeonato Nacional da I Divisão, fase por zonas. (…) O antigo campeão regional apresentou-se muito desfalcado, com os castigos impostos a Nora e Américo, e teve de apresentar uma formação de recurso Foi uma oportunidade para a equipa das Termas de


S. Pedro do Sul, que pode dar uma (???) das suas possibilidades, embora agora um pouco restritas, por falta de evidente contacto. Arbitragem de Mario Cardoso, com trabalho incaracterístico.”

Depois, continuou a empertigar-se e equilibrou sempre o jogo, tendo apenas apouca sorte de empatar, quando oapito dos cronometristas já assinalara o final do desafio.

VALONGO: Vítor Francisco, Lino, Cruz, Pires (3), Camilo II (1), Leal (1), Camilo I (1) e Leal Miranda.

Arbitragem de Hernâni Parati.”

TERMAS: Pereira, Ribeiro, Dias, Pinto, Morais, Almeida e Martinho (1). Nota: Duas observações, para dizer, a primeira, que esta notícia está um pouco esborratada, pelo que a última frase, a que falta uma palavra, não faz sentido. Além disso, o esborratado também não permite perceber se o número inicial do resultado é um 6 ou um 8. Mas a indicação dos marcadores aponta para 6.

19691104_CP_Carvalhos-Valongo_1-0.Jogo no dia 3 de Novembro. Sem indicação de local. A notícia: “Nas duas zonas Norte e Sul, prosseguiram ontem à noite os jogos de apuramento, concluindo-se assim ontem aprimeira volta desta fase preliminar, com vantagens absolutas do F. C. do Porto e Paço deArcos, respectivamente. (…) O Valongo, apesar de «amputado» das suas duas peças principais, fez ontem uma partida cheia de determinação e vontade firme. Justificou plenamente o marcador em branco, ao cabo da primeira parte, teve mesmo uma jogada de grande classe, que Pires embateu na trave e veio a ceder o único tento da partida num deslize do seu guarda-redes.

VALONGO: Vítor Francisco, Leal, Cruz, Pires, Camilo II, Camilo I, Lino e Pimentel. CARVALHOS: Santos, J. Azevedo, Presas, Guilherme (1), Moutinho, costa sousa e Luis Santos.

19691108_CP_Porto-Valongo_2-0. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres, no dia 7 de Novembro. A notícia: “Prosseguiu ontem ànoite a segunda volta da fase preliminar de apuramento para o Campeonato Nacional metropolitano e tudo parece indicar que à fase final vão os grupos do F. C. do Porto, Carvalhos. Paço de Arcos e CUF. (...) “Com o pavilhão do Infante de Sagres cheio, em ambiente de expectativa que o jogo desiludiu completamente, o F. C. do Porto venceu, mas, desta vez, não convenceu. A equipa, com a vida facilitada praticamente na primeira jogada, com um «brinde» do guarda-redes opositor, (sic) o grupo «azul-branco» depressa fez 2-0, com uma jogada magistral de Ricardo, mas daí em diante, por excesso de confiança ou por desacerto latente entre as suas unidades, o F. C. do Porto foidecainfdo, minuto a minuto, permitindo que um adversário prematuramente sucunbido por dois tentos, fosse readquirindo confiança e se empertigasse, a pontode pertrubar nitidamente

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a máquina «portista». Continuando a jogar sem as duas pedras fundamentais, Nora e Américo, a cumprir castigo excessivo e prolongado, o Valongo conseguiu dar um arranjo ao seu conjunto que carece apenas de maior somatório de confiança. O primeire tento ocorreu com a bola entre os patins do guarda-redes, que cometeu a igenuidade de os deslocar e o esférico rolou vagarosamente para o interior da baliza. Nessa altura, dois homens do Porto, Magalhães e Hernâni, estavam no chão, depois de embate frontal, mais espectacular que contundente. Hernâni, no segundo tempo, falhou um castigo máximo e Cruz foi expulso temporariamente, por contínuo jogo de obstrução, enquanto Pires viu a sua melhor jogada esbarrar na trave. O Valongo merecia sem favor o tento de honra. Arbitragem desatenta de Hernâni Parati, a prejudicar vincadamente o vencido.” VALONGO: Vítor Francisco (1, na própria baliza). Leal, Cruz, Camilo I, Pires e Camilo II. F. C. DO PORTO: Brito, Magalhães, Hernâni, Cristiano (1), Ricardo, Leite e António. Nota: Nos arquivos da RTP, existe um filme de 05:29m deste jogo, no link seguinte: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/hoquei-em-patins-fc-porto-vs-valongo/

19691111_CP_Valongo-Termas_18-1. Jogo no dia 10 de Novembro. Sem indicação de local. A notícia:

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“Incidentes que não dignificam, no jogo Valongo-Termas” (em título). “A justiça não está a ser deciodamente feita, os verdadeiros culpados ficam impunes; os dirigentes responsáveis não se procuram esclarecer e procurar os verdadeiros testemunhos. Daí que o hóquei em patins siga por mau caminho. Ontem, no desafio Valongo-Termas, registaram-se factos que não dignificam. Uma parte do público, para mostrar o seu descontentamento a determinado passo da arbitragem, tomou o partido da equipa do Termas, encorajou-a, aplaudiu-a e estimulou-a. Até aqui, tudo certo. Mas a ssistência foi longe demais, quando principiou a aplaudir algumas cargas do campeão de Aveiro, mais involuntárias que intencionais, mas esses aplausos, para uma equipa ainda ingénua, sem malícia, levou-os a cometer alguns excessos, que se lhe não podem desculpar. Depois de sofrerem o décimo terceiro tento, reagem mal a uma grande penalidade, na altura em que o guarda-redes efectivo saiu lesionado. Pires marcou o castigo vagarosamente, com a bola direita ao guardião suplente, para que ele a defendesse, mas este desviou-se exctamente para o lado, para que a bola entrasse. Os quatro tentos seguintes marcou-os o Valongo com os jogadores adversários estáticos, sem ligarem aos lances. Tal conduta já custou à Sanjoanense castigos muito severos e é pena que o Termas se tenha servido de um comportamento tão pouco abonatório. A equipa tem possibilidades de progredir, mas estes actos não a dignificam nem a ajudam avencer a difícil escalada do hóquei em patins. O jogo, além da triste história já contada, pouco


teve para dele se falar, a não ser o espírito de luta, até certa altura, dos campeões de Aveiro que, não obstante os resultados pesados, denotam possiblidades, se vierem a servir-se de um bom treinador.

composição, não cremos, sinceramente, que o Carvalhos impressione na prova máxima, pois até agora tem revelado ineficácia persistente nos dois citados sectores.

Ao intervalo, o resultado era de 7-0. Arbitragem de Vasco Folhadela.”

Com os jogadores todos baralhados na sua posição no rinque, o segundo classificado portuense poderá ser presa fácil, como tem sido, das principais equipas.

VALONGO: Vítor Francisco, Cruz (2), Leal (4), Pires (10), Camilo I (1), Camilo II (1), Lino e Monteiro. TERMAS: Nunes, Costa, Ribero, Agostinho, Morais (1), Almeida e Martinho.

Pelas razões apontadas, o jogo foi plenamente mau e, o que é pior, foi sempre frio e o desinteresse dentro do recinto contagiou o próprio público em número limitado. Arbitragem de Domingos Ferreira, cujo trabalho, não obstante apitar em excesso, foi bom.”

19691115_CP_Valongo-Carvalhos_0-0. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres, no dia 14 de Novembro.

VALONGO: Vítor Francisco, Cruz, Camilo I, Lino, Pires, Camilo II, Monteiro e Adelino.

A notícia:

CARVALHOS: Santos, J. Azevedo, Guilherme, Prezas, Moutinho, França e José Luis.

“Com o pavilhão do Infante de Sagres praticamente deserto, disputou-se ontem à noite a derradeira jornada da fase preliminar do Campeonato Nacional da I Divisão, com dois jogos sem o menor interesse, pois não tinham qualquer influência no apuramento das equipas.

19691118_CP_Valongo-Vigorosa_9-2. Juniores. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres. Sem indicação de data.

Realmente, F. C. do Prto e Carvalhos já tinham a sua na continuação da prova completamente assegurada. (...) “Compreende-se perfeitamente que a equipa do Valongo não tenha, presentemente, poder rematador, dado que foi amputada de duas pedras basilares, mas que o grupo dos Carvalhos não tenha poder de penetração nas defensivas adversárias é problema que denota erro de concepção técnica, integrando Prezas no duo atacante, faltando à equipa, por isso, interligação entre os dois sectores, da defesa e do ataque. Com semelhante

A notícia: “Os valonguernses – campeões de juniores” (em título). “O Valongo, com este resultado, ficou campeão regional de juniores. O título já lhe perterncia desde o ano passado. A finalíssima disputou-se mercê de terem chegado ao fim do campeonato empatados em número de pontos. Jogo no Pavilhão do Infante de Sagres. Ao intevalo: 5-0. Árbitro – Hernâni Parati.”

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VALONGO: Queirós, Armindo, Camilo, Vale (6, sendo um de grande penalidade), Camões (3, sendo um de grande penalidade), Sampaio e João. VIGOROSA:Cavadas, Gigante, Guimarães, Vieira (1, de grande penalidade), Mário (1), Augusto, Silva e Valdemar.

19691121_CP_Valongo-Vigorosa_2-1. Campeonato Metropolitano de Juniores. Jogo no dia 20 de Novembro. Sem mais indicações.

de vantagem sobre os conjuntos de Lisboa. (...) O Valongo, campão metropolitano da época passada, bateu ontem à noite o Campo de Ourique e converteu a sua desvantagem de um ponto, com que veio a Lisboa, na vantagem de igual posição. Jogando com grande entusiasmo e velocidade, sobretudo no primeiro tempo, os capeões regionais dio Porto justificaram a vantagem de 2-0 à primeira parte e mereceram o triunfo final pela tangente. Se vencer hoje a Juventude Salesiana, o Valongo revalida o título nacional. Arbitragem de Manuel Lourenço (Porto).”

19691123_CP_Valongo-Campo de Ourique_2-2. Campeonato Metropolitano de Juniores. Sem mais indicações.

19691124_CP_Valongo-Salesiana_2-3. Campeonato Metropolitano de Juniores. Jogo no dia 23 de Novembro. Sem mais indicações.

19691130_CP_Valongo-Campo de Ourique_2-1. Campeonato Metropolitano de Juniores. A notícia: “Estão a realizar-se em Lisboa as últimas jornadas dos três Campeonatos Nacionais de Seniores, Juniores e Juvenis. Três equipas do Norte, precisamente os três campeões, estão na dianteira das respectivas provas e, por coincidência, todas com um ponto

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VALONGO: Queiroz, Gomes, Camilo Camões (1), Vale, Sampaio e Lopes.

(1),

CAMPO DE OURIQUE: Rolo, Pires, Rui, Quim, Campos I (1), Antunes, Campos II (1) e Elias. Nota: Tanto a indicação inicial do resultado como o texto da notícia não deixam dúvida sobre a vitória do Valongo, por isso existe uma clara gralha, difícil de dilucidar, na enunciação dos marcadores do Campo de Ourique: aparecem dois golos, em vez de um. Não consegui obter a notícia do jogo aqui anunciado do Valongo com a Juventude Salesiana, mas obtive, por via da Associção de Patinagem do Porto e do documento “APP – Vencedores Provas Hóquei em Patins”, a confirmação da vitória dos Juniores do Valongo no Campeonato Nacional de de 1969.


1970

19700114_CP_Abertura da época e louvores da APP. A notícia: Informa da primeira jornada da época, no sábado, pelas 21,30 horas, com um jogo entre o Espinho e a Sanjoanense, no novo pavilhão do Espinho. Anuncia também que a Associação de Patinagem do Porto louvou a equipa de seniores do F. C. do Porto “pelo título de campeão metropolitano e o comportamento na fase final do Campeonato Nacional, disputado em Luanda”, bem como “os jogadores Brito, Magalhães, Hernâni, Cristiano, Ricardo, Castro, Leite, Silva e Caetano e ainda o dirigente do clube portista Jorge Nuno Pinto da Costa.”

Os jogos marcados para esta noite realizam-se nos pavilhões dos Carvalhos e Espinho, pela seguinte ordem: Nos Carvalhos, a partir das 21,15 horas, Académico-Infante de Sagres e Carvalhos-Valongo. Em Espinho, também a partir das 21,15 horas: Leixões-Hóquei Sanjoanense e Académica de Espinho-Fânazeres.”

19700214_CP_Carvalhos-Valongo_5-1. nos Carvalhos, no dia 13 de Fevereiro.

Jogo

A notícia: “Principiou ontem a disputar-se, com todas as características de prova inaugural da época, visando sobretudo adaptar os jogadores às novas regras, o Torneio da Imprensa, título dado, no Norte, à prova, como homenagem da Federação Portruguesa de Patinagem à Imprensa portuguesa. Dos quatro jogos, apenas um não se realizou. (…)

19700213_CP_Jogos marcados para hoje. A notícia: “Estão marcados para esta noite os jogos inaugurais do primeiro torneio da época, promovido sob a égide da Federação Portuguesa de Patinagem e que tem como objectivo principal adaptar os jogadores à nova fórmula das regras que, fundamentalmente, constitui aclimatação às dimensões mais vastas das balizas. Os desafios fazem-se em sistema de agrupamento, o que permite uma valorização do programa e vai servir, na maior parte dos casos, para treino das equipas, neste início de época, pois a maioria, verdadeiramente, ainda não principiou a trabalhar.

A equipa do Valongo, ainda desfalcada dos jogadores Nora e Américo, a cumprir castigo federativo, e com a ausência de Pires, não pôde deter a maior força e preparação física do adversário, na segiunda parte. Ao intervalo, o Valongo vencia por 1-0. Arbitragem de Carlos Manuel.” VALONGO: Vítor, Almeida, Cruz, Dias, Camilo, Vale (1), Camões e Silva. CARVALHOS: Santos, J. Azevedo, Guilherme (1), Prezas (1), Moutinho (1), Sousa (1), Couto (1) e Castro.

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19700217_CP_O Torneio Imprensa e as novas regras. A notícia: “Continuou ontem o Torneio Imprensa que, quanto a nós, peca, desde já, pela marcação nem sempre certa dos recintos. Realmente, aproveitando e muito bem a existência de pavilhões, nesta altura do ano, em que o mau tempo, chuva ou frio, não são adequados às manifestaçãoes desportivas ao ar livre, deve existir um melhor critério quanto aos recintos dos jogos. De facto, por exemplo, ontem, o desafio Porto-Académico, disputado nos Carvalhos, teria muitíssimo melhor ambiente se fosse jogado em recinto portuense, tranferindo-se, por exemplo, qualquer um dos jogos que se disputaram no pavilhão do Infante de Sagres. A distância não animou muita gente que, normalmente, teria ido ver a partida, sempre de considerar, entre portistas e academistas. As novas regras estragaram o hóquei em patins como espectáculo (em título) Já podemos emitir o nosso parecer acerca das modificações das regras, aliás circunscritas ao aumento das balizas e à excessiva liberdade dada ao guarda-redes na defesa o seu reduto. O público afecto à modalidade já exprimiu o seu desagrado e desapontamento pela inovação e nós acrescentaremos que a liberdade dada ao gruadqa-redes vai ser responsável por lesões graves, no futuro, dos guardiões e até dos avançados, sujeitos às suas entradas, em que actuam sem receio do castigo máximo, que era um travão para as suas arremetidas.

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Por outro lado, os jogadores, mal entram no recinto adversário, tentam logo a baliza, de ângulos impossíveis, dando ensejo a que os guarda-redes façam boa figura, porque se não ensaiam até final e dentro da área as grandes jogadas. Não se esqueça que o golo é um puro acidente, natural e espontâneo, quando as jogadas são bem feitas, mas o jogo, agora, passou a fazer-se no meio do recinto e raramente temos troca de passes dentro da área, que tanta beleza davam ao hóquei em patins. Jogos realizados: Porto-Académico_2-0; Fânzeres-Leixões_6-3; Infante-Espinho_3-0; Sanjoanense-Carvalhos_2-3.”

19700221_CP_Valongo-Sajoanense_8-3. Sem indicação de local, data ou relato do jogo. Equipas: VALONGO: Monteiro, Almeida, Pires (3), Vale (2), Camões (2), Camilo III (1), Ricardo e Vítor. SANJOANENSE: Sérgio, Machado, Ferreira (1), Duarte, Costa (1), Azevedo (1), Arlinfo e Vieira.

19700228_CP_Valongo-Infante_1-1. Jogo no pavilhão do Infante., Sem indicação de data. A notícia “A quinta jornada do torneio para a «Taça Imprensa» foi fatal ao campeão nacional, que não conseguiu passar o obstáculo do Carvalhos. Por outro lado, o Infante de Sagres cedeu novo empate no seu ambiente. (…)


Cheia de mocidade, a equipa do Valongo, que colmatou as faltas de Nora e Américo com dois jovens que vieram dos juniores: Vale e Camões, está a dar boa conta de si. O jogo foi muito agradável de seguir, com bom trabalho dos dois conjuntos e ambos tiveram mais oportunidades para marcar. Arbitragem de Cesário Machado.” VALONGO: Vítor Francisco, Lino, Cruz, Pires,Vale, Camões (1), Camilo III e Silva. INFANTE: Valdemar, J. Manuel, J, Rendeiro (1), José Mário, Barbosa, Sérgio, d’Alte e Tavares.

19700307_CP_Académico-Valongo_5-8. Jogo no dia 6 de Março. Sem indicação de local. A notícia: “Nos jogos de ontem à noite da «Taça Imprensa», a grande surpresa foi o empate que o Carvalhos cedeu no seu pavilhão e que diminuiu as suas aspirações. Todavia, ainda há três equipas para o primeiro lugar: Infante, F. C. do Porto e Carvalhos. (…) A presença de Américo na equipa vencedora foi notória para o seu êxito, mas os academistas, depois de estarem a perder por 0-4, conseguiram, por duas vezes, chegar a resultados tangenciais: 4-3 e 5-4, mas perdeu-se na parte final do jogo. Arbitragem de Neves dos Santos.”

19700314_CP_Valongo-Leixões_4-2. Jogo dia 13 de Março. Sem indicação de local.

no

A notícia: “Terminou ontem o primeiro torneio da época por iniciativa da Federação Portuguesa de Patinagem. (…). No Norte, o torneio foi ganho com grande dificuldade pelo F. C. do Porto, com um triunfo tangencial alcançado no derradeiro desafio. (…) Primeira parte do vencedor, que alcançopu vantagem que lhe deu segurança no triunfo, pois 3-0 à primeira parte liquidou as aspirações do vencido, que litou bem. Arbitragem de Domingos Martins.” VALONGO: Vítor Francisco, Cruz, Américo (2), Pires (2), Vale, Camões, Almeida e Queiróz. LEIXÕES: Ribeiro, barbosa (1), Nascimento, Fernandes, Silva (1), Bizarro e Pinhal. Estatística: Infante-Porto

65 linhas

Valongo-Leixões

14 linhas

Sanjoanense-Espinho

10 linhas

Fânzeres-Académico

20 linhas

VALONGO: Vítor, Lino, Américo (3), Pires (2), Vale (1), Cruz e Camões (2).

19700321_CP_Os jogadores para o Torneio de Montreux. Américo.

ACADÉMICO: Branco, Abílio, Luis Castro, Quitó, Liz I (2), Mateus (3) e Liz II.

A notícia: “Os dez jogadores que vão a Montreux” (em título) “O seleccionador da equipa nacional, José Vaz

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Guedes, já indicou os nomes dos dez jogadores que se deslocarão à Suiça, a fim de participarem no torneio de Montreux, marcado para os dias 27, 28 e 29 próximos. São eles: Vítor Ferreira (Sporting) e Santos (Carvalhos) guarda-redes; Reis (Sporting) e Casimiro (Benfica) defesas; Américo (Sporting) e Rendeiro (Infante de Sagres) médios; Livramento (Benfica), Leoanel (Cuf), Américo (Valongo) e Rosa Soares (Paço de Arcos). Acompanha a equipa, além do seleccionador,o dirgente Serrado Silva. A partida está marcada para o dia 26, de avião, e o regresso verificar-se-á no dia 30. O benfiquista Jorge Vicente, em consequência da sua vida militar, não poderá seguir viagem. Foi substituído por Rosa Soares.”

19700327_CD_”JUSTIÇA PARA UM CAMPEÃO” – “Finalmente o oquista Américo sempre foi visto” A notícia: “De valor reconhecido, Américo, do Valongo, não tivera até agora a honra de ser distinguido por um selccionador a nível internacional. Foinalmente foi visto, mas nem por isso a graned imprensa consiedrou a distinção. Fazemo-lo nós, ouvindo-o. – Américo, a razão de não ter sido escolhido antes? – No meu entender, os seleccionadores anteriores sempre olharam ao vedetismo

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qualidades e além disso muito conhecedor do óquei moderno. Note-se que Vaz Guedes foi consiedrado o melhor defesa do mundo em óquei em patins. – Quanto a possibilidades neste Torneio? – Acho que temos uma equipa à altura para conquistarmos mais um título para o óquei português. – Então vai confiado em fazer bom papel na Selecção Nacional? – Sim, tanto eu como todos os meus colegas. E assim deixamos Américo que partiu com a caravana da Selecção Nacional na passda quinta-feira após o almoço, num avião especial da T. A. P. com destino à Suiça para disputa do Torneio das Nações.”

19700403_CD_”Américo: Brilhou na Suiça em hóquei em patins” A notícia: “Como se previra, Portugal foi a Montreux conquistar a Taça das Nações de hóquei em patins. Ao perder com a Suiça, a Espanha comprometeu seriamente as suas pretensões à conquista do título. A derradeira jornada mais não foi que o cartaz de superioridade da turma de todos nós, ainda que se tenha registado uma igualdade – 3-3 com a Espanha.

– Quanto a Vaz Guedes que este ano é o treinador-seleccionador?

Américo, do Valongo, em dois jogos, foi o grande jogador (? palavra ilegível). Ele representou, só por si, o martelo contínuo sobre a defensiva da Itália e Alemanha, vedadeiro dianho em rinque helvético.

– Acho-o um seleccionador competente, cheio de

Américo, o grande atleta do Valongo, brilhou na


Suiça. Como tem brilhado em vários rinques, como há-de continuar a brilhar para honra e glória da terra que lhe serviu de berço e de Portugal. Parabéns, Américo!”

Estatística: Educação Física-Boavista

17 linhas

Centro Univer.-Clube Prop. Natação 17 linhas Valongo-Infante de Sagres

25 linhas

Académico-Vigorosa

14 linhas

19700407_CP_Valongo A-Infante_3-1. Jogo no dia 6 de Abril. Sem indicação de local. A notícia: “VALONGO derrotou INFANTE no torneio da Associação do Porto” (em título) “Prosseguiu ontem à noite o torneio promovido pela Associação de Patinagem do Porto, com a disputa da segunda jornada das séries A e B, com a mesma desproporção de valores que já se havia anotado enteriormente. (…) Cada equipa desfalcada do seu internacional, Américo (Valongo) e J. Rendeiro (Infante), ressentiram-se do facto, mas o Valongo fez quinze minutos iniciais estremamente velozes, com rápidas trocas de bola que desorientaram o adversário. Depois de sofrer 0-3, o Infante «adormeceu» o adversário com o jogo lento que lhe convinha e conseguiu marcar o seu tento e equilibrar mais o jogo até final. Os dois últimos tentos do vencedor foram particularmente espectaculares. Ao intervalo, 3-1. Arbitragem de Waldemar Aires.” VALONGO: Vítor, Cruz, Pires (1), Vale (1), Camões (1), Camilo II e Queiroz. INFANTE: Waldemar, José Manuel, Reis (1), José Pereira, Sérgio, Barbosa, Brás e Tavares.

19700411_CP_Fânzeres-Valongo B_10-2. Jogo no dia 10 de Abril. Sem qualqer outra indicação. A notícia: “Muito desnivelados os jogos da terceira jornada da Taça A. P. do Porto” (em título) “Resultados dos jogos de ontem: Leixões Hóquei-Boavista_8-1; F. C.do Porto (A)-Ed. Física_23-1; Infante-Clube P. de Natação_19-1; Académico-F. C. do Porto (B)_8-2; Sanjoanense-Oliveirense_9-2; Vigorosa-Paredes_8-5; Fânzeres-Valongo (B)_10-2. A. de Espinho-Cucujães_21-2; Carvalhos-Lamas_8-5.”

19700414_CP_Leixões Hóquei-Valongo A_4-4. Sem indicação de local ou data. A notícia: “Principiando em toada veloz e entusiástica, a equipa do Leixões desmantelou a estrutura habitual do Valongo e chegou à vantagem de 3-0. Depois, um incidente entre o guarda-redes do Valongo e José Maria, com agressão do primeiro, fez ferver os ânimos e este jogador saiu para não mais entrar, queixando-se do braço direito. Isso permitiu que o Valongo equilibrasse o jogo e terminasse a primeira parte apenas a perder por 3-2.

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Arbitragem de Mário Cardoso, cujo trabalho foi prejudicado pelo estado febril dos jogadores.”

Tal como o primeiro jogo, também este foi desequilibrado, como era de esperar.

VALONGO: Vítor, Cruz (1), Pires, Vale (2), Camões (1), Camilo e Queiroz.

O Valongo nunca teve a menor dificuldade, dada a diferença de valores. Ao intervalo, já vencia por 7-2. Arbitragem de Óscar Manuel.”

LEIXÕES: Campos, F. Barbosa, Nascimento (1), J. Barbosa (1), José Maria (2), Reis, Pinhal e Ribeiro.

VALONGO: Vítor, Cruz (3), Pires (5), Vale (3), Camões (3) e Camilo. BOAVISTA: Germano, Cabral, Rocha, Peixoto (1), Diniz, Pimenta (2), Pereira e Dantas.

19700414_CP_Académico-Valongo B_12-0. Jogo no Lima. Sem indicação de data e da composição da equipa do Valongo. A notícia: “No Lima, os academistas continuam vencedores, mas os adversários também têm sido fracos; a equipa, porém, revela bons atributos. Arbitragem de António Moreira.” VALONGO: “Esqueceram” a composição da equipa… ACADÉMICO: Branco, Oliveira (1), Pinto (4), Liz (5), Puskas, Valentim (2) e Adelino.

19700418_CP_Boavista-Valongo_3-14. indicação de local ou data.

Sem

A notícia: “Continua sem o menor interesse e com ausência quase absoluta de público o torneio da Associação de Patinagem do Porto. (…) Os jogos desniveladíssimos, entre equipas muito fortes que defrontam equipas muito fracas, arrastam-se penosamente até enfastiar os assistentes, em número limitadíssimo, quase todos que ali vão por dever de ofício. (…)

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19700418_CP_Paredes-Valongo_0-5. outras indicações.

Sem

19700421_CP_Vigorosa-Valongo indicação de local ou data.

Sem

B_3-1.

A notícia: “Prosseguindo o torneio promovido pela Associação, as bilheteiras praticamente não funcionaram e os prejuízos acumulam-se. O Grupo de Porpaganda de Natação não conseguiu reunir o número de jogadores necessário para realizar o jogo com o Valongo A. Disputando jogos com equipas muito evoluídas, os jogadores do Propaganda de Natação não aprendem nem se estimulam. Este torneio constituiu um dos maiores fracassos da Associação. (…) Nem pelo facto de ter vencido, a equipa do Vigorosa impressionou; a jogar com os «reservistas» de Valongo, o Vigorosa ou remedeia a sua formação a tempo, ou será candidata ao último lugar do campeonato regional.


Ao intervalo o vencedor tinha a vantagem de 2-1. Arbitragem de António Magalhães.”

19700425_CP_Valongo B-F. C. do Porto_8-2. Sem indicação de local ou data.

VALONGO B: Monteiro, Armindo, Ricardo, Lino (1), Aguiar e Magalhães. VIGOROSA: Arnaldo, Chaves, Armando (1), José Manuel (1), Esteves (1), Resende e Lima.

19700503_Carvalhos-Valongo_2-1. Juvenis. 1ª Jornada. Sem mais indicações

19700421_CP_Valongo-Clube Propaganda de Natação_5-0 (falta de comparência). Sem indicação de local ou data.

19700505_CP_F. C. do Porto-Valongo_3-2. Jogo no dia 4 de Maio. Sem indicação de local.

19700425_CP_Valongo A-Educ. Sem indicação de local ou data.

“Terminou ontem à noite a fase preliminar do torneio organizado pela entidade regional. Agora, seis equipas, duas de cada série, vão disputar a fase final, que se espera obtenha maior êxito técnico e financeiro, dados os elevados prejuízos que esta parte inicial acarretou.

Física_12-0.

A notícia: “Terminaram os jogos da Série B, do torneio promovido pela entidade regional e deste modo passaram à fase final as equipas do Académico e Fânazeres. Na série A, F. C. do Porto e Valongo devem ser os apurados,mas ainda faltam três jornadas. (…) Desiquilibrado do princípio ao fim, mercê da vantagem do vencedor, que já alinhou com Nora e, portanto, se vai tornar o adversário difícil já conhecido. Ao intervalo, o resultado era de 5-0. Arbitragem de Emílio Guimarães.” VALONGO: Vítor, Cruz, Pires (6), Camões (1), Nora (2), Camilo III e Vale (3). EDUCAÇÃO FÍSICA: Castro, Mendonça, Fernando, Matos, Leite, Valdemar, Oliveira e Silva.

A notícia:

As seis equipas apuradas são: Fânzeres, Académico, F. C. do Porto, Valongo, Carvalhos e Académica de Espinho. (…) Foi emotiva e por vezes até emocionante a partida entre as duas equipas, ambas com excelente padrão de jogo. O resultado, porém, não é o mais justo, pois o empate estaria mais de harmonia com o trabalho de ambos. Mais certo no primeiro tempo, o F. C. do Porto teve períodos de desorientação na parte final do jogo e aí salvou a equipa a atenção de João de Brito, na baliza. Ainda sem o internacional Américo, que ontem mesmo chegou da Argentina, o Valongo mostrou maior poder físico e entusiasmo, na segunda parte, mas o F. C. do Porto fez hóquei de bom quilate, até ao intervalo. A arbitragem de António Cardoso foi muitíssimo boa até à altura em que não assinalou golpe

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directo, a um derrube de Camões, usando de um critério diferente do que antes adoptara em jogada semelhante e na qual o F. C. do Porto fez o segundo tento. Depois disso, o árbitro baralhou-se.” VALONGO: Vítor, Cruz, Nora, Pires, Vale (2), Camões, Camelo e Queiroz. F. C. DO PORTO: Brito, Hernâni, Ricardo (1), Cristiano (1), Fernandes (1), Leite e Caetano.

Os jogos realizam-se no Pavilhão do Lima,para o efeito neutralizado.”

19700509_CP_Valongo-A. de Espinho_7-2. Jogo no pavilhão do Lima, no dia 8 de Maio. Sem notícia do jogo, composição das equipas ou indicação dos marcadores. A notícia:

19700506_CP_Sorteio da fase final do torneio associativo. A notícia: “Ontem à noite, na sede da entidade regional, realizou-se uma reunião dos delegados dos seis clubes apurados para a fase final do torneio associativo, para a realização do sorteio, que deu o seguinte resultado: 1ª JORNADA, dia 8 de Maio – Académica de Espinho-Valongo; Carvalhos-F. C. do Porto; e Académico-Fânzeres. 2ª JORNADA, dia 11 – F. C. do Porto-Académica de Espinho; Valongo-Académico; e Fânzeres-Carvalhos. 3ª JORNADA, dia 15 – A. Espinho-Fânzeres; Valongo-F. C. do Porto; e Carvalhos-Académico. 4ª JORNADA, dia 18 – Carvalhos-A. de Espinho; Fânzeres-Valongo; e Académico-F. C. do Porto. 5ª JORNADA, dia 28 – A. Espinho-Académico; Valongo-Carvalhos; e F. C. do Porto-Fânzeres. Se houver necessidade de uma «finalíssima», esta realizar-se-á no próximo dia 30. O Campeonato Regional de seniores foi marcado para se iniciar a 1 de Junho.

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“ACADÉMICO, VALONGO E F. C. DO PORTO, primeiros vencedores da «poule» final” (em título) “Principiou ontem à noite a disputar-se, no pavilhão do Lima, a fase final do torneio da Associação do Porto, com desafios muito equilibrados. (…) (…) o Valongo bateu a Académica de Espinho por 7-2.” Nota: O motivo principal da notícia é o de informar que a Direcção da Associação de Patinagem do Porto, que havia recusado ao F. C. do Porto a participação nos Campeonatos de Juniores e Juvenis com duas equipas em cada um deles, perante a ameaça do Porto de não participar em nenhum dos campeonatos, voltou atrás na sua recusa e convocou os delegados dos clubes e, aparentemente por proposta desta Direcção, “foram anulados os Campeonatos de Juniores e Juvenis, por decisão dos delegados, e vai realizar-se, na próxima terça-feira, pelas 22 horas, um novo sorteio para elaboração do calendário dos jogos, com duas séries, por vontade dos clubes, decisão que foi igualmente aprovada pela Direcção da Associação de Patinagem do Porto. Deste modo, o F. C. do Porto irá participar nos


referidos campeonatos de Juniores e Juvenis, com duas equipas.”

19700512_CP_Valongo-Académico_2-1. Jogo no Lima. Sem indicação de data.

Arbitragem de Manuel Lourenço.” VALONGO: Vítor, Nora, Américo, Pires (1), Vale (1) e Camões. ACADÉMICO: Branco, Liz II, Abílio, Duito, Liz (1) e M. Oliveira.

A notícia: “PORTO E VALONGO empatados à frente do torneio da A. P. P.” (em título).

19700512_CP_Porto-Valongo_3-1. Lima, no dia 11 de Maio.

“Na segunda jornada da fase final do torneio promovido pela Associação de Patinagem do Porto, o jogo de maior nível técnico foi, sem dúvida, aquele que opôs o Académico ao Valongo. (…)

A notícia:

Neste jogo, espectacular e vistoso, sobretudo pelo alto nível técnico do vencedor que, aparentemente, conseguiu, ao que parece, atingir o ponto máximo da sua carreira, pois o ex-junior Vale adptou-se admiravelmente à já importante «engrenagem» valonguense. Na maior parte do tempo, os academistas, em toada defensiva com exploração do contra-ataque, deram azo ao bom jogo do adversário, que se mostrou peturbado quando o Académico, finalmente, principiou a convencer-se de que poderia perfeitamente discutir o triunfo final. O jogo ganhou emoção, mas os «alvi-negros», espevitados tardiamente, não conseguiram sequer a igualdade, aliás discutida através de um tento que os vencidos reivindicaram, mas que nem o juiz da partida, nem o seu auxiliar assinalaram, e na posição em que nos encontrávamos, não nos permite tomar partido. Na equipa do Valongo, Américo, por vezes muito pessoalista, desmancha o conjunto, nessas ocasiões. No Académico, assinale-se a superioir exibição do guarda-redes Branco.

Jogo

no

“PORTO – VALONGO – um jogo acidentado” (em título). “(…) O jogo principal entre os portistas e os valonguenses foi do pior que se tem visto, no aspecto técnico, duma pobreza tamnha que, se não soubéssemos que os dois conjuntos valem muito mais, tiraríamos conclusões muito dramáticas para o futuro da modalidade. (…) Exibição paupérrima de ambos os grupos. O Valongo alterou a composição do último jogo. Com a ideia de apresentar um grupo mais robusto, fisicamente, ou pelo facto de consderar Vale ainda pouco rodado em seniores? Marcou o F. C.do Porto em primeiro lugar e depois, antes doi intervalo, o Valongo igualou. A dois minutos do fim, aproximadamente, o 1-1 mantinha-se e a péssima exibição também. Desde a altura em que, na primeira parte, o árbitro expulsou temporariamente Cristiano, uma parte do público criou-lhe uma atmosfera pesada, que veio a culminar com uma agressão, junto da mesa do juri. O jogo esteve largo tempo interrompido, com a polícia dentro do rinque.

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Depois, os ânimos serenaram e um golpe livre directo foi bem transformado por Leite, aproveitando a deficiente barreira defensiva do advesário. Pouco depois, o mesmo jogador fez 3-1, com remate impulsionado, causando o delírio na assistência. A arbitragem de Hernâni Parati não foi iesenta de pequenas falhas, nem o podia ser naquele ambiente, mas louve-se a imparcialidade e a coragem com que arrostou a impiedosa crítica da assistência.” VALONGO: Vítor, Cruz, Nora, Pires (1), Américo e Vale. PORTO: Brito, Hernâni, Ricardo, Cristiano, Fenandes (1) e Leite (2). Nota: Demitiu-se o presidente da Associação de Patinagem do Porto, Dr. Pinto da Costa. “Assim, a eleição que devia ser feita dentro em breve, terá de ser revista à luz da nova candidatura.”

19700519_CP_Valongo-Fânzeres_10-6. Jogo no Lima, no dia 18 de Maio. A notícia: “Realizou-se ontem a penúltima jornada do torneio promovido pela entidade regional; embora o pavilhão do Lima tivesse bom ambeinte, esteve longe da enchente do F. C. do Porto-Valongo. (…) A diferença técnica que separa os dois grupos não está perfeitamente indicada no rsultado, pois, em condições normais, os vencidos podem perfeitamente harmonizar melhor o seu jogo e dar réplica mais condigna. A vantagem do Valongo traduz-se na melhor ligação dos seus sectores.

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Ao intervalo, o Valongo vencia por 6-2. Arbitragem sem problemas de Isaac Martins.” VALONGO: Vítor, Cruz, Nora (3), Américo, Pires (2), Vale (3) e Camões (2). FÂNZERES: Monteiro, Mota, Vitorino Campos (4), Augusto (1) e Sousa.

(1),

19700526_CP_Datas do Campeonatos Nacionais. A notícia: Na sua última reunião, a Federação de Patinagem marcou as datas da fase de apuramento do Campeonato Nacional metropolitano, cujas três jornadas da 1ª volta serão a 22, 26 e 29 de Agosto, sendo as três jornadas da 2ª volta nos dias 2, 5 e 9 de Setembro. “Nesta fase, tomam parte os 1º e 2º classificados dos campeonatos de Aveiro e Braga, da Zona Norte, e de Leiria e Santarém, da Zona Sul, ficando apurados para a fase seguinte os primeiros classificados. Se Braga não concorrer e a dar-se a extinção da Associação de Leiria, as Associações de Aveiro e Santarém participam com os seus quatro primeiros classificados. Na fase por zonas, teremos as três primeiras jornadas da primeira volta a 19, 23 e 26 de Setembro e a segunda volta a 30 de Setembro e 7 de Outubro. Da Zona Norte, tomam parte os 1º e 2º classificados do Porto, o primeiro de Ponta Delgada e o primeiro da fase de apuramento da Zona Norte. Da Zona Sul, participam os primeiros e segundos


do Campeonato de Lisboa, o primeiro do Funchal e o primeiro da fase de apuramento da Zona Sul. Ficam apurados para a fase final os dois primeiros classificados de cada zona. As datas da fase final são, no Norte e no Sul, primeira volta, a 14, 17 e 18 de outubro e a segunda volta a 21, 24 e 25 de Outubro. O vencedor será o campeão metropolitano que, com o segundo classificado, disputam a fase derradeira, que este ano se disputa na metrópole, no Porto.

“Realizarm-se ontem à noite dois jogos da I Divisão, em atraso, um muito equilibrado e outro, como se esperava, muito desiquilibrado. (…) Em Valongo, a equipa local teve sérias dificuldades para bater o Carvalhos e o resultado foi feito até ao intervalo. Arbitragem de Domingos Ferreira.” VALONGO: Vítor Francisco, Nora, Vale (1), Américo, Pires, Camões (1) e Camilo. CARVALHOS: Santos, Azevedo, Guilherme, Prezas, Moutinho (1), Carvalho, Santos I e Reinaldo.

As datas para esta fase são 15, 16, 17, 19, 20 e 21 de Novembro. O Campeonato Nacional Metropolitano de Juniores disputa-se a 14, 17, e 18 de Outubro, na primeira volta, e 21, 24 e 25 de Outubro, na segunda volta. O campeonato nacional absoluto disputa-se em Angola, na primeira quinzena de Novembro. O campeonato nacional de Juniores disputa-se a 14, 17, 18, 21, 24 e 25 de Outubro.”

19700620_CP_Valongo-Carvalhos_Adiado. Não indica o motivo.

19700621_CP_Valongo-Porto B_3-2. Juvenis. Jogo no dia 20 de Junho. Sem mais indicações.

19700702_CP_Valongo-Carvalhos_2-1. Jogo em Valongo, no dia 1 de Julho. A notícia:

19700707_CP_Valongo-Leixões_6-2. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia: “O Académico forma com o Valongo o duo de equipas mais apetrechado de jogadores suplentes da mesma categoria dos efectivos, portanto capazes de operar ao longo de um jogo todas as transformações e substituições, sem que disso se ressinta o rendimento global. (…) Jogo em Valongo. O grupo da casa ganhou bem. Ao intervalo: 2-1. Arbitragem certa.” VALONGO: Vítor Francisco, Nora, Pires (1), Américo (3), Vale, Camões (2), Camilo e Alves. LEIXÕES: Montenegro, Nascimento, Claro, Barbosa, Zé Maria, Veiga (2) e Pinhal.

19700711_Valongo-Infante de Sagres_2-4 (?). Jogo no pavilhão do Valongo (?). A notícia:

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Nota: Não obtive registo deste jogo nos jornais, mas apenas no arquivo da RTP, que tem indicação do dia, mas não do local ou do resultado. Deduzo que o jogo se terá realizado em Valongo, pela menção habitual em primeiro lugar do visitado e julgo que o resultado tenha sido de 2-4, favorável ao Infante, pela imagem do placard, que aparece no final da pequena reportagem de 01.54m, com o seguinte link: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/hoquei-em-patins-valongo-vs-infante-de-sagres/

ESPINHO: Diamantino, Vladimiro, Barros, N. Azevedo (2), A. Azevedo (2), R. Azevedo (1) e Marçal.

19700721_CP_Vigorosa-Valongo_5-9. Jogo no dia 20 de Julho. Sem mais indicações. A notícia: “Principiou ontem à noite a segunda volta do Campeonato Regional da I Divisão, com desafios de muito interesse, alguns dos quais muito equilibrados.”

19700716_CP_Valongo-Espinho_6-5. Jogo em Valongo, no dia 15 de Julho. A notícia: “F. C. DO PORTO E VALONGO novamente vencedores” (em título) “Fizeram-se ontem à noite mais dois jogos em atraso do campeonato regional da I Divisão. (…) A equipa do Valongo ia-se traindo, por excesso de confiança. A jogar em bom estilo, durante a primeira parte, atingiu com merecimento a vantagem de 3-0 e no segundo tempo ainda continuou a sua supremacia, para depois os locais cairem numa série de erros de tranquilidade excessiva, do que resultou uma reviravolta na feição do jogo e quase se operava uma recuperação sensacional dos visitantes. Por isso, na parte final do jogo, o Valongo passou por momentos cruciais, acabando por ganhar, mas coleccionando um bom susto. Arbitragem de Manuel Lourenço.” VALONGO: Vítor Francisco, Nora (2), Pires (2), Américo (1), Vale (1), Cruz, Camões e Rogério.

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19700725_Valongo-Fanzeres_ (?) Jogo no pavilhão do Valongo. A notícia: Nota: Não encontrei nos jornais notícia deste jogo. A referência que aqui lhe faço deve-se ao filme-reportagem de 02:24m, dos arquivos da RTP, com o link que segue, a qual indica o local, mas não o resultado do jogo. https://arquivos.rtp.pt/conteudos/hoquei-em-patins-valongo-vs-fanzeres/

19700801_Valongo-Sanjoanense (?). Jogo no Pavilhão do Valongo. A notícia: Nota: Não encontrei nos jornais notícia deste jogo, pelo que me limito a transcrever o link da RTP, com a reportagem de 01:41m, que indica o local do jogo, mas não o resultado:


https://arquivos.rtp.pt/conteudos/valongo-vs-sanjoanense-em-hoquei-em-patins/

Assim, em Juvenis, termos o apuramento das equipas do F. C. do Porto A, Infante de Sagres, F. C. do Porto B e Valongo (…).” Classificação:

19700804_CP_Académico-Valongo_1-1. no Lima. Sem indicação de data.

Jogo

A notícia: “A quinta jornada da segunda volta foi fatal para o Valongo que, no Lima, cedeu um ponto precioso. Entretanto, não se pense que, no ambiente academista, será fácil ganhar, se o Académico mantiver a sua positiva estruturação. (…) No Lima, o jogo foi de fraco nível, na primeira parte, mas cresceu de interesse e valor técnico no segundo tempo. Mais uma vez, os individualismos de Américo foram fatais à equipa visitante e Vale esteve muito tempo no banco dos suplentes… A organização defensiva e a exploração dos contra-ataques foram as armas com que o Académico perturbou os vistantes. A arbitragem de José Silva esteve bem.” VALONGO: Vítor Francisco. Américo (1), Vale e Cruz.

Nora,

Pires,

ACADÉMICO:Branco, Liz II, L. Castro, Liz I (1), quitó, Puskas e Valentim.

19700810_CP_Valongo-Educação Juvenis. Sem mais indicações.

Valongo Porto B Carvalhos Espinho Educ. Física

Série B J 6 6 6 5 5

V 5 5 2 2 0

E 1 0 0 0 0

19700820_CP_Campeonato Divisão

D 0 1 4 3 5

F 27 22 12 10 6

Regional

C 8 9 11 12 33

P 16 16 10 9 5

da

I

Classificação: Valongo Académico Infante Porto Fânzeres Carvalhos Espinho Sanjoanense Vigorosa Leixões

J 15 16 16 14 15 15 15 16 16 16

V 11 10 0 10 8 7 5 4 4 2

E 4 2 2 1 2 1 2 0 0 0

D 0 4 5 13 5 7 8 12 12 14

F 79 66 88 92 90 63 43 65 53 41

C 40 39 53 34 63 58 58 111 132 91

P 41 38 36 35 33 30 27 24 24 20

Física_12-2.

A notícia: “Realizou-se mais uma jornada dos campeonatos regionais de Juniores e Juvenis e já se pode garantir quais serão os apurados de cada série para disputarem a fase final.

19700823_CP_Porto-Valongo_1-1. Juvenis. Jogo no dia 22 de Agosto. Sem indicação certa de local,composição das equipas ou nomes dos marcadores. A notícia:

455


“Prosseguiram ontem à noite, nos recintos da Constituição, Candal e Infante de Sagres, os desafios correspondentes aos campeonatos nacionais de Juniores e Juvenis (…). JUVENIS: F. C. do Porto-Valongo_1-1.”

19700824_CP_Campeonato Juvenis.

Regional

de

A notícia: “Aproxima-se o fim das poules de apuramento dos campeonatos regionais de Juvenis e Juniores e já há situações perfeitamente esclarecidas. Assim, em Juvenis, sejam quais forem os resultados que eventualmente se venham a vefificar na série A, o F. C. do Porto tem assegurado o primeiro lugar (…). Na série B, o Valongo e F. C. do Porto B parecem ter já a sua situação resolvida, pois estão afastados do Carvalhos cinco pontos.” Classificação: Valongo Porto B Carvalhos Espinho Educ. Física

Série B J 7 7 7 7 6

V 5 5 3 2 0

E 1 1 0 1 1

D 1 1 4 4 5

F 28 22 18 17 11

C 9 12 14 23 38

P 18 18 13 12 7

1 9 7 0 0 8 2 7 _ C P _ C a r v a l h o s - Va l o n g o _ 1 - 5 . Seniores. Jogo realizado nos Carvalhos, no dia 26 de Agosto. A notícia:

“O VALONGO À BEIRA DE RECONQUISTAR O TÍTULO” (em título) “O grande jogo da jornada de ontem na I Divisão disputava-se nos Carvalhos, com a visita do Valongo, para um desafio de importância decisiva. Os visitantes, porém, ganharam sem contestação nem apelação e agora apenas resta, no seu ambiente, defrontar o Infante de Sagres. (…) A equipa do Carvalhos rodeou este desafio das maiores atenções, pois inclusivamenteo seu jogador Prezas veio propositadamente de Lisboa para tomar parte no desafio. Entretanto, a equipa local não jogou com Moutinho e o facto teve importância fundamental na condução do jogo. Durante a primeira parte, foi o Carvalhos que mostrou melhor fio de jogo, mas ao intevalo perdia por imerecido 0-1. Já na segunda parte, o Valongo atirou com todo o peso da sua técnica desconcertante, a ponto de dominar claramente o adversário e justificar a vantagem final. Arbitragem de Waldemar Aires.” VALONGO: Vítoor Francisco, Nora, Américo (3), Pires, Vale (2) e Camões. CARVALHOS: Santos, Azevedo, Guilherme, Prezas (1), Carvalho, França e Manuel Santos.

1 9 7 0 0 8 2 7 _ C P _ C a r v a l h o s - Va l o n g o _ 2 - 5 . Reservas. Jogo realizado nos Carvalhos, no dia 26 de Agosto. Sem mais indicações.

19700829_Valongo-Porto_ (?). Jogo no Pavilhão do Valongo. A notícia:

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Nota: Não obtive notícia deste jogo nos jornais, pelo que utilizo a reportagem da RTP, de 01:19m, que indica o local do jogo, mas não o resultado dele: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/valongo-vs-porto-em-hoquei-em-patins/

19700901_CP_Valongo-Infante_5-4. Jogo no dia 31 de Agosto. Sem indicação de local. A notícia: “O VALONGO reconquistou o Campeonato Regional da I Divisão” (em título). “Só na última jornada e com as dificuldades inerentes a um desafio que era decisivo é que se decidiu a questão do título. Valongo e F. C. do Porto, sem dúvida as duas melhores equipas da prova e, diremos afoitamente, as duas melhores equipas nacionais, pois não acreditamos que Benfica e Paço de Arcos, os dois melhores de Lisboa, lhes sejam superiores, bateram-se até ao fim pelo ceptro. Ambas as equipas deixavam pelo caminho pontos inesperadamente perdidos. E com seu êxito, ontem à noite, pela tangente, o Valongo obtém mais um título, tão importante para o clube, nesta altura, pois já se principia a esboçar o pavilhão de desportos, tão necessário ao progresso da modalidade que, naquela terra, tanto tem feito, já, pelo prestígio do hóquei em patins. (…) Foi extremamente difícil, se bem que merecido, o êxito do Valongo, no seu derradeiro jogo. Apesar de ter marcado no primeiro minuto da partida e mostrar-se mais afoito até ao intervalo, o novo

campeão nunca teve um momento de tranquilidade. Ao intevalo, a vantagem de 1-0 era precária e, no primiero minuto da segunda parte, o Infante empatou e mais adiante até se colocou em vencedor. O Valongo reagiu com verdadeiro desespero e teve então o seu melhor período, fazendo três tentos e passadno a ganhar por 4-2. Todavia, o Infante diminuiu para 4-3, de novo o Valongo passa para 5-3, mas a quatro minutos do fim, o Infante reduz para 5-4 e foi um desespero para o público diante da ameaça de empate, que não se registou. Saliente-se especialmente a exibição de Américo. No final do jogo, ouviu-se muito foguetório de regozijo, improvisaram-se rusgas pela vila, com os jogadores transportados aos ombros dos populares. Arbitragem de António Quintela.” VALONGO: Vítor Francisco, Cruz, Nora, Américo (3), Pires (1), Vale (1), Camões e Rogério. INFANTE: Valdemar, J. Rendeiro, A. Rendeiro (2), Dinis (2), Gouveia e Reis. Classificação: Valongo Porto Académico Infante Fânzeres Carvalhos Espinho Vigorosa Sanjoanense Leixões

J 18 18 18 18 18 18 18 18 18 18

V 13 14 11 10 8 7 6 5 4 2

E 4 1 3 2 5 2 3 0 0 0

D 1 3 4 5 5 9 9 13 14 16

F 101 120 74 102 101 72 51 55 37 44

C P 49 48 43 47 41 43 60 42 74 39 72 34 66 33 148 28 125 26 104 22

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19700901_CP_Valongo-Infante_6-4. Reservas. Jogo no dia 31 de Agosto. Sem indicação de local. Com esta vitória, o Valongo sagrou-se igualmente campeão de reservas. Classificação: Valongo Infante Fânzeres Porto Carvalhos

J 8 8 8 8 8

V 5 4 4 3 1

E 1 1 1 2 1

D 2 3 3 3 6

F 45 34 42 29 21

C 29 32 38 28 45

P 19 17 17 16 11

Nota: Em situações como esta, exerço sobre mim próprio uma pressão psicológoca que me força a relembrar que, mais do que habitualmente, devo ser inteiramente objectivo, não me desviando um milímetro (digamos assim) da simples descrição dos factos. Sou natural de Valongo, fui um dos fundadores da ADV, fiz parte das primeiras equipas que representaram o clube, entre 1956 e 1958, depois afastei-me, por razões académicas e militares, nunca mais joguei hóquei e gradualmente fui perdendo contacto com a vida da associação, embora continuasse sentimentalmente ligado a ela, como creio que é natural, em tais circunstâncias, acontecer. Isto é apenas para dizer que me parece de senso comum aceitar que alguém, nestas condições, vibre, ainda que moderadamente, quando o seu antigo clube ganha não dois, mas três campeonatos – o Regional da I Divisão, o Regional de Reservas e o Regional de Juvenis – e crie a expectativa de ver alguma, pelo menos, dessa vibração traduzida nas notícias dos jornais da sua zona, informando os seus leitores, como é suposto.

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Tirando o título (“O VALONGO reconquistou o Campeonato Regional da I Divisão”) e as referências ao “foguetório de regozijo” e às “rusgas (…) com os jogadores transportados aos ombros dos populares”, a notícia é toda cinzenta (a começar no próprio título), sem aqueles adjectivos coloridos ou emocionais, usados em casos semelhantes, quando o vencedor é outro, e até sublinha bem a dificuldade na obtenção da vitória e o “êxito …pela tangente”. E não percebi bem se as referências ao foguetório e aos jogadores levados em triunfo são menos simplesmente informativas do que irónicas. E, no entanto, havia vastos motivos para que o jornal prestasse uma atenção mais minuciosa ao que ali se jogava e disso informasse os seus leitores. O Valongo era (foi sempre) um clube pobre, que vivia das quotizaçoes dos sócios, de vagos apoios externos e, sobretudo, da carolice de alguns directores, que lá iam conseguindo disponibilidades financeiras para ajudar. Além disso, as condições de treinamento eram ainda altamente precárias, com um balneário improvisado em casa de um dos antigos jogadores iniciais, irmão de um dos actiais (em 1970), o João Cruz e o Domingo Cruz, e a célebre e decantada “eira”, o rinque público, no meio da Praça Machado dos Santos, que foi óptimo enquanto durou, mas não podia dizer-se que oferecesse condições aceitáveis para uma equipa que tinha atingido o nível técnico que a crítica desportiva não deixava de encarecer e até já oferecera ao país dois internacionais!... Nesta situação, chega ao limite da incompreensibilidade que um clube tenha conseguido, num só ano (aliás, em muitos outros, como pode ver-se na lista que noutro local publico) a motivação e o apuramento de ânimo necessários para ganhar três campeonatos regionais, com tudo o que isso envolve de contingente humano, de suporte


financeiro e de gestão da inteira dinâmica implicada e exigível.

19700912_CP_Sorteio para os jogos do Campeonato Nacional da I Divisão.

Os jornalistas desportivos conheciam sobejamente esta conjuntura, pelo que a minha ingénua expectativa era a de que as notícias traduzissem, para o grande público da modalidade e para todos aqueles que gostam se estar informados, este “pequeno assombro” de um pequeno clube que, de repente, e ainda que conjunturalmente, se fez “grande”, só com a força do querer e o apoio da sua comunidade. O que, de resto, eles contumam fazer noutros momentos, com os clubes de maiores dimensões, do Porto, como o Académico, o Infante de Sagres, o Boavista ou o F. C. do Porto.

A notícia:

Fiquei bastante perplexo com esta frieza informativa. Não cheguei a entender se era simples negligência, azedo desdém ou insuportável dor de cotovelo.

19700910_CD_”VITÓRIA NO DESPORTO”

“Na sede da Federação Portuguesa de Patinagem, realizou-se ontem o sorteio para os jogos dos Campeonatos das I e II Divisões de Hóquei em Patins. (…) Os resultados foram os seguintes: Zona Norte 1ª JORNADA – Porto–S. Pedro do Sul; Ponta Delgada ou Académico do Porto-Valongo. 2ª JORNADA – S. Pedero do Sul-Ponta Delgada ou Académico do Porto; Valongo-F. C. do Porto. 3ª JORNADA – Valongo –S. Pedro do Sul; Ponta delgada ou Académico do Porto-F. C. do Porto. A intervenção do Académico do Porto no Nacional da I Divisão depende do apuramento do campeão dos Açores, a efectuar ainda hoje. Se for apurado o Ponta Delagada, o Académico do Porto disputará o campeonato da II Divisão.”

A notícia: “Valongo acaba de registar dois acontecimentos de vulto no panorama desportivo. Um, a que já nos referimos, a conquista dos campeonatos de óquei em patins (1ªs e reservas) e outro a construção do rinque de patinagem ao fundo da Avenida do Clavário, fase esta decisiva para uma nova era do desporto em Valongo. Américo, na gravura ao lado, encarna bem a satisfação de toda a gente de Valongo. O gesto da vitória!” (Infelizmente, não foi possivel reproduzir a fotografia, por falta de qualidade gráfica)

19700920_CP_Valongo-Académico_6-3. Jogo no dia 19 de Setembro. Sem outras indicações.

19700920_ND_Pequenas Agremiações – Grandes Dificuldades. Notícia-entrevista de Alfredo Barbosa. A notícia: “Se tudo correr como esperamos, devemos poder utilizar o Pavilhão Municipal ainda este ano” (Lotação entre 2.000 e 3.000 espectadores)

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– Revelou-nos o Sr. José da Costa, Presidente da Direcção da A. D. de Valongo” (em título). “Tem dezasseis anos de vida (foi fundada em 1954) a Associação Desportiva de Valongo, colectividade da zona periférica da cidade do Porto, um clube todo «virado» para o hóquei em patins – a única modalidade praticada no seu âmbito. Um clube popular, de recursos necessariamente modestos, mas que possui um historial digno de todo o apreço, a reflectir um bem desenvolvido e profícuo trabalho em favor da causa desportiva, através do hóquei patinado, uma modalidade particularmente querida dos desportistas portugueses e que tem dado ao país algumas jornadas gloriosas, muitos e inesquecíveis triunfos. O Valongo apresenta-se, no momento que passa, como um «primeiro plano» do hóquei em patins nacional. E embora a colectividade continue a viver num clima de sempre renovadas dificuldades, a verdade é que, por bem conhecidas razões, o momento actual é de euforia. 1962: «NOVA ERA» NA VIDA DO CLUBE Em Valongo acredita-se no futuro – no porvir da Associação Desportiva, «menina bonita» de toda uma populosa e progressiva região. E os próprios dirigentes do clube «afinam» pelo diapasão geral, como comprovámos no decorrer da troca de impressões que mantivemos com José da Costa, o actual presidente da Direcção. Troca de impressões que foi iniciada com uma síntese retrospectiva da vida da colectividade… — A Associação Desportiva de Valongo «nasceu» em 1954, da iniciativa de um grupo de valonguenses encabeçado pelo dr. João Lino Alves do

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Vale, pioneiro e uma das suas maiores dedicações de sempre. Foram, porém, inúmeras as dificuldades a vencer, os obstáculos a transpor, para que o clube firmasse uma posição dignificante. Os associados eram poucos e a verba conseguida pela quotização reduzidíssima, insuficiente para solver os compromissos de uma actividade regular. E só tínhamos (como nós temos ainda) o hóquei em patins!... Continuando: — Apesar de tudo, à custa de canseiras sem conta e de contínuos sacrifícios, o barco foi-se aguentando no balanço, ainda que num plano de pouca relevância. Até que, em 1962, conseguimos, finalmente, aquele que era o nosso objectivo: a subida à I Divisão. Surgira uma «nova era» na vida da colectividade… …E UM TÍTULO QUE SE AMBICIONAVA Sem que se tornasse necessário interrompê-lo, José da Costa continuou: — Nos três anos que se seguiram à subida, a equipa nunca logrou, apesar de todos os esforços desenvolvidos, classificar-se para cima do meio da tabela. Até que, em 1965, após uma campanha sem dúvida sensacional, conquistou o direito a participar no «Nacional». Contrariando a opinião derrotista de uns quantos, o clube lograra manter a posição conquistada e, ainda, conseguir a qualificação – o que, naturalmente, provocou a estupefacção e um sentimento de frustração a esses mesmos derrotistas. Logo a seguir: — Tudo melhorou, então, em sequência, mais ou


menos aguardada, de um trabalho bem conduzido, de muitos esforços e de uma sempre renovada dedicação. O que anteriormente era realizado um tanto ao «deus-dará» passou a ser devidamente planificado; os nossos atletas passaram a ser orientados de maneira adequada e por quem estava dentro do «assunto». E novos êxitos acabaram por surgir, culminados, em 1968, com a concretização de outro grande sonho: a conquista do título regional – um triunfo que, agora, se repetiu, gerando o legítimo contentamento de todos os valonguenses. FAVORITO PARA O «METROPOLITANO» O Valongo será, pois, um dos concorrentes ao próximo Campeonato Metropolitano de hóquei em patins. E também um dos favoritos da competição?... O presidente da Direcção do clube diz que não, que há pretendentes bem mais credenciados, sem contudo deixar de mostrar-se optimista… — Vamos tentar fazer o melhor, tentar competir num plano de igualdade com todos os adversários. O que nos interessa, fundamentalmente, é fazer o desporto pelo desporto, ainda que aideia de ganhar nos acompanhe sempre. Acrescentando: — Claro que um tal êxito seria magnífico, dado que a suia obtenção constituiria o trrampolim para novos cometimentos. Mas isso parece-me improvável, dado que, como disse, há outras formações que continuam a pensar muito a sério na conquista desse título e que, pelo menos em princípio, se apresentarão mais bem apetrechadas do que a nossa. Enfim, veremos…

O PAVILHÃO MUNICIPAL VAI SER UMA REALIDADE… José da Costa ficou-se nas reticências. E nós aproveitamos o ensejo para tentarmos saber o que se passa com as instalações do clube, apontadas como «gritantemente insuficientes» para as necessidades actuais… — A insuficiência, o anacronismo das nossas instalações continuam a ser um dos maiores problemas com que se debate o clube. O nosso «rink», autêntica caixinha de fósforos, não proporciona a mínima comodidade ao público, nem as condições mínimas para uma eficiente utilização – isto para além de ter uma lotação quase ridícula. Prosseguindo: — Todavia, parece que esse problema vai ter finalmente solução. Temos continuado a diligenciar junto da edilidade valonguense e esta mostra-se disposta a corresponder aos nossos justos anseios, promovendo a construção do Pavilhão Muinicpal. No princípio do ano, contactámos uma vez mais o presidente do Município – o dr. João Alves do Vale, filho (é um engano: era pai) do dr. João Lino Alves do Vale, fundador do clube – que prometeu envidar os maiores esforços, no sentido de que o empreendimento venha a concretizar-se o mais rápidamente prossível. E o caso é que a obra já se encontra em marcha, entregue a um empreitiero que deu início à primeira fase de trabalhos – primeira fase que inclui a drenagem de terrenos, construção de esgotos, «rink», tabelas, balneários e vedações. E logo a seguir, com evidente entusiasmo: — Se tudo correr como esperamos, devemos poder utilizar o Pavilhão ainda este ano. O recinto

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deverá albergar uma lotação entre 2.000 a 3.000 pessoas, o que, como bem se compreenderá, será magnífico, proporcionando-nos receitas compensadoras e, consequentemente, a possibilidade de conseguirmos, enfim, sanear e estabilizar a nossa situação financeira. Isto para além, claro, dos grandes benefícios de ordem desportiva que advirão inevitavelmente, pois os nossos atletas passarão a poder preparar-se em excelentes condições, o que se não verifica actualmente. CRISE DIRECTIVA – O GRANDE MAL DO HÓQUEI EM PATINS Convenientemente explorado o «tema Valongo», havia ainda a fazer uma pergunta «necessária» a um homem que, «necessariamente», estava bem habilitado a responder: — Como considera o momento actual do hóquei em patins português? — Não é difícil responder a tal interrogação, dado que todos sabem, mais ou menos, o que se passa nos bastidores da modalidade. O hóquei em patins está em crise e crise acentuada – mas não de jogadores, como muitos afirmam. Os bons valores ainda existem e, o que é bastante agradável, continuam a surgir com toda a regularidade. A crise existe, sim, mas no âmbito directivo, quer a nível associativo, quer federativo. Continuam a escassear, de uma maneira aflitiva, os homens que possuam o talento e também o amor à modalidade suficientes para conduzirem o hóquei patinado para aquela posição de relevância que já ocupou há alguns anos atrás. E, a terminar, José da Costa ainda nos afirmou: — Com bons dirigentes (que os há, felizmente,

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embora seja preciso descobri-los, primeiro, e aliciá-los, depois) e com uma série de pequenos impulsos – tais como a organização de cursos de teinadores, de escolas de jogadores, de palestras e de colóquios – creio, sinceramente, que não será muito difícil voltarmos aos tempos áureos do hóquei patinado português. – A. B. “

19700922_CP_Sorteio para os Campeonatos e Juvenis e de Juniores. A notícia: “Na sede da Associação de Patinagem do Porto, realizou-se ontem à noite o sorteio da fase final dos Campeonatos de Juvenis e Juniores. Compareceram os delegados dos seis clubes apurados, respectivamente, F. C. do Porto, Infante de Sagres, Valongo, Vigorosa e Carvalhos, e o acto decorreu sob o signo da maior cordialidade e desportivismo. As datas das seis jornadas estabelecidas para esta fase decisiva foram marcardas para 25 e 29 de Setembro, 2, 5, 6 e 10 de Outubro, para a hipótese de ser necessária uma finalíssima para apuramento do campeão. O campeonato nacional principiará a 14 de Outubro. Dado que tinha sido acordado em reunião magna que os clubes que apenas concorressem à categoria de Juvenis teriam os seus jogos agrupados com os Juniores, o representante do Valongo pediu ao delegado do Vigorosa para que, das três jornadas a que este clube tinha direito, fosse reservada uma para o Valongo, ao que acedeu o clube das Cavadas, pelo que em nível do mais puro


desportivismo, deverá, em 8 d Outubro, o Valongo ter uma jornada completa no seu ambiente. As jornadas dos respectivos campeonatos ficaram assim agrupadas: JUVENIS - 1ª JORNADA – Valongo-Carvalhos, nas Cavadas (…) - 2ª JOORNADA – Infante-Valongo, no Infante (…) - 3ª JORNADA – Valoongo-F. C. do Porto, nas Cavadas (…)”

19700923_Anuncia o jogo Valongo-Porto para hoje, no pavilhão dos Carvalhos.

19700924_Porto-Valongo_3-3. Jogo nos Carvalhos, no dia 23 de Setembro. A notícia: “Encheu-se completamente o pavilhão dos Carvalhos e o público teve de ver todo o desafio de pé, pois a lotação afigura-se-nos que foi excedida. O empate a três bolas constitui um resultado certo para o labor de ambas as equipas e o jogo foi um modelo de boa técnica, entusiasmo, excitação e vibração, dentro e fora do recinto. O Porto esteve sempre ou quase sempre em vantagem no marcador, pois esteve a ganhar por três vezes. Ao intervalo, os portistas venciam por 1-0, tento feito por Fernandes à boca da baliza, e dpois de avançada primorosa de Leite.

No segundo tempo, o Valongo mostrou maior velocidade e compenetração e fez 1-1, por Vale, com o guarda-redes «azul e branco» tapado por um compaheiro. Na jogada imediata, Américo desperdiçou uma ocasião de tento feito, com a bola a bater no poste, e na jogada imediata Cristiano, em lance irresistível, fez 2-1. O jogo endureceu ligeiramente e Cristiano teve de sair, lesionado por carga de Vale. Nessa altura, o Valongo mostrou-se ainda mais afoito e, quando Cristiano regressou, Vale foi muito bem substituído. Surgiu novo empate, obtido por Américo e antes Cristiano atirara um potente remate à trave, Deu-se entãoum pormenor que não se nos afigurou feliz, quando os portistas passaram a reter a bola na sua defesa, parecendo não desejar arriscar jogadas, mas Leite, a certa altura, inconformado, aproveitou um momento de distracção de Nora, escapando pelo seu flanco, e fez 3-2. O resultado, porém, não estava feito e Cruz veio a igualar, com um remate enviezado ao ângulo superior da baliza. Bom trabalho das duas equipas, que continuam a cotar-se como os conjuntos nacionais mais poderosos. Arbitragem excelente, merecedora de 15 valores, de Domingos Ferreira.” VALONGO: Vítor Francisco, Nora, Américo (1), Vale (1) e Cruz (1).

Pires,

PORTO: Brito, Hernâni, Leite (1), Cristiano (1), Fernandes (1) e António.

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19700927_CP_Valongo-Termas_5-2. Jogo no dia 26 de Setembro. Sem mais nenhuma indicação.

“Principiou ontem à noite a segunda volta da fase de apuramento do campeonato nacional metropolitano.

Estatística:

Com o seu triunfo difícil, no pavilhão do Lima, o Valongo – campeão regional – está praticamente apurado para a fase final metropolitana, com os grupos do sul.

Académico-Porto_5-3

50 linhas

Valongo-Termas_5-2

1 linha

Paço de Arcos-Marinhense_16-3

1 linha

Benfica-Cuf_11-5

1 linha

19700930_CP_Valongo-Infante_2-7. Sem indicação de local ou data.

Juvenis.

A notícia: “F. C. DO PORTO, VALONGO E INFANTE vencedores nos Campeonatos de Juniores e Juvenis” (em título). (…) “Não teve dificuldades o Valongo, com uma primeira parte muito boa, em que já ganhava por 6-1. Na segunda parte, o Infante equilibrou melhor a partida. Arbitragem de Domingos Ferreira.” VALONGO: Cruz, Ferreira (1), Aguiar (1), Gomes (3), França (2), Neves, Paupário e Camões. INFANTE: Vicente, Divo, Castro, Cândido (1), Neto (1), Filipe, Aires e Dragão.

19701001_CP_Académico-Valongo_2-3. no Lima, no dia 30 de Setembro.

Jogo

A notícia: “VALONGO praticamente apurado para a fase final” (em título).

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Resta agora avaliar até que ponto as equipas do F. C. do Porto e Académico procuram assegurar a segunda posição, que os habilita a continuar na prova, embora os portistas sejam favoritos, com o jogo decisivo com o Académico, no seu recinto da Constituição. (…) Boa Assistência no Lima e despique entusiástico e nervoso das equipas, com público «torcedor», empenhado nas fases da luta. Os academistas perderam, mas venderam cara a derrota, pois marcando em primeiro lugar, cederam o empate antes do intervalo, para terem um ligeiro colapso, quando o Valongo fez dois tentos, um e outro nascidos da visão de Leal. Este jogador fez ainda um quarto tento, limpo e sem apelação, que incompreensivelmente o juiz de baliza não assinalou, parecendo deixar-se ultrapassar pelos acontecimentos. Domingos Garganta que, como árbitro, tem mostrado maus reflexos, prestou um mau serviço ao árbitro, não levantando a bandeira, pois no local em que estávamos colocados, vimos a bola entrar, limpamente. Seria o 4-1 para o Valongo e, na resposta, o Académico pôde reduzir a diferença para 3-2, o que denota quanto o resultado podia ter sido adulterado pela desatenção do juiz de baliza do topo nascente. A arbitragem de José da Silva teve alguns erros, mas esteve, mais ou menos, certa, dadas as


dificuldades criadas pelos jogadores. A sua classificação, influenciada pelo erro do juiz de baliza – 11 valores.”

equipas equivaleram-se em lances perdidos, o empate parecia ser o resultado mais aceitável, mas nos derradeiros momentos o Valongo fez 2-1.

VALONGO: Alves, Nora, Pires (1), Américo (1), Vale (1), Cruz e Camões.

A arbitragem de Manuel Lourenço foi muito boa, apesar das enormes dificuldades do jogo; porém, a agressão de Américo impunha expulsão definitiva e não temporária. Esse erro foi o seu erro grave, imperdoável. Classificação: 10 valores.

ACADÉMICO: Branco, A. Liz, L. Castro.Ma Liz (2), Valentim e Puskas.

PORTO: Brito, Hernâni, Leite, Crisitano (1), Fernandes e António. 19701004_CP_Porto-Valongo_1-2. pavilhão do Infante.

Jogo

no

VALONGO: Alves, Cruz, Nora, Américo (1), Leal e Pires.

“O VALONGO derrotou o F. C. DO PORTO por 2-1” (em título).

Nota: Como pode ver-se, desta vez ficamos sem saber quem marcou o segundo golo do Valongo.

“O pavilhão do Infante de Sagres teve uma das maiores enchentes da época, mais de quatro mil pessoas, para ver o desafio Porto-Valongo, que o grupo portista teve de jogar fora do seu ambiente, por interdição durante dois jogos, acabados ontem de cumprir.

Em contrapartida, fomos bem informados de que a não expulsão definitiva de Américo foi um erro imperdoável do árbitro (que, de resto, fez um trabalho muito bom) e que a vitória do Valongo aconteceu um pouco por acaso, contra a corrente do jogo…

A notícia:

Muita ebulição fora do recinto, mas, felizmente, apenas um caso lamentável, quando Américo agrediu Hernâni com o «stick». Durante os dez minutos iniciais, o Valongo fez gala de hóquei de boa urdidura, merecendo e justificando a vantagem de 1-0, em lance primoroso de Leal, que Américo converteu à boca da baliza. Depois do intervalo, Cristiano fez 1-1 e parecia que o resultado se manteria até final, embora ambas as equipas tivessem outros momentos para marcar. Não aproveitou o Porto ou não pôde a circunstância de o Valongo ter ficado reduzido a quatro elementos, por expulsão temporária de Américo por dois minutos, e na parte final do desafio as

19701007_CP_Valongo-Carvalhos_3-2. Juvenis. Jogo em Perosinho, no dia 5 Outubro. Sem indicação de contituição das equipas nem dos marcadores. A notícia: “Anteontem, iniciou-se a segunda volta da «poule» final dos campeonatos de Juvenis e Juniores. Os resultados da jornada praticamente já indicaram que o Infante de Sagres é campeão de Juniores. (…) Em Perosinho, por estar interditado por três jogos o

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recinto do Carvalhos, realizou-se o desafio Carvalhos-Valongo. Não compreendemos a marcação deste recinto, cujo clube nem sequer é filiado na Associação, o que quanto a nós constitui irregularidade imperdoável. Foram os dirigentes do Carvalhos que deram ordens para serem levadas do seu pavilhão as suas balizas de jogo, pois este clube não as possui. O Valongo venceu o Carvalhos por 3-2.” Classificação: Valongo Porto Carvalhos Infante

J 4 4 4 4

V 4 3 1 0

E 0 0 0 0

D 0 1 3 4

F 19 17 8 6

C 8 7 12 23

P 12 10 6 4

Nota: Em casos como este, em que o jornalista dá mais importãncia e espaço a informações laterias e burocráticas, do que ao relato factual da partida, a sensação que sempre tenho é de que ele não esteve lá, não viu o jogo.

Desta vez, só no Norte uma equipa ficou apurada com antecipação – o Valongo – pois o F. C. do Porto só ontem conseguiu o triunfo de apuramento, enquanto em Lisboa o Benfica teve uma deslocação difícil ao Barreiro, para garantir o seu apuramento, enquanto o Paço de Arcos, com um princípio compormetedor, acabou por ser o grupo com a sua sorte mais garantida. Como este ano vamos ter o campeonato absoluto nacional no Porto, com os dois apurados da fasse que agora se vai seguir na Metrópole, os campeões de Angola e Moçambique, a prova daqui em diante reveste-se de grande interesse. (…) Nos Carvalhos, a equipa do Valongo desenvecilhou-se sem dificuldade do Termas de S. Pedro do Sul, obtendo a margem de 17-1. (…) Com estes resultados, estão finalmente apuradas para a fase final do Campeonato nacional Metroppolitano as equipas do Benfica, Paço de Arcos, Valongo e F. C. do Porto.” Estatística: Porto-Académico_4-2

83 linhas

Valongo-Termas S. Pedro do Sul_17-1 4 linhas 19701008_CP_Valongo-Termas S. Pedro do Sul_17-1. Jogo nos Carvalhos, no dia 7 de Outubro. Sem informação da composição das equipas nem dos marcadores. A notícia: “Benfica, Paço de Arcos, Valongo e F. C. do Porto apurados para a fase final do Metropolitano” (em título). “Disputou-se ontem à noite, no Porto e em Lisboa, a jornada derradeira da fase de apuramento.

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19701008_CP_Campeonato de Juvenis. A notícia: “Esta noite, disputa-se a penúltima jornada do Camoeonatos Regionais de Juvenis e Juniores: Na Constituição, às 20,45 horas – F. C. do Porto-Valongo, em Juvenis.” (…) “Por lapso, no relato dos jogos de Juniores e Juvenis realizados entre as equipas do Cravalhos, Vigorosa


Juvenis e Valongo (19701007), saiu que o Perosinho não Estatística: está filiado na Associação de patinagem do Porto, Porto-Carvalhos_3-2 quando escrevemos que o recinto não estava vistoriado pela Associação de Patinagem do Porto, por Valongo-Infante_7-1 não ter balizas.” Juniores

28 linhas 14 linhas

Porto-Carvalhos_1-3

23 linhas

Nota: Isto é a confissão de um lapso que não foi Vigorosa-Infante_1-6 verificado antes da notícia, como devia, mas não é um pedido de desculpas, que seria a decorrência lógica.

16 linhas

19701009_CP_Valongo-Infante_7-1. Sem indicação de local ou data. A notícia:

Juvenis.

19701011_CP_Porto-Valongo_1-2. Juvenis. Jogo na Constituição. Sem indicação de data, composição das equipas ou marcadores. A notícia: “VALONGO – CAMPEÃO REGIONAL DE JUVENIS” (em título).

“VALONGO E F. C. DO PORTO apurados para o “Na derradeira jornada do campeonato regional de Nacional de Juvenis” (em título). Juvenis, a partida mais importante foi disputada na “Na penúltima jornada do Campeonato de Juvenis, Constituição, entre os grupos do Valongo e F. C. do já ficaram apuradas as equipas nortenhas para a Porto. prova nacional: Valongo e F. C. do Porto. A questão O triunfo dos jovens de Valongo por 3-1 foi inteirado título é que somente ficará decidida amanhã, à mente merecido, dada a experiência e maturidade noite, na Constituição.” (…) da sua equipa. Os portistas marcaram em primeiro Não teve dificuldades o guia da prova em vencer o lugar, perderam a oportunidade de fazerem 2-0, grupo mais fraco do torneio. A partida foi sempre com a baliza aberta, em que a bola passou por desnivelada e o Valongo, com uma equipa expe- cima da barra, e daí em diante o campeão pôde riente, ganhou sem discussão. Arbitragem de mostrar-se mais e marcar o merecido friunfo. Valdemar Aires.” Com uma equipa jovem, em «rodagem» para o VALONGO: Cruz, Aguiar (1), José Fernando próximo ano, o F. C. do Porto ofereceu boa resis(2), Lino (2), França (2), Camões, Paupério e tência, que mais valorizou o êxito do Valongo. Horácio. Desta maneira, Valongo continua a mostrar o seu INFANTE: Vicente, Divo, Cândido, A. Castro (1), implortante trabalho em profundidade, digno dos Neto, Filipe e Aires. maiores louvores. Acentue-se o desportivismo da equipa portista, que fez alas para sair do recinto, em apoteose, o novo campeão.”

467


de Outubro para os jogos de apuramento entre os clubes de Aveiro e Porto, com base numa presumível concordância da Associação de Patinagem do Porto em deixar que o segundo classificado do Porto dispute esses jogos de apuramento com o clube de Aveiro. A ser verdadeira a concordância da entidade portuense, não lhe cabe qualquer direito numa ciscunstância destas, em tomar decisões que só dizem respeito aos clubes apurados. Mas os clubes não parecem dispostos a aceitar o «arranjo» Federação-Associação, tanto mais que nunca ouviram falar em Campeonato Regional de juvenis em Aveiro e só agora surge a marcação de tais jogos de apuramento. De pé: Tó Nogueira, Lino Gomes, Armindo Gomes, M. Pires. Em baixo; Américo, Vítor Francisco, J. Queirós, A. Camões, mais três elementos das Escolinhas.

19701011_CP_Sorteios dos Campeonatos Nacionais de Seniores, Juniores e Juvenis.

Os dois clubes, F. C. do Porto e Valongo, desenvolveram, ontem, durante a tarde, grande actividade juntamente com elemento responsável da Associação portuense e parecem dispostos a ir muito longe, pois inclusivamente exigem provas insofismáveis da realização, em Aveiro, de um campeonato de juvenis, com um mínimo de três clubes.

A notícia:

O sorteio realizado deu o seguinte resultado: (…)

“Numa sessão de certo modo efervescente, realizaram-se os sorteio dos Campeonatos Nacionais de seniores, juniores e juvenis.

JUVENIS

Nos trabalhos, foram presentes telegramas de desacordo dos clubes portuenses apurados para a prova de juvenis, discordando do comunicado n.º 30 da Federação Portuguesa de Patinagem, aceitando a existência de um campeão regional de Aveiro, quando não têm conhecimento da realização de prova de juvenis naquele distrito, quando o regulamento de provas estabelece que se não podem disputar campeonatos sem um mínimo de três equipas. A Federação estabeleceu até as datas de 13 e 15

468

Dia 14 de Outubro Paço de Arcos-Benfica, 21h00, em Lisboa Dia 17 Paço deArcos-Porto, 15h00, Pav. Desportos Lisboa Benfica-Valongo, 16h45, mesmo local Dia 18 Benfica-Porto, 16h00, Pav. Desportos Lisboa Paço de Arcos-Valongo, 16h45, mesmo local Dia 20 Porto-Valongo, 21h30, Pavilhão do Lima Dia 22 Valongo-Porto, 21h30, mesmo local


As datas dos jogos no Porto enre as equipas portueneses e lisboetas, da segunda volta, realizam-se nos dias 24 e 25 de Outubro, no pavilhão do Lima.” (…) Registe-se o facto de o F. C. do Porto ser o único clube português com representação em todas as categorias.”

19701015_CP_Porto-Valongo_7-0. Lima, no dia 14 de Outubro.

Jogo

no

A notícia: “Principiaram ontem à noite os três Campeonatos Nacionais metropolitanos da modalidade e sob bons auspícios, quanto ao interesse do público, sobretudo no Porto, onde se registou uma enchente recorde. As equipas do F.C. do Porto e Benfica esmagaram os seus adversários e cada uma marcou sete tentos, mas os portistas mantiveram invilolável a sua baliza. Simultaneamente, realizaram-se as primeiras jornadas dos campeonatos de Juniores e Juvenis. As provas proseguem, no sábado e domingo à tarde, no Pavilhão dos Desportos, em Lisboa. (…) O pavilhão do Lima teve ontem a maior assistência que ali temos visto e que uma hora antes do desafio já superlotou completamente o recinto e de tal modo que, mais uma vez, se voltou a verificar as deficiêncis de ventilação dos pavilhões dos clubes. Imensa cortina de fumo tornou o ar irrespirável. Aberturas laterais ou exaustores impôem-se, para manter a integridade física dos jogadores e do público, tanto no Lima como no pavilhão do Infante de Sagres.

A equipa portista fez ontem uma partida quase com dez por cento válida no campo técnico. Passada a preocupação dos jogos de campeonato, naturalmente o gupo portista reencontrou-se perante um adversárioo que nunca conseguiu oferecer resistência convincente. Desta vez, o jogador do F. C. do Porto, Cristiano, jogou e fez jogar, dando a bola no momento próprio e marcando três tentos, dois dos quais, o segundo e o terceiro, ficam como marcos que o apontam como o melhor avançado português, mesmo que se quisesse fazer comparação com Livramento. Ao intervalo, já o F. C. do Porto vencia por 4-0 e na segunda parte a equipa portista poupou-se muito, pois tem uma tarefa muito pesada neste final de época. Toda a formação portista jogou em bom plano e foi manifesta a incapacidade do Valongo em manietar o adversário, o que não tira qualquer parcela de mérito ao campeão portuense. A arbitragem de José Silva foi imparcial, mas teve muitos erros, num jogo que não se tornou difícil de dirigir, sobretudo a expulsão de Júlio (F. C. do Porto) simultaneamente com Vale (Valongo), sendo este culpado do incidente, não se explica. F. C. DO PORTO: Brito, Hernâni (1), Leite (1), Cristiano (3), Fernandes e Júlio (2). VALONGO: Alves, Cruz, Pires, Américo, Vale, Camões e Vítor Francisco. Estatística: SENIORES: Porto-Valongo_7-0

51 linhas

JUNIORES: Infante-Porto_6-0

24 linhas

469


19701018_CP_Benfica-Valongo_6-1. Juvenis. Jogo no Pavilhão dcos Desporto de Lisboa, no dia 17 de Outubro. A notícia: “Começou ontem, no Pavilhão dos Desportos de Lisboa, a fase final dosCampeonatos Nacionais Metropolitanos de Hóquei em Patins, nas categorias de Juvenis, Juniores e Seniores. (…) Arbitragem de Hernâni Parati. Ao intervalo: 4-1.” BENFICA: Fernandes, Santos, Ferreira (1), Cardoso (3), Chouriça (2), Amável, Ramos e Ribeiro. VALONGO: Cruz, Ferreira, Aguiar, Gomes (1), França, Camões, Paupério e Neves.

19701018_CP_Benfica-Valongo_9-3. Seniores. Jogo no Pavilhão dcos Desporto de Lisboa, no dia 17 de Outubro. A notícia: “O Valongo actuou francamente mal. Terá, por certo, efectuado uma partida abaixo das suas verdadeiras possibilidades, sendo flagrante a má formação de alguns seus elementos, mormente dos guarda-redes. Foi portanto fácil ao Benfica o triunfo, embora não tenha igualmente efectuado uma exibição valiosa. No primeiro tempo, o resultado era de 4-1.” BENFICA: Ramalhete, Casimiro (2), Garrancho (1),Vicente (2), Rodrigues (3), António José e Vítor de Sousa (1). VALONGO: Alves (Vítor Francisco), Cruz, Nora, Américo (2), Pires, Vale (1) e Camões.

470

Estatística: JUVENIS: Paço de Arcos-Porto_2-0 11 linhas; Benfica-Valongo_6-1

11 linhas

JUNIORES: Salesiana-Porto_6-0

11 linhas;

Paço de Arcos-Infante_9-3

12 linhas

SENIORES: Paço de Arcos-Porto_5-4 21 linhas; Benfica-Valongo_9-3

24 linhas

19701019_CP_Paço de Arcos-Valongo_1-2. Juvenis. Jogo no Pavilhão dos Desportos de Lisboa, no dia 18 de Outubro. A notícia: “Duas vitórias do VALONGO (Juvenis e Seniores) e um empate do F. C. do Porto” (em título) A notícia: “Proseguiram ontem, no Pavilhão dos Desportos de Lisboa,os Campenatos Nacionais, nas categorias de Juvenis, Juniores e Seniores. O Valongo foi a única equipa do Norte que conseguiu vencer em Lisboa. Ontem, bateu o Paço de Arcos, em Juvenis e em Seniores. Todavia, em Juvenis o F. C. do Porto logrou empatar com o Benfica. (…) Os golos do Valongo foram obtidos no primeiro tempo. Arbitragem de Domingos Ferreira.” PAÇO DE ARCOS: Nunes, Rebelo (1), Morais, Pernas e Elisiário. VALONGO: Cruz, Ferreira, Aguiar (1), Gomes, França (1) e Camões.


19701019_CP_Paço de Arcos-Valongo_1-5. Jogo no Pavilhão dos Desportos de Lisboa, no dia 18 de Outubro. A notícia: “No primeiro tempo, o Valongo vencia por 1-0, golo da autoria de Américo. Na 2ª parte, depois de Abreu igualar o marcador, Américo e Vale, este por três vezes, fixaram o resultado em 5-1. O Valongo efectuou exibição meritória e conquistou justo triunfo, não sendo excessiva a margem de quatro tentos alcançada. O Paço de Arcos, entretanto, teve actuação inferior à que efectuou contra o F. C. do Porto.” (Em que ganhou por 5-4). Arbitraem de Domingos Ferreira.” PAÇO DE ARCOS: Fererira, José Rosa, Vieira, Abreu, Corria dos Santos, Rafael e Azevedo. VALONGO: Vítor, Cruz, Nora, Américo (2), Alves, Vale (3), Pires e Camões.

Campeonato Nacional de Juvenis” (em título) “Concluiu ontem à noite a primeira volta do Campeonato Nacional de Juvenis, com o desafio em atraso, entre as equipa do Valongo e do F. C. do Porto.O rsultado foi um empate. (…) No recinto do Lima, o Valongo mostrou ligeira superioridade durante a primeira parte e justificou a vantagem com que atingiu o intervalo, a vencer por 1-0. No segundo tempo, os jovens portistas fizeram exibição de alto nível e, a meio minuto do fim, venciam por 2-1,d epois de ainda terem desperdiçado um castigo máximo. A trinta segundos do fim, surgiu o empate, irregularmente obtido por falta do defesa do Valongo que, em golpe livre, meteu o pé a estorvar o defesa portista, que o árbitro não viu, mas observou o juiz de baliza, que não actuou junto do seu colega. O F. C. do Porto fez ainda 3-2, mas antes, ligeiramente, soou a buzina dos cronometristas.

Estatística SENIORES: Benfica-Porto_2-1

22 linhas;

Paço de Arcos-Valongo_1-5

19 linhas

JUNIORES: Salesiana-Infante_2-1

10 linhas;

Paço de Arcos-Porto_7-3

10 linhas

JUVENIS: Benfica-Porto_2-2

11 linhas;

Paço de Arcos-Valongo_1-2

9 linhas

O empate é resultado lisonjeiro para o Valongo. A arbitragem de José Silva teve muitos defeitos, prejudicando ambas as equipas. A validação do tento do Valongo e a grande penalidade assinalada aos campeões regionais foram duas verdadeiras barbaridades.” VALONGO: Cruz, Ferreira, Sousa, Lino (2), Camões, Paupério e Acácio. PORTO: Gomes, Brenha, J. Barbot (1), Reis, Correa de Brito, Júlio (1), Delmar e Álvaro.

19701021_CP_Valongo-Porto_2-2. Juvenis. Jogo no Lima, no dia 20 de Outubro. A notícia: “VALONGO E F. C. DO PORTO empataram no

Nota: Não estive no Lima a ver o jogo e, por isso, não posso contrapor a minha visão à do jornalista. Mas tenho de dizer isto: tudo me cheira mal nesta nota de reportagem. É a “ligeira superioridade”

471


do Valongo contraposta à “exibição de alto nível técnico” dos jovens portistas; é o estarem a vencer a meio minuto do fim, e ainda terem desperdiçado um castigo máximo; é o golo de empate irregular, porque o defesa do Valongo meteu o pé que estorvou o defesa portista – pé que o árbitro não viu, que o juiz de baliza viu, mas não quis dizer que viu (vá-se lá saber porquê) e que ele, jornalista, viu pefeitamente; é por fim, numa tentativa de mostrar independência e equidade, o apontar, entre os muitos defeitos da arbitragem, a validação do tento do Valongo (contra o Porto, portanto) e a marcação de grande penalidade aos campeõs regionais (o mesmo Valongo)… Posso estar a ser injusto, mas que isto me cheira mal, cheira.

19701021_CP_Anuncia para hoje, no Lima, o jogo Porto-Valongo em Juvenis. A notícia: “A partida assume enorme importância, pois ambos os grupos jogam uma cartada decisiva, como se pode avaliar pela actual classificação.”

19701023_CP_Valongo-Porto_8-0. Jogo no Lima, no dia 22 de Outubro.

Juvenis.

A notícia: “TRIUNFO SUBSTANCIAL DO VALONGO NO CAMEONATO NACIONAL DE JUVENIS” (em título). “Completou-se ontem à nooite a primeira jornada da segunda volta do Campeonato Nacional de

472

Juvenis, com o desafio Valongo-F. C. do Porto, realizado no pavilhão do Lima e no qual se registou um resultado inesperado, com o triunfo amplo e conludente do Valongo por 8-0. Semelhante resultado, em contraste flagrante com aquele que se verificou quarenta e oito horas antes, entre as mesmas equipas, um empate 2-2, só foi possível por dois factos: primeiro, a jovem equipa portista está a fazer nada menos de oito jogos em quinze dias, por culpa da Federação, com a sua ilegalidade de obrigar o F. C. do Porto a fazer dois jogos de apuramento com o pretenso «campeão» de Aveiro. Oito jogos em quinze dias é uma violência que só se poderia conceber no cérebro de dirigentes sem visão, que sacrificam desta maneira jogadores de 15 anos, que ainda tiveram de suportar a fadiga de deslocações do Porto a Lisboa e vice-versa. Outro factor que esteve na base de resultado tão desnivelado deve-se à noite infeliz do guarda-redes portista, um dos melhores guardiões portugueses da categoria, e que ontem, mal batido no primeiro tento, se desmoralizou de tal maneira que, com sete ou oito minutos de jogo, já tinha sofrido conco tentos. Nota alta merece, no entanto, toda a jovem prometedora equipa do F. C. do Porto que, a perder por 5-0, muito longe do intervalo, soube reagir e suportar até, no seu melhor período de jogo, tentos contra a corrente, diante de um adversário experimentadíssimo e capacíssimo tecnicamente. Na segunda parte, o Valongo fez mais dois tentos e o F. C. do Porto, quando o resultado estava em 0-0, voltou a desperdiçar outras oportunidades. Arbitragem muito boa de Álvaro Santos.” VALONGO: Cruz, Ferreira, Gomes (4), Aguiar (1), França (3), Neves e Paupério.


PORTO: Gomes (depois Álvaro), Brenlha, J. Barbot, Júlio, Reis, , Correia de Brito e Delmar.

19701025_CP_Valongo-Benfica_1-2. Jogo Lima, no dia 24 de Outubro.

Classificação:

A notícia:

Benfica Valongo Porto Paço de Arcos

J 4 4 4 4

V 3 2 0 1

E 1 1 2 0

D 0 1 2 3

F 21 13 4 3

C 3 9 14 20

P 11 9 6 6

Nota: É difícil não sermos tocados pela extrema e, no caso, vergonhosa parcialidade desta notícia. Repare-se: o Valongo ganhou por 8-0, depois de dois dias antes ter empatado a 2-2 com a mesma equipa. Em termos comuns, isto significa, em qualquer desporto, que a equipa ganhadora é, pelo menos no tempo em que decorrem os dois jogos, uma equipa em melhor situação performativa ou mesmo uma equipa superior à outra. Como é que a notícia dá conta desse facto, nas suas 58 linhas? Não dá, não tem uma palavra a tentar explicar a que se deveu a substancial vitória da equipa juvenil do Valongo! O que faz é uma coisa feia, que consiste em desvirtuar o mérito da equipa do Valongo, explicando que o resultado se ficou a dever a uma maldade da Federação (que estafou os jovens de 15 anos com 8 jogos em 15 dias – pelos vistos, só os jovens portistas) e a um mau momento do guarda-redes portista – aliás “um dos melhores guardiões portugueses da categoria” – que, não se sabe porquê (o articulista, tão afanosamente explicativo, aqui não explicou) se foi abaixo com o primeiro golo…

no

“O Benfica já se pode considerar virtual campeão metropolitano, ao vencer ontem à noite o Valongo por 2-1. Por seu turno, o F. C. do Porto está igualmente apurado, pois derrotou o Paço de Arcos. Mais uma vez, ontem à noite o pavilhão do Lima registou uma enchente completa, com receita de 40 contos; mais uma vez também se viu um «mercado negro» desenfreado, sem que se tomem providências. Uma hora antes do jogo, o pavilhão tinha já uma moldura perfeita e todo opúblico teve de ver os desafios de pé. (…) Não convenceu, uma vez mais, o campeão lisboeta, muito timorato no ataque e apreensivo na defesa. Os lisboetas furtaram-se sempre ao jogo aberto e não mereciam ganhar. O Valongo perdeu imensas oportunidades, sobretudo na parte final do desafio e merecia, no mínimo, o empate. Ao intervalo, 0-0. Arbitragem desastrosa de José Trindade (Lisboa).” VALONGO: Vítor Francisco, Américo, Vale e Pires (1).

Cruz,

Nora,

BENFICA: Ramalhete, Casimiro (2), Garrancho, Jorge Vicente e Rodrigues.

Isto é feio, é maldoso, é parcial, é desonesto. Não se deve fazer.

473


19701026_CP_Valongo-Paço de Arcos_4-3. Jogo no Lima, no dia 25 de Outubro. A notícia: “Terminou ontem o campeonato nacional metopolitano com o triunfo da equipa do Benfica, que sucede assim ao F. C. do Porto (…). O pavilhão do Lima registou enchente quase completa, que rendeu quarenta e quatro contos. (…) “O campeão portuense esteve à beira de repetir o êxito contra o Paço de Arcos obtido em Lisboa, em que venceu por 5-1. Realmente, em poucos minutos, os nortenhos ganhavam por 3-0, mas na segunda parte foi evidente a recuperação dos lisboetas que chegaram a 3-3 e perderam dois castigos máximos, até que, a sete minutos do fim, o Valongo obteve o tento vitorioso.

Dia de festa

19701025_CP_Benfica Valongo_1-1. Jogo no Lima, no dia 24 de Outubro.

Juvenis.

A notícia: “A equipa do Benfica foi uma sombra do grupo que vimos actuar há oito dias em Lisboa. Sobretudo na 2ª parte, o Valongo dominou abertamente e só por grande infelicidade não marcou. O resultado foi feito na 1ª parte. A arbitragem de Carlos Silva teve altos e baixos.” VALONGO: Cruz, Fernando, Aguiar, Gomes (1), França, Paupério e Horácio. BENFICA: Albino, Ferreira, Bastos (1), Jaime, Chorincas, Rebelo e Amaral. Nota: Jogos para hoje à noite: JUVENIS – Valongo-Paço de Arcos, 16h00; SENIORES – Valongo-Paço de Arcos, 22h30.

474

A arbitragem de Jorge Rosas (Lisboa) esteve muito certa.” VALONGO: Vítor Francisco, Américo (1) e Vale (3).

Nora,

Pires,

PAÇO DE ARCOS: Rui Monteiro, Alfredo (1), Vieira, José Rosa (1) e Abreu.

19701113_CD_”400 contos para a construção do Pavilhão de Valongo” A notícia: “O subsecretário de Estado da Juventude e Desportos concedeu mais os seguintes subsídios através do Fuindo de Fomento do Desporto: 50 contos, ao Louletano Desporto Clube, para construção de uma pista de ciclismo; 300 contos ao Clube de Ténis do Porto, para a cobertura de um


«court» de ténis; e 400 contos para a construção do pavilhão gimnodespotivo de Valongo.”

Foi um jantar de homenagem que gostaríamos que fosse completado no futuro por festa pública de consagração, pois só assim os atletas poerão sentir toda a alegria do povo que sempre os acarinha nos jogos que disputam.

19701218_CP_Américo nunca foi para o F. C. do Porto

E, se todos os querem homenagear, nem todos podem pagar um jantar da categoria do que foi servido.

A notícia:

A. Machado”

“AMÉRICO (VALONGO) NÃO VAI PARA O F. C. DO PORTO” (em título). “Carece de fundamento o boato de que o jogador do Valongo, Américo, vá para o F. C. do Porto. Procuramos a confirmação ou desmentido de tal notícia e a versão oficial que nos foi dada é a de que o F. C do Porto não fez, nem tenciona fazer qualquer diligência para recrutar aquele elemento.”

1971

19710108_CP_Início de Cinco Campeonatos Regionais. A notícia:

19701225_CD_”Homenageados os atletas da A. D. Valonguense”

“PRINCIPIAM ESTA NOITE CINCO CAMPEONATOS REGIONAIS” (em título).

A notícia:

“Modelar e, mais do que isso, exemplar a actividade da Associação de Patinagem do Porto, ao estabelecer a efectiva realização de nada menos de cinco campeonatos, todos com a virtude de pôr em movimento todos os clubes e todos os jogadores que o desejem, qualquer que seja a sua qualidade. Torneios abertos para este princípio de época e destinados a estar concluídos em fins de Março, exigem a disputa de quase duzentos jogos, portanto a um ritmo médio de dois por dia e permitem a actividade constante e permanente de patinadores, desde a idade de 13 anos. (…)

“Realizou-se no Restaurante Vale, nesta vila, um jantar de homenage dos hoquistas da A. D. Valongo, no decorrer do qual foram dsitribuídas placas comemortivas dos títulos conqustados. Presidiu o Sr. Dr. Pinto da Costa, Presidente da Associação de Patinagem do Porto, ladeado pelos sr.s Dr. João Vale, Presidente da Assembleia-Geral da A. D. Valongpo, e Luís Agostinho, da C. Distrital e Árbitros do Porto. Presentes directores, atletas e muitos associados. Falaram os sr.s José Costa e Dr. Pinto da Costa. Além dos atletas, receberam placas alusivas os treinadores José Camilo e José Viterbo, o mecânico Júlio Moreira e o «roupeiro» Francisco.

A prova de Seniores, como torneio de qualificação para o campeonato metropolitano da I Divisão, figura assim propriamente como um Campeonato Regional, o último que se vai disputar, pois,

475


em seguida, os clubes são qualificados pelo seu comportamento nos Campeonatos Nacionais. Concorrem dez equipas: Leixões Hóquei, Carvalhos, Académico, Porto, Sanjoanense, Infante, Valongo, Vigorosa e Académica de Espinho. Esta noite, jogam Leixões-Carvalhos e Vigorosa-Académico, ambos no pavilhão do Infante de Sagres, e Valongo-Sanjoanense, nos Carvalhos. Quanto ao torneio destinado, globalmente, aos clubes da II Divisão, concorrem dez equipas, sendo cinco da II Divisão: Boavista, Centro Universitário, Educação Física, Águias e Vilanovenses; e as reservas de cinco equipas da II Divisão: Porto, Infante, Valongo, Fânzeres e Carvalhos. Os primeiros jogos estão igualmente marcados para esta noite: Águias-Valongo e Educação Física-Centro Universitário, ambos nos Carvalhos. Em Juniores, participam sete equipas: Carvalhos, Porto, Infante, Valongo, Fânzeres, Boavista e Vigorosa e, esta noite, apenas se realiza um jogo dessa prova: Carvalhos-Boavista, no pavilhão do Infante de Sagres. Quanto a Juvenis, paricipam sete equipas, sendo o F.C. do Porto o único a concorrer com dois grupos, sendo a equipa mais forte a «B», pois o grupo «A» será constituído por juvenis que se mantêm para o ano na mesma categoria. Participam, portanto, Sanjoanense, Vigorosa, Porto A, Infante, Valongo, Porto B e Académica de Espinho. O primeiro jogo está marcado para amanhã, em Espinho, entre a Académica e o Infante de Sagres. Finalmente, o Torneio de Iniciados tem quatro concorrentes, o F. C. do Porto, com duas equipas, mais Académica de Espinho e Valongo.

476

O primeiro jogo desta prova está marcado para o pavilhão do Carvalhos, no dia 15, entre a equipa do F. C. do Porto A e o Valongo.”

19710108_CP_Sanjoanense integrada na Associação de Aveiro. A notícia: “Por determinação da Direcção-Geral dos Desportos a SANJONENSE é integrada na Associação de Aveiro” (em título) “A Sanjoanense em princípio tinha consegujido que lhe fosse aplicado, por analogia, o determinado para a Académica de Espinho, que obtivera êxito na sua reivindicação, de modo a continuar integrada na Associação de Patinagem do Porto e, portanto, não figuraria na entidade aveirense como filiada. Assim, os calendários dos jogos de seniores e juniores integravam a Sanjoanense nos jogos dos torneios que principiavam hoje. Porém, agora, por determinação da Direcção-Geral dos Desportos, a Sanjoanense é forçada a filiar-se na Associação de Patinagem de Aveiro e o seu lugar na I Divisão é ocupado pelo Centro Universitário.”

19710110_CP_SANJOANENSE reage à proibição da DGD. A notícia: “A SANJONENSE reage à proibição de se filiar na A. P. do Porto” (em título).


“A Associação Desportica Sanjoanense, reunida extraordinariamente, está a fazer valer o que se lhe afigura de direito. Com efeito, não está conformada com a decisão do subsecretário de Estado da Juventude e Desportos e não se inscreve na Associação de Aveiro, prevendo-se que o hóquei patinado venha a acabar. A Sanjoanense ontem fez seguir para o subsecretário de Juventude e Desportos dois telegramas (…)”, pedindo a continuação da inscrição na A. P. Porto e informando de que seguia exposição sobre o assunto.

19710112_CP_Infante-Valongo_4-2. Jogo no dia 11 de Janeiro. Pavilhão do Infante? Sem mais indicações. A notícia: “Na jornada de ontem à noite, na qualificação para o «Nacional», em Seniores, apenas os jogos Carvalhos-Académica de Espinho e Infante de Sagres-Valongo se mostravam de certo modo nivelados, como aliás o atestam os resultados que damos: Carvalhos-Espinho

6-3

Porto-Vigorosa

27-1

Infante-Valongo

4-2

Académico-Leixões

8-4”

19710112_CP_Infante-Valongo_0-5. Juvenis. Falta de comparência. Taça Correia de Brito. Jogo a realizar no Pavilhão do Intante, no dia 11 de Janeiro.

deveu ao facto de o Infante estar “com dificuldade de jogadores”.

19710126_CP_Valongo-Académico_6-2. Torneio Qualificação para o Campeonato Nacional Metropolitano. Jogo nos Carvalhos, no dia 25 de Janeiro. Sem mais indicações. Estatística: SENIORES: Infante-Porto_3-4

35 linhas;

Valongo-Académico_6-2

1 linha

TAÇA MANUEL SOARES (MISTOS): Boavista-Águias_6-6 11 linhas TAÇA CORREIA DE BRITO (JUVENIS): Infante-Porto A_1-3 30 linhas

19710126_CP_TAÇA MANUEL SOARES (MISTOS) Classificação: Valongo Infante Porto Educ. Física Carvalhos Vilanovense Águias Boavista Fânzeres

J 3 2 2 2 1 2 3 1 -

V 2 2 1 1 1 0 0 0 -

E 9 0 0 0 0 0 1 1 -

D 1 0 1 1 0 2 2 0 -

F 26 17 6 6 4 6 6 6 -

C 11 9 5 3 2 11 25 6 -

P 7 6 4 4 3 2 3 2 -

A notícia informa que a fata de comparência se

477


19710126_CP_TAÇA (JUVENIS).

CORREIA

DE

BRITO

V 2 1 1 1 1 0

F 8 8 15 6 0 2

C 1 22 7 3 5 11

Nota: O autor do sétimo golo do Valongo foi Azevedo, na própria baliza.

Classificação: Porto A Infante Espinho Porto B Valongo Vigorosa

J 2 4 2 1 1 2

E 0 0 0 0 0 0

D 0 3 1 0 0 2

19710202_CP_Carvalhos-Valongo_4-7. nos Carvalhos. Sem indicação de data.

P 6 5 4 3 3 1

Jogo

A notícia: “Já em melhor urdidura de jogo, o Valongo foi passar o sempre difícil obstáculo dos Carvalhos. Com uma primeira parte de maior acutilância, os visitantes atingiram o intervalo a vencer po 4-2 e justificaram plenamente o êxito final, pela sua melhor condição técnica. Arbitragem de Hernani Parati.” CARVALHOS: Santos, Azevedo (2, sendo um na própria baliza), Guilherme, Prezas (2), Carvalho (1), Moutinho, Helder e Costa. VALONGO: Vítor Francisco, Cruz, Nora, Américo (1), Vale, Pires (3) e Camões (2). Estatística:

478

Académico-Infante_3-4

27 linhas

Carvalhos-Valongo_4-7

19 linhas

Vigorosa-Espinho_0-6

1 linha

Fânzeres-Leixões_13-4

1 linha

19710206_CP_Valongo-Porto A_3-2. Juvenis. Taça Correia de Brito. Sem mais indicações. A notícia: “O F. C. do Porto rapidamente se colocou em vencedor, por 2-0, depois facilitou e cedeu o empate, ao intervalo. Na segunda parte, os «azuis-brancos» dominaram abertamente, tiveram três bolas na trave e perderam outras ocasiões, enquanto o vencedor marcou bem a sua única oportunidade. Ambas as equipas mostraram qualidades, mas falta de experiência. Nesta gategoria, as duas grandes formações são as dis F. C. do Porto B e da Académica de Espinho; as restantes estão longe destes grupos. A arbitragem de José Bernardino foi desastrosa.” VALONGO: Francisco, Paupério, Rocha, Oliveira, Nogueira (3), Quelhas, Neves e Matos PORTO A: Fernando, Eduardo, Rui, Lisboa (1), Zé (1), Alexandre, Domingos e Vinha.

19710206_CP_Valongo-Porto A_6-2. Juniores. Sem indicação de local ou data. A notícia: “A arbitragem, do princípio ao fim mal conduzida, não explica, só por si, o desastre portista. O vencedor, mostrando maior ligação, aproveitou de início os erros de posição da


defensiva «azul-branca» e depois o nervosismo que se apoderou de quase toda a equipa vencida. Cargas permitidas pelo árbitro e o mau critério quanto às grandes penalidades, transformaram o desafio num mau espectáculo. Arbitragem cheia de erros de Joaquim Dinis.” VALONGO: Cândido, Sousa, Ferreira (1), Lino (2), ,França (3), Queiroz e Neves. PORTO A: Gomes, Júlio, Jorge, Barbot, Vítor, Paulino e Pinto Ferreira. Estatística: Carvalhos-Vigorosa_14-0

16 linhas;

Espinho-Leixões_5-1

1 linha;

Académico-Fânzeres_5-5

1 linha

TAÇA CORREIA DE BRITO (JUVENIS): Valongo-Porto_3-2

27 linhas

TAÇA ANTÓNIO RIBEIRO (JUNIORES): Valongo-Porto A_6-2

24 linhas

Boavista-Fânzeres_0-4

1 linha

TAÇA MANUEL SOARES (MISTOS): Carvalhos-Águias_10-5

1 linha;

Fânzeres-Boiavista_2-4

1 linha

Nota: A notícia não indica os marcadores dos dois tentos do Porto. Não posso deixar de sublinhar, nesta notícia, sobre os Juniores, assim como na anterior, sobre os Juvenis, aquilo que qualificarei como a enorme deselegância dos termos e expressões utilizadas e que consiste, umas vezes de modo quase brutal, outras vezes com mal disfarçada subtileza, em

apoucar o mérito (seja ele qual for, algum existe) do vencedor, inflacionando as virtudes (que sempre as há) ou a vitimização do vencido. No primeiro jogo, o vencido “rapidamente se colocou em vencedor” (…) depois facilitou e cedeu o empate”. De novo, os vencidos “dominaram abertamente, tiveram três bolas na trave e perderam outras ocasiões, enquanto o vencedor marcou bem a sua única oportunidade” – que, por sinal, lhe deu a vitória… No segundo jogo, não houve propriamente uma vitória do vencedor por 6-2 (veja-se bem: 6-2), o que aconteceu foi um “desastre” do vencido… Desastre que é explicado pelos “erros de posição defensiva” e pelo “o nervosismo que se apoderou de quase toda a equipa vencida” e, sobretudo, por uma “arbitragem, do princípio ao fim mal conduzida”, pelas “cargas permitidas pelo árbitro e o mau critério quanto às grandes penalidades”. Não existiu assim qualquer mérito do vencedor na obtenção de um resultado tão subtancial, o que aconteceu foi que ele “aproveitou” os erros e o nervosismo e, claro, o jeitozinho que o árbito deu, com a sua arbitragem permissiva e mal conduzida… Estas curtas notas de reportagem (!) são simplesmente patéticas.

19710213_CP_Infante-Valongo_4-4. Sem indicação de local ou data. A notícia “O INFANTE DE SAGRES empatou com o VALONGO (4-4)” (em título). “No jogo mais importante que marcou o início da segunda volta do torneio de qualificação para o

479


Campeonato Nacional, o Infante esteve a maior parte do tempo a ganhar ao Valongo, mas claudicou na parte final.

19710216_CP_Espinho-Valongo_1-8. Jogo no pavilhão Arquitecto Jerónimo Reis, em Espinho, no dia 15 de Fevereiro.

O desafio teve bom recorte técnico de parte a parte e, embora o Valongo abrisse o marcador, passou, daí em diante, a ter desvantagem no marcador, pois o Infante de Sagres chegou aos 3-1 no marcador a seu favor.

A notícia:

Os dois primeiros tentos constituiram dois deslizes inqualificáveis dos guarda-redes. A arbitragem de Manuel Lourenço esteve certa, mas os jogadores de ambos os lados pretenderam criar embaraço, sem conseguirem.” INFANTE: Campos, Beirão, J. Rendeiro (1), A. Rendeiro (1), A. Gomesm Costa (1), F. Gomes Costa (1) e Pedro. VALONGO: Vítor Francisco, Cruz (1), Nora (1), Américo (1), Pires e Vale (1).

19710213_CP_Valongo-Infante_4-1. Juniores. Jogo no Lima. Sem qualquer outra indicação. Taça António Ribeiro. Estatística: Infante-Valongo_4-4

31 linhas

Espinho-Carvalhos_5-7

26 linhas

Académico-Leixões_9-2

16 linhas

TAÇA ANTÓNIO RIBEIRO (JUNIORES) Porto-Vigorosa_8-4

11 linhas

Valongo-Infante

1 linha

TAÇA ANTÓNIO FIGUEIREDO (INICIADOS) Porto B-Porto A_2-1

480

15 linhas

“Os visitantes sem sombra de dúvida constituíram a melhor equipa em rinque. Muito mais evoluídos e com valores individualmente com mais técnica e melhor patinagem, venceram os jogadores da Académica de Espinho, apesar de ter jogado muito desfalcada, devido a alguns elementos estarem ausentes por virtude dos seus estudos. Ao intervalo: 0-5. Árbitro: José Silva.” ESPINHO: Sá, Oliveira, Duarte, Azevedo (1), Barros, Brandão e Sousa. VALONGO: Duque, Nora, Pires (3), Moreira (2), Vale (3), Almeida, Camilo e Alves.

19710216_CP_Espinho-Valongo_12-0. Juvenis. Jogo em Espinho, no dia 15 de Fevereiro. Taça Correia e Brito. Sem mais indicações.

19710216_CP_Espinho-Valongo_3-3. Iniciados. Jogo em Espinho, no dia 15 de Fevereiro. Taça António Figueirredo. Sem mais indicações.

19710227_CP_Valongo-Fânzeres_3-9. Jogo no dia 26 d Fevereiro. Sem indicação de local. A notícia: “SENSACIONAIS DERROTAS DO VALONGO E DO ACADÉMICO” (em título).


“Contra tudo o que seria de esperar, registaram-se ontem à noite duas sensacionais derrotas, no torneio de qualificação para o Campeonato Nacional metropolitano.

19710227_CP_Porto-Valongo_2-1. Iniciados. Jogo no dia 26 d Fevereiro. Sem indicação de local. Taça António Figueiredo.

O Valongo perdeu por números expressivos e o Académico foi derrotado no seu pavilhão. (…)

“O resultado está longe de traduzir a superioridade do grupo azul-branco que, na primeira parte, perdeu nada menos de seis oportunidades flagrantes, três remates devolvidos pelo poste e três lances em que os avançados portistas, isolados diante do guarda-redes, atiraram à figura. Depois, no único remate à baliza e de longe, o Valongo fez 1-0, com que terminou a primeira parte.

Suprendente a derrota expressiva do Valongo frente ao Fânzeres, demasiado lançados para o ataque, a estrutura defensiva do Valongo desmoronou-se em todo o desafio, pelos inteligentes e rápidos contra-ataques do adversário. À primeira parte, o Fânzeres já vencia por 3-1. Arbitragem de António Quintela.” VALONGO: Vítor, Domingos, Nora, Pires, Américo (2), Vale (1), Lino e Rogério. FÂNZERES: Adelino, Magalhães, Vitorino (2), Campos (5), Augusto (2), Sá e Monteiro.

A notícia:

No segundo tempo, apesar de perder ainda três ocasões, os portistas exerceram total domínio e fizeram dois tentos. Arbitragem certa de Óscar Manuel.” PORTO: Domingos, Fernando, Reis (1), Cunha (1), queiroz, Pires e Jorge. VALONGO: Silva, Paupério, Sousa, Nogueira, Paulo (1), Pires e Alberto.

19710227_CP_Valongo-Fânzeres_15-0. Mistos. Jogo no dia 26 d Fevereiro. Sem indicação de local. Taça Manuel Soares. A notícia: “Ao intervalo: 10-0. Arbitragem de Domingos Garganta.” VALONGO: José Alves, Leal (4),Joaquim Camilo, José Camilo (1), A. Camões (4), Aguiar (2) e Pereira. FÂNZERES: Monteiro, Almeida, Sousa, Leite e Costa.

Estatística: Valongo-Fânzeres_3-9

18 linhas

Académico-Espinho_3-5

4 linhas

TAÇA MANUEL SOARES (MISTOS) Águias-Infante_2-11

13 linhas

Valongo-Fânzeres_15-0

10 linhas

Boavista-Educ. Física_14-11

1 linha

Carvalhos-Vilanovense_3-3

1 linha

TAÇA ANTÓNIO RIBEIRO (JUNIORES) Vigorosa-Infante_0-9

12 linhas

TAÇA ANTÓNIO FIGUEIREDO (INICIADOS) Porto-Valongo_2-1

24 linhas

481


19710302_CP_Fase de qualificação para o Campeonato Nacional – I Divisão. A notícia: “Continuou ontem a fase de qualificação para o Campeonato Nacional.”

19710302_CP_Valongo-Vigorosa_8-2. Juniores. Jogo no Lima, no dia 1 de Março. Taça Correia de Brito. Sem mais informações. A notícia: “No pavilhão do Lima, a equipa do Valongo dominou completamente oedversário e justificou a vantagem de 8-2 sobre um adversário com defi«ciente capacidade de patinagem.”

19710305_CP_Convocados para os treinos da Selecção de Juvenis.

A notícia: “No pavilhão do Infante de Sagres, os «matosinhenses» lutaram bem na primeira parte, mas, por menor capacidade física, fracassaram visível e naturalmente no segundo tempo. Arbitragem de Álvaro Santos.” VALONGO: Vítor, Cruz (1), Nora (1), Américo (3), Pires (2), Vale (6), Camões e Alves. LEIXÕES: Silva, Nascimento, J. Barbosa, F. Barbosa e José Silva (1). Estatística: Carvalhos-Infante_6-4

23 linhas

Valongo-Leixões_13-1

18 linhas

TAÇA MANUEL SOARES (MISTOS) Carvalhos-Infante_3-2

10 linhas

A notícia:

TAÇA ANTÓNIO FIGUEIREDO (INICIADOS)

“O seleccionador regional portuense de Juvenis, Fernando Brandão, marcou o primeiro treino da selecção para amanhã, à noite, nos Carvalhos, convocando para o efeito os seguintes jogadores:

A. Espinho-Porto A_2-1

F. C. DO PORTO – Álvaro, Fernando, Aureliano, Barbot, Reis, Maia, Delmar e Rui.

19710309_CP_Porto-Valongo_3-1. Lima. Sem indicação de data.

A. ESPINHO – Pardilhó, Carneiro, Lacerda, Brandão, Castro e Campos.

A notícia:

CARVALHOS – Adriano, Alberto, Ildefonso e Duarte. VALONGO – Queirós e Sousa.” (…)

482

19710306_CP_Valongo-Leixões_13-1. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres, no dia 5 de Março.

28 linhas

Jogo

no

“Foi magnífica de recorte técnico, boa velocidade e certo entusiasmo, a partida jogada no pavilhão do Lima entre as equipas do F.C. do Porto e o Valongo. O resultado não traduz o equilíbrio veirifcado, muito embora os portistas tenham sido mais positivos na parte final do desafio.


A circunstância de Ricardo estar quase na sua forma, deu mais possibilidade de infiltração à turma azul-branca. O Valongo jogou também em nível de primeira qualidade, mas perdeu as melhores ocasiões de marcar. Ao intervalo: 1-1. Excelente arbitragem de José da Silva.” PORTO: Brito, Júlio (1), Ricardo (1), Cristiano (1), Hernâni, José Manuel, F. Barbot e Soares Pereira. VALONGO: Vítor, Cruz, Nora, Américo, Pires, Vale (1) e Camilo.

19710309_CP_Taça António Ribeiro – Juniores. Classificação: Valongo Porto Carvalhos Fânzeres Infante Vigorosa Boavista

J 5 5 4 5 4 5 5

V 5 4 3 2 2 1 0

E 0 0 0 0 0 0 0

D 0 1 1 3 2 4 5

F 27 18 25 12 17 4 7

C 6 13 10 13 8 27 35

P 15 13 10 9 8 7 5

19710309_CP_Porto B-Valongo_4-0. Juvenis. Taça Correia de Brito. Jogo no dia 8 de Março. Sem indicação de local. A notícia: “Muito cautelosos na defesa e espevitados em esporádicos contra-ataques, os jogadores do Valongo mostraram nítida preocupação de não sofrerem tentos. Por isso esperaram «jogar» golpes imprevisíveis, mas os portistas não se deixaram supreender por tal sistema. Mais evoluída técnica e taticamente, a equipa do F. C. do Porto perdeu, no entanto, as melhores oportunidades de tento, mesmo à boca da baliza, em lances de grande apuro técnico. 1970-71. De pé: Ant. Aguiar, Lino Gomes, Ant. Queirós, Zé França, João Lino. Em baixo: Zé Fernando, Cândido Cruz, Miguel Santos, Marcelino.

Ao intervalo, os «azuis-brancos» já venciam por 2-0. A arbitragem de Nelson Tavares tentou ser imparcial, mas nem sempre o conseguiu. Com este resultado de ontem à noite, a equipa B do F. C. do Porto lançou-se deliberadamente para o triunfo final no torneio, pois restam-lhe apenas dois jogos com adversários mais fracos, pelo que certamente vencerá o torneio sem derrotas.”

483


PORTO: Álvaro.Aureliano, Barbot (1), Reis (2), Maia (1), Delmar e Eduardo. VALONGO: Matos, Paupério, Quelhas, Oliveira, Nogueira, Rocha e Neves. Classificação: Valongo Espinho Porto B Porto A Infante Vigorosa

J 5 4 3 4 5 3

V 3 3 3 2 1 0

E 0 0 0 0 0 0

D 2 1 0 2 4 3

F 16 32 20 12 12 4

C 20 10 7 9 32 19

P 11 10 9 8 6 2

(X) Tem um falta de comparência

Estatística: Porto-Valongo_3-1

27 linhas

Fânzeres-Académico_3-2

19 linhas

Espinho-Leixões_3-2

17 linhas

TAÇA ANTÓNIO RIBEIRO – JUNIORES Vigorosa-Carvalhos_4-7

15 linhas

TAÇA CORREIA DE BRITO – JUVENIS Porto B-Valongo_4-0

Apareceram bons valores, ao lado de outros com defeito de origem, mas de um modo geral a sessão agradou. É intuito do seleccionador regional formar duas equipas para as manter em contacto com seleccionados de outras regiões. O novo treino está marcado para amanhã, a partir das 18 horas e meia, no pavilhão das Antas. Para esta sessão, estão convocados: Adalberto, Ildefonso, França e Adriano, dos Carvalhos; Ferreira e Queirós, ambos do Valongo; Ramos Pereira, Rui Lacerda e Pardilhó, da Académica de Espinho; Olídio Manuel, do Educação Física; Álvaro, Fernando Ilídio, João Barbot, Delmar e Maia, todos do F. C. do Porto. A nota dominante foi a exclusão, pelo menos para o teino de amanhã, de Carlos Reis, do F. C. do Porto, um dos jogadores mais cerebrais do grupo portista. Colocado, primeiro, à defesa, onde se lesionou, voltou mais tarde ao recinto, para o seu habitual lugar de avançado, mais incapacitado.”

34 linhas

19710310_CP_Ferreira e Queirós, do Valongo, no treino da selecção de Juvenis, em 9 de Março, no pavilhão dos Carvalhos. A notícia: “Ontem à noite, no pavilhão dos Carvalhos, mais de vinte jogadores convocados pelo seleccionador regional, Fernando Brandão, prestaram as suas primeiras provas, para escolha da equipa

484

portuense que, no fim do mês, no Estoril, defrontará as selecções de Lisboa, Santarém e Aveiro da mesma categoria.

Nota: Tenho de registar aqui duas observações. A primeira é para referir a extrema deselegância (para, comedidamente, não dizer pior) com que a notícia se refere aos ”bons valores” que apareceram, “ao lado de outros com defeito de origem” (!!!) como se aqueles jovens de 15 anos, porventura menos habilidosos ou talentosos, fossem uma espécie de peças mecânicas em segunda mão, peças de refugo. Lamentável. A segunda observação tem a ver com uma antiga tendência dos grandes centros para absorverem


paulatinamente a sua envoltura, o que tradicionalmente suscitou despiques e conflitos de vária ordem: fronteiriços, de competências, de limites, de repartição de utilizações, etc. Essa absorção começa, em muitos casos, pela linguagem: chamar “equipa portuense” a um conjunto de jogadores em que, pela descrição da própria nota, só alguns (e o número é irrelevante) pertencem à cidade do Porto, é ainda uma forma de atribuir, indevidamente, ao Porto algo que não lhe pertence; é acrecentar ao grande centro uma legitimidade que é retirada da legitimidade de outros (as equipas e os lugares que ficam de fora da designação), assim a diminuindo e mesmo apagando. Seria mais aceitável (ainda que igualmente pouco legítimo) chamar-lhe “equipa do Grande Porto” ou “equipa duriense” ou “equipa regional” ou “equipa nortenha”. Recordo que a própria notícia chama ao treinador “regional”, não lhe chama “portuense”. O ideal seria atribuir-lhe uma desgnação própria e única. A questão coloca-se de modo semelhante para as equipas de Lisboa, Santarém ou Aveiro, como é óbvio. A selecção de Lisboa teria decerto, como era habitual, jogadores do Paço de Arcos, do Sintra, do Oeiras ou do Cascais.

19710313_CP_Carvalhos-Valongo_5-5. Jogo no dia 12 de Março. Sem indicação de local. A notícia: “A nota curiosa da jornada de ontem à noite, na prova de qualificação para o campeonato nacional de seniores, foram os empates, ambos com igual rsultado de 5-5, com que terminaram os jogos Carvalhos-Valongo e Infante de Sagres-Académico. (…)

Foi o Valongo que abriu o activo, mas até ao intervalo seria o Carvalhos a mostrar jogo mais lúcido, a justificar a vantagem de 4-2 no marcador. Depois do intervalo, o Valongo impôs-se, marcou três bolas contra uma do adversário e o desafio, com tamanho despique, acabou por se tornar emotivo. Arbitragem de José Silva.” VALONGO: Vítor, Cruz (1), Pires (1), Américo (1), Vale (2, de grande penalidade) e Camões. CARVALHOS: Santos, Azevedo, Guilherme (1), Prezas (2), Moutinho (2) e Carvalho.

19710313_CP_Taça Correia de Brito – Juvenis. Classificação: Espinho Valongo Porto B Porto A Infante (x) Vigorosa

J 5 5 3 4 5 4

V 4 3 3 2 1 0

E 0 0 0 0 0 0

D 1 2 0 2 4 4

F 48 16 20 13 12 6

C 12 20 7 9 32 35

P 13 11 9 8 6 3

1 9 7 1 0 3 1 3 _ C P _ C a r v a l h o s - Va l o n g o _ 6 - 2 . Juniores. Taça António Ribeiro. Jogo no pavilhão do Infante, no dia 12 de Março. A notícia: “No pavilhão do Infante de Sagres, o Valongo sofreu a sua primeira derrota, tão indiscutível como inesperada. De princípio, o vencido chegou a ter a vantagem de 2-1, mas ao intervalo o resultado já era de 2-2.

485


No 2º tempo, muito mais esclarecida e acutilante, a equipa do Carvalhos mereceu inteiramente o êxito final e a vantagem de quatro bolas. Bom trabalho de Óscar Manuel na arbitragem.” CARVALHOS: Sá, Ferraz (1), Gomes (4), Freitas e Américo (1). VALONGO: Cruz, Ferreira, Aguiar, Lino (1), França (1) e Queirós. Classificação: Valongo Porto Carvalhos Fânzeres Infante Vigorosa Boavista

J 6 5 5 5 4 5 5

V 5 4 4 2 2 1 0

E 0 0 0 0 0 0 0

D 1 1 1 3 2 4 5

F 29 18 31 12 17 4 7

C 12 13 12 13 8 27 35

P 16 13 13 9 8 7 5

TAÇA CORREIA DE BRITO - JUVENIS Classificação: Espinho Porto B Valongo Porto A Infante (X) Vigorosa (X)

J 5 4 5 4 5 5

V 4 4 3 2 1 0

E 0 0 0 0 0 0

D 1 0 2 2 4 5

F 48 32 16 20 12 8

C 12 9 20 9 32 48

P 13 12 12 8 6 4

(X) Tem uma falta de comparência

Estatística: TORNEIO DE QUALIFICAÇÃO Carvalhos-Fânzeres_6-5

18 linhas

TAÇA MANUEL SOARES – MISTOS Infante-Porto_3-3

26 linhas

TAÇA CORREIA DE BRITO – JUVENIS Porto B-Vigorosa_13-2

19710316_CP_Classificações e estatística.

40 linhas

TAÇA MANUEL SOARES – MISTOS Classificação: Carvalhos Valongo Infante Vilanovense Porto Boavista (X) E. F. Norte (X) Águias (X) Fânazeres

J 8 7 7 8 6 5 8 7 6

V 5 5 4 3 4 2 1 0 1

E 2 0 2 3 1 3 0 1 0

(X) Têm três faltas de comparência

486

D 1 2 1 3 1 0 7 6 5

F 38 77 41 38 24 35 31 14 13

C 31 23 20 24 11 30 69 61 19

P 20 17 17 17 16 12 7 6 5

19710320_CP_Académico-Valongo_6-16. Jogo no Lima. Sem indicação de data. A notícia: “F. C. DO PORTO EVALONGO – EXIBIÇÕES DE GANDE GALA” (em título). “No prosseguimento do torneio de qualificação para o campeonato nacional, a nota dominante foi a extraordinária exibição das equipas do F. C. do Porto e do Valongo. (…) No pavilhão do Lima, os avançados do Valongo, em noite de grande inspiração, destroçaram completamente toda a organização defensiva dos


academistas. Ao intervalo, o vencedor já tinha a vantagem de 7-2 e na segunda parte a mudança de guarda-redes não evitou ao Académico a severa punição. Arbitragem de Waldemar Aires.” ACADÉMICO: Branco, Oliveira, Puskas, Liz, Quitó, Valentim (1) e Beleza. VALONGO: Vítor Francisco, Cruz, Pires (4), Vale (9), Camões (2), Américo (1) e Alves.

19710323_CP_Taças Manuel Soares, António Ribeiro e Correia de Brito Estatística: TAÇA MANUEL SOARES – MISTOS: Porto-Boavista_14-7

21 linhas

TAÇA ANTÓNIO RIBEIRO – JUNIORES: Fânzeres-Carvalhos_8-8

23 linhas

TAÇA CORREIA DE BRITO – JUVENIS: Porto B-Porto A_7-2

Nota: Uma de duas coisas parece estar errada: ou o resultado de 6 golos do Académico, em título, ou o número de tentos marcados – 1.

51 linhas

“O F. C. do Porto ganhou o torneio sem derrotas”. Classificação: J 5 5 5 5 5

V 5 4 3 1 0

E 0 0 0 0 0

D 0 1 2 4 5

19710320_CP_ Valongo-Boavista_9-5. Jogo no Lima. Sem indicação de data, de composição das equipas ou dos marcadores.

Porto B Espinho Valongo Infante (X) Vigorosa (X)

A notícia:

(X) Tiveram uma falta decomparência.

“No pavilhão do Lima, as «reservas» do Valongo dominaram quase completamente a situação, pese muito embora a resistência oferecida pelo primeiro grupo do Boavista, que foi batido por 9-5.” Estatística: TORNEIO DE QUALIFICAÇÃO Infante-Porto_6-7

20 linhas

Académico-Valongo_6-16

19 linhas

TAÇA ANTÓNIO RIBEIRO – JUNIORES Infante-Porto_0-1

14 linhas

TAÇA MANUEL SOARES – MISTOS Valongo-Boavista_9-5

F 39 48 22 12 8

C 11 12 16 32 48

P 15 13 9 6 4

Nota: Há aqui um lapso estranho: a notícia acaba de relatar o desafio ocorrido no dia anterior, 22 de Março, entre as equipas B e A do F. C. do Porto, que a primeira venceu por 7-2, e depois a classificação apresentada omite o Porto A… Na notícia de 710316_CP, o Porto A aparece em 4º lugar, a seguir ao Valongo.

19710411_CP_Valongo-Teremas S. Pedro do Sul_23-2. I Divisão, Zona Norte. Jogo em Valongo.Sem indicação de data. A notícia:

7 linhas

487


“Apenas se realizaram três dos cinco ojogos estabelecidos para a Zona Norte do Campeonato Nacional da I Divisão, ficando oso dois refstantes adiados. (…) Ao intervalo: 8-1; jogo em Valongo; árbitro: José da Silva.” VALONGO: Vítor, Cruz, Pires (7), Américo (5), Vale (4), Camões (6), Camilo (1) e Alves. TERMAS: Pereira, Almeida, Pinto (1), Ribeiro, Lima (1), Dias e Ferreira.

19710422_CP_Valongo-Académico_7-2. em Valongo, no dia 21 de Abril.

Jogo

A notícia: “Continuou ontem o Campeonato Nacional da I Divisão (…) Em Valongo, os «academistas» resistiram muito bem na primeira parte, mas no segundo período foi manifesta a sua insuficiência física. Ao intervalo,o resultado era 2-2. Arbitragem de José Silva.” VALONGO: Vítor Francisco, Cruz, Pires (1), Américo (1), Vale (2), Camões (3) e Rogério. ACADÉMICO: Branco, A. Liz, M. Oliveira, Quitó (1), Valentim (1), Azevedo e Beleza.

19710422_CP_Valongo-Infante de Sagres_11-4. Reservas. Jogo em Valongo, no dia 21 de Abril. Sem mais indicações.

488

19710524_CP_Valongo-Educ. Física_5-6. Juvenis. Jogo em Valongo, no dia 23 de Maio. A notícia: “Principiou ontem uma grande actividade para a juventude, com o início dos Campeonatos Regionais de Iniciados (que pela primeira vez se disputa e destinado a hoquistas de 13 e 14 anos); Juvenis (para as idades de 15 e 16 anos) e Juniores (com idades de 17 e 18 anos). (…) Jogo no rinque de Valongo. Jogo de grande entusiasmo em que o vencedor teve melhor sorte. Ao intervalo: 3-3. Árbitro: Artur Pinto. Arbitragem regular.” VALONGO: Matos, Tó, Quelhas, Nogueira (3) e Marcelino (2) EDUC. FÍSICA: Reis, Rui, Ilídio (3), Serafim (1) e Eduardo (2) Nota: Hoje à noite, na Constituição, haverá o jogo Porto-Valongo, em Juniores.

19710524_CP_NORA ingressa no Porto. A notícia: “NORA – ex-Valongo, ingressou no F. C. do Porto” (em título). “Por incompatibilidade com o seu clube, Nora deixou de jogar no Valongo e ofereceu os seus serviços à sua primeira equipa – o F. C. do Porto. O clube portista assegurou-lhe um emprego e, num entendimento de boa camaradagem, o Valongo cedeu imediatamente a «carta de desobriga» e até permitiu que o seu antigo jogador principiasse já a treinar pelo clube «azul-branco».


Todavia, como Nora jogou este ano pelo Valongo, apenas poderá actuar na equipa do F. C. do Porto no próximo ano.

e o resultado estava em 5-2 a favor dos «azuis-brancos» e, no intervalo, 3-2. Arbitragem de Manuel Lourenço.”

Bom reforço para o F. C. do Porto, que passa a contar com um dos mais inteligentes jogadores portugueses.”

PORTO: Castro, Leite (2), Júlio, Fernandes (1) e Ricardo (2).

19710530_CP_Valongo-Oliveirense_22-4. Campeonato Metropolitano I Divisão. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia: Jogo no rinque do Valongo. O Valonguense (!) exerceu nítida superioridade, sabendo dominar o adversário, como o resultado traduz. Arbitragem muito boa.” VALONGO: Vítor Francisco, Cruz, Pires (5), Américo (5), Vale (8), Alves, Camilo (1) e Camões (3). OLIVEIRENSE: Marques, Costa (1), Furtado, Tvares, Marcelino (3), Bastos, Martins e Idálio.

VALONGO: Francisco, Cruz, Pires, Américo (1), Vale (1) e Camões.

19710607_CP_Vigorosa-Valongo_4-2. Juvenis. Jogo no dia 6 de Junho. Sem indicação de local ou outras. A notícia: “Prosseguiram ontem de manhã os Campeonatos Regionais de Iniciados, Juvenis e Juniores (…).

19710607_CP_Boavista-Valongo_1-7. Juniores. Jogo no dia 6 de Junho. Sem outras indicações.

19710607_CP_ Iniciados – Classificação. 19710606_CP_Porto-Valongo_5-2 (incompleto). Jogo na Contituição, no dia 5 de Junho. A notícia: “O MAU TEMPO PREJUDICOU A JORNADA DE ONTEM” (em título). “O mau tempo, verdadeiramente invernoso, provocou o adiamento do jogo Fânzeres-Académico e fez interromper outro, F. C. do Porto-Valongo. (…) Na Constituição, o desafio foi interrompido quando se havia disputado doze minutos da segunda parte

Estatística: INICIADOS: Espinho-Porto A_2-5

19 linhas

JUVENIS: Espinho-Porto A_3-2

34 linhas;

Infante-Carvalhos_1-2

1 linha

Vigorosa-Valongo_4-2

1 linha

JUNIORES: Fânzeres-Porto_2-8

19 linhas;

Infante-Carvalhos_1-5

1 linha

Boavista-Valongo_1-7

1 linha

489


19710610_CP_Porto-Valongo_4-2. Iniciados. Jogo no dia 9 de Junho. Sem indicação de local.

“Arbitragem de Valdemar Dias.”

A notícia:

PORTO: Gomes, P. Ferreira, L. Barbot (1), Jorge (1), Adriano, V. Freitas, Venâncio (1) e Feliciano.

“F. C DO PORTO-VALONGO, UM ANIMADO DESPEIQUE EM TRÊS CATEGORIAS” (em título)

VALONGO: Cândido, Ferreira, Aguiar, Lino (2), França (1), Queirós, Sampaio e Neves.

A notícia: “Disputou-se ontem à noite a jornada em atraso dos torneios regionais de Iniciados, Juvenis e Juniores. Deste modo,o calendário ficou acertado, apenas com um desafio em atraso,entre as equipas do Educação Física e do F. C. do Porto B. (…) Arbitragem de António Castro.” PORTO A: Domingos, Fernando, David (1), Rui (2), Cunha, Pires (1), Queirós e Jorge. VALONGO: Silva. Sousa, Paupério (1), Paulo (1), Nkogueira, Pires e Lopes.

19710610_CP_Porto A-Valongo_5-2. Juvenis. Jogo no dia 9 de Junho. Sem indicação de local. A notícia: PORTO A: Álvaro, Aureliano, João Barbot (3), Reis (1), F. Maia (1), Rui, Fernando, Ilídio e Vinha. VALONGO: Matos, Quelhas, Oliviera (1), Rocha (1), Nogueira e Rafael.

19710610_CP_Porto-Valongo_3-3. Juniores. Jogo no dia 9 de Junho. Sem indicação de local. A notícia:

490

Nota: Aparetemente, há um erro no número de pontos do Valongo: não pode ser 12, é talvez 8.

1 9 7 1 0 61 3 _ C P _ Va l o n g o - C a r va l h o s _ 2 0 - 3 . Reservas. Jogo no dia 9 de Junho. Sem indicação de local. Sem outras indicações. Nota: O jogo Valongo-Carvalhos, a contar para o Campeonato Metropolitano da I Divisão, que devia ter-se realizado omtem, foi adiado devido ao mau tempo.

19710615_CP_Porto-Valongo_5-4. Jogo Constituição. Sem indicação de data.

na

A notícia: “Foi acidentado o desfio entre as equipas do F. C. do Porto e Valongo, no recinto da Constituição, muito embora os jogadores de ambas as equipas revelassem extrema correcção. A dois minutos do intervalo, a validação do primeiro golo do Valongo, irregularmente obtido, deu motivo a excessos do público, agravados com o facto de haver necessidade de os serviços Municipalizados cortarem a energia, por dez minutos, para reparar uma avaria exterior.


O recinto ficou com vários montes de terra e erva, lançados pelos assistentes, e foi ordenado o reforço policial. Tudo isto fez com que o jogo durasse cerca de duas horas… O F. C. do Porto foi o primeiro a marcar, por Ricardo, que aproveitou a recarga de uma bola antes impulsionada por Leite. Perto do intervalo, Camões, com o patim, fez 1-1 e o lance, que não deve ter sido visto pelo árbitro, mal colocado, deu motivo a diversas manifestações públicas. Depois de longa paralização, o jogo retomou a sua marcha, com os vistantes mais calmos, mas Leite atirou um remate do seu meio-rinque e fez 2-1 que, também inexplicavelmente, o árbitro considerou válido. Na jogada seguinte, Pires rematou e Leite, ao pretender interceptar a bola, meteu-a na própria baliza. Foi então que o Valongo se mostrou mais compenetrado e seguro de si. O jogo foi interrompido por meomentos, pois um assistente atirou novo monte de terra para o meio do recinto.

Mais adiante, nova jogada admirável de Vale proprocionou ao Valongo o 4-4, com remate de Camões sobre a linha da baliza, mas uma jogada inspirada de Ricardo deu a Cristiano a possibilidade de fazer o resultado final de 5-4. A arbitragem de Valdemar Aires teve graves erros de validaçãode dois tentos irregulares e permitiu que, na sua prsença, Cristinao e Vale se desentendessem. E foi pena, pois o resto do seu trabalho não esteve mau.” F. C. DO PORTO: Brito, Leite (2, um na própria baliza), Júlio, Ricardo (2), Cristiano (1), Soares Pereira, F. Barbot e Castro. VALONGO: Vítor, Cruz, Pires (2, um na própria baliza), Américo, Vale, Camões (2), Gomes e Alves. Estatística: Porto-Valongo_5-4

71 linhas;

Fânzedres-Académico_5-5

14 linhas

19710621_CP_Infante-Valongo_3-1. Sem mais indicações.

Juvenis.

19710621_CP_Infante-Valongo_2-2. Sem mais indicações.

Juniores.

Américo, por duas vezes, falhou dois remates à boca da baliza. Foi então que o F. C. do Porto passou novamente à situação de vencedor, um remate de Leite foi desviado para a sua baliza, por Pires e este jogador, a seguir, falhou um lance capital e, no contra-atque, Ricardo aumentou para 4-2. Todavia, o Valongo não se entregou e Pires fez 4-3, num bom passe de Vale, e por minutos o marcador saiu do recinto lesionado.

19710622_CP_Valongo-Carvalhos_9-5. indicação de local ou data.

Sem

A notícia:

491


“Foi disputado com grande energia e combatividade este jogo entre duas equipas com legítimas aspirações. A vantagem do grupo local foi resultante da sua maior ligação e sobretudo oportunidade de remate. Ao intervalo: 6-3. Arbitragem de Hernâni Parati.” VALONGO: Vítor, Pires (1), Vale (2), Américo (2), Camões (4), Zezinho, Armindo e Cruz. CARVALHOS: Costa, Guilherme, Presas (2), Moutinho (3), Quim, Azevedo, Santos e Costa

Classificação: Porto A Espinho Carvalhos Porto B Educ. Física Valongo Infante Vigorosa

JUVENIS J 7 7 7 7 7 7 7 7

V 6 6 6 2 2 1 1 1

E 0 0 0 2 1 1 1 1

D 1 1 1 3 4 5 5 5

Classificação: 19710628_CP_Valongo-Carvalhos_3-6. Juvenis. Sem mais indicações.

Porto Valongo Carvalhos Fânzeres Boavista

F 52 45 31 23 22 21 17 13

C 10 14 21 29 42 29 26 50

P 19 19 19 13 12 10 10 10

JUNIORES J 5 5 4 5 5

V 3 3 3 1 0

E 2 2 1 0 0

D 0 0 1 4 5

F 32 26 24 14 8

C 9 13 11 30 41

P 13 13 12 7 5

19710628_CP_Campeonatos Regionais de Iniciados, Juvenis e Juniores. Fim da 1ª volta. Classificações. Classificação: Porto A Valongo Porto B Espinho Boavista Vigorosa (X)

INICIADOS J 4 4 4 4 4 5

V 4 3 2 1 1 0

E 0 0 0 0 0 0

D 0 1 2 3 3 5

F 28 20 10 8 2 8

C 8 8 12 15 24 48

P 12 10 8 6 4 4

19710706_CP_Valongo-Infante_5-2. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia: “O INFANTE DE SAGRES SOFREU A PRIMEIRA DERROTA” (em título). “Foi fatal para a equipa do Infante de Sagres a sua deslocação a Valongo para realizar o desafio em atraso, devido à chuva. Os locais, com excelente sentido de oportunidade, dominaram a situação desde o princípio e, depois de chegarem à vantagem de 5-1, terminaram vencedores por 5-2. (…) Evidenciaram-se, no vencedor, Vítor Francisco e

492


Camões. Ao intervalo: 2-0 para o Valongo. Árbitro: F ernando Pinto.”

ACADÉMICO: Branco., A. Liz, M. Liz, Quim, Azevedo (1), Valentim, Martins e Luis Castro.

VALONGO: Vítor Francisco, Pires, Vale, Américo (2), Camões (3), Rogério, Camilo e Alfena.

VALONGO: Vítor Francisco, Pires, Américo (2), Vale (1), Camões (4), Aguiar, Armindo e Alves.

INFANTE: Campos, J. Manuel, J. Rendeiro, A. Rendeiro (1), A. Costa (1), F. Costa, Tavares e Pereira.

19710706_CP_Valongo-Infante_11-4. Reservas. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. Sem mais indicações.

19710715_CP_Académico-Valongo_1-7. Jogo no Lima, no dia 14 de Julho. A notícia: “VITÓRIA FOLGADA DO VALONGO CONTRA O ACADÉMICO” (em título). “No pavilhão do Lima, a equipa do Valongo mostrou mais uma vez que está a atravessar um bom momento, embora o triunfo de ontem não tenha sido tão fácil, como o resultado parece dar a entender. Efectivamente, uma expulsão temporária de A. Liz foi aproveitada pelos visitantes para, num curto espaço de tempo, obterem nada menos de três tentos. O desafio teve as suas lamentáveis quezílias, mas o triunfo do Valongo nunca foi contestado, sobretudo pela facilidade de desmarcação alardeada por Camões. Ao intervalo, a vantagem do vencedor era 2-4. Arbitragem de Hernâni Parati.”

19710718_CP_Valongo-Fânzeres_10-3. Jogo no dia 17 de Julho. Sem indicação de local. A notícia: “Foram extraordinariamente desnivelados os jogos de ontem à noite, no Campeonato Nacional da I Divisão, zina Norte, pelo que os desafios tiveram reduzido interesse. (…) Com uma primeira parte equilibrada, em que somente perdiam por 3-2, o Fânzeres não aguentou o ritmo adversário no segundo tempo. Arbitragem de Waldemar Rios.” VALONGO: Vítor Francisco, Pires (3), Vale (1), Américo (1), Camões (5), Camilo, Alfena e Rogério FÂNZERES: Adelino, Magalhães, Vitorino, Campos (1), Augusto (1), Monteiro, Sousa (1) e Veloso. Classificação: Valongo Infante Porto Carvalhos Fânzeres Académico Espinho Oliveirense Termas

J 12 11 11 12 12 11 11 12 12

V 10 10 9 8 3 3 4 1 1

E 0 0 1 1 2 1 0 1 0

D F C 2 129 39 1 87 34 1 93 31 2 84 40 7 70 70 7 51 58 7 62 65 10 59 127 11 27 163

P 32 31 30 28 20 18 18 15 14

493


19710718_CP_Valongo-Fânzeres_5-0. Reservas. Vitória por falta decomparência do Fânzeres. Jogo a realizar no dia 17 de Julho. Sem indicação de local.

Estatística: INICIADOS Porto A-Porto B_5-2

25 linhas

JUVENIS

19710719_CP_Educação Física-Valongo_6-3. Juvenis. Jogo no dia 18 de Julho. Sem outras indicações. A notícia: “Prosseguiram ontem os campeonatos regionais de Juvenis, Juniores e Iniciados, três provas que mostraram o interesse das entidades desportivas pela nossa juventude, aquela sobre a qual há-de assentar toda a nova infra-estrutra do nosso hóquei patinado.

19710719_CP_Iniciados e Juniores – Classificações Classificação: Porto A Valongo Porto B Espinho Boavista

INICIADOS J 6 5 5 4 4

V 5 4 2 1 0

E 0 0 0 0 0

D 1 1 3 3 4

Classificação: Valongo Carvalhos Infante (x) Porto Fânzeres Boavista

494

F 36 24 12 8 3

C 14 11 17 15 26

P 16 13 9 6 4

JUNIORES J 6 6 7 6 6 7

V 4 4 4 3 1 0

E 2 1 1 2 0 0

(x) Tem uma falta decomparência

D 0 1 2 1 5 7

F 30 35 24 35 16 11

C 16 13 17 13 33 59

P 16 15 15 14 8 7

Porto A-Porto B_12-2

22 linhas

Edic. Física-Valongo_6-3

1 linha

Carvalhos-Vigorosa_4-3

1 linha

Infante-Espinho_2-7

1 linha

JUNIORES Carvalhos-Boavista_11-2

1 linha

Infante-Fânzeres_3-2

1 linha

19710728_CP_Porto B-Valongo_2-2. Iniciados. Jogo na Constituição. Sem indicação de data. A notícia: “No campeonato regional de Iniciados, as equipas do F. C. do Porto (A) e Valongo, efectivamente as que se mostraram até agora as mais cotadas, seguiam à frente da classificação em igualdade de pontos. Inesperadamente, porém, o Valongo cedeu um empate comprometedor com a equipa do F. C. do Porto (B), mas os azuis-brancos mostraram-se sempre mais ordenados. (…) No recinto da Constituição, esperava-se que o Valongo se desenvecilhasse com certa facilidade dos «BB» portistas. Estes, porém, animados por terem inaugurado o marcador, cederam o empate até ao intervalo e a três minutos do fim perdiam por 1-2, depois de desperdiçarem várias oportunidades de empate, tanto mais que o árbitro lhes invalidou, injustamente, um tento. A um minuto do fim, porém, o F. C. do Porto logrou o empate.


A arbitragem de Laurentino Ribeiro foi boa, se lhe exceptuarmos a invalidação do tento portista que, mal colocado, julgou mal.” PORTO B: Cruz, Pinto, Durval, Pereira (2), A. José, Jorge, Walter e L. Reis.

Espinho-Carvalhos_5-4

10 linhas

Edic. Física-Infante_4-7

1 linha

JUNIORES Fânzeres-Carvalhos_0-12

9 linhas

VALONGO: Silva, Pires, Paupério (2), Nogueira, Sousa, Paulo e Alberto. 19710730_CP_Valongo-Boavista_4-3. Iniciados. Jogo no dia 29 de Julho. Sem mais indicações. 19710728_CP_Porto (B)-Valongo_12-0. Juvenis. Jogo na Constituição, no dia 27 de Julho. A notícia: “O grupo portista jogou ontem excelentemente, sobretudo na primeira parte, em que atingiu o intervalo a vencer por 7-0. Com boa troca de bola, os «azuis-brancos» dominaram a situação desde o primcípio, fazendo funcionar rapidamente omarcador. A arbitagem de António Pinto esteve bem, mas, ral como o seu colega anterior, anulou ao Porto um tento que o próprio juíz de baliza assinalou e esse foi o seu grande erro.” PORTO (B): Cardoso, Eduardo (1), Lisboa (1), Delmar (7), Zé (3) e Domingos Jorge VALONGO: Rafael, Paupério, Nogueira, Rocha e Matos.

Quelhas,

19710730_CP_Valongo-Vigorosa_1-10. Juvenis. Jogo no dia 29 de Julho. Sem mais indicações.

1 9 7 1 0 7 3 0 _ C P _ Va l o n g o - B o a v i s t a _ 1 0 - 0 . Juniores. Jogo no dia 29 de Julho. Sem mais indicações.

19710801_CP_Valongo-Espinho_10-1. I Divisão. Jogo no dia 31 de Julho. Sem mais indicações. A notícia: “PROSSEGUIU ONTEM O CAMPEONATO NACIONAL DA I DIVISÃO” (em título).

Estatística:

Estatística:

INICIADOS

Termas-Infante_4-14

18 linhas

Académico-Carvalhos_7-4

23 linhas

Porto-Fânzeres_13-3

1 linha

Valongo-Espinho_10-1

1 linha

Porto (B)-Valongo_2-2

24 linhas

JUVENIS Porto (B)-Valongo_12-0

20 linhas

495


19710829_CP_Porto-Valongo_7-5. I Divisão. Jogo em Fânzeres, no dia 28 de Agosto. Sem mais infoirmações.

19710908_CP_Exposição do Valongo à Federação Portuguesa de Patinagem.

A notícia:

“Exposição do VALONGO sobre várias ocorrências no encontro com o CARVALHOS” (em título).

“Ontem á noite, em Fânzeres, o F. C. do Porto garantiu desde já a sua qualificação para o Campeonato Nacional Metropolitano, ao bater, sem remissão, o grupo do Valongo, embora tenha sido notória a resistência do vencido. Os azuis-brancos chegaram a estar com a vantagem de 6-2, mas acabaram por ceder na parte final, pois o Valongo lutou com toda a bravura para equilibrar o resultado, embora acabando batido por 5-7. Com este resultado, o F. C. do Porto tem desde já garantida a sua qualificação para a fase final, embora ainda lhe falte jogar com o Infante de Sagres, mas o Valongo ficou numa situação embaraçosa.” Classificação: Porto Infante Valongo Carvalhos Fânzeres Académico Espinho (x) Oliveirense Termas

I DIVISÃO J 15 15 15 15 15 13 14 15 14

V 3 13 12 9 4 4 4 1 1

E 1 0 0 1 2 2 0 2 0

D F C 1 140 48 2 123 56 3 145 51 5 95 71 9 96 95 7 63 67 11 70 111 12 77 149 13 43 202

(x) Tem uma falta de comparência

496

P 42 41 39 34 25 23 22 21 16

A notícia:

“A Direcção da Associação Desportiva de Valongo enviou um telegrama à Federação a avisar de que ia expor superiormente umas ocorrências do jogo Carvalhos-Valongo, disputado no sábado à noite, em Seniores, pelo que pedia a suspensão do sorteio anunciado. Efectivamente, ontem seguiram as exposições para as entidades que superintendem no desporto nacional, baseadas em injustiças, segundo afirmam, do árbitro do encontro, Mário Cardoso. A população desportiva de Valongo espera que sejam reconhecidos os direitos do seu clube.” Nota: Esta notícia é do dia 8 de Setembro de 1971, que foi uma quarta-feira. O jogo Carvalhos-Valongo, que refere como tendo sido disputado “no sábado à noite”, efectuou-se pois no dia 4. Não tenho nenhum registo de tal jogo nesse dia. É, tenho de reconhecê-lo, mais um dos muitos “buracos” neste arquivo.

19710912_CP_Porto-Valongo_4-3. Reservas. Jogo no dia 11 de Setembro. Sem indicação de local. A notícia: “Ontem à noite, no pavilhão, com muita assistência, para a importância dos jogos, realizaram-se as duas «finalíssimas» para decidir os campeões de «reservas» e «juniores».


O F. C. do Porto, que este ano já tinha ganho três dos cinco títulos regionais disputados (primeiras categorias, juvenis e iniciados), juntou mais um, ontem, ao ganhar a prova de reservas. Por seu turno, o Valongo logrou arrebatar o título de juniores, o único campeonato conseguido esta temporada. (…) No primeiro jogo da noite, o Valongo mostrou melhor ligação e ataque mais afoito, enquanto os «portistas» foram mais individualistas, mas com melhor estruturação na defesa. Com estas características, o jogo foi sempre equilibrado, mas o Valongo, que esteve sempre na posição de vencedor, acabou por perder o título, por um acto irreflectido do seu «capitão» da equipa. Realmente, quando os grupos estavam empatados a três bolas, Camilo II desentende-se com o guarda-redes portista, Castro, o irmão daquele veio trocar palavras com o jogador azul-branco, parece ter nesmo agredido Castro e o árbitro, depois de consultar o juiz de baliza, expulsa Camilo I, talvez com ideia temporária. O jogador expulso, normalmente um elemento extremamente correcto, perdeu a calma e, inexplicavelmente, vai à baliza, agride o guarda-redes do F. C. do Porto, com o «stick», partindo-lhe os dentes da frente da «placa». Enorme conflito, o público fez tentativa de invadir o recinto, mas a Polícia actuou rapidamente e o conflito não foi mais longe. Todavia, por ordem do árbitro, Camilo I esteve sob as ordens da autoridade, mas a intervenção de um dirigente portista resolveu a situação pelo melhor. A expulsão de Camilo I foi definitiva, quando faltavam 9 minutos, e nesse período, apesar de reduzido a quatro unidades, o Valongo teve momentos de grande perigo e podia até ter ganho o jogo, em lances de determinação, mas o F. C.

do Porto acabou por fazer 4-3, e como é natural soube depois manter a vantagem.” PORTO: Castro, Graça, Leite, Vítor Machado (1), Soares Pereira, Jorge (3), J. Manuel e F. Barbot. VALONGO: Alves, Leal (1), Camilo III, dr. Camilo II (1), Camilo I (1), eng. Aguiar, Silva e Alves II.

1 9 7 1 0 9 1 2 _ C P _ Va l o n g o - C a r v a l h o s _ 3 - 2 . Juniores. Jogo no dia 11 de Setembro. Sem indicação de local. A notícia: “No segundo jogo da noite, a equipa do Valongo mostrou-se mais compenetrada e segura de si e o Carvalhos mostrou mais insegurança. A maior determinação do vencedor garantiu-lhe o triunfo, mas, ao longo do jogo, o Carvalhos teve muito mais oportunidades para ganhar o jogo, mas os seus avançados estiveram irreconhecíveis. No tempo regulamentar, o resultado era de 2-2, na 1ª parte do prolongamento não houve tentos e depois o Carvalhos fez 2-1 e parecia ter o jogo ganho, mas praticamente na jogada seguinte o Valongo empatou. Recorreu-se às grande penalidades. Lino, do Valongo, transformou a primeira e Brandão, do Carvalhos, falhou igual castigo. Assim, o Valongo ficou campeão. A arbitragem de Hernâni Parati esteve muito certa.” VALONGO: Cruz, Aguiar, Lino (2), França (1), Queirós e Horácio. CARVALHOS: Adriano, Fernão, Brandão (1), Leal (1), Américo, Fontes, Meneres e Pereira.

497


Estatística: RESERVAS: Porto-Valongo_4-3

certo. O Carvalhos perdeu um castigo máximo.”

JUNIORES: Valongo-Carvalhos_3-2 30 linhas

VALONGO: Cruz, Aguiar, Fernando, Lino, França (1), Queirós (1) e Horácio.

19710917_CP_Porto-Valongo_2-1. Sem indicação de local ou data.

Estatística:

53 linhas

Iniciados.

INICIADOS: Porto-Valongo_2-1

13 linhas

“Principiaram os Campeonatos Nacionais” (em título).

JUVENIS: Porto-Espinho_4-3

16 linhas

“Em Lisboa e Porto, principiaram os campeonatos nacionais de Iniciados, Juvenis, Juniores e Seniores. (…)

SENIORES: Porto-Infante_5-5

A notícia:

Jogo muito equilibrado, com vantagem do vencedor na primeira parte e reacção e combatividade do vencido no segundo tempo. Com defreitos, a arbitragem de Domingos Garganta.” PORTO: Domingos, Fernando, David (1), Rui (1), Cunha, Pires, Queirós e Cruz. VALONGO: Silva, Sousa, Porfírio (1), Pinho, Nogueira, Presa e Pires.

19710917_CP_ Valongo-Carvalhos_2-2. Juniores. Sem indicação de local ou data. A notícia: “Voltaram estas duas equipas a provar o equilíbrio das suas forças. Durante todo o jogo, tecnicamente e em espírito e combatividade, ambos os grupos se equivaleram. O empate, ao intervalo de 1-1 e no final de 2-2, está

498

CARVALHOS: Oliveira, Ferraz, Brandão, Américo (2), Cunha, Pereira e Freitas.

JUNIORES: Valongo-Carvalhos_2-2 14 linhas 26 linhas

1 9 7 1 0 9 1 9 _ C P _ Va l o n g o - S a l e s i a n a _ 1 - 1 1 . Iniciados. Jogo no Pavilhão do Infante de Sagres, no dia 18 de Setembro. A notícia: “Tal qual o tínhamos antecipadamente afirmado, somente na categoria de Iniciados se registou, nas jornadas de ontem, à tarde e à noite, indiscutível supremacia das equipas lisboetas sobre os grupos portuenses. Em Juvenis e Juniores , embora só com um êxito do F. C. do Porto, os grupos do Norte e Sul equivaleram-se, mas em Seniores os grupos nortenhos derrotaram ambas as formações do Sul. Esta tarde e à noite, novas enchentes se vão registar no pavilhão do Infante de Sagres. (…) Também o segundo classificado do Norte não pôde evitar a vantagem no marcador dos seus adversários. Todavia, os «miúdos» de Valongo deram boa réplica de entrada e, ao intervalo, perdiam apenas por 0-4. Trabalho muito acertado de Carlos Bica (Lisboa).”


VALONGO: Silva, Rocha, Paupério, Nogueira, Paulo (1), Pires e Lopes. SALESIANA: F. Guedes, L. Guedes (1), Pereira (3), Costa (4), Esteves (3), Cruz, Almeida e Rosa.

“No jogo seguinte, também o segundo classificado do Porto jogou melhor que na véspera, não se mostrando tão intimidado com a melhor técnica dos lisboetas. Menos felizes nalguns remates, os «miúdos» de Valongo bateram-se com grande determinaçao e não mereciam tamnha punição. Ao intervalo: 4-1. Excelente arbitragem de Pereira da Silva (Lisboa).

19710919_CP_Valongo-Benfica_1-3. Juniores. Jogo no Pavilhão do Infante de Sagres, no dia 18 de Setembro.

De salientar que o jovem Sapo, só neste campeonato, portanto em três desafios, fez já à sua parte 16 tentos.”

A notícia:

VALONGO: Marques, Pires, Paupério (1), Rocha, Paulo, Nogueira e Lopes.

“O Benfica, que julgávamos com excelente teor técnico, não nos agradou tanto como no ano passado, quando a equipa ainda jogava em juvenis. (…) O Valongo, de entrada, mostrou temor e jogou abaixo das suas possibilidades, perdendo várias oportunidades de abrir o marcador. Mesmo assim, o campeão regional portuense, que ao intervalo perdia por 1-2, teve uma segunda parte de modo a merecer o empate, que, por infelicidade, não conseguiu. Arbitragem muito boa de Carlos Bica (Lisboa).”

OEIRAS: Viegas, Rosado (1), Pereira, Ricardo (1), Sapo (6), Vitorino e Ferreira.

19710920_CP_Valongo-Salesiana_3-5. Juniores. Jogo no Pavilhão do Infante de Sagres, no dia 19 de Setembro. A notícia:

VALONGO: Ferreira, Aguiar, Lino, França (1), Neves, queirós e Oliveira.

“Excelente exibição do Valongo, com uma determinação e combatividade notáveis. Os nortenhos não mereciam a derrota e o empate seria o menos que se lhe poderia atribuir.

BENFICA: Fernandes, L. Silva, Santos, Jaime (2), Chorincas (1), Ribeiro, Duarte e Amaral.

Os campeões do Norte fizeram gala da sua boa técnica. Ao intervalo: 2-2. O árbitro de Lisboa, Pereira da Silva, mostrou mais uma vez a sua categoria.”

19710920_CP_Valongo-Oeiras_1-8. Iniciados. Jogo no Pavilhão do Infante de Sagres, no dia 19 de Setembro. A notícia:

VALONGO: Cândido, Aguiar, Lino, Fernando, França (3), Queirós, Marcelino e Horácio. SALESIANA: Alves, Branquinho, Manuel (1), Quim (2), H. Trigati (2), Manique, Silmar e G. Trigati.

499


19710923_CP_Porto-Valongo_5-3. Iniciados. Jogo no Lima, no dia 22 de Setembro. A notícia: “Na primeira partida da noite, apesar da resistência do Valongo, o F. C. do Porto demonstrou o merecimento do seu título de campeão regional e chegou mesmo a estar a vencer por 4-0 e 5-1. O desafio foi muito agradável e o vencido valorizou o triunfo portista ao dar sempre réplica, de princípio ao fim. Ao intervalo, 2-0 para o F. C. do Porto. Boa arbitragem de Joaquim Jesus.” PORTO: Cruz, Fernando, David (1), Rui (2), Pires, Cunha (2), Pereira e Walter. VALONGO: Silva, Sousa, Paupério, Paulo (3), Nogueira, Pires e Pereira.

1 9 7 1 0 9 26 _ C P _ S a l e s i a n a -Va l o n g o _ 1 4 - 0 . Iniciados. Jogo em Lisboa, no dia 25 de Setembro. Sem mais informações.

19710926_CP_Benfica-Valongo_6-2. Juniores. Jogo em Lisboa, no dia 25 de Setembro. Sem mais informações.

1 9 7 1 0 9 2 9 _ C P _ C a r v a l h o s - Va l o n g o _ 4 - 2 . Juniores. Jogo no Lima, no dia 28 de Setembro. A notícia: “Terminou ontem à noite a fase de apuramento metropolitano do capeonato nacional dejuniores.

500

A fase finaldisputa-se em Lisboa, no recinto da Salesiana, a partir deamanhã, e, como o campeão de Moçambique desistiu, participam três equipasmetropolitanas: Benfica, Salesiana e Carvalhos, este do Norte, eo campeão deAngola, que já está em Lisboa, desde domingo. (…) No pavilhão do Lima, o Carvalhos voltou a fazer alarde da sua boa capacidade técnica e venceu o campeão regional por 4-2. Arbitrgem sem problemas de Emiliano Azevedo.” CARVALHOS: Adriano, Ferraz, Brandão (1, na própria baliza), Cunha (1), Américo (2), Pereira, Freitas e Lopes (1). VALONGO: Cândido, Ferreira, Aguiar, Gomes (1), França (1), Neves e Queirós. Nota: Verifica-se aqui, mais uma vez, uma anomalia, no registo dos golos. Se Gomes e França marcaram 2 golos e Brandão marcou um na própria baliza, então o resultado final deveria ser 4-3.

19711008_CD_”Suspensa a Direcção da Associação de Patinagem” A notícia: “Pela Federação foi suspensa por 6 meses a Direcção da Associação de Patinagem do Porto, devido a divergência de opiniões, ao que julgamos saber, atitude severa para quem tão abnegadamente tem servido a modalidade, como tem sido a Direcção do Sr. Dr. Pinto da Costa. Vai ser nomeada uma Comissão Administrativa.”


19711022_CD_Director-Geral visita o Pavilhão de Valongo

dos

Desportos

directores, jogadores, técnicos e adeptos da Associação Desportiva de Valongo, clube praticante do hóquei em patins, reunem-se num jantar de confraternização, a fim de comemorarem os feitos conseguidos no decurso do último campeonato e homenagearem os atletas que mais se distinguiram.”

19711222_CP_A Federação Portuguesa de Patinagem fixa datas para os campeonatos nacionais e internacionais, em 1972. Em Março, torneio inter-associações e torneio de Montreux. Em Abril, treinos das selecções nacionais. Em 6 de Maio, começa o Campeonato Nacional da I Divisão, Seniores, fase por zonas. Em 15 a 29 de Julho, os jogos luso-brasileiros. Em 23 a 30 de Julho, Campeonato do Mundo, de Seniores, na Corunha. Em 28 de Setembro, principiam os Campeonatos Nacionais de Juniores, Juvenis e Iniciados.

19711204_CP_Jantar de confraternizção da ADV. A notícia: “O VALONGO VAI HOMENAGEAR OS SEUS CAMPÕES” (em título). “No próximo dia 7, véspera do feriado nacional, os

501


1972

19720202_CP_Calendário do Torneio Início de Seniores. A notícia: No dia 1 de Fevereiro, em reunião dos delegados dos clubes, entre os quais o do Valongo, foi aprovado o calendário do Torneio Início de Seniores, que começa no próximo dia 28 e é o seguinte: SÉRIE A – Vilanovense-F. C. do Porto A, às 21h15, e Fânzeres-Valongo, às 22h15, jogos no pavilhão do Valongo.

Foram os srs. Dr. Gil Costa, eng.º Fernando Figueiredo e Alfredo Dias Cruz recebidos pelos dirigentes do clube de hóquei em patins de Valongo, pelo secretário-geral da Associação de Patinagem, Alcides Machado, e pelo eng.º José Parreira e Manuel Magalhães, estes em representaçao do Município de Valongo, proprietário do imóvel. A impressão colhida foi a melhor e tudo se apresenta para que a jornada de segunda-feira ali atraia uma multidão de adeptos da modalidade. As balizas estão dotadas de redes de nylon e o recinto comporta cerca de quatro mil pessoas, tendo importado em três mil contos, números redondos, toda a obra. – (C.)”

Carvalhos-Vigorosa, no pavilhão do Carvalhos. Descansa a equipa do Académico B. SÉRIE B – Águias-Académico A, às 21h15, e Infante-Académica de Espinho, às 22h15, no pavilhão do Infante.

19720225_CP_Realizado o sorteio para Campeonato Nacional da I Divisão Sénior.

Educ. Física.Porto B, nos Carvalhos

“Na sede da Federação Portuguesa de Hóquei em Patins efectuou-se o sorteio do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins da I Divisão, que forneceu o seguinte rsultado:

Descansa o Boavista. O F. C. do Porto e o Académico são os únicos clubes que apresentam duas equipas.

19720225_CP_Está pronto o Pavilhão Municipal de Valongo. A notícia: “ESTÁ PRONTO O MAGNÍFICO PAVILHÃO DO VALONGO” (em título) “Ao fim da tarde de ontem, o Conselho Técnico da Associação de patinagem do Porto fez a vistoria do recinto de jogo do Pavilhão Desportivo de Valongo e respectivas instalações acessórias.

502

o

A notícia:

ZONA NORTE – N.º 1, Vilanovense; n.º 2, F. C. do Porto; n.º 3, Valongo; n.º 4, A. Espinho; n.º 5, G. D. de Fânzeres; n.º 7, Infante de Sagres; n.º 8, Carvalhos; n.º 9, Académico; n.º 10, Oliveirense. (…) A primeira jornada disputar-se-á no dia 6 de Maio, efectuando os seguintes jogos: ZONA NORTE – F. C. do Porto-Vilanovense; Valongo-Académico; A. de Espinho-Carvalhos; Conimbricense-Infante de Sagres; e Fânzeres-Oliveirense.


19720301_CP_Inaugurado o Pavilhão Valongo, no dia 29 de Fevereiro.

do

A notícia: “Foi inaugurado não oficialmente o magnífico pavilhão do VALONGO” (em título) “A primeira jornada do Torneio de Abertura foi assinalada com um acontecimento de grande projecção: a abertura para o desporto do magnífico pavilhão municipal de Valongo, situado numa área de grande futuro e valor paisagístico. A sua arquitectura, simples mas vistosa, coloca-o como um dos melhores do País e só o pavilhão munnicipal do Porto o suplanta, não havendo, no País, quanto a nós, pavilhão com linhas mais funcionais. Segundo apurámos, custou três mil contos, o que, convenhamos, denota admirável sentido administrativo. Com capacidade para, pelo menos, quatro mil espectadores, todos com lugares sentados, o imóvel de Valongo é, finalmente, uma consoladora ralidade e, nesta hora, não deve ser esquecido o nome do eng.º Sousa Magalhães, antigo presidente da Câmara Municipal do Porto, junto de quem nós próprios, há muitos anos, pessoalmente, insistimos para dar corpo à construção deste pavilhão que, nessa altura, nem sequer projecto havia. Balneários amplos e arejados, com dez grandes camarotes, excelentmente situados, na parte superior da bancada nascente, com magnífica iluminação, piso admiravelmente construído, tabelas óptimas e, até, bancos para os jogadores, forrados a napa, com acesso aos lugares dos atletas completamente vedado, passa o pavilhão de Valongo a constituir um recinto admirável para a prática de hóquei em patins para o grande representante da vila que tanto tem feito pela modalidade, com jogadores cujo tecnicismo impunha

realmente um rinque de dimensões largas. Embora ontem à noite não se fizesse a inauguração oficial, a estreia ficou assinalada como acontecimento de grande relevo. MAIS DE TREZE CONTOS DE RECEITA Venderam-se nesta primeira noite nada mnos de 1.850 bilhetes e, não obstante o preço módico, 7$50, a receita quase atingiu catorze mil escudos. Assinalaram festivamente o acontecimento o presidente e vice-presidente da Câmara Municipal de Valongo, dr. José Ribeiro Pereira e eng.º João Luís Pimentel Seara Cardoso; o delegado no Porto da Direcção-Geral dos Desportos, dr. Paulo Sarmento, a maior parte dos dirigentes da Associação de Patinagem, encabeçados por Orlando de Sousa, presidente da Assembleia-Geral, etc.. No meio do maior entusiasmo, com o recinto completamente cheio, havia entre muitos homens felizes pelo acontecimento festivo, o presidente da Direcção do Valongo, José Alves da Costa, um desportista exemplar e dinâmico, que tanto impulsionou a construção do imóvel. Os resultados da jornada inaugural foramos seguinte: Valongo, 3 – Fânzeres , 2 F. C. do Porto A, 19 – Vilanovense, 0” Nota: Suponho que há um lapso na notícia, quando idenfica o Eng.º Sousa Magalhães como “antigo presidente da Câmara Municipal do Porto”, já que ele foi presidente da Câmara de Valongo.

503


19720307_CP_Carvalhos-Valongo_2-1. Jogo no pavilhão de Valongo, no dia 6 de Março.

VILANOVENSE: Alberto, Gabriel, Martins (3), Manuel e Sobral.

A notícia: “O CARVALHOS VENCE O VALONGO” (em título) “O magnífico pavilhão municipal de Valongo, embora ainda não inaugurado oficialmente, já há oito dias foi colocado à disposição da juventude, essa obra por que tanto aspiraram os desportistas locais, há longos anos, um sonho afinal tornado realidade, sendo justo salientar a acção dinâmica e empreendedora do dr. João Alves do Vale que, até há pouco tempo, foi presidente da Câmara Minicipal de Valongo, o maior impulsionador e entusiasta da concretização do lindo e funcional imóvel. Pois ontem à noite realizaram-se ali (…) jogos que despertaram o maior interesse.

Nota: Mais uma vez, o nome do marcador de um dos golos do Valongo ficou no tinteiro…

19720410_CP_Anuncia jogo Porto A-Valongo, hoje, no pavilhão dos Carvalhos.

19720411_CP_Porto A-Valongo_3-2. Jogo nos Carvalhos, no dia 10 de Abril. Sem mais indicações.

Porto B-Águias_5-2 19720414_CP_Valongo-Vigorosa_11-0. Jogo em Valongo. Sem indicação de data.

Académico A-Boavista_20-0 Porto A-Académico B_3-0

A notícia:

Vigorosa-Vilanovense_8-0 Carvalhos-Valongo_2-1 Espinho-Educ. Física_5-6”

19720314_CP_Vilanovense-Valongo_3-5. em Valongo.Sem indicação de data.

Jogo

A notícia: “Jogo em Valongo. Árbitro: Afonso Cardoso. Ao intervalo 1-2. Boa resistência do vencido.” VALONGO: Vítor Francisco, Cruz, Camilo (1), Américo (1), Pires (2), Lino, J. Alves e Camões.

504

“Embora apenas falte uma jornada para se completar a fase de apuramento da fase preliminar do Torneio Início da Associação de Patinagem do Porto, já estão apuradas para a fase final tês equipas: F. C. do Porto, Académico (ambos sem derrotas) e Infante de Sagres. Resta apurar o quarto grupo, que tanto pode ser o Valongo como o Carvalhos e o único jogo decisivo para este apuramento vai efectuar-se no pavilhão do Carvalhos, entre a equipa local e o F. C. do Porto (A). O Valongo, já com todos os jogos realizados, tem de aguardar o desfecho daquele desafio. (…) Também no magnífico pavilhão municipal de Valongo, o grupo local não teve quaisquer espécie


de embaraços no desafio com o Vigorosa e venceu por números expressivos, com 6-0 ao intervalo, sem qualquer dificuldade. Arbitragem de Carlos Parati.” VALONGO: Vítor Francisco, Cruz (1), Camilo II (2), Américo (2), Pires (4).Leal, Camilo I (2) e José Alves. VIGOROSA: Pombeiro, Chaves, Guimarães, Vieira, Gigante, Henrique e Cavadas.

19720418_CP_Nova classificação, após derrota do Carvalhos frente ao Porto. A notícia: “TRÊS EQUIPAS EMPATADAS PARA APURAR O QUARTO GRUPO QUE VAI À «POULE» FINAL DO TORNEIO INÍCIO PORTUENSE” (em título). “O desafio mais importante da «poule» final de apuramento do Torneio Início Portuense jogava-se nos Carvalhos, onde a equipa local teria de vencer ou, pelo menos, empatar com o F. C. do Porto, para garantir o seu apuramento para a fase final. A derrota do Carvalhos coloca este clube com pontuação igual ao Valongo e ao Fânzeres e, como se trata duma prova numa só volta, haverá que disputar novos jogos entre Carvalhos, Valongo e Fânzeres, para se apurar a quarta equipa, que se há-de juntar aos apurados: F. C. do Porto, Académico e Infante de Sagres.!

Classificação: Porto A Valongo Carvalhos Fânzeres Académico B Vigorosa Vilanovense

SÉRIE A J 6 6 6 6 6 6 6

V 6 4 4 4 2 1 0

E 0 0 0 0 0 0 0

D 0 2 2 2 4 5 6

F 43 26 33 36 15 24 11

C 8 13 19 18 27 44 58

P 18 14 14 14 10 8 6

1 9 7 2 0 4 2 4 _ C P _ Va l o n g o - M e a l h a d a _ 2 - 6 . Juniores. Jogo em Oliviera de Azeméis, no dia 23 de Abril. Sem mais indicações. A notícia: “Ontem de manhã, em Oliveira de Azeméis, realizaram-se três jogos da categoria de Juniores, com três equipas do Porto e outras tantas de Aveiro. A iniciativa fica a dever-se ao espírito empreendedor do eng. Manuel Boia, presidente da Associação de Patinagem de Aveiro, a que aderiu inteiramente a Associação de Patinagem do Porto e visa uma maior proximação dos hoquistas de ambas as zonas. Nos três jogos, ganharam amplamente as equipas do Porto, que, não osbtante estarem, todas três, adaptadas a piso de madeira, onde treinam habitualmente, dominaram abertamente os seus adversários. As equipas «aveirenses» revelaram bons predicados e deram bons apontamentos, assim como os árbitros de Aveiro, mas no fim de contas jogadores e árbitros «aveirenses» estão carecidos duma maior frequência destes contactos, que muito podem servir o hóquei nacional.

505


Os resultados foram: Mealhada-Valongo_2-6 Sanjoanense-Carvalhos_1-8 Oliveirense-Porto_2-7 As três equipas portunenses, que devem ser as melhores formações nortenhas, de momento, deram nota alta das suas possibilidades, sem nunca terem necessidade de forçar o andamento. Os clubes de Aveiro retribuem a visita no próximo domingo, em jogos a realizar, de manhã, nos Carvalhos.”

19720425_CP_Valongo-Carvalhos_5-2. Jogo no pavilhão do Infante, no dia 24 de Abril. A notícia: “O VALONGO BATEU O CARVALHOS POR 5-2” (em título). “Ontem à noite, iniciou-se a «poule» entre as três equipas empatadas, para apuramento do quarto grupo que tomará parte na fase final do Torneio Abertura. Os jogos foram marcados, mas, ao que parece, o Fânzeres tenciona recorrer, considerando-se a quarta equipa apurada, com base no artigo 94º da Federaçção Portuguesa de Patinagem.O desafio de ontem à noite, disputado no pavilhão do Infanfte de Sagres, teve pouco público, pois o acontecimento praticamente não foi anunciado. Com um primeiro tempo muito equilibrado, bem traduzido no empate de 2-2, ao intervalo, a sorte do resultado pendeu para o Valongo, por força da sua melhor preparação física. Foi notório o desgaste ocorrido na equipa dpo Carvalhos, disfarçado com o brio dos seus jogadores.

506

O Carvalhos marcou em primeiro lugar, sofreu o empate, voltou à posiçõ de vencedor e, quando tinha 2-1, Prezas, que tinha marcado os dois primeiros tentos, teve um remate ao poste. Na segunda parte, a notória quebra física de Prezas, no grupo do Carvalhos, apressou a incapacidade da equipa para discutior a sorte do jogo. Logo que o Valongo tomou o comando do desafio, adiantou-se no marcador e ganhou tamanha vantagem que liquidou qualquer hipótese de recuperação dos vencidos. Acrescente-se que o guarda-redes do Carvalhos, Costa, fez uma exibição extraordinária, sendo esta a última vez que jogava pela equipa, pois, mal acabou o desafio, partiu para Lisboa, para ir para a Venezuela, onde se vai fixar. O jogo foi bem disputado, com força e entusiasmo, mas fraco de técnica. A arbitragem de António Quintela esteve à altura dos seus pergaminhos, embora tivesse condescendido com certas jogadas duras, no primeiro tempo. Guilherme não jogou, por ter levado cinco pontos na boca, em acidente num treino.” VALONGO: Vítor Francisco, Leal, Pires (1), Américo (1), Camões (3), Camilo, Cruz e Alves. CARVALHOS: Costa, Azevedo, Prezas (2), Brandão, Moutinho, Vieira e Domingos.

19720501_CP_Valongo-Fânzeres_6-2. Jogo nos Carvalhos. Sem indicação de data. A notícia: “VALONGO APURADO PARA A «POULE» FINAL DO TORNEIO DE ABERTURA” (em título).


“No pavilhão dos Carvalhos, realizou-se o segundo dos três jogos para apuramento da quarta equipa para a «poule» final do Torneio de Abertura.

19720513_CP_Américo nos treinos da Selecção Nacional.

Vencedor nos dois jogos, seja qual for o resultado do último desafio a relaizar, o Valongo já está apurado, provisoriamente, dado que o Fânzeres recorreu, considerando-se automaticamente apurado. (…)

“CINCO JOGADORES NORTENHOS NOS TREINOS DA SELECÇÃO NACIONAL” (em título).

Com domínio e predomínio em todo o desafio, o Valongo, que, ao intervalo, vencia por 2-1, acabou o jogo como natural vencedor, por 6-2. Arbitragem de Afonso Cardoso.”

O selccionador Guilhermino Rodrigues convocou para a próxima sessão, a realizar no dia 17, os seguintes jogadores:

VALONGO: Duque, Pires (1), Vale (2), Camões (2), Américo (1), Camilo, Armindo e Alves. FÂNZERES: Adelino, Nascimento, Vitorino, Nora, Campos (2), Sousa, Álvaro e Jerónimo.

19720507_CP_Valongo-Académico_4-7. em Valongo, no dia 6 de Maio.

A notícia:

“A selecção nacional de hóquei em patins continua a preparar-se para o «Mundial» da Corunha.

Vítor Domingos (CUF), Ramlhete (Benfica) e Branco (Académico), guarda-redes; Rendeiro (Sporting), Garrancho (Benfica), Salema (Oeiras) e Prezas (Carvalhos), defesas e médios; Livramento (Benfica), Carvalho (Oeiras), Barros (Cascais), Cristiano (F.C. Porto), Campos (Fânzeres) e Américo (Valongo), avançados.”

Jogo

A notícia: “SENSACIONAL VITÓRIA DO ACADÉMICO EM VALONGO” (em título).

19720521_CP_Valongo-Porto_2-4. Valongo. Sem indicação de data.

Jogo

em

A notícia:

“Principiou ontem à noite o Campeonato Nacional metropolitano da I Divisão, Zona Norte, com uma surpresa de vulto – o triunfo do Académico sobre o Valongo, esta uma das mais poderosas equipas nortenhas. (…) Jogo em Valongo. Árbitro: Herenâni Parati. Ao intervalo: 1-1.

“No prossegiuimento do Campeonato Nacional da I Divisão – Zona Norte, os resultados estavam todos no domínio das previsões, até o êxito do F. C: do Porto em Valongo. (…)

Vitória merecida dos visitantes.”

VALONGO: Vítor Francisco, Leal, Pires, américo, Camões (1),Vale (1), Cruz e José Alves.

VALONGO: Vítor Francisco, Leal, Pires, Américo (1), Camões (2), Vale (1), Camilo e José Alves. ACADÉMICO: Branco, José Manuel (1), Puskas, quitó, M. Luís (2), Valentim (4), A. Lis e Martins.

Jogo em Valongo. ,Árbitro: Valdemar Alves. Ao intervalo: 0-1. Júlio foi expulso por dois minutos.”

PORTO: Brito, Leite (1), Júlio, Ricardo (1 golo de penalty), Cristiano (2),Augusto, Jorge e José Manuel.

507


19720522_CP_Valongo-Porto B_2-3. Juvenis. Jogo em Valongo, no dia 21 de Maio. A notícia: “PRINCIPIARAM ONTEM DE MANHÃ OS CAMPEONATOS REGIONAIS DE INICIADOS, JUVENIS E JUNIORES” (em título). “No pavilhão do Valongo, a equipa B azul-branca mostrou o poder do seu conjunto. Os locais marcaram em primeiro lugar e chegaram a estar a vencer por 2-1, depois do descanso os vistantes impuseram-se e ganharam com certo merecimento. VALONGO: Silva, Pires, Sousa, Rocha, Nogueira (1), Quelhas (1), Matos e Américo. PORTO B: Cruz, Eduardo, Lisboa, Zé, Alexandre (2), Rui Dias (1), Ernesto e Lobo.

19720522_CP_Valongo-Espinho_4-1. Juniores. Jogo em Valongo, no dia 21 de Maio. Sem mais informações. A notícia: “O VALONGO – VENCEDOR INDISCUTÍVEL” (em título). “Em Valongo, o grupo local – campeão regional, venceu bem a Académica de Espinho por 4-1, fazendo alarde da sua indiscutível experiência e superioridade.”

“Ontem, realizou-se a segunda jornada dos Campeonatos Regionais de Iniciados, Juvenis e Juniores (…). No rinque da Constituição, os «iniciados» do F. C. do Porto, com hesitação na primeira parte, diante de uma equipa muito fraca, fisicamente, acabaram por justificar, plenamente, o êxito final. (…) Ao intervalo, já os portistas venciam por 2-0 e gamharam por resultado folgado. Boa arbitragem de Domingos Morais.” PORTO: Pedrosa, António, José (2), Queirós (1), Pereira (1), Manuel António, Morais, Veloso e José Manuel (4) VALONGO: Moreira, alves, Alberto, Nogueira, Paulo, Dias e Campos.

19720529_CP_Porto-Valongo_12-1. Juvenis. Jogo no dia 28 de Maio. Sem indicação de data. A notícia: “Com boa troca de bola e excelente patinagem, os «portistas» nunca tiveram dificuldades, mesmo quando o adversário procurou «fechar-se na defesa», para evitar grande punição. Ao intervalo, 5-0. Excelente arbitragem de José Silva.” PORTO: Cardoso, David, João Paulo (2), Carlos (3), F. Maia (2), Rui (5), Vinhas e Domingos. VALONGO: José Silva, José Paupério, Joaquim Paupério, Nogueira, Sousa (1), Quelhas e Pires.

19720529_CP_Porto-Valongo_8-0. Iniciados. Jogo na Constituição, no dia 28 de Maio. A notícia:

508


19720529_CP_Porto-Valongo_0-3. Juniores. Jogo na Constituição, no dia 28 de Maio. Sem indicação da equipa e marcadores do Valongo. A notícia: “VALONGO E ACADÉMICA DE ESPINHO SALIENTARAM-SE EM JUNIORES” (em título). “Sem ter feito grande exibição, o Valongo ganhou com inteiro merecimento, no recinto da Constituição. (…) Foi mal jogado este desafio e os «portistas», como sempre, muito desgarrados e complicativos, não souberam aproveitar a pouca inspiração dos visitantes. Ao intervalo, 0-1. Trabalho acertado de Domingos Garganta.” PORTO: Gomes, Aureliano, Januário, Venâncio, Correia de Brito, Brenha, Adriano e Álvaro. Nota: Esta falta de cuidado (e de consideração) de não indicar a composição de uma equipa e os marcadores dos golos acontece mais do que uma vez.

documentada a escassa atenção dos jornais aos clubes pequenos e seus interesses. Com outro clube, consierado mais importante, teríamos um mínimo de informações sobre o novo treinador e não esta secura asséptica e nada jornalística.

19720606_CP_Valongo-Infante_2-4. Iniciados. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. Sem mais indicações.

19720606_CP_Valongo-Infante_1-0. Juvenis. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. Sem mais indicações.

19720606_CP_Valongo-Infante_4-2. Juniores. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. Sem mais indicações. A notícia: “Jogo no pavilhão de Valongo. Árbitro: Carlos Paraty. Ao intervalo: 3-1.”

19720530_CP_Valongo tem novo treinador: Fernando Brandão. A notícia: “Fernando Brandão é o novo treinador do Valongo” (em título). “O Valongo tem novo treinador. Trata-se de Fernado Brandão.” Nota:

Neste,

como

noutros

casos,

está

VALONGO: Cruz, Aguiar (1), José Fernando, Lino (3), França, Marcelino, Queirós e Horácio. INFANTE: Domingos, Filipe, Tó Castro, Ferreira Gomes (1), Guerra (1) e Vicente.

19720612_CP_Classificações Juvenis e Juniores.

de

Iniciados,

A notícia:

509


“CARVALHOS E VALONGO – OS MELHORES GRUPOS DE JUNIORES” (em título).

Classificação:

“Há quatro equipas razoáveis, no campeonato regional de Juniores: Carvalhos, Valongo, A. Espinho e F. C. do Porto, sendo notória a superioridade das duas primeiras, embora os «espinhenses» ainda tenham uma palavra importante.

Fânzeres Porto Valongo Carvalhos Espinho Infante Boavista (x) Vigorosa (x) Centro

Classificação: Boavista Porto Valongo S. Caetano A. Espinho (x) Infante Académico (x) Águias Carvalhos (xx) Centro (Desistiu)

INICIADOS J 4 3 4 4 3 3 4 3 4 6

V 4 3 2 1 2 1 1 1 0 0

E 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0

D 0 0 2 2 1 1 3 2 4 6

F 18 18 15 14 9 11 9 10 0 11

C 1 3 15 17 2 13 14 4 20 58

P 12 9 8 7 6 6 6 5 0 6

(x) Têm uma falta de comparência (xx) Tem quatro faltas de comparência

Classificação: Carvalhos (x) Porto A Porto B Valongo Fânzeres Infante Porto C Académico (x) Ed. Física (x) Centro (Desistiu)

JUVENIS J 4 3 3 4 3 3 3 4 3

V 3 3 2 1 1 1 1 0 1

E 0 0 0 1 0 0 1 0 0

D 1 0 1 2 2 2 1 4 2

(x) Têm uma falta de comparência.

510

F C P 9 7 9 64 1 9 17 3 7 7 18 7 11 9 5 4 11 5 8 7 6 0 68 3 5 11 2

JUNIORES J 4 4 3 3 4 3 3 4 3

V 3 2 3 3 2 0 1 0 0

E 0 1 0 0 0 1 0 0 0

D 1 1 0 0 2 2 2 4 3

F C 15 15 30 3 7 3 33 5 41 13 15 4 6 18 3 33 1 38

P 10 9 9 9 8 6 5 3 2

(x) Têm uma falta de comparência.

19720619_CP_Fânzeres-Valongo_3-5. Sem indicação de local, data, composição das equipas ou marcadores.

19720619_CP_C. D. U. P.-Valongo_0-41. Juniores. Sem indicação de local, data, composição das equipas ou marcadores. Nota: Este resultado num jogo de juniores pode não ser “histórico”, mas é sem dúvida notável e invulgar. Sobretudo, devia sê-lo para um jornal que sistematicamente chama a atenção para os triunfos “robustos”, como lhes chama. Na mesma notícia, o jornal gasta 46 (quarenta e seis!) linhas a relatar o desafio Infante-Porto, da I Divisão (que o Porto ganhou por 3-2) e depois utiliza apenas 12 linhas a dar notícia de 12 jogos de Iniciados, Juvenis e Juniores, e mais 18 linhas a referir 2 jogos da II Divisão. Em resumo: a notícia utiliza 30 linhas a relatar 14 jogos e 46 linhas a contar um!


19720620_CP_Classificações dos Campeonatos Nacional da I Divisão e Regionais de Iniciados, Juvenis e Juniores. Classificação:

I DIVISÃO – NORTE J

V

E

D

F

C

P

Porto

7

7

0

0

53

17

21

Infante

7

6

0

1

58

18

19

Valongo

7

4

1

2

25

21

16

Espinho

7

4

1

2

40

29

16

Carvalhos

7

4

1

2

39

29

16

Académico

7

3

1

2

26

22

13

Fânzeres

7

3

0

4

37

36

13

Vilanovense

7

1

0

7

28

57

9

Conimbricense

7

0

0

7

16

76

7

Oliveirense

6

0

0

6

24

57

6

Classificação:

INICIADOS J

V

E

D

F

C

P

Boavista

5

5

0

0

19

2

15

Porto

4

4

0

0

23

3

12

S. Caetano

5

2

1

2

16

18

10

Infante

4

2

1

1

18

15

9

Valongo

4

2

0

2

15

15

8

Espinho (x)

4

2

0

2

9

8

7

Académico

5

1

0

4

10

21

7

Águias

4

1

0

3

7

10

6

Carvalhos (xx)

5

0

0

5

0

25

0

(x) Tem uma falta de comparência (xx) Tem cinco faltas de comparência

Classificação:

JUVENIS J

V

E

D

F

C

P

Porto A

4

4

0

0

73

3

12

Porto B

4

3

0

1

22

4

10

Carvalhos (x)

5

3

0

2

11

16

10

Porto C

4

2

1

1

12

9

9

Infante

4

2

0

2

17

12

8

Valongo

4

1

1

2

7

18

7

Fânzeres

4

1

0

3

13

13

6

Educ. Física (x)

4

1

0

3

6

11

5

Académico (x)

5

0

0

5

1

76

4

Classificação:

JUNIORES J

V

E

D

F

C

P

Valongo

4

4

0

0

52

8

12

Carvalhos

4

4

0

0

38

8

12

Espinho

5

3

0

3

49

13

11

Porto

5

2

1

2

23

8

10

Fânzeres

4

3

0

1

15

15

10

Infante

4

2

1

1

20

4

9

Boavista

4

1

0

3

6

26

6

Centro (x)

5

0

0

5

1

92

6

Vigorosa (xx)

5

0

0

5

3

38

3

(x) Tem uma falta de comparência (xx) Tem duas faltas de comparência

1 9 72 0 626 _ C P _ Va l o n g o -A c a d é m i c o _ 7 - 4. Iniciados. Jogo no dia 25 de Junho. Sem mais indicações. A notícia: “Disputou-se ontem a sexta jornada dos campeonatos regionais das categorias de Iniciados, Juvenis e Juniores, com prevalência das equipas do F. C.

511


do Porto, em Iniciados e Juvenis, e dos grupos do Valongo e Carvalhos, em Juniores.”

19720713_CP_Águias-Valongo_0-3. Iniciados. Jogo no dia 12 de Julho. Sem outras indicações. A notícia:

19720626_CP_Valongo-Académico_10-2. Juvenis. Jogo no dia 25 de Junho. Sem mais indicações.

19720626_CP_Valongo-Vigorosa_5-0. Juniores. Falta de comparência. Jogo a realizar no dia 25 de Junho. A notícia:

“Com os jogos de ontem à noite, terminou a primeira volta dos campeonatos regionais de Iniciados, Juvenis e Juniores. Em Iniciados e Juvenis, o F. C. co Porto tem as suas equipas em primeiro lugar, sem derrotas, e em Juniores, o Carvalhos marcha na vanguarda.”

19720713_CP_Fânzeres-Valongo_2-6. Sem mais indicações.

Juvenis.

“A corrida para o título regional de juniores ficou, desde ontem, praticamente circunscrita a dois grupos: Valongo e Carvalhos, depois da inesperada derrota da Académica de Espinho no seu pavilhão.”

19720713_CP_Fânzeres-Valongo_0-12. Juniores. Sem mais indicações.

19720707_CP_Valongo-Boavista_3-4. Iniciados. Sem mais indicações.

19720810_CP_Valongo-Vilanovense_16-2. I Divisão. Jogo em Valongo, no dia 9 de Agosto. A notícia:

19720707_CP_Valongo-Educ. Juvenis. Sem mais indicações.

Física_10-1.

1 9 7 2 0 7 0 7 _ C P _ Va l o n g o - B o a v i s t a _ 1 0 - 0 . Juniores. Sem mais indicações.

“Retomou-se ontem a disputa do Campeonato Nacional da I Divisão, fase por zonas, que foi interrompido, durante um mês, para «melhor preparação» da equipa nacional que disputou o recente campeonato mundial. (…) No pavilhão municipal de Valongo, a equipa local foi sempre nitidamente superior na partida disputada com o Vilanovense, dominando em todos os capítulos, com realce para Américo, Vale, Camões e Horácio. Ao intervalo: 7-0. Arbitragem de Nelson Tavares.”

512


VALONGO: Horácio, Pires (2), Vale (5), Américo (4), Camões (4), Camilo (1), Cruz e José Alves. VILANOVENSE: Moreira, Fernando, Sobral, Araújo (1), Manuel (1), Mártires e Gabriel.

19720813_CP_Porto-Valongo_7-7. Jogo Constituição. Sem indicação de data.

na

A notícia:

O Valongo esteve sempre em plano de evidência, sobretudo nos dois períodos em que esteve durante seis minutos reduzido a quatro unidades. A arbitragem de Fernando Pinto foi muito difícil, mas cometeu alguns erros, na maior parte prejudicando o Valongo.” PORTO: Brito, Júlio (4), Leite, Ricardo (1), Cristiano (2), Augusto, Armindo e Soares Pereira. VALONGO: Horácio, Pires, Vale (3), Américo (2), Camões (2), Cruz, Armindo e Alves.

“F. C. DO PORTO E VALONGO EMPATARAM POR 7-7 NO JOGO MAIS IMPORTANTE (em título). “O jogo mais importante do campeonato nacional da I Divisão – Zona Norte – jogou-se na Constituição, entre o F. C. do Porto e o Valongo, foi uma das partidas mais emocionantes dos últimos tempos. A equipa do Valongo, cheia de determinação e combatividade, chegou a ter a vantagem de 3-0 e, antes e depois desta superioridade, perdeu outras oportunidades soberanas para ir mais longe, atingindo o intervalo com 3-1. No início do segundo tempo, o piso molhado foi desfavorável aos visitantes e uma expulsão de Américo por dois minutos favoreceu os portisitas que, já empatados nessa altura, passaram a ganhar por 5-3. Deu-se então um golpe espectacular, pois Américo foi novamente expulso, então por quatro minutos e, apesar da sua inferioridade numérica, o Valongo, revelando alto poder combativo, conseguiu empatar por 5-5 e depois fez ainda 6-5, numa reviravolta verdadeiramente sensacional. É então que o Porto obtém dois tentos e passava a vencer por 7-6, mas, perto do fim, os vistantes fizeram o 7-7 final.

19720816_CP_Porto B-Valongo_3-1. Juvenis. Sem indicação de local ou data. A notícia: “Desfalcado de dois jogadores e alinhando com um elemento de férias, o grupo B portista jogou, mesmo assim, abaixo das suas possibilidades, pelo que o Valongo mereceu inteiramente o resultado final. Ao intervalo, 1-1. Por falta do árbitro oficial, dirigiu o jogo António Henriques.” PORTO B: Cruz, Ernesto, Lisboa (1), Alexandre (1), Rui Dias e Lobo. VALONGO: Marques, Paupério II, Quelhas, Costa (3), Paupério I, Nogueira, Pires e Américo. Nota: Este é um caso exemplar de notícia em que existem desconformidades múltiplas. Se a indicação dos marcadores está correcta (mas estará?), então o resultado assinalado na epígrafe não é 3-1, mas 3-2 e o vencedor é, não o Porto B, mas o Valongo, o que parece de acordo com o texto da notícia, que diz que o Porto jogou desfalcado de dois jogadores e que “o Valongo mereceu inteiramente o resultado final.”

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19720820_CP_Oliveirense-Valongo_3-9. I Divisão, Zona Norte. Jogo no dia 19 de Agosto. Sem mais indicações.

1 9 72 0 82 4 _ C P _ A c a d é m i c o -Va l o n g o _ 1 - 5 . Iniciados. Jogo no dia 23 de Agosto. Sem mais indicações. A notícia: “Prosseguiram ontem à noite os Campeonatos Regionais de Iniciados, Juvenis e Juniores” (em título).

VALONGO: Águeda, Alberto (2), Alves, Paulo (3), Nogueira (5), Pedro, Oliveira e Castro. CARVALHOS: Silva, Costa (1), Mário, Moreira e Pereira (2).

19720831_CP_Valongo-Carvalhos_4-3. Juvenis. Sem indicação de local ou data. A notícia:

1 9 72 0 82 4 _ C P _ A c a d é m i c o -Va l o n g o _ 2 - 9. Juvenis. Jogo no dia 23 de Agosto. Sem mais indicações.

“Em Juvenis, o F. C. do Porto já tem o título assegurado, mas falta conhecer o segundo representante portuense ao capeonato nacional, pois, embora nesta altura os portistas também ocupem o segundo lugar da classificação, terá de ser uma equipa diferente a tomar parte na prova máxima, a manter-se as posições das formações «azuis-brancas». (…) Árbitro: Artur Pinto. Ao intervalo: 2-0.”

1 9 72 0 8 31 _ C P _ Va l o n g o - C a r v a l h o s _ 1 1 - 3 . Iniciados. Sem indicação de local ou data.

VALONGO: Marques, Nogueira (1), Quelhas (1), Alberto I (1), Júlio, Paupério II (1), Pires e Costa.

A notícia:

CARVALHOS: Quim, Melo, José Costa, Verdiano (2) e Raul (1).

“Estão a findar os campeonatos regionais das categorias jovens. Em Iniciados, o F. C. do Porto, com a derrota do Boavista, tem o título perfeitamente ao seu alcance. Em Juvenis, o grupo A do F. C. do Porto é já campeão, revalidando o título, quaisquer que sejam os resultados dos dois desafios que hoje e amnhã se realizam. O Carvalhos, com o seu triunfo em Valongo, na categoria de Juniores, já não deve ter problemas

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para alcançar o título da categoria. (…) Árbitro: Aníbal Santos. Ao intervalo: 5-1.

1 9 7 2 0 8 3 1 _ C P _ Va l o n g o - C a r v a l h o s _ 2 - 5 . Juniores. Sem indicação de local ou data. A notícia: “Pode dizer-se que constitui uma grande surpresa o triunfo do Carvalhos em Valongo, dado a excelência de técnica do grupo valonguense, este perdendo assim uma grande possibilidade de revalidar o título. (…) Árbitro: Valdemar Alves. Ao intervalo: 1-2.”


VALONGO: Cândido, Aguiar, José Fernando, Lino (1), França (1), Queirós, Marcelino e Rafael. CARVALHOS: Adriano, Severino, Ferraz (2), Américo (1), França (1), Menéres (1), Fontes e Maia.

19720902_CP_Valongo-Porto_1-2. Iniciados. Jogo no dia 1 de Setembro. Sem indicação de local.

presidente do Valongo, José Costa, e ao treinador das classes infantis, José Camilo.” Nota: A propósito desta notícia, sempre auspiciosa, sinto-me obrigado a transcrever uma outra, anterior, de 720620, em que o jornal abordava a questão dos patins e fazia-o de modo a incentivar a imediata distribuição, a que só poderia dar o meu apoio, se lá tivesse estado. Uma questão diferente é a do critério proposto para a distribuição, que teria de ser ponderado:

A notícia: “Prosseguiram ontem à noite os campeonatos regionais do Porto (…).”

19720902_CP_Valongo-Porto A_1-3. Juvenis. Jogo no dia 1 de Setembro. Sem indicação de local.

19720902_CP_Valongo-Porto_2-1. Juniores. Jogo no dia 1 de Setembro. Sem indicação de local.

19720902_CP_A APP entrega uma dúzia de pares de patins ao Valongo. No pavilhão do Valongo, no dia 1 de Setembro. A notícia: “No Pavilhão do Valongo, o director da Associação de Patinagem do Porto, Alcides Machado, fez entrega de uma dúzia de pares de patins ao

“720620_CP_Cento e cinquenta pares de patins «congelados» A gerência do ano passado, da Federação Portuguesa de Patinagem, para incrementar a modalidade, comprou, na Alemanha, quinhentos pares de patins, para distribuir pelos clubes, através das suas associações. À Associação de Patinagem do Porto coube cento e cinquenta pares de patins que, há dois meses, estão a estorvar, nas suas instalações, quando deviam ser entregues aos clubes, aos quais tanta falta fazem, nesta altura em que se estão a disputar nada menos de cinco campeonatos. A demora na entrega desse material deve-se ao facto de a Associação, pelo visto sem atinar com um critério racional de distribuição, «endossar» a tarefa para o Conselho Técnico. Mas, quanto a nós, as atribuições do Conselho Técnico não englobam semelhantes tarefas. E, no entanto, é fácil encontrar um modo moral e desportivo de distribuição. Como se trata de patins, referentes a 1971, o critério de distribuição deve ser este: vê-se, na época passada, quantas equipas teve cada clube em actividade oficial e,

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proporcionalmente, entregam aos clubes os patins. Não fazia sentido que um clube, apenas com uma equipa, tivesse tantos pares de patins como um clube com cinco equipas. Houve clubes apenas com uma categoria-seniores e outros com seniores (primeiras e reservas), juniores, juvenis e iniciados; por isso, não podem, uns e outros, ter o mesmoo número de patins. Impõe-se a entrega imediata desse material, que está inactivo, a menos que se pretenda a intervenção de organismos superiorres, o que seria de lamentar.” Não sei qual foi o critério utilizado pela APP para a distribuição dos patins, que eram, note-se, uma gota de água no oceano: 150 pares de patins para uma Associação que, durante o anos de 1971, teve em competição pelo menos 24 equipas (sem lhe somar as reservas), o que significa (contando com uma média de 10 jogadores por equipa) 240 pares de patins necessários, no mínimo! Fosse qual fosse o critério que a APP usou, só quero observar que aquele que o jornal propõe é só parcialmente justo, porque iria beneficiar por igual situações inteiramente desiguais, como era o caso, por exemplo, do Valongo e do Porto, que, tendo tido várias equipas em competição (Valongo 4 e o Porto 5) e devendo, sem dúvida ser contemplados por esse facto, possuiam, no entanto, situações desportivas, sociais e sobretudo financeiras absolutamente opostas. O critério da proporcionalidade teria de ser ponderado com um outro que atendesse às maiores necessidades dos clubes.

19720909_CP_Vale, Américo e Camões integraram a selecção do Porto que jogou com a selecção de Lourenço Marques, na festa de despedida de ABÍLIO MOREIRA. No Lima, no dia 8 de Setembro. A notícia: “Realizou-se ontem à noite, no Lima, a anunciada festa do intrnacional Abílio Moreira, que deste modo abandonou a prática da modalidade. A sessão principiou com um desafio entre as equipas do Infante de Sagres e do Académico, que o primeiro venceu por 3-1. A seguir, com todas as equipas alinhadas no meio do recinto, o nosso colega de Redacção, Correia de Brito, fez o elogio do homenageado (…). Depois, foi lido o público louvor da Federação Portuguesa de Patinagem (…). Abílo Moreira recebeu então muitas e valiosas prendas (…). Finalmente, realizou-se o desafio principal, entre os grupos do Desportivo de Lourenço Marques – campeão nacional, e a selecção do Porto, que o primeiro venceu por 2-1, com 2-0 ao intervalo. Aos cinco minutos da segunda parte, Abílio Moreira saiu e entregou a braçadeira de capitão da equipa a Miguel. O jogo foi agradável de seguir, mas na parte final a Selecção do Porto justificou o empate que não alcançou.” SELECÇÃO DO PORTO: Santos (Carvalhos), Prezas (Carvalhos) (1), Vale (Valongo), Américo (Valongo), Campos (Fânzeres), J. Manuel (Académico), Camões (Valongo) e Montenegro (Infante). DESPORTIVO DE LOURENÇO MARQUES: Santos,

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Abílio, Miguel, Bettencourt (1), Carlos Pereira (1), Suspiro, Sérgio e Meireles.

19720909_CP_Valongo-Fânzeres_11-1. Juniores. Jogo em Valongo, no dia 8 de Agosto. A notícia:

19720909_CP_Valongo-Águias_6-4. Iniciados. Jogo em valongo, no dia 8 de Agosto. A notícia: “Terminaram ontem à noite os campeonatos de Iniciados, Juvenis e Juniores” (em título). “Jogo em Valongo. Árbitro: Ludovino de Sousa. Ao itervalo: 2-1. Jogo bem disputado, com vitória certa.” VALONGO: Águeda, Alves (2), Alberto, Paulo (1), Nogueira (3), Pedro, Passeira e Castro. ÁGUIAS DO PORTO: Carlos, Manuel, Martinho (3), Fernando, Mata (1), Marques e Américo.

“Jogo em Valongo. Árbitro: Nelson Tavares. Ao intervalo: 4-0. O Valongo venceu o seu adversário com certo à-vontade. De salientar, na equipa da casa, José Fernando e Lino.” VALONGO: Cândido, Aguiar, José Fernando (4), Lino (3), França (2), Mardelino (2) e Rafael. FÂNZERES: Manuel, Sérgio (1), Albino, Abel, Jorge e Marques.

19720914_CP_Valongo-Vigorosa_12-1. Juniores. Jogo no dia 13 de Setembro. Sem indicação de local. A notícia:

19720909_CP_Valongo-Fânzeres_4-3. Juvenis. Jogo em Valongo, no dia 8 de Agosto. A notícia: “Jogo no Pavilhão de Valongo. Árbitro: Alfredo da Hora. Arbitragem com altos e baixos. Ao intervalo: 2-1. Jogo bem disputado, com vitória tangencial da equipa do Valongo.” VALONGO: Marques, Júlio, Quelhas, Costa, Nogueira (4), Rocha e Matos. FÂNZERES: Lucílio, Nabo (1), Vítor (1),Vieira, Vicente (1), Serafim e Barbosa.

“VALONGO E F. C. DO PORTO APURADOS PARA A FASE POR ZONAS DO NACIONAL DE JUNIORES” (em título). “Realizaram-se ontem à noite os dois últimos jogos do campeonato regional de Juniores, um dos quais era absolutamente decisivo para apuramento relativo à fase por zonas do «nacional» de Juniores. Resultados:

Infante-Carvalhos_0-5 Valongo-Vigorosa_12-1

Com estes resultados, as equipas do Valongo e F. C. do Porto, respectivamente segundo e terceiro classificados da prova regional, são os apurados do Porto para disputar, com a Sanjoanense e Mealhada, respectivamente, primeiro e segundo classificados do Campeonato de Juniores de Aveiro, a fase por zonas, para qualificar, destes

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quatro grupos, apenas mais uma equipa para juntar ao Carvalhos – campeão regional, as duas equipas nortenhas para a fase final do campeonato nacional metropolitano.

no pavilhão do Sangalhos, com os jogos:

O Carvalhos, que ganhou brilhantemente o campeonato regional portuense da categoria, juntou-se deste modo ao F. C. do Porto na llista dos campeões regionais, pois a equipa azul-branca arrebatou os títulos de Iniciados e Juvenis.”

A segunda volta disputa-se no pavilhão do Lima, a 30 deSetembro, à noite, e 1 de Outubro, de manhã e à noite.”

Classificação final:

JUNIORES

J

V

E

D

F

C

P

Carvalhos

14

14

0

0

118

30

42

Valongo

14

12

0

2

88

23

38

Porto

14

8

1

5

67

28

31

Infante

14

8

1

5

47

33

31

Fânzeres

14

5

0

8

36

72

26

Espinho (x)

14

4

0

10

69

70

21

Boavista

14

2

0

12

21

106

18

Vigorosa (xx)

14

1

0

13

32

122

13

(x) Teve uma falta de comparência (xx) Teve duas faltas de comparência

Mealhada-F. C. do Porto, às 22h00 Sanjoanense-Valongo, às 22h45

19720914_CP_Valongo-Fânzeres_9-2. Campeonato Nacional Metropolitano de Seniores. Sem indicação de local ou data. Sem outras indicações. A notícia: “O Valongo bateu o Fânzeres para o campeonato nacional metropolitano de seniores” (em título). “Apenas se realizou um jogo do campeonato metropolitano de seniores, zona Norte, pois os restantes desafios foram adiados, por causa do campeonato europeu de Juniores. O Valongo ganhou ao Fânzeres por 9-2.”

19720914_CP_Calendário da fase por zonas. A notícia: “A fase por zonas principia no dia 23, no pavilhão do Sangalhos, com os jogos: Sanjoanense-F. C. do Porto, às 22h00 Mealhada-Valongo, às 22h45 Dia 24, de manhã: Sanjoanense-Mealhada, às 11h00 Valongo-F. C. do Porto, às 11h45 A primeira volta termina no dia 24, à noite, também

518

19720924_CP_Valongo-Carvalhos_13-0. em Valongo.Sem indicação de data.

Jogo

A notícia: “Jogo no Pavilhão do Valongo. Árbitro: Fernando Pinto. Arbitragem reguilar. Ao intervalo: 1-0. No 1º tempo, a equipa do Carvalhos foi a que mais dominou, mas o guardião local foi rei e senhor. Na 2ª parte, o Valongo reagiu da melhor maneira, sendo avassaladores no ataque. J. C.S.”


VALONGO: Horácio, Pires (3), Vale (3), Américo (2), Camões (5), Cruz e Alves.

segundo lugar, ambos apurados para a fase final da prova, que principia no dia 4 de Outubro.”

CARVALHOS: Santos, Melo, Gomes, Presas, Carvalho, Moreira, Azevedo e Moutinho.

INFANTE: Montenegro, Mendonça, Rendeiro (1), F, Gomes da Costa (3), A. Gomes da Costa (1), Eduardo, Ribeiro e Baptista.

19720926_CP_Infante-Valongo_5-3. Jogo no dia 25 de Setembro. Sem indicação de local. A notícia: “ESPECTÁCULO DEGRADANTE INFANTE-VALONGO” (em título).

NO

JOGO

“Disputaram-se ontem à noite os dois últimos jogos da Zona Norte do Campeonato Nacional Metropolitano da I Divisão e podia parecer que ambos os desafios apenas serviriam para cumprir o programa, mas a partida realizada entre o Infante e o Valongo, apesar de não ter qualquer influência nos apurados para a fase final, pois Infante e F. C. do Porto já estavam com o lugar assegurado para continuarem na prova, acabou por se transformar num espectáculo degradante, com expulsões temporárias e definitivas, agressões e até um jogoador desfeiteado por um assistente. Já há muito que, no hóquei em patins, se não assistia a algo semelhante, tranformando o recinto desportivo num verdadeiro campo de batalha. (…) Ao intervalo, o Infante vencia por por 3-0, mas, no início da segunda parte, o Valongo conseguiu marcar dois tentos e empatar e, mais adiante, fez 3-2. Até aqui o jogo tinha decorrido quase normalmente, mas depois gerou-se tamanho pandemónio que nunca houve o verdadeiro espectáculo desportivo. O Infante, vencedor por 5-3, acabou assim por vencer a Zona Norte, ficando o F. C. do Porto em

VALONGO: Horácio, Pires, Vale, Américo (2), Camões (1), Alves, Cruz e Armindo.

19721001_CP_Valongo-Conimbricense_4-1. Iniciados. Jogo no pavilhão do Lima, no dia 30 de Setembro. A notícia: “No pavilhão do Lima, realizou-se ontem à noite a primeira jornada dos jogos de apuramento para os «nacionais» de Juvenis e Juniores. Como era de prever, houve predomínio das equipas portuenses, sobretudo em Juvenis, mas a Sanjoanense, em Juniores, forçou o F. C. do Porto a um empate comprometedor.”

1 9 7 2 1 0 0 1 _ C P _ Va l o n g o - M e a l h a d a _ 6 - 3 . Juniores. Jogo no pavilhão do Lima, no dia 30 de Setembro. Sem mais indicações.

19721002_CP_Infante-Valongo_6-1. Juvenis. Jogo no pavilhão do Lima, no dia 1 de Outubro. Sem mais indicações. A notícia: “Realizaram-se ontem, de manhã e à noite, as duas últimas jornadas da «poule» por zonas, para

519


apuramento dos segundos representantes nortenhos de Juvenis e Juniores. Como ontem o Valongo perdeu em Juvenis e em Juniores, pela manhã, e à noite cedeu um empate na última categoria, teremos amanhã à noite, no pavilhão do Lima e a partir das 21 horas, duas «finalíssimas», entre o Valongo e o Infante, para apurar em Juvenis; e F. C. do Porto-Valongo, para apuramento em Juniores. (…) O Infante anulou o efeito da sua derrota de 0-2, contra o Valongo, fazendo ontem uma boa exbição.”

19721002_CP_Porto-Valongo_4-2. Juniores. Jogo no pavilhão do Lima, no dia 1 de Outubro. Sem mais indicações. A notícia: “O triunfo portista só foi possível por expulsão de um jogador do Valongo, quando esta equipa vencia por 2-1. Depois do empate, novas expulsões, colocou (sic) o Valongo com três e o Porto com quatro, o que possibilitou a vitória azul-branco. (sic)”

19721002_CP_Valongo-A. Coimbra_5-1. Juvenis. Jogo no pavilhão do Lima, no dia 1 de Outubro. Sem mais indicações.

19721002_CP_Valongo-Sanjoanense_2-2. Juniores. Jogo no pavilhão do Lima, no dia 1 de Outubro. Sem mais indicações.

520

A notícia: “O treinador do Valongo «afundou» a equipa com duas substituições inconcebíveis, a última das quais a minuto e meio do fim, quando o Valongo vencia por 2-1, tirando o médio e colocando na pista nada menos que três avançados…”

19721005_CP_Porto-Valongo_5-4. Sem mais indicações.

Iniciados.

19721008_CP_Salesiana-Valongo_15-2. Juvenis. Jogo no Pavilhão dos Desportos de Lisboa, no dia 7 de Outubro. Sem mais indicações. A notícia: “O SUL VITORIOSO EM TODA A LINHA” (em título). “As equipas concorrentes à fase final dos campeonatos metropolitanos de hóqiuei em patins, em todas as categorias, disputaram ontem, no Pavilhão dos Desportos de Lisboa, osencontros dasegunda jornada. Foi este oprimeiro cotejo dos representantes do Sul comos do Norte, o qual prosseguirá hoje, tam,bém no Pavilhão do Parque Eduardo VII, comos desafios que servem de encerramento à 1ª volta da competição. Para já,o confronto foi cempor cento favorável às equipas visitadas, pois que venceram todos os oito jogos da jornada.”


19721009_CP_Sporting-Valongo_7-0. Juvenis. Jogo em Lisboa, no dia 8 de Outubro. Sem mais indicações A notícia: “Realizou-se ontem, no Pavilhão dos Desportos, a segunda jornada dos Campeonatos Metropolitanos de Hóquei em Patins, em Iniciados, Juvenis, Juniores e Seniores. Não fosse o triunfo obtido pela equipa do Carvalhos contra o Benfica, em Juniores, a causar certa sensação pelo seu desfecho, e as equipas sulistas manteriam a sua invencibilidade total em todos os jogos ontem realizados.”

VALONGO: Marques, Paupério II, Paupério I (1), Quelhas, Nogueira (6), Pires I, Pires II e Rocha. SALESIANA: Pedrosa, Almeida (1), Pereira (2), Tomás (3), Santos (3), Graça e Luís. Nota: Como pode ver-se, há uma gralha nos marcadores do Valongo (são indicados 7 golos e não os 4 da epígrafe) que eu não tenho possibilidades de corrigir.

19721220_CP_Vale e Vítor Francisco transitam para o Porto. A notícia:

19721015_CP_Valongo-Salesiana_4-9. Juvenis. Jogo em Lisboa, no dia 14 de Outubro.

“Importantes reforços para o F. C. do Porto” (em título)

A notícia:

“Ontem, precisamente, o F. C. do Porto corporizou uma série de negociações para reforçar a sua equipa, num objectivo fundamental dos seccionistas para operarem uma quase total transformação e remodelação das suas normas de trabalho.

“GRAVE CONFLITO NO JOGO DE JUVENIS” (em título). “Principiou ontem a segunda volta do campeonato nacional de todas as categorias e, logo na tarde de ontem, houve um dos mais clamorosos escândalos com a arbitragem de um dos juízes lisboetas, que dirigiu o desafio pelas regras antigas, criando um grandecíssimo conflito, estabelecendo grande pandemónio, dentro e fora do recinto.” (Jogo Porto-Sporting_2-2). (…)

Assim, precisamente, ontem o F. C. do Porto assegurou os serviços do internacional Campos (ex-Fânzeres), dos internacionais de Juniores: Vale (Valongo) e Brandão (Carvalhos) e ainda os guarda-redes Vítor Francisco (Valongo) e Frias (Cnimbricense e antigo junior portista).”

Foi mais difícil do que se esperava e o triunfo amplo dos lisboetas só foi possível concretizar na segunda parte. O Valongo deu boa réplica, nos primeiros minutos. Ao intervalo: 2-4. Mário Alves arbitrou sem problemas.”

521


1973

assistência e com a presença do treinador nacional, Torcato Ferreira, disputou-se uma jornada emotiva que agradou plenamente a todo o público.

19730131_CP_José Viterbo substitui Fernando Brandão, como treinador. A notícia: “José Viterbo substitui Fernando Brandão como treinador do Valongo” (em título). “Fernando Brandão, que na época finda foi treinador do Valongo, primeiro em seniores e depois em juniores, não continuará como técnico daquele clube e foi substituído por José Viterbo, um homem que conhece bem os seus jogadores e que deles sempre tem obtido o máximo rendimento.”

19730311_CP_Valongo-Fânzeres (A)_4-4. Torneio de Abertura Seniores. Sem indicação de local ou de data. A notícia:

No jogo de «fundo», as constantes oscilações do marcador entusiasmaram os assistentes, animados pela vantagem do Valongo, que chegou a estar avencer o F. C.do Porto por 2-0. Simplesmente, quando os portistas, após o intervalo, passaram a vencer, pela primeira vez, nunca mais voltaram à situação de vencidos, mas cederam três empates antes do triunfo definitivo. Jogando com pouca pressa, o F. C. do Porto teve de se aplicar muito para ganhar um jogo que, se terminasse com um empate, não escandalizaria. Artur Pinto foi o árbitro do jogo e nele fez exame para subida à categoria principal. Teve trabalho meritório e cremos que mereceu e justificou a promoção.” VALONGO: Horácio, Aguiar, Pires (1), Lino (4), França, Cruz e Armindo. PORTO: Vítor Francisco, Júlio, Crisrtiano (2), Campos (2), Vale (2) e Orênsio.

“Árbitro: Isaac Martins. Ao intervalo: 0-2. Jogo emotivo e arbitragem péssima. F. H. O.” VALONGO: Horácio, Aguiar, Pires (2), Lino (1), França, Armindo (1) e Alves. FÂNZERES (A): Avelino, Álvaro (1), Vitorino (1), Nora (2), Magalhães e Arlindo.

19730318_CP_Valongo-Porto_5-6. Valongo. Sem indicação de data.

Jogo

em

A notícia: “No pavilhão do Valongo, com uma grande

522

19730325_CP_Académico-Valongo_3-0. indicação de local ou data.

Sem

A notícia: “Os academistas voltaram ontem a exibir-se bem, aproveitando, por mais experiência, a noite apática do adversário, com 2-0 na primeirqa parte, o vencedor desbaratou o antagonista, que não logrou repetir a boa exibição feita há oito dias, com o F. C. do Porto. Triunfo certo, justificado e merecido. Trabalho acertado de Joaquim Jesus.”


ACADÉMICO: Branco, Puskas, J. Manuel, Quitó (3), Valentim e F. Barbot.

noite mais três jogos do Torneio de Abertura, para completar a jornada da véspera (…).

VALONGO: Horácio, Aguiar, Pires, Lino, França, Camilo e Armindo.

Árbitro: António Quintela. Ao intervalo: 0-3. Jogo correcto e vitória certa.” VALONGO: Horácio, Aguiar, Pires, Lino (1), França, Cruz e Armindo.

19730408_CP_Carvalhos-Valongo_3-1. Jogo no pavilhão do <infante de Sagres. Sem indicação de data.

INFANTE: Montenegro, Mendonça (2), A. Rendeiro, F. Gomes da Costa (1), A. Gomes da Costa (1), Ribeiro, Zé Fernandes e Tavares.

A notícia: “Esperava-se uma boa jornada no pavilhão do Infante de Sagres, pois dois desafios para ali estavam marcados: Carvalhos-Valongo e Infante-Académico eram susceptíveis de proporcionar partidas equilibradas. Mas o público não compareceu, pois, ontem, a cantiga era outra… (…) A equipa vencedora fez 2-0 na primeira parte e aumentou no segundo tempo e o seu triunfo nunca esteve em dúvida, mas a formação de Valongo teve pouca sorte em alguns lances, que podiam dar mais «calor» ao desafio. Boa arbitragem de Artur Pinto.” CARVALHOS: Santos, Prezas, Ferraz (2), Guilhereme (2), Américo e Azevedo. VALONGO: Horácio, Aguiar, Pires, Lino (1), França e Armindo.

1972-73 (?): De pé: Chico, Guerra, Alves, P. F., Paulo Cantiga, Armindo Gomes Em baixo: Virgílio, Tó Nogueira, Pedro Cruz, Águeda

19730415_CP_Valongo-Infante_1-4. Jogo pavilhão do Valongo, no dia 14 de Abril.

1 9 73 0 426 _ C P _ Va l o n g o - B o a v i sta _ 7 - 0 . Iniciados. Jogo no dia 25 de Abril. Sem indicação de local.

no

A notícia: “No pavilhão de Valongo, realizaram-se ontem à

A notícia:

523


“Principiaram ontem a disputar-se os campeonatos regionais das categorias de Iniciados, Juvenis e Juniores (…).”

1 9 7 3 0 4 2 6 _ C P _ Va l o n g o - C a r v a l h o s _ 1 - 0 . Juniores. Jogo no dia 25 de Abril. Sem indicação de local.

19730426_CP_Edgar Bragança Soares – Faleceu ontem, em Sintra, com 48 anos. A notícia: “Faleceu o popular hoquista EDGAR SOARES” (em tiítulo). “Após prolongado sofrimento, faleceu ontem, em Sintra, onde residia e nascera, Edgar Bragança Soares, um dos ídolos do hóquei em patins na década de cinquenta. O popular Edgar do Hóquei Clube de Sintra, que apenas contava 48 anos de idade, foi um dos grandes obreiros do prestígio e glória do hóquei patinado português. Consigo faziam parte da equipa nacional, inesquecível, os campeões mundiais Raio, Cipriano, Emídio Pinto, Jesus Correia, Correia dos Santos, Olivério Serpa e Sidónio Serpa. Foi camnpeão do Mundo e da Europa, campeão nacional e regional, vencedor das Taças de Portugal, das Nações, Latina e Lusitânia e do Torneio de Montreux. Envergou a camisola das quinas 153 vezes. Possuía o mais alto galardão a que um atleta pode aspirar, a Medalha de Mérito Desportivo. Era casado e deixa um filho. Desempenhava actualmente o cargo de comandante dos Bombeiros

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Voluntários de Sintra – 1ª Secção. O funeral sai hoje, às 17 horas, daquela corporação para ocemitério de S. Marçal.” Nota: Transcrevo esta notícia por dois motivos. O primeiro é alertar os distraídos para o facto de que, não sendo do Valongo, mas do Sintra, clube que sempre poderá ser adversário e opositor, ele fazia parte, como todos nós – aqueles que amam o hóquei – fazemos parte da grande família do hóquei em patins, com suas alegrias e desgostos, com suas zangas e exaltações, com suas grandezas e misérias, e isso deve unir-nos, não separar-nos. O segundo motivo é mais primordial e histórico e por isso ligado à escrita deste livro: foi por causa de jovens como o Edgar, com o seu brilho desportivo, o seu génio na competição, que nos entusiasmava, nos exaltava, nos delumbrava, que um grupo de jovens de Valongo, a que pertenço, nos longínquos anos 50 do século 20, decidiu fundar um clube de hóquei em patins.

19730430_CP_Porto-Valongo_0-5. Iniciados. Jogo no dia 29 de Abril. Sem indicação de local. A notícia: “Continuaram ontem de manhã os campeonatos regionais de Iniciados, Juvenis e Juniores, com o mesmo entusiasmo da primmeira jornada. Em Iniciados, todos os jogos demonstraram que as melhores equipas pertencem ao Infante de Sagres, Carvalhos e Valongo, aquelas que parecem ter o título mais ao seu alcance.”


19730430_CP_Porto-Valongo_2-2. Juniores. Jogo no dia 29 de Abril. Sem indicação de local.

19730507_CP_Valongo-Porto B_5-4. Juniores. Jogo no pavilhão do Valongo, no dia 6 de Maio.

A notícia:

A notícia:

“Em Juniores, F. C. do Porto A e Valongo fizeram uma bela partida, com vantagem do Valongo no primeiro tempo e supremacia dos «portistas» na segunda parte.

“Realizou-se ontem de manhã a quarta jornada dos campeonatos regionais portuenses de iniciados, juvenis e juniores e, ontem, já principiou a fazer-se a selecção de valores, visto que, até aqui, várias equipas fracas tiveram jogos fáceis e lograram manter-se transitoriamente em bom plano. (…)

Resultado certo, pois ambas as equipas perderam tentos em série. Ao intervalo, 1-2, a favor do Valongo. A arbitragem de Valdemar Aires foi imparcial, mas pecou por condescender com o «jogo subterrâneo».” PORTO A: Domingos, Aureliano, J. Paulo, Correia de Brito (1), Carlos Reis (1), Zé, Vinha e Cardoso. VALONGO: Silva, Quelhas, Ferreira, Marcelino III (2), Nogueira, Júlio, Pires e Rafael.

1 9 7 3 0 5 0 4 _ C P _ Va l o n g o -A c a d é m i c o _ 3 - 1 . Iniciados. Sem mais indicações. A notícia: “Realizou-se a terceira jornada dos campeonatos regionais de Iniciados, Juvenis e Juniores. (…) Nesta categoria (Iniciados), Infante e Valongo são os grupos mais cotados, mas o Carvalhos, com menos um jogo, é adversário para igualmente discutir o primeiro lugar.”

19730504_CP_Valongo-Vigorosa_4-1. Juniores. Sem mais indicações.

Na categoria de Juniores, há quatro equipas de igual teor técnico, pelo que ainda é cedo para se definirem posições, embora nesta altura o Infante, que teve até agora apenas um jogo difícil, se mantenha no lugar cimeiro da classificação. (…) Jogo no pavilhão do Valongo. Árbitro: Alfredo da Hora. Ao intervalo: 4-3. Jogo movimentado, com grande entusiasmo de parte a parte.” VALONGO: Marques, José Fernando, Marcelino (1), Nogueira (3), Quelhas (1), Júlio e Nogueira II. PORTO B: Firmino, Eduardo (1), Alexandre (2), Lisboa, Paiga (1), Esteves, Dinis Brites e Maia. Classificação:

JUNIORES J

V

E

D

F

C

P

Infante

4

4

0

0

32

3

12

Valongo

4

3

1

0

12

7

11

Porto B

4

3

0

1

19

9

10

Porto A

4

2

1

1

19

5

9

Carvalhos

4

2

0

2

22

10

8

Fânzeres

4

1

0

3

10

21

6

Vigorosa

4

0

0

4

2

29

4

Vilanovense (x)

4

0

0

4

3

28

1

525


19730510_CP_Infante-Valongo_0-4. Iniciados. Jogo no dia 9 de Maio. Sem indicação de local.

Classificação:

A notícia:

Valongo Infante Carvalhos Águias Porto Espinho Académico Boavista S. Caetano (x)

“Ontem à noite disputou-se mais uma jornada dos campeonatos regionais de Iniciados, Juvenis e Juniores.”

19730510_CP_Infante-Valongo_4-2. Juniores. Jogo no dia 9 de Maio. Sem indicação de local.

INICIADOS J 7 7 7 7 8 7 6 7 7

V 7 5 5 4 4 2 2 1 0

E 0 1 0 1 0 1 1 0 0

D 0 1 2 2 3 4 3 6 7

F C P 37 4 21 44 12 18 49 16 17 18 16 16 38 18 15 17 28 12 16 21 11 12 68 8 7 51 7

(x) Tem duas faltas decomparência

19730520_CP_Infante-Valongo_6-1. I Divisão, Zona Norte. Jogo no dia19 de Maio. Sem indicação de local. A notícia: “Realizou-se ontem à noite a primeira jornada do Campeonato Nacional da I Divisão – Zona Norte (…)” Estatística:

I

19730531_CP_Porto-Valongo_11-8. Jogo pavilhão do B. P. M. Sem mais indicações.

no

Porto-Carvalhos_7-8

38 linhas

A notícia:

Porto-Carvalhos_8-3. Reservas.

2 linhas

Académico-Espinho_9-2

1 linha

Infante-Valongo_6-1

1 linha

“No pavilhão do B. P.M. disputou-se uma partida extremamente emocionante. A jovem e aguerrida equipa do Valongo deu excelente réplica ao F. C. do Porto, do primeiro ao último minuto, mas teve de ceder diante da impetuosidade dos avançados «portistas», inegavelmente muito afoitos no remate.

1 9 7 3 0 5 2 3 _ C P _ Va l o n g o - C a r v a l h o s _ 2 - 1 . Iniciados. Sem mais indicações. A notícia: “VALONGO SEM DERROTAS NA CATEGORIA DE INICIADOS” (em título)

526

19730524_CP_Valongo-Académico_7-4. Divisão Zona Norte. Sem mais indicações.

Ao intervalo, 6-3 para o vencedor, que abrandou, depois de estar em 4-1, e o Valongo, na segunda parte, esteve por quatro vezes a perder somente por uma bola: 4-3, 6-5, 8-7 e 9-8. Boa arbitragem de Valdemar Aires que, no entanto, perdoou uma grande penalidade ao vencido e


validou, a seguir, um tento irregular dos «portistas». PORTO: Vítor Francisco, Ricardo (3 – sendo um na própria baliza), Vale, Campos (6), Orênsio (3) e Jorge. VALONGO: Horácio, Aguiar, Pires (2), Lino (2), França (3) e Queirós.

19730603_CP_Valongo-Fânzeres_4-4. I Divisão. Jogo em Valongo. Sem indicação de local. A notícia: “No pavilhão de Valongo, a equipa local vencia ao intervalo por 1-0, em desafio verdadeiramente emocionante neste período. No segundo tempo, o Fânzeres esteve a vencer por 4-2, mas acabou por ceder o empate, que aliás ocorreu no último instante do desafio e, por isso, deu lugar a controvérsia. Arbitrou: Hernâni Parati.” VALONGO: Horácio, Aguiar (2), Pires (2), Lino, Grança, Cruz, Melito e Alves. FÂNZERES: Adelino, Magalhães, engº Vitorino, Nora (1), Álvaro (3), Arlindo, Vítor e Alves.

19730608_CP_Valongo-Porto A_2-0. Iniciados. Jogo no dia 7 de Junho. Sem mais indicações. A notícia: “Prosseguiram ontem à noite os campeonatos de todas as categorias mais jovens, com resultados naturais em quase todos os desafios, a avaliar pelos resultados.

19730608_CP_Valongo-Porto A_0-0. Juniores. Jogo no dia 7 de Junho. Sem mais indicações.

19730610_CP_Valongo-Carvalhos_2-3. I Divisão. Jogo no dia 9 de Junho. Sem mais indicações.

1 9 7 3 0 61 2 _ C P _ A c a d é m i c o -Va l o n g o _ 0 - 3 . Iniciados. Sem mais indicações. A notícia: “Valongo – imbatível em Iniciados” (em título). “A muito jovem e prometedora equipa de Iniciados do Valongo tem, até agora, uma carreira cem por cento vitoriosa. Não tem o ataque mais arguto, mas possui a defesa mais compenetrada e raramente batida.”

19730612_CP_Vigorosa-Valongo_0-5. Juniores. Sem mais indicações.

19730614_CP_Águias-Valongo_3-8. I Divisão. Sem mais indicações.

19730617_CP_Valongo-Espinho_10-2. I Divisão. Sem mais indicações. A notícia:

527


“Com uma primeira parte equilibrada, como consequência de terem sido os visitantes os primeiros a marcar, e no início da segunda parte chegarem a igualar o marcador, que ao intervalo era de 2-1, a favor do Valongo, o vencedor conseguiu um triunfo amplo, a partir do meio da segunda parte, logo que chegaram a 3-2, com um tento «oferecido» pelo visitante Brandão. Arbitragem de António Quintela.” VALONGO: Horácio, Aguiar (1), Pires (1), Américo (5), lino (2), França, Cruz (1) e Alves. ESPINHO: Sá, Marçal, Rui (1), dr. Amadeu (1), brandão, Nascimentoe Oliviera.

19730618_CP_Valongo-Infante_2-2. Iniciados. Jogo no dia 17 de Junho. Sem mais indicações.

Classificação: Valongo Infante Carvalhos Porto Águias Espinho Académico S. Caetano Boavista

INICIADOS J 12 13 12 13 12 13 13 12 13

V 11 9 10 7 6 4 4 2 1

E 1 2 0 0 1 1 1 0 0

D 0 2 2 6 5 8 7 10 12

F 55 67 96 53 43 24 36 26 22

C 7 21 24 25 31 56 38 84 117

P 36 33 32 27 25 22 21 16 14

19730618_CP_Valongo-Infante_2-7. Juniores. Jogo no dia 17 de Junho. Sem mais indicações.

A notícia: “VALONGO, F. C. DO PORTO E INFANTE DE SAGRES – firmes como «guias»” (em título)

19730709_CP_Apurados tês Campeões Regionais.

“Ontem de manhã, disputaram-se as jornadas correspondentes dos campeonatos regionais de Iniciados, Juvenis e Juniores.

A notícia:

Na primeira categoria, o Valongo cedeu o seu primeiro ponto, mas maném-se, apesar disso, impertubbável na sua caminhada para otítulo. Em Juvenis, o F. C. do Porto conserva a vantagem de tês pontos e parece mais ou menos lançado para conservar o título. Na categoria deJuniores, o Infante de Sagres conservou a sua posição de «guia» e tudo indica que conquiste o título.”

“Apurados três campeões regionais portuenses: VALONGO – Iniciados F.C. DO PORTO – Juvenis INFANTE DE SAGRES – Juniores “ (em título). “Praticamente, teminaram onrtem de manhã os campeonatos regionais das categorias mais jovens e enalteça-se o facto de, desta vez, se terem feito os calendários de modo que, nesta altura, as provas estão concluídas, o que permite os jogadores terem os seus períodos de férias e depois fazerem a preparação necessária para os campeonatos nacionais. (…) Na categoria de Iniciados, o Valongo venceu sem

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qualquer espécie de discussão, obtendo o título, com todo o mérito, sem derrotas. Foi a equipa não só mais regular, como a mais categorizada tecnicamente, pois as restantes estiveram muito longe de alardear o índice técnico da equipa vencedora. Aliás, nota-se nesta categoria um abaixamento profundo, já notado nas equipas do ano passado. Em Juvenis, o F. C. do Porto foi o grande vencedor, também sem derrotas (…). Em Juniores, o Infante de Sagres, com uma primeira volta de muita regularidade, foi o grande triunfador (…). É o regresso do popular clube aos lugares cimeiros e, ainda desta vez, pelo trabalho do seu treinador António Águeda. Os Iniciados do Valongo,que conquistaram o título, foram preparados pela dedicação do clube valonguense, José Camilo.”

19730709_CP_Vilanovense-Valongo_1-12. Juniores. Jogo no dia 8 de Julho. Sem mais indicações.

19730713_CP_Espinho-Valongo_0-4. Iniciados. Sem mais indicações.

os campeões de todas as categorias ficaram bem definidos no pretérito domingo e os apurados para os «nacionais» já ficaram conhecidos nesse dia. Quaisquer que fossem os resutados, as posições estavam tomadas antecipadamente.”

1 9 7 3 07 1 5 _ C P _ A c a d é m i c o -Va l o n g o _ 2 - 7. I Divisão. Jogo no dia14 de Julho. Sem mais indicações. A notícia: “Realizou-se ontem à noite mais uma jornada do Campeonato Nacional Metropolitano da I Doivisão – Zona Norte, e a prova volta a ser interrompida,para preparação da equipa nacional.”

19730721_CP_Espinho-Valongo_1-8. Taça «Edgar Bragança». Jogo no pavilhão das Antas, no dia 20 de Julho. A notícia: “Realizou-se ontem, no novo pavilhão das Antas, a primeira jornada da Taça «Edgar Bragança», uma competição de homenagem póstuma a um dos grandes médios da selecção nacional dos anos 50. O torneio parece ter principiado sob maus auspícios, pois na jornada e inauguração o Fânzeres não pôde comparecer, por falta de jogadores.”

A notícia: “Terminaram todos os campeonatos das categorias jovens” (em título). “Não tinham outro significado os jogos realizados a contar para os campeonatos de Iniciados, Juvenis e Juniores que não fosse cumprir o calendário, pois

1 9 73 0 81 9 _ C P _ O l i ve i re n s e -Va l o n g o _ 4 - 3 . I Divisão. Jogo no dia 18 de Agosto. Sem mais indicações. A notícia:

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“RETOMOU-SE A DISPUTA DO CAMPEONATO NACIONAL DA I DIVISÃO” (em título) “Após longo interregno, por causa da preparação da equipa nacional de seniores, retomou-se ontem à noite a disputa do campeonato nacional metropolitano da I Divisão, registando-se, neste reinício, a surpresa da derrota do Valongo em Oliviera de Azeméis.”

Norte, a jornada foi absolutamente tranquila para as melhores equipas.” Nota: A notícia termina com uma anotação insólita e difícl de perceber. Depois de listar os resultados dos cinco jogos disputados, em que o jogo Valongo-Águias aparece na derradeira posição, a notícia acrescenta: “Este último jogo não terminou por falta de jogadores do visitante.”

19730826_CP_Fânzeres-Valongo_1-11. I Divisão. Jogo no dia 25 de Agosto. Sem indicação do local. A notícia: “Com a equipa toda desmantelada, a equipa do Fânazeres, que teve um início mais ou menos auspicioso, está a descer, por froça das circunstâncias, em todos os capítulos. A derrota de onte, diante de um adversário superior, não teve apelo. Ao intervalo, 0-4. Arbitragem de António Quintela.” FÂNZERES: Adelino, Magalhães, Nora (1), Barbosa, Alves, Álvaro e Abel, VALONGO: Horácio, Aguiar (2), Pires (3), Américo (4), Lino (2), França e Camões.

19730909_CP_Valongo-Águias_10-1. I Divisão. Jogo no dia 8 de Setembro. Sem mais indicações. A notícia: “Disputou-se ontem à noite a penúltima jornada docampeonato metropolitano, fase por zonas. No

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197300913_Espinho-Valongo_8-11. I Divisão, Zona Norte. Jogo no dia 12 de Setembro. Sem mais indicações.

19730919_CP_Valongo-Infante_3-2. Iniciados. Jogo no pavilhão das Antas, no dia 18 de Setembro. A notícia: “Principiaram ontem à noite, em Lisboa e no Porto, os campeonatos metropolitanos de todas as categorias. No Pavilhão das Antas, uma boa assistência deu uma receita que rondou os 50 contos (…). A jornada das antas, abriu com o desafio Valongo-Infante de Sagres, da categoria de Iniciados. Uma partida muito equilibrada, mas com melhor capacidade técnica do Valongo, que ao intervalo não tinha ido além do 1-1, mas justificou a vantagem tangencial no final da partida. Arbitrou Artur Pinto.”


VALONGO: Águeda, Tavares, Paupério (1), Pedro (1), Augusto (1), Manuel e José. INFANTE: Dias, Antero, Custódio, Ismael, Arnaldo, Ribeiro e Jorge (2).

19730924_CP_Valongo-Sintra_2-3. Sem indicação de local ou data.

Iniciados.

também pela má cobertura da defesa do Valongo. Ao intervalo: 01. Trabalho sem dificuldades de Hipólito Santos.” VALONGO: Almeira, Tavares, Paupério, Dias, Auguso, Carvalho, Alves (1) e Ferreira. INFANTE: João«, antero, Silva (1), Azevedo (2), Arnaldo, Santos e Ribeiro.

A notícia: “Os campeões notenhos deixaram-se surpreender no primeiro tempo, concluindo-o a perder por 0-2, mas reagiram muito bem na segunda parte, tiveram oportunidades sem conta que desperdiçaram e acabaram batiods pela tangente. Fisicamente mais fortes, mas tecnicamente menos evoluídos, os jogadores sintrenses alcançaram um resultado feliz. Arbitragem de Benes de Almeida (Lisboa).” VALONGO: Águeda, Paupério, Alves, Pedro, Passeira (2), Ferreira, Armando e Carvalho.

19730930_CP_Paço de Arcos-Valongo_4-3. Iniciados. Jogo em Lisboa, no Pavilhão dos Desportos, no dia 29 de Setembro. A notícia: “Com os encontros da 5ª jornada, penúltima, continuaram ontem à noite, no Pavilhão dos Desportos de Lisboa, os Campeonatos Metropolitanos de Hóquei em Patins, nas categorias de Iniciados, Juvenis, Juniores e Seniores.”

SINTRA: Costa, Andrade, Eça, Ventura (1), Santos, Sampaio e Marques (2).

1974

19730927_CP_Valongo-Infante_1-3. Iniciados. Sem indicação de local ou data.

19740316_CP_Horácio, Américo, Lino e Quelhas, do Valongo, selccionados para treinos das selecções.

A notícia: “Principiou ontem à noite a segunda volta do campeonato metropolitano (…) O campeão nortenho não esteve ontem em noite feliz e a determinação e, sobretudo, a técnica que tem vindo a melhorar no vencedor de ontem justificou plenamente o seu êxito final, um tanto

A notícia: “As selecções regionais de seniores e juniores de todo o País estão em plena actividade, por acção dos resctivos seleccionadores, pois aproxima-se o torneio enter-associações, a realizar no Porto, prova destinada a observação directa dos seleccionadores nacionais, também de seniores e juniores.

531


Lisboa já indicou os nomes dos seus seleccionados (…). Quanto às selecções do Porto, ainda não são conhecidas (…). A equipa nacional de seniores terá o Campeonato do Mundo, em Luanda, em meados de Julho, o maior acontecimento de todos os tempos em terras portuguesas, pois pela primeira vez uma competição de tamanha envergadura se vai realizar numa parcela do território ultramarino. (…) O seleccionador nacional de juniores terá de escolher e treinar a equipa de Portugal que irá a Itália tentar a reconquista do Campeonato da Europa. (…)

19740406_CP_Fânzeres-Valongo_0-21. Juvenis A. Jogo no dia 5 de Abril. Sem mais indicações.

19740406_CP_Fânzeres-Valongo_0-3. Juniores. Jogo no dia 5 de Abril. Sem mais indicações.

Para o treino desta tarde, no pavilhão das Antas, apenas tomam parte jogadores seniores e juniores, a saber:

19740416_CP_Vigorosa-Valongo_3-5. I Divisão. Jogo em Valongo, no dia 15 de Abril.

SENIORES – Horácio, Américo e Lino (Valongo); Ferraz e Carvalho (do Carvalhos); Nora (Fânzeres); Vale, Orênsio e Fernandes (F. C. do Porto).

“Principiou ontem à noite a fase por zonas do Campeonato metropolitano e que apurará as quatro primeiras equipas.

JUNIORES – Domingos, Cardoso, C. Reis, J, Barbot, Rui Jotge, Amarante e F. Maia (F. C. do Porto); Vítor (Fânzeres); Quelhas (Valongo); A. Castro, Guerra e Carqueijo (Infante), além de dois jogadores que vêm propositadamente de Riba de Ave para serem convenientemente observados. (…)

De um modo geral, a jornada caracterizou-se pelo equilíbrio de forças e sentiu-se claramente que cada período de vinte e cinco minutos é esforço demasiado, sobretudo neste princípio de época, em que é notória a falta de preparação conveniente dos jogadores. (…)

CORREIA DE BRITO”

Jogo no pavilhão de Valongo. Árbitro: Artur Pinto. Ao intervalo: 0-0.”

1 9 74 0 4 0 6 _ C P _ A c a d é m i c o -Va l o n g o _ 2 - 5 . Iniciados A. Jogo no dia 5 de Abril. Sem mais indicações. A notícia:

532

“Realizou-se ontem à noite a primeira jornada dos campeonatos portuenses das categorias de Iniciados, Juvenis e Juniores (…).”

A notícia:

VIGOROSA: Cavadas, Chaves, Guimarães (1), Oliveira (1), Gigante, Vieira (1), Pedroso de Lima e Pombeiro. VALONGO: Horácio, Pires (2), Aguiar, Américo (2), Lima II (1), Lima I e Alves.


19740418_CP_Equipa do Valongo

decorreu sem surpresas, muito embora visitantes como o Valongo e F. C. do Porto não tivessem o triunfo sem dificuldades. (…) O marcador somente esteve animado durante a primeira parte, em que os avançados estiveram afoitos. O triunfo do Valongo foi muito difícil e não foi além da tangencial, pois os locais resistiram muito. Ao intervalo: 2-3. Arbitragem de António Quintela.” FÂNZERES: Adelino, Brandão, Magalhães (1), Jorge (1) e Adriano. VALONGO: Neves, Domingos (1), Pires (2), Américo, Aguiar, Alves, França e Almeida.

19740424_CP_Valongo-Pacense_6-2. Iniciados. Sem mais indicações.

Jogo

19740424_CP_Valongo-Educ.Física_5-0. Juvenis. Sem mais indicações.

“Anote-se como surpresa de vulto os empatres que o Infante cedeu no pavilhão do Lima e aquele que o Valongo consentiu no seu pavilhão municipal.”

19740424_CP_Valongo-Educ.Física_10-3. Juniores. Sem mais indicações.

19740420_CP_Valongo-Carvalhos_2-2. em Valongo. Sem mais indicações. A notícia:

19740423_CP_Fânzeres-Valongo_2-3. Jogo no dia 22 de Abril. Sem indicação de local.

19740507_CP_Américo na Equipa B de Portugal.

A notícia:

“A equipa B de Portugal, seniores, que no próximo fim-de-semana vai disputar em Barcelon um torneio internacional com as selecções A de Espnha, Alemanha e Itália, fez agora dois treinos,

“Realizou-se ontem à noite a terceira jornada da Zona Norte do Campeonato Metropolitano, que

A notícia:

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após uma paralisação de oito dias, por causa dos últimos acontecimentos políticos no País. (…) A equipa B ficou definitivamente escolhida pelos jogadores: Vítor Domingos (Guf); F. Pereira (Salesiana); eng.º J. rendeiro (Sporting); Salema (Sporting); Chana (Sporting); Américo (Valongo); e Carlos Alves (Paço de Arcos).”

19740523_CP_Porto-Valongo_ (3-1). Jogo não chegou ao fim. A notícia: “NÃO ACABOU O JOGO F. C. DO PORTO-VALONGO” (em título). “No pavilhão das Antas, disputou-se o desafio F. C. do Porto-Valongo. Quando o clube valonguense vencia por 1-0, Cristiano foi expulso temporariamente. Mais tarde, o F. C. do Porto empatou e depois, sucessivamente, foram expulsos três jogadores: França, Pires e Américo, o que fez com que a equipa visitante ficasse reduzida a dois jogadores, o que levou o árbitro, Nelson Tavares, a dar o jogo por terminado, por insuficiência numérica do Valongo, quando esta equipa perdia por 3-1, em parte resultante das expulsões. Prezas perdeu um castigo máximo.”

19740527_CP_Valongo-Fânzeres_6-1. Juvenis. Jogo no dia 26 de Maio, de manhã. Sem mais indicações. A notícia: “Ontem de manhã, realizou-se mais uma jornada dos campeonatos portuenses de Iniciados, Juvenis e Juniores.”

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19740527_CP_Valongo-Fânzeres_2-1. Juniores. Jogo no dia 26 de Maio, de manhã. Sem mais indicações.

19740529_CP_Valongo-Vigorosa_8-6. I Divisão. Sem mais indicações.

19740614_CP_Sanjoanense-Valongo_5-2. Jogo em S. João da Madeira, no dia 13 de Junho. Sem mais informações. A notícia: “Realizou-se ontem à noite mais uma jornada do Campeonato Metropolitano da Zona Norte, anotando-se a vantagem de quase todas as equipas visitantes, pois somente a Sanjoanense venceu no seu próprio ambiente.”

19740614_CP_Valongo-Porto_0-1. Iniciados. Jogo em Valongo, no dia 13 de Junho, de manhã. A notícia: “Ontem de manhã, ralizou-se mais uma jornada em atraso dos campeonatos regionais de Iniciados, Juvenis e Juniores, sendo de salientar o triunfo do F. C. ,do Porto em todas as categorias, na sua deslocação a Valongo.”

19740614_CP_Valongo-Porto_2-4. Juvenis. Jogo em Valongo, no dia 13 de Junho, de manhã.


19740614_CP_Valongo-Porto A_1-4. Juniores. Jogo em Valongo, no dia 13 de Junho, de manhã.

19740816_CP_Porto-Valongo_2-2. Juvenis. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres. Sem indicação de data. A notícia:

19740812_CP_Valongo-Sanjoanense_4-0. Juvenis.

“No pavilhão do Infante de Sagres, principiou a segunda volta da fase de apuramento Porto-Aveiro das categorias de Iniciados, Juvenis e Juniores.

19740812_CP_Valongo-Curia_5-0. Falta de comparência.

Em Iniciados, a equipa da Académica deEspinho melhor «arrumadinha», bateu agora o Infante sem margem para dúvidas, enquanto em Juvenis o Valongo repetiu a proeza da primeira volta e destroçou todas as esperanças do F. C. do Porto de se qualificar.

Juniores.

1 9 74 0 81 2 _ C P _ Va l o n g o - O l i ve i re n s e _ 6 - 0 . Juvenis.

Em Juniores, o Valongo «devolveu» ao Infante de Sagres a derrota da primeira volta, por idêntica margem, pelo que o apuramento nesta categoria se terá de fazer pelo sistema de «gool-average» total.

19740812_CP_Valongo-União de Lamas_11-2. Juniores. Nota: Na notícia deste dia, é tudo confuso: além de não fornecer uma data de realização dos jogos (o que, de resto, era habitual), faz-se uma referêcia ao pavilhão do Infante de Sagres como eventual local dos jogos, mas não se percebe se foi mesmo lá que eles se realizaram, e além disso são referidas duas jornadas, sem qualquer informação sobre se tiveram lugar de manhã, de tarde o/ou á noite ou então em dias seguidos.

19740816_CP_Infante-Valongo_0-1. Juniores. Jogo no pavilhão do Infante de Sagres. Sem indicação de data.

19740821_CP_S anjo anense-Valongo_2-1. Juvenis. Jogo no pavilhão de S. João da Madeira. Sem mais infirmações. A notícia: “No pavilhão de S. João da Madeira, realizaram-se as duas últimas jornadas da fase de apuramento entre os reprsentantes de Aveiro e do Porto, nas provas de Iniciados, Juvenis e Juniores.”

535


19740821_CP_ Valongo-Curia_5-0. Juniores. Falta de comparência. Jogo a realizar no pavilhão de S. João da Madeira. Sem mais infirmações.

19740821_CP_Oliveirense-Valongo_1-5. Juvenis. Jogo no pavilhão de S. João da Madeira. Sem mais infirmações.

19740821_CP_Lamas-Valongo_0-19. Juniores. Jogo no pavilhão de S. João da Madeira. Sem mais infirmações.

19740821_CP_Valongo requer Campeonato Nacional.

embargo

do

A notícia: “Entretanto, o Valongo pediu por telegrama e por carta, ao Secretário de Estado da Juventude e Desportos, o embargo do Campeonato Nacional, por estar a ser vítima inocente de erros que lhe não pertencem. Efectivamente, o Valongo e o F. C. do Porto foram, em devido tempo, punidos com uma falta de comparência, nos jogos com o Beira Mar e Sanjoanense, respectivamente, pelo facto de terem recebido comunicados da Associação do Porto a informar que os jogos marcados para o passado dia 29 de Abril se não podiam fazer por falta de policiamento. Sucede, porém, que, enquanto os jogos no Porto se não fizeram por esse motivo, as partidas Sanjoanense-Porto e Beira Mar-Valongo

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não tinham quaisquer impedimentos, pois a G. N. R. assegurava a ordem nos rspectivos recintos. Se bem que os comunnicados da Associação do Porto fossem efectivamente de boa-fé, a verdade é que, tanto o Valongo como o F. C. do Porto não tiveram do facto a menor culpa e a sua não comparência a esses jogos deve-se simplesmente às ordens recebidas da associação. O F. C. do Porto, com essa derrota por falta de comparência, perdeu o primeiro lugar da sua zona, mas o Valongo perdeu mais, pois perdeu o direito ao seu apuramento para a fase final. Daí a inconformidade dos dirigentes valonguenses, pois o Valongo é uma colectividade que tem de merecer a todos o maior respeito e não recebeu a mínima resposta à exposição que fez em 11 de Julho, para que lhe seja feita justiça. Para além de o Valongo não ter qualquer culpa do que sucedeu, acresce que o clube não foi ouvido, o que torna ilegítima a aplicação da falta de comparência. De resto, como manda o regulamento, deveria ter sido enviada ao Valongo uma nota de culpa, que, a não ser remetida, demonstra que realmente o Valongo não pode ser acusado de qualquer culpa, mas averdade é que o clube, que há vinte anos pratica a modalidade, com sacrrifícios de que poucos se podem orgulhar, com uma obra notável no domínio da preparação de jogadores, é espoliado do legítimo direito de disputar a fase final do Campeonato Nacional, apenas porque a Direcção-Geral dos Desportos não soube actuar de harmionia com os verdadeiros princípios de justiça que este organismo oficial devia ser o primeiro a defender. Impõe-se por isso e urgentemente que se faça justiça.”


19740902_CP_Valongo-Salesiana_2-3. Juvenis. Sem indicação de local ou data. Sem mais indicações.

Ao intervalo, 3-0, com domínio acentuado e capacidade técnica indiscutível do vencedor. Árbitro, Alfredo da Hora.”

A notícia:

VALONGO: Silva, Santos, Vítor (4), Armindo (1), Nunes, Almeida, Gomes e Paupério.

“Prosseguiram, em Lisboa e S. João da Madeira, os campeonatos nacionais de todas as categorias. (…) Em Juvenis, foi notória a resistência dos grupos nortenhos, pois tanto o Académico como o Valongo deram boa réplica ao Sporting e Salesiana. Com maior «rodagem», os grupos lisboetas venceram os jogos, mas com grandes dificuldades.”

PACENSE: Gomes, Rodrigo, Jorge, Campos, Augusto e Charneca.

19741014_CP_Carvalhos-Valongo_1-2. Infantis. Jogo em Valongo. Sem indicação de data. A notícia:

1 9 74 092 0 _ C P _ Va l o n g o -A c a d é m i c o _ 3 - 2 . Juvenis. Sem indicação de local ou data. Sem mais indicações.

19741006_CP_Valongo-Pacense_5-0. Infantis. Jogo na Antas, no dia 5 de Outubro. A notícia: “Ontem à tarde, no pavilhão das Antas, numerosa assistência esteve presente na jornada de abertura do Torneio de Infantis, uma feliz iniciativa da Associação de Parinagem do Porto. Das oito equipas inscritas, as que mais se evidenciaram foram a Académica de Espinho e o Valongo, qualquer delas de índice técnico animador, em contraste com o feaco nível das restantes. Surpreende como os clubes, na maioria dos casos, entrega jovens praticantes nas mãos de treinadores incipientes. (…)

“A terceira jornada do torneio de infantis, promovido pela Associação de Patinagem do Porto, realizou-se no pavilhão do Valongo. Acentue-se desde já o propósito associativo, inteiramente louvável, de distribuir as sete jornadas do torneio pelos pavilhões dos vários clubes, o que permite uma maior difusão e divulgação da competição, servindo de motor para uma excelente propaganda da modalidade. (…) Foi difícil e laborioso o triunfo do vencedor, mas assinale-se a «cobertura» que o Valongo fez ao perigoso médio do Carvalhos, o que lhe permitiu ganhar o jogo, embora com sérias dificuldades. Ao intervalo: 0-1. Árbitro: Valdemar Aires.” CARVAL HOS: Cruz, Carvalho, Pereira, Baptista, Mota, Almeira, Moura (1) e Manuel. VALONGO: Silva, Santos, Vítor, Armindo (1), Nunes, Almeida (1), Gomes e Paupério.

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Classificação: Valongo Espinho Carvalhos Infante Porto Académico Pacense Educ. Física

INFANTIS J 3 3 3 3 3 3 3 3

V 3 2 2 2 1 1 0 0

E 0 1 0 1 1 0 0 0

D 0 0 1 1 1 2 3 3

F 13 14 8 6 2 1 1 0

19741018_CP_Valongo-Espinho_1-1. Sem indicação de local ou data.

C 1 1 2 2 5 8 9 17

P 9 8 7 7 6 5 3 3

Infantis.

A notícia: “A primeira jornada do torneo portuense de infantis, feita ao ar livre, não foi «apadrinhada» pelo tempo e choveu. Isso não evitou o interesse do público erevelou também que os jovens praticantes aguentam, razoavelmente, os pisos escorregadios. (…)

19741025_CP_Valongo-Educ. Física_17-0. Infantis. Jogo no pavilhão do Espinho, no dia 24 de Outubro. A notícia: “VALONGO SEM PERDER NO «REGIONAL» DE INFANTIS” (em título). “Mais uma jornada do torneio de infantis e mais uma supresa de tomo: o F. C. do Porto, que principiara mal a prova e melhorou depois, voltou a cair. O Valongo, cem por cento vencedor, continua a sua carreira triunfante.” (…) O mais forte contra o mais fraco proporcionou triunfo amplo, mas ressalte-se a dignidade desportiva dos vencidos. Árbitro: Jorge Caldas.” VALONGO: Silva, Santos (1), Vítor (8), Armindo (1), Nunes (3), Almeida (3), Gomes (1) e Paupério. EDUC. FÍSICA: Febre, Cardoso, Vítor, Reis, Maia, Monteiro, Barbosa e Oliveira.

Bom jogo e boa exbição das duas equipas, com hóquei de qualidade. Primieros a marcar, os «espinhenses» cederam o empate, mas mantiveram-se na prova ainda sem derrotas. Ao intervalo, 0-0. Árbitro: Jorge Caldas.”

19741026_CP_Anuncia Porto-Valongo, Infantis, às 17h20. Não diz onde.

VALONGO: Franque, Campos. Vítor (1), Armindo, Nunes, Almeida, Gomes e Paupério.

19741102_CP_Anuncia Valongo-Académico, Infantis, às 16h00. Não diz onde.

ESPINHO: Pinto, Silva, Sousa, Vítor Hugo (1), Gil, Salvador, Duarte e Vítor. Nota: Nem o facto de os jogos serem ao ar livre e de o tempo não ajudar motivou o jornalista a dizer, pelo menos, onde eles se realizaram…

538

19741122_CP_Valongo-Porto_1-1. Infantis. Sem indicação de local ou data. A notícia: “TERMINOU O TORNEIO DE INFANTIS” (em título).


“A última jornada do torneio portunense de infantis não alteraria a classificação dos oito concorrentes, quaisquer que fossem os resultados, pelo que não teve o interesse e a expectativa das restantes jornadas. O Valongo foi o campeão por mérito absoluto, ficando nos lugares de honra: Carvalhos e A. de Espinho.”

1975

19750129_CP_F. C. do Porto-Valongo_5-5

19750211_CP_Escalão B_Uma enormidade

19750216_CP_Um leitor de Valongo insurge-se contra o Escalão B.

19750216_CP_Valongo-Fânzeres_5-0 (por falta de comparência)

19750301_CP_Torneio Quadrangular. Troféu Fernando Figueiredo. Valongo-Infante_1-3. Porto-Académico_2-2. Em Valongo.

539


19750317_CP_Infantis: Valongo-Pacense_2-6. Iniciados: Valongo-Pacense_7-1. Juvenis: Valongo-Carvalhos_4-1. Juniores: C.D.U.P.-Valongo_1-0.

19750325_CP_Ac. de Espinho-Valongo_0-4. Árbitro: Fernando Pinho AC. ESPINHO: Vítor Vladimiro, M. José, R. Lacerda, Brandão, Cruz, Martins e Diamantino. VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar, Pires (1), Moreira (1), Camões, Horácio e Lino (2).

19750329_CP_Infantis: Valongo-Porto_2-4. Iniciados: Valongo-Porto (A)_3-3. Juvenis: Ac. Espinho-Valongo_1-4. Juniores: Ed. Física-Valongo_3-4.

19750405_CP_Valongo-Académico_1-0. A notícia: “Difícil e laborioso o triunfo do Valongo, diante de um adversário ardiloso no contra-ataque e muito

540


compenetrado na defesa. Ao intervalo, 1-0.”

19750413_CP_Carvalhos-Valongo_5-4.

VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar, Pires, Américo (1), camões, Lino, Nogueira e Horácio.

A notícia:

ACADÉMICO: Beleza, F. Barbot, J. Manuel, Quitó, Adriano, J. Silva, Puskas e Machado.

19750407_CP_Infantis: Valongo-Ed. Física_8-0. Iniciados: Valongo-Porto (B)_9-0.

19750408_CP_Juvenis: Valongo-Rio Tinto_2-3. Juniores: Valongo-Águias_3-1.

“Toda a partida foi muito equilibrada e as equipas lutaram ardorosamente pelo triunfo final, mas o Carvalhos teve talvez mais serenidade, sobretudo na zona de remate, mas os visitantes queixaram-se da arbitragem. Ao intervalo; 1.0. Sob a arbitragem de Higino Santos, os grupos alinharam e marcaram:” CARVALHOS: Santos, J. Azevedo, Guilherme (4), Carvalho (1), França, Ferreira, Pereira, Couto e Maia VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar, Pires, Américo (1), Camões (1), Matos (1), Gomes e Nogueira.

19750412_CP_Bom triunfo do Valongo em Fânzeres. Fânzeres-Valongo_1-2. A notícia: “O segundo tempo foi tempo foi muito equilibrado, mas o Valongo resistiu bem a todas as tentativas do adversário para restabelecer a igualdade. Ao intervalo: 1.2. Sob a arbitragem de Manuel Lourenço, os grupos alinharam e marcaram:” FÂNZERES: Pereira, Magalhães, Hernâni, Brandão, Valentim (1), Jorge, Vítor e Alva. VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar, Pires, Américo, Camões (1), Neves, Tino (1) e Nogueira.

19750414_CP_Infantis: Valongo-Carvalhos_8-1. Iniciados: Valongo-Carvalhos (A)_2-5.

19750415_CP_Juvenis: Valongo-S. Caetano_5-1. Juniores: Valongo-Vilacondense_11-0.

541


19750417_CP_Valongo-Beira Mar_4-2. A notícia: “Terminou a primeira volta da fase nortenha da poule de apuramento do Campeonato Nacional da I Divisão, embora haja ainda dois jogos em atraso.

19750429_CP_Juvenis: Valongo-Infante_3-2. Juniores: Valongo-Infante_2-4. A notícia: “Prosseguiram ontem os Campeonatos Regionais de Juvenis e Juniores, com os seguintes resultados:”

Para a fase seguinte, para o contacto com os grupos lisboetas, apuram as quatro primeiras equipas, pelo que a segunda volta vai animar imenso a competição. (…)

19750503_CP_Sanjoanense-Valongo_0-0.

Valongo-Beira Mar_4-2

“Retomou-se a disputa do campeonato nacional, após o período eleitoral, e as notas mais salientes foram a difícil vitória do F. C. do Porto e o empate que o Valongo foi ceder a S. João da Madeira.

Com uma primeira parte muito equilibrada, por causa do entusiasmo dos forasteiros, no segundo tempo foi notório o maior poder técnico do Valongo e também a sua maikor esx+eriência, o que fez chagar o resultado a 4-1. Na parte final, os «aveirenses», que nunca se entregaram, diminuíram a sua derrota. Faltou o árbitro indicado e por isso houve que lançar mão de uma das grandes dedicações do nosso hóquei – José Camilo – que fez uma arbitragem a contento de ambas as partes. Ao intervalo, 1-1. Os grupos alinharam a marcaram:” VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar, Pires (1), Américo (2), Tino, Camões (1), Nora e Matos

A notícia:

Sanjoanense-Valongo_0-0 Partida de grande equilíbrio entre a determinação técnica dos visitantes, com meritório comportamento das defesas. Sob a arbitragem de Carlos Parati, os grupos alinharam e marcaram:” SANJOANENSE: Licínio, Esteves, Azevedo, C. Ferreira, Eduardo, Sérgio, Machado e Arlindo. VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar, Pires, Américo, Camões, Horácio, Nora e Lino.

BEIRA MAR: Marques, Gradim, A. Oliveira, Marcelino, Corte Real, Messias (2) e Pinto. 19750504_CP_Valongo-Infante_4-2. A notícia: 19750419_CP_Valongo-Porto_3-1.

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“O Infante de Sagres não pôde passar o obstáculo do Valongo e sofreu a sua primeira derrota da prova, numa partida extremamente emocionante. (…)


Valongo-Infante_4-2 A nota dominante foi a extraordinária recuperação da equipa do Valongo, fazendo um segundo tempo verdadeiramente memorável. Ao intervalo, 0-2. Sob a arbitragem de J. Couto Moreira, os grupos alinharam e marcaram: VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar, Pires (1), Américo (1), Camões, Lino (2), Nora e Horácio. INFANTE: Tavares, Mendonça, A, Rendeiro, F. Gomes da Costa (2), A. Gomes da Costa, dr. Baptista e Montenegro. Classificação

do torneio quadrangular de Cádiz, o campeonato nacional da I Divisão retomou-se com a quarta jornada, mas parece que perdeu um pouco o balanço, pois as equipas não parecem melhor apetrechadas e faltam somente quatro jornadas para a prova entrar na sua fase mais importante. (…) Valongo-Ac. Espinho_3-3 Jogo de grande equilíbrio e emoção, do princípio ao fim, e o Valongo veio a sofrer o empate a pouco tempo do final, dando as equipas o máximo, sabedoras da importância deste resultado. Por falta de árbitro oficial, dirigiu o jogo José Nora e os grupos alinharam e marcaram:” VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar, Pires (1), Américo (1), Camões (1), Lino, França e Horácio. ESPINHO: Vítor, Vladimiro (1), M. Azevedo, Brandão, Rui (1), J. Oliveira e Alfredo (1).

19750506_CP_Infantis: Valongo-Ac. Espinho (A)_2-6. Iniciados: Carvalhos (B)-Valongo_0-7.

19750524_CP_O Porto venceu o Infante no jogo mais importante. Académico-Valongo_3-6.

19750527_CP_Valongo-Fânzeres_7-3. 19750517_CP_Riba d’Ave-Valongo_2-4. 19750530_CP_Valongo-Carvalhos_5-6. 19750520_CP_Valongo.Ac. Espinho_3-3.

A notícia:

A notícia:

“Apurados no Norte: Infante, Porto, Valongo e Ac. Espinho.

“Após um curto interregno, por causa da realização

543


Na penúltima jornada da Zona Norte, do Nacional, os resultados já não tinham influência nos apuramentos, pois todas as posições estão definidas. Daí que as supressas nem «supressas» se podem considerar. (…) Valongo-Carvalhos_5-6 Partida de grande velocidade e enorme entusiasmo pelas constantes oscilações do marcador. A quatro minutos do fim, o Valongo perdia por 5-4 e empatou quando faltavam dois minutos. Nesse curto período esperava-se que os locais ganhassem, mas foi o Carvalhos que se impôs. Desafio de grande correcção. Ao intervalo: 1-2. Sob a arbitragem de José Camilo, os grupos alinharam e marcaram:” VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar (2), Pires, Américo, Camões (1), Lino (2), França e Horácio. CARVALHOS: Santos, Azevedo (1), Guilherme (2), Carvalho, Ferreira (1), José, Gomes (2) e Couto.

19750530_CP_Reunião importante na Casa do Desporto. Árbitros em Valongo. A notícia: “Ontem de manhã, inesperadamente, realizou-se na Casa do Desporto uma importante reunião de elementos da Federação Portuguesa de Patinagem, da Associação de Patinagem do Porto e da Comissão Distrital de Árbitros, em que estiveram presentes também árbitros da modalidade. O motivo desta reunião é o facto de os árbitros não comparecerem a dirigir os jogos em Valongo,

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tema importante, agora que vai começar a fase final do Campeonato Nacional. A discussão foi muito proveitosa, pois graças a uma atitude do presidente da entidade regional, Rodrigo Leite, foi possível eliminar as dificuldades que os árbitros punham à sua deslocação a Valongo, pois o dirigente portuense assegura carro próprio e motorista para conduzir os árbitros aos jogos naquela vila. E deste modo evitou-se que os jogos em Valongo continuem a ser dirigidos por «árbitros espontâneos».”

19750531_CP_Beira Mar-Valongo_2-7. A notícia: “Terminou ontem a fase de apuramento, por zonas, do campeonato nacional da I Divisão, ficando apurados para a fase final as equipas: Infante de Sagres, F. C. do Porto, Valongo, Académica de Espinho, ,Salesiana, Sporting, Oeiras e Cascais. Desceram automaticamente à II Divisão: Beira Mar e Riba d’Ave, no Norte; e Sintra e Campo de Ourique, no Sul.”


19750605_CP_Iniciados: Porto (A)-Valongo_4-1. Infantis: Porto-Valongo_3-0.

19750605_CP_Juniores: Águias-Valongo_2-4.

19750605_CP_”Por erro da Associação o Valongo vai perder nove pontos e ser desqualificado da fase final?” A notícia: “Uma «embuchada» dos demónios vai estalar dentro em pouco no hóquei em patins. Efectivamente e ao que parece, um clube apresentou uma reclamação à Federação Portuguesa de Patinagem, alegando que a equipa do Valongo, cujo jogador Américo Moreira, tendo castigos a cumprir, aproveitou o torneio «Fernando Figueiredo», prova considerada particular, para redimir parte do castigo daquele jogador. Assim, o Valongo perderá três jogos, ou seja, nove pontos, o que implica que a equipa que ficou em 3º lugar e portanto ganhou com todo o merecimento a sua qualificação para a fase final da prova, que principia na próxima semana, será arredada. Não há dúvida que a reclamação é pertinente, pois a prova «Fernando Figueiredo» não foi oficializada pela Direcção-Geral dos Desportos, ao que parece. No entanto, o Valongo não tem, de facto, a mínima culpa, pois há uma circular da Associação de Patinagem do Porto, emitida pela gerência anterior, que considerou a prova oficial, contando pois para diminuição de castigo e aí o Valongo alinhou como seu jogador.

conta do erro associativo, daí que se o clube reclamante tem razão, o Valongo pode ser prejudicado pelos erros dos dirigentes associativos pouco cautelosos. Porém, agora aparecem terceiros clubes interessado na reclamação, pois se o clube reclamante, ao que parece o Carvalhos, empatar ou vencer o jogo-repetição, que se realiza amanhã com o Infante de Sagres já ficará automaticamente apurado para a fase final, em detrimento da Académica de Espinho – 4º classificado o Carvalhos «perde talvez um pouco a embalagem» quanto à sua reclamação, outros propõem-se agitar a questão. Porém, os nove pontos que seriam anulados ao Valongo, além de atirar o clube para o quinto lugar, promovem a ascensão do Carvalhos, se este perder o jogo a repetir com o Infante de Sagres, ou promove a Académica de Espinho que, nesta altura qualificada, poderia perder o quarto lugar se o Carvalhos-Infante de Sagres terminar com uma derrota ou empate do Infante de Sagres. Mas uma terceira equipa aparece agora com naturais ambições – o Académico, que com os pontos perdidos com o o Valongo, foge ao jogo de passagem com o terceiro calcificado da II Divisão e «endossa» os jogos de competência para a Sanjoanense. Entretanto, hoje à noite realiza-se o sorteio da fase final e, nesta altura, há uma embrulhada muito grande para resolver. Correia de Brito”

19750613_CP_Juvenis: Infante-Valongo_2-2. Juniores: Infante-Valongo_4-1.

Também surpreende como a Federação não deu

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19750616_CP_Cascais-Valongo_5-1.

momentos o Valongo obteve o tento vitorioso. Árbitro: Domingo Garganta.” VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar, Pires (2), Américo (1), Camões (1), Horácio, Nora (2) e Lino. PORTO: Castro, Presas, Cristiano (2), J. Fernandes (3), Vale, Domingos e Vila.

19750619_CP_Sporting-Valongo_7-2. A notícia “Na terceira jornada do «nacional», as equipas nortenhas não tiveram o comportamento da véspera, e somente o Infante de Sagres ganhou o seu deafio, pelo que o Cascais passou para o primeiro lugar.”

Nota: Este é mais um daqueles relatos surpreendentes com que por vezes os jornalistas desportivos nos brindam. Depois de sublinhar o brilhantismo da primeira parte do Porto, decerto justamente, não tem uma palavra para a vitória, nitidamente arrancada a ferros, do Valongo… como se fora coisa de somenos. O que eu leio nas entrelinhas é: “os miseráveis acabaram por ganhar…”

19750627_CP_Juniores: Fânzeres-Valongo_2-3. O Porto renovou a vitória no Campeonato Regional. 19750620_CP_”Três jogos do «Nacional», três grandes surpresas…” Infante-Ac. Espinho_3-5. Sporting-Cascais_4-1. Valongo-Porto_6-5. A notícia: “Completou-se ontem à noite a quarta jornada do Campeonato Nacional e a prova fica agora interrompida durante oito dias. (…) Valongo-Porto_6-5 No Pavilhão do Valongo, a equipa portista teve uma primeira parte fulgurante e concluiu a primeira parte a vencer por 5-1, mas a dez minutos do fim do jogo já o resultado era 5-5 e nos derradeiros

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19750629_CP_Valongo-Infante_5-0 (por falta de comparência). A notícia: “A FALTA DE COMPARÊNCIA DO INFANTE EM VALONGO Numa pequena nota ontem publicada, demos conta do desapontamento dos desportistas locais pela ausência do Infante de Sagres ao jogo do Campeonato Nacional da I Divisão que o campeão nortenho ali devia realizar. Compreende-se efectivamente o estado de espírito


dos desportistas de Valongo, visto que o problema assume aspectos da maior gravidade. Realmente, não só o Infante está disposto a não voltar a jogar em Valongo, mas ao que parece o F. C. do Porto, que pediu oficialmente um inquérito, teria decidido não mais defrontar o Valongo em quaisquer categorias. Por outro lado, o Cascais tomará idêntica atitude no desafio da segunda volta, segundo nos informaram. Por seu turno, os jogadores do Académico já há semanas tomaram uma posição frontal, recusando-se futuramente a defrontar os jogadores do Valongo em quaisquer recintos. Há quinze dias, vieram de Lisboa dois dirigentes da Federação Portuguesa de Patinagem, para resolver uma situação melindrosa, visto que os árbitros portuenses não apareciam a dirigir os jogos do Valongo, pelo que durante vários desafios teve-se de lançar mão de pessoas que, improvisada e abnegadamente, iam apitar os jogos. Entretanto, o pavilhão do Valongo era emoldurado com uma rede de protecção, o que denota a preocupação de garantir a segurança dos jogadores e dos árbitros. Em quase todos os recintos há assistentes que criam intoleráveis situações aos atletas adversários e aos árbitros. Não é sé em Valongo que isso sucede. Mas é evidente que urge expurgar dos recintos desportivos pessoas que não revelem um mínimo de predicados de civismo, sejam de que for (sic). Daí que nos pareça oportuna a realização de um debate que poderia ser marcado sob a orientação da Direcção da Federação ou da Associação de Patinagem do Porto, com a presença de vários representantes de cada clube, árbitros, treinadores e até jogadores, para se encontrar uma plataforma

de garantia para todos os que andam no desporto. Urge tomar medidas decisivas e, se necessário for, drásticas, para acabar com os excessos de histeria clubista, em todos os recintos desportivos. Por mais que os dirigentes se esforcem, sempre hão-de estar sujeitos a serem ultrapassados pelas arremetidas deste pu daquele assistente Não estivemos em Valongo na noite do jogo com o F. C. do Porto. Daí que não possamos tomar qualquer posição a respeito do que ali se teria passado. Os seccionistas do clube portista e o dirigente do pelouro do hóquei em patins fizeram amargas queixas à sua direcção e pediram medidas radicais, No entanto, também nos informaram que o presidente do Valongo fez tudo quanto estava ao seu alcance para que o jogo decorresse com normalidade. O Infante de Sagres já há meses tem uma reclamação em Lisboa acerca de um jogo feito em Valongo e agora recusou-se a deslocar ali a sua equipa, perdendo o jogo por falta de comparência. Temos todos de encontrar uma solução construtiva para esta embaraçosa situação e cremos que somente um diálogo frontal poderá clarificar um problema que assume nesta altura uma relevância extraordinária. Correia de Brito”

19750706_CP_Oeiras-Valongo_6-3.

19750714_CP_Sem leitura possível

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19750714_CD_”A Associação Desportiva de Valongo recusa as Acusações de que tem sido alvo, a propósito de alguns dos seus jogos do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins NAVIO (Presidente do Clube) demanda a barra do Porto A notícia: “A Associação Desportiva de Valongo, que ao hóquei em patins tem dedicado esforço, carinho e atenção dignos de nota, tem estado nos últimos tempos em foco. O Povo da vila valonguense nutre pela colectividade vincado amor e o interesse com que acompanha a sua actividade é manifesto. No momento actual, devido à posição classificativa da equipa valonguense no Campeonato Nacional, em honroso lugar, mais se acentua o amparo e o interesse que a população desportiva local dedica à sua equipa de hóquei patinado. Todavia, recentemente, a A. D. Valongo tem sido acusada de indisciplina. A A. D. Valongo tem sido, pois, alvo de acusações nada lisonjeiras, contribuindo para uma campanha de descrédito. Exemplo flagrante: dois clubes de mais nomeada no desporto e no hóquei em patins – o F. C. do Porto e o Infante de Sagres – queixaram-se de que era impossível jogar no pavilhão de Valongo, devido ao público e à dureza dos jogadores locais e, assim, o F. C. do Porto apontou algumas lesões em alguns patinadores em recente encontro com os valonguenses, e o Infante de Sagres, recusou-se, pura e simplesmente a deslocar-se àquela vila e preferiu perder o desafio por falta de comparência e sujeitar-se a outras sanções do que actuar em condições que julgou serem impossíveis de enfrentar. Tudo isto, como é óbvio, tem gerado «clima»

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desagradável para Valongo, no que se refere ao hóquei em patins e os comentários acentuam-se de maneira tal que a Direcção da A. D. de Valongo resolveu tomar a atitude de desagravar-se das acusações de que vem sendo alvo. Assim, num hotel desta cidade, os seus elementos directivos reuniram-se com os representantes dos órgãos de Informação, para que pudessem dizer das razões que julgam que lhes assistem, desagravando o sue clube e impedir que o nome da vila de Valongo pudesse ser atingido. Os dirigentes da A. D. de Valongo, Joaquim Navio, Presidente da Direcção; Fernando Almeida, vice-presidente; Manuel da Rocha, tesoureiro; Albino Poças, secretário da Assembleia-Geral; Agostinho das Neves Carvalho, secretário do Conselho Técnico; José Viterbo, treinador; e Manuel Pires, «capitão» da equipa sénior, estiveram presentes. Joaquim Navio foi historiando a sucessão de factos que tem dado origem ao processo de acusações diversas contra o clube a que preside. Refutando, porém, todas essas as acusações, reportou-se ao jogo Valongo-Infante de Sagres, referindo-se à exposição deste clube sobre acontecimentos ocorridos nesse desafio e afirmando que, se houve invasões do rinque, as mesmas foram de origem pacífica e apenas para o público da A. D. de Valongo vitoriar os seus atletas pelos golos marcados, como o árbitro do encontro poderá comprovar. Prosseguindo, o Presidente da A. D. de Valongo focou o jogo Académico-Valongo, efectuado no pavilhão da cidade, e acusou o jogador do clube do Lima, Mateus, de haver provocado a assistência afecta aos valonguenses no fim do desafio e, depois, o Académico assacar culpa à A. D. de Valongo por factos em que aquele clube não teve responsabilidade de qualquer espécie.


Evocando o desafio Valongo-F. C. do Porto, em que os jogadores do primeiro grupo operaram recuperação expressiva no marcador, passando de vencidos a vencedores à custa do seu esforço e valor, o Presidente da A. D. de Valongo contestou, com veemência, as alegações do F. C. do Porto quanto a jogadores seus gravemente lesionados e chegava a citar – como afirmou – o caso da lesão de Presas que se dizia estar contundido na cabeça e sem poder actuar tão cedo e o mesmo, afinal, já alinhar contra a Académica de Espinho. E citou ainda certos factos relacionados com o jogo Valongo-F. C. do Porto, criticando a acção de alguns dirigentes da secção de hóquei patinado do clube das Antas. Depois, Joaquim Navio afirmou que o seu clube não droga jogadores; que os seus jogadores são amadores e naturais de Valongo, um facto a considerar pelo seu amor à camisola; que o pavilhão do Valongo nunca foi interditado e que, no mesmo, o sistema de segurança dos árbitros e dos jogadores é absoluto e sem falhas e que, para reforçar ainda mais essa segurança, foi vedado. Tudo se conjuga, portanto, para que esteja em plena acção tendenciosa campanha contra a A. D. de Valongo. Quanto aos árbitros se recusarem a dirigir jogos em Valongo, é afirmação que não possui base de verdade e os árbitros estão também a serem manipulados por gente que actua na sombra, em «manobras» condenáveis, disse também aquele dirigente. Joaquim Navio ainda evocou o jogo Cascais-Valongo, afirmando que o mesmo foi um jogo duro e nada mais (ao contrário do que se disse em relação aos jogadores da A. D Valongo, acusados mais uma vez de falsas violências sobre os adversários) e que o Cascais, quando actuar em Valongo, pode fazê-lo à vontade, sem receio sob qualquer

aspecto, pois o público valonguense é, apenas e sobretudo, bairrista e entusiasta e nunca desordeiro e vingativo. Quanto ao encontro A. de Espinho-Valongo, nada de anormal se registou. O Presidente da A. D. de Valongo afirmou ainda que estava em crer que a campanha contra o seu clube começara por o mesmo não concordar em adiar um jogo com o Académico e depois a este clube se ter juntado o F. C. do Porto e o Infante de Sagres, estes alegando outras atitudes do clube valonguense – concluiu Joaquim Navio. José Viterbo e Albino Poças também se referiram à campanha contra o seu clube e ao «viveiro» de jogadores da A. D. de Valongo e à valorização do clube, dentro do hóquei patinado, em que já é um nome – o que parece desagradar a muita gente e a muitos clubes, aos tais clubes de «élite» como frisaram, e não se pode compreender tal campanha contra a A. D de Valongo, já vencedora, aliás, de uma taça para premiar a disciplina – disseram. E terminaram aqueles dirigentes por fazer votos para que cessem todas estas questões e quezílias para bem do Desporto. Assim o deseja a A. D. de Valongo. (Do «Primeiro de Janeiro»)” 19750717_CP_Sem leitura possível

19750724_CP_”O Porto bateu o Valongo numa partida de grande desportivismo” Porto-Valongo_4-2. A notícia:

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“A questão do título ficou reduzida agora a três concorrentes: Sporting, F. ,C. do Porto e Salesiana, esta última comprometendo a sua posição nestes últimos jogos, sobretudo ontem, no seu ambiente, restando saber se os «leões» serão capazes de vencer as partidas que lhes restam, pois somente os separam dois pontos dos portistas. F. C. do Porto-Valongo_4-2 Rodeado da maior expectativa, o desafio foi presenciado talvez pela maior assistência que já vimos no pavilhão do clube azul-branco, pois mais de sete mil pessoas pagaram o seu bilhete e não obstante os sócios do clube visitado pagarem só metade do bilhete, a receita global rondou os cem contos e muitas pessoas não conseguiram bilhete. AS duas equipas tiveram um comportamento verdadeiramente exemplar, sem a menos nota a macular o desportivismo de todos os jogadores

Assim, enquanto no Valongo toda a equipa esteve muito certa e em bom plano, no F. C. do Porto dois homens foram excepcionais: Cristiano, a atravessar o maior momento da sua carreira, e Castro, que comprometeu a sua excelente exibição com a má colocação que deu o segundo tento aos visitantes, atirado de situação impossível, pois a bola tabelou no guarda-redes e entrou A arbitragem de Manuel Lourenço não foi impecável, nem o podia ser, mas foi quase, e para isso, favorecendo notoriamente o seu trabalho, contribuiu o comportamento de todos os jogadores, que lhe não criaram qualquer espécie de problemas.”

Já no que diz respeito ao público, houve três incidentes, um dos quais, o primeiro, ente o público, com alguns sopapos e mais alguma coisa à mistura, mas a intervenção policial, afastando largamente os desentendidos, tudo serenou. Depois, por duas vezes, no princípio da segunda parte e a minuto e meio do fim, quando o Porto marcou o quarto tento, os responsáveis do Valongo, no seu banco, foram importunados por alguns assistentes e, nas duas vezes, esteve à vista o abandono dos visitantes, atitude que não levaram por diante, pela acção oportuna do árbitro e seus auxiliares e também do presidente do Valongo, que conseguiu dissuadir os seus atletas.

PORTO: Castro, Presas, Cristiano (2), Fernandes (2), Vale e eng. Júlio.

Se não fora esses três casos, o acontecimento teria sido verdadeiramente exemplar.

“Muita assistência, sobretudo da equipa visitante, para uma partida que foi muito equilibrada e que ao intervalo dava o marcador com 1-0 para o grupo da casa, a culminar o seu melhor período.

Tecnicamente, o jogo teve mais imperfeições do

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que lances de bom recorte e o F. C. do Porto pareceu em alguns momentos com menos lucidez do que o seu adversário, que nesse aspecto foi exemplar, denotando uma calma exemplar. O Valongo teve à vista o empate, que perdeu por alguns lances mal finalizados, mas acrescente-se que, por exemplo, Fernandes perdeu oportunidades soberanas

VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar, Pires, Américo, Camões (1) e Lino (1).

19750728_CP_Infante-Valongo (Ilegível)

19750731_CP_Infante-Valongo_2-2 A notícia:


Entretanto, o segundo tempo decorreu com domínio do Valongo, que chegou a ter a vantagem de 2-1, mas, a 8 minutos do fim, o Infante empatou, num lance que os visitantes contestaram. Ao intervalo, o Infante vencia por 1-0. Sob a arbitragem de Carlos Parati, os grupos alinharam a marcaram:” INFANTE: Montenegro, Mendonça, A. Rendeiro, F. Gomes da Costa (2), A. Gomes da Costa, Tavares, dr. Baptista e Reis. VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar, Pires, Américo (1), Camões (1), Horácio, Lino e Nora.

19750802_CP_Sporting – Campeão Nacional. F, C. do Porto – Lugar de Honra. Valongo – Terceiro Lugar

19750804_CP_”Duas Equipas Nortenhas nos Três Primeiros Lugares do Campeonato Nacional”

do Valongo. Isso ficou provado indiscutivelmente na derradeira fase. Equipa mesclada de jovens e elementos experientes, tem um defesa que poderá dar muito que falar e que pode ser apontado, sem favor, como um dos melhores atletas nortenhos no seu lugar.” Correia de Brito

19750822_CP_Homenagem aos jogadores do Valongo A notícia: “Promovida pela Direcção da Associação Desportiva de Valongo, realiza-se hoje, às 21,30 horas, no pavilhão desportivo local, uma homenagem aos atletas hoquistas, no decorrer de um «copo de água» e durante a qual será posta em destaque a dedicação dos atletas do clube.”

19750904_CP_IIegível

A notícia-comentário: “O Valongo, que alcançou um honroso terceiro lugar, o que significa qua as equipas nortenhas desta vez meteram duas delas nos três primeiros lugares, provou exuberantemente no jogo com o F. C. do Poto da segunda volta, que é uma equipa esclarecida e capaz de produzir boas exibições, se conseguirem os seus jogadores afastarem o nervosismo que muitas vezes tê à flor da pele.

19750904_CP_João de Brito, Novo Treinador do Valongo

Já no início do campeonato, quando a equipa tinha dois jogos e duas derrotas, com o F. C. do Porto e Infante de Sagres, na fase de apuramento, tínhamos afirmado que se podia esperar muito

João de Brito, com a concordância do Valongo e a pedido do Riba d’Ave, manter-se-á como técnico também desta segunda equipa.”

A notícia: “O internacional João de Brito, que foi guarda-redes do F, C, do Porto e treinador deste clube há duas épocas, e o ano passado técnico do Riba d’Ave, acaba de assinar contrato pelo Valongo.

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19751129_CP_Carvalhos-Valongo_2-0 A notícia: Terceira jornada do Torneio de Abertura. Outros resultados: Carvalho-Valongo_2-0.

19751204_CP_”A prometedora equipa do Valongo empatou com o F. C. do Porto (4-4)” A notícia “O desafio mais importante do lote de desafios da quarta jornada do Torneio de Abertura deu nota da restruturação das equipas, que lançam corajosamente os seus ex-juniores na formação de seniores, com apontamentos muito elogiosos. Em primeiro lugar, o Valongo que, mercê do trabalho que está a fazer o seu novo treinador João de Brito Malheiro será com certeza, nesta temporada, a equipa de sensação. Com seis jogadores a menos: Vítor Francisco, Américo, Pires e Nora, a cumprirem castigo federativo, Vale que se casou no sábado e Horácio ainda convalescente, o grupo de Valongo fez uma exibição de muito nível e empatou com o F. C. do Porto, resultado aliás sofrido a dois segundos do fim, quando parecia inevitável o desaire total dos «portistas». A jovem e prometedora equipa do Valongo esteve sempre a ganhar, o que torna ainda mais meritório o seu êxito e pode dizer-se que o lote de jogadores que possui lhe dá boas perspectivas para a Taça de Portugal. (…) No jogo Porto-Valongo, a partida teve momentos de agrado, diante do empertigamento dos jovens d segunda equipa que deram a nota da sua indiscutível capacidade técnica. Boa arbitragem de António Quintela e os grupos alinharam e marcaram:”

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F. C. DO PORTO: Castro, Prezas, Cristiano (3), Fernandes (1), C. Reis, Domingos, Amarante e David. VALONGO: Queirós, Camilo, Aguiar, Camões (2), Lino (2) e Matos

197512110_CP_Valongo-Fânzeres_7-1. reservas: Fânzeres-Valongo_1-6.

Em

Classificação:

19751223_CP_Ac. Espinho-Valongo_2-7 A notícia: “DISTRIBUIÇÃO DE PRÉMIOS NA ASSOCIAÇÃO DO PORTO A Associação de Patinagem do Porto vai proceder à distribuição de prémios da época de 1974-75, em cerimónia aprazada para as 17h30, no próximo sábado, no anfiteatro da Casa do Desporto, para a qual foram convidadas a autoridades civis, militares e desportivas. Será orador oficial o nosso camarada de Redacção Manuel Correia de Brito, seleccionado nacional de Juniores.


VALONGO – continua a ser a equipa mais prometedora.

197602223_CP_Taça de Portugal – Equipas Nortenhas Foram Eliminadas. Valongo-Oeiras_2-4 (Não fornece a composição das equipas nem os marcadores).

1976

1 9 76 0 1 1 8 _ C P _ Va l o n g o - O l i ve i re n s e _ 5 - 4. Reservas: Valongo-Oliveirense_2-0 A notícia: “O VALONGO VENCEU A OLIVEIRENSE EM JOGO EM ATRASO Sem quaisquer efeitos para as classificações, disputaram-se ontem, no pavilhão das Antas, dois jogos em atraso, do Torneio de Abertura, com os seguintes resultados:” (os que vão em título).

19760202_CP_Torneios de Abertura – Juniores, 2ª Série: S. Caetano-Valongo_0-6.

19760216_CP_Torneios de Abertura – Juniores, 2ª Série: Valongo-Ac. de Espinho_7-2. Juvenis, 2ª série: Valongo-Ac. de Espinho_5-0. A notícia: “Prosseguiram ontem os torneios de abertura das categorias de Juniores e Juvenis, com os seguintes resultados:” (os indicados em título).

A notícia: “As equipas nortenhas não passaram das meias-finais da Taça de Portugal, e o facto tem de se assinalar com surpresa, pois esperava-se na finalíssima de sábado a presença de um grupo da jurisdição do Porto. Porém, o F. C. do Porto, batido pelo Sporting na 1ª «mão», em Lisboa, por 9-1, foi eliminado sem apelo nem agravo, apesar de ter ganho por 6-4 na 2ª «mão». (…) Valongo – uma boa equipa Em Valongo, a jovem e muito prometedora equipa local perdeu com o Oeiras por 4-2, mas tem muitas e seguras atenuantes. Depois de ter ganho a 1ª «mão» por 5-4 no recinto do adversário, o Valongo foi batido por uma série de azares impossíveis de anular. Realmente, o grupo nortenho sofreu dois dos quatro tentos do mesmo modo desafortunado: deixou de marcar um tento, por infelicidade, e na imediata resposta os visitantes atingiram a baliza nortenha. Para além disso, perdeu uma grande penalidade, e no meio de tudo isto, a sua «pedra» mais experiente, Manuel Pires, esteve oito dias com gripe, portanto longe das sus condições físicas ideais. Acrescente-se que, por seu turno, o Oeiras fez uma exibição das que mais nos impressionaram nos últimos tempos. A equipa, com bom poder físico e cheia de confiança nos seus recursos, teve sempre a vantagem de nunca estar a perder, mas denotou indiscutivelmente um bom momento de apuro de

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forma, não obstante um ou outro rasgo individual de Carvalho, que aliás acabaram (sic) por resultar pela rapidez dos contra-ataques, que foram necessariamente demolidores.”

19760308_CP_Iniciados: Ac. Espinho-Valongo_2-4. Infantis: Ac. Espinho (A)-Valongo_11-0

19760411_CP_”VALONGO – UMA GRANDE EQUIPA JOVEM”. Académico-Valongo_1-6. A notícia: “A oitava jornada do nacional da I Divisão definiu mais uma vez o poderio da jovem equipa do Valongo; de salientar o triunfo difícil do Infante de Sagres.” (Infante -A. Espinho_2-1).

19760315_CP_Carvalhos e Ac. de Espinho, campeões regionais de Iniciados e Juvenis.

19760316_CP_Infante-Valongo_1-1. A notícia: “INFANTE E VALONGO EMPATARAM Principiou ontem à noite a disputar-se o Campeonato Nacional da I Divisão, fases por zonas, com a presença de vinte equipas, no Norte e no Sul. De lamentar a hora tardia a que principiam os desafios – 22h45 – pois bem se pode jogar às 21h45, para benefício de todos.”

19760327_CP_Nacional da I Divisão: Valongo-Carvalhos_6-2.

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19760411_CP_Dr. Correia de Brito pede a demissão de Seleccionador Nacional de Juniores.


Nota: Independentemente da pertinência das razões invocadas por ambas as partes, sobre a realização de jogos internacionais fora dos grandes centros, para melhor divulgar a modalidade, que para mim fazem sentido, mas não vou agora discutir, o que me chocou nesta notícia / comentário foi o facto de ela, ao enumerar os “centros fomentadores do hóquei em patins”, no Norte, ter omitido a ADV. Todos os jornalistas reconheceram sempre o grande contributo do Valongo para a formação de hoquistas e a divulgação da modalidade, não só através das escolas para quase todas as idades, que o tornaram um dos grandes “fornecedores” de jogadores dos clubes economicamente mais fortes; como também pelo percurso das suas equipas, que alcançaram grandes êxitos sempre com recursos limitados e diminutos. Aliás, o próprio Comércio do Porto, na mesma página deste dia e em notícias anteriores, chama a atenção para o valor da “jovem equipa do Valongo” e o Dr. Correia de Brito, em mais de uma ocasião, elogiou em termos claros e sempre simpáticos o contributo do Valongo para o hóquei, não apenas regional, mas nacional. Por isso, esta omissão é incompreensível e acentua a tantas vezes notória desatenção de alguns jornalistas.

19760424_CP_VALONGO TARAM_2-2

E

INFANTE

EMPA-

A notícia: “Iniciou-se ontem a 2ª volta do Campeonato Nacional – fase por zonas. No desafio de maior interesse, Valongo e Infante empataram, depois da primeira equipa ter chegado à vantagem de 2-0.”

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19760427_CP_DERROTAS DO VALONGO INFANTE. F. C. do Porto-Valongo_6-4. Juniores: F. C. do Porto-Valongo_4-2.

E

A notícia: “A segunda volta do Campeonato Nacional da I Divisão foi fatal para as duas equipas que seguiam na dianteira e eram as únicas que ainda não tinham perdido.”

do Campeonato Nacional da I Divisão – fase por zonas – já sem influência nos quatro lugares de qualificação para a fase final que principia a 2 de Junho, pois, no Norte, Valongo, F. C. do Porto, Infante e Oliveirense já estão apurados.”

19760529_CP_Oliveirense-Valongo_4-7. A notícia:

19760501_CP_Valongo-Ac. Espinho_8-5. A notícia: “Realizou-se ontem à noite mais uma jornada do «nacional» da I Divisão, com os seguintes resultados:”

“Realizou-se ontem a décima oitava jornada do Campeonato Nacional da I Divisão – fase por zonas – cujos resultados não alteraram as classificações, pois já estão apurados para a fase final os seguintes clubes: NORTE: Valongo, Infante, F. C. do Porto e Oliveirense. SUL: Sporting, Oeiras, Salesiana e Benfica.

19760519_CP_Juniores: Valongo-Fânzeres_0-1. Juvenis: Carvalhos-Valongo_2-1. Iniciados: Vilacondense-Valongo_1-12. Infantis: Carvalhos-Valongo_6-2.

(…) De assinalar que o Valongo foi a única equipa que ganhou em Oliveira de Azeméis.”

19760530_CP_”OLIVEIRENSE e BENFICA, as animadoras revelações da fase final.” 19760501_CP _Jogos realizados ontem: Fânzeres-Valongo_8-4.

19760625_CP_Valongo-Académico_6-3. Juniores: Valongo-Vilacondense_10-0. Juvenis: Valongo-Académico_5-0. A notícia: “Disputou-se ontem à noite a penúltima jornada

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A notícia: “A uma jornada do fim ficaram apuradas na fase preliminar as equipas que vão participar na fase decisiva. (…) No Norte, a equipa de que mais se pode esperar, será o Valongo, bem rotinada e disciplinada; tem predicados suficientes para se bater em pé de igualdade com qualquer grupo lisboeta. Formação muito jovem e com dois jogadores muito úteis pela sua experiência, o Valongo tem o justo prémio do


seu trabalho em profundidade, pois todos os seus elementos são produto de uma tarefa de base. CORREIA DE BRITO”

19760601_CP_Juvenis: longo_0-3.

F.

C.

do

Porto-Va-

Na mesma data e página, o Comércio do Porto publicou esta foto, com legenda muito significativa:

19760607_CP_Benfica-Valongo_9-3 A notícia: “Na terceira jornada do Campeonato Nacional da I Divisão, pode dizer-se que a visita dos melhores clubes de Lisboa, respectivamente Sporting e Oeiras, 1º e 2º da fase preliminar do Sul, desiludiram. (…) No pavilhão da Luz, a equipa portuense principiou bem e chegou a ter a vantagem de 2-0, mas depois deixou crescer o adversário até que, no momento em que o Benfica ganhava por 4-3, deu-se grande confusão entre o público, com barulho que serviu para os jogadores visitantes se distraírem, a ponto de sofrerem 5-3, sem oposição, quando olhavam para a assistência. Depois, os nortenho perturbaram-se e daí em diante o Benfica teve maior vantagem territorial, para acabar com uma vantagem que não está de harmonia com as possibilidades das duas equipas.”

19760610_CP_O Infante bateu a Oliveirense A notícia: A notícia dá conta dos resultados da quarta jornada de ontem, à noite, do «nacional» da I Divisão (Salesiana-Benfica_5-3; Sporting-Oeiras_6-2; Infante-Oliveirense_4-2) e acrescenta que “o desafio Porto-Valongo se realiza esta noite no pavilhão das Antas.” Depois, nos dias seguintes, não aparece qualquer notícia sobre o Porto-Valongo do dia 10.06. Este é um exemplo típico, detectável, das notícias de jogos que falham.

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19760614_CP_Infantis: Educ. Física-Valongo_2-1. Juvenis: Pacense-Valongo_4-0.

19760616_CP_Selecção Nacional de Juniores – Segundo treino.

Nota: Só uma curiosidade: todos os jogadores seleccionados pertencem a clubes do Sul.

19760617_CP_”O QUE SE PASSA NA ASSOCIAÇÃO DE PATINAGEM DO PORTO”

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19760621_CP_Infante: o melhor nortenho neste fim-de-semana. Valongo-Sporting_5-6. Infantis: Valongo-Porto_6-1. Juvenis: Valongo-Sanjoanense_2-5. A notícia: “Grande enchente no Pavilhão do Valongo, completamente lotado, a demonstrar o interesse que ali vai pelo hóquei em patins. O Infante de Sagres foi a equipa nortenha com mais evidência, pois foi buscar 5 pontos a Lisboa. VALONGO-SPORTING_5-6 Verdadeira partida de campeonato, com as duas equipas a baterem-se de igual para igual, com um resultado que está longe de espelhar o que foi o jogo. Os nortenhos tardaram a compreender que as saídas constantes de Ramalhete para fechar o ângulo da baliza impunham, não remates à distância, mas passes laterais, a dois ou três metros dos postes, mas ainda emendaram o erro, para fazerem alguns tentos por esse processo. Mas quanto à cobertura que deviam fazer a Salema, sempre livre de empecilhos, enquanto todos se preocupavam com as evoluções de Chana, é que os jovens de Valongo nunca atinaram, pese muito embora as instruções que lhes foram dadas pelo técnico. Também três tentos «a papel químico» de Sobrinho, à distância, podem ser facilmente apontados como deslizes de Vítor Francisco, mas isso não será tão fácil de concluir, pois não houve na defesa e meia defesa dos nortenhos quem fechasse o meio, fazendo o necessário eclipse entre o guarda-redes e o remate, pelo que tudo poderia ser bem diferente, se não fossem dadas tantas possibilidades aos lisboetas.

O Sporting, que jogou bem mais do que lhe vimos contra o Infante, é granítico na defesa, embora, como se viu ontem e se tem observado mais vezes, tenha pontos muito vulneráveis. Os seus «rodriguinhos» a meio rinque já não impressionam, pois tudo gira em face daquilo que puder fazer Chana e da inteligência de Salema. Um homem metido sempre entre os dois lisboetas já não dá as mesmas hipóteses aos campeões nacionais que joguem sempre muito a explorar o «corredor esquerdino» de Chana. De qualquer maneira, agradou-nos bem mais o Sporting desta vez. Ao intervalo, 1-3 e o êxito dos lisboetas ficou a dever-se sobretudo ao facto de estarem sempre em vencedores e apenas uma vez na situação de empatados. A arbitragem de António Soares, se exceptuarmos a sua preocupação de ser imparcial, foi um desastre. Na lei da vantagem, acumulou erros sobre erros e nesse aspecto o Valongo foi de longe o mais prejudicado. Anulou um tento aos nortenhos, o que é contra todos os cânones da arbitragem, pois falta seguida de tento, valida-se o tento, pelo que escamoteou um tento indiscutível aos nortenhos. Os grupos alinharam e marcaram:” VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar, Pires, Vale (1) e Camões (3). SPORTING: Ramalhete, eng. E. Rendeiro, Sobrinho (3), Salema (3), Chana e Carlos Alberto.

19760623_CP_Sporting: Título assegurado ao cabo da primeira volta? A notícia:

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“Terminou a 1ª volta do Campeonato Nacional da I Divisão e já algumas conclusões e podem adiantar. Por exemplo, que o Sporting está em primeiro lugar, sem embargo do factor sorte, que ajudou a equipa lisboeta (…). Das restantes equipas concorrentes, continuamos convencidos de que o futuro estará na Salesiana, no Valongo e até no Benfica (…). O Valongo sofre do mesmo mal: a juventude da equipa – um conjunto harmonioso de elementos que vieram das escolas e ascenderam sucessivamente às várias categorias, a que a experiência de Pires e o muito saber de Vale tanto ajudam, mas com elementos ainda em formação, capazes de fazerem exibições extraordinárias e outras inferiores ao seu próprio valor. Quando ganhar uma certa experiência que lhe falta, quando for mais rápido a desferir os contra-ataques, quando assegurar que o guarda-redes pode ser mais pendular, em vez de fazer exibições excepcionais e outras frouxas, o que somente se consegue quando se atinge uma certa craveira, o grupo do Valongo, formado apenas de valores da terra, vai ser um adversário poderoso. Na segunda volta, estamos convencidos de que vai alcançar maior somatório de pontos do que os conseguidos na primeira volta.” CORREIA DE BRITO”

19760627_CP_O F. C. do Porto bateu o Valongo no festival de «O Lar do Comércio» A notícia: “Integrado no programa de festas do aniversário de «O Lar do Comércio», realizou-se ontem à

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noite, no Pavilhão das Antas, um festival desportivo e artístico, que principiou com patinagem artística, em que intervieram patinadoras do F. C. do Porto: Maria João, Maria Eduarda e Irene Maria, seguindo-se uma alocução do presidente daquela instituição filantrópica, Henrique de Carvalho, de agradecimento a todos os participantes no festival. Disputou-se então o jogo de hóquei em patins Porto-Valongo, que teve uma primeira parte de apreciável nível técnico e que terminou com vantagem de 2-0 para o Valongo, com tento de Camões e Pires. No segundo tempo, o guarda-redes titula do Valongo foi substituído, para evitar males maiores à lesão sofria a minuto e meio do intervalo, e então os «portistas» foram mais acutilantes, enquanto o adversário protegia o seu jovem guarda-redes, com maior compenetração defensiva. No final regulamentar, 2-2, com tentos de Presas e Júlio, pelo que, para apurar um vencedor, se determinou a marcação de uma grande penalidade para cada lado, o que é anti-regulamentar. Vale falhou o seu castigo e Fernandes transformou a sua grande penalidade, dando o troféu ao F. C. do Porto. Anote-se que inexplicavelmente o técnico portista não fez uma substituição. Em jogo de limitado interesse e em ambiente festivo, é imperdoável que não tenha ao menos utilizado ao menos Carlos Reis, a necessitar de jogos deste tipo para a sua «rodagem». Continuam a esquecer-se os elementos feitos no clube? A arbitragem de Carlos Barbosa foi boa na primeira parte e fraca depois, com a sua preocupação de «marcar tudo». Os grupos alinharam:”


PORTO: Castro, Presas, eng. Júlio, Fernando e Chalupa. VALONGO: Vítor Francisco, depois Horácio, Aguiar, Pires, Camões, Lino e Vale

19760705_CP_Infante de Sagres claudicou em Oeiras. Valongo-Benfica_10-4.

definitivamente o seu lugar, pois a sua experiência às vezes também constitui o seu defeito. Sair a tempo será sempre uma virtude.” Correia de Brito

19761026_CP_Principiou a Taça Gonçalves». Valongo-Infante_1-0.

«Lopes

A notícia 19760721_CP_”INQUÉRITO AO TREINADOR DO VALONGO”. A notícia “Com base no depoimento do árbitro do jogo Valongo-Salesiana, a Federação enviou ao treinador da primeira equipa, João de Brito, uma espécie de nota de culpa, para responder ou contestar em cinco dias. Grave que as acusações feitas ao técnico do Valongo, “ (Falta o resto da notícia, que ficou fora da fotografia).

19760722_CP_Análise Nacional

Fria

ao

Campeonato

A notícia-comentário: “Valongo, outra potência em formação, com jogadores nascidos e criados na sua própria terra, e oxalá não apareça quem os tente a desertar do clube, tem ao seu alcance um grande lugar no hóquei português. Equipa formada por jogadores jovens e sabedores, cremos que será chada a hora de, na próxima época, os mais idosos cederem

“Principiou ontem à noite a nova temporada da modalidade, com a disputa da segunda edição da taça «Manuel Maria Lopes Gonçalves», um destacada e consciencioso dirigente que durante muitos anos, na década e 40, foi presidente da Associação de Patinagem do Porto.”

19761103_CP_Académico (3-0).

derrotou

Valongo

A notícia: “Um tanto inesperadamente, o Académico venceu por margem que pode não deixar margem para dúvidas, a tecnicamente superior formação do Valongo Com uma primeira parte muito estática, os vencidos cometeram o erro de aceitar a toada do adversário e, no segundo tempo, com maior rapidez e troca de bola, o Valongo, se não igualou as suas normais possibilidades, já esteve mais perto delas, mas não teve sorte em vários momentos e um lance infeliz de Pires, no centro do recinto, colocou dois academistas isolados diante da baliza e assim o Académico marcou contra a corrente do jogo, o 2-0, pelo que não foi difícil depois chegar à marca final.

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De assinalar a completa oportunidade das substituições feitas pelo técnico alvi-negro, que não chegou a poder tentar a «dupla» dianteira Campos-Pinto, em que necessariamente o primeiro jogador poderá ser mais útil na frente do que no eixo da linha.

19761120_CP_Porto (A)-Valongo_2-1. A notícia: “Na terceira jornada do Torneio de Abertura, há que assinalar a preocupação de se lançar gente nova” (…)

Arbitragem muito certa de Manuel Lourenço e os grupos alinharam e marcaram:” ACADÉMICO: Beleza, Costa, Campos, Pinto (2), Joel (1), Puskas, Amaral e Rui. VALONGO: Marques, Pires, Aguiar, Limo, Camões, Armindo, Nogueira e Vítor Francisco.

19761123_CP_Valongo-Académico_2-2.

19761210_CP_Oliveirense (A)-Valongo_5-7. A notícia:

19761106_CP_Fânzeres-Valongo_2-7. A notícia: “Prosseguiu o torneio da taça «Lopes Gonçalves» com resultados desnivelados na série A.”

19761109_CP_Valongo-Vigorosa_12-1. A notícia: “O torneio da taça «Lopes dos Reis» vai concluir-se com a final entre as equipas do F. C. do Porto e do Valongo, os primeiros classificados de cada série.”

“Com mais uma jornada, prosseguiu o Torneio de Abertura da Associação de Patinagem do Porto.

19761211_CP_Valongo-Carvalhos (A)_4-2.

19761214_CP_Samjoanense (A)-Valongo_3-6.

19761216_CP_Porto-Valongo_5-1. A notícia:

129761116_CP_Valongo-Águias_10-1. A notícia: “(…) Ontem principiou o Torneio de Abertura, promovido pela Associação de Patinagem do Porto.”

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“O pavilhão do Infante de Sagres registou uma grande assistência, ávida de ver o desafio entre as equipas do Porto e do Valongo, na «finalíssima» da taça «Lopes Gonçalves», em homenagem póstuma àquele que foi durante muitos anos presidente da entidade regional. O F. C. do Porto venceu por 5-1, numa partida


em que o colectivismo superou a força individual dos vencidos. O jogo principiou da melhor feição para os «portistas», pois dom 2 minutos apenas de jogo já ganhavam por 2-0, em consequência de dois lances de Cristiano, atirados do mesmo lugar e no mesmo jeito e que surpreenderam o guarda-redes do Valongo, convicto de que a bola iria ser passada, dada a falta de ângulo de remate. Aturdida com esses dois golpes, a equipa do Valongo acabou por serenar e Américo teve mesmo um remate devolvido pelo poste que poderia ter operado uma reviravolta no jogo. Porém, antes do intervalo, Chalupa fez 3-0 e a qualidade técnica do desafio desceu muito após o intervalo, sobretudo a partir do momento em que um assistente foi à vedação increpar jogadores, o que motivou uma cena de pancadaria que a polícia conseguiu depois dominar. Entretanto, do outro lado da bancada havia também um desentendimento com outro jogador e Aguiar, defesa do Valongo, que ali foi para apaziguar, foi agredido violentamente por um assistente, que lhe provocou forte hematoma. Houve ainda mais escaramuças e, com o jogo parado, um desentendimento entre Américo e Castro motivou a expulsão temporária de ambos. Para a baliza do Porto foi o suplente Domingos, tendo saído Chalupa, e havia de ser este jogador, em momento feliz, que entrando no recinto, teve a bola ao seu alcance e fez 4-0. Mais adiante, Américo sofreu nova expulsão, desta vez por cinco minutos, mas os portistas não procuraram forçar o jogo, plelo que depois Lino diminuiu para 1-4 e Cristiano estabeleceu o 5-1, final. Triunfo certo do Porto, que mostrou maior colectivismo e o Valongo, aturdido pelos dois tentos iniciais, pecou por excessos de individualismos que

não ajudaram a sua recuperação, mas em certos momentos do jogo mostrou a sua capacidade técnica. A arbitragem de Jorge Caldas foi difícil, sobretudo porque tardou a usar o recurso das expulsões temporárias.” PORTO: Castro, Prezas, Vale, Cristiano (3), Chalupa (2), Fernandes e Domingos. VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar, Pires, Américo, Limo (1) e Camões.

19761228_CP_Juvenis: Pacense-Valongo_2-5. Iniciados: Pacence-Valongo_1-1.

1976 - O Norte Desportivo – Notícia - Reportagem “Vencedor da Zona Norte, candidato a vice-campeão nacional VALONGO – onde o amadorismo é puro JOGADORES EXTRAORDINÁRIOS DE APLICAÇÃO, QUE TREINAM E JOGAM TRÊS VEZES POR SEMANA, RECEBEM SENHA PARA «PREGO» E «FINO» COMO PRÉMIO DE JOGO E LAVAM OS EQUIPAMENTOS EM CASA Reportagem de Alfredo Barbosa Tem 21 anos o Valongo que venceu a Zona Norte do Campeonato Nacional da I Divisão de hóquei em patins e está, agora, a bater-se, pelo menos, por um segundo lugar na fase nacional. Valongo,

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Associação Desportiva de Valongo, clube dos olhos da população da sede do concelho vizinho do Porto que absorve as freguesias de Ermesinde, Alfena, Campo, Sobrado… e Valongo e tem nas ardósias e na panificação as principais indústrias, aliás, reputadas. 1968: ano de ouro Este Valongo foi fundado em 1955 pelo dr. João Lino, Abílio Braga, Eduardo Figueiredo e Alves do Vale. Além do hóquei em patins, tem pesca desportiva. Mas é, naturalmente, naquela modalidade que reside a sua grande força. Quatro anos depois de andar pelos «Regionais» portuenses, em 1959 subiu à I Divisão («Ficámos em 2º lugar no Campeonato da II Divisão e no jogo de passagem com o Boavista ganhamos», contar-nos-ia Francisco Pires, chefe da secção), de onde nunca mais saiu. O seu ano de ouro foi 1968. «Fomos campeões de juvenis, juniores, reservas, primeiras categorias, do Porto; ganhámos o Torneio Início e a Taça Joaquim Ferreira; vencemos o Campeonato Metropolitano de Juniores e, ainda, a Taça Disciplina que a Associação de Patinagem do Porto instituiu pela primeira vez e nunca mais instituiu» — recorda o «capitão» da equipa sénior, Pires, que acrescenta: «O Campeonato Regional de seniores vencemo-lo numa finalíssima com o F. C. do Porto e voltaríamos a vencê-lo em 1970». Actividade intensa Em 1971, foi inaugurado o pavilhão gimnodesportivo de Valongo, que a Câmara mandou construir para servir os clubes da terra que se dedicassem às modalidades amadoras. Actualmente, servem-se

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dele o Valongo, que abandonou o rinque da praça Machados Santos, mais conhecido por rinque do Mercado, o Clube Propaganda de Natação, que o utiliza para o basquetebol e o andebol, e a Direcção-Geral dos Desportos, para promoção do desporto. O pavilhão possui uma capacidade para 3.000 espectadores sentados, mas nos dias de grandes jogos a lotação chega a atingir os 5.000 «à vontade». «O Valongo ocupa o pavilhão vinte horas por semana — precisaria Francisco Pires — distribuídas pelas diversas categorias que temos em actividade e são todas aquelas que existem. Temos 23 seniores inscritos, mas acabaram com os jogos de reservas e muitos deixaram de vir aos treinos. Actualmente, estamos reduzidos a 12 jogadores. Depois, na categoria de juniores, temos 11; nas de juvenis e iniciados, 10 em cada; na de infantis, 8; e nas «escolas», entre 130 a 150, embora assiduamente só apareçam 100, pelo facto de escassearem as horas para treino. A orientação destas categorias está confiada a João Brito (seniores), Armindo Leal (juniores), Alexandre Dias (infantis e iniciados), José Augusto (juvenis) e José Camilo («escolas»).» Senha para «prego» e «fino» Uma característica do Valongo é o «puro amadorismo» de todos os seus atletas. «Mas, para além de amadores, os nossos jogadores — dir-nos-ia Francisco Pires — têm de ser da terra ou trabalhar cá na terra. São eles que lavam os equipamentos, e o prémio de jogo que temos estipulado para todos, seniores, juniores, juvenis, iniciados…, quer ganhem, empatem ou percam, é uma senha que dá direito a um «prego» e a um «fino» e não pode ser utilizada na compra de coisas».


A actividade hoquista não dá prejuízo ao Valongo. «Se desse, onde iríamos buscar o dinheiro para a cobrir?» — perguntaria Francisco Pires. Fica anualmente por cerca de 400 contos, sendo coberta pelas quotizações dos associados (de 15 e 10 escudos, quando já quatro anos eram de cinco escudos e vinte e cinco tostões), pelas receitas dos jogos («A população adora o hóquei em patins e nunca falta com o seu apoio à equipa, aparecendo, mesmo, quando ela tem de fazer grandes deslocações, como aquelas que são efectuadas a Lisboa» — afirmar-nos-ia o jogador Pires) e «por uns sorteiozitos que, de vez em quando, se fazem». Uma ajuda importante para o equilíbrio das finanças do clube é dada pelos directores, que transportam os atletas, sejam de que categoria forem, nos seus carros, quando não são mesmo os próprios atletas a utilizarem os seus.

guarda-redes. Tive, entretanto, conhecimento de que estava para chegar de Angola um moço do Luanda e Benfica, transmitindo-me um seu familiar que só pretendia que lhe arranjassem emprego. Falei com a Direcção, mas foi-me dito que é apanágio do Valongo ter apenas jogadores da terra e continuei sem guarda-redes. Até que me encontrei com o antigo guarda-redes dos juniores, Queirós, por sinal com muitas qualidades, e consegui que ele voltasse a defender pelo Valongo – o que aconteceu na «Taça» e no Torneio Início – mas dizendo-lhe que quando pudesse contar com o Vítor Francisco e o Horácio prescindiria dele».

Objectivo: 2.º lugar no «Nacional» João Brito, antigo guarda-redes do Académico F. C. e do F. C. do Porto, «internacional» nesse posto, é o treinador da equipa sénior do Valongo desde o princípio da época. Iniciou a sua actividade como técnico do clube «azul e branco» pelas mãos do então chefe de secção Sampaio Mota, diplomando-se num curso promovido no Porto por essa altura e que registou a presença de dezenas de candidatos, muitos dos quais, depois de terem obtido o canudo, nunca mais trabalharam – por não haver onde ou por falta de determinação – para o hóquei em patins. «A maior dificuldade que eu tenho, aqui, a trabalhar é não poder contar com jogadores de fora da terra. No princípio da época, por exemplo, o Vítor Francisco estava castigado, o Horácio, que é o guarda-redes suplente, tinha um dedo fracturado e eu estava, assim, sem

“João Brito, ex-guarda-redes «internacional», treinador do Valongo: 20 anos de hóquei em patins, um trabalho altamente positivo como responsável pela orientação da equipa sénior valonguense”

Na opinião de Brito, o Valongo possui jogadores «extraordinários de aplicação, que treinam a sério três vezes por semana e se encontram, fisicamente, em boas condições» e conquistou «com justiça o primeiro lugar da Zona Norte, pois

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ao longo do Campeonato foi a equipa mais regular e a única que ganhou à Oliveirense no seu rinque». Em suma, «foi a vedeta da primeira fase do Campeonato Nacional, estando agora a lutar pelo segundo lugar, pelo facto de ter perdido pontos importantes – e que não estavam nas previsões» nos dois jogos já realizados em Lisboa, com a Juventude Salesiana e o Benfica. «O jogo com a Salesiana perdeu-se, como se poderia ter ganho; o jogo com o Benfica perdeu-se por factos extra-jogo, que tiveram influência importante no rendimento dos meus jogadores».

continuo, se vou parar. Meu caro Barbosa, são 20 anos ininterruptos de hóquei em patins em 35 anos de idade».

«Sem menosprezar o valor das outras equipas», Brito considera o Sporting como sendo aquela que reúne mais condições para ser campeã nacional. «O Sporting tem valores da selecção nacional; pode claudicar, pode perder, mas, jogando o que sabe, não perde. O Infante de Sagres fez-lhe ávida car, mas não há dúvida de que lhe é inferior».

Há quatro anos, quando o F. C. do Porto pretendeu ganhar um Campeonato Nacional por qualquer preço, reforçando-se com excelentes jogadores, aos quais pagava bons ordenados, Vale ingressou na colectividade portista, onde se manteve três anos, regressando ao Valongo nesta época. «Casei-me e decidi regressar. Ingressei no F. C. do Porto, porque o F. C. do Porto me pagava, pois não sou portista. Não, não penso regressar ao F. C. do Porto; tenciono morrer no Valongo» — diz.

Além da sua equipa, Brito acha que o Oeiras, Juventude Salesiana, F. C. do Porto e Infante de Sagres podem conquistar o segundo lugar. Quanto ao empate com o F. C. do Porto, Brito declarou-nos que «só por falta de maturidade, a minha equipa perdeu o jogo. A um minuto do fim, ganhava por 3-2. Se tivesse a experiência necessária, se não fosse demasiado jovem, nem o F. C. do Porto nem nenhuma equipa conseguiria chegar à igualdade. Fomos para as Antas com uma táctica defensiva, jogando com dois jogadores à retaguarda e um em «cunha», e íamos conseguindo a vitória, pois o F. C. do Porto atacou às cegas e não foi capaz de defender-se dos nossos contra-ataques». Em relação ao seu futuro, Brito diz ainda que não decidiu «absolutamente nada. Não decidi se

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Vale: «O F. C. do Porto pagava-me…» Vale é o melhor jogador da equipa do Valongo. Jovem, nos seus 24 anos, é «internacional» e encontra-se em magnífica forma, tendo demonstrado bem na passada quinta-feira, no pavilhão das Antas, frente o F. C. do Porto, com uma exibição extraordinária e que esteve na base do excelente empate alcançado pela sua equipa.

No tocante às possibilidades da equipa no Campeonato Nacional, Vale considera que «em princípio, houve boas perspectivas de ficarmos campeões, agora está um pouco complicado, mas o Valongo vai bater-se pelo segundo lugar, para o qual também são candidatos o F. C. do Porto e o Oeiras». Candidato nos próximos cinco anos Esta é, aliás, a opinião do «capitão» Pires, quinze anos de clube, que, todavia, foi mais longe nas suas considerações sobre a sua equipa e o Sporting: «O Valongo iniciou a fase nacional denotando saturação, mas creio que a partir do empate


nas Antas vamos iniciar a recuperação, com vista a sermos vice-campeões, já que o primeiro lugar penso que não escapará ao Sporting, que é uma autêntica selecção». Também como Vale, Pires acha que as equipas do Norte concorrentes ao Campeonato Nacional ainda se encontram em desvantagem em relação às do Sul, pois «lá a fase regional é mais dura, mais competitiva, todos lutam para se apurarem para a fase nacional, enquanto cá só existem duas ou três nessas circunstâncias». Entretanto, Pires, que diz que a sua equipa «tem a felicidade de Valongo gostar muito de hóquei», pensa em abandonar a actividade logo que um júnior esteja apto a ocupar a sua posição. «Há um miúdo fora-de-série nos juvenis e dois excelentes jogadores nos juniores. Todos os anos aparecem bons jogadores nas nossas categorias inferiores. Nos próximos cinco anos, o Valongo vai continuar candidato ao título regional, com aspirações ao título nacional». A. B.

Em caixa: Delfim e Viterbo Delfim é Pires, depois, Viterbo é José, antes. Um cronometrista – o Delfim – há 17 anos, o outro – o Viterbo – treinador e director, há 18, desde o tempo em que fazia de empregado de limpeza, cobrador, de seccionista – numa palavra, tudo. Delfim Pires e José Viterbo, duas grandes dedicações do Valongo, que os seccionistas, treinadores e jogadores de agora nos pediram para não esquecermos. – A. B. DEDICADAMENTE, DEZ Dez são as pessoas que trabalham na secção de hóquei em patins do Valongo. Dedicadamente. Puxando muitas vezes os cordões à bolsa, para além daqueles em que colocamos seus automóveis ao dispor dos atletas, como acontece sempre que há deslocações. Doutra forma, também o Valongo não conseguiria equilibrar as suas finanças. Dez pessoas, que são estas: Francisco Pires, chefe de secção e seccionista dos seniores; José Cardoso, seccionista dos juniores; António Pires, seccionista dos juvenis; Carlos Figueiredo, seccionista dos infantis; José luís, seccionista dos iniciados; Joaquim Manuel, seccionista dos pré-infantis; José Camilo, seccionista das «escolas», funções que acumula com as de treinador; José Ferreira, massagista; Artur Guedes, mecânico; Delfim Pires, cronometrista. – A. B. Quem são e o que fazem os hoquistas do Valongo Eles são doze. Só dois «internacionais» – o Vale e o Américo. Todos da terra e criados no clube.

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VÍTOR FRANCISCO, guarda-redes, 27 anos, vendedor; HORÁCIO, guarda-redes, 22 anos, torneiro mecânico; AGUIAR, defesa, 23 anos, estudante universitário; PIRES, médio, «capitão» da equipa, 30 anos, empregado de escritório; LINO, avançado, 22 anos, empregado de escritório; CAMÕES, avançado, 25 anos, metalúrgico;

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19770105_CP_Juniores do Valongo derrotaram expressivamente o F. C. do Porto (4-0). A notícia: “No prosseguimento do torneio de abertura da categoria de Juniores, estiveram em evidência as equipas do Valongo e da Sanjoanense, com resultados concludentes sobre adversários de valor técnico.”

ARMINDO, defesa, 23 anos, desenhador; VALE, avançado, 24 anos, 13 vezes «internacional», operário químico; AMÉRICO, avançado, 31 anos, várias vezes «internacional», desenhador; PIRES II, avançado, 20 anos, estudante; NOGUEIRA, avançado, 21 anos, empregado do comércio; MATOS, guarda-redes, 20 anos, empregado de escritório. A. B.” Na 1ª página, com chamada para a página 6, vinha esta foto com legenda e título:

19770109_CP_Taça de Portugal. Valongo-Sanjoanense_9-1. A notícia: “Disputou-se ontem a maioria dos encontros da primeira eliminatória da Taça de Portugal. Na Zona Norte, os resultados verificados não forneceram grandes surpresas, pois as equipas naturalmente mais fortes não tiveram dificuldade em passar à eliminatória seguinte da competição.”

19770119_CP_Juniores do Valongo continuam imbatíveis. Valongo-Académico_5-0. Iniciados: Valongo-Académico_0-6. A notícia: “Mais uma jornada do torneio de abertura para as categorias de Juniores e Iniciados, sendo de salientar mais um êxito da equipa do Valongo.”

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19770123_CP_Valongo-Académico_5-3. A notícia: “Disputou-se a primeira mão dos oitavos-de-final da Taça de Portugal, que não ficou concluída, devido ao adiamento do encontro Candal-Gede.”

19770128_CP_Valongo já tem treinador. A notícia “A equipa do Valongo, com as suas potencialidades e a sua mística, é, indiscutivelmente, um polo de atracção. Mas os seus dirigentes não pretendiam um treinador qualquer e agora, finalmente, resolveram o seu problema da melhor maneira, obtendo o concurso da dedicação e da terra – o José Viterbo, o popular «Zezinho», pelo que são de esperar êxitos à altura do prestígio do popular clube.”

19770130_CP_Académico-Valongo_2-3. A notícia: “Disputaram-se os encontros correspondentes à segunda mão dos oitavos-de-final da Taça de Portugal”.

19770202_CP_Protesto sem consistência.

Académico-Valongo

A notícia: “O Académico perdeu as duas eliminatórias com o Valongo e no final do segundo jogo fez declarações de protesto, alegando que os guarda-redes adversários alinharam ambos com o número «1».

Não há a mínima dúvida de que se trata de um protesto administrativo que, portanto, deveria ter sido feito antes do jogo principiar. Além disso, o artigo 12º, que diz que os jogadores terão nas costas da camisola um número suficientemente visível desde «1» até «10», também declara, nas suas observações, que o guarda-redes pode ser dispensado destra numeração e nem o facto de bem se dizer que não são permitidos números repetidos, poderá servir de base, pois a primeira observação «liquidaria» qualquer base de protesto, se este por si só não perdesse o seu valimento, por não ter sido feito antes do jogo. Acresce que o guarda-redes suplente não alinhou, e ao que parece tinha o «zero» que completaria o número «10» feito com adesivo que acabou por cair.”

19770205_CP_O Valongo eliminou o Académico no jogo-repetição por 7-3. A notícia: “Realizou-se ontem à noite o jogo-repetição entre as equipas do Académico e do Valongo, na segunda mão dos oitavos-de-final da Taça de Portugal Na primeira mão, no seu pavilhão, o Valongo tinha ganho por 5-3, na segunda mão, no pavilhão de Caia, o Valongo voltou a vencer por 3-2. Porém, os academistas protestaram o jogo, com o argumento de que os guarda-redes, efectivo e suplente, do vencedor, alinharam com camisola como mesmo número «1», embora o suplente nem sequer jogasse. Insolitamente, e demonstrando a sua incompetência, o Conselho Técnico da Federação anulou o

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jogo, pois nem sequer sabe que um protesto deste tipo é administrativo e deve ser feito antes do jogo principiar e não no final do desafio, como aconteceu. Ontem à noite, no pavilhão do <Lima, o Valongo voltou a impor-se ao adversário e ganhou por 7-3, eliminando o Académico da competição.”

19770206_CP_Taça de Portugal. Salesiana-Valongo_7-3. Primeira mão dos quartos-de-final da Taça de Portugal-

19770214_CP_Taça de Portugal, meias-finais. Valongo-Salesiana_8-2. Eliminados: Salesiana, G.E.D.E., Sotto Mayor, F. C. do Porto. Apurados para as meias-finais: Valongo, Carvalhos, Sporting e Oeiras.

19770219_CP_Fomento das Escolas de Jogadores A notícia: “Das percentagens obtidas das receitas dos jogos da Taça de Portugal e que se destinam ao fomento das escolas de jogadores, os clubes que indicamos vão receber as seguintes verbas: F. C. do Porto, 3.420$00; Sporting, 3.400$00; Oeiras, 3.060$00; A. De Espinho, 1.890$00; Carvalhos, 1.740$00; Valongo, 1.770$00; Sanjoanense, 1.250$00; Infante, 1.640$00, sendo estas as verbas mais significativas.

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Oxalá as verbas sejam efectivamente para fomento das escolas de jogadores.”

19770308_CP_Sporting e Oeiras logicamente na finalíssima da Taça de Portugal

19770313_CP_Taça de Portugal para o Sporting. Sporting-Oeiras_4-3.

19770313_CP_Campeonato Nacional. Valongo-Águias_13.1

19770326_CP_Porto-Valongo_3-0. A notícia: “No pavilhão das Antas jogou-se a partida mais emotiva da jornada, no Campeonato Nacional da I Divisão, entre as equipas do Porto e do Valongo, mas ambos os grupos jogaram edsfalcados, os portistas sem Vale e os visitantes sem Américo. A equipa azul-branca jogou muito bem, diante de um adversário de bom teor técnico e ganhou convictamente.”

19770329_CP_Triunfo Amplo do Valongo na I Divisão. Valongo.Académico_9-1. A notícia:


“Na sexta jornada do Campeonato Nacional da I Divisão, os resultados mais desequilibrados foram disputados em Valongo e no recinto do Águias, sendo e salientar o equilíbrio em S. João da Madeira e a resistência do Carvalhos face à turma portista.

19770416_CP_Juniores: longo_3-3.

Resultados: Sanjoanense-Oliveirense_6-5; A. Espinho-Riba d’Ave_5-0; Águias-Infante_4-11; Carvalhos-Porto_1-3; Vigorosa-Paço de Reis_6-4.”

Sanjoanense

29

Valongo

29

Porto

25

Pacense

23

Ovarense

22

Espinho

21

Oliveirense

20

Académico

18

Carvalhos

18

Águias

17

Desp. Póvoa

16

Fânzeres

12

Vilanovense

9

19770402_CP_Oliveirense-Valongo_10-4. A notícia: “Realizou-se ontem à noite a oitava jornada e penúltima da primeira volta do campeonato nacional da I Divisão, com os seguintes resultados: Académico-Porto_6-6; Ribadave-Sanjoanense_0-2; Infante-Ac. Espinho_3-1; Águias-Carvalhos_2-7.”

19770412_CP_Águias-Valongo_3-11.

Sanjoanense-Va-

Classificação:

19770427_CP_Juniores: Póvoa-Valongo_4-4. Iniciados: Infante-Valongo_7-0.

19770515_CP_Valongo-Oliveirense_11-1.

19770526_CP_Porto-Valongo_8-1. A notícia: “Com um jogo antecipado, mas com a maioria dos desafios realizados ontem à noite, principiou a fase final do campeonato da I Divisão, em que intervêm as oito melhores equipas de Lisboa e do Porto.

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A derrota do Sporting em Oeiras não se pode considerar propriamente uma surpresa, dada a capacidade do adversário dos campeões nacionais, como não espanta a derrota do Benfica no Barreiro. No pavilhão do Lima o Infante impôs-se ao aguerrido Carvalhos, enquanto o F. C. do Porto teve maiores facilidades na segunda parte do que se esperava. O jogo que parecia o mais equilibrado no Morte, entre o F. C. do Porto e o Valongo foi o mais desigual e desequilibrado quento ao resultado e foi certamente o pior, em valia técnica, dos últimos tempos. Os portistas jogaram sem velocidade, mas no segundo tempo, sempre que aumentaram de ritmo, fizeram funcionar o marcador. Assinale-se que a um segundo do intervalo é que o F. C. do Porto passou a ganhar por 2-1 e a inspiração de Fernandes, no remate, que não em jogo, tornaram a partida um pouco mais atraente e disfarçaram a má exibição dos jogadores de ambas as equipas. De assinalar que a arbitragem foi feita por Armelim Fernandes, de Santarém. Não compreendemos este recurso e sobretudo este dispêndio de deslocações para um jogo entre dois clubes do Porto, pois se houve impossibilidade do árbitro portuense primeiramente indicado, porque não se indicou outro nome dos vários e bons árbitros portuenses existentes? O seu trabalho foi imparcial, mas com o seu objectivo de «apitar a tudo», acabou por, talvez, provocar a monotonia do jogo. Chalupa foi o primeiro jogador a receber o famigerado «cartão amarelo», e diga-se que injustamente, e a seguir o árbitro voltou a usar do «cartão amarelo» para punir Lino, quando falta foi de Américo, por lapso de visão do juiz de rinque.”

572

19770530_CP_Sporting goleou (22-0) o Carvalhos. Benfica-Valongo_6-4. Juniores: Valongo-Fânzeres_3-1. Valongo-Fânzeres_3-1.

Iniciados:

19770531_CP_Equipas nortenhas todas derrotadas. Sporting-Valongo_9-3. Porto-Oeiras_1-5. Infante-CUF_2-7. Benfica-Carvalhos_7-6.

19770602_CP_Valongo-Carvalhos_6-2. Infante-Porto_3-5. CUF-Oeiras_4-2. Benfica-Sporting_3-5.

19770609_CP_Valongo-Infante_5-2. A notícia: “Disputou-se ontem à noite a quinta jornada da fase final do «nacional» da I Divisão com desafios relativamente equilibrados. Assinale-se que, dos quatro jogos, apenas um se realizou ao ar livre – em Oeiras, e como choveu antes do jogo, o piso escorregadio favoreceu a equipa da «casa», cujos jogadores trocaram para rodas de alumínio, o que os favoreceu em relação ao adversário. Resultados: Sporting-CUF_10-4; fica_9-3; Carvalhos -Porto_2-4”

Oeiras-Ben-


19770619_CP_Juniores: Porto-Valongo_2-1.

19770711_CP_O Sporting revalidou o título da I Divisão. Valongo-Oeiras_2-2. A notícia: “Realizou-se ontem à noite a derradeira jornada do Campeonato Nacional da I Divisão, com êxito absoluto da equipa do Sporting, que assim revalidou naturalmente o título, como já se esperava, tendo apenas como seu mais directo competidor a equipa do Oeiras, pois os restantes grupos e sobretudo os nortenhos ficaram a uma grande distância do vencedor. Resultados: Sporting.Infante_10-2; -Porto_3-2; Carvalhos-CUF_3-5.”

Benfica-

19770722_CP_Direcção do Valongo homenageia os atletas. A notícia: “O terceiro lugar conquistado no último Campeonato Nacional deu direito a participação na taça dos clubes campeões europeus de hóquei em patins à equipa do Valongo. O facto passa a constituir a proeza mais relevante na já longa

vida da colectividade. O hóquei em Valongo atinge assim no momento presente ponto alto e que (sic) o futuro surge recheado de optimismo. Paralelamente, as responsabilidades aumentam, a projecção do clube a nível internacional terá certamente a partir de agora a preocupação dominante dos seus responsáveis. Num restaurante da vila e para comemorar tal feito, a Direcção do clube achou por bem levar a efeito um jantar de homenagem aos seus atletas hoquistas, que contou com a presença, além dos atletas, associados e órgãos directivos do clube, do Presidente da Associação de Patinagem do Porto, Rodrigo Leite, e do Presidente da Junta de Freguesia, Lino Ferreira. A anteceder o habitual período de discursos, o capitão da equipa, Manuel Pires, o presidente do clube, Carlos Figueira, o actual treinador, Abílio Moreira, e o ex-treinador, José Viterbo, encarregar-se-iam do partir do «bolo», amanhado a preceito, que de imediato seria sofregamente saboreado por todos os presentes. O brio, a honestidade e o desportivismo, a par do puro amadorismo reinante no clube seriam os aspectos mais marcantes dos vários discursos proferidos. O presidente do clube, Carlos Figueira, na sua breve alocução, depois de agradecer a vontade e o espírito desportivo dos jogadores, teria ainda uma palavra de crítica aos órgãos de informação do Norte: «dá-se demasiado relevo aos profissionais do hóquei e despreza-se aqueles que são puros amadores». Albino Poças, membro da Assembleia-Geral, teria ocasião de referir não ser apenas o facto de os atletas terem obtido o passaporte para os «Europeus» nem o 3º lugar no campeonato que justificaria a festa, acima de tudo estava o amor à modalidade que praticam. Em representação da Associação de Patinagem do Porto, Rodrigo Leão desejaria as maiores felicidades

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para o Valongo, esperando que os seus atletas fossem capazes, com o brio que lhes é próprio, de ultrapassar todas as dificuldades futuras. Findou fazendo votos para que nos Jogos Olímpico estivessem presentes alguns atletas do Valongo. A presença na taça dos Clubes Campeões Europeus para a Associação Desportiva de Valongo é sinónimo de maior sacrifício e responsabilidade, mas é inequivocamente um prémio justíssimo para o trabalho desenvolvido ao longo dos anos por todos aqueles que entusiástica e desinteressadamente se têm dedicado à modalidade. Para os hoquistas e dirigentes do Valongo puro amadorismo adquire aqui e agora alto significado, os resultados estão à vista e constituem um exemplo a seguir. Augusto Ferreira”

19771023_CP_ Carvalhos-Valongo_3-3. Reservas: Carvalhos-Valongo_0-5. A notícia: “Disputaram-se os jogos correspondentes à segunda jornada do Torneio de Abertura da Associação de Patinagem do Porto, nas categorias de honra e reservas, registando-se os seguintes resultados: Honra: Porto-Sanojoanense_4-3; Ac. Espinho-Infante_3-3; Candal-Oliveirense_2-3. Reservas: Porto-Sanjonense_5-4; R. Invicta-Infante_6-3.”

A notícia: “Prosseguiu o Torneio de Abertura do Porto, com a nota dominante de o Valongo contar todos os jogos por vitórias. Resultados: Honra: Carvalhos-Oliveirense_6-2; Sanjoanense-Infante_1-5; Campanhã-Candal_7.2. Reservas: Carvalhos-Oliveirense_3-12; nense.Infante_4-1.

Sanjoa-

19771108_CP_Candal-Valongo_2-4. A notícia “Mais do que a folgada vitória do Infante de Sagres, no seu pavilhão, frente à Oliveirense, a nota mais saliente da jornada de ontem foi o triunfo que o «cinco» da Sanjoanense conseguiu no rinque da Académica de Espinho. Resultados: Porto-Carvalhos_6-5; Ac. Espinho-Sanjoanense_3-4; Olivierense-Infante_2-11.”

19771129_CP_Juniores: (falta de comparência).

Valongo-Póvoa_5-0

Juvenis: Académico-Valongo_3-3.

19771204_CP_Valongo-Académico_8-1. A notícia:

19771029_CP_Torneio de Abertura. O F. C. do Porto perde em Valongo. Valongo-Porto_3-1. Reservas: Valongo-Porto_0-7.

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“Estava marcada para ontem a segunda eliminatória da Taça de Portugal. Ficou, porém, muito incompleta, já que foram muitos os jogos que ficaram por decidir, devido ao mau tempo.”


1978

19780214_CP_Infantis: Valongo-Póvoa_3-0. A notícia:

19780108_CP_Taça de Portugal_Benfica venceu em Valongo. Valongo-Benfica_1-3. A notícia: “Os quartos-de-final da Taça e Portugal conheceu ontem à noite a realização dos encontros relativos à 1ª «mão». A goleada do F. C. do Porto e a vitória do Benfica na sua difícil deslocação a Valongo foram as notas mais salientes da ronda.

“Na categoria de Infantis, há que pôs em evidência a tarefa meritória de apoio do Carvalhos aos mais pequenos, embora Infante, Porto, Valongo e A. Espinho estejam na vanguarda. Classificação: Carvalhos, 6; Infante e Ed. Física, 5; D. Póvoa, 4; Fânzeres e Oliveirense, 4;Candal, 3; Pacense, 2.”

Resultados: Paço d’Arcos-Oeiras_1.4; Sporting-Ac. Espinho_8-0; Porto-Belenenses_10-1.”

Nota: Como se percebe, após o teor da notícia, esta classificação está errada, porque não refere o Valongo.

19780115_CP_Taça de Portugal. Benfica-Valongo_4-2.

19780214_CP_Iniciados: lhos_6-5.

19780214_CP_Juniores: Valongo-Fânzeres_9-1

“Classificação: A. Espinho e Porto, 9; C. Valadares e Carvalhos, 7; Pacense, 6; Infante e Rio Tinto, 5; E. Física, Fânzeres e Valongo, 4; Sanjoanense e Oliveirense, 3; Académico, 2.”

Valongo-Carva-

Classificação Série A: Porto e Valongo, 11 pontos; Pacense, 5; Desp. Póvoa, 4; Fânzeres, 1. Série B: Sanjoanense, 11; Carvalhos, 9; Ac. Espinho, 7; Águias, 6; Oliveirense, 3.

19780214_CP_Juvenis: Fânzeres-Valongo_3-3. Classificação: Infante, 18 pontos; Fânzeres, 14; Porto, 12; Académico, 12; Valongo, 10; C. Valadares, 9; Pacense, 7; Vilacondense, 5.

19780218_CP_”F. C. DO PORTO DERROTADO EM VALONGO”. Valongo-Porto_4-2. A notícia: “Começou a disputar-se o Campeonato Nacional ad I Divisão, com jogos relativos às zonas Norte e Sul. Na primeira daquelas zonas, há a destacar o triunfo do Valongo frente ao conjunto das Antas, bem como a vitória alcançada pelo Infante de Sagres em casa da Oliveirense.

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Na Zona Sul, o Benfica sentiu sérias dificuldades em levar de vencida o Parede, o que só foi conseguido pela diferença mínima (2-1).

mostram, de momento, com mais possibilidades.”

19780303_CD_Valongo-Candal_4.3. 19780221_CP_Relógios Invicta-Valongo_4-4. Infantis: Carvalhos-Valongo_13-0. Iniciados: Rio Tinto-Valongo_1-2. A notícia: “Realizou-se ontem à noite, a segunda jornada do campeonato nacional da I Divisão, sendo de salientar na zona Norte dois factos: ficar adiado o Infante-A. Espinho, porque o pavilhão tinha o piso húmido e a circunstância de se registarem três empates. O jogo Relógios Invicta-Valongo foi espectacular e muito veloz, sobretudo na primeira parte, em que a primeira equipa vencia por 2-0 e ao intervalo ganhava por 2-1. A formação do Valongo demonstrou a sua forma muito apurada, parecendo ser de momento o grupo melhor apetrechado, e reagiu bem na segunda parte, quando perdia por 1-4.”

A notícia: “Na passada sexta-feira o Valongo enfrentou o Candal, tenho vencido por 4-3. Jogo no Pavilhão do Valongo. Árbitro: Aníbal Santos. O Valongo dominou bem, mas já na 2ª parte confiou demasiado, o que poderia trazer sérios riscos. O. Q.” VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar, Pires, Américo (1), Camões (2), Lino (1), Alves e Queirós CANDAL: António Pereira, Barbot I, Barbot II, Vinha, Carlos (2), Ferreira, Jorge (1) e Caetano.

19780307_CP_”VALONGO INFLIGIU PRIMEIRA DERROTA AO INFANTE”. Valongo-Infante_4-1. A notícia:

19780228_CP_Ac. Espinho-Valongo_3-1. Infantis: Valongo-Pacense_11-1. Iniciados: Valongo-Pacense_10-2. Juvenis: Valadares-Valongo_8-9.

“Sexta jornada do Campeonato Nacional da I Divisão trouxe a primeira derrota ao Infante de Sagres, que em Valongo, frente à turma local, perdeu por números significativos.

A notícia:

Contrastando com o desaire do Infante, o Candal obteve a sua primeira vitória, embora sentisse algumas dificuldades para superar a aguerrida turma da Sanjoanense, enquanto a Académica e Espinho viu-se derrotada no seu ambiente pela Oliveirense, resultado de certo modo surpreendente.

“Realizou-se ontem a quarta jornada do Campeonato Nacional da I Divisão e os resultados demonstram mais uma vez que a prova vai ser muito equilibrada, pois não se lobrigam equipas fáceis de bater, sendo notório, porém, os triunfos da Académica de Espinho e Infante, aqueles que se

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Em termos de classificação, não há qualquer mudança nos postos cimeiros, uma vez que o Carvalhos, Valongo e F. C. do Porto triunfaram nesta jornada, ocupando por esta ordem os três primeiros lugares.”

19780323_CP_”VALONGO – LUGAR NO «NACIONAL» EM JUNIORES”. Valongo-Póvoa_6-3. A notícia: “O Valongo bateu a equipa do Desportivo da Póvoa por 6-3 e assegurou a sua participação no campeonato nacional de juniores.”

19780311_CP_”VALONGO NA DIANTEIRQA DA ZONA NORTE”. Carvalhos-Valongo_2-7. A notícia: “A antepenúltima jornada do «Nacional» da I Divisão tinha nas duas zonas dois desafios de grande importância: Carvalhos-Valongo e Benfica-Sporting, com vantagem dos visitantes, na primeira partida e derrota dos «leões» no segundo jogo. O Valongo, a equipa que até agora nos pareceu a melhor do Norte, foi aos Carvalhos vencer de maneira inapelável, subindo ao primeiro lugar. Resultados: Infante-Rel. Invicta_4-4; Porto-Candal_8-2; Sanjoanense-Ac. Espinho_2-1; Oliveirense -Riba d’Ave_ 9-2.”

19780314_CP_Valongo-Oliveirense_3-0. A notícia: “A penúltima jornada do «Nacional» da I Divisão voltou a demonstrar que a prova tem sido das mais bem disputadas dos últimos tempos. Assinalem-se as vitórias do Infante nos Carvalhos, bem como o empate do F. C. do Porto em Espinho, perante a Académica.”

19780331_CD_”VALONGO – LUGAR NO «NACIONAL» EM JUNIORES”. Valongo-Póvoa_6-3. A notícia: “O Valongo, que bateu a equipa do Desportivo da Póvoa por 6-3, assegurou com este resultado a sua participação no campeonato nacional de juniores. Eis os briosos atletas do costume: Águeda, Passeira, Paupério, Pedro, Victor, Marcelino, Tavares, Virgílio (guarda-redes suplente).”

19780405_CP_F. C. do Porto derrotou o Valongo. Porto-Valongo_5-3. “Resultados: Rel. Invicta-Rio Ave_5-3. Candal-Espinho_2-4. Sanjoanense-Carvalhos_2-2. Infante-Oliveirense_4-2.”

19780411_CP_Candal-Valongo_4-7. A notícia: “Realizou-se ontem à noite a duodécima jornada

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do Campeonato Nacional da I Divisão, que continua a ser disputada sob o signo da incerteza, quanto à maioria dos resultados, como consequência de um certo equilíbrio dos concorrentes.”

19780416_CP_Valongo-Ac. Espinho_5-0. A notícia: “A vitória tangencial do Carvalhos sobre o Candal, teoricamente inferior, e as dificuldades levantadas pelo Riba d’Ave frente ao Infante de Sagres foram as nota salientes da jornada de ontem do «Nacional» da I Divisão.”

“Terminou a fase de apuramento do Campeonato Nacional da I Divisão, mas os jogos não tiveram já qualquer acção decisiva sobre a classificação, visto que, no Norte, estavam já apurados: F. C. do Porto, Valongo, Carvalhos e Infante e despromovidos: Candal e Sanjoanense, enquanto no Sul ficaram qualificados para a fase final: Oeiras, Benfica, Parede e Sporting e baixaram à II Divisão: Amadora e Paço d’Arcos.”

19780507_ND_”Sporting e Valongo vencidos na Taça dos Campões Europeus”. Valongo-Iserlohn_6-7. A notícia:

19780422_CP_Infante-Valongo_6-5.

19780430_CP_Valongo derrotado em Oliveira de Azeméis. Oliveirense-Valongo_4-3. A notícia: “Valongo-Sanjoanense antecipado “O desafio da última jornada da fase de apuramento do «nacional» da I Divisão, marcado para a próxima terça-feira, Valongo-Sanjoanense, foi antecipado para hoje, às 22 horas, no pavilhão do Valongo.”

19780504_CP_Valongo-Sanjoanense_5-4. Juniores: Valongo-Riba d’Ave_9-1. A notícia:

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“Já se esperava a derrota do Sporting face ao Barcelona, dado que os campões europeus sofreram inúmeras baixas (…) Para a mesma competição, Taça dos Campeões Europeus, o Valongo defrontou os alemães do Iserlohn. Pensava-se que os portugueses venceriam, mas tal não sucedeu. Os alemães, muito rápidos e com um guarda-redes excepcional, conseguiram arrancar um triunfo por 7-6, mas os valonguenses mereciam bem melhor. No decorrer do jogo, dispuseram de muito ensejos para transformar os números e para embalarem para um triunfo que os tranquilizaria um pouco. Assim, as perspectivas de triunfo ficaram a sorrir mais aos germânicos que, no entanto, podem ser surpreendidos em casa, assim os valonguenses actuem dentro das suas possibilidades. Arbitragem de Manuel Quadrado, espanhol. Ao intervalo: 1-1.” VALONGO: Vítor Francisco, Aguiar, Pires,


Américo (1), Camões (2), Alves (2), Lino (1) e Queirós. ISERLOHN: Tremu, Chiler, Pirpenseineidry, Kige, Kipp (2), Luamder, Silessen (5) e Bienemield.

19780512_CD_”TORNEIO PATINS”

DE

HÓQUEI

Rel. Invicta-Carvalhos_5-3 Valongo-Infante_4-3 Segunda-feira, pelas 22h30, Valongo e Rel. Invicta discutirão a final do torneio, encontro que será antecedido pelo Carvalhos-Infante, às 21h30, para apuramento dos terceiro e quarto lugares.”

EM

A notícia: “Inicia-se hoje o Torneio de Hóquei em Patins (prova pró-carrinha) com os seguintes jogos: Hoje, 12 – Carvalhos-R. Invicta, às 21,30 e Valongo-Inf. Sagres, às 22,30. Amanhã, 13 – Apuramento. O primeiro jogo entre vencidos, 3º e 4º, às 21,30. O 2º jogo, entre vencedores, 1º e 2º, às 22,30 h. As Taças serão distribuídas após a realização dos jogos. Entrada: sócios 10400 e público em geral (não sócio) 20$00. Espera-se a melhor compreensão do Ex.mo Público. Pela Organização da Comissão Pró-Carrinha (A.D.V.)”

19780513_CP_«Quadrangular» do Valongo. A notícia: “No Pavilhão do Valongo, teve ontem lugar a primeira jornada do torneio quadrangular promovido pelo clube local. Os resultados da jornada inaugural foram os seguintes:

19780514_ND_Juniores.Série A: Desportivo da Póvoa-Valongo_1-1.

19780518_CP _Valongo vencedor do torneio que promoveu A notícia: “Com o objectivo de obter receitas para a compra de uma carrinha para o transporte dos seus jogadores, o Valongo promoveu um torneio quadrangular entre as equipas do Carvalhos, Infante de Sagres, Relógios Invicta e o clube promotor. Na primeira jornada, foram vencedores, como oportunamente noticiámos, as equipas do Valongo e Relógios Invicta, que se bateram entre si para apurar o triunfador. O Valongo venceu por 6-3, com 3-2 ao intervalo, numa partida muito bem disputada, com extrema correcção e de público muito simpático. A equipa vencedora fez excelente exibição, bem como o vencido, este apenas tendo cometido deslizes na defesa, em recargas vitoriosas consentidas. Antes, defrontaram-se os grupos do Carvalhos e do Infante de Sagres, par apuramento dos 3º e 4º classificados. O Infante esteve a vencer por 1-0 e deu a impressão

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de ter a partida na «mão», mas o Carvalhos reagiu com autoridade e terminou vencedor por 6-3, também.”

19780524_CP_Valongo, Carvalhos e Oeiras na «Alta Roda» europeia. Iserlohn-Valongo_5-6 A notícia: “Das quatro equipas portuguesas nas duas provas internacionais: Taça dos Campeões Europeus e Taça das Taças, somente o Sporting, o campeão da Europa da época finda, não logrou prosseguir. É inquestionável que ao campeão português tocou-lhe o adversário mais poderoso e naturalmente que, depois de perder em Lisboa por 3-6, não tinha qualquer veleidade, embora fossem a Barcelona mostrar a indiscutível valia técnica que a equipa possui de sobejo. Entretanto, na mesma prova, o Valongo foi, como esperávamos, vencer o seu adversário ao ambiente alemão e nos comentários que aqui escrevemos a respeito das possibilidades do grupo nacional assegurámos em subtítulo «Valongo pode ganhar a eliminatória». E, após várias outras considerações sobre as possibilidades dos jogadores nortenhos, escrevemos sobretudo: «Claro que estamos plenamente convencidos da recuperação da equipa portuguesa, pese embora o facto da segunda mão não ser na cidade do adversário». «Mas não se esqueça – Iserlon é uma cidade onde há muitos portugueses que naturalmente vão ajudar muito o Valongo na recuperação» Efectivamente, não só tivemos ocasião de verificar que os portugueses eram superiores técnica e tacticamente aos alemães, como tínhamos a certeza de que o Valongo rectificaria o resultado

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ou melhor a derrota sofrida em Portugal, além de contarmos com i impulso e o apoio dos portugueses que em Iserlon ou em Darmstadt vão sempre dar a sua preciosa ajuda às equipas de Portugal. Por isso, o Valongo deu um passo em frente e o próximo adversário – o Barcelona, sendo um conjunto poderoso, talvez o melhor de Espanha, não é imbatível, para o que será necessário que os portugueses joguem num sistema que lhes não dê as liberdades de movimentação a que os espanhóis estão habituados, sendo por isso perigosos. Defrontar o Barcelona com humildade, é certo, mas com determinação também é um dos caminhos a percorrer para um êxito final. E sobretudo pense-se que o vencedor da eliminatória Valongo-Barcelona será o campeão da Europa, pois Sunday ou Coutras ou outro finalista possível, nem de modo remoto poderá deter o vencedor ibérico.” Correia de Brito RECEBIDA EM VALONGO

APOTEOSE

A

EQUIPA

DO

Como seria logicamente de esperar, a equipa do Valongo, que tinha perdido no seu pavilhão a primeira mão com o Iserlohn para a Taça dos Campeões Europeus, rectificou o resultado e foi ganhar à Alemanha de maneira convincente, provando que os portugueses são melhores do que os alemães. À chegada da equipa a Valongo, uma enorme multidão aguardava os jogadores, aos quais tributou merecida apoteose, formando-se um cortejo automóvel que percorreu a vila, no meio do mais indescritível entusiasmo.


A equipa do Valongo defrontará agora o Barcelona, que eliminou o Sporting, primeiro na cidade catalã, com a segunda mão em Valongo.”

19780526_CD_”OS OQUISTAS DA A. D. VALONGO ELIMINARAM A TURMA ALEMÃ DO ISERLOHN E FORAM RECEBIDOS EM APOTEOSE COMO O SEU FEITO JUSTIFICOU PLENAMENTE” “Emigrantes deram a noção de que o Valongo jogava em casa” A notícia: “Os desportistas da Vila de Valongo, em especial, e outros de terras dos arredores, como de Campo e Sobrado, vieram à rua dispensar à caravana da A. D. de Valongo uma extraordinária ovação por motivo da sua vitória sobre o Iserlohn, na Alemanha Federal, a contar para a Taça dos Campões Europeus de Óquei em Patins. Foi no passado sábado o regresso, depois de uma vitória de 6-3 na cidadezinha dos arredores de Hagen e Colónia, que o país seguiu com a maior emoção. Difícil nos é avaliar em pormenor (demais num dia de trabalho a menos, ontem) a grandeza e os pormenores do entusiasmo valonguense. Fica sim registado o notável acontecimento que o dr. Correia de Brito, de O «Comércio do Porto», homem conhecido como crítico da modalidade, também previa, oia que o valor do Valongo teria de sobrepor-se ao desaire do primeiro jogo onde a exibição, na altura complexada, do guardião Vítor Francisco chegou a molestar o gosto dos seus companheiros e assistentes. Ganhando por 6-3, com 3 golos e Américo e 3 de

Lino, Valongo deu aos 800 emigrantes que acorreram ao pavilhão alemão (onde só cabem mil) a grande alegria que os compensou de longas caminhadas. Pena foi que no regresso a comitiva não viesse junta, a partir da Serra de Valongo, em carro aberto. Compreende-se que cada qual quisesse fugir à “sanha” popular, pois a recepção excedeu toda a previsão. Só Américo foi apanhado e passeado em ombros. Todos honraram o País com um comportamento exemplar. E em próximas notícias falaremos de uma entrevista que nos concedeu o dedicado tesoureiro Joaquim Navio e o presidente da Assembleia-Geral, Albino Poças, aqueles que conseguimos alcançar na hora grande que se viveu no sábado que passou, nas ruas de Valongo. Resta que o Pavilhão se encha contra o Barcelona, a compensar os grandes gastos do clube e quanto ao resultado, que ninguém se julgue derrotado à partida. O Valongo passará! (Fotos: Óscar Queirós e Fernando Réu)”

19780603_CP_Juniores: Barcelos-Valongo_0-7.

19780603_CP_“VALONGO PEDIU OPÇÃO PARA JOGAR PRIMEIRO EM CASA” A notícia: “Quando se fez o sorteio em Madrid para a Taça dos Campeões Europeus, na hipótese de as equipas Barcelona e Valongo passarem à eliminatória

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seguinte, como sucedeu, jogariam entre si com o desafio da primeira mão em Valongo. Com base nos regulamentos, o Valongo porém tinha opção de escolha e, nesse sentido, os seus dirigentes telegrafaram à Federação Portuguesa que, por seu turno, dirigiu o pedido para a Suíça (Lausane), para jogarem primeiro em Barcelona, no dia 10 de Junho, e em Valongo a 24 de Junho. Se a confederação europeia aceitar o pedido, o Valongo prefere correr o risco de ficar prejudicado nas receitas, para procurar atingir o objectivo desportivo.”

19780611_ND_”Valongo, Carvalhos e Oeiras perderam com espanhóis e italianos” “Valongo goleado (8-0) em Barcelona para a Taça dos Campeões”. Ã notícia:

BARCELONA: Trullois, Villa Puig, Villacorta, Torres, Centelhe e Braçal. VALONGO: Queirós, Pires, aguiar, Camões, Lino, Américo e Alves.

19780618_ND_Campeonato nacional Divisão. Parede-Valongo_2-2

da

Outros resultados: Porto-Benfica_4-5; Carvallhos-Oeiras_2-8; Sportingo-Infante_9-5.

“A contar para a Taça dos Campeões Europeus de hóquei em patins, defrontaram-se ontem em Barcelona as equipas catalã e a do Valongo, tenho os espanhóis – que já haviam eliminado o Sporting – vencido expressivamente por 8-0, com tentos repartidos igualmente pelos dois tempos.

Classificação:

Os valonguenses aguentaram com determinação e estoicismo o rompante, esperado, do adversário, provocando por sua vez alguns (poucos) problemas que os catalães, dispondo de uma grande turma, foram neutralizando com mais ou menos facilidade. Depois os golos começaram a aparecer, com naturalidade, e quando se chegou ao intervalo já o Barcelona vencia por 4-0, com tentos apontados por Torres (dois, um de «penalty») e Centelhe (também dois).

582

Na segunda parte, voltou a prevalecer a manifesta superioridade dos espanhóis, ainda por cima «facilitada» pelo árbitro italiano Beraldin – elemento já bem conhecido dos portugueses, pelas suas «tropelias» que quase sempre nos desfavorecem – que concretizaram mais quatro golos, da autoria de Torres (mais três) e Villacorta. Sob a direcção de Beraldin, as equipas alinharam:”

1. Benfica

6 pontos

2. Sporting

6

3. Oeiras

4

4. Infante

4

5. Valongo

4

6. Porto

3

7. Parede

3

8. Carvalhos

2

19780624_CP_Valongo-Parede_3-2. Valongo-Sporting_1-2. A notícia:


“A 10ª jornada do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins foi muito acidentada. Desde o jogo do Infante de Sagres-Parede, que foi antecedido para as 16 horas, quando devia principiar à 18,45, sem que além dos jogadores e dirigentes se tenha tido prévio conhecimento da alteração, o que denota uma falta de respeito pelo público, muito de lamentar, ao desafio Oeiras-F. C. do Porto em que, embora por momentos se tenha feito jogo impróprio, que culminou com o afastamento por lesão de Chalupa (F. C. do Porto); ao desafio Valongo-Sporting, com interrupção por algum tempo e quando faltavam dez minutos para o fim, aproximadamente, tudo isso serviu de modo negativo a propaganda da modalidade. (…) Entretanto, em Valongo o jogo esteve interrompido durante muito tempo, a pouco mais de dez minutos do fim, pois o árbitro lisboeta, assinalando uma grande penalidade inoportuna e não convertida, expulsou pouco depois o «capitão» da equipa, Aguiar, e a seguir Camões, do que resultou temporariamente o Valongo ficar reduzido a três unidades. Depois de o árbitro exigir reforço da autoridade é que o jogo prosseguiu e o resultado não se alterou, embora o Valongo tivesse então perdido algumas oportunidades.”

19780625_ND_Taça Campeões europeus. “Só o Oeiras continuará!” “O VALONGO VENCEU O BARCELONA MAS ISSO NÃO CHEGOU…” A notícia: “(…) O Oeiras com uma exibição de grande nível destroçou os italianos do Felónica e acabou por ganhar por 12-1. Os italianos foram de muito mau

perder. Não procuraram jogar hóquei, mas dar pancada. Houve mesmo agressões propositadas, sempre com os transalpinos como autores. Os portugueses foram espantosamente calmos face àquele vendaval. Ao intervalo, o Oeiras já vencia por 5-1. Depois, os portugueses, a jogarem com incrível velocidade, dominaram sempre, enquanto o Felónica desorientado incorreu em violências constantes. Carvalho foi vedeta numa equipa que jogou muitíssimo bem. O encontro em Valongo foi disputado num ambiente apaixonado. No entanto, o Barcelona estava descansado pela larga margem que tinha conseguido na capital da Catalunha. Os valonguenses tinham péssimas recordações do encontro em Espanha, onde, a despeito da superioridade dos catalães, alguns jogadores tinham cometido atitudes muito lamentáveis. Por isso mesmo, o Valongo inicialmente deu-se à tarefa de «acertar contas» e esse facto prejudicou imensamente o seu trabalho, ao longo da primeira parte. O Valongo foi o primeiro a marcar, por Alves, mas antes do intervalo, o Barcelona empatou por Vila Puig. O jogo esteve interrompido. Deram-se cenas deploráveis. Ao abrir a segunda parte, os catalães fizeram 2-1, por Torres e pouco depois chegaram aos 3-1. Os valonguenses acabaram por serenar e passaram a jogar muito melhor. Tiveram mesmo certos períodos e ascendência. Regiram fortemente e puderam recuperar sensacionalmente até chegarem a 5-3, perante a alegria desbordante do público. O Valongo acabaria por se mostrar igual a si próprio, face a um adversário de extraordinária categoria, que é praticamente a selecção de Espanha. Já no declinar da partida, Américo do Valongo

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entrou em jogo para incorrer numa lamentável agressão, que deu ao final do jogo de novo um ambiente nada desejável.

a desvantagem de golos sofridos no primeiro encontro, muito embora tenha derrotado o seu adversário – o poderoso Barcelona.

Jogou-se com enorme dureza, houve agressões, cenas deploráveis, num jogo em que até certa altura não se jogou hóquei e que depois atingiu bom nível. Vitória certa do Valongo.”

Também esta equipa espanhola estará na final da competição, já que, frente ao Valongo e no conjunto dos dois jogos, somou o resultado de 15-5.

19780626_CP_Taça dos Campeões Europeus. “Oeiras é o único «sobrevivente» português” A notícia: “O Oeiras, ao derrotar a equipa italiana do Follonic, em encontro de segunda mão das meias-finais da Taça dos Vencedores das Taças, é a única equipa portuguesa «sobrevivente» nas competições europeias d modalidade. A equipa sulista, que é detentora do troféu, defronta, na final, o conjunto espanhol do Voltregá, que afastou da prova a equipa portuguesa dos Carvalhos. No conjunto das duas mãos, o Oeiras totalizou 13-4, o que traduz bem a sua superioridade em relação ao conjunto italiano. Ainda na mesma competição, o Carvalhos não conseguiu ultrapassar o obstáculo Voltregá (que, como se disse, estará na final com o Oeiras) e acabou por ser derrotado no seu próprio ambiente. Os espanhóis totalizaram, no conjunto dos dois jogos a bonita soma de 15-7, obtendo portanto margem significativa que evidencia bem a sua superioridade. Relativamente à Taça dos Clubes Campeões Europeus, também o Valongo veio a ser desqualificado, pois no seu terreno não conseguiu anular

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Os acontecimentos em Follonica, Voltregá e Barcelona, há cerca de quinze dias, nas duas mais importantes provas europeias; Taça dos Campeões Europeus e Taça das Taças, decorreram sob o signo da dureza, da violência e da complacência dos árbitros que dirigiram esses encontros, nos quais três equipas portuguesas, duas do Porto: Valongo e Carvalhos, e uma de Lisboa: Oeiras, foram as grandes vítimas. VALONGO-BARCELONA_5-3 Sabia-se que, na base do jogo duro, em Barcelona, teriam sido responsáveis os avançados espanhóis Centell e Vilacorta e o defesa Villa Puig e efectivamente, nos primeiros dez minutos, assistiu-se, fora dos locais onde girava a bola, a cargas e escaramuças, de ambas as equipas, mas tendo, regra geral, por protagonistas os mesmo elementos dos dois grupos. O árbitro, aos queixumes de uns e de outros, limitava-se a dizer que nada vira, pois preferia ignorar ostensivamente os desentendimentos que estavam fora do caminho da bola. Embora uma ou outa vez atingidos, os espanhóis «empolaram» artificialmente esses casos, com exageros e simulações que nos pareceram premeditados, pois, ao fim e ao cabo, foi o português Américo que, carregado por Vilacorta, com menos de um quarto de hora de jogo, teve de abandonar


o recinto, para só regressar a cinco minutos do fim, enquanto os espanhóis nunca abandonaram por lesão e a saída de Centell foi resultante de abespinhamento.

BARCELONA: Trullos, Vila Puig (1), Torres (2), Vilacorta (1, na própria baliza), Centell, Brasal (1), Miró e Trullons II.

A expulsão simultânea do espanhol Vila Puig e do português Alves, aos 10 minutos, a lesão de Américo, que o afastou do recinto, e a saída espontânea de Centell tiveram o condão de serenar os ânimos e então viu-se o hóquei espectacular que as duas equipas poderiam proporcionar.

Expurgados os dez minutos iniciais, em que a preocupação das duas equipas não foi jogar hóquei, o desafio teve bons momentos, reveladores da apurada técnica de ambos os conjuntos. Fisicamente muito bem constituídos, os jogadores do Barcelona tiveram em Trullols e Vila Puig os seus melhores elementos, sendo de salientar no entanto o valor de Torres e Brasal, cuja limpidez de jogo foi apreciada e respeitada pelo público e pelos adversários.

Ao intervalo, 1-1, com os portugueses a marcar primeiro aos 18 minutos, com resposta espanhola três minutos depois. No segundo tempo, o Barcelona chegou ao 3-1 e deu então a ideia da indiscutível valia e classe da equipa catalã, mas após isso, o Valongo mostrou toda a gama dos seus recursos e após exibição de bo nível técnico, igualou primeiro o marcador a catapultou-se depois para o triunfo final de 5-3, indiscutível, que, porém, não chegou para anular a vantagem espanhola da primeira mão, cifrada em 8-0. A cinco minutos do fim, Américo reentrou no recinto, mas ainda traumatizado com a carga que sofrera de Vilacorta, só teve a preocupação de atingir, ali´s de raspão, aquele jogador espanhol, o que lhe valeu a expulsão por dois minutos e o resultado não mais se alterou. Não gostamos da arbitragem de Del Pedro (Suíça), que se limitou a ter «olhos na bola», divorciando-se propositadamente dos problemas dentro do rinque que lhe deveriam merecer atenção. Os grupos alinharam e marcaram: VALONGO: Queirós, Pires (2), Alves (1), Aguiar (1), Camões, Américo, Armindo e Vítor Francisco.

O Valongo, após assentar o seu jogo, teve triangulações muito vistosas e demolidoras, com relevo para Pires, Alves e Camões, enquanto Queirós, na baliza, esteve quase sempre fora das questões entre os jogadores. Aguiar pareceu-nos muito nervoso e Américo jogou pouco tempo, enquanto Armindo se revelou elemento para cultivar, não tendo Vítor Francisco sido utilizado.”

19780628_CP_Juniores: Porto-Valongo_1-1 A notícia: “Principiou a disputar-se o Campeonato Nacional de Juniores, registando-se os seguintes resultados: Porto-Valongo_ 1-1. Cascais-Sporting_ 2-1.”

19780630_CP_Torneio de Abertura. Iniciados: Carvalhos (B)-Valongo_1-4. Infantis: Porto (B)-Valongo_1-3 A notícia:

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“Prosseguiu ontem o Torneio de Abertura, com encontros referentes às classes mais jovens, nomeadamente Infantis e Iniciados.”

muitas dificuldades em ultrapassar a bem escalonada defensiva do Carvalhos. Porém, no período complementar, a maior experiência e melhor toque de bola dos valonguenses veio ao de cima, acabando por vencer com facilidade. Outros resultados: Infante-Porto_5-6; Parede-Oeiras_4-5.” Classificação: Sporting

15 pontos

Benfica

13

Porto

12

Valongo

11

Oeiras

9

Infante

8

Parede

7

19780702_ND_Juniores: Cascais-Valongo_5-2.

Carvalhos

5

19780704_RC_Juniores: Cascais-Valongo_5-2.

19780709_RC_Benfica-Valongo_10-4. Jogo no Pavilhão da Luz. A notícia:

19780706_RC_Valongo-Carvalhos_9-5. A notícia: “Com a disputa de três dos quatro encontros da ronda número cinco, prosseguiu anteontem, à noite, o Campeonato Nacional da I Divisão de hóquei em patins, fase final. Nas partidas realizadas no Norte, sobressaía o «derby» Infante de Sagres-F. C. do Porto, que não traiu a expectativa que o rodeava. (…) No outro prélio, o Valongo sentiu, até ao intervalo,

586

“Disputaram-se ontem à noite os encontros correspondentes à 6ª jornada do Campeonato Nacional da I Divisão de hóquei em patins. (…) Pouco público afluiu ao Pavilhão da Luz para presenciar o embate entre Benfica e Valongo, que significava a primeira visita de uma equipa do Norte ao rinque dos «encarnados» no campeonato em curso. Logo no primeiro minuto, os benfiquistas se adiantaram no marcador e pensou-se, por momentos, que estava aberto o caminho para a «goleada». Porém, rapidamente toda a gente se deu conta


de que o «cinco» forasteiro não vinha para ser o «bombo da festa». Trocando bem a bola, os valonguenses empatariam pouco depois, para perto do quarto de hora se adiantarem no marcador.

Outros resultados: Porto-Sporting_7-1; Carvalhos-Parede_8-7; Oerias.Infante_8-3.”

O Benfica despertou de uma certa apatia de que vinha dando mostras e, até ao intervalo, marcaria mais três tentos, até porque o Valongo pareceu ir-se abaixo nos últimos dez minutos.

VALONGO: Queirós, Pires, Alves, Lino (1), Camões (2), Armindo e Aguiar (1).

Na segunda parte, os «encarnados» chegaram com certa facilidade aos oito-dois, mercê de um hóquei um pouco mais rápido, com os jogadores a movimentarem-se com alguma desenvoltura. Por outro lado, a entrada de Casimiro veio dar mais solidez à defensiva benfiquista, embora Garrancho tivesse actuado vários furos acima da partida efectuada com o Sporting na última quinta-feira. Nos últimos cinco minutos, apesar de ter sofrido mais dois golos – um deles, o de Quim, de bel efeito técnico, a justificar fartos aplausos da assistência – o Valo9ngo fez apelo às últimas energias e, num assomo de «dignidade profissional», desfeiteou Ramalhete por duas vezes, dando um aspecto menos pesado à derrota sofrida. No Benfica, Ramalhete voltou a exibir-se em bom plano, com um punhado de excelentes intervenções. Fanã actuou descontraidamente e, na frente, Virgílio e Piruças (os que estiveram mais tempo em rinque) equivaleram-se, numa actuação meritória. No Valongo, a equipa valeu pela sua homogeneidade, embora Camões tivesse sofrido, pelo bom toque de bola e… um feitio um pouco irrascível. Arbitragem de Artur Pinto. A arbitragem mostrou-se demasiado paternalista no campo disciplinar e, no técnico, cometeu vários erros, embora de pouca gravidade. No «penalty» assinalado contra o Benfica, ajuizou acertadamente. Ao intervalo: 4-2.

BENFICA: Ramalhete, Fanã (1), Garrancho (2), Virgílio (2), Piruças (4), Quim (1) e Casimiro.

19780709_ND_”VERDADES E FICÇÕES” “Os hoquistas espanhóis continuam a lamentar e apresentar-se como pombos inocentes” A notícia: “O Barcelona e o Voltregrá continuam a «chorar» e a chamar a atenção do público da nação vizinha de que foram muito mal tratados em Valongo e nos Carvalhos. Na sua opinião encontraram entre nós verdadeiros «bandoleiros», desordeiros profissionais que os maltrataram e os agrediram! Resolveram reunir-se os elementos dos dois clubes para parecerem mais e nessa reunião resolveram protestar em conjunto quanto aos acontecimentos vividos entre nós e resolveram solicitar da Federação Internacional que castigue severamente os prevaricadores, pois de contrário terão de rever a sua presença futura nas competições europeias. Exageraram tudo, como lhes é habitual, «vestiram-se» e anjos e não tiveram a coragem de contar o que fizeram aos jogadores portuguese quando actuaram em Espanha. Aliás, eles mesmo entre nós não se furtaram a dar pancada, embora com aquela «manhosice» que lhes conhecemos. Os lobos vestiram a pele de cordeiros… A verdade é que os nossos clubes ficaram, mercê desta manobra, com péssima reputação além-fronteiras. No entanto, o Voltregrá ainda agora,

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na sua visita ao Oeiras, foi bem recebido, o jogo foi emocionante e disputadíssimo, a equipa portuguesa foi nitidamente desafortunada e não houve qualquer manifestação lamentável. Tudo correu com correcção. Os espanhóis, se metessem a mão na consciência, deixariam de chorar lágrimas de crocodilo…”

Porto-Parede_12-8; Carvalhos-Sporting_3-8 (interrompido a 17 m. do fim, por invasão do recinto); Benfica-Infante_5-4”.

19780711_RC_Oeiras-Valongo_10-4. A notícia:

19780710_CP_Oeiras-Valongo_10-4 A notícia: “Terminou a primeira volta do Campeonato Nacional da I Divisão, fase final, com duas equipas lisboetas à frente da prova: Sporting e Benfica, sendo de notar que, nesta altura, nenhum concorrente é cem por cento vitorioso. Se bem que para muitos o triunfo do Sporting sobre o Benfica fosse realmente uma surpresa, para nós tratou-se de um, caso natural, como natural se pode julgar o fracasso da equipa leonina no pavilhão das Antas, por números expressivos, embora a realidade pudesse ser bem mais ampla, pois apenas os portistas preferiram um triunfo certo do que a derrocada catastrófica dos lisboetas. Realmente, o Porto, jogando bem, embora aqui ou ali sendo infeliz e o Sporting a actuar desastradamente e a ser infeliz nos momentos em que teve lampejos do seu valor, acabaram os portistas por alcançar uma vitória justíssima, que nem por isso nos tira da ideia de que o Sporting é a melhor e a mais promissora equipa nacional, neste momento. Contra o Parede, o Porto jogou muito menos que na véspera, mas ganhou por números expressivos, embora sofrendo muitos tentos, também. Resultados:

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“Concluiu-se anteontem a primeira volta do Campeonato Nacional da I Divisão de hóquei em patins. Outros resultados: Porto-Parede_12-8; Carvalhos-Spoting_3-6; Benfica-Infante_ 5-4 (não chegou ao fim: invasão do rinque por adeptos locais, por o árbitro ter expulsado um jogador do Carvalhos).” OEIRAS: José Manuel, José Rosado, Vítor Rosado (1), Salema (5), Carvalho (2), José Pereira (2) e Cristóvão. VALONGO: Queirós, Aguiar (1), Pires, Armindo, Camões (3), Alves e Lino.

19780711_RC_Juniores: Valongo-Porto_6-2. A notícia: “Recomeçou ontem à noite o «Nacional» de juniores, com a disputa dos encontros respeitantes à 1ª jornada da segunda volta. Outro resultado: Sporting-Cascais_4-3.”

19780713_ND_Oeiras-Valongo_10-4. A notícia: “Terminou a primeira volta do Campeonato


nacional. A prova recomeçará no dia 19. (…)

Classificação:

Neste momento comandam a prova Benfica e Sporting (…). A um ponto apenas encontramos o F. C. do Porto. O Oeiras já apresenta a diferença de quatro pontos.

Sporting

14 pontos

Cascais

12

Valongo

11

As quatro equipas restantes, três do Norte e uma do Sul, já se encontram numa situação que não admite aspirações. O Infante tem realizado algumas actuações muito equilibradas, mas pouco felizes e o mesmo se poderá pensar do Parede e do Valongo, que não têm conseguido o rendimento que o valor das equipas autorizava.

Porto

11”

Outros resultados: Porto-Parede_12-8; Carvalhos-Sporting_3-8; Benfica-Infante_5-4.”

“Com a realização da 8ª jornada, prosseguiu ontem o Campeonato Nacional de Hóquei em Patins”.

19780720_ND_Campeonato Nacional. Porto-Valongo_7-3. A notícia:

Outros resultados: Parede-Benfica_7-6; Infante-Carvalhos_9-5. 19780716_RC_Juniores: Valongo-Cascais_2-1.

Classificação:

Outro resultado_ Porto-Sporting_5-2.

1. Porto

21 pontos

2. Benfica

20

3. Sporting

19

19780718_RC_Juniores: Valongo-Sporting_1-2.

4. Oeiras

15

A notícia:

5. Valongo

13

“Sporting revalidou o título em Juniores”

6. Infante

13

“O Sporting foi o vencedor do Campeonato Nacional de Juniores, renovando, por conseguinte, o título.

7. Parede

12

8. Carvalhos

10”

Na última jornada, disputada no domingo transacto, os «leões» venceram o Valongo, por 2-1 e beneficiaram, ainda, da derrota do Cascais, frente ao F. C. do Porto. Outro resultado: Porto-Cascais_3-2.

19780723_ND_Valongo-Parede_3-2. Outros resultados: Benfica-Porto_2-8; Infante-Sporting_2-2; Oeiras-Carvalhos_14-5.

589


19780725_RC_Valongo-Sporting_1-2.

19780803_ND_Carvalhos-Valongo_5-5.

A notícia:

Outros resultados: Porto-Infante_5-3; Sporting-Benfica_5-4; Oeiras-Parede_2-1.

“Prosseguiu anteontem à noite o Campeonato Nacional da I Divisão, com a realização dos jogos respeitantes à 10ª jornada. (…) No Norte, o Sporting ultrapassou a difícil barreira chamada Valongo. Num prélio recheado de casos, os «leõs» venceram tangencialmente por 2-1. Árbitro: Silva Nunes, de Lisboa.

19780804_RC_Carvalhos-Valongo_5-5. Outros resultados: Sporting-Benfica_5-4; Oeiras. Parede_2-1; Porto-Infante_5-3.

Outros resultados: Porto-Oeiras_4-5; Benfica-Carvalhos_8-1; Infante-Parede_”

19780806_CP_”SPORTING A UM PASSO DO TÍTULO”. Valongo-Benfica_2-3.

VALONGO: Queirós, Lino, Américo, Camºies e Alves (1).

A notícia:

Aguiar,

Pires,

SPORTING: Albino, Fernando Pereira, Sobrinho, Picas (1), Carlos Alberto e Jorge (1)

19780727_ND_Valongo-Infante_6-4 “Resultados: Parede-Sporting_2-1; -Oeiras_3-4; Carvalhos-Porto_3-5.”

Benfica-

19780728_RC_Valongo-Infante_6-4.

“Ao derrotar o F. C. do Porto na Pavilhão de Alvalade, a turma «leonina» tem praticamente assegurado o título nacional. Oeiras e F. C. do Porto encontram-se igualados na segunda posição, embora a jornada que hoje se disputa decida qual o vice-campeão. Resultados: Sporting-Porto_5-4; Parede-Carvalhos_8-4; Infante-Oeiras_2-6.”

19780806_RC_Sporting-Porto_5-4. PRIO PARA CARDÍACOS”!

“IMPRÓ-

A notícia: “Disputou-se anteontem à noite a 11ª jornada do Campeonato Nacional da I Divisão de Hóquei em Patins. (…) No Norte, o F. C. do Porto venceu o Carvalhos, ainda que por margem escassa, enquanto o Valongo levou a melhor sobre o Infante de Sagres.”

590

19780807_CP_”SPORTING REVALIDOU TÍTULO DE CAMPEÃO”. Valongo-Oeiras_3-2. Outros resultados: Sporting-Carvalhos_8-1; Parede-Porto_7-2; Infante-Benfica_3-6.


aplicarem sanções disciplinares por incidentes verificados em competições internacionais. Castel-Branco: *O problema é deles»

19780808_RC_”Sporting – Campeão Nacional com um Final Brilhante” “Um «Nacional» jornadas”

emotivo

nas

últimas

A notícia: “Dando cumprimento a uma ameaça que os seus dirigentes tinham feito em Sevilha, quando do último Campeonato da Europa de Juniores, a Federação Espanhola de Patinagem decidiu, na última assembleia-geral, que as equipas do seu país não defrontarão equipas portuguesas em jogos internacionais de hóquei em patins. A decisão foi comunicada através de carta dirigida à Federação Portuguesa de Patinagem e fundamenta-se nos recentes incidentes ocorridos no decorrer dos jogos Carvalhos-Voltregá e Valongo-Barcelona, a contar para a Taça das Taças e Taça dos Campões Europeus, como complemento dos incidentes verificados no ano passado, também no Porto, por altura do Campeonato da Europa. Muito «paternalmente», porém, os espanhóis «farão o favor» de reconsiderarem a sua decisão, desde que a Federação Portuguesa os informa dos castigos por si aplicados ao Carvalhos e ao Valongo, parecendo aq federação espanhola «ignorar» os regulamentos fundamentais, já que as federações nacionais não têm poderes para

Quem nos deu esta surpreendente notícia foi o presidente da Federação Portuguesa de Patinagem, José Castel-Branco, que igualmente nos disse ter já sido enviada uma carta aos dirigentes espanhóis em resposta à que por estes lhe foi remetida. Nessa carta, a E. P. P. mostra-se disposta ao diálogo para evitar uma decisão que só irá prejudicar o hóquei em patins a nível internacional, já que nenhum outro aspecto poe afectar os dirigentes portugueses, conscientes de que, se houve de facto incidentes, lá estavam os delegados dos organismos internacionais para fazerem os seus relatórios— Naturalmente que lamentamos a atitude da federação espanhola, mais ainda porque ela ignora incidentes semelhantes ou piores ocorridos no seu país, não tendo sido poucas as vezes que as equipas e selecções portuguesas passaram por situações muito delicadas. Estas palavras são de José Castel-Branco, que ainda acrescentaria: «Pela nossa parte, estamos tranquilos e serenos. Talvez o mesmo não possa dizer dos dirigentes espanhóis, possivelmente eles próprios pouco seguros da decisão que tomaram. O problema, de facto, é só deles e as responsabilidades inerentes terão de as assumir. De uma coisa podem ter a certeza: se não aparecerem, perderão os jogos». A nova pergunta nossa:

591


«Não. A Carta não especifica se ess recusa é apenas limitada aos jgoso disputados em Portugal ou se também é extensiva aos jogos que deveriam ter lugar em Espanha. E essa ausência de pormenores me leva a crer que eles não estão bem seguros da decisão que tomaram.» E a concluir, José Castel-Brando diria ainda: «Outra cois que eles não esclarecem devidamente é se abrangerá, também, jogos ao nível de selecções. Se assim acontecer, será menos um adversário que teremos de defrontar no «Mundial» da Argentina, em Novembro próximo…».

Quando chegámos ao campo, vimos um árbitro espanhol, o Garcia, que vive em Barcelona, muito próximo do Reus. Cumprimentei-o e el disse-me que estava ali para assistir ao jogo, pois nunca faltava aos encontros importantes. Qual não foi o meu espanto quando, pouco tempo depois, vejo-o entrar em campo para arbitrar.» E Livramento chega ao fim: «Perdemos por 7-1, fomos nitidamente espoliados e quando patinávamos junto à vedação, éramos queimados nas pernas pelos cigarros do público. Claro que os espanhóis agora esquecem isso e muito mais. Como, de resto, é hábito deles…». MANUEL DA COSTA”

Livramento: «Os espanhóis são muito esquecidos…» Um contacto quase casual permitiu-nos recolher a opinião de António Livramento, nitidamente surpreendido com a decisão tomada pela federação espanhola: «Creio que isso não tem lógica nenhuma e só vem provar que os espanhóis são muito esquecidos… quando lhes convém. Antes de tomares essa decisão, penso que deviam fazer um exame de consciência, pois no aspecto de incidentes têm muitos telhados de vidro.» E Livramento recorda: «Poderia dar-lhe vários exemplos, um deles ocorrido até com uma equipa italiana, o Novara. Na primeira «mão», em Itália, o Reus tinha perdido por 9-1 e o jogo em Espanha durou quase três horas, com uma série de irregularidades, acabando o Reus por anular a diferença. Outro episódio ocorre na primeira final da Taça dos Campões Europeus que disputei pelo Benfica.

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19780808_RC_”Por causa de incidentes ESPANHÓIS RECUSAM DEFRONTAR PORTUGUESES” A notícia: “(…) Quanto ao Valongo, fez a prova que está dentro das suas possibilidades. Após a surpresa do empate com o Futebol clube do Porto, veio a Lisboa para ser derrotado pelo Sporting e pelo Parede. O seu quinto lugar é no entanto prémio para o trabalho desenvo9lvido naquela zona do norte, em luta constante com a fuga de atletas.”

19780810_CP_”EQUIPAS ESPANHOLAS NÃO JOGAM MAIS COM GRUPOS PORTUGUESES” A notícia: “A Federação Espanhola de Patinagem decidiu que equipas do seu país não voltarão a jogar com


equipas portuguesas em competições internacionais de hóquei em patins – informou o presidente da Federação Portuguesa de Patinagem.

19781017_CP_Torneio de Abertura. Relógios Invicta-Valongo_4-4.

A deliberação, comunicada à FPP através de carta, fundamenta-se nos recentes incidentes ocorridos no decorrer do Carvalhos-Voltegrá e Valongo-Barcelona, a contar, respectivamente, para a Taça das Taças e Taça dos Campeões Europeus, recordando os dirigentes espanhóis os acontecimentos do último campeonato da Europa, também no Porto.

“Ontem à noite, no pavilhão do Vigorosa, assistiu-se a uma magnífica partida entre o Relógios Invicta e o Valongo, duas equipas apenas com jogadores muito jovens que mostraram a alegria, a vivacidade e a destreza do hóquei moderno.

A Federação Espanhola salvaguarda, no entanto, a hipótese de rever a sua posição, desde que a Federação Portuguesa a informe das sanções aplicadas ao Carvalhos e ao Valongo.” Nota: Mesmo que tivessem razão (e parece que houve culpas de ambos os lados, espanhol e português) isto seria sempre de uma pesporrência inaudita…

A notícia:

Assistiu-se a um magnífico espectáculo, do primeiro ao último minuto, diante de um público que se mostrou satisfeito com a exibição dos dois grupos. (…) De assinalar que os grupos foram tão iguais entre si que o resultado final de empate é o mais justo, porque nenhum deles merecia perder. Parabéns ao Valongo pela renovação. Ao intervalo, o Relógios Invicta vencia por 4-2. Resultados: Carvalhos-Oliveirense_8-10; Ac. Espinho-Fânzeres_9-5.”

19780817_CP_”AMÉRICO – VALONGO – ANUNCIADO PARA O FÂNZERES”

19781022_CP_Valongo-Fânzeres_8-4.

A notícia:

A notícia:

“Ontem constou que tinham assinado fichas pelo Fânzeres os jogadores do Valongo Vítor Francisco e Américo, dizendo-se que os «fanzerenses» seriam treinados por José Nora, actual técnico de juniores do Valongo.

“A nota mais saliente da jornada do Torneio de Abertura da I Divisão foi a derrota pesada que o Infante sofreu em Oliveira de Azeméis, depois de várias equipas terem passado ali relativamente bem. O grupo de Lordelo, que seguia sem derrotas, sofreu uma punição severa.

Contactado um dirigente do Fânzeres, equipa que este ano subiu de novo à I Divisão, desmentiu qualquer ligação com Vítor Francisco e Nora, embora tenha anunciado que Américo pretendeu jogar no Fânzeres, mas diante da resistência de uma maioria, tal ideia foi inteiramente posta de parte.”

Resultados: Porto-Rel. Invicta_7-2; Porto-Rel. Invicta (Reser.)_4-2; Oliveirense.Infante_6-1; Carvalhos-Ac. Espinho_2-5; Carvalhos-Ac. Espinho (Reser.)_0-5.”

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19781123_CP_”VALONGO SUSPENSO INDEVIDAMENTE DA TAÇA E PORTUGAL?” A notícia: “O Valongo tinha e pagar ao árbitro do jogo entre a sua equipa e o Barcelona da Taça dos Campeões Europeus 730 francos suíços, e ao delegado do jogo, o italiano Fontana, 813 francos, pelas despesas de deslocação destes dois elementos internacionais. A Federação Portuguesa deu um prazo ao clube nortenho até ao dia 20 deste mês para saldar estas contas. Entretanto, porém, a Direcção do Valongo, que tinha a receber da Federação a importância e 31.254$20, proveniente de percentagens e subsídios regulamentarmente atribuídos às equipas que participaram no campeonato nacional de juniores (o Valongo esteve inclusivamente na fase final) foi aconselhada pela Associação e Patinagem do Porto, de que é naturalmente filiado, a enviar o remanescente, isto é, 14.384$20, para liquidação do seu débito. O Valongo inscreveu-se na Taça de Portugal, cujo sorteio é feito hoje ao fim da tarde na sede da Federação, mas sabe-se, ainda sem carácter oficial, que a equipa do Valongo não poerá participar, por se encontrar suspensa. Cremos que se trata de um lapso, pois se a Associação do Porto assumiu a responsabilidade pela maneira como o Valongo, legitimamente, liquidou o seu débito, não encontramos motivo convincente para semelhante suspensão, visto que a Direcção do Valongo cumpriu.”

“Realizaram-se ontem os jogos correspondentes aos trinta e dois avos da final da Taça de Portugal de Hóquei em Patins, prova aberta a todos os clubes das primeira e segunda divisões. Outros resultados, Zona Norte: Vilanovense-Caldas_5-3; Académico Viseu-Famalicence_2-8; Escola Livre de Azeméis-Olivierense_1-14; Carvalhos-Minas da Panasqueira_7-1; Juventude de Viana- C.D.U.P._10-5; Caça e Pesca do Alto Douro-Sanjoanense_2-9; Vigorosa-Riba d’Ave_6-3; Relógios Invict-Paço de Rei_3-1; Acad. Espinho-Acad. Coimbra_6-2; Educação Física do Norte-Candal_2-6; Viseu e Benfica-Termas_2-14.”

19781217_CP_”O VALONGO AFASTOU A ACAMÉMICA DE ESPINHO”. Ac. Espinho-Valongo_2-3 A notícia: “A segunda eliminatória da Taça de Portugal não forneceu novidades de maior. De destacar contudo a vitória do Valongo em Espinho e a goleada que os Relógios Invicta impuseram ao Vigorosa. Na Zona Sul, A Salesiana não resistiu ao Benfica e o Parede ao Oeiras. Resultados: Académico-Vilanovense_5-1; Sanjoanense-Juv. Viana_5-3; Massarelos-Porto_2-9; Termas-Oliveirense_2-15; Famalicense-Candal_5-3; Vigorosa-Rel. Invicta_0-6.”

19781217_CP_”PORTUGL E ESPANHA VOLTAM A DAR AS MÃOS”. 19781210_RC_Valongo-Fânzeres_4-2. A notícia

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A notícia: “O presidente da Federação Portuguesa de


patinagem, José Castel-Branco, que esteve em Madrid, na reunião do Comité Central da Confederação Europeia de Roller-Skating, afirmou que «as relações entre as Federações Portuguesa e Espanhola podem considerar-se normalizadas».

passagem à eliminatória seguinte: o Alenquer e o F. C. do Porto, embora se possa considerar que o Benfica, vencedor pela tangente em Sesimbra, se tenha igualmente de considerar um possível qualificado.

José Castel-Branco teve uma reunião particular com os principais dirigentes da Federação Escachola e patinagem, no decorrer da qual foi analisado o contencioso entre os dois organismos, de que resultara a decisão dos espanhóis de não permitirem a realização de encontros particulares entre equipas dos dois países.

De realçar, porém, o excelente resultado do Famalicense contra o campeão de Portugal, obtendo um empate e, mais do que isso, marcando cinco tentos.

O incidente esrtá sanado – acrescentou Castel-Branco – os espanhóis desistiram da ideia e lhes enviarmos uma carta a pedir-lhes desculpa pelos alegados incidentes nas competições europeias de clubes, realizadas no ano passado (o que, de resto, nunca faríamos) e pode dizer-se que as duas federações deram de novo as mãos, passando uma esponja sobre o assunto».”

Jogo no pavilhão do Valongo. Árbitro: Pereira da Silva, de Lisboa. Arbitragem razoável.

19781227_CP_”Porto-Oeiras e Valongo-Belenenses nos «oitavos» da final”.

VALONGO-BELENENSES_2-4

Cartão amarelo para Alves, aos 24 minutos. Ao intervalo: 1.1. Foi algo inesperada a vitória do Belenenses, pois, a jogar no seu ambiente e com o apoio de cinco mil pessoas, que enchiam por completo o recinto, o Valongo tudo fez para alcançar a vitória, que assenta perfeitamente aos visantes que souberam aguentar com humildade o forte assédio local, para no momento oportuno desferir «venenosos» contra-ataques, em número suficiente para garantir o triunfo.” VALONGO: Queirós, Aguiar, Alves (1), Lino, Camões, Vítor (1) e Pedro.

1979

BELENENSES: Neto, Pereira, Dantas (1), Rui (2), Quim (1), Moita, Gomes e Costa.

19790107_CP_Valongo-Belenenses_2-4. A notícia: “Na primeira mão dos oitavos de final da Taça de Portugal, duas equipas obtiveram uma vantagem substancial que lhes garante praticamente a

19790114_CP_Taça de Portugal. Belenenses-Valongo_3-3. “Apurados: Relógios Invicta, Cascais, Porto, Belenenses, Benfica, Sporting e Oliveirense.”

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19790129_CP_Iniciados: Valongo-Porto_0-5. Infantis: Valongo-Porto_2-1.

19790214_CO_Juniores: Infante-Valongo_1-1. A notícia: “A quarta jornada do «Regional» de Juniores, realizada ontem à noite, forneceu os seguintes resultados: Paço de Rei-Valadares_1-2; Espinho-Oliveirense_10-4; Carvalhos-Fânzeres_7-0.”

os jovens de Valongo também se empertigaram e embora o vencedor terminasse a primeira parte com a vantagem de 1-0, chegou mesmo a 2-0, mas o vencido atenuou para 1-2. Árbitro Manuel Alves e os grupos alinharão a marcaram:” INFANTE: Reis, Mendonça, Brandão, F. Gomes da Costa (1), A. Gomes da Costa, Vila Pouca, Custódio e Campos VALONGO: Virgílio, Sousa, Dias, Victor, Camões (1), Queirós, Lino e Alves.

19790224:CP_Valongo-Carvalhos_9-5 19790219_CP_Juniores: Valongo-Paço de Rei_4-0. Juvenis, série A: Valongo-Rio Tinto_3-1.

“Outros resultados: Porto-Infante_6-0; Rel. Invicta-Espinho_4-2; Fânzeres-A. Coimbra_4-3; Oliveirense-Riba d’Ave_8-6.”

19790220_CP_Infante-Valongo_2-1. A notícia: “Principiou ontem o Campeonato Nacional da I Divisão e devia ter prosseguido o Torneio Regional da II Divisão. Lamentavelmente, na UU Divisão não se realizou qualquer dos quatro jogos por falta de árbitros e na I Divisão não compareceram árbitros em Espinho, onde o jogo também se não fez, e em Coimbra não foi o árbitro oficial a dirigir o jogo. Graves prejuízos para os clubes e assistentes, que se deslocam e pergunta-se quem assume a responsabilidade por este pandemónio? INFANTE-VALONGO_2-1 No pavilhão do Lima, previa-se que o Infante seria capaz de vencer com mais facilidade, mas

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19790228_CP_Campeonato Divisão.

Nacional

da

I

A notícia: “…na Zona Norte, ao cabo das duas primeiras jornadas, o F. C. do Porto é o guia isolado e também a única equipa sem derrotas (…) … neste momento há seis equipas em segundo lugar e pode juntar-se ainda uma outra. (…) A nota importante é que há muitas equipas com grande renovação dos seus quadros, sendo de salientar a juventude em grupos de muito futuro.”


19790303_CP_”Porto, Valongo e Fânzeres, vitórias indiscutíveis. A. Espinho-Valongo_1-7. A notícia: “A terceira jornada do Campeonato Nacional da I Divisão pode dizer-se que teve grandes surpresas, não propriamente quanto ao triunfo de duas equipas visitantes, neste caso Porto, Valongo e Fânzeres, sobretudo em relação a este primeiro clube, mas quanto à margem de tentos alcançados, pois os triunfos foram por demais esmagadores para serem previstos. Acad. Espinho-Valongo_1-7 Quatro tentos em três minutos liquidaram todas as intenções de equilibrar a partida por parte dos «espinhenses», pois o Valongo esteve verdadeiramente irresistível no segundo tempo, jogando com rapidez e boa precisão de passes.

A notícia: “A quarta jornada do Campeonato nacional da I Divisão, Zona Norte, deu já uma certa «arrumação» às equipas, embora naturalmente ainda seja muito cedo para se poderem tirar conclusões seguras. O F. C. do Porto continua no topo, com o mesmo adversário perigoso que igualmente continua sem perder, embora com um jogo a menos – a Oliveirense, e estes são de momento os mais cotados, sendo até provável que uma ou outra equipa acabem por não perder até se defrontarem entre si, na sétima jornada. O terceiro e quarto classificados são o Valongo e Riba d’Ave, duas equipas jovens, sobretudo a primeira, que teve uma «mexida» importante e nela estão a apostar os dirigentes do clube, enquanto o Riba d’Ave, com dois triunfos no seu rinque e outro em Coimbra se coloca muito bem.”

A primeira parte decorreu com muito equilíbrio, mas a partir do segundo golo, o visitante impôs-se, a meio desse período. A primeira parte: 0-1. Árbitro: João Caldas.” A. ESPINHO: Ismael, A. Azevedo, M. Azevedo, J. Fernandes (1), Lacerda, Fidalgo, Rocha e R. Azevedo. VALONGO: Queirós, Abreu, Aguiar (1), Camões (3), Vítor (2), Virgílio, Lino (2) e Pedro. Nota: Como tantas outras vezes, a contabilidade de golos do Valongo está aqui errada.

19790307_CP_Campeonato Nacional Divisão, Zona Norte. Classificação.

da 1ª

Nota: Como pode verificar-se, o texto alude a um 2º lugar da Oliveirense e ao 3º e 4º lugares do Valongo e do Riba d’Ave, o que não corresponde à Classificação publicada e aqui reproduzida. Isto significa que esta é ainda provavelmente da jornada anterior…

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19790309_CP_Juniores. longo_3-1.

Carvalhos-Va-

A notícia: “O jogo em atraso de Juniores, Carvalho-Valongo, terminou com mais um triunfo a primeira equipa, por 3-2, revelando uma capacidade técnica apreciável.”

19790310_CP_Oliveirense-Valongo_6-4. A notícia: “Partida muito movimentada, com relevo para a actuação do médio dos «oliveirenses», Amarante, que foi a figura mais em relevo, bem apoiado por Eça e contando com a acutilância de Zeca.

19790317_CP_Valongo-Fânzeres_8-1. A notícia: “Não teve qualquer dificuldade a equipa vencedora, muito embora na primeira parte os visitante tivessem conseguido equilibrar o resultado, já que o Valongo vencia somente por 2-1. Na segunda parte, além da sua superioridade territorial e técnica, o Valongo conseguiu natural supremacia no marcador. Árbitro: Sá Coutinho.” VALONGO: Queirós, Aguiar, Alves, Camões (2), Lino (2), Vítor (4), Pedro e Virgílio. FÂNZERES: C. Barbosa, Magalhães, Augusto, Ramos, Vítor (1), César, Sá e J. Augusto.

O Valongo ripostou bem, mas o primeiro tempo foi-lhe fatal, pois perdia ao intervalo por 4-0. Cartões amarelos para Gentil e Camões, na segunda parte. Árbitro: Carlos Barbosa.” OLIVEIRENSE: Helder, Gentil (2), Amarante (1), Zeca (3), Eça, Artur, Conceição e Mário. VALONGO: Queirós, Aguiar, Alves (1), Vítor, Lino (3), Pedro, Camões e Virgílio. 19790318_CP_Juniores: Valongo-Infante_0-5. 19790311_CP_Juniores: Valongo-Carvalhos_2-1. “Resultados e ontem: Porto-Infante_1-2; Valadares-Espinho_1-8; Oliveirense-Fânzeres_8-3.” Juvenis, Série A: Adiado o Pacense-Valongo “Resultados de ontem: Vilacondense-Rio Tinto_3-2; Ed. Física-Fânzeres_0-0.”

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“Outros resultados: Oliveirense-Espinho_3-8; Fânzeres-Carvalhos_0-5.” Juvenis, Série A: Valongo-Porto_5-4 “Outro resultado: Ed. Física- Rio Tinto_7-2. Adiado o Fânzeres-Pacense.


19790320_CP_Riba d’Ave-Valongo_2-1. A notícia: “Pela forma aguerrida como sempre o Valongo se exibe em Riba d’Ave, e mesmo pela aproximação dos contendores na tabela classificativa, pelo equilíbrio de valores que se verifica nos dois conjuntos. O jogo, de previsão bastante duvidosa, foi emocionante e, sobretudo, bastante competitivo. O Riba d’Ave, equipa que se tem evidenciado neste campeonato como atacante, neste jogo actuou com reservadas cautelas.

19790326_CP_Valongo-Infante e Benfica-Sporting na Abertura da Segunda Volta do Campeonato Nacional da I Divisão. Infantis: Oliveirense-Valongo_0-0. Iniciados: Valongo-Porto_0-3.

19790402_CP_Infantis: Valongo-Porto (A)_5-2. Iniciados, Série B: Académico-Valongo_0-3. A notícia:

O jogo foi emotivo, mesmo e bom hóquei, e pena foi que o rinque se encontrasse molhado, a não permitir que os atletas dessem «cem por cento» do seu rendimento.

“A nota dominante da undécima jornada do Campeonato Nacional da I Divisão foi o empate que o F. C. do Porto cedeu no pavilhão do Infante de Sagres (…)

O resultado favorável aos locais está perfeitamente certo, na medida em que premeia a equipa que teve as oportunidades mais flagrantes de golo.

O outro momento a salientar é a retumbante vitória do Riba d’Ave, derrotando o Oliveirense pelo expressivo resultado e 8-1, um triunfo que surpreende tanto como os 14-1 que o Benfica alcançou com o mesmo clube na Taça de Portugal.

Jogo no Parque das Tílias, em Riba d’Ave. Árbitro: Manuel de Sousa, de Braga. Ao intervalo: 1-0.” RIBA D’AVE: Frias, Miguel, Zé Alberto, Cunha, Jorge (1>) e Xavier (1). VALONGO: Queirós, Aguiar, Pedro (1), Alves, Vítor, Lino e Camões.

19790325_CP_Juniores: Valadares-Valongo – adiado devido ao mau tempo. “Outros resultados: Infante-Carvalhos_4-0; Porto-Oliveirense_6-2; Paço de Rei-Fânzeres – adiado devido ao mau tempo.”

Estamos assim a falar dos actuais três primeiro classificados, revelando-se os dois primeiros, sobretudo os «oliveirenses» muito vulneráveis ou talvez acusando já a fadiga resultante do esforço que foi exigido durante a Taça de Portugal. (...) Há, para a quarta posição, nada menos de três candidatos: Oliveirense, Riba d’Ave, Valongo e Carvalhos, já que os restantes, para todos os efeitos, já não podem aspirar à qualificação.”

19790403_CP_Valongo-Ac. Espinho_3-2. A notícia: “Decorreu com normalidade a jornada de ontem à noite do Campeonato Nacional da I Divisão. (…)

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Jogo muito movimentado, em que as duas equipas se bateram bem. Os locais venceram tangencialmente, mas tiveram oportunidades para ampliar o resultado. Ao intervalo: 2-0.

tabela classificativa mantiveram-se, agora com o Valongo com 25 pontos na quinta posição e o Carvalhos logo a seguir a um ponto de diferença, no sexto lugar.

Jogo no pavilhão do Valongo. Árbitro: Aníbal Santos. Arbitragem boa.”

Árbitro: Orlando Pinto. Ao intervalo: 2-3.

19790404_CP_Juniores: rense_3-0.

Valongo-Olivei-

19790404_CP_”CARVALHOS-VALONGO REPETE-SE NA SEXTA-FEIRA” A notícia: “Apesar de a Federação ainda não receber o boletim do jogo que acima aludimos, Carvalhos-Valongo, na sua reunião de ontem à noite a entidade federativa marcou a repetição do desfio para sexta-feira, enviando telegramas aos clubes, a participar-lhes a sua decisão.”

19790408_CP_Carvalhos-Valongo_8-3 A notícia: “Em jogo-repetição do «Nacional» da I Divisão, defrontaram-se as equipas do Carvalhos e do Valongo, no rinque dos primeiros (…) Em jogo de campeonato, a turma do Carvalhos impôs-se na hora da verdade, vindo a alcançar um triunfo merecido, não obstante as dificuldades sentidas no primeiro tempo. Após este jogo, as posições das duas equipas na

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CARVALHOS: Santos, Ferraz (3), Carvalho (1), França (2), Américo Couto (2), Severino, Dias Moreira e Alexandre. VALONGO: Queirós, Aguiar, Pedro Dias, Vítor (1), Camões, Virgílio, Lino (2) e Alves.

19790410_CP_Relógios Invicta-Valongo_2-5 A notícia: “No pavilhão do Vigorosa, duas equipas muito jovens fizeram uma exibição de muito mérito, com sistema de jogo rápido, sem desfalecimentos de parte a parte. Venceram os visitantes com merecimento, pois foram os que mais e melhor rematam à baliza.foi infeliz no terceiro tento que sofreu, vinte segundos depois do intervalo e que tirou muitota da sua lucidez. Exibição de grande nível do guarda-redes vencido, Domingos, e avançado visitante Vítor. Ao intervalo: 1-2. Arbitragem de António Magalhães, muito fraca. Outros resultados: Carvalhos-Fânzeres_5-1; Infante-Riba d’Ave_ 5-2; Espinho-Porto_7-2.” REL. INVICTA: Domingo, Vinha (1, na própria baliza), Morais, Rui, Dias (2), J. Cunha, Rui Jorge, Carqueijo e F. Cunha. VALONGO: Queirós, Alves, Vítor (2), Camões €, Lino, Pedro, Pires e Virgílio.


19790421_CP_”Valongo e Carvalhos também lutam pelo quarto lugar”. Valongo-Porto_4-4. A notícia “Numa partida emotiva, a equipa do Valongo dominou grande parte do jogo, com Vítor em noite de grande aceto, a conseguir desfeitear por várias vezes a defesa portista. Foi uma excelente jornada do hóquei patinado, com resultado a contento dos dois contendores. Jogo em Valongo Árbitro: Joaquim Torres. Ao intervalo: 2-2.” VALONGO: Queirós, Pedro, Alves (1), Vítor (2), Camões, Lino (1) e Pires. PORTO: Castro, David Reis, Vale, Cristiano (2), Chalupa, Rui Costa, Carlos Reis e Beleza.

19790424_CP_Fânzeres-Valongo_1-6 A notícia

19790428_CP_Valongo-Riba d’Ave_8-1. A notícia: “Praticamente terminou o campeonato nacional quanto à questão dos primeiros lugares, pois o F. C. do Porto é o vencedor da Zona Norte, a Oliveirense e o Infante, os segundo e terceiro classificados. Em dúvida, porém, o quarto lugar, pois o Valongo, melhor colocado, tem uma deslocação difícil a Coimbra e o Carvalhos joga no seu ambiente, a pensar no jogo do seu mais directo adversário. Fânzeres e Académica e Coimbra, esta época promovidos à I Divisão, voltam *a posição anterior, isto é, descem à Divisão secundária. Valongo-Riba d’Ave_8-1 O jogo foi muito equilibrado no primeiro tempo, mas depois que Xavier foi expulso por todo o tempo, ficando o Riba d’Ave a jogar apenas com quatro elementos, nada mais se poderia esperar quanto ao resultado final.

“Num encontro que se antevia de sobremodo difícil para a equipa do Valongo, dada a rivalidade existente entre as duas equipas, os fanzerenses conseguiram equilibrar a partida na primeira parte, para na segunda parte claudicarem de forma surpreendente.

Assinale-se que o massagista visitante também recebeu o «cartão vermelho».

O Valongo, tal como o Carvalhos e o Riba d’Ave, mantém desta forma legítimas aspirações quanto à sua presença na fase final da competição.

RIBA D’AVE: Frias, Miguel (1), J. Alberto, Jorge, Cunha, Eduardo, Xavier e Francisco.

Sob a arbitragem de Domingos Ferreira, as equipas alinharam e marcaram:” FÂNZERES: Neves, Magalhães, Ramos, Augusto (1), Vítor, Jerónimo, Sá e Simão. VALONGO: Virgílio, Pedro, Dias (1), Fonseca (1), Armando (3), Alves (1), Queirós, Lino e Pires.

Ao intervalo: 3-1. Árbitro: Carlos Barbosa.” VALONGO: Queirós, Pedro (2), Alves (1), Camões (4), Vítor (1), Pastor e Aguiar.

19790501_CP_”Valongo apurado para a fase final”. Acad. Coimbra-Valongo_3-6. Juniores: Valongo-Oliveirense_1-1. A notícia:

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“Terminou a fase preliminar do Campeonato Nacional – Zona Norte – já que a Zona Sul ficou ainda adiada. O jogo mais importante disputou-se em Coimbra, onde o Valongo foi ganhar e, por isso, garantir a sua qualificação. Académica de Coimbra-Valongo_3-6 Jogo bastante emotivo, desde que a Académica chegou com certa facilidade a 2-1. Depois, o Valongo reagiu e ao intervalo vencia por 3-2. No recomeço, a melhor preparação física do Valongo fez-se valer, chegando a 6-2. Já perto do fim, a Académica marcou o terceiro tento. Árbitro: Carlos Barbosa.” ACADÉMICA: Fernando, Baptista, Mário Rui, Vasco, Salvador (2), Armando, Resende e Arruda. VALONGO: Queirós, Alves, Lino (2), Camões (2), Vítor (2), Pedro, Pires e Virgílio.

diferença mínima, a dizer simplesmente que há que contar com ela. A turma dos Gomes da Costa não teve dificuldades por aí além para derrotar os valonguenses. Infante-Valongto_7-4 O Valongo iniciou a partida com certo ascendente sobre o Infante, adiantando-se no marcador, até ao momento em que a equipa local equilibrou o jogo e o marcador. Nesse momento, Camões foi expulso e o jogo perdeu toda a sua beleza desportiva, já que os locais determinaram as operações. O resto não merece comentários. Jogo no pavilhão do Infante (Porto). Árbitro: Aníbal Santos, do Porto.” INFANTE: Reis, Mendonça II, F. Gomes da Costa (1), A. Gomes da Costa (2), Campos (4) e Custódio. VALONGO: Queirós, Aguiar, Pedro, Vítor (2), Camões (1) e Alves (1).

19790520_CP_Infante-Valongo_7-4. A notícia

19790521_CP_Valongo-Sporting_0-4.

“Iniciou-se ontem à noite o Campeonato Nacional de Hóquei em Patins com a presença das oito equipas apuradas: Sesimbra, Oeiras, Benfica, sporting, Infante, Valongo, Porto e Oliveirense.

A notícia:

A «bronca» (quanto ao resultado) aconteceu na Luz, onde o Benfica goleou o seu rival, o Sporting, pelo «bonito» resultado e 8-2. No Porto, houve dois jogos, um nas Antas e outro no Infante de Sagres. No recinto portista, a Oliveirense resistiu quanto pôde, vindo sa perder pela

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“Realizou-se ontem à noite a terceira jornada da fase final do Campeonato Nacional da I Divisão. (…) Valongo-Sporting_0-4 Perdendo por 4-0 no seu ambiente, o Valongo sentiu-se inconformado com o resultado final.


Com efeito, depois de ter uma primeira parte de forte oposição ao Sporting, em que Vítor perdeu uma grande penalidade. O Valongo no segundo tempo continuou a dar luta e novas oportunidades surgiram, outra grande penalidade que Vítor desperdiçou de novo e Lino e Alves por uma vez sós em frente ao guardião sportinguista não fizeram o tento. Jogo emotivo e arbitragem razoável. Jogo no Pavilhão do Valongo. Árbitro: João Faria, de Lisboa. Cartão amarelo para Alves. Ao intervalo: 0-1.” VALONGO: Queirós, Pedro, Alves, Vítor, Lino e Aguiar. SPORTING: Carlos Alves, sobrinho (1), Livramento (1), Quicas (1), Chana (1) e Carlos Alberto.

19790523_CP_Valongo-Sesimbra_3-2 Outros resultados: Oeiras.Infante_8-4; Benfica-Porto_0-1; Oliveirense-Sporting_5-3. A notícia: “A equipa de Sesimbra vinha apostada em levar pelo menos 2 pontos, dadas as cautelas defensivas patenteadas desde o início da partida. Os valonguenses viram-se e desejaram-se para obter o golo da vitória, que acabou por surgir e dar justiça ao que se passou no rinque. Jogo no pavilhão do Valongo, Árbitro: Nunes Basílio, de Lisboa. Ao intervalo: 1-1.” VALONGO: Queirós, Pedro, Vítor, Alves (2), Lino (1), Aguiar, Camilo e Virgílio. SESIMBRA: Silveira, Flores, Cunha, Pereira (2), Adrião, Cardoso, Ramos e F. António.

19790621_CP_Oliveirense-Valongo_3-2. A notícia: “Realizaram-se ontem dois jogos em atraso da fase final do «Nacional» de hóquei em patins. Em Oliveira de Azeméis, a jovem equipa do Valongo esteve prestes a conseguir um brilharete. Oferecendo réplica condigna, num ambiente onde geralmente os visitantes sentem grandes dificuldades, os valonguenses estiveram prestes a conseguir pelo menos um ponto, só baqueando nos minutos finais, perante a maior pujança física dos locais. (…) Oliveirense-Valongo_3-2 A entrada tardia de Queirós, obrigou a equipa do Valongo a congelar a bola, com o público a apupar a equipa. Logo que este atleta entrou em campo, então sim, viram-se duas equipas a jogar de igual para igual, com jogadas alternadas nos seus meios-rinques, de boa movimentação e craveira técnica, como raramente se tem visto em partidas de hóquei em patins. Apesar de não poder contar com o seu habitual Carlos Reis, a sofrer castigo federativo, a equipa visitada nunca se deu por vencida e o tento da

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vitória acabou por surgir, a um minuto do final do jogo e quando a igualdade até podia ter sido o resultado mais certo, pelo que ambos fizeram no decorrer do jogo. Jogo em Oliveira de Azeméis. Ao intervalo: 1-2. Árbitro: Fernando Pinto, do Porto, auxiliado por Carlos Barbosa e Fernando Barbosa.” OLIVEIRENSE: Hélder, Gentil, Amarante, Zeca (3), Eça. Suplentes: Artur, Rui Conceição e Mário, que não foram utilizados. VALONGO: Virgílio (Queirós, um minuto depois), Aguiar, Pedro, Vítor (1), Pires, Alves, Lino (1), que goram todos utilizados. Classificação 1 – Porto

11 pontos

2 – Benfica e Oliveirense

10

4 – Sporting e Oeiras

8

6 – Valongo e Infante Sagres

6

8 – Sesimbra

5

19790607_CP_”F. C. do Porto empatou em Valongo”. Valongo-Porto_3-3. A notícia: “Após oito dias de interrupção, retomou-se a disputa do Campeonato Nacional da I Divisão, sendo de salientar o resultado amplo do Sporting e o empate do desafio Valongo-Porto que espevita mais o interesse da prova, pois agora o Benfica igualou a turma azul-branca, embora o grupo portuense se mantenha em primeiro lugar, por ter ganho no pavilhão da Luz por 1-0. (…)

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Valongo-Porto_3-3. A equipa do Valongo apresentou-se com as máximas cautelas, explorando da melhor forma o contra-ataque, criando algumas situações de apuro junto da área portuense. O F. C. do Porto, por sua vez, conseguiu controlar o jogo, principalmente nos primeiros minutos, mas a sua defensiva foi impotente para evitar os golos valonguenses. Por três vezes os portistas estiveram em situação de vencidos, o que diz bem das dificuldades encontradas, um tanto inesperadas. Chalupa, no F. C. do Porto, foi o principal marcador, ao obter todos os golos da sua equipa. Ao intervalo: 2-1. Com o pavilhão do Valongo superlotado e um público ruidoso e entusiasta, arbitrou a partida Carlos Barbosa, do Porto, e as equipas alinharam a marcaram:” VALONGO: Queirós, Pedro (1), Alves, Vítor, Lino (2) e Aguiar. PORTO: Castro, David Reis, Vale, Cristiano, Chalupa (3) e Júlio.

19790610_CP_Benfica-Valongo_3-0. Juniores: Valongo-Seia_2-4. BENFICA: Ramalhete, F. Pereira, José Carlos (1), Jorge Vicente (2) e Virgílio. VALONGO: Queirós, Pedro, Alves, Vítor, Lino e Camões.


19790612_CP_Oeiras-Valongo_3-3. Infantis: Infante-Valongo_9-0. A notícia: “As equipas do Sul voltaram a estar em dificuldades nos jogos da sétima jornada do Campeonato Nacional da I Divisão, pois nos quatro desafios os nortenhos venceram dois jogos, empataram um e perderam outro. (…)

da pesada derrota dos «azuis e brancos», que os relega para a segunda posição, a dois pontos do conjunto benfiquista. Nos restantes encontros, o Oeiras sentiu inúmeras dificuldades para levar de vencida o Sesimbra, enquanto Valongo e Infante se «esqueceram» de marcar golos. Outros resultados: Sporting-Benfica_1-4; Oeiras-Sesimbra_2-1; Oliveirense-Porto_5-2.”

Oeiras-Valongo_3-3. O grupo de Oeiras jogou este desafio ainda mais desfalcado, pois Carvalho continua lesionado, Vítor Rosado concluiu com este desafio o seu castigo e Salema não pôde alinhar. Mesmo assim, o jogo foi muito equilibrado, teve períodos emocionantes, sendo os nortenhos os primeiros e os últimos a marcar. Árbitro: Sá Coutinho. E os grupos alinharam e marcaram:” OEIRAS: Carlos Saraiva, José Rosado (1), Guedes (2), J. Pereira, Ricardo, J. Manuel e Diamantino. VALONGO: Queirós, Pedro, Alves, Lino (1), Camões (2) e Aguiar.

19790626_CP_Sesimbra-Valongo_5-1. ting-Valongo_9-3.

Spor-

A notícia: “As duas últimas jornadas do Campeonato Nacional da I Divisão – 9ª e 10ª. O Valongo está naturalmente em rodagem de uma equipa que pode ainda ter sentido a variação técnica, num momento crucial, o que não invalida as suas indiscutíveis possibilidades. Outros resultados: Infante-Oeiras_4-4; Porto-Benfica_3-1; Sporting-Oliveirense_4-5. Infante-Benfica_2-5; Porto-Oeiras_2-6; Sesimbra-Oliveirense_6-0.”

19790621_CP_F. C. do Porto derrotado em Oliveira de Azeméis. Valongo-Infante_0-0. A notícia: “Principiou ontem a segunda volta do Campeonato Nacional com as equipas do Benfica e do F. C. do Porto igualadas no primeiro lugar. (…) A sorte de ambos foi completamente diferente, com lucros para os «encarnados», que vencendo folgadamente a turma dos «leões», beneficiaram

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19790705_CP_Valongo-Oliveirense_12-6 A notícia: “Entrou-se na fase final do Campeonato Nacional da I Divisão, sendo em primeiro lugar de salientar os triunfos amplos do Sesimbra e do Valongo, sobretudo a equipa nortenha, que ontem teve uma noite verdadeiramente excepcional, a demonstrar o que poderá ser em breve este grupo jovem. (…) Valongo-Oliveirense_12-6 Demonstrando a sua inconstância nos recintos adversários, a Oliveirense foi ontem batida sem apelo nem agravo no pavilhão do Valongo, diante de um adversário que principiou cedo a marcar, não dando hipóteses aos visitantes, que pareciam aturdidos pela rapidez dos atacantes do Valongo. Ao intervalo: 5-0. Sob a arbitragem de Domingo Ferreira, os grupos alinharam e marcaram:” VALONGO: Queirós, Pedro (2), Alves (1), Lino (4), Camões (2) e Vítor (3). OLIVEIRENSE: Hélder, Gentil (1), Amarante (1), Zeca (4), Eça e Mário.

No segundo tempo, o Valongo procurou dar uma réplica, equilibrando mesmo a partida, mas acabou naturalmente por sofrer um resultado pesado, mesmo tendo em conta a juventude dos visitantes. Arbitrou Couto Moreira e os grupos alinharam e marcaram:” PORTO: Beleza, D. Reis, Vale (2), Cristiano (1), Chalupa (6), Castro, Júlio e rui Costa. VALONGO: Queirós, Pedro, Alves, Lino (1), Camões, Vítor e Aguiar.

19790710_CP_Valongo-Benfica_1-5. A notícia: “A penúltima jornada do Campeonato Nacional da I Divisão foi decisiva para as aspirações do Benfica que, beneficiando da derrota do F. C. do Porto em Alvalade, conquistou virtualmente o respectivo Campeonato. (…) Nos outros encontros, o Benfica venceu o Valongo, sem grandes dificuldades, e a Oliveirense venceu o Oeiras, ao passo que o Infante foi a Sesimbra buscar uma vitória. Valongo-Benfica_1-5

19790719_CP_Porto-Valongo_9-1. A notícia: “Com um tento inicial um tanto inesperado, a equipa portista dominou bem toda a primeira parte, beneficiando sobretudo da rapidez fulgurante dos remates de Chalupa, o grande marcador da noite, terminando a primeira parte com os portistas a ganhar por 6-0.

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Em Valongo, o Benfica não teve grandes dificuldades para levar de vencida a jovem equipa local. Jogando cautelosamente, os encarnados cedo se adiantaram no marcador e, ao intervalo, venciam já por três a zero. Na segunda parte, a partida foi mais equilibrada, com o Benfica a segurar vantagem. Após ter obtido o quarto golo, Torcato Ferreira deu oportunidade a todos os jogadores encarnados de alinharem,


o que, por si, revela as cautelas dos benfiquistas, perante a aguerrida e desportiva turma valonguense. No final da partida, perante o entusiasmo do público afecto ao Benfica, os jogadores do Valongo prestaram também a sua homenagem aos virtuais campeões nacionais. Ao intervalo: 3-0. As equipas alinharam e marcaram:” VALONGO: Queirós, Alves, Pedro, Vítor, Lino (1), Aguiar e Camões. BENFICA: Ramalhete, Fernando Pereira (1). Jorge Vicente (1), José Carlos, Virgílio (1), Piruças (1) e Casimiro (1).

Valongo-Oeiras_5-1 Sem temor pelo nome do adversário, que recentemente ganhou pela terceira vez a Taça das Taças, a jovem equipa do Valongo fez uma boa exibição e conquistou um excelente resultado, de harmonia comos requisitos do gr4upo valonguense, que tem um futuro muito prometedor na sua frente. Ao intervalo: 2-0. Árbitro: Nunes Basílio (Lisboa) e os grupos alinharam e marcaram:” VALONGO: Queirós, Alves, Pedro (1), Vítor (3), Camões (1), Virgílio e Aguiar. OEIRAS: Carlos Saraiva, J. Rosado, V. Rosado, Carvalho (1), Salema, J. Pereira e Guedes.

19790723_CP_Valongo-Oeiras_5-1. A notícia: “Terminou o Campeonato Nacional da I divisão, com o triunfo da equipa do Benfica. (…) Quase todas as restantes equipas participantes na prova foram duma irregularidade que verdadeiramente não se compreende, ora ganhando jogos, ora perdendo-os de maneira imprevista.

19790804_CP_Vítor (Valongo) vai para o Porto. A notícia: “Quatro importantes reforços para o F. C: do Porto.

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O dirigente Ilídio Pinto (…) confidenciou-nos que o clube portuense (…) estava a investir forte e, para isso, já tinha assegurada a contratação de alguns jogadores que assinaram as respectivas fichas: Vítor Rosado (Oeiras), Fernando Soares, o conhecido Fanace (Benfica), Domingos (guarda-redes do Relógios Invicta), o melhor guarda-redes português do momento, e Vítor (Valongo), um avançado promissor, de 18 anos.”

19790929_CP_«JUVENTUDE» VAI CONSTRUIR UM PAVILHÃO – JOSÉ CAMILO VIRADO AO TRABALHO. A notícia: “(…) A equipa de seniores da AJV (Associação Juventude de Viana) iniciou a sua preparação para a nova época, na noite de terça-feira última, em Âncora, é claro, sob as ordens do eng.º José Camilo, um nome credenciado nas escolas de jogadores de Valongo, de onde tantos e bons praticantes têm saído. Durante cerca de duas horas, o treinador sujeitou os seus novos pupilos – onde faltaram Miranda (ex-Caça e Pesca, da Régua) e Fernando, por motivos imperiosos – a dura sessão de aperfeiçoamento de patinagem, domínio de bola e remates de vários ângulos, finda a qual teve lugar um pequeno jogo, sempre disputado em ritmo vivo e com lances e golos magníficos. No conceito geral de quem observou este primeiro contacto do novo técnico com os jogadores vianenses, o treino foi amplamente proveitoso e revelador da reconhecida bagagem de conhecimentos de J. Camilo – um jovem «mister» para quem ensinar hóquei patinado não parece ter problemas de nenhuma espécie.”

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19791024_CP_Torneio de Abertura. Valongo-Ac. Espinho_7-1. A notícia: “Continuou ontem à noite o Torneio de Abertura da Associação de Patinagem do Porto, uma prova que a maioria dos clubes aproveita para fazer as suas experiências e ensaiar os melhores jogadores, com vista ao campeonato nacional que se principiará a disputar dentro de alguns meses. Resultados:Sanjoanense-Carvalhos_3-3; Oliveirense-Rel. Invicta_6-7; Infante-Porto_2-12.”

19791104_CP_Juniores: Porto-Valongo_6-0. Juvenis: Infante-Valongo_0-5. A notícia: “Para os Campeonatos Regionais de Juniores e Juvenis, realizaram-se, ontem, os jogos correspondentes à 2ª jornada. Nela o F. C. do Porto (Juniores) e o Valongo (Juvenis) estiveram em evidência. Resultados: JUNIORES: Oliveirense-Sanjoanense_2-1; Infante-Ac. Espinho_1-2; Académico-Valadares_3-1. JUVENIS: Fânzers-Porto_0-4; Ed. Física-Académico_2-3.”

19791107_CP_”PRIMEIRA DERROTA VALONGO”. Sanjoanense-Valongo_2-0.

DO

A notícia “Completou-se ontem à noite mais uma jornada principiada na véspera, esta vez com jogos equilibrados, com excepção do desafio realizado no


pavilhão das Antas, mas a equipa portista mesmo assim sofreu muitos tentos. Resultados: Porto-Carvalhos_13-6; Oliveirense-Espinho_5-4.”

“Com uma primeira parte bastante irregular, a equipa dos Relógios Invicta acabou por equilibrar a partida durante q segunda parte. O Valongo venceu bem. Por isso, resultado certo. Ao intervalo: 1-4. Árbitro: Fenando Pinto. Arbitragem irregular.

19791112_CP_Juniores: Valongo-Paço de Rei_4-0. Juvenis: Valongo-Paço de Rei_4-0. Iniciados: Porto-Valongo_2-0. Infantis: Porto-Valongo_7-1.

19791114_CP_Torneio de Abertura. ”F. C. do Porto bateu o Valongo por 5-0”

Outros resultados: Carvalhos-Espinho_10-2; Porto-Sanjoanense_6-2; Infante-Oliveirense_1-6.” REL. INVICTA: Fernando Almeida, Morais (1), Carlos Reis, Milton (2), Maia, Augusto, Vinha e Zé Manuel. VALONGO: Queirós, Pedro, Alves, Camões (2), Lino (2), Paupério, Joel e Virgílio.

A notícia: “Disputou-se ontem à noite mais uma jornada do Torneio de Abertura do Porto, com dois jogos apenas (…) Assim, somente se fizeram dois jogos, um nas Antas, onde o F. C. do Porto, sem Cristiano e Vítor Rosado, venceu o Valongo por 5-0. Ao intervalo: 2-0. Arbitrou Higino Santos e os grupos alinharam e marcaram:” PORTO: Beleza, D. Reis, F. Soares (1), Vale (1) e Chalupa (3) VALONGO: Queirós, Aguiar, Alves, Lino e Camões.

De pé: Quim Camilo, Leal, Domingos Cruz, Manuel Pires. Em baixo: Américo, Vítor Francisco, José Alves, Armindo Gomes.

19791118_CP_Torneio de Abertura. Relógios Invicta-Valongo_3-4. A notícia:

609


19791121_CP_Torneio de Abertura. Valongo-Carvalhos_4-4.

onde a presença do F. C. do Porto conquista sempre o interesse geral.

A notícia:

Porém, a equipa portista, desgarrada e individualista, nunca teve soluções atacantes. Perdeu por 2-0, um tento em cada período de jogo. Se o Valongo se mostrasse mais ambicioso, poderia mesmo obter resultado mais robusto. Triunfo indiscutível, pois a formação de Valongo teve inclusivamente outras oportunidades que não converteu.

“Concluiu-se ontem à noite mais uma jornada do Torneio de Abertura de hóquei em patins, com jogos em Valongo, Espinho e Oliveira de Azeméis. Outros resultados: Espinho-Infante_3-2; Oliveirense-Porto_12-6.”

19791126_CP_Iniciados: Carvalhos-Valongo_5-2. Infantis: Carvalhos-Valongo_7-3.

19791127_CP_Torneio de Abertura. Infante-Valongo_4-6. A notícia: “Realizaram-se ontem dois jogos em atraso referentes à 4ª jornada do Torneio de Abertura da 1ª Divisão”. Outro resultado: Porto-Rel. Invicta_5-4.”

19791210_CP_Juniores: Sanjoanense-Valongo_1-2. Infantis: Massarelos-Valongo_0-4. Iniciados: Massarelos-Valongo_0-2.

19791212_CP_Torneio de Abertura. Valongo-Porto_2-0.

Mesmo sem Cristiano e Vítor Rosado, a equipa azul-branca deveria pelo menos ter mostrado outro padrão de jogo, mais colectivo e menos lento. A dois minutos do fim, houve escaramuças entre os jogadores, com agressões mútuas e inexplicavelmente nenhum foi expulso. Esse terá sido o único erro de Sá Coutinho, cuja arbitragem, até aí, foi atenta e imparcial. Os grupos alinharam e marcaram:” VALONGO: Queirós, Aguiar, Alves, Lino (2) e Camões. PORTO: Domingos, David, Vale, F. Soares, Chalupa, Costa e Vítor.

19791216_CP_Taça de Portugal. Académica de Coimbra-Valongo_5-6. Outros resultados: Alenquer-Oliveirense_5-2; Estremoz-Oeiras_2-5; Carvalhos-Sesimbra_3-8; Académico-Sanjoanense_2-6; Paço de Rei-Benfica_1-6; Sporting-Paço d’Arcos_9-4; Parede-Porto_2-5.”

A notícia: “Na última jornada do Torneio de Abertura, o desafio mais importante disputou-se em Valongo,

610

19801221_ND_”«Arrancada» da Taça Portugal”. Valongo-Acad. Coimbra_5-3.

de


A notícia “Disputou-se ontem a primeira eliminatória da Taça de Portugal de hóquei em patins, com saliência para o F. C. do Porto, que foi vencer folgadamente em Oliveira de Azeméis. Outros resultados: Sanjoanense-Fânzeres_10-2; A. Do Porto-Juv de Viana_3-5; Oliveirense-Porto_1-5; Famalicense-Infante_3-8; Valadares-Carvalhos_2-3; CDUP-Riba d’Ave_2-3; A. E Braga-Rio Tinto_16-1; Termas S. Pero do Sul-G. A. Godim_411.”

seu público, não deram quaisquer veleidades ao Valongo, que acabou por sentir que nada podia fazer, podendo até a diferença do marcador ter sido mais dilatada. Jogo em Oliveira de Azeméis. Ao intervalo: 6-1. Árbitro: Sá Coutinho, do Porto, auxiliado por dois voluntários. Outros resultados: Oeiras-Porto_2-5. Sanjoanense-Sporting_1-4. Sesimbra-Benfica_2-2.” OLIVEIRENSE: Hélder, Gentil (1), Amarante (3), Zeca (2), Eça (3). VALONGO: Queirós, Aguiar, Alves (1), Dino (1), Camões, Joel e Pedro (1). Não utilizado: Virgílio.

19791223_CP_Taça de Portugal. Valongo-Acad. Coimbra_12-1. Outros resultados: Benfica-Paço de Rei_9-1Oeiras-Estremoz_4-3. Sesimbra-Carvalhos_10-4. Paço d’Arcos-Sporting_0-3.

19791225_CP_ Juniores: Infante-Valongo_6-1.

19791230_CP_Taça de Portugal. Oliveirense-Valongo_9-3. A notícia: “O próprio resultado final indica já a maior superioridade dos locais, nos vários capítulos do jogo. Efectivamente, a Oliveirense exerceu, durante todo o encontro, um maior predomínio técnico e territorial, de nada valendo à turma visitante uma certa cadência que procurou manter nos dois períodos de jogo para quebrar o ímpeto dos sonos do terreno. Estes, no entanto, apoiados pelo

1980

19800106_ND_Taça de Portugal. Valongo-Olivierense_5-5. “Como se esperava, a segunda «mão» dos quartos de final ad Taça e Portugal de hóquei em patins não trouxo qualquer surpresa que os resultados da primeira «mão» não fariam de qualquer modo esperar. (…) Em Valongo, onde a Oliveirense disputava um jogo descansada no 9-3 obtido na primeira «mão», o prélio teve facetas curiosas e a equipa da «casa», que tinha estado a perder por 1-2, acabaria por atingir o 5-2, claudicando fragorosamente na parte final e permitindo aos homens de Oliveira de Azeméis a obtenção do empate.”

611


19800110_ND_”Como já se esperava… Dr. Correia de Brito, seleccionador sénior”.

19800224_ND_”Assoc. festejar 25 anos”

Desp.

Valongo

vai

A notícia: 19800120_ND_Taça de Portugal. Olivierense-Sporting_4-5. Benfica-Porto_6-1.

19800127_ND_”Benfica Benfica-Sporting_1-0.

arrecadou

a

Taça.

Ramalhete foi o herói de uma final inesquecível.

19800203_ND_Campeonato Nacional. Porto-Valongo_4-1.

Do programa, fértil e prometedor, destacam-se a sessão solene, onde serão homenageados os sócios com 25 anos de filiação (fundadores); um torneio quadrangular de hóquei em patins, em que participarão, além do Valongo, o F. C. do Porto, o Infante de Sagres e uma outra equipa ainda não conhecida; um encontro de Velhas Guardas entre o Valongo e uma selecção portuense; um torneio de ténis de mesa e pesca, etc. As comemorações, que começam no dia 1 de Março e se prolongam até 30 do mesmo mês, podendo ser alongadas até ao fim do corrente ano.

“Arrancou na passada sexta-feira e sábado a 1ª jornada do Campeonato Nacional da I Divisão de Hóquei em Patins, com a disputa d fase por zonas (…).

Para uma melhor descrição do que é a A. D. Valongo, podemos dizer que, em 1954, um grupo de valonguenses, entusiastas do hóquei em patins, fundou o clube, tendo em 1955 participado oficialmente a prática deste desporto na II Divisão Regional, onde se manteve até 1960.

No Pavilhão das Antas, o F. C. do Porto, que nesta competição busca a glória que teima em lhe escapar por entre os dedos, desembaraçou-se (4-1) sem grandes problemas de um pouco mais que esforçado Valongo. Destaque no Pavilhão das Antas para a exibição e Fernando Soares que à sua conta facturou três golos. Arbitragem de Aníbal Santos.”

Desde aquela data até hoje, o Valongo tem militado na I Divisão Nacional, Zona Norte, mantendo ao longo dos tempos a prática do desporto amador. Aliás, das escolas de formação de hoquistas do Valongo saíram bons atletas, casos de Américo, Nora, Vale e Vítor Bruno. Exceptuando Vale, os restantes foram já chamados a vestir a camisola da selecção nacional.

A notícia:

PORTO: Domingos, Vítor Rosado (1), Vale, Cristiano, Chalupa, Fernando Soares (3), Vítor e Beleza. VALONGO: Virgílio, Aguiar (1), Pedro, J. Pinto, Camões, Alves e Lino.

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“A Associação Desportiva de Valongo vai comemorar, no próximo mês de Março, o 25º Aniversário da sua fundação.

Volvidos que são 25 anos de uma existência plena de sacrifícios, não se poderá dizer que a Associação Desportiva de Valongo tivesse sido apoiada, como seria justo, pela Câmara Municipal. No entanto,


parece que o novo presidente da edilidade, Eng.º Aires Martins, vai premiar a colectividade com a oferta de uma porção e terreno para a construção de piscinas.”

19800309_ND_”«Quadrangular de Valongo». F. C. do Porto vencedor na final (3-0)” A notícia: “Comemorando as suas Bodas de Prata, a Associação Desportiva de Valongo organizou um torneio quadrangular que teve no F. C. do Porto um brilhante vencedor (…). Com a presença de um numeroso público, emoldurando condignamente o acontecimento, o encontro foi muito bem disputado, mormente no 1º tempo, que terminaria com o resultado em branco. Na parte complementar, o maior poderio físico dos «azuis e brancos» viria ao de cima justificando plenamente o «score». Boa arbitragem do «internacional» António Quintela. De referir que a organização do certame foi excelente.”

19800313_ND_”MESMO DISCORDANDO EM PARTE, OBRIGADO, INIMITÁVEL VELASCO!” A notícia: “O comum amigo Pinto de Sousa trouxe-nos há dias, por gentileza sua, uma carta expressiva de Francisco Velasco, agora definitivamente fixado em Lourenço Marques, depois de ter estado longo tempo na África do Sul. Recordam-se dele? Velasco foi um invulgar

desportista que se dedicou ao hóquei em patins e que atingiu há anos uma «classe» extraordinária. Velasco alcançou um valor invulgar que o creditou como um dos jogadores mais notáveis de todas as gerações que se dedicaram ao hóquei em patins, de tal maneira que chegou a ser apontado como verdadeiro fenómeno no mundo, bem reduzido dessa bela modalidade que encantou os portugueses e lhes ofereceu e continuará a proporcionar glórias sem conta e dias inesquecíveis. Não será possível nos momentos que correm formar-se uma equipa que ofereça actuações tão maravilhosas como aquelas produzidas por uma famosa selecção que nos deu imagens que restarão para sempre e que será difícil repetir, essa famosa equipa moçambicana de há anos atrás na qual brilhavam o António <moreira, Fernando Adrião, António Souto, e Bouçós ao lado desse insuperável Francisco Velasco. Neste momento possuímos ainda (uma gralha maldita estragou a sequência das duas frases seguinte…) na qual brilhavam o António (…) jogadores excepcionais, mas que não poderá igualar a técnica espantosa dessa equipa que nos encheu de alegria e orgulho. Conjuntamente com a carta que nos cativou, veio igualmente um sugestivo e momentoso artigo inserto no «Notícias de Lourenço Marque» em que Velasco, que escreve sobre hóquei em patins como poucos, abordava o problema da equi de Moçambique. Através desse sugestivo comentário que intitulou «Hóquei impôs a táctica para acabar com o improviso», tomamos conhecimento com uma opinião que pode ser controversa. Desse curioso artigo recortamos as seguintes passagens:

613


«Nos tempos passados, e isso ao contrário do que muita gente poderá supor, o nível de hóquei em patins praticado em Moçambique não era tão elevado como parecia à primeira vista. E para entendermos esta afirmação há que definir o sentido da palavra «nível» dentro do contexto desportivo, que na nossa opinião não é senão a «média» resultante da «qualidade» do jogo praticado num país, pela «totalidade» das equipas filiadas nas respectivas Associações. A existência num determinado local de jogadores possuidores de títulos máximos não implica necessariamente que o nível do jogo praticado nesse local seja elevado.

– a improvisar individualmente

Ora, em Moçambique confundiu-se sempre o nível de hóquei com o nível e alguns jogadores, mas se procurarmos ser honestos connosco próprios, ao recordarmos o passado da modalidade, só nos vêm à cabeça nomes de atletas, o Adrião, o Moreira, o Bouçós, o Amílcar e, curiosamente, os nomes dos clubes ficam relegados para um plano secundário ou mesmo inexistente. Falava-se da equipa da Espanha, replicávamos com o nome do Adrião, mencionava-se o Benfica, atirava-se com o Bouçós para a frente, dizia-se Paço s’Arcos e lá se ia buscar o Moreirita.

Gerou-se um tipo de hóquei específico, de características assinaláveis, pois quando as «estrelas» improvisavam – e de que maneira! – obrigavam os demais jogadores à sua volta a improvisar também. Na bancada, os treinadores ou, melhor, os carolas que ocupavam esse lugar, arrastados pelos seus «águias», improvisavam por seu turno, nada percebendo do que no campo se passava e lá iam fazendo gestos para uma assistência sempre presente, ou atirando «clichés» para uns jornalistas mais sequiosos.

Em resumo, onde se punham equipas contrapunham-se jogadores. Não será difícil, portanto, e isso à priori, concluir-se que nesse passado Moçambique só possuía atletas individualmente capazes, quatro de entre os quais atingiram um nível individual e técnico fora-de-série, do tipo «estrela», que não interessará agora explicar a razão da sua existência, mas que podemos atribuir desde já a um acidente fortuito da história desta modalidade. Como qualquer outro desporto, o hóquei em patins, na nossa maneir de ver, sópoderá ser praticado de duas maneiras básicas:

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– ou a jogar tacticamente. E excluiremos de propósito o meio-termo, pois este nunca conduziu a nada e só deverá ser considerado como fase de transição entre os modos de jogar atrás mencionados. Foi a improvisar que o hóquei em patins de Moçambique nasceu e só a improvisar é que foi vivendo. Mas se sobreviveu isso só se verificou na medida em que possuía no seu seio esses quatro ou cinco jogadores fora-de-série, de alta capacidade individual que tal qual condutores de autocarros, tudo e todos arrastaram à sua frente ou na sua esteira.

Foi neste ciclo vicioso imenso que a imprensa, o público, os responsáveis, etc., se deixaram levar, excitados, pois o que viam era bonito, era espectacular. Viram Moçambique do passado ganhar à Espanha, mas esqueceram-se que a sua selecção «B», os que não eram «estrelas», ficavam sistematicamente em último lugar. Viram os seus quatro jogadores ganhar Campeonatos do Mundo, mas não se lembram que Moçambique organizou quatro Torneios Internacionais e que a Selecção de Lisboa veio cá ganhá-los todos. Hoje não temos dúvidas de reconhecer que o tipo de hóquei praticado neste País foi sempre de


Improvisação Individual e que esse tipo de hóquei só teve sucesso quando pôde contar com pelo menos uma equipa constituída por super-jogadores. E. mesmo assim, sempre que actuou incompleta, com menos uma pedra, não conseguiu vencer nos torneios em que participou. A este tipo de hóquei opôs-se sempre p hóquei táctico da Europa, cujos expoentes máximos seriam a Espanha e Portugal, onde as «estrelas» se apagaram (com excepção de um Livramento), para dar lugar a um tipo de jogador normal, mas altamente valorizado não só pela sua mentalidade táctica, como também pela preparação táctica que lhe é ministrada. (…) Hoje, na nossa opinião, opinião essa talvez confirmada pela experiência deste Campeonato do Mundo, urge libertarmo-nos do tipo de mentalidade que herdámos do passado, pois «quatro ou cinco estrelas», e isso ao mesmo tempo e no mesmo lugar, são uma coincidência bizarra que não se repete facilmente. Temos de enveredar pelo caminho do hóquei táctico, pois as soluções residem na análise lógica e científica da prática do hóquei em patins. Há que se detectar as dificuldades e problemas existentes no campo, definir as soluções mais coerentes e aplicá-las com a determinação que é sempre resultante do conhecimento da causa. Tudo isto não é difícil, encontra-se ao alcance de todos nós. Foi feito no basquetebol, onde se atingiu praticamente o máximo da mentalidade táctica desportiva. É feito no xadrez, onde a intervenção mental atingiu níveis incríveis e são hoje o prato do dia. Resumindo, temos de deixar para trás a época a Improvisação, coim a sua mentalidade individualista e caminharmos apressadamente para uma mentalização táctica onde, não temos dúvidas

algumas, se enquadra facilmente toda essa matéria-prima de atletas que Moçambique abunda. Façamo-lo com decisão e espírito analítico. Puxemos rapidamente uma cortina sobre as soluções individualistas e entremos no campo das soluções de grupo. Passemos, repetimos, da Improvisação àq Táctica. Esta Selecção de Moçambique, pois todos os seus jogadores devem estar hoje convictos que muito mais, muito mais mesmo, poderia ter sido conseguido. No fundo da consciência de cada um ao fazerem as suas comparações, devem ter reconhecido que são melhores que muitos outros. E são-no! Há somente que ajudá-los!» Transcrevemos os períodos mais importantes do admirável comentário de Velasco sobre o actual hóquei em patins de Moçambique. Perdoem-nos nesta leve autópsia nos referirmos a essa encantadora cidade de Lourenço Marques que, devido a acontecimentos diversos, foi transformada, a começar pelo nome, em Maputo. É dificílimo para o nosso espírito habituarmo-nos a esquecer essa Lourenço Marques que foi, por diversas vezes, encanto e prazer dos nossos olhos. Cidade maravilhosa que terá transformado incrivelmente nesta Maputo que desperta em nós uma saudade irreprimível e não só para nós como para milhares de portugueses que ali incansável e dedicadamente lutaram pelo seu progresso e desenvolvimento, que tantos ali construíram o seu lar e ali viveram e amaram. Foi pena que alguns se tivessem esquecido para servir interesses dos que ali trabalharam e deram tudo o que podiam para o seu engrandecimento e foram obrigados a abandonar uma terra que muitos amaram e adoraram,

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espoliados e maltratados interesses sagrados.

encontra em nós um indestrutível admirador. A. T.”

Velasco, o tipo e jogador subtil, científico, que, pela denodada acção contrariou, só em parte, as teorias que com tamanha habilidade ergueu O caso do hóquei em patins em Lourenço Marques é autopsiado por Velasco com aquela clareza e objectividade que a sua larga experiência permitiu. Evidentemente que o problema encarado pela óptica europeia é um pouco diferente. No mundo da táctica, o hóquei em patins português nunca atingiria, em célebres tempos, a sincronização táctica evidenciada pelos transalpinos. Valeu-nos quase sempre, nesses tempos dourados, a imaginação e a «classe» dos nossos jogadores. Mesmo em relação à nossa eterna rival, essa dificílima Espanha, vimos que em muitos tempos, de glórias e triunfos, predominou o valor individual de algumas figuras que marcaram posição no mundo hoquista, tais como Puigbó, Orpinelli, Trias, Más, Villalonga, Carbonell, Nogué e alguns mais. Valeram às magníficas equipas de Portugal e da Espanha dos bons velhos tempo o poder da imaginação e de improvisação de alguns jogadores excepcionais que possuíram e ainda possuem. Não seremos nós a atrever-nos a alimentar uma controvérsia sobre o poder e valia do hóquei em patins de Moçambique, pois neste jogo os triunfos estão todos do lado do querido amigo Velasco. Só nos resta dar-lhe felicitações sobre o seu admirável comentário e confessar-lhe que a nossa retina ainda conserva, límpidas, e cristalinas, muitas imagens oferecidas pelo seu extraordinário poder de imaginação e improvisação. Confessamos lealmente que não trocamos essas imagens por todas as táticas que existam Tenha a certeza que a milhares de quilómetros

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Na festa dos 25 anos, o Presidente Joaquim Paupério distribui lembranças aos jogadores

19800316_ND_Campeonato Nacional 1ª Divisão. 11ª Jornada. Relógios Invicta-Valongo_2-2. Outros resultados: Porto-Riba d’Ave_7-2; Alenquer-Benfica_5-5; Parede-Sporting_5-4; Infante-Sanjoanense_1-5; Juventude Viana-Oliveirense_3-5.

19800320_ND_Valongo-Carvalhos_5-4. Outros resultados: Juv. Viana-Porto_2-2; Belenenses-Benfica_5-5; Riba d’Ave-Rel. Invicta_3-3; Espinho-Infante_5-2; Sporting-Cascais_5-4; Alenquer e Benfica-Parede_6-4; Paço d’Arcos-Oeiras_2-1.


19800323_ND_Infante-Valongo_4-4.

No sábado, o dia «D» das comemorações, iniciou-se a jornada final e, para atribuição dos lugares da cauda, defrontaram-se Oliveirense e Infante de Sagres. Esta partida constituiu espectáculo digno de registo, pois a Oliveirense, que começou o encontro da melhor maneira, obtendo três golos no espaço de oito minutos, «facilitou» um pouco e veio a ser ultrapassada pelos inconformados lordelenses, que acabaram vencedores por escasso 4-3. Após este jogo e antecedendo a esperada final entre portistas e valonguenses, a organização promoveu um lindíssimo desfile em que participaram todos os atletas da A. D. Valongo, além dos jogadores dos clubes participantes no «quadrangular».

O saudoso João Queirós recebe a sua lembrança do Presidente J, Paupério

Principiava já a cair a noite quando Porto e Valongo deram entrada no recinto para discutirem a posse do mais valioso troféu, em jogo que foi muito bem arbitrado pelo internacional António Quintela e que os portistas venceram. Alinharam e marcaram:

19800328_CD_«”Quadrangular” da A. D. de Valongo» A notícia:

F. C. DO PORTO: Beleza, Fernando Soares (1), Vítor Rosado, Vale (1), Chalupa (1) e David Reis. VALONGO: Queirós, Aguiar, Pedro, Alves, Lino, Camões e Paupério.

“Saldou-se por um êxito total o Torneio Quadrangular promovido pela Associação Desportiva de Valongo, integrado nas comemorações das Bodas de Prata da conhecida colectividade valonguense. O torneio, que contou com a presença do F. C. do Porto, Infante de Sagres, Oliveirense e Valongo, iniciou-se com dois jogos para a fase de apuramento, jogos esses que valonguenses e portistas venceram, por 4-0 e 4-2, remetendo a Oliveirense e o Infante de Sagres para a disputa dos 3º e 4º lugares.

A festa das “Bodas de Prata”. Homenagem a José Camilo e Américo

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19800413_ND_”Hóquei em Patins Turbulento Em Espanha” A notícia: “Os jogos de hóquei em patins entre portugueses e espanhóis nem sempre são disputados em ambiente calmo. É uma rivalidade já com cabelos brancos que existe há mais de trinta anos, desde que nós fomos investidos na missão de sermos padrinhos dos nossos vizinhos nas competições internacionais. Nós, por exemplo, assistimos ao baptismo, que nunca esqueceu, pois nesse ano, em 1947, conseguimos conquistar em Lisboa o primeiro título mundial. Mas embora afilhados fizeram-nos sofrer, pois resistiram quase até ao incrível… Nos desafios para as competições europeias, essa rivalidade surge ao de cima, nem sempre da melhor maneira. Vamos a ver se este ano as coisas se modificam um pouco. Mas não se pense precipitadamente que a causa destes «sururus» se pode atribuir à tradicional rivalidade. Em Espanha está a jogar-se forte e feio na modalidade dos «pausinhos». Mas os incidentes acontecem não apenas nos desafios lusoespanhóis. Mesmo entre eles são vulgaríssimos os incidentes. Ainda há poucos dias, num jogo do Campeonato Nacional da Espanha, o árbitro internacional Aregay se viu em palpos de aranha para dirigir um jogo entre o Voltregá e o Barcelona. Quando faltavam doze minutos para a partida terminar, o juiz viu-se obrigado a terminar o encontro, quando os barcelonistas venciam por 4-1, pois na pista caíram os mais diversos objectos e teve-se a sensação de que estalara uma verdadeira guerra, em que ninguém se salvaria. O árbitro, em situação de emergência, e face ao perigo de uma «guerra civil», acabou por decidir que as

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equipas fossem para o balneário tomar um banho calmante mais cedo. Pior foram os simpatizantes que não conseguiram dominar-se. O Barcelona, campão da Espanha, tinha marcado quatro golos, dois por Brasil e outros dois por Centell. O golo do Voltregá fora de Ordeig. Não nos venham agora dizer que só os jogos entre países ibéricos é que são férteis em cenas impróprias para menores de dezoito anos…”

19800501_ND_”«Nacional» - Valongo na final – Carvalhos na segunda”. Juventude Viana-Valongo_0-0. A notícia: “Realizou-se já a última jornada da fase de apuramento do Campeonato Nacional da I Divisão de Hóquei em Patins, que resolveu os últimos problemas pendentes: quem era o quarto clube da Zona Norte apurado para a final e, em ambas as zonas, quem seria que acompanharia Riba d’Ave e Paço d’Arcos na descida. Assim, no Norte, o Valongo, que empatou no rinque do Juventude de Viana, ascendeu de vez ao quarto posto e à classificação, assim como o Infante foi arrancar a sua «não descida» precisamente a «casa» de quem viria a descer: o Carvalhos. (…) Temos assim que, na Zona Norte, irão disputar a fase final o F. C. do Porto, Oliveirense, Sanjoanense e Valongo, sendo despromovidos o Riba d’Ave e o Carvalhos. Na Sul, teremos na fase final o Benfica, Sporting, Sesimbra e Belenenses, sendo despromovidos o Paço d’Arcos e o Campo de Ourique.


Outros resultados: Riba d’Ave-Oliveirense_5-6; Porto-Espinho_10-1; Rel. Invicta-Sanjoanense_4-13; Carvalhos.Infante_3-6.”

“Carregadinha de surpresas esta segunda jornada da fase final do Campeonato Nacional de hóquei em patins da I Divisão, onde avultaram as derrotas que os «azuis e brancos» cederam no seu recinto frente ao Sesimbra e a «goleada» que o Sporting sofreu no rinque da Oliveirense. (…) Belenenses-Valongo_4-2 Jogo no Pavilhão do Restelo. Árbitro: Alberto Magalhães, do Porto. Ao intervalo: 1-1. Má exibição das duas equipas. Primeira parte com os valonguenses a mostrar a sua defesa muito fechada. Arbitragem sem nível.” BELENENSES: Coelho, M. Pereira (1), Garrido, C. Cruz, Quim (1), R. Ribeiro e Jorge (2)

19800512_CD_”Associação de Patinagem do Porto – VALONGO tem cinco lugares nos novos corpos gerentes – 1980”

VALONGO: Queirós, Pedro (1), Camões, Alves, Lino e Aguiar (1).

A notícia: São indicados os seguintes nomes como representantes da ADV:

19800612_ND_”Benfica é o novo «leader»”

Assembleia-Geral: 1º Secretário – José Alves da Costa Direcção: Secretário-Geral – Alcides Leal Machado; 2º Tesoureiro – José Maria Barros Claro. Conselho Técnico: Secretário – José Viterbo Conselho Jurisdicional: Dr. António Aurélio Babo de Magalhães.

19800601_ND_Belenenses-Valongo_4-2. A notícia:

19800615_ND_Sporting-Valongo_10-2. A notícia: “Realizou-se ontem a 6ª jornada do nacional maior de Hóquei em Patins, destacando-se a excelente, embora difícil, vitória obtida pelo Benfica em Oliveira de Azeméis e as «goleadas» que F. C. do Porto e Sporting obtiveram frente ao Belenenses e ao Valongo. O Sesimbra ganhou, naturalmente, ao «lanterna vermelha» Sanjoanense. Outros resultados: Porto-Belenenses_9-3; Oliveirense-Benfica_2-3; Sesimbra-Sanjoanense_7-4.”

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19800626_ND_Valongo-Oliveirense_4-3. Outros resultados_ Benfica-Sesimbra_2-1; Pporto-Sanjoanense_6-1; Sporting-Belenenses_8-5.

19800629_ND_Valongo-Belenenses_4-4. A notícia: “… o Valongo não conseguiu melhor que um empate, em sua casa, contra o Belenenses, pese embora a pouca sorte que o perseguiu. Outros resultados: Sanjoanense-Benfica_3-1; Sporting-Oliveirense_2-0; Sesimbra-Porto_6-3.”

19800826_”CONTRA A DESTRUIÇÃO DO HÓQUEI EM PATINS” – Convocatória para uma reunião no Pavilhão Arquitecto Jerónimo Reis, em Espinho, no dia 5 de Setembro. Nota: Resolvi incluir esta “convocatória” que encontrei nos arquivos do clube, não com qualquer intuito de reavivar uma polémica que está, mais ou

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menos, encerrada ou, pelo menos, esbatida, mas apenas para dar conta aos mais novos e àqueles que não a viveram, que esta questão dos jogadores “arrecadados” pelo F. C. do Porto era de facto muito forte e altamente incómoda, para falar de modo suave… O documento é importante porque enuncia, de modo aliás agressivo, um resumo do que a generalidades das pessoas pertencentes aos clubes citados e a outros pensavam e sentiam sobre o assunto. É, pois, um documento histórico de grande valor.


19801015_CD_”Como vai o hóquei em patins?” A notícia: “Esta é uma pergunta que enche a boca dos portugueses e, como tal, também os valonguenses a fazem, acerca do hóquei da sua terra. Com efeito, como o leitor já deve saber, a Associação Desportiva de Valongo sofreu profundas modificações; desde a Direcção, passando por jogadores, até chegar àquilo que se pode chamar a transformação máxima do hóquei patinado valonguense. Assim, a Direcção actual, comandada por Carlos Figueira, homem bem conhecido como dinamizador do desporto em Valongo, apoiada pela Assembleia-Geral, decidiu pagar aos jogadores, bem como contratar um elemento de fora (Chalupa, F. C. P.), aliás o que já tinha acontecido na época transacta com a Direcção de então. Refiro-me, claro, à contratação de Joel (também do F. C. Porto). Assistimos assim, com estes dois procedimentos, à «morte» daquilo que sempre foi para nós motivo de orgulho, ou seja, a não contratação de jogadores de fora e continuação do amadorismo.

Direcção permanecesse mais um ano, e cobrisse o défice na época seguinte, certamente que o que mais contribuiu para essa crise foi sem dúvida a ida do clube ao estrageiro (Alemanha e Espanha), para disputar a Taça do Campeões Europeus, além do enorme custo de material para a prática do hó9quei em patins. Ora, na próxima época vai estar de novo envolvido na Europa, o material aumentou de preço e agora há que contar com mais uma despesa (perto de uma centena de contos mensais via ser utilizada no pagamento dos jogadores). Como irá a Direcção solucionar o problema? Penso que estará a contar coma ajuda da massa adepta, e esperemos que esta dê o apoio necessário, se bem que uma minoria de sócios esteja contra, mas todos sabemos que esses são os que mais falam e menos fazem. Enfim, estes problemas terão certamente solução. É isso que todos esperamos. E… a ver vamos! L. P. “

Mas, caro amigo, os tempos são outros e o Valongo não precisava de contratar jogadores alheios à «prata da casa», nem tão pouco pagar aos seus atletas, se outros clubes não o tivessem feito anteriormente. Há que encarar a realidade e assim relembrar que os homens como Américo já rareiam no sector desportivo. Esta Direcção empenhou-se numa tarefa difícil e… arriscada! Recorde-se que o Valongo, há bem pouco tempo, no fim da época 77-78, apresentou um saldo negativo de várias dezenas de contos. Embora essa

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- Virdi, Paolo (2021): Hockey Mundial, Ed. Linee Infinite Edizioni, 612 p.

Nota crítica a “Neves, José; Domingos, Nuno (coordenadores) (2011): Uma História Do Desporto em Portugal” Na “Introdução à Colecção” dos 3 livros de “Uma História do Desporto em Portugal” (UHDP) (Ed. QUIDNOVI, 2011, Vila do Conde) dizem os organizadores José Neves e Nuno Domingos que a agenda de investigação para a história do desporto que propõem abrange três pontos: (1) a investigação de arquivos, (2) a diversificação das modalidades desportivas analisadas e o tipo de problemas sobre si construídos (e a este propósito citam duas obras gerais: “A Paixão do Povo – A História do Futebol em Portugal”, de José Nuno Coelho, e “O Hóquei em Patins em Portugal”, de Silvestre Lacerda) (1º vol., p. 19) e (3) o objectivo de “aproximar o desporto de actividades maioritariamente consideradas não-desportivas”, como o circo, a tourada, a caça, os jogos tradicionais e o desporto moderno (1º v., p. 20-21). Depois, percorre-se os três volumes e, além dos capítulos generalistas do volume 1º (“O processo de civilização do corpo em Portugal”, p. 29; “O desporto e a sociedade em Portugal entre finais do século XIX e inícios do século XX”, p. 73; “A imagem do sportsman e o espectáculo desportivo”, p. 121; “O desporto de rua em Lisboa no início do século XX”, p. 147; “A reinvenção do desporto de rua: o parkour em Portugal”, p. 193; e “A grande narrativa desportiva: o desporto nos média em Portugal”, p. 207)


o que se encontra é um capítulo sobre “Contributos para uma genealogia do estádio de futebol em Portugal” (1º v. p. 167); dois capítulos sobre ciclismo (2º v., p. 11, e 3º v., p. 13); um capítulo sobre “O desporto e o Império Português”, aliás muito interessante e bem documentado, em que o desporto quase exclusivamente referido é o futebol (2º v., p. 51); “O desporto além fronteiras” (2º v., p. 109) em que se discute futebol; “O Euro 2004”, sobre futebol (2º v., p. 153), “O futebol na cidade do Porto” (2º v., p. 211), “Os comunistas e a nacionalização do futebol” (2º v., p. 247); “A circulação de um esquema táctico” (2º v., p. 263), que abre com a frase “Este texto propõe interpretar o processo de circulação de modelos tácticos na prática do jogo de futebol”; um capítulo sobre atletismo (3º v., p.37); um sobre andebol (3º v., p. 93); um outro sobre basquetebol (3º v., p. 137); ainda um capítulo sobre boxe (3º v., p. 167), também um sobre judo (3º v., p. 217); por fim, um capítulo sobre pesos e halteres e musculação (3º v., p. 229). Ou seja, em 21 capítulos da obra sobre a história do desporto em Portugal, que tem, nos seus 3 volumes, 907 páginas, fala-se em ciclismo, atletismo, andebol, basquetebol, boxe, musculação; em 7 deles trata-se exclusivamente, ou quase, de futebol, ocupando 330 páginas; e não há um único capítulo, uma parte de um capítulo, um parágrafo sobre … hóquei em patins!!! É uma situação difícil de entender. É certo que na “Introdução” ao 3º volume os organizadores ensaiam uma tentativa de explicação – que é mais uma tentativa de justificação – desta lacuna inadmissível, inaceitável, inqualificável. Dizem eles: “Neste terceiro volume (…) o nosso objectivo principal é o de utilizar estudos de caso para examinar processos determinantes na evolução

das práticas e dos consumos do desporto em geral. Neste sentido, os trabalhos que compõem este volume procuram problematizar a evolução e o papel da dinâmica associativa em Portugal, o tipo de intervenção do Estado e a forma como conseguiu ou não transformar um campo de actividade, a relação das diversas actividades com o espaço das classes sociais, analisando os seus hábitos e formas de ver o mundo, a história da acção de indivíduos e grupos cuja mobilização foi determinante para a organização de clubes, associações e competições.” Vem depois a explicação que não consegue explicar nem convencer: “Este princípio de problematização impôs-se ao objectivo da exaustividade no tratamento dos diversos desportos instituídos e praticados ao longo de quase um século e meio. Modalidades fundamentais na História do Desporto em Portugal ficaram assim excluídas deste trabalho. (…) Além da ausência da ginástica, não apresentamos trabalhos sobre desportos relevantes como o hóquei em patins, um dos eixos do nacionalismo desportivo português, o voleibol, o futsal, que conheceu recente mas significativo desenvolvimento, ou ainda a vela, o remo e o ténis.” (3º v., p. 7-8). Pode perguntar-se: que é que o princípio de problematização tem a ver com a ausência escandalosa de uma referência, com o devido relevo, ao hóquei em patins? Então o aparecimento e evolução do hóquei em patins em Portugal não suscitou interessantíssimos problemas na dinâmica associativa dos respectivos clubes e associações e na história da acção de indivíduos e grupos cuja mobilização foi determinante para a organização de clubes, associações e competições? O auge de popularidade e de sucesso que o hóquei em patins atingiu

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nos anos 40 a 70-80 do século passado não precipitou a intervenção e aproveitamento do Estado, no caso o Estado Novo, produzindo terreno fértil para a análise sociológica? O facto de o hóquei em patins ter começado por ser um desporto de elite e passar a ser um desporto de todos os que querem praticá-lo (ou quase) não será motivo para o estudo, que estes autores se propunham, da relação desta actividade com o espaço das classes sociais, analisando os seus hábitos e formas de ver o mundo? Quer dizer, os dados já conhecidos, pelo levantamento efectuado por alguns historiadores do hóquei em patins, exibem precisamente os pressupostos que os organizadores anunciam como necessários para o tratamento de uma disciplina desportiva; mas eles não o fazem. Por outro lado, tenho consciência de que a exaustividade no tratamento das várias modalidades desportivas, porque são muitas e até pelo facto conhecido de estarem constantemente a surgir novas, é uma tarefa complicada e difícil. Por isso, ninguém levaria a mal aos autores /organizadores que ignorassem algumas dessas modalidades, porventura menos representativas ou menos praticadas do que outras, em favor de uma maior atenção àquelas que entendessem escolher. Simplesmente, a racionalidade e o bom senso impõem regras a estas escolhas. Não é razoável escolher o boxe, desporto violento e interessante, mas que nunca deu ao país praticantes com o nível técnico e a performance das figuras emblemáticas do hóquei em patins português. Não é aceitável escolher o andebol, desporto simpático e bonito de ver, mas que nunca exibiu praticantes nem tem por natureza a espectacularidade de um jogo de hóquei em patins. Qual é o sentido de colocar um capítulo sobre pesos e alteres e musculação, que são actividades respeitáveis, mas sem projecção

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social, e pura e simplesmente ignorar o hóquei em patins? Sobretudo, é completamente condenável que uma História do Desporto em Portugal gaste 7 (sete!) capítulos e 330 páginas, num conjunto de 907 (mais de 1/3 do total!!) a falar de futebol e rasamente omita qualquer referência ao hóquei em patins. É verdade que o futebol é o desporto preferido da maioria das pessoas, o dado é adquirido e a explicação conhecida: “A hegemónica presença do futebol na sociedade portuguesa, principalmente junto do povo, ditou uma associação quase inevitável entre desporto e futebol, confundindo-se muitas das vezes ambos os conceitos, reforçando o afastamento do mundo académico português, pouco receptivo a temas da cultura popular.” (Pinheiro (2011)2, p. 16); mas não é menos verdade que, ao longo da história, o hóquei em patins averbou sucessos espectaculares que deram ao país uma sensação nova de conforto e capacidade desportiva que até aí nunca experimentara. Anote-se estes factos que por si sós dizem tudo: o futebol deu ao país 1 (um) campeonato da Europa, em 2016; o hóquei em patins deu ao país, em campeonatos da Europa e do Mundo, 31 (trinta e um!!) 1ºs lugares; 17 (dezassete!) 2ºs lugares; 18 (dezoito!) 3ºs lugares, até 2018! (1º lugar: 1947, 1948, 1949, 1950, 1951, 1952, 1956, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1963, 1965, 1967, 1968, 1971, 1973, 1974, 1975, 1977, 1982, 1987, 1991, 1992, 1993, 1994, 1996, 1998, 2003, 2016 = 31 vezes!) 2º lugar: 1951, 1957, 1953, 1954, 1964, 1966, 1969, 1970, 1972, 1979, 1981, 1983, 1989, 1995, 2000, 2002, 2008, 2010, 2012, 2017, 2018 = 17 vezes 3º lugar: 1955, 1976, 1978, 1980, 1984, 1985, 1986,


1988, 1990, 41997, 1999, 2004, 2005, 2006, 2009, 2011, 2013, 2014, 2015 = 18 vezes)

Actas das reuniões da Câmara Municipal de Valongo, com assuntos relativos à ADV

Não serão estes números suficientes para os organizadores desta coxa História do Desporto em Portugal pensarem duas vezes antes de decidirem a não inclusão da modalidade?

- Acta CMV 19540526

Deixar de fora de uma pretensa História do Desporto em Portugal o hóquei em patins, colocando-o ao mesmo nível da ginástica, do voleibol, do futsal e do remo ou da vela, que também ficaram de fora, é uma equiparação que define uma deficiente e lastimável avaliação da importância social e de prática desportiva do hóquei em patins em Portugal. Tudo isto deveria ter sido ponderado pelos autores / organizadores desta História do Desporto em Portugal antes de decidirem, de forma unilateral e profissionalmente errada, omitir um qualquer estudo sobre o hóquei em patins. É um erro crasso e uma omissão injusta, social e deontologicamente reprovável.

- Acta CMV 19540830 - Acta CMV 19540908 - Acta CMV 19541018 - Acta CMV 19541027 - Acta CMV 19541205 - Acta CMV 19550209 - Acta CMV 19570508 - Acta CMV 19570522 - Acta CMV 19570710 - Acta CMV 19570716 - Acta CMV 19570724 - Acta CMV 19580709 - Acta CMV 19610227 - Acta CMV 19610727 - Acta CMV 19620426 - Acta CMV 19640907 - Acta CMV 19650604 - Acta CMV 19660606 - Acta CMV 19670117 - Acta CMV 19670307 - Acta CMV 19681230 - Acta CMV 19690318 - Acta CMV 19690415 - Acta CMV 19691007 - Acta CMV 19700707 - Acta CMV 19700901

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JORNAIS E REVISTAS

Sites na Internet:

- A Bola

- Francisco Velasco: http://www.franciscovelasco.com/sistema-carrossel/prefacio-2/

- Diário de Notícias - Jornal de Notícias - O AZ - O Comércio do Porto - O Correio do Douro - O Jogo - O Norte Desportivo - O Mundo Desportivo - O Primeiro de Janeiro - Record

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Anexos Anexo 1

Documentos relativos ao Dr. João Lino Vale Discurso pronunciado na sede a Rua do Padrão, no dia 09.03.1980 – Bodas de Prata

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Anexo 2

Listagem de Corpos Gerentes da ADV — 1964-1976 Corpos Gerentes para 1964 Assembleia-Geral Presidente 1º Secretário 2º Secretário Conselho Fiscal Presidente 1º Relator 2º Relator Direcção Presidente Vice-Presidente 1º Secretário 2º Secretário Tesoureiro 1º Vogal 2º Vogal

Assembleia-Geral Presidente 1º Secretário 2º Secretário Conselho Fiscal Presidente 1º Relator 2º Relator Direcção Presidente Vice-Presidente 1º Secretário 2º Secretário Tesoureiro 1º Vogal 2º Vogal

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Dr. João Alves do Vale Eduardo Joaquim Reis Figueira José de Sousa Oliveira José Dias de Castro Neves Dr. Salvador Paupério António Nascimento Passeira Joaquim Augusto de Castro Paupério Miguel Preto Barbosa Leal José Jorge Vital Fernandes das Neves Delfim Marques Santos Pires Joaquim António José de Oliveira Camões José Dias de Sousa José Lino do Vale Paupério Corpos Gerentes para 1965 Dr. João Alves do Vale Eduardo Joaquim Reis Figueira José Lino do Vale Paupério José Dias de Castro Neves Dr. Salvador Paupério António Nascimento Passeira Joaquim Augusto de Castro Paupério Miguel Preto Barbosa Leal José Jorge Vital Fernandes das Neves Delfim Marques Santos Pires Joaquim António José de Oliveira Camões José Dias de Sousa José de Sousa Oliveira


Corpos Gerentes para 1966 Assembleia-Geral Presidente 1º Secretário 2º Secretário Conselho Fiscal Presidente 1º Relator 2º Relator Direcção Presidente Vice-Presidente 1º Secretário 2º Secretário 1º Vogal 2º Vogal

Dr. João Alves do Vale Eduardo Joaquim Reis Figueira José Lino do Vale Paupério José Dias de Castro Neves Dr. Salvador Paupério António Nascimento Parreira José Alves da Costa Dr. João Lino Azevedo Alves do Vale Francisco Pinto de Barros Cruz Vitor Hugo Alves da Cruz Manuel Borges Rodrigues Aresta Joaquim Gonçalves de Sousa Vale Corpos Gerentes para 1967

Assembleia-Geral Presidente 1º Secretário 2º Secretário Conselho Fiscal Presidente Secretário Relator Direcção Presidente Vice-Presidente Primeiro Secretário Segundo Secretário Tesoureiro Primeiro Vogal Segundo Vogal

Dr. João Alves do Vale Eduardo Joaquim Reis Figueira José Alves da Costa José Dias de Castro João Lino de Castro Neves Joaquim António José de Oliveira Camões António de Castro Alves Aguiar Carlos Koelher Reis Figueira Arménio Reis da Silva Lino Gerardo doso Santos Dias José Viterbo Fernandes das Neves Lino Martins da Silva Joaquim Ferreira Gomes

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Segunda eleição para 1967, porque alguns dos eleitos se recusaram a tomar posse: Assembleia-Geral Presidente 1º Secretário 2º Secretário Conselho Fiscal Presidente Secretário Relator Direcção Presidente Vice-Presidente Primeiro Secretário Segundo Secretário Tesoureiro Primeiro Vogal Segundo Vogal

Dr. João Alves do Vale Eduardo Joaquim Reis Figueira José Alves da Costa José Dias de Castro João Lino de Castro Neves Joaquim António José de Oliveira Camões António de Castro Alves Aguiar António Nicolau Filipe Gonçalves Arménio Reis da Silva Lino Gerardo dos Santos Dias Francisco Pinto de Barros Cruz Lino Martins da Silva Joaquim Ferreira Gomes Corpos Gerentes para 1968

Assembleia-Geral Presidente 1º Secretário 2º Secretário Conselho Fiscal Presidente Secretário Relator Direcção Presidente Vice-Presidente Primeiro Secretário Segundo Secretário Tesoureiro Primeiro Vogal Segundo Vogal

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Dr. João Alves do Vale Eduardo Joaquim Reis Figueira José Alves da Costa José Dias de Castro Neves João Lino de Castro Neves Francisco Pinto de Barros Cruz Renato Alberto Miranda de Sousa Chaves Carlos Koelher Reis Figueira Joaquim Pinto de Barros Joaquim António José de Oliveira Camões José de Sousa Oliveira José Dias de Sousa António Pereira Gomes


Corpos Gerentes para 1969 Assembleia-Geral Presidente 1º Secretário 2º Secretário Conselho Fiscal Presidente Secretário Relator Direcção Presidente Vice-Presidente Primeiro Secretário Segundo Secretário Tesoureiro Primeiro Vogal Segundo Vogal

Dr. João Alves do Vale Eduardo Joaquim Reis Figueira José Alves da Costa José Dias de Castro Neves João Lino de Castro Neves Francisco Pinto de Barros Cruz Luís Marçal Varela Sant’Ana de Miranda João Custódio Ventura dos Santos Lino Martins Vieira Carvalho Alcides Leal Machado António Sérgio Ventura dos Santos Delfim Marques dos Santos Pires José de Sousa Oliveira Corpos Gerentes para 1970

Assembleia-Geral Presidente 1º Secretário 2º Secretário Conselho Fiscal Presidente Secretário Relator Direcção Presidente Vice-Presidente Primeiro Secretário Segundo Secretário Tesoureiro Primeiro Vogal Segundo Vogal

Dr. João Alves do Vale Eduardo Joaquim Reis Figueira José Jorge Viterbo Fernandes das Neves José Dias de Castro Neves João Lino de Castro Neves Francisco Pinto de Barros Cruz José Alves da Costa Dr. João Lino Azevedo Alves do Vale Albino Martins Poças Armindo Leal da Fonseca Joaquim António José de Oliveira Camões Jaime Augusto Teixeira do Vale Joaquim Manuel Mendes Leal

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Corpos Gerentes para 1971 Assembleia-Geral Presidente 1º Secretário 2º Secretário Conselho Fiscal Presidente Secretário Relator Direcção Presidente Vice-Presidente Primeiro Secretário Segundo Secretário Tesoureiro Primeiro Vogal Segundo Vogal

Dr. João Alves do Vale Eduardo Joaquim Reis Figueira José Jorge Viterbo Fernandes das Neves José Dias de Castro Neves João Lino de Castro Neves Francisco Pinto de Barros Cruz José Alves da Costa Dr. João Lino Azevedo Alves do Vale Albino Martins Poças Armindo Leal da Fonseca Joaquim António José de Oliveira Camões Joaquim Manuel Mendes Leal Alcides Leal Machado Corpos Gerentes para 1972

Assembleia-Geral Presidente 1º Secretário 2º Secretário Conselho Fiscal Presidente Secretário Relator Direcção Presidente Vice-Presidente Primeiro Secretário Segundo Secretário Tesoureiro Primeiro Vogal Segundo Vogal

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Dr. João Alves do Vale Eduardo Joaquim Reis Figueira José Jorge Viterbo Fernandes das Neves José Dias de Castro Neves João Lino de Castro Neves Francisco Pinto de Barros Cruz José Alves da Costa João Francisco Vilela Fiunte Albino da Silva Martins Poças Armindo Leal da Fonseca Joaquim António José de Oliveira Camões António Pereira Gomes Serafim Álvaro (?????) de Sousa


Corpos Gerentes para 1973 Assembleia-Geral Presidente 1º Secretário 2º Secretário Conselho Fiscal Presidente Secretário Relator Direcção Presidente Vice-Presidente Primeiro Secretário Segundo Secretário Tesoureiro Primeiro Vogal Segundo Vogal

Dr. João Alves do Vale Eduardo Joaquim Reis Figueira José Jorge Viterbo Fernandes das Neves José Dias de Castro Neves João Lino de Castro Neves Francisco Pinto de Barros Cruz João Francisco Vilela Fiunte António de Sousa Gonçalves Pereira Luís Teixeira de Azevedo Manuel da Silva Poças Álvaro de Sousa Ribeiro Licínio Dias Marques H. Aguiar Sampaio

Corpos Gerentes para 1974 (Não consegui obter nenhum nome) Corpos Gerentes para 1975 Assembleia-Geral Presidente 1º Secretário 2º Secretário Direcção Presidente Vice-Presidente Primeiro Secretário Segundo Secretário Tesoureiro Primeiro Vogal Segundo Vogal

Dr. José Macedo de Sousa Paupério Dr. José Vale Castro Neves Albino da Silva Martins Poças Joaquim Moreira Duarte Navio António Fernando Alves Almeida José Manuel Alves de Almeida Alexandre Manuel Dias de Sá Rodrigues Manuel da Rocha António Marques dos Santos Pires Francisco José Marques dos Santos Pires

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Conselho Fiscal Presidente José Moreira Camilo Secretário José Marques Cardoso Relator Armando Guimarães Pedroso Conselho Jurisdicional e Sindicância Presidente Dr. Camilo Moreira Camilo 1.º Vogal Dr. João Moreira Camilo 2.º Vogal João Gonçalves Lopes Pereira Conselho Técnico Presidente José Manuel Alves de Almeida 1.º Adjunto Agostinho das Neves Carvalho 2.º Adjunto Delfim Marques do Santos Pires Corpos Gerentes para 1976 Assembleia Geral: Presidente Secretariado Conselho Fiscal: Presidente Relatores – Direção: Presidente Vice Presidente 1º Secretário 2º Secretário Tesoureiro 1º Vogal 2º Vogal

José Macedo de Sousa Paupério José Vale Castro Neves e Albino Martins Silva Poças António Fernandes Alves de Almeida Armando Guimarães Pedroso e José Marques Cardoso Carlos Koeler Reis Figueira Aloísio José da Cruz Paupério João Marques Duarte Alexandre Manuel Dias de Sá Rodrigues Joaquim Moreira Duarte Navio José Luciano Pinto Reis e Castro Francisco José Marques dos Santos Pires

Conselho Jurisdicional e de Sindicância: Camilo Moreira Camilo João Moreira Camilo João Gonçalves Lopes Pereira

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Anexo 3

Contrato de construção do rinque da Praça

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Anexo 4

Contrato de construção do rinque do Pavilhão

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Anexo 5

Posição final da ADV nos Campeonatos Nacionais de Hóquei em Patins segundo o site http://rinkhockey.net de Fernando Castro (consultado a 20/04/2023) Campeonato Regional da 1ª Divisão 1962

8º lugar, (1º – Ass. Ac. Espinho)

1963

8º lugar, (1º - F. C. Porto)

1964 Campeonato Regional do Porto – Prova não disputada 1965 4º lugar (1º - Infante de Sagres), com os seguintes resultados: Valongo – Famalicense 7-1 Valongo – ABC Braga 12-3 Valongo – AD Sanjoanense 3-2 Valongo – Estrela Vigorosa 6-0 Valongo CH Carvalhos 3-3 Famalicense – Valongo 2-8 ABC Braga – Valongo 3-3 Ass. Ac. Espinho – Valongo 2-2 F.C. Porto – Valongo 4-4 Infante de Sagres – Valongo 4-1 Conimbricense – Valongo 1-8 1966 3º lugar (1º - Infante de Sagres), com os seguintes resultados: Valongo – FC Porto 2-5 Valongo – CH Carvalhos 7-5 Valongo – AA Espinho 4-1 Valongo – CD Candal 5-2 Infante de Sagres – Valongo 0-0 AD Sanjoanense – Valongo 1-0 Académico FC – Valongo 2-2 Boavista FC – Valongo 3-5

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1967

2º lugar (?) (1º - Infante de Sagres)

1968 1º lugar Apuramento em 09.10.1968, no Pavilhão do Lordelo, com o jogo Valongo – FC Porto 2-0 1969

2º lugar (1º - FC Porto)

1970

1º lugar (2º - FC Porto)

1971

1º lugar (?)

1972 Campeonato Metropolitano da 1ª Divisão – Zona Norte 3º lugar (1º - Infante de Sagres) 1973 4º lugar (1º - Infante de Sagres), com os seguintes resultados: Valongo – Infante de Sagres 2-1 Valongo – FC Porto 3-3 Valongo – AD Sanjoanense 3-3 AA Espinho - Valongo 8-11 1974 5º lugar (1º - Infante de Sagres), com os seguintes resultados: Valongo – Infante de Sagres 1-8 Valongo – FC Porto 1-1 Valongo – AD Sanjoanense 4-3 Valongo – SC Beira-Mar 5-3 Valongo – Coral de Fânzeres 3-1 Valongo – CH Carvalhos 2-2 Valongo – UD Oliveirense 10-4 Valongo – Estrela e Vigorosa 8-6


Infante de Sagres - Valongo FC Porto – Valongo AD Sanjoanense – Valongo Académico FC – Valongo SC Beira-Mar – Valongo Coral de Fânzeres – Valongo CH Carvalhos – Valongo UD Oliveirense – Valongo Estrela e Vigorosa – Valongo

2-0 3-1 5-2 4-3 5-0 2-3 2-2 2-4 3-5

1975 3º lugar (1º - Infante de Sagres), com os seguintes resultados: Valongo – Infante de Sagres 4-2 Valongo – FC Porto 3-1 Valongo – AA Espinho 3-3 Valongo – CH Carvalhos 5-6 Valongo – Coral Fânzeres 7-3 Valongo – Sanjoanense 7-2 Valongo – Académico FC 1-0 Valongo – SC Beira-Mar 4-2 Valongo – Riba de Ave 2-1 Infante de Sagres – Valongo 5-2 FC Porto – Valongo 3-1 AA Espinho – Valongo 0-4 CH Carvalhos – Valongo 5-4 Coral de Fânzeres – Valongo 1-2 AD Sanjoanense – Valongo 0-0 Académico FC – Valongo 3-6 SC Beira-Mar – Valongo 2-7 Riba de Ave HC – Valongo 2-4 1976 1º lugar (2º - Infante de Sagres; 3º - FC Porto), com os seguintes resultados: Valongo - AA Espinho 8-5 Valongo – Académico FC 6-3 Valongo – AD Sanjoanense 5-2 Valongo – CH Carvalhos 6-2 Valongo – Coral Fânzeres 9-0 Valongo – Estrela e Vigorosa 7-1

Valongo – FC Porto Valongo – Infante de Sagres Valongo – UD Oliveirense AA Espinho – Valongo Académico FC – Valongo AD Sanjoanense – Valongo CH Carvalhos – Valongo Coral Fânzeres – Valongo Estrela e Vigorosa – Valongo FC Porto – Valongo Infante de Sagres – Valongo UD Oliveirense – Valongo

6-1 2-2 10-1 1-6 1-6 1-2 4-10 3-4 0-10 6-4 1-1 4-7

1977 3º lugar (1º - FC Porto), com os seguintes resultados: Valongo – AA Espinho 6-1 Valongo – Águias Porto 16-1 Valongo – Infante de Sagres 4-1 Valongo – FC Porto 3-8 Valongo – Riba de Ave HC 6-3 Valongo – UD Oliveirense 11-1 1978 3º lugar (1º - FC Porto), com os seguintes resultados: Valongo – FC Porto 4-2 Valongo – CH Carvalhos 4-4 Valongo – Infante de Sagres 4-1 Valongo – UD Oliveirense 3-0 Valongo – Relógios Invicta 4-3 Valongo – AA Espinho 5-0 Valongo – Riba de Ave HC 5-0 Valongo – AD Sanjoanense 5-4 Valongo – CD Candal 4-3 FC Porto – Valongo 5-3 CH Carvalhos – Valongo 2-7 Infante de Sagres – Valongo 6-5 UD Oliveirense – Valongo 4-3 GD Relógios Invicta – Valongo 4-4 AA Espinho – Valongo 3-1

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Riba de Ave HC – Valongo AD Sanoanense – Valongo CD Candal – Valongo

2-2 2-6 4-7

1979 4º lugar (1º - FC Porto), com os seguintes resultados: Valongo – AA Coimbra 8-2 Valongo – AA Espinho 3-2 Valongo – CH Carvalhos 9-5 Valongo – FC Porto 4-4 Valongo – Infante de Sagres 3-3 Valongo – Riba de Ave HC 8-1 AA Coimbra – Valongo 3-6 AA Espinho – Valongo 1-7 CH Carvalhos– Valongo 8-3 Coral Fânzeres – Valongo 1-6 Infante de Sagres – Valongo 2-1 Relógios Invicta – Valongo 2-5 Riba de Ave HC – Valongo 2-1 1980 4º lugar (1º - FC Porto), com os seguintes resultados: Valongo – Sanjoanense 2-1 Valongo – Carvalhos 5-4 Valongo – FC Porto 1-5 Valongo – Relógios Invicta 7-2 Valongo – Riba de Ave 5-0 Valongo – Oliveirense 4-3 Espinho – Valongo 4-2 Sanjoanense – Valongo 2-0 Infante de Sagres – Valongo 4-4 FC Porto – Valongo 4-1 Relógios Invicta – Valongo 2-2 Juventude Viana – Valongo 0-0 Riba de Ave – Valongo 2-3 Oliveirense – Valongo 3-2 1981 2º lugar (1º - FC Porto), com os seguintes resultados:

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Valongo – Famalicão Valongo – Sanjoanense Valongo – Relógios Invicta Valongo – Porto Valongo – Espinho Valongo – Oliveirense Valongo – Viana Valongo – Infante de Sagres Famalicense – Valongo Sanjoanense – Valongo Relógios Invicta – Valongo Paço de Rei – Valongo Porto – Valongo Espinho – Valongo Oliveirense – Valongo Viana – Valongo Infante de Sagres – Valongo 1982

7-1 3-0 1-0 3-3 10-2 8-5 4-3 2-3 5-12 3-2 2-6 2-7 4-3 3-11 0-4 0-4 1-4

Campeonato Nacional da 1ª Divisão 11º lugar (1º - Sporting), com os seguintes resultados: Valongo – Porto 3-7 Valongo – Oliveirense 3-4 Valongo – Benfica 1-5 Valongo – Sporting 0-1 Valongo – Alenquer 7-1 Valongo – Belenenses 5-4 Valongo – Académico do Porto 7-1 Valongo – Sanjoanense 3-4 Valongo – Viana 1-3 Valongo – Académica Amadora 5-4 Valongo – Oeiras 3-5 Valongo – Académico de Braga 6-2 Valongo – Infante de Sagres 4-4 Valongo – Sesimbra 4-4 Valongo – Tomar 0-4 Porto – Valongo 2-6 Oliveirense – Valongo 4-5 Benfica – Valongo 12-4


Sporting – Valongo Alenquer – Valongo Belenenses – Valongo Académico do Porto – Valongo Viana – Valongo Académica amadora – Valongo Oeiras – Valongo Sesimbra – Valongo Tomar – Valongo 1983

12-2 1-5 11-3 2-6 1-0 1-1 2-5 2-0 4-2

Campeonato Nacional da 1ª Divisão 14º lugar (1º - FC Porto), com os seguintes resultados: Valongo – Viana 1-2 Valongo – Oliveirense 4-0 Valongo – Tomar 4-1 Valongo – Benfica 1-3 Valongo – Oeiras 6-5 Valongo – Famalicão 1-3 Valongo – Sanjoanense 3-4 Valongo – Porto 2-3 Valongo – Infante de Sagres 3-0 Valongo – Belenenses 4-5 Valongo – Amadora 2-1 Valongo – Sesimbra 3-2 Valongo – Física de Torres 3-0 Valongo – Sporting 1-4 Valongo – Paço de Arcos 3-1 Viana – Valongo 6-1 Oliveirense – Valongo 3-3 Tomar – Valongo 5-3 Benfica – Valongo 6-3 Oeiras – Valongo 9-6 Famalicense – Valongo 3-1 Sanjoanense – Valongo 7-1 Porto – Valongo 4-2 Infante de Sagres – Valongo 3-1 Belenenses – Valongo 3-3 Amadora – Valongo 3-3

Sesimbra – Valongo Física de Torres – Valongo Sporting – Valongo Paço de Arcos – Valongo 1984

3-2 3-2 14-3 10-5

Campeonato Nacional da 1ª Divisão ???

1985 16º lugar (1º - FC Porto), com os seguintes resultados: Valongo – Oliveirense 2-2 Cascais – Valongo 7-2 Sesimbra – Valongo 7-4 Tomar – Valongo 7-4 1986

Campeonato Nacional da 2ª Divisão 1º lugar, com os seguintes resultados: Valongo – Barcelos 3-3 Turquel – Valongo D-V Parede – Valongo 5-7 Quimigal – Valongo 4-5 Portosantense – Valongo 1-17 União Micaelense – Valongo 3-8 Minas Panasqueira – Valongo D-V 1987

Campeonato Nacional da 1ª Divisão 13º lugar (1º - FC Porto), com os seguintes resultados: Valongo – Porto 0-5 Valongo – Oliveirense 3-6 Valongo – sporting 0-7 Valongo – Benfica 3-7 Valongo – Viana 2-4 Valongo – Sanjoanense 4-5 Valongo – Barcelos 3-7 Valongo – Tomar 5-6 Valongo – Ferpinta 3-7 Valongo – Sesimbra 10-4 Valongo – Famalicense 3-2

655


Porto – Valongo Oliveirense – Valongo Benfica – Valongo Viana – Valongo Paço de Arcos – Valongo Sanjoanense – Valongo Barcelos – Valongo Tomar – Valongo Ferpinta – Valongo Parede – Valongo Sesimbra – Valongo Famalicense – Valongo

11-4 9-2 9-4 8-2 7-5 5-6 9-3 7-3 5-2 5-3 6-5 2-6

1988

Campeonato Nacional da 2ª Divisão 2º lugar, Zona Note, Série A

1989

Campeonato Nacional da 2ª Divisão 1º lugar

1990

Campeonato Nacional da 1ª Divisão 9º lugar (1º - FC Porto), com os seguintes resultados: Valongo – Sanjoanense 2-3 Valongo – Paço de Arcos 4-2 Valongo – União Grundig 2-2 Valongo – Porto 0-3 Valongo – Quimigal 5-3 Valongo – Turquel 4-6 Valongo – Barcelos 0-5 Valongo – Parede 4-5 Valongo – Tomar 5-4 Valongo – Benfica 1-5 Valongo – Sporting 3-4 Valongo – Oliveirense 1-1 Coimbra – Valongo 2-1 Paço de Arcos – Valongo 7-2 Grundig – Valongo 2-3 Porto – Valongo 9-3 Quimigal – Valongo 5-2

656

Parede – Valongo Tomar – Valongo Sporting – Valongo Oliveirense – Valongo

1-3 3-5 6-4 5-5

1991

4º lugar (1º – FC Porto)

1992

4º lugar (1º - Benfica)

1993

6º lugar (1º - Barcelos)

1994

4º lugar (1º - Benfica)

1995

4º lugar (1º - Benfica)

1996

12º lugar (último) (1º - Barcelos)

1997

???

1998

Campeonato Nacional da 1ª Divisão 11º lugar (1º - Porto)

1999 Campeonato Nacional da 2ª Divisão - Zona Norte 7º lugar (1º - Académica de Espinho) 2000 Campeonato Nacional da 2ª Divisão - Zona Norte 4º lugar (1º - Riba de Ave) 2001 Campeonato Nacional da 2ª Divisão - Zona Norte 7º lugar (1º - Sanjoanense) 2002 Campeonato Nacional da 2ª Divisão - Zona Norte


Anexo 6

As comemorações do 25 anos da ADV

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Anexo 7 A.P.P. (1963-2019): Vencedores de Provas de Hóquei Em Patins, (350 p.) Excerto sobre a ADV 1963-64

Torneio de Abertura

Vencedor Série A

ADV

1964-65

Taça Rádio Desporto

Vencedor Série B

ADV

Camp. Distrital Principiantes 1965-66

1966-67

Camp. Regional Juniores

1968-69

1969-70

658

ADV ADV

Camp. Regional Juniores

ADV

Torneio de Abertura

Vencedor Série A

ADV

Final

ADV

Final

ADV

Camp. Regional 1ª Divisão

ADV

Camp. Regional Reservas

ADV

Camp. Regional Juniores

ADV

Vencedor Série B

ADV

Camp. Regional Reservas

ADV

Camp. Regional Juniores

ADV

Camp. Regional 1ª Divisão

ADV

Camp. Regional Reservas

ADV

Camp. Regional Juvenis

1970-71

Final

Camp. Distrital Principiantes

Taça Joaquim Ferreira

1967-68

ADV

Campeonato Nacional de Juniores

Vencedor Série B

ADV

Final

ADV


1971-72

Sem registo

1972-73

Camp. Regional Iniciados

ADV

1973-74

Torneio de Infantis da APP

ADV

1974-75

Camp. Regional Juvenis

ADV

1975-76

Fase de Zonas – Camp. Nacional 1ª Divisão

ADV

1976-77

Torneio Abertura Juniores

Série A

ADV

Torneio Abertura Juvenis

Série A

ADV

Camp. Regional Juniores

Série A

ADV

1977-78

Torneio Abertura 1ª Divisão

ADV

Torneio Abertura Juniores 1978-79

Sem vitórias

1979-80

Sem vitórias

Série A

ADV

Anexo 8 Documento relativo a António Aguiar

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Anexo 9 Sócios que integraram os Corpos Sociais, alguns várias vezes e em diferentes posições, entre 1964 e 1976: Agostinho das Neves Carvalho Albino da Silva Martins Poças Alcides Leal Machado Alexandre Manuel Dias de Sá Rodrigues Aloísio José da Cruz Paupério Álvaro de Sousa Ribeiro António de Castro Alves Aguiar António de Sousa Gonçalves Pereira António Fernando Alves Almeida António Marques dos Santos Pires António Nascimento Parreira António Nascimento Passeira António Nicolau Filipe Gonçalves António Pereira Gomes António Sérgio Ventura dos Santos Armando Guimarães Pedroso Arménio Reis da Silva Armindo Leal da Fonseca Carlos Koeler Reis Figueira Delfim Marques do Santos Pires Dr. Camilo Moreira Camilo Dr. João Alves do Vale Dr. João Lino Azevedo Alves do Vale Dr. João Moreira Camilo Dr. José Macedo de Sousa Paupério Dr. José Vale Castro Neves Dr. Salvador Paupério Eduardo Joaquim Reis Figueira Francisco José Marques dos Santos Pires Francisco Pinto de Barros Cruz H. Aguiar Sampaio Jaime Augusto Teixeira do Vale João Custódio Ventura dos Santos João Francisco Vilela Fiunte João Gonçalves Lopes Pereira João Lino de Castro Neves

660

João Marques Duarte Joaquim António José de Oliveira Camões Joaquim Augusto de Castro Paupério Joaquim Ferreira Gomes Joaquim Gonçalves de Sousa Vale Joaquim Manuel Mendes Leal Joaquim Moreira Duarte Navio Joaquim Pinto de Barros Joaquim Reis Figueira José Alves da Costa José de Sousa Oliveira José Dias de Castro Neves José Dias de Sousa José Jorge Viterbo Fernandes das Neves José Lino do Vale Paupério José Luciano Pinto Reis e Castro José Macedo de Sousa Paupério José Manuel Alves de Almeida José Marques Cardoso José Moreira Camilo José Vale Castro Neves Licínio Dias Marques Lino Gerardo doso Santos Dias Lino Martins da Silva Lino Martins Vieira Carvalho Luís Marçal Varela Sant’Ana de Miranda Luís Teixeira de Azevedo Manuel Borges Rodrigues Aresta Manuel da Rocha Manuel da Silva Poças Manuel Mendes Leal Miguel Preto Barbosa Leal Reis da Silva Renato Alberto Miranda de Sousa Chaves Serafim Álvaro (?????) de Sousa Vítor Hugo Alves da Cruz


Anexo 10 Documentos relativos a José Alves Costa

Anexo 11 Documentos relativos ao Américo Moreira

Lembra-se de que a primeira vez que se pôs em cima de uns patins foi na loja do João Queiroz, quando tinha talvez uns 9 anos. 19680301_CD_Américo A notícia: “AMÉRICO – uma promessa que se tornou realidade” (em título) “Américo Carneiro Moreira, de 22 anos, fez parte da equipa de juniores de hóquei em patins do F. C. do Porto, em 1961. No entanto, devido a desinteligências surgidas, a meio do campeonato de juniores deixou de jogar ali. No ano seguinte, como o Valongo pretendia entrar no Campeonato de

Juniores, ingressou no clube da sua terra, onde Nora, treinador dos juniores, lhe ministrou ensinamentos. Em 1963, embora ainda pudesse alinhar nos juniores, passou á categoria de seniores. Em 1964, foi o único jogador nortenho que fez parte da selecção nacional de juniores que disputou o Campeonato da Europa em Salamanca, tendo-se classificado em 2º lugar, após a Espanha. Foi portanto o primeiro jogador da região a envergar a camisola das quinas. Pouco depois, voltou a Espanha, desta feita a Madrid, incluído na selecção do Porto. Em 1965, chamado aos treinos da selecção do Porto, foi dispensado ingloriamente, por razões

661


que nem os próprios responsáveis nunca souberam explicar.

- 19º Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins, em San Juan, Argentina.

Possui uma técnica excelente e grande poder de finta. Joga de preferência a avançado direito. Os seus remates são potentíssimos.

Abertura no dia 22.04.1970. Encerramento em 02.05.1970.

Apesar de cobiçado por clubes lisboetas, continuará ao serviço da excelente equipa de Valongo, pois, apesar de ter um vantajoso contrato para o S. C. P., não deixou o clube da sua terra.

Equipa portuguesa: Vítor Ferreira, Júlio Rendeiro, Américo Solipa, António Livramento, Leonel Fernandes, José Casimiro, Amílcar Passos, Américo Moreira, António Soares, António Ramalhete.

Camilo Moreira Camilo” - 19681108_CP_Valongo-Espinho_5-0. Campeonato Nacional Metropolitano. Jogo no dia 7 de Novembro. Sem indicação de local. “Disputou-se ontem à noite a segunda jornada do campeonato metropolitano… Durante a primeira parte, foi manifesta a perturbação e enleamento dos campeões regionais diante do jogo frio, calculista e cerebral dos «espinhenses». O Valongo não conseguiu, verdadeimente, a sua toada, de tal modo o adversário o levava a jogar a seu modo. Próximo do intervalo, porém, o Valongo fez 1-0, verdadeiramente contra a corrente do jogo e em lance fortuito. Mas a partir da segunda parte, a Académica de Espinho caiu totalmente diante da melhor estruturação do Valongo, que então fez jogo de grande gala, devendo-se assinalar o segundo tento de Américo, que bateu desconcertamente todos os adversários e culminou com finta primorosa do guardião adversário.

662

19700327_CD_”JUSTIÇA PARA UM CAMPEÃO” – “Finalmente o oquista Américo sempre foi visto” A notícia: “De valor reconhecido, Américo, do Valongo, não tivera até agora a honra de ser distinguido por um selccionador a nível internacional. Foinalmente foi visto, mas nem por isso a graned imprensa consiedrou a distinção. Fazemo-lo nós, ouvindo-o. - Américo, a razão de não ter sido escolhido antes? - No meu entender, os seleccionadores anteriores sempre olharam ao vedetismo - Quanto a Vaz Guedes que este ano é o treinador-seleccionador? - Acho-o um seleccionador competente, cheio de qualidades e além disso muito conhecedor do óquei moderno. Note-se que Vaz Guedes foi consiedrado o melhor defesa do mundo em óquei em patins. - Quanto a possibilidades neste Torneio? - Acho que temos uma equipa à altura para conquistarmos mais um título para o óquei português.


- Então vai confiado em fazer bom papel na Selecção Nacional? - Sim, tanto eu como todos os meus colegas. E assim deixamos Américo que partiu com a caravana da Selecção Nacional na passda quinta-feira após o almoço, num avião especial da T. A. P. com destino à Suiça para disputa do Torneio das Nações.” 19700403_CD_”Américo: Brilhou na Suiça em hóquei em patins” A notícia: “Como se previra, Portugal foi a Montreux conquistar a Taça das Nações de hóquei em patins. Ao perder com a Suiça, a Espanha comprometeu seriamente as suas pretensões à conquista do título. A derradeira jornada mais não foi que o cartaz de superioridade da turma de todos nós, ainda que se tenha registado uma igualdade – 3-3 com a Espanha. Américo, do Valongo, em dois jogos, foi o grande jogador (? palavra ilegível). Ele representou, só por si, o martelo contínuo sobre a defensiva da Itália e Alemanha, vedadeiro dianho em rinque helvético. Américo, o grande atleta do Valongo, brilhou na Suiça. Como tem brilhado em vários rinques, como há-de continuar a brilhar para honra e glória da terra que lhe serviu de berço e de Portugal. Parabéns, Américo!”

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Américo e Vaz Guedes

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- 19701218_CP_Américo nunca foi para o F. C. do Porto

Anexo 12

“AMÉRICO (VALONGO) NÃO VAI PARA O F. C. DO PORTO” (em título).

Documentos relativos a Francisco Bártolo

“Carece de fundamento o boato de que o jogador do Valongo, Américo, vá para o F. C. do Porto. Procuramos a confirmação ou desmentido de tal notícia e a versão oficial que nos foi dada é a de que o F. C do Porto não fez, nem tenciona fazer qualquer diligência para recrutar aquele elemento.” - 19740507_CP_Américo Portugal.

na

Equipa

B

de

A notícia: “A equipa B de Portugal, seniores, que no próximo fim-de-semana vai disputar em Barcelon um torneio internacional com as selecções A de Espnha, Alemanha e Itália, fez agora dois treinos, após uma paralisação de oito dias, por causa dos últimos acontecimentos políticos no País. (…) A equipa B ficou definitivamente escolhida pelos jogadores: Vítor Domingos (Guf); F. Pereira (Salesiana); eng.º J. rendeiro (Sporting); Salema (Sporting); Chana (Sporting); Américo (Valongo); e Carlos Alves (Paço de Arcos).” O Cândido Cruz, na sua biografia, chama-lhe “o grande Américo”.

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Anexo 13 Documentos relativos a José Viterbo

Zé Viterbo e Américo

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Anexo 14 Documentos relativos ao João Cruz

19650725, 19650810, 19650824, 19650911, 19650918, 19650926, 19651003, 19651016, 19651020, 19651020, 19651023, 19651030, 19651107, 19651125, 19651128, 19651206, 19651207, 19651210, 19651214, 19660416, 19660419, 19660426, 19660430, 19660607, 19660614, 19660618, 19660621, 19660813, 19660820, 19660827, 19660830, 19660903, 19660910, 19660913, 19660917, 19660920, 19661120, 19661127, 19661204, 19661211, 19670408, 19670411, 19670415, 19670418, 19670422, 19671109, 19671113, 19671114, 19671121, 19671123, 19671203, 19680316, 19680518, 19680521, 19680601, 19680618, 19680620, 19680727, 19680730, 19680803, sendo este o último jogo registado. Notícias: 19610927_CP_Espinho-Valongo_7-2 “Em Espinho, a equipa do Valongo, já desfalcada de Navio, fracassou durante a primeira parte,

Anexo 15 Documentos relativos ao Joaquim Navio O seu primeiro jogo registado é de 19570619. Depois disso, jogou em 19570807, 19570812, 19570820, 19580417, 19580509, 19581111, 19581114, 19590430, 19590507, 19590602, 19590604, 19590623, 19590916, 19590919, 19591001, 19591010, 19591023, 19591027, 19600504, 19600505, 19600512, 19600517, 19600524, 19600616, 19060629, 19600714, 19610312, 19610316, 19610414, 19610421, 19610909, 19610913, 19610920, 19610923, 19620616, 19640902, 19650330, 19650504, 19650508, 19650518, 19650523, 19650622, 19650626, 19650703, 19650710, 19650713, 19650717, 19650720,

19620301_CP_Carvalhos-Valongo_3-1. O Valongo, ainda com certas dificuldades para colmatar a brecha, na baliza, deixada pela ausência do seu guarda-redes, Navio, que o ano passado fez uma boa época, 19631116_CP_Navio regressa ao Valongo A notícia: “NAVIO regressa ao clube de VALONGO” (em título). “Chegou ontem, de madrugada, a Valongo, o guardião titular da equipa de Valongo, Navio, após ter prestado serviço militar na Guiné. Trata-se de um bom reforço para o clube

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Anexo 16 Documentos relativos a Lino Serafim Leal Pinto Gomes

Época 1969 / 1970 Campeão Regional de Juvenis – APP

Época 1970 / 1971 Campeão Regional de Juniores -APP

Seleção de Seniores da APP nos jogos inter-cidades Lisboa e Porto - 1976

Seleção de Juniores da APP no torneio Inter Seleções na Cidade de Tomar-1972

Seleção de Juniores da APP nos jogos Luso Brasileiros na Cidade de Barcelos - 1972

Campeão Regional Seniores da Zona Norte -1976

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Campeão Regional Seniores da Zona Norte -1976

Época 1987 / 1988 - Campeão Regional de Seniores - II Divisão Zona Norte

Associação Desportiva de Valongo participou pela 1ª vez na Taça dos Clubes Campeões Europeus, tendo eliminado o Iserlohn da Alemanha - 1978

Época 1987 / 1988 - Campeão Nacional de Sé Senhores da II Divisão (sem derrotas)

Seleção Nacional no” VI Troféu Vitoriano Oliveira de La Riva” na Corunha, em 8 e 9 de Maio de 198x

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Anexo 17 Texto do Joaquim Santos De 01.03.2013, enviado por ocasião da Exposição sobre Hóquei no Arquivo Municipal “Caro João: Recebi o texto, de tua autoria, sobre a história do nosso hóquei, nota-se, naquele, o teu interesse e mesmo o amor a factos da nossa juventude num tempo que não voltará. Porque me pedes, ouso fazer alguns reparos, poucos e pequenos. “O tempo dos patins” passou, há muito, e a minha memória foi-se afunilando e, agora, pior do que tudo, está velha. (…) A procura de espaços com pavimento “apropriado” era grande, pela nossa parte. Tanto que, até a gare da Estação de Caminhos de Ferro de Valongo foi utilizada, talvez antes da década de 50. Então, o chefe da Estação era o Sr. Moreira o Moreirinha - ligado à família Seara de Campo. Fora contactado pelo Sr. Marques dos Santos, seu amigo, no sentido de autorizar a prática da patinagem naquele estreito mas longo espaço. Que sim, mas que, à sua ordem, fossem tirados os patins e os “atletas” se sentassem no chão, até que o comboio passa-se. Ordem dada, ordem cumprida. Se não... Quem eram então os “atletas”? Talvez os primeiros patinadores que Valongo vira: o Joaquim Eduardo Santos, seu primo Manuel Cristóvão, que vinha de Gaia, nas férias ou sempre que o deixavam. Os irmãos Cruz, Alberto, José Cândido e Manuel, filhos do saudoso Sr. Henrique Cruz. Ainda, fazia parte do grupo o João Gonçalves da Cruz, o único

dos cinco da gare que veio a ser federado, filho do Sr. Joaquim Cruz. Este, aliás, uma figura que ficará ligada ao hóquei por acto de importância fundamental: em sua casa, no n.º 47 (?) da Praça Machado dos Santos, mesmo de fronte ao ringue, adentro de portas, cedeu um espaço para construção de balneários, com cabinas e água corrente. Os jogadores saíam para a Praça, de patins, atravessavam o arruamento e estavam em terreno de jogo, ali a poucos metros. Que mais seria preciso? Só se fosse a vedação do rectângulo de jogo. A obrigatoriedade legal levou à imaginação: um arame corrido, de Tília em Tília, e um pano imenso que corria naquele, em argolas. aqui, ao contrário, quando o pano corria e fechava, começava o espectáculo. O espaço público envolvente e não só, impedia vedações fixas. Muitos e muitos jogos oficiais ali decorreram nestas condições. Mais uma outra nota: Os passeios das Ruas do Padrão e Alves Saldanha, principalmente ao longo desta, eram as grandes pistas de velocidade. Inclinado, permitia desenfreada correria, a qual terminava em abraço aflito à última das Acácias que ao longo dele existiam, como único travão possível. Os que, ali desafiavam a vertigem, eram os do grupo do cais da Estação, mais a Maria Eduarda Santos, a qual, embora mais nova, não queria deixar os créditos só para rapazes. Terá sido a primeira rapariga a andar de patins em Valongo.

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Os jovens desse grupo foram, sem dúvida, os promotores dos patins, em Valongo. “Malabaristas” de rua, ajudaram à experiência por parte de outros. Antes destes, que me lembre, só o Dr. João Lino Alves do Vale terá patinado em Valongo, embora de forma mais recatada. Nota final: João, não esqueças o Dr. Zézé Paupério, o Carlos Figueira, bem como o Lino Gerardo dos Santos Dias (o Lino Gordo, para os amigos). Não sei, mas penso que os irmãos João Custódio e António Sérgio foram também praticantes. do Quim Santos

P.S.: Se estas dicas te interessarem, usa-as como quiseres. Ou ignora-as. A opção é tua, embora eu me responsabilize pelo que disse. Envio-te três fotografias do ano de 1951, com os patinadores da gare, a saber: Fotografia Quim_Santos-01: da esquerda para a direita: Quim Santos, Manuel Cristóvão, José Cândido e João Cruz; Fotografia Quim_Santos-02: da esquerda para a direita, em primeiro plano Quim Santos e Manuel Cristóvão, em segundo plano João Cruz e José Cândido, todos com stick de cano de Sobreiro; Fotografia Quim_Santos-03: da esquerda para a direita em primeiro plano, dois dos irmãos Cruz, José Cândido e Manuel, em segundo plano, Quim Santos, João Cruz e Alberto Cruz (este, irmão dos primeiros).”

Anexo 18 Texto de Álvaro Reis Figueira De 18.03.2013, enviado por ocasião da Exposição sobre Hóquei no Arquivo Municipal “Hóquei em Valongo.

Fui decerto um dos primeiros entusiastas da prática do hóquei em patins em Valongo.

UMA PONTE NO TEMPO

Por puro desporto e de forma totalmente desinteressada.

É difícil acrescentar alguma coisa ao já dito pelo João Loureiro.

Tenho para mim, guardadas na gaveta da memória, algumas recordações que podem dar uma ideia do que eram aqueles tempos.

Limito-me por isso a fazer uma espécie de ponte no tempo, feita de memórias, avulsas e já um pouco embaciadas.

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* Uma, que nos inícios (ou seja, “no prolegómeno dos inícios”), o guarda-redes unanimemente


aceite era o Lino Gerardo, não por ser um exímio praticante, mas por ser muito gordo, e só com isso quase que fechava totalmente a baliza. Daí ser indicado para guarda-redes, pois evitaria os golos mesmo sem se mexer. Infelizmente, o que na época não sabíamos, tratava-se de doença, de que (suponho) veio a falecer ainda muito jovem. Uma homenagem muito sentida deixo aqui para ele. * Recordo-me também que, numa dada ocasião, foi lá ao rinque da Praça Machado dos Santos uma jovem e gentil patinadora artística fazer uma exibição. O público seguiu atentamente a demonstração e, não por acaso, a cobertura fotográfica foi muito generosa. * Outra recordação que conservo, é que, quando se pensou em criar um clube, pensou-se em dar-lhe o nome de “Associação Académica de Valongo”. Objectei que o clube não seria só de estudantes, pelo que sugeri “Associação Desportiva de Valongo”, nome que veio a ser adoptado. “Reivindico” assim para mim a “autoria” do nome. Mas, se estiver enganado, peço desculpa e desisto da reivindicação. * Outra ainda, que quando o clube começou a jogar a sério, na 2ª divisão do campeonato oficial, eu era ainda júnior, pelo que não poderia jogar no campeonato, que era só para equipes séniores. Mas é claro que tinha de acompanhar “oficialmente” a equipa, pelo que se descobriu um estratagema: eu iria como “mecânico”. O que ninguém sabia então é que eu sou totalmente alérgico a máquinas: em máquinas e cobras nunca lhes toco!

* Para finalizar, não se trata agora de uma recordação do passado, mas de coisas do presente: a chegada à outra margem da ponte. Deixei de jogar hóquei creio que em Setembro de 1959, quando fui estudar para Coimbra. Deixei os patins e o stick, não sei onde e abalei para o Mondego “queimar pestanas”; depois para a tropa, “aquém e além-mar em África”; depois, levado pela profissão, para diversos lugares deste nosso País. E meio século foi passando. Depois dessa data, nunca mais vivi em Valongo, aonde no entanto regresso frequentemente, por específicas razões de família ou relacionadas. Mas, contactos com as pessoas desses tempos só muito ocasionalmente. Hoje não conheço em Valongo praticamente ninguém com idade substancialmente inferior à minha e praticamente ninguém com essa idade me conhece a mim. Cinquenta e três anos depois, numa das frequentes visitas a Valongo, necessitei de fazer uma compra numa drogaria. Lembrei-me, é claro, do “caleiro”, que tinha a sua loja no início da Rua Visconde Oliveira do Paço. Por motivos que ainda hoje não sei, sempre confundi muito o “caleiro” com o “Noé”, talvez por num e outro se conseguir sempre o que se procurava. E situava-os a ambos na Rua Visconde Oliveira do Paço, logo ali à entrada, do lado esquerdo. Para a Rua Visconde Oliveira do Paço me dirigi, mas loja nenhuma encontrei: nem caleiro nem Noé. Perguntei onde era agora o “Noé” e alguém me disse que sempre foi na Praça Machado dos Santos. Aí me dirigi e encontrei duas lojas de idêntico negócio, praticamente juntas. Entrei numa delas ao acaso e um senhor já de cabelo branco atendeu-me muito delicadamente. Referi-lhe que

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procurava o “Noé”, ou o “caleiro”, na Rua Visconde Oliveira do Paço, mas que a loja já não era onde eu a procurara. O senhor olhou-me desconfiado, imaginando-me um extraterrestre ou um dinossáurio antiquado, porque a loja do “Noé”, segundo me disse, sempre foi ali ao lado e o caleiro já há muitos anos não era onde eu pensava que era. Porque a conversa tendia para estranha, achei então conveniente explicar-lhe que eu sou natural de Valongo, mas já há muitos anos que lá não vivo, pelo que desconheço acontecimentos mais recentes, assim como não me conhecem nem eu conheço pessoas de idade muito diferente da minha.

por uns momentos, pensando como iria prosseguir a intrigante conversa, e eu receando que ele me pudesse entender mal. Até que de repente me “atirou”: você não é o Álvaro? E fiquei a saber que essa pessoa me conhecia desses tempos, jogara hóquei um pouco depois de mim e que, para surpresa e honra minha, tinha “herdado os meus patins”. Ainda bem. Um abraço, José Augusto! Álvaro Reis Figueira”

Para meu espanto, o senhor que me atendia fixou-me melhor nos olhos, suspendeu o diálogo

Anexo 19 Texto de José Eduardo Castro Neves De 23.03.2013, enviado por ocasião da Exposição sobre Hóquei no Arquivo Municipal “Meu querido primo/irmão...saudoso pioneiro hóquista...e meu bom amigo ÁLVARO: EM RESPOSTA AO TEU PEDIDO E TAMBÉM AO DO JOÃO LOUREIRO... junto envio...de imediato e no mesmo mail... a minha modesta colaboração que por erro meu...desapareceu na 1ª versão... desta máquina de comunicar! dizia ...mais ao menos o seguinte... sobre as brumas da memória... da caixa da saudade...e do...depósito das melhores recordações da nossa juventude: “nunca tinha visto tal coisa e ouvido tal barulho”!... preparava-me no escritório

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da casa do Padrão...para os meus exames de liceu! o Alexandre Herculano...era exigente...e havia 2 terríveis provas a transpor (a escrita e a oral)! eis senão quando...sou chamado à janela... para descobrir e observar o Kim Santos e sua irmã Eduarda... no passeio ao lado... em alegre e “vertiginosa corrida”... em cima dumas máquinas com 4 rodas de metal...amarradas debaixo dos pés! Os passeios...naqueles tempos... tinham árvores..e eram esquadrinhados no cimento! nunca tinha visto uns patins...e...ouvido o barulho que faziam ao passar nos quadradinhos...com miúdos em cima...em velocidade de espantar! depois do que o JOÃO LOUREIRO escreveu... nada


mais me ocorre de momento...para o historial do nosso querido hóquei que nos fez tão felizes! no entanto acho que devo dar o meu testemunho... não só das coisas boas... como também das coisas que gostaria tivessem acontecido de outro modo... (como pediu o João) !... o meu pai... foi um pai maravilhoso...como foram... todos os nossos pais!... era um homem bom...uma santa alma...ou um homem santo!... mas...por muito gostar de mim...e eu lhe ter dado um enorme desgosto quando chumbei no 2º ano do liceu...procurou que eu me preservasse de mazelas...”boladas” (que por várias vezes me iam cegando) e quedas que me pudessem vir a provocar novo chumbo...o que para ele seria um terramoto!... nunca mais chumbei... porque não suportaria mais vê-lo triste e preocupado! no entanto... sabia... que ele era também um fã daquele nobilíssimo desporto... e que ouvíamos sempre juntos os relatos no velho rádio na sala de jantar... quando a equipa das quinas entrava em competição...e que tanto nos orgulhava e fazia sofrer de emoção!... mesmo assim aconteceu...que nunca pude realizar o meu sonho: ter uns patins POLARREX (não sei se é assim que se escreve)! consegui que me deixasse comprar... uns patins com rodas de madeira...(que até tinham amortecedores!?)... apertavam nos sapatos e não tinham travões (apesar de incómodos... inestéticos e perigosos)... fizeram-me suficientemente feliz!... mas a minha angústia continuava... queria ter uns patins de competição!... até que um dia...resolvi “sofisticar” os meus patins (binómio sapato/patim)... digo sapato (que queria que fosse bota)! não consegui... e para que... “o preço e a refrigeração”...se harmonizassem na “higiene e

na bolsa”... resolvi comprar... uns lindos sapatos... cheios de buraquinhos para ventilação ideal!... azar o meu... choveu... ficaram todos encarquilhados... apanhei uma real constipação... uma valente descompostura e risco de chumbar!... mas tinha, entre muitos hoquistas desse tempo, grandes amigos que compreendiam... o meu drama... e sempre me ajudaram... com o empréstimo... temporário e intervalado... dos seus patins “POLARREX”! aos meus queridos e inesquecíveis EDUARDO e JOÃO LINO... um eterno muito obrigado... pelos momentos tão felizes que me deram... sem um único queixume... ou incómodo! o JOÃO...calçava 43!...o EDUARDO...37!...e eu...tal a minha vontade de calçar... “não tinha medida”/ tudo me serviria”!... agora imaginem... os meus heróicos e sofridos pés!... bolhas de toda a espécie e feitio!... mas “caramba”... patinei com patins de campeões”... com travões e tudo!... que dor... que prazer... que gratidão ... que saudade!... termino este meu testemunho... dirigindo-me aos meus então companheiros desta aventura patinada...e que julgo fomos os campeões do torneio de ruas! como seria óbvio...ganhou... a RUA DO PADRÃO! com o CAMPOS...KIM FONTES... CARLOS CAMÕES... NORA... ZÉ CAMILO...BICO... EUGÉNIO...ZÉ EDUARDO...quem nos poderia vencer? se a equipe não for essa...desculpem... mas quem teve a honra de jogar por aquela rua... venceria sempre! sabem... é que aquela rua... era a nossa PATRIAZINHA... como todas as outras ruas... foram as suas PATRIAZINHAS! DAQUELA VILAZINHA... NASCERAM CAMPEÕES... QUE VIRAM A NOSSA BANDEIRA ACENAR AO MUNDO... QUE PORTUGAL FOI VÁRIAS VEZES CAMPEÃO!... TUDO COMEÇOU... COM UMAS

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COISAS DE RODAS... E UM TROÇO DE COUVE... COM GENTE CAROLA E VONTADE FÉRREA... DE LEVAR A NOSSA RUA... A NOSSA VILA... A NOSSA CIDADE E A NOSSA GENTE... A HONRAR A SUA PÁTRIA MUITO AMADA! PARABÉNS AOS QUE CONSEGUIRAM CHEGAR AO CUME DA MONTANHA.... E FAZER HISTÓRIA... DO SEU SONHO... DO HÓQUEI EM PATINS... E DE VALONGO SEU BERÇO DE GLÓRIA! VOSSO... COM HONRA E SAUDADE ZÉ EDUARDO”

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GRATIDÃO...ADMIRAÇÃO...

Anexo 20 Planta de localização do prédio que substituiu a “Separadora”


Anexo 21 Documentos relativos a Francisco Velasco

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Anexo 22 Duas notícias do Jornal Record

Jornal Record 18 julho 2019 - 09:05 Hoquistas portugueses recordam vitória na final em Espanha há 59 anos Seleção das quinas sagrou-se no domingo campeã do mundo

Dois antigos campeões mundiais recordaram esta quinta-feira a primeira vez que Portugal ganhou um campeonato do mundo em Espanha, há 59 anos, classificando como um “feito inédito” de uma época “extraordinária”. Francisco Velasco, 85 anos, e Amadeu Bouçós, 84, juntamente com Fernando Adrião, já falecido, ‘assinaram’ a autoria dessa vitória de Portugal por 3-1 frente à Espanha, na final da 14.ª edição do Campeonato do Mundo, disputada em Madrid, em 1960, proporcionando a Portugal a primeira conquista de um mundial em Espanha

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com quatro jogadores luso-moçambicanos. “Foi inédito, porque ninguém ganhava na Espanha e nunca ninguém tinha ganhado à Espanha. E foi com uma equipa maioritariamente moçambicana, com (a exceção de) Vasco Guedes, e vencemos o campeonato no meio daqueles 16 mil ou 17 mil espanhóis, que se fartaram de assobiar, mas não conseguiram amachucar-nos”, recordou pelo telefone, em declarações à agência Lusa, o avançado Francisco Velasco. Segundo Velasco, o jogo foi “muito interessante, muito frio, muito calculista da nossa parte e nós,


tanto eu como o Bouçós e o Adrião, cada um de nós marcou um golo. Portanto, ficou bem dividido o esforço”. “Tenho a bola desse jogo em Madrid. Tenho-a em minha casa”, atira também à Lusa, pelo telefone, o seu antigo companheiro na equipa das ‘quinas’, Amadeu Bouçós. O jogador recordou ainda: “Lembro-me que usámos uma técnica diferente de tudo o resto que tínhamos feito. Eu só joguei do meio-campo para a frente para destruir o quadrado espanhol e o Velasco ficou a servir-me e eu marquei. Foi uma vitória formidável.” “Era muito difícil bater o Largo (guarda-redes da Espanha) na baliza. Íamos ao pé dele fazer-lhe uma finta, mas o Largo não saía da baliza. Ele conseguia aguentar-se bem. O único que o tirou da baliza foi o Velasco”, recordou Bouçós. Nessa final de há 59 anos, em Madrid, a seleção nacional portuguesa, orientada por António Raio, integrou no quarteto além desse trio de ataque, o guarda-redes Alberto Moreira, fazendo alinhar como capitão de equipa Vaz Guedes, que militava no Campo de Ourique, uma das principais equipas da então ‘metrópole’. “Foi uma obra, aliás, as consequências disso para Portugal quando regressámos foram excecionais. Nunca na minha vida eu tinha sido recebido com tanta gente, desde a fronteira de Elvas até passar por Vila Franca de Xira e entrar em Lisboa, tudo cheio de pessoas, milhares delas, pareciam formigas por todo o lado. Foi extraordinário”, contou Velasco. Segundo Velasco, a seleção das quinas não teve dificuldade em ganhar nessa final, porque já vinha “a ganhar à Espanha há três ou quatro anos”.

Amadeu Bouçós recordou ainda que, em Madrid, “os jornais da época disseram que os espanhóis foram impotentes para conseguirem derrotar o plano português”. “Foi o António Raio que se lembrou de fazer uma coisa que eles não estavam à espera e, de facto, até ao final do jogo os espanhóis não conseguiram desbaratar o nosso sistema de jogo. Aquilo foi uma vitória bonita”, acrescentou. Francisco Velasco, que falou em “época extraordinária”, vincou ainda: “Eu estive cinco anos na seleção nacional e não perdi nem um torneio. Nós ganhámos tudo quanto havia para ganhar e, agora, se as pessoas querem esquecer isso, estão a esquecer um dos períodos mais gloriosos do hóquei em patins (nacional português).” Jornal Record 18 julho 2019 - 09:19 Campeões do mundo em Espanha há 59 anos: «Portugal esqueceu-se de nós»

Os campeões do mundo de 1960, na primeira vez que Portugal venceu um mundial da modalidade em Espanha, revelaram-se “esquecidos” por não terem sido também lembrados pela efeméride durante o recente Barcelona 2019.

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“Nem sequer falaram de nós e nós fomos a equipa considerada a melhor de todos os tempos. Nem sequer falaram nisso. Falaram nos primeiros, Jesus Correia e Correia dos Santos, que foram de facto fantásticos também, mas nós também marcámos uma época e ganhámos a primeira vez em Espanha (1960, em Madrid) e nem falaram neste campeonato do mundo sobre isso”, sublinhou à agência Lusa Amadeu Bouçós. Amadeu Bouçós, 84 anos, e Francisco Velasco, 85, juntamente com Fernando Adrião, já falecido, marcaram os três golos na “inédita” vitória por 3-1 frente à Espanha, na final da 14.ª edição do Campeonato do Mundo, disputado em 1960, que se realizou em Madrid. No recente Campeonato do Mundo de hóquei em patins, em Barcelona, a Federação Portuguesa de Patinagem homenageou António Livramento, ex-avançado português que também jogou na seleção nacional com Moreira, Bouçós, Velasco e Fernando Adrião - o ‘Pelé do hóquei’, como foi considerado na Argentina. “Ele (Livramento) estreou-se comigo a jogar no Chile. E digo-lhe mais, no dia em que ele se estreou e ganhámos o campeonato do mundo, para mim, foi das melhores exibições do Livramento, porque depois ele tornou-se individualista, mas foi um grande jogador”, afirmou Bouçós.

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O antigo hoquista luso-moçambicano adiantou: “Acho piada esquecerem o Adrião, que foi considerado o melhor jogador do mundo. O Livramento merece ser louvado, mas nós tivemos um papel muito importante (na modalidade nacional).” “Poderiam ter falado naquela equipa que foi seis anos campeã do mundo, seis anos campeã da Europa, ganhámos tudo e nunca empatámos um jogo, ganhámos todos os jogos e não falaram sequer nisso. Ou perderam os aquivos?”, vincou Amadeu Bouçós. Esta quinta-feira, aos 85 anos, Francisco Velasco lembra também que esteve “cinco anos na seleção nacional” e não perdeu um torneio: “Nós ganhámos tudo quanto havia para ganhar e, agora, se as pessoas querem esquecer isso, estão a esquecer um dos períodos mais gloriosos do hóquei em patins (nacional português).” “Costumo dizer que quando alguém tira alguma coisa, tira o lugar onde vive. Tiraram-nos a terra, tiraram-nos a cidade, tiraram-nos o recinto e a estação, tiraram-nos os amigos, ficámos sem nada”, rematou Amadeu Bouçós, referindo-se a Moçambique: “Essa minha terra.”


Anexo 23 Índice das fotografias Pág. n.º 9 11 31 38 48 53 62 63 67 68 69 70 71 72 77

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Presidente da Câmara de Valongo 1. Presidente da ADV 2. Equipa feminina de hóquei em patins de Bury Trafalgar (1910). 3. Campeões do Mundo de 1947. 4. O Troféu Juan Antonio Samaranch. 5. Primeira equipa feminina portuguesa medalha de outro, em 1997. 6. Flama, páginas interiores 7. e capa. 8. Inauguração do novo rinque do Grupo Desportivo de Lourenço Marques. 9. (1) João Cruz, Zé Cândido, Quim Santos, Manuel Cristóvão, 1948-50. (2) Loureiro, J. Cruz, Leal, Quim Santos, Eugénio, 1954-55 Eduardo, João Cruz, Álvaro, ??, João Lino, Loureiro, Zé Eduardo (1) Eduardo, João Lino, Zé Eduardo (2). Eduardo, Álvaro, João Loureiro. (3) Antiga casa do Sr. Mamede Figueira. (1) Prédio instalado no local da “Separadora”. (2) e (3) Prédios vizinhos. (4) Os números das portas actuais. (1) O Rio Ferreira, ao longe. (2) Fotografia aérea da “Separadora”. (2) e (3) Vistas da antiga “Separadora”. Localização da “Separadora” em mapa actual. (1) Primeira página do contrato de construção do rinque da Praça. (2) Foto antiga do rinque da Praça, no Norte Desportivo, de 1976. Uma das primeiras fotos do rinque da Praça. (1) a (4) Exibição de uma patinadora. (5) A mesma com meninas da Praça. Local onde esteve instalado o rinque da

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Praça (1) Local onde existia o “Café Bela Cruz”, o “café do Armindo”. (2) Os irmãos Pires: Delfim, António, Manuel, Francisco e Alberto Casa do Sr. Joaquim Cruz. (2) Porta de entrada do balneário. Primeira página do contrato de construção do rinque do Pavilhão. (1) e (2) Plantas do Pavilhão (1) a (4) Plantas do Pavilhão Casa Senna, em Lisboa. (1) 1958, Inauguração da sede da ADV. (2) e (3) Sede e porta de entrada. (4) e (5) Páginas do contrato de arrendamento da sede. (1) e (2) Correspondência trocada sobre o arrendamento (1) Os troféus, já então, do clube. (2) A apólice de seguro da sede. (1) a (3) Fichas de sócios: João Lino, Jorge Braga, João Loureiro. (1) e (2) Primeira página dos Estatutos, dactilografada e redigida pelo João Lino. Página do Diário do Governo que publicou notícia do despacho oficializando a ADV. (1) e (2) Frente e verso do cartão de sócio do Alberto Osório. (3) Circular, n.º 2, sem data, anunciando aos sócios os corpos gerentes para 1956. (1) Duas páginas do livro de registo do pagamento de quotas. (2) Ofício de 1980, ostentando a data de fundação do clube de 1954. (3) Ofício de 1981, exibindo a data de fundação de 1955. Cartaz anunciando o Programa da celebração dos 25 anos do clube.

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Foto do corte do bolo da celebração dos 25 anos. O Dr. João Lino Vale pronunciando o seu discurso na sessão solene dos 25 anos. (1) 1951-53 Equipa de hóquei do Colégio de Ermesinde. (2) 1951-53 Equipa de Juvenis do Colégio de Ermesinde (às riscas) e equipa de Juvenis da ADV (equipamento verde). (3) Equipas Sénior e Júnior do Colégio, com o Bispo do Porto, o António Figueiredo e o P.e Marinho. Foto do jogo inaugural do rinque do Colégio, entre o equipa da casa e a ADV. Desenho táctico de jogo, do Francisco Velasco. 1958 Loureiro, João Lino, Carlos Camões, Eugénio, Navio, Chico Bártolo, Armindo. 1962 Armindo, Albino, Zá Camilo, Carlos Camões, Eugénio, Chico Pires, Mário. Dia de festa. Mesa com atletas e dirigentes. Bandeira com a data de 1954. Lápide de lousa comemorativa dos 25 anos. Homenagem a José Camilo e Américo Moreira, nas comemorações dos 25 anos. Fotos do João Lino Vale. Foto do Álvaro Figueira. Foto do Américo Moreira. Foto do António Aguiar. (1) Foto do António Magalhães. (2) Foto do António Figueiredo. Foto do António Aguiar. Foto do António Alves. (1) Foto do António Pereira Gomes. (2) Foto do António Freitas Camões. Foto do Armindo Fonseca. (1) Foto de Aurora Padilha e Manuel Ferreira. (2) Foto do Camilo Moreira Camilo. Foto do Carlos Camões. Foto do Carlos Figueira. Foto do Domingos Cruz Foto do Eduardo Figueira Foto do Sr. Eduardo Reis Figueira (1) Foto do Eugénio Martins. (2) Foto do Sr. Fernando Queirós. Fotos do Francisco Bártolo.

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Foto do Francisco Pires. (1) Foto do Francisco Soares. (2) Foto do Horácio Neves. Foto do Dr. João Alves do Vale. Foto do Sr. João Amaro Neves (1) Fotos do João Cruz. (1) Foto do João Lino da Silva. (2) Fotos do João Queirós. Foto do Sr. Joaquim Paupério Foto do Sr. Joaquim Cruz Fotos do Joaquim Manuel Leal. Fotos do Joaquim Navio. (1) Fotos do Sr. José Alves Costa. (2) Fotos do José Augusto. (1) 1961-62 Jaime Camões, Américo Moreira, Zé Pires, Zé Augusto; Manuel Pires, José Cruz ‘Faina’, Júlio Moreira e Delfim Reis da Silva. (2) José Avelino Aguiar. Foto do José Alves. (1) Foto do José Viterbo. (2) Foto da equipa de futebol do José Viterbo. Fotos do José Moreira Camilo. Foto do José Nora. Foto do Luís Miranda. Foto do Manuel Pires. Foto do Renato Chaves. (1) Foto do Rogério Alves. (2) Foto do Vítor Francisco. 1956 Jogo Porto-Valongo. Foto do Comércio do Porto. 1957 Álvaro, Adalberto, Eugénio, Bártolo; Armindo, Loureiro, J. Cruz, Eduardo. 1958 Armindo, Álvaro, Loureiro, Leal; Navio, Camões, Eugénio, Chico Pires. 1959 Armindo, Belarmino, Eugénio, Loureiro; Adalberto, Bártolo, Navio, Camões. 19591018 Leal, Loureiro, Armindo, Eugénio; Álvaro, Noé, Chico Pires, C. Camões (1) 1961 Foto da euforia da vitória sobre o Boavista. (2) Foto do Jornal de Notícias. !962-63 Manuel Lino Resende, Zé Camilo, Adalberto, Leal, Camões, Navio; Nora, José Sousa, Mário Correia, Américo Moreira. (1) Ant. Pires, (??), Manuel F., Tavares; Quim Marques, Davide, Vítor Bruno. (2) Lino,


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Chitó, França, Aguiar; J. Fernando, Horácio, Cândido Cruz, Marcelino. Foto de Américo em jogo contra o Porto. 1963 Belarmino, A. Gomes, Camões; Zeca, Zé Alves. Foto do Comércio do Porto, do jogo Valongo-Carvalhos. Foto do Comércio do Porto, do jogo Valongo-Espinho. Foto do Comércio do Porto, do jogo Valongo-Académico Foto do Jogo Valongo-Porto, do Comércio do Porto. Foto do jogo Sanjoanense-Valongo, do Comércio do Porto. Foto do jogo Valongo-Vigorosa, do Comércio do Porto. Foto do jogo Valongo-Sanjoanense, do Comércio do Porto. Foto da equipa sénior do Valongo, no Comércio do Porto de 29.09.1965: Nora, Américo, Camilo, Camões; Leal, Alves, Pires I e Pires II. Foto do jogo Valongo-Porto, em Juniores, do Comércio do Porto. Foto do jogo Valongo-Porto, do Comércio do Porto. 1965 Armindo, Zé Camilo, Zé Augusto, Américo; Camões, Chico Pires, Rogério, Manuel Pires. 1965 Zé Augusto, Armindo, Nora, Américo; Camões, Navio, Chico Pires, Leal. 1965 Armindo, Albino, Zé Camilo, C. Camões; Eugénio, Chico Pires, Mário. Foto do jogo Espinho-Valongo, do Comércio do Porto. 1967 Juniores Campeões em 1967. D. Cruz, Quim Camões, João Camilo, Lino Almeida, Nora (treinador); Quim Camilo, A, Alves, Monteiro, Ant. Queirós. Foto do jogo Valongo-CUF, Comércio do Porto. 1968 Cartaz anunciando Campeonato Nacional de Juniores. 1969 Homenagem à equipa. Santos (enfermeiro),

421 468 474 483

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1969 Nora, Leal, Domingos, Zé Camilo; M. Pires, A. Alves, V. Francisco, Américo. 1970 Tó Nogueira, Armindo Gomes, M. Pires; Américo, V. Francisco, J. Queirós, A. Camões, mais 3 elementos das escolinhas. Dia de festa. Mesa com dirigentes e atletas. 1970-71 Juvenis. Ant. Aguiar, Lino Gomes, Ant. Queirós, Zé França, João Lino; Zé Fernando, Cândido Cruz, Miguel Santos, Marcelino. Director-Geral dos Despostos visita o Pavilhão em construção. 19711022. 1972-73 (?) Iniciados. Chico, Guerra, Alves, P. F., Paulo Cantiga, Armindo Gomes; Virgílio, Tó Nogueira, Pedro Cruz, Águeda. Foto da equipa Sénior do Valongo, no Comércio do Porto, de 18.04.1974. Foto de longa notícia do C. Porto, em 11.02.1975, sobre o Escalão B. Outra longa notícia, sobre um leitor de Valongo qe se insurge contra o Escalão B. Dr. Correia de Brito pede demissão de Seleccionador Nacional de Juniores. Foto da equipa Sénior do Valongo, Campeã da Zona Norte do Nacional, publicada pelo Comércio, em 01.06.1976, com uma legenda muito elogiosa. Notícia sobre a A.P.P. João de Brito, treinador O rinque da Praça, foto de 1976, do Norte Desportivo, inserida em reportagem importante. Chamada da 1ª página do Note Desportivo, na sua reportagem de 1976. Infantis, no Torneio de Abertura de 1978. Carrinha para transporte de jogadores oferecida pelos sócios. 1978-79 Quim Camilo, Leal, D. Cruz, M. Pires; Américo, V. Francisco, Zé Alves. Armindo Gomes. Festa dos 25 anos. Ofertas aos jogadores. (1) Festa dos 25 anos. Outros jogadores e outras ofertas. (2) Homenagem ao José Camilo a ao Américo Moreira. Convocatória “Contra a Destruição do Óquei em Patins”

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