especial
MINEIRINHO, CAMPEテグ MUNDIAL DE SURFE
POR OLAVO MORAES
a nova vida de JULIANa WOSGRAUS FLORIanテウpolis ANO 343: a capital 53 anos mais velha
6 editorial
foto caio cezar
BOAS ONDAS
R
echeada de assuntos legais, esta edição da Mural traz uma matéria especialíssima de onze páginas com o atual campeão mundial de surfe, Adriano de Souza, o tão falado Mineirinho. Líder do Brazilian Storm, Mineirinho — que mora no Campeche — conversou com nosso repórter Olavo Moraes e falou sobre a dura trajetória até a conquista do título, o casamento com a florianopolitana Patrícia Eike e os planos para um futuro que tem tudo para ser cada vez mais brilhante. Ainda falando de surfe, tem a cobertura do Desafio de Duplas, onde o que menos importava eram os resultados. Em clima de diversão e confraternização, o evento promoveu reencontro de pessoas que desde os anos 70 foram fundamentais para o fortalecimento do esporte no estado. Depois de quase duas décadas à frente de sua coluna no Diário Catarinense, Juliana Wosgraus respira aliviada depois que deixou o jornal e passou a ter tempo para projetos mais pessoais e para curtir seu recanto na Lagoa da Conceição, onde vive em paz com a cachorrinha Lua. Urbano Salles, um craque da caneta, entrevistou a colunista-artistapianista-designer-poeta, que conta tudo a partir da página 14. A Mural também foi ouvir a história de Osvaldina da Silva, a segunda mulher mais velha do Brasil, que vive lúcida e soprou velinhas em seu aniversário de 112 anos, comemorado com a família e amigos no Lar de Idosas da Seove, no Sul da Ilha.
A jornalista Monique Vandresen explica direitinho como é que a partir da aprovação de uma lei que alterou a data de aniversário da cidade, Florianópolis ganhou 53 anos a mais e passou a ser a capital mais antiga do Sul do país. Leo Oculto conversou com Rael LDC, o rapper da Lagoa da Conceição que é a cara de Floripa. Rael, que acaba de virar pai, vem conquistando cada vez mais público em outras cidades e começa a aparecer também como produtor musical. Nossos colunistas trazem informações úteis para quem quer viver bem: Mariana Barbato fala sobre como esculpir o rosto com técnicas dermatológicas, Ana Carolina Abreu mostra os benefícios do consumo de brócolis e repolho, Roberta Ruiz ensina como manter a coluna ereta com o Pilates e Marcus Heise conta a história de uma iguaria do vale, a Linguiça Blumenau, tombada por um projeto de lei como patrimônio cultural do município. E como sempre, fotos das melhores festas nos lugares mais estrelados da cidade: além do aniversário do advogado Claudio Gastão da Rosa Filho, que movimentou o primeiro time nos salões do La Perle ao som do dj Cacau Menezes, tem Le Barbaron, Posh, Cafe de La Musique, Music Park, Pacha, Milk, P12, Devassa On Stage e Donna. Boa leitura a todos e até a próxima edição. Um beijo e um abraço,
expediente
8 DIREÇÃO MARCO CEZAR marcocezar@marcocezar.com.br
perfil O novo luxo de JULIANA WOSGRAUS
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história FLORIANÓPOLIS, 343 ANOS DE PRAIA
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fotografia foto no varal
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personagem CENTENÁRIA SENHORA
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patrimônio A NOVA VELHA PRAÇA
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radicais O NOSSO SURFE
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saúde rosto escultural
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nutrição Orgânico de verdade
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hora da feira Repolho e brócolis, dois aliados
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PHYSIO PILATES Mente quieta, espinha ereta
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comer & beber Tradição catarina
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oculto RAEL DA LAGOA
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EDITOR CHEFE MARCO CEZAR EDITOR assistente CAIO CEZAR JORNALISTA RESPONSÁVEL marcos heise (MTb-SC 0932 JP) PLANEJAMENTO GRÁFICO ayrton cruz COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Adriel Douglas Ana Carolina Abreu Angelo Santos CADU FAGUNDES Caio Graça cARLOS BORTOLOTTI cesar carnero Daniel Oliveira darline santos EDDU FERRACCIOLI ELIO MAGALHÃES fábio Brüggemann josé corRea Larissa Trentini laura sacchetti Leo Comin Mafalda press mara freire Marcelo Schmoeller Marcos Heise mariana TREMEL Barbatto Máurio Borges Monique Vandresen Olavo Moraes Rafael Romano ROBERTA RUIZ Roberto Perdigão TIAGO LAUTERT urbano salles COMERCIAL Bramídia 48 9909-7916 impressão Maxigráfica | Curitiba/PR marcocezar@marcocezar.com.br www.marcocezar.com.br www.revistamural.com.br 48 3025-1551
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floripa é show Os melhores momentos do verão 2016
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MURAL DA MORAL MURAL no mar
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LE BARBARON VIDA MANSA NA BRAVA
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mural posh CASA DA MAGIA
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mural Cafe de La Musique HORA DO CAFEZINHO
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mural Donna INOVAÇÃO CONSTANTE
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mural Music Park CARNAVAL SEM SAMBA
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mural Pacha VERANO CALIENTE
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mural Milk sensação da noite
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mural p12 VERÃO FERVENDO
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mural Devassa On Stage PALCO PARA TODOS
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comemorações Parabéns, doutor!
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concurso PADRÃO DE FELICIDADE
índice
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44 capa Adriano Mineirinho Foto marco cezar assistente Laura sacchetti
perfil
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Sem a rotina do jornalismo diário, a ex-DC curte a vida com menos estresse e retoma projetos com DNA cultural
texto Urbano Salles fotos caio cezar
C
ai a tarde no Canto da Lagoa e ela caminha pelos jardins do condomínio padrão resort onde mora com a mesma naturalidade com a qual até há pouco, como colunista do Diário Catarinense, costumava circular pela alta sociedade de Santa Catarina. Juliana Wosgraus continua sendo a grife Juliana Wosgraus, mas seu ritmo agora é diferente. Uma das estrelas locais da segunda onda do colunismo, quando entraram em cena profissionais com maior nível cultural e domínio de texto, ela experimenta uma nova fase desde que deixou o DC, em junho de 2015, após quase duas décadas no posto. Sempre escoltada pela fiel escudeira, a cadela “Lua”, de quatro anos (“ela era maltratada e eu adotei”, salienta a dona), Juliana segue uma rotina mais suave, dedicada às artes, aos prazeres mais simples e à reflexão sobre a carreira e a vida pessoal, especialmente a perda da mãe, a também artista plástica Ivone Wosgraus, após uma longa batalha contra o câncer, em dezembro de 2014. Tempo de fazer balanços e seguir em frente. “Nunca fui deslumbrada. A demissão, de certa forma, me salvou”, admite. “Nos últimos anos, com a minha mãe doente, eu já estava me sentindo cansada daquela rotina de fechar a coluna até em feriado. Só tinha o sábado livre”, relembra Juliana, que fala sem rancores do momento em que foi demitida (sem justa causa), pegando de surpresa milhares de leitores. “Me ligaram na véspera marcando uma reunião. Achei um pouco estranho, aquilo não era comum. No dia seguinte, eu já sabia oficialmente da decisão. Fizemos um acordo. Fiz questão de ir até o fim me despedindo na coluna e no blog. Mesmo exausta, amei meu trabalho até o último dia!.”
Sobre se aceitaria convites para voltar a fazer coluna diária de variedades, Juliana não demonstra entusiasmo. “As coisas mudaram muito, vivi os melhores momentos de uma fase do Brasil e da mídia em que havia mais glamour”, analisa. “Hoje estou bem, estável financeiramente. Além do mais, não tenho herdeiros, isso me deixa ainda mais tranquila. Muito do que eu fazia, como trabalhar seis dias por semana, era também para dar orgulho para a minha mãe... Quero paz de espírito, simplicidade. Eu tenho ego, sim, mas sempre foi mais pelo meu trabalho do que pela minha pessoa física”, acrescenta. No penúltimo post em seu blog no clicRBS, ela já havia declarado: “Não há mais emergências nem urgências. Preciso saber como é viver assim. E ganhei essa chance.” O fim da “era DC” trouxe à Juliana a sonhada oportunidade de transitar em locais públicos com menos assédio de leitores — e bajuladores, uma consequência da notoriedade que incomodava a então colunista. Ela não esconde que, a partir do momento em que parou de escrever no jornal, muitas pessoas que se diziam amigas desapareceram como num passe de mágica. “Ficou clara a separação entre os amigos da Juliana e os amigos da colunista. A Cristina (Larcerda Prazeres), a Ana (Luiza Trindade), a Witti (Wittinrich), a Maristela e o Tero (Cavallazzi) são exemplos desses amigos de verdade que gostam da gente como a gente é”, destaca.
perfil
O novo luxo de JULIANA WOSGRAUS
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Quem visita sua cobertura duplex de frente para a Lagoa da Conceição sempre se encanta com a paisagem — e com a rica miscelânea de livros, peças de design do mundo todo e obras de arte distribuídas cuidadosamente pelas paredes, como numa galeria de arte. Logo na entrada, o olhar se volta para um grande Paulo Gouvêa, jovem pintor que começou como grafiteiro e hoje é reconhecido no mercado nacional de artes plásticas. Subindo a escada que leva ao segundo piso do apartamento, há tesouros como um quadro do também aclamado Walmor Corrêa, catarinense radicado em São Paulo. Nada mais natural para uma moradora que, além das próprias criações (colagens, luzes, objetos e instalações), trabalha diretamente com o mundo das artes visuais desde os anos 1980/1990, quando militava na ACAP (Associação Catarinense de Artistas Plásticos) e na Fundação Catarinense de Cultura. “Tenho orgulho do que fiz para incentivar a produção artística, como a criação do espaço Casa da Alfândega e o Salão Victor Meirelles. O Janga (João Otávio Neves Filho) e o Harry Laus foram figuras-chave nessa época”, assinala. Ainda nos anos 1980, Juliana saboreava a estreia como colunista semanal no suplemento Anexo de A Notícia. “A coluna e o caderno tinham uma pegada mais cultural, mas eu também já dava notas mais sociais”, recorda, enquanto folheia pastas com antigas colunas arquivadas. “Olha essa com a foto da Isabela (Althoff)... como ela já era linda!”, se encanta, com um brilho indisfarçável nos olhos. Tão animada quanto, ela procura nas estantes exemplares dos dois livros de poesia que lançou: “Miscelânea” (1994) e “À Luz da Lua” (2002). Luxos de quem pode exibir no currículo um DNA cultural que chega até a música, hoje exercitada num piano eletrônico que pretende trocar em breve por um “mais orgânico”.
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Ao mesmo tempo em que guarda muitas recordações e objetos do passado, o apartamento tem toques modernos da moradora por todos os lados, como nas cinco portas plotadas com imagens relaxantes que ela própria escolheu e colou. Um lugar perfeito para curtir a vida, sem estresse. “É longe do auê, mas sem isolamento”, elogia a proprietária. “Hoje me considero uma lagoense legítima, embora não vá com muita frequência ao centrinho. Gosto do
conforto de uma rasteirinha, de um legging, de um short. O curioso é que, por causa da posição estratégica do condomínio, acabo indo mais ao Rio Tavares e ao Campeche.” Perguntada se continua vaidosa, ela logo chama para entrar no espaçoso closet repleto de roupas de festa e para o dia a dia onde, bem no centro, há uma mesa tipo camarim para maquiagem e penteado. “Adoro me produzir, tenho o dom”, observa.
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Quando a solidão aperta, quem salva é a “Lua”, companheira e esperta. O último relacionamento amoroso que Juliana teve foi com o empresário náutico Tchello Brandão, seu vizinho de condomínio. Casar para valer, só uma vez, com o produtor de eventos Zacarias Xavier, com quem não teve filhos. “Somos amigos até hoje, mas não fui criada para casar, não adianta. Casar é pedir para eu me incomodar”, confessa. Enquanto aproveita a nova fase sem compromisso diário de trabalho, sua cabeça criativa não para de funcionar. Juliana
voltou-se novamente para a literatura, dessa vez escrevendo microcrônicas numa pegada haikai que já despontava no seu livro de 1994. Outro xodó do momento é a música “Eu Vou Buscar Roberto Carlos”, uma colagem ainda inédita de trechos de canções do Rei. Passados mais de 15 anos desde que lançou sua primeira coleção em parceria com a Tibaux, também voltou a criar joias, com foco em pedras brasileiras e coloridas. “Não quero nada que possa parecer ostentação. Prefiro peças mais acessíveis. Hoje em dia, tudo que custa caro demais me afronta”.
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FLORIANÓPOLIS,
343 ANOS DE PRAIA
foto ACERVO IHSC
Lei adiciona 53 anos à data de fundação e torna a capital a mais antiga do Sul do Brasil texto Monique Vandresen
Alfândega, 1875 foto cARLOS BORTOLOTTI
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A
s mudanças repentinas nas histórias que envolvem deixar para trás (ou ainda mais para trás) a mocidade raramente são felizes, mas Florianópolis conseguiu envelhecer 53 anos em 365 dias e ainda festejar. É que há, nestes cinquenta e poucos anos a mais, uma retratação histórica: no final do ano passado, o aniversário da cidade deixou de ser a data da emancipação de Florianópolis do município de Laguna, em 1726, e passou a ser a de fundação do povoado, em 1673. A mudança é uma reivindicação antiga de historiadores e marca o ano em que o bandeirante Francisco Dias Velho muda-se para cá com a família e cem criados. Nestes 343 anos, o que se construiu foi uma cidade consegue ser provinciana e cosmopolita, descolada e careta. Uma miscelânea de identidades onde, reza a lenda, podemos manter uma certa qualidade de vida. Passear pela Lagoa ou por Santo Antônio num final de tarde de um dia de semana no começo do outono faz com que a gente pense que toda esta gente que resolveu adotar Florianópolis deixa a paisagem mais arejada. Por outro lado, quem precisa voltar para a Lagoa ou para Santo Antônio no final de um dia de trabalho acaba chegando à conclusão de que a falta de planejamento — e toda esta gente, quase sempre maravilhosa, que resolveu adotar Florianópolis — só deixam a paisagem mais afogada.
Mas isto é só porque a gente não conhece ou esqueceu da Marginal Pinheiros: em no máximo 40 minutos estamos todos em casa, dando aquela conferidinha básica no que acontece no vizinho. E o vizinho pode ser um restaurante tailandês, o terreno onde seu Joca deixa a vaca pastando ou uma incubadora de tecnologia. A história da cidade que abriga gente de toda a parte — gregos, libaneses, alemães, portugueses e tantos outros migrantes e imigrantes — começou em 1526, quando o espanhol Sebastião Caboto batizou a Ilha com o nome de Santa Virgem de Alexandria. Em 1541, Álvar Nuñes Cabeza de Vaca foi nomeado governador da Ilha de Santa Catarina pela coroa espanhola. A definição da nova data de nascimento desta senhora foi determinada pelo início do povoamento e colonização do que hoje é a capital catarinense: “Em 1673 é que temos a primeira relação de permanência“, explica o vereador Afrânio Boppré (PSOL), autor do Projeto de Lei que acrescentou 53 anos à idade da cidade. “Até o este período, no século XVII, os espanhóis paravam para descanso ou trabalho e iam embora. Dias Velho plantou nessa terra, e a partir daí foi constituída uma relação administrativa. Isso caracteriza uma fundação.” foto ACERVO IHSC
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foto cARLOS BORTOLOTTI
foto cAio cezar
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foto ACERVO IHSC
Com a lei n.o 9.861/2015, sancionada em setembro do ano passado, Florianópolis passa a ser a capital mais antiga do Sul do Brasil: Curitiba foi fundada em 1693, e Porto Alegre já no século XVIII, em 1772. A nova data faz uma deferência à chegada do bandeirante Dias Velho como o marco inicial da colonização da cidade. O projeto de lei do vereador Afrânio Boppré (PSOL) nasceu de uma iniciativa da família do desembargador Norberto Ulysséa Ungaretti, falecido em 2014. O projeto, que também teve a participação do vereador Guilherme Fontes, foi recebido positivamente pela população, que aprovou a nova data em audiências públicas. Além disso, um trabalho de pesquisa realizado pelos historiadores Evaldo Pauli, Sérgio Schmitz e Nereu do Vale Pereira confirma a importância da nova data: 1673 é o ano em que o bandeirante Francisco Dias Velho começa a colonização da cidade, através de uma pequena empresa agrícola, gado, construção de engenhos, e construção de uma capela de pedra e cal. A mudança da data é defendida desde a década de 60 pelo sociólogo, economista e folclorista Nereu do Vale Pereira, 87. Na época, Pereira tentou em vão, com os professores Oswaldo Cabral e Walter Piazza, oficializar a fundação do povoado como data no nascimento da cidade. Ele explica que o estudo realizado pelo Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina foi encomendado pela Prefeitura de Florianópolis em 2003. Os pesquisadores utilizaram diferentes
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A velha senhora ficou mais velha
arquivos históricos e as publicações de vários autores, entre eles do próprio Nereu do Vale Pereira, de Pedro Taques e de Evaldo Pauli. Para o vereador Afrânio Boppré (PSOL), é “um débito que a cidade tem com ela mesma”. a data de aniversário deve permanecer a mesma, 23 de março, já que, dia e mês exatos da fundação são desconhecidos.
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Fundos do mercado foto ACERVO IHSC
Carl Hoepcke foi um dos pioneiros da industrialização em Florianópolis. Com outros comerciantes como Wendhausen, Mayer, Born e Muller, promoveu a modernização do porto e das relações mercantis com outros mercados, oferecendo uma variedade de artigos antes nunca comercializados. Neste período, final do século XIX e início do século XX, os comerciantes açorianos vão sendo gradativamente substituídos por comerciantes de origem alemã.
rita maria, 1900
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foto ACERVO IHSC
Jurerê Mirim ou Açorianópolis?
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foto ACERVO IHSC
Nereu do Vale Pereira, que fez parte da comissão de estudos que confirmou a alteração na data da fundação de Florianópolis, também defende que o nome da Capital deveria ser Açorianópolis, em referência aos açorianos que povoaram e definiram os principais traços culturais do município. Também substituiria a homenagem prestada a Floriano Peixoto, segundo presidente da República brasileira, que incomoda muitos estudiosos. Florianópolis já teve outros nomes: seus primeiros habitantes foram os índios tupis-guaranis, que lhe deram as primeiras nominações: Miembipe e Jurerê Mirim. Pereira lembra que em 1526 o espanhol Sebastião Caboto batizou a Ilha com o nome de Santa Virgem de Alexandria. No século XV, Francisco Dias Velho funda a povoação de Nossa Senhora do Desterro. É nesta época que chegam os cinco mil colonos saídos das ilhas dos Açores e Madeira, enviados pelo governo português. Em 1894, em uma homenagem a Floriano Peixoto, a cidade recebeu a atual denominação Florianópolis, a musa de milhares de turistas atraídos não apenas pela história, mas também pelos atributos da Ilha de Santa Catarina, onde fica localizada a maior parte da cidade. Isso mesmo, uma parte da cidade. Esta é outra daquelas coisas dos florianopolitanos... foto cAio cezar
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Caldo de cana no ARS e bananinha recheada O escritor Mário Prata mora em Florianópolis desde 2001. Em 2010, conquistou o coração dos locais ao tentar ensinar para o resto do país que “Floripa” é coisa de turista: “Quem inventou esse diminutivo (que os turistas podem achar carinhoso) não foi nenhum manezinho da ilha. Dizem que é coisa de turista. Portanto, a primeira recomendação: vindo para cá, chame a cidade de Florianópolis mesmo. Os daqui agradecem.” Os florianopolitanos têm destas coisas. Adoram um banho de mar em março, encontrar “gente da cidade” no centro, comprar camiseta Hering na Casa Elias. Adoram um caldo de cana no ARS, o Centro Comercial Aderbal Ramos da Silva, na rua Felipe Schmidt, onde está a primeira escada rolante da cidade. Não está em nenhum guia turístico, mas o ARS é, provavelmente, o único centro comercial do planeta onde esta “modernidade” só serve para subir. Movem montanhas por uma bananinha recheada. E ai do vendedor que se fizer de desentendido e chamar a bananinha de “pastel de banana”. Quem está indo embora da praia “desce pro centro”, e quem fica na praia corre o risco de ouvir um “ô sinhori, sai do soli que faz mali!”. Embora fazer graça com os dialetos do interior da ilha faça parte do rol de hobbies do ilhéu, o português Florianópolis, conservou o pronome tu com as conjugações verbais lusitanas. Por aqui ainda se usa com grande regularidade o pronome tu seguido das formas verbais características da segunda pessoa: tu vais, tu dizes, tu pensas. Como em São Luís do Maranhão e em Belém do Pará, é um Português gostoso de ouvir. Monique Vandresen é jornalista, quase ilhôa e professora da UDESC.
fotografia
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an么nimo (jamaica)
loredana verzeletti
claudio brand茫o
Renata cechinel
valdir agostinho
maria thereza remor
foto no varal Caio Cezar expõe em evento ao ar livre que movimenta os sábados no centro
texto fifo lima
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autorretrato, com steve jobs
fotógrafo Caio Cezar foi o convidado de abril do Varal da Trajano, evento que uma vez por mês leva exposições fotográficas — montadas num enorme varal ao ar livre — ao calçadão da rua Trajano, numa iniciativa que democratiza o acesso à cultura e entretenimento. Na mostra intitulada “21”, uma alusão ao século em que as imagens foram produzidas — e ao número de fotos, Caio selecionou uma série de retratos, um dos campos mais nobres da fotografia. “O retrato tem esse apelo, né? A gente se reconhece nos outros humanos, independente da cultura ou moral de cada um”, reflete o fotógrafo. Para Caio, o mais interessante no Varal da Trajano é “a diversidade do público que passa pela rua e que talvez nunca iria a uma galeria para ver uma exposição: crianças que passeiam com a família, jovens no rolê, a senhora que vai pagar o carnê da loja, o casal tomando caldo de cana, todos eles são ‘atingidos’ pelas imagens, param e observam. E talvez isso mude um pouco o dia deles, talvez um dos retratos possa sensibilizá-los para questões que estão além da imagem pendurada no varal”. Caio é filho, sobrinho e neto de fotógrafos. Nascido em São Paulo, vive em Florianópolis desde 1988. Trabalhou nos jornais A Notícia e Diário Catarinense. Em 2005, deixou as redações e passou a caminhar em busca de uma fotografia cada vez mais autoral. Conquistou cinco vezes o primeiro lugar da Maratona Fotográfica de Florianópolis. Caio ainda atua no fotojornalismo como freelancer da Folha de S.Paulo, Revista Trip e editoras Globo e Abril. O Varal da Trajano tem o apoio da Multicor, da Hahnemühle e da Fundação Franklin Cascaes e nesta edição conta também com o apoio das lojas Koerich. Ocorre no último sábado de cada mês. A exposição de abertura do projeto foi Cidade Invisível, com Milton Ostetto e Alexandre Freitas. Em seguida, ocorreu Do Mar ao Céu, de Kleber Steinbach e Paulo Goeth; Paixão pelas Ruas, de Joaquim Araujo; Instântaneos, de Jairo Cardoso; Andarapé, de André Paiva; Imagens que dizem um pouco de cada um e de alguns, de Ronaldo de Andrade e Hermes Daniel; O Aguardar a Chuva, de Guilherme Góes, e Evolução, de Carlos Silva.
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w marcão
marcelo fernandes
helena gassen
fábio brüggemann e gabi bresola
Renata cechinel
évora
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elianne carpes
mari bleyer
theodora junckes
Renata cechinel
bรกrbara gomes
renato turnes
priscila maya
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O OUTRO QUE NÃO É O MESMO
por fábio Brüggemann
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Fábio Brüggemann por Caio Cezar
á algum tempo, que já vai longe — tanto quanto a imagem gravada numa fotografia —, escrevi sobre o trabalho de Caio Cezar, especificamente sobre uma exposição temática chamada “Certos Atores”, na qual ele fez retratos de atores atuantes aqui mesmo na Ilha dos Aterros. Naquela apresentação, comecei dizendo que a fotografia é um indicador, porque ela aponta indícios de que algo aconteceu no mundo. A fotografia é um átimo que perdura. Muitas vezes composto por avos de segundo, dependendo da abertura que o fotógrafo escolhe para que a luz entre em sua câmara escura. Esta amostra agora tem outra caráter, tanto por conta das imagens expostas, quanto pelo fato de ser outro fotógrafo (apesar de ser o mesmo), mas principalmente pelo lugar onde está exposto: a rua. Continua sendo temática, porque tratamse de retratos, mas é antológica, porque é uma reunião de estilos, lugares, pessoas, cores, além do tema, mas continua apontando, insistindo em dizer que existe alguém no mundo que olha pra você e tenta congelá-lo no tempo. Tarefa impossível, sabemos nós, porque, tal e qual o rio de Heráclito, aquele no qual você se enxerga já é outro. E é antológica pelo fato de expor mais do que um tema, porque apresenta o fotógrafo em sua mais variada forma de ver os outros, ainda que os outros já não sejam os mesmos. Nesta pequena mostra, para além de todos os propósitos já citados, o fundamental é enxergarmos a paixão pelo retrato. Caio não é, definitivamente, um fotógrafo de paisagem, mas de pessoas. Retratar, para ele, tanto pode ser um ato profissional (o que recebe para fotografar), quanto amador (no sentido mais literal: o que ama). Aqui, neste pequeno recorte, coexistem as duas formas. E o mais legal é que nem uma nem outra se sobrepõem. Elas caminham juntas, como se tudo fosse amador (no sentido posto acima). Da outra vez, escrevi que o Caio é um fotógrafo dedicado, talentoso e superexigente consigo mesmo. Quase maníaco nos detalhes. Continua sendo. Ao trazer à rua suas fotografias (devolvendo ao público seu próprio olhar), num projeto tão bonito quanto este, que acontece na Trajano, acrescento nas suas qualidades outro adjetivo, o de “generoso”.
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CENTENÁRIA SENHORA Osvaldina da Silva comemora 112 anos de existência fotos marco cezar e mara freire
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segunda mulher mais velha do Brasil mora em Florianópolis. Nascida em 1903, Osvaldina da Silva está
lúcida, caminha tranquilamente e comemorou seus 112 anos ao lado de amigas e da equipe da Sociedade Espírita Obreiros Vida Eterna (Seove), entidade filantrópica que desde 1972 mantém um lar para idosas em situação de vulnerabilidade social. A família de Osvaldina veio de Porto Alegre especialmente para a festa de aniversário na sede da entidade, no Campeche. Entre uma e outra fatia de bolo, Osvaldina lembrou de quando veio viver na Seove, em 1987. Chegou encaminhada pela filha, que também tinha problemas de saúde e já cuidava do marido de Osvaldina, que vivia acamado. Sem força para cuidar dos dois, a filha encontrou na Seove o carinho e atenção necessários para o bem-estar da mãe, que foi a vigésima idosa a ser acolhida na entidade. Além da filha, Osvaldina tem dois netos e quatro bisnetos. Se alimenta sozinha e diz gostar de viver no lar que a acolheu há 28 anos. Nas tardes tranquilas mais tranquilas ela costuma relembrar a juventude, quando trabalhava como copeira e aproveitava as folgas passeando com o marido no centro histórico da capital do Rio Grande do Sul.
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Conheça o trabalho da Seove Fundada em 10 de fevereiro de 1972, a Seove é uma instituição sem fins lucrativos de amparo à terceira idade e desenvolve ações comunitárias. Vinculada há 43 anos a políticas de assistência social, tem no Lar de Idosas seu principal eixo de atuação. Atualmente acolhe 25 idosas acima dos 60 anos em situação de vulnerabilidade e/ou risco social, garantindo-lhes o direito à vida e à saúde e dando atendimento às necessidades básicas, como justiça, educação, moradia, cultura, lazer, atividades físicas, cidadania e respeito. Em quatro décadas de funcionamento a instituição acolheu mais de 146 idosas com vínculos familiares frágeis ou inexistentes, garantindo-lhes proteção integral. Além do lar para idosas, a Seove atua em diversos seguimentos comunitários visando o desenvolvimento social da comunidade da Grande Florianópolis.
Outras atividades desenvolvidas Centro de Convivência para Idosos e Comunidade — Espaço destinado à socialização e lazer para idosas do Lar e comunidade. Às quartas-feiras ocorre o encontro do grupo de convivência da terceira idade Associação Amigas da Fraternidade. Neste espaço as idosas ampliam o convívio comunitário, recebem orientações sociais, trocam aprendizados de artesanato, bordado e costura. Os trabalhos são expostos em feiras e no próprio espaço e o lucro das vendas é revertido para o Lar. Atuam na confecção de enxovais para doação a famílias em situação de vulnerabilidade.
Ação Social Dona Baby — Auxilia famílias da comunidade em situação de vulnerabilidade social com entrega em domicílio de benefícios eventuais (cesta básica, produtos de higiene e enxovais) e realiza encaminhamento de famílias ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) da PMF.
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Dificuldades O maior desafio da instituição é sua manutenção mensal. Atualmente a Seove possui um convênio com a prefeitura que cobre apenas 46% de suas despesas mensais. O restante é mantido
através de doações, bazares e eventos. Para manter o Lar de Idosas a Seove precisa cobrir diversas demandas mensais tais como: 6.600 refeições, 2.680 fraldas geriátricas, 4.800 lenços umedecidos, 1.320 kg de roupas higienizadas, 28 funcionários contratados e 600 litros de leite, além de gastos expressivos com luz, água, telefone, produtos de higiene, gás, despesas médicas etc. AJUDE A SEOVE — Para contribuir com o nobre trabalho da Seove, acesse seove.org.br e clique em “como ajudar” na página inicial.
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A NOVA VELHA PRAÇA
Praça Getúlio Vargas é revitalizada por empresa de Florianópolis fotos marco cezar e josé corRea
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Praça Getúlio Vargas, conhecida como Praça dos Bombeiros, no Centro de Florianópolis, foi entregue para comunidade no mês de aniversário da cidade. O projeto de revitalização foi realizado pela WOA Empreendimentos Imobiliários resgatando a identidade e a memória do patrimônio público. O projeto é assinado pelo paisagista Jordi Castan e foi elaborado por uma equipe multidisciplinar de profissionais, arquitetos e paisagistas comprometidos em evidenciar a importância histórica do local e proporcionar um espaço de convivência mais seguro, ressaltando a questão ambiental. “Acreditamos no potencial do nosso povo e por isso fazemos questão de presentear a cidade com as gentilezas urbanas. Com a revitalização da Praça Getúlio Vargas visamos evidenciar a história da cidade e também oferecer aos moradores e turistas um espaço voltado para lazer, cultura e diversão”, explica Walter Silva Koerich. Waltinho ainda completou: “Todos somos alimentados pela esperança. Uma vez disseram: faça pouco, mas faça o que você puder. Deste então, temos como lema que todos somos capazes de fazer algo, e este algo não pode ser só para si. Vivemos em comunidade e precisamos lembrar que existem outros além de nós. Independente do tamanho, todos temos condições de construir um mundo melhor, e para isso, basta querer. É com essa filosofia que implantamos nosso projeto ‘Além Muros’, evidenciando que todos podemos mais.”
Destaques da nova Praça Getúlio Vargas
patrimônio
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•R esgate da praça como local de encontro — apropriação da sociedade pelos locais públicos — ampliar a relação da comunidade e moradores com a praça — aos poucos a praça volta a ser “habitada”, como ocorreu na Praça Celso Ramos, na Agronômica. • Resgate do chafariz, retomada as cores originais, compondo com os esguichos de água, trazendo harmonia e vida para a parte central da Praça. • Limpeza geral e eliminação das barreiras visuais — todos os cortes seguiram um plano de manejo aprovado junto aos órgãos competentes. • I mpacto segurança.
da luz durante a noite na questão
•R emoção
das espécies de saúde comprometida e que apresentavam riscos de queda,
bem como limitavam o crescimento de outras espécies. • Preservação do Jacarandá, focando na longevidade, por ser nativo e famoso do Brasil, que precisa de espaço para crescer e com luminosidade, podendo atingir 20 metros de altura. É uma árvore que não possui raízes agressivas, preservando assim as passagens em nível plano para os pedestres. •N ovas espécies foram plantadas: Quaresmeiras (Tibouchina granulosa) e Árvores “Pau Ferro” (Caesalpinea ferrea), Palmeira Imperial (Roystonea oleracea), Jasmim-manga (Plumeria rubra), Ipês (Tabebuia chrysotricha), Ameixeira amarela (Eriobotrya japônica), Palmeira-de-leque-da-china (Livistona chinensis), Aroeira (Schinus terebinthifolius) e Manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis), contribuindo para a criação de um espaço ainda mais verde e arborizado, uma vez que a renovação e o ordenamento se fazem necessários. • Inserção de novos mobiliários urbanos (bancos e lixeiras), manutenção da iluminação e piso original. • Valorização dos marcos escultóricos com foco na conservação da identidade e da memória do patrimônio público.
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O NOSSO SURFE Desafio de Duplas reúne grandes nomes do esporte em SC texto Máurio Borges fotos CADU FAGUNDES e ELIO MAGALHÃES
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o auge da temporada de verão, a Praia Brava reuniu numa grande confraternização alguns dos principais nomes da história do surfe de Santa Catarina. A ideia do “Desafio de Duplas” era celebrar a amizade e promover o reencontro de pessoas que foram fundamentais para o fortalecimento do surfe no Estado. Foram três dias históricos, com a participação de 160 surfistas e encontros memoráveis, com destaque para a bateria que celebrou os 40 anos do Rock Surf & Brotos, evento disputado na década de 70 na praia da Joaquina e que na época serviu de parâmetro para a organização do surfe no nosso Estado. Nessa festa do esporte o que menos importou foram os resultados. Ex-tops do circuito mundial, Teco Padaratz e Marco Polo, divertiram-se nas baterias em que formaram dupla com os músicos Moriel Costa [Dazaranha] e o californiano Colby Lee, de passagem pelo litoral de Santa Catarina. No domingo, após as finais, ainda rolou uma jam session super animada com a participação dos músicos Moriel Costa, Cléo Borges [Iriê], Zabeba e amigos.
David Husadel
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Beto Mariano
limonada
Máurio Borges com os músicos Morie, Nego Joe e o californiano Colby Lee
Bilo Wetter Raphael Becker e Flávio Boabaid
Avelino Bastos Tropical e Neném Costão
Confira os resultados
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Categoria Shaper & Rider 1 • Rodrigo Silva e Beto Mariano — SRS Surfboards. 2 • Jefferson Lopes e Ferrugem — Spyder Surfboards. 3 • Rafael Diet e Rodrigo Lins — Skull Surfboards. 3 • Nilton Andrade e Stweard Dean — Nad Surfboards. Categoria Pais & Filhos 1 • Ricardo e Diego Michereff 2 • Jefferson e Nicolas Lopes 3 • Josué e Marina Resende 3 • Hiran e Higor Speck
Moriel Costa, Colby Lee, Teco e Marco Polo
Categoria My Friends 1 • Guto Morelli e Eduardo Serpa 2 • Yan Mansur e Joe Doll 3 • Heitor Provesano e Manoel Renê 3 • Alessandro Rato e Rodrigo Moreno Irmãos 1 • Marco Polo e Azul Fonseca 2 • Derek e Mark Andrade 3 • Zulmar e André Vieira 3 • Guto e Eduardo Amorim
Neno Heleodoro, Pedroca, Gama e Flávio Boabaid
Ex-Tops & Músicos 1 • Marco Polo e Colby Lee 2 • David Severo [local da Brava] e Gui Heleodoro 3 • Teco Padaratz e Moriel Costa 3 • Fernando Fanta [Convidado HB] e Nego Joe 40 anos do Rock Surf & Brotos 1 • Flávio Boabaid e Carlos Knoll “Gama” 2 • Pedroca de Castro e Neno Heleodoro Ídolos para Sempre 1 • Bilo Wetter e David Husadel 2 • Bita Pereira e Roberto Lima
Beto Chede, João Amin, Beto Barney e Pedrão Silvestre
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Tempestade na Ilha textos olavo moraes fotos marco cezar, WSL, Red Bull, Marcelo Schmoeller e Mafalda press
Líder da Brazilian Storm na conquista do título em 2015, no Havaí, atual campeão mundial Adriano Mineirinho mora em Floripa, onde casou com a modelo Patrícia Eicke e pega onda quando encontra tempo na batalha do tour
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talento e a humildade se confundem. Mas ser o primeiro brasileiro a conquistar a Tríplice Coroa Havaiana e o título mundial da WSL na meca do surfe, em Pipeline, liderar a Brazilian Storm, e vencer 11 dos últimos 14 confrontos contra o mito Kelly Slater, é para raros. Abrir caminhos, driblar a infância pobre, manter a integridade, e sublimar a falta de patrocínios é para poucos. Quebrar paradigmas, reconhecer as limitações, e superar com empenho e determinação, é para virtuosos. Se afastar das bajulações de um título mundial de surfe, manter o foco, se dedicar a família, valorizar os amigos, e apreciar o simples, é para Adriano de Souza, o Mineirinho. Foram dez anos no tour até alcançar o sonho de infância. Construídos com base sólida. Em 2002, aos 14 anos, a primeira vitória no Circuito Brasileiro Profissional. Em 2004, o título mundial Júnior, na Austrália. E, no ano seguinte, o prodígio domina o WQS (antigo ranking de acesso). Encerra o ano em primeiro do ranking, conquista o título e garante vaga na elite mundial. Uma década depois, com premiação acumulada de US$ 1,7 milhão (em torno de R$ 6,8 milhões), Adriano de Souza chega ao topo do mundo.
Quebrando tabus Além de conquistar o título da WSL, Adriano de Souza se tornou o único surfista brasileiro a vencer a etapa de Pipeline, no Havaí. Essa não foi a primeira vez que o surfista quebrou um tabu e surpreendeu o mundo. Em 2011, Mineirinho foi o primeiro brasileiro a assumir a liderança do ranking do WCT, o que fez dele na época o principal nome da modalidade no país. A partir dali assumiria a condição de líder da “Tempestade brasileira”.
Conquista o título mundial no templo do surfe. De quebra, vence a tríplice coroa havaiana em Pipeline. Feliz da vida, no início do ano Mineirinho recebeu a reportagem da Revista Mural em casa, no Campeche. Em um final de tarde de janeiro, abriu espaço na agenda apertada, entre preparativos para o casamento com a modelo Patrícia Eicke, treinos e compromissos com patrocinadores. Adriano estava à vontade. De camiseta, bermuda e chinelo, falou com exclusividade sobre a conquista do título, a batalha de 10 anos no tour, a amizade com Ricardo dos Santos (surfista de ondas grandes da Guarda do Embaú, morto no início do ano passado) e como leva a vida morando na Ilha. Com falar manso e sorriso no rosto, respondeu às perguntas com cordialidade, posou para a sessão de fotos com paciência e bom humor — cliques que renderam a capa e fotos internas da edição. Educadamente, fez uma exigência: “Ninguém segura o troféu”. Sem problema — nem teria como. Com tanto surfe na alma, a taça de campeão mundial se tornou uma extensão do corpo.
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47 revista mural | Como foram os dias no Havaí, na última etapa do Mundial, quando você conquistou o título da World Surf League? MINEIRINHO | Foram ótimos, bem intensos. Antes do campeonato em Pipe (Pipeline, praia) foram 20 dias de preparação. Consegui treinar bem, ter equilíbrio na parte emocional e de competição. Tive minha família para ajudar, o Leandro, meu treinador. Foi bacana. revista mural | Onde você ficou? MINEIRINHO | Fiquei em uma casa, e
a minha família em outra, em torno de 10 minutos de carro. O Leandro (treinador) em uma casa em frente. Estava tentando me isolar, para me concentrar ao máximo.
revista mural | Como é a estrutura da tua equipe? MINEIRINHO | Tenho treinador físico, a Action Paes, no LIC;
treinador de surfe, Leandro Dora; e especialista em medicina esportiva, doutor Marcelo Baboghluian.
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Como foram os dias de competição em Pipe-
line? Foi um evento muito difícil, porque as ondas são grandes em Pipeline, no Havaí. Você tem um certo receio quando as ondas maiores entram, mas, como estou há muito tempo na elite do surfe (uma década), tenho autocontrole de me provar e, ao mesmo tempo, ter equilíbrio. Consegui manter a concentração, a autoconfiança, e as coisas foram dando certo. Com isso a confiança veio aumentando gradativamente até chegar à grande final.
MINEIRINHO |
revista mural | Você tem dificuldade em alguma etapa específica do Mundial? MINEIRINHO | Tenho dificuldade em todos os lugares, tanto na virtude quanto na deficiência. Minha dificuldade são as ondas grandes, não sou um surfista com muita habilidade neste tipo de onda. Então tenho que correr muito atrás, e os resultados nessas condições são obtidos com muito esforço e dedicação. Quero sempre estar entre os três melhores do evento. Então preciso melhorar bastante nesse aspecto, nas etapas de ondas maiores. Também preciso melhorar ainda mais a minha qualidade nas ondas regulares, que temos com mais frequência ao longo do ano. Preciso evoluir muito para continuar no mesmo nível. É o que penso para 2016. Se conseguir concretizar isso, com certeza vou ter mais um ano bom. revista mural | Qual a sua maior dificuldade no tour? MINEIRINHO | A constância. Porque, você vir de um resultado
muito grande, e, na etapa seguinte, perder na primeira fase. Aconteceu comigo praticamente 80% das vezes nos 10 anos de tour. Vinha de resultado muito expressivo em uma etapa e perdia de cara na seguinte. Voltava bem e perdia de novo, e, quando chegava ao final do ano, não tinha chances reais de título. Em 2015, graças a Deus, as coisas foram bem melhores. Esta é minha maior dificuldade no circuito.
Acompanhe Mineirinho no tour
revista mural | O que você espera do tour em 2016, agora como campeão mundial — o homem a ser superado? MINEIRINHO | Será um ano completamente difícil, porque a pressão em cima do campeão é sempre grande. Vai ser uma prova bacana, porque nunca tive resultados expressivos quando estava na primeira colocação. Vou em busca disto, vou me provar, tentar render ao máximo na primeira etapa para ganhar força ao longo do ano.
As 11 etapas da WSL Março (10 a 21) • Quiksilver Pro Gold Coast, na Austrália Março (24 a 5) • Rip Curl Pro Bells Beach, na Austrália Abril (8 a 19) • Drug Aware Margaret River Pro, na Austrália Maio (10 a 21) • Rio Pro, no Rio de Janeiro, Brasil Junho (5 a 17) • Fiji Pro, nas Ilhas Fiji Julho (6 a 17) • J-Bay Open, em Jeffreys Bay, na África do Sul Agosto (19 a 30) • Billabong Pro Teahupoo, no Taiti Setembro (7 a 18) • Hurley Pro Trestles, Califórnia, EUA Outubro (4 a 15) • Quiksilver Pro France, em Hossegor Outubro (18 a 29) • Moche Rip Curl Pro Portugal, em Supertubos Dezembro (8 a 20) • Billabong Pipe Masters, em Pipeline, no Havaí Na internet, ao vivo nas etapas: http://www.worldsurfleague.com
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Identidade com Floripa e Santa Catarina Casado com a modelo Patrícia Eicke, de Florianópolis, Adriano de Souza escolheu a Ilha para viver. Também valorizou a proximidade com o amigo Ricardo dos Santos, surfista da Guarda do Embaú que morreu no início do ano passado, a quem dedicou o título mundial. revista mural | Como era a relação com o amigo Ricardinho (Ricardo Santos, surfista de ondas grandes da Praia da Guarda, assassinado em janeiro de 2015)? MINEIRINHO | Nossa amizade se tornou forte quando nos encontramos no Thaiti, em 2006. Ricardinho estava pela Billabong e eu para aprimorar meu surfe. Acabou o campeonato, e eu fui mal. Fiquei para aprender. Temos uma diferença de três anos de idade. Na época eu tinha 19 e ele, com apenas 16 anos, já se destacava muito nas ondas grandes. Foi uma fonte de inspiração. O moleque muito mais novo do que eu e demonstrando toda essa atitude. Me espelhava nisso. Ali tivemos um dos melhores free-surf juntos. Só ficamos eu e ele na ilha. A partir daí a nossa amizade cresceu.
revista mural | Você gosta de alguma outra praia no litoral de Santa Catarina? MINEIRINHO | Vou muito para a Guarda (do Embaú), por causa do Ricardo. Meu cunhado também pega onda e vai muito para lá. Quando estou muito solitário aqui no Campeche, a gente vai para a guarda. revista mural | Como é o teu círculo de amizade na Ilha, você se
revista mural | Vocês tiveram juntos em vários momentos. MINEIRINHO | Em free-surf, campeonatos, mas nunca foi tão
forte como aquela vez (no Tahiti). Nossa amizade começou a ficar mais intensa um ano antes dele falecer. Porque a Carol, a namorada dele, e a minha esposa começaram a ter uma amizade muito forte. E todas as vezes estávamos nos encontrando em casais. Teve a mudança para Floripa. Começamos a nos encontrar mais. Ele também tinha plano de sair da Guarda e vir para a Ilha. E eu pensei: “Caramba, tá dando tudo certo, a gente vai se ver mais.” E aconteceu aquilo (a morte de Ricardinho)...
E a tatuagem que você tem no braço com as palavras “Força, Equilíbrio, e Amor”, igual a dele? MINEIRINHO | O Ricardinho tinha essa tatuagem. Não sei exatamente a razão. Só a da palavra amor, feito para ela. As outras duas não sei o motivo. Depois de fazer essa tatuagem, foram exatamente as palavras que precisei para ser campeão do mundo. revista mural |
revista mural |
Por que você escolheu morar na Ilha, no Cam-
relaciona com muita gente? Conheci o Guga (Gustavo Kuerten, tenista) há pouco tempo. O Pedro (Barros, skatista) conheço bastante, porque a gente treina junto na Academia Aktionpaz. Meu círculo de amizade na Ilha não tem muito surfista profissional que eu seja próximo. Porque fico muito pouco em Floripa. Fico mais em família. Dou uma relaxada e vou para o circuito. O que mais eu gosto mesmo de Floripa é quando venho para descansar.
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revista mural | Você escolheu viver em uma região que imprime
estilo de vida ligado ao surfe e ao skate, com o campeão mundial Pedro Barros e o RTMF, e muitos outros surfistas, inclusive profissionais, que também adotaram a Ilha. Você curte o lifestyle do Rio Tavares? MINEIRINHO | Com certeza. Esse projeto do RTMF, desenvolvido pela galera do André, pai do Pedro (Barros) é muito bacana. Há uma grande interação, o grupo fica mais forte. Eles representam o Rio Tavares mundo afora, competem, é como uma família. Com isso, desenvolve e cresce bastante o nome da região.
peche? MINEIRINHO | O motivo foi a esposa. Esse bairro é muito bacana, eu morava no Rio Tavares. Estava procurando um imóvel aqui, também para investimento, e essa área vai crescer muito forte. Essa rua (a que ele mora) principalmente. Só existiam dois prédios desse lado esquerdo. revista mural | Você curte as ondas daqui, em frente a tua casa? MINEIRINHO | Gosto bastante de surfar aqui na frente, porque é mais
deserto. As pontas das praias, Joaquina e Campeche, no Riozinho, são muito melhores de onda, mas, com isso, são os lugares mais procurados pelos surfistas. Tem muita gente. Para fugir dessa galera eu fico aqui. Está perfeito.
revista mural | Você tem admiração por algum atleta? MINEIRINHO | Gosto muito do Pelé. Das biografias, dos filmes.
O que ele fez com a bola, um pedaço de couro, foi com muita grandiosidade. Foi fenomenal. Foi um cara especial na terra, ainda mais vindo do Brasil. O Ayrton Senna também fez muito pelo país, marcou o esporte individual. Porque futebol é coletivo, e tem muita gente envolvida para ser campeão. Senna veio com a missão de destacar o esporte individual. De conseguir ser o cara sozinho. Aí veio o Guga no tênis, depois o Medina no surfe. E eu estou muito feliz de ter conquistado um título mundial, um sonho de ser campeão do mundo. Daqui para frente vou continuar na pegada, mas sabendo que meu grande objetivo foi atingido.
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Interesse por investimento traz novo patrocinador De olho no futuro financeiro, Adriano de Souza passou a se interessar pelo o mundo dos investimentos. A partir do contato com esse universo, Mineirinho mostrou-se interessado em expandir seu conhecimento e gerenciar as finanças de perto. Em busca de orientação, o campeão mundial entrou em contato com a XP, maior casa de investimentos independente do Brasil. A relação progrediu e a XP passou a patrocinar Adriano de Souza, além de cuidar da gestão do patrimônio do surfista. A empresa tem uma área específica para atletas, a XP Sports. “Esportistas possuem um ciclo profissional bastante diferente das carreiras convencionais, por isso é importante ter um cuidado a mais com os investimentos”, explica Gabriel Leal, diretor de Varejo da XP. “Comecei a buscar mais informação sobre investimento por conta de uma necessidade pessoal, para aprender a cuidar do meu patrimônio. Através da XP, consegui ampliar minhas possibilidades
e aumentar a rentabilidade dos meus ativos. A confiança que tenho faz com que eu me sinta orgulhoso em representar a empresa”, comenta Mineirinho. A escolha da cobertura no Novo Campeche, onde mora, também observou o caráter de investimento. “Morava no Rio Tavares, e estava procurando imóvel nesta área para investimento. A região é muito bacana e vai crescer forte. Essa rua, principalmente (onde mora). Quando comprei aqui, só existiam dois prédios do lado esquerdo.” Este é o segundo novo patrocinador do brasileiro para a temporada de 2016. Em dezembro do ano passado, Adriano ganhou o apoio da Nossolar Construtora, dias após conquistar o tão sonhado título. A XP e a Nossolar se unem a Hawaiian Dreams (HD), Red Bull, Oi, Mitsubishi, Oakley, G-Shock, Estácio, CI Surfboards e All It Host, como patrocinadores oficiais do atleta.
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Um dos 30 jovens mais promissores do Brasil Adriano de Souza é um dos 30 jovens mais promissores do Brasil abaixo dos 30 anos. A lista da Revista Forbes “30 abaixo de 30” inclui nomes como a atriz Bruna Marquezine, a youtuber Kéfera, o piloto de Fórmula-1 Felipe Nasr, e o cantor Wesley Safadão. A publicação, uma das mais importantes do mundo econômico, divulgou a relação para o ano de 2016 na edição de março. No topo está o atual campeão mundial. O atleta de 29 anos é o principal nome esportivo da lista, que inclui a lutadora olímpica Aline Silva, o jogador de futebol Gabigol, do Santos, o piloto de Fórmula-1 Felipe Nasr, e o nadador Matheus Santana. A relação inclui nomes do entretenimento, como a atriz Bruna Marquezine, a youtuber Kéfera e o cantor Wesley Safadão, além de empresários, escritores e modelos. “É muito legal esse tipo de reconhecimento de uma publicação do nível da Forbes e ver onde nós conseguimos chegar com o surfe. Me sinto pequeno perto de tantos nomes legais nesta lista, que mostra uma outra cara do Brasil, um país que não para de revelar novos talentos e empreendimentos”, comemora Adriano de Souza.
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A premonição de Rabbit Adriano “Mineirinho” de Souza já nasceu predestinado a ser um dos grandes nomes do surfe mundial. Suas primeiras vitórias e títulos aconteceram naturalmente nos circuitos estaduais e nacionais de base, até o Circuito Brasileiro Profissional de 2002, quando venceu uma etapa em Grussaí, no Rio de Janeiro, aos 14 anos de idade. Ali, disse realmente a que veio. Em 2003, aos 16 anos de idade, Adriano começou a alçar voos mais altos, agora na ASP, conquistando o título mundial do World Junior Championship, realizado em Narrabeen, Austrália. Essa vitória no World Junior Championship arrancou, pela primeira vez, comentários generosos a um surfista brasileiro, feitos pelo então presidente da ASP, o australiano e campeão mundial em 1978, Wayne “Rabbit” Bartholomew. Imediatamente após a vitória de Mineirinho em Narrabeen, Rabbit me mandou e-mail se dizendo impressionado com o talento do nosso jovem campeão, e para parabenizar a ASP South America pelo segundo título de um brasileiro neste prestigiado torneio sub-20. Na mensagem, ele fazia uma premonição ao afirmar que acreditava que Adriano seria o primeiro brasileiro campeão do mundo. Estava impressionado com Mineirinho, que, após o mundial, ficou na Austrália disputando as etapas do Pro Junior e se preparando para o seu decisivo ano no então WQS. O estrago que o Adriano fez nos pro junior da Austrália, e aquele comentário do Rabbit, ficaram gravados na memória! O ano de 2005 foi de domínio absoluto de Mineirinho no circuito WQS. Ele terminou na liderança e se classificou para o WCT do ano seguinte com uma imensa vantagem sobre os demais atletas. Depois de 10 anos disputando o tour, Adriano chegou ao ápice da carreira profissional ao conquistar o seu primeiro título mundial do CT, em 2015. Conquistas e momentos importantes durante toda a sua carreira, aliados a sua já conhecida determinação e competitividade o levaram ao lugar mais alto do surfe mundial... parabéns! Roberto Perdigão Diretor regional da World Surf League.
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saúde
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Técnicas dermatológicas esculpem a face e aumentam a autoestima texto dra. mariana TREMEL Barbatto (CRMSC: 10877 / RQE: 6741) foto banco de imagens/RM
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empre se buscou transformar os padrões de beleza em fórmulas matemáticas. No passado, Leonardo da Vinci descobriu a medida exata da beleza humana, conhecida como proporção áurea. Já o cirurgião plástico americano Stephen Marquardt desenvolveu uma máscara da beleza ideal baseada nessa proporção. Os rostos que se encaixassem nas medidas da máscara seriam considerados mais bonitos. Mas o conceito de beleza é subjetivo. O que devemos procurar, entretanto, é ter um rosto de proporções equilibradas, não propriamente simétricas, com medidas exatas. Uma face harmoniosa e agradável ao olhar. Com o uso de procedimentos dermatológicos, conseguimos deixar o paciente o mais próximo possível desta proporção, considerando sempre o objetivo do paciente e levando em consideração o que realmente o incomoda. Com as técnicas de preenchimento, que utilizam materiais absorvíveis diversos como ácido hialurônico, hidroxiapatita de cálcio e ácido polilático, conseguimos dar volume, elevar estruturas e suavizar os sulcos, esculpindo a face do paciente. As alterações sutis são as mais procuradas, aquelas que não são notadas pelos outros, mas deixam o paciente mais bonito, aumentando a sua autoestima. Algumas abordagens são extremamente interessantes: • P reenchendo a região malar (lateral das bochechas), deixamos o osso mais proeminente, sem exageros. Com isso devolvemos
um ar de juventude, já que as bochechas vão sendo “perdidas” e, além disso, com o processo de envelhecimento, existe uma reabsorção das estruturas ósseas da face. Com essa técnica além de deixarmos o rosto mais anguloso, conseguimos uma leve depressão logo abaixo do preenchimento “efeito blush”. • Uma mandíbula bem delineada, com proporções adequadas, também é considerada um padrão de beleza. Podemos definir o contorno da mandíbula ou mesmo devolver o contorno perdido com as técnicas de preenchimento. • A suavização de relevos/deformidades no osso do nariz e mesmo a elevação da ponta nasal também pode ser conseguida com o uso do ácido hialurônico, que atua como preenchedor. • Um bom equilíbrio entre os tamanhos do nariz e a projeção do queixo deixa o rosto mais harmonioso; preenchendo (aumentando) o queixo podemos melhorar o perfil do paciente. • As olheiras podem ser suavizadas, melhorando o efeito sombra “escuro” das olheiras mais profundas. • Lábios finos ou com perda de contorno, também podem ser valorizados, respeitando o tipo do rosto de cada pessoa. • Além disso, as melhoras de sulcos profundos e do bigode chinês (sulco na lateral da boca) suavizam a expressão de cansaço. O mais interessante, é que todos esses procedimentos são realizados em consultório, podendo o paciente voltar brevemente para as suas atividades diárias. A escolha do profissional deve ser cautelosa, buscando sempre um especialista, dermatologista ou cirurgião plástico que compreenda suas necessidades e que de forma sutil consiga valorizar seus traços mais belos e melhorar alguns detalhes que não agradam, melhorando sua autoestima. Saiba mais | contato@marianabarbato.com.br
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nutrição
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Orgânico de verdade texto Ana Carolina Abreu foto banco de imagens/RM
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que define se um produto pode ser considerado orgânico não é o rótulo, mas um conjunto de regras que apenas alguns produtores atendem. Para não sermos enganados devemos ser cada vez mais exigentes e buscar pelos produtos certificados em estabelecimentos confiáveis. Consumir alimentos orgânicos envolve muito mais do que apenas querer alimentos sem toxinas para o nosso organismo. Pressupõe cuidar do meio ambiente, comprar preferencialmente de pequenos produtores e criar uma consciência de que precisamos fazer a nossa parte pelo planeta. O Brasil é o campeão mundial em uso de agrotóxicos e pesticidas. Mais da metade das substâncias utilizadas no nosso país são proibidas pela União Europeia e Estados Unidos. Segundo o INCA, cada um de nós ingere o equivalente a 1 galão de 5 litros de agrotóxicos ao ano. Mais apavorante ainda é saber que os danos causados são cumulativos, ou seja, para quem consome desde a infância a toxicidade é cada vez maior. Hoje já sabemos que os efeitos causados por esse consumo podem incluir alergias, distúrbios neurológicos, intoxicações, câncer e outras doenças genéticas. O glifosato, presente no Roundup, amplamente utilizado nas plantações de soja, milho e trigo, já é associado a diversas patologias. Pesquisadores americanos afirmam que se continuarmos nesse ritmo, até 2025, uma em cada duas crianças será autista.
Saiba como não ser enganado e alimentar-se melhor
O que mais precisa para ser orgânico? O cultivo deve respeitar aspectos ambientais, sociais, culturais e econômicos, garantindo um sistema agropecuário sustentável. Os produtores orgânicos utilizam o rodízio de culturas e diversificação de espécies nas plantações. Na maioria das lavouras utiliza-se plantas diversas ao redor da plantação para proteger contra pragas e efeitos do clima. O solo é enriquecido com adubo orgânico que promove o desenvolvimento de minhocas, bactérias e fungos benéficos, que contribuem para o equilíbrio da terra em que os alimentos são cultivados. O produtor orgânico tem compromisso com a preservação do meio ambiente e com a qualidade de vida do seu empregado, o que muitas vezes aumenta os custos de produção.
Certificação Todo produtor orgânico deve fazer parte do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, mas nem todos precisam de certificação. Ou seja, o produto vendido em supermercados, lojas, restaurantes, hotéis, internet e outros estabelecimentos deve apresentar o selo de certificação SisOrg, fornecido por certificadoras públicas ou privadas credenciadas no Ministério da Agricultura. Já os produtos vendidos diretamente na feira, pelo produtor familiar, podem ser sem certificação, desde que seja credenciado em uma organização de controle social, cadastrada em órgão fiscalizador. A legislação brasileira abriu uma exceção na exigência da certificação. No entanto todos precisam fazer parte do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos. Para quem quiser verificar, basta acessar o link: <http://www. agricultura.gov.br/desenvolvimento-sustentavel/organicos/cadastronacional>. A fiscalização é feita pelas empresas certificadoras e também pelas comissões de produção orgânica (CPOrg). O ministério da Agricultura é responsável por fiscalizar as certificadoras.
Como já falei no início, diminuindo a oferta de pesticidas, antibióticos, hormônios e transgênicos protegemos nosso organismo e dos nossos familiares.
Custo dos orgânicos Comprar orgânicos no Brasil ainda é caro. Apesar dos inúmeros benefícios, em tempos de crise, o bolso muitas vezes fala mais alto. Precisamos lembrar que é muito difícil manter o cultivo saudável e natural do alimento, sem os facilitadores químicos. A fragilidade da produção orgânica, muitas vezes eleva o seu custo, principalmente devido aos fatores climáticos (que são cada vez mais agravados pelo uso dos agrotóxicos). Uma das formas de consumir alimentos mais baratos é procurar os alimentos da época. Acabamos nos acostumando a encontrar os produtos em todas as épocas do ano, mas devemos lembrar que quanto menos sazonal, mais agrotóxico o alimento terá. Na internet é bem fácil encontrar tabelas com a época de cada alimento. A lista da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) é bem completa. Se ficar complicado comprar tudo orgânico, fuja dos campeões de agrotóxico como: pimentão, batata, tomate, folhosos, morango, pepino e cenoura. Hoje já é possível encontrar produtos orgânicos com preços compatíveis tanto em supermercados como em feiras livres. Alguns sites já oferecem orgânicos direto do produtor e entregam em casa. Ao escolher produtos orgânicos estimulamos o crescimento desta prática, incentivando uma produção maior e um preço menor a longo prazo. Por você, pela sua família e pelo planeta, repense seus hábitos de consumo e procure incluir mais orgânicos, sempre exigindo o cadastro ou selo. Sua saúde agradece!
Por que consumir orgânicos? Os alimentos orgânicos tem muito mais sabor, preservam em sua composição a qualidade da água e do solo em que foram produzidos. Estudos recentes demonstram que quando comparados aos convencionais, os orgânicos apresentam níveis maiores de vitaminas, minerais fito químicos e antioxidantes. O solo tratado com substâncias químicas libera uma quantidade enorme de gás carbônico, gás metano e óxido nitroso. A agricultura sustentável ajuda a eliminar 25% do aquecimento global. Atualmente, mais energia é consumida para produzir fertilizantes artificiais do que para plantar e colher todas as safras.
Ana Carolina Abreu, CRN 1453, é graduada em nutrição pela UFSC e pós-graduada em nutrição clínica funcional pela CVPE/Unisul. Pós-graduanda em Nutrição Funcional Esportiva, pós-graduanda em Fitoterapia e membro do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional. Clínica Nut — Centro Médico Florianópolis . fones (48) 3371-0711/ 9155-0711 . E-mail: anacarolinaabreu@clinicanut.com.br . Instagram: @anabreu11
nutrição
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Repolho e brócolis, dois aliados
Vegetais auxiliam na prevenção de tumores
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esta edição falaremos de duas brássicas, o repolho e o brócolis. Esta família é muito interessante e tem um potencial incrível na prevenção de alguns tipos de câncer.
textos Ana Carolina Abreu foto banco de imagens/RM
Repolho Hoje existem diversos tipos de repolho ao redor do mundo, com colorações que variam entre verde, roxo e branco. Como o teor de nutrientes e fito químicos também varia entre cada tipo é importante incluir todas as cores no cardápio. De março a maio é a época mais favorável para consumir o repolho. Na hora de consumir, o ideal é pensar nele cru ou no máximo feito no vapor. Esqueça o microondas. Assim você aproveita todos os benefícios sem perda de nutrientes. A preparação mais famosa e benéfica com repolho é o chucrute, que por ser fermentado é excelente para a saúde intestinal. Também é ótimo para perder alguns quilinhos. Por ser rico em fibras, aumenta muito a saciedade e é pouco calórico. Mas se você corre dele por causa dos ”efeitos colaterais” (leia-se gases), é sinal de que seu intestino precisa de atenção especial. Por ser rico em fibras prebióticas e amoniácidos sulfurados, a fermentação e formação de gases é inevitável, principalmente quando as bactérias e fungos estão em maioria. Mesmo assim, excesso de gases não é normal. Se esse é o seu caso procure ajuda de um nutricionista para reequilibrar seu intestino. Os nutrientes mais encontrados são a vitamina K, C e B6, mas também possui bons teores de vitamina A, B1, B2, ácido fólico e minerais como o selênio, iodo, cálcio, potássio, fósforo e enxofre. Está presente também no repolho uma quantidade significativa de folato, betacaroteno, antocianinas e fito químicos, glutamina e polifenóis, o que contribui para que o repolho seja um alimento com propriedades antiinflamatórias. E como falei lá no comecinho, as brássicas são ricas em glicosinolatos, substâncias que inibem o crescimento de tumores. Os estudos mais recentes mostram efetividade na prevenção do câncer de cólon, mama, útero, ovário e próstata.
Saladinha mista de repolhos Ingredientes w 2 colheres de sopa de vinagre de maçã w 1 ½ colher de chá de mel w 1 ½ colher de chá de mostarda Dijon w 1 ½ colher de chá de endro fresco w 1 colher de chá de azeite de oliva extra virgem w 1 colher de chá de semente de papoula (opcional) w ¼ colher de chá de sal rosa moída w pimenta preta moída na hora w 1 xícara de repolho verde picado bem fino w 1 xícara de repolho roxo picado bem fino w ½ xícara de cenoura ralada Modo de preparo w Misture todos os ingredientes e sirva.
hora da feira
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Brócolis Para quem procura mais qualidade e melhor preço, a melhor época para consumir brócolis é de julho a dezembro. Mas hoje já encontramos, inclusive orgânicos, o ano todo. Sua origem é europeia e se popularizou na época do Império Romano. Hoje suas espécies são cultivadas no mundo todo, sendo a China e a Índia os maiores produtores. Assim como o repolho, seu valor nutricional é preservado quando consumido cru ou cozido apenas no vapor. O ideal é não cozinhar demais ou utilizar a água de seu cozimento na preparação de outro alimento. Uma xícara de brócolis fornece a dose diária necessária de cálcio, substituindo com vantagens o leite (que não é uma boa fonte de cálcio biodisponível.
É rico em sulforafanos, substância cada vez mais estudada no combate ao câncer, doenças pulmonares, demência senil e diabetes. Entre seus muitos benefícios estão a inibição do estresse oxidativo, prevenção de alguns tipos de câncer, proteção das células musculares durante esforços extremos prevenindo a formação de radicais livres. Também tem ação antimicrobiana e anti-inflamatória. Por conter bons teores de luteína, zeaxantina e betacaroteno é muito importante na prevenção da degeneração macular, doença que atinge adultos e idosos. Ainda possui um alto teor de vitamina C, ácido fólico e fibras, ajudando no emagrecimento, flacidez e envelhecimento.
Brócolis com castanhas tostadas Ingredientes w 2 cabeças (ou árvores) de brócolis cortado em pequenos buquês w 4 colheres de chá de suco de limão w 1 colher de chá de melado w 2 colheres de chá de shoyu (prefira os sem glutamato e corante) w Sal rosa w ¼ xícara de castanha de caju tostadas e picadas Modo de preparo w Em uma panela acrescente 3 dedos de água e coloque em cima a vaporeira (pode ser uma peneira de alumínio). Acrescente o brócolis, tampe e deixe por aproximadamente 6 minutos ou até ficarem al dente. Em uma tigela misture o limão, o melado e o shoyu. Adicione o brócolis, o sal e as castanhas.
Ana Carolina Abreu, CRN 1453, é graduada em nutrição pela UFSC e pós-graduada em nutrição clínica funcional pela CVPE/Unisul. Pós-graduanda em Nutrição Funcional Esportiva, pós-graduanda em Fitoterapia e membro do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional. Clínica Nut – Centro Médico Florianópolis. Fones (48) 3371-0711/ 9155-0711 – E-mail: anacarolinaabreu@ clinicanut.com.br – Instagram: @anabreu11
PHYSIO PILATES
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Pilates auxilia na busca da postura ideal texto ROBERTA RUIZ fotos marco cezar
Mente quieta, espinha ereta
M
uitas pessoas que tentam melhorar a postura endireitando a coluna acabam aumentando tensões e dores musculares. E apesar de parecer estar correto, na verdade você poderá estar agravando a sua dor ao invés de melhorar. Tudo começa na infância, quando os pais te comparam e criticam ou você tem medo de contar algo que você fez de errado e levar uma bronca. Ou ainda falta de aceitação do grupo e se sentir inferior ou feio. Existem vários fatores que acabam diminuindo nossa autoestima, nos fazendo diminuir nossa voz ao falar, encolher o tronco como forma de proteção, abaixar a cabeça e jogar os ombros para frente. Uma menina que tem os seios grandes acaba
os escondendo por medo de ser diferente das colegas. E esses medos continuam na vida adulta. Em geral, uma pessoa bem sucedida, alegre e confiante vai ter o tronco bem ereto, ombros largos e postura impecável. Pessoas inseguras e envergonhadas têm o tronco mais arqueado, cabeça mais abaixada os ombros arredondados para frente. Isso é linguagem corporal e fala muito sobre quem você é. Pode parecer bobagem, mas alterar a sua postura vai alterar também sua personalidade. Você se sente mais bonito e confiante e as pessoas passam a te respeitar mais, e você acaba fortalecendo o corpo e o espírito.
PHYSIO PILATES
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Como melhorar a minha postura? Entre diversas maneiras de corrigir a postura, o Pilates vem se firmando como uma ferramenta de grande eficiência no tratamento de alterações posturais. Nos tempos modernos, fazemos tudo para dentro: escovar os dentes, dirigir, usar o computador, lavar louça, comer e muito mais. Só temos atividades que trabalham os músculos do ombro para dentro e pouco fazemos para abrir o peito. Pescar, jogar vôlei ou tênis são atividades onde o corpo se abre para trás em momentos de arremesso que compensam tantos movimentos para dentro. O problema é que os movimentos de abertura nessas práticas são unilaterais, pois são realizados em apenas um lado do corpo e podem acabar provocando mais desequilíbrio, limitando o movimento dos ombros, encurtando a musculatura da frente do corpo e provocando dores nas costas e nos ombros. No Pilates priorizamos movimentos funcionais de uma forma global e equilibrada, levando o corpo a se ajustar e fazer a transferência postural de forma harmônica e inteligente, com um menor gasto energético. A melhor postura é aquela mais confortável dentro da sua própria coluna neutra. E essa postura é particular em cada pessoa. Conforme o seu corpo vai se adaptando à nova postura e você vai alongando os músculos encurtados e fortalecendo a musculatura estrutural, você vai gradualmente aprimorando a sua “coluna ideal”. Mas pouco vai adiantar treinar apenas duas vezes por semana, contra mais de 100 horas semanais de posturas erradas. Você tem que fazer disso um hábito e quanto mais você praticar a nova postura e respirar corretamente, mais rápida será a mudança.
Os principais fatores que desencadeiam posturas erradas w Falta de autoestima. w Falta de força muscular. w Atividades diárias em que a pessoa fica muito tempo sentada. w Encurtamento da musculatura posterior da perna. w Estresse físico, mental ou emocional. w Vida sedentária.
Roberta Ruiz é fisioterapeuta, com pósgraduação pela USP, e instrutora de pilates pela Physio Pilates — Polestar (USA). E-mail ropidias@gmail.com Acesse o blog e veja notícias e artigos sobre pilates, http://robertaruizstudiodepilates. blogspot.com/
comer & beber
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Tradição catarina Linguiça Blumenau é patrimônio cultural do Estado texto e foto Marcos Heise
E
m reverência às minhas origens, o tema desta edição é a Linguiça Blumenau, produto que se tornou marca registrada do Vale do Itajaí e que foi tombada por um projeto de lei como patrimônio cultural imaterial do município que deu nome à iguaria. A história dessa versátil delícia remete ao final do século 19 e início do século 20, quando os imigrantes alemães começaram a chegar a Santa Catarina. Neste período nasceram duas marcas emblemáticas, infelizmente já desparecidas, mas que tiveram uma importância fundamental para o desenvolvimento da indústria de laticínios e derivados de leite e carnes: a empresa Hermann Weege de Pomerode e a Companhia Jensen de Blumenau. Numa época em que não era fácil conservar alimentos, pois não havia acesso a refrigeradores domésticos, a produção de carnes defumadas e embutidos era uma garantia de que esta fonte de proteína pudesse ser guardada por mais tempo.
As técnicas, matérias-primas e temperos utilizados na produção da linguiça atravessaram gerações e persistem até hoje. Para conseguir o melhor produto o ideal é aproveitar o passeio pelas belíssimas paisagens do Vale do Itajaí e procurar produtos artesanais da própria região. Muitos ex-funcionários destas antigas companhias viraram empreendedores individuais ou feirantes. As receitas são passadas de pai para filho, garantindo o sabor e a qualidade artesanal que faltam nas industrializadas, produzidas em grande escala, utilizando processos de defumação química. Só que as exigências da legislação (na minha opinião severas demais neste caso, perante outros casos de incrível permissividade) fazem com que o produto seja oferecido apenas no município onde foi fabricado. Para sair da cidade há necessidade de certificações como o selo estadual e o selo nacional. A burocracia e o alto custo decorrente destas certificações inibem os pequenos produtores, que assim vendem somente em suas regiões. Versátil, a linguiça Blumenau vai bem purinha da silva, frita com o manezíssimo pirão de ´nailo´, frita com cebolas, sobre a pizza, no patê, em recheio de carnes, escondidinhos, cozidos, ensopados e o que mais a imaginação do cozinheiro inventar.
Receita: Linguiça Blumenau com alho poró Para preparar essa receita você só vai precisar de uma linguiça tipo Blumenau, um miolo do talo do alho poró, ali naquela parte onde a cor fica degrade, azeite de oliva, pedaços de tomate sem pele e sem semente, pimenta moída na hora e um alecrim para perfumar e decorar. Primeira dica: na véspera da preparação, molhe a linguiça, embrulhe num saco plástico adequado para alimentos e deixe dormir na geladeira. Isso vai facilitar a retirada da pele. Na hora do preparo, com uma faca bem afiada, corte o alho poró em rodelas bem finas e deixe marinar em azeite de oliva por 30 minutos. Segunda dica: Não use faca serrilhada no alho poró ou na linguiça, pois pode esfarelar os produtos e estragar a apresentação.
Monte o prato com a linguiça em rodelas, o alho poro por cima e espalhe pimenta moída por cima de tudo. Utilize pedaços de tomate sem pele e sem semente para sobrepor e decorar. Regue com o azeite usado na marinada do alho poró. O alecrim terá um efeito mais decorativo, pois comido cru é bem forte. Uma opção é usar umas folhas na própria marinada para dar gosto ao azeite. Uma cerveja bem gelada acompanha maravilhosamente bem. Marcos Heise é jornalista metido a cozinheiro e vice-versa. Autodidata na cozinha, faz atendimentos gastronômicos nos finais de semana em festas e espaços gourmet de condomínios. Suas especialidades são receitas exclusivas e pratos nada ortodoxos como o alemão hackepeter, o lusitano arroz de pato, a mediterrânea caponata e novidades como o bolinho de marreco, sua última criação.
comer & beber
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oculto
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RAEL DA LAGOA Da fita cassete ao estúdio digital, a trajetória do rapper que é a cara de Floripa
texto Leo Comin fotos marco cezar
Olá, família! Nessa edição conversei com nosso Rael LDC, amigo de longa data, figura constante nas festas que produzo e rimador de primeira. Ilhéu da gema, nascido e criado na Lagoa da Conceição, Rael acaba de ter um filho e segue confiante cheio de planos para o futuro artístico e pessoal.
oculto
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revista mural | Quem é Rael? RAEL LDC | Um cara nascido e criado na Lagoa da Conceição, que ama
a música, o skate, o surfe e a família. Pai de um menino de dois meses chamado Pedro, que desde que nasceu me tornou um homem melhor e muito mais feliz. revista mural | Quando você começou a rimar e a produzir? RAEL LDC | Comecei a fazer rimas por volta de 98, 99, na época
de escola. Comecei com versos simples que depois foram se tornando músicas. Gravava minhas letras num gravador de mão em fita cassete e mostrava para os amigos da rua e da escola. Muitos gostaram e começaram a me incentivar, então não parei mais. As produções começaram logo depois, pela carência de lugares para gravar e por não querer depender dos outros, então comecei a correr atrás do básico pra se ter um resultado caseiro, mas de qualidade. Na época, não se tinha muito recurso nem internet, era muito mais difícil. Um microfone velho e uma mesa de som já faziam milagres (risos). Hoje, meu home estúdio cresceu e eu evoluí artisticamente. Faço minhas próprias produções e também de inúmeros artistas de Florianópolis e região. Muitos te confundem com o Rael de São Paulo. Isso te incomoda? RAEL LDC | Sim, isso tá sendo um incomodo para mim. Ser confundido é muito ruim, to querendo até mudar meu nome artístico para não ter mais confusão, mas é uma decisão difícil. Meu nome é Rael LDC, mas muitos me chamam somente de Rael, por isso rola uma certa confusão. Tenho planos de mudar para Élidecê, que é a sigla LDC por extenso, mas tenho que pensar com calma. É uma decisão difícil. revista mural |
revista mural | Quais são seus ídolos e inspirações RAEL LDC | Admiro muitos musicalmente, mas sou fã
na música? mesmo é de
Raul Seixas e 2pac Shakur. revista mural | E você tem feito bastante show? Aonde? RAEL LDC | Já me apresentei em muitos lugares em Florianópolis: Sta-
ge Music Park, El Divino, Confraria, Mustafá, Domun, Malan e vários outros. Também fiz muitos shows em outras cidades, principalmente em Criciúma, onde tenho um público fiel. Lá me apresentei no Diretório, Germano Rigo, Plano B, Vila SRF e Pub Music Hall. Também toco em outras cidades catarinenses, no Rio Grande do Sul e litoral de São Paulo. Onde me chamarem eu to indo com maior prazer e satisfação, gosto de cantar para quem realmente gosta de rap. revista mural | Quais os planos para o futuro? RAEL LDC | Dar continuidade ao meu trabalho, mas
de um jeito diferente, misturando mais com outros estilos e vertentes. Acabei de lançar um disco intitulado “Recomeço”. Tem dez faixas e estou trabalhando em novos videoclipes para esse semestre. Quero levar cada vez mais minha mensagem e o estilo de Florianópolis para o mundo. Também quero investir no meu estúdio para ter ainda mais qualidade, para mim e para meus clientes. E, principalmente, curtir minha família e meu filhão, que acabou de nascer.
floripa ĂŠ show
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floripa é show
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Os melhores momentos do verão 2016 fotos ADRIEL DOUGLAS, DANIEL SILVA, DANIEL OLIVEIRA, LARISSA TRENTINI, RAFAEL ROMANO e CAIO GRAÇA
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eu o que falar o verão de 2016. De Wesley Safadão a Axwell, uma constelação de grandes artistas fez lotar as pistas e camarotes dos lugares mais bombados desse abençoado litoral. De olho em tudo o que aconteceu nesse caldeirão da magia, a Mural mostra nas próximas páginas os momentos mais quentes da melhor estação do ano.
mural da mural
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MURAL no mar
Camila, Alice, MÔnica, Lorraine, Gabriele, Bárbara, Louisi, Yasmin e Arabella
Lançamento da edição 68 lotou o Le Barbaron fotos Marco Cezar
C
om a estonteante Giovana Meyer na capa, a Mural 68 foi lançada em alto estilo no Lebarbaron, o parador que é a cara da Praia Brava. Sob a luz de um pôr do sol de tirar o fôlego, um monte de gente bonita, animada e de bem com a vida dançou ao som de Cacau Menezes, que exerceu com maestria a sua porção DJ e manteve a pista fervendo até tarde da noite.
ALINE SOUZA e caio cezar souza
DANIEL BORNHAUSEN e ANA LUIZA
CAMILA FRAGA e RICARDO PEREIRA
Nossas meninas Agora senhoras
A turma do Rafael Westrupp
CíNTIA BALSSINI e LUIZ GUSTAVO
diego e féfi
mural da mural
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Claudio Gastão Filho e Christiane
PAULA, MARINA, FLáVIA, FABIA, MARIELLA, CLáUDIA e LARISSA
CAROLINE PONTES e DANIEL ARAúJO
CAROL e RODRIGO BECKER
BáRBARA SOARES, JúLIA RAMOS, STELA TASSI e PAULA RAMOS
CESAR ABREU e MARIA DO ROCcIO
ISABELA LAZI e BáRBARA KELLER
LUCIANA, PRISCILA, CAROL, LIGIA e CAMILA
Ivan Moritiz e ricardo BulcãoAlice VianaHarger
MÔNICA e MáRIO PETRELI
turma do Sávio Bortolinii
DANIANA ZANETTE
mural da mural
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ARNALDO BITTENCOURT e BELA SONSINI
PAULO MOREIRA E ELOISA MOREIRA
MARIANA, GUGA, RAFAEL e LETíCIA
RAFAEL BORNHAUSEN e LUIZA MALTA
TATY IRIê e FELIPE GALOTTI
WALTINHO KOERICH e ANINHA
Roger Rodrigues e Fernanda Motta
Heloisa, Jorge e MÔnica
PIMENTA DA VEIGA e ANA PAULA
RODRIGO BIGUAÇU e HELOISA LUZ
SHIRLEI e CLAUDINHO SABONETE
DULCINHA BORNHAUSEN e MARIA DO ROCCIO
MARIA CLáUDIA e PAULA FREITAS
MARIA CECíLIA BOABAID e PAULA MORAS
mural LE BARBARON
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VIDA MANSA NA BRAVA
aniversário da Isabela Prisco Paraiso
Le Barbaron é o lugar dos nativos no litoral ilhéu fotos marco cezar
E
leito o recanto dos nativos no verão, o Le Barbaron se consolidou como uma das melhores opções para quem procura comer e beber bem no norte da Ilha. Em sua segunda temporada, o misto de parador, lounge, bar e restaurante viveu sunsets memoráveis e reuniu a autêntica raça da ilha que estava cansada de ir a lugares onde não se encontrava ninguém conhecido.
GABRIELA e GIULIANA SANTOS
laura sacchetti
Ana Luiza Trindade e família
Débora, Giulia, Isabela, Paula, Gabriela, Fernanda e Tuania
turma do joão
MARIA CECíLIA BOABAID e PAULA MORAS
KAREN MEDEIROS
mural LE BARBARON
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CAROLINA BOLZONI
MARIANA e MARCELO GOMES
MARIANA, MARIA, MáRIO, DIRCE, MÔNICA e CESAR
FLáVIA e ORLANDO BECKER
LUIZ TEDESCO e GISELA
paulo bauer, cacau menezes e Débora
PAULINHO CONSONI e ROBERTA PEREIRA
RICARDO ALMEIDA e MICHELE BRANDALISE
turma da seove
NATHáLIA BARRETO e ANA LUIZA DUTRA
MARINA FARIAS e CAROLINA KRUEGER
VINICIUS, VALENTINA, NATHáLIA, SIMONE e PEDRO LUMMERTZ
Kadu Almeida e Henrique Fernandes
ZENO VIEIRA e ELOíSA
REGINA e MáRIO KENJI
PEDRO e BáRBARA
MARINA WANGENHEIN e EDSON LIMA
mural posh
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Pati Meurer, Fernanda Heiderscheidt e Jamilly Machado
CASA DA MAGIA
andré sarda e giba
Bruna Sens e Caio Schillikmann
Posh promoveu festas memoráveis em sua nona temporada fotos ANGELO SANTOS E EDDU FERRACCIOLI
M
arlon Teixeira, Giba, Marco Antônio Gimenis e outros vips e famosos passaram pela IX temporada da Posh Club. O público que opta pelo luxo aliado à diversão aproveitou o verão de Florianópolis na casa mais exclusiva da América Latina, que recebeu atrações internacionais ao longo das semanas mais disputadas no litoral catarinense. As labels internacionais French Connection, Studio 54, Jimmy’s Monte Carlo, além do lançamento da edição 2016 do Winter Play e as festas Belved’AIR animaram as noites desse exigente público.
isabella fochesatto
Giovana Raupp
Ligiah Saporski e Léo Ribeiro
Leo Lanvin, JackE, Tito e Mitch LJ
Louise Nassif Zilli
Pamela Martins
Leão Júnior e Tatiane Costa
Ktherin Kaffka e Flávia Cavasotti
mural posh
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Luis Henrique Lunardelli e Eduarda Machado
Michael Canitrot
SOROCABA
marlon teixeira
Lui Mendes
Mayara Waltrich
Tabata Pizzetti
Max Mazzafera e Carlinhos
livia cunha
Pete Tha Zouk e Watermat
Marcio Souza
Aline Carvalho
Gustavo Sarti
mural Cafe de La Musique
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Carol Noronha
HORA DO CAFEZINHO
Juliana Silva
Bruna Koerich e Isabelle Albuquerque
Quatro festas recheadas de sucessos populares no Cafe de La Musique fotos Larissa Trentini
U
m dos beach clubs mais tradicionais de Jurerê Internacional, o Cafe de La Musique inovou na temporada de verão 2016 com a label Cafezinho de La Musique e presenteou o público com quatro festas embaladas pelos sucessos da banda Eva, Mc Marcinho, MC K9, MC Britney, DJ Wally e o bloco funk Carrossel de Emoções. Além das festas populares, em fevereiro o beach club recebeu também a segunda edição da On Board, com direito a Special B-day do DJ paulista Paulo Velloso.
Mc Marcinho
Giovana Raupp e Bruno Capella
Miriã Araújo, Noemi Araújo e Rafaella Almeida
Bibiana Bittencourt
Maria Luisa Carioni e Maria Julia Oliveira
Bianca Anchieta
Amanda Paris e Marco Winiarski
Manoella Knol
ed pereira
Camila Gourlart
Bruna Marquelez
mural Cafe de La Musique
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Ana Lanius
Enzo Dal Zotto, Georgia Gulin, Bruna Caporali e Gabriela Quaresma
Bianca Stahelin
Graziela Sielski
Lucas Pedroso
Helena Leindecker, Samara Guralski, Beatiz Garcia Mendes, Francini Gasparini e Karla Machado
bruna vaz
Daniela Passos, NatĂĄlia Rocha e Marina Tatibana
Monique Amin
Ă lvaro Carneiro
David Dillon e Karina Cotoches
Larissa Junkes
Vanessa Lemos
Aberto de terça a sábado.
Avenida dos Búzios . 1136 . Jurerê Internacional . Florianópolis . SC 48 3364.5997 . jaybistro@hotmail.com . www.jaybistro.com.br
mural Donna
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INOVAÇÃO CONSTANTE Marina Schuh
Charlene Fischer
Donna renova cardápio e carta de drinks fotos DARLINE SANTOS a temporada de verão 2016, o Donna Jurerê Internacional se consolidou como um dos points mais charmosos, concorridos e badalados de Jurerê Internacional. O cardápio foi totalmente renovado pelos chefes peruanos Hugo Olaechea e Sara Sanchez, após temporada de cinco meses de estudos no Instituto Le Cordon Bleu. Uma nova carta de drinks foi lançada neste verão e foi 100% aprovada pelo público, além da nova decoração projetada pela estrelada arquiteta Taty Iriê.
N
Cinthia Bolzan e Diego Lehmkuhl
Barbara Evans
Laura Azevedo
Kamila Garcia
Juliana Policastro
Alexia Vasconcellos e Matheus Fassheber
André Santos e Suelen Leal
Camila Serakides
Camyla Vitório
mural Donna
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Alessandra Ambrósio, Matheus Mazzafera e Fernanda Motta
Aroldo e Cris Cruz Lima
Diego Florentino e Juninho Cavicciolli
Diogo Veiga e Flávia Hila
Eduarda Meira, Ivo Pires e Anelise Larroyde
Guilherme Nagel e Maria Augusta Santos
Lorraine Medeiros e Aline Almeida
Mirella Garcia
Taty Kinderman e Leo Menon
Pamela Martins
Júlio Batista
Tenile Gianesini e Sarah Veronezi
Roque Júnior e família
Joel, Pinho e Pedro
renato sá
Vanessa Lemos
mural Music Park
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CARNAVAL SEM SAMBA Music Park trouxe Fatboy Slim e Steve Aoki fotos Rafael Romano, Caio Graça e Larissa Trentini Carnaval Eletrônico Music Park movimentou Florianópolis no sábado e no domingo de Carnaval, reunindo nos dois dias cerca de oito mil pessoas que se divertiram ao som de alguns dos principais DJs nacionais e internacionais da atualidade. O primeiro dia de folia eletrônica ficou por conta de Alok, considerado número um do Brasil pela House Mag, que se apresentou ao lado dos também DJs do Up Club Dazzo, Doozie e Illusionize. No domingo, o público pode conferir de perto as performances de Fatboy Slim e Steve Aoki — considerado o número 10 do mundo pela DJ Mag.
O
mural Pacha
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Fernanda Riffel, Ciskko e Sabrina Tomé
VERANO CALIENTE
Bruna Suely, Mayara Suely e Thamires Garcia
Em clima sensual, Pacha reúne amantes de música eletrônica fotos Rafael Romano
A
label Verano Caliente agitou os fãs de música eletrônica que lotaram a pista da Pacha, embalados pelas batidas de Vintage Culture, Amine Edge & Dance, Sharam Jay, Vanilla Ace, Victor Ruiz e Any Mello.
Daniele Toledo e Virgínia Almeida
Renato Galo e Felipe Dias
Débora Otero
Midiã Cardoso
Melisa Barbosa e Caio Ludovino
Amine Edge e Dance
Mariana Teles e Mariana Scherer
Isaac Biscaro e Graziella Ranno
mural Pacha
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Amanda Moraes
Anie Mello e Victor Ruiz
Ciskko
Arthur Afonso
Chemical Surf
Mari Mai
Pedro Moura e Vintage Culture
Greicy Besen
Mariana Costa Teles
LetĂcia Priebe
Mariana Rubik
Tamara Kammers
Grazi Sara
Vanilla Ace
mural Milk
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sensação da noite
Júlia Zanata e Paty Koerich
Talita Berwig, Isabela Eing e Katia SElinger
Boate Milk: dois anos mantendo o alto padrão
Alessandra Severo
Bruna Pellenz e Nelson Lins
fotos DARLINE SANTOS
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m dois anos de atividade a boate Milk manteve o alto padrão, reunindo um grande número de vips, a convite das modelos internacionais Alessandra Ambrósio, Fernanda Motta e o stylist Matheus Mazzafera. Dj’s internacionais como Sunnery James & Rayan Marciano, Faul & Wad Ad, Lee Foss, Kolombo e Romeo Blanco comandaram as cabines. O endereço certo dos vips de Floripa.
Filipe Galotti e Taty IriÊ
Débora Brasil Nicolli Dela Nina
Bruna Garcia
Alexandra Leite
Felipe Kleinubing e Mariana Soares
Augusto Cruz
Beatriz Gouveia
mural Milk
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Gabriela Floriani
Rafaela Tavares e Camila Andrade
Diennefer Weissheimer
Sérgio Deluca e Heloisa Beckhauser
Elisa Honorato
Nicoli Librizzi
Roger Rodrigues e Fernanda Motta
Ivo Pires, Flávia Cavasotti e Bernardo Amorim
CLáUDIO FORNEROLI, LAURA AZEVEDO E CAMILO SILVA
MARCELO AMORIM E GERMANA TONIOLO
Isabelo Teixeira Pinto
Débora Viegas
Paloma Casagrande
Mariane Marcelino
mural p12
100 Kelen padilha
Kelen padilha
VERÃO FERVENDO
CINTHYA BOLZAN
DéBORA BRASIL
Reunindo mais de 80 mil pessoas na temporada, P12 trouxe constelação de atrações internacionais
fotos Daniel Silva, Daniel Oliveira e Adriel Douglas
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Parador Internacional teve neste ano o melhor verão de todos os tempos. Com uma temporada mais curta, já que o Carnaval foi no primeiro final de semana do mês de fevereiro, e com uma programação intensa, realizou 22 grandes eventos, reunindo mais de 80 mil pessoas. As melhores festas da casa trouxeram os top dj’s da cena eletrônica mundial: os DJ’s 1.o do mundo Dimitri Vegas & Like Mike; Axwell, do Sweedish House Mafia; o alemão Robin Schulz; o francês Bob Sinclar, um dos DJ’s mais influentes do mundo todo; os holandeses Sunnery James & Ryan Marciano na festa de 8 anos do P12; a dinamarquesa DJ e live vocal Ashibah; o iraniano Sharam e o alemão Tapesh na festa do Ushuaia; o belga residente do Tomorrowland Romeo Blanco; os belgas cheios de groove Kolombo e Loulou Players; o alemão Phonique; os brasileiros Volkoder, Elekfantz, Digitaria, Vinatge Culture, Fran Bortolossi, Diogo Accioly e os mascarados da A Liga. Além dos Dj’s, a casa também trouxe à Ilha os melhores shows, com bandas e artistas nacionais de sucesso e renome internacional, como Jorge e Matheus, Wesley Safadão, Suite 14 com Henrique e Diego e MC Guime, Rappa, Jota Quest, Fernando e Sorocaba, Nando Reis, Nego do Borel, Buchecha, o fenômeno pop canadense Magic, e o encerramento inesquecível com Jorge Ben Jor.
Maria Izabel Azevedo, Bárbara Silva, Anelise Rosa e Bianka Schimtdh
DANIEL KUHNEN, FILIPE GALLOTTI E LEO PIOVEZANI
Natalia Camargo, Carol Roehrs e Sarah Gesser
nAT fERNANDES
mural p12
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ADINHO GALIBERNE E LUISA SCHMIDT
Marina Lourel
Jana Silva
Taina Webber
Luana Gamba, Isadora Sperotto e Luciele Robasrewicz
Roberta Lacerda
FERNANDA E JOEL MENEZES
FILIPE GALLOTTI E TATY IRIÊ
GABRIELA ALTHOFF E SHEINE BRAGA
CINTHIA HEIZEN
DANIELLA SÁ
Paulo Correa e Helena Knoche
RICHARD GONÇALVES E ANDREA GUSMãO
SUELEN JOHANN E DANIEL KUHNEN
abel silva
TAMIRES NUNES E SHAO PAES
PATRíCIA SARAIVA
mural Devassa On Stage
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PALCO PARA TODOS Henrique e Juliano lotam a Devassa On Stage com lançamento do DVD
Luan Santana e Hellen Caroline
Gabriele Gugelmin
Fernanda Venâncio
Gazielle Gobetti
Yasmin Sbruzzi
Thaiane Viecili
Edson Mesquita e Carlos Alberto
fotos ADRIEL DOUGLAS, Caio Graça e Larissa Trentini Devassa On Stage, uma das maiores casas de shows do Sul do Brasil, recebeu no verão grandes artistas da atualidade: Wiz Khalifa, Anitta, Luan Santana, Thiaguinho, Henrique e Juliano, Michel Teló, Belo, Arlindo Cruz, Jeito Moleque, Natiruts e Dennis DJ foram alguns dos nomes que embalaram o público na alta temporada.
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Vanessa Lemos
Vanessa Vasconcelos
Marina Rubik e Antonio Steibach
Alexia Lopes e Gabriela Sumar
Dani Souza e Mirella Santos
comemorações
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Parabéns, doutor! Gisele Amin Córdova, Débora Borges, Cris Gastão e Simone Lummertz
Advogado recepcionou personalidades ilustres para comemorar idade nova fotos MARCO CEZAR
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advogado Claudio Gastão da Rosa Filho, um dos criminalistas mais respeitados do Sul do país, voltou a movimentar a sociedade com a comemoração do seu aniversário, nos salões do La Perle, em Florianópolis. O alto quilate dos convidados, reunindo amigos e autoridades, demonstrou o prestígio construído pelo anfitrião em mais de duas décadas dedicadas à advocacia criminal. A elegante Cristiane Gastão foi quem organizou, com maestria, a festa para o marido. A noite contou com os sons e o carisma do DJ Cacau Menezes.
Gastão Filho, Cristiane, Maria Júlia, Maria Vitória e Gastão Neto
Gastão Filho, Cris, Camila Fraga e Ricardo Pereira
Rico Grunfeld, Egídio Martorano Neto e Douglas Aguiar
Kátia, Rubens e Roberto Salum
Luiz Medeiros, Rita, Lucas Chiocca e Daiane
Cesar Silva, Gastão Filho e Stanley Braga
Cacau menezes e Adriana Pizza Elpo
Fabrício Zago, Gastão Filho e Marcos Silva
João Cavallazzi e Urbano Salles
Gastão Filho, Jacinto Nelson de Miranda Coutinho e Alda
comemorações
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Lenise Teixeira e Cris Gastão
Paulo Bauer, Gastão Filho, Marcello Petrelli, Édio Fuchter e Vinicius Lummertz Silva
Letícia e Ane Prudêncio
Paulo Borba e Lola Borba
Rogério Amendola, Adriana Althoff, Dani Cesar, Cris Jumes, Kissy e Leo Coelho
João Amin
Lourdes e Gastão Filho
Paulo e Deborah Bauer, Cristiane e Gastão Filho
Claudio Gastão da Rosa e Gastão Filho
Simone Keller Fuchter
Cristiane Gastão e Elvira Menezes
Antônio e Rosalba Scherer
CACAU MENEZES, SCHEILA, PRATES e LUCIANa
Klaus Stuart e Angela D’ávila
Margarida e Aldonei Brito
Gastão Filho e Luiz Fernando Scarambone
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PADRテグ DE FELICIDADE Evento reuniu algumas das principais modelos plus size do Estado fotos TIAGO LAUTERT
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o dia 14 de fevereiro, algumas das principais modelos plus size do Estado de Santa Catarina se reuniram com outras lindas meninas GG sem experiência alguma em passarela ou fotografia. Foi a primeira edição do Sul do País do evento “Vai ter gorda na praia”, realizado nas praias da Tapera e do Campeche, em Florianópolis. A iniciativa acontece desde 2012 em algumas praias brasileiras e foi promovida a primeira vez pela produtora Helena Custódio em Santos, litoral paulista. Desde então, Rio, Salvador e Recife já haviam promovido outras edições. Aqui, a jornalista e blogueira Letícia de Assis, do site Sim, sou Diva! foi a responsável pela promoção. “Temos por objetivo o resgate e o reforço da autoestima das mulheres fora dos padrões editoriais. Sabemos que gordas nunca foram proibidas de ir à praia, como muitos me alfinetaram, mas a coerção psicológica, o deboche, muitas vezes é pior do que isso”, comenta Letícia. Cidade famosa por praias por onde desfilam com corpos perfeitos, Florianópolis deve receber outros eventos do tipo
justamente para reforçar a ideia de que beleza não tem tamanho. Participaram do movimento “Vai ter gorda na praia” as modelos Shirlei Mel, de Indaial — escolhida uma das 100 mulheres mais sexys pela Revista Vip e Miss Brasil Plus Size em 2012; Maria Helena Lindermann, de Criciúma — finalista no Miss Brasil Plus Size Sênior; Jéssica Dieckamann, de Blumenau — 3.a Miss Plus Size Santa Catarina; Taíse Assunção de Florianópolis — modelo plus size e candidata deste ano ao título catarinense; Nicole Castanhel, de Florianópolis — modelo plus size e coaching; Rosângela Heckert, de Indaial — Miss Brasil Plus Size Megga Virtual; além das publicitárias Edvana Stavizki e Tatiana Melo; da advogada Ester Roussenq; da cantora e compositora Juliana D. Passos; da professora Monike Bley; e da atriz e designer Érika Souza. Apoio | Jéssica Maluf Estética e Makeup (maquiagem) Nívia Fritzen (cabeleireira)