LOUSADA
REVISTA MENSAL GRATUITA CÂMARA MUNICIPAL DE LOUSADA AGO’20
3.ª FASE
Parque Urbano Dr. Mário Fonseca
REVISTA MUNICIPAL FICHA TÉCNICA
Revista Municipal Câmara Municipal de Lousada N.º 193 Ano n.º 21 – 4.ª série Data: agosto 2020 Propriedade e edição: Câmara Municipal de Lousada Direção: Presidente da Câmara Municipal de Lousada Texto: Divisão de Comunicação Fotografia: Divisão de Comunicação e Divisão de Ambiente (Setor de Conservação da Natureza e Educação Ambiental) Impressão: Invulgar - Artes Gráficas, SA Tiragem: 17000 Depósito Legal: 49113/91 ISSN: 1647-1881
Esta revista foi impressa com tintas de base vegetal, livres de solventes e biodegradáveis.
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Skate Parque e Zona de Parkour
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Casa da Juventude e Sala de Ensaios
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Campo de Voluntariado Internacional ecoMezio
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Obra na Habitação Social de Lustosa
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Quarentena Criativa
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Atividade Física em casa para Seniores
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Mostra de Filmes de Cinema de Animação
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Recordes alcançados na Pista de Atletismo
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Programa Municipal de Caminhadas
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SUPLEMENTO MOAGENS HIDRÁULICAS DA FREGUESIA DE LUSTOSA: Rios Mezio e Porto, Ribeiros do Barroco e Agrela e Rego da Cruz da Várzea (Projeto MUNHOS) BOLETIM MUNICIPAL disponível em www.cm-lousada.pt/pt/boletim-municipal
Free Running
Especial
Vai avançar a 3.ª fase de construção do Parque Urbano Dr. Mário Fonseca. O valor total da intervenção ultrapassa os 374 mil euros, co-financiada pelo programa PARU (Plano de Ação de Regeneração Urbano) em cerca de 276 mil euros, com início previsto para o último trimestre deste ano. O Parque, que já recebe mensalmente milhares de visitas, vai ser expandido para a zona sul/sudeste, permitindo a sua ligação à Rua António Magalhães da Cunha, por percurso pedonal e ciclável. A nova entrada vai permitir a serventia ao percurso previsto, a um miradouro suspenso sobre o canal de água e às áreas de lazer. A intervenção consiste na valorização da linha de água existente, bem como do ponto de água e mina, que vão ser alvo de beneficiação ecológica. Prevê-se também a criação de áreas de recreio para usufruto e contemplação da linha de água e da vegetação ripícola, que vai ser adensada com espécies adequadas, como o amieiro, o sanguinho-de-água, o pilriteiro e o sabugueiro. Nas encostas vão ser plantadas heras, por forma a diminuir a probabilidade de instalação de plantas exóticas invasoras e reduzir os custos de manutenção.
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ALARGAMENTO DO PARQUE URBANO
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SKATE PARQUE E ZONA DE PARKOUR Foi aprovada a candidatura que o Município de Lousada submeteu ao PARU (Plano de Ação para a Reabilitação Urbana) Norte 2020, financiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) para a construção do Skate Parque. O projeto já se encontra elaborado e vai ser implementado no Parque Urbano Dr. Mário Fonseca, sendo que o valor global da obra ascende a 60 mil euros, estando o início das obras previsto para o final do ano. A construção do Skate Parque vai ainda ser complementada com uma zona para a prática de parkour, adjacente às Piscinas Municipais. A área total é de, aproximadamente, 900 metros quadrados, onde a maior parte é destinada ao Skate Parque, com 620 metros quadrados. O Skate Parque está desenvolvido em plataformas de nível que se moldam de acordo com a topografia original do terreno e as necessidades e imposições técnicas da modalidade.
A zona de entrada desenvolve-se em duas plataformas de nível ligadas por rampa e com ligação à zona praticável do Parque por intermédio de quarter pipe. Este equipamento é composto por quatro patamares e, na zona central, desenvolve-se uma pirâmide de ligação entre as plataformas. A zona de parkour apresenta um conjunto de obstáculos, por intermédio de paredes retas, em “L”, inclinadas, caixas e plataformas de piso, que poderão ser ligadas por estruturas de aço tubular entre elas. Este é um projeto que surge de uma candidatura ao Orçamento Participativo Jovem que, apesar de não ter sido o vencedor, revelou-se pertinente e foi realizada pelo autarquia.
O Município de Lousada viu aprovada a candidatura ao Norte 2020, financiado pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) para a construção do Casa da Juventude e da Sala de Ensaios, que vão ser implementadas no edifício existente no Parque Urbano Dr. Mário Fonseca. A Sala de Ensaios – LSD Bookings, correspondente à proposta do concurso Orçamento Participativo Jovem (OPJ) de 2018, prevê a construção de duas salas de ensaio para grupos musicais, uma sala de gravação, também designada como estúdio ou régie, e um espaço de arrumos dedicados a servir as salas e uma zona de vestíbulo que promove a ligação entre estes as salas e o corredor de acesso ao piso superior. Esta Sala de Ensaios está incluída na Casa da Juventude, uma proposta extra à vencedora do concurso OPJ, mas que
também havia sido lançada numa das edições anteriores. Os projetos têm como objetivo o aproveitamento e dinamização do espaço existente e, em simultâneo, criar a possibilidade de desenvolvimento de um maior número de atividades. Consiste na criação de uma sala polivalente, que prevê dar suporte a palestras, workshops, concertos, sessões de cinema, ateliês artísticos, entre outras atividades relacionadas com a dinâmica do espaço. A infraestrutura, cujo início das obras está previsto para o 1.º trimestre do próximo ano, conta ainda com instalações sanitárias e bar de apoio. O valor da obra ascende a 60 mil euros, financiada pelo FEDER, em cerca de 50 mil euros.
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CASA DA JUVENTUDE E SALA DE ENSAIOS
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CAMPO DE VOLUNTARIADO INTERNACIONAL Pelo quarto ano consecutivo, a autarquia, em parceria com a Aprisof - Associação de Protecção dos Rios Sousa e Ferreira e a Associação BioLiving, vai organizar um Campo de Trabalho Internacional (CTI), com apoio do Instituto Português do Desporto e da Juventude. O projeto, denominado ecoMezio, está programado para decorrer entre os dias 31 deste mês e 11 setembro e vai contar com jovens voluntários de todo o mundo, como tem sucedido todos os verões, desde 2017. O CTI EcoMezio visa a recuperação e o restauro ecológico
de troços de margens do rio Mezio e vai contar ainda com o envolvimento dos Movimentos Seniores, através do Projeto BioSenior. Os participantes vão ter ainda a oportunidade de conhecer os projetos ambientais e culturais em desenvolvimento no concelho, a gastronomia local e realizar um conjunto de visitas. Este CTI vai ser adaptado e (re)desenhado para dar resposta a todas as normas de higiene e segurança impostas pela DGS e demais entidades de saúde dos países de origem dos voluntários.
Já começaram os trabalhos de caracterização da tradicional “Vinha do Enforcado”. Os tradicionais “bardos”, tão característicos de Lousada, são um sistema de produção vinícola muito raro e de elevado valor cultural. Com origem ancestral em Itália, a Vinha do Enforcado possibilita a formação de um sistema agroflorestal em que espécies arbóreas de grande porte - as chamadas uveiras - são usados como suporte para as videiras. Este sistema de condução da vinha possibilita a exploração do espaço vertical em campos agrícolas pequenos, servindo também como delimitação das propriedades e parcelas. As podas agressivas que as uveiras suportam conferem-lhes características morfológicas únicas, criando microhabitats para fauna diversa, microclimas que protegem as vinhas das geadas e fornecem produtos como madeira e forragem para os animais.
O favorecimento do crescimento vertical das videiras permite ainda a integração no solo de culturas como hortícolas ou forragem, beneficiando a biodiversidade e a saúde do ecossistema agrícola. Este foi um dos projetos vencedores do Fundo Lousada Sustentável em 2019 e, como objetivo para o Ano Municipal da Ação Climática – Lousada 2020, pretende-se caracterizar detalhadamente toda a Vinha do Enforcado existente no concelho, nomeadamente no que respeita ao porte e número de uveiras, biodiversidade associada, e também através da recolha das tradições orais e agrícolas como memorabília da herança cultural local. Os trabalhos prévios indicam a presença de mais de 50 quilómetros de extensão deste tipo de vinha em Lousada, resultados claramente encorajadores para a posterior valorização e promoção deste sistema agroflorestal tão peculiar.
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DESTAQUE À “VINHA DO ENFORCADO”
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CAPACITAÇÃO DE TÉCNICOS NA ÁREA DO AMBIENTE O Município de Lousada aprovou a candidatura Erasmus+ “Capacitar para agir – O Pacto Ecológico Europeu na governança local” (2020-1-PT01-KA104-077859), para que cerca de duas dezenas de técnicos autárquicos recebam formação ambiental específica em várias áreas: da eficiência energética e mobilidade às águas e resíduos, passando pela proteção da biodiversidade, serviços dos ecossistemas, legislação ambiental. Um dos objetivos plasmados no plano estratégico do Ano Municipal para a Ação Climática – Lousada 2020 – é o de
formar técnicos autárquicos na área do ambiente. Para implementar uma melhor governança local, centrada na sustentabilidade, é fundamental que todos os quadros envolvidos compreendam os conceitos e metas do Pacto Ecológico Europeu e outros normativos estruturantes da ação ambiental. Com a formação adquirida, os técnicos podem aumentar a qualidade do seu serviço e contribuir de forma mais eficaz para os objetivos do desenvolvimento sustentável, com benefícios para todos.
O Município de Lousada integra o projeto europeu CareForest (2019-1-ES01-KA201-065866), co-financiado pelo programa Erasmus+. Este projeto, cujo consórcio inclui organizações de Espanha, Noruega, Roménia e Portugal (Município de Lousada e ASPEA - Associação Portuguesa de Educação Ambiental), visa capacitar a comunidade escolar – em particular os alunos do secundário – para a educação florestal e para as oportunidades de trabalho no setor. O consórcio vai desenvolver recursos educativos inovadores, que vão complementar e enriquecer o ensino de matérias curriculares na área das florestas, tornando-os mais cativantes e interativos. A criação de um e-book, uma plataforma digital, workshops e um curso de formação para educadores, são alguns dos produtos que este projeto vai gerar, em paralelo com a promoção da literacia e cidadania ambiental, cada vez mais prementes nos nossos dias. Em Lousada, o enfoque do projeto vai ser a Mata de Vilar, que brevemente vai reabrir ao público, depois de um período de obras para melhoramentos ecológicos e de visitação. Para mais informações deve consultar: www.careforest.eu
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APOSTA NA EDUCAÇÃO FLORESTAL
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APOIO AO ASSOCIATIVISMO SOCIAL E AMBIENTAL Quase três anos depois do seu início, o projeto Europeu NGEurope - Promoting European social cohesion through leadership and change engagement by NGOs (2017-1-PT01-KA204-035759 ) – co-financiado pelo programa Erasmus+ e liderado pelo Município de Lousada, chegou ao seu fim. Com o objetivo de servir de inspiração e guia na criação de novos movimentos cívicos e no apoio e melhoramento dos que já existem, o projeto disponibiliza agora vários recursos que podem ser úteis para todos os interessados no setor da Economia Social e Ambiental. Entre outros, é possível consultar o relatório inicial do projeto que analisa a perceção pública do trabalho e importância das Organizações Não Governamentais (ONG) em toda a Europa, um guia com dicas sobre como receber estagiários e voluntários, o manual de criação de novas coletividades, ou o curso de formação em liderança associativa. Estão também disponíveis vídeos pedagógicos e entrevistas com pessoas-chave do setor, bem como um observatório com as ONGs ambientais e sociais de maior impacto nas suas comunidades. Estes e outros recursos disponíveis e os resultados obtidos ao longo do tempo de duração do projeto foram apresentados na grande Conferência Internacional do projeto e estão agora disponíveis no website ngeurope.net. O projeto NGEurope formou, no total, quase 100 líderes associativos, em cinco países da Europa (Portugal, Espanha, Áustria, Irlanda e Grécia) e serviu de apoio ou inspiração à criação de pelo menos cinco novas associações de cariz ambiental.
O Município de Lousada integra o projeto Erasmus+ DigiEU – Digital Garden for European Schools (2019-1-IT02-KA201-062276) que visa explorar métodos de e-trabalho através de métodos de ensino inovadores (TEAL) que favoreçam a relação dos alunos com os espaços naturais em contexto urbano e peri-urbano, nomeadamente os jardins e as hortas. Concretamente, o projeto consiste num percurso orientado que incentiva os jovens a desenvolverem conhecimentos e competências básicas para a instalação e gestão de pequenos jardins/hortas equipados em ambientes domésticos como varandas, terraços e jardins. Além disso, o projeto propõe conceber e implementar uma app de um jogo que permita construir e gerir um jardim pessoal em qualquer lugar. Com o objetivo de promover e criar sinergias na área do ambiente entre as organizações participantes e as instituições europeias, o projeto integra cientistas, especialistas em informática e em métodos de ensino inovadores, escolas, agricultores, designers e nutricionistas, entre outros.
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PROJETO INCENTIVA A CRIAR PEQUENOS JARDINS
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AÇÃO SOCIAL
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PREPARAÇÃO DE CANDIDATURAS AO PARES 3.0 A autarquia promoveu, no final de junho, uma reunião que contou com a presença de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho para abordar as candidaturas ao PARES 3.0 Este encontro teve como finalidade preparar, antes da saída do aviso, a estratégia concelhia para a apresentação de candidaturas ao programa PARES que inclui a criação de respostas sociais para idosos e deficiência, com particular destaque para a necessidade de mais Lares para Idosos no concelho de Lousada. Tal como aconteceu com as Creches, em que o Município apoiou as IPSS na parte técnica para a apresentação de cinco candidaturas (Cristelos, Meinedo, Caíde de Rei, Lustosa e Macieira), há também a disponibilidade para ajudar e concertar esforços na criação de respostas para idosos e deficientes, junto das IPSS que reúnam vontade e condições para este facto.
OBRAS NA HABITAÇÃO SOCIAL DE LUSTOSA Estão a decorrer obras de beneficiação na Habitação Social de Lustosa e, nesse seguimento foi efetuada uma visita ao local, que contou com a presença do Presidente da Câmara, Dr. Pedro Machado, acompanhado pelo Vereador da Habitação, Dr. Nélson Oliveira, e pelo Presidente da União de Freguesias Lustosa e Barrosas (Sto. Estêvão), Armando Silva. Com esta intervenção pretende-se melhorar a fachada do edifício, bem como proporcionar mais conforto e melhores soluções habitacionais para os residentes. No seguimento desta intervenção vai ser efetuado o mesmo tipo de trabalhos nas Habitações Sociais de Meinedo e Cernadelo.
MOVIMENTO SÉNIOR DE LODARES Foram realizadas obras de requalificação do espaço onde vai funcionar o Movimento Sénior de Lodares, nas antigas instalações do Jardim-de-Infância. O Movimento Sénior de Lodares, que surge de uma parceria entre o Município e a Junta de Freguesia, recebeu a visita do Presidente da Câmara,
Dr. Pedro Machado, e do Vereador da Ação Social, Dr. Nélson Oliveira, acompanhados pelo Presidente da Junta, Armando Moreira. Esta estrutura tem como destinatária a população menos jovem de Lodares, facto que vai ser formalizado assim que as condições de saúde pública o permitam.
Desde o início de julho que foi implementada uma estratégia que pretende incentivar e dinamizar a economia no Concelho. Comprar em Lousada é a designação da campanha promovida pelo Município em colaboração com os comerciantes e que conta, até ao momento, com mais de 150 espaços comercias aderentes. Em julho foram já realizados dois sorteios, um no dia 10 e outro no dia 24, que premiaram 10 consumidores que realizaram as suas compras no concelho. Para este mês estão agendados sorteios nos dias 7 e 21. A campanha vai desenrolar-se até final do ano e,
quinzenalmente, são premiados vales de 250€, 100€, 75€, 50€ e 25€ que podem ser convertidos exclusivamente em compras no comércio local, fazendo circular o investimento em Lousada. Os cupões das lojas aderentes devem ser depositados nas várias caixas espalhadas pelas farmácias de todo o concelho e na Loja Interativa do Turismo. Caso exista alguma tipo de dúvidas, estas podem ser esclarecidas através do email apoioempresas@cm-lousada.pt ou, presencialmente, no Edifício dos Paços do Concelho, no Balcão do Empreendedor. O Regulamento e a lista com as lojas aderentes pode ser consultado em www.cm-lousada. pt/p/compraremlousada
COMÉRCIO
COMPRAR EM LOUSADA JÁ ATRIBUIU PRÉMIOS
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HABITAÇÃO
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INTERVENÇÃO NO BAIRRO EM PREPARAÇÃO O Município reuniu com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e com os representantes de condomínio dos proprietários de frações privadas no Bairro Dr. Abílio Moreira, no sentido de serem articuladas as decisões para as intervenções de remodelação de todo o empreendimento social. O levantamento efetuado inclui reabilitação das coberturas, fachadas, caixilharias e demais áreas comuns, num investimento orçamentado em 2,8 milhões de euros, sendo a maior intervenção de requalificação já realizada neste Bairro. O IHRU detém seis blocos, como único proprietário, e outros seis com propriedade mista, em conjunto com privados, sendo compreensível que existam diversas condições a serem salvaguardadas junto destes proprietários privados que, por
outro lado, podem estar abrangidos pela Estratégia Local de Habitação se a sua situação financeira assim se justificar. Assim, a parceria existente entre a Autarquia e o IHRU assume-se como um processo único e pioneiro a nível nacional. De acordo com o Vereador da Ação Social, Dr. Nélson Oliveira, “esta é uma notícia satisfatória e, que só com muita insistência e árduo trabalho do Município junto do IHRU, foi possível iniciar os primeiros contactos para a concretização de uma obra que há muitos anos é reivindicada pelos moradores. O Município continua disposto a colaborar com o IHRU e proprietários privados para que os diversos contactos sejam feitos, elaborados os projetos técnicos e posterior contratualização com as empresas”.
O Município de Lousada, no âmbito da Estratégia Local de Habitação de Lousada (ELHL), realizou, no final de junho, os primeiros atendimentos de beneficiários diretos, inscritos para o 1.º Direito. Nesta primeira reunião, os atendimentos foram feitos de forma personalizada e estiveram presentes cerca de meia centena de munícipes inscritos, que procuram apoio para a reabilitação da habitação própria e permanente, de forma a dotar a mesma de condições mais dignas de habitabilidade. De acordo com o Vereador da Habitação, Dr. Nelson Oliveira, “é necessário passar por um processo de verificação e validação das candidaturas a serem apresentadas ao Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), tendo o Município um papel de apoio técnico aos agregados mais carenciados e ao abrigo do 1º Direito”. O 1.º Direito assume-se como um Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, promovido pelo IHRU, que visa apoiar a promoção de soluções habitacionais para pessoas que vivem em condições habitacionais indignas e que não dispõem de capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada. A ELHL foi aprovada na Assembleia Municipal de 30 de dezembro do ano passado e pelo IHRU em abril deste ano, sendo o Município de Lousada um dos primeiros concelhos do país a avançar com esta iniciativa.
HABITAÇÃO AMBIENTE
ESTRATÉGIA LOCAL DE HABITAÇÃO DE LOUSADA
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JUVENTUDE AMBIENTE
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QUARENTENA CRIATIVA A autarquia promoveu o concurso Quarentena criativa - Laços que o isolamento criou, no seguimento do distanciamento imposto pela Covid-19, fazendo com que se adotassem novas rotinas, testando os nossos limites e também a nossas capacidades. Muitos foram os que desenharam arco-íris e coloriram esta nova forma de vida, e, por isso, foi lançado o desafio às crianças e jovens em idade escolar a ilustrar esta fase, numa perspetiva de resiliência e esperança. Foram validados cerca de 40 trabalhos dos três escalões a concurso e, após a votação que foi realizada via Facebook, foi selecionado o mais votado em cada um deles. Piero Alves, de oito anos, foi o vencedor do 1.º escalão, com 8400 votos. No 2.º escalão venceu Ana Sofia Magalhaes, de 14 anos, com mil votos. No terceiro escalão foi Maria Silva, de 16 anos, que obteve 295 votos. Cada um dos vencedores ganhou um tablet. Com esta iniciativa pretendeu-se desenvolver a consciência cívica e estimular a criatividade, utilizando a imagem como meio de comunicação de sentimentos, ideia e valores.
Com a suspensão de todas as atividades nos Movimentos Seniores, os utentes continuaram a ser acompanhados de diversas formas. A equipa de técnicos que dinamiza a atividade do Boccia efetua visitas a todos os utentes inscritos nos Movimentos Seniores para aconselhamento e prescrição de atividade física com a periodicidade de duas em duas semanas. Na visita é distribuído um manual com exercícios físicos para a prática em casa, promovendo hábitos de vida saudáveis e combater a solidão a que ficaram expostos nestes tempos de pandemia. O contacto é essencial neste período em que os idosos estão confinados, com a mobilidade reduzida.
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ATIVIDADE FÍSICA EM CASA PARA SENIORES
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EDUCAÇÃO AMBIENTE
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MOSTRA DE FILMES DE CINE A autarquia, em colaboração com a Casa Museu de Vilar, tem desenvolvido nos últimos anos um conjunto de projetos no âmbito das Oficinas de Cinema de Animação. O objetivo destas ações, dinamizadas pelo realizador Abi Feijó, passa por desenvolver a criatividade e aprendizagem dos alunos, envolvendo o 2.º e 3.º ciclo e ensino secundário. A Mostra de Filmes de Cinema de Animação realizou-se no dia 26 de junho, em formato online e pode ser visualizado em www.cm-lousada.pt/p/oficinasanimacao. Os trabalhos apresentados foram “100 PALAVRAS”, realizado por alunos do 8.º e 9.º anos da EBS Lousada Norte - Lustosa, com a professora Filomena Martins e com a colaboração da professora Manuela Gomes, "A Vila das Camélias", da Escola Básica e Secundária Dr. Mário Fonseca, Nogueira, e "O Caminho da Amizade", da Escola EB 2,3 de Caíde de Rei. O Externato Senhora do Carmo exibiu "Um Dia Muito Agitado" e a Escola Secundária de Lousada apresentou o trabalho intitulado “Dear Future”, realizado pelos alunos do 11.º H e 12.º I - Cantinho das Artes e Ideia.
De acordo com o Vereador da Educação, Dr. António Augusto Silva, “este é o resultado de um processo que envolve professores, a quem agradecemos de uma forma especial, e alunos que demostram uma enorme criatividade ao longo dos seis anos de existência do projeto”. Muitos dos filmes que resultam das Oficinas de Animação “são de elevada qualidade e, por isso, têm sido selecionados para festivais nacionais e internacionais e alguns deles vencidos nas diversas categorias”, como afirma o Dr. António Augusto Silva. As Oficinas de Animação são desenvolvidas por um grupo de alunos das escolas publicas e privadas do concelho de Lousada, em parceria com a Casa Museu de Vilar – A Imagem em Movimento e o realizador e produtor de cinema Abi Feijó realizando-se 7 oficinas de animação. Cada oficina, ao longo do ano letivo, realiza visitas guiadas ao Museu de Vilar, pesquisas sobre o assunto em causa, escrita da história base para os filmes, com a colaboração dos professores, estudos visuais, filmagens.
Ao mesmo tempo são adquiridas novas aprendizagens e experiências inovadoras. Estas oficinas têm como objetivo final a realização de um pequeno filme de animação. Desde 2015, ano em que a atividade teve início, que vários dos filmes produzidos neste contexto foram selecionados para vários festivais e ganharam alguns prémios, nomeadamente o Prémio Nacional de Animação com o filme "Aves Raras", realiado pelos alunos da EB Lousada Este (Caíde de Rei). A atividade insere-se no Plano Integrado e Inovação de Combate ao Insucesso Escolar, promovido pela autarquia em colaboração com a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, cofinanciado pelo Programa Operacional Regional do Norte 2014-2020 (Norte 2020).
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EMA DE ANIMAÇÃO ONLINE
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RECORDES ALCANÇADOS NA PISTA DE ATLETISMO A jovem atleta Ana Costa, que é natural de Lousada, bateu o recorde nacional dos 500 metros femininos Sub23 e Juniores com a marca 1'12"29, que pertenciam a Lucrécia Jardim e Carla Sacramento. O feito teve lugar na Pista de Atletismo de Lousada, no passado dia 1 de julho, no âmbito dos "Desafios de Verão - velocidade furiosa" organizados pela Federação Portuguesa de Atletismo. Ana Costa destacou que “quando a prova terminou e percebi que tinha sido uma corrida extraordinária, fiquei orgulhosa com a minha prestação. Quando ouvi a minha marca tive uma explosão de alegria, fiquei extremamente feliz, pois o recorde de juniores pertencia à Carla Sacramento e o deSsub- 23 pertencia à Lucrécia Jardim, duas atletas de grande referência no atletismo a nível mundial”. Ainda de acordo com a atleta “esta é, sem dúvida, a melhor recompensa, incentivando-me ainda mais para continuar a trabalhar. Esta e todas as outras conquistas são igualmente do meu treinador, o meu pai, que tem sido um exemplo, um pilar em todos os sentidos. Sem ele, nada seria possível. Sei que tenho um grande potencial por tudo o que tenho feito até à data, mas aquele apoio incondicional da minha família e do Boavista Futebol Clube tem sido um peso muito importante na minha carreira” – destaca também Ana Costa. O Vereador do Desporto, Dr. António Augusto Silva destacou que “foi com enorme satisfação que recebemos a notícia, uma vez que estes são os primeiros recordes nacionais, batidos em Lousada. Aliás, a satisfação que aumentou quando percebemos que eram marcas que vigoravam acerca de trinta anos e que tinham sido batidos por alguém natural do concelho, pelo que endereçamos as maiores felicitações à atleta e treinador”.
ANA COSTA É NATURAL DE LOUSADA A atleta completa 18 anos no próximo dia 17. É natural da freguesia de Caíde de Rei onde residiu até aos oito anos. Apesar de viver no Porto é em Lousada, que muitas vezes, procura um refúgio para a sua concentração e onde busca a tranquilidade que necessita para carregar energias. Para além de correr terminou o 12.º de escolaridade e vai candidatar-se ao ensino superior.
©Flávio Sousa
Ana Costa iniciou a carreira desportiva em 18 de junho de 2011 no Campeonato Regional de Benjamins, como atleta Individual. Nesta primeira corrida conquistou o primeiro título Regional na prova de 50 metros livres, e tem-se mostrado uma das melhores atletas nacionais da sua idade. É detentora de muitos recordes regionais e nacionais e inúmeros títulos de campeã, tanto regionais como nacionais. Desde a época 2017/2018 representa o Boavista Futebol Clube, tendo já passado por vários clubes, nomeadamente o Clube Atletismo do Tâmega, o Maia Atlético Clube e o Atlético Clube do Porto. Relativamente à Pista de Atletismo de Lousada, Ana Costa e o seu treinador, Amândio Costa, referem que “é um local com excelentes condições técnicas. A seguir ao Centro de Alto Rendimento do Jamor, em Lisboa, é a segunda melhor a nível nacional, pois tem todas as condições necessárias para que tanto a nível profissional como lúdico se possa realizar um excelente treino. É propícia para obtenção de bons resultados e tem também um grande fator a favor da conquista de grandes marcas que é o facto da quase inexistência de vento”. A Pista do Complexo Desportivo de Lousada tem sido palco de diversas provas organizadas pela Federação Portuguesa de Atletismo e pela Associação de Atletismo do Porto, sem público e com um número de atletas mais reduzido, seguindo orientações da DGS.
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Participação especi
RITA BORRALHO
12 de agosto 20200 0 h 9 1 a n e ip Partic conversa online a fb.com/cmlousad
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Revista Municipal Câmara Municipal de Lousada N.º 193 Ano n.º 21 – 4.ª série Data: agosto 2020 Depósito Legal: 49113/91 ISSN: 1647-1881
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ARQUEOLOGIA
MOAGENS HIDRÁULICAS DA FREGUESIA DE LUSTOSA Rios Mezio e Porto, Ribeiros do Barroco e Agrela e Rego da Cruz da Várzea (Projeto MUNHOS) Nascente de diversos cursos de água permanente, a freguesia de Lustosa constitui um repositório molinológico de enorme valia histórica e patrimonial. No quadro do Projeto MUNHOS, a prospeção dos cursos de água, regos foreiros, nascentes e presas de água da freguesia de Lustosa permitiu identificar e caracterizar cerca de três dezenas de moinhos de água, muitos das quais preservando ainda parte dos elementos estruturais, e ainda coligir um acervo relevante de vestígios, práticas e testemunhos associados, quer à vivência quotidiana destas estruturas proto-industrias, quer às manifestações culturais, etnográficas e até históricas a elas comprovadamente associados desde, pelo menos, o século XVIII. Manuel Nunes, Arqueólogo. Projeto MUNHOS. manuel.nunes@cm-lousada.pt Paulo Lemos, Arqueólogo. Projeto MUNHOS. paplemos@gmail.com
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Apesar do silêncio das fontes documentais no que à presença de estruturas molinológicas na freguesia de Lustosa diz respeito, mormente durante a Idade Média, a ocorrência documentalmente comprovada de moinhos de água na freguesia de Lustosa recua, pelo menos, ao século XVIII, conforme se comprova pelos registos de propriedade de bens da Casa da Peça, de 1739 (ACP_1739: maço 1), onde figura huma roda de muinho [no] rio de Bestares [rio de Porto]. Mais tarde, em finais do século XIX, foram registadas nas Matrizes Prediais Rusticas da freguesia de Lustosa abundantes referências, quer a moinhos, quer a microtoponímia a eles associada. No troço superior do rio Porto, por exemplo, entre o lugar da Ermida e o lugar de Caniços, encontravam-se registados em 1899 um total de oito moinhos, todos com um único casal de mós. Em Gandra e Requeixos existiam, no final da centúria de Oitocentos, dois moinhos, ambos apenas com um casal de mós. No ribeiro do Barroco, entre 1899 e 1916 foram anotados três casas de moinho d’uma só roda (MPR, 1899-1981). Todavia, muito embora os dados documentais prefigurem apenas 13 moinhos e um efetivo de 13 casais de mós em funcionamento na freguesia de Lustosa entre o final do século XIX e o primeiro quartel do século XX, a avaliar pelo total de moinhos inventariado no rio Mezio (n=3), rio de Porto (n=19), ribeiros da Agrela (n=1) e Barroco (=4) e demais regos foreiros (n=2) cujo efetivo albergava 30 casais de mós (Nunes e Lemos, 2013a:119, 2013b:1-4; 2013c:149 e 2016:246-245), o número de moinhos documentado pelas fontes deverá situar-se aquém do real efetivo existentes naquele território. Com efeito, se atendermos FIGURA 1 Açude e moinho da Gandra (n.º inv. 71) ao facto de em Lustosa se encontrarem registadas 35 unidades agrárias, parte das quais (51%) edificadas ou reedificadas comprovadamente ao longo do século XVIII (1700 a 1774), sugerindo estes dados, claramente, um período de expansão económica associado ao alargamento da área cultivada com milho-graúdo e, por conseguinte, a necessidade de estruturas de moagem para fazer prover de farinha cada uma das casas FIGURA 2 Moinho de Talhos (n.º inv. 76)
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de lavoura existentes (Nunes e Lemos, 2013c:95-98)1, parece evidente e comprovado o desfasamento apontado. Aliás, esta realidade é bem patente na história da Casa da Peça, cujo enobrecimento, determinado por sucessivas reformas em consequência de uma política continuada de aquisição de terras desenvolvida ao longo das centúrias de Setecentos e Oitocentos, determinou a necessidade de edificar um moinho que, em 1739, já se encontrava em laboração. De resto, e pese embora sucessivas reformas arquitetónicas e o atual estado de abandono, o Moinho da Peça ainda hoje se conserva nas margens do rio de Porto, testemunho dos últimos três séculos de história moageira deste rio. Pela mesma altura, desfiase um rol extenso de microtopónimos associados à presença de moinhos em Lustosa de que são exemplo, entre outros: o Lameiro do Moinho (Pedregal, Caniços, FIGURA 3 Localização dos moinhos de água da freguesia de Lustosa (CMP 98 e 99 - 1.25 000) Rego, Surribas, Cristelos e Relativamente ao topónimo Azenha, pese embora até à data Requeixos), o Campo do Moinho (Rio, Lameira e Azenha), a apenas ter sido possível confirmar a presença de uma única Sorte dos Moinhos (Rio de Porto) e a Bouça dos moinhos (Laje). estrutura de moagem hidráulica com recurso a roda vertical, 1 A nomenclatura dos moinhos de água de Lustosa espelha, em precisamente situada na cabeceira do rio Mezio (Nunes e grande medida, a sua propriedade associada às explorações Lemos, 2013b:118; 2013c:154), as referências toponímicas agrícolas da freguesia, algumas delas com origem medieval (Cristelo e Carcavelos). Dos 29 moinhos inventariados no rio Mezio, rio de sugerem que em locais onde hoje existem moinhos de roda Porto, ribeiros da Agrela e Barroco e rego foreiro da Cruz da Várzea, horizontal podem, noutras épocas, ter existido moinhos de 17 receberam a designação da estrutura agrária que detinham a sua roda vertical (azenhas). É o caso do Casal da Azenha, localizado posse (Moinho do Outeiro, Moinho da Peça, Moinho de Talhos, Moinho de Cristelo, Moinho de Carcavelos, etc.). no lugar do Rego, junto do qual subsiste ainda hoje o lugar da
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Azenha onde foi registado o Moinho da Quinta da Azenha. Curiosamente, no troço médio do rio de Porto (entre Caniços e Bestares) regista-se a ocorrência de um lugar denominado Moinhos. Ainda em uso nos registos prediais da década de 1920 acabou por cair em desuso apagando-se da memória coletiva. Na esteira dos trabalhos percursores na área da molinologia portuguesa (Dias et al, 1959; Oliveira et al, 1983) e da investigação desenvolvida no âmbito do inventário e caracterização das moagens hidráulicas no concelho de Lousada enquadrado no projeto MUNHOS (Nunes e Lemos, 2013; 2016), o inventário das moagens existentes nos cursos de água da freguesia de Lustosa permitiram confirmar a existência de dois grupos diferentes de moinhos de água neste território: moinhos de roda horizontal e moinhos de roda vertical, ou azenhas. Assim, 97% (n=28) do total de moinhos de água localizados e inventariados ao longo das margens do rio Mezio, rio do Porto, ribeiro do Barroco e subsidiários menores enquadram-se na tipologia dos moinhos de roda horizontal, designadamente moinhos de rodízio fixo à pela, registandoFIGURA 4 Mó movente abandonada no cabouco do moinho da Laje (n.º inv. 90)
2 3 4 5 6 7 8 14
9 10 11
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1. Dorneira 2. Quelha 3. Chamadeira 4. Mó andadeira
5. Segurelha 6. Bucha 7. Pé (Mó dormente) 8. Lobete (Veio)
9. Carreto 10. Rela 11. Padanar 12.Entrosga (Entrosa)
13. Dentes 14. Roda de Copos 15. Ponte 16.Aguilhão
17. Taco 18. Gola
FIGURA 5 Esquema simplificado do funcionamento de uma azenha se apenas uma ocorrência confirmada de uma estrutura de moagem hidráulica com recurso a roda vertical, localizada no lugar da Boca da Ribeira (vale superior do rio Mezio). Apesar do seu avançado estado de degradação, constitui um exemplo sui generis da utilização e exploração integral dos recursos hídricos com vista à produção de farinha, aproveitando uma zona de forte pendor e acentuado descaimento da água para acionar a roda vertical que laboravam, muitas vezes em simultâneo, com a roda horizontal que foi acrescentada mais tarde ao edifício. Trata-se, efetivamente, de uma azenha de propulsão superior, como era comum em áreas de montanha, estando a roda vertical equipada com copos e não com as habituais palas uma vez que estas podem funcionar com um pequeno volume de água já que a roda é acionada pela combinação do seu peso com o impulso proporcionado pelo jato de água. Para além do edifício em pedra e da gola onde rodava a enorme roda, neste caso metálica (cerca de 4 m de diâmetro), nada subsiste do mecanismo motor (entrosga e carreto) e de moagem que permita uma aproximação às características desta estrutura que se encontrava associada a uma pequena unidade agrária cuja designação persiste na toponímia local: Quinta da Azenha.
Designação
Freguesia
Lugar
Curso de Água
1 2 3 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 94
Moinho do Casal Azenha do Casal Moinho da Azenha Moinho da Cruz da Várzea (1) Moinho das Poldras Moinho do Franco Moinho de Bestares Moinho da Gandra Moinho da Peça Moinho do Rio Moinho do Outeiro Moinho de Caniços Moinho de Talhos Moinho de Cima Moinho de Baixo Moinho da Cachadinha (1) Moinho da Cachadinha (2) Moinho da Cachadinha (3) Moinho da Boneca (2) Moinho da Boneca (1) Moinho da Refontoura Moinho do Pedregal Moinho da Chã Moinho da Quinta da Azenha Moinho de Cristelo Moinho de Carcavelos Moinho da Laje Moinho da Taipa Moinho da Cruz da Várzea (2)
Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa Lustosa
Azenha Azenha Azenha Cruz da Várzea Requeixos Franco Franco Gandra Pedregal Pedregal Pedregal Caniços Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Cachadinha Cachadinha Cachadinha Boneca Boneca Refontoura Refontoura Chã de Baixo Azenha Barroco Barroco Laje Laje Cruz da Várzea
Rio Mezio Rio Mezio Rio Mezio Rego foreiro Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rio de Porto Rib.º do Barroco Rib.º da Agrela Rib.º do Barroco Rib.º do Barroco Rib.º do Barroco Rego foreiro
Coordenadas Geográficas Latitude Longitude 41º19'30.8'' 08º18'46.3'' 41º19'20.7'' 08º18'47.7'' 41º19´02.6'' 08º18'46.4'' 41º19’57.9’’ 08º19’40.4’’ 41º20’29.9’’ 08º17’48.3’’ 41º20’28.7’’ 08º17’49.7’’ 41º20’27.2’’ 08º17’52.0’’ 41º20’26.3’’ 08º17’55.5’’ 41º20’03.9’’ 08º17’53.7’’ 41º20’01.0’’ 08º17’54.0’’ 41º20’00.1’’ 08º17’54.1’’ 41º19’52.1’’ 08º17’51.6’’ 41º19’48.1’’ 08º17’52.3’’ 41º19’44.1’’ 08º17’49.6’’ 41º19’44.3’’ 08º17’50.1’’ 41º19’33.3’’ 08º17’44.9’’ 41º19’31.0’’ 08º17’43.9’’ 41º19’29.6’’ 08º17’43.4’’ 41º19’27.5’’ 08º17’37.3’’ 41º19’28.5’’ 08º17’40.4’’ 41º19’55.3’’ 08º17’48.8’’ 41º20’07.8’’ 08º17’50.8’’ 41º19’04.9’’ 08º17’19.5’’ 41º20’34.9’’ 08º18’49.0’’ 41º20’47.8’’ 08º18’38.7’’ 41º20’48.0’’ 08º18’36.1’’ 41º20’50.5’’ 08º18’32.6’’ 41º20’50.7’’ 08º18’32.0’’ 41º19’56.3’’ 08º19’39.3’’
N.º Mós Estado Conservação 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Mau Mau Mau Mau Mau Mau Mau Regular Regular Mau Mau Regular Mau Mau Mau Mau Mau Destruído Mau Destruído Mau Em Perigo Bom Bom Mau Mau Mau Mau Destruído
TABELA 1 Inventário dos moinhos de água da freguesia de Lustosa Bibliografia ACP_ Arquivo da Casa da Peça. Registo de bens da Casa da Peça (1739). Maço 1. Dias, J., Oliveira, E. e Galhano, F., 1959. Sistemas primitivos de moagem em Portugal: moinhos, azenhas e atafonas: volume 1. Porto: Instituto de Alta Cultura. II_ Relatorio apresentado ao exc.mo snr Governador Civil do districto do Porto pela sub-comissão encarregada das visitas aos estabelecimentos industriaes, Porto, 1881 MPR_ MPR_Livro das Matrizes Prediais Rústicas (1899-1981). Lousada: Junta das Matrizes do Concelho de Lousada. NUNES, M. e LEMOS, P. (2013a). Projeto MUNHOS: inventário das moagens tradicionais dos rios Sousa e Mezio no concelho de Lousada. OPPIDUM - Revista de Arqueologia, História e Património. Nº 6. Lousada: Câmara Municipal de Lousada, p.105-165. NUNES, M. e LEMOS, P. (2013b). Projeto MUNHOS na freguesia de Lustosa: os moinhos de rio de Porto, ribeiro do Barroco e ribeiro da Agrela. Suplemento de Arqueologia da Revista Municipal de Lousada. Revista Municipal de Lousada. Ano 14. 3ª Série. N.º 112. Lousada: Câmara Municipal de Lousada. p.1-4. NUNES, M. e LEMOS, P. (2013c). Lustosa: Património e Identidade. Lustosa (Lousada): Junta de Freguesia de Lustosa Nunes, M. e Lemos, P., (2016). Projeto MUNHOS: síntese dos resultados finais do inventário das moagens hidráulicas tradicionais do concelho de Lousada. Oppidum – Revista de Arqueologia, História e Património, 9, pp. 241-286. OLIVEIRA, E.V., GALHANO, F. e PEREIRA, B. (1983). Tecnologia Tradicional Portuguesa: Sistemas de Moagem. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica
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