avis BOLETIM MUNICIPAL | DEZEMBRO 2018 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
avis em época de reencontros
Festas Felizes
A loja mais antiga da vila
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avis convida 365 dias por ano
2019
maio/junho 30 a 2 Feira do Livro janeiro 5/6 Concerto de Reis março 30 Prova de Remo Head of the Cork 31 Maratona Extreme de BTT abril 14 Trail Mestre de Avis maio 10/12 Feira Medieval Ibérica de Avis 31 Guitarras ao Alto
junho 1 XXXV Encontro Nacional de Folclore 23 XIII Troféu de Remo Mestre de Avis julho 13 Festival de Acordeão 26/28 Feira Franca de Avis
agosto 18 Descida de canoa na Ribeira de Seda agosto/setembro 30 e 1 Festival Land Portugal setembro 6a8 Traveler´s Event 14 e 15 Taça de Portugal XCO – Classe 1 XXV Circuito de BTT do Alto Alentejo novembro 9 XIV Mostra de Doces e Licores dezembro 28 XXXVII Corrida de São Silvestre
sumário
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em direto 2018 chega ao final com um balanço muito posi tivo, quer pelo sucessos dos eventos e projetos do Município, quer pelo reconhecimento das boas práticas concreti zadas, nomeadamente a nível social, ambiental, turístico, quer ainda pelo desenvolvimento e consolidação de parceri as e sinergias essenciais para a dinamização do território e da Região.
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exposição João Guilherme, o poeta artesão, exprime nos seus trabalhos as vivências de toda uma vida. A aliança entre a poesia e o artesanato leva ao desenho de peças únicas que o dis tinguem dos demais. Para visitar entre 27 novembro e 30 junho 2019.
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associativismo Lista de apoio ao associ ativismo e a iniciativas de interesse público municipal no Concelho de Avis em 2018.
4a9 Vinicultura
As vinhas, a par dos olivais e do montado alentejano, são parte integrante da pai sagem do concelho. Os vinhos que delas nascem, criam riqueza, postos de trabalho e levam o nome de Avis, não só a todo o Portugal, mas a diferentes países, nos mais diversos continentes.
10/11 Património
“Partilhar memórias” foi o tema da edição de 2018 das Jornadas Europeias do Património, a que o Município de Avis se voltou a associar com diversas iniciativas, destinadas a públicos de várias idades.
12/13 Juventude
A Associação Juvenil Alcorreguense, fun dada em agosto de 2003, realizou recente mente eleições para os seus corpos ger entes. Quinze anos depois, uma nova “geração” assumiu a responsabilidade de dar continuidade a este projeto de sucesso.
16/17 Desporto
Desde há muito que Avis é passagem obrigatória de grandes eventos despor tivos. Nesta edição damos-lhe conta das últimas provas realizadas no nosso Concelho: BTT, Travelers, Baja e CortaMato.
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em direto
o que fica do que passa
2018 chega ao final com um balanço muito positivo, quer pelo sucessos dos eventos e projetos do Município, quer pelo reconhecimento das boas práticas concretizadas, nomeadamente a nível social, ambiental, turístico, quer ainda pelo desenvolvimento e consolidação de parcerias e sinergias essenciais para a dinamização do território e da Região. Entramos em 2019 com os olhos postos na continuação de uma linha de trabalho que permita assegurar à população, de todas as idades, a qualidade de vida que merece e a que tem direito. Por outro lado, é nosso objetivo consolidar a posição de Avis como um destino turístico de excelência, conforme tem vindo a afirmar-se ao longo dos últimos anos, com as suas repercussões na estimulação do empreendedorismo e criação de novas oportunidades de negócio. Em 2019 continuaremos também empenhados na defesa daqueles que consideramos dois eixos estratégicos para o desenvolvimento do Concelho e da Região: a criação de um troço rodoviário que ligue a A6 à A23, com passagem pelos Concelhos de Estremoz, Sousel, Avis e Ponte Sôr, essencial para combater a desertificação, estimular a economia e potenciar a atratividade desta região do interior do País; e o aproveitamento da Albufeira do Maranhão para fins múltiplos, nomeadamente o abastecimento do Concelho de Avis e dos municípios vizinhos. Avis é aquilo que somos mas também aquilo que fazemos e que leva a nossa identidade pelo País e pelo Mundo fora, como sucede com os vinhos, os azeite e outros produtos locais. Nesta quadra faça do comércio e dos produtos locais a sua escolha para as compras de Natal. Em meu nome pessoal e da restante equipa de eleitos da Câmara Municipal de Avis endereço-lhe a si e à sua família votos de um Feliz Natal e de um Bom Ano 2019.
Nuno Silva Presidente da Câmara Municipal de Avis
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Receção à comunidade educativa
Para assinalar o início do ano letivo 2018/2019, o Município de Avis levou a efeito a receção ao professor e demais comunidade educativa que decorreu na Herdade Fonte Paredes, no dia 13 de setembro. Este momento de encontro e con vívio foi também oportunidade de reafirmar a cooperação entre o Município e o Agrupamento de Escolas.
1.º Campeonato de Pesca “Os Avisenses”
Decorreu de 16 de setembro a 28 de outubro o 1.º Campeonato de Pesca do Clube de Futebol “Os Avisenses”, que contou com 34 inscritos. A competição, repartida em 3 provas, terminou em Benavila, onde se sagrou vencedor João Rosado.
1.º Torneio Aberto de Ténis
Apostado em alargar o leque de oferta desporti va o Clube de Futebol “Os Avisenses” organi zou o 1.º Torneio Aberto de Ténis, que decor reu no Campo de Ténis Municipal, em Avis, de 24 a 28 de setembro e contou com 5 partici pantes, tendo sido António Medalhas, de Monforte, e Pedro Casqueiro, de Avis, o 1.º e 2.º classificados respetivamente.
out nov 3.ª Idade em Festa
No dia 1 de outubro o Pavilhão Multiusos, em Benavila, recebeu o almoço que reuniu os refor mados, pensionistas e idosos do Concelho para assinalar o Dia Internacional do Idoso. Este foi, mais uma vez, um momento de convívio e reencontro entre os participantes e também de homenagem a este grupo social.
Prevenção Rodoviária
Levar as crianças e jovens a aprender as regras de trânsito de forma lúdica, para prevenir a sinistrali dade, foi o principal objetivo da Sessão de Prevenção Rodoviária organizada pela CPCJ de Avis e pela GNR, com o apoio do Município de Avis e da APEEECA, que decorreu no Parque de Feiras e Exposições de Avis na manhã de 13 de outubro.
Seminário sobre montado
“Montados – Conservação, Educação e Biodiversidade” foi o tema do seminário pro movido pela Quercus, em parceria com o Município de Avis e o Centro de Formação de Professores do Sindicato da Zona Sul, no âmbito do Projeto de Cooperação Transfronteiriça para a Valorização Integral do Montado, que teve lugar no Auditório da Biblioteca Municipal José Saramago, em Avis, a 25 de outubro. O semi nário contou com a participação de oradores portugueses e espanhóis que abordaram temáti cas associadas ao montado como a biodiversi dade, a cortiça, a conservação e a educação.
Caminhada da Ribeira de Seda
No dia 21 de outubro o Largo da República, em Benavila, foi o ponto de partida para a cami nhada com cerca de 9 km que levou os partici pantes ao longo da margem da Ribeira de Seda até à Anta da Cumeada e que terminou com um lanche junto à Ermida de Nossa Senhora d’Entre Águas.
Protocolo com a Biblioteca Pública de Évora
No dia 5 de novembro, o Município de Avis e a Biblioteca Pública de Évora assinaram um pro tocolo de colaboração que permite o acesso ao fundo documental do catálogo coletivo da bib lioteca eborense. Os leitores da Biblioteca Municipal José Saramago passam, assim, a ter disponíveis para consultar e requisitar um novo e alargado conjunto de publicações, renovado periodicamente.
I Encontro da CPCJ de Avis
“Criança e Família – Intervir para Proteger” foi o tema do I Encontro da CPCJ de Avis, que se realizou a 23 de novembro, no Auditório Municipal Ary dos Santos, assinalando o 15.º aniversário desta instituição e que contou com a participação de diversas entidades associadas a matérias de infância e juventude.
Aroeira de Valongo finalista a “Árvore do Ano”
A Aroeira de Valongo foi uma das dez árvores finalistas do concurso “Árvore do Ano de 2019”, que irá representar Portugal no concurso europeu “Tree of the Year 2019”. Noutros tem pos este exemplar único no mundo foi lugar de romaria das gentes de Valongo que sob ela comiam as papas para pedir chuva em tempos de seca. Finda a votação, a Aroeira ficou em 9.º lugar, com 1598 votos, tendo sido vencedora a Azinheira Secular do Monte Barbeiro, com 3445 votos.
Edição e Propriedade Município de Avis | Diretor Nuno Silva, Presidente da Câmara Municipal de Avis | Projeto Gráfico e Editorial Conversa Trocada | Produção de Conteúdos Gabinete de Informação e Comunicação do Município de Avis | Fotografias Arquivo Fotográfico Municipal | Impressão Jorge Fernandes, Lda | Tiragem 2000 exemplares | Depósito Legal 113001/97 | Distribuição Gratuita | dezembro 2018
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vinicultura
Bago a bago A cultura da vinha
As vinhas, a par dos olivais e do montado alentejano, sĂŁo parte integrante da paisagem do concelho. Os vinhos que delas nascem, criam riqueza, postos de trabalho e levam o nome de Avis, nĂŁo sĂł a todo o Portugal, mas a diferentes paĂses, nos mais diversos continentes.
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hectares. É, aproximadamente, a área ocupada pela cultura da vinha no Concelho de Avis. No entanto, estão anunciados mais investimentos.
A produção vitivinícola no concelho de Avis
Era o vinho, meu Deus, era o vinho
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o São Martinho, vai à adega e prova o vinho”. E a tradição cumpriu-se. Aqui, em Avis, em redor da Albufeira do Maranhão, e um pouco por todo o País. As expetativas eram elevadas. Ao contrário dos anos anteriores, a última Primavera trouxe muita água, fator essencial para que as uvas evoluíssem positivamente. No entanto, em agosto, uma semana com tempe raturas muito superiores ao habitual – em Avis os ter-
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mómetros chegaram a registar 48 graus -, veio refrear o entusiasmo em torno da vindima deste ano no que diz respeito à quantidade. Já quanto à qualidade alguns especialistas apostam que estes serão “os melhores néctares do século”. A atividade vitivinícola no Concelho de Avis não é de agora, mas nas últimas décadas sofreu um incremento assinalável com a plantação de novas vinhas e o nascimento de novos projetos empresariais que se vieram juntar à Fundação Abreu Callado, casa com tradição no setor vitivinícola alentejano.
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No entanto, os nossos cidadãos mais antigos, referem, pelo menos, duas adegas, que tal como a de Benavila, teriam existido no século XX: na Herdade de Santa Ana, à saída de Avis para o Ervedal, e na Herdade da Roça, um lugar que ficaria entre o campo de futebol e a ribeira. História Mas a história começa muito mais atrás. Segundo o Instituto da Vinha e do Vinho, terão sido os Tartessos, cerca de 2000 anos a.C., que introduziram a vinha na Península Ibérica. Esta antiga civilização, “que parece ter sido bastante avançada”, mantinha relações comerciais com outros povos, e o vinho serviria com moeda de troca, nomeadamente, para a aquisição de metais. Mil anos depois, ficou a dever-se aos Fenícios algumas castas antepassadas das atuais, mas foi no século VII a.C., quando os Gregos se instalaram na Península Ibérica, que a arte de fazer vinho se enraizou no território. Depois, outros povos e civilizações por aqui passaram. Celtas, Celtiberos, Lusitanos, Romanos, Suevos e Visigodos. Entre eles um traço comum: o vinho e a vinha. Na Alta Idade Média, com a invasão árabe, e apesar do Corão proibir o consumo de bebidas fermentadas, o emir de Córdoba, do qual
é o número de trabalhadores permanentes. Mas, ao longo do ano, e de acordo com a necessidade dos vários trabalhos sazonais que as vinhas requerem, este valor pode subir exponencialmente
dependia a Lusitânia, mostrou uma atitude tolerante para com os cristãos permitindo a cultura da vinha e a produção de vinho, essencial para a sua prática religiosa. Nos séculos XI e XII, sob o domínio dos Almorávidas e Almoadas, é que, então, se assistiu a uma regressão na cultura da vinha, fruto de uma aplicação mais rigorosa do mencionado livro sagrado. A partir do século XII, com a reconquista cristã, e a entrega de terras a ordens militares, religiosas e monásticas, o cultivo da vinha recupe raria outra vez a sua importância, tornando-se no principal produto agrícola a ser exportado. Abreu Callado A atividade vitivinícola da Abreu Callado, tem início, nos alvores do século XX, na casa agrícola com o mesmo nome. Segundo dados disponibilizados pela fundação de Benavila, o percurso inicial foi sustentado “num vinho branco, num tinto, e, mais tarde, um licoroso”, para além, de “em alguns anos mais distantes, uma aguardente bastante apreciada”. Os 42 hectares de vinha estão plantados em terrenos franco-argilosos, e uma parte das cepas são pioneiras, com mais de cinquenta anos. A Albufeira do Maranhão permite uma amenidade e um microcli-
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ma que tem influência “na alta qualidade dos vinhos” aí produzidos. A adega da Fundação Abreu Callado utiliza processos modernos a par de alguns métodos tradicionais de processamento, vinificação e envelhecimento. Por exemplo: as ânforas argelinas, os cinchos e as cubas instalados em 1956, ainda estão em funcionamento. Às castas tradicionais brancas Roupeiro, Arinto e Tamarez, e tintas Aragonês, Trincadeira e Castelão, juntaram-se, em 2003, as “novas” Touriga Nacional e Alicante Bouschet. Foi, aliás, nesse ano que o enólogo António Frederico Falcão começou a colaborar com a Fundação Abreu Callado na criação do seu novo portfólio de vinhos onde se destaca o Dom Cosme Reserva 2015, um néctar que é uma homenagem ao benemérito da instituição. Herdade Fonte Paredes Este ano, o vinho saído da Herdade Fonte Paredes sofreu uma queda de 30 por cento, pelas razões já mencionadas. Mesmo assim a produção rendeu cerca de um milhão de litros que serão provados em todo o Portugal, mas também na China, Suíça, Canadá ou Estados Unidos da América, principais destinos de exportação e que representam 40 por cento do total das vendas. Os quase 100 hectares de vinha, propriedade da família Cerejo, uma família com tradição neste negócio, foram plantados na antiga Quinta de Santa Ana, onde, ainda hoje, se podem ver zonas de olival, os casões agrícolas e as cavalariças, o curral de borregos e o galinheiro, junto aos quais foram construídos a adega e o armazém projetados pelo arquiteto Vítor Vaz, e que inclui uma loja aberta ao público muito visitada por turistas e não só. No portfólio de vinhos destaca-se o Grande Escolha Joaquim Cerejo, mas entre brancos, tintos, rosés e até espumante a escolha é imensa. As castas brancas, cerca de dez por cento do total, são a Antão Vaz, Verdelho e Chardonnay, e as tintas dividem-se entre as interna cionais Cabernet Sauvignon, Syrah Alicante Bouschet e Petit Verdot, e as tradicionais Touriga Nacional, Aragonez, Castelão e Trincadeira. A empresa, que emprega com carácter permanente uma dúzia de pessoas, garante que a sua produção é livre de Organismos Geneticamente Modificados (OGM). Rovisco Garcia Na Herdade do Monte Novo, na freguesia de Aldeia Velha de Santa Margarida, já existia uma pequena área de vinha velha, com bom terroir e exposição solar ideal. Em 2001, a família Rovisco Garcia reconverteu-a numa vinha nova, atualmente com 28 hectares e que abrigam as castas tintas Aragonez, Syrah, Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Petit Verdot e Cabernet
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por cento. É o valor estimado para a quebra de produção em 2018, um número em linha com o que aconteceu no resto do País. Sauvignon. Os brancos são feitos a partir de Arinto e Antão Vaz. Em 2018 a produção também teve uma quebra de cerca 30 por cento. No entanto, a vindima feita de forma manual e mecânica, teve lugar nas semanas habituais. Certos de que um bom vinho começa na vinha, os proprietários apostaram na moderna tecnologia, nomeadamente, na instalação de equipamentos de monitorização do clima e humidade do solo o que, em conjunto com o sistema de gota-a-gota, leva a uma eficaz utilização da água e permite controlar, de forma mais eficiente, eventuais pragas e doenças. O objetivo das duas dezenas de pessoas que trabalham na empresa é criar vinhos “com o caracter e a tipicidade do Alentejo, e, ao mesmo tempo, modernos e elegantes, como são os casos do Rovisco Garcia Reserva Tinto 2013 e do Rovisco Garcia Branco 2017. Casa de Sarmento A Herdade da Defesa de Barros, em Figueira e Barros, é um dos locais onde a Casa de Sarmento produz os seus vinhos e espumantes. As castas são o Aragonês, Trincadeira Preta, Periquita, Alicante Bouschet e Touriga Nacional e os vinhos são encorpados e, ao mesmo tempo, suaves. A produção, até 2005, era na totalidade absorvida pela rede de estabelecimentos Meta dos Leitões, na Bairrada, e também em outros pontos do País onde a marca está instalada, mas depois dessa data, quando a produção ultrapassou as 600 mil garrafas por ano, grande parte da produção começou também a ser escoada nos mercados internacionais. Fonte de Avis Também na Freguesia de Figueira e Barros, a Adega Fonte de Avis processa as uvas provenientes de cerca de 12 hectares de vinha. A adega, que recentemente foi remodelada, produz vinhos que se destinam na totalidade para o mercado chinês, com base nas castas Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Aragonez, Trincadeira, Tinta Barroca e Cabernet Sauvignon. Monte Novo do Rodeio Na Samarra, em Avis, uma pequena vinha, com apenas quatro hectares, também produz grandes vinhos. Foi aqui que há uns anos, João Rato criou os vinhos de boa memória Alcorregus e Ramos Rato. Hoje em dia, apesar de continuar a produzir, a maior parte das uvas são vendidas a outros engarrafadores e, com marca própria, apenas é comercializada uma pequena quantidade com o nome de Monte das Três Anas.
S. Martinho e a Tiborna De 6 a 12 de novembro as iniciativas integradas no “S. Martinho e a Tiborna” percorreram o Concelho, reunindo gerações em momentos de convívio que mantêm viva a tradição. Além das castanhas assadas e da animação musical assegurada pela Escola de Música do Município de Avis, não pode faltar nesta celebração a tiborna, uma iguaria tão simples quanto tradicional confecionada pelas mãos sábias dos participantes do programa municipal “Animasénior” com pão quente, azeite e açúcar louro. Esta ação de construção de memórias é aberta a toda a comunidade mas é um momento privilegiado de partilha entre os séniores e as crian ças do Concelho, que participaram nesta iniciativa através das Ludotecas Municipais e do Agrupamento de Escolas de Avis. Ano após ano, o suces so desta celebração passa também pela colaboração da Escola de Música do Municipio de Avis, das Freguesias do Concelho, da APEEECA, da ASRPICA, CCDTCMA e Associação de Juventude “O Cruzeiro”.
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cultura Festival de Acordeão O som do acordeão voltou a invadir o Auditório Municipal Ary dos Santos na 3.ª edição do Festival de Acordeão, organizado pelo Município de Avis através da Escola de Música. Nesta noite dedicada a homenagear este instrumento musical fundamental para a identidade da música portuguesa, subiram ao palco Carlos Poeiras, Sertório Ramalho, os alunos de acordeão das Escolas de Música dos Municípios de Avis e de Mora e ainda a Orquestra de Acordeão Mestre de Avis, que ali se apresentou ao público pela primeira vez.
Jornadas Europeias do Património
Partilhar memórias
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artilhar memórias” foi o tema da edição de 2018 das Jornadas Europeias do Património, a que o Município de Avis se voltou a associar com diversas iniciativas, destinadas a públicos de várias idades. No dia 27 de setembro, a Quinta da Lira, em Ervedal, recebeu as crianças do PréEscolar e 1.º Ciclo daquela localidade com um workshop sobre “A Arte do Pão e o Pão na Arte” onde aprenderam a confecionar este alimento de forma tradicional. A 28 de setembro, no Centro Interpretativo da Ordem de Avis, “A História de…” deu a conhecer um trabalho de recolha de histórias e lendas junto da população sénior de Benavila e o Centro de Arqueologia de Avis lançou a 11.ª edição do Boletim Municipal de Arqueologia “Da Terra”. No último dia das Jornadas a Officina Mundi promoveu um Atelier Aberto – Open Studio, uma visita guiada a este
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As Jornadas Europeias do Património destinam-se a públicos de várias idades.
espaço pela artista Joana Villaverde, seguida de uma conversa informal com os visitantes sobre o trabalho desenvolvido neste espaço cultural. A encerrar as Jornadas o Museu do Campo Alentejano (MusCA) acolheu a apresentação do documentário “Avis | Memórias de um Povo”, que resulta da recolha de testemunhos orais sobre as vivências da população local, através de 10 entrevistas que contaram com a participação de Amândio Guilherme, Dolores Beja, Elisa Cordeiro, José Galiza, Laura Grilo, Luísa Cordeiro, Mónica Beira, Odete Lopes e Rosária Carreiras, que partilharam as suas memórias sobre as vivências de algumas festividades no seio da família e na comunidade. Os testemunhos recolhidos passam a integrar o acervo documental do MusCA, no âmbito da sua missão de salvaguarda da estória contemporânea do Concelho, valioso elemento do património imaterial. Esta recolha irá continuar em 2019 com novas entrevistas a mais entrevistados e com novos temas: o trabalho e a vida quotidiana, de forma a desenvolver um trabalho mais aprofundado de preservação e valorização das memórias das gentes do Concelho de Avis.
J 3.º aniversário
Biblioteca Municipal José Saramago
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e 8 a 30 de novembro, a Biblioteca Municipal José Saramago assinalou o 3.º aniversário ao serviço da comunidade com uma programação cultural para públicos de todas as idades, preparada em parceria com a Fundação José Saramago. O programa incluiu a exibição do documentário “Levantado do Chão”, sobre a obra homónima de Saramago; representação da peça “O Lagarto”, pelo Teatro Elefante de Setúbal; atuação do grupo de cantares “As Cachopas” de Pavia; e exposição alusiva aos 20 anos da atribuição do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago.
João Guilherme
oão António Guilherme nasceu a 1 de Março de 1928, em Ervedal, onde sempre viveu. Oriundo de uma família de trabalhadores rurais, desde criança que contribuiu para o sustento da casa, percorrendo os campos em redor da vila para, como o próprio diz, “colher ervas como as alabaças, cagarrinhos e agrião” que depois vendia. Por vezes, também fazia mandados em troca de comida. Frequentou pouco a escola, tendo apenas o ensino primário, que frequentou em adulto. Aprendeu, como o próprio gosta de dizer, às suas custas “De dia ganhava o Pão e à noite ia para a escola, a tabuada era o enxadão e a gramática era a sachola”. João Guilherme considera que o seu primeiro trabalho foi como ajuda, pessoa, normalmente uma criança, que ajudava o adulto detentor da profissão de pastor ou porqueiro. Mas foi no mundo agrícola, nas mais diferentes tarefas, que trabalhou toda a sua vida. Trabalhou em muitas das herdade do Concelho de Avis, onde se destacam Brás Varela e o Painho. No início da década de 60 do século XX envolveu-se na luta pelas 8 horas de trabalho e foi preso na cadeia de Avis, como muitos dos seus camaradas. João Guilherme dedicou-se, desde muito novo, ao artesanato. Além de ser uma forma para ocupar o pouco tempo livre era também um modo de aumentar os seus rendimentos. Das suas mãos, ao longo dos anos, saíram muitos bancos em bunho (bancos com pés em madeira e o assento em bunho) que depois vendia em Avis, sempre com o auxílio da sua bicicleta. Foi numa dessas deslocações a Avis que sofreu um acidente que lhe deixou mazelas para a vida toda. Este artesão autodidata trabalha com a madeira que vai buscar ao campo e com diversos materiais reciclados como latas ou caixas que transforma em réplicas de alfaias agrícolas, gaiolas de grilos, entre outras peças. Nos últimos anos tem criado inúmeras obras para oferecer às crianças, de entre as quais destaca as gaiolas de grilos. Da coleção do MusCA fazem parte mais de três dezenas de peças deste artesão. João Guilherme também é um poeta popular. Tem necessidade de escrever todos os dias sobre as mais diversas temáticas como o seu dia-a-dia ou a história local, utilizando como suporte para as suas palavras o que encontra à mão como correspon dência ou calendários antigos. Tem inúmeros trabalhos inéditos, mas alguns foram editados em conjunto com outros poetas populares, como é o caso de “Ervedal, Alfobre de Poetas” e “Versejando – Antologia de Portas Populares do Concelho de Avis” editados pela Amigos do Concelho de Aviz - Associação Cultural, com o apoio das Juntas de Freguesia do Concelho. Em 2009 publicou, com apoio da Junta de Freguesia do Ervedal e da Câmara Municipal de Avis, o livro “As Décimas de João Guilherme”. João Guilherme, o poeta artesão, exprime nos seus trabalhos as vivências de toda uma vida. A aliança entre a poesia e o artesanato leva ao desenho de peças únicas que o distinguem dos demais. EXPOSIÇÃO O Poeta Artesão 27 novembro a 30 junho 2019 MusCA
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coletividades Rancho Folclórico de Avis reviveu o passado Empenhado na sua missão de salvaguarda do património etnográfico, o Rancho Folclórico de Avis concretizou mais uma edição do evento “Reviver o Passado”, em que grupo avisense contou com a participação do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Aveiras de Cima, da Azambuja, e do Rancho Folclórico “As Mondadeiras” de Casa Branca, de Sousel, para recriar momen tos da vida quotidiana de outros tempos, evocando as tradições locais.
A Associação Juvenil Alcorreguense, fundada em agosto de 2003, realizou recentemente eleições para os seus corpos gerentes. Quinze anos depois, uma nova “geração” assumiu a responsabilidade de dar continuidade a este projeto de sucesso.
Associação Juvenil Alcorreguense comemorou 14.º aniversário
Com os olhos no futuro
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stávamos em 2001 quando a Junta de Freguesia de Alcórrego adquiriu o edifício onde hoje tem a sua sede. Na altura, o presidente daquela autarquia, António Gaspar dos Ramos e os restantes membros do executivo decidiram que o primeiro piso do imóvel seria destinado a albergar as diferentes associações da Freguesia, destinando, desde logo, um espaço para os jovens, apesar destes ainda não esta rem organizados. Foram necessários alguns meses para que um grupo de rapazes e raparigas da localidade tratasse de tudo para formalizar a constituição da Associação Juvenil Alcorreguense (AJA), fundada a 29 de agosto de 2003, fez no mês passado quinze anos. Jorge Borlinhas, na altura eleito como primeiro presidente da associação e hoje presidente da Junta de Freguesia, recorda o nome dos fundadores: Vitalino Cambalhota, Carlos Alberto Tomás, Letícia Borlinhas, Nélson Borlinhas, Marco Freire, Bruno Oliveira,
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Lucilia Raimundo, Ana Tomás, João Pires e Dinis Raimundo. Demorou mais um ano até que o espaço de convívio fosse inaugurado, a 6 de novembro de 2004. Para o arranque foi fundamental o apoio da Junta e do Município bem como de todos aqueles que se foram associando e que hoje já ultrapassam as duas centenas. Jorge Borlinhas recorda uma das primeiras iniciativas, um festival de bandas de garagem que mobilizou e entusiasmou os grupos que na altura existiam em todo o Concelho e que teve um sucesso assinalável. Quase uma década e meia depois, a AJA continua ativa. Em agosto passado houve eleições e uma nova “geração” assumiu o compromisso de a gerir nos próximos anos de forma a entregar, quando chegar a altura, àqueles que agora ainda andam na escola primária. Rui Silva, 27 anos, é o terceiro presidente da AJA (o segundo foi Vitalino Cambalhota). Na direção é acompanhado por Joaquim Varela (vice), Flávio Marques (Tesoureiro), Flávia Horta
Mostra de Doces e Licores A 13.ª Mostra de Doces e Licores, organizada pelo Rancho Folclórico de Avis, realizou-se no passado 10 de novembro no salão da Casa do Povo de Avis. Belhózes, azevias, costas, broas escaldadas, bolos de mel, tosquiados e suspiros juntaram-se aos licores de maçã e canela, amora silvestre, framboesa, café, marmelo, mirtilo, bolota, entre outros, nesta saborosa celebração das tradições locais que mantém viva a memória dos sabores de outros tempos.
(secretária) e João Paulo Sabino (vogal). Rita Freire preside à mesa da Assembleia Geral e Marília Simões ao Conselho Fiscal. O novo dirigente da AJA disse-nos que o espaço “acaba por funcionar como a coletividade da terra”, sendo muito mais do que uma associação juvenil. Neste momento, o funcionamento é assegurado pelos membros da direção: das 20 às 24 horas, aos dias de semana e, ao fim de semana, a partir das 13 horas. Rui Silva, que já integrava as direções anteriores desde 2008, diz que “a intenção da anterior direção foi renovar” os corpos gerentes, mas acredita que “no essencial” a atividade da AJA vai manter a mesma linha. Isso quer dizer que o espaço que disponibiliza internet grátis, matraquilhos, snooker e bilhar se vai manter, as tradicionais excursões – com o destino decidido pelos sócios – vão continuar, bem como as atividades de cicloturismo e pesca, esta última uma ocasião ideal para promover “o convívio intergeracional”. É claro que os bailes também se realizarão nas datas habituais, tal com a participação na Feira Medieval, dois dos eventos que fazem parte do plano de atividades que dá suporte aos protocolos de apoio que assinaram, quer com a União de Freguesias de Alcórrego e Maranhão, quer com o Município de Avis. Os primeiros quinze anos já passaram. Jorge Borlinhas diz que “a continuidade está garantida”. Pelos vistos, daqui a outros quinze anos será a vez de outro dizer o mesmo.
Avis Mellífera
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ADERAVIS, com o apoio da CNA, das Freguesias e do Município de Avis, realizou no passado dia oito de Dezembro a XI edição das Jornadas Técnicas Apícolas – Avis Mellífera, certame que contou com a participação de mais de 150 apicultores, técnicos apícolas, dirigentes associativos e outros agentes ligados ao sector. Há mais de dez anos que este evento atrai a Avis, vindos de todo o território nacional, visitantes que têm em comum o gosto pelas abelhas e pela apicultura, aproveitando o acontecimento não só para a aprendizagem, para partilha de ideias e experiências, como também para a realização de negócios, culminando sobretudo num dia bem passado de festa e convívio que todos guardam na memória. Todos os anos a organização procura seleccionar oradores e assuntos de vanguarda relacionados com o sector apícola e este ano não foi excepção. Na parte da menhã o tempo foi dividido entre o Maneio Apícola Alternativo, da responsabilidade de José Chumbinho, cujos equipamentos e métodos deslumbraram os participantes, bem como pela Água Mel, uma relíquia da apicultura tradicional que cada vez mais é procurada pelos novos consumidores. Este segundo workshop esteve a cargo do Eng.º Victor Lamberto, representante do Movimento Slow Food Internacional e que culminou com a candidatura em directo da Água Mel à Arca do Gosto do referido movimento, com todos os benefícios que tal estatuto, uma vez aprovado, trará aos produtos da colmeia. Durante a manhã decorreram também os habituais Concursos de Mel de Rosmaninho e Multifloral. Na parte da tarde os temas abordados foram a Criação de Abelhas Rainhas, a cargo do Doutor André Halak, brasileiro a residir em Portugal e cujos trabalhos já começam a revolucionar muito positivamente a forma de abordar esta temática no nosso país. Seguiu-se a Legislação para o Licenciamento de Melarias, sob a responsabilidade da Eng.ª Ana Paula Mendes, da DGAV, tema tão caro a todos os apicultores quer pela importância como pelas responsabilidades que acarreta. Finalmente a gestão das explorações apícolas, na comunicação: Apicultura Semiprofissional que Futuro? Sob a óptica apaixo nada mas muito realista do Eng.º Afonso Silva, cuja progressão no sector tem sido um exemplo para muitos apicultores.
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associativismo Divulgação e publicidade (design e impressão de materiais gráficos e divulgação)
APOIOS AO ASSOCIATIVISMO E A INICIATIVAS DE INTERESSE PÚBLICO MUNICIPAL NO CONCELHO DE AVIS - 2018 A verba atribuída totalizou cerca de 54.000 euros ADERAVIS Amigos do Concelho de Aviz - Associação Cultural Associação de Juventude “O Cruzeiro” Associação Desportiva Sócio Cultural de Aldeia Velha Associação Juvenil Alcorreguense Casa do Benfica em Avis Centro Republicano Ervedalense Elencobrigatório - Associação Cultural Escoteiros de Portugal - Grupo 263 - Avis Rancho Folclórico de Avis ADR “Amigos do Atletismo” de Avis Associação Motociclista Motards d’Aviz Casa do Povo de Ervedal Centro Cultural de Figueira e Barros CCDT da Câmara Municipal de Avis Clube de Futebol “Os Avisenses” Clube de Futebol Estrela Alcorreguense Grupo Columbófilo de Avis Sociedade Recreativa Benavilense Associação Gente Associação Humanitária de Apoio aos Diabéticos Associação Humanitária dos BV Avisenses Associação Lar de Idosos do CC de S. Saturnino de Valongo Centro Comunitário Sta Margarida de Aldeia Velha AS Reformados Pensionistas e Idosos de Alcórrego AS de Reformados Pensionistas e Idosos do Concelho de Avis GA dos Reformados e Idosos de Figueira e Barros Assoc. de Pais e Enc.s de Educação das Esc. Concelho de Avis Antigos Alunos da Escola Rural José Godinho de Abreu Candidaturas Pontuais Arlindo Martins João Manuel Madeira Alves
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l Amigos do Concelho de Aviz Associação Cultural l Rancho Folclórico de Avis l Associação Desportiva Sócio Cultural de Aldeia Velha l Escoteiros de Portugal - Grupo 263 - Avis l Centro Republicano Ervedalense l Casa do Benfica em Avis l ADERAVIS l Centro Cultural de Figueira e Barros l Associação Motociclista do Concelho de Avis - Motards d’Aviz l Casa do Povo de Ervedal l Grupo Desportivo do Maranhão l Clube de Futebol “Os Avisenses” l Clube de Futebol Estrela Alcorreguense l Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Avis l Grupo Columbófilo de Avis l Sociedade Recreativa Benavilense l Associação Humanitária de Apoio aos Diabéticos do Concelho de Avis l Centro Comunitário de Santa Margarida de Aldeia Velha l Associação Lar de Idosos do Centro Comunitário de S. Saturnino de Valongo l Associação Gente l Grupo de Amigos dos Reformados e Idosos de Figueira e Barros l Associação de Pais e Encarregados de Educação das Escolas do Concelho de Avis l Associação dos Antigos Alunos da Escola Rural José Godinho de Abreu l Associação de Caça da Senhora da Arrabaça l Elencobrigatório - Associação Cultural l Associação Desportiva e Recreativa “Amigos do Atletismo” de Avis
Cedência de instalações e equipamentos (exemplo: Auditório Municipal, Auditório da Biblioteca Municipal, equipamento de som e de video, palco, estrados, stands, baixadas elétricas, etc.) l Amigos do Concelho de Aviz - Associação Cultural l Rancho Folclórico de Avis l Associação Desportiva Sócio Cultural de Aldeia Velha l Escoteiros de Portugal - Grupo 263 - Avis l Centro Republicano Ervedalense l Casa do Benfica em Avis l ADERAVIS l Centro Cultural de Figueira e Barros l Associação Motociclista do Concelho Avis - Motards d’Aviz l Grupo Desportivo do Maranhão l Clube de Futebol “Os Avisenses” l Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Avis l Grupo Columbófilo de Avis l Sociedade Recreativa Benavilense l Associação Humanitária de Apoio aos Diabéticos do Concelho de Avis l Centro Comunitário de Santa Margarida Aldeia Velha l Associação Lar de Idosos do Centro Comunitário de S. Saturnino de Valongo l Associação de Solidariedade de Reformados, Pensionistas e Idosos de Alcórrego l Associação de Pais e Encarregados de Educação das Escolas do Concelho de Avis l Casa do Povo de Ervedal l Santa Casa da Misericórdia de Avis l Associação de Solidariedade de Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho de Avis l Elencobrigatório - Associação Cultural
Oferta de materiais (troféus, medalhas, lembranças, entradas nas piscinas e espaços museológicos, materiais de desenho e pintura) l Sociedade Recreativa Benavilense l Centro Cultural de Figueira e Barros l Casa do Povo de Ervedal l Rancho Folclórico de Avis l Fundação Abreu Callado l Centro Conunitário de Santa Margarida Aldeia Velha l Centro Republicano Ervedalense l Quercus - Núcleo Regional de Portalegre l Clube de Futebol Estrela Alcorreguense l ADR “Amigos do Atletismo” de Avis
Cedência de transporte (condicionado à disponibilidade) Ao longo do ano 2018 foi cedido transporte a associações, coletividades e IPSS’s, o que representa um encargo total de cerca de 26.000 euros. l Amigos do Concelho de Aviz - Associação Cultural l Rancho Folclórico de Avis l Associação Desportiva Sócio Cultural de Aldeia Velha l Escoteiros de Portugal - Grupo 263 - Avis l Casa do Benfica em Avis l ADERAVIS l Centro Cultural de Figueira e Barros l Associação Motociclista do Concelho Avis - Motards d’Aviz l Casa do Povo de Ervedal l Grupo Desportivo do Maranhão l Clube de Futebol “Os Avisenses” l Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Avis l Grupo Columbófilo de Avis l Sociedade Recreativa Benavilense l Associação Humanitária de Apoio aos Diabéticos do Concelho de Avis l Centro Comunitário de Santa Margarida de Aldeia Velha l Associação Lar de Idosos do Centro Comunitário de S. Saturnino de Valongo l Grupo de Amigos dos Reformados e Idosos de Figueira e Barros l Associação de Solidariedade de Reformados, Pensionistas e Idosos de Alcórrego l Associação de Pais e Encarregados de Educação das Escolas do Concelho de Avis l Centro Republicano Ervedalense l Santa Casa da Misericórdia de Avis l Quercus - Núcleo Regional de Portalegre l Associação de Caçadores e Pescadores de Salgueira e Valongo l Associação de Solidariedade de Reformados, Pensionistas e Idosos de Avis l Associação Desportiva e Recreativa “Amigos do Atletismo” de Avis l Casa de Repouso Maria Magdalena Godinho de Abreu l Fundação Abreu Callado - Centro de Convívio Eng. João Antunes Tropa l Terreiro d’Alegria - Associação de Idosos
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desporto Baja passou por Avis A Baja Portalegre 500, uma das provas mais emblemáticas do cal endário nacional de todo-o-terreno, voltou a passar por Avis, este ano com um controlo de passagem obrigatório no Largo do Convento que levou os participantes a percorrer algumas das principais ruas da Vila. Naquela que foi a 32.ª edição da prova, o arranque para os 98 km cronometrados do setor seletivo 2 foi na Zona Industrial de Avis, onde os adeptos dos desportos motoriza dos tiveram oportunidade de assistir à partida e apoiar os pilotos.
Circuito de BTT do Alto Alentejo e Taça de Portugal de Crosscontry Olímpico
N 16
Avis capital do BTT
os dias 15 e 16 de setembro Avis foi palco de duas importantes provas de BTT: a primeira prova da 24.ª edição do Circuito de BTT do Alto Alentejo e a 5.ª e última etapa da Taça de Portugal de Cross Country Olímpico (XCO), integrada no calendário interna cional UCI, Classe 2 e pontuável para o apuramento olímpico, que, em conjunto, contaram com cerca de 400 participantes. A prova do Circuito de BTT do Alto Alentejo
ficou marcada pelos bons resultados obtidos pelos atletas do Concelho: Matilde Martins (BenaBike/SRB) foi a 1.ª classificada em Iniciados Femininos e Afonso Rosado 3.º em Iniciados Masculinos, ambos na classe Promoção. Diogo Velez foi o 4.º entre os Infantis, Flávio Mantas foi o 4.º em Promoção Elites e João Martins (Benabike/SRB) conquistou o 1.º lugar em Promoção Masters 30. Na decisiva prova da Taça de Portugal sagraram-se vencedores Mário Costa e Joana Monteiro, ambos da Brújula Bike Racing Team, na categoria de Elite.
Traveler’s Event no Clube Náutico De 7 a 9 de setembro o Complexo do Clube Náutico recebeu a 11.ª edição do Traveler’s Event, que contou com mais de um milhar de participantes, organizado pela Balgarpir, em parceria com o Município e a Freguesia de Avis, e o apoio da revista MotoJornal. O evento é ponto de encontro obrigatório para os apaixonados pelo mototurismo, proporcionando uma experiência única no Concelho de Avis que alia partilha de testemunhos de viagens, test drives, formação, passeios turísticos e percursos off road. A edição de 2019 está agendada para 6, 7 e 8 de setembro.
Circuito AADP de corridas
19.ª edição do Corta-Mato de Ervedal
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19.º edição do Corta-Mato de Ervedal, organizada pela Casa do Povo de Ervedal e integrada no Circuito AADP de corridas, contou com mais de 140 participantes. Disputada junto à Ponte de Ervedal, a prova teve uma extensão entre os 300 e os 5000 metros consoante os escalões. A espanhola Miriam Rodriguez, do Atletismo Valência de Alcântara, conquistou o primeiro lugar no escalão feminino, seguida por Cláudia Batuca e por Beatriz Conceição, ambas do Clube Elvense de Natação. Entre os atletas masculinos o vencedor foi Bruno Paixão, do Beja Atlético Clube, seguido por Aitor Galrito, do AVAlcant, e de António Almeida. Na classificação por equipas, o Clube Elvense de Natação, o Atletismo Clube Portalegre e o Valência de Alcântara ocuparam as três primeiras posições.
2.º Passeio da Vinha e do Vinho Abreu Callado
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km de bicicleta e 7 km a pé foi o desafio lançado pela BenaBike/SRB no 2.º Passeio Convívio de BTT e Caminhada da Vinha e do Vinho Abreu Callado e nem o tempo de chuva demoveu os mais de 70 participantes que percorreram os trilhos pelas vinhas da Fundação Abreu Callado, no dia 10 de novembro. Mas nem só de desporto se fez esta iniciativa, que contou com um reforço alimentar na adega da Fundação e culminou num almoço convívio que se realizou nas instalações da antiga Cooperativa 21 de Fevereiro.
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notícias Avis finalista do prémio Municipio do Ano Pelo quarto ano consecutivo o Município de Avis concorreu ao prémio “Município do Ano”, promovido pela plataforma UM-Cidades da Universidade do Minho, e pelo quarto ano consecu tivo foi escolhido pelo júri para figurar entre os 35 finalistas. O programa municipal “Animasénior” foi o projeto que representou Avis nesta iniciativa que visa promover a partilha de boas práticas e
de projetos inovadores promovidos pelos municípios e foi seleciona do pelo Conselho Científico da UM-Cidades para disputar o título regional com Coruche, Sines e Santarém. A cerimónia de entrega dos prémios realizou-se no dia 16 de novem bro, no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, tendo sido Sines a conquistar o prémio da região Alentejo com o “Festival Músicas do Mundo” e Arouca recebeu o galardão nacional com o pro jeto “Geo Parque Mundial da UNESCO”.
O Município de Avis continua a conservar o património do Concelho
Obras em fase de conclusão na Nossa Senhora de Entre-Águas
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capela de Nossa Senhora d’Entre Águas, em Benavila, é um dos elementos do património edificado mais emblemáticos do Concelho. Este templo, que se destaca pela peculiaridade da sua localização, numa pequena elevação na confluência das Ribeiras de Seda e da Sarrazola, pela sua arquitetura e pela lápide romana implantada no alçado nascente (classificada como Monumento Nacional desde 1910), encontrava-se num avançado estado de degradação. Assim, foi necessário proceder a obras de conservação que se encontram em fase de conclusão e que resultam de um protocolo estabelecido entre a Câmara Municipal de Avis, a Fábrica da Igreja Paroquial de Benavila e a Direção Geral das Autarquias Locais. A obra, orçamentada em cerca de 130.000 euros foi financiada em 85.000 euros pelo Município e o restante pela Administração Central. Os serviços municipais elaboraram também o projeto e efetuam o acompanhamento dos trabalhos. A intervenção incidiu sobretudo na cobertura, passando pela substituição das peças de madeira degradadas e das telhas existentes por telhas de canudo, devolvendo alguns dos traços da construção original perdidos em intervenções anteriores. Procedeu-se à demolição parcial de
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uma parede no lado sul dos compartimentos anexos, refeita com fundações adequadas e reconstruída em alvenaria de pedra aparelhada. Foram substituídos os vãos de portas e janelas e procedeu-se à reabertura do vão lateral da capela-mor. Foi instalada nova caixilharia em madeira na capela e em chapa de ferro pintada nos anexos, mantendo o desenho previamente existente. A caixilharia da porta principal foi conservada e reforçada pelo interior com chapa de aço. O pavimento do alpendre exterior em tijoleira foi substituído. No alpendre e no interior da capela foi instalada iluminação adequada ao espaço. Um dos anexos foi adaptado de forma a criar uma instalação sanitária. No decurso do acompanhamento arqueológico da obra foram iniciados trabalhos de prospeção que confirmaram a existência de pintura mural no interior da capela com relevante interesse histórico, estando o Município a aguardar a deslocação de uma equipa especializada da Direção Regional de Cultural para apoio técnico na preservação destes achados. Em breve a Capela de Nossa Senhora d’Entre Águas estará em condições para receber todos aqueles que ali se desloquem em romaria ou num mero passeio para contemplar a vista sobre Benavila e sobre a Albufeira do Maranhão que se estende a seus pés.
Apoios à Educação
Município renova parques infantis
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Município de Avis vai proceder à renovação dos parques infantis do Jardim Público e do Complexo do Clube Náutico que se encontram degradados, não oferecendo condições que permitam a sua utilização em segurança. A obra terá um custo aproximado de 80.000 euros e deverá estar concluída até ao final do mês de janeiro. Os trabalhos incluem a colocação de novos equipamentos lúdicos para as crianças e a colocação e substituição de pavimentos de segurança. No espaço infantil do Complexo do Clube Náutico será também substituído o mobiliário urbano e serão instalados novos equipamentos, com destaque para um baloiço destinado a utilizadores com mobilidade reduzida, bem como equipamentos de fitness ao ar livre. Através desta intervenção o Município pretende dotar estes espaços de condições que permitam às crianças brincar em segurança, potenciando o correto desenvolvimento físico, cognitivo e emocional.
l Cedência gratuita de transporte para visitas de estudo; l Cedência gratuita de transportes para o desporto escolar; l Parceria com o Centro de Formação Desportiva de Remo do Agrupamento de Escolas de Avis; l Apoio à realização de diversas atividades promovidas pelo Agrupamento de Escolas; l Atribuição de uma verba anual por sala de aula, nas salas de Pré-Escolar e 1.º ciclo (ano letivo 2018/2019 – 3.050,00€); l Oferta da rede de Ludotecas Municipais a todos os alunos do Pré-Escolar, 1.º e 2.º Ciclos até às 19:00, de segunda a sexta-feira; l Atividades de Animação e Apoio à Família (AAAF) para os alunos do Pré-Escolar, em parceria com a DGESTE; l Realização de encontros temáticos, como as “Conversas com Pais”; l Oferta das fichas de atividades aos alunos do 1.º Ciclo, como forma de complementar a oferta dos manuais escolares atribuída pelo Governo; l Apoio psicopedagógico a alunos do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico; l Programa de estimulação de literacia emergente para o Pré-Escolar; l Programa de estimulação da leitura para o 1.º Ciclo do Ensino Básico; l Bolsas de estudo aos alunos do Ensino Secundário e Ensino Superior; l Transportes escolares gratuitos para todos os alunos do Pré-Escolar e do Ensino Básico (até ao 9.º ano de escolaridade); l Atribuição aos alunos do Ensino Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico a gratuitidade no serviço de almoços aos alunos posicionados no escalão A, bem como a todos os alunos deslocados na sequência do reordenamento da rede escolar, e a comparticipação de 50% sobre o valor de cada refeição aos alunos posicionados no escalão B. l Comparticipação de 50% do valor do passe aos alunos do Ensino Secundário; l Desenvolvimento, em parceria com a ABAE e com o Agrupamento de Escolas de Avis, do programa Eco-Escolas; l Desenvolvimento de atividades no âmbito da Rede de Promoção do Sucesso Educativo no Alto Alentejo: Fábrica de Histórias para alunos do 3.º e 4.º ano e Alto Cinema para alunos do 3.º cico do Ensino Básico; l Rastreio ao Daltonismo aos alunos do 3.º e 4.º ano de escolaridade.
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notícias ECO XXI
Avis voltou a receber galardão
N 15 locais em todo o País reconhecidos
Estação Náutica de Avis certificada
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Estação Náutica Avis Open Sky Training Centre foi uma das 15 estações náuticas que receberam a certificação da Fórum Oceano – Associação de Economia do Mar, numa cerimónia realizada no dia 16 de novembro na Alfândega do Porto. A Estação Náutica de Avis é coordenada pelo Município e reúne diversos parceiros de áreas como atividades náuticas, alojamento, restauração, ensino, entre outras configurando uma rede de oferta turística de qualidade que alia a prática de desportos náuticos a um conjunto de bens e serviços que visam proporcionar aos visitantes experiências únicas. Trata-se, assim, de uma concertação de esforços que preten dem contribuir para o desenvolvimento sustentável e projeção de Avis no País e no Mundo.
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o seguimento da candidatura ao programa ECO XXI 2018 da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), o Município de Avis voltou a receber a bandeira verde, medalha e diploma, que reconhecem as boas práticas de desenvolvimento sustentável implementadas no Concelho. Avis obteve a melhor classificação de sempre: 74% (em 98,5% de pontuação máxima possível), o que significa que Avis cumpre com a grande maioria dos critérios de avaliação definidos. Entre os indicadores com melhor classificação destacam-se qualidade do ar e informação ao público; promoção da Educação Ambiental; valorização da energia na Gestão Municipal; qualidade do ambiente sonoro; gestão e conservação da floresta; conservação da natureza. Os resultados alcançados refletem o empenho do Município no aperfeiçoamento dos parâmetros, dinamizando uma melhoria no bemestar e qualidade de vida da população local.
empresas A loja mais antiga da vila é “a do Rui”
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Memória viva
Rua António José de Almeida, em Avis, já não é aquilo que foi. Era aqui, entre as grades e o Jardim do Mestre, as Portas de Évora e a Praça Serpa Pinto, que grande parte da vida económica e social fervilhava. No entanto, numa das suas esquinas, paredes meias com o jardim, uma loja e um comerciante são testemunhas vivas dessa época. Falamos “da loja do senhor Rui”, nome pelo qual toda a gente conhece o estabelecimento mais antigo da vila. Atrás do balcão, desde 1951, está Rui Jorge Jesus Ramos. Hoje com 77 anos de idade, começou ali a trabalhar, com apenas dez, por conta do primeiro dono, Joaquim Murteira Ramos, ao qual, apesar da coincidência do apelido, não o ligava qualquer laço de parentesco. Ali, naquela rua, pontuava o Café Leal, um barbeiro, uma loja de lanifícios e a central elétrica. Mas, talvez mais importante do que tudo o resto, era o sítio onde a terra se ligava ao mundo através das camionetas da carreira que aí tinham o seu local de paragem. Era através das camionetas e dos comboios – de que havia uma central de despacho na Rua do Convento que grande parte das mercadorias chegavam às lojas, primeiro, e, depois, aos fregueses, “que eram muito mais” naquela altura. Aos 23 anos, quando subiu ao altar, já o senhor Rui era sócio e afilhado de casamento do ex-patrão. Na altura a loja vendia, essencialmente, mercearias, ferragens e cereais para os animais. Hoje já não é bem assim: “Já tive um bocadinho de tudo, mas cada vez tenho menos, no entanto ainda há aí muito material”, diz-nos, e nós comprovámos, já que, quando estávamos à conversa, uma cliente foi-se aviar de 50 gramas de sementes de espinafres e aproveitou para apreçar umas pantufas… “O comércio está diferente”, diz-nos. Hoje é fácil qualquer pessoa deslocar-se para fora às grandes superfícies que, em menor escala, também se instalaram na vila. Restam os mais velhos, com dificuldades de locomoção e “os mais novos que só vêm quando lhes falta qualquer coisa”. E os turistas que aproveitam para ver como era o comércio de outros tempos. “Se tivesse outra idade apostava em produtos regionais”, diz Rui Ramos que conti nua a ir para a loja, porque é o local onde se sente bem. “Se fosse para viver disto não dava”, explica, mas enquanto se “sentir bem” o comércio vai continuar aberto, promete.
Atrás do balcão, desde 1951, está Rui Jorge Jesus Ramos. Hoje com 77 anos de idade, começou ali a trabalhar, com apenas dez, por conta do primeiro dono, Joaquim Murteira Ramos, ao qual, apesar da coincidência do apelido, não o ligava qualquer laço de parentesco. 21
agenda
janfevmar 29 dezembro corrida de s. silvestre Avis A Corrida de S. Silvestre de Avis, que é a mais antiga do Distrito de Portalegre e uma das mais antigas corridas de final de ano do País, tem este ano a sua 36.ª edição. Agendada para 29 de dezembro, esta prova de atletismo organizada pelo Município de Avis e pela Casa do Povo de Ervedal, conta com a colaboração técnica da Associação de Atletismo do Distrito de Portalegre e vai ser disputada nas ruas de Avis, numa extensão que varia entre os 200 e os 6.400 metros consoante os escalões. A participação encontra-se aberta a atletas federados e não-federados, de ambos os sexos, a título individual ou em equipa, que, até 24 de dezembro, podem inscrever-se através do formulário disponível em: https://36corridas silvestredeavis.weegoto.com
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Janeiro
23 - 16:00 Audição da Escola de Música do Município de Avis
05 - 21:00 Concerto de Reis Igreja do Convento de S. Bento Avis
21:00 Concerto da Escola de Música do Município de Avis
06 - 15:00 Concerto de Reis
Avis Auditório Municipal Ary dos Santos Município de Avis
Igreja Matriz do Ervedal Ervedal
05 - 21:00 Avis 07 - 15:00 Ervedal Cantar dos Reis Município de Avis
Março
08 e 22 - 20:00 Night Run
03 - 15H00 desfile de carnaval Centro Histórico de Avis
Largo do Cândido dos Reis Avis
05 e 19 - 20H00 Night Run
26 - 15:00 33.º Corta Mato
Amigos do Atletismo de Avis
Campo de Futebol de Figueira e Barros Centro Cultural de Figueira e Barros
Fevereiro 05 e 19 - 20:00 Night Run Largo do Cândido dos Reis, Avis
10 Torneio Distrital de Jogo do Burro Sociedade Recreativa Benavilense Recinto das Festas
17 - 9:00 Caminhada - Horta das Rosas e Azenhas Ervedal Junta de Freguesia
10 - 9:00 Caminhada das Árvores Centenárias Classificadas 23 março Head of the Cork Albufeira do Maranhão É na Albufeira do Maranhão que os melhores remadores do mundo se preparam para as competições mais exigentes e é também neste espelho de água que a regata Head of the Cork os convida a competir com todos os remadores que os queiram desafiar. A prova, aberta a remadores nacionais e internacionais, federados e amadores, disputa-se nos 6 km que separam Benavila do Complexo do Clube Náutico, onde os vencedores fazem a festa e recebem os merecidos troféus. Head of the Cork é organizada pela Herdade da Cortesia Hotel, em parceria com o Município e a Freguesia de Avis e com o apoio dos Jogos Santa Casa e da Federação Portuguesa de Remo. Como é de tradição, durante o evento estarão no local vários produtores locais de enchidos, vinhos, licores, bolos, mel e outros petiscos do concelho.
Encontro: Instalações da Junta de Freguesia em Valongo
17 - 9:00 Torneiro distrital do Jogo do Burro 23 - 9h00 Passeio Botânico Ripícola – Dia da Árvore e da Floresta Encontro: Complexo do Clube Náutico, Avis
31 - 9:30 Maratona Extreme BTT Ponto de encontro: Pavilhão Municipal
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a propósito Manuel Patrício, nasceu há 37 anos em Carviçais, Terras de Moncorvo. Licenciado
em Enologia, percorreu várias regiões do País até se fixar no Alentejo. Há cerca de sete anos que é o enólogo da Herdade Fonte Paredes, em Avis. É casado e tem um filho com oito meses que, apesar de ter nascido em Trás-os-Montes, é também meio alentejano.
Como é que um transmontano vem trabalhar para Avis? Na área da enologia podemos ir parar a qualquer lado. Estudei em Vila Real, na Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro, e ao longo do curso fui fazendo estágios de vindima em várias regiões. Procurei sempre sítios diferentes para aprender coisas diferentes. Passei pelo Douro, Bairrada, Dão e Alentejo. Quando terminei o curso fui trabalhar para a Adega da Covilhã, na Beira Interior, e depois vim para o Alentejo, para o Assumar. Entretanto surgiu uma oportunidade de trabalho na Herdade Fonte Paredes e cá estou. Isso foi há sete anos. Já está habilitado para dar uma opinião sobre esta mini região vitivinícola. Como é que a caracterizaria? Tem muito potencial. Estamos a falar de um Alentejo que é um bocadinho diferente do resto da região. É uma zona de transição entre o Alentejo e a Beira Baixa. Existem amplitudes térmicas muito maiores, noites frias, dias quentes… Este ano tem sido atípico, mas habitualmente costuma ser assim. E uma amplitude térmica maior favorece bastante a qualidade final do vinho. Mas esse fator é suficiente para distinguir como uma região vitivinícola, com vinhos diferentes? Sim. Conseguem-se vinhos bastante diferentes. Não quero dizer que sejam muito melhores ou muito piores, são diferentes. São diferentes dos do Redondo, de Borba, de Évora, de Estremoz... São completamente diferentes, mas há coisas boas em todo o lado. Mas os produzidos aqui diferenciam-se pela acidez e boa mineralidade.
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Justifica-se a criação de uma região demarcada de vinhos do Maranhão? Sem dúvida, apesar da zona de Avis, comparada com as zonas do Redondo, Estremoz, Évora ou Beja, não apresentar tanta projeção. Existem menos adegas e o volume de litros produzido é muito menor, mas esta é uma zona que ainda está a ser explorada e, neste momento, penso que tem potencial para poder dar cartas no setor. Falemos de Avis. Hoje se tivesse de recomendar uma visita ao concelho aos seus amigos o que é que lhes diria? Eles já quase todos conhecem (risos). Desde que vim para cá, eles começaram a aparecer. Como não vou ao norte todos os fins-desemana, só de vez em quando, eles vêm ter comigo e gostam da vila. Mas recomendo a qualquer pessoa. Eu também sou do interior e acho que ao nível do acolhimento das pessoas é parecido. Depois há a pacatez e a gastronomia que é muito boa, sem dúvida nenhuma, apesar de eu ser suspeito porque sou um bom garfo (risos).
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