CAPA
EDITORIAL
As projeções para 2014 são otimistas O ano de 2013 foi marcado pelo bom desempenho de praticamente todas as áreas da agricultura. Na prática, não tivemos nenhuma crise setorial; nenhum produto teve situação de escassez ou superoferta. As grandes cadeias produtivas – carnes, grãos, leite e hortifrutigranjeiros – apresentaram resultados compensadores. Na área de insumos, 2013 foi um ano tranquilo, ao contrário de 2012, quando o encarecimento dos insumos, colocou em situação de risco a avicultura industrial e a suinocultura industrial brasileira. Também neste mesmo ano, o custo do milho e do farelo de soja – principais componentes da nutrição animal – retornaram aos níveis habituais e restituíram a viabilidade econômica do setor. O maior desafio foi manter e ampliar os níveis de exportação, enfrentando as deficiências estruturais e logísticas. O ponto forte foi avançar lentamente em novos mercados e nos mercados tradicionais. Para o agronegócio 2013 foi um ano bom.
SUMÁRIO
Segundo analistas, as projeções para 2014 são otimistas. Os preços dos grãos devem permanecer estáveis, pois a safra atingirá 196 milhões de toneladas, garantindo suficiente oferta de milho e soja para o suprimento da imensa cadeia produtiva de aves e suínos. Essa condição
evitará surpresas, como o alto custo dos insumos que ocorreu em 2012. Com a retomada do crescimento mundial, os mercados para produtos alimentícios se expandem em todos os continentes. Vem aí mais um ano bom para a agricultura, o agronegócio e o Brasil. Nesta safra 2013/2014, o fator clima pode ser um dos maiores causadores de prejuízos. Calculamos quedas de até 20% ao somarem uma série de fatores, como as chuvas, que ora deixaram de cair e agora precipitaram de forma excessiva. A questão que pode amenizar as perdas é que nossa safra já foi praticamente negociada. Os preços negociados da soja devem contribuir para amenizar as perdas. Houve também um aumento de 5% da área plantada em relação à safra passada, isso deve representar uma produção muito próxima a do ano passado. Além da queda da produtividade por causa do clima, as presenças das lagartas nas lavouras resultaram em aumento do custo de produção. Em média, os produtores tiveram que realizar mais duas aplicações de inseticidas para tentar controlar as infestações. Sobre estes assuntos exploraremos com mais detalhes nesta edição. Boa Leitura!
03 05 07 08 11 Campanha COMIVA é um Show
Setor produtivo deve adotar precauções
Reposição de estoques pode reduzir
Cooperativa Mista Agropecuária do Vale do Araguaia - COMIVA Praça Deputado José de Assis, 11- Centro - Caixa Postal 25 - Mineiros - GO CEP: 75830-000 - Fone: (64) 3672-7000 - Fax: (64) 3661-1141 CNPJ: 01.167.501/0001-20 / e-mail: comiva@comiva.com.br Insc. Est. 10.015.731-9 / Site: www.comiva.com.br Diretoria Executiva: Presidente: Júlio Sânzio Vilela Vice- Presidente: Marco Antônio Oliveira Campos Secretário: Vanderci Dundi Conselho de Administração: Gustavo Costa Vilela, Célio Marcos de Rezende, Almiro Alves Pereira (Luquinha), Luiz Carafini e Samuel Silva Barbosa
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Cuidados com bezerros recém-nascidos
Atenção para a Papilomatose Bovina
Conselho Fiscal Efetivo: Altamir Alves Pereira, Menon de O. Carvalho e Regis Resende Machado Suplentes: Wanderlei E. Garaffa, Ney Marques das Neves e Fernando Resende Oliveira Supervisão Geral: Juicebox Fotos: Juicebox, Maisa Resende, Mendel Cortizo (FAEG) Jornalista Responsável: Maisa Resende (Reg. Prof. nº 2036- DRT- 60) maisa.resende@comiva.com.br | Celular Comunicação: (64) 9933-8868 Revisão: Maisa Resende Arte e Diagramação: Juicebox Impressão: Gráfica Mineiros - Tiragem: 2.000 exemplares
JORNAL DO PRODUTOR
COMIVA EM AÇÃO
Campanha COMIVA é um Show: Associados Recebem Premiações Lançada em novembro de 2013 pela Cooperativa Mista Agropecuária do Vale do Araguaia, a Campanha visou valorizar os sócios e clientes e reforçar ainda mais os laços cooperativistas. Segundo o Coordenador da Campanha, colaborador Alex Junio da Costa, que atualmente atua no Departamento de Compras, com a ação, a COMIVA proporcionou melhor interação e relacionamento com os seus produtores. A Promoção se estendeu até o final de Dezembro, com o sorteio de vários prêmios, os quais contaram com o apoio das seguintes empresas: Zoetis, VVA Distribuidora, Fertilizantes Heringer, Biofarm, Faro e Marilan.
CONFIRA OS GANHADORES VALES COMPRAS Valdemar Rodrigues da Silva - Loja Doverlândia Antônio Franco Cruvinel - Loja Matrinchã Ermanio José de Souza - Loja Doverlândia CELULAR Carlos Alberto Campos de Souza - Loja Doverlândia Cyll Farney Antônio dos Santos - Loja Loagro PANELA ÉLETRICA Robson Alves Ferreira - Loja Matrinchã TABLET Cyll Farney Antônio dos Santos - Loja Perolândia Valcy Bento de Carvalho - Loja Doverlândia Clebio Carvalho de Souza - Loja Doverlândia Natan Alves de Abreu - Loja Santa Rita José Carlos Cruvinel - Loja Matriz MÁQUINA DE LAVAR Lindomar Roberto das Dores - Loja Doverlândia TV 32’’ Severino Rezende Oliveira - Loja Matriz
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O sorteio foi realizado na Loja Agropecuária e Supermercado Central, com a presença do VicePresidente Marco Antônio O. Campos, de gestores e associados da Cooperativa. Por ser uma campanha cooperativista e também informativa, a COMIVA acabou divulgando muito bem os seus 42 anos de fundação, que completará no dia 27 de fevereiro deste ano. A entrega dos prêmios aconteceu na recepção da Sede Administrativa com a presença de produtores. Os 13 associados sorteados ficaram satisfeitos com as premiações e agradeceram a Cooperativa pela realização de mais uma campanha com enfoque no produtor rural.
O que achou da Campanha COMIVA é um Show? Cyll Farney Antônio dos Santos: “A Campanha foi um sucesso! Comprei nas Lojas da Comiva e fui recompensado. Quem participa ganha! Gostaria de agradecer aos Diretores e gestores da Cooperativa pela iniciativa e pela valorização de seu associado.” Severino Rezende Oliveira: “Estou muito satisfeito por ter realizado bons negócios nas Lojas e Supermercado da Comiva. Ganhei uma TV de 32” na Campanha Comiva é um Show. Fiquei feliz e pretendo participar de várias outras campanhas dentro da Cooperativa. Parabéns para todos os Diretores!”
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COMIVA EM AÇÃO
Associados da COMIVA participam de Seminário de Comercialização e Mercado Agrícola Os produtores goianos já se preparam para o início da colheita da safra 2013/14, momento em que a busca por informações de mercado também se intensifica. Para auxiliar o produtor a decidir sobre a mais vantajosa forma de comercialização da produção, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e o Sindicato Rural de Mineiros-GO realizaram recentemente, Seminários Regionais de Comercialização e Mercado Agrícola. O evento, aconteceu no dia 26/01, Tatersal do Parque Agropecuário, com a presença de lideranças ruralistas da região e produtores rurais. Este ano, o evento trouxe como palestrante o consultor em gerenciamento de riscos da FCStone, Gustavo Bezerra, empresa que também presta serviços para a Cooperativa Mista Agropecuária do vale do Araguaia. O Engenheiro Agrônomo, Bezerra também fez panorama do mercado agrícola brasileiro e trouxe informações sobre o desempenho dos preços dos principais produtos agrícolas em nível internacional. Segundo o Presidente da FAEG, José Mário Schreiner, o objetivo foi mostrar aos produtores qual cenário os espera nesse momento de vender a safra e deixá-los mais preparados para executar suas negociações. Ainda ressalta, que os Seminários de Comercialização já são uma tradição e sempre realizados pouco antes dos produtores darem início à colheita, justamente para que as informações de mercado sejam as mais atuais.
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Lojas Agropecuárias da COMIVA informam: - FEVEREIRO • Vacinação conta Brucelose • Vacina B19, 2 ml sub-cutânea, dose única, em bezerra entre 3 e 8 meses de idade (vacinação feita por pessoal habilitado) • Vacinação contra Clostridioses (Carbúnculo) • Vacina Polivalente, dose conforme bula, em todos os animais entre 4 e 24 meses de idade • Vermifugação de bezerros de leite (Aldazol com Cobalto Oral - 1 ml / 10 kg de peso vivo) • Vacinação contra Paratifo e Pasteurelose • Vacina Tifopasteurina 2 ml sub-cutâneo nas vacas 30 dias antes do parto e nos bezerros entre 15 e 30 dias de nascido
BOAS VINDAS AOS NOVOS SÓCIOS DA COMIVA: ALBERTO PLEFFHEN NETO MONICA SOUZA REZENDE PEDRIEL EUNICE CARRIJO RESENDE JULIO CESAR VILELA MORAIS MARCELO BARBOSA CAMPOS MARCOS VILELA JUNIOR SUZIE MARINHA MARTINS VIEIRA DE SOUZA
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AGRICULTURA
Setor Produtivo deve adotar precauções em 2014 É de extrema urgência a mudança da estrutura social no meio rural, alterando a capacidade de produção dos pequenos produtores Apesar de uma ligeira melhora no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), para próximo de 2,2%, a economia brasileira fechará 2013 com um baixo desempenho. A balança comercial apresenta a pior condição dos últimos 10 anos, a inflação crescente, os investimentos públicos não avançam e a calamidade atinge toda a logística de movimentação da produção e a mobilidade urbana, comprometendo mais ainda o futuro do país. O Estado de Goiás, apoiado na produção agropecuária e na agroindústria, apresenta, em 2013, uma condição de sua econômica bem diferente da nacional. O crescimento do PIB goiano deve atingir 4%. O Valor Bruto da Produção (VBP) agrícola cresceu 4,98%, correspondente a uma produção física de grãos de 18,19 milhões de toneladas. Já as exportações do agronegócio cresceram 3,4% e atingiram US$ 5,9 bilhões, até novembro; o que corresponde a 90% do valor exportado pelo estado. No segmento das carnes (bovina, suína e de aves) o comportamento não foi diferente do agrícola, pois houve um incremento de produção em torno de 3,5%. Os principais impactos sofridos pelo setor, em 2013, foram a
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elevação dos custos de produção de 20% na soja e 12,4% no milho; a queda nos preços dos grãos, em torno de 6% e, as deficiências em logística. Ainda assim, foi um ano de consolidação de renda positiva ao produtor. O ano de 2014 sinaliza que o setor produtivo da economia deve adotar os princípios da precaução e da percepção em suas ações, tendo em vista os indicadores previstos pelos analistas econômicos. Com um cenário de inflação em alta, provavelmente acima da meta de 4,5% e, com taxas de juros sendo utilizadas como instrumentos de controle da inflação teremos alta acentuada das mesmas, câmbio tendendo à estabilidade e, consequentemente, PIB em queda. Para o segmento da pecuária a tendência de preços é de estabilidade, mas com custos crescentes, o que deve diminuir a renda do setor. Ainda assim, a produção deve crescer em torno de 3%. Diante deste cenário, as boas oportunidades na economia não serão muito frequentes. Daí a necessidade de muita percepção para detectar alguns bons momentos e oportunidades que o cenário econômico pode oferecer ao longo do ano de 2014. Muitos desafios estão pela frente e a maioria dos gargalos só terá solução em mais alguns anos, caso as ações se iniciem imediatamente e não sofram interrupções constantes. Os principais desafios são a implantação de uma logística que reduza em cerca de US$ 26 por tonelada no custo até o porto, amplie a capacidade armazenadora em nível de propriedade, para que o produtor aumente sua rentabilidade na
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AGRICULTURA comercialização de sua produção e aumente o volume de recursos para subvenção do seguro.
alavancar milhares de produtores que estão nas classes sociais D/E para rendas mais elevada.
Faz-se necessário o avanço da irrigação, aproveitando as condições do clima e a oferta de água para elevar a produtividade, aumentar a produção e a renda por unidade de área, bem como a diversificação de produtos, principalmente, com maior valor agregado como frutas e hortaliças. Mas, para que isto ocorra, é preciso melhorar a distribuição de energia elétrica.
Os desafios são muitos, mas a agropecuária é dinâmica e tem ampla capacidade de absorver novas tecnologias, gerando um nível de competitividade suficiente para transpor muitas barreiras.
Também é de extrema urgência a mudança da estrutura social no meio rural, alterando a capacidade de produção dos pequenos produtores, capacitando mão de obra e oferecendo recursos modernos de produção para
* José Mário Schreiner é presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e vice-presidente de finanças da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) - presidencia@faeg.com.br
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JORNAL DO PRODUTOR
AGRICULTURA
Reposição de estoques no mundo pode reduzir preços Boas colheitas nos EUA e recordes na América do Sul podem derrubar cotações na Bolsa de Chicago COLHEITA DE SOJA EM GOIÁS: cotações podem cair no segundo semestre, dizem analistas. A perspectiva de recomposição dos estoques mundiais de grãos com colheitas volumosas nos Estados Unidos e possivelmente recordes na América do Sul sinaliza preços mais baixos na Bolsa de Chicago (CBOT) em 2014. No caso da soja, a queda deve se intensificar na segunda metade do ano com uma provável expansão das lavouras norte-americanas. Para o milho, a expectativa é de que o potencial de baixa seja limitado, porque as cotações já caíram quase 50% em relação à máxima observada no segundo semestre de 2012. “Não fosse a China, provavelmente a soja teria caído na mesma proporção do milho. A demanda chinesa deve sustentar as cotações”, afirma Anderson Galvão, sócio-diretor da Céleres. O mesmo espera o presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa, José Aroldo Gallassini: “Devemos ter mais uma safra normal, só que os chineses estão comprando bastante, então talvez os preços se estabilizem em torno de US$ 12 por bushel (unidade de volume usada nas exportações de grãos) para embarque em março ou abril.” VOLUME MAIOR: Maior cooperativa da América Latina, a Coamo espera receber 70 mil sacas (4,2 milhões de toneladas) de soja dos cooperados em 2013/14, um volume 15,6% superior às 60,5 mil sacas produzidas em 2012/13. De acordo com o presidente, a média dos contratos firmados antecipadamente foi de R$ 61/saca, 4,6% menor que os R$ 64/saca obtidos na temporada anterior. “O clima está indo bem até agora, mas tudo pode mudar, por isso nossa recomendação é vender aos poucos para fazer uma boa média. Eu faço isso como produtor”, diz Gallassini. Sem uma quebra de produção na América do Sul, a Agroconsult projeta um intervalo de US$12 e US$12,50 por bushel para oleaginosa no primeiro semestre, já considerando os gargalos logísticos no escoamento da produção brasileira - estimada pela consultoria em 90,8 milhões de toneladas na temporada 2013/14, conta Fábio Meneghin, sócio-analista da empresa. Ele alerta, contudo, que a soja provavelmente cairá abaixo desse patamar na segunda metade do ano, distanciando-se ainda mais do pico de US$ 17,9475 por bushel verificado em setembro de 2012, porque sua rentabilidade três vezes maior que a do milho levará os agricultores a repensar as decisões de plantio nos EUA para 2014/15. “Trabalhamos com uma redução de 5% na área de milho que será automaticamente transferida para soja”, diz. LAVOURAS: No Brasil, o ritmo de expansão das lavouras de soja deve desacelerar no próximo ciclo, segundo Meneghin.
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Com base em um câmbio de cerca de R$ 2,40, a Agroconsult prevê o cultivo de 30 milhões de hectares no País em 2014/15, um aumento de 400 mil hectares (1,3%) ante os 29,6 milhões de hectares semeados em 2013/14. “A rentabilidade, que hoje gira em torno de uma média de R$ 900 a R$ 1.000 por hectare em MT, deve voltar para a média histórica de R$ 500 a R$ 600 por hectare em 2014/15”, explica o analista. Mas uma desvalorização cambial mais acentuada no País pode alterar as perspectivas para plantio. “Se o dólar for a R$ 2,50 ou R$ 2,60, daí muda o cenário”, acrescenta. Embora o estoque mundial de milho esteja em um nível mais confortável que o da soja graças à supersafra norte-americana em 2013/14, não se espera um recuo abaixo de US$ 4 por bushel em Chicago. “Pode até acontecer, mas não sei se fecha a conta”, diz Daniel D’Ávila, da corretora Newedge, de Nova York. Fonte: Agência Estado
Safra 2013/2014: falta de chuva preocupa produtores goianos A chegada de 2014 evidenciou mais uma grande preocupação aos produtores rurais do estado de Goiás. Desde o final do ano passado as chuvas estão muito irregulares e várias regiões já enfrentam prejuízos com a estiagem. Um levantamento realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás mostra que o problema é maior nas regiões Sudoeste e Sul do estado. As chuvas vêm ocorrendo de forma isolada, e alguns produtores já avaliam perdas no potencial produtivo das lavouras. Este quadro de falta de precipitação é mais prejudicial nas lavouras com solos mais arenosos, que retém menor quantidade de água, agravando o problema da seca, como acontece na região da Matrinchã, em Mineiros-GO. Outro problema que pode ser propiciado com esta situação é o aumento das populações de lagartas nos cultivos, é o caso da “Falsa Medideira”, problema que já vem impactando nos custos de produção e na produtividade. De acordo com o Engenheiro Agrônomo que presta serviços para a COMIVA, Sirlei de Carvalho Rezende, as altas temperaturas são favoráveis à multiplicação da lagarta. Agricultores da região, explicam que o tempo muito quente e seco prejudica também a aplicação dos defensivos contra as pragas. Segundo eles, a aplicação fica limitada, pois precisam de muita umidade. Muitos produtores optaram por fazer a aplicação de manhã, bem cedinho ou a noite, por conta das melhores condições de clima”. Para os Técnicos da Cooperativa de Mineiros-GO, a expectativa é de uma boa safra de soja. Ainda ressaltam que somente 15 a 20% das lavouras estão em fase de maturação, o restante está em fase de granação. De acordo com o Gerente de Comercialização e Originação de Grãos , Sulamiro Neto, 70% da safra já foi negociada na COMIVA e esperam receber em suas Unidades Armazenadoras cerca de 1,5 milhão de sacas de soja.
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Cuidados com os bezerros recém-nascidos “Os cuidados com a sanidade do rebanho começam nos cuidados com os bezerros recém-nascidos” COLOSTRO
DESINFECÇÃO DO UMBIGO
Logo após o nascimento, o bezerro deve ficar junto a mãe, que irá limpá-lo. As vacas geralmente comem a placenta após o parto e não devem ser impedidas deste ato, pois os envoltórios fetais são ricos em minerais, principalmente cálcio, e contêm hormônios que auxiliam na “descida do leite”. Esta limpeza através de lambidas, ajuda estimulando a respiração do recém nascido, que a partir de agora é pulmonar e não mais via umbilical.
O próximo cuidado deve ser a cura do umbigo. Este manejo deverá ser realizado logo após o nascimento, pois o umbigo é uma porta de entrada para os germes e se não tratado, pode causar uma infecção local onfaloflebite – e posterior infiltração via sistêmica, disseminando a infecção para vários órgãos. Para evitar estas doenças, o procedimento recomendado é cortar o umbigo do bezerro recém-nascido numa altura de dois dedos abaixo da linha do abdômen. A desinfecção é feita com a colocação de tintura de Iodo 10% ou produto similar, dentro e fora da capa umbilical.
É extremamente importante que o bezerro ingira o colostro nas primeiras seis horas de vida, pois é através deste alimento que, além dos nutrientes vitais para seu desenvolvimento, o bezerro irá adquirir os anticorpos maternos (gama-globulina), que o deixará resistente a doenças e contidas no meio ambiente. O colostro é o primeiro “leite” da mãe, a primeira secreção da glândula mamária. Estes anticorpos contidos no colostro são de “grande tamanho” e estes são absorvidos pelo intestino somente até 24 horas após o parto, sendo esta absorção decrescente 6 horas após o parto. Com o colostro o bezerro fica protegido durante os quatro primeiros meses de sua vida, quando começam a desenvolver sua própria imunidade. O colostro possui também efeito laxativo no bezerro, sendo responsável pela eliminação do mecônio, que são as suas primeiras fezes.
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De um modo geral, as infecções estão associadas à deposição dos ovos de moscas no umbigo, que causam bicheiras e abrem as portas para as bactérias oportunistas e invasoras e podem levar o animal até à morte. Os bezerros são a categoria animal mais susceptível às doenças. A diarréia, por exemplo, é uma das principais causas de morte em bezerros, por provocar desidratação.
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PECUÁRIA
CONTROLE SANITÁRIO
CREEP FEEDING
A aplicação de vermífugos de 1ª linha em bezerros recém-nascidos vem sendo adotada principalmente em criações extensivas ou locais que apresentem problemas com bicheiras (geralmente nos meses de verão). Após 20 dias de vida os vermífugos deverão ser dados a cada 60 dias, até complementarem 1 ano, seguindo, daí em diante, esquema tático de cada criador.
Há criatórios que utilizam da técnica do creep feeding. Está técnica evidencia a disponibilidade de alimento ao bezerro, e somente a ele, em um cercado no próprio pasto, onde o bezerro tem acesso, não permitindo a entrada da vaca, o que fará com que haja uma ingestão de alimentos (ração e volumoso), além do leite da mãe.
A diarréia pode ter várias correlações de início das causas, desde um pasto novo, das primeiras chuvas no verão, até diversos tipos de agentes infecciosos, como bactérias (Escherichia coli, Salmonella, Clostridium perfringens) e vírus (rotavírus, coronavírus, etc), que se encontram presentes naturalmente no solo. Neste caso, o importante é diagnosticar a causa da diarréia para posteriormente se aplicar a medida mais adequada.
No início, somente observaremos uma grande curiosidade por parte dos mesmos. A aceitação e ingestão dos alimentos disponíveis aumentarão com o passar do tempo, devido suas necessidades serem crescentes e dinâmicas.
Tecnologia e segurança na produção de leite.
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Cuidado com a Leptospirose “Contaminação por leptospirose geralmente é causada pela exposição à água contaminada com urina de animais infectados” As chuvas de verão trazem a preocupação do contato com água e lama contaminadas por urina de roedores, como ratos, altamente tóxica e prejudicial à saúde humana. O contato da água contaminada com erupções na pele ou mucosas, como boca e olhos, pode levar ao contágio de leptospirose, doença que pode matar. Em 2011, 14 casos foram confirmados em todo o Estado, sendo que três evoluíram para a morte. Para a leptospirose não há vacina. O que é leptospirose? A leptospirose é uma doença bacteriana, que afeta humanos e animais, causada pela bactéria do gênero Leptospira. Em humanos a leptospirose causa uma vasta gama de sintomas, sendo que algumas pessoas infectadas podem não ter sintoma algum. Os sintomas da leptospirose incluem febre alta, dor de cabeça forte, calafrio, dor muscular e vômito. A doença também pode causar os seguintes sintomas: olhos e pele amarelada, olhos vermelhos, dor abdominal, diarréia e erupções na pele. Como as pessoas contraem leptospirose? Contaminação por leptospirose geralmente é causada pela exposição à água contaminada com urina de animais infectados. Muitos tipos diferentes de animais carregam a bactéria e podem algumas vezes não apresentar sintomas. A bactéria da leptospirose já foi encontrada em porcos, gado, cavalos, cães, roedores e animais selvagens. Os humanos são infectados através do contato com água, alimentos ou solo contendo urina de animais com leptospirose. Quanto tempo demora depois a exposição à bactéria para que as pessoas fiquem doentes? O tempo desde a exposição à bactéria para que a pessoa fique doente é de 2 dias a 4 semanas. A leptospirose geralmente começa abruptamente com febre e outros sintomas. A doença pode ocorrer em duas fases; depois da primeira fase com febre, calafrio, dor muscular, vômito ou diarréia, o paciente pode se recuperar por um tempo
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mas ficar doente novamente. Se ocorrer a segunda fase ela é mais severa e a pessoa pode ter meningite ou falha nos rins ou fígado. Tratamento para leptospirose A leptospirose é tratada com antibióticos, os quais não devem ser administrados no começo da doença. Antibióticos intravenosos podem ser necessários para pacientes com sintomas mais graves. Pessoas com sintomas que sugerem leptospirose devem procurar um médico. Onde a leptospirose é encontrada? A leptospirose ocorre no mundo todo, porém é mais comum em climas tropicais ou temperados. Ela é uma problema ocupacional para pessoas que trabalham ao ar livre com animais, por exemplo, fazendeiros, veterinários, pescadores, trabalhadores rurais e militares. A leptospirose também pode ser um problema para pessoas que acampam ou participam de esportes ao ar livre em áreas, rios e lagos contaminados. Prevenção da leptospirose O risco de adquirir leptospirose pode ser reduzido ao não nadar em águas que podem estar contaminadas com urina animal. Roupas e calçados que ofereçam boa proteção devem ser usados por aqueles expostos, em virtude do seu trabalho ou atividades, a água ou solo contaminado.
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Atenção para a Papilomatose Bovina Doença infecto-contagiosa, causada pelo Papilomavírus Bovino ou BPV. É conhecida por provocar tumores fibroepiteliais na pele e mucosa.Mais conhecidos como verrugas, papilomas ou ainda figueiras, causando enormes prejuízos que vão muito além da questão estética. Podem aparecer em diversas partes do corpo, dependendo do sorotipo viral, sendo mais comuns na região da barbela e úbere. Atualmente, é uma doença com grande relevância econômica, já que muitas perdas têm sido atribuídas à presença desta no rebanho, como as mastites, por exemplo, no caso dos animais de leite ou até mesmo levando ao descarte de animais de alto valor zootécnico. Por ser uma doença viral, é de fácil contágio e disseminação, fazendo com que algumas propriedades possuam grande histórico da doença no rebanho, principalmente quando não há a indicação correta de tratamento e a separação dos animais infectados. Podemos constatar que em muitas propriedades o número de animas com sintomas chega a 30%, mas nota que a incidência tem aumentado no pais nos últimos anos...É uma enfermidade que pode ocorrer nas mais diversas fases da vida do animal, porém é mais comum em bovinos jovens, animais mantidos estabulados e
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naqueles em que o sistema imunológico encontra-se debilitado, já que o vírus se aproveita da baixa resistência do animal para se instalar TRANSMISSÃO A transmissão pode acontecer por varias vias, através de cercas, bebedouros, agulhas, etc., fazendo com que o tratamento correto e a separação dos animais doentes sejam imprescindíveis para conseguir resultados efetivos no controle da doença. É uma doença que leva ou tem um índices de cura menor do que 50%, além do tratamento ser muitas vezes inviável, devido ao alto custo. Ela ainda pode levar a prejuízos como depreciação do couro, tumores, disfunções orgânicas e fisiológicas, lesões de tetos, provocar bicheiras (miíase) e animais debilitados podem ficar ainda mais fracos. TRATAMENTO Os tratamentos para a papilomatose, hoje existentes no mercado, varia de antibioticoterapia para diminuir as infecções, remoção cirúrgica em casos de menores quantidades de papilomas, cauterização com bisturis elétricos, Hemoterapia e Homeopatia. (Colaboração: Leandro Cunha - Médico Veterinário da Bayer)
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