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As publicações da Editora Mundo Agro são dedicadas à produção animal e são reconhecidas pela credibilidade e precisão na cobertura de informações de mercado, estatísticas, notícias nacionais e internacionais, além de novidades científicas e tecnológicas no setor agropecuário. Essa reputação é um diferencial estratégico na comunicação de seus produtos, serviços e da imagem de sua empresa.
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Caro leitor,
Setembro se encerra e, com ele, um cenário que se alterna entre desafios prementes e oportunidades valiosas para o agronegócio brasileiro. Neste mês, precisamos abordar um tema crucial: as queimadas, que têm se intensificado em diversas regiões do país, trazendo consequências devastadoras para o meio ambiente, a biodiversidade e, consequentemente, para a produção agropecuária. É essencial que reflitamos sobre a importância de práticas sustentáveis e manejos responsáveis que visem à preservação dos nossos recursos naturais. O agro, como motor da economia, também carrega a responsabilidade de atuar de forma consciente, garantindo não apenas a produtividade, mas também a saúde do nosso planeta.
Além de lidar com esses desafios, o setor agropecuário vive um momento de movimentação positiva e engajamento. As exportações agropecuárias brasileiras continuaram a crescer, impulsionadas por acordos comerciais com países asiáticos, principalmente nas exportações de carne bovina, suína e de aves. A demanda por grãos, como soja e milho, permaneceu alta, especialmente da China e Europa. Ao mesmo tempo, houve discussões sobre a melhoria da infraestrutura logística para aumentar a eficiência no escoamento da produção, com foco nos portos e estradas, reforçando a posição do Brasil no mercado global de commodities agrícolas.
Em Agosto, a Mundo Agro teve a honra de participar da SIAVS (Salão Internacional de Proteína Animal), um dos eventos mais importantes do setor. A interação com profissionais de todo o Brasil e do exterior foi extremamente enriquecedora. Durante o evento, destacamos a realização do Simpósio OvoSite, que se concentrou nas inovações na produção de ovos. Este simpósio reuniu especialistas, produtores e estudantes, promovendo um espaço rico para discussão sobre economia, tecnologia e sustentabilidade. As palestras e debates realizados foram uma oportunidade ímpar para compartilharmos conhecimento e discutirmos estratégias que possam ser implementadas para enfrentar os desafios do setor, sempre com foco na melhoria contínua.
Por fim, ao finalizarmos nosso editorial, convidamos todos os leitores a refletir sobre a importância de ações conjuntas para combater as queimadas e promover um desenvolvimento sustentável. Juntos, podemos construir um setor que respeite o meio ambiente e que, ao mesmo tempo, se destaque pela sua capacidade de inovação e superação.
Mundo Agro – Transformando desafios em oportunidades no agronegócio.
Editor Mundo Agro
Diretora
Natasha G. Di Fonzo +55 19 98963-6343 natasha@mundoagro.com.br
Comercial comercial@mundoagro.com.br
André Di Fonzo Jr. +55 19 99983-6189 andre.difonzo@mundoagro.com.br
Natasha Garcia
CEO Mundo Agro Editora natasha@mundoagro.com.br
Redação: imprensa@mundoagro.com.br
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Coordenação técnica e redação
Gisele Dela Ricci - Zootecnista, Mestre, Doutora e Pós - Doutora em Produção e Ciência Animal revista@mundoagro.com.br
Diagramação e arte
Gabriel Fiorini gabrielfiorini@me.com
Web Gustavo Cotrim webmaster@mundoagro.com.br
Administrativo e circulação adm@mundoagro.com.br
Mundo Agro Editora Ltda. - Rua Erasmo Braga, 1153 - 13070-147 - Campinas, SP. Os informes técnico-empresariais publicados nas páginas da Revista da Mundo Agro são de responsabilidade das empresas e dos autores que os assinam. Este conteúdo não reflete a opinião da Mundo Agro Editora.
EVENTOS
ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS
CASP: INAUGURAÇÃO CTPA
CASP inaugura Centro de Tecnologia de Proteína Animal
ECONOMIA
Evolução do mercado de suínos e aves no Brasil: Um panorama desde os anos 2000
Lamarck Philippe Melo e Edvaldo Jose Campos - Pif Paf Alimentos
PRODUÇÃO ANIMAL
Como melhorar a rentabilidade na produção de frangos de corte?
Patricia Marchizeli - Agroceres Multimix
Cuidando da fase mais importante na vida dos frangos nas granjas:
José Luiz Januário e Lucas Schneider - Cobb-
Ambiência para frangos de corte:
Sérgio Luís de Castro Júnior - USP - Esalq
Qualidade dos pintos de 1 dia: aspectos essenciais para sucesso na incubação e transporte
Gisele Dela Ricci e Edson Lazaro Miranda Junior
NUTRIÇÃO
Ração multipartícula no manejo da produção de leite: benefícios e estratégias eficazes
Elder Tonon e Gisele Dela Ricci
EVONIK
Evonik lança probiótico GutCare® para melhor saúde intestinal e eficiência produtiva de suínos Henrique Brand - Evonik nas Américas
SAÚDE
Estresse materno em fêmeas e a importância da saúde intestinal para uma leitegada mais forte Dr. Andrea Bonetti – Vetagro Inc.
COBERTURA - SBSS Inovação e conhecimento impulsionam o futuro da suinocultura brasileira
COBERTURA - SIAVS SIAVS 2024: Superando expectativas e impulsionando o futuro da proteína animal
COBERTURA - SIMPÓSIO OVOSITE 2024
Um panorama das inovações e tendências no mercado de ovos
PONTO FINAL: Avanços em ambiência na produção animal: novas tecnologias para suínos e aves Gisele Dela Ricci
SETEMBRO
EXPOMEAT - Feira Internacional da Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal
24 a 26 de setembro
Distrito Anhembi - São Paulo
OUTUBRO
PSA
Latin American Scientific Conference
08 de outubro
Bourbon Cataratas do Iguaçú Thermas
Eco Resort | Foz do Iguaçú, PR
9º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio
23 e 24 de outubro
Transamérica Expo center, São Paulo-SP
NOVEMBRO
Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite 5 a 7 de novembro
Chapecó - SC
OVUM
Congresso Latino-Americano de Avicultura
12 a 15 de novembro
Punta Del Este – Uruguai
CONBRASFRAN 2024
Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango 26 e 27 de novembro
Hotel Master – Gramado - RS + EM NOSSAS REDES SOCIAIS
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Durante a SIAVS, realizada entre os dias 06 e 08 de agosto, a Mundo Agro foi honrada com o prestigiado Troféu Imprensa Instituto Ovos Brasil.
Acerimônia de premiação destacou a relevância do trabalho jornalístico na promoção e apoio ao desenvolvimento do setor de ovos no país. O troféu foi entregue à Diretora Natasha Garcia Di Fonzo, que expressou sua gratidão e entusiasmo pelo reconhecimento.
Natasha G. Di Fonzo destacou a importância da premiação, ressaltando que: “Para nós, é uma honra poder contribuir e agregar conhecimento ao público em geral, levando informações saudáveis e relevantes sobre o setor de proteína animal. Ficamos muito agradecidos pela homenagem e pela parceria com o Instituto Ovos Brasil. Esse reconhecimento nos motiva a seguir com ainda mais dedicação, sabendo que estamos no caminho certo.”
O Troféu Imprensa Instituto Ovos Brasil é um símbolo de reconhecimento ao jornalismo de qualidade e à dedicação de veículos como a Mundo Agro - OvoSite, que atuam como uma ponte essencial entre produtores, indústria e o público. O troféu, uma obra de cerâmica Brennand, é uma homenagem à forma primordial e mística do ovo.
Inspirado nas experimentações de Francisco Brennand (1927-2019), a peça simboliza o começo da vida e a eterna capacidade de reprodução e renovação do universo. Como disse Brennand: “O ovo cósmico: começo da vida. As coisas são eternas porque se reproduzem, como se o universo fosse a história de um imenso desejo.”
Com negócio, empresa expande seu portfólio de nutrição animal e entra num segmento em que ainda não atuava; oferta vai atender criadores do Sul do país
ACargill anunciou uma nova parceria com a Coamo, a maior cooperativa agrícola da América Latina, para a produção de rações para aves e suínos na unidade de Campo Mourão, Paraná. Este é o segundo acordo desse tipo firmado pela multinacional neste ano, seguindo um acordo em fevereiro com a Bom Negócio, em Patrocínio (MG), para a produção de suplementos minerais.
Com essa parceria, a Cargill expande seu portfólio para incluir rações, área em que ainda não atuava, complementando sua oferta até agora composta apenas por ração para leitões e premixes. As rações serão comercializadas sob a marca
Nutron e produzidas na nova fábrica da Coamo, que tem uma capacidade de 7 mil toneladas por mês.
Celso de Mello, diretor geral da Cargill Nutrição Animal na América do Sul, ressaltou a sinergia entre as empresas, destacando a oferta de grãos da Coamo e o conhecimento em nutrição da Cargill.
A localização estratégica da fábrica em uma das principais regiões produtoras de proteína animal no Brasil é fundamental para garantir eficiência logística.
A expectativa é que a avicultura e suinocultura continuem em crescimento no Brasil, o que torna a expansão da
Cargill uma resposta natural às demandas do mercado. Além disso, a Cargill está construindo uma nova fábrica de sal mineralizado em Primavera do Leste (MT), com capacidade de 120 mil toneladas, com início de operações previsto para agosto do próximo ano.
Em 2023, a Coamo registrou receita de R$ 30,295 bilhões e possui mais de 32 mil cooperados, solidificando a importância dessa parceria para ambas as organizações.
Preços menores no primeiro semestre; recuperação no segundo semestre. É assim que, tradicionalmente, têm se comportado os preços do boi, suíno e frango no decorrer do ano. Um ciclo anteriormente reconhecido como de safra e entressafra da carne (gráfico A).
Mas em 2024 esse ciclo vem sendo desenhado de forma diferente (gráfico B), pois registra forte valorização do suíno, relativa estabilidade do frango e fortíssima desvalorização do boi.
Pela curva sazonal, o suíno iria completar os oito primeiros meses do ano com um valor médio cerca de 1,6% superior à média do ano anterior. Mas alcançou no período valor médio 4,5% superior, com picos de aumento de 14% e 25% nos meses de julho e agosto.
O frango foi quem esteve mais próximo da curva sazonal. Porém, também apresentou ganho significativo. Pela curva sazonal completaria dois terços do ano com um preço médio 2,8% superior. Mas foi negociado em média, por valor 7,7% superior. No entanto, fechou agosto valendo ligeiramente menos que o apontado na curva sazonal.
O pior desempenho ficou reservado para o boi que, sazonalmente, alcançaria valor médio cerca de 7% superior à média do ano anterior. Mas como, em momento algum de 2024, alcançou valor igual ou superior à média de 2023, acabou completando os oito primeiros meses do ano valendo perto de 9% menos que na média dos 12 meses do ano passado.
FRANGO, BOI E SUÍNO
Evolução relativa de preços | Pela curva sazonal (A) e em 2024 (B) MÉDIA DO ANO ANTERIOR = 100
Na marcha atual, apenas o suíno deve completar o corrente exercício com ganho em relação à curva sazonal – mesmo que, doravante, não experimente novas valorizações e seus preços permaneçam no mesmo nível alcançado em agosto passado.
O frango, à primeira vista, tem chances de manter a performance atual e encerrar o exercício com ganho em relação à curva sazonal. Mas, normalmente, os ganhos mais substanciais do setor tem ocorrido no segundo semestre e, pelo menos até
aqui, o caminhar do frango vem sendo marcado por excepcional estabilidade. Ou seja: ainda pode perder o que ganhou no primeiro semestre do ano. Já para o boi em pé são mínimas as probabilidades de, até, alcançar em 2024 o mesmo preço médio de 2023 – ainda que continue obtendo, doravante, a mesma valorização média registrada no bimestre julho/agosto de, aproximadamente, 3,5% ao mês. Neste caso, alcançará neste ano valor médio cerca de 5% inferior ao do ano passado.
Avaliação posiciona o grupo Adisseo entre as 4% melhores empresas no setor da indústria de fabricação de rações para animais.
ABluestar Adisseo Company (BAC), líder global em nutrição animal, recebeu mais uma vez a Medalha de Prata da EcoVadis Ratings, com uma pontuação superior em 2 pontos em relação à pontuação do ano passado.
Com essa classificação, a BAC se posiciona entre as 4% melhores empresas avaliadas pela EcoVadis na indústria de fabricação de rações para animais, e entre as 15% melhores entre todas as empresas classificadas pela EcoVadis, uma reconhecida agência global de avaliação de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) com sede em Paris, França. A classificação leva em conta a avaliação
de questionários on-line, análises de documentos e entrevistas, por meio dos quais a EcoVadis analisa de forma abrangente o desempenho das empresas em quatro áreas: Meio Ambiente, Trabalho e Direitos Humanos, Ética e Compras sustentáveis.
“Essa melhora na classificação do ranking da EcoVadis reflete o compromisso contínuo da Adisseo com a Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e serve como um estímulo para que nossas equipes continuem alcançando resultados ainda mais sólidos no futuro”, declara HAO Zhigang, CEO e presidente da Adisseo. Alimentar o mundo de maneira segura,
com qualidade, acessibilidade e sustentabilidade é a visão da Adisseo. Ano após ano, a empresa mantém seu compromisso com projetos estratégicos e sustentáveis, além de investir continuamente em inovação para reduzir sua pegada ambiental, e oferecer soluções avançadas que ajudem seus clientes a alcançar suas metas de desempenho e sustentabilidade.
Empresa familiar, com 88 anos de história, marca novo capítulo com foco em inovação e tecnologia.
No dia (31/08), a CASP inaugurou seu novo Centro de Tecnologia de Proteína Animal (CTPA). A Mundo Agro esteve presente no evento e conversou com os principais nomes da CASP para entender os objetivos e as novidades do novo centro.
Um centro de formação e desenvolvimento de conhecimento
Anelise Marques, em entrevista exclusiva à Mundo Agro, destacou o orgulho em inaugurar o CTPA: “Mais do que um centro tecnológico, o CTPA será um espaço de formação para a engenharia de produto e mão de obra especializada em avicultura e suinocultura.”
A diretora ressaltou a importância da formação prática em um ambiente seguro, principalmente em meio aos desafios da gripe aviária. “Agora podemos realizar treinamento e capacitação prática em um ambiente seguro e controlado”, afirmou Anelise.
Para alcançar essa meta, a CASP conta com a parceria da Fundação Paula Souza, que oferece cursos técnicos e profissionalizantes de alta qualidade, e, claro, com alguns parceiros e clientes que trazem expertise e recursos para o desenvolvimento do centro.
Sustentabilidade, eficiência e bem-estar animal: desafios e soluções
Sérgio Virgini, diretor comercial da área de proteína animal da CASP, enfatizou os principais desafios do setor: “Sustentabilidade, aumento de eficiência e bem-estar animal são os pilares que norteiam o nosso trabalho.”
Ele destacou as tecnologias inovadoras que o CTPA oferece: “Ninhos automáticos, exaustores com motor eletrônico e comedouros controlados por CLP são apenas alguns dos equipamentos que os visitantes podem conhecer aqui.”
Segundo Sérgio, a CASP está comprometida em colaborar com o setor para superar os desafios através de soluções que otimizem os processos e garantam o bem-estar animal.
Inovação e desenvolvimento de produtos: do conceito à validação
Flávio Giovanini, gerente de Engenharia de Desenvolvimento de Produtos da CASP, explicou como o processo de desenvolvimento de um novo produto é meticuloso, desde uma pesquisa de mercado até uma validação.
“A ideia inicial nasce de uma necessidade do cliente ou de uma pesquisa de mercado. O produto passa por um comitê de análise, é testado em campo e, por fim, validado e lançado”, explica Flávio.
Tecnologia de ponta: o futuro da produção de proteína animal
Por fim, Gustavo Dioto, responsável pelas inovações na área de incubação, afirmou que o CTPA reúne o que há de mais avançado em tecnologia para produção de proteína animal, tanto para suínos quanto para aves.
“O CTPA é um centro de referência em tecnologia, com o objetivo de ajudar o produtor a otimizar os recursos, reduzir os custos e aumentar a eficiência na produção de proteína animal”, destaca Gustavo.
Com a apresentação do CTPA, a CASP demonstra seu compromisso com a inovação e o desenvolvimento contínuo no setor de proteína animal. A empresa, com 88 anos de história, se consolida como líder em tecnologia e oferece um futuro promissor para a produção de proteína animal no Brasil.
Conheça as inovações que a CASP traz para avicultura e suinocultura e que irão aumentar sua produção.
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• Estrutura robusta que combina resina plastica e fibra de vidro;
• Motor eletrônico, mais econômico e eficiente;
• Performace comprovada pelo laboratório BESS Lab.
• 03 modelos de ninhos;
• Automação de ponta;
• Melhor acomodação e transporte de ovos;
• Pensado para o bem-estar animal.
COMEDOURO PARA SUÍNOS
• Modelos para creche e terminação;
• Alimentação com ração seca ou úmida;
COMEDOURO SMARTFLEX
• Sistema de regulagem individual ou coletiva;
• Projetado para qualquer tipo de ração;
• Pratos em polipropileno com proteção contra raios U.V.
Nas últimas duas décadas, o mercado de suínos e aves no Brasil passou por uma transformação significativa, impulsionada por avanços tecnológicos, mudanças nos padrões de consumo e estratégias de exportação que consolidaram o país como um dos maiores produtores e exportadores globais de proteínas animais. Desde o início dos anos 2000, o setor avícola e suinícola brasileiro experimentou um crescimento substancial, refletindo tanto na produção interna quanto na expansão internacional.
Nos últimos anos, o perfil do consumidor brasileiro tem evoluído significativamente, com uma tendência crescente para a busca de produtos mais práticos, saudáveis e com boa relação custo-benefício. Os consumidores estão cada vez mais informados e exigentes quanto à composição dos alimentos que consomem, buscando informações detalhadas sobre ingredientes, processos de fabricação e origem dos produtos. Essa mudança é
O Brasil se consolidou como um dos maiores exportadores mundiais de carne de frango e suína, beneficiando-se de uma combinação de competitividade nos custos de produção, qualidade do produto e expansão para novos mercados.
impulsionada tanto por uma maior conscientização sobre saúde e bem-estar quanto pelo fácil acesso à informação através de plataformas digitais.
Paralelamente, há uma demanda crescente por produtos que ofereçam conveniência, como carnes de frango e suínas já temperadas, cortadas ou prontas para o consumo. Esta tendência reflete o estilo de vida acelerado da população urbana, que busca soluções rápidas e práticas sem abrir mão da qualidade e do sabor. Além disso, com o aumento da renda per capita e a urbanização acelerada do período, a preferência por cortes premium e produtos processados de maior valor agregado tem ganhado espaço no mercado interno.
O Brasil se consolidou como um dos maiores exportadores mundiais de carne de frango e suína, beneficiando-se de uma combinação de competitividade nos custos de produção, qualidade do produto e expansão para novos mercados. Em 2000, as exportações de carne de frango eram de aproximadamente 1,3 milhão de toneladas, enquanto em 2023 esse número saltou para mais de 4,6 milhões de toneladas, com destinos principais como China, União Europeia e países do Oriente Médio. No mercado suinícola, as exportações
também cresceram significativamente, impulsionadas pela abertura do mercado chinês e pela diversificação dos mercados-alvo.
O setor enfrenta desafios contínuos, como a necessidade de adaptação às exigências de sustentabilidade e bem-estar animal, a volatilidade dos preços das commodities e a pressão por inovações que atendam às demandas de um consumidor cada vez mais consciente e exigente. A digitalização e a inovação nos processos produtivos serão fundamentais para responder a essas demandas, enquanto o foco no desenvolvimento de produtos que atendam às novas preferências de consumo deverá continuar a moldar o mercado de aves e suínos no Brasil.
Em resumo, a evolução do mercado de aves e suínos no Brasil desde os anos 2000 reflete um equilíbrio entre avanços tecnológicos, expansão de mercado e adaptação às mudanças no comportamento do consumidor. O país se mantém como líder global na produção e exportação de proteínas animais, e o setor continua a evoluir, impulsionado pela busca por eficiência, inovação e atendimento às novas demandas de consumo.
Patricia Marchizeli Gerente técnica aves Agroceres Multimix
OBrasil é o maior exportador de carne de frango, ocupando esta importante posição há mais de 20 anos consecutivos, o que faz com que a avicultura brasileira seja referência para o mundo todo.
O setor é altamente qualificado, a tecnologia empregada é de última geração, o melhoramento genético tem trazido linhagens com potenciais de desempenho excelentes e a nutrição tem avançado muito para que esta ave demonstre todo este potencial, sem contar a área da saúde, que oferece a proteção necessária por meio de vacinas e sistemas de biosseguridade.
Mesmo com todo este conjunto de medidas para alcançar este sucesso na produção, é possível encontrar oportunidades de melhorias quanto à rentabilidade na produção.
Embora existam ações para melhorar o preço de venda, nosso foco será nos pontos de redução de custo de produção. Por mais organizada e estruturada que seja a agroindústria, diariamente encontramos oportunidades de melhorias nas diversas etapas deste segmento, principalmente relacionadas ao desempenho zootécnico destas aves. Rentabilidade na produção de frangos, está ligada à relação: quantidade de carne produzida
versus menor custo possível e há diversos fatores que interferem nisso.
Dentre os diversos fatores que contribuem para o custo de produção, a nutrição é o que, de longe, mais impacta. Neste quesito, chamo a atenção para o básico, que tem passado desapercebido, que é a qualidade e o conhecimento das matérias-primas utilizadas nas produções das rações.
As matérias-primas são responsáveis por mais de 90% do custo de uma fábrica de rações (um custo que já está lá) e há um potencial muito grande a ser explorado no conhecimento profundo de suas matrizes nutricionais. Com isso, os ingredientes poderiam ser mais bem explorados, trazendo uma otimização no seu uso e consequente economia, sem contar na sustentabilidade ambiental, evitando os desperdícios no uso destes ingredientes.
A qualidade destas matérias-primas deve ser um pré-requisito para o setor de suprimentos no momento das negociações com os fornecedores. Sabemos que qualidade de matéria-prima ruim
setor de qualidade e suprimentos torna-se essencial para a busca deste conceito de melhor aproveitamento dessas matérias-primas. Utilizar níveis nutricionais alinhados ao objetivo da empresa é fundamental para alcançar as metas de desempenho e lucratividade. O uso de aditivos tem contribuído muito como ferramenta para auxiliar nestes ganhos, e a correta utilização e validação dos mesmos no sistema de produção é algo a se considerar para evitar o gasto desnecessário e escolher a ferramenta ideal para a realidade encontrada.
Um bom processamento das rações, levando em consideração a adequada granulometria para atender as diferentes fases de vida da ave, é uma ação simples e que impacta muito no desempenho zootécnico.
Quando direcionamos o nosso foco para o desempenho zootécnico, temos muitos pontos a serem observados a campo, como manejo dos comedouros nas granjas, oferta de água, densidade de alojamento, práticas de biosseguridade, gestão de pessoas e ambiência.
Este é um dos maiores problemas enfrentados pela indústria avícola em países de clima tropical como o Brasil. São significativas as perdas zootécnicas e econômicas, decorrentes da severidade climática, perdas essas ocasionadas pelo estresse calórico, relacionadas –principalmente – a altas temperaturas, associadas à alta umidade relativa do ar. Quando falamos sobre os investimentos em ambiência, automaticamente, muitos produtores relacionam o assunto com a necessidade de gastos exorbitantes na propriedade, no entanto, predispor as aves a falta de ambiência é o fator que pode, de fato, resultar ainda mais em prejuízo na granja. Portanto, focar neste assunto não é sinônimo de gastos e sim, é uma ótima oportunidade para reduzir os custos e aumentar o lucro. Um levantamento, realizado com os dados de uma integração durante os anos de 2022, 2023 e primeiro semestre de 2024, evidenciam os benefícios do investimento em ambiência, conforme gráficos a seguir.
É possível notar, com clareza, a redução na mortalidade, a melhora no ganho de peso, no índice de eficiência produtiva e na redução da conversão alimentar, quando comparamos os aviários convencionais com os aviários climatizados. Estas variáveis analisadas impactam diretamente na rentabilidade do negócio.
Mesmo com os dados de que a ambiência traz resultados e é uma das áreas da avicultura que mais se destaca em relação a tecnologia, ainda encontramos algumas resistências a campo ligadas aos pontos: construção de galpões novos mal dimensionados; falta de informação sobre o retorno financeiro; dificuldades para fazer as adaptações/instalações de equipamentos de ambiência em estruturas antigas e dúvidas ou preocupações sobre a competência operacional
do colaborador, com a utilização de novas tecnologias.
Devido a estes pontos que impedem o aumento da lucratividade no setor, faz-se necessário a busca por profissionais especializados nesta área para o sucesso do retorno ao investimento. O correto investimento está ligado ao bem-estar das aves que, consequentemente, trará melhoras nos índices zootécnicos e maior lucratividade.
Por último e não menos importante, os profissionais trabalhadores desempenham um papel significativo na rentabilidade da atividade. A avicultura tem dado oportunidades de emprego para muitas pessoas, mas ainda assim, na dificuldade de encontrar pessoas qualificadas e/ ou comprometidas, o investimento na mão de obra tem sido relativamente alto. Desta forma, a gestão eficiente que busca a capacitação, treinamento constante e um ambiente saudável
para os trabalhadores, tem melhorado a eficiência operacional e redução de erros, aumentando assim a lucratividade. Trabalhadores motivados e dedicados, estão atentos aos detalhes que afetam o bem-estar, desempenho e saúde das aves, portanto, o gerenciamento destas pessoas faz toda a diferença para o sucesso e saúde da empresa.
Em resumo, a busca é pela otimização no ganho de peso para atender o peso desejado de acordo com a realidade de cada empresa, reduzindo a idade de abate, pois sabemos que conforme a idade da ave avança, pior é a conversão alimentar, o que impacta diretamente na lucratividade. É por meio da nutrição, qualidade da ração e da água, técnicas de manejo, ambiência, bem-estar, sanidade, pessoas, ou seja, a junção de todos os fatores aqui já citados, que resultarão na melhoria da rentabilidade da produção. Muito embora todos os envolvidos saibam disso, vale ressaltar a complexidade e a importância de fazer isso acontecer na prática.
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R$ 750,00 (até 30/09)
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Contempla:
↘ Participação na Programação Magna e Técnica
↘ 4 Chicken coffee break (26/11 e 27/11)
↘ 2 Almoços (26/11 e 27/11)
↘ Participação no Coquetel de Abertura do Evento em 25/11
José Luiz Januário
Especialista de frangos e ventilação da Cobb-Vantress LatCan
Lucas Schneider
Especialista de frangos e ventilação da Cobb-Vantress LatCan
Aprodução eficiente e sustentável de frangos Cobb exige um controle de processos, manejos e qualidade em todas as etapas, desde a granja de matrizes até o abate. Este artigo resume as práticas recomendadas para o manejo das aves, maximizando a produtividade e garantindo a saúde animal. A ênfase especial será na fase que julgamos mais importante para as aves,
ou seja, nas 3 semanas de vida, e em controle de temperatura e ventilação, fatores críticos para o desenvolvimento e bem-estar dos frangos.
O peso inicial dos pintinhos tem uma correlação direta com o seu desempenho subsequente. Pintinhos que atingem bons pesos iniciais geralmente apresentam melhor crescimento, conversão alimentar e menor mortalidade. Pesos iniciais adequados indicam que os pintinhos estão recebendo nutrição suficiente, têm acesso adequado à água e estão em um ambiente confortável. O ganho de peso inicial é um indicador chave do sucesso do manejo inicial, influenciando diretamente os resultados econômicos e a eficiência produtiva.
Em estudo realizado com mais de 950
milhões de frangos abatidos, de 32.995 lotes, desde os anos 2022 até 2024, de empresas do Brasil, para identificar a correlação de curva de crescimento, observou-se alta correlação entre pesos iniciais de 7 e 14 dias de idade com desempenho zootécnico e financeiro, os quais podem ser visualizados no gráfico abaixo:
Na fase de alojamento, é essencial garantir um período de vazio sanitário de, no mínimo 15 dias, aplicando as melhores práticas de limpeza e desinfecção da granja, assim como secar a cama em caso de reuso, com meta de umidade da cama abaixo de 25%, e realizar o pré-aquecimento para garantir temperatura de cama no alojamento, de 30°C a 32°C.
O controle de temperatura é um fator crítico
Gráfico: Relação de Conversão alimentar real (kg); Ganho de peso diário GPD (g); Idade e Custo em R$/kg de acordo com o range de peso aos 7 dias de idade.
A implementação das melhores práticas é essencial para garantir a qualidade e eficiência na produção dos frangos Cobb.
no manejo de frangos. Desde o momento do alojamento, a temperatura da cama deve ser mantida entre 30°C e 32°C anteriormente citados, proporcionando um ambiente confortável para os pintinhos recémchegados. À medida que os pintinhos crescem, a temperatura deve ser ajustada gradualmente, sendo: 29°C a 30°C aos 3 dias, 28°C a 29°C aos 7 dias, 27°C a 28°C aos 14 dias, 24°C a 26°C aos 21 dias, 21°C a 22°C aos 28 dias, 19°C a 20°C aos 35 dias, 18°C a 19°C aos 42 dias.
A temperatura corporal das aves deve ser monitorada regularmente, especialmente nas primeiras semanas de vida. Até os 4 dias de idade, a temperatura cloacal ideal é de 39,5°C a 40,6°C. Após essa fase e até o início do empenamento (cerca de 30 dias), a temperatura ideal é de 40,5°C a 41,5°C. Durante a fase de engorda final, a temperatura corporal não deve ultrapassar 42°C, para evitar estresse calórico.
A ventilação é igualmente essencial para manter a qualidade do ar e a saúde das aves. Nos primeiros 21 dias, a umidade relativa do ar deve ser mantida entre um mínimo de 40% e um ideal de 60%, com níveis de amônia não excedendo 10 ppm durante o dia e 25 ppm durante a noite. A concentração de CO2 deve ser mantida em
torno de 700 ppm durante o dia e 1500 ppm à noite (como máximo).
O resfriamento evaporativo é uma técnica eficaz para manter a temperatura ideal dentro do aviário. A temperatura de acionamento das placas evaporativas deve ser ajustada de acordo com a idade das aves, começando em 34°C para aves de 1 a 3 dias, e reduzindo gradualmente. Até 21 dias de idade é recomendado não acionar antes dos 31°C, já aos 35 dias, podendo chegar em 27°C. O sistema deve ser temporizado para funcionar por períodos curtos, especialmente nas primeiras três semanas de vida, e garantir que quando em operação a umidade relativa não ultrapasse 75% em climas secos e 85% em climas úmidos, mantendo o sistema de resfriamento OFF durante o período noturno, e apenas mantendo os níveis de ventilação de acordo com a temperatura, ajustado pelo mínimo de velocidade de ar adequado a da fase de vida.
A implementação das melhores práticas é essencial para garantir a qualidade e eficiência na produção dos frangos Cobb. Estas recomendações podem resultar em melhores índices de produtividade, redução da mortalidade e maior bem-estar animal, contribuindo para uma produção mais sustentável e rentável.
Sérgio Luís de Castro Júnior USP - Esalq
A ambiência na criação de frangos de corte é um dos pilares fundamentais para assegurar o bem-estar das aves e, simultaneamente, maximizar a produtividade. Na prática, o monitoramento do ambiente das granjas costuma ser focado principalmente na temperatura, que é frequentemente o fator mais utilizado nas estratégias de manejo ambiental. No entanto, outros parâmetros físicos, como a umidade relativa, entalpia específica do ar, luminosidade e ruído, desempenham papéis igualmente cruciais e devem ser levados em conta para otimizar o ambiente de criação.
Manter a temperatura ideal no galpão é essencial para o desenvolvimento saudável dos frangos de corte. É amplamente reconhecido que, ao longo do ciclo produtivo, os animais precisam estar em um ambiente que os mantenha dentro da zona de termoneutralidade, ou seja, onde não necessitam gastar energia adicional para manter a temperatura corporal constante. Por isso, as faixas de temperatura ideais para cada fase de crescimento dos frangos, conforme apresentado na Tabela 1, são bem documentadas e já estão integradas à prática diária nas granjas. No entanto, a temperatura sozinha não define o conforto térmico das aves. A umidade relativa do ar é um fator complementar que pode amplificar ou atenuar os efeitos da temperatura. Um ambiente com alta umidade relativa, combinado com temperaturas elevadas, pode levar ao estresse térmico, dificultando a dissipação de calor pelas aves. Por outro lado, uma umidade muito baixa, especialmente em temperaturas mais
TABELA 1.
frias, pode resultar em desidratação e problemas respiratórios. A faixa recomendada para a umidade relativa no interior das granjas é de 60 a 70%, ao longo de todo o ciclo.
A entalpia específica do ar, que combina a temperatura, a umidade relativa e a pressão atmosférica local, vem sendo cada vez mais utilizado como índice de monitoramento do conforto térmico dos frangos. Fisicamente, a entalpia específica do ar (h) é definida como a quantidade total de energia térmica existente em uma unidade de massa de ar seco (kJ/kg de ar seco). A energia característica nos processos psicrométricos é o calor: energia térmica que flui entre corpos devido à diferença de temperatura ao redor deles. Manter os animais dentro da zona ideal de entalpia específica (Tabela 1) permite aos produtores ajustarem o ambiente de maneira mais eficaz, indo além dos parâmetros e dos índices tradicionais.
A iluminação adequada dentro dos galpões de frangos de corte é essencial não apenas para a visão das aves, mas também para regular seus ritmos biológicos (fotoperíodo). A intensidade e a duração da luz podem influenciar diretamente o comportamento alimentar, os padrões de descanso e até mesmo a saúde reprodutiva das aves. Sistemas de iluminação que simulam os ciclos naturais de luz e escuridão ajudam a manter um ambiente que promove o bem-estar, reduzindo o estresse e melhorando o desempenho produtivo.
Embora muitas vezes negligenciado, o ruído também é um fator ambiental que pode ter efeitos adversos significativos sobre os frangos de corte. Sons constantes ou repentinos podem causar estresse nas aves e sensação de medo, afetando seu comportamento e, em casos extremos, comprometendo seu sistema imunológico. A implementação de medidas de controle de ruído, como a manutenção de equipamentos mais silenciosos, é vital para criar um ambiente tranquilo e propício para o desenvolvimento das aves.
Este artigo reforça que a ambiência na criação de frangos de corte vai muito além do controle de temperatura. A integração de fatores como umidade relativa, entalpia específica, luminosidade e ruído é essencial para garantir um ambiente que promova melhores condições de bem-estar e de desempenho das aves.
referências
O sucesso na produção avícola começa com a excelência nos primeiros dias: controle preciso, gestão eficaz e transporte cuidadoso são fundamentais para garantir pintos saudáveis e produtivos.
No incubatório, ovos férteis se transformam em pintos de um dia por meio da incubação, que exige um manejo cuidadoso para garantir o desenvolvimento saudável do embrião e a qualidade dos pintos. Fatores físicos como temperatura, ventilação, viragem dos ovos e a idade da matriz devem ser rigorosamente controlados durante a incubação. A qualidade dos pintos é fundamental para o sucesso na produção avícola, sendo influenciada pelas práticas de incubação e transporte.
Os ovos devem ser mantidos a uma temperatura controlada até serem transferidos para o incubatório. A temperatura ideal é de 15°C a 18°C durante o armazenamento para minimizar a deterioração e maximizar a viabilidade do embrião. O armazenamento a temperaturas mais altas pode acelerar a perda de qualidade do ovo e reduzir a taxa de eclodibilidade.
A correta gestão da temperatura e umidade durante a incubação é vital para evitar deformidades e mortalidade. Além disso, a sincronização da janela de nascimento, que deve ocorrer entre 24 e 36 horas, é essencial para a uniformidade e saúde dos pintos. Após a eclosão, é importante garantir acesso imediato a água e alimento e realizar um transporte eficiente, com controle rigoroso de temperatura e ventilação, para que os pintos cheguem em boas condições à granja e cresçam de forma saudável.
Para garantir o melhor desenvolvimento e bem-estar dos pintos, é essencial considerar os seguintes aspectos:
A temperatura ideal para o desenvolvimento embrionário varia entre 37,5°C e 38,3°C. Manter a temperatura dentro dessa faixa ajuda a garantir que o embrião se desenvolva de maneira uniforme e eficiente. Temperaturas mais baixas podem retardar o desenvolvimento, enquanto temperaturas mais altas podem causar estresse térmico e aumentar o risco de defeitos.
Temperaturas elevadas durante a incubação podem causar deformidades no desenvolvimento
dos pintos, aumentar a mortalidade embrionária e levar à desidratação, resultando em cascas mais duras e dificuldades na eclosão. Por outro lado, temperaturas abaixo da faixa ideal podem retardar o desenvolvimento embrionário, prolongar o tempo até a eclosão e reduzir a taxa de eclosão, aumentando a mortalidade dos embriões.
Para evitar não conformidades, é crucial controlar a temperatura no incubatório utilizando incubadoras de alta qualidade com controles precisos, o que ajuda a manter a temperatura na faixa ideal e reduz variações. Além disso, é essencial monitorar continuamente a temperatura e ajustar os sistemas de ventilação e aquecimento para garantir condições estáveis. Outro aspecto importante é realizar manutenções regulares nos equipamentos de incubação e realizar verificações periódicas para assegurar que os sensores de temperatura estejam devidamente calibrados e funcionando corretamente
A janela de nascimento é o período crítico para a eclosão dos pintos, devendo durar entre 24 e 36 horas para garantir a uniformidade e reduzir a mortalidade. Pintos que eclodem fora desse intervalo podem enfrentar problemas de saúde, como reservas de energia insuficientes se nascerem muito cedo, ou deformidades e mortalidade se nascerem muito tarde. Além disso, uma janela bem definida melhora a eficiência da incubação, facilitando a limpeza e preparação para o próximo lote.
Para gerenciar a janela de nascimento, é crucial manter a temperatura e umidade ideais durante a incubação e utilizar sistemas de monitoramento para ajustar as condições conforme necessário.
O bem-estar dos pintinhos após a eclosão é crucial para sua saúde e crescimento. É fundamental garantir que eles recebam tratamento adequado logo após a eclosão para minimizar o estresse e promover um desenvolvimento saudável.
Os pintinhos devem ter acesso imediato a água e alimento, o que é essencial para fornecer a energia necessária e iniciar o processo de crescimento. O jejum prolongado pode causar desidratação e fraqueza. Portanto, as instalações devem estar preparadas com água fresca e ração adequada antes da chegada dos pintos, garantindo uma transição suave e minimizando o estresse.
Quanto ao transporte, este deve ser realizado de forma rápida e eficiente, mantendo a temperatura e a ventilação adequadas para reduzir o estresse e o risco de mortalidade. A temperatura ideal deve ser controlada para evitar extremos prejudiciais à saúde dos pintinhos. Além disso, o transporte deve ser breve e as condições devem ser confortáveis e seguras, para minimizar o estresse. Ao chegar à granja, os pintinhos devem ser rapidamente acomodados em um ambiente com temperatura, umidade e espaço apropriados para garantir seu bem-estar e crescimento saudável.
As referências estão sob consulta com os autores.
A ração multiparticulas ou multicomponente melhora a qualidade do leite e a saúde dos bovinos de leite, representando um destaque dentro da produção leiteira.
Anutrição das vacas
leiteiras é essencial para uma produção eficiente e rentável. Com a evolução das técnicas de manejo e formulação de rações, a ração multipartícula ou multicomponente tem ganhado destaque como uma inovação significativa. Este tipo de ração combina partículas de diferentes tamanhos, formatos e ingredientes variados, como milho flocado, caroço de algodão, aveia e polpa cítrica. Esses componentes não apenas otimizam a digestão, mas também influenciam diretamente na qualidade do leite, podendo aumentar o teor de gordura e melhorar a saúde geral do rebanho.
MELHORA NA DIGESTIBILIDADE
A ração multipartícula melhora a digestibilidade dos nutrientes, pois a variedade no tamanho e tipo das partículas otimiza a função ruminal. A inclusão de ingredientes como milho flocado, caroço de algodão e polpa cítrica pode resultar em uma maior absorção de nutrientes essenciais, o que, por sua vez, pode aumentar a produção de leite e elevar o teor de gordura, melhorando a qualidade do produto final.
A diversidade de ingredientes e texturas na ração torna a alimentação mais atraente para as vacas, estimulando um maior consumo de alimento. Ingredientes como feno, aveia e
silagem, ao serem combinados em partículas maiores, promovem a mastigação e a ruminação, o que melhora a saúde ruminal e o consumo total de ração.
Partículas maiores e ingredientes de diferentes composições são menos suscetíveis à degradação rápida. Isso contribui para a preservação dos nutrientes durante o armazenamento e o consumo, resultando em uma dieta mais eficiente e com menos desperdício.
A combinação de diferentes partículas e ingredientes também contribui para uma saúde ruminal mais equilibrada. A presença de partículas maiores estimula a ruminação, ajudando a manter o pH ruminal adequado e prevenindo distúrbios como a acidose. A inclusão de ingredientes que favorecem a produção de saliva atua como um tamponante natural, equilibrando o ambiente ruminal e otimizando a digestão.
Embora ofereça diversos benefícios, a produção e implementação de rações multipartículas podem ser mais onerosas devido à necessidade de equipamentos especializados e processos complexos. É essencial realizar uma análise de custo-benefício para determinar se os ganhos em produtividade, qualidade do leite e saúde animal compensam o investimento adicional. Além disso, a formulação e o manejo dessas rações requerem planejamento cuidadoso para garantir a inclusão de todos os nutrientes necessários, evitando deficiências e maximizando os benefícios.
A ração multipartícula representa um avanço significativo na nutrição de vacas leiteiras, oferecendo melhorias em digestibilidade, qualidade do leite e saúde ruminal. Para maximizar esses benefícios, é essencial adotar uma abordagem integrada, que combine práticas de manejo eficazes com tecnologias de monitoramento e gestão. Uma análise detalhada de custo-benefício e a consultoria de especialistas são fundamentais para garantir que o investimento traga retornos substanciais na produção leiteira.
As referências estão sob consulta com os autores.
Baseado na cepa formadora de esporos de Bacillus subtilis DSM 32315, o novo probiótico demonstrou capacidade de sobreviver aos processos de fabricação de ração, suportar ambientes ácidos e germinar e crescer sob condições intestinais
Henrique Brand médico veterinário e diretor de Marketing
Especialidades
Atingir um menor patamar de custos da dieta, um menor impacto ambiental da produção e ainda melhorar a saúde intestinal do plantel são alguns dos desafios diários da suinocultura. Uma boa saúde intestinal do plantel é uma estratégia eficiente para conseguir melhor desempenho no campo. Isso porque desafios sanitários, ambientais e de alguns ingredientes de rações podem afetar negativamente o equilíbrio microbiano intestinal dos animais, levando a um crescimento mais lento e uma queda da eficiência produtiva defendeu o médico veterinário e diretor de Marketing Estratégico para Especialidades da Evonik nas Américas, Henrique Brand.
Para contribuir com estes desafios do dia a dia do produtor, a Evonik lançou no mercado brasileiro o GutCare®, um novo probiótico selecionado para responder às necessidades do produtor. “O GutCare® é baseado na cepa formadora de esporos de Bacillus subtilis DSM 32315, que demonstrou ter capacidade de sobreviver aos processos de fabricação de ração, suportar ambientes ácidos e de germinar e crescer no intestino. Estas características são a base de um produto de qualidade e efetivo”, definiu.
Se os probióticos são ferramentas estratégicas utilizadas para atingir uma boa saúde intestinal, a escolha da cepa mais adequada de acordo com a
realidade de produção de cada propriedade é um dos passos mais importantes nesta caminhada. “Nossos estudos, e experiências em campo, mostram que esta estratégia tem impactos positivos na qualidade intestinal dos animais e na melhor performance em campo”, pontuou o médico veterinário e gerente Técnico para Saúde Intestinal da Evonik, Vinícius Teixeira.
De acordo com ele, a escolha do probiótico é muito estratégica porque eles não são todos iguais e cada realidade de produção vai encontrar um que seja o mais indicado. “A oferta de probióticos é muito grande e as cepas disponíveis têm efeitos diferentes. Outro ponto crítico é a quantidade exigida. Estamos incluindo um organismo vivo na ração e ele precisa chegar vivo no intestino do animal para atingir os resultados desejados. O processo de produção da ração pode impactar estas cepas de maneiras diferentes, sendo importante solicitar ao seu fornecedor de probióticos análises de recuperação e viabilidade de esporos, garantindo que esses esporos chegarão viáveis ao intestino dos animais e posso cumprir seu papel de melhorar a saúde intestinal. Por isso é tão importante conhecer o seu plantel, a sua ambiência e o seu processo de produção da ração”, salientou o especialista.
Ele reforça a importância de desenvolver pesquisas para conhecer cada cepa de probiótico. “Nós, na Evonik, trabalhamos com muitas pesquisas e aplicamos muita ciência em nossos probióticos. Eles passam por muitas avaliações para comprovar a eficácia. Aqui conhecemos o mecanismo de ação de cada um deles e a segurança de cada cepa, por isso temos a segurança necessária para avaliar e indicar a melhor estratégia”.
Na suinocultura moderna, mesmo com os contínuos avanços de melhoramento genético, práticas de manejo, status sanitário e ajustes nutricionais, os animais estão expostos a uma mistura de estímulos estressores que impactam negativamente no desempenho produtivo.
As consequências negativas desse estresse são amplificadas em animais de alta performance, como em fêmeas altamente prolíficas. As grandes demandas fisiológicas da gestação e lactação causam modificações metabólicas significativas, sendo uma das principais causas dessa alteração a superprodução de moléculas reativas de oxigênio (ROS), as quais geram um considerável estresse oxidativo (Berchieri-Ronchi et al., 2011).
Embora um aumento temporário de ROS seja fisiologicamente normal durante o parto e lactação, a sua persistência pode acarretar em efeitos adversos duradouros, como interferência nas próximas gestações (Björkman et al., 2023). Altos níveis de ROS e estresse oxidativo comprometem a estabilidade do DNA, proteínas e lipídios, desregulando o metabolismo celular e iniciando processos inflamatórios que, por sua vez, exacerbam o dano oxidativo (Harijith et al., 2014).
No contexto do período próximo ao parto, os estresses oxidativo e inflamatório podem
comprometer a integridade da barreira intestinal, resultando no evento intitulado “intestino permeável”. Esta condição facilita a translocação de elementos indesejáveis como bactérias, antígenos dietéticos e toxinas, incluindo lipopolissacarídeo (LPS) para a corrente sanguínea, intensificando o estresse oxidativo e a inflamação sistêmica (Pluske et al., 2018; Ribeiro et al., 2023). O LPS é uma parte estrutural da membrana externa das bactérias Gram-negativas, sendo um dos estimuladores mais representativos do sistema imunológico.
Nas fêmeas em lactação, a glândula mamária é altamente afetada pelas consequências do intestino permeável, devido à alta taxa de fluxo sanguíneo que sustenta a produção de colostro e leite. A presença de compostos próinflamatórios, tanto de processos endógenos e/ou do intestino permeável, aumenta o status inflamatório da glândula mamária e desencadeia o estímulo do sistema imunológico. A ativação imunológica em torno do período de parto e lactação desvia energia e nutrientes essenciais do crescimento fetal e da produção de leite. A exposição ao LPS causa uma redução significativa na quantidade e qualidade do colostro, o que impacta significativamente o crescimento dos leitões (Kim et al., 2013; Quesnel et al., 2012).
Além da restrição no crescimento dos leitões devido às reduções na quantidade de colostro e leite, quando a porca está passando por um evento inflamatório significativo, há níveis aumentados de citocinas pró-inflamatórias no colostro e no leite. Essas citocinas inflamatórias causam processos inflamatórios no intestino e sistemicamente nos leitões (Zou et al., 2020). Isso ocorre porque o intestino dos leitões é naturalmente permeável nos primeiros dias de vida, permitindo a passagem de imunidade passiva materna, mas também a absorção de moléculas inflamatórias que podem prejudicar seu crescimento (Weström et al., 2020; Nguyen et al., 2007). Esses fatores resultam em crescimento reduzido dos leitões, dano à integridade intestinal e status imunológico, reduzindo a possibilidade dos animais expressarem todo o potencial de desempenho.
Ao fortalecer a integridade intestinal é possível reduzir os efeitos adversos do LPS e do estresse oxidativo, garantindo que os nutrientes sejam direcionados eficazmente para o crescimento e produção de leite. Essas melhorias se refletirão em leitegadas mais saudáveis, com leitões robustos ao desmame e um potencial de crescimento maximizado ao longo da vida.
Portanto, a melhoria da saúde intestinal durante o período crítico do parto e lactação emerge como uma estratégia essencial para mitigar o estresse das porcas e otimizar a produção de leite.
As referências bibliográficas estão com o autor. Contato: contato@labitah.com
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Nos dias 13 a 15 de agosto, Chapecó (SC) foi palco de um dos mais importantes eventos do setor suinícola na América Latina: o 16º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS).
Com a participação de cerca de 1.900 pessoas, o evento se firmou como uma plataforma vital para discussão técnica e científica,
mostrando o dinamismo e a inovação que caracterizam a suinocultura brasileira. Promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), o SBSS trouxe para o centro das conversas as maiores empresas do setor, pesquisadores renomados e uma audiência valiosa.
Tiago José Mores, presidente do Nucleovet, destacou a qualidade da programação científica, que superou as expectativas e abordou temas de relevância contemporânea. “As discussões levantadas aqui enriqueceram demais o evento. Pesquisadores de alto gabarito consideraram estudos importantes para os profissionais suinícolas, e o feedback dos participantes foi extremamente positivo”, afirmou Mores, comemorando a colaboração do setor em mais uma edição bem-sucedida do simpósio.
A programação científica foi marcada por uma dinâmica interativa, graças às mesas-redondas que permitiram um diálogo enriquecedor entre palestrantes e público. O presidente da Comissão Científica, Paulo Bennemann, destacou o sucesso das discussões, que abordaram tópicos fundamentais como equipes de alta performance, preocupações sanitárias e voltadas para nutrição de precisão. Ele enfatizou a relevância do debate sobre perdas ao abate, que foi tratado com seriedade e conhecimento, um marco na história do evento.
“Finalizamos o 16° SBSS com a sensação de dever cumprido e a certeza de que estamos consolidando um evento técnico de alto impacto para a suinocultura”, concluiu Bennemann.
Uma das tradições do Nucleovet é o comprometimento com iniciativas de responsabilidade social. Nesta edição, parte da arrecadação do evento foi destinada a entidades assistenciais. Mores e sua equipe entregaram cheques simbólicos de R$10 mil cada ao Núcleo de Voluntários Formigas do Bem e ao Núcleo de Atenção aos Pequenos Animais (NAPA). Esta dedicação ao social destaca a visão humanitária e colaborativa do setor, evidenciando que o progresso do agronegócio também pode e deve caminhar lado a lado com ações em benefício da comunidade.
Além disso, a NúcleoStore, loja de artigos personalizados que já se tornou tradição, arrecadou fundos para o Hospital da Criança Augusta Muller Bohner, reforçando ainda mais o espírito solidário do evento.
Paralelamente à programação do SBSS, a 15ª Feira Brasil Sul de Suínos aconteceu com a participação de mais de 50 expositores, apresentando inovações e soluções em genética, nutrição, sanidade e equipamentos. Este espaço fomentou networking e interação entre empresas e clientes, propiciando novas parcerias e oportunidades de negócios.
Outra atração a Granja do Futuro trouxe ao evento equipamentos modernos e tecnologias que mostram novas tendências e práticas que podem ser adotadas pelos produtores para melhorar a cadeia produtiva suinícola.
O 16º SBSS contou com o apoio de diversas entidades, como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), Embrapa Suínos e Aves, Prefeitura de Chapecó, entre outros, destacando a importância de parcerias para a realização de eventos tão impactantes.
A 16ª edição do Simpósio Brasil Sul de Suinocultura não apenas reafirmou a posição do Brasil como um dos líderes globais na produção suinícola, mas também deixou um legado de conhecimento, inovação e responsabilidade social. Que venham mais eventos que promovam o crescimento sustentável e responsável do nosso setor!
O Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS) se consagrou, mais uma vez, como o maior evento do setor no Brasil, com um público de 30 mil visitantes, superando as previsões iniciais de 25 mil. O evento, realizado entre os dias 6 e 8 de agosto no Parque Anhembi em São Paulo (SP), atrai participantes de mais de 60 países, incluindo importantes representantes da América Latina, Europa e Ásia.
A solenidade de abertura foi marcada pela presença de figuras renomadas, incluindo o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Teixeira. O evento contou com a palestra de abertura do economista Eduardo Giannetti, que atraiu 2 mil pessoas, mediada pelo jornalista Luiz Henrique Mendes. Além dos ministros, foram apresentados governadores de diversos estados e lideranças do setor público e privado, destacando a relevância do SIAVS como um ponto de encontro da indústria global de proteína animal.
Com 317 expositores distribuídos em mais de 30 mil metros quadrados, o SIAVS reuniu empresas de genética, equipamentos, insumos e soluções tecnológicas. Foi uma vitrine para mais de 100 marcas que fazem parte da cadeia produtiva de proteínas animais, incluindo as associadas à ABPA e parcerias com organizações como a ABIEC, Peixe BR, entre outras. O evento também foi palco para o Projeto Produtor, que teve uma agenda especialmente preparada para 2,4 mil produtores.
O SIAVS não apenas promoveu o intercâmbio de conhecimentos, mas também gerou um impacto significativo em termos comerciais para as agroindústrias produtoras e exportadoras de proteínas. Durante o evento, foram realizados 9,2 mil encontros de negócios, com 2 mil deles atingindo novos clientes. Com essa entrega, os exportadores da avicultura e suinocultura do Brasil projetam planos que podem atingir US$ 2,03 bilhões nos próximos 12 meses, com um total de US$ 192,8 milhões
Durante os três dias de programação, mais de 2,5 mil congressistas assistiram às palestras de 80 especialistas renomados. O espaço SIAVS Talks focou em inovações, recebendo mais de 600 participantes e destacando 21 startups do setor. Para aqueles que não pudessem estar presentes, foi disponibilizada uma programação online, com mais de 300 inscritos de universidades e instituições de ensino.
indústria global de proteína animal. Ele destacou que os estabelecidos durante o evento, que envolvem não apenas
Com o sucesso desta edição, a ABPA já anunciou a próxima edição do SIAVS, que ocorrerá de 4 a 6 de agosto de 2026, novamente em São Paulo. Este anúncio cria uma expectativa ainda maior para continuar o desenvolvimento e inovação no setor.
Para mais informações sobre o SIAVS, acesse www.siavs.com.br
No dia 6 de agosto de 2024, foi realizado o tradicional Simpósio OvoSite, promovido pela Mundo Agro Editora e integrado ao Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS 2024), organizado pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).
Oevento aconteceu no Distrito Anhembi, em São Paulo, reunindo especialistas e profissionais do setor de postura, com o objetivo de discutir inovações e tendências no mercado de ovos.
A diretora do Instituto Ovos Brasil (IOB), Tabatha Lacerda, enfatizou a importância de discutir a estrutura mercadológica da cadeia de produção.
“Trouxemos especialistas de diversas vertentes para dar uma visão plural e um debate rico em torno do que esperar sobre o mercado de ovos para os próximos anos. Será uma oportunidade interessante não apenas do ponto de vista mercadológico, mas também regulatório, já que todo avanço técnico
depende de aval do poder público”, explica Tabatha Lacerda.
O simpósio contou com a participação de renomados especialistas, entre eles Antônio Carlos Paraguassu, Nilbea Regina, Javier Prida e Thiago Carvalho, que abordaram temas cruciais para a indústria.
Em sua apresentação, Antônio Carlos Paraguassu apresentou um panorama sobre a “Produção Mundial de Ovos”, abordando tópicos como a produtividade mundial e os desafios enfrentados por diferentes regiões. Ele destacou que, nos últimos 60 anos, a produção de ovos aumentou sete vezes, superando o crescimento populacional. “O Brasil teve um crescimento de 70%
nos últimos 10 anos. O consumo americano, criaram uma campanha forte nos EUA, para ter 70 milhões de pet comendo 1 ovo por dia, isso aumenta a população dos EUA em mais ou menos 20%.
O especialista também ressaltou a crescente demanda por ovos livres de gaiola, destacando que países de alta renda estão adotando essa prática, influenciando as tendências do mercado.
Nilbea Regina discutiu a legislação relacionada à produção de ovos, abordando a ausência de normas condicionais para sistemas como o de galinhas caipiras e ovos livres de gaiola, ressaltando que as regras atuais carecem de uma atualização mais clara.
“O Brasil teve um crescimento de 70% nos últimos 10 anos”.
Javier Prida focou nas “Perspectivas da Produção de Ovos Comerciais na América Latina”, destacando que a região produz mais de 171 bilhões de ovos anualmente, com o Brasil se posicionando como um dos maiores produtores. Ele ressaltou a predominância do sistema de produção em gaiolas na América Latina, que ainda representa um desafio para a trajetória futura da indústria.
Thiago Carvalho ofereceu insights sobre o cenário econômico e as demandas do consumidor, mencionando a importância da tecnologia na produção de proteína animal. Ele observou que, em fevereiro de 2024, houve um aumento significativo nos preços dos ovos devido à forte demanda e eventos sazonais, como a Quaresma, e destacou
que a produção de ovos para consumo e alojamento alcançou recordes no primeiro trimestre do ano.
O Simpósio OvoSite também se destacou como um espaço de networking, permitindo que os participantes interagissem e discutissem temas pertinentes à avicultura de postura. O ambiente propício para troca de conhecimentos entre palestrantes e participantes adicionou valor à experiência do evento, promovendo a discussão sobre questões que afetam o setor.
Preparativos para 2026, a Mundo Agro Editora já se movimenta na organização do próximo Simpósio OvoSite, que promete ser especial, comemorando os 25 anos da editora em 2026. Novidades e detalhes sobre o próximo Simpósio OvoSite serão anunciados em breve, prometendo continuar a tradição de excelência e inovação no setor.
Gisele Dela Ricci faz parte do time de Colunistas da Mundo Agro Editora, periodicamente a Especialista com Pós-doutorado em Produção e Ciência Animal compartilha informações no portal.
Aevolução das tecnologias para a ambiência na produção animal tem trazido inovações significativas, especialmente no setor de suínos e aves. Essas tecnologias melhoram o bem-estar animal, otimizam a produtividade e a sustentabilidade das operações. A seguir, destacaremos inovações que estão redefinindo a gestão dos ambientes de criação.
A ventilação é fundamental na ambiência para suínos e aves, e os novos sistemas inteligentes estão revolucionando essa gestão, por meio de sensores avançados, uma vez que esses sistemas monitoram em tempo real temperatura, umidade e gases como amônia e dióxido de carbono, ajustando automaticamente a ventilação para garantir condições ambientais ideais para o conforto e a saúde.
Aplicação de Inteligência Artificial (IA)
A Inteligência Artificial está revolucionando o monitoramento e controle da ambiência por meio de sensores conectados a sistemas de IA que podem prever comportamentos e ajustar as condições ambientais de forma preventiva. Por exemplo, em suínos, a IA detecta sinais de estresse térmico e ativa sistemas de resfriamento antecipadamente, minimizando o impacto de mudanças climáticas e melhorando a eficiência produtiva.
Ambiência Controlada por Zonas
A tecnologia de controle por zonas é outra inovação que tem se mostrado eficaz, uma vez que permite a criação de microclimas dentro das instalações, ajustando condições como temperatura e ventilação para diferentes categorias, conforme suas necessidades.
Em granjas de aves, por exemplo, a temperatura pode ser adaptada ao estágio de desenvolvimento dos pintos, promovendo um crescimento mais uniforme e saudável.
A iluminação é essencial para a ambiência, e a tecnologia LED regulável está revolucionando o setor por meio de ajustes de intensidade e espectro da luz. Atende às necessidades específicas dos animais em diferentes fases da vida, melhorando comportamento, crescimento e saúde ocular, e promovendo uma produção mais eficiente.
A Internet das Coisas (IoT) conecta dispositivos e sensores em uma granja, oferecendo uma visão em tempo real das condições ambientais. Isso permite ajustes automáticos em sistemas de ventilação, iluminação, alimentação e água, resultando em gestão mais eficiente, menos desperdício e maior sustentabilidade.
Em resumo, as novas tecnologias para ambiência na produção animal estão proporcionando melhorias significativas no bem-estar de suínos e aves, ao mesmo tempo em que aumentam a eficiência e a sustentabilidade das operações.