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Bella Falconi

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O PREFEITO CESAR SOUZA JR A ORIGEM DA FESTA DO DIVINO PRISCILLA BARBI, ATIRADORA DE ELITE

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editorial

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SEGUE O BARCO

Quando se mudou de mala e cuia para Miami, há sete anos, Bella Falconi só queria estudar inglês. Até que um dia, influenciada por uma amiga malhadona, Bella passou a frequentar a academia todo os dias e trocou o fast-food por comidas saudáveis. Só de brincadeira, começou a publicar no Instagram as famosas “fotos de espelho”. De lá pra cá ganhou meio milhão de seguidores, virou símbolo do universo fitness e já tem três lojas nos EUA. Além disso, prepara a inauguração de sua academia e planeja lançar sua própria linha de suplementos alimentares. Como conseguiu tudo isso é o que contamos a partir da página 52, com fotos de Bella vestindo LabellaMafia em Miami. Prefeito mais jovem das capitais brasileiras, Cesar Souza Júnior bateu um papo com a Mural sobre como conciliar o mandato e a vida pessoal e sobre como imagina a Floripa do futuro. A repórter, garota-propaganda e atiradora profissional Priscila Barbi também dá as caras nessa edição, fotografada e entrevistada enquanto acertava os alvos com sua pistola semi-automática no Escola de Tiro .38, em São José. Adriana Baldissarelli traz a história do Museu do Lixo, que comemorou 10 anos preservando a memória e ajudando a contar a história de nossa sociedade através das coisas que são jogadas fora. Nosso colunista Marcus Heise, especializado em gastronomia e boa vida, foi ao nordeste do país descobrir o que é que a Lagosta cearense tem de tão especial. De lambuja, Marcus dá dicas de como preparar direitinho esse requintado crustáceo. Essa edição da Mural ainda conta tudo sobre a volta — prevista para novembro — do manezinho Thiago

foto joão pedro

Tavares ao octógono do MMA, lutando contra o americano Justin Salas. Thiago, que acaba de inaugurar uma academia especializada em artes marciais, está confiante e tem o total apoio da torcida da ilha. Ainda falando em esporte, tem o festival de balonismo que rolou em Jaraguá do Sul e o Primeiro Grande Prêmio de Kart Revista Mural, que reuniu sete pilotos-cobaias nada profissionais para uma tarde de velocidade, derrapagens e muitas trapalhadas. A nutricionista Ana Carolina Abreu fala sobre intolerância à Lactose e a dermatologista Mariana Barbato dá dicas de como cuidar bem dos pés e mantê-los bonitos e saudáveis o ano todo. Leo Oculto conta a história do MC BB Gigante, rapper que trocou a cela da prisão pelos palcos onde se apresenta com seu grupo, o Floripa MC’s. O fotógrafo Eduardo Valente acompanhou a Parada da Diversidade e trouxe muitas imagens do evento que já é parte do nosso calendário oficial. Os historiadores Celso Martins e Sérgio Luiz Ferreiras dissecaram as origens da Festa do Divino Espírito Santo, típica das colônias açorianas ao redor do mundo e uma das festas mais tradicionais de Florianópolis. Além de tudo isso, tudo o que rolou no aniversário de nove anos do El Divino e centenas de fotos dos melhores lugares da cidade: Donna Dining Club, Devassa On Stage, Fields, Cervejaria Devassa, Espaço Floripa, P12 e muitos outros. Um beijo, um abraço e boa leitura.



índice

8 DIREÇÃO MARCO CEZAR

Entrevista VIVENDO FLORIPA

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museu O LUXO DO LIXO

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fotografia dança, desterro!

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estação “BARILHOÇA”

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educação vivendo aprendendo

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profissão RUMO CERTO

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entrevista pronto para o Enem

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energia barreiros Hora do Intervalo

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entrevista NO ALVO

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cobaias radicais PÉ NA TÁBUA

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esporte BALÃO MÁGICO

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esporte A VOLTA POR CIMA

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mural labellamafia BELLA NA PASSARELA

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beleza Ande tranquilo

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fruto da hora Laranjinha Graviola

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marcocezar@marcocezar.com.br EDITOR CHEFE MARCO CEZAR EDITOR assistente CAIO CEZAR JORNALISTA RESPONSÁVEL marcos heise (MTb-SC 0932 JP) PLANEJAMENTO GRÁFICO ayrton cruz COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Adriana Baldissarelli Adriel Douglas Ana Carolina Abreu Ângela Maria Gentil Angelo Santos Carla cavalheiro Celso Martins DaviD Collaço Diego nogueira diogo pedro Eduardo Valente Fernando Pradi laura sacchetti Leo Comin Marcos Heise mariana Barbatto Nelson Peixoto petra mafalda Sérgio Luiz Ferreiras COMERCIAL 48 3025-1551 marcocezar@marcocezar.com.br www.marcocezar.com.br www.revistamural.com.br impressão Maxigráfica | Curitiba/PR


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Nutrição LACTOSE, ESSA VILÃ

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comer & beber A Lagosta do Ceará

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oculto UNINDO O MORRO E O ASFALTO

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mural el divino lounge PARABÉNS PRA VOCÊ

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mural p12 PARADOR DE GALA

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mural Devassa On Stage Samba no pé BRUXA SOLTA

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mural Donna Dinning Club SABOR DO LUXO

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mural chope e boa música CHOPe E BOA MÚSICA

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mural fields fields

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mural Espaço Floripa Salve, Jorge!

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mural festival de gramado Serra Gaúcha

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mural Instituto Lagoa Social ARRAIAL DO BEM

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empreendimento Nazário Advogados inaugura nova sede

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mural Tina Acessórios & Boutique ACESSÓRIO FUNDAMENTAL

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Parada da Diversidade luta pela igualdade

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história Autonomia açoriana As origens mais remotas

índice

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capa Bella Falconi Fotos diogo pedro Roupas labellamafia


entrevista

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VIVENDO FLORIPA Cesar Souza Jr. fala com exclusividade Ă Mural texto Marcos Heise fotos marco cezar


Numa assinatura de ordem de serviço, na abertura de um seminário, num encontro temático ou nas intermináveis visitas aos bairros da Capital, é batata: se não estiver presente, apertando mãos e recebendo abraços, ouvindo sugestões e distribuindo simpatia, é porque alguma coisa muito séria impediu Cesar Souza

| Na correria do mandato, existe algum tempo livre na vida de Cesar Souza Junior? Cesar Souza Jr. | Administrar uma cidade como Florianópolis é um grande desafio e exige dedicação integral. Como nosso expediente na prefeitura inicia na primeira hora de segunda-feira e vai até o início da tarde de sábado, que é geralmente o horário em que encaramos o projeto Prefeitura no Bairro em alguma comunidade da cidade, o tempo livre, quando muito, fica para o domingo. revista mural

funcionamento da máquina toda.

o que você faz nessa hora? As horas de folga eu aproveito para recuperar o tempo que não pude ficar junto da minha filha Lara, da família e dos amigos. Também é o período em que aproveito para colocar a leitura em dia.

Eleito aos 33 anos, Cesar Souza Júnior é o prefeito

revista mural | A prática de atividades físicas é recente ou sem-

Júnior de fazer o que mais gosta — viver cada minuto de seu mandato como uma peça indispensável ao

de capital mais jovem do Brasil, e vem esbanjando jovialidade nos 270 dias em que administra — ou melhor, “vive” — Florianópolis. Sua presença constante e sua desenvoltura já se tornaram marca registrada, principalmente porque, como atestam os que o encontram num de seus incontáveis compromissos, ele está lá porque quer e porque gosta, porque faz parte da história e não quer perder um único episódio. Nada parece ser feito por obrigação. Tanta interatividade pública traz consequências à vida particular. O tempo dedicado à cidade é debitado das horas que ele poderia devotar à filha Lara, à família, aos amigos e às demais atividades sociais. Cesar contou como concilia as atribuições do cargo e a vida de pai e falou sobre transporte coletivo e os rumos da cidade no século XXI.

revista mural | E Cesar Souza Jr. |

pre estava incorporada a sua rotina? | Sempre esteve incorporada à minha rotina, mas nem sempre encontro tempo. Naturalmente tenho preocupação com a saúde, por isso sempre que possível procuro fazer exercícios físicos. Recentemente comecei a fazer musculação e tenho tentado jogar meu futebol sempre que possível.

Cesar Souza Jr.

revista mural | De qual esporte você mais Cesar Souza Jr. | Admiro o tênis e gosto de

gosta? jogar futebol, o que, a propósito, tem sido cada vez mais difícil fazer.

entrevista

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entrevista

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revista mural | Considera seguro usar a bicicleta como meio de transporte na Capital? Cesar Souza Jr. | Não há como fugir da realidade. Andar de bicicleta em Florianópolis, atualmente, representa sim um risco. A cidade não foi planejada para ciclistas, as obras realizadas pelo poder público nos últimos anos não se preocuparam com isso. Temos muito o que avançar nessa área, e já começamos a trabalhar forte nesse sentido. Mas a valorização da bicicleta como meio de transporte não passa apenas por obras, mas também por uma mudança cultural. Infelizmente ainda vivemos numa sociedade muito dependente do automóvel.

revista mural | Dá para abrir mais espaços seguros para os ciclistas mesmo com o desenho urbano que temos no momento, que prioriza veículos? Cesar Souza Jr. | Sim, é possível abrir mais espaços para as bicicletas, e é isso que estamos fazendo. Todas as obras da nossa gestão contam com espaço para ciclistas. Na região do Continente implantamos o projeto Ciclofaixa de Domingo, que destina uma faixa exclusiva para bicicletas desde a praia de Itaguaçu até a Beira-mar do Estreito. São quase 10 quilômetros de via exclusiva para ciclistas. É um sucesso absoluto, com centenas de pessoas, famílias inteiras aproveitando, pedalando pelos bairros. Vamos estender o projeto para outras regiões. Além disso, vamos implantar um anel cicloviário ligando o Centro à UFSC e adjacências.


13 entrevista

“Recebo pedidos, sugestões, críticas, elogios e conselhos dos mais diversos em todos os lugares que vou, não apenas onde moro. E gosto muito disso, me faz crescer como agente público, conhecer melhor a realidade de cada bairro, de cada rua. Se tem uma coisa que eu verdadeiramente gosto é do contato com as pessoas.”

revista mural | Equacionar problemas estruturais de cidades exige planejamento de soluções de longo prazo que não “cabem” em um mandato de quatro anos. E nenhum político gosta de começar algo que não vai conseguir terminar, pois acaba não vinculando seu nome a esta obra. Como lidar com este tipo de desafio? Cesar Souza Jr. | Sinceramente isso não me preocupa. Em setembro apresentamos o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), que prevê a licitação do sistema de transporte coletivo e também várias obras estruturantes, de longo prazo, que são imprescindíveis para melhorar a mobilidade e evitar que a cidade literalmente “trave” num futuro não muito distante. Essas obras dificilmente ficarão todas prontas no nosso governo, mas o importante é que saiam do papel. Costumo lembrar uma frase que não é minha e cujo autor desconheço: o gestor público não deve se preocupar apenas com as próximas eleições, mas sim com as próximas gerações. Esse é o meu maior desafio, meu grande objetivo, e não encher a cidade de placas com meu nome.

| Qual o conceito de administrador que você quer deixar para as pessoas que moram em Florianópolis? Cesar Souza Jr. | De um prefeito que teve como objetivo maior fazer de Florianópolis uma cidade melhor para se viver, uma cidade para as pessoas, que valoriza e estimula a convivência, a harmonia entre desenvolvimento e natureza, que preserve e faça crescer a exuberância das nossas belezas. revista mural

revista mural | Quando encontra vizinhos de condomínio ou do bairro João Paulo, que pedidos você escuta? Cesar Souza Jr. | Recebo pedidos, sugestões, críticas, elogios e conselhos dos mais diversos em todos os lugares que vou, não apenas onde moro. E gosto muito disso, me faz crescer como agente público, conhecer melhor a realidade de cada bairro, de cada rua. Se tem uma coisa que eu verdadeiramente gosto é do contato com as pessoas.

| Com a experiência política já vivida até aqui, de atividade parlamentar e de cargo executivo, qual das duas vertentes ganham prioridade na sua carreira política? Cesar Souza Jr. | Sem dúvida o executivo é mais estimulante, desafiador. revista mural


museu

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O LUXO DO LIXO Museu guarda a memória das coisas que são jogadas fora texto Adriana Baldissarelli fotos marco cezar Em Leônia, uma das cidades invisíveis do escritor Italo Calvino, as pessoas acordam todas as manhãs em lençóis frescos, lavam-se com sabonetes recém-tirados da embalagem, vestem roupões novíssimos, abrem latas intactas tiradas de avançadas geladeiras, ouvindo lengalengas sobre as últimas novidades. A cidade se refaz — novíssima em folha — todos os dias: “Mais do que pelas coisas que todos os dias são fabricadas vendidas compradas, a opulência de Leônia se mede pelas coisas que todos os dias são jogadas fora para dar lugar às novas. Tanto que se pergunta se a verdadeira paixão de Leônia é, de fato, como dizem, o prazer das coisas novas e diferentes, e não o ato de expelir, de afastar de si, expurgar uma impureza recorrente. O certo é que os lixeiros são acolhidos como anjos e a sua tarefa de remover os restos da existência do dia anterior é circundada de um respeito silencioso, como um rito que inspira a devoção, ou talvez


museu

15 apenas porque, uma vez que as coisas são jogadas fora, ninguém mais quer pensar nelas.” (Italo Calvino, As cidades invisíveis, Companhia das Letras, 1990, página 106). Pois no Museu do Lixo da Comcap, no quilômetro zero da rodovia Admar Gonzaga, no Itacorubi, os anjos cansados de Leônia trocam memórias com as crianças. O cuidador Valdinei Marques, o Neiciclagem, tem revelado aos visitantes — e são mais de 50 mil em 10 anos — os segredos do luxo quando vira lixo. O lixo é mais ou menos o que sobra entre o desejo e a necessidade humana. Nesses tempos em que o desejo é superestimulado e a necessidade de consumo — essa, felizmente — atendida em camadas cada vez mais largas da população, o resultado tem sido a escalada geométrica na produção de resíduos. Em Florianópolis, por exemplo, a coleta de resíduos sólidos quase dobrou em uma década (de 108 mil toneladas em 2002 para 174 mil em 2012) e a coleta seletiva de materiais recicláveis aumentou cinco vezes. “O consumismo de hoje não consiste em acumular objetos, mas em seu gozo descartável”, tem dito o sociólogo Zygmunt Bauman. Na transição da sociedade sólida de produtores para a sociedade líquida de consumidores, a cultura é feita de ofertas e não de normas. Prevenindo, claro, que não só as coisas, como as relações com as pessoas, são jogadas fora com muita facilidade. A alegria de “livrar-se” de algo, o ato de descartar e jogar no lixo, esta é a verdadeira paixão do nosso mundo. A capacidade de durar não joga mais a favor das coisas. Dos objetos e dos laços, exige-se apenas que sirvam durante algum tempo e que possam ser destruídos ou descartados de alguma forma quando se tornarem obsoletos — o que acontecerá forçosamente. Assim, é preciso evitar a posse de bens, em particular aqueles que duram muito e que não são descartáveis com facilidade. (Zygmunt Bauman, Capitalismo parasitário, Zahar, 2009, página 41). O Museu do Lixo da Comcap, ao interceptar objetos que foram destinados pelos moradores da Capital ao aterro sanitário ou, no máximo, às cooperativas de triadores de materiais recicláveis, serve de memorial desse consumo exacerbado. Desde 2003, virou um espaço de educação ambiental para repensar a produção de lixo. foto petra mafalda

Aniversário de 10 anos Os 10 mil itens recolhidos ou doados são arranjados de tal forma, em coleções de telefones, aparelhos de cozinha e escritório, livros ou fotografias que, como disse o presidente da Comcap, Ronaldo Freire, por ocasião do aniversário em setembro, “o Museu do Lixo permite uma viagem no tempo”. O vice-prefeito João Amin, presente na cerimônia, concordou que o espaço do museu representa bem a mudança de conceito que, por sorte, acompanha a última década. “Antes lixo era lixo, hoje é combustível, adubo, energia. Quando se está aqui dentro, não se pensa em lixo, mas na riqueza dos objetos que oferecemos às pessoas.” Segundo ele, seus pais tiveram de “aprender na marra”, a sua geração já teve educação ambiental na escola, mas nada se compara à consciência ambiental diferenciada da criançada de hoje.


fotografia

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danรงa, desterro! As imagens do 4.o Festival de Danรงa de Florianรณpolis fotos laura sacchetti


fotografia

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O 4.o Festival de Dança de Florianópolis (Prêmio Desterro) agitou a Capital durante três dias, no Teatro Ademir Rosa (CIC). O festival teve um recorde de 233 coreografias, em nove gêneros competitivos, de 91 grupos do Brasil e do Chile.

A Cia. Nós da Rua, de Três Rios (RJ), foi considerada pelo conjunto da obra o melhor de todo o evento, levando a premiação principal e vários troféus. A fotógrafa Laura Sacchetti foi conferir.


fotografia

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há 27 anos no coração da cidade. As melhores marcas nacionais e importadas.

Rua Felipe Schmidt . 218 . Centro . Florianópolis/SC . 48. 3223-7550


estação

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“BARILHOÇA” A neve em Santa Catarina, na serra e no litoral

fotos Eduardo Marques


estação

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Mais conhecida pela beleza de seu litoral, que atrai visitantes do mundo todo durante o verão, Santa Catarina ocupou um grande espaço na mídia nacional durante o inverno de 2013, graças a um fenômeno meteorológico raramente associado ao Brasil. O país inteiro se encantou com a neve abundante que caiu em pelo menos 19 municípios do Estado, tingindo de branco a paisagem e fazendo a alegria de turistas e moradores. Nevou em São Joaquim, Água Doce, Bom Jardim da Serra, Campos Novos, Catanduvas, Chapecó, Coronel Freitas, Erval Velho, Herval do Oeste, Jaborá, Joaçaba, Lages, Painel, Pinhalzinho, São Miguel do Oeste, Tangará, Urupema, Xanxerê e Xaxim. Mas o mais surpreendente foi a neve que caiu no Morro do Cambirela, ali mesmo em Palhoça. Lindas imagens do topo do morro pintado de branco inundaram as redes sociais e os grandes jornais e revistas do país. A raça, que gosta de uma piada, rebatizou o município, que foi chamado durante aquela semana de “Barilhoça”, mistura de Palhoça com Bariloche, província argentina onde sempre neva durante o inverno. A última vez que nevou no Cambirela foi em 1984, há 29 anos. A Mural selecionou algumas imagens da neve produzidas por três craques da fotografia catarina: Tarcísio Mattos e Eduardo Marques, da Tempo Editorial, e Anselmo Viana Nascimento.

fotos Tarcísio Mattos


estação

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fotos anselmo nascimento


Brincar, assim se aprende a viver!

Unidade Hermínio Jacques no 196 . Centro . Florianópolis/SC 48 3028.2751

turno integral colônia de férias atendemos o ano inteiro

Unidade Urbano Salles no 99 . Centro . Florianópolis/SC 48 3028.2750

www. c eiviv e n do a pr e nde ndo . c o m . br


educação

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vivendo aprendendo Uma escola infantil de nível superior texto Ângela Maria Gentil fotos marco cezar


Ângela Maria Gentil, a Manezinha que faz a diferença A Capital do Estado, conhecida como Ilha da Magia, é a cidade onde nasci e me criei. Tenho muito orgulho de ser manezinha da ilha. E foi na ilha, ali na rua Desembargador Urbano Salles que abrimos em 1991 a primeira unidade do Centro Educacional Infantil Vivendo Aprendendo, especializado em berçário e educação infantil. Em 2006, depois de muito trabalho, inauguramos a Unidade II, na rua Hermínio Jacques, para atender principalmente aos pedidos de matrícula para o berçário, maternal I e maternal II. Hoje somos felizes por cumprir nossa missão de educar e divertir crianças e sabemos que ainda temos um longo caminho pela frente. Mas também sabemos que o bom resultado do nosso trabalho não ocorre por acaso. Ao iniciar o curso de magistério, em 1975, já sabia que queria trabalhar com educação infantil. E já faço parte desse universo há 38 anos, me renovando dia-a-dia na companhia das crianças. Minha longa experiência me fez acreditar que as leis da vida são gerais, naturais e válidas para todos os seres. Por ser uma pesquisadora prática e dedicada ao meu trabalho, me identifiquei com a pedagogia Freinet, proposta pedagógica de construção permanente. Refleti muito sobre os pensamentos de pesquisadores como Wallom, Vygotsky e Piaget. Também por isso é que o Vivendo Aprendendo é mágico e único na vida de cada criança, porque aqui proporcionamos ao aluno a possibilidade de realizar um trabalho real. Estamos abertos ao encontro e à participação integrada da família e da comunidade. Contextualizamos as crianças com sua cultura e resgatamos o folclore catarinense através do boi de mamão e do pão por Deus. Vivenciamos as brincadeiras da Ilha: bate manteiga, bola de gude, bento frade e muitas outras. Para nós, a livre expressão é dar a palavra à criança, dar meios para ela se exprimir e se comunicar. Fazer sentir a sua riqueza e assim tomar consciência de seu valor e seu eu. A organização do material e outras decisões da classe são feitas em grupo. O objetivo não é de fazer alguns ganharem, mas levar todos o mais longe que puderem, em conhecimentos, cidadania e solidariedade. Cooperar também é inserir o indivíduo na vida do grupo, confrontando com os colegas, através dos problemas que se colocam em classe e necessitam ser resolvidos. Brincando e jogando a criança aprende a ocupar o seu espaço, fantasiar, sonhar e criar toda a estrutura necessária para o processo de alfabetização. Respeitamos o ritmo de cada criança, estimulando para que ela seja parte atuante na construção do seu conhecimento. Avaliamos e contextualizamos as atividades através de aula passeio, do livro da vida com o grupo, do livro de culinária, do texto coletivo e do livro de laboratório. Essa documentação histórica faz a família Vivendo Aprendendo relembrar nossos ilustres alunos. Em tudo que fazemos prezamos afetividade, cooperação, documentação e comunicação. Nosso lema é BRINCAR, ASSIM QUE SE APRENDE A VIVER.

educação

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“A criança não se cansa de um trabalho útil que atenda os rumos da vida, todos querem ser bem sucedidos. O fracasso inibe o ânimo e o entusiasmo.” Celestin Freinet


profissão

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RUMO CERTO A hora de escolher a profissão

texto Marcos Heise fotos divulgação A escolha de uma profissão que exige formação de nível superior acontece geralmente em torno dos 16, 17 anos, quando o jovem termina o Ensino Médio. Para alguns a escolha da profissão é algo que acontece naturalmente, mas para a grande maioria a escolha é muito difícil e gera muitas dúvidas e incertezas. Sucesso financeiro ou realização pessoal? Seguir a profissão do pai ou da mãe? Até que ponto isso interfere? Escolher uma profissão significa fazer um projeto de futuro. É o momento de decidir quem se pretende ser e o que se pretende fazer, destaca o professor Nilson da Silveira, diretor pedagógico do Sistema de Ensino Energia, que tem obtido os melhores resultados em classificações nos vestibulares mais concorridos, principalmente em universidades federais. Nilson observa que os anseios da escolha profissional ocorrem geralmente por que os adolescentes não estão suficientemente maduros e devidamente informados para escolher qual a profissão que irá satisfazer os seus interesses. “Procuramos auxiliar os estudantes, principalmente os que estão indecisos, através de iniciativas como a Semana das Profissões.” Este evento é promovido há 12 anos pelo Energia e conta com mais de 40 palestras, com o objetivo de colocar os alunos em contato com especialistas e profissionais consagrados de diversas carreiras. Coordenadores de cursos apresentam detalhes e características dos cursos e profissões e tiram dúvidas durante os debates. A iniciativa é um sucesso, com mais de 2 mil participações. Além disso, estudantes da 2.a série do Ensino Médio, Terceirão e Pré-Vestibular visitam vários cursos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Informação e orientação profissional A psicóloga Roselene Schütz Antunes coordena o Grupo de Informação e Orientação Profissional (GIOP), que objetiva facilitar todo o processo de escolha dos estudantes e que envolve três aspectos fundamentais: aprimorar o autoconhecimento, obter informações a respeito das profissões e ter uma base para construir possibilidades futuras e fazer escolhas. Ela lembra que o importante é conhecer bem a profissão, deixando de lado os preconceitos e opiniões duvidosas. Ela dá dicas certeiras para quem está em dúvida: 1) Pesquisar bastante sobre o curso e sobre a profissão escolhida. 2) Diante das angústias, o melhor que o jovem tem a fazer é buscar orientação. 3) É indispensável escutar a opinião dos pais e de orientadores vocacionais especializados. 4) Faça visitas às universidades nas sedes dos cursos. 5) Faça uma pesquisa específica sobre a projeção futura da sua carreira ou de carreiras pretendidas. 6) Entre em contato com profissionais que já atuam no mercado. 7) Lembre-se sempre que gostar daquilo que se faz é fundamental. 8) Autoconhecimento é muito importante na hora de tomar decisões como esta.


profissão

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Prioridade é ser feliz Na infância, o sonho de Cesar Olsen era ter uma fábrica. Ele conseguiu. Fundou e lidera uma indústria de equipamentos médicos e odontológicos que já exportou seus produtos para mais de 100 países. Ao completar 35 anos de trabalho diário, pensa que ele está satisfeito? Nada disso. Seu próximo sonho é montar uma indústria nos Estados Unidos. Veja como ele aborda a questão vocacional. “Se o jovem é bom em música ou educação física na escola, normalmente os pais se preocupam e acabam contratando um professor de português ou matemática para equilibrar as notas do filho na escola. Desta forma, na minha visão, um grande músico, um artista ou um grande atleta está sendo desencaminhado da sua vocação natural, e ele acaba aceitando a ponderação dos mais velhos. Por influência de um irmão mais novo que trabalhava numa dentária, acabei fazendo um curso de manutenção em equipamentos dentários. Não demorou muito, comecei a criar coisas novas para os dentistas e um dia segui os meus sonhos. Vou fabricar equipamentos! E olha o que aconteceu depois de 35 anos. Só eu acreditava que daria certo. Quem dizia que entendia de vida, de comportamento, de empresa, de empreender numa área tecnológica, quando sabia do que eu pretendia acabava fazendo piada. A minha dica é a seguinte: faça sempre aquilo em que você tem bom desempenho, onde é melhor do que a maioria, pois às vezes o sonho por si só não se sustenta. Os diferentes são até chamados de malucos, mas são eles que transformam o mundo. Depois é preciso dosar a quantidade com a qualidade desse trabalho, ter muita paciência, desprendimento e colocar na ordem estas palavras: FELICIDADE, EQUILÍBRIO, SUCESSO, DINHEIRO. O cara feliz e equilibrado terá sucesso e o dinheiro será consequência.”

Deise, aprovada em Medicina, antes tentou música Desde 2010, Deise Klauck é acadêmica de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina, o curso mais concorrido do Estado. Ela classificou-se em décimo lugar quando foi aprovada. A Mural fez duas perguntas a ela: revista mural | Na sua opinião o que pode ajudar os indecisos a escolher a carreira certa? Deise Klauck | Difícil decidir profissão e carreira, especialmente quando se tem pouca referência no dia-a-dia, quando se conhece pouco a respeito do que é ter uma profissão ou quando não se teve muita vivência. Acredito que experiência e paciência ajudam a tomar uma decisão acertada. Ou uma das, já que hoje é tão raro ter-se apenas uma profissão ao longo da vida. No meu caso, quando criança tinha uma forte inclinação para a medicina, mas no ensino médio acabei optando por estudar música. Persegui esse sonho da música e vi que não era o que gostaria de fazer para o resto da vida. Tive experiência de trabalhar, conhecer muitas pessoas de áreas diversas, iniciar uma faculdade que não gostei, na UFSC e, por fim, aos 19 anos, voltei a me identificar, dessa vez com uma certeza irrefutável, com a medicina. Minha família foi essencial, por me apoiar na busca dos meus sonhos, mas não teve influência na minha escolha. Nunca fiz teste vocacional, então não posso dizer se teria ou não sido importante. Quanto aos amigos, foram muito importantes por me dar suporte moral, quando decidi enfrentar o vestibular mais uma vez. revista mural

| Você chegou a conviver com amigas ou amigos

indecisos? Deise Klauck | Sim, convivi com muitos que tinham dúvida sobre o que

escolher no vestibular. Inclusive alguns que queriam medicina e depois optaram por outros cursos, sendo muitos felizes em suas escolhas. Uma delas, pra reforçar o que foi dito acima, decidiu fazer faculdade de direito após começar a trabalhar num escritório de advocacia e hoje é muito feliz com essa decisão. Uma vez que eu comecei a fazer curso pré-vestibular, no ano de 2009, no Energia, eu já tinha plena convicção do que queria e não tive nenhuma dúvida ao longo dos 3 anos em que me dediquei para o vestibular.


entrevista

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pronto para o Enem Diretor do ColĂŠgio Energia de Barreiros opina sobre a prova que dĂĄ acesso ao PROUNI foto marco cezar


Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Podem participar do exame alunos que estão concluindo ou

| Qual a sua posição como empresário da área da Educação sobre o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio)? Ricardo Althoff | Acho válido como proposta de avaliação do sistema educacional brasileiro e suas diretrizes para o Ensino Médio. Serve como ferramenta para avaliar como as escolas e educadores brasileiros trabalham os conteúdos obrigatórios em sala de aula. revista mural

| Há quanto tempo o ENEM é aplicado no Brasil e quais as vantagens dos estudantes em realizar a prova do ENEM? Ricardo Althoff | Foi criado em 1998 e todos os alunos que concluíram ou estão concluindo o Ensino Médio podem participar. Entre as vantagens, estão o PROUNI (Programa Universidade para Todos), e as mais de 500 universidades que já usam o resultado do ENEM como critério único para ingresso no Ensino Superior, algumas inclusive em substituição ao vestibular. Vale lembrar que estudantes de graduação que queiram participar do Programa Ciência sem Fronteiras, precisam ter realizado o ENEM. revista mural

que já concluíram o ensino médio em anos anteriores.

O Enem é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Além disso, cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame como critério de seleção para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o vestibular.

revista mural | Como o Colégio Energia Barreiros prepara seus alunos para a prova do ENEM? Ricardo Althoff | A proposta de ensino do Sistema Energia se aproxima do que é proposto pela matriz do ENEM, ou seja, desenvolver nos alunos a capacidade de aplicar no dia a dia o que é aprendido em sala de aula, além de ser capaz de relacionar os vários conteúdos aprendidos como parte de um todo. revista mural | O Colégio Energia Barreiros desenvolve atividades voltadas para a prova do ENEM? Ricardo Althoff | Sim, as provas regulares realizadas pelos alunos são compostas de questões no estilo daquelas apresentadas na prova do ENEM. Além disso os simulados realizados durante o ano também apresentam esse tipo de questões. No segundo semestre realizamos o Simulado ENEM. Nas vésperas da prova do ENEM, os alunos participam de aulões de revisão dos principais tópicos cobrados no Exame Nacional do Ensino Médio. revista mural | Como o senhor e sua equipe de professores entendem as falhas que o ENEM apresenta, como por exemplo, o caso das Redações com receitas alimentares em 2012? Ricardo Althoff | Todo concurso dessa amplitude (o ENEM atinge em torno de 6 milhões de inscritos) pode apresentar falhas em determinado momento. O importante é que o INEP tem procurado sanar essas falhas a cada novo concurso, e tem criado mecanismos que visam dar mais qualidade ao processo e ao resultado final. revista mural | Quando será realizado o ENEM 2013 e qual a estrutura da prova? Ricardo Althoff | O ENEM 2013 será realizado nos dias 26 e 27 de outubro e a prova conta com 180 questões objetivas e uma Redação. E é claro que os alunos do Colégio Energia Barreiros estão se preparando para fazer a prova e obter resultados satisfatórios.

Ricardo Althoff é diretor do Colégio Energia Unidade Barreiros e diretor da empresa de Ensino à Distância de Reforço Escolar On Line Seu Professor.

entrevista

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energia barreiros

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Hora do Intervalo Colégio Energia Barreiros fotos Laura Sacchetti e Marco Cezar O Intervalo no colégio é sempre um momento para comidinhas gostosas, conversas e muita alegria. Os alunos do nono ano ao pré-vestibular dividem o espaço com tranquilidade e aproveitam para fazer amigos, colocar a conversa em dia e até programar a diversão do final de semana. Quando você está num ambiente saudável e amigo, estudar também é sinônimo de alegria e companheirismo.


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entrevista

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NO ALVO

Praticante de artes marcias e repórter de futebol, Priscila Barbi também se destaca em torneios de tiro fotos caio cezar

A vida não cansa de surpreender a estonteante morena Priscila Barbi. Quando seu pai ficou desempregado, Priscila resolveu se inscrever num concurso de beleza da Band, de olho no prêmio de dez mil reais. Não ganhou o concurso, mas ganhou várias oportunidades. Foi convidada para ser repórter da rádio Band FM, cobrindo os jogos de futebol dos times da Capital, virou garota propaganda da Athletic e descobriu uma paixão que encheu de medalhas e troféus a prateleira da casa onde mora com os pais: virou atiradora profissional, patrocinada pelo Clube .38. De lá pra cá já foi convidada a participar de um curso na Colômbia e está preparando as malas para dar mais alguns tiros na Polônia, a convite de uma importante empresa que se surpreendeu com o talento da garota. Religiosa, diz que Deus é quem dá as cartas na sua trajetória e que espera muito mais dos dias que virão. E ela não costuma errar o alvo.


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“Fico muito feliz em dizer que nunca me senti discriminada por ser mulher, muito pelo contrário, tive muito incentivo para continuar. Os atiradores querem mais é que aumente o número mulheres nas competições.”

| Como foi sua trajetória de Gata Band 2007 a repórter de futebol? Priscila Barbi | Em 2007 eu estava no último ano na faculdade de Educação Física. Meu pai ficou desempregado e meu salário de estagiária não era suficiente. Daí me convidaram a participar do Garota Verão. O coordenador do concurso me alertou que eu tinha chances de chegar à final, mas como meu aniversário era em janeiro eu poderia chegar à final com “idade ultrapassada”, 21 anos, o que me desclassificaria. Aí me sugeriram o Gata Band, concurso da rádio Band FM, com prêmio de 10 mil reais e me inscrevi. Entre as etapas de seleção até a final do concurso, as participantes frequentavam a rádio para desfiles e entrevistas. A organização e diretoria tinham bastante contato com todas nós, para conhecer melhor nosso jeito e tal. Eu fiquei em segundo lugar no concurso, como Primeira Princesa. revista mural

revista mural | E como você se tornou repórter Priscila Barbi | Em 2007, lançaram o programa

de campo? Futebol Show na Band, a primeira FM do Estado a transmitir os jogos de Figueirense e Avaí ao vivo. O programa já foi lançado com o quadro Mulheres na Geral, antes apresentando por uma outra repórter. Quando ela entrou em férias me chamaram, e estou aqui até hoje.

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| Mas como lembraram do teu nome? Foi pelo

revista mural | Você sempre gostou de esportes? Priscila Barbi | Sempre. Também adoro atividades físicas

intensas,

artes marciais. revista mural | Você pratica artes marciais? Priscila Barbi | Comecei no Muay Thai com 14 anos, e treinei por dez

anos, sempre junto com boxe e jiu-jitsu. | E a carreira de atiradora? Como foi que você descobriu esse outro talento? Priscila Barbi | Tudo começou lá no estádio do Avaí, quando entrevistei um cara e o amigo dele estava com um moletom do Clube .38, hoje meu patrocinador. Fiquei muito curiosa pelo mundo das armas e fui convidada a visitar o clube. Foi amor ao primeiro tiro! De cara os instrutores perceberam a minha facilidade em mirar, então me apresentaram a modalidade IPSC, o chamado tiro prático. Daí me apaixonei de vez e comecei a treinar no Clube .38 com o Heduard Carlos da Silva, que é meu treinador até hoje, já pensando em competir. Meu primeiro campeonato foi em Blumenau, e já fiquei em primeiro lugar. revista mural

concurso? | O pessoal da Band já me conhecia da época do concurso, de tanto que eu participei da programação da rádio, e já sabiam da minha facilidade em comunicação e interação com as pessoas. E ser formada em Educação Física acho que também ajudou. Em janeiro, completei seis anos no programa e continuo firme e forte, com muito orgulho.

Priscila Barbi

| Você já se sentiu discriminada por atuar num esporte onde praticamente só existem homens? Priscila Barbi | Fico muito feliz em dizer que nunca me senti discriminada por ser mulher, muito pelo contrário, tive muito incentivo para continuar. Os atiradores querem mais é que aumente o número mulheres nas competições. revista mural


revista mural | Você foi convidada para fazer um curso fora do país, em Bogotá, na Colômbia. Conta pra gente como foi. Priscila Barbi | Uns caras de uma empresa europeia chamada ESA (European Security Academy), com sede na Polônia, com objetivo de expandir seus serviços de formação de equipes especiais para a América Latina, viram na internet uns vídeos meus atirando e entraram em contato, me convidando a participar do primeiro curso que dariam na América Latina. Daí eu fui para Bogotá, deu super certo. Me formei no Curso de Close Protection, com certificado internacional para segurança VIP. Sou a primeira mulher do país com esse certificado de treinamento! Se a presidenta precisar, ou até o Papa, é só chamar! (risos).

| E agora essa mesma empresa quer que você vá treinar na Polônia, é isso mesmo? Priscila Barbi | Eles gostaram de mim, porque realmente fui bem nas provas. Tivemos uma prova teórica onde eu fui a única a tirar nota 10; tivemos também uma prova prática de tiro com 16 participantes e eu fui uma das cinco pessoas que passaram direto. No final do curso, tivemos uma missão por Bogotá, fazer a segurança de um VIP. Foi uma missão de verdade, mas sem os perigos reais, muito cansativo, difícil e frustrante. Quando tudo terminou, ganhei como prêmio pelo rendimento um curso só, sobre Pistolas e Carabinas, na sede da ESA, na Polônia. Este é um curso de especialização nesses tipos de armas, que inclui montagem e técnicas de tiro. Fiquei tão feliz! revista mural

revista mural | Foi fácil para você? Priscila Barbi | Fácil nada. Eu era a única

mulher, as condições de alojamento, higiene e alimentação eram péssimas, e ainda penei com a diferença de altitude e passei mal várias vezes. Mesmo assim, consegui ser uma das melhores do curso e ganhei o prêmio máximo. Daí, só posso sentir orgulho, né?

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36 revista mural | De quais torneios você mais sem lembra? Priscila Barbi | A etapa do Nacional que venci em Itajaí; um outro

que atirei com uma arma que não era a minha, em uma categoria acima da minha e venci mesmo assim; teve um outro também, lá em Cascavel, que quebrou meu carregador e depois minha arma, mas venci assim mesmo, aos trancos e barrancos. Tenho muitas medalhas de primeiros lugares, até perdi a conta. Só não participo de mais campeonatos porquê, às vezes, não dava para conciliar com o trabalho de repórter de futebol. Mas agora, em 2013, o Clube .38 e a Band estão empenhados em me ajudar a buscar o título de Campeã Catarinense de Tiro Prático. Então, se precisar, a Band me libera das transmissões quando tiver que competir.

revista mural | E como você imagina o teu futuro? Priscila Barbi | Toda a minha vida e meu futuro

estão nas mãos do Senhor. Quando a gente realmente entrega, as coisas acontecem, Ele acontece. Não sei o que Ele quer para mim, mas meu desejo é crescer, ir muito mais longe. Quero ser cada vez mais reconhecida como boa profissional e avançar no meu esporte, o tiro. Vencer o estadual, depois o nacional. Não será nada fácil, mas eu não tenho medo de ir atrás desse sonho. revista mural | Quem é a Priscila Bar-

bi? | Fica meio complicado conciliar todas as atividades? Priscila Barbi | Vou dizer que não é nada fácil, viu!? Quando os times estavam na Série A, passei alguns anos sem folga no fim de semana. Agora na Série B pelo menos tenho um diazinho de folga (risos). Durante a semana, trabalho como personal trainer o dia inteiro, tenho meus horários de treinos na academia e também no clube de tiro. E sempre vou direto para os estádios algumas horas antes da transmissão. Minha rotina é bem corrida, mas eu gosto. É bom estar ocupada, é sinal de que as coisas estão acontecendo, que eu estou crescendo e conquistando meu futuro. Aí, algumas pessoas falam: “É por isso que você não tem namorado” (risos). revista mural

| Antes de tudo sou a Princesa do Senhor, abençoada. Também sou personal trainer, repórter de futebol, garota propaganda da marca de equipamentos de ginástica Athletic e atleta de tiro prático. Também me considero dedicada, batalhadora, guerreira e diferente! Acho que deu, né?!

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PÉ NA TÁBUA Muita diversão no Primeiro Grande Prêmio de Kart Revista Mural fotos marco cezar


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Numa tarde de domingo, sete amigos atenderam ao convite do grupo da Mural “Cobaias Radicais” e foram se aventurar nas curvas da Podium Kart, na Rodovia SC-401. Tirando algumas “rodadas” e derrapagens, a prova não teve nenhum acidente e consagrou como campeão disparado Erick Razera, o mais leve e mais habituado a esportes sobre rodas. Tranquilo, Erick liderou de ponta a ponta e chegou a dar uma volta completa no último colocado, o fotógrafo Henrique Pereira. Caio Cezar, que estava contando vantagem antes da prova, largou em sexto, foi ultrapassado por João Abreu e ficou em penúltimo lugar. João Pedro Nascimento rodou duas vezes e botou a culpa na pista molhada, apesar de não estar chovendo naquela tarde. Num dos momentos mais emocionantes — e engraçados — do Grande Prêmio, Tarcízo Lopes, que estava em terceiro lugar, ultrapassou Júlio. Empolgado, Tarcísio tirou uma das mãos do volante e levantou a mão para o alto, repetindo o famoso gesto de Ayrton Senna. Mas sem a mesma habilidade, rodou na curva seguinte — talvez por estar com apenas uma mão no volante — e foi ultrapassado por Júlio, que manteve o segundo lugar até o fim. Depois da corrida, com as mãos doendo, os pilotos-por-umdia foram recepcionados pelo gente fina Lucas Garbeloto, um dos sócios que preparou um churrasco no capricho para matar a fome dos navalhas. CLASSIFICAÇÃO GERAL 1 • Erick Razera 2 • Júlio Vianna 3 • Tarcízo Lopes 4 • João Pedro Nascimento 5 • João Abreu Dias 6 • Caio Cezar 7 • Henrique Pereira


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Conheça a Podium Kart Fundada em 2009, a Podium oferece duas opções de traçado (indoor e misto) para quem quer se aventurar no kart. Atende a empresas e grupos de amigos para confraternizações e festas de final de ano, fornecendo todo o equipamento necessário para a corrida. Os karts tem manutenção constante e os funcionários zelam o tempo todo pela segurança dos clientes. A pista tem um bar com deck e mesinhas onde os familiares e amigos podem torcer por seus pilotos enquanto tomam uma cerveja ou refrigerante. Avisando com antecedência, a corrida pode ser coroada com um saboroso churrasco, preparado ali mesmo enquanto os pneus cantam na pista. Diversão garantida. Entre em contato com a Podium Kart: contato@podiumkartfloripa.com.br (48) 3304-1870 / 9933-9053 podiumkartfloripa.com.br



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Festival enfeita o céu de Jaraguá do Sul fotos Fernando Pradi

Num final de semana ensolarado de setembro o céu azul de Jaraguá do Sul foi tingido de outras cores durante o Primeiro Festival e Campeonato de Balonismo, que reuniu moradores e turistas encantados com o evento. Nove balonistas realizaram 45 voos, decolando de um campo aberto no bairro Chico de Paulo e aterrissando em diferentes lugares, como a Arena Jaraguá e o Clube de Voo Livre. Paralelamente ao Festival de Balonismo rolou também o Festival de Voo Livre, que reuniu, com patrocínio da Sol Paragliders, 60 amantes do parapente que se revezavam saltando do Pico Jaraguá. Durante a noite, balões fixados no chão foram iluminados para o Night Glow, um espetáculo à parte um evento que promete entrar para o calendário oficial da cidade.

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A VOLTA POR CIMA Thiago Tavares inaugura academia especializada em artes marciais e anuncia seu retorno ao oct贸gono fotos CAIO CEZAR


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Depois de perder a luta do card principal do UFC

revista mural | Thiago, como vai funcionar sua academia? Ela é di-

para o russo Khabib Nurmagomedov, em janeiro,

Thiago Tavares | A academia de lutas Team Tavares não será apenas

o manezinho Thiago Tavares prepara seu retorno e comemora a nova boa fase inaugurando uma academia especializada em artes marcias, a Team Tavares. Herói da raça de Floripa, Thiago se associou ao amigo Ricardo Bortoluzzi e formou um time de 13 atletas profissionais com potencial para ocupar o pódio do Ultimate Fighting. Acostumado a cair e levantar com honra, o lutador também anuncia para este ano sua volta ao palco mais famoso das lutas marciais.

recionada apenas a lutadores que queiram seguir carreira no MMA? para lutadores profissionais. Em alguns horários apenas os atletas profissionais vão treinar, mas também vai ter aulas para iniciantes e praticantes de artes marciais todos os dias. A primeira turma de Jiu-Jitsu será as 7h30min da manhã e a última 10h30min da noite. Também vai ter aulas Muay-Thai, karatê e boxe o dia inteiro. Vamos ter mais de 15 aulas de diferentes artes marciais. revista mural | Além da academia, você tem a Team Tavares, sua equipe de atletas para o MMA. Quantos desses atletas já fazem parte do card? E como novos lutadores podem entrar pro seu time? Thiago Tavares | Hoje o time profissional de MMA da Team Tavares é formado por 13 atletas, vários deles no UFC, no Bellator (segundo maior evento do mundo) e Jungle Fight (maior evento da América Latina). Para fazer parte do nosso time o atleta tem que fazer alguns treinos e mostrar o seu valor. Caso ele tenha qualidade para fazer parte do grupo, são impostas algumas exigências, como lealdade aos seus amigos, gratidão, companheirismo, caráter. Coisas que são importantes não só para um atleta, mas para todo ser humano. revista mural | Você tem algum sócio na academia ou tá tocan-

do tudo sozinho? | Tenho um sócio, o Ricardo Bortoluzzi. Ele é faixa preta e somos amigos há anos. A nova sede do Instituto Social Thiago Tavares também vai ser na nova academia.

Thiago Tavares

revista mural | Você tem realizado alguns campeonatos de MMA. Você pensa em ser o Dana White de Santa Catarina? Thiago Tavares | Não, nada disso (risos). Meu único objetivo é fomentar o esporte, criar oportunidades para novos talentos e alimentar sonhos. Fiz oito edições do Tavares Combat em oito meses, todos com meu próprio dinheiro e sem nenhum patrocínio ou apoio do Governo do Estado. revista mural | Quando vamos ver o Thiago Tavares no octógono novamente? Contra quem? Thiago Tavares | Vai ser no dia 9 de novembro, contra o norte-americano Justin Salas, em Goiânia.


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Team Tavares Thiago inaugura academia especializada em artes marciais fotos Diego nogueira Não é qualquer academia que inaugura com a responsa de treinar 13 atletas profissionais das artes marciais, todos com potencial para ocupar o pódio do Ultimate Fighting. Não é qualquer academia que tem Thiago Tavares no comando. Localizada em Barreiros, a Team Tavares foi inaugurada em agosto pelos sócios Thiago e Ricardo Bortoluzzi. É especializada em artes marciais e tem toda estrutura para a prática de Jiu-Jitsu, Muay-Thai, boxe e outras artes que compõem o MMA.





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A BELLA É FERA

Com meio milhão de seguidores no Instagram, a mineira Bella Falconi vira celebridade no mundo fitness texto laura Sacchetti fotos diogo pedro

Quando se mudou de mala e cuia para Miami, há sete anos, a mineira Bella Falconi só queria estudar inglês e não imaginava a reviravolta que sua vida daria em tão pouco tempo. Convencida por uma amiga adepta da malhação, Bella resolveu mudar o corpo e o estilo de vida. Passou a acordar às cinco da manhã para fazer academia e trocou o fast-food por alimentos funcionais que ela mesma preparava. Compartilhava no Instagram as famosas fotos no espelho, mostrando o passo-a-passo da transformação radical de seu corpo. Logo a brasileira virou uma espécie de musa das saradonas, com quase meio milhão de seguidores que se inspiram na força de vontade de Bella para mudarem suas vidas. Além do corpo, ela também mudou — para melhor — de vida. Hoje em dia tem duas lojas de suplementos alimentares em Miami, stands de cosméticos em Orlando, virou garota propaganda da LabellaMafia e está prestes a inaugurar sua academia, também em Miami. Ainda planeja escrever um livro e lançar sua própria linha de suplementos. Fôlego para tudo isso, certamente não falta à nova queridinha das academias.


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54 revista mural | O que te motivou a ir morar nos EUA? Como foi sua adaptação no início? Bella Falconi | Me mudei para lá para estudar inglês. Sofri muito no início, muita saudade. Havia também o choque cultural, que é sempre mais incômodo no começo. Eu tinha 21 anos, estava cheia de sonhos e vontade de vencer e isso me ajudou a superar os obstáculos.

revista mural | E os planos para o futuro? Fale um pouco sobre sua academia em sociedade com o Ricardo Rocha (Maguila). Bella Falconi | Os planos imediatos são criar minha linha de suplementos, expandir a loja de cosméticos, concluir meu seminário motivacional e escrever meu livro. A academia será inaugurada em breve e vai oferecer cross fit, calisthenics e musculação. Será uma academia bem variada, com treinos diferenciados e em excelente localização. E é claro que eu estarei sempre lá.

revista mural | Você tem um corpo escultural, maravilhoso. Qual

é sua rotina de malhação e quanto tempo foi necessário para chegar ao resultado atual? Bella Falconi | Obrigada pelo elogio! Quando eu decidi mudar meu estilo me entreguei completamente ao desafio e obtive os primeiros resultados em apenas três meses, principalmente no abdômen. No início, eu era mais magrinha e queria ganhar um pouco mais de massa. E foi uma longa jornada, porque para os magros é difícil ganhar peso. Eu treino seis vezes por semana. revista mural |

Como surgiu o sucesso no Instagram? | Foi muito de repente. Eu usava o IG apenas como editor de fotos, porque amava os filtros. Quando comecei a levar a sério mesmo meu treino, comecei a postar as famosas fotos de espelho e isso foi despertando a curiosidade das pessoas. Acho que elas tinham curiosidade de saber onde aquilo ia dar. Meu progresso foi tão notável que as pessoas acabaram se inspirando em mim e com isso fui ganhando seguidores. Num determinado momento a coisa deslanchou: eu tinha 300 seguidores e hoje tenho quase meio milhão.

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| Fale um pouco sobre a parceria com a Labella-

Mafia. Bella Falconi | O estilo da LabellaMafia sempre chamou minha atenção. Me lembro que há muito tempo atrás vi alguém usando uma legging maravilhosa, fui ver a marca e era LabellaMafia. Na época eles não tinham site para vender nos EUA — hoje já tem — então fiquei só na vontade. Algum tempo depois recebi um e-mail do Giulliano Puga com uma proposta de parceria, inicialmente apenas para que eu representasse a marca lá fora usando as roupas e tal. Fiquei tão apaixonada pela marca que a Vitaflex, que é minha loja nos EUA, acabou tornando-se o primeiro ponto de venda da Labellamafia Estados Unidos, em Miami. revista mural | Bella Falconi por Bella Falconi: Bella Falconi | Sou aquilo que todo mundo vê nas

redes sociais, sem tirar nem pôr. Vivo uma vida corrida conciliando as atividades de empresária, modelo, estudante e “rata de academia” (risos). Sou extremamente positiva e aposto nos sonhos. Tenho um lado intuitivo que sempre me guia. Tudo que planejei, foquei e acreditei deu certo até aqui, fruto de muito esforço e batalha. A Vitaflex (loja de Bella que vende suplementos alimentares em Miami) é a menina dos olhos. Começou com uma lojinha onde mal cabiam os potes de suplementos, e hoje já se transformou numa grande loja com filial. Em três meses vou abrir uma academia em Orlando. Tenho também lojas de cosméticos nos dois outlets de Orlando. Acho que quando a gente acredita em nossos sonhos e trabalha bastante em prol de nossos objetivos, acabamos atraindo o sucesso naturalmente. Tenho muito orgulho dessa história, porque só eu sei o caminho que percorri até chegar aonde cheguei.

revista mural | Agora que você é uma celebridade, aparecendo cada vez mais na mídia, como lida com os fãs e a pressão de ser um exemplo? Bella Falconi | Não me considero uma celebridade, mas sim uma pessoa “popular”. A gente tem a impressão que a vida das celebridades são cheias de glamour e eu sempre brinco dizendo que não tem glamour nenhum em comer marmita no trânsito (risos). Eu estou tentando dar um passo de cada vez, mantendo o pé no chão e a cabeça no lugar. Mas amo esse contato com pessoas, adoro conhecer meus fãs, abraçá-los e dividir um pouco de energia positiva. Escutar que você foi o responsável pela mudança na vida de alguém não tem preço. Essa é minha maior recompensa como pessoa e como profissional.


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“Eu estou tentando dar um passo de cada vez, mantendo o pé no chão e a cabeça no lugar. Mas amo esse contato com pessoas... Escutar que você foi o responsável pela mudança na vida de alguém não tem preço. Essa é minha maior recompensa como pessoa e como profissional.”



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BELLA NA PASSARELA Em desfile para lojistas de todo o Brasil, LabellaMafia inova na coleção de verão fotos marco cezar Surpreendendo a cada lançamento, o desfile da LabellaMafia movimentou Balneário Camboriú. Além da nova coleção, marcada pela tecnologia nos cortes dos tecidos, mulheres de tirar o fôlego subiram na passarela. Estavam lá a musa da marca Alice Mattos, Bella Falconi (capa desta edição da Mural!), a pop personal trainer Carol Saraiva e Juju Salimeni, ex panicat eleita em 2010 pela Revista VIP a mulher mais sexy do mundo.


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Ande tranquilo As melhores dicas para manter seus pés bonitos e saudáveis o ano inteiro

texto dra. mariana Barbatto (CRM 10877/RQE 6741) foto banco de imagens/RM São seus pés que suportam o peso do corpo ao longo da vida, e eles precisam de cuidados especiais. Problemas que podem afetar os pés: • Ressecamento | A pele dos pés é muito grossa, e uma hidratação adequada dessa área requer hidratantes mais concentrados, geralmente à base de ureia, que podem ser prontos ou manipulados. Para melhores resultados após o uso do hidratante é interessante embalar os pés por algumas horas com filme plástico, o que permitirá uma hidratação mais intensiva e deixará seus pés mais macios. O ato de lixar os pés retira grande quantidade de pele de forma agressiva, o que faz que a pele se regenere rapidamente, podendo inclusive piorar o aspecto dos pés alguns dias após o uso da lixa. • Calosidades | sapatos apertados, salto alto, pisar de forma incorreta ou deformidades ósseas podem contribuir para o surgimento de calos, que devem ser tratados o mais breve possível para evitar problemas mais sérios. • Verrugas plantares | conhecidas popularmente como “olho de peixe”, são causadas por vírus, e causam dor e desconforto. Devem ser tratadas prontamente pelo dermatologista para evitar a proliferação do vírus e acometimento de outras áreas.

• Fungos nas unhas e frieiras | secar bem os pés e o uso de talco antisséptico podem prevenir o problema. Alternar o uso dos sapatos e colocá-los expostos ao sol podem auxiliar na descontaminação. Dependendo da extensão do problema pode ser necessário o uso de cremes antifúngicos, esmaltes ou até mesmo o uso de medicação oral. Consulte seu médico. • Odor desagradável | o cheiro ruim é resultado do suor excessivo associado a presença de bactérias nos pés. Para amenizar o problema, o uso de talcos e soluções antitranspirantes, associados a produtos a base de mentol e cânfora podem controlar o problema. A cutícula serve como barreira de proteção das unhas. Qualquer trauma nesta região, ou mesmo rachaduras nos calcanhares e fissuras nos pés podem servir como porta de entrada para bactérias, que podem causar doenças graves na pele, como a erisipela. Os pacientes diabéticos estão mais propensos a infecções, e nesses indivíduos o cuidado com os pés deve fazer parte da rotina diária.

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Laranjinha textos Ana Carolina Abreu fotos laura sacchetti

Também conhecida com kinkan, xinxin e laranja ouro, esta pequena notável de origem asiática é considerada a frutinha da sorte pelos japoneses. Por ser de fácil cultivo, é utilizada em arranjos ornamentais e vasos de decoração, em áreas externas ou mesmo dentro de casa. A árvore pode chegar a 3 metros de altura. A única condição para cultivá-la em áreas internas é a quantidade de luz, pois a laranjinha precisa receber bastante sol. Mas apesar do nome, ela é diferente das laranjas mais comuns, já que faz parte de outro gênero. Possui menos gomos, tem sabor adocicado e a casca, bem fininha, também pode ser consumida. Com isso, a frutinha também fornece uma quantidade generosa de fibras. A fruta que traz felicidade, segundo os asiáticos, também pode trazer saúde e longevidade, pois é rica em vitamina C e vitamina A, prevenindo a formação de radicais livres e doenças crônicas, além de aumentar a imunidade. É rica em flavonoides antioxidantes como o caroteno, luteína e zeaxantina, muito importantes para garantir a saúde da visão. Ainda contém vitaminas do complexo B, importantes para o metabolismo energético. Quer mais? Ainda possui cálcio, manganês, magnésio, potássio e ferro. Oito laranjinhas têm em torno de 100 calorias. Sua safra vai até o fim de agosto. Curiosidade | S eu óleo essencial é muito utilizado como base para perfumes.

Molho para carnes com laranjinha Ingredientes w 1 xícara de laranjinha sem semente cortada em rodelas w ¼ xícara de açúcar demerara w ½ copo de suco de laranja w 4 colheres de sopa de grand marnier ou cointreau Modo de preparo w Coloque o açúcar em uma panela e derreta até virar caramelo. Misture os outros ingredientes e deixe reduzir até a metade do líquido. Sirva sobre carne assada.



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Graviola Típica das regiões tropicais, aqui no Brasil a Graviola é cultivada principalmente no Nordeste. Suas folhas são muito utilizadas em infusões, mas a fruta tem uma versatilidade que vai além do suco básico. Como tem uma polpa macia, pode ser utilizada em saladas, sobremesas e sorvetes. Bastante estudada pelos seus fitoquímicos, tem atividade antibacteriana e melhora a imunidade. Muito falam de seus efeitos — ainda não comprovados cientificamente — na prevenção e tratamento de câncer. O que se sabe é que a Graviola tem uma atividade importante na diminuição das células cancerígenas, mas os estudos realizados ainda são “in vitro” e precisam de mais tempo para comprovar sua eficácia. Seu valor nutricional também é atribuído à vitamina C e vitaminas do complexo B, além de minerais como o potássio, magnésio e cobre. Como a atividade antioxidante das frutas já está mais do que comprovada, vale incluir mais uma porção na dieta, até porque a fruta tem muitas fibras e apenas 70 calorias a cada 100g.

Creme de graviola Ingredientes w 1 polpa de graviola w 1 pote de iogurte de ovelha (tipo grego) w Folhas de hortelã w 1 colher de chá de calda de agave Modo de preparo w Bata todos os ingredientes no liquidificador e sirva em seguida. Decore com folhinhas de hortelã.


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LACTOSE, ESSA VILÃ Cada vez mais consumidos, derivados do leite podem causar intolerância à lactose

texto Ana Carolina Abreu fotos banco de imagem/RM

Você já se perguntou por quê cada vez mais vemos pessoas com intolerância à lactose? Nos supermercados a variedade de produtos para intolerantes tem aumentado a cada dia. Muitas pessoas confundem a alergia à proteína do leite com a intolerância à lactose, então vamos entender a diferença. A lactose é um açúcar duplo presente no leite, formada por glicose e galactose. Toda vez que consumimos um alimento, precisamos “quebrar” para que ele seja absorvido no nosso intestino. No caso da lactose, precisamos de uma enzima produzida no nosso intestino, chamada lactase, para que a digestão (ou quebra) ocorra. Na alergia à proteína do leite (já falei sobre ela na edição 56), o organismo gera anticorpos, pois não reconhece o alimento, gerando respostas inflamatórias. Neste caso não há como consumir o leite de vaca e seus derivados, pois a proteína está presente em todos.

Como diagnosticar? O exame de sangue é a forma mais comum de diagnóstico. O paciente ingere 500ml de lactose e são feitas três coletas: uma antes da ingestão, e outras duas 30 e 60 minutos após a ingestão. O que se avalia no exame é quanto o organismo consegue


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67 absorver (digerir) do açúcar. O grande problema é que nem todas as pessoas apresentam um resultado significativo, mas mesmo assim percebem sintomas como diarreia, gases e cólicas após a realização do exame. Outra forma de avaliação é o perfil genético para intolerância à lactose, feito pelo swab bucal em laboratórios especializados, mais simples e sem efeitos colaterais, mas os convênios ainda não cobrem. Quem tem sintomas gastrointestinais como constipação, diarreia, gases ou distensão abdominal vale a pena investigar, mas sempre com orientação de um médico ou nutricionista. Algumas pessoas retiram o leite e os derivados da alimentação por alguns dias, e relatam redução ou ausência dos sintomas. Neste caso, é importante procurar um nutricionista, já que a retirada destes alimentos pode causar carências nutricionais e deve ser orientada.

Tenho intolerância, e agora? A primeira opção para um intolerante é utilizar a enzima lactase, que pode ser comprada pronta ou manipulada. De qualquer forma é importante consultar um especialista, pois a dose e a forma utilizada depende da quantidade de alimento ingerido e o grau de intolerância de cada um. Para alguns, a utilização da enzima não reduz os sintomas e o ideal é evitar alimentos contendo lactose.

E se eu consumir leite desnatado? Para alguns a resposta pode ser óbvia, mas esta dúvida é muito frequente no consultório e a resposta é: independente de ser desnatado, semidesnatado ou integral, o leite possui lactose, que não é a gordura do leite, mas sim o açúcar.

O que eu vou comer agora? As opções sem lactose estão crescendo a cada dia, mas também precisamos entender o que estamos comprando antes de sair consumindo tudo que aparece. Não é porque o alimento não contém lactose que pode ser considerado um alimento saudável. No caso dos leites de vaca e derivados sem lactose, o mais comum, é a indústria acrescentar a enzima (lactase) no produto, fazendo com que o produto já venha com este açúcar quebrado, evitando os sintomas desagradáveis. Uma alternativa ao leite de vaca são os leites vegetais (o termo mais correto é bebida vegetal). O mais comum é o de soja, mas também encontramos as opções à base de arroz, aveia, amêndoas, e outros. Todos podem ser aquecidos e utilizados no lugar do leite. Para quem gosta de chocolate, as alternativas também são animadoras. As versões mais saudáveis com alto teor de cacau em geral não levam leite. Leia sempre o rótulo para se certificar.

Estou consumindo tudo sem lactose, mas ainda não me sinto bem Nestes casos é necessário avaliar se existem outros alimentos responsáveis pelos sintomas ou se o próprio leite está fazendo mal. Após longos períodos consumindo alimentos com lactose (para quem é intolerante), o intestino pode apresentar uma quantidade exagerada de fungos e bactérias (o que chamamos de disbiose) e ainda produzir substâncias tóxicas ao organismo, já que a lactose não foi digerida corretamente. É muito importante recuperar o intestino repondo os “bichinhos bons” e refazendo a mucosa, melhorando assim, a digestão. Como a proteína do leite é de difícil digestão, muitas vezes não basta apenas consumir alimentos com baixo teor de lactose, pois o intestino não está funcionando como deveria.

E por que hoje vemos mais pessoas intolerantes à lactose? A introdução de alimentos lácteos está ocorrendo cada vez mais cedo. Muitas vezes o intestino ainda não está maduro o suficiente para digerir estes tipos de alimentos, o que pode gerar problemas imediatos ou futuros. Além disso, o consumo de leite e derivados hoje ocorre de forma exagerada, o que faz com que o organismo não consiga produzir as enzimas da forma como deveria. Você já parou para pensar quantos alimentos possuem leite na sua composição? Faça um teste, procure perceber tudo o que você consome com leite e derivados, mantendo sua rotina de sempre, em casa e na rua (restaurantes, lanchonetes e padarias). Questione, pois muitos alimentos passam despercebidos. O mais importante é manter uma alimentação equilibrada, saudável e variada.

Ana Carolina Abreu, é graduada em nutrição pela UFSC e pós-graduada em nutrição clínica funcional pela CVPE/Unisul. Colaboradora do livro “Nutrição Clínica Funcional: Obesidade”. Membro brasileiro de Nutrição Funcional. Atendimento em consultório: Clínica Abdo (48) 3223-4003.


comer & beber

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A Lagosta do Ceará

Nosso colunista viaja ao paraíso do sofisticado crustáceo texto e fotos Marcos Heise Lagosta é prato sofisticado. O preço transformou este crustáceo numa iguaria. Mas nem sempre foi assim. Existem relatos de que em meados do século XIX a lagosta era um alimento de classe baixa, consumido apenas pelos pobres e encarcerados. Aqui no Brasil quando se fala em lagosta logo vem a referência ao Ceará, Estado que é o maior produtor, mas que tem progressivamente registrado queda de produção. A questão é grave e já demandou o estabelecimento do período de defeso de seis meses (dezembro a maio ou janeiro a junho). Para variar, é uma luta do mais forte que leva vantagem sobre o mais fraco. O mais forte, neste caso, é a indústria da pesca ilegal e mecanizada, que tem por trás um triste histórico de ausência de fiscalização e de conluios que não vale a pena nem comentar. A pesca artesanal de lagosta é um ofício que vai passando de pai para filho, tudo feito com a mesma técnica rudimentar. As embarcações de madeira são rústicas, feitas à mão, assim como os manzuás — as armadilhas para a pesca. Os barcos se lançam ao mar ainda de madrugada e retornam perto das 15 horas. Lá fora, em profundidades acima de 45 metros, as armadilhas — manzuás — são lançadas com pesos e iscas (pedaços de bagre). Pedaços de isopor na superfície identificam os proprietários. Cada pescador cuida dos seus manzuás. No dia seguinte eles retornam e puxam as armadilhas. A lagosta entra no manzuá e depois não consegue sair. A armadilha, apesar de aberta, engana o crustáceo, que não nada bem. O principal centro pesqueiro do Ceará é o município de Icapuí, onde existem cerca de 300 embarcações. Lá, a rivalidade para saber quem pesca mais entre habitantes e pescadores de duas praias anima as comunidades — Redonda e Peroba.


comer & beber

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Para chegar lá Saindo de Fortaleza pela CE 40 leva umas duas horas até Icapuí. As praias são agrestes, não tem muita infraestrutura e as pousadas são as únicas opções de hospedagem, com ambientes rústicos e integrados à natureza, que os turistas estrangeiros adoram. As paisagens são muito bonitas, principalmente as falésias esculpidas através dos séculos. Tem sol e calor o ano todo.


comer & beber

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Preparo simples É uma carne delicada, quase sem gosto, então precisa de realce, mas não muito, na minha opinião. Basta cortar a lagosta ao meio no sentido do comprimento e temperar com sal, limão e azeite ou manteiga. São 20 minutos de fogo na churrasqueira com a casca para baixo, outros 5 minutos do outro lado só para dar uma rápida dourada e estamos conversados. Duro é conseguir a lagosta fresca, viva, saindo do barco do pescador, como foi possível fazer no litoral do Ceará. Só indo lá mesmo.

Harmonização w Espumantes rosé são uma bela indicação. w Paladares exigentes preferem os vinhos de Bordeaux, da França. w Outra alternativa é um vinho da uva Chardonnay do Brasil, da Argentina ou do Chile. w No caso da cerveja pode ser uma Kolsch, Amstel ou a Baden Baden Golden.

Curiosidades sobre a lagosta w Lagosta vem do latim locusta — donde langosta na Espanha, langouste na França, langust na Rússia, aragosta na Itália, lobster na Inglaterra. Já seu nome científico é Palinurus vulgaris Latreille. w São 33 espécies diferentes, em todos os continentes, variando no gosto em função das águas. w Um dos motivos para seus complexos ciclos migratórios (que muitas vezes abarcam mais de 180 quilômetros por ano) é a busca por temperaturas que consideram mais agradáveis. w As lagostas vivem no leito marinho e não gostam de claridade. w Elas podem viver mais de 100 anos, podem também ficar bem grandes, chegando a pesar 9 quilos. w Ano passado junto à costa do estado americano do Maine foi pescada uma lagosta de 12,2 quilos e 1 metro de comprimento.


A cozinha do Yaah ganhou novos temperos, juntou outros ingredientes e criou o Yaahkisoba. Uma combinação de legumes, carnes, molhos, macarrão ou arroz que você mesmo pode montar, ou saborear os clássicos e tradicionais pratos da cozinha oriental.

Yaah (Centro) Rua Bocaúva, 2.300 (48) 3879.9693

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oculto

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UNINDO O MORRO E O ASFALTO

Oculto foi pioneiro na inclusão do rap nacional nas boas festas da cidade texto Leo Comin fotos marco cezar Quando começamos a produzir as festas do Oculto, em 1999, ninguém tocava rap nacional nas festas de Floripa. O Oculto ousou convidar bandas e djs de Floripa e do Brasil, unindo o morro ao asfalto, promovendo inclusão social e ajudando a conquistar o espaço que o rap cantado em português tem atualmente em todo o país. Começamos passo a passo, primeiro na extinta Fashion Tv Café e depois conquistando mais espaços “nobres”, como o saudoso Café Cancun, onde a música do morro não tinha vez até a nossa chegada. Deu no que deu: misturando tudo, a festa OCULTO HIPHOP CHIC ficou conhecida nacionalmente. Infelizmente, hoje podemos contar nos dedos os djs que apostam exclusivamente no rap; em geral, não têm identidade musical e tocam de tudo para agradar a pista, de house a funk ostentação. Quem perde é a cena musical e os artistas que apostam em qualidade. Um dos caras que a gente convidou naquela época pra tocar nas festas da Beira-mar foi o MC BB Gigante, do grupo Floripa MC’s. Troquei uma ideia com o cara, que segue cheio de planos para o futuro e acredita num futuro melhor tanto para o rap nacional quanto para as comunidades de baixa renda da cidade.


Rapper BB Gigante dá a volta por cima com os Floripa MC’s Criado na comunidade do Monte Cristo, Jackson Soares Aranha, 27 anos, aprendeu cedo que a vida pode ser muito dura para quem toma decisões erradas. Ainda era menor de idade quando foi acusado de tráfico de drogas e passou cinco anos preso no Centro Educacional São Lucas, instituição para adolescentes infratores, em São José. Quando saiu, em 2006, achou que era hora de dar a volta por cima e transformar em arte sua experiência com o submundo. Foi assim que surgiu o Floripa MC’s. Jackson virou o MC BB Gigante, e junto com os outros quatro integrantes do grupo — Babi, Dj Vinil, Guinewá e Gamam — segue firme levantando a bandeira do rap nacional, sempre com letras “papo reto” sobre resistência e esperança. Numa tarde fria, eu e Marco Cezar subimos o Monte Cristo para conversar com BB, que falou sobre o tempo que passou preso, rumos do rap catarina e as novas metas do grupo. revista mural | BB, foi a prisão que te motivou a começar a escrever? Fale um pouco do período de detenção. BB | Comecei a compor em 2001, quando fui interno no antigo São Lucas, como uma forma de desabafar, falar de tudo que eu estava passando na vida, preso. Quando saí em 2006 comecei a encarar de verdade meu sonho. Montamos uma sala de ensaio com caixa de ovo na parede pra melhorar a acústica, ensaiamos e fizemos umas apresentações ali na OAB, na UFSC, na Epagri. Até que 2008 eu entrei num estúdio de verdade e gravei minha primeira música. Hoje temos dois CDs no mercado, “Renascidos do Rap” e “Jogadores”. De lá para cá rolou muita coisa, o grupo segue crescendo. revista mural | Fiquei sabendo que vocês estão gravando um CD de reggae, é isso mesmo? BB | É que eu comecei a estudar outros estilos musicais e senti uma grande vontade de lançar minhas ideias, meus “flows” em outros ritmos. Mas o rap segue firme e forte e o grupo tá trabalhando muito. Leo, quero aproveitar o espaço pra agradecer algumas pessoas que ajudaram o Floripa MC’s nessa trajetória, posso? revista mural | Claro, fica à vontade. BB | Quem me ajudou foi minha mãe, Deus, meus fãs, Ed Brown,

Cacau Menezes, Felipe Miranda, Robson, Castanha, Dj Vinil, Mandrake da Revista Rap Nacional e todos os meus amigos. E tu, né Leo, que sempre deu uma força. Essas pessoas foram fundamentais para a minha evolução no Floripa MC’s.

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mural el divino lounge

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PARABÉNS PRA VOCÊ

Mylene Madeira e Laura Azevedo

El Divino completa nove anos de muita festa fotos MArco cezar e david collaço

O El Divino ocupa um prédio tombado pelo patrimônio histórico, construído em 1907, onde antes funcionava um estaleiro da marinha. Inaugurado em 2004, é um complexo de três mil metros quadrados, localizado na avenida Beira-mar Norte, no centro da capital catarinense. É composto pelo restaurante internacional Arataka, restaurante japonês Setai Sushi Bar e a boate, que é o point das pessoas descoladas de Florianópolis não só na alta temporada, mas durante o ano todo. É um espaço aconchegante e afinado com as tendências vip lounge. Nos ambientes, elementos de uma arquitetura cênica dramática e outras contemporâneas criando uma linguagem contrastante, porém harmônica. A ambientação mais intimista foi criada a partir do grande número de camarotes, sofás, puffs, apoios para copos, almofadas e cortinas. A casa fica aberta o ano todo de quarta a domingo, a partir das 19 horas, cada dia com uma programação diferenciada.

cris e aroldo cruz lima

GIULIANA KORZENOWSKI e bernardo

dari pacheco, michli sagaz, sara lisaki e julia

alex gerente_denise jopp

caroline valente e célio campos

carlos barzan e fabiana barzan

Felipe Kleinubing e Agnes Sakai


mural el divino lounge

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bruna rogedo

flávia hila e pati koerich

Agatha Rauen

Carolina Aguiar

rafinha zeni

edi

rafaela neves

turma da família linhares

caio, claudinho e cláudio

Bia Veit

Cinthia Heinzen

Alice Harger

pinho, kiko e edu

Ana Paula Pfleger


mural el divino lounge

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Rafaela Mitidieri

Bruno Rosa

Gabriela Losekan

alexia lopes

Ana Paula Corrêa

Luiz Fernando Teixeira e Michelle Ramos

Aline Silva

bruno borges e alice sales

luciana inácio

Joel Burger e Arthur Afonso

shirley albuquerque

jaqueline lavina e gabriela bertoldi

tchello brandão e sérgio carvalho

laura sacchetti

Gabriella Vanti

Márcia Martins



mural p12

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Criolo, Filipe Gallotti e Emicida

PARADOR DE GALA

Laura Amin e Max Mazzafera

Bernardo Martins e Renata Guares

Gustavo Abdalla e Karine Pizzolatti

Carla Lins

Thayane Oliveira

Viviane Fantini

Camila Brito

Karen Medeiros

Mariane Marcelino e Arthur Afonso

Arabela e Lorraine Medeiros

P12 se prepara para a estação mais quente fotos david collaço O P12 já se prepara para mais uma temporada de verão, sacudindo a poeira do inverno com grandes eventos, como o trio inglês Above & Beyond, famosos pelo trance progressivo. O parador já deu uma mostra de como vai ser a alta temporada na orla mais disputada de Floripa.

Tamires Vargas e Raquel Pimentel

Above & Beyond

Daniela Folco e Bruno Vidal

Rafael Luciano e Suelen Wonsowis



mural Devassa On Stage

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Samba no pé

Sorriso Maroto e Anjinho

alcione e Zélia Duncan

Primeiro time do ritmo invade o palco do Devassa On Stage

Luana Sagas

Flávio Voltapo e Mylene Madeira

serginho e aline koerich

ana paula vieira

leo levi e simone luciano

margo e roberto benedetti

Renata Paiano

Caroline Fernanda

chico longo

ana caramori

fotos Marco Cezar e David Collaço O grupo Sorriso Maroto e a cantora Alcione foram as atrações que trouxeram o samba no pé para o Devassa On Stage. Sintonia com o público e presença de palco também marcaram o show do Sorriso. Vindos diretamente dos EUA, o quinteto subiu no palco ao som de “Assim você mata o papai”, acompanhado pelo público que cantou em um só coro a música que virou hit em 2012. Uma semana depois, o show de Alcione foi repleto de surpresas e novidades. A diva do samba inaugurou o Projeto in Concert 360º, que traz um novo conceito de show para o complexo Music Park: palco central com mesas e cadeiras numeradas dispostas ao redor compuseram o espaço do show, que fez o público cantar, sambar e até mesmo chorar. Durante o evento, Zélia Duncan surpreendeu a plateia e subiu ao palco para cantar “As Rosas Não Falam”, ao lado de Marrom.

Jéssica Haefliger

Khrystiane GuimarÃes

Amanda Sasso

cristiane e eduardo gutierrez



mural Devassa On Stage

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Júlia Selva e Juninho Cavichioli

BRUXA SOLTA

Festa à Fantasia Magic Island lotou até de manhã o Devassa On Stage

André Sada e Jorge Júnior

Jacqueline Costa e Jéssica Demkiu

Gabriela Moura

Erica Muller

fotos Adriel Douglas e David Collaço A criatividade rolou solta durante a Magic Island, no Devassa On Stage. Produzida pela House Mag, o tema da segunda edição da festa à fantasia foi “Ilha das Bruxas” e inspirou os figurinos do público, que variaram entre bruxas, hippies, personagens de histórias infantis, melindrosas e o que mais a imaginação mandasse. Foram três palcos diferentes: Mystic Stage, Ilusion Land e Nation Stage, que reuniram mais de 30 DJs internacionalmente reconhecidos, como o alemão KeeMo, o australiano Christian Luke, além dos brasileiros do Hand’s Up, Amanda Chang, Chrizz Luvly e os integrantes do Dexterz, Amon Lima e Júlio Torres. Os dois músicos formam o projeto Crossover e se apresentaram como duo por conta da internação de Júnior Lima, em decorrência de cálculos renais. A Magic Island embalou a plateia até a manhã de sábado, quando a sensação era de muita alegria e descontração.

super heróis

Larissa Rico e Kim Martins

Suelen Gomes

Júlia Bayer, Rafaela Fuccini e Ana Poletto

Samuel Oliveira e Thaise Besfontana

Natali Casagrande

tarcizo lopes, josé felipe e joão nascimento



mural Donna Dinning Club

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Felipe Faria, Daniel Matz, Ricardo Chalfin e Bruno Magalha

SABOR DO LUXO

Cimara Motta e Filipe Gallotti

Heloísa Genovez e Gabriel Rocha

Luiza Soares e Arthur Acácio

Martina Santiago e Marcos Jardim

Yasmin Muniz

Vanessa Vianna e Beatriz Golveia

Priscina Martins

Nathalia D’Aquino

renata costa

Sabrina

Dj Vini Gomide

Donna tem o melhor esquenta de Jurerê fotos David Collaço e Angelo santos Misto de restaurante e club, o Donna Dinning Club segue com sucesso total em Jurerê Internacional. O restaurante tem um excelente cardápio e é frequentado pelo primeiro time da cidade. Ferve nos finais de semana com aniversários, lançamentos de marcas e projetos e os famosos “esquentas” que antecedem as baladas de Jurerê.

Amanda Lima e Ana Andrade

Aninha Koerich, Chris Cruz Lima e Rita Cruz Lima

Pinho Menezes e Cynthia Bolzan

Shirlei Silva e Cláudio Sabonete

Wilfredo Gomes e Daniel Kunhen

Manuella Grijó Meller e Francine Mendes



mural cervejaria devassa

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Yasmin Muniz e Lorraine Medeiros

CHOPe E BOA MÚSICA

Mariana Orofino

GIULIANA KORZENOWSKI E FEKA MANSANO

Alana Mondadori

Malu Ferreira

MARCOS ASSMANN E JORDANA PIRES

Xandinho Fontes

JORDANA PIRES E PAULA BORGES

Debora Brasil

LIGIA GASTALDI E MARIANA PANIZ

Karine Fritzen

Cervejaria Devassa é parada certa na Bocaiúva fotos David Collaço

A Cervejaria Devassa entrou no gosto da raça da ilha. O melhor happy hour da cidade tem comida de boteco, chope da melhor qualidade e som ao vivo. Abre de segunda à sábado das cinco da tarde à uma da madrugada.

Pedro Sirotsky e Maria Luiza Richter Petrelli

MAURÍCIO PEIXOTO E TAIS SHIGEOKA

Luiza Freyesleben

Jamil Nicolau e Ana Paula Junqueira


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fields Casa especializada faz Floripa se encantar pelo ritmo sertanejo fotos Adriel Douglas Especializada em música sertaneja, a casa traz as melhores duplas e bandas do estilo, atraindo um público charmoso e animado para um ambiente confortável e com ótimo atendimento. Garantia de diversão ao som do melhor sertanejo universitário e a presença indispensável de lindas mulheres da região. Luan Santana também esteve por aqui e justificou o título de ídolo sertanejo com muito talento e carisma. O jovem cantor conquistou a atenção dos fãs apaixonados assim que subiu ao palco e fez o público cantar os seus sucessos durante toda a apresentação.

Turma da Joana Moreira Dos Santos

Bianca Grando

Bruna Milioli Esmeraldino

Camila Leite

Turma da Brendha Vieira

Gabriel Rocha e Heloisa Genovez Beckhauser

Gabriela Clerici

Gi Hinkel e Junior Bueno

Turma do Diego Gonçalves Farias


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Gabriela Linhares

Adriana Gabriela

Ana Karoline das Neves

Caroline Justino

Gabriela Losekann

Marcos Assmann e Jordana Pires

Giulia Hibrizzi

Juliana Policastro

Lohana Cavalcanti

Juliana Genovez Beckhauser e Gabriela Genovez Beckhauser

Paula Aranalde e Victor Plabos

Flavia Tirloni

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Vanessa Hasckel e JĂŠssica Franzoni

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mural Espaço Floripa

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Salve, Jorge! Ben Jor levanta a galera no Espaço Floripa fotos Adriel Douglas Jorge Ben Jor fez uma verdadeira festa no palco do Espaço Floripa, na mesma noite em que milhares de manifestantes ocupavam as pontes que ligam ilha e continente. O cantor empolgou o público com seu suingue, simpatia e sucessos como o clássico “País Tropical”, que foi cantando em coro pelo público. Jorge Ben conduziu o show como um verdadeiro protagonista da música brasileira, exaltando as belezas do país, do futebol e do povo brasileiro.

Bruna Pasquali Plentz e Bruno De Araújo Menegatti

Gil Goês e Fernanda Torres

Manoela Costa e Janaina Jasper

Umberto Vicentini e Camila Falaschi

Zulmar Accioly, Luciana de Vasconcellos, PC D’ávila e Kyka Or

Larissa zimermann, Taina Snaczilo e Cláudia Mocelin

PC D’ávila e Duda Cunha



mural festival de gramado

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andré sada, rico mansur e eduardo munra

Serra Gaúcha Roger e Fernanda Motta

bianca zanetti,camila palmann e daneille zanetti

Posh e Cafe de La Musique agitam o Festival de Gramado

adriano iodice e paulo velloso

fotos David Collaço e Nelson Peixoto Fernanda Motta, Mario Velloso, Thiago Vianna e Acelino Popó Freitas foram alguns dos vips que marcaram presença na Première Gramado, evento que aproveitou o clima cinematográfico do primeiro final de semana do Festival de Cinema da cidade, no Hotel Casa da Montanha. O público prestigiou a alta gastronomia e os serviços de qualidade, oferecidos pelo parador oficial do evento. Durante o weekend as festas Black & Gold by Posh, sexta e sábado à noite, no hotel; e o Sunset Café de la Musique, sábado à tarde, na Casa Branca, foram embaladas pelos DJs Edo Krause, Pedro Freitas, Pic Schmitz, Tito, Edu Lopes, Rico Mansur, e Jetlag Live!, projeto formado por Paulo Velloso e Thiago Mansur, com participação de Mario Velloso na guitarra. O evento deixou um gostinho de quero mais e a promessa de festas ainda melhores em 2014.

Jaqueline Landert, Lana Kharlashkina e Elana Fomina

helo

dj pic schmitz e letícia milani

bernardo amorin

felipe Klein e Rinaldo Siqueira

keity reis

mario velloso

naomi verli e daniel osowski

Juliana Queiroz e Kamila Monteiro



mural Instituto Lagoa Social

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ARRAIAL DO BEM

Edmilsom Pereira e Marco Ramos

Festa Julina do Instituto Lagoa Social chega à 6.a edição

Bruna Silva

Darline Rodrigues Santos

Marina Machado

Jessica Franzoni

fotos Angelo santos O Instituto Lagoa Social, organização sem fins econômicos, atua na região da Grande Florianópolis e tem seu foco voltado principalmente ao desenvolvimento de jovens e crianças carentes. Desde sua fundação, em 2005, o Instituto vem trabalhando junto a comunidades carentes proporcionando às crianças e jovens o contato com atividades esportivas e culturais. O Arraial Social é uma festa caipira beneficente que visa arrecadar recursos para os projetos e ações do Instituto Lagoa Social. Com sua primeira edição em 2008, Edmilson Pereira tinha como objetivo unir os amigos em prol da causa do bem, e com esse mesmo espírito a festa continua até hoje. Um público jovem, irreverente e de espírito solidário compõe o perfil do Arraial Social, que com criatividade nos trajes, realizam um verdadeiro desfile que é uma atração à parte. O Arraial se consagrou no calendário de festas da cidade e está na sua 6.a edição. O evento sempre teve apoio de empresas e empreendedores locais, mantendo a parceria durante todas as edições.

Guilherme Capela e Mayra Favareto

Flávia Cavasotto e Victor Guerreiro

Mariane Marcelino e Ellen Teodoro

Monique BBB e Celso Martello

Neimar e Edmilson Pereira

Nader Khalil e Jeane


by Vivian Simas

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empreendimento

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Nazário Advogados inaugura nova sede Um reforço de peso na advocacia catarinense fotos marco cezar A advocacia catarinense ganhou reforço com a inauguração da nova sede do escritório Nazário Advogados Associados, em Florianópolis. Localizado na rua General Bittencourt, o escritório é resultado da fusão dos irmãos e sócios Anderson Nazário e Liandra Nazário Nobrega, com mais de 12 anos de experiência no ramo, com a competência de outros dez profissionais na área do Direito. São eles: Anna Paula de Souza Cardoso, Carlos Augusto R. Gallo, Gustavo Amante de Souza, Juliana Lessmann, Leonardo Costódio Neto, Luiz Cesar Costa, Rafael Pereira de Souza, Renato Boabaid, Rubens José de Andrade, Simone Arnaboldi de Camargo e Thuany Bairros Fiorese. Desta forma, o novo time de profissionais associados atuará em uma estrutura full service, na qual cada especialista coordenará áreas distintas do Direito público e privado, em um modelo diferenciado em Santa Catarina. O coquetel de inauguração da nova sede foi prestigiado por muitos amigos e colegas de trabalho, com bufê assinado por Roberta Almeida, da Miss Festas.


empreendimento

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leo xavier, liandra e anderson nazário

alessandro abreu, sérgio gomes e rafaela almeida

dr. volnei Ivo carlin e anderson nazário

alcidina martins e liandra nobrega

Carla, Larissa, Doreni, Ricardo, Lincoln, Gabriel, Liandra, Gabriela, Isabela, Marco e Mário

leonardo costódio, carla leitis e antonia custódio

lia nazário, juraci nobrega e carlos nobrega

liandra e anderson nazário

micheli, manoela e mané ferrari

Simone, Anna Paula, Thuany, Liandra, Juliana, Leonardo, Rafael, Luiz Cesar, Renato, Rubens e Nazário

silvestre, islania e juliana Lessmann

suzane torri, mariana viana e liandra nazário

Valter nazário, lia, josi, zeca machado e cristina nazário

liandra nazário e paulo freitas

maurício kuerten e rafael pacheco

rÔmulo garcia e daniel ananias

guilherme sarkis e Barbra Muller


mural Tina Acessórios & Boutique

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ACESSÓRIO FUNDAMENTAL

nereida, alessandra, daniela e gisele

Ateliê Tina Acessórios & Boutique é boa opção em bijuterias exclusivas e personalizadas, acessórios e boutique

tati e tina

fotos Marco Cezar Há mais de quinze anos no ramo, a designer de acessórios Tina Nunes Pires começou fazendo suas peças em sua casa e vendendo aos amigos, família e na faculdade, onde é formada em Pedagogia Empresarial. Resolveu seguir seu coração e fazer o que mais gostava, criar e confeccionar acessórios. No ano de 2004, teve a oportunidade de produzir as bijuterias para as franquias das lojas Someday, mas continuou atendendo suas clientes em casa. Em setembro de 2012, resolveu mergulhar de cabeça no trabalho e abriu o Ateliê Tina Acessórios, um espaço confortável para receber suas amigas e clientes. A inauguração foi um sucesso. Seis meses após a abertura já ampliou seu ateliê com a loja Tina Acessórios & Boutique, onde além de acessórios, a loja oferece tudo o que uma mulher precisa para montar seu look com muito bom gosto: bolsas, relógios, óculos, havaianas customizadas, roupas, rasteiras com pedrarias e muito mais, tudo feito com muita dedicação e amor. A cada dois meses, Tina reúne convidados para um delicioso coquetel, onde todos se encontram, brindam, ficam por dentro das novidades e fazem suas comprinhas no maior clima de festa. Endereço | Rua Doutor Abel Capela, 195 — Galeria das Flores — Coqueiros www.facebook.com/Atelier-Tina-Acessórios

miguel, tina e carlos

Lia e Zé Pileque

gisele e bevens e eduardo bumbo

rogério e nereida

Adriana Beck Monguilhott

renata

dani

kathleen

cintia e fabiano assis

tatiana



Parada da Diversidade

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luta pela igualdade

Parada da Diversidade se consolida como alternativa econômica para a baixa temporada na capital catarinense texto carla cavalheiro fotos Eduardo Valente Uma multidão estimada em mais de 110 mil pessoas de todas as idades invadiu a avenida Beira-mar Norte para protestar contra a homofobia, o machismo e o racismo durante a 8.a edição da Parada da Diversidade, que este ano teve como tema “O amor tem todas as cores.” “Tivemos vários avanços nos últimos anos em relação aos crimes que afetam as minorias. Lutamos não só pelos homossexuais, mas pelas mulheres vítimas de violência, pelas crianças em situação de risco social, pelos negros que mesmo depois da abolição da escravidão, não conseguem efetivamente seu espaço social. Essa não é só uma parada gay. É uma manifestação social e principalmente, familiar”, avalia o idealizador da Parada, o vereador Tiago Silva e autor da lei municipal que criminaliza a homofobia. O evento deste ano teve pela primeira vez a presença do prefeito de Florianópolis. Cesar Souza Júnior, que sempre que pode participou da Parada enquanto foi secretário estadual de Turismo, acompanhou a marcha em defesa da igualdade. “A Parada é importante porque confirma nossa cidade no calendário da luta contra a homofobia e também por ser o segundo evento que mais atrai turistas para a capital e consequentemente, gera grande movimentação na economia local fora da temporada de verão”, confirma Cesar, sobre dados da pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio/SC).


Parada da Diversidade

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Além da festa A Parada da Diversidade deste ano envolveu não somente a grande marcha de setembro. Pela quarta vez foi realizada a Semana da Diversidade, que teve programação aberta ao público com debates, exibição de filmes e os Jogos da Diversidade. “É preciso manter esse debate permanente em busca de soluções para o combate à violência contra as minorias”, afirma Audenir de Carvalho, um dos organizadores da Parada da Diversidade. E se os organizadores comemoram o público e a manifestação de apoio à igualdade, o comércio local festeja a grande presença de turistas na baixa temporada. E para 2014, eles podem continuar comemorando. De acordo com a pesquisa Fecomércio, 97% dos turistas que participaram do evento este ano pretendem voltar em 2014. Quase 60% dos visitantes eram catarinenses e 47,3% participaram da Parada da Diversidade de Florianópolis pela primeira vez. Pelo menos 55% dos entrevistados avaliaram o evento como excelente. E para finalizar, a Parada deste ano foi responsável por injetar R$ 10 milhões na economia local durante uma semana. “Contra número não há argumentos. Vamos ao planejamento do evento do próximo ano. E enquanto houver violência, discriminação e racismo, nos manteremos ativos nessa luta”, conclui Tiago Silva.


hist贸ria

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O real significado da Festa do Divino Espírito Santo

texto celso martins fotos marco cezar

Se você chegar em Toronto, no Canadá, ou Boston, nos Estados Unidos, e vislumbrar a pomba branca que simboliza o Divino Espírito Santo, tenha certeza de uma coisa: ali existe uma comunidade de origem luso-açoriana. Há quem diga que existindo três açorianos haverá uma Irmandade do Divino Espírito Santo e, com mais uma, a disposição de organizar festejos. O culto ao Divino se tornou uma espécie de DNA luso-açoriano, marca registrada, signo de uma identidade que não se perdeu na diáspora. Os pesquisadores indicam seu surgimento por volta do ano 1296, em Portugal, sob inspiração do Bodo aos Pobres, antiga prática religiosa que consistia na distribuição de comida e esmolas. Quem primeiro viu na prática uma força espiritual singular foi a rainha Izabel de Aragão, estimulando a iniciativa dos franciscanos acolhidos em Alenquer. Outra informação importante é que o culto ao Divino nunca foi visto com bons olhos pela alta hierarquia católica, chegando a ser proibida no Brasil no início do século 20. A Folia ou Folia do Divino que acompanhava os Peditórios ou Bandeiras na visitação às famílias em busca de recursos, foi considerada “pagã”. Ao insistir na retomada dos festejos a comunidade católica viu o apelo parcialmente atendido: o culto pode continuar, mas sem a Folia.

“Rebelião” Vimos até aqui a existência de uma tensão permanente entre a religiosidade popular, mais afeita ao chamado “cristianismo primitivo” ou dos primórdios da fé em Jesus Cristo, e a cúpula católica. Nos dias atuais, no caso de Santo Antônio de Lisboa, temos uma Irmandade do Divino Espírito Santo instituída nos anos 20 do século passado, perdendo atribuições que foram repassadas ao recém criado Conselho Pastoral da Comunidade (CPC). O descontentamento se manteve presente em toda a última Festa do Divino de Santo Antônio de Lisboa, inicialmente nos bastidores e chegando ao público através do portal de Notícias Daqui na Rede. Uma missa realizada no Casarão e Engenho dos Andrade foi o ponto de partida para tornar público o desconforto. A direção da Irmandade entrou em cena colocando panos quentes na “rebelião”, prometendo assumir a polêmica no final dos festejos, o que deve ocorrer por esses dias. O arcebispo de Florianópolis Dom Wilson Tadeu Jönck rezou missa na última Festa do Divino, irradiando simplicidade, sorridente e cumprimentando a todos. Soube por um passarinho da polêmica que o aguardava e, ao invés de anunciar a recriação da Paróquia de Santo Antônio, como era esperado, deixou um recado claro: sem união não haverá Paróquia.

história

Autonomia açoriana

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história

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Partilha Essa autonomia do culto ao Divino é uma das maiores riquezas espirituais das comunidades que mantém a tradição, à margem do curso oficial das coisas ditadas por Roma, expressando o catolicismo secular, passado de geração a geração, repleto de simbologias: a Coroa e o Cetro, a Bandeira, a Pomba, o Cortejo, Novenas, Peditórios e as presenças de um Imperador, uma Imperatriz e uma Corte, Coroação e outros. Funcionando como uma espécie de Constituição, o culto se baseia nos Dons do Divino, num total de sete: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor de Deus. Como pano de fundo de tudo isso está o princípio da Partilha, sobretudo do alimento. A Massa do Divino (pão) nos formatos de partes humanas como coração e mão, assume aqui o significado maior.

Peculiaridades Em Santo Antônio de Lisboa essa autonomia que assegura a continuidade da prática religiosa se sustenta na inovação permanente, ou seja, a inclusão de novas práticas. Exemplos claros são a Divina Farinhada, o Risoto e Cozido divinos, a carreata de carros e bois, mais as atividades literárias e artísticas (em 2013 ocorreu o lançamento do livro Bom Dia ouvintes do Manhãs de Sábado, de Paulo Ricardo Caminha, e a exposição de fotos de Edson Luiz da Silva/Velho Bruxo). Tudo isso acontece ao lado das solenidades religiosas, como as missas. Uma inovação característica de Santo Antônio de Lisboa é a missa de Coroação de Nossa Senhora das Necessidades, antecedida de ensaios e organização da decoração e iluminação. Em comum com as demais comunidades que cultuam o Divino está a escolha de um casal festeiro anual, encarregado das Novenas nas residências e das Peditórias, atividades desenvolvidas nos meses que antecedem os festejos.

(acima) Interior da igreja de Nossa Senhora das Necessidades e Santo Antônio


texto Sérgio Luiz Ferreiras fotos marco cezar

A Festa do Divino Espírito Santo e Nossa Senhora das Necessidades é a principal confraternização da comunidade, expressão máxima da cultura e da religiosidade açoriana. Realizase, segundo a tradição, desde 1754, em Santo Antônio. Entre as várias atrações encontra-se o cortejo imperial que é uma tradição popular legada pelos colonizadores açorianos. Sua origem encontra-se na Idade Média, quando a rainha Santa Isabel (1270-1336), esposa de Dom Diniz, durante os festejos do Espírito Santo, transferia simbolicamente poderes reais a uma pessoa do povo por três dias. No dia da coroação desta pessoa era realizado o cortejo imperial, representando a corte portuguesa. Acontece também durante a festa a coroação da imagem secular de Nossa Senhora das Necessidades. Meninas vestidas de anjo homenageiam a mãe de Cristo com uma encenação emocionante e bela. O culto ao Divino Espírito Santo é marca indelével da cultura açoriana. Onde há açoriano, há festa do Divino. Até hoje nos Açores é a maior festa popular. A Segunda-feira do Espírito Santo é feriado em toda a Região Autônoma dos Açores, sendo chamado de Dia da Autonomia. Apesar de as festividades terem iniciado no continente português, lá praticamente desapareceram. Em contrapartida no Arquipélago e na diáspora açoriana é cada vez mais forte. Somente na Califórnia (EUA) há mais de 100 festas do Espírito Santo. No Canadá também e em todas as comunidades de migrantes açorianos.

Herança Florianópolis é o município do Sul do Brasil onde ocorrem mais festas do Divino. Trata-se de uma manifestação tão forte que não há nenhuma comunidade que tenha deixado de fazê-la. Ao contrário, cada vez mais comunidades vão passando a realizá-la. Há comunidades em que a festa surgiu ainda no século XVIII, como é o caso do centro da cidade, Santo Antônio de Lisboa, Lagoa da Conceição e Ribeirão da Ilha. Há festas surgidas no século XIX: Rio Vermelho, Canasvieiras e Trindade. Outras surgiram ao longo do século XX: Campeche (1954), Estreito (1955), Pântano do Sul (1962), Saco Grande (1973) e Cachoeira do Rio Tavares (1995). Mas na Barra da Lagoa e na Prainha ela iniciou já no século XXI, em 2001 e 2005 respectivamente. Sinal de que a festa do Divino alcança cada vez mais comunidades. É importante lembrar que cada uma dessas festas alcança, através da bandeira peditória, as suas comunidades vizinhas, integrando, dessa forma, quase todas as comunidades florianopolitanas. A Festa do Divino é muito mais que uma tradição religiosa, ela é uma manifestação cultural e folclórica dos habitantes da capital de Santa Catarina. Irmandade do Divino Espírito Santo à frente dos cortejos

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As origens mais remotas

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Símbolos Os festejos, em muitas comunidades, ocorreram por ocasião de Pentecostes, cinquenta dias depois da Páscoa. No entanto, em Santo Antônio de Lisboa, no tempo do arcebispo Dom Joaquim Domingues de Oliveira, bispo de 1914 a 1967, ela acontecia quando ele podia vir presidi-la. De qualquer forma, ficou a tradição de se fazê-la no segundo semestre. Desde 1992 ela vem sendo realizada no primeiro final de semana de setembro, coincidindo com dia de Nossa Senhora das Necessidades (8 de setembro). O ciclo inicia com a saída da Bandeira, do Cetro e da Coroa pelas comunidades da Barra de Sambaqui, Sambaqui, Praia Comprida e Barreira. As pessoas costumam chamar o peditório de “tirar com o Santo”. A Bandeira que corre a freguesia é bandeira pobre, com poucos enfeites, várias fitas coloridas, doadas pelos fiéis quando de sua visita, presas no alto do mastro. Encimando o mastro fica a pomba branca de asas fechadas. A pomba de asas abertas só é usada nos dias da festa. Geralmente uma moça carrega a bandeira, um irmão do Espírito Santo vestido de opa vermelha carrega a coroa sobre a salva e uma criança carrega o cetro.

Peditório A chegada do séquito é anunciada pelo som cadenciado do tambor, as pessoas dizem “lá vem o Santo”. De primeiro, o séquito era acompanhado pela Folia do Divino, hoje as folias, na maioria das comunidades, só costumam se apresentar em ocasiões especiais. A folia do Divino é um grupo de músicos composto por rabeca, viola e pandeiro. De modo geral, trata-se do mesmo grupo que por ocasião do Natal canta o Terno de Reis. Os cantores são o repentista, a tripa e o baixão. O repentista é um verdadeiro mestre de cerimônias, que através dos versos, saúda as pessoas, fala do Espírito Santo e ordena o que cada um do cortejo deve fazer. Voltemos ao peditório. Ao chegar à casa, se a porta for aberta, o grupo entra. A coroa é colocada sobre a mesa, as pessoas da casa beijam a bandeira ou a pombinha e a dona da casa costuma levar a bandeira para percorrer a casa. Muitos se enrolam na bandeira, cobrem os doentes e as crianças, muitos se emocionam.

Pode-se rezar ou simplesmente fazer o sinal da cruz. Algumas pessoas aproveitam esse momento para colocar mais uma fita na bandeira, fruto de graça alcançada. Por fim, o dono da casa coloca uma oferta na coroa e ela segue em frente. Essa oferta pode ser dinheiro, ou ovo, ou trigo, qualquer produto que possa servir para arrecadar recursos para a festa. A noite, na casa que a bandeira foi acolhida, acontece uma novena. Na maioria das comunidades a novena do Espírito Santo é constituída de cantos ao Espírito Santo, Gloria Patri (em latim) e ladainha de Nossa Senhora em latim. Após a novena pode ocorrer leilão de prendas doadas pelos mordomos nominados na novena anterior. É costume também que o dono da casa ofereça uma sopa, café ou algum alimento aos participantes da novena. A bandeira só retorna para a igreja na semana da Festa. Sérgio Luiz Ferreira é historiador.






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