Revista Passear Natal 2012

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ASSINATURA ESPECIAL NATAL

Nº. 20 . Ano II . 2012 . PVP: 2 € (IVA incluído)

passear by

veja p. 52

sente a natureza

BTT

Parque Natural do Guadiana

Passeio

Jardins de Lisboa DESTINO

CASTELO DE ANSIÃES

GRANDE ROTA

DA SERRA DAS MESAS À SERRA DA GATA

Vila de Rei

Sentir a Natureza


Praceta Mato da Cruz, 18 2655-355 Ericeira - Portugal Correspondência - P. O. Box 24 2656-909 Ericeira - Portugal Tel. +351 261 867 063 www.lobodomar.net

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Director Vasco Melo Gonçalves Editor Lobo do Mar Responsável editorial Vasco Melo Gonçalves Colaboradores Catarina Gonçalves, Luisa Gonçalves.... Publicidade Lobo do Mar Contactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041 e-mail geral@lobodomar.net

Grafismo

Contacto +351 965 761 000 email anagoncalves@lobodomar.net www.wix.com/lobodomardesign/comunicar

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Contamos consigo. Ofereça uma assinatura da revista Passear Porque estamos numa época natalícia a revista Passear lançou uma campanha de oferta de assinaturas (ver pág.52). É importante para as revistas o suporte dos seus leitores e a assinatura é fundamental para o crescimento e desenvolvimento do projeto editorial. Nesta edição publicamos duas crónicas muito interessantes de dois novos colaboradores. Na área do pedestrianismo, José Callixto através de uma escrita muito visual narra-nos a sua experiência e de mais um grupo de caminheiros na Grande Rota, da Serra das Mesas à Serra da Gata. Em BTT, mas com uma forte vertente turística, 4 Companheiros do Colinas Bike Tour foram pedalar, durante três dias, pelo Parque Natural do Guadiana. Nesta edição publicamos o primeiro dia desta aventura. Passámos 5 dias em Vila de Rei a descobrir o seu potencial de Natureza e, nesta edição, apresentamos, de uma forma sintética, o que descobrimos pois, em posteriores edições, iremos desenvolver o tema de Vila de Rei. Boa leitura e não deixe de nos apoiar com a Oferta de uma Assinatura a quem mais gosta. BOM NATAL E UM BOM ANO NOVO SEMPRE EM CONTACTO COM A NATUREZA.

Registada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social sob o nº. 125 987 Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países

Capa Fotografia Vila de Rei (pág. 20)

Diretor vascogoncalves@lobodomar.net


Edição Nº.20

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28 Sumário 04 Atualidades 14 Equipamentos 20 Vila de Rei 28 Caminhada Grande Rota 40 Crónica BTT Guadiana 52 ASSINATURA PASSEAR PUB 54 Destino Castelo de Ansiães 68 Passeio Jardins de Lisboa

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atualidades 4

Caminhos de Fátima, novo Caminho do Mar

Centro Nacional de Cultura e autarquias assinaram, no passado dia 28 de Novembro, um protocolo para a idealização e sinalização do Caminho do Mar que ligará Cascais ao Santuário de Fátima. Em Cascais passará a iniciar-se o Caminho do Mar, percurso que vai envolver também os municípios de Sintra, Mafra, Torres Vedras, Bombarral, Óbidos, Caldas da Rainha, Alcobaça, Porto de Mós, Batalha e Ourém. A partir daqui, serão assinalados com setas azuis e marcos, caminhos pedonais seguros até ao destino final dos peregrinos: Fátima ou Santiago de Compostela. “Trata-se de um percurso de aproximadamente 150 quilómetros, por caminhos de terra e algumas estradas secundárias, passando por onze concelhos”, disse à Lusa Lourenço de Almeida, da direção do Cen-

tro Nacional de Cultura e responsável pelo projeto Caminhos de Fátima. O projeto Caminhos de Fátima foi orientado inicialmente pelo arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, antigo presidente do Centro Nacional de Cultura, estando já sinalizados o Caminho do Tejo, com início em Lisboa, o Caminho do Norte, com início em Valença passando pelo Porto e Coimbra, e o Caminho da Nazaré, num total de cerca de 500 quilómetros. Ao identificar estes percursos pedonais mais seguros pretende-se encaminhar os milhares de pessoas que peregrinam a pé para Fátima e para Santiago de Compostela, todos os anos e ao longo de todo o ano, para zonas pedonais mais seguras, longe das estradas onde o perigo e acidentes espreitam a cada quilómetro.


Algarve e Alentejo com ações de promoção conjuntas O Turismo do Algarve e o Turismo do Alentejo vão realizar ações de promoção em conjunto a partir do próximo ano, no âmbito de uma parceria que tem por objetivo aproveitar sinergias e estratégias comuns às duas entidades regionais.

territórios nos postos de turismo também fazem parte da parceria. «É fundamental aproveitar as sinergias e o potencial dos dois territórios. O Alentejo e o Algarve, pela proximidade geográfica e complementaridade da oferta turística,

A criação de um guia de ecoturismo, birdwatching e percursos de natureza e de BTT no parque natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e no parque natural do Vale do Guadiana e a realização do Festival das Gastronomias Mediterrânicas, em Lisboa, são duas das principias iniciativas acordadas entre os dirigentes daquelas entidades. A presença de stands promocionais do Algarve e do Alentejo nos principais eventos das duas regiões, assim como a existência de informação sobre a oferta de ambos os

têm muito a ganhar com uma estratégia de promoção conjunta», explica o responsável pelo Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva. Para o presidente do Turismo do Algarve, «a parceria entre as duas regiões é importante tanto numa lógica de continuidade territorial e de convergência de interesses, como no desenvolvimento turístico e projeção dos destinos dentro e fora do País», conclui Desidério Silva.

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atualidades

Festival da Bicicleta Solidária no Porto

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O evento terá lugar dia 16 de Dezembro, na cidade do Porto e será organizado pela FPCUB e pelo Clube de Bicicletas do Porto. O objetivo do Festival é a angariação de géneros alimentares para uma instituição de solidariedade que irá estar presente no dia. Os participantes deverão oferecer alimentos não perecíveis (por exemplo: enlatados, arroz, massa, leite, etc.) entregando-os neste dia à organização. Será um festival solidário com muita animação, com um encontro de bicicletas antigas e um passeio para todas as bicicletas. Haverá ainda animação de rua.

Correção Na edição 19 da revista Passear cometemos uma imprecisão na notícia “Seminário Rotas & Percursos Culturais”. O estudo referido é de autoria de Pportodosmuseus e não da Fundação da Juventude.

Desenhar no Diário de Viagem, no Mosteiro de Tibães Com Eduardo Salavisa no dia 05 de janeiro 2013 Esta “viagem” terá como suporte um instrumento muito simples (back to basic): o Diário Gráfico ou de Viagem. Eduardo Salavisa entende-o como um caderno de pequenas dimensões, portátil, onde se registam apontamentos desenhados sobre o que nos rodeia ou sobre o que vamos refletindo, incentivando-nos a sermos mais observadores, a desenharmos mais sistematicamente e, em consequência, a sermos mais criativos. Ter o hábito de transportar este tipo de caderno faz com que o nosso quotidiano se possa transformar numa viagem e o inverso, isto é, numa viagem prestamos mais atenção a pormenores do quotidiano. Para mais informações:


em concreto: Logótipos, Estacionários, branding e rebranding de todos os suportes da sua empresa Micro-sites, Webdesign, Banners (Flash/Gif) Anúncios, Roll-ups, Outdoors, Stands Revistas, Livros, Newsletters, Flyers, Desdobráveis, Catálogos Press Releases Fotografia

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atualidades Presépio de rua em Monsaraz

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Presépio de Rua com novas figuras em tamanho real regressa à vila medieval de Monsaraz e vai fazer alusão à vitivinicultura e à olaria. O Presépio de Rua com figuras em tamanho real vai regressar no sábado, dia 1 de dezembro, à vila medieval de Monsaraz. A inauguração realiza-se às 17h e o presépio poderá ser apreciado até ao dia 6 de janeiro. O Presépio de Rua terá 46 figuras e vai estar distribuído pelas ruas da vila até ao Largo do Castelo, local onde haverá uma choupana com a manjedoura e o conjunto principal, a Virgem, São José e o Menino. A autora do Presépio, a escultora Teresa Martins, criou mais três figuras este ano, nomeadamente um cavalo puro-sangue árabe com um guarda montado que estará à entrada de Monsaraz, uma figura feminina que ficará junto a uma talha e que será

enquadrada numa área onde será feita uma alusão à vitivinicultura e à olaria, e uma rapariga com um cesto no braço que integrará o elenco. Monsaraz vai receber a representação da Natividade com este presépio formado por figuras construídas a partir de grandes estruturas de ferro e rede recobertas por panos de cor crua, impermeabilizados e tratados para o efeito, com as caras e as mãos feitas em cerâmica. Este ano todas as figuras foram novamente pintadas com tons pastel, rosa velhos e lilases. Pelo décimo terceiro ano consecutivo, o Município de Reguengos de Monsaraz apresenta esta iniciativa de promoção turística com méritos firmados e elevada criatividade no domínio da animação temática de conjuntos históricos. Todas as figuras vão estar iluminadas, resultando num efeito visual apreciável para os visitantes que se deslocarem à vila histórica durante a noite. Os milhares de turistas que se deslocam a Monsaraz durante esta época do ano podem fazer um percurso pelas ruas históricas “acompanhados” pelas figuras que representam a Natividade, como os Reis Magos, os guardas do castelo, o pastor, a lavadeira, a fiadeira e o almocreve. Em cada ano, as figuras são colocadas noutros locais da vila medieval, atribuindo-lhes um sentido diferente.


Forte da Graça - © Município de Elvas

Fortificações de Elvas inscritas na lista do Património Mundial pela UNESCO Por decisão tomada na 36ª sessão do Comité do Património Mundial, reunido em São Petesburgo, na Rússia, foram inscritas na Lista de Património Mundial as Fortificações de Elvas, na categoria de bens culturais. Fundadas no reinado de D. Sancho II e construídas sobre uma estrutura muçulmana, foram incluídas na Lista Indicativa do Património Mundial da UNESCO em 2009. A candidatura das fortificações abrangia vários monumentos - os fortes de Santa Luzia, do século XVII, e da Graça, do século XVIII, três fortins do século XIX, as três muralhas medievais e a muralha do século XVII, além do Aqueduto da Amoreira. Classificado como Património Nacional

quilómetros a norte da cidade de Elvas, constitui um dos símbolos máximos das fortalezas abaluartadas em zonas fronteiriças. O conjunto de fortificações de Elvas é o maior do mundo na tipologia de fortificações abaluartadas terrestres, possuindo um perímetro de oito a dez quilómetros e uma área de cerca de 300 hectares. O Comité do Património Mundial inscreveu nesta 36ª sessão 26 novos sítios na Lista do Património Mundial, no ano em que se comemora o 40º aniversário da Convenção para a protecção do património cultural e natural. As 26 novas inscrições incluem 5 sítios naturais, 20 culturais e um misto, perfazendo actualmente a lista um total de 962 bens. O número de países com património mundial cresceu para 157, com a inscrição de sítios no Chade, Congo, Palau e Palestina.

em 1910, o Forte da Graça, monumento Fonte: IGESPAR militar do século XVIII situado a dois

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atualidades Conclusão do Plano de Promoção da Bicicleta e Outros Modos Suaves

O Grupo de Trabalho Interministerial, coordenado pelo IMTT, concluiu e apresentou ao Governo o projeto de “Plano de Promoção da Bicicleta e Outros Modos Suaves 20132020”. Este Grupo foi constituído na sequência da Resolução da Assembleia da República n.º 3/2009, pelo Despacho Interministerial 10 n.º 11125/2010 e integra vários organismos da administração pública central do Estado, em representação dos Ministérios da Economia e do Emprego, do Ambiente, do Mar, da Agricultura e do Ordenamento do Território, da Educação e Ciência, da Saúde e da Administração Interna, e também a Associação Nacional de Municípios Portugueses, a Associação Nacional de Freguesias e o Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável. No início dos trabalhos beneficiaram da participação pública, com audições de entidadeschave (stakeholders) em diferentes áreas de intervenção: municípios, operadores de transporte, associações de utilizadores, organizações não-governamentais e entidades ligadas à mobilidade, indústria e inovação e através do lançamento de um questionário

online aberto a todos os cidadãos. A promoção de meios de transporte mais sustentáveis constitui a grande motivação e o principal desafio do projeto de Plano e inscreve-se num novo paradigma de mobilidade que tem em vista combinar o desenvolvimento económico das cidades e vilas e as acessibilidades, transportes e mobilidade, com a melhoria da qualidade de vida. O Plano foi desenvolvido para o período 2013-2020, com a seguinte Visão: Valorizar o uso da bicicleta e o “andar a pé” como práticas de deslocação quotidiana dos cidadãos, integradas no sistema de transportes e dando prioridade a critérios de sustentabilidade e eficiência económica, ambiental e social; Orientar as políticas públicas urbanas para o objetivo da mobilidade sustentável, protegendo o espaço público e a saúde e bem-estar dos cidadãos. O sucesso do Plano e a concretização do vasto conjunto de medidas e ações previstas, dependerá do envolvimento, empenho e participação, a nível nacional e local de elevado número de organismos públicos, de agentes económico-sociais e de cidadãos. O projeto de Plano foi submetido à aprovação do Governo, através das tutelas de todas as entidades que integraram o Grupo de Trabalho, seguindo-se, os passos necessários à sua validação, em função das orientações governamentais, após o que haverá lugar a um período de consulta pública e de discussão com os stakeholders. Fonte: IMTT


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atualidades 12

Castro do Zambujal

Presidência do Conselho de Ministros procede à ampliação da área classificada do «Monumento pré-histórico existente no Casal do Zambujal, freguesia de Santa Maria, com o terreno circunjacente, em que assenta uma povoação do começo do bronze» pelo Decreto n.º 35 817, de 20 de agosto de 1946, e altera a respetiva denominação através do Decreto n.º 28/2012 de 20 de novembro Pelo Decreto n.º 35 817, publicado no Diário do Governo, de 20 de agosto de 1946, foi classificado como monumento nacional o «Monumento pré-histórico existente no Casal do Zambujal, freguesia de Santa Maria, com o terreno circunjacente, em que assenta uma povoação do começo do bronze». Localizado a cerca de 3 km a sudoeste da cidade de Torres Vedras e identificado pelo in-

vestigador torreense Leonel Trindade no ano de 1932, o agora redenominado Castro do Zambujal foi alvo das primeiras escavações arqueológicas em 1944 e 1959. A longa história das pesquisas arqueológicas aqui efetuadas e a extensa documentação publicada converteram o denominado Castro do Zambujal num dos mais emblemáticos sítios arqueológicos portugueses, assumindo um papel de revelo para o conhecimento das primeiras sociedades agro metalúrgicas do Calcolítico na Península Ibérica. As fortificações do Castro do Zambujal revelam especial valor patrimonial, uma vez que evidenciam um excelente estado de conservação em altura, sendo particularmente representativas das primeiras construções defensivas erigidas em território nacional.


Foram recentemente identificadas, no topo da elevação, quatro linhas de muralha, edificadas durante o 3.º milénio a. C., registando cinco fases de construção. As pesquisas efetuadas a partir de 1994 fundamentam um alargamento da área inicialmente classificada, ascendendo a um perímetro cinco vezes superiores ao atual. Os limites do bem a classificar incluem a quarta linha de muralhas, intervencionada nas recentes campanhas, bem como áreas de ocupação no sopé da elevação. A área estimada indica que o Castro do Zambujal corresponde a um dos mais extensos povoados calcolíticos da Estremadura. Assim, pelo presente diploma, procede-se à ampliação da área classificada, de forma a passar a abranger um total de cerca de 5 ha e à redenominação do sítio classificado. A ampliação de classificação do Castro do Zambujal tem por base os critérios constantes do artigo 17.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, relativos ao valor estético, técnico ou material intrínseco do bem, à conceção arquitetónica, urbanística e paisagística, à extensão do bem e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva e à importância do bem do ponto de vista da investigação histórica ou científica. A zona especial de proteção do bem imóvel cuja área classificada é ampliada pelo presente decreto é fixada por portaria, nos termos do disposto no artigo 43.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro. Foram cumpridos os procedimentos de audição dos interessados, previstos no artigo

27.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, de acordo com o disposto nos artigos 100.º e seguintes do Código do Procedimento Administrativo. Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 28.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, e nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo único Classificação 1 — É ampliada a área classificada do «Monumento pré-histórico existente no Casal do Zambujal, com o terreno circunjacente, em que assenta uma povoação do começo do bronze», na freguesia de Santa Maria, concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa, classificado como monumento nacional pelo Decreto n.º 35 817, publicado no Diário do 13 Governo, de 20 de agosto de 1946, passando a abranger uma área total de cerca de 5 ha, incluindo a quarta linha de muralhas intervencionada nas recentes campanhas e as áreas de ocupação no sopé da elevação, conforme planta de delimitação constante do anexo ao presente decreto, do qual faz parte integrante. 2 — O monumento nacional referido no número anterior passa a ser designado por Castro do Zambujal, localizado no Casal do Zambujal, freguesia de Santa Maria do Castelo e São Miguel (Torres Vedras), concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa.


s o t n e m a p i equ Equipamento Básico Apresentamos a proposta de Equipamento Básico para a revista Passear de autoria da STrail. A relação preço/qualidade e a utilização não muito agressiva foram as bases da escolha. Actives Merino Roundneck da Haglöfs Primeira camada de utilização múltipla que mantém o corpo quente, em condições climatéricas que o exijam, e a comodidade necessária, graças às suas fibras de lã Merinas naturais.

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forma fácil e rápida á grelha traseira da bicicleta através de duas fitas de velcro. Quando transporta cargas mais pesadas a alça amovível e ajustável deve ser usada como terceiro ponto de fixação. Pode ser transportada ao ombro tipo “Mensager bag” ou á mão quando usada fora da bicicleta. Feitas em tela vinílica estampada e lona vinílica lisa resistente á água e lavável. Interior com compartimento para pequenos objetos. Placa rígida na base para garantir uma maior rigidez. As dimensões são 40x35x15cm e tem uma Capacidade de carga de 22 litros. https://www.facebook.com/pages/Bash%C3%B4Cycling-Club/166262130138109



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Kalkhoff Bikes FABRICADAS NA ALEMANHA AS BICICLETAS KALKHOFF ESTÃO EM PORTUGAL PELA MÃO DA E-MOBILITY-SYSTEMS.COM, LDA. E COMERCIALIZADAS NA LOJA DOURO BIKE. A loja DouroBike foi instalada em Janeiro 2011 na Foz do Douro no Porto e é uma das primeiras lojas do país dedicada a mobilidade urbana, com bicicletas elétricas, citadinas e de transporte. A aposta do representante em Portugal é nas gamas Fitness e Allround (híbridas) caracterizadas pela sua fiabilidade e versatilidade. As bicicletas das duas gamas são equipadas sempre com dínamo no cubo da roda dianteira, guarda-lamas, luzes e bagageira. Nos modelos temos sistemas de propulsão com velocidades internas (7, 8, 11 ou 14 velocidades) ou c/ velocidades externas entre 24, 27 ou 30 velocidades.

O peso das bicicletas destas duas gamas está compreendido entre 12 e 18 kg, conforme do equipamento e dos componentes usados. Ao nível de preços temos modelos a partir de 450,00 € na gama de entrada depois, na gama média, entre 550 e 750 € e a seguir uma gama alta entre 800 e a 1500,00 €. O fabricante alemão desenvolve também uma gama extensa de bicicletas elétricas. Para além da utilização urbana do dia-a-dia tem-se notado uma procura cada vez maior de pessoas que gostam utilizar uma bicicleta “Trekking” nas viagens e que gostam de ter um suporte elétrico nas subidas.


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Para saber mais sobre a gama “Fitness”: http://www.kalkhoff-bikes.com/de/de/modelle/2013/category/fitness-9.html Para saber mais sobre a gama “Allround”: http://www.kalkhoff-bikes.com/de/de/modelle/2013/category/allround-10.html Para saber mais sobre as E-Bikes: http://www.kalkhoff-bikes.com/int/en/models/2013/category/e-bike-8.html


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Vila de Rei Um destino de Natureza destino

Texto: C.M.V.R. e V.M.G. Fotografia: Vasco de Melo Gonçalves

VILA DE REI É NORMALMENTE ASSOCIADO AO CENTRO GEODÉSICO DE PORTUGAL MAS, É MUITO MAIS DO QUE ISSO E NOS 5 DIAS QUE LÁ PASSEI DEU PARA DESCOBRIR UM DESTINO DE NATUREZA.


Com o apoio da autarquia de Vila de Rei e de alguns agentes económicos locais passei 5 dias no centro de Portugal à descoberta da sua oferta de Natureza. Sinceramente não fazia ideia do potencial que a região oferece no que diz respeito a percursos de pedestrianismo, BTT, bicicleta de trekking e canoagem. Nesta edição vamos fazer uma apresentação sumária da região sendo que, em futuras edições, iremos aprofundar o potencial de Vila de Rei. Quero também prestar o meu agradecimento público ao técnico da câmara Bruno Cardoso que me acompanhou durante os dias de estada em Vila de Rei

e foi um guia de excelência devido ao seu conhecimento do terreno complementado por uma forte cultura geral. Ainda na maré de agradecimentos não poderia deixar de mencionar Eduardo Lyon de Castro, proprietário da casa Abrigo, que através da sua simpatia e conhecimento fez-me ver Vila de Rei como um local de grande potencial.

Enquadramento histórico “Em tempos recuados e de acordo com os vestígios mais antigos que existem na área do concelho, terão sido os Celtas e depois os Romanos, os primeiros habitantes. Tratando-se contudo de uma zona

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geologicamente muito antiga, onde é possível encontrar com alguma frequência fósseis e outros vestígios pré-históri22 cos, é provável que povos muito mais antigos por aqui tenham vivido. Após o nascimento da nacionalidade, a primeira data relevante remete-nos para o foral de D. Dinis, que em 19 de Setembro de 1285 cria o concelho de Vila de Rei. Este foral foi mais tarde renovado por D. Manuel I, em 1 de Outubro de 1513. No século XIV, tanto a Ordem dos Templários como a Ordem de Cristo, povoaram, desenvolveram e defenderam este território. Mais recentemente, no início do século XIX, as terras de Vila de Rei sofreram o impacto devastador das invasões francesas. Em 1950, com a construção da barragem do Castelo de Bode, uma parte

significativa do concelho ficou submersa e com ela, 8 povoações. Os grandes incêndios que deflagraram em 1986 e 2003 devastaram o concelho e consumiram entre outros bens, cerca de 80 % do total da sua área florestal, sendo no entanto a reflorestação já visível. Presentemente o concelho atravessa um surto de desenvolvimento em consequência da realização de inúmeras obras públicas, onde se destacam a ponte sobre o rio Zêzere, a variante à EN 2 entre Vila de Rei e Abrantes, e as variadas infraestruturas educacionais, desportivas, culturais, de segurança pública, bem como as obras de requalificação urbana. Doravante estão criadas as condições para o desenvolvimento harmonioso e sustentado do concelho”.


Caminho de Xisto de Água Formosa

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Percursos pedestres Caminho de Xisto de Água Formosa Distância: 7,5 km – 2h50m Nível de Dificuldade: Baixo Percurso circular plano, o Caminho de Xisto de Água Formosa vem aproveitar os antigos trilhos dos moleiros e agricultores, que num passado ainda recente conduziam às azenhas e aos nateiros, marginais às Ribeiras da Galega e da Valada. Neste verdadeiro espaço natural, dadas as características de floresta e afloramentos rochosos de razoável dimensão, podem encontrar-se amieiros, choupos, medronheiros, rosmaninho ou aroeira, entre outras espécies. Este é também um ótimo local para a

observação de aves ou o encontro com outros animais, como o emblemático guarda-rios ou o tímido esquilo-vermelho. Durante o percurso, aproveite bem os pequenos relevos e recantos existentes e usufrua ao máximo de uma natureza que convida à sua contemplação. Rota do Bostelim Distância: 9,5 km – 3h Nível de Dificuldade: Baixo


É já perto do final da Ribeira do Bostelim, na freguesia da Fundada, que se situa um Parque de Campismo Rural e uma Praia Fluvial que ostentam o seu nome. É precisamente neste local que tem início a Rota do Bostelim. Percurso pedestre circular, de pequena rota, que acompanha a margem da ribeira do Bostelim, prolongando-a depois ao longo da Ribeira da Isna, até à centenária Ponte da Várzea Carreira. A proximidade da água, as sombras do arvoredo e os vários pontos de interesse ao longo do percurso, tornam a Rota do Bostelim num percurso pedestre de características únicas. O visitante encontrará, ao longo das três 24 horas necessárias para percorrer esta pequena rota, diversos e justificados motivos para se relacionar com este maravilhoso espaço natural. Trilho das Bufareiras Distância: 9 km – 3h30m Nível de Dificuldade: Baixo O Trilho das Bufareiras é um percurso pedestre linear de Pequena Rota entre Vila de Rei e a Praia Fluvial do Penedo Furado. Com o início a passar pelo cruzeiro de Vila de Rei, onde pode desfrutar de uma vista global sobre a sede do concelho, este percurso leva os visitantes por caminhos antigos até à zona das Bufareiras, carac-

Rota do Bostelim

Trilho das Bufareiras


terizada por uma paisagem invulgar resultante do maciço rochoso envolvente onde se encontram várias cascatas. Este é um dos locais mais emblemáticos e místicos da região e faz parte dos atrativos da Praia Fluvial do Penedo Furado.

Trilho das Cascatas

Trilho das Cascatas Distância: 10 km – 4h Nível de Dificuldade: Médio/Alto, com desnível acentuado Percurso pedestre circular de Pequena Rota, com início e chegada a Vila de Rei. Este trilho efetua-se ao longo da ribeira do Lavadouro, ribeira do Vale Feito e ribeiro da Vila. A natureza dotou generosamente este percurso, ao permitir com os seus caprichos, a formação de várias cascatas nos seus vales rochosos, com recantos e paisagens magníficas.

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O facto de apresentar características diferenciadas confere um ambiente muito tranquilo e relaxante a este percurso, envolvido numa paisagem selvagem em que é possível associar o encanto das cascatas com a existência de numerosas aves e uma flora específica. Rota das Conheiras Distância: 10,7 km Nível de Dificuldade: Baixo Percurso pedestre linear de Pequena Rota, com início na aldeia de Xisto da Água

Rota das Conheiras


Formosa e chegada ao Penedo Furado. Este trilho efetua-se ao longo da ribeira da Galega, ribeira do Codegoso e ribeira de Codes. Percorrer este trilho é sem dúvida uma viagem no tempo, ao descortinar as fantásticas belezas naturais (provavelmente deixadas desde a Idade do Ferro), que serviram de exploração de frentes mineiras de ouro. Ao longo de todo o percurso avistará vestígios importantes, onde surgem frequentemente amontoados de conhos (seixos) resultantes da exploração de ouro por aluvião, presumivelmente na época romana e anterior. A Rota das Conheiras possui ainda duas variantes ao seu percurso mais comum, situadas nas redondezas da aldeia de 26 Lousa, que permitem aos seus visitantes observar de perto cinco outras conheiras. Ao percorrer o trajeto comum entre Água Formosa e o Penedo Furado, visitando ainda as duas variantes do percurso, o visitante percorre o total de 15,5 km. Informações úteis C.M. de Vila de Rei Praça Família Mattos e Silva Neves 6110-174 Vila de Rei (+351) 274 890 010 | geral@cm-viladerei.pt Turismo | turismo@cm-viladerei.pt Onde dormir O Abrigo Morada: Largo da Capela, Trutas,

6110-156 Vila de Rei Contacto: Eduardo Moura Lyon de Castro 274 898 642 / 962 783 634 Site: www.opalternativas.com

Onde comer Churrasqueira Central Morada: Largo da Devesa, 6110-208 Vila de Rei Contactos: 960 097 654 / 274 898 565

Albergaria Dom Dinis Morada: Rua Dr. Eduardo Castro 6110-218 Vila de Rei Contactos: tel.: 274 898 066 | Fax: 274 898 024 geral@albergariadomdinis.com albergariaddinis@gmail.com



CAMINHADA

GRANDE ROTA DA SERRA DAS MESAS À SERRA DA GATA Texto e Fotografia: José Carlos Callixto / http://porfragasepragas.blogspot.pt/

passeio

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Distância 31,77 Km Dificuldade

Duração: 11 horas 25 minutos Tipo: Linear Apreciação Geral: Dificuldade média Elevação máxima: 1 477 m Elevação mínima: 714 m

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No último dia do passado mês de Junho, trouxe à raia um grupo de amantes das longas caminhadas, para uma Grande Rota TransMalcata, entre Foios e a Capela da Sr.ª do Bom Sucesso. Complementámos essa travessia, no dia seguinte, com uma pequena caminhada circular na Serra das Mesas. Como então escrevi, as despedidas foram com a promessa, minha e deles, de um dia voltarem. Como também escrevi... “É este o tipo de pessoas que eu gosto de encontrar, com quem gosto de conviver! Gente que dá e recebe, gente que transmite o calor da partilha, gente que transmite o sabor da amizade, gente... 30 que dá sabor à vida! “. E por isso... um dia voltaram...J! Pelo menos alguns deles, acompanhados por alguns estreantes nestas serras. E volta-

uma das participantes no MegaTransect da Estrela, em que participei nos primeiros dias de Setembro. Juntámo-nos assim 14 apaixonados pelos “montes que medem o céu “, 14 amantes “das frias serras onde primeiro o Sol nasceu “. As fragas das redes sociais originam aliás novas e interessantes formas de comunicação e de aproximação: dois dos “estreantes” nestas serras ... só os conhecia virtualmente. Mas, tendo vindo mais cedo ... vieram almoçar na minha casa de Vale de Espinho, na 6ª feira! Mais: vieram juntos, da zona do Porto e Vila do Conde ... mas igualmente não se conheciam pessoalmente, só se conheceram quando se encontraram para vir J! Quatro dias antes, na 3ª feira 23, fiz um reconhecimento solitário de uma alternativa de acesso ao Xalmas, numa manhã

ram para uma nova grande rota, a unir as Mesas à porção ocidental da Serra da Gata, que iria incluir a subida ao mítico cume do Xálima ... que em Julho lhes tinha feito um “chamamento místico”...

mágica, de Sol, a que se refere as primeiras fotos deste artigo. E é assim que, às seis e meia da manhã de sábado 27, ainda noite cerrada, nos encontrámos todos junto à antiga Escola Primária de Foios, em cuja camarata quase todos ficaram, como em Junho. A primeira parte do percurso fizemo-la portanto acompanhando o lento clarear de um novo dia, subindo a serra em direção à nascente do Côa, por entre um nevoeiro mágico que emprestava um ar místico a toda aquela envolvência serrana.

COMO COMEÇOU Tal como em Junho/Julho, o projeto nasceu e foi posto em marcha via redes sociais. E, aos participantes inicialmente previstos, na 5ª feira à noite juntaram-se mais três, mobilizados por


Cume do Xalmas, 1492m alt., 23.10.2012

Não, não é uma vista de avião...! Cume do Xalmas, 23.10.2012

Foios, junto ao Côa, 27.10.2012, 7:00h

E o nevoeiro envolve-nos nos mistérios da Serra das Mesas

31 Sobre a planície de Valverde del Fresno, onde o Sol já clareia

Descendo a encosta das nascentes do Águeda Llanos de Navasfrias: 8:55h, 1070m alt., 6,6 km

Nas Torres das Ellas, em manhã de nevoeiro


Depois de mais de dois dias de chuva ininterrupta ... sábado acordava para nós como um magnífico dia que se viria a mostrar soalheiro! “…POR ENTRE UM NEVOEIRO MÁGICO QUE EMPRESTAVA UM AR MÍSTICO A TODA AQUELA ENVOLVÊNCIA SERRANA…” Com pouco mais de uma hora de marcha e a 1220 metros de altitude, cruzámos a linha de fronteira perto do geodésico das Mesas, a que tínhamos ido em Julho ... para logo a seguir descermos para a nascente do Águeda e para os Llanos de Navasfrias. Estávamos então na es32 trada Navasfrias - Valverde del Fresno, com duas horas de caminho e quase 7 km percorridos. Tínhamos agora pela frente a Serra do Espiñazo, cujos cumes rochosos são também conhecidos por Torres das Ellas, ou Torres de Fernán Centeno. Torres das Ellas porque de ali se avista a aldeia de Ellas, que, juntamente com as suas aldeias gémeas de San Martín de Trevejo e Valverde del Fresno, constituem as três aldeias do vale do Xálima, ou d’”A Fala”, conjunto de dialetos mistura de galego, português e castelhano. A outra designação é menos nobre: ao galgar aquelas fragas, por entre o persistente

nevoeiro, quase víamos saltar detrás dos rochedos as hordas de bandoleiros guiadas pelo celebérrimo Fernán Centeno, El Travieso, senhor de Peñaparda, que, do seu castelo de Rapapelo (de que não restam vestígios), assolou no séc. XV grande parte destas terras e tomou os castelos das Ellas e de Trevejo. A Serra do Espiñazo ficou também para sempre ligada à aventura do contrabando. Os seus esporões rochosos esconderam “carregos”, testemunharam perseguições, fugas e mortes, por vezes aliadas a fenómenos naturais agrestes, como as fortíssimas trovoadas que aqui ocorrem. Em Agosto de 2009, numa caminhada orientada por fojeiros bem conhecedores destas rotas, aprendi histórias de barrocos cortados por um raio, de fontes que guardam tesouros escondidos ... histórias com que agora fui animando e alimentando esta manhã, ao longo das Torres das Ellas. Quando o nevoeiro se começou lentamente a dissipar, ainda conseguimos ver as povoações estremenhas das Ellas e, principalmente, de San Martin de Trevejo, bem como, já na encosta ocidental da Serra de Xálima, um dos maiores castanhais da Europa, o castanhal de Ojesto, ou de O’Soitu, pertencente à segunda daquelas típicas aldeias serranas.


Barroco do Raio, Serra do Espiñazo

Majadal de los Guijos, 1170m alt.

San Martín de Trevejo à vista

Castanhal de Ojesto, com San Martín aos pés

Na calçada romana das Ellas ao Puerto de Santa Clara

A chegar ao Puerto de Santa Clara, entre o maciço do Espiñazo e o do Xálima

No “ataque” final ao Xalmas

No “ataque” final ao Xalmas

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Já com quase 17 km nos pés, chegámos ao Puerto de Santa Clara (1024m), na estrada Payo - San Martín de Trevejo … e tínhamos pela frente o morro imponente do Xalmas, ou Xálima. É o ponto mais alto do ocidente da Serra da Gata (1492m alt.). O "ataque" ao corta-fogo que vence os primeiros 70 metros de desnível (em menos de 400 metros...) foi um teste à resistência e um "aquecimento" para a longa subida aos 1492 metros daquele cume "sagrado". A origem etimológica do termo (Xálima, Xálama, Xalmas e outras grafias) parece derivar do deus Xalmas, a divindade pré-romana que habitava estas montanhas. Xalmas era o Deus vetão 34 das águas, sendo os vetões parentes dos lusitanos, que habitavam estas terras em tempos pré-romanos. Depois do nevoeiro que nos acompanhou

quanto a vista viajava daquelas alturas num ângulo de 360º. Para norte, estendem-se as terras castelhanas e leonesas, percebendo-se ao longe a nossa Serra da Marofa; rodando para nascente, as alturas da Serra da Penha de França e a região de Las Hurdes (a "terra sem pão", de Luis Buñuel); aos nossos pés, o vale de Acebo e a barragem da Cervigona; para lá do vale, a Serra da Gata continua a cordilheira em que nos encontramos, destacando-se bem a Torre Almenara, torre árabe sobranceira à vila de Gata, e percebendo-se mesmo ao longe a serra de Béjar. Contrastando com as montanhas, para sul estende-se o vale do Xálima e a planície de Moraleja e Coria, até ao vale do Tejo; e, para lá dele, nos limites do horizonte, avistava-se mesmo a Serra de S. Mamede.

nas Torres das Ellas, o deus Xalmas foinos brindando com uma gradual abertura das nuvens. À medida que subíamos ... os céus iam-nos alargando os horizontes! No limite das províncias de Salamanca (Castela) e Cáceres (Extremadura), o cume do Xalmas é o lugar onde se juntam a terra e o céu, altar dos deuses vetões, de onde Xalmas faz brotar as águas que escorrem pelas encostas, precipitando-se por vezes em cascatas e alimentando rios. O vento frio massajava-nos as faces, en-

Um pouco mais a poente e mais próximo de nós, a Serra de Penha Garcia deixava espreitar por trás o morro de Monsanto. E o vale do Xálima fecha-se, a poente, na Serra da Marvana, continuação natural da Malcata; mais longe, as serras da Gardunha e da Estrela completam o quadro, vendo-se também facilmente a Guarda. Um dos companheiros que "mobilizei" para esta "aventura", apaixonado pelo geocaching, deixou a primeira cache


E às 14:30h, com 22 km percorridos, atingimos o cume do Xalmas, ou Xálima: 1492m de altitude

O geocacher que deixou a 1ª cache do Xalmas, na paisagem da Serra da Gata Bela paisagem

“…JÁ COM QUASE 17 KM NOS PÉS, CHEGÁMOS AO PUERTO DE SANTA CLARA (1024M)…”

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existente naquela montanha mágica! Aguardará agora com ansiedade os primeiros registos de outros geocachers. Do cume do Xalmas descemos para sul, sempre à vista dos vales de Acebo, a nascente, e de San Martín, a poente. Após uma descida mais abrupta, chegámos ao velho caminho que vem de terras de El Payo, ligando Castela à Extremadura. Ao entrar no magnífico carvalhal que bordeja o Arroyo de los Lagares, o nosso destino apareceu-nos ao fundo, o castelo medieval de Trevejo. Os últimos cerca de 4 km conduziram-nos a esse autêntico museu vivo de arquitetura popular serrana, que é a aldeia medieval de Trevejo. “…, O CASTELO DE TREVEJO DOMINA A ALDEIA E A ERMIDA DE S. JOÃO BAPTISTA…” E assim, pelas 17:30h e com um pouco mais de 31 km nos pés, estávamos a entrar na aldeia de Trevejo. Situado no alto de uma atalaia, entre a Serra de Xálima e a planície de Moraleja e Coria, a 750 metros de altitude, o castelo de Trevejo domina 36 a aldeia e a ermida de S. João Baptista. Teve origem árabe, nos séculos IX a XII. O que dele hoje resta data contudo dos séculos XV e XVI, quando as ordens militares de Santiago e de Alcântara dominavam estas terras. Como já atrás referi, em 1474 o cavaleiro Fernán Centeno, em ato de rebeldia, deixou o seu castelo de Rapapelo para tomar o de Trevejo, onde encarcerava e agrilhoava os habitantes que não lhe obedeciam. O atual grau de destruição do castelo, do qual praticamente resta apenas de pé a torre de menagem, deve-se contudo essencialmente aos franceses, como estratégia habitual na retirada das invasões. Por sua vez, a pequena Ermida de S. João Baptista, aos pés do castelo, possui um altar exterior e está rodeada de pequenas tumbas antropomórficas, escavadas no granito. Separado do edifício, o campanário olha orgulhosamente para poente. Tínhamos cerca de 45 minutos para visitar a aldeia e o castelo, completando com essa deslocação o último cerca de quilómetro e meio da jornada ... e assistindo precisamente ao espetáculo fabuloso do Sol poente, a partir das muralhas do castelo ou, mais atrás, por sobre a aldeia e a atalaia em que aquele se situa. A explosão de cores, sobre as serranias a sul da Marvana, foi sem dúvida alguma o melhor culminar que poderíamos desejar para esta nossa “aventura”.


E descemos do cume do Xálima: panorâmica da Serra da Gata para sul

Vila de Acebo e, ao fundo, a barragem de Borbollón

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Objetivo à vista: ao fundo, o Castelo medieval de Trevejo

Acesso á Ponte da Misarela

Ponte da Misarela


Campanário da Ermida de S. João Baptista, Trevejo

Ermida de S. João Baptista, Trevejo

Castelo medieval de Trevejo ao Sol poente: magia em estado puro!

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E começa uma longa sessão fotográfica sobre o espetacular pôr-do-Sol em Trevejo

Às 18:24h o astro rei mergulhou no horizonte. Depois ... depois seguiu-se o regresso aos Foios, com a importante e generosa colaboração da respetiva Junta de Freguesia, na pessoa do seu sempre inestimável Presidente, José Manuel Campos. Mas este regresso aos Foios, numa carrinha de caixa aberta (apenas os homens, as senhoras foram na cabina...) ... também foi uma autêntica “aventura”...! Informação sobre o trajeto: http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=3542754



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CRÓNICA

Pedaladas no Parque Natural do Guadiana

Texto: António Atabão Fotografia: António Atabão; Bruno Talento, Rui Ribeiro e Pedro Nuno.

4 COMPANHEIROS DO COLINAS BIKE TOUR FORAM, NOS DIAS 5, 6 E 7 DE OUTUBRO, FAZER UMA INCURSÃO POR TERRAS DO PARQUE NATURAL DO GUADIANA. www.colinasbiketour.com NESTA EDIÇÃO PUBLICAMOS A CRÓNICA DO PRIMEIRO DIA DESTA AVENTURA QUE TEVE O SEGUINTE ITINERÁRIO: AMARELEJA/NOUDAR/BARRANCOS/SANTO ALEIXO DA RESTAURAÇÃO/AMARELEJA NUM TOTAL DE 92 KM.


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Parque Natural do Guadiana O Parque Natural estende-se por 69.773 ha, abrangendo parte dos concelhos de Mértola e Serpa num troço de rio que se estende desde uma zona a montante do Pulo do Lobo até à foz da ribeira de Vascão, fronteira entre o Alentejo e o Algarve. De um modo muito simplificado, as diversas unidades paisagísticas estão distribuídas por três grandes estruturas geomorfológicas: As planícies ondulantes, que dominam em área e onde se encontram as culturas extensivas de sequeiro, as áreas de esteval e os montados de azinho;

As elevações quartzíticas das serras de São Barão e Alcaria; nesta última encontra-se o ponto mais alto do Parque Natural. Daqui, com apenas 370 m, consegue-se desfrutar de uma magnífica panorâmica sobre o relevo suave da planície alentejana e o enrugado resultante da influência próxima da serra algarvia. E os imponentes vales encaixados do rio Guadiana e seus afluentes, marginados por escarpas e fantásticos matagais mediterrânicos – a formação que mais se aproxima da vegetação original da região, restringida hoje às zonas mais inacessíveis, onde a intervenção humana pouco se faz sentir.


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1º Dia O dia começou cedo, às 6 da manhã, já as bicicletas voavam no tejadilho rumo à Amareleja. Fizemos uma pequena paragem em Reguengos de Monsaraz para saborear o café da manhã. A aproximação à Amareleja é bonita, com os campos a fazerem um passe-partout à aldeia. Às 9h03 - Iniciamos a nossa pedalada na Praça da Republica em Amareleja, junto à Torre do Relógio, não havia um local mais indicado para comemorar a Republica. Atravessamos a simpática vila da Amareleja, respirando um ar límpido e puro, o sol, levanta-se cintilante na vila mais quente de Portugal, onde frequentemente se registam temperaturas da ordem dos (50.0ºC)

centigrados. Estas condições climatéricas levaram a que na Amareleja, em 2008, tenha sido construída uma das maiores centrais de energia solar do mundo, com capacidade de produzir energia suficiente para alimentar uma cidade de 35.000 habitantes. Atravessamos a aldeia, com calma, as ruas estão desertas, pedalamos pela estrada de alcatrão cerca de 2km, antes de entrarmos numa pequena mata sombria, olhamos a central solar, os 2.520 seguidores solares, com 104 painéis fotovoltaicos cada um, alimentam-se de sol perseguindo-o de nascente a poente, é uma enorme vidraceira plantada no meio do nada.


43 Depois de sairmos da pequena mata, retomamos o alcatrão, a estrada é de bom piso e sem tráfego, rodeada de grandes extensões abertas e amplos horizontes, rapidamente chegamos à estação Biológica do Garducho, edifício de arquitetura moderna, da autoria do arquiteto João Maria Trindade, que em 2009 venceu o mais importante galardão da arquitetura ibérica. O edifício encontra-se instalado no sítio do antigo posto fiscal, fronteiriço, é o ponto de abrigo de várias espécies de aves ameaçadas: águias, abetardas, sisões e o cortiço de barriga preta. Nas paredes da Estação Biológica do Garducho encontramos o sussurrar das

palavras de Fernando Pessoa: “A ciência não é senão um jogo de crianças no crepúsculo, um querer apanhar sombras de aves e parar sombras de ervas ao vento”. A este edifício que levita sobre a paisagem a população local chama-lhe o hospital dos pássaros. Damos mais umas pedaladas e chegamos a terras de Espanha, à vila de Valencia del Monbuey, atravessada a vila, entramos na Ruta caminho Las “brujas”.

“…Somos surpreendidos. Entre a terra e o céu, esvoaçam enormes pássaros, talvez abutres…”


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O caminho é de estradões com uma paisagem homogénea de sobe e desce, ressequida de um castanho aviolado, onde só sobreiros e algumas plantas teimosas ousam crescer, servindo de alimento ao grande rebanho de cabras com que nos cruzamos. Somos surpreendidos. Entre a terra e o céu, esvoaçam enormes pássaros, talvez abutres, visão que apesar dos esforços dos fotógrafos de serviço, as objetivas não conseguem registar. Pedalamos em território transfronteiriço, separados pelo rio Ardila com o castelo de Noudar debaixo de olho. Cruzamos o rio Ardila, antes, assistimos a um espetáculo raro, o Bruno caiu. Passamos o rio Ardila não sem ter de molhar os pés. Já estamos em Portugal. Os 500 metros que nos levarão ao castelo de Noudar são a pique, o que leva à necessidade de passear a bicicleta, chegamos lá a cima fantástico, o castelo estava encerrado por motivos de segurança. Junto à muralha fizemos a primeira paragem para abastecer, contemplamos a bonita paisagem ondulante, que em tempos foi palco de muito suor, lágrimas e sangue entre portugueses e espanhóis, levando a um jogo de conquista e reconquista. O castelo passou definidamente para o domínio português em 1295, pelas mãos de D. Dinis. O castelo de Noudar faz hoje parte do Parque de Natureza de Noudar. Iniciamos a descida por uma estrada em macadame, até à estrada EN258, pelo caminho visitamos um exemplar de ar-

quitetura tradicional, uma choça com brinde, lá dentro estava uma cabra, que mal nós nos afastamos correu ribanceira abaixo, sem respeitar os limites de velocidade. As choças são feitas em pedra, com cobertura de giestas ou palha, são utilizadas para abrigo de animais ou alfaias agrícolas, tendo também sido utilizadas como habitação, na época pré- romana.

“…iniciamos a subida para Barrancos, ficando para traz o Parque de Noudar…” Com o fim da descida, iniciamos a subida para Barrancos, ficando para traz o Parque de Noudar, um parque, encravado entre colinas despovoadas quase intocado pelo homem, e que tem na paisagem natural o 45 seu maior atributo. O Bruno e o Pedro foram visitar a Fonte da Pipa e a imagem de Senhora da Pipa, eu e o Rui fizemo-nos à subida para a vila, pois sabíamos que a chegar a Barrancos tínhamos de pegar um touro pelos ditos, e o estômago já reclamava por abastecimento. Na terra dos touros de morte, degustamos umas bifanas. Já abastecidos, voltamos à estrada EN258, na direção de Santo Aleixo da Restauração, percorridos 3 km viramos à esquerda para um estradão, incomodamos uma manada de bois e vacas que estavam no caminho, ao chegarmos ao fim do estradão encontrarmos o portão da herdade da Contenda, trancado a sete chaves, colocamos a cegonha de marcha


46 atrás e retomamos à estrada EN258. Faltavam 16 km para a próxima paragem, no horizonte, uma paisagem pintada de verdes outonais, rasga-nos o olhar km a km. A estrada avança, sempre em linha reta. Debaixo de um sol radioso chegamos a Totalica, restauramos os líquidos perdidos no primeiro estabelecimento comercial que encontramos, um tasco decorado de rubro e branco com águias as esvoaçarem. Totalica era o antigo nome romano desta aldeia. O atual nome Santo Aleixo da Restauração está ligado às lutas travadas com o exército castelhano em 1641 e 1644. Subimos, até ao centro da vila, ao bonito

e bem conservado Largo da Restauração, dois anciãos sentados tem na mão um cajado, fica por saber o que estão a proteger; a igreja matriz, o obelisco, ou a caixa multibanco. Pedalamos, pedalamos e fomos ter ao mesmo lugar. Sem vertigens e com o sol já em metamorfose, às 18h00 chegamos à Amareleja. Neste 5 de Outubro 2012, o Sol brilhou, radioso e quente, como se fosse Verão. Enquanto nos dirigimos para Serpa onde fomos pernoitar, pelo caminho fica uma Moura encantada e um pôr-do-sol a declinar no horizonte.


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Informações adicionais: Os custos dos três dias foram de 70 € por participante; O percurso foi feito sempre em autonomia, a viatura serviu só para nos colocar na Amareleja, aqui ficou estacionada o até completarmos o primeiro dia, no fim do dia fomos para Serpa, onde a viatura ficou até regressarmos a Odivelas. Os locais onde pernoitamos foram: Serpa, estalagem do Pulo do Lobo Mértola, Estalagem Beira Rio.

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Track de GPS: http://ridewithgps.com/ trips/1029485


passear sente a natureza

Na versão paga desta edição poderá ler também os seguintes artigos...

Destino Castelo e Vila Amuralhada de Ansiães Com uma implantação geográfica que lhe confere excelentes condições naturais de defesa, o Castelo de Ansiães revela-se com uma história milenar, cujo início se fixa por volta do IIIº milénio A.C. Passeio Jardins de Lisboa Os jardins de São Pedro de Alcântara, Príncipe Real e Botânico são os nossos destinos desta edição. Um percurso linear numa das zonas com mais vida na cidade de Lisboa. Veja nas páginas seguintes como obter versão completa


assinatura CAMPANHA especial de Natal

ASSINATURA ESPECIAL NATAL

Nº. 20 . Ano II . 2012 . PVP: 2 € (IVA incluído)

passear by

veja p. 52

sente a natureza

BTT

Parque Natural do Guadiana

Passeio

Jardins de Lisboa DESTINO

CASTELO DE ANSIÃES GRANDE ROTA

DA SERRA DAS MESAS À SERRA DA GATA

Vila de Rei

Sentir a Natureza

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passear nº 20


Destino

Castelo e Vila Amuralhada de Ansiรฃes Texto: V.M.G. Fotografia: Vasco de Melo Gonรงalves

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Com uma implantação geográfica que lhe confere excelentes condições naturais de defesa, o Castelo de Ansiães revela-se com uma história milenar, cujo início se fixa por volta do IIIº milénio A.C. Desde esse período que as características geomorfógicas do sítio em muito terão contribuído para uma ocupação sucessiva deste morro granítico. Escavações arqueológicas têm demonstrado que a ocupação do local se iniciou há cerca de 5000 anos atrás, durante a fase pré-histórica denominada de Calcolítico. O Castelo e a Vila Amuralhada de Ansiães são locais de visita obrigatória para todos aqueles que gostam de Natureza e Cultura. Tratase de um complexo muito antigo em que a beleza natural se combina com a beleza das edificações criando, desta forma, um cenário de excelência. Existe uma Pequena Rota circular com 5,3 km de extensão que parte da Lavandeira e passa

pelo Castelo. Este castelo medieval distribuía-se dentro de uma muralha de planta ovalada, reforçada por cinco torreões quadrangulares, duas das quais defendendo o portão principal, a chamada Porta de São Salvador. Além da torre de Menagem, dividida internamente em dois pavimentos, o superior rasgado por janelas, este perímetro abrigava a cisterna do povoado circundante, podendo ser observados, ainda hoje, os alicerces de antigos edifícios, arcos, cunhais e vergas. A única edificação preservada é a pequena Igreja de São Salvador de Ansiães, em estilo românico. Fora dos muros do castelo distribuía-se a zona urbana, delimitada por um segundo muro exterior com extensão superior a 600 m, reforçado por três torres quadrangulares. Dessa cerca externa restam apenas alguns troços dos setores leste e sul. No total, o conjunto do castelo ocupa uma área aproximada de 9.594 hectares.


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58 CASTELO DE ANSIÃES “Com uma implantação geográfica que lhe confere excelentes condições naturais de defesa, o Castelo de Ansiães revela-se com uma história milenar, cujo início se fixa, por volta do III milénio A.C. [...]. Esta vocação para a defesa natural adquire particular importância durante o processo da Reconquista Cristã. Nesta altura Ansiães obtém a sua primeira carta de foral. O documento outorgado em meados do séc. XI pelo rei leonês Fernando Magno, constitui um dos mais antigos forais do espaço geográfico definido pelas atuais fronteiras do território português. Durante a fase alti-medieval, o local possuía já uma longa e reminiscente herança cultural, fator decisivo para se estruturar como centro fulcral na zona fronteiriça do rio Douro.

Os séculos XII, XIII, XIV e XV, definem um período exponencial do crescimento deste reduto amuralhado. Afonso Henriques em 1160; Sancho I, 1198; Afonso II, 1219 e finalmente D. Manuel I, em 1510 reconhecem e promulgam forais ao termo à Vila amuralhada de Ansiães. [...]. A vila impõe-se progressivamente como a cabeça de um território que abrange um espaço diversificado de recursos e onde vão proliferando pequenos aglomerados e casais agrícolas. Será nesse contexto que em 1277 o rei D. Afonso III lhe concede carta de feira. O processo dinâmico que conduziu à monumentalidade de Ansiães testemunha o seu antigo prestígio dentro da região transmontana, onde ao longo de toda a Idade Média se instituiu como um importante espaço concelhio. [...]. Contudo, o final do séc. XV, e particularmente


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o séc. XVI, marcam o início de uma transformação demográfica traduzida numa perda cada vez mais acentuada da importância urbana, em função do desenvolvimento de outras localidades que constituíam o território concelhio. [...]. Nas centúrias seguintes este movimento acabou por se agudizar, culminando na transferência dos paços do concelhos para Carrazeda, ato que ocorreu em 1734 pelo facto de no antigo reduto residir um número bastante reduzido de pessoas. Atualmente são ainda percetíveis dois espaços distintos que constituem os principais elementos caracterizadores do urbanismo medieval. O primeiro espaço, situado a cotas mais elevadas, corresponde à primitiva implantação roqueira. Este perímetro amuralhado é definido e organizado a partir uma muralha de configuração ovalada que se reforça com cinco torreões quadrangulares. Aqui podem-se reconhecer um conjunto de vestígios estruturais em

estrita articulação com a torre de menagem e seus respetivos anexos. É também neste espaço que se situa a cisterna do povoado e uma série de alinhamentos de alicerces que fazem adivinhar a presença de antigos edifícios com uma suposta funcionalidade militar. Trata-se de uma área com uma autenticada especialização defensiva, uma espécie de último reduto destinado a albergar os moradores em caso de contenda bélica. O segundo espaço define a zona urbana propriamente dita. Uma segunda linha de muralhas, com uma extensão superior a 600 metros e três torres quadrangulares, circunda um perímetro onde atualmente apenas proliferam grandes quantidades de derrubes, algumas estruturas medievais e modernas, bem como pequenos muretes e paredes de antigos edifícios. Toda esta organização urbana obedecia a um plano centrado em vários caminhos que se intercediam entre si, estruturando desta forma pequenos bairros ou áreas residenciais.” [António Luís Pereira e Isabel Alexandra Lopes] / IGESPAR

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IGREJA DE SÃO SALVADOR DE ANSIÃES

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Classificado como Monumento Nacional, São Salvador de Ansiães é uma das mais interessantes igrejas românicas portuguesas, não obstante a localização geográfica algo marginal em que se implanta. A real relevância da própria vila velha de Ansiães também tem vindo a ser reavaliada, à luz de campanhas arqueológicas efetuadas no local. O templo é planimetricamente modesto, compondo-se de nave única e capela-mor retangular, mais estreita e baixa que o corpo. Mas adquire efetiva importância quando se analisam os programas escultóricos que ornamentam os seus portais, realizações que conferem ao monumento um estatuto cimeiro na arte românica nacional. O principal motivo de interesse é o portal principal, cronologicamente a última peça do conjunto a ser concluída, presumivelmente nos inícios do século XIII. Tivemos já oportunidade de efectuar uma leitura integrada do seu programa iconográfico (FERNANDES, 2001), concluindo por uma visão da Ordem universal para o homem românico: o mundo terrestre, simbolizado por representações grotescas e felinas, ocupa a arquivolta exterior, separando-se do campo celestial por uma arquivolta sem decoração, verdadeira separação entre o Bem e o Mal; as mais próximas do tímpano, foram reservadas a temas vinculados à Cristandade triunfante, com uma representação do Apostolado, ficando o tímpano reservado ao Pantocrator, Cristo juiz ladeado pelos Evangelistas, imagem mais efetiva da simbologia românica, que ornamenta um importante conjunto de igrejas europeias, mas que em Portugal se resume a quatro exemplos. Mais antigos são os portais laterais, em particular o do lado Norte, mais sumariamente trabalhado. O meridional integra uma interessante solução de beak-heads, elemento de tradição inglesa. A primeira fase das obras, que supomos ter acontecido ainda na primeira metade do século XII, encontra-se testemunhada no arco triunfal, cuja tendência geometrizante dos seus elementos decorativos tem analogias estilísticas evidentes na Sé de Braga e, principalmente, na igreja de São Cláudio de Nogueira. Na Baixa Idade Média, adossou-se à frontaria a capela funerária da família Sampaio, senhores da vila durante as décadas finais da 1ª Dinastia. É um espaço quadrangular, hoje arruinado, que carece de um estudo mais rigoroso. PAF / IGESPAR


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IGREJA SÃO JOÃO BAPTISTA 64

Arquitetura religiosa, pré-românica e gótica. Igreja de fundação pré-românica, de planta longitudinal simples com nave e capela mor mais estreita e baixa, com fachada principal em empena rasgada por pequena fresta. Fachadas laterais rasgadas por frestas e portas travessas, ambas dinteladas, assente em impostas de perfil curvo e encimadas por tímpano. Capela-mor gótica, com arco triunfal em arco apontado. Planta longitudinal simples, com nave e capela-mor, em ruínas e sem cobertura, de volumes escalonados, com pé-direito maior na nave, rematado em empena. Fachadas em silharia de granito, terminadas em cornija suportada por cachorrada. Fachada principal virada a O., em empena, apenas com fresta axial. esquerda virada a N., com porta assente em impostas salientes, de perfil curvilíneo, encimada por tímpano curvo, emoldurado por friso cordiforme; é ainda rasgada por duas frestas na nave e uma na capela-mor. Fachada lateral direita virada a S., com porta composta por lintel assente em impostas salientes, de perfil curvilíneo, uma delas decorada com cruz de Cristo, encimado por tímpano curvo, ligeiramente reentrante, com quatro linhas horizontais incisas e moldura tripla toreada; é rasgada por duas frestas na nave, decorada superiormente por duas incisões, formando um pequeno arco de volta perfeita, e janela quadrada na capela-mor. Fachada posterior com frestas axiais na nave e capela-mor, ambas com remates em empenas. Interior com arco triunfal de perfil quebrado, duplo, o interior assente em impostas salientes. Na capela-mor, subsistem vestígios do pavimento em lajes de granito. Próximo, localiza-se necrópole com sepulturas antropomórficas escavadas na rocha. Informação recolhida no trabalho feito por Miguel Rodrigues para o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana INFORMAÇÃO BASEADA EM DOCUMENTOS DAS SEGUINTES INSTITUIÇÕES: DIREÇÃO REGIONAL DE CULTURA DO NORTE; IGESPAR E INSTITUTO DA HABITAÇÃO E DA REABILITAÇÃO URBANA


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Informações úteis

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O Monumento está dotado de estruturas e meios de acolhimento ao público, nomeadamente Receção (no Castelo) e Centro Interpretativo (na vila de Carrazeda de Ansiães). Visitas guiadas sob marcação (contacto Centro Interpretativo). Horário: Terça a Domingo: 10.00h-12.00h 14.00h-17.00h Encerrado à Segunda-Feira e nos feriados de 1 de Janeiro, Sexta-Feira Santa, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro. Contactos e Coordenadas GPS E-mail: geral@castelodeansiaes.com Site: http://www.castelodeansiaes.com/ Lat.: N41.202649 Long.: W7.304792 Centro Interpretativo do Castelo de Ansiães Mail:geral@castelodeansiaes.com / http://castelodeansiaes.com/casteloansiaes/index.htm Aníbal Gonçalves já fez o Trilho do Castelo (sinalizado) http://www.gpsies.com/map.do?fileId=bcyobmdhwhlfleio Folheto do PR2 http://www.cm-carrazedadeansiaes.pt/uploads/trilho_2.pdf


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Passeio

Jardins de Lisboa Os jardins de São Pedro de Alcântara, Príncipe Real e Botânico são os nossos destinos desta edição. Um percurso linear numa das zonas com mais vida na cidade de Lisboa. Texto e fotografia: Vasco de Melo Gonçalves


N

uma manhã de Outono com ameaças de aguaceiros decidi caminhar pela cidade de Lisboa à descoberta dos seus jardins através de um trajeto linear e sem grande dificuldade física. A escolha destes jardins tem a ver com diversidade da oferta – paisagística e de espécies - entre jardins públicos de bairro e um jardim botânico ligado à universidade. Se estes argumentos já são suficientemente fortes temos ainda, que estão implantados numa das zonas mais bonitas da cidade de Lisboa. Esta conjugação de fatores faz deste nosso percurso uma experiência muito gratificante. O início do nosso passeio foi no jardim de São Pedro de Alcântara, seguindo-se o jardim do Príncipe Real com o seu mercado biológico e finalmente o Jardim Botânico que comemorou 134 anos de existência. Notei, nos jardins públicos, um grande cuido com a sua preservação (a estatuária é um alvo fácil de pseudoartistas que teimam em deixar a sua marca!) sendo que no Príncipe Real a grande maioria das espécies da flora está identificada. No Jardim Botânico verifiquei que um número significativo de placas de identificação das espécies estão quebradas.

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JARDIM DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA / JARDIM ANTÓNIO NOBRE Lugar muito aprazível, onde se desfruta de um dos mais belos panoramas da cidade. O Jardim António Nobre (também conhecido por Jardim de S. Pedro de Alcântara) é um miradouro constituído por dois patamares ligados por escadas em pedra sendo suportado por uma muralha mandada construir por D. João V em meados do século XVIII. No patamar superior do jardim encontra-se um painel de azulejos reproduzindo a panorâmica do miradouro. Este

patamar tem sobretudo árvores, caminhos e um lago central. O patamar inferior, com um groto embutido no muro de suporte e uma série de canteiros geométricos, foi adornado com uma série de bustos de deuses e de heróis portugueses dos Descobrimentos, entre os quais Vasco da Gama, Luís de Camões e Afonso de Albuquerque. Localização: Rua de São Pedro de Alcântara, Lisboa Área: 0,7ha Informação: C.M.L.


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JARDIM DO PRÍNCIPE REAL / JARDIM FRANÇA BORGES Localizado perto do Bairro Alto, este jardim de traçado romântico, foi construído em meados do séc. XIX. Como aspetos a assinalar temos: a existência de um Cedro-do-Buçaco, com uma copa de mais de 20 metros de diâmetro, é uma das árvores que está classificada como sendo de interesse público neste local; o mercado semanal de produtos de agricultura biológica realizado aos sábados é um dos muitos eventos que já fazem parte da atividade deste jardim; vários elementos de estatuária, com destaque para a escultura do Mestre Lagoa Henriques, em memória do 1º Centenário da Morte de Antero de Quental; Lago e ainda o Reservatório de Água da Patriarcal (1864) com uma forma octogonal com 31 pilares de 9,25 m de altura e uma capacidade de 880 m³, que hoje faz parte do Museu da Água da EPAL. Localização: Praça do Príncipe Real 1250-184, Lisboa Área: 1,2ha Informação: C.M.L.


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JARDIM BOTÂNICO O Jardim Botânico tem uma área de 4 hectares onde se observam espécimes vegetais oriundos de diversas partes do Mundo, entre as quais sobressaem Cicadácias, Gimnospérmicas, palmeiras e figueiras tropicais. Sementes de espécies raras e ameaçadas são aqui preservadas no Banco de Sementes. O Jardim Botânico representa um património de inegável interesse do ponto de vista histórico, cultural e científico. É sua missão contribuir para o conhecimento científico de plantas e fungos, da sua biodiversidade, conservação, propondo métodos de gestão do ambiente. O Jardim Botânico deve ainda permitir a aproximação da sociedade às plantas – base da vida na terra – proporcionando o aumento da literacia científica das comunidades, sendo um local único para a divulgação e formação científicas. No Jardim Botânico estão referenciadas 1493 espécies distintas, numa extensa lista que aqui se torna acessível a estudiosos e curiosos. Sendo o Jardim Botânico um organismo vivo, é de destacar que há por vezes oscilações quanto ao número exato das espécies nele existente a cada momento, uma vez que há plantas que morrem mas há também novas aquisições. Distinguem-se duas áreas principais no jardim Botânico: a «Classe» e o «Arboreto». Localização: Rua da Escola Politécnica 56/58 Informação: Jardim Botânico / www.mnhnc.ul.pt

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