Dezembro/2024 - No 6 - Ano III www.mundoagro.com.br
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DOS EVENTOS:
• FEICORTE 2024
• OVUM 2024
• CONBRASFRAN 2024
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Caro leitor,
Os últimos meses, outubro e novembro, foram marcados por avanços expressivos no agronegócio brasileiro, especialmente nos setores de suínos e aves. As exportações de carne suína atingiram recordes históricos, com as Filipinas emergindo como principal importador, seguida por novos mercados como Vietnã e República Dominicana.
No segmento avícola, como resultado das mesas de negócios promovidas pela ABPA durante a realização do Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), o Brasil viu fortalecer seu protagonismo global, anunciando perspectivas de exportações superiores a US$2 bilhões em 2025. São resultados que consolidam a liderança do país em proteína animal, mesmo diante de desafios como recuperação econômica e oscilações cambiais.
No cenário internacional, a reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos trouxe expectativas de políticas comerciais mais protecionistas, o que exige atenção redobrada do Brasil para mitigar possíveis impactos nas exportações agrícolas. Além disso, a desaceleração na demanda chinesa por carne suína tem gerado preocupações, especialmente entre países da União Europeia, que enfrentam a necessidade de reajustes produtivos.
Por outro lado, no mercado interno, há motivos para otimismo. Projeções indicam um crescimento de 27% na produção de grãos na próxima década, impulsionada por soja e milho, aliados ao avanço em práticas sustentáveis e à adoção de tecnologias agrícolas. Esse cenário reforça o papel estratégico do agronegócio como alicerce da economia brasileira.
No campo social e cultural, iniciativas inovadoras têm destacado o potencial do setor para promover bem-estar e sustentabilidade. O editorial deste mês celebra essas conquistas e reforça a necessidade de investimentos contínuos em tecnologia, abertura de novos mercados e práticas sustentáveis para manter o Brasil na vanguarda do agronegócio mundial.
Equipe Mundo Agro
Editor Mundo Agro
Diretora Natasha G. Di Fonzo +55 19 98963-6343 natasha@mundoagro.com.br
Comercial comercial@mundoagro.com.br
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Redação: imprensa@mundoagro.com.br
José Carlos Godoy jcgodoy@mundoagro.com.br
Coordenação técnica e redação
Gisele Dela Ricci - Zootecnista, Mestre, Doutora e Pós - Doutora em Produção e Ciência Animal revista@mundoagro.com.br
Diagramação e arte
Gabriel Fiorini gabrielfiorini@me.com
Web Gustavo Cotrim webmaster@mundoagro.com.br
Administrativo e circulação adm@mundoagro.com.br
Mundo Agro
Editora Ltda. - Rua Erasmo Braga, 1153 - 13070-147 - Campinas, SP. Os informes técnico-empresariais publicados nas páginas da Revista da Mundo Agro são de responsabilidade das empresas e dos autores que os assinam. Este conteúdo não reflete a opinião da Mundo Agro Editora.
ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS
ECONOMIA
Estratégias Inteligentes:
O Poder da Análise de Dados para a Competitividade das Empresas de Proteína Animal
Lamarck Philippe Melo e Antonio dos Santos
Costa Filho
Riscos da reutilização excessiva da cama de aviário e principais formas de tratamento da cama durante o ciclo produtivo e no intervalo entre lotes
Felipe Luís Henkes E Marcella Zampoli de Assis
NUTRIÇÃO
Brunna Garcia
SANIDADE
BEM-ESTAR ANIMAL
O Fator Humano na Promoção do Bem-Estar de Bovinos de Corte
Rafael Teixeira de Sousa e Gisele Dela Ricci
Estratégias nutricionais para fertilidade de machos reprodutores
NUTRIÇÃO
Nosieptida: Um Novo Marco para a Eficiência e Sustentabilidade na Produção de Suínos
Giovani Marco Stingelin
EXPORTAÇÃO
Brasil – Líder Global na Exportação de Carnes: A Estratégia por Trás da Qualidade e Habilitação
Graziela Rigolin de Almeida Andrade de Souza
COBERTURA - FEICORTE
Cobertura Especial: Feicorte 2024 - O Retorno Triunfal em Presidente Prudente
COBERTURA - OVUM 2024
Reovirus Aviário
Eder Barbon e Rafael Bampi
SANIDADE
APEC: Um desafio para a indústria avícola e seu potencial zoonótico
Gabriela Alexandre Stevanato e Ana Angelita
Sampaio Baptista
Ovos enriquecidos: uma tendência nutricional em crescimento
Thiago William de Almeida e Gisele Dela Ricci 08 06 12 14 18 22 28 32
OVUM 2024: Um Marco de Inovação e Conexão para a Avicultura Latino-Americana
COBERTURA - CONBRASFRAN
Conbrasfran estreia em Gramado e debate temas relevantes para a avicultura brasileira
PONTO FINAL:
Sistemas Inovadores de Alojamento para Vacas Leiteiras: Garantindo Bem-estar e Produtividade
Gisele Dela Ricci
JANEIRO: IPPE 2025
28 a 30 de janeiro Atlanta, Georgia USA www.ippexpo.org
FEVEREIRO: Show Rural Copavel
10 a 14 de fevereiro Paraná, PR showrural.com.br
Simpósio de Imunossupressão em Aves 18 e 19 de fevereiro Campinas, SP eventos.facta.org.br
MARÇO:
Expodireto Cotrijal 10 a 14 de março Não me toque, RS www.expodireto.cotrijal.com.br
Farm Show 2025
18 a 21 de março Primavera do Leste, MT farmshow.com.br/
+ EM NOSSAS REDES SOCIAIS
XXII Congresso APA de Produção e Comercialização de Ovos 2025 24 a 27 de março Ribeirão Preto, SP www.congressodeovos.com.br
ABRIL: 25º Simpósio Brasil Sul de Avicultura 08 a 10 de abril Chapecó, SC nucleovet.com.br/simposios/avicultura
Agrishow 2025
28 de abril a 02 de maio Ribeirão Preto, SP www.agrishow.com.br
MAIO: - -
35ª Reunião Anual do CBNA 2025 14 de maio Distrito Anhembi, São Paulo, SP www.fenagra.com.br
Fenagra 2025
13 a 15 de maio Distrito Anhembi, São Paulo/ SP www.fenagra.com.br
SinSui 2025
13 a 15 de maio PUCRS - Porto Alegre, RS www.sinsui.com.br
JUNHO:
5ª CONBRASUL OVOS
01 a 03 de junho
Gramado, RS conbrasul.com.brAvicultor 2025
25 e 26 de junho
Expominas, Belo Horizonte,MG www.avimig.com.br
Megaleite 2025
10 a 14 de junho
Parque da Gameleira, Belo Horizonte, MG www.girolando.com.br/noticia/4346/ girolando-anuncia-nova-data-damegaleite-2025
JULHO:
Jornada Técnica - Conferência da Capital do Ovo - Festa do Ovo de Bastos 17 de julho
Kaikan, de Bastos, São Paulo, SP sindicatoruralbastos.com/jornada-tecnica
11° Encontro Avícola e Empresarial
Unifrango
22 a 24 de julho
Le Bloc Jardim, Maringá, PR
Encontro de palestras técnicas e empresarial.
AGOSTO: Simpósio de Avicultura Industrial 2025
05 a 07 de agosto
CentroSul, Florianópolis, SC www.simposioacav.com.br
Agroleite 2025
05 a 08 de agosto Goiânia, Go www.simposioacav.com.br/
SETEMBRO:
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41ª Conferência FACTA WPSA-Brasil
02 a 03 de setembro
Sociedade Hípica de Campinas, /SP facta.org.br/
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Mercoagro 2025
09 a 12 de setembro
Parque da Efapi | Chapecó/SC mercoagro.com.br/
VICTAM Latam
16 a 18 de setembro
Expo Center Norte, São Paulo/SP victamlatam.com/pt-br/
OUTUBRO:
Ave Summit & AveExpo
22 a 24 de outubro
Royal Palm Hall, Campinas/ SP www.aveexpo.com.br/
e CTO da empresa
ASemana Mundial de Conscientização sobre Resistência Antimicrobiana (RAM) destaca um dos maiores desafios globais de saúde: a resistência antimicrobiana. Esta crise afeta tanto a saúde humana quanto animal, comprometendo a eficácia dos antibióticos e colocando vidas em risco em todo o mundo.
A RAM ocorre quando as bactérias evoluem para resistir aos medicamentos projetados para eliminálas, tornando os tratamentos menos eficazes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) relata que a RAM já é responsável por aproximadamente 1,3 milhão de mortes anuais, um número que tende a aumentar sem ações eficazes.
É nesse contexto que os bacteriófagos oferecem uma solução única e adaptável para combater as bactérias nocivas, incluindo as resistentes a antibióticos. Os fagos podem eliminar cepas bacterianas multirresistentes diretamente, reduzindo a dependência de antibióticos ou permitindo o retorno ao seu uso responsável. Além disso, os bacteriófagos podem atuar de forma sinérgica com os antibióticos, aumentando sua eficácia e prolongando sua vida útil. Essa abordagem de precisão também beneficia os ecossistemas ao proteger bactérias benéficas e reduzir os impactos indesejados.
Na PhageLab, estamos comprometidos em promover soluções sustentáveis e baseadas em ciência que protejam a saúde entre espécies, ambientes e comunidades. Nossos esforços alinham-se ao movimento global para combater a RAM por meio da inovação sustentável, redefinindo a agricultura ao fornecer soluções baseadas em bacteriófagos que comprovam seu valor onde realmente importa: na fazenda. Nossas inovações demonstraram sucesso em mercados de alto valor, como o Brasil, navegando por regulamentações rigorosas e gerando impacto no mundo real.
Na luta contra a RAM, essas
tecnologias promovem o uso responsável de antibióticos, melhoram a produtividade, reduzem surtos e abrem caminho para um futuro agrícola mais resiliente e produtivo. Contudo, essa batalha exige um esforço coletivo. Governos, organizações, indústrias e pesquisadores devem se unir para promover o gerenciamento de antibióticos, investir em soluções alternativas e aumentar a conscientização. Com o poder da ciência, colaboração e ação informada, podemos mudar o curso dessa crise, protegendo o futuro da saúde humana, animal e ambiental.
ai173109688540_ANÚNCIO HI-GROW.pdf 1 08/11/2024 17:14:46
Preço médio no atacado paulista avança e acumula valorização de 10,11% no mês, impulsionado por demanda firme e oferta ajustada.
Os preços da carcaça suína especial negociada no atacado da Grande São Paulo apresentaram leve alta nos últimos cinco dias úteis, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/ESALQ).
Nesta quinta-feira, 28 de novembro de 2024, a média foi de R$ 15,14 por quilo, um aumento de 0,13% em relação ao dia anterior e uma valorização acumulada de 10,11%
no mês.
Nos dias anteriores, o mercado oscilou com variações sutis. Em 27/11, a cotação se manteve estável em R$ 15,12, enquanto no dia 26/11 houve uma leve queda de 0,13%. Já em 25/11, o preço registrou alta expressiva de 0,93%, atingindo o mesmo patamar de 28/11 (R$ 15,14). Em 22/11, o valor médio era de R$ 15,00, indicando uma tendência de valorização contínua.
Pelo quinto mês consecutivo – ou seja, desde o início do 2º semestre – os preços do boi, do suíno e do frango vivos evoluem positivamente – tanto em relação ao mês anterior como em comparação a idêntico mês do ano passado. O maior ganho no mês (dados preliminares) fica com o boi, cujo preço médio em novembro deve ficar cerca de 12,5% acima do alcançado no mês passado. É seguido de perto pelo suíno que, por ora, apresenta valorização mensal em torno de 9,5%. Assim, o mais fraco ganho do período recai sobre o frango – algo em torno de 1%, o que – comparado aos ganhos do frango abatido, em torno de 5%-6% em novembro – sugere autossuficiência das empresas integradas e perda da importância da ave viva disponibilizada no mercado independente. Pelo menos em São Paulo.
Em termos anuais – isto é, em relação a novembro de 2023 – a situação se repete: o menor ganho é o do frango vivo, com valorização pouco superior a 8%. Já o maior ganho é,
agora, o do suíno, pois seu preço médio no mês deve ficar cerca de 50% acima do alcançado um ano atrás. Mas o ganho do boi em pé também não é pequeno, pois deve ficar próximo de 45%.
Curiosamente, porém – isto é: a despeito dos fortes ganhos, mensal e anual – o boi em pé permanece em 2024 com um preço médio inferior, em quase 2%, ao dos mesmos 11 meses de 2023. Porque, em essência, seus preços no 1º semestre ficaram mais de 15% aquém dos registrados nos mesmos seis meses de 2023. E as altas mais recentes não cobrem esse forte recuo.
Já suíno e frango completam os 11 primeiros meses de 2024 com ganhos anuais significativos. O frango, com incremento de pouco mais de 6,6%; o suíno com mais que o dobro disso – 14%. O que não significa que seus ganhos sejam excepcionais. O frango, por exemplo, ainda se encontra com um valor nominal cerca de 2% inferior ao dos mesmos 11 meses de 2021.
Mercado apresenta equilíbrio nesta quarta-feira, 27 de novembro, com ajustes entre oferta e demanda em diferentes estados
Nesta quarta-feira, 27 de novembro de 2024, o mercado de ovos comerciais no Brasil registrou estabilidade nos preços, com leves oscilações regionais, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/ESALQ). Na Grande São Paulo (SP), os ovos brancos CIF subiram 0,05%, sendo cotados a R$ 135,73 por caixa com 30 dúzias, enquanto os ovos vermelhos apresentaram alta de 0,35%, chegando a R$ 153,64.
Em Bastos (SP), houve pequenas retrações: os ovos brancos recuaram 0,16%, com cotação de R$ 128,12, e os
vermelhos caíram 0,15%, para R$ 148,15. Outras regiões, como Santa Maria de Jetibá (ES) e Grande Belo Horizonte (MG), mantiveram estabilidade nos valores.
Já em Recife (PE), os preços dos ovos brancos CIF permaneceram inalterados em R$ 127,88, enquanto os ovos vermelhos também mantiveram o valor de R$ 133,40.
O equilíbrio entre oferta e demanda continua sendo o principal fator a influenciar o comportamento dos preços, configurando um cenário de estabilidade no final de novembro.
Omercado de proteínas animais, especialmente o de aves e suínos, enfrenta desafios e oportunidades que mudam rapidamente. Em um setor onde a eficiência operacional e a resposta ágil às demandas de mercado são cruciais, o uso estratégico de dados desponta como uma ferramenta essencial para empresas que buscam não apenas acompanhar essas mudanças, mas liderá-las. A inteligência de dados tem se tornado um diferencial competitivo, especialmente para a área comercial, permitindo que as empresas otimizem suas operações de vendas, aprimorem o relacionamento com clientes varejistas e respondam com precisão às dinâmicas de preço e preferências do consumidor.
Com o avanço das ferramentas de segmentação, empresas de proteína animal agora conseguem classificar seus clientes de acordo com perfil de compra, preferências e necessidades específicas. Esse processo gera insights que ajudam a estreitar o relacionamento com os varejistas, oferecendo soluções customizadas e ampliando a parceria de forma a agregar valor para ambas as partes. Um exemplo prático envolve a segmentação dos clientes em grandes redes varejistas e supermercados menores, permitindo que o atendimento seja mais direcionado, com ofertas específicas, promoções e até mesmo prazos de entrega diferenciados. A segmentação baseada em dados torna o relacionamento mais ágil e eficiente, promovendo a satisfação do cliente e garantindo melhores resultados comerciais.
No setor de proteínas animais, o uso de dados está cada vez mais integrado à eficiência do time de vendas. A análise de dados permite monitorar e ajustar o desempenho das equipes comerciais em tempo real, identificando oportunidades de mercado e regiões onde o potencial de crescimento é maior. Ao centralizar informações sobre volume de vendas, metas e sazonalidades específicas, as empresas conseguem direcionar melhor os esforços da equipe de campo, garantindo uma cobertura mais estratégica e eficaz. Por exemplo, dados preditivos ajudam a alocar vendedores conforme o potencial de consumo de cada região, permitindo que recursos sejam aplicados de forma otimizada e que o time atue com precisão, sem deixar nenhum cliente sem atendimento.
A análise de dados também auxilia na definição de estratégias de embalagem e precificação, aspectos importantes para impulsionar as vendas e atender à crescente demanda por conveniência e valor percebido. Um exemplo é o desenvolvimento de embalagens menores, que oferecem ao consumidor um menor desembolso imediato, facilitando a compra e promovendo o aumento do giro do produto. Com dados de mercado e comportamento de compra, as empresas conseguem ajustar seu portfólio de embalagens para formatos mais acessíveis e práticos. Adicionalmente, ao monitorar a sensibilidade do consumidor a variações de preços, a empresa pode implementar estratégias de precificação flexíveis, que acompanhem as condições do mercado e maximizem as margens de lucro.
Um caso prático é o uso de insights para ajustar o mix de produtos. Ao identificar que a demanda por cortes prontos de frango, como filés temperados ou frango desfiado, cresce nas regiões metropolitanas, um frigorífico pode reorientar sua produção para aumentar o fornecimento desses itens onde o consumo é mais intenso. Esse direcionamento estratégico não só aumenta a eficiência do processo, mas também otimiza os investimentos, melhorando a margem de lucro. O cenário positivo se intensifica em um ambiente de negócios onde a recente queda nos custos de grãos, em relação ao ano anterior, e a crescente demanda tanto nacional quanto de exportação para países como China, Filipinas e Arábia Saudita têm aumentado a rentabilidade das empresas do setor. Esse contexto, por sua vez, gera uma valorização significativa das ações das companhias de proteína animal listadas na bolsa de valores, destacando a robustez e o potencial de crescimento desse mercado.
A inteligência de dados tornou-se um pilar essencial para empresas que buscam sobreviver e se manter como líderes de mercado. As decisões baseadas em dados viabilizam uma atuação mais estratégica, seja dando suporte ao time de vendas no atingimento de metas ou melhorando o atendimento ao cliente com precisão e eficiência. Além disso, a análise de dados proporciona uma logística de abastecimento mais ajustada à demanda e uma experiência mais personalizada ao giro dos consumidores. Em um setor marcado por desafios e oportunidades constantes, adotar práticas fundamentadas em dados tornou-se indispensável. Com esse diferencial, as empresas do segmento estão mais preparadas para avançar e garantir uma trajetória de crescimento sustentável e competitivo.
Acama de aviário tem como objetivo fornecer uma superfície macia para as aves, assim como promover isolamento térmico, absorção de umidade e diluição de excretas. As matérias-primas utilizadas para a elaboração da cama geralmente são maravalha, casca de arroz ou de amendoim, a depender da disponibilidade na região. De acordo com a oferta e demanda de matéria-prima, o processo pode tornar-se bastante oneroso, além de gerar uma considerável quantidade de resíduos. Para reduzir este impacto, as agroindústrias (integradoras) trabalham, nos aviários, com a reutilização da cama entre lotes. Para tanto, é necessário um rigoroso manejo sanitário visando o controle da umidade da cama, do teor de amônia, da pulverulência (quantidade de pó), da infestação de insetos e da contaminação microbiológica (HERNANDES et al., 2002). Nesse sentido, a reutilização excessiva da cama, ou seu manejo incorreto, pode aumentar o desafio sanitário e prejudicar a ambiência e o desempenho zootécnico das aves (SANTOS et al., 2012; ANDRADE, 2017).
As dietas de frango de corte normalmente contêm elevados níveis de proteínas, que são parcialmente excretadas na forma não digerida, e o restante na forma de ácido úrico, após a sua metabolização. Estas excretas
entram em contato com a cama do aviário e iniciam uma série de processos bioquímicos, resultando em amônio (NH4+) (MENDES et al., 2012). Tais reações são regidas pela composição e microbiota presentes na cama, de acordo com a quantidade de nitrogênio presente; tempo de acúmulos dos dejetos; disponibilidade de oxigênio; além da temperatura, pH e umidade das excretas (LI e XIN, 2006). Em pH alcalino, a formação de amônia (NH3) é favorecida (FRANÇA, 2017).
A amônia, quando em concentrações elevadas no interior do galpão, afeta negativamente o desempenho das aves, além de contribuir para a maior irritabilidade e suscetibilidade dos animais a enfermidades. Ainda, considerando a saúde do trabalhador, altas concentrações de amônia também podem ser prejudiciais aos tratadores (PALHARES et al., 2011).
Segundo normativas, o limite permitido de concentração de amônia no interior do galpão é de 20 ppm, no entanto, acima de 10 ppm pode ocorrer deterioração dos cílios da traqueia das aves, predispondo-as a doenças respiratórias. Aves expostas a concentrações acima de 25 ppm de amônia apresentaram redução no ganho de peso, e a 35 ppm há diminuição no consumo de ração e,
Segundo normativas, o limite permitido de concentração de amônia no interior do galpão é de 20 ppm, no entanto, acima de 10 ppm pode ocorrer deterioração dos cílios da traqueia das aves, predispondo-as a doenças
consequentemente, da conversão alimentar. Já exposições acima de 75 ppm de amônia causam ulcerações no globo ocular, modificando o comportamento das aves e aumentando o estresse, com prejuízos ao ganho de peso e aumento dos índices de mortalidade (HAN, 2021).
A reutilização excessiva da cama de aviário também contribui para o aumento do desafio sanitário, o que expõe as aves a maior risco de infecções microbianas e parasitárias; maior ocorrência de lesões podais (calos de patas/ artrites), dermatites/celulite e, consequentemente, aumento das taxas de refugos, de mortalidade e de condenação de carcaças no abatedouro (SANTIAGO et al., 2019).
Cientes deste problema, as agroindústrias têm buscado alternativas quanto ao manejo e tratamento da cama durante o ciclo produtivo e no intervalo entre lotes, visando a preservar os índices zootécnicos e sanitários das aves. Diversos estudos têm sido realizados nesse âmbito, com diferentes metodologias e produtos.
Um dos manejos mais comumente utilizados no intervalo entre lotes é a fermentação plana (ou rasa), que consiste na cobertura da extensão total da cama com uma lona impermeável. Para tanto, é imprescindível o adequado isolamento, ou seja, a lona deve estar íntegra (sem furos ou rasgos), e deve ser realizada uma vedação completa da área. A fermentação da cama com lona estendida é um dos métodos mais antigos de manejo, e tem como objetivo a formação e retenção do gás
amônia, que atua como citolítico, reduzindo a carga microbiana e parasitária do material (WARREN, 1962; SPROTT, 1984; HIMATHONGKHAM; RIEMANN, 1999; MENDEZ et al., 2004; TAJKARIMI et al., 2008; DECREY et al., 2016; KOZIEL et al., 2017). Segundo as Instruções Normativas 20 (de 21 de outubro de 2016) e 56 (de 04 de dezembro de 2007), este tipo de manejo é obrigatório quando identificado algum problema sanitário, de maneira a evitar o risco potencial de contaminação para os próximos lotes (BRASIL, 2007; BRASIL, 2016).
Outra prática frequentemente utilizada no período de vazio sanitário é o enleiramento, onde o material da cama é amontoado em leiras, em quantidade a depender do volume do composto presente no galpão. Geralmente é formada apenas uma leira no meio do aviário, no sentido do seu comprimento. Além da formação da amônia durante o processo de enleiramento, o que contribui para a redução da carga microbiana, este manejo tem como diferencial o aumento da temperatura do composto, intensificando a ação microbicida (LIANG, 2014; DITTOE, 2017; VAZ et al. 2017).
Ademais, auxilia no controle da praga popularmente conhecida como “cascudinho” (Alphitobius diaperinus) (WOLF et al.; 2014).
A utilização de condicionadores químicos, visando a controlar as características físicoquímicas, como o pH e umidade, também é uma alternativa para o manejo da cama de aviário no intervalo entre lotes. Este método é utilizado principalmente em intervalos mais curtos, pois a fermentação convencional demanda mais tempo. Como exemplo, em estudo realizado por Tazuel (2018), a fermentação por cinco dias pelo enleiramento foi 78,9% eficaz na redução microbiana, enquanto que por três dias foi efetiva somente em 61,9%.
No Brasil, um dos condicionadores químicos mais utilizados é a cal virgem (óxido de cálcio). Segundo Lopes et al. (2013), suas principais funções são a redução da umidade da cama, bem como a elevação do pH e da temperatura, em efeito sinérgico, levando assim à redução da carga microbiana presente no composto. Outro condicionador químico utilizado com frequência em aviários é a cal hidratada (hidróxido de cálcio) (LUCCA et al. 2012). Além de aumentar a temperatura e reduzir a umidade do composto, este produto também se mostra efetivo no controle do “cascudinho”, uma vez que eleva o pH da cama para valores acima de 10 (WOLF et al., 2014).
As agroindústrias têm buscado alternativas quanto ao manejo e tratamento da cama durante o ciclo produtivo e no intervalo entre lotes, visando a preservar os índices zootécnicos e sanitários das aves.
Outros condicionadores químicos podem ser utilizados com o objetivo de acidificar a cama, como, por exemplo, o sulfato de cálcio (CaSO4), popularmente conhecido como “gesso agrícola”, além do sulfato de alumínio. Estes contribuem para a redução do pH e da umidade da cama, auxiliando na redução da carga microbiana potencialmente patogênica e, consequentemente, favorecendo um melhor desempenho zootécnico das aves (LUCCA et al., 2012). Além disso, os acidificantes atuam na redução da volatização do gás amônia no interior do galpão, o que é bastante desejável
(MCWARD; TAYLOR, 2000; BORDIGNON et al. 2021).
Os competidores biológicos (biomoduladores) também têm sido utilizados com êxito na redução da microbiota potencialmente patogênica da cama de aviário, tanto durante o ciclo produtivo, quanto no intervalo entre lotes. Em estudo realizado por Kaefer (2020), foi avaliado o efeito de um modulador biológico comercial adicionado na cama frente à sobrevivência e multiplicação de Salmonella sp. durante o alojamento de frangos de corte em dois estudos: um em infectório experimental, e outro a campo. No primeiro estudo, o modulador biológico apresentou resultados positivos, observando-se uma redução significativa nas contagens de Salmonella, tanto para a cama, quanto para o ceco das aves, no tratamento em que houve aplicação do produto. No segundo estudo, tanto no ambiente quanto no ceco dos frangos,
por ação indireta, houve uma diminuição da carga do patógeno, principalmente nos estágios finais do ciclo de criação, possivelmente provocada pela exclusão competitiva na cama do aviário e modulação biológica da microbiota das aves em contato com o produto.
Com efeito, várias possibilidades são apresentadas para o manejo da cama, durante a produção e no intervalo entre lotes. A decisão sobre qual método utilizar está relacionada a uma série de fatores, tais como: relação custobenefício; região; desafios epidemiológicos; tamanho do aviário; densidade; intensidade de reutilização da cama; tipo de manejo, entre outros. Nesse sentido, a orientação técnica é fundamental para a tomada de decisões mais assertivas e melhor eficiência na qualidade zootécnica e sanitária dos lotes.
Considerando a relevância deste tema, o Extensionista da empresa JBS-Seara de Itapiranga, Felipe Luís Henkes, está desenvolvendo um projeto de Mestrado intitulado: “IMPACTOS ZOOSANITÁRIOS DA APLICAÇÃO DE MODULADOR BIOLÓGICO EM CAMAS DE FRANGO DURANTE O INTERVALO ENTRE LOTES, COMO ALTERNATIVA
À UTILIZAÇÃO DA CAL VIRGEM”, orientado pela Profa. Dra. Marcella Zampoli de Assis, do Instituto Federal Catarinense (IFC) campus Araquari. O Mestrando faz parte do Programa de Pós-Graduação em Produção e Sanidade Animal (https://ppgpsa.ifc. edu.br/) e os resultados serão apresentados cientificamente em breve.
Brunna Garcia Nutricionista de Aves na Agroceres Multimix
A fertilidade é uma das características econômicas mais importantes dentro da produção de matrizes, pois exerce influência sobre a produtividade de reprodutores e no desenvolvimento de futuras progênies.
Em geral, os machos reprodutores representam apenas 10% do plantel de matrizes. No entanto, são responsáveis por mais 50% da carga genética, logo, todas as ações que correlacionadas aos seus aspectos produtivos devem ser consideradas.
Atualmente, as características testadas para avaliar e prever a fertilidade dos machos reprodutores estão ligadas ao sêmen, como: volume, viabilidade, motilidade, número total e contagem de espermatozoides vivos/mortos/ anormais.
Diversos fatores podem prejudicar a qualidade do sêmen e reduzir a fertilidade dos machos no plantel, como o histórico genético, fatores estressantes, qualidade e composição das rações, micotoxinas e o próprio envelhecimento.
Machos com mais de 45 semanas de idade apresentam decréscimo de volume, concentração e viabilidade espermática, enquanto o percentual de defeitos morfológicos no esperma aumenta significativamente. Essas alterações são acompanhadas por redução na funcionalidade da membrana do esperma, na atividade mitocondrial e na penetração do espermatozoide no óvulo.
A razão exata pela queda da qualidade do sêmen com o avançar da idade não está claramente elucidada. No entanto, estratégias nutricionais podem amenizar o impacto do envelhecimento dos órgãos reprodutivos, características do sêmen e fertilidade dos machos.
Na literatura, alguns autores relatam que a adição de 0,3 mg de Se/kg na dieta elevou os níveis de atividade da enzima glutationa peroxidase nos testículos e espermatozoides e diminuiu a peroxidação lipídica nos testículos de galos Rhode. Assim como, aumentou a concentração espermática e a porcentagem de motilidade em perus machos.
A suplementação de 125 mg de L-carnitina/kg em dietas de galos resultou em aumento da concentração de espermatozoides. Em estudo similar, essa mesma suplementação aumentou a concentração, viabilidade e motilidade de esperma em codornas.
A suplementação dietética com 150 mg de L-carnitina/kg em reprodutores em fim de ciclo, estimulou a produção de testosterona e maximizou a fertilidade aumentando a produção de sêmen, viabilidade e motilidade. Em patos machos, 150 mg de L-carnitina/kg aumentaram a fertilidade, o volume, concentração, viabilidade e motilidade de
Diversos fatores podem prejudicar a qualidade do sêmen e reduzir a fertilidade dos machos no plantel, como o histórico genético, fatores estressantes, qualidade e composição das rações, micotoxinas e o próprio envelhecimento.
espermatozoides, além da redução nas porcentagens de espermatozoides defeituosos e/ou mortos.
Estudos com galos reprodutores alimentados com dietas suplementadas com 1.200 mg de ácido guanidinoacético/kg, durante 25 semanas, obtiveram maior fertilidade, aumento na produção, concentração e motilidade de espermatozoides.
Os autores relatam que esses achados podem ser atribuídos a maior população de células de Sertoli e espermatogônias, levando ao aumento na espessura do epitélio seminífero e na espermatogênese e, portanto, na concentração de espermatozoides.
A arginina é o único substrato para a síntese de óxido nítrico, cujo papel é crucial em diversos processos fisiológicos no corpo dos animais, incluindo neurotransmissores, vasodilatadores e imunidade. Além disso, a arginina estimula a ereção peniana, relaxa os vasos sanguíneos, melhora a libido dos animais, aumenta a capacidade antioxidante e reduz a peroxidação lipídica, protegendo os espermatozoides contra os danos oxidativos.
A inclusão dietética de 2,33 kg/ton de L-Arginina sobre a qualidade do sêmen e a concentração de testosterona em galos com 37 semanas de idade apresentou melhor peso dos testículos, melhor nível de testosterona, volume e motilidade espermática. Segundo os autores, o aumento do peso dos testículos pode estar relacionado ao melhor nível de testosterona, que é também importante na espermatogênese.
Em estudo realizado por Abbaspour et al. (2019), a suplementação dietética com 0,14% de L-Arginina em machos reprodutores em fim de ciclo restaurou o funcionamento dos testículos em termos de peso testicular e houve aumento na produção de testosterona e na motilidade dos espermatozoides.
Seu principal componente ativo é a curcumina, responsável por suas características antioxidantes.
Estudos determinaram os efeitos da cúrcuma na qualidade do sêmen em galos. Yan et al. (2017) descobriram que 0,8 mg de subproduto de cúrcuma/kg de dieta melhorou a motilidade do esperma, sugerindo que a fertilidade poderia ter sido melhorada, embora isso não tenha sido comprovado.
Além disso, diferentes níveis de curcumina (10, 20 e 30 mg/galo/d) foram adicionados à dieta de machos reprodutores de frangos de corte. Os autores relatam que a inclusão de 30mg curcumina/galo/d houve redução no número de espermatozoides anormais, aumento do esperma vivo e diminuição da peroxidação lipídica seminal. Essas descobertas também foram acompanhadas pelo aumento da integridade da membrana espermática, motilidade, penetração e fertilidade.
Embora não se conheça todos os mecanismos envolvidos na perda de fertilidade com o avançar da idade dos machos reprodutores, existem vários indicativos de que é possível, por meio de estratégicas nutricionais, prolongar a manutenção das taxas de fertilidade com impacto econômico no sistema produtivo.
**O artigo completo e todas as referências bibliográficas estão disponíveis no agBlog https://agroceresmultimix.com.br/blog/estrategias-nutricionais-para-fertilidade-de-machos-reprodutores/
O Reovirus aviário está amplamente disseminado na avicultura comercial envolvido e causando diversas patologias incluindo a artrite viral, tenosinovite, doença respiratoria e enterica, miocardites, hepatites, síndrome da refugagem e má absorção em pintos, no entanto é estimado que 85-90% dos isolados de reovirus são apatogenicos.
OReovirus aviário foi isolado pela primeira vez em 1954 e somente em 1968 ele foi associado a sinais clínicos de artrite e tenossinovite, aves afetadas apresentavam sinais clínicos de edema de jarretes, tendão digital flexor, com ruptura do tendão gastrocnêmio. Mais tarde, a partir de 1983, vacinas comerciais foram desenvolvidas e foram muito eficientes no controle de Reovirus na avicultura, entre elas estão as vacinas com cepas 2177, 1133, 1733 e 2408. Entretanto, desde o ano de 2011 houve a emergência de novas cepas variantes relacionando-se à artrite/ tenosinovite, muito distintas geneticamente das cepas tradicionais, trazendo enormes prejuízos à avicultura comercial mundialmente.
O genoma do reovirus consiste em uma dupla fita de RNA segmentado não envelopado. A estrutura genômica possui 10 segmentos divididos em 3 classes de acordo com seu tamanho, sendo responsável por codificar estruturas proteicas do vírus. Entre estas estruturas proteicas a Sigma C possui um papel muito importante, identificando e se ligando ao receptor da célula alvo, além disso é a proteína hipervariavel do vírus, podendo ser identificado variantes através dessa porção em teste de sequenciamento molecular.
O reovirus é estável em pH entre 3,0 a 9,0 e é inativado à 56°C em menos de uma hora. Com relação aos desinfetantes possui relativa resistência e pode sobreviver 10 dias em penas, maravalha, casca de ovos e ração. Alguns autores indicam que algumas cepas de Reovírus são resistente a éter e formalina a 2%, demonstrando seu poder de sobrevivência.
O surgimento de novas cepas variantes de reovírus se relaciona diretamente com sua capacidade de realizar rearranjo genético a partir de 2 genomas parentais infectando uma mesma célula do hospedeiro para promover genomas de progênie segmentado. Essa capacidade do vírus infectante de produzir novos vírus segmentados trás junto algumas mutações, promovendo diversidade genética, sendo essa mas não exclusivamente, relacionada a proteína sigma C. Apesar do amplo conhecimento dos mecanismos de replicação viral, não se sabe ainda ao certo por que antes de 2011 o aparecimento de novas variantes patogênicas era limitado, de modo que ainda cabe aos pesquisadores entender os motivos pelos quais na ultima década até o presente momento, o Reovirus causador da artrite viral se tornou tão dinâmico na sua capacidade de produzir cepas variantes tão rapidamente em diversos locais do mundo.
A Infecção por Reovirus acomete frangos, perus, patos e outras espécies aviárias distribuído ao redor do mundo. Na avicultura industrial aves de produção de carne são mais susceptíveis à artrite viral do que aves de postura comercial, devido esta primeira apresentar características de rápido ganho de peso.
O Reovirus é transmitido de maneira horizontal e vertical. A rota natural de infecção é feco-oral, o vírus é majoritariamente excretado pelo intestino e trato respriratório, embora a disseminação intestinal ocorre por períodos mais longos,. A transmissão vertical é mais limitada sendo geralmente atribuído uma taxa média de 2% e ocorre entre 17 e 19 dias após a infecção. Matrizes positivas para reovirus aviário podem apresentar perdas na eclosão e aumento de mortalidade inicial de pintos de até 5% por períodos de até 15 semanas.
A artrite/tenossinovite viral é uma das manifestações patológicas da infecção de distintos sorotipos e patotipos de Reovirus. Ele pode ser o causador direto ou em combinação com outros agentes pagenicos como o Mycoplasma e Staphylococcus de artrites em frangos e em reprodutoras, que em combinação agravam as perdas produtivas dos planteis.
O período de incubação difere dependendo do patotipo do vírus, idade do hospedeiro e exposição, podendo variar entre 3-14 dias.
A Artrite e tenossinovite viral é uma doença predominantemente de frangos, mas pode ser visto em matrizes também acarretando em fraqueza nas patas das aves. A enfermidade pode ser vista em aves de postura comercial, mas com menor frequência. A susceptibilidade maior em frangos de corte se dá por sua característica de ganho de peso e rápido desenvolvimento de tendões e patas, por outro lado, o desenvolvimento da imunidade dessas aves é mais lento quando comparado a aves de postura comercial.
O período de incubação difere dependendo do patotipo do vírus, idade do hospedeiro e exposição, podendo variar entre 3-14 dias.
O principal sinal clinico de artrite e tenesinovite viral é o inchaço de uma ou ambas articulações de jarrete (tibiotarso-tarsometatarso), causando claudicação aguda, ou pode passar desapercebido à campo e observado na planta de abate durante o processamento. Essa condição é observadas em frangos com idade entre 4 a 7 semanas de idade. Matrizes pesadas o aparecimento dos sinais clinicos geralmente ocorre na fase de maior ganho de peso e em pico de produção. A morbidade geralmente nao passa de 10% do lote e a taxa de mortalidade é baixa, variando de acordo com a patogenicidade do vírus presente no lote.
As lesões encontradas são edema e inflamação do jarrete e em casos mais severos ocorre a ruptura do tendão gastrocnêmio com ou sem erosão da capsula articular. A ruptura do tendão é acompanhada de presença de homorragia que pode levar a observação de coloração esverdeada na região do jarrete.
inoculadas em idade mais avançada, demonstrando que o Reovirus é idade dependente, fato esse que em lotes de frangos abatidos precocemente como griller, pode apresentar altos percentuais de condenas por artrites nas planta de abate.
A presença do vírus em tecidos nem sempre se correlaciona ao aparecimento de sinais clínicos e lesões macroscópicas, isso pode ser explicado pela diferencia de patogenicidade entre as cepas isoladas. A excressão viral ocorre por 3 semanas em frangos e a viremia ocorre por 10 dias após a infecção. O aparecimento de lesões microscópicas acontece entre 6-8 dias após a infecção em aves infectadas por cepas altamente virulentas de Reovirus causador de tenossinovite. Estas lesões microscópicas permanecem na ave por sua vida e ao ganhar peso durante sua fase de crescimento levam ao aparecimento de lesões macroscópicas e aparecimento dos sinais clínicos de claudição e edema de jarrete.
Evidencias cientificas apontam que aves mais jovens são susceptíveis à infecção por Reovirus, aves inoculadas precocemente apresentaram maior prevalência de sinais clínicos e mortalidade quando comparada a aves
O Reovirus aviário possui antígeno grupo e sorotipo especifico. A resposta imune humoral é primordial e anticorpos neutralizantes são mobilizados entre 7-10 dias pós infecção e com relação à imunidade precoce, (a detecção de) os anticorpos maternos podem ser detectados em pintos de corte logo no 1° dia de idade, facilitando a avaliação e eficiência dos programas de vacinais. Aves apresentando altos níveis de anticorpos maternais aliado a um programa de vacinas vivas e inativadas demonstram melhor resposta à infecção e menor aparecimento de sinais clínicos característicos de Artrite/Tenosinovites. A recuperação da infecção por reovirus envolvem células B e T, mas proteção é predominantemente mediada por células B.
BOM MANEJO COM VAZIO
SANITÁRIO E ADEQUADO
PROGRAMA DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DOS GALPÕES COM DESINFETANTES VIRICIDAS SÃO
IMPORTANTE FERRAMENTA PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DA DISSEMINAÇÃO DO PATÓGENO.
As premissas de Biosseguridade são extremamente importantes para manter os lotes livres ou controlados para Artrite viral, uma vez que o vírus está amplamente disseminado na avicultura e pode ser transmitido horizontal e verticalmente.
Os programas de vacinação para prevenir e controlar a artrite viral tem sido desenhados para a produção de altos níveis de anticorpos neutralizantes antireovirus. Estes anticorpos visam proteger diretamente matrizes, mas também a progênie através da transferência de anticorpos maternais para uma rápida e precoce proteção. Assim, programas nas matrizes tem sido desenhados fornecendo vacinas vivas e inativas para o desenvolvimento de imunidade humoral robusta, com altos níveis de títulos de anticorpos, com isso pintos de corte de um dia tem altos níveis de anticorpos maternos circulantes desde o primeiro dia de idade quando estes são mais susceptíveis a infecção por Reovirus.
Os programas nas matrizes trazem múltiplas doses (1-3)de vacinas vivas até 12 semanas, iniciando com a cepa 2177 no nascimento e
completando geralmente com mais doses de vacinas de cepa 1133. Após as 12 semanas, o programa segue mais doses de vacina inativada (1 a 3), incluindo além da cepa 1133, as cepas 1733, 2177 e 2408.
Mesmo diante de programas de vacinas monovalente ou multivalente nas matrizes algumas empresas optam por vacinar ao nascimento pintos de corte de 1 dia com vacina viva atenuada cepa 2177.
O surgimento de cepas variantes relacionadas à artrite viral e o aumento nas condenações de pernas nas plantas de abate, levou as empresas à busca de vacinas autógenas, utilizando o isolado das aves afetadas para o desenvolvimento de produto customizado. Esta prática tem se demonstrado bastante eficiente e indicada, pois historicamente o uso de vacinas de cepas homologas tem sido muito eficiente no controle da artrite viral. Este tipo de vacina por outro lado, necessita de atualização periódica das cepas circulantes a campo. O material para preparação dessas vacinas devem ser oriundos de articulações de pernas com problemas condenadas na planta de abate e devem ser atualizadas entre 4 a 6 meses, por questões de legislação e diversidade genética de novas cepas de campo. A vacinação com a combinação de cepas prevalentes de campo conferem uma proteção de amplo espectro.
Isolamento viral é indicado em casos de aves afetadas com aparecimento de sinais clínicos de artrite, por indicar uma relação causal. A amostra desejada neste caso é a pata inteira contendo o osso sesamoide hipotarsal junto com os tendões e deve ser enviada resfriada em temperatura próxima à 4°C ou congelada a -20°C para armazenamento para longos períodos.
Técnicas moleculares por RT-PCR tem sido muito utilização para identificação de Reovirus, pois é rápido, especifico e sensível. Através do sequenciamento molecular é possível determinar pela construção de arvore filogenética, distintos grupos, genótipos ou se uma nova cepa foi introduzida a um lote ou a mesma se disseminou em vários planteis, gerando grande valor analítico e investigativo.
Métodos sorológicos são bastante populares e acessíveis economicamente para determinar os níveis de anticorpos após vacinação ou desafios de campo. O teste de ELISA tem sido usado como ferramenta de triagem, entretanto, o valor do uso deste teste no diagnóstico da enfermidade tem sido limitado, geralmente por haver mais de um sorotipo circulando nos planteis, a interpretação é prejudicada com os testes comerciais disponíveis. A identificação de sorotipos diferentes podem ser obtidos através das técnicas de soroneutralização.
Nos últimos anos tem se observado um aumento drástico no percentual de condenações parcial ou total de uma ou das duas patas em determinados lotes de frangos de diferentes idades que chegam às plantas de abate em todo Brasil, onde 100% dos lotes analisados apresenta comprovadamente
positividade para Reovírus, portanto é comprovada a participação do agente na doença, porém observa-se a campo que em lotes que passaram por situações de imunossupressão por doenças como Gumboro, Anemia, Marek, Micotoxicoses, entre outras ou situações de fortes estresses os percentuais de condenas são maiores com maior gravidade das lesões. Isso pode ser uma explicação do porque nem todos os lotes positivos para Reovirus não apresentam lesões.
As lesões evidenciadas nas plantas da abate, que levam as condenas, podem ser leves, com pequenos inchaços em uma ou nas duas articulações, que à campo podem passar desapercebido a bolhas articulares contendo liquido que variam de coloração límpida, sanguinolenta ou purulenta, até processos inflamatórios com rompimento de tendões e processos inflamatórios agudos. Em todas as situações os prejuízos a indústria avícola são significativos, em especial as empresas que exportam pata para mercados onde esse produto é muito valorizado. Além do percentual de perda das patas descartadas, que atualmente varia no Brasil em média de 0,5 a 3%, consideramos a necessidade de redução na velocidade de abate em lotes com problema, em virtude do aumento de volume de carcaças retiradas na linha do DIF para se cortar as patas afetadas.
Aindústria avícola obteve um expressivo progresso em seu sistema de produção nos últimos anos, impulsionado por melhorias na genética, nutrição, ambiência, sanidade e gerenciamento da produção. A carne de aves destaca-se como uma das principais fontes de proteína animal, atendendo a crescente demanda global (Schmidt et al., 2018).
O sistema intensivo de produção avícola otimiza e impulsiona o desenvolvimento do setor, elevando a produtividade e fortalecendo o mercado. No entanto, esse modelo também aumenta a exposição e a disseminação de patógenos, agravando os desafios sanitários (Mehdi, 2018). Nos últimos anos, a indústria avícola enfrentou um surto significativo de aerossaculite em frangos de corte, associada a colibacilose e bronquite infecciosa das galinhas (Trevisol et al., 2022).
A colibacilose nas aves é uma doença infecciosa causada por Escherichia coli patogênica aviária
(APEC) (Jorgensen et al., 2017), acomete diversas espécies de aves com diferentes idades, causando infecções que podem ser localizadas ou sistêmicas (Katahyat et al., 2021), proporcionando elevada mortalidade e morbidade e significativos prejuízos à indústria avícola em todo o mundo (Hu et al., 2022). As principais manifestações clínicas da colibacilose aviária são peritonite, salpingite, infecção do saco vitelínico, celulite, colisepticemia, pericardite, aerossaculite, coligranuloma e artrite (Joseph et al., 2023).
Escherichia coli é um bacilo Gram-negativo, anaeróbio facultativo, não esporulado, que pertence à família Enterobacteriaceae. Este microrganismo possui flagelos que conferem motilidade, além de fímbrias ou pili que facilitam a adesão, e uma membrana externa rica em lipopolissacarídeos (LPS), importante fator de virulência (Nawaz et al., 2024).
Escherichia coli está amplamente distribuída na
natureza e faz parte da microbiota entérica de animais e humanos (Santos et al., 2018). No entanto, algumas cepas se diferenciam das comensais por codificarem fatores de virulência específicos, tornando-se capazes de causar doenças (Pokharel, Dakal, Dozois, 2023). O patotipo APEC pertence ao grupo de Escherichia coli patogênica extraintestinal (ExPEC), que inclui outros patotipos, como NMEC, UPEC e SEPEC associados a infecções em humanos (Meena et al., 2023).
Estudos indicam que cepas de APEC têm potencial zoonótico, com capacidade de causar infecções em humanos (Johnson et al., 2008). Essa característica é sustentada por semelhanças filogenéticas e genotípicas entre alguns subconjuntos de APEC e isolados humanos de ExPEC, além de evidências de que certas cepas aviárias causam doenças em modelos experimentais de infecção em camundongos (Tivendale et al., 2010).Além disso, APEC pode atuar como reservatório de genes de virulência e resistência a antimicrobianos, que podem ser disseminados na microbiota humana por meio de alimentos contaminados (Hornsey et al., 2019; Johnson et al., 2017).
APEC é conhecida por carrear um conjunto significativo de genes associados à virulência (VAGs), alguns reconhecidos por facilitar a invasão de células epiteliais e a sobrevivência em aves, permitindo que o microrganismo seja capaz de disseminar-se do local inicial de colonização para outros órgãos (Cummins et al., 2019)
A caracterização molecular de APEC é complexa e passou por revisões recentes conforme descrito em Johnson et al., (2022) que propuseram um esquema de tipagem para APEC de alto risco. Clermont et al. (2019) consideram que as cepas de APEC estão reunidas no filogrupo G.
Nos últimos anos, tem-se utilizado o sequenciamento de genoma completo (whole genome sequencing- WGS) e a tipagem molecular por MLST (Multilocus Sequence Typing) para realizar a determinação do
sequence type (ST). Esse método permite a análise de sequências de diversos genes conservados em diferentes isolados bacterianos (Johnson et al., 2022). O sistema MLST examina de sete a dez genes constitutivos (necessários para a manutenção de funções celulares básicas), como adK, fumC, gyrB, mdh, purA, recA e trpA (http://mlst.ucc.ie/mlst/dbs/Ecoli), escolhidos pela sua estabilidade e ampla presença em cepas de E. coli Isso possibilita uma avaliação robusta da diversidade genética entre as cepas (Clermont et al., 2013).
A linhagem ST131 é amplamente reconhecida por sua relevância clínica em infecções humanas, especialmente devido à sua resistência a múltiplos antimicrobianos. Embora comumente associada a infecções em humanos, a ST131 também pode ser encontrada em animais (Saidenberg et al., 2020). Além disso, estudos de Lozica et al. (2021) demonstraram que as linhagens ST131, ST117 e ST95 possuem alta prevalência em isolados de matrizes de frango de corte, estando especialmente relacionadas a casos de salpingite
A colibacilose nas aves é uma doença infecciosa causada por Escherichia coli patogênica aviária (APEC), acomete diversas espécies de aves com diferentes idades, causando infecções que podem ser localizadas ou sistêmicas, proporcionando elevada mortalidade e morbidade e significativos prejuízos à indústria avícola em todo o mundo.
Estudos sobre o potencial zoonótico da ST131 em aves indicam que essas cepas podem representar um risco à saúde pública devido à sua resistência a antibióticos e à presença de genes de virulência semelhantes aos encontrados em cepas humanas. Isso sugere que as aves podem atuar como reservatórios de cepas patogênicas de E. coli, contribuindo para a disseminação de infecções entre animais e humanos (Saidenberg et al., 2020; Forde et al., 2019)
A linhagem ST117 está associada a cepas altamente virulentas, capazes de promover infecção de trato urinário humano e sepse (Cummins et al., 2022; Saidenberg et al., 2022) esssa característica reforça a importância de investigar e identificar tais cepas na produção avícola
No que tange a tipagem baseada no antígeno somático, as cepas do sorogrupo O78 de Escherichia coli patogênica para aves mostram similaridade genética entre isolados de aves e humanos, sugerindo a possibilidade de transmissão entre espécies (Ha, et al., 2023). A presença de genes de resistência em cepas aviárias indica risco de transmissão a humanos, ressaltando a importância de monitoramento e manejo adequados para prevenir surtos e proteger a saúde pública (Meaht, et al., 2021).
Recentemente Nawaz et al. (2024) relatam que os sorogrupos de APEC predominantes na América do Sul são O1, O2, O6, O55, O78, O157, O111, O114, O119, O124 e O148 os quais também foram associados a infecções extraintestinais em humanos, destacando a conexão entre a saúde animal e humana.
Os genes de virulência presentes em E. coli patogênica aviária são determinantes para a sua capacidade de causar doenças. Esses estão envolvidos em processos como a adesão às células hospedeiras (fimH, papC, tsh) evasão do sistema imunológico (kpsM, iss, ompT), aquisição de nutrientes (iroN, iucD, iutA), produção de toxinas (hlyF, astA), formação de
biofilmes (SdiA, LuxS, Pfs) e regulagem de expressão gênica - TCSs (PhoPQ, BasSR, BarAUvrY) (Nolan et al., 2013; Johnson et al., 2008; Barbieri, et al., 2013; Zuo, et al., 2019; Thomrongsuwannakij, et al., 2020) .
APEC foi considerada um patógeno secundário, que causava surtos devido a imunossupressão por infecções virais concomitantes, práticas de manejo inadequadas ou higiene insuficiente dos ovos, no entanto, pesquisas recentes identificaram o seu papel potencial como patógeno primário capaz de causar doenças graves e alta mortalidade na ausência de fatores imunossupressores (Newman et al., 2021).
A transmissão de APEC pode ocorrer via horizontal por contato com ambiente, fômites, ração e água contaminados (Kathayat et al., 2021). Já a via vertical resulta da infecção do trato reprodutivo da fêmea que promoverá infecção do embrião, resultando em morte embrionária, nascimento de animais com baixo índice zootécnico e maior predisposição a doenças (Giovanardi et al., 2005, Poulsen et al., 2017).
O controle da colibacilose na produção avícola fundamenta-se em práticas de biosseguridade, enquanto que tratamento baseia-se na antibioticoterapia. Todavia, com o fenômeno de resistência bacteriana aos antimicrobianos, a busca por métodos alternativos tem se tornado uma necessidade urgente, visando assegurar a eficácia do controle e a sustentabilidade da produção avícola. Abordagens como o uso de probióticos, prebióticos, bacteriófagos e vacinas têm se mostrado promissoras no controle da APEC.
Investir em alternativas aos antimicrobianos, aprimorar práticas de biosseguridade e ampliar a disseminação dos conhecimentos científicos são ações fundamentais para mitigar os riscos zoonóticos associados à APEC, protegendo tanto o setor avícola quanto a saúde pública.
Investimentos em pesquisa para impulsionar o progresso equilibrado e sustentável na saúde e produtividade das aves.
O ovo é considerado o segundo alimento mais completo para o ser humano, perdendo apenas para o leite materno. O ovo é rico em proteínas, vitaminas B12, D, A, e minerais como ferro e selênio, essenciais para a saúde muscular, cerebral e imunológica. Sua versatilidade na culinária – presente em pratos como omeletes, quiches e sobremesas – o torna um ingrediente indispensável e acessível, promovendo uma alimentação equilibrada.
Thiago William de Almeida Consultor em Nutrição Animal
Oconsumo de ovos varia conforme a cultura gastronômica e são usados globalmente, sendo os maiores consumidores a China, México, Japão e Paraguai. Nos últimos 10 anos, o consumo de ovos no Brasil aumentou significativamente, passando de 168 ovos
Gisele Dela Ricci
Zootecnista (Unesp) | Mestre, doutora e pós-doutorado em Produção e Ciência Animal (USP) | Atualmente é coordenadora técnica e redatora na Mundo Agro
por pessoa para 242 ovos, o que representa um crescimento de cerca de 44%. Esse aumento está diretamente relacionado à maior conscientização sobre os benefícios nutricionais dos ovos e ao crescimento da indústria avícola.
O segredo para o enriquecimento nutricional dos ovos está na alimentação das galinhas poedeiras. Os nutrientes presentes na dieta são metabolizados pelas aves e transferidos para a gema, resultando em um produto final com maior valor nutricional
Ingredientes como linhaça, óleo de peixe e microalgas são adicionados à ração das aves, ricos em ácidos graxos essenciais como o ômega-3.
Linhaça: Uma fonte natural de ácido alfa-linolênico (ALA), que pode ser convertido em EPA e DHA pelo organismo humano.
Óleo de peixe: Rico em EPA e DHA, é um dos ingredientes mais eficazes para aumentar os níveis desses ácidos graxos nos ovos.
Microalgas: Uma fonte alternativa e sustentável de ômega-3, especialmente para sistemas de produção que desejam evitar o uso de produtos de origem animal.
A suplementação com vitamina E tem mostrado bons resultados devido à sua ação antioxidante, protegendo as células do estresse oxidativo e melhorando a produ ção de ovos, especialmente em climas quentes. Outro mineral utilizado tem sido o selênio, um importante antioxidante, que quando suplementado na dieta das aves, aumenta os níveis desse mineral nos ovos, beneficiando a saúde humana.
O uso de fontes orgânicas de selênio, como a levedura enriquecida, é mais eficaz para elevar sua concentração na gema.
A demanda por ovos enriquecidos com ômega-3, vitaminas e minerais têm ganhado força, uma vez que os consumidores estão mais atentos à saúde e ao bem-estar animal estão impulsionando a aceitação de produtos com benefícios
Para garantir que os ovos enriquecidos atendam aos padrões estabelecidos, é essencial realizar análises periódicas da ração e dos ovos. Amostras são coletadas para confirmar os níveis de ômega-3, vitamina E e Selênio, além de monitorar a qualidade geral do produto, como cor da gema, textura da casca e sabor.
O aumento da demanda por ovos enriquecidos reflete uma mudança no comportamento do consumidor, que busca alimentos mais funcionais e nutritivos. Além disso, esses ovos oferecem uma alternativa prática para melhorar a ingestão de ácidos graxos essenciais, sem a necessidade de suplementos ou fontes alimentares mais caras.
os ovos enriquecidos são uma solução eficiente e acessível para quem busca uma dieta mais equilibrada e nutritiva.
Essa tendência oferece uma ótima oportunidade para os produtores agregarem valor ao produto, atendendo à crescente demanda por alimentos que promovem saúde e bem-estar. A indústria avícola tem investido em tecnologias, como a alimentação personalizada com rações fortificadas, enriquecidas com nutrientes essenciais. Isso resulta em ovos com características nutricionais aprimoradas, atendendo a um mercado cada vez mais exigente por produtos saudáveis e funcionais.
Deste modo, os ovos enriquecidos são uma solução eficiente e acessível para quem busca uma dieta mais equilibrada e nutritiva. O processo de enriquecimento, que envolve ajustes na alimentação das aves, resulta em um produto de alto valor agregado, alinhado com as tendências de saúde, bem-estar e sustentabilidade.
DIVISOR
PROTETOR
A implementação de boas práticas de manejo para promover o bem-estar de bovinos de corte deve priorizar o fator humano, especialmente o papel dos manejadores que lidam diretamente com os animais. No entanto, o processo de conscientização não pode se limitar a oficinas e palestras, sendo essencial incorporar outros elementos que reforcem o aprendizado e a aplicação prática dessas boas práticas.
No contexto da produção de bovinos, o manejador ocupa uma posição central. O bem-estar dele é um componente
indispensável para o sucesso no manejo do gado, pois não se pode falar em bem-estar animal sem garantir que os profissionais envolvidos também vivam em condições que promovam sua saúde e qualidade de vida.
Nesse sentido, as diferenças culturais existentes no país precisam ser consideradas, pois podem influenciar positivamente ou negativamente as práticas de manejo.
Muitas condutas inadequadas, perpetuadas ao longo de décadas, foram transmitidas de geração em geração. A mudança desses comportamentos demanda tempo, paciência e compreensão. Para que as novas práticas voltadas ao bem-estar animal sejam efetivamente assimiladas e aplicadas, os manejadores precisam entender a importância de abandonar hábitos ultrapassados e aderir a técnicas modernas de manejo.
O manejo nas fazendas deve ser projetado para minimizar o estresse dos animais. Uma forma de alcançar esse objetivo é por meio do treinamento contínuo e do acompanhamento da equipe, com orientações periódicas que reforcem boas práticas. Além disso, a adequação das instalações e a criação de uma rotina de trabalho racional são fundamentais para reduzir o estresse tanto para os animais quanto para os trabalhadores.
É possível alcançar altos níveis de desempenho e produtividade com um manejo que promova o bem-estar animal, desde que haja uma programação bem definida, com processos claros que permitam a conferência e o acompanhamento sistemático. O bem-estar animal contribui significativamente em todas as fases da criação dos bovinos de corte, refletindo diretamente nos índices zootécnicos e na qualidade final dos produtos.
Para isso, as instalações devem ser projetadas de forma a minimizar distrações, permitindo que os animais se movimentem de maneira fluida, o que facilita as atividades diárias e otimiza os índices produtivos. Paralelamente, essas instalações devem oferecer segurança para os manejadores, reduzindo o risco de acidentes e criando um ambiente de trabalho mais eficiente e seguro.
A bovinocultura é uma atividade de grande relevância econômica no Brasil, contribuindo para a produção de alimentos de alta qualidade. Contudo, é imperativo que, ao longo do ciclo de produção, os animais tenham garantidas condições de vida digna, livres de dor e sofrimento, com alimentação adequada e manejo sanitário eficiente.
O manejo nas fazendas deve ser projetado para minimizar o estresse dos animais.
Após mais de duas décadas sem o lançamento de um novo promotor de crescimento, o setor suinícola brasileiro recebe uma excelente notícia: a Farmabase Saúde Animal apresenta o HI-GROW®, uma nova molécula antimicrobiana, a base de nosieptida, destinada exclusivamente para utilização em aves e suínos, via ração. Essa molécula chega ao mercado promovendo significativa melhora na taxa de ganho de peso e na eficiência alimentar, refletindo em benefícios econômicos e ambientais notáveis.
A nosieptida representa um divisor de águas para o desempenho produtivo na suinocultura. Estudos de performance realizados em um grande número de animais no Brasil, demonstraram que em apenas 14 dias de suplementação na fase de crescimento, os suínos suplementados com HIGROW® ganharam 1,46 kg a mais em comparação aos não suplementados. Quando a suplementação foi estendida por 28 dias, o ganho adicional de peso chegou a 2,04 kg.
Em uma granja de 10.000 matrizes com abate mensal de 23.333 suínos, o impacto da nosieptida na economia de ração é expressivo. O uso da molécula melhorou a conversão alimentar e resultou em uma redução do consumo de ração de até 102 toneladas por mês,
o que equivale a 1.224 toneladas de ração economizadas anualmente. Essa economia de ração significa deixar de consumir aproximadamente 145 hectares de milho e 94 hectares de soja/ano.
Figura 2. Com o uso de HI-GROW®: menor área de plantio de milho e soja.
A sustentabilidade é um tema cada vez mais relevante na produção animal, e HI-GROW® oferece uma solução eficiente e ambientalmente responsável. Essa economia de recursos agrícolas não só diminui a pressão sobre o uso da terra, mas também contribui para a preservação dos recursos hídricos e a redução das emissões de gases de efeito estufa associadas à produção de grãos. Dessa forma, HI-GROW® se consolida como uma ferramenta que alia produtividade à responsabilidade ambiental, promovendo uma suinocultura mais sustentável.
Outro fator que torna o HI-GROW® uma opção atrativa para os suinocultores é o seu período de carência zero. Isso significa que a molécula pode ser utilizada na alimentação dos suínos até o momento do abate. Essa característica garante a segurança alimentar e agrega valor à cadeia produtiva, atendendo às exigências de mercados rigorosos em termos de segurança e qualidade.
O uso da nosieptida como melhorador de desempenho representa um avanço importante para a suinocultura, unindo eficiência produtiva e compromisso com a sustentabilidade. Com um período de carência zero e a capacidade de reduzir a conversão alimentar, HI-GROW® oferece uma alternativa segura e eficaz para a produção de carne suína.
Essa inovação permite que os suinocultores melhorem seus resultados econômicos ao mesmo tempo em que contribuem para a preservação ambiental, atendendo às expectativas de consumidores mais conscientes, em um mundo em que a sustentabilidade se torna cada vez mais central.
Graziela Rigolin de Almeida Andrade de Souza
Gerente Corporativa da Garantia da Qualidade na Pif Paf Alimentos
OBrasil ocupa uma posição de destaque como um dos maiores exportadores mundiais de carnes de aves, suínas e bovinas, sendo essencial para a economia global. Para que as empresas brasileiras possam exportar seus produtos, é necessário que cumpram exigentes processos de fiscalização e inspeção, garantindo que atendem às legislações nacionais e internacionais. O Serviço de Inspeção Federal (SIF) e a habilitação para exportação são requisitos fundamentais para que os
estabelecimentos estejam aptos a comercializar no exterior.
Em 2023, o Brasil exportou mais de 8 milhões de toneladas de produtos de origem animal, com faturamento superior a US$ 23 bilhões, atendendo a mais de 150 países. A carne bovina representou 38% das exportações, seguida pela carne de frango (34%) e carne suína (10,5%). Os principais destinos da carne brasileira incluem China, Estados Unidos, Japão, Hong Kong, Chile e Filipinas.
Embora todos os estabelecimentos registrados no SIF possam exportar, é necessário que cada país importador permita a habilitação do estabelecimento, um processo que pode ocorrer de diferentes formas. Um exemplo é a Missão Internacional, onde a autoridade sanitária do país importador realiza auditorias in loco, como no caso da China e União Europeia. Outra forma é a Habilitação pelo MAPA, que avalia se o estabelecimento atende aos requisitos sanitários do país e o inclui na lista de estabelecimentos autorizados, como é o caso do Japão. Já na Indicação pelo MAPA, o governo brasileiro avalia a conformidade e notifica o país importador para análise, como ocorre com a África do Sul e Canadá.
Esses processos de habilitação são assegurados por Certificados Sanitários Internacionais (CSI), que garantem a conformidade dos produtos com as exigências do mercado internacional.
Um dos maiores desafios para as empresas
brasileiras é atender às exigências específicas de cada país, como monitoramento microbiológico, controle de temperatura, rotulagem e requisitos religiosos (como o abate Halal). O acesso a essas informações nem sempre é fácil, o que exige uma adaptação constante das empresas para garantir a conformidade com as legislações internacionais.
No entanto, com o apoio do governo e de processos contínuos de aprimoramento, as empresas têm superado esses obstáculos. Isso garante que o Brasil continue a ser um fornecedor global de carne de alta qualidade e seguro.
Apesar dos desafios enfrentados, o Brasil tem ampliado suas exportações e expandido sua presença nos mercados internacionais. Representando mais de 80% do faturamento das exportações do agronegócio, a carne brasileira é reconhecida pela qualidade e segurança, sendo fornecida a consumidores de todo o mundo. O processo de habilitação continua a ser fundamental para garantir a competitividade do Brasil e a confiança global nos seus produtos de origem animal.
Referências
Relatório Anual 2024 – ABPA - https://abpa-br.org/ wp-content/uploads/2024/04/ABPA-RelatorioAnual-2024_capa_frango.pdf
Beef Report 2024 – ABIEC - https://www.abiec.com.br/ publicacoes/ beef-report-2024-perfil-da-pecuaria-no-brasil/ https://www.gov.br/agricultura/pt-br/
AFeicorte 2024, uma das maiores feiras da cadeia produtiva da carne na América Latina, marcou um retorno significativo após 10 anos de ausência, o evento foi visitado por 8 mil pessoas em cinco dias, localizada em Presidente Prudente (SP) como um centro
estratégico para o setor pecuário. Realizada de 19 a 23 de novembro no Recinto de Exposições Jacob Tosello, a feira destacou inovações, sustentabilidade e negócios na pecuária de corte.
1. Abertura Oficial: Com a presença do governador Tarcísio de Freitas, o evento celebrou o lançamento do Sistema de Identificação e Rastreabilidade de Bovinos e Bubalinos (Sirbov-SP) e a entrega de mais de 500 títulos de regularização fundiária para produtores rurais.
2. Programação Técnica e Leilões:
• Painéis técnicos: Discussões sobre genética, sistemas de produção (ILPF), sanidade animal e gestão integrada do ciclo pecuário, oferecendo ferramentas práticas para maior lucratividade no setor.
• Leilões de excelência: Touros Nelore, matrizes e animais de elite, além do Leilão Pecuária Solidária, que arrecadou fundos para entidades beneficentes.
3. Showcases Tecnológicos e Degustações:
• Área demonstrativa de integração lavourapecuária-floresta (ILPF) com exposições dinâmicas.
• O espaço “Beef Hour” proporcionou networking e degustação de carnes premium.
4. Participação Acadêmica: O 2º Simpósio ReprodOeste - Edição Matrizes, promovido pela Unoeste, debateu o impacto da reprodução na produtividade pecuária.
A escolha de Presidente Prudente, com cerca de 1,6 milhão de cabeças de gado, reforçou a importância da região no cenário nacional. Além disso, a Feicorte impulsionou debates sobre sustentabilidade e rastreabilidade, consolidando o estado de São Paulo como uma potência global na produção de carne.
Esse evento não foi apenas uma feira, mas um ponto de encontro de produtores, pesquisadores e empresas que celebraram os avanços do setor e construíram estratégias para o futuro.
A Mundo Agro esteve no 28º Congresso Latino-Americano de Avicultura (OVUM 2024), realizado de 13 a 15 de novembro em Punta del Este, Uruguai.
Oevento reafirmou sua relevância ao reunir mais de 3.500 participantes já no primeiro dia. O evento contou com uma exposição comercial de 7.000 m², envolvendo 200 expositores que apresentaram inovações tecnológicas, soluções nutricionais e avanços em saúde animal, além de promover inúmeras oportunidades de negócios.
As conferências destacaram os principais desafios e avanços do setor, com temas como sustentabilidade, inovação tecnológica e sanidade animal. Entre os palestrantes, Emilio Porta ressaltou o papel estratégico da avicultura latino-americana na segurança alimentar global, enquanto Nicolás Ferreira trouxe perspectivas inovadoras sobre startups e bionegócios.
Um ponto alto foi a visita do presidente uruguaio Luis Lacalle Pou, que reforçou a importância do evento para a avicultura regional e o reconhecimento governamental ao setor. A programação também celebrou a cultura local, integrando apresentações artísticas e momentos de descontração, além de uma premiação da Associação LatinoAmericana de Avicultura (ALA).
Com debates ricos e troca de experiências, o OVUM 2024 se consolidou como um marco para o futuro da avicultura, promovendo avanços tecnológicos e fortalecimento das relações entre os profissionais do setor. A expectativa é que os aprendizados impulsionem ainda mais a competitividade e sustentabilidade da avicultura na América Latina.
A Aviagen se reuniu com seus clientes para discutir como a linhagem Ross® 308 AP pode contribuir para atender à crescente demanda por proteína nutritiva e sustentável na região
As equipes de vendas e atendimento ao cliente da Aviagen® América Latina, provenientes de diversos países da América Latina, como Argentina, Brasil, América Central, México, Caribe (CAME), Colômbia, Peru e outros da América do Sul, se reuniram no 28º Congresso Latino-Americano de Avicultura (OVUM) para compartilhar conhecimentos e fortalecer parcerias.
Com o lema “Criando o sucesso juntos”, a Aviagen discutiu com seus clientes como a linhagem Ross® 308 AP pode ajudar a atender à crescente demanda por proteína sustentável. Durante o evento, especialistas abordaram temas como a disponibilidade global de grãos, destacando as previsões favoráveis para os
próximos meses e os fatores que podem afetar o mercado, como tarifas e mudanças climáticas. O consultor Paul Aho apresentou essa visão sobre o mercado de grãos.
Santiago Lovera, gerente de Serviços Técnicos da Aviagen para a América do Sul (exceto Brasil), enfatizou a importância do manejo adequado na primeira semana de vida dos frangos de corte, destacando como isso pode otimizar o crescimento, a conversão alimentar e a qualidade da carne.
Santiago Avendaño, vice-presidente global de P&D do Grupo Aviagen e natural do Uruguai, falou sobre os avanços genéticos que tornam a produção avícola mais sustentável, como a redução de custos com ração e as emissões de
carbono. Ele também discutiu o impacto das diferentes fontes de soja e as tendências de bem-estar animal, que exigem um portfólio genético diversificado.
“O OVUM 2024 foi uma oportunidade valiosa para fortalecer nossa conexão com a comunidade avícola latino-americana, por meio das nossas diversas subsidiárias e equipes”, afirmou Ivan Pupo Lauandos, presidente da Aviagen América Latina. “Na Aviagen, estamos comprometidos em compartilhar os mais recentes conhecimentos
e inovações, ajudando a indústria a avançar no bem-estar das aves, desempenho e sustentabilidade. Com operações locais na Argentina, Brasil, Colômbia e Peru, e uma equipe dedicada de vendas e serviços, nos destacamos por estarmos mais próximos dos nossos clientes do que qualquer outra empresa de melhoramento genético. Nosso envolvimento contínuo com o Congresso Latino-Americano de Avicultura reflete esse compromisso, e estamos ansiosos para seguir nessa jornada na próxima edição do OVUM, em 2026, na Guatemala”.
AVIAGEN AMÉRICA LATINA PROMOVE
“CONHECIMENTO
SEM FRONTEIRAS” PARA AVICULTORES NO URUGUAI.
Como parte da série “Conhecimento sem Fronteiras”, a Aviagen realizou no dia 12 de novembro de 2024, em Punta del Este, Uruguai, um evento paralelo ao Congresso Latino-Americano de Avicultura (OVUM 2024), reunindo 120 clientes de países como Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. O encontro ofereceu uma oportunidade exclusiva para os participantes acessarem conteúdos especializados sobre manejo, genética e bem-estar animal antes do Congresso. A programação incluiu palestras sobre temas estratégicos, como estratégias de manejo de matrizes, técnicas de incubação, manejo inicial de frangos de corte, avanços genéticos e nutrição, apresentados por especialistas da Aviagen. O evento, que também contou com sessões interativas e discussões dinâmicas, reforçou o compromisso da Aviagen em capacitar seus clientes e promover uma produção avícola mais saudável e sustentável.
Bernardo Gallo, Vice-presidente da Cobb para a América Latina e Canadá ressaltou a relevância do evento para o setor avícola.
A Cobb-Vantress teve presença marcante no 28º Congresso Latino-Americano de Avicultura (OVUM), realizado de 12 a 15 de novembro, em Punta del Este, Uruguai. Durante o evento, Bernardo Gallo, vice-presidente da CobbVantress para a América Latina e Canadá, destacou o papel essencial do OVUM como ponto de encontro para parceiros de negócios e uma oportunidade de celebrar um ano significativo para o setor avícola.
No estande da empresa, o grande destaque foi o CobbMale, que vem apresentando resultados expressivos no campo. “Estamos aqui para compartilhar os excelentes resultados que temos alcançado com o CobbMale e para fortalecer laços com nossos clientes, apresentando serviços e estreitando parcerias,” declarou Bernardo Gallo.
Estamos aqui para compartilhar os excelentes resultados que temos alcançado com o CobbMale e para fortalecer laços com nossos clientes
Como parte de sua estratégia, a Cobb levou um grupo seleto de clientes para vivenciar a experiência do evento, explorar a feira e conhecer a cidade de Punta del Este, reforçando seu compromisso com o mercado.
F i q u e p o r d e n t r o d a s p r i n c i p a i s n o t í c i a s d o s e t o r !
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S A I B A M A I S !
A empresa apresentou inovações para o setor avícola e homenageou o Dr. Arnoldo Ruiz, destacando seu compromisso com o desenvolvimento e sustentabilidade da avicultura na América Latina
A equipe da Hubbard® na América Latina participou em peso do OVUM 2024. Durante o evento, a empresa apresentou o Hubbard Efficiency Plus, um produto inovador desenvolvido para atender às necessidades dos produtores exigentes, além de uma linha de produtos voltados para o segmento de aves Premium. A equipe também manteve importantes diálogos com clientes e parceiros, reforçando seu compromisso com a inovação contínua e com a satisfação das demandas do mercado latino-americano.
Mark Barnes, gerente geral da Hubbard na América Latina (exceto Brasil), destacou a relevância de eventos como o OVUM para o desenvolvimento da avicultura regional. “Participar de eventos como este é fundamental para a troca de experiências e inovações no setor. Acreditamos que, ao estreitar laços com nossos parceiros, contribuímos para o crescimento e desenvolvimento da avicultura na região”, afirmou.
Carlos Antonio Costa, diretor de Negócios da Hubbard no Brasil, também ressaltou a importância da participação da empresa no evento. “A participação no OVUM 2024 não apenas solidificou a presença da empresa no mercado, mas também reafirmou seu papel como uma das líderes na indústria avícola na América Latina”, disse.
Homenagem. Durante o evento, a Hubbard homenageou o Dr. Arnoldo Ruiz, que se aposentou após mais de 25 anos de dedicação à empresa, deixando um legado de profissionalismo e comprometimento. A empresa organizou uma recepção especial em sua homenagem, com a presença de representantes do Grupo Neria, distribuidor da Hubbard no México, e da Genher, distribuidora na Argentina. O Dr. Ruiz recebeu uma placa e presentes como reconhecimento por sua valiosa contribuição à empresa e à indústria avícola.
A participação no OVUM 2024 não apenas solidificou a presença da empresa no mercado, mas também reafirmou seu papel como uma das líderes na indústria avícola na América Latina
Durante o 28º Congresso Latino-Americano de Avicultura (OVUM 2024), realizado em Punta del Este, Uruguai, a Evonik compartilhou estratégias de nutrição de aves com foco na melhoria do desempenho, no bem-estar e na sustentabilidade. A empresa destacou a importância da metionina, do ácido guanidinoacético (GAA), e estratégias para reduzir custos com ração, oferecendo soluções mais precisas para a produção avícola.
Victor Naranjo, diretor Técnico da Evonik, explicou que uma das principais tendências na nutrição de aves modernas é a redução dos níveis de proteína bruta nas dietas. Essa mudança oferece múltiplos benefícios, como redução de custos com formulação, atendimento às exigências das linhagens genéticas e diminuição da excreção de nitrogênio, o que resulta em menor impacto ambiental. A abordagem da Evonik foca em uma nutrição mais precisa, com a adição de aminoácidos, como a metionina, por exemplo, para garantir os requisitos nutricionais sem sobrecarregar os custos.
Nei Arruda, diretor de Marketing Estratégico de Essencial Nutrition da Evonik, ressaltou a relevância da metionina, o primeiro aminoácido limitante em dietas para aves. Para otimizar o uso da metionina, é essencial garantir sua biodisponibilidade, o que permite atender às exigências nutricionais de maneira mais econômica. O uso de fontes suplementares de metionina é necessário, já que 70% vem de soja e milho, enquanto os
30% restantes devem ser fornecidos por suplementos.
A DL-Metionina, considerada uma das fontes mais eficazes, se destacou na apresentação.
Estudos mostraram que ela é 100% disponível para cobrir as necessidades de metionina e cisteína das aves, beneficiando também a qualidade das penas e a saúde das aves, o que reduz perdas por lesões de pele.
Outro grande destaque da Evonik foi o uso de ácido guanidinoacético (GAA) na formulação de rações. Naranjo enfatizou que o GAA tem um papel essencial no metabolismo energético das aves, pois é convertido em creatina, que melhora o transporte de fósforo para a produção de ATP, crucial para a eficiência
GAA permite a redução significativa dos custos
Além de reduzir custos com a energia da dieta, o uso de GAA também contribui para melhorar o rendimento de carcaça e reduzir a incidência
representa cerca de 50% do custo da ração e, portanto, um terço do custo total da produção de aves”, explicou Naranjo.
BENEFÍCIOS DO GAA: MELHORA NA
Vinicius Teixeira, gerente Técnico da Evonik, abordou os benefícios adicionais do GAA, incluindo a melhoria na conversão alimentar. Estudos indicaram uma melhoria de até cinco pontos na conversão alimentar quando o GAA é combinado com manejo adequado e ambiente controlado. O GAA não apenas
melhora o desempenho de crescimento das aves, mas também otimiza o rendimento da carcaça e a utilização de nutrientes, o que aumenta a margem sobre os custos de
Anita Menconi, diretora de Negócios da Linha de Especialidades de Monogástricos da Evonik nas Américas, explicou que a creatina desempenha um papel fundamental no equilíbrio energético das células musculares. Como a creatina não é estável nas condições de fabricação de rações, o ácido guanidinoacético foi desenvolvido como precursor, fornecendo uma solução prática para suprir as necessidades de creatina das aves, especialmente em animais de rápido crescimento.
A suplementação de GAA na ração ajuda a compensar a lacuna na síntese endógena de creatina, garantindo que as aves recebam a quantidade necessária para um desempenho otimizado.
A Giordano Global, líder mundial em soluções inovadoras para o setor avícola, marcou presença no 28º Congresso Latino-Americano de Avicultura (OVUM), realizado entre os dias 12 e 15 de novembro em Punta del Este, Uruguai. O evento, um dos maiores do setor na América Latina, reuniu mais de 3.200 participantes de 50 países e serviu como palco para discussões sobre as tendências, desafios e inovações na avicultura.
Durante sua participação no OVUM 2024, a Giordano Global destacou seus produtos de ponta, com ênfase no EggsCargoSystem®, um sistema revolucionário para o transporte seguro e eficiente de ovos para consumo. A empresa, com um portfólio abrangente de soluções para a avicultura, demonstrou como o EggsCargoSystem® pode transformar a logística do setor, garantindo maior segurança, eficiência e qualidade na distribuição dos ovos, desde a origem até a incubadora.
A Giordano Global é uma empresa de destaque internacional, especializada em soluções para o transporte, manejo e bem-estar das aves, com foco na inovação, qualidade e sustentabilidade. Seu portfólio inclui o EggsCargoSystem® e outras soluções para a avicultura, atendendo às necessidades dos produtores ao redor do mundo com produtos de alta tecnologia e desempenho.
Duda da Silva, Gerente de Unidade de Negócios da Giordano Global na América Latina, ressaltou a importância de soluções como o EggsCargoSystem® para a avicultura moderna. “A logística eficiente do transporte de ovos férteis é fundamental para garantir a qualidade dos pintos e o sucesso das granjas. O EggsCargoSystem® é a resposta às necessidades de um mercado cada vez mais exigente, permitindo que os produtores de todo o mundo transportem seus ovos com segurança, reduzindo perdas e otimizando os custos”, afirmou Duda.
A PhageLab, uma das maiores produtoras de fagos do mundo, participou do XXVIII
Congresso Latino-americano de Avicultura (OVUM 2024). Nicolas Ferreira, diretor de vendas da empresa, apresentou ao público a trajetória da PhageLab e seus avanços tecnológicos no mapeamento de bactérias locais e produção de fagos feita sob medida para a redução de uso de antimicrobianos.
Nicolas também teve a oportunidade de apresentar as pesquisas realizadas em campo diretamente aos produtores e revelou aos granjeiros como todo investimento e desenvolvimento da PhageLab têm garantido maior produtividade e maior competitividade para o Brasil e demais regiões.
“Nosso compromisso com a inovação na indústria animal é o que nos move e participar da OVUM foi uma oportunidade gigante de troca com o setor avícola da América Latina.
Conseguimos demonstrar, com exemplos de campo e situações reais, tudo que estamos construindo e investindo neste último ano para o desenvolvimento do cultivo de frango, principalmente no Brasil. Para nós, pesquisa e desenvolvimento são as chaves para o futuro e os pilares da nossa empresa e dividir os avanços que temos tido e nossos investimos anuais - que somam cerca de USD 4 milhões em pesquisa e desenvolvimento - foi muito gratificante”, afirmou Nicolas.
A PhageLab utiliza inteligência artificial e machine learning para diagnóstico de bactérias específicas do Brasil e recomendação de tratamento com fagos feitos sob medida, alcançando uma eficácia de 93%. Fundada em 2010 no Chile, a empresa foi reconhecida como uma das 100 startups pioneiras em tecnologia pelo Fórum Econômico Mundial em 2024.
Desde 2021, a empresa está presente no Brasil com uma operação no Paraná, estado responsável por mais de 1/3 da produção aviária brasileira e, este ano, iniciou um trabalho com um modelo disruptivo com base em resultados para tratar Salmonella em frangos. Este modelo tem tido uma excelente receptividade no setor.
O trabalho em campo nos últimos 3 anos com a indústria local permitiu adotar, conjuntamente com os produtores, melhores práticas de manejo, aumentando a eficácia dos tratamentos e, por outro lado, criando novos produtos para atender às necessidades e realidade dos granjeiros. Com isso, a PhageLab busca contribuir para elevar a forma como as carnes de frango são produzidas e exportadas de maneira segura e sustentável - do Brasil para o mundo.
Para 2025, a PhageLab seguirá com foco em seu pilar de atuação. “Nosso compromisso permanece no ano que vem. Seguiremos contribuindo para favorecer ainda mais a produção animal, com o propósito que caminhe de mãos dadas com ainda mais foco em segurança e sustentabilidade, tanto no Brasil quanto no mundo”, finaliza o executivo.
A Phibro Saúde Animal, patrocinadora diamante do XXVIII Congresso LatinoAmericano de Avicultura (OVUM 2024), realizado entre 13 e 15 de novembro em Punta del Este, Uruguai, promoveu um simpósio satélite focado em “Superando Desafios Sanitários para Alcançar uma Ótima
Produtividade”. A empresa trouxe à tona discussões sobre a saúde intestinal das aves, destacando as soluções para controle de enfermidades digestivas e transtornos não infecciosos que afetam a produção avícola.
Sandra Bonaspetti, diretora global de marketing e serviços técnicos para aves da Phibro, apresentou a palestra sobre “Transtornos Digestivos Não Infecciosos”,
abordando os impactos da saúde intestinal na produtividade das aves. A Phibro, com suas soluções de alta eficiência, tem se destacado no controle de enfermidades digestivas e na promoção do bem-estar das aves, fatores fundamentais para o sucesso econômico dos produtores. A empresa tem contribuído para a avicultura sustentável com tecnologias que garantem resultados comprovados a campo, em sintonia com as tendências atuais de alimentação eficiente e segura.
Durante o evento, a Phibro também expôs seu portfólio de soluções para a avicultura, com destaque para produtos eficazes, seguros e naturais, como medicamentos para ração, fitogênicos para controle de patógenos
O simpósio “Superando Desafios Sanitários para Alcançar uma Ótima Produtividade” contou com quatro especialistas renomados discutindo temas relevantes para a saúde das aves:
1. Luiz Felipe Caron – Aumento nas Taxas de Condenações por Aerossaculite devido ao vírus emergente GI-23 da bronquite infecciosa, um desafio crescente para a indústria brasileira.
2. Gonzalo Tomás – Gumboro Subclínico na América do Sul, abordando este patógeno viral como um “inimigo silencioso” que ameaça a saúde das aves sem sinais clínicos evidentes.
3. Avner Finger – Apresentou o Modo de Ação da Vacina MB-1, discutindo inovações no desenvolvimento de vacinas para proteção contra doenças avícolas.
4. Marta Pulido – Enfoque no Controle de Salmonella, destacando a importância do uso de ferramentas adequadas no momento certo para prevenir infecções intestinais em aves.
intestinais, promotores de crescimento, probióticos e produtos minerais. Além disso, a empresa apresentou suas vacinas avícolas, com foco na vacina contra a doença de Gumboro MB1 e a vacina contra bronquite infecciosa aviária, serotipo 2, variante 2, que tem sido um grande desafio no cenário global da avicultura.
VISÃO
A Phibro também evidenciou sua abordagem estratégica para promover a sanidade das aves e garantir uma alta produtividade, destacando a importância de uma linha completa de produtos que atendem a diversas necessidades da avicultura moderna. Hector Badillo, vicepresidente de Marketing da Phibro Saúde Animal, compartilhou com a Revista Mundo Agro as soluções inovadoras da empresa, que estão ajudando a transformar a produção avícola por meio de tecnologias avançadas e integradas, promovendo a saúde animal e o sucesso econômico das granjas.
A presença da Phibro no OVUM 2024 reflete seu compromisso com a inovação e o apoio aos produtores de aves na busca por soluções sustentáveis e eficientes, promovendo uma avicultura mais saudável e produtiva.
Entre os dias 25 e 28 de novembro de 2024, Gramado (RS) foi palco da primeira edição da Conbrasfran – Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango. Realizado no Hotel Master, o evento reuniu líderes da avicultura brasileira para discutir sustentabilidade, biossegurança, desafios logísticos e inovações no setor. A cerimônia de abertura foi marcada por emoção e entusiasmo.
A programação do Conbrasfran incluiu eventos simultâneos durante as manhãs, como o 6º Simpósio ASGAV – Atualizações em Sanidade Avícola, o 1º Seminário de Sustentabilidade Ambiental e Adequação Global, o 5º Encontro de Qualidade Industrial ASGAV e o 9º
Seminário de Segurança, Saúde e Medicina do Trabalho.
Nas tardes, a Programação Magna reuniu especialistas, gestores e líderes empresariais em painéis e debates focados em temas como adaptação às mudanças climáticas e a reconstrução do estado após recentes desastres naturais.
Francisco Turra, presidente do Conselho da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), destacou a Conbrasfran como um marco para a união e superação dos desafios do setor. Ele enfatizou o papel do Brasil como líder global em proteína animal, mesmo diante de adversidades como incidentes envolvendo empresas multinacionais.
O evento contou com a participação de grandes agroindústrias, como BRF, Seara, Aurora e Vibra, além de expositores e patrocinadores como CobbVantress e Toledo do Brasil. Instituições como ABPA, Farsul, M.A.P.A., EMBRAPA, CRMV-RS e o Governo do Rio Grande do Sul também apoiaram o evento, reforçando sua importância estratégica para o setor.
Entre os destaques, estiveram os debates sobre biossegurança em tempos de mudanças climáticas e o papel da sustentabilidade na avicultura moderna. Soluções inovadoras para atender às demandas do mercado global e melhorar os padrões de qualidade foram amplamente discutidas, consolidando a relevância do evento no cenário da avicultura brasileira.
Durante o evento, a ASGAV prestou homenagens a veículos de comunicação parceiros, entre eles o Portal AviSite, reconhecido com um troféu de destaque. A premiação ressaltou a importância da comunicação especializada para a divulgação de informações e o fortalecimento do setor avícola no Brasil e no exterior.
“Sentimo-nos honrados e gratos pelo reconhecimento do nosso trabalho e apoio ao Conbrasfran. Além disso, ser destacada ao lado de outras colegas da imprensa, igualmente fortes e dedicadas em levar informação de qualidade aos leitores, é um motivo de grande orgulho para nós como veículo de comunicação e para mim, como mulher atuante no agronegócio”, destacou Natasha.
Margareth Schacht Herrmann, diretora industrial da Companhia Minuano de Alimentos, foi reconhecida pelo seu empreendedorismo e pela representação da força e garra da mulher gaúcha.
O sucesso da primeira edição da Conbrasfran posiciona o evento como uma referência no calendário da avicultura brasileira, demonstrando a força e resiliência do setor em um cenário competitivo e desafiador.
NO JANTAR DO GALO
No tradicional Jantar do Galo, realizado em 26 de novembro na Sociedade Recreio Gramadense, profissionais de destaque foram homenageados com prêmios especiais:
Prêmio Talentos da Avicultura
Categoria Inovação e Pesquisa Avícola: Camila Carvalho
Prêmio Talentos da Avicultura Categoria Gestão Ambiental e Sustentabilidade: Nutrifrango
Personalidades Destaque da Avicultura Regional:
Rogério Kerber, presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS (FUNDESA)
Personalidades Destaque da Avicultura Regional:
Kátia Gisele de Souza, Chefe da Divisão de Estudos Econômicos Tributários da Sec. da Fazenda do RS (na ocasião, representando o Dr. Ricardo Neves Pereira, subsecretário adjunto da Receita Estadual SEFAZ-RS)
Personalidade Destaque da Avicultura Nacional:
Senador Luis Carlos Heinze, pelo apoio à avicultura em âmbito nacional.
AGisele Dela Ricci faz parte do time de Colunistas da Mundo Agro Editora, periodicamente a Especialista com Pós-doutorado em Produção e Ciência Animal compartilha informações no portal.
rigoroso, incluindo o revolvimento da cama e controle da umidade, para prevenir mastites e a proliferação de bactérias.
crescente demanda por práticas que equilibram o Bem-estar Animal com a eficiência produtiva tem impulsionado a adoção de modelos inovadores de alojamento para vacas leiteiras. Dentre as alternativas mais modernas, os sistemas Compost Barn e Cross Ventilation têm se destacado por oferecerem condições superiores de conforto térmico, higiene e saúde animal. Esses avanços não apenas melhoram a produtividade, como também superam as limitações do tradicional Free Stall, reforçando a necessidade de integrar tecnologias modernas com o cuidado animal para otimizar a produção no campo.
O Compost Barn utiliza cama de serragem ou maravalha, que é periodicamente revolvida para garantir oxigenação e evitar áreas úmidas. Esse sistema oferece maior liberdade de movimento às vacas, facilitando o descanso e reduzindo o estresse, o que favorece a saúde dos cascos e estimula comportamentos naturais, como ruminação. Como resultado, tanto a produção quanto a qualidade do leite melhoram significativamente. No entanto, para manter esses benefícios, é necessário um manejo
Por outro lado, o sistema Cross Ventilation utiliza galpões fechados com ventilação cruzada, controlada por exaustores e painéis evaporativos, garantindo a manutenção de temperatura e umidade estáveis, mesmo em climas quentes e úmidos. Essa estabilidade térmica é fundamental para mitigar o estresse calórico, preservando o bem-estar e a produtividade das vacas. Estudos de caso indicam que a adoção desse sistema resulta em um aumento de até 15% na produção de leite. Entretanto, a implementação do Cross Ventilation exige um investimento inicial elevado em equipamentos automatizados, o que pode representar um obstáculo financeiro para algumas fazendas.
Embora o Free Stall seja amplamente utilizado, ele oferece baias individuais que, apesar de facilitarem o manejo e manterem o ambiente limpo, limitam a liberdade de movimento e a expressão de comportamentos naturais. Essa restrição pode aumentar o risco de lesões nas articulações e comprometer o bem-estar das vacas. Apesar da simplicidade do sistema e dos menores custos iniciais, a sua limitação em termos de conforto coloca em pauta a necessidade de alternativas que priorizem a saúde animal.
Esses sistemas trazem um retorno positivo a longo prazo, com aumento na produção de leite e redução de problemas de saúde animal, que podem compensar os custos operacionais adicionais. Além disso, eles melhoram as condições de trabalho dos manejadores, proporcionando um ambiente mais seguro e eficiente.