Revista Mundo Agro - Julho 2024

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Julho/2024 - No 4 - Ano III www.mundoagro.com.br

PLANO GENÉTICO COBB500: Economia de Até R$ 3 Milhões/ano com o Melhor GPD e CA do Mercado

SIAVS: A Trajetória de Sucesso do Salão Internacional da Proteína Animal

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Caro leitor,

EDITORIAL SUMÁRIO

A empatia é, sem dúvida, um dos sentimentos mais nobres e essenciais, especialmente em períodos de adversidade como o povo gaúcho tem enfrentado recentemente. No coração do Brasil, no Rio Grande do Sul, a população está passando por uma das maiores provações de sua história devido às devastadoras enchentes que afetaram a região. Este Estado, conhecido como uma das locomotivas do agronegócio brasileiro, enfrenta um golpe severo em sua produção, que é vital não apenas para a economia local, mas também para todo o país e, consequentemente, para a segurança alimentar global.

Enquanto nos solidarizamos com o povo gaúcho, desejamos que a resiliência e a força característica dessa região prevaleçam. É em momentos como este que a empatia se torna ação, movendo indivíduos, comunidades e o país inteiro a se mobilizar em apoio aos afetados. A esperança é que, unidos, possamos superar essa calamidade e reconstruir o que foi perdido.

Além disso, é com grande expectativa que celebramos a realização do SIAVS 2024, o maior evento do setor na América Latina, que este ano traz como novidade o Salão Internacional de Proteína Animal. Este evento não é apenas uma vitrine para as inovações e avanços tecnológicos, mas também uma celebração do compromisso contínuo com a excelência no agronegócio. A sexta edição do Simpósio OvoSite, que ocorre paralelamente, reafirma a importância da avicultura e da produção de ovos no contexto nacional e internacional.

Comemoramos também os 23 anos de dedicação da Mundo Agro Editora ao setor.

Que o SIAVS, o Simpósio OvoSite e todos os envolvidos no agronegócio brasileiro continuem prosperando e contribuindo para alimentar o mundo. O sucesso desses eventos e iniciativas não só fortalece a economia, mas também reforça a resiliência e a capacidade de superação do nosso país. Unidos, com empatia e determinação, continuaremos avançando. Com muita gratidão e perseverança.

Natasha Garcia

CEO Mundo Agro Editora

Editor Mundo Agro

Diretora

Natasha G. Di Fonzo +55 19 98963-6343 natasha@mundoagro.com.br

Comercial comercial@mundoagro.com.br

André Di Fonzo Jr. +55 19 99983-6189 andre.difonzo@mundoagro.com.br

Natasha Garcia natasha@mundoagro.com.br

Redação: Stéfani Campos (MTB: 93684/SP) stefani@mundoagro.com.br

José Carlos Godoy jcgodoy@mundoagro.com.br

Coordenação técnica e redação Gisele Dela Ricci - Zootecnista, Mestre, Doutora e Pós - Doutora em Produção e Ciência Animal revista@mundoagro.com.br

Diagramação e arte

Gabriel Fiorini gabrielfiorini@me.com

Web Gustavo Cotrim webmaster@mundoagro.com.br

Administrativo e circulação adm@mundoagro.com.br

Mundo Agro Editora Ltda. - Rua Erasmo Braga, 1153 - 13070-147 - Campinas, SP. Os informes técnico-empresariais publicados nas páginas da Revista da Mundo Agro são de responsabilidade das empresas e dos autores que os assinam. Este conteúdo não reflete a opinião da Mundo Agro Editora.

EVENTOS

ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS

SIAVS:

A Trajetória de Sucesso do Salão

Internacional da Proteína Animal

Marcelo Oliveira; Natasha Garcia

CAPA: BIOSSEGURIDADE 4.0

Soluções tecnológicas para aplicação eficiente

Marcel Scheffer - Especialista em biosseguridade na MS Schippers Brasil

FARMABASE

Os 30 anos de compromisso da Farmabase em tornar a saúde animal uma ferramento de sustentabilidade no campo

Stéfani Campos

24 26 28 34

DESTAQUE COBB:

Plano Genético COBB500

SAINT GOBAIN

Como o uso de feltro em lã de vidro tem reduzido o consumo de energia em aviários

CAMA PARA AVES:

Características a serem observadas

Natália Lúcia D. D. Barroso; Ana S. Caselles, Sarah Sgavioli

AVIAGEN AMÉRICA LATINA

Fortalece o compromisso com a sustentabilidade no Brasil

COMPARANDO OS SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE OVOS:

Qual é o melhor para você?

Gisele Dela Ricci; Thiago William de Almeida

IMPEXTRACO

Estratégia natural para o combate de estresse oxidativo nos animais

Beatriz C Venturelli; André Facchini

REAGRUPAMENTOS EM CONFINAMENTO DE BOVINOS DE CORTE:

Impactos no Bem-Estar Animal

Profa. Dra. Cristiane Gonçalves Titto

PRODUÇÃO ANIMAL:

Bem-Estar na Suinocultura a partir de estratégias de enriquecimento ambiental

Gisele Dela Ricci

COBERTURA: 24º SBSA

Stéfani Campos

OVUM 2024: Já tem programa de atividades

ENTREVISTA:

José Ricardo Santini Campos

Gisele Dela Ricci

PONTO FINAL:

Avanços tecnológicos na Suinocultura

Gisele Dela Ricci

EVENTOS

AGOSTO

SIAVS 2024

6 a 8 de agosto

Distrito Anhembi – São Paulo

Simpósio OvoSite

6 de agosto às 14hrs

Auditório B

Distrito Anhembi – São Paulo

Simpósio Brasil Sul de Suinocultura

13 a 15 de agosto

Chapecó – SC

Interleite Brasil 2024

14 e 15 de agosto

Goiânia - GO

SETEMBRO

8ª Feira da Avicultura e Suinocultura do nordeste

17, 18 e 19 de setembro

Complexo de Combustíveis Cruzeiro 7, BR 232, Tacaimbó-PE

EXPOMEAT - Feira Internacional da Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal

24 a 26 de setembro

Distrito Anhembi - São Paulo

OUTUBRO

PSA - Latin American Scientific Conference

08 de outubro

Bourbon Cataratas do Iguaçú Thermas Eco Resort | Foz do Iguaçú, PR

Conheça a Mundo Agro Editora

9º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio

23 e 24 de outubro

Transamérica Expo center, São Paulo-SP

NOVEMBRO

Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite 5 a 7 de novembro

Chapecó - SC

Punta Del Este – Uruguai

OVUM - Congresso Latino-Americano de Avicultura 12 a 15 de novembro

CONBRASFRAN 2024 – Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango

26 e 27 de novembro

Hotel Master – Gramado - RS

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Aponte

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DO BRASIL

EGGSCARGOSYSTEM® PALETES

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CONFORTO PARA AS AVES, MELHOR QUALIDADE VIDA PARA TODOS

Aquecedores Arcotherm são essenciais para garantir bem-estar das aves, proporcionando temperaturas ideais desde os primeiros dias de vida. Tecnologia avançada, distribuem o calor de forma uniforme, evitando zonas frias reduzindo o estresse térmico. Para avicultores, aquecedores Arcotherm representam economia e praticidade, fácil instalação, manutenção mínima. Invista em Arcotherm assegure ambiente perfeito para desenvolvimento de suas aves.

LABITAH®

CHEGA AO MERCADO DE SAÚDE E NUTRIÇÃO ANIMAL

Empresa busca tornar-se referência em soluções inovadoras para saúde e performance de aves e suínos

Osetor de produção animal no Brasil está em constante crescimento, impulsionado pela demanda interna e externa por proteínas de qualidade. Nesse cenário, há uma crescente busca por soluções inovadoras que promovam a saúde e performance dos animais de forma sustentável.

Pensando nisso, a Labitah®, empresa do grupo Farmabase®, chega ao mercado brasileiro com o objetivo de fornecer soluções inovadoras para a produção animal. Com uma abordagem centrada na saúde, eficiência produtiva e sustentabilidade, a companhia busca se tornar líder no mercado nacional, trazendo em seu portfólio produtos e parcerias de peso, oferecendo alta qualidade, tecnologia avançada além de suporte técnico especializado.

A frente da gestão da Labitah® estará Cláudio Selonk, executivo com larga experiência na indústria de saúde animal.

“Já iniciamos nossa jornada contando com parceiros de peso, como IFF na linha de enzimas e probióticos, bem como a Vetagro, empresa italiana líder na tecnologia de microencapsulamento de ácidos orgânicos e óleos essenciais”, afirma Cláudio.

“Além disso, todos os produtos do portfólio da Labitah® terão aspectos importantes de inovação, trazendo o que há de mais novo para contribuir com uma produção economicamente eficiente e sustentável. Embora o mercado de eubióticos e enzimas esteja em constante desenvolvimento, poucas empresas oferecem produtos com eficácia comprovada e baseada em estudos científicos. Esse é o nosso objetivo com a Labitah®, que busca assegurar qualidade e rastreabilidade na produção animal e aos aditivos, garantindo a segurança e a conformidade dos produtos”, reforça Selonk.

SETOR DE NUTRIÇÃO ANIMAL NO BRASIL:

CRESCIMENTO DAS FARINHAS DE ORIGEM ANIMAL

Oconsumo de farinhas de origem animal cresce rapidamente devido à indústria Pet Food e à expansão da produção animal, especialmente na avicultura e suinocultura, para atender à crescente demanda por carne. Entretanto, o setor enfrenta desafios em garantir qualidade, segurança sanitária e rastreabilidade dos produtos, exigindo uma estrutura mais qualificada de fornecimento de matéria-prima. Apesar disso, o setor de nutrição animal brasileiro tem grande potencial de crescimento, impulsionado pela demanda por alimentos

Stefany Rodrigues

FARMABASE CONVIDA IMPRENSA PARA CONHECER 30 ANOS DE HISTÓRIA E

EXCELÊNCIA NO SEGMENTO DE SAÚDE ANIMAL

Evento possibilitou aos profissionais da mídia mergulhar na estrutura da fábrica e entender o rigoroso processo de gestão de qualidade da empresa

AFarmabase, comprometida com o mercado de saúde animal, convidou a imprensa para conhecer de perto sua história, estrutura fabril e seu sistema de gestão de qualidade. O evento, que serviu para noticiar o marco dos 30 anos da companhia, aconteceu no dia 14 de junho, em sua unidade industrial localizada na cidade de Jaguariúna (SP).

Marcia Richena Piragine, diretora de qualidade da Farmabase, acompanhou a visita feita na fábrica, apresentando a estrutura e como funciona todo o sistema de qualidade. “Dos 30 anos, estou aqui há 17 anos, e posso garantir a preocupação que a empresa tem em crescer, ainda mais, no mercado em expansão de saúde animal, entregando produtos altamente qualificados”, destacou a profissional.

A companhia se preparou para comemorar os 30 anos de várias maneiras e com diversos anúncios exclusivos, Marcia então contou, com orgulho, uma das novidades importante: “Vamos inaugurar nesse 2º semestre - tão logo tenhamos a aprovação definitiva do MAPA - a mais moderna linha de produtos injetáveis estéreis na veterinária brasileira. Esse movimento é parte de nossa preocupar em expandir nossa capacidade de atendimento no mercado de saúde animal, mas de também de entregar ainda mais segurança em tudo que fazemos”.

“Também é importante mencionar que a Farmabase já é certificada com boas práticas de fabricação, tanto

pelo Ministério da Agricultura, quanto por organizações internacionais... a mais recentemente pela autoridade russa”, concluiu a diretora de qualidade.

Logo após, como parte complementar da visita, a imprensa teve a oportunidade de conhecer o Centro de Distribuição em Santo Antônio de Posse, que se encontra em expansão de estocagem.

Na abertura do evento, o diretor executivo da Farmabase, Vítor Franceschini esteve presente realizando uma apresentação institucional da empresa. “O mês de junho é especial para nós, completamos 30 anos de existência e de um trabalho muito focado na saúde e performance de aves e suínos dentro e fora do Brasil. É um ciclo marcado por uma história robusta, de qualidade e com muitas novidades”, reforçou ele.

Além da expansão de estocagem e de uma nova linha moderna, injetável, com produtos altamente qualificados como citado acima pela diretora de qualidade da Farmabase, Vítor apresentou mais uma novidade que demonstra de fato o crescimento constante e incessante da companhia: “um dos principais anúncio é o lançamento da empresa Labitah, um spin-off do portfólio Farmabase com soluções inovadoras voltadas para nutrição e saúde animal, tais como enzimas, probióticos e eubióticos. A Labitah será dirigida pelo médico veterinário Cláudio Selonk, executivo com larga experiência no setor de saúde animal”.

Stéfani Campos

MANDATO DE RICARDO SANTIN

É RENOVADO NA

PRESIDÊNCIA DA ABPA

Oadvogado e mestre em ciências políticas Ricardo Santin foi reconduzido ao cargo de presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), após Assembleia geral realizada no dia 24 de abril que escolheu o novo Conselho Diretivo da associação.

Além da presidência da ABPA, Santin é presidente do Conselho Mundial da Avicultura (IPC, sigla em inglês), do Conselho de Administração do Instituto Ovos Brasil e da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, além de vice-presidente da Associação Latinoamericana de Avicultura (ALA).

O Surgimento do SIAVS e sua Evolução

SIAVS: A TRAJETÓRIA DE SUCESSO DO SALÃO

INTERNACIONAL DA PROTEÍNA ANIMAL

A ideia de criar o Salão Internacional da Proteína Animal (SIAVS) surgiu em 2013, nos corredores da antiga UBABEF, como uma forma de profissionalizar e ampliar o evento oficial da associação. Com a criação da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a união dos setores avícolas e suinícolas, a expansão do SIAVS para incluir essas cadeias produtivas tornou-se inevitável. O sucesso crescente do evento, que anualmente registrava índices de crescimento de dois dígitos, foi um catalisador para a inclusão de novas cadeias produtivas, como a bovinocultura de corte e a produção de peixes de cultivo, consolidando-o como o maior evento das cadeias produtivas no Brasil.

Natasha Garcia natasha@mundoagro.com.br
Marcelo Oliveira Head de comunicação ABPA

Superando Desafios e Alcançando Objetivos

Organizar o primeiro SIAVS foi um desafio monumental. Inicialmente conhecido como Congresso Brasileiro de Avicultura, o evento passou por um processo de redefinição de identidade, unindo segmentos fornecedores, indústrias frigoríficas e tradições setoriais. Com planejamento estratégico, o evento evoluiu para um formato que combina feira e programação técnico-empresarial, além de se tornar um importante palco político do setor. Os objetivos da ABPA ao criar o SIAVS sempre foram claros: fortalecer o setor politicamente, fomentar tecnologia e conhecimento técnico, e promover negócios. Esses objetivos alinham-se perfeitamente com as necessidades do setor de proteína animal no Brasil, que busca inovação, eficiência e expansão de mercado.

Evolução, Inovação e Sustentabilidade

Desde a sua primeira edição em 2011, o SIAVS evoluiu exponencialmente. O evento, que começou com menos de 5 mil metros quadrados, agora ocupa mais de 30 mil metros quadrados no mais moderno centro de exposições de São Paulo. Essa expansão reflete não apenas o crescimento físico, mas também a relevância e o alcance do SIAVS, que se consolidou como um evento global. O SIAVS tem desempenhado um papel crucial na inovação e desenvolvimento tecnológico, reunindo inovadores e fomentadores setoriais em um único espaço. Além disso, a sustentabilidade e o bem-estar animal são pilares fundamentais do evento, que se posiciona como neutro em emissões desde sua última edição.

Impacto e Perspectivas Futuras

Cada edição do SIAVS marcou a história do evento de maneiras únicas, desde a primeira grande edição em São Paulo em 2011 até a consolidação como evento multi-proteínas em 2024. A internacionalização do SIAVS foi impulsionada por um trabalho estratégico de imagem, realizado em parceria com a ApexBrasil, atraindo jornalistas, importadores e stakeholders de todo o mundo. A pandemia de COVID-19 impôs desafios significativos, mas a ABPA superou-os com resiliência, culminando em um evento extraordinário em 2022. O futuro do SIAVS é promissor, com expectativas de crescimento contínuo, maior internacionalização e fortalecimento do perfil de fomento setorial, consolidando-o como um dos maiores eventos internacionais da proteína animal.

BIOSSEGURIDADE 4.0: SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS PARA APLICAÇÃO

Uma nova era da higiene e segurança na produção animal, impulsionada por tecnologias que revolucionarão as práticas de biosseguridade.

Marcel Scheffer Especialista em biosseguridade na MS Schippers Brasil

Uma nova era da higiene e segurança na produção animal, impulsionada por tecnologias que revolucionarão as práticas de biosseguridade.

A biosseguridade nas instalações de produção animal é uma importante ferramenta na promoção da saúde dos animais. Sabendo disso, podemos usar a biosseguridade para desenvolver uma melhor segurança alimentar e contribuir positivamente para a sustentabilidade do setor pecuário. Oferecer um ambiente seguro e saudável não só beneficia os animais, mas também tem um impacto significativo na sociedade como um todo. O programa líder nesse aspecto é o Hycare trazendo inovações que revolucionam a maneira como lidamos com aspectos relacionados à higiene.

EFICIÊNCIA EM NOVAS TECNOLOGIAS

A dosagem precisa dos produtos de limpeza é um grande desafio. A inconsistência na aplicação desses produtos compromete a eficácia da limpeza, afetando diretamente a saúde dos animais e aumentando os custos operacionais. O uso de tecnologias avançadas resolve esse problema ao eliminar a necessidade de diluição, fazendo com que a dosagem esteja sempre correta, sem margem para erro humano.

A variabilidade na dosagem pode se tornar um problema, pois cada produto requer uma dose específica. Mesmo quando o operador está ciente da dosagem correta, erros podem ocorrer, resultando em desperdício ou em ineficácia na limpeza. A implementação de tecnologias inteligentes otimiza a dosagem e pode reduzir o consumo de produtos químicos, tempo e água em até 30%*, promovendo a sustentabilidade e economia. Isso resulta em menos desperdício e melhor eficiência.

*Se usado corretamente

PRODUÇÃO ANIMAL MAIS SAUDÁVEL E EFICIENTE

A implementação eficaz de medidas de biosseguridade em instalações de produção animal é importante para preservar a saúde dos animais, melhorando consequentemente seu desempenho. Reconhecemos que a biosseguridade desempenha um papel central no fortalecimento da segurança alimentar. Ao proporcionar um ambiente livre de microrganismos, atendemos às necessidades fisiológicas e comportamentais dos animais, além de reduzir a probabilidade de doenças e o risco de resistência antimicrobiana. Essas práticas combinadas podem resultar em condições mais sustentáveis para o setor. Destaca-se, entre os programas de excelência nesse âmbito, o HyCare, cujas inovações têm sido pioneiras na transformação das práticas de higiene, demonstrando como as abordagens avançadas de biosseguridade podem otimizar a produção animal de forma sustentável.

DETERGENTES ESPECIALIZADOS

PARA PERFORMANCE SUPERIOR

Detergentes alcalinos são eficientes na remoção de resíduos orgânicos e gordura em ambientes como baias de suínos, galpões de aviários e salas de ordenha. A espuma ativa desses detergentes quebra a tensão superficial da água, permitindo uma remoção profunda da sujeira. Sua aderência em superfícies verticais e horizontais aumenta a eficácia, reduzindo o tempo e esforço na lavagem, além de promover economia de água e energia.

Ao utilizar um detergente alcalino de alta aderência, é possível

reduzir o tempo do processo de limpeza, o esforço mecânico e eliminar a necessidade de água quente. Na rotina de Limpeza e Desinfecção em instalações pecuárias, a aplicação de detergente em forma de espuma, utilizando pistolas geradoras, facilita a remoção de incrustações.

A combinação de um detergente com alta capacidade de desincrustação e formação de espuma com uma tecnologia capaz de oferecer 100% de assertividade na dosagem do concentrado é o melhor caminho para atingir um processo de limpeza com economia de produto e tempo, oferecendo segurança ao operador e promovendo uma limpeza eficaz. Essa é a proposta da tecnologia HyBag.

MS SCHIPPERS RECEBE PRÊMIO EM PROGRAMA DA BRF

A participação da Schippers no programa Fornecedores de Excelência da BRF rendeu o prêmio dentro da categoria Value Engineering (Engenharia de Valor) com três projetos premiados na área de higiene e biosseguridade.

Todos os projetos campeões fazem parte do método HyCare. Os projetos vencedores otimizam e garantem processos claros de higiene, reduzindo o impacto econômico e ambiental da produção, ao mesmo tempo em que aumentam os ganhos produtivos.

Para a MS Schippers Brasil, o reconhecimento da BRF é mais um sinal de que a empresa está no caminho certo, sempre buscando evoluir e fazendo a diferença.

Sabemos que o futuro da produção animal está fortemente baseado em sustentabilidade e segurança alimentar. Após muitos anos de pesquisa e investimento, está claro que uma das principais ferramentas para atingirmos esse objetivo é a biosseguridade.

O QUE É HYCARE?

O método HyCare, originário da Holanda, onde a MS Schippers tem sua sede, é um conceito de fácil compreensão amplamente difundido desde 2014. Baseado em cinco pilares fundamentais, o programa evita a contaminação cruzada e impede a entrada de novos patógenos nas propriedades, protegendo os plantéis contra desafios e epidemias de doenças. Isso não apenas melhora os resultados produtivos, mas também reduz drasticamente o uso de antibióticos e seu impacto socioambiental. A resistência antimicrobiana é um desafio global previsto para o futuro, com estimativas alarmantes de mortes anuais até 2050 devido à resistência bacteriana. Como as empresas de produção animal são responsáveis por 80% do uso de antibióticos, a redução da pressão de infecção nessas instalações é extremamente importante.

Para auxiliar as empresas a atingirem esse objetivo, a MS Schippers desenvolveu o HyCare, um método de gestão de higiene que estabelece padrões rigorosos de manejo. Ele não apenas melhora a higiene nas empresas que o adotam, mas também fortalece o sistema imunológico dos animais, reduz a contaminação cruzada e contribui para uma redução drástica na pressão de infecção, resultando em menos antibióticos, maior bem-estar animal e resultados previsíveis.

O HyCare é um método prático e abrangente que capacita as empresas a criarem ambientes saudáveis para seus animais, aumentando o controle sobre as operações diárias, melhorando o desempenho e proporcionando um ambiente de trabalho mais agradável, eficiente e rentável.

SUSTENTABILIDADE

E RESPONSABILIDADE:

A CONEXÃO BIOSSEGURIDADE-ESG

As práticas de biosseguridade não apenas estão relacionadas aos altos padrões de qualidade exigidos na produção animal, mas também demonstram o compromisso com a eficiência operacional, a sustentabilidade socioambiental e o bem-estar dos colaboradores. Ao adotar essas práticas, as empresas

podem fortalecer sua reputação e contribuir para um futuro mais seguro e saudável para todos, além de reduzir riscos operacionais e financeiros.

Em resumo, a biosseguridade apoiada pelos princípios ESG é um pilar essencial para uma produção animal responsável e sustentável. Ao implementar protocolos de biosseguridade, as empresas podem cumprir questões ambientais e sociais, além de impulsionar a inovação, reduzir desperdícios e promover melhores resultados produtivos.

LIMPEZA INTELIGENTE COM HYBAG: PRATICIDADE, ECONOMIA E QUALIDADE GARANTIDA

O HyBag é uma inovação significativa na higienização de instalações de produção animal, especialmente formulado para oferecer praticidade, eficiência e segurança. Desenvolvido em colaboração com renomados especialistas do ramo, este produto apresenta diversas vantagens e características distintas.

Uma das principais vantagens do HyBag é a sua capacidade de lavar até 278m²* de pisos, paredes e estruturas, com apenas 1 litro, proporcionando uma solução prática e eficiente para lavar as instalações agropecuárias. Isso não só economiza tempo, mas também reduz o consumo de produto em até 30%*, o que é significativo em termos de custo e sustentabilidade.

A qualidade da espuma gerada pelo HyBag é outro destaque importante. A lança HyBag oferece espuma de qualidade em toda a superfície de aplicação, garantindo uma limpeza completa e eficaz. Além disso, o design robusto da lança torna-a extremamente durável, garantindo sua eficácia a longo prazo.

O sistema de engate rápido do HyBag é seguro e eficiente, permitindo o uso em todas as posições e ângulos sem comprometer a qualidade da limpeza. Além disso, o HyBag dispensa a diluição manual, proporcionando maior segurança ao usuário, evitando vazamentos e problemas com super ou sub dosagem.

É importante destacar também que o HyBag é especialmente formulado para ser compatível com o MS TopFoam Power, garantindo um desempenho otimizado de primeira linha. Ele mantém a qualidade da espuma em todo o local aplicado, e sua embalagem pode ser descartada facilmente, agilizando o processo de higienização.

Em resumo, o HyBag é uma revolução na gestão de higiene na produção animal, oferecendo eficiência, praticidade, segurança e economia de recursos, tornando-o a escolha preferida dos líderes do setor em todo o mundo.

MARCEL SCHEFFER

Marcel Scheffer, um profissional holandês de 31 anos, combina uma sólida formação em suinocultura técnica com um bacharelado em gestão de negócios pelo renomado CITAVERDE College, atualmente conhecido como Yuverta, reconhecido na Europa pela excelência em ensino superior em agronegócio.

Desde jovem, Marcel foi influenciado por seu pai, professor de suinocultura e gerente de uma granja de suínos. Ele começou a trabalhar na produção aos 13 anos e, aos 18, fez um estágio na Alemanha Oriental em uma empresa com status SPF (livre de patógenos específicos como Mycoplasma, PRRS, APP e Vibrio). Essa experiência foi uma virada de chave para se aproximar e compreender a importância de medidas rigorosas de higiene e biosseguridade, focando na prevenção da contaminação cruzada.

Mais recentemente, Marcel concluiu o curso MS Academy na Holanda, promovido pela The Schippers Group. O MS Academy é uma capacitação de renome, onde profissionais podem aprender e aplicar práticas avançadas de biosseguridade. Esse curso é especialmente desenhado para ensinar técnicas inovadoras que garantem uma produção animal livre de antibióticos, focando na otimização da produção de proteína animal com maior eficiência e rentabilidade.

Atualmente, como especialista em biosseguridade na MS Schippers Brasil, Marcel lidera o programa HyCare. Com mais de uma década de experiência prática em granjas de suínos, ele se destaca pela capacidade de analisar desafios e encontrar soluções que garantam o melhor custo-benefício. Reconhecido por sua abordagem técnica e analítica, Marcel vem contribuindo para elevar os padrões de biosseguridade na produção brasileira de proteína animal, assegurando ambientes com menor pressão de infecção e mais eficientes.

OS 30 ANOS DE COMPROMISSO DA FARMABASE EM TORNAR A SAÚDE

ANIMAL UMA FERRAMENTA DE SUSTENTABILIDADE NO CAMPO

Conheça as estratégias da empresa para reduzir o consumo de recursos naturais na produção animal saudável através de seus medicamentos veterinários

Stéfani Campos stefani@mundoagro.com.br

AFarmabase, empresa brasileira do setor de saúde animal, celebra três décadas de atuação não apenas como fabricante de medicamentos para aves e suínos, mas também como referência em compromisso com a preservação do meio ambiente. Desde sua fundação, a empresa sempre entendeu sua importância como fonte geradora de sustentabilidade no campo, auxiliando na adoção de medidas que auxiliam na redução dos impactos ambientais, implementando práticas que geram saúde e bem-estar animal.

Em entrevista exclusiva, Vítor Franceschini, Diretor Executivo da Farmabase, destaca que a responsabilidade ambiental sempre esteve intrinsecamente ligada à missão da empresa. “Desde o início, nos propusemos a ser agentes de mudança no setor de saúde animal, atuando ativamente como promotores da redução do consumo de recursos do meio ambiente na cadeia produtiva de proteína animal “, pontua Franceschini.

Ao longo dos anos, a empresa procurou investir em tecnologias e processos fabris mais eficientes e sustentáveis. Prova disso foi a transformação pela qual seu parque fabril passou para que pudessem abolir o uso de frascos rígidos de plásticos em seus medicamentos líquidos e, assim, migrarem para embalagens flexíveis de alta resistência. “Essa ação inovadora retirou do campo mais de 200 tons de resíduos de

embalagens nos últimos 5 anos. Oferecemos não apenas uma embalagem mais sustentável, mas também mais resistente e que confere maior estabilidade ao produto que acomoda”, afirma Vítor Franceschini.

“Acreditamos que saúde e bem-estar são fundamentais para a melhoria da performance em animais de produção. E, essa melhoria de performance, oriunda de saúde e bem-estar, é o que acreditamos ser sustentabilidade. É a partir dela que reduzimos o consumo de recursos do meio ambiente”, afirma. “Diariamente podemos mensurar o impacto de nossos produtos na sustentabilidade, diminuindo o consumo de ração (leia-se grãos) por meio da melhoria da conversão alimentar; ou aumentando o volume de carne produzida em virtude da redução da mortalidade. Essa é a sustentabilidade real, a que realmente gera impacto no meio ambiente. Não aquela que fica limitada a discursos bonitos em campanhas de publicidade bem feitas”. E continua, “todo ano ajudamos a diminuir a necessidade por mais áreas plantadas de grãos, reduzimos o número de caminhões circulantes no transporte de ração e ajudamos a otimizar de plantas frigoríficas, convertendo os recursos ambientais em alimentos de verdade para população mundial”, conclui Vítor Franceschini

Um outro pensamento destacado por Vitor, é que

sustentabilidade, além de fazer bem para o meio ambiente é bom para negócio da cadeia produtiva de proteína. “Produzir de forma sustentável (ou seja, com bem-estar e saúde animal) reduz o consumo do meio ambiente e torna o alimento mais barato e acessível. Pensar em sustentabilidade como um conceito vago e não prático é equivocado. A sustentabilidade em sua definição mais pragmática é sim uma fonte de mais competitividade para cadeira produtiva e toda ela deve trabalhar em prol disso”. E complementa, “Por isso, a Farmabase nunca embarcou em discursos travestidos de sustentabilidade, mas que ao final sacrificavam bem-estar e saúde animal em prol de uma agenda mais comercial e menos técnica. Sempre trabalharemos em benefício do animal saudável, pois isso significará, ao final, sustentabilidade e ganho para toda cadeia”.

A conscientização e engajamento dos colaboradores também têm sido uma das prioridades na estratégia de sustentabilidade da empresa. “Estamos nos esforçando para mostrar algo que pode parecer óbvio, mas nem sempre é claro de fato. Precisamos fortalecer essa compreensão internamente, para que todos os profissionais que trabalham aqui tenham a clara noção da importância do nosso papel na promoção de práticas sustentáveis, é nisso que trabalhamos também todos os dias”, complementa Franceschini.

Vítor Franceschin deixa seu recado: “Sustentabilidade para a Farmabase é produzir com saúde e bemestar, consumindo o mínimo possível de recursos do meio ambiente”.

Diante desse cenário, a Farmabase se consolida como um exemplo no segmento de saúde animal, atuando não apenas na fabricação de medicamentos para aves e suínos, mas também assumindo sua responsabilidade socioambiental. Ao completar três décadas de história, a empresa reafirma seu compromisso em contribuir para um futuro mais sustentável no setor veterinário, inspirando outras organizações a seguirem o mesmo caminho.

PLANO GENÉTICO COBB500: ECONOMIA DE ATÉ R$ 3 MILHÕES/ANO COM O MELHOR GPD E CA DO MERCADO

O reprodutor desenvolvido pela companhia, registra maior quantidade de carne produzida, com menor tempo para atingir o peso de abate

Oreprodutor Cobb500, da Cobb-Vantress, mais antiga casa genética avícola em operação no mundo, tem apresentado resultados bastante promissores no mercado brasileiro. Desenvolvida para alcançar os melhores indicadores econômicos do mercado, a ave registra o maior Ganho de Peso Diário (GPD), com a melhor Conversão Alimentar (CA) do setor. Em números reais, o desempenho positivo nestes dois índices pode transferir ao produtor uma economia aproximada R$ 3 milhões por ano, segundo estudo da Cobb-Vantress. Os dados foram obtidos a partir de resultados reais registrados por clientes em campo e compartilhados com a companhia, considerando um abate médio de 1 milhão de frangos por semana. O estudo considerou como referência os custos médios relacionados pela Embrapa, no mês de outubro de 2023, para frango vivo. “O pacote genético do Cobb500 foi desenvolvido para oferecer o melhor progresso genético da indústria avícola, com segurança, equilíbrio e rentabilidade. Com a performance desta ave, o produtor pode ganhar um dia na produção. Isso significa que a ave pode chegar ao peso médio de abate, de 3,100kg, aos 43 dias, um dia antes do que outras opções do mercado. Esta vantagem de um dia a menos no campo, e em muitos casos mais de 2 dias, proporciona uma economia de 0,030 kg de ração por cada quilo de frango pronto para o abate, em favor do custo do frango vivo”, pontua Rodrigo Terra, diretor-associado de Produto da Cobb LatCan.

Com a análise e o acompanhamento do processo do cliente, os resultados em campo são maximizados. O programa de incubação é otimizado, melhorando o desempenho das aves, o rendimento total da indústria no abate alcance resultado superior, reduzindo desperdícios.

Pela análise da companhia, o melhor ganho de peso diário e a conversão alimentar otimizada são suficientes para resultar em melhor custo do quilo de carne de frango produzida, em uma redução média de R$ 0,19 por quilo de carne de frango produzida, observados os parâmetros médios acima mencionados.

“Para cada frango de corte produzido pelo criador, o custo de engorda, ou seja, o custo dos recursos necessários para alimentação e criação da ave em seu tempo de vida, ficam em torno de R$ 3,81, com base nos custos apurados para o período do estudo. Ao considerar um plantel de um milhão de aves alojadas por semana, a economia é extremamente relevante, oferecendo maior competitividade na produção”, explica Terra.

Segundo o diretor-associado, a vantagem oferecida pelo produto Cobb proporciona uma avaliação positiva na cadeia produtiva: também entrega outros benefícios ao produtor. “Ao olhar todo o pacote genético, a vantagem do frango de corte em GPD e, consequentemente, em CA, ao

final do processo entrega ganhos equivalentes a aproximadamente 11 pintinhos, um ganho realmente efetivo à companhia integradora, considerando o plantel analisado”, afirma.

O Serviço Técnico da companhia é outro diferencial para a conquista de resultados positivos na produção avícola. Com um olhar atento e minucioso de técnicos especialistas em incubação, frango de corte, ambiência e abatedouro, a Cobb-Vantress comprometese com os resultados do cliente, oferecendo orientações específicas para o processo produtivo.

“Com a análise e o acompanhamento do processo do cliente, os resultados em campo são maximizados. O programa de incubação é otimizado, melhorando o desempenho das aves, o rendimento total da indústria no abate alcance resultado superior, reduzindo desperdícios. Além disso, realizamos treinamentos in loco para o time do cliente, aumentando a capacitação do fator humano, que é fundamental para a performance final”, explica Rodrigo Terra.

COMO O USO DE FELTRO EM LÃ DE VIDRO TEM REDUZIDO

O CONSUMO

DE ENERGIA EM AVIÁRIOS

Maior exportador de carne de frango do mundo, o Brasil encerrou 2023 com a marca de 5,138 milhões de toneladas de carne exportada, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Aninam (ABPA) - o que representou uma alta de 6,6% na comparação com 2022. Entre os produtores, superamos a China e ficamos atrás somente dos Estados Unidos. Além disso, o setor também mostra sua representatividade ao empregar mais de 3,5 milhões de pessoas e contribuir com mais de 1,5% para o Produto Interno Brasileiro (PIB).

Uma das preocupações de produtores de todo o Brasil é melhorar as estruturas físicas dos aviários, já que muitos deles não possuem fechamento vertical e de cobertura adequados, o que resulta em um isolamento térmico deficiente do ambiente – o que pode ser prejudicial para o desenvolvimento das aves.

Nesse cenário, a conquista de uma melhor ambiência para os animais e ganho de produtividade está entre as principais demandas dos produtores. Para melhorar a produtividade, um conjunto de iniciativas são considerados – dentre eles a redução no consumo de energia nos aviários, uma vez que energia é um dos principais insumos utilizados na cadeia produtiva, e um dos mais caros.

Nessa busca por melhores resultados, o uso de feltro em lã de vidro Midfelt Agro da Isover vem se consolidando como grande aliado dos produtores que almejam uma maior homogeneidade da temperatura interna dos aviários. Em um caso recente, a solução foi instalada em um aviário na fazenda Alto da Conquista, na cidade de Sales Oliveira, no interior de São Paulo. O objetivo era fazer o acompanhamento e comparar os resultados com outro aviário sem o uso do feltro em lã de vidro, mas com dimensões e quantidade de aves semelhantes.

Para a análise, realizada em um período de 40 dias entre os meses de setembro e outubro de 2023, foram instalados sensores ao longo dos dois aviários, com a disposição feita de forma que pudesse ser conferido o comportamento da distribuição da temperatura interna das estruturas. Ao analisar os dados, foi possível constatar que o aviário com o feltro de lã de vidro Midfelt Agro instalado em sua estrutura consumiu menos energia para manter a temperatura do ambiente ideal para o desenvolvimento das aves e manejo adequado da criação. O montante de energia consumido pelo

aviário sem o isolamento térmico foi 46,45% maior no período analisado. Em KWh, o consumo foi de 6.422KWh no aviário sem isolamento e de 4.385 KWh no aviário que fez uso do feltro de lã de vidro.

Esse resultado foi alcançado pela capacidade do material de manter a temperatura interna no ambiente do aviário, fazendo com que os equipamentos de ventilação fossem acionados com menor frequência, mas sem causar desconforto aos animais, diminuindo os índices de mortalidade, aumentando a produtividade e a conversão alimentar.

Se o resultado obtido no intervalo analisado for escalado para o período de um ano e ampliado para os 14 aviários da fazenda Alta Conquista, com média de 6 ciclos ao ano para cada, o total de energia economizado seria de 171 mil KWh e até R$ 116 mil deixariam de ser pagos pelo insumo, considerando o valor de R$ 0,68 por KWh cobrados pela concessionária de energia da região.

Os resultados comprovam a eficiência da solução, contribuindo de forma significativa para a manutenção da temperatura interna dos aviários, que sofre menos variação, favorecendo a ambiência ideal, nutrição e sanidade dos animais, permitindo um manejo adequado e alcançando bons resultados na produtividade.

Figura 1 – Fazenda Sales de Oliveira

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CAMA PARA AVES: CARACTERÍSTICAS A SEREM OBSERVADAS

INTRODUÇÃO

A cama desempenha funções essenciais, como a absorção de umidade, diluição das excretas, redução do contato direto das aves com os resíduos, fornecimento de isolamento térmico em relação à temperatura do piso e proteção física do corpo das aves em relação ao solo dos aviários.

Os materiais predominantes utilizados como cama em aviários são a maravalha de pinus, casca de arroz e serragem. A maravalha de madeira é o substrato mais frequente e preferido pelos produtores, devido a sua capacidade de absorção da água oriunda das excretas. No entanto, sua disponibilidade, dependendo da região, pode ser comprometida, o que resulta em um aumento de custos e em menor viabilidade econômica.

Natália Lúcia Donizete Dias Barroso Universidade Brasil. Medicina Veterinária. Descalvado – SP.

Ana S. Caselles

Universidade Brasil. Programa de Mestrado em Produção Animal. Descalvado – SP.

Sarah Sgavioli

Universidade Brasil. Programa de Mestrado em Produção Animal. Descalvado – SP. | sarahsgavioli@yahoo.com.br

Para melhorar a qualidade da cama, estratégias de tratamento são avaliadas com o objetivo de reduzir o pH, garantir as características físicoquímicas (umidade, temperatura, concentração de nitrogênio) e microbiológicas, com o objetivo de contribuir com o conforto das aves, o desempenho zootécnico e o sanitário.

UMIDADE

A umidade presente na cama representa um fator crucial na criação das aves, uma vez que exerce impacto direto na prevalência de enfermidades e lesões na carcaça. Diversos elementos podem aumentar a umidade na cama, tais como o tipo de substrato empregado, o modelo de bebedouro, as práticas de manejo da cama e a densidade populacional das aves.

É recomendado que os níveis de umidade na

cama estejam na faixa de 20 a 35%. Uma cama com um índice de umidade inferior a 20% pode resultar no aumento da concentração de poeira dentro da instalação, que causa irritação no sistema respiratório das aves e predispõe ao desenvolvimento de infecções. Por outro lado, o excesso de umidade na cama, isto é, um índice superior a 35%, pode acarretar problemas de saúde e de bem-estar nas aves, aumento da incidência de lesões no peito, queimaduras na pele, pododermatites, perda de qualidade nas carcaças e condenações.

O excesso de umidade nos aviários é motivo de preocupação, pois está associada ao bem-estar animal, à saúde dos lotes, à segurança alimentar, à emissão de gases, aos impactos ambientais e à redução na eficiência do processo de produção.

Aves alojadas em uma cama com umidade superior a 46% apresentam queimaduras no tarso metatarso e dermatites de contato. Esse fenômeno é atribuído à superfície da cama estar úmida e compacta, resultando em lesões devido ao contato contínuo das aves com esse material.

A dimensão das partículas também influencia na absorção de umidade e compactação da cama. Materiais compostos por partículas menores têm uma capacidade superior de retenção de umidade, em comparação com aqueles que possuem partículas maiores. No que diz respeito à compactação, fatores como a umidade da cama, o pisoteio das aves, o gotejamento de água devido a problemas nos bebedouros e o desperdício de ração nos comedouros contribuem para a compactação da cama, levando à formação de crostas e placas que prejudicam tanto a saúde, quanto o desempenho zootécnico do lote.

Uma das principais preocupações relacionadas a uma cama com elevados níveis de umidade é o aumento dos níveis de amônia na instalação. A alta umidade, associada a alta temperatura e ao pH alcalino favorecem a volatilização da amônia, além da proliferação de fungos e bactérias indesejáveis.

AMÔNIA

A amônia é um gás incolor, conhecido por ser irritante para o trato respiratório. Sua formação ocorre a partir da decomposição microbiana do ácido úrico eliminado pelas aves, mediante a níveis ideais de umidade, temperatura e pH.

É recomendado que os níveis de amônia dentro dos aviários estejam abaixo de 20 ppm, para assegurar isso, a medição da concentração deve ser realizada ao nível da altura das aves.

Uma das principais consequências adversas desse gás é que aves expostas a concentrações elevadas de amônia podem sofrer lesões no sistema respiratório, podendo resultar em infecções secundárias. Os níveis elevados de amônia podem resultar em queimaduras nos coxins na região plantar, conhecidos como calos; irritações na pele; calos no peito; falta de uniformidade no lote e até mesmo cegueira. Na Tabela 1 são apresentados outros efeitos resultantes da volatilização de amônia em instalações avícola.

TABELA 1: EFEITOS DOS NÍVEIS DE AMÔNIA NA CRIAÇÃO DE AVES.

Nível de amônia (ppm)

> 10

> 20

> 25

> 50

> 100

Efeitos nas aves

Deterioração dos cílios do epitélio traqueal

Maior vulnerabilidade às enfermidades

Queda no desempenho

Maior predisposição à doenças respiratórias e irritação nos olhos

Redução na taxa da respiração e dificuldade nos processos fisiológicos de trocas gasosas

Na produção de frangos de corte, é raro encontrar valores abaixo de 10 ppm de amônia. Pelo contrário, se não for realizado o manejo correto para a reutilização da cama, os níveis podem atingir valores elevados, variando de 60 a 100 ppm.

A adição de substâncias ou compostos à cama, como o gesso, a cal hidratada e o sulfato de alumínio podem favorecer o aumento na fixação do nitrogênio por meio de reações químicas, constituindo uma alternativa para reduzir as perdas de nitrogênio pela volatilização da amônia.

TEMPERATURA DA CAMA

A produção de calor proveniente do corpo das aves acelera o aquecimento da cama, a evaporação dos compostos, aumenta a taxa de atividade microbiana e de volatilização da amônia, tornando o odor mais intenso.

Em condições ideais de produção, a temperatura da cama deve se aproximar da temperatura ambiente do aviário, o que promove condições de bem-estar para as aves. Portanto, é importante além de controlar, mensurar a temperatura no interior da instalação por meio termohigrômetros e painéis de controle. A temperatura da cama representa importância no manejo e no desempenho produtivo das aves, além de garantir o bem-estar das aves.

Nos primeiros dias de vida da ave, durante a fase de alojamento, a temperatura adequada da cama é crucial, uma vez que esses animais ainda não possuem a capacidade de regular sua própria temperatura. O sistema de termorregulação estará completamente desenvolvido apenas a partir dos 14 dias de idade. Portanto, os pintos dependem inteiramente da temperatura da cama e do ar, e se essas temperaturas estiverem baixas afetarão a temperatura corporal, o que pode acarretar aglomeração. Isso, por sua vez, resulta na diminuição da ingestão de água e ração, que impacta negativamente o desempenho zootécnico e deixa as aves mais susceptíveis a enfermidades.

Durante a fase inicial das aves, a temperatura da cama deve ser mantida entre 30 a 32 ºC. Esse valor somente será alcançado se houver um sistema de aquecimento eficiente no interior da instalação. Uma maneira de verificar o conforto térmico das aves e a temperatura da cama é por meio do toque nos pés das aves; se estiverem frios, isso indicará uma temperatura corporal baixa. A aglomeração e a baixa atividade das aves também são sinais de que estão sentindo frio.

Quando a temperatura da cama é 7°C menor que a temperatura ambiente, há uma resposta negativa para o ganho de peso das aves, principalmente na primeira semana de vida, podendo persistir até os 20 dias de idade. Em aves com mais de 20 dias, é crucial monitorar o aumento da temperatura da cama, acima da temperatura ambiente, pois a produção significativa de calor do corpo das aves em contato com a cama pode favorecer o estresse térmico e as aves entrarem em processo de alcalose respiratória.

POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (PH)

Para camas novas o pH é levemente ácido, com valores entre 6,5 até 7, no entanto, com a incorporação das excretas das aves e o subsequente desdobramento do ácido úrico em amônia, ocorre gradualmente a alcalinização do meio. Após o primeiro lote de aves, a cama entra em uma fase de estabilização do pH, variando entre 8 e 9, valores propícios para a proliferação da maioria das bactérias preocupantes na avicultura, como Salmonella e Campylobacter.

Portanto, é importante que durante a criação das aves e no preparo da cama para reutilização, sejam feitos manejos para que ocorra a redução do pH, com o objetivo de diminuir a concentração de bactérias e reduzir a volatilização de amônia. Manter o pH da cama em níveis ácidos pode ser benéfico para as aves, mas é uma condição difícil de ser alcançada devido à constante incorporação das excretas. Em contrapartida, elevar o pH para a faixa de 12 a 13 durante o vazio sanitário é interessante, pois a alcalinidade é desfavorável ao desenvolvimento

bacteriano, em parte devido alta volatilização da amônia.

A manipulação do pH na cama pode ser realizada mediante a adição direta de produtos, com o intuito de torná-la mais ácida ou alcalina, a ponto de inibir os níveis de multiplicação bacteriana. A redução do pH por meio do uso de acidificante (método químico) pode proporcionar resultados eficazes na inibição de bactérias patogênicas presentes na cama. A inclusão de 5% de ácido cítrico na cama reduziu o pH para 5,0, demonstrando um efeito redutor na carga bacteriana da cama (Ivanov, 2001). A manutenção do pH próximo a 5,5 por meio da adição de gesso agrícola, sulfato de alumínio ou cal hidratada pode contribuir para a não degradação bioquímica do ácido úrico presente na cama e para a redução da volatilização da amônia.

MICRORGANISMOS PRESENTES NA CAMA

Os excrementos e a cama das aves naturalmente contêm uma microbiota (conjunto de microrganismos). A composição dessa microbiota poderá definir a colonização do trato gastrointestinal das aves. Portanto, se atentar aos tipos de microrganismos presentes na cama representa um fator importante para o desempenho das aves.

O comportamente de ciscar das aves, permite com que haja uma transmissão oro-fecal constante entre a cama e a ave, justificando essa relação íntima entre as bactérias presentes na cama e a microbiota intestinal.

MICRORGANISMOS BENÉFICOS

Em uma cama reutilizada, o acúmulo de bactérias não é necessariamente prejudicial para as aves, uma vez que grande parte desses microrganismos compõe a microbiota natural do trato gastrointestinal das aves. Entre as principais bactérias benéficas presentes na cama, destacam-

se aquelas dos gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium.

Um manejo inadequado da cama pode resultar em problemas entéricos para as aves, decorrentes do aumento de microrganismos patogênicos, tornando-as mais suscetíveis ao desenvolvimento de outras doenças. As condições da cama têm um impacto significativo na microbiota intestinal, especialmente nas fases iniciais, pois os microrganismos presentes no intestino das aves recém-alojadas provêm principalmente das bactérias presentes no material de cama.

Quanto ao gênero Lactobacillus, suas bactérias são gram-positivas, com células longas e delgadas, ocasionalmente apresentando formato de bastões curtos. Seu pH ideal varia de 4,5 a 6,4 em meio ácido fraco, e seu metabolismo fermentativo produz principalmente lactato, além de etanol, dióxido de carbono, formiato e succinato.

Essas bactérias são predominantes em todos os segmentos do intestino e desempenham funções benéficas, como o estímulo à imunidade por meio da secreção de imunoglobulina IgA intestinal. Além disso, a secreção de lactato, acetato, succinato e etanol por Lactobacillus

auxilia na proliferação de outras bactérias benéficas, que reduz o pH e limita a multiplicação de bactérias patogênicas, como Escherichia coli, Salmonella spp. e Campylobacter spp.

Já o gênero Bifidobacterium compreende aproximadamente 30 espécies, sendo bactérias gram-positivas, anaeróbias estritas, não formadoras de esporos, sem flagelos e com morfologia variável. Seu crescimento ocorre em uma faixa de temperatura entre 37 a 41ºC, com pH entre 6 a 7. Os Bifidobacterium spp. apresentam efeitos benéficos, como a ativação da proliferação de macrófagos, auxílio na digestão e absorção de nutrientes, produção de bacteriocinas inibidoras de patógenos, redução do pH e estímulo à produção de vitaminas do complexo B, além de auxiliar na restauração da microbiota após tratamento com antibióticos.

MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS

Dentro do grupo de bactérias presentes na cama, as mesófilas aeróbias agrupam grande quantidade de bactérias patogênicas de origem alimentar, o que representa risco para a saúde do consumidor. Os microrganismos mesófilos são relevantes devido ao seu crescimento ótimo em temperaturas variando entre 25 e 40ºC, faixa comum na superfície terrestre e no organismo animal.

No contexto das bactérias patogênicas, destaca-se Salmonella spp. Este grupo de bastonetes gramnegativos, pertencentes à família

Enterobacteriaceae, é anaeróbio facultativo, móvel na maioria das vezes, com flagelos peritríquios, e sua multiplicação ocorre em temperaturas de 5 a 46 °C, com uma temperatura ótima de 35 a 37 °C. Seu crescimento é favorecido em pH entre 3,8 e 9,5, sendo 7 o pH ideal. A Salmonelose é uma zoonose de grande importância para a saúde pública e animal, frequentemente relacionada a processos entéricos e septicêmicos, causando consideráveis prejuízos econômicos na criação de aves.

Outro gênero relevante é Escherichia coli, responsável por morbidade e mortalidade em aves, o que acarreta perdas econômicas na indústria avícola. E. coli é um bacilo gramnegativo não esporulado, móvel na maioria das vezes, e sua presença na microbiota intestinal é comum. A espécie se destaca como indicador de contaminação fecal em alimentos e pode adquirir resistência a antimicrobianos, o que representa riscos para a saúde humana e animal.

Pseudomonas spp., bacilos gram-negativos, aeróbios obrigatórios, são considerados patógenos oportunistas que causam infecções em organismos imunodeprimidos. Presentes no ambiente, água, solo e em superfícies diversas, essas bactérias têm papel relevante na deterioração de carne refrigerada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com a importância da cama das aves na produção animal, as práticas de manejo devem abranger a capacidade de regular a umidade da cama, controlar a presença de amônia, minimizar a formação de poeira, gerenciar agentes patogênicos e evitar a propagação de insetos. Todos os fatores relacionados à qualidade no manejo, tanto no que diz respeito às aves quanto às instalações, devem ser cuidadosamente monitorados. Isso é essencial para prevenir situações indesejáveis que podem comprometer a qualidade da cama e o desempenho do lote de aves ao longo do processo produtivo.

RESULTADOS A OLHOS VISTOS

PINTOS A MAIS POR FÊMEA

A MELHOR PERFORMANCE DO MERCADO O MENOR CUSTO EM TODA A CADEIA PRODUTIVA

AVIAGEN AMÉRICA LATINA

FORTALECE O SEU

COMPROMISSO COM A SUSTENTABILIDADE NO BRASIL

AAviagen® América Latina segue comprometida em melhorar a eficiência e a responsabilidade ambiental da produção avícola global. Como demonstração deste compromisso, a empresa já investiu no Brasil mais de R$ 7 milhões em usinas solares nas unidades em Uberaba (MG), Itirapina (SP) e

Sarutaiá (SP), e R$ 1,1 milhão em sistemas de tratamento de efluentes.

Estes investimentos significativos colocam a Aviagen na vanguarda da promoção da sustentabilidade ambiental, do bem-estar animal e da segurança alimentar.

COMPROMISSO COM A ENERGIA RENOVÁVEL

Desde outubro de 2018, a Aviagen tem investido no mercado livre de energia elétrica com energia oriunda de fontes renováveis para abastecer suas unidades de Itirapina e Redenção da Serra, em São Paulo. Atualmente, também são atendidas por energia contratada do mercado livre o incubatório de Rio Claro (SP) e as unidades de Uberaba (MG), Santa Cruz das Palmeiras (SP) e Natividade da Serra (SP).

Em 2023, cerca de 40% da energia utilizada pela Aviagen no Brasil era proveniente do mercado livre que, associada à compra do mercado cativo, cuja matriz elétrica também é predominantemente renovável (87,9% em 2022), fez com que a empresa operasse com cerca de 93% da eletricidade de fontes renováveis.

Segundo o coordenador de Meio

Ambiente da Aviagen, Gustavo Vilela, a empresa planeja que, até o final de 2024, 76% de toda a eletricidade consumida em suas unidades seja proveniente do mercado livre, resultando em cerca de 95% do total de energia utilizada em suas operações brasileiras vindo de fontes renováveis.

FROTA SUSTENTÁVEL

A Aviagen abastece, desde 2022, sua frota de veículos flex apenas com etanol. Essa mudança estratégica resultou, entre janeiro de 2022 a dezembro de 2023, uma redução de emissões de gases de efeito estufa na atmosfera de aproximadamente 243 toneladas de CO2e, o que equivale ao plantio de 1.702 árvores.

INOVAÇÕES NO TRATAMENTO DE EFLUENTES

Os cinco incubatórios da Aviagen também são fundamentais para assegurar o suprimento de avós e matrizes Ross® 308 AP para os clientes. O rigoroso processo de biossegurança da Aviagen exige limpeza e desinfecção frequentes desses incubatórios, gerando as águas residuais da operação, também conhecidas como “efluentes”.

Dois desses incubatórios são atendidos pelas redes municipais de coleta de efluentes. Nos outros três, a Aviagen está potencializando os sistemas existentes de tratamento de efluentes, com aportes que já ultrapassam R$ 1,1 milhão.

Os novos sistemas alcançarão uma eficiência de remoção de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) superior a 80%, garantindo que a água seja significativamente mais limpa antes de ser devolvida ao meio ambiente.

COMPROMISSO COM A SUSTENTABILIDADE

O presidente da Aviagen na América Latina, Ivan Lauandos, destaca o compromisso da empresa com a sustentabilidade, afirmando: “Nosso objetivo é garantir que todas as nossas operações sejam sustentáveis. Estamos concentrados em sermos um exemplo na indústria avícola, por meio de estratégias ambientais eficazes e práticas sustentáveis. Por meio destas ações, demonstramos nosso compromisso em proteger os recursos naturais, reduzir as emissões de carbono e garantir o bem-estar animal e a segurança alimentar”.

COMPARANDO OS SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE OVOS: QUAL É O MELHOR PARA VOCÊ?

Oovo é amplamente consumido em todo o mundo e é

reconhecido por sua riqueza nutricional, fornecendo proteínas essenciais, vitaminas e minerais que são fundamentais para a saúde do corpo humano. Estes nutrientes contribuem para o fortalecimento do sistema esquelético, muscular e imunológico, ajudando a reduzir a incidência de doenças. Por suas propriedades nutricionais, o ovo é considerado um alimento de alto valor biológico.

Além disso, o ovo é uma

opção viável para uma ampla parcela da população devido ao seu custo. Sua disponibilidade a preços acessíveis faz dele uma fonte valiosa de nutrientes para famílias de diferentes condições socioeconômicas. Sua versatilidade na culinária permite sua incorporação em uma variedade de pratos, aumentando sua atratividade e utilidade para uma diversidade de consumidores, independentemente de suas preferências alimentares ou restrições dietéticas.

A produção convencional de aves tornou o ovo uma fonte acessível de proteína animal

Dela Ricci

para as populações. Apesar da sua importância histórica na indústria avícola, é importante observar que esse sistema enfrenta desafios crescentes devido às preocupações com o bemestar animal e a sustentabilidade, o que levará à transição gradual para métodos de produção mais alinhados com essas demandas.

Atualmente, o mercado oferece uma ampla variedade de opções de ovos, categorizadas de acordo com os diferentes métodos de produção adotados, permitindo aos consumidores

Gisele
Zootecnista (Unesp) | Mestre, doutora e pós-doutorado em Produção e Ciência Animal (USP) | Atualmente é coordenadora técnica e redatora na Mundo Agro
Thiago William de Almeida
Zootecnista (Unesp), Mestre em Ciência Animal (USP) Nutricionista de aves de postura/ Bastos SP

escolherem produtos alinhados com suas preferências pessoais e valores, como bem-estar animal, sustentabilidade ambiental e aspectos socioeconômicos.

Devido aos diversos sistemas de criação, alguns consumidores não estão familiarizados com os diversos sistemas de produção, o que pode resultar em falta de

informação sobre as práticas utilizadas na indústria avícola e nas diferentes características e qualidades dos ovos produzidos em cada sistema. Por isso, é essencial que os consumidores estejam informados sobre as alternativas disponíveis para fazerem escolhas conscientes que reflitam seus valores e preocupações em relação ao

OVOS DE SISTEMA ORGÂNICO

bem-estar animal. Cada sistema de produção de ovos apresenta características específicas. Esses sistemas são classificados em ovo Orgânico, Caipira, Cage-free e Freerange, cada um com suas particularidades e implicações específicas. A seguir, vamos detalhar esses sistemas e suas características distintas.

Os ovos orgânicos são produzidos de acordo com os rigorosos padrões da agricultura orgânica, definidos no Brasil pela lei nº 10.831, de 23/12/2003 (BRASIL, 2003), e regulamentados principalmente pelas Instruções Normativas do Ministério da Agricultura, como a IN nº 46 de 06/10/11 (BRASIL, 2011), e a IN nº 17, de 18/06/2014 (BRASIL, 2014).

Essas normas enfatizam o bem-estar animal, exigindo acesso ao ar livre com vegetação, e proíbem práticas como a muda forçada e o uso de promotores de crescimento e antibióticos. Além disso, determinam que a alimentação seja principalmente orgânica, permitindo até 20% de produtos convencionais, desde que não transgênicos e com autorização do órgão certificado.

OVOS DE SISTEMA CAIPIRA

Os ovos caipiras, em sua maioria, são provenientes de galinhas criadas em ambientes mais naturais, como fazendas familiares ou pequenos produtores.

A Norma Brasileira ABNT NBR 16437/2016 estabelece diretrizes para o sistema de produção de ovos comerciais de galinhas caipiras. Embora as práticas de manejo possam variar, o sistema caipira tem como prioridade o bem-estar animal e uma abordagem mais tradicional para a produção de ovos, figura 1 e 2.

É importante ressaltar que nem todos os ovos caipiras são orgânicos, já que as galinhas desse sistema podem ser alimentadas com ração e vegetais que não são orgânicos, um requisito essencial para a classificação de ovos como orgânicos. Por outro lado, é correto afirmar que todos os ovos orgânicos provêm de galinhas criadas no sistema caipira.

OVOS DE SISTEMA CAGE-FREE (LIVRE DE GAIOLAS MANTIDAS DENTRO DO GALPÃO)

No sistema Cage-free, as galinhas são criadas em galpões, sem gaiolas, proporcionando mais liberdade de movimento e permitindo que expressem seus comportamentos naturais, Figura 4. Embora permaneçam confinadas dentro do galpão, têm acesso a ninhos, poleiros e áreas para banho de areia.

A certificação de bem-estar animal segue os padrões estabelecidos pela “Humane Farm Animal Care” (HFAC, 2018), que proíbem práticas como debicagem e incentivam apenas o aparo preventivo do bico, além de exigir

uma dieta balanceada, sem ingredientes de origem animal na ração e sem o uso preventivo de antibióticos. O ambiente do galpão é cuidadosamente controlado para garantir ventilação, temperatura e níveis adequados de amônia.

Pesquisas realizadas por Alves et al. (2007) indicam que o desempenho produtivo e a qualidade dos ovos em sistemas cage-free podem ser comparáveis aos do sistema convencional em termos de produção e qualidade dos ovos. O desempenho e a produtividade do sistema cage-free podem variar dependendo de vários fatores, como o manejo das aves, as condições ambientais dos galpões e a qualidade da alimentação fornecida.

Figura 2. Ovos multicoloridos oriundos de sistemas caipiras

A capacidade de expressar comportamentos naturais, como ciscar, empoleirar e tomar banho de areia, pode contribuir para o bemestar e saúde das aves. Embora o investimento inicial em infraestrutura possa ser maior para a conversão de sistemas convencionais para cage-free, os custos de produção podem ser compensados por uma maior eficiência no longo prazo. Sistemas cage-free têm potencial para proporcionar um ambiente mais adequado para as aves, ao mesmo tempo em que mantêm níveis satisfatórios de desempenho e produtividade.

OVOS DE SISTEMA FREE-RANGE

(LIVRE DE GAIOLAS COM ACESSO AO AR LIVRE)

No sistema Free-range, as aves têm acesso a pastagens externas durante pelo menos parte do dia e são alojadas no galpão durante a noite, proporcionando-lhes a oportunidade de se exercitar e buscar alimento naturalmente, Figura 5. Além disso, o acesso ao ambiente externo proporciona às aves a oportunidade de buscar alimentos naturais, como insetos e vegetação, enriquecendo sua dieta e

resultando em ovos com gemas de cor mais intensa devido aos carotenoides presentes nos alimentos consumidos pelas aves. A liberdade de movimento também pode contribuir para um comportamento mais natural, reduzindo o estresse e melhorando o bem-estar geral das aves.

A certificação Certified Humane, que abrange o sistema Free-range, garante aos consumidores que os ovos são produzidos de acordo com padrões rigorosos de bem-estar animal, proporcionando-lhes tranquilidade ao fazerem suas escolhas alimentares.

Figura 4. Sistema de produção de aves livres de gaiola, em sistema Cage-free Fonte: Thiago William de Almeida, 2023. Granja Gema Caipira.

Atualmente, o acesso ao pasto está restrito devido ao risco de influenza aviária. Essa medida é crucial para proteger a saúde e bemestar das aves, mitigando a propagação da doença. A influenza aviária representa uma ameaça significativa para a avicultura e pode

ter impactos devastadores na produção de aves e na saúde pública. Portanto, é essencial que as restrições de acesso sejam rigorosamente respeitadas até que seja seguro permitir a livre circulação aos piquetes novamente.

QUADRO COMPARATIVO ENTRE OS TIPOS DE PRODUÇÃO DE OVOS

PARA A ESCOLHA DO CONSUMIDOR

Sistema de Produção

Orgânico

Caipira

Cage-free

Descrição

Produzido de acordo com padrões orgânicos rigorosos, com ênfase no bemestar animal e na alimentação orgânica.

Galinhas criadas em ambientes mais naturais, como fazendas familiares.

Características

- Proibição de uso de antibióticos

- Bem-estar animal prioritário

- Manejo tradicional

Free-range

Galinhas criadas em galpões sem gaiolas, com acesso a ninhos, poleiros e áreas para banho de areia.

Galinhas com acesso a pastagens externas durante o dia e alojadas no galpão durante a noite.

CONCLUSÕES

Cada sistema de produção de ovos possui suas peculiaridades em termos de bem-estar animal, sustentabilidade, qualidade e volume de produção.

Ao compreender as nuances entre os sistemas

Orgânico, Caipira, Cage-free e Free-range, os consumidores adquirem o poder de fazer escolhas informadas que reflitam seus valores pessoais e promovam práticas de produção mais éticas e sustentáveis.

- Liberdade de movimento dentro do galpão - Expressão de comportamentos naturais

- Ventilação e controle ambiental cuidadosos

- Acesso a pasto ao ar livre

- Alimentação natural e variada

- Certificação de bem-estar animal

Fonte: Autores

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ESTRATÉGIA NATURAL PARA O COMBATE DE ESTRESSE OXIDATIVO NOS ANIMAIS

Oaumento no estresse oxidativo é um processo que prejudica o desempenho zootécnico dos animais. Suas causas são multifatoriais e estão associadas a problemas de ambiente, manejo e sanitário.

Em uma situação de homeostase, o metabolismo animal consegue manter o balanço redox, isto é, o balanço entre a produção de prooxidantes e de antioxidantes, contornando assim o impacto das espécies reativas (ER) produzidas pelo aumento do estresse oxidativo, no entanto os desafios produtivos têm sido cada vez maiores devido à pressão exercida para a obtenção de desempenhos superiores. Como o sistema metabólico não consegue combater todas as ER produzidas, estas causam efeitos deletérios no metabolismo animal principalmente nas proteínas, assim como na intensificação

da peroxidação lipídica das membranas celulares, danos ao DNA, e aumento de apoptose celular, entre outros. O impacto no desempenho do animal produz perdas significativas no desempenho.

Como o sistema antioxidante endógeno não consegue controlar o excesso de ER produzidas é necessário e possível utilizar algumas estratégias nutricionais para minimizar o impacto negativo no animal. Entre as estratégias algumas vitaminas (E e C), microminerais (selênio) assim como polifenóis podem dar um suporte e ajudar a minimizar as perdas zootécnicas dos animais.

Os polifenóis estão presentes nas plantas, cereais, vegetais, frutas, entre outros, sua função é proteger das ações de agentes bióticos e abióticos além de participar de produção de hormônios, reações enzimáticas, assim como regular o crescimento delas.

Não obstante, nem todos os polifenóis possuem o papel de antioxidante.

O fornecimento de polifenóis aos animais em fases estratégicas de alta produção de ER auxiliará a manter o metabolismo animal em estado equilibrado reduzindo assim o seu impacto negativo no desempenho.

Para exemplificar essa ação, podemos apresentar os resultados do experimento realizado em galinhas poedeiras com um blend cuidadosamente desenvolvido para combinar diversas fontes de polifenóis, atuando de maneira sinérgica sobre os mecanismos de ação necessários para aprimorar os efeitos antioxidantes no animal.

Nesse trabalho, utilizou-se 192 galinhas da linhagem HISEX BROWN com 55 semanas e o período experimental sendo as 16 semanas subsequentes. Os

André

PARA

UM POLIFENOL SER CONSIDERADO UM POTENTE

ANTIOXIDANTE IN VIVO, ELE PRECISA APRESENTAR ALGUMAS CARACTERÍSTICAS:

1. Apresentar um peso molecular e comprimento de cadeia moderado para garantir absorção intestinal;

2. Uma elevada solubilidade em água para atuação intracelular;

3. Potencial REDOX suficientemente baixo para garantir a doação de elétrons para diferentes espécies de radicais (p.ex. vitamina E oxidada).

animais foram distribuídos aleatoriamente em 3 tratamentos: (1) Controle, (2) ELIFE® 0,5kg/ton e (3) ELIFE® 1,0kg/ton. A dieta foi uma ração base de milho e farelo de soja atendendo todos os requerimentos nutricionais próprios da fase, assim como os níveis de vitamina E e de Selênio (Rostagno et al., 2017).

Durante todo o período experimental, a taxa de postura foi consistentemente maior nos dois níveis de adição de polifenóis em comparação ao controle. No geral, ao longo das 16 semanas do experimento, os tratamentos com a suplementação de 0,5 e 1,0 kg/ ton de ELIFE® alcançaram uma melhoria significativa (p <0,05) de 3,5 e 4,0 pontos percentuais em relação ao grupo controle respectivamente (Figura 1). Isso se traduziu em aproximadamente 4,0 e 4,5 ovos a mais por galinha durante todo o período do experimento (respectivamente, 35 e 41 ovos a mais por 1.000 galinhas/dia). Assim, é possível afirmar que a

E AGIR EM 3 MECANISMOS DE ATUAÇÃO:

1. Neutralização de amplo espectro de diferentes tipos radicais (poder de eliminação);

2. Reciclagem significativa de antioxidantes oxidados in vivo (poder regenerador);

3. Estimulação ativa do sistema antioxidante endógeno (poder de regulação positiva)

adição do blend de polifenóis melhorou a persistência da curva de postura das galinhas, ou seja, prolongou sua taxa de postura (Figura 2).

Além disso, o blend de polifenóis, além de possibilitar uma produção de ovos mais eficiente durante essa fase de postura, reduziu significativamente (p < 0,05) a conversão alimentar por massa de ovo (Figura 3). Durante todo o experimento, as galinhas dos

tratamentos com 0,5 e 1,0 kg/t ELIFE® apresentaram uma redução de aproximadamente 10 e 13 pontos vs galinhas do controle (Figura 3).

Além dos resultados zootécnicos das galinhas foi possível observar uma melhoria significativa (p < 0,05) na resistência da casca do ovo com a adição de 1,0 kg/ton. Da mesma forma foi observado um aumento no nível da vitamina E na gema a qual

Figura 1. Taxa geral de postura de ovos durante o experimento (p=0,0043)
TAXA MÉDIA DE POSTURA DE OVOS (55-71 SEM)

aumentou drasticamente em 53% (p = 0,1208), contribuindo também para um maior valor nutritivo para consumo. Finalmente, nesta mesma dosagem de 1,0 kg/ton, os ovos amostrados apresentaram uma redução significativa (p < 0,05) no nível de espécies reativas de oxigênio (ERO) na gema, o que indicou menor peroxidação lipídica (Figura 4). Este último achado estava de acordo com o nível de ERO na gema, que foi significativamente (p < 0,05) reduzido em 31,6% na dosagem de 1,0 kg/ton de antioxidante ELIFE® (Figura 4.).

Em conclusão, os tecidos corporais das galinhas adultas, especialmente os órgãos digestivos e reprodutivos, são afetados sob condições de estresse oxidativo, induzido por fatores como estresse térmico ou alta taxa metabólica. Isso leva a diversas perdas metabólicas nas aves e, portanto, a um desempenho moderado na produção e qualidade dos ovos. Ao utilizar uma fonte potente de um antioxidante natural, como o blend de polifenóis contido no ELIFE® na dose de 0,5 e 1,0 kg/ ton, é possível promover uma melhora zootécnica principalmente na produção de ovos e na conversão alimentar por massa de ovo em galinhas após o pico de postura. Da mesma forma a adição de 1,0 kg/ton de ELIFE® aumentou a resistência casca do ovo. Esses resultados convidam o produtor a experimentar essa tecnologia em sua produção.

Figura 4. Nível de ERO na gema do ovo (p = 0,0041)
Figura 2. Evolução da taxa de postura de ovos ao longo do experimento (a,b em p<0,05; α,β em p< 0,1).
Figura 3. Taxa de conversão alimentar por massa de ovo.
CURVA DA TAXA DE POSTURA
TAXA DE CA (55-71 SEM)
GEMA DO OVO - ERO

REAGRUPAMENTOS EM CONFINAMENTO DE BOVINOS DE CORTE: IMPACTOS NO BEM-ESTAR ANIMAL

Aprática de terminar bovinos em sistemas de confinamento é conhecida por melhorar a qualidade da carne durante períodos de escassez de pastagens, aumentar a eficiência de produção por área e aperfeiçoar os índices de desempenho. Esses benefícios são atribuídos à melhor eficiência nutricional, controle sanitário e taxa de ganho de peso, permitindo múltiplos ciclos de produção por ano. Isso resulta na redução da idade de abate, aumento das entradas e saídas de animais e maior fluxo de capital. No entanto, apesar das vantagens do confinamento,

estudos indicam uma crescente preocupação dos consumidores com a rastreabilidade dos animais e o bem-estar daqueles criados em sistemas confinados.

Uma prática comum na criação intensiva de bovinos de corte é a mistura de lotes, visando uniformidade dentro de cada curral para garantir um período de confinamento semelhante para todos os animais do grupo. Os bovinos, sendo naturalmente gregários, estabelecem uma estrutura social de dominância entre três e seis meses de idade. Uma vez estabelecida, essa hierarquia

social geralmente se mantém em harmonia, minimizando conflitos e assegurando acesso equitativo aos recursos. No entanto, a mistura indiscriminada de animais, especialmente em grupos com hierarquias estabelecidas, pode resultar em brigas prolongadas e até mesmo na formação de uma nova estrutura social, afetando o bem-estar dos animais.

Quando lotes compostos por animais de características diferentes ou provenientes de sistemas de criação distintos são misturados, observa-se um aumento nas interações agressivas, possivelmente

Profa. Dra. Cristiane Gonçalves Titto
Professora Associada da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, Universidade de São Paulo

devido a mudanças na hierarquia social e competição por recursos. Essas interações representam uma fonte de estresse adicional para os animais confinados, que já lidam com mudanças alimentares e ambientais significativas.

A estrutura social estabelecida influencia o desempenho dos bovinos, com animais em níveis hierárquicos superiores geralmente dominando os recursos alimentares, mas permitindo que animais de nível hierárquico mais baixo se alimentem em horários distintos para que não resultem em tempos de alimentação reduzidos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quando a estrutura social é perturbada, ocorre competição excessiva, resultando em baixo desempenho e problemas de saúde relacionados ao estresse. Estudos demonstram uma redução no ganho de peso médio diário de até 15% com reagrupamentos sucessivos.

O reagrupamento antes do transporte para o abate também aumenta as interações agressivas, causando estresse psicológico, fadiga física e alterações fisiológicas que impactam negativamente o bem-estar animal e podem levar a lesões nas carcaças.

Em conclusão, embora o reagrupamento seja uma prática comum na produção pecuária intensiva, deve ser evitado em confinamentos comerciais devido aos efeitos negativos na estrutura social e no bem-estar animal. Após a mistura de lotes, é crucial observar e gerenciar comportamentos agressivos, realocando animais se necessário. A estabilização social em novos grupos pode levar até duas semanas, e é essencial garantir um ambiente harmonioso para promover o bemestar dos animais e o ótimo desempenho.

PRODUÇÃO ANIMAL: BEM-ESTAR NA SUINOCULTURA

A PARTIR DE ESTRATÉGIAS DE

ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL

O(Unesp) | Mestre, doutora e pós-doutorado em Produção e Ciência

bem-estar animal abrange a qualidade de vida física, mental e emocional de um animal, conforme definido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Esse conceito considera o estado de saúde, comportamento natural, condições de vida e expressão de comportamentos típicos da espécie. Sua garantia não apenas promove uma vida digna e livre de sofrimento para os animais, mas também contribui para a sustentabilidade e a ética na produção animal (OIE, 2009; Fraser, 2008).

O bem-estar animal é uma preocupação crescente na produção agropecuária

moderna, e o enriquecimento ambiental para suínos surge como uma prática essencial para promover condições de vida mais adequadas e saudáveis para esses animais.

O enriquecimento ambiental é essencial para garantir o bem-estar físico e psicológico dos suínos. Ambientes enriquecidos proporcionam estímulos que promovem atividade, interação social e exercício físico dos animais, reduzindo o estresse e comportamentos anormais.

No Brasil, a legislação referente ao bem-estar animal, incluindo o enriquecimento ambiental para suínos, é estabelecida pelo Ministério

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Além do Brasil, outros países ao redor do mundo também adotam regulamentações similares, demonstrando uma preocupação global com o cuidado e a qualidade de vida dos animais de produção.

Para os produtores, a implementação do enriquecimento ambiental pode resultar em uma redução nos custos com tratamentos veterinários e melhorias na eficiência da produção. O enriquecimento ambiental para suínos pode trazer várias melhorias produtivas para a indústria suinícola. Algumas dessas melhorias incluem:

Gisele Dela Ricci
Zootecnista

• REDUÇÃO DO ESTRESSE: Ambientes enriquecidos proporcionam estímulos que ajudam a reduzir o estresse por meio de maiores interações com o ambiente e outros animais. Suínos menos estressados tendem a ser mais saudáveis e têm um melhor desempenho produtivo.

• REDUÇÃO DE COMPORTAMENTOS ANORMAIS: O enriquecimento ambiental pode ajudar a reduzir comportamentos anormais, como a mastigação de barras de metal, que pode prejudicar a saúde e o desempenho dos suínos.

• MELHORIA DA SAÚDE: Ao promover a atividade física e mental dos suínos, o enriquecimento ambiental pode contribuir para uma melhor saúde geral dos animais. Animais saudáveis tendem a ter taxas mais baixas de doenças e necessitam de menos tratamentos veterinários, o que pode resultar em economia de custos para os produtores.

• ESTÍMULO AO CRESCIMENTO E GANHO DE PESO: Suínos que têm a oportunidade de se exercitar e se movimentar mais livremente em um ambiente enriquecido podem apresentar um crescimento e ganho de peso mais eficientes.

• MELHORIA NA EFICIÊNCIA ALIMENTAR: Ambientes enriquecidos podem incentivar comportamentos naturais de busca por alimento, estimulando o consumo adequado de ração e melhorando a eficiência alimentar dos suínos.

• REDUÇÃO DA MORTALIDADE E TAXA DE DESCARTE: Animais que vivem em ambientes enriquecidos têm menos probabilidade de sofrer lesões ou desenvolver problemas de saúde relacionados ao estresse ou comportamentos anormais. Isso pode resultar em uma redução na taxa de mortalidade e na necessidade de descartar suínos do rebanho.

Os tipos de enriquecimento ambiental para suínos permitidos pela legislação são variados e incluem a oferta de itens manipuláveis, como correntes, cordas,

pneus, bolas e outros, para que os suínos possam explorar, morder e manipular. Além disso, há a disponibilização de substratos para escavação,

como palha, serragem, feno, entre outros, que permitem aos suínos expressarem seu comportamento natural de escavação, ilustrado na Figura 1.

A introdução de brinquedos específicos também é uma estratégia para estimular comportamentos naturais, como bolas suspensas ou dispositivos que liberam alimentos gradualmente, que podem ser utilizados com objetos para pequenas escaladas que promovem a movimentação dos animais.

Os materiais para enriquecimento ambiental para suínos devem ser comestíveis, proporcionando benefícios nutricionais aos animais. Além disso, é fundamental que sejam mastigáveis, permitindo que

os suínos possam mordê-los e satisfazer seu comportamento natural de mastigação.

A importância de investigar os materiais é essencial, uma vez que devem despertar a curiosidade dos suínos para que possam ser explorados e utilizados de maneira eficaz, assim como capacidade de manipular, pois permite que os suínos possam alterar sua estrutura e posição, promovendo assim a interação e o exercício físico dos animais.

A falta de implementação de medidas de enriquecimento

ambiental pode resultar em autuações e penalidades para produtores e empresas que não cumprem com as regulamentações estabelecidas. Portanto, é fundamental que os produtores estejam cientes das legislações vigentes e adotem práticas que promovam o bem-estar dos suínos em todas as fases de produção.

Deste modo, o enriquecimento ambiental para suínos não apenas promove o bem-estar animal, mas também traz uma série de benefícios para a suinocultura. Ao proporcionar estímulos que promovem interação social e exercício físico dos animais, essa prática reduz o estresse e comportamentos anormais, resultando em suínos mais saudáveis e produtivos ao longo de suas vidas.

Além disso, o enriquecimento ambiental pode levar a uma redução nos custos com tratamentos veterinários, melhorias na eficiência alimentar e até mesmo um aumento no ganho de peso dos suínos. Ao implementar essas práticas, os produtores não apenas atendem às exigências legais e éticas, mas também fortalecem a sustentabilidade e a competitividade da indústria suinícola a longo prazo.

REFERÊNCIAS Sob Consulta junto a autora
Figura 1. Material manipulável que permite a expressão de comportamentos naturais para suínos

24º SIMPÓSIO BRASIL SUL DE AVICULTURA DISCUTE ÚLTIMAS

TENDÊNCIAS E TECNOLOGIAS VOLTADAS PARA O MERCADO AVÍCOLA

Promovido pelo Nucleovet, o simpósio contou com 16 palestras técnicas, além da realização paralela de eventos e a aguardada 15ª Brasil Sul Poultry Fair

Stéfani Campos

Entre os dias 9 e 11 de abril, mais de duas mil pessoas participaram do 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA) e da 15ª Brasil Sul Pig Fair, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC). O evento, organizado pelo Núcleo Oeste de Médicos-Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), reuniu profissionais do setor para atualização e troca de experiências. O presidente do Nucleovet, Tiago José Mores, destacou o sucesso da participação, reforçando a relevância do simpósio para a avicultura latino-americana e agradecendo o apoio das entidades empresariais, universidades, centros de pesquisa, fornecedores de insumos e agroindústrias.

A sustentabilidade foi o tema de abertura do simpósio, com foco nas oportunidades para a cadeia produtiva. Roberto Ignacio Betancourt, presidente da Associação LatinoAmericana de Nutrição Animal (Feedlatina), enfatizou a

posição delicada do Brasil em relação à sustentabilidade, especialmente devido ao bioma amazônico. Betancourt mencionou que organizações internacionais, como a FAO, acusam o agronegócio brasileiro de desmatar a Amazônia para produção de alimentos. No entanto, ele ressaltou que a produção agropecuária na Amazônia é mínima e que é necessário reconstruir essa narrativa internacional errônea. Betancourt também destacou que o principal desafio em sustentabilidade é o desmatamento ilegal e a necessidade de pressionar o governo para combatê-lo. Ele argumentou que o Brasil pode crescer utilizando a recuperação de pastagens degradadas, sem necessidade de desmatamento adicional. Além disso, sublinhou a importância de mapear e apresentar dados que comprovem a sustentabilidade da produção brasileira, para proteger a competitividade do país no mercado global.

Paulo Guedes: o Brasil é a segurança alimentar do planeta

Em sua palestra, Paulo Guedes, ex-ministro da Economia do Brasil, enfatizou que o país é a base da segurança alimentar global, destacando a força do agronegócio brasileiro. O evento, patrocinado pela Farmabase Saúde Animal, contou com a presença de diversas autoridades e marcou os 30 anos da empresa. Guedes elogiou o trabalho do Nucleovet e ressaltou que, durante a pandemia, o setor agrícola foi fundamental para sustentar a economia brasileira, que teve uma performance relativamente melhor do que outras economias avançadas.

Segundo Guedes, a crise causada pela pandemia teve um impacto global maior do que a Grande Depressão de 1929, mas o Brasil conseguiu resistir devido à força do setor primário.

Ele também mencionou que a autossuficiência do Brasil e da Argentina os protegeu de sofrer tanto quanto os países europeus e orientais durante crises geopolíticas. Além disso, Guedes destacou as vantagens do Brasil, como a energia barata e limpa e a maior reserva de água potável do mundo, fatores que fortalecem a economia agrícola brasileira.

Por fim, Guedes afirmou que a dependência internacional dos recursos agrícolas brasileiros vai aumentar, consolidando o país como a principal potência agrícola mundial. Ele concluiu que o Brasil seguirá garantindo a segurança alimentar global, com um crescimento contínuo no setor avícola, reforçando a posição do país como “reserva alimentar do mundo”.

15ª BRASIL SUL POULTRY FAIR

Mais de 80 empresas nacionais e multinacionais de genética, sanidade, nutrição, aditivos, equipamentos para a avicultura participaram da 15ª Brasil Sul Poultry Fair, um espaço onde os patrocinadores geradores de tecnologias apresentaram suas novidades e seus produtos. A feira ainda permitiu, para as empresas, a construção de networking e de um maior relacionamento com os clientes.

DOAÇÃO

Tradicionalmente, em todos os Simpósios que promove, o Nucleovet doa parte do valor das inscrições pagas para entidades. Nesta edição do SBSA, a comissão organizadora definiu por fazer a doação para a APAE de Chapecó e para a Rede Feminina de Combate Ao Câncer. O presidente da APAE, Jaime Francisco Battisti, e a presidente da Rede Feminina, Fatima Da Cas Zanella, receberam um cheque simbólico de R$ 10 mil durante a solenidade de abertura.

Durante o evento, no espaço da 15º Poultry Fair, o Nucleovet também promoveu a NúcleoStore – loja exclusiva com produtos personalizados. A renda total obtida na comercialização será destinada a Associação dos Voluntários do Hospital Regional Oeste (AVHRO).

APOIO

O 24º SBSA teve apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

OVUM 2024 JÁ TEM

PROGRAMA DE ATIVIDADES

OVUM 2024 terá mais de 50 conferências com oradores de destaque do mundo todo, enfocadas em quatro eixos: Empresarial, Saúde, Nutrição e Manejo.

OComitê Organizador de OVUM 2024 definiu o programa oficial do congresso a ser realizado entre os dias 12 e 15 de novembro de 2024 no Centro de Convenções de Punta del Este que, em breve, será publicado na íntegra na sua página web. O maior evento da avicultura latino-americana terá sua cerimônia de abertura na noite da terça-feira, 12 de novembro, e depois três dias de conferências e exposição comercial.

As jornadas começarão com as boas-vindas e duas reuniões plenárias. Depois, passaremos às salas paralelas, que serão quatro: Empresarial, Saúde, Nutrição e Manejo. Cada uma delas apresentará quatro conferências de 40 minutos, após as quais haverá um intervalo de 20 minutos (coffee break). Serão mais de 50 conferências proferidas por palestrantes renomados do mundo inteiro.

A exposição comercial estará habilitada a partir da quarta-feira, 13 de novembro, durante os três dias das 10h às 19h.

As conferências plenárias serão as mais destacadas com tópicos como “Avicultura latino-americana que alimenta o mundo”, “Consumidor avícola: tendências no consumo de proteínas” e “Uma indústria sustentável que olha para o futuro”. Além delas, está prevista uma conferência motivacional, com um orador de destaque, cujo nome será revelado mais perto da data.

No painel de apresentações empresariais, serão abordados temas como perspectivas globais do setor, liderança, uso estratégico de dados, recursos humanos, exportações e sustentabilidade. Nas conferências sobre saúde, os tópicos tratados serão saúde intestinal, salmonela, influenza aviária e outras infecções, antibióticos, doença de Newcastle, biossegurança e estratégias de controle sanitário.

O bloco de palestras sobre nutrição abrangerá a disponibilidade de alimentos, os insumos, desempenho, transtornos digestivos, resposta imune e nutrigenômica. Por último, os temas tratados nas conferências sobre manejo serão climatização, manejo de frangos de corte, genética, incubação, bem-estar animal, melhoramento genético, sustentabilidade e manejo sustentável. No próprio processo de inscrição também pode-se fazer a reserva do alojamento oficial, conforme a preferência de cada participante, bem como do traslado entre o aeroporto (seja de Montevidéu ou Punta del Este) e o hotel escolhido. Em ambos os casos, quem fizer a reserva através da página web do evento terá direito a um desconto promocional e com garantia de traslado para qualquer hora de chegada do voo.

As inscrições para OVUM 2024 já estão abertas nas quatro categorias do evento:

• Participante em geral – congresso e exposição: inclui três (3) almoços, cinco (5) coffee breaks, três (3) atividades sociais, traslados entre o alojamento oficial e o centro de convenções, e acesso a conferências com tradução simultânea.

• Participante somente exposição: inclui três (3) almoços, cinco (5) coffee breaks, coquetel de inauguração, e traslados entre o alojamento oficial e o centro de convenções.

• Acompanhante: inclui três (3) almoços, cinco (5) coffee breaks, três (3) atividades sociais, e traslados entre o alojamento oficial e o centro de convenções.

• Estudante do exterior: inclui três (3) almoços, cinco (5) coffee breaks, coquetel de inauguração, traslados entre o alojamento oficial e o centro de convenções, e acesso a conferências com tradução simultânea.

Para obter mais informações sobre inscrições, consulte a página web https://ovum2024.uy/inscripciones/

LIDERANÇA INSPIRADORA: REFLEXÕES DE JOSÉ RICARDO SANTINI CAMPOS SOBRE O AGRONEGÓCIO

“Conheça a jornada inspiradora de José Ricardo Santini Campos no mundo agronegócio, com seus desafios e estratégias para alcançar resultados de sucesso”

Entrevistado: José Ricardo Santini Campos

Formação: Engenheiro de Alimentos (Universidade Estadual de Campinas) MBA em Administração e Negócios (Universidade Estadual de Campinas)

Gisele Dela Ricci

Zootecnista (Unesp) | Mestre, doutora e pós-doutorado em Produção e Ciência Animal (USP) | Atualmente é coordenadora técnica e redatora na Mundo Agro

REVISTA MUNDO AGRO: Como foi o início da sua carreira no agronegócio? Você teve alguma inspiração ou mentor na área? Além disso, quais foram os planos e estratégias que você adotou para alcançar o nível de sucesso que tem hoje, com responsabilidade sobre a gestão de tantas pessoas e processos?

José Ricardo Santini Campos: Iniciei minha trajetória profissional na Sadia como engenheiro em Toledo, Paraná, trabalhando no segmento de frangos, suínos e produtos industrializados, adquirindo valiosos aprendizados ao longo de cinco anos. Ao longo da minha carreira, recebi oportunidades importantes de profissionais inspiradores, como o Antonio Paulo Lazzaretti, e também de outros profissionais como Flavio Luis Favero, Hélio Rubens Mendes dos Santos Junior, Pedro Faria e Márcia Fossati, dos quais aprendi muito. Minha estratégia sempre foi buscar desafios e evitar acomodação, abraçando mudanças que contribuíram para meu desenvolvimento e crescimento profissional. Acredito firmemente no poder das pessoas dentro de uma empresa, por isso é importante ter indivíduos comprometidos e motivados nos lugares certos. Investir no crescimento das equipes, promovendo e desafiando-os a melhorar continuamente, é essencial para alcançar objetivos.

REVISTA MUNDO AGRO: Quais foram os principais desafios ao longo dos anos em que você atuou em posições de liderança no setor de alimentos?

José Ricardo Santini Campos: Durante minha trajetória profissional, vários foram os desafios significativos, destacando-se, entre eles, como um marco importante a construção da fábrica em Abu Dhabi, atuando como Diretor de Engenharia. Com mais de 16 nacionalidades envolvidas no processo de construção e operação, essa experiência proporcionou um aprendizado único e enriquecedor em um ambiente multicultural, em 2014. Outro importante desafio foi a expansão da indústria

de produtos industrializados e termoprocessados, ocorrida em 2000, na cidade de Chapecó. Nossa equipe se dedicou para habilitação da fábrica e seus produtos, tornando-a a primeira planta apta a atender grandes redes de supermercados na Europa, um mercado notoriamente exigente.

Posteriormente, coordenei entre 2004 e 2006, a primeira operação industrial fora do Brasil, na Rússia. Este projeto foi um divisor de águas devido à complexidade cultural, linguística, intensa curva de aprendizado, necessidade de garantir a parceria entre os países e pela responsabilidade por todas as negociações durante esse período.

é diretor corporativo de Operações, Garantia da Qualidade, Performace, Engenharia e Pesquisa e Desenvolvimento.

José Ricardo Santini Campos , atualmente

Essas experiências, entre outras igualmente marcantes, foram essenciais para moldar minha trajetória profissional. Vivenciei momentos desafiadores e importantes, sempre em parceria com eventos familiares significativos, como por exemplo, o nascimento e o crescimento dos meus filhos. Cada desafio enfrentado e cada conquista alcançada contribuíram para meu crescimento pessoal e profissional, e apesar das dificuldades, posso afirmar que cada esforço valeu a pena, proporcionando um enriquecimento pessoal e profissional incomparável.

REVISTA MUNDO AGRO: Considerando sua experiência no agronegócio, qual é o principal aprendizado que você busca transmitir para outras pessoas?

José Ricardo Santini Campos: Desenvolver as pessoas é um diferencial essencial. Ter indivíduos capazes, motivados e até mesmo superiores em habilidades é fundamental para alcançar altos rendimentos nos processos e garantir resultados positivos consistentes. Investir no crescimento e no aprimoramento das equipes não só impulsiona a eficiência operacional, mas também promove um ambiente de trabalho saudável e colaborativo.

REVISTA MUNDO AGRO: Como você integra o respeito pelos animais e a garantia da qualidade dos processos, que são a base das empresas do agronegócio, com sua responsabilidade sobre os diferentes processos dentro da empresa, desde a produção agropecuária até o produto final?

José Ricardo Santini Campos: Na indústria de alimentos, é essencial compreender que, mesmo com uma excelente matéria-prima, ainda existe o risco de entregar um produto de baixa qualidade. No entanto, o oposto não é verdadeiro: matérias-primas de baixa qualidade dificilmente resultarão em produtos finais de

alta qualidade, podendo comprometer toda a cadeia produtiva. Portanto, é crucial assegurar uma gestão eficaz em todos os elos do processo. Especificamente na indústria de aves e suínos, tudo se inicia com o cuidado dedicado aos animais, assegurando seu bemestar, saúde e, consequente excelente desempenho, que resultará na produção de alimentos de qualidade superior.

REVISTA MUNDO AGRO: Como você vê o papel da pesquisa e desenvolvimento na indústria de alimentos e quais são algumas das inovações mais significativas que você presenciou?

José Ricardo Santini Campos: A pesquisa e desenvolvimento desempenham um papel fundamental ao capturar os desejos dos consumidores, seja em termos de praticidade, sabor ou outras preferências. A questão da inovação é vital, especialmente em um mundo onde a mudança é constante e as empresas precisam adaptar-se a essas mudanças para garantir que atendam às expectativas das novas gerações. Uma empresa que não inova corre o risco de estagnar no tempo e de não conseguir atender ou surpreender seu consumidor. Por exemplo, a proteína hidrolisada de vísceras de frango foi uma inovação que se destacou ao longo da minha trajetória profissional. Além disso, a introdução de produtos totalmente cozidos, quando anteriormente eram oferecidos apenas produtos para cozinhar, e a disponibilização de alimentos para microondas, como as lasanhas, são exemplos de como a indústria alimentícia pode se adaptar às demandas em constante evolução dos consumidores.

REVISTA MUNDO AGRO: Além de suas responsabilidades como diretor de operações em uma empresa de grande porte, você tem sua família e ainda é consultor. Como você equilibra

A busca pela melhoria contínua é uma estratégia-chave para garantir eficiência nos processos e no negócio como um todo.

esses papéis diversos e como cada um deles enriquece sua visão e experiência profissional?

José Ricardo Santini Campos: Assumir múltiplos papéis ao longo da vida, como o de ser bom filho, bom pai e cristão, é essencial não apenas para o crescimento pessoal, mas também para o desenvolvimento profissional. Aprendemos constantemente com esses papéis, aplicando esses ensinamentos em nossas responsabilidades diárias. Gerenciar o tempo de maneira eficaz é importante para equilibrar todas essas obrigações. A disciplina desempenha um papel fundamental nesse equilíbrio; por vezes, é necessário desconectar-se do celular para nos dedicarmos plenamente a cada momento e se dedicar aos diferentes papéis que assumimos. Além disso, ter um suporte sólido em nossa vida pessoal, como o apoio da família, é fundamental para garantir um desempenho profissional ótimo e consistente.

REVISTA MUNDO AGRO: Sabemos que você inspira seus colaboradores diariamente com sua liderança, sendo reconhecido e admirado por sua forma de

respeitar e valorizar sua equipe. Como você se sente ao ser um modelo de liderança para seus colaboradores? Além disso, considerando sua vasta experiência, lembrando dos seus primeiros passos, qual o principal conselho você daria aos novos profissionais que estão dando os primeiros passos em suas carreiras?

José Ricardo Santini Campos: Inspirar as pessoas é uma das responsabilidades primordiais de um líder, e é uma honra ser reconhecido dessa forma, pois é uma das missões mais gratificantes da vida. Mais do que simplesmente construir fábricas ou impulsionar produtos, estimular o crescimento pessoal e profissional das pessoas é o que verdadeiramente faz a diferença. A perseverança é fundamental; nunca desistir é o primeiro passo para avançar. A humildade é essencial para saber ouvir e respeitar aqueles com mais conhecimento, enquanto ficar próximo das pessoas certas é essencial para o sucesso. Ao nos aproximarmos das pessoas certas com a mesma energia e dedicação, podemos alcançar grandes feitos juntos.

José Ricardo Santini Campos: Uma Inspiração no Mundo Agro - Equilibrando o Sucesso Profissional com o apoio da sua Família

NNa era da inovação tecnológica, a suinocultura está passando por mudanças importantes. Desde sistemas automatizados de alimentação até dispositivos de saúde, a indústria está avançando para melhorar a eficiência, produtividade e bem-estar dos suínos.

Em um ambiente competitivo, ignorar essas mudanças pode significar ficar para trás. No entanto, é essencial reconhecer que, embora essas tecnologias ofereçam ganhos substanciais, também apresentam desafios a serem considerados. Por exemplo, o fornecimento automatizado de ração pode melhorar a precisão na alimentação dos animais, mas requer investimentos.

Ao explorar inovações, é importante discernir como elas podem positivamente impactar a suinocultura, enquanto se mantém uma visão crítica sobre seus potenciais desafios. Em resumo, embora os obstáculos possam existir, é evidente que o progresso tecnológico é irreversível e, ao adotar essas mudanças, a suinocultura está preparada para uma evolução duradoura e transformadora.

NUTRIÇÃO PERSONALIZADA E PRECISA

A nutrição é um aspecto fundamental na suinocultura, e as novas tecnologias estão permitindo a formulação de dietas personalizadas para atender às necessidades específicas de cada fase de crescimento dos suínos.

AVANÇOS TECNOLÓGICOS NA SUINOCULTURA

Gisele Dela Ricci faz parte do time de Colunistas da Mundo Agro Editora, periodicamente a Especialista com Pós-doutorado em Produção e Ciência Animal compartilha informações no portal.

Sistemas automatizados de alimentação, combinados com algoritmos de análise de dados, ajustam as dietas conforme o perfil individual de cada animal, maximizando a eficiência alimentar e reduzindo o desperdício.

Sistemas de monitoramento da ingestão de alimentos: Dispositivos eletrônicos, como balanças e sensores de peso, são instalados nos comedouros para monitorar a quantidade de ração consumida por cada suíno. Esses sistemas registram dados precisos sobre o consumo de alimentos, permitindo que os produtores ajustem as dietas individualmente com base nas necessidades nutricionais de cada animal.

Sistemas de alimentação automatizada por lote: Sistemas automatizados de alimentação por lote permitem a entrega precisa de dietas personalizadas em lotes separados, com base em grupos de suínos com características semelhantes, como idade, peso ou estágio de desenvolvimento. Isso garante que cada grupo receba a quantidade correta de alimento, otimizando o desempenho e a eficiência alimentar.

SAÚDE E BIOSSEGURANÇA

A saúde dos suínos é essencial para a produtividade e a rentabilidade da suinocultura, e as novas tecnologias estão desempenhando um papel crucial na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de doenças. Sistemas de

monitoramento da saúde, baseados em inteligência artificial e análise de imagens, permitem a detecção precoce de enfermidades, enquanto vacinas e medicamentos de última geração garantem uma proteção eficaz contra patógenos.

Plataformas de análise de dados de saúde: Softwares de análise de dados são utilizados para integrar informações de diferentes fontes, como registros de vacinação, resultados de testes laboratoriais e histórico de saúde dos animais. Isso permite aos produtores identificar padrões e tendências de saúde, tomar decisões informadas e implementar medidas preventivas de maneira mais eficaz.

AUTOMATIZAÇÃO E ROBÓTICA

A automatização e a robótica estão transformando os processos de produção na suinocultura, reduzindo a dependência de mão de obra manual, permitindo que os trabalhadores se concentrem em tarefas mais especializadas, estratégicas, melhoria da eficiência operacional, com a realização de tarefas repetitivas de forma mais rápida e precisa, redução do desperdício de alimentos, com a distribuição controlada e precisa da ração pelos robôs de alimentação e melhoria das condições de higiene e bemestar animal, com a limpeza automatizada dos galpões e a remoção regular dos dejetos.

Robôs de alimentação

Um dos avanços mais notáveis na suinocultura é a introdução de robôs de alimentação e comedouros automatizados. Esses sistemas são projetados para distribuir a ração de forma precisa e controlada, garantindo que cada suíno receba a quantidade adequada de alimento. Um sistema de comedouros automatizados utiliza sensores para detectar a presença dos suínos e distribuir a ração conforme programado, podendo ser ajustados para fornecer diferentes dietas com base na idade, no peso ou nas necessidades nutricionais individuais de cada animal. Além disso, eles registram dados sobre o consumo de ração de cada suíno, permitindo um monitoramento preciso do desempenho alimentar de todo o rebanho.

BEM-ESTAR ANIMAL E AMBIENTE SUSTENTÁVEL

A preocupação crescente com o bem-estar animal e a sustentabilidade ambiental tem impulsionado o desenvolvimento de tecnologias inovadoras na suinocultura, promovendo não apenas melhores condições para os suínos,

mas também práticas mais sustentáveis.

Sistemas de monitoramento e alerta de saúde: Tecnologias avançadas, como câmeras de vigilância e sensores biométricos, permitem monitorar de perto a saúde e o comportamento dos suínos. Esses sistemas podem detectar sinais precoces de doenças ou lesões, permitindo intervenções rápidas e reduzindo o sofrimento dos animais.

Sistemas de controle de ruído: O ruído excessivo pode causar estresse nos suínos e afetar negativamente seu bem-estar. Portanto, sistemas de controle de ruído, como isolamento acústico e dispositivos de cancelamento de som, são importantes para criar um ambiente tranquilo e confortável dentro dos galpões.

Ao considerar o avanço tecnológico na suinocultura, é essencial avaliar não apenas os benefícios econômicos e produtivos, mas também as implicações éticas e sociais dessas mudanças. Essa reflexão crítica é essencial para garantir que o progresso tecnológico ocorra de maneira ética e sustentável, promovendo o bem-estar de todos os envolvidos, incluindo os animais, os produtores e as comunidades locais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A automatização e a robótica estão transformando a suinocultura, proporcionando aos produtores ferramentas avançadas para melhorar a eficiência, a produtividade e o bemestar dos suínos. Ao adotar essas tecnologias de forma estratégica, os produtores podem se manter competitivos em um mercado em constante evolução, garantindo um futuro sustentável para o setor.

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