Jornal da Ordem de Avis | Notícias Medievais . 6

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notĂ­cias medievais n.Âş 6 | 2016


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s Mestres da Ordem

1342-1351: João Rodrigues Pimentel - A proximidade da sua linhagem aos monarcas D. Dinis e Afonso IV em muito terá beneficiado João Rodrigues Pimentel. Neto de uma senhora de Santarém, antes de professar ter-se-á apresentado como morador de Torres Novas, cidade onde se fez sepultar com a sua mulher, na Igreja de S. Pedro, numa capela por si fundada. Terá enviuvado por volta de 14 de Maio de 1337. No testamento, redigido posteriormente ao falecimento da sua mulher, não resultam dados que confirmem que já havia professado, no entanto, serão as suas doações aos freires de Avis, de bens que possuía em Arronches, Monforte e Monsaraz, que indiciam uma forte vontade de entrar para a milícia1. Terá conservado o usufruto da herança dos filhos mas terá também mantido, invocando necessidade, os bens que pertenciam à sua terça e à da sua mulher, o que como se sabe fugia às normas dos votos de pobreza que

tinham de observar. A sua eleição terá ocorrido a 3 de Março de 1342, mas o mesmo já seria freire da Ordem2. Em 1343 terá celebrado Capítulo Geral com os freires do Convento.

1 OLIVEIRA, Luís, A Coroa, os Mestres (...), p.223.

Avis/ C.S. Bento, Cx16, Mç.12 12 nº 1001: 100

1344-…: D. Frei Sancho Soares

ferida a 7 de Maio de 1391 em que o mesmo distribui os Recebedores e Oficiais da Ordem.

1349: D. Frei Diogo Garcia 1353: Frei João Afonso D. Egas Martins, antecessor do Mestre Martim do Avelar 1357-…: D. Frei Mestre Martim do Avelar foi considerado cavaleiro com boa reputação respeitado entre Comendadores e Freires. Viveu no Convento de Avis durante o seu mestrado. 1364-1385: Infante João, filho bastardo do rei D. Pedro I, nasce a 14 de Agosto de 1357, teve como aio D. Nuno Freire de Andrade, mestre da Ordem de Cristo que chama a Tomar os Comendadores de Avis e com eles fez Capítulo depois de informar sobre a vontade de El Rei em atribuir o Mestrado ao Infante. Sabe-se que o mestre, depois de ter recebido o hábito e de ser levado para Avis, teve dispensa do Papa devido à sua tenra idade e à sua origem ilegítima. A idade do mestre fez com que o rei nomeasse um provedor do mestrado, Gonçalo Esteves, como se comprova por uma sentença pro-

1351-1356: João Afonso de Pena de Aguia era filho de Afonso Mendes de Pena de Águia e de Joana Gonçalves Leitão, irmã de Martim Gonçalves e de Estevão Gonçalves Leitão. É provável que o seu pai tenha sido proprietário ou natural da vila de Alcanede, uma vez que aí existiam referências a um lugar de nome Pena d´Águia. É pertinente a hipótese de uma certa familiaridade entre a família paterna de João Afonso e a Ordem de Avis uma vez que aí se situava um considerável núcleo patrimonial pertencente à milícia. Teve certamente parentesco entre os mestres da Ordem de Cristo nos anos situados entre 1327 e 1344. A transferência de João Afonso da Ordem de Cristo para a Ordem de Avis sugere a intervenção da Coroa no processo da eleição. A última carta que se conhece dele data de 19 de Maio, em Benavente, e é sobre uma sentença por si proferida numa demanda contra os concelhos de Figueira e de Fronteira, relativa ao uso do termo da vila de Fronteira pelos vizinhos daquela. 2 OLIVEIRA, Ibidem, p.223 referindo IAN/TT, M.C.O., Ordem de

Eleito mestre da Ordem aos sete anos de idade, no ano de 1364, foi criado no Convento de Avis, sendo-lhe atribuído o aio D. Fernão Rodrigues de Sequeira, Comendador-Mor da Ordem. Obteve a dispensa do papa Urbano VI para contrair matrimónio com D. Filipa de Lencastre, filha de João, Duque de Lencastre. Retirou a obediência da Ordem de Avis de Calatrava. Mandou edificar a Igreja e deu ao Convento diversas vilas e igrejas. Instituiu depois o seu aio como Mestre da Ordem. Das bem feitorias que lhe estão atribuídas terá aumentado o rendimento de diversas comendas. Mandou enlaçar a cruz da Ordem de Avis com as armas de Portugal, permanecendo a Cruz da Ordem de Avis até ao tempo do Rei D. João II, que a retirou. Foi testamenteiro da Rainha D. Beatriz e capitão enviado no séquito a Aragão. Foi, também, enviado como embaixador de D. Pedro I, o que o fez afastar-se da vida no Convento de Avis. A sua ação ficou muito ligada à valorização do património da Ordem Militar. Mandou intervir no castelo de Albufeira.


3 1387: D. Fernão Rodrigues de Sequeira, Comendador Mor da Ordem, foi-lhe atribuído o mestrado de Avis em 1386. Provido pelo Bispo de Évora em Setembro de 1390, por comissão de Bonifácio IX. Durante o seu mestrado o Convento foi visitado por um Mestre de Calatrava, que durante a estada foi tratado como hóspede e não como Superior. Fez obras na Igreja e no Convento, serviu o rei D. João I na Batalha de Aljubarrota e durante o tempo que o rei D. João I esteve ausente para a conquista de Ceuta, governou o reino. Celebrou Capítulo Geral no ano de 1414. Morre no ano de 1433 e é sepultado no Convento, num túmulo de mármore, à entrada, do lado direito. Foi o último mestre eleito entre pares uma vez que após o seu mestrado a administração da Ordem passou para as mãos da Coroa Real. Governou a ordem 46 anos até à sua morte, em 31 de Agosto. Em Fevereiro de 1404, por Bula de Gregório XII, foi habilitado a ceder bens da mesa

A

casa do rei D. João

Famílias Da corte régia, de meados de trezentos ao início do século seguinte, faziam parte as seguintes tradicionais famílias: Sousa, Castro, Pereira e Cunha e outras de categoria inferior como os Melo, Azevedo, Abreu, Ataíde, Pimentel, Vasconcelos, Meira, Brito, Teixeira, Fonseca e Cerveira3.

Oficiais Oficiais da Relação: 9 constituídos pelo chanceler, corregedor, ouvidor e procurador entre outros. Para a execução da justiça havia meirinhos, porteiros do corregedor, dos ouvidores e da relação, homens da cadeia e algozes (carrascos), num total de quarenta. Na sua câmara e repostaria: dez porteiros, sete besteiros para a sua guarda pessoal, quarenta e dois oficiais (entre os quais dois vedores da fazenda e o escrivão da puridade, cargos conotados com os bens do monarca e o selo de puridade), reposteiro, contadores (encarregados das finanças régias), camareiro, vários escrivães (meirinhos, chancelaria) da fazenda.

Mestral, ou sendo por si adquiridos, a parentes e servidores, situação que tornou extensiva a outros mestres, que foram autorizados a fazer testamento de metade das rendas e dos bens que possuíssem à hora da morte. Embora esta autorização tivesse sido outorgada apenas em Abril de 1424, o mestre não se coibiu de fazer uso dela a favor de gente estranha à Ordem. Tinha quatro filhos: Nuno Afonso de Sequeira, Nuno Fernandes de Sequeira, Garcia Rodrigues de Sequeira e Violante Rodrigues, esta uns anos depois tornar-se-ia freira em Santa Clara de Santarém. Garcia Rodrigues professou em Avis e os outros herdaram do mestre bens cedidos pela Coroa. Frequentemente encontramos familiares seus em lugares de destaque na administração e cargos da Ordem, nomeadamente nas comendas, como foi o caso de Diogo Álvares, Lopo Álvares de Sequeira, Lopo Vasques de Sequeira II e Vasco Afonso, comendador de Jerumenha.

Cuidando do rei, da sua aparência f ísica e da sua saúde: f ísicos, boticários, cirurgiões, barbeador, borlador (bordador) e sapateiro. Serviço de mesa: uchão, manteeiro, despenseiro (escrivão da despensa), copeiro, homens de copa, vedor dos fornos, regueifeiro (encarregue de abastecer o pão), comprador, carniceiro, cozinheiro.

Festas Catorze jograis, menestréis que animavam as festas e banquetes, um arauto, oficiais de armas, um oficial de armas com funções diplomáticas. Ao trombeteiro competia dirigir os músicos, um mestre do relógio; nos serviços de estrebaria estavam os estribeiros, alveitares (espécie de veterinário) e ferradores. Caminheiros e azeméis asseguravam os transportes e as deslocações.

Caça Como amante de caça D. João fazia-se acompanhar de: monteiro-mor e um monteirinho, um falcoeiro-mor, trinta e um caçadores e moços de caça, quarenta e um monteiros e moços do monte.4

3 Cfr. GOMES, R.C.1995, pp..62-177, referido por COELHO, Maria

4 Cfr. COELHO, Maria Helena da Cruz, D. João I-Reis de Portugal

Helena da Cruz, D. João I, p. 183.

-Temas e debates, Circulo de Leitores, Rio de Mouro 2008,p. 182-5.


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A mesa: a etiqueta O cerimonial da refeição desenvolvia-se em torno da figura do rei. Este ocupava o lugar central e mais elevado relativamente aos demais, que se dispunham de acordo com a sua hierarquia social e maior proximidade com o monarca. A mesa era sempre abençoada e os manjares previamente provados perante o mordomo, sendo o rei o primeiro a ser servido. Entre ricas baixelas e ornamentadas tapeçarias, os temas alusivos à caça e armas reais, enquadravam as orações de ação de graça, que antecediam o levar dos alimentos à boca, apenas com os três dedos, conforme a etiqueta ordenava. No início e no fim de cada refeição era comum «dar água às mãos».

Os pratos andariam entre três de carne ao jantar

e dois à ceia, sempre acompanhados de bom vinho, fruta e doce. Sabe-se que D. João I tinha particular gosto por carne de vaca, que tanto podia vir à mesa assada, cozida desfiada ou inteira5 ou em enchidos. As diversas espécies de pescado também eram muito apreciadas, da mesma forma que crustáceos e bivalves.

A s festas «Eu quero ordenar umas festas reais que durem todo um ano, para as quais mandarei convidar todolos fidalgos e gentis homens que tiverem idade e disposição para tal feito que houver em todolos reinos da cristandade e ordenarei que nas ditas festas haja notáves justas e grandes torneios e mui abastosos convites servidos de todalas viandas que por todo meu reino e fora dele possam haver» D. João I, 14116 As festas assumem um carácter de propaganda além-fronteiras. Por altura do casamento de D. Duarte houve danças, cantares, justas, corridas de touros e o noivo ficou encantado por ver a sua noiva dançar e «tanger manicórdio» (antigo instrumento de cordas percutidas com martelo, antepassado do piano).7

A cama e o vestuário Pela manhã, o camareiro levava as vestes do guarda-roupa ao rei envolvidas num tecido, que, ainda de servilhas (chinelos) e camisa, era escanhoado 5 Cfr. COELHO, Ibidem, p. 197. e ARNAUT, S.D.1986©,pp.19-20. 6 CTC, CAP.VIII, referido por COELHO, Ibidem, p. 200. 7 Idem ibidem,pp.200.

pelo barbeiro, calçado pelo sapateiro e observado pelos f ísicos que se dedicavam a vigiar a sua saúde e disposição através da urina. Era por esta altura que tomava também uma ligeira refeição.

O seu traje era segundo a moda da época, roupas

mais curtas, junto ao corpo, favorecendo a verticalidade da postura. A roupa interior era composta de camisa de linho ou seda, calças justas à perna, podendo ser bordadas. Dependendo das ocasiões, usava gibão de seda ou veludo, uma saia curta e apertada ou pelote, a que se sobrepunham tabardos com ou sem mangas (capote com capuz e mangas). De quando em vez usava o seu manto forrado a arminho e bordado a ouro. Calçava frequentemente sapatos de ponta ou pontilha, muito em voga na época, de cor preta ou vermelha, de pele fina. Quando ia ao monte preferia a bota e os safões. Na cabeça andariam os barretes ou gorros, chapéus e capuzes, bem como os capeirões, sendo muitas vezes figurado com gibão de gola e chapéu arredondado e muito enfiado na cabeça. Pela pragmática de 1391, D. João determinava que só os de condição superior podiam utilizar ouro ou veludo, e a roupa ornamentada com penas veiras (vermelhas), grises e arminhos8. 8 AO, Liv.5,tit.43., referido por COELHO,Ibidem, p. 204.


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Notícias do Reino D oações e Confirmações

1351-09-17 - Carta de comissão do bispo de Lisboa, D. Teobaldo, para que a Ordem de Avis pudesse colocar um clérigo seu na igreja de Alcanede, não obstante as dúvidas do vigário-geral de que o padroado poderia ser secular. 1354-08-05 - Carta de aforamento de D. Fernando Rodrigues Monteiro, mestre da Ordem de Avis, aos povoadores da herdade de Ocreza, cujos termos se indicam, com várias obrigações, por foro e fogaça. 1358-03-18 - Carta de sesmaria dada por Afonso Vicente, sesmeiro de Benavente em nome de D. Fr Martim do Avelar, mestre da Ordem de Avis, a Apariço Anes, tabelião de Benavente e Margarida Janeiro, sua mulher, de um pardieiro situado na rua de Santiago, nesta vila, para ali fazerem uma quinta. 1358-11-23 - Carta de confirmação de D. Pedro I, rei de Portugal, à Ordem de Avis, de todos os privilégios, foros e liberdades que os anteriores reis lhe haviam dado. 1363-01-18 - Carta de venda de Martim Domingues e Catarina Domingues, sua mulher, a Rodrigo Anes e Maria Afonso, sua mulher, de um chão situado em São Vicente da Beira, por 4 libras. 1363-06-18 - Carta de venda de João Anes, filho de João Pires Charneco e Domingas Pires, sua mulher, moradores no termo de Castelo Novo, a Rodrigo Anes e Maria Afonso, sua mulher, moradores em São Vicente da Beira, da sua parte nos moinhos da Ocreza, por 7 libras.

1363-12-27 - Carta de aforamento de D. Martim do Avelar, mestre da Ordem de Avis, com vários comendadores e freires a Mor Peres, vizinha de Loulé e seus sucessores, de um pardieiro situado em Albufeira, pelo foro anual de 2 capões e 2 alqueires de farinha, pagos pelo dia de Natal. 1364-05-27 - Carta de emprazamento de Martim Gil, cavaleiro da Ordem de Avis e comendador de Oriz a Vasco Anes, a sua primeira mulher e a um filho, ou outra pessoa, de um casal situado na dita comenda, em Vila Marim, pelo foro anual de 4 morabitinos velhos ou seu valor, metade pelo Natal e metade pela Páscoa. 1366-02-02 - Carta de emprazamento de Fernão Rodrigues, prior da igreja de Santa Maria da alcáçova de Santarém, a Aires Afonso e Catarina Anes, sua mulher, moradores no Lavradio do Ribatejo, bem como a uma terceira pessoa depois deles, de uma vinha com casa, situada no dito lugar do Lavradio, pela metade do vinho e restantes frutos e 3 galinhas de foro, pagos em Lisboa em dia de Santa Maria de Agosto. 1367-09-27 - Carta de emprazamento de Fernão Rodrigues, prior da igreja de Santa Maria da alcáçova de Santarém, a Estêvão Antoninho e Clara Francisca, sua mulher, moradores no Lavradio do Ribatejo, bem como a uma terceira pessoa depois deles, de uma casa e uma vinha situadas no dito lugar do Lavradio pela ronda e pensão anual de 25 libras e um par de capões, pagos pelo S. Miguel.


1386-07-03 - Carta de doação de D. João I, rei de Portugal, a D. Fernão Álvares de Queirós, da vila de Valhelhas. 1387-10-08 - Petição de Fr Gonçalo, prior-mor do Convento de Avis, em nome da Ordem de Avis, dirigida ao papa Urbano VI, para que confirmasse a eleição de Fernando Rodrigues, comendador-mor da Ordem, no cargo de mestre da mesma. 1388-12-20 - Petição do prior, cavaleiros e freires da Ordem de Avis ao Papa Clemente VII para confirmar Fr Fernão Rodrigues de Sequeira, seu comendador-mor, no cargo de mestre da Ordem, em virtude de o mestre da Ordem de Calatrava, que o devia confirmar, ser cismático. 1381-08-08 - Cópia da bula “Arcedit nobis” do papa Gregório XI, dada pelo bispo de Évora, D. Martinho, a pedido do mestre de Avis, pela qual o papa concedia ao rei de Portugal, D. Fernando, as décimas que pertenciam à Ordem de Avis, para acorrer às despesas da guerra contra os mouros. 1390-08-06 - Carta de mandado de D. João I, rei de Portugal, aos juízes de Alcanede, para que os cavaleiros “de carneiro” não fossem escusados de pagar jugada e oitavo salvo se tivessem cavalo de contia ou armas para serviço do rei. 1391-07-08 - Carta de mandado de D. João I, rei de Portugal, aos corregedores e justiças do reino, para que se guardassem os privilégios e licenças concedidos aos homiziados e degredados de Noudar. 1391-11-07 - Carta de mandado de D. João I, rei de Portugal, a Afonso Esteves de Elvas, juiz na vila de Beja, para que cumpra e guarde a sentença inserida no processo de apelação referente ao litígio entre D. Fernão Rodrigues, mestre da Ordem de Avis, e seu convento e Inês Esteves, relativo a uma herdade de pão com assentamento e casas, situada no termo de Beja, onde chamam o Baleizão. 1392-08-19 - Carta de mandado de D. João I, rei de Portugal, aos juízes de Casal e todas as suas justiças, para que Fernão Nunes Homem, comendador da comenda do Casal pudesse nela pousar, bem como noutros lugares da sua comenda, podendo neles tomar roupa, palha, etc.

1389-03-09 - Contrato entre D. Fernando Rodrigues, mestre da Ordem de Avis, e Estêvão Gonçalves, morador no Lumiar, em que este se comprometia a servir como caseiro do primeiro numa quinta da Ordem, a par do Lumiar, ficando livre da bestiária, isento de finta e talha e de toda a servidão em que estava, recebendo em cada doma um alqueire de trigo para mantimento e oito côvados de valenciana, por ano.

1393-08-25 - Carta de mandado de D. João I, rei de Portugal, ao seu corregedor da comarca de Entre Tejo e Odiana e aos juízes e justiças de Noudar sobre como deveriam proceder quando aparecessem castelhanos a acusar portugueses de roubo de cavalos e bestas. 1394-10-07 - Auto de posse do mestre de Avis, representado por Martim Esteves Godinho, seu escudeiro, do padroado da igreja de Santa Maria de Povos, que havia sido doado a seu convento por D. João I, rei de Portugal. 1394-11-16 - Carta de D. João, bispo de Évora, autorizando a anexação, pela Ordem de Avis, de certas igrejas cujo padroado fora dado à Ordem pelo rei D. João I. 1395-08-03 - Carta de apelação dirigida à Sé Apostólica por Fernão Rodrigues, mestre da Ordem de Avis e seu convento, representados por Martim Afonso, para impedir o bispo de Lisboa de lhes retirar o direito de cobrar os oitavos dos frutos sujeitos ao pagamento do dízimo, no termo de Alcanede.


1396 a 1397 - Sentença e auto de posse a favor da igreja de Santa Maria da alcáçova de Santarém e seu prior contra Domingos Esteves, criado do almirante, relativamente a umas casas situadas na freguesia de Santiago, em Almada, das quais o segundo era foreiro da primeira.

7 1405-01-31 - Carta de mercê de D. João I, rei de Portugal, à Ordem de Avis, para que aqueles que tinham bens em Juromenha e Cabeção e se tinham ausentado das terras por causa da guerra voltassem e se ocupassem de seus bens e, se não o fizessem em 4 meses, a Ordem poderia dá-los em sesmaria a quem os pedisse.

1396-08-07 - Carta de mercê de D. João I, rei de Portugal, ao mestre de Avis para que pudesse tirar o 1405-03-11 - Sentença de D. João I, rei de pão e vinho que lhe pertenciam Portugal, no litígio que opunha o mestre da Ordem de Avis, D. Fernão Rodrigues, a dos seus lugares de origem. Rodrigo Anes, pela posse de umas casas 1398-03-07 - Carta de privilégio no adro de Avis e alguma terra que haviam de D. João I, rei de Portugal, ao sido do mouro “Azmede” e, aquando da mestre da Ordem de Avis para que sua passagem para Castela, dados a D. seus servidores fossem escusados Vasco Porcalho, professo na ordem do pride pagar peitas, fintas e talhas, meiro e sogro do segundo; e auto de posse assim como outros encargos. dos mesmos bens. 1402-09-07 - Carta de mandado 1406-11-12 - Carta de confirmação de D. de D. João I, rei de Portugal, a Gil João I, rei de Portugal, de outra de privilégio Martins, corregedor de Entre Tejo dada por ele próprio, concedendo aos homie Odiana e Além de Odiana, para ziados do reino a possibilidade de povoaque executasse a sentença dada em rem as vilas e castelos de Noudar, Marvão, apelação do litígio entre Fr Fernão Sabugal, Miranda e Caminha. Rodrigues, mestre da Ordem de Avis e Teresa Anes, manceba que 1408-05-19 - Carta de mandado de D. João fora de Vasco Afonso, comen- I, rei de Portugal, às justiças de Avis, Alandador de Juromenha e alcaide de droal, Veiros, Fronteira, Cabeço de Vide, Elvas, por bens desviados por este. Cano, Figueira, Coruche, Benavente, Alcanede, Alpedriz, São Vicente da Beira, Seixo 1404-09-09 - Carta de venda e Albufeira, vilas e lugares do mestrado de de João Esteves Pachequinho Avis, que fizessem o que o mestre da mesma e Leonor Descalça, sua mulher, Ordem lhes ordenasse para a cobrança, moradores em Fronteira, a D. em dinheiro, de aduas a aplicar na reparaFr Fernão Rodrigues, mestre da ção da cerca do castelo de Noudar. Ordem de Avis de um chão de casarias, situado em Fronteira, 1411-10-16 - Carta de arrendamento de fora da vila, no caminho da Fonte, Gonçalo Anes, criado e escrivão do mestre de Avis ao mestre da Ordem de Cristo, reprepor 1000 libras. sentado por Martim Gonçalves, de umas 1405-01-19 - Carta de mandado casas situadas na alcáçova de Santarém, de D. João I, rei de Portugal, aos atrás das casas do chantre, por tempo de 4 juízes de Coruche, para que res- anos, pagando no primeiro ano 150 reais de 3 peitassem os privilégios concedi- libras e meia o real em duas prestações, pela dos ao comendador de Coruche, Páscoa e no fim do ano e nos restantes anos Diogo Lopes de Brito, e sua esta- 200 réis, e um par de galinhas. lagem, no tocante à aquisição de vinho, carnes e pescado.


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Condessa de Ourém, D. Guiomar Ferreira 1413-09-07 - Carta de cessão de D. Guiomar de Ferreira, viúva de D. João Afonso, conde de Ourém, ao mestre da Ordem de Avis, de uma quinta que D. Maria, sua mãe, lhe deixara em testamento.

Corte de João Afonso, usados pelo concelho para pasto de gados e que o mestre embargava. 1418-12-16 - Carta de privilégio do rei D. João I concedendo aos cavaleiros da Ordem de Avis isenção no pagamento de dízimas.

1421-07-03 - Sentença de D. João I na apelação que fez o mestre de Avis no seu processo, julga1414-01-10 - Carta de arrendamento de Gonça- do em Vila Viçosa, contra Moisem Çofer e sua lo Anes, criado e escrivão do mestre de Avis, em mulher Lidiça, acerca de umas casas na judiaria Santarém, a Fernão Afonso, criado da condessa de Vila Viçosa, emprazadas pelo mestre D. Martim de Ourém, D. Guiomar Ferreira, de uma courela do Avelar a Moisem Galego, avô do réu. de herdade que a Ordem tinha junto às vinhas de Valada, pelo prazo de 4 anos, pagando no primeiro 1423-05-10 - Carta de D. João I, rei de Portugal, o quarto dos frutos na eira e o dízimo na igreja da dirigida a Diogo Álvares, comendador de Noudar, alcáçova e, nos restantes, 40 alqueires de pão meado com a referência a documentos sobre a mesma vila que se encontravam na torre do castelo de e duas galinhas, em Santa Maria de Agosto. Lisboa e que foram procurados e conferidos por 1414-02-12 - Auto de entrega a Gonçalo Anes, Fernão Lopes. ouvidor do mestre de Avis, por parte de Álvaro Gonçalves e Brás Afonso, como testamenteiros de 1426-09-12 - Carta de emprazamento de D. D. Guiomar Ferreira, condessa de Ourém, de uma Fernão Rodrigues de Sequeira, mestre da Ordem quinta que D. Maria, mãe desta, havia deixado em de Avis a João Anes, filho de João Esteves, e a mais duas pessoas depois dele, de duas courelas de testamento à Ordem. vinha em mato situadas no Lumiar, termo de 1414-03-15 - Sentença de D. João I, rei de Portugal, Lisboa, por um quarto do vinho e das uvas, o branco pela Casa do Cível, no feito primeiramente ordena- à bica do lagar e o tinto na adega. do por João Mendes, corregedor da corte, entre o concelho e homens-bons de Salvaterra de Magos 1426-12-30 - Auto de entrega, por parte de D. Fr e o mestre da Ordem de Avis, por causa de alguns Fernão Rodrigues, mestre da Ordem de Avis, de um lugares, a saber, Corte de Pateia, Paúl da Meira e cálice à igreja de Montargil do seu mestrado.

Papas que concederam Bulas à Ordem de Avis Papa Júlio II Em 1504-10-25 concede a Bula “Admonet nos” aos freires da Ordem de Avis, permitindo a anexação de um benefício na igreja de Coruche ao priorado da mesma igreja. Em 1505-12-12 concede a Bula “Ad pia et meritoria ópera”, confirmando aos frades de Avis a licença para

que todas as pessoas da Ordem pudessem dispor de seus bens móveis e imóveis, desde que pagassem a meia-anata. Em 1505-04-01 atribui a Bula “Militanti (?) eclesie licet” ao mestre de Avis, concedendo à mesma Ordem o privilégio de poder nomear juízes. Em 1507-05-17 concede a Bula “Landibus et honore” a autorizar D. Jorge para fazer um capítulo geral e efetuar certas absolvições.


Em 1507-06-12 concede a Bula “Exigunt sincere” para que seis capelães da Ordem de Avis pudessem receber os seus benef ícios estando presentes nas suas capelas ou ausentes até quatro meses com a devida licença.

9 Papa Leão

Executória do bispo João Baptista, secretário do Papa, sobre bula “In super eminentis” de Em 1512-10-15 concede a Bula “Romani pontificis” Leão X, concedendo aos prioao prior-mor da Ordem de Avis, para que este res-mores o uso de vestes prelatípudesse confirmar o prior, escolhido pelo adminis- cias, em 1516-07-01. trador da Ordem, para a Igreja de Noudar e BarranConcede, em 1517-04-20, a Bula “Dispositione cos, em seu termo. divina” anexando à Ordem de Avis o priorado de Em 1538-09-30 concede o Breve “Romani pontificis Coruche. providentia” do Papa Paulo III, alargando à Ordem de Avis os privilégios e prerrogativas concedidos Em 1517-11-07 concede a Bula “Ex debito pastoralis” pela qual os freires da Ordem de Avis não aos mosteiros de Valisoleti de Castela. podiam ser castigados pelos clérigos ordinários, nem mesmo em ocasiões de visita.

Capítulo celebrado em Avis: 3.º Capítulo

1445, a 14 de Fevereiro Governador D. Pedro, filho do Infante D. Pedro Dom Garcia Rodrigues de Sequeira, Comendador mor do Conselho do rei O Claveiro Frei Afonso Cimita, Comendador da Feiria de Évora Frei Gomes da Silva, Comendador de Noudar Frei Lopes Alvares, Comendador de Seda Frei Fernando, Comendador de Jerumenha Frei Lopes Dias Tavares, Comendador de Alpedriz Frei Pedro Rodrigues, Comendador de Elvas Frei Estevão Rodrigues Frei Pedro Vasques Frei Lopo Álvares, Comendador do Casal por procuradores Frei Fernando Álvares, Comendador de Mora Frei Martim, Prior do Convento de Avis Frei Martim, Sacristão do mesmo Convento e Prior de Seda Frei Gonçalo, Cantor e Prior de Portalegre Frei Vasco, Prior de Benavente Frei Blas, Prior de Estremoz Frei Rodrigo, vigário da Alcáçova de Santarém

Frei Afonso, Prior de Montargil Frei Fernando, Prior de Coruche Frei Afonso, Prior de Beja Frei Fernando, Prior de Alandroal Frei Gil, Prior de Veiros Frei Lopes Gomes, Prior de Fronteira Frei João de Lisboa, Prior de Albufeira Frei Rodrigo, Prior de Elvas Frei Álvaro, Vigário de Penela Frei Fernando, Vigário de Aveiro Frei Gonçalo Riga Frei Gonçalo Garcia Frei Fernando Belouro Frei Gonçalo Frei Fernando Frei Diogo Frei Afonso Frei Lourenço Neste capítulo abordou-se o facto do mestrado ter estado vago durante o tempo em que D. Fernando esteve cativo em Fez9.

9 ROMAN, idem Ibidem, p. 267.


Cantigas de Escárnio e maldizer 10

Pedro, conde de Barcelos Um cavaleiro havia ũa tenda mui fremosa (atuais barracas desmontáveis das feiras) que, cada que nela siia, assaz lh’era saborosa; 5 e um dia, pela sesta, u estava bem armada de cada part’, espeçada (despedaçada; tornar espesso) foi toda pela Meestra. (amante do Mestre) Na tenda nom ficou pano 10 nem cordas nem guarnimento que toda nom foss’a dano, (não tivesse ficado destruída) pelo apoderamento (ato de apoderar-se, fúria sexual) da Maestra, que, tirando foi tanto pelo esteo (equívoco erótico, a alusão “comercial”: “esticou tanto a corda...”)

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que por esto, com’eu creo, se foi toda [e]speçando.

A corda foi em pedaços e o mais do al perdudo; mais ficarom-lhi dous maços 20 [a] par do esteo merjudo (afundado) e a Maestra metuda na grand’estaca, jazendo; e foi-s’a tenda perdendo assi como é perduda. 25 Per míngua de bom meestre pereceo tod’a tenda; que nunca se dela preste pera dom nem pera venda, ca leixou, com mal recado, 30 a Meestra tirar tanto da tenda, que, já enquanto viva, seerá posfaçado. Nota geral: Um Mestre de uma Ordem de Cavalaria, com sua barregã tendeira (amante) e seus filhos, todos vivendo à custa dos dinheiros da Ordem. O negócio correra mal e foram obrigados a fechar a venda. Esta história apresenta também o equívoco erótico. Apesar do trovador não identificar nem o Mestre nem a Ordem, é possível que a mesma seja a alusão à vida particular de personagens públicas, com uma dimensão política concreta. Graça Videira Lopes ( Lopes, Graça Videira (2012), «Algumas notas sobre a base de dados Cantigas Medievais Galego-

Fernando Esquio (Sátira, com termos crus, a um frade que se fazia passar por impotente mas ia engravidando todas as mulheres que lhe passavam por perto - três delas tendo mesmo dado à luz no mesmo dia, garante o trovador).

A um frade dizem escaralhado, e faz pecado quem lho vai dizer erra,

5

ca, pois el sabe arreitar de foder, cuid’eu que gaj’é de piss’arreitado; e pois emprenha estas com que jaz e faze filhos e filhas assaz, ante lhe dig’eu bem encaralhado.

10

Escaralhado nunca eu diria, mais que traje ante caralho arreite, ao que tantas molheres de leite

15

Escaralhado nom pode seer o que tantas filhas fez em Marinha

20

(e quem diz tal coisa dele faz pecado)

(mulheres a amamentar )

tem, ca lhe parirom três em um dia, e outras muitas prenhadas que tem; e atal frade cuid’eu que mui bem encaralhado per esto seria.

(Marinha - Trata-se certamente de uma soldadeira)

e que tem ora outra pastorinha prenhe, que ora quer encaecer, e outras muitas molheres que fode; e atal frade bem cuid’eu que pode encaralhado per esto seer.

Fontes manuscritas Cantiga de Escárnio e maldizer Mestria Cobras singulares B 1604, V 1136 (C 1604)

-Portuguesas», Medievalista [Em linha]. Nº12, (Julho - Dezembro 2012), Lisboa, IEM/FCSH-UNL) e Cláudio Neto ( Neto, Cláudio (2012), As Ordens Militares na cultura escrita da Nobreza - 1240-1350. Representações nas cantigas de escárnio e de maldizer, FCSH-UNL, Dissertação de Mestrado), sugerem mesmo que o mestre em questão poderia ser um dos irmãos Escacho, Pero ou Garcia Peres, que se sucederam à frente da Ordem de Santiago, o primeiro de 1319 a 1329, o segundo de 1329 a 1346. Ambos relacionados com a burguesia mercantil de Lisboa muito próximos

de Afonso IV, numa fidelidade que remontava aos tempos do conflito do então infante com seu pai, D. Dinis.

in Projeto Littera-edição, actualização e preservação do Património literário Medieval Português, FCT(PTDC/ ELT/69985/2006 Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de LisboaBase de dados Cantigas Medievais Galego-Portuguesas, coordenada por Graça Videira Lopes, Manuel Pedro Ferreira, Nuno Júdice.


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Terminologia da poética trovadoresca

Cantiga de escárnio e maldizer – cantiga de “dizer mal” ou satírica. A Arte de Trovar distingue duas modalidades: o “dizer mal” de forma coberta ou equívoca (escárnio) e o “dizer mal” de forma aberta e ostensiva (maldizer).

Saúde e Beleza através dos óleos Vermes Intestinais Pevides de abóbora esmagadas e misturadas com álcool de fruta dá origem a uma mistela que deve ser utilizada apenas para a ténia. Outra recomendação mais suave para estas indesejáveis criaturas era comer em jejum uma tosta barrada com pasta de alho, à qual se juntava três a quatro gotas de tomilho vermelho11. O tomilho era muito utilizado para combater os piolhos e no tratamento de leprosos.

Máscara purificante: 1 gema de ovo batida à qual se junta 1/2 colher de café de gérmen de trigo e 3 gotas de essência de limão com as quais se faz a mistura e se aplica no rosto. 11 ROUVIERE, André, A Saúde pelos Óleos essenciais- Como Viver Melhor, Litexa Portugal- p.86, p. 152.

Gastronomia:

doçaria conventual Receita do Convento de S. Bento de Cástris Formigos Bata 12 ovos com 250 gramas de açúcar e deite tudo numa terrina. Escolha um pão de trigo, remova as côdeas e mergulhe em leite quente até ficar bem ensopado. Coloque dentro da terrina. Numa frigideira ao lume ponha duas colheres de sopa de manteiga e quando a mesma estiver quente deite por cima o pão e os ovos deixando cozer bem, mexendo com uma colher de pau. Rale ou parta aos bocados laranja e faça uma camada no fundo da terrina que vai alternando com uma camada de pão e ovos até encher a terrina. Polvilhe com canela10.

10 SARAMAGO, Alfredo, Doçaria Conventual do Alentejo as receitas e o seu enquadramento Histórico, colares editora, 4ª ed. p..81


Bibliografia COELHO, Maria Helena da Cruz, O Baixo Mondego nos Finais da Idade Média (Estudo de História Rural), Coimbra, Faculdade de Letras, Vol. I, 1983, pág. 684

ROMAN, Jerónimo, História das ínclitas Cavalarias de Cristo, Santiago e Avis, p. 266-267 ROUVIERE, André, A Saúde pelos óleos Essenciais, Lisboa, 1987, p. 54-68

COELHO, Maria Helena da Cruz, D. João I Reis de Portugal -Temas e debates, Circulo de Leitores, Rio de Mouro 2008,p. 182-5

Aquisição e Restauros (1991-1992)- Guia da Exposição, Lisboa, Arquino Nacional da Torre do Tombo, pp.17 a 26.cit.

GALLEGO, Juan Maria Laboa, História dos Papas - Entre o reino de Deus e o poder terreno, Lisboa, A esfera do Livro, Lisboa, 2010, p.179

O Sentido das Imagens, Escultura e Arte em Portugal (1300-1500), Ministério da Cultura, Instituto Português de Museus, Museu Nacional de Arte Antiga

LAPA, Manuel Rodrigues (1970), Cantigas d´Escarnho e de Maldizer dos Cancioneiros Medievais Galego-Portugueses, 2ª Edição, Vigo, Editorial Galaxia LOPES, Graça Videira, (Coordenação) e Manuel Pedro Ferreira, Nuno Júdice, Projeto Littera - edição, atualização e preservação do Património literário Medieval Português, FCT (PTDC/ELT/69985/2006 Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa- Base de dados Cantigas Medievais Galego-Portuguesas LOPES, Graça Videira (2012), “Algumas notas sobre a base de dados Cantigas Medievais Galego-Portuguesas”, Medievalista [Em linha]. Nº12, (Julho - Dezembro 2012), Lisboa, IEM/ FCSH-UNL) MORTON, David, Tem Excruciating Medical Treatments From The Middle Ages, in Oddee, 2009. Fonte: Massino Montanari, “Alessandro III”, in I Papi e gli Antipapi, Turim, Tea, 1993, pág. 71 NETO, Cláudio (2012), As Ordens Militares na cultura escrita da Nobreza - 1240-1350. Representações nas cantigas de escárnio e de maldizer, FCSH-UNL, Dissertação de Mestrado OLIVEIRA, Luis, A Coroa, os Mestres e os Comendadores - As Ordens Militares de Avis e de Santiago (1330-1449), Universidade do Algarve, Arte Literatura e História, p.150. OLIVEIRA, Luís Filipe, «As Definições da Ordem de Avis» Universidade o Algarve, in As Ordens Militares Freires, Guerreiros, Cavaleiros, GESOS, Coleção Ordens Militares. 7 Vol.1, Município de Palmela, p. 373 RODRIGUES, Maria Teresa Campos, Livro das Posturas Antigas, Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, 1974, pág. VIII da Nota Prévia

Ficha Técnica

Edição 6 | 2016 - Município de Avis | Diretor: Nuno Silva - Presidente da Câmara | Textos: Marta Alexandre, AHMA - CIOA Divisão de Desenvolvimento Sócio Cultural e Turismo | Design e Paginação: Tânia Deus Martins | Impressão: Gabinete de Informação e Comunicação | 100 exemplares Distribuição gratuita

Fontes: IAN/TT, MC.O., Ordem de Avis/C.S.B., CX. 14 Mç.10, nº874 (1338-VII-6) e Ibidem, Cx. 10, Mç. 705. fl .7 citado por OLIVEIRA, Idem, Ibidem, p. 220 Definições da Ordem de Avis, 1327, Janeiro, M.N.A.,Ms/ COD/18 (Tombo de direitos e propriedades pertencentes à Ordem de Avis, documento transcrito por Luis OLIVEIRA, As Definições da Ordem de Avis, Universidade do Algarve, I.E.M. Regra e Statutos e definições da Ordem de S. Bento de Avis, Cap. III Dos sellos & insígnias da Ordem : Do Habito desta Ordem, fl . 5 http://www.ricardocosta.com/artigo/corpoalma-vida-morte-na-medicina-ibericamedieval-o-regimento-proveitoso-contrapestilencia#sthash.Qd6Ua7xd.dpuf (MICHEAU, 1991: 61). - http://www. ricardocosta.com/artigo/corpo-alma-vidamorte-na-medicina-iberica-medieval-o-regimento-proveitoso-contra-pestilencia#sthash. clojg8Af.dpuf in Projeto Littera - edição, actualização e preservação do Património literário Medieval Português, FCT(PTDC/ELT/69985/2006 Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa- Base de dados Cantigas Medievais Galego-Portuguesas, coordenada por Graça Videira Lopes, Manuel Pedro Ferreira, Nuno Júdice. Créditos de Imagem: in Apocalipse do Lorvão, Cancioneiro da Ajuda, fólios 4, 51v, 21, 33, 55v, 15 Grandes Crônicas da França. La vision de l’archevêque Turpin. Iluminura. Anterior a 1380. Biblioteca Nacional de Paris. CODEX MANESSE. Die Miniaturen der Großen Heidelberger. Liederhandschrift Insel. Herausgegeben und erläutert von INGO F. WALTHER unter Mitarbeit von GISELA SIEBERT. Frankfurt am Main, Insel Verlag, 1988 Psaltério de Macclesfield. Animais tocando órgão. 1330.


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